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NUMERO 37 - FEVER El RO DE 1943
PRECO CR $ 3,00
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Para dar boa leitora aos pequeninos
"O TICO-TICO" trinta e sete anos vem empreendendo os melhores esforços, no sentido de pôr ao alcance da infância brasileira a mais selecionada e sauHÁ davel leitura, através de suas páginas como dos livros que reuniu em sua Biblioteca Infantil. Essa tarefa, embora não sendo das mais fáceis em um país onde, até há bem pouco tempo, eram raros os escritores que se dedicavam à literatura para a gente miúda, tem sido levada a cabo com o mais vivo interesse, e aquele mensario continua a envidar esforços para levar adiante tão beío programa, que diz de perto com a formação da mentalidade e do caráter dos homens de amanhã. "O TICO-TICO" resolveu agora Por ser assim é que o lançar, numa iniciativa ainda absolutamente inédita entre nós, um concurso 'literário entre escritores adultos, para oferecer leitura sadia aos nossos me ninos. No quadro abaixo estão especificadas as BASES do certame, que se encerrara em 31 de Julho do corrente ano, e por meio do qual serão conferidos seis prêmios e três menções honrosas aos trabalhos me lhor classificados. Oferece-se, assim, uma excelente oportunidade aos nossos escritores, não só aos já consagrados, como aos que ainda não apareceram devidamente, para colaborar na campanha de saneamento mental da Juventude Brasileira, em que o 0 TICOTICO agora mais do que nunca está empenhado.
BASES l — O TICO-TICO institue, para encerramento em 31 de Julho do corrente ano, um CONCURSO de histórias para crianças, entre contistas nacionais, conferindo os seguintes prêmios: UM PRÊMIO de CR$ 300,00
ao autor do melhor conto infantil sobre assunto patriótico.
UM PRÊMIO de CR$ 150,00 — ao autor do trabalho do mesmo gênero imediatamente ciassificado. UM PRÊMIO de CRS 300,00
UM PRÊMIO de CR$ 150,00
ao autor do melhor conto infantil sobre motivos de folclore brasileiro. ao autor do trabalho do mesmo gênero imediatamente ciassificado.
UM PRÊMIO de CR$ 300,00
ao autor do melhor conto infantil para meninas.
UM PRÊMIO de CRS 150,00
ao autor do trabalho do mesmo gênero Imediatamente cias sificado.
Os originais, datilografados em dois espaços, não poderão exceder de seis (6) folhas tamanho almaço, escritas de um lado só.
Os autores assinarão com pseudônimo, juntando uma sobrecarta com a identidade e trazendo por fórà o título do trabalho concorrente e o genero a que pertence. Cada autor poderá concorrer com um ou mais trabalhos e a um ou mais gêneros.
Os trabalhos deverão ser endereçados à REDAÇÃO D'0 TICO-TICO (Concurso de CONTOS) Travessa do Ouvidor. 26, — Rio de Janeiro. Serão recebidos até o dia 31 de Julho de 1943. 5 — Os trabalhos concorrentes serão julgados por uma comissão especial, cujos componentes só serão conhecidos depois de proclamação do resultado. _ 6 — Os trabalhos enviados ficarão sendo de pro"O TICO-TICO", que poderá publicá-los priedade de a qualquer tempo, devendo entretanto fazer sempre referencia ao concurso, quando o fizer. 7 — cada
Haverá três (3) Menções Honrosas, uma para gênero de conto. 8 —
O veredito da Comissão Julgadora será defi nitivo e a Redação se reserva o direito de excluir do certame o trabalho que"O lhe parecer não corresTICO-TICO". ponder à orientação de
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ESCÂNDALOS"
Afastando-se do gênero reportagem Hterária para fazer reportagem de outra es" no espaço pécie, o snr. Silveira Peixoto _e algumas horas de quatro ou cinco noi" Rapsódia de tes" escreveu este volume Escândalos", em que põe a nú todo o intrincado caso do concurso musical, realizado nesta câoital para conquista do Prêmio Columbia Couarts. Quem acompanhou de perto esse ruidoso caso, ainda assim encontrará no livro de Silveira Peixoto coisas inéditas, pois o brilhante repórter e escritor mergulhou com a *«a conhecida habilidade no âmago da quêstão. trazendo á tona tudo o que havia fiç-n^n anen^s meio conhecido. " Rapsódia de escândalos", apesar das aparências em contrário, e um livro construtivo, pois Silveira Peixoto o escreveu com as mais sadias e louváveis intenções, sendo notavelmente feliz. IMORTALIDADES
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PÍLULAS
O snr. Thomaz Delfino, com uma persistência merecedora de encomios. vem fazendo editar as obras do saudoso poeta Luiz Delfino. de que\ agora nos dá o Vol. III " Imortalidades — O livro de Helena". Lançado pelos Irmãos Pongetti; Editores. o volume traz a marca do feitio e da bôa anresentacão. E quanto ao conteúdo, esse dispensa quaisnuer elogios, pois os lejtares brasileiros conhecem de sobra a beleza e a inspiração do saudoso e fecundo " Poesias Líricas". poeta de SEXO E BELEZA O nome de Hernani de Irajá é um dos consagrados nas nossas letras médicas, assim como nos arraiais artísticos. Periodicamente esse estudioso da medicina doublé de artista original e espontâneo nos brinda com um trabalho novo. " Sexo e Agora, porém, é a 2* edição de beleza" que vem de ser publicada — e isso para atender aos reclamos de quantos desejavam conhecer essas páginas interessantissimas em que Hernani de Irajá comprova concomitantemente sua capacidade no& campos da ciência e da arte. " Sexo e beleza" vem ilustrado com "nús", reunidos pelo graríde quantidade de autor em seu tirocínio médico e seu aparecimento foi acolhido com elogios pela critica, que vem acompanhando com interesse a obra notável de Hernani de Irajá. O GRANDE AMOR DE MARIA ANTONIETA
(PÍLULAS DE PAPAINA PODOPHYLINA) Empregadas el»
estômago,
com
suecesso
fígado
ou
nas
E
moléstias
intestino..
Essas
pílulas, alam ds tônicas, são indicadas nas diipapstas, dores ds cabaça, moléstias do flfado • priilo de ventre. São um poderosa digestiva a regularizado, das funeçõe' gastro-intestínoes. A VENDA EM TODAS AS PHARMACIAS Depositários : JOÃO IA>TISTA DA FONSECA Vidro 2$500, pelo Correio 3$000 Ru* Acra, 31 ———— Rio da Janeiro
0
MALHO
A história francesa, tão opulenta nos aspectos de cavalheirismo e galanteria, fornece-nos, ainda hoje, motivos formosos para os romances de amor e de sacrifício. E dessa trama literária que se documentou Felix Moeschlin para apresentar o seu belo livro mixto de ficção e realidade que tem por teatro Paris c por período histórico a França de 89, com as suas tragédias, as 'suas sublimidades e as suas baixesas. O GRANDE AMOR DE MARIA ANT.ONIBTA que EPASA (Editora Pan Americana S. A.) acaba de editar em nossa lingua é bem o documentário daquela época de grandesa da França eterna. Nesse livro, que teve uma cuidadosa tradução de Roberto Furquim há de tudoj
— 4 —
AUTORES — história realistica, comentário crítico, amor, aventuras e, sobretudo, a narrativa pungente do sacrifício de um sacrificado, o galante conde sueco Axel Fersen, eternamente cativo a um grande, a um perigoso amor, o que dedicava a Maria Antonieta. RUTILANCIAS Poeta que escreve, indiferentemente, no velho e no novo ritmo, e cujos versos mereceram de um crítico acadêmico a qualificação de " Soberbos, martelados a fogo e cinzel, patinados de idéias e coloridos", o snr. Simas Saraiva publicou " Rutilâncias", sob o patrocínio espiritual da A. L. A., da Baía. Realmente, é um belo livro, que revela mais um bom poeta da terra dos bons versejadores. A apresentação exterior do livro prejudica a idéia que se possa formar de seu conteúdo, e é pena. Mas é claro • que o ideal de perfeição é inatingível... "SINAIS
DOS TEMPOS" O aparecimento de " Sinais dos Tempos", foi infaustamente assinalado pelo falecimento prematuro de seu autor, snr. Lindolfo Collor, publicista de lalrga visão e jornalista brilhante que teve destacada atua. ção no cenário político do país. " Sinais dos Tempos" discute com paiipitante oportunidade os principais aspectos políticos e sociais criados pela guerra, expondo à luz de uma explanação nítida, o sentido moderado por que se regerão os povos, por força do inevitável revisionismo imposto pela época, dentro dos princípios sagrados da Democracia, da Liberdade e dos Direitos do Homem. Tal como " Europa, 1039", que o precedeu. esse excelente livro foi editado pela EPASA, desta capital. _ " "INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LITERATURA" Em matéria de estudos sobre literatura, apenas cinco ou seis ensaios dessa natureza devem ser catalogados como realmente úteis. E são os de Roméro, Araripe, Venssimo, Coelho Neto, Ronald de Carvalho e Manoel Bandeira. Colocando-se ao lado daqueles nomes, agora, o snr. Cécil Meira com Introdução ao Estudo da Literatura. O autor é de geração moça paraense e levou a cabo um estudo original e seguro, pelo seu caráter pedagógico e literário e servindo à mocidade com unj livro de perfeita orientação educacional. Formato grande, quase 300 páginas, Introdução ao Estudo da Literatura é obra que se tornava necessária. " CONFIDENCIAS" Revela este livro duas tendências de um temperamento, isto porque a sra. Lausimar Laus Gomes verseja espontaneamente, não se subordinando a esta ou àquela escola. A autora nos dá neste seu livro poemas modemos e sonetos, onde o seu sentimento se expande livre e harmoniosamente sem a rigorosa da fôrma. Os poêpreocupação " mas da Confidencias" teem /ritmo e cadência natural, aqui e ali rimados ou não, segundo o estado de espírito da poetisa. Os Sonetos, embora com algumas rimas pobres, contudo são espontâneos e exprimem sempre uma sensibilidade, que é o que se deve exigir em poesia.
II — 1943
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MENSARIO
"Festa de sol" é o nome que Odette Barcellos deu ao quadro que aparece na capa do presente número de "O MALHO". E' mais uma obra sugestiva da nossa vibrante paisagista, a grande e sensibilissima interprete das belezas da terra carioca que a viu nascer e por cuja natureza ela sente uma atração de feitiço. Um lindo trecho dfe praia, um pedaço de céu, um "flamboyant" de ramas incendiadas pela floração magnífica, eis os elementos dessa composição que o pincel da artista encheu de luz e de colorido, um poema de claridade a traduzir sentimentos elevados numa técnica larga e segura.
ILUSTRADO
Edição da S. A. O MALHO ANTÔNIO
Diretores:
A. DE SOUZA
E SILVA
OSWALDO DE SOUZA E SILVA
ANO XLÜ . . NÚMERO FEVEREIRO— 1943 PREÇO
DAS
37
ASSINATURAS
Um ano
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$35,00
Seis meses
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$18,00
Número avulso
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II — 1 9 4 3
NÚMERO
CONTÉM
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A NOSSA CAPA
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74 PÁGINAS
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Q, m vJ O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse produto é um taxativo suave para todas as idades. Siga o meu conselho e tome
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MATERN I DADE MATERNIDADE HORIZONTAIS:
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ma as mãos PREQO PREÇO I2$000 ¦ Obra do notavel notável ginecologista Dr. Arnaldo de Moraes, professor da Universidade do Brasil Serviço de Pedidos com as importancias importâncias ou pelo Servi$o Reembolso Postal, hà S. A. "O Malho" - C. Postal, 880 RIO DE JANEIRO O
MALHO
VERTICAIS :
1 — CAIRI — AB — IBE — MUERE — ÍCARO — ÉBRIO 10 — O LAIA TEXTO
1
CUMBE
2
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5
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6
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PROPAGANDA \ Na Califórnia, marido e mulher que queriam mudar-se, responderam a um anúncio tentador de casa à venda, mas descobriram que era o anúncio que êles mesmos tinham posto, de sua própria casa... O'
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ESSA ASMA OÜE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PODE SER COMBATIDA USANDO « m * » p, p Nco aceite substituto. Exijo o YADfjPp nome "CAMARGO MENDES". ASM AT ICO ANTI SA"o PAULO* *Wt" c.-osm.».3 (CHAVES) Horizontais: 1 — REMÉDIO CONTRA O CANSAÇO. _ AGRADO'. SIMPATIA. - RUÍNA; EXTINÇÃO; FIM. Verticais: CAÇA GROSSA. DE — CÃO GRANDE PLANTAS. DE — GÊNERO — BALOFO. (Solução no próximo número) TEXTO ?7/9
RESFRIADO/ NEVRALGIA/
ENIGMÁTICO T
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TENTRO LOTEIUCO díslribu» verdadeiras fortunas vendido» eni bilhetes e apólices " -em balcão, „ . eeu -;a TWAVUtA DO OUVIDOR, Ç
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— 19 4 3
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NAPOLEÃO
E
"VjAPOLEÃO Bonaparte não gos^ tava de que as mulheres se metessem em assuntos políticos. Na época em que ele era apenas general e se achava em uma reunião onde estava também de Stael, a conversa madamè caiu numa espécie de dissertação sobre as diversas fáses dos governos da França. Todos aplaudiram madame de Stael, sómente Napoleão ficou indiferente. 0
M A L H Q
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MULHERES
Então, general! perguntou ela, será que não é da minha opinião ? Perdão, madame, eu não ouvi o que dizia porque não suporto vêr as mulheres metidas em negócios de Estado . . . Creio que tendes razão, general, respondeu madame de Stael, amavelmente, mas, num país onde se cortam as cabeças das mulheres, é natural que elas desejem saber porque. 8 —
do
general
AUD
Sr. p M dias de novembro último, o G. Archambault, correspondente do " New York Times" em Begia, Suissa, revelava ao universo a aventura rocambolesca do glorioso general francês Giraud, cujo nome por extenso é Henri Honoré Giraud. O bravo oficial superior do Exército francês — conforme relata Archambault — poude escapar ao cativeiro na Alemanha graças a um avião inglês, que o transportou para a África onde, agora, reorganisa um exército, com que pretende enfrentar o inimigo. O general encontrava-se em certo ponto do território francês, que êle deixou disfarçado em mulher de edade avançada. Ele estivera, antes, recolhido à fortaleza "!e Koenigstein, na Alemanha, e daí fugiu de um modo misterioso. Dôsde que penetrou em França, passou a ser espionado, par agentes de polícia. Baldados foram os esforços de seus adversários por impedir que o grande estrategista levasse a bom termo as suas maquinações, Giraud, de qualquer maneira, conseguiu sempre comunicar-se regularmente com ós seus adeptos, quer na França quer no exterior, durante o tempo em que planejou a sua assombro«a evasão. No dizer de Pcrtinax, jornalista parisiense atualmente em New York, o general Giraud realisou a sua última fuga depois de um passeio de automóvel, que o conduziu a um ponto do litoral mediterrâneo, onde o esperava o avião britânico. Não levantara suspeitas, dado o seu disfarce. Ninguém poderia imaginar que " aquela anciã fosse um dos maiores generais da França livre"...
Guia da Belleza Este llvro livro enslna ensina a fazer, fazer, P* tratana propria própria casa, os tratapi* " fir-. ' * mentos de belleza mais [j? uteis Traz II -*|1 úteis e proveitosos. Traz Jfv. Jj feitos oeos processos feltos pe- f loIo medico especiallsta especialista .'8 DR.PIRES DR. PIRES m;%i na sua Clinica de Belleza da da I RUA MEXICO, MÉXICO, 98-3.o 98-3.Í and. BfflSrnffrtiffiB Rio d« Janeiro nmriilnl IT Prefo: Preço: 8$ livrarias. u 8S pelo correio oit ou nas livrarias. Augmente, fortlflque fortifique Augmente, e diminua °o bust° busto IwH CV ¦ & com os productos HVk 31 V I II produetos á& base de U U|J lilfHORM0NI0S. Busto hormônios. Hormo-Vivos 1 e 2 Para desenvolver e fortificar use o n. 1t Para dlmlnuir diminuir use o n. 2. Resultados rápidos. rapidos. Oratis: Pe<;a Peça informes aá Caixa Postal 3.8713.S71 - Rio Nome .. Nome Rua..........,..™ ..._ , Cidade ,1, Estado Cidade ,1, II
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CABELL03 BRANCOS
NOVOS RESERVISTAS DA ACADEMIA DE COMÉRCIO — Realizou-se na Acadsmia de Comércio do Rio de Janeiro a cerimônia da entrega dos certificados dos reservistas da E. I. M. n.° 25, mantida por aquele estabelecimento de ensino. O ato foi presidido pelo Cel. Alcides Etchegoyen, chefe de Poicia, e estiveram presentes o Diretor do Recrutamento, Cel. Lourival Duarte do Carmo, representantes dos Ministros da Educação e Aeronáutica, do Comando da 1." Região e outras altas autoridades civis e militares, Na fotografia, em que se vê o Cel. Lourival Duarte quando fazia a entrega do sabre simbólico, aparece à esquerda o Tte. Irineu Gonçalves Pinto, instrutor da turma de novos reservistas.
QUEDA DOS CABELLOS
JUVENTUDE ALEXANDRE
DESPERTE A BILIS DO SEU FÍGADO E Saltará da Cama Disposto para Tudo Seu fígado deve produzir diariamente um litro de bilis. Se a bíüs não corre livremente, os alimentos nio sio digeridos e apodrecem. Os gases incham o estômago. Sobrevém a prisão de ventre." Você sente-se abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martírio. i&íí^^BB _____9_§n____a|_______i_.
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O ANO NOVO DOS FUNCIONÁRIOS DA S. A. "O MALHO" — Flagrante da reunião promovida pelos funcionários da adminiscolhido por ocasião tração da S. A. "O MALHO", pira em caráter íntimo festejarem a entrada do novo ano.
Uma simples evacuação não tocará a causa. Neste caso, as Pílulas Carter são extraordinariamente eficazes. Fazem correr esse litro de bilis e você sente-se disposto para tudo. Sio suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pílulas Carter. Não aceite outro produto. Preço: 3S000.
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ÓCULOS
ESCUROS para
LEITE
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COLONIA
para
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Renove o prazer de viver praticando sports e realizando passeios ao ar livre... Mas proteja sua delicada epiderme, afim de evitar o aparecimento de sardas e manchas. Antes de sair, e assim que regressar ao seu lar, faça uma aplicação de Leite de Colonia sobre o rosto, colo e braços. Filtrando os raios solares, Leite de Colonia protege sua pele e aumenta sua suavidade e seu fascínio. Leite de Colonia limpa, rejuvenesce e amacia á pele 1 Use-o sempre!
J.W.T.
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união da América não é mais uma bela aspiração dos povos /¦ deste continente, nem apenas a base de uma política realista * de governos concienciosos que seguem o caminho da menor resistência. E' mais do que isso, porque hoje corresponde a um M
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americanas,^ e começa comega a sentimento das próprias proprias massas populares americanas, sentimento tomar a forma de uma torrente poderosa da opinião pública, a que nada poderá resistir.
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mtimo aJgo íntimo Não basta, porem, sentir o panamericanismo panamcricanismo como algo Nao e e profundo, nos mesmo e se funde com o prof undo, que vem de dentro de nós mesmo sentimento que brota de milhares milharcs de peitos. E' preciso j|j|j||| mesmo dar-lhe expressão expressao externa, meios de ação, acao, torná-lo torna-lo uma norma de conduta pública, de sorte que êle penetre por todas as janelas da vida de cada nacionalidade e se torne uma realidade resplandescente, opor, pois, somente assim, destas a que nada poderá podera resistir, nem se opôr, mundo, de vez forqa capaz de atuar nos destinos do .mundo, se tornará tornara uma força que será a manifestação da vontade de cerca de trezentos milhões de criaturas humanas. Estamos dando o primeiro passo para fazer da união fraternal da América uma força atuante e vivificadora: eis o que significa a fundação de associações como a "Sociedade dos Amigos da Amé-
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inerte e incolor, mas rica", que não nao ée um organismo inerte' zação viva que comega começa a estender-se por todo o pais zagao país e todo o continente, mobilizando todos os americanos por ^°d° Por tade para a batalha da Liberdade, que é também a
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da amanhã. Quem se sentir como reconstrução do mundo, a batalha do amanha. Ib^IIKreconstrucao maos maos a essas outras milhares de mãos de as mãos América dê cidadao da America cidadão começam a estreitar-se, formando a mais bela, a mais vigorosa, que comegam !||jjrjja a mais formidável formidavel cadeia de vontades para a luta contra a tirania
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Aspecto de uma .noderna biblioteca americana.
O QUE E UMA BIBLIOTECA MODERNA NOS ESTADOS UNIDOS JOSUÉ concepção americana de biblioteca é um resultado de evolução vertiginosa. Alguns autores situam a origem das bibliotecas públicas nos Estados Unidos pelas alturas de 1696, quando o Reverendo Thomas Bray, a serviço de uma instituição religiosa londrina, chegou à América com o propósito de criar bibliotecas paroquiais abertas ao público. E só no Estado de Maryland abriu trinta dessas bibliotecas. Outros escritores recuam aquela data a 1638, quando, com a fundação da Universidade de Havard, foi posta à disposição da coletividade uma biblioteca. Em 1731, Benjamin Franklin criou em Filadélfia a primeira biblioteca por subscrição. Reuniu cerca de 50 pessoas, que doaram os volumes que possuíam. Cada pessoa se comprometeu a entrar, a princípio com 40, depois com 20 shillings anuais, como contribuição para o aumento da coleção bibliográfica. Cada contribuinte ficava com o privilégio de poder lavar volumes para ler em seu domicílio. Durante o século XVIII e no primeiro quartel do século XIX instituiram-se numerosas bibliotecas que não se dirigiam à generalidade dos leitores, mas a reuniões de homens que pertenciam à mesma seita religiosa, à mesma profissão, ou ao mesmo ofício. A Library of Congress surgiu nessa fase, com a finalidade de atender a interesses legislativos ou administrativos. Nesse período também as bibliotecas recebem as primeiras subvenções municipais. Em 1855, Witt Clinton, Governador de Nova York, propÔ3 à Assembléia Legislativa a criação de bibliotecas nos distritos escolares. A proposta foi convertida em lei. John A. Dix explicou-a assim : "A lei foi feita menos para as crianças que freqüentam a escola do que para os adultos Dessa lei data o que já deixaram os bancos escolares". grande surto das bibliotecas públicas americanas no século XIX. Em 1847, Josiah Quiney, Prefeito de Boston, propôs que a Assembléia Municipal solicitasse à Assembléia do Estado autorização para que a cidade pudesse levantar um imNasce asposto para estabelecer uma biblioteca pública. sim a primeira Free Town Library. E em breve em todo o Estado estão disseminadas as bibliotecas desse gênero. E póde-se dizer que as verdadeiras bibliotecas públicas se haviam então realizado. A
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MALHO
MONTELLO
Todas essas etapas confluem p.ara esta realização atual : a biblioteca ativa moderna, cuja irradiação se está espraiando não apenas nas Américas, mas em quase todos os pontos do mundo civilizado. Qual é, afinal, o aspecto dessa biblioteca moderna ? Em primeiro lugar, devemos considerar que a construção dos edifícios de biblioteca deixou de ser uma simples tarefa de arquiteto : impôs-se a colaboração do bibliotecário. E disso resultou o aspecto funcional dos edifícios modernos de biblioteca, no qual se substituiu a grandiosidade e a imponência por elegância e simplicidade, oferecendo ao cliente condições de comodidade não existentes nas construções tradicionais. Cada parte do edifício, mesmo nas suas decorações, passou a ter um valor articulado com utilidade e não se desperdiçaram áreas por amor à estética monumental dos velhos tempos. O estilo moderno, de linhas sóbrias, permitiu às mais recentes construções arquitetônicas para biblioteca aquelas condições de singeleza e de utilidade que são as características dos edifícios funcionais. Nas construções antigas, os estilos arquitetônicos sacrificavam, via de regra, a utilidade à grandiosidade — e disso resultou, além do desperdício de áreas amplas, a má acomodação de bibliotecas que nos vieram de outros séculos. Às estantes que tomavam toda a extensão das paredes e iam até ao teto, sucederam as estantes baixas, accessiveis a qualquer leitor de tamanho médio e sem necessitar o auPor isso mesmo vai perxílio de escadas ou tamboretes. dendo a sua significação aquela frase de Macaulay, nos Essais, a propósito de um livro de Milton, na qual, para dizer elegantemente que era um trabalho secundário, o historiador observou que era um volume que deveria ser guardado nas prateleiras de cima . . . As estantes fechadas foram substituídas pelas estantes abertas, de maneira a oferecer maiores facilidades para a pesquiza e o encontro do livro, bem como a dar novas sugestoes de leitura. Os balcões, que eram muralhas entre os livros e a clientela da biblioteca, desapareceram : ficaram apenas os que se destinam ao recebimento ou entrega de livros, ou outros pequenos serviços internos. Também as mesas de leitura e as cadeiras, os balcões para leitura de
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^^^^^^^^^^^^^^^^^^^mmKÊmMmttmvÊÊiim KnHNMrIPÍSmRHLí jornais, as mesas para trabalhos individuais ou coletivos sofreram os influxos providenciais da política moderna das bibliotecas. Aos velhos catálogos, que eram volumosos livros nos quais se inscreviam nome de autor e título da obra, sucederam os catálogos dispostos sob sistemas de fichas, nos quais são discriminados nome de autor, título da obra e assunto, e constituem os chamados catálogos-dicionários, que são de manuseio fácil e eficiência constante. Antigamente o processo adotado para o enriquecimento da coleção bibliográfica se apoiava nas conveniências da biblioteca : hoje esse enriquecimento se realiza por uma decorrência dos interesses ou das necessidades E isto porque, presentemente, da clientela da livraria. se considera uma biblioteca menos como uma coleção de livros do que como um conjunto de leitores. Também a disposição dos volumes recebeu modificaidentidade ou ções, e são hoje arrumados de acordo com Esta providência permite contiguidade de assunto. mais ricas sujestões de leitura, além de atrair para os locais próprios os clientes interessados em um determinado ramo do conhecimento. Uma concepção democrática dos serviços da Biblioteca veio multiplicar a sua clientela : adotou-se o lema de que a biblioteca está aberta para todos. Além dessa medida, permitiu-se o chamado livre acesso à estante, mediante o qual fica o leitor credenciado a procurar nas coleções bibliográficas o livro que o interessa e lhe conAs leituras domiciliares, combatidas outróra pevêm. los velhos bibliotecários, assumiram a posição de providência normal : e os empréstimos tendem a se processar sem limitações de quantidade, uma vez que seja provada a utilização conveniente do empréstimo a ser feito. Ampliou-se o raio de alcance da biblioteca em diferentes sentidos. Partiu-se do princípio de que uma àmatinpia coleção de livros, variada e numerosa, poderia acudia à Biaquela do vasta mais que que clientela gir Dessa concepção nasceram os chamados serblioteca. As sucursais, sub-sucursais, agên. viços de extensão. cias, depósitos, bibliotecas viajantes, bookmobiles, bi-bliotecas do lar — surgiram como conseqüência da necessidade de dilatar o raio de ação da instituição. Esta idéia trouxe alterações profundas e criou a chamada "rede da biblioteca", que é a multiplicação da "cidade dos livros" em numerosos desdobramentos, através dos
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As bibliotecas americanas, em ves da austeridade das bibliotecas tradicionais, procuram reproduzir o ambiente do lar ...
quais a obra do livro se realiza mais fecundamente no propósito de disseminar conhecimentos e elaborar cultura. A biblioteca deixou de confinar-se aos livros e aos serviços de leitura. Novos serviços se articularam à sua estrutura : radio, cinema, teatro, conferência, exposições, debates, discotecas —¦ foram algumas das inovações introduzidas no domínio da Biblioteca. Tais inovações determinaram, concomitantemente, alterações nas disposições internas do edifício — e criações de secções que não foram cogitadas nas bibliotecas tradicionais. Numerosas alterações técnicas, relacionadas com a muitiformidade dos serviços de uma livraria moderna, vieram dar impulso ainda mais acentuado ao novo movimento. Também a biblioteca moderna se inclue, agora, entre Asas instituições que elaboram a educação emendativa. sim é que já se concede importância às secções destinadas à leitura de cegos, secções essas providas de textos especiais e sob a orientação de educador especializado. Pouco a pouco, a biblioteca vai desdobrando a sua linha de alcance, no proveito da cultura da comunidade. E o seu lema, de acordo com uma legenda da American Library Association, é este : "The best reading for the greatest number, at the last cost . Tal é, em síntese, a significação geral do movimento bibliotecário que nasceu nos Estados Unidos e se projeta Agora se pôde dizer que a luz nasceu no para o mundo. Ocidente . . .
O livre acesso à estante constitue uma das medidas mais fecundas da nova política das bibliotecas.
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São flagrantes de lares cariocas, mas bem ser de podiam quaisquer lares de todo o Brasil.
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Tipos regionais da Tripolitania:
músicos ambulantes.
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Construção típica, vendo-se ao fundo uma torre de Mesquita.
TIMI'01 I Beduinos reunidos fora dos muros da cidade.
r-\ S acontecimentos guerreiros em terras d'Africa teem feito com geral se volte para aquelas regiões do continente negro em que Entre os nomes mais citados nos comunicados, aparece Tripoli e oferecer ao leitor aspectos regionais desse pedaço de mundo onde se iniciais da ofensiva geral contra a Europa.
"fiaAspecto de uma das ruas de Tripoli, onde se tiava" sossegadamente, nos bons tempos da paz.
que a curiosidade eles se desenrolam. é sempre oportuno travam as batalhas
São, pois, de Tripoli, as vistas que reunimos nesta página.
Habitantes de Tripoli, às portas de suas easas. «... -
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LIVRE ESTA NOITE ? ESTOU. E AMANHA AO MEIO DIA ? TAMBÉM. DEPOIS DE AMANHA A NOITE ? NÃO. MAS POR QUE ? PORQUE PENSAVA .EM CONVIDAR TE PARA UMA CEIA.
OLÁ, VOCÊ POR AQUÍ ? ESTOU EM VIAGEM DE NUPCIA COMO, CASOU ? E A SUA AH, ELA JÁ CONHECIA POR ISSO DEIXEI-A NO RIO. II
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SU A( BIDA POR MOTIVO DE DOENÇA. O QUE TEM VOCÊ ? . NADA. A DOENTE E' MINHA MULHER ESTA' TÃO FRACA QUE NÃO PÔDE ME IMPEDIR DE BEBER.
EU PASSO TODAS AS TARDES EM CASA DA VIÚVA. E POR QUE NAO TE CASAS COM ELA ? JÁ PENSEI NISSO. MAS DEPOIS ONDE E' QUE PASSAREI AS TARDES ?
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MALHO
UM
1 CASAMENTO
honra que se lava sómente com rimônia, mas a irmã menor, às o sangue. Em vão as mulhe- escondidas,, lhe passa sempre res rogaram a seus homens, qualquer biscoito, que a sustenta ante a vontade de esvanemuitas noites tristes e agitadas, cer da fraqueza. A mãe, as irque se calmassem e pensassem mãs já casadas e as tias lhe faNa nos trabalhos do campo Iam das responsabilidades e atiúltima noite partiram armados tudes a manter diante de ato até os dentes, e de manhã chetão importante como é o casagou a notícia que o irmão do mento. Deverá viajar até à ex-noivo fôra encontrado no casa do marido, escondida e cofundo de uma ravina, com o berta por espêsso manto que a peito estrassalhado por uma cobria da cabeça aos pés, como bala Mauser. se fazia no tempo de antanho Desde então coube à Martha na tribu, antes de Christo. E a tarefa de vigiar, noite e dia, nisso lhe explicam que na «época os caminhos que vinham dar à dos turcos era oerigoso andar sua casa, com o cuidado de tra- com o rosto exposto, pois uma zer as armas sempre à mão e rapariga bela podia atrair a carregadas. A vingança do cobiça de rapto ao serralho, mas sangue é como um rosário, o avô, mais experiente, lhe afircujas contas caindo uma a uma. mava que o costume tinha ouvida por vida, de geração em ge- trás origens, desde os deuses ração, nas montanhas áridas da pagãos ; assim fôra e será, pois Albânia. os padres católicos respeitam a Agora Maria deve deixar a tradição vetusta. Kulla natal para sempre. O dia Como será o noivo ? E forte, de seu casamento chegou. Seu belo e corajoso, lhe dizem. Ê enxoval foi colocado nos baús de pastor e guerreiro. Mas só o madeira, pintado de flôres e ara- verá no ato do matrimônio, isto bescos, em presença do futuro é, verá sómente suas mãos, porcunhado, primogênito da fami- que o rosto não deverá contemlia. que deveria conduzi-la aos plar senão quando penetrar na penates de seus pais, onde Ma- câmara nupcial, quatro dias deria deveria viver, dar à luz a pois das festas, recomendou-lhe muitos filhos e morrer. Antes a mãe que ali lhe incumbe levar de vêr o enxoval, o futuro cunha- o braço direito à cabeça, cobrindo paga a última prestação de do os olhos pudicamente e não lhe dirigir a palavra durante dote, isto é, cem francos ouro. Elogia a espôsa e, enquanto três meses, e quando o fizer, bebe o café, conta as proezas dos diante de outrem, tratá-lo por "êle". sem pronunciar seu vernovos parentes de Maria, enquanto o avô lhe oferece o me- dadeiro nome ; tudo mais lhe lhor do 2U fumo, guardado no será permitido sómente depois Noivo velho armário de nogueira, afer- da primeira gravidez. Então lito na família originou-se por roado de luzentes botões de la- terá. muitas coisas para lhe dicausa de tia Martha, prometida tão amarelo. Depois, parte no zer e, como todas as mulheres, seu cavalo, agitando o 'fuzil. lhe falará longamente com repepor seus pais em casamento, como era de costume, a idade de São passados apenas três dias tições infindáveis, enquanto o sete anos, esperando até a de ¦ daquela visita, e já as mulhe- marido aproveitará os silêncios zesete pelo noivo que lhes desres de casa se acercam de Ma- para sorrir cheio de felicidade. • Esta manhã a pentearam e creviam como forte e valente ria para dar-lhe os conselhos indispensáveis de como dirigir lhe untaram o rosto com unqual um leão. Como antes do casamento de tia Martha, o um lar, provando mil vezes o guentos perfumados, e todos noivo fósse à Servia e de lá não manto vermelho que deverá co- murmurando mil nadas, a vesvoltasse, isto logo induziu seus brí-la durante a viagem. Há tiram toda, enquanto os parenparentes a averiguar, sabendo cinco dias que jejúa, afim de tep esperavam na sala de entrada, onde estão as armas de como resultado que êle havia es- chegar até à noite nupcial pura posado uma estrangeira. Isso e limpa de qualquer necessidade fogo, brunidas e enfeitadas para a festa. A mãe lhe cobre o constituia ofensa e grave des- física, incompatível com tal ceII — 19 4 3 20
a viver longe dos homens, sómente em companhia de senhoras, obrigada ainda a aprender um cerimonial novo de abaixar os olhos diante dos irmãos e primos, retirando-se precipita«lamente sempre que deparasse com visitantes extranhos. As mulheres, também, falavam, enquanto teciam ou bordavam, de assassinios por vingança entre as famílias que ha-bitavam as Kullas scutarianas, motivados sempre por sáia de alguma mulher. O último de-
Pai ao noivo se, chama Maria e é cri»Ela tã romano-apostólica. ~ Há vinte anos que vive na Kulla (2) natal, nas montanhas de Scutari. Desde pequena que ouvia histórias de batalhas, porque nas noites de inverno, quando o vento transformava as furnas da montanha em tubas ululantes, também as mulheres se assentavam & lareira, juntamente com os homens que se embriagavam de raki. Acocorada a um canto, Maria lutava contra a sonolêncfa, afim de seguir as histórias fantásticas que o avô contava, sempre de lutas de vingança contra os seus inimigos, que continuavam de famílias contra famílias, de geração em geração. Os irmãos e primos de Maria, contemplando as es-' pingardas ensarilhadas no muro, esperavam que chegasse a sua vez de serem também heróis. Mas quando Maria ultrap,assou a puberdade, e isso lhe aconteceu quando voltava de ordenhar as vacas, u'a manhà, se atirou de bruços no leito materno, chorando com desespêro ; aquêle dia tão esperado e temido foi cheio de surpresa e de vários presentes congratuiatóríos porque, desde então, deveria assumir novas atitudes e passar O MALHO
NA
ALBANIA De
VINÍCIUS
rosto com o manto, enquanto a contempla pela últims^ vez. e ela vai se despedindo, num olhar derradeiro, dos muros que lhe eram familiares na kulla paterna, com o fogão e as armas e alforges apensos nos ganchos de veado. Quando lhe deixam cair aos pés o longo brocado vermelho, que a abafa e quase sufoca, suas pálpebras se inflamam e as lágrimas lhe escorrem dos olhos velados para tudo que era caro. Eis-que os parentes do noivo se aproximam e a carregam quase em seus braços fortes, porém, ela continuará no seu pranto de lamento alto até o último degráo da porta e só cessa, póuco a pouco, o soluço, quando a mòntam em mansa jumenta. Como se sentia fraca pelo jejum, pelo chôro e pela esperança, os primeiros passos da alimária lhe iâo vertigem e parece que vai cair ali mesmo ; mas não, que fortes mãos a seguram firme sôbre a sela. Quem sabe como será a casa do espôso, da sogra e das cunhadas ? Adeus, montanhas, vacas, lavagem da roupa branca, canções de todas as horas ! Os homens da sua nova família lhe apertam os pulsos com fôrça e ninguém mais poderá arrancá-la de suas mãos grossas. E a montanha não acaba mais, a estrada se prolonga indefinidamente O cftvalo começa a subir as veredasingrêmes e ásperas, donde roIam seixos. Atraz, vem a mula com a bagagem e o cêsto dos presentes, as garrafas de raki velho e confetti de milho. Eis que se aproximam do vale,, onde deverão costear o Drin. que talvez esteja bojudo das últimas chuvas, alagando a estrada. A kulla do seu espôso fica do outro lado e há três horas que caminham, faltando outras três para que termine a viagem ! Paz tanto calor e aquêle manto a sufoca tanto sob os raios do sol ! Não seria melhor cair da sela e ficar por ali ou voltar 11 — 19 4 3
DA
VEIGA
para casa ? Mas assim não atingiria nunca a casa do espôso. Como será êle ? Terá voz suave ou forte como o canto dos gaios ? Agora já ouve o rumor da água. É o Drin. Que pena que não possa vê-lo e ai banharse, espadanando água para todos os lados com as mãos. Quando fôr mãe poderá viajar sózinha e há de vir até às margens do Drin para contemplar suas águas rumorosas. Eis nova subida. Maria muda de posição no cavalo porque está fatigada; não pôde mais suportar aquilo porque não estA acostumada a cavalgar. A» pernas estão dormentes, a roupa colada aos membros úmidos de suor, os seios ardendo sob a pressão do espartilho e das c&deias de latão e medalhas, berloques e colares. Quereria desfazer-se de tudo, mas não pôde mover as mãos, que devem permanecer unidas, junto das rédeas, sob o manto. Si, ao menos, quando chegasse pudesse atirar-se no leito para um longo repouso seria bom, porém, terá ainda que dançar com os cunhados ao som do mandolino e da flauta, animando com sua presença a cerimônia e o banquete até o fim, que de quinta-feira se prolongará até sexta feira, à noite. Ao pensar no banquete, suas narinas se diíatam e as glândulas salivares se lhe contráem pelo efeito da fome que a atormenta. Comeria até carne crua com pedaços de pão sêcto, se pudesse. Até quando subirão àquela encosta ? Onde estará agora ? Apenas vislumbra, através da sêda que se lhe colou à face, a paisagem circundante como dentro da bruma. Eis, porém, que distingue a luz mais viva, talvez de Uma togueira. Abaixo e acima as luzes lhe dançam diante dos olhos como estrelas. Param. Que será ? 21
Toda a comitiva estaca. A jumenta zurra. Um golpe de vento lhe sacode o manto como uma carícia. Que rumor de >assos e depois vozes. De alto vem o canto dos parente. Ê aquêle a voz da nova kulla, que a acolherá. Maria pensa que por aquela mesma verêda descerão seus filhos, muitos filhos pastores e guerreiros. Por ali passaram seus pais, os avós de seu espôso e senhor. O canto se avizinha ou é ela que se apro xima do canto, .nem o sabe dizer, porque caminha agora com os pés insensíveis pela longa posição que os põe a formigar. Maria alça o busto e o coração lhe palpita com mais fôrça. Pensa que o coração do marido deverá bater ainda com mais fôrça. O canto cessa e é agora
páduas. Atenção, atenção, por aqui a levam ! Ela se deixa conduzir como uma ceguinha feliz. Sóbe agora alguns degráus de pedra, enquanto diante da porta fazem o sinal da cruz e dentro se ouvem as vozes de : 'benvinda seja !", dos cunhados, da sogra, das tias. E ctmeçam as danças : poucas figuras rápidas, breves ... A circulação do sangue reprende* com afluxos quentes, por todas as veias do seu corpo jovem há pouco tão dolorido e cançado. A sogra lhe tira o véo e Beus olhos contemplam as paredes de sua nova casa ! Roma, — Maio, 1941. Depois que a Italia conquistou a Albânia, êste país balcânico começou a ser conhecido no exterior, e a posição da Italia na margem direita do Adrlático há de, certamente, influir nos futuros desenvolvimentos politicos na Europa. — Nota do autor. ( 2 ) Kulla, casa patriarcal na provincia de Scutari, toda de pedra e sem janelas como uma fortaleza. Alguns degráos dão acesso à única porta de entrada, na frente : a um metro do telhado, pequenas aberturas de pombal permitem o arejamento interno. — Nota do autor. A noiva com véo
A noiva o vozerio das crianças que a envolve alegremente. Atiram-lhe confetti de casca de milho. Depois outras vozes. As crianças gritam e o espôso atira, pela primejra vez, u'a mão cheia de confetti em sua direção, enquanto uma voz lhe ordena de curvar-se três vezes, em sinal de obediência : uma, duas, três vezes ela baixa a cabeça, sob o véo espêsso que lhe cobre toda a figura. Estas agora são mãog femininas que a apertam com carinho,, agarrando-a pelas es-
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"Chuva e bom tempo"
vale mais do que um termômetro e através da sua sensibilidade OPolo cósmica, o homem póde conhecer mais intimamente a relação do seu planeta com o Sol. Entende J. Rouch, que antes de penetrar nas sciencias físicas, devemos tomar conhecimento dos fenômenos primordiais, que ocorrem no Oceano Ártico e no Oceano Antártico. A teoria admite a existência de permanente turbilhão, gerado pela rotação do globo, desenvolvendo-se do Oeste para Este, em volta dos Pólos. Acima dos mares tropicais, nascem grandes correntes aéreas, que arrastam enormes massas de vapores, conduzindo-as para a zona austral e para a zona boreal, onde se depositam congeladas sob forma de neve, para refazer o percurso, despojadas das suas primitivas qualidades. Dois movimentos atmosféricos se formam desse fenômeno, origem da instabilidade do tempo, chuvas, geadas e tufões. O primeiro de natureza quente e humida, compõe os ventos O
MALHO
SOL E CHUVA
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(Quadro
de
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alizados superiores e o segundo, frio e seco, constitue os ventos alizados inferiores. A eletricidade das massas aéreas dos trópicos descarrega-se nos Pólos, através da crosta terrestre. Daí nasce o campo magnético, sempre variável e assim a curiosidade principal do Polo reside no fato tão bem salientado por Clements Robert Markham, que proporcio*na ensejos de analisar os fenomenos da atmosfera, sob circunstancias especiais, em virtude da forte inclinação do eixo da revolução do globo. Durante seis meses, a Terra inclina-se sobre o seu eixo, faz o Sol brilhar ininterruptamente sobre um dos Pólos, enquanto o outro mergulha em sombras. Depois, com 9 movimento de translação produz-se o fenômeno inverso e o- Polo iluminado, fica sombrio e morto. A circulação atmosferica sofre com o desaparecimento da luz e as ventanias modificam-se, sob os efeitos das massas geladas. As ondas de frio e de calor, que percorrem os dois hemisférios no 22
inverno e no verão, dimanam da inclinação ou verticalidade dos raios solares, conseqüência imediata do movimento de translação em volta do Sol. Charles Hertz dá a calota polar como o centro dos ventos e de todos os fenômenos da troposfera. Déspota tellurico do nosso pianeta, sob cujo poder o tempo muda, o Polo dirige com os seus gelos e as suas auroras magnéticas, toda a vida da Terra. Regulador inconciente das manifestações -da Natureza, várias vezes o Polo se transforma em ditador cósmico e a sabedoria procura decifrar a lei, que rege as suas bonanças e os seus tufões. Cada Polo representa o centro da meteorologia db cada hemisfério e dos seus temporars periódicos. Nos deslocamentos elétricos das massas aéreas e nos deslocamentos telúricos dp solo, Vialey reconhece a origem do magnetismo terrestre. No século XIX, John Franklin e James Ross pensaram determinar o polo magnético, que não devemos confundir com o polo geográfico. As variações do polo magnetico levaram a teoria a admitir a existência de alguns pólos, no total de seis, três em cada hemisfério. O centro magnetico mais considerável, ficaria ao Norte da Groenlândia, na Ilha de Tule. Outro foco de magnetismo terrestre, os físicos assignalaram na Sibéria. A posição geográfica do polo magnético mantem-se incerta, havendo quem calcule o seu movimento de três a quatro quilômetros. Isso que chamamos o tempo, resulta de causas muito diferentes entre si, ligjadas por leis eternas da Natureza. DE MATTOS PINTO II — 19 4 3
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TRIP 2
Ano-novo, vida nova! De que precisas, Apolonio, para a nova vida? De mulher nova.
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Que é isso, Chiqu'inho?! Estás arrancando as folhinhas todas?? Assim chega logo o fim das férias do Papai...
Digam o que quizerem: n ã o e-n tr e i o anonovo nem com o pé direito nem com o esquerdo...
— Que crise! Não tenho nem tinta para "coisas pintar as pretas"!!
*cru1> Como é isso?! Diz que nunca foi militar, que sempre combateu e agora é reservista? Que charada é essa? E' simples: Sempre combati com a minha mulher. Ela morreu e eu passei para a reserva... Meus amigos, conto com vo- ^ cês... Enquanto um de vocês existir, espero... não morrer de fome...
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— O pente, solidário comigo, está quasi sem dentes. E Tu, escova ingrata? Nem perdes os cabelos nem ficas grisalha!! ¦^y.' rj
(Reflexões de um guardalivros)
Januario, isto^Jiora de dormir?! Quero entrar o ano deitado, para passar todo o ano descansando... li
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Balanço... Balanço... Os outros levam a mercadoria e eu fico com o "peso". I
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^1 e s c r itcrio, os MM notaram A S* • M que estava preocupado ¦jj e o interrogaram com companheiros Mas Favre indiscreção. não respondeu. Pensava _ I Conto de FRÊDÊRIC BOUTET daqueles si algum que idiotas lhe surpreenTraduzido por Helena de Irajá desse o segredo com que contava para conssua fortuna, não tardaria em utilisá-lo séria... Peht manhã, mais ainda do ^treir pensando, enquanto comia, num pequeem prâl de uma escanno restaurante, seu rosbife com leque na noite anterior, sentiu-se decitriunde certo Estava agora dalosa maledicência. dido a agir. gumes. chegou ao esApenas entretanto Refletiu com maior segurança em seu extorsão em sua far que, critório, Favre solicitou modesto quarto de pensão, deitando-se não definia com esse vocábulo, e saltou uma entrevista do sr. da cama de ferro, com ímpetos de conpara aquecer, e tirando baforadas do I cachimbo. Aubigny, o qual, semquistador. — Atenção! — dizia a si mesmo, enmuito e pre invisivel carando o fato e os proveitos que dele ^_^_^_^_^_^ ocupado nunca se nefl gj gava a receber seus empoderia extrair. — Atenção! Não pre""ncipitemos as cousas nem demos ne_________ _-*¦¦" nhum passo em falso ! A sorte só se apresenta uma vez na vida: eu seria um imbecil si não a aproveitasse. Sim: não a deixarei escapar... Teve um sorriso quase feroz. Êle, ínfimo empregado de quem o sr. Aubigny mal se recordava podia fazer seu todo poderoso patrão, despedaçar-lhe a situação privilegiada, si não o compensasse largamente, em troca de seu silêncio... Que alegria ! Que rancor satisfeito! Nenhum sentimento de delicadeza atravessou o cérebro de Favre. O único objeto de suas cogitações residia na melhor forma de agir. Agora, perguntava a si mesmo; o sr. Aubigny tê-lo-ia reconhecido, no momento do encontro na Praça Trocadero ? Favre julgava ter-lhe encontrado o olhar, porém não estava bem certo, e pensava: "Si me reconheceu, talvez -//o ™fl-__Pl ^J __________"* ^"^ />»r\( confie em que eu não o tenha visto; ou então, que não me atreva a falar. Provar-lhe-ei o contrário! Si não me reconheceu, dir-lhe-ei, sem preambulo o que sei, e qual é o preço que peço por meu silêncio. Buschel, o chefe da secção vai ser aposentado. De início lhe pedirei que, me dêem seu lugar... De súbito, teve um pequeno estremecimento. O senhor Aubigny enérgico, atlético, autoritário não parecia assim tão fácil de intimidar. Favre, para viver, só contava com seu emprego, conseguido com muita dificuldade. Si o despedissem... Mas, encolheu os ombros. Quem não se arisca... Ademais, tinha solidamente em seu poder o sr. Aubigny... Somente lhe restava manobrar com destrêsa... Favre dormiu mal nessa noite, agitado por sonhos de grandeza e pesadelos de miNo
noite ventosa de inverno, Raul Favre andava depressa com o sobretudo bem abotôado. VolNESSA tava de Passy, aonde tinha ido visitar um amigo doente. Estava de mau humor. Porque lhe dariam sempre essas incumbências? Entretanto, êle era o mais novo dos empregados. Outro poderia ter ido em seu > lugar... sim, mas os outros tinham padrinhos, e êle, não. Quem se interessava por êle? Por sua sorte? Ninguém. Raul Favre pensava amargamente em sua vida mesquinha, em seu ordenado insuficiente, inferior a seus merecimentos, em sua moradia solitária para onde voltaria após ligeira refeição. Tinha 30 anos, era magro, de rosto de lebre e usava óculos. Pouco a pouco, devido à constante mediocridade, ia-se tornando um misântropo. Enquanto desembocava na Praça do Trocadero, afim de tomar o subterrâneo viu, a poucos passos, uma jovem senhora loura, e um cavalheiro alto e moreno, que, nesse momento, chamavam um taxi. A jovem senhora loura subiut para êle, depois de ter sido beijada pelo cavalheiro moreno, que lhe disse, ternamente: — Até amanhã, minha querida Julieta. Depois se afastou, após ter dado ao chauffeur uma direção que Favre não entendeu bem. Favre permaneceu ali, petrificado aturdido. No cavalheiro moreno, reconhecera, sem a menor dúvida, seu chefe e diretor, Cláudio Aubigny. Porém, na senhora loura, não reconhecera em absoluto a senhora Aubigny, que tivera a oportunidade de vêr umas três ou quatro vezes no escritório, e que era morena e mais alta do que a senhora loura. 0 senhor Aubigny enganava, .pois a esposa ! Favre retomou seu caminho. Poz-se a examinar detidamente a situação Segundo os mexericos ouvidos no escritório, o senhor Aubigny nada tinha quando casara com a senhorita Marisá LecJay, filha do grande industrial, e tomára logo a direção das fábricas do sogro. Cláudio Aubigny dependia, pois. da esposa. Esse ponto era importantíssimo. Outro ponto importante era o temperamen"to extremamente ciumento da Sra. Aubigny. Nessas condições, o segredo do qual se apoderara por acaso era de um valor inestimável. A menor revelação, o menor escândalo, e o sr. Aubigny estaria perdido. Favre tinha nas mãos a sorte de seu onipotente chefe, de quem dependia sua estabilidade, seu futuro e sua vida. Que faria? Refletia em tudo isso, enquanto fazia o trajeto no subterrâneo. Continuou
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pregados, quando esses o procuravam por motivo sério. Conseqüentemente, o senhor Aubigny, às 4 da tarde, mandou avisá-lo de que o esperava. "Para me receber tão depressa,, deve ter me reconhecido ontem I... "pensou nosso homem. E com o coração nas mãos, mas resoluto, dirigiu-se ao gabinete do diretor. Saberia ser firme e hábil: o triunfo seria certo. O sr. Aubigny estava sentado à sua banca de trabalho. Favre o cum"Este homem primentou, pensando: está em meu poder. Sabe-lo-á ?" Mas, não I Parecia que o sr. Aubigny não o soubesse. Continuava escrevendo, e só depois de alguns "Talminutos, levantou os olhos... vez esteja fingindo..." — pensou Favre. — Foi o senhor, sr... Favre, que — perpediu para falar comigo ? um consultando guntou o diretor, cartãosinho. — De que se trata.? Senhor — replicou Favre, com firmeza; — acho que meu lugar nesta empresa é insuficiente e não permite expansão para minha capacidade. Solicitei-lhe uma entrevista, para pedirlhe que me dê um cargo mais digno de mim Mais digno do sr.? — perguntou Aubigny, atônito. Sin, senhor. Desde que estou em sua empresa, tenho a convicção de ser um desconhecido; e desde ontem, às 7 não posso mais suportar essa idéia... Desde ontem, às 7 ? —* repetiu Aubigny, cada vês mais surpreendido. "Não desconfia nada" — pensou Favre. — E, em voz alta. Creia, sr. Aubigny; sou desinteressado e nada está mais longe de mim do que usar meios, na aparência, ambíguos... Pôde ter em mim a maior Entretanto, confiança. devo preveni-lo de que estou a par de certas cousas... Venho, pois, claramente : dizer-lhe auxilie-me a crear uma situação digna de mim. Mereço mais do que as funções subalternas em que até agora estive... O senhor Aubigny olhava-o agora com
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curiosidade. Esse modesto empregado, que se julgava incompreendido e que vinha dizê-lo em cara e a dccantar seus méritos, não lhe desagradava. Sempre havia preferido os audazes, os homens decididos que não querem abrir caminhos por meio de terceiros. "Este rapaz não é nenhum incapaz, nem um estúpido — pensava. — Fncerra, por certo, uma força latente. Quem o diria, vendo sua carinha de coelho, sua figura insignificante? Caro Favre — disse, enfim; -não desejo sinão fazer justiça ao mérito... Experimentarei sua capacidade. Estará incluído nas próximas eleições que se efetuarão quando seu chefe de secção for jubilado... Assim poderei aquilatar os méritos que o sr. proclama... Cede... cede ! ! E' meu ! Agora porei os pontos nos iis — pensou Favre. Ao fundo do escritório, abriu-se uma porta, interromptndo-o. Entraram duas senhoras moças e elegantes. Uma deIas, alta e morena, era a sra. Aubigny; a outra, loura, era a senhora da Praça do Trocadero... O sr. Aubigny se levantara. — Nada mais tem a dizer-me? — inquiriu, bruscamente. ¦— Meu Deus ! — disse Favre. — Não só engana a mulher, como a engana com uma amiga ! Sim senhor: mais duas palavras importantes — replicou com voz alta e ameaçadora. — Voltarei quando o sr. me chamar. Enquanto atravessava o amplo gabinete diretorial, viu, por um espelho, o senhor Aubigny que beijava a mulher e também — Favre quase gritou! — a senhora loura, à qual disse: Então, minha querida Julieta; a que horas devo ir à estação esperar teu marido ? Favre, com os ouvidos a zumbir, sentiu as pernas trópegas pela emoção e deixou-se cair na primeira cadeira que encontrou no "haíl". Quem é essa senhora loura ? — perguntou, com voz apenas perceptível a outro funcionário da casa. A que entrou com a senhora Aubigny? E' a iímã do sr. Aubigny. A sta. Julieta... Assim a chamávamos, quando era solteira. Agora está casada e mora em Marselha... Favre sentiu um arrepio, da cabeça aos pés. Pensava no perigo a que escapara. Um minuto mais a sós com o sr. Aubigny e teria deixado escapar o se"changredo, deixando transparecer seu tage" sem valor, posto que, na noite anterior, o sr. Aubigny beijara apenas a irmã... "Sou um imbectf ! Não ter "pensado — repetia que poderia ser assim ! — Duas palavras mais, e êle Favre. (Continua no fim da revista)
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Olhemos, moços, o mapa, Meditando na extensão E na riqueza das terras Que compõem nossa Nação !
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Cresçamos fortes e unidos Por essa terra louça. Nós somos a linda aurora Do grande sol de amanhã !
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Pois essa Nação tão grande No território e na história, Tem em nós, que somos moços, Sua' vida e sua glória !
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BRASILEIRA FRANCISCO DE PAULA LESSA
Mas 0 tronco dfl pa|me;ra Ultrapassando os demais, Asse9"ra a liberdade Dos seus penachos reais I Como o tronco da palmeira Sejamos altos também, Não deixando nossas folhas Serem presas de ninguém ! Essas folhas são da Pátria A mais sagrada figura. Cresçamos, que a sua vida Depende de nossa altura !
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Disciplinados cresçamos Na força ... na educação. Cresçamos pela unidade E o porvir desta Nação ! Quem avista uma palmeira Erguida com majestade, Se vê a Pátria nas folhas Vê no tronco a Mocidade !
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Seja esse tronco altaneiro Nosso braço juvenil •.. O grande braço que ostenta Este penacho : O BRASIL !
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belezas naturais e tradicioAS nais da região do Recôncavo baiano, onde teve início a civilização do nosso território, e onde os nossos colonizadores deixaram obras de arte imperecíveis, têm encontrado no Dr. Edgard de Cerqueira Falcão um cultor devotado e divulgador entusiasta. Vem agora de aparecer, com essa finalidade, o terceiro volume da série "Brasil Pitoresco, Tradicional e Ar"Encantos Tradicionais da tístico", subordinado à epígrafe Baía", por êle organizado, encerrando trinta e duas gravuras estampadas em rotogravura policroma, acompanhadas de nótulas elucidativas, impressas no verso, precedidas de algumas páginas de texto. Explicando a razão de ser do presente volume, diz o autor ter-se originado o mesmo da idéia que lhe nasceu de representar, com as cores próprias, algumas de suas foto-
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Capela de São José do Genipapo
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de matizes vagrafias, relativas a assuntos exuberantes Franconterrâneo do habilidade à riegados. Recorrendo em' reproduzir, de incumbiu-o Albernaz, Mangabeira cisco aquarela, harmonioso conjunto evocativo das fascinantes Ministrando-lhe indicações acerca do tradições baianas. colorido exato dos temas essenciais, obteve assim duplo efeito : conservar a fidelidade do '.lo¦ cumento, aprimorando-o com a i.:leza da policromia. Na impossibilidade material de reproduzir aqui, em suas cores naturais, as lindas aquarelas de que se compõe esse precioso documentário .artístico, publicamos algumas das fotografias originais, de autoria do BwffÉhj-rpg. Dr. Edgard Falcão, e que dizem bem do que é o seu excelente aibum.
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O NATAL DAS "FORMIGAS" — A instituição escolar das "Formigas", pertencente <à Juventude Brasileira, promoveu, para o Natal, tocante cerimonia na praia do Russel, onde foi celebrada missa campal. Milhaque se realisou res de "formigas" entregaram suas mensagens de boas-festas ao Presidente Getulio Vargas e "bouquets" de flores à Senhora Darcy Vargas. São dessa festa escolar <os flagrantes que publicamos, vendo-se uma "formiga" 'entregando sua carta e parte das crianças que compareceram.
Foi motivo de júbilo, para toda a'imprensa do país, a recente passagem do aríversario da fundação do prestigioso diário da capital bandeirante"0 Estado de São Paulo", folha cheia de tradições e que se pôde orgulhar de ter servido sempre aos mais legítimos interesses do publico paulista. A antiga "Província de S. Paulo" atravessa, atualmente, uma das suas fases mais brilhantes tendo como diretor o experimentado e culto jornalista Abner Mourão, antigo parlamentar e hcmem de letras, que lhe têm imprimido uma orientação firme e das mais sadias, aumentando, si possivel, o prestigio e o conceito de que gosa, em todo o país, o velho órgão de imprensa.
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CURSO DE ARTE DECORATIVA — Mesa que presidiu a cerimonia da entrega de diplomas dos alunos que concluíram o curso em 1942, no salão de honra da Escola Nacional de Engenharia. Vê-se a orador a da turma quando fazia o seu discurso. O
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"SOCIEDADE DOS AMIGOS DA AMERICA" — Com o louvavel intuito de promover cada vez mais o estreitamento das boas relações entre o Brasil e os Estados Unidos, foi "Sociedade dos Amigos da América", fundada nesta capital a cuja instalação teve caráter solene e que de início congregou em torno da idéia, as figuras mais destacadas do cenário nacional. Os flagrantes que publicamos são aspectos da inauguração, tomados quando falavam o Embaixador Caffery e o Gen. Manoel Rabello, um dos fundadores.
A PRESIDÊNCIA DA ACADEMIA BRASILEIRA — Causou a melhor impressão nos meios intelectuais a reeleição do embaixador José Carlos de Macedo Soares para a presidência da Academia Brasileira. A atuação do ilustre acadêmico no posto de mais alta responsabiliãade da Casa de Machado de Assis, vem sendo seguiãa com vivo interesse por quantos acompanham de perto o evoluir das letras nacionais e daí o unânime aplauso com que foi recebida essa recondução do ilustre homem de letras à presidência daquele cenaculo, onde, aliás, são pouco comuns as reeleições.
CONFRATERNIZAÇÃO JORNALÍSTICA — Grupo feito no Hotel Glória, quando do almoço de confraternização jornalística oferecido à Imprensa pelo Touring Clube do Brasil, e ao qual compareceram as figuras mais representajç tivas do jornalismo carioca.
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.. INSTITUTO LA-I'. IYBTTS — Grupo feito por ocasião da iiiisSa em ação de graças, mandada celebrar pelas alunas que concluíram o curso ginasial do Instituto La-Fayette, vendo-se, assinalada, entre as bacharelandos a senhorinha Edith Bokor, filha da Snra. Henri,-::,' Bokor, do Departamento de Publicidade da S. A. "O Malho", a quinta a contar da esquerda. I
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MEDALHA DE OURO — No Cinema Ipanema realizou-se a cerimonia dt. encerramento dos cursos do Externato Afeito c Sousa. Entre os alunos '.me terminaram o curso secundário, nesse estabclcciincnlo. encontra-se a senhorinha Maria Luiza Muller, filha do major Felinla Muller, c dc sua digna esposa d. Consuclo Muiler, .,*.._¦ fez todo o curso com distinção, obtendo, por isso, medalha de ouro.
BENÇÃO DE ANÉIS — Flagrante da cerimonia da benção dos anéis, por ocasião da missa de formatura dos odontolandos da Faeuldade de Farmácia c Odontologia, quando era entregue o anel de grau do nosso leitor Snr. Manoel Ribeiro Vale, por sua esposa e madrinha nessa cerimônia, senhora Juditli Ribeiro Vale.
GINÁSIO PIQ-AMERICANO — Os alunos do .**." ano do Ginásio Pio-Amcricaiio, que liplomaram em ciências e letrits por ocasião do curso desse conceituado estabelecimcnlo ile educação e ensino, para comemorar esse falo auspicioso manadram celebrar missa iiotiva no Matriz de S. Cristóvão, ato que esteve concorridissimo. O grupo acima, em que aparecem os bacharelandos, foi feito após aquela cerimônia religiosa.
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DIPLOMAS — FiaDE ENTREGA grante colhido na Escola de Educação Fisica, quando da entrega dc diplomas à nova turma de alunos.
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SUBIU! DE MISIFERN Sabina de Masifern, o aplaudido soprano brevemente se que iaia ouvir peio púbiico carioca, após ter plissado, entre êxitos, por tôdas as cultas platéias do velho mundo. Tendo iniciado os estudos de canto no Conservatorio do Liceu de Barcelona, e estudado posteriormente em Milão, fixou-se em Paris, onde foi premiada na Escola Normal de Música. Vindo para o Brasil, em consequencia da guerra, a laureada artista se prepara para sua audição de estréia, que vem sendo ansiosamente esperada.
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t , :i A poetisa Barbara Norton DIANTE
CONSERVATORIO BRASILEIRO DE MÚSICA — Fiagrante tomado da cerimonia da entrega de diplomas às novas professoras de piano e canto, no auditório da A. B. I., vendo-se a sta. Maria Idalia de Lemos Britto, quando recebia o seu, das mãos do Dr. Carlos Drumond de Andrade, representante do Ministro da Educação e Paraninfo, Dr. Gustavo Capanema
OS QUE SE DIPLOMAM — Senhorinha Enóe de Mello Cerry, filhU do casal Aimoré Ubirajara Cerry, alto funcionário do IPASE, que colou gráu em ciências e letras pelo Instituto de Educação, em dezembro último. 11 — 19 4 3
DO
AMOR
E
DA
VIDA
Barbara Norton é um nonie relativamente novo nas letras femininas do país, mas que teve o poder — tal a personalidade que revelou desde o primeiro instante — de despertar a atenção, a curiosidade e os aplausos gerais. Seu livro, "Diante do amôr e da vida", revela uma poetisa de raça, dona de temperamento impressionante, que sabe dominar a poesia e escrever por verdadeira vocação. O niome que deu !a es<i coletanêa de poêmas define bem seu temperamento e já nos deixa antever uma artista que sabe, apesar de jovem, ou por isso mesmo, que atitude convém assumir diante do amôr e da vida... Barbara Norton teve seu lindo livro de poêmas lançado pela "Editora A Noite", com apresentação atraente que condiz perfeitamente com as páginas bonitas, cheias de estranho ritmo e de poesia pura em que nos oferece poêmas tão altamente pessoais e humanos.
A EMBAIXATRIZ DA BELEZA NORTE-AMERICANA ENTRE NÓS — Mme, Marie Weber Bali, inspetora geral da Elizabeth Arden — New York, procedente de Buenos Aires, chegou recentemente ao Rio, em viagem de inspeção dos mercados sul-americanos. Já tendo percorrido 62 paises. Mme Bali apresentará muitas novidades em beneficio da clientela selecionada dos salões Elizabeth Arden. Apesar das dificuldades da guerra, a organização Elizabeth Arden procura manter o contacto com suas filiais, sabendo que a beleza feminina, mesmo nos tempos atuais é de grande importancia. A fotografia fixa o desembarque de Mme. Bali no Aeroporto Santos Dumont onde foi recebida pela Diretora do Salão Elizabeth Arden, Mme. Lucy Margreaves e pelo gerente da Organização Elizabeth Arden no Brasil, Sr. Luiz Marçal — 31 —
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bom caminho, referente ao " CóSão, pois, dignas 'de elogios e aplausos, digo de Menores", criado na as realizações do Juizo de Menores do Rio gestão Mello Mattos, pelo De- de Janeiro em benefício da infância, sendo creto n. 17.943, de 12 de outu:. . indispensável a colaboração da imprensa e bro de 1927. O atual Juiz de do povo, no intuito de facilitar a sua altruMenores, Dr. Saul de Gusmão, ística missão. é um magistrado competente, Possuindo um quadro de comissários de esforçado e criterioso, e tem dado um grande impulso aos vigilância composto de 300 homens, sob a "s";-~^-"H * | -"- '"¦: <, : - " w§& ft£ ¦, , ¦¦: '" ¦ ¦ ¦ , : : . :. . : ::
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Repercutiu da maneira mais simpática a recente nomeação do Tenente - Coronel Lima Figueiredo, para o cargo de oficial de Gabinete do Ministro da Guerra. Oficial dos mais cultos e brilhantes das nossas forças de terra, o Tenente - Coronel Lima Figueiredo é fino escritor e homem de sociedade, e da'' o prestigio de que gosa fora do~âmbito da caserna, onde conta com grande número de amigos e admiradores. Tendo deixado, há pouco tempo, a direção da Escola de Educação Fisica do Exército, o distinto soldado estava, presentemente, servindo no EstadoMaior, onde o foi buscar a escolha acertada dos seus superiores hierárquicos para esse novo posto de confiança e responsabilidade, e onde indubitavelmente continuará a prestar ao nosso Exército os mais brilhantes serviços.
Gávea, onde já se vão tornando j
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Estes são flagrantes colhidos numa das últimas concorridas matinées do Jockey.
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Dr. Demerval da Cunha Brito, advogado na capital paulista, e que acaba de ser recebido no Instituto Brasileiro de Cultura como sócio correspondente dessa douta instituição, tendo sido saudado pelo General Souza Docca, Presidente do Instituto.
II — 19 4 3
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BOMBAS QUE MAIS DEVEMOS TEMER
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»•. n A — Bomba incendiaria de magnésio-termita com 2 libras de pêso. B — Outro tipo de bomba incendiária pesando de 50 a 100 libras e contendo óleo facilmente inflamavel. C — Bomba de fragmentação pesando 30 libras cujos estilhaços são mortais. D — Bomba de demolição pesando de 100 a 2.Ò00 libras.
o CONTRA
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om o constante aumento da importância das forças aéreas, em vista de uma nação querer sempre se avantajar à outra rüêsse setor da guerra, e muito principalmente porque o bombardeio das cidades e das populações civis está se tornando um legítimo golpe de estrategia militar, as precauções contra raids aéreos parecem tornar-se ultimamente o recurso final para o sustento da nossa civilização periclitante. "A defesa civil" é considerada atualmente como assunto de magna importância, ou melhor, de vida e de morte para os; povos; por isso mesmo devemos conisiderá-la como elemento fundamental para nossa segurança e parte principal da educação moderna. Ningueim pôde desconhecer as instrações emanadas da Chefia da Defesa Passiva das grandes cidades, a conduta a seguir durante os bombardeios aéreos e todo cortejo de desgraças dêles decorrentes. E' verdade que tais bombardeios podem ser evitados em parte, pela destruição das bases de onde partem, as forças inimigas. Igualmente os bombardeiros inimigos podem ser interceptados pelos nossos "caças" de defesa. Também podem ser abatidos pelo fogo anti-aéreo. Podem se emaranhar nas teias de arame dos balões de barragem e as oportunidades de atingir o alvo podem ser grandemente diminuidas com o "black-out" e as "camouflages". Se todas estas medidas tendentes a evitar o ataque inimigo vierem a falhar, só nos resta aperfeiçoar os elementos pessoais de defesa passiva — procurar o abrigo e tomar os cuidados iniciais que se fizerem necessários, tais como: auxiliar os bombeiros, socorrer os feridos, etc. Naturalmente que é praticamente impossível conseguir proteção contra os danos dirétos de uma bomba demolidora. Os recentes acontecimentos na Europa teem provado, não obstante, que 90% de todos os ferimentos não são causados pela ação diréta das bombas, mas sim por estilhaços das próprias bombas de defesa e destroço« de desmoronamentos, incêndios, etc. A proteção contra essas eventualidades é que será tratada detalhadamente nesta página, numa colaboração oportuna com as autoridades incumbidas da Defesa Passiva da cidade.
^
DAS
EFEITOS
BOMBAS
|Tfp As bombas incendiárias peneirarn pelo telhado e vão provocar incêndio no forro. A ação imediáta é essencial.
As bombas de fragmentação explodindo cêrca de 100 pés de uma casa, causa um sem número de danos c<»n seus estilhaços.
x ivnr* Os estilhaços das bombas de demolição qu& detonam na superfície poderão armzar um edifício.
Os fragmentos resultantes da explosão das bombas (pedras, tijolos, etc.), podem causar tanto dâno quanto as bombas.
QUAL O LUGAR DE MAIOR SEGURANÇA DURANTE UM RAID AÉREO ? A
vulnerabilidade, que é de 100% quando a pessoa permanece n a s ruas, a descobe>.-to, ou em descampado, passa a ser de 1% apenas, se essa pessôa procurar um abrigo anti-aéreo, como demon.stra o desenho junto, sendo proporcional o perigo à qualidade do abrigo procurado. O
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II —
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política de José Gomes Pinheiro é das mais discutidas. Sua Machado Afigura atuação abrangeu uma grande época da história republicana, dentro da qual afirmou as suas grandes qualidades de chefe, de condutor de homens, de dominador de vontades. Os seus incontestáveis defeitos e os seus méritos excepcionais lhe dão, num encontro de contas, um saldo favorável que somente aa gerações que se distanciarem do seu tempo poderão avaliar em toda a sua amplitude. Nasceu Pinheiro Machado em Cruz Alta, n_ Rio Grande do Sul, aos 8 de maio de 1850. Criou-se no ambiente da sua terra, geradora de temperamentos cavalheirescos e arrojados. Educou a juventude, aprendendo a amar o Brasil e desse amor deu provas, mais tarde, indo até o sacrifício da própria vida, enfrentando a fúria dos ódios e das tempestades políticas. Ao rebentar a guerra com o Paraguai, fugiu da Escola Militar, onde verificara praça ainda menino, seguindo para o campo da luta e fazendo parte de um corpo de voluntários, sob o comando do bravo Conde de Porto Alegre. Em 1874, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi um estudante medíocre, alheio às questões literárias e destituído de bossa jurídica. Calado, esquivo às rodas acadêmicas, preferia a convivência dos irmãos e Diparentes na casa à rua da Conceição. (1) em váplomado em 1878, exerceu a advogacia rios municípios do interior do Rio Grande do RepúSul. Desde moço abraçou a causa da bttica. Fundou com Júlio de Castilhos, Venancio Aires e outros o Partido Republicano Rioaltivamente hongrandense, em 1879. Recusou ras e posições que lhe foram oferecidas na monarquia, por intermédio de Silveira MaTtins, que muito o admirava. Proclamada a República, foi Pinheiro Machado eleito senador pelo seu Estado, cargo até o dia da que ocupou, sem interrupção, sua morte. Em 1893, fiel a Floriano Peixoto, seguiu para o Rio Grande, comandando "Divisão do Norte", afim 2.100 homens da revolucionários, destacanaos combate dar de do-se pelo valor e pela bravura. No campo da luta, ganhou os bordados do generalato, "por serviços ao seu Estado e à República".
Exerceu a vice-presidência do Senado durante quase toda a sua passagem naquela casa legislativa. A fase mais empolgante da vida política de Pinheiro Machado foi no governo Afonso Pena, quando se agitou o problema da sucessão presidencial. Ao candidato do Catete, que era o ministro da Fazenda, dr. David Campista, o chefe gaúcho opoz a mais tenaz resistência. Arregimentando as forças partidárias, lançou a candidatura do ministro da Guerra, marechal Hermes da Fonseca. Contra essa candidatura, porém, ergueu-se uma grande parte da opinião nacional e, daí, surgiu o Partido Civilista, que desfraldava como bandeira de combate o nome, por tantos títulos glorioso de Rui Barbosa, senador pela Baía, que trazia como credencial, um passado todo cheio de serviços ao Brasil e que, poucos anos antes, havia obtido êxito triunfal na Conferência de Paz em Haia. Dai, por deante, a impopularidade de Pinheiro Machado crêscia em paralelo com o seu prestígio no ambiente político do Brasil. Fundou o Partido Republicano Conservador de que foi chefe, partido que não Subsistiu ao seu desaparecimento.
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PINHEIRO MACHADO AMÉRICO
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A onda da impopularidade, porém, não levou Pinheiro de roldão. Soube enfrentá-la. "Um dia no apogeu da força, resolveu Pinheiro Machado sotopor a gente de Pernambuco a humilhações, com o sacrifício de José Bezerra, senador eleito daquele Estado. O povo carioca, revoltado com a prepotência, se dirigiu ao Senado, afipi de, manifestar a indignação contra o chefe gaúcho. Este apareceu. Explodiu a vaia tremenda. E o general, sem recear a cólera, desceu à rua, enfiou a mão no bolso segurando o revolver, paletó meio aberto; pondo à vista a "prateada" no colete, e atravéssou à multidão. Ninguém avançou. A afronta assombrara pela ousadia. Nos olhares cheios de ódio pairava só um desejo: a morte de Pinheiro Machado. Era a sentença da opinião pública". O grande republicano não poude, entretanto, contra o destino. No dia 8 de setembro de 1915, foi assassinado, apunhalado pelas costas, no saguão do Hotel dos Estrangeiros.
Pinheiro Machado foi na República, o homem Conque maior soma de domínio já possuiu. sobre amigos inédito seguiu um poder pessoal e correligionários. De outro lado, legiões de adversários se agrupavam para combatê-lo e "Caudilho e sucessor destruir o seu comando. — escreve Alcides Maya — no de caudilhos sentido que damos à palavra, êle amava as sensações da luta". Na sua época, quando maior era a amplitude do seu fascínio sobre os homens, foi acusado de erros gravíssimos. Teve-os, de certo. E os de luta praticou, como um desafio oonciente aos inimigos. Apoiado em forças solidamente arregimentadas sob a disciplina da sua vontade. Pinheiro fez com que nas duas casas de Parlamento se rasgassem diplomas concedidos a adversários. Atentava êle contra os di-
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reitos dos que se apresentavam ,como eleitos pelo povo. Hoje, porém, passados tantos anos da sua mcrte, haveremos de reccnhecer — não para absorvê-lo daqueles erros, mas para explicá-los, ao menos, perante a conciêricia nacional — que os diplomas conquistados para a posse de cadeiras no Senado e na Câmara, muito raramente exprimiam a verdade da soberania popular, num regime em que a fraude eleitoral campeava livremente em -toda parte e constituía a coluna de segurança das oligarquias e dos corrilhos políticos. Pinheiro hão possuía, talvez, a formação de um estadista. Sabia, porém, ser um chefe. Foi forte. Quando sobre êle desabavam as tormentas parlamentares, quando a imprensa exaltada não o poupava, ccbrindo-o de baldões, resistia a tudo, imperturbável e sereno. Dentro do Senado, enfrentou a palavra de Rui Barbosa. Nas fileiras dos seus adversários contavam-se figuras eminentes da política brasileira. A todos, respondia com a fortaleza de um espírito retemperado pelo 'ardor das grandes e memoráveis pelejas.
A despeito de todos os seus erros, Pinheiro Machado foi um patriota. Dentro dos seus métodos políticos, amou o Brasil e defendeu a República. Figura enigmática — disseram dele — tinha o fetchismo pelo regime que ajudara a fundar. Nunca foi um ídolo das multidões. Também nunca cortejou a popularidade efêmera. Jamais desceu à mesquinhez de inspirar quaisquer violências contra seus adversários. Mas assumia a responsabilidade de todos os atos que, no apaixonamento das refregas políticas, praticavam seus amigos fieis. Testemunho maior do valor de Pinheiro Machado é o conceito dt" Rui Barbosa, que tranjcrevemos: "Em relaçà.o ao senhor Pinheiro Machado, folgo dar o púbico testemunho das qualidades de alta elevação moral que, estou convencido, ornam o seu caráter. Se alguma vez, passou pelo meu espírito qualquer dúvida com relações a atos que os ódios da luta política poderiam ter explorado, eu teria que fazer agora a retratação plena, diante do meu país. Hoje, informado inteiramente, como me acho, dos fatos na sua realidade, posso assegurar que, ainda na hon. dos combates, quando tão acesas se inflanvam as paixões humanas, e os nossos sentimentos naturalmente se inclinam para a crueldade, o seu pape' foi sempre o de um protetor dos adversários, fo_ sempre o de um mantenedor rigoroso das leis de humanidade, no meio de conflitos sanguinários em que a sua pessca .se achou envolvida." Escrevendo sobre êle uma página comovida e sincera quando o mataram, João do Rio disse "a vida de Pinheiro Machado foi a mais que bela tragédia do Brasil". -E, numa tragédia emocionante, frminou êle os seus dias, morto pelas costas, vencido pela traição, abatido pela insensatez de um degenerado. Homem nascido para dominar, talvez se tivesse excedido no exercício tia força moral que lhe chegou às mãos Mas não o puderam vencer de frente. Só a morte tirou-lhe o equilíbrio vertical da vida, dando-o por terra.
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MALHO
COELHO
NETO
por EDUARDO GROTA CARRETERO
de mais nada, Coelho Neto foi um homem que soube aNTES decantar o amor materno em prosa e verso. Em prosa na frase maravilhosa "O paraíso das mães é junto ao berço dos filhos" com que encerra seu conto "Paraíso" e em verso no mais célebre decassilado da "Ser mãe é poesia brasileira: padecer num paraíso !" O notável prosador de "Inverno em flor" nasceu em Caxias, no Maranhão, no ano de 1864, de família presumivelmente obscura, pois mais nada se sabe sinão que seu pai era português e sua mãe brasileira. Começou seus estudos no seu Estado natal, mas tendo se transferido para Recife, continuou-os na capital pernambucana, vindo, porém, completá-los no Rio de Janeiro. Bacharelando-se, logo ingressou no jornalismo, Sem dúvida, para não fugir à regra geral, obedecendo à uma aspiração que o empolgara desde as primeiras letras, como o maior dos ideais. Logo se impôz pela pompa luxuriante do seu estilo, um dos mais rebuscados da literatura indígena, pela força extasiante de sua imaginação e pelo dominio absoluto do léxico. Foi um escritor feraz que cultivou todos os gêneros literários, publicando cerca de oitenta volumes entre romances, contos, crônicas, história, leitura infantil, teatro e critica. Mas, a par de ter sido aolamado o príncipe dos nossos prosadores, Coelho Neto também fez notáveis poesas e foi um artista na palavra falada, tendo feito variados e empolgantes discursos e conferências. Aliás, o maravilhoso fantasista de "Rei Negro" tivera assento numa cadeira de deputado .federal, o que O
MALHO
de certo modo explica sua capacidade de oratória. Coelho Neto dedicou-se com invulgar interesse pelo nosso teatro, fundando Escolas de Arte Dramatica, escrevendo peças e fazendo copiosas críticas construtivas em prol da arte cênica sempre tão mal tratada no Brasil. Mas, não só pelas coisas do espírito, dedicou-se o inexcedivel romancista. Também trabalhou pelo desenvolvimento da raça, interessando-se pelo incremento dos esportes brasileiros. Foi vice-presidente dó Fluminense Futebol Clube. Teve filhos que seguindo os sábios conselhos do pai glorioso, conseguiram se impor como grandes figuras no nosso cenário atlético. E Coelho Neto prestou um inestimável serviço ao esporte pátrio quando com sua palavra prestigiosa fez cessar um grave dessidio esportivo entre cariocas e paulistas. Como não podia deixar de ser, teve seu logar na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de Alvares de Azevedo.
Foi muito criticado pela constante repetição de passagens e personagens mitológicos em suas obras, o que se deve talvez, por ter sido Coelho Neto o maior de todos os conhecedores da mitologia grega. Também foi acoimado de criador de neologismos, sendo que o mais famoso, segundo Otto Prazeres, foi o vocábulo "paredro" tão usado nos tempos idos dos deputados e senadores, e muito em voga, no presente, nos meios esportivos. Morreu o esteta de "Esfinge" no dia 27 de Novembro de 1934. Seus últimos meses de vida foram de quase extrema miséria, uma terrível miséria doirada pelo seu prestígio e sua representação. As despesas do luto de sua família foram feitas com o dinheiro dos seus últimos artigos, pois o grande cinzelador das "Baladilhas" produziu até a hora da morte, sendo que, quando seu punho não tinha mais força para manejar a pena, ditava aos seus filhos as derradeiras fulgurações do seu estro imortal.
LEGENDAS DA NOSSA TERRA
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de existir o município ANTES de Queimadas, na Baía o que havia era a fazenda das Queimadas, pertencente a uma rica e piedosa senhora sertaneja. Aí, às custas da velha, erigiu-se uma igreja consagrada a Santo An tonio. Quando a proprietária morreu legou ao Podroeiro grande fortuna em terras e escravos. Ora, um desses cativos matou a tiros de bacamarte um cidadão com quem estivera brigando. A lei dizia que os senhores de escravos que não apresentassem à Justiça os seus negros delinquentes ficavam responsáveis pelos crimes por eles cometidos. Apesar disso, Santo Antônio — dono do africano assassino — não quiz
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se aproveitar dos seus poderes milagrosos para metê-lo na cadeia. O preto tinha sumido como por encanto e não houve batida poljcial que conseguisse encontrá-lo. O juiz do termo, então, não teve dúvidas: ordenou a prisão do Santo! E lá se foi a imagem, debaixo de escolta, amarrada ao lombo de um jumento. Entrou em júri. E não suponham que tenha sido absolvida. Não. Foi condenada a perder terras, escravos e tudo — coisas que um esperto fazendeiro do Inhambupe comprou "a preços de liquidação", sem o menor receio de castigo... Sodré Viana
II — 19 4 3
— principiou a dizer Santiago Lobove — é uma terra magnífica, exuberante, meta de" exploradores JAVA e aventureiros, de gente que a procura, em busca da fortuna ou do esquecimento. Um tio meu aí se havia estabelecido desde muitos anos e conseguira uma situação estável, negociando com açúcar e especiarias. Pensei que tambem estabilisasse minha vida si lá vivesse e, depois de preparar-me sumariamente, tomei o vapor e, após longa viagem penosa, cheguei à casa de meu parente. Tinha intenções de estudar a fauna e a flora da ilha e, sobretudo, seus vulcões famosos. Meu tio não quis sair de Batavia e me deixou penhor absoluto do "bungalow" que fizera construir em plena selva. Seria longo descrever a variedade das paisagens que a natureza me oferecia. Desejo apenas contar quanto me sentia atraído' "bungalow", situado a menos de por outro dois quilômetros. Nele residia um senhor holandês, Dick Van Beer, experiente e afavel, com sua filha única: Maria. Porque me atraia aquela casa? A explicação plausível, só poderia ser esta: o amfir. Sem que eu siquer o suspeitasse, Cupido me ferira fundo. Todas as.noites, eu achava um ou outro o caminho, pretexto para, encompridando "bungalow" dos Van Beer passar junto ao onde era sempre amistosamente acolhido. Seguiam-se longas horas de palestra sob a ramagem das figueiras silvestres que se erguiam no meio do jardim: conversas tão agradáveis e interessantes que só o adiantado da hora as interrompia na maioria das vezes. Essa existência idílica durou muito tempo e eu estava tão apaixonado, que tudo me parecia aborrecido, exceto o tempo que aí passava. Maria-me embriagava com seu candor e sua mocidade, porém não esperava que nosso recíproco afeto fosse revelado pela imprevista circunstância que o marcou. Recordo-me de que, nesse dia, fazia um calor úmido e insuportável, mas eu o aguentava, paciente, pensando na deliciosa visita que faria a Van Beer e sua filha.
H Pautem ftoMpai Conto
do A.
SILVESTRI
Trad por Helena de Irajá "bungalow", emChegando perto do purrei a cancela e entrei, internando-me pelo caminho sombreado de figueiras e esquecendo a fadiga. O solo, coberto de fina relva, amortecia meus passos. Pai ei, porque havia visto Maria sentada numa poltrona de vime, bordando distraidamente. Uma onda de sentimentos suaves me invadiu e permaneci um bocado contemplando-a, sentindo que meu amor não podia permanecer por mais tempo oculto, pois me enchia a alma e já o não podia mais conter. Via-lhe o perfil puro, a carnosa boca, os louios cabelos e me sentia desfalecer. Continue; caminhando na ponta dos pés, para não a perturbar, para poder contemplala mais de perto... Que bela era! De súbito, um leve estremecimento dos galhos que lhe ficavam próximos fez-me
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olhar para cima, e fiquei gelado. Junto a uma das ramas da figueira, estava um animal que avançava, lenta e cautelosamente. Eu conhecia bem essa fera de pêlo escuro manchado, cujos olhos brilhavam na sombra; conhecia-a, por haver morto diversas, em minhas excursões pelos bosques. Era uma pantera negra, o mais feroz dos felinos de Java. Mas, como se animava a se apresentar assim? Nunca supusera que esses animais, maiores do que o leopardo, se atrevessem a tanto. Enquanto eu olhava, a pantera seguia avançando. Um suor gelado me inundava o corpo. Duvida cruel me torturava... Deveria gritar, prevenir a moça? E, si ao fazer um movimento, a fera caisse sobre ela?
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Não: era preferível usar a arma que trazia a tiracolo. Com grandes precauções, procurando nio despertar a atenção do felino, preparei a espingarda. O animal se havia agachado como para dar o salto. Chegaria eu a tempo? Medindo os gestos e contendo-me num esforço, carreguei por fim a arma. Nesse momento, a fera se moveu; isso bastou para que eu puxasse o gatilho. Ao ouvir a pancada seca, a fera se virou e me viu. Seus olhos brilharam; mas eu apontei entre os dois, apertei o gatilho e... O ruido da detonação, o grito de Maria e o estertor do felino foram simultâneos. Depois, a pantera caiu pesadamente ao solo e seu sangue manchou o vestido branco de Maria que se pusera de pé. Estava muito pálida; meu rosto, entretanto, ardia. Nâo tenha medo — gritei — Nada tema, Maria! A moça, ao reconhecer-me, procurou sorrir e reprimir o terror que a dominava. Obrigada, Jacques — disse.
(Termina no fim numero)
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MALHO
O CASAMENTO AQUI, ALI E ACOLÁ PAULO
houver coração, haverá sempre amor, onde houver amor, haverá fatalmente casamento, quer seja na África, na China, nó pólo norte ou no póONDE Io sul. Mas, em cada canto da terra, o casamento se reveste de características tão curiosas, tão pitorescas que vale a pena as conheçamos. Não pense o leitor, que o que escrevo seja produto da minha imaginação. Absolutamente! Rebuscando livros e revistas, recórtes de jornais e velhos almanaques, reuni tudo o que encontrei de mais interessante sobre o casamento e seu cerimonial. Como hão de ver os leitores, em algumas terras, este ato é tão cheio de complicações e enredos que custamos em acreditar existam pares amorosos com cpragem suficiente para enfrentar tão arriscada aventura. Comparando o casamento, aqui no Brasil, com p de multas outras terras, podemos considerá-lo verdadeiramente simples. Demos, pois, um salto até a China. Nada de conficiências nem cinemas, nem agarramentos Junto ao portão, nem passeios pelas ruas mal iluminadas. Na China, não ha isso. Basta dizer que um noivo chinês só tem o direito de conhecer sua noiva no dia do casamento Nesse dia, êle envia à dita uma espécie de mensagem, escrita em papel encarnado acompanhada da ltteira nupcial, que deve conduzi-la ã sua casa, A noiva, ricamente vestida, com o rosto completamente coberto é levada em procissão até a casa do noivo, na llteira, que é o que pôde hayer de mais acanhado e estreito. Chegando, vem o noivo abrir a porta da litelra, e * nesse momento, é que tem o direito e o prazer de levantar o véu e ctentemplar pela primeira vez o rosto de sua futura esposa. Como vi o leitor, Isto é o que podemos chamar um noivado no escuro, ou por outra, uni verdadeiro negocio da China! Na Holanda, também, o casamento e seu cerimonial é deveras interessante: o noivo pede a mão da pequena; se os pais aceitam, êle se apresenta em casa da familia, levando escondido um autêntico e apetitoso bolo. e ai passa a tarde inteira. Muito cedo, os velhos Se retiram deixando a sós os dois namorados. O rapaz então aproveita a ocasião para colocar o bolo sobre a mesa sem dizer palavra Compreendendo a sua intenção, a moça deve mostrar si corresponde àquela afeição e o faz de maneira original. Se gostar do namorado, deitará mais combustível no fogão. Se tal não fizer, é sinal de que o candidato náo i do seu agi ado. Al então, o mance<_ nada mais tem a fazer, a não
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Í2 ser embrulhar o seu bolo e ir-se embora sem qualquer protesto. O que nós chamamos levar o bolo, deve ser coisa mais ou menos parecida... Na ^oréa, no dia das nupeias, a noiva comparece com o rosto coberto de tintas e pós, olhos selados com uma espécie de emplastro e as mãos ocultas por um fino chalé. Mas isso não é o melhor. Naquelas paragens, uma mulher depois de casada, é proibida de falar durante muito tempo. E só o faz, quando o marido o permi te! Terra bóa a Coréa, dirão os maridos de cortas mulheres palradoras como papagaio de porta de quitanda. Na índia, a veriedade de costumes, é imensa e muda de tribu para tribu. Numa dessas tribus, é hábito amarrar-se guirlandas e lencinhos nas hastes dos mais bravios touros, que o povo solta sob grande algazarra. Então os rapazes, pretendentes atiram-se aos animais na tentativa de arrançar os. troféus daquelas pontas aguçadas e perigosas. O que tem sorte, e consegue êxito ao entregar o troféu à respectiva dona, fica sendo imediatamente seu noivo. Noutra tribu são escolhidos os noivos, os que mais resistência mostrarem contra as dores físicas. Para certificar-se disso, a noiva toca as costas do pretendentecom uma brasa. Si este resistir à dura prova sem soltar um ai, sem fazer siquer uma careta será o preferido. Num logar assim como esse, em que botam à prova de fogo a pele do indivíduo, o numero de nubentes deve ser bastante reduzido. Na Grécia, os costumes também são bastante variados. Um deles é que a noiva depois de ter tudo preparado para as bodas, põe-se a fazer denguices, flngindo que não quer casar. Os parentes, com lagrimas e rogos, insistem para que ela tome juizo e não cometa tal tolice. Esta "fita" dura um certo numero de dias, que O costume determina. No dia fatal, o noivo em combinação com alguns
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parentes seus, simula um rapto da moça e leva-a para a casa onde mais tarde iriam residir como casados. O casal, porém, não vai logo para o "enfim sós",não! Os amigos e parentes ficam alguns dias, durante os quais devem ser muito bem tratados e receber presentes por parte da novel esposa. Somente depois disso, é que poderão os dois pombinhos viver como bem quizerem, longe dos olhares e das línguas Indiscretas... Entre os Klrghlzos, importante povo nomaje da Asia, o casamento trata-se mais-ou menos d« uma representação dramática, que para nós redunda em au têntico humorismo. A noiva sai para um passeio no campo, onde encontra o seu amado em companhia de alguns amigos, em local previamente combinado. Levam-na, então, acompanhando-a entre cânticos e dansas, até a casa paterna. Nisto, aperece à porta a figura mais terrível desse arama que é do casamento: A senhora sogra!... Para representar a contento o seu papel, finge Indignação e ferocidade, atirando aos pés da filha um ta cho de azeite fervendo. Se esta os retira, é sinal de que renuncia ao lar patemo e... já está casada! E' bem verdade, que tudo não passa de encenação, mas quanta sogra por ai, não terá tido muitas vezes vontade de atirar sobre o coitadinho do genro, azeite fervendo de verdade!... E, quanto genro com o mesmo desejo... Outra cerimônia pitoresca, podemos assistir em Bengala e Orissa, províncias da índia Inglesa. Consiste somente em uma pancadinha ou coisa parecida dada pelo sacerdote, nas costas da noiva, com um galo morto, e nas costas do noivo com uma galinha morta. Depois, quando o casal vai dormir, os convidados acendem debaixo das Janelas do quarto nupcial pequenas fogueiras. Sabes para que, leitor? Para enéher o quarto de fumaça e obrigar os dois pombinhos a suspirar bastante! Dizem ainda que tais fogueiras trazem muita sorte. Na Mongólia, o casamento já é romântico e heróico. Um mongol quando se sente dominado por uma paixão forte, não tem duvidas em roubar a amada da tenda paterna, sem pedir licença a ninguém, sem ter receio de coisa alguma. E o mais interessante é que uma noiva mongol, que nos dias comuns não passa de uma "Cinderela" maltratada e suja, no dia do casamento transforma-se na mais bela das mulheres do acampamento. Não é somente a Holanda o único pais em que entra um bolo no pedido de casamento. Também na Ser via o costume é adotado. A diferença é que, além do bolo, um noivo sérvio leva também algumas flores e não vai sósinho. Vai com dois amigos e cada um deles leva a sua pistola. Si o pedido do pretendente for aceito, eles disparam uns tiros para o ar. Isto porque um sérvio não compreende nenhuma alegria que não venha acompanhada de tiro... Ainda bem, que é alegria!... Como vê o leitor, tudo isto é bastante curioso. Mas, a terra dos faqulres ha de nos deixar boquiabertos em cousas desse gênero. Seria desnecessário acrescentar qualquer cousa a esse capitulo, dizendo-se que, na índia, casam-se crianças de cinco anos. Basta dizer que só no ano de 1911 casaram-se 250 000 meninas antes de atingirem seis anos de idade. Mas na maioria Incluem-se cidadãos que, pelo avançado da idade, podiam antes ser avós e bisavôs daquelaa 250 000 mulherzlnhas. E ai estão caro leitor, em poucas Unhas, casamentos de características tão encrencadas, como já é encrencado o próprio casamento.
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Z&íá MEMORÁVEL incidente e os meus personagens não são fictícios, por isso não será mera coincidenO cia a semelhança com pessoas ainda vivas. Acontece numa noite de verão, durante uma festa n'um clube da visinha cidade sorriso. Há talvês uma dezena de anos, a minha heroina, então uma lourinha mignon de vestido azul, será hoje uma respeitável senhora, e o meu herói, com certeza terá o mesmo destino. Naqueles dias os jormais do País, e quiçá do mundo, noticiavam quasi disputa de um pleito em que se empenhavam quasi todas as nações do mundo — a conquista do titulo máximo de beleza mundial. Pleito diferente de hoje, em que quasi todas as nações se batem pelo ideal único da liberdade, e cujos vencedores serão certamente os mesmos aue levaram a vitória nos dias pacíficos de 1930, — Brasil e Estados Unidos. O Rio hospedava naqueles dias as mais belas jovens de diversos países, e os clubes, centros d; reuniões e consulados, ofereciam às jovens, festas de arte, cock-tails, e reuniões dansantes. Marcelo e outros amigos estavam sempre ao par do movimento em torno das jovens, requisitando autógrafos e comparecendo às festas em honra das belas visitantes. Marcelo adorava a vida e a levava pelo seu lado pratico, sempre otimista, folgazào e despreocupado. Sabia como poucos manter o constante bom humor e o prazer de viver, as suas venruras consistiam nas conquistas e nos bailes. Eximio dansarino e melhor apreciador do belo sexo, levava os seus dias entre estas exclusivas preocupações. Impecável em seu traje de gala, lá se foi o nosso herói acompanhado dos inseparáveis amigos, para um baile que um clube de Niterói oferecia às representantes de beleza. O clube apresentava-se ricamente ornamentado, e grande era a afluência de convidados, ansiosos para admirarem as mais belas entre as belas. Naquele sábado, diversos hotéis e centros mundanos ofereciam recepções às jcvens, e este era o comentário da vida sociai da cidade. Antes de meia noite tiveram inicio das dansas, sem a presença das rainhas de beleza, que eram esperadas, comentadas e exaltadas pela assistência em- geral. Marcelo aguardava impaciente o momento de dansar com as visitantes e dizer-lhes galanteios em seus idiomas, e outros proietos mais elevados, uma conquista, um caso de simpatia à primeira vista, ou um convite para um cock-tail especial. Passaram-se as horas, o baile corria animado, embora uma visivel ansiedade em todos os presentes. A desilusão foi-se apoderando de todos, e já bem tarde o nosso herói resolveu seguir o exemplo dos seus companhiros para dansar. Enquanto esperava, louco de impaciência, começou a tomar wiskey, comentando cem os amigos o insucesso da jornada. As doses repetidas começaram a fazer efeito, e Marcelo sob a influencia do álcool, foi analisando a assistência, e verificou que o baile "blague", — uma mentira memorável fora uma carioca como hoje se diria. Um baile de beleza completamente desprovido do mais importante, — a beleza. .. Entre o grande cortejo aparecia a figura graciosa de uma lourinha mignon de vestido azul, indiscutivelmente a rainha da festa. Elegante e mimada, com um cartaz elevadíssimo pela constante disputa dos jovens, a lourinha tornou-se em pouco o bibelôt do salão. Marcelo esperou repetidas vezes por uma chance, pois os candidatos apareciam às dúzias, e tinha-se a impressão de que eram velhos camaradas que a cortejavam e cercavam de gentilezas. Sem conseguir apresentação, resolveu põr em prova o seu prestigio, e começou o cerco. Deu diversas investidas sem resultado e foi forçado a esperar que os concurrentese lhe dessem a almejada chance. De novo procurou consolo na magia alcoólica, preparando uma efensiva de estilo junto à boneca loura, então uma
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fortaleza bem guardada e assediada. Pôs em evidencia a sua estrategia, S rompeu finalmente o cerco conseguindo a vitória máxima da noite. A lourinha mostrou-se indecisa diante do pedido gentil de Marcelo, e finalmente aceitou-o revelando nitidamente a indisposição do seu gesto. Dansava visivelmente contrariada, com o rosto sobre o ombro de seu par, procurando desviar-lhe o olhar. A orquestra executava um foxblue de ritmo dolente, o salão à meia luz *se mostrava propicio à aventura, favorecendo o dialogo romântico, e o álcool completava
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o quadro que Cupido idealisou Marcelo agia com segura-nça e experiencia e os seus métodos de conquista eram diversos e plenos de eficácia. Para um bloqueio seguro adotou o método 3 infalível e rápido, segundo a sua teoria e a sua companheira... A lourinha indisposta ou cancada da luta sem tréguas daquela noite de verão, dansava arrastada e sem ritmo, e respondia os seus 'galanteios com a lentidão ,da música e por monossilabos. Marcelo pôs em pratica o método seguinte com o inésmo insucesso. Comentou os "Pingos & Respingos" do Correio da Manhã, fez gracinhas de comedWnte, contou anedotas maliciosas, declamou versos românti/ cos\ e a lourinha náo caFalou sobre pituloM.. modas, discursou politica, . J apresentou a sua candidata ao concurso de beleza, falou de cinema, teatro, rádio, esporte, música, artes, de todos os detalhes da vida social, das futilidades que encantam os sentidos, falou do amor, das teorias de Freud sôbre o complexo máximo da vida, e a fortaleza respondia calmamente...: é — sim — nâo... Marcelo continuou atacando em todos os setores, e com todas as forças da inteligencia, do espirito e da experiência, e todos os seus ísforços foram debaldes para manter palestra com a lourinha, decididamente de péssimo humor... E o fox-blue continuava arrastado, 'enervante, N'uma extremidade do salão, junto à orquestra,.estava uma velhinha com a cabeca encostada na parede, dormindo calmamente < esboçando um leve sorriso. Marcelo apreciou o qua dro, resolveu pilheriar com a companheira e manter um dialogo aproveitando este imprevisto. Aproximou-se lentamente e com ar irônico disselhe no ouvido: veja como dorme esta senhora .. A lourinha n'um gesto imediato voltou o rosto
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1 CÀ*** do ombro de Marcelo, fitou-o grave e ríspida e disse-lhe: — basta! —• é minha mãe t antes de terminar o dolente fox-blue, já o par se havia desfeito, seguindo cada um para o seu lado. Todos os métodos de conquista foram desfeitos juntos à graciosa lourinha mignon de vestido azul, que até hoje o nosso herói não conseguiu saber o nome. A conduta individual ficou abatida, e este baile de beleza ficou memorável na história do dansarino otimista. JOSÉ DE PINHO
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MALHO
mMha^Jka Aurora luminosa que desperta, caminha em sonho de ventura revelando
Surto
As mais gratas esperanças, as mais puras, que meu coração vê amando, idolatrando.
f'^£Z:^;n:i™^ > prof^a.
Smto teu rito azul na<T **?'me ,,ur™as... Ouço-te o som, encresP*das; a voz ! (Como quem eL» mi1 ansei°s- • ¦
Quando eras mui pequenina, Já entrevia encantada o fulgor dos olhos teus,
g eôta hviToZZirr0 d° °»^o
Já brilhava num lampejo de vivacidade, o espírito inquieto, talento de Proteu...
Se' lentamente), Há baladas de sonhT ^ T eSpaÇ°Orquestrações f,amf E* iunto a? ma^erl ateXPlender°SO- ¦ •
As perguntas que fazias admirada, acordando e vendo o mundo que nos circunda,
HELENA
DE
TRAJA.
PEREIRA
Já denunciavam a tua inteligência, a esvoaçar airosa, ufana e profunda. Deus te guie, querida, és o meu Céu e todo Amor, que te dê da rosa o perfume, do sol o brilho e o calor !
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ELISABETH
BASTOS
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M«ecer ninguém. 'Também farei ra;,.
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ae rosas ja choveu. Vem, vem, meu amor; Não tardes tanto. Não me deixes envelhecer encarcerada neste desejo. Eu quero iiberta, ao teu lado, penetrar em um mundo novo. Onde não haja pássaros cantando err gaiolas. Onde não haja flores aprisionadas em canteiros.
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MARIA
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DUTRA
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Santinha de Lisieux, _ a. .. geremos sentir SemDr„ ,*'*** de amor -
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Ett r°Sas *"* -3^2 ***» de Amor, de ^ LJ™ de Pa2 e de ______ perd.0
COSTA
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KRISHNAMURTI MOSTRA UM CAMINHO "Por muito tempo já haveis lutado. E no entanto, nâo sois ainda felizes". KRISHNAMURTI
BELARMINO
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VIANA
pôde merguaos espíritos parecer SUPERFICIALMENTE, ihados na confusão do mundo, na hora presente, que a voz de Krishnamurti é a voz comum de •mais um profeta, para aumentar o rói dos adivinhos que a história regista. Em reallidade, nem todos os profetas que o mundo conheceu, possuiam as qualidades que o julgamento comum lhes consagrava. Muitos deles, teriam sido fanáticos, lunáticos ou apenas vítimas de complexos de memórias explorativas. O' evidente, entretanto, é que, na sua maioria, aqueles cognominados profetas não praticavam atos de adivinhação. Descobriam, com agudo apercebimento, o conteúdo deploravel das almas, do subconciente que formava o ambiente social de suas épocas. Eram ales psicológicos consumados, pelo despertamento do entendimento. Por isto, exerciam, sem esforço algum, a penetração subconciente das personalidades com quem viviam. E, por esse grau de inteligência incompreendido, respondiam nos tribunais por crime de bruxaria. U'a maioria de pessoas cultas ou não, não distingue a realidade e a ilusão que formam o par de opôstos, entre os quais ainda se nutre a mentalidade contemporânea, mentalidade vivida como expoente de progresso e sabedoria... Krishnamurti, mesmo encarando-o do ponto de vista científico, é um dos grandes precursores desta psicologia que sabe encontrar e remover, no subconciente do homem, a mais recôndita memória de que este astutamente se serve. Suavemente, como se fosse a mais sutil poeira cósmica, desprende-se dos seus pensamentos a luz de ensinamentos capaz de ofuscar e anular as qualida ies egoisticas nas quais temos for"eu". Sua mado o nosso palavra é assim, um poderoso auxílio para as mentes cançadas de repetir e copiar sem compreender. Como profundo "profetisou" o espsicoanalista, êle tado atual da humanidade. Em 1932, na índia, perante grande auditório, Krishnamurti falou II — 1 9 4 3
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assim: "A presente civilização achase baseada na cobiça e na competição individual; ela não pode durar para sempre, pois que não possue valor intrínseco. O injdivíduo que criou, esta civilisação e que está dominado por ela acha-se preso duma acumulação, a qual é o seu único incentivo; isto é, o indivíduo esforça-se por expressar sua ambição e atingir sua desejada posição social por meio da acumulação de riqueza e de poder. Por isso, estabeleceu êle distinções sociais. E uma tal civilização, baseada no rude egoismo, tem que a seu tempo ruir". Não é pois, por acaso, como julgam muitas pessoas que se encontra agora no mundo a individualidade mais perfeita de psicólogo, cujo discernimento absolutamente impessoal não se confina apenas a uma nação ou a uma raça. Krishnamurti humanizou-se, falando diretamente do essencial ao entendimento do homem, única maneira de fazer-lhe entender a vida. Por outro processo menos positivo, sua sabedoria encontraria refração na mentalidade contemporânea. Tendo a m e n t a 1 i dade do homem, e consequentemente a sociedade humana, atingido a elevado nível de banalidade, através maus costumes mentais e sociais, esta mentalidade entrou na fase de desagregação. Daqui por diante não será mais possível a adoção e a repetição de fórmulas contidas nas memórias velhas que com"eu" do civilizado. põem o astuto 43
Aproxima-se o tempo em que cada um deve eliminar da sua velha mentalidade, memória por memória, hábito por hábito, vício por vício. Não deve haver dúvidas de que essa tarefa significa a luta subconciente do "eu" com a conciência constante e eterna. E o próprio lutador que não quizer libertar-se, será imolado pelo primogênito de sua própria mentalidade; o complexo de possessividade, aquisividade e autoridade individualista. Este complexo não admite intervenção de verdade e amor algum; sua lei é a sensação do desejo aquisitivo. Que não continuemos, portanto, embalados na velha ilusão, pois o mundo já está na confusão moral que precede as derrocadas. Já não é possivel deter a psicose da destruição do homem pelo homem. A chamada civilização e cultura não encontrarão, sem fuzil e sem dina mite, os meios de estabelecer a harmonia na vida das coletividades. Entretanto, sempre existiram os meios de produzir a paz e harmonia. E Krishnamurti é um dos precursores que mostram como esses meios se encontram em cada homem. Estes meios são a inteligência, o entendimento e o amor. A psicologia de Krishnamurti é a mesma de Buda, de Confúcio, de Krishna ou de Cristo. Êle, como esses iluminados pela sabedoria da vida, não traz para os homens um novo sistema filosófico, no qual ficariam mais uma vez aprisionados. Sua psicologia traz a libertação do entendimento pela anulação das memórias valhas. O homem educado no sentido da libertação do entendimento, conhecerá a verdade, atingirá a vida pura. Viverá a elegría e o amor; não quererá para os outros o que não desejar para si próprio. Krishnamurti está no meio da eivilização. Reside em companhia de um dedicado amigo no vale de Ojai, nos Estados Unidos. Sua individua-, lidade está expendendo para o mundo as verdades essenciais e perenes, distantes dos opostos. Há doze anos "Por muiêle pronunciou esta frase: to tempo já haveis lutado. E no entanto não sois ainda felizes. Agora eu vos digo: experimentai o meu caminho. Realmente, Krishnamurti mostra o caminho. O
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décimo quarto : — Na Antigüidade, julgava-se que certos dias estavam aob uma influência maléfica e, durante esses dias nefastos que, entre os Gregos e Romanos eram reconhecidos pelas O leis — os negócios públicos eram suspensos e os tribunais fechados. Máu grado os progressos de que nossa época se pôde glorificar, as crenças supersticiosas estão longe de ser esquecidas © a sexta - feira 13 ainda é considerada particularmente temível por certo número de pessoas. Será por que Jesus morreu sobre a Cruz numa sexta - feira e por que na última refeição, que fez com seus doze Apóstolos, havia treze pessoas à mesa, que a sexta-feira e o Mas, eis número treze se tornaram alarmantes ? Não podemos afirmar ao leitor destas linhas. aqui um caso, deveras interessante, que vem a propósito. • Durante a Restauração houve, em Paris, um homem que se mantinha pelos arredores dos grandes restaurantes, sempre de casaca, enluvado, frisado e perfumado, passeando de um para outro lado, na calçada. Sabem quem era tão curiosa personagem ? Era o "décimo quarto" à mesa . . . Quando, em algum jantar, os còmensais verificavam que eram em número de treze, o dono do estabelecimento apressava - se a ir à porta chamá-lo ... e . . . o jantar podia ser iniciado.
China de outróra : — Antigamente, na China, quando o Imperador julgava a conduta de um mandarim pouco conforme com seus próprios desejos, enviava-lhe A uma magnífica caixa de laça, ricamente trabalhada, com incrustações de ouro e pedras preciosas, contendo . . . uma corda de seda. E isso significava que o mandarim devia enforcar-se em um prazo fixado pelo costume. Ora, certo dia, conta um dos construtores da estrada de ferro Pekim a Hankeú, Filosóficamente, sorriu ; um mandarim, que não era rico, recebeu a fúnebre caixa. vendeu a caixa -com seu conteúdo e poude fugir graças ao resultado dessa venda. Quando o carrasco imperial chegou ao domicílio do mandarim, encontrou-o vasio. O Imperador ficou furioso, e sem dó nem piedade mandou executar o carrasco !
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diante de um espanhol sobre um julgamento no qual galinha : — Quando se fala "pronunciaram os juize3 se contradisseram ou contra a verdadeira justiça êle não deixa Euma de dizer : "Y — una galina" . . . O que quer dizer : "E uma galinha" . . . São as primeiras palavras de uma história, que se tornou proverbfal. Conta-se que certo juiz espanhol pronunciara e registrara já no livro próprio uma sentença, quando a parte condenada lhe veiu oferecer grande' quanta para que voltasse atraz em seu julgamento. O juiz respondeu que não podia fazê-lo p.:rque seu julgamento já estava transcrito no registro. Mas convenceram-no e, então, tomando o registro o juiz entornou o tinteiro sobre a página e escreveu, em seguida, um segundo julgamento, absolutamente contrário, começando por essas palavras : "E uma galinha, tendo entrado em nosso gabinete e derramado o tinteiro, tivemos que recopiar o julgamento acima, etc. . ., etc. . . Isso ficou sendo provérbio e os espanhóis contentam-se com dizer as primeiras palavras da história : "Y una galina" . . .
pei e a cabeça : — Certo dia, apresentou-se ao tribunal de Detroit ( Estados Unidos ) o pugilista Joe Roberts, um pretalhão de músA culos de aço, um verdadeiro Golias, apresentando um pedido de divórcio. Ao explicar os fundamentos de seu pedido, alegou como motivo principal os maus tratos que recebia de sua cara metade. Minha mulher me espanca, Sr. Juiz ! E impossível ! — diz o magistrado — Quem ousaria surfar um atleta de tal força ... Niguem ... e muito menos u'a mulher... Pois ela dá-me 3urras, Sr. Juiz. Quando se zanga comigo, pega na pá do carvão e dá-me com ela na cabeça ! Deixe vêr . . . Mostre onde está ferido . . . O negro obedece, e o Juiz examina-lhe a cabeça. E exclama : Sua cabeça está perfeita ! Nâo encontro nela manchas reveladoras de pancadas . . . O colosso arregala muito os olhos e diz com a maior simplicidade : Nào é minha cabeça, que deve examinar, Sr. Juiz ...Ba pá ! Vâ vêr o estado em que ela ficou.
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IMPORTÂNCIA DO CINEMA Violeta De Alcântara Carreira
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importância do cinema faz-se cada vez A maior em nossa vida, mesmo se não lhe damos importância no nosso pensamento, o que é desconhecer uma poderosa influência de hoje. Num instante só de xão, verificamos que a nenhum outro timento costumamos consagrar tanto do tempo. Naquele em que vivemos —
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de dias, facilmente se passam defronte da tela, pois quase toda gente, desde o homem de respeitável idade e respeitável ciência até aos garotos de infinita ignorância, vai ao cinema (da cidade, bairro elegante ou bairro pobre) umas três vezes por semana. Alguns vão para matar tempo — justa"o que os vai matando"... — e são mente esses, sem saber, que lhe dão melhor lugar na sua existência, encarregando o cinema de "irretomavel. gastar o que possuem de mais E, sem querer, por esse império insinuante das 'imagens, vistas ao acaso, enriquecem o de, coisas belas, sensatas ou desvirtuadas.
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P da miséria, da arte e da geografia... Lições de amor, lições de guerra, lições de dansa — de ternura ou de heroicidade. Depois de Tempestades de Alma, quantos compreenderam melhor a crueldade do racismo ! De"quantos aprenderam pois de Mrs. Miniver, o segredo da resistência inglesa" !
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CRITICAS
Paulette Godãard num novo filme colorido — 'The Forest Rangers" — da Paramount, tendo como galã desta vez, Fred Mac Murray. UMA NOVA COLABORADORA D'0 MALHO "O MALHO" tem o prazer de oferecer aos seus leitores a colaboração, no suplemento cinematográfico "Cineurte", da brilhante poetisa e escritora Violeta de Alcantara Carreira, de quem, aliás, em sua parte literária já tem publicado interessante colaboração. Violeta Alcantara Carreira, sob o pseudonimo de Douglas, tem já escrito longamente sôbre assuntos de cinema, sendo, assim, perfeita conhecedora do gênero etm que nos vai prestar sua preciosa colaboração. BIOGRAFIA
EM
MINIATURA
Mr. V (Mr. V) — United-Artists — (Leslie Howard e Mary Morris) — BOM. c Esquadrilha internacional (International Squadron) — Warner — (Rorjald Reagan e Olympe Bradna) — REGULAR. • Rivais na tropa (Two Yankees to Trinidad) — Columbia (Pat O' Brien, Jánel Blair e Brian Donlevy) — REGULAR. • Minha namorada favorita (My Gal Sal) — T. C.-Fox — em Técnicolõr Victor Mature, Carole (Rita Hayvvorth, " 5 Landis) — REGULAR. ' • A sombra amiga (The Remarkable Andrew) — Paramount (Brian Donlevy, William Holden e Ellen Drew) _ BOM v Uma dama astuciosa (Lady In a Jam) Universal (Irene Dunne e Patric Knowles) — BOM. « O fantasma risonho (The Smiling Ghost) — Warner — (Wayne Morris e Brenda Marshall) — REGULAR • O idilio de Andy Harãy (The Courtship of Andy Hardy) M. G. M. — (Mickey Roor.ey e Dona Reed) — BOM. • Assim vivo eu (The Magnificent Dope) — T. C.-Fox — (Henry Fonda, Lynn Bari e Don Ameche) — REGULAR. • ... No mundo da carochinha (Mr. Bug Goes To Town) — Paramount — em Técnicolor — (Desenho de grande metragem) BOM. âala a bôca (Shut My Big Mouth) — Columbia — (Joe E. Brown e Adele Mara) — REGULAR. Prisioneiro de guerra (Everything Is Thunder) — Gaumont British — (Constance Bennett, Douglas Montgomery e Oscar Homolka) — MEDÍOCRE. RELAMPAGO
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MAUREEN O' HARA, é irlandêsa, filha da famosa atriz Rita Fitzsimons. Começou sua carreira aos 14 anos na mesma companhia em que trabalhava sua mãe, os Abbey Players. Foi "descoberta" para o cimma por Harry Richman, aquêle cantor com qwem Clara Bow ia casar, que lhe arranjou um "test" em Londre\s. Estreiou ao lado de Charles Laughton em "Estalagem maldita" e com êle triunfou em Hollywood, no "Corcunda de Notre Dame" O
MALHO
SIDNEY TOLER, nasceu em Warrensburg, Missouri e começou no palco. Foi autor dramatico. Apareceu em inúmeros filmes como ator coadjuvante até que com a morte de Warner Oland, interprete do famoso Charlie Chan, a T. C.-Fox escolheu-o para substituir o saudoso artista suéco no papel do detetive chinês, ganhando popularidade Deixou de ser Charlie Chan, com o encerramento da série, no filme "Castle in the Desert".
ELIZABETH BERGNER, SIG RUM AN, é alemão, de nasceu em Viena, Áustria, Hamburgo, mas anti-nazisno dia 22 de Agosto de 1900. ta. Chama-se Siegfried Carl Começou sua carreira tea- Albert Rumann. Ficou pritrai com a idade de qua- .sioneiro das forças, ameritórze anos. Era a maior ar- canas' na primeira guerra tista dramatica da Europa mundial, , fazendo-se ator central quando foi exilada depois do armistício. Fez pêlos nazistas. Foi aí que sucesso na Broadway e sena sua carreira cinematográ- d° um tipo característico fica cresceu, no cinema interessante tinha que acainglês, depois daqueia ad- bar em Hollywood. No cimiravel "Catharina, a Gran- nema tem feito os mais vade", ao lado¦ de Douglas riados papeis mas os perFairbanks. interpretou um sonagens comicos são os repertório mais notável que melhores do seu repertório, o antigo, no cinema alemão,. Inimigo do Terceiro Reich, silencioso. Em Hollywood é um convincente tipo nazisfez "Paris está chamando" ta... nos filmes.
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^MM18bhmmMB^ "Pérfida", que Teresa Wright foi a filha de Bette Davis, em depois, com Greer Garson, Walter Pidgeon e Richard Ney "Rosa de Esinterpretou a inesquecível família Miniver em perança". A sua maior oportunidade, entretanto, é o novo "Shadow of a Doubt" — filme de Hitchcok na Universal — "Soberba". io lado de Joseph Cotten, o protagonista de
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a caAntigamente, racterização de menina, feita por uma "estrêla", era uma das performanees mais admiradas pelo público de então. Foi fazendo papeis de menina que Mary Pickford ganhou fama. June Caprice imitou-a numa série de filmes inesquecíveis. E ninguém pôde esquecer as admiráveis criações do gênero, feitas por Bessie Love . . . Hoje êsses papeis são raros, em geral, apresentados em pequenos episódios de um filme, descrevend) a infância da personagem como aconteceu em "Kitty Foyle". O papel de menina de Diana Barrymore em "Fruta cobiçada" é, porém, diferente. Ê da série de histórias em que a pequena se disfarça em menina . .. e que menina encantadora Diana representa nêsse filme da Universal ! A outra fotografia é uma cêna com Kay Francis e John Boles, que nos visitou há poucos anos, o casal mais velho da história.
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Fredric March e Veronica Lake numa cêna de "1 Marrieã a Witch", o novo filme de René Clair que será distribuido pela United. Estarão vendo um fantasma ?
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Este é o famoso Xavier Cugat, cuja orqu&stra vocês conhecem através das gravagões, ensinando Rosalind Russell a ãan"rumba" para o çar a "My Sister Eilfilme leen", da Columbia.
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de 1913 teve vários filmes importantes nos antigos cineminhas da Avenida Central. Um JANEIRO deles foi "Satanaz" ou "O drama da humanidade", grande celulóide da Ambrosio, da famosa "Série de Ouro" em sete partes e cujo enredo era tirado de "O paraiso perdido", de Milton. Estreou-o o Parisiense que também apresentou "A máscara negra", drama policial dinamarquês, com Lili Beck, cuja ação se passava na América do Norte; "Vi-te ainda umji vez" e "A melhor vingança", ambos da Itala-Filme, com Lydia Quaranta; e os filmes da Nordisk, "A cantilena de vóvó" ou "Um grande incendio no teátro da Opera" (Wuppuschlander), "Rapariga sem pátria" (Urban Gad — Asta Nielsen), "O papel mais difícil" (Elsa Frolich) e "As filhas do comandante de Vaisseau" (Clara Wieth). O Odeon apresentou a primeira versão da opereta "Viúva Alegre", da Eclair; "O veneno da humanidade", da mesma fábrica; "O pequeno Jacques" (Jules Claretie), da Pathé-Frères; "O medo da água" (Max) e "Bigodinho e a pequena Moulinet" (Prince). Nos programas do Avenida, destacou-se "Sobre os degraus do trono", da Pasquali, com Alberto Capozzi e Maria Gandini, seguido de perto "O falsário", da Pathécolor, com Mr. Dumeny por e Mlle. Dermoz, e "A Rainha de Sabá", lenda oriental da Pathé-Frères, com os artistas da Comedie Française. Os outros filmes do Avenida foram: — "O menino do sargento" e "A tutelada do coronel", fitas americanas da piqnpira Kay-Bee; "Gontran ronca", "Gontran no Luna Park" e , "Gontran e sua vizinha desconhecida" (com o "Gavroche e seu filho" (Gapopular Gontrian), "Entrevista amorosa" (Max). O Pathé, vroche) e apresentou grande cousa: — "Uma parece, não menina terrível", da Pathé, com Mistinguett; "Episódio de Waterloo", histórico, da mesma fábrica; "Dois garotos e um larápio", com os célebres.meninos-prodígio, Abelardo e seu irmão "Meúdo"; "A inauguração da estátua", com Max; "Miúdo vai ao circo", com o mesmo; "Sacrifício de Madalena", drama italiano; "Bébé não gosta da porteira", com Abelardo; "Polidoro lutador", com Polydor; e "Bigodinho nos balkans". Na sala de espera do Odeon, a orquestra de damas de Mme. Robidou era uma das atrações do cinema-lider da Cia. Brasileira Cinematográfica.
Bud Abbott e Lou Costello imitando Sherlock Holmes em "Who Done lt ?", da Universal.
"Com licença", quero sair antes que se levante toda a fila... — 50 —
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qualificativos têem sido dados a essa pequena irrequieta MUITOS e toda nervos que se chama, na tela, Lupe Velez. _D ela a "volcanic Lupe", a "mexican spitfire" . . . Mas, embora seja a explosiva e ruidosa criatura que sabemos, tem intermitências de feminilidade, crises de romantismo em que se transforma na "languorous girl", que aqui está, numa doce, displicente posição de abandono e de sonho, como que a evocar alguém ou algo que passou ... Nada mais da vulcânica e da inquieta Lupe. Temo-la, isso sim, mulher, bem mulher, mostrando todos os seus encantos e graças, e inegualavel nesse gesto verdadeiramente cativante e "chie" de segurar, com a mão fidalga de dedos longos, a piteira finíssima, onde se desfaz em fumo um cigarro delicioso ...
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A pequena Jean Clair é uma promessa radiosa. Se prosseguir como "entusiasmo vem vindo, com q mesmo pelos estudos, fará carreira brilhante. Para isso, sobra-lhe talento, que vem sendo carinhosamente cultivado pela sua talentosa professora.
T^inluka Foi por estas mesmas colunas de O MALHO, que, há cerca de cinco anos, lançamos os nomes de dois pintores interessantíssimos, mas. quase anônimos: Armando Leite e Guilherme Ozorio. Ambos teimavam em se conservar afastados do convivio com o público. Nossa referência, entretanto, teve o condão de despertar interesse em torno desses dois artistas, e estimulou-os, em boa hora. De então para cá, em exposições coletivas, os seus trabalhos mereceram sempre o mais simpático acolhimento, sendo já numerosas as coleções particulares que possuem quadros de ambos. De Armando Leite, póde-se dizer que, quantos quadros exponha nas galerias de pintura da cidade, quantos quadros vende. E agora registramos a primeira exposição individual de Guilherme Ozorio, realizada no Palace Hotel, e cujo êxito foi, realmente, surpreendente ! O segredo desse sucesso deve estar em que o pintor trabalha com sinceridade, observando a natureza e interpretando-a como uma expressão de beleza. Sua fatura é moderna, larga, generosa; seu coíorido, agradabilissimo, respeita os valores e constitúe uma alegria para os olhos. Seus assuntos, por sua vez, são muito a/traentes, sempre escolhidos com felicidade e bom gosto. Com todos esses elementos, calcados sobre um desenho que se aprimora todos os dias, compreende-se o sucesso da exposição do inteligente ar ti sia, que, já agora, não tem mais o direito de se mostrar arredio.
OhMica A sessão de entrega de diplomas dos alunos que terminaram o curso do Conservatório de Música do Distrito Federal proporcionou aos discípulos, mestres e convidados, preO
MALHO
sentes, um momento agradabilissimo de expansões de entusiasmo e de inequívocas demonstrações de cordialidade. Não houve programa de música — o que constituiu, sem dúvida, uma nota original. ' Houve, porém, discursos do professor Aueusto Lopes Gonçalves, diretor do Conservatório, da senhora Magdala da Gama Oliveira, paraninfa dos diplomandos, de Silvio Salema, representante do diretor do Departamento de Ensino Nacionalista do Distrito Federal, e da senhorita Thais Pinto, oradora da turma.
PREMIANDO os resultados dos trabalhos que, nestes últimos anos, vêm sendo a maior atividade do maestro Vilia Lobos, o Governo Federal criou o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e nomeou seu primeiro diretor aquele ilustre compositor brasileiro. As finalidades dessa nova instituinão estão implicitamente compreendidas no seu próprio nome. O canto orfeônico é uma das boas bases da educação musical da mocidade, e, em nossa terra, se desenvolverá com rapidez, porque a juventude brasileira é musical por excelência. Vila Lobos, pois, não terá mais do oue prosseguir a tarefa que se impoz, e da qual se vem, brilhantemente desíncumbindo NATUREZA nestes últimos anos.
ESTREOU a pequena pianista Margarida Maria Godoy, aluna de Lúcia Branco da Silva Soares, a artista inteligente, que se deixou seduzir pelo professorado, abandonando a carreira, onde chegou a colher tantos louros como pianista das mais brilhantes. Margarida Maria desempenhou-se excelentemente, demonstrando possuir predicados de alto vaSor, que são a garantia de um futuro que muito promete. A PRO-MÚSICA realisou um concerto de grande interesse artístico, sob a direção do maestro Edoardo de Guarniere. Alem da 5." Sinfonia, de Beethoven, continha o programa obras de Bach — uma das quais transcrita para orquestra pelo maestro Francisco Braga — e dois corais, de Bach, dois números de Basilio Itiberê e dois "Natais" franceses, cantados pelo Coro Feminino da Sociedade. CANTORA de voz agradável e sentimento apurado, a senhora Nair Duarte Nunes encarregou-se da parte vocal das Ondas Musicais de Janeiro, SOB A REGÊNCIA do maestro Peginald Stewart, a orquestra Sinfônica de Baltimore executou, em Nova York, parte da opera "O Contratador de Diamantes", de Francisco Mignone, a qual produziu excelente impressão no auditório. MORTA
Guilherme
Ozorio
Ippi A PROFESSORA Messodi Baruel apresentou uma ai1 una preciosa: a pequena vio1 iní st a Jean Clair SandHank. dotada de um t:í'»"n;'o realmente digno de nota. e que conseguiu facilmente, dar <i uma simples audição de aluno de terceiro ano, os encantos e o interesse de um verdadeiro recital de artista. 52 —
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Carlos Frias durante a sua permanência não ficou embasbacado com os arraTrabalhou para o seu púnha-céus. blico, para a sua estação. Ei-lo, por exemplo, aqui a entrevistar para a. Tupi o ator cinematográfico Ruy Miland.
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Tivemos a alegria de ouvir Pedro Vargas ao microfone da Tupi. Anualmente oferece-nos êle o prazer de seus recitais bonitos, com aquelas canções dolentemente românticas do México, onde passeia a sombra da tristeza, de envolta com Luas lânguidas, através de alamêdas silenciosas. Era de se desejar que as demais estações se esforçassem no sentido de procurar artistas sul-americanos, de bom quilate, para o encanto de seus ouvintes. Seria, afinal de contas, uma demonstração de bôa vontade para este público paciente e bom, farto de sambas e de rancheiras. O exemplo da Tupi com a aquisição de Pedro Vargas deve ser imitado. A Mairink, recentemente, deu-nos o encantamento de Elvira Rios, com aquela voz rouca e agradável. Era o caso de se esperar das demais emissoras tamanha gentileza . . . FRANCISCO
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ARTISTA Moacir de Freitas volveu ao microfone. E pela Nacional apresenta programas dos mais agradáveis.
Darcila Barros é uma cantora de classe, que vem agradando na Nacional. Dilú Melo anda cantando com muiNota-se que ta repetição de números. ela vem abusando do sotaque gaúcho nas canções riograndenses . . . Celso Guimarães vem fazendo bons tipos nas comédias folhetinescas da Nacional. —- Há um "difícel", num disco de publicidade de Heloísa Helena, que fere os ouvidos do público.
-— Marilia Batista . . . Houve época em que ela- conseguiu merecer de todos elogios pela sua personalidade. De uns tempos a esta parte, talvez a preocupação de fazer espírito, de brincar com o público, tem feito perder o velho prestígio. Também a facilidade com que faz os sambas é culpada de muita coisa. Não é que até samba sobre o que falam de si é levado para o microfone. Santo Deus !
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RADIATRO Se existe artista de merecimento no rádio - teatro, Mafra Filho é um destes. Tem público. Possue muitos admiradores.
LÍRICO Uma voz agradável, que encanta a todos, a de Maria Clara Jacome. Artista de méritos reais, elogiada pela crítica, possue muitos ouvintes em todo o país.
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MALHO
Uma artista que vem perdendo o interesse do público : Zézé Fonseca. O programa de Paulo Gracindo anda muito bem feito. E Dircinha Batista ? Onde é que anda aquele sucesso enorme dos bons tempos ? —.- Em compensação, a sua irmã, Linda Batista, vem fazendo furor com os sambas bonitos e quentes que apresenta na Nacional.
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"ALERTA
BRASIL"
O poder do rádio a serviço do país. Vemos aquí,p Tenentc-Coronel Ari Maurell Lobo fazendo úma série de palestras patrióticas no microfone da Radio Clube. Palestras que despertam o maior interêsse do público.
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TSbequed Quando é que teremos novos humoristas no rádio ? Os que andam por aí estão muito gastos e precisam, com urgência, de substitutos. Não deixa de ser interessante a "Hora do Pato", da Nacional. As notícias sobre a guerra, tão es"fans", peradas pelos poderiam ser bem feitas. Sente-se que os direitos artísticos não querem perder tempo, organisando-os de sorte a interessar os ouvintes.
EVOLUE O RADIO O radio vem evoluindo — a Nacional em ondas curtas. A Tupi, com estúdios bonitos, decorados pela inteligência sadia e viva de Portinari. Damos aqui um aspeto de um dos novos estúdios, da estação de Teófilo de Barros, com os artistas em cena aberta. Anda correndo uma notícia sobre a possível volta de Carmen para o Rio, pois a Metro anda enfastiando o público com aquelas suas vestimentas exóticas. Cristina Maristani vai cantando sem aquela velha fôrma.
2_W_t.j Barbosa Júnior continua a agradar o público, aos domingos, com o seu humorismo. Tupi apresenta um admirável "Boletim da Guerra".
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Esperam-se novos programas na Rádio Clube, mercê da iniciativa de Renato Murce. Rosina Paga apresenta um programa radiofônico muito apreciado na Nacional. A Nacional vem interessando o público com as suas inovações. Intoleráveis, os programas, sem graça alguma, da Pimpinella . . . Há um programa "Posta Restante", na Mairink, desenxavido, e onde o locutor pretende fazer gracinhas românticas com as "fans" que lhe escrevem.
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LOCUTOR O Frias volveu com saudades dos Bstados-Unidos. Ê verdade que o Brunini durante várias noites se encarrego^ de imitar a sua voz, com aquela inteligência viva. Mas, contudo, o público aguardava a sua volta ao microfone. Ari Barroso agora apresenta, semana sim, semana não, um programa de calouros para os cantores de músicas finas. E fez bem, pois, em verdade, os calouros deste gênero prejudicavam seriamente os de música popular. Jararaca e Ratinho ainda conse"performances" com os guem ótimas seus programas humorísticos na Nacional. Tudo porque estamos sem humoristas. Jorge Murad poderia caprichar em selecionar melhor as suas piadas. Fala-se por ai que Aurora Miranda não conseguiu muita coisa nos Estados-Unidos.
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HUMORISMO MO RADIO A Rádio Clube possue um "team" des melhores humoristas. Nem a chalaça pesada; nem a pilhéria engomada. Graça de bom quilate. Veja nos aqui'o naipe da estação do Cinearte, onde se encontram, na foto: Renato Murce Vasco Ferreira, Juvenal Fontes, Lauro Borges e Jorge Murad.
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O RADIO E A MULHER BRASILEIRA Por DIVA PAULO P — Que juizo faz do nosso "broadeasting" ? R — Aprecio tudo aquilo que representa esforço, e assim não posso deixar de louvar o que já se tem feito pelo nosso "broadeasting". Penso, todavia, que ele ainda se ressente de bons programas de studio. P — Que s.s deveria fazer para elevar o conceito do radio brasileiro ? R — Selecionando programas e artistas, o que daria magnificos resultados, que o tornariam de grande interesse para os ouvintes, já hoje bastante exigentes. "broadp — Qual a aplicação que deveria ter o rosso casting" em relação às donas de casa? R — A de utilidade domestica, preservando as donas de casa de certos embaraços, que às vezes se complicam por falta de conselhos ou de bôa orientação. Por exemplo: — receitas médicas, preceitos de higiene na missão de educar os filhinhos, e regras, de bôa moral.
Violeta Coelho Neto de Freitas
Violeta Coelho Neto de Freitas, o grande sodo Teatro Muniprano das temporadas oficiais cipal, cuja interpretação na "Madame Butterfly" de. Pucini, consagrou definitivamente o seu valor, tornando tão famoso o seu nome, é a nova entrevistada nesta página de "O Malho". Inteligência e cultura brilhantes, Violeta Coelho Neto de Freitas é uma das mais fervorosas aãmiradoras do radio brasileiro elevado, e já deu, em 1930, ao microfone da Radio Mairinque Veiga, então dirigida artisOcamente por Felicio Mastrangelo, uma série encantadora de concertos. Atuou, ainda em 1937 e 1939 respectivamente, nas emissoras Nacional e Mairinque Veiga, com sucesso admirável, Segve.mse as respostas da gentilissima filha ão saudoso e imortal Coelho Neto.
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NAS "ONDAS MUSICAIS"
A consagrada cantora Nair Duarte Nunes, concertista de renoNair Duarte Nunes me e uma das mais notáveis intérpretes de música de camera, que durante o mês de Janeiro proporcionou ao público brasileiro ensejo de ouvi-la através dos "Ondas Musicais", da Cia. Carris, programas Luz e Força do Rio de Janeiro.
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P — Como tornar
o radio interessante
para as moças?
R — Proporcionando-lhes, sem fatigá-las, programas quecontenham um pouco de tudo: literatura, música,, religião, esporte e conselhos de beleza. ^ P — Que poderá fazer o radio para colaborar na grandeobra de educação popular ? R —.Incutir no espirito do povo o amor à pátria, exortando-o a bem servi-la, mostrando-lhe as nossas riquezas e nossos valores. Organizar programas decunho educativo, elevando sempre os grandes vultos: da Historia do Brasil, para que sejam respeitados e imitados
"A MULHER TEM RAZÃO 1" A festejada dupla MariliaHenrique Batista parece ter entrado o novo ano com o pé direito, pois aí está fazendo um grande sucesso o samba "A mulher tem razão", de autoria de' ambos e interpretado pela própria co-autora, a "Princezinha do Samba", que tantos êxitos vem alcançando em sua carreira artística. Além desse samba, verdadeiramente saboroso, a que a empresta toda Marilia graça de sua bregeirice, os irmãos Batista têm outras produções em disco, com « colaboração de Marino Quintanilha, que também estáo conquistando aplausos.
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Para janíar é êsíe vestido jersey de sêáa apresentado por Paulette Goddard (Foto Paramount).
Verão ! Eis a série de dias essencialmente luminosos, tão bonitos que amainam a sensação de calor. O trem voltou a figurar entre as conduções de luxo todo o mundo se conpara as cidades serranas. E assimaté as cousas melhoradão, lhe forma com aquilo que rem . . . Na serra ou na cidade as mulheres vestem-se de coloridos alegres, ou envergam trajes imaculadamente alvos o que lhes vai à boniteza loira, à morenice tropical ou ko trigueiro da pele pacientemente adquirido à quentura do sol. Calor ? Decerto. Mas os gelados, os banhos de mar, uma estada na praia à noite chegam para atravessar a temporada estivai. Os cinemas, cujos salões são refrigerados, atraem o ainda melhor do conpúblico Pena é que não se trate um meio de afugenfôrto dos espectadores, procurando tar as pulgas que primam em estabelecer-se nas casas de diversões. Chegam-nos, de freqüente, novidades em matéria feminina, primores de bom gosto, enindumentária de tusiasmando-nos tanto que chegámos a esquecer, por momentos, tudo que se passa lá fora em materia de guerra. As mon trás da cidade enriqueceram-se, desde o r.atal, com perfumes e outros preciosos nadas necessários à elegância da mulher. E assim ninguém mais se tem a queixar de que os grandes perfumistas deixaram de 11 — 19 4 3
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FEMININO Por Sorcière
trabalhar, e, se não fora a elevação de preços, pouco nos aperceberiamos da escassez (relativa, sem dúvida) de transportes. As essências de violeta, de rosas, de musgo, de tabaco, de madeira, e outras mais voitam a completar-nos a graça de um traje, a acentuar-nos o "glamour". E os perfumistas são tão entendidos em matéria de realçar os atributos femininos que fabricaram essências de maçã e de pêssego para serem usadas na presente quadra do ano. Os chapéus continuam esquisitos, contuinteressantes, e tão variados de feitio como do os penteados variam agora, se bem que aquêle alto, com uma espécie de franja arrepiada na frente, esteja na ordem do dia. Dizem que Hay worth, aquela Dona quem o lançou foi Rita Sol maravilhosa do "Sangue e Areia" com Tyrone Power. Em Dezembro ainda, a 13, Hyldeth Favilla fez anos. Às suas inúmeras amizades — o que ha de elevado no mundo das letras, das artes e da aristocracia social —, ofereceu um "cocktail" na sua elegante residência aberta para as águas azuis e a areia doirada da Avenida Atlântica. Foi, realmente, uma tarde agradabilissima. Vieram depois as festas do fim do ano. Janeiro surgiu com as promessas costumeiras e as costumeiras esperanças a bailar no coração da gente. Fevereiro aí está. Esperemos o carnaval . . . Na praia o "sarong", tal como este de Ann Ruiherfcrâ, tornou-se veste de elegância. (Foto M. Goldwyn)
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COMO VESTEM ESTRELAS
Diana L y n n vestida de fustão e alvo organdi, traje para dansar c para gente muito moça.
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Para noites estivais Shirley Temple sugere este vestido de listrau amarelas e azuis.
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"player" Diana Lj/nn, jovem da Paramount, veste algodão alegremente estampado de côres vivas, e uma espécie de avental de organdi branco.
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modelo Simples e elegante"summer de vestido para afternoons" apresenta Jinx Falkenburg, artista da Columbia, em "Sweet heart of the Fleet".
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Jane Wyman, — da Warner, — eis a moderna silhueta para festas â noite. O "formal" vestido é azul, graciosamente drapeado â frente, cinto de pelica ouro e fita de veludo negro.
Novo modelo de "tailleur", o de Jeanne Cagney, da Warner Bros.
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ELEGANCIA
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: Feitio para fustuo branco, iniciais de cor.
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"ü' nsemo i g" sport" apresentado por Bonita Granville, "glamour girl" da R. K. O. II —
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PRATICA
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Êk Gracioso modêlo para aigodão estampado.
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Stíia - corpete azul marinho, blusa vermelha e branca — traje para menina - moça. II
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#1.-/ "Tailleur" branco, galante a valer. 0
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Aqui está elegante e juvenil, um traje para curtir-se ao sol. almoçar numa varanda à beira-mar, ou uma partida de tênis.
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Verde, de crepon de algodão, enfeitado de b o r d a d o branco, eis um "maillot." para você ...
Mais um "ensemble" para "sports" aquáticos apresenta Jane Randolph.
Maureen 0'Hara n u m matinal "ensemble" de tecido de algodão. — 62 —
ANDE BONITA EM CASA Fazenda ciara, levemente c s t a mp aa a, serve a este vestido enfeitado de galões escuros.
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\_> Juvenil e prático modelo dr algodão quadriculado, abas formando reversos, e dois bolsos como guarnição.
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Confortável sala de estar de uma residência de verão. Predomina um velho e sóbrio estilo, alegrado pelo colorido dos estofos e o desenho da louça.
DECORAÇÃO DA CASA
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Ariel Heath, loira e bonita artista de Hollywood, adora os estofos de cetim.
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SEEREDQS DE BELEZA DE HOLLYWOOD Por MAX FACTOR MAQUILLAGE fi REMÉDIO ? que Poucas mulheres parecem compreender "rea "maquillage" possue certos valores como Muita vez cura, temporáriamédio" mental. ou deprimidos. desencorajados mente, cérebros Todos nós, de uma ou de outra fôrma, temos reas nossas crises emocionais. O mundo está sempre coincidem nem idéias cujas de gente, pleto de idéias recom as nossas. Desse entrechoque perturbados sentimos nos E dundam conflitos. mentalmente. e deprimidos
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HOMENS a estesctoOs homens não são tão sujeitos Ocasionalnervosas. mulheres as como aues dessas depressões cumbe dominado por uma abandonado pela muUlvez que êle tenha sido passado da conta uw que ama, ou talvez tenha importa a causa. Não "cock ingeridos. tails" nos mentalmente perestá cedo Mais tarde ou mais : Ê então que os amigos aconselham turbado "Faça a barba e tome um banho de chuveiro, logo se sentirá melhor." conselho masculino, Trata-se de um excelente mais completa r, rmal no mais das vezes, é da refrescamento da barba do Depois eficiência A se sente melhor. e do banho, realmente melhorou. perspectiva mental
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| NORMA
MULHERES equivalente feO mesmo conselho, transportado para o cujos céàs mulheres, Ajusta-se são. minino, é igualmente conuma rebros' estiveram perturbados, possivelmente por namorado. tenda com o marido ou com o "seu frescor, loções Um banho de chuveiro com todo o "maquillage" produzirão maravilhas no amaciadoras e nova restaurar a tranqüilidade. deMinhas observações nos estúdios cinematográficos Existem várias respeito. a magníficas ilustrações ram-me represendas nossas maiores estrelas do cinema que, quando momentaneamente a camera, tam uma cena dramática para Greta Garbo, transcendem o reino da imitação emocional. são Isabel Jewell os primeiros e Leeds Andréa Bette Davis, realismo desse como à mente possuidoras chegam me nomes que outra. dramático. A divina Sarah Bernhardt foi Isabel Consideremos Isabel Jewell por um momento. armais das mais jovens promissoras colocára-se entre as desempenho em Seu soberbo tela. da tistas dramáticas "Horizonte Perdido" será lembrado por muitos anos. Depois de uma cena' muito dramática, Isabel sofre tão forte tumulto emocional como se estivesse tendo tal ocurrência na vida real. E quando termina a cena, retira-se para restabelecer-se do choque como se o mesmo fosse oriundo de um acontecimento da vida real. Se a cena motivou Antes de tudo, retira a maquillage. Se fôr lágrimas, coloca compressas de gelo sobre os olhos.
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possível um banho de chuveiro, ela gradua a temperatura da água desde o ligeiramente morno até o frio-. As atiibulações da cena deixaram-na envelhecida e o chuveiro frio serve para restaurar a função normal dos músculos do rosto, Com êle as linhas características voltam de todo o corpo. à primeira fôrma. MAQUILLAGE Dentro Vem, então, a substituição da "maquillage". vitão bem de meia hora, depois de terminar as cenas que — menfísico, mas não só no veu, Isabel é Isabel novamente A temporária "doença mental" foi tal e emocionalmente. banida. Tais miraculosas transformações tenho assistido, repetidas vezes, no palco, na tela e na vida reil. As aparências carrancud.as são melhoradas por um tal refrescamento e as atitudes mentais, por sua vez, tornam-se absolutamente mais claras com este equivalente feminino da fórmula masculina da "barba e do banho". Naturalmente o sono e o repouso são os melhores restauradores, tanto para o corpo como pára o cérebro, quando eles são atingifos por doenças de qualquer espécie — espe* cialmente as que são oriundas de aborrecimentos morais. Se a carência de tempo proíbe-os, a melhor coisa a fazer é seguir o tratamento suavisante do corpo e da face que traPoucas depressões mentais podem resiscei linhas acima. tir por muito tempo a tal tratamento restaurador.
NÓS LHE RECOMENDAMOS — VÊR À PAGINA 3 II
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PASTA
PARA
MATA-BORRÃO
Linha Marca "ANCORA" (Stranded). Material necessário : — 1 meada de cada : F 412, (Roxo muito claro); F 414, (Meio roxo); F 444 (meio amarelo); F 492 (Rosa claro); F 495 (Rosa escuro); F 506 (azul marinho pálido); F 508 (azul marinho claro); F 595 (azul-aço); F 774 (verde glacial); F 676 (verde sêco) e F 793 (carvalho escuro). Usar três fios o tempo todo. Linho cinzento 32 cms. x 1,22 cms. 1,46 cms. de cordão torcido azul e o pingente para combinar em "azul-aço". 2 pedaços de papelão 30 x 23 cms. e mata-borrão. 1 agulha para bordado marca "Milward" "Crewel" n.° 6.
brir as duas partes de papelão cuidadosamente com o tecido. Colocar o cordão em volta da parte da frente da pasta, cozendo-o ligeiramente com pequenos pontos. Colocar um outro pedaço de cordão em volta da parte posterior da pasta, afim de manter o mata-borrão na posição devida, devendo também o cordão ser cozido apenas com pontos esparsos afim de segurá-lo. Cozer o pingente na extremidade da parte posterior do cordão. Outras utilidades para o risco : — Encostos de cadeiras; centros de mesas; "liseuses"; sachets para camisas de noite; guarnições de roupas brancas ou aventais para casa. Linha Marca "ANCORA" (Pérola) n.° 8 — Novêlos de 10 grms. 1 meada de cada (côres como discriminadas acima). Linha Marca "ANCORA" (Pérola) n.° 8 — Meadas de 25 mts. 1 meada de cada (côrevS como discriminadas acima).
Riscar o desenho no tecido na parte da frente da pasta. Seguir o diagrama e as anotações no mesmo ^ara a colocação das côres e pontos. As letras nas anotações do diagrama, indicam os pontos e estão distribuídas como segue : AC — ponto simples; B — ponto de casear bem largo; O — ponto curto e ponto longo; R — ponto cheio; U — ponto de haste. MODO DE CONFECCIONAR A PASTA — CoO
MALHO
Vide o risco e a indicação do ponto na revista ARTE DE BORDAR do mês de Fevereiro de 1943). 66
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Conjunto gracioso, talhado em crépe de seda de tonalidade pastel, guarnição de fofos do tecido.
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"Negligée" de crêpe de seda vermelho maravilha. As mangas franzidas movimento' dão original à silhueta, bem como o p a »ej-m ent o da saia na parte da frente.
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Ir Camisa de noite, feita de crépe de seda amarelo fraco, guarnição de seda estampada de azul e rosa cravo.
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Pijama de crépe cetim, de colorido s uave, singelamente guarnecido de bolsos e um "éclair" dourado à frente da blusa.
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Pijama de "rayon" verde água. muito leve e adequado às noites quentes.
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2 colheres de água. 1 colher de açúcar. colher cheia de fécula de batata. ovos 1 colher das de café de fermento colher bem cheia de farinha de trigo. Misturar o açúcar com a manteiga, juntar a fécula dé batata, o fermento, a farinha de trigo e por último o leite já dissolvido na água. Bate-se bem essa massa e levar ao forno quente num taboleiro untado com manteiga.' Depois de assado, cobrir com açúcar e canéIa, e cortar em pedacinhos. Bolo
Pará
pires de queijo ralado colheres de farinha de trigo claras colher bem cheia de manteiga colheres de açúcar colher de fermento colheres de Leite "Moça", dissolvidas em 1 chicara d'agua. Bater o açúcar com a manteiga, juntar o queijo ralado, o leite misturado com o fermento 8 4 1 6
Bolo
de
PARA O ALMOÇO
peixe
350 grs. de fubá de milho, água e sal, formar um angu. Quando em boa consistência, retirar do fogo e juntar meia colher de manteiga, despejar numa fôrma untada com manteiga, e pôr a esfriar. Cozinhar um peixe ensopado bem temperado, retirar as peles e espinhas, juntar pedacinhos de palmito cozido e passado na manteiga, engrossar o molho do peixe com um pouco de maizena dissolvida em leite. Virar o bolo de angu para um prato, umedecer em toda a volta com ovo batido, polvilhar com farinha de rosca, repor na forma lavada e untada de novo com manteiga.-- Fazer boa cavidade na parte do centro do angu, encher o vasio com o peixe, cobrir com um pouco do angu e por cima pôr uma folha de papel untado com manteiga. Conservar a fôrma um quarto de hora na boca do forno. Servir quente, um bonito prato. Delícias de bacalhau Escaldar 250 grs. de bacalhau, passar na máquina juntamente com 250 grs. de batatas cozidas. Fazer um refogado com azeite, tomates, cebolas, pimentões e salsa, tudo passado na máquina. Misturar o refogado, fora do fogo e não muito quente, ao bacalhau; juntar 3 ovos batidos, 1 colher de farinha de trigo, 2 de queijo ralado, meia chicara de leite. Mexer bem. Fritar às colheradas, formando bolinho, em azeite quente. Servir muito quente, dispostos os bolinhos num gúardanapo enfeitado com salsa. (A mesma receita presta-se a peixe). BOLOS Bolo
de
manteiga
2 colheres das de sopa de Leite "Moça". 1 colher das de sopa de manteiga.
e a farinha. Bater bem. Por último as claras em neve. Fôrruo regular. SIRVA COM SORVETE OU CHÁ: Quadradinhos de bananas Ingredientes — 3 colheres de sopa de manteiga, 1 colher de fermento, 3 chicaras de farinha de trigo, 1 chicara de açúcar, 1 chicara de leite, 2 ovos. Bater tudo junto até fazer bolhas, estender num taboleiro, colocar as fatias de banana por cima, pulverizar com açúcar e canela. Após 15 minutos de forno retirar, recortar em quadradinhos, e á medida que os fôr arrumando no prato, pulverizá-los de novo com açúcar e canela. "delicia" para "lunch". Gostosa sobremesa, ou Bolo de maçãs Ingredientes — 125 grs. de manteiga, 125 de açúcar, 200 de farinha de trigo, 1 colher de fermento, 3 colheres de sôpi de leite, 750 grs. de maçãs descascadas, 3 ovos. Bater a manteiga e o açúcar até ficar espumoso, pouco a pouco juntar as gemas, a farinha misturada com o fermento e tanto leite frio até ficar a massa bem íôía (3 colheres, mais ou menos) . Juntar, então, na massa a ciara de ovos batida no ponto de neve, pôr em fôrma bem untada. Por cima colocar os gômos de maçãs, cobrindoos com açúcar. O bolo vai ao forno por meia hora. Servir o bolo com creme "chantilly" bem gelado ou qualquer geléa, ou mesmo ao natural.
VÊR NA PÁGINA 3 — NÓS LHE RECOMENDAMOS O
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MEDO
DE TI... F.
te vejo com os mesmos olhos com que 'os NAO outros homens te vêem . . . Não vejo em ti, divina criatura, como os outros, apenas a mulher bonita. Ao contrário dos outros, tenho medo de olhar-te . . . tenho medo de ouvir-te. É que o teu semblante e a tua voz me falam' do sonho mais lindo de minha mocidade. Já não tens, é certo, o mesmo frescor das rosas em botão.
Já não tens o mesmo viço angélico do verdor dos anos . . . Não tens mais aquêles contornos graciosos da quadra virginal da tua vida. Mas, ó querida assassina de meus sonhos ! tens ainda o mesmo ar altivo e dominador,
a mesma expressão diabolicamente
linda que me magnetisou na puberdade. Tens o mesmo talhe de boca, o mesmo sorriso, o mesmo olhar, os mesmos olhos verdes . . . Tua voz tem ainda o timbre familiar daquela que, com acordes divinos, me falava de um mundo irreal e eterno de beijos e ternuras. Es hoje, por tudo isto, a recordação viva da maior alegria, da mais bela ilusão de minha vida. Sinto, ao vêr-te, o que sente o misero proscrito, o infeliz expatriado que — após longos anos de ausência e sofrimento em terra extranha — divisa, à distância, a primeira co' lina do Sim ! tu eras a minha país natal. Pátria . . . Por ti daria a vida, se preciso
DE PAULA
fosse. No entanto, me afastaste um dia do teu convívio. Exilaste-me, Pátria ingrata ! do teu seio. Hoje — dez anos decorridos — habitada por sacrílegos extranhos, mostras-te arrepenMas, oh ! não me dida da tua ingratidão. julgues pela robustez aparente ! Não sou mais o moço forte que conheceste. Arruinaste-me a saúde . . . Por tua causa sou hoje quase surdo . . . Abandonei por tua causa um futuro que me poderia ter sido esplendoroso Tornaste-me um cético, um descrente em plena juventude. Por isto eu tenho medo de ti . . Não !
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LESSA
Não tremeria, tal vez, diante de um tigre, mas sinto um tremor Cheguei * extranho diante do teu sorriso. amor, amor, e, te odiar por pensei um dia por em matar-te !
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não sou covarde !
Trago, indeléveis, no rosto, as marcas de teus beijos ! Não te vejo, repito, com Os mesmos olhos com que os outros homens te vêem . . . Teu semblante exerce sobre mim uma influência indefinivel ... Contigo eu alcançaria a suprema
glória ou a desgraça suprema. Tens na minha vida a força de uma predestinação ! Não sei, por isto, se, agora que confessas que me entendes, eu te deva amar ou fugir de ti !
HOMENAGEADO O DECANO DOS EDUCADORES DO PARANÁ Professor Artur Ferreira Loióla, decano dos educadores paranaenses, cujo 80." aniversário, coincidindo com a passagem do 62.° de magistério, vem de ser come-, morado da maneira mais carinhosa pela sociedade, imprensa e meios educadonais de Curitiba, onde o venerando educador conta com mais crescido número de antigos alunos, amigos e admiradores.
S. Pedro disse... CHAVES Y A L E
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e para automoveis - fazem-se em 5 minutos Outros tipos cm 60 minutos.
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Concertam-se fechaduras, abrem-se cofres.
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RUA DA CARIOCA N.° 1 (Café da Ordem) RUA 1.° DE MARÇO N.° 41 (Esquina de Rosário) PRAÇA OLAVO BILAC, 16 (Frente ao Mercado das Flores) RUA SAO PEDRO, 178-180 (Atendemos a domicílio) — Telefone 43-5206 --
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Milton, filhinho do Sr. José da Silva e de sua senhora, Doria Olivehxi da Silva, c neto de nosso cobrador Artur Furtado Rodrigues.
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A graciosa Marlene, filhinha do Sr. Mario Russel Mac Cor d, e sua esposa, Sra. Eunice Mac Cord, residentes nesta Capital.
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(Conclusão) me teria colocado na rua, sem contemplações..." Uma campainha soou, no gabinete diretorial. E então: que tinha o sr. ainda a dizer-me? — interrogou o sr. Aubigny, novamente só. Somente desejava manifestarlhe minha gratidão pela promoção — resque acaba de me prometer pondeu humildemente. Retirou-se. Estava exasperado e sentia contra o senhor Aubigny, que não enganara a mulher, o mais profundo rancor, o ódio que, na alma de um homem, tanto mal pôde fazer.
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( Conclusão ) Eu ia aproximar-me, para estenderlhe a mão, quando a pantera, num último arranco, poude levantar-se, assestando-me com a garra um terrível golpe na perna, que quase me fez desmaiar. Maria deu um grito agudo e, com um denodo de que não a julgaria capaz, apanhou do chão uma enxada e bateu com ela na cabeça da fera, até conseguir de fato matá-la. Então, tomei-a nos braços. Sofre muito ? — perguntou-me ela. Minha ferida era grande ; porém, não sofria, juro-vos. Apertava contra o coração a mulher que adorava, e estava certo de que me correspondia. Sofreria mil torturas si tivesse que ter como recompensa, sempre, um minuto como este — respondi — Maria, você salvou minha vida ; agora é sua — faça com ela o que quizer. E você ? Também não salvou a minha ? Ê sua, nada mais do que sua. Deveras ? — balbuciei, louco de júbilo. Sabe o alcance de suas palavras ? E o que me permitem esperar ? Tudo quanto um homem pôde esperar sobre a terra — respondeu ela. E, com delicioso gesto apaixonado, ofereceu-me os lábios para firmarmos nosso amor.
II ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA
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^ o seu trabalho silencioso e COM fecundo tem a nossa gloriosa Marinha construído numerosas unidades que já se encontram em pieno serviço. O Brasil exige e espera de todos os seus íilhos o melhor dos seus esforços para a aparelhagem de sua defeza. O desenvolvimento da economia coletiva é uma fóima de colaboração nacional A poupança, a economia e a previdência são elementos de progresso econômico. Colabore por esse progresso, poupando gastos supérfluos, economisando quantias disponíveis, prevenindo o
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seu futuro e o dos entes caros, subscrevendo títulos de Kosmos Capitalização S. A., a companhia brasileira que reunindo pequenas quantias dispersas e improdutivas, as transforma em importâncias avultadas, multiplicando pequenos capitais inúteis, fazendo-os trobAhar, tornando-os grandes e úteis à economia nacional. Com essa colaboração, além do interesse geral, se atende ao da previdência individual, pois, o título de Kosmos assegura a formação de um pecúlio que nos garante a tranqüilidade nos dias sombrios.
NO MAR, NA TERRA E NO AR Herdeiros de Tamandaré, os Marinheiro-, do Brasil patrulham os mares territoriais. Herdeiros do Caxias, os So d idos Braseiros velam pela Integridade do nn«u território. Herdeiros de Santos Dumont. os Avi idores da K.A.B. voam os céus sob o Cruzeiro do Sul. prontos para vingai nossa honra e defender nossa soberania.
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