Revista O Malho

Page 1

<¦

'^m

I

•1! mmm»^SÊSL Mg ^^mHImli*

iMtttSmm^lW aJX2~-A^ ^M ""^^J 'í

^nfik "v>»a»^m^m»mf

li '»

wC

^m»»»btU»»»m»»r

A

llJM mf

-14'


MAIOR

A

Maravilha

deste

N

A

O!

O

mais

livro

de

do

lindo

historias

Mundo!

jiti 0 ®°®

mg®°iro<Si®\\ PRECO EM TOCX) C BRASIL 6SOOO \\ /I

mais

completo

h Lm min que do

Brasil!

AUMI1AÇUE

DO

TICO-TICO


A NOSSA CAPA Reproduzimos hoje, na tricromía nossa capa, á tela Balcão Fiorido, um trabalho de Georgina de Albuquerque. Observe-o bem o leitor, porque ele é belo e merece ser visto. da

E' um velho quadro da artista, um dos melhores da sua bagagem pitorica. Há nele todos os requisitos, que se tornam indispensaveis, um trabalho feito para resis-tir à critica e aos anos. Há nele í'-Ti'ca e há sentimento. &' bom como composição, sincero como pintura. O assunto é agradável e a sua realização, muito feliz. A artista sempre foi uma apreciudora da composição e da figura e em qualquer desses gêneros tem produzido muito bons trabalhos.

1

____r ______________________! tMÜ .S \

\

^BBBr

X "•«¦A

v

'^BBBã. * isV. Uaaaaaaaa^sfJLaafete-

':

-*

**i*W

wm-*4mf'<ÈL' — t ilrt- — jm/*" wêmL.

\

'^^E^p***"***"

mu\w Sr YY"*^Sk i «______________.

ALENCAR PARA AS CRIANÇAS Quando se põem as grandes obras em rnãos infantis, antecipa-se o gõso espiritual da idade madura, a aiegria insubstituivel da creação literária, que só u madureza pode sentir e aquilatar. Prepara-se assim a criança para as tuturas relações com as páginas imortais dos homens Cervantes, os de gênio. 1001 noites, Swift, Sterne, Millon otc, todos teem os seus livros, expurgaoos naturalmente» em edições acessíveis à puertcia. "editora Assim, fez bem a Anchiata Limitada", de S. Paulo, incluindo na sua bela biblioteca infantil. O Guarani, obra prima de Alencar, verdadeiro poema em letras as brasileiras prosa, que honra como dos mais formosos romances do rnundo inteiro. A romanesca história de Pari) e Ceei, em resumida adaptação de Maria do Carmo Ulhôa Vieira» prenderá a atenção de todos os meninos, encartados com esse amor imenso de um índio a uma mulher branca, linda e pura I Nenhum outro mais que José de Alencar merecia essa edição ilustrada para a justa irradiação do seu grande nome ontre os pequeninos leitores, nossos patrícios.

SÓ MESMO UMA KODAKj*? A Kodak "35". com certeza. r«5o lhe é extranha... Todos os amadores falam, hoje em dia, dessa miniatura maravilhosa! E' possível, entre"35", tanto, que o Sr. ainda ignore que a Kodak sendo uma autêntica câmara de precisão, u'a miniatura perfeita, nâo custa muito dinheiro... Passe então num revendedor Kodak e peça — a partir para examinar os vários modelos se Faça isto hoje. de 385$000. possível.

KODAK j^ BRASILEIRA,

KODAK

C OS SEUS

"COCKTAILS"

A Ilustração acima mostra a Kodak "33" com telémetro tipo mlUtar para focai isaçâ* automática, objetiva de alta luminosidade Kodak Anaetlgmática Especial f. 3.5. obturador Kodamatic com velocidade ate 1/200 de segundo, dispositivo que evita dupla eipo» ¦Iç3o, e mala de proa* lidão. Preço, ,:100$000

—,

*Yl

-* *mtok4ss&Mtümjím

Outros modelos s Sem telémetro, com objetiva* f. 3.6 ... . 385$O0O f. «.3 . . . . S30SOOO f. 3.5 750$00O

LTD.

TERÃO 0 MELHOR GIN!

"cockPara que oi mui tails" adquiram um sabor delicioso • todo particular. diga "Siga" "barman" apenas qu* o adicionara a elas o de. licioao GIN SEAGERS.

0 GIN SEAGERS É UM "DRINK" OE RAÇA E NÃO CUSTA CARO

XI — 1941

— 3 —

0

MALHO


^1R

•'¦'"¦^^

\ -

|

^

'

*jj

IE*' ^i(J

" -rllV'gr m m^T^^^,-v£, -qwn^p* -::w-

¦ « y^|

felhfetoMteiau-

v

^

jjHIHim^HHHHHHHHnBBBHHHHHII^HHHHHHI^HIHHHHBSHHBHMHBHHBHHHBBBBBII^HB^HBIHHIHi BRAILOWSKY NUMA AUDIÇÃO PARA O BRASIL — Alexandre Brailowslty, o grande interprete de chopin, e o Ídolo da platéa carioca, no estúdio da N. B. C. de New York, durante a audição direta e esptcíal para o Brasil, em Setembro ultimo. Em Maio do proximo ano o grande pianista estará entre nós. Na foto aparecem do lado de B.-óilowsky, os dirigentes da N. B. C.

MALHO

O

ILUSTRADO

MENSÁRIO

Edição da S. A. O MALHO Diretores:

ANTONIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA JOSÉ MARIA BELLO

(

ANO XL — NÚMERO 22 NOVEMBRO — 1941 PRÊÇO DAS Um ano Seis meses Número avulso Número atrazado

ASSINATURAS 35$000 18$000 3$000 4$000

EM TODO O BRASIL Redação e Administração TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal, 880 — Tels. 23-4422 e 43-9453

'dos PASTILHAS MINORATIVAS O uso restituiu-me a alegria e bem estar. Êsse produto é um loxativo suave para todas as idades. Siga o meu conselho e tome

Oficinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 End. Teleg.: O MALHO ÊSTE NÚMERO

O

MALHO

CONTÉM

78

PAGINAS

^TJWtt^TlVAS


*t___l ________ ________

___^BB__.__i v_w^ _____ ____i______S ____r^^_^^f ______[

^S,

it*

i\Ã

^

lt

da

Tiveram grande brilho as cerimonias comemorativas passagem do 49." aniversário do Colégio Paulo Freitas. O tradicional e conceituadissimo estabelecimento de ensino desta Capital, obedece à oireção do professor Dr. Renato Franco e conta com destacadas figuras do nosso magistério.

em

seu

corpo

docente,

0 venÀcideiko-hA^aiotAÀVr^ EM 1» TONALIDADES A CÒH NATURAL EM

l ^B Wr

DIFERENTES RE9TITUE POUCOS MINUTOS ZmSÁ MrnfS recnice todo» o. informaçõe* • .oiicrt»

Peço ao non. FACILIMA-. APLICAÇÃO PINTA» C A 8 f l O $, qu» àittribvimo. 8'°''» Df mfer.tionfí tolhue, A A*Tf AMICKÕII VINDAS CONSULTAS K._ do Janeiro Rwo _«l_ de .erembro, 40 tobr O. M. NOMt

.

ClOAOt

O programa, que foi organísado carinhosamente, teve inicio com "Manhã Religiosa", tendo os-alunos assistido à missa n.-< Matriz de Francisco

Xavier,

A seguir, foram do

mm

__*^JB

;/-'1

O 49.° ANIVERSÁRIO DO COLÉGIO PAULA FREITAS

S.

^w

ML^ tw ví- JT

»HBL___Íi^

a

B

Colégio,

à

rua

qual publicamos dois flagrantes. reallsados jogos, hora de arte e dansas,

da

Haddock

na sede

Lobo,

GRIPE/ RESFRIADO/ NEVRALGIA/

_B__B_____i_____________7 J___*

^

/

^^___P^^_^fll

J MATERN ARNALDO

DE

IDADE MORAES

PARTOS E CIRURGIA OE SENHORAS ¦B==____|4-> ' ____ TEl. 27 0110 Instalações e aparelhagem modernissimas. Ar condicionado nas salas de partos e de operações e nos apartamentos. Internamento e assistência a parto por 1:200$000, com inscrição préviu Radiotertpjt profunda. Raios X, diagnostico. Tenda de oxigênio e Eliol terapiía. Parlo sem dõr. KUA CONSTANTE RAMOS, 173 — COPACABANA

XI — 1941

— 5

DÔRE/ A CABEÇA

TRANSPIRDL O

MALHO


PARA

CABELOS

BRANCOS

2.

.

mm filldfe =r = 73 I if *ss f !jf Ijf \ %

jsgslSM a a locao que pelos impoe-se PELOS IMPOE-SE W02t* P Slit* p =££§"""4 ADOS RESULT RESULTADOS SEUS jfr SEUS jp P O S I T I V O sS r

USE EM SEUS SABONETE

eb

BANHOS

n p on.] on. p

manipulado i J.An eoon eDO? AGUAS Z\J COM AS AGUAS I I g^Jjl RADIO ATIVAS DE _^5==gS— NEGRA SERRA NEGRA ^elon NAS FARMACIAS, DROGARIAS E PERFUMARlAS Lab. Leblon — SERRA NEGRA — Est. S. Paulo (Linha Mogiana. Distr!buídores : FACHADA & CIA.—Rua dos Aidradas, 6?—Rio de Janeiro.

LENDA

e

TECH NICA

Os sêres, que as ladas faziam derramar riquezas pela bocca, se tornaram reaes com a grande creaçâo da lechriica — o . . . SPEAKER

MIIHAPES de PESSOAS OUVEM DIARIAMENTE SEU ANNUNCIO RADIO SOCIEDADE DA BAHIA S.A. PASSEIO PUBLICO TEL. 6170 0

MALHO

LIVROS

AUTORES jE "PEDRO II NA ESCANDINAVIA E NA RÚSSIA" Em magnífica edição ilustrada da Livraria J. Leite, Argeu Guimarães, acaba de oferecer ao público mais um notável trabalho terário. Diplomata dos mais brilhantes e eficientes que possuímos., o autor descreve em seu livro a viagem do nosso segundo Imperador1 aos países do norte da Europa, ressaltando, em observações de profunda agudês, as conseqüências benéficas para nós, da perigrinação imperial, e o que ela representou como propaganda para o Brasil. Narrador imparcial, mas nem por isso menos interessante, Argeu Guimarães consegue como que tomar o leitor pela mão e conduzido iío lado da veneranda figura de Pedro II, em sua triunfal visitd à Escandinavia e a Rússia. A documentação farta ao lado do estilo brilhante e da forma elegante, deliciosa e expontânea, fazem desse livro de Argeu Guimarães um útil e encantador companheiro espiritual. FIGURAS CONTEMPORÂNEAS A "Norte Editora" acaba de lançar nas livrarias desta Capitai e nas dos Estados interessanles publicações. Os últimos trabalhos publicados são CHURCHILL e FRbUD e ambos pertencem a coleção FIGURAS CONTEMPORÂNEAS que aquela editora vem mantendo corta êxito. O primeiro é um esplendido trabalho sobre a personalidade de Churchill escrito pela pena pena magistral de H. G. Wells e o segundo é um estudo sobre Freud de autoria do íí. Gastão Fereira da Silva que se vem tornando conhecido nos nossos meios intelectuais como um profundo conhecedor da obra do genial ciador da psicanálise. SAÚDE DOS CABELOS "Saúde dos Cabelos" é um novo trabalho do Dr. Pires, conhecido especialista em assuntos de beleza. Todos os métodos mais úteis e proveitosos sobre a conservação dos cabelos são explicados nesse livro, principalmente os que se referem com o palpitante problema da calvicie e quédas do cabelo. "Saúde dos Cabelos" traz conselhos científicos de grandes beneficios para os leitores sobretudo na parte que se refere aos tratamentos que devem ser feitos em casa,, onde métodos novos são citados com todos os detalhes. Assim seido, as pessoas que moram no interior terão grande proveito na leitura desse novo trabalho do Dr. Pires. Muitas :ão as gravuras publicadas tornando o texto ainda mais oompreensivel. . /: t;i • HISTORIA MARAVILHOSA DOS MAYAS A historia da civilização Maya — uma civilização tão adiantada quanto a européia do século 15 — foi uma das grandes emprezas que o espanhol encontrou na America. Encontrou e logo desejou conquistas: daí o verdadeiro romance da conquista dos mayas, com seus templos, seus usos e costumes adiantados, seus deuses mistériosos, e tantas vezes trágicos. A coleção "TERRAMAREAR" acaba do "Historia Mapublicar, na linguagem amena que a juventude ama, a ravilhosa dos Mayas". E' um verdadeiro romance, esse livro de historia, romance de aventura, desses palpitantes de emoção e repleto^ dos grandes gestos de ousadia, coragem, força e mistério quo os ecpiritos jovens tanto amam. A Coleção Terramarear da Cia. Editora Nacional fez bem em incluir este livro em sua serie, onde até agora só havia romances de aventura. A conquista dos Mayas, o primitivo povo mexicano subjugado pelos espanhóis, foi um verdadeiro romance de aventuras. A EDUCAÇÃO E SEU APARELHAMENTO MODERNO Eis um livro de educação, mas escrito com tal sentido social, que em suas páginas todos os leitores, e não só os especialistas, poderão encontrar elementos para uma formação educacional à moderna. A educação, hoje em dia, prepara para a vida: é total, numerosa, e sistematiza todos os elementos do comportamento social. Educação que há dp se fazer não só por meio do cinema, como também por meio dos livros, do rádio, do fonografo, das viagens e excursões, e dos museus. Já disse um publicista que a educação deveria ser o denominador-comum da atividade de todo o intelectual brasileiro. O prof. Venarcio Filho escreveu o livro que se deveria escrever sobre o assunto: para técnicos, para professores, para intelectuais, para o puSEU APARELHAblico em geral. Chama-se o livro "A EDUCAÇÃO E"Atualidades PedaMENTO MODERNO" e é o volume 38 da serie gogicas" da Companhia Editora Nacional de São Paulo.

— 6 —

XI — 1941


#- * a'Qà xfPwíjht

___ft]e____w m\

mr-

m\s\

\^ST^J\

O vendeiro, solícito, ajudá-la procurava na escolha. Nada!... Dna. Esther percorreu a loja com um olhar... e encontrou a solução: Marmelada Branca Marca Peixe.

Para Dna. Esther e para toda dona de casa, é uma dificuldade escolher uma sobremesa que agrade a todos de casa e que sirva ainda para a merenda das crianças...

"madame": este conselho ACEITE tenha sempre em casa Marmelada Branca Marca Peixe em latas retangulares ou em pacotes e nunca terá dificuldades para apresentar às suas visitas ou aos de sua familia uma esplêndida sobremesa. As crianças adoram este doce esplêndido — esplêndido porque é preparado com esmero, sob processos exclusivos, só com marmelos maduros, viçosos e selecionados de suas plantações em Itajubá. Peça hoje esta delícia, em seu armazem. Sirva-a à vontade aos adultos e crianças, e até mesmo aos convalescentes porque Marmelada Marca Peixe, além de saborosa, é um produto que tem a sua alta qualidade assegurada pela Marca Peixe, o nome tradicional em doces e produtos alimentares do Brasil!

*

|u#_t 1^^a»aP__\

r* \ «V.

v i Ir-^tmmm*

^^«I^^I

\ EÀ-2-^

_ft\ /

I

"

w W^

MARMELADA

t)fI/m{%v

^^g^-C___^_^ EM LATA OU PACOTE! ^^^^15 XI — 1941

J/ — 7 —

MARCA

PEIXE O

MALHO


c ançdo

CASTELLÕES ESTÁ

DISTRIBUINDO

morta

Eu nasci para o martírio. Senti, desde pequenino, Que a dôr seria minha amiga Pela vida inteira... Quando era criança ainda De olhos ingênuos e cabelos compridos Vestido como um pagem, de veludo azul, Já possuía o signo dum torturado, Pois, muitas vezes chorei em abandono Sem saber porque, inexplicavelmente, Uma saudade profunda e doentia.

OS

COM

CIGARROS

CLÁSSICOS 5 DELPHI

O NE

LEIAM CINEARTE A melhor revista cinematográfica NAO

O

João

Tossia

0

do

um

Turrão ...

não

D*

RHUM

tomar

MALHO

peito,

damnado I

havia

gaito

CREOSOTADO|

Mas marcharei com a paciência dos [santos Tendo, no olhar, uma luz de paixão, E na alma, de sonhador vencido, O amor suave de uma outra vida... ÁLVARO

USOU

USOU

morreu

como

Na adolescência, a angústia de viver Varreu os meus dias lindos e suaves, E no amor só encontrei o tédio... Agora sou um homem vergado Pela cruz duma melancolia fatal, Desiludido e distraído...

Vendo

isso o Gil,

Sendo

do mal

Ficou

logo

Tomando

ABUSOU

que sorte I...

atacado,

nedio RHUM

e

LADEIRA

forle,

CREOSOTADO

_ 8 —

E o Chiquinho? Um

magriça,

Torna-se Por

ter

um do

um

um pé

lambisgoia, rapado,

Chico-Boia, RHUM

abusado

XI — 1941


DEIXAI OS

VIR

A

MIM

PEQUENINOS ÍEJA

Estas palavras caíram dos lábios puríssimos de Jesus, quando alguns dos apóstolos procuravam impedir que do Divino Mestre se aproximassem as crianças que desejavam ser por Êle abençoadas. Jesus Cristo, alma perfeita, acariciava as crian ças com a ternura carinhosa com que as mães afagam os filhos. E não são todas as crianças filhos espirituais de Jesus Cristo? Uma casa sem crianças é como um jardim sem flores, um céu sem astros, uma boca sem risos, u'a manhã sem so'. Êsses pedaços de gente são a parte maior de nossa alma. Haverá alguma coisa que mais toque ao coração do que ver um velho levar pela mão uma criança através ruas e praças, como se fossem ambos da mesma idade? Que misterioso encanto na doce marcha do passado ao lado do futuro! Louvados sejam os que fazem as crianças fel izes! Custa tão pouco! Uma frase carinhosa, um sorriso bondoso — eis o bastante para alegrar os nossos irmãozinhos! Essas, porém, são alegrias passageiras'; as concretas, as quase permanentes, são as que se traduzem pela posse de objetivos agradaveis. E entre estes estão os brinquedos adequados à infância. Que bater de mãozinhas! que exclamações de júbilo! que transportes de entusiasmo! Pelo Natal — dia gloriosamente divino do nascimento de Jesus — qual a criança, por mais pobre, do lar mais humilde, que não afague, jubilosa, o brinquedo com que a presenteiam os corações tocados de piedade e de amor pelos desherdados da fortuna? A alegria da petizada sóbe ao céu como uma prece e desce do céu, em câmbio, como uma benção de Deus sobre os que fazem felizes os pequeninos amados de Jesus! Amemos as crianças — esses prolongamentos de nós mesmos, no que possamos ter de menos material e de mais puro. LEONCIO

XI — 1941

SUA PffÔPftIA

Siga a voz da experiencia. Faca o que têm feito milhares de Senhoras, que devem sua saúde normalizada e livre de contratempos ao grande remédio A Saúde da Mulher. Regulador, tônico, anti-doloroso, A Saúde da Mulher é uma garan-

A

SAÚDE

f

tia contra certos sofiimentos que periódicamente afligem a mulher em todas as fases da vida na puberdade. na idade adulta, na idade crítica. A Saúde da Mulher é o remédio que traz no nome o resumo de suas virtudes.

DA

MULHER

Leiam ILUSTRAÇÃO Aparece

CORREIA

— 9 —

nos

dias

BRASILEIRA 15

de

cada

0

mês

MALHO


BELEZA Arte sublime e pura Com teu doce fanal1 A minha soledade, Com teu canto de

que iluminas iridescente e me fascinas iára, alvo e dolente;

Que no êrmo caminho desolado De toda vida pálida e tristonha, És a divina fada de quem sonha E o conforto ideal do abandonado... Pavilhão de turquesas, faiscante, Lago de madrepérola, em que ondula A carícia de um deus alto e profundo. És o sopro mirífico e incessante Com que o artista cria, arma e modula A orquestração suprema deste mundo! DE

HELENA

CABELL0S JUVENTUDE

IRAJA'

CISMAS

ALEXANDRE Olho o mundo lá fóra. .. Vejo a vida Palpitando de côres, numa orgia — E vejo dentro em mim Um véu cinzento De melancolia... Suander

[asa RUA

MIGUEL

COUTO,

29-Rio

Artigos para todos os sports Football, Basketball, Volleybali, Atletismo, Tennis e

Ouço, longe, a algazarra dos ruídos, — Conseqüência fatal do movimento E escuto no meu peito O tic-tac De um relógio lento. . . Cismo, sozinha, na janela aberta, — E o silvo de um vapor os ares corta Eu sou, na natureza, Uma parcela Morta ! CARMEN

Ginástica Sandows de elástico e Alteres. Encordoamos Rackets para Peçam

SER

MÃE A

Tennis

Catálogos

LÚCIA

ELZIRA

Ser mãe é ter na vida a poesia De um anjo possuir ao nosso lado, Em cujo ser o nosso olhar cansado Repousa, num sorriso de alegria.

grátis

Ser mãe é ter um alma qu© irradia Luz sobre o filho, cândido, adorado, Altar do nosso amór, santificado, Em que, de joelhos, somos noite e dia. Se o filho chora, que amargura imensa ! Se êle sorri, a nossa dôr compensa, Num beijo de ternura e d© carinho.

RECEBE, FREQÜENTEMENTE, OS CHA. «OS QUE A PARISIENSE LANÇA A' MODA — AV. RIO BRANCO, 180 — litlfHONf

Ser mãe é ser a Estrela Guiadôra Do filho, iluminando, protetora, As tenebrosas trevas do caminho.

4 2 * 3 3 2 2

FIDELCINA O

MALHO

— 10

CARVALHO

SILVA

XI

1941


¦ ' * '4 ¦ m*

fl >¦

*

"W5w ^\ '1 ^

•••to -'•••

Br1

'

-• 1 K" KfvwIwiSl

I I

Dr. Simoens da Silva, apaixonado colecionador Ue raridades qua constituem o já notável museu que tem o seu nomej nesta Capital, vem de enriquecer a sua secção antropologicai com uma peça de grande valor cientifico: um crânio de aborígene da Polinésià, que apresenta o ineditismpj de ter sido achado coberto de tatuagens. O crânio do aborigene australiano está pintado dé vermelho escuro, tendo ei parte superior toda tatuada a branco, **om lirios e* frutos de palmeiras dos lagos e cursos dágua da localidade onde viveu aquele que o possuiu. Essas tatuagens reoresentam, sequndo informação d<J Reverendo T. T. Webb, chefe dos Missionários de Cam-« berra, o totem da tribu a que pertenceu o morto. Aqui reproduzimos dua* fotos do curioso crânio, que» é, na America, talvez o úr.ico conhecido pelos cientistas e colecionadores.

• [ramo

mr.',.Wr-

humano

'-ly*.

lituado

'•

W

Na vida so' vencem os fortes! TV1 *

v

Wm niRi

W

WÈjjÇÍj Revigora os fracos/ • no

DESPERTE A BILIS FÍGADO DO SEU FIGADO Saltará da Cama Calomelanos—E Saltara Sem Calomelanos-E Disposto Para Tudo figado deve derramar, diariamente, Seu fígado não bilis nao bilis. bilia. Se a bijis no estomago, um litro dealimentos são não sao nao corre livremente, os Os oa incham ineham gazes digeridos e apodrecem. prisão de ventre. estomago. Sobrevem a prisao enveneVoc6 Você sente-se abatido e como umquemartyrio. nado. Tudo eé amargo e a vida éenao a tocara tocará não evacuação Uma simples evacua?ao Plllulaa íamosas Plllulas causa. Nada ha como as famosas acçao ac?ao CARTERS para o Figado, para uma esse litro certa. Fazem correr livremente para tudo. você sente-se disposto de bilis, e vocS são suaves e contudo Nao Não causam damno; sao correr sao maravilhosas para fazer a bilis são Pe?a as Pillulas CARTERS livremente. Peça imitasoea. imitações. Não acceite para o Figado. Nao 3 $000 Preco Preço 31000

Guia da Belleza Este livro ensina a fazer, na própria case, os tratamentos de belleza mais úteis e proveitosos. Traz Si;.' os processos feitos peIo medico especialista DR. PIRES na sua Clinica de Belleza da I RUA MÉXICO, 98-3.» and. | ¦ n Rio de Janeiro leioda Deito Prefo: 8f pelo correio ou nus livrarias. Augmente, fortifique e diminua o busto com os produetos á base de Busto HORMONIO*. Hormo-Vivos 1 e 2 Para desenvolver e fortificar use o n. 1 Para diminuir use o n. 2. Resultados rápidos. Oratis: Pçça informes á Caixa Postal 3.871 • Rio Nome Ru Estado Cidade. XI — 1941

— 11 —

O

MALHO


TEXTO

ENIGMÁTICO

É_n Of^—íli. Rio do >a\ (rjsjs ¦ • ESTADO \ __*- -v

do para'

u

_!/¦¦* m

\j^/\ m

__________________-^jí IüHp *t'*?i ~_0V^> E'o pedido insnnctivo de quem experimenta CASCATINHA-a cerveja pura, leve e do mais agradável sabor, fabi içada com as excellentes águas da Serra da Tijuca. A sua superior qualidade satisfaz plenamente aos mais exigentes

~w<

\n

/\* *¦

iXi _ ô ^r

Oi

^^<V

^i

--^U

\ /'M /

Si i1 __ <à*A CIDADE DA

5&u&0r%ôftÁxfJ

mas também nos detalhes da ornamentação do novo lar devem pensar as jovens que se casam. Ambas essas coisas serão feitas com requintes depois do manuseio do GUIA DAS NOIVAS, a magnífica publicação da "Biblioteca de Arte de Bordar".

estão desanimados? A senhora precisa limpar-lhes o sistema intestinal. Mas use um laxante suave e seguro como o ENO. f*mwt Mas não confunda: —

ENO

CASCATINHA

ENIGMA

PITORESCO

*__h+"___tf!______________

SOLUÇÃO

A única Emissora Nacional que transmifte simultaneamente em duas ONDAS

6010 Kc s 720 Kc/s

5.000 Watts-P.R.A.8 25.000 Watts

DA PASSADA

\ A ,y\

DE

^s*_

/* ri

v £ A \c oSv>— ENIGMA ^^a. * ¦___¦>——í_> PITO- ^OJrom RESCO

Saudade é fraco remédio mas doce engano.

,^5*7X_.E.___fl^_ pvp~ o~2I__!3____ \ 1.

ío —1~ ¦_H~fi_i_r

— 12 —

CASELLA LONDON HORS

CONCOURS XI — 1941

"V

>

*

__i_ •»*>Vl e* I >/

*/^_2__

%fAs

Xí\

X£_M_Z~TEW

CRUCIGRAMA

PERNAMBUCO S. I

/' A_______ -1^-^\

V^l__P~P.pg"s M' e / .' _" * LÉr V

EXIJAM SEMPRE THERMOMETROS para FEBRE

RADIO U

MALHO

DOS

PASSATEMPOS EDIÇÃO

O

PDHHDfl MINHNCDRR

1_SSm» 1®§®%^

P. R. A. 8

distribua verdadeiras em bilhetes • apólices vendidos • "em seu balcão, "na TRAVIHA DO OUVIDOR, 9

( Solução no próximo número )

_3S_H*V

ONDE ESTIVER NO Ouça

LOTERICO CENTRO -fortunas ""

D

^^m

( Solução no próximo número )

gf^mmmMMMt*'

de ft^à/

v'

AO PEDIR UMA CERVEJA, DIGA APENAS-

49,92 .. 416,6 ..

"Sa£

)/ 4/?>f_?A4 *fí_5 OCIDEUTAL. /

<§&4& //-./

NAO SÓ NO ENXOVAL

àW^^^m/¦ JÊ

lÊ^â/f wi ___j___ ot ^\?__3_x¦**' -•¦*<___ mW jpffff W_T___^S^TIWIW\\S____i* 'éMaaar AmmmW^ /

•»____,

líf

_4______

_^_S»^^__ '^B i

\»v ^,^Pjsí_______l_í8ár^'

^v Jfl_______ ^^___________^-^^____________v____v^^___l

PR< IBLEMA DAS ESTRELAS Recorte estas duas estrelas irregulares e cotoque unia sobre a outra com as faces que aqui estão visíveis, defrontaudo-se, <K- modo a formar uma só estrela de 10 pontas. Postas assim, de qualquer face que se olhe, se verão 5 pontas com algarismos e 5 sem nada. O problema está em COlocá-Ulá de tal modo que os algarismos que fiquem visíveis, era cada ponta, e de cada lado (ou seja, em cada ponta de cada uma tias estrelas) somem sempre o mesmo número. (Solução na edição vindoura) XI — 1941

Mil-

« /

tv_____H

_F$S

l^^

PARA FERIDAS, INFLAMAÇÕES, ESPINHAS, CRAVOS, SARDAS, ETC. MELHOR QUE QUALQUER CRÊMEoeTOUCRDÔR

— 13

O

MALHO


r O

l <:0

i ( _

JÉ?

fi/ f/

/«gSf A SUA PELE BONITA COM ARTIFÍCIOS et As manchas, sardas e espinhas — que aparecem, agora, no seu rosto — foram certamente provocadas pelo Sol... Vento... Frio e intempéries. Tranquilize-se! E não pense em disfarçá-las com o "maquillage" em excesso para não tornar a sua beleza artificial.

0 ê ^^1

flssfflV-flt^

£V

^

AS IMPERFEIÇÕES

m

A\\Wn^^' ¦'-—^^aWW sssssssssssssssV Xfl**H>s°s°s°s°sssss°flflTflM ÂWá

m. V.

.

*aljt^W

DA CUTIS

FACILMENTE!

Dois minutos diários — pela manhã e à noite — é quanto o Leite de Colônia lhe pede para remover as manchas, sardas, cravos e espinhas do seu rosto. Insista sempre em Leite de Colônia, o embelezador preferido não só pelas mais formosas mulheres do Brasil, mas de toda a América do Sul. Leite de Colônia limpa, alveja e amacia a pele. É também esplêndido fixador do pó de arroz. Mas não confunda. Só ha um Leite de Colônia. É a famosa fórmula do Dr Studart para corrigir e evitar as imperfeições da cutis.

/eite de ( olonía* \*£f

0

MALHO

STAFIX

fixa o penteado e dá brilho ao

— 14

cabelo de senhoras e cavalheiros.

XI — 1941


&**

R-re

6R*sH•3R*cPl »\

^e

a*e

_.w-r3à^p

a^endev ~ Pr de

\^caS a-v ,a

V»"^am

a ord^' „\brvo-

.m

e*Pr dado ¦¦eem dos ma* aqvi» se aue ivorei -.onsa1 >\\\dades. aro. * de \°u °cW^ada. *no.ave* sYrav w a\avras nos oaÇa° __ n^es^o* com P que de e agora a » 921 ^eem de WP0* or«-V»' . „\8 se dêsde -Aa \a con curso rros \ore*. conce âvevs me mor ~P8de — cWe-sba^. ^e que» e%.geM V^ade\e^e r-ia1<-\*e deü 0\a or<33 do W.ur>^Pal se d^a •Wnosa o P^0.:;, <*e .ornaram aOor° _-(Sanc ,do obras \93b \dade* r«i _v.e-.as rr«a( j„ Dor uma " ¦ ..«ando P^" _ seUS das so\^aS seg-J -« de Srrav de ¦>rna OéWbe*crea.ã°

O

,\me^e a.su^as Ü-se a^

rt^rfl

ade^a'eílde ^'V*'

„ com0*_crnoa* Tmba. P°,Sl

m»-0*

osso

e\e- ^

con\u°.a

yam

04

me'

:;;:^0s a.^ Üemer

dos-

n»*-'Àona1 manc'Pa' \hore*

'f "t .,„. o ^-6 no0 era fe' a\r<c de \e^1 surto

-uWura.

^'

um novo "íAB°" „ o formam ebrou queor" to» se Vro VfvC° , £ o *ea*T r\edade.

VAa*.

a

de

d'rtli se em qer como **-* «scencdo

da *°s* .. . tfo. <3an* mo'do. &raç,as cé\ebfes .8. ce1rto uC* de . j__ imp°rt eW erou. ss\ai sem as Monedad» ^ e que Oen^e u>^a n°^ . feras^o «»• 6arem m ' a^aS„ quadro com© dades qu.n»u ^ r.o^os ensa das, °ra ° .! Ae \Í*V «e comp sauc A"\nd« ova da íoram ^^0,""8S ao **<*! uW-a . Ou^eSsa *° ^ adve^è"C,a ma op e aa V/A^°N" opetai -0mo do^ue VAouve da P o\*ro"a be»r< ,

de ,\èVo

ara £sse P

acr* dosma*ed r\e,acre

ma'*°r pa oa sua

' a»nc ««^ mo* que ; a a^e ^^0 ,\\enra' .a a übKco ia yel P" .ornando f\oaV nosso vem •* .onro do arr^ad° P>^ -od°;;ade,amen^ .«*no va\ór desse sss\m.

Cabe d»dos Puma

pre<.°*

ti

D\enc ° esp, ano. P°r ,do*e <et ésre íacuiHanc P

O

MALHO


R M B //

/

nos primeiros dias de Outubro, as grandes Militar, sediada em S. Paulo e das Região 2.a da REALISARAM-SE manobras as armas, inclusive a aviação. todas quais participaram Na direção das manobras ficou o próprio comandante da Região, general Maurício Cardoso, cujo posto de comando se localisou em Itaquera. Durante os dois primeiros dias os trabalhos foram circunscritos "operações ao deslocamento da tropa. Mais tarde, começaram as de guerra" propriamente ditas, na zona do rio Guaió, entre Itaquera e Mogí das Cruzes. Os exercicios, que duraram vários dias, alcançaram o êxito previsto e se desenvolveram dentro do maior entusiasmo de tôda a tropa. Aqui estão vários flagrantes colhidos durante as manobras.

w£m

' - K&


*- -

.'

^^^Bittk

djjmljjf'

i^fcu.^ffi. I


N')VY

O acadêmico Aloysio de Castro às voltas com o seu colega Cassiano Ricardo, que lhe aplica uma chave de braço.

CATSH-AS-CATCH CAH

1

O ESPORTE DA MODA ¦pvepois que o empresário VigLs giani organizou a têmporada de luta livre, trazendo para o Rio lutadores que se enfileiravam entre os melhores do mundo, o interesse pelo catch-as-catch-can difundiu-se entre todas as camada» sociais desta Capital. Todo mundo aprende a dar chaves de braço, cabeçadas, golpes de estrangulamento e de torsâo. Até os imortais da casa de Machado de Assis cultivam a arte da luta livre, do que dâo prova os dois expressivos flagrantes desta página, colhidos no "ring" do "Petit Trianon", servindo de juiz das duas lutas, o acadêmico Miguel Osório de Almeida.

afl

"Masas

^^SaBBBBBBl ""^•aàsT*" ^¦»bss5»b»^5ÍIbbbI

•**

> ¦ ' I *.

-Q^t^aaa^^fel

—„,

*¦ ¦'

to'

'¦^íf "7^ •^t "siSaalr

J

¦

mWto

^Á*\\\%a\i

^eé

to

NO PRÓXIMO NUMERO A 2" RODADA Estamos preparando para o próximo número d'"0 MALHO", curiosos "instantâneos" dos amadores Pereira da Silva, Viriato Corrêa, Manuel Bandeira e Barbosa Lima Sobrinho, atuando como juiz o acadêmico Ataulpho de Paiva.

°ric0

bicada "° Pr7Z»elo

^^^ C- Or,.

Os.

^^^

to


_______________b««&i^£_^

paisagens ha baía Paisagem na verdade, essa encosta. P ITORESCA, ' do cheio céu, do o aiul mar e do onde o azul terras de um. em encastoam-se a nuvens galoparem, exubera silvestre barro vermelho, onde a vegetação espimatagais formando verdejante e em liberdade, Recanlirismo. de repleto cenário, nhosos. Romântico lembram nato de sonhos evocativos. Coqueiros que em morados pensativos, a borda da encosta ouvindo a lado, Ao éguas. ecos constantes o rumorejar das de granito escuro, que acompa, grande muralha natural em nha a ondulação da encosta, onde o mar espumeja as Dalt, .antimos inquietas. éguas entre rendilhados, por tintas das auroras e dos poentes. O mar tem uma transparencia

radiosa.

Para

qualquer

lado

que

a

gente

se

volte, uma emoção de infinita baleia nos domina. E' que se

torna

impossivel

is

almas

sensíveis,

permaneceram de tão majestosos argéntea resvalam sobre d

é contemplação

alheias e impassiveis cenários. As nuvens de

côr

azul do céu e do mar. Al!, no cimo da colina, o Cristo, de mão espalmada, oferece a todos que passam, dal nesta terra feliz a perto ou de longe, asilo tranqüilo, abençoada. Para além, Areia-Préta, Ondina, o Rio Vermelho. Encostas banhadas por esse mar sempre grandiobelo. Paisagem iluminada pela luz intensa deste sol, que tanto calor a tanta vida dé aos coloridos da nossa natureza luxuriante e bela. so e sempre

e fascinante

JOAOUIM

MANSO

0

MALHO


^S

\tã a-a^m*,

* v

"**¦

"imfmW.

mm^toStoto

^mm^r

^¦t

_V9*a_^_H_H

s* O

CAVALO

m.

-j^SB*_^ —_M

/.-."„

r^fc'

,. w_

m*-

w

^

/

ALADO

Autor,

10

(Jl

anoí.

14 a«o*-

es,QV>«»*

Dt *U*

!'--

^^^m

...

"SJT

I

mmmmr

kt

k^ta*^

t

M

f/ ¦ I

^

Ri»

* ^a

/

f^k. i

/ 0

^km

/ MALHO

mmmW NATUREZA

20

MORTA

VM

Autor,

14

anos.

XI

— 1941


*

A

*

/

~3f;

*

CAPACIDADE

CDEADORA

CRI

DAS

ANCAS!

criança vê, as coisas de ump maneira diferente. Vê com ingenuidade e vê sem preconceito. O A mundo que elas fixam é o que ihes advem doé sentidos impetuosamente, como mensagens da alma infantil. A Exposição de Desenhos Britan:cos constituel um documentário precioso da atividade das crianças. Mais que desenhos, são pinturas,, a oleo, gouache, aqua-« rela, numa orgia de cores que impressiona e fase na. Desde 3 até 17 anos, esses pequeninos autores já reveiam ótimas qualidades. Estas paginas reproduzem alguns aspectos da interessante exposição, aberlá ao publico no Museu Nacional de Belas Artes, lendo ootido o maior sucesso

*^»44tjktajigfc''¦¦wWUnlV^K' -¦ ¦ \ \ Wh j/ 'n'-^BVF ir jiihHB^Khv^^^^ \ BL ~* *¦ k^jHfcr^^^yBHCaH^ lit ''a^||^^^v'$|\ wj

jpjfev

EGÍPCIOS — Autor, 13 anos

FEIRA — Autor, 14 anos

v" w^¦¦ ' ; IreyjB 9B _ a L*^" •'''''

S^W l_^»**A^»^-.l ~v\ 1 ^l&kT

^H^w. ^^B^^^I^W«K^r91B

\\flK5lftl IHSIft! flfe|i |

"1 '*"¦'"*rf> * * l*"**l^^ij - ww> * 1

^

I

¦pF ki ft 'P'' SIVtVI vtL yy Jj ¦ Wj^T J 1 : ^bHF fiI Km' ' *4 % u I ¦ ' \:" ¦ ' i

BS*

retraio

m& 0& H

\6 »n°4 __ Au*<"> — 21 —

0

MALHO

I


p*

i a«Ê

É

¦ ¦•

-^*w ^Ha.

NO JOCKEY-CLUB

&

.Bap^. ™J

W^^^mmL^L^

V Sa,

> - »:

af/

afl

«

MC \rmm* Í ' *¦"

^^tfvKtBal la-aasa MB

I

.AÉmmmmmma

!•¦¦* *""*

W*"

(¦BflaflP'

í\FF ¦tp^TnTP"Ir trT i-,:ifU-"w^ ''-^TSn'" I V- L Ti L* L,?*T TalTi^l K~ Bk "^ f1^

BpflflPjp-*™^ "Vi

^r

_*Ammm*M*-

HaP^^I -'

^^^

s n -.flfll V u

|*.

«d

> ^ ^*

n SõL jgf

ssflBa

\.jm

Is

'--a-

'

-N

,•-*

^/.P-PMÉl^a^a^aPPl jSHRí .^-PflPPpKSis*^PJ .áf

PTasdBpl

Pt.

fl

aVass. t-' ^ * FM •asBapl

PNI^fl

Xi -as»

I

^^^asF

LW BBsP^*-

m9^l3

Kadp^li« aflafl

aPPJMaVsfcSlAaClssV. *'¦¦

.

'' aPt K

i>V!

AVÊm^kW

ma*maam+m\

KAi2f7 p/l afl rflí

,,_•

fl

m\%

f™aj

-1:--~.-

a**"™™-1¦a«SsWja«a»«JasP«Paj»-A»>

. ^S

para o centro desportivo CONVERGINDO mais elegante da cidade, que é o prado de corridas do Jockey Club Brasileiro, a melhor sociedade carioca se promove verriadeiras reuniões chies, todos os domingos, nas quais se pode dizer que predomina o' belo sexo, com sua graça e seus encantos. Os flagrantes desta página mostram aspectos tomados ao acaso, no grande prado da Gavea, dos seus dias de corridas.

0

MALHO

22

XI

1941


"Meu filho:

Apontavas tudo com o dedo mindinho... Querias uma explicação de tudo. Através dos vidros da janela olhavas a rua com uma curiosidade profunda... Que ê um automóvel? Por que anda tão depressa? E o homem do realejo — por que é triste se maneja músicas tão lindas! O mundo está cheio de mistérios terríveis. Tu bem o sentias, filho!...

O vento está sacudindo desesperadamente, as minhas janelas. Há duas horas que lhe escuto o gemer furioso... Como é impaciente a cólera das ventanias! E como se assemelha a certos temporais profundos que nos abalam o ser e que nada, no mundo, pôde fazer cessar...

Penso em ti, meu filho, e no bem que nos farias se estivesses conosco... Aqui está a tua cama vazia! aqui está o teu retrato — tâo fiel que nos rebentam as lágrimas nos olhos, ao vê-lo! aqui estào os teus brinquedos... Ficou apenas um soldadinho de chumbo, de todos os que te deram quando completaste um ano. Um só, um só!... Para onde fflram os outros soldados de chumbo?...

Amavas a Vida, sem saber o que ela é... Exatamente como certos filósofos que não i n a a g a m das razões finais e gozam a delícia de existir... Mal sabias que a Vida ia ser tão ingrata contigo... Um ano e quatro meses — eis o que viveste. Uma tartaruga vive 200 anos — e, às vezes, mais...

Tudo se dispersa, no mundo: os homens, as aves, as feras, os soldadinhos de chumbo... Estes ficam, um momento, dispostos no fundo de uma caixa, amarrados por sólidos cordões. Mas, vem a Vida e os separa; vem a Morte, e os dispersa... E 6 assim tudo... O prazer de estar juntos é o grande prazer dos soldados de chumbo: pois só assim eles sáo belos e só assim sáo úteis... Desgraçadamente, porem, só um deles ficou — e assim mesmo com o sabre torto, e o képi amassado...

No silêncio destas noites varejadas de lagrimas, apenas escuto o pulsar do meu coração. Êle bate por ti. E' o relógio profundo da minha saudade. E só deixará de bater p o r ti quando a Morte o imobilizar pa-a sempre... O coração de um pai que perdeu o seu filho tem o sentido — da Eternidade — e o ritmo do infinito.

caRTa PflRa 0 CEl

Ninguém está contigo para te agasalhai... Faz tanto frio lá fora... Os cernitérios sáo desabrigados e a pedra tumular parece feita de gelo... O vento vai de túmulo em túmulo, arrancando restos de coróas, derrubando cruzes mal colocadas, dispersando fragmentos de cartões, de fitas, de dedicatórias, de corações que ainda sangram... A Morte expõe as suas vítimas a todas as misérias!...

Ainda ontem estavas conosco e eras vivo e inquieto... Gostavas de arrastar as cadeiras, mexer na maçaneta da porta, discar o telefone... Corrias para o vitral bonito, que era uma festa para os teus olhos... E, hoje, filhinho, que é feito da tua alegria? Quem te matou a curiosidade? Quem te transformou em pedra — silenciosa e gelada?... XI -.

1941

Ias pronunciando as primeiras palavras. "mama" e, fundindo esses Dizias "papá" e nomes em um só, criavas um neologismo: mampá... Esta palavra é tua, meu filho, e ninguém mais a usará no mundo... E' como tu: diferente dos outros...

Gostavas de ver a luz e querías, com o dedo mínimo, apertar o comutador da "lá lâmpada elétrica. Aprendeste a dizer — está!" sempre que vias a claridade. Reconhecias, na Luz, alguma coisa semelhante ao que trazias na alma... Mas outras luzes ficaram e a que vivia em ti — tâo depressa se fez treva! E, agora, essa escuridão ensombra completamente duas vidas humanas... E a casa parece para sempre deshabitada... Só os pais sabem como uma criança táo tenra lhes enche a vida e se transforma na essência mesma dela... Vê-los morrer t morrer com êle. O que fica sâo existências sonâmbulas, restos de almas que erram pelo mundo, como sombras que sofrem e soluçam...

BERILO NEVES — 23 -

No último dia da tua vida, o tempo estava enevóado e frio. Fôste embora, meu filho, sem têr tempo de te despedir do sei — que tanto amavas... A Morte — essa megera infecunda — escolheu um dia de sombra para te roubar... Agiu exatamente como agem os ladrões profissionais no rapto das crianças indefesas... Um dia de sol talvez te salvasse. . Mas *sse dia de sol só veio muito tempo depois... • E a penumbra do teu último dia se espalha, como uma sombra imensa, sobre o resto dos meus dias... Nunca mais! — palavras terríveis que Deus nâo pôde têr ensinado aos homens. O nunca mais é o desmentido da terra â esperança do céu... E a verdade 6 que essa expressão sombria está no capitulo final de todas as biografias humanas... Estarás, porem, comigo enquanto houver Eternidade e Alma... Tudo poderá morrer — os astros, os planetas, todos os mundos estelares — mas nunca, meu filho, morrerá em mim a lembrança da tua vida! Deus te abençoe, Arthur Eduardo! O

MALHO


homem entrou na sala do Diretôr da Empresa cinematoO O gráfica, que estava sentado â sua mesa. Com um olhar estranho, gestos nervosos, começou a expôr ao interlocutor estupefato o argumento que imaginára para um filme que se chamaria "A viagem no foguête". O amigo certamente conhece — dizia êle — aquêle romance intitulado "A volta do mundo em 80 dias", não? O herói dessa aventura, Philéas Fogg, ganhou a aposta que tinha feito, porque viajava de oeste para leste, do ocidente para o oriente, conseguindo obter, por essa maneira, e com grande estupefação sua, um dia de avanço... Se Philéas Fogg tivesse tido a noção da nossa técnica moderna, teria feito a viagem em um foguête, através do espaço, e teria chegado a Londres, de regresso, antes mesmo de têr partido. Com licença, senhor — interrompeu o Diretor, assustado. Não, não! — fez o louco. A coisa é bastante lógica. Perfeitamente lógica! Para o herói de Júlio Verne, que caminhava em sentido contrario ao da marcha aparente do sol, os dias eram reduzidos de 4 minutos por gráu de longitude. Como são 360 gráus longitudinais, os minutos ganhos dêsse modo representam, somados, exatamente 24 horas. Ora, Philéas Fogg fez o seu percurso total por meio de veículos antiquados, fóra de uso, e serviu-se de caminhos situados na zona temperada ou muito quente, isto é, na região terrestre onde o contorno do planeta é mais considerável. Se, entretanto, se fizer a volta à Terra em um foguête com a velocidade de 750 quilômetros por hora, acima da Groenlandia, onde o contorno é menor, e levando a direção dc oeste para leste, se ganhará, tendo em conta a duração normal do vôo, não apenas a bagatela de um dia.

o

MALHO

n R

VIAGEM

nem de alguns meses, ou anos, mas sim todo um século e mais alguns decênios... Bem... Mas é que... — interrompeu de novo o Diretor da Empresa Cinematográfica. Isso mesmo! — retorquiu o visitante! E aí está a base, o fundamento do meu trabalho. Vou resumir a ação: um nobre arruinado recusa a mão da filha a certo engenheiro de talento, apesar do rapaz ser inventor de um foguête estratosférico capaz de atingir a velocidade de que falei. O velho conde — pôde ser conde, não' — meteu na cachóla a idéia de só conceder a mão da filha ao homem que lhe trouxer a cópia autêntica de certo documento de que 9le precisa para ganhar uma questão judicial que se arrasta há longo tempo. Ah! sei! — exclamou o Diretor. Dessa fôrma, o conde se tornará proprietario de vastos domínios, caso possa apresentar, dentro de determinado praso, ao Tribunal, a copia autêntica, legalisada, do documento que prova os direitos de seus antepassados sôbre aquêles domínios. Uma cópia autêntica? — in-

— 24 —

HO

terrompeu o Diretor. — Mas, não se"ia mais verossímil que o próprio conde empreendesse as buscas necessarias para obter êsse documento? — Ah! — gritou o visitante, soltando uma gargalhada. — Chegámos ao ponto culminante do enrêdo! O documento foi destruído em um incêndio, há muito tempo! O avô do conde, que foi um farrista em sua mocidade, esqueceu o papel no bolso do casaco, por ocasião de um encontro galante que teve num dos pavilhões de seu parque. E' inútil expHcar porque êle tinha tirado a roupa, e porque as chamas devoraram o pobrezinho do pavilhão justamente quando êle se encontrava lá... O importante é que êle e a outra fugi-


"FOGUETE" F Conto Tradução

de de

ram às carreiras, para nâo serem torrados vivos. E o casaco? — interrogou o Diretor, calmamente, Foi torrado, sim. E, com êle, como disse, o documento. Daí a necessidade que tem o conde de conseguir uma cópia legalisada do documento, que existe mas ninguém sabe onde estáj Más, vamos adiante: o pretendente, recusado, decide pôr-se a campo, para encontrar o documento necessário à sua felicidade. A cópia?... corrigiu o Diretor. Não. O documento mesmo..-. — insistiu o outro. Tenha paciência e o amigo já me compreenderá. Eu disse claramente: o engenheiro decide ir buscar o documento! Entào êle vai, com Sibila, para o interior do seu gigantesco foguête e se dirige, através do espaço, para acima da Groenlandia! Faz a volta à Terra em um vôo temerario dirigido de oeste para leste e aterrissa em 1790. Como?! — grita o Diretor. O senhor não acompanhou minhas explicações? Demonstrei aqui, claramente, que se alguém contornasse a Terra nas proximidades do Polo Norte, em um foguête-gigante com a velocidade de 750 quilômetros à hora, na direção oeste-leste, poderia ganhar um século e algumas dezenas de anos, sôbre a marcha do tempo... Em Virtude dessa aceleração incrível, chcgaria ao local de partida cento e algumas dezenas de anos antes de ter partido... Compreendeu agora? Lembre-se de Philéas Foggl No caso presente, o engenheiro aterrissará em 1790, na Groenlandia. Daí, dirigirá seu foguete para Weimar, e lá, para um pavilhão que está situado num grande parque... ...! — Sibila e seu namo» rado sâo favorecidos pelos deuses. Apenas sáem

F

J.

KACINS

GALVÀO

DE QUEIROZ

nheiro, que trouxe no toguête um exemplar da obra completa, oferece-a a Goethe, poupando-lhe o cuidado e a tortura de estar a buscar inspiração para escrever o fim... Senhor, — disse o Diretor. Ou o senhor perdeu a razão, ou está brincando comigo... Quando acabou de dizer estas palavras, a porta se abriu e dois guardas do hospício entraram, para pegar o visitante. Em alguns segundos o homem foi metido numa camisa de fôrça e tudo se esclareceu para o Diretor que, contristado, o viu partir. E o bom homem por muito tempo se interrogou sóbre como era possível que aquêle argumento fôsse, ao mesmo tempo, tão atraente e tão irreal. Até que um professor de filosofia veio em seu auxilio e lhe explicou que os conceitos ou dados de espaço e de tempo não são reais, mas engendrados por nossa imaginação, conforme demonstrou Kant. A fôrça imaginada, combinada com a fõrça técnica do vôo, era suscetível de concordar para a produção de cênas que, no espaço e no tempo conforme os concebemos, deixaram a impressão de loucura.

do foguête, e eis que o pavilhão é envolvido pelas chamas! O engenheiro, que tem o bom costume de não se separar nunca do seu extintor de incendio, domina a combustão. Sempre seguido pela jovem, penetra no pavilhão. Os dois amorosos que lá estavam já fugiram e êle pôde, com facilidade, procurar o documento no bolso do casaco do fidalgo, pois êste ainda não foi queimado. Depois de um curto passeio pelo parque, para apreciar sua beleza, voltam ao foguête. Atingem rápidamente o 88.° gráu de latitude e refazem o trajéto de ida, com vertiginosa velocidade. Chegam na mesma hora em que partiram. O resto é fácil: o conde^ com o papel, ganha o processo. Sibila se casa com o engenheiro e tôda a gente fica feliz... O Diretor está pálido, estupefacto. Bem — continuou o outro — a ação poderá ser mais desenvolvida, é claro... Mas já esbocei mais ou menos tudo, em mente. Por exemplo: a cêna com Coethe... Com Coethe?! Sim. Com Coethe... Durante o passeio pelo parque, f os namorados encontram acidentalmente Coethe! Não ^ A é em Weimar? Ê 1 e s o saúdam com tôda a deferencia. O poéta lhes conta que acabou de jwissx compôr a primeira parte do Fausto, e que está sem inspiração para a segunda. O enge-

/ — 25

j f

him Mm

CA XI

_ 1941


O doutor não viu 7 Já está bom . . . Ah I muito bem I Era de esperar, uma vez que seguiu as minhas indicações. Mostre-me a análise . . . Análise 7 ! ?

Sim, a análise que lhe pedi, não se lembra 7 Vou lhe ser franca, doutor, eu não entendi bem, estava tão assustada . . . O médico teve um gesto de contrariedade. Bem, talvez não seja necessário, ^eixe ver o vidro de remédio ! E' que ... o senhor sabe, doutor, nós somos pobres. A farmácia queria um dinheirão ... Fui pedir emprestado á co-

IMAGENS estava ardendo em febre e JUQUINHA a mãe, computando mentalmente alguns mil réit que havia amealhado no fundo do baú, mandou chamar o médico. Apresentou-se o doutor, todo arrogante no teu fordinho de segunda mão, laboriosamente guiado por éle mesmo. Houve um corre-ccrre por todo o quarteirão daquele bairro pobre, e a lavadeira, mãe de Juquinha, começou a subir •normemente no conceito da vizinhança. O doutor entrou no quarto com uma caixa suspeita, que fez o doentinho arregalar q olho, e de dentro dela extraiu, com ademanes de ritual, uma hidra de borracha. Aplicou aos ouvidos as duas cabeças do monstro, cuja cauda colocou ao peito de Juquinha. Este sentiu um calafrio. Depois, toc-toc-toc- - toc-toc-toc- - tamborilações no ventre, no peito, nas costas. De repente, sentiu Juquinha a lingua esmagada por um corpo duro e frio. Quiz gritar, mas sentiu-se sufocado. E duas lagrimas rebentaram-lhe, com o esforço, como se os olhos fossem dois tumôres amadurecidos. O médico retirou a colher, a garganta podia ficar em paz. Chegou a vez do pulso. Juquinha não afastava os olhos daquele relógio. — Que lindo, assim amarelinho. E como brilhava ! Quando éle fosse grande, havia de ter um relógio igual ! Afinal de contas, o médico se retirara sem dizer o mal de Juquinha. A receita é que era enorme, cheia de hierogtifos aterradores. — Qual, seu pobre filho não escaparia, só um milagre I 0

MALHO

0 grande

espeeialista

A pobre lavadeira olhava para aqueles rabiscos, misteriosos e terriveis, como para uma sentença de morte. O coração corcoveava-lhe aflito. E que teria querido dizer o doutor com aquilo — mandar fazer uma aní* lise 7 O esculapio voltou daf a dois dias, segundo prometera. Juquinha brincava á porta do cortiço e passou despercebido ao seu salvador. A mãe empalideceu. Se se tivesse lembrado, teria feito deitar o menino . . . — E então, esse doente 7

madre. Ela veiu ver o afilhado e disse que o que éle tinha era dor de barriga, sim senhor .. . 7 ! E , sim senhor. Eu, assim fiquei mais sossegada . . . E que tomou o menino, afinal 7 Eu então dei p'ra éle um purgante e chá de herva-doce . . . CHRISTOVAM

DE

CAMARGO

Minha sogra morreu num incêndio. Coitada ! Morreu queimada 7 Não : ela ainda teve sorte de ser afogada pelos bombeiros. - 26 —

XI — 1941


*———

—r

———-.-^-—-i-a___-a_—aa__

¦-..

aÂ* {ôia* da \M4í& íUá4iAeiàd

\*>f**1 '»

.1

lk A _ #

t ,"lí| !!

A

T2è S|U

__ ii '

till .,ii

-mm! I J&A illW

tflHlVÉ

•1

' LU "ii

rt

'V

fl

ri

r »\ }}m\% r.ll?... il

i iri

,_!!,

'I1 l

••-••li

ff\ — Olha papai, dissí-me um Jilho, u_| dia: € seu dedinho esperto /pontava-me, no alto, a penedia Cujo escarpado pincaro /ugia para as alturas límpidas do espaço: — Olha o cio como i perto pasta a qente subir e erguer o braço...

m>

m

XI _ 1941

\

Sorri da ingenuidade. Alas /iquei a pensar, entristecido, Jii$ ásperas escarpas que hei subido Jio anceio vio pela felicidade...

IN

_ ÁRIA NEVES SOBRINHO.

27 —

O

MALHO


a

Pi wÈ

B/E

¦» Ir OIS, meu caro amigo, vou narrar-lhe o caso do punhal indiano. Poucos o conhecem e cercam-no circunstancias, na verdade, bem extranhas. Há coisas que foge à nossa alçada explicá-las. Encontrava-me comodamente sen-' tado na confortável casa de meu amigo Peter Armstrong e a minha visita tinha por finalidade fazer-me conhecer a sua valiosa coleção de raridades, onde os objetos mais bizarros se encontravam. Armstrong era tido como um dos maiores colecionadores e dos mais entendidos no assunto. Chegava mesmo a ser fanático. Cada peça da coleção que se ufanava de possuir, tinha a sua história à parte. O meu amigo, levantou-se, foi a um dos mostruários e voltou, trazendo na mão, um punhal de cerca de trinta centímetros. Exibiu-m'o, perguntando: Está vendo este punhal? Olhei a arma. Era diferente de todas as outras congêneres, possuindo traços especiais que a caracterizavam. A lâmina era forte, de aço otimamente temperado, e ondulada; esta era uma de suas particularidades mais interessantes. O cabo, de âmbar, apresentava lindas incrustações de madrepérola e pequenas gemas; bem ao centro havia um buraco, mais ou menos grande, dando a impressão de que, dali, fora retirada, sem nenhum cuidado, uma pedra de avantajadas proporções, pois notavam-se perfeitamente sinais de violência no engaste trabalhado em platina. Este punhal foi-me presenteado por um maharajad, quando de minhas incursões na índia. O governo me encarregara de estudar a situação, que parecia insegura, havendo boatos de que os chefes hindus estavam se reunindo para deflagrar uma revolução articulada. O maharajad em questão era temidissimo, tido na conta de cruel e traiçoeiro e, justamente, apontado como um dos chefes do movimento. Desse modo, a minha missão revestiase de bastante perigo. Três dias após a minha chegada, promoveu ele uma grande caçada de tigres e consideraram-me o convidado de honra. Tive suspeitas de -que me armassem alguma cilada, mas não pude recusar. Cerquei-me, no entanto, de todas as cautelas. Assim, fomos até certo ponto em elefantes, mas depois internamonos nas matas a pé. Encontramos um rastro e tratamos de segui-lo, perdendo-o, entretanto, à entrada de um juncal, em terreno alagadiço. Resolvemos fazer uma parada para descansar e, minutos após, ouvimos rugidos. XI

1941

flfl

Bflx

XWm^m

i

^a\\rAm^ãAb^LTBA^^I''í^mKW]iWBmBAm

hS WmflaFaflwÊà'aMflV'''' Wm\ KaCsaflBfl B^S^^iPFs^íffsflflWs^^S flfl wàmMA Wmm H^/fl Mw@m%& 1 flf^fli flafll SUI ÜH ü WÊnWMtmm WkmúMSm ¦BflflBn ^B

fl^rXsfgsw^bfflHfll

^^&A^m^i^^^~im\lÊr

Hfl

Tmo—m Wr^Mimmm

¦flflUflflflBflrasflry

WflV /^BBflrfln

BI.

f rafll

<M Waflfl Iflaiflu* II Ha^^-SáB '¦>!? ¥ar* 'laia /tIHH ' 'lsíè^\ fl^O Trp % flí V i fll li 1 \r^áaW*tSvmwí$fíií

WmmSMm

m^Sl^

1 --[_ JSi**fc

wr^Lm»^^i

WSà

*W^WMnÊtgárW£3**r-

&A*

m

mMmAsÊít mlY m /

BW .T^flsflBiTMàMmmMím WWmWáíMW>à

^PJSSSBBfll

BaaaJBfl" I.{.*JaÈmFmMmmyPm*. amVLáÊàáf^wi ifl

Wmm

*' s«y^flísBBflB ^*fea*i|ságflHBBBsf*Bafl^BflMNB>iBTz^ 0mÈrw^Vt ?l \rA\ c*5pa33 i^*ç*ijat^3fl ^Ke^**! ^ÉÊkmfi^lAna* '"fs *ÍU '*** m. to JÊmmMmW^fÊmW&mÊ Wmmm *¦**£?' K *ldAJlÈ

SBsflPflBBflB^V

:1b

ãã?lrBBlaa»arrTH.

vJfl

/BB

^wWmi&Êz^mm

^jJ?fifiC3Hl

- BjBmBj»?*!^-

-->—^a«*aa5i

wÊtti

-tsKa^aBTsaTsisstaaCaWb- ^f^^mMSL^^MmwBSBl

mmmmmrL. .*, ^

a*Mm 'Mw^^Ê

i

'*

-^mc ^r*^~~^'L.

BB*B:=:r*^*r- BBwWBjjg<*flBjgaa^^ WrTÍvr* ;r s !Akj/., //'/. '-lis*'' -^»' '^^Smm^^Mm^^M^S^AmMmmmvBeM íSMMvi/iÁr 'MaTrBMHÊtWm/ilrtrtwFtm^M. tty»

" ^r™TflW

flsErS^jaraBffir^^

•VVCf

\Wm\m

HaflMslalaBMÍ^raCrí»^

\^um

mm

'"

Wm'§9HÍ^^^Hí'

iIMI

aflBBHflsflBsaiS

ifl# ippi^^^4 íf*2 C PUNHAL INDIANO; (Gonto de IGNESIL MARINHO) Subimos rapidamente, eu e o maharajad à árvore sob a qual há pouco estavamos e os nativos às outras próximas. Do juncal surgiu então a enorme e majestosa cabeça de um tigre real, olhando cautelosa e desconfiadamente para os lados. O meu companheiro empunhou a espingarda para fazer pontaria e, ao procurar melhorar a sua posição, falseou um pé desequilibrou-se, fugindo-lhe a arma das mãos, e despencou-se ao solo. O tigre fixou as pupilas no maharajad e, va-

garosamente, o corpo bamboleante, encaminhou-se em, sua direção; este, aterrorizado, olhou-me súplice. Levei a Winchester à cara, dormi na mira e esperei que o animal se aproximasse, afim de não errar o tiro. Disparei; a fera deu um salto e caiu inerme. Assim mesmo, para certificar-me de que realmente estava morta, dei outra vez ao gatilho. O maljarajad não sabia como me agradecer. E, mal chegados ao palácio, entramos em acordo, firmamos uma aliança perpétua entre o seu go-

"^

^ÊÊSt ^^£ÊÈBê3E^r^ÍL yAmMm**K'?&. /

'^^^*5BBS8»s|í»»>.^Ba»a^-42^r' ^3BB

^.i^^^SãJBÉpPr

!ÍÍEÍ«flflB?B

fmm^mmWMmlW' -'jsPw^

28 —

/'/

~:,''^^t^S:m^^QJ!

aC.

[aâi BbWJ

/X^ /ffoi/'x>-

vêrno e o meu e, a seguir, êle se empenhou com os outros chefes para que depusessem as armas, quinze dias depois eu partia rumo à Calcutá, levando os melhores resultados de minha missão. Quando nos despedíamos, êle me presentenou com este punhal, dizendo; "Devo-te a vida, sahib, e dou-te, em paga, o que de mais caro tenho. Este punhal pertenceu aos meus antepassados. E' uma jóia antiga e nunca sahib deixará de tê-la consigo. Quando a perderes ou t'a furtarem, certo poderás estar de que ela volverá a ti e o culpado perecerá à sua própria justiça. Desde que me foi entregue por meu pai (que Allah o tenha em guarda), ja o roubaram seis vezes e em todas os criminosos sucumbiram trespassados pelo seu aço acerado e, nas mais extranhas circunstancias, o "Guardeipunhal volveu-me as mãos. o num estôjo e pu-lo cuidadosamente no fundo da minha mala. Quando

ohec,jei â Calcutá, uma enorme decepção me aguardava: haviam-no roubado e eu não sabia como. A mala não apresentava sinais de violência, só eu possuía a chave e ninguém me conhecia como possuidor de tal jóia. Fiquei aborrecidissimo, pois acabava de perder uma peça rara. Passaram-se aiguns dias e eu já me conformara com tudo, visto a policia, à qual eu apresentara queixa, nào ter logrado resultados satisfatórios em suas buscas. Uma noite, já tarde, dirigia-me à legação, quando vi dois homens empenhados em luta corporal. Corri em direção de ambos e já estava próximo, distando apenas uns trinta metros, no momento em que vi um deles tombar ao solo e o outro sair correndo. Persegui o fugitivo até perdê-lo de vista nas trevas, resolvendo-me então a voltar. O outro homem jazia no chão, imóvel; risquei um fósforo e aproximei-o de seu rosto. Tive a vaga idéia de que o conhecia se bem que não me recordasse de onde. Uma punhalada atravessára-lhe o coração, produzindolhe morte instantânea. Olhei para o punhal e dei um salto, emocionado; risquei outro fósforo e axaminei-o. Era de fato o punhal com que me presenteára o maharajad. Faltava-lhe, porém, a grande esmeralda incrustada no centro do cabo; procurei retirar a lâmina do peito do morto e. nessa oca— 29 -

Caiusião, vi-me atacado pelas costas. senti e peso um cima grande me em Do ombro. uma dôr agudíssima no retirei chão, no corpo inerte que jazia o punhal indiano e procurei defenderme, brandindo golpes sobre golpes, forças alucinado pela dôr e tendo as conde instinto centuplicadas pelo inimigo servação. Em pouco, o meu todo criestava fora de combate, então Somente vado de punhaladas. exausto, à qual, apareceu a ronda, lanterna elépedi auxilio. Tomei a trica de um dos soldados e projetei meu um feixe de luz sobre o rosto do ideno logo e assaltante. Reconheci-o do tifiquei como um dos passageiros a lembrando-me viajara, trem em que ccseguir do outro que eu parecia onde. nhecer e não me, recordava de deste bolso Tendo sido encontrada, no reconstituí, último, vultosa quantia, — um dêo crime do seguinte modo: de que sabiam, dois, os les ou mesmo levava eu dizer, que não modo posso e planecomigo a jóia. Associaram-se levaram a o que roubar-me, jaram à efeito com grande êxito. Chegados vendee a pedra Calcutá, retiraram ram-na a qualquer joalheiro inescruPor ocasião puloso ou contrabandista. de repartirem o dinheiro, desavieramse, provavelmente porque um pretendia enganar ao outro, e passaram à luta, afim de decidir pela força aquilo que, com a razão, não tinham chegado a um acordo. O que se encontrava com o punhal abateu o companheiro, fugindo à minha aproximação. Pouco depois, voltou para vir buscar o dinheiro todo que estava com o outro e levar consigo o punhal, que ainda representava algum valor. Vendo-me curvado sobre o corpo do cúmplice morto, por certo julgou que eu estava a despojaIo e atacou-me, sendo também vítima dos golpes do punhal indiano que roubára. Assim, cumpriu-se a profecia do maharajad: o punhal voltou às minhas mãos em circunstâncias bastante extranhas e os ladrões pereceram pela justiça desta lâmina, que parece possuir algum dom sobrenatural. Não acha você algo de místico e incompreensivel em tudo isso? Apôs alguns segundos de reflexão, redargui: Muita coincidência apenas. Náo seja tão cético. Há coisas que não podemos explicar; parecem geri-las forças extranhas. Foi uma pena perder-se a pedra, não? comentei. Ántçs o punhal sem a pedra do conque a minha coleção sem o dono, levantando-se cluiu o Armstrong, para repor a peça no mostruário. O

MALHO


CALOGERAS, UM OÁSIS HUMANO AMÉRICO PALHA (DO INST. BRÁS. DE CULTURA)

á

Brasileira

legação

Conferência de Paz em VersaSles (1918); chefe da Missão Comercial à

Brasileira

Inglaterra

Minas por Constituinte

deputado à

Gerais

como

atuação

Sua

foi

ministro da Guerra notável.

Trabalhou

um

verdadeiro

como

PAMWA'

técnico,

cons truindo

quartéis

para

cito,

CALOGERAS

o

dando-lhe

Exéro mais

aparelhamenperfeito bélico na época

perfil de BENJAMIN mou-o de

Lima João "oásis

humano".

princípios e pela sua deveria comporta-lo.

qua pátria,

magnífico cha-

Calógeras,

Pandiã

eminente

homem

pa.a

um Bela

definição

grande personalidade da Calógeras te projeta na vida brasileira mais como homem de cultura e de estjdos. Foi uma inteligência forte, A

posta

inteiramente

ao serviço do Brasil. A tua

passagem pela política apenas lhe trouxa desilusões, pois o seu caráter macisso • impoluto não se amoldava às regras a ãs obrigações da

partidária. Em 1904, eleito pela vês deputado por Minas Gerais revê-

corteiania

primeira iou-se parlamentar

brilhante,

discutindo

a

fa-

mosa questão do Acre, o que lhe trouxe t admiração e a amixade do grande chanceller, Barão do Rio Branco. Teve o mandato renovado até 1914. pela

Vem sua

daí o ostracismo independência

político,

motivado

e

pela sua dignidade. Foi delegado do Brasil á Conferência pan-

americana do Rio de Janeiro (1906) a da Buenos ministro da Agricultura (1914 a Aires (1910) 1915), ministro da Faxenda (1915 a 1917) presidente da Delegação Brasileira A Conferência Fide

Buenos Aires (1916), Delegado do Brasil a depois presidente da De-

nance.ra

O

Panamericana

MALHO

para o Brasil, convisão que o destino lhe permitia o panorama imenso da sua grande terra. O eminente brasileiro deixou atrás de si Seu coração estava voltado

templando,

na

derradeira

deixou-nos

Sábio

abeirar do oásis magnífico ...

que viveu sempre trabalhando numa linha reta, para um objetivo construtor. Calógeras teve na morte a mesma atitude que manteve na vida.

das soluções que eles exigiam, ninguém mais do da que êle estaria á altura de ser presidente República. Nunca pensaram no seu nome, en-

a sua

pelos seus fora do maio que

dora e de energias impressionantes. Pena foi que as caravanas do deserto não procurassem sa

êle

esteira de luz projetada sobra a nação. Passou por uYn meio de incapazes sem se contaminar com as misérias da politicagem. Conhecedor dos mais profundos problemas nacionais e

em toda

e mantendo,

viveu,

"oásis humano". Num Foi êle realmente um "deserto de homens e de idéias", Calógeras foi um dfnamo de vida e de energias, da vida crea-

Com

perdeu o Brasil um dos seus maiores filhos. Um homem integral, um homem de bem, um homem

plenitude, a drseinossas gloriosas cordas dentro ordem a e plina porações armadas.

to traçando

Aos 21 de Abril de 1934, Pandiá Calógeras falecia na linda cidade de Petrópolis.

1933.

de

.

1922),

a

(1919

o político. O homem de bem, o homem de justiça, não fez a mínima concessão ao homem de partido". minou completamente

da

ministro

(1919), Guerra

as que lutaram no mesmo campo a quais as qua lutaram em campo contrário. O historiador do-

e

Calógeras

historiador,

uma obra que atesta a sua elevada capacidade de trabalho e os seus profundos conhecimentos. "As Minas do Brasil"; como Como engenheiro: "Problemas de Administração"; como estadsta: "Indústrias Brasileiras"; como historiaindustrial: 'Forma"Política Comercial do Império", dor: "Marquês de Barbação Histórica do Brasil", "Problemas de Gocena"; como economista: "La Politique Monetaire vêrno"; como financista: "Con"Res Nostra e du Bresil"; como sociólogo: ceito Cristão do Trabalho"; "Os Jesuítas a o Ensino"; "Discursos a Parecerei". A sua obra máxima

é a

como

pedagogista:

como

parlamentar:

"Formação

Histó-

uma

tretanto. Um homem dessa estatura não serviria jamais para um posto da tal ordem. Passou, por isso, pela vida a trabalhar, a pensar, a escrever, a produzir, mas temido pelos corrilhos políticos da sua pátria. Este perfil de Calógeras, escrito diante do testemunho de muitos dos seus conteporâneos, é com a palavra sincera e lapidar "traçar-lhe o perfil e desdo sr. Altino Arantes:

fechado aqui,

crever-lhe a obra é apontar ás novas gerações, tão agitadas a combalidas, em meio ás anguse prementes preocupações da sociedade conteporãnea, luminoso e sugestivo exemplo de trabalho constante a dedicação irrestrita á causa tiosas

rica do Brasil". Sobra ala, escreveu o sr. Piinlo Barreto uma crítica magnífica, da qual extraímos "náo é só a abundância a a o seguinte trecho:

da

qua dá valor a inqualidade tarasse a este trabalho do sr. Calógeras. E tambem o acume da crítica. Poucos homens que

Brasil,

das

informações

êle participado da lutas políticas, como imparciais a serenos, tão participou, se revelarão

tenham

como êle, se revelou, no exame dos acontecimentos e na análise dos personagens. Até da seus adversáros mais notórios, o sr. Calógeras fala com tal superioridade da espírito qua ninguém será capaz,

ignorando os antecedentes,

apontar,

en-

tre as personalidades cujos perfis esboça, quais 30

que foi, sem contestação, a mais exclusiva diretriz da ativimultiforme do grande brasileiro... E' o

nacionalidade,

maior, vidade

sináo

a

o Brasil que Calógeras queria a E' o Brasil propugnava uno, grande e respeitado. e sem refraqueza sem servir que êle soube missões, em todas as fases da tua trabalhosa e sempre

fecunda existência, como engenheiro e como politico, como diplomata a como administrador. E' o Brasil que êle amou até o derradeiro alento e ao qual deixou o supremo e inestimável legado da uma vida serena a iluminada que, inteira ta consumira no culto da Deus, no amor á Família a no serviço da Pátria."

XI _ 1941


OS

GRANDES

MÚSICOS

1^. ' O - l (t>

Saint-Saens Saint - Saens é um belo exemplo de criança prodígio, Camille de que a história da música está cheia. Nascido a 9 de Outubro de 1835, em Paris, começou a estudar piano aos três anos e aos sete era já aluno de Stamaty e de Maleden. Matriculando-se no Conservatório em 1847, por duas vezes disputou, sem sucesso, o Prêmio de Roma. Isso nào o impediu de se dedicar, com mais ardor ainda, à composição. Organista das igrejas de Saint - Merry ( 1853 ) e da Madalena ( 1858 ), foi nomeado também professor de piano do Instituto de Música de Niedermeyer. Depois da guerra fronco - alemã, já aureolado de grande notabilidade, fez numerosas excursões artísticas, nas quais se apresentava como pianista, como organista e como compositor. Seu nome popularisou-se em tôda a Europa e depois na América, cujos paises principais percorreu, inclusive o Brasil. Saint - Saens foi o primeiro organista e um dos primeiros pianistas de sua época. Como compositor, cultivou, não só a música sinfônica, como a de camera e a dramática. Em qualquer dêsses gêneros, foi grande, só produzindo obras magistrais. Verdadeira glória da arte francesa do todos os tempos, em sua obra, com a clareza e a elegância da própria raça, se mantém tôda a tradição dos grandes clássicos. Wagner chamava-o o maior músico francês de seu tempo. Alguns biógrafos consideram-no como o verdadeiro iniXI — 1941

ciador da éra nova. Entre êles H. Imbert classifica-o como "um dos educadores da geração futura". Espírito inquiéto nervoso por temperamento, SatintSaens interessava-se pelas letras, pela filosofia, pelas ciências em geral e pelas outras artes. Nas horas vagas pintava aquarelas e fazia versos. Seu papel, na história da música francesa, foi importante. Preocupado essencialmente com a fôrma, que na sua obra, mercê de sua grande sensibilidade, é sempre extraordinariamente equilibrada e harmoniosa, Saint - Saens incutiu na França musical de seu tempo — ao público e aos artistas — o gôsto pelos clássicos. Sem ser um wagnerista, êle aproveitou-se de algumas das inovações de Wagner — o leit motif, por exçmplo. Mas, em vez dos motivos curtos de Wagner, caracterizando personagens ou situações, êle apresenta fráses melódicas inteiras, descrevendo o ambiente e pondo em destaque determinados lânces dramáticos. Como sinfonista, nenhum músico o egualou no tratamento da orquestra, no poder expressivo, na clareza. Sua obra é imensa. No gênero dramático, Samson et Dalila é uma das obras primas do repertório. Entre os poemas sinfônicos, a Dança Macábra é a mais popular. São numerosos os seus Conc&rtos para vários instrumentos e orquestra ; as suas peças para piano, para violino e violoncélo ( O cisne, entre outras ) ; para órgão e para orquestra sómente. Saint - Saens é um dos gigantes da escola francesa, que precedeu à contemporânea. — 31 —

O

MALHO


Ohutiíca A SENHORA Liddy Chiaffarelli Mignone, em cuja individualidade artíatica os méritos de professora de piano se igualam aos de professora de canto, viu-se, duas noites consecutivas, • merecidamente vitoriada, através dos aplausos conquistados por duas de suas mais distintas alunas : Dolly Vasconcellos, cantora, e Vera Cruz Pientznauer, pianista. Em Liddy Mignone, o amor ao ensino é um predicado que passou de pai para filha. E ela, que poderia ser uma pianista ou uma cantora de alta expressão no nosso meio, preferiu lecionar essas duas matérias, porque, só assim, satisfaria por completo, a sua verdadeira vocação de artista. Temperamento muito sensivel, conhecendo a fundo os segredos da técnica do piano e do canto, a ilustre professora é uma dedicada apaixonada da sua profissão. Seu grande enlevo é surpreender o talento do aluno, ainda em botão, desenvolvê-lo, aprimorá-lo, fazê-lo brilhar. E isso ela consegue rapidamente, graças ao seu método de ensino modefno e perfeito. Foi o que o público apreciou nas duas alunas apresentadas : Vera Cruz Pientznauer, com o seu temperamento transbordante, que mais uma vez pôz em evidência os predicados artísticos de que é dotada, e Dolly Vasconcellos, a quem a Natureza concedeu uma voz realmente bonita, por felicidade, muito bem conduzida. Foram duas noitadas de real prazer artístico, que a professora e as alunas proporcionaram ao público. • Dolly Vasconcellos, a quem se refere a nota acima, obteve uma bolsa de estudos em Nova York, para onde seguiu A jovem e talentosa candias atraz. tora ali permanecerá, aperfeiçoando-se

\j__\__\r~~wy ///// mmk w 11111 mw^wm m—r~nr^HM --

WiJ/JWÍY"

iT|Y'l»} iÍPP . -1Nb

7 nJM}^ \^vwr\v^^^i\\ com um dos mestres de sua arte — que os há vários na cidade gigantesca.

DE VEZ EM QUANDO, o nome do maestro Fernand Jouteux surge no cartaz. Trata-se de um velho e grande músico, que já teve popularidade e que vive uma vida mais ou menos aparte. Arraigado no nosso país, há muitos anos, conhecedor profundo da técnica da música de teatro, possue êle uma ópera, inspirada no episódio de Canudos. Foram, principalmente, trechos dessa partitura, que êle nos fez ouvir em seu último concerto, para desempenho de cujo programa teve a colaboração do tenor Del Negri, da harpista Esther Jacobson e da banda de música do Batalhão de Guardas.

lão da Escola Nacional de Música, com a colaboração da cantora Elizabeth Jansen, da cravista Gabriela Ballarin, do pianista Francisco Mignone, dos violinistas Alceu Camargo e Cláudio Santoro, e do violoncelista Nelson Cintra.

O NOME de Violeta Coelho Neto de Freitas voltou ao cartaz, no periodo final da temporada lírica. Com a sua voz de rara beleza de timbre, e com o seu temperamento profundamente artístico, a talentosa cantora viveu, novamente, a "Madame Buttcrfly", de Puccini, e apresentou-se pela primeira vez na "íris", de Mascagni. É inútil acrescentar que a sua vitória foi a mais completa e que o público lhe fez ovações acaloradas.

• APÓS A TEMPORADA lírica oficial, o Teatro Municipal reabriu as portas para uma nova estação de ópera. Desta vez os espetáculos correrão por conta de um conjunto nacional, que estreou com o "Trovador", de Verdi. Há, nessa tentativa, nomes que se recomendam por si mesmos. Devemos citá-los, pois constituem sempre uma Na orquestra, o garantia de sucesso. maestro Santiago Guerra, conhecedor profundo do metier ; na cena, Carmen Gomes, na Lconora ; Reis e Silva, em Manrico ; Giuseppe Manacchini, que pertenceu à lírica oficial, no conde de Luna ; Lisandro Sargenti, no Fernando; e Julita Fonseca, surpreendentemente vitoriosa no papel de Asuccna. Os corpos permanentes do Teatro Municipal completam os elementos da temporada.

Marila Jonas

• Ti _*¦'" Maria Regina de Mesquita, a revelação musical dos últimos tempos, aluna do professor J. Octaviano, que realizou concorrido recital de piano, na Escola ¦ Nacional de Música.

tJÊÊa__XL

-

.aí^^-iji.,.

LAÍS WALLACE é uma cantora que alia a bôa voz que possue a uma orientação musical das mais seguras. Seus programas obedecem sempre, acima de tudo, a um interesse artístico, e ela os desempenha com o desejo de realizar alguma coisa de inteligente e fino. A Associação Pró - Juventude ofereceu aos seus sócios um recital de Lais Wallace, que foi muito merecidamente festejada.

A SOCIEDADE de Intercâmbio Musical preparou um concerto para o Sa-

A HORA EM QUE estas linhas estào sendo escritas, chega-nos ao conhecimento a noticia de que a Prefeitura do Distrito Federal vai promover uma série de concertos sinfônicos a preços popularíssimos. Para o programa do primeiro concerto está indicado o nome da notável ipianista Marila Jonas. Todos os aplausos sáo poucos ao Prefeito Henrique Dodsworth, que compreendeu, como nenhum outro, que a bôa música é uma necessidade para qualquer povo, com especialidade o povo carioca, tão castigado pela música popular !

7>irttuka O Salão de Belas - Artes veiu confirmar o movimento animador de compra


de quadros, que se vem observando ultimamente. Será isso, talvez, um benefício que devemos à guerra, visto que, havendo menos em que se gastar dinheiro, gasta-se um pouco em arte. Mas não importa, no caso, saber a que devemos o interesse do público pelas Importa saber que esse belas-artes. interesse surgiu e tem evoluído em movimento ascencional, francamente animador. E é para registrar o fenômeno, que aqui estamos. A imprensa não deve sempre apenas reclamar quando o público falha. Deve aplaudi-lo quando êle náo falha. O Salão de Belas - Artes habitualmente se encerrava sem venda de quadros. Este ano, dias antes do encerramento, cerca de cincoenta telas ostentavam o cartão de "adquirido". Leopoldo Gotuzzo há perto de três meses viu a sua exposição se ir rápidamente esvasiando. Quarenta e seis trabalhos vendeu o artista. Heitor de Pinho, em sua exposição de três anos passados, não teve o prazer de vêr nenhuma tela adquirida. Na sua segunda exposição de Agosto último, vendeu quatorze, e numa sala pouco desconhecida do público. D. Lucilia Fraga, a namorada das flõres, vendeu vinte e seis quadros, e levou oito encomendas para fazer em S. Paulo. D. Francisca de Azevedo Leão teve vinte e quatro das suas aquarelas adquiridas. Annibal Mattos vendeu trinta e oito quadros e recebeu encomendas. Outros pintores obtiveram a mesma compensação aos seus esforços, e entre eles, Olga Mary, que também vendeu vários trabalhos. E que dizer do leilão da coleção Djalma da Fonseca Hermes ? Batendo-nos, como nos batemos, há tanto tempo, pelos artistas, registramos com prazer esse fato, fazendo votos para que uma nova éra se tenha iniciado para as belas - artes, no Rio de Janeiro.

ENTRE AS EXPOSIÇÕES do mês, temos a destacar a da pintora Georgina iiu Ibuquerque, cuja arte há muito Já se acha consagrada pela opinião pública, fi verdade que o público consagrou, não a pintora que se mostra indecisa, sem saber se deve ou não filiar-se definitiva e francamente à arte "modernista", mas a que realizou trabalhos de indiscutível mérito, sob a orientação primitiva, com menos "subjetivismo" e mais arte, com menos extravagâncias e mais beleza. Georgina de Albuquerque, entretanto, é inteligente bastante para ter dúvidas na escolha do caminho que tem a seE seria, realmente, deplorável, guir. que a víssemos persistir nessa indecisão, rendendo a sua homenagem um pouco ao passado, que a consagrou, e um pouco à essa pseuda arte que elege o aleijão como símbolo de beleza, e que tão nefasta tem sido para os que a cortejam.

TIVEMOS uma muito interessante exposição de arte francesa, que reuniu um bom punhado de quadros de artistas de valor. Apesar de haver, entre as telas expostas algumas de flagrante inferioridade no conjunto, a mostra teve um suForam vendidos cesso extraordinário.

XI — 1941

quase todos os quadros — e isso correspondeu em absoluto aos intuitos puramente comerciais da exposição. 99

A PROPÓSITO dessa exposição, vamos relatar um episódio interessante. No salão nobre do Palace - Hotel achava-se aberta a mostra de arte do ilustre pintor Annibal Mattos, quando surgiu uma senhora que, depois de apreciar ligeiramente os quadros, se aproximou do artista e manteve com êle este diálogo : Aquele quadro custa três contos de réis ? Sim, minha senhora. Fico com êle. Mas o senhor fará o favor de me arranjar uma biografia

¦v^

0m\

Jk.

Lucilia Fraga do pintor, para que eu possa mostrar a quem me pedir. O senhor sabe, a gente não pôde conhecer a vida de todos os pintores franceses ! Mas, minha senhora, o autor desse quadro não é francês ! — acudiu Annibal Mattos. — fi brasileiro ! Brasileiro ? — interrogou, decepcionada, a compradora. Sim, senhora ! O pintor sou eu ! Mas esta não é a exposição de arte francesa, que se inaugurou ontem ? Não, senhora ! Esta exposição é minha I Um sorriso amarelo transformou a fisionomia da senhora. Esta, porém, não se perturbou e completou : —. Ah ! o senhor desculpe, mas não me interessa. Por causa dessa e outras é que os estrangeiros se riem de nós . . .

Le&tkô> LOUIS VERNEUIL é um dos nomes mais cotados do teatro francês de comedia. Suas peças, façam elas pensar ou façam rir, são sempre interessamtes, porque o autor sabe urdi-las e desenvolÊle sabe aprovê-las com habilidade. veitar-se dos pontos fracos da humanidade e conhece a tendência das platéias de hoje, que preferem peças que as façam rir ou mesmo sorrir, ao invés das

— 33 —

íj.

¥M

C'ym£ \Am WÊm9r mm flrlB Sa* mm M A È

m\

"Ruben GUI e Alfredo Brêda, os festeque marcaram grande jados autores êxito com "Bôa Visinhança", levada â cena pelo elenco de Alda Garrido, no ¦ "João Caetano", desta Capital, com enorme sucesso. "Bôa Visinhança" foi a peça escolhida "vedetta" carioca pela popularissima para abrir a sua temporada em PortoAlegre, nos primeiros dias de Novembro. Estão neste caso que fazem meditar. "As loucuras de Mme Vidal", que são o último sucesso da Companhia DulcinaOdilon. Dulcina, como de costume, é insuperável no papel da ciumenta esposa, que A seu lado, figuraram Odllncarna. lon, no falso amante, e Aristóteles Pena, no Sr. VidaZ. Mas a peça tem, ainda, a colaboração brilhante de elementos do valor de Sara Nobre, Jorge Diniz, Suzana Negri, Armando Rosas e Roque da Cunha. Todos bem. • o espetaINTERESSANTE MUITO culo do Recreio, constituído pelo original de J. Maia e Marques Júnior, e denominado "Quem é êle f" Trata-se de um trabalho um pouco diferente dos que ali são habitualmente Teatro leve, despretencioso. levados. A habilidade dos autores tira de quase nada uma peça interessante. Já se vê que Oscarito é quem maior proveito tira do lado cômico da peça. Secundam-no Grijó Sobrinho e J. Martins, que também fazem rir a platéia. Ao seu lado, destaca-se Jurema MagaE lhães, que canta agradavelmente. manteem-se equilibradamente Antonia Marzullo e Beti Simões. A peça é leve e a platéia ri a bom rir. O TENOR Vicente Celestino, que também já era ator, conquistou agora mais um título : o de autor. Em torno de uma canção, arquitetou uma peça de teatro — teatro muito do gosto do publico da praça Tiradentes. Organizou, depois, um conjunto com elementos faO miliarisados, com o palco e lançou Êbrio".

A peça mantem-se no cartaz.

0

MALHO


MATANDO SAUDADES ALGUNS

INSTANTES

COM

JÚLIO DANTAS e AUGUSTO DE CASTRO

a*.

aafl

Júlio

s^sW

mi

Í

Dantas

no salão nobre do Copacabana Palace Hotel e démo-nos ÂVISTAMO-NOS pressa de trocar algumas impressões, pois o protocolo — um cavalheiro muito incomodo, no dizer do grande estilista Julio Dantas — não tardará em nos cortar o fio da conversa. Júlio Dantas conserva aquele seu olhar sereno, envolvente, a galanteria fidalga das maneiras e na voz, o timbre suave e harmoiiioso que põe tanta graça nas coisas delicadas e se avoluma e vibra na elevação dos sentimentos fortes. Augusto de Castro mantém o gesto adquado e fino, a incomparavel vivacidade de imaginação a refletir-se no olhar e na palavra, que denuncia o espirito inquieto e observador que traçou o Fumo do meu eigarro, e tantos outros trabalhos primorosos. Acham-se na minha frente, na mais agradavel das intimidades, duas altas figuras das letras pátrias, dois admiráveis movimontadores de idéias, duas das mais belas e mais cultas inteligências da atualidade portuguesa, emfim, dois amigos encantadores, muito queridos, e os meus olhos — tal a alegria que os turvava — não se aperceberam se o Tempo, na sua marcha inafrouxavel, havia deixado marcas da inexorabilidade... só via aqueles dois homens de raro talento, em quem me habituara a admirar a beleza da sua espiritualidade. :-¦

Num instante, retrospectivou-se em nossos espíritos a época gloriosa do teatro em Portugal, justamente quan<jo a mocidade iluminava as nossas vidas: — as noites festivas do Serão das laranijeiras e da Severa, de Júlio Dantas, do Amor á antiga e Chá O

MALHO

das cinco, dt Augusto de Castro, e de todo o brilhante repertório desses autores famosos, vitoriados delirantemente durante um quarto de século, chamados D. João da Câmara, Marcelino de Mesquita, Henrique Lopes de Mendonça e outros... muitos mais... Isso fez rememorar a companhia de minha empresa, no Theatro Príncipe Real, de Lisboa, com Eduardo Brazão, Lucinda Simões e Ferreira da Silva. Foi nesse teatro que subiram à cena. Envelhecer, Asebre, Frei Luis de Sousa ("que é o pensamento moral, nobremente reallsado") e uma série de conferências literárias, como ali, então, não se haviam feito em Lisboa, ilustradas pelas primeiras figuras da companhia. A lembrança daqueles três artistas, reavivou-nos a saudade do teatro dessa época, lembrança eterna dos talentos que, nele, alcançaram as suas glorias. Nesse momento, ali, no amplo e quasi desguarnecido salão, mercê das nossas recordações, congregaram-se, condensaram-se, estreitaram-se, homogêneas, inconfundíveis, as memórias extremes do teatro que lá vae... E, eu, que me achava acolá, no simples propósito de escutar, de aprender, para depois transmitir o que iriam dizer, com maravilhosa leveza de frase, escritores de tamanha envergadura, como Júlio Dantas e Augusto de Castro, acerca do teatro português, fui surpreendido pela intervenção do protocolo. Chegava de São Paulo uma comissão da Casa de Portugal. Cumprimentos amáveis, discursos, o tra-| dicional drink e o dispersar delicado pelo) amplo c quasi desguarnecido salão... E logo, Augusto de Castro veiu a mim. Abordámos o assunto interrompido e pie- . dileto: o teatro. —i Em Portugal, comenta Augusto de Castro, como por toda a parte, acentua-se a decadência. Uma lastima ! Entre a modema geração, ha valores, gente moça que escreve com entusiasmo, mas, é só... Falta-lhes a cooperação dos conjuntos artísticos do nosso tempo, cxclareceu Júlio Dantas, que acabava de se aproximar. Aquelas representações que tanto lustre deram ao nosso teatro e nas quais não havia minúcia de • encenação ou cuidado de indumentária que não fosse rigorosamente observado. Lembro-me... O Augusto Rosa, ator moderno e fino; o Brazão, com o seu pannche c bravura; a Virginia e o João Rosa, com a impecável intuição criadora que os conduziu tanta vez aos maiores triumíos. E as peças ? D. Afonso VI, de D. Jo da Câmara; O Regente, de Marcelino Mesquita; o Duque de Viseu, de Henrique Lopes de Mendonça e o seu drama, O que morreu de amor, meu caro Júlio. Quanta coisa bela ! Que montagens caprichosas ! Que representações admiráveis ! Foi quando Augusto de Castro, aventou: Não seria o momento de se organizar no Rio, uma companhia com elementos e

— 34 —

peças dos dois paises ? Assim, reagir-se-ia eficazmente contra a decadência... Belo projeto, apoiou o feliz autor de Rosas de todo o ano e o tão admirável ilustrador de milhares de episódios arrancados à historia e à vida contemporânea. Mas, de novo o protocolo veiu lembrar ser chegada a hora de envergar a casaca, para jantar às pressas e ir ao Gabinete Português de Leitura. —-Condecorações ? Portuguesas. Nesse caso as de Cristo. Um aperto de mão... um até logo... e, enquanto os dois ilustres escritores iam preparar-se, desci à Avenida Atlântica... Um ar sereno e agradável veiu afagar-me suavemente. Junto ao friso do extenso alvo areai, movia-se um formigueiro humano, alegre, satisfeito, a gosar a fresca temperatura. A Graça que, no mais puro conceito helenico, está em tudo, na terra: nas ruas, nos jardins, nos mares, espairecia naquele panorama soberbo... a Graça, harmoniosa, fina, esbelta, das cariocas sedutoras, andava ali a.passeio... a Graça da cidade maravilhosa, risonha e feliz, desenha-se na elegancia do formoso colar de pérolas luminoso que abraça a garganta magestosa da Guanabara. EDUARDO VITORINO. Augusto de Castro

7 aSatal

\

afl,

aafl

1 XI — 1941


_____^_fl __Pv

•-J

BÜl__mVií-

Am '

mmW

m»»mml. mv^u,

*' *^B

H

mmlHà

^SW*r

,

\jrca, '

. _. oa-

¦

v co«**vn __, suas ^J SViC„brasAc>ra^ ^a.or \

XI — 1" ti

35 —

0

MALHO


¦ m.

M-

I:

'

¦

\

|\il

\U

DO D O

MÊS

QU

'

PASSOU

.,*0*

if

11

*'T ^ "

o* ^

P»1 Ja fe^jp

1

1 HI Wk «« pfl^Hkflj l i HIT*- m

^HB ¦

-

'>

g^Hjg

^BjHj 1®*V .

Wi

-*

ML

a sua permanencia nesta Capital, foi alvo de inúmeras homenaDURANTE Luiz Lopez de Mesa, chanceller da Colombia, que aqui veiu em o Sr. gens visita de cordialidade e para firmar impo rtantes tratados em nome do governo de seu país. . No Palacio Itamaratí o chanceler colombiano foi homenageado pelo Ministro Osvaldo Aranha com um banquete, ao qual compareceram figuras representativas do nosso governo, tendo sido colhido este flagrante na ocasião em que o ilustre visitante agradecia, a homenagem em brilhante improviso. »-- J ¦'•¦MW'.gWiy '¦ J mm i j.— ¦HBMm -*-7' &1 11 ¦nii^MSr'

HHBw

*'

1 .:-/;>'

.^WPP^pBlRi j^^WSWijy M

i

o patrocínio do Embaixador norte americano, Sr. Jefferson Cafery, reaSOI!lisaram-se na enseada de Botafogo concorridas regatas em beneficio da Cruz Vermelha, perante grande assistência.

i ilfeipP 4rr

Aeronautica, convidado este em Porto Alegre o Ministro da centralisara ESPECIALMENTE Dr Salgado Filho, que inaugurou ali a Legião do Ar, entidade Que aviaçao civil, no Rio Grande do Sul, a campanha em pról do desenvolvimento da nossa Dumont, no Santos Este flagrante é do embarque do ilustre titular, no Aeroporto Aerea Brasileira. Forqa da u-na esquadrilha coniboiado por aparelho que o conduziu,

INDA em comemoração ao A centenário do nascimento de Fagundes Varela, o acadêmico Adelmar Tavares , ocupante da cadeira morte inesperada e prematura de Vicente Leite, o laureado pintor cearense autor de tantos quadros magnificos, causou profunda emoção nos meios artísticos e sociais desta capital. O jovem paisagista, que firmou o renome de que gosava graças ao próprio esforço e ao mais legitimo talento, conquistára recentemente os prêmios de "Viagem à "Viagem pelo Brasil'' e Europa", este no " Salão" de 1940, sendo

que o tem por patrono, pronunciou, 11a Academia Brasileira, aplaudida conferenda sobre o grande poeta lírico cuja obra ainda hoje deleita os apreciadores, das belas letras. O autor de " Caminho enluarado" produziu belíssima palestra sobre Fagundes Varela, estendendo-se em interessantes apreciações e percuciente estudo sobre o grande vate fluminense.

um dos colaboradores artísticos de " Ilustração Brasileira", que freqüentemente reproduzia telas de sua autoria.

turais, onde Vicente Leite era querido e apreciado pelas qualidades que pos-

HI\£

, \

suia.

Forte de Copacabana comemorou, no dia " 4 de Outubro, a passagem do 27.0 aniversário, tendo lugar, na gloriosa praça de guerra, várias cerimonias civicas. As tropas desfilaram perante as altas autoridades presentes, e todas as dependencias do Forte foram franqueadas aos visitantes. Falou aos soldados o major Aírton Lobo, e foi inaugurada a nova Sala de Armas daquele baluarte de defesa das nossas costas. MALHO

— 36 —

J

j

A noticia da sua morte repercutiu dolorosamente nos meios artísticos e cul-

0

/

^

^

fc'SS^Ii --%i ' " ' ; rTinWWiw^pwwM 1' W - ,-j iB>Aa^»i—y-¦¦¦— was,..— ^i:n'; iX'mim'^im • —;r;! ^ ImSESS^HgHC' • ' *. ' ""-' • ' : '¦ : v >f ,Ci* V_ J

;

XI — 1941

¦

-- ^41 ¦ M

XI — 1941

i.° aniversário do Discurso do Amazonas, pronunciado pelo presidente Getulio Vargas quando de sua viagem àquela unidade da Federação, deu lugar a grandes manifestações comemorativas. O encerramento dessas comemorações teve lugar no Palacio Tiradentes, em sessão promovida pelo D. I. P., na qual o Sr. Lourival Fontes pronunciou aplaudido discurso fixando a significação daquela cerimonia. Vemos na fotografia o Diretor Geral do Departamento de Imprensa e Propaganda quando pronunciava a sua oração. — 37 —

sua estadia nesta capiDURANTE tal, o Dr. Abelardo Condurú, prefeito de Belém do Pará, realisou grande número de visitas, destacando-se a que fez ao Instituto La-Fayette, o importante estabelecimento de educação e ensino que obedece à direção geral do Professor La-Fayette Cortes. O grupo acima foi feito por ocasião dessa visita, e nele se vê o prefeito paraense, ao lado do Prof. La-Fayette, en tre membros de sua comitiva e profes sores daquele Instituto. O

MALHO


L

I V

DO

S

O

"O

RIO

D

I A

PARANÁ

no roteiro da marcha para o Oeste" ____

técnico

Jornalista,

-

tos um

é

„l«.,.-,._ll

|

lll

' ________! __________

de Andrade

Theophilo

dos

¦¦! | ,„.__,..,¦,

especiaíisado

econômicos,

em café,

... «I.Tl Ml lll

assun-

em

estudiosos

bilidades brasileiras,

das

possiestando ha-

a penetrar nesses comassuntos por sua cultura, plexos experiência ade conhecimentos bilitado

¦

-

\\mA

4fi_mm*_-

quiridos atravez d© constantes indagações sociológicas e filosónosso

viagens

ficas,

pelo pelo estrangeiro. "O Rio Paraná no

vk

^|

tado

MALHO

da

espírito

de

alevan-

colaboração

e

Theophilo

de

Andrade

que trai a pena afeita às as páginas deste excelente grandes lides jornalísticas estudo do cenário em ciue se processaram as primeiras investidas^da "marcha para oeste" oferecem solução racional para os problemas

Collor

linguagem

escorreita,

modernas,

EUROPA 1939

0

roteiro

mais

o

com

de patriotismo. Vasadas em

No ano em que irrompeu a guerra, r, sr. Lindolfo Collor encontrava-se na Europa, tendo viajado por diversos país<js e havondc-se na França e na demorado particularmente Alemanha. Sendo um antigo político, estudioso dos problemas politicos e sociais, além da acompanhou com a naturalmente jornalista, maior atenção o desenvolvimento d," situação, comoi nõo apenas pela leitura dos jornais também assistindo es reuniões dos parlamon•tos e aos comidos de rua, ouvindo pessoas 'do povo e personagens do grar.de drama coletivo cujo desfecho foi a pavorosa conflagração em que se debate o mundo. Foi uma testemunha de presença, dos acontecimentos, quando n£o os viveu. Ao mesmo tempo que os fatos se desenrolavam, o sr. Lindolfo Collor escrevia suas impreásões em brfftientes crônicas jornalis' ticas. São estas crônicas — contende as impressões de um jornalista político na Europa compõem o interessante He 1939 — que livro que acaba de ser publicado pela editora Emiel. o Lendo-o, compreende-se perfeitamente na Europa. As causas da que aconteceu guerra, a agitação que o precedeu, o germen dos desastres que vieram a seguir <n"Europa 1939'' contram-se nas paginas de que se pôde considerar como uma das mais reportagens sobre o interessantes grande acontecimento desse ano fatídico — Uiria das épocas mais importantes que o mundo tem, vivido. Não é preciso dizer mais nada para que se compreenda que se trata de um be'c livro, de extraordiryrio interesse para toda classe de leitores.

Ci_______V

país e

marcha para o oeste", livro profundo, que revela o quilate da cultura do seu autor, é obra de sabor nitidamente brasileiro, e foi escrito

Lindolfo

'

que,

a ação do homem.

ali, desafiam é

A edição

Pongetti

de

e está

cido dar

Pereira

psicanalista

da

Silva,

brasileiro, uma

à

apresentada.

FILHO

SEU

CONHEÇA Gastão

magnificamente

o conheacaba de

curiosa

obra

publicidade aue deve ser recomendada a todos os lares e escolas. Trata-se de um longo

m^r\r

__r

4__________k>

m7—\\sW

______

W

^

^^__

A

¦e detalhado estudo dos caracteres da 'alma infantil A criança tem sido olhada, principalmente entre nós, apenas sob o ponto de vista pediatrico, se assim se pôde dizer. Faltava assim urn livro de orientação psicológica que estudasse mais a alma dos garotos, e que assim orientasse melhor os pas ensinando-lhes a entender o coração dos filhos. E' esta oportunidade que terão

o mundo da mento Pereira

do da

os que lidam com petizada com o apareci-

todos

agora

formoso

estudo

Silva. — 38 —

de

Gastão Gastão

Pereira

da

Silva

XI — 1941


...

I

V"'. ^._.. THERESOPO us

k...*

.

.

]^\':t

&*;.;*•/.

i

„M__jL_

....

1^1

,.

¦¦•¦¦

:;

ii


'* -. •''•• -:;' ' V. , ; •-:> V-; 35\ .'• *uj ; - «*.. >'$bB£ . '"?fv^| ^/' > sv'-. a 'Sr *; Kgg»gK^* -. -: :"MB i fa-* "SPSS • ^ BBWMre *'; • -'••dPS ^SE4^ "•^^S^raSn^J'Sl' :r'-'' ii- - •> .'S'^S K» . ;** |as j^i

./'jr£f '^jPgqr^*

IK

"Z)^

;

"^letiató-d

De

DEBRET

MBBSIL .ri;t2^^-^'^- ^ylBry*' -; • • J .;':

'-

•»-

' &jy&p2;'$$^ %'. ^flBT ^^Rbl, «:

j^KT Vb

;¦;.'.

DEBRET, J. B. — D. João VI (esboço)

-W^-

li

cuja genialidade qEBRET, a devemos a possibilidade da reconstituiçilo da vida e dos costumes em épocas afastadas da nossa historia* era também exirr.io retratista. Assim o evidenciam magnlficas telas que lhe sobreviveram, e que trazem sua assinatura, entre as quais os retratos de D. João VI e D. Pedro I (pastel) que aqui reproduzimos, e nas quais se sente bem caracterisada a firmeza da mão do mestre, nos minimos detalhes.

HK

DEBRET J. B. _

Pedro r _ Pastel

' • *

-*j


Ol2»so

CAWOCfc

C

IV

/ L^"* \ |/^« O 0 ^ti P \ IO

II

*

I

I I / BbhJV \ V

^fw # 't''""'j

I

POR QUE BEBES TANTO ASSIM, MEU AMIGO ? EU BEBO PARA ESQUECER... ESQUECER O QUE 7 JA' NAO ME LEMBRO !

fe

QUANDO A SENHORITA RI, E' QUE VEJO QUE NAO TEM CORAÇÃO. VALHA-ME DEUS ! ENTÃO EU ABRO TANTO A BOCA QUANDO RIO ?

K

cfH>

°° fiBwM

QUANDO CHEGUEI NA CASA DE MINHA SOGRA ME DERAM LOGO UM COPO DE CACHAÇA! AQUILO P'RA MIM FOI UM "INSURTO". E QUE VOCÊ FEZ. BASTIÃO ? TRAGUEI O "INSURTO" TODINHO...

QUERIDA, ESTOU MEIO MORTO DE CANSAÇO. ÉS SEMPRE O MESMO, SEMPRE FAZES AS COISAS PELA METADE.

— SIM, DR. COMISSARIO, MAS PENSEI _ / I P^OIO QUE A MINHA VIZINHA ESTIVESSE DANDO UMA LIQAO DE CANTO. |->W"OVS©—

XI — 1941

— 41 —

VOCÊ E" MUITO PEQUENO PARA TOMAR CONTA DE UMA FARMACIA... VOCÊ TEM DlPLOMA ? NAO SENHOR... MAS TEMOS UM PREPA RADO DA CASA QUE PRODUZ O MESMO EFEITO. 0

MALHO


TRES

DE

SAfDAS SAÍDAS

CAMPOS

SALLES

Salies) recebeu a vsiita formaM palacio, palácio, um dia, (Campos Salles) Ifstica lística do plenipotenciirio português, General Cunha, que plenipotenciário portugues, ainda das peÊste, nada familiar Ihe lhe ia apresentar credenciais. £ste, "pavao" "pavão" do Catete, queninas coisas cariocas, ouvira falar no no Rio pelo sem perceber que se tratava do apelido adquirido "baiacG' . A certa "baiacú". Presidente, o qual de sua terra levara o de altura de converse conversa animada, o militar perguntou-lhe pelo pavao pavão da casa de governo. Campos Salles, contendo a sua impulsividade, esforçou-se esfor^ou-se para dar &à resposta e ao próprio pr6prio rosto um ar "O pavão do Cattete sou eu em pessoa... pavao galHofeiro, dizendo: — galhofeiro, [—

não teve, porem, Ja Já nao porém, o mesmo bom humor, quando pubficomércio comissão do comercio cada a Lei do Selo, foi a palacio palácio uma comissao inovação, ameaantipática inova9ao, advertt-lo advertí-lo da impraticabilidade "Seda antipitica não tenhc meios eé certo que nao até com uma revclta. ^ando-se çando-se ate certo que me menos nao e não á serem obrigi-loj a obrigá-los parriotas patriotas para obrigá-los a cumprirem a lei..." — foi como sobram meios para obrigi-los despediu a comissao. comissão. federais paulistas sempre permaneceram um Os deputados< deputados^ federals tanto ih distancie de Campos Salles, afastados por um certo impressiotemor dc seu gênio. genio. Todavia, quando da Lei do Selo, impressio* reação despertada que resolveram intervir naram-se tanto com a reaqao Prono sentido de aconselhar o Presidente a recuar. E (conta o Pro¬ fessor Waldemar Ferreira que, por sua vez, ouvira do ex-Senador Padua SaHes), Salles), tudo combinado, quem seria capaz de, como se diz, "amarrar o guiso no gato"? Afinal, aventurou-se a isto o o Presidente Conego Cónego Valors. Mas chegados ao Cattete, quando "Entao, "Então, reveIhes lhes apareceu, foi logo interpelando o sacerdote: essa 7 Sai do Rio e fica em rendo, que vida de deputado eé essa? Taubaté... O reverendo Jo e fica em Taubat6... 7aubat6... São Pa Paulo laubaté... Sai de Sao Não precisa acresseli mandato... Nao sério o sell precise precisa tomar mais a sirio Palácio sem nada aconselhar center centar que a bancada regressou do PaUcio ao Presidente...

r— A LUTA DE LAUDELINO "|HNHA ainda ele êle (Laudelino Freire) contra si os que discutem assuntos lingulsticos lingüísticos com a mais convencida ignorancia, ignorância, parecidos com o fidalgo napolitano que se bateu em duelo quatorze vezes para provar que Dante era superior a Ariosto, e ao falecer do ferimento no último ultimo deles recebido confessou que nunca lera nem um nem outro. A esses batalhoes batalhões de assalto seguiam-se as tor^as torças de reserva da preguifa preguiça de estudar, que procuravam amesquinhar-lhe a eficiência com as armas do humorismo, constituindo jocoso aneciencia dotario dotário com os produtos, apenas, de sua imagina^ao, imaginação, como no neg6cio negócio desfeito pelo emprego de um galicismo. Um epis6dio agressão humoristica, episódio dessa agressao humorística, relatou-me a pro¬ próvítima. Eram tres três horas da manha. manhã. A campainha do telefone pria vltima. fazia-se ouvir incessantemente. A família famflia levantou-se assustada com o deshorado toque, supondo tratar-se de qualquer grave comunica;ao. comunicação. Laudelino agasalhou-se, sempre receioso das correntes de ar, que Ihe lhe foram fatais e tomou o fone. — Doutor, — telefonou-lhe desalmado notfvago, notívago, — acabo na porta de uma pensao de prender um galicismo avariado na_ pensão alegre. Para que delegacia devo levi-lo levá-lo 7 19 3 8 CLAUDIO CLÁUDIO

DE D E

SOUZA *

19 4 1

r— A

<3

LEITE

AURELIANO AURELIANO

>

ENVENENADA servir Aá humanidade, ao direito e 4i justice justiça (Nina Ronoção de resdrigues) teve sempre em conta a mais alta no^ao PARA ponsabilidade. Certa vez, todo o pais pafs politico político se abalou com o boato do envenenamento da famflia família de um governador de Estado. Foi o caso de um Senador de Pernambuco haver presenteado &i famflia família Barbosa Uma Lima com uma fritada de goiamun, saboroso crust&ceo, crustáceo, a qual, se dizia, havia sido envenenada no transito trânsito para o PaUcio Palácio do Governo. Um midico médico dos mais notaveis notáveis do Estado, no tempo em que era quase um mito a prova de laboratirio, laboratório, chegou a afirmar a natureza do envenenamento. até tivesse razão... razao... Mas o que ié verdade ié que surge Talvez ate Nina, da Bafa, com o seu cartel de desafio, procurando esclarecer existencia de ptomaines o caso demonstrando a• existência ptomainas em carangueijos, capazes do fenomeno fenômeno que w se discutia.

LC 4U»'° \ P

FRITADA

AUGUSTO AUGUSTO

LINS LINS

E

SILVA

Medicina, em na Academia National Nacional de Medidna, (Discurso de posse no Agosto de 1941) /

UM

NE60CI0 DESFEITO NEGOCIO Portuguese", tendo Língua Portuguesa", e diretor da "Revista da Lingua dotar o patrimonio empregedo elevadas somas em empregado patrimônio das j& já EDITOR reprodução em culturais, inclusive com a reprodu^ao nossas publica;oes publicações "fac-simile" daquele daquêle monumental trabalho, o poligrafo (Laulhe delino Freire) estava certo dia 4á sua mesa de estudos quando Die anunciam a visita de um capitalista, que se propunha astociar-se êle para empreendimento editorial de grandes propor^oM. a ele proporções. inconfundivel, Laudelino Recebendo-o com sua urbanidade inconfundível, aceitavel e conveniente a teria achado de todo ponto eceitavel Freire terie feita. E dispunha-se a ultimar o trato, quan¬ lhe era feite. quanproposta que Ihe elucidá-lo sobre sôbre as vantagens ofedo o capitalista, para melhor elucidi-lo recidas, acrescentou que se faria antes uma campanha de publipubltcidade e. por ela, jijá se poderia antever o "sucesso" da empresa. "Sucesso — então o gram&tico, I" Teria exdamado exclamado entao gramático, levanfor5a de um botao botão tando-se da cadeira como se o impelisse a força acepção, a palavra não sabe que, nessa acep;ao, eletrico. Entao, Então, o senhor nao 4é um galicismo 7 negócio. não se fecnou o neg6cio. O homem nao não o sabia. E, por isso, nao 19 3 8 OSVALDO OSVALDO

0

MALHO

- 42 —

C

RICO

XI — 1941


y \Cj~< P&A K h \ \\ .W-r—'——^ rV T /i ji«VT t i J. \&L\ V. Como é bom não saber nada N^\ Ver a vida com a sã simplicidade YM do ingênuo pastor . . . Vagueiar pelo mundo como a borbolet. borboleta \ céu, voa sempre contente, pelo que em busca de uma flor . . . \ L<' V*

*

y

I

*/

^ -•ySr-'

/ ' .y

J*/

/ N } ys , • / ^\X / A/

yS X J '^

/

/

r

\1

Como é bom não saber ! Ignorar as leis VVlK. regem, humanidade a que / fj A/^ destino, / X os problemas do Ser e do destino, o delirante turbilhão dos povos . .. / 7 encontrar Não ter a sêde ardente de enc< mil horizontes novos ! supremo !x. beíirt supremo Como é bom ter na fé o^bem No angustioso instant^de'partir instant^7df/partir crêr Oeus das criancinhas, crer em Deus ... nesse Deus tem o receio atrl sem atr6z dp se extinguir ! "W 1j Como é bom ^scutar ficutar o doce canto \ manhas de sol ! dos passarinhos, nas manhãs campos, \ Conhecer a ventura, entura, pelos campos, \ arreb6l 1 . . coptemptando> as belezas do arreból

!

85 -/ N

/

-

7

>/

j

v

i

I

j

cabana, .... (uir uma cabana, E/íonhar possuir j N\ tínhorão l wiTtinhorao m pomar, umn jardim, ym ) w- fos, lar aben<joado Na ae um lar rra delicia aeiicia de amSijIjijl^^ concentrar toda a am

/ \

li

/>•«**'

/

Oh ! como é triste a vida que se forma integrada na civilização ! Ansiando a verdade, eternamente, nos constantes distúrbios da razão ! Humanidade ! Mundo que prossegues através da ciência e da filosofia I Na marcha triunfal do teü progresso, deixaste o coração atráz ... em agonia I ARY

KERNER

XI — 1941

<w —

O

MALHO


casarão da penitenciária se estendia rio dentro, cortando a água, como O uma proa de navio. As ondas batiam de leve nas paredes, marulhando. Lá em cima, um guarda, de arma ao ombro, ia e vinha, fazendo a ronda; em uma e outra janela, um preso espreitava, por entre as grades... O sol desaparecia, tingindo de vermelho o azul escuro do rio. O silencio do lugar, embalado pelo marulhar suave das ondas, era cortado, de vez em quando, pelo ruido de um bonde que passava ou de um automóvel, pelos passos de um transeunte, que olhava para os engradeados com o ar sobranceiro de quem não está na cadeia... E havia qualquer coisa de inexplicável no olhar dos que, por detraz dos ferros, acompanhavam, com os olhos, até desaparecer, o cidadão livre que passava. Beirando a amurada do cais, um rapaz bem vestido, vinha vindo, com vagar, olhos nostálgicos fitos no casarão. De quando em vez, parava, baixava a cabeça, suspirava e continuava. Chegou ao pé das muralhas. Parou. Encostou as palmas das mãos na parede, ficou, muito tempo, olhando para cima. baixou, novamente, a cabeça, suspirou mais uma vez, recuou uns passos e sentou no parapeito do cais, baloiçando as pernas c batendo com os tacões. Ficou ali uns bons vinte minutos, olhando o crepúsculo, levantando e indo apalpar a parede, voltando e sentando. Depois, quando já era noite, ergueuse e, a passos tardos, voltou pelo mesmo caminho por que viera. Quando já estava longe, virou-se. olhou a cadeia, de que, agora, só avistava as luzes e o vulto informe — e disse, baixinho: — Ai ! vida... E continuou, olhando as luzes do cais, que se estendiam sobre a água calma longas. como guris magros, que brincassem de perna de páu. Lá na cadeia, o soldado ia e vinha, olhando o chão e pensando na sua promoção a cabo...

Esse moço dos suspiros ao crepúsculo e das apalpadelas na parede da cadeia era o jovem e talentoso poeta inédito, Homero de Souza. Autor de três livros de poesias futuristas e um poema panteista — que, ainda. estavam guardados na gaveta á cabeceira da cama, bem próximos de sua mão, para que pudesse, assim, todas as noites, antes de apagar a luz amena do abat-jour. ler dez ou vinte das suas produções — maiores e melhores, sem a menor dúvida, do que as de Bilac. Rabindranath, Castro Alves, Raymundo e outros poetinhas michas. . . — "Michas, sim !" Ainda em tempo; quem pensava e dizia isso era o Homero, nos diálogos com os botões — esses ilustre» causeurs, que sáo. muita vez, os culpados da estada de muita gente na suave casa dos transtornados do juizo. Na verdade : é uma pena que éle ainda não tenha se resolvido a publicar algum dos seus versos. Que sucesso! Nem se pode imaginar ! Mas como diz o outro — scriptum est. E' bem de ver que não falamos dos poemas de Homero Sousa Porque, então, o nosso latim estaria errado, Seria: scripta sunt. (Quem duvidar que abra a Gramática do P. Peter, ou. então, sc quizer, pergunte àquele latinista de café, meu conhecido). Mas. não era isso que queríamos dizer. Quizemos falar da tal história de fatalismo.

0

MALHO

Estava (tirando, mui respeitosamente, o chapéu aos tais senhores passadistas) estava escrito no livro do Destino, à letra gótica e a tinta nankin, que os poemas de Homero Sousa nunca vestiriam a elegante indumentária dos tipos.. . No entanto, êle não pensava isso. Ouçamos um dos seus monólogos e veremos o que "Sim, pensava. sim e sim ! ! Eles não me compreenderão. Nunca irão entender-me. Serei um incompreendido. A sorte dos gênios. . . A mentalidade desse povinho' da minha terra, dessa pte.vin.__ia. desse fóssil da civilisação. jamais me compreenderá. Mas, não faz mal. Pelo contrário; essa foi a sorte de todos os grandes escritores. A princípio a incompreensão, depois, após a morte, a consagração da posteridade, os monumentos espalhados pelo país. a placa na casa onde se nasceu... A gloriai! Não! De que me serviria publicar ? A incompreensão, os latidos da inveja barata. Ah! os invejosos... Bem disse o outro: "os sacerdotes do merito1 alheio"... Não, não publicarei... Nunca! Ah! essa provinciazinha chã... Ah! esta terrinha de Sanchos... Se isto fosse ilha, bem que poderia ser entregue ao Sancho Pança... Fóssil, fóssil da civilisação! E esses burgueses não percebem que há qualquer predestinação no meu nome..." Homero Sousa, como toda poeta (em atividade ou não), era um grande admirador dos crepúsculos, sentia qualquer apertura esquesita e inexplicável na alma e na garganta, quando a noite vinha chegando aos poucos, embrumando a cidade. Mas, além de ser poeta, era um cidadão ordenado e metódico, o que pode parecer um paradoxo, mas não importa: é a verdade. Obedecia à tal coisa que chamam de hábito. Por isso. todas as tardes, às seis horas no inverno e sete no verão, saia do centro da cidade, onde estava passeiando — e ia dar uma volta por algum lugar silencioso, onde pudesse encher-se de Inspiração e poesia, contemplando a descida do sol. Era um homem de método, mas tinha horror à monotonia. Era por isso que, nesta semana ia apreciar o ocaso de cima do morro da Policia. nesta outra no cume do morro dos Ingleses, agora, sentado na amurada do cais. agora no telhado da sua casa, causando grande escândalo na visinhança. — "Que importa ?! E' o natural espanto dos burgueses..." Tinha horror à monotonia: variava. Dizia que não era só no amor que deve prevalecer a variedade, como aconselhou o poeta. Esta deve haver em tudo. "Ünico meio de o homem suportar o peso da vida". Assim, certo dia., resolveu ir contemplar a queda Jo seu loiro amigo sol, junto á cadeia. Era um lugar quieto, deserto quasi, com um ambiente triste, verdadeiramente poetico. Havia ali o sol desaparecendo por sobre as águas e entre as duas margens do rio, enchendo a este de reflexos rutilantes; havia o vulto austero da penitenciária, com os detentos às janelas, olhando melancolicamente; e o ruido leve das ondas quebrando-se. suavemente, nas paredes dó casarão e na amurada, a acariciar-lhe os ouvidos. Era um lugar condigno de seus olhos..

— 44 —

CRIMINOSO

U M

Conto Mas, outra coisa (que parece ser um corolário do fato de se olhar o crepúsculo), que fazia parte da personalidade de Homero — era o devaneio. Ah ! não ha papel nem tinta que bastem para se contar tudo quanto passava, à tardinha, pelo cérebro previlegiado de Homero Sousa! Apenas uma coisa citaremos: imaginou-se, um dia, na Sibéria, ao lado de uma russinha deliciosa, num trenó; estavam em plena stepe, quando dez enormes e famintos lobos, assaltam o trenó: a rapariga dá um grito de terror e fica encolhida no banco, com os olhos esbugalhados e cheios de lagrimas; Homero', então, sorri, pula para fora, pega. um por um, os lobos, suspende-os no ar. torce-lhes o pescoço, como as cozinheiras fazem às galinhas, descrevendo circunferências no espaço, cujo centro era o pescoço do infeliz bichinho, e joga-os longe, num gesto displicente; em pouco, a vinte metros do trenó, havia uma pi/amide — eram os lobos, estrangulados e amontoados: depois, Homero sobe ao trenó e a russinha dependura-se-Ihe ao pescoço, arquejante. dizendo: — Meu herói ! meu herói ! Num desses seus passeios as proximidades da cadeia. Homero sentiu que a melancolia

de TELMO

lhe vinha mais a fundo. Olhou para o casairão. E começou a pensar, após quatro ou cinco suspiros profundos: "Que diabo!. E' ruim a sorte dos encarcerados. . i Péssima, mesmo. Mas, se não fosse eles se bestializarem aí dentro, se tivessem um temperamento poético, como o meu» por certo que, então a sua vida não seria tão má assim. .. Silêncio. Solidão. Afastamento do contagio pernicioso da sociedade... Esta, coitada, é tão ridícula que encerra esses infelizes nestas muralhas, pensando livrar-se do contato deles, quando é justamente o contrário que faz: livra-os do contato repugnante dela própria. . . Mas. esses animais não sabem aproveitar-se da sua situação I Ah ! se fosse eu. .. Por que não 1 ! Sim, por que não ? Por ventura não foi por ter sido encarcerado "Casa que Dostoiewski dos Morproduziu a sua grandiosa "Minhas Pritos" ? E Silvio Pellico as Kropotkine ? E Casoes" ? E o principe "Memórias" ? Ah ! e que sumilo as suas faria eu com um livro meu, esnão cesso crito ai dentro, contemplando este creapoiado nessas grades. . . Que pusculo, obra monumental! Sim, monumental, portentosa e superior à de Dostoiewski, porque este não era poeta e eu sou, e dos grandes ! Faz pena, mesmo, que esses imbecis não

saibam dar o devido valor à sua situação 1 Aposto que aquele, lá na janela, está sonhando com um cofre enorme que possa arrombar, ou com uma menina a quem possa estuprar... Ah ! que se fosse eu, se eu estivesse na cadeia... Que obra monumental ! Um orgulho das letras pátrias 1" Homero cessou o devaneio e voltou para casa. À noite, quando deitou, não havia meio de conciliar o sono. Nada. Virou e revirou o travesseiro, descobriu-se e se cobriu, até a cabeça, levantou de repente, deu umas voltas no quarto, fumando um cigarro — e nada: nem conseguia dormir, nem podia desviar o pensamento das grades de uma janela de cela. onde estava, pelo lado dc dentro, olhando para fora, absorto, voltando à cama num canto, tirando debaixo do travesseiro um caderno, em que começava a escrever. Depois, voltava às grades, para. logo após, ir à cama escrever. Assim passou a noite, querendo dormir e não conseguindo. As cinco horas e meia da manhã, adormeceu e, ao meio dia, quando acordou, sentiu que fizera, dormindo, uma deliberação, de cujo imperativo não se podia furtar. Sentiu o que devem ter sentido os heróis, quando saltam da trincheira e vão correndo, ouvindo o silvo das balas, em direção do inimigo; ou o que sentem os árabes sedentos no Sahara, ao vislumbrarem uma miragem. Ou qualquer coisa que o leitor queira que êle tenha sentido. Tinha de ir para a cadeia, tinha de dotar o mundo com o seu formidável livro de memórias de car"Recordações cere. superior às da Casa dds Mortos" e (.ongèneres — livro esse que sacudiria o mundo inteiro num calafrio dc admiração e de inveja e, talvez, o fizesse galgar os quasi inabordáveis degraus da Academia de Letras. Sim ! Tinha de ser preso I Mas, apesar de. dado isso que acabamos de ver, o Homero parecer doido ao leitor psiquiatra (e mesmo ao não psiquiatra — se é que, neste mundo, há quem não o seja: todos enxergam um louco no próximo) — apesar de parecer, não era. Estava bem certo do juizo. Tão certo, que "E' despreendimento, pátriodizia: tismo! E haverá maior prova de wflKr^*"^^^^^aaSP*", *v^tw^Ys^^^. patriotismo do que. galgar todas as barreiras: para doar à pátria um capo lavoro ?" Não era louco o Homero Sousa Por isso não almoçou nem saiu à rua, soliloquando o dia inteiro. *~1^mmm\ ^^^mm* Ml^^mmmw LbbbÍ^S bF^" — Não. mas isso é loucura! Ir para a cadeia ? ! Sim, pode ser loucura. mas tenho de ir. A pátria me agradecerá. Esta pátria de filhos ruins e medíocres exultará, vendo que existe um seu rebento, dotado de um cérebro de gigante... Que "Casa itmp!& \^m\m\\\\\\m\\\s frf^rJr.—W dos Mortos", nem nada! saísse, Depois que o seu livro "Casa dos dÇJaÉBBaBKã. i' i a.»aiaiw--^a_a.__^Baaa___aaa«aa»_aa^aa««_h_a.aaaaaa_«a»_^ ninguém mais falaria na

Mem m

SaS

W~\

m^mPm

Bsr^ts»»^sa3

¦Eggg

— 45 —

VERGARA

Mortos", ou. se falassem, seria, tão somente, para fazer um paralelo, em que seria colocada abaixo de sua produção. — Não, não é loucura ! Mas, que o seja ! Sacrificarei a minha liberdade em prol das letras ! Mas, para ir para a cadeia, tenho de ser criminoso e, para ser criminoso deve cometer um crime. . . Porém, esse crime será levado a efeito com um intuito nobre e, como, pelas doutrinas modernas (conforme li naquele artiguete de jornal) a intenção é qce vale — o meu crime não será um crime... A minha consciência não terá a menor nódoa. . . Contudo, afinal de contas, seu Homero, isso é loucura, isso é besteira ! Mas. . . mas. . . mas será mesmo ?

A tarde. Homero Sousa, cidadão obediente às ordens desse outro cidadão obeso Dr. Habito — se tocou, em jejum, para a sua quotidiana contemplação do crepúsculo. Sentou na amurada, próximo à cadeia, olhando lá para cima. O mesmo monólogo ocupou o seu cere"Tenho bro: de ir para ai... Sim, mas é doidice"... A noite baixou e o Homero sentado ali na amurada, naquela dúvida e sentindo uma grande vontade de chorar, chorar abundantemente. amazonicamente... Já escurecera de todo. O rio estava todo cortado de reflexos de luzes de combustores e de casas. Perto de Homero, estendia-se, sobre um fundo negro, a sombra menos densa da penitenciária, com as janelas das celas iluminadas. Um bonde passava, fazendo-o estremecer. De repente, ouviu passos fortes, perto de si. Olhou e viu o vulto de um homem magro e baixo, que vinha caminhando ao longo da amurada. Começou a sentir um tremor em todo o corpo: bateu os dentes, na noite quente. Automaticamente levou a mão à cava esquerda do colete e sentiu o cabo de uma faca. — Como. .. como.. . como é que eu trouxe ? I. .. O homem (magro, raquitico — desses que parecem um homem de quatro ou cinco meses de idade, olhando a gente de dentro de um vidro com álcool) estava a dez passos de Homero, quando este. num ápice, se põe de pé, rígido, com os lábios distendidos. Por certo que. se o tal cidadão visse a fisionomia do poeta, acharia melhor parar e voltar correndo... Mas. a culpa é da iluminação do lugar e da miopia da vitima, Como culpa e como vitima ? perguntaria eu. se, agora, estivesse lendo este paulificante conto. Sim: culpa e vitima. Porque, quando o homem defrontou Homero, este levou a mão à cava do colete e lhe mergulhou três. quatro vezes a faca de cabo de prata no peito. Como se vê. a culpa disso tudo cabe aos poderes municipais, que não só não policiaram aquele recanto, como não iluminaram: cabe. tambem, à miopia, ao raquitismo da homem. Talvez fosse esse último o motivo preponderante. Não sei. Mas. este OU aquele, a verdade é que a vitima ficou {Termina no [im da revista)

XI — 1941


Juvencio. Mandei chamarte para me prestares um favor. Perdoa SENTA-TE, se te faço comungar comigo desta miseria que me cerca. Não olhes a pobreza deste quarto, nem a ruina deste corpo, meu velho Juvencio. Quero que fiques certo, de que te escolhi a ti para te desobrigares du a missão que reputo sagrada. Deixa-me descançar um pouco. Ja te digo tudo... Olhos brilhantes pela ardencia da febre, vencido pela doença que o minava, Marcelo abafou no lenço ordinário a tosse que lhe sacudia as costas magras e recomeçou pausadamente: — Tú sabes, meu velho, que hã mais de seis anos deixei a minha pequena cidade do sul de Minas. Trazia a alma repleta de esperanças e o cérebro transbordante de projetos. Foi assim que vim para o Rio, tentar a sorte. Tinha vocação para labutar na imprensa e vislumbrci nesta grande metrópole, vasto campo para a realisação do meu ideal. Como todos os que sonham com os louros da vitória, eu tambem sonhei. Tambem sofri porque eles me fugiam. De adversidade em adversidade, fui rolando para o abismo e tu sabes, Juvencio, quantas noites passámos ao redor de mesas de café de segunda ordem, disCutindo filosofia, religião, politica, tudo para iludir o estômago que não se satisfazia com os cafezinhos que tomávamos, mal*alimentados, sem dinheiro, sem trabalho... Hoje encostado aqui, amanhã ali, sabes, a gente vai aos poucos adquirindo conhecimentos bons e consegui me equilibrar um quasi nada, quando aceitei de olhos fechados, o logar com que o Neves me acenara na revista de propaganda médica, que até hoje Cie dirige.

AS CARTAS SCYLLA GUSMÃO Mas ai, a doença já tomara de assalto o meu organismo -e em poucos dias prostrou-me aqui, onde me vês. Não quero nem posso voltar para casa. E' aqui que devo morrer... O amigo ia protestar, mas o enfermo cortou-lhe a frase: — não, não digas nada. Ouve só. Retirando então de sob os travesseiros, um pequeno pacote, continuou: — O que eu desejo de ti, meu velho, é apenas isto: tens aqui estas cartas, sào muitas, nem sei eu mesmo quantas são, todas escritas por mim. Depois de eu ter desaparecido para sempre, terás o cuidado de enviar para este endereço que é o de minha mãe, cada mês uma carta. Faço isto para que ela não sofra com a verdade. Sei que ela está bem doente, queria mesmo que eu fosse até lá, mas como? Vêrme nesta penúria moral e física, seria apressar o seu fim e eu amo-a demasiado para o fazer. Promete-me, Juvencio, cumprirás fielmente o que te peço; ajuda-me a mentir a piedosa mentira que longe de ser um pecado é uma consagraçâo. Mas... por que me olhas desse modo, Juveqcio? Estarei eu pedindo um absurdo? Ah! já sei, estás me julgando demasiado infantil. ou então tu nâo sabes, ouviste? tu náo sabes, o que é ter a mais santa, a mais carinhosa das mães! E cada vez mais agitado: por que te chamei eu? Tu não és o amigo que eu julgava, tu nâo tens sensibilidade, teu silencio é mais eloqüente do que tudo quanto pudesses dizer em alegação â tua falta de prestimo! Não me olhes, fala, antes! Anda, fala! Tu nâo vais fazer o que te pedi? Covarde! Exgotado, escondendo nos travesseiros o rosto macerado, fronte porejante, as mãos ossudas amarfanhando os lençóis do leito, numa patética demonstração de desespero, Marcelo inspirava dó.

Diante daquela Ln_spei_da explosão de sentimentos, Juvencio ainda esboçou um gesto de quem ia fazer uma revelação; mas uma grande piedade êncheu-lhe a alma t foi com voz compassiva e amiga que lhe falou: — Escuta, Marcelo, estás sendo precipitado e ao mesmo tempo injusto. Sou teu amigo e farei o que me pedes, mas o teu estado não é assim tão grave — mentiu — Precisas é reagir « sarar o mais depressa possivel. Vamos... quem sabe poderás erguer-te e dar uma volta comigo? O outro, porém, sorriu amargamente: Conheço o meu estado, Juvencio, e sei que isto é o fim. Agora quero que me perdoes por tudo que te disse há pouco. Fiquei alucinado quando vi em teu rosto uma expressão que me aterrou. Era como se eu estivesse mesmo te pedindo um absurdo. Já estou tranqüilo e posso morrer neste instante, porque sei que cumprirás tua palavra sem restrições. Toma as cartas, meu velho... Depois, Marcelo, depois... Depois quando? Leva-as agora, Juvencio, velho, companheiro... Está bem. Marcelo. E escondendo a comoção de que estava possuído, falou num tom despreocupado: Amanhã virei buscar-te para um passeio. Conta comigo, hein!... O doente não respondeu... Fechou os olhos e ficou sonhando com uma cidadezinha de interior e com alguém de cabelos muito aivos, muito macios como os flocos da sumaúma que fazia sombra á porta da casa em que nascera...

Quando Juvencio saiu do quarto de Marceio, tirou do bolso o telegrama que o Neves recebera naquela manhã, na redação da revista em que o moço trabalhava. E guardou-o junto ao maço de cartas, aquelas mesmas cartas que jamais mandaria ao seu destino, porque já não existia quem a. lesse... Juvencio mentira ao amigo a mais piedosa, a mais consoladora das mentiras...

>—_r

^—_

O

.<•"'

^^t _¦ Jm

MALHO

v t*

¦_¦_

^^_í

— 46 —

_k Jk-mW -_____L___T l " __¦

¦*'

XI — 1941


PAfflNA* OS

AXTWAS

II IIOIS

FKIITOS

VGRIIGS OSCAR

os conheço de longa data, a êsses dois pequenos frutos verdes, e nêles EU penso mais insistentemente quando ocorre na cidade uma sucessão apavorante de delitos que os noticiários costumam qualificar de crimes de alcouce. É fácil, de resto, indicar a associação de idéas, pois que não se afastam muito uns dos outros os indivíduos que a seleção social esqueceu nas sargStas e êsses que, abandonados de qualquer disciplina e entregues ãs inclinações e aos instintos do próprio temperamento, vão sendo arrastados para destinos igualmente terríveis. Êsses dois pequenos síres, dos quais ouso tentar aqui o esbOço, já são meus conhecidos de longos anos. Vejo-os únicamente na rua, a horas diferentes. Em certas épocas diáriamente os avisto, em plena Avenida, á bórda do mar ou no campo, sempre me dando desse encontro uma impressão muito fórte da solidariedade que os une, da Intima comunhão que um ao outro açorrenta O Rio, pela condição especial de certas ruas, que são log*res forçados de passagem, ainda por muito tempo há de permitir, pela frequencia dos encontros fortuitos, uma reciproca familiaridade de fisionomias entre creaturas que chegarão ao fim da vida sem terem jámais trocado uma palavra ou permutado uma saudação. Essa circunstancia muito carióca tem consentido que acompanhe, mesmo de longe e a intervalos regulares, uns mais curtos que os outros, a formação gradual dos dois interessantes parcelros. Há entre os dois uma pequena diferença de idade. Trts anos, talvez, sendo a menina mais velha. As linhas curvas da mulher ainda não se acusam no seu franzino corpo, mas um temperamento ardente já se pôde surpreender no brilho do seu olhar, na extrema mobilidai do seu rOsto e na elasticidade felina dos seus membros. Menina agreste de hontem, de traços confusos e alma ainda escondida sob a doçura de uma infancia mal desabrochada, ela chega hoje ãs portas da adolescência já carregando uma considerável dóse de conhecimentos da vida numa grande cidade. Vive ã aventura, escandalisando, por vezes a elegancia enfatuada do nosso boulevard indigena com a prodigiosa exuberância de sentimentos que a sua pequenina alma contem. A pile trigueira, queimada pela adustão das soalheiras, crestada pelas intemperies, os olhos de uma luminosidade estranha, escuros e inquiétos, os pis descalços, as pernas núas, o nervosíssimo cOrpo insufleientemente abrigado por panos rudimentares, costurados sabe Deus com que negligencia, é fácil vi-la nas tardes calmas, ágil, trêfega, audaz e cínica, circulando por entre as mêsas das "terrasses", a perturbar as conversas ou as contemplações dos bebedores de aperitivos. Êle é menos característico. Não fôsse homem! é um rapazito de dez anos, de uma simpatia singular, que deve provir do seu perfeito indiferentlsmo das regras de sociedade e outras. Observando-o bem, logo se vê que não é êle o chefe no casal. A sua atitude é a de quem obedece e não a de quem ordena. Mas. no obedecer, na subalXI — 1941

LOPES

terna função de se deixar guiar, Sle põe uma tal graça de gestos expontâneos, que não é possível deixar a gente de admirá-lo tanto quanto à sua companheira. Como não estou escrevendo uma página de imaginação, mas singelamente procurando estampar dois vultos cujas reduzidas proporções físicas de hoje não impedirão que se possam celebrisar um dia, manda a imperiosa verdade que eu diga ser a menina mais antiga conhecida que o menino. Dela já tive ocasião de observar uma brilhante proeza. Certa manhã, à porta de um hotel, estalou uma bofetada magnífica na face de um garôto que a havia insultado. Começára um pouco antes dêsse episodio a ser a minha atenção solicitada para essa figurinha perversa. O seu gesto de coragem, que nem todos os homens têm, avivou em mim o desejo de, tanto quanto possível seguir a evolução daquela pequena tão pessoal e de tanto carater. E o fáto é que o acaso me aiudou um pouco a satisfazer essa curiosidade. Tendo a confessavel virtude de ser bom fisionomista, nunca mais, em ocasiões que se veem sucedendo aos centos, esqueci ou siquer confundi os seus traços. Tão pouco olvidei ou baralhei os do rapazito. Ela começára a vida pedindo esmolas para uma muiher que por ai anda de preto, passando, na sua falsa qualidade de mendiga, uma dôce vida de vagabunda farta. Cêdo, porem, se libertou da tutéla e resolveu, tendo encontrado em si mesma as condições para vencer, ganhar sózinha o óbulo fácil do transeunte. Êle teve uma origsm parecida. Fez parte de um certo bando de meninos vadic , cuja exploração consistia em impiorar com voz monotona e chorosa, quasi extinta pela fome fingida, uma pobre moeda para um parco alimento: — Moço, me dà um tostão para comprar um pão? Encontraram • se, porem, ela e êle, um dia, na sargêta.-Ajudaram-se ambos a levantar. Compreenderam-se. Fizeram-se camaradas e não tardaram a viver um pelo outro, desprezadas as antigas profissões. Há meses não os vejo senão juntos, numa perfeita amlzade que salta aos olhos. Hoje, eu não saberia jurar que eua imi- 47

ide seja a mesma do começo. O sentimento que os une deve estar alterado. De simples camaradas que fõram, feitos pelo acaso, dão hoje a escarlate impressão de amantes liliputianos, feitos pelo diabo. Como as mais altas culminancias das montanhas estão a enormes distancias da superfície do mar, os dois namorados se conservam a uma altitude incomensuravel da moral. Êles não são imorais, porque a obscenidade não se reflete nas suas atitudes. São apenas amorais. Andam por aí, à luz meridiana, em piena Avenida, entre automoveis que conduzem austeras damas e senhores de admiravel compustura, trocando beijos nas pequeninas bõcas vermelhas. E o ar de ambos é o mais natural do mundo. Passam abraçados, a rir, e subitamente as duas bõcas se colam, sem que essa caricia, por sua natureza tão perturbadora, traga um sinal de vicio ou acuse um atentado a punir. Em tôrno há risos ou exclamações de espanto. Êles nada percebem, porque são a natureza vitoriosa, o instinto triunfando do preconceito. Tenho para mim que ambos são dois quentes frutos selvagens. A pouca idade ainda os conserva no estado de verdes. Um dia, a perversidade ambiente os fará podres. O crime circunstante os espera e a desgraça dos alcouces matá-los-á. Nesse momento êles serão, talvez, repulsivos Mas, neste minuto da sua vida livre e instintiva, tocados pela graça de uma mocidade que desponta, são encantadores.

v

r^jSg

vv

/

II ¦IfIk

O

MALHO


Tgi V 1r~li [I1 Ca

1IW Cf\VT/ 'ck

[ l\

-SErt FUNDO FUNDO COLHER II J I CESTO -SEM FARA TORPEDO COLHER PARA TARA APANHAI PARA. APANHAR^ DevOLVE-O SUBMARlNO DEVOLVE-O AO SUBMARINO S:llc BOMBAS SEM BATER. UMA ~u™ PELO IHPOLSO DE A ESPOLETA ¦ ^-lso MOLA iO

NAVIO JUt/ife

^

mm

-SE.POPE ESPETAR ESPETAR-SE-V VT~ UK TANK PODE ONDE UHTANK ; BAR R AS POPEPOSAS BARRAS TANK PROVIDO DE PODEROSAS "N. INIMIGO, UM DE FERRO .ONDE ONDE O TANK- INIMIGO, PE.FERRO CARRE16AMENTO <£~r UM NAVIO QUE LEVA SEU CARREGAMENTO AVAMi^e, NuM ALEM DE NÃO NAO PODER/ AVANÇAI^ r*~?\ ALEM % 1 T DEPOSlTO SEFARADO REBOcADQ £ SEFAEADO E REBOCADO NUM DEPOSITO Fica preso FumiADoe QUE^H que^^4-. leva UM um FUÍTUADOe baixo LEVA POR. BAIXO (ouriço-tank) y&*Y^ (ourico-tank) pgr. Fica yfA O MAKTEM atona .Quando torpedeia doL

FLLFRJAOõn

RSRE.CE TRlGEMEOS . fARE.CE AVIÕES AVI6ES TRlGEMEOS. -pRlPLAVlO » SE UM DELES MAS u^i AFUNDAX*- MAS -> O NAVIO PODE AFUNDAR TRIPLANO ? UM APARENCI& ESQUISITA ESQUISITA ESTE NAVIO DE APARÊNCIA UMAV/AO cqr, /^AA RARTE SUPERIOR- E' UMAV/ÂO RAJ^TE. SUPERIOR BACTERIA tfnuGlDO PELA BATERIA FOR. ATINGIDO ESPECIAL, > QUE SEGUIRA.' UM DISPOSITIVO DlSPOSiTlVO ESPECIALPOSSUE. UH /" 1 OS OUTROS CONANTJ-AEREA ,,0S /ANTJ-AEREA FOR, / NUHA MlNA HlNA OU FOR, BATEJ2, NUMA SE BATER, OPOSTO //_„ / RUMO OPOSTO. PILOTD5 VCARj-OS PILOTOS TI NU AH A VOARJ-OS TORPE.DCADO . TORPEDEADO - LEVANDO ~ , TINUAtt O J ESTAO LEVANDO ALMA / U COHUM CIL1NDRO COMUM SUM CILINDRO ESTÃO NUM J ^frpL 1 DOSTRlPOiANTEJ/ AVIÕESAVIOE5TRGS APS TRES ]

^

APS

~ BUNPADO TROTETORj ^NPAPa CONTRA E>OMBA«S ^ PtUTOS

3 ATACA. RCfTATIVO QUE QUCATACA. / COURAÇADO COURACADO ROTATIVO <S\<-rANTE. / /\J ROUA. «KxA.NTB LADO. A ROQ^ POR TODO LADOPOiíUt CENTENAí 9E PEÇAS» OC > ARTILHARIA 0

MALHO MALHO

48

} / [

~-=^u

I Ltfe OS P6 P&W DC J V P&VS HOLOTOIV y|*y A

GARRAFA GA&RAFA BUNDAdA. . BUNDA»

\i } lAi ,

XI

— 194.


mmm\f

I S^

^^

^^ÍW

m ^^^^^__ m

mmmm r

tom

f

^^^^m^to*

^m\vto\

- -m ^ *W

mm

*\z

^^^to

^^r

[^

§

¦

tomm^*mmâ.

v ^k.

to

\mtoto\m*

Atoto%

AéWysMwsj^s^*

^gf

^mtotototo^r-

«lda

XI — 1941

P\do«^en*°

— 49 —

»¦„••

ao*8*0

ma

^ é

Lüaa» —

O

MALHO


a*

atâS

§£

'A*

¦

êi

m&&>

'*$* áS~7&».

O NOVO FILME DE CARMEN .- "Week - End in Havana", o novo filme colorido de Carmen Miranda tem, novamente, números de "music - hall", num cassino onde a pequena notável tem novas oportunidades de evidenciar sua personalidade inconfundível. Na cena acima vemo-la dançando o "Naviiri", dança afio- cubana.

V ^iMI^Lm/m^ ^ W-^aSsT 1 % _ •JOl

^i

tauí

*

BB !

_f f tsafHsC

W'

' Jm^r

mf

Ia

ãam

'

fl

H^í!i"5'''*,*-Í3 "j*!?

Wa\ ^gsB^^aBBiBBBBBjl^BJ

s

A

^ »"-,„ .,;

\amm\r\m\\

MALHO

¦*'~ .,

ArJ*.

-*"

sssT ai rAm\^m bbbbbbw aaaal mWTmaW

O NOVO FILME DE HITCHCOCK — Cary Grant diferente ( reparem a expressão ) e Joan Fontaine, numa cena de "Suêjrieion", o novo filme do extraordinário Alfred Hitchcock, Esse celulóide é adaptado do famoso drama para a RKO. de mistério "Befori th» lútrf, e nele o grande diretor Inglês volta ao seu elemento, no qual é Inimitável desde os tempos da 'iaumont- British. RISE STEVENS vens no primeiro da Metro. Rlse nosso Municipal,

0

at.aaaaaãlav'

/

50 —

NO CINEMA — Nelson Eddy e Rlse Stedia de filmagem de "Soldado de Chocolate", é do Metropolitan Opera e já esteve no em 1937, lembram-se ?

XI — 1941


EM

19 11

Há trinta anos, no mês de Novembro, o cinema era muito diferente do de hoje. Os "grandes" filmes da época tinham apenas E os cinemas da duas partes. Avenida eram poucos : — Odeon ( então da Empresa Zambelli ), Avenida, Pathé ( do saudoso Arnaldo ), Parisiense . . . Este último, que deu uma grande fortuna ao não menos saudoso J. R. Staffa, com os filmes dinamarqueses, estava fechado, passando por grandes reformas. Eram êstes os filmes sensacionais de Novembro de 1911 : — "Notre Dame de Paris", adaptação fiel do livro de Vitor Hugo, com Mr. Garry no Claude Frollo, Henry Krauss no Quasimodo e NapierFilme kowsko na Esmeralda. colorido da Pathé - Frères, que fez um sucesso imenso no Cinema Pathé, localizado onde, mais tarde, esteve o Cine - Palais e hoje existe uma casa de loterias : o Odeon exibia "Brutus", filme histórico, da Cines, reconstituindo o assassinato de Júlio César ; o Avenida, simultaneamente com o Cinema Ouvidor ( na rua do mesmo nome, número 127 ) apresentava "Os três mosqueteiros", primeira edição americana do romãnce de Dumas — em duas partes, imaginem ! — filmado pela Edison, de Nova - York ; e para terminar, o Pathé estreiava outro celulóide histórico colorido da Pathé — "O cerco de Calais em 1347" — reconstituiçâo do episódio da Guerra dos Cem Anos, com Massard e Etievant nos Reis ingleses, Dorival no governador Jean e Codeau no Gauthier de Marigny e dois mil figurantes em cena . . . E, embora não existlsse um Cineac, os filmes de atualidade "em cima da hora", já estaO Odeon exibia vam em moda. com grande sucesso "A j/iiutii itaío - turca" . . .

aw^i ;

-.

m-m-l m^

Y

ImSmm^m^am^aammm^ÊMX

mi/

^^H

_^~IH

& CIA. TARZAN Aqui está a família do famoso Tarzan, Johnny Wcissmuller : sua esposa, Beryl e seu fiIhinho, John Scott. Johnny "O tesouestá filmando agora ro de Tarzan", ao lado de sua inseparável Maureen O' Sullivan e aquele macaco que vocês conhecem de seus filmes anteriores ... — — — — —

in

¦ _P -""

O CASAMENTO DE ALICE FAYE Alice Faye e seu novo marido Phil Barris, MM cantor muita popular nos Estados - Unidos, que já nos apareceu <m alguns filmes musicais. Alice qui mio foi muito feliz com Tony Marfui, parece </»'¦ o será com este outro "croower", a folgar pela expressão de ambos.. .

m^

mm

*"_____.

V

ímà

V

*$VO*k. É_ t

__

r**R

I*

A

J E AN ETTE MAC DONALD nasceu em Philttdt lphia, Pennsylvanía, .num dia 18 de Junho. Cabelos i. rmelhos, olhos verdes, uma série de fümeS

notáveis, <•"'" Mauriee Chevalur antes da série da Metro, com Nelson Eddy.

XI

^'

1941

NELSON EDDY nasci u em Providenee, Khode islund, no dia 29 de Junho de 1901. Começou cantando

Bstreiou ao

lado de Joan Crawford "Amor de dançarina". pois, ganhou fama nos nas com Jeanette Mac nald.

i

____-

\

__

a

«

€i

^

f__

y~

v

mrK >___* L nas Igrefas.

1

•.:_¦£

^"fc

-

r

*

^___

em DefilDo-

A\Y _ -

MARY MARTIN nasceu em Weatherford, Texas, no dia 1." de Dezembro

de

lül).

Olhos e cabelos castanhos. Bstreiou em "Sonho maravilhoso", aparecendo depois "Sonho de música" ...

— 51 —

MELVYN DOUGLAS (MelVyn Hessclberij i nasceu em Macon, Geórgia, no dia 5 di Abril de 1001. Começou no teatro. Estreiou em "Esta noite ou nunca", ao lado de Gloria Swanson. "Ninotchka" c "Que sabe você do amor ?", de Lubitsch, são dois dos seus melhores tra-

bolhas. — —

0

MALHO


O

ANIVERSÁRIO

yi passagem do aniversário do apa/~t recimento, há IfO anos, do primeiro número de "O MALH O", motivo para que nos chegassem às foi tãos as mais inequívocas expressões de aplausos e de júbilo de crescido número nossos leitores, e, também, provocou as 7>iais lisonjeiros comentários e referendas por parte de muitos dos nossos olegas da imprensa de todo o país. Entre as mensagens de congratulações que recebemos, destacam-se o que nos dirigiram os Presidentes da Associação irasileira de Imprensa, e da Academia Carioca de Letras, que a seguir, transrevemos, assim como o telegrama com ue nos honrou o Presidente da Associação dos Artistas Brasileiros.. Também teve, para nós, profunda significação a bela página lida ao microfone da PRB -7 — Rádio Educadora do Brasil, pelo nosso brilhante confrade Edmundo Lys, no seu sempre interessante "Cartaz do Dia", que também transcrevemos, agradecidos. Ofício de saudações dirigido a "O MALHO", pelo Sr. Herbert Moses, Presidente da A. B. I. : "Presados confrades de "O MALHO". — O aniversário de "O MALHO" encontra franca ressonância na Associação Brasileira de Imprensa, que acompanha com viva simpatia a sua trajetória e conhece as conquistas alcançadas, que se refletem na acolhida do público e na sua brilhante atuação. É uma data festiva para a imprensa brasileira, dada a pro"O MALHO", hoje dirigida jeção de peIas brilhantes inteligências de Oswaldo de Souza e Silva e Antônio Agnello de Souza c Silva, ambos tão ligados ã nossa Casa, o primeiro como seu vice - 1 sídente e o segundo fazendo parte do Conselho Deliberativo. Ao vencer "O MALHO" mais uma etapa, a Associação Brasileira de Imprensa e o seu Presidente enviam aos seus diiiiures e colaboradores suas mais cordiais e efusivas saudações. — Herbert Mo.sts."

Saudação do Presidente da Academia Carioca de Letras, escritor Affonso Costa, a "O MALHO" : "Sr, Diretor de "O MALHO". — Por bem compreender o esíõrço e sacrifício dos que mantêm e dirigem uma publica"O MALHO", ção da natureza da revista e ainda quanto a ação desta se tem feito e desenvolvido sob o alto objetivo de servir à inteligência e às letras do Brasil, é que a Academia Carioca de Letras, em sua sessão de ontem, resolveu apresentar-voa congratulações, muito sinceras,

0

MALHO

D' O

íSlã

orientação de V. S., membro dos mais antigos e presados do "Comitê" de Imprensa desta instituição, o qual tem sido o traço de união entre o Touring Club do Brasil e a Imprensa do país inteiro. Por tudo isso, é com o maior prazer que trazemos a V. S. o testemunho do nosso regosijo e lhe pedimos aceitar e transmitir aos seus colegas de Diretorta da S. A. "O MALHO", os nossos votos de constantes e novas prosperidades. Valemo-nos do ensejo para apresentar a V. S. os nossos protestos de elevado apreço e distinta consideração. — Touring Club do Brasil — Juvenal Murtinho Nobre — Presidente ; Berilo Neves — Superintendente do Vice - Presidente, Departamento de Publicidade."

-3 F

Fao - simile da capa do primeiro número de "O MALHO", que circulou há 1,0 anos, composição do saudoso artista CRISl-IM

DO AMARAL

por motivo do transcurso do 40." aniversário desse importante periódico de vi UM di.stinta direção. Com o presente vos dou conhecimento da resolução da Academia, ao tempo em que vos apresento, igualmente, os testemunhos de meu subido apreço e mais alta consideração. — Affonso Costa." P*0j assim redigido o atencioso telegrama do Presidente da A. A. B. : "Receba

querido amigo no meu nome pessoal e no da Associação dos Artistas Brasileiros as minhas efusivas felicitações pela passagem do aniversário da revista "O MALHO" que é pela sua alta significação cultural uma data cara a todos os homens de intellgém ia do Brasil. — Peregrino Júnior, Presidente." •limo.

Sr. Dr. Oswaldo de Souza e Silva e demais Diretores da S A. "O Rio de Janeiro, D. F. — MALHO'' Ao completar-se o quadragéssimo aniversário de fundação de "O MALHO" — ponto di- partida das numerosas e ilustres publicações que ora florescem sob o nome dessa prestigiosa sociedade r— queremos trazer a V. S. e aos seus dignos companheiros de Diretoria as vivas e cordiais congratulações do Touring Club do Brasil, cujas iniclativas, todas de interesse coletivo, sempre acharam o melhor acolhimento naqueIas publicações. O motivo do nosso Júbilo é tanto mais justo quanto é certo que, hoje, as referidas publicações obedecem à supetim

— 52 —

MALHO

oram estas as palavras de Edmundo Lys, pelo microfone da Rádio Educadora, no seu programa diário :

CARTAZ

DO

DIA

"Este registro da vida brasileira não pôde deixar de incluir hoje uma referência cordial e entusiasta pelos quarenta anos que "O MALHO" completa com a sua tiragem hoje posta à venda. Estes quarenta anos de lutas da bela revista já representam um patrimônio da inteligência e da imprensa brasileira. Desde o seu primeiro número, há quatro décadas, quando surgiu o semanário fundado por Luiz Bartholomeu de Antônio Azeredo, "O MALHO" tem sido bem aquela publicação que Crispim do Amaral sonhou, desenhando o símbolo da revista com o homem de cabeça romântlca plantada no corpo atlético, empunhando o Malho combativo ... O Malho para malhar e destruir, pela sua crítica e pela sua força os erros e a mediocridade ... O Malho para malhar e construir, para temperar as armas das grandes campanhas gênerosas ... O Malho riiii.«itand«> a picareta dos cavadores, o Malho aguçando, na bigoma, a ponta incandescente das lanças ii<» idealismo. "ii MALHO" de Crispim do Amaral tem tUo nestes quarenta anos a revista lldeT do Brasil. Por aquela revista, por aqut-11 empresa tm que se transformou o semanário de há oito lustros, tem passado a fina flor da inteligência, da E justo, cultura «¦ da arle brasileira. pois, que tmlos saudenios na grande empresa que se forjou, .servindo à civilização brasileira, aquele ferreiro de Criapini ,!<> Amaral, adivinho, no seu deaêabo inspirado da vitória que há quarenta anos assistimos na vida, na influência e na prosperidade d«> Malho A Oswaldo e Antônio de Souza e Silva nosso abraço pela data que não é apenas festa da Imprensa, mas uma efeméride da cultura brasileira.

XI

1941


^gsA~^^\àmsam'

HL^üC

T am^mrmVfe&s ¦ mm^f^Sa^k^Á CONFRATERNE[.T O

Brasil,

Dr.

visita

a

na

inspetores

entrou

de

no

da

assistência

federai;

qual

e

per-

em

o

parte, da

1 IV

fl

que

professor con!

prelecionou

Diretora do

e

ao

!abo-

dos

momento

então,

faziam

funcionários

num

assunto

pelo

Magalhães,

Lúcia

d.

ensino,

Forteza,

Lenoble

professor na

quando

La-Fayette,

Interessou-se

pratica.

Uruguay,

do

casa

amigo,

país

esteve

l

entre

outras, do

Divisão

ensino.

a

condução

Departamento

do principal Masculino.

escadaria

a

O

palavra.

La-Fayette.

aguarda

desta

Masculino aula

do

Instituto

do

visita

em

uruguaios,

professores

Militares

Escolas modernas

uma

de

Embaixada

impressão

geTal

Secundário;

Instituto

ao

cultural

embaixada

a

ótima

consu!

Ensino Após

dirigia

deu-lhe

cblsou

que

pessoas :

seguintes

Pinto

Pinto

Nogueira

das

instalações

Departamento

do

da

chefe

Química

as

Nogueira

maestria,

tante

de

comitiva,

Química

Fernando

Fernando

as

a

com de

ratórios

Forteza,

Lenoblo

abalisado

profe«sor

correndo,

o

Pedro

professor

m

^

r r r.\r\ rX r* *-/* - iTÍr ••jaaaaWV^'" tv ¦ r*~ *>airJr£af r "í<

—^^Ammm^sFw^msmmmm ^aam ~ "T^-ff^f AAS

H "'

*m\mY B^L*JAV \mk*l*A*t^'^^aMm]/,ir< yFAW ^.matsaaasss^^^^a «Jf*^* '

'

-slLam. it*".

.Ja»

\

m-

A

saudação

Cortes viso

no

che!o

feita teatro de

A do

Embaixada

cultural

Departamento

vibração

o

civica,

professor»,

Masculino

professor em

de

nome

do

Pedro

uruguaios

Instituto

pelo

La-Fayette,

Medina,

catedrático

professor agradeceu,

de

História

r**BaaBB

tiva tre tt»

o

Haroldo

Cortes,

inspetor

federal

oi

Daso

«lunos

Ranzo

ins-

qua

sorá

estudantes

ao

Urjguai

Globo",

tas uma e

egradavel natureza

XI — 1941

de

a

Argon-r

confrades

tiveram

tarde

o

em-

da

os

m mm2amm\\\\\\\\\

--taj^jBjnlBgBBBBBBB

am\\^\JaMmP

*

afcJ

<B»B> :áaaMMa>

"*J

JE

*JSP

m

_m

"^Bj

mf~

Naní

a

para

¦ nviede

nossos

a

candidatos

concurso

pelos

en.ino

do

baixada

lina, "O

Ascoli

Coimbra

Barbosa, no

critot

* jvHayBHÉPy^^BjâvBattaifaflft ^JffaBt^TBrí 2? ^TS • a*Bj'f ^

en-

Le-Feye-

professor

impro-

comi-

estavam

Embaixada

outros

.ia

onde

Petrópolis. da

em

Americana,

Embaixada.

da

BB wmmm^tp*^*™* Z^llll^^l^l^^^T^yBBBBBB^^ ..ta»e>4LBBW^LBtfkLBLaBaadÉt[i^.Bl »tw •_ i-BBaBaW'»

E, em

La-Fayettei

do

'

I

\

lav

aaaaaa.

BsJkw^ ax

0\

fi

k

K aaaaafc*"* m\

ísl

è^

visitan-

aicantamento

convívio Brasileira.

com

a

\m\as3rM •P~ s2\W. T™J»

¦¦

53

aW-

-.

Hat»*

?

0

'

«-

MALHO


Sisssssssssssss****^

I

VIDA MILITAR

B II

^9r'

jf"

jjk"

\

¦/^¦C,J '* "—Am iu_

^^*-~" O CHEFE DO ESTADO MAIOR NA SECÇÃO DE SEGURANÇA NACIONAL DO MINISTÉRIO DA V1AÇÃO — O Chefe do Estado Maior do Exercito, general Gois Monteiro, em companhia do Ministro Mendonça Lima, visita a Secção de Segurança Nacional do Ministério da Viação. Após detalhado exame, manifestou, em breves palavras, sua admiração por aquele serviço.

rn^r

&

fei.

^mmwn^m ¦¦¦? IHm Ef^flflflfl

O COMANDANTE DA GUARNIÇÃO DE NATAL, NO CATETE — Fiagrante da apresentação do general Cordeiro de Farias, recentemente nomeado comandante da 2" Brigada de Infantaria e da Guarnição de Natal, ao presidente Getulio Vargas, pelo Ministro da Guerra.

JZJ. \ •

^^ǒȒgg|| fl> ASlflSSfl

*k_*w9 •>

-

»

«

'flt» *fl»v JC. Viw> »-* •-

PREPARANDO-SE PARA A DEFESA DA PÁTRIA — Cinco mil * setocentos jovens reservistas prestam solene juramento a bandeira brasileira, nos estádios do Fluminense e do Vasco da Gama. Na fotografia, flagra nte da cerimonia realiiada nesta ultima praça de esportes, no mei passado.

^^flflflVflVsflà^fljl

.

l^

fs

_"

aB

ca ssssVA

¦sssssssssssssssssst-.»-»-*-

JURAMENTO Á BANDEIRA, NO CAMPO DOS AFONSOS — No Campo do juramento à Bandeira de cerca de duzentos conicritos deisa unidade da Salgado Filho, os novos soldados da Força Aérea Brasileira prestam uma aviação nacional, inaugurando seu retrato no salão de honra do

0

MALHO

dos Afonsos, no I." Regimento de Aviação realiie-se a cerimonia Aeronáutica Militar. Nessa mesma ocasião, na presença do ministro homenagem ao presidente da Repúblioa, grande incentivador da quartel. As fotografias acima são flagrantes da solenidade.

54 —

XI — 1941


iaBv

«E - 'lflp*

i^^mt¦¦ r*

*-"3*

,-•

J(

¦''•, '__Mfc _¦ I 'P

"V

ir C.

fwtK4Ó>--<

J^-__-_--E

^^B

jfBpBK?fc

Bar

_

,«•

__¦ ¦__-_-_-h-9__-i O General Mascarenhas de Moraes, (à paisana), Comandante da 1" Região Militar, sede em Reoife, quando de sua viagem aos campos de cultura e experimentação da firma Carlos de Brit-

aoa flagrante da visita do General Mascarenhas de Moraes Britto & Cia., em campos de cultura e as fábricas da firma Carlos de Pesqueira, vendo-se também o Cel. Magalhães Barata.

Outro

to

& fruto, surpreendente o que vejo nesta em Pesqueira. Carlos de Brito Nas suas culturas, admiro a técnica agrícola, de a natureza da terra po, dominando e transformando • força econômica. Ne sua fábrica de conservas, verifico a habilidade tres e operários, interessados e devotados no manejo Ê

e

encantador

companhia

Brito.

Cia.,

&

laboratório e da .ampara dar-lhe pujança e a peric.a dos nesde tão perfeitos ma'

^

quiüi&mos. da orgamExalto-se o meu espírito de brasilidade diante dessa obra zação tão cuidada e tãc bem orientada. da proObservo em tudo a ordem e a disciplina, o asseio e a pureza "enfrentar comerciais'. concorrências as todas honestamente de oucãij, capaz Tocado por tão agradáveis impressões, deixo aqui consignados os meus obna que continuam a real.aplausos e a minha admiração pela grandiosa Frederico Xavier de Brito *t de Carlos nobres descendentes e dignos os Vtt Maria da Conceição Cavalcanti de Etito. — (a) General J. B. Mascarenhas de Pesquei-a, 12 de Julho de 1941. Comandante

Moraes,

da

Região

7*

_________ _.

,__? Jm¥^<y "-»¦*'.v-

Jf

i

M wBP

Militar.

**** *" J _____r^"5l._BW$_^t.•^<ÍÉ_________Br^^ _rlM!HÉ__r. ¦mm.* -•¦-*¦"

CONCEITO

DE

ALTAS

TRES

DO

PATENTES

O

NACIONAL

EXERCITO

do Serviço Direto' pelo do ExérIntendencia de

. í - ,^_^ ¦Mbflr'.Av Mar

¦____________3___t-sr.

i

-^JhTl

cito,

^n

Parque

recente

Nordeste,

Agro-lndustri.l

Pesqueira, lado,

sua

de

quando viagem ao

v*ndo-se,

o industrial

Brito,

chefe

da

organização

da

Doe-

Souza

General

ca,

Cia.,

Coronel

o

da

de Brito, visitando os campos de cultura do tomaíeiro "Peixe", na cidade organização pernambucana de Pesqueira.

Carlos feita,

e

Moraes

21' Circunscrição de e dos Srs. Manuel companhia sócios da firma Carlos do Britto & Chefe

Magalhães Barata, em Recrutamento,

visita

da

Flagrante

de

Mascarenhas

General

il..

"•¦^R.

0 PARQUE AGRO-INDUSTRIAL DE PESQUEIRA, "PEIXE" DAS GRANDES FABRICAS NO

o precioso de Manuel

Pesqueira, saboreia do industrial

em

em

de

empresas

às

visita

Cia.,

ao

ao de seu

Manoel

de

poderosa "Peixe".

Irmãos Briro é Industrial dos A empresa dessas Instituições de trabalho que moslram aos nossos irmãos do Sul quanto o Norte do Brasil, — embora sem o espirito, a vontade os colonisadores estrangeiros e o tino que nativos aos tornando transmittiram sulistas, Estados meridionais grandes centros de também sul-americanos — possue atividade homens de força de vontade, pujança de espírito e amor ao progresso, criadores duma "Peixe", indústria, como as Fábricas que le-

três

Os

estabelecimentos

dos

Irmãos

Brito

são de

que honram a intecoragem e a confiança

empresas

ação,

a

cultura técnic», a capacidade empreendimentos que esses industriaes realizam, contribuindo altamorte para a grandeza econômica do Exasil. criei! cientificamente, orientada do tomate.ro, cultura A monumental nova riqueza para o Nordeste Brasileiro, riqueza essa que se avoluma dia a da, promissoramente. técnica C ouro vermelho dos Irmãos Brito, indus+riallsado com perfeita e a e escri/pulo inexcedlvel, já conquistou grandes mercados fora do país Brasil. o recomendação título de para um nacioAo contemp'ar e obra grandiosa desses bandeirantes da indústria fortifica a nossa nal um entusiasmo sadio nos domina e alevanta a alma e

1'r.óncia. r.r,

s\

a

nos

confiança de

tor

XI

mais vigor

indústria,

nessa

rômico

e dá

do

26

Serviço

de

1941

são

nossa

fé,

também

na

capacidade

grandes

dos

servidores

grandes ser/idores do potencial eco-

afamados

seus

brasileiros, dominam Podem grande deste. Oue

de Agosto de 1941. Intendencia do Exército.

(a)

General

Souza

Docca,

Diro-

— 55 —

além

das

produtos, genuinamente fronteiras nacionais e-

o mercado pátrio. os Irmãos Brito se obra

de

que

são

orgulhecer

expoentes

no

da Mor-

os

de conhecer procurem governos grande empreendimento e que não seu apólo moral material e para "Peixe" Fábricas prosperem e prospe-

perto tão regateem

que .as rem sempre

para

a

grandeza

indúsrria

da

na-

cional. Recife,

Brasil.

Pefqueire. do

que

à

vam

12

de

Setembro

de

1941.

da

21*

Magalhães Barata, Chefe cunscrição de Recrutamento.

Coronel

O

(a) Cir-

MALHO


BBBBBBBBkBBB»

De

New

nova Sra.

York,

sugestão: se

a -

felicitará

cidade o

Baton

pela

tentacular "New

escolha,

York", pois

'New

0

MALHO

York

\\BATpJ

de

"New

plenamente

V\| ^ )\l

"girls"

das

pelo '

fascinantes,

vem-lhe

fórmula

americana.

York",

de

colorido

é o baton

*NEW

56 —

Experimente-o

Coty, firme

que

dura

e

agora,

é

um

uma

também,

e a

baton

palpitante e torna

Senhora,

os

YORK*

de

satisfaz

que seus

lábios

9

tons.

irresistíveis.

-*-"*

XI — 1941


S

li

a

—¦" • -i

SUPLEMENTO Por

FEMININO SORCIÈRE

caprichos da natureza vivem a OS desmentir a distribuição que o calendário nos dá às estações do ano. Desde a festa da juventude, marcada para 5 de Setembro, as chuvas caíram impenitentes, e se foram por adiante, atravessando os primordios da orimavera, inaugurando também Outubro. Por mais que quizessemos apro/eitar as roupas de inverno, foi muita a água a transformar o aspéto da eidade, açulando nas mulheres o desejo de relegar ao fundo dos armários tudo "chie" durante a tempoque lhes deu rada de grande elegância. Mas o estío virá em breve, e virá forte, com os seus dias de excessiva luz, de calor, e o conseqüente exôdo para as montanhas, outros preferindo as praias, e grande parte da aristocracia social daqui, de S. Paulo, de Curitiba a dar-se encontro num dos recantos mais românticos e deliciosos desse imenso Brasil: Guarujá. "cotAli Renata Crespi possúe um tage" admirável, em sendo admiráveis as suas festas a qual comparece o que há mais de fino no mundo social, na* letras e nas artes, em S. Paulo e no Rio. " shorts" são assim: deixam a Agora os cintura a tUsCobtrtO. li este. verdadeira" tWO-pitCt sim suit" marinho m/nle um com bolas brancas, mostra a elegância e a

ca

de

Bltonor

Powttt,

iaasorma

morosa i/fl Metro.

pri-

se h o j e Ali horas as frúem em que se quer viver em agradavel retiro, ou continuar a gozar dos prazeres múltiplos que se inventaram para diversão do espírito e do corpo do sédeste povo culo esse ncialdinâmico. mente mar banha longo uma A s e d utôra praia onde as mulheres oportunidatém de de vestir os atitalissimo este vestido de noite calcado em moMuito bonito "star" tivos d'i Havaí, e apresentado por Lana Turner, uma linda trajes de algodão " Zieghfeld Girl". nos apresentará em Metro qut a o engenho que norte americano de macia raposa oiv fabrica, havendo também ensejo de se por agasalhos "vison". luxuoso apresentar a última nota em matéria de "maillots". As noites de opera no Municipal fe"Butterfly" "íris" e com charam pela Merecem um poema os encantos de FreiNetto de Violeta Coelho vóz de com distribuídos Guarujá, generositas, artista nossa e por nós justamente dade por aquele bocado de S. Paulo, querida, a qual, como Bidú Sayão, colaborando a mão do homem em associa à privilegiada garganta uma aprimorá-lo mais com os primores da graça física explendidamente feminina. arquitetura. "lamés" vão dar Missangas, setins e Pois é lá, como o foi no ano findo, "grand longos e elegantes vestidos espaço aos monde" se encontrara, que o "weekde fustão e largas estamparias, modicomo o faz, de freqüente, no ficando assim a silhueta noturna da end" habitual. mulher moderna, contando-se, outroE, quando muitos não tiverem ens'm, com uma série enorme de motivos sejo de ser hospedados pelas amizades diversos para realce da boniteza. reque possuem invejáveis casas de "Hotel Evidentemente estamos saudosas de .creio, será, sem dúvida, no muito sói: aqui pela cidade, a contriGuarujá" que Alberto Bianchi, o embuir para maior gasto de gelados, lá fluminenpreendedor que o carioca e o fora alegrando os mimosos da fortuna, se aplaudem calorosamente, ideou num aqueles que facilmente podem fugir à momento feliz, dotando o Casino a êle canicula. pertencente de todas as novidades que Quando menos, gelo, banhos de mar iquí no Rio costumam seduzir-nos. e duchas frias ajudam bastante... Quando se pensa nos prazeres de E aí está também todo o imenso sente-se uma estada fora da capital, lençol de areia branca que as verdes muito embora, de ir imediata vontade águas do Atlântico colêam, atraindoembora se apresente, a seu tempo, o "bate-papo" nas primeiras nos a um reverso da medalha: vontade de volhoras da noite, sob a luz discreta das tar, de trocar algodão por seda, de estrelas do céu, e além o rosário de substituir os alácres lenços que nos lâmpadas elétricas marginando Copacompletaram o penteado, ou nos ser"ócharpe" noites frescas, em cabana, Leblon, Niemeyer ... viram de O

ao

saW

v

\


m

M y^ J f VI y^

^1

\

t 1^ I

%. J

Y

^1

// ESTRELAS

jtj^i'rf

wtm

F*<> iik_jL i^HP jk B<f» ^r<3s jft^" ¦ I?/* r jEg&mmgSk

D DO

1 \w

m.i

^cHtir ir -c'vll /£«fSH§&Y f

CINEMA

Numa " sin-t" estilisação de "redingote" é este casaco de shantung "beige" que IDA LU PI NO usa sóbre um vestido azul estampado de amarelo. O chapéu reaFirma o gosto pelo adorno de flores* as quais, nesto, são amarelas.

"¦

Jml/jl il Wvsssli^i II ±M $"*] u « X«LF ¦' 1 g mt1»K« lllfY fi>W' nf 1 ¦ • c t J1 ev^HE V

c:11

I

I^Se - '

"T

-

5

jfc^< . 0Hi _/7 p?"* fejf*y^

"1-

Crépe de («da estampado • bandas da "faille" formam a estivai "toilette du soir", ceada para I d a Lu pino.

Uma saia de crépe fisco azul anil. Blusa branca, d» seda — eis o pratico "ensemble" de Greer Gerson, a "star" de olhos verdes que a Metro mantém sob contrato.

"Pather tales a \»ife", da RKO, vai traiermos de novo Gloria Swanson, uma das mais fascinantes estreías da velha guarda. Volta-nos como se vé: atraentissima. E por certo a leitora elegante copiar-lhe-4 o traje de "chiffon" branco que Rene Hubert crcou, combinando o clássico como o novo «stilo de roupas.

O

MALHO

— 58 —

II

XI — 1941


*ll

^A

m_\_y

AA

H .

__r ^^^M

-

^^A

y

__________ _r

i*t>;

Jm r*

Miss Lupino veste aqui um traje marinho, para de tarde, lembrando-se a gola de renda e bordado» nas flô-es <Jo galante chapéu de palha "picol".

m

emprego de estamde noite paria num traja "srar" da para a formosa Warner Bros.

Outro

¥^fk

Para festa» em noite» estivais infustâo de vestido d.ca-se este Gloria apresentado branco, por Swanson.

XI — 1941

— 59 —

0

MALHO


R^S^s^lg r>S»a-\a' atf JÁ

•Ssssa"

Sunga de tecido liso, vestido estampado,

^» Saí».

Galante

"short"

.

a

aw^

para mocinha.

l

Talha-se cm linho . i dourados.

*\

Ê

«a

\

i

k '/*' a .'

k }

TRAJES PARA A PRAIA

¥¦ -

*/

X^VA^A

1 * U t\/' 1 /'* *

»\ AsH

' Oi/ rlrí I N \\ S ^mVj_}í \í

*F*r Vi

K

Musa de trobalco listi brai

linho

11,, 1 s trajes de praia, talhados em trobalco, para meninas de 10 ¦< iS anos

As sssssssssaaL-^^

ata Sunga i' semble" <!<.• muito bom i te meúda.

O

MALHO

60

XI — 1'Wl


NAS MANHÃS DE SOL *m

A»e

T

ÁmmmmW \* im ^AmmmW^'mABA^m X/aAU -/

^^E f-wi|J ^t^B'^

* * * * ^BB» mimA \wÊ0w

\ **^H w

^ \

tf

J

.

^»«

_AmT* makmmmmyFafm

Ai

mparta

ai.

l\\

Lmdmwit

Émr^Wm^A

—ÕSi» Traje «1>- Shantung ami claro.

t^ J>2 XI — 1941

61 i-

0

MALHO


% miVcfWi ms • - '¦¦'. lf>

k

-

• * *v S* }'

4f '.

•'

V *í « f fi,g. (

mJglTHAJdBK-^; "'J7i<fS ^ \ /

M.z r ,a F /? " ' '._ ' * "*. 'V>.v' Br*« Cat 4 ' ff.. v>V / f /

5

f' • \ f"::' ¦¦ r.. ¦ ti

j r '

,

,'\

' V<

\

\mmiB Pi«»S«eP: • t/g >1^. ?. -*£?••• • *2 > T7/is -./« \ / \ a 4 / "' : j i/ 7

. ú ¦

.

Blusa branca, ornada de " broderie"

UMA J/ %( A

Para quem sáe muito é aconselhável possuir um traje de "tafettas" preto e traje de " taffetas" preto e branco, o casaco pronto a ser substituido por blusas. E' aliás do que esta pagina cogita.

Jm w MWl

w

SAIA

VARIAS

E

BLUSAS

C|w

Vestido de " taffetas" preto e branco em quadros.

Blusa de setim rosa.

IV

0

MALHO

— 62

V Uml

de romano Blusa verde, plissada, faixa " verde, de taffetas". XI — 1941


LIIIEIIE EmE

E

flE.U.EE.

___________ ^y |

: i

^

lí\-m9 W-wm^LM

mm__m_____fWmJÊÊ

ti^mWmm . SMITH, da Warner, ALEXIS mini lindíssimo "negligee" de rendi

chiffon negro*, sobre elegante eombinaçio de setim

ornada de renda.

rSE. Combinarão de seda rosa com setim em aplicações finas e renda Vak-nciana.

" <le " " ntrah Hotue-co it rosa, bolsoi pretoi bordados a ouro. '•

('auiivla dé mUMèlina branca, motivos de valenciana como adorno.

1

XI — 1941

63

O

MALHO


'

11

"*^B j" ^

i 1 "Lt. J i *~ [I,!

I ¦^¦¦bhUHRSi! 'tiWT^'s¦ 41 Pr^ildi I

", Os epologistes de'xam de de jJ mobiljario moderno njo apologistas do mobilierio nJo de*xem . ter razão, pois de geito algum se pôde negar confôrtq jjjj^^H fi^ky JjM e elegância a esta sala de estar, por exemplo, na qual o espaço é sabiamente aproveitado, e a singelesa pro» ;'>j». vs-vV'® /•!>»¦ ¦ £w ' duz note frizente. i-"m , ¦ v »£-¦«

DECORAÇÃO *' DA

CASA

Êste conjunto no velho estilo Regencia com um velho espelho vene»iano pôde guarnecer lindamente um cento de cese, embore predomine ali o "modem style".

OFERECEMOS 0RÇAMEHI0S GRÁTIS

Jj1

Candelabro de cristal. »stilo imposto em 1910.

¦«vs HImKV V'fT ViYEl4tt^| ^^K.jA <Y I BEL Vff r j| cJI i^h *

TAPE •

GRUPOS

ESTOFADOS

AÇORA SOMENTE A

DA

CARIOCA.-67


s

SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD

cí? m

IP---

. i*":

«V,

Í.MIh

Por

MAX

FACTOR

AUTORIDADE SUPREMA DA ARTE DO MAKE-UP LINDOS CABELOS ...

ife,

'i

"'*'

-

*

Passar uma escova "bem passada" nos cabelos diariamente, é de grande auxílio à beMas há mulheres que o leza e lustro deles. fazem de vez em quando, e, isso não serve ã intenção de mantê-los bonitos. Todas as noites, os cabelos devem ser escovados, quer sejam curtos ou compridos, os curtos necessitando dessa massagem no couro cabeludo. Se os seus amigos e mesmo pessoas da sua família, leitora, virem-na bem maquilada, bem preparada e bem vestida uma vez, e logo na seguinte notarem desleixo na sua completa aparência, lá se foi a ilusão primeira, e para sempre. LEMBRANÇAS . . .

Im— ann ri:tih:kiiii:ii. <íi< Metro, num "enaemNé*" de praia, mH<fO iiitirmsttiiti pi ld novidaií itrria de blusa.

REGULARIDADE NA MAQUILAGEM • A mulher nunca poderá oferecer aparência perfeita da fases sua maqullagem, assim como também as diversas Ê ne••.,,,1,...,•". .i executadai de modo completo. de grande importância para um aspeto realmente todos tador que B mulher não se esqueça de realizar requer. maquilagem a os pequeninos nadas que HOLLYWOOD. como exemplo um filme. Na tela admiramos Tomemos Mary A.seatrelaa como Mauiv.-n (VSullivan, Virgínia Bruce, vestidas bem maqulladas, bem bonita*, aampre tor, eempre a filme, e um em bem aparecem nunca dos pés à cabeça, elas mal nos subsequentes. Norma qu h.tvíi- de exemplo ias as mulheres na vida diária kstkklas

DE

CORPOS BONITOS . . . Você por exemplo, leitora, náo pôde recuperar a beleza fato de fazer exerciperdida Óu fôrmas adoráveis, só pelo ou dieta por um OU dois dias. os exercícios, mais Quanto mais tempo a mulher desleixa esbelta. tempo neceeaitara, afim da wcuparar a antiga fôrma no que insistência 8 sistemática, perseverança Regularidade fórde conservação vestir, bem diz respeito à mtiquiluR.-iii. constituem Partes integrantes da vida da mulher. mas atfl

XI — 1

Infelizmente, na lembrança alheia, a impressão que perdura é em que a mulher se Não use, leiapresenta sem estar preparada. tora, penteados bonitos apenas de vez em quando, o que sugere imediatamente um ar de O imadmiração da parte dos que a virem. portante é que não haja constraste nos intervalos. A mulher pôde e tem o direito de parecer sempre bem, agradar sempre à vista e causar bòa impressão nas demais pessoas. Não é nada agradável ouvir-se esta frase : "Como você está elegante hoje, tão bonita, tão bem ..." PENTEADOS.,.

Tenho observado que as mulheres que, sómente de vez em quando usam lindos penteados, escolhem, de preferência, penteados bonitos, mas complicados. Ora, tais penteados logicamente requerem mais tempo, mais atenção e cuidados. Sendo assim, é claro que o façam apenas de vez em quando. Está errado. O penteado deve ser simples, encantador, mas sobretudo, um que se possa repetir, e de espécto realmente interessante. CONTRASTES... Tenho notado, também, que certas moças usam lindos penteados, andam bem maquiladas, mas descuidam-se da maKis o que não merece ser imitado por minelra de vestir A mulher precisa oferecer um conjunto pernhas leitoras. Muitas mulheres desdobram-se em feito, dos pés à cabeça. cuidados pessoais quando vão sair, preparando-se de modo perfeito, o que não sucede quando estão em casa, junto às pessoas da família. EFEITO PSICOLÓGICO . . . Também está errado. Lembrem-se que uma aparência Ita é de grande efeito psicológico principalmente na próMesmo que não haja ninguém à sua roda, do pria pessoa mesmo modo voee deverá estar bem tratada, maquilada e vestida com gosto. A mulher que assim o faz, sente-se mais bem diapoata Dealeixo redunda em abandono, desânimo. Frhalisan Io, direi, mais uma vez : "A "toilette" feminina tem que ser completa", e acho sinceramente que dei aqui razóes de sobra. Sigam os meus conselhos, leitoras .

— 65 —

0

MALHO


¦

^asAM

\a\

m^í* a . ^tãgm\K\m*mma\ Wt^mto* *m\ ^Lw*^fffir

I ^

BBBBSaw

^aI^ '

/'

W^ma\to\mmmaan

vJB

l àsm

^^^"1

BBBBBB«aw

KaaalBal--^ ^^aWmto 1^2*^ "*"' ^^•sSSSsbbbWÍ'--- y^Aw^/ -i^>sT"^5

'' >*^ *^^Na«aasi TsBBBtàa»»v. » •^•"aBBBBBBl SP^gSW " -«?• ~

¦r

/Í^BOv'

¦

.' yJ

V5"

TÍfÊ ^^-^H BBBBBaE^ãr

bbbbW'-

^—-^

jjjcj

bbbbbbL r

»^

/f^E

!>** /AmT

ha^BBBBBBB^Bta^BBBl

.áaW

^^^•B

JOGO PA R A ALMOÇO 3

"*

'Si?

' éH ^ ^BBB^ "

«bbbbI

^bbbb!

£tfj\S^\y^m?v^> '^<?5flfflv£> r{ffitfnffli7vjs>t = c

fl

M)jjc) IÍM'J WÜUUU^iM^^

I

PEÇAS

Material necessário: — 4 meadas de linha Mouliné (Stranded Cotton) marca (ANCORA" F 443 (amarelo). 3 meadas de linha Mouliné (Stranded Cotton) marca "ANCORA" F 463 (verde maçã). Mouliné 2 meadas de linha (Stranded Cotton) "ANCORA" marca F 525 (verde jade escuro).

reito, disiante 5 cms. das beiradas da fazenda, e seguir o diagrama o qual dá uma metade do desenho, trabalhar no reverso para a outra metade, e depois continuar a barra externa subindo os lados e ao longo da outra ponta, trabalhando antes a barra interna na

69 centímetros de tatagarça branca <le 1 metro de largura. marca "Mihvanl" tapeçaria Agulha de bordar

ponto paia a bainha.

número 24. de linlia para bordar. d<» centro nas dimensões de 34 a toalha Cortar y2 cnis. X (*) enu. e duas toalhas para os pratos nas de 34 Yi cins. X 46 cms. O desenho é trabalhado sobre fios contados da fazenda. O diagrama I e a chave dão a distribuição dai cores e dos pontos. Os quadrados do fundo representam os fios da fazenda e devem ser contados cuidadosamente, quando estiver bordando, na ordem. Começar o desenho na base do canto do lado di-

0

MALHO

ponta oposta das toalha

Diagrama ri

- Mostra os dois movimentos do

Diagrama III — Ponto de quatro lados. Diagrama l\ Ponto Vandyke. bordado o estiver terminado cortar a faQuando ' zenda l .¦ cms, distante do desenho em redor da toa lha e fazer franja desfiando até a beirada da bainha. Material necessário em linha Brilhante 1'crola marca "ANCORA" n. 8. 1 novelo (10 gramas) de cada F 443 (amarelo), F 463 (verde maçã), F 525 (verde jade escuro). Material necessário em linha Brilhante de J. P. Coats, n. 8. 1 novelo (10 gramas) de cada F 2037 (amarelo), F 463 (verde inaçãi, !•' t,\'J (verde jade escuro). Vide o risco e a indicação do ponto na revista Arte de Bordar no número de Novembro de 1941.

66 —

XI — 1941


^áassafl

CaMmaaX.

Am¥aTA*W^^Z^

'¦Sfife-

* a4#^áÉfc. > ,1 jfj P*K*V*

-*¦— J*m\

PARA A SOBREMESA E O "LUNCH"

¦sKfia**íh.< -arJJjOê.

-*****• aasV. V

:*»'

BBsaal

ãrSiafCasav Lsssslssstal»aT^^X»3E II 'írarjB*^ ^^"**^nBssss»s>»*f*"siisscrx¦li vu

-*.

uva-. "sssssVlaaW

COCO

DE

CREME

MW^

a»" T

asar

•mataasssafe

Rala-se 1 coco da Baía e escalda-se numa chicara dágua fervendo, expreme-se depois a massa para extrair o caldo, ao que se junta 1 garrafa de leite, >*j pacote de maisena, 1 colher de sopa de manteiga derretida, leva-se tudo ao fogo com 1 colher dágua de flor, mexe-se até formar um mingáu de bôa consistência, que se coloca em fôrmas molhadas, depois de frio servindo-se gelado, ao centro pondo-se alguma geléia ácida, de preferência.

N

safai

I — - ~-

*-*»* '»^2l

^Vs^s^Bsaam^Bsaal

A

H

^^BBsVsWI

**^ST*5frr'a*^-

Q^^^

Í

'Í ¦ :fSa>aaaa*.aaaaaD

mm^P^mX \

PANQUECAS COM MARMELADA DE AMEIXAS

W^^^ ^^mmmmmmmi^B' \\\m^r ^****,1

X^

lsf BaT

^Bsaaaaãatw

^^àfcfc^j^y

*

."aJssD BBsaa.

asssss*alaaaaaàa^^ Á, II tf Lfe lll

'''^mmmimZ^^^ Am\

200 grs. de farinha de trigo, peneirada com 3 colheres de chá de fermento "Royal", um pouco de sal. Junte, aos poucos 2 gemas, 1 \'2 chicara de leite, 40 grs. de manteiga derretida e as duas ciaras em neve. Frite numa frigideira bem quente, bezuntada com gordura. A pasta alastra-se, quando ficar cheia de bolhas, vire para o outro lado. Sirva quente, com doce de ameixas em pasta.

R

I*

m% lmBSm 9

^M ^^*W^S^^

GELATINA

?*^IlȒflBssa.

Mm

«¦. sssssssss^SCJBsst \ sssHTv^1 A&á

RÔSEA

BsaaaaaaaaafaasL. am^^9*r

\

6 folhas de gelatina vermelha, 6 colheres de açúcar, 6 claras em neve, 1 chicara de leite, 1 lata de compota ou frutas frescas, um cálice de licor. Bata as claras com açúcar, junte a gelatina dissolvida, junte as frutas, despeje em taças ou copos e leve a gelar. CONSELHOS DONA

A DE

II

MALHO

[ .

í K

CASA

um sabor desagraQuando os cubos de gelo deixam limpeza das na está pouca causa dável nas bebidas, a Deve-se lavá-los de vez em quando bandejas ou pires. com água e sabão, deixando-os secar bem, antes de pôr outra água. , é Como toda água náo é da mesma qualidade, nâo bôa uma sábio de para a quantidade possível precisar ensaboadura. A melhor deve ter duas ou três polegadas de espessura.

0

l

R

A

P

F

E

N

500 grs. de farinha de trigo ; 1 Va chicara de leite ; 1 colher de açúcar ; 5 gemas ; 1 clara ; 3 colheres de fermento de Derreta a manteiga, o leite morno, junte o fermento cerveja. e sal e vá juntando a farinha. Incorpore as gemas e bata bem. Com o rolo estenda a massa na táboa até ficar 1 cmt. de espesDeixe crescer o dobro. Corte, entào, em rodelas, junte aura. duas a duas, com geléia no centro, e deixe crescer novamente. Acalque um pouco cem os dedos ao redor para nâo se abrirem. Frite como sonhos e sirva polvilhadoa com açúcar.

67

XI

1941


RETALHOS

I L U L A

fA

_lJ»0«T_f-*>V __«4f -sff * W^F

\jJL0t^^\i*Au*m*mlrK

SENTIMENTAIS

(PÍLULAS DE PAPAINA PODOPHYLINA)

E

com suecesso nas moléstias fígado ou Intestinos. Essas pílulas, além de tônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de cabeça, moléstias do fígado e prisão de ventre. São um pode* Empregadas

do

SUZI — Rio — O judeuzinho cumula-à de gentilezas, passeios, presentes ? Cerca-a de atenções ? É sempre pontual, parecendo idolatrá-la ? Você é rica, Suzí ? Tem parentes na política ou alguma herança a receber ? Tem completa disposição para o trabalho ? É funcionária ou comerciaria ? Quando um judeu, Suzí, escute bem, procede assim, é porque no meio há sempre "coisa" . . . E, "coisa", quando há essa coloca uns pés de lã sem similares, dando até para humilde, se preciso fôr, Sendo os seus cae serviçal também. tólicos praticantes, haverá mesmo, futuramente, essa antipatia que você está prevendo entre a sua família e a dele. Nunca chegarão a um acordo, o que é lógico e inevitável. Será um espesinhamento eterno. Então, quando seus pais souberem que você não irá casar ( e, se casar, pois é muito difícil casar um judeu com quem não seja da sua raça ) pelo religioso . . . Mais tarde, o judeu monopolizará todos os seus gestos, dosadamente, paulatinamente . . . Os seus filhos batizar-se-ào pela religião judaica e serão criados muito diferentemente do que você imagina . . . Enfim, Suzí, sinto não poder alongarme sobre este assunto, nesta secção, devido ao pouco espaço de que dispoHá muito que dizer ainda sobre nho. os sentimentos e as inclinações dos judeus . . . Porém, em poucas palavras, Suzí : quer uma opinião sincera e ami^u '.' Procure gostar de uma criutura amarela até, mas, Suzizinha, nunca, sabe ? Nunca de um judeu . . . VENTURA Rio BSCUte, SXCSPa] cavalheiro, digno de nota e viuturoso : que tenho eu u vêr <<>m os seus de altura, a sua fortaleza, o seu porte elegante a o seu aentlmeatalismo ? Procuro unia dama .sup.-i p fazer parêlha com todos esses dotes físicos e, deixe-me cá no meu grande obssanta minha e na sossego curidade . . . VERA - MARIA — Corumbá — Depois de um ano de namoro, deve você conhecê-lo muito melhor do que eu. Acho, porém, que éle foi muito pouco humano, despresando-a, depois de todo esse tempo. Mas, querida Vera, a culpada foi você mesma que acabou por satisfazer a todos os caprichos tolos do seu namorado, deixando de se pintar, de andar na moda, deixando de sair sem éle, e outras coisas mais. Acabou por perder o interesse em você ; viu-a sem iniciativa, quase aborAc*> recida, desbotada e submissa. bou, depois de enfastiado, por deixá-la, sem mais nem menos, em Corumbá, vindo residir no Rio, terminando depois o namoro. Não pôde você esqueÊ êle ainda cé-lo, apesar de tudo.

O

MALHO

Tem medo de, mais moço que você. com 27 anos, ficar para titia. Que tolice, Verinha ! Há mulheres idosas, aparentemente jovens, e mulheres joÉ, porvens, aparentemente velhas. tanto, somente, uma questão de trato, se Agora, alimentação, ginástica. você não pôde mesmo esquecê-lo, pretendendo até vir também de Corumbá ao Rio passar uns tempos com parentes próximos do seu ingrato, procure vir, mas . . . uma vez aqui, deixe-se de choramingas, enfeite-se o mais possível, e, passe por êle, estampando no rosto toda a felicidade, de braço dado com o primo carioca e, dissimuladaSem promente finja que não o viu. curá-lo aqui, continue, portanto, sempre astuta e faceira, que, quando a encontrar novamente no bairro, não perderá o ensejo de pedir-lhe desculAlém do mais, nada perderá pas. você por dar um bom passeio. PENSAMENTO TRISTE — Rio Ambos foram culpados, acreditando em intrigas. Uma vez que certificaram-se da verdade, isto é, que nem êle era noivo de outra lá pela Baía, nem você noiva de outro, por aqui, não vejo razão nenhuma para, uma vez continuando a mesma afeição de parte a parte, deixar que finde, por Isso, o seu Ambos estão quites. Para romance. que, agora, orgulhos ? Alegre-se um pouco mais, Pensamento, e, escrevalhe sem arrependimentos . . .

roso digestivo e regularizador das funeçõet gasfro-intestinaes. A VENDA EM TODAS AS PfHARMACIAS Depositários : JOÃO BA>TISTA DA FONSECA Vidro 2$500. pelo Correio 3 $000 Rio de Janeiro Rua Acrs, 38

ATAQUES NERVOSOS r OU EPILÉPTICOS NOVO

TRATAMENTO

O tratamento móis eficaz • seguro Que a medicino tem hoje em dia poro oi ataque* nervotoi ou epilépticos * o que se fox com MARAVAL - solução. Este poderoso medicamento, groca» d felu combmoçÕo de elementos opoterópicos o vegetais de suo fórmula. reiMuo em pouco tempo o saúde, a alegria e o sonego oos doentes MARAVAL - soluçôo - è verdodeiromeMe o tratomtnlo raciono! • cientifico dos ataques nervotos • epilépticos. Não sr.cor.lror.do MARAVAL - »oluc,õo - noi Farmácias e Drogonos, escrevo oo Dspoi.lar.o, Coi.a Poitol 1874. São Poulo

MARAVAL

IKRKSOI.UTA Rio manchar um casamento por amor só pelo "fato de ter acreditado em um trote pilo telefone ? HA muita gente invejosa, multa amiga falsa a muita .lama

desocupada ai paio mundo afora,

estômago,

SANTO

GALERIA Restaurações

o

telefMM é um dos maiores desabafos para esses elementos . . . Uma vez

de

a

quadros

Molduras

de

nente

quadros

de

ANTÔNIO

Exposição

estilo. a

óleo

de

óleo. permaartistas

nacionais.

que raes" nada nota de extraordlni

COUTO VALLE & CIA.

no seu noivo e que o casamento já está marcado, é só, Irrc-soluta, tomar a simples deliberação de esquecer o trote, casar e ser feliz . . .

VIDRACEIROS Vidros direta

Correspondência: Retalhos S< nttmt ntais — Trav do Ouvidor, 26 — O MALHO

para

importação

construções,

de

vidros

RUA

DA

de

todas

as

QUITANDA.

Tel.:

classes. 25

22-2605

N A R A

Dr.

Telles CLINICA

Diatermia,

Rua

Das 15

68

DE

SENHORAS

Ultra-Violeta,

Gonçalves — ás 18 horas.

Menezes

de

Infra - Vermelho/

etc

5" s. 504-5 leis: Consultório 23-3147. P.es. 42-1948

Dias,

84,

XI — 1


RADIO

TEATRO

todos os radiófilos de bom gosto o radioPARA teatro não lógrà nenhuma finalidade quer como divertimento, quer como arte. O teatro não se coaduna com a tela, já o verificaram os entendidos; nós, amantes das boas irradia0 T0NIC0 TONICO CAPILAR POR EXCELENCIA I EXCELENCIA ções, também já concluimos que muito menos ainda o teatro se adapta ao microfone. Mas é inútil; continua em todas as emissoras esse verdadeiro borrão antiO verdadeiro Elixir radiofônico. vez contemplando 10 alguma olhar deliciou o longa vida... da Quem um pavão em todo o seu esplêndido colorido, pode dos Cabellos achar algum prazer em contemplar a mesma ave, despida dos seus belíssimos penachos? Pois é a sensação desoladora que nos dá a reproREVIGORA dução de uma peça ou de um filme ao microfone. PERFUMA O lamentavel é que a emissora se esforça, quem HIGIENISA faz a adaptação vive em trabalho exaustivo, mas será medíocre, que se contentam com os ouvintes de gosto que se divertem com qualquer coisa e nada entendem do que há de belo e de artístico num espetáculo de verdade? O microfone, parente chegado do telefone, nenhuma afinidade tem com o teatro e o cinema. v » / \ i L i n**! Cinema irradiado é cinema transformado em teatro e recaímos no caso primitivo, como se diz em matemática. x O rádio é aparelho transmissor, quer como diverCRSPR, I INFRLIVEL NR CRSPR, INFRLIVELNR timento, onde sempre deve predominar .o chiste, a leveza, a brevidade e a variedade nos programas; quer DOS CRBELOS I CRBELDS QUEDR QUÉDR como veículo educativo ao serviço do povo, mas nunca e demais Rfeccoes Rfecçòes do Couro Cabeludo reprodutor de obras longas, no que se torna enfadoenriouvinte, do imaginação a nho. Fazer trabalhar quecê-la de imagens e sons, levá-lo até a estratosfera, si fôr preciso, dar-lhe a ouvir um jornal que se diga impresso em Marte ou Saturno. Nada de trágico nem emocionante, a menos que seja dentro da ficção para resultar cômico e humorístico. Ficção, porém, não quer dizer — mentira fantasmagórica — intitulando-se de revista bem montada, encenada com luxo e esplendor, como se diz nos teatros populares para impressionar o público ouvinte, para o pseudo—espetáculo. Mas infelizmente ainda vão buscar inspiração em temos gregos e troianos, Romeu e Julieta ou então espirito de que lamentar diálogos enormes, destituídos onde muitas vezes a irreverencia tola e descabida acha meio de vir a público. Em suma o teatro vive da máscara onde se refletem as emoções e os sentimentos; dos cenários, dos jogos imprevistos de cenas e atitudes etc. E' extremamente visual, como o cinema. O rádio é excentricidade, crítica, inverosimilhança, alegria, movimento, variedade, graça, imitação, verdade, ficção, humorismo, comicidade, fantasia, música, tudo isso em dosagens breves, em programas que não passem de trinta minutos, A literatura é sempre bem recebida pelos ouvintes de bom gòsto, quando bem apresentada e selecionada. Mas não devemos desanimar porque basta lem— brar a "maior patente do rádio" — Almirante fazer de para convencer-nos de que ha gente capaz LYTOPHAN bons programas e que entende à maravilha o que é rádio. do através verdadeiramente interessante ZULMIRA A. COLPAERT XI — 1941

— 69 —

0

MALHO


A "Biblioteca do Ar" é um delicioso espelho encantado, onde se deveriam mirar os diretores artísticos, afim de que o ouvinte, mais ou menos desencantado com o que é obrigado a escutar diariamente por aí, não se sentisse massado. Aliás, em verdade — e é o que mais chega a ser paradoxal — no seu início, quando o rádio era apenas uma tentativa, Roquette Pinto, um dos homens de méritos reais literários no Brasil, foi um dos pioneiros da indústria que, hoje em dia, vive descontrolada de um sentido artístico. FRANCISCO

GALVAO

r, r, As irmãs Martins, dupla que tem obtido sucesso na Ipanema. Com um pouco mais de esfôrço, conseguirá, por certo, • lunar de realce no microfône carioca. dl

d&iGliciáea

do

&K, de autoria de Armando Cavalcanti, foi gravado pelos "Anjos do Inferno". Carolina apresenta-nos com aquele seu talento bonito em marcha de foxe "Palpite Infeliz", a admirável criação de Noel Rosa. Gilberto Alves gravou o samba de Heriverto Martins, "Natureza Bela". Alvarenga e Ranchinho apresentam um disco esplendido "Viajante Namorado". Cândido Botelho canta em gravação, "Brasil Moreno", de Ary Barroso. ANTONIETTA RUDGE NAS "ONDAS MUSICAIS" A Liga Brasileira de Eletricidade apresentou nos programas "Ondas musicais" de Outubro, a grande pianista patricia Antonietta Rudge, cujo nome dispensa adjetivação. Nascida em São Paulo, iniciou os estudos de piano em tenra idade, apresentando-se em público pela primeira vez, aos sete anos, no salão de concêrtos da Casa Levy. Sob a orientação do célebre Chiafarelli, Antonietta Rudge completou o curso, seguindo, em 1908, para a Europa, onde se apresentou perante as platéias de Londres, Paris e Berlim, conquistando

Heriberto Muraro está fazendo uma temporada artística na Baia. Podemos garantir que Janir Martins, artista da Nacional, vai deixar, de uma vez, o rádio, devendo se casar em breve. Dircinha Baptista teve uma volta triunfal no microfône da PRA - 9. Gilberto Alves volveu ao "cast" da Tupi; um pouco sem geito ; mas volveu. Regressou, de uma excursão ao Norte, Manuelzinho Araújo, com um repertório agradável. A Nacional pretende inaugurar ás suas novas instalações ainda êste ano. Arnaldo Amaral realizou uma temporada curta na Inconfiüência. A Rádio - Clube conta, agora, em seu seio com a presença de Manuel Reis. A orquestra de "Fon - Fon" — indiscutlvelmente a melhor do rádio, — está atuando na PRG - 3.

Jlr

Si há um programa bem feito, verdadeiramente elevado no rádio, onde se vislumbra claramente a inteligência onímoda do autor — êsse extraordinário ensaísta que é Genolino Amado — êsse é a sua "Biblioteca do Ar". César Ladeira interpreta-o com aquela sua admirável maneira de dizer, enpúblico, cansado de tanta toquanto o "dial", aplaude, sem reservas, lice pelo a PRA - 9, pelo sensível bom gôsto das suas apresentações artísticas. Não resta a menor dúvida, que os responsáveis pelo destino das nossa£ emissôras, poderiam aproveitar os homens de letras, os escritores novos ou modernos.

aos apreciadores da música erudita, momentos da mais pura espiritualidade ; e os aplausos que os seus ouvintes lhe têm dispensado, são o maior estímulo para "Ondas musicais" que as prossigam a sua campanha em pról da cultura musical do nosso povo. O primeiro recital de Antonietta Rudge realizou-se no dia 7 de Outubro, constando das peças : — Rameau, Gavota ; Bach, Coral ; Gluck Melodia ; Beethoven, Trinta e duas variações. Números em gravações completaram o programa, que foi irradiado simultaneamente, das 13 à 14 horas, peIas PRF - 4, PRE - 8, PRD - 2, PRE - 3, PRA- 9 e PRG- 3.

Uk mB

r

* / o|

Bk

**

*'

jfcu. jifc-

Neusa Monteiro é uma sambista de ôntem. Veio com vontade de vencer.. E pretende fazô-lo com brevidade, pois canta com emoção e, tnais ainda, com sentimento. Quando é que se arranja um defeito naquele telefône incrível do Anestésio , Seria bem agradável para os ouvintes da Tupi, i£iauafâed

Wilson de Andrade, querido intérprete de canções cubanas, mexicanas, espanholas e argentinas, que realizou brilhante temporada no Cassino da XJrca, ao lado de José Mojica, quando de sua passagem por esta Capital. 0

MALHO

I I M

'-S ¦«*,

Yvonette Miranda é um cartaz colorido da Tupi. Canta muito bem. As suas valsas trazem muito de sua sensibilidade, e de sua alma enamorada ainda com os encantos da Vida. f

'Wm Om

70 —

Adelina Garcia deu uma série brilhante de recitais na Tupi e gravou lindas músicas mexicanas. \— Rosita Pagá pôz na côra u'a marcha admirável de Milton de Oliveira. "Mais amor e menos confiança", XI — 1941

f f

am

il

¦

B

Hi

1<m

O mar, com tõda a harmonia de seus ritmos, com tõda a mar/ia de seus encantos. A vida dos pescadores ... Tudo que fale do mar anda na tnúsica e nas canções bonitas de Dorival Caymmi. Música que anda agora fazendo sucesso nos EE. UV. e que tanto bole com a alma sentimental da gente.

I

''

O ANIVERSÁRIO DO PROF. OSWALDO DINIZ MAGALHAES — Os meios radiofônicos estiveram em festa, a 15 do mês findo, com a passagem da data aniversária do Prof. Oswaldo Diniz Magalhães, essa figura altamente simpática da PRE - 8, iniciador, no Brasil, das aulas de ginástica pelo microfône, e que conta, em todo o país, até onde alcançam as ondas daquela potente emissôra, com incontável número de "fans" e de "camaradas", que mal ráia o dia, estão perfilados, obedientes às suas entusiásticas vozes de comando. Por êsse motivo, foi o Prof. Diniz Magalhães alvo de muitas homenagens e recebeu elevado número de felicitações. 1

IK

Licia Maris é uma cantora de «iiisiccw francesas que agrada ao público. Canta, atualmente, na Rádio - Clube. Tem talento, e sensibilidade e conta com milhares de fans no país. sempre os maiores lauréis. Já se fez, também, aplaudir na República Argentina e em quase todos os Estados braslleiros, sendo que, nesta Capital, tem dado vários concertos, muitos dos quais, com acompanhamento de orquestra, estando ainda bem viva a lembrança do seu triunfo há cérca de dois meses, quando executou no Municipal, o Concêrto de Grieg, acompanhada pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do Maestro Szenkar. Apresentando essa artista insígne, a Liga Brasileira de Eletricidade cumpre, mais uma vez, a sua finalidade que é a de proporcionar XI — 1941

^Br^

Arnaldo Amaral e xftvier de Souza, tiece as meninas românticas com a polares, com muita expressão, e, aos - gueiras — 71 —

'I- '¦¦OBM j r" . .

do "cast" da Rádio - Clube. Um, entersua voz. O outro, anuncia os produtos domingos, apresenta as famosas dominda Avenida. O

MALHO


NO COFRE NADA FICOU

CAMPANHA NESTLÉ PELA

PARA GARANTIR DINHEIRO

CRIANÇA Mais uma bela e patriótlca realização da "Campanha Nestlè pela Criança", vem de aparecer. Desta vez, colaboiwmfm\\Z&ês\+(/

SUavV

/#/

< V

\

rando com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, os fabricantes dos Produtos Nestlè «elaboraram um carta/ muito sugestivo, intitulado: "Criança, cuidado! Com o fogo não se brinca!" cuja principal finalidade é instruir as crianças e tamquanto a certas precauções a serem tomadas, p&ra evitar os inbém

não esteja longe o dia em que TALVEZ sua esposa irá, sosinha, abrir o cofre de família ... Nesse cofre ela encontrará, certamente, o testemunho do carinho com que o Sr. sempre pensou no futuro da família: — a apólice do seguro que o Sr. instituiu. Mas encontrará ela a prova de que ó Sr. previu a maior necessidade, deixando-lhe meios para acudir às despesas de todos os meses ? Poucos chefes de família podem nutrir a esperança de deixar ao» seus economias e pecúlio3 de seguro que, empregados a 4 ou 5 por cento, dèm uma renda suficiente para enfrentar tais despesas. Mas ha um plano de seguro que pôde proporcionar dinheiro todos os meses à sua família... Consulte um Agente da Sul America sobre o plano de seguro capar de garantir, todos os meses, renda mensal. uma ds o i%*> como

HEEaa Atiucar

os adultos,

Se o Sr. ganha, mensalmente, 1:500$000 pôde garantir à família uma renda mensal de

cendios que podem se originar de descuidos, indicando

500$000

quando cs mesmos se verlficarem.

Não acha o Sr. que uni renda fixa de 500*000, toiloa oa mem, aervlrá para facililar o problema de ano eapoaa? Por que nio reaolve logo eate caao, garantindo drade já í-h*v ordenado certo, que nua eapoaa r... I.. r.i durante 20 anoa, apoa aeu falecimento? Penae niato e ganhe tempo, pedindo um folheto explicativo rum o *'coii|>on** ulmUo. Mciroo ganhando nienoa ou mala de 1:500$000, um Agente da Sul America pndern oferecer-lhe outro» plano» de acordo com tuia poaaibilidadea. A Sul America tem Ioda» aa família»,

plano»

adaptável» •

Sul America Companhia Nacional de Seguros de Vida Fundada em 189S

airda

certas

medidas

úteis

Além de cartazes educatlvos, os Produtos Nestlè teem apresentado outras obras de caráter educacional, tais como o "ABC de João e Maria," "Tabuada" 'Conselhos Pslcolójíicos aos Pais" " Pequeno Dicionário de Nomes"j "Helioterapioi", Ginástica Infantil" e muitas outras de grande utilidade. Cabem, mais portanto, os francos aplausos á grande Companhia por mais esta contribuição espont:. mente prestada á campanha educativa da infância brasileira.

2.tt edição

Maternidade Conselhos e sugestões para futuras mães. Prof. Arnaldo de Moraes Livraria Alves — Preço 12$C00 R. OUVIDOR, 166 — RIO

O

MALHO

IIIWHIIIOIII \\ li WWim Tratamento sem Operação Apo» longoi estudo» foi daicobarto um ramadio da componente» regalei», qua parmlta fa<«r um tratamento, obsolutomanfa i«guro, das h*morroldoi a variiatMlMO-VIITUl é a nome dana ramadio, qua para hamorroldas Interna» a VAtlZES deve ».r temado na dota de 3 colherei de chã por dia. Fora a» hamorroldai aaterna», um ia e HEMO-VIKTUJ, pomodo. Comece hoje meime e laia com atencae a tratemenle na bula. Nao a encontrando em lua farmácia, peca-e eo depeiltaríe. CAIXA POSTAI 1.174 (UM-OITO-SETE. QUATIO) — SAO PAUIO

72 —

XI — 1


P£RIP£R «»30k «ro-smo*; JHrji*bc*

Ji

Ji

¦BEfe#

v^aJK. »BIISJ9K^^B

j/tJjy jHII^MA ^SgBK^^Ka? l|^Hi' l^K ^vSf/JitJi

MUSICAS OS

Musicais

Ir^Wth iffy

/

j J

'

// SsSssssssuS

Oí /* fis. 4* "Os r0o.'*s Je,'£<//>'»'es r'«,c^**W* *lio «•ei'°i«í '«« *«». /?. *t, *»0r. *£-j /¦ *^4^' «O""""""C /

jo|S|@*

TO I I Vfe

- ' "gs^

PROGRAMAS

Ondas

I

• - •¦- -:•.•fj=i§

SELECIONADAS

!i£iT/,

li

"^4 6. tó. *< / 4J_ ***, c°* **-» 0>c"n' '"«*. / j >° ^ <o"4c^ *° fid c^-e

|Jvm

K!.,53TTHilTTTTrMlTin#7MuiMlulillli!©' 'SIRVA-SE DA ELECTRICIDADE TELEFONE 37-1676 CAIXA POSTAI 1755 ,'J — 1941

— 73 —

0

MALHO


*

Tr- " « s^s^

-mft "*^fl ! \t.

^«-aaaaafV*

\

B

"

"w 4» a, t•¦¦H(?*y BI fll totom

sBáC"""

i^

¦a^s^s^Bb_

Club 1° SAGRA^°0\D3 P>-° "' **«$£P-»W*- qU'n.r. «- ^ n.^

Sagremor

\iiis

e „?antí> hYsb*P^^V

^¦flflJ^H^Bfl 1

"""'mw If tomW

"announeer", passou, agora, a atuar também Xavier do Souza, esse personalíssimo aos domingos na PRA - 3, Radio Club do Brasil. O instantâneo acima mostra-nos lambem Arntldc Amaral, o popular cantor-galã. que não sabia que uma eamer» fotográfica estava por perto, no momento—

i*do tf -. --rrjs- rEr Un

aaa»es*0"-\ Mamai ^^flfl

fifé^*^^ ir

•kl

^^six

B

i &**, Ra*» CWb í '¦ . pp>7-.*«ou««:

RA.DIO CLUB DO BRASIL a nesta pagina alguns aspectos do Radio Club do Bras.l. todo o país ouve e admira. grande emissora carioca que DAMOSDa atual fase do Radio Club do Brasil poder-se-á crt**r, fa:endo jusliçe, que é grandiosa sob todos os pontos de vista. A eslavo conta com todo um elenco da figuras queridas pelo publico ou/mte. hé E apresenta uma programação diária para todas as preferencias I musica popular pelos iuminares do gênero no radio local, há humonsmo ha literatura a musica fina pu^os criadores favoritos dos radio-ouvintes, mais os elemontos prestigiosos. pelos A granda correspondência recebida para cada um dos seus colabolüdcros evidencia, por certo, a situação privilegiada do Radio Club junto ao publico ouvinte de todo o pais.

nta ¦— a 9SniSTi. *• *£ Cm* SSt

P R A-3 KCS.

860

Carbono", o divertido eartai dai terças-feiras, pala PRA 3 é assa sua estreia, a pro' local. Desde radio do uma das atuais sensações tem levado aos grama que obedece a orientação de Renato Murce, O instantâneo studios do edifício Cineae um publico numerosíssimo. "Papel Carbono". acima foi feito durante uma das ultimas emissões de "Papel

sH^VaS

fl

^B

¦B^flBfl'

I

V^ ¦flV ¦st.»

fl

^^^^^^

%. ---, --Jfll

^Bf

}

MALHO

^|

^^L

^^L

Bs^sl

4t Í J\

0

m*yfc/^

74

^

dto

-f£*

-aT

?B

y.f[

I XI — 1941


-Mm-Mm-

I

líMiÍàfí.M Erm'da

de

N.

S.

da

Pena

em

frente

à

qual

a

mesa

administrativa.

A PROTETORA DAS ARTES E DAS LETRAS Lá nc alto do outeiro, ben ao alto, é que repousa a protetora artes, das letras e c'a imprensa. N. S. da Pena. A sua própria posição, no ápice de um monte, está indicando que assim melhor se estendem sobre os que labuTam pelo pensamento os t-ençãos e o misericórdia da Virgem a quem Deus incumbíu de dispensar-ihes cuidados especiais. E é de ver-se quão numerosas são as romarias aos pés de N. S. da Pena. durante o ano inteiro, e, principalmente no més de Setem bro que Ine foi consagrado. Ainda no ano corrente romarias essas marcaram época. A par da visitou a massa de fieis que grande rlsonlia ermida destacou-se tambem de grupos de profi*a v:sita sionais da imprensa, escritores e artistas. A recepção que lhes dispensou a Irmandade, com o Sr. Onofie de Oliveira à frente, foi carinhosisslma. cas

t de supor, porfanto, que de ano para ano mais se avofjm* a onda de fieis à ermida de N. S. da Pena, que, como é por demais sabido, tem proporcionado as ma;s legitimas graças a elevado numero de pessoas.

• M

a ¦ __ ¦ ——

-

\iM___."

__ V _,

maáaám _______ i

éÀ L_As3k « Yrf >_£jn_M' ' 7* Jmt —míC m^^ms B*^

ÜaW MMrMSÇ*'**

Pessoas

que

tomaram

K - «¦

am*

parte

no

almoço,

miát.

oferecido

^^imm

( Fui eu mesma quem \ P fk ' r&mà fez!" ^_

pola

Irmandade»

Modelo

Singer

de

\\UUi.

Pedol - 7 gavetas. Um dos magníficos modelos Singer. Pode ser adquir/Wo tambem com motor elétrico Singer.

S

/-1

' 7A»

i^fe, . I -r+*/IL<mjC£ '«/¦| ^EW ¦-.. '! .' F%ti' Y—f A ___________________¦ '*é^ • ¦{.***' f\ —M JA 'aSí^aMi £ B

W?W

'

Sim, é fácil aprender a costurar pelo sistema Singer, e com umaSinger. Leve, veloz, de manejo facílimo, a máquinaSinger permite a cada mulher fazer os seus próprios vestidos, segundo os melhores figurinos. Economize no feitio, para empregar a diferença na fazenda e nos enfeites. Para maiores esclarecimentos, procure o Centro de Costura Singer mais próximo. I B

^ 5_ü5^h_jH! ||l

~~N gLmm—*mm--\r

-^4 ----^HwISlIi

Todas a» agulhas e pelegitima» ça« Singer trazem a marca reglstrada SIMANCO.

CM

M3 Um belíssimo livreto SINGER, GRÁTIS I Envit-rtos nte confim e rntherd um magnífico manual ilustrado, contendo interessantes sugestões tobrt a ARTE DE COSER i DECORAÇÃO DO LAR. SINGER SEWING MACHINE CO. Caixa Poital, J967 — São Paulo Nome _ Rua Bairro Cidade E»t_

^^_m-mtm

í-M^mAmamm I ^^^^*SBi^BB^__________.__________^B MMMMMMmm. -I. r I Procurando acompanhar o surto, cada vês maior, NOVAS INSTALAÇÕES DA AGENCIA PETTINATI de instalar sua matrii de São Paulo, acaba paulista, a Agencia Pettinati, conhecida organisaçao publicitária, •«pensão dos seus negócios. O flagrante que aqui reprcduiimos é do ato inaugural da nova sede social, a na capital paulista.

AS

XI — 1941

- 75 —

da industria e do comercio com o conforto neces-ario i rua Conselheiro Crispiniano 29

0

MALHO


DR. ARMINIO FRAGA

Banco Hypotecário Lar Brasileiro S. A RUA

DO

DE

OUVIDOR,

CARTEIRA

REAL

CRÉDITO

9o'

TELEFONE —

HIPOTECÁRIA

Concede

longo prazo para construção e compra liberais. Resqate em prestações mensais, sobre o valor do empréstimo.

ACADEMIA DE MEDICINA E LIVRE CENTE DA FACULDADE

DA

de com

MOLÉSTIAS RAIOS

23-1825

empréstimos

X

o

Contratos mínimo de 1%

(Conclusão)

e

no

tes,

tregar-se

ao

agiu

que

SECÇÂO DE VENDA DE IMÓVEIS — Residências, Lojas a Escritórios modernos ; a partir de Rs. 55:000$000. Ótimas construções no Flamengo. Avenida Atlântica, Esplanada do Castelo, etc. Venda a longo prazo, com pequena entrada inicial e o restante em parcelas mensais equivalentes ao aluguel. DE

no

docorrer

ciedade o,s

IMÓVEIS.

desta

60

ótimos

vitima

6o

oração, de

presença

disse um

antecedentes

de

está

que

réu,

do

advogado,

so a

inculpabilidade

vossa

consc:oncia

maneira

neranda

é

deusa

reagindo

aos

não

Themis ! ! !

hora

absolvição

de

depois,

de

afaquas

contumaz.

Fora

vigado

nomeeao

polo

Homero

çado. . .

E

saíam

Homero

larapio

a

promotorla

uma

a

em

/

_?à

da

a

r\

_?jT-»-=-=tI ISTAOO

Colegiais??! "SM .war**

MALHO

nãq

pôde

ver-

absolvi-

a

Justiça

ira

a

secreta

e

dt

era

leçjitima nato,

I

ve»

lida

Joíesa,

reincidente,

brilhante

réu

defesa cio ad'. defesa dissera osta

sem não

saber

queria

de

advo-

apelou. . . dos lia

assister.tes, « quando "veredictum", bateu oo

o

um vizinho e disse :

Veja rando.

o senhor. Veja.

E' São

lagrimas

as

retrucou

ção,

Porém, lepata

si

o

cho-

satisfa-

médium

estivesse

este

da

outro.

algum

ali

besse

E»té

inocente. . .

percede

pensamento

te-

ou

talvez

Ho-

mero : Azar ! sou

eu

A

pátria !

au

mato

metido !

Azar

Pobre este

Eu

negro !

parde !

quem

E'

Brasil I

a Ah

advogadinho

não

F

pátria !

**-

i'itro-

mato !

Com pena de aço inoxidável para I0$000. lb$000 e 50$000 (de luxo) com pena de ouro 14 K para 22$000 ramo e nos Agenles e Distribuidores Gerais para o Brasi1:

^t__"\__E__\\___9>

— 76 —

XI

!

.nas

WEAREVER é a sua CANETA?

e 35$OCO (de luxo). À venda em todas as boas casas ^o Casa Stephen — Rua S. José, 117 — Galeria Cruzeiro.

0

em

A

com

am

criminoso

graças

o nome DURYEA

-X'L\Í_.

Sousa.

sala

so-

dados

contrariando

cabeças

agira

ombro de

juoau í_r_.~È£--—

seria

conforme»

jurados

Veri/iq ue

Agora, seus companheiros o chamam indto em cada Batuta"!... Deade qne começou a saborear altmen toa preparados com MAIZENA DURYEA, nio Ihtr cabe mau ptmitr aquele apelido! Como por milagre, teu apetite aumentou, devora com gosto as topas de creme, os legumes deliciosos e os -•q-uito. pudim preparado! com MAIZENA DURYEA .. Otxírve í i'/'".j-.7-_____.. que menino robuito! Oi alimento» preparado» com MAIZENA DURYEA submimstram a nutrição de que os organismos em drsen volvimento necessitam. As crianças, assim como a familia toda, apreciam o sabor doi prato» com MAIZENA DURYEA. Peca aem qualquer parte. t

A^ MAIZENA BRASIL S.

tudo,

vossas

as

deste

os vez,

a

nocivo),

somente

Homero

qua

expurgou

que

que

isso

estardes

juiz

• o acampamento

Sousa do

de

obstinação

dado

ha

já.

mais

essa

sobre

en-

oefesa

mais

Um

Chamavam-no de MAGRICELA

iegitima

a

(pois como — Homero

gritando não

des-

morrer : foi

dados

absolvido, "Não juiz. a

aquele

vitória

provada,

os

foi

! I Dada

Sentença

Sousa. Homero "Cóspe-Fogo",

de

esbravejando a

atrair "

como a

abundantemente

dada

de

louco,

encontrou. . .

que

condenarieis

modo

limais,

homenvnho. - -

no

não

Homero

obstinação

que

único

o

única

Meia a

da

réu

do

ção A

certeso

um

os

dizem

fitos

atheníenses

aos

elemento

querer constituir

a

PEITo&ÀU>EÁN<ílCo PELOTENSE

e

anleceden.es

péssimos

civil

guarda

como

, e

como

contar Mas,

do Conselho réu

o

Athenas

narrativa.

a

sangue

esbugalhados correndo,

saiu a

primeiro

"Senhoras

— em

após

de

poça

oiiios

vem

que

morre,

e

os

com

Homero

Depois,

Recebe depósitos em con*a corrente à vista e a prazo, mediante as seguintes taxas : CONTA CORRENTE A VISTA. 3% ao ano; CONTA CORRENTE LIMITADA, 5% ao ano; CONTA CORRENTE PARTICULAR, 6% ao «no; PRAZO FIXO : I ano, 7% ao ano, 2 anos ou mais, 7 l/2% ao ano; PRAZO INDEFINIDO : Retiradas com aviso prévio de 60 dias, 4 ':'< ao ano e de 90 dias, 5 % ao ano; RENDA MENSAL : I ano, 6% ao ano; 2 anos, T'r ao ano.

"numa

chão,

Homero

o

mensageiro

VENDA

GERAL

EM

CRIMINOSO

UM entendida

DA

FISIOTERAPIA

imóveis.

CARTEIRA COMERCIAL — Faz de.contos de efeitos comerciais e concede empréstimos com garantia de títulos da d vida pública e de empresas comerc'ais, a juros módicos.

ENCARREGA-SE

PELE

DE

Travessa do Ouvidor, 36-1. — Tel. 23-4310

a

SECÇÃO DE PROPRIEDADES — Encarrega-se de sdministração de imóveis e faz adiantamentos sobre aluguei, a receber, mediante comissão módica e juros baixos.

DEPÓSITOS

E

DO-

1941


,^Ar

_/*______

/

•—"^______

____

v"

^^

"*»

•'

(/Ai TEfOVG-O PAM O AAH (^--__

^^_

„*** /s

"^---^.

/ /

°°o / /

O

Anuárlo

dat

Senhorat

para

1942

primorosa publicarão d* luio, de grande

é

uma

mtereue

para ai Senhor... E' o manual necesiãrio a consulta do belo leio. Contém um sem número de assuntos de palpitante atração para ai Senhorai. Um luiuoio

EM

DEZEMBRO

PREÇO 8$000

volume, repleto de belíssimas gravuras sobre modas, eieqenoa.

conielnoi • enunamentot

utaia

par*

o

Ur. E' o amiqo • o conselheiro para ai Senhoras •


_/á 1 /> •*! tr

^y

X^P"blícidõd>i

Passe seus íins de semana ao ar livre, longe do bulício da cidade. Isto lhe será fácil e agradável com o auxílio de um possante motor de popa

JOHNSON jü£4^urnAÍh^zç^^ ¦ NO

FLUMINENSE YACHT CLUB

Pm

j^xfiCr^eiçaxr ¦

mesila RIO Rua do Passeio, 48 56

ttUxu*: S. PAULO-BELO HORIZONTE NITERÓI-PORTO ALEGRE -KELOTAS

Esta Revista foi confecionada nas Oficinas de Pimenta de Maio & Cia.

MODELOS DE 1,5 a 22 HP.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.