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O
MALHO'
UM POEMA
de hortênsias, em plena serra Cercado de Petropolis, com todos os requintes de arte e de bom gosto, Quitandinha é a grande realização que estava faltando para o week-end da sociedade carioca. Conforto, bem estar, beleza natural e clima agradável são os traços caracteristicos desse novo balneário, que é ao mesmo tempo, um verdadeiro abrigo contra o calor que já se aproxima e um adorável poema sob as estrelas. A estréia de Quitandinha está sendo aguardada com a máxima ansiedade e curiosidade — o que, aliás, se justifica, dada a aura de mistério, de poesia e de fí
ESTRELAS
SOB
lenda que já começa a surgir em torno do novo balneário-hotel. Quem já se deu ao trabalho, que é mais um prazer, de observar aquele quadro pintado na entrada do grill-room da TJrca, poderá fazer uma idéia do que será o sucesso retumbante de Quitandinha, o refúgio das fadas. Fonte de prazer espiritual, no aconchego virgem da natureza campestre. recebendo do ar, a vida e a saúde, Quitandinha oferecerá à familia carioca tudo o que lhe estava faltando para a sua completa felicidade.
P R E C E"
Aqui está uma Escola. _. uma Escola de Bailados. Vocês sabem o que é Bailado ? Ê Bailado é o Som em Movimento. a poesia harmoniosa e eloqüente dos gestos que transportam a nossa alma para os paramos infinitos da fantazia ! Em toda Escola de Bailados há alunos e alunas que aspiram a glória de Nijinsky e a fama da Pavlowa. Todos conseguem lá chegar ? . . . Poucos, ou quase nenhum; Não. porque a Fama e a Glória pousam sôPara bre o pedestal da Genialidade. lá chegarmos, a caminhada é árdua, e, em cada curva da estrada nos cái a sombra negra da desilusão . . . A Dança promete ao bailarino amor, paz e a suprema alegria de viver . . ¦ porém, infelizmente, a inveja e o. despeito geralmente lhe impedem de alcançar essa felicidade porque ambos crêscem entre as flores mais belas dos sentimentos humanos. Acabemos, uma vez para sempre, com a megera politicagem de bastidores. Caminhemos simples, diafanamente, alegremente, que a jornada será menos peDemos as mãos e caminhemos nosa. com amor ; porque o amor está cheio de virtudes e de nobreza. — Fechemos a nossa alma à malevolência e à raiva, que são outras tantas portas abertas ao mal. _ 4 _
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GEORGE LIVERT. apreciado elemento Livért, George do Corpo Estável de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em uma "O páscomposição inspirada no poema saro e o pagem", de Oscar Wilde.
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Edição da S. A. O MALHO Diretores:
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Scnhorinha A ur ora Antas, residente nesta capital e nossa constante leitora, cujo aniversário transcorreu a 10 do mês passado, pelo que joí muito felicitada. Nessa mesma data a aniversariante contratou casamento com o nosso Waldyr companheiro Pinheiro.
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Uma simples evacuação da parte inferior do» intestinos não tocará a causa porque não elimina toda a comida em decomposição. Só o fluxo natural do suco biliar é que evita A fermentação nos intestinos. As Pílulas Carter são o remédio de efeito suave, que faa fluir livremente o suco biliar. Contém os melhores extratos vegetais. Se quiser recuperar seu encanto d« pessoal, comece a tomar as Pílulas Carter acordo com a bula. Preço: 3S000.
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PARTOS E CIRURGIA DE SENHORA!
Sem que um litro dc suco biliir flua diariamente do fígado para os intestinos, os alimentos fer* mentam nos intestinos. Isto perturba todo o organismo. A língua se torna saburrosa, a pele amarelada... aparecem espinhas, os olhos ficam embacíados, sobrevém mau hálito, boca amargosa, gases, vertigens e dores de cabeça. Tornamo-nos feios e desagradáveis e todos fogem de nós.
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HORIZONTAIS : 1 — Guisado de galinha com pimenta ; 4 — ave pernalta de arribação ; 7 — árvore de Angola ; 8 — apaixonado, alucinado ; 9 — indivíduo a quem foram funestas suas altas ambições ; 10 — árvore leguminosa. VERTICAIS : 1 — Dança de negros ; 2 — fantasiar ; 3 — incólume ; 4 — grito agudo das aves quando embravecidas ; 5 — fruto do México ; 6 — cidade de Portugal. ( Solução no próximo numero )
COMO PODE UMA MULHER CONQUISTAR UM HOMEM E UM HOMEM OBTER
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ENIGMÁTICO I
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( Solução no próximo número )
DOS
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ENIGMÁTICO
Uma sentença de Confúcio : A sinceridade é o princípio e o fim de todas as coisas. Sem a sinceridade nada seria possivel.
PROBLEMA
DE
FAMÍLIA
A explicação da anomalia, entretanto, é feita em poucas palavras : Artur casára-se com Belmira, nascendo do consórcio Carmen que, porém, não consti-
DO
NUMERO
PASSADO
tuiu um traço de união bastante para impedir o divórcio. Artur tomou nova esposa e esta deulhe Dulcidio ; Belmira, por seu lado, também ge ligou outra vez e concebeu Emilio. Assim sendo, por terem o mesmo pai. Dulcidio e Carmen eram irmãos, assim igualmente Carmen e Emilio, por isso que Belmira era mãe de ambos ; mas entre Dulcidio e Emilia nenhum laço de sangue existia.
Ao despertar...
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que lhe dará bem estar todo o dia e saúde toda vida!
— 7 —
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Um novo livro de Olavo Dantas significa, sem <lúvida, uma ansiedade satisfeita a quantos já se habituaram ao seu estilo, ás suas tendências narrativistas e aos primores dos coloridos com que nos conta os aspectos, os panoramas, as lendas e as próprias originalidades das terras que visita. Assim em "Sob o céu dos Trópicos", em a " Gaivota dos Sete Mares" e agora " Romanceiro no do Mar". Nesse livro Olavo Dantas, que' havia deixado as terras iiiordieas, passa a ver e a contar a terra brasileira, com os seus encantos, seus sonhos, ¦tradições e tudo quanto os seus olhos contemplaram. _•', tudo nesse estilo tivo, onde há palpitações e onde reina, também utn desejo calculado de instruir ou de recordar. E' um livro de uma suavidade que enleva o espírito e nos desperta um anelo profundo de "correr ou voar" para ver esses sitios maravilhosos que Olavo Dantas, embarcado no *' Almirante Saldanha" tudo viu e anotou.
ABDUL HAMID, O DESPOTA VOLUPTUOSO
BUENOS AIRES N. 120
AUTORES
Em nosso século, há poucos anos ainda, em plena Europa, — até parece mentira — um déspota voluptuoso mandava lançar nas águas do Bósforu ataudes de couro que continham, vivas, formosas mulheres de seu serralho. Esse homem, que se fazia chamar a " sombra de Deus sobre a Terra", era Abdul ;Hamid, o astuto, libidinoso e implacável sultão que subiu ao trono da Turquia em 1876. Trata-se, pois, de uma bio-, grafia ameníssima e mais interessante que muitos romances, apesar de só apresentar fatos reais, sendo outrossim uma autêntica contribuição histórica; daí os merecidos aplausos com que foi recebida no extrangeiro e que nos é lícito augurar-Ihe no Brasil, agora que foi publicada pela Editora Vecchi, em primorosa versão vernácula de J. Carvalho. Esta elegante edição os. tenta uma capa a cores obra notável do pintor Martelli.
8 —
Meira
Penna
Possuindo, embora, o Brasil uma das maia ricas floras do mundo — verdade proclamada por grandes naturalistas como Martius, Saint - Hilaire, Humboldt e tantos outros que aqui estudaram a opulência do nosso reino vegetal — contudo a ciência médica brasileira desconhece ainda o valor da aplicação terapêutica de grande número de plantas indígenas, muitas não catalogadas pela Botanica e preteridas pelas similares estrangeiras, às vezes inferiores em qualidades e resultados práticos. Por outro lado, aliás, a industrialização, mormente no terreno científico, se apresenta precária sob certos aspectos e a aplicação médica dos recursos indigenas se torna efêmera. Mas, os bons estudos brasileiros, como este do escritor Meira Penna ( Dicionário Brasileiro de Plantas Medicinais ) teem a sua utilidade e vêem prestar um grande serviço à medicina popular, pela discriminação completa das plantas indígenas ou exóticas aclimadas no Brasil e a sua aplicação terapêutica. Em índice alfabético — Dicionário Brasileiro de Plantas Medicinais — é obra de divulgação e de leve, pesquiza paciente, acessível e informativa. A. MARGEM DAS "CARTAS CHILENAS" Inúmeras controvérsias -eem provocado o célebre documento das Cartas Chi'enas, em torno de cuja auoria divergem extraordina-
I — 19 4 3
riamente as opiniões, formando-se duas correntes que a reclamam ora para Claudio Manoel da Costa, ora para Thomaz os Antonio Gonzaga, havendo, ainda, colaboraçao, uma possível partidários de isto é, Gonzaga e Cláudio foram co-autores do documento. Em fins de 1940, o Ministério daEducação e Saúde fez publicar a 3.* deediça um das Cartas Chilenas, precedida de Arinos Afonso Sr. do crítico estudo imo assim, divulgando, Melo Franco, novas portante documento e provocando tradiscussões sôbre o assunto. Nesse autoria a concede critico o balho, aliás, Anúnica do texto ao ouvidor Thomaz tonio, concordando, apenas, em admitir — q«e a provável autoria da Epístola da Manoel Cláudio a à sátira, precede Costa |— o que, na verdade, implica em reconhecer a colaboração . . • Um dos apaixonados do assunto, o Sr. Sud Menucci, que o debateu largamente na imprensa, vem de reunirdeuem a que coletânea alguns artigos "Cartas Chiletítulo — A margem das nas", São Paulô, 1942. Pesquizador vivo e de argumentaça segura, o Sr. Menucci nêste livro denos oferece novas luzes sôbre o caso, os entre batendo a tese da colaboração nos padois poetas de Vila Rica, o que aceitável. mais hipótese rece a "A DERROTA DE NAPOLEAO NA RÜSSIA" uma lição de Eis um livro que encerratanto velha, um história já escrita e com a que confrontada ser merece que luora se está escrevendo nos mesmos Exército. Grande outro gares e por repete, Se é verdade que a história se de Nacampanha da desfecho o trágico conmagnas suas as e poleão na Rússia eleseqüências políticas são importante que os prognósticos para de mento juízo se façam sôbre os acontecimentos que hoje polarizam a atenção mundial. coO General Conde de Ségur nos diz, mo testemunha que foi da campanha, como e por que Napoleão fracassou. Nêste livro, Napoleão aparece humano e sensível em certas horas, deshuma-o no ou sobrehumano quando o salteia seu demônio do orgulho e a loucura de mundial. sonho de dominação"A. Derrota de NapoA tradução de Dr. leão na Rússia", tem sido feita pelo
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originalmente Dyrio Gorgot, e a edição,"Edições Mundo apresentada, é obra de Latino", do Rio de Janeiro. "MARTINS FONTES" Martins Fontes era o último remanescente daquela galeria de poetas de gênio que a escola parnasiana revolucionária, apesar das reações do simbolismo, produziu entre nós, com Raimundo Corrêa, Vicente de Carvalho, Alberto de Oliveira, Goulart de Andrade, Bilac e, por último, o grande poeta santista. Foi uma geração fecunda e idealista que, realmente, nos legou algo de belo e de duradouro no domínio das artes e e das letras. Martins Fontes, porém, que, pelo sentido e fundo filosófico de sua obra se enquadra ao lado daquêles príncipes da poesia brasileira, não teve, ainda, a necessária divulgação da parte do público. Talvez seja cêdo demais e julgá-lo-á a posteridade, si nós não o fizermos como o merece. O Sr. Jaime Franco, agora mesmo publica um interessante estudo críticobiográfico, sôbre o poeta de "Sol das Almas", trazendo, assim, uma excelente introdução à vida e obra de Martins Fontes. Acompanhando vultos e fatos que se relacionaram à existência do sonhador excelso, analisando-lhe o pensamento e buscando-lhe as influências de formação literária, o Sr. Jaime Franco deu-nos um trabalho bastante útil, pela preciosidade das informações literárias que ali se contêm. "ALMANAQUE BERTRAND" O "Almanaque Bertrand", editado em Portugal pela Livraria Bertrand, que tem como representantes no Rio a firma Paulo de Azevedo & Cia. ( Livraria Francisco Alves ) é já uma tradição de fim de ano. A edição para 1943, como sempre coordenada por M. Fernandes Costa, corresponde ao 44." ano de aparecimento e está interessantíssima. Os apreciadores do querido e bem feito anuário estão, pois, de parabéns, pois êle está à venda
— 9
CABELLOS BRANCOS ^ QUEDA DOS CABELL0S CABELLOS JUVENTUDE ALEXANDRE
|DE
HOJE
PARA
AMANHA
Entre "agora" e "mais tarde" pôde haver inúmeras ocorrências. O presente é conseqüência natural do passado, como o futuro será preparado pelo presente. Milhões de famílias no mundo todo estão a coberto da penúria pelo seguro de vida. O seguro neste particular é mais eficaz que todos os sonhos dos idealistas. SUL AMERICA Companhia Nacional de Seguros de Vida Caixa Postal 971 RIO
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JANEIRO
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HMRB Desde a infância esses brasileirinhos legítimos se familiarizam com as peripécias da pesca sõbre os rios escachoantes.
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já lhes tenha sido levada a luz da civilizacão, os indigenas brasileiros vivem adstritos a Embora costumes tradicionais da selva e não os desprezarão por certo, porque fazem parte da sua vida quotidiana. Um dêsses costumes é a pesca, que além de diversão é, também, meio de obter subsistência. As fotos destas páginas, que revelam ao leitor aspectos do Brasil longe da Avenida, focalizam os selvícolas da Rondonia como pescadores.
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Os remansos que se formam abaixo das cachoeiras são ricos em peixes. E lindas quedas dágua não faltam nos rios do nosso Brasil.
Peixe assado tias brazas — eis um quitute saboroso que até as crianças adoram. Aqui estão algumas, saboreando êsse manjar delicioso.
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sido governador da Baia, o Dr. José Joaquim Seabra ocupou ainda cadeiras no antigo Congresso Nacional, foi MinisTendo
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mais recentes
fotografias da Baía.
mestre de Direito e antigo político baiano, cujo desaparecimento tolio o país lamentou, nos primeiros dias do mês passado, deixou tuv lugar impreenchivel no cenário político navenerando
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cional e seu nome perdurará nas páginas ida nossa história como um símbolo de' com • batividade, idealismo, ardor patriótico e vigor mental.
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O ilustre político baiano V*ando *ra Ministro da Justiça.
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Orador notável, mestre de Direito, finane homem de combate, o ilustre morto, que desapareceu aos 87 cista, administrador anos de idade,
teve idestacada atuação no cenário político brasileiro, tendo vivido desde a mocidai-e em permanente agitação, na defesa de ideais que arrastavam multidões, pois se caracterisou desde condutor de massas.
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Flagrante da chegada do Dr, J. J, Seabra à capital baiana, após a vitória da Revoluçãof de 30, para a qual muito contribuiu.
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B agora, para a Tunísia ! Forças NorteAmericanas marcham para os últimos redutos do Eixo na África do Norte.
AS FORCAS LIBERTADORAS HA ÁFRICA DO NORTE ( Foton da Inter - Americana ) Cessadas as hostilidades no Marroços, o General Nogues, Comandante das tropas Francesas, dirige-se para a sede do Comando Norte-Americano. As letras W T F da flãmula significam "WESTER TASK FORCES", isto é, Forças de ataque ocidentais.
Soldados Norte-Amcricanos, ostentando no capacete uma pequena bandeira dos Estados-Unidos como sinal de identificação, avançam em direção a um ponto <j«e ainda oferece resistência.
Soldados Norte-Americanos e Franceses confraternizam e levantam um brinde à Liberdade, pois lutam ombro a ombro contra o inimigo comum.
desembarque das tropas norte-ameO ricanas na África do Norte constitue uma das mais notáveis páginas militares desta guerra, quer pala precisão com que foram tratados todos os detalhes, quer pelas consequêncas que do mesmo advirão para o desenrolar futuro da segunda guerra mundial. Levada a efeito sob a inspiração direta do Presidente Roosevelt esta operação de desembarque, a maior de toda a história, arcou, de maneira irrefutável, o fim do periodo puramente defensivo das Nações Unidas, que passaram, então, para a fase ofensiva que as há de levar à Vitória final. As fotografias abaixo fixam diversos flagrantes das operações na África do Norte e dão uma idéia visual do que foi esse desembarque.
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Prontos para desembarcar estes soldados Norte-Americanos reunem-se no convés do transporte, afim de receber as últimas instruções. Ao fundo, um canhão anti-aéreo assegura proteção contra possíveis ataques inimigos.
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Em um porto Africano do Norte — parte do gigantesco comboio de invasão dâ inicio ao desembarque da artilharia e material blindado das forças Norte-Americanas.
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Raquel de Sousa Pinto, soprano ligeiro, filha de D. Argentina Nascimento e do Sr. Antônio Ricardo Nascimento, que estreiou, com sucesso, grande no Muni cipal, quando da Temporada Nacional de ópera e Bailados, na peça "O Escravo", de Carlos Gomes.
Soprano Urico Maria Nazareth Aurelino Leal, que vem de obter grande sucesso, cantando no Musical Roxy Klng, recebendo fartos vplausos. A aplaudida cantora lírica brasüeirfi regressou recentemente de uma excursão de intercâmbio cultural a Buenos Aires, onde realizou uma série de 18 concertos, tornando mais conhecida a música brasileira nos meios artísticos platinos.
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Senhorinha Santuza Dória, aplaudida cantora baiana que se temexibido ao público desta capital com grande sucesso e cujo recital de canto, a se realizar próximamente, está sendo vivamente esperado.
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LUCILA MACHUCA tem uma personalidade artística privilegiada que se adapta às épocas remotas e modernas com a maleabilidade dos temperamentos destinados à sublime missão de transmitir elevadas emoções de arte. Ao "Cravo", é a castelã antiga que completa o instrumento aristocrático das cores de galanteios sutis e reverências graciosas; ao piano, é a virtuose moderna das creações vigorosas em que as dificuldades da execução rivalisam com as "trouvailles" da inspiração contemporânea. A Sra. Lucila Machuca encantou, ha pouco, os apreciadores do "Cravo" com quatro concertos, sendo um no Municipal e três pelo rádio. 0
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Marina, pianista, e Marilia, violinista, discípulas, respectivamente, de Liddy Mignone e Yolanda Peixoto Neves, são duas brilhantes promessas que surgem. Muito jovens ainda, inteligentes, musicais, estúdiosas, a audição que realizaram, no estúdio do Conservatório Brasileiro de Música, foi uma hona de arte encantadora para os seus convidados que não lhes regatearam aplausos. 18 —
Retrato de Mme M. de S., tela que figurou no Salão Oficial da Escola de Belas Artes em 1942, executado pela pintora riogranãense Cléo B. Romero.
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' OSVALDO PRÍNCIPE
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"O Malho", ao encerrar-se o plebiscito ,por para èle lançado para a eleição do Príncipe dos Contistas BrasiREPETE-SE, leiros, a mesma satisfação que teve ao proclamar, em 1927, o Príncipe dos Prosadores, em prélio de que saiu vencedor o saudoso Coelho Neto. Hoje, é um nome não menos ilustre o que aparece nesta página entre os louros da vitória. Conforme prometemos, divulgamos a seguir o laudo assinado pela Comissão Apuradora, composta de representantes de todas as instituições cujos membros foram chamados a votar, e esse laudo confirma a vitória do candidato Osvaldo Orico, que obteve 344 votos. Oportunamente divulgaremos o programa da sessão solene a ser realizada no "auditorium" da Associação Brasileira de Imprensa, para consagração pública do Príncipe dos Contistas Brasileiros, ao qual será oferecido expressivo bronze de autoria do escultor Calmon Barreto, já em execução por esse apreciado artista. Fica, assim, encerrado, o plebiscito que tanto êxito alcançou, e são os seguintes os termos do
D O L A LAUDO U Direção d'"0 Diante desse resultado, apra. pela Dire?ao MALHO" para, em Comissao, Comissão, veri- proclamar vencedor o candidato mais CONVIDADOS acadêmico Osvaldo Orico. ticar a apura?ao apuração dos votos do Pie- tado, academioo "PRl'N"PRÍN- Rio instituído para elei?ao de Janeiro, 2 de Dezembro de 1942 biscito instituido eleição do CIPE DOS CONTISTAS BRASILEIROS", declaramos ter constatado, no j c Macedo S(mres minucioso exame das apuragoes apurações parciais efetuadas, em numero Academia Brasileira número de seis (6), ser absolutamente exato o resultado final, puClaudio Cláudio de Souza blicado em sua edi^aa edição de Dezembro, que do PEN-Clube do Brasil eé o seguinte: Max Fleiuss 1." lugar: do Instituto Hist6rico Histórico e Geografico Geográfico Souza Doca OSVALDO ORICO 344 votos 2." lugar: cto cio Instituto Brasileiro de Cultura VIRIATO CORREIA Herbert Moses 304 votos Associagao Brasileira de Imprensa 3.° lugar: 3.° lugar: da Associação da 100 votos Arnaldc Damasceno Vieira Monteiro Lobato 4.° lugar: da Sociedade de Homens de Letras 4." 73 votos Jarbas de Carvalho Ribeiro Couto Associação dos Artistas Brasileiros 5." lugar: da Associa?ao 46 votos Geysa Boscoli Peregrino Junior Júnior Sociedade Brasileira de Autores 6." lugar: da Alcides Maya 12 votos Teatrais vindo a seguir outros candidatos com voAfonso Costa ta?ao da Academia Carioca de Letras tação inferior a 10 votos.
história daquele homem que, em vida, se chamou joão Fernandes Tavares, a quem cs caprichos do destino viR riam um dia a fazer dele o médico e confidente de Pedro 1, é evidentemente das que não se podem escrever em definitivo. São páginas, talvês, que escapam a percepção objetiva e passam ao campo duvidoso da ficção, tais os meandros subtis, em que se desenrolam, a dramaticidade dos lances que, tocando às raias do irreal, do fantasioso, poderiam ser tomadas até como inverosimeis. Nascido em 27 de dezembro de 1795, no Rio de Janeiro, na então freguezia da Sé, e indicado, por vontade materna, para clérigo, estava assinalado, entretanto, que o futuro visconde,de Pontes Ferreira, comendador das Ordens Portuguesas da Conceição de Vila Viçosa, de N. S. Jesus Cristo, cavalheiro da Torre e Espada, da Ordem da Rosa do Brasil e da Ordem de Cristo, coronel do Corpo de Saúde do Exército Libertador, inspetor geral das tropas, fisicomór do Reino e do Conselho de S. M. Fidelissima, a sra. D. Maria II de Portugal, teria antes de tudo que renunciar aos desejos de D. Rosa Francisca das Chagas, para dedicarse ao comercio. Daí, graças a proteção de um tio provido de haveres é que ingressaria na Faculdade de Medicina de Paris, em 1820. De lá, da velha França, auréolado de glórias, bafejado da fortuna, é que tornaria ao Brasil em 1824, para enfim, quatro anos depois, lograr a maior ambição de sua vida: ser médico do Imperador. Data a sua nomeação para a imperial Câmara de 12 de agosto de 1828. Na verdade, diga-se, a sua escolha era uma conseqüência possivel do crédito que angariara, o profissional que atinou pois fora"desastrosa com a queda" de cavalo, que D. Pedro levou no lugar chamado Marco 4, em 1826, e que as más línguas confidenciavam não ser outra coisa, senão uma "bôa rodada de páu", fruto de mal aventurada empresa, em que era useiro e veseiro o monarca. De tal forma se houve o dr. Fernandes Tavares que, em menos de oito dias, D. Pedro estava curado. Com isto ganhou foros extraordinários o dr Tavares: foi êle que acompanhou a princeza D. Paula, quando essa, atacada de moléstia gra-
0 medico de Pedro I GARCIA ve, se recolheu à fazenda do padre Corrêa, na Serra da Estrela. Êle ainda é quem salva D. Pedro de um acesso de febre perniciosa em 1829, febre que o imperador apanhou numa das suas muitas viagens. "Nas doenças graves, que traziam aprehensiva a familia imperial — escreve a propósito um de seus biógrafos — o profissional da confiança de todos, é o dr. Fernandes Tavares". Contudo isso quem empolgava o Galeno patrício era D. Pedro. Pelo monarca, Fernandes Tavares abandonou tudo: clínica, amigos, dinheiro... Só teve uma ambição, um desejo: o estar no Paço. Por tal forma se impõe enfim a consideração do Imperador, que esse, em 24 de fevereiro de 1830, faz com que se cumpra esta portaria: "Sendo de absoluta necessidade que em todas as minhas jornadas seja acompanhado por um médico, e concorrendo na pessoa do dr. João Fernandes Tavares, médico de minha imperial Qimara, qualidades essenciais para poder gosar de tão distinta honra em todas as jornadas que fizerem os meus filhos, concedo-lhe por este motivo uma pensão de 800$000, pagos aos mezes. O tesoureiro de minha imperial Casa, Plácido Antnnio Pereira de Abreu, o tenha assim entendido e execute". Desde esse dia, dir-se-ia a vida do "Doutor Canudo" (alcunha popular a vida do "Routor Canudo" (alcunha popular que lhe adveio por ter sido o primeiro médico no Brasil, que pôs em uso um aparelho cílindrico, precursor talvês do estetoscopio de Laenec) estava para sempre ligada à de D. Pedro. Não há esse instante em que o dr. Tavares não figure ao lado do Imperador. Não há sofrimento físico em qualquer pessoa da casa imperial, em que o sátirisado "Doutor Canudo" não corra a debelá-lo com a luz de seu saber, da sua inteligência. Tão grato lhe fica o monarca por tudo isso, que logo o agracia com as insígnias de cavalheiro da Ordem da Rosa, em 31 de julho de 1830, e em 2 de janeiro de 1831 ao ter que partir para Minas Gerais, é êle pró"que adminisprio que ordena o dr. Tavares tre publicamente a vacina em todas as cidades e vilas que o mesmo senhor houver por bem
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MALHO
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JÚNIOR
visitar, fazendo constar aos povos, os lugares e os dias em que tiver que administrá-la, entendendo-se para este fim com as respetivas Câmaras Municipais". Chega por fim o ceiebre 7 de Abril. D. Pedro tem que partir. Já de fogos acesos está a fragata inglesa "Wars"Volage", a pitte", que o transportará para a cujo bordo o Imperador vai deixar para sempre o Brasil". E a tradição repete o que talvês se tenha passado entre o Imperador e o seu médico — escreve o brilhante Feijó Bittencourt: "Minha vida — diz o filho de rei — despojado de tudo, depende da continuação de seu tratamento, e eu espero que não será daqueles que me abandonam na desgraça". E Fernandes Tavares lá segue com o monarca destronado. Talvês que de íntimo lhe doesse abandonar quasi miseravelmente o homem que êle sabia minado de um mal já sem cura, e por isso o dr. Tavares segue-o: com êle a seu lado participou das campanhas da Restauração. Há ocasiões que tem sob os seus cuidados mais de 3000 feridos; na batalha de Ponte Ferreira, é êle quem dirige o hospital de sangue. Contase que houve dias em que trabalhou onze horas a fio sem parar. Êle próprio é quem confessa em documento público que chegou até os nossos dias, que havia ocasião em que "até lhe escapava o tato para manejar os instrumentos cirúrgicos". Graças porém a robustez física de que era dotado, vencia o cansaço e triplicava de esforços para socorrer sem distinção inimigos e aliados. Quando enfim o duque de Bragança, vence a pugna, não se esquece de encher o seu companheiro dás horas amargas de luta, com galardões e munificencias. Umas sobre as outras ornam-lhe desde então o peito as mais significativas condecorações. Logo nomeia D. Pedro, em nome da novel rainha, físico-mór do Reino. Pouco mais dálhe o título de membro do Conselho de S. M. Fidelissima, a Rainha de Portugal, D. Maria II, e o de primeiro médico da Câmara de S. Magestade. Finalmente quando em 24 de Setembro de 1834, aquele que foi D. Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal agonisa na mesma sala D. Quichote, do palácio de Queluz, onde por circunstancia igualmente singular havia nascido, à beira do seu leito de morte, está um homem, que como amigo e confidente e como seu médico assistente, lhe acompanha os derradeiros instantes de vida: é o dr. Tavares Fernandes. E é esse médico brasileiro quem irá depois autopisiar D. Pedro, o mesmo que cerca de quarenta anos, relegado ao ostracismo, abandonado dos homens, repudiado dos próprios Braganças, arrastará consigo o infame labéo de ter sido quem propiciou veneno a D. Pedro para matá-lo a soldo da Maçonaria, diziam os seus caluniadores. Felizmente ao morrer em 1874 já o dr. Tavares Fernardes podia partir tranqüilo para a grande viagem: o seu nome de há muito estava rehabilitado por D. Pedro II e por Luiz I que alem de agraciarem-no com novas honrarias como integraram-no à sociedade brasileira e portuguesa, dentro da mesma consideração e respeito à que êle fazia jús por mui tu* méritos.
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* PASTOU 0S
RE.S fAA6°s E ao tardo passo dos carnelos, o três reis magos Caspar, Melchior e Baltazar seguiam o astro maravilhoso que lhes marcava o rumo, desde os seus longínquos reinos no Oriente, através de áridos desertos e escalvadas montanhas, até as fidentes colinas do verde país da Galiléia. Notando que os camelos esracaram e que, após demorado lampejo, a estrela caíra e desaparecêra sobre uma grota à sun frente, radiante, disse Gaspar aos companheiros: "Eis a grota em que nasceu Aquele a Quem vimos adorar e prestar vassalagem". Tirou da cabeça o rico turbante, em forma dte' coroa, e "E não é nenhum acrescentou: templo de deuses nem palácio de reis!" E apeando, cs Magos receberam da|s máos dos pagens os artísticos vasos cinzelados, contendo o ouro, a mirra e o
POJUKAN DE CARVALHO
incenso da oferenda, e entraram no sagrado recinto. II Então os três poderosos monarcas de impérios sem limites e de súditos sem numero, transpondo a grota, pararam à entrada e se ajoelharam trêmulos de emoção, ante o quae enlameados. as pequenas trouxas enfiadas nos cajados e os ôdres a tira-cólo, denunciavam uma longa e áspera jornada, em que não tiveram talvês a guiá-los outra estrela sinào a da Fé, que lhe brilhava no íntimo. E, prosternados aos pés do recém nato, contntos O ado-
E logo o Divino Infante despertou do angélico sono: os seus claros olhos, inocentes e puros, abriram-se numa suave mirada, a sua infantil voz soou no silêncio da grota, como, no Templo, uma nota harmoniosa
da harpa do rei David, acompanhando um salmo; os seus bracinhos nús agitaram-se no ar, como o leve adejar das azas de um anjo. Mas aquela suave mirada aquela voz infantil, aquele acenar de bracinhos nús, não foram para os três magníficos reis trajados de purpura, de ricos e refulgentes turbantes, de bordadas sandálias, ali curvados na oferenda do ouro, da mirra e do incenso, e sim para os três rudes pastores, vestidos de grosseiras peles de cabra, de pés descalços, de cabeças nuas, os quais vinham oferecer ao Deus Menino apenas os coraçòes ingênuos e simples... .dro que os empolgou pela rústica grandiosidade:, sentada junto à mangedoura de um estábulo, Maria de Cana tinha ao regaço o Filho adormecido. Comovido, de olhos nublados, Gaspar murmurou para os outros: \ — "Êle dorme. Que acs des-
pertar, a seu primeiro olhar seja para aquecer e iluminar a minha alma neste gélido crepúsculo de vida". E Melchior: "Que a sua voz infantil, como a de um anjo num coro celestial, inunde o meu cora"alegria. ção de E Baltazar: "Que os seus bracinhos nús acenem e se estendam para mim como se fora uma divina bênção". Então os três reis, à frente da Divina Família, tirando os turbantes e depois de oferecerem os preciosos presentes, ajoelharam, em adoração Àquele que vinha reinar sõbre o povo eleito do SENHOR.
Qra, naquele instante, sutis como sombras, entraram timidamente três humildes e rudes pastores. As grosseiras vestes de pele de cabra, cobertas de pó, os pés descalços, em feridas
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UMA
GRAÇA
DO
CEU
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C M geral, durante o ano inteiro, procuramos a felicidade nas mais variadas emoções. Muitas veses, chegamos a ter a impressão de que a temos debaixo de nossa mão, para verificar, logo depois, que os desejos satisfeitos
não
trazem
outra
coisa,
alem da saciedade. Nos
últimos
dias
do
ano,
pomos nas espe-
nossa ânsia de felicidade ranças do Ano Novo e nos entregamos, com o coração mais tranqüilo,
às alegrias simples do lar e à satisfação de contribuir um pouco para a felicidade alheia — seja com um óbuTfoce
CtonfiCtuUlc&6>
Mamãe, tu me ensinaste em pequenino, A ver o mundo em tua voz macia. As árvores, o céu e a penedia, O vasto mar cantante e esmeraldino.
lo para o Natal do Pobre, seja com uma boneca para o sapatinho de uma criança enferma. E continuamos a viver. Se demorássemos o pensamento na análise dessas coisas que de tanto já se tornaram rotineiras, talvês verificássemos, com algum espanto que a alegria de dar foi muito maior do que a de todos os apetites satisfeitos do ano inteiro, e que a felicidade que buscamos em tantos lugares diferentes não pôde ser outra coisa senão aquela serena alegria da Noite de Natal, que é apenas o reflexo de outra alegria — dessa outra que se irradia dos olhos das crianças que sorriem — misturada à esperança do acontecer
Se roubo por instantes a ternura Que mora em tua mão macia e quente, Vejo um mundo de amor e de ventura Vejo os teus olhos milagrosamente !
Dize a verdade... Os meus olhos e os teus São mesmos verdes como o verde mar ? Explica-me então como é que Deus Poz esta noite verde em meu olhar ?
Ano Bom. Não chores mãe... não sabes... queridinha.. Mas Deus é tão imenso e tão divino, Que se poz a cegueira em meu destino Deu-me a grandeza de sentir-te minha !
Todos os homens de bôa vontade teem direito de prelibar esse minuto de bemaventurança — milagre que o Natal nos reserva e que nós devemos gosar como uma graça do céu. W A L I C E
LAUSIMAR
O
MALHO
LAUS
GOMES 22
1 — 19 4 3
QUE ...é o resuma emotivo de uma mentira (uma mulher bonita).
...é uma gota dágua estragada pelo Romantismo (um cínico).
.. .é um pingo de amargura que tanto podia sair pelos olhos como pelo nariz (um velho tomador de rape). x
É A LÁGRIMA? nos, em que pôde haver alguma poesia, mas há muito mais cloreto de sódio (um químico).
...é uma secreção líquida destinada, unicamente, a limpar os olhos quando neles cai poeira ou corpos estranhos (um fisiologista).
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...é um convite ao nariz, para começar a pingar (um observador... sujo).
...é o único germicida que, jun. mente com o Lisol, ajuda a resolver certos casos sentimentais (um bacteriologista). x
.. .é como a chuva do céu: uma condensação de temporais (um Tieteorologista metido a sebo).
.. é uma espécie de certidão de amo. que os tolos exigem às suas namoradas e que elas fornecem aos toneis (um psicólogo).
...é um oceano em miniatura, onde um cristão se afoga mais depressa do que no mar (um marinheiro).
...é uma solução de sais akali-
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passa, realmente, de uma gota dágua (um físico). x
...é uma forma econômica de mentir: é o mais úmido dos embustes (um técnico em mulheres e em lágrimas).
.. é um modo elegante de chorar seii. catarro (um endefluxado). . .é a pérola do sentimento, fabricada no interior de uma concha que se chama coração (um poeta fora dc moda). x nada um .. .é que pôde vir a ser tudo (um maluco).
. . .é um bom lubrificante para o coração... dos outros (um técnico em óleos). .. .é a hora do toque para o primeiro beijo (um namorador profissional).
...é o infinita liqüefeito numa hora de desespero (outro maluco).
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.. .é a maneira mais simples e honesta de ganhar um vestido novo (uma mulhcr casada).
,. .é a maneira mais simples, embora não honesta, de adquirir três vestidos ncvos (uma mulher que não é casada, mas é como se o fosse).
é uma pérola falsa à custa da qual as damas, às vezes, obteem pérolas verdadeiras (um joalheiro).
.. .é um modo líquido de falar quando se sente um nó na garganta (um sujeito acanhado). ...é um ponto final de emergência quando é perigoso contar a história tal como se passou (uma mulher sabida).
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...é o mais líquido dos juramentos falsos (um filósofo... casado).
...é uma peite entre o mundo visivel e o desconhecido (um filósofo sem responsabilidades).
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cs ...é uma coisa bonita, mas horrívelmente salgada (uma mosca).
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...é uma coisa que me faz ganhar palmadas, mas rende a mamãe um automóvel (um guri de 5 anos).
...é o inverso geográfico das ilhas: um pouco dágua cercado de terra por tudos os lados (um estudante medíocre).
...é a alvorada do soluço e o prenúncio da fungadeira (um sujeito prosaico).
...é uma gota dágua que se parece muito com outras coisas mas não
...éa mentira liqüefeita, condensada e com pretensões a jóia (um marido de máu gênio).
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I horas trágicas da Pierrc Gréfrancesa, derrocada NAQUELAS goire soluçava agarrado ao travesseiro. Dois dias antes completara o seu décimo terceiro aniversário, sem o estardalhaço dos anos anteriores. As notícias desastrosas que chegavam do "Front", o efeito terrível dos aviões nazis despejando bombas sobre os suburbios de Paris, embotaram profundamente o espirito do pequeno fran0
MALHO
cês. Êle aprendera na escola os êxitos e as derrotas da sua Pátria. As derrotas, esquecera-as; as vitórias, trazia-as bem vivas em seu pensamento. Agora, o aproximar continuado das hostes de Hitler, parecia-lhe um desmentido formal à coragem e ao valor da sua gente, verdadeiro cataclisma que rolara do céu de França. Não; naquele ano, Pierre Grégoire não fiz,era aniversário. O tempo correra célere desde a última ventura,
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e, cobrava agora, imperioso e máu, os fartos momentos gosados no passado. O luto da França caíra também sobre o seu lar. O pai, veterano de 14, jazia prisioneiro, talvez, já, a caminho de um campo de concentração. Antoine morrera combatendo na Maginot e Jean, ferido e hospitalizado, aguardava que a morte o viesse livrar da suprema tragédia. Só lhe restavam, pois, a mãe e a irmã, duas sombras desbotadas e chorosas, a vaguear sem destino pela casa enlutada . Pierre Grégoire estava triste, profundamente triste. Êle chorava, chorava continuadamente. Seus grandes olhos negros estavam cncovados. cansados pelas longas vigílias. Em vão a mãe tentava consolá-lo, prometendo-lhe dias melhores. — A França não foi derrotada, Pierre! — ela lhe dizia com voz desesperançada. Mas. êle sabia que tudo eram paapenas. O sofrilavras, palavras mento aguçara-lhe o espírito, então prestes a desabrochar. Êle sabia que tudo morrera, que tudo terminara. Um fragor continuado faz estremecer a casa. Os móveis parecem gemer, agoniados. Os sons ritimados de uma banda de música ferem o ar. Quem ousava escarnecer do desespero da França? Pierre Grégoire levanta-se e se debruça na janela. Rilha os dentes, com ódio. Na rua, rolam barulhentamente tanques e transportes estranhos. Os alemães tinham acabado de entrar em Paris.
A onda de sabotagem invadia então a França vencida. Diariamente, soldados alemães de ocupação, orgulhosos e autoritários, tombavam ante as balas dos pátriotas franceses. Bombas-relógío expiodtam inexplicavelmente pelos quatro cantos da cidade, fazendo vítimas entre os ocupantes germânicos. A boataría constante, a incerta posição inglesa, os discursos bombásticos proferidos _ ao rádio pelas autoridades nazis, não eram argumentos capazes de esmorecer a resistência espiritual do povo. Havia revolta, revolta reprimída. A perseguição aos judeus começara. As primeiras sinagogas ardiam, incendiadas pelas mãos criminosas da Gestapo. De Gaulle surgia como um desagravo à honra gauleza, inspirando aos jovens patriotismo e espírito de luta. Os aviões britânicos cruzavam os céus franceses em demanda da Alemanha. O povo pedia bombas e eles jogavam folhetos. O terrorismo, como um vendaval que tudo abrange e arrasta, tomou Paris completamente. Eram assassinados à luz do dia, com regularidade matemática, soldados e civis nazis. O alto comando alemão berI
19 4 3
aberta, uma claridade baça morre no assoalho lavado.
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ANTÔNIO TÁVORA
Ilustração de GOULART
rava ameaças. Üs assassinatos continuavam. Certa tarde, a declaração nazista levava ao conhecimento de todos de que ia tomar represálias. A cada ale-mão morto, vinte franceses pagariam com as vidas. E começou o mais funesto ajuste de contas que a História tem em memória. Incautos transeuntes, mulheres, criancas e velhos, eram arrebanhados ruas e fuzilados sem clemência. pelas "Quislings" franceses aproveitaOs vam-se da situação para denunciar seus desafetos, como judeus e sabotadores. A fome começara a grassar. A França prostrada espremia com as mãos o seio exangue, incapaz de alimentar seus filhos e seus conquistadores. Um novo comércio nascera. A exploração dos cartões de racionamento, distribuídos pela polícia civil nazi a peso de ouro, lançara na indigência milhares de famílias francesas. Sol.dados alemães, ébrios, assaltavam, à noite os armazéns de abastecimento, pilhando e roubando. Na manhã seguinte a escolta militar avisava: — Não há víveres. E a multidão se dispersava de mãos vazias e com ódio no coração.
E' tarde. O sinal de recolher há muito que soara. Duas figuras negras deslizam sem ruido na calçada molhada. Evitam a ronda e dobram a esquina. Jacques — sussurra um deles ao ouvido do outro — parece que chegou o momento. A massiça parede do armazém intercepta a luz, deixando tudo em penum bra. Forcemos a porta. Colam os ombros à porta. Ela se escancara. Não chegam a dar dois Do interior, uma metrapassos. lhadora cospe fogo, vermelho e vivo. Ao primeiro embate. Jacques cái morto. O outro, levemente ferido, recua e corre. Com velocidade incrível ganha a esquina . corre em zig-zag pela rua 1 — 19 4 3
afora. Escuta o ruido estrepitoso da correria atraz de si e o silvar das balas que passam rente à sua cabeça. Estrídulos apitos cortam o ar. Um corpulento soldado surge à sua frente e corre para êle. E' o último obstáculo que impede a sua salvação. Era preciso passar, custasse o que custasse. Com gesto ríspido, retira da cinta a faca curta e larga e crava-a por três vezes consecutivas no peito do homem. E corre, corre sempre. Na extremidade da rua começam a aparecer vultos que correm em sua direção. Êle está cercado, vencido. Em desespero de causa, reconhece que só lhe resta um único recurso: enterrar no próprio peito a faca ensanguentada. Completamente exausto êle pára diante de uma casa, perfeitamente igual às demais da rua operária. Um leve rumor vem de dentro dela. A porta se abre vagarosamente e uma restea de luz reflete na calçada. Uma voz infantil sussurra baixo: — Entre. E êle entra, para a vida
A casa é sacudida por um fragor forte. A porta é fendida e cai aos pontapés nela vibrados. A soldadescn atravessa o pequeno saguão. Diante deles está um menino, em camisola de dormir. Tem os pés descalços. Onde está o assassino? — indaga o chefe do grupo, abaixando o revólver que trazia na mão. Qual assassino? O traidor que penetrou nesta casa. Pierre Grégoire empina o peito franzino diante do soldado. Ligeira palidez realça o estranho brilho de seus olhos negros. Aqui não há traidor nem assassino! Há franceses! E' jogado brutalmente para um canto. A tropa passa. Sobe as escadas e surpreende o brusco despertar das mulheres apavoradas. Rebuscam armários e olham em baixo das camas. Tarde, demasiado tarde, percebem que a chuva penetra livremente no quarto alvoroçado. Da claraboia
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Fazia justamente uma semana que Pierre Grégoire estava encarcerado. Mal tinha raiado a madrugada livida quando êle escuta passos secos batendo de encontro às lages do corredor. Ouve choros e gritos de desespero. Abrem a porta da cela c grisespero. Abrem a porta da cela c dizem com voz cavernosa: A hora chegou. Éle apanha o casaco e chega-o ao corpo tiritante. Depois entra na fila nervosa que caminha para a morte. Todos vão em silêncio. Estão sujos e acabados. Alguém, atraz de si, reza em surdina. De vez em quando, uma gargalhada histérica de mulher ecoa e se perde pelas abóbodas de pedra. E o cortejo caminha vegarosamente, para o fim de tudo. O sói, brando e descorado, já cái por cima das cabeças febris. E' tarde para pensar na vida. Colocam-nos enfileirados, de costas para o paredão vermelho. E ruge uma descarga, e outra, e outra mais. Ceifados pela metralha, os reféns caem como cae o trigo nos trigais. Pierre Grégoire ainda vive. Um último alento ainda lhe dá forças para qritar com a sua vozinha fina: "Vive Ia France"! Êle sente no peito uma dôr aguda. O sangue jorra em golfadas pela boca entreaberta. Com supremo esforço, Pierre Grégoire cola os lábios sangüíneos ao solo carinhoso da Pátria. E a vida vôa do seu corpinho moribundo para as regiões misteriosas do além. Pierre Grégoire deixara, naquele momento, de sofrer.
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A
ÚNICA
CULPADA
— Ora meu filho! Não podemos entrar! A fita é imprópria para menores e senhoritas. . . O garoto: — Também, prá que o papai foi trazer a Maricota? 0
MALHO
Não tens vergonha de pedir esmolas? Não senhor! Uma vez que tomei sem pedir custoume seis meses de cadeia.
Que faz você quando lhe apresentam uma letra promissória a vista? Ora! Fecho os olhus...
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De-me noventa centavos de sublimado. Não vendemos menos de um cruzeiro. Que diabo! Então não me suicido. 0
MALHO
Jl Qual foi o idiota
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que mandou jogar essas latas
aqui? Foi o coronel, tenente. O coronel? Cinco dias de prisão por chamar o coronel de idiota!
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1 LEGIÃO BRASILEIRA RE ISSISIEItlf UJVIK INSTITUIÇÃO QUE F^hTT^VT^ 7SO BRTSSIla
1
o desejo de esclarecer COM os seus leitores, "O Malho" solicitou uma entrevista Filho, ao Dr. Rodrigo Octavio"Legião Secretario Geral da Brasileira de Assistência", a benemérita instituição, fundada pela Snra. Darcy Vargas. Atendendo ã solicitação, o Rodrigo Octavio Filho Dr. as descreveu minuciosamente ** finalidades da "Legião Brasileira de Assistência", fundada no momento em que o Brasil com os em se encontra ¦.'ArL "Eixo", guerra em virtude de paises do agressões não provocadas por Dona Darcy Vargas, nós. "Inspirada pela sensibilie presidente fundadora da L.B.A. feminina, alma da dade apoiada pelas classes produtoras, favorecida pela contribuição equitativa do povo, servida pelo trabalho voluntário de pessoas devotadas, a L. B. A., nesta hora grave da Nação, plantou a sua flámula no solo sagrado da Pátria, abre o coração a todas as causas nobres, estende os braços a todos os infortunados, aperta as mãos de todas as instituições que se mostram desejosas de colaborar, e surge vigorosa e confiante, para fazer o bem e ajudar a vitória, e sobreviverá à guerra para, na paz, fazer o bem e ajudar a marcha do progresso. Sua história é curta. AL. B. A. é de hontem, mas já é de todo o Brasil. Uma assembléia creou-a aos 28 de Agosto de 1942. Inspirou-a quem hoje é nossa incansavel presidente, a Sra. Darcy Vargas. Patrocinaramn'a a Federação das Associações Comerciais do Brasil e a Confederação Nacional da Indústria. A 1.° de outuo funciobro o Snr. Ministro da Justiça autorizou-lhe a namento e a organização definitiva, "considerando "visados". grande utilidade e conveniência dos objetivos No dia seguinte instalou-se, solenemente, em sessão pública realizada no Teatro Municipal, e onde representantes de empregados e empregadores, unidos, procla-
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O Dr. Rodrigo Otávio Filho, secretário geral da L.B.A., em seu gabinete, despachando com sua secretária. maram o desejo de participar de uma constribuição nacional sistemática, em favor da nova instituição. A 5 de outubro, finalmente, registraram-se os estatutos, que lhe estabelecem, como objetivo, congregar os brasileiros de bôa vontade e promover, por todas as fôrmas, serviços de assistência social prestados diretamente ou em colaboração com o Poder Público e as instituições privadas. Para realização do seu programa, a LBA deverá criar serviços próprios e entrar em entendimentos com as autoridades federais, estaduais e municipais, e com as diretorias das organizações para-estatais e das instituições privadas visando a conjugação de esforços inclusive quanto à utilisação em comum de instalações e serviços. A 15 de outubro, são-lhe assegurados os meios necessários. Pelo decreto-lei n.° 4830, o Governo Federal, de acordo com o oferecimento formulado pelas delegações sindicais e pelos representantes das entidades máximas do comércio e da indústria, estabeleceu a contrlbuição especial e reconheceu a L.B.A. como órgão de colaboração com o Estado, no tocante ao serviço de assistêncla social, e de consulta no que concerne ao funcionamento associações congêneres. "Assistir de à família do convocado, eis o primeiro dever da L.B.A., enquanto o Brasil se achar em guerra". Em todo o território nacional, de acordo com as instruções baixadas pelas autoridades militares, aos órgãos locais da L.B.A. já vão sendo fornecidas as relações nominais dos convocados, e logo se iniciam as visitas, que (Continua na pág. 67)
Um flagrante tomado durante o expediente diário da Secretaria da Legião Brasileira de Assistência -J|||||&:
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CT' interessante quasi sempre, a história dos artistas estrangeiros que nos visitam e que finalmente, presos aos encantos de nossa natureza, ou á afabilidade do povo, vão adiando cada vez mais a data de sua volta à terra natal, terminando quasi por se tornarem mais brasileiros do que nós mesmos. um apenas Não seria exemplo que poderíamos apontar, e sim muitos. Alguns desses artista^, ha longos anos vieram para o Brasil. Outros, mais recentes, para cá vieram tangidos pelos horrores da guerra. Dos primeiros, dois exemplos bem frizantes, são os de nomes de Lasar Segall e Dimitri ,Ismailovitch; dos segundos os que alcançaram entre nós uma maior projeção, foram sem dúvida nenhuma. Emieric Marcier — que tanto deu que falar com uma notavel exposição realisada na E. N. B. A., J. P. Chabloz,
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O PROF. CÂNDIDO MOTTA FILHO NA DIREÇÃO DO D. E. I. P. DES. PAULO T\ e acordo com as novas disposições adotadas pelo ¦^ Governo Nacional sobre os Departamentos de Imprensa e Propaganda dos Estados, vem de ser nomeado Diretor do D.E.I.P. de S. Paulo, pelo Presidente da República, o Prof. Cândido Motta Fiiho, que já vinha exercendo comi raro brilho essas altas funções, de tanta responsabilidade, o qual vê, assim, confirmada a escolha do chefe do governo paulista quando o pôs à frente daquele Departamento. O ato do Chefe do Governo foi recebido com gerais aplausos, tanto em S. Paulo como nesta Capital.
Arpad Szenes, Maria Helena da Silva e mais aiguns outros como Nigri de quem já tratamos certa vez num estudo mais detalhado. Ha ainda alguns artistas que não estão enquadrados nem numa nem na outra das hipóteses citadas. Vindo ha poucos anos para o Brasil, Serita Zugasti é bem um exemplo de quando pôde a nossa natureza, os nossos motivos pietóricos, despertar na imaginação de um verdadeiro artista. Descobrindo verdadeiramente um caminho, procurando motivos puramente regionais, ou seja dos jangadeiros do nordeste, ou numa figura de ' Baiana,, ou ainda em Macumba, Serita consegue sempre apresentar em seus trabalhos cheios de talento e de uma técnica quasi impecável, algo daquilo se convencionou que já chamar "visão de artista".
Serita em sem, estúdio
Pára obrigar a lêr "P#
sabido que os americanos levam a palma a todos, em quêstão de publicidade e aqui temos um exemplo:
Um editor Yankee, para lançar uma obra, lembrou-se de inserir propositadamente um erro de imprensa no texto do livro c anunciou que seria concedido um prêmio de 25.000 dollars ao (primeiro leitor que descoblrisse o erro em questão.
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Foi uma inspiração feliz: só numa semana, venderam-se 75-000 exemplares e por aí adiante, ao chegar ao número 200.000 de exemplares vendidos, foi publicado o nome do leitor premiado que era um groom de Nova York.
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MALHO
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Em alguns de seus trabalhos nota-se a influência nítida de Van Gogh, se bem" que em outros, Serita se apresenta destituída de qualquer influência extranha. Temperamento de artista, em todas as suas pinturas, mostra-se sempre como uma pintora que sabe o seu caminho. Nada de abstrações, nada de estudos, nada de indecisões sôbre o futuro; e sim uma firmesa, uma segurança, um domínio de côres e de traço, que faz com que notemos, ao estudo mais superficial possível, que estamos em frente a alguém que sabe pintar. Serita Zugasti já expoz no Rio, já expoz em Petrópolis e em São Paulo.
Agora volta a expor entre nós, seus últimos trabalhos. interessantes em sua imaioria, se destacam as cênas tomadas de motivos brasileiros, a Macumba, onde o movimento das figuras é esplendido, as flores de, colorido simples mas belo e alguns dos retratos. De um modo geral, Serita Zugasti é uma das melhores pintoras argentinas que já nos visitaram. Das melhores e das que sentiram mais de perto os encantos e os grandes motivos pitóricos quê pôde apresentar focalizada por mão de artista, toda esta terra grande e hospitaleira. PAULO DE MEDEIROS A L B U Q U E R Q U,E E
Vendedona de Côcos
O DR. JORGE DODSWORTH CONVOCADO PARA O SERVIÇO ATIVO DO CORPO DE SAÚDE DO EXÉRCITO
isüs
do Cor\T em de ser convocado para o serviço ativo po de Saúde do Exército, ao qual servirá no alto pôsto de tenente-coronel, o Dr. Jorge Dodsworth, figura de alto destaque na administração municipal, onde tem prestado relevantes serviços à população carioca como Secretário Geral da Prefeitura da Capital. O ato do Ministro da Guerra teve a melhor repercussão e o Dr. Jorge Dodsworth tem sido grandemente felicitado por lhe ter sido dado mais ésse ensejo de pôr ao serviço do país suas qualidades de cidadão e de profissional, como já o fizera, na primeira guerra mundial.
Telegrafia
primitiva
S antigos, especialmente os Gregos, os Romanos e os Árabes, faziam uso, para transmitir rapidamente as notícias, de sistemas rudimentares de telégrafo, em especial de fogos acesos em sitios elevados e dispostos variadamente. Em França, Guilherme Amontons, em 1690, imaginou postar de espaço a espaço, homens munidos de telescópios, para observarem sinais cujo sentido só era Q
conhecido nas estações extremas. Em 1791, Cláudio Chappe inventou uma engenhosa máquina com bíraços, inaugurada em 1794 e que subsistiu até 1844, época em que a telegrafia elétrica, aperfeiçoada por Weatstone e Morse, foi universalmente adotada. I —
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¦ HOMENAGEADO O INTERVENTOR ALVARO MAIA — O Sindicato dos Jornalistas Profissionais prestou, há dias, significativa homenagem ao Dr. Álvaro Maia, Interventor no Amazonas, intelectual dos mais "brilhantes e antigo jornalista, promovendo em sua séde uma sessão artística-literária, tendo o escritor Jacy do Rego Barros feito uma interessante conferência sobre a Amazônia, e a cantora Dilú Melo e o grupo "Namorados da Lua" interpretado vários números foiJclóricos. Vê-se, nêste instantâneo, o Interventor Álvaro Maia entre pessôas presentes a essa sessão.
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O NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇAO COMERCIAL — A Associação Comercial do Rio de Janeiro vem de eleger a nova diretoria que lhe regerá os destinos de entidade representativa da classe e órgão consultivo do Govêrno, tão cheia de serviços e com uma belíssima tradição. Para a presidência da Associação foi eleito o Sr. João Daudt de Oliveira, um dos antigos diretores da instituição, e figura de alto prestígio na classe. Industrial moderno, largamente relacionado no país e no estrangeiro, com uma longa folha de serviços prestados ao país, o Sr. João Daudt é um espírito afeito aos grandes e sérios problemas das classes industriais e comerciais, estando, por isso mesmo, e por suas reconhecidas qualidades de inteligência e cultura, habilitado a conduzir com brilho a velha e respeitável Associação na trajetória de notáveis conquistas que vem tendo e que o povo brasileiro acompanha de perto.
—Lma^tinrM «l I IWI lilll*MMWMgMgBiaWKgftaaagEfl%g^%gg»8MiyftTOfflflfffflMw^^ I CONGRESSO NACIONAL DE CARBURANTES — No Palácio Tiradentes, e sob a presidência do Ministro João Alberto, Coordenador da Mobilização Econômica, realizou-se a solêne inauguração do I Congresso Nacional de Carburantes, promovido pelo Touring Clube do Brasil. Trata-se de mais uma patriótica iniciativa da grande instituição, hoje presidida pelo Dr. Juvenal Murtinho Nobre, figura de relêvo na sociedade brasileira.
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OS JORNALISTAS BRASILEIROS HOMENAGEADOS EM LONDRES PELO MINISTRO MEXICANO — Grupo feito na Legação do México, em Londres, por ocasião da visita, àquela capital, doa jornalistas brasileiros, a convite do govêrno inglês. Os representantes da imprensa patrícia foram alvo de uma homenagem por parte do Ministro mexicano, que se vê na foto, ao lado do nosso Embaixador. — 30
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PRÊMIO LIT ER ARI O — O escritor Eduardo Grota Carretero, que foi classificado em primeiro lugar no recente concurso de têmas sobre Economia, instituido pela Caixa Econômica, para intelec• tuais e professores. Eduardo Grota Carretero é nosso antigo e apreciado colaborador, tendo, mesmo, iniciado suas atividades literárias nas páginas de "O M A L H O"
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DR. ALT AM1R ANDO REQUIÃO — Repercutiu da maneira mais simpática a escolha feita pelo novo Interventor Federal na Baía, do Dr. Altamirando Requião para o cargo de Chefe de Gabinete da Interventoria. Escritor de renome, poeta, brilhante jornalista e antigo deputado pelo seu Estado natal à Câmara Federal, o Dr. Altamirando Requião tem, reconhecidamente, todas as qualidades para prestar à Baía, nêsse posto de tanto destaque, os mais relevantes serviços, sendo essa escolha tão acertada uma homenagem às suas qualidades de homem público e intelectual. Hi Hi i Hi
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DR. ALOtSIO FRAGOSO, que vem de colar gráu por conclusão do curso da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, onde revelou sempre qualidades que o distinguiram entre seíis inúmeros colegas. O jovem médico, que é também intelectual e artista, é o conhecido Bob Steward, tão apreciado pela juventude, através de páginas altamente educativas que vem publicando há vários anos em O TICO - TICO e agora nos promete um românce para adultos, "T a r a", que está sendo aguardado com vivo interêsse. 1-19
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Ponte do Riacho — Rio Grande do Sul.
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EXPOSIÇÃO DE
LUCILIO
DE
S.
PAULO
ALBUQUERQUE
os auspícios cio Departamento quem, durante mais de trinta anos, conSobMunicipal de Cultura, acha-se sagrou à sua arte todas as energias, aberta na Galeria Prestes Maia da casabendo honrá-la em todos os matizes de sua admirável palheta. pitai paulista, uma grandiosa exposição retrospectiva da obra Lucilio de Albuquerque pictórica de Lucilio de Albuquerque, o vigoroso artista que tanto contribuiu para ' * v';* ' •." ; .; .j elevar a nossa pintura atralaflaaf jj >*:.f : J SM vés dos gêneros mais varia•'""> m I dos. h . tt£S9 Senhor de uma técnica inconfundlvel e de um profundo sentimento nacionalista, HH ,1, . Lucilio de Albuquerque foi um dos mais incansáveis l»S*kV^v : i mestres do pincel em nossa # f .61 terra, sabendo imprimir às !&*&. . # J* .• * • ¦' . suas télas um cunho todo •• - -1-1 !• ' :':'.i ¦I''*?%.*~Z', próprio. A exposição que ora se V-d realiza em São Paulo, sob a ' ;-• Tv] guarda solícita de Georgina de Albuquerque, também como êle nome destacado no cenário da- arte brasileira, reflete de maneira brilhante a contribuição prestada por — 31 —
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MINISTRO MARIO MOREIRA DA SILVA — A Associação Comercial do Rio de Janeiro vem de prestar significativa homenagem ao Ministro Mario Moreira da Silva, elegendo-o seu sócio honorário, um ato de público reconhecimento aos relevantes serviços por êle prestados, através da Divisão Econômica e Comercial do Ministério do Exterior, que obedece â direção dêsse ilustre diplomáta. O gesto da Associação Comercial rejlete de modo expressivo a gratidão das classes conservadoras do país, que essa entidade representa, pela preciosa volaboração e pelo apôio da Divisão Econômica e Comercial a medidas destinadas a incrementar o desenvolvimento do comércio internacional do Brasil.
UM "BI -MILIONÁRIO DOS ARES" — Flagrante colhido por ocasião da entrega, pela "Condor", ao Sr. Auderico Silvério dos Santos, de um distintivo de ouro com folhas de café por ter completodo, como rádio - navegador daquela Empreza nacional de aeronavegação, dois milhões de quilômetros de vôo. O homenageado é o primeiro brasileiro bimilionário dos ares e foi notável a coincidência de ter completado essa. sôma excepcional quando sobrevoava Florianópolis, sua cidade natal. Foi também o Sr. Auderico Silvério dos Santos o primeiro rádio-telegrafista brasileiro que se fez milionário do ar, em 1937, pois desde 1930 se dedica à aviação nacional como rádio-navegador.
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Um dos pontos preferidos pela sociedade carioca para passar os momentos de lazer é, sabidamente, o Jockey Club Brasileiro. Ã pélouse ão belo hipodromo da Gávea acorrem, também, com notável assiduidade os mais destacados elementos do nosso Corpo Diplomático, seguindo o exemplo do Chanceler Oswaldo Aranha, que é um "turfman" ardoroso. Nêste flagrante, vemos S. Excia. à esquerda do grupo em que aparece o Embaixador do Uruguai.
DIA "PAN - AMERICANO DA PROPAGANDA" — Grupo feito no Palace - Hotel, por ocasião do almoço de confraternização publicitária com que, entre outras cerimônias, se comemorou, nesta Capital, o "Dia Pan - Americano da Propaganda".
Flagrante apanhado nos salões do Automóvel Clube, por ocasião da expressiva homenagem prestada pelas colônias sírio e libanesa, do Rio de Janeiro, ao Sr. Jorge Saba, pelos seus relevantes serviços prestados ao Brasil ao entrar em guerra com as potências do Eixo. — 32
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ACADEMIA BRASILEIRA E O «LIVRO DO MÉRITO» instituição do "Livro do . Mérito" reno programa da Nova PoliA presenta, tica, uma das mais importantes e originais realizações do Presidente Getulio Vargas. Significa o reconhecimento solene e a consagração em vida, por parte do Estado, da benemerência e do vulto ilustre de quantos souberam honrar à nação. Trata-se, como se vê, Ida maior glória a que » um homem pôde aspirar, e, no seu significado prático, de uma demonstração de estimulo nacional à conquista da notabilidade pública. Vem agora, naturalmente, a pergunta: como •pôde a Nação eleger, sem influências partidarias, os seus filhos mais ilustres? A resposta foi dada pelo próprio Presidente Getulio Vargas, quando da instituição do " Livro do Mérito", pois a comissão por êle organizada para o exercício desse direito se constitue ide elementos cuja honorabilidade e justeza de decisão desafiam todas as conjecturas. É Presidente dessa comissão o Ministro Ataúlfo de Paiva, da Academia Brasileira, e fi-
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gura que alia à tradição de sua cultura e à linhagem de seu espírito um patrimônio de virtudes que o ajustam perfeitamente à nobijltante missão que lhe foi confiada pelo Supremo magistrado. Ainda agora, quando da inscrição no "Livro do Mérito", em solenidade realizada no Palácio do Catête, dos nomes de Clovis Bevilacqua, Rondon, Vital Brasil e Cardoso Fontes, o Ministro Ataúlfo de Paiva, ao sar entregue a esses pro-homens os diplomas que os sagram "cavaleiros da benemerência nacional", pronunciou uma oração que, na expressão lapidar de Osvaldo Orico, " teve a singeleza das coroas que caem sobre a cabeca dos heróis e dos sábios". A solenidade do Catete foi também uma festa da Academia, nos seus dois justos motivos: a escolha de Clóvis Bevilacqua a o discurso Üe Ataúlfo de Paiva, ambos dessa instituição. Não foi por outro motivo que ò Senado das nossas letras prestou a Ataúlfo de Paiva a sua demonstração de aplauso, em que as suas palavras foram coroadas pelos elogios de Osvaldo Orico, Pedro Calmon, Cláudio de Souza, Adelmar Tavares e Macedo Soares. A personalidade de Ataúlfo 'de Paiva tem a retidão dos princípios da velha moral e, falando para consagrar quatro filhos ilustres do Brasil, a sua palavra teve a religiosa autoridade daqueles varões que se investiam de autoridade divina para imortalizar os grandes.
A PAISAGEM NA OBRA DE EUCLYDES DA CUNHA ¦ ' yZ
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Flagrante colhido no " audi.torium" da A. B. I. quando o jornalista Paulo Filho realizava sua brilhante conferência subordinada ao título acima e promovida pela Associação dos Artistas Brasileiros
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WINSTON CHURCHILL Em sessão realizada na Academia Brasileira de Letras e promovida pelo PEN - Clube do Brasil, para homenagear o premier britânico Winston Churchill pela passagem do seu aniversário natalicio, o acadêmico Osvaldo Orico, que foi um dos oradores, pronunciou brilhante conferência sobre aquele estadista europeu cujo nome é, atualmente, um veídaldeiro símbolo. A oração do ilustre escritor, que aqui aparece em um flagrante colhido quando falava à seleta assistência do Petit Trianon, foi muitíssimo aplaudida.
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FERNANDO DE AZEVEDO, PILOTO CIVIL DÀ F. A. B. de ser conferido ao Prof. FerAcaba nando de Azevedo, Diretor da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, o brevet de aviador. O exemplo dado pelo eminente educador é dos mais O expressivos de sua nobre carreira. mesmo homem que fixou um marco na história da educação no Brasil, como Diretor de Instrução Pública no Distrito Federal, percorreu a sua carreira pública com lncomparável coerência. A reforma do Rio de Janeiro de 1928, é o único exemplo de uma lei de ensino obtida dos poderes Legislativos, sem autorização do Executivo na 1.* República e sem transações, nem transigências a troco de cargos. Dela decorreram cerca de 80 concursos, todos feitos na mais absoluta correção
A masma por parte da administração. linha de conduta foi a que teve no Departamento de Educação, como na direção do Instituto de Educação de S. Paulo. Agora na direção da Escola de que é professor, é a mesma figura exemplar, no exato riSendo solicitado a empregôr do termo. ender uma campanha, entre os universitários, pelo desenvolvimento da pilotagem, a sua conciência impôz-lhe o dever de antes aconselhar, fazer, tendo assim a autoridade do exemplo. E depois de 6 meses de aprendizagem, acaba de lhe ser conferido o brevet, com autorização especial do Sr. Ministro da Aeronáutica. No flagrante que aqui reproduzimos, vê-se os novos pilotos civis, destacando-se, à esquerda, o Professor Fernando de Azevedo.
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EXPOSIÇÃO W A M B A C H Obteve o esperado sucesso a exposição de paisagens do Brasil e retratos, realizada no salão do Museu Nacional de Belas - Artes pelo apreciado pintor belga George Wambach, cuja sensibilidade de artista tantas vezes tem sido posta em evidência em mostras da mesma natureza. O público desta Capital, que se habituou a vêr em Wambach um dos mais fiéis intérpretes das nossas belezas naturais, acorreu pressuroso â sua exposição, que esteve frandueada aos visitantes a partir do dia lt de Dezembro, quando foi inaugurada.
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ser inaugurada, na sede da Associação Ponhos do pintor Eugênio Lira, intitulada "Apota ofereceu à sociedade carioca excelente pessoal. EXPOSIÇÃO J. CARVALHO — Flagrante colhido por ocasião do vernissage da exposição de quadros do artista cearense J. Carvalho, no salão de exposições do Palace - Hotel. Os excelentes trabalhos ali expostos, fixando aspectos do litoral e do sertão brasileiro, foram unanimemente louvados pela crítica e evidenciaram mais uma vez suas qualidades de paisagista.
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Adelmar Costd Carvalho, figura de destaque no comércio e na sociedade de Recife, chefe da importante firma Carvalho & Cia. e que depois de vários dias de permanência entre nós, aoaba de regressar â eapltal pernambucana.
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(NITEROY)
DIANTE
raios do sol entram pela janela aberta, como numa ansia de penetrar até o último da sala. Marta deixa cair o livro OS recanto que estivera lendo e olha em volta. Não gosta desse excesso de claridade, ainda menos nesse momento em que está sem oculos escuros e em frente a um espelho. O espelho é de uma sinceridade terrível! Marta vê no espelho um rosto que nào é o seu! Náo pôde ser. Ali está desenhada a fisionomia de uma velha. E para Marta parece ter sido ontem que, por decreto da moda, cortara as belas tranças, raspara a nuca e cortara, também, um pedaço da saia. Lêra no jornal a notícia do armistício. Contratara casamento com Afonso... Sim. Se acompanhara pelos jornais a outra guerra mundial e contratara casamento no dia do armisticio, apezar da maquilage e do corpo ainda esbelto, agora, quando acompanha pelos jornais esta segunda guerra mundial, tem de estar velha! Velha! Marta passa as mãos entre os cabelos. Bela cabeleira que ela sacrificára no altar da moda, porque a guerra trouxéra a moda do cabelo "à la garçonne" e Marta sempre acompanhára a moda. Que é aquilo? Reflexo da luz do sol? Marta segura um fio de cabelo, separando-o dos outros. Será possível! E' o inevitável! O primeiro fio de cabelo branco. Quantas vezes examinára cuidadosamente a cabeleira à procura daquele primeiro fio prateado, e com que alegria nunca o conseguira encontrar! Mas agora está ali, preso entre seus dedos. Marta o arranca da cabeça e olha-o. Completamente branco! Então, terá de juntar a tintura para o cabelo, à diéta para manter a linha e à massagem para desmanchar as rugas. Está velha! Definitiva e irremediave me.ite velha! Sente qiai lágrimas lhe sobem aos olhos, neste instant la.ienta todo o tempo perdido na juventude, tidos os momentos em que nào aproveitou a vida que agora já está no fim. Tem pouco
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mais de quarenta anos, mas que adianta viver mais dez, vinte ou trinta, que importa viver se está velha? E' como se estivesse morta, talvez pior... Toda a maquilage e pintura para o cabelo não conseguem iludir os olhos alheios os quais não podem vêr em Marta além de uma velha. E quando os jornais publicarem a noticia do novo armistício, Afonso a olhará e não reconhecerá a jovem de cabelo "à la garçonne" e vestido curto, que êle amava apaixonadamente quando os jornais publicaram o armistício de 1918. Verdade, que olhará para Afonso, a quem os anos também náo pouparam, e não reconhecerá o rapaz moreno e forte, sem bigode (fôra dos primeiros a raspar o bigode) cujcs olhos verdes a fitavam ocm amor há pouco mais ce vinte anos. No fim da outra guerra. O tempo não firma tratado de paz com ninguém. Homens e mulheres lutant contra ele mas sempre são vencidos. Marta olha aquele fio de cabelo branco, entre seus dedos e sente duas lágrimas lhe deslizarem pela face. Velha!
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Alguém ubre a porta de vagar e uma voz de criança diz: "Vovó ata pa mim a fita da tança". Marta disfarçadamente limpa as lágrimas com as costas da mão e, voltando-se para a netinha, toma-a nos braços. "Queridinha da vovó". A menina passa um bracinho pelo pescoço de Marta e a boquinha, suja de doce, beija o rosto maquilado da a/ó. Marta não está velha. Daqui a dez, vinte ou trinta anos ainda nào estará. Aquela criança lhe dá certeza disso. Pôde estar velha quem é imortal? Viverá outra vez nessa criança, que é a filha de sua filha. Esse pedacinho de gente, que não sabe o que é mocidade nem velhice, guerras e armistícios, e ainda não pensa em beleza, é a sua esperança.
j J3=® Marta se olha novamente no espelho. Mas que é aquilo no seu rosto? U'a mancha escura na face! chocolate. A netinha Marta ri ao ver que é apenas "Meu amôr, vê como lhe sujára a face ao beijá-la. deixaste a vovózinha!" Os bracinhos roliços apertam o pescoço de Marta, e u'a mãozinha suja de chocolate mergulha naqueles cabelos que estão se tornando brancos, mas que já foram lindos. EDY MARIA DUTRA DA COSTA
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Gleba de meus avós, rincão sagrado, De amor, de paz, feliz terra bendita, I És para o mundo inteiro um El Dourado, Onde tudo é grandeza e Deus habita.
Some-se o sol no leito do Ocidente ! Tudo se queda a ver findar-se o dia. Ouve-se ao longe a música dolente de um velho sino... Quanta nostalgia !
Tua auriflama é bela. E' tão bonita Como não há no mundo. E desfraldado Esse pendão sublime, nos excita A ser um povo heróico, denodado.
Na tri-teza que envolve este ambiente que paisagem singela de poesia ! que beleza sem par de sol morrente ! que tom celeste de melancolia !...
Assim nos diz a tua bela história, Cheia dt encanto e rutilante glória, Que c perpassar dos anos não desfaz.
Nestes momentos cheios de beleza, em que pára e suspira a Natureza, há muitas nuvns n'amplidão do céu.
E apegar disso, o povo brasileiro, Se orgulha em ser pacato e muito ordeiro, Fidalgo sem igual, cultor da paz.
E, enquanto, lento, o sol desaparece, a noite, lenta, sobre a terra desce, — amortalhando-a com seu negro véu !...
RAPOSO
PELA ESTRADA DA VIDA... Outros dias melhores hão de vir ! A Estrada terá menos espinho... E, sósinha, jamais has de seguir. . .
PAULO
NUNES
BATISTA
RENUNCIA
E nunca mais hei de seguir sósinho !
De mim já se apodera o pessimismo que inexistir julgara noutra idade, equilibra-se o ardor da mocidade nas bordas balouçantes de um abismo.
Os Montes transporei sempre a sorrir, iluminado pelo teu carinho... Tu, ao meu lado, nunca has de sentir os buracos e as pedras do Caminho...
Arrefeceu-se o cálido lirismo para ceder lugar a esta anciedade de querer abraçar a Humanidade com a mórbida paixão do misticismo.
Todos os prantos de passadas dores, por um milagre hão de se mudar, em sonhos bons... em perfumosas flores...
A dúvida desponta na conciência, indescritivelmente colorida, sem que se possa conhecer-lhe a essência;
E juntos, seguiremos a Jornada, eu — apoiado em teu amôr sem par, e tu — em meu amôr sempre apoiada...
E, dúbio no lavrar minha pronúncia, sinto o receio de acabar a vida na mudez criminosa da renúncia. ¦
LUIZ OTÁVIO
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SEBASTIÃO
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Vitoria, na afirmação da escolha individual, interpretação, que pode sempre autorizar uma pessoal disciplina razoavel. Na palestra que fiz em São Paulo, sôbre ", — O Rio Frivalo e Sério tive ocasião de dizer que no Brasil nao existe, sequer, a tirania do divertimento E não existira a tirania do símbolo. Somos todos pela mesma Vitória sem deixarmos de ser nós próprios.
Dar uma volta pela cidade, é encontrar, de cada vez novos símbolos da Vitória — daquela que tantos^ aguardam. Nas vitrinas e nos vestidos, na lapela cos estudantes e dos homens de negócio, nos cartazes de propaganda, nos escritórios, nos elevadores, nas casas de chá, nos calendários c... até nas casas de loteria» onde sórrente desse modo se pode revelar a convicção de ganhar, independentemente do acaso. Alguém, aqui no Rio, teve; muito oportunamente, a idéia de representar, em formato de coloridos VV, a grande, bela aspiração de uma vitória do Brasil, em harmonia com os aliados. Mas foram os joalheiros que primeiro se encarregaram de popularisar o símbolo do triunfo desejado, com o esplendor das coisaA preciosas. Porque a Vitória é um luxo inerente à liberdade dos povos, depois de ser o artigo indispensável — à sua existência. Sem e é perfeítamentf ela, talvez nem a própria vida conservemos discutível que jámais viveríamos bem, jámais com êsse discreto luxo de felicidade, "no qual se pensa desde que o instinto de conservação principia a tranquilizar-se". Hoje, na cidade, alem das jóias importadas e das encantadoras creações nacionais, temos em fôrma de V rril deliciosas novidades. Depois da simples inicial, simples mas esplendidamente escrita, em ouro, em pérolas, em delicado esmalte, depois dos clips" e dos Dro ches fantasistas, surgiu o popularisimo V composto de fita, nas raciosas côres nacionais, com a miniatura dos aviões F. A. B. Chegou "black dcs Estados Unidos um fino modelo, que é luminoso no out" das platéias do cinema, e guarnecido de asas prateadas. Foram apaiecendc as invenções decorativas de artistas nacionais. Calou-se nas vitrines o V composto de fotografias dos Chefes de Estado •— Brasil, Inglaterra e América do Norte ¦—, de pequenas bandeiras brasileiras de seda habilmente uregueadas ou fitas estreitas, que se destacam sobre o retrato do Presidente, de Churchill, e Roosevelt. Espalharam se cartazes pintados de azul e vermelho, com a ban deira biasileira encimando um esguio V. Alguns edifícios comerciais fazendo-me recordar a adornam em fôrma de V as suas janelas, resposta do personagem do "Sexe faible": famosa "Oú allez-vous, Antoine?" "Changer d'air, madame!" O simbolo da Vitória permite-nos manifestar z crença de que se há de respirar na terra toda um ar mais puro, deixando de existh o nazismo, com as suas violências e as suas degradações. Os decoradores felizes, requintando a imaginação, apresentam, nas casas importantes, imensos VV luminosos, que emprestam às vitrines comerciais uma certa beleza espiritual. Os costureiros não se deixam distanciar por êles. . . E aí temos as blusas de significando o ideal do listras, muito elegantemente dispostas, "chauffeurs", senhores das dismundo, numa creação da moda. O tãncias, podem não ter gasolina suficiente, mas não lhes falta o famoso símbolo, no parabriza do carro — não lhes falta confiança no futuro ! Ah, o belo sonho do triunfo, que o povo brasileiro exprime, adotando êsse alto símbolo ! Quanta imaginação se emprega hoje, para demonstrar quanto se pensa na libertação do amanhã ! Eu imagino, por exemplo, e alem de tudo que vejo na cidade, e que dia a dia se renova, o símbolo da Vitória formado por um longo renque de livros, na vitrina dos bons livreiros. Desenhado com as flores que prefiro, na loja dos floristas que mais me encantam. Feito de folhas de veludo verde e papoulas doiradas, miosotis de sêda, na chapeleira que mais me recorda o espírito de Paris, aquele que cercou de admiração D. Pedro II, e o senso humani tário da gente do Brasil. Imagino-o composto de alianças de ouro, nos joalheiros, para fixar a atenção no número de povos que já se uniram. Cintilante de esmeraldas, de águas marinhas e de ouro fino, na lapela dos nossos "tailleurs". Com esplendor ou singeleza, toda a cidade fala dessa fôrma, no supremo resultado que desejaUm passeio pelas ruas principais — e ficamos conhecendo as mais variadas representações da invariável aspiração. Nelas se confessa o dom, e o culto da elegância, o espirito original. E o que se deve concluir dessas observações, parece-me altamente lisongeiro para o povo do Brasil. Não se trata de um simbolo imposto, oficial, aceito à fôrça, mas do simbolo de uma ideal 1 —
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W /LSmMm M k1±±X jMàsXÀj^f^^^^ 'PUituid FRANK SCHAEFER é um pintor brasileiro, nascido em Minas, que vai, rapidamente, conquistando, para o seu nome, um lugar de destaque no nosso meio de belas artes. Compreendendo a pintura como uma expressão de beleza, o que importa em dizer que é um espíri:o bem orientado, êle procura realisar a sua obra, f irmando-a em alicerces seguros, para que possa .ser tomada a sério e para que resista ao tempo. Em sua recente exposição, realizada sob os auspícios da benemérita Sociedade Brasileira de Belas Artes, todos os predicados que o recomendam ao estímulo do público ficaram evidenciados: desenho, colorido, movimento. 0 pintor aprecia os motivos difíceis, mas não despresa as impressões românticas. Porque o belo está em toda parte. E felizes os que, como Schaefer o sabem encontrar e interpretar com inteligência, com arte e com gosto, para regalo da emoção alheia. A VIDA ARTÍSTICA da cidade apresenta, às vezes, casos que, tanto teem de imprevistos quanto de inexplicáveis. O pintor Moraes e Silva anunciou a sua exposição no sailão da A. C. M.. Afora meia dúzia de pessoas que o conheciam de perto, como pintor, toda gente supunha que se tratasse de um artista novo que se apresentava. Vai-se à exposição e a surpresa é desconcertante. Trata-se de um verdadeiro mestre, artista completo, que já entrou no outono da vida e que conhece a fundo a sua arte. Mas se assim é, por que se refugia Moraes e Silva na sua modéstia invencível? Ao passo que pululam no meio de belas artes nulidades que são verdadeiros macacos em loja de louças, artistas do valor de Moraes e Silva se deixam ficar à margem, quase Completamente ignorados de todos. Por que ? Quem sabe lá ? Essas considerações bastam para que o leitor saiba que a exposição Moraes e Silva foi uma das mais fuiO MALHO
gurantes surpresas da temporada que findou. Uma revelação deliciosa, esse finíssimo artista, já agora, não tem mais *o direito de fugir ao convivio público. A ARTE CLÁSSICA — assim compreendida a que se baseia no bom desenho e no bom colorido — tem agora o seu templo em pleno centro da cidade. Creação de um colecionador apaixonado — Coriolano Teixeira — a Galeria de Arte Ciassica era uma necessidade. Montada com luxo, organizada com gosto, ela constitue uma prova de que caminhamos a largos passos para uma situação artística, que só pôde recomendar a nossa cultura e o nosso bom gosto.
OtlUdUa Voltou ao tablado do salão Leopoldo Miguez a pianista Heloísa de Fgueiredo Cordovil, que poucos dias antes, realizara um recital para os pequenos associados da Associação Musical Pró Juventude. O nome de Figueiredo tem sido sempre um predileto das artes. Foi, a princípio, a pintura, que deu renome a Francisco Aurélio de Figueiredo, autor de vários quadros de alta expressão artística. E foram depois as quatro filhas desse grande artista, as irmãs Helena e Suzana de Figueiredo, Sylvia de Figueiredo Mafra e Heloísa de Figueiredo Cordovil. Vencidas pela vida do professorado, as duas primeiras dedicam-se hoje exclusivamente aos alunos. Pelo mesmo caminho, segue a terceira, que só de raro em raro aparece. De modo que o cétro de concertista está agora nas mãos da quarta, que é uma apaixonada do piano e que está em pleno esplendor da carreira. Seu programa foi organizado com gosto e apresentado com arte requintada. Valeu-lhe aplausos ruidosos, que atingiram o máximo de intensidade, com a execução de S. Francisco Sobre as Ondas, de Liszt, ao qual a brilhante pianista deu interpretação realmente empolgante. 0 sétimo recital de diplomados da Escola Nacional de Música foi con-
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fiado à joven pianista Nelly Adelina dos Santos, que tem qualidades muito recomendáveis, entre as quais avuha a sonoridade agradabilissima. Merycidos aplausos foram concedidos à talentosa pianista. Seguindo o seu hábito de realizar, pelo menos, um recital por ano, apresentou-se na Escola Nacional de Música o violinista Lambert Ribeiro. Artista corretíssimo, para cuja execução todos os elogios nunca serão exagerados, Lambert Ribeiro proporcionou aos seus ouvintes duas horas de música encantadoras. Promovido pela União Nacional dos Estudantes e em benefício da Imprensa Universitária, efetuou-se no salão Leopoldo'Miguez um recital do pianista Arnaldo Estrela. O vencedor do concurso Columbia Concerts foi, mais uma vez, o primoroso interprete que todos ouvem com enlevo e aplaudem com entusiasmo. A Orquestra Sinfônica Brasileira prestou uma delicada homenagem à memória do saudoso Barros_p Neto, oferecendo ao público uma reprise de "Vozes da floresta" e "Paz', que figuram entre as últimas composições do inolvidavel mestre. A interpretação foi confiada ao Coral Barroso Neto, fundado e dirigido durante tanto tempo pelo seu brilhante patrono, tendo sido o concerto regido pelo maestro Eleazar de Carvalho. Os programas das Ondas Musicais do mês findo foram confiados ao talento da consagrada pianista Maria Luiza Vaz, que deles se desincumbiu com um brilho realmente extraordinário.
Nazira Mansur é uma joven tora de voz linda e boa escola, muito promete. Vinda ao Rio conta do governo do Estado de ta Catarina, seu recital valeu uma bela apresentação que o blico acolheu com aplausos recidos.
canque por Sanpor púme-
E' um talento realmente fulgurante o do pianista Oriano de Almeida, aluno do curso de Aperfeiçoamento de Madalena Tagliaferro, que se apresentou ultimamente. Técnica desenvolvida, sensibilidade muito apurada, interpretação cuidada, seu recitai agradou em toda a linha. I — 19 4 3
E' POSSÍVEL VIVER SEM BEBER? — Realmente, parece comprovado jáque existem diversas espécies de animais, que, durante toda sua vida,"lhamais tragaram uma só gota de líquido; incluindo-se nesse número as mas" da Patagônia e certas gaselas do Extremo Oriente. Nas planícies áridas da América do Norte vive também uma espécie dê camondongo, máu grado a inteira ausência de humidade. Mas o mais interessante de tudo isto é o seguinte: Conta-se que no Jardim Zoológico de Londres, viveu um papagaio até a idade de cincoenta e dois anos. E viveu esse tempo todo, sem beber uma só gota dágua. Não será tal notícia mais uma de papagaio ?
FALTA DE IMAGINAÇÃO — O Instituto Vienense de Cinematografia publicou em Outubro de 1936 um estudo estatístico sobre os títulos dos sete mil filmes exibidos no mundo inteiro no período de Julho de 1935 a Junho de 1936. Ficou por esse estudo averiguado que, nos títulos desses sete mil filmes há onze palavras que aparecem nada menos de mil vezes e são: — aventura — noite — mulher — amor — jogo — escândalos — mundo — milhão — segredo — coração e canção.
PEIXES FELIZES: — Está provado que a maioria dos peixes pode, voluntariamente mudar de côr para se ocultar de seus inimigos, quando atacados, confundindo-se com o ambiente em que se encontra. Como são felizes os peixes ! Quem nos dera ter a sorte desses animais, para livrar-nos da sogra, de certos amigos, e principalmente... principalmente dos cadáveres...
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QUEM INVENTOU O COLARINHO POSTIÇO?: - O colarinho postiço ou 'avulso" foi inventado na Inglaterra por uma esposa engenhosa mas convenhamos, pouco asseiada. Chamava-se Ana Montague, e era casada com um ferreiro. Antes, os colarinhos pertenciam ao próprio corpo da camisa, o que obrigava a trocar de camisa, logo que o colarinho se mostrasse sujo... Isso, numa época em que uma camisa servia para quatro e cinco dias, era positivaiCv"C""y\ mente disperdício. Em vista disso, a mulher do ferreiro cansada de lavar tantas camisas para o marido se lembrou de cortar os colarinhos e substituí-los por outros, posticos. Isso foi lá por 1820. — 122 anos depois a higiene ou a moda — os vai fazendo desaparecer novamente voltando a dominar as camisas de colarinho pregado.
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SUPER PRODUÇÃO: — Isto aconteceu nos Estados Unidos. O Sr. e a Sra. Robert Rollains, da cidade de Bufalo, deram a seu décimo segundo filho o nome de Enough (Bastante). Queriam com isso significar seu desejo de que a produção parasse ali. Uma duzia de filhos ! Realmente já era bastante... Mas um dia lá surgiu a Cegonha, e o décimo terceiro filho do casal Rollains... ao qual seus pais com muita razão deram o nome de Too Much (Demasiado). Acreditem ou não... isso aconteceu realmente e existem com saúde todos os personagens do que podemos chamar "sketch". 1 —
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MALHO
muita grandeza no passado: celebridades nas ciências, nas artej, nas letrás, nas funções militares, na admiHÁ nistração pública, na diplomacia, que tornam o Brasil orgulhoso do seu civismo; e entre os brasileiros existiu um digno de se abrir clarão em derredor do seu nome pela inteligência, ilustração e patriotismo — o marquês de Barbacena. De descendência luso-flamenga, respe ctivamente pelo lado materno e paterno, nasceu o filho do coronel Gregório Caldeira Brant, Felísberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta, no arraial de S. Sebastião, próximo à cidade de Mariana, no dia 19 de Setembro- de 1772, e faleceu a 13 de Junho de 1842. Em 1786 viera à Corte, com outros estudantes, fazer exames de preparatórios. Fê-los na presença de Luiz de Vasconcelos e teve a honra de ser convidado a jantar com o Vice-Rei, um hábito deste em consideração ao aluno que apresentava brilhantes provas. Sentando praça como cadete, embarcou com destino a Lisboa, 1788, matriculando-se no Colégio dos Nobres, de onde passou para a Academia de Marinha. Martinho de Melo e Castro, ex-colaborador de Pombal, ministro da Marinha no reinado de D. Maria I, com as suas ousadas e inteligentes iniciativas, reformara todos os ramos do serviço naval português; sendo que, para
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Exercito e
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MARECHAL
Heráldica
MARQUÊS
animar os estudantes, seriam estes recompensados com o direito de acesso, quando premiados. E Brant obteve tantos prêmios que, findo o curso, devia sair capitão de mar e guerra; posto conquistado por estudos, o qual não chegou a alcançar por nào o permitirem os seus 19 anos. Como julgasse o governo português não parecer rasoavel, por submissão à disciplina, dar tão elevado posto a um jovem que deixara recentemente os bancos acadêmicos, pediu êle transferência para o Exército; e aquele por fim lha concedeu com a patente de major. Seguiu com destino a Angola para servir no Estado-Maior de D. Miguel de Melo, governador da possessão portuguesa, onde muito se distinguiu o jovem oficial. Promovido a tenente-coronel do 1.° regimento de infantaria de linha acantonado na Baía, nâo obstante haver contraído casamento com senhora riquíssima, não deixou a vida militar, sendo certo haver nesse tempo se dedicado também ao comércio e à lavoura. Como voltasse a Lisboa, teve ensejo de acompanhar a realeza lusa ao Brasil, 1807, com o príncipe regente à frente do governo de que estava investido desde 179^, por se achar D. Maria I sofrendo das faculdades mentais. E ficou Brant de novo na capitania baiana. Promovido a brigadeiro graduado, foi em seguida nomeado inspetor geral das tropas ali destacadas, 1811. O novo general introduziu então a vacina preservadora da varíola. Reorganizou os corpos de linha e de milícias. Fundou o montepio militar. Construiu a estrada de Ilhéus a Conquista. Evitou com energia a adesão baiana ao movimento revolucionário pernambucano, 1817. Fez navegar um barco movido a vapor pelo recôncavo, 4 de Outubro de 1819, o qual entrou no Paraguaçú e foi até Cachoeira, à margem esquerda desse rio. Isso, naquele tempo, fora um risco superior às forças, um desprêso às dificuldades, uma confiança na fortuna! Levantou a planta da enseada da Baía. No arsenal de guerra fundou oficina de armeiros
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MALHO
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general em chefe", dí-lo Seweloh em Erínnerungen. Bela e honrosa retirada fez Barbacena. Entretanto o fero partidarismo daquele tempo criticou-o acerbamente, mas a crítica exaltada não havia de julgar em último recurso. Demitido do comando, pediu êle reforma do serviço militar; e o governo concedeu-lha no posto de marechal do Exército. Foi então incumbido por Pedro I de, com cartas credenciais, ajustar na Europa o seu segundo casamento que fora negociado extra-oficialmente pelo poeta visconde de Pedras Brancas, o primeiro representante do Brasil em França. Com esse fim, partiu o marquês do Rio de Janeiro a 5 de Julho de 1828, acompanhando ao mesmo tempo D. Maria II até Viena, para ser entregue ao avô materno :mperador da Áustria; e só voltou ao Brasil com a futura imperatrís D. Amélia de Leuchtenberg, chegando à Guanahara a 16 de Outubro de 1829 a bordo da fragata Imperatrís, vindo também de regresso a rainha constitucional portuguesa D. Maria II, pois sabedor da resolução de D. Miguel de se fazer acalmar rei absoluto, — tomou êle por si a responsabilidade de não levar a regia pupila a Viena, senão somente até Londres, não obstante a insistência do governo austríaco, salvando assim a causa da liberdade lusa. Obtivera a confiança da Coroa, recuperando num problema intrincado dc diplomacia o que lhe negaram os acasos da guerra.
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Numa reunião de políticos, 1821, na qual achavam todos conveniência em se garantir obediência à constituição que fosse elaborada pelas cortes lisbonenses, o general Brant pediu a palavra para afirmar com elevado pátriotismo que ao Brasil convinha mas era declarar a sua independência e instituir governo com bases constitucionais. Este gesto de dignidade patriótica trouxe-lhe alguns dissabores, mas a idéia ficara frutificando para, um ano após, adquirir existência efetiva. Eleito deputado à Assembléia Constituinte, 1823, tomou assento um mês antes de ser esta dissolvida. Convidado, recusou fazer parte do ministério. Seguiu para Baía onde procurou acalmar os descontentes com o ato da dissolução. Agraciado com o título de visconde de Barbacena, 12 de Outubro de 1824, e, justamente dois anos depois, com o de marquês, foi encarregado naquele ano de ir a Londres contrair um empréstimo e tratar do reconhecimento do novo Império. Quando voltou ao Brasil, as províncias de Baía, Minas Gerais e Alagoas elegeram-no para o Senado, mas veiu a ser escoL.ido senador pela província alagoana, 1826. Na guerra da Cisplatina, nomearam-no para o comando em chefe do Exército, 1827. Providenciou logo para prover as tropas de tudo que carecia; porém na batalha de 20 de Fevereiro houve resultado desvantajoso para as armas brasileiras no Passo do Rosário. Consoante informes do general barão de Itapeví ao visconde do Rio Branco a 29 de Outubro de 1874, "O inimigo apesar de ter quasi o dobro das nossas forças não nos levou fora do campo de batalha, senào porque nos faltaram as munições". — ".. .E se o exército de Buenos Aires era muito superior em pátriotismo, tática, organização e força numérica, nós não nos mostrámos inferiores na brilhante disposição da nossa retirada, para o que muito nós não nos mostramos inferiores na brilhante concorreu a calma e inexcedivel coragem do
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HORMINO
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Deu-lhe o monarca, entrementes, a incumbência de organizar ministério. E fê-lo, dirigindo a pasta da Fazenda, imprimindo ao governo caráter brasileiro e certe cunho constitucional. O marquês de Paranaguá, um dos componentes do ministério Barbacena, tinha idéas opôstas; e estas iam triunfar temporariamente. Molestando-se D. Pedro I com a atitude do presidente do conselho, deinitiu-o de modo brusco Protestou este com bastante energia e deu larga publicidade ao enérgico protesto, aproveitando-se na Câmara a oposição liberal para guerrear o soberano. E dizem: esse caso influiu indiretamente na abdicação; sem ter, no entanto, o marquês interferência nos últimos acontecimentos que culminaram com a resolução da Coroa a 7 de Abril de 1831. Barbacena, a quem Diogo Feijó chamava epistolarmente meu bom marquês, foi pelo regente nomeado ministro plenipotenciário para ajustar a interpretação do tratado de comercio com a Inglaterra. Nada conseguiu desta feita o fiel mandatário com o governo britanico; porém, aproveitando o tempo, tratou de outro assunto com uma companhia inglesa, o qual interessaria o governo brasileiro. Possuía diversas condecorações nacionais e estrangeiras. Soldado valente, hábil organizador, inteligência bem cultivada, o maior representante da tradição diplomática e política constitucional de Londres, patriota entusiasta, administrador honrado, bom economista, orador distinto — era o marquês de Barbacena; e, além da nobreza pessoal, apesar de muito rico e fastoso, dotado de magnanimidade, virtude rara, cada vez mais rara, e, talvez por isso, incompreendida ou mal apreciada. Foi êle um dos fundadores da nacionalidade, desfalcando, sem desalento, os próprios bens em benefício da Pátria, no ardente desejo de servi-la e defendê-Ia.
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SUBCON
FWTF BELARMINO VIANA
"A TRADIÇÃO E MÃO MIRRADA DO TEMPO' KRISNAMURTI
M psicanálise explica-se a ratup* ¦— reza do homem em dois aspéctos: conciente e inconciente. Já é muito importante esta investigação cientifica, do aspecto invisivel do riomem. Mas a psicanálise não é um estudo científico novo. No Oriente o "ocultismo", antiquíssima, ciência dos magos, cxplica o mecanismo da vida dos seres por uma forma que resulta numa muito profunda visão da natureza do homem. Para um ocultista, o pensamento é uma cousa tangível. O ocultismo, a teosofia e o espiritismo, no Oriente, constituem, clência psicológica remotíssima, enquanto somente no século XX, surpiu no Ocidente, a psicanálise como grande demonstração de ciência psicológica. Em realidade, a psicanálise é um estudo do aspecto oculto do homem, que pôde se tornar em ciência positiva ocidental. As memórias recaicadas, cs complexos fixos que se traduzem em hábitos sexuais, tlíbido) em mania de valentia, de vingança, de grandeza ou de inferioridade — constituem exatamente o conteúdo do aura descrito pelos ocultistas; do perispirito, descrito pelos espiritas, e descritas formas-pensamentos das pelos teosofistas. Quem conhece a literatura dos chamados ocultistas e depois procura conhecer a psicanálise, não tem dificuldade em reconhecer a semelhança desta com aquelas doutrinas orientais. Chames T .¦«"**wter, membro da Sociedade Teosófica, ocultista, publicou, há muitos anos, uma obra intitulada: "O homem Visível e Invisivel". Esta obra, por sua vez, não deixa de ser uma versão da psicanálise oriental. Por ela temos uma idéia das formas, cores e natureza das memórias arquivadas r<o nosso sub-conci-
ente.
A diferença fundamental entre a psicanálise ccidental e o ocultismo é a seguinte: o ocultismo é um ramo de conhecimentos que estão ligados às religiões, á origem e ao destino do homem; enquanto que a psicanálise para um ocultista é apenas uma fraca tentativa no sentido espiritual. Sem dúvida, a psicanálise projeta bastante luz no espírito sistemático e negativista do homem ocidental. Lança mesmo uma ponte entre carne e espírito do homo-sapiens ocidental. Por meio da psicanálise, o homem materialista do Ocidente já tem mais interesse pela sua vida interna, peIas suas memórias paradas, pelos seus velhos hábitos mentais; já penetrou um pouco mais na sua própria natureza. Guiados pela sabedoria dos orientais, os estudiosos do ocidente enI 19 4 3
contraram chamadas doutrinas "ocultas" e nas na psicanálise, a possibiUdade de entenderem as origens das desconhecidas manifestações do subconciente. Com estes novos conhecimentos o homem que estuda pôde distanciarse da rotina e promover o refrescamento de sua mente, cançada de repetir, de imitar e de crer sem compreender. Depcis que aqueles conhecimentos foram divulgados ro Ocidente, a mentalidade do homem que estuda começou a orientar-se em sentido novo. O indivíduo que pensa, na atualidade, co.neça a sentir a necessidade de compreender melhor, ou antes, de ter a certeza do que observa acerca dos legítimos iniciadores de Sabedoria no seio da humanidade. E como cada época, cada fase da história humana traz seus orientadores e guias espirituais, a humanadade do século XX, século do rádio, do avião e da psicanálise, recebeu também no seu seio a individualidade extraordinária de Krishnamurti, o maior psicólogo dos tempos presentes, o anatomista da conciencia do homem. Os ensinamentos de Krishnamurti teem, por ponto de partida, justamente o sub-concièr.te. Ao sub-conciente, êle chama: "eu", "personalidade". "eu-conciência". Todo o seu esforço é para que o indivíduo desperte a conciencia de si próprio e conheça a natureza des seus desejos, para que saiba que todas as lutas entre os homens, teem origens nos "eus" individuais (nos sub-concientes) . Da desarmonia dos "eus" nasce a guerra. Quando o homem vive sómente do "eu" não manifesta inteligência, alegria nem entendimento. Eqüivale dizer : Não conhece a paz. Todos os criadores de sistemas filosóficos que tentaram fixar o lado interno do homem, o "eu", no propósito de trazer a paz, faliram. Tinham que falir. Por isto, aí está o choque fatal das mentalidades como consequência da falta de alerta do entendimento, porque o entendimento não está no "eu". Faliram naquele propósito porque, em maioria, os sistemas filosóficos, em vez de libertar, engaiolam o entendimento do homem. Conservam a conciencia dos opostos, conciencia que conduz à tristeza, ao egoísmo e à derrocada. O que o hemem precisa, portanto, não que lhe imponham sistemas e fórmulas de pensar, mas que !he ensinem a despertar o entendimento; que o preparem para compreender a ctíiisa dos seus próprios pensamentos. 43
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E' justamente nisto que consiste o grande ensinamento de Krishnamurti. A educação científica será a chave que abrirá no futuro, em qualquer hemem, a visão da verdadeira felicidade — a felicidade do entendimento. E' necessário que o homem desperte de sua milenária ilusão; que rompa as capas de memórias paradas que encobrem, para o seu entendimento, a Verdade, que é vida, amor, alegria e Sabedoria; que é ausência de medo. Quando o homem conhece a causa dos seus pensamentos, sua vida é incomparavelmente mais perfeita. Krishnamurti mostra esta causa. O autor da psicanálise despertou na mente do homem que pensa do Ocidente, o conhecimento desse "mecanismo". Krishnamurti, falando para todos os homens, diz : viveis das memórias acumuladas, do "eu"; da personalidade. Matai o "eu", a "eu-conciência", (conciencia das memórias) a "personalidade", e estareis liberto, feliz e iluminado pela Sabedoria da Vida. O homem civilizado vive com a mente tão mergulhada nas memórias velhas, nos hábitos mentais de posse individualista, que sua própria Vida, em essência, que é Sabedoria, nunca se reflete plenamente. A razão é que, o sub-conciente da maioria dos homens, ainda assemelha-se a um lago escuro, através do qual, eles mesmos, nada podem ver. Isto sucede porque o verdadeiro ser nunca foi libertado; encontra-se encubado, cativo, fornecendo apenas o ultérrimo calor, que é Vida. Vida que tem pela frente as memórias de egoísmo, de posse, de medo, de conforto e de fuga. Todos preferem nao no sentido de fazer o menor esforço "eu", esse subreconhecer que esse O
MALHO
r~~ OI no século passado, por ' volta, do ano de 1846, que o notável arqueólogo londrino William John Thomas. propoz pela primeira vez ao mundo culto da velha Albion, que se agrupasse tudo aquilo que se poderia entender em inglês por antigüidades populares, literárias e artísticas sob o nome de vem de palavra que [olklore, "folk", "lõre", saber. E' e povo, preciso, porém, compreender peta "povo" o conjunto duma palavra nação, desde que se trata, efetivamente, de tradições, de crenças, até superstições. Estas, mesmo de todas a dizer-se, interessam pôde influencias classes de um país, ando diretamente nos seus habitantes, qualquer que seja o grau de sua cultura. Entre os intelectuais, encontrarse-ão, sem dúvida, alguns obstinados a ponto de não admitirem e se surpreenderem mesmo quando se fale de ciência a propósito de tradições populares, afirmando não ser questão senão dum ramo reduzido do conhecimento humano, por-
QUE E FOLKLORE ? tanto dum interesse quasi limitado. Eis aí o grave erro, pois o dominio do [olklore é, ao contrário, imenso, longe de se limitar no espaço de um pequeno vilarejo, se estende a todo universo. Que se propõe, com efeito, o [olklore? Recolher todos os testemunhos do passado, concernentes à vida dos homens: provérbios, danças, cânticos e festanças. Desta maneira, é a vida de um país , de todo um povo que se faz reviver continuadamente pela longa cadeia de tradições familiares atada aos seres viventes que, por sua vez experimentam os laços que os ligam a seus antepassados. E' o passado do oaís, do povo que ressuscita, que nos impregna de sua grandeza e nos dita deveres. E' nesse sentido que o [olklore contribue diretamente à vida intelectual de uma na-
NOTA: conciênte, essa personalidade, tal "orno se manifesta, representa apeA título de curiosidade e muito imnas o arquivo ende o homem guarperfeitamente reproduzimos aqu. a da sua cultura de memórias. O gravura do aura humano segundo um apercebimento desse fato, que não sistema psicológico oriental. depende de experimentações cientíFaltando as cores necessárias paficas ou filosóficas, mas do despertara a reprodução exata do original, mento do entendimento, traz o descopiamos apenas alguns contornos, vencilhamento das ilusões que proo que fazemos com uma só côr de movem as dores do mundo. tinta. Tão carregadas de ilusões se enO "aura humano" significa o grancontram as mentes dos civilizados, de complexo de memórias e hábitos que, depois de dois mil anos, ainda adquiridos no passado. Segundo o não podem compreender o sentido e sistema a que nos referimos, êle é o valor exato das palavras de Cristo, multicôr e multiforme. A esse conquando disse : "Aquele que estiver _ junto de complexos chamamos aura, sem culpa atire a primeira pedra". personalidade, "eu", conciência, vonCristo estava naquele tempo despertade ou sub-conciênte. tando o entendimento do homem por A razão pura, o aspecto "in.conciuma ma,-_il.a positivp mente sábia. ente" ou a conciência superior do hoO seu trabalho foi, por isso mesmo, mem, está representada, sobre a caprofundamente psicológico. Krishnabeca da figura em côr azul-fixa.' murti está executando o me_mo traSegundo aquele sistema oriental, balho no sub-conciênte dos homens cada grupo de memórias, tem suas da nossa éra. Cristo sacudia fortecores próprias. Este "mecanismo" inmente todos os "eus" (os sub-concivisível do homem está em constante entes) daquele tempo. Krishnamurmovimento, como se pôde verificar ti por igual modo, fala para libertar pela impermanência dos pensamena sabedoria da vida, engaiolada no tos que, em muitas pessoas, não per"eu" do homem civilizado do século mitem nenhum raciocínio. XX. A lir-_uagem de um e de outro O "aura humano" ou o sub-concié pura e queimante como a luz do ente, assemelha-se a um arquivo misol. croscópico, do o homem se serDepois que Cristo falou, muitas ve conciênte ouqual inconcientemente. O coisas sucederam e ainda estão suceinteressante, entretanto, não é a dendo... Hoje está falando ao munconservação desse arquivo, nem a do um grande Mestre de Sabedoria obediência a esse mecanismo psíquida nossa época... Daqui por diante, co, mas, sim, libertar-se dele ou mesmuitas coisas sucederão... mo eliminá-lo. para que possa haver O MALHO 44
ção, e em muitas das vezes, ao soerguimento moral de um povo que se esqueceu de si próprio. Pela sua adopção e ensino, objetarão alguns espíritos emperrados e recalcitrantes, póde-se passar pelo risco de fazer reviver um particularismo local, de crear um culto bastante vigoroso, contudo estreito e limitado, sem maior irradiação que a local, no ambiente acanhado de província. Sobre esse ponto a dúvida se desfaz quando estudando as crenças, os costumes se é transportado as mais longínquas paragens da terra. Orgulho de sua aldeia, de sua província, de sua casa, de sua familia, dos lugares que nos cercam, do horizonte que seus olhos divisam; não é mais são nem mais elevado e grandioso. Eis aí o que o [olklore ensina,. Nele existe, para todos, uma fonte de inesgotável alegria cristalina donde podem prover os maiores e salutares benefícios morais e culturais para um povo. Victor de Sá plena manifestação da vida, através do apercebimento, do entendimento e da inteligência. Esse "eu", esse arquivo agrilhoará o homem enquanto este ignorar sua própria natureza. B. V.
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— Então porque não gostas do Vinho Madeira? — Porque toda vez que bebo levo uma semana um copo, cuspindo sarrafos... I —
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a morte de Buck Jones, vitimado no pavoroso incêndio do "caCOM baret" Coconut Grove, de Boston, desa"mocinho" da velha pareceu o último em Hollyguarda ainda trabalhando wood. Buck Jones, companheiro e rival de — o da veTom Mix no mesmo estúdio lha Fox, do pioneiro William — desaparece dois anos depois da morte de Tom, "far-west" e de macomo êste, longe do neira trágica. Foi o único "mocinho" que trabalhou ininterruptamente nas duas fáses do cinema, tendo aparecido numa série interminável de filmes falados, depois de ter "mocicastigado o vilão e casado com a nha" em outro repertório de inúmeros celulóides silenciosos . . . Foi também herói de fitas em série e várias vezes deixou o Oéste, interpretando com talento papéis difíceis em que outros "cow-boys" fracassavam. Conhecido em qualquer canto do mundo, principalmente pelos garotos e seus papais ( que no coração ainda são garotos ) que enchiam os cinemas para admirar as suas cavalgadas, lutas e aventuras, Buck Jones foi o herói cinematográfico que provou sempre ser o caráter limpo, o homem modesto, o eterno vencedor. • Buck Jones, em sua vida particular, guiava-se pelos mesmos princípios morais, que eram as causas das suas lutas 1 — 19 4 3
e sofrimentos nos filmes. Êsse audaz herói de fitas de "cow-boy" rejeitava salários de milhares de dólares por semana, para não fazer num filme, algo que não faria em sua vida real. Foi uma criatura extranha êsse simpático Buck Jones, que não bebia, não fumava, não praguejava, porque achava que sendo admirado por milhões de rapazes não devia fazer coisas que se— 45 —
riam para os mesmos um máu exemplo, ou diminuiriam o seu conceito na admi"fans". ração de todos êsses No cinema e na vida real o saudoso "cow-boy" era um modêlo entre os artistas de Hollywood, bastando dizer que estava casado com Odette Osbome desde 1915. A sua morte, por tudo isso, emocionou os '.'fans" de todas as idades. O
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CRITICAS
PERGUNTE-ME OUTRA ALICE — Edna Mae Oliver, sempre fungando, sempre rabugenta, era, na vida real, u'a mulher Inteligente, educada e que viera duma velha familia de Boston, região de gente fina e aristocrata. Fora da tela, não era rabugente mas, dizem, não tinha papa* na lingua. Se alguma coisa a desagradava, ia logo desabafando. Era grande admiradora de boa música, o Ballet ou qualquer companhia de teatro ou ópera. Ia a tudo isso porque queria ouvir, ouvir e ouvir música cada vez mais, se bem que confessava que não entendia nada de clássico. Ia porque a raúsica lhe fazia bem, dizia com franquesa. Um de seus amigos inseparáveis era o gozadíssimo Frank lin Pangborn, que quase sempre faz gerentes de hotel. Os a o i s quando juntavam-se, dizem, ninguém mais podia ficar sério junto deles . . . Chamava-se Edna May Nutter. Seu primeiro filme foi "The Saturday Night Kid". Morreu de uma doença muito rara. Durante semanas, passou quase sem alimento, e dias a fio a única coisa que podia tomar era champanha.
Um louco entre loucos (The Wife Takes a Flyer ) — Columbia — ( Joan Bennett, Franchot Tone e Allyn Joslyn ) — BOM.
Barulho a bordo ( Ship Ahoy ) i— Metro — Eleanor Powell, Red Skelton e Bert Lahr ) — REGULAR.
Entre dois caminhos ( The Penalty ) i— Metro — Edward Arnold, Lionel Barrymore e Gene Reynolds ) — BOM.
Broadway ( Broadway ) — Universal — ( George Raft, Pat 0'Brien, Janet Blair e Brod. Crawford ) — BOM.
A mãe solteira ( The Lady Is Willing ) — Columbia — Martene Dietrich, Fred Mac Murray e Ariine Judge ) — REGULAR.
Canção do Hawai ( Song of the Islands ) — T. C. — Fox — (Betty Grable e Victor Mature) — Em tecnicolor — REGULAR.
Soberba (The Magnificent Ambersons) — Mercury — RKO — ( Tim Holt, Dolores Costello, Joseph Cotten, Anne Baxter e Agnes Moorehead ) — MUITO BOM.
e fei ( Haunted HoMetro — ( Robert Constance CummBanks ) — REGU-
Rosa de esperança ( Mrs. Miniver ) — Metro — Greer Garson, Walter Pidgeon, Teresa Wright, Richard Ney e Dame May Whitty ) — MUITO BOM.
Minha espiã favorita ( My Favorite Spy ) — RKO — Rádio — ( Kay Kyser, Ellen Drew e Jane Wyman ) — REGULAR.
Tudo por um beijo ( The Fleefs In ) — Paramount — ( Dorothy Lamour e William Holden) — REGULAR.
Lua de mel neymoon ) — Montgomery, ings e Leslie LAR.
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William Powell nasceu em Pittsburgh num dia 29 de Julho e começou sua caireira artística no teatro. Sua estréia no cinema deu-se no filme de John Barrymore, "Sherlock Holmea" e desde então nunca mais deixou o cinema, ganhando fama, a princípio, como vilão e mais tarde como detetive nas aventuras de Philo Vance, na Paramount e na Warner, e como Nick Charles, ao lado de Myrna Loy, nas comédias "Thin Man".
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Os irmãos corsos (The Corsican Brothers ) — U. A. — (Douglas Fairbanks, Ruth Warrick e Akim Tamiroff) — BOM.
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Zasu Pitts nasceu em Parsons, Kansas, no dia 3 de Janeiro de 1900'. Começou nas velhas comédias da Christie e foi descoberta por King Vidor, que a apresentou no seu célebre filme "Turn to the Road" e em outros celulóides. Apesar de comediante, revelou-se admirável artista dramática em duas obras primas de Von Stroheim. Chama-se Eliza Suzan.
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Virgínia Weidler nasceu em Hollywood, no dia 21 de Março de 1927 e é filha de um famoso arquiteto europêu e uma célebre estrela do teatro lírico. Começou no cinema, ao lado de John Barrymore, em "M o b b y Dick", a segunda versão de "A fera do mar", do maiogrado artista. Depois trabalhou em filmes de Constance Bennett, Lionel Barrymore e Myrna Loy e foi descoberta pelo diretor Norman Taurog e ganhou papéis de destaque.
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Reginald Denny nasceu em Richmond Surrey, no dia 21 E de Novembro de 1891. filho de um grande ator inglês. Começou no palco e fez a sua estréia no cinema saudosa nos filmes da World Universal, que lhe deu fama em "O bruto colossal. Isso, porém, foi no cinema silencioso. Hoje, Reginald Denny, depois de ter conseguido alguns papéis de destaque nos primeiros filmes falados, é apenas ,ator co-adjuvante.
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WW-heZmmm^mmmm^^^ saudoso John que a DIANA BARRYMORE, a filha do "Esquadrão de águias" aviação, Universal lançou naquele belo filme de — ' BetKoster Henry de nova na produção foi agora, elevada à estrela "Entre — uma mulheres" nós ween Us Girls", que veremos com o título O gala Durbin. Deanna comédia encantadora do diretor que deu fama a O asBoles. John e Francis Kay é Robert Cummings, aparecendo ainda Euna Koster de comédias melhores das uma sunto aliás, é o mesmo de "Le é ainda — versão nova a mas — Vert" Fruit Gaal ropa, com Francis mais deliciosa porque a sua nova interprete é uma Barrymore.
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Deanna Durbin voltou ao cinemá depois de longa ausência num drama musicado, que é considerado um dos melhores carreira — "Forever Yours" ( cujo titulo brafilmes de sua"Sempre sileiro será tua" ) — dirigido por Jean Renoir, o grande cineasta francês"O que estreiou há pouco tempo «o ctsegrêdo do pântano". Esta é uma nevia americano com das primeiras cênas do filme, cedida pela Universal ao "O MALHO". O •galã de Deanna desta vez é Ed. 0'Brien.
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Brian Donlevy está tendo oportunidades de galã, com a falta dos mesmos em Ho lly w o od, devido d guerra. 0
MALHO
Uma das notícias mais interessantes ultimamen. te chegadas de Hollywood foi a da volta ao cinema de Eric Von Stroheim, que, de reg r e s s o à Hollywood, apenas aparecera em "Sedutora aventureira" e "Náufragos". O grande ator-diretor fará o .papel do Marechal Erwin Von Rommell no filme da Paramount, "F i v e Graves To Cairo", ao lado de Franchot Tone e Simone Simon. Vamos vê-lo, pois, num papel do MKM gênero que lhe deu faMmmHm ma, nos velhos tempos.
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E . . . os galãs de Hollywood vão, pouco a pouco, deixando o trabalho dos estúdios para se alistarem ou atenderem ao chamado das fôrças armadas dos Estados - Unidos. A Paramount acaba de perder Richard Denning, Robert Preston e Donald McCarey. A Metro perdeu Robert Sterling que foi incorporado exatamente no dia dos seus anos, hoje, sexta-feira dia 13, data em que estou escrevendo estas linhas. César Roméro também seguirá dentro de algumas semanas. Assim, muitos artistas, casados e com filhos estão recebendo da p,arte dos estúdios mais atenção e papeis de galã. A 20th Century - Fox anuncia novos papeis para John Sutton, Preston Foster, Brian Donlevy, assim como filmes em que o papel principal reclama um artista mais idoso, icomo vai acontecer com produções onde aparecerão Monte vVooley, um sujeito que tem uma bruta barba branca, Thomas Mitchell e o Jack Benny, comediante. A Columbia acaba de contratar um rapaz bonitão, casado e com um filhinho, mas além disso, êle é bem moço. O estúdio anda contentíssimo ... Assim, a guerra vem alterando o processo de astros de Hollywood. Muitos serão os filmes, de agora em diante, em que o assunto girará em torno de um artista caracteristico ou à volta de um rapazola de menos de vinte e um anos. São os dois extremos que aparecerão em filmes — ou então, filmes em que o elenco será composto na sua quase A guerra, antes de mais nada, totalidade por mulheres. precisa dos homens de Hollywood e êles, como qualquer cidadão, se vão enfileirando nas legiões que lutam pela Liberdade. * * * "Private Miss Jones", em que apaNo filme da Metro, recem Kathryn Grayson e José Iturbi, há uma seqüência "Canto das Nações Unidas", composição do que apresenta o russo Shostakovitch, cuja última sinfonia tanto comentário vem causando no mundo inteiro. A Metro resolveu que o mesmo canto seja incluido no filme em português. Aloysio Oliveira foi convidado para escrever os versos para o Brasil. Walter Wanger, produtor dos mais distintos de Holly"We Never Been Licked" wood, está realizando um filme ( Nunca fomos derrotados ), no qual há um tipo, um rapaz Êsse brasileiro, estudante duma universidade do Texas. funcionário Alfredo Sá, sendo representado está por papel do Consulado brasileiro e um belo tipo de rapaz. Isso tudo prova o interêsse que os estúdios de Hollywood estão tendo futuro, para com a nossa terra. Muitos serão os filmes, no suas nas incluirão ou Brasil o ambiente que terão como que coisas. às nossas nós e a referentes cênas passagens Lillian Gish, a inesquecível "estrela" de Griffith, voltou ao cinema num filme de guerra, para recordar aos velhos "fans" aquêles celulóides do gênero, dos seus áureos tem"The Compos . . . Ela voltou ao lado de Paul Muni, em mandos Strik at Dawn", da Columbia, uma história da revolta dos noruegueses contra a dominação nazista.
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Por Fci ainda numa tarde fresca e luminosa que a senhora Inge de Beausacq inaugurou a sua exposição de fotografias, agrupando na sala da A. B. I. muitas das representativas figuras do r.osso meio social e artístico. Notámos, então, o "chic" de alguns costumes de primavéra, alegres de colorido, impecaveis de fôrma, junto a outros de sombrios tons emoldurando a alvura impecável de um peitilho de cambraia, ou a tonalidade pastel de um "jabot" fartamente Algumas movimentado. das damas fotografadas lá estavam a atestar, talvês, da arte da senhora de Beausacq, e talvês também per um motive de faceirlce, bsm compreensivel ao sexo que é beleza, é graça, é fragilidade, e também dedicação e energia quando se "ensevMe Ginger Rogers num elegante oferece ensejo de pôr em esportivo. evidência mais estes atributos. As consoadas do Natal foram reT erminam, desde que. surgem os gadas a champagne das Américas, e primeiros dias quentes, as allvltodades da aristocracia social no que á zéro hora do dia 1 de Janeiro, entre Deus a pela paz des elegancia. reuniões de pedimos concerne a 09 povos. Aliás no ano que acaba de findar E o verão aí está, luminoso, alea temperatura mantêve-se admiratravel de suavidade, tanto que ainda nos gre, vestindo-se as mulheres com elefrescos, claros, diferentes, não raras Novembro jes últimos dias de eleganuma mas de sempre, oportutivemos vezes as que gantes foram nidade de exibir uma capa de peles cia especial, condizendo com a esta"tailleur" de lã. ção calmosa, que é longa, e, ao que ou um "Clips" modernos
SORCIÈRE
se supõe, será de elevada temperatura. Mas, muito embora a dificuldade de condução para Petrópolis, Terezópolis e outras cidades serranas, inclusive as estancias de águas, continuam a atrair, cor.tinuando a encher-se de muita gente cá de baixo das margens da Guanabara, tanta talvês quanto aquela que prefere a água fresca do mar, depois de uma bôa parada na areia, sob o sol escaldante. E assim, — eis-ncs ás voltas com chapéus de palha, ou, no mais das vezes, cabeça a descoberto, e toda a série de vestidos de cambraia, de "voile", de linho e demais coisas, apropriadas à estação.
"Shori" de algodão estampado, próprio a banhos de sol. Veste-o Lucille Bali.
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Gracioso viodêlo para ">chintz", da lavra do Oppenheim Collins, de Nova York.
"Casquette" e de "pois' "faille" branca, gola trabalhados em "ouatine". — 56
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Elegantíssimo "ensemble" de "shantung" A túnica à chipreto. nêsa leva botões claros com desenhos peculiares à pátria de Lyn Yutang.
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V est ido caseiro, verfeito em sêda"pois" melha com brancos. 19 4 3
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Saia e blusa — eis uma das últimas expressões de elegância. Ida Lupino apresenta, para jantar, um conjunto lindo : saia de seda, preta, levemente brilhante, blusa de renda branca.
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Le«e e bonito chapéu para usar à tarde. "Chie", novo, original — atributes deste "coiffant" de miss Wyatt.
A tarde ou á noite uma rede grossa é de bom gosto para completar a elego.ncia.
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Um vestido si.nples, um galante chapéu, jóias de bom gosto — eis um dogma precioso da elegância atual. E eis o que apresenta esta destacando-se o original e figura, "dramatic hat" de "crochet".
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O verão aí está. A nossa casa vai tomar aspecto novo, decorada com chitões alegres, mesmo alácres, musselinas vaporosas um ou outro tapete sobre o chão brilhante. E' da casa de Michèle Morgan, artista francesa sob contrato na RKO, em Hollywood, este aspecto, o qual indica bom gosto dentro do caráter estivai.
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SEGREQOS OE BELEZA QE HOLLYWOOC. Por MflX FACTOR PÉS
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"GLAMOUR"
"Glamour se E difícil u'a mulher irradiar os pés sofrem. O encanto pessoal tem o hábito de tomar o caminho errado quando o pensamento está voltado às dores nas' extremidades dos membros Inferiores. Usualmente, porém, tais sofrimentos sâo Na maioria das vezes pôde cessar evitáveis. a causa e também ser afastada a repetição.
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MAX FACTOR Antes de outra coisa qualquer é preciso ficar bem ciai.-o agora, e, aqui, que não tenho pretenções a apresentar-me como autoridade em "quiropodia", ou coisa semelhante. Estou considerando o assunto apenas sob o ponto de vista — no que tange ao que interessa à minha arte Mupessoais. encarecimento das apresentações "manquejam", ou dão lheres que claudicam ou suspiros de alivio quando podem sentar-se, e as sim livrar os pés do peso do coirpo, não estão, certamente, apresentando a melhor aparênciaNaturalmente, todas as estrelas do cinema em Hollywood olham com muito carinho para E, como é ainda mais o bom estado dos pés. natural, as dançarinas profissionais, entre as estrelas, são as que levam tais cuidados ao ext.*emo.
Num vestido de jersey vermelho, enfeitado com daninha preta, blusa branca, A nn Rutherford "posa" num canto do seu bonito "living - room". ( Foto Metro Goldwyn Mayer ) tão estreitos que os dedos fiquem montados uns nos outros ou tortos.
FRED ASTAIRE Fred Astaire, por exemplo, não usa um par de sapatos novos, quer para dançar, quer a passeio, mais do que uma Com o sishora cada vez, isso durante muitas semanas. tema de acostumar os pés gradualmente ao calçado, êle Jamais sofre o desconforto que os sapatos novos sempre trazem a todos nós. Ginger Rogers confessa que muito aprendeu a cuidar dos pés com Astaire. Ginger nunca incorreu na falta perpétua em que incidem quase todas as mulheres, na seleção Depois das de sapatos apenas pela beleza da aparência. longas dissertações de FJred Astaire sobre a necessidade imperiosa de calçados corretamente modelados para os pés dos que dançam, Ginger jamais cometeu tal erro. ZORINA Foi Zorina, a jovem que abriu, dançando, o caminho "Folhes", de Samuel Goldwyn, quem me fez para a fama no notar a falta de nunca ter abordado a questão dos pés, assunto importante, mas, muita vez descurado, governado pelo princípio de que o peso do corpo deve ser distribuído pelo calcanhar e a planta dos pés. Também — frizou Zorina — o bico dos sapatos deve ser desenhado ligeiramente mais estreito que a largura natural dos artêlhos na posição de quem está de pé — nunca
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ELEANOR POWELL Também discuti o assunto com Eleanor Powell, Buddy Ebsen, Eleanor Whitney e Bill Robinson. Todos
estes astros da dança concordaram em vários O principal é que os sofredores de calos e joanetes pontos. devem entregar a respectiva remoção a um especialista, nunca devendo arriscar-se a resultados, pouco satisfatórios, mesmo perigosos, tentando eliminá-los em casa, com um afiado canivete ou uma lâmina para a barba. Estas "estreIas" raramente se queixam dos pés, mas ao primeiro sinal de anormalidade procuram um pedicuro sem perda de tempo. PÉS DANÇARINOS Outro ponto sobre o qual concordam essas personagens é o que diz respeito ao refrescamento dos pés cançados. Depois de um dia cheio de extenuantes 'rotinas de danças nos estúdios, seus pés, por mais ágeis que sejam, começam a sentir os efeitos. Muitas vezes os pés doem e queimam. Para aliviar tal fadiga, o processo usualmente seguido é mergulhar os pés alternadamente em bacias com água quente e água fria. Então, depois de enxugá-los bem, fazer uma fricção com água de Colônia ou qualquer loção refrescante, ordinariamente usada na face ou no corpo. Conserve, leitora, os pés em condições apropriadas. Isto será de grande efeito para seu conforto geral e contribuinte à manutenção do "glamour".
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Linha Marca "ANCORA" (Stran- ~v ded) . Material necessário: 4 meadas, F 545 (Salmon escuro); 3 meadas, F 671 (Âmbar queimado); 2 meadas, F 406 (Verde Gobelin claro); F 443 (Creme); F 444 (meio amarelo creme); F 793 (Folha de carvalho escuro). 1 meada F 816 (Terra médio). Um tecido próprio para tapeçaria (superficie lisa), medindo 1,15 cms x 56 cms. 1 agulha de bordado marca "Milward". Chenille n.° 19 (para 12 fios) e 1 agulha de bordado marca "Milward", "Crewel" n.° 5 (para 6 fios). Usar 12 fios e 6 fios conforme indicado. Dobrar o tecido afim de formar um quadrado de 56 cms. e colocar o desenho no centro. Usar 12 fios enfiados juntos para as corólas das flores; e 6 fios para as folhas e hastes, etc. FLORES Pétalas exteriores — (12 fiosi. Pontos retos em (Salmon escuro) . O
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ALMOFADA Pétalas interiores — (12 fios). Linhas finas que se prolongam até o ponto de mosca, em "amarelo creme". Linhas grossas que se prolongam até o ponto de mosca e os pontos retos em "meio amarelo creme". CENTROS — (6 fios) Enchê-los com carreiras de a principiar do centro, usando "meio amaponto de haste,"âmbar relo creme", queimado" e "terra médio". FOLHAS — (6 fios) Ponto de Margarida largo, usando "âmbar queimado", circundando este ponto de Marfazer uma outra carreira do mesmo ponto garida largo, usando "folha de carvalho escuro". HASTES — (6 fios) Ponto de haste, usando "verde Gobelin claro". CONTORNO — (6 fios) Linhas grossas em "terra médio" e linhas finas em "âmbar queimado". (Vide o risco e a indicação do ponto na rvvista ARTE DE BORDAR do mês de Janeiro). 62
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Eis-nos em plena época de sol, e de calor também . . . O mar, em Copacabana, Leblon, à volta das ilhas é uma das melhores atrações ao espírito esportivo da moça moderna. E ali como uma reunião elegante, exige-se traje apropriado, de talhe impecável, frizado de graça e de certa originalidade. Eis do que trata esta página, estampando fotos das beldades do cinema americano.
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NERVOSISMO
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LOCUTOR Ramos de Carvalho é um locutor de sérias qualidades. Acha-se refeito já dos e7itusiasmos da estréia, quando gastava nos programas dansantes boas noites cordeais...
Certos romances-folhetins, dos que se vêm irradiando pelo rádio, são veráadeiras fábricas de nervosos. Dirse-ia que a Censura não ousou reparar no perigo de tais programas, ouvidos pelas creanças, refértos de avantesmas, de fantasmas, de gncmos, de perigos, enti\ecortados de mistérios esquisitos trazendo a incalma, a intranqüilidade aos lares cariocas. Ainda recentemente um médico especialista em moléstias mentais se referia à quantidade de menores, espantados com a irradiação de tais folhetins, que andam pela cidade. Todavia, o que é reparavel é que os seus autores, nomes conhecidos na literatura, poderiam sem muito trabalho com o talento que possuem, explorar u sensibilidade do público sem tamanha dose de espanto e mistério. Causa espécie como é que temos de ouvir programas assim, se poderiamos, em tempo, sem prejuízo do seguimento do folhetim, conseguir dos escritores, aparar a nota de tragédia que veste a vida dementada dos seus personagens mirabolantes. FRANCISCO
GALVÃO
£&ta6 E Dircinha Batista ? Onde é que anda aquele seu velho prestí£io ? ótimas, as aulas da "Universidade do Ar", transmitidas pela Nacional. Programas, assim, agradam o público. Consta que Silvino Neto vai mudar de cartaz, acabando a gargalhada anestesica. ,,,' .' Que bom
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Diva Paulo, que vem organizando e dirigindo na onda da PRA-2 - Rádio Ministério da Educação - às 2as. feiras de 17 às 17,30 um expressivo "Programa da Casa do Estudante do Brasil", sob o patrocínio da escritora Diná Silveira de Queiroz. Com a sua reconhecida experiência radiofônica, Diva Paulo tem conseguido realizar m&ias horas atraentes, com entrevistas, rádio-teatro, crônicas, poesia, etc, pisimando cada vez mais o seu renome e fazendo jús a aplausos sinceros.
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Jane Monteiro é um número novo a despertar interesse aos ouvintes da Transmissora. Voz bonita e capaz de maivar êxitos no rádio.
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Borell Junior, um dos nossos valores que atua na Rádio Cruzeiro do Sul, em vários programas, e que vem agradando sempre com o maior sucesso.
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Quem vencerá no programa de Calouros, do Ari : o samba ou a música clássica ? Tia Chiquinha vem agradando a pirralhada com os seus programas infantis. A Educadora conseguiu, agora, um locutor de pouca idade, que apresenta teatro feito por meninos. Menos afetação do rapaz e poderia apresentar coisa melhor. Mas o adjetivo estraga tudo no rádio e o seu endeusamento tem sido perigoso.
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RADIATRO Iara Jordão pertence ao "cast" radiatral da Rádio Clube, ãesempenhando importante papel na novela seriada de Edgar Carvalho "Mulher sem Coração".
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fato* Inegavelmente Barbosa Júnior acertou com aqueles programas dominicais, or.de se nota o seu bom gosto em divertir a gente_ no dia em que o rádio é mais cacete. César Ladeira continua a interpretar bem os papeis que lhe sao confiados no rádio-teatro da PRA 9. Zarur deixou a Mairink. E abriu uma falha difícil de ser preenchida. Yvonete Miranda é uma das vózes mais bonitas em seu gênero. E .vai vencendo, sem publicidade adequada, a seu mérito real. Quando é que teremos programa para crianças bem feito ? Herber Bôscoli vem animando o público da Nacional com os seus programas.
Ha quem diga que Alzirinha Camargo, sem encontrar bons contratos no Rio, vai dar rnovo pulo aos Estados Unidos. Volta-se a falar na possibilidade de um giro de "bôa visinhança", em Nova York, de Francisco Alves. Rareiam as notícias sobre o possivel êxito de Aurora Miranda na terra de Tio Sam. Jararaca e Ratinho continuam a atrair a atenção dos ouvintes na Nacional, depois do o corte das pia'o das pesadas que usavam sem ver aborrecimento dos seus milhares de ouvintes. Por outro lado, Alvarenga e Ranchinho de tão decadentes na PRA 9 motivam o desligamento do dial à muita ger.te. .
CANTOR Silvio Vieira vem de realizar velos Estados de São Paulo e Minas Gerais uma excursão vitoriosa. O querido artista, que é ouvido sempre com agrado en seus excelentes programas radiofônicos, levou aos dois grandes estados centrais a sua voz privilegiada, tendo sido"A essa excursão patrocinada pela Cinta Moderna", de que é artista exclusivo.
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Dilú Melo vem cantando na Nacional onde apresenta programas devendo, interessantes, folklóricos contudo, não forçar tanto o sotaque gaúcho das canções pampeanas. Francisco Alves tem apresentado bons programas artísticos na Nacional. Silvio Caldas anda muito melodioso, e começa a cair no choro como o Orlando Silva. Por que não temos mais noticiario de guerra no rádio ? O espaço de um para o outro é muito grando público de, quando o interesse exigia mais noticias de última hora...
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PAULISTA Veiu da terra da garoa, Ivete Ribeiro, tendo atuado ali na Rádio Banãeirantes. E' uma artista que se lanimensa no possibilidade çou com meio, conquistando o público.
Uma notícia agradável : Heloísa Helena está trabalhando na Tupi como locutora, interessando os ouvintes. —Podemos garantir que a Cruzei:o pretende, este ano, organizar um elenco artístico. Edgar Cardoso, o querido comalgum tempo no positor que esteve Recife, filmou "Coelho Sai". Devemos elogiar, sem reservas, o admirável programa da Tupi inaugurando os seus novos estúdios. Guita Iambloux organizou um conjunto de músicas típicas gitanas que é uma maravilha. Como anda sem estímulo Marilia Batista ?
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HUMORISMO Lauro Borges consegue interessar o com o seu humorismo. Depúblico, "Busina", pois da "Manduca",a sua última creagradou, de veração do dade, o público, mal agastaão com os falhos humoristas.
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SCHOW NO RÁDIO O rádio evolúe, e agora apresenta também, como os bons Casinos e teatros, os seus "schows". O que mostramos acima é o que Jorge Muraâ leva semanalmente na estação do alto do Cineac
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S. Pedro disse... CHAVES Y A L E
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e para automoveis - fazem-se em 5 minutos Outros tipos em 60 minutos.
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dos contínuos aperleiçoaAPESAR mentos dos meios de defesa, o capacete de aço é ainda hoje insubstituivel na proteção individual. Só serve, porem, em tempos anormais como proteção para o Sr. Mas... a sua familia ?... Estará ela seguramente protegida para os dias difíceis ? Enquanto o Sr. viver tudo correrá bem... Lembre-se, porem, que o Sr. pode desaparecer repentinamente. Qual será, então, a defesa de sua esposa para os dias em que faltar a proteção doSr. ?... A familia, na sua ausência, não deve como • /'rfo depender da bondade de parentes e amigos... Pense na a?» adversidade que já atingiu
muitas pessoas do seu conhecimento... Pense nas dificuldades que seus filhos enfrentarão mais tarde, se não tiverem uma boa educação... E resolva se a garantir-lhes, desde já, o colégio, o lar e tranqüilidade futura à sua esposa, instituindo um Seguro de Vida na Sul America. Consulte a Sul America ou entretenha uma palestra com um dos seus Agentes. Verá como há vários planos de seguro que se adaptam perfeitamente às suas possibilidades. Ganhe tempo, enviando-nos o "coupon" abaixo — hoje mesmo. d*
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BRASILEIRA LEGIÃO ASSISTÊNCIA" (Conclusão)
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têm por fim, não só levar o conforto moral âs famílias, mas também conhecer ãs necessidades daquelas que hajam sido materialmente afetadas pela ausência de seu chefe, ou arrimo, ou que, independentemente desta situação, requeiram auxílio de qualquer naturesa. O trabálho é discreto e a ação é profunda. Onde se achar, o Convocado estará tranqüilo e, de regresso, ha de sentir que âos seus nada faltou. Paralelamente à assistência à família do convocado, outros empreendimentos vão-se desenvolvendo em favor das forças armadas. E' assim que comissões especiais têm sido organisàdas, pãfã levar o apoio e a solidariedade das populações ciVis aos soldados de terra, mar e ar. Umas se incumbem de promover visitas às guarnições militares, proporcionando aos soldados do Brasil, o carinho de uma conversação amiga e a satisfação de algumas lembranças cuidadosamente escolhidas, inclusive objetos dê uso pessoal; enquanto outras se empenham em instalar centros é promover atividades recreativas e culturais, destinadas aos lazeres dás forças armadas. Ém face do alto sentido destas iniciativas, que levarão life ao soldado o testemunho da consideração nacional e do respeito das populações civis, pelos sagrados serviços que vêm prestando à organisação da defesa da Pátria, a L.B.A. tem para si que é seu dever desenvolvê-las na maior escala. Para cumprí-lo, a Comissão Central não ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A poupa esforços na Capital da República ,e está recoSUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO mendando às Comissões Estaduais, que trilham o mesmo caminho, proporcionando aos convocados, onde quer A DOER, PODE SER COMBATIDA USANDO que se encontrem, o mais completo apoio moral, — simNão aceito substituto. Exijo o bolo da nossa admiração e do nosso reconhecimento. nome "CAMARGO MENDES". Em face dos grandes empreendimentos que a L.B.A. tem XAROPE em vista, e para que possa dotar de legionários os muitiplos setores em que são reclamados elementos que traASMATICO ANTI balhem voluntariamente,^ cumpre-lhe habilitá-los atravês de cuidada preparação. Não basta, portanto, o alissio PAULO"6 tamento em massa de bons brasileiros, com a declaratrabalhar nêste a ou dizendo-se um, pronto ção de cada naquele setor. Para algumas atividades, é certo, póde-se dispensar formação especial, e, na verdade, muitos são os voluntários inscritos que possuem qualificação suficiênte para execução das taréfas que se propõem realisar. Na maioria dos casos, porém a adequada preparação do pessoal torna-se imprescindível, e êste problema é, para a L. B. A., da mais alta importância. Sem perda de tempo, já começamos a habilitar voluntários para os diversos mistéres. Vários são os cursos em pleno funcionamento, destacando-se entre eles, pela sua especial significação na hora presente, os de Voluntários de Defesa Passiva, Voluntários de Puericultura, Voluntários de Alimentação, Monitores Agrícolas, Voluntárias de EducaÇão Pré-Escolar, Liderança e outros, tendo a L.B.A., com apenas 5 meses de existência, formado no Distrito Federal, em diversas especialidades, mais de 1 000 legionários. Em tempo de guerra, o problema sério e complexo que afeta a vida do país é o das provisões e reservas, e é irrecusável que a L.B.A. tem de cuidar das suas não podendo eximir-se de colaborar com o poder público, ajudando-o nas suas campanhas em favor da produção intensiva, notadamente ajjue se relaciona com a alimentação popular, no que avulta o problema da infância — "patrimônio sagrado da Nação. — O tipo de provisão o até agora mais cuidado pela LB.A. é o de roupas para as crianças e os hospitais. Relativamente à cooperação com o poder público no tocante ao fomento da produção de artigos alimentares, entrou a L.B.A. em entendimentos com o Ministério da Agricultura, e organisa uma campanha de âmbito nacional em favor de hortas e clubes agrícolas. O nosso plano de trabalho, de carater permanente, não fica, porém, relegado, pois a grande obra de assistência, que nos inspira, não é taréfa que se retarde, nem que, tão pouco, possa ficar dissociada dos nossos encar*os atuais, particularmente os relativos à assistência às famílias dos convocados, e às medidas de prevenção no tocante à organisação de obras de amparo, cujo funcionamento o curso da guerra poderá exigir de um moLYTOMAN mento para o outro. "Legião Brasileira de Assistência" traAs iniciais da duzem o alto significativo de suas grandiosas finalidades- — LABÔR — BONDADE — E — ASSISTÊNCIA. — 67 — O MALHO I — 1.9 4 3-
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CAIXA PARA ÓCULOS EM IODOS OS FORMATOS ATENDEMOS PEDIDOS DO INTERIOR PELO SERVIÇO REEMBOLSO OU QUALQUER OUTRO MEIO DE ^p>tf<f^^^--*r**=r ,\ REMESSA
Escrevi na alva areia o teu nome romano com o fervor de quem reza uma oração . . .veiu a onda : As suas mãos gulosas de água do oceano não apagaram na areia o teu nome, não . . .
DE
Escrevi o teu nome lá no firmamento, com os pingos de1 luz de uma constelação . . . veiu a nuvem : As suas mãos de bruma, flutuando ao vento, não apagaram no céu o teu nome, não , ,:M
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Escrevi o teu nome em minhalma ferida, com os caracteres fundos da emoção . . w veiu a dôr : As suas mãos de espinho, angustiando-me a vida, não me apagaram no sêr o teu nome, não . . ,
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Ao amigo Tinoco Fiquei tão satisfeito quando olhei, A força magestosa do pincel, Que manejaste firme como lei, No quadro em que está Santa Izabel !
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De Santa Catarina, mui gostei, Foi muito bem pintado o carrocei ! Vi teu bazar tão belo, pois, firmei A vista no rolar do carritel. É bom admirar-se lindas telas ! Bem o sei que fizeste com carinho, Pois, lá estão luzindo as próprias velas.
"Yankee Orquestra", o apreciado conjunto musical que, sob a direção de Waldemar Ruffier e Arnaldo Fernandes Pinto, vem abrilhantando as reuniões dansantes dos principais centros de diversões da cidade, entre os quais o Ginástico Português, Olímpico Club e Canto do Rio F. C, de Niterói e outrás. A fotografia foi feita no salão do Automóvel Club do Brasil e nela se destaca o pistonista Wuldyr Pinheiro, nosso companheiro de trabalho.
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que será que as estrelas tremem ? perguntou a noiva ao seu aiter ego. — Ora, Iná, ó por causa da ventania, respondeu o noivo, com severiJade.
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