Revista O Malho

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Educacional

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ILUSTRADO

Brasil

Edição da S. A. O MALHO Diretores:

A. DE SOUZA

ANTÔNIO

E SILVA

OSWALDO DE SOUZA E SILVA JOSÉ MARIA BELLO ANO

XLI

JANEIRO PREÇO

DAS

Um ano Seis meses

24

NÚMERO —

1942

ASSINATURAS

avulso

Número

atrazado

3$000 4$000

EM TODO O BRASIL Redação e Administração TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal, 880 — Tels. 23-4422 e 43-9453 Oficinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 End. Teleg.: O MALHO

I -— 1942

exemplar.

35$000 18$000

Número

ESTE

O número de 15 de Janeiro da "ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA" é dedicado inteiramente ao ensino no Brasil, sendo uma edição de mais de 100 páginas e que será vendida a 10$000 o

NÚMERO

CONTÉM

78

A MANEIRA SEGURA de combater a FRAQUEZA SEXUAL As pessoas qua têm • seu organismo exgotado, s*ntindo-se, porisso, desanimadas, pessimistas e sem vontade para o trabalho ou para o prazer, devem combater esses estados depressivos, usando um medicamento de ação segura e eficaz. VIRBIN, que é um produto rigorosamente cientifico, e • medicamento que se deve aconselhar a essas pessoas, porque VIRBIN e e mais poderoso tônico nervino que existe à venda. Com o use de VIRBIN, o doente vê seus males desaparecerem em poucos dias. A falta de memória, a irritabilida.de, a insônia, a díspepsia e todos os estados de depressão, que ocasionam • FRAQUEZA SEXUAL em ambos os sexos, são eficazmente combatidos pelo poderoso VIRBIN, que pode ser usado em elixir, comprimidos ou injeções. VIRBIN restaura, de maneira segura, a vitalidade per* dida, fortalecendo a esfera sexual sem viciar o organismo e sem ser excitante, sendo que, por essa razão, a classe médica o recomenda e o receita para o combate à fraqueza nervosa e genital. Não encontrando VIRBIN nas Farmácias ow Drogarias, escreva ao Depositário —Caixa Postal 187*, S. Paul».

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Panorama

ILUSTRADO

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Educacional Brasil

Edição da S. A. O MALHO Diretores:

ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA JOSÉ MARIA BELLO XLI — NÚMERO

ANO

JANEIRO PREÇO

DAS

24

1942

ASSINATURAS

35$000 Um ano 18$000 Seis meses Número avulso 3$000 Número atrazado 4$000 EM TODO O BRASIL Redação e Administração TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal, 880 — Tels. 23-4422 e 43-9453 Oficinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 End. Teleg.: O MALHO ESTE NÚMERO CONTÉM

I — 1942

O número de 15 de Janeiro da "ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA" é dedicado inteiramente ao ensino no Brasil, sendo uma edição de mais de 100 páginas e que será vendida a lOfOOO o exemplar.

JI MANEIRA SEGURA de combater a FRAQUEZA SEXUAL Às pessoas que fim • seu organismo •xgotado, senfindo-se, porísso, desanimadas, pessimistas e sem vontade para o trabalho ou para o prazer, devem combater esses estados depressivos, usando um medicamento ae ação segura e eficaz. VIRBlN, que é um produto rigorosamente científico, é o medicamento que se deve aconselhar a essas pessoas, porque VIRBlN é o mais poderoso tônico nervino que existe à venda. Com o use de VIRBlN, o doente vê seus males desaparecerem em poucos dias. A falta de memória, a irritabüidade, a insônia, a dispepsia e todos os estados de depressão, qu« ocasionam a FRAQUEZA SEXUAL «m ambos os sexos, são eficazmente* combatidos pelo poderoso VIRBlN, que pode ser usado em elixír, comprimidos ou injeções. VIRBlN restaura, de maneira segura, ¦ vitalidade perdida, fortalecendo a esfera sexual sem viciar o organismo e sem ser excítante, tendo que, por essa razão, a classe médica e recomenda e o receita o combate a fraqueza nervosa e genital. Não encontrando VIRBlN nas rara armadas ow Drogarias, escreva ao Depositário — Caixa Postal 1874, S. Paula.

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FALTA

Fosfato! 4 a fórmula cientffica maia concentrada em loafatoa a da BMimilaçSn imadiuta.

Logo depois da. primeira* colheradas ou injeções, •enttr-ae-á outro! ANIMADO! FORTE! DISPOSTO para > trabalho e para 0 prazer I

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liii|iiietaçno! Ainda mal despertos, saltam do leito, olham em torno, e vão, pela janela aberta, para o espaço, mergulhar na paisagem de ouro e anil... E como são robustos e sadios sobem os morros, correm os prados, pulam os rios... Nada, nada os detém, na sua inquietação! Mas, se tu passas, sedentos de beleza e de mistérios, ficam circuntraçando cs teus contornos, teimosamente, como se quisessem arrancar-te do ambiente, como se procurassem r_eortar-te, como se recorta uma gravura ds arte...

CASINO COPACABANA

Mas, tu desapareces no caminho, e eles, inúteis pela tua ausência, ficam tristes, sem brilho e se fecham Sonham que tu — Mulher anônima, tu, Mulher-síntese de todos os amores, hás de voltar... E eles brilham, de r.ovo para te esperar!...

e sonham...

Meus pobres olhos sonhadores... Mário Lopes de Castro

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CASINO COPACABANA

Mas, tu desapareces no caminho, e eles, inúteis pela tua ausência, ficam tristes, sem brilho e se fecham Sonham que tu — Mulher anônima, tu, Mulher-síntese de todos os amores, hás de voltar... E eles brilham, de r.ovo para te esperar!...

e sonham.

Meus pobres olhos sonhadores. Mário Lopes de Castro

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Raimundo Rodrigues Fazendo um ligeiro balanço nos destinos dos homens que viveram submetidos ao imperativo de sua consciência e de seus deveres, não se deve deixar perder no turbilhão o nome de Raim undo Corrêa Rodrigues aqu-Ia figura apostolica que sincronisava aos seus melhores anseios toda a existência da empreza em que empregava sua atividade. Era o chefe dos escritórios da Companhia América Fabril, nele, se refletiam, vivas e as palpitantes, múltiplas atividades da poderosa organisação, sem que nenhum detalhe, por menor que fosse, escapasse à sua percepção para se perder no oilvido ou no alheiamente. Era, portanto, um livro humano. Nele se poderia lêr tudo na convicção de que estivesse contemplando e sentindo o explendor das grandes realidades. No seu posto não via em si mesmo senão o

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Característica próPr° vetdadeid0 homem e a catamente culto de aproveiparidade somente os "tosn°o toi. de sua Própna tam e.peri-ncia, mais alheia. da bem os "Stejan Zseeig"

ECONOMIZAR

É

ENRIQUECER

*Kosmos* CPPITflLiSRÇQO S.fl SEDE: RUA DO OUVIDOR, 87 - RIO DE JANEIRO Capital 2.000:000$000 - .Realizado 800:000$000

Escritório em S. Paulo: R. Alvares Penteado, 24-2'

executor, em fôrma e em estilo, de tudo quanto refletisse o interesse da empreza a que servia, e que tambem compreendia o amor de seu auxiliar as responsabilidades que lhe tocavam. Daí, ter por vezes o aspéto singular do cético, quando, ao contrário, era um crente, como se toruaria fácil de constatar num sim1

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pies encontro, fora do âmbito com que operavam. Aí, não mais se encontrava o homem sombrio e reservado, mas outro absolutamente diferente, alma aberta ao sol, sorriso franco e aberto. Nessa grande atividade Raimundo Rodrigues viveu longos anos, menos que o necessário, mas, se Deus assim o quis, aceitemos Sua vontade. — 5 —

- C. P. 2798 - Tels. 2-8707 e 3-1382

Nos escritórios da América Fabril foi, agora, inaugurado o seu retrato, e ali, simbolisará o trabalhador consciente, que soube corresponder à confiança que depositam nele seus chefes, para que os que o encarem cultivem o espírito de sacrifício para bem servir às causas que abraçarem e, por essa fôrma, servir tambem ao Brasil. O

MALHO.


Raimundo Rodrigues um Fazendo ligeiro balanço nos destinos dos homens que viveram submetidos ao imperativo de sua consciência e de seus deveres, não se deve deixar perder no turbilhão o nome de Raim u n d o Corrêa Rodrigues aqueIa figura apostolica que sincronisava aos seus melhores anseios toda a existência da empreza em que empregava sua atividade. Era o chefe dos escritórios da Companhia América Fabril, nele, &e refletiam, vivas e as pa.piitantes, múltiplas atividades da poderosa organisação, sem que nenhum detalhe, menor que por fosse, escapasse à sua percepção para se perder no olvido ou no alheiamente. Era, portanto, um livro humano. Nele se poderia lêr tudo na convicção de que estivesse contemplando e sentindo o explendor das grandes realidades. No seu posto não via em si mesmo senão o

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incontestável o beneficio que as Capitalisações prestam Elas vão buscar na economia popular as peque-

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Escritório em S. Paulo: R. Alvares Penteado, 24-2

executor, em fôrma e em estilo, de tudo quanto refletisse o interesse da empreza a que servia, e que tambem compreendia o amôr de seu auxiliar às responsabilidades que lhe tocavam. Daí, ter por vezes o aspéto singular do cético, quando, ao contrário, era um crente, como Se tornaria fácil de constatar num simI — 1942

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pies encontro, fora do âmbito com que operavam. Aí, não mais se encontrava o homem sombrio e reservado, mas outro absolutamente diferente, alma aberta ao sol, sorriso franco e aberto. Nessa grande atividade Raimundo Rodrigues viveu longos anos, menos que o necessário, mas, se Deus assim o quis, aceitemos Sua vontade. — 5 —

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- C. P. 2798 - Tels. 2-8707 e 3-1382

Nos escritórios da América Fabril foi, agora, inaugurado o seu retrato, e ali, simbolisará o trabalhador consciente, que soube corresponder à confiança que depositam nele seus chefes, para que os que o encarem cultivem o espírito de sacrifício para bem servir às causas que abraçarem e, por essa fôrma, servir tambem ao Brasil. O

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NnpnLmnDnmno!

Uma dose de ENO medida à palma da mão e jogada em meio copo dágua e pronta a bebida salutar que nos mantem em forma e nos garante a saúde! Mas não confunda: —

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A GLORIA Voltando das exéquias do maréchal Lyautey, o marechal Petain contava que no dia seguinte da finalisação da Grande Guerra fez uma peregrinação na cidade, em cuja guarniçáo êle tinha servido como tenente. A hoteleira que o acolheu tinha sido outróra a criada da pensão onde êle tomava as suas refeições. Petain pediu-lhe noticias daqueles a

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quem conhecera na mocidade morando na mesma "pensão". Depois disse o seu nome. —• "Petain"? disse a hoteleira, lembro me bem desse nome, era um joven tenente, garbosô, inteligente, muito alegre. Deve ser agora major ou talvez mesmo coronel. O marechal conheceu-o? —• Sou eu Madame... — E eu que servi um tenente, tenho a glória de servir agora um grande marechail de França!

AS ARTES E SEUS CULTORES Vale um povo, tambem, pelo coeficiente de sua cultura. Este nivela e as vezes até eleva o seu esponencial no concerto geral dos diversos paises, marcando-o como valor e como força mental. No Brasil há, no seio do povo, uma tendência animadora para a cultura, maximé a cultura artistica representa que uma apreciável manifestação de sua tendência para o requinte da sensibilidade.

Pelos nossos bairros espalham-se agrupamentos que se enquadram perfeitamente nesta tese. Haja vista, por exemplo, o Centro Musical, da Fabrica de Tecidos Carioca, â rua Pacheco Leão. Notamos ali a formação de um grupo de operários desse estabelecimento que cultiva não somente a música mais ainda o drama e comedia, com muito gosto e imenso carinho, o que significa uma bela conformação do que apontamos, além de ser motivo para sincero desvanecimento para todos. E' um aspéto de nossa cultura que bem poderíamos encarar com firmeza, para que ela se estendesse por todo o nosso querido torrão.

EQUITATIVA SEGUROS

DE

Fundada PRESIDENTE: A

EQUITATIVA

é a

ÚNICA

DR.

Sociedade

em

VIDA I896

FRANKLIN de

opera em Sorteios, com prêmios pagos em dinheiro companhia mútua de Seguros de Vida. A

SAMPAIO

Seguros de Vida em todo o território nacional, que à vista. A EQUITATIVA, em todo o Brasil, é a Única EQUITATIVA pertence aos seus segurados.

Pagamentos efetuados de 1 de Janeiro a 29 de Novembro de 1941

A Equitativa, até 30-12-1940, Pagou: SINISTROS

Rs.

60.376:000$000

SINISTROS . . , ... LIQUIDAÇÕES

LIQUIDAÇÕES

Rs.

96.305:000$000

SORTEIOS . .

SORTEIOS

Rs.

28.560:000$000

Rs. Rs.

3.648:000$000 5.000:000$000

Rs.

750:000$000

Apólices liberais — Apólices com Sorteios em dinheiro à vista — Apólices de dotação de crianças — Apólices de garantia de empréstimos hipotecários — Seguro Comercial — Seguro em Grupo. AGÊNCIAS

EM

TODOS

SEDE:

RIO

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A GLORIA Voltando das exéquias do maréchal Lyautey, o marechal Petain contava que no dia seguinte da finalisação da Grande Guerra fez uma peregrinação na cidade, em cuja guarnição êle tinha servido como tenente. A hoíteleir-a que o acolheu tinha sido outróra a criada da pensão ande êle tomava as suas refeições. Petain pediu-lhe noticias daqueles a

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AS ARTES E SEUS CULTORES Vale um povo, tambem, pelo coeficiente de sua cultura. Este nivela e as vezes até eleva o seu esponencial no concorto geral dos divejsos paises, marcando-o como valor e como força mental. No Brasil há, no seio do povo, uma tendência animadora para a cultura, maximé a cultura arrepresenta tistica que uma apreciável manifestação de sua tendência para o requinte da sensibilidade.

Pelos nossos bairros espalham-se agrupamentos que se enquadram perfeitamente nesta tese. Haja vista, por exemplo, o Centro Musical, da Fabrica de Tecidos Carioca, â rua Pacheco Leão. Notamos ali a formação de um grupo de operários desse estabelecimento que cultiva não somente a música mais ainda o drama e comedia, com muito gosto e imenso carinho, o que significa uma bela conformação do que apontamos, além de ser motivo para sincero desvanecimento para todos. E' um aspéto de nossa cultura que bem poderíamos encarar com firmeza, para que ela se estendesse por todo o nosso querido torrão.

EQUITATIVA SEGUROS Fundada PRESIDENTE: A

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opera em Sorteios, com prêmios pagos em dinheiro companhia mútua de Seguros de Vida. A

Seguros de Vida em todo o território nacional, que à vista. A EQUITATIVA, em todo o Brasil, é a Única EQUITATIVA pertence aos seus segurados.

Pagamentos efetuados de 1 de Janeiro a 29 de Novembro de 1941

A Equitativa, até 30-12-1940, Pagou: SORTEIOS

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SINISTROS LIQUIDAÇÕES

LIQUIDAÇÕES

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SORTEIOS

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Apólices liberais — Apólices com Sorteios em dinheiro à vista — Apólices de dotação de crianças — Apólices de garantia de empréstimos hipotecários — Seguro Comercial — Seguro em Grupo. AGÊNCIAS SEDE:

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O "Leite dc Rosas" c a maior amiijo da beleza feminina. — Maria Duarte

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Leite dc Rosas" c insubstituível e mdispensável, ¦ na " toiicttc" diária, a quantos se dedicam a esportes e teem o nobre culto da plástica e da educação artística. — Maria Olenewa,

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arte de ser bonita — complexa c difi— torna-se mais fácil e agradável com uso adequado do maravilhoso "Leite Rosas". — Olga Praguer Coelho

E'-mc sobremodo grato declarar que uso diariamente o maravilhoso "Leite de Rosas" após barbear-me, porque dentre seus similares julgo-o sem igual. Taindcm no balcão de minha farmácia indico-o para as moléstias parasitárias, com snrprcendentes resultados. — J. M. Bclcm Car-

neiro.

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A cirurgia estética tem nele (Leite dc Rosas) um auxiliar plástico poderoso c insubstituivel- -— Dr. Augusto Linhares Três mulheres bonitas, exímias na arte de sublimar, com os recursos modernos, o encanto do "eterno feminino", três autenticas sensibilidades de artistas — uma poetisa, uma bailarina e uma cantora — grandemente conhecidas e festejadas, exprimem, nesta "Leite página, o seu entusiasmo pelo de Rosas" que consideram o maior amigo da beleza feminina. Por sua vez, três homens de ciência — dois médicos de renome e um ilustre e conceituado farmacêutico — sentinelas da saúde e da perfeição plástica, exaltam as qualidades maravilhosas desse famoso produto brasileiro, tão intimamente ligado à vida da mulher atual, orientada no novo sentido da beleza feminina. E' a voz da beleza fazendo coro com a voz da ciência para preconizar o "Leite de Rosas", excelente fixador do pó de arroz, de aroma divino e que, usado como recomenda a Ijteratura que acompanha cada vidro, limpa, alveja e arcada a pele, conservando-a, bem como as vestes, permanentemente perfumada.'

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. O "Leite de Rosas" c um bom produto, e principalmente como desorante eu o rccomendo sempre às minhas clientes, quc se têm manifestado imensamente satisfeitas com cie. — Dr. Carlos Alberto dc Souza.

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O "Leile de Rosas" c o maior amigo da beleza feminina. — Maria Duarte

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de Rosas" é insubstituível e indispensável, na "toilette" diária, a quantos se dedicam a esportes e teem o nobre culto da plástica e da educação artística. — Maria Olencwa,

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A cirurgia estética tem nele (Leite de Rosas) «»,*! auxiliar plástico poderoso c insubstituível. -— Dr. Augusto Linhares Três mulheres bonitas, eximias na arte de sublimar, com os recursos modernos, o encanto do "eterno feminino", três autenticas sensibilidades de artistas — uma poetisa, uma bailarina e uma cantora — grandemente conhecidas e festejadas, exprimem, nesta página, o seu entusiasmo pelo " Leite de Rosas" que consideram o maior amigo da beleza feminina. Por sua vez, três homens de ciência — dois médicos de renome e um ilustre e conceituado farmacêutico — sentinelas da saúde e da perfeição plástica, exaltam as qualidades maravilhosas desse famoso produto brasileiro, tão intimamente ligado à vula da mulher atual, orientada no novo sentido da beleza feminina. E' a voz da beleza fazendo oôro com a voz da ciência para preconizar o "Leite de Rosas", excelente fixador do pó dc arroz, de aroma divino e que, usado como recomenda a Hteratura que acompanha cada vidro, limpa, alveja e aroacia a pele, conservando-a, bem como as vestes, permanentemente perfumada.'

I — 1942

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O "Leite de Rosas" é um bom produto, c principalmente como desorante eu o recomendo sempre às minhas clientes, que se têm manifestado imensamente satisfeitas com ele. — Dr. Carlos Alberto dc Souza.

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LIVROS

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AUTORES

LENDAS DA POLÔNIA

Prefaciado pela escritora D. Maria Eugenia Celso, vem de aparecer gm excelente volume de autoria de Eva Wedber, no qual a autora reuniu belas lendas polonesas, todas cheias daquele exquisito sabor que .teem as narrações oriundasdaquela parte da Europa. Escrito com singeleza, mas com espírito e sentimento, é um livro ameno, além de instrutivo, que está destinado a despertar interesse entre os que apreciam obras assim delicadas e tocadas de certo exotismo natural.

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E'o pedido insiinctivo de quem experimenta CASCATINHA-acerveja pura, leve e do mais agradável sabor, fabricada com as excellentes águas da Ser. ra da Tijuca. A sua superior qualidade satisfaz plenamente aos mais exigentes.

AOS MENINOS DO MEU BRASIL

Um belo volume, contendo os mais sadios ensinamentos morais e cívicos, é o que ofereceu à juventude brasileira o Dr. Carlos Augusto Moreira Guimarães, bri'hante figura do nosso meio jurídico doublé de intelectua' e dono de estilo claro, versando os assuntos em linguagem serena e agradável. "Cartas aos meninos do meu Brasil" é um verdadeiro catecismo para a mocidade, além de conter páginas de excelente narração histórica, merecendo, por isso, a atenção de todos os pais e professores.

AO PEDIR UMA CERVEJA, DIGA APENAS-

CASCATINHA

CANTO DO CANAVIAL

Benilde Dantas, poeta que se fará notado sensibilidade, ao por sua estranha "Canto qua do parece está estrelando com Canavial". E' um livro magrinho, de apenas cincoenta e tantas páginas, mas capaz, pela vibração dos poemas que encerra, de despertar emoções ao leitor.

GRIPE/ / RESFRIADO/ NEVRALGIA/

Cantando a vida dos engenhos, poetando em torno do canavial, dos carros de bois cheios de cana, e de outros temas agrestes e bem nossos, Benijde Dantas fez ótima coletânea de versos que a gente lê com agrado verdadeiro.

A ILUSÃO MAÇONICA

O sr. Ramos de Oliveira, escritor católico, autor de um romance social e de duas obras sobre socialismo, vem de publicar "A Ilusão Maçonica", reunindo uma série de artigos que. originariamerte vieram à luz no órgão oficial da Diocese de Juiz de Fora. Nesse ooúsculo, inegavelmente bem pensado e bem estuda a Maçonaria e sua atuação na sociedade, naturalmente sob o ponto de vista de suas convicções religiosas. escrito,

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A edição é do autor, que livros de sua autoria.

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A Biolioteca de Educação Sexual da LiMULHER Civilisação Brasileira Editora, que FRIA vraria tantos livros excelentes tem lançado, vem "A 15.° volume agora ds oferecer aos estudiosos o seu Mulher Fria", minucioso estudo da frigidez feminina, pelo prof. W. Sheckel, cuja tradução foi confiada ao Dr. Luis Arnojd. Trata-se de uma apreciável contribuição, que será bem compreendida certamente pelo público, já habituado às louváveis iniciativas da grande editora carioca. A

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Escrito com singeleza, mas com espírito e sentimento, é um livro ameno, além de instrutivo, que está destinado a despertar interesse entre os que apreciam obras assim delicadas e tocadas de certo exotismo natural.

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Benilde Dantas, poeta que se fará notado sensibilidade, ao por sua estranha "Canto quo estrelando com está do parece Canavial". E' um livro magrinho, de apenas cincoenta e tantas páginas, mas capaz, pela vibração dos poemas qu<3 encerra, de despertar emoções ao leitor. CANTO DO CANAVIAL

Cantando a vida dos engenhos, poetando em torno do canavial, dos carros de bois cheios de cana, e de outros temas agrestes e bem nossos, Beniide Dantas fez ótima coletânea- de versos que a gente lê com agrado verdadeiro.

O sr. Ramos de Oliveira, escritor católico, autor de um romance social e de duas obras sobre socialismo, vem de publicai "A Ilusão Maçonica", reunindo uma série de artigos que. originariamente vieram à luz no órgão oficial da Diocese de Juiz de Fora. A ILUSÃO MAÇONICA

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Reunindo em um lindo volume, ótimamente impresso, diversos trabalhos, Edgar Proença acaba de fazer editar, pela Editora Anchieta Lida., de "GRAVETOS". São Paulo, o seu livro Prefaciado por Menotti dei Picchia, o trabalho que está à venda em rodas as nossas livrarias mereceu do pre¦ faciador e das mais confie__^ ¦¦!__ ¦' __________ ___¦_-__ cidas figuras da crítica bra"' Ammm\ __E____ ¦ calorosos os mais sileira, elogios e grandes aplausos.

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O Sr. Bencval de Oliveira é um dos mais vigorosos escritores da nova geração. "Bub". Acaba de publicar que é, sem dúvida, um litro de grande objetividade, revelando aspectos vivos do Brasil, do ponto de vista geográfico, econômico c social.

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"EX Como terceiro volume da coleção CELSIOR", a Livraria Martins Editora, de São Paulo, acaba de lançar a obra de Charles Dickens — A VOZ DOS SINOS. Trata-se, sem dúvida alguma, de um dos mais belos e comoventes voiumes do grande romancista inglês. Simples e humano, impregnado dessa envolvente e mágica poesia que tanto caracterisa a obra dickeseana, A VOZ DOS ^INOS dá bem a medida da humanidade do seu autor Toby Veck, Meg, Fern, Liii e todos os outros personagens que Dickens movimenta com tanta arte, são criaturas impereciveis, falam diretamente à nossa alma. São de todos os tempos e logares. A VOZ DOS SINOS

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O Sr. Beneval de Oliveira é um dos mais vigorosos escritores da nova geração.". "Bub Acaba de publicar que é, sem dúvida, um livro de grande objetividade, revelando aspectos vivos do Brasil, do ponto de vista geográfico, econômico c social.

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Maria! Maria!... O homem chegou ofegante e empurrou a porta do barracão de lata. Ninguém respondeu. A porta rangeu ao seu contac+o e êle esgueirou-se sutil. Riscou um fósforo. Procurou o Iampeão. Acendeu-o. No chão, na esteira de palha, dormia a mulher, o seio fóra da camisa e [unto adormecida uma criança loura. O homem olhou o quadro e sorriu. Atirou o chapéu esburacado a um canto, sentou-se n'um caixão de querozene e coçou a cabeça n'um gesto desalentado. Procurou nos bolsos do casaco de mescla cheio de remendos uma ponta de cigarro e chegou-a à chama do lampeão. Tirou uma tragada, olhou para a mulher que dormia e chamou: Maria! Maria! Quiz desperta-la, porém teve pena e deixou-a dormir. Era melhor que dormisse. Assim não sentiria fome. Bastava êle, que sentia a revolta do organismo sem alimento desde a vespera. Que vida, meu Deus! exclamou. Sem trabalho há três anos. Vivendo de malabarismos incriveis, e passando fome com esta mulher e aquele filho. Já experimentara tudo. Fóra até mendigo e a falta de sorte acompanhando-lhe como um cão pestoso, como sua própria sombra. Lembrava agora da vez que pedira a mulher que procurasse um outro. — Ainda era tão nova! — A criança, ènjeita-la-ia. Tem tanta gente por aí que tem vontade de adotar uma criança... no último caso deixa-la-ia n'um banco de praça e sairia correndo.

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Todo o dia a gente não vê nas gazetas, notícias de crianças perdidas?!... Não! não posso deixar-te agora... foste sempre tão bom para mim... Já é tempo de deixar as ilusões, Maria! Os desgraçados não teem direito a ter sentimentos. Até estorvas minha vida. Podia jogar-me sob as rodas de um automovel de luxo ou mesmo de um trem e ganahria a salvação e quatro linhas na secção policiai dos jornais. As vezes penso que devia maltratarte. Ser máo, embriagar-me e pôr-te aos ponta-pés para o meio da rua. Entanto es tão amorosa que chegas a causar-me lastima... Porque pensava agora nestas coisas? Porque dera um golpe infeliz? Ora... amanhã, talvez... A mulher mexeu-se entre os trapos. Os olhos feridos pela luz do lampeão, fizeram-na levantar-se assustada. Já sé acostumara a estes sobressaltos: Que foi? Como foi? Alguém te bateu? Nada, Maria... foi nada... vai dormir. O guarda noturno estragou tudo... tropecei, o saco caiu. O malvado não atirou porque não quiz. E ainda disse ide perversidade: Papá-Noel, olhe o seu saco... Pela frincha do telhado a lua jogou uma talhada de luz sobre a cabeça do menino que dormia, parecendo uma aureóla de santo de nicho de casa pobre... Os sinos distribuíam dentro da noite festiva o convite sonoro para a Missa do galo...

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Era melhor que dormisse. Assim não sentiria fome. Bastava êle, que sentia a revolta do organismo sem alimento desde a véspera. Que vida, meu Deus! exclamou. Sem trabalho há três anos. Vivendo ,de malabarismos incriveis, e passando fome com esta mulher e aquele filho. Já experimentara tudo. Fora até mendigo e a falta de sorte acompanhando-!he como um cão pestoso, como sua própria sombra. Lembrava agora da vez que pedira à mulher que procurasse um outro. — Ainda era tão nova! — A criança, ènjeita-la-ia. Tem tanta gente por aí que tem vontade de adotar uma criança... no último caso deixa-la-ia n'um banco de praça e sairia correndo.

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Do que a lembrança da simplicidade... Saí para colher as rosas raras, Tão lindas, orvalhadas no jardim, Tão diferentes dessas jóias caras! E no perfume que elas exalavam Despetalando rimas para mim, Encontrei o presente que te davam. HUMBERTO CÉSAR MARTINS

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Se a vida me castiga, é o sonho que me abriga; Se o sonho me intimida, eu fujo para a vida... :'^Bffllilli ll'ffr

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Há momentos, porém, em que ambos, em conjura, se se voltam contra mim,

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Para o teu devaneio e encantamento, Não encontrei nas lojas da cidade, O que dissesse ao teu temperamento, A expressão mais sincera da verdade... A vida nos ensina em tal momento Que predomina a naturalidade, Nada melhor exprime o pensamento

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Do que a lembrança da simplicidade... Saí para colher as rosas raras, Tão lindas, orvalhadas no jardim, Tão diferentes dessas jóias caras! E no perfume que elas exalavam Despetalando rimas para mim, Encontrei o presente que te davam. HUMBERTO CÉSAR MARTINS

Variedade,

Quaiidade Qualidade

MI0WIEIS MIOWIEIS

e Economia

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maior gaieria (A malor galeria, de moveis do Rio) Para vossos moveis um s6 só endereso: endereço: Rua I — 1942

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O casal Francisco de Paula Lobo, que co- , memorou a 6 de Novembro suas bodas de prata. O Sr. Paula Lobo é tesoureiro da Casa da Moeda, onde desfruta grande estima e sua esposa, D. Zelinda Rodrigues Silva de Paula Lobo dirige com rara proficiencia o Colégio Paraíba.

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Enlace Senhorinha Lieselote Muter — Dr. Helmar Bastos Tavares Devoto.

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O casal Francisco de Paula Lobo, que comemorou a 6 de Novembro suas bodas de prata. O Sr. Paula Lobo é tesoureiro da Casa da Moeda, onde desfruta grande cstima e sua esposa, D. Zelinda Rodrigues Silva de Paula Lobo dirige com rara proficiencia o Colégio Paraíba.

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rinos, 159 ckstroyers, 37 cruzadores de batalha, 17 cou-

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raçados e 6 porta-aviões, com o concurso dos quais detenderá os princípios da liberdade e da democracia, assistido pela solidariedade de todas as nações do continente americano. Vemos nesta página cruzadores pesados da "U. S. Navy" em manobras de guerra, em linha de combate e realisando umá curiosa operação para varrer o inimigo, e em frente 4 dos seis possantes canhões do ''Idaho", postos em nivel para carregar.


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raçados e 6 porta-aviões, com o concurso dos quais defenderá os princípios da liberdade e da democracia, assistido pela solidariedade de todas as nações do continente americano. "U. Vemos nesta página cruzadores pesados da S. Navy" em manobras de guerra, em linha de combate e realisando uma curiosa operação para varrer o inimigo, e em frente 4 dos seis possantes canhões do "Idaho", postos em nivel para carregar.

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canto do bosque da Vida, a Música. a poesia, a Pintura e a Escultura, alplomátlca e solenemente, discutiam. Disputavam, na barafunda dos argumentos — às vezes, falsas verdadea, ou verdades falsificadas — a primazia, no mundo daa cousas belas e apreciáveis. Era uma discussão Interessante. Nlno minlmo guém gesticulava; nao se ouvia meditação. Tudo era silêncio e ruído Creio, só entre as Artes, uma pugna assim se procede. Entre todas, lá estava Cupido, representante oficlalisslmo do Amor, que, lépido, corria em volta delas. Falou, a princípio, a Música, filha de Euterpe... Esta, no alvoroço de suas palavras, sublimes tal ela mesma, argumentou, em sua bondosa linguagem: dizendo "Nem uma de vós, é como eu... Nem uma de vós, expressa tão bem o sentimento do artista... Eu, só eu, o ritmo, a melodia, o sentimento externado, consegui entumescer, em êxtase, o seio mais puro da mais pura donzela... Eu, só eu, no Impulso verdadeiro da Inspiração, consegui, nos domínios da Inteligência e dc Talento, represervada pelo Gênio, acalentar os que sofrem... Sou, talvez, um bálsamo; quem sabe?" Essas palavras saíam doces, mas orgulhosas. Sentia-se, quando ela falava, um som melodioso, um vibrar tênue, desses vibrares que só a alma da gente percebe... Sim só a alma da gente — porque tudo era silêncio, ainda. I_ogo após falou, secundando-a, a Poesia, que argumentou de modo mais sincero: "Minha colega, a Música, falou da sua melodia... Não é menos real a que possúo... Um verso quebrado, uma rima dissonante, logo nos fere o ouvido. Dai, também, a melodia no verso. Ademais, não

R RRTE (DRTER FRIGDIANO GUIMARÃES basta ter ouvido para escutar-me, como acontece à minha nobre amiga; a música, levada pela melodia, pelo ritmo, que são seus característicos, tem, com facilidade a admiração de todos. Eu só aos cultos aos intelectualmente desenvolvidos, Interesso. Atualmente, valho muito mais. Sou até filosofia, além de amor, sentimento, dôr, mágoa, que sempre o fui. Quem vos representou, senhoras, melhor do que Homero a mim? Esse Homero cujo berço é cousa dlsputadísslma... Conhecels porventura, Esquilo ou Virgílio? Que dizeis de Dante? Imortal, tornou-o a Divina Comédia... E Camões? Os Luzíadas. hoje, são não poesia somente; mas também obra de estudo, cadastro histórico de Portugal, falemos de Lamartine, de Hugo de Castro Alves; de La Fontaine, o lnimitável... Falemos e calemo-nos para sempre"... Falou por sua vez a Pintura: "Sinto-me forçada a vos aplaudir por tão notáveis argumentos mas à Verdade tao ninguém foge. Rio-me até de vcr-vossabeis convictas das vossas Teses quando que a Vida a própria Vida sem côro colorido, é cousa nada significa. O segredo da sublime. O artista quando pinta um retrato notam-se todos os traços fisionômicos. faz com que Quando nlnta uma paisagem,acardumam, e as cores, pinceladas que se ofereçam representam, nada certo de que ao observador a percepção exata do real, . do verdadeiro. os GeSe eu tivesse de enumerar todos domimeu o sob nios que se Imortalizaram nio multo teria que citar. Lembro-vos, sómente, o que é necessário. Honro-me de os ter para mim, unicamente para mim, da vultos de Rafael, Murilo, Leornardo o Vinci, Millet, Corot, Courbet, Manet e grego Apeles, que devido à sua descomunal alma de artista, foi vítima de várias tendas que, ainda assim, muito concorreram sua celebridade". para "Admiro ciciou tímida a Escultura — a nossa colega, a Música, argumentar tao bem e se esouecer dos seus Beethovens, Webers Mendelshons, Schumanns, Schuberts, Berlioz, Gounods, Liszts, Carlos Gomes, dos seus Verdis e outros... Todas vós tendes razão, senhoras. Todas vós tendes a pretensão de ser a primeira. Quanto a mim, nada posso clamar. Não quero ser suspeita em falar de mim comigo mesma. Que adiantaria dizer que Vioiietse notabilizaram Carpeaux, Rodin, le Duc, Manet e outros, pois se sei que sou pouco apreciada; pois se sei que de nada valem meu buril e meu cinzel?... Portanto convido-vos, senhoras para que, reunidas façamos um concurso, onde possamos expor nossas Obras-Primas, tirando assima conclusão que necessitamos". Bravos! — aplaudiram todas. _ E quem nos julgará? — perguntou a Música, um pouco preocupada. _ convidemos a Ciência — retrucou a

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Escultura. Ela é honesta, e, alem disso, tudo sabe,.. ótima, tua idéia cara colega... — disse a Pintura contente. Sobre aquele ambiente, uma nuvem Imensamente espessa, pairou... Após viase. ali mesmo, uma grande sala, toda atapetada e cheia de reposteiros, que mudavam de côr, de acrodo com o gosto de quem os via. Uma tribuna esbelta, a um canto da saIa, se erguia. A mesa que as havia de julgar, era toda coberta por um veludo lin.disslmo, com desenhos a ouro. E cintllava... Ao centro da mesa, risonha, bonachã, melo sabiscaida, lá se encontrava a Ciência, a boa velhinha que nos açode no decorrer de cada século que passa. Sua fistonomla tudo indicava... Era como se ela mesma falasse: Ser útil, é o meu eterno desejo... Os Deuses, representantes de todas as Artes, ladeavam a Ciência. Numa poltrona expléndida, que mais parecia um trono, lá estava a Justiça, a impassível, justiça convidada de honra. Distribuído o material, todas as concorrentes iniciaram a sua Obra. A Poesia, desesperada, procurara, embaide, uma rima... E nâo vinha... Isso a indignava... Tudo a perturbava... As palavras saiam ásperas... Um verbo duro. Uma cousa horrível... Em lágrimas, já lamentava sua mesquinha situação. No mesmo momento a Música, também n.uma agonia louca, resgava suas composicões... Não aparecia uma nota que a satisfizesse... A pintura grunía atirada sobre seu cavalete. Aquilo não erá pintura; eram borrões. E que borrões pavorosos!... Falhavam as pinceladas, falhava tudo. A Escultura, esta, sentada na sua banqueta, calma mas receiosa, em pensamentos, tentava crear a sua Obra. Nisso aparece, à frente de um dos repôstetros que volteavam a sala, uma explêndida mulher, de formas divinamente esculturais, coberta, unicamente, por uma gaze alvlssima e sedosa. Atônitas as Artes voltaram-se para ela, num ar de admiração. A bela dama, aproxima-se da mesa e pede à Ciência para falar às candidatas. Esta logo permite Então, diz ela: Senhoras, Deus o Creador do Universo, vendo-vos em tão grandes apuro», aqui me mandou para que vos auxilie. Sou, como o sabeis, a Inspiração..." E desapareceu... A sala de repente se transformou. Um perfume suavíssimo de rosas dominou o recinto... No espaço jaziam fôrmas divinals... Era como se fôsseAi modelos... harmonia, dominava... Um som, todo Havia um colorido que extasiava... E as fisionomias mudaram... Julgadas todas as Obras, levantou-se a Justiça de sua poltrona e falou: "Senhoras, a Ciência não podia ser mais judiclosa no seu julgamento. Por mais oue quizesse classificar-vos. foi impossível. Todas vós produzis Obras Primas. A Arte é assim mesmo. Depende do talento e da inteligência, quando se trata do artista; e da Inspiração, quando se refere à parte Divina, à parte do Deus Creador. Portanto, amigas, toda a Arte é Arte, desde que haja a Inspiração. Sem a Inspiração, a Arte é tudo... menos Arte". ( ±

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I

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jft uni canto do bosque da Vida, a Múslca. a poesia, a Pintura e a Escultura, dlplomatlca e solenemente, discutiam. Disputavam, na barafunda dos argumentos — ás vezes, falsas verdadess ou verdades falsificadas — a primazia, no mundo, das oousas belas e apreciáveis. Era uma discussão Interessante. Nlnguém gesticulava; não se ouvia o minlmo ruído. Tudo era silêncio e meditação. Creio, só entre as Artes, uma pugna assim se procede. Entre todas, lá estava Cupido, representante oflclalíssimo do Amor, que, lépido, corria em volta delas. Falou, a principio, a Música, filha de Euterpe... Esta, no alvoroço de suas palavras, sublimes tal ela mesma, argumentou, dizendo sua bondosa linguagem: "Nem em uma de vós, é como eu... Nem uma de vós, expressa tão bem o sentlmento do artista... Eu, só eu, o ritmo, a melodia, o sentimento externado, consegui entumescer, em êxtase, o seio mais puro da mais pura donzela... Eu, só eu, no lmpulso verdadeiro da Inspiração, consegui, nus domínios da Inteligência e dc Talento, representada pelo Gênio, acalentar os que sofrem... Sou, talvez, um bálsamo; quem sabe?" Essas palavras saíam doces, mas orgulhosas. Sentia-se, quando ela falava, um som melodioso, um vibrar tênue, dêsses vibrares que só a alma da gente percebe... Sim só a alma da gente — porque tudo era silêncio, ainda. Ií0g0 após falou, secundando-a, a Poesia, que argumentou de modo mais sincero: "Minha colega, a Música, falou da sua melodia... Não é menos real a que possúo... Um verso quebrado, uma rima dissonante, logo nos fere o ouvido Daí, também, a melodia no verso. Ademais, não

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mÒTER FRIGDIANO GUIMARÃES basta ter ouvido para escutar-me, como acontece à minha nobre amiga; a música, levada pela melodia, pelo ritmo, que são seus característicos, tem, com facilidade, a admiração de todos. Eu só aos cultos aos intelectualmente desenvolvidos, interesso. Atualmente, valho muito mais. Sou até filosofia, além de amor, sentlmento, dôr, mágoa, que sempre o fui. Quem vos representou, senhoras, melhor do que Homero a mim? Êsse Homero cujo berço é cousa disputadísslma... Conheceis porventura, Ésquilo ou Virgílio? Que dizeis de Dante? Imortal, tornou-o a Dlvina Comédia... E Camões? Os Luzíadas. hoje, são não poesia somente; mas também, obra de estudo, cadastro histórico de Portugal. Falemos de Lamartine, de Hugo de Castro Alves> de La Fontaine, o inimitável... Falemos e calemo-nos para sempre"..< Falou por sua vez a Pintura: "Sinto-me forçada a vos aplaudir psr tão notáveis argumentos mas à Verdade ninguém foge. Rio-me até de vcr-vos tão convictas das vossas Teses quando sabeis que a Vida a própria Vida sem o colorido, nada significa. O segredo da côr é cousa sublime. O artista quando pinta umretrato, notam-se todos os traços fisionômicos. Quando pinta uma paiságem, faz com quee as cores, pinceladas que se acardumam, que de perto nada representam, ofereçam ao observador a percepção exata do real, do verdadeiro. Se eu tivesse de enumerar todos os Gênios que se imortalizaram sob o meu domínlo muito teria que citar. Lembro-vos, sómente, o que é necessário. Honro-me de ter para mim, únlcamente para mim, os vultos de Rafael, Murilo, Leornardo da Vincl, Mlllet, Corot, Courbet, Manei e o grego Apeles, que devido à sua descomunal alma de artlsla, foi vítima de várias iendas que, ainda assim, multo concorreram suá celebridade". para "Admiro clciou tímida a Escultura — a nossa colega, a Música, argumentar tão bem e se esouecer dos seus Beethovens, Webers, Mendelshons, Schumanns, Schuberts, Berlioz, Gounods, Liszts, Carlos Gomes, dos seus Verdls e outros... Todas vós tendes razão, senhoras. Todas vós tendes a pretensão de ser a primeira. Quanto a mim, nada posso clamar. Não quero ser suspeita em falar de mim mesma. Que adiantaria dizer que comigo se notabilizaram Carpeaux, Rodin, Violletle Duc, Manet e outros, pois se sei que sou pouco apreciada; pois se sei que de nada valem meu buril e meu r.inzel?... Portanto convido-vos, senhoras para que, reunidas, façamos um concurso, onde possamos expôr nossas Obras-Primas, tirando assima conclusão que necessitamos". Bravos! — aplaudiram todas. E quem nos julgará? — perguntou a Música, um pouco preocupada. Convidemos a Ciência — retrucou a Si

Escultura. Ela é honesta, e, alem disso, tudo sabe... ótima, tua idéia cara colega... — disse a Pintura contente. Sobre aquele ambiente, uma nuvem imensamente espessa, pairou... Após viase. ali mesmo, uma grande sala, toda atapetada e cheia de repostelros, que mudavam de côr, de acrodo com o gosto de quem os via. Uma tribuna esbelta, a um canto da sala, se erguia. A mesa que as havia de julgar, era toda coberta por um veludo lin.díssimo, com desenhos a ouro. E cintllava... Ao centro da mesa, risonha, bonachã, meio sabiscaída, lá se encontrava a Ciência, a boa velhinha que nos açode no decorrer de cada século que passa. Sua fiskmomia tudo indicava... Era como se ela mesma falasse: Ser útil, é o meu eterno desejo... Os Deuses, representantes de todas as Artes, ladeavam a Ciência. Numa poltrona explêndida, que mais parecia um trono, lá estava a Justiça, a impassível, justiça convidada de honra. Distribuído o material, todas as concorrentes iniciaram a sua Obra. A Poesia, desesperada, procurara, embalde, uma rima... E não vinha... Isso a indignava... Tudo a perturbava... As palavras saíam ásperas... Um verbo duro. Uma cousa horrível... Em lágrimas, já lamentava sua mesquinha situação. No mesmo momento a Música, também numa agonia louca, resgava suas composicões... Não aparecia uma nota que a satlsfizesse... A pintura grunia atirada sobre seu caválete. Aquilo não erá pinturá; erám borrões. E que borrões pavorosos!... Falhavam as pinceladas, falhava tudo. A Escultura, esta, sentada na sua banqueta, calma mas receiosa, em pensamentos, tentava crear a sua Obra. Nisso aparece, à frente de um dos repôstetros que volteavam a sala, uma explêndlda mulher, de formas divinamente esculturais, coberta, unicamente, por uma gaze alvissima e sedosa. Atônitas as Artes voltaram-se para ela, num ar de admiração. A bela dama, aproxima-se da mesa e pede à Ciência para falar às candidatas Esta logo permite Então, diz ela: Senhoras, Deus o Creador do Universo, vendo-vos em tão grandes apuro», aqui me mandou para que vos auxilie, Sou, como o sabeis, a Inspiração..." E desapareceu... A sala de repente se transformou. Um perfume suavíssimo de rosas dominou o recinto... No espaço jaziam fôrmas divlnals... Era como se fôsseài modelos... Um som, todo harmonia, dominava Havia um colorido que extasiava... E as fisionomias mudaram... Julgadas todas as Obras, levantou-se a Justiça de sua poltrona e falou: "Senhoras, a Ciência não podia ser mais judiciosa no seu julgamento. Por mais oue quizesse classificar-vos. foi impossível Todas vós produzis Obras Primas. A Arte e assim mesmo. Depende do talento e da Inteligência, quando se trata do artista; e da Inspiração, quando se refere à parte Divina, à parte do Deus Creador. Portanto, amigas, toda a Arte é Arte, desde que haja a Inspiração. Sem a Inspiração, a Arte é tudo... menos Arte".

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Personagens: I

ÊLE — Irônico, mas sincero ELA — Apaixonada e ciumenta.

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Ambiente: — Num recanto silencioso de uma saleta moderna e graciosa, muito juntinhos, os noivos trocam as mais deliciosas juras de amôr... Êle (romântico) — . . .E como eu gostaria de estar sempre assim. . . juntinho de ti. . . Ela (curiosa) — Sinceramente, meu amôr? Êle — Sinceramente, queridinha; imaginas, talvez, que outra mulher possa ocupar a minha existência, quando a tua graça e o teu encanto constituem toda a felicidade e a glória do meu viver.. . ? Ela {num muchócho) — Não sei... (rrisre) Os homens são tão inconstantes. . . _Sle — Ora, a eterna mania de falar mal dos homens porque a minoria procede mal... Ela — A maioria, Roberto, a maioria. . . Êle {conformado) — Está bemt acreditemos que sim, mas as mulheres, meu amôr. . . Ela — ...as vítimas eternas... (suspirando) Eternamente fiéis, constantemente tristes... Éle — Entretanto, há homens que. . . Ela — Qual nada; a maioria dos homens é fingida. ÊLE (irônico) — ...Porque as mulheres são tolinhas... Ela — Tolinhas ! ? Éle — Sim... eternamente meninas... criancinhas mimadas e ingênuas cometendo tolices. . . e. . . Ela {interrompendo bruscamente)... mas se somos tolas, por que razão nos procuram vocês. . . ? Êle (rindo) — Vocês é que nos procuram, queridinha. . . Ela {irritada) — E !? E para que nos namoram e nos enleiam com as mais mentirosas e arrebatadas frases, ein ? ÊLE — Bem... nós... nós... Ela (exaltada) — Nós... nós o que? Êle — Bem... vocês... vocês distraem, não há dúvida... Ela (irônica — Como vocês, naturalmente. . . ÊLE — As mulheres são como os cinemas; exibem beleza, futilidade graça, enfim; coisas que agradam e distraem momentaneamente... (suspirando) Deixando-se depois completamente decepcionados... Ela — Pois olha, Roberto, os homens os maiores artistas que eu conheço ! Na arte de iludir com as suas frases cheias de açúcar e en"galã.", com os seus ganar olhares de não há quem os passe ! Êle (risonho) _- Justamente por isso, procuramos os cinemas... para a conquista da nossa maior popularidade... (ri). Ela (revoltada) — Basta de tolices 1 Esse teu riso irônico faz-me mal aos nervos ! E, sabes, Roberto, eu estou farta de tuas comédias; não as consigo tragar nem mais um minuto.. . Êle — Queres dizer que eu. . . Ela — Sim... eu estou certa de que deves procurar um outro einema mais digno da tua posição de grande artista ! Êle (miego) — Mas, queridinha... Ela (sempre indignada) -, Não, não, por favor! Eu não admito, não consinto, não quero que me chames: queridinha ! (quasi comovida) Tudo o que dizes é falso, Roberto, e eu tenho pavor dos mentirosos ! Ele — Helena! Juro-te que sou sincero... Ela (impressionada) — Sincero?! Não, não é verdade o que me afirmas... (íerna) Há pouco tu me deste as maiores ilusões sobre o amôr, iludindo-me com palavras ocas e frases mentirosas. . depois... depois tu me fizeste melancólica pela ingratidão de tudo que me havias dito anteriormente... eu nao posso. (comovida) Não, não. não devo mais acreditar nas tuas promessas.. éle — Mas, minha adorável princezinha de romance, eu estava brincando contigo.. . entretanto podes crer, agora, que eu seria o mais triste, o mais desprezível homem do mundo se te perdesse. . . se tu não acreditasses mais em mim ! Ela — Ora, meu amor... eu... se se eu pudesse acreditar em ti... Ele — Eu seria o homem mais feliz do mundo se ainda me amasses... Ela (abraçando-o) — Mas, eu... eu sempre de adorei, meu adorável Roberto... Êle — Meu Cinema Elegante !... , Ela (suspirando de felicidade) — Roberto! Ele — Fala, queridinha... ^LA — Tens .. tens certeza. . . de que.. . de que só eu. .. ocupo o lugar predileto de tua alma... Não... não houve, nunca em tua vida, uma outra mulher... uma outra criatura superior a mim...? Êle (hesitando) — Eu... eu juro que... que...

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1942

O(kio^... DIVA Ela lher...?

Como!?

(nervosa)

PAULO

— Já amaste...

já amaste outra mu-

Êle (embaraçado) — Eu... eu... Ela (aflita) — Vamos! Não fiques embaraçado... Fala! Dize alguma coisa I Tu já gostaste de outra, não é verdade ? Ele —- Eu... eu. . . sim. . . Ela _ Sim ! ? Êle — Sim: eu já amei outra mulher! Ela — Roberto ! Ele — Tu me pediste sinceridade !. .. Ela — ... E. . . amaste-a muito.. . ? ÊLE (indiferente) — O amôr é prova de grande quantidade... Ela — E... era... era bonita, ein? (nervosa)' Alta ? Magra!? Loira, morena, elegante, vistosa...?! Fala! Como era essa moça, Roberto ?! (enlevado e calmo) — Era loira... (repetindo) — Loira... — ... linda... olhos claros e expressivos... (espantada) — E tinha os olhos claros como os meus? — Sim... como os teus ! (suspirando) Iguais aos teus 1 — Mas era loira.. . ? — Loira e lindíssima.. , — Vejo que ainda não a esqueceste... — Seria possível esquecer tal mulher, Helena...? E depois não posso deixar de vê-la... Encanta-me o seu sorriso, deslumbram-me os seus olhos! E sinceramente, amo-a... amo-a como no dia em que o conheci! Ela (maguada) — O' Roberto ! Como és máu ! Terrivelmente máu ! Julguei ser a única mulher em tua vida ! A única ! E entretanto.. i Ele — Mas, Helena, tu continuas sendo a única ! Ela (irritada) — Positivamente és louco! Dizes-me que sou a Êle Ela Êle Ela Êle Ela Êle Ela Êle

única, que adoras o meu sorriso, os meus olhos e a minha graça e falas cinicamente em uma mulher loira de olhos claros e lindos ! Êle — Mas, querida; o teu único defeito é complicar as coisas, com esse teu nervosismo irritante 1 Ela — Complicar !? Êle — Sim, meu amôr... pois^ão te lembras... não te lembras de que quando nos conhecemos, há um ano passado... tu... tu estavas com os cabelos oxigenados...? Ela (íerna) — Roberto! E' verdade...

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MALHO


Personagens: I

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ELE — Irônico, mas sincero ELA — Apaixonada e ciumenta.

Ambiente: — Num recanto silencioso de uma saleta moderna e graciosa, muito juntinhos, os noivos trocam as mais deliciosas juras de amor... Ele (romântico) — . . .E como eu gostaria de estar sempre assim. . . juntinho de ti. . . Ela (curiosa) — Sinceramente, meu amor? Ele — Sinceramente, queridinha; imaginas, talvez, que outra mulher possa ocupar a minha existência, quando a tua graça e o teu encanto constituem toda a felicidade e a glória do meu viver...? Ela (num muchõcho) — Não sei... (fris.e) Os homens são tão inconstantes.. . êle — Ora. a eterna mania de falar mal dos homens porque a minoria procede mal... Ela — A maioria, Roberto, a maioria. . . Ele (conformado) — Está bem) acreditemos que sim, mas as mulheres, meu amor. . . Ela — ...as vítimas eternas.., (suspirando) Eternamente fiéis, constantemente tristes... Ele — Entretanto, há homens que. . . Ela — Qual nada; a maioria dos homenr. é fingida. ÊLE (irônico) — ...Porque as mulheres são tolinhas... Ela — Tolinhas ! ? ÊLE — Sim... eternamente meninas... criancinhas mimadas e ingênuas cometendo tolices... e... Ela (interrompendo bruscamente) ... mas se somos tolas, por que razão nos procuram vocês. . .? Ele (rindo) — Vocês é que nos procuram, queridinha... Ela (irritada) — E ! ? E para que nos namoram e nos enleiam com as mais mentirosas e arrebatadas frases, ein ? Ele — Bem... nós... nós... Ela (exaltada) — Nós... nós o que? Ele — Bem... vocês... vocês distraem, não hã dúvida... Ela (irônica — Como vocês, naturalmente... Ele — As mulheres são como os cinemas; exibem beleza, futilidade graça, enfim; coisas que agradam e distraem momentaneamente... (suspirundo) Deixando-se depois completamente decepcionados... Ela — Pois olha. Roberto, os homens os maiores artistas que eu conheço ! Na arte de iludir com as suas frases cheias de açúcar e en"galã.", não há quem os passe ! ganar com os seus olhares de Ele (risonho) — Justamente por isso, procuramos os cinemas. . . para a conquista da nossa maior popularidade... (ri). Ela (rco/fada) — Basta de tolices 1 Esse teu riso irônico faz-me mal aos nervos ! E, sabes. Roberto, eu estou farta de tuas comédias; não as consigo tragar nem mais um minuto.. . Ele — Queres dizer que eu. . . Ela — Sim... eu estou certa de que deves procurar um outro cinema mais digno da tua posição de grande artista! ÊLE (miego) — Mas, queridinha. . . Ela (sempre indignada) — Não. não. por favor! Eu não admito, não consinto. não quero que me chames: queridinha ! (quasi comovida) Tudo o que dizes é falso, Roberto, e eu tenho pavor dos mentirosos ! Êle — Helena! Juro-te que sou sincero... Ela (impressionada) — Sincero?! Não. não é verdade o que me afirmas... (terna) Há pouco tu me deste as maiores ilusões sobre o amor, iludindo-me com palavras ocas e frases mentirosas. . depois... depois tu me fizeste melancólica pela ingratidão de tudo que me havias dito anteriormente... (comovida) Não, não... eu não posso... eu não devo mais acreditar nas tuas promessas.. ÊLE — Mas, minha adorável princezinha de romance, eu estava brincando contigo... entretanto podes crer, agora, que eu seria o mais triste, o mais desprezível homem do mundo se te perdesse... se tu não acreditasses mais em mim ! Ela — Ora, meu amor... eu... se... se eu pudesse acreditar em ti. .. Êle — Eu seria o homem mais feliz do mundo se ainda me amasses... Ela (afcraçando-o) — Mas. eu... eu sempre de adorei, meu adorável Roberto. .. Ele — Meu Cinema Elegante!... Ela (suspirando de felicidade) — Roberto! Êle — Fala, queridinha... Ela — Tens .. tens certeza. . . de que.. . de que só eu... ocupo o lugar predileto de tua alma... Não... não houve, nunca em tua vida, uma outra mulher... uma outra criatura superior a mim...? Ele (hesitando) — Eu... eu juro que... que...

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Ela — Como!? (nervosa) — Já amaste... já amaste outra mulher...? Êle (embaraçado) — Eu... eu... Ela (aflita) — Vamos1 Não fiques embaraçado... Fala! Dize alguma coisa I Tu já gostaste de outra, não é verdade ? Êle — Eu... eu.. . sim.. . Ela — Sim I ? Ele — Sim; eu já amei outra mulher ! Ela — Roberto! ÊLE — Tu me pediste sinceridade !. .. Ela — ... E.. . amaste-a muito.. . ? ÊLE (indiferente) — O amor é prova de grande quantidade... Ela — E... era... era bonita, ein? (nervosa)'Alta ? Magra!? Loira, morena, elegante, vistosa...?! Fala! Como era essa moça, Roberto ?! Êle (enlevado e calmo) — Era loira... Ela (repetindo) — Loira... Êle — ...linda... olhos claros e expressivos... Ela (espantada) — E tinha os olhos claros como os meus? Êle — Sim... como os teus! (suspirando) Iguais aos teus! Ela — Mas era loira...? Êle — Loira e lindíssima.., Ela — Vejo que ainda não a esqueceste... Êle — Sena possivel esquecer tal mulher. Helena...? E depois náo posso deixar de vê-la... Encanta-me o seu sorriso, deslumbram-me os seus olhos ! E sinceramente, amo-a. . . amo-a como no dia em que o conheci! Ela (maguada) — O' Roberto ! Como és máu I Terrivelmente máu ! Julguei ser a única mulher em tua vida I A única ! E entretanto. .. Ele — Mas, Helena, tu continuas sendo a única! Ela (irritada) — Positivamente és louco! Dizes-me que sou a única, que adoras o meu sorriso, os meus olhos e a minha graça e laias cinicamente em uma mulher loira de olhos claros e lindos I Ele — Mas, querida: o teu único defeito é complicar as coisas, com esse teu nervosismo irritante 1 Ela — Complicar !? Êle — Sim. meu amor... pois mão te lembras... não te lembras de tu estavas que quando nos conhecemos, há um ano passado... tu... com os cabelos oxigenados...? Ela (terna) — Roberto ! E' verdade.. .

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O

MALHO


IV.1W as vidas

ITIODAS do

são

eburneo templo

iguais, no amplíssimo adro da Eternidade,

adro

onde

todas as vidas

humanas se movimentam ao sacudir dos impulsos da luta pela própria vida, onde oi lances se repartem de maneira extranha, entre a dôr e o prazer, ou melhor entre o sorriso e a lágrima, resultantei

um e outro dos sucessos ou

dos fracassos.

Não

pretendemos, dessas paginas, apresentar um projeto de corrigenda, ao modo de ação dessas forças atuantes em nossas existências; se assim é, que assim seja, pois, quem sabe, talvês se^o sorriso e a lagrima não nos visitassem de voz em quando, numa apresentação simbólica de forças contrárias e atuantes em nossa vida, talvez o destino não conseguis-

a região de origem, some-se a ré, e o curso prosselevando possibilidades de vida a to-

gue triunfante da a zona

continental

onde

a

escaldancia

do sol,

mesclada com as retrações da areia dos desertos, tornaria

impossível

o comparecimento

êxito da germinação da sementícula, Io, sacrificada pelo calor. Aquela

zona africana,

tendo um

do

homem

e o

disso ou daqui-

rio

magnífico,

o que se não dava com outras porções continentais visinhas, quer mediterrâneas ou Indicas, e estando próxima do continente asiático, o continente avô, podera em razão mesma desses fatores, receber um agregado social que construirá uma civilisação mag-

se tirar o resultante delas, as forças, para a diretriz final de nosso verdadeiro sêr em rumo de planos mais

nffiea

felizes.

Qual supremo pastor que orienta o rumo do ra banho, o Nilo vai apontando à gente regional o campo de instalação de suas atividades sociais. Não tar-

Pretendermos,

por exemplo, afastar p escuro de uma tela de notável pintor, firmados ao pretexto de que o escuro é treva inextética, seria aniquilarmos completo os esplendores

das projeções da luz, por a, quem sabe se com a lagrima tambem não e assim 7 Üma

história

de

alguém,

história

por de mais parecida com outras tantas, que sempre existiram e sempre existirão, bastará para a ilustração da tese, resumida no título dessa página. Assim mesmo sorriu! Transpondo serras e cortando vales, em rumo do mar

imenso,

continentais

os nos como

as

se

apresentam

entidades

nas

amplitudes

destinadas

à manu-

tenção da humidade nos terrenos, onde a vegetação precisa medrar. De tal maneira a humidade trazida pelos rios, faz eclodir a vida, desenvolvendo a planta e dessedentando o animal, que em conseqüência mesma de tal fenômeno, o seu cabedal

de

a vida gregarta, com todo ocorrências sociais, vai se desdo-

brando nas proximidades rios, dos lagos. etc. O Nilo, lacustres do em

rumo

do

da água,

ou

melhor

tendo-o seu berço nas grandes regiões centro da África, inicia a sua carreira mar, e audacioso instala

MALHO

civilisação

cuja

origem avança milênios fora, antes de nossa éra.

da

que

a

inteligência

humana

comece a intervir,

a

sobre

o

solo

Em breve,

lizado, vemos que o anseio de aumentar o mundo habitavel vai ao Egito. Não precisamos investigar nesta página porque as tropas francêssas foram ao Egito e tambem por que a atuação inglesa mais tarde se fez sentir em tais paragens, bastando-nos dizer que depois do tumulto da guerra regional, quando os novelos de fumo dos tiroteios se diluiram, foi para o Nilo que as vistas se voltaram. O Nilo precisava ampliar a sua atuação milenária, e a isso não se podia chegar senão com o concurso da engenharia. No projeto, Mougel Bey afirma que é possivel uma construção tal de represamento a de barragem, no delta do Rio, qua a humidade seria lavada a uma nunca vista. Se o cálculo diz ao grande mestre, dessa possibilidade, a prática lha prova que

determinadas barragens, aparecem, instalando peneitas bacias, ainda nos tempos faraônicos, bacias cuja

amplitude

finalidade éra a de melhorar as condições da irriga-

o seu triunfo seria completo.

ção ambienta,

levando

humidade,

te ela não podia ir, em face naturais, como a gravidade. Com

os

seus

onde

recursos naturais,

pliações das obras faraônicas,

naturalmen-

mesmo dos obstáculos

e com

as

am-

lá se vem o Nilo, co-

Acontecimentos

posteriores, não

da alçada

da

engenharia, mas da esfera política, deslocam o prósseguímento das obras para outros homens de ciências, que iriam apenas prosseguir o traçado do velho francês. Certa vez, e af está o momento da lágrima, Mou-

laborando tanto na construção social egípcia, a ponto de se afirmar que o Egito era uma conseqüência sua. Passam-se anos, muitos anos, tantos que se po-

gel Bey chorava a perda de um seu filho, montando guarda a seu corpo, antes de o restituir à terra, sim,

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Ao inconsolavel pai, todas as palavras de conforro eram vãs: a lágrima o dominava. Foi nesse triste

em séculos,

e entre o grande rio e a gente que lhe pede recursos para a vida, começa a haver um desencontro, o de precisar aquela gente muito mais proteção do que a que êle, o grande rio, lhe dava por si mesmo, e com o auxílio das ampliações faraônicas.

africano o maior curso fluvial do Mundo.

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ra demográfica, para cada um desses fatores, ou por todos eles juntos, o século -em apreço, que é o passado, assiste convulsões, que são os preâmbulos das que ainda nos esbandalham o que há escrito ou rea-

Porque o comércio envolvesse o Mundo,

já nos abalasse

dias do século passado, porque a máquina por completo os fundamentos da produção, ou porque houvesse gente de mais aqui a ali, numa plecto-

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não pertence. porque a, alma a essa mesma terra

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JACY REGO BARROS I — 1942


ODAS as vidas são iguais, no amplíssimo adro do eburneo templo da Eternidade, adro onde todas as vidas humanas se movimentam ao sacudir dos impulsos da luta pela própria vida, onde os lar.ces se repartem de maneira extranha, entre a dor e o prazer, ou melhor entre o sorriso e a lágrima, resultantes um e outro dos sucessos ou dos fracassos. Não pretendemos, dessas páginas, apresentar um projeto de corrigenda, ao modo de ação dessas forças atuantes em nossas existencias; se assim é, que assim seja, pois, quem sabe, talvês se o sorriso e a lágrima não nos visitassem de vez em quando, numa apresentação simbólica de forças contrárias e atuantes em nossa vida, talvez o destino não conseguiste tirar o resultante dela», as forças, para a diretriz final de nosso verdadeiro sér em rumo de planos mais felizes. Pretendermos, por exemplo, afastar p escuro de uma tela de notável pintor, firmados ao pretexto de que o escuro é treva inextética, seria aniquilarmos por completo os esplendores das projeções de luz, e, quem sabe se com a lágrima também não é assim ? (Jma história de alguém, história por de mais parecida com outras tantas, que sempre existiram e sempre existirão, bastará para a ilustração da tese, resumida no título dessa página. Assim mesmo sorriu! Transpondo sérras e cortando vales, em rumo do mar imenso, os rios se apresentam nas amplitudes continentais como as entidades destinadas à manutenção da humidade nos terrenos, onde a vegetação precisa medrar. De tal maneira a humidade trazida pelos rios, faz eclodir a vida, desenvolvendo a planta e dessedentando o animal, que em conseqüência mesma de tal fenômeno, a vida gregaria, com todo o seu cabedal de ocorrências sociais, vai se desdobrando nas proximidades da água, ou melhor dos rios, dos lagos. etc. O Nilo, tendo-o seu berço nas grandes regiões lacustres do centro da África, inicia a sua carreira em rumo do mar, e audacioso instala sobre o sólo africano o maior curso fluvial do Mundo. Em breve, O

MALHO

a região de origem, some-se a ré, e o curso prossegue triunfante levando possibilidades de vida a toda a zona continental onde a escaldancia do sol, mesclada com as refrações da areia dos desertos, tornaria impossível o comparecimento do homem e o êxito da germinação da sementícula, disso ou daquiIo, sacrificada pelo calor. Aquela zona africana, tendo um rio magnífico, o que se não dava com outras porções continentais visinhas, quer mediterrâneas ou indicas, e estando próxima do continente asiático, o continente avô, poderá em razão mesma desses fatores, receber um agregado social que construirá uma cjvilisação magnífíca e modelar em vários aspectos, civilisação cuja origem avança milênios fóra, antes de nossa éra. Qual supremo pastor que orienta o rumo do re banho, o Nilo vai apontando à gente regional o campo de instalação de suas atividades sociais. Não tarda que a inteligência humana comece a intervir, e determinadas barragens, aparecem, instalando perfeitas bacias, ainda nos tempos faraônicos, bacias cuja finalidade éra a de melhorar as condições de irrigação ambiente, levando humidade, onde naturalmente ela não podia ir, em face mesmo dos obstáculos naturais, como a gravidade. Com os seus recursos naturais, e com as ampliações das obras faraônicas, lá se vem o Nilo, çolaborando tanto na construção social egípcia, a ponto de se afirmar que o Egito era uma conseqüência sua. Passam-se anos, muitos anos, tantos que se podem agrupar em séculos, e entre o grande rio e a gente que lhe pede recursos para a vida, começa a haver um desencontro, o de precisar aquela gente muito mais proteção do que a que ele, o grande rio, lhe dava por si mesmo, e com o auxílio das ampliações faraônicas. Porque o comércio envolvesse o Mundo, já nos dias do século passado, porque a máquina abalasse por completo os fundamentos da produção, ou porque houvesse gente de mais aqui e ali, numa plecto26

ra demográfica, para cada um desses fatores, ou por todos eles juntos, o século *em apreço, que é o passado, assiste convulsões, que são os preâmbulos das que ainda nos esbandalham o que há escrito ou realizado, vemos que o anseio de aumentar o mundo habitavel vai ao Egito. Não precisamos investigar nesta página porque as tropas francêssas foram ao Egito e também por que a atuação inglesa mais tarde se fez sentir em tais paragens, bastando-nos dizer que depois do tumulto da guerra regional, quando os novelos de fumo dos tiroteios se diluíram, foi para o Nilo que as vistas se voltaram. O Nilo precisava ampliar a sua atuação milenária, e a isso não se podia chegar senão com o concurso da engenharia. No projeto, Mougel Bey afirma que é postivel uma construção tal de represamento e de barragem, no delta do Rio, que a humidade seria levada a uma amplitude nunca vista. Se o cálculo diz ao grende mestre, dessa possibilidade, a prática lhe prova que o seu triunfo seria completo. Acontecimentos posteriores, não da alçada da engenharia, mas da esfera política, deslocam o prosseguimento das obras para outros homens de ciências, que iriam apenas prosseguir o traçado do velho francês. Certa vez, e a! está o momento da lágrima, Mougel Bey chorava a perda de um seu filho, montando guarda a seu corpo, antes de o restituir à terra, sim, porque a, alma a essa mesma terra não pertence. Ao inconsolavel pai, todas as palavras de confôrto eram vãs: a lágrima o dominava. Foi nesse triste instante que Scott Mongrief, então dirigente das grandes obras, disse ao mestre do sucesso absoluto da barragem por êle prevista, pois as águas haviam subido três metros. A essa altura o homem de ciência superou o homem sentimento, e sofrendo embora, Mesmo assim sorriu! JACY RÊGO BARROS i — 1942


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i NOITE espessa, o vento é uperrimo, a subida Toda ella í it alcantls c de ab-amol povoada i Snbre o mar, sobre a terra a cólera ínsoílricU, B a*procella no céo cm fúria desenfreada... E sobre a nossa cruz, sobre a alma anniq_.i_.da O ódio, a inveja, a caluninía, a angustia, o ideal* [a lida t Mar sem fundo e sem fim. noite sem madrugada* AJmas em desespero» e a isto se chama a vida...

A alma é cheia de cháos e de brenhas soturnas» B o humano Coração de sarcaes e de pedra > Pedra e espinhos sem flor» brenhas cheias de furnas... Mas» se um dia abre o amor nestes ermos damnínhoa O cháos onde urra a fera» a rocha onde a urze medra Rebentarão em luz, cm céos» em flor» em ninhos.;.

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OS mau firme que vi., por mal» sonho, que tecas, Não vences os paúes» as vagas nâo supnlantas, Homem que, em vão, da terra ao eco o mar le[vantas Entre abysmos fataes e mil nuvens avessas... Amor» que os céos transpõe-, que emfim as azas [desças Sobre a desolação sem fim de angustias tantas j E ha de o inferno feroz fugir ás nossas plantas» E hão de os anjos baixar sobre as nossas cabeças I...

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E a humanidade, então, será uma arvore, abrindo Com a sua copa ímmensa o azul fecundo e infindo» Onde ha de ser uma náu varando o céo com os mastros! náu ha de vencer as procellas e o oceano * arvore — ha de cobrir todoo deserto humano» Raízes cheias de seiva e frondes cheias de astros 1...

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A alma é cheia de chãos e de brenhas soturnas. E o humano Coração de sarcaes e de pedra > Pedra e espinhos sem flor, brenhas cheias de furnas.». Mas, se um dia abre o amor nestes ermos damnínho» O cháos onde urra a fera, a rocha onde a urze medra Rebentarão em luz, em céos, em flor, em ninhos.:.

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01 mais firme que vá», por mais aonhoa que tecas, Não vences os paúes, aa vagaa não aupplantaa. Homem que, em vão, da terra ao céo o mar le[vanta* Entre abvsmos fataea e mil nuvens avessas... Amor, que os céos transpõe», que emfim as aza» [desças Sobre a desolação sem fim de angustias tantas; B ha de o inferno feroz fugir ás nossas planta», H hão de os anjos baixar sobre as nossas cabeças ....

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E a humanidade, então, será uma arvore, abrindo Com a sua copa immensa o azul fecundo e infindo, Onde ha de ser uma náu varando o céo com os mürtroa!. E— náu ha de vencer as procellas e o oceano! E — arvore — ha de cobrir todo o deserto humano, astros t... Raízes cheias de seiva e frondes cheia» de

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se tem dito que partir é recomeçar um pouco a vida, recoJA' meçar, mas no seníido de rejuvenescer. Talvês o receio da velhice e a ilusão da viagem dêm a aparência de renovar. Mas deve ser o viajar dos que partem por partir, sem saber onde é o norte ou o sul, apenas no estranho impulso de partir. Afinal viajam, mas ficam sempre os mesmos. Dão grande importancia aos itinerários, aos nomes das estações, contam minutos de atrazo e aos roteiros que tomam os veículos. Viajeiros ha que não ligam ao sino da estação, ao apito do chefe de gesto marcial com a bandeirinha, barulhos de ferros, resfolegar da máquina, valvulas que esguicham e a composição em movimento: partir... Os sinaleiros são autômatos e não têm a terrivel consciência de dirigir lampadas que manobram destinos. As alavancas de encruzilhadas são como as Parcas tecendo e cortando vidas. Entretanto, como as maquinas indiferentes a sensação da luz vermelha ou verde, impassível diante das catastrofes, os vigias ferroviários maquinalmente estendem os braços para a alavanca sem pensar na mulher de azul ou no filhinho doente. Ao arranco do comboio, alguns se indiferentes á postam janela do wagon; outros como se fosse o acontecimento duma fuga. Para outros» poucos, viajar é interromper a rotina da vida. Achar imprevistos. Gostar dos acidentes que modificam horários. Por isso partir não determinando ponto certo. Partem... A janela ao mesmo tempo que traz aspectos vários e múltiplos e interessantes cenários mostram dentro do wagon outros estados de alma Lá fora, os que ficam olham para trem como si nunca tivessem viajado, namorando a viagem, sonhando com o carro que passa. O mundo fica suspenso na passagem do COI^boio. Só existe o trem porque ele é urra sensação que se renova. Aliás' Para viajar basta fechar os olhos e as sensações correm como fias cinematograficas. E o trem corre firnie. veloz.,. — 1942

FERNANDES

O vento dobra os capins altos e galhos vizinhos da estrada, levantando uma onda de pó parece querer apagar a sucessão de imagens. Corre a máquina irrefletidamente, abrutamente pelos campos mais lindos, pelos vales mais doces, correndo, despreocupadamente quasi voando, com os acidentes dos cenários magicos, das paisagens doiradas de sol, furando morros ou atravessando aguaceiros negros e tempestuosos. E lá se vão as grandes distancias. Terras que nunca foram lavradas pelo homem. Tanta gente sem pão e lutando por um pedaço de terra para cultivar... A maquina vai parando. Outra estação. Outra chegada. Na plataforma está sempre a felicidade, nos que partem, nos que chegam. E as lagrimas dão sempre o traço melancolico. De novo a sineta, o apito, a bandeira e outro arranco. E o trem partiu: primeiro os bairros da cidade, depois entrou nos campos cultivados e por fim nas estensas campinas cansativas. Aparecem casinhas perdidas nos matagais altos, onde existem gente, corações lutando por um cantinho de felicidade. Lá longe perdido quasl no azul existe também um desejo, uiu sonho de vida melhor, uma ansia grande como a nossa. E ali deve ser mais torturante o sonho porque existe a solidão, a solidão que aumenta o sonho. Depois vem uma estancia triste. Triste e perdida. Quem pôde viver ali? No entanto ha uma casinha com a chaminé fumegando. Ha os que gostam de viver nas grimpas das arvores colhendo flores e frutos como os que "deitados vivem nas furnas apanhando lesmas e minérios. Colecionadores? Destinos? Na casinha perdida entre o céu e a terra ha quem se considere feliz vivendo ali. Os civilizados é que têem a presunção de julgar a felicidade privilegio deles. A's vezes o trem chegava a uma outra cidade quando amanhecida. A vida que recomeça sempre e num esforço, como si fosse tudo a repetir. Quando a luz da manhã vinha gradativamente aparecendo a máquina parecia correr mais para ela como desejando que o dia aparecesse mais depressa, pois nada é tão horrjvel como correr dentro da noite.

Noutra estação já foi a tarde que se deitou por detraz dos monues altos, a escuridão toma todo o logarejo as luzinhas das casas se apagam e a vida, cansada., vai adormecer para retornar depois. Lá vai; o comboio. Caminhos que parecem não ter fim. Idas que parecem fugas infinitas. Avanços como se fosse ao fim do mundo. Léguas e léguas azuis. Ah! Mas quando o trem entra numa vilazinha toda em festa, com as ruazinhas todas cruzadas de bandeirinhas de papel, gente de roupa nova, foguetes ejpoucando no claro azul, o sino cantando, sons de musica pelo espaço, a alegria vem rapida nos comunicar e sem querer ficamos contentes. Depois o trem vai rolando pelos ermos, comendo grandes distancias, e nem tudo é só planos e campinas razas, subindo declives, grimpando encostas, beirando abismos, defrontando outros cumes e rochas núas, agora mais parecendo defrontar o céu, e titanicamentá como quem desafia leis da fisica, para mostrar a vitoria da maquina. Depois desce e se engolfa na plânice, a maquina envolvendo-se num vapor branco, silvando e resfolegando vaivulas, na força dos embolos, desce na facilidade de descer. E ainda aparecem figuras que nunca vimos e que nunca mais voltaremos a ver. E de novo outros povoados e vilarejos, tudo tão diferente e parecendo se repetir, até mesmo o azul acinzentado das distancias. E a distancia aumenta vagos sonhos, passagens remotas dc tempo que não volta e o correr da máquina enfurna a paisagem, fazendo perder o contorno e ficando diluido ro ar como o mistério das coisas perdidas.

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SEBASTIÃO FERNANDES

se tem dito que partir é recomeçar um pouco a vida, recoJA' meçar, mas no sentido de rejuvenescer. Talvês o receio da velhice e a ilusão da viagem dêm a aparência de renovar. Mas deve ser o viajar dos que partem por partir, sem saber onde é o norte ou o sul, apenas no estranho impulso de partir. Afinal viajam, mas ficam sempre os mesmos. Dão grande importância aos itinerários, aos nomes das estações, contam minutos de atrazo e aos roteiros que tomam os veículos. Viajeiros ha que não ligam ao sino da estação, ao apito do chefe de gesto marcial com a bandeirinha, barulhos de ferros, resfolegar da máquina, válvulas que esguicham e a composição em movimento: partir... Os sinaleiros são autômatos e não têm a terrivel consciência de dirigir lâmpadas que manobram destinos. As alavancas de encruzilhadas as Parsão como cas tecendo e cortando vidas. Entretanto, como as maquinas indiferentes a sensação da luz Vermelha ou verde, impassível diante das catástrofes, os vigias ferroviários maquinalmente estendem os braços para a alavanca sem pensar na mulher de azul ou no filhinho doente. Ao arranco do comboio, alguns se indiferentes á janela do postam wagon; outros como se fosse o acontecimento duma fuga. Para outro.s, poucos, viajar é interromper a rotina da vida. Achar imprevistos. Gostar dos acidentes que modiíicam horários. Por isso partir não determinando ponto certo. Partem... A janela ao mesmo tempo que traz aspectos vários e múltiplos e interessantos cenários mostram dentro do wagon outros estados de alma Lá fora, os que ficam olham para o trem como si nunca tivessem viajado, namorando a viagem, sonhando c»m o carro que passa. ° mundo fica suspenso na passagem do cc*inboIo. Só existe o trem porque ele é Urra sensaçã0 que se renova. Mia-S, Para viajar basta fechar os ° °s e as sensações correm como fias citlematograficas. E o trem corre «"ne. veloz... I — 1942

O vento dobra os capins altos e galhos vizinhos da estrada, levantando uma onda de pó parece querer apagar a sucessão de imagens. Corre a máquina irrefletidamente, abrutamente pelos campos mais lindos, pelos vales mais doces, correndo, despreocupadamente quasi voando, com os acidentes dos cenários magicos, das paisagens doiradas de sol, furando morros ou atravessando aguaceiros negros e tempestuosos. E lá se vão as grandes distancias. Terras que nunca foram lavradas pele homem. Tanta gente sem pão e lutando por um pedaço de terra para cultivar... A maquina vai parando. Outra estação. Outra chegada. Na plataforma está sempre a felicidade, nos que partem, nos que chegam. E as lagrimas dão sempre o traço melancólico. De novo a sineta, o apito, a bandeira e outro arranco. E o trem partiu: primeiro os bairros da cidade, depois entrou nos campos cultivados e por fim nas estensas campinas cansativas. Aparecem casinhas perdidas nos matagais altos, onde existem gente, corações lutando por um cantinho de felicidade. Lá longe perdido quasi no azul existe tambem um desejo, um sonho de vida melhor, uma ânsia grande como a nossa. E ali deve ser mais torturante o sonho porque existe a solidão, a solidão que aumenta o sonho. Depois vem uma estância triste. Triste e perdida. Quem póde viver ali? No entanto ha uma casinha com a chaminé fumegando. Ha os que gostam de viver nas grimpas das arvores colhendo flores e frutos como os que vivem deitados nas furnas apanhando lesmas e minérios. Colecionadores? Destinos? Na casinha perdida entre o céu e a terra ha quem se considere feliz vivendo ali. Os civilizados é que têem a presunção de julgar a felicidade privilegio deles. A*s vezes o trem chegava a uma outra cidade quando amanhecida. A vida que recomeça sempre e num esforço, como si fosse tudo a repetir. Quando a luz da manhã vinha gradativamente aparecendo a máquina parecia correr mais para ela como desejando que o dia aparecesse mais depressa, pois nada é tão horrível como correr dentro da noite. 29

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Noutra estação já foi a tarde que se deitou por detraz dos montes altos, a escuridão toma todo o logarejo as luzinhas das casas se apagam e a vida, cansada., vai adormecer para retornar depois. Lá vai; o comboio. Caminhos que parecem não ter fim. Idas que parecém fugas infinitas. Avanços como se fosse ao fim do mundo. Léguas e léguas azuis. Ah! Mas quando o trem entra numa vilazinha toda em festa, com as ruazínha.*» todas cruzadas de bandeirinhas de papel, gente de roupa nova, foguetes eípoucando no claro azul, o sino cantando, sons de musica pelo espaço, a alegria vem rápida nos comunicar e sem querer ficamos contentes. Depois o trem vai rolando pelos ermos, comendo grandes distancias, e nem tudo é só planos e campinas razas, subindo declives, grimpando encostas, beirando abismos, defrontando outros cumes e rochas nuas, agora mais parecendo defrontar o céu, e titanicament^ como quem desafia leis da fisica, para mostrar a vitoria da maquina. Depois desce e se engolfa na plânice, a maquina envolvendo-se num vapor branco, silvando e resfolegando vaivulas, na força dos embolos, desce n_facilidade de descer. E ainda aparecem figuras que nunca vimos e que nunca mais voltaremos a ver. E de ntivo outros povoados e vilarejos, tudo tão diferente e parecendo se repetir, até mesmo o azul acinzentado das distancias. E a distancia aumenta vagos sonhos, passagens remotas dc tempo que não volta e o correr da máquina enfurna a paisagem, fazendo ro perder o contorno e ficando diluido coisas perdidas ar como o mistério das.

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ACHADO de Assis foi minucioso tanto |y| quanto se podia t°mando .do leitor Pfla ««o. i°do de vagalume à estrela e tnrJZ' I / ao sem causar enfado, mas. antes, nelo rr°da .eStre'a ^alume. del,c,ando-n<" o «pirito com a sua filosofia í &* como ' nos simples quatorze versos do seu conhecido soneto ¦ / C«rcU/o _V,c,oso. a que estamos aqui aludindo, ou como naquele outro nao menos celebre Soneto do Natal. em que o.homem que ele conhecera não conseguira ir alem deste verso profundamente filosófico, em sua indagação de cético: "Mudaria o Natal ou mudei eu?!..."

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AÍVd-Ía m 201 CápÍtulos' E D™ Casmurro. tamhtraA;eT Cm 1921 COnta 148 câPitu,os- em 399 pagcnas. oíd,-» DÍer' encontram-se, No pnme.ro em uma mesma página e até três. comoa miúdo, dois capítulos na página 345 Ma capuulos, já se vê. curtos e curtíssimos, limitando-se a

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F NTRE mim e Sarmiento deu-se um quiproquó interessante. Fui-lhe apresentado na mesma ocasião que o Sr. Conde de S. Salvador de Matosinhos e muito rapidamente. Trocámos apenas as frases banais de etiqueta, não prestando o ex-presidente muita atenção aos nossos respectivos nomes. Dias depois, tendo eu deixado um cartão em sua residência, fez-me êle a honra de visitar-me no hotel, em que eu ocupava um aposento próximo ao daquele ilustre titular. Havia outras pessoas presentes. Sarmiento dirigia-se a mim com a maior afabilidade, mas, ao cabo de alguns minutos, entrei a notar que me tratava de — Senor Conde. Surpreendido a principio, percebi claramente com o seguimento da conversação que êle me tomava pelo meu nobre companheiro. Reclamei por mais de uma vez tentando dissipar a aliás para mim honrosa confusão. O defeito de audição do meu interlocutor frustrava os meus esforços, feitos demais, em língua castelhana, com cuja pronúncia nunca me pude familiarizar. Resignei-me a ser — Senor Conde, até que Sarmiento se despediu dizendo: "Vou agora visitar o deputado brasileiro" O neto que o acompanhava, entretido até então a conversar de outro lado, tocou-lhe no braço, e murmurou algumas palavras, articuladas sílaba por sílaba com demorada nitidez. O expresidente fitou-me surpreendido; porém, sem desconcertar-se, fez-me um amável cumprimento e retirou-se com o seu ar de velho pedagogo, a que a residência nos Estados Unidos sobrepoz alguma coisa de yankee. 1887

AFONSO CELSO JÚNIOR O

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I — 1942


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ACHADO foi minucioso tanto quanto se podia M ser, tomando dedo Assis leitor pela mão, indo de vagalume à estrela e tornando da estrela ao vagalume, sem causar enfado, mas, antes, °: FT °n9e dn «*** / U ^tenu pelo contrário, deliciando-nos o espirito com a sua filosofia I ° 1/ T simples, como nos quatorze versos do seu conhecido soneto Circulo Vicioso, a que estamos aqui aludindo, ou como naquele outro não menos celebre Soneto do Natal, em que o • homem I ,n"» ° lZd° que êle conhecera não conseguira ir alem dêste verso profundamente filosófico, em sua indagação de cético: / I a' ¦"> „„ Mudaria o Natal ou mudei eu?!.,." feI<* eua'S / - **coTo O seu amôr ou gosto pelas minudências se evidencia mais , nlZT / nos romances, dividindo-os em centenares de cápitulos. Quincas Borba, por exemplo, numa edição da Garnier, de 1923, de 360 "as Pen PTOstras. / t" em 201 cápitulos. E Dom Casmurro, tampáginas, está dividida "Garnier, bém editado pela em 1924, conta 148 cápitulos, em 399 páginas. No primeiro encontram-se, a miúdo, dois capítulos as // em uma mesma página e até tres, como na página 345. 18X7 CUbro as Há cápitulos, já se vê, curtos e curtíssimos, limitando-se a uma frase, como este que em Quincas Borba vem com a numeração romana CXIV: Ao contrário, não sei se o capitulo que se segue poderia estar todo no titulo". Convenhamos que em matéria de conversa como diz o vulgo, neste particular, parece que ninguém fiada, ainda levou a ao nosso romancista, nem mesmo aqueles palma enchem os cápitulos com reticências e mais reticências, asquequais P ' T sempre são expressivas e eloqüentes, dizendo muito mais doquase que ° diriam as palavras. * C ^ Em Dom Casmurro, êle não só numerou, mas intitulou os I cápitulos. à moda antiga, como que para sintetizar o assunto ^ ^ e preparar o espirito do leitor. Assim é que se nos deparam títulos curiosos como êste do cápitulo XXXVI: Idéia sem pernas ¦ e idéia sem braços"; ou estoutro redundando num trocadilho, o cápitulo CXIV: Em que se explica o explicado. de FHAGUSTO Selecao 1939 ANTONIO OSMAR GOMES

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C NTRE mim e Sarmiento deu-se um quiproquó interessante. Fui-lhe apresentado na mesma ocasião que o Sr. Conde de S. Salvador de Matosinhos e muito rapidamente. Trocámos apenas as frases banais de etiqueta, não prestando o ex-presidente muita atenção aos nossos respectivos nomes. Dias depois, tendo eu deixado um cartão em sua residência, fez-me êle a honra de visitar-me no hotel, em que eu ocupava um aposento próximo ao daquele ilustre titular. Havia outras pessoas presentes. Sarmiento dirigia-se a mim com a maior afabilidade, mas, ao cabo de alguns minutos, entrei a notar que me tratava de — Sefíor Conde. Surpreendido a principio, percebi claramente com o seguimento da conversação que êle me tomava pelo meu nobre companheiro. Reclamei por mais de uma vez tentando dissipar a aliás para mim honrosa confusão. O defeito de audição do meu interlocutor frustrava os meus esforços, feitos demais, em lingua castelhana, com cuja pronúncia nunca me pude familiarizar. Resignei-me a ser — Senor Conde, até que Sarmiento se despediu dizendo: "Vou agora visitar o deputado brasileiro" O neto que o acompanhava, entretido até então a conversar de outro lado, tocou-lhe no braço, e murmurou algumas palavras, articuladas silaba por silaba com demorada nitidez. O expresidente fitou-me surpreendido; porém, sem desconcertar-se, fez-me um amável cumprimento e retirou-se com o seu ar de velho pedagogo, a que a residência nos Estados Unidos sobrepoz alguma coisa de yankee.

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I — 1942


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G O U N O D influência de Charles Gounod no movimento musical franA cês de seu tempo foi tão forte, tão decisiva, que seu nome é um dos que mais se impõem à nossa admiração. Temperamento profundamente poético, músico de grande cultura, inclinado ao misticismo religioso, Gounod, nascido em 17 de Junho de 1818, em Paris, transformou completamente, a ópera de Halevy e de Auber, e criou o drama lírico de meio caráter, pitoresco e sentimental. A representação de "D. João", de Mozart, que apreciou, menino ainda, exerceu forte influência sobre seu espirito. Em 1839, conquistando o prêmio de Roma, do Conservatório de Paris, onde foi aluno de Halevy, Lesueur e Paer, partiu Gounod para a Cidade Eterna, tornando-se assíduo freqüentador das solenidades da Capela Sixtina e dedicando-se, fervorosamente, à música religiosa. De volta a Paris, foi nomeado organista e mestre da capela e da igreja das missões estrangeiras. O ambiente desenvolveu-lhe as tendências místicas. Seguiu o curso de teologia, foi admitido como externo do seminário dos padres, chegando mesmo, a quase abraçar a carreira religiosa. Subitamente, porém, ouvindo, na Alemanha, a música de Schumann, e estudando a de Berlioz, uma grande transformação se operou nas suas aspirações, conduzindo-o para o caminho da música dramática. Conhecendo-o como autor sacro, o público foi, de um momento para outro, convidado a ouvir-lhe a primeira tentativa teatral : "Safo"

I — 1942

( 1851 ), que não logrou sucesso. A essa partitura, outras se sucederam, até que, em 1859, deu o golpe definitivo com o "Fausto", que fez, rapidamente, a volta ao mundo. Seguiram-se outras obras de real valor, entre as quais, "Mireille'' e "Romeu e Julieta". Com a sua claresa absoluta e legitimamente francesa, Gounod envolve as suas partituras em um lirismo ardente, que torna a sua música encantadora. Sem ser audacioso como Berlioz, nem isento de imperfeições, Gounod, com a sua natureza apaixonada e mistica, abriu à arte caminhos novos, belos e fecundos, depois largamente explorados pelos que o sucederam. Nomeado membro da Academia de Belas - Artes, em 1866, transferiu-se para Londres, em 1870, e aí realizou grandes concertos pela Sociedade Coral ( Gounod's Choir), por ele mesmo fundada. Regressando a Paris, em 1875, continuou a produzir ativamente, até que, em Outubro de 1893, tendo reunido em sua casa vários amigos para lhes fazer ouvir um Requiem de sua autoria, faleceu repentinamente. Além do "Fausto", há uma página de Gounod, que lhe popularizou universalmente o nome : a "Meditação", sobre o primeiro Prelúdio do "Clavecin bien tempere", de Bach, conhecida como "Ave, Maria de Gounod", cuja execução chegou a ser proibida nas igrejas, para evitar que os crentes se distraíssem em suas orações . . .

— 31

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sivas. Evidentemente, isso é um erro. Uma qualidade, entretanto, destaca-se : a palheía é hmpa o quie representa o primeiro passo para a beleza de colorado de seus1 quadros. Uma excelente promessa, o sr. H. Benedet+i. m

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i I toaria Calasans a eximia e festejada pianista, que se fez ouvir em aplaudido recital no Centro Artístico Musical, a I I do mês Passado, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola Nacional de Música. Pintura PEDRO BRUNO — Uma exposição que se destacou, entre as mais interessantes do ano findo, foi a de Pedro Bruno, reaüsada nos ultmos dias de Dezembro. A pintura desse artista é bem um reflexo de sua personalidade : alimenta-se de poesia, tem inspiração e tem sentimento. E está n",sso a sua maior recomendação. Res:dindo sempre em Paquetá, o mar é o seu assunto predileto, permitindolhe pintar quadros deliciosos. Agora mesmo, entre as mais belas composições de sua expo"Angelus no mar", "Avesição, contavam-se M>aria", "Madona das gaivotas" e outras, todos inspirados no mar. . Também o nú encontra em Pedro Bruno um interprete apaixonado. E êle apresenta-o com d":screção, com supremo gosto, -como expressões suaves de beleza e tocados de uma encantadora .fantazia. Suas paisagens têm um sabor especial e êle não deixa passar os momentos em que a naturesa muda o seu aspecto calmo, habitual, como em "Terrtpestade", em "Temporal", em "Neblina", "Cerração" e outros do mesmo genero. Pedro Bruno encerrou com chave de ouro a temporada de 'belas artes de 1941. O PINTOR H. BENEDETTI, que conhecemos no Salão do ano pasado, realisou a sua cremos que primeira exposição nesta Capitjal, sob os auápicios da S. B. B. A. Através dos trabalhos expostos, pudemos reconhecerlhe qualidades que o recomendam, como antes de tudo, franco desembaraço de desenho. Sua pintura é, porém, por demais sintetica e pretende resolver os problemas pitoricos sumariamente, com pinceladas inexpresO

M A L H O

EXPOSIÇÃO ARMANDO PACHECO — Modesto, entocado quazi sempre dentro de si mesmo, temperamento avêsso à evidencia Armando Pacheco é um artista que, ha afguns anos vem trabalhando ativamente para a multidão, e que, entretanto, foge dela gostosamente, porquje desia fôrma, atende a um imperativo da sua natureza. De fato, todos os dias, em desenhos que se divulgam na imprensa e em revistas, êle interpreta assuntos diversos e populanza personalidades, com a sua fantazia e o seu Iap'is seguro. A sua obra é vista todos os dias por milhares de olhos, mas em pouquíssimos ouvidos fica o seu nome gravado. E" qu<azi anonimo, e, entretanto, ninguém é ma.:s merecedor da populardade. Não passa de um pequenino colaborador diário dos jornais; entretanto, é um belo artista, que nos seus lazeres, vai produzindo a sua obra de beleza, que ficará para lhe inscrever o nome na historia da pintura brasileira.

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Ihor sociedade carioca, onde o artista conta com grande número de anvzade e de admirações.

MÚSICA — O programa do festival em beneficio das obras da matrís dja Tijuca reuniu a cantora Lena Sujarez MontelVo de Barros, o violinista Francisco Chiaffittelli, o p:an'sta Aurelo Silveira, e a declamadora Margarida Lopes de Almeida. Variado, como se vê. O sr. Aurel-o Silveira não é um nome popular, mas e um pianista de medito. Tem qualidades, virtuosidade, temperamento, execução oue interessa e agrada. A seu lado, Francisco Chiaf teJIi, com o seu violino che'o de qloras. Sempre bri'l tente, sempre feliz a execução do mestre, com a sua arte perfeita e o seu temperamento apaixonado. A part3 de canto foi confada a Lena Suarez Monte:ro de Barros, que arcou com as responsaM dades da sua colaboração e com as de Mara Augiísta Costa, aue, por enferma, não pode comparecer. Lena Suarez é um elemento t-"r>rin"n Pr.cci'«s uma v~>7 rle r-*e;o soprano das ma''s raras como timbre. E' comum o ^e:o so^r^no procurar mascul:ni'sar-se. A voz de Lena Suarez, trabalhada com o sequro conVòle da bôa escola da professora Ríva Pasmíantpm-ç^ encantadoramente fenrvrvna. E' uma voz tépida, morna, langu;da, flèxjve!, •ns'nuante, como uma carioca. Lena Suarez constitue um caso raro. Suas interpretações são sempre artísticas, superiormente fnas, e por isso mesmo, deliciosamente comunfícatvas. A declamação também esteve representada no prognama. Os poemas declamados provecaram aplausos entu^asticos, o que já era oe onerar. sabendo-se que quem os reoitava era Margarida Lopes de Almeida.

DEPOIS de ialgum afastamento do contacto com o publico, voltou a disp-utar -lhe o aplauM so a jovem cantora Ros:na da Rmini. Rouxinol 'bras:le:ro ou patativa do sul, a cantora noz em reboliqo a sta I a, gramas aos prodrgios virtuos'dade de sua voz privilegiada. de

Frank F. Urban ("Belga") festejado aquarelista que se acha atualmente em nosso Pais, residindo em S. Paulo, e que obteve grande sucesso com a exposição que realisou no Museu Nacional de Belas Artes, de aquarelas do litoral do Brasií, ru»nas históricas e flores, em que é especialista.

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A recente exposição de Armando Pacheco, no salão nobre do Palace Hotel, confirmou-o como um dos pintores ma:s robustos c}a nova geração, EXPOSIÇÃO RETROSPECTIVA PEDRO AMERICO - VÍTOR MEIRELES. A realisação de expo^ ções retrospectivas vem sendo posfa em prat:ca, regularmente, como um dos capituJos do programa da atual diretoria do Museu de Belas Artes. A que esteve aberta ao publico durante o mês que findou, consagrou os nomes de Pedro Américo e de Vítor Meireles, dé quem foram expostos alguns trabalhos notáveis, pertencentes ao. Museu e a colecionadores particulares. GILBERTO TROMPOWSKY é um nome familiar aos me:os de belas artes, onde 6 tido como um pintor-decorador — decorador,, principaJmente — dos mais interessantes. Sua exposição do Palace Hotel foi um ponto obrigatório de encontro da me— 32 —

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A cantora Maria Augusta Costa, no dia do seu recital. I — 1942


sivas. Evidentemente, isso é um erra. Uma quaiídade, entretanto, destaca-se : a palhera é limpa o quie representa o primeiro passo para a beleza de colorado de seus1 quadros. Uma excelente promessa, o sr. H. Benedetti. EXPOSIÇÃO ARMANDO PACHECO — Modesto, enfocado quazi sempre dentro de si mesmo, temperamento avesso à evidencia Armando Pacheco é um artista que, ha aiguns anos vem trabalhando ativamente para foge dela multidão, e que, entretanto, a fôrma, atende gostosamente, porque desna a um imperativo da sua natureza. De fato, todos os dias, em desenhos que se divulgam na imprensa e em revistas, êle interpreta assuntos diversos e populariza personalidades, com a sua fantazia e o seu lápis seguro. A sua obra é vista todos os dias por milhares de olho9, mas em pouquíssimos ouvidos fica o seu nome gravado. E' qutazi anônimo, e, entretanto, ninguém é mais merecedor da popularidade. Não passa de um pequenino colaborador d'ario dos jornais; entretanto, é belo artista, um que nos seus lazeres, vai produzindo a sua obra de beleza, que ficará para lhe inscrever o nome na historia da pmtura brasileira.

Maria Calasans a eximia e festejada pianista, que se fez ouvir em aplaudido recital no Centro Artistico Musical, a 11 do mês passado, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola Nacional de Música.

O PINTOR H. BENEDETTI, que conhecemos no Salão do ano pasado, realisou a sua cremos que primeira exposição nesta Capi,Hjal, sob os auápicios da S. B. B. A. Através dos trabalhos expostos, pudemos reconhecerlhe qualidades que o recomendam, como antes de tudo, franco desembaraço de desenho. Sua pintura é, porém, por demais sintetica e plrotende resolver os problemas pitoricos sumariamente, com pincoladas inexpros-

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M ALHO

o artista conanrzade e de

Musi usiça MÚSICA — O programa do festival em beneficio das obras da matrís cfa Tijuca reuniu a cantora Lena Sujarez Montd:ro de Barros, o violinista Francisco Chiaffittelli, o p:an'sta Aurel:o Silveira, e a declamadora Margarida Lopes de Almeida. Variado, como se vê. O sr. AureTo Silveira não é um nome popular, mas é um pianista de me cito. Tem qualidatemperamento, execução virtuosidade, des, aue interessa e agrada. A seu lado, Francisco ChiafteJIi, com o seu violino che'o de glora*. Sempre bnThftnte, sempre feliz a execução do mestre, com a sua arte perfeita e o seu temperamento apaixonado. A part9 de canto foi confada a Lena Suarez Monte:ro de Barros, que arcou com as responsaM'dades da sua cola'boração e com as de Mara AugJsta Costa, aue, por enferma, não pôde comparecer. Lena Suarez é um elemento c-tícÍíWí pn««MR uma v~»7 ríe r"*>o soorano das ma^s raras como timbre. E' comum o me!o soprano procurar mascurni'sar-$e. A voz de Lena Suarez, trabalhada com o seguro con*ròlo da bôa escola da professora Rtva Past-^"r>c. ^ni;!lntpí'Y1-í;', encantadoramente fem'n'nn. E' uma voz tépida, morna, langu:da, flexive!, msmuante, como uma carioca. Lena Suarez constitue um caso raro. Suas interpretações são sempre artist'cas, superiormente fnas, e per ísso mesmo, deliciosamente comuni-cat vas. A declamação também esteve representada no programa. Os poemas declamados provecaram aplausos entu4'ast!cos, o que já era ae onerar, sabendo-se que quem os recitava era 'Almeida. Margarida Lopes de

Pintura PEDRO BRUNO — Uma exposição quo so destacou, entre as mais interessantes do ano findo, foi a de Pedro Bruno, realisada tos ulfmos dias de Dezembro. A pintura desse artista é bem um reflexo de sua personalidade : alimenta-se de poesia, tem inspiração e tem sentimento. E está nisso a sua maior recomendação. Res:dindo sempre em Paquetá, o mar é o seu assunto predileto, permitindolhe pintar quadros deliciosos. Aqora mesmo, entre as mais belas composições de sua expo"Angelus no mar", "Avesjção, contavam-se "Madona Meria", das gaivotas" e outras, todos inspirados no mar. Também o nú encontra em Pedro Bruno um interprete apaixonado. E éle apresenta-o com discreção, com supremo gosto, como expressões suaves de beleza e tocados de uma encantadora .fantazia. Suas paisagens têm um sabor especial e êle não deixa passar os momentos em que a naturesa muda o seu as"Tempespecto calmo, habitual, como em "Neblina", "Cer"Temporal", tade", em em ração" e outros do mesmo gênero. de Pedro Bruno encerrou com chave 'belas artes de 1941. ouro a temporada de

Ihor soc'edade carioca, onde ta com grande número de admirações.

DEPOIS de algum afastamento do contado com o publico, voltou a disputar -lhe o aplauso a jovem cantora Ros:na da R mini. Rouxi'bras;le'ro ou patativa do sul, a cantora noi noz em reboliço a sala, graças aos prodígios de virtuosdade de sua voz privilegiada.

Frank F. Urban ("Belga") festejado aquarelista que se acha atualmente em nosso Pais, residindo em S. Paulo, e que obteve grande sucesso com a exposição que realisou no Museu Nacional de Belas Artes, de aquarelas do litoral do Brasil, ruínas históricas e flores, em que é especialista. A recento exposição de Armando Pacheco, no salão nobre do Paiace Hotel, confirmou-o como um dos pintoies mcvs robustos c?a nova geração, RETROSPECTIVA PEDRO EXPOSIÇÃO MEIRELES. A realisação AMÉRICO-VÍTOR de expo^ções retrospectivas vem sendo posta em pratica, regularmente, como um dos capituJos do programa da atual diretoria do Museu de Belas Artes. A que esteve aberra ao publico durante o mês que findou, consagrou os nomes de Pedro Américo e de Vítor Meireles, dé quem foram expostos aiguns trabalhos notáveis, pertencontes ao Museu e a colecionadores particulares. nomo é um GILBERTO TROMPOWSKY familiar aos me:os de belas artes, onde 6 tido como um pintor-decorador — decorador,, principalmente — dos mais inferessantes. Sua exposição do Paiace Hotel foi um ponto obrigatório do encontro da me-

— 32 —

A

cantora

Maria

Augusta Costa, seu recital.

no

dia

do

I — 1942


equilíbrio sante.

do

espetáculo,

realmente

inferes-

TEATRO CARLOS GOMES. — A poça EBRIO, de Vicente Celestino, ultrapassou já as 220 representações seguidas, o que é um record digno de registro, num meio em que não é comum a peças de teatro chegarem ao centenar.io. O espetáculo é movimentado e tem elementos que lhe asseguram permanência, a;nda maior, no cartaz. O

I

àmãããW"™^*maw/ frffl

MARIA

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„,^^

AUGUSTA

COSTA é uma jovem que nasceu para brilhar. Inteligente,' arhsta, dispondo de uma voz que é um feitrço do publico — soprano I rico ligeiro — ela teve a fortuna de cair nas mãos de ura professora competente e concienciosa — a cantora,

professora Riva Pasternac — e, portanto, cie se fazer cantora sob excelente controle técnico e artistico. Principiante há apenas quatro «nos, ela é hoje uma cantora que se ouve com imenso, prazer. Através das audições de alunos

de

sua ilustre acompanhado

tem-lhe

surpreendente.

professora, o publico a evolução de fato

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|

"Comedia

pela repriíe da F^aulo Gonçalves,

do

\

flB

Coração",

de

peça tão original, que pôde ser considerada única no gênero. Basta ponsar que tem como cenário o coração humano e como personagens alguns dos nossos sent.mentos : alegra

dor, Do

ódio, choque

medo, de

sonho,

interesses

paixão. personagens, nasce o enredo. O o idealista. Razão e ciúme nunca

desses nho

c;ume,

e

é

soes-

provoca dissabores a a alegria faz sorrr quando aparece. Tal como na comed|-a da vida, os interesses que motao

de

vem

acordo.

os

A

dor

os

são

personagens

mas

variados

O

pequenino fio de voz, que tmha a principio, foi-se desenvolvendo a*é chegar )ao volume atual, que já lhe permite lirar partido do repertório de camera e do de

teatro.

E

tem

milagre de

e

de

intuição,

entusiasmo.

Maria

de

No

de

estudo,

sou

m - s-tt

sob o cotitrole

meira

ordem,

Maria

de

WILMA

GRAÇA

de

uma escola

Augusta

tem

nasceu

para

garant.da. Ela tem feito outra

nome de

de

uma

Ljadlsláu

To'está por Luiz Iglesias, e que em cena no Rival. O espetáculo é defendido por Eva Todor, Iracema de Alencar, Elza Gomes, Afonso Stuart, Ramos Júnior e outros.

dor,

traduzida

a sua

brilhar.

ERNANI

BRAGA

é

uma

mais

das

fulgu-

— dirigiu

interessar.-

um

120 vozes escolhjdas entre os alunos da Escola Profissional Aureliano Leal, de Niterói. coral,

formado

AS ONDAS MUSICAIS — confiaram a MaTaghaferro a parte de piano dos seus bi-semana's

do mês

que

findou.

UMA

ARTISTA de recursos, a cantora RigueJró Rodrigues, que se apresentou dias atrás. Maria

TEATRO

— Teatro Reg-na. — Uma das des+acadjas do mês teatral foi constipela festa artistica de Dulcina Morais,

notas t^Ha só

por

essa

I — 1942

festa,

em

si

Lu"za Pereira do Nascimento, a jovem virtuose do piano, cujo recital artistico foi real^ado no começo do mês passado, na Escola Nacional de Música. A eximia pianista, que fez o curso de aperfeiçoamento da professora Celina Roxo Eschman..-., organ!sou para etsse festival, bem escolhido programa, que mereceu fartos aplausos da assistência.

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de

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programas

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coisa.

Foi um sucesso o Seu ultimo con-

concerto

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E •

certa..

tissi mo

^MStSÊÊÊm

maU

promess;as piartisticas com que podemos contar, presentemente. Sua sonoridade é ampla, sua bravura, comuricaVva, seu est;lo, aprimorado.

M

JÊS

pricar-

ranles

E'

o

interessante,

um

sendo,

nao

fZ, m

escola

Costa proporcionou ao puprograma primoroso, como organização e desempenho. Seu sucesso foi de,i"duetos" rante, principalmente com o nos flautils+a Moacir Liserra. Conduzida como vai

não

é

INTERNO

muito

Augusta

bl|ico

reira

COLÉGIO comedia

A. S. B. B. A., em sessão solene, recebeu os seus dois novos conselheiros, Luis Peixoto e Raimundo Magalhães Júnior, cuja recente eleição repercutiu com a mais viva s'mpat:a nos meios teatra », onde são figuras de relevo.

rãcítal,

primeiro

sentou-se como si houvesse sido escrita agora. Fresca e movimentada e sempre atual, porqua o seu enredo tem cabimento em qualquer tempo e em qualquer parte.

CARREIRA longa teve O CANÁRIO, de José Wanderisy e Mario Lago, confiado a Palmerim Silva e sua companhia, no Recreio.

a joven cantora, de cada vez apresentado, tem sido para surpreenaer |a sala e de'xüi os tablados dos concertos entre aclamações. Tudo isso, em tao pouco tempo só se compreende como se

que

TEATRO SERRADOR — Procopio Ferreira foi buscar no velho repertório uma peça "O Genro de Muitas Sogras", sempre nova : de Artur Azevedo e Moreira Sampaio. Com, a interpretação de Procopio e dos seus com— Bibí à frente —¦ a comedia aprepanheíros

mesma,

como

possive:s. Nunca se chega a um acordo, ou, só se chega, a poder de muito sofrimento e muita renuncia. A não

comedia só

teatras.

do No

fof, teatro

pois, a nota predominanK Regina, como dos meios

desempenho

dos

respectivos

paá ai-

peis estiveram os artistas da companhia tura da peça : Dulcina, encantadora como Sonho; Notara Ney, graciosíssima na Aisgria; Suzana Negri arrebatadora como Paixão: na Dor, fnexcedivel Aurora Aboim; Conchta

Mora;s

excelente

como

Razão,

Odilon,

como Ciúme, Aristóteles, como Medo e JorÓdio. Todos mantiveram o ge Diniz como

— 33 —

H 1 sW

V '\

JBk

O nome de Alberto Apfel, o notável artista pintor de animais, já é sobejamente conhec;do, nesta Capital como nos Estados, atra"dos vés excelentes trabalhos seus que estão erpalhados por todo o País, e pelas exPosiçòes que êle tem reafisado. Ainda agora Alberto Apfel — que aqui aparece em excelente auto-retrato — percorre o norte do Brasil, e ao regressar realisará nesta Capital uma exposição de trabalhos que obterá, certamente, o êxito das anteriores, e está despertando o tmalor interesse.

O

MALHO


equilibrio sante.

do

espetáculo,

realmente

inferes-

TEATRO CARLOS GOMES. — A poça EBRIO, de Vicente Celestino, ultrapassou já as 220 representações seguidas, o que é um record d.gno de registro, num meio em que não é comum a peças de teatro chegarem ao centenarjo. O espetáculo é movimentado e tem elementos que lhe asseguram permanência, a'nda maior, no cartaz. O

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MARIA AUGUSTA COSTA é uma jovem cantora, que nasceu para brilhar. Inteligente, artista, dispondo de uma voz que é um feit'Ço do publico — soprano I rico ligeiro — ela teve a fortuna de cair nas mãos de ur",a professora competente e concienciosa •— a professora Riva Pasternac — e, portanto, de se fazer cantora sob excelente controle técnico Principiante há apenas quatro e artistico. «nos,

é

ela

com

hoje

uma

cantora

que se ouve das aud'ções de

prazer. Através sua ilustre professora, o publico acompanhado a evolução de fato

imenso

alunos

de

tem-lhe

a ap J

"Comeo3'a

pela reprise da FJaulo Gonçalves,

do

Coração",

de

peça tão original, que pôde ser considerada única no genero. Basta ponsar que tem como cenário o coração humano e como personagens alguns dos nossos sencume, dor, ódio, medo, sonho, tmentos : e paixão. Do choque de interesses personagens, nasce o enredo. O soo idealista. Razão e ciúme nunca es-

alegria desses nho

é

provoca dissabores 3 a alegria faz sorrir quando aparece. Tal como na comeda da vida, os interesses que mo variados vem os personagens são os mas tão

de

acordo.

A

dor

TEATRO SERRADOR — Procopio Rsrrsira foi buscar no velho repertório uma poça "O sempre nova : Genro de Muitas Sogras", de Artur Azevedo e Moreira Sampaio. Coro, a interpretação de Procopio e dos seus companheíros — Bi*bÍ à frente — a comedia apresentou-se como si houvesse sido escfita agora. Fresca e movimentada e sempre atual, porqua o seu enredo tem cabimento em qualquer tempo e em qualquer parte. COLÉGIO comedia dor,

INTERNO

muito

é

o

interessante,

nome de

de

L,ad)sláu

uma To-

traduzida

por Lu-íz Iglesias, e que está em cena no Rival. O espetáculo é defendido por Eva Todor, Iracema de Alencar, Elza Gomes, Afonso Stuart, Ramos Júnior e outros.

surpreendente.

O pequenino fio de voz, qua pit ncipio, foi-se desenvolvendo afé chegar iao volume atual, que já lhe permite tirar pprtCdo do repertório de camera e do tinha

de

CARREIRA longa teve O CANÁRIO, do José Wanderiey e Mario Lago, confiado a Palmeiim Silva e sua companhia, no Recreio.

a

teatro. se

E

tem

a joven cantora, cie apresentado, tem sido

vez

cada

para surpresnaer |a sala e deixar os tablados doi concertos entre aclamações. Tudo isso, em tão pouco tempo só se compreende como

que

milagre e de Maria

de

intuição,

entusiasmo. Augusta

bl(<:o

um

zação

e

de

No

estudo,

seu

de

A. S. B. B. A., em sessão solene, recebeu os seus dois novos conselheiros, Luis Peixoto e Raimundo Magalhães Júnior, cuja recente eleição repercutiu com a mais viva s'mpatia nos meios teatra I, onde são figuras da relevo.

escola

^^Â

rec^M,

primeiro

Costa

proporcionou ao pi" primoroso, como organi-

programa desempenho.

Seu sucesso foi de-i"duetos" nos com o prncípalmente Moacir flautE&ta Liserra. Conduzida como vai

jMmm*,>

rante,

sendo,

sob

meira

ordem,

reira não

de

o controle Mari.ã

Augusta

tem

nasceu

para

garant da. Ela tem feito outra

WILMA

GRAÇA

uma escola

de

a sua

bivlhar.

E'

é

uma

mais

das

fulgu-

com

que podepromessas piartsticas contar, presentemente. Sua sonoridade é ampla, sua bravura, comunfcatva, seu estio, mos

Foi um sucesso o seu ultimo con-

certd. ERNANI tiss mo

BRAGA

concerto

— dirigiu

coral,

um

formado

interessar.de

120

zes escolhidas entre os alunos da Escola fissional Aureliano Leal, de Niterói.

Tagliaferro

prograrrhas E'

a parte de piano dos seus bi-semana''S do mês que findou.

UMA

ARTISTA de recursos, a cantora Maria Rigue>ó Rodrigues, que se apresentou d-ias atraí. TEATRO

— Teatro Regna. — Uma das destacadjas do mês teatral foi constipela festa artística de Dulcina Morais,

notas tufitfa nao

por

essa

I — 1942

festa,

em

si

mesma,

Lu'za Pereira do Nascimento, a jovem virtuose do piano, cujo recital artistico foi rea1'sado no começo do mês passado, na Escola Nacional de Música. A eximia pianista, que fez o curso de aperfeiçoamento da professora Celina Roxo Eschmarí.i, organ!sou para esse festival, bem escolhido programa, que mereceu fartos aplausos da ass;stenc:a.

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voPro-

AS ONDAS MUSICAIS — confiaram a Madalena

_Hfe__i_^_te______.

coisa.

rantes

aprimorado.

mmmW

pricar-

como

possive:s. Nunca se chega a um acordo, ou, só se chega, a poder de muito sofrimento e muita renuncia. A

comedia

fof,

pois, a nota predominara, Regma, como dos meios

do

taatro

teatras.

No

desempenho

xão;

Dor,

i'nexcedivel

não

dos

respectivos

papeis estiveram os artistas da companhia á aitura da peça : Dulcina, encantado-a como Sonho; N^atára Ney, graciosíssima na Alegria: Suzana Negri arrebatadora como Paich ta

na

Mora:s

excelente

Aurora como

Aboim; Razão,

Con-

Odilon,

como Ciúme, Aristóteles, como Medo e Jormantiveram o Ódio. Todos ge Diniz como

— 33 —

O nome de Alberto Apfel, o notável artista pintor de animais, já é sobejamente conhec;do, nesta Capital como nos Estados, atravês dos excelentes trabalhos seus que estão erpalhados por todo o País, e pelas exPosiçoes que êle tem realisado. Ainda agora Alberto Apfel — que aqui aparece em excelente auto-retrato — Percorre o norte do Brasil, e ao regressar realisará nesta Capital uma exposição de trabalhos que obterá, certamente, o êxito das anteriores, e está despertando o rnalor interessa.

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que lhe fazer o en terro. Não obstante ter sido o homem que abriu de par em par as portas de Portugal à civilização, o homenu que " estran¦->^^*JB»Bt^aV>: ^v^SSa^"^ ' NeS-.v s.íííS«»»¥' / dmW^' ¦ ^sfl^BSaSflaBBflfl geirou a cóiti" no í ' ^míisií^mWmmmmmamWrit' <*iá. ^I^S-ÊSaW *' ^flflaBB^flflraV^lflT^É^BK^A^^tí^ âwWaf dizer de Júlio Dantas, o Rei Magni&¦ *t- ¦fl^SJBE-sí;>-fi^»^ /r* f .^ gflfl fico, através de cuja a proteção mulher portuguesa penetra os salões ar — ela coiíadinha qüe vivera até então enclausurada à maneira árabe, que só tinha noção de ter saído de minhas gentis patrícias e conterracasa para se batizar, casar e apenas aguarneas, talvez ignorem, que a felicidade dava a última, o de ser enterrada 1 D. João AS que hoje desfrutam, nesta liberalisV gastou dinheiro às mancheias, perdulasima terra carioca, de se poderem vestir riamente, loucamente. Mas não só com ¦gelos figurinos de Jean Patou ou " chez Mafra e Odivelas o Rei dissipara metade Paquim", ou de se exhibirem à tarde no do ouro e dos diamantes saidos do Brasil; " trotoir" da Avenida Rio Branco, ou mesgastára-o também com as amantes que êle mo na Cinelandia ou na Avenida Atlântica teve às dúzias; com embaixadas suntuosas em noites de calido verão, ostentando vesque mandava ao Papa, aos Reis vizinhos. tidos magníficos em crépe e seda, ainda Até com o casamento dos filhos — iupela metade do século XVIÍI era previrlusive aquele que viria a ser D. José I —, legio de sente fidalga, de pessoas nobres, o Sr. D. João ordenara que se façam desou consideradas como tal pelo governo cia pesas excepcionais, não só fazendo construir Metrópole. O proveçto historiador João um palácio em Vendas Novas, a 13 leFrancisco Lisboa, que foi talvez quem priguas de Lisboa, e sob o risco do famoso in. iro esmiuçou esse assunto, diz que pelo coronel de engenheiros muito nosso conhe- menos assim era em 1762, c para tanto cido, José da Silva Paes c Vasconcellos, consigna, que em livro especial existente como impondo, que se não tenha mãos a no arquivo da Câmara de São Luiz, êle despesas de quaisquer naturezas. A tal ponpróprio descobriu algumas provisões reais. to deve ter excedido o brilho dos espon. iitinentes às leis de súntuaria creadas por sorios de D. José e da sua mana com o KK João -V, e mesmo outras anteriores Príncipe herdeiro de Llespanha, que o geral as de 15 como e 20 de Abril de IÓ55 em dos pregadores do Rei, D. Joseph da Na" concede aos eique, ei rei de Portugal tividade nâo trepida dizer em seu livro fadadãos de São Luiz e Belém os previlegios moso especialmente escrito sobre aqueles da cidade do Porto, cm galardão dos acontecimentos, que neles como " triumphaiços prestados na expulsão dos holanrão ou últimos esforços da opulencia, como s" atos aqueles posteriormente confiros últimos da maior valentia da arte". rnados, por cartas regias de 25 de Maij de Mas se assim era em Portugal onde o I663, 16 de Março de 1660. 3 de Março de Rei se cercava de esplendor e de custosas 1702, c por fim em outros decretos vindos alfaias, onde havia virado do "avesso o Portugal como os de I de Julho de Paço da Ribeira" creando até uma velho 1735, 27 de Abril de 1736 e 8 de Fevecapela de espavento servida por um alu'ein. de 1762, este se senagora já quando vião de conegos e monsenhores, obrigada a ava sobre o throno luso D. José í. Não um coro magnífico de "castrati" e seleta "Jornal de lescreve o brilhante autor do orquestra, tanto quanto já lhe não bastasTimon" o teor das referidas provisões sem " os oitenta conventos de frades e moscais, todavia pelo desenrolar dos aconteteiros que então possuia Lisboa", segundo imentos é bem de ver quão absurdas elas nos conta Gomes Britto, — vivia-se enram, maximé por provirem algumas da tretanto no Brasil uma vida de miséria, de cal mão do Rei Magnífico, o Sr. D. João '. Iuxuria e devassidão, posto que atingida a o homem que escandalisou Portugal com força da mineração e a cata do diamante, eus luxos, suas extravagâncias, e suas destudo que se bateiava era logo mandado ezas, a tal ponto que ao morrer nâo tipara a Metrópole. Entrementes proliibia-se lia o erário português nenhum ceiíil com

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Onde porém a historia da elegância íeminina do tempo colonial atinge o paroxismo da graça e do original, é quando João Francisco Lisboa através de um estílo que ainda hoje se pode fazer invejado, nos conta de um celebre incidente que se teria verificado na porta da igreja da Mesquinhada no Conselho de Bayão, entre um meirinho dei rei, um certo Pero Pinto com certa dama lusa D. Clara Camella, mulher de Custodio Affonso, cidadão natural do Porto, e tudo isto por tê-la visto entrar para ouvir missa em trajes que para o tempo deveriam ser caríssimos. A dama estava chie. Trazia coberto um " capotim" que lhe dava por cima da cinta, de roxa côr de pombinho, faxado ao redor pela banda de fora com uma renda de ouro e prata, entretecida de vermelho e da largura de dois dedos de mulher, e cobertas as costuras do cabeção com a mesma renda, e forrado por dentro de tafetá verde, de lar-

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minhas gentis patrícias e conterraneas, talvez ignorem, que a felicidade que hoje desfrutam, nesta liberalissinia terra carioca, de se poderem vestir " chez pelos figurinos de Jcan Patou ou Paqnim", ou de se cxhibirem à tarde no "tiotoir" da Avenida Rio Branco, pu mesmo na Cinelandia ou na Avenida Atlântica em noites de cali.lo verão, ostentando vestidos magníficos em crépe e seda,, ainda pela metade do século XVIII era proviíegio de gente fidalga, de. pessoas nobres, ou consideradas como tal pelo governo da Metrópole. O provecto historiador João Francisco Lisboa, que foi talvez quem prinieiro esmiuçou esse assunto, diz que pelo menos assim era em 1762, c para tanto consigna, que em livro especial existente no arquivo da Câmara de São Luiz, êle próprio descobriu algumas provisões reais, .atineiites às leis dc súntuaria creadas por 'Jjjj). João -V, e mesmo outras anteriores 10 as de 15 e 20 de Abril de iÓ;'-3 em " concede aos cique, el rei de Portugal dadãos dc São Luiz e Belém os previlegios dos ila cidade do Porto, cm galardão cios serviços prestados na expulsão dos liolanIcms" atos aqueles posteriormente coufirmados, por cartas regias de 25 de Mai) de H/i.i, 1(1 cie Março de 16C0. p, de Março dc >, e por fim em outros decretos vindos Portugal como os de 1 cie Julho de 17.3.T. -7 «le Al"il de '7.ií> c 's cie Fcvet-iio de \~(í2. este já agora quando se sen.1 sobre o throno luso I). José I. Não "Jornal de (escreve o brilhante autor do "imon" .1 teor das referidas provisões eais, todavia pelo desenrolar dos aconteimeiitos é bem t\r ver quão absurdas elas ram, maximé por provirem algumas da eal mão do Kei Magnífico, o Sr. D. João f; O homem que escandalisou Portugal com . luxos, suas extravagâncias, e suas desezas, a tal ponto que ao morrer não tiha o erário português nenhum ceiíil com

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que lhe fazer o enterro. Não obstante ter sido o homem que abriu de par em par as portas de Portugal à civilização, o homem que " estrangeirou a cóite" no dizer de Júlio Dantas, o Rei Magnifico, através de cuja a proteção mulher portuguesa penetra os salões — ela coitadinha que vivera até então 'enclausurada à maneira árabe, ¦que só tinha noção de ter saído de casa para se batizar, casar e apenas aguardava a última, o dc ser enterrada ! D. João V gastou dinheiro às mancheias, perdidariamente, loucamente. Mas não só com Mafra e Odivelas o Rei dissipara metade do ouro e dos diamantes saidos do Brasil; gaírtára-o tambem com as amantes que êle teve às dúzias; com embaixadas suntuosas que mandava ao Papa, aos Reis vizinhos. Até com o casamento dos filhos — inrlusive aquele que viria a ser D. José I —, :> Sr. D. João ordenara que se façam despesas excepcionais, não só fazendo construir um palácio e.m Vendas Novas, a ra leguas de Lisboa, e sob o risco do famoso coronel de engenheiros muito nosso conhe- ¦ ciclo, José da Silva Paes e Vasconcellos, como impondo, que se não tenha mãos a despesas de quaisquer naturezas. A tal ponto deve ter excedida o brilho dos esponsorios de D. José e da sua mana com o Principe herdeiro de ^lespanha, que o geral cios pregadores do Rei, D. Joseph da Nativicíade não trepida dizer em seu livro famoso especialmente escrito sobre aqueles " triumphaacontecimentos, que neles como rão os últimos esforços da opulencia, como os últimos da maior valentia da arte". Mas se assim era em Portugal onde o Rei se cercava de esplendor e de custosas "avesso o alfaias, onde havia virado do Ribeira" creando Paço até unia da velho capela de espavento servi da por um aluvião de conegos e monsenhores, obrigada a "castrati" e seleta um coro magnífico de orquestra, tanto quanto já lhe não bastassem " os oitenta conventos de frades e mosteiros que então possuía Lisboa", segundo nos conta Gomes Britto, — vivia-se eutretanto no Brasil uma vida de miséria, dc Iuxuria e devassidão, posto que atingida a força da mineração e a cata do diamante, tudo que se bateiava era logo mandado para a Metrópole. Entrcmentes prohihia-se

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o luxo a quem não podesse justificar prontamente a razão de seus haveres, e como medida a impedir a lascívia dos homens e das mulheres — séculos antes condenada por Anehieta e Nobrega — lá vinham as celebres provisões. Por carta regia de 1709 lá estava, que se vedasse o uso das jóias, dos braceletes, dos panos de seda e bordados às escravas, posto que isto nelas eram como um incentivo à devassidão, e aos homens motivo de concupiscencia ! Para tanto recomendava-se aos governadores atenção " para aquilo porquanto as escravas eostumam sair à noite com adornos a excitar a lascívia dos homens de que se segue muitas ofensas a Deus". Como medida preliminar deviam os governantes da terra impedir desde logo que as mulheres eücravas " trouxessem sobre si, adornos de ouro e outros semelhantes, com que procuram tornar-se mais atrativas". Ao mesmo tempo que assim age, impõe D. João V atos de verdadeira deshumanidade para os pobres africanos servis: um deles é o que cogita das penalidades contra os negros fugidos, os que se homisiam nos quilombos, e a "que se chamam vulgarmente calhambolas"-, para esses cominava-se o castigo dc que "com se lhes imprimisse no corpo ferro em braza a marca F (de fugido, fujão) e no " de lhes ser encontrada tal marca caso se lhes "cortará uma orelha" procedendose em tudo por simples mandato do juiz de fora etc ! Possivelmente que Torquemada e o famigerado Duque de Alba não foram tão cruéis ! Mas os castigos não ficaram adstritos não só àquelas medidas punitivas porque ainda havia o pelourinho, o tronco, a chibata e quantos meios outros de torturar, chegaram até 13 de Maio de 1888 !

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Onde porém a historia da elegância ieminina do tempo colonial atinge o paroxismo da graça e do original, é quando João Francisco Lisboa através de um estílo que ainda hoje se pode fazer invejado, nos conta de um celebre incidente que se teria verificado na porta da igreja da Mesquinhada no Conselho de Bayão, entre um meirinho dei rei, um certo Pero Pinto com certa dama lusa D. Clara Camella, mu lher de Custodio Affonso, cidadão natural do Porto, e tudo isto por tê-la visto entrar para ouvir missa em trajes que para o tempo deveriam ser caríssimos. A dama " capotim" estava chie. Trazia coberto um que lhe dava por cima da cinta, de roxa côr de pombinho, faxado ao redor pela banda de fora com uma renda de ouro e prata, entretecida de vermelho e da largura de dois dedos de mulher, e cobertas as costuras do cabeção com a mesma renda, e forrado por dentro de tafetá verde, de lar-

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gura c forro de um palmo toda a roda" — escreve-se minuciosamente no processo a que foi submetida a pobre D. Clara CamelIa ! A argúcia de Pero Pinto não ficou porém tão só ali. Antes êle comoi um bom meirinho descobrira até que a mulher dc Custodio Affonso, trazia ainda sobre o cor" roupão po um de tafetá preto, com dois debruns de veludo preto pelas bordas, com as mangas abertas, e aberturas dos debruns do dito veludo, e o cabeção todo debruado" ífóra ainda uma '* larguinha de pano vermelho" que puzera por debaixo, "com barra de veludo verde, por baixo e ao redor, ie dois dedos da largo, apestanada de taíetá amarelo e umas espequilhas em cada sordo da pestana". Ora francamente diante iaquele achado nenhuma oportunidade melhor havia para o meirinho, e por isso deteve D. Clara Camella. Protesta a mulher de Custodio Affonso. Insiste o inconiremente Pero Pinto. Junta povo. Naturalmente surgiram protestos. Tudo acaba x>rem por ser a mulher de Custodio Affonso levada ao juiz ordinário da terra. Peo magistrado Pero Pinto argúé, que ^nte uara Camella u. trazia sobre o seu corpo coisas defezas da lei, como fossem sedas «c a esse argumento replica todavia a mulher de Custodio Affonso " ser pessoa de qualidade" e portanto faze-lo, As explicações de D. Clarapoderia não obstante nao convencerem o magistrado, atarantam-no: dir-se-ia que o juiz Pedro Dias nao sabe até como sair-se daquela entaladeia, e então -resolve dar inicio ao processo que é objeto de critica de João Francisco Lisboa. Entretanto Pero Pinto pede que seja a Ré condenada, isto é, à multa de

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"seis mil réis além da perca do-vestido". Mas D. Clara Camella não é mulher que esmoreça diante da luta; sobretudo em se tratando de tão rica indumentária, e váe agrava. Nas razões do agravo alega entre " ser pessoa de outras cousas que além de ""saíra almotacé da qualidade", seu marido cidade por pelouro, e estava exercendo o cargo", pelo que era cidadão da cidade, " andavam na igual aos que governança isto bastaria para provar o seu dela". Só " direito pois que devia gozar os previlealém de ser ela própria infacção", de gios descendente de cidadão da mesma cidade, os " quais por seus filhos e netos gozavam de grandes previlegios e entre eles os de poderem trazer quaisquer vestidos de seda, ouro, e prata que quizessem". Ainda assim além da explendida defesa, não pedia D. Clara Camella apenas para ser absolvida e reintegrada na posse do seu rico capotim, mas como mulher ferida no seu amor próprio e na sua vaidade feminina, " exigia que fosse condenado Pedro Pinto em encoutos custa e seis mil réis de multa, com reservas de injuria". Quando soube do agravo o meirinho Pero Pinto pulou como um tigre acuado: voltou ao juiz para replicar; é um aranzel dos diabos o que o teimoso meirinho diz em sua defesa. Começa por negar qualidades de almotacé à Custodio Affonso — e como para feri-lo fundo — vae lhe desencavar a arvore genealogica, inclusive o pae do outro, tambem conhecido por Custodio Affonso "homem de baixa condição e mechanico" — diz Pero Pinto — servira outróra de " alfaiate cafceteiro e de vender pano a retalho". O próprio Custodio Affon-

so Junior, marido de D. Clara Camella não passava de um " vendedor de vinhos e azeites aos quartilhos e atavernados" — iniuriava emfaticamente o meirinho. Com isto correm os anos e a pendengl chega enfim às mãos do corregedor da comarca, e este atendendo que Custodio Af-' fonso Junior provou ser christão velho, c "sempre vivera a lei da nobreza" e que "de que Clara Camella tambem provara ser nobre geração", absolve-a e termina por condenar Pero Pinto ha multa e custas do processo !... Manda ainda a sentença que se entregas-'' sem os vestidos a D. Clara Camella cujol uso lhe era permitido, sentença que mais tarde seria confirmada pelo Tribuna! da Relação do Porto. Só não se conta, é sobre ò estado de conservação porque devia andar o rico "capotim de roxa côr de pombinho com rena das de ouro e prata" que tantas dor, cabeça deve ter dado à falecida D. Clara Camella e que coitada para usa-lo teve, quê provar as suas qualidades de nobre, bem mais feliz sem duvida que as nearas escravas do Brasil e as mulheres plebléias que nem este tinham... Entretanto todos eles bem que sabiam • que na nobreza do padre Antônio Vieira havia um avô que se casara com uma mulata, depois de tc-la raptado, e que os íidalgos como o Marquez de Pombal e o Conde de Catanheira, quando não tinham . sangue africano a lhes enodoar os brazões,' tinham sangue de cigano, de mouro, c até j de outras raças, muito embora muitos de-a les, se preocupassem cm dizer que eram J limpos de sangue... *j Como sc vestia uma senhora brasileira nos lempos coloniais.

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"seis mil réis além da perca do-vestido". so Júnior, marido de D. Clara Camella Mas D. Clara Camella não é mulher que não passava de um " vendedor de vinhos e esmoreça diante da luta, sobretudo em se azeites aos quartilhos e atavernados" — intratando de tão rica indumentária, e váe uriava emfaticamente o meirinho. agrava. Nas razões do agravo alega entre Com isto correm os anos e a pendenga | " outras cousas que além de ser pessoa de chega enfim às mãos do corregedor da qualidade", seu marido ""saíra almotacé da comarca, e este atendendo que Custodio Afcidade por pelouro, e estava exercendo o fonso Júnior provou ser christão velho, e " sempre vivera a lei da nobreza" e cargo", pelo que era cidadão da cidade, que igual aos que " andavam na governança Clara Camella também provara ser "de que dela '. Só isto bastaria para provar o seu nobre geração", absolve-a e termina por direito pois que devia " gozar os previlecondenar Pero Pinto na multa e custas do gios de infacção", além de ser ela própria processo 1... descendente de cidadão da mesma cidade, os Manda ainda a sentença que se entregas- ^ "quais sem os vestidos a D. Clara Camella cujo | por seus filhos e netos gozavam de grandes previlegios e entre eles os de pouso lhe era permitido, sentença que mais derem trazer quaisquer vestidos de seda, tarde seria confirmada pelo Tribuna! da ' ouro, e prata que quizessem". Ainda asRelação do Porto. sim além da explendida defesa, não pedia Só não se conta, é sobre ó estado de ' D. Clara Camella apenas para ser absolviconservação porque devia andar o rico " ca- J da e reintegrada na posse do seu rico capotim de rôxa côr de pombinho com ren-à f>otim, mas como mulher ferida no seu das de ouro e prata" que tantas dores dê i amor proprio e na sua vaidade feminina,' cabeça deve ter dado à falecida D. Clara exigia que fosse condenado Pedro Pinto " em Camellà e que coitada para usa-lo teve quê !Í seis mil réis de multa, custa e encoutos provar as suas qualidades de nobre, bem ¦ com reservas de injuria". mais feliz sem duvida que as negras es-'!jj cravas do Brasil e as mulheres plebléias que : Quando soube do agravo o meirinho Pero J Pinto pulou como um tigre acuado: volnem este tinham... tou ao juiz para replicar; é uni aranzel Entretanto todos eles bem que sabiam \í dos diabos o que o teimoso meirinho diz que na nobreza do padre Antonio Vieira '? em sua defesa. Começa por negar qualidahavia um avô que se casara com uma mu- 'j des de almotacé à Custodio Affonso — e lata, depois de te-la raptado, e que os íi- l3 como para feri-lo fundo — vae lhe desendalgos como o Marquez de Pombal e o cavar a arvore genealogica, inclusive o pae Conde de Catanheira, quando não tinham do outro, também conhecido por Custodio sangue africano a lhes enodoar os brazões, i " Affonso homem de baixa condição e metinham sangue de cigano, de mouro, e até f chanico" — diz Pero Pinto — servira oude outras raças, muito embora muitos detróra de " alfaiate calceteiro e de vender les, se preocupassem em dizer que eram ,J limpos de sangue... pano a retalho". O proprio Custodio AffonComo se vestia uma senhora brasileira nos tempos coloniais.

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RAIO DE SOL

Até você chegar aqui, meu louro amigo, -té alcançar o meu leito de enferma, vir dourar meus lençóis e aquecer minha face, as horas passarão longas e lentas.

Finalmente, depois de beijar o meu rosto, sua luz estende, carinhosamente no espaldar, sobre a minha cabeça, um docel deslumbrante.

Seu divino esplendor é a única visita dos meus dias de febre atormentada. Eu conheço tão bem a sua trajetória neste recinto triste do meu quarto!

Esse é o ponto final de sua visita. Seu calor, logo após, diminue enfraquece. o docel pouco a pouco se apaga, e você, companheiro, vai-se embora.

Primeiro, bem cedinho, você chega espiando, curioso, Pelafresta da janela, e «tira na parede branca um« flexa de luz; ~- assim flexado no ar, o pó suspenso T>ca todo de ouro!

Chega a tristeza do crepúsculo, vem a desolação da noite intérmina, e vem a febre me queimar o sono. Mas amanhã, bem cedo, uma nova alegria clarinará em triunfo a sua chegada. E os meus lábios crestados pela febre, meu corpo torturado pela insónia, minhas mãos pálidas e emagrecidas, tudo se estenderá, sôfregamente, para você, meu louro e lindo amigo, num apelo à saúde fugitiva, que há de vir, que há de vir no calor do seu beijo!

depois, quando a janela é toda aberta, *°Ce entra vitoriosamente, ecortando em sua restea as rendas da cortina. arde, espreguiçando longamente seu corpo chão, você é como um felino, pelo «m fehno de pêlos luminosos, q e arma o pulo de ouro, atinge a minha cama, avança devagar pda çobertfl fldma e crava as garras quen+es no meu peito.

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RAIO DE SOL

Até você chegar aqui, meu louro amigo, até alcançar o meu leito de enferma, vir dourar meus lençóis e aquecer minha face, as horas passarão longas e lentas.

Finalmente, depois de beijar o meu rosto, sua luz estende, carinhosamente no espaldar, sobre a minha cabeça, um docel deslumbrante.

Seu divino esplendor é a única visita dos meus dias de febre atormentada. Eu conheço tão bem a sua trajetória neste recinto triste do meu quarto!

Esse é o ponto final de sua visita. Seu calor, logo após, diminue enfraquece. o docel pouco a pouco se apaga, e você, companheiro, vai-se embora.

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Chega a tristeza do crepúsculo, vem a desolação da noite intérmma, e vem a febre me queimar o sono. Mas amanhã, bem cedo, uma nova alegria clarinará em triunfo a sua chegada. E os meus lábios crestados pela febre, meu corpo torturado pela insônia, minhas mãos pálidas e emagrecidas, tudo se estenderá, sôfregamente, para você, meu louro e lindo amigo, num apelo à saúde fugitiva, que há de vir, que há de vir no calor do seu beijol

Depois, quando a janela é toda aberta, Voce entra vitoriosamente, --.recortando em sua restea as rendas da cortina. a's tarde, espreguiçando longamente leu ""Po hno, pelo chão, você é como um felii "" felino de luminosos, pêlos jue arma o pulo de ouro, atinge a minha cama, 'yança devagar pela coberta acima ! crava as garras quentes io meu peito.

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OS ESTUDOS MISTERIOSOS DO PROFESSOR KRUHL Novela de PAUL AROSA Trad. de HELENA DE IRAJA Parece; porque paga tudo pelo dobro do seu valor. E a sra. não tem medo que seja dinheiro do diabo, dinheiro maldito?

Talvês; mas corre como qualquer outro.

Admito — continuei — que esse indivfduo seja Belzebú em pessoa, mas porque esse apelido de salsicheiro? Por causa dos porcos.

Que porcos?

Êle compra todos os da comarca.

Vivos?

. . .Dei um salto para traz, a lanterna me escapou das mãos.. .

ati.gora, que muitos anos. são decorridos, poiso revelar a verdade sobre o estranho fim e os misteriosos estudos do Professor Kruhl. A tembranca angustiosa dessa aventura me perseguo noite e dia e, assim, espero libertar-me da sua obcessão. das o eonveneionalísmo Sempre detestei praias, para vilegiatura. Adoro o mar, porém sob condição de encontrar solidão e liberdade; escolhi portanto nesse ano a socegada aldeia de Cauville, afim de af passar minhas férias. Talvês hoje seja um balneário elegante; mas, nessa época, nem siquer possuía hotel e eu me vira obrigado a tomar alojamento na casa da merceeira, a qual me cedera, por cima de sua loja, um vasto quarto branqueado a cal, que fazia as minhas delicias. Em um dos meus primeiros passeios, descobri a moradia do Professor Kruhl. Erguia-se no meio da charnéca que coroa o penhasco e seu aspecto extremamente bizarro me chamou a atenção. Dei lentamente uma volta por toda essa estranha habitação; por todos os lados, havia um silêncio de morte, excetuando-se um recanto onde julguei ouvir através do muro uns grunhidos abafados, cuja natureza não consegui precisar. Vivamente intrigado, tornei a descer para a "incontinenti" minha hospealdeia e interroguei deira, a respeitável Sra. Piedelièvre, que me informou com loquacidade bem normanda. E' o torreão vermelho do salsicheiro do dia bo — disse-me ela. Misericórdia! O que vem a ser isso? — perguntei estupefato. Não sabemos mais que o senhor. Faz quase 4 anos que um freguês exquisito com cabelos amarelos caindo no colarinho e óculos de ouro, mandou construir essa casa no alto do rochedo; ninguém aqui sabe donde êle vem, nem o que há na casa dele; os quatro muros foram construídos por um pedreiro de Montvilliers, mas, dentro, tudo foi feito por operários que vieram de fora e não falavam francês; também êle pouco fala a nossa iingua. Sim? De que país é então? Do inferno, por Deus! Quando alguém é assim tão misterioso, que nem põe portas nem janelas em casa, não vé ninguém, não sái sinãc a noite para pescar ou gesticular e falar sósinho na charnéca ao clarão da lua, então não é um sócio de Belzebú? E' rico?

O

M A L H O

Sempre. Agora compreendo os grunhidos que ouvi há pouco. Seu Lucifér é simplesmente um negociante de porcos! Não, senhor — replicou a viuva com animação. — Todos os que entram para 'lá ninguém mais vé ! Ora! Tolices! O que eu lhe digo é a pura verdade; mas, como o sr. não acredita, nem uma palavra mais ! E, resmungando, a Sra. Piedelièvre me deixou. Durante o resto do dia, pensei muitas vezes na história da velha; estava cheio de exagero a superstição camponias, mas os fatos deviam ser reais. Nesse mesmo dia, após o jantar, sal a passeio. Logo cheguei ao rochedo, onde apareceu na minha frente a silhueta massiça do Torreão Vermelho. Desta vez, no pátio, ouviam-se passos, cochichos, interjeições num dialeto que não pude identificar. De repente, a noite foi rasgada pelo grito atros dum porco degolado. Pouco a pouco, foi enfraquecendo, e no silencio da noite esse e desesperado. grito quase humano parecia Apressei-me a regressar e em casa, deslisei para meu leito, arrepiado. No dia seguinte, comecei as pesquisas. O homem estava instalado no pais havia 4 anos e se chamava Siegfried Kruhl, da Universidade de Magdeburgo. Vivia só, com dois criados homens, dos quais um se encarregava da compra das provisões e outro do ajuste dos porcos: em três anos depois de sua chegada ao país, comprara 1.095 porcos, ou seja, exatamente, um por dia. Longe de satisfazerem minha curiosidade, esses detalhes ainda mais a excitavam. Eu abandonára tudo, só para vaguear ao redor da casa misteriosa. Cada vês mais inquieto, ainda piorei com o fato seguinte: Certo dia, cansado de minhas pesquisas infrutíferas, desci à praia, com a maré baixa, para pescar e com grande espanto, encontrei uma porção de cadáveres de porcos, todos trazendo na garganta a ferida da faca que os sangrara! O mar então, servia de depósito ao laboratório do Dr. Kruhl... Assim, era apenas no intuito de recolher sangue, litros de sangue de porco, que esse homem imolava todas as noites um desses desgraçados animais ? Abordei por duas véses os criados teutões e, recordando o pouco de alemão que sabia, pedilhes que anunciassem ao seu patrão a visita dum naturalista francês, grande admirador dos seus trabalhos; viraram-me as costas com uma única palavra:

"Unmõglich". (Impossível). Nada mais pude obter. Quinze dias depois, encontrei o professor Kruhl e sua estupefaciente aparição ainda mais me transtornou, aterrorizando-me Era perto de meia-noite; eu passeiava no campo; dirigi-me instintivamente para o torreão

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vermelho, e, sob a lua que brilhava vivamente, êle me apareceu sinistro, na charnéca deserta. Desta vês, passava-se algo de anormal; em lugar do pesado silêncio costumeiro, três vozes discutiam por trás do muro, tr.ês vozes masculinas, das quais uma, gritante, parecia demonstrar cólera violenta. De súbito, abriu-se o portãosinho de ferro e vi aparecer um homenzinho vestido de preto, sem chapéu, com cabelos louros e ócuios de ouro; parecia vítima de uma inquietação, dum desequilíbrio inexprimíveis; e gesticulava, proferindo palavras incoerentes. Vi-o bater com a uorta e se dirigir correndo em direção à aldeia. Seguro da vitória, aproximei-me dele: Senhor Siegfried Kruhl — disse, pondo-lhe a mão no ombro, — não vá tão depressa, porque as pessoas que percorrem o campo à noite como o sr., são ladras ou loucas. Virou-se bruscamente, com grande cólera brilhando nos olhos, por trás dos óculos. Deixe-me! — gritou — num francês forte mente impregnado de sotaque germânico. Não — respondi, segurando-o — deseje cunhecê-lo, pois o senhor me intriga muito, Professor Kruhl. Digo-lhe que me deixe, não entende? Sou livre de fazer o que quizer; nada faço de mal. E' o que falta provar. Com que direito m» interroga? Há queixas contra o senhor, — disse-lhe _- • tenho um mandado do prisão do juts d* instrução do Havrt. Êle fez-se pálido como a morte, e o susto • a angustia se imprimiram em seu rosto. Senhor — suplicou — deixe-me ir, é preciso! Nada faço de mal, sou um simples sábio, faço estudos, somente estudos, somente estudos, mas preciso achar um hoje de noite... não me retenha... o que eu tinha morreu, preciso um, imediatamente... E — acrescentou tomado de super"ela" vai morrer... excitação tremenda — sem isso e si morre, não poderei reanimá-la mais esta vês... si eia morre... si ela morre... tudo está perdido... perdido... Fez um gesto brusco, desvencilhou-se, e partiu à toda pressa sem que, petrificado de sur presa, eu tivesse a idéia de o perseguir. Com o coração batendo, ocultei-me por trás do torreão vermelho! Após uma ionga espera, vi reaparecer o professor Kruhl, que puxava um animal por uma corda; o portãosinho se fechou atrás dele, e logo se ouviu o grito prolongado dum porco que se degola. Passei os dias que se seguiram a esse aterrador encontro, num furioso estado de enervamento. Si ela morre, não posso mais reanimá-la... "ela" morre, tudo está perdido... Si "Ela" quem? A que criatura fazia êle alusão? Quem era esse ser com o qual se preocupava tanto? Era então para lhe assegurar a existência que precisava imolar todas as noites um porco? Não podia ser algum animal feroz, guloso de carne crua, pois os corpos das vítimas eram atirados intátos no mar!? Era então sanaue, sangue fresco que ela necessitava 7 Meus preparativos foram rápida e discretamente feitos: fui ao Havre, comprei 10 metros duma forte corda de nós, um gancho de ferro, uma lanterna elétrica, e um vidro de clorofórmio, munindo-me também dum excelente revólver. Voltando a Cauville, depus secretamente todo esse material num recanto deserto da charnáca não longe do torreão vermelho, depois, todas as noites, qualquer que fosse o tempo, emboscado por trás das altas giéstas, eu fiscalisava o portão de ferro.

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ESI MISTERIOSOS Novela de PAUL AROSA Parece; porque paga tudo pelo dobro do seu valor, E a sra. não tem medo que seja dinheiro do diabo, dinheiro maldito? Talvês; mas corre como qualquer outro. Admito — continuei — que esse indivíduo seja Belzebú em pessoa, mas porque esse apelido de salsicheiro? —- Por causa dos porcos. Que porcos? Êle compra todos os da comarca. Vivos?

Sempre. Agora

. . .Dei um salto para traz, a lanterna me escapou das mãos...

«fjLgora, qus muitos anos são decorridos, posso revelar a verdade sobre o estranho fim e os misteriosos estudos do Professor Kruhl. A lembranca angustiosa dessa aventura me persegue noite e dia e, assim, espero libertar-me da sua obcessão. das Sempre detestei o convencionaüsmo praias, para vilegiatura. Adoro o mar, porem sob condição de encontrar solidão e liberdade; escolhi portanto nesse ano a socegada aldeia de Cauville, afim de a! passar minhas ferias. Talvês hoje seja um balneário elegante; mas, nessa época, nem siquer possuta hotel e eu me vira obrigado a tomar alojamento na casa da merceeira, a qual me cedera, por cima de sua loja, um vasto quarto branqueado a cal, que fazia as minhas delicias. Em um dos meus primeiros passeios, descobri a moradia do Professor Kruhl. Erguia-se no meio da charnéca que coroa o penhasco e seu aspecto extremamente bizarro me chamou a atenção. Dei lentamente uma volta por toda essa estranha habitação; por todos os lados, havia um silêncio de morte, excetuando-se- um recanto onde julguei ouvir através do muro uns grunhidos abafados, cuja natureza não consegui precisar. Vivamente intrigado, tornei a descer para a "incontinenti" minha hotpealdeia e interroguei deira, a respeitável Sra. Piedelièvre, que me informou com loquacidade bem normanda. E' o torreão vermelho do salsicheiro do dia bo — disse-me ela. Misericórdia! O que vem a ser isso? — perguntei estupefato. Não sabemos mais que o senhor. Faz quase 4 anos que um freguês exquisito com cabelos amarelos caindo no colarinho e óculos de ouro, mandou construir essa casa no alto do rochedo; ninguém aqui sabe donde éle vem, nem o que há na casa dele; os quatro muros foram construídos por um pedreiro de Montvilliors, mas, dentro, tudo foi feito por operários que vieram de fora e não falavam francês; também êle pouco fala a nossa língua. Sim? De que pais é então? Do inferno, por Deus! Quando alguém é assim tão misterioso, que nem põe portas nem janelas em casa, não vê ninguom, não sái sinão à noite para pescar ou gesticular e falar sósinho na charnéca ao clarão da lua, então não é um sócio de Belzebú? E' rico?

O

MALHO

compreendo os grunhidos que ouvi há pouco. Seu Lucifer é simplesmente um negociante de porcos! Não, senhor — replicou a viuva com animação. — Todos os que entram para lá ninguém mais vê! Ora! Tolices! O que eu lhe digo é a pura verdade; mas, como o sr. não acredita, nem uma palavra mais ! E, resmungando, a Sra. Piedelièvre me deixou. Durante o resto do dia, pensei muitas vezes na história da velha; estava cheio de exagero a superstição camponias, mas os fatos deviam ser reais. Nesse mesmo dia, após o jantar, saf a passeio. Logo cheguei ao rochedo, onde apareceu na minha frente a silhueta massiça do Torreão Vermelho. Desta vez, no pátio, ouviam-se passos, cochichos, interjeiçõei num dialeto que não pude identificar. De repente, a noite foi rasgada pelo grito atros dum porco degolado. Pouco a pouco, foi enfraquecendo, e no silêncio da noite esse e desesperado. grito parecia quase humano Apressei-me a regressar e em casa, deslisei para meu leito, arrepiado. No dia seguinte, comecei as pesquisas. O homem estava instalado no país havia 4 anos e se chamava Siegfried Kruhl, da Universidade de Magdeburgo. Vivia só, com dois criados homens, dos quais um se encarregava da compra das provisões e outro do ajuste dos porcos: em três anos depois de sua chegada ao país, comprara 1,095 porcos, ou seja, exatamente, um por dia. Longe de satisfazerem minha curiosidade, esses detalhes ainda mais a excitavam. Eu abandonára tudo, só para vaguear ao redor da casa misteriosa. Cada vês mais inquieto, ainda piorei com o fato seguinte: Certo dia, cansado de minhas pesquisas infrutíferas, desci à praia, com a maré baixa, para pescar e com grande espanto, encontrei uma porção de cadáveres de porcos, todos trazendo na garganta a ferida da faca que os sangrara! O mar então, servia de depósito ao laboratório do Dr. Kruhl... Assim, era apenas no intuito de recolher sangue, litros de sangue de porco, que esse homem imolava todas as noites um desses desgraçados ¦animais ? Abordei por duas vêses os criadas teutões e, recordando o pouco de alemão que sabia, pedilhes que anunciassem ao seu patrão a visita dum naturalista francês, grande admirador dos seus trabalhos; viraram-me as costas com uma única palavra:

"Unmoglich". (Impossível). Nada mais pude obter. Quinze dias depois, encontrei o professor Kruhl e sua estupefaciente aparição ainda mais me transtornou, aterrorizando-me Era perto de meia-noite; eu passeiava no campo; dirigi-me instintivamente para o torreão

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Trad. de HELENA DE IRAJA' vermelho, e, sob a lua que brilhava vivamente, êle me apareceu sinistro, na charnéca deserta. Desta vês, passava-se algo de anormal; em lugar do pesado silêncio costumeiro, três vozes discutiam por trás do muro, tr.és vozes masculinas, das quais uma, gritante, parecia demonstrar cólera violenta. De súbito, abriu-se o portãosinho de ferro e vi aparecer um homenzinho vestido de preto, sem chapéu, com cabelos louros e óculos de ouro; parecia vítima de uma inquietação, dum desequilíbrio inexprimíveis; e gesticulava, proferindo palavras incoerentes. Vi-o bater com a uorta e se dirigir correndo em direção à aldeia. Seguro da vitória, aproximei-me dele: Senhor Siegfried Kruhl — disse, pondo-lhe a mão no ombro, — não vá tão depressa, porque as pessoas que percorrem o campo è noite como o sr., são ladras ou loucas. Virou-se bruscamente, com grande cólera brilhando nos olhos, por trás dos óculos. Deixe-me! — gritou — num francês forte mente impregnado de sotaque germânico. Não — respondi, segurando-o — deseja cunhecé-lo, pois o senhor me intriga muito, Professor Kruhl. Digo-lhe que me deixe, não entende? Sou livre de fazer o que quizer; nada faço de mal. E' o que falta provar. Com que direito me interroga? Há queixas contra o senhor, — disse-lho — • tenho um mandado de prisão do juít de imtrução do Havre. Ele fez-se pálido como a morte, • o susto e a angustia se imprimiram em seu rosto. Senhor — suplicou — deixo-me ir, 4 precisol Nada faço de mal, sou um simples sábio, faço estudos, somente estudos, somente estudos, mas preciso achar um hoje de noite... não me retenha... o que eu tinha morreu, preciso um, ime diatamente... E — acrescentou tomado de super"ela" vai morrer... excitação tremenda — sem isso e si morre, não poderei reanimá-la mais esta vês... si ela morre... si ela morre,., tudo está perdido... perdido... Fez um gesto brusco, desvencilhou-se, e partiu à toda pressa sem que, petrificado de surpresa, eu tivesse a idéia de o perseguir. Com o coração batendo, ocultei-me por trás do torreão vermelho! Após uma ionga espera, vi reaparecer o professor Kruhl, que puxava um animal por uma corda; o portãosinho se fechou atrás dele, e íogo se ouviu o grito prolongado dum porco que se degola. Passei os dias que se seguiram a esse aterrador encontro, num furioso estado de enervamento. — Si ela morre, não posso mais reanimá-la... "ela" Si morre, tudo está perdido... "Ba" quem? A que criatura fazia êle alusão? Quem era esse ser com o qual se preocupava tanto? Era então para lhe assegurar a existência que precisava imolar todas as noites um porco 7 Não podia ser algum animal feroz, guloso de carne crua, pois os corpos das vítimas eram atirados intátos no mar!? Era então sanaue, sangue fresco que ela necessitava? Meus preparativos foram rápida e discretamente feitos: fui ao Havre, comprei 10 metros duma forte corda de nós, um gancho de ferro, uma lanterna elétrica, e um vidro de elorofórmio, munindo-me também dum excelente revólver. Voltando a Cauville, depus secretamente todo esse material num recanto deserto da charnúca não longe do torreão vermelho, depois, todas as noites, qualquer que fosse o tempo, emboscado por trás das altas giéstas, eu fiscalisava o portão de ferro.

I — 1942


Tentar o assalto dessa fortaleza, com seus frês habitantes reunidos, seria loucura; era necessário esperar que ao menos dois dos seus moradores se ausentassem; eu sabia que o professor ® seus acólitos passeiavam às vezes, durante a noite, fóra do seu domínio. Isto não aconteceu sinão no meu vigésimo dia de espera, quando eu |á ia desistir da empresa. Pelas onze horas, deu•se o degolamento quotidiano do porco; è meianoite, vi enfim o portão de ferro abrir-se doce"tente, um dos gigantes ruivos apareceu, inspecionou a charnéca, fei um sinal e o professor Kruhl surgiu: vi o gigante depor em seus ombros um par de grandes redes semi-circulares e sumirse com o patrão num dos caminhos do rochedo, ¦— o sr. Siegfried Kruhl ia à pesca. Quando os dois homens estavam longe, pulei do meu esconderijo, oom o coração batendo desesperadamente; tive mêdo né-sse instante. Estive * ponto de recuar, de renunciar à minha empresa e de deixar o alemão se entregar em pai aos 'eus misteriosos estudos, mas a convicção em que estava de descobrir atrás desses muros algo de Medonho, de extraordinário ou de fantástico, venceu o meu desfalecimento. Corri para o lado onde tinha colocado meu material, voltei sem rumor munido de minha corda de nós, em uma das quais extremidades fixára solidamente o gancho de ferro e comecei o assalto do torreão vermelho. Havia escolhido o ponto do muro mais afastado da porta dentrada, éle tinha sete metros de altura e foi-me preciso lançar onze véses a corda antes de conseguir fixar solidamente o gancho num interstício da parede; em alguns minutos atingi o cimo do muro sobre o qual montei, depois agarrei a corda e pendurei-a no outro lado; escutei: tudo era silêncio, deixei-me escorregar, e cheguei ao ponto. No meio do vasto quadrilátero, erguia-se a casa, escura e massiça; ao redor, encostados Âá paredes externas, vi pavilhões de fôrmas diversas, estando a janela dum deles aberta e iluminada o que traçava um largo quadrado de luz sóbre o chão do pátio. Parei, interdito; era lá evidentemente que se achava o outro guardião i espera de seu patrão. Ia vér-me, ouvir-me... Nada se movia, entretanto: a passos de tôbo, sustendo a respiração, aproximei-me, olhei — o homem sentado na poltrona, dormia. Um passo, um movimento poderiam despertá-lo; sem ruído, esvasiei o frasco de dorofórmio sóbre meu lenço, depois, aproximando-me, atirei-lh'o sobre os joelhos, dextramente. O homem fés um movimento, porém não despertou. Esperei um pouco, depois, lestamente, pulei pela janela; o alemão ibriu os olhos, viu-me, ergueu-se, mas a droga já lhe havia paralisado o cérebro, cambaleou e caiu de joelhos. Atirei-lh® o lenço no rosto, segurando-lhe as mãos. Não poude resistir e caiu de vés. Usando uma cordinha extremamente resistente com a qual me munira, liguei-lhe solidamente os membros. Deitei os olhos ao meu redor — êsse abrigo do guarda nada tinha de particular; fitei maquinalmente a lâmpada que iluminava o aposento: era elétrica. A eletricidade estava pois instalada no torreão vermelho? Donde provinha? Voltei ao pátio, vi antes de tudo a porta de ferro que possuia uma fechadura complicada como a dum cofre-forte, e penetrei em seguida no primeiro pavilhão: uma emanação violentamente ácida subiu-me ao nariz e a garganta, acendi minha lanterna, e vi-me numa sala de acumuladores, pois havia grande número numa peça contígua, onde se achavam o dinamo e seu motor. O pavilhão que se seguia era o matadouro dos porcos. Dirigi-me então para a casa que nunca me havia parecido tão escura e tão sinistra. Uma porta baixa se abria sóbre uma das faces; empurrei-me, ela cedeu. Transpuz o limiar: tudo estava escuro, mas a claridade viva de minha lanterna me mostrou um vestíbulo no fundo do qual havia uma escada; no momento de subir o primeiro degráu, foi então que ouvi o rufdo. I — 1942

Meu Deus, como a lembrança desse ruído permaneceu em meu ouvido! Era um ruído um pouco surdo, de intervalos rigorosamente iguais. Em si — mesmo, nada tinha de assustador, mas o que me perturbava era que, no começo, não atinar com a sua proveniência: era um pude "toc-toc" regular demais para ser de origem humana; um pouco como o "tic-tac" dum grande movimento de relógio, e entretanto, eu já o ouvir* antes... Esse "toc-toc" regular, a um tempo poderoso e doce, essa espécie de pulsação ritmada era... assemelhava-se exatamente ás pulsações do coração. Um suor frio me inundou todo: que havia pois lá em cima? Dominei-me, recuperei coragem; em dois saltos, subi ao tópo da escada. Dava para uma porta envidraçada. O professor Kruhl, seguro da força de suas muralhas, não fechava á chave nenhuma das suas portas. — Abri essa tão facilmente como as outras e penetrei numa vasta peça quadrada, completamente escura. Tinha apagado minha lanterna; nas trevas, um pouco á esquerda, ouvia-se o ruido com algo metálico. Virei a lanterna para o lado do quarto donde isto provinha, e acendi-a. Não era sinao uma máquina. Bem que sua imagem me houvesse ficado gravada na memória, não posso dar aquí uma descrição aproximada. Poderia ter lm,50 de altura com a vaga fôrma de uma pirâmide, era toda de metal branco e apresentava uma amálgama inaudita de mostradores, rodas, gavetas e alavancas, funcionando com uma precisão e uma regularidade admiráveis; a máquina "batia", e como minhas têmporas batessem também, percebi que as pulsações sincronisavam absolutamente com as de meu coração. Nesse momento, minha atenção foi atraída por dois tubos de metal, que partiam do alto da máquina e seguiam a parede do quarto. Acompanhel-os com a luz da lanterna: iam dar a uma espécie de sóco também de metal; na parte de baixo do sóco, partiam outros tubos que conduziam outra vês à máquina; no alto, incrustada numa espécie de canga havia... uma "cabeça humana"! Estremeço ainda ao escrever estas linhas. E'-me impossível transmitir por meio de palavras o susto e o horror que me tomaram nesse instante: não queria olhar, e meus olhos não podiam se detpegar do que aí estava. Uma cabeça de homem, de cerca de 25 anos, glabra, com cabelos negros, palpebras fechadas, a bóca tam bém, as narinas imóveis, porém com a cór normal, a tês fresca e rósea, os lábios violentamente rubros; essa cabeça, "que não respirava", parecia viva. De súbito, abriu os olhos e fitou-me. Dei um salto para trás, a lanterna me escapou das mãos e despedaçou-se sóbre o soaiho, tudo tornou a cair nas trevas e então ouvi uma vòz. Essa voz era sem timbre, falava baixo, como quem está atacado de grande dór de garganra e disse : E's tu, carrasco? Não pude responder. Ela continuou: E's tu, carrasco? Por que me acordas? Que queres me fazer ainda ? Ao som dessa voz lamentável, meu susto se dissipára um pouco; às apalpadelas, encontrei um comutaaor, torci-o, tudo se inundou de luz e lá, vi a cabeça que continuou a me falar: Quem és? Como estás aqu!? Por que prodígio enganaste Kruhl? Sim, vejo, tens mêdo, não compreendes. Perguntas si não és o joguête de um pesadelo. Não. Tudo o que vês é real. Sou uma cabeça cortada. Viva? — perguntei arquejante. Sim; viva, pela vontade e os estudos do Professor Kruhl, e tu vais me livrar, vais quebrar a máquina, parar o coração implacável e me devolver à morte donde êle me arrancou! —— Quem és? — indaguei. 43

Próspero Garuche, guilhotinado no Havre, há três anos! O assassino de Elisa Baudu? Ele mesmo. Todos os detalhes da questão me voltaram bruscamente ò memória. Fôra um crime sensacional que havia apaixonado a opinão em sua época. Próspero Garuche, jovem pública, empregado de bôa família do Havre, caíra nas malhas duma mulher; para arcar com seu tuxo, cometêra até roubos; quiz se libertar, deixá-la; então, ela o ameaçou de denunciá-lo à justiça e exigiu dele novas somas de dinheiro; desesperado, perdendo a cabeça, assestára-lhe com uma garrafa no crânio, que a extendera morta. Os debates fóram movimentados, a opinião era inteiramente favoravel a Garuche, esperava-se uma absolvição; o júri foi impiedoso, condenou-o i morte e a execução teve lugar no Havre, no meio dum grande concurso da populaça. Lembras-te? — perguntou a cabeça. Sim — respondi. — Mas como é que Kruhl t» conseguiu? Minha família reclamou meus despojos, para me evitar o anfiteátro, mas Kruhl lhes pagou 10.000 francos. O negócio tinha sido aliás préparado por êle havia longo tempo. Na Al«ma. nha, não guilhotinavam: por tsso veiu exparimentar sua máquina na Ffànça. Mas enfim — exclamei — como é vel que estejas vivo, sem corpo? Para viver, possfé necessário um coração, um estomago, pulmões... Não, só é necessário sangue! Escuta: vais compreender. Desde há muito tempo, os anatomistas teem tentado reanimar a cabeça dum guilhotinado; partem do princípio que é sómente o sangue que sustenta a vida. Então pensaram que, si conseguissem banhar o encéfalo duma cabeça cortada com sangue injetado nos vasos do crânio com temperatura normal, tanto como a pressão, fá-la-iam ressuscitar. Experimentaram: reuniram as carótidas de um cão vivo à cabeça dum supliciado e o rosto se animou, os lábios se moveram, (Termina no fim do numeio) . . . e vi aparecer um homenzinho vestido de preto, sem chapéu, com cabelos louros e óculos de ouro.

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MALHO


Tentar o assalto dessa fortaleza, com seus "¦•* habitantes reunidos, seria loucura; era necessário esperar que ao menos dois dos seus moradores se ausentassem; eu sabia que o professor e seus acólitos passeiavam às veiei, durante a noite, fora do seu domínio. Isto não aconteceu sinão no meu vigésimo dia de espera, quando eu Ia ia desistir da empresa. Pelas onze horas, deute o degolamento quotidiano do porco; è meianoite, vi enfim o portão de ferro abrir-se docemente, um dos gigantes ruivos apareceu, inspecionou

a charnéca, fez um sinal e o professor Kruhl surgiu: vi o gigante depor em seus ombros um par de sumirgrandes redes semi-circulares e se com o rochedo, patrão num dos caminhos do — o sr. Siegfried Kruhl ia à pesca. Quando os dois homens estavam longe, pulei do meu esconderijo, oom o coração batendo desesperadamente; tive medo nesse instante. Estive <> ponto de recuar, de renunciar a minha empresa e de deixar o alemão se entregar em paz aos seus misteriosos estudos, mas a convicção em que estava de descobrir atras desses muros algo de medonho, ou de fantástico, de extraordinário venceu o meu desfalecimento. Corri para o lado voltei material, onde tinha colocado meu sem munido de minha corda de nós, em uma quais extremidades fixara solidamente o gancho de ferro e comecei o assalto do torreão vermelho. Havia escolhido o ponto do muro mais afãstado da porta d'entrada, êle tinha sete metros rumor das

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e foi-me

antes

preciso lançar conseguir fixar interstício da parede; de

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solidamente o em alguns mi-

gancho num nutos atingi o cimo do muro sobre o qual montei, depois agarrei a corda e pendurei-a no outro lado; escutei: tudo era silêncio, deixei-me escorregar, e cheguei ao ponto. No meio do vasto quadrilátero, erguia-se a casa, escura e massiça; ao redor, encostados ài

externas, vi pavilhões de fôrmas diversas, a janela dum dele» aberta e iluminads. o que traçava um largo quadrado de luz sobre a chão do pátio. Parei, interdito; era lá evidentemente que se achava o outro guardião a espera de seu patrão, la vér-me, ouvir-me... Nada se movia, entretanto: a passos de lobo, sustendo a respiração, aproximei-me, olhei — o homem sen-

paredes estando

lado

na poltrona, dormia. Um passo, um movimento poderiam despertá-lo; sem ruído, esvasiei o frasco de clorofórmio sobre meu lenço, depois,

aproximando-mc,

atirei-lh'o sobre os joelhos, dexO homem fés um movimento, porém não despertou. Esperei um pouco, depois, lestamente, pulei pel* janela: o alemão ibriu os olhos, viu-me, ergueu-se, mas a droga já lhe havia paralisado o cérebro, cambaleou e caiu de joelhos. Atirei-lhe o lenço no rosto, segurando-Hie as «¦nãos. Não poudo resistir e caiu de vês. Usando uma cordinha extremamente resistente com a qual me munira, liguei-lhe solidamente os membros. Deitei os olhos ao meu redor — esse abrigo do guarda nada tinha de particular; fitei maquínalmente a lâmpada que iluminava o aposento; tramente.

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elétrica. A eletricidade estava pois instalada no torreão vermelho? Donde provinha? Voltei ao Pátio, vi antes de tudo a porta de ferro qu» Possuia uma fechadura complicada como a dum cofre-forte, e em seguida no primeiro penetrei Pavilhão: violentamente emanação ácida uma s»-biu-me ao nariz e à garganta, acendi minha ¦anterna, a<*umuladores, de e vi-me sala numa P°is havia grande número numa peça contígua, 0nde se achavam o dinamo e seu motor. O paVlJnão que se seguia era o matadouro dos porcos. -J|rigi-me então para a casa que nunca me havia Parecido tão escura e tão sinistra. Uma porta °*'n* se abria sobre uma das faces; empurrei-me, e-*> cedeu. Transpuz o limiar: tudo estava escuro, mas a «laridade viva de minha lanterna me mostrou um estíbulo no fundo do qual havia uma escada; no "¦"¦.mento de subir o primeiro degrau, foi então **¦-*• ouvi o ruído.

I _ 1942

desse ruído Meu Deus, como a lembrança ruído um permaneceu em meu ouvido! Era um pouco surdo, de intervalos rigorosamente iguais. Em si — mesmo, nada tinha de assustador, mas o que me perturbava era que, no começo, não pude atinar com a sua proveniência: era um "toc-toc" regular demais para ser de origem hu"tic-tac" dum grande mana; um pouco como o movimento de relógio, e entretanto, eu já o ou"toc-toc" regular, a um tempo vira antes... Esse poderoso e doce, essa espécie de pulsação ritera... assemelhava-se exatamente ás pulsado coração. Um suor frio me inundou todo: que havia recuperei coraDominei-me, pois lá em cima? gem; em dois saltos, subi ao topo da escada. Dava para uma porta envidraçada. O professor

mada ções

Kruhl,

da força de suas muralhas, não fechava à chave nenhuma das suas portas. — Abri essa tão facilmente como as outras e penetrei numa vasta peça quadrada, completamente escura. Tinha apagado minha lanterna; nas trevas, um pouco à esquerda, ouvia-se o ruido com algo seguro

metálico.

Virei

a lanterna para o lado do quarto provinha, e acendi-a. Não era sinão uma máquina. Bem que sua imagem me houvesse ficado gravada na memória, não posso dar aqui uma descrição aproximada. Poderia ter lm,50 de altura com a vaga fôrma de uma pirâmide, era toda de metal brandonde

isto

co e apresentava mostradores, rodas,

uma

amálgama

gavetas

e

inaudita

alavancas,

de

funcio-

nando

com uma e uma regularidade precisão "batia", admiráveis; a máquina e como minhas têmporas batessem também, percebi que as puicom sações sineronisavam absolutamente coração. Nesse momento, minha atenção foi do por dois tubos de metal, que partiam

de

as

meu

atraída alto

da

seguiam a parede do quarto. Acoma uma panhei-os com a luz da lanterna: iam dar espécie de soco também de metal; na parte de máquina

e

baixo do soco, partiam outros tubos que conduziam outra vês á máquina; no alto, incrustada "cabeça havia... uma espécie numa de canga humana"! Estremeço ainda ao escrever estas linhas. E'-me impossível transmitir por melo de palavras o susto e o horror que me tomaram nesse instante: não queria olhar, e meus olhos não podiam se despegar do que a! estava. Uma cabeça de homem, de cerca de 25 anos, glabra, com cabelos negros, palpebras fechadas, a boca também, as narinas imóveis, porém com a cór normal,

vre,

Próspero Garuche, guilhotinado há três anos! O assassino de Elisa Baudu? Éle mesmo.

no

Ha-

Todos os detalhes da questão m» voltaram bruscamente i memória. Fora um crime sensacionai que havia apaixonado a opinão pública, em sua época. Próspero Garuche, jovem empregado de bôa família do Havre, caíra nas malhas duma mulher; para arcar com seu luxo, cometêra até roubos; quiz se libertar, deixá-la; então, ela o ameaçou de denunciá-lo á justiça e exigiu dele novas somas de dinheiro; desesperado, perdendo a cabeça, assestára-lhe com uma garrafa no crânio, que a extendera morta. Os debates foram movimentados, a opinião era inteiramente favorável a Garuche, esperava-se uma absolvição; o júri foi impiedoso, condenou-o à morte e a execução teve lugar no Havre, no meio dum grande concurso da populaça. Lembrai-te? — perguntou a cabaça. Sim — respondi. — Mas como é que Kruhl ta conseguiu7 Minha família reclamou meus despojo*, para me evitar o anfiteatro, mas Kruhl lhes pagou 10.000 francos. O negócio tinha sido aliás praparado por êle havia longo tempo. Na Aféma. nha, não guilhotinavam: por isso veiu experimentar sua máquina na França. —• Mas enfim — exclamei — como i possível que estejas vivo, sem corpo? Para viver, é necessário um coração, um estômago, pulmões... Não, só i necessário sangue! Escuta: vais compreender. Desde há muito tempo, os anatomistas teem tentado reanimar a cabeça dum guilhotinado; partem do princípio que é somente o sangue que sustenta a vida. Então pensaram que, si conseguissem banhar o encéfalo duma cabeça cortada com sangue injetado nos vasos do crânio com temperatura normal, tanto como a pressão, fá-ia-iam ressuscitar. Experimentaram: reuniram as carótidas de um cão vivo à cabeça dum supliciado e o rosto se animou, os lábios se moveram,

(Termin* no fim do numeio) .. . e vi aparecer um homenzinho vestido de preto, sem chapéu, com cabelos louros e óculos de ouro.

lábios violentamente runão respirava", parecia viva. De súbito, abriu os olhos e fitou-me. Dei um salto para trás, a lanterna me escapou das mãos e despedaçou-se sobre o soa.no, a

tés

bros;

tudo uma

fresca

essa

rósea, os "que

e

cabeça,

tornou

a

cair

nas

trevas

e

então

ouvi

voz.

Essa voz era sem timbre, falava baixo, como quem está atacado de grande dór de garganr* e disse: E's tu, carrasco? Não pude responder. Ela Por

continuou: E's tu, carrasco? que

me

acordas?

Que

queres

me

fazer

ainda ? voz lamentável, meu susto se às apalpadelas, encontrei pouco; um comutador, torci-o, tudo se inundou de luz e lá, vi a cabeça que continuou a me falar: Quem és? Como estás aqui? Por que Ao

dissipara

som

dessa

um

\

prodígio enganaste Kruhl? Sim, vejo, tens medo, não compreendes. Perguntas si não és o joguete de um pesadelo. Não. Tudo o que vês é real. Sou uma cabeça cortada. Viva? — perguntei arquejante. Sim; viva, pela vontade e os estudos do Professor Kruhl, e tu vais me livrar, vais quebrar a máquina, parar o coração implacável e me devolver á morte donde êle me arrancou! Quem és? — indaguei.

43

O

MALHO


GARÇON, TRAGA-ME UM PALITO... POR ENQUANTO NÂO TEMOS. ESTÃO TODOS OCUPADOS, CAVALHEIRO ! II

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VAIS PARA O TRABALHO ? NÃO; ESTOU EM GREVE. POR QUE 7 ORA, PORQUE QUERIAM ME OBRIGAR A TRABALHAR.

O

MALHO

— NO DIA EM QUE LHE ENTREGAR A MINHA FILHA, DEPOSITAREI CEM CONTOS NO BANCO ... — E NAO SERIA MELHOR ENTREGAR-ME O DlNHEIRO E DEPOSITAR A SUA FILHA NO BANCO ?

I

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11

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MEU TRABALHO E' ESMAGADOR. ESMAGADOR? QUAL A TUA PROFISSÃO? SOU MOTORISTA DE ÔNIBUS.

44

I — 1942


-—-*.

— NO DIA EM OUE LHE ENTREGAR A MINHA FILHA, DEPOSITAREI CEM CONTOS NO BANCO... — E NÃO SERIA MELHOR ENTREGAR-ME O DlNHEIRO E DEPOSITAR A SUA FILHA NO BANCO 7 GARÇON, TRAGA-ME UM PALITO... POR ENOUANTO NÃO TEMOS. ESTÃO TODOS OCUPADOS, CAVALHEIRO !

VAIS PARA O TRABALHO ? NAO; ESTOU EM GREVE. POR QUE ? ORA, PORQUE QUERIAM ME TRABALHAR.

O

MALHO

OBRIGAR

II

MEU TRABALHO E' ESMAGADOR. ESMAGADOR? QUAL A TUA PROFISSÃO? SOU MOTORISTA DE ÔNIBUS.

A

44

I — 1942


SCYLLA GUSMÃO OI à luz baça do candieiro fumacentc que projetava sombras vagas em torno, que eu ouvi de mãe Silvina o relato do seu infortúnio. Cara enrugada, a boca sempre marcada num rictus de sofrimento, a pobre tapwia despertava pfiedade e compaixão. Pela segunda vez indaguei . — Como foi mesmo que se deu a desgraça, mãe Silvina? E numa voz lamemtosa, magoada, quasi a segredar* para mim que a ouvia comovida, mãe Silvina contou» num desafogo, a sua desdita. De quando em vez enxugava com as costas das mãos os olhos sem brilho. — Ai, dona, inté me doi falá no caso, mas vou lhe contá. Mecê sabe, a vida do Tião, rio acima, rio abaixo, com os carregamento de farinha e assai pra vende em Belem, pouco parava no sitio. Quantas veiz fiquemo nós duas, eu e elta, sósinha, rezando pro Sinhô dos Navegante, modi ele vortá em paz e sarvamento. Um dia o Tião trouxe de Belem um moço, filho duma família conhecida, uns freguês de farinha, paresque. p re eisqançí uns por de dia na roça, disque p'ra espairecé dos estudo de doto. Bonito, conversado, nãd tinha essas bondade de gente rica e no fim de uns dia eu jé gostava do moço. De manhãsinha ele se banhava no igarapé p'ra depois comê com gosto os beijú, botinho de cariniã e bebê o café com leite de cabra. Tava botando u n corpo, dona ! Nem parecia o mesmo. Bonitão que só ele 1 E Maria do Céu gostava do moço? — perguntei, curiosa. Nos principio não gostava, não; mecê sabe, eia se criou no tempo, soltinha como os passarinha parma das mão de!a* que vinha bicá os asalimento nas picada no mato com o terçado Ela mesmo abria de fazê as dirrubada, tirava das arvoré1 as fruta que queria e caçava as caça do" gosto dela. Com seu dotô aqui, tudo virou, precisava me ajudá nos qui fazê p'ra servi o moço da c'idade. Mas porém com os dia, ela foi amansando, amansando e já levava ele p ra vô as prantação e os ninho de sabiá e das jurití, ou se largavam na montaria, rio afóra. Inté ensinou ele a manejé o jacumã, vigie só ! Té que duma teita, eu fui achando a do Céu mofina, calada, sem geito mesmo do que ela era. De noite ficava de ôio aberto no fuodo da rede, sem drumi nem nada. Do Céu, tu tá doente? Tenho nada não, mãi, me arrespondia. E cada dia mais sem ação, chega andava esquecida e parada feito gente lésa. Do Céu, tu tá doentei. Vamo consuriá o tio Onofre. Aí, dona, a curiboca botou os pranto a corre, •que não ia, que não tinha nada. era só cisma e que eu me assossegasse. Mas eu não assosseguei. Tu não qué i comigo, quando teu pai vortá de Belem. tu vai é com ele. A gente esperava o Tião numa quinta-feira e isso foi na segunda. De noite resemo e fomo deitá. Ela armou a rede no puxado, nas eu não botei mardade e peguei num tono só, itá de manhãsinha. Quando começou a clareá eu me alevarrtei. Nós tinha uris pouco de talo de maniva p'ra pranté no roçado nesse dia e quando fui balançá os punho da rêde pVa acordá ela, a rêde tava fina, fina sem ri.n^ guem dentro. Ai eu fui na cosinha; nada. Na casc da farinha; não tava. Nem no roçado. Rquei desacorEntão çoada, o coração em termo denós sartáos dodoispeito. a percura fui chamá o seu dotô p'ra dela e não achei ele. Saí gritando o nome de'a e o nome <3o marvado. Gritei na beira do iqarapé. Espiei no poço. Gr»tei mato a dentro. Só o éco arrespondia. O éco e o japiim senvergonha arremedando o meu chamá. S.a dona, foi aquele saci marvado do tar dotâ amardiçoado... que levou ela. Aquele curupira e soube da desgraça, vorQuando o Tião chegou Belem. Fincou nas agua e eu s6 tou na mesma pVa "Catita" i sumindo, sumindo, qjo os via as véla da elos. No finé vista dos meus oios jé nem alcançavam só rezava, de tres dio que eu nãovindocomi nemme drumi, dizé outra desp'ra Elios Rego;ão veio .. croço. A enchente que pegou o Tiao.soluçou a pocre_ Sem morido. .. sem filha... sinha. _ Não chore, murmurei, como se os coraçoes- parnao tidos pudessem ouvir méras palavras d.e consolo Cho"L'*Tá bem, dona, não quero lhe botá minha tristeza. Choro mais, não.. ia mirrando e a penumA luz baça e fumacenta Para fuhr« era maior e o quadro era mais lugubre. dira que melancolia de ^enjação Iqueia gir — 1942

espiava lá do alto, podiam presenciar o sugestivo quadro que a sua mocidade oferecia banhando-se nas aguas espelhantes do igarapé de Ponta de Pedras. Uma noite você acordou com um jorro do luar batendo em cheio na suja rêde. Então lhe veio aquela vontade doida de sair e se sentir em plena claridade, De mansinho, sem que ninguém pressentisse, você ganhou o terreiro e foi iindo, foi indo, em direção ao» igarapé. Aí você entregou-se à caricia envolvente das aguas. Como um lençól cintilante com fulgurações de prata, assim era nesta noite a superficie do igarapé refletindo o céu iluminado pelo pisca-pisca das estreIas.. E a sua carne morena sentiu os beijos do luar. Virgem de outros bei-jos, seu corpo se ofertava à p!e< nitude da maravilhosa luz e toda você vibrava no remanso das aguas claras iára morena do igarapé banhado de luar.... Você deve voltar, Maria do Céu. Alguem está se acabando de saudade... Maria do Céu, volte... Um bater de leve na folha da porta e logo a voz carinhosa de mãe Silvina, perguntando, solicita. sua simplicidade de hospedeira improvisada : — Sinhásinha não tem sono? Entre, mãe Silvina. Ela entrou, humilde, quasi curvada pelos desgostos. No rosto, trazia vestigios de pranto, na fronte, estampada a imensa dôr que a custo procurava ocultar. Apiedei-me dela e pedi que não chorasse mais. Então convenc -a a ir dormir. Vá socegada, estou bem. Não quero mais vê-la chorar, ouviu, mãe? Olhou ternamente para mim e saiu, mais humilde e mais curvada pelo sofrimento. Pobre mãe Silvma ! As palavras da inteliz roceira, relatando o seu infortúnio ainda vibravam no ar e eram contas de um rosário todo entremeado, igualzinho ao colar de lagrimas de Nossa Senhora que os meus olhos contemplaram entre os guardados de Maria do Céu. Uma conta, uma lagrima, uma conta, uma Ia flrima...

desde o inicio da narrativa de mãe Silvirra, convidei-a a que me mosrtasse onde me alojaria nessas tres se-» manas de férias >que ia gosar ali, em Ponta de Pedras, no sitio dessfa velha conhecida de parentes meus o da todos muito benquista. Em franco "surmenage" necessitava bom de obsoiuta serenidade em derredor de mim. Para os meus fatigados olhos, bastava a contemplação de um céu azul, e para os meus sentidos a alegr a de me encontrar perto das arvores, aspirando o olór do verde, longe da ciVrlisação, no meio da natureza em festa, entrei palmeiras vetustas e garbosas, cujas folhas giyortes* cas batidas pelo vento semeiham cocar de plumas, ou se abrindo em leque, emolduram gracioamente o espaço. No rio largo de aguas mansas, touceiras de mato derrubado, descendo ao sabor da corrente, numa de< da Amazônia monstração eloqüente de que o caboclo-que a natureza braceja como poucos. Todo o cenário oferece nessas plagas deslumbrantes' eram para o meu espirito recalcado, de um efeito salutar. Mãe Silvina acomodou-me na melhor peça da barraca iimpinha. — Fique aqui, sinházinha. Não é palacio, mas tá tudo clarinho. E foi ali| naquele cantinho sossegado, o luar entrando pela janela rasgadja na parede sem reboco, que eu escrevi a essa pobre e infeliz Maria do Céu, este* apelo, interpretando a angustia que ia no coração aianceado daquela pobre mãe. "... você deve voltar, Maria do Céu. Alguam está se acabando de saudade e você decerto não esqueceu e9tes sitios onde viveu dezoito anos, contento e travessa como uma cabritinha montês. Nãt> diga que já esqueceu as madrugadas que você fazia para vêr chegjor o sol e ir aos poucos iluminando tudo, a terra e oá seres. Esse mesmo sol, você gostava de ve-lo dei^ JJ <-y, tar-se nos fins das tardes estivais, devagarzinho, prpguiçoso. . . Você deve voltar, Maria do Céu. Tudo está como você deixout. A rêde de tucum, ar.mada no copiar, guarda nas suas fibras entrançadas os segredos dos seus sonhos de virgem. No giráu, estão as mesmas roseiras bravas, os mesmos pézinhos de alecrim cheiroso, os mesmos tajás, tudo como você deixou. O sapotí que mãi Silvina plantou quan-< do você nasceu, lá está, perito do oitão, parecendo chorar o abandono em que fi£Ou. Suas folhas estão caidas pelo chão. Bmm Bem no fundo do baú de folha, eu vi os seus "guardados". O cabeção de riscado que você vestia para ir Às festas do Divino, a fita vermelha que atava as suas tranças corridas e lustrosas, a figa de páu d Angola, a cuia IBP"^ , if Colorida, seu nome gravado da por cimia palavra—-lembrança — todas essas coisas simpies que falam dos seus dengues, da sua garridice de caTil M bocla faceira, mãe Silvina guarda com desvelo. Dentro do pucaro de barro, ¦ vi o crolar de "lagrimas de #«f is,® Nossa Senhora" todo ent"emeado de contas de vidro. Uma conta, uima lagrima, uma conta, uma lagrima. Você deve voltar, Maria do Céu. As aguas do igarapé esperam o milagre de vêr você surgir como dantes e imergir seu corpo bonito comd •uma vitoria rêgia de carne e de desejos. Só os passaros que vinham pouspr nas canaranas e o sol vitorioso que


MARIA DO CEU

espiava

lá do alto, podiam presenciar o sugestivo quaoferecia banhando-se que a sua mocidade nas águas espelhantes do igarapé de Ponta de Pedras. dro

Uma

SCYLLA GUSMÃO

em

vontade

doida

De à

luz

do

baça candieiro fumacentc que prosombras vagas em torno, que eu ouvi de IOIjetava mãe Silvma o relato do seu infortúnio. Cara enrugada,

a

mento,

boca

sempre

num

marcada

tapuia pobre Pela segunda vez a

rictus

mini

ouvia

a

que desafogo,

sofri-

e

com-

foi

mes-

despertava

piedade indaguei . — Como

paixão. mo que se deu a desgraça, mãe Silvma? E numa voz lame-ntosa, magoada, quasi para num

de

mãe-

comovida,

xo,

Mecê

com

em

sabe,

os

a

vida

do

Tião, farinha

de

carregamento

rio

a

segredar

Silvina

contou,

acima,

e

assaí

no

abaivende

pra

Belém,

no sitio. pouco parava Quantas veie fiquemo nós duas, eu e ela, sósinha, rezando pro Sinhô dos Navegante, modi ele voriá em paz e sarvamento. Um

dia

família

duma

que, p ro espairecê

Tião

o

trouxe

conhecida,

cisqançé

de

Belém

freguês

uns

úm

d*

moço,

filho

farinha,

paresdisque p'ra

un»

par da dia na roça, de dote. Eonito, conversado, tinha essas bondade de gente rica a no fim de dia eu já gostava do moço. De manhãsinha ele se banhava no igarapé

depois e

dos

come

bebê

o

corpo,

estudo

com

café

dona !

com

gosto leite

Nem

os

beijú,

de o

parecia

bolinho

cabra.

Tava

mesmo.

de

Bonitâo

un

que

Tenho nada não, mãi, me arrespondia. E csda dia mais sem ação, chega andava esquecida e parada feito gente lesa. Do Céu, tu tá doentet. Vamo consuHá o tio Onofre. Aí,

dona,

a

curiboca não ?¦ííiha

não

botou

os

a pranto só clama

corre,

ia, que nada. era e que assossegasse. Mas eu não assossegueí. Tu não qué Í comigo, quando teu pai vorti de Belém, tu vai é com ele. A gente esperava o Tião numa quinta-feira e isso foi na segunda. De noite reme

semo

e

forno

deite.

Ela

armou

a

rede

puxado, r.-.as sono só, it-i de no

eu não botei mardade e peguei num manhãsínha. Quando começou a clareá eu me o levante". Nós tinha uris pouco de talo de mantva p'ra prantá no roçado nessa dia e quando fui balança ot punho 6a sem n.nrede pVa acorda ela, a rede tava fina, fina guem dentro. Ai eu fui na cosinha; nada. Na case da tava, não Nem no roçado. Fiquei desacorfarinha: coada, o coração em termo de sartá do peito. Então doto p'ra nós o seu os dois a percura fui chama dela e não acKeí ele. Saí gritando o nome dela e o nome do marvado. Gritei na beira do igarapé. Espiei no poço. Gritei mato a dentro. Só o éco arrespondia. O éco e o japüm senvergonha arremedando o meu chama.

dona,

Sia

ela.

levou

Quando o na mesma

foi

Aquele

curupira

chegou pra Belém. "Catita" i

Tião

saci

aquele

marvado

do

tar

dota

amardiçoado...

e soube da desgraça, vorFincou nas água e eu só

tou sumindo, sumindo, que as via as vela da vista dos meus oios \i nem alcançavam elas. No finí drumi, só rezava, de tres dia. que eu não comi nem me dizê outra deso Elias Rega.ão veio vindo p'ra o Tião.. . graça. A enchente que pegou _ Sem marido... sem filha... soluçou a pocre-

sinha. os corações parchore, murmurei, como se de consolo — não pudessem ouvir meras palavras Não

tidos

chore... Té tristeza.

bem,

Choro

não dona, não.. .

quero

lhe

bota

minha

mais,

e a penumluz baça e fumacenta ia mirrendo Para fumaior e o quadro era mais lugubre. me Hivedira que sensação de melancolia êquele

A

gir

da

era

I — 1942

bastava

cívrlisação.

a

de

no

bom

de

abso-

Para

os

meus

mim.

contemplação

da

meio

alegro o olôr

natureza

de

do em

um

me

de

céu

encon-

verde,

lon-

festa,

entrei

cujas folhas giy artes-» palmeiras vetustas e garbosas, cas batidas pelo vento seme/lham cocar de plumas, ou se

abrindo

paço. No

em

rio

leque,

largo

derrubado,

de

emolduram mansas,

águas

descendo

ao

sabor

o

gracioamente

da

touceíras

de

es-

nhou

Mãe

Silvina

Ümpínha. — Fique aquí,

melhor

Não

sinházinha.

é

E

foi

<alí|

cantinho

naquele

palácio,

da mas

está

de

acabando

saudade

e

queceu estes sitios onde viveu e travessa como uma cabritinha esqueceu

madrugadas

as

chegor o sol e ir iluminando tudo, o*

seres.

Esse

aos a

ia

que

E

de da

remanso nhado

luar

Ela tos.

montes. você

meus

Não

diga para

que vêr

envolvente

das

fulguraçües

do

superfície

de na

morena

voltar,

do

do

igarapé

folha

igarapé

Maria

saudade...

Silvina,

da

do

Maria e

porta

ba-

Céu. do

logo

AlCéu,

a

solici+a,

perguntando,

humilde,

e ir

a

voz sVa

olhos

bem.

não

Não

para mim sofrimento.

Silvma ! As

sau de

colar

pelos desgosna fronte, pranto, custo procurava ocultar.

pedi que dormir.

estou

pelo

mãe o

a

que

curvada

de

chorasse

mais.

mais

vê-la

quero

mãe?

ternamente

contas

do

dír

dela

curvada

ao

quasi vestígios

trazia

socegada,

Pobre

ria

iára

deve

leve

mãe

ouviu,

relatando

não

fazia

de

convanc -a

mais

nho

es-

claras,

imensa

a

Olhou

en-

contenra

a

com

morena

acabando

rosto,

Algusm

anos,

noite

Você

Apiedei-me

Céu. decerto

aguos

entrou,

No

coração

você

caricia

cintilante

pelo pisca-pisca das estresentiu os beijos do luar. outros beijos, seu corpo se ofertava a pie-*, maravilhosa luz e toda você vibrava nò

de

estampada

e

à

em plena claridade. pressentisse, voes gaindo, em direção ao)

simplicidade de hospedeira improvisada : — Sinhésinha não tem sono? Entre, mãe Silvina.

bar-

que este*

foi

jorro de luar lhe veio aquela

iluminado

carne

bater

Um

indo,

nesta

céu

se

carinhosa

sentir

se

um

Então

ninguém

lençol

luar...

guem está volte. . .

e

com

rede.

entregou-se

era

das

de

sair e

um

sua

nitude

eram do

a

Virgem

no

dezoito

que

ias..

sua

que foi

você

prata, assim refletindo o

chorar,

na

pobre e interpretando a angustia

se

o

sossegado,

Aí Como

Então

parede sem reboco, infeliz Maria do Céu,

rasgadja

pela janela escrevi a essa

aianceado daquela pobre mãe. ".. voltar, Maria . você deve

peça

águas.

de-

clarinho.

trando eu

na

acomodou-me

de

acordou

na

sem

terreiro

igarapé.

mato

numa

corrente,

o

você

cheio

mansinho,

sua

monstrsçío eloqüente de que o caboclo • da Amazônia braceja como poucos. Todo o cenário -que a natureza oferece nessas plagas deslumbrantes eram para o meu espirito recalcado, d» um efeito'salutar.

apelo,

prantação e os ninho de sabiá e das juntí, ou se largnvam na montaria, rio afora. Inté ensinou ele a manejá o jacumã, vigie só ! Té que duma teita, eu fui achando a do Céu mofina, calada, sem geito mesmo do que ela era. De noite ficava de ôio aberto no fundo da rede, sem drumi nem nada. Do Céu, tu tá doente?

olhos,

necessitava

derredor

para os meus sentidos a perto das arvores, aspirando

trar ge

em

e

tudo

María do Céu gostava do moço? — per« curiosa. Nos não gostava, não; mecê sabe» principio ela se criou no tempo, soltinka como os passarinha que vinha bica os alimento nas parma das máo dela. Ela mesmo abria as picada no mato com o terçado de fazê as dirrubsda, tirava das arvore" as fruta que queria e caçava as caça do gosto dela. Com seu doto aqui, tudo virou, precisava me ajuda nos qui fazê p'ra servi o moço da c'Ídade. Mas porém com os dia, ela *oi amansando, omansando e levava ele já p ra vê as

bra

azul,

p'ra rarimã

gunteí,

que

fatigados

raça

botando

benquista. "surmenage" franco

serenidade

uns

E

eu

muito

Em

nãd

ele.'

•que

todos iuta

a sua desdita. De quando em vez enxugava com as costas das mãos os olhos sem brilho. — Aí, dona, inté me doí fali no caso, mas vou lhe conta.

o início da narrativa de mãe Silvirra, convidei-» que me mosrtasse onde me alojaria nessas tress se-1 manas de férias que ia gosar ali, em Ponta de Pedras, no sitio des-ja velha conhecida de parentes meus o det desde

a

noite

batendo

de

infortúnio um

contemplaram

safu,

mais

humilde

palavras da iníeliz roceira, ainda vibravam no ar e

rosário

lagrimas

e

todo de

entre

entremeado,

Nossa os

Senhora

guardados

igualzique os de Ma-

Céu.

Uma

conta,

uma

lagrime,

uma

conta,

uma

la-

grima...

poucos terra e

mesmo

sol,

você

de ve-lo deigostava tar-se nos fins das tardes estfvais, devagarzlnho, preguiçoso. .. Você deve voltar, Maria do Céu. Tudo está como você deixout.

A

rede

.mada

no

suas

fibras

tucum,

ar-

guarda nas entrançadas os se-

dos

gredos virgem.

de

copiar,

seus

sonhos

de

estão giráu, roseiras bravas,

os

No

mesmas

as

mesmos pézinhos de alecrim cheiroso, os mesmos tajás. tudo como

você

que mãi do você ito

do

rar

o

cou.

deixou.

O

sapoti1

SiJvina

plantou quan-t nasceu, lá está, peroitão, parecendo cho-

abandono Suas

folhas

em estão

pelo chão. Bem no fundo

do

folha,

seus

eu

dados".

vi O

os

cabeção

que ficaidas baú de "guard*

ris-

que você vestia para ir as festas do Divino, a fita vercado

malha ças figa

que atava corridas e

ai suas tranlustrosas,

a

páu d Angola, a cuia nome seu Colorida, gravado por cím>a da palavra—lembran— todas essas coisas simÇa píes que falam dos seus dende

gues, da sua garridica de caboda faceira, mãe Silvina guarda

com desvelo. Dentro do pucaro de barro, "lagrimas vi o colar de de Nossa meado

Senhora" todo de contas de

ent-evidro. conta, Uirma lagrima, Uma uma lagrima. uma conta, Você deve voltar, Maria do

Céu. As águas do Igarapé esperam o milagre da vêr você surgir como dantes a ímerbonito comd gir seu corpo ¦uma vitoria regia de carne e de desejos. Só os pássaros que vinham ranas e o

pouspr nas canasol vitorioso que

45

O

MALHO


gloria virgiliana brilha como uma luz A tocante, entre os romanos ásperos e materiais do Império de Augusto. A sua poesia revestiu de maior suavidade o terror das guerras e forçou os pretorianos a esquecer por um momento o mundo externo, em benefício do mundo interior. Virgílio se recreava na intima contemplação das coisas. Fugindo da Côrte, onde muito o queriam pela sua bondade, retiravase para o campo, amando as árvores farfalhantes e a alegria do sol. Assim, uma parte da Eneida se inspirou na solidão da Sicilia e a outra no sossego da Campania. Refez a poesia depois de Homero, trazendo consigo uma linguagem de novos acentos, em que há místicos ideiais e inquietações humanas. Horacio falava dêle como a alma mais candida que já existiu e a sua vida entre os romanos, fere cimo «m paradoxo. Êsse poeta épico, que nada fez de espetacular e que viveu uma existência tôda interior, entrou no domínio da lenda e das personificações simbólicas. Com o tempo, começou a pairar em torno de Virgílio, narrativas supersticiosas, que o transfiguraram completamente. A biografia escrita pelo seu amigo Varus e por Melissus, sofreu a influência das crenças populares, concorrendo para isso a época deformadora da Idade-Média, fértil em abusões de tôda espécie. Formou-se em torno de Virgílio, o rumor de singulares histórias, que extraiam de autores antigos e recentes. Como sucedeu a Homero, inventaram que Virgílio nasceu de uma virgem pelo signo das vontades sobrenaturais. Disse Seneca, que êle fez versos que devem ser venerados como oráculos emanados do céu. Silius Italicus, imitador da poesia virgiliana, celebrava todos os anos o seu ariiversário em Nápoles, como se adorasse uma divindade.

HA

M A L H O

SUAS

AGANCIAS

No século I, Suetonio colaborou com a lenda, na crença sôbre o milagroso nascimento de Virgílio, aliando o seu consentimento literário. Estudado e interpretado misticamente nos tempos medievais, transformou-se na fantasia popular, num herói de mágicas aventuras, num ente supranormal Viram-no como o profeta que predisse a vinda de Christo, o destruidor do materialismo romano. Fizeram de Virgílio o detentor de tôda a ciência, a quem nada podia ser oculto, porque o resguardava a clarividência. Mágico e taumaturgo, operava sortilegios e milagres, que a imaginação popular especificou minuciosamente. As obras virgilianas se converteram de livros poéticos, em breviários de sorte e de magia. Dante concorreu para o seu renome, elegendo Virgílio como guia no Inferno, dando-o como o expoente da sabedoria. No século XII, propagou-se a fama da sua santidade e do seu poder. A lenda idealizou episódios incríveis, que Naudé, Lancre, Donad e Bodin, recolheram e repetiram. Falam de uma mosca de metal, que colocou à entrada das portas de Nápoles e que impediu durante oito anos, a entrada das outras moscas na cidade Os relatos fabulosos ornaram a sua vida com a aureola de originalidade, que se nutre de alucinações e de imagens. Indo a Roma tratar da restituição do seu patrimonio em Mantua, travou relações com o esA Porta Settimiana, que lembra o esplendor de Roma, com cudeiro de Augusto c os seus generais triunfantes e a gloria dos seus poetas. como alguns cavalos sofriam de moléstias, curouos com estranhos rem6dios, maravilhando a todos. Pouco depois, outro fato banal, mas singular pela fantasia, avolumou a crença nos dons de Virgilio. O acontecimento ocorreu quando presentearam o monarca romai no com um pôtro gracioso, forte e ágil, cuja raça parecia indiscutível. Profetizou Virgílio, que o corcel valia tanto como um animal vicioso e como se realizasse o seu prognóstico, a popularidade cingiu-o com o halo dos p. 'a''. 'jWH videntes. Por aquela época, Antonio irritava Augusto, que se via ridicularizado como pie•' WKm& ' **** beu. Augusto apresenPJBp-gggf V;lillwf'' Stt'iStr.,.j||< • ?• • >' A# Jf» .* {•< Ju'' W-. >'¦ \\ ¦ tava no corpo manchas simbólicas, muito parecidas com os astros da Ursa Maior. ¦ |jv-• jar., Conhecendo a cura dos cavalos, bem como a fama dos dotes virgilianos, mandou-o chamar confidencialmente e con'STTWI versou à prioridade, para O

E

46

ver se conseguia se libertar delas. Ha dois milênios passados a astrologia se equiparava à ciência, na mesma igualdade da física e da matemática. Atribuíam a Virgílio o dom de conhecer as relações maravilhosas entre a vida do homem e a vida dos astros. O poeta mantuano predisse, que Augusto viria a ser César do Império Romano. Devemos advertir que tal episódio vem narrado por Donat, que os historiadores modernos acusam de frivolidade. Como ha nas Georgicas, mais astrologia e menos astronomia, mais imagens do que física, tentaram justificar todas essas invencionices, dizendo que o falso sugere ao poeta idéias sublimes, ou pinturas agradaveis. A propósito das Georgicas, Macrobio formulou a frase, que Virgílio jamais comete um erro em matéria de ciência. Buscaram justificar a transfiguração do poeta, apelando para a sociedade romana, mais guerreira do que culta, mais matérialista do que espiritual. W. S. Teuffel e John Dryden explicaram a inferioridade dos latinos, que não ostentavam a flexibilidade e a universalidade, nem a imaginação dos helenos. Aplicavam-se sôbre o lado prático das coisas, esqueciam as artes e a literatura, ignorante por Índole militar. No materialismo das conquistas imperiais, multiplicavam-se de grandeza os conhecimentos de Virgílio. Com o gosto do maravilhoso, que existe em tôda sociedade inculta, os romanos da decadência descobriram a teoria da purificação e da resurreição da alma no VI Livro da Eneida, bem como a supressão do nascimento do mundo na VI Ecogla. A perspectiva muito influe na apreciação da gloria virgiliana, deformada pelas superstições medievais e pelos interesses astrológicos, que percebem insinuações cm tôdas as frases. O seu nome pareceu tão importante às muito se que discutiram"Vergilíus". gerações ulteriores,"Virgílio" ou devemos grafar O seu imenso conhecimento preocupou os antigos. O imperador Alexandre Severo sintetizou a admiração geral, denominando-o como o Platão dos poetas. Ainda no século XVII, falavam existir em Florença um espelho mágico, que o poeta empregava nos seus rituais de sobrenaturalismo.. Espíritos inventivos julgaram descobrir nas Bucólicas e no VI Livro da Eneida, fórmulas de filtros mágicos. Pierre Bayle considerava ridículo todos êsses problemáticos prodígios. Outros entendem, que se deve procurar se existiu no tempo de Augusto e de Mecenas, algum mago com o nome de Virgílio, homonimo do épico da Eneida, esquecendo que as alucinações da gloria explicam tudo. DE MATTOS PINTO I — 1942


virgiliana brilha como uma luz tocante, entre os romanos ásperos e /gloria materiais do Império de Augusto. A sua poesia revestiu de maior suavidade o terror das guerras e forçou os pretorianos a esquecer por um momento o mundo externo, em beneficio do mundo interior. Virgílio se recreava na intima contemplação das coisas. Fugindo da Côrte, onde muito o queriam pela sua bondade, retiravase para o campo, amando as árvores farfalhantes e a alegria do sol. Assim, uma parte da Eneida se inspirou na solidão da Sicilia e a outra no sossego da Campania. Refez a poesia depois de Homero, trazendo consigo uma linguagem de novos acentos, em que há místicos ideiais e inquietações humanas. Horacio falava dêle como a alma mais candida que já existiu e a sua vida entre os romanos, fere como um paradoxo. Êsse poeta épico, que nada fiz de espetacular e que viveu uma existência tóda interior, entrou no domínio da lenda e das personificações simbólicas. Com o tempo, começou a pairar em torno de Virgílio, narrativas supersticiosas, que o transfiguraram completamente. A biografia escrita pelo seu amigo Varus e por Melissus, sofreu a influência das crenças populares, concorrendo para isso a época deformadora da Idade-Média, fértil em abusões de tôda espécie. Formou-se em torno de Virgílio, o rumor de singulares histórias, que extraiam de autores antigos e recentes. Como sucedeu a Homero, inventaram que Virgílio nasceu de uma virgem pelo signo das vontades sobrenaturais. Disse Seneca, que êle fez versos que devem ser venerados como oráculos emanados do céu. Silius Italicus, imitador da poesia virgiliana, celebrava todos os anos o seu ariiversário em Nápoles, como se adorasse uma divindade.

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No século I, Suetonio colaborou com a lenda, na crença sôbre o milagroso nascimento de Virgílio, aliando o seu consentimento literário. Estudado e interpretado misticamente nos tempos medievais, transformou-se na fantasia popular, num herói de mágicas aventuras, num ente supranormal Viram-no como o profeta que predisse a vinda de Christo, o destruidor do materialismo romano. Fizeram de Virgílio o detentor de tôda a ciência, a quem nada podia ser oculto, porque o resguardava a clarividência. Mágico e taumaturgo, operava sortilegios e milagres, que a imaginação popular especificou minuciosamente. As obras virgilianas se converteram de livros poéticos, em breviários de sorte e de magia. Dante concorreu para o seu renome, elegendo Virgílio como guia no Inferno, dando-o como o expoente da sabedoria. No século XII, propagou-se a fama da sua santidade e do seu poder. A lenda idealizou episódios incríveis, que Naudé, Lancre, Donad e Bodin, recolheram e repetiram. Falam de uma mosca de metal, que colocou à entrada das portas de Nápoles e que impediu durante oito anos, a entrada das outras moscas na cidade Os relatos fabulosos ornaram a sua vida com a aureola de originalidade, que se nutre de alucinações e de imagens. Indo a Roma tratar da restituição do seu patrimonio em Mantua, travou relações com o esA Porta Settimiana, que lembra o esplendor de Roma, com cudeiro de Augusto e os seus generais triunf antes e a gloria dos seus poetas. como alguns cavalos sofriam de moléstias, curouos com estranhos remedios, maravilhando a todos. Pouco depois, outro fato banal, mas singular pela fantasia, avolumou a crença nos dons de Virgilio. O acontecimento ocorreu quando presentearam o monarca romãno com um pôtro gracioso, forte e ágil, cuja ' raça parecia indiscutível. .W. Profetizou Virgílio, que o corcel valia tanto como um animal vicioso e como se realizasse o seu prognóstico, a popularidade cingiu-o com o halo dos videntes. Por aquela época, Antonio irritava Augusto, que se via ridicularizado como piebeu. Augusto apresentava no corpo manchas simbólicas, muito parecidas com os astros da Ursa Maior. Conhecendo a cura dos cavalos, bem como a fama dos dotes virgilianos, mandou-o chamar confidencialmente e conversou à prioridade, para

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ver se conseguia se libertar delas. Ha dois milênios passados a astrologia se equiparava à ciência, na mesma igualdade da física e da matemática. Atribuíam a Virgílio o dom de conhecer as relações maravilhosas entre a vida do homem e a vida dos astros. O poeta mantuano predisse, que Augusto viria a ser César do Império Romano. Devemos advertir que tal episódio vem narrado por Donat, que os historiadores modernos acusam de frivolidade. Como ha nas Georgicas. mais astrologia e menos astronomia, mais imagens do que física, tentaram justificar todas essas invencionices, dizendo que o falso sugere ao poeta idéias sublimes, ou pinturas agradaveis. A propósito das Georgicas, Macrobio formulou a frase, que Virgílio jamais comete um erro em matéria de ciência. Buscaram justificar a transfiguração do poeta, apelando para a sociedade romana, mais guerreira do que culta, mais matérialista do que espiritual. W. S. Teuffel e John Dryden explicaram a inferioridade dos latinos, que não ostentavam a flexibilidade e a universalidade, nem a imaginação dos helenos. Aplicavam-se sôbre o lado prático das coisas, esqueciam as artes e a literatura, ignorante por Índole militar. No materialismo das conquistas imperiais, multiplicavam-se de grandeza os conhecimentos de Virgílio. Com o gosto do maravilhoso, que existe em tôda sociedade inculta, os romanos da decadência descobriram a teoria da purificação e da resurreição da alma no VI Livro da Eneida, bem como p supressão do nascimento do mundo na VI Ecogla. A perspectiva muito influe na apreciação da gloria virgiliana, deformada pelas superstições medievais e pelos interesses astrológicos, que percebem insinuações cm tôdas as frases. O seu nome pareceu tão importante às muito se que discutiram"Vergilius". gerações ulteriores,"Virgílio" ou devemos grafar O seu imenso conhecimento preocupou os antigos. O imperador Alexandre Severo sintetizou a admiração geral, denominando-o como o Platão dos poetas. Ainda no século XVII, falavam existir em Florença um espelho mágico, que o poeta empregava nos seus rituais de sobrenaturalismo.. Espíritos inventivos julgaram descobrir nas Bucólicas e no VI Livro da Eneida, fórmulas de filtros mágicos. Pierre Bayle considerava ridículo todos êsses problemáticos prodígios. Outros entendem, que se deve procurar se existiu no tempo de Augusto e de Mecenas, algum mago com o nome de Virgílio, homonimo do épico da Eneida, esquecendo que as alucinações da gloria explicam tudo. DE MATTOS PINTO I — 1942


SEDE

ETERNA •

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"Seu" Bolinha. O caso do Bolonha è muito simples. Todas as vezes que êle sentir vontade de beber, dê-lhe uma maçã...

— Mas que coisa terrível! O Bolonha, todos os dias pega uma bebedeira assim 1 Vou levá-lo ao médico...

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O Bolonha está com sintomas de congestão ! — Doutor. Êle disse que hoje setenta vezes, sentiu vontade de beber, e... comeu setenta maçãs... 47

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EXÉRCITO

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HERÁLDICA

"TENENTE-GENERAL BARÃO DE SAO BORJA"

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BARÃO DB SÃO BORJA

ourou a Pátria o benemérito brasileiro, de quem é aqui apresentado o perfil biografico. Na cidade de Porto Alegre, cercado de respeito e consideração, no dia 24 de Outubro de 1877, acabou os dias naturalmente o velho soldado Victorino José Carneiro Monteiro, Barão de Sâo Borja, filho do Major Jofto Francisco Carneiro Monteiro e Dona Isabel Rosa Carneiro Monteiro. Era natural de Pernambuco, em cuja capitai nasceu em Dezembro de 1816. Muito jovem iniciou-se no serviço das armas, fazendo gradativamente a carreira militar pelo merecimento próprio, por seus esforços, até atingir o elevado posto de Tenente - General. Em Pernambuco fez as campanhas de 1832 e 1833. sendo ferido na última, quando foi obrigado, por este motivo, a retirar-se do serviço militar. Passou, entfto, a servir como Amanuênse da Intendencia de Polícia de Recife, nomeado para este cargo em 1836. Em 1837, resolveu ir até o Rio Grande do Sul, e ali se alistou ao lado do Governo legal para fazer a campanha farroupilha, recebendo grave ferimento no combate de Inhatíum ( 13 de Junho de 1841 ). Terminada a guerra civil dos farrapos, já galgara Victorino Monteiro o posto de Major. Em 1864, chegavam ft Corte as queixas de cerca de 40.000 compatriotas residentes no Estado Oriental, vitimas de constantes violências contra as suas propriedades e de atentados ignóbels em parte cometidos pelas próprias autoridades daquela República : o General riograndense Antônio de Souza Neto fora o intérprete idas reclamações com o fim ae obter do Governo Imperial os meios de garantir os direitos e a tranqüilidade dos brasileiros'perseguidos no Uru;guái. A 5 de Abril de 1864, Evaristo da Veiga, no Parlamento, fazia, em solene interpretação, uma sucinta e fiel exposição dos graves acontecimentos do Estado Oriental, que afetavam muito de n dignidade nacional ; e Câmara e Governo conheceram unanimemente, desde logo, a neKrto .

O

MALHO

cesswade de serem tomadas enérgicas providências em torno dos patrióticos reclamos do deputado Interpretante. Em seguida, partiu com destino a Montevidéu o Conselheiro J. A. Saraiva, em missão diplomátíca, malograda pela recusa da pro posta brasileira contida no ultimatum dirigido a Aguirre, presidente da República do Estado. Oriental. E ao Almirante Visconde de Tamandaré foram transmitidas ordens para fazer represálias e dar os posslveia auxílios aos brasileiros ali presentes. General Venâncio Flores, inimigo político de Aguirre, propôs a união de esforços de nossas forças com as suas tropas, e. aliados os dois exércitos, rompei. com violência a guerra contra o governo do Uruguái, na qual Victorino Monteiro tomou parte, comandando uma brigaoa; como Tenente - Coronel ( 1864 - 186S ) . Na guerra contra o governo do Paraguai, fez toda a campanha, dirigindo uma divisfio até 1866, e dai em diante, um corpo de Exército, quando já fazia parte do generalato, Na célebre batalha de Tuiutí ( 24 de Maio de 1866 ) em que foi completamente destroçado um exército de Francisco Solano Lopez de 18.000 homens, notável peleja dirigida pelo Marechal de Campo Luiz Osório, — o Brigadeiro Victorino Monteiro comandava uma divisão de Infantaria., E, em 28 desse mesmo mês e ano, repelia com vantagens uma força paraguaia junto de Laguna - Tranquera, ainda em Tuiuti. Em 27 de Fevereiro de 1868, secundado pela Esquadra que havia forçado a passagem de Humaitá, o Brigadeiro Victorino Monteiro com disciplinada força de Cavalaria executou o reconhecimento, o assalto e a tomada de Laurelles, o última posição fortificada que os paraguaios ainda possuíam er^tre a famosa fortaleza e Jacar é. No assalto e tomada de Peribebuí ( 12 de Agosto de 1869 ) sob as ordens do Marechal Conde d'Eu, comandava o Tenente - General Visconde do Herval oi." Corpo do Exército Brasileiro, comandava o Marechal de Campo Victorino Monteiro o 2.' Corpo, e o Coronel Luiz Maria Campos, a divisão argentina. No embate violento das forças adversas, tomaram os brasileiros diversas bandeiras, das quais foram quatro entregues aos aliados Assegura espírito observador não existir nos exércitos europeus o costume introduzido no Brasil de se fazerem presentes de troféus. Êstes pertencem à nação' que os conquista, sendo conservados com o maior carinho e respeito "m templos ou museus militares. Nesse combate de Peribebuí morreu o bravo Brigadeiro do Exército João Manuel Mena Barreto, que comandava a 2.' coluna do 1." Corpo, e que tanto se distinguiu nos combates de São

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Borja ( 10 de Junho de 1865 ), Potreiro ObeXla ( 29 de Outubro de 1867 ), Taji ( 2 de Novembro de 1867), Jacaré (7 de Junho de 1868), Sapucal ( 1 e 8 de Junho de 1869 ). Em 16 de Agosto de 1869, tomou parte o futuro Barão de São Borja na batalha de Campo Grande, ganha pelo Conde d'Eu, que derrotou o General Bernardino Caballero, empenhando-se nesta ação o Brigadeiro Vasco Alves que, não obstante julgar a sua Cavalaria insuficiente para bater o inimigo, resolveu manter contacto com este, procurando entretê-lo até à chegada do grosso das forças brasileiras, e deu começo ft luta com uma brigada da 3.' Divisão de CavaIaria da Guarda Nacional, e intervieram, em seguida, o Generalíssimo e o Brigadeiro José Luiz Mena Barreto com a 3.* Divisão de Infantarla e, mais tarde, a Artilharia do Coronel Mallet, e, por último, do outro lado, o Marechal de Campo Victorino Monteiro com as Divisões de Cavalaria do Brigadeiro Correia da Camâra e do Coronel M. Oliveira Belo e 3 Batalhões de Infantaria da Divisão do Brigadeiro Carlos Re s in. Em 18 de Agosto de 1869, nos combates das matas de Caaguijurú, entre 3arreiro Grande e Caraguataí, aonde se foram intrincheirar cerca de 2.000 paraguaios ao mando do Tenente-Coronel Vernal, o bravo Victorino Monteiro assaitou com maestria admirável as trincheiras inimigas e tomou-as á frente da l.« Divisão de Infantaria do Brigadeiro Resin, em cuja ação foi secundado pelo Brigadeiro Correia da Câmara, com quatro corpos da 2.* Divisão de Cavalaria, vencendo o futuro Visconde de Pelotas, perto de Caraguataí, uma coluna paraguaia e tomando-lhe um canhão e perseguindo os fugitivos até Manduvirá, em cujas margens os paraguaios incendíaram os últimos navio" da sua esquadrilha.

Casou Victorino José Carneiro Monteiro no dia 2 de Fevereiro de 1842 com Dona Benevenuta Amalia Ribeiro, nascida em Alegrete, a 27 de Junho de 1825 e falecida em Porto Alegre, a 2 de Fevereiro de 1890, filha do Tenente - General Bento Manuel Ribeiro e de Dona Maria Maneio da Conceição, sendo o sogro dele natural de Sorocaba, São Paulo e a sogra, de Cachoeira. Rio Grande do Sul. Fidalgo - Cavaleiro da Casa de Sua Majestade o Imperador, condecorado com diversas medalhas, foi agraciado com o título de Barão de Sâo Borja por imperial decreto de 18 de Maio de 1870, quando exercia o Comando das Armas em Pernambuco. As suas promoções no Exército Brasileiro, de que fazia parte como oficial combatente, quase todas foram por atos de bravura ; e a última teve por ato de alta bravura e subido valor militar. O seu titulo nobiliárquico deve ele ã sua intrepiUez nos combates, quando se lhe recordaram os serviços prestados em sanguinolentas campanhas ao lado do Governo Imperial do Brasil, nas quais firmou boa reputação, lluminada de glória e patriotismo. Pode Recife orgulhar-se de ter sido berço do nobre varão, cujas virtudes cívicas e cujo valor militar o recomendam às gerações futuras. H

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onrou a Pátria o benemérito brasileiro, de quem é aqui apresentado o perfil blografico. Na cidade de PÔrto Alegre, cercado de respeito e consideração, no dia 24 de Outubro de 1877, acabou os dias naturalmente o velho soldado Victorino José Carneiro Monteiro, Barão de Sâo Borja, filho do Major João Francisco Carneiro Monteiro e Dona Isabel Rosa Carneiro Monteiro. Era natural de Pernambuco, em cuja capitai nasceu em Dezembro de 1816. Muito jovem iniciou-se no serviço das armas, fazendo gradativamente a carreira militar pelo merecimento próprio, por seus esforços, até atingir o elevado posto de Tenente - General. Em Pernambuco fez as campanhas de 1832 e 1833. sendo ferido na última, quando foi obrigado, por este motivo, a retirar-se do serviço Passou, então, a servir como Amamilitar. nuênse da Intendência de Polícia de Recife, nomeado para este cargo em 1836. Em 1837, resolveu ir até o Rio Grande do Sul, e ali se alistou ao lado do Governo legal para fazer a campanha farroupilha, recebendo grave ferimento no combate de Inhatium ( 13 Terminada a guerra civil de Junho de 1841 ). doa farrapos, já galgara Victorino Monteiro o posto de Major. Em 1864, chegavam & Corte as queixas de cerca de 40.000 compatriotas residentes no Estado Oriental, vitimas de constantes violências contra as suas propriedades e de atentados ignóbels em parte cometidos pelas próprias autoridades daquela República : o General riograndense Antônio de Souza Neto fora o intérprete Governo [das reclamaçóes com o fim ae obter do 'Imperial os meios de garantir os direitos e a ^tranqüilidade dos brasileiros-perseguidos no Uruguál. A 5 de Abril de 1864, Evarlsto da Veiga, no ! Parlamento, fazia, em solene interpretação, uma sucinta e fiel exposição dos graves acontecimentos do Estado Oriental, que afetavam muito de perto n dirnldade nacional ; e Câmara e Governo reconheceram unanimemente, desde logo, a ne-

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cessioade de serem tomadas enérgicas providências em torno dos patrióticos reclamos do deputado interpretante. Em seguida, partiu com destino a Montevidéu o Conselheiro J. A. Saraiva, em missão diplomática, malograda pela recusa da pro posta brasileira contida no ultimatum dirigido a Aguirre, presidente da República do Estado; Oriental. E ao Almirante Visconde de Tamandaré foram transmitidas ordens para fazer represálias e dar os possiveia auxílios aos brasileiros ali s

presentes. General Venáncio Flores, inlmlgo político de Aguirre, propôs a união de esforços de nossas forças com as suas tropas, e. aliados os dois exércitos, rompei. com violência a guerra contra o governo do Uruguái, na qual Victorino Monteiro tomou parte, comandando uma brigada, como Tenente - Coronel ( 1864 - 1865 ) . Na guerra contra o governo do Paraguai, fez toda a campanha, dirigindo uma divisão até 1866, e dal em diante, um corpo de Exército, quando já fazia parte do generalato. Na célebre batalha de Tuiutl ( 24 de Maio de 1866) em que foi completamente destroçado um exército de Frajicisco Solano Lopez de 18.000 homens, notável peieja dirigida pelo Marechal de Campo Luiz Osório, — o Brigadeiro Victorino Monteiro comandava uma divisão de Infantaria., E, em 28 desse mesmo mês e ano, repelia com vantagens uma força paraguaia junto de Laguna - Tranquera, ainda em Tuiuti. Em 27 de Fevereiro de 1868, secundado pela Esquadra que havia forçado a passagem de Humaitá, o Brigadeiro Victorino Monteiro com disciplinada força de Cavalaria executou o reconhecimento, o assalto e a tomada de Laurelles, a última posição fortificada que oa paraguaios ainda possuíam entre a famosa fortaleza e Jacar é. No assalto e tomada de Peribebuí ( 12 de Agosto de 1869 ) sob as ordens do Marechal Conde d'Eu, comandava o Tenente - General Visconde do Herval oi.* Corpo do Exército Braslleiro, comandava o Marechal de Campo Victorino Monteiro o 2." Corpo, e o Coronel Luiz Maria Campos, a divisão argentina. No embate violento das forças adversas, tomaram os brasileiros diversas bandeiras, das quais foram quatro entregues aos aliados Assegura espírito observador não existir nos exércitos europeus o costume introduzido no EsBrasil de se fazerem presentes de troféus. tes pertencem à nação1 que os conquista, sendo conservados com o maior carinho e resp?Íto cm templos ou museus militares. Nesse combate de Peribebuí morreu o bravo Brigadeiro do Exército João Manuel Mena Barreto, que comandava a 2.* coluna do 1.° Corpo, e que tanto se distinguiu nos combates de São

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Borja ( 10 de Junho de 1865), Potreiro ObcUa ( 29 de Outubro de 1867 ), Taji ( 2 de Novembro de 1867 ), Jacaré ( 7 de Junho de 1868 ), Sapucai ( 1 e 8 de Junho de 1869). Em 16 de Agosto de 1869, tomou parte o futuro Barão de São Borja na batalha de Campo Grande, ganha pelo Conde d'Eu, que derrotou o General Bernardino Caballero, empenhando-se nesta ação o Brigadeiro Vasco Alves que, não obstante julgar a sua Cavalaria insuficiente para bater o Inimigo, resolveu manter contacto com este, procurando entretê-lo até à chegada do grosso das forças brasileiras, e deu começo á luta com uma brigada da 3." Divisão de Cavalaria da Guarda Nacional, e intervieram, em seguida, o Generallssimo e o Brigadeiro José Luiz Mena Barreto com a 3.' Divisão de Infantaria e, mais tarde, a Artilharia do Coronel Mallet, e, por último, do outro lado, o Marechal de Campo Victorino Monteiro com as Divisões de Cavalaria do Brigadeiro Correia da Câmara e do Coronel M. Oliveira Belo e 3 Batalhões . de Infantaria da Divisão do Brigadeiro Carlos Resin. Em 18 de Agosto de 1869, nos combates das matas de Caaguljurú, entre Barreiro Grande e Caraguatal, aonde se foram intrincheirar cerca de 2.000 paraguaios ao mando do Tenente - Coronel Vemal, o bravo Victorino Monteiro assaitou com maestria admirável as trincheiras inlmigas e tomou-as á frente da 1.' Divisão de Intentaria do Brigadeiro Resta, em cuja ação- foi secundado pelo Brigadeiro Correia da Câmara, com quatro corpos da 2.* Divisão de Cavalaria, vencendo o futuro Visconde de Pelotes, perto de Caraguatal, uma coluna paraguaia e tomando-lhe um canhão e perseguindo os fugitivos até Manduvirá, em cujas margens os paraguaios incendiaram os últimos navio- da sua esquadrilha.

Casou Victorino José Carneiro Monteiro no dia 2 de Fevereiro de 1842 com Dona Benevenuta Amália Ribeiro, nascida em Alegrete, a 27 de Junho de 1825 e falecida em Porto Alegre, a 2 de Fevereiro de 1890, filha do Tenente - General Bento Manuel Ribeiro e de Dona Maria Maneio da Conceição, sendo o sogro dele natural de Sorocaba, São Paulo e a sogra, de Cachoeira. Rio Grande do Sul. Fidalgo - Cavaleiro da Casa de Sua Majestade o Imperador, condecorado com diversas medalhas, foi agraciado com o título de Barão de São Borja por imperial decreto de 18 de Maio de 1870, quando exercia o Comando das Armas em Pernambuco. As suas promoções no Exército Brasileiro, de que fazia parte como oficial combatente, quase todas foram por atoa de bravura; e a última teve por ato de alta bravura e subido valor militar. O seu titulo nobiliárqulco deve ele á sua intrepidez nos combates, quando se lhe recordaram os serviços prestados em sanguinolentas campanhas ao lado do Governo Imperial do Brasil, nas quais firmou boa reputação, ilumínada de glória e patriotismo. Pode Recife orgulhar-se de ter sido berço do nobre varão, cujas virtudes cívicas e cujo valor militar o recomendam às gerações futuras. H

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Há trinta anos... a Nordisk já apresentava, no Parisiense um fli"A vitima do Mormão", super-prome sobre a seita dos Mormons — dução em três partes, com o celebre ator Blegelow. A popular fa-' "Sangue de boêmia , brica de Copenhague, apresentava ainda : — num Nielsen de seus grandes pape.s dramaaparecia no qual Asta "Amor de dansarsna", reuticos, sob a direção do marido Urbbn Gad; "Aventura do tenente Bremer' nindo Asija e o famoso Wuppschlender; "A com o mesmo ator; e queda da mulher", com Asta Nielsen. "A 'Amor de dansarina" e queda da mulher" já haviam passado no "reprise"... saudoso cinema do snr. Staffa mas o público pedira a "Os "reprizava", úlKima vez. Além deles, o Pferisiense quatro pela d abos" (mais tarde, entretanto, esse filme voltou ao cartaz, com uma "continuação"...). Foram tambem exibidos "A força do h'pnoÜsmo" — ou — "Mistenos de Psyché" e "Mister'os de um crepúsculo de outono", série de ouro, da Ambrosio, baseada na traqed'a de D'Annunz.'o. Eryam estes os programas do Odeon, cu^os proprietários — Zambelli & Cia. — distribuiam, com exclusividade no Brasil, a Cines,. "O talisman", episod,io histórico do tema Gaumont e a Mlano : — das Cruzadas, em duas partes, de Cines, baseado num romance po "Almas transviadas", filme alemão de Pharos, com de Walter Scott; "Sangue sxiliano", um grupo de artistas celebres1 do palco germânico; "PinoccUio", "O da Cines, que c)a .Cines; escândalo", da Gaumont; foí talvez, o p.r'"meÍro celwloxle Inspirado no travesso boneco de páu, "de "M'ar'a Stuart e Rizzio", drama históCollodi, em três partes; "A odísséa de Horico da Gaumont, em uma parte, todo colorido; mero", da Milano, tirado do poema grego, em três partes. Nessa época, a Milano era uma das fa'bricas ita|!anas mais respeitadas "Inferno de Dante". No Ideal, de M. Pinlo, devido lio seu famoso "O — caso do colar da Raiinha Maria Anlon etla", eram exibidos : "No li'stórico, colorido, em duas partes, da Pathé; pais das trevas", drama da Eclair, em duas partes, passado numa mina de car"A filha vão, com Charles Krauss, V feert, Liabel e Cécile Guyon; "Sados trapeiros", da Pathé, do romance de Bourgeds e Dugué; e da Ambrosio. lambo — A sacerdotiza de Tanih", serie de Ouro, "A Os programas do Avenida, incluiam : — padeira" (Xavier de Montepí.ri), da marca italiana Vesuvio, em três partes. No fim do mês, este cinema fechava, para instalar os aparelhos do Kinemacolor, patente de Urban Smith, de Londres, que prometia o cinema colorido, em cores naturais mais perfeito até então conseguido... Para terminar estas reminisceincias do mês de Janeiro de 1912, re'brasileiro "A cordemos a pro'b?ç(ão do filme vida de João Cândido"-, dono de um cinema da rua Marechal Floriano (quem produzido pelo será êle*?) e cuja apresentação ao público, o snr. Belisariò Tavora não perrnijKu. . .

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George Cuckor dir*gindc Greta Garbo numa cena de "Duas vezes meu", a famosa comedia, cujo titulo custou tanto a ser anunciado... Reparem a serenidade do diretor e da "estrela"... Mas, o flme é divertidssimo, d'z Gilberto Souto.

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O 20.° ANIVERSÁRIO DO DEPARTAMENTO FEMININO DO INSTITUTO LA-FAYETTE — As ex-alunas do Instituto I.a-Fayette que formaram a primeira turma do Departamento Feminino desse conceituado educandário, reuniram-se este ano para comemorar, entre evocações e saudades, a fundação do mesmo, e a elas se associou a Diretoria do Instituto, do que resultou uma festa agradável e interessante. Foi sugerida a fundação da Associação dos ex-alunos do Instituto La-Fayette, idéia que recebeu imediata aprovação. Uma das ex-alunas dirigiu ao Prof. LaFayette Cortes, palavras de amisade, tendo oferecido à antiga Diretora do Departamento Feminino, D. Alzira Lopes Cortes, delicada lembrança, por filhos de suas ex-alunas. Damos aqui dois aspectos dessa festa de saudade e cordialidade, vendo-se em cima o professor La-Fayette Cortes e d. Alzira Lopes Cortes, entre ex-alunas e professores, notando-se entre êstcs o dr. Romão Côrtes de Lacerda, procurador geral do Distrito Federal, Aidil Côrtes Souto Lyra, e Rosa Fernandes, e em baixo o professor LaFayette Cortes e d. Alzira Lopes Cortes, entre ex-alunas e filhos das mesmas, momentos antes da reunião.

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A NOVA DIRETORIA DO SINDICATO DE ENGENHEIROS. — Flagrante da posse, com a presença do Ministro do Trabalho, da nova Diretoria do Sindicato de Engenheiros do Rio de Janeiro, que é formada pelos Drs. Furtado Simas, presidente; Carmen Portinho e Batista de Oliveira, 1.° e 2° vice- presidentes; Pompeu Acioli e Rego Barros, 1.° e 2.° secretários e João Wilgen e arquiteto Ricardo Antunes, tesoureiro e bibliotecário, respectivamente.

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A NOVA DIRETORIA DO SINDICATO DE ENGENHEIROS. — Flagrante da posse, com a presença do Ministro do Trabalho, da nova Diretoria do Sindicato de Engenheiros do Rio de Janeiro, que é formada pelos Drs. Furtado Simas, presidente; Carmen Portinho e Batista de Oliveira, 1.° e 2° vice-presidentes; Pompeu Acioli e Rego Barros, 1.° e 2.° secretários e João Wilgen e arquiteto Ricardo Antunes, tesoureiro e bibliotecário, respectivamente. — 1SN I 52 — O M A L H


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O PRESIDENTE GETULld VARGAS VISITOU O STAND PEIXE NA FEIRA NACIONAL DE INDUSTRIAS ocasião da sua recente viaPOR gem à capital paulista esteve o Presidente Getulio Vargas no recinto da Feira Nacional de Industrias, que ali se realisa, tendo-se demorado em visita especial no Stand Peixe mantido na grande feira de produtos da industria nacional pela Fabrica Peixe, cujos produtos gosam de grande pr2stigio e popularidade em todo o país. Joaquim de Recebido pelo Dr. Britto e por funcionários da Fabrica Peixe de S. Paulo, o Chefe da Nação visitou demoradamente o Stand, interessando-se pelo variado mostruario ali exposto, e antes de se retirar foi homenageado pelo Dr. Joaquim de Britto e seus auxiliares que lhe ofereceram uma taça de Suco de Tomate.

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O Presidente Getulio Vargas, que estava em companhia do Interventor Fernando Costa, mostrou-se entusiasmado com os progressos da nossa industria, e foram fixados aspectos da honrosa visita feita, que são os que aqui reproduzimos.

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HABITAÇÕES PROLETARIAS — A Sra. Darcy Vargas inaugurou, no bairro da Alegria, o primeiro grupo de casas proletarias construído pela Associação do Lar Proletário. Recebida pelos Srs. Lineu de Paula Machado e Oscar Wainchenk e pelas altas autoridades civis e militares que compareceram à solenidade, a Sra. Darcy Vargas percorreu demoradamente algumas casas, trocando impressões sobre as mesmas.

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HABITAÇÕES PROLETÁRIAS — A Sra. Darcy Vargas inaugurou, no bairro da Alegria, o primeiro grupo de casas proletárias construído pela Associação do Lar Proletário. Recebida pelos Srs. Lineu de Paula Machado e Oscar Wainchenk e pelas altas autoridades civis e militares que compareceram a solenidade, a Sra. Darcy Vargas percorreu demoradamente algumas casas, trocando impressões sobre as mesmas.

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OS NOVOS ASPIRANTES DO EXEKCITO NACIONAL — Com a presença da Presidente Getulio Vargas, do ministro da Guerra, de altas autoridades militares c dc numerosas familias, rcalisou-se a cerimonia da declaração dos novos aspirantes do Exercito Brasileiro. Aqui vemos o Presidente Vargas colocando no peito, do Aspirante Ciro Portoearrciro a Medalha de Caxias.

A CHEFIA DO ESTADO MAIOR DA AERONÁUTICA — Por decreto presidencial foi recentemente creada o Estado Maior da Aeronáutica, sendo nomeado para o lugar de chefe desse importante órgão técnico o Brigadeiro do Ar Armando Trompowsky, que, na presença do titular da pasta da Aeronáutica, sr. Salgado Filho, c de grande número de oficiais da P. A. B. e de pessoas de destaque, aquele oficial general tomou posse do alto cargo que lhe foi confiado pçlo Governo d^ RejHlbliça,

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A CHEFIA DO ESTADO MAIOR DA AERONÁUTICA — Por decreto presidencial foi recentemente creadu o Estado Maior da Aeronáutica, sendo nomeado para o lugar de chefe desse importante órgão técnico o Brigadeiro do Ar Armando Trompowsky, que. na presença do titular da pasta da Aeronáutica, sr. Salgado Filho, c de grande número de oficiais da P. A. B. c de pessoas de destaque, aquele oficial general tomou posse do alto cargo que lhe foi confiado jiçlg Governo da Republica,

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muito na moda.

Edward Stevenson, da R. K. O., desenhou para Ciniiy Simins este vestido bordado a contas de varias cores, "redingote" cinza pálido. Que é que se pôde dizer a respeito de modas, das novidades que seduzam sobremaneira às mulheres, quando o calor está aí e o Carnaval, também por perto, absorve todos os espíritos, e, em conseqüência, o espírito absorvido na escolha de fantasias? O

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São modernos os trajes de banho feitos de chita estam'no feitio de vestidipada, nhos muito curtos, largamente decotados. "maiHots" os de setim que re-

Mas ainda incontáveis luzem ao sol. Fevereiro vem aí. Ou se foge ao Carnaval, gosandoem temperatura mais amena e menos barulho, ou por aqu se fica a dansar nos salões refrigerados dos Casinos da cidade e do Municipal.

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quecendo-a que porém, mais se vê, o que mais bem veste nos dias de canícula é o branco, ainda preferido ontem em seda, hoje estando o algodão na ordem do dia. Os que aqui ficam, resistindo ao calor com a ajuda dos banhos de mar, expressam bem a moda da temporada com as suas indumentárias alvas ou listradas, estampadas, de coloridos quentes, de tons pastel, feitas de maneira confortável, sempre graciosas.

Novembro fechou com uma linda festa de arte: o recitai de Marita Pinheiro Machado no salão da Associação Brasileira de Imprensa. Festa de declamação notadamente elegante, e Marita obteve de um fino auditório as mais entusiásticas palmas às suas qualidades excepcionais de artista no gênero. Fecho esta minhas leitoras.

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Vestido para festas em no-ites estivais: estamparia de tons diversos em fundo amarelo. Apresent a ç ã o dc Joan Crawford. da -Metro Goldwyn.

têm, em geral, por adorno, uma gola do tecido fartamente "ruché", "ruché" uma de renda, ou um quadro de bordado enfiado com fita de veludo preto, escarlate ou azul de louça, o que revive velhas estampas dos álbuns de família Quando nos cansámos um pouco do algodão, variar torna-se necessário, como, aliás, é de boa regra... No caso "tailleur" de seda estampada, saia estreita, pacabe um ietot longo todo abotoado à frente por meio de botões forrados com o tecido, ou botões de fantasia, cunhado de certa originalidade. O mesmo costume serve à noite, num jantar, com uma estreita saia comprida pelos pés, talhada assa.

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Mas ainda incontáveis luzem ao sol. Fevereiro vem aí. Ou se foge ao Carnaval, gosando-o em temperatura mais amena e menos barulho, ou por aquí se fica a dansar nos salões refrigerados dos Casinos da cidade e do Municipal.

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quecendo-a porém, o que mais se vê, o que mais bem veste nos dias de canícula é o branco, ainda preferido ontem em seda, hoje estando o algodão na ordem do dia. Os que aquí ficam, resistindo ao calor com a ajuda dos banhos de mar, expressam bem a moda da temporada com as suas indumentárias alvas ou listradas, estampadas, de coloridos quentes, de tons pastel, feitas de maneira confortável, sempre graciosas.

Novembro fechou com uma linda festa de arte: o recitai de Marita Pinheiro Machado no salão da Associação Brasileira de Imprensa. Festa de declamação notadamente elegante, e Marita obteve de um fino auditório as mais entusiásticas palmas às suas qualidades excepcionais de artis+a no gênero. Fecho esta minhas leitoras.

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No gênero esporte, talhado, porém, em "ciré" de seda "beige", eis um vestido pura a tarde. Também de certa fôrma "toilette" é este traje de "ciré" azul anil, bolsos e cinto de verniz preto.

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Vestido branco de aígodão ou "shantung", blusa e cinto brancos com estamparia vermelha.

Estamparia graúda, em algodão, fôrma este galante vestido para as mocinhas de Copacabana.

Dois costumes : de tobalco listrado, e de "shantung" cinza azulado, blusa e chapéu verdes.

Dois amores de blusas: listrada e lisa, ambas no gênero "cfiemisier".


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A contar da esquerda: Camisa talhada em crépe estampado, cinto beirado com um "plisse" do tecido (3m,50xim); " ocre", faixa de Camisa de crépe setim rosa, guarnição de renda fita (4m4oxim) ; Camisa de " voile" de seda estampada, a parte de baixo muito plissada (4m x im) ; Camisa de crépe setim azul, faixa rosa forte Um xim) ; Pijama no gênero macacão, cômodo e elegante (3m8oxim).

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Bis itm belo ambiente moderno, cor.fortabilíssimo, onde o rosa cravo do estofo dos moveis, em "capltonné", joga com o colorido vinho do tapete e das cortinas. A pequenina mesa branca leva tampo negro, tom do "abat - jour" que está em cima, e da cômoda na qual figura um "abatjour" rosa forte e suporte branco. Um quadro de flores e plantas verdes em pequenos vasos, sob o fogão, dizem que a sala está preparada para os dias de sol.

Interessante movei para arrumar plantas dentro de " casa.

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I — 1942


Segredos de Beleza de Hollywood Por

Max Factor, Jr.

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Autoridade Suprema na Arte do Make-up VOCÊ

PODE ESTAR ENGANADA ...

Muitas mulheres pensam que a aplicação do creme de limpeza é uma prática que ninguém pode errar. Puro engano. Julgam que não há meio ou maneira de cometer um erro na aplicação do creme de limpeza, e dizem: Basta o creme, e depois passar limpá-lo." Perdem tempo, dinheiro e creme.

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Muitas senhoras poderiam lucrar imenso se seguissem o mesmo processo de estréias do cinema como Lucille Bali, Merle Oberon, Myrna Loy ou Joan Blondell, as quais retiram a maquila-

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gem tanto do estúdio quanto a da rua, com o auxílio do creme de limpeza. Fazem-no com extremo cuidado, de maneira

acertada,

correta,

Modo de proceder: Antes de aplicar o creme limpam-se os lábios, para que o colorido do "baton" não se espalhe, pelo rosto, sujando-o. A seguir, uma pequena quantidade de creme é aplicada em cada pálpebra, estendendo-se, depois, de cima para baixo, afim de passar pelas pestanas. Com o auxílio de uma toalhinha de papel limpa-se o cremo das pálpebras e das pestanas. Se, por acaso, qualquer quantidade tiver corrido pelas faces, deve ser limpa com a mesma toalhinha. Depois, aplica-se em vários pontos do rosto e do pescoço um pouco de creme. A maioria das estrelas aplica uma pequena bolinha de creme na testa, logo acima da linha das sobrancelhas, outra nó nariz; uma de cada lado da face, junto às narinas, uma em cada canto da boca, uma na ponta do queixo e três ou quatro no pescoço. Começa-se a espalhar o creme pelo pescoço, sempre de baixo para cima, e para fora. Essa operação não requer pressa e sim atenção, muito cuidado. O creme de limpeza, como qualquer outro, não

I — 1942

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perfeita. LUCILLE

BALL, eslrela da Rado-RKO. ura o processo aconselhado por MAX FACTOR JR. para a limpeza do rosto com o creme apropriado.

deve ser passado no rosto com massagens violentas. A aplicação será de cima, esfregando-se os baixo para dedos ou então dando-se pancadinhas no rosto. Depois de espalhadb no pescoço, começa-se a fazer o mesmo por baixo do queixo e na linha da queixada. E' preciso muita atenção nas pequenas reentrâncias do queixo. NINHOS

DE POEIRA...

Poderíamos chamar ninhos de poeira, o que se encontra nas pequenas curvas junto de cada narina. Aconselho cuidado especial na apiicação e passagem do creme por ai'. CONTINUAÇÃO... A limpeza do rosto deve continuar pelas faces, terminando, finalmente, na testa, junto a linha dos cabelos. Desejo repetir, caras amigas, a limpeza deve ser feita com uma pressão

— 65 —

forte,

mas sem brutalidade. E' preciso limpar bem o rosto de todo vestígio de maquilagem; é necessário que os poros sejam bem limpos. Tempo, atenção e cuidado são as três qualidades essenciais à uma boa limpeza. Depois de tudo isso vem o uso das Toalhinhas de papel para retirar o creme. O mesmo processo de cima para baixo deve ser repetido então. Não esperem que uma toalhinha seja bastante; logo que a primeira estiver humedecida, será substituída por outra. CABE A VOCÊ ... Sim, minha cara leitora, cabe a você, agora, seguir os conselhos que a minha experiência de muitos anos me tem mostrado. Proceda como as estrelas de Hollywood. Se não o faz, trate de corrigir os erros que vem cometendo, e tenho certeza que lucrará muito.

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PODE ESTAR ENGANADA ...

Muitas mulheres pensam que a aplicação do creme de limpeza é uma prática que ninguém pode errar. Puro engano. Julgam que não há meio ou

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maneira de cometer um erro na aplicação do creme de limpeza, e dizem; "Basta o crime, e depois passar limpá-lo." Perdem tempo, dinheiro e creme. Muitas senhoras poderiam lucrar imenso se seguissem o mesmo processo de estréias do cinema como Lucille Bali, Merle Oberon, Myrna Loy ou Joan Blondell, as quais retiram a maquila-

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gem tanto do estúdio quanto a da rua, com o auxílio do creme de limpeza. Fazem-no com extremo cuidado, de maneira

acertada,

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perfeita.

Modo de proceder: Antes de aplicar o creme limpam-se os lábios, para que o colorido do "baton" não se espalhe, pelo rosto, sujando-o. A seguir, uma pequena aplicada em de creme é quantidade cada pálpebra, estendendo-se, depois, de cima para baixo, afim de passar pelas pestanas. Com o auxílio de uma toalhinha de papel limpa-se o cremo das palpebras e das pestanas. Se, por acaso, qualquer quantidade tiver corrido pelas faces, deve ser limpa com a mesma toalhinha. Depois, aplica-se em vários pontos 'do rosto e do pescoço um pouco de creme. A maioria das estrelas aplica uma pequena bolinha de creme na testa, logo acima da linha das sobrancelhas, outra no nariz; uma de cada lado da face, junto às narinas, uma em cada canto da boca, uma na ponta do queixo e três ou quatro no pescoço. Começa-se a espalhar o creme pelo pescoço, sempre de baixo para cima, e para fora. Essa operação não requer pressa e sim atenção, muito cuidado. O crêm^ de limpeza, como qualquer outro, não

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BALL, estrela da Rad o-RKO. usa o processo aconselhado por MAX FACTOR JR. para a limpeza do rosto com o creme apropriado.

deve ser passado no rosto com massagens violentas. A aplicação será de os esfregando-se cima, baixo para dedos ou então dando-se pancadinhas no rosto. Depois de espalhacfb no pescoço, começa-se a fazer o mesmo por baixo do queixo e na linha da queixada. E' preciso muita atenção nas pequenas reentrâncias do queixo.

NINHOS DE POEIRA... Poderíamos chamar ninhos de poeira, o que se encontra nas pequenas curvas junto de cada narina. Aconselho cuidado especial na apiicação e passagem do creme por ali.

CONTINUAÇÃO... A limpeza do rosto deve continuar pelas faces, terminando, finalmente, na testa, junto a linha dos cabelos. Desejo repetir, caras amigas, a limpeza deve ser feita com uma pressão

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forte,

mas sem brutalidade. E' preciso limpar bem o rosto de todo vestígio de maquilagem; é necessário que os poros sejam bem limpos. Tempo, atenção e cuidado são as três qualidades essenciais à uma boa limpeza. Depois de tudo isso vem o uso das toalhinhas de papel para retirar o creme. O mesmo processo de cima para baixo deve ser repetido então. Não esperem que uma toalhinha seja bastante; logo que a primeira estiver humedecida, será substituída por outra. CABE A VOCÊ ... Sim, minha cara leitora, cabe a você, agora, seguir os conselhos que a minha experiência de muitos anos me tem mostrado. Proceda como as estrelas de Hollywood. Se não o faz, trate de corrigir os erros que vem cometendo, e tenho certeza que lucrará muito.

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PÊSSEGOS A' ALMIRANTE

Massa: 150 gr. de manteiga derretida, 2 ovos, 2 gemas, 1 colher de açúcar, 1 pitada de sal, casca ralada de limão, 1 tablette de fermento diluída em l/z ehicara de leite morno, juntar aos poucos 675 grs. de farinha de trigo, até a massa ficar lisa, e enrolar. Deixar em lugar quente até subir. Abrir em mesa polvilhada, cor-

Tomar pêssegos bem maduros e cozinhar em água quente durante 5 minutos, descascar. Colocar por cima de fatias de pão de Io, cobrir com geléa de morangos e salpicar com amêndoas picadas. Enfeitar com amenduas inteiras. SALADA

tar em quadrados, pôr ao centro um pêssego, unir as pontas da massa por cima. Arrumar em taboleiro untado, assar em forno moderado.

Salada de pêssegos e ameixas com creme e nozes picadas por cima.

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PÊSSEGOS COM CREME

Pudim de arroz com leite e suco de laranjas. A guarnáção compõ-se de pêssegos cosidos em água com vinho branco e açúcar, e cereja», çristalisadas.

Tomar bonitos pêssegos, cortar em fatias, tirar os caroços e cozinhar um pouco numa calda feita com 2 chicaias de açúcar e 1 cálice de Kirsch. Arrumar num

BEIGNETS DE PÊSSEGOS

prato. Pôr numa caçarola 100 gr. de farinha de trigo, 100 gr. cie açúcar, 3 gemas. Bater bem para formar uma pasta lisa. Juntar pouco a pouco Y* litro de leite quente

1 ehicara de farinha de trigo, 1 colher de chá com Royal, sal, 2 colheres de açúcar, 1 ovo, y2 ehicara pó de leite. Peneirar os ingredientes secos, bater o ôvo com

e levar tudo ao fogo até ferver. Juntar 1 colher de manteiga, retirar do fogo, juntar 2 claras em neve. Arrumar o creme por cima dos pêssegos, levar ao forno para assar.

o leite e misturar tudo. Partir os pêssegos pelo meio, molhar bem na massa, frita em gordura quente. Poivilhar com açúcar. O

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PÊSSEGOS EM SABOROSAS COMPOSIÇÕES BOLO DE PÊSSEGOS

PÊSSEGOS A' ALMIRANTE

Massa: 150 gr. de manteiga derretida, 2 ovos, 2 gemas, 1 colher de açúcar, 1 pitada de sal, casca ralada de limão, 1 tablette de fermento diluída em ]/2 cliicara de leite morno. Juntar aos poucos 675 grs. de farinha de trigo, até a massa ficar lisa, e enrolar. Deixar em lugar quente até subir. Abrir em mesa polvilhada, cortar em quadrados, pôr ao centro um pêssego, unir as pontas da massa por cima. Arrumar em taboleiro untado, assar em forno moderado.

Tomar pêssegos bem maduros e cozinhar em água quente;durante 5 minutos, descascar. Colocar por cima de fatias de pão de ló, cobrir com geléa de morangos e salpicar com amêndoas picadas. Enfeitar com atneniloas inteiras. SALADA Salada de pêssegos e ameixas com creme e nozes picadas por cima.

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PÊSSEGOS COM CREME

Pudim de arroz com leite e suco de laranjas. A guarnição compõ-se de pêssegos cosidos em água com vinho branco c açúcar, e cerejas çristalisudas.

Tomar bonitos pêssegos, cortar erri fatias, tirar os caroços e cozinhar um pouco numa calda feita com 2 chicara» de açúcar e 1 cálice de Kirsch. Arrumar num

BEIGNETS DE PÊSSEGOS

prato. Pôr numa caçarola 100 gr. de farinha de trigo, 100 íír- de açúcar, 3 gemas. Bater bem para formar uma pasta lisa. Juntar pouco a pouco J_ litro de leite quente

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Carrinho

necessário:

novelos (10 gramas) 3 novelos (20 gramas) ou 6 "CORRENTE n. 60, marca de linha de crochet Mercer Milm3rc3 crochct de Agulha P 110 (ecru escuro). ward" n. 6 1/2. Tensão —1 11 espaços ou blocos ¦= 5 cms. Dimensões da toalha — 41 cms. x 55 cms. Abreviações — tr, trança; pedi, ponto de crochet com 2 laçadas. Espaço = 3 tr, pular 3 pontos, 1 pedi no ponto segurnte. Bloco = 5 pedi mais 4 pedi para cada bloco adicional em grupos. Começar com 348 tranças: 67

Chá

1.a carr.: — 1 pedi na quinta trança a contar da agulha, 1 pedi em cada uma das tranças seguintes (345 pedi ou 86 blocos), 4 tr, voltar, (a trança da volta sempre fica para o primeiro pedi da carreira seguinte). 2." carr.: — 1 pedi em cada pedi até o fim da carreira, 4 tr, voltar. 3.a carr.: — 1 pedi em cada um dos 8 pedi seguintes, (2 blocos), x 3 tr, pular 3 pedi, 1 pedi no pedi seguinte; repetir de x mais 81 vezes (82 espaços), 1 pedi em cada um dos 8 pedi seguintes (2 blocos), 4 tr, voltar. 4.a carr.: — Igual à 3.a carreira. 5.a carr.: .— 1 pedi em cada um dos 8 pedi seguintes, x 3 tr, pular 3 tr, 1 pedi no pedi seguinte; repetir de x mais uma vez, x 3 pedi no espaço seguinte de 3 tr 1 pedi no pedi seguinte; repetir do último x mais 3 vezes, 6 espaços, 4 blocos, 8 espaços, 2 blocos, 8 espaços, 4 b-ocos, 6 espaços, 4 blocos, 8 espaços, 2 blocos, 8 espaços, 4 blocos, 6 espaços, 4 blocos, 2 espaços, 2 blocos, 4 tf, voltar. Seguir o diagrama desde a 6." carreira. O diagrama dá uma metade da toalha. Para a segunda metade trabalhar da última Humccarreira inclusive até a primeira carreira. decer a toalha e esticá-la para secar, estendida sobre uma táboa, prendendo as pontas com alfinetes (Vide o risco e a indicação do ponto na revista ARTE DE BORDAR no número de Janeiro de 1942.) O

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MALHO

I


RETALHOS

SENTIMENTAIS

AFLITA — Rio — Desde o principio, minha amiga, que você vem agindo mal para com êle. DemonsttouAhe uma paixão incontrolada perseguindo-o, ameaçando-o até com o suicídio no caso da sua desistência do casamento. E' verdade, que, quanio amamos de verdade, esquecemonos de tudo, sem confiança em nós mesmos, numa sofreguiddo lamentavel. E é esse justamente o mal. Aí é que a parte contrária entra com o joço das táticas. Começa por fazer-se de esquiva, de preciosidade, com a plena certeza de Que é sempre procurada. Como Vera-Maria, teve voce medo de ficar para tia, perseguindo-o até casar-se com êle, e, uma vez casada mas praticamente separada há seis anos, continua numa tortura peior do que quando solteira. Êle só vai em sua casa para visitar o filho, e, quando o faz, esque:i-se você de tudo, recebe- o com to3a a alegria, todo o contentamento, procurando prendê-lo novamente para si; quando o tem de novo continúa com as clumadas, as discussões, os aborrecimentos, indagando-lhe o que fez e o que deixou de fazer. E vive você num mundo de amarguras, ciumadas, lágrimas, não querendo desquitar-se. E' mesmo o que já disse acima, é uma questão dele ter a certeza de que tudo na vida pôde fazer que você acabará por perdoá-lo, sem querer perdê-lo. O início da sua felicidade, Aflita, depende somente de você; da sua certeza em si própria, do seu domínio. A mulher, quando solteira, precisa ter os seus encantos, mas, quando casada, necessita deles muito* mais. O seu gênio precisa ser modificado; para isso,, faça, em primeiro logar, i'um tratamento meticuloso para o seu sistema nervoso. Às vezes, é tam-

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bém originado por uma insuficiência qualquer que só os médicos podem prognosticar. Uma vez em tratamento, sem descuidos,- trate também do seu físico; veja o que possa dizer bem com o seu tipo. Tenha confiança no seu êxito; leia bons livros sôbre psicologia do amor, artes domésticas, pois como professora, penso que você cuida mais dos seus alunos do que mesmo do seu lar. Leia também um pouco de filosofia... Serve até para desopilar o fígado... Enxerga-se o mundo por um lado , mais humano... Não chame mais o seu marido. Aplique ésses métodos que acabei de falar, e, quando êle for visitar o seu filho, mostre-se não alegre em recebê-lo, mas, um pouco ressentida, um ressentimento onde haja algo dc indiferença... Preparese o irais que puder. Desperte-lhe um certo ciúme com a sua aparência renovada, e... como principal fator, nao o atormente com as suas cenas de ciúmes; tenho a impressão de que uma mulher, nesse estado de coisas, fica até cora a cara pregueada! Deixe-o em paz. Estou quasi'fazendo uma aposta com você, que, quando começar a se propalar entre a família a sua .transformação total, nunca mais pensará o seu marido em espesinhá-la nem desquitar-se. Ânimo, Aflita! "Roma não foi feita em um só dia"! E, penso que o seu caso é muito mais fácil de resolver que o caso de Roma... Mãos à obra: médico, confiança em si, leituras sadias e proveitosas, plástica, táticas femininas, e, deixe o barco correr... PAULINA — Rio — Não deixe os seus estudos. Além de ter você muito pouca idade, parece-me que êle ainda não está em condições de tomar com você um compromisso mais sério.

IVONE — Èio — Vive a dar-lhe "bolos" parecendo contudo gostar muito de você? Desapareça por algum tempo. Ao regressar, mude contudo de tática. Faça-se de "doce", isto é, um pouco mais de rogada... RENATO — Rio — Não posso fazer o que me pede. As namoradas lindas e meigas hoje em dia estão por demais ariscas. O melhor é você mesmo arranjá-las. MIRAGEM — Baía — E' temperamental, romântica e não descobre juem a compreenda? Hoje em dia, Miragem, é tao difícil encontrarmos quem se dê ainda ao trabalho de fazer serenatas debaixo do luar... Contudo, freqüente umas reuniões literárias que talvez possa encontrar por lá o seu verdadeiro ideal... SANDRA — Rio — Não demonstre o quanto a mortificam as pirraças dele. Com muita meiguice, entretanto, olhos baixos e tristes, faça-o compreender que nas suas repetidas ausências, sente-se você muito só, desagasaihada de carinho e que, em meio a tanta "folga", como urna grande amorosa que é, poderá vir a ter a involuntária tentação de algum dia traí-lo... ZANDUNGA — Sente-se completamente "lotada" e atrapalhada? Essa história de muitos namorados a um tempo só não dá muito certo não. A mulher é por natureza monógama. Contente-se com o que você mais gostar e dê-se por feliz assim... ZÁGARI — Rio — No próximo número encontrará o que deseja. RUFINO — Estado do Rio — Que eu saiba, não me consta que eu seja pitoniza. Aí por essas fazendas do interior poderá en conti ar talvez um "pai de santo" que resolva afinal sua pergunta singular. NORA — Rio — As estatísticas norte-americanas provaram que em inatéria de amor, o homem sofre muito mais que a mulher... E, se é assim, a taça é nossa... Tenho quasi. que a certesa de que êle está sofrendo mais que você, apesar üe todos os pesares... Correspondência: "O MALHO" — Retalhos sentimentais Trav. do Ouvidor, 26.

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RETALHOS SENTIMENTAIS AFLITA — Rio — Desde o principio, minha amiga, que você vem agindo mal para com êle. Demonsttou^lhe uma paixão incontrolaãa, perseguindo-o, ameaçando-o ate com o suicídio no caso da sua desistência do casamento. E' verdade, que, quanio amamos de verdade, esquecemonos de tudo, sem confiança em nós mesmos, numa sofreguidao lamentável. E é esse justamente o mal. Aí é que a parte contrária entra com o foco das táticas. Começa por fazer-se tle esquiva, de preciosidade, com a plena certeza de que é sempre procurada. Como Vera-Maria, teve você medo de ficar para tia, per seguindo-o até casar-se com êle, e, uma vez casada mas praticamente separada há seis anos, continua numa tortura peior do que quando solteira. Êle só vai em sua casa para visitar o filho, e, quando o faz, esqueze-se você de tudo, recebe-o com to3a a alegria, todo o contentamento, procurando prendê-lo novamente para si; quando o tem de novo continúa com as ciumadas, as discussões, os aborrecimentos, indagando-lhe o que fez e o que deixou de fazer. E vive você num mundo de amarguras, ciumadas, lágrimas, não querendo desquitar-se. E' mesmo o que já disse acima, é uma questão dele ter a certeza de que tudo na vida póde fazer que você acabará por perdoá-lo, sem querer perdê-lo. O inicio da sua felicidade, Aflita, depende somente de você; da sua cer teza em si própria, do seu domínio. A mulher, quando solteira, precisa ter os seus encantos, mas, quando casada, necessita deles muito- mais. O seuj . gênio precisa ser modificado; para isso, faça, em primeiro logar, jum tratamento meticuloso para o seu sistema nervoso. Às vezes, é tam-

bém originado por uma insuficiência qualquer que só os médicos podem prognosticar. Uma vez em tratamento, sem descuidos, trate também do seu físico; veja o que possa dizer bem com o seu tipo. Tenha confiança no seu êxito; leia bons livros sobre .psicologia do amor, artes domésticas, pois como professora, penso que você cuida mais dos seus alunos üo que mesmo do seu lar. Leia também um pouco de filosofia... Serve até para desopilar o fígado... Enxerga-se o mundo por um lado mais humano... Não chame mais o seu marido. Aplique esses métodos que acabei de falar, e, quando êle for visitar o seu filho, mostre-se não alegre em recebê-lo, mas, um pouco ressentida, um ressentimento onde haja algo dc indiferença... Preparese o mais que puder. Desperte-lhe um certo ciúme com a sua aparencia renovada, e... como principal fator, não o atormente com as suas cenas de ciúmes; tenho a impressão de que uma mulher, nesse estado de coisas, fica até com a cara pregueada! Deixe-o em paz. Estou quasi fazendo uma aposta com você, que, quando começar a se propalar entre a família a sua .transformação total, nunca mais pensará o seu madesquirido em espesinhá-la nem tar-se. Ânimo, Aflita! "Roma não foi feita em um só dia"! E, penso que o seu caso é muito mais fácil de resolver que o caso de Roma... Mãos à obra: médico, confiança em si, leituras sadias e proveitosas, plástica, táticas femininas, e, deixe o barco correr... PAULINA -- Rio — Não deixe os seus estudos. Além de ter você muito pouca idade, parece-me que êle ainda não está em condições de tomar com você um compromisso mais sério.

IVONE — Êio — Vive a dar-lhê "bolos" parecendo contudo gostar muito de você? Desapareça por alcongum tempo. Ao regressar, mude"doce'", tudo de tática. Faça-se de isto é, um pouco mais de rogada... RENATO — Rio — Não posso fazer o que me pede. As namoradas lindas e meigas hoje em dia estão por demais ariscas. O melhor é você mesmo arranjá-las. MIRAGEM — Baia — E' temperamental, romântica e não descobre juem a compreenda? Hoje em dia, Miragem, é tao difícil encontrarmos quem so dê ainda ao trabalho de fazer serenatas debaixo do luar... Contudo, freqüente umas reuniões literárias que talvez possa encontrar por lá o seu verdadeiro ideal... SANDRA — Rio — Não demonstre o quanto a mortificam as pirraças dele. Com muita meiguice, entretanto, olhos baixos e tristes, faça-o compreender que nas suas repetidas ausências, sente-se você muito só, desagasaihada de carinho e que, em meio a tanta "folga", como urna grande amorosa que é, poderá vir a ter a involuntária tentação de algum dia traí-lo... ZANDUNGA — Sente-se completamente "lotada" e atrapalhada? Essa história de muitos namorados a um tempo só não dá muito certo não. A mulher é por natureza monógama. Contente-se com o que você mais gostar e dê-se por feliz assim... ZAGARI — Rio — No próximo número encontrará o que deseja. RUFINO — Estado do Rio — Que eu saiba, não me consta que eu seja pitoniza. Aí por essas fazendas do interior poderá encontiar talvez um "pai de santo" que resolva afinal sua pergunta singular. NORA — Rio — As estatísticas norte-americanas provaram que em materia de amor, o homem sofre muito mais que a mulher... E, se é assim, a taça é nossa... Tenho quasi que a certesa de que êle está sofrendo mais que você, apesar tíe todos os pesares... Correspondência: "O MALHO" — Retalhos sentimentais Trav. do Ouvidor, 26.

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A voz soturna de Rego Monteiro volveu ao rádio, atuando presentemerU} num programa dominical de Paulo Graeindo. Póde-se dizer que êle seja monótono, ¦mas ninguém há de negar ,t sua inteligência e, antes de mais nada, seja êle original, sem "aladeiramentos" de nenhuma espécie.

Renovação Artística

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Com o ano de 42 vamos a vêr se melhorará o nível radiofônico do país. Sem tempo não é, nem o será ! Si analisarmos profundamente o que se foi, o que temos perdido no sentido de elevar-se o panorama artistico dos estúdios, teremos de concluir que devemos, ou ao pouco caso dos diretores artísticos, ou à falta de gosto dos mesmos, os péssimos programas que temos ainda. Lemos, outro dia, que ainda é o dono do anúncio que seleciona o qus vai por aí. Isso se disse sem protesto, o que deixa entrever, nas entrelinhas, a verdade da afirmativa. E é pena que assim seja, de vez que se devemos crer no bom estilo de certas agências de publicidade, por outro lado, o mesmo não podemos dizer de certos anunciantes que acreditam, por exemplo, na vitória da música fina contra a popular no lançamento de um sabonete barato,- que será mais facilmente vendido ao povo. A julgar-se pelo que lemos, — verdadeira a notícia — devemos convir ser bem pequena a atribuição de certos diretores artísticos, reduzida, apenas, a marcar os programas. Assim sendo, poderia sobrar tempo suficiente para que procurassem artistas novos, artistas com sangue novo, afim de melhorar o nível dos seus programas. FRANCISCO GALVÃO

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Podemos assegurar que a "BBC, de Londres, convidou César Ladeira para locutor dos seus comentários em português, mas que não foi aceita a proposta. Carmen Miranda, segundo consta, vai dar um giro no Rio, em .1942. Ary Barroso deixará em breve de atuar como "speaher" desportivo da Tupi. Muito bem feito o programa infantil "Hora do Brasileirinho", da Jornal do Brasil, irradiado por Ophelia Fontes. - Um locutor de muita personalidade é Alberto Moreira, locutor - chefe da "PRD-5". Braga Filho continua a apresentar brilhantemente na Cruzeiro do Sul, o "Museu de Cera". Embarca para Buenos Aires Dircinha Baptista, que vai apresentar ali o Carnaval carioca. Ninguém melhor como embaixatriz da nossa música popular.

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ENTREVISTA Si há conjunto simpático, que alcancasse, em definitivo, e bem rapidamente, o interesse do público, este vem a ser o dos Três Marrecos, exclusivo da Cmzeiro do Sul e que canta também aos domingos, no querido programa de Henrique e Marilia Baptista, conjunto composto de Renato Baptista, Alcides Gerardi e Dalva de Almeida. — Animadíssimo para o Carnaval. V. sabe que somos do samba. Gostamos dele. Temos apresentado novidades p,ira a temporada e acreditamos, este ano, que o Carnaval vai ser u'a maravilha. Uma época em que não pensamos em coisas sérias, em guerras,

— 70

em crizes, em coisa alguma. Daí o nosso trabalho procurando apresentar sambas originais, música buliçosa, que caia no gosto do público. E, V., Dalva ? Animadíssima. O Carnaval vai abafar. Nem tenha a menor dúvida. E saímos da Cruzeiro. Os "Três Marrecos" iam entrar nos estúdios. Antes, o "boy" veiu trazer a corresCartas de toda a pondência do dia. parte, daqui, de Belém, de Fortaleza, de Mtnas. Eram "fans" dos rapazes, que, em companhia de Dalva cantam bem a música alegre do Brasil.

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A voz soturna de Rego Monteiro volveu ao rádio, atuando presentemenl 3 num programa dominical de Paulo Gracindo. Póde-se dizer que ele seja monótono, mas ninguém há de negar .t sua inteligência e, antes de mais nada, seja ele original, sem "aladeiramentos'' de nenhuma espécie.

Renovação Artística Com o ano de 42 vamos a vèr se melhorará o nível radiofônico do país. Sem tempo não é, nem o será ! Si anaUsarmos profundamente o que se foi, o que temos perdido no sentido de elevar-se o panorama artístico dos estúdios, teremos de concluir que devemos, ou ao pouco caso dos diretores artísticos, ou à falta de gosto dos mesmos, os péssimos programas que temos ainda. Lemos, outro dia, que ainda é o dono do anúncio que seleciona o que vai por aí. Isso se disse sem protesto, o que deixa entrever, nas entrelinhas, a verdade da afirmativa. E é pena que assim seja, de vez que se devemos crer no bom estilo de certas agências de publicidade, por outro lado, o mesmo nào podemos dizer de certos anunciantes que acreditam, por exemplo, na vitória da música fina contra a popular no lançamento de um sabonete barato,- que será mais facilmente vendido ao povo. A julgar-se pelo que lemos, — verdadeira a notícia -— devemos convir ser bem pequena a atribuição de certos diretores artísticos, reduzida, apenas, a marcar os programas. Assim sendo, poderia sobrar tempo suficiente para que procurassem artistas novos, artistas com sangue novo, afim de melhorar o nível dos seus programas. FRANCISCO GALVAO

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Podemos assegurar que a "BBC', de Londres, convidou César Ladeira para locutor dos seus comentários em português, mas que não foi aceita a proposta. Carmen Miranda, segundo consta, vai dar um giro no Rio, em .1942. Ary Barroso deixará em breve de atuar como "speaker" desportivo da Tupi. Muito bem feito o programa infantil "Hora do Brasileirinho", da Jornal do Brasil, irradiado por Ophelia Fontes. Um locutor de muita personalidade é Alberto Moreira, locutor - chefe da "PRD-5". Braga Filho continua a apresentar brilhantemente na Cruzeiro do Sul, o "Museu de Cera". Embarca para Buenos Aires Dircinha Baptista, que vai apresentar ali o Carnaval carioca. Ninguém melhor como embaixatriz da nossa mjsica popular.

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ENTREVISTA Si há conjunto simpático, que alcancasse, em definitivo, e bem rapidamente, o interesse do público, este vem a ser o dos Três Marrecos, exclusivo da Ciuzeiro do Sul e que canta também aos domingos, no querido programa de Henrique e Marilia Baptista, conjunto composto de Renato Baptista, Alcides Gerardi e Dalva de Almeida. •—« Animadíssimo para o Carnaval. V. sabe que somos do samba. Gostamos dele. Temos apresentado novidades p.ara a temporada e acreditamos, este ano, que o Carnaval vai ser u'a maravilha. Uma época em que não pensamos em coisas sérias, em guerras,

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em crizes, em coisa alguma. Daí o nosso trabalho procurando apresentar sambas originais, música buliçosa, que caia no gosto do público. E, V., Dalva ? Animadíssima. O Carnaval vai abafar. Nem tenha a' menor dúvida. E saímos da Cruzeiro. Os "Três Marrecos" iam entrar nos estúdios. Antes, o "boy" veiu trazer a corresCartas de toda a pondência do dia. parte, daqui, de Belém, de Fortaleza, de Minas. Eram "fans" dos rapazes, que, em companhia de Dalva cantam bem a música alegre do Brasil. I

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Gravações Breques A estréia de Odette Baptista, na Tupi, a terceira irmã de Dircinha, não agradou muito foi como a da irmã de Alzirinha Camargo, na mesma estação. Vassourinha esteve na Rádio Clube, mas não teve lá muito êxito. fi v«rdade que o programa "Papel carbono", deliciosa criação de Renato Murce, pegou. Mas, aqui, para nós, iquela conversa eterna, com as mesmas palavras com a secretária, poderia ser modificada semanalmente . . . A Cosmos contratou a cantora argentiria, Carmencita dei Moral. Por que ? A Record perdeu o admirável concurso de Déo, o querido cantor de rádio paulista. Almirante não pára. Costamos dele por isso. É um creador no rádio, e a prova temo-la com aquele seu admiravel programa : "Tribunal de Melodias" A dupla Joel e Gaúcho vai abafar, pelo que se tem visto, no Carnavai. Rosina Paga esteve vendo o seu grande público de São Paulo. Henrique Baptista tem apresentado bons programas aos domingos, no "Samba e outras coisas". Rodeou-se de ótimos elementos e tem feito um suces30 no período que antecede o Carnaval.

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1 - 1942

Mais u'a marcha da dupla Haroldo - Milton : Aracy lançou na Vitor, a "Serenata dos Gaios". Lamartine volveu ao cartaz. carnavalesoo, e bem ajudado com o talento Mas "Ia canga", a piada de Rosina. de Heber Boscoli vai ser "dureza" para pegar como dança carioca . . . Linda Baptista gravou recentemente "Ollia a onda", de Ubirajara Nesdan e Arthur Vargas.

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A Liga Brasileira de Eletricidade, a que devem os rádioouvintes a bela iniciativa dos excelentes "Ondas musicais", encerrou brilhanteproííramas mente a sua programação de 1941 apresentando no mês de Dezembro a grande pianista patrícia Magdalena Tagliaf>»K>. Artista de raros mei-itos, e dona de requintada Magdalena Tagliaferro é uma das glorias da musica nacional, e desde os nove anos cultura,

de idade recebe os aplausos das mais cultas piado mundo, tendo sido catedratica do Con-

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RADIO-TEATRO Aniz Murad vem- aparecendo no elenco radiatral da Rádio - Clube. Tem vontade de vencer. Estuda bem os papeis. Já ê muito quando se tem a voz radiofônica, c se quer escalar um posto de relevo cm qualquer parte, principalmente no rádio . . . \— Em suplemento Vitor saiu, com "Vaêxito, gravada por Cyro Monteiro, mos Sarava", de Nassára e Eratostenes Frazão. Dizem que o carro-chefe de NassaLobo vai ser "Aleluia". Haroldo e ra ¦— Roberto Paiva apresentou em disco ) samha "O chapéu do compadre". Orlando Silva correu no páreo "Pensando em ti", de Dunga e Walfrido Silva vai ser "lamentado" por êle. João Petra de Barros apareceu também este ano com "Não há razão, de Marques Júnior e Marino Pinto. Aracy de Almeida vem desacatando com a "Mulher do leiteiro", sucesso de vendas este ano. Dircinha Baptista gravou a "Dança do urso", de Arnaldo Paes e Max Bulhões.

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A escolha, servatoi-io de Paris aos 18 anos. portanto, da Liga Brasileira de Eletricidade, de seu nome aureolado para os programas "Ondas Musicais de Dezembro", revela o seu interesse em proporcionar boa musica vintes.

aos nossos

radiou-

CANÇÃO Houve tempo em que Gilberto Alves poderia se ter feito. Publicidade Cie leve, e amigos, também. Todos queriam que êle ascendesse quando ingressou na Tupi. Mas êle parece que desconfiou e foi cedendo lugar à falta de gosto. Resultado : anda em decadência...

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Breques A estréia de Odette Baptista, na Tupi, a terceira irmã de Dirciniia, não agradou muito foi como a da irmã de Alzirinha Camargo, na mesma estação. Vassourinha esteve na Rádio Clube, mas não teve lá muito êxito. E verdade que o programa "Papel carbono", deliciosa criação de Renato Murce, pegou. Mas, aqui, para nós, iquela conversa eterna, com as mesmas palavras com a secretária, poderia ser modificada semanalmente . . . A Cosmos contratou a cantora argentiria, Carmencita dei Moral. Por que ? A Record perdeu o admirável concurso de Déo, o querido cantor de rádio paulista. Almirante não pára. Gostamos dêle por isso. É um creador no rádio, e a prova temo-la com aquêle seu admiravel programa : "Tribunal de Melodias" A dupla Joel e Gaúcho vai abafar, pelo que se tem visto, no. Carnaval. Rosina Paga esteve vendo o seu grande público de São Paulo. Henrique Baptista tem apresentado bons programas aos domingos, no "Samba e outras coisas". Rodeou-se de ótimos elementos e tem feito um sucesso no período que antecede o Carnaval.

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SAMBA Violeta Cavalcanti parecia que seria original. Cantando sambas, a gente pensava quem seria que a sua voz procurava imitar. Carmen ? Vircinha f Odette ? Um dia, ela resolveu a parada e fez uma salada, com as três vozes. Para quê 1 Para quê, se poderia ter vencido sózinha ... 1

- 1942

Mais u'a marcha da dupla Haroldo - Milton : Aracy lançou na Vitor, a "Serenata dos Gaios". Lamartine volveu ao cartaz carnavalesoo, e bem ajudado com o talento de Rosina. Mas "la canga", a piada de Heber Boscoli vai ser "dureza" para pegar como dança carioca . . . Linda Baptista gravou recentemente "Olha a onda", de Ubirajara Nesdan e Arthur Vargas.

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MACDALENA TAGL1AFERRO no programa "Ondas Musicais". A Liga Brasileira de Eletricidade, a que devem 08 rádio-ouvintcs a bela iniciativa dos excelentes programas "Ondas musicais", encerrou brilhantemente a sua programação de 1941 apresentando» JIO mês de Dezembro a grande pianista patrioia Magdalena Tagliaferro. Artista de raros méritos, c dona de requintada cultura, Magdalena Tagliaferro é uma das glorias da musica nacional, e desde os nove anos de idade recebe os aplausos das mais cultas l>laxjVr-<"~-V . < -^|SL téias do mundo, tendo sido catedratica do Conservatorio de Paris aos 18 anos. A escolha, portanto, da Liga Brasileira de Eletricidade, de seu nome aureolado para os programas "Ondas Musicais de Dezembro", revela o seu interesse RÁDIO-TEATRO em proporcionar boa musica aos nossos radiouAniz Murad vem aparecendo no elenco vintes. radiatral da Rádio - Clube. Tem vontade de vencer. Estuda bem os papeis. Já ê muito quando se tem a voz radiofônica, c se quer escalar um posto de relêvo cm qualquer parte, principalmente no rãd io... »— Em suplemento Vitor saiu, com "Vaêxito, gravada por Cyro Monteiro, mos Saravá", de Nassára e Eratostenes Frazão. Dizem que o carro-chefe de NassaLobo vai ser "Aleluia". Haroldo ra e Roberto Paiva apresentou em disco > samba "O chapéu do compadre". Orlando Silva correu no páreo "Pensando em ti", de Dunga e Walfrido Silva vai ser "lamentado" por êle. João Petra de Barros apareceu também êste ano com "Não há razão, de Marques Júnior e Marino Pinto. Aracy de Almeida vem desacatando com a "Mulher do leiteiro", sucesso de vendas êste ano. Dircinha Baptista gravou a "Dança do urso", de Arnaldo Paes e Max Bulhõés. < — 71 —

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Em casa, deixara mulher e quatro filhos. Quatro criaturinhas loiras, quatro alegrias que choravam por um pedaço de pão. Quatro alegrias que choravam. Achou bonito o paradoxo. Começou a cair uma chuva fina, irritante. Enrolou-se mais no capote. Sonhava. Que noite bonita se êle fôsse rico ! Quanta alegria haveria então em sua casa.

O velho barba muito o saco cheio mente, para tropeço, uma

ladrão apareceu na esquina. Tinha uma branca e comprida. Ageitou nos ombros de furtos e pôz-se a andar cautelosanão acordar o guarda. De repente, um

quéda. Um saco que róla. O velho que corre desesperadamente.

E dentro da noite, com uma porção de infantilidade na voz, o guarda pôz-se a gritar para o velho que fugia: — Papá-Noel,

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pitanga. De quando em vez ouvia-se o barulhar dos sinos. Vivia dentro da noite calma uma alegria enorme. Natal! O guarda-noturno, o cigarro a morrer entre os labies, encostou-se ao poste. Natal ! Lembrou-se que já fora feliz, muito feliz, em noites como essa. Quando tinha sapatos pequeninos que amanheciam cheios de presentes. Quando havia alguém que o punha ao colo, para beijar-lhe os olhos, para brincar com os seus cabelos. Ouviu-se o trilo fino e estridente de um apito. Êle apitou também, para afugentar o seu sonho. Começaram a passar grupos de namorados. Um automóvel correu, veloz, lambendo o, caminho com a língua de luz dos faróis. Natal ! Em casa, deixara mulher e quatro filhos. Quatro criaturinhas loiras, quatro alegrias que choravam por um pedaço de pão. Quatro alegrias que choravam. Achou bonito o paradoxo. Começou a cair uma chuva fina, irritante. Enrolou-se mais no capote. Sonhava. Que noite bonita se êle fosse rico ! Quanta alegria haveria então em sua casa.

O velho barba muito o saco cheio mente, para tropeço, uma O velho

ladrão apareceu na esquina. Tinha uma branca e comprida. Ageitou nos ombros de furtos e pôz-se a andar cautelosanão acordar o guarda. De repente, um queda. Um saco que rola. que

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E dentro da noite, com uma porção de infantilidade na voz, o guarda pôz-se a gritar para o velho que fugia: — Papá-Noel,

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(Conclusão)

os olhos se abriram. Mas as condições da experiência eram muno imperfeitas; somente Siegfried Kruhl conseguiu fazê-lo, e eu, 1-rospero (jarucne, ihe servi ae oi> jeto. Eu escutava atônito. A cabeça continuou: Tudo é uma questão de circulação. Não posso te descrever os detalhes do coração artificial realizado pelo professor, fc. a obra üo seu gênio, mas os ignoro. E um motor elétrico que o faz se mover, animado pelo sangue do porco — o mais aproximado ao do homem. Tudo isso se injeta no meu cérebro que se banha dum fluído sempre fresco; e a máquina o reoxida por meio duma insuflação de oxigênio, cuidando que não se coagule. Ah! E' uma cousa maravilhosa. Mas porque, — perguntei vivamente interessado — por que matam um porco todas as noites ? E' porque sinão o sangue se alteraria, e é necessário renová-lo todas as 24 horas. •— Compreendo — fiz eu. — São de fato estudos maravilhosos. Malditos! disse a cabeça. Por que? O homem não tem o direito de transgredir as leis da natureza e tocar na paz dos mortos... Quando eu era homem, tinha, como os outros, medo da morte; mas, si soubesses como é doce! Mais doce do que a vida! â Mas Kruhl me arrancou a esse bem, fazendo reviver de mim o que pensa, o que C sofre — o cérebro. Não sabes quantas vezes supliquei a Kruhl que me fizesse morrer; mas êle não quer, sou sua obra-prima, conserva-me com um zelo desenfreado, diz que sou toda sua vida, tem crises de exaltação assustadoras, afirma ser mais forte que Deus. E' um louco, um gênio louco, e tu, que és um homem com coração, um legítimo coração de carne, vais ter piedade e me livrar, partindo a máquina! Isso é impossível — exclamei profundamente perturbado, — tudo é obra de Kruhl; é o fruto dos seus estudos. Não posso destrui-la! Sim; não podes me condenar a sofrer eternamente. Imagina o que é não ter :orpo! Pode ser — continuou — que sejam estudos surpreendentes, mas que benefício trazem? Nem à ciência nem à humanidade... E' obra" de louco! Tira-me daqui! Não quero mais lembrar-me de meu crime. Isto é o horror! O horror! Estremeci. A cabeça tinha quase gritado essas palavras e mlnha resolução estava tomada. Como homem de coração, ia devolver a paz à alma torturada de Próspero Garuche. Sem nada dizer, armei o revólver, e, a dois passos da máquina, visei, bem no meio da parte mais delicada, a mais rica em engrenagens e dei três tiros. A pulsação sonora se deteve logo; no meio das rodas quebradas, o líquido jorrou, em gotas: a máquina sangrava. Então olhei para a cabeça. Um palôr lívido lhe invadira a face, ela inclinou-se e caiu ao pé do soco, n'ua maré de sangue. Como deixei o laboratório de Kruhl, como fugi da casa, como atravessei a charnéca e achei minha cama, aonde escorreguei sob as cobertas, presa de violenta febre, ignoro-o. Durante 15 dias, delirei, tendo quase uma congestão cerebral; quando fiquei bom, soube apenas que o torreão vermelho, na noite seguinte à de minha visita, fora devorado totalmente por um incêndio acompanhado de formidável explosão a qual pulverisára na íntegra a instalação do Professor Siegfried Kruhl, e resto algum foi encontrado entre as cinzas e escombros.

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DOS SOLUÇÕES PASSATEMPOS DA EDIÇÃO PASSADA EXTO ENIGMÁTICO "Curiosidade : os cães australianos e os cães de rebanho, do Egito, n/ao ladram." ENIGMA FIGURADO "Perfeito, só Deus-. PROVÉRBIO ENIGMÁTICO "Não há asas ma't v^iozes que es do medo-.

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2) Do verbo vêr; 3) Flexão feminina; 4) Molusco; 5) Aplaina; 6) Genero de cobras; 7) ídolo; 8) Quasi cobra; 9) Maurício Sljveira Valadares; 10) Metade de tolo; II) Espscie de sabugueiro; 15) Fechar a boca; 17) Dígito; 23) Ponto cardeal; 24) Aparelho de distilação; 25) Tiro a vida; 26) Letra grega; 27) D.'rá no futuro; 29) Do verbo ir' 31) Padra de moinho; 32) Alfredo Allen; 33) Do verbo encanar; 34) Dá leite; 35) Contração* 36) Especie de búfalo; 37) Rasgado pela metade; 38) lnact<o Gonçalves; 39) Aurelio^ Alves; 42-A) Circulo luminoso; 43) Fruto; 44-A) Parte; 46) Do verbo picar; 47) Desocupação; 48-A) Parente; 52) Ma:s adeante; 54) Do verbo ir; 55) Alberto Camargo; 57) Otávio Tavares.

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P AN ORAMA EDUCACIONAL DO BRASIL

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A próxima edição de "Ilustraçãoi Brasileira", a "^ aparecer no dia 15 de Janeiro, será o resultado de um grande esforço jornalístico, e vai revelar ao país os aspectos mais notáveis da obra educacional e pedagógica, realisada nos úlimos anos. Esse número, inteira.. mente dedicado à Educação e Ensino, lançado com a inteira aprovação e todo o apoio moral do Ministério da Educação, através de seus departamentos competentes, foi organisado dentro de um programa que visa a Si o Sr. ganha, mensalmente, elucidação dos problemas 1:500$000 pôde garantir à tua família 500$000 todos os meses sempre interessantes e das Por que o Sr. nío garante, deade já, uma questões sempre dignas de renda ccrla, todos oa meses, A sua espAaa estudo, da moderna pedagodurante 20 anos após o aeu desaparecimento? Nío acha o Sr. que uma renda fita de S00$000 e do desenvolvimento gia por mes servirá para sua família cobrir aa despesas inevitáveis? Mesmo ganhando meescolar entre nós. nos ou mais de 1:500(000, um Agente da Sul America poderá oferecer-lhe planos de acordo Além de oferecer farta-docom suas possibilidades. Penae nisto e peça "coupon" fotográfica dos cumentação o folheto etplicativo com o abaiiQ, A Sul America tem pia noa adapta -eis a nossos principais estabelecilódas as bolsas. mentos de educação e ensino, esse número especial de A SUL AMERICA "Ilustração Brasileira" fo- RIO 1 VI CAIXA POSTAL 971 T?T™| Queiram enitor*me um folheta eiplie çmm\e a /-io da tivo aôbre esta modalidade dr aeguro» calisará todas as questões Aàtmear l im DliiilKo Nome ligadas ao ensino, ontem e AW\ fíua hoje, através de colaboraCidade Eitado ções, inéditas, escritas especialmente para essa edição e firmadas por nomes de relêvo, todos com a mais alta responsabilidade de educado mais dores e gosando justo renome nos meios cultarais brasileiros. Será, assim, uma edição destinada ao mais franco "Ilustração sucesso, uma iniciativa, como tantas, de Brasileira", visando divulgar aspectos e coisas do Brasil aos nossos patrícios.

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A próxima edição de "Ilustração. Brasileira", a T aparecer no dia 15 de Janeiro, será o resultado de um grande esforço jornalístico, CSSSÍ' e vai revelar ao país os aspectos mais notáveis da obra educacional e pedagógica, realisada nos úlimos anos. Esse número; inteirar* o .('mente dedicado à Educação e Ensino, lançado com a interra aprovação e todo o apoio moral do Ministério da Educação, através de seus departamentos competentes, foi organisado dentro de um programa que visa a Si o Sr. ganha, mensalmente, elucidação dos problemas 1:500$000 pôde garantir à sua família 500$000 todos os moses sempre interessantes e das Por quc o Sr. nio garante, desde já, uma questões sempre dignas de renda certa, todos os meses, A aua espAsa estudo, da moderna pedagodurante 20 a not após o «eu desaparecimento? Nio acha o Sr. que uma renda fiia de 5009000 gia e do desenvolvimento por mes »frv.r._ para nua familia cobrir aa despesas inevitáveis? Mesmo ganhando meescolar entre nós. tios ou mais de 1:5009000, um Agente da Sul Além de oferecer farta-doAmerica poderá oferecer-lhe planos de acArdo com suas possibilidades. Pense nisto e peça "coupon" cumentação fotográfica dos __I.n im. o folheto eiplicativu com o A Sul America tem planos adaptateia m nossos principais estabelecitodas as bulsaa. mentos de educação e ensino, esse número especial de A SUL AMERICA "Ilustração Brasileira" foCAIXA POSTAL 971 - RIO TO Queiram enviar •me um folheia etpiiea' Mim • A>« da tiao aôbre esta modalidade, de aeguroa. calisará todas as questões Ami-car i im iimiíito Nome ligadas ao ensino, ontem e fluo I hoje, através de colaboraCidade Ettado ••**iSi.i __!^_S! i__«»_»6^g»^g|)W(W'»iL.. 7. ções, inéditas, escritas especialmente para essa edição e firmadas por nomes de relêvo, todos com a mais alta responsabilidade de educadores e gosando do mais justo renome nos meios culturais brasileiros. Será, assim, uma edição destinada ao mais franco "Ilustração sucesso, uma iniciativa, como tantas, de Brasileira", visando divulgar aspectos e coisas do Brasii aos nossos patrícios.

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APRESENTA SUA GRANDE E LUXUOSA EDIÇÃO DE JANEIRO, COM O

Edição da S. A. O MALHO Diretores:

ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA JOSÉ MARIA BELLO XLI — NÚMERO

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Panorama Educacional do Brasil

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NOMES, POR ORDEM ALFABÉTICA. DOS COLABO-

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Afranio Peixoto Antônio Austregesilo Agostinho de Campos Barbosa Leite Berilo Neves Carlos Sá Celso Kelly Fernando Azevedo Flexa Ribeiro Gastão P. da Silva José Maria Bello

EM TODO O BRASIL Redação e Administração TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal, 880 — Tels. 23-4422 e 43-9453 Oficinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 End. Teleg.: O-MALHO ESTE NÚMERO CONTÉM II

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POR QUEM OS SINOS DOBRAM é uma historia da hora que passa, destes tumultuosos dias que desnorteiam os mais fortes espíritos. A ação transcorre na Espanha. Mas o sentido profundamente humano do livro é imenso demais para ficar preso entre predeterminados limites. Transborda das trincheiras republicanas, atravessa os campos de Madrid, invade o mundo. Na verdade "os sinos dobram pela humanidade toda..." POR QUEM OS SINOS DOBRAM é uma obra prima da moderna literatura, um livro que jamais será esquecido!. Vo/u me em broc brochura

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assuntos políticos — GAMBETTA.

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Ilustração Brasileira

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CONCOURS

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CRUCIGRAMA

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I) Piroga. .., 2) Desenho de iniciais, 3) Tipo de avião, 4) Com mazelas, 6) Másculo, do verbo poder, II) Metade de gato, 7) 19) Olavo Ladeia, 22) Fogueiras, 23) Olavo Rodr'gues, 24) Casa, 25) Aracea, 26) Do verbo dar, 27) Do verbo urrar, 31) Pedra demoinho, 32) Otav!o MesqJita.

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5) Gênero de plantas parasilias, 8) Laço /apertado, 9) Fruto, 10) Produto avícola, 12) Do verbo poder, 13) Xerxes Inácio Gra« cilian», 14) Quasi cutis, 15) Interjeição, 16) do \-erbo lér,,IZ) Implemento, 18) Arv-ore, 20) Quasi nata, 21) Órgão, 24) Sutura, 28) Mstura gasosa essencal à vida, 29) Preposição, 10) Pjs>a«'nho que pula de ramo em ramo, 33) Quasi sul. 34) Quasi gosto.

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PROVÉRBIO ENIGMÁTICO — Quem tem telhado de vidre, não •atira pedras no telhado do visinho. PROVÉRBIO ENIGMÁTICO — Quanto ma"s canhoto tanto ma:s maroto.

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Milhares de donas de casa já fizeram esta experiência ^vantajosa: adquirir uma Singer. Muito leve e fácil de W9ssZ.\1La\F manejar, a Singer permite a qualquer pessoa fazer os seus próprios vestidos, economizando no feitio para aplicar a "diferença"em novas e mais lindas "toilettes". Siga esse bom exempio. A Singer pode ser adquirida em condições muito suaves. E se deseja aperfeiçoar-se na arte tão útil da costura, lembre-se de que as Lojas Singer .r S Arlr/f-A** estão à sua disposição para orien* sVt //+/^Z tá-la e dar-lhe sugestões.

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ANEDOT.VKIU DE ONTEM Numa tarde de maio passeava Olavo Bilac por um dos jardins populares do Rio. Depois de muito procurar, encontrou um banco vasiu e nele se instalou. Num banco vizinho, estava um casal conhecido do poeta, com um lindo garotinho, correu logo que do aupara o banco "Via Lator da ctea". Bilac, como todos sabem, gostava imensamente de Porém, crianças. depois de fazer aigumas festinhas ao primogênito do casal conhecido, visivelmente contrariatirou do do, êle bolso um cadetninho e arrancando folha, nela uma escreveu qualquer secoisa. Em deposig,uiida(, tou o papel sôbve o banco e, cumprimentando a p r e ssadamente o casal, rápidaafastou-se mente. Os pais da criança, intrigados e cutíosos, aproximaram-se do banco e, pegando no papelzinho, leram estes vrersos: "Criança bonita e

A TERRA RESTITUE COM JUROS ~ aquilo que lhe confiamos CAPITALISAÇAO. KOSMOS foi organisada para ser-

vir à economia do público e ao progresso do país. É uma sociedade de capitalisação, que recebe de milhares de portadores de títulos, pequenas parcelas mensais, capitalisa-as, para depois devolver com juros, num prazo pre-determinado, a soma das importâncias que lhe foram confiadas. É assim útil ao indivíduo e á família. É útil ainda ao progresso do país, porque a reunião -

das pequenas quantias forma somas consideráveis, que são entregues à circulação por meio de empréstimos ao comércio, à indústria ou à lavoura, permitindo assim o desenvolvimento destes setô res, e consequentemente do país. Como a terra, que transforma em frutos sazonados as sementes, o seu dinheiro junto aos demais entregues à Kosmos Capitalisação frutifica e produz, o que permite guardá-lo e ainda devolvê-lo com juros.

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Para os pais: anjo (celeste, emporcalha Que (de manteiga As calças que a (gente veste!"

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ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO — Revestiu-se de grande brilho o tradicional almoço oferecido pelo Touring Clube do Brasil ao seu comitê de Imprensa, nas vésperas do Natal. O ágape realizou-se no Hotel Gloria, ocupando os lugares de honra os Drs. Lourival Fontes, Diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda, e Herbert Moses, Presidente da A. B. I. e daquele Comitê. Na cabeceira, viam-se, mais. os Srs. Juvenal Murtinho Nobre, Presidem te do Touring Blube; Elmano Cardim, Diretor do "Jornal do Comércio", Oswaldo Souza e Silva, Diretor de O MALHO e da ILUSTRAÇÃO BRAISILEIRA; o academico Oswaldo Orico, Ozéas Motta, presidente da Comissão de Marinha Mercante, Basto Tigre e outros. Ofereceu o almoço.

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Ha pessoas, principalmente senhoras, às quais as viagens por mar ou por terra agitam enormemente

iln nome do Touring Clube, o escritor Berilo Neves, vice-presidente dessa entidade, tendo agradecido, em nome dos joro Sr. Herbert Moses. nalistas

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produzindo mal-estar, tonteiras, sensações de apreensão e medo. Um ou dois comprimidos por dia, de ADALINA, são suficientes para restituir a normalidade ao sistema nervoso, permitindo o bem-estar durante a

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CALMAtlTE DOS NERVOS SUAVE E IMOFEMSIVO

V- á\i-s m^ A Senhorita Dulcinéa de Freitas, uma das graciosas filhas do despachante municipai Lino de Freitas e de sua consorte Dulce de Freitas, que acaba de terminar com distinção o curso de Secretário do Departamento Feminino do Instituto La-Fayette, destaçando-se pelos seus dotes intelectuais, o que lhe valeu a honra de inteérpete da turma.

Professor Victor Rodrigues, da Faculdade Fluminense de Medicina, que acabou da pu" Semiolagia bücar notável trabalho medico do Ovario", que tem merecido os mais francos elogios da critica cientifica.

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Almoço oferecido ao Coronel Dr. Florencio de Abreu, pela sua nomeação para Diretor do Hospital Central do Exercito. Foi orador oficial da solenidade o Coronel Dr. Jesuino de Albuquerquer.

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MALHO

7 —

Peçam Catálogos grátis II

1942


LIVROS

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CABELLOS^

Paulo Gustavo consagrou-se, com seus livros de poemas, um dos mais popularisados e mais lidos poetas do país. Mas não quíz ficar apenas na poesia para adultos e, abrindo outros horizontes à sua inspiração, resolveu fazer poesia, em prosa, para as crianças, dedicando-lhes magníficos livros de historias em que se mostra ainda e sempre o poeta nato que é. Depois do sucesso de " Historia de um Pintinho Maluco" vem de publicar agora, magnificamente ilustrado " Scrgio descobre um novopor J. Carlos, mundo", obra premiada no Concurso de Historias Infantis, instituido pela Secretaria de Educação e Cultura do Distrito Federal, em 1940. E' um lindo livro com leitura agradavel e instrutiva, com ótima apresentação e foi editado pela Livraria Francisco Alves.

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SÉRGIO D E SCOBRE UM NOVO MUNDO

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DESPERTE A BILIS DO SEU FÍGADO Sem Calomelanos—E Saltará da Cama Disposto Para Tudo Seu fígado deve derramar, diariamente, no estomago, um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gazes incham o estomago. Sobrevem a prisão de ventre. Você sente-se abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martyrio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Nada ha como as famosas Pillulas CARTERS para o Figado, para uma acção certa. Fazem correr livremente esse litro de bilis, e você sente-se disposto para tudo. Não causam damno; são suaves e contudo são maravilhosas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pillulas CARTERS para o Figado. Não acceite imitações. Preço 3S00Q

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De Castro e Silva, que logrou com os livros que publicou até aqui, conquistar público e leitores que o saio de historia, geografia e critica, a que admiram, publicou agora um pequeno endeu o titulo de "Esse colosso, o Brasil". O pequeno volume, escrito em estilo terno e revelando as sinceras convicções de um estudioso, é ilustrado com fotografias e trás sugestiva capa de Octavio Sgarbi, oferecendo ainda um rico e precioso apêndice com anotações sobre fraseologia dos nossos sertanejos, colhidas pacientemente pelo autor, que se revela, com esse ensaio, 'com capacidade para obra mais vasta no dificil genero que escolheu. B O B BOLACH Em recente concurE SEU CRIADO so de Literatura Infan:: PAÚRA :: til, promovido pela Prefeitura desta Capital, foi premiado o interessante volume de autoria do professor Joaquim Silveira Thomaz "Bob Bolach e seu criado Paúra", que o autor vem de editar agora com ilustrações bastante expressivas de Carmen S. Thomaz. O livro localisa as peripécias de uma viagem de Belém-do-Pará ao Araguaia, e c escritj) em linguagem singela, agradavel e acessível aos pequeninos, aos quais ministra, pelo método mais suave, ensinamentos altamente preciosos sobre coisas nossas. " DIÁRIO DE B E R L I M"

O "Diário de Berlim" de Willian L. Shirer é, sem dúvida, o mais completo documentário sobre a guerra até agora aparecido. Correspondente na capital alemã da Columbia Broadcasting System, o autoi dali assistiu todos os fatos que veem 'convulsionando a Europa ide 1934 até o presente. Seu livro constitui o registo das suas impressões pessoais — a anotação sincera e fiel de tudo que ele viu, mas que, em parte, não podia contar ao público. Só nos últimos meses, de regresso aos Estados Unidos, reconstituindo de memória muitas notas, destruídas propositalmente ou perdidas, veiu oferecer à curiosidade do mundo esse depoimento de extraordinário valor. VVillian Shirer é um jornalista ágil e sagaz: sabe apanhar o aspecto essencial das coisas, — 8 —

AUTORES frizar o detalhe revejador; tem, por assim dizer, o senso do interesse. A par da importância documentaria, o "Diário de Berlitti é um livro leve, curioso e palpitante. O olhar do autor se extende por toda parte com uma capacidade de observação extraordinaria; nada escapa à sua argúcia, ao seu tino jornalístico: anota, deduz, comenta, prevê. Essa obra sensacional, da qual se venderam 5°° mil exemplares em três meses, nos Estados Unidos, acaba de ser apresentada ao público brasileiro pela livraria José Olympio, em tradução fiel de M. P. Moreira Filho. 13 L B

O Sr. Beneval de Oliveira, que é um nome bastante apreciado das nossas letras, acaba de lançar, por intermédio da Editora Panamericana, um volume interessante de impressões e aspectos vivos do Brasil, a que deu o titulo papiniano de BUB, para criar um ambiente de 'interesse em torno do que escreveu. O autor relata com facilidade e descreve com belo colorido, ç daí ter conseguido fazer um livro de agradavel leitura, capaz de prender a atenção do leitor. U M VAGA BUNDO TOCA EM SURDINA

Prosseguindo n0 1 a n ç a m e n • to de excelentes volumes em magníficas apresentações graficas, a Livraria Martins, de São Paulo, acaba de lançar na sua mais recente série -A COLEÇÃO EXCELSIOR —, a obra de Knut Hamsum — UM VAGABUNDO TOCA EM SURDINA. Rapsódia admiravel, na qual não se sabe o que mais admirar: se a força do paisagista ou do arguto analista dos sentimentos humanos, UM VAGABUNDO TOCA EM SURDINA é desses romances que se gravam indelevelmentp na sensibilidade do leitor. Completando-o, a Livraria Martins apresenta a novela ainda inédita cm português — A RAINHA DE SABÁ, uma das mais características e originais deste extraordinário criador de figuras e cenas. Como em todas as produções de Hansum, encontraremos em' A RAINHA DE SABA e UM VAGABUNDO TOCA EM SURDINA uma embaladora poesia, que torna esses trabalhos verdadeiros poemas. No fundo reflexos de peregrinação incessante do autor pelos mais estranhos caminhos da vida. Homens, crianças, nuvens fugidias, estrelas, arvores, montanhas, rochas, casebres, rios, aqui se apresentam envolvidos numa onda de suave e penetrante magica poética. Mcrece louvores o trabalho grafico e a excelente tradução. BONFQUINHO DE MASSA

E' a encantadora história que Mary Buarque escreveu para os pequeninos do Brasil, novela cheia do interêsse que deve prender a criança na leitura até o fim do volume. A edição da casa " Anchieta Limitada", de São Paulo, obedece à técnica de impressão dos livros infantis, isto é — ótimamente rico de sugestivas gravuras enchendo o texto até o fim das 8o páginas, impressas em caracteres bem legíveis e em excelente papel. II — 1942


NAO S6 SÓ NO ENXOVAL mas tambem também nos detalhes da ornamentaijao namentação do novo lar devem pensar as jovens que se casam. Ambas essas coisas serao serão feitas com requintes depois do manuseio m a n u s e i o do G GUIA UIA DAS NOIVAS, a magnífica publimagnifica caqao cação da " Biblioteca téca de Arte de Bordar".

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que sempre deixa ressaibos, nas "Sal ) Fructa" <iisi§> de Fructa" mas más digestoes, digestões, o fazendo T Eno age imediatamente, Jujri voltar o bem estar, preparando-o w>J preparando-o ^ J farra... para outra farra... não é em vidros, nao / sendo Nao Não "Sal de Fructa". "SÀÃJÍ "Sal C(I di

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No ano de 1849, a revista do Instituto Histórico publicou um " pequeno trabalho de carater cientifico, epigrafado Dissertação do Coronel Ignacio A. de Cerqueira e Silva", mercê do qual ficámos sabendo de um fato sensacional, que ocorreu no Rio Grande do Sul em priscas éras, relativamente ao aparecimento de ura animal monstruoso. Conta-nos o Coronel Cerqueira e Silva: "Existem ainda, na Vila de N. S. do Livramento do Rio de Contas, descendentes de pessoas relacionadas com um antigo morador de Vila Velha, chamado Anaclèto Pereira, que afirmam, por tradição de seus maiores, haver aquele Anacleto visto sair do centro da Lagoa Grande, proximo a essa povoação, onde costumava Pes~ car, um gigantesco animal, que seguiu na direção da vereda, deixando aberto longo caminho pelo mato por onde passava. • Cada uma das suas pegadas, parecidas com as do gado vacum, semereceio de ocupava o espaço de palmo e meio quadrado. O lhante animal apenas permitiu que fossem no encalço o mesmo Anacleto e outros, por espaço de duas léguas, e presume-sc ser dele a ossada que, volvidos muitos anos, achou Carlos. Fagundes no fundo de um tanque natural ou caldeirão de suas terras. "Fagundes um osso Dessa ossada extrahiu, porém, tão somente da cartilagem dorsal e um dente alvissimo e perfeito, que apesar de ser da ordem menor pesava 4 libras, e foi remetido ao governador da Provincia, Conde da Ponte. O CENTENÁRIO DE UMA CARTA QUASI DESCONHECIDA Em Abril próximo será com toda certeza exlmmado dos aiquivos um documento bastante precioso. Referimo-nos a uma carta que Balzac, em 1842, endereçou à sua mãe e na qual o imortal romancista francês lamenta a triste situação que o atormente. O escrito, que é pouco divulgado, está concebido nestes termos: "O dinheiro necessário a minha existencia é o que exigem os meus credores e eu o obtenho com muito sacrifício. A vida que levo não convém a ninguém, cansa os parentes e os amigos, todos abandonam a minha triste moradia; assim as coisas vão ficar ainda mais dificeis, para não dizer impossíveis. O insucesso econômico da peça que escrevi ("Les ressources de Quinola") e que foi representada um mês antes, complica ainda mais a minha situação. E'-me impossível trabalhar em meio aos pequenos vendavais suscitados no lar por quem não quer concordar, e a minha pro-

— 10 -

II — 1942


visível. Eu dução está minguando de uni ano para cá, é um eu tomarei mais por estes não sei qual partido tomar, dias. Quando o mobiliário que possuo fôr vendido, quando tiver vendido as jardies, não terei obtido grande coisa, e me encontrarei só com a minha pena e uma granja. Em tal conjuntura, estarei ainda em condições de te ajudar, como o faço neste momento ? Eu viverei de artigos, que posso produzir diariamente com a agilidade de uma juventude que já não tenho".

A ORIGEM

DOS ESPETÁCULOS

DF, FEIRA

" Canário", no Casino da A apresentação do burro Urca, despertou-nos o desejo de revelar a nossos leitores a origem dos espetáculos de feira. Michel Caron e outros divulgadores de curiosidades históricas escrevem que a exhibição de animais nos logradouros públicos a troco de dinheiro, teve por cenário uma praça de Alexandria onde, sob o reinado de Ptolomeus Philadelphus, foram dados a contemplar vários bichos estranhos e monstros desconhecidos. A inami agradou, como devia agradar, pois " o povo é sempre que, como nos diz Phineas Barnum, Os facilmente''. mistificar deixa crédulo e paciente e se ficaram Parisienses 1400, os correndo e, em foram tempos boquiabertos ao verem, pela primeira vez na vida, uns gatos angoras, apresentados por mercadores armênios. Muita gente quiz comprar exemplares dos lindos e felpudos bichanos, mas o povinho opoz-se, inventando que "bichos maléficos, criados pelo diabo". os angoras eram Nas feiras de Saint-Germain, Saint-Lauren. e SaintClair causaram sucesso os animais — fenômenos, princiépoca palmente certos macacos enormes e horrendos. Na dos Mosqueteiros, os Parisienses acorreram a ver o gorila " Fagotin", que foi morto a espada por Cyrano de Ber'gerac. Esse duelista e poeta, que era miope, matara-o Por equívoco, tendo tomado o símio por um homem. -Em 1724, o Rei de França consentiu que um saltimbanco, Cornivelle, mostrasse ao público o seu famoso leão. Data daí a explicação de animais sábios, de autômatos, dc anões, de gigantes e de fenômenos. Nos cartazes das feiras figuravam a mulher — crocodilo, o homem — elefante, a moça — foca, o homem — camelo, o homem — esqueleto, a mulher — canhão, etc... O número de sen'* Gangan", um animal nunca sação, em 1774, foi o celebre "que media 7 pés de altura e 12 de comprimento, visto, e tinha a cabeça ce um russo Babalns (sic), os olhos de um elefante, as orelhas de um rinoceronte, o pescoço dé cobra e a cauda de eastor"... Para melo

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os Sinos dobram TRADUÇÃO OE

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AUTOBIOGRAFIA DO VISCONDE DE MAUA " Depoimentos Históricos", iniciada Na coleção editor Zelio Valverde, acaba d eaparecer, com pelo interessante e prefacio inúmeras anotações de Cláudio Ganns, a " Autobiografia" do Visconde de Mauá. Versando esse grande livro sobre um dos vultos mais notáveis do Brasil de ontem, é justo o interesse que vem despertando, e o êxito que tem obtitido. O volume é fartamente ilustrado com fotografias que o tornam ainda mais precioso e muito concorrem para esclarecer a vida realmente exemplar df Irineu Evangelista as oportunas c eruditas anotações do Dr. Cláudio Ganns, que se revela conhecedor da nossa historia e dos «eus mais importantes fatos.

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1 M P E T O Os poemas dc Ada Macaggi Bruno Lobo eram lidos esparsos, nos suplementos literários e nas rt> vistas, como O Malho, por exemplo, de que a apreciada poetisa sempre foi assidua caloboradora. Agora, A d a Macaggi reuniu vários desses lindos poemas, a maioria dos quais inédita, em delicado volume' a que deu o titulo " Ímpeto" e que Anita ^¦^kB * •» mn Maliatti ilustrou com pequtnas iluminúrias. São versos sentidos, for_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _! tes por vezes em sua expressão, cheios sempre de delicadeza e de emotividade que colocam Ada Macaggi entre as primeiras poetisas nacionais. O reaparecimento da festejada autora de " Va zes Efêmeras", com esta outra coletânea de lindjs versos, tem ndo recebido entre aplausos quer pela critica como pelos admiradores de sua inspiração. A edição, luxuosa, é da Livraria José Olímpio Editora.

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POR QUEM OS SINOS DOBFAM é uma historia da hora que passa, destes tumultuosos dias que desnorteiam os mais fortes espiritas. A ação transcorre na Espanha. Mas o sentido profundamente humano do livro é imenso demais para ficar preso entre predeterminados limites. Transborda das trincheiras republicanas, atravessa os campos de Madrid, invade o mundo. Na verdade "os sinos dobram pela humanidade toda..." POR QUEM OS SINOS DOBRAM é uma obra prima da moderna literatura, um Iívto que jamais será esquecido!.

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1 A HORA DA AMERICA momento em que o mundo NO inteiro se dilacera, devido a antagonismos irreconciliaveis de crenças e interesses e ódios corrosivos que se transmitem de geração a geração, a Conferência do Rio de Janeiro constituiu a mais extraordinária demonstração de solidariedade e compreensão entre povos que se estimam, se respeitam e se ajudam mutuamente. Jamais se registrou, na História da Humanidade, um exemplo tão grandioso de cooperação internacional: 21 nações livres — umas grandes, outras pequenas, umas fortes, outras fracas — reunem-se em torno de uma verdadeira "tavola redonda", em absoluto pé de igualdade, para decidir o destino comum. E' todo um continente, é a metade do mundo que, na hora mais trágica da Humanidade, se põe de pé, demonstrando uma intuição assombrosa, ao reconhecer e proclamar que a salvação está na solidariedade e que, para as nações, assim como para os indivíduos, a vida nada vale sem o

ideal que a enobrece. Sobreviver à custa da abdicação e da vergonha; poupar-se ao sofrimento e à ameaça, renunciando à própria maneira de viver pôde convir a outros povos que já deram uma grande contribuição ao progresso humano e que por isso talvês tenham conquistado o direito de furtar-se ao sacrificio. Não à América,, porque a América representa a juventude do mundo. E' um impulso para o futuro. E o futuro não pôde ser conquistada com renuncia, sem sacrificio. Esta é a hora da América. A reunião dos chanceleres marcou, nitidamente, uma nova éra para o mundo. Ela não decidiu apenas o destino dos povos deste hemisfério para um século ou dois. Ela marcou, no calendário das idades, um novo periodo para a Humanidade inteira. Marcou a hora da solidariedade que há de preparar a verdadeira paz para todos os povos, dentro dos princípios que baseiam e norteiam a vida americana.


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elementos de documenta preciosos do mundo e divulgação moderno. Os ção instantâneos que aqui reproduzimos, teem a originalidade de terem sido tomados por um leitor d'0 MALHO, de maneira inédita, isto é, foram colhidos durante a exibição, num dos nossos cinemas, de um desses jornais ilustrados, e por isso constituem verdadeiro "furo" jornalistico... pelo fnenos no que diz com a maneira de consegui-los... O

MALHO

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Em diagonal nest página um mapa d região, vendo-se cli ramente fígurída base norte-american de Pearl Harbor, ní ilhas H a w a i i, P< onde se iniciou a de Deiembro do an tindo o súbito at' que

japonês.

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ESTADOS \ \ \ UNIOOS \ UNIDOS ~ .-^~ ...---^H^^MMmBEBBBMI^^^^B^ | "" TACANDO de surprezd surpreza TACANDO YH^—" avan^ado noraHL^ \ ^\ ^/^ij |V o o posto avançado ^'^Wk ± V Pearl * H ¦^/VH'. inAft \ ^jh^V te-americano de Pearl FRANCISCO S. HjHaS. 11 has Ilhas nas Harbor frlf Tr^k 1<flK£w t——J Harbor waii waU os japoneses exJ yffiSih P A mundo. ^^^SgV. I A^ tenderam a guerra a todo o mundo. ^¦S^B H^BIt* totalitario as deVjMiSr^^®fej A l tríunvirato totalitário Contra o tr;linv!rato Contra mocracias mocracias se uniram mais sofidamente I niações assinaram uma importante e 26 nia^oes ^e de solidariedade contra o declaração declara^ao O general ingles Sir Archibald Wawell, ^jxo v~36&*^ Eixo. Comandante Supremo de todas as forqas aereas, navaij e terrestres — que oPe® •C® ram no sudoeste do Pacffico. Sob as or dens d0 general Wawell, o almirante '°mas C. Hart, da marinha dos E. E. ^ ^ \Q/ s*^ U. comanda todas as forgas navais ! na reg!ao. PEARL HARBOR, « , p ^) Cakhaun 9 r

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Archlbold Wawell que teve, no inpassado, extraordinária atuação contra as forças italarías na L'b'a. Por outro lado o brsvo Genenal.sslmo Chiang-Kai-Chek, aceitou o Comando Supremo de todas as forças aéreas e ternen^l

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restres que operam no teatro bélico ch?nês, .nclus vè em partes da Indo-CKVa e Tabndia. As forças aliadas. ass!m intimamente onqregadas, realizarão oportunamente poderosas ações ofensivas. Estas páginas procuram dar uma visão de conjunto da Guerra no Pjcífico. Ai estão as ef,gles dos comandantes supremos das forças adversarias, um mapa muito claro do amplo teatro da luta, visões da esquadra norte-amer'cana, loto-

avisA írota norte-americana do Paetfco em mar alto. Da coberta de um encouraçado "Califórnia". Os E. E. U. U. "Oklahoma" já contam e o tam-se ao largo dois outros: o com 17 navios desse tipo. E teem em ad antada construção mais 15.

grafias de S:ngapura. a grande e famosa base neva! 'nglesa e aspectos das forças de terra, em presença, e dos efeitos dos bombardeios nioonicos

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AO ALTO : — Silhueta dos cruzadores norte-amerio_no# São ao todo, já, 37. E estão em construção mais 54. A ESQUERDA : — T/êt esbeltos e- • • destros destroyers norte"navios de todo -tribaamericanos. São os missão. qualquer lho", sempre rápidos em Em serviço eirstem 167 e em construção mais 197. EM BAIXO : — Uma esquadrilha de submarinos, aPós longos cruzeiros, retorna ao "Holland", Para teu navio base, no caso o Os eventuais reparos. e reabastecimentos E. E. U. U. contam com 112 submarinos em serviço e terão em breve mais 74.

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fegj^B B, Aspecto, das forças nipónlcas e de seus ataques : — I ) A infantaria de marinha prestando jura. B^H mento ã bandeira. 2) Exercícios de assalto do exército japonês. 3) Destruição, pelo bombardeie mLvn japonês, de uma cidade chinesa. 4) Garoto chinês, nas ruinas fumegantes de sua casa, arrizad. pelos aviões japoneses.

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AO ALTO : — Um jovem guerrilheiro da China Central. "A guerra de guerrilhas, disse o GeneròÜssímo Chiang, é na Ch.na mais importante do çue a guerra d-j posição". A DIREITA: — Tropas chinesas Preparando um contra ataque aos inva•ores nipónlcos, sobre mapas modelados com admirável em fidelidade, grandes caixões de área. EM BAIXO : — Vista aérea do coração da Singapura, a grande base naval inglesa tio Pacífico, o "Gibraltar Oriental".

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A eficiente e brava polícia militar de Singapura, toda constituída de reservistas indianos.

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Utilizando modelos em madeira, representando bombas rea°is de aviação de 100, 250 e 500 1'bras, Instrutores em Singapura ensinam aos alunos de uma escola, o funcionamento das bombas e as medidas passivas de defesa contra aviões.

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O Presidente da República e o Ministro da Educarão, à frente da co mítica. recebidos pelo professor La-tu o Cortes, diretor - geral, à intenda do * parque ajardinado, fronteiro no novo edifício da sede do Instituto La-Fayittc.

INCENTIVANDO AS GRANDES INICIATIVAS

O Presidente O'túlio Vargas, no gabinete de geografia, observa as modernas instalações didáticas, ideal s executadas pelo inatituto La-Fayellr. incluindo dentrt i las- __ sala de história da civilização e o gabiiu tf de psicologia experimental, conjugado com o de biotiyolugia, a cargo do Dr. Elino Souto Lyra.

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Após à inauguração du noco < dificio, o professor La-Fayette Cortes dá as boas-vindas no Chefe do Governo, oferecendo uma taça de champanhe ú S. Excia., ao Ministro da Educação, às Casas Civil • Militar da Presidência, aos represen(antes dos Ministros da Jiistiça, Trabalho, Agricultura, Viação e Aeronáutica ; ao Coront l Pio Borges, às altas autocidades do Ensino, ao Procurador Geral do Distrito Federal e demais pessoas graãtis pretente».

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BrV^J J^__fl O Chefe do Governo e comitiva, após à visita ao gabinete de psicologia experimentai, onde se realizam .a» aulas práticas do curso complementar, dirige-se para nina das galerias centrai», onde se abrem as portas das salas comuns de aula e das especiais de desenho, musica, psicologia, biblioteca, história, geografia, gabini tes e laboratórios de ciências físicas e naturais-, sendo esses últimos no 2." pavimento e os demais >i_ 3.° panto e no 4.°

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O homem medita. A sombra ondeia, suavemente, Sobre a planicie, longe... A voz das cousas, lassa, No ar da tarde, subtil, como um suspiro passa, Cresce, um pouco, e, depois, cala- e de repente.

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0 homem pensa: Ser bom! e, ao mesmo tempo, algente, Um pássaro nocturno as azas espedaça De um pobre insecto esquivo, e uma alta estrella traça Uma curva de luz no céo indifferente...

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O homem escuta: 0 mundo accorda na sua alma! E o silencio feliz da natureza calma Não lhe ouve o coração que se abre num só grito. E o homem levanta o olhar, e vê que anda por tudo, Nas montanhas, no chão, no mar, no espaço mudo, Essa tristeza immensa e vaga do infinito...

ii -. 1942

23

O

MALHO


aldomiro não poude chegar a tempo. Recomendou ao motorista que usasse da máxima velocidade. Os assuntos de amôr, para ele, estão acima dos regulamentos de trânsito. O automovel parecia voar sôbre o asfalto. Mais veloz do que uma ambulância de emergencia Porém, quando chegou nos portões de ferro da Estação, o trem já se afastava, entre apitos estridentes e chios nervosos, para se perder, mais além, no poeiral de uma descida. Valdomiro, com os nervos sob a emoção da corrida, foi até ao local de onde safra a composição, como que para se certificar. Estava afobado, num estado de nervos que logo se denunciava pelo seu olhar ac£so, fixo como a intenção de um homem falido num bilhete de loteria. Viu o último carro se sumir. Ouviu os apitos que o vaiavam na distancia como um escolar gaiato. E, com um sacudir de Ombros, lançou ainda um último olhar naquela tromba de fumaça que corria no horizonte, por cima da copa das árvores baixas e da cobertura encaronchada das vilas operarias. Perdeu o trem, cavalheiro? perguntoulhe um guarda de tráfego, imaginando-o em desespero. Vai bem, muito obrigado... Não, cavalheiro. Perguntei se o senhor perdeu o trem... Ah! sim, desculpe. Não, não o perdi. Só vim atraz de uma pessOa, para entregarlhe isto... respondeu Valdomiro, colocando novamente a cabeça no pescoço e baixando o olhar para um retrato que trazia mal embrulhado... Pois é pena, cavalheiro! falou o guarda. Mas amanhã, às 7 horas, há outro trem para a mesma linha... Valdomiro voltou ao automovel sem se despedir do guarda. Ao sentar-se, bateu violentamente a porta. O automovel, com a mesma marcha, tomou o rumo de casa. Valdomiro tinha nos nervos essa velocidade. Queria correr, voar sem saber para que. A agitação das ruas, o rumor dos bondes e o buzinar dos caminhôes faziam um tumulto dentro da sua cabeça. Desembrulhou o retrato. Olhou-o demoradamente. Nào era a primeira ocasião que tinha desavenças com Virgínia. Por várias vezes haviam brigado, se Insultado e se separado. Nunca, porém, como agora. Basta dizer que Vaidomiro não pensava em reconciliação. E dizia %nsigo mesmo: Não fui à Estação para detê-la, nem pedir-lhe perdão. Só desejava entregar-lhe êste retrato. Felizmente não a encontrei. Ela agora vai ver quanto dói uma saudade! Teve coragem de abandonar-me, depois de haver ferido o meu amOr próprio e humilhar-me com

a sua indiferença! E o interessante é que de- homens. Virgínia desse momento em diante pois de tudo, ainda me dizia que tinha razão, estaria morta para êle. Que vivesse a sua vida. A noite veiu logo. Uma noite triste, toda que o direito estava com ela, que era uma infeliz! Pensa que eu agora devo me humilhar, furadinha de estrelas, que tremiam com^ miscomo nas outras vezes, eternamente sujeito sangas na barra de um vestido de setim negro, aos seus caprichos! Está muito enganada! Que dansando num salão iluminado. Valdomiro janleve a breca! Jamais a procurarei, jamais!... tou como um homem cheio de razão. Tinha no O automovel parou na rua marginal do espirito essa indiferença de quem se julga sujardim público, diante de uma casa fechada, perior. A conciencia lhe dava a resignação de com cortinas brancas na vidraça. Valdomiro um mártir. Era natural que ainda pensasse em nem sentiu a viagem. Chegara num salto num Virginia. Obra de um longo convívio. Tudo abrir e fechar de ôlho. Pela primeira vez na ali falava dela. A mesa de refeições, as cadeiras, vida não pediu troco ao motorista. Outros, a toalha, os quadros das paredes. Até aquela atordoados pelos problemas do amôr, jogam, sôpa, aquela sôpa de ossos que tantas vezes bebem ou apenas se suicidam. Valdomiro co- achara sem sal, impunha-lhe a lembrança de meçava a se desgraçar com a doação de uma Virgínia, que andava em todos os cantos da casa, nas evocações e nas sombras. Havia mesrégia gorgêta... Saltou, dando um até logo em inglês. As- mo uma semelhança da sala de jantar com sobiou sem saber porque. Alguns trechos de Virginia. Isso, entretanto, coisa sem impormúsicas aliás adaptados ao caso, boiaram do tância, haveria de passar com o tempo. Agora fundo da sua alma, indo mecanicamente ao Valdomiro precisava demonstrar a sua fortaleza de ânimo, custasse o que custasse, até seu assobio. Na casa havia um silencio de abandono. mesmo um ano de sofrimento e de saudade. As duas empregadas, uma arrumadeira e uma Seria compensado. Voltaria a ser feliz, isto é, cozinheira, que tinha botado em casa única- à vida de solteiro. E chegava a se envergonhar das humilhações que mente para atender aos desejos de sofrêru nas brigas anVirgínia, haviam saído para uma teriores, por motivos voltinha, pois àquela hora sempre estava pronto o jantar do casalzinho geralmente atôas, em sem filhos, como diziam os vizinhos. que era sempre o primeiro a reconciliar a< Valdomiro se sentiu cansado. coisas. Parecia hav:r carregado grandes farLá fóra, na Praça, dos. Uma moleza danada tomou conta do seu córpo. Foi ao quarto. Botou [)- o luar esburacava a a fronde das mangueiaquêle retrato, que era o de Virgiras, manchando de luz nia, na sua pôse feliz, sóbre uma a relva dos canteiros. comoda espelhada. Sem tirar os saJr Sem ter de dar satispatos e o casaco, deitou-se para pensar. Nunca julgou que Virgínia fõsse tão ingrata. Sempre lhe foi dedicado. Nada lhe faltava. Chegou mesmo a adorá-la. Mas agora, por uma brigazinha de nada, dessas que dão /^Ld a certeza da feli/ cidade aos casai- / \ % 1 \ zinhos novos, lar^\ gou-o indife\ \\ i f i \ k rentemen t e, I \ \ \ \ à voltar para casa de seus pais, naquela vilazinha humilde da Estrada de Terro. Sim, tinha /J jy toda a razão. Era o m a i s ofendido dos

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MEDEIROS

de lembrar permanentemente o que devia esquecer. Valdomiro recordou os motivos do incidente. Reconstruiu as cênas. Pesou os antecedentes. Contou as vezes em se tinham reconciliado, apesar de as brigas que serem maiores. Viveu, então, a segunda fase de seu sofrimento. Do homem que tinha razão, se julgava humilhado e ofendido no seu que amôr próprio, passou ao homem culpado, renitente e neurastenico. Olhou de novo para o retrato. Virginia parecia zombar, com aquêle sorriso e com aquela ironia, num ar de indiferença, do seu sofrimento. Lamentava agora a imprevidencia. Deveria ter sido mais cordato. Nào soube conVrj duzir a questão com a devida habilidade. Meditava nos riscos de sua felicidade, expondo (\f^ Virginia aos olhares a heios, cubiçosos e sistentes. Os rapazes da Vila desfilaram na persua imaginação. Otávio, Alberto, Mario, Antonio, Armando, Silvio... Parou no Silvio. Reconstruiu-lhe o tipo, com aquelas espaduas largas (hmj>4& e aquela sua voracidade galante... A idéia que logo de inicio rejeitara ganhou cõrpo no seu espirito. Virginia e Silvio, Virginia e Silvio, Virginia e Silvio, — eis o tic-tac do relogio, dentro da noite, dentro da sua cabeça. ^ Novamente se deitou. Mexia-se. Remexia^ XvA se. Novamente se levantou. A insonia era Virginia. A insonia era Silvio. Por várias vezes abriu e fechou a janela. A noite perseguia-o v\\^~ com aquêle tic-tac. Tinha uma fogueira na cabêça. O cerebro estava numa tremenda exaltação. Os pés cada vez mais esfriavam. E o coração, numa ânsia opressõra, amassado pela mão crispada do ciúme. Lembrou-se: — Ainda Ôntem, Virginia me falou em Silvio... A imaginação enferma pintou-lhe nos inúmeras cênas de conquista. A noite olhos X( > I If Resolveu ir dormir. Talvez um guarda-noturno continuava parada, em extase, como um arlhe viesse pedir um cigarro. tista arrebatado, muda e suspensa. Valdomiro Estava agora deitado, no quarto escuro, viu, na sua crise, Silvio aproveitar-se o mais fações a nin- com a pretensão de sonhar tranqüilamente. possível da oportunidade. Virginia, com aquele guem, ao con- Ageitou a cabeça no travessriro. Embrulhou-se. sorriso, correspondia aos galanteios. Uma vidas noitrário Teve o cuidado especial de cobrir os pés, que sita apenas, de inicio. Olhares perdidos no p / tes anteriores, pareciam tef sido esfregados no gêlo, de tão espaço, depois. Finalmente, a posse, a posse / / Valdomiro foi frios que estavam. Virginia, porém, voltou a do que era seu. E, torturado, tinha impulsos tomar o seu pensamento. Mais do qua nunca estranhos, com o pensamento fixo em Virginia. passear pelas a 1 a m e das en- se tornava presente na sua alma. Aquêle vazio, Valdomiro encarou aquêle retrato. O ciusombreadas, para fazer a digestão e tomar um ao seu lado, era a memória de seu côrpo. Pare- me instiga o amõr, como as féras enjauladas, pouco do ar frêsco da noite. Acendeu mesmo cia vê-la deitada. Um vulto branco, na treva com tudo que possúe de mais primitivo. A senum charuto, sem aqueles escrupulos de sarrear da noite. Aquêle travesseiro tinha a sombra sibilidade, toda impregnada de Virginia, dea bôea, com que se privava das grossas bafo- de seus cabêlos soltos. Justificava, no entanto, batia-se-lhe no seu intimo, sem poder se exradas de um puro baiano. Com as mãos para com a tranqüilidade de um filósofo, êsse marSentia-se agora perdido, abandonado, pandir. traz, como se estivesse no espaço, deu tírio da imagem. Seria impossível desprender- sacrificado. Não, não podia ser assim, Virginia mecanicamente algumasperdido voltas na praça se de uma vez. E, num esforço supremo, des- fazia-lhe falta, uma falta doida, nessa hora. Pensava nos seus direitos ofendidos, na sua viou o sentido de suas preocupações, 'Um ardume de sangue esquentou-lhe o rosto. mágua de homem! Como havia sido tôlo! Tan- do a liberdade na confusão das idéias.procuranPensou Um nó esquisito entalou-lhe a garganta. Era to 'empo subjugado aos caprichos de Virginia! até nas dividas do padeiro e no ultimo assas- um bôlo de ar que não passava, sufocando-o, E agora? Do valeu tanta dedicação? Tudo sinato da cidade. asfixiando-o. Estava possuído de uma vontade dera em nada.queMas estava com a certeza de Valdomiro fechou ainda mais os olhos para louca de chorar, num desabafo humilhante, flue Virgínia não lhe era tão necessária. Sen- chamar o sono. Virginia se desenhava nas suas para lavar com lágrimas a sua dõr, o seu amôr tia-se capaz, nào só de esquecê-la, mas até de palpebras, em altos e baixos relevos, entre manpróprio excitado. E, no seu desespero, foi beiodiá-la para o resto da vida. E, mais se chas de luz de todas as côres, encarnadas e jar humildemente aquêle retr- o, numa antepara impressionar como vitima, enumerava os mil azuis. Não podia dormir. Até o sono era con- cipação ao seu pedido de perdão. efeitos de Virginia, agora co- tra êle. O silêncio o perseguia. Fazia-o ouvir as somente Levado por uma fôrça estranha vestiu-se que " cia: ingratidão, indiferença, deslealdade, próprias conjecturas. Não há maior suplício, para sair. Não podia permanecer mais naquele pouco caso... para um temperamento enfermo, do que o si- quarto, era todo Virginia, que era todo o cr'an?as nào mais brincavam de es- lêncio da insonia. Há em si toda a monotonia seu amôr.queIria andar pela noite. Iria buscá-la. h^S pe'as Brotas e debaixo dos carraman- da eternidade. Virginia haveria de compreendê-lo mais uma chft machucando Levantou-se. Acendeu a luz. Sua vista, cas- vez. Sofrer por ela, humilhar-se, implorar que nas suas correrias as plantinhCS' as m°les. Uma menina tigada bicorria de pelo escuro, foi se encontrar direitinho o ouvisse, beijar-lhe até os pés, se preciso que cj 618 retrato de Virginia, que à tarde fôsse, forçá-la a que o atendesse, a que vol^ra aquêle com embora. hanamorados Os já l* via m abandonado os bancos do jardim. Valdo- colocára sôbre a cômoda espelhada. O retrato tasse de novo, — eis o que ansiava por fazer ^ 1ue também se sentára para descansar, tomou-lhe todo o cérebro, sorridente e ironico, na expansão mais deliciosa de seu amôr. E, esn°' piou para a lua caõlha, arregalada e feia, que numa impressão violenta, como o ar dominando ainda de madrugada, procurando descobrir os d° céu. Não encontrou, ao alhá-Ia, a o vácuo. Abriu as janelas. O trinado de uma primeiros clarões do sol nos confins da rua, razlxava '>°r <'Ue invadiu o quarto como apito de usina. Valdomiro tomou o caminho da Estação, com Med° °S SCUStantos P^tas lhe fazem poemas. cigarra vento frio da noite, molhado pelo perfume os cabêlos assanhados, a expressão castigada, O Havia Pensamentos. pensado, tant'U °l ^Uanto nào eyou, ^ois charutos, coisas que a famuça das mangueiras floridas, trouxe-lhe aos ouvidos e, nas olheiras fundas, um ar estranho de dôr ficavam acumuladas no fundo o nome de Virginia. Começou a compreender e de felicidade... Sentia no coração uma anj). a alma.pois Poucas pessóas andavam calçadas. que não era tão fácil libertar-se. Era o martírio gustia exquisita de sangue pisado. 25

II — 1942


"•-." em sua sobrecasaca florida de vermelho na lapela, APERTADO a fisionomia glabra iluminada por um olhar melancólico, a boca palpitante de versos, que êle recitava baixinho, os cabelos hirtos e cobertos por uma cartola a Carlos X, Victor Hugo, depois de haver fechado com brandura a porta da sua casa, ganhou o boulevard do Templo, onde a muitidão polícroma se divertia ruidosamente. Mulheres e homens, disfarçados ou dissimulados sob amplos dominós, circulavam ao longo das barracas, em que os charlatães tapeavam os incautos. Começava a chover, mas a von-

I

Juliette advinhou a perturbação do seu Romeu e dirigiu para êle uns olhos claros, tão límpidos, tão cheios de candidez, e disse-lhe umas palavras tão doces, que êle se acalmou, reconquistou a confiança perdida. Um e outro se reclinaram nos braços

•'

J^À

m

Ú

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tade de pandegar, nessa noite de terça-feira gorda, era tão forte, que não conseguia dispersar os papalvos. Afastando a cotoveladas ou com o punho os pares embebedados que, em frente ao circo "Olympique", trauteavam canções alegres, à luz amarela e tremula do gás, o poeta proseguia o seu caminho. Marchava indiferente à rua, só meditando nos versos que lhe vinham à mente. Iria com "ela" ao baile de mascaras no "Variétés"? Passaria em casa dela uma noite na intimidade? "Ela" era Juliette Drouet, a Negroni de "Lucrecia Borprincesa . gia", com quem, nessa noite de 17 de fevereiro, se encontrava pela primeira vez... Dirigindo-se para o n.° 19 do Boulevard Saint-Martin onde ela morava, o poeta evocava a sua imagem, e essa fagueira visão aquecia-lhe o coração. Aos trinta e dois anos, êle se sentia atrozmente abandonado, depois que a esposa começou a preferir ao seu amor candente a amisade ritar de frio. Um palhaço ria, nervosamente. abraçado a uma grisette embriagada. Bombardinos, trombones chicoteavam os ouvidos dos transeuntes. Para desopilar o figado de um pai joão, uma bayadera puxou uma das abas da casaca do poeta, no mesmo momento em que era salpicado O"

M A L H O

Ao passo que eu?... Você já amou... como se deve amar... Não proteste... Já saboreou outros beijos antes de mim... mais cálidos que os meus...

•ÍP

aS^9 f"*r W

m m'Â saaaaK^^aTan-

*+JaaJi

amigos... Que tem ainda? — perguntou Juliette, notando que êle se inquietava novamente. Receio, murmurou entre a boca e o ouvido da linda moça, que se ria do meu acanhamento. Sou noviço em amor, ao passo que você... Juliette olhou-o com anciedade.

A multidão polícroma se divertia ruidosamente,

Ela se defendeu com doçura: Suportei-os... E' de você que espero a inteira felicidade. Acredite! "Dona Sol"" evitava O creador de ainda a boca que se lhe oferecia. A essa altura, atravessou o espirito da joven um pensamento, já expresso em verso pelo poeta e que Marion Delorme declamou: Os beijos do rival êle os veria, oh! [Deus? Juliette venceu a resistência de Victor Hugo, e os quatro lábios uniram-se numa chama. Eu o amo... Eu o esperava... Uma

Um

amor

de lama por um cabríolet cujo guia atirava piadas irritantes. Victor Hugo apressou o passo afim de chegar, o mais rápido possível, à casa da deusa que o espeiava impaciente. Foi ela que lhe abriu a porta. —

Até que enfim!, exclamou Juliette. Estava com medo. Você se demorou tanto! E ela foi fechar a janela à que estivera, ardendo por vê-lo assomar

que

|

à esquina. O ruido da rua serenou. Em volta deles, reinava a paz, uma paz que^hes parecia tanto mais agradavel r/uanto o boulevard em festas estava mais perto.

nasceu no carnaval conto de FRANÇOISE MOSER les cabelos netm» luzidíos tornavam mais brilhante a brancura de sua dona. O poeta envolveu a sua musa num amplexo febril...

Enfim, sós... Victor Hugo contemplou-a como si nunca a tivesse visto. Como era linda a sua Juliette com aquele olhar langoroso e cintilante, tão atraente na alegria como na tristeza! Aquè-

Súbito, vendo o semblante dele contrair-se, ela perguntou, assustada: — Que tem? Um rictus doloroso descobriu os dentes magníficos do D. Juan. A vi-

são de Pradier, que modelara aquelas espáduas admiráveis, a recordação de Alphonse Karr, que as celebrara infamemente, aqueles moveis aqueles quadros que a circundavam e que lhe lembravam outros adoradores, aquele leito, tudo o que êle via, tudo o que ele imaginava, exasperava os seus nervos. Os soluços, que êle continha a custo estrangulavam-no. 27

26

L

nova existência nós... para Eu o desejo.

vai

iniciar-se

O passado, que ela acabava de evocar, pairava ainda sobre eles a pouca altura, na luz que o abat-jour rosa tamisava... Juliette estava apreensiva, pensando que se tornavam visíveis os beijos antigos, inesqueciveis. que o homem acaba sempre por descobrir no semblante sonhado... Lá fora, a multidão de foliões gritava, dansava, cantava, enquanto os pandeiros e zabumbas se casavam "relas" com as para aumentar o barulho pandemonico... II — 1942


~

A VIDA OSCILA SOB INFLUENCIAS REMOTAS

zarpa da América do Norte, a

frente

de

uma

expedição

cobrir os segredos da extre-

o primeiro ano polar, destinado a estudar a influência do Polo Norte e do Polo Sul,

midade

no regime meteorológico e climatérico do nos-

polar,

na

tentativa

terrestre,

contemporâneos mento

de

des-

segredos nasci-

do

do mundo e de

cuja

Expedicionário ártico capturando uma foca no Polo. cujo posse depende o domínio do magnetismo dirige o regime meteorológico e climatérico da homem ^^ # „,,„„ Terra. O

rinha

austríaca,

Karl

expedicionário

Weyprecht, inquieto do sistema solar, acom-

perpetuar o seu nome. Há meio século, de Agosto de 1882 a Agosto de 1883, o mundo

oficial nos

compreendeu

ma-

da

fins

sé-

do

comemorou

Doze países participaram da come' Duas expedições cientí-

so planeta.

moração internacional. ficas perserutaram o agrupamentos

de

Polo

Sul,

enquanto

meteorologistas

doze

de físicos

e

espalharam-se pela zona do Polo Norte. Datam muitas das medidas experimentais sobre a

daí

circulação

atmosférica,

terrestre,

culo XIX, as vantagens de desenvolver pesquisas

a

magnéticas e meteorológicas, em todo o globo terrestre. Isoladas, distantes no espaço e no tem-

geadas e os ciclones, cingido pelo magnetismo e pelas forcas cósmicas, o globo terrestre oculta

po, as experiências resentiam-se da falta de unidade, exigindo a combinação dos esforços cien-

solar e as aparições das auroras polares, que tanto interesse despertam pelo seu explendor. Na carta dirigida a Henry Rawlinson, presidente da Sociedade Geográfica de Londres, o primeiro

imensuráveis mistérios às criaturas sôfregas, que habitam as suas ilhas e os seus continentes. Per-

tíficos. As variações do clima, as altas e baixas

ministro Benjamin Disraeli proclamava em

turba ções sísmicas, movimentos de vapores, circulação dos ventos, influências complexas e reionizações

motas,

da

estratosfera,

auroras

po-

lares, ondas hertzianas, descargas eletrônicas do Sol, eis os sintomas do orbe, pelos quais se manifesta a vida planetária da Terra. Naturalmente, tentam os espíritos insaciáveis de curiosidade,

rarefaçáo

o magnetismo

panhado de um satélite que faz ondular PLANETA os mares, sulcado pelas correntes telúricas da crosta, em cuja atmosfera se precipitam as

das

altas

altitudes,

a

eletricidade

14 de

1874, em nome da Inglaterra, os

temperaturas, os deslocamentos das simples tem-

Novembro de

pestades e dos ciclones, observavam-se através enormes hiatos, prejudiciais à síntese dos conhecimentos. Regressando em 1873, de sua viagem

benefícios das expedições polares e os seus influxos sobre os empreendimentos marítimos. Em

à terra de Francisco José, concebeu Karl Wey-

oportunidade de refazer os ensaios de 1883, ce-

precht o projeto de instalar postos de estudos, esparsos através do orbe, mas ligados entre si

lebrando o segundo ano polar, em homenagem a idéia do explorador Weyprecht. Sob a presidén-

para o exame

simultâneo

dos

fenômenos

geo-

1927,

o almirante

alemão

Dominik

lembrou

a

cia do sábio holandês Van Everdingen, a Socie' formulou a internacic

descobrir as fontes da geofísica, os princípios do eletromagnetismo, as leis da astronomia, para

físicos. Algum tempo depois, em 1875, as bases de

série de trabalhos de 1932 a 1933. J. Hebert dá

arréba-

Gratz. No ano seguinte, por intermédio do embeixador francês em Vienna, insistiu diante da

a estatística de vinte e quatro nações, que partlciparam e designaram meteorologistas às zonas

Academia de Ciências de Paris,

pelo desenvolvimento da empresa. No Congresso Internacional

árticas. No Plano Qüinqüenal, a Rússia introduziu

de Meteorologia de 1879, que se efetuou na eidade de Roma, a idéia de Karl Weyprecht re-

meteorológicas

cebeu a aprovação dos cientistas. Pela primeira vez, as nações civilizadas se reuniram em torno

francês votou o crédito

pensamento, afim de elucidar os segredos da teria. Antes de se tornar realidade,

da

sobreviver

às

modificações

que tam consigo a civilização, sob o distante fulgor da Via Láctea. Para recaprtular a primeira viamelhor

gem de exploração polar, deveríamos retroceder aos Normandos, que singraram as águas árticas, e ao penetraram na América antes de Colombo século IX, no tempo de Alfredo, o Grande, rei da Bretanha. Muitas outras se efetuaram depois, ora pela espectativa de aventuras, ora pelo esfaier descoberpfrito de ciência e pelo ideal de épocas, Suécia diferentes em tas. Com esse fim, e França,

Rússia e Inglaterra,

Alemanha,

Itália e Noruega,

dições

ao

Polo

Norte

e

Estados Unidos e

práticas

sua

da

concepção,

no

Congresso

de um nobre

a morte suprimiu a vida de Weyprecht, concepção

deveria

sobreviver

promoveram expeao Polo Sul. Na hora

para

mas a

sempre

e

dade de Meteorologia

o estabelecimento de sessenta

e nove estações

geofísicas, distribuídas na Siberia e no seu território europeu. O Parlamento e

quatro milhões de francos, afim de financiar a expedição cientifica França,

sob

a

de

presidência

do

general

G.

Perrier, membro do Instituto de Paris. Tudo isso para desvendar influências.

a

vida

cósmica

e

as remotas

atual, enquanto a guerra extermina os povos mais civiliiados da Europa, o almirante Richerd Byrd

O

MALHO

28

II — 1942


Adeus, para sempre, meu amigo, nunca mais me tornarés a ver. Deveras ? Juro-te. Então, empresta-me aí cem mil réis...

A senhorita não é apreciadora do grande Chopin ? Chopin ? Não estou lembrada ! Em que clube éle joga ?

É MELHOR! ASSIM — Meu amor, o gatinho comeu o pudim que eu tinha feito para você ! O MAGRO — Escuta, meu amigo; nao seria me — Não~fazmaí, minha filha, eu compro-te outro lhor realisarmos esta luta por correspondência ? gato... H — 1942

29

O

M A L H O


quem não gosta ? E' um samba brasileiro de ver-

TUDO ISTO... E O SAMBA TAMBEM

dade, e agrada ao meu espírito patriótico, tanto as quanto ao meu estado sentimental agradam operas italianas de italianos por italianos, os bons fados portugueses cantados por portuguesas e as canções românticas francesas; tanto quanto me "Fox-Blue" na "Broadway" americana. empolga o

De ROMÃO DA SILVA

Neste instante não estou gostando do sorriso de Voltaire, que parece lombar da minha natural futilidade de patricio de Dorival Caymmi. Noel Rosa, Aracy de Almeida e Carmem Miranda

na formosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em pleno alETAMOS

marca

folhinha

5...

condição

do

tempo,

foi

animadamente

anunciado com as recepções do dia I.' Um sam-

Questão

de

esque-

"Vão

cimento. Heloisa tem a mania de paraliiar o tem-

acabar cum a Praça II...

Sou

a

mentalidade

sua

ironia ?

intelectual,

an-

brasileiro

da

gema,

e queira

ou não,

cousa, senão o fervilhar do samba nas artérias.

Chora o morro inteiro...

não tem em que pensar e por isso não olha o

Favela, Salgueiro,

tempo que para mim galopa como os trens da

Mangueira,

Central. 6 de Janeiro de 19.2. São precisamente 22 horas. Intensifica-se a chuva que desde hontem

"Favela,

Estação

Primeira,

Guardai o vosso pandeiro, guardai,

Guardai o vosso pandeiro, guardai ;

Porque escola de samba não sai..."

Porque

E' claro que estou gostando do

Salgueiro,

Mangueira,

Estação Primeira,

Grande

Otelo

e de...

Estou só, assistido unicamente pelas minhas

meu inseparável Voltaire de gêsso, uma peque-

minha

importa

quando ouço chorar o tamborim, não sinto outra

Chora o tamborim,

apercebida como esta cebecinha de vento que

Sobre a mesa, bem defronte de mim, tenho o

da

Apezar

me

que

que é que a baiana tem .

Não vai.

marcam 6 — a não ser que haja muita gente des-

múmias de bronze e os meus quadros célebres.

agora,

Não vai haver mais escola de samba.

po em minha casa. Todos os outros calendários

tem sido incessante.

Mas

"Candide", o creates de conhecer o autor de "o dor da filosofia resignada de Pangloss, já sabia

binha que começa assim :

vorecer de um novo ano. A

da

do

E afinal

/ **

_^=___5n

O')

contas,

de

samba

não

sai..."

Não é possivel. Tem que sair tudo. Do con-

samblnha de

escola

trário... não adianta haver carnaval.

//

(iv\/

/

«

"^

na estatueta que pertenceu a um poeta que morreu na miséria. Os outros dependurados na parede e sobre as estantes, são — Máximo Gorlti, Freud,

Nietsche,

Van

Gogh, de

Shakespeare, Machado

Tolstoi,

William

Assis, Castro Alves,

Patrocinio e Cruz e Sousa. Todos parecem ter o olhar voltado para mim, como se estivessem me vigiando.

Acabei de ler a

"Minha Vida", de Isadora

Duncan, e estou entusiasmado, com idéia de escrever algo sobre ela. Isadora Duncan

foi uma

yyyk{y0- yyyií '

mulher extraordinária. Só agora, após ler o seu romance de memórias, pude ver isso, avaliar o quanto idéias

fora

grandiosa

sociais.

Isso,

principalmente nas suas

entretanto,

deixarei

para

amanhã. Tenho a mente cansada e a noite avança enquanto o ponteiro ladrão do despertador parece antecipar as horas. Ouço do radio de um dos visinhos um dos últimos

sambas

quentes

nascidos

de

motivos

atuais para o carnaval que se aproxima, e apezar

O

MALHO

30

II — 1942


OS GRANDES MÚSICOS

Francisco Braga

>ííir

Asilo dos Menores Desvalidos, criado pelo Ministro do Império, João O mm\\_,-- J W ¦¦m^m^^SÍ ^mW^m0&TAm^J>mv0Zm0tfcrS^Am'-.'+- 1" Alfredo, não abrigou £-^j*çTl .<*ZZ-,~—~.^^ -'--Z- \Z90¦ '¦-ralts^^^èr apenas vulgares. inteligências Abrigou, também, duas glórias da arte brasileira : João Batista da Costa, o mestre pintor, e Francisco Braga, o mestre músico. O O seprimeiro já desapareceu. gundo, mercê de Deus, continua vivo, rodeado do carinho dos discipulos e amigos, vergado ao peso dos anos e das glórias que conquistou em sua vida de artista. Nacional de Música, cadeira em que foi aposentado pela Francisco Braga nasceu a 15 de Abril de 186S, em Santa compulsória. Filho de pais modestíssimos, Teresa, no Rio de Janeiro. Fundada a Sociedade de Concertos Sinfônicos, a ela se surgiu do nada. Aos oito anos, recolheram-no ao Asilo, onde, dedicou Francisco Braga, de corpo e alma. E foi através sua decle desde logo, se destacou pela sua inteligência pela da regência de centenas de concertos, que êle realizou, sabe siva vocação para a música. Ainda no Asilo, começou a Deus com que luta, o trabalho lento e exaustivo da educação freqüentar o Conservatório de Música, hoje Escola Nacional do nosso público no gênero sinfônico. Póde-se dizer que toda de Música. Com a Proclamação da República, foi aberto a sua vida ativa foi passada compondo, ensinando e divulum concurso para um "Hino da Proclamação da República", gando o repertório de elite. Onde quer que surgisse uma inicom letra de Medeiros e Albuquerque. O premiado seria o ciaüva em prol da música, o seu nome era o primeiro que se autor do hino que maiores aplausos conquistasse por ocasião inscrevia. Trabalhou exaustivamente. Conquistou com o próde sua execução pública, para julgamento. Mas, apesar de prio esforço a autoridade de que desfruta. Apesar de afastado ter sido o de Francisco Braga, o mais delirantemente aclada atividade, por imperativos de saúde, Francisco Braga é mado, o prêmio foi dado a Leopoldo Miguez, que era o diretor ainda o Mestre, cuja palavra é ouvida sempre com respeito e do Conservatório, ao passo que Francisco Braga era simples acatamento. aluno. O Governo, porém, reparou a injustiça, concedenSua bagagem é vasta. Produziu muito em todos os do-lhe uma pensão, durante dois anos, para se aperfeiçoar gêneros. Evoluiu com a evolução, mantendo-se sempre clásna Europa. "Jupira", "O Contratador sico na fôrma. de Diamantes", "Anita Garibaldi", Em Paris, mediante classificação em primeiro lugar, no "Paysage", "Cauchemar", missas diversas, concurso a que se submeteu com mais de trinta candidatos, 'Marabá", "A "A Pátria", Paz", "Oração Pátria", "Epifoi admitido na aula de Massenet, no Conservatório. Termlsódio Sinfônico", "Virgens Mortas", — são pela repetidas páginas nado o praso da pensão, foi o a cada momento, e ouvidas sempre com entusiasmo. próprio Massenet quem se Mas dirigiu ao governo brasileiro, do a há, mais prorrogação do que tudo, para lhe imortalizar o nome, o "Hino pleiteando Período de estudos, tendo sido atendido. Braga, depois, a Bandeira", escrito sobre versos de Olavo Bilac, e viajou pela Alemanha, famlliarisando-se com os ensinamenque está na boca e no ouvido do Brasil inteiro. tos da escola wagneriana. Fixou-se na ilha de Capri, onde Francisco Braga foi o músico brasileiro que mais trabacompôz a "Jupira". De volta ao Brasil, realizou em São lhou pela evolução musical, não só do Rio de Janeiro, mas Paulo, uma brilhante série de concertos sinfônicos. Foi, de todo o país, visto que é daqui que ela irradia para os por essa época, nomeado professor de Composição do Instituto Estados.

II — 1942

31 —

O

MALHO


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tunidade. Evidentemente, o repertório puramente brasileiro também deve constituir uma das preocupações do Centro. Ê preciso que se representem, insistentemente, as boas óperas brasileiras, não só como trabalho de divulgação, mas, principalmente como estímulo para a Como teprodução de novas óperas. mos vivido até agora, náo há libretista nem compositor que se animem a trabalhar . . . para as gavetas. O momento deve ser aproveitado. Nenhum outro mais favorável ã criação definitiva do "nosso" teatro lírico.

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QUASE AO FINDAR o ano, tivemos na Escola Nacional de Música mais um recital de Rosina da Rimini. Toda gente já sabe que se trata de um fenômeno vocal raro. Rosina é a malabarista da voz. Tem a agilidade e o veludo da flauta. Ê um soprano lírico ligeiro, diabólico, surpreendentemente incrível ! Um triunfo !

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Barroso

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POLÔNIA ARTÍSTICA, gloriosa Polonia dos deuses da divina arte dos sons ! Chopin, Brailowsky, Paderevvsky, Misha Elman, Heifets ! E agora, Henryk Szeryng ! E mais um polonês artista, excepcionalmente privilegiado, que aqui se apresenta. Mais um violinista assombroso, que nos vem da Pátria martirisada e heróica de Chopin ! Vinte e dois anos ! Szeryng é moço. Mas como virtuose, parece estar na casa dos quarenta. Mecanicamente falando, é completo e é perfeito. Artisticamente. é um temperamento transbordante, entusiasta, brilhante, impetuoso. Sua execução impõe-se, convence, é exuberante de brilho e de bravura. A Cultura Artística, apresentando-o, prestou mais um inestimável serviço ao nosso público musical. * * * ESTA EM FÉRIAS a hoje vitoriosa Orquestra Sinfônica Brasileira, criação do maestro Eugen Szenkar. Nos últimos concertos do ano, o repertório sinfônico brasileiro esteve representado por Carlos Gomes e Francisco Braga, de "Ouve-ture" da quení foram executados

Ü

MALHO

BARROSO NETTO foi homenageado pela Rádio Ipanema, na série de audi"A vida dos çôes grandes múiicos". A biografia do inolvidavel mestre foi feita por Campos Ribeiro e o programa executado pelas duas irmãs Lilia e Sylvia Guaspari. » « »

"Fosca" e "Prelúdio" do "Contratador de Diamantes", respectivamente. * • AS ONDAS MUSICAIS tiveram o desejo de fechar o ano com verdadeira Para isso era preciso chave de ouro. um grande nome. Grande ! Dos maiores ! Capaz de, a um simples enunciado, despertar no público vontade de aplaudi-Io. Pianista ? Cantor ? Violinista ? Pianista ! O nosso público adora o piano. E o seu instrumento. Um grande pianista, pois, deveria ser a chave de ouro do ano. E o público incontavel das Ondas Musicais despediu-se de 1941, ouvindo Magdalena Tagliaferro, com a sua arte perfeita, a sui bravura, o seu frazéio, o seu piano delicioso. enfim ! • * ESTA FUNDADO nesta Capital o Centro Lírico Brasileiro, do qual fazem parte várias personalidades de destaque no meio musical. Pelo titulo, vè-se logo que o Centro está disposto a trabalhar pelo desenvolvimento do nosso teatro lírico. Interessam-lhe, antes de nada. os cantores brasileiros, não só os que já teem cantado óperas, como os que desejam cantá-las. mas nao encontram opor-

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A ASSOCIAÇÃO MUSICAL Pró-Juventude fechou o ano com uma interessantíssima audição de sócios : cerca de quarenta jovens, que se associaram para cultivar o espírito e as aptidões musicais, em um meio em que a cultura da música de elite é a única razão de ser da Associação. O primeiro ano de vida da Pró-Juventude foi de um ano de trabalho csfalMas os resultados colhidos fofante. ram os mais animadores, tudo fazendo crer que ela consiga realizar integral Nem outra e facilmente o seu plano. coisa merecem as irmãs Suzanna e Helena de Figueiredo e a Sra. Magdalena de Souza Pinto, três professoras, três animadoras, três heroinas, a quem a Pró-Juventude deve o maior quinhão de sua evolução brilhante.

O ENCERRAMENTO dos cursos e a distrüiuiçào de diplomas do Conservatório do Distrito Federal decorreram festivos no fim do ano passado. O ato teve lugar nos salões do Botafogo Foot-Ball Club, na presença do representante do Sr. Presidente da República e de nltas autoridades federais e municipais.

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O MAESTRO Romualdo Suriani, diretor da Banda da Força Policial do Paraná, é também um compositor inteliAgora mesmo, gente e interessante. inspirado no poema literário "Paiquerê", do escritor Romário Martins, escreveu a partitura sinfônica "Goio - Cova", nome dado pelos primitivos caingangues ao rio Iguassú, antigo rio Grande de Curitiba. O autor trabalhou exclusivamente à maneira clássica e fez executar o seu poema no Club Curitibano, agradando francamente.

Pintura ACHA - SE PENDENTE de despacho do Governo uma proposta feita pela viuva do escultor Hugo Bertazzon. para a aquisição do espólio artístico desse notável escultor brasileiro. São cerca de cincoenta trabalhos de pequenas dimensões, todos em gêsso, que a proponente se compromete a entregar ao Governo, depois de devidamente fundidos em bronze, e inutilizados os originais respectivos. A proposta, já estudada pelas autoridades competentes, recebeu, ao que fomos informados, parecer favorável, diante do qual tudo faz crer que seja deferido o pedido da senhora Bertazzon. Tal solução virá evitar que 3e disperse uma coleção interessantíssima, onde há peças capazes de fazer figura em qualquer museu do mundo, não como obra curiosa, mas como trabalho genuínamente artístico. Hugo Bertazzon foi, de fato, um escultor forte. Nasceu para a arte que abraçou. Tinha audácia de técnica e extraordinária energia expressiva nas suas figuras. Há em sua obra, um realismo impressionante. Seus tipos caminham, sofrem, sorriem. Vivem a felicidade e a desgraça, a alegria e a dôr, o heroísmo e a angústia Reuni-los todos é enriquecer o Museu de BeIas - Artes com um punhado de pequenas obras de subido valor, que não devem separar-se.

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PEDRO BRUNO encerrou a sua exposição, tendo o prazer de vêr adquiridos cerca de trinta quadro3, dos cincoenta e poucos que a compunham. Essa exposição, mais uma vez, confirmou o movimento animador de interêsse, que o público começa a manifestar pela pintura brasileira. Tudo, pois, indica que o momento não deve passar desapercebido dos interessados. T. preciso aproveitar a "chance", trabalhando para adquirir, definitivamente, a confiança e a preferência dos colecionadores, e para manter essa preferência e essa confiança, como a compcnsae;ão de uma luta que vem de anos, mas que o tempo terminou por coroar com as paimas da vitória.

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O MOVIMENTO ARTÍSTICO BRASILEIRO, fundado pelo inolvidavel Nicolas, realizou um pequeno Salão de fim de ano, que, entretanto, teve um resultado surpreendentemente animador. Instalado nas mesmas salas do Salão oficial, a êle compareceu grande número de pintores, número que teria sido muito maior, si tivesse havido mais propaganda entre os interessados. Muito bem representados estiveram alguns dos nossos pintores mais conhecidos e entre eles citaremos : Jurandyr Paes Leme, com diversas telas, entre as quais salientaremos "Caminho da Mata" e"Paineira em flor" ; Paulo Gagarin, com "Caminho de Itapecerica" e "Guapi" ; José Maria de Almeida, com "Ladeira João Homem" ; José Santos, com "Igreja de São Bento" e "Igreja de São Francisco de Assis", de Ouro Preto ; Levino Fanzeres, com a aquarela "Entrada da Fazenda Santo Antônio" ; Virgilio Leopes Rodrigues, com três canoas ; Armando Pacheco, com "Ribeirão das Pedras" ; Gastão Formenti, com "Sapucaeira em flor" ; e Hernani de Irajá, com "Sonho".

Teatro

daciosa do escritor Eurico Silva. Audaciosa, sim, mas a verdade é que, entre cenas movimentadas e espirituosas, o público assiste à demonstração da tese, sustentada pelo autor e admiravelmente defendida pelos artistas que formam a atual Companhia de Comédias do Teatro Serrador, com Iracema de Alencar e Manuel Pera à frente. O leitor, que ainda não conhece a peça, perguntar-se-á a si mesmo : — Mas será possível que a felicidade possa ssperar ? Evidentemente, a dúvida desaparece, uma vez apreciada a peça. O espetaculo é homogêneo, a comédia, leve, bem escrita e atraente. E, quando cái o pano, o público se retira convencido de que, realmente, A Felicidade pôde esperar" . . .

* * * REGINA — HAS DE SER MINHA. A vaga deixada por Dulcina, no Teatro Regina, foi preenchida pela Companhia Palmeirim Silva, que representou a peça HAs de ser minha, de José Wanderley e Daniel Rocha. Trata-se de um trabalho despretencioso, leve, destinado à fazer rir. E, como tem a defendê-lo um grupo forte de intérpretes, atinge, facilmente a sua finalidade. Palmeirim Silva é o ponto central da comicidade da peça. Põe a platéia em constante hilaridade. Em redor dele, colaboram eficazmente para o êxito da representação, Violeta Ferraz, Ceei Medina, Francisco Dantas, Nair Segato, Radamés Celestino e Alda Duarte, além de Gastão do Rego Monteiro, que estreou no teatro, para o qual demonstrou É uma bripossuir decisiva vocação. lhante promessa, que dará ao nosso teatro um excelente galã. Palmeirim

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Flagrante apanhado na sede da Associação Brasileira dè Imprensa, quando o presidente da Casa dos Jornalistas, Snr. Herbert Moses, oferecia o almoço, em nome da classe, ao Presidente Getulio Vargas. _S. Excia. quando examinava as magníficas edições de tratados sobre ciências médicas que lhe* foram ofertadas pelos médicos argentinos e que por sua determinação serão entregues à Faculdade Nacional dc Medicina

O PRESIDENTE GETULIO VARGAS HOMENAGEADO PELA A. B. I.

Outro aspecto colhido na Biblioteca da A. B. I., quando discursava o Snr. Bastos Tigre, vendo-se à sua direita o nosso diretor Antônio A. de Souza e Silva

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NO CATETE A DELEGAÇÃO DE ESCOVEIROS E BANDEIRANTES — No Palacio do Catete, o Presidente Getulio Vargas recebeu numerosa delegação de Escoteiros e Bandeirantes, chefiada pelo General Heitor Augusto Borges e pelo Major Inácio Rolim.

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O NOVO MINISTRO DO TRABALHO — O Sr. Alexandre Marcondes Filho, novo Ministro do Trabalho, discursando no Ministério da Justiça, quando da cerimônia da posse. ESCOLA DE AERONAUTICA. — Com a presença do Chefe da Nação, realizou-se, no Campo dos Afonsos, a solenidade dp declaração dos aspirantes da Fôrça Aérea Brasileira, bem como a entrega dos diplonuis, não só aos integrantes dessa turma, mas ainda aos segundos - tenentes que concluíram o curso de oficial - aviador em 1941.

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AS MELHORES CONQUISTAS "... os povos, como os indivíduos já estão derrotados quando admitem a derrota". GETULIO VARGAS da éra de Cristo, quando muiANTES tas consciências ainda não haviam despertado daquela letargia milenar, em que as atitudes pessoais pareciam o todo de um mecanismo diabólico, a decadência moral era conseqüência de não existir o minimo controle à formação dos caracteres. O tempo evoluía, porém a mentalidade ao envés de se desenvolver, apresentava sempre as mesmas produções, como fruto de árvore maldita... O influxo de tal ambiente circulava entre os ramos, a guiza de seiva. Só por um esforço sobrehumano o raciocinio pôde penetrar o interior da natureza e encontrar algo de sublime, na razão do próprio ser. A esta força de vontade, que preservou daquele convívio nefasto vários homens justos, premiou Deus, cor.cedendo vários dons a muitos patriarcas, inclusive o de apontarem todos os erros e exporem misteriosas revelações a respeito de altos desígnios. Se algumas criaturas seguiram-lhes os passos, a ouvir exortações e profecias, infelizmente muitas outras se manifestaram avessas a semelhantes propósitos. Pôr conseqüência de tanto despreso e indiferentismo, uma completa negação se opôs às iniciativas daquelas almas boas. E o embrutecimento se avolumou entre os povos, subjugando-os numa escravidão degradante, onde montruosas ações eram diariamente praticadas As próprias pessoas mais sensiveis aos escândalos, preferiam nada reclamar, "contanto" que continuassem favorecidas pelo seus ricos e poderosos senho res.. . O interesse e a grosseria destes instintos não dando logar a nenhum pensamento elevado, muito menos ofereciam margem à coordenação de planos criteriosos, úteis à coletividade. Neste estado deplorável de desordens absolutas, o gênero humano tendia cada vez mais a atolar-se na lama dos crimes e dos vicios. Dir-se-ia que a sociedade delirava por ser o centro onde se proFe: cessavam os piores exemplos!... quando Jesus achou ter chegado o seu dia de descer do trono de sua justiça aos últimos degraus de sua infinita misericórdia: veio ao mundo. Toda a terra necessitava de uma prova sensível, capaz de abalar tantos corações empedernidos; a vontade humana precisava ser reformada e "Êle só Êle", seria oniciente de influir neste prodígio, da materia se sugerir aos comandos do espirito. Relatam as Sagradas Escrituras, que uma estrela de brilho invulgar, guiou o camios quais nho dos primeiros adoradores, eram em número bem reduzido, relativamente ao que deveria se apresentar, naquela gruta sombria, porém, iluminada de maneira milaprosa! Logo após este acontecimento, começaram as contradições do que, a respeito do Messias estavam prescritas. Muitos povos o adoraram; muitos o despresaram e outros escarneceram d'Êle e até o Ignorando a supremacia do perseguiram reinado de Cristo, Erodes foi o primeiro governador a temer a concorrência do poder e a influência sobre os seus vassalos.. . Ouvindo os comentários que a respeito do Rei dos Reis se propalavam, baixou um decreto mandando matar todas as criancinhas menores de três anos, inclusive as nascidas naquela mesma noite em Belém da Judéa. Com o intuito de suprimir o mais cândido de todos os santos, não vacilou cm sacrificar a vida de vários inocentes. Entretanto se a Virgem Maria, quando

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saudada pelo Arcanjo São Gabriel, prontamente soubera responder as ordens divinas: "Faça-se em mim segundo o que disseste Eu sou a humilde escrava do Senhor". fidelissimamente São também, assim José executou as ordens Divinas, quando um mensageiro celeste o advertiu do periSego que ameaçava a vida do seu Deus e nhor, aconselhando-o a levar, naquela mesma noite, o Menino e a Virgem, para o Egito. Mais urde, em Nazaré, cresceu e suro giu dentre os homens, aquele que seria méo céu, do da doutrina mestre primeiro dico dos médicos, o pastor dos pastores e a mais paciente de todas as vitimas!... XXX

No nascimento, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus, cousa alguma nos surpreende. Tudo se completa para avivar a nossa compreensão, diante de cousas infinitamente, grandiosas, contidas noutras, infinitamente pequenas. Só a sabedoria divina conseguiria concretizar teorias tão abstratas, com o fito de unir dois extremos completamente opostos! — A justiça e a misericórdia. Hoje em dia, tudo que se passa na imprensa, no rádio, teatro, cinema, vida pública ou particular, tudo enfim que vibra através destes setores da civilização, tem por objetivo, ser útil ao engrandecimento pátrio. Já não ha ignorantes, surdos, cegos e mudos — em sentido figurado — como aqueles espíritos materializados da antiguidade!. . . Se existem pessoas que se utilizam "de seus meios de vida" para praticar o mal, é porque de todo, "cerram os sentidos, à voz da razão"... Ninguém mais ignora a existência de Jesus, tão vivo e poderoso r.o Santíssimo andava pelo Sacramento, como quando mundo. Apenas certos acidentes o escondem sob as espécies do pão e do vinho, porque estes encerram o mistério da transubstanciação, tal qual a fórma de homem ocultava e continha a alma e a Divindade de Cristo, nas proporções integras da verdade. Só as almas tibias, de saúde deficiente, ainda não perceberam que a faculdade de apreciar os maravilhosos dons do Onipotente é confiar no que não vemos, mas sabemos existir. A meditação pôde transpor as maiores distancias!... E a graça de Deus é precisamente a alma elevar o pensamento ao seu Creador, quando diz sinceramente: Meu Deus, eu Vos amo e sei que sou amada. Pois o "porque" da essência de tudo que existe, transcede ao entendimento humano; sendo o nosso tempo limitado, certas avaliações se tornam imensuráveis!... "em parte", as O infinito pôde abranger obras do Creador, por encerrarem o mistério de todos os tempos; mas, os juizos divi. nos, estes, são insondaveis e inatingíveis. Deveríamos ser muito agradecidos em possuir o bastante — a consciência. Todavia, muita gente ingrata não reconhece isto, como a maior prova do reflexo divino imprimido em nós, por um conjunto de perfeições. (Ao contrário, qualquer anomalia da natureza atribuem a Deus. quando deveriam buscar a causa, bem próximo de si mesmos!) Ha infelizmente quem acredite apenas

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I nos detalhes externos, julganao vida, isto que se move ao sopro das paixões, do egoismo, do orgulho e da inveja. . . Vida, um pedaço da carne que ao menor desiquilibrio se aquebranta e afeia. .. Tais concepções envenenam a terra, obrigando a produzir sementes tão nocivas, como aquelas de milênios passados... Como serão as vitórias em 2000?... Descristianizar-se-ão as multidões, praticando a inclemência do paganismo ateu, ou se aprimorará o verdadeiro adeantamento, aderindo todas as classes à compreensão de que a melhor liberdade é a do espírito cristão, o qual pôde ser bom porque quer e deve ser perfeito porque tem faculdades próprias?!... Como se definirá a mentalidade moderna, ante a perspectiva — por Deus ou contra Deus — em que se decide a sorte da humanidade,.. . Atualmente não se trata mais de defender princípios de crença. Trata-se de defender santas tradições que nos ensinam a conservá-la: o patriotismo, a santificação da familia e o respeito pelos direitos alheios. Quem foge um passo destes caminhos, bom brasileiro não é. . . Será livre para praticar toda a sorte de caprichos, mas bem escravo do mal e digno de desprezo. . . Assim como o corpo humano necessita de higiene e alimentos para conservar o bem estar geral e este só se restabelece dalguma enfermidade grave, sob os cuidados da medicina, saibamos compreender as relações existentes entre os perigos externos e internos, quando se descuida a saúde da alma. A abundância da graça é o signal do adiantamento das almas. Sem ela as creaturas se tornam impossibilitadas de aspirar grandes ideais, quanto mais de realizá-Ios!... De livre arbítrio, as melhores conquistas são as que fazem a alma se associar ao intelecto e ambos trabalharem "do bem, abnegadamente em demanda o qual só pôde para o bem e pelo bem," ser o principio e o fim de todas as cousas — justiça e misericórdia YARA GUEDES

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MELO

MALHO


PENAS uma sala ainda está iluminada, no palacete que mais sombrio parece pelas árvores que o rodeiam e as quais agora, à noite, mais se assemelham a gigantes esguios e tenebrosos a montar-lhe guarda. Um automóvel pára à poria e um homem, em traje a rigor, toca a campainha, após breve indecisão. Para que diabo o teria chamado Alberto? Onze horas... Não era doença, porque êle mesmo falara ao telefone. Precisava falar-lhe, fora a explicação. Óra, podia ter deixado para é ~^C^\ amanhã! A festa estava tão animada, no Clube. E Carmem! Deixar a companhia de Carmem, para ouvir Alberto! Enfim, como era um bom amigo... O patrão espera-o na biblioteca. A passos largos, o rapaz chega até onde se encontra o dono da casa, o qual, enterrado numa cadeira de couro, nem dá peia chegada do visitante. Boa noite, Alberto. Aqui me tens. Que se passa? O interpelado levanta-se, bruscamente, indo ao encontro do amigo. Perdôa-me, Mario, ter-te furtado ao prazer da festa. Mas só a ti poderia contar o que se passa comigo. Relutei, quiz esperar até amanhã, pensando no aborrecimento que te iria causar, mas não pude me conter. Precisava falar-te hoje mesmo. Mario sacode, levemente, os ombros, já conformado. Fizeste bem. Sabes que não me incomodas. De que trata? E, notando-lhe um extranho nervosismo, repetiu a pergunta que já lhe fizera pelo telefone: — Não te sentes bem? Alberto esboça um sorriso amargo: Malissimo! Mas não fisicamente. Mas, senta-te. Espera que vou buscar qualquer cousa. Mario o observa de soslaio, enquanto derrama uma beblda no copo. Deve ser algo de grave, para abate-lo assim em pouco tempo. A última vez que o vira, lembra-se bem, fora no dia do pedido de sua filha. Estava bem, então. Isto é, já um pouco nervoso... Mas aquilo devia ser comoção. Enviuvando logo nos primeiros anos de casado, sem filhos, Alberto resolvera adotar uma criança, que lhe viesse alegrar a existência, certo que estava de nunca mais poder unir-se a outra mulher. Sua esposa fora a encarnação perfeita de seu ideal, satisfazendo todas as suas aspirações. Lavando-a, a morte carregara consigo também o seu interesse pelo outro sexo. Nos primeiros anos de viuvez, Alberto fugiu ao mundo, recebendo, apenas, um ou outro amigo mais Intimo Depois, a menina que adotara foi distraindo-o e, florescendo numa beta moça, reintegrou-o nos prazeres mudanos, dos quais a sua dôr havia afastado, mas que agora a radlosa mocidade da filha reclamava, com justiça. Voltou aos salões. E apresentava com orgulho a sua Lulú, com o mesmo orgulho com que mostrara, 20 anos atrás, a sua não menos bela esposa. Havia até quem dissesse, talvez pilheriando, que Alberto tinha ciúmes dos gaianteios que dirigiam á filha. Mas o amor chegou também para Lulú. E há um mês que ela já é uma noivinha. Alberto volta e senta-se a seu lado. Lulú... Está doente?

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TwDvvSÍ l^rpf^^j-r^; a mim, eram mais potentes que meus escrúpulos... Procurei faxer-me amar como homem. Consegui, apenas, intimida-la. Uma noite (tinha então 18 anos), voltando ela de um baile em que dansara muito com um só rapaz, sem poder conter o ciúme que me roia o coração, repreendi-a acerbamente. Estava tão desorientado que nem suas lagrimas me contiveram. Antes, instigaram minhas censuras, pela volupia barbara de sentir meu poder sobre ela! Coitadinha! Estava tão linda com as lagrimas a sulcar-lhe as faces... Quando poude falar,, lembro"O senhor grita tanto que mais parece marido do me bem que disse: comigo mesmo; estava revelando meu revoltei-me Estremeci; pai..." que segredo. Ia acaricia-la, ia acalma-la, para que esquecesse tudo, para que não desconfiasse da qualidade de meu afeto. Mas a vaidade, surgindo diabolicamente, toldou-me a razão. E, sem saber bem que fazia, enlacei-a com força e respondi-lhe a sorrir: — E se assim fosse? Não quererias casar comigo? Não serias capaz de amar-me como a um marido7

Alberto, im pacienta-se: Não, não! Está bem. Lulú, como sabes, vai casar-se daqui a dois meses. E' isso que me acaba... Então era para isso que o chamara? Para tratar do casamento da filha, a reaíizar-se daqui a 60 dias? Francamente! Ôra, Alberto, por que há de preocupar-te? O noivo não lhe quer bem? Não é de bôa família? De posição? Que mais queres! Não entendes, não entendes! — exalta-se Alberto. O rapaz olha-o surpreendido. E mal acredita em seus olhos, quando o vê cobrir o rosto com as mãos e confessar, entre soluços: Estou apaixonado por Lulú... Que?! Estás maluco! Não pôde ser! — Enfim, já refeito da sur— Pensa bem; presa, procura acalmar Alberto, que continua soluçando: deves estar enganado. E* apenas o teu amor paterno, que te leva a esse _c'o sem limites, que tu julgas paixão. Alberto levanta a cabeça, já mais socegado: Nio, Mario. Desde que Lulú atingiu os 16 anos que eu a amo, nío como pai, mas como homem. Faxía, então 18 anos que minha esposa tinha morrido. E eu comecei a ver em Lulú minha antiga companheira. Parecia-me ve-la, novamente, a andar pela casa, Idando uma ordem, "bouquet", alegrando este solar com sua voz melodiosa. arrumando um Ressucitada; viva outra vez; mais moça, mais bela. Apaixonei-me. Intensamente. Perdidamente. Foi a única mulher, acredita, que conseguiu faíer vibrar meu coração, depois do falecimento de minha esposa. Vi que era loucura e procurei com todas as forças, juro-o; afastar de mim esse vão, o amor era mais forte que a razão. Quando pensamento. Mas em sentava em meu colo e me beijava, uma luta tremenda se travava dentro de mim: queria afasta-la, pois que meu contacto me parecia um vacrilégio a sue pureza, meu abraço uma aviltação á sua inocência. Mas eu a retinhe, -àorque o desejo mal recalcado, porque o praxerde te-la junte

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Toda minha paixão deve ter transparecido em meu rosto, porque "Oh!" assusLulú arregalou multo os olhos lindos e, mal contendo um tado, saiu a correr para o seu quarto. Arrependi-me violentamente. Mas um prazer- extranho vibrava ne> meu íntimo, escapando de meu acabrunhamento exterior. Não me lembro de ter dormido nessa norte; mas me lembro que seus aposentos ficaram iluminados por muitas horas ainda... Pobre Lulú! Alberto pára um instante; eu não ouso interrompa-lo. Enfim

prossegue: Com o repouso, meu bom senso acabou vencendo. E, na manhã

seguinte, procurei dissipar o susto da véspera. Mal nunca mais consegui fora. Permaneceu a dúvida. Minhas que ela voltasse a ser o que sempre atitudes, sob um controle violento da força de vontade, procuravam convence-la de que tudo não passara de uma brincadeira. Mas Lulú sabia nenhum laço de sangue nos lique eu não era seu pai verdadeiro, que notava jjuts me beijava com acanhamento, gava. Agradava-me, mas eu digo melhor, com constrangimento. Enfim, o tempo, se não apagou de todo a cena de sua memória, fê-la esquecer a intensidade do choque. E voltou a calma para mim. E voltou a alegria para ela. Porém, o respeito sei, trás uma pontinha de medo. que me dedica, bem o reproA!borto se cala e fica a olhar o amigo como a esperar sua vação. Mas, que dizer-lhe? A surpresa tira-lhe a fala! Então, continua:

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seguinte, a Eduardo. Quando voltei ao meu quarto, porém, uma raiva surda inveja tomava vulto dentro de mim. Ciúme, despeito, da mocidade do rapaz! No íntimo, tinha uma vaga, uma desesperada esperança de que ela me preferisse a êle, mesmo como pai... E a confirmação da dúvida que me mordia, aliás a única coisa que se podia admitir, poz-me louco de dôr. Tive 'tinha soaté ganas de mata-la! Taxava-a de ingrata; não cego... Fui até o espelho e, não me contendo, quebrei em mil enpedaços o cristal que me mostrava, friamente, a face já rugada, os cabelos já enbranquecendo... Parecia-me que as a largos paredes se riam da minha velhice, que chegava passos. Parecia-me que o ar da noite, sacudindo as cortinas janelas, zombava do meu desespero, murmurando comparações deprimentes... Mario mexe-se, desassocegado, na poltrona. O rumor do vidro partido — continua Alberto — chamou a atenLulú, que não dormia ainda, também, mas por motivos bem difede ção rentes dos meus! E, numa risadinha amarga que não chega a abrir-lhe os Não dormia porque sua cabecinha andava às voltas com planos lábios: risonhos para a vida que a esperava... ...E que tu não podias negar-lhe, rematou o rapaz sem se conter. Como resposta, Alberto faz um gesto displicente com a mão, como a denotar não se incomodar com a sua opinião. uma explicaAcorreu solicita, a indagar o que sucedera. Dei-Me "Desastrado!' fingir uma calma que não sentia. ção banal, procurando disse-me ela, ameaçando-me com um dedinho petulante, enquanto em seus lábios brincava um sorrizinho travesso. Depois, cem uma expontaneidade que há muito a abandonara, pulou-me ao colo e beijou-me arfeliz, rebatadamente, dizendo-me, entre rizinhos nervosos, que era muito assim mesmo ela não me deixaria, mundo, do melhor o tinha que pai que voltando, enfim, ao seu quarto, após eu lhe arrancar a promessa de que iria dormir logo. Não sei porque, Mario, isso fez-me bem. Senti-me livre desse egOiSmo surdo que me roera a alma até aquele momento. Sem saber como, fui possuido de uma alegria extranha, ante sus irradiante felicidade. Um bem estar invadiu-me o ser, e fui envolvido por uma espécie de afiAi "eu", apenas eu a tinha provocado, t ao notar que toda a sua alegria dormi calmo, satisfeito comigo mesmo, quase certo de ter-me livraao daquela nefasta paixão. e De fato, ajudei-a a escolher seu enxoval, favoreci seus encontros concordei logo com o pedido formal, que se deu há um mes. Nesse dia, porém, tudo despertou outra vez. Ouvindo as felicitações a cmde toda aquela gente que nos rodeava, vendo Eduardo enlaçar-flie eu tura, com ares de dono, acordou em mim novamente, a pa.xao que adormack apenas Estava extinta Enganei-me! julgava ,para sempre. Por isso nunca mais apareci. Fechei-me em mim mesmo, para que coração. Nao não transpareça em meu semblante o que vai pelo meu Mas, conforme, o "deve" transparecer, para não emPanar-the a alegria... vou me conformando. dia do casamento vai se aproximando, eu menos

Conto de REGINA PESCE Um dia acamei. Lembras-te de quando tive aquela doença que me leva ao túmulo? Lulú, alarmada com o meu estado, passava dia quase e noite à minha cabeceira, demonstrando, assim, que apezar de tudo seu afeto por mim não tinha diminuido. Senti-me aliviado. Uma noite em que a febre subiu assustadoramente, levando-me quase à inconciência. Lulú, chorando convulsamento, pedía-me desesperada para não deixa-la, que ela prometia nunca se casar para não me abandonar. Não sei si foi isso; mas comecei a melhorar, lentamente, até ao completo restabelecimento. Lulú não diminuiu seus cuidados, mesmo depois de curado. As vezes, em minha convalescença mostrava-se alegre para distrair-me e me repetia, insensatamente, a promessa que me fizera, certa que estava que eu me restabelecera para satisfazer-lhe o pedido. Eu sorria, fingindo não dar importância às suas palavras, mas sem forças, também, para rechassa-las. Via que isso era uma injustiça, compreendia que era uma loucura, mas deixava-me embalar pela suavidade dessa promessa. Sabia que isso não era possivel, mas não queria desiludir-me ainda: ao menos enquanto era obrigado a passar os dias numa cadeira, a ler e a pensar... Fiquei bom; a nossa vida retornou ao ritmo normal. Não se pensava mais nisso. Ba também não tocava mais no assunto. Até que um dia conheceu Eduardo. Tu bem sabes como se processou o namoro, que daqui a dias acabará em casamento. Novamente Alberto se detém, ofegante. Nota-se que, no íntimo, ainda não se conformou com essa senteça. Ainda não sabe dominar a revolta que isso lhe causa. Por fim, enxugando a testa com um lenço que exala delicado perfume, prossegue: A princípio Lulú se esquivava das atenções de Eduardo. Não esquecera a promessa e sabia que estava inclinada a deixar-me enlear. Eu

observava, calado, sem ter a coragem necessária de pô-la á vontade, de liberta-la desse compromisso tolo. Sentia pena da menina; mas sentia, também, um ciúme desenfreado. O amor, entretanto, foi mais forte. Ela sofria por não poder aceitar e corresponder o afeto de Eduardo. Assaltada pela sua insistência, confessou-lhe mentindo a promessa que fizera, "não a mim, mas à Virgem", de não se casar si eu me restabelecesse. Se, apaixonado, exaltou-se ante sua infantilidade. E, não conseguindo dissuadi-la de seus propósitos, veio falarme, para vér si eu podia tirar-lhe essa idéia da cabeça. Prometi. Mas sempre adiava esse momento que lhe abriria o caminho da libertação, que a levaria de mim... O narrador suspira, pensativo. •— Jma noite — continua — encontrei-a chorando, em seu quarto. Assustei-me. Perguntei-lhe o motivo, que aliás, eu não bem sabia. E ela mentiu-me, coitadinha! mentiu para magoar-me. Disse-me apenas que estava triste, sem saber mesmo porque, sem motivo algum. Mas agora que eu chegara para fazer-lhe companhia, a tristeza fugia: ela já estava alegre! E para convencer-me, sorria lindamente. Envergonhei-me, então, Mario. E falei-lhe do amor de Eduardo. Enrubeceu, envergonhada, como criança apanhada em flagrante, e disse-me não se importar; que ela não casaria nunca, para não me deixar. Eu exultava, intimamente; mas me dominei, e uma tolice; que eu prossegui a razoa-la. Fiz-lhe vêr que era não queria ússe sacrificio; que ela devia aceita-lo, porque éle era um rapaz direito, que muito a queria. Que um dia eu haveria de desaparecer e ela não podia ficar sosinha. Pergun"titia"! E ela perdeu o tei-lhe si estava disposta a ficar para acanhamento, Mario, e ganhou confiança, confessando-me corresponder ao seu amor. Ganhou confiança, bem o sei, não amor, que não pelas minhas palavras, mas pelo seu próprio mais podia reter... Deixei-a feliz, com a promessa de que falaria, no dia

(Termina no fim da revista)

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II - 1942


NORMAND DE SÁ

numa noite, após os trabalhos FOIde um dia agitado e cheio dc imprevistos, que Marquita, entrando no seu quarto de pensão, encontrou Nadir, sua amiga e companheira, soluçando, jogada em sua cama. O maior desalinho corria em todo o alquarto, denotando o espirito de Nadir angustiado. estivéra guem que era um verdadeiro mistério para Marquita. Bonita, jovem e inteligente, vivia amargurada, numa constante inquietação. Chorava noites a fio, outras vezes falava em suicídio. Nessa noite,. Nadir atingira ao auge da dôr. Seu corpo esguio e ondulante contraia-se pelo pranto. Convulsões sufocavam-na totalmente. Marquita aproximou-se. Apiedava-a aquela dôr viva de uma jovem que devia ser feliz, tinha todos os predicados para isso. Ela esqueceu, portanto, as suas próprias amarguras, para levar um pouco de calor àquela alma gelada e aniquilada pela dôr. Ao se aproximar, porém, da mesinha de cabeceira, teve um sobressalto, pois divisou um tubo de veneno em cima da mesa. Puxou Nadir violentamente, e intimou-a, com autoridade, a lhe explicar a razão desse desvario. A piedade, no entanto, apoderou-se dela novamente. O rosto de Nadir estampava uma dôr intensa. Lágrimas rolavam-lhe pelas faces e o pranto continuado havia-lhe modificado o semblante, inteiramente. Marquita apressou-se em arranjar-lhe um calmante, foi aos poucos procurando consolar a amiga, afagando-a com ternura. A dôr de Nadir foi aos poucos cedendo, ante os carinhos recebidos. Mais calma, Nadir começou a pensar em Marquita quão carinhosa fôra para com ela. Abriu seu coração, de uma forma absoluta. Contou-lhe sua vida. Saíra da casa de seus pais, no interior, e viéra suportar uma vida de trabalhos, na cidade, pois em sua casa só encontrava recordações do passado. O seu ^coração vivia pungido pela dôr. Em todos os recantos daquela casa via a reprodução de outróra. Fôra quasi noiva de um oficial do exército, êle representava tudo para ela. Vivêra uma vida de encantamento. durante êsse noivado. Conhecera-o O

MALHO

num baile. Ele garriao c amoroso, seguira-a. Conheceram-se, e êle captou, desde logo, a simpatia de todos. Fôra uma dôce quiméra a ilusão dêsse amôr. Veiu despertá-la a fuga de seu noivo inesperadamente. Deixou-lhe uma carta; nessa carta estava encerrada toda a tragédia de sua vida. Tivera, antes de conhecê-la, uns amores fáceis. A jovem impelira-o a certas facilidades, tendo surgido, infelizmente, as consequençias. Iria cumprir essa divida de honra, com o coração despedaçado. A lei assim o exigia, e êle não podia, como militar, fugir às responsabilidades de um ato cometido numa hora de irreflexão. Seria sempre seu, no entanto, partindo com a alma dilacerada pela dôr. Nadir levantou os olhos tristes para Marquita. Desde êsse dia é que a sua vida torturada não mais lhe interessava. Queria morrer, acabar com a sua existência diluída. Nessa tarde, porém, a dôr se agravara terrivelmente, vira-o, após três anos de separação, numa parada. Estava abatido e magro, ao vê-la a sua fisionomia se iluminára, sentiram-se no mesmo estado de há três anos. O amôr não morrêra, muito ao contrário, tornara-se mais intenso. Sentirase atraída por êle, de uma fôrma extranha. O que fazer, no entanto, estava casado. Ela prejudicaria tudo nesse instante. Segui-lo-ia para qualquer parte. Êle combinára, mesmo, telefonar para ela antes de embarcar. No auge do desvario, sem saber se devia ou não se entregar, é que comprára aquele veneno. Marquita tornou-se séria e pensativa. Resolveu chamar Nadir à razão. Disse-lhe, portanto, em tom severo, da inconveniência desse amôr. Era ilusão pensar na felicidade. Seria uma alegria tão fugaz, quanto fôra o seu noivado. Depois da posse, viria a razão. Aí, abominaria o seu amôr. Seria uma vida de infortúnios. As palavras de Marquita foram, a pouco e pouco, transformando a dôr de Nadir. Já reciocinava melhor. Foi aos poucos concordando com Marquita. Era melhor, talvês, esquecê-lo, mas como? Êle fazia parte integrante da sua vida. Habituara-se a amá-lo. Não podia ser outra a obcessão em que vivia. Marquita, mais experiente 44

da vida, não hesitou em darrlhe conselhos. Sim, deveria esquecê-lo. Nãc era mais que um desvario, aquels paixão. Marquita possuja largos cir culos de relações, dada a sua profis são, poderia apresentá-la a muitos rapazes elegantes e mais dignos de Nadir. Combinaram que sairiam juntas, dêsde então. Nadir, elegante e esbelta, os seus cabelos castanhos, caprichosamente penteados era alvo de todos os olhares, Marquita, pequena e viva, procurava distrair a amiga. Desciam a Avenida Rio Branco, indo em direção à Cinelandia. As duas amigas pareciam felizes, dada a expressão dos seus olhares e a mutua compreensão que parecia haver entre elas. Entraram numa casa de chá, tomando assento numa mesa próxima à porta. De súbito, alguém se aproximava. Marquita teve uma exclamaçào, quem se chegava era um conhecido escritor, seu amigo. Ofereceulhe assento à mesma mesa. Fez as apresentações de estilo. O escritor P. L. era um tipo atraente e insinuante. Estatura alta, corpo reforçado, êle parecia um cigano, com seu olhar profundo, a tez amorenada, tinha a beleza mascula dos homens de Espanha. Dêsde logo Marquita notou o olhar penetrante com que êle fixou Nadir. Esta, por sua vez, correspondeu a êsse olhar, estabelecendo-ge, dêsde logo, uma franca camaradagem entre os dois. A palestra seguiu naturalmente o seu curso, tendo sido abordados diversos assuntos, sem que Marquita deixasse de perceber a compreensão reciproca que se estabelecêra entre os dois amigos... Há duas semanas que Nadir encontra-se com o escritor P. L. O amôr, expontaneamente, se manifestára. "coquette", novaNadir tornou-se mente, usando penteados novos e vestindo-se com apuro. Marquita entre surpreza e satisfeita, presencia a nova vida de sua amiga, com satisfação. Nadir, porém, entre sorrisos, conta-lhe o quanto a surpreendêra ao conhecer o seu novo amôr. Êle personificava o seu antigo noivo, tal qual fôra outróra; não o de hoje abatido


e magro, porém, o jovem elegante e possuindo um poder de insinuação que a fascinava... Era pois a personificação do outro que ela amava. A inteligência "do escritor a seduzira, não havia duvida, porém o que mais amava era a sua estampa, que lhe recordava o outro. A personificação do que ela amara, com ardor. Seguiria o amor, dessa fôrma, não importavam as conseqüências... Marquita inquieta, assistia ao curso do amor de sua amiga em que ela teve ocasião de verificar as metamorfoses de Nadir, o que já lhe preo-

cupava. O seu amigo peaira-a em casamento. A familia, satisfeita, acedera ao pedido. Parecia correr tudo, admiravelmente. Qual não foi a admiração de Marquita ao vêr entrar, de súbito, a Nadir, que trazia uma lágrima rolando pela face descolorida. O que acontecera? Porque chorava? Nadir contou-lhe, então, o que ocorrêra. Não era possivel continuar o amor. O seu amigo era ciumento e intransigente; não a compreendia. De mais a mais um seu antigo namorado, o que lhe dera algum consolo após os infortúnios que lhe ocorreram, ao chegar ao Rio, fora novamen-

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te procurá-la, pedindo-lhe que voitasse para êle. Não podia suportar mais a dôr de vê-la com outro. Nadir chorava agora. Sim, ela seria a portadora da infelicidade? Amava um liomem que morrera, personificado noutro que vivia, porém, desejando dar-se ao homem que a implorava. Marquita estava agora silenciosa, sem saber o que dissesse. Nadir era uma mulher enigma. Sim, ela talvez tivesse razão, era o seu destino atros e impiedoso que a perseguia, a sombra do passado que não permitia a reconciliação com o futuro. Nadir, no entanto, tomara uma resolução; iria passar uns dias na casa de sua tia em Niterói, abandonaria tudo...

Marquita ao passar na Avenida Rio Branco encontra, no lugar de costume, o seu amigo, à espera de Nadir. Como? Ela nem siquer se explicára com êle? Acerca-se, com uma resolução firme e inabalável. Tinha pelo seu amigo uma estima imensa. Não queria vê-lo sofrer. Era digno e elegante. Não tinha culpa do destino de Nadir.

Juntos no café, o seu amigo, num longo olhar, firme e penetrante, deixando desprender-se a fumaça do cigarro, diz-lhe o quanto deplorava Nadir. Marquita após ter explicado o passado de Nadir, diz-lhe para abandonar esse amor. Nadir não poderia dar felicidade. Êle merecia ser feliz. Êle, porém, na sua grande psicologia, havia percebido tudo. Quizera, apenas, curar Nadir. Tinha por ela uma grande afeição, mas o amor já não tinha mais segredos para êle. Procuraria esquecê-la, portanto. O destino não permitira a ilusáo. Só pedia a Marquita que lhe arranjasse a devolução de suas cartas e retratos. Marquita, ao despedir-se, tinha vontade de chorar ao lembrarse de sua amiga. Ela seria sempre uma mulher insatisfeita. Talvez que o seu apaixonado de então lhe proporcionasse alguma felicidade, porém, seria difícil. Nadir rejeitara um bom casamento para aceitar, talvez, o que lhe implorava o seu amor. Ela, no entanto, seria sempre uma mulher enigma. Haveria sempre de chorar o seu pelo outro, o que personificara ideal. E, assim, desafiando o destino, iria a sua amiga, como muitas outras, levando para pelos caminhos da vida, um grande de segredo o túmulo o amor... II — 1942


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quando abriu a porta do elevador. BC sexto andar do ed.ficio onde trabalhava. FOI que Anselmo teve a noção do perigo que pesava sobre sua cabeça. A lembrança lhe veio num lampejo e êle, com uma clareza espantosa, enquanto marchava pelo corredor, em busca da porta do escritório, teve a visão perfeita do que iria acontecer, em conseqüência do imperdoavel esquecimento. Na véspera recebera aquela carta. Depois de uma série infindável de peripécias de todo um demorado flirt. a principio inconsistente, e depois transformado em coisa mais palpável, mars real. viera-lhe a perfumada prova de adesão Não tivera tempo de responder, à tarde, durante o expediente. Ocorrera-lhe. então, um gesto audacioso: levara-a para casa, para tentar responder à noite, depois que Ana Maria estivesse deitada. Pretextaria um serviço mais urgente. Despedir-se-ia dela com carinho, aconselhando-o a não permanecer acordada até tarde por sua causa; prometeria que quando se fosse deitar, findo o trabalho, não deixaria de chamá-la pára ganhar o beijo de bóa-noite. e então quando ficasse só, no silêncio de seu gabinete, à luz suave e clara do abat-jour. bur.laria frases ardentes, faria uma resposta melhor do que a que pudesse compor durante o dia, com os ouvidos cheios do tiquetaquear das máquinas de escrever, das conversas por telefone e das piadas dos companheiros entre si. Tudo correra conforme essas previsões. Após o jantar sairá, com Ana Maria, para dar pelo bairro a costumeira volta noturna. E. à volta, após o cafezinho, também hobitual. retomara a continuação de um trabalho co-

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MALHO

meçado algumas noites antes, prolongando o serão até hora avançada. Quando, como de costume, Ana Maria começára a fazer os preparativos para se recolherem, deu o golpe certeiro: Querida, tenho que terminar este trabalho e vou ficar acordado até mais tarde. Para não te sacrificares, preferia que te deitasses sem mim... Ana Maria, após relutar, cedera, pois estava com sono. E, mergulhada a casa no siléncio, concentrando na resposta toda a sua já um tanto escassa inspiração doniuanesca, escrevera e emendara, acabando por escrever e gostar. . . Antes de ir dar na mulher o prometido beijo de bõa-no.te, tivera o cuidado de destruir todas as cartas começadas e postas de lado. Tornara a lêr a resposta definitiva e tivera um sorriso de satisfação: Está... do outro mundo I E só agora, ao sair do elevador, se tinha lembrado de que havia deixado um rastro sem destruir, uma pegada fatal, uma indiscutível marca do seu crime, ou do seu pecado, se fórmos mais generosos, ou da sua pequena falta — se formos mais generosos ainda. — Como é que eu não me lembrei disso ?! — pensava. — Se eu sei como Ana. Maria é ciumenta, desconfiada. .. Se sei que ela vive a espionar-me. a buscar por toda a parte um sinal de infidelidade, que examina meus bolsos, aspira perfumes inexístentes em minha pele, vasculha lê, nas minhas gavetas, linhas e entrelinhas, mi..has cadernetas de notas... Como é que eu fui fazer uma coisa assim?! De que lhe valia ter tido tanto cuidado De que lhe valia ter tido tanto cuidado em destruir as páginas escritas e postas de lado. de que lhe valia ter sabido táo genialmente ocultar a carta recebida e a respectiva resposta, se lá tinha ficado, no mata-borrão da escrevaninha, a prova insofismável de tudo ? Que idéia tivera, que lamentável idéia, a de usar o berço de mata-borrão para secar a carta ! Que idéia, que idéia idiota, a sua ! Desde que se casara, a mulher sempre vivera desconfiada. Talvez porque êle, um pouco para se dar valor, lhe contara coisas, episódios, ocorrências de seu passado, em bóa parte dedicado a aventuras com o outro sexo. Ou. talvez, não: apenas por ser ciumenta e desconfiada, como toda a mulher O fato é que Ana Maria o trazia numa roda viva insindicando, vestigando, espionando, pondo verdes para vê-lo cair, provocando confusões para apanhá-lo em contradições.. . Tinha a impressão de que aquilo já era. nela uma espécie de mania. Estava empenhado seu amor próprio. Como o naturalista que se esgota, que dá tudo. que morre à procura de uma espécie rara que cismou de descobrir, assim ela fazia. Procurava, buscava, esmiuçava. Mas em vão. Se era viva a vigilância, mais viva e atilada era a ação do vigiado .. 1. nos seis anos de vida comum nunca, até então, Ana Mar.a conseguira achar a prova buscada, a sonhada prova de sua infidel.dade. Pra mim. — ela dizia — você não é nenhum santo. Eu ainda não peguei a prova, nenhuma prova de suas piratarias, mas um dia... Ah ! um dia ! Apesar de esperto. Anselmo receiava bem inadverténcia pudesse originar que qualquer "um esse dia". Não sabia bem do que seria capaz a mulher, se o pegasse em falta. Quem é capaz de imaginar de que será capaz uma mulher com ciúmes ? E agora, cheio da certeza de que a prova deixada em casa seria fatal-

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de

QALVAO

DE

QUEIROZ

mente achada, essa dúvida ainda maior se fazia em seu espírito. Que atitude ela tomaria ? Qne faria, ao encontrar —i e encontraria, na certa, isso nem êle queria discutir! — a prova evidente, no mata-borrão ? Por momentos lhe vinha o receio de um gesto violento da mulher. Teria ela coragem para fazer uma tolice ? Ao pensar nisso, sentia um arrepio ! Mas. talvez nem visse coisa nenhuma, e estava êle ali a se amofinar inutilmente... Mas como ? Como admitir que Ana Maria, um verdadeiro detective. que andava a farejar infidelidades por toda a parte, que até nas suas listas de bicho andava a ver telefones suspeitos, fosse deixar escapar a marca paipavel. visível, deixada por êle. imbecilmente, tão á vista, tão à mostra... A manhã lhe correu entre angustias e temores. Não atinou a fazer nada direito, no escritório. Quasi desistiu de mandar pôr a carta no Correio. Andava, virava, ci-lo a imaginar coisas tétncas. coisas negras: Ana Maria fazendo escândalo, tentando o suicídio, contando tudo à familia. Seu nome citado... O caso na boca dos chefes, das pessoas de sua amisade... "outra" E a envolvida em tudo. sem que nada "concedido" mais tivesse do que aquela primeira carta, tímida, receiosa... A hora do almoço pareceu não chegar nunca. Porque — curioso! — seu desejo era o de voltar o mais depressa possivel para junto da esposa, para ier logo em que tinha dado a coisa. . . Sentia viva a necessidade de saber, de esclarecer a situação, de enfrentar tudo. . . Era preferível isso àquela incerteza, à angustia de esperar, conjeturando. imaginando... No ônibus, a caminho de casa, sentia-se atordoado. Tinha a impressão de estar colocado num plano mais alto. de estar acima dos outros, a cavaleiro de todos, de ser até imponderável, feito de outra matéria diferente da de que é feita toda a gente, estando entre todos sem realmente ali estar. Sensação de sonho, de pesadelo, difícil de descrever. O ônibus parou na esquina e êle saltou com as extremidades frias. As mãos. então estavam geladas ! Pelas axilas lhe escorria un suor gélido, incômodo. Mas tratou de subii corajosamente a pequena ladeira. Como seria recebido ? Que a atitude de Ana Maria ? Como reagiria ela. tendo achado, afinal, a prova, depois dc onze anos de busca nnprofi.ua, de inútil perseguição ? E se. ac chegar, já encontrasse o lar vasio. e em luga. da mulher achasse um bilhete dizendo quc tinha ido para a casa dos pais ? E. se. ao entrar, fôsse logo sentindo o cheiro caracteristico do gás. c a fôsse encontrar desfaleeida. no banheiro ?! Apertou, emocionado, o botão da campainha. Segundos depois, a chave girava na fechadura e Ana Maria aparecia como todo; os dias. fresca ainda do banho, pírfumosa. rosada, envolvida no peignoir. . . Em vez da temida expressão de ódio. desprezo ou dór profunda, mostrava um sorriso, um dos seus mais belos sorrisos de felicidade. Querem vêr que ela nada achou ? — foi o pensamento esperançoso de Anselmo. Mas não queria crer no que parecia a verdade. No intimo, apurando bem. estava até desapontado. Sentia-se quase logrado por ter imaginado tanto, para nada se realisar. O almoço foi servido. A fisionomia de Anselmo revelava quase o seu desapontamento. Falou pouco, de inicio Ana Mana. entretanto, estava animada, sorridente, loquaz. Por fim. o pobre rapaz não suportou mais a situação. Escuta — começou. — Estás com um jeito alegre... Que é que houve por aqui? Viste passarinho verde ?

(Termina no fim da revista)

II

1942


A VERDADE NUA A roupa é o manto de misericórdia que a Arte lança sobre as misérias da Fôrma. O nú é, quasi sempre, uma reação da Verdade contra a estética... —x— O nú só não é casto quando mal vestido. O nú, como a Verdade, deve ser absoluto.

A mulher é o animal que dispende maiores quantias para atingir à perfeição simplíssima do Nú... —x—

osso invariavelmente triste, que tem por fim principal evitar os choques laterais nas pernas respectivas... —x— A verdade núa e crua é uma bobagem. Alguém já conseguiu cozinhar ou assar a Verdade?... —x— Se a Natureza não fosse em favor do nú, para que teria vestido o esqueleto humano de músculos, cartilagens e pele?...

Ainda que o hábito de todos os povos o permitisse, as mulheres nunca andariam inteiramente despidas, porque elas tem horror às situações claras e singelas... Preferem fingir que se vestem a renunciar, simplesmente, à roupa...

A Indumentária não passa, afinal, da arte de rebocar os estragos causados pelo Tempo ou pela Natufeza... —x—

"bem vesDá-se o nome de uma mulher tida" à que se sabe despir com elegância...

O Paradoxo é uma verdade embuçada num capote de peles... E' certo que "o hábito faz o monje", mas também não se discute que os monjes (sobretudo das ordens pobres) façam os seus hábitos... —x—

O nú das crianças, o nú inocente é perfeitamente silencioso. O nú pecador é gritante e agressivo... —x—

As mulheres elegantes dos nossos dias são, via de regra, configurações geográficas cujas nove décimas partes são conhecidas de todo o mundo et son père...

Quando uma mulher moderna se recata muito, ou tem a perna torta, ou a meia rasgada... —x— Vestir é abafar, com uma simples convenção, o terrível problema da Fôrma...

Uma mulher de bom gosto nunca deve mostrar o seu tornozelo nú. O tornozelo é um

—x—

O osso é a última e definitiva fôrma do nú universal...

O uso do chapéu, entre as damas, é um modo sutil de esconder o problema do Nada...

—x—

—x—

As montanhas não se preocupam em vestirse e nem por isso deixam de ser mais decentes do que muitos homens e mulheres... Pelo menos, foi no cimo de uma montanha que Moisés recebeu, do Senhor, as taboas da Lei...

90% da beleza das mulheres é simples arranjo inteligente dos trapos e das tintas...

Uma dama que continua bonita depois de lavar o rosto — ou é uma perfeição, ou usa tintas inapagáveis...

Vestir um nú é uma obra de misericórdia, mas nunca se deve vestir um nú de outro sexo, a não ser que se trate de uma criança...

II — 1942

47

Há senhoras tão gordas que debruçadas sobre si mesmas...

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O busto está para a mulher assim como a côr para a pintura e a linha para a escultura: é uma sintese e uma definição... —x—

Uma mulheer dificilmente pensa quando tem um chapéu na cabeça: a idéia e o chapéu pesam demais para se suportarem juntos... —x—

A mulher elegante trata melhor das pernas do que da cabeça. E tem razão: a cabeça nunca levou ninguém para diante. As pernas, sim... BERILO NEVES

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Nao Não

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conferências comemorativas tornapalestras e conferencias NASse enfadonho alinhar datas, mais proprias próprias do Não vos direi, pois, que sêco das biografias. Nao estilo seco Magalhães nasceu a 13 de Agosto de Gongalves Gonçalves de Magalhaes 1811, na cidade do Rio de Janeiro, segundo uns ou Niterói, como afirmam outros, baseando-se em em Niteroi, Confederação dos uma passagem de seu poema, A Confederaijao i'amoios", iamoios", na qual exclama: Tafoyos", na qual exclama: "Niteroi ! Niteroi "Niterói és formosa Niterói ! Como es berço." Eu me glorio de dever-te o berijo."

CLAUDIO CLÁUDIO DE SOUZA (1938)

üntoloqio PITORESCA SdKfio * PRACUSTO Meu

Y

"Legenda apareceu o meu livro de versos QUANDO 1911. de vida", em Setembro da luz e da João "Jornal escredo Comércio", "y" numa crônica do Luso, "Álvaro e Moreyra... A implicancia dêste veu: a vontade que se tem de errar êste nome !" Dez anos "Revista do Brasil", a d'"0 outro depois, na proposito"Álvaro Molado da vida", disse Monteiro Lobato: "y" de trabalho começa o reyra... Já neste grego Com menos simpatia, muita gente estilo de Álvaro. . "y" Eu podia lembrar tem implicado com o meu aos amigos e ao público em geral que, descendendo de portugueses, encontrei no passado numerosos Vieyras. ferreyras. Silveyras. Não"i lembro. Conto-lhes e que, certo dia. que eu me chamava mesmo com um jornàl de Porto Alegre trouxe uma notícia assim:

MENOTTI DEL PICCHIA (1941)

Definindo

Onfem a noite, pela cid ide baixa. Álvaro Moreira e o seu costumado grupo andavam oferecendo à venda um gramofone. A policia desconfiou da origem do instrumento e meteu os meliantes no xadrez." "y" Por que eu Eis aí por que aconteceu o meu não Isso. aliás, confusões... medo das tive sempre evitou que surgissem, mais tarde dois novos Alvaros Moreyras. fazendo coisas que eu nunca fiz... Um. roubou um guarda-chuva no Ministério da Agricultura. O outro tratou casamento no Meier.

ANTONIO

ALVARO MOREYRA MALHO

a

Academia

OUVE na Faculdade de Medicina do Rio. bisonho professor de Física e que certa vez deveria discorrer acerca dos barometros. "O barometro é. meus senhores..." e não lhe saia dos lábios emperrados a definição: pigarreou ansioso, sem que lhe aparecesse a fórmula simbólica da linguagem. Conseguiu enfim salvar-se. Tomou do aparelho e cx"O clamou enfaticamente para os alúnos: barometro é éste instrumento que vos mostro" c fez passar dc mão em mão o aparelho de Física que lhe ia matando a honra didática... Parafraseio o obscuro professor A Academia... é a Academia que já conheceis tio cheia dc vigores, recamada dc estrelas que povoam este ambiente: algumas já partiram ad immortalitatem. mas continuam a fulgir no céu. como no celebre soneto de Bilac ás virgens mortas.

"Meliantes

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|l I UMA semana estava pronto o poema. O autor mantê-lo inedito. inédito. Na realidade, em pensou em mante-lo Itapera, ele não tinha sequer a quem mostrar sua êle nao eleições obra. De tudo entendiam os itapirenses: de eleigoes bravias, de plantar cafe, clube, café, de jogar bilhar no clube. farmácia, menos de de falar mal da vida alheia na farmacia, versos. Versos eram coisas absolutamente desnecescenário sarias sárias naquela pequena terra que serviu de cenario "Lais", "Lais". .sérias preocupagoes que causou .serias preocupações popara a liciais devido a um linchamento e que constituia constituía um algido álgido tumulo túmulo a quaisquer veleidades literarias. O enpoema estava destinado a morrer na gaveta. Foi en¬ milagres ! — apareceu, em tao tão que — milagre dos milagres! Itapera, o editor ! média criatura que se nutre dc O editor, essa media miolo dos artistas, eé bicho arisco e chucro, chucro. mesmc mesme nas grandes capitais. O leitor nao não acreditara acreditará qu« que houve editor em Itapera se nao não declinar o nome dc heroe: heróe: Rodolfo Paladini. Esse fidalgo de alma flofiorentina. cuja carreira posterior devia ser brilhante. brilhante, bocejava num grande armazem armazém de ferragens. ferragens, em cujos fundos possuia clássico possuía um prelo no qual imprimia o classico hebdomadario hebdomadário local. Vamos botar isso em letra de forma—propus. forma — propús. "Juca Mulato", por£m, O autor de amava por porém, "Juca" somente sairia demais sua ainda tenra criatura. em publico público muito bem vestido: bom papel e impresimpecável. sao são impecavel. Vamos vesti-lo com papel de Holanda e imprimi-lo-emos com tipos especiais. Veiu o papel. Veio a fonte de tipos. A primeira exemplares, hoje rarissima — saiu um edigao edição — 500 exemplares. mimo. Nas suas posteriores dezesseis encarnagdes encarnaçòes tão lampeiro como da jamais Juca se apresentou tao êste mundo. mundo Paladini esmerouprimeira vez"Mulato" que viu este "Mulato se. Mas Ma6 o surgira irrequieto demais. Saltou das fronteiras municipals municipais para as do Estado. Estado, depois do pais e depois do continente. Nao Não houve meio dc ter mao mão sobre seu sequioso impeto ímpeto de viver na larga exempaisagem das letras patricias. patrícias. Os quinhent^i quinhent^; exem¬ até os cento e quarenWi plares se multiplicaram ate quarenta mil

Magalhães Parecera Parecerá a algum espirito ironico que Magalhaes nascido, pois em certo, onde tinha nascido. nao não sabia, ao certo. outros versos canta o Rio de Janeiro como sua cidade não ser que tivesse nascido numa das barcas natal. A nao baía, de Niteroi, Niterói, quando se achava ela em meio da baia, confusão ficando o nascimento sem terra certa pela confusao das aguas... conclusão de biográfos aà conclusao Chegaram felizmente os biografos então. Nibaía de Guanabara era, entao. que o nome da baia contradição de ter6i, terói, explicando assim a aparente contradi^ao quem tendo nascido no Rio cantava a Praia Grande como sua terra natal.

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encamapao encamaçào primeira "Juca Mulato"

AUSTREGÊSILO

(1928) 48

II — 1942


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"estrelinha" que se Esta é Toar, Lesiie, revelado da Warner Bros, uma destacou recentemente em "Sargento York", ao lado de Gary Cooper. "estrela". A fotograE logo depois, de "estrelinha" passou a categoria de fia diz bem Hollywood, uma pequena de grande quem é a nova Joan de futuro, uma destas não aparecem todos os dias no eipersonalidades que nema americano.


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OBERT MONGOMERY fez dois filmes ultimamente, fóra da Metro, lies de assumir seu posto de "attaché" naval na Embaixada Americani ! Londres. O primeiro foi "Que espere o céu", na Golumbia ( considedo um dos melhores trabalhos de sua carreira ), e o segundo — ".Deliosa aventura", na Univerpal, com Irene Dunne, do qual damos a rui acima.

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ANN AYARS, a "estrelinha" twva da Metro, felicita ( fê-lo com um beijo, diz a legenda original da fotografia ) o veterano Lioncl Barrymoro pelo 26.° anivers.írio do popular ator na Metro, durante a filmagem do mais recente celulóide da série "Dr. Kildare" hionel trabalha tia Metro desde os primeiros tempos dessa emprêsa, então Foi independente. até diretor naquela época...

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Fevereiro de 1912 apesar de ter 29 dias, foi um mê fraco para os "fans" daquela época. O Carnaval e a morte do Barão do Rio Branco, foram, naturalmente o motivo. O acontecimento do mês íoi o cinema colorido pelo processo inglês "Kinema - color", apresentado no "Avenida". Alguns dos filmes coloridos exibidos foram : — "Um dia de re"Na praia de Ostengatas em Henley", "Inauguração do monumento à de", Rainha Vitória", "O Rei da Inglaterra e o Kaiser alemão", "As caratas do Nia"Cerimonial da invesíidura do gara", "Príncipe de Galles", "No Reinado do terror" ( episóódio histórico do tribunal da Revolução Francesa ), "Corrida de motor - boats", "Por ordem de Napoleão" ( outro filme histórico ) ... O Sr. Staffa apresentou três estréias da famosa Nordisk — "O pássaro estra~iho" ( Asta Nielson, escrito por seu marido Urban Gad ), "Annie Bell" e "A filha do caminho de ferro" — ou — "A engeitada" ( ambos com a elegante Wuppschlander ) e reprizou "A vitima do mormon" e "Tentações das grandes

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Aqití eatá o "moderno" ( se assim é possível chamáÍdolo dos filmes cm lo ... ) Antonio Moreno, o antigo "Casa do ódio", de Pearl série da Vitagraph e Pathé ( a "FiesWhite ainda faz saudades . . . ), numa cêna de "seboA Roach. Hal ta", musical em Técnicolor, de rifo" é Anne 8ayars e o da direita, George Negrete. Esse filme marca também a volta ao cinema dc Armida, que tanto sucesso alcançou nos primeiros filmes falados.


cidades" ( este um dos primeiros grandes sucessos da Norcíisk ) e "O romance de um moço pobre", da Ambrósio, com Alberto Capozzi e Gigetta Morano . . . No Odeon, da empresa Zambelli, entre outros filmes, foi exibida uma "Vida de Chopin", colorida. No Cinema Paris ( de Couto, Pereira & Cia. ), foram apresentados, o "Romeu e Julieta", colorido da Pathé Frères, em duas partes, e uma "charge" ao feminismo, com Mistinguett, "Viva o feminismo". "O torneio do cinto de ouro", conti medievai, colorido da Pathé, "A Tosca", da mesma fábrica, e "O esquife de vidro" histórica fantástica da Eclair, passaram no Ideal. E, o distribuidor desta última fábrica, tão saudosa dos "fans", publicava um anúncio, sensacional naquela época, que dizia isto : — "Z — Quem foi que disse que ZIGOMAR tinha morrido debaixo dos escombros fvmcgantes de sua misteriosa caverna após a expiosão da cripta ? CORREM BOATOli ... — Z". — Era a continuação do célebre filme policial "Zigomar" ... O cinema brasileiro estava representado pelo CineJornal Brasil e as atualidades de L. Musso & Cia. ORSON WELLES, a grande revelação do ano passado, com seu admirável "Cidadão Kane", dirige agora seu segundo filme para RKO - Rádio — "The Magnificent Ambersons". Desta vez, o homem que assustou os americanos pelo rádio, anunciando uma sensw.i nal invasão dos marcianos, não trabalha como ator. Ê apenas o "cenarista" ( a história é de Booth Tarkington ), o diretor e o produtor ( garantia de que o filme será novamente artístico sem interferência da bilheteria . . . ), e Tim Holt, fi-

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BETTY GR ABL E nasceu em Kansas City, no dia 18 de Dezembro de 1916. Cabelos louros e olhos azues. Começou no cinema, fazendo pequenos papeis. Teve a sua primeira "chance" em "A alegre di¦ vorciada". Mas só, ultimaniente, em "Serenata tropical", é que ganhou fama.

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o diretor e Tim Holt, no infervalo da primeira filmagem. — —

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JACKIE COOPER nasceu em Los Angeles, no dia 16 de Setembro de 1923. Começou no cinema nas célebres comédias infantis da "Our Gang". Ganhou fama como "garoto- prodígio", em "Skippi", "O Campeão", "O bamba da zoni" e outros filmes. Hoje é galã juvenil.

PRISCILLA LANE nasceu em Iowa City, no dia 13 de Junho de 1917. Cabelos louros e olhos azueo. irmã de Lola e Rosemary na vida real e nos filmes da série "Quatro filhas". Fez a sua estréia, com Rosemary, em "Aprenda a sorrir'.

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JEFFREY LYNN ( Ragnar Godfrey Lind) nasceu em Auburn, Massachussetts, no ano de 1910. Sua entrada no cinema deve-a a Bette Davis, que viu um test seu e entusiasmada, o recomendou à Warner. Intérprete da série "Quatro fillias".

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O Jíinisfro do TrabaZfto, Sr. Marcondes FiZfco, guando /asia

EALIZOU - SE a 20 do mês p* findo o encerramento do Concurso anual de robustez infantil, promovido pelo Instituto dos Bancários, tendo o Sr. Marcondes Filho presidido a solenidade da entrega dos prêmios. O titular da pasta do Trabalho, falando sobre a finalidade do certame, exaltou a iniciativa d° Presidente do Instituto dos Bancários, Sr. Aderbal Novais, a quem se deve a realizarão dêsses concursos, que importam em valiosa contribuição para o forfalecimento da nossa raça. Terminada a solenidade com a entrega dos prêmios aos candidatos vitoriosos, o Ministro Marcondes Filho, em companhia do Sr. Aderbal Novais, visitou 'nstalações do Instituto.

Mesa que presidiu a soU nidadt . vendo-se, à esquerda do lilinistro Marcondes Filho, o Sr. Aderbal Novais, presidi d(j Instituto dos Bancários.

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bejamente demonstrados, teve oportuni-

Comercial do Rio de Janeiro quando, por ocasião de uma de suas reuniões

dade de fixar

semanais, fazia uso

e da realidade panamericana, tendo tra-

da palavra

João Daudt de Oliveira,

o Sr.

1.° Vice-Presi-

dente da prestigiosa agremiação e figura de grande

projeção

nos

meios

çado um esboço de programa de ação, % cheio de iniciativas do maior alcance para os interesses

do

comércio coano

ciedade é também elemento muito con-

fonte de riqueza ou como profissão, com

ceituado.

o fim superior de garantir-lhe uma es-

O Sr. João Daudt, que é dono de uma bela cultura e poissúe dotes oratórios soO

face do momento atual

indus-

triais desta Capital, em cuja melhor so-

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servadoras, em

a situação das class>es con-

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trutura sólida para as realizações de que é capaz. II — 1942


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e esplendente apresentação. Inspirado em L'Aimant — o perfume iman — Coty criou uma nova apresentação para personalizar o seu Pó de Arroz perfumado a L'Aimant. E deu-lhe também 12 tonalidades jovens e modernas. Assim, a Sra. poderá escolher o tom que convém à sua cutis, nessa variada coleção de cores... desde o Noisette — para os tipos de — até o Rose Chair — para as louras delicadas... Com pele morena uma finura própria para aderir perfeitamente sobre o rosto, o Pó de Arroz L'Aimant de Coty fixa-se uniformemente, confundiudo-se com a côr natural da sua pele.

UAimant

A fO;~> ojoCDW *\

em

nova

ARROZ ^^AIMANT

COTY S. A. B. — I)cpt. de Beleza - Caixa Postal 199 B:o Desrjosa de txperimrnlar o P6 de Arroz j . / / / . 147 'imanlado" de Coty, peço enriar-me uma amostra do tom abaixo sublinhado: NOME TONSr Branco, Koaa, Natural, Ocrf, Ocre RUA... Honado, Ocre IVOrient* Kaqurl, Kaquel Foncf, Raquel N a cri', 1'èche, Noisette, CIDADE Kote Chair.

ESTADO

às 21,10 horas, a famosa Orquestra tôdas as 2as., 4as., e 6as., as f\HCA t6das Rádio Mayrink Veiga na Rddio VENTURA, VENTURA, RAY OUÇA Francesa Francesa de ^ 25,50 de curtas ondas do Rio e nas Paulo. São Paulo. Rádio Difusora de Sao metros da Rddio Q ^ ^PV APRISCNTADA POP C APRCStNTADA POR | tm «L "MiLa

O

MALHO

— 56 —

II — 1942 . jêi


Pijama de crépe de seda vermelho vinho, ornado de grandes e alvas flores tropicais. Destina-se a jantar, e foi desenhado para Joan " Leslie, artista The Wagov.s que a Warner apresentará em Roll At Night". mmÈs^MBmm.

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fiHiiisiaa SUPLEMENTO

FEMININO por SORCIÈRE "leitora

amiga" um bilhete em Logo ao despontar do novo ano recebi de que me pedia para definir, por esta página, o que entendia por elegância. Há alguns anos certa revista do Rio promoveu um inquérito para conhecer o que da elegância pensavam os intelectuais patrícios. Naquéfe tempo Medeiros e Albuquerque não podia, então, deixar de ser ouvido, e o foi.

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Disse coisas interessantissimas, como lhe era de habito, mas não disse tudo. O melhor, numa definição ótima, guardou-o êle para um dos seus mais "Por alheias terras". ap'audidos livros — Aí nessas impressões de viagens, impressões de quem sabe vêr com agude"de um modo za e tirar do que vê observações sempre novas, disse êle que, é elegante nenhum não revelar movimento esforço". um quando parece geral, Por aquela época tive eu ensejo de comentar a entrevista do grande homem de letras, e escrevi que, no fim de contas, todo áto, toda ação, é um movimento, perceptivel ou não, mas sempre movimento. Logo, no fim delas, e também de um modo geral, todo áto, toda ação é elegante quando não parece revelar nenhum esforço. Há, entre+anto, uma porção de nadas e nadinhas que revelam esforço, mas não deixam qué quem os pratica vislumbre o que tanta gente enxerga.

A pintura do rosto por exemplo e abusa do Mulher muito avermelhada [• há muito boa gente que usa roupa lavada, ou sol ao torcer e estender carmim) o que sugere é que veio de veio da boca dei um forno quente. realidade, um estorMas não é só sugestão o que aí existe, também há, na "camelot", do — o seria que, para como co visivel — o de chamar a atenção "bâton", e se escarlate de vestisse puzesse se anunciar qualquer novo carmim ou a gritar — só é pálido quem quer! . . _ . esforço visível. ToO Pa'sso muito bamboleado ou de légua e meia é outro dos quadris ou o alargar demasiadamente dos estão a notar quanto custa a dansa as passadas. , .. ... muita moça bonita O pequenino chapéu de palhaço - tão do gosto de num esforço, numa desele- faz pensar num trabalho de equi\ibrista, portanto

Ctaudette Colbert, a encantadora "star" da Paramount, adqueriu este vestido de crcpcn branco, adornado de flores tropicais. E' uma creação de Irene, especial para miss Colbert, e se caracterisa pelo corpo muito ajustado, as mangas curtas e o decote em fôrma de V. A saia reta leva plissados de um lado, dardo impressão de suave "drapé". A estamparia de jlôrcs é branca e preta, parte do ombro e vai às cadeiras.

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tirem-se, então, os A lista é longa, e não cabe toda aqui. Pelos domingos dias santos. Esses exemplos farão conhecer os outros. o espe-ho. As inúmeras leitoras desta página não terão, porém, de consultar o menor Todas^o elegantíssimas, e em nenhuma delas se poderá descobrir senão. nestas, é Cada uma tem, todavia, muitas amigas, e nestas, principalmente encontrara. nem que poderá ver o que no espelho não encontrou, e logo Examine-as, pois, com calma, com calma atenção, meticulosamente, definição do aqudla convencerá de é>preciso respeitar que para'se ser elegante Medeiros. , x se esta fazendo. Não se faça força, ou se se fizer, não se mostre que

vo de que Er s à le, or Ainda resta um pequeno espaço para avisar Bras^que O hv o Weber acaba de lançar a segunda edição do seu excelente Ímpeto , brochu eu vi", e Ada Macaggi Bruno Lobo tem recebdo elogios por ra onde ela reuniu seus melhores poemas.

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Como Vestem Maureen

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"shantung",

blusa 6 marinheira bordada "tatuagens" azues, sala no et-

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É realmente galante "ensemblet favorito

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gracoso

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noite,

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e mui

gênero

uma na

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blusa.

traje

para Rita "p.stache". doura-

Pulseiras

de

ouro.

II — 194J

— 59 —

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Novo

estilo

de traje

a ma-

rinhaira. Sob as mangas amPias a

nas

l.nha

cavas larga

conjorva-se dos

ombros.

de

seda

metálica

de

gosto

forro

renda,

Bolsa

e

do

de

novidade

gosto

arr.e-

ricano. "sport"

Bem "shentung"

este amarelo

vestido sol,

Foi desenhado para Kay Harris, da Co-

d*

lumbia,

c'nto

d* verniz preto.

O

MALHO

este

traje

tramaios

— 60 -

azul rosa

de

louça

e an-

"festonés" no tom. o"^°_e "shantung" rosa, parisienses: de ' de p.q"e gravata de veludo verde garrafa; e bonita composição noite. à branco, entremeios de renda grossa, apropriada a festas

Trajes

madt ra.

II — 1942

II — 1942

— 61

O

MALHO


LINGERIE

FINA

Combinação de renda preta, guarnição de renda ,«estreita e fina. Combinação clara, talhada em viez, adorno de renda no mesmo tom da seda.

Graciosa camisa de noite talhada em crépe de seda branco ou tonalidade pastel.

O

MALHO

— 62 —

II -

1942


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1

ANNA LEE, uma das mais populares artistas inglezas ora sob contrato na R K O., adora penteado alto: por ser comodo, e por assentar-lhe à bonitesa loira.

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MICHELL MOR G A N, "Star" da França agora em Hollywood, na R K O., indica, com a indumentaria apropriada, uma fôrma elegante de arranjar os caVêlos sob a boina com que vai afrontar a chuva.

2525Jpiii rsS^hli^Kx^l O penteado gosto da garota moderna. Jr* . flf Vf * r" +rY-**'¦

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Penteado para quem não quer sacrificar cabelos compridos.

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AiL JBshM Gaiatote penteado à chinesa, próprio a moças morenas II — 1942

— 63

O

MALHO


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DECORAÇÃO DA CASA BtT"'""í

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Sala mobiliada para n verão no Rio ou fora dele. As plantas tomam primeira importância decorativa. Estôfos dc linho.

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PASSADEIRAS-TAPETES-MOVEIS

_lr\ES

ASA MARCA

S-«I_T__DA

65RUA DA CARIOCA 67 O

aM A LHO

64

II — 1942


SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD POR

MAX FACTOR JR. AUTORIDADE

SUPREMA

NA

ARTE

DO

MAKE-UP

ESPONJAS DE PO' DE ARROZ E' sabido que um vinho ou um perfume tornam-se melhores com o correr do tempo; o mesmo sucede ao violino. Mas caras leitoras, não pensem que esse mesmo principio podo snr aplicado às esponjas de po de arroz. Fazem parte do ritual da maquilagem, estragam-se com o uso e devem ser lavadas e preparadas para nova aplicarão, ou substituídas.

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Claudette Colbert veste saia de jersey cinza e blusa vermelha, no estilo campestre. Os bordados de aplicação talham-se em preto, é escarlate. Reparem no novo penteado da hnda "star" da Paramount.

Sucede também que, depois de lavada muitas vezes, priva-se das pequeninas saliências que servem para prender o pó, que se ajuste bem à pele do rosto. Assim; por mais limpa que esteja, deve-se jogá-la fora. Não peça emprestada ou não empreste esponjas de pó de arroz. Há mulheres muito cautelosas em matéria de higiene, e. no entanto, vivem usando as esponjas das amigas ou emprestando as suas. QUALIDADES DE PO' DE ARROZ... Não mude de marca de pó de arroz, sem lavar bem a esponja; ou substituí-la por uma nova. Há inúmeras espécies de esponjas de pó de arroz, variando, é claro, de preço. A qualidade, porém, é de grande importância. Uma boa esponja dura mais tempo, e vale a pena não "economizar," comprando uma barata, a qual, em pouco tempo, terá que ser posta á margem. DISTINÇÃO... Uma esponja de boa qualidade conhece-se pela excelencia da fabricação, estrutura do material, ausência de fiozinhos de linho na superfície. As de qualidade inferior possuem esses fiozir-hos quando usadas durante algum tempo. Outrosim, depois de algum uso ficam encaroçadas, já não bom serviço. Não pense também, leitoras, queprestando é somente a esponja de pó de arroz que dá à pele superfície macia. Uma esponja não

H — 1942

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NAO COMETAM ESTE ENGANO... Muitas mulheres teimam em passar no rosto um pó de arroz bom e caro — (um pó de arroz pode ser bom e não custar muito dinheiro...) com uma esponja de qualidade inferior ou tão usada que só pondo no lixo. A esponja muito usada perde as suas qualidades naturais, não pode desempenhar o papel exigido pela aplicação do pó de arroz. Não é possível fazer com que o pó se espalhe bem no rosto com uma esponja que se tornou extremamente lisa. Preste atenção a este fato: uma esponja de pó de arroz deve ser lavada depois de certo tempo, afim de que volte a recuperar o estado anterior. Depois de muito uso; é preferível pô-la fora.

Át

poderá; por exemplo; retirar o excesso de pó. Isto é feito por meio de uma escovinha de pêlo macio. AS ESTRELAS DE HOLLYWOOD As estréias de hollywood sabem usar maquilagem. Estrelas como a fascinante Olivia de Havilland, Claudette Colbert ou Ann Miller, por exemplo, sabem que o uso da escovinha de pêlo macio é necessário. Não há uma só estrela que não a empregue; afim de retirar o pó de arroz em excesso. Já que estamos falando, hoje, de tsponjas, deixemme discorrer sobre o assumo. Aqui em hollywood, como também em outros centros sociais do país, a boa dona de casa tem sempre à mão um pacote de "esponjinhas" de emergência. Quando dão uma festa ou um cocktail Party, colocam na sala de vestir, para uso imediato, tais "esponjinhas". São usadas apenas uma vez ou duas e a seguir inutilizadas. E' prático, higiênico e um gesto que certamente agradará às amigas. DE VIAGEM.... ou Se você, leitora, vai fazer uma viagem, de trem^"esde automóvel, use, em .ez da sua esponja habitual, ponjinhas" de emergência. Durante uma viagem e natural que a pele se cubra de poeira, poeira que se passa á esponja, tornando-a suja, imprestável. Por isso sempre aconselho às minhas amigas do cinema o uso dessas "esponjinhas".

— 65

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DOCES PUDIM

LARANJA

DE

i «luzia de ovos bem batidos, 12 colheres de açúcar, caldo de 3 laranjas; mistura-se tudo c cozinha-se em banho maria. Tamliem pode ser levado a cozinhar no forno como qualquer bolo. Servir gelado.

CREME

GELADO

I garrafa de leite fervido com baunilha, deixar que esfrie. Bater 6 gemas com 8 colherei de açúcar como para gemada, c misturar no leite. Desmanchar 5 ou 6 folhas dc gelatina branca em 1 chicara d'agua (das dc chá) env forno brando, depois juntar a gemada «pie vai ao fogo para cozinhar um pouco (fogo brando). Ter t«><l«. o cuidado liara não talhar. Coar 2 vezes em coador dc arame pór a esfriar. Molhar uma Forma, despregar 0 c 'Jmc, pó-lo a gelar.

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PRATOS PARA ALMOÇO BACALHÀO BOCGMUIGNON ^^fes.

Pór o bacalháo de molho, depois a ferver. Numa frigideira. colocar um bom pedaço de manteiga com cclxilas cortadas em rodelas. Quando estivvr-.ni douradas, polvilhá-las com farinha, deixar escurecer e molhar com vinagre dc vinho. Deixar cozinhar. Cortar o bacalháo cm íiedaços, refogando na manteiga, temperando com pimenta. Cubrir com o molho explicado, um

^^mm^A

TORTA

DE

MAÇA

0 fundi» preparado com massa de pastelaria, c Cobtrio por fittOS gamos de maçã. ..

pouco de noz moscada raspada, c um pouco de salsa. BACALHAU

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**'*'j6i>aÉl

Ixms aipof porói, bem bratn«.. |.<>*los a cozinhar em agua de sal, tendo cortado a parte verde. Cortar o bacalháo cm pedaçot regular», fritando-os cm azeite quente, depois os aii><.-. Rcfogar numa pamla grande uma cebola c um dente de alho bem picadoí, .salpicar com farinha, molhar com azeitef acre»cintar pimenta c sal á vontade. Col««car dentro do refogado O* um pedaços de aipo cortados ao meio, deixando cozinhar por bacalháo a quarto de hora. Quasi na hora de servir levar o aquecer.

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. . . recheio que precisa ser mais alio no centro, porque diminúr no forno. As fatias de maçã leiam um pouco de açúcar, vinho do Porto c canela. Forno regular. .1 ALHO

- - 66

II — 1942


GRANDE PANO OVAL -¦¦^-^-^-M-fl-l _^B

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Tamanho: — 123 cms. de largura por 148 cms. de. comprimento. Material: — 375 grs. de linha de seda artificial de crochet, grossura média, côr de banana e agulhas de tricot de osso n.° 2,l/2. Faz-se no principio a parte oval do centro sobre uma montagem de 4 malhas. As carreiras de volta tricotam-se pelo avesso, somente a primeira malha é suspendida para a formação de beiradas cadeiadas, como para tricôtar pelo avesso. A última malha é tricota pelo direito, em cruzamento, e das laçadas duplas tricota-se uma malha pelo avesso e uma malha pelo direito. Depois da 115." carreira continua-se a trabalhar em círculos. As 4 últimas malhas ficam na agulha apanhando na continuação dos elos inteiros das 58 mamalha, executando, vez uma lhas da beirada cada depois de cada malha, uma laçada. Depois apanha-sc das 4 malhas da montagem cda vez uma malha e tricota-s.e da 58." malha da beirada do outro Ido do 1942

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g*5UiiikJoval também cada vez uma malha com a laçada seguimte. Tem-se então, 240 malhas no círculo, por cima do qual fazem-se ainda 4 círculos pelo avesso. Segue então a renda da extremidade. drão tricota-se 10 vezes no círculo.

O jogo de paPor cima de cada

padrão segue um círculo pelo direito. Desde o 83.° círculo tricota-se o jogo de padrão 70

círculo de

vezes no círculo.

Depois do círculo 178 arrematam-se

as malhas em crochet.

Apanha-se o número de ma-

lhas que se acham juntas por um gancho sobre os caracteres de tricot, com uma malha fixa fazendo 11 malhas no ar entre as malhas

fixas.

Estica-se bem

o pano para se obter a fôrma oval. Vide o risco e a indicação do ponto na revista "Arte de Bordar", n. de Fevereiro, do corrente ano 67 -

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RETALHOS RETALHOS

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SENTIMENTAES

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Galeria

Antonio

Santo Sanío

óleo. Restaura^oes Restaurações de quadros a 6leo. Molduras simples e de estilo. Exposióleo $ao ção permanente de quadros a 6leo de artistes artistas nacionais. restaurações de qua¬ quaEspecialistas em restaura$oes óleo. dros a 6leo. CODTO COUTO

VALLE

1

CIA.

RUA DA QUITANDA, 25 Tel.: 22-2605 RIO DE JANEIRO

P P-ILUL

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NÉA — Rio — Vá passar uns tempos- com os seus pais. Observe de lá os resultados. DALILA — Minas — Sinto não poder fazer o que me pede. As respostas só são dadas por intérmedio desta secoão. Envie-me a sua consulta para pia e responderei. LUBA — Rio — Vou mandar-lhe um convite para uma festa onde podera encontrá-lo. LICA — Rio — Arranjar-lhe um namorado por intermédio desta secção V Não uso óculos, golas altas^ nem tenho inclinações a tia casamenteira; contudo, sem querer insinuar coisa alguma, sugiro dirigir-se ao Renato, que, como você, se encórXra( presentemente desocupado... MÍRIAM — Rio — Obrigada pela fotografia. ISAURA — Rio — Pelo que me contou vai muito mal assim. Afaste-sc dessas amisades prejudiciais. Retroceda e reflita; sabe bem o que quero dizer. Escolha dentre os seus namorados o da sua preferência e procure casar-se Isaura. Você é bastante sugestlonável pelas leviandades da vida. Precisa de uma criatura capaz de refrear os seus impulsos. VILMA — Pará — E' um tanto desagradável a certos temperamentos o conlacto com creaturas fiticias, afetadas. Sou pela naturalidade no menor dos gestos. Talvez seja o seu modo de agir que esteja afastando visivelmente o seu estimado doutorzinho. razão Por ser êle doutor, não acho "granpara que você deva mostrar-se fina" como me diz demonstrar-lhe ser, pondo-se assim no seu nível. Há doutores Vilminha que preferem muito mais as moças simples, simplesmente amorosas... e, você o é... PIMPIM — Minas Gerais — Conte-lhe tudo quanto sabe a seu respeito. Indague lhe qual das duas é a de sua preferência. Uma vez ciente é que poderá então tomar uma atitude definitiva.

^U^ft (PILULAS (PÍLULAS DE PAPAINA £E PODOPHYLINA) Empregadas com succasso succatto nas molestias moléstias do estomago, figado ou intastinos, intestinos. Ess«s Essas nas de tonlcas, tonicai, sao são indicedas indicadas n«i pilulas, pílulas, alam da dispepsias, dores da cabeça, molestias moléstias do de cabala, de figado e prisio São um poda* de ventra. Sio prisão da roso digestivo e regularizador regulariiador das funcfoet funcçõet gastro-intastlnaas. gastro-intastinaas. PfHARMACIAS A VENDA EM TODAS AS PhARMACIAS Depositaries: Depositários: JOAO 8APTISTA DA FONSECA JOÃO BATISTA Vidro 2)500, pelo Correio 3$000 Rua Acre, 38 —— Rio da Janeiro O

MALHO

PROF.

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ROMILDO — Rio — Não demonstra indiferentismo quando estão juntos entretanto diz que não quer namorá-lo. Insista um pouco mais, estudando as suas fraquesas e preferências, procurando enfim agradála. Há mulheres assim Romildo, que adoram a vaidade de se fazer de rogadas. LILIAN — Rio — Acho que você deve abandonar a idéia de continuar um namoro tão complicado. Há tantos homens livres por aí c, você é ainda tão joven... MARIA — Rio — Conversam pelo telefone ná quasi quatro meses e está gostando dele sem contudo conhecêio. Já deviam ter marcado um encontro há muito tempo; seria assim evitada talvez alguma decepção que poderá surgir mais tarde. Julga-o você, pela conversação, um rapaz inteligenta, educado, distinto enfim. Mas, sabe lá se está lidando com algum homem casado ou algum tipo de aparência repulsiva ? Já por si só é de desconfiar que depois de quatro meses ainda não tenha insistido para que você marque um encontro com êle, ao menos pelo espirito de curiósidade... SÉRGIO — Paraná — Já fui taquigrafa entendendo ainda alguma, coisa da matéria. O meu método e o mesmo que o seu, isto é o de Marte; porém, esta secção não foi feita para a tradução de cartas taquigrafadas. Sinto imensamente ser obri"pasta". Tragada a devolver-lhe a duza-a você, pondo na devida forma todos os sons c todas as abreviaturas. Mande-ma depois para que possa ter então uma resposta. Além do mala, como 'poderia você advinhar se eu poderia ou não ler o que escreveu? NARA Correspondência para: Nara — Sentimentais — Travessa Retalhos do Ouvidor, 26. — Redação d'0 MALHO. ARNALDO

DE

MORAES

Maternidade Sa Sà sugestões para futuras mães Conselhos e sugestoes maes "Premio "Prêmio Madame Durocher", medalha i de ouro, da "Academia National Nacional de Medicina". 152 paginas 152 ilustrações páginas e 48 ilustraqoes PREÇO 12S000 ¦ Pedidos \I ¦ a S. A. O MALHO — Tra~-f vessa Ouvidor Ouvklor 26 — RIO vessa Aceitam-se pedidos pelo serviqo serviço de reembolso postaH postaí

— 68 —

II — 1942


LOTEMCO XENTRO J"" tortunot

diitríbut verdadeiras eni bilhetes e opolicee vendidoi • 'tm oeu bolcSo, •(.aTUAVfSIA DO OUVIDOR, Ç

GRIPE/ / RESFRIADO/ NE.VRAL.GIA/

AFINIDADE Ali ! sim, tudo nos une nesta Vida ! Nas horas boas ou no Sofrimento, trago a minh'alma a tua sempre unida, e de ti não me esqueço um só momento. Tu:!o nos une, sim, minha querida j O Amor — profundo como um pensamento, a Arte, a Fé, a mesma alma ferida por este mesmo atroz e cruel tormento...

I DÔRE/ A CABEÇA

O genio igual tambem, e esta Saudade, ás nossas vidas fazem quasi iguaes, e provam nossa grande afinidade.

TRAN5PIRDL

E finalmente uma constância rara cada dia nos une ainda mais... — Só a Distancia torpe nos separa !... LUIZ OCTAVIO.

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Males de . estômago?

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Males de

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Má digestão: corrijam com

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O QUARTETO "ONDAS

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O Liga Brasileira de Eletricidade, iniciou as suas atividades de 1942, apresentando através dos seus programos "ONDAS MUSICAIS", durante o mês de Janeiro p. passado o Quarteto Borgerth, finissimo conjnto de cordas composto de artistas patrícios de renome: Oscar Borgerth e Aida G. Borgerth, violinistas. Edmundo Blois, viola, e Iberê Gomes Grosso, violoncelista. A musica de camera, tanto as clássicas como as românticas e modernas encontram no quarteto Gorgeth, os mais lídimos representantes. A Liga Brasileira de Eletricidade, como se constata, mantém sempre nos seus programas o maior critério, apresentando através das "ONDAS MUSICAIS", artistas de real valor, tanto os de longa carreira como os da nova geração.. Seus magnificos programas são irradiados simultaneamente das 13 às 14 horas pelas emissoras PRF-4. PRE-8, PRDi2, PRE-3. PRA-9 e PRG-3.

DE CARNAVAL

A cidade dentro de breves dias estará em pleno domínio de Momo. E o carioca em luta aberta para escolher precisamente a marcha e o samba que mais agradaram os seus ouvidos. Isso porque, desde Novembro, a radio cansou os seus ouvidos cum toda a classe de musica popular destinada ao Carnaval. Primeiramente os compositores tiverem a fraca idéia de escrever musicas lobre a mulher de varias classes de homens do trabalho, depois veio a mania dos carecas e dos cabeludos. Um enxame de musicas desinteressantes revelando muito a falta de idéia dos autores. Mas que, a estas horas, nas batalhas de confettis como nos bailes carnavalescos, hão de estar servindo para o delírio popular. Quasi sempre surgem por esta época mais de quatrocentas composições carnavalescas. Siis a sete agradam e vivem bisadas pelas orquestras. O público as tem de ouvir, minuto a minuto, pelo radio, de sua casa, do apartamento vizinho, da casa de comercio do bairro. Quer dizer que anda farto de marcha e de samba, sem saber escolher " Dese preferir dentre estas, a que como a pedida da Praça Onze", possa ter ritmo, poesia e beleza, tanto na musica como no lindo poema de como foi feita. FRANCISCO

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Como é feito o «Museu de Cera» Porque, em verdade, o homem de radio tem que depender do público, do ouvinte. Deve ele se esforçar para agrada-lo, muito embora saiba-se, de antemão, que ele corresponde o nosso carinho com a sua mais viva simpatia. Encontramos coisas interessantes nas estantes empoeiradas do Museu de Cera. Vejamos: Olegario Mariano está representando pelo

Braga Filho preparando um dos programas do "Museu de Cera".

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Suzana Toledo é um valor da nova geração, que vem fazendo, com personalidade e muito esforço, o seu cartaz. Venceu sem alardes, sem criticas camaradas e soube se impor no microfone da Tupi. SAMBA A familia de Dircinha Batista é francamente composta de artistas. Aqui venij< Odette Batista, que estreou, com muito su0 na Tupi, agradando em cheio, e que vai fazer as suas primeiras grava*. M ALHO

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" Pirolito", poema declamado por Didi Caillet, eleita Miss Paraná. E' ainda a "discuse" "que nos encanta com a mesma " Palavra do Silencio" — de Povina Cavalcanti. Roulien é o interprete sentimental da valsa "Tua". Francisco Alves, o maior cantor patricio, experimenta o " Perfume da Crioula", imitando a voz dos portuguezes. Almirante com uma velocidade incrível, dispara a mais rápida da embolada feita até hoje — "Papo de papá..." Orestes Barbosa e Nassára cantam a modinlia — "As borboletas". Existem, tambem, um dos primeiros discos brasileiros compostos de " Pelo Telefone" e "Corta Jaca", levados à cena em 1896, musicas da maestrina Chiquinha Gonzaga... E estas musicas que citamos, são integrantes da coleção dc musicas antigas formam um total de oitocentas e poucas... K' Hraga Filho quem nos fala.

A ele se

deve, no radio, pela Cruzeiro do Sul, o brilho marcante do programa " Museu de Cera", ouvidissimo cm todo o país. Inteligente e vivo, ele sabe escolher, sabe selebionar entre as musicas que fizeram época, entre as que deixaram saudades na memoria da gente, as que mais agradam, sendo ouvidas novamente. Ha momentos bons Qu* elas recordam. Minutos inesquecíveis de remembranças. — Trabalha-se muito-Bem .V. sabe o que seja organizar um programa com muikai antigas. Ha o critério de escolher, de preparar o material, de correr ás casas de discos, de vêr o que agrada. Mas o púII

1942

7


Fundou-se o " Centro de Cronistas Radiofonicos", em verdade uma ótima iniciativa, que merece apoio. A Nacional vai ter novos estúdios em Março; e em Abril, segundo nos informou o seu diretor artístico, serão inauguradas as "ondas curtas". suas

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blico sabe compensar, o público nacional é amável c generoso. A prova é a correspondcncia volumosa .que recel>cmos aqui na Cruzeiro, com notas, sugestões, lembranças de musicas, de autores. Isso conforta e paga a trabalheira que tenho.

Comentários Cinara Rios anda meio abafada. Os seus programas nem mesmo inspiram ao Ladeira aquela serie de adjectivos bombasticos, com que estragou muita gente no radio... Linda Batista faz atualmente uma corrida seria na Nacional com as suas musicas de Carnaval. Odette Batista tem se revelado uma boa artista no programa' Paulo Gracin¦'... aos domingos. O Case parece que teve medo da crize cortou certos números bons do seu programa. Poderia ele acabar com os classicos de um conto e quinhentos por um quarto de hora, e contratar novos artistas da musica popular. E acertaria . mais um pouco... Dissolveram-se as duplas RancinlioAlvarenga e Xerem e Bentinho. Alvarenga associou-se a Bentinho. Quanto a Xerem . podemos garantir que ele cantará isoladamente na PRA-O. De Ranchinho, o qu; se sabe, por ora, é que depois do Carnaval resolverá o que vai fazer... Manuel Barcelos fez a sua festa artistica na Ipanema. E esteve bem boa, contando com o concurso de bons elementos. Um conjunto que está abafando por " ai Namorados da Lua". Tenha muito cui"Anjos do Inferno". dado n Lé'> Yilar, dos com o seu bando...

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Breques Perfeitamente desagradável o concurso de marchas da Radio Clube com a Cruzeiro do Sul, de São Paulo, onde no auge do entusiasmo, se ouviam palavras ofensivas a paulistas e cariocas, quando estamos num momento de coesão e unidade nacional. Continua no "cast" da Radio Club. Manuel Reis, de certo um bom suplente de Francisco Alves. Mas como está cantando sem gosto, sem boa vontade. Violeta Cavalcanti, que começou tão bem ! Braga Filho apresenta-nos com muito

ATOR Mafra Filho tem um cartaz magnífico no " cast" das nossas estações pela segura interpretação que Costuma dar dos personagens que sabe viver no teatro radiofônico da cidade.

Noticiários RADIO No sensacional concurso que está movendo o programa -" Sambas e Outras Coizas", dirigido por Marilia e Henrique Balista, de acordo com o "Malho e "Cinearte", foram contemplados os ouvintes Carlos e Çonstança Carreia dos Santos, com uma assinatura anual das duas revistas.

TALENTO

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RADIÀTRO Jair Taumaturgo é uma figura prestini"sa do nosso radiatro, atuando no elenco da PRA-o. Tem feito boas performances c conta, por isso mesmo, com a admiração de seus ouvintes. II

1942

A graça de Luizinha Carvalho cantando sambas é digna de registro. Poucas artistas, conseguiram, tão rapidamente, o agrado do publico. Bem poucas. Em verdade, Luizinha sagrou-se como uma das nossas melhores interpretes de musica popular. sentido de seleção " Museu de Cera" na Cruzeiro, o programa que deu nome a Hef»er de Boscoli, quando ele cantava com fans na radio... Suzana Tilédo vem caprichando na apresentação dos seus programas na Guanabara, cantando sambas e marchas. A Ipanema, nada pretende fazer de novo em 1942. Anda no mesmo geito. "cast", as Mas vem apresentando no seu Irmans Martins. Aquelas batidas de maquina, de Miss " Papel Carbono", uma Mary, no programa das melhores organizações de Renato Murce, podem daseparecer... Quando é que o Lamartine deixa de "Canção do Dia". Alguém nos fazer a mandou uma lembrança, que transcrevemos com evidente prazer: por que ele não faz a " Canção do mês ? 71

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BLUES Haroldo Eiras canta blues como pouca figura das gente, na Educadora. E'. uma mais simpáticas do nosso radio, què merece, cm verdade, o êxito ruidoso que conseguiu em breve tempo.

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Nosso colaborador Uaimundo Galvão de Queiroz, que vem de concluir o curso de manipulador de d a radiologia Escola de Saúde do Exército, tendo sido, em c onsequência, nomeado 3." sargento radiologista, fato que repercutiu da maneira mais agradável entre as suas inúmera., relações de amizade. O jovem militar é irmão do nosso companheiro Galvão de Queiroz e pertence a tradicional familia baiana.

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covicf? 1CHAREIS DE 1917 — Grupo feito tio Autoviovel Club, após o almoço taculdade antiga bacharéis dos pela morativo do 2b° aniversário de formatura de Ciências Jurídicas e Sociais.

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FACULDADE DE FILOSOFIA DO INSTITUTO LA - FAYETTE — Representa, sem dúvida, uma grande iniciativa, no terreno pedagógico, como contribuição valiosa à formação da cultura em nosso Pais, a criação, pelo Instituto La - Fayette, a grande e conceituada organização de ensino e educação de que se orgulha a Capital Federal, de sua nova Faculdade de Filosofia, conforme a autorização que lhe foi concedida pelo Govêrno, por Decreto especial, cm llaio do ano findo. Organizada sob moldes modernos e contando desde ji com sclecionado corpo docente, a Faculdade de Filosofia do Instituto La - Fayette vai iniciar agora seu funcionamento, ministrando aos alunos os cursos de inatemática, química, história natural, geografia e história, ciências sócia:?, letras clássicas, letras néo-latinas e letras ünglo-germânicas. É mais um grande empreendimento que a cultura nacimal fica a aever ao professor La-Fayette Cortes, diretor-geral do grande estabelecimento que tem o seu nome, e que tanto já tem realizado em prol do ensino, colocando-se como figura de primeira grandeza nos nossos meios pedagógicos c educacionais. II — 1942

INTERVENTOR ALVARO M Al A — Após curto período de permanência n esta Capital, aonde viera para solucione,^ vários importantes pr ob lêmas ligados à dinãtnica e fecundi gestão administrativa que está realizando no seu Estado, regressou ao Amazonas o Dr. Alvaro Maia, lnterventor Federal naquela grande unidade da Federação. O Dr Alvaro Maia, que possue grandp número de amigos e admiradores nesta Capital, quer nos meios oficiais, sociais e jornalísticos, pois é antigo e brilhante profissional da imprensa, foi, durante sua estadia nesta Capital, cumulado de gentilezas, te^do concorrido embarque.

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O BATISMO DE "O HOMEM LIVRE" — Tendo passado por completa transformoção, adotando o feitio de revista, o antigo periódico "O Homem Livre", de fundação, propriedade e direção do jornalista Hamilton Barata, reapareceu em nova e brilhante fáse, tendo sido "batizada", em cerimonia que se realizou na séde da A. B. I., e tendo por padrinhos, os Drs. Lourival Fontes e Herbert Moses. Poi< ocasião dêsse batismo foi tomado o flagrante que aqui reproduzimos! -

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Um volumoso álbum com 60 paginas nitidamente impressas, contendo uma preciosa variedade de motivos de bordado para a creança, para a mulher, e para a casa. — A mais completa coleção de enxovais para creanças. desde recém-nascido á mocinha. Todas as peças do vestuário infantil, em belos e originais modelos, com riscos de bordados em interessantissimos motivos do mais fino gosto. :::::.::::::::::: é a publicação que, pelo exuaordinario numero de modelos e sugestões para confecção e bordado de todas as peças

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mas tambem nos detalhes da ornamentação do novo lar devem pensar as jovens que se casam. Ambas essas coisas serão feitas com requintes depois do manuseio do GUIA DAS NOIVAS, a magnífica publicação da "Biblioteca de Arte de Bordar". O

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PROVA ( Conclusão )

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Eu ? Ah ! Nem queiras saber porque é que estou contente . . . Algum mistério ? . . . E . . . O "mistério do mata - borrão" . . . Anselmo estremeceu. Ora, até que afinal — continuou a esposa — até que por fim achei o que procurava ! ! Custou, mas te peguei ! Agora, meu caro . . . ¦— Ana Maria. . . — interrompeu Anselmo, com voz cava. •— Espera . . . Espera um pouco. Agora, meu filho, estou satisfeita ! Tu, satisfeita ? ! Eu mesma. Estou. Meu filho, eu andava atraz de uma prova, de uma provazinha que fosse, de que tu não és o homem que eu pensei, quando nos casamos . . . Jurei a mim mesma que não havia de morrer sem te desmascarar. Custou um bocado . . . Mas agora te peguei na bôa ! . . . —- E . . . que vais fazer ? Eu ? Eu, nada ! Ana Maria . . . Fazer o que, Anselmo ? ! Mas . . . Não tem "mas", coisa nenhuma. Eu queria era pegar uma prova. E peguei ! Peguei, ou não peguei ? Bem . . . confesso . . . Pois, então, está acabado . . . E, noutro tom, carinhosa como sempre : Quando quizer o café, meu bem, diga, que eu trago .

II

1942


CREPUSCULO (CONCLUSÃO) -

^

Anton:o e Aríete, fiJhos do casal Acao«o Foria, no dia de sua primeira comunhão.

Maria do Amparo, graciosa filhinha do casal João Rezende — Temis Soares Rezende, rosedente em Teresina.

Mas tu não pódes impedir ! Isso não é paixão : é uma idéia fixa que puieste em tua cabeça. Não vês que não Pódes oxigir um amor que não seja o filial, de uma pessoa a quem sempre serviste de pai? Não vês que náo pódes amarrar à corrente de teus 50 anos a avesita quasi implume que ainda ó Lulú? Sua frágil edade não suportdria o Peso da tua. São 30 anos de diferença* Alberto, pensa bem. E 30 anos já mo uma ex stenc'a mais longa que a dela, e que os separa, irremediavelmente. .. Esqueces que enquanto ela vai subindo para o cume da vida, tu já estás descendo a encosta? Esqueces que, enquanto tuas aspirações já estão extintas, as dela ainda estão nascendo? O calor de sua mocidade não será suficiente para livrá-la do frio de tua velhice. E maior do que is>so seria a desilusão que lhe causarias : deixarias de ser seu Pai; nunca serias &eu marido... E' impossível, Alberto ! E' impossível • Tu mesmo não te spntirias á vontade; afinal, como abandonar/as as atitudes paternais, depois de 20 anos de costume... E, procurando convencé-lo de outra forma, num tom ironico : — Náo te sentirias diminuído, ao sairos com ela Pelo braço, apresentando como esposa uma menina que só p&de ser tua filha7 Será ridiculo, convenhas ! Estarias sempre no perigo de que a verdadeira Pa.xão, a Paixão a que ela tern direito, surgisse em dado momento, fazendo-lhe esquecer a gratidão que te deve, fazendo-lhe olvidar os novos laços que os ligariam, e talvez, abandonando-te sem remorsos, Para ir atrás da felicidade que Ih-j ter.as negado. Seria, então, peior. Perderias esposa e filha e ganharias um escandalo, uma vergonha para teu nome e, provavelmente, a chacota de muitos.. • Alberto sorri, calmamente, ante essa exaitada revolta : Sei, sei tudo isso. E enfurecendo-se, re. pentinamenfe ; — Mas náo adianta ! A razão não vence o amor. Quero-a, e não terei tranquilidade suficiente para assistir ao seu casamento. Que pretendes fazer? O velho olha-o um instante. Hesita em falar. Por fjm decide-se : —- Tu és me'dico«.. Inte^ompe-se, confuso, abaixando a cabeça. Mario olha-o desconfiado : Que queres que eu faça?

Plínio, filhinho do casal Dr. Plínio Monteiro, cujo batitado teve lugar a 8 :'c dezembro Passado, nesta capital CONSELHOS

ÚTEIS Flores murchas tornam-se viçosas se os respecflvos cabos da ponta, até certa altar), forem imersos durante c nco minutos em f égua bem quente; cortados o"i podaços que sofram taf operação, d;sp5em-se as flores, » seguir, em apolento fresco e escuro e. depd.s de uma hora, boT*fam-se, as «*esmas.' com ígua fria. . . £

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Alberto hesita ainda. Lança um olhar tuplice ao am^go, que espera impassivel melhor explicação. Por fim cria coragem, e fala: Tu és medico; indica-me uma injeção qualquer que acabe com isto. Não precisas fazer nada, senão dizer-me o nome. Não quero sofrer muito. E quero que minhas feições náo fiquem afteradas.. . Mario ergueu-se. bruscamente, náo acreditando em seus ouvidos. Olha, estarrecido, Para esse homem uentado ali, em sua frente, tão exaltado ao falar na sua vida, tão calmo ao propor a sua morte.. • Estás doido? Decididamente enlouqueceste ! Não conta comigo ! E' melhor tirares — 76 —

esta idéia de tua cabeça. E sentando-se novãmente a seu lado, ciando à voz um tom ma;s brando : — Ouve, Alberto : tem paciencia. Verás que isso que tu julgas paixão não passa de uma obcessão. Tu te habituarás, e em breve viverás a seu lado normalmente, fel i com a sua felictdade. Tem juizo Alberto! E, Parando de repente, olha-o um instante, e sacudindo a cabeça : — Mas tu estás brincando. Arre ! Chegaste a me assustar ! Dáme outra dóse : estou até suando ! Alberto sorri, levanta-se lentamente e traz a garrafa para o amigo. Mario estende-lhe o copo, olha-o como a querer devassar-lhe o pensamento, depois solta uma risadinha seca, traduzindo '"credulidade, e sorve a bebida gulosamente. — Bem rapaz : são quasi duas horas. Já é tarde. Preciso deíxar-le. Amanhã voltarei para falar contigo. Agora vae repousar. RsPouso, meu osro, repouso é do que tu mais precisas. E abraçando-o fraternalmente : — Isto é o que te aconselho... como medico. Alberto sorri ma>s uma vez, sem uma palavra. Acompanha o amigo até à porta e ainda corresponde au seu aceno. Mario se voita ainda uma vei, indeciso, pronuncia, á meia-voz um "que idéia !"; enfim o carro desaparece na no.te e Alberto sóbe aos seus aposentos.

Imposs vel! Falou com ele on*err à noite! E' como lhe di^o : Alberto suicidou-se esta madrugada. Tomou um toxico violento; está desfigurado pelos espasmos da dôr. Horrivel !

Mais uma vez o carro do dr. Mario pára á porta do palacete, agora alegremente ilum fiado pela caricia primaveril do sol. Lulú, os olhos inchados e vermelhos de pranto, o que aliás náo lhe diminue a beieza do rosto, recebe-o sem uma palavra, sufocada pela angustia que a oPrime. O med.co sóbe, sozinho, para ver o amigo. Mas recúa, instantes após, horrorizado ! A boca tor<vda, a estampar a dôr interna, Parecia um sorriso ironico do defunto, a zombar da recusa de sua ajuda para o fim que decidira impor-se. Os olhos, arregalados desmesuradamente, sem que ninguém tivesse tido ainda a lembrança ou coragem de fechá-los. denunciavam o pavor sentido ante a aproximação da morte, parecendo acusá-lo do estado de convulsão em que fle encontrava, e que tanto assustara a sua Lulú... O motivo de sua morte? ninguém soube Era nco, vivia bem; náo podia ter desgostoi — era o que facilmente concluíam. Neurastenia — dizem uns. Coisas de »elho — afirmam outros. Lulú talvez desconfasse, porque levou muito tempo sem querer ver o noivo, que lhe Perdoava esse capricho, justficado pelo abalo sofrido. Mario, somente- Mario, sabe com certeza a causa desse desaKno. II"— 1942


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