Revista O Malho

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O Pão de Açúcar visto do Imbuí ;— Foto Kischer ARTE

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"A higiene da mulher eé a deusa que a embeleza. Porque o asseio integral integrai na radiosa uma e na saúde projeção tem uma influência viva beleza feminina personalidade". O novo sentido da exige graça esportiva, o que significa saúde e alegria, isto é, higiene perfeita, ou seja: — uso geral e cons"LEITE DE tante de Rn^AÇ" "LEITE DE ROSAS" desencarde e alveja as axiIas e os cotovelos enegrecidos, dando a essas regiões aparência atraente e conservando-as rigorosamente limpas e perfumadas. ideal. DOSODORANTE "LEITE DE ROSAS" séca o suor e corrige os ácidos que desbotam e deterioram os vestidos. O Laboratório " Leite de Ro¦ ANTES e depois do seu sas" ias", dà rua J. J. Seabra, TO — seu os tel. tel. 26-0725, atende ao todos lhe sol banho de mar ou de sol informação de^n "LEITE DE ROSAS". Mas nao que de pedidos ao sa.r peMos ao não esqueqa esqueça que, pèle com proteja e trate sua pele e fornece "amosforem feitos ^macao^ de tras aplicagao aplicação umi umfl antes fazer indispensavel indispensável etc., e é experiências visitas, bailes, trás . passeios, gratis" grátis" para as experiencias para "LEITE DE ROSAS". MARAVILHOSO fixador do p6 importância divino, necefsarias. necefsárias. E' de importancia pó de arroz, de aroma divino, o prosatenção com com let lêr capital "LEITE DE ROSAS", usado em massagens brandas, capital e alveja diariamente, limpa, brandas. diariamente. ^e a bula, que acompanham pecto os cravos e sard as, amacia a cutis, cuti», eliminando, como por encanto, espinhas, sardas, panos, vidros, para conhecer todos os os v^r0Sf do uso. segredos da imperfei<;5es imperfeições outras pele. segredos pele. quaiiquer quaisquer


estética, em geral, e A particularmente a aplicada ao corpo humano, constituiu sempre o motivo de muita admiração, de muitos esforços e de muita felicidade. Atualmente, todos os povos cultuam ainda mais o belo, impulsionados peIa cinematografia, pelas exigências da elegância praiana e pelos concursos ^MM í?^- n ¦ ' V Hw ___k. ^^Mmm^^- *&_ i _____ 1 V^ / _a _L de beleza. w7^^ü // S^w1yVÀ__' ¦ / \____ >*." Ir Wmmamm^ ______ Um corpo harmonioso ^-Mmy m constltúe. entretanto, um im \A Mmm^l IAM v "/ / |\. dom parcamente distri\jÊk\\\ \ W '¦:w\*<M\mv, v M m9^, '¦ Aw. _Er.< o\fl WM "m.h^^Bvi buido pela mãe Natureza, In Wà MM II \a /yj \^m\ i M\T lk y e daí a ansiedade de mui__fl_|KA—-^"M tas almas torturadas por corpos rotundos e disformes. Para atingir esse objetivo estético, todos os processos são mais ou menos empregados, desde a charlatanesca e prejudicial ingestão do I.,.II._..,M *aL ^K/d\r*l vinagre até à ginástica sem técnica, rude, imoderada e martirisante, apenas normalisar os fenômenos metabólicos do -1 l Hfc :: r Ir : r:: }-%Ç suportada na doce ilusão de que ela tecorpo e, portanto, assegurar uma regu__¦¦*__:__: ±Jfc;::::::: ai / a. tV nha o poder miraculoso de regularisar K,.rt.-:r:.;;i.Y-.....-:3| J/\ wív lar e sadia distribuição de tecidos gorpermanentemente o regime das trocas durosos no corpo. No Departamento de orgânicas e, consequentemente, a disProdutos Científicos, à rua Alcindo Giratribuição dos tecidos adiposos. nabara, 17 - 5. ° andar — Rio de Janeiro, Felizes sào, porém, os que sabem ter são prestados, mediante correspondêna Ciência permitido, agora, aos gordos cia ou verbalmente, todos os esclareciglandulares, associados ao substratum a dispensa desses paliativos de efeitos mentos solicitados. Nas principais drode algas marinhas, e essências vegetais, efêmeros e até perniciosos, com a oferta iné fácil obter, garias gratuitamente, do preparado "Leanogin", oriundo de ladá ao corpo a harmonia, a beleza e a teressante e elucidativa literatura sobre "Leanogin", boratórios germânicos, o único medicao assunto. graça, que os antigos pintores e esculgraças à sua mento de base opoterápica, capaz de composição de extratos e hormônios tores idealisaram na tela e no mármore.

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DE SOUZA

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e representa um recanto do porto de São Lourenço,

DE SOUZA E SILVA

em Niterói.

JOSÉ MARIA BELLO

M. Nogueira da Silva não é um novo na pin-

XL — NÚMERO 21 OUTUBRO — 1941

ANO

PREÇO Um ano

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tura, pois, embora se tivesse por algum tempo afãstado da sua palheta, agora retorna com o mesmo

ASSINATURAS

vigor e entusiasmo de antes, que lhe grangearam a láurea de uma medalha de bronze em um dos

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Pires Magalhães

O Dr. Júlio Pires Magalhães, jovem otalentoso médico radiologista do Hospital de Pronto Socorro, e uma das mais promissoras culturas da moderna geração médica, vem de publicar, em Separata "Revista Médica Municipal", em coda laboração com o seu colega Dr. Álvaro. Reis Filho, notável estudo sobre o .:haj Sshõnborg, a Albe.s mada Doença de "Sobre um Caso de que deu o titulo de Doença Marmórea dos Ossos' . conciencioso de observação Trabalho e pesquisas, o estudo do Dr. Júlio Pires Magalhães tem despertado o maior interesse, não apenas pelo valor das pesquisas e anotações realisadas como pela do assunto e, ainda pela importância clareza e precisão dos comentários o seali se desenvolvo a com que gurança matéria estudada.

CONSELHOS

ÚTEIS

Antes de dormir convém banhar os olhos com o auxilio de um copinho ótico bem limpo e água distilada ou qualquer produto à base de água de rosas. Os vinagres de toilette ativam a Algumas circulação. cutis delicadas, no principio, resentem-se um pouco, mas, com a continuação, se acostumam.

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Álcool canforado é especialmente aeonselhado para as epidermes gordurosas. Serve para u mabóa higiene da pele. A água de Colônia pura, ou ligeiramente diluída, serve para dar massagem nos pés, depois de uma longa caminhada. O

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HUMORISMO

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oomc sabe o sandwichL E'a expressão commumente ouvida. A cerveja Cascatinha além

Que fizeste do livro "A arte de prolongar a vida", que eu estava lendo ? Guardei-o, querida. Sabes : tua mãe chega hoje . . . Eu t'o darei depois que ela fôr embora . . .

do

agradavel paladar que proporciona aos alimentos, augmerita-lhes as propriedades vitaminosas.

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AMOR. . . Durante um ano, escrevia-lhe uma carta por dia. E então ? Acabou casando com o carteiro . . .

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São gêmeos. Gêmeos ? Com aquela idade ? !

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AS DOCAS DE SANTOS POCOMO DEROSO POT E N C I A L ECONÔMICO

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a quanprofunda satisfação do tos aspiram o engrandkimento CAUSAM Brasil os relatórios que a Companhia Docas de Stantos publica todos os anos, dando conta de seus serviços, qua se revelam inegavelmente, obra maravilhosa. come. E' indiscutível que uma guerra a que ora se desencadeou ná de forçosamente dar que pensar, não só"ieiite aos que têm ali empregadas as suas reservas, mas, nos próprios destinos do Brasil que nas Docas de Santos têm um dos mais poderosos fatores da sua imensa riqueza. Minorando essa justa Inquietação resta a certeza de que à frente da poderosa empreza, e mesmo no co-po de seus velhos e devotados auxiliares, encontramse espíritos armados de fé e resolução forte que em qutalquer circunstância sabem empregar em grande profundidade o sacrifício e a "abnegação em proveito dd notável empreendimento brasileiro. E é por isso que, a despeiru do flagelai que a guerra representa, a queda no mo-vimento geral em 1940 foi apenas de 1 I % em relação a 1939. Nem só de pão vive o homem, diz o Evangelho. E pensando assim foi que a diretoria ofertou à cidade de Santos a edifício para uma escola que se acha em pleno funcionamento dando os melhores resultados. O espantalho da guerra não pèrturj bou a serenidade dos dirigentes das Docas. O plano de realisações consubstanciado em acuradamente! melhoramentos estudados não sofreu Pelo interrupções. contrário; a pequena trégua que a reduserviu do ção do tráfego determinou, motivo para a intensificação de referidos melhoramentos, que, assim, se acham em franca ativdade. Vê-se aí o ânimo otimista de direção das Docas. Outro fato que impressiona no rolatório é a franqueza de linguagem e ia ciaUm

aspecto

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rodeios

nem

teigivarsações.

com a exemplo daremos a cifra que a Companhia estampa atingiu que armazéns, e docas nas bruta renda maior evidência:" a iraçao, com em 1940 a 75 mil quatrocentos e 87 contos e ne conservação e nanudespesa de 51 mil 516 contos e fração . tenção dos serviços. a., Pelo porto de Santos, em 1940 entraram 50.187 passageiro o 2.994 embarcações saíram 28.381; em transito 58.314. Entraram saíram 2.995. O movimento global de mercadorias ^barcaelas m.l desembarcadas subiu a cifra de 3 milhões e 900 ^f*dJ± de 8 miltioos Nessa cifra avulla o café, com a soma admirável ... mil sacas e fiação. ürn a c0" . A Diretoria está autorizada por assembléia geral ^ & obras prJ|. as grandes empréstimo de 120 mi." contos para demonstraresgate de títulos em circulação. com a E, diante de tudo quanto surge à evidência l1""^ anteriores, épocas ção do movimento de 1940 e . é uma uma gara^ tara os títulos dessa nova operação? Ela é terra semenrs a segurança e é a certeza absoluta de colocar fértil

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Brasil "Chá

à PRA-3

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pelo

rádio

Clube,

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860 kcs.

local. Enquanto,

nos

luxuosos

estúdios do

Rádio

mas dezenas de pares empenham-se na divertida

competição,

emissora ouvem, de casa, o re"Chá Dansante". pertorio alegre que lhes ofecece o O instantâneo acima foi feito num dos últimos domingos

os sintonizadores

da grande

e nele vemos um dos pares classificados em I. logar (premio "Nicoláu e Yóla" — além de I00$000) — parte da assistencia que se entreteve mestre

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Ferreira,

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de cerimonias.

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PEQUENOPOLIS As canções, poesias e bailados que os artistas de Mary Buarque, tantas ve ses têm apresentado à sociedade paulistana, foram, pela esforçada educadora, enfeixados em livro. Trata-se de verdadeira obra de arte não só pela matéria que condensa em suas paginas, como também pela feitura grafica que dá a este livro um. encanto todo especial. Desde a capa, cheia de bonecos coloridos, aos menores detalhes. Pequeno-

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TIÍUITAS vezes, por certo, o Sr. tem ie divertido vendo seu garoto, todo compenetrado, querendo calçar seus sapatos... Nessas ocasiões — nunca lhe ocorreu pensar nos anos e anos que hão de passar, até seu filho fazer-se homem — e sempre precisando de dinheiro, rodos os meses? Se o Sr. continuar a viver, seus ganhos naturalmente provcrão os meios necessários, todos os meses. Mas de onde virá o dinheiro se o Sr. fechar os olhos, de uma hora para outra ? Quem cuidará da subsistência de sua família ? Muitos chefes de família decidiram não jogar mais com probabilidades... E., por isso, adotaram um plano de seguro de vida, capaz de garantir uma renda determinada todos os meses ... Interessa-lhe este assunto ? Estará o Sr. disposto a estudar o meio de deixar também uma garantia semelhante à sua família ? Consulte, então — sem compromisso — um Agente da Sul America.

Sul America Companhia Nacional de Seguros de Vida

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Se o Sr. ganha, mensalmente, 1:500$000 pode garantir à família uma renda mensal de 500$000

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Faça um cálculo ligeiro e veja qual a importância que precisa, todo» os incKt-H. para cobrir an despesas inevitáveis de nua rasa. Nio arha o Sr. que uma renda fixa de 500$000 — todos oa meses, servirá para faeilitar o problema de aua esposa? For que nfio resolve logo este caao. garantindo desde já esse »r_l_na<ío certo, que sua esposa receberá durante vinte anos. após seu falecimento? Pense nisto e ganhe tempo, pedindo um folheto explicativo com o "coupon*' abaixo. Mesmo gnnhando menos ou mais de 1 :SOO$000, um Agente da Sul America poderá oferecer-lhe outros planos de como o Pão de acordo com suas pos a ihi lida dea. AiMucar A Sul Amei i ca tem planos adaa todas as famílias. ptávels

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polis realça bem a dedicação que a conhecida artista consagra à nobilitante cruzada que ha anos lhe tem empolgado o espirito, constituindo um exemplo de quanto vale a dedicação e a perseverança. Lindamente ilustrado com fotografias dos pequenos artistas e contendo as musicas dos cantos, bailados e desafios, Pcqucnopolis é um presente, ao mesmo tempo bonito e útil, não só para as creancas, porém para todos quantos são capazes de se interessar pelas obras que deleitam o espirito e exaltam a inteligencia.

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Os sêres, que as fadas faziam derramar riquezas pela bocca, se tornaram reaes com a grande creação da lechnica — o . . . SPEAKER

A Livraria Martins, de São Paulo, que nos tem presenteado com uma série de livros excelentes, acaba de publicar agora o conhecido romance de José de Alencar, Iracema. Mas, se não bastasse o fato de ser o livro tão necessário ao conhecimento da nova geração, tão mal servida às vezes, com uma literatura quase licenciosa, bastaria ser esta edição maravilhosamente apresentada, ilustrada e com um prefácio de Guilherme de Almeida para constituir uma preciosa dádiva, capaz de enriquecer as estantes daqueles que presam o verdadeiro patrimônio moral e intelectual das letras brasileiras. José de Alencar é destes autores, cuja imortalidade engrandece cada vez mais o amor pelo Brasil, amor pelo idioma, o amor, enfim, por tudo quanto é bem nosso. Assim, nenhum outro livro é tão oportuno num momento em que todos nós precisamos exaltar as grandezas do Brasil para vê-lo maior ainda. FILHO

NATIVO

A publicação dêste romance fez surgir, nos Estados Unidos, e em todo o mundo, a idéia de que a literatura voltou a possuir Dostoievski, com tôda a fôrça de angústia, com todo o vigor e a coragem, que tinha o autor russo, de.descer na morbidez da alma e expô-la cruamente ao sol. Filho Nativo, de Richard Wright, é a história de u'a alma atormentada, de um "doente moral", um negro americano mó rbido, poderoso e irresponsável. O livro é fortíssimo : não que haja inconveniências morais. É fortíssimo como documento humano e pôde chocar as pessoas sensíveis. O sofrimento mórbido das suas páginas se transmite à alma alheia como um estilete penetrante que carrega consigo tôda a dôr do mundo.

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Em magnífica tradução de Gastão Pereira da Silva, a Livraria Martins, de S. Paulo, acaba de lançar mais um volume da "Biblioteca do Pensamento Vivo". Trata-se de Spinoza, trabalho realizado por Arnold Zweig, que transmite ao público, de maneira admirável, os fundamentos da doutrina e da obra do famoso filósofo holandês. Apóstolo do domínio da inteligência sôbre tôdas as outras forças do Universo, Spinoza afirmava que só com o auxílio do raciocínio seria possível vencer'o cáos e a confusão. UNS HOMENS ERAM DEUSES QUE Vecchi Editor lançou, não há muito tempo, no mercado de livros, o romance de Elias Davidovich, sob o título Uns homens que eram Deuses. Não se trata de coisa de mitologia, como a capa do volume poderia induzir a crer, mas de uma série de pequenas novelas de enredo perfeitamente atual. Aliás, o autor revela nesse volume excelentes qualidades de observador da vida e de tipos humanos e de narrador sempre ameno e interessante.

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Gilberto Freyre, com o seu agudo senso sociológico, foi "diário", o livro buscar este velho manuscrito familiar — o de assentamentos de um velho senhor de engenho, Felix Cavalcanti de A. Melo, para publicá-lo, divulgando a notícia de um curioso homem, aristocrata rural típico, que mesmo depois de privado dos bens materiais e vivendo vida humilde, jamais abriu mão dos seus preconceitos de família. Ainda mais : antecedendo ás Memórias de um Cavalcanti, Gilberto Freyre preparou uma importante introdução, na qual traçou o roteiro social dos Cavalcanti, estudando a influência dessa família e de outras que mantiveram com ela política oligárquica e prestígio financeiro. É interessante o livro de assentamentos do velho senhor de engenho. Muita revelação faz êle sobre o Recife, o Nordeste, e o Brasil daqueles tempos e desse aristocrata rural, que lia Eugéne SUe e Alexandre Dumas . . . Memórias de um Cavalcanti foi lançado na "Brasiliana", da Companhia Nacional de S. Paulo. A

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CHEGANÇA

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Folc-lore significa, mais ou menos, a ciência ou o saber popular — esse era o espírito em que o definia o velho João Ribeiro. O fato é que muitos já são os folcloristas brasileiros, mesmo que vem de se enriquecer com o ilustre autor deste livro, o Sr. Antônio Osmar Gomes. No livro em apreço A Chegança, — distribuído pela Livraria Civilização Brasileira, estuda êle uma das mais interessantes tradições do folc-lore brasileiro, muito conhecido na região do Rio São Francisco e em todo o Norte. Chegança é uma festa popular, tão interessãnte para aquelas populações, quanto o Carnaval para os cariocas. Pois o Sr. Antônio Osmar Gomes nos dá um honesto e interessante estudo sobre o "fandango" como também, é chamada aquela festa popular, levando-nos à inümidade envolvente das suas danças, do seu drama, dos seus cânticos, do seu espírito. M A L

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Os meus dias são longas cartas repletas de motivos porque são cheias de você. Os seus períodos palpitantes, vivos, (para quem entende o que lê), têm o valor inefável e novo duma nova carta de a-b-c.

P ffllfe'p.

Lendo este trecho o do retrato, agora, Mais que os outros que inda ha pouco li, pelo suave tom que dele aflora, (lembrando uns lábios em flor...) Oh! peito meu! Lendo-o agora senti que nesta carta era preciso pôr um muito obrigado, no que lhe escrevi...

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- Ká ingleses tão calmos que não se abalam mesmo diante cie balas. Um dêles, no seu apartamento de arranha-céu estava lendo o jornal, quando uma bomba inimiga jogou o prédio pelos ares. O arranha-céu caiu intacto, mas de cabeça para baixo. O inglês continuou na sua leitura, só estranhando que estivesse lendo o jornal de cabeça para baixo. e Um piloto da RAF conta que lançou sôbre uma cidade inimiga uma bomba tâo poderosa que as casas foram inteirinhas pelos ares. Quando o piloto chegou ao aerodromo, percebeu que seu avião estava muito pesado. Verificou, então, que uma casa, ao saltar pelos ares, havia caído sôbre o avião, sendo transportada para a Inglaterra. e Numa zona de guerra, com bombardeiros a jogar bombas em todo sentido, um camponês cobriu-se de palha para se caimuflar e andou às tontas, até que se cançou e adormeceu. Quando acordou, viu que um burro havia-lhe comido tôda a camuflage, deixando-o a descoberto. Mas não foi isso o que mais o surpreendeu. A poucos centímetros de seus pés

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© çstava uma formidável bomba, enterrada no chão e que não havia explodido. Sorte p'ra burro ! ¦Na Visaii^ança _te iJurdia, um australiano que vagava pelo deserto por ter-se desgarrado, teve a sorte de encontrar um grande recipiente cheio dágua. Apesar de muito pesado, ele foi carregando-o, na longa caminhada. Cansado, passou a noite dormindo. Antes de clarear o dia, sentiu sêde e tratou de destampar o recipiente, mas não o conseguiu. Chegou ao ponto de tomar de uma pedra e quebrá-lo, mas teve a paciência de esperar que se fizesse luz. Quando poude enxergar, percebeu que havia trocado o recipiente com a água Por uma bomba que caíra ali perto, sem explodir. Num lugarejo da índia, ponto terminal de uma linha de estrada de ferro, haviam decido diversos passageiros, que deviam seguir a pé para Lahore. As autoridades exigiam os passaportes, mas um dos passageiros, que era indiano, não levava papeis que o identificassem. Só dizia era "cornak" ( guiador de elefantes ), de que um rajah. Não proqueriam acreditar. Pediram-lhe que "corcurasse uma pessôa que o pudesse reconhecer, mas o nak" disse : — Não confio em pessôa nenhuma para me reconhecer. Peçam ao rajah para me mandar um qualquer dos seus elefantes. Assim que um dos elefantes viu o "cornak" correu ao seu encontro com visível regosijo e dobrou os joelhos para que o indiano montasse. Estava reconhecido. Um explorador, passando por um lugar deserto, encon rou um selvagempacífico. Não tendo outra coisa para dar6 Presente, deu-lhe um despertador que ainda funcionava, e lcando-lhe, como poude, seu funcionamento. Pouco deDX? ois, apareceu esvasiado, um oovoselvagem, trazendo no bôjo do despertador cozido. -t94i X

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(fy5eram sadios, sua pele era integra. Um dia, V. não sabe como, eles começaram a coçar, na palma, entre os dedos, junto ás unhas; apareceram umas bolhas pequenas, coçavam muito, arrebentaram, a pele se dilacerou, passou a doer e incomodar, pés vermelhos, magoados. Que será? ácido urico? V. já fez dieta, sem resultado, já tomou remédio. Nada adiantou. Porquê? Porquê V. tem apenas uma micóse; trata-se de um parasita. Como V. o adquiriu ? Muito simplesmente, pisando descalço em lugares contaminados por outros pés com a mesma doença, no dub, no colégio, no banheiro, na piscina, na praia, etc V. vai cura-los! Sim, usando "FITOCIDOL" Passando em todos os pontos irritados e doentes da sua pele um algodão embebido nessa loção anti-micótica: "FITOCIDOL". Isso V. fará todo dia, logo depois do banho, após ter enxugado bem, e repetirá á noite, antes de deitar-se. E saiba que se V. não se tratar, o parasito será levado pelos seus proprios dedos para as virilhas, para as faces internas das coxas, para as axilas, para o pescoço e para outras partes do corpo, sobretudo as que ficam sujeitas a atritos com as vestes. "FITOCIDOL" "inimigo é o n. 1" dos dartros, eczemas,

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NA PISCINA

Fiz uma vez um descobrimento quase newtoniano. Eu estava morando num apartamento com vários colegas e usávamos todos o mesmo banheiro. Todos nós costumávamos nos barbear e tomar banho, pela manhã. Alguns tomávamos banho quente, outros o tomavam frio e eu sempre sabia qual dos dois estava sendo preparado porque a torneira da água quente soltava pequenos estampidos que interrompiam o ruido da água corrente. Fiz, então, um notável descobrimento : embora os banhistas "a frio" ficassem no banho muito menos tempo do que os outros — conforme se deduzia dos ruidos que produziam — permaneciam durante maior tempo no banheiro. Acontecia que, com a tiritante realidade do banho frio à espera, êles empaleavam, pensavam, meditavam e prolongavam o escanhoamento. LANCET O

MALHO

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Um homem bem educado é aquêle que, quando acompanha uma senhora, não lê o jornal ao envez de conversar com ela . . Um homem bem educado puxa sempre a cadeira para a senhora sentar-se, e, não se senta antes dela estar completamente acomodada. Um homem "bem educado não senta-se à mesa de restaurantes e casas de chá, de chapéu na cabeça. Um homem bem educado não fala com uma senhora de chapéu na cabeça e com o paletó desabotoado. Um homem bem educado não cumprimenta uma senhora com o eigarro na bôea. Um homem bem educado não começa a comer antes que uma senhora coma. Um homem bem educado não discute preço nem troco com os garçons diante da senhora que traz por companheira. Um homem bem educado sabe ouvir com atenção e não córta o fio da conversa dos outros. Um homem bem educado nunca acompanha uma senhora em mangas de camisa e sem paletó.

TONICO-'" IPACEMA

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ILUSÃO Fôste tu a mais doce ilusão da minha vida. Serás a última ? Não sei . . .

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Mostraste-me a Beleza da Vida, através um prisma côr de ouro. Apontaste-me no Céu eternamente azul. a linda estrela que guia os namorados nos ca-

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minhos florecidos. Disseste-me que a lua é a lâmpada suspensa que ilumina as grandes alamedas, por onde passam embevecidos os casais enamorados, trocando juras de Amor, em suaves madri-

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onde mora a Felicidade . . . Suave encantamento ! Doce ilusão ! Mas no êxtase desse deslumbramento somos surpreendidos perfidamente Pe'a Realidade, nos mosque tra a rude verdade da Vida, sem ilusões, sem mistérios e sem encantos. Áspera, enfadonha e cruel, como a própria Reandade.

TÔNICO SANGÜÍNEO-REGULRDORUTERINQ connespoNDÊNCiA

Mlle. X . . .

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Ciiieaile aparece nos dias 15 de cada mês.

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fume extranho embriaga docemente, arrebatando-nos para o País astral onde

Leiam

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Fizeste-me contemplar extasiada a bizarria de miríades de flores, cujo per-

nosso espírito se desliga das teriais, pairando acima das queninas na terra. Apontaste-me ao longe o corpóreo da espiritualidade,

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gais, em doces colóquios . . . Mostraste-me os lindos recantos dos jardins encantados, onde a penumbra favorece as confidencias em surdina, onde a quietude misteriosa do ambiente desperta desejos desconhecidos, e novas emoções. Fizeste experiências com florinhas mimosas que juntos despetalamos impiedosamente. sacrificando margaridas e mal-me queres.

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C. POSTAL

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VIVE A FALAR DA COZINHA DE SUA ESPOSA!

seu timbre de voz denuncia orgulho, quando Verifique) i fala dos deliciosos pratos preparados pela esposa. o nome DURYEA Quai será o segredo ? Nenhum: usa MAIZENA DURYEA no e o acampamento preparo dos pratos apetitosos que tanto agradam ao paladar do I indio em cada esposo: substanciosas sopas de creme, legumes enfeitados com salsas, sobremesas deliciosas. E todos esses pratos: com MAIZENA pacote DURYEA, são tão fáceis de preparar! Experimente a nutritiva MAIZENA DURYEA. Peça-a em toda parte. ^mwmwm———-——————""" 9

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1941

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FEMINISMO EM

renovação é o expressivo sinal da actualidade brasileira.

dos seus interesses, apoiando-as na dificiência de cultura.

Aperfeiçôa-se a raça e eleva-se

Senhoras filantrópicas apoiam a União de Classes Femininas do Brasil, cuja obra tende a colocar a mulher brasileira num plano de su-

o espírito

da juventude. Luta-se em todos os setores, pela aquisição dos ideais modernos, tanto nos jogos esportivos como na esfera da

GRANADO' ANEMIA DEBILIDADE GERAL, CLOROSE. CONVALESCENÇAS.

civica,

perioridade

preservando-a

cultura intelectual. Sagra-se a família como instituição nacional, dignifica-se a virtude civilizadora do trabalho. JÊÈÊÊt

aaiamT '

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A mulher brasileira acompanha esse movimento renovador, cujas aspirações visam um melhor apru-

2.a edição

SA MATERNIDADE

veitamento da vida individual e sociai. Uma prova de que o nosso feminismo está em franco progresso, vemos na União de Classes Femi-

Conselhos e sugestões para futuras mães. Prof. Arnaldo de Moraes Livraria Alves — Preço 12$000 R. OUVIDOR, 166 — RIO

ninas do Brasil. Fundada há quatro anos. cm 14 de Agosto de 1937, essa instituição ampara a mulher que

ATAQUES NERVOSOS r OU EPILÉPTICOS

trabalha.

NOVO TRATAMENTO

Dispõe

de

elevado

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mero de sócias, muitas das quais se notabilizam na vida intelectual, professoras, advogadas, poetisas, es-

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vismo entre as mais associadas, unindo-as espiritualmente na defesa

Grupo

m&*mAr'ivt' S-*?? *£ Imm HBU ííaAm BB

Desenvolve o cooperati-

critoras,

MARAVAL

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A Senhora Raymunda Alves da Cunha Socci, Presidente da União do Classes Femininas do Brasil.

de sócias da União de Classes Femininas do Brasil, vendo-se ao centro Raymunda Socci e à sua direita a Snra. Vice-Presidente Cleo

Presidente

a Snra. Bastos.

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RECEBE,

FREQÜENTEMENTE.

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X— 1941


BRASILEIRO MOVIMENTO das

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e

familiarizan-

do-a com as suas irmãs trabalhistas de todo o território nacional. A poetisa Hecilda Clark Ferreira a filial

preside

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São

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Paulo.

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w' _ m ^P",1 fim A poetisa Hecilda Clark Ferreira, Pro*'d«nte da filia| da União de Classes "-emininas do Brasil, em Paulo. São

representantes disseminam-se por todos os Estados. No Rio Grande e em Porto Alegre, defendem os ideais feministas da União, a musicista Juvelina Freitas e a poetisa Stella Brum. Em Sorocaba e em Capivarí, há a escritora Francisca da Silva Queiroz e a poetisa Presciliana Duarte de Almeida. A escritora Salma Madi e a professora Maria da Gloria de Queiroz representam a instituição nas cidades de Rio Preto e de Araraquara. Outrás filiais estão ativas em Cuiabá, Recife, Curitiba, e em muitas outras cidades e capitais. A senhora Raymunda Socci, presidente e benemérita fundadora da União de Classes Femininas do Brasil, não poupa iniciativas para fortalecer essa associação, ora promovendo festivais beneficentes, conseguindo novas adesões de profissionais e damas ilustres da elite social. suas

() feminismo do Brasil está numa fase florescente, movimentando a sua campanha de reivindicações sociais, dando a mulher um sentido civilizador dentro da sociedade moderna.

Outro aspecto da União de do Brasil, em uma das

Classes Femininas reuniões festivas.

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JUVENTUDE ALEXANDRE

DESPERTE A BIL1S DO SEU FIGADO Sem Calomelanos—E Saltará da Cama Disposto Para Tudo Seu figado deve derramar, diariamente, no estômago, um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, 03 alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gazes incham o estômago. Sobrevem a prisão de ventre. Você sente-se abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martyrio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Nada ha como as famosas Pululas CARTERS para o Fígado, para uma acção certa. Fazem correr livremente esse litro de bilis, e você sente-se disposto para tudo. Não causam damno; são suaves e contudo são maravilhosas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pululas CARTERS para o Figado. Não acceite imitações. Preço 3S00Q

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X — 1941

23

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DÓ NOBEL

Alfredo Bernardo Nobel, químico sueco, nasceu em Stokolmo, em 10 de em 21 de Outubro de 1833 e faleceu em San Remo, Nobel (1801Manoel filho de Dezembro de 1896. Era o terceiro família sua .com Alfredo mudou-se ainda Muito 1872). jovem Império Russo, onde seu para S. Petersburgo, capital do então logo depois, um estaleiro e, torpedos de pai fundou uma fábrica segundo filho, Luiz Nobel.que em 1859 ficou sob a direção do seu foi De 1850 a 1854 passou sua vida na América. Em seguida, em seu com trabalhou pai 1861, a 1859 De estudar em Stokolmo. nitromatéria de explosivos, montando em 1862 uma fábrica de do em Kommel fábrica outra fundou 1865 Em glicerina. Elba, que veio a ser posteriormente a mais importante manuem fatura de explosivos do continente, e ainda outra, mais tarde, dinamite e Winterviken. Em 1866, inventou Alfredo Nobel a outros corpos expiopelo fato de fazê-la detonante, por meio de nitro-glicerina e da indústria da da criador sivos, foi o verdadeiro a dinamite na pirotécnica moderna. De 1867 a 1873 introduziu maior parte aos Estados aa Europa e üa América, tundando 1880 tirou patente quinze fábricas deste explosivo. De 1878 a e aperteiinexplodivel caldeira e de uma de um freio automático vaporisadores os aparelhos sulfurico, ácido do concentração a coou e congeladores e a refinação do ferro de fundição. contínua de Em 1884 patenteou um método para a destilação indústria da êxito petrolífera do a base constituiu petróleo, o que sem da antiga Rússia. Em 1888 obteve patente para pólvora " Balistita". Esta a a ser previnha pólvora lumaça, denominada " cordita" e pretendendo Nobel que a patente tambem cursora da o lhe dava direito sobre aquela, pleiteou enérgica ação contra do outro resultado, porém, sem governo inglês em 1894 e 1895, a fabricaque a decisão dos tribunais contra a sua causa. Com çáo da dinamite e outros explosivos e com a exploração das jazidas petrolíferas de Baku, na qual o auxiliaram os seus irmãos Luiz e KoDerto (.IB/y-isyo) acumulou imensa tortuna. Km 1891 trasladou seu laboratório para San Remo. FUNDAÇÃO

Ouça

O

FUNDADOR PRÊMIO

E PRÊMIO

NOBEL

Em 1895 Nobel fez testamento, dispondo que as rendas de sua fortuna, que ascendiam a 30 milhões de coroas, se distribuíssem em cinco prêmios anuais a outros tantos indivíduos que realizassem alguma descoberta transcendental no terreno das ciências físicas, a obra litequímicas, no da fisiologia ou medicina, ou escrevesse rária de alcance mais ideal, ou trabalhasse com mais eficácia na obra de paz entre as nações. Os prêmios de física e de química ficavam adjudicados à Academia de Ciências Naturais de Stockolmo e o de paz a uma comissão de cinco membros do Parlamento nurueguês. O arranjo deste legado, a organização do mesmo,, requereram largo espaço de tempo, de maneira que os Estatutos da "Fundação Nobel" e o Regulamento especial para as quatro corporações encarregadas de distribuir os premios não foram pubiicados até Junho de 1900. Cada ano, em sessão que se há de celebrar em 10 de Dezembro, as corporações distribuidoras dos prêmios anunciam os nomes uos canumatos que Uao ue ser tavorecidos. Liispoz Nobel que para a concessão de prêmios não se levasse em cuma a nacionaiiüaae, de modu que os pudessem oDter escanutuavtoa

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nao.

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máximo, entre tres candidatos, e deve ser concedido pelo menos cada untü anos. Alem do prêmio, recebe cada agraciado uni diploma c uma medalha de ouro e fica obrigado, seis meses depois de haver recebido o prêmio, a publicar um trabalho acerca do assunto, em virtude do qual se uie entregou u prêmio, fará ajudar os Comitês Nobel na tarefa de examinar as proposições uos candidatos, determinaram as corporações encarregadas ua uís tribuição dos prêmios, fundar institutos especiais científicos, com sala para sessões, laboratórios, biblioteca, arquivos, etc, em Stockolmo e em Oslo. Em 1901 foram concedidos pela primeira vez os prêmios Nobel.

24 —

X — 1941


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ATRAÇÃO

DO

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ROSTO?

Se aparecem, agora, na sua pele alva e delicada, manchas, sardas, cravos e espinhas, provocadas pela inclemência do Sol... Frio... Vento ou intempéries, não recorra aos excessivos artifícios para encobri-las — ocultando, assim, a atração natural do seu rosto.

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— 26 —

X — 1941


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neste número no seu XLI ano de existercia. No mês passado, no dia vinentra

he, comemorou seu quadragesimo aniversário. São quarenta anos de lutas, de esforços, de trabalho continuado, durante os quais muitas vêses

tivemos

de

readaptar-nos aceitando

as imposições das

circunstancias

para sobreviver. Quem quiser ter uma idéia do longo caminho percorrido não fem mais do que lançar um olhar ao que era O MALHO, quando nasceu e ao que hoje é. Terá, enl"ão, uma exata noção de quanto esta revista progrediram as artes gráficas em nosso país e como "Acompanhou", aliás, não é bem o acompanhou essa evolução. MALHO se porque muitas vêses, ou quase sempre, O adiantou às publicações contemporâneas. Mas não é somente em matéria de confecção que esta revista avançou e progrediu nestes 40 anos de sua existencia. Também na seleção literaria do termo,

texto. Porque hoje este magazine pôde alinhar-se entre as melhores publicações, do seu genero, em todo o continente. Perdemos — é bem verdade — o feitio de panfleto. Ha muitos e muitos anos que o Brasil não comporta uma imprensa panfletaria. A política morreu e com ela secou-se o charco sobre o qual a imprensa só poderia aventurar-se, manejando as mais duras armas da ironia ferina, do chiste de ponta acerada, do sarcasmo — do panfleto, em suama. O país entrou, primeiro numa fase de graves preocupações, depois

de duradoura

mobilização

geral e fundamental.

das

energias

para

uma grande obra

Ésse período de renovação não poderia deixar de refletir-se nas páginas sensíveis d'0 MALHO, e de fáto refletiu-se. Constatamos com orgulho que podemos alinhar-nos entre as forças sadias e construtoras da ínteligencía brasileira. Valorisando a arte e os artistas contemporâneos, evocando e rendendo homenagens às creações do não cuja morre, beleza divulgando passado, o que há de melhor em nossas letras, mO MALHO" realisa uma tarefa impar que o singularisa entre as demais revistas do Brasil. E, no momento em que entramos no nosso 41." ano, temos uma única aspiração : é que Deus nos conserve a energia e a vontade de continuar a fazer o que até aqui temos feito.


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A PARADA DA JUVENTUDE Causou profunda impressão o garbo e o entusiasmo com que milhares de escolares desfilaram, no dia 6 de na República, da o Presidente Setembro, perante "Parada da Juventude", sem dúvida alguma um dos números mais notáveis do programa de festejos da Semana da Pátria. Vemos aqui aspectos desse desfile e, numa das fotografias o novo pavilhão da Juventude Brasileira, recentemente instituído.

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O DESFILE MILITAR DO

"DIA

DA PÁTRIA" As

comemorações da Semana da Pátria tiveram sua mais alta expressão no desfile militar que se realisou, este ano,

em frente ao Palácio da Guerra,

recentemente veram de dos

a

brilhante

nossas

forças

cadetes

Os flagrantes um

aspecto

presidente

inaugurado,

e que tipresença, ao lado de terra, mar e ar,

paraguaios e argentinos. desta página focalisam

grande parada e o Getulio Vargas agradecenda

do as ovações que recebeu.


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surgem dessas sensíveis.

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fabricação desses lindos vasos artísticos que a arte delicada da cerâmica oferece aos nossos lares como

expressivos

requer

toda

uma

habilidade

e

poucos sabem avaliar. Por isso é bem arte, que se dê à cerâmica o nome de que outra denominação não deve ter, uma vez que tanto se assemelha à escutara, dando formas belas ao barro amórfo e tanto tem de comum com a pintura, originando conjuntos formados de linhas agradáveis... que

bem

Essencialmente manual, a cerâmica é l'sfa. E o oleiro, seja como fôr, é assim como °° Criador, na sua faina de modelar, em "frio, formas lindes que deliciam o olhar da

arte

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O estilo individual se manifesta em cada obra da arte da olaria moderna, que é, praticamente, uma nova industria. . . sem maquinas. Em grande parte fazem-se os objetos por encomenda, respeitando minuciosamente os desejos do freguês.

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Os ornamentos se aplicam um após outros da mesma maneira como ha séculos passados.

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são em grande cópia os irracionais que NÂO teem, até nossos dias, gosado da admiração ou da simpatia humana a ponto de merecerem de nossa parte as honras de culto. Na Antigüidade fizeram-se idolatrar o ichneumon ( rato ), o boi ( Ápis ), o bezerro, o escaravêlho, o dragão, e outros, que não vale a pena enumerar. Foram cultuados com fervor, com infinita devoção, principalmente entre os Egípcios. Na hora atual, também são em despresível número os bichos aos quais consagramos uma bôa parte de nossa amisade, o que, muitas vezes, dá motivos para ciumadas, rompimentos de relações ... O gato, o cão e o cavalo constituem a trindade zoológica à que mais nos afeiçoamos, movidos, na mór parte dos casos, pelo interêsse. Porque ... lá diz o ditado : "Em casa sem gato nem cão entram o rato e o ladrão". Em Roma, um cavalo, Incitatus, mereceu de seu dono, o imperador Calígula, entre várias homenagens a de ser nomeado sumo pontifice, com direito a comer numa mangedoura de ouro ! Outro cavalo, que perdura gloriosamente nos fastos, o célebre Bucephalas, teve por senhor o maior dos guerreiros da Antiguidade : Alexandre. Na éra moderna, ficaram famosos os cavalos de Napoleão, o mais conhecido dos quais foi Ali. Os Gregos ganharam uma imortal vitória sôbre os Troianos com o auxilio de um cavalo ... de madeira. O cavalo, o cão, o elefante e o camelo têem participado com destaque nos campos de bata-

f^r^m Ajudando o cavalinho a comer. I

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lhas, mas o equídeo é sempre o mais ciE eis porque tado nas ordens do dia. só êle tem logrado a sorte de ser perpe- ^^mLA" -l££n^mw'">-x ** '*B«l ' ' ' tuado no bronze ao lado dos heróis. ' r it ¦: J • Fóra das casernas, o prestígio dos equideos é igualmente considerável. O cavalo é muito apreciado por sua piás,r*m%L-l*mmliki tica e por sua fama de corredor inegualável. Deixaram nome nos anais do turf nacional inúmeros ginêtes de ".' -./T*^ y'.^Hktf :** ."' Jf./y' apreço : Soberano, Maestro, Zadig, ..'w|bA. K«l Mossoró . . . Até os Físicos não se S&rV ~hShJEm£M&tm esqueceram de homenagear o corcél, ligando seu nome a uma unidade de fôrça : cavalo-vapor. Nossa estima ao cavalo surge em nossa primeira infância. Qual de nós não fez da vassoura um cavalo, enquanto não possuíamos um pileca de verdade ? IjffcL, 1KB ^ |p K II j'

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elegantes reuniões Verdadeiras teem lugar no grande centro turfistico, onde podem ser apanhados flagrantes como este.

o ambiente chie sugere um footing antes do início das carreiras.

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Descamba o sol. Cisma a isolada torre Cisma... E alongando o olhar de pedra fria, Parece ver desse final de dia No raio extremo a antiga fé que morre

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Como na areia, ao tempo, a tenda erguida Que o abrigara das chuvas, o viajante Esquece e vai buscar um pouso adeante, Os corações deixam-n'a esquecida.

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Seja manhã de inverno ardente o sol a pino jaz-lhe pendido o sino, bronze, em sono eterno.

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Menos que aquele fumo, que arrebata Lá embaixo o vento e vai traçando o rumo Do céu na espira, viu durar o fumo Dos sagrados turibulos de prata.

Não vibra mais! Ou verão, brilhe Ou caia o sol — Com a corola de

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E, tempo extinto! dele ouviu sonoras, Noutra quadra melhor — como de um calix Sai um bando de abelhas pelos vales, — Sair cantando pelo espaço as horas. E agora muda! abandonada ao vento! Muda! entregue ao deserto árido, infindo! Como pesa, meu Deus, mesmo caindo Sobre uns ombros de pedra, o esquecimento! Estar só! viver só! transe tremendo! Só! e inútil sentir passar a vida! Só, com uma sombra aos pés... Torre esquecida" Entendo-te a alma, tua dor entendo. Só! que angustia indizivel! só! que magua! — De quando em quando uma andorinha apenas Busca-a e beber-lhe vem, riçando as penas, Na rota claraboia um pingo d'agua. Alma dos homens, não vos move inveja A ave do céu que, erguendo-se em procura De um pouco d'agua à sede que a tortura, A terra deixa e vem buscar a igreja?

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Tendes em que matar a sede vossa, Alma dos homens! a serena fonte Já não é necessário vol-a aponte Torre brutal de cantaria grossa. Crença, culto, dever, tudo esquecestes Varia agora, passando a ventania Dos vidros desta cupola sombria O pó das azas das visões celestes. Varra, leve-lhe tudo!... — A torre cisma. Como um fantasma na planicie posto, Alta, de pé, bate-lhe o sol no rosto E ela no sol o olhar de pedra abisma. E olha, alonga-se, espia, e lhe parece Ver, de costas, além, — sombra apagada Quasi de todo, lá no fim da estrada O ultimo crente que desaparece. « i

ALBERTO DE OLIVEIRA X _ i941

35

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MALHO


remeiros saltaram para o lamaçai da margem. De bordo vieOS ram as espias pelos ares. E a barca ficou deserta, o leme gemendo como um sêr vivo no vai-vem das merêtas. Lá fora a lua semeava fantasmas no chão da várzea. Uma nuvem de muricocas ziniu assanhada nos muçambês. Êi, Levino! ôi, mestre! Traga uns paus de lenha bôa, homem! E mestre Néco acabou de ageitar a minha esteira. Era um caboclo seco e sólido, entrado em anos, a cara tatuada de rugas. Fogueira nesta beleza de noite, mestre Néco? Bastam uns gravetos pra se esquentar a comida e fazer o café! O piloto disse que não com a cabeça, abanando o chapelão de carnaúba: E' voto meu. Dormir nos barrancos deste São Francisco, só com muita labarêda. Nem que estejam chovendo candieiros do céu, meu Deus perdoai-me! — Por causa de onça ou de cobra, mestre Néco? Não conseguiu resposta. Senti que êle engulia uma história. De cobra ou de onça, mestre Néco? De nada não senhor... Voto a gente faz, sabe? que Havia um tom de resmungo na sua voz. Os homens da tripulação chegavam. Braçadas de lenha cascalharam no barro duro O fogo pegou que nem calúnia. Remeirada resonando em cima da vela encardida. Mestre Néco, de papo para o ar, pitava em silencio, olhos abertos, olhar enganchado numa recordação. - Mestre Néco? Nhôr? Você não respondeu aindagorinha. Ou bem que somos amigos, ou bem que nào somos. Mestre Néco se mexeu, tragou uma fumaça massiça, quiz de novo tirar o corpo fora: O senhor tem muito livro pra estudar, nào carece de andar escutando casos de gente que nem eu. Depois, é franqueza: cada qual no seu roçado. O senhor, lá nas coisas dos grandes, dos cidadãos. Nós, aqui nas nossas coisas, na velhacaria destas águas velhas, como Deus é servido. Pra que um fuchicar no surrão do outro? Protestei, docemente. Não, não devia ser assim. Vivíamos todos no mesmo mundo e o bem ou o mal que alguém aprendia ou experimentava devia ser contado para servir de lição: O

MALHO

JvIESTf^E riÉCO f/víE CONTOU SODRÉ Aqui neste rio que você conhece tão bem, mestre Néco... Porque é que as barcas não se arrumam na pedra do Bío? Porque ela está de fói'a, não é? E porque é que sempre se perde barca no Rodeadouro? Por causa de pedra escondida, não é? Na verdade. Nisto aí o senhor deu no ponto. Mas não vê que certas pessoas gostam de ficar rindo quando eu conto esse caso, e eu me ponho logo precipitado de raiva... Não, mestre Néco. Comigo não tem negocio de troça não. Pôde contar sem susto. O beiradeiro f o i falando deitado mesmo: — Pois bem. Tem cinco anos, caminhando pra seis no dezembro que vem. O padre chegou na Cachoeira fazendo desobriga e vinham uns noivos dos Pacús pra casar aí. Gente como caborge na cheia. Deu a hora da chamada, o sacristão pegou na lista e principiou lendo os nomes. Fulano! Pronto! Fulano! Pronto! Mas quando chegou nos nomes dos ditos noivos dos Pacús ninguém respondeu. O vigário inchou feito pocomon, disse que não era criado de diabo nenhum e não esperava nem um tico. Socou a mão, pegou casando os que estavam. Já ia chegando no fim quando o p.ssoal que tinha ficado na entrada da capela fez um aforismo danado. Corremos pra lá e encontramos Zé Magro contando. Eles tinham saído dos Pacús à meia-noite, pra chegar muito cedo. A viagem era perto e o rio que nem leite. A canoa entupida de mulher e o caxambú toando. O piloto mandou varejar pela beirada para pegar adiante o fiapo da travessa. No chegar de um remanso que tem naqueles meios pediu ao povo que calasse a boca, não fizesse barulho, que lá era morada do Negrinho Dágua. As velhas mais que depressa obedeceram^ mas as moças aí foi que se espritaram. j cantando e fazendo baderna. De repente só se viu a embarcação soluçaç., e a marêta sumir tudo, de ponta a ponta. Pega uma, pega outra, os ho|| mens sempre botoram as mulheres ndè'-"~t barranco. E estavam pelejando p r a, pôr a canoa no seco quando escutaram uma risada e viram um menino preto — chuáá! — se jogar de um toco de jatobazeiro e nadar pra fora, dando 36

VIANNA

canga-pés que nem rabanadas de dourado no anzol. Neste ponto da visagem, não me agüentei: Que menino! que preto! que prosa! O menino que virou a canoa de vocês foi cachaça! Meu Bom Jesus da Gruta da Lapa, pra que eu disse isso? O povão caiu em cima de mim que quase me acaba: Você não crê no Ne'grinho Dágua? Nunca ouviu os mais velhos contarem caso do Negrinho Dágua? Aí me esquentei e fui turrando tambem os meus quatro vinténs de sabedoria: ¦

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& viajado na carreira das Te barcas! £s doa Vista até Joazeiro e do Joazeirc té o Corrente! E nunca vi foi Seu nada! Com Deus adiante, no lombo deste rio velho navego a qualquer hora! Aí a mãe de Zé Magro só faltou meter os peitos dela nos meus peitos! ô caco de gente medonho! Eu posso viver cem anos de vida, porém nunca mais esqueço a cara daquela bicha! Os olhos de gato latejando de ira. A boca aleijada me rogando praga: Deixa-te estar, cabra safado! Tú vais vêr que meu filho não mente! O Negrinho Dágua mesmo há de te ensinar a não fazer pouco em palavra de homem! E caiu de joelhos, resando, esconjurando, babando como um cachorro de mal, riscando os cinco Salomão.

Mestre Néco levantou-se, atiçou a fogueira, acendeu o cigarro num tição: — O senhor quer dormir?

Não, mestre Néco. Eu quero é o resto da historia. Êle se deitou de novo, meteu a coberta embolada embaixo ca nuca e foi adiante: Bom... Como eu não gosto de questões, não quiz mais ficar na festa. Voltei pra casa. E a primeira coisa que enxerguei no terreiro foi Lindaura, minha filha moça. Pôde o senhor acreditar que quando dei com a menina só me bateu na lembrança a praga da velha. Tornei a yêr a cara de genipapo da maldita, tornçf a vêr o braço muxibento dela me ameaçando. Lindaura me tomou a benção. O senhor voltou hoje ? Não disse só vinha quando a função acabasque se ? Não quiz contar a briga. Entrei, bebi café e fui dormir. No outro dia cedinho ia bater uns caruás e mudar a corda de uma tarrafa. Lindaura foi botar o feixe nágua, para amolecer e pubar. Com as barras já claras, meti os pés da esteira. Chamei. Nem como coi-

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1941

37

sa. Tornei a chamar. Lindaura ! Nada. Saí fora chamando. Lindaura ! Lindaura ! Nada. Só se ouvia o cochicho do rio. Oxente ! Prestei atenção e vi o rastro dela no rumo do porto de vender lenha aos vapores. O rastro ia indo quando, de repente, não dei uma coisa porque sou um cabra forte. Vi as marcas dos pés entrando nágua ! E es. cutei, lhe falo com pureza, escutei uma risada horrorosa que vinha das moitas dos calumbís ! Corri feito maluco tombando, gritando pela misericordia do céu, a cabeça zoando como um ôco de abelhas... Procurei muito, depois fui esmorecendo, esmorecendo, e entreguei tudo a Deus... E você acha que foi o Negrinho Dágua quem carregou com ela ? Mestre Néco sentou-se num pulo de cangussú ferido: Quem havia de ser ? Faiscava. Concordei, th amainou Lindaura era uma moça de juizo. De mais a mais, não sumiu nenhum rapaz destas visinhanças... E é porque o senhor não sentiu a força com que a mãe de Zé Magro me desejou este mal ! Fez uma pausa, ensimesmado : A gente pensando bem dá mesmo nisto... Tudo o que há neste mundo tem o que é bom e o que é ruim. O mato tem a caça, mas tem a cobra. O sol tem a manhãzinha, que é tão bôa, mas tem o meio-dia, que é ver braza viva e queima as roças. Ora, o rio tem o peixe, tem 3 água de se beber e se viajar nela, tem as vazantes de plantação... Será possivel que só o rio tenha tudo de b^m e nada de ruim ? Quem quizer que acredite... Eu é que já passei do tempo das pabulagens... Ergueu-se, jogou mais lenha na fogueira.

Levino me escorou antes do embarque: O velho hontem contou ao senhor o caso de Lindaura, não foi ? Você ouviu ? Uns pedaços, quando acordava. Mas como conheço a historia atinei logo. Meteu uma lasca de fumo na boca: O velho está gira, coitado... Não vê que êle só tinha Lindaura neste mundo... Quem roubou ela foi um maquinista da Viação. A gente não diz nada, sinão êle vai atraz da filha pra matar. O Negrinho Dágua bole com quem bole com êle. Lindaura nunca buliu. Ela está é na Pirapora fazendo vida de mulher-dama. Mas o senhor não desengane o pobre de mestre Néco, não. Estou lhe contando tudo é para o senhor não ficar fazendo máu juizo do Negrinho Dágua... O

MALHO


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tí | t_t} Paraná chorou, no crepusculo | do ano íindo, a perda de um ^0 dos seus mais claros e harmoniosos espiritos: o poeta Correia Júnior. Como recebeu a infausta nova a capital do Brasil? No atropelo destes atormentados dias o éco da voz do coração perde-se, confundido com o tumulto das multidões. A melancolia dessa verdade é o doloroso atestado de que nos desconhecemos çordialmente. O intercâmbio intelectual, esse, mantivemo-lo sempre com a França, com a Italia, com a Inglaterra, com a Alemanha e. em pauta mais exigua, com os Estados Unidos da America do Norte. Desses paises, paradigmas da cultura cientifica e do gosto literário, fizemos sempre as fontes em que se abebéra a curiosidade da nossa inteligência. E esquecemos o Brasil, este Brasil cuja grandeza territorial representa obra da previdencia e do heroísmo dos portuguezes, e cuja integridade foi mantida pela espada gloriosa de Caxias, pela ponderação espiritual dos estadistas do Império e se faz intangivel pela visão patriótica dos pró-homens da Republica. dos Desse admiravel humorista, mais bem temperados, que viveu sorrindo e fazendo sorrir a quantos o liam ou o ouviam, se pôde dizer que apenas uma vez provocou lagrimas: quando morreu E' que ele foi, além de uma expressão de alegria, uma afirmação de bondade As crianças O

MALHO

curitibanas adoravam-n,'o. Era surgir o tio Jango, como o chamava a petisada, e logo as girandolas do riso estouravam. A esses pedaços de gente acarinhava com meiguice, distritouindo entre eles balas e frutas. Era um contentamento- para a gurizada a presença do tio Jango ! Berço de Emiliano Pernetta, de Emilio de Menezes, de Rocha Pombo (que foi, também, um magnífico poeta,) de Nestor Victor, de Domingos do Nascimento, de Dias da Rocha Filho, de José Gonçalves de Morais, de Leonidas de Barros, de Tiago Peixoto, de Ismael Martins, de Maia Júnior — o Paraná é um viveiro de harmonias maravilhosas. Em substituição a esses, que a morte fez emudecerem, outros lá estão gorgeando e cantando, dando á vida um sentido religioso de beleza e de encanto. A esse núcleo de aves sonoras, sendo dele figura de relevo, pertencia Correia Júnior. Varias as obras que deixou. Em "Enxú de mandaçaias", publicado em 1923, encontra-se : LAMÚRIA DE REPUXO Xlop... Xlof... Xlop... Xlof... Disse-me ontem o repuxo da Praça da Universidade. Xlop... Xlof... Apesar de não ter aprendido pclaco compreendi que o mísero repuxo tinha toda a razão!... Em "olho dágua" confessa : Só deixarei de cantar Quando o olho dágua secar... E cessou para sempire na tarde triste em que abandonou o palco da vida terrena, subitamente, após haver sorrido piedosamente. Em "Creanças", pagina deliciosa de "Quiriquices", crônicas humorísticas, assim se exprime: "— Papai, porque é que aqueles homens estão desenterrando aqueIas arvores? Porque estão mortas. E porque é que a gente quando morre, é que é enterrada? Em "Farélo", seu último livro, o 38

LEONCIO CORREIA humorismo esfusia graciosamente: "O que mais encomoda o homem são as dividas... O que mais encomoda a mulher são as puigas... Seja esta transcrição a chave com que fechadas ficam elas neste rápido e despretencioso trabalho: MAMAE CURITIBA Minha cidade é linda! Minha cida[de é bôa! As creaturas de outras plagas que a [visitam, deixam-na sempre enamoradas dela... Minha cidade é linda e bôa... Parece que ha no ar que respiramos, quintessências dulcificadoras de todo o mel suavissimo da Terra, Minha cidade é bôa e linda.... Milionária de jóias femininas, milionária de força, de esperança e de saúde, milionária de talento e de bondade. Em minha cidade nem os mendigos pedem esmola! Correia Júnior fez o curso de agronomia, e, ha mais de 20 anos, dedicou-se exclusivamente ás letras, como jornalista, poeta, humorista e teatrologo, tendo sido um dos mais dedlcados e prestigiosos incentivadores do radio, como creador do Teatro Radiofonico, no qual se firmou com brilho e inteligência. Procopio Ferreira trouxe-o, em 1927, de Curitiba E tal foi a sua atuação como parte integrante da companhia do gr.inde ator, que entusiasmou a platéia carioca. Não o creram simples amador do palco, mas artista consumado na arte de interpretar almas alheias. Pertencia ao Centro de Letras do Paraná, e a morte o surpreendeu secretariardo a brilhante revista GranFina, a caçula da imprensa da terra dos pinheirals. Lucidio Correia Júnior, filho de Lucidio Correia, era neto do saudoso medico Dr. Leocadio José Correia, *' o pai da pobreza de Paranaguá", vibrante jornalista e notável tribuno, e sobrinho do Dr. Leocadio Cysneiros Correia, consagrado vulto das letras paranaenses. X — 1941


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Tio Antônio ! desse negro ! . . Que saudade que eu tenho Antônio Tio Eu era pequenino, Era velho, Velho como um anoso jequitibá ! . . Tinha branca Toda a cabeça de branco pixaim. Perna arcada. Zambro. Tinha tórax de gorila, Cara feia. Uma carranca que metia medo Às crianças, Mesmo ao sol de meio-dia. No entretanto Eu gostava Muito de Tio Antônio . . . Oh ! si gostava ! .. Tio Antônio fingia travessuras, Fazia rir Abrindo uma bocarra desmedida Avermelhada, Onde urr, dente só brilhava ainda . . . Isto depois De têr andado pelo chão de quatro, A imitar Pelos pinchos que dava, um negro sapo ! Se eu chorava, Tio Antônio então corria de seu canto,

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o saracura quebra-póte, E aos guinchos, Imaginava o saguim que na floresta Pelos galhos, Dé cabriólas como um bom palhaço ! Ah Tio Do Das

! era bom Antônio ! Tão bom que ainda me lembro São João, festas, dos balões, e das fogueiras,

Ouando êle ia, Em tardo passo como boi de arado, Cortar cana, E assá-la na chama do brazeiro Só para mim ! . . Os globos polícromos que soltava, Os meus balões ! Balões ! . . Sonhos de louca mocidade, Oue queimaram ! . . fc Tio Antônio ria, ria sempre Talvês porque Me julgava feliz com tais folguedo: ! E de noite Ouando já ia a lua muito alta, Tio Antônio Me levando do colo para a cama, Só sabia Cantar uma canção velha e tristonha Da África, Lá de longe, de um outro país distante. Donde viera como escravo, preso Algemado Em miseras correntes infamantes ! De um país Onde havia princesas de azeviche Coroadas De diademas de rútilas opálas, E príncipes, Retintos qual betume de fuligem, ^as tão ricos Oue Salomão de suas pedrarias Inveja havia tér, talvês de certo . . .

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Todos eles Entanto tinham vindo a terra nova Como sofrer Tremendo cativeiro ! Amargurado O triste pão Do exílio que maltrata e que consola ! E com isto Ensopavam com sangue a terra bôa, E sofriam . . . Mas a gleba feraz e dadivosa Lhes pagava Por tanto sofrimento — o fruto opimo ! O chicote Estalava no dôrso suarento Do escravo, Era como incentivo flamejante, Oual divisa, Para anceios de Amor e Liberdade ! . . Tio Antônio Sentia esta verdade palpitante ! . . Ria ... ria ... "sinhozinho" . .. Carregando nos braços Eu dormia No consolo dos braços dolorosos

39

E sorria ... Sonhava que o meu mundo só seria Povoado No decorrer de toda a minha vida, Anos a fora Üe outros "Tios Antonios" iguaesinhos Ao que eu tinha !... Bom, generoso, Da corrente

como a água fresca

Oue serpoiava as terras da Fazenda Em que nasci. Humilde como o cão que é companheiro Do caçador! Indiferente'como um nsi sem trono Oue seu cetro Deita na mão do último vassalo l Eu sonhava E Tio Antônio junto a mim cantando.

Me embalava ! Tio Antônio!

Qua saudade que eu tenho desse negro Oue sorria Para me vêr sorrir, quando eu chorava í GARCIA

JUNIOR

O

MALHO


CÁCTUS

que o cérebro de um homem em risco de se afogar é invadido, DIZEM nos últimos momentos, por uma torrente de recordações desde os primeiros anos. Si assim é, é bem possivel que um homem possa reviver certos períodos de sua vida enquanto descalça uma de suas luvas. Isto é o que precisamente sucedeu a Trysdale, enquanto permanecia diante da mesa em seu apartamento, fixando atentamente uma planta estranha em um pote de barro. Era uma espécie de cáctus, com folhas longas como longos tentáculos que balouçavam à mais leve brisa, como se convidando graciosamente a se aproximar daquele que as fitasse. O amigo íntimo de Trysdale, o irmão da noiva, permanecia sentado ao lado do porta-bebidas, em outro canto do aposento, falando amargamente por Trysdale não compartilhar de sua alegria, obrigando-o a beber sozinho. Ambos vestiam trajes de cerimônia, e os peitilhos de suas camisas brilhavam à luz fraca que ainda invadia o apartamento. Desabotôando vagarosamente a sua luva, Trysdale recordava as últimas horas dolorosas em uma breve revista retrospectiva, Podia ainda sentir o perfume das flores que enchiam a ígreja;

podia ainda ouvir o mur-

Conto de O.

Henry - Tradução de A. C. Amorim

múrio crescente das centenas de convidados, parentes e amigos; o leve ruido dos vestidos e, particularmente, a voz pausada do sacerdote, enquanto unia o jovem par pelo santo matrimônio. Trysdale perguntava agora a si mesmo, mais uma vez, como tinha perdido aquela que êle assistira unir-se a outro. E tão profundamente sentiu-se afetado por este acontecimento incompreensível e enigmático que se viu diante de um fenômeno jámais experimentado: viu-se, pela primeira vez, como era realmente... sem disfarce... Tremeu diante da idéia de que outros já o haviam visto em toda a sua miséria, antes que êle

próprio

a tivesse notado I

Vaidade e convencimento ! Estas haviam sido sua armadura em muitos anos, e de tal modo que agora faziam parte inte-

grante do seu caráter; caráter tão oposto à natureza nobre de Elsie I Mas, como explicar então ?... instante em que Elsie passou na do altar, Trysdale foi tomado, segundos, por emoção espor alguns tranha e ignóbil, mas que lhe trouxe consolo momentâneo. Acreditou que a palidez da noiva era indício de que seu coração era ainda de outro homem, mas não daquele que ia ser seu esposo... Mas desiludiu-se prontamente, ao notar o olhar límpido e ardente dirigido ao futuro esposo. Trysdale conhecia aquele olhar, e compreendeu que sua lembrança não mais existia no coração da jovem. E sua vaidade sofreu: toda esperança estava perdida I No direção

Mas, como acontecera tudo isso ? Que é que os tinha separado 7 Nunca discutiram; nenhuma diferença de opinião, nenhuma incompreensão havia jamais nublado a mútua afeição. Então — por que 7 Por

que 7 Mistério... Mil vezes Trysdale fazia passar pela sua mente os acontecimentos que precederam a estúpida mudança na sua vida. Mas a causa possível do rompimento permanecia obscura. Elsie era uma criatura encantadora, vivaz, simples e, acima de tudo, romântica. Agradava-lhe colocá-lo em um pedestal, e êle aceitava a homenagem com toda a majestade de um rei. Era um incenso que ela queimava diante dele, e recebido como merecido. Esta idolatria (êle dizia a si próprio) tornava-a mais encantadora e Irresistível,

alaaaaaaaaaaaV I

porque era oferecida com sincera adoração. Oh ! Como êle tinha certeza disto ! Elsie emprestava-lhe todas as qualidades possíveis e impossíveis, todas as dádivas naturais e mesmo sobrenaturais, todos os talentos, virtudes e capacidades concebiveis e inconcebiveis; e êle absorvia tudo como o deserto absorve a chuva: sem prometer ou oferecer uma retribuição... No instante em que Trysdale começou a desabotôar sua segunda luva, viu, como a luz dum relâmpago, o ponto culminante de sua fatuidade e de seu. egoismo sórdido a sem limites. Acontecera na tarde em que Trysdale se ofereceu para erguer Elsie até ao seu lado, no pedestal onde ela o tinha colocado, — sua compartilhar a grandeza para como sua esposa. Como era doloroso para Trysdale recordar o encanto que ela externou naquela noite, tornando-se mais desejá vel do que nunca; a gloria do seu cabelo naturalmente ondulado, a graça do seu corpo, a meiguice e encanto virginal de suas palavras e olhar. Orgulhosa diante da proposta, Elsie dissera entre outras cousas: — "Sabes, o capitão Carruthers disseme outro dia qua falas o castelhano como

o MALHO

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um hespanhol. Por que nunca m'o disseste ? Dize-me: existe qualquer cousa, qualquer cousa neste mundo, que desconfieças ?" Aquele idiota de Carruthers! Então não podia ter ficado calado ?... Era verdade que êle, Trysdale, podia citar algumas frases extrangeiras de qualquer dicionário — alguns provérbios castelhanos, alguns adágios. Mas porque, em nome dos céus, tinha Carruthers, um de seus mais fervorosos admiradores, dito a ela que êle falava castelhano fluentemente, quando apenas sabia algumas palavras ? Por Deus ! O incenso d-A adoração de Elsie era demasiadamente doce, por demais suave para que se privasse dele; e aceitou mai* etta coroa de laurel que não merecia I Nunca, assim lhe pareceu, tinha ela se sentido tão alegre e felii eomo naquela tarde inesquecível. Juraria (e ainda guardava convicção inabalável) que lera um consentimento franco e feliz nos olhos de Elsie. Mas a modéstia infantil evitou que ela lhe desse a resposta imediatamente. "Mandar-te-ei a resposta amanhã 4 tarde", assim ela o dissera; e êle, confiante na vitória, concordeu com a demora, com um sorriso calmo e indulgente. O dia seguinte Trysdale passou alegre com a antecipação da missiva prometida, "chauffeur" de Elsie mas somente à tarde o trouxe aquele biiarro cáctus no pote vermelho. Nenhuma carta, nenhuma missiva; apenas um cartão preso à planta indicando um nome extrangeiro — ou possivelmente o nome botânico da planta. mas a Trysdale esperou até a noite, e^ a resposta não veio. Seu imenso orgulho êle vaidade patológica não permitiam que exa procurasse em pessoa para pedir uma se não E definitiva. decisão plicação e uma até dias vários quando encontraram durante se viram em um jantar oferecido por amigos de ambos. A troca de cumprimentos foi correta, mas o olhar de Elsie denotava receio e dúvida. Delicadamente, como homem de sode dade que era, mas duro como um diamante, Trysdale esperou que ela explicasse. E então com a rapidei característica da mulher «ensível, Elsie mudou a atitude abrutamente e tornou-se fria como o gelo, e a partir davez mais quele momento afastaram-se cada dissolveu «té que a encantadora amizade se "o ar. este Qual dos dois era responsável por "dénouement" i De quem a culpa ? Agora, numildemente, Trysdale revivia as ruinas de

PliVTAWHOS ¦ ¦ «_• EU" Liborio andava pelo quintal explicando cousas ao filho. |^% — Vês ? De uma pequena semente nasce uma arvore que dá ao homem uma infinidade de recursos. Repara naquela formiguinha como trabalha com ardor ! "Éta bichinho valente ! Carrega uma folha dez vezes maior que o >eu corpo ! Mais adeante deram com uma ninhada de ovos de galinha, justamente na ocasião que os pintainhos saíam das cascas. Estás vendo ? Eles ficam quetinhos dentro do ovo. Quando percebem que já podem ver a luz do dia, eles mesmos saltam p'ra fera ! Engraçado, não, papai ? E como é que eles fazem para entrar lá dentro ? "Seu" Liborio mastigou o cigarro e deixou a lição para o dia seguinte. NINO

"Que há contigo, afinal, Trysdale ? Pareces tão preocupado que alguem pensatia seres o marido, e não apenas uma testemunha. Vamos, olha para mim !... Viajei duas mil milhas em horrível navio de carga, cheio de alho e banana, apenas para estar presente à cerimônia. Devo, então, morrer sob o peso de um grande sacrifício ? Não te es— queças de que eu tinha apenas uma irmã e agora ela partiu ! Bem, suspirou êle, nada mais há a fazer. Bebamos um pouco — isto aliviará nossos corações". "Não tenho o mínimo desejo de beber", replicou Trysdale com irritação perce"Olha. Deixa-me sozinho I" ptível. "Teu licor é abominável I" — resumiu o outro, entre dois goles. "Quando me visitares em Punta Redon-

à procura de uma resposta

da algum dia, hei de te oferecer um velho conhaque que te fará esquecer todos os

Repentinamente a vox clara do amigo 'nterrompeu seus pensamentos.

desgostos em um momento I Asseguro-te que, êle só, vale o sacrifício da viagem".

*ua vaidade, digna.

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BORGES

Calou-se, mas logo após exclamou sur"Que é isto ? Aqui está um velho preso: — conhecido meu ! O cáctus ! De onde o roubaste, Trysdale ?" "E" um presente de um de meus ami— respondeu Trysdale secamente. gos", "Conheces esta espécie ?" "Creio que sim I Êle cresce às centenas em redor de Punta Redonda. "Olha, aqui está o nome" — exclamou o amigo, "Coapontando o cartão preso a planta. nheces o castelhano ?" "Não", — respondeu Trysdale, sorrindo amargamente, associando a pergunta ao que se passava em sua mente. "Isso é castelhano ?" "Sim. Sabes: os homens em minha terra adotiva acreditam na linguagem das flores, e na força e valor desta linguagem. Por exemplo, eles chamam esta planta de "Ventomarme" — um belo nome que pode"Vem busria ser bem traduzido assim — car-me"...

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CONHECES O BARBEIRO DE SEVILHA ? NAO; SO' FAÇO A BARBA COM GILETE.

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clássico, pela sua técnica de composição, baseada nas lições Franck, nascido em Liège, em 10 de Dezembro 1890 de Bach, e foi igualmente um romântico pelos poemas sinde Novembro de 9 em Paris César de 1822, e morto em sob fônicos que compôs. francesa, escola foi o verdadeiro creador da moderna César Franck foi músico porque assim o desejou seu o ponto de vista da Música pura. Ao mesmo tempo que pai — um banqueiro que tinha amor às artes. Por sua volta ã tradição de Bach, utiliza-se de todos os Processos felicidade, o menino tinha franca intuição musical, de modo dos românticos alemães, sob o ponto de vista da harmon a e da orquestra. Apesar disso, conservou-se profundamente que desde os onze anos começou a sua peregrinação como francês, pela clareza, pela pureza e pelo equi í rio. concertista. Estudou, a principio, em Liège, e depois, no nao 1837. Conservatório de Paris, no qual se matriculára em"grande Foi, a principio, extremamente combatido porque compreendiam. Com o tempo, formou adeptos e continua No ano seguinte, na prova de piano, conquistou um dores brilhantes de sua obra: Vincent D Indy' He" prêmio de honra", recompensa inédita na vida do famoso ^ Pare, Paul Dukas, Chausson, Alberic Magnard, Guy Ropartz Conservatório. e outros. . . . . todos Interrompendo os estudos bruscamente, em 1842, dedide César Franck tem tão profundo conhecimento à carreira de "virtuose" e de compositor. Fixou-se, cou-se os recursos da polifonia e uma assimilação por tal depois, em Paris, onde começou a lecionar piano, para susfôrma completa, que, na fráse de um de seus biógrafos, tentar os pais. Agravando-se os acontecimentos políticosa "pensava com a maior simplicidade nas coisas mais comde Paris, sofreu as maiores privações. Casou-se contra plicadas". .. , vontade dos seús com a filha de uma atriz célebre, Mme exigem Sua harmonisação possue particularidades que Wagne Desmouneux. Nomeado organista da igreja de Notre Dame estudo mais profundo. Êle aliou ao cromatismo de Desempenhou, dede Lorette, sua situação desafogou-se. um diatonismo caracteristicamente clássico, realisando onde escreveu Clotilde, Santa de basílica na igual posto pois, ideal concebido por vários compositores com uma linguagem as entre quais Beaticomposições, suas de número grande sempre de órgão do musical particularmente sua. Sua orquestração também, Foi professor os Corais. e («dês metais, soberba. Emprega freqüentemente as cordas e os Conservatório. deixando em plano secundário o instrumental de madeira "Os últimos anos de sua vida foram de triunfos sucessipara os efeitos mais característicos. vos para o artista, que os anos glorificaram e inscreveram ae Alma expansiva, êle era, como o disse Emmíinuel Chaentre os maiores que a França musical pôde orgulhar-se Sua melodia P brier, a "música personificada". possuir. 01 um elevada, fina, gTandiosa, profundamente tocante. O MALHO — 43 — X — .1941


/ftlU4ÍC<l A temporada lírica. Apesar das inevitáveis dificuldades criadas pela guerra na Europa, não podemos, ou, melhor, não devemos nos queixar da temporada lírica que nos foi proporcionada este ano. Cada contrato de cada artista póde-se dizer que constituía um problema a resolver ; e a diretoria da temporada os solucionou com solicitude e procurando manter o equilíbrio dos espetáculos na altura de suas tradições. Espetáculos mais afinados ou menos equilibrados há sempre em todas as temporadas líricas, e nós só temos que reconhecer que na estação do Municipal, que findou, si não houve noites de brilho excepcional, também não houve fracassos. Tivemos o que se pôde chamar uma bôa temporada. Assim possamos dizer o mesmo no ano próximo.

de páginas belas que vão fundo à emoção da sala. Foi mais uma noite de indiscutível triunfo para o grande artista. O último concerto do Centro Artístico Musical esteve confiado à pianista Yolanda de Vilhena Ferreira, e isso importa dizer que constituiu um brilhante

O Conservatório do Distrito Federal realizou as audições anuais de seus alunos das diversas classes.

do regido a orquestra o próprio autor da ópera, que foi interpretada por Titã Ferreira e Heloísa de Albuquerque, Silvio Vieira, Roberto Miranda, Roberto Galeno, A. de Lucchi, L. Sargenti, R. Damiano, J. Perrota, D. Ribeiro, A. Gimenes, F. Pati, A. de Freitas, com coros e corpo de baile do Municipal. "Tiradentes" é uma ópera cheia de Através de sua represenqualidades. tação avultam as possibilidades do seu autor, que já fez muito num meio onde tudo é difícil. E isso justifica os aplausos que lhe foram fartamente tributados.

• A jovem pianista Laís Prado de Vasconcelos, que, desde muito menina, vem sendo carinhosa e talentosamente guiada pela professora Suzanna de Figueiredo, reapareceu, com um êxito invul• gar, perante o público. Laís é, realmente, um caso à-parte. Surgiu como criança prodígio e vai-se mantendo com um fulgôr raro. Ê uma E uma intérprete impianista feita. Tem um extraordinário pressionante. poder de comunicabilídade. Sua escola é excelente. Sua técnica, impressionante. Sua alma de artista, das mais emotivas. Um prazer, ouvir-se Lais Prado de Vasconcelos !

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Esta página tem, desta vez, um registro triste a fazer : a morte de Barrozo Netto. Eis aí um nome que só surgia em público para ser vitoriado. Brilhou como pianista, como professor, como compositor, como diretor artístico. Inteligência lúcida, coração bom, temperamento romântico, intransigente na sua defeza da arte fina, amigo dedicado, crente, trabalhador infatigável — eis aí uma porção de traços da personalidade que o Brasil musical perdeu. Foi, pois, uma perda sensível, uma vaga que ficará aberta no nosso meio de música. Miecio Horszowski, que a guerra tem mantido entre nós, para gáudio de nossa cultura musical, atravessou a baía e realizou um concerto em Niterói. Com êle, na mesma barca, viajaram os seus "fans" intransigentes, aqueles que sentem a música como êle a sente, com a vibração da alma. E viajaram, justamente, para gosar, mais uma vez, da sua arte fina, cheia de poesia e encantamento, arte à qual não falta bravura na justa medida. Miecio é um artista invulgar. Esteta harmonioso, intérprete apaixonado, seu programa é sempre uma sucessão

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O baixo J. Perrota, elemento dos mais i l o tentes do corpo de artistas permanentes do Teatro Municipal, intérprete conciêncioso de vários papeis, durante a última temporada lírica oficial. sucesso. Mais do que brilhante, um emPorque realmente a polgante sucesso. concertista é uma das que mais fácilmente empolgam os seus auditórios, não só porque dispõe de uma mecânica pianística capaz das realizações mais transcendentes, como pelo temperamento exuberante, que lhe permite atingir os limites de uma bravura excepcional. Não se suponha que essa seja a qualidade única da pianista. Ela sabe frazear quando oportuno e tirar efeitos de delicadeza quando necessário. Seu recitai, por isso, satisfez a todos os gostos da sala, sendo, talvez, a Lesghinska, a peça que maiores aclamações lhe proporcionou.

A temporada lírica montou, este ano, uma ópera nova, brasileira, "Tiradcntes", de Eleazar de Carvalho, libreto do professor Figueira de Almeida. O espetáculo foi representado em homenagem à data de 7 de Setembro, ten-

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Tito Schipa é um velho nome querido da platéa carioca. Já há muitos anos, que, periodicamente, êle por aqui aparece, contratado para temporadas líricas, durante as quais sempre tem oportunidade de se fazer ouvir como recitalista. E quanta música bonita êle aqui tem lançado e popularizado ! Recentemente, o fino cantor proporcionou aos seus admiradores um concerto interessantíssimo, cujo programa quase foi duplicado, tantas foram as peças extraordinárias, que teve de cantar. Sempre delicioso, como cantor e como intérprete, Schipa foi merecidamente aclamado. As dominicais da Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do maestro Eugen Szenkar, continuam a ser o ponto de atração do nosso público musical. Com elas, todos nós lucramos, porque é, divulgando o repertório fino, que nos educamos mais rapidamente. Ademais amiudam-se as oportunidades de ouvirmos trabalhos de autores brasileiros, que naturalmente se sentirão estimulados e com desejos de produzir mais e melhor. Só isso basta para que o público reflita que deve continuar a prestigiar, com a sua presença, a já hoje notável orquestra brasileira.

Teatitx Um noivo do outro mundo ! A Garota, que se achava em cena no Teatro Serrador, foi substituída, inesperadamente, pela comédia de Armando Gonzaga, "Um noivo do outro mundo .'", por ter adoecido a atriz Belmira de Almeida. Criaram, pois, Procópio e Bibi e seus companheiros, de um momento para o outro, nova comédia, que, aliás, agradou em toda linha. Trata-se de uma peça feita para rir, e que, para isso, lança mão de todos os processos mais ou menos freqüentes em teatro, inclu-

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sive os absurdos e a falta de lógica. Ninguem melhor do que o próprio Armando Gonzaga sabe dos recursos teatrais de "Um noivo do outro inundo". Mas o seu intuito, que era fazer rir, foi conseguido e tudo mais nada vale. Procopio, Bibi, Moreno, Alma Castro, todos concorrem para a carreira vitoriosa da comédia. Roulien iniciou uma temporada de comédias no Teatro Cassino de Copacabana. No momento, está em cena "O Patinho de Ouro", delicioso pretexto para as gargalhadas do público, que dá a vida pelas comédias leves e engraçadas. Do elenco, faz parte, como primeira figura feminina, a atriz Laura Suarez, que reapareceu ultrapassando a todas as espectativas. ffi uma artista completa, para o gênero. Bonita, inteligente, viva. Com tais elementos os seus papeis ganham sempre cem por cento. Há, ainda, no elenco, nomes que o teatro vem popularizando : Sadí Cabral, Ferreira Maia, Rosita Rocha e outros. A idéia de Roulien agradou completamente.

goso, porque deu evidência a muita mediocridade que devia ser recusada. Felizmente, porém, alguma coisa escapou. Citamos, por exemplo, as paizagens de Vicente Leite ; as marinhas de Heitor de Pinho ; os quadros de Armando Viana ; os de J. Santos ; os de Bracet ; as paizagens de Gagarin ; os retratos de Oswaldo Teixeira ; as paizagens de José Maria de Almeida ; a figura de Jurandir Paes Leme ; as marinhas de Virgilio Lopes Rodrigues ; os trabalhos de Presciliano Silva ; os de Jerson Coutinho, Helios Seelinger, Rescala, Constantino, Armando Pacheco, Visconti ; Edgard Parreiras, Malagoli, Santiago e Haidéa ; Madruga, Bicho, Georgina ; Carlos Oswaldo, Teixeira da Rocha, Martinez Vidal, Ferri, Mazzucchelli, Barreto, Flory Gama, Marcos Salles, Rocha Ferreira e outros. O caráter desta secção não permite,

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T^ieüuba Constitue o grande assunto do momento o Salão de Belas - Artes. Precedido de celeuma, ocasionada pelo ponto de vista do júri, que não quiz selecionar os trabalhos inscritos, o Salão pecou pelo excesso de obras deficientes, algumas mesmo inteiramente destituidas de mérito. Está claro que foi um ponto de vista "generoso", mas periRetrato de Mlle Christane Perroy, por Elizabeth Wrede

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Alfredo Norfini infelizmente, lhes.

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Annibal Mattos, depois de uma longa ausência, reapareceu no Palace - Hotel, onde realizou a sua suinqu.igésima exE que primor de posição de pintura. exposição ! Pelos rossos olhos desfilaram panoramas de Recife, Santa Catarina, Rio e, principalmente, de Minas, onde a Natureza é pródiga de golpss de vista cheios de beleza e poesia. O pôr-de-sol mineiro é um incêndio que se Annibal Matí'epete freqüentemente. tos surpreendeu aspectos maravilhosos e fez com eles quadros encantadores. O artista deve ter ficado satisfeito com o êxito de sua exposição. Poucos quadros não foram vendidos, o que prova o apreço em que o têm os colecionadores de boas telas.

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Alfredo Norfini é um apaixonado da Por isso, anda Natureza brasileira. paio Brasil todo, de Norte a Sul, a procura de motivos para pintar. Quando reúne certo número de quadros, expõe-nos, por toda parte. E vende-os toSi algum sobra, pela certa será dos. adquirido noutra exposição, noutro luE assim, .tem pintado centenas, gar. talvez milhares de impressões do Brasil. Si possuir uma dúzia delas, é muito. — 45

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Annibal Mattos Mais uma vez o artista expôz as suas aquarelas, desta feita, em uma das salas do Museu de Belas - Artes. Paizagens várias, costumes locais, tipos populares, uma coleção encantadora, enfim. E em todas elas, a alma de um artista romântico e sonhador.

A eatposição Maria Elizabeth Wrede revelou-nos uma figura curiosa de artista. Ê uma retratista interessante, que trabalha à moda clássica, com desenho simpies, mas desenho certo, e que pinta paiar livre, zagens, tipos e impressões de"moderna", executados à moda chamada Que ou seja a arte que vê tudo torto. "arte moa artista se incline para-essa derna", que produz aleijões e monstruosidades, está bem : é um direito seu seguir o caminho que lhe aprouver. Que se filie à escola clássica, que lhe permite fazer retratos primorosos, tamO que bém é direito que lhe assiste. não se compreende, porém, é que seja ao mesmo tempo conservadora e liberal, isto é, clássica e futurista ! Ela é pelo belo e pela deformação. Pelo desenho e contra o desenho. E só o futuro dirá qual a sua orientação definitiva.

EXPOSIÇÃO

OSCAR PEREIRA DA SILVA

A Galeria Santo Antônio, mais conhecida como Galeria Couto, situada à rua da Quitanda, 25, inaugurou, ontem, uma valiosa exposição de alguns trabalhos do pintor Oscar Pereira da Silva, falecido há pouco, em São Paulo. Os trabalhos desse artista estão cada dia mais raros, no mercado das belasDeu-se com o autor o que freartes. quentemente se dá com os grandes mestres : a morte do artista valoriza-lhe a obra. Os quadros de Oscar Pereira da Silva, expostos na Galeria Couto, são todos fortes e expressivos. Foram pinRecomendamotados numa bôa fase. -los aos que ainda não têm esse autor nas suas coleções.

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A influencia do Civilização bizantina A&Á*'Kfó2i£&^m iSLA-Ay! mSmk'

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mundo antigo, concentrando eles, em suas dependencias, todas as manifestações artisficas e culturais: a arquitetura e os afrescos, os ornamentos em madeira e em pedra das igrejas e dos palácios, os íconos, os enfeites das princezas e das mulheres dos bpyards", os evangeliarios apresentando todos os caracteres da civilisação bizantina. Os mosteiros representaram, igualmente,

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O principe Neagoe e a princesa Despina com seus filhos (Antigo ajrcsco do Mosteiro Curtca-de-Argcs) (Século XV) sem duvida, a Rumania um dos países da Europa central, onde a civilizabizantina inspirou a construção dos

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belos mpnumentos artísticos e arquitetônicos. Entre todos eles, porém, sobresaem os mosteiros.

Foram os mosteiros, de fato, os primeiros centros da vida intelectual, após a desagregação

e

conseqüente

desmoronamento

do

Foi lá, da mesma forma, que funcionaram as primeiras máquinas de imprimir. As primeiras traduções manuscritas destes textos, em rumeno, influencia de Huss, foram feitas no século XV. Os primeiros textos impressos, no mesmo idioma, aparecem pelo meado do século XVI, algumas dezenas de anos após a impressão da biblia de Lutero. As igrejas, os mosteiros, os palácios principescos comprovam, pela sua arquitetura, a influencia bizantina. Pela adaptação desta arte às condições locais e sob a influencia da renascença italiana, nasceu uma arquitetura especificamente rumena, que constitui um capitulo claramente caracterisado na catedral geral da arte bizantina.

A grande nave do mosteiro de

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o papel de escolas. . Primeiro, neles se ensinaram as linguas da Igreja do Oriente: o paleoslavo e o grego. Em seguida, a partir do século XVII o rumaico. Era nos mosteiros que se copiavam, com requintadas preocupações artísticas, ricas em iluminuras e em caracteres elegantes,os textos religiosos.

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RISTOVAM de Camargo, cuja Ç ^¦^ bagagem literária, das mais variadas, lhe conquistou posição de destaque nas letras nacionais, vem de publicar mais um interessante trabalho literário: a peça em um prólogo, dez quadros e um epílogo, de fundo histórico, intitulada " O Príncipe Galante", em primorosa edição de "A NOITE". O herói da evocação históricoteatral do festejado poligrafo é D. Pedro leo enredo gira em torno dos amores do imperador com a formosa Domitila, Marqueza de Santos. Nesse trabalho difícil, em que Cristovam de Camargo mais uma vez evidenciou seu talento de escól, há profunda observação e lances dramáticos, sendo de esperar que "O Príncipe Galante" fôr quando encenado obtenha grande sucesso.

A BONDADE MOSTRADA PELA GRAFOLOGIA Em toda caligrafia que sejam ligados ou separados, os traços arredondados revelam a bondade. O habito de transformar os M e N em U é uma prova indiscutível de "doçura". Essa transformação indica qualidades passivas que a doçura faz surgir, tais como a indulgência, a conciliação, a submissão e por dedução natural, a falta de confiança em si propno. Mais si ha curva na base das letrás, mais ha doçura. Certo Isso não exclue os sinais de energia, mas r.unca ha sinais violentos, pontas ou traços duros. Em resumo: a bondade é revelada pelas letras indo para a direita, bem regularmente inclinadas, arredondadas na base, bastante largas e £*em voltas para dentro. X — 1941


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da Repartição Internacional do Trabalho, em Montreal, o Dr. Pontes de Miranda, que se exonerou, por isso, do cargo de nosso embaixador na Colômbia, que vinha exercendo há algum tempo com grande brilho.

Entre o Banco do Brasil e a Prefeitura do Distrito Federal foi assinado vultosa transação, por meio da qual a municipalidade se habilitará a promover a remodelação da cidade. E' esta a primeira vez que aquêle Banco transige com qualquer membio da União sem garantias do govêrno federal, mas apenas com as próprias.

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Aproveitando a passagem da data aniversária do falecimento do Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, o Ministério da Guerra fêz inau-' gurar solenemente, no vestibulo do Estado Maior do Exército, no novo Palácio da Guerra, o busto do saudoso militar e ex-presidente da República, que por tantos títulos é merecedor da gratidão e das homenagens dos brasileiros. O Instituto Brasileiro de Cultura Japonesa fêz entrega dos prêmios conferidos no segundo concurso literario sobre coisas e apectos do Japão. O primeiro prêmio coube ao tenente-coronel Lima Figueiredo, autor do livro "No Japão foi assim", tendo sido também premiada a Sra. Caimen Annes Dias Prudente de Morais, autora de um estudo."Mulheres do Japão". • Afim de ampliar e melhorar as condições turísticas da cidade, o Prefeito Henrique Dodsworth decidiu piomover a instalação de três grandes hotéis para turistas, nesta Capital, sendo um na Tijuca, um em Santa Tereza e o terceiro em outro local. Para esse fim, o chefe do Govêrno concedeu a autorização necess á r i a, podendo a Municipalidade emitir apólices e realizar outras operações necessárias. O

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O chanceler Osvaldo Aranha ofereceu, no Palácio Itamaratí, um aimoço ao Sr. Geoffrey G. Knox, embaixador da Grã Bretanha, que regressa ao seu país após ter permanecido à frente da representação diplomática daquele grande império, em nossa Capital. O ministro Osvaldo Aranha proferiu notável oração, saudando o ilustre diplomata e lamentando o seu afastamento do Brasil, que tanto o admira.

O centenário do nascimento de Bcrnardino de Campos foi condignamente comemorado, não só no Estado de S. Paulo, onde o prestigioso mineiro exerceu grande parte de sua atividade política, c que o teve por presidente, como por toda a nação, que reverencia nele o abolicionista ardoroso e uma das figuras mais vibrantes da propaganda republicana. Bernardino de Campos foi também Ministro da Fazenda e senador, servindo ao Brasil com devotamento e desinteresse.

Foi assinado pelo Presidente Getúlio Vargas o novo regulamento de complemento

menores sólida obra de legisà indispensável lação e assistência social em que se trabalho

de

vem empenhando o governo nacional desde o início do regime vigente. — 48 —

PASSOU Um grupo de intelectuais do Estado da Paraíba do Norte, vem de fundar a Academia Paraibana de Letrás, para cuja presidência foi eleito o conhecido escritor cônego Mathias Freire. • Várias festividades comemorativas do "Dia da Árvore", tiveram lugar nesta Capital e em Niterói. O Jardim Botânico foi o local escolhido para as comemorações, entre as quais figurou o plantio simbólico de um especimen da nossa maravi-

lhosa flora.

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dem Nacional do Mérito. • Faleceu, nesta Capital, o Sr. Antonio Forjaz de Araújo Coutinho, o que durante largo tempo exerceu alto cargo de fiscal de papel para a imprensa, na Alfândega do Rio de Janeiro. Era figura muito estimada nos meios jornalísticos e gozava de colegas grande prestígio entre seus de classe. A data aniversária da independência do Chile, nesta capital, foi festivamente comemorada, tendo o embaixador daquele país, Sr. Mariano Fontecilla oferecido uma recepção, Embaixada, à colônia na sede da chilena e à sociedade carioca.

A Sociedade Brasileira de Tuberculose, em sessão solene comemoraUva da passagem do seu 10." anivertário, conferiu ao Ministro Ataulfo Nápoles de Paiva, em reconhecimenío aos inestimáveis serviços por êle prestados à luta contra a tuberculose no Brasil, o título de sócio benemérito.

O presidente Getulio Vargas assinou um decreto concedendo à viuva do saudoso artista Rodolfo Amoedo uma pensão vitalícia, atendendo a que a mesma senhora doou à Nação o patrimônio artístico do ilustre morto.

O governo do Paraguai, reconhecendo o quanto teem realizado como contribuição ao estreitamento das relações entre aquele país e o nosso os generais Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra, Pedro Amelio Góes Monteiro, chefe do Estado Maior do Exército e Valentim Benicio, Secretário Geral do Ministério da Guerra, condecorou-os com a Cr-

• O presidente Getulio Vargas inaugurou, em São Gonçalo, o Estádio General Daltro Filho, construído pelo comando do 3." Regimento de Infantaria aquartelado naquela localidade. O chefe do Governo foi ali saudado Pelo general Zenobio da Costa, que vem de deixar o comando daquela Praça de guerra por ter atingido o generalato. X — 1941

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-." ™ Wm aV Lim grande número de escritores e jornalistas, entre os quais o presidente c vários membros da Academia Brasileira dc Letras, enviou ao Presidente da República uma mensa" gem sugerindo a fundação da Casa de Raimundo de Morais", com aquisição do prédio em que êle viveu e da biblioteca do notável escritor da Amazônia.

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Ss1 ; O prefeito desta Capital, Dr. Hcnrique Dodsworth, foi agraciado pelo Presidente da República com a comenda da Ordem do Mérito Militar, em atenção aos relevantes serviços — 49 —

que tem prestado ao regime, no alto cargo que ocupa. A entrega da comenda foi feita pelo próprio"Diachefe do do Governo, nas festas do Soldado". O

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a história da pintura brasileira ainda está por ser ^ escrita. Todavia, alguma coisa dela se sabe, colhida aqui e ali, em obras esparsas, artigos de jornal e estudos e comentários, que constam de revistas, e conferências pronunciadas para auditónos interessados em assuntos de belas-artes. Ê possível, pois, remontar à época em que os estudiosos encontraram os primeiros pintores que o Brasil teve. E essa época foi a se caractenzou como a do domínio holandês, que o Principe João Mauricio de Nassáu tomou quando conta do país. Surgem, então, os nomes dos dois Pieter e Franz Post, este sendo o primeiro pintor que pintou paisagens do Brasil. Franz Post nasceu em Leyden, em 1612 e faleceu em Haarlem, em 1680. Quando chegou a Pernambuco com a comitiva de Mauricio de Nassáu, tinha vinte e cinco anos, ali permanecendo até 1644, quando terminou o governo do Príncipe holandes. Os museus de Haya e outras cidades holandesas recolheram grande cópia de quadros de Franz Post, todos de plantas, frutas, aves, paisagens e marinhas brasileiras. Várias dessas telas, entretanto, perderam-se em dois incêndios, em 1816, em Vincent van der Vinne, enj Haarlem, e um grande quadro representando o palácio de Friburgo, em 1849. Sabe-se que existem trabalhos de Franz Post em vários países europeus, e, mesmo no Brasil, o Museu de Belas - Artes e alguns colecionadores e galerias particulares os possuem. O Governo FeX

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deral, ainda recentemente, enriqueceu o nosso patrimônio artístico, com a aquisição de sete preciosos exemplares de Franz Post, destinados ao Palácio Guanabara. paisagens de Olinda ; "Engenho Foram eles quatro "Interior de Pernambuco", e "Paisagem de Cana" ; da Parahyba". Filiado, como não podia deixar de ser à escola holandesa de seu tempo, Franz Post pôde ser considerado como o ponto de da pintura brasileira. partida Êle surpreendeu o Brasil quando o Brasil tinha apenas cento e trinta e sete anos e era quase deshabitado. Seus quadros nos mostram um pouco da vida brasileira de então. Há neles cenas de festa entre os Indios ; reprodução de mucambos — que já os havia enao ; restos de velhos solares ; reprepernambucanos sentação do movimento dos engenhos ; tipos e costumes da vida simples e bôa daqueles tempos. Se P°ssa ter uma idéia do valor das telas d ps.ara qUe P°St' basta Saber que' deP°is dêle> só em 18lfianZ o, com a chegada da Missão Francesa, teve inicio Período de formação da es que surgiram entre pintura brasileira. Os noLebreton e Franz Post não xaram assinalada a sua passagem ; e nada conhed° Brasil- até 1816. se na° fôsse a obra do Kr^T°SPmtor holandês. Só isso basta para se aquilata^ Ü ° Val°r inestimável da bagagem artística que êle d • da qual fazem Parte os que aqui reor tlX0U' lm°S' Pertencen»*s à Galeria quadros do Dr. Djalma da F °npeCa Herrr>es e que foram adquiridos pelo Govêrn

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ZWEfG é uma figura encantadora. Famoso no mundo inteiro, dono de STEFAN um talento creador marcante, ele. num instante, conquistou tôdas as simpatias aoi brasileiros. Desconhecido aqui, até há pouco tempo, c seu primeiro livro provocou, desde lógo, urr,*a irreprimível curiosidade. ' Maria Antoríeta" apareceu, de fato, numa época em aue certos livros apócrifos conseguiam pub ico e conquistavam leitores. Houve mesmo um tempo em que se começou a ler a torto e a direito e, muito prlncipalmente, a torto... Ninguém queria saber quem ara o autor da uma determinada obra. Bastava um nome arrevezado e o livro principiava a ser vendido. A desvalorização do produto, entretanto, trouxe como conseqüência inevitável a descrença;

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PAÍS

DE

GASTÃO

rodou na maquina, aos milhares. São dêstes livros que não necessitam dizer em qua edição estão.".. Depois desta encantadora historia da irrH quieta figura de Luiz XVI, estava assegurado o êxito extraordinário de Stefan Zweig. Seus livros cairam no goto da gente, como em geral se diz, e o seu nome tornou-se popular em todos os quadrantes do Brasil. Para provar que Stefan Zweig existia da verdade, êle veiu, em carne e osso, até aqui.

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FUTURO" PEREIRA DA SILVA

Os que escreveram, com verdade, sobre a nossa gente, o nosso povo, os nossos costumes, ia nossa história, como Debret, Ruaendas, Daniel P. Kidder, Saint Hilaire e outros, só tiveram repercussão entre nós. Êles es-* creveram para nós. Ficaram em fam^ia. Constituem preciosos documentos para os fcirasií!eiros, que, por isso mesmo, os estimam e os admiram. Com Stefan Zweig dá-se ou+ro fenômeno. Êle fez um livro para o Brasif e para o mundo. Já está traduzido em quasi todos cs idiomas e os editores mais famosos do extnangeiro anunciam a sua obra ! Feia primeira vez, outros povos, outra, gente, outros costumes, outras almas e outras índoles vão conhecer o Brasil. Vão viajar pelo Brasil, vão saber, em suma, que d Brasil é realmente o país do futuro ! E' sob esse aspecto que deve ser oihado o livro da Stefan Zweig.

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NJão nos importemos, portanto, com o detalhe histórico, com a minúcia do historia-' dor, mas unicamente com o que representa para nós êsse presente de Stefan Zweig que é uma dadiva "caída do céu". .. "Nos últimos dias de minha permanência no Brasil — diz textualmente o citado autor — viajei para o interior ou melhor para luga-» res que julguei situados no interior". w

jL—. - —&. Stefan Zweig num flagrante, feito em nossa redação 10 livro e o mercado do livro sofreu, com >to, um colapso quasi mortal. Ficaram os autores autênticos e as obrai le mer'fto. Foi, justamente, num período, assim, que itefan Zweig apareceu, entre nós, creio que om "Maria Antonieta". Quem seria o autor? Em uma das pagiias daquela biografia, tao deliciosamente vraçada, havia um retrato e uma dedicatoia : "Aos meus leitores brasileiros, Stefan Tweig". Existiria Stefan Zweig? Não tardou, no entanto, que o leitor aurenticasse o autor. Destarte, o nome do biografo tcinou-sa rapidamente conhecido e "Maria Antonieta" 0

MALHO

Gostou do Brasil e gostou tarto, que noj deu um presente maravilhoso, escrevendo um livro sôbre a historia do nosso povo, como nação. "Brasil, País do futuro" é o reflexo da profunda impressão que lhe causou a nossa terra. E porquê se impressionou conôsco, olhou, comovidamente, para a nossa história. Não vamos discutir o que êsse livro contém de mau ou de bom, de certo ou de errado, de» discutível ou de dogmat.co. D9 qualquer maneira "Brasil, país de futuro" assinara, marca, afirma a existência de uma grande ração, de um pafs maravilhosamente ciado para um grande e esplendido destino, mas que, ape9ar disso — com que tristeza o digo ! — tem sido esquecido e mal compreendido pela maioria dos homens que nos tam visitado. — 52 —

"Viajei

doie, quatorze horas para São Paulo, para Campinas, pensando com isso aproximar-me do coração ^ste país. Mas, quando de volta examinei o mapa, verifiquei que com essas doze ou quatorze horas de viagem de trem apenas havia penetrado» até um pouco abaixo da pe'e, pela primeira vez comecei a fazer idéia do incrível tamanho deste país, que propriamente já quas» não deveria ser qualificado um país, mas sim um continente, um mundo, com espaço para trezentos, quatrocentos, quinhentos miIhões de habitantes e uma riqueza imensa sob êste sólo opulento e intacto, da qual apenas a milésima parte foi aproveitada". Êste trecho bastaria para se entender bem o objetivo de Stefan Zweia. em "Brasil, país de futuro". Êle não pretendeu escrever nada de defínitivo sôbre o Brasil, mas «apenas descerrar . a cortina que nos separa de outros povo* civilizados e que ainda nos ignoravam. O livro de Stefan Zweig não á um livro d» historiador E' um trabalho de escritor, na exoressãd exata desta pulavra. E, assim, deve íer lido, sentido • aplaudido. X — 1941


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RETRATISTA dos mais interessantes pintores da UMSuiça, J. P. Chabloz, acha-se no Brasil, desde 1939 e recentemente realizou na Capital Federal uma exposição que alcançou extraordinário êxito. Chabloz nasceu em Lausanne, em 1910, tendo cursado a Escola de Belas Artes de Genebra e, depois, o Instituto Rousseau, distinguindo-se na classe de filosofia do Desenho e Pedagogia artística, dirigida por Madame Artus Perrelet. Foi enorme a influencia exercida pela ilustre professora sobre o jovem ¦artista. J. P. Chabloz percorreu varias cidades importantes da Itália, durante cinco anos, entre 1933 a 1938, demorando-se em Fiorença, Milão e Veneza, onde estudou, aperfeiçoando seus conhecimentos e sua técnica. Quando regressou a Suiça, levava consigo o diploma de Brera conquistado nas Academias italianas. Ele adotou uma curiosa tática de defesa contra o academicismo, passando a desenhar e a pintar ao ar livre, na rua, nos bancos de jardins, em qualquer parte. E' natural que esse sistema tenha tido uma grande influencia sobre a sua arte, aumentando-lhe o senso de observação, introduzindo uma incomum vivacidade na suas criações e marcando-lhe profundamente o estilo. A exposição realizada em Lausanne, em 1939, chamou para sua arte a atenção dos círculos artísticos da Suiça. Mas Chabloz é, sobretudo, retratistas. Na exposição com que nos brindou, recentemente, no salão da Sociedade Sul-riograndensc, se há excelentes naturezas mortas, paisagens e cenas de

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ua, o que atraí a atenção geral e fixa na memória a sua obra como criação de um artista notável, são os seus retratos, seja oleo ou desenho. Destes últimos damos aqui uma amostra, Ela diz muito a respeito da arte do jovem pintor suiço.

EXPOSIÇÃO

Georgina

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Albuquerque

Pescadores

Festa de Pescadores

l,ipS e*Press'vas telas que figuram na manignifica expor?* sição 'eorgma de Albuquerque a grande pintora brasileira cujas cuia- mostras de arte tanto interesse desperta. arlc ,a_goral'° rca'isada por Georgina de Albuquerque tcn?" ,t|ra-3K /'C ° a° sa° Palace Hotel muitos visitantes que são 1111-in; ammes em elogiar os trabalhos ali expostos. X — 194!

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TRANSPORTES NO INTERIOR DO BRASIL

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automóvel vai conquistando todo o interior do Bradominar completaO sil. Mas ainda não conseguiuexpulsar todos os oumente o terreno, a ponto de tros meios de transporte. De sorte que, pelas mesmas es-a tradas que o automóvel percorre a cem quilômetros hora, passam também os carros de bois, as tropas de burros e o homem a pé, carregando a carga ás costas. vaO tempo, nesses lugares distantes, não tem o mesmo lor, nem o mesmo sentido que alcança das cidades, cujas populações se consomem de impaciência e enlouquecem e morrem por amor da velocidade. E é por isso que o carreiro não se incomoda de viajar horas para fazer o percurso de algumas léguas. O gemer do carro de bois embala-lhe os sonhos, e o passo cadênciado da "junta" de bois convida-o a soltar a imaginação. Assim, as horas escõam-se docemente. As preocupações vão longe. Por que apressar, se o destino tem um íelogio diferente do nosso, e a vida acaba numa hora certa que não depende nem da velocidade dos nossos passos, nem das batidas do nosso coração? Também não se apressam os tropeiros que conduzem cargas no lombo dos burros, nem mesmo o leiteiro que leva para a vila a sua mercadoria em quatro latas carregadas por um cavalo de aspéto filosófico. Se esses meios de transporte não têm a poesia, nem a sonoridade dos carros de bois, são, pelo menos, muito mais cômodos do que os do trabalhador que viaja de saco às costas pelos caminhos cheios de lama, ou do vendedor ambulante que, nas zonas rurais, leva à ilharga os produtos do seu comercio. Consolam-se uns com outros, se é que realmente chegam a sentir alguma inveja, quando ouvem um forte zumbido no espaço e avistam o avião do correio aéreo militar cortando o ar como um meteoro, levando no bojo noticias, negócios, progresso — Cii vilização.

ri O vendedor ambulante leva a carga à ilharga, não sabemos se para comodidade ou para rimar... aa-*-"

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No que concerne à aplicação de reservas, merecem destaque as operações imobiliárias, nas quais já dispendeu o I. A.P.B., até 30 de Junho do ano findo, a apreciável, sôma de 69.50'8:872$600, assim distribuida : Casas construídas : Belo Horizonte Cidade do Salvador Distrito Federal Fortaleza Niterói Pelotas Porto Alegre Recife Santos São Paulo

20 1 67 3 14 2 55 2 7 17

Casas e apartamentos em construção : Distrito Federal Fortaleza . . . Pelotas Recife São Paulo . . . Terrenos adquiridos : O Presidente Getulio Vargas inaugurando a Vila Bancária, em Porto Alegre.

Cidade do Salvador Distrito Federal Niterói Pelotas Porto Alegre Recife Santos São Paulo

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Mantém ainda o I. A. P. B., como um dos seus setores mais movimentados, uma Carteira de Empréstimos Simples, cujo balanço, realizado em 30 de Julho de 1941, alcançou um total de 37,399:600$000. Sendo de 3:000$000 apenas o . limite máximo de empréstimo a cada associado, é desnecessário salientar a utilidade desse departamento de apliem alarde e sem propaganda, o Instituto de Aposenta- cação, em face do resultado dêsse balanço. doria e Pensões dos Bancários, cujo funcionamento data Aí ficam, pois, os dados que, não significando, embora, apenas de há pouco mais de 6 anos, vem executando um tódas as suas realizações, podem, entretanto, dar uma idéia plano de assistência social que, pela sua amplitude e efi- da grandeza do Instituto dos Bancários. ciência, o distingue dentre as modernas instituições de previdência do Pais. Concorre evidentemente para dar êsse lugar de mereINSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÕES DOS BANCARl( cido destaque ao I. A. P. B., o trabalho perseverante da SÉDE*-RIO 0E JANEIRO 'v;;.. sua administração, orientado sempre nas diretrizes que o ' EDIFÍCIO..DA Govêrno do Presidente Getulio Vargas vem imprimindo às ' tíS» * -. • . ... , 4 ^ questões sociais no Brasil. Com a sua séde instalada na Capital da República, em edifício próprio e de recente construção, o I. A. P. B. se extende por todo o País, através das suas Delegacias, Agências e Correspondências, fazendo chegar a todos os centros bancários nacionais os inúmeros benefícios que proporciona aos seus associados. Melhor do que as palavras, refletem os números toda a pujança do I. A. P. B. Deixemos, assim, que os algarismos traduzam para o leitor, no tocante à concessão de benefícios, assistência médica e aplicação de reservas, uni benépouco da atividade do Instituto, nessa sua curta mas fica existência. Benefícios concedidos desde a fundação alé 30-6-1941 1.089 Aposentadorias por invalidez, no va13.214:364$4C0 lor total de Rs 376 Pensões, no valor total de Rs. 3.973:030$850 1.424 Auxílios - enfermidade, no valor to- „.,„#AAn 1.448:712$000 tal de Rs 975 Auxílios - maternidade, no valor to1.405:758$900 tal de Rs 14 Auxílios - reclusão, no valor total 18:7d7*4uu de Rs 90 AUXde°SRsfUnera1'. n°. Val°r t0tal 36:050$100 Total Geral

20.096:6531660

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Assistência Medica concedida Curativos Elucidações de diagnósticos Internações hospitalares Consultas Pneumotorax Partos Intervenções

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VITORIA DO ESPORTE BRASILEIRO

é, hoje, uma preocupação de Esporte gente séria. Depois que o Govêrno passou a cuidar da saúde da raça - da defesa da juventude brasileira, eomo o mais precioso cabedal da Pátria, surgiram novos nomes nos grandes clubes — nomes que já se haviam feito noutras atividades, alguns cercados de nobres tradições e cujo devotamento à causa dos esportes constituia um penhor de empreendimentos e de êxitos. Entre esses nomes está o de Ciro Aranha, um cavalheiro da melhor estirpe, com todas as qualidades dos cavalheiros de verdade e com uma extraordinária capacidade de devotamento às suas amizades e às suas causas. O Clube de Regatas Vasco da Gama contou com êle nas suas fileiras desde muito tempo. Embora não houvesse permanecido na sombra, pois que suas

qualidades o tornam, desde logo, em toda parte, alvo da atenção geral, Ciro Aranha sempre se excusou de pleitear cargos de direção na veterana assoAgora, porém, checiação esportiva. gada a hora de renovar os valores do nosso esporte, de colocar-lhe nos postos de mando homens de ação e de prestígio, êle surgiu, nas eleições para renovação da diretoria daquele clube, en"Pela pujança do cabeçando a chapa das mais esuma Vasco", alcançando trondosas vitórias que se têm registado em nossa vida esportiva. Embora o Conselho eleito ainda não haja consagrado em pleito os nomes diretores, já jâ escolhidos dos futuros se pôde antecipar que Ciro Aranha será o presidente do Vasco, o que, mais do que uma vitória desse sportman de fibra, será uma vitória do Vasco e uma vitória do esporte brasileiro.

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A data de 16 de Setembro teve, para nós, particular nignificação, por ser a do aniversário natalicio do nosso presado companheiro, Sr. Luis de Sonsa e Silva, presidente da S. A. ° MALHO". Exercendo ainda as funções de diretor-tesouretro da. 8. A. Marvin, Luiz de Souza e Silva é figura prestig.osa da nossa indústria, desfrutando de grande conceito c simpatia nos meios sociais desta Capital. Suas grandes ativtdades, entretanto, não o inhibem de ser um afeiçoado do sport", tendo exercido já cargos de destaque em associações csporthms desta Capital, entre as quais o Itanhangá Golf Club de que é um dos fundadores. Aqui o vemos, num fiagrante colhido no Itanhangá Golf Club, à esquerda do Ministro Souza Costa, durante uma partida de golf.

X — 1941

Minas Gerais sempre foi uma terra fecunda em estadistas e políticos, tendo dado ao Brasil, cm todos os tempos, grandes n.s públicos. A nova geração de estadistas mineiros faz honra a essas tradições da gente montanhesa. Entre esses estadistas, o nome do Sr. Christiano Machado conquistou um relevo especial, seja como parlamentar e político, seja como administrador. Na Secretaria de Educação e Saúde, está êle realizando obra notável qne o aponta como um dos mais efie.i ntcs e dos mais brilhantes colaboradores do Governador Benedito Valadares

— 57

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Aspecto externo do magnífico "Grande Hotel prédio do Guarujá".

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GRANDE

HOTEL

GUARUJÁ

é, dentre as praias bonitas do litoral brasileiro, numa das mais citadas e preferidas pelo seu reQUARUJÁ nome, pela beleza de suas paizagens e, também, ou principalmente, por ser um dos recantos à beira do oceano, onde os visitantes encontram melhores e mais confortáveis instalações para seu deleite. À beleza da paizagem, aos atrativos do ambiente, se casam maravilhosamente, a imponência e as belíssimas instalações do Grande Hotel Guarujá, que é, na histórica cidade de Santos, uma verdadeira tradição de conforto e elegância. Tendo nascido modesto, o Grande Hotel Guarujá se foi formando, e foi crescendo graças à constante e sempre maior procura e é hoje um dos pontos de veraneio e de recreio do litoral paulista, e brasileiro, que maior atração exerce sobre os visitantes. wulmw

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Com efeito, como se verá pelos aspectos internos e externos que aqui publicamos, a belíssima praia tem qualidades que a comparam às mais afamadas da América, sendo um dos orgulhos de S. Paulo e um dos deleites de quantos visitam o estado bandeirante.

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A MARAVILHA HIDRO-CLIMÁTICA DO BRASIL da estância hidro-mineral de São Oaparelhamento Pedro, segundo as exigências da crenoterapía moderna, além de constituir uma prova da capacidade bandeirante, no que toca à iniciativa privada, veio prover o Estado de São Paulo de uma cidade de águas digna do seu progresso. "Cidade de repouso", Projetada com a caraterística de São Pedro, além da vantagem extraordinária de possuir, no mesmo local, três fontes de águas diferentes, é uma

obra de larga envergadura, tanto pela grandiosidade de suas instalações, como pela sua planificação. Concebida dentro de um sistema racional, a Estância de São Pedro, já conhecida no Brasil e nos centros científicos e turísticos do continente, será, portanto, dentro de "éden", tanto pelas virtudes alguns anos, um verdadeiro naturais das águas, como pelo esforço admirável do que o homem soube realisar.

MOLÉSTIAS QUE SE CURAM COM DE SÃO PEDRO

AS

ÁGUAS

De acordo com a ema natureza, cada fonte de "Águas de Sáo Pedro" tem suas indicações próprias, segundo a seguinte discriminação : JUVENTUDE FONTE (_. mais rica áejua suljurosada Brasil com S4,S müigramas de enxofre por litro, sendo do conjunto dos princípios suljurosos, superior às próprias águas congêneres na Europa): Reumatismo, Diabete, Asma, Bronquites, Coute crônica e moléstias da pele. FONTE GIOCONDA (Sulfatada sádica, com 0,489 gramas de suljato ds sódio por litro): Moléstias do Figado, estômago e intestinos ; falta de acidez gástricas; éntero-colites e convalescenças de disenteria amébica.

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JOGOS

x — 1941

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FONTE ALMEIDA SALES (Cloretada e bicarbonatana sádicas, com 1.865 gramas de cloreto de sódio o 0t55õ gramas de bicarbonato de sódio por litro): Moléstias do estômago, Diabete, Liníatismo, Artritismo e Cálculos renais.

CASINO

59 —

O

MALHO


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ARTE MODERNA

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Saião de Exposições Artistas Brasi'eiros, no

No de

da AssociaçãoPalace Hoetl,

lugar um entretien sobre Arte Modenua, em que, perante numerosa essisiencia, discorreram sobre o assunto cs snrs. Celso Kelly, Quirino Gampoírcrito e Senta Rosa, sendo os trabalhos coordenados peloDr. Peregrino Junior. Os aspectos acima mostram as artistas citados e uma e intelectuais parte da assistência. teve

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GRANDES ENCONTROS

Alphonse Daudet, um dos esíritos mais interessantes da Academia Francesa, auando ne'ia palpitavam Victor Hugo, Musset, Heredia e outros» era uma creatura doftada de uma simplicidade magnífica. Causeur admirável. Não só pe'os conceitos que aos seus contos imprÍT.ia como tambem pela sua forma e expontanoidade. Certa vez, fora convidado por uma dama da alta aristocracia parisiense para um chá em sua residenc.a. Ralacete riquíssimo onde se reunia, semanalmente. um qruDO da elite de Paris. A dama de tão fino gosto era amante) das Artes e das cousas do espirito. Alphonse Daudet, fiel ao imomotivo de' tão amlavel convite, vestiu a sua casaca imoecave1 que se tornava aíncía m^is eleaante pela esbelteza do seu corpo, tomou) ido seu chapéu de pêlo e da sua bengala de castão de ouro, dobrou am formo de duas pétalas as luvas e entrou num carro que o ia conduzir ao palacoto da rud

aaa.

démie Française. O maVapilho balançou a cabeça num revêgesto de admiração animica o em rencia disse para o grande acadom.co — "Senhor, o meu eslaOo não permite cartões, eu sou Máximo Gorki, autor dos "Vagabundos". Daí por diante, dizia Alphonso Daudet, sempre que os meus olhos se debruçram num vagabundo — chapeau t">as.. . PEREIRA

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Saint Martin. Em meio do caminho, um desastre manteve por alguns minutos o seu carro parado. O tempo bastante para a aproximação de um indiv.duo maltrapilho que, do carcoVando a cabeça para dentro "Senhor, aban-ro, disse ao acadêmico — done por algum instante e*te confortd e dê-me o que comer. Ha dois dias que a fome me atormenta. Daudet ficou tão impressionado com a fis.onomia e a forme po'qii9 aquele hodo carro, saltando falara mem que, rest.iurant alé um que acompanhara-o era a diatribe da sua impecável casaca. Dirigiu-se ao garçon pedindo que lhe. atendesse. O maltrapilho pediu comida "dá e vinho. Diz Daudet para o qarçon tiver". melhor que Daudet notana Em meio a refeição, mendigo o conquanto a palestra que e pronunfalasse pouco, era expressiva ciava um francês purissimo. Terminada a refeição, o g-ande ocademico tira d obolso um cartão e o ofeDaudet dans l'Acarece : — Alphonse

JUNIOR

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P.

/pfupueeíct Muito

Muito

interessante!

a

rosna

ele,

pausa-

entre os dentes.

damente, o cachimbo fumegando Demora-se um pouco,

interessante!

olhar

os

arranha-céus que nos

cercam.

Onde está o colégio? Teve de ser demolido,

para

ceder

lugar

adiante, que já serviu de palácio governamental, vermelho,

rosto

uma

qual

fatia

de

"roast-beef",

aberto num sorriso bem humorado e tanto ingênuo, elástico

O

equilibrado sobre as pernas sólidas,

enérgico a irradiar uma simpatia fleumática, vagamundo

por vocação,

e, tambem,

sempre

Demoliram-no! — exclama ele,

o corpo

numa

reprovação.

Foi preciso. Era uma velharia ...

Rigth —

seus milhares de

porque

edifício ai!

tala a Secretaria da Educação.

o todo sadio e mister

àquele

e onde hoje se ini

Velharia! — dii,

ester-

E, tradicionalista

,r>os lhe permitem esse esporte — quer que eu lhe sirva de cicerone, ""ma volta pela Paulicéia.

Albion,

acrescenta,

quase irritado,

ferrenho,

como

mister Right.

todo

bom

filho

da

tradicional

severo:

"velharias" Esquecem-se os senhores de que é com as

que se

compõem as páginas da História!

Depois de ter admirado o serpentario «caembú,

depois de não ter contido

n e do encanto

urbanístico

que

do Butantan, uma

oferecem

e o estádio

série de

exclamações,

os bairros

aristocráticos

A visita à Penitenciaria deu motivos a que mister Right articulasse uma imensidade de ohs!", e, tambem,

a em-avenida Paulista, e ter me posto em sérios embaraços com "as indagações de perguntador incorrigivel, mister Right está a meu lâd°. no Pateo do Colégio.

esperava talado,

a ei e do Anhangabaú; constituem

e's ataques 9r«vam

elementos

de defesa

a uma

resistência

natural

de São Paulo

contra

porém,

verdadeiramente

um

estabelecimento

modelar,

em

seu

assim tão ger.errj.

bem

ins-

Encontramo-

que

posinte-

menino,

são hoje «nos obstáculos à vida urbanística. E' verdade que o prefeito Prestes â'* vem remodelando tudo, vem fazendo milagres para ventilar or a cidade, abrir novas artérias a MM trânsito cada ver para mais intenso,

X — 194,

aqui

por outro lado, as ladeiras íngremes

valiosos

de indígenas. Todos esses acidentes,

o sistema

assim

por

nos, já de volta, nas proximidades da estação da Luz.

~ Aqui onde estamos, a cidade nasceu — explico-lhe, antes que «Ça uma interrogação. Com Anchieta à frente, os jesuitas ergue. acoli, o famoso colégio, plantando, assim, os fundamentos de Çj. lng«: uma igreja e uma escola. Ha-de convir, mister Right, que os Pa res eram bons estrategistas. Fica esta colina a cavaleiro dos vales do

em

encontrar

a que me confessasse que não

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61

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Ulú >*. O

MALHO


Estamos na avenida Tiradentes... — esclareço-lhe Right esta

Mister

com os olhos

eu.

postos no monumento

Ramos

a

da A. ^vedo.

tW^mmf^f''^ Av-

AwSv

Tiradentes?! ... Tiradentes?!... — hesita ele. E' o proto-martir de nossa independência, mister Right. Foi um dos cabeças de

uma

que visava

revolução

separar

tugal, e aqui instaurar o regime republicano. coloniais...

o Brasil

Isso ainda

Por-

de

nos tempos

E o diabo do inglês, os olhos fixos no monumento: E é Tiradentes que ali esta, montado em seu cavalo? ...

* * Porque uma inadverténcia me fez dizer-lhe que São Paulo é uma cidade bairro

cosmopolita,

essencialmente judeu,

no

quarteirões niponicos, cidade...

Anotou

Retiro,

Bom

a rua

todas

a

quii Itália

Conselheiro

mister

Right

percorrer

o

y*tt íf-ASÍ-"

paulistana, que é o Braz, os Furtado,

as particularidades que

junto ao centro seus olhos

Ari>i.n/> iHHiti.

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SaS

da

puderam

ver. Pediu-me detalhes, e discutiu esclarecimentos que lhe forneci.

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Agora, na praça da Sé, encanta-se com a catedral que aí se vai levantando. Procuro esconder-lhe que esse templo vem sendo uma esnície- de "obras de Santa Engracia", e que, só ultimamente, está suoindo mars depressa.

E' inútil,

pois que os olhos de

mister

Right — ¦j^úWHB-lMI..-

esses olhos que tudo vêem — não tardam a examinar o limo das pri-

S?a\, ^m^^^mmW******'*''

meirae pedras ... Que é aquilo? — pergunta, surpreso, mister Right, apontandome uma daquelas enormes filas indianas,- tão conhecidas do paulistano. Estão esperando o ônibus, que os conduzirá

a casa, de

"fitas"

do trabalho.

Recorro a uma justificativa:

do

povo,

rança ...

Quem

do

mais,

Além

Mas

Right.

mister

providências,

as

apresentam alguma vantagem. Servem para educar a força de

vontade

Mas não há ônibus suficientes, então?

tomadas

sendo

Estão

volta

afinal

espera, ai

sucedem

sempre

coisas

consegue

perseve-

lugarzinho ...

um

interessantes.

bem

a

tenacidade,

a

desenvolver-lhes

para

saber,

Quer

mister Right, essas filas que o senhor vê, at* certo ponto constituem elemento de valia para o desenvolvimento da família. Mas, que é que a família tem de comum com elas? — Muito, mister Right. Para matar o tempo, e amenisar a tortura acaba da espera, há muita gente que começa ai os seut namoros... E na igreja, ou na policia. Curioso!

Muito

curioso,

Náo

mesmo!

pouco desagradável esperar um ônibus,

deixa,

assim,

em

ser

um

meio á chuva,

ou

de

porém,

debaixo de um sol ardente ... liso contribue

para

a prosperidade

da

indústria

dos guarda-

chuvas, mister Right. E também aumenta as rendas públicas, pois eleva, de certa maneira, o consumo de selos.

Agora, na esplanada do Teatro Municipal,

diante do monumento

a Carlos Gomes, inquire mister Right: De quem é esta estátua? Sei que ele conhece o grande maestro, e já leu um volume sobre sua vida. Não sem alguma surpresa, Não sabe, mister

Right!

E'

pois, explico-lhe: Carlos

Gomes,

o nosso grende

músico. Carlos Gomes!

Não está parecido... — comenta,

súdito de Suas Magestades, 62

O

MALHO

os Soberanos do Império

sincero, o

Britânico.

X — 1941


ARTE

DE

CONVERSAR

palestra digna do nome é algo que vale. Vale, às vezes, um bom livro. Mas, como UMA é raro encontrar-se alguém que tenha o dom de prender pela suavidade da palavra, não Pela eloqüência, que é coisa diferente! Compreende-se que, Sócrates não pudesse sair às ruas Atenas, sem que imediatamente um bando de Pessoas lhe interceptasse os passos, provocando-o de todos os modos, fazendo-lhe perguntas, crivando-o de questões só pelo prazer de vê-lo abrir a bôea e discorrer, desdobrando todos os seus dotes de "causem". E" uma arte primitiva, pois no princípio era o verbo, como fala o evangelista, e, por isso mesmo. se foi gastando depressa. Hoje é muito dificil encontrar-se alguém que saiba manter uma conversa, num tom agradavel, com ar despretencioso, sem falsas entonações, sem pôse, sem frases feitas, sem impressões cheias de preciosismo. Há pessoas 1ue conversam em "dó" maior, procurando efeitos sobre os outros e deüciando-se consigo mesmas. Outros estudam coisas para descarregar no primeiro amigo que encontram. Preparam direitinho uma palestra, como fazem uma "toilette". Saem para a rua com um punhado de frases, de paradoxos de ditos, de blagues e mal esbarram Um conhecido de certa categoria, despejam-lhe em cima tôda a carga, como se derramassem uma moringa. Esgotado o estoque, se despedem e vão à cata de outros ouvidos para "reprise". Esta classe é, Pelo menos, divertida. A presença de um exemplar

GUIMARÃES

LEAL

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assim inofensivo, não ataca os nervos. A representação não dura muito, é como um pião que trás corda por pouco tempo. Ao lado desta, existe outra categoria que confunde palestra com discussão. Os tipos dêsse gênero são incapazes de articular duas coisas, que não tragam a marca de desafio. Ninguém lhes pode fazer a mais leve observação. Êles têm o privilégio da Razão. A sua palestra tem ar de letra de câmbio, de'escritura pública, que valem por si mesmos. Si são ricos, o que dizem têm valor, porque apostam logo grandes somas em que tudo sairá como dizem. Êles conversam, como si estivessem baixando ordens do dia para o Destino cumprir direitinho. Si o ouvinte, apezar de tudo, mostrar-se ainda indeciso, ficam vermelhos, dizem um par de grosserias e saem pisando duro. Entre estes, que querem sempre dizer a última palavra sobre todos os assuntos, preferimos o contador de rodelas. Pelo menos tem mais imaginação. A sua conversa é um "coq-à-1 âne", sem fazer finca pé em nenhum ponto de consistência As mulheres são acusadas de variáveis, ligeiras. Talvez seja por êste poder de flutuar entre os assuntos, que sabem palestrar em geral com agrado. Um humorista chegou a dizer que a palavra foi dada ao homem... mas as mulheres a roubaram.

E\.. Durante algum tempo, ele ficou aí, disfarçado de Pi"heiro Machado; depois, andou "bancando" o Benedito Calixto. Agor*i dizem que é o Carlos Gomei, mesmo... E mister Right, um tanto pilhérico: Quem sabe, o maestro já pertenceu à polícia ...

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Percorremos as alamedas do Anhengabaú. Outra estátua ... Este, quem i? — indaga o meu terrível inquiridor... Rui Barbosa, o grande brasileiro ... Mister Right nem permite que conclua, para dizer... Pelo que vejo, ele gostava muito de fazer ginástica em paralelas.. * ?

*

Na praça do Correio, junto ao edifício da Delegacia Fiscal, somos envolvidos numa tropelia. Mister Right & quase derrubado pela multidão afobada. Que é isto? — interroga, quando a tormanta passou. i— E'... E' que chegou um bonde... Parecia uma "blitzlcrieg"... * *

*

Acabámos de jantar no hotel, e salmo» a dar um giro pelai proximidades. Na avenida Sio Joio, ás acrobacias dos cartazes luminosos, entre duas baforadas pachorrentas de sea cachimbo, mister Right comenta: Uma bela metrópole, a sua. Há muita coisa in-

X

1941

terestante, para a gente ver. Também, muita coisa pitoresea. Poderia, entretanto, ter ainda melhor... Em todo -mm, nem tudo se pôde faxer num dia... 63

O

MALHO


CQflfitaK.

A

m

MENTALIDADE

problema de saber se o homem pôde O a fazer evoluir # sociedade, sem recorrer a violência das armas não consegue se libertar dos fetiches compreende divergentes teoremas de das batalhas. Através dos tratados, as psicologia coletiva e da mentalidase receiam, desconfiadas potências séde humana. No começo deste das suas ambições e dos seus vorazes culo, desejava Alfred Moulin, que imperialismos. Escravizadas pela desantes de desarmar as nações se confiança e pelo temor, as nações procedesse à revisão do mapa euroem depor as armas e a guervacilam peu e do mundo, enquanto preconio progresso. Nietzsche ra devasta sava Richet, que o periodo de justiça Estados, que acusam os denunciou deveria proceder à fase do desarmainstintos e sevanmaus de os outros mento. Solicitava por sua vez Ene'e como uma intenções, boas de gloriam Buloc, a revisão da idéia da pátria, nefasta tão e ainda deshumanidade da como uma nova atitude mental se provicio O a do guerra. que peior civilisação. Mais interpretativo, rea raças, semeando todas as a pagou velou Paul Boncour, que se dá o fraHoje, hostilidade. e a inquietação casso das negociações diplomáticas, nem os povos brancos e os povos por dois motivos principais, de naamarelos saberiam depor as armas, tureza quasi irremoviveis. O primeiro se temem mutuamente. A quando dimana de uma força psicológica diperdição do mundo provem do espificil de subjugar, o espírito de revolrito da sua civilização homicida. ta dos povos que não se resignam Doutrinadores da antigüidade e a compreender a situação política da entoaram o hino da guerra recentes Europa. O segundo provem da ambifatalidade, ã qual o benéfica como ção de hegemonia, dos que procuram deve submeter os humano gênero desarmar os outros, para ficar na poUma máxima de evolução. ideais sição de superioridade como vencedoos materialistas odiosa egoista e que res discricionários. Desse modo, nefilosofia de Aristotena recolheram nhum povo se desfez dos armamentos estranhamente: "As les, preconisa e êsoutras com receio das potências nações não são obrigadas a observar se fato levou Charles Richet a recoos tratados, senão durante o tempo nhecer a necessidade de substituir a o interesse exige". O filosofo aleque dese nações as na qual paz armada, mão Freltschke, amigo de Bismarck safiam umas às outras, pela virtude Guilherme II, recomendava tal e de da paz pacifica a única admissível doutrina, na sua cátedra de Berlim. numa humanidade bem intencionada. filosofia de Hobbes explicou a cauA Assim Alfred Moulin desaconsede um ponto de vista sa das guerras, lhava o desarmamento da Europa, muito que trai o choproblemático, porque sem a baionêta e a artilharia, dos interesses econômicos. "As que o mundo europeu jamais poderia sociedades políticas gosam do direito subsistir. Dupont White traspassa agir conforme a sua conveniência. de os limites da calma e da espectativa, Por isso mesmo, são obrigadas a vidiante dos acontecimentos Internaver em perpetuo estado de guerra". cionais e manda desconfiar de toda Os artifícios da lógica fornecem ar sabedoria, que propõe a deposição gumentos terríveis para a sabedoria das armas sob o pretesto de um da vida. Eloqüente, Hegel cantou a novo direito entre os povos. A patoapologia da hecatombe humana com logia ocidental rende na deformação uma metáfora, na qual compara o da idéia do Estado, cuja vida se tordestino das batalhas e o destino das nou inseparável do armamento. Pensob o mesmo ângulo cosmiprocelas, sadores de todas as categorias opinaco. "A guerra é um estado de cousas, ram sobre o tema das forças armaonde a saúde das nações se conserva das. A idéia de suprimir os exércitos, em vigor, como as águas do mar são formulada por alguns idealistas, só preservadas da corrupção, pelo soinspirou diatribes e sarcasmos dos pepro das tempestades". A cultura esritos da história internacional. Frando Ocidente sofre de vipeculatíva cisque Bouguet considera as forças cioso transcendentalismo, que gera armadas como elementos sociais, cuja uma filosofia em desacordo com a supressão importaria em mutilar o sensibilidade do espírito e com a Incorpo social. Ninguém compreende teligência do coração. Outros exageuma civilização sem Instrumentos béraram o beniflcio das conflagrações, licos, porque o espirito humano deemprestando-lhe atributos de higief jrmado pelo espantalho das guerras. ne social e de poder coletivo. Emer64 O MALHO

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Augusto, Imperador Romano. (Estatua no Museu do Vaticano)

son não receiou anunciar o maior dos erros coletivos como supremo bem dos povos, numa sentença que faz extatlcos os cultores da filosofia bélicas. "As guerras, os Incêndios, as pestes, quebram inumeráveis rotinas, desembaraçam o mundo das raças corrompidas, dos focos de doenças, abrem um campo livre aos homens novos". Conceito tão pueril, como fantástico, que estigmatiza a perdição do mundo ocidental, entregue à extravagancia dos doutrinadores. Joseph de Maistre confessou-se desolado, quanto à pacificação das potências que assinam tratados, reconhecem a justiça e depois se empenham em conquistas. O seu pensamento pôde ser resumido com um dos lugubres "A guerra é.o princípios doutrinais. estado habitual do gênero humano. Para cada nação, a paz não é mais do que a espera". Reminiscencias da vida prehistórica e impulsos atávicos da memória barbara, fazem crer a humanidade que um fado irresistível coage os povos a sempre guerrear para sobreviver. A guerra só cessará quando se extinguir a filosofia e a mentalidade bélica. DE MATTOS PINTO X — 1941


"O

viETULIO

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A EXMA. SNRA. D. AUIRA

VARGAS

DO AMARAL

PEIXOTO

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ASHINGTON, Jefferson e Lincoln, passo a passo, vão surgindo, um a um, sóLire o penhasco rudo ... Lá avultam os titães I Para o grupo sanhudo, da vasta cordilheira o pedestal é escasso.

T- /jtotomÊ^totomm

Dos Órgãos, cá na serra, um harmonioso traço risca a fronte, acentua o sobrólho, o rombudo nariz sobí resvala a boca e o mento... Eis tudo: sobranceira figura interrogando o espaço... Cavam e escarvam lá, o rochedo altaneiro, afim de consagrar com arte e com grandeza, eternizando, à Pátria, heróicos filhos seus. E quanto é caprichosa aqui a Natureza ! Talha a serra o perfil de um grande brasileiro, apontado a Nação pelo dedo de Deus!... N

I

QUERIDA ¦ Ú ésa sombra hospitaleira e amiga, Que me abrigou do longo caminhar. .. Em ti resumes poderosas forças, Tú és a terra, o sol, a lua, o mar!... Tú ás a estrela que os meus passos guia, Durante a noite pelos meus caminhos... Tú ás a árvore cuja copa esconde, Os segredos de amor dos passarinhos !.. Tú ás a fonte cristalina e pura, Que mitigou a minha sede um dia ... Tú ás a fada que os meus sonhos vela, Tú és formosa aos olhos de Maria I ...

Dlll

ArlDI

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FRAGUST-O

Tú és ainda a escada de Jacob, Que me conduz aos pincaros da glória ... Guardas no peito incalculável soma, Tú és também os louros da vitória !... Tú és, querida, para sempre minha, Porque me dáste todo o teu amor ... Por isto vivo para ti somente, Tú és, em suma, a Primavera em flor!...

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..,.—,^_-,

Tú és a sombra hospitaleira e amiga, Que me abrigou do longo caminhar... Em ti resumes poderosas forcas Tú és a terra, o sol, a lua, o mar I... J

O

N

A

S

NASCIMENTO

POBRE JUDIA s»^RA noite chuvosa e muito fria. Eis que pobre mulher me bate a porta; Ao descerrá-la vejo uma judia, Trazendo ao colo a filha quase morta ! E dos maternos lábios eu ouvia: — "Venho esmolar o amparo que conforta, O milagre que a salve da agonia, Pois minha alma esta dôr já não suporta I" Tomo a criança; e minha mente em prece De toda a desventura compartilha Mas a loura menina, enfim, falece I E a mãe, sem lar, sem pátria, maltrapilha, Ao vela morta, — rasga-se, enlouquece, E desvairada sai, deixando a filha I... MARIO

X —

941

COUTI NHO

NEVARES

65

O

MALHO


C^u^m^

REGINA PESCE

comenda que trouxera no meu, barco, para o "seu" Feliciano. Veiu atender-me uma rapariga. Eu não a conhecia. Morena robusta e linda como eu nunca vira. 18 anos era a sua idade. Sorrium e provocadoramente. Eu não podia tirar os olhos dela. E quando voltei, encontrei-a sentada na canoa em que eu viera. Parei, supreendiMFÍeWa do: mas ela sorriu, outra vez. Chegou-se prá junto de mim, pegou minhas mãso e disse-me que que^^^_-V-fc_-teÍ_ ria ir embora coT Béms ^"—am* ^o^ê JBSW-^-d \ V^^^^B migo. Que na Faamm**m zenda trabalhava muito; que a maltratavam, que tinha se apaixonado por mim... Gostei da história, mas disse a ela que não podia leva - la assim; não devia fumesmo porque haroupa; sua a casa, deixar e a tarde gir, calor da o chuva dissipou Saltou furoubado. tinha a eu dizer de viam que de noite está envolvida num véu covarde, de Chamou-me bateu! me e riosa, quasi neblina. disse-me uma porção de desaforos e saiu, a Agrupados no cais do mercado os correr, garantindo antes que eu havia de volbarcos, com o mastro esguio e nú, apontando tar para Ir buscá-la, mas que ela não me queum são compelidos para o céu sem estrelas, ria mais... RI da cena e remei para casa. Só enchente. contra o outro pelas vagas da vendo como ela era bonita na sua raiva! E No meio da escuridão, só o brilho luciA pequena nessa noite não pude dormir, lante de uma ou outra candeia, incertas e não me sala do pensamento. Mexia-me na rede, baças como o olhar dos moribundos; no meio sem socego, Procurava esquecer essa mulher, desse silêncio, só a cantiga das ondas que beinão queria que fosse verdade que eu rampa... porque jam os cascos e se diluem na atrás dela. Seria dar o braço a toriria ainda Duas sombras se aproximam, lentamente. resolvi de logo, cumprir a viaEntão, cer... De quando em vez, as pontas abrasadas de Mas creio gem marcada para a outra semana.No meio do dois cigarros riscam o espaço, como se fossem fez mandinga. endiabrada a silhuetas As festivo. que num vagalumes giro caminho, voltei, não resistindo à tentação de param em frente a um barco, dão um pulo Ir vi-la outia vez. E fui, João, e passei por rápido, e ei-las no seu interior. todas as humilhações. Riu-me na cara, zomMais uma débil luz povoa a escuridão, e bou de mim, provocou-me. Si eu tentava duas vozes profanam o silêncio. afastava-me com um olhar terrível! agará-la 'confessei Conta-me agora, Juvencio, o que te que a queria levar comigo Enfim, coração. o fere soltou uma gargalhada! ela... e sempre, instante a um olha para ponta O interpelado eu pedisse de joelhos. st só então, Disse que inflamada de seu cigarrinho de palha, puxa muito, até esse oon|o humilhei me E eu João, uma tragada. Quer falar. Òfegante, Juvencio pára. Seu peito arfa, Volta-se, enfim, e começa: Sabes, João, saf ontem da cadeia. . penosamente, como se tivesse corrido. A lua, parada, lá no alto, olha o enamoE, ante o olhar de estupefação do outro: Não sabias que eu estava príso? E' rado ciumento. E Juvencio prosegue: lógico: vieste para Belém muito antes de eu — Velo João, morar comigo, e com ela têr feito "aquilo". Que fizeste? Roubaste? Ma.taste veio a minha perdição. Percebeu logo que eu estava apaixonado e fazia todas as Indignidaâlguem?! jmperçeptivelmente des porque tlnhi a certeza que não a mandaria sacode quasj Juvencio Chicoteava-me com seu desprezo; «¦-.bora. sorriso. os ombros e esboça um meio de Um més depois que tu deixaste a ilha, humilhav»-me tanto quanto podia, zombava não ela certeza a que tinha t.inha paixão. Eu tive de ir á Fazenda Grande levar uma en-

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O

MALHO

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me amava. Mas não sei o que ela tinha no corpo: mais me maltratava, mais eu me subemetia ao seu capricho e menos reagia... Eu não tinha mais paz. Meus negócios mesmo começaram a peiorar, devido à desorganisação de minhas viagens. Si a deixava, traia-me sem piedade, e quando eu voltava, meus amigos caçoavam de mim. Si a trazia, não tinha socêgo, igualmente, pois, ora brigava, ora tentava chamar a atenção dos meus companheiros. Sim, João, até na minha frente! E eu tinha medo que ela me fugisse, aqui, em Belém... Era insuportável e sem sizo, mas era, também, terrivelmente bela, e eu a queria assim mesmo... Decidi: trabalharia na ilha e mandaria o barco e as mercadorias só com os meus empregados. Foi a, ruina. Os negócios não davam mais lucro. E ela ameaçou abíndonar-me. Jurei matá-la, se me deixasse. E ela ria, ria, e me dizia que eu era covarde, que não teria coragem... Tornei a fazer as viagens e ela tornou a enganar-me. O ciúme roia-me o peito, estava me acabando... Um dia, ao chegar, disseramme que ela passara a noite na casa do nosso vizinho. Fiquei desesperado. Desmenti o que diziam, quiz castigar o delator, mas sabia que era verdade... Interroguei-a, e ela, João, nem siquer negou! Pedi-lhe, alucinado, que ao menos dissesse que era mentira, que tivesse pudflr do seu procedimento. Mas qual! Ela tornou a confirmar que era verdade, que queria deixarme porque o outro tinha mais dinheiro e porque ela estava farta de mim. Criei coragem, então, e dei nela. Del tanto, tanto, até que as forças me faltaram. Mas, em vez de saírem lagrimas de seus olhos, era sua boca quem derramava gargalhadas! E quando parei e vi seu olhar de zombaria, e vi que ela tremia de dôr e de raiva, esqueci que era um homem e me arrastei como um cão aos seus pés, implorando-lhe perdão. Mas ela foi cruel. Afãstou-me com nojo e avisou-me que la embora com o outro. Vi que aquela víbora me desgradescava, mas sabia que sem ela eu seria mais nada de Mas alucinado. Fiquei ainda. graçado valeram meus rogos. Passei então ás ameaças, lurei matá-la, si a visse com outro homem. Mas ela, sempre fazendo pouco, sempre dizendo que eu não era homem prá isso, me abandonou. céu Juvencio sofre. Passeia o olhar pelo continua. e escampo — Quiz ser forte, quiz mostrar que não m« importava, que eu tinha caráter. E como eu sabia que, vendo-a, fracassaria, vim para Belém. Passei uma semana. E nessa semana mal comi, andando atoa, pensando nela. Nem sei si era saudade ou ciúme... Mas não agüentei. Voltei. E ficava danado de vir como meus amigos me olhavam: como se eu fosse um bicho. Veio um e me disse que tinha sido melhor assim porque ela era uma criatura sem um brios. Eu me zanguei e o fiz calar com não conselhos para dar me veio soco Outro abormatá-la, porque não valia a pena. Eu me ninrecia com todos e não falava mais com com euem. Enquanto Isso, o plano de acabar a vida daquela mulher ingrata foi crescendo ela na minha cabeça. E uma tarde em que reestava sozinha, decidi matá-la. Entrei de volver na mão. Ela me olhou, ficou um pouco eu tremia, pálida, mas quando percebeu que valente: de fez-se X — 1941


começámos a divulgar a ciencia de Freud no Brasil, não faltaram espíritos retrógrados, que viam a eiQUANDO dadela da psicanálise ameaçada pela intromissão dos leigos dentro dela. Popularizar a doutrina, seria violar um TABU. E só calaram, quando eu publiquei a carta que Freud me escreveu, dizendo-me que "divulgação" da sua doutrina devia a mim a no meu país. O Brasil, nas asas desse preconceito bolorento, de que a ciência devera ser privilégio do MAGISTER DIX1T, ganhava em ignorancia e perdia em ilustração. Os livros que se destinavam a orientar as massas, trazendo-lhes o conhecimento dos problemas fundamentais da vida, na apreciação dos fatos científicos, dos quais não podemos hoje prescindir, eram menospresados... "Livros populares, — diziam". E' como se dissessem: "Nào teem valor". Ou mais claramente: "cousa de charlatão"...

Entretanto, enquanto isto se passava no Brasil, países como a Alemanha, a França, a Inglaterra, a América do Norte, semeavam pelo mundo inteiro livros maravilhosos de divulgação cientifica, escritos pelos nomes mais gioriosos da ciência moderna. Principalmente a Inglaterra e a América do Norte vinham sendo os pioneiros deste interessantissimo movimento universal. Dizem esses autores que a explicação daquilo que quotidianamente acontece no universo có póde ser esclarecido pela CIÊNCIA e que o homem de hoje, envolvido em infinitos fe nómenos, que desconhece, * vitima deles, n; maioria das vezes... Assim, o homem moderno não podia sei mais o espectador estonteado dos acontecimentos universais, como um selvagem diante dum eclipse do sói, ou da lua... Ao contrário. Êle precisava CONHECER, nas suas linhas gerais, a ciência contemporânea, tentaculisada nos seus Inúmeros ramos de esPecializaçâo. "maçonaJá nâo havia mais lugar para a ria dos doutos". Já nào devia haver mais obstaculos entre o homem comum e o homem de ciência.

Vai-te daqui, câo! Tu não ís homem Prá me matar: tens medo da cadeia! A gargalhada soltou misturou-se ao barulho do tiro. Ela que cambaleou, mas, seguranuo-se para nào cair, ainda gritou a palavra 1ue tão facilmente saia de sua boca e que tanto me humilhava: Covarde! E's um covarde! Foge, agora; anda, foge, "seu" covarde! Mas ei de perseguir-te mesmo morta. Nào hás de têr socêgo! Sem saber o que fazia, atirei mais uma vez. E, quando vi aquele corpo querido cair ensangüentado, compreendi o tinha feito e cai ao seu lado, beijando-a e,quecomo ela dissera, pedi-lhe perdão... Os amigos quizeram •lue eu fugisse, mas, lemb'rando-me das vras dela, fui entregar-me às autoridades. palaVim preso prá cá e, nâo sei bem porque, depois de X — 194!

flós, os

"O Romance "Marada Ciência", ções como vilhas da Medicina", "O sexo na vida diária", 'Biografia de um embrião", "Maravilhas da Física", "Você e a hereditariedade", ou ainda, essa extraordinária obra de Wells que sistematiza e divulga a CIÊNCIA DA VIDA!

eharlatães.

Aparece destarte, traduzida para o nosso idioma uma literatura prodigiosa e de grandes objetivos para o Brasil, no instante preciso em que êle se revitaliza, se refaz, ou renasce para o seu mais glorioso destino, que é o da esplendida floração da cultura do seu povo'

Assim nos falaram h. GORDON GARBEDIAN, DAVID DIETZ, EDWARD F. GRIFFITH, GEORGE RUSSEL, SHEA GILBERT, H. G. WELLS, JULIAN HUXLEY, MORTON, MORRISSON e tantos outros nomes de projeção universal e que, finalmente, encontraram no Brasil um publico numeroso e acolhedor, o que tem facultado excelentes tradu- A

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Gastâo Pereira da Silva

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dois anos, ontem, me soltaram. Mas eu ainda nào estou livre. João! Sinto-me preso pela sua lembrança. Ela me persegue, zomba de mim! A toda hora, em toda parte ouço as gargalhadas ferinas que ela soltava, e parece que vou enloquecer! Deixa disso, Juveneio! Agora acabou. Nào há motivo para esse desespero. Tu nào sabes: ela está cumprindo sua promessa. Deixa de tolices, homem! Já dois anos se passaram. Na cadeia era melhor. Lá eu sentia estava pagando pela morte dela, e socegaque va mais. Mas, aqui fora, ninguem me castiga; sou livre! E quero sofrer. O relógio da praça próxima anuncia que a noite vai em meio.

87

"nós, os E isto se deve a eharlatães"... Remdito charlatanismo!

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João levanta-se, abraça o amigo: ,— Deixa estar, Juveneio. Vou vêr se arranjo um emprego prá ti, onde eu trabalho. Nâo voltes prá ilha enquanto nào esqueceres. Verás que isso passa. E podes acreditar: os mortos não falam! Tolices... Joào sai. Juveneio fica. Mais 3 vezes o relógio da praça registra a corrida do tempo. Então, como que despertando, Juveneio levanta-se e passeia, nervosamente, pelo barco. Está agitado, fala sozinho. Faz esforços para livrar-se de qualquer coisa imaginária que o agarra. De repente, o silêncio e quebrado pelo baque surdo de um corpo que cai n'água. O sentimento de culpa levou o enciumado a tragédia fatal. O

MALHO


Mãos tão geladas ! Brancas, delicadas... De Lúcia devem ser ! Talvez, de Margarida... — Lúcia ? Está longe ! A outra... já sem vida 1 Esse sorriso... E o alvo perolario Da boca sensual que transparece Atravéz dessa renda... devem ser De uns lábios que beijei... Oh ! Não I Não posso crer Sejas tu a mulher que tanto amei 1 Dois pésinhos mimosos E os meneios Desse corpo... o seu leve caminhar Lembram Carmen... Quem sabe, está de volta Para, de novo, um louco me tornar ? — Tolo que é Buscando achar em mim Um romance feliz Que teve inicio • fim I Amei você... Mas sempre tive medo De confessar esse cruel segredo, Pois guardava, no intimo, a certeza Da sua indiferença... e da minha fraqueza... Olhe-me bem ! Jamais viu estes olhos ! Nem estas mãos, Nem este riso triste... Você sofre, somente, a sugestão Dos anceios que tem no coração : Achar alguém, na mascara que encobre Desejos de chacal... Uma alma vil ou nobre...

Você me conhece ? Disse a mascarada Com vóz fanhosa e cheia de malicia. Eu sou alguém que existiu outrora... Alguém que já sorriu Porem que hoje chóra... Alguém que já sonhou, Desiludido agora...

Nunca olhou para mim ! Siquer desdem Inspirei a você, curioso Arlequim... Nem Carmen, Nem Maria ou Margarida ! Nem Lúcia, pôde crer, esta mascara esconde... Sabe quem sou ? Apenas uma sombra Para quem o destino não sorriu : Aquela que passou E que você não viu I

Eu sei... tu és... Esses teus olhos negros Parecem... és Maria ! E's sim ! Eu bem que os reconheço ! Mas... não ! Não és ! Tal prêmio eu não mereço... O

MAI.HO

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KERNER X — 1941


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A lém de magnificamente situados, ** em local aristocrático e de grande valorização, os "Edifícios Residência" oferecerão vantagens inéditas aos seus moradores. As três ilustrações desta página faIam melhor do que qualquer longo texto. Eles terão, no pavimento térreo, ampia sala destinada aos jogos e recreio das crianças, alegre, arejado e apropriado ao seu fim. Um restaurante oferecerá aos moradores todo o conforto e comodidade. E, por fim, a linda e bem localisada piseina para exclusivo uso dos moradores, situada em ponto aprasivel e encantador. '

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AO LADO de Douglas Fairbanks um "Corsican Brothers", de Edw. Small, o primeiro; filmei de Douglas depois de sua visita à América do Sul, aparecem Akim Tamiroff. Ruth Vvnrriclc, J. Carrol Naish, John Emery o H. u. Warner. O filme é baseado na ob;a da Dumas e dirigido por Gregory Ralofí. JOHN BARRYMORE e Lupe Ve'ez acompanham o .mpagavel Kay Kyser no seu lerceiro filme "Playmates".

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parte. Judy Garland, tantas veies apontada como a namorada de Mickey Rooney, acabou casando mesmo com Dave Rose, o maior adm.-» "O de Oi". Mág*co de rador da heroina numa festa Aí estão os dois. muito felhes de

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conhecida oantora brasileira Eisa Hous"fans" de Greta é uma das maio.-es "estréia" a Garbo e foi visitar grande "set" nórdica no da famosa comédia sem titulo que Garbo está filmando. Não conseguiu, entretanto, conhecer o seu Ídolo,

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que naquele dia estava descansando, em casa. E como Elsa Houston não podia voltar no dia seguinte por ser curta a sua visita a Hollywood, conheceu apenas Melvyn Douglas, o gata e Georgo Cuckor, o do

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LUCILLE

BALL nasceu em Butte, de 6 dia Montana. no agosto de 1911. Cabelos lou'os e olhos aiues. Cstréiou na "Escomédia de Eddie Cantor candalos romanos". Um de seus filmes foi interessantes mai. "Êls, ela a eu".

JOHN

GARFIELD

(Jules East

Gar-

Side, no Manhattan. (Nova-York), dia 4 de Março de 1912. Es"Quatro filhas". Urn tréíou em de seus bons trabalhos foi em "Juarei" no paoel de Porfirio Dias. fildei,

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Leppert), FAYE (Alice no dia em Nova-Yo'k, 1912. Cabelos 5 de Maio de louros e olhos azuos. Estréiou filme num Viuva da Wallace Reid. Apareceu com Carmea "Uma Miranda em noite no "Week-End in Rio" e Havaia". ALICE nasceu

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MILLAND (Jack Milane). em Glamorgan, Walles de janei(Inglaterra), no dia 3 ro de 1905. Estréiou nos filmes na Hollywood e em ingleses "Um sonho apenas". Urn filme foi de seus melhores trabalhos "B«au Gesta". em RAY

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EXCERTOS SOLIDARIEDADE PANAMERICANA gesto agressivo, nem uma frase ameagadora. ameaçadora. Apenas, isto sim, a todo insNENHUM tante, em toda tôda parte, a qualquer pretexto, o conselho sincero, a advertencia advertência oportuna, em um s6 só conceito por todos repetido — sejamos unidos para sermos fortes, para sermos respeitados. E, acima de tudo, em duas fr&ses sófráses que encerram o mais s6¦— "solidariedade panlido compromisso politico político ;— americana", inviolabilidade do patrimonio contipatrimônio conti¬ nental" nental".. General Valentim Benicio — (Saudando Paraguaia, no almdQO a Missao almoço Missão Militar Paragudia, do dia 8 no Copacabana - Palace ) .

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O BRASIL ENCONTROU SEU CAMINHO CERTO Brasil encontrou seu caminho certo. Por essa dúvida de que seu não tenho a menor duvida OBrasil 0 estrada, nao atingirá, muito em breve, o alto destino que pais atingird, lhe estA está reservado. Preparam-se, admiravelmente, Só terao terão os brasileiros, para os embates do futuro. S6 nações civiliimpôr-se no concerto das nagSes forga fõrça para imp6r-se conciência zadas os paises países cujos filhos possuam a conciencia está nitida nítida dos seus deveres. E o que o Brasil esti P&tria de cidadaos cidadãos concientes. O fazendo 6é uma Pátria Nação desfile militar deu-me a certeza de que sua Nagao esclarecidos tem soldados disciplinados e pela instrug&o trução t6cnica. técnica. A Parada da Juventude reveloume que a mocidade brasileira prepara-se para assuimportância, no desenmir seu papel, de evidente importancia, volvimento do progresso material, moral e intelectual do pais. país. E, por fim, a harmonia existente na concentrag&o concentração dos colegiais, fez-me pensar que lançadas as bases da grande potencia est&o estão langadas potência que o será amanha. amanhã. Essa 6é uma tarefa extraorBrasil serA dádindria. dinária. Porque a caserna prepara soldados, d&das armas. ensina-lhes o manejo instruQ&o, lhes instrução, indispensável que não 6é tudo. Torna-se indispensdvel Mas isso n&o conciência das Ssses êsses homens tragam, j& já em si, a conci§ncia responsabilidades, essa fdrga fôrça irresistivel irresistível que vem dos espiritos espíritos bem formados."

A VISITA DAS MISSÕES MILITARES ESPECIAIS DA ARGENTINA E DO PARAGUAI — Para assistir às festividades comemorativas do nosso "Dia da Pátria", a Argentina e o Paraguai enviaram ao Brasil duas luzidas Delegações Militares. A da República Argentina era chefiada pelo próprio Ministro da Guerra do País amigo, General Tonazzi, e incluia entre os seus ilustres membros o General Pierrestegui, Chefe do Estado - Maior do Exército Argentino. A Representação do Paraguai, constituida pelos jovens cadetes da Escola Militar de Assunção e um grupo seleto de oficiais, tinha na Chefia o Coronel Aguilera. A gravura acima aspectos da estada entre nós das Missões amigas. Ao alio à fixa esquerda, por ocasião da Parada da Juventude, vendo-se, ao lado do Presidente da República, no Palânque de Honra, em frente ao tel General, os Generais Tonazzi e Pierrestegui e o Coronel QuarAguilera. A direita, visita de um grupo de cadetes paraguaios ao Jardim Botânico. Em baixo, flagrante do banquete oferecido pela Prefeitura do Distrito Federal às duas Delegações Militares.

ArgenGeneral Tonazzi, Ministro da Guerra Argen¬ Delegação Militar Argentina. tina tino — Chefe da Delegat;ao

promovidos ao posto de General de Brigada FORAM os Coronéis José Silvestre de Melo, de Cavalaria, Euclídes Zenóbio da Costa, de Infantaria, e Médico, Dr. João Afonso de Souza Ferreira, do Corpo de Saúde. Os novos generais são portadores de brilhantes fés de ofício e suas promoções foram O

MALHO

acolhidas com satisfação em todo o Exército. O General Silvestre de Melo, comandando com que vinha "Dragões da Indebrilho os pendência", conta cêrca de 43 anos de excelentes serviços à Pátria. O General Zenobio da Costa, oficial da Ordem do Mérito Militar, era comandante do 3." Regimento de Infan-

taria. Ascende ao alto pôsto com 48 anos de idade, tendo em 1932 conquistado a promoao de Major por ção "atos de posto bravura". O General Dr. João Afonso de Souza Ferreira, que ainda - no •' brilho o Curso de Alto Comando, dirigia o Serviço de Saúde do Exército. E portador de numerosas condecorações militares nacionais e estrangeiras, inclusive a Cruz de Campanha da Guerra Européia, tendo, em 1918, galgado o posto de Major Médico por atos de bravura praticados na França. circulando o número ESTÁ 60 da "Revista do Clube Militar", ora em nova fáse, sob a direção do Capitão de Engenharia Augusto Fragoso. A edição em apreço reúne trabalhos dos Generais Eurico Dutra, Meira de Vasconcelos, Afonso Monteiro, Borges Fortes e Liberato Bittencourt, Coroneis Damasceno Vieira, Felício Lima e Luiz Lobo, Majores Ribeiro Paz e Jonatas Ro72 —

cha, Capitães Salm de Miranda, Dr. Deocleciano Pegado Júnior, H. O. Wlederspahn, Mario Fernandes Imbiriba, Hoche Pulcherio, Darcy Leal de Menezes, Theótimo Ribeiro e José Horacio Garcia e Tenente Gerardo Mazela Bijos. A capa |— o retrato de Caxias — é um excelente estudo a óleo do pintor Miranda Junior. • Ministro da Guerra baiO xou o seguinte aviso sôbre o Major José Teófilo de Arruda, que foi nomeado Observador Militar no Equador: — "Em virtude de haver sido designado para uma missão no exterior do país, vem de ser dispensado das funções de oficial adjunto de meu Gabinete o Major José Teófilo de Arruda. Ao desligá-lo, expresso meus louvores a êste brilhante oficiai pelo desempenho correto de suas atribuições. Sua colaboração revestiu-se sempre, além do acerto com que se caracterizou, de firmeza, iniciativa, lealdade e irrepreensivel espírito militar. X — 1941


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'¦^Wí&afli Nal DEFESA DE COSTA : — Afajor Henrique Delfim Saddock de Sá, um dos mais experimentados oficiais da nossa Artilharia de Costa, ora em serviço no Forte de Copacabana. O conhecimento objetivo das questões miltares e o equilíbrio de sua personalidade emprestaram também aos trabalhos que lhe couberam, os aspectos de valioso e constante concurso. Ao despedir-me deste meu digno auxiliar, almejo-lhe pieno êxito na nova missão que deverá desempenhar e para a qual foi escolhido por exclusiva consideração ao seu valor."

• data de 4 de Setembro COM o Ministro Gaspar Dutra recebeu o seguinte telegrama do Chefe de Estado Português : "Foi com a mais sincera satisfação que recebi da Embaixada Especial ao Brasil a I ^eflTl •*^^^^m(H flaa** ' ^at

espada de honra que o Exército Brasileiro muito amávelmente me ofereceu, acompa-.i-a-ta do decieto e diploma de General de Divisão honorário com que Sua Excelência o Senhor Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil me distinguiu. Na ilustre pessoa de Vossa Excelência como Ministro da Guerra endereço ao glorioso Exército Brasileiro, a que muito me honro de pertencer, os meus mais reconhecidos agradecimentos por tão alta prova de estima, muito grata ao meu coração de militar. Apresento a Vossa Excelência as minhas calorosas saudações de camaradagem e vivo apreço. General Carmona, Presidente da República Portuguesa."

sendo distribuido nos ESTA meios civis e nos círculos militares de terra, mar e ar, um álbum comemorativo da inauguração do novo Palácio do Exército, com farto e variado documentário fotográfico, organizado pelo Gabinete Fotocartográfico do Ministério da Guerra, sob a direção artística de Alberto Lima. A apresentação desse álbum é feita pelo T e n e n t e-Coronel Afonso de Carvalho, que, durante largo tempo serviu como oficial de gabinete da atual administração do ExérNesse documento, está cito. destacada a recente conferência do General Eurico Dutra, Ministro da Guerra, em que este Chefe descreve minuclosamente as realizações do Exército de 1930- 1941.

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ECOS DAS COMEMORAÇÕES DO "DIA DO SOLDADO" — Fiagrante da cerimônia realizada a 25 de Agosto último em frente ao Monumento do Duque de Caxias, nas comemorações do "Dia do Soldado". A esquerda do Chefe do Governo, veem-se os Generais Gaspar Dutra e. Góes Monteiro, Almirante Castro e Silva e Generais Francisco José Pinto, Mario Ari Pires, Francisco José da Silva Júnior, Newton Cavalcanti e Almcrio de Moura. .

X — 1941

— 73 —

A GRANDE PARADA MILITAR DO DIA DA PÁTRIA ru1

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Aspecto do desfile militar do dia 7, este ano realizado na Praça da República. grande e tradicional parada militar comemoraA tiva do "Dia da Independência", realizada este ano em frente ao novo Palácio da Guerra, constituiu um espetáculo de inexcedivel imponência. Referindo-se ao bom êxito da Parada, o General Eurico Dutra, Ministro da Guerra, em Aviso ao Exército, declarou : "Ano após ano, num labor digno de todos os encomios, aperfeiçoamo-nos tanto no ponto de vista puramente material, como no delicado e complexo domínio moral, melhorando nosso aparelhamento defensivo e acoroçoando nosso ânimo na confiança que nos trazem as armas e a inteireza moral dos chefes, bem como no fortalecimento que nos dá a fé inquebrantavel que todos depositamos na nossa disciplina, no espírito de sacrifício do Exército e nos grandiosos e inflexíveis destinos do Brasil. Reside em vós, meus leais camaradas, a força unitiva da Pátria e sobre vossos ombros repousam a segurança e a tranqüilidade do nosso honrado e laborioso povo. Vendo-vos desfilar cheios de sadio patriotismo, imbuídos do vigoroso espirito militar, na cadência garbosa e rítmica que tanto impressionara povo e autoridades, não só pela correção das formaturas, retidão dos alinhamentos e precisão dos gestos perfeitos, como pela marcha impecável, decidida e franca, aliado ao transbordante entusiasmo de que estáveis imbuídos, senti-me — confesso-o — sinceramente orgulhoso do Exército que tenho a honra de dirigir. Desfilastes com inexcedivel brilho e com inegualável marcialidade diante das altas autoridades da República, do povo e das representações diplomaticas estrangeiras, inclusive das Missões Militares Especiais dos países amigos que nos honraram com sua presença nas festividades comemorativas do "Dia da Pátria". Isto patenteia o esmero, o devotamento e a firmeza dos chefes responsáveis, em todos os escalões de Comando, pela vossa preparação militar, trabalho diutumo e silencioso, que quotidianamente realizáveis pela grandeza das Forças Armadas e pela felicidade do Brasil. Prova também quão acertado andam os que vos dirigem, nesta e nas outras Regiões Militares, adotando métodos severos e princípios pedagógicos fundamentais que vêm norteando firmemente nossa correta e perfeita instrução militar."

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NA OPINIÃO DE TRÊS FIGURAS DE DESTAQUE NA ENGENHARIA, NA INDUSTRIA E NA MEDICINA NACIONAL

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A convite da direção das Grandes Fábricas "Peixe" estiveram recentemente em visita ao parque agro-indus+rial daquela organização, em Pesqueira, vários elementos de relevo no mundo econômico e social de Pernambuco. De regresso da excursão, onde lhes foi dado apreciar não só os campos de experimentação e cultura do tomafeiro, mas, as modelares instalações técnicas da firma Carlos de Britto & Cia. naquela cidade pernambucana, os visitantes enviaram ao industrial Manoel de Brito, chefe da importante organização, as suas impressões a respeito, dentre as quais destacamos as que estampamos nesta página, juntamente com alguns aspectos fotográficos da mesma excursão.

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ladas. No terceiro ano, a colheita foi do i tonelada. A adubação era o elemento indicado para modificar essa situação. Olhando os vastos campos de cultura dq Pesqueira, constatei como tudo aquilo foi o resultado do esforço, da inteligência e da perseverança de um grupo de homens que construiram por suas próprias mãos uma obra verdadeiramente notável. Quanto a parte fabril, o visitante colhe a mais lisonjeira impressão, por vir que as fabricas pernambucanas estão produxindo um artigo que rivaliza com os melhores do mundo, Vi o acondioionamento do extrato de tomate, a ser embarcado para a Inglaterra, e estou certo que o mercado inglâ*, mesmo passada a guerra, não procurará outro centro de abastecimento. São 600 ton»ladas de tomates que as fabricas de Carlos Brito estão esmagando por dia e é uma cifra bastante expressiva para indicar as excelentes perspectivas dessa industria. — (a) MANOEL LEÃO, Superintendente da The Great Western of Brazil Rail»ay Ltd. e membro do Departamento Admiústrativo de Pernambuco.

Out ro 9rupo de visitantes, vendo-se entre os mesmos os professores Jorge Lobo e Torquato Castro. '

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Tive realmente uma impressão muito forte> nao somente da parte industrial, como da< parte agricola. A cultura do tomate é muitd delicada e exigente, não só em relação às pragas, como ao preparo do lólo. E' muito' fácil a degenerescencia. Da «orle que a perfeição atingida numa cultura relativamente nova é verdadeiramente surpreendente. Não temos ainda uma cultura racional da cafeeiro. A cana de açúcar demandou seculos para enveredar agora por um sistema racional. Constato com satisfação que a cultura do tomateiro oomeçou pelos bons métodos cientificos, com excelentes experiencias de adubação. A calagem do terreno, a adubação verde com leguminosas, a seleção de linhagens, a defesa do terreno contra a erosãc— sao processos da mais moderna agricultura, que verifiquei em Pesqueira, com uma grando satisfação e orgulho de brasileiro. Tive ocasião de constatar os excelontos resultados da adubação dos terrsnos, para a cultura do tomateiro. Em ferra virgem, a colheita em um ano, foi de 35 toneladas pon hectare. No ano seguinte fez-se o plantio no mesmo terreno e a colheita foi de 15 tone-

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O senhor Manuel de Britto entro os industriais José Pessoa de Queiroz a João Cardoso Aires Fiího, em visita aos campos de cultura do tomate da firma Carlos de Britto & Cia. Meu caro Manoel : — Pesqueira com os seus cam« pos floridos, com seus suculentos tomates e com a alegria de sua gente me encantou profundamente. Jamais pensei que pudesse encontrar naquelas paragens o panorama social que disr.ortinei. A sua obra bem rev«la o seu temperamento. Ha dinamismo em todos os setores e ha sobretudo muito humanismo. Com que satisfação observei a diligencia e robustez fisica dos trabalhadores, representação objetiva da assisten-» cia que você lhes dispensa. A sua fabrica é u*..ia demonstração da capaoldade dos brasileiros e é sobretudo um exemplo de amor à nossa terra o à nossa gente. Muita simpatia tambcm merece a sua empresa por concorrer para o melhoramento do problema da alimentação, um dos mais importantes do ponto de vista da vitalidade d® uma nação. Queira receber os meus mais efusivos parabéns ® ficar certo de que jamais esquecerei os momenntnç bem vividos, passados na sua gleba. — Cordialmante. — (a) JORGE LOBO, Professor Catedratico de Sifiligrafia da Faculdadá de Medicina de Recife.


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— 76 —

X — 1941


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SENHORA! SUPLEMENTO

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FEMININO "POR SORCIÈRE"

O tempo mudou. E a cidade também teve modificado o seu «Pecto. i Alegram-na os vestidos claros das mulheres» encantadoras nas suas indumenfárias de primavera, Quitas dias quais talhadas em sêHjs com estampar|a ""ente,multicor, ou branca e preta, ou, mui principalcor de vinho ou escarlate em fundo branco, 30|s é nas mais variadas cambiantes de vermelho que se escolhem tons para os novos vesiidos, vindo a seguir, numa seqüência encantadora de colorido, verde, amarélo, por fim e especialmente destinado às morenas, quiçá às trigueiras, o vermelho soprado de rôxo. 1 Agosto e Setembro ainda reuniram a aristocracia social em inúmeras festas de alia elegância, donde Muitas com o intuito caritativo. Assim é que se viu a mais bonita assemblóia feminina no "grill" do Copacabana para ouvir a sra. Grace Moore, depois a "première" de "fantasia", no Pathé Palace, com a presença do Piosidente VarÇas, cia senhora Darcy Vargas, de Adolçiisa Nery Fontes e o sr. Lourival Fontes, do corpo diplomático 6 demais figuras representativas do nosso meio so-

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$1 i'l Moderno e bonito vestido de "soirée", talhado em crépe branco, enfeitado com franjas de seda. Apresenta-o Ellen Drew, da Paramount.

Ensemble" de crépe marinho, blusa bran"pois" vermelhos, gravata de Ça com failie" vermelha com "pois brancos". — Traje ideado para Ginger Rogers em "Tom, Dick and Harry", da RKO X — 1941

ciai, bem como de Walt Durey e seus primeiros desenhistas. No Guanabara, a primeira domo do país proporcionou uma reutiião encantadora às suas irtúmeras amizades. Os cinemas empenharam-se crn exibir trabalhos de folêgo neste fim de estação, notabilizando^se "Corações Humanos" uma versão de "Esquina do Pecajo" com Charles: Boyer e Margaret Sullavan, e "Lady Hamilton" no S. Luiz, mais um triunfo para Vivierr Leigh e Laurence Olivier, hoje marido e mui lher na vida real; ambos atualmente em Londres, colaborando na guerra. Aos dias já relativamente quentes entremeiam-se outros bem frescos. Setembro mesmo ofereceu noires delicioj sas, caindo a temperatura desde a tardinha, proporcionando às mulheres mais um ensejo de adornarem-se com um par de raposas de "vison". p»jta, azuis, ou um co'ar de As praias animam-se de a'egria humana e de luz, reparando-se que as mocinhas de Copacabana estão preferindo o "sarong" para a longa estáda ao sol. Entanto não são poucos os "shorts", 09 "sloks"i6 os "maillots" elegantes pontiihados alguns de certa originalidade de tecido, de feitío também, tal como as sur.gas de jersey franzidos em vertical, o que se não assenta a todas, pelo menos assentará em alguns ccrpos bem talhados.. . — 77 —

Veste-se a gente, agora, mais esportivamente, selecionando sempre modelos que dêm completo desembaraço aos movimentos». "Shantung" de seda ou de aigodõo, linho grosso, cambraia de linho estampada, e todas as invenções em matéria de troba'co indicam-se para os vestidos de caráter esportivo. e, à medida que o sol esquenta, o algodão toma primeiro plano, sendo interessante escolher coloridos quentes para certos trajes, optando as morenas pelo omorólo ambar, o azul esverdeado, o vermelho em todas os suas cambiantes, o rosa bonina, e as loiras preferindo azul pastel, amarelo tenuissimo, verde folha, rosa cravo, umas e outras usando e abusando do branco, a com justa razão. Pare de noite, os vestidos bem "toVette" enriquecem-se de franjas largas de seda, as quais se colocam em saias justas, o que nãò quer dizer que as largas estejam fóra da moda, pois são muitos os modelos de lar-' guissimas saias godeadas ou franzidas err> indumentárias para todas as horas, desde o matinal vestidinho de algodão ao de tarde e ao de noite. Em matéria de bordados viçam primorosamente os recórtes de flores estampadas, aplicadas nos vestidos brancos, caben o também elogio às guarnições de rafia ou » metal, ambas nos trajes de linha esporte. Breve teremos calor de verdade. dia vontade enorme de c-assar o fc uma num "short". esquecendo até outro espec.» de faceirice. . . o MALHO


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i Joan Bennctt também num fi!me Columbia, vestida por Berna."d Nev/man. E' um "dinner gown" de seda negra com estamparia viçosa.

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w <tJ?V ks leitoras em "Marjeral, e á ng" em particular esndereçam-se ss vestidos que alumas das elegantes j lulheres de Hollywood presentam. Começa-se or este, para de tarde, esenhado por E d i t h I e a d, da Pa.-amount, ara Bárbara Sianwyck, 1 linda esposa de Robert avio*. O t.*aje é negro, e casemi-a do algodão " u seda, acompanhando-' um "mannuito de coIas de vison". O

MALHO

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Tafetá preto e branco, bordado inglês, branco, no deco¦ te e mangas — este vestido para jantar (um casa ou fóra) desenhado por Metan"star"Tayíor da para Virginia Eruce, Columbia em "Adventura in Washingion".

\>*°" A. Và# O vestido He miss Stanwyck em desenho original de Edith Head. *— 79 —

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MALHO


VESTIDOS CLAROS..

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X — 1941


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feitas de noite, Camisas de leve seda de tonalidade pasfel, guarnição de renda, a qual, em sendo preta, dará especial eleem encaixada g á n c i a amarelo ou rosa crépe manteiga. O falhe japonês nas mangas volta, como em alguns vestidos, a figurar na indumentaria feminina.

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"Uma sala de visitas "studio", de musica também — eis o que Marling pediu para a "Página das Noivas" em "Moda e Bordado". Está, entarío, atendida aqui, do que sabe já por melo daquela revista. Admirará então o "living room" da casa de Ida Lupino, em Hollywood. A "star" da Warner Bros demonstra a bor.Uesa do chltão ou linho estampados como elemento decorativo, um fundo claro, "beige", por exemplo, para os moveis, outro sobre escuro — negro, ou vinho —, para as cortinas, fundo ainda escoverde garrafa "bergère", com "pois" brancos. lhido para a Confortável e bonito, duas qualidades essenciais num ambiente.

DECORAÇÃO

DA

CASA

Sugestão de mobília para "living room bay"

TAPETES MOVEISCORTINAS

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TAMBÉM

MO ANEXO A

A' 65 R.^CARIOCA-67- R. 7 de SETEMBRO-82 JUNTO AVCHID'

O

MALHO

84 —

1941


de

Segredos de Por

Beleza

Hollywood MAX

FACTOR

i Autoridade Suprema na Arte do MRKE-UP.

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A OPINIÃO DOS HOMENS... Acho que a moda da "magreza" passou completamente, e sinto que foi bom. Havia muita mulher exagerada, nada sendo que um "feixo de ossos". Lembro-me que os homens criticavam a moda das perninhas finas, peitos chatos e braços como palitos. As mulheres acabaram ficando extremamente nervosas. O exercício intenso a que se sujeitavam fatigava-as em demasia. E homens, principalmente, receberam a nova moda — a das curvas — com satisfação.

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Indumentária estivai — "Macacão" de trobalco azul zuarte, franzido à cintura. Calças muito largas. CONTROLAR

A BELEZA... Se bem que não seja um verbo português, "Controlar" é tão usado que o escolhi para tema da nossa crônica de hoje. Controlar quer dizer sujeitar, dominar, restringir. Ora, uma mulher deve controlar a sua beleza, isto é, ir até aonde os dogmas da arte da maquilagem permitem, e ai Parar. Em tôdas as diferentes fases da maquilagem, ela não deve abusar °u retrair-se demais. 0 limite... A mulher que sabe dominar a arte da maquilagem, o modo de vestlr. o penteado a usar, vai até o limite da moda, nos diferentes aspectos que ela oferece, tão só. Usa apenas a maquilagem necessária, nem mais nem menos. Penteia-se como a moda sugere, mas o seu penteado não é exaierado. Veste-se com elegância, mas não abusa do privilégio da moda. A mulher realmente elegante tem a maquilagem, o penteado e os vestidos debaixo do mais absoluto controle. CURVAS... Mas não é só maquilagem e modas que requerem controle; o corpo reclama-o também. Sinto dizer que as mulheres estão esquecendo-se dêsse lado da questão, principalmente agora que as mais cheias, aquelas que apresentam mais curvas são consideradas as mais perfeitas, mais mteressantes. A época das "fausse-maigre" passou. E' verdade que muita magreza, há tempos, passava por elegância, uma vez que as forma esbeltas em excesso eram consideradas as mais fascinantes na mulher. Mas na verdade venho notando que as mulheres que outróra se sujeitavam a exercícios severos e a regimes alimentares, para manter Pouco pêso, hoje em dia estão abusando do privilégio que a moda dai curvas" lhes garante. X — 1941

— 85 —

ENGANOS... Mas, como tantas vezes tenho dito — há limite para tudo. As mulheres que abusavam da "magreza", hoje em dia são exata"direito das mente as que estão abusando do curvas". O controle deve ser exercido. O pêso deve ser mantido dentro dum limite razoável. As formas devem ser firmes. Nada de banhas balançando... O mesmo cuidado em exercícios deve ser seguido, afim de que as formas se mantenham firmes e sólidas. Os alimentos com muita batata e muito pão devem ser controlados com a máxima severidade. Doces e "bon-bons" podem aumentar o pêso, e também distribuir gordura excessiva. AS ESTRÊLAS

DE

HOLLYWOOD... As minhas observações são baseadas, principalmente, no resultado que as estrelas veem obtendo, aumentando um pouco de pêso, mas mantendo um controle perfeito sobre isso. Reparem em Rita Hayworth, Merle 0'beron, Betty Grable, Ann Sothern, Alice Faye, só para falar em algumas. Essas estréias são um exemplo perfeito da nova moda. As curvas graciosas que oferecem — mais notadas em cênas em que surgem de roupa de banho — são formas cheias, é verdade, porém sólidas. As estréias de hoje pesam pelo menos mais quatro ou cinco quilos do que as de alguns anos passados, de há cinco anos, direi. Elas não aumentaram de pêso por acaso. Procuraram com inteligência e sob uma fiscalização médica ou de especialistas em cultura física, o pêso desejado. Não passaram a comer doces e "bon-bons", na ansia de ganhar pêso facilmente. Continuaram a fazer exercícios com o mesmo interesse e a mesma pontualidade do tempo em que eram mais magras. Êsses exercícios farão com que mantenham o pêso dentro do limite estabelecido. O

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assucar

humido,

peneirada, 250 sal, '/i chicara

beirada

quente.

e enrole. Deite o rolo dentro de um polviihado com farinko de trigo. Leve o cosiI duante água a ferver com dentro de urna panela "Rolly-polly" hora. Corte o em rodelas, arrume num bonito prato, e sirva quente. como uma mossa símpii_s ser massa : A püraj pôde "dumplings". "muffins" trigo, farinha de de ou 500 grs. calda

creme,

louça

OVO DURO RECHEIANDO um tomate som "mayonnaitn ' sobro o miolo. Ornamentos de bem fina. Bonito e gostoso. alface picada

Deite o sebo — ralado ou pioado — no isoio da farinha, formar junte o açúcar, o sal, e vá amassando com água até I hora. Abra cm repousar durante Deixe uma massa lisa. fóima retangular ou redonda, na espessura de !/2 ctnr*. Ponha em cixa uma camada de ameixas frescas ou pretas, cozidas paio nliar

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MANEIRA DE FAZER

em

renda

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í Corte

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a massa ameixas.

PRATOS SABOROSOS

a*

"**,3__!

grs. de sebo de égua fria,

(já preparados) ou io I colher de açucer.

rrantiga,

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ciasra qu_m aprecia iÍr_o$". _atÍ5*ai esta comno me.sa posição '-e style", ctori.n para se rvir o c.fé jpós o jan« ir. V«sta-a um fino tedo branco bordado a inglês bo-dado glesa, "saia", fita1 beira da Forro veludo preto. de

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sotim

rosa.


SACOLA

PARA GUARDAR

RETALHOS

desde a base até o começo Esta sacola é tão apredesta curva, deixando meio sentavel que podemos de"hall" centímetro para as costusala de pendurá-la no ___. ras. Fazer uma outra barra jantar ou quarto. A aberhorizontalmente através da tura pela qual 09 retalhos são colocados, fica atrás parte de cima das barras dos lados e mais duas da sacola e é recomendameias barras verticais envel costurar um zip na base tre OS lados e o centro, todo mesmo para Ekar mais fácil para esvasiá-lo. mar a do lado direito s >Material necessário : — 1 meada de cada de linha bre a asa do papagaio. Em cima. trabalhar duas barMouliné (Stranded Còtton) marca "ANCORA" F 488 ras até o centro do tecto e uma barra horizontal, cerca (amarelo canário), F 7S.^ (dourado). F 596 (vermelho), de 2,5 cms. distante da base. Fazer uma cruz onde as F 460 (azul celeste escuro), F 523 (verde jade), F 524 barras se encontram. (> papagaio pôde ser bordado togo em seguida. To(meio verde jade). F 699 (preto). das as linhas simples riscada- podem ser contornadas 3 meadas de linha .Mouliné (Stranded Cotton) marca "ANCORA" de haste, a- unhas semi-curvas em ponto de em ponto F 590 (beige escuro), F 721 (branco). aberto e a- linhas curtas e espaçada-, em margarida 92 cms. \ 55 cms. de largura, de fazenda grossa mercerisada. pontos retos, como o bico, olho e algumas das penas amarelas, como indica o desenho em ponto cheio. l'm cabide de madeira, de 40 cms. de ponta a ponta. Para a distribuição das cores, seguir o diagrama ".Milward" n, 19. Agulha de bordar chenilha marca dado em conjunto. \ cor branca é somente usada para as linhas brancas, na impila do olho e na linha do cenDimensões — 53 cms. x 40 cms. tro do bico. Cortar a fazenda em dois pedaços, cada um medindo " cms. x 55 cms. No pedaço da frente passar um aliEXECUÇÃO : — Xo outro pedaço de fazenda pira nhavo no centro do mesmo seguindo o*fio da fazenda a parte de trás. cortar uma abertura horizontal de 29 Para marcar a barra do meio da gaiola. Usando esta li- cms. de comprimento e 5,5 cms. distante da parte de "(ia como guia, Colocar O desenho na posic.ão. 10 cms. cima; cascar ou -costurar um viéz nas beirada.-. Costudistante da base e riscá-lo. rar a maquina as duas partes juntas, nos lados e em As barras todas são bordadas primeiro com a cor cima, deixando uma abertura para o cancho do 590. Cada uma consiste <le tres linhas de ponto de ali- cabide. Costurar o zippequena na base e completar a costura. nhavo trabalhadas uma ao lado da outra. A agulha passa Passar a terro pelo lado do avesso. Colocar o cabide na l'"1" cima de 13 fios e pega 1 tio da fazenda. Trabalhar posição e a -acolá está pronta. primeiro a barra do centro. Depois, antes de bordar as OUtras barras, marcar o tecto da Vide a indicação do ponto e o risco na revista gaiola deitando o cabide na posição e fazer uma linha de de alinhavo, A R T E D I". 1! O R I) A R no número de (lutubro de pontos «ando o contorno. Agora trabalhar as barra- dos lados, 1941.

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X — 1941

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— 87 —

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MALHO


sar-se-á consigo. Tomou também arr.isade à segunda e a primeira diz que só poderá vir e aceitá-lo r.o caso da desistência do seu compromisso assumido com a segunda. Está então o original consulente envolto em duas grandes crises amorosas. E' o diabo, vovó !

RETALHOS SENTIMENTAIS IRA ARI — RIO — Não é esse o mel apaque deverá continuar a aplicar paia nhar moscas", como disse você. Em primeiro logar comece por desistir da idóia de compjarar o pretendido do seu coração com uma mosca, bichinho tão pouco asse:ado. A tática não é essa, Ira. Deixe de Lado essas leise tem dedicado. turas prejudiciais a que Evite os fraseados difíceis, os seus temperaartifícios, coisas que tem os mentalismos, aplicado para atraí-lo. Pelo que me disse em sua carta, os homens do gênero do que você as mulheres simplesmente' preferem gosia, amorosas, tímidas um tanto ingênuas, since"vamps" como está iludidaras, e nunca as mente a minha amiguinha querer do se tor-i nar. . . INQUIETA — MINAS — Sua carta é rmsffoj Mande me estudo. resumida para o meu maiores detalhes e responderei. CORAÇÃO MAGUADO — RIO — Você 6 bastante joven ainda para já sofrer de males do coração. . . Esqueça-o sem maguas. Nada houve de profundo entre vocês. Romperam? Há males que vêm pa-a bem. . . NATÉRCIA — (?) — Uma moça intaliser vo-.é c:n sua demonstra como gente carta, não se deve deixar influencia'' por intriguinhas engendradas por terceiros. Apuro os fatos só e simplesmente. Se do fato ólai não for o que dizem ser, continue o nanoro, e pense consigo própria que resultado prático não teriam essas damas intrigantes sa apregoassem em nossa praça, com suas Iín-. guas tão desenvolvidos, a vendag.in de cocadas e amendoins torrados. .. ' CORAÇÃO EM BRASA — RIO — Resolveu tudo bem graças a mim? Bravos, isso é o que se quer ! Sinto-me bastante sa'is-

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feita em ter concorrido para o seu socêao de espírito. Não há a agradecer. Cas3-n-;e, e, felicidades. . sou piioniza OTÁVIA — PARÁ — Não nem coisa parecida. Dirija-se a uma delas ou sinão mesmo a uma sessão espírita que, entre passes mediúnicos dar-lhe-á a resposta desejada.

DISTRIBUIDORES

VULCÃO — RIO — Em EM VELHICE logar tenho a diTer-lho qua não Drimeiro õ pe-gunpretendo responder nesta secção tas feitas por cavalheiros. Seria íntoraiaanta mesmo, eu, por-me a aconselhar do que maneira deverá agir um cavalheiro como me diz, de 67 anos apenas. Em todo o caso, como a pergunta foi feita, não ma oporei desta vez a tal : diz ter-se apaixonado, ressa idade, por uma joven de 21 anos: a nesma não lhe é de todo indiferen'o porém alega não poder casar-se consigo por eila: aguardando a chegada do seu eleito qi3 se acha om Belo Horizonte. Desiludido, decepcionado, voltou a sua com a alma em franga'hos, atenção para a irmã da pretendido, mais moça do que ela, com o fiio exclusivo de estimá-lo A segunda esquocé-la. pareô também. O noivado com a sogunda esiá vainão-vai; porém a primeira disse-ilie que se o seu eleito não vier de Belo Hi-rzonte ca*

TODA

A

PRODUÇÃO

DA

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as meninas, enquanto que o senhor deverá, uma vez despidas as idéias prejudiciais de D. Juan, tomar todas ps noites urr.a bóa perincontição de chá de tílias e cons-i'í.ir nenti vovô um bom médico psiquiatna o não a uma mocinha tão inofensiva cemo eu. . . PAULO — São noivos? BI Eil ANA — S. "fox" e você é ciumenta? Bota-a Éle é do sempre a tocar piano para danrar com a dig.» prima? Amarre o seu lindo dedinho o invente i»m talho que não pôde tocar. . . ou cosa que o profundo, uma inflamação rádio valha. Dansa você com éle I Liguo o festas a vá sinão ou tiver, o se de casa, com com éle. Afaste-o porém de sua prima ejracil, superior, feminina, uma tática toda emabisem demonstrar ciúmes, sorrindo-lha um ele6 Ela . . lissima, interessantemente. . . Bibiana. tanto mento um perigoso N A R A Franco

(Dinéa

Vaz)

ITAPAGIPE

M«r%IATr«

dos mais perfeitos SOALHOS Premiados na Exposição Ibero DE

descobrira

MOLENGUINHA — RIO — A sua oarta cheia de borrões e de erros gramaticais indicam ser você uma mocinha muito pouco zelosa. Lá pelo Tico-Tico deverá haver amores como o seu. Cultive um pouco mais o espírito, instrua-se menina, para tratar de'aouco um njpazinhos conquistar pois de mais interessantes que os seus pred:letos. I

ARVHUR

com os braços porque de voar. . . oulro zumbe, acocorado, porque acha-se no espaço, com circunspecto, destino à lua. . . outro ainda a um canto penumbrento, comunica-se om -aso é quasi o além. ., é uma bola I Seu igual ao desses infelizes. . . Corro a nossa ¦ medicina infelizmente ainda não possuo o "psicofone" vovô. o ir.pormuito seria que tante para o seu estado psíquico, aconselho-o a, em primeiro logar, del«r um paz, um

cômicos;

POLA, — RIO — Você foi a culpada. Agiu desprecipitadamente. Procure-o e pe;o-lhe culpas. E' o que posso dizer-lhe.

SERRARIA Fabricantes

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Tem o senhor alguma perturbação cardíaca, enxaquecas ou coisas no gênero? Não? En"receitazinha" : na sua minha tão lá vai idade vovô, deveria ser mais amigo de um bom ptar de meias de Ia, do aconchoqo det uma bôa cadeira de balanços a de outros eteceterazinhos, e, nunca do amor desespe-i rado não de uma, mas de duas jovens a um tempo só ! A medicina londrina .adota num dos seus institutos, com o fim do tratar de "psicofone", aparelha moléstias nervosas, o os mesquasi idêntico ao gramofone; contém mos discos sugestivos de acordo com o desvio mental apresentado pelos pacientas dei per si. Os mesmos, selecionados, giram quatro vezes ao dia para cada. Há nes:e instituto diversos casos tristes e ao mesmo tempo

«& CIA.

EM MOSAICOS, DE MADEIRAS BRASILEIRAS Americana de Sevilha — 1929-1930

COMPANHIA

INDUSTRIAL

DE

MADEIRAS

DA

BARRA

DE

S.

MATHEUS

com grandes florestas e serraria no Norte do Estado do Espirito Santo Oficinas, Depósitos e Escritórios: RUA BARÃO DE ITAPAGIPE, 71 Endereço telegráfico "DONATO" CÓDIGOS: RIBEIRO E PARTICULAB Telefones: Escritório 28-4641 — Serraria 28-3844 R A S I IB D E R I O J A X E I R

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X — 1941


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Salada, peixe, filé, batata frita e arroz. . . E para a sobremesa ? Bem; decidirei sôbre isso no armazém. ^ *

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"\TÃO é de extranhar que a Mar^ melada Branca Marca Peixe desperte a gulodice dos adultos e das crianças. Esta deliciosa marmelada é diferente, porque é preparada por aperfeiçoados processos exclusivos, que lhe conservam o sabor do próprio fruto, bem como as suas reconhecidas propriedades alimenticias. Por isso a Marmelada Branca Marca Peixe é aconselhada para pessoas sob dieta ou convalescentes. Adquira alguns pacotes de Marmelada Branca Marca Peixe. Tendo-a sempre em sua casa, a Sra. pôde, a qualquer momento, servi la como ótima sobremesa. Peça hoje em seu armazém Marmelada Marca Peixe, agora em latas retangulares ou em pacotes. É pura e deliciosa como todos os doces Marca Peixe!

MARMELADA

t MARCA O

Ótimo seu Joaquim! Uma esplêndida idéia! Vou fazer uma deliciosa sobremesa, combinando com esta saborosa marmelada! PEIXE EM LATA OU PACOTE!

rfSfe n [1^ /Avvi O resultado foi magnífico! Todos gostaram do esplêndido doce que fiz com recheio de Marmelada Marca Peixe! E o Zezinho sempre guloso, avançou na metade do pacote que tinha sobrada! 1941

— 89 —

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Fernandes? Jorge que anda sente saudades da sua carioca

Gracindo fez um programa des mais interessantes com o seu nome na iupi. De onde se conclúe que os homens de inteligêncía são úteis ao rádio. Arlette de Sousa ingressou no quadro dos artistas de radioteatro da Tupi. Novamente corre a notícia de que a Ipanema vai passar por nova fase. Vamos a ver se teremos novidades, desta vez.

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seja uma foto do Gordo e o Magro, ao ver esta pose do LaPedro Vargas, que, muito em breve retornara ao Rio com novas músicas tipicas da terra de Elvira Rios.

TSbéqued quibek... Escreve-nos uma leitora sobre a falta de rádio interesse dos responsáveis paios pelo programas infantis, mostrando-nos que os que se foi por aí, depois de desesete anos de fádio no Brasil, é verdadeiramente lamentadigno de revolta. E tem a maior razão a missivista, túante "Jornal Brasil", se. do da ligeira excepção nossas emissoras, de um repararmos que as modo geral, preferem (antes, num comod';mo indisfarçavel, estragar as tendências armerecendo o crianças, tisticas das nossas vel

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Volveu ao Rio a compositora Dilú Melo. depois de brilhante excursão no Prata. A Rádio Clube está irradiando o pro"Portugal no ar", iniciativa de Aíegrama xandre são tas,

Alves. Orlando

Silva está dizendo artística ao Norte. Vai ter um transmissor de a Educadora. —Sebastião Pinto

ouvintes

da

continua

uma

excur cur-

ondas

deliciando

os

Mayu Atti é uma revelação segura da AMSi música popular. Canta com graça e com personalidade, agradando muito os seus milhares

Tupi.

de

AMPLIA-SE

A

MARINHA

ouvintes.

BRASILEIRA

assunto às vistas providenciais dos entenoidos em educação. Estragar, é bem o termo de vez que, os garotos se perdem em iambas apimentados e marchinhas pesadas, quando estes programas de preferência deveriam ser educativos. as crianças que so Como não gostariam contassem lindas histórias pelo rádio, o, de envolto com estas, aprendessem a admirar os nossos homens padrões, os fastos Dra .'•ileiros. Temos a certeza de que o sr. Júlio Ba.'aia talvez venha a se interessar pelo caso, incuntivando os diretores artísticos das estações lhe

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brasileiras. FRANCISCO

GALVÂO

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celebre dupla Belo-Horiaonte

MALHO

Xerem e Bentinho quj de nos enviou este postal.

¦ A O Dique Seco, de Ladario. Obra monumental que exprime o pontencial de nossa Marinha de Guerra naquele porto do território nacional. Mede 90 metros de comprimento por ! 5 de largura, com todos os requisitos da téc.iica. Foi esse trabalho gigantesco realisado pelo Escritório Raja Gabaglia, Engenheiros Civis. 90 —

X — 1941


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M

Odette Amaral incluiu em seu repertó, n° a marchinha de Saul Marques e Wa1demar Silva, "Ralco da Vida". Silvio Caldas gríavou, com êxito, uma "Quando melodia de Custodio Mesquita floresceu o Manacá". Amei os olinhos de Você" é um iegitimo sucesso dos Anjos do Inferno. ~r Longe de Ti" é um lindo samba do Germano Augusto, que Cynara Rios vem de lançar na Victor. Dorival Caymi apresenta no disco uma linda canção de sua autoria.

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Manuelzinho de Araújo é o maior cantor de emboladas do rádio carioca. Vejamo-lo aqui no estúdio da Nacional, ao lado do regional, quando os ouvintes admiravam a graça de um de seus números mais interessantes.

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J-nir Martinj tem feito admirável temporada artística no Norte. Depois do absoluto êxito na Bala; acaba de estrear, com bastante encantamento na capital paraense.

Deixou a Transmissora o locutor Raul Longras. Rosinha Paga continua, nas terças-feiras a apresentar os seus brilhantes programas na Nacional, relatando a história dos mulheres que trabalham. A Rádio El Mundo adquiriu os direitos autorais, para a Argentina, dos trabalhos radiatrais de Berliet Júnior. Continuamos a reclamar uma renovação artística no rádio. Não há de ser i dansa dos locutores, de uma para outra esttação, que possa melhorar o nivel radiofônico, muita

atrasado em seus desesete anos de atividade. Haidé Brasil é um elemento novo cie valor, que ainda não teve a sua oportunidade. Neusa Monteiro também canta com muita personalidade e precisaria ser berrr estimulada. A Nacional vai irradiar dentro em pouco em ondas curtas. Cristina Maristany volveu de Buenos Aires e vai atuar na Tupi.

A maior Fábrica de Chapéus do Brasil JÚLIO LIMA & C.,A — Rio

ârtdad Gita lambousky é, de certo, ur^ artista real merecimento da onda da Tupi. ¦— Seria agradável se as estações cariocas organisassem programas mais bem feitos durante o dia. A Jornal do Brasil montem um programa dos mais dignos de louvor, o infan•l'i que costuma apresentar aos sábados. A voz de Ivonette Miranda é bem bonita. Os locutores de Vera Cruz são, em verdade, como se queixam os ouvintes, Jiçh "os de atenção. Afinal de contas, o radio é coiza mais seria. —Nórlca Smith é uma das mais ser!as revelações do radiatro carioca. Podemos garantir que Aurora Mirando Gstá istuando no rádio norte americano, e. assinou contrato com a Warner Broters pa.a i* sua primeira filmagem. Precisamos de programas infantis fei'os com maior espírito didático. Olga Praguer Coelho encontra-se presentemente cumprindo \pntajoso contrato com a NBC, de Nova York. de

X — 1941

O

CHAPÉU

QUE

NÃO

DESENFORMA

E' a razão pela qual "Julima" recomenda aos homens de bom qosto os seus chapéus que são o complemento do conforto e da elegância. — 91

O

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Korjus nasceu em Varsovia, no dia 17 de Agosto, e, estudou Miliza música em diversos conservatórios da Europa. Sua voz obtinha um sucesso enorme em toda parte onde se fazia ouvir. O seu primeiro concerto foi organizado pelo famoso empresário Max Schilling, que a A sua grande popularidade contratou imediatamente como estrela. deslumbrantes temporada., líricas estrelando na Europa nasceu das suas "A flauta mágica", "Barbeiro de Sevilha", óperas como "Rigoletto", "Cavalleria Rusticana" e uma dúzia de outras óperas. Miliza Korjus feito o filme "A tendo Hollywood, de soprano o é, atualmente, grande Gravet. Fernand francês e o artista Rainer Grande Valsa", com Luise bonita, sendo os seus discos Ela é alta, graciosa de corpo « muito "A Grande Valsa", ela faz o No filme vendidos no mundo inteiro. diversas músicas de interpretando ópera Carla, de papel da cantora Johann Strauss.

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PARA FERIDAS, INFLAMAÇÕES, ESPINHAS, CRAVOS, SARDAS, ETC. MELHOR QUE QURLQUER CRÊMEdeTQUCRDGR

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X — 1941


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Aspeto do almoço oferecido ao Professor Arnaldo üe Moraes, por seus auxiliares e irtterncs, no Acro Porto, comemorando a passagem do seu aniversário vatalicio.

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A despesa comum, com o feitio, pode ser empregada na compra de um tecido melhor, e no preparo de um vestido mais fino, quando se possue uma Singer. Obediente, veloz, de fácil manejo, a Singer permite a cada uma fazer os seus próprios vestidos, segundo os melhores figurinos, com grande economia. Para maiores esclarecimentos, procure o Centro de Costura Singer mais próximo.

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Grupos feitos na residência do Comendador Roque de Carvalho, quando do baile dos artistas expositores do salão de Belas Artes dèsto. ano. X — 1941

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NOITE NA TAVERNA — MACÁRIO

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«0 DESTINO MC UIIMANA íDA.tSPECIE HUMANA H. C. WELLS acontejm quadro do que está .med.aá espécie humana e das delrontarn a que '^.«'ÃC . possibilidades HEND.IK WILLEM VAU LOON l.vro ver.ti. | desle '^ Através da leitura *.*« Sob a alegação de uma ciência moderna, camos está esta perenl.n*. que nem tudo camos. enfim, alguns espíritos assumiram contra a 8>b'ia - u,"~******** ainda e que a human.dade a.nda pos d.do — uma pos.çáo de. luta tranca, considerando-a «"h«'",e"; sue reservas de forças e apenas como um relato de certos aconteoa le.«cidade. tos capazes de conduzi-la mentos históricos. E ela Io. odiada por hoI2S0OO Broch. mens e mulheres, cujos avós a haviam revê* renciado. Van Loon náo diz uma palavra sobre isso. Náo ataca nem defende ninguém Narra apenas aquilo que pode servir ao aperfeiçoamento espiritual do leitor 'Broch I8S000

HISTORIA DA BÍBLIA] <**&**%

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PAULO

Martins Editora, A Livraria de São Paulo, que se tem especializado em obras de luxo, ou melhor, e medições dos nossos grandes livros, acaba de incluir na sua. Biblioteca de Literatura Brasileira, admiravelmente ilustrados por Di Cavalcanti, dois dos mais representativos trabalhos de Manuel Antônio Alvares de Azevedo, o grande poeta romantico, tão cedo roubado às nossas letras. Alvares de Azevedo deixou, no seu espólio literário, dois trabalhos em prosa: "Noite na Taverna" e "Macario". "Macáiio", tentativa teatral de inegável importância literária, ha muito não era reeditado. Não nos lembramos, mesmo, de edições desse trabalho isoladamente, fora das Obras Completas do autor. — "Noite na Taverna", ao contrário, tem sido reeditado constantemente, mas em pequenos e insignificantes volumes mal revistos, impressos em péssimo papel e sem o mínimo escrúpulo com relação ao texto. Por todas essas razões e considerando que esta novela íantástica — única em nossas letras — é o produto mais típico do romantismo brasileiro, bem fez o Editor Martins vestindo-a com o apuro e o bom gosto desta edição óra entregue ao público, edição que traz, como dissemos, admiraveis ilustrações de Di Cavaicanti. Encarregado de apresentar o volume, o escritor Edgar Cavalheiro, biógrafo de Fagundes Varela, desenvolveu lúcida li",.terpretação em torno dos trabalhos de Alvares de Azevedo, as cabalmente esclarecendo condições em que foram construidas essas duas obras tão expivssivas e importantes para o brasileiro.

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Wt&A CENTRO PIAUIENSE — No Centro Piaiüeiue, instalado no edificio do Liceu Literário Português, inaugurou-se uma exposição de quadros e gráficos demonstrativos do progresso econômico-fmanceiro do Piauí, na operosa e patriótica gestão do Interventor Leonidas Melo. Essa exposição, que )oi organizada pelo Departaviento Estadual de Estatística do Piauí, dirigido pelo sr. João Bastos, tem sido nuito visitada.

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94 —

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1941


ANEDOTARIO DE HONTEM

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dos acontecimentos de 10 de Abril de 1892, que ceieDEPOIS brisaram uma parte do pe/iodo governamental de Floriano Peixoto, os políticos correram para a sede do governo, que era então o Palácio Itamaratí, oferecendo seus serviços ao Marechal de Ferro. De repente se soube que o estado de sitio fora decretado, e que Floriano ordenara a prisão de diversos congressistas. Esta notícia deixou alarmados os próprios amigos do ditador, aiguris dos quais comentavam o fato num dos corredores da residencia presidencial. Passando por eles, por acaso, Fioriano se deteve e perguntou: Que é que vocês estão discutindo? Um dos presentes, que tinha maior intimidade com o interpelante, disse a verdade. Achavam a medida violenta e perigosa. Está bem — disse Floriano, afastando-se. Vão discutindo, que eu vou mandando prender...

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E' proverbial a honestidade de Raimundo todos Corrêa, em os atos do sua vida. Dessa honestidade, conta-se o seguinte episódio: Era o poeta de "Mal Secreto", juiz em Minas Gerais, Quando ao abrir certos autos, encontrou um envelope com um conto de réis. Chamou o escrivão. Poi a parte mesmo que deixou senhor doutor, em sinal de reconhecimento pela rapidez com Que teve andamento o inventario. Eu também recebi um conto de reis. Bem, retrucou Raimundo — se é uma remuneração espontanea, cabe i\ sua conciencia resolver sobre o caso. E entregando-lhe o envelope QUe lhe coubera: Tome.. . Devolva o meu...

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nos detalhes da ornamentação do novo lar depensar as jovens que se casam. Ambas essas coisas serão feitas com requintes depois dc< manuseio do GUIA DAS NOIVAS, a magnifica pjb:icação "Biblioteca de Arte de bordar". da

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PITORESCO

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Especialista em calçados finos ultramodernos, para senhoras, homens e crianças.

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PROBLEMA DOS CARRETEIS b corresponde a 2;c a corresponde a 4; responde a 3: d corresponde a 1.

avessas):

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67

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Sem ninguém (invor'ido); — Ala. A.^moimonto.

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Brasil:

1." Para os desgraçados nem sempre é uma felicidade alcançarem o que desejam. 2." O homem conhece-se pelas suas ações.

Soluções do passatempo apresentado no número passado

boladona;

16 —

PROVÉRBIOS ENIGMÁTICOS

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Comece hojo metmo o loto com atenção pomada. • .scontrand. «as sita formada, pa»»-» aa ò.pciilaria. 1»7. IUM OITO-Srrt-OUATtO) — IAO PAULO

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(Solução no f>roxímo número)

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X — 1941

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Dizias a sorrir: Sou clara, e não moreno... Delicada mulher cheia de graça tanta, Esses cabelos são, como os de Nazarena, De profundo negror, que o bardo sempre canta.

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Negros, negros são teus lindos olhos, Pequena, Com o suave e meigo e triste olhar da Virgem Santa Há r.a mimosa tez brancura de açucena; Contudo tens feição da morena que encanta.

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Não és ruiva nem loira... O' visão de Maria, Se mais outro modelo o artista procurasse Para imagem da Santa e, então, te visse a face,

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Tinha de ser a ti quem êle escolheria Para modelo ideal de uma Nossa Senhora, Esta que Deus criou e o próprio Deus adora. HORMINO LYRA

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DE ÓCULOS são effectuados com rapidez, esmero e a preços modicos pelo pessoal espezialisado de nossa casa. As encorrimendas do interior são attendidas no mesmo dia.

OBREIROS

DO

BEM

Operários do bem e da amizade, Deus abençoe a santa eucaristia Deste instante de luz e de alegria, Iluminando a paz que nos invade!... Devotados obreiros da bondade, Se a hora é de amargura e de agonia, Prosigamos no esforço da harmonia, Da doutrina sublime da Verdade. Meu Deus, que os missionários deste templo Possam testificar, em tudo, o exemplo De renuncia, de amor, de vida e luz!...

LutzJerrandoUH OUVID0R,88 -GONÇALVES DIAS,4

Sede felizes, caros companheiros, Laborando no bem dos brasileiros Sob a paz do Evangelho de Jesus! PEDRO D'ALCANTARA

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JANEIRO

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Transcorreu no dia 3 p.p. ii an i oatallcio do dr. Buicao Júnior, nosso confrade de impren diretor da "norte ediTORA". O dr. Bulcão Junior, que tambem é esc-iitiir e advogado, recebeu naquele dia multa felicitações por parte dos seus amigos e admirado-

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CRUZADA JUVENIL DA BOA IMPRENSA — Flagrante colhido quando usava da palavra, na E. N. de Musica, em sessão civica promovida pela Cruzada Juvenil da Boa Imprensa, na Semana da Pátria. S. Ex. Revma. D. Alexandre do Amaral, bispo de Uberaba, perante altcs autoridades eclesiásticas, militares e civis e numerosa assistencia.

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DO DR.

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£' tvm psoduto- JIMTJIRCTICJI. UM EPIGRAMA DE RABELO LAURINDO Não são poucos os críticos que, tendo em vista a obra poética de Gregorio de Matos, encontram, no epigrama, a origem ou a semente da poesia brasileira. Todavia, esse genero sempre íoi despresado. E, nos tempos atuais, quando a escassez de poetas constitue uma realidade inrarissimos sáo raros, contestável, mesmo, os epigramas. Um dos últimos grandes poetas epigramaticos do Brasil íoi Laurindo Rabelo, o qual tanto ss distinguiu tarnbem e .noutros gene.os.. Er.l.r. os muitos que ele escreveu, sempre de improviso, dando asas á sua poum existe que derosa Imaginação, jás esquecido: o que ele fez contra o conselheiro Mariano Carlos de Souza Corrêa, que tinha o apelido de "rato molhado" em virtude de sua calvicie. O impressionante poeta aborreceu-se com ele, por um motivo qualquer, e com o intuito de vingar-se, escreveu o seguinte e ferino epigrama: "Cabeça, triste é dize-lo! Cabeça, que desconsolo! Por fora não tem cabelo, Por dentro não tem miolo! Este epigrama fez furor na época de Laurindo Rabelo. Toda a gente sorriu por sua causa, excepto, sem duvida, o velho conselheiro, que se tornou inimigo do poeta para o resto da vida. O

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Esta revista foi confeccionada nas Oficinas Pimenta de Mello & Cia.

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