Revista O Malho

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A PRÓXIMA EDIÇÃO

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OMEMORANDO a data natalicia do Presidente Getulio Var"O gas, a 19 de Abril próximo, MALHO" aparecerá nesse mês em

edição especial, grandemente aumentada, e inteiramente dedicada a essa efeméride. Por isso, não circulará, como habitualmente, no dia I." do mês, mas sim no dia "Dia do Presidente". Essa edição comemorativa será fartamente ilustrada, trará colaboração especial, doubiés e tricromias, e a qualidade da matéria que oferecerá aos nossos leitores compensará perfeitamente, estamos certos, o retardamento de alguns dias.


UM CONCURSO A trinta e sete anos vem "O TICO-TICO" empreendendo os melhores esforços, no sentido de pôr ao alcance da infância brasileira a mais selecionada e saudável leitura, através de suas páginas como dos livros que reuniu em sua Biblioteca Infantil. Essa tarefa, embora não sendo das mais fáceis em um país onde, até há bem pouco tempo, eram raros os escritores que se dedicavam à literatura para a gente miúda, tem sido levada a cabo com o mais vivo interesse, e não mediremos esforços para continuar a executar tão belo programa, que diz de perto com a formação da mentalidade e do caráter dos homens de amanhã. Por ser assim é que o "O TICO-TICO" resolveu agora lançar, numa iniciativa ainda absolutamente inédita entre nós, um concurso literário entre escritores adultos, para oferecer leitura sadia aos nossos meninos. No quadro ao lado estão especificadas as BASES do certame, que se encerrará em 31 de Julho do corrente ano, e por meio do qual serão conferidos seis prêmios e três menções honrosas aos trabalhos melhor classificados. Oferece-se, assim, uma excelente oportunidade aos nossos escritores, não só aos já consagrados, como aos que ainda não apareceram devidamente, para colaborar na campanha de saneamento mental da Juventude Brasileira, em que "O TICO-TICO" agora mais do que nunca está empenhado.

ENTRE GRANDE GENTE PARA DAR BOA LEITURA AOS PEQUENINOS

BASES O TICO-TICO institue, a partir de Io de Fevereiro, para encerramento em 31 de Julho do corrente ano, um CONCURSO de histórias para crianças, entre contistas nacionais, conferindo os seguintes prêmios: UM PRÊMIO de CR$ 300,00 — ao autor do melhor conto infantil sobre assunto patriótico. UM PRÊMIO de CR$ 150,00 — ao autor do trabalho do mesmo gênero imediatamente c 1 a s s ificado. UM PRÊMIO de CR$ 300,00 — ao autor do melhor conto infantil sobre motivo de folclore brasileiro — UM PRÊMIO de CR$ 150,00 ao autor do trabalho do mesmo gênero imediatamente c 1 a s s ificado. UM PRÊMIO de CR$ 300,00 — ao autor do melhor conto infantil para meninas. — ao autor do trabalho UM PRÊMIO de CR$ 150,00 do mesmo gênero imediatamente c 1 a s s ificado. 2 Os originais, datilografados em dois espaços, não poderão exceder de seis (6) folhas tamanho almaço, escritas de um lado só. Os autores assinarão com pseudônimo, juntando uma sobrecarta com a identidade e trazendo por fora o título do trabalho concorrente e o gênero a que pertence. Cada autor poderá concorrer com um ou mais trabalhos e a um ou mais gêneros. Os trabalhos deverão ser endereçados à REDAÇÃO DO TICO-TICO (Concurso de CONTOS) Rua Senador Dantas, 15 — 5.° andar — Rio de Janeiro. Serão recebidos até o dia 31 de Julho de 1943. Os trabalhos concorrentes serão julgados por uma comissão especial, cujos componentes só serão conhecidos depois da proclamação do resultado.

MENSARIO INFANTIL Propriedade da S. A. "O MALHO" Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar) Caixa Postal, 880 — Telefone: 23-4422 RIO DE JANEIRO Diretor: A. de Souza e Silva Preço das assinaturas, remessa sob registro postal: Para o Brasil, toda a América. Portugal e Espanha: 12 meses Cr" $ 25,00 " 6 " $$ 13,00 Número avulso 2,00 Publica-se no dia 1.° de cada mês.

Os trabalhos enviados ficarão sendo de propriedade de "O TICO-TICO" que poderá publicá-los a qualquer tempo, devendo entretanto fazer sempre referencia ao concurso, quando o fizer. Haverá três (3) Menções Honrosas, uma para cada gênero de conto. 8 O veredicto da Comissão Julgadora será definitivo e a Redação se reserva o direito de excluir do certame o trabalho"Oque lhe parecer não corresponder à orientação de TICO-TICO".


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UM CAPITULO DE

"FERAS

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Visto por H. PEREIRA DA SILVA "Feras Humanas" é um livro que nos revela, como uma chapa fotográfica, o que é um campo de concentração nazista. a imAs suas trezentas e dezessete páginas nos dão "feras napressão de um instantâneo sensacional, onde as zistas" aparecem na intimidade, isto é, saqueando, assassinando, torturando, enfim, cumprindo ao pé da lei, o regime totalitário. Há no livro, cenas de intensas emoções dramáticas. "Terror no Subterrâneo", por exemplo, é um capítulo que Nele vemos o autor cala profundo no espirito da gente. do livro, ser covardemente espancado pelos homens da S. S., Depois sem conhecer, siquer, os motivos das pancadas. ainda sem nenhuma explicação, é transportado para o campo de concentração, onde passa treze angustiosos meses, que são os motivos desse grande livro de W. Langhoff e George M. Karst, editado por Calvino Limitada. Passemos ao capítulo, que é, na realidade, o que nos interessa, por hora.

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"O homem das tropas de segurança abre a porta de nossa cela. Langhoff, ao interrogatório ! Está aí a polícia. pelo cabelo, Enquanto visto o casaco e passo o pente "Talvez me pomil pensamentos me atravessam a mente. Não há nada nham em liberdade. Na certa que o farão. contra mim, e uma vez que eu possa fazer declarações, não mé prenderão mais . . . Vamos, rápido ! Caminho adiante do homem e me dirijo para os escritoMas êle rios da administração, passando junto à central. me diz : Não ; por aqui, para baixo. "Que Por uma pequena escada, desço ao subterrâneo. coisa extranha — penso. — Meu companheiro abre uma Surge uma eéla completamente vasia. porta de ferro. »Apenas o chão de pedra, altas paredes pintadas de cal, e. junto ao teto, uma pequena janela de vidro grosso pintado. Faz um frio tremendo. Uma sensação de Fico sozinho. O homem se retira. Por que me trouxeram para este inquietude me invade. subterrâneo ? Sem ruído se abre a porta atraz de mim. Seis ou sete guardas entram e tornam a dar volta a chave. Mal os vejo, compreendo logo as suas intenções. Não sou covarde, mas Os homens formam um confesso, minhas pernas tremem. círculo em torno de mim. Um deles tira do bolso uma ficha e mostra-m'a : Conheces tu o nome que aqui está escrito ? Não conheço. Deves dizer a verdade, sabes ? Antes que eu te quebre os ossos. Naturalmente, digo a verdade — respondo, e vejo como um dos S. S. tira o bastão de borracha do cinto. Vamos vêr : queres dizer a verdade ? Levo ambas as mãos ao E dá-me um golpe na testa. rosto e trato de cobri-lo como posso. Uma chuva de golpes Perturbado "pela dôr intensa, coviolentos cái sobre mim. meço a gritar : Socorro ! Socorro ! Parem, por Deus ! Vão me matar ! Já não vejo mais nada, tudo se confunde diante de meus olhos. Onde está Edith ? Nada respondo. Referem-se à minha secretária. Tua amante, porco ! com a qual tens dormido sempre. O Toda a horda estala em uma enorme gargalhada. sangue me sobe à cabeça. É mentira ! Que ? Um canalha vermelho, como tu, tens a ousadia de dizer que um nazista mente ? Um Zás ! Nova chuva de pancadas cái sobre mim. deles tira o revólver e m'o põe diante do rosto. Diga a verdade, canalha ! Estou Nada posso responder, nem sei do que se trata. Subitamente, os homens se reatordoado, e muito ferido. tiram. Passei a língua pelos dentes : faltam-me todos os dentes da frente. Malditos ! Arrancaram-me todos os dentes da frente ! Desmaiei. Acendeu-se a luz e a Em certo momento, despertei. porta de ferro se abriu. Entrou um grupo de tropas de seDois deles ostentavam distintivos de alta categurança. goria e cordões prateados nos bonés. Reconheci num deles o chefe do grupo do Oeste dos S. S., Chefe de Polícia de Dusseldorf e agora Conselheiro de Estado, Weitzel. Junto a êle estavam os meus verdugos. Depois Weitzel, sorrindo, saiu com o seu séquito." Aqui termina este capítulo, que é apenas o prólogo do que sucedera mais tarde no campo de concentração.

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D OR que será que o coração não envelhece ? Por que será que êle resiste ao tempo e não segue na mesma marcha o corpo que o possue ? Por que será que êle resiste a tudo e se conserva jovem ? Por que será que êle bate logo que desperta da sua infância, ama e depois parece extinto ? E, como os vulcões, um dia explode e se põe a amar de novo ? Por que será que esta explosão é mais forte e mais duradoura ? Este contraste, entre o coração ainda jovem e o corpo cançado já que o possue, é um fenômeno tão grande e tão inexplicável, que produz uma sensação de terror no espirito, apesar de forte. Depois de anos de calma, de resignação, de desprezo mesmo pela vida, o coração volta a si, desperta, bate, bate mais forte e acaba apaixonado, mas com uma paixão obstinada e cega. Êle não quer ouvir a voz do bom senso. Êle não quer saber de preconceitos. Êle não quer atender a nada na vida, e segue loucamente o seu caminho cheio de espinhos, cheio de afrontas, cheio de escárneos dos outros corações que se riem dele, mas, talvez, nem pensem que também amanhã poderão perder a razão e repetir este espetáculo que hoje acham impróprio naquela idade. E assim é a vida. Enquanto o coração rejuvenescido se põe a amar novamente, enquanto vibra de prazer com esta sensação, enquanto esquece os seus tormentos e pensa somente na sua vitória, não se lembra que, exatamente ao contrário êle produz o susto, o mal estar, a vergonha, a dôr física e moral, daquele corpo vencido já pelas grandes lutas da vida e cançado dos outonos que já carrega, sofre o martírio desta luta em si próprio, entre o doído coração e o sensato espírito que possue. Ah ! coração ! Se tu soubesses o quanto fazes sofrer este teu dono, este enfraquecido dono, que nem mais pôde lutar contra ti ! Se tu soubesses o que terás que sentir de dôr,- depois que reconhecer o teu erro e vêr que aquele outro coração por quem bateste se riu tanto de ti, da tua louca audácia de querer conquistá-lo, sem te lembrares de que já eras muito mais velho, de que já não estavas mais em fôrma para acompanhá-lo nos seus variados caprichos, os quais eram estimulados ainda mais por aquele outro corpo gentil, fresco e gracioso, cheio de esperanças e mocidade, que possuía o coração pelo qual ousaste pulsar ! Se tu soubesses, então, terias recuado nesta tua audácia, neste teu sonho que, na realidade, é um pesadelo, e, nem terias deixado ao outro a percepção de tua louca paixão. Se tu soubesses, então, terias rido de ti mesmo e compreenderias o terror que causaste, logo no primeiro momento ao teu bom e digno dono. Se tu soubesses o quanto irias fazê-lo sofrer e humilhar-se por tua causa, então, sim, com calma e resignação, pensarias logo no primeiro instante que a diferença que havia entre tu e aquele coraçãozinho, fazia com que não pudesses nunca ser atendido por êle. Ah ! Mas o raciocínio falha nas coisas de amor, porque o amor cega e apaga a conciência. E, assim, terás que acompanhar teu dono e sofrer a dôr atroz de uma grande desilusão. M. M. ALAGAO

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LIVROS E AUTORES f MEU ROMANCE DE AMOR O nome festejado de Coryna Rebuá retornou à evidência quando surgiu com ^'Felicidade", e que alcançou em 1930, "Alma Sedenta" e "Vida". posteriormente, com Agora a sutil poetisa nos dá, com o mesmo sentimento "Meu Romance de Amor", em cujas páe a mesma emoção lindos poemas. O livro traz ilustrações de Jorge ginas reuniu Os crítiGonçalves e tem agradável apresentação gráfica. cos se têm referido com palavras de elogio ao novo livro de Coryna Rebuá, e o mundo das letras rejubilou com o reaparecimento da poetisa para um êxito indiscutível como o que teve seu livro de poemas bonitos. QUANDO A LUA CHEIA VOLTAR Este livro do poeta Fernando Vitor é mais uma contribuição de Minas à literatura nacional. O autor, inspirado e cheio de emotiva personalidade, produziu sonetos bonitos que dizem bem de suas possibilidades nesse difícil gênero. "Quando a lua voltar" é livro A edição é de "Grifo" e dos bons sonetos. apreciadores aos certo agradará por que

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MUSICA DE LONGE do Sr. Erico VeNão se faça confusão com o romance "Música de longe" rissímo — onde, aliás, há tanta poesia . . . é um livrinho de sonetos do poeta capichaba Alvinar Silva, sonetos sonoros e bem feitos, mas que aparecem numa apresentação paupérrima, que dá pena. Efeitos da crise do papel ? De qualquer modo, é mais um volume a acrescentar à bagagem literária do autor, que é também orador e estudioso da nossa história, e que figura entre os melhores poetas do Espírito - Santo.

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"Assim falaram os profetas", de que se venderam, só na de milhar de América, em poucos meses, algumas centenas "Livros de Portugal, exemplares, e cuja versão portuguesa Ltda.", acaba de distribuir no Brasil é obra não apenas de um poeta, filósofo e sociólogo, mas também dum profeta. viu, à distância de O Dr. Ernst Izgur, o novo Nostradamus, "sexto sentido", que a Natuanos, em 1938, com o admirável reza lhe concedeu, o começo e fim da guerra, as consequências desastrosíssimas desta para o nazismo e o fascismo, o fim trágico de Mussolini e de Hitler, o porvir das Américas, e os mais importantes acontecimentos até o século 23. Trata-se de uma das obras mais extraordinárias de todos os tempos e destinada, por isso, a alcançar entre nós êxito idêntico ao que obteve na América e na Inglaterra.

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sf~\ S colecionadores de autógra^¦^ fos constituem um dos mais frondosos ramos da imensa família dos maníacos que põem no verbo colecionador o melhor de suas aspirações sobre a terra. Há os que ajuntam cartas e há os que se contentam com as assinaturas de quaisquer celebridades, falsas ou autênticas, que passem ao alcance de sua sempre pronta caneta-tinteiro. Há os que utilisam, para isso, o velho sistema dos álbuns, e há os que prefe¦rem as folhas soltas de cartolina, para a prática desse novo gênero de tortura mental do próximo ou do distante. Existem, ainda, os que exigem de suas vítimas pensamentos originais, em prosa ou verso, "sobre qualquer assunto", e com esse incentivo à vaidade humana conseguem coligir curiosos documentos, de que talvês mais tarde se arrependessem seus involuntários autores. Estará neste caso a colecionadora de autógrafos que nos últimos anos do Segundo Reinado

A MULHER NA OPINIÃO DE TRÊS CONSELHEIROS DO IMPÉRIO CURIOSOS SILVEIRA E

PENSAMENTOS

MARTINS,

SOARES

ANTÔNIO

monarquia, ex-ministros procedentes de diversas regiões do país.

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BRANDÃO

PRADO

Por HÉLIO teve a idéia de reunir pensamentos sobre a mulher, colhidos entre personalidades das. mais eminentes da política do Império. Três exemplares de sua original coleção vieram ter às cuidadosas mãos do Sr. Francisco Marques dos Santos, devotado amigo do passado brasileiro, e graças à sua gentilesa aqui os transcrevemos, para satisfação de quantos estimarem conhecer o que pensavam a respeito notáveis conselheiros da

— 12

DE

VIANNA

Gaspar da Silveira Martins — célebre orador gaúcho, Francisco de Carvalho Soares Brandão — ilustre advogado pernambucano e Antônio da Silva Prado — rico fazendeiro paulista, — foram as vítimas escolhidas para a colheita de opiniões planejada e exer:utada pela gentilíssima dama da corte de D. Pedro II.

O primeiro dos opinantes resolveu bordejar em torno do assunto, evitando uma declaração mais solene ou comprometedora. Preferiu brincar um pouco, uma vez que se não tratava de oratória parlamentar, para o tribuno dos pampas o mais sério dos temas. Eis o que graciosamente escreveu Silveira Martins a 1.° de Dezembro de 1888, numa das folhas

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GASPAR DA SILVEIRA MARo grande tribuno dos Pampas.

D_m^ TINS,

Conselheiro ANTÔNIO PRADO, em 1888, quando Ministro da Agricultura do Gabinete da Abolição, presidido por JOÃO ALFREDO CORRÊA DE OLIVEIRA.

soltas, de bordas douradas, da citada coleção : "As

mulheres devem ser amadas en general, como diz a canção espanhola, mas sem preferência, que é a escravidão. Como evitá-la ? Fechando os olhos para não vêr; tapando os ouvidos para não ouvir; e fugindo... Haverá homem capaz de tal heroismo ? Não creio. G. S. Martins Rio, 1.° de dezembro — 1888".

Francisco de Carvalho Soares Brandão, sisudo como convinha a um senador do Império, resolveu abordar uma questão mais profunda, a da educação da mulher para atividades não domésticas, já em seu tempo aqui discutida. Transparece em seu autógrafo, certa reação às reivindicações do feminismo, então alçando a sua voz por toda a parte, inclusive entre nós. Cresce, com isto, o interesse deste depoimento oferecido : pelo político pernambucano I I I — 1 9 4 3

"A

posição para que a civilização contemporânea quer preparar a mulher, pode ser a mais conveniente e prática, desde que se reduza o desenvolvimento de todos os seres vivos, neste mundo, à sua luta pela existência. Com certeza, porém, não é esta posição a mais conforme ao verdadeiro ideal da missão da mulher, que é sua missão de amor, de sacrifício e de poesia. O recato, a modéstia, a fraqueza e a doçura são característicos da mulher. Será o maior dos desconsolos para esta vida ver-se masculinisar a posição da mulher. Educá-las para fora do lar, prepará-las para disputar com o sexo forte as posições sociais e entrar, em pé de igualdade, no mundo dos negocios, pode ser a imposição do espírito positivo do tempo; mas eu penso que contra ele todos os homens devem lutar para obter, ao menos, alguma transação, para sua felicidade e também da mulher.

A instituição legal do divórcio é conseqüência lógica desse espírito, de seu ideal sobre a educação e a missão da mulher. — 13 —

Senador FRANCISCO DE CARVALHO SOARES BRANDÃO, em 1883, quando foi Presidente da Província de S. Paulo e Ministro de Estrangeiros do Gabinete chefiado pelo Conselheiro LAFAYETTE RODRIGUES PEREIRA.

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1888. F. de C. Soares Brandão".

Quiz desviar-se da dificuldade de uma declaração mais original o ex-ministro do gabinete que fez a Abolição, conselheiro Antônio na Silva Prado. Sua polida contribuição parece filiar-se àquela anedota do indivíduo a quem foi solicitado um autógrafo e que assinou a afirmação : Não dou autógrafos... Eis o que respondeu à solicitação da ilustre dama o devotado campeão da imigração estrangeira para o Brasil : "Se fosse cultor das musas, iria ao jardim da poesia colher algumas flores para depositá-las nesta folha, e pediria à inspiração um idílio para formular o meu pensamento. Não tendo essa ventura, sinto a sua falta; mas o meu pesar é compensado pelo prazer de podeIo manifestar, e pela esperança de ser desculpado com benevolência. São Paulo, 16 de junho de 1889. Antônio Prado ". I I I — 1 9 4 3


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MODA CANINA...

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ALÔ, SARGENTO ! . . . Mais ama Behrs é das criações de Antoinette "uniforme de este especialíssimo corpete", com divisas de sargento. O corpete é fechado por um único O material é imbotão de cobre. permeável.

III — 1943

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"cães", neste título, não faz distinção entre os cães aristocratas palavra A e os viralatas. Por comodidade de expressão vaem aqui situados no mesmo nível os que possuem genealogia "pedigree" e os de incerta ascendencia — coisa que os tempos modernos justificam. A parte do título relativa às modas é bem clara. Trata-se aqui da última palavra em apetrêchcs caninos, os quais, pôde crer, são de ótimo gosto. Isso que vai por esse mundo a fora e de que não queremos falar aqui, Antoinette Behrs, a jovem já exerceu sua influência nos cães "terrier". new-yorkina que crêa a maioria das modas para cães, lançou alguns modelinhos rígidos, em estilo militar, e os cachorros que vimos apresentando essas creações ostentavam-nas com um arzinho . . . como se esses animalejos de cauda nervosa com isso se considerassem dando a sua contribuição para

15

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a Defesa Nacional, ou coisa parecida. A não ser nessa questão co traje, Totó vai vivendo supimpamente nestes dia.- penosos, em que nós outros somos obrigados a nos privar de uma porção de coisas que julgávamos dever Assim, possuir. uma visita aos estabelecimentos Hammacher & Schlemmer revelou alguns itens interessantes Uma cesta para dormir, com docel ; um sistema transportar o Escossês, o Pêlo de Arame ou o Lulú para com o máximo conforto, tanto para o cão, como para o seu

LOGRADA v estó toda vestiu., ° "m°dêlo" ^Permeávef^Pf/a tempo d. Pê}n „ Ju^/rame aqui orelhas. Mas °£á qUe & -Wém m ******* T"? tant° as botinas. enXutas aa quanto nós inf PoX «isenta Por centoV^0 ^Cpròte^^ quanto so anda com SÓmente «ua. as**£*«_ pata& da frentemta*T%Tr! <3ue ela Será

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É HORA DE NANAR . . . Para maior precisão de üngua"pijamas" gem, dever-se-ia falar de ; pijamas, sim, nesta figura que apresenta um Escossês na hora de ir dormir na sua cesta com docel.

A PASSEIO . . . Esta malinha para Totó é a concretização do sonho dos numerosos amigos dos cãezinhos citaclinos. A cabeça do cachorro fica livre, e o seu peso bem distribuído. Isso contribue para o conforto do cão e do seu portador. -íÇMBTX;

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SOB MEDIDA ... Eis aqui um canino aristocrata, provando um novo traje que está sendo ajustado ao seu corpo. Explicamos, acidentalmente, que esta é a espécie de cachorro que tem o mesmo aspecto, quer visto de frente, Espequer de costas. ra-se simplesmente que ande, para se saber de que lado se há de dar de comer.


Terrier Pêlo de Este é Behrs. exemplo, quando visita.

FORMAL . . . E aqui está o nosso Arame num outro modelo de Miss mais formais, como, por para ocasiões o nosso "almofadinha" vai fazer uma

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dono ; uma gaveta de remédios só para Totós, e uma lârrtpada rJe raios especiais destinada a livrar das pulgas e outros hóspedes indesejáveis esses apreciadores de ossos, — um verdadeiro raio da morte, mas que não faz mal ao cão. As fotografias que aqui reproduzimos, dão uma idéia de como nossos cães estão gozando a vida enquanto muitos dos seus donos, que costumavam caminhar para reduzir o peso, estão agora simplesmente reduzidos a caminhar.

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O PARAÍSO DOS CÃES . . . Êste Terrier bem poderia se mostrar um pouquinho mais entusiasmado ante todos esses objetos desenhados especialmente para o Neste conforto canino. montão de petrêchos, vemos a lâmpada de raios para liquidar especiais"hóspedes", casacom os cos para todos os temsabões, lopos, botins, e tudo ções brinquedos o qúe pôde tornar mais do agradável à vida ai, por fala-se E Totó. "vida odiosamente, da de cão" !

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30' horas de treinamento militar e outras 37 de exercícios físicos, acrescidos de ensinamentos técnicos e noções de socorros médicos. Terminados esses cursos, os futuros pilotos estão moral e fisicamente preparados para os primeiros vôos. É, porém, na Escola Preparatória de Aviadores que os futuros pilotos aprendem a coordenar todos os seus movimentos e agir em comum, o que os torna aptos para desferir os mais violentos golpes sôbre os inimigos. A heróica aviação estadunidense tem sabido portar-se com bravura inexcedível na presente guerra, como bem demonstram suas sucessivas vitórias. Cadetes de Aviação aprendem em 55 horas noções teórico - práticas de grande valia para futuras missões. Uma importante parte dêsses ensinamentos é dedicada à telegrafia sem fio. Aqui vemos estudantes enviando mensagens que são captadas por outros alunos. "ENSINO AERONAUTICO // NOS

ESTADOS

UNIDOS

número de vitórias das forças aéreas dos Estados Unidos que combatem em todas às frentes do globo aumenta diariamente. Isto, porém, não é conseguido por puro acaso ou simpies chance : •— é o resultado de trabalhoso e intensivo treinamento a que Tio Sam submete seus soldados, antes que os mesmos participem da luta nos ares contra os inimigos das Nações Unidas. O aluno, inicialmente, freqüenta a Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica, cujo curso consiste em 55 horas de aulas teóricas,

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J& Os cadetes de Aviação dos Estados Unidos aprendem também os movimentos das tropas de terra. Este grupo de alunos entra em contato com caminhões e equipamento mecanizado, afim de conhecer os movimentos do inimigo, bem como o método mais eficiente de dar-lhe combate. No interior de uma câmara de altitude, o comandante observa a pulsação de dois cadetes num vôo pimulado. No peito de um deles vemos um cardiômetro que registra as pulsações nas variadas altitudes. Os cadetes estão munidos de máscaras de oxigênio. ( Fotog da Inter - Americana )

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Por HERMETO LIMA

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"Fica

1862

passava

terça feira de Carpela rua da Quitanda numa naval, levou em cheio uma bacia dágua. Zangou-

senhor

não

o

mandar

com cem açoites,

entrudo

era

castigar

prisão.

Sendo

no

calabouço

devendo uns e outros infra-

tores serem conduzidos pelas rondas policiais a presei.ça do juiz para julgar à vista das partes

o

ou testemunhas que presenciarem a infração. As

princi-

laranjas de entrudo que forem encontradas pelas

que

causa de muitas moléstias,

procurava

ruas ou estradas, serão inutilisadas pelos encar-

em vão.

regados das rondas fiscais. Aos fiscais com seus

Já estava enraizado no povo, que não compre-

luardas também fica pertencendo a execução

da tuberculose;

palmente

suavisar a brincadeira,

ALEXANDRE JOAQUIM

de dois a oito dias de

sofrerá

escravo sofrerá 8 dias de cadeia, caso o seu

da terra. poude fazer. Era um costume Os médicos do tempo escreviam

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a doze mil réis e não tendo com que satisfazer,

com outra bacia dágua garam-lhe o atrevimento não mais limpa, mas já servida e cheia de

Queixou-se ao cônsul do seu país, que nada

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pessoa que jogar, incorrerá na pena de quatro

se, ficou como um doido, despejou insultos; pa-

sabão.

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proibido o jogo de entrudo; qualquer

a policia

mas tudo

era

desta pena. E para constar faço público o cumprimento da citada portaria — Rio de

DE SIQUEIRA

Jan.

4 de Fev. de 1853 — André Mendes

da Costa,

De onde nasceu o entrudo ? — Remonta-se, responde Mello Moraes, às tão intimas ao ablações, imersões e aspersões de quem a Europa assimilou trapovo hebraico dições e ritos. da Foi o entrudo um costume que herdamos 1854 até metrópole e que perdurou entre nós enA geração de hoje não sabe em que o

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fiscal da freguesia

da

Cande-

laria". Com

essas medidas

policiais severas,

o entrudo em 1853 quasi desapareceu, para diminuir muito em 1854 e morreu em 1855 e nunca mais ressussita.

trudo consistia. Vamos dizer, em resumo. Logo, pela manhã, no domingo de carnaval, viam-se pelas ruas da cidade chusmas de negrinhas e de molequimios vendendo limões de cheiro: — uma indústria que se acabou e que era o sustento de muita familia pobre. O limão de cheiro era uma bola de c.éra muito fina, com água perfumada no interior e O entrudo que ao menor contacto se partia. consistia, como preliminar, em atirar esses limões de cheiro às pessoas amigas que passavam pelas ruas. Mas o fervor do entusiasmo crescia. Quem levava uma

que devia

bolada dessas entendia

dar o troco. E, assim, retribuía atirando um copo dágua, o outro pagava-lhe com uma bacia cheia do mesmo liquido e a cena muitas vezes acabava

endia Carnaval sem o entrudo. Mas,

preciso acabar com fosse como fosse; era

era

aquilo,

uma selvageria que nos envergonhava. Em 1853 foi nomeado chefe de policia o Dr. Alexandre Joaquim de Siqueira, que disse

Riram-se dele, mas o chefe de policia tinha já os seus planos. Em Fevereiro de 1853 o Dr.

no

chamou à sua secretaria os seus

desgraçado alvaiade, vermelhão e as veies cal

auxiliares da policia e combinou

dágua.

molhado,

completava-se

a

obra

em

uma

jogando

virgem.

com eles as medidas a empregar para a terminação do entrudo.

Ai! de um tipo popular ou de um cidadão conhecido que passasse. Eram baldes dágua em cima, até deixá-lo alagado. Daí, — é fácil

Os jornais louvaram-lhe o áto e

antever, — conflitos sérios, facadas, assassina-

todos eles publicaram o seguin-

tos.

te edital:

I I I — 1 9 4 3

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entrudo".

Alexandre Joaquim de Siqueira

fraco

'rÀa\m.

tão chefiado pelo Visconde de "Vou acabar com o Itaboraí: —

E não era só, depois do pobre diabo

jogando

mais

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em presença do ministério, en-

tina

o cidadão

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FLoU.EiJTiWo

no dia 4 de Fevereiro de 1853

19

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M de Saint-Lucqparóquia en-Béarn é hoje modestíssima; outrora, porém, teve grande importância, por causa da sua abadia dos Cistercenses, demolida pela Revolução, e cujas ruinas parecem, de longe, um montão de pedras atiradas sobre a colina. Daquela época de esplendor,, a igreja de Saint-Lucq conserva, ainda, três sinos manignificos em seu campanário, de fortes linhas romanas, por onde sobem os galhos de uma trepadeira de flores vermelhas. Aquela torre tem, assim, a graça de um camponês da região qjie leva entre os dentes uma rosa selvagem, nos dias de festa da sua aldeia... Um dos três sinos chama-se o Sino do Rei. E' o maior e o mais sonoro da província. Seu som é ouvido desde a montanha até o mar. Ele canta no dia de Natal e no de Páscoa, para anunciar o nascimento e a ressureição de Nosso Senhor. Excepcionalmente, ele sôa, também, quando o bispo de Bayonne vem ensinar os meninos da comuna ou quando morre alguém no Castelo. Foi o antigo castelão quem deu aquele sino. E a primeira vez que ele repercutiu sob aquele céu foi para honrar a passagem da infanta Maria-Tereza. Desde então, ele passou a denominar-se o Siiio do Rei. Si aquele bronze vibra tão raramente i porque a sua missão não é apenas anunciar a realização dos ofícios litúrgicos. O cura de Saint-Lucq, desejando zelar pelo prestígio do seu sino, mandou retirar-lhe aquele aparelho rudimentar que permite a qualquer criança fazer soar o mais pesado carrilhão do mundo. Para arrancar as vozes daquele sino era necessário obrigá-lo a girar no ar podero-

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samente. Só assim o badalo tocava as paredes metálicas da grande peça sonora: e os sons, largos e imensos, estremeciam o espaço formidavelmente. Só um homem, naquela terra, era bastante forte para mover o Sino do Rei, em esse Chamava-se Saint-Lucq-de-Béarn. hércules Louis Pouyoulat e exercia a profissão de marceneiro. Aos domingos, o bom Pouyoulat tinha um divertimento: com um soco partia as mesas mais resistentes das tavernas da aldeia... o que, naturalanente, lhe acarretava muito trabalho para os outros dias da semana. Pois era esse homem que, na época do' Natas e da Páscoa, iam buscar para vibrar o Sino do Rei. A última vez em que ele se prestou, àquele serviço foi, num sábado, 1.° de Agosto de 1914, no dia da mobilização geral. O grande sino devia, tambem. soar para a guerra. E foi Pouyoulat

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CONTO POR JEAN RAMEAU TRADUÇÃO DE PADUA DE ALMEIDA

quem o tez girar vigorosamente, com grande grito de alerta da França. O marceneiro e sineiro partiu no dia 4 de Agosto daquele ano para nunca mais voltar a" Saint-Lucq-en-Béarn, Mataramno na batalha do Mame. Pouyoulat, ao -seguir para o "ftont", deixara, ali, uma filliinha: uma menina de sete anos que ele adorava, e que se chamava Louisettç. Coisa estranha, a unica descendente daquele colosso era doentinha. Louisctte tinha, entretanto, uns olhos maravilhosos: azuis, profundos, desconcertantes, onde se refletiam claridade» que os olhos das outras crianças nâo conheciam. Toda a força do pai deveria ter passado, por uma transposição misteriosa, para as pupilas daquela rriaturinha enferma. Ela chorou muito quando lhe vieram trazer a dolorosa noticia. Parecia-lhe impossível viver quando já estava morto aquele que lhe dera a vida. Ela o amava não somente porque ele era bom, mas tambem porque ele era forte, mais forte que todos os habitantes do pala. A pequena caiu de cama. Trouxeramlhe uni médico, o doutor Pouyoulat, que era seu tio. Aquele homem era um sábio e um santo. Kle compreendeu que tua ciéncia não pexleria fazer grande coisa in bcnefício da pobre órfã. Duvidava me. .no da virtude dos medicamentos, e apelou para o poder moral das palavras ditas de coração para coração. O calor da alma é um remédio, mais eficiente que outro qualquer, em certos casos. I.ouisettc era uma menina sensível, nervosa, influenciável, cheia de candura original. O doutor Pouyolat disse-lhe, mais ou menos, isto: — " Por que estás chorando, minha filha? Teu papai não está tão morto como pensas. Para os outros ele cessou de viver; ma-s não para ti, minha querida. Porque ele tanto te amava, ainda continua a amar-te; está aqui, nesta casa, sempre a vigiar-te, à tua cabeceira. Sua alma te acompanha. Quando fores maior, Louisette, hás de saber que a morte é insignificante: não chega mesmo a ser uma sim-

pies ausência. Teu pai não te deixou: está contigo. Ele te ajudará a ter forças e viver. Porque os mortos que amam não desaparecem, ouviste? Não chores mais a morte do teu paisinho. Abraça-me, agora. Amanhã virei ver-te de novo.

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Louisette refletiu longamente no que o seu tio lhe dissera. Ela se sentiu um tanto deslumbrada por ele lhe haver falado de assuntos t5o sérios, como se conversasse com "gente grande". E, de todo o coração, acreditou naquelas palavras que não pudera compreender bem. Naquela noite, Louisette alimentou-se e conseguiu dormir. Durante o sono, porém, falou muito com o pai. E, mesmo]depois que acordou, continuou falando baixinho. Pois ele não estava ali?... "dia, ao despertar, como sua cabeça Um andasse à roda, em vertigem, ela murmurou: — " Ajude-me um pouquinho, papai; preciso abrir a janela". E, arrastando-se embora, mas sem cair, conseguiu descerrar as vidraças. Ela, entretanto, ia peiorando. Aliás, o doutor Pouyoulat sabia que a pobrezinha não podia salvar-se. Estava perdida. De sorte que quando chegou o dia em que deveria realizar-se a missa fúnebre pela alma de seu pai, Louisette estava sem forças, k cama. presa "soldado" Pouyoulat, que morrera O 'ser homenageado heroicamente na luta, ia naquela cerimônia e ela, a sua filhinha, não estaria lá, na igreja, para ajoelhar-se e rezar por ele... Não, não, por Deus, não era possível aquilo... Ela precisava levantar-se!... Levantar-se ?... Mas, assim, fraquinha como estava... Não... não...

naram-se mais azuis e mais vivos, como si percebessem uma luz que os outros olhos do mundo não distinguem. A figurinha de Louisete iluminou-se. Seu corpo, fino, leve, diáfano, tremia, como num vôo. Ela se ergueu bruscamente, vestiu-se, abriu a porta e partiu, sem o menor sinal de vertigem, e dirigiu-se para o campanário...

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Era o velho Philippon quem vibrava o sino menor, puxando a corda penósamente, porque sofria de reumatismo, o pobre homem. Quando ele ia dar por finda a sua tarefa, notou que uma menina muito pálida, de grandes olhos, vinha na sua direção. Ele reconheceu a criança. Era a filha do falecido. Que queres fazer aqui, Louisette? — perguntou-lhe. — Disseram-me que estavas doente... Ela, porém, não lhe respondeu, nem siquer lhe voltou, a cabeça. Talvez não houvesse mesmo ouvido aquelas palavras... Não "ouvia" nada, não "olhava" nada... Louisette ficou em casa, em sua cama, junto à janela aberta. Uma tristeza enorme fazia-a fechar as pálpebras cheia de lágrimas. Papaizinho... Papaizinhfj... De repente, ela ouviu um dobre, na igreja, chamando a aldeia para a missa. Ah! era um sino pequeno que soava! o último, o menor dos três! aquele que só era utilizado nas missas dos mais pobres! Oh! Para Louis Pouyoulat, o homem mais forte do país, o "vencedor" do Mame... por que não se fazia vibrar o " Sino do Rei"?! Mas quem poderia soá-lo, o "Sino do Rei"? Os olhos .da criança se alargaram, tor-

!k ¥ Muito branca, direita, engrandecida pelo milagre daquela luz que transbordava de toda ela, Louisette caminhou para o "Sino do Rei". Seus passos não produziram nenhum ruido sobre os degraus de madeira que conduziam aos sinos. Philippon viu-a parar debaixo da grande peça de bronze e erguer as mãos delicadas... tão. delicadas, tão frágeis, tão imateriais, que quase se distinguia o muro do campanário através dos seus dedos... E aquelas mãos tocaram a corda pesada do ""Sino do Rei". — Não faça isso, pequena! Largue!... Mas Louisette não ouvia os conselhos do velho. Ela puxou a corda resolutamente. E o sino pendeu no alto, como si um gigante o abalasse. Pendeu, soou, fez-se ouvir até a montanha, até o mar. Soou largamente, em toda a magestade da sua voz venera vel. Si o próprio Rei-Sol surgisse no horizonte, à frente de seu séquito maele não soaria tão vigorosamente. gnífico, O "Sino do Rei" vibrava em homenagem ao simples soldado do Marne como si vibrasse para Deus. Alguns minutos depois, o velho campanário estava todo gretado, com profundas fendas, tal a violência com que o enorme bronze fora sacudido no ar. Despertando do seu espanto, Philippon procurou a menina. Ela, todavia, já havia (Conclue no Hm da

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Era o marechal Deodoro presidente da Republica quando o convidaram para visitar o " atelier " de Rodolpho Bernardeili, no qual se achava, quasi acabado, o quadro representando a proclamação da Republica. O velho soldado parou diante da téla na qual a sua figura varonil aparecia montando um ginete ardego, examinando-a atento. De repente, voltando-se para os que o acompanhavam. —Vejam os senhores! Disse. E apontando o quadro: Quem lucrou no meio de tudo aquilo foi o cavalo!... m

Em uma roda de literatos, discutia-se, certa vez, metrificação, quando, um dêles procurou amesquinhar Machado de Assis, observando, leviano: Era um péssimo poeta. O ultimo verso dos alexandrinos "A uma creatura" tem onze sílabas; é um verso de pe quebrado. Emílio de Menezes, que se achava no gru)>o, e sentia uma religiosa admiração pelo mestre, franziu a testa profética e protestou soturno: —Não pode ser. E sentencioso: Os bons versos não têm pés: têm azas! /Pau!*-rrFFcw&o-^

Não obstante o seu temperamento combativo e boêmio, José do Patrocínio era profundamente religioso. De regresso de Paris, trouxe êle um carro movido a vapor,^ que seria o avô do automovel. Desembarcando o monstro o cheio ^ de si, encarapitou-se na boléa e, tomba aqui, tropeça acolá, foi jornalista atira-lo, inutilisado, um montão de ferro velho, num buraco da Tijuca. -Já sei porque foi! — fez Patrocínio de repente, batendo na testa. E' porque não o batizei; estava pagão, o miserável! E penalisado: Qual ! sem religião e com essas ruas sem calçamento, não ha progresso possível! CED Era o Emilio de Menezes fiscal de uma casa de penhores. Todo fim de mês, quando ia ao Tesouro receber os magros vencimentos do cargo, encontrava sempre um indivíduo obsequioso, que chorava as suas misérias, as suas moléstias, a sua fome, até que lhe arrancava uma cédula de cinco mil réis. Certa vez, o "mordedor " foi mais longe nas suas lamentações. O senhor não imagina o que eu tenho pass?do. Basta dizer-lhe gemia que há quinze dias não como! O que, homem ? espantou-se o poeta. E virando-se para os funcionários: Este camarada com certeza já está com teias de aranha no céo da boca!

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Era Osório ministro, quando uma tarde, em despacho do gabinete com o Imperador, um coleça que sentava logo junto, ao tomar o areieiro bateu com o cotovelo no tinteiro derramando-o. A tinta espalhou-se pela mej, alcançando vários decretos da pasta da guerra. Osorio aborreceu-se. —Caramba, camaradal -exclamou. E batendo os papeis: Não se pode acampar a seu lado!...

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martine, que não apreciava Byron por causa das suas irreverências e poéticos, tambem não gostava do "Don Juan" Os três afastavam-se

na época em que triunfava a elegância de Alfred de Musset, com ESTAMOS as maneiras casquilhas que Deveria imortalisou no retrato de pagem. Os exotismos dos "Contos de Espanha e de Itália" lhe "Joanna" e o trouxeram fama e amizades. "Copo" e os "Lábios", faziam palpitar as almas. Vinda de longe, George Sand fizera

poeta de da elegia e da vida equilibrada. Justamente, começou o, drama com o seu desequilíbrio nervoso. A vida noturna de Veneza abateu Musset, já enfraquecido de Paris. A doença trouxe o terceiro personagem do romance leal. Pietro PageUo, um jovem médico de Veneza, viu certa manhã no varandim do "Albergo Danieli", uma mulher que mais tarde pintou no seu jornal íntimo, como sendo de "fisionomia melancólica, cabelos muito negros e com dois olhos de expressão decidida e viril". Com a sua gravata e o seu cigarro, as

relações com Larouche, escrevia os primeiros volumes com Jules Sandeau. Com a divulga"Indiana", ção de quando abandonou o seu nome original de Amandine-Lucie, tambem começaram as alegrias e as loucuras romanticas. A vida literária os atraiu naturalmente. O livro levou Musset a escrever a George Sand, um bilhete de admiração, que marcou o primeiro passo da aventura passional. A leitura de "Indiana" lhe inspirou uma poesia

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UMA GRRNÜE

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maneiras desenvoltas, ela lhe pareceu incomum. Noutro dia, chamaram-no do hotel para visitar um doente, Alfred de Musset e o médico italiano conheceu a criatura do "Albergo Danieli". O delírio havia se apoderado do seu cérebro. Há meses passara momentos ' suas

curiosa, hoje um documento vivo das primeiras redações. Indagava o poeta quem lhe havia ditado "aquela página abrasante, onde o amor busca em vão, com a mão palpitante, o fan-

tasma adorado da sua ilusão". Cartinhas breves e amáveis, estimulam a simpatia dessas duas almas inquietas, que o desejo deveria "Rôunir e repelir. As festas que acolheram lha", tornaram Alfred de Musset ainda mais popular. George Sand acabava de traçar as "Lelia". Enviou-lhe as revoltas feministas de os priprovas tipográficas e leu da sua pana, meiros elogios. Musset escreveu que há em "páginas Lelia", tão. livre e insubordinada, vigofrancamente, que vão direito ao coração, "Rerosamente, tão belas quanto aquelas de "Lara". Já se ocultava o amor, sutil né" e de e flexível, sob o pretexto da camaradagem literária. Como a natureza, a paixão usa de mil e uma formas, para invadir e subjugar as creaturas. Publicado "Lelia", a antiga baronesa Dudevant fez presente do primeiro volume, com esta dedicatória: "Ao senhor, meu garoto, Alfredo, — George". O segundo volume trou"Ao sexe uma legenda de muita cerimônia: nhor visconde Alfred de Musset, homenagem respeitosa do seu devotado servidor, — George Sand". Em 29 de Julho de 1933, afinal se declarou, numa carta amorosa, pueril e emo tiva, como todas as declarações de ternura. "Tenho alguma coisa de tolo e de ridículo a dizer". E assim confessando a puerilidade de amar Musset faz a sua declaração. Nada mais interessante do que vêr o incorrigivel boêmio, que cantou "Don Juan", sussurrar gorgeios como estes : "Mas sei que sois bôa, que tendes amado e eu me confio, não como a um amante, mas como a um camarada franco e leal". Noutra carta, voltou com aqueles queixumes, que Lamartine acusou de ser de um coração de "Amai os que sabem amar, eu não cera: sei senão sofrer". Gomo remate, escreveu estas comovem e que fazem palavras singelas, que "Adeus George. eu vos amo como sorrir: uma "Indiana" não recriança". A romancista de de perdoar, George siste. Fácil de amar e

e Heine, sarcasmos

PAIXÃO ROMÂNTICA

Sand esquecia as desilusões do passado, indo logo ao encontro de outras venturas. Abandonou-se à sedução poética de Musset. Os amantes viveram um verdadeiro idílio. Passeiavam no bosque de Fontainebleau, confiando ao silêncio das árvores, a veemência dos seus sonhos. Excitados pela festa do desejo, Musset e George Sand idealizaram as alegrias de um passeio a Veneza. A mãe do poeta e o seu irmão Paul se opuzeram à ampliação do idilio, longe de Paris. Que fazer? George Sand tomou heróica e sentimental resolução, bem digna dos tempos românticos. Um dia, saltou da carruagem à porta da casa da Madame (Musset. (~r,Tti rogos e lágrimas, tenwas e promessas, ela conseguiu obter da mãe de Alfred, o consentimento da viagem a Veneza. Essa história pitoresca divulgbura muitos anos depois, o seu irmão e biografo Paul de Musset. A alma feminina, de cuja imaginação saíram as vidas palpitantes de "Valentina" e de "Consuelo", realmente sentia amor? Sainte-Beuve, se fizera o diretor espiritual da romancista. Recebeu uma carta, onde ela anunciava a aventura e se confessava enamorada. "E' um amor de joven e uma amizade de camarada. "E alguma coisa, de que eu não tinha idéia, que não creio encont/ar eni nenhuma parte". Os amantes partiram para a Itáilia, em Novembro de 1833. Na viagem, passam por Lyão e navegando pelo Rhodano, se encontram com Stendhal. Ei ra . em Veneza, quando às som bi as da noite repousam sobre as lagunas e descendo pelo Canal de Giudecca, contemplam a luminária da cidade, enquanto os corações avançam para a crise do amor. Boêmio e desordenado, pôs-se Alfred de Musset a se divertir. Enquanto George Sand sentava-se à mesa e fazia outro romance para Buloz, de cujo dinheiro necessitava para viver e viajar, o companheiro se despreocupava e passeava, com a sua mórbida turbulência. La-

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De MATTOS PINTO alucinatórios, onde os fantasmas o apavoravam. Recaíra na agitação visionária. O diagnóstico de PageUo acusou febre nervosatifoide complicada de delírio alcoólico. Muitas cousas frivolas e* amargas disseram sobre a viagem de Veneza. Arguiu ironicamente Emile Faguet, que chamaram-nos os Amantes de Veneza, porque amaram um pouco em toda parte, menos em Veneza. Como se desencadeou a traição famosa? Uma tarde, Musset pediu ao médico e à amante, que se afãstassem um pouco, para repousar e dormir. Os dois se retiraram para junto de uma mesa, próximo do leito do poeta delirante. George Sand pôs-se a escrever velozmente e nervosamente. Terminado entregou ao médico algumas folhas de papel para ler. Pietro PageUo leu e não compreendeu. E como indagasse a quem deveria dirigir a carta, George Sand escreveu "Ao estúpido PageUo". Fisem cerimônia: zera uma declaração de amor, na qual se liam estes sentimentalismos: "Tú, ao menos, não me enganarás, não farás vãs promessas, nem falsas juras. O que tenho buscado nos outros inutilmente, não encontrarei talvez em ti, mas poderei sempre crer que o possueS. Poderei interpretar o teu devaneio e fazer falar eloquentemente, o teu silencio". A febre nervosa inflamava a emotividade de Musset. Depois correu a lenda romanesca, que ninguém sabe si Veio obra do delirio ou da realidade, que o poeta viu George Sand nos braços de PageUo. E incontentaveis do primeiro pecado, cometeram outro, bebendo chá na mesma chicara, como dois pueris namorados. Traição da romancista de "Lelia"?. Caro marcou três fontes de inspiração em George Sand, o amor, a paixão da

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de desconhecido, que te faz suspirar e sonhar, ou não sou aos teus olhos, senão uma mulher semelhante àquelas, que se cevam nos harens? Teu olhar, onde creici vêr luzir tua ciarão divino, aquele que o que é o tempo, que mece, nem

só exprime o desejo, semelhante essas mulheres suavizam? Sabes desejo da alma, que não sacia o nenhuma caricia humana ador-

fatiga?" George Sand fazia do amor, a concepção de uma força de além, invadindo e tiranizando o coração. "Valentina" "Jacques" respiram misticismo passional. O

grande mistério do sexo, triunfava como um fenômeno tocante. Os seus amores com Aurélien

Paris nos dias em que se amaram Álfred de Musset e George Sand. humanidade e o sentimento da natureza. As três fontes se fundiam e faziam da feminista de "Valentina", a alma amoravel por excelência. A vocação do amor subjugou George Musset,

para outra aventura. Confusa e exaltada, como o mistério do sentimento, a t*arta de George Sand a Fagello, traz a marca do Romantismo. "Sabes tu o que eu sou, fala a autora de "Lelia", ou te in-

apelidado por Marieton de libertino de alma

quieta o não saber? Sou para ti alguma coisa

Sand. As

invencíveis

fraquezas

de

sinal característico, a marca mais visivel da personalidade 0 de um grande escritor reside na originalidade de seus conceitos e de seu estilo inconfumdivel. Quanto mais êle se difere de todes aqueles que o precederam e dos que o seguiram na trajetória de sua vida intelectual, mais se tem a certeza de que êle é realmente grande. Esta flagrante dissemelhança, qrualidade imanente e exclusiva dos privilegiados, permite estabelecer uma intransponível barreira entre os escritores de primeira ordem e os de segunda (cuja personalidade ainda que bastante vigorosa, é, todavia, incompleta porque faz lembrar aigum ou alguns dos primeiros. Entre os escritores de segunda ordem e os de terceira (aos quais póde-se "mestres" do juntar uns poucos grados vêem depois dos po que que não teem mestres)' encontram-se, segundo a expressão mundialmente cousa grada, os medíocres. São medíocres, nào porque sejam, O

MALHO

mística, transviaram-na

VALORES LITERÁRIOS total ou parcialmente, destituídos de talento, mas porque eles não possuem nem no fundo, nem na fôrma qualquer parcela de novidade. A exatidáoi dos julgamentos que confere a Posteridade, é certa e implacavel. Sua pedra de tão sensivel às ções do espirito, ga Grécia até os traz catalogada,

toque é tão bôa, grandes manifestaque desde a antinossos tempos, ela por ordem de mé-

rito, todos os gênios do gênero humano. E não somente dividindo-os por categorias, como tambem reunindo-os todos sob uma denominação apropriada a cada caso. Ela encontra sempre um ultimo e um primeiro. Mas o que não é possivel estabelecer no plano da literatura 24

Séze, Jules Sadeau, Prosper Merimée e Gustave Planche, dizem-no que buscou em vão a felicidade ideal do Romantismo. "Indiana" e "Lelia" traduzem as suas revoltas inconscientes contra as imunidades do homem. A luta. contra a sociedade, em que empenhou os seus entes femininos, ela própria travou contra os homens, amando-os e renovando o seu amor. Guardou intacto o seu culto do ideal, permaneceu poeta. Quem ousará incriminá-la ? A natureza condenou os homens e as mulheres a sentir independente da vontade.

universal, torna-se possivel quando se permanece no plano d'uma literatura eminentemente regional, particular: uma classificação numérica dos melhores de cada gênero. Tarefa que não constituiria certamente um passa tempo inútil, mas a sistematisação do melhor método critico, porquanto a exata classificação não se obteria sem uma ajudai e minuciosa análise de cada escritor, separadamente. Para isso, seria necessário desentranhar os elementos que a obra deles contem, veri ficar a suai quantidade e a sua qualidade, pesquizar o valor intrínseco de cada /um desses elementos segundo suas propriedades. Entretanto para que um escritor seja consagrado entre os maiores, não basta distinguir-se de maneira clara e formal dos melhores de sua terra. E' preciso, sobretudo, não se confundir ou apresentar nenhuma similiaridade com quaesquer dos mestres da literatura universal. VICTOR

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1937, na Europa, e especialmente na França, ainda era "enEM possível se realizarem quêtes" literárias. Os periódicos abusavam, quasi, dessa possibilidade, e tudo se perguntava aos escritores em evidencia, porque miIhõe's de pessoas viviam ávidas de conhecer, em seus detalhes, as vidas dessas criaturas de eleição, dessa elite que, nos meios civilizados, formam sempre os intelectuais e os artistas. Questões aparentemente sem importância, de feição ingênua e simplória, eram formuladas aos romancistas, poetas, ensaístas: "Gomo escolhe o senhor os títulos "Como para os seus livros?" "Comoé que o senhor trabalha?" foi senhor estreiou?" o que E as respostas, por mais vagas que fossem, por mais vasias, eram lidas — bons tempos! — com ávidez por leitores que com elas se deliciavam.. . Um repórter de "L'Intransigeant" interrogou, por esse tempo, vários homens de letras, com a primeira"Como pergunta que citei: — escolheis os títulos de vossos livros?" — E um dos inquiridos foi, então, André Mauróis O autor de "Climats" respondeu assim: "Não adoto nenhuma regra, nem nenhum método. Na maioria dos casos, encontro o titulo com grande dificuldade, e depois de ter acabado o livro." Certamente, entretanto, esse nào foi o caso, com o título do último dos seus livros — agora aparecido em edição brasileira, traduzido por Monteiro Lobato — as suas "Memórias", livro do mais alto interesse documentativo e que está tendo vastíssima repercussão. André Maurois é hoje, na California, professor de francês num colégio de moças. Está cincoentão, e foi justamente um dia depois de ter feiro cincoenta e seis anos, que iniciou a elaborpçào dessas "Memorias". "Fiz ontem cincoenta e seis anos, e as moças do Mills College escreveram algo sobre tão triste acontecimento"—anotou êle numa espécie de prefácio, ou nota explicativa- que antecedeu a primeira Página das suas evocações. "A cena repiesentava" — continuou — "uma biblioteca. Meia noite. O coronel Bramble, Marcenat, Odile, Denise, Herpain, Bernard Quêsnay, heróis dos meus livros, surgem e falam. E a ouvi-los eu dizia O MALHO

Analisando a própria frase, o próprio pensamento sobre "o que resta de uma vida e de uma obra", êle mesmo sentiu que fora injusto, compreendendo que estava nas suas mãos deixar algo mais, prolongar aquela vida e aquela obra, com o seu sincero, verdadeiro depoimento sobre homens, fatos, paisagens, e, sobretudo* sobre si mesmo: "Se tenho de ser amado ou odiado, quero, pelo menos, que os ódios e as simpatias se dirijam ao homem verdadeiro E porque não

"MEMÓRIAS"

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DE ANDRÉ MAUROIS ã mim mesmo: "Eis o que resta duma vida e de uma obra!" Tanto pessimismo só é aceitavel em um escritor como Maurois, que viveu a alcançar êxitos desde a infância, desde as primeiras composições literárias no Liceu de Elbeuf, como conseqüência do abatimento causado pelo exílio, da inadaptação a um ambiente diverso daquele em que até então vivera, ¦— e isso, quando se não tem já q, verdor dos vinte anos, abate, deprime, angustia... Aliás, denuncia angústia, tristeza, abatimento essa nota explicativa datada de Mills College, 27 de Julho de 1941: Minha janela dá para um pátio ao tipo espanhol, plantado de paimeiras e ciprestes, no qual passeiam, de livro na mão, belas estudantes americanas. Desde a minha chegada que o céu está azul — e azul ficará por todo o estio. Como esta constância de clima difere do caprichoso vale do Sena onde passei a mocidade — e que estranhos acontecimentos tiveram de sobrevir para fazer daquele adolescente, herdeiro de fiações normandas, um professor quinquagenario na costa do Pacifico!" Melancólicas palavças... Olhar retrospectivo, cheio de saudade. Com o coração invadido por idéias semelhantes, mesmo aquele que nunca tivesse admitido a possibilidade de vir a escrever as próprias memórias, sentir-se-ia impelido a isso, pelo prazer de recordar. de evocar vagarosamente os dias vividos. Parece que o exilio é a condição que melhor ambiente oferece para a feitura dc livros assim. 26

me sentarei à mesa para pintar esse homem tal como suponho têIo conhecido?" Assim pensou, e assim o fez. Deu-nos, com esse gesto, essas "Memórias" interessantíssimas que a Editora Nacional inclue, com êxito, na sua Biblioteca do Espirito Moderno. Foi o próprio André Maurois escreveu, em "Climats", que quem "os homens entregam a alma como as mulheres dão o corpo — por zonas sucessivas e bem defendidas". E daí, talvês, a espécie de pudor com que êle se procura justificar, ainda mesmo depois de ter tirado aquela conclusão sobre a oportunidade de escrever suas Memórias. "E' natural que, como em todas as biografias, cometa eu erros, uns por falta de memória, outros por máu discernimento" — escreveu êle. E, adiante: "O homem que vou retratar é o homem que fui ou julgo ter sido." Precauções... Escrúpulos... Se não estivesse no exilio, êle ainda estaria achando cedo para escrever um livro de memorias pessoais. E' isso tão so o que tais palavias querem indicar... Mas, cedo ou tarde, o fato é que o grande biografo não se mostrou menos brilhante, ao falar de si, do que ao narrar vidas alheias. Esse seu livro.., Bem: sobre êle eu direi aquela frase de Alhert Einsrein, prefaciando um volume: "O que eu poderia escrever sobre o livro, está no livro" Quem deixará de lêr a vida de André Maurois, escrita pelo próprio André Maurois? (1 ALVAO DE QUEIROZ II I — 1 94 3


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DOIS FLAGRANTES DE GETULIO VARGAS FILHO NA CASERNA JJ ntes de partir para os Estados Unidos, onde cursaria ¦"¦ um instituto superior que lhe conferiria um diploma para ingressar na vida prática, o jovem Getulio Vargas Filho, agora prematuramente roubado à existência, e cujo desaparecimento encheu de consternação a população brasileira, prestou no Forte de Copacabana o seu período de conscrição militar, permanecendo democraticamente no seio da tropa como qualquer jovem voluntário ou convocado. Aqui estão dois flagrantes da permanência do filho do Presidente da República na caserna, onde conquistou as divisas de cabo. Num deles, vemo-lo como guarda-bandeira de sua unidade e, no outro, prestando continência ao próprio Chefe do Governo.

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.Expressivo flagrante feito na "pelouse" do '"Jockey Club", durante uma das suas animadas tardes turfísticas, vendo-se o Ministro Oswaldo Aranha entre diretores daquele clube que tanto tem feito pelo desenvolvimento do hipismo nacional.

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a feliz iniciativa de criação do Terezópolis Week End Club foi vitoriosa pelo apoio que lhe deram todas as figuras mais expressivas da sociedade de Terezópolis, na qual se contam alguns dos mais destacados elementos da soSeu último "tênisciedade carioca. party", que registrou a in.au guração de um novo "court" internacional, do qual foram padrinhos os campeões Ricardo Pernambuco e Humberto Costa, marcou Bm. 1L___ de modo auspicioso "season" inicio da o esportiva nas cidades serranas. Aqui vemos três flagrantes dessa encantadora festa esportiva.

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NENHUMA h o m e n a gem será mais a um poeta do que a de ver seus versos reunidos em volume, mercê do carinho e do devotamento de ámigos que, estimando com inteiro conhecimento o valor de sua obra artística, não se conformam com o ineditismo a que os votou a extremada modéstia. O snr. Goulart de Oliveira, fino burilador de rimas, porém, espírito avesso à publicidade, vem de receber de um grupo de amigos devotados, todos pertencentes, à elite intelectual do país, essa homenagem tocante. com a publicação, em luxuoso volume, de "Rosacea ssm luz" onde estão enfeixados poemas cheios de ressumbrante beleza. O belo livro, em cujas páginas pairam instantes emocionais de rara sensibilidade, traz delicadas ilustrações de Eric Nice, o que lhe imprime ainda maior valor artístico. Os poemas de Goulart de Oliveira são escritos em ritmo livre, e a alma do poeta se expande neles em todo o seu elevado grau de sentimento e de musicalidade, do que resultou esse mavioso conjunto que os amigos do poeta, não quizeram permitir que permanecessem inéditos, um instante em que atravessamos uma verdadeira crise de legitima poesia.

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Aspecto do almoço com que os médicos civis desta capital homenagearam a Diretoria de Saúde do Exército, na sede do Botafogo Football e Regatas, vendo-se o general Eurico Dutra," ministro da Guerra, ladeado pelos snrs' general dr. Sousa Ferreira, diretor de Saúde do Exército, professores Austregesilo Filho, José Martinho e coronel Lino Machado, chefe ão gabinete da Diretoria de Saúde do Exército.

TEÓFILO OTONI MINISTRO

DO

POVO

P stava faltando, entre as biografias de grandes vultos nacionais que já se enfileiram nas estantes dos eruditos, a notável homem desse Império que público do foi um dos precursores da República: Teófiio Otoni. O grande tribuno, que reunia as qualidades de financista, industriaüsta, letrado em leis, e. principalmente seu biográpatriota, teve agora o de sua estudo fo, e o excelente vida, reS-izado pelo brilhante escritor Paulo Pinheiro Chagas, ediII I — 1 94 3

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por Zélio Valverde, vem imperdoável lapreencher essa cuna. O livro contém quasi 450 páginas e pertence à Biblioteca das Granta.do

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des Biografias, que foi iniciada com a de Coelho Neto. Entre as fotografias que ilustram essa interessante biografia, destacase a que reproduzimos, da casa onde nasceu Teófiio Otoni. O

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SACRIFÍCIO DE FABIANO — Depois do sucesso alcançado com "Essas vidas inquietas" e "Tenda de Saul", trabalhos de estréia em que deixou perfeitamente patenteados os seus recursos de plumitivo e ficcionísta, Jayme Cardoso nos dá, agora, outro romance, "Sacrifício de Fabiano", confirmando integralmente o vaticínio dos críticos que viram no estreiante as possibilidades mais animadoras. A edição de "Sacrifício de Fabiano" é dos Irmãos Pongetti. Trata-se de um romance de cerca de duzentas páginas, com ação movimentada e fixando tipos e aspectos muito interessantes.

NA CLINICA GINECOLÔGICA DA FACULDADE DE MEDICINA — O Pro}. Arnaldo de Moraes prestou uma significativa homenagem ao Prof. Augusto Brandão, seu antecessor na cátedra, designando a sua clinica como "Serviço Augusto Brandão". Ao mesmo' tempo, denominou as enfermarias com os nomes de seus colegas, os Professores Augusto Paulino, Brandão Filho, Figueiredo Baena e Ugo Pinheiro Guimarães, expoentes da cirurgia nacional. E dessa solenidade o flagrante que aqui reproduzimos.

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DE SÃO PAULO — Um aspecto do grande baile de fim de ano, realizado no Ituano - Clube, pela alta sociedade da tradicional cidade de Itú — São Paulo. : . ¦

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TRÊS DECÊNIOS DE EXISTÊNCIA PROVEITOSA — A imprensa técnica especializada já atingiu, no Brasil, uma situação de notável relevo, "e prova disso é que já possuímos órgãos à mesma pertencentes cuja existência, se conta por décadas — sinal evidente da pujança e solidez que conseguiram alcanReferimo-nos particularmente ã çar. passagem recentemente, do 30." aniversário de fundação da "Monitor Mercantil" S. A.", criada em 1912, por Elísio de Carvalho e, mais tarde, levada adiante por outro batalhador de igual têmpera, Pedro Leite Bastos, que continua à frente dessa modelar organização utilíssima ao desenvolvimento econômicocomercial do Pais, tornando cada dia mais pujante e fecunda a iniciativa de Elísio de Carvalho, de há trinta anos

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PROMOÇÕES EM "SULACAP" — Grupo feito por ocasião da. posse do Sr. Ubira"Agência Metropolitana", da Sul América jara Campos, no cargo de chefe da Capitalização S. A., como prêmio às suas atividades, cargo esse que ficou vago com a nomeação do Sr. Arnaldo Lambert a inspetor - técnico da Companhia. Na "Metropolitana", que se vê assinalado entre direfoto acima, está o novo chefe da tores e altos funcionários de SULACAP.

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DE NONOHAY NA DIRE08 PROFS. CLEMENTINO FRAGA E ULYSSES — A assemTUBERCULOSE A CONTRA ÇAO DA CRUZADA BRASILEIRA de eleger, por Tuberculose acaba a bléia geral da Cruzada Brasileira Contra Nonohay de Ulysses para presidii unanimidade, os Profs. Clementino Fraga e social durante o triênio de assistência instituição benemérita dessa os destinos Antes de ser realizada a votação, o Prof. Mota Rezende salientou 1943-1946. à Presidência e Vice-Preos valores morais, cientíílfcos e sociais dos candidatos sidência,' ambos possuidores de um hrilhante passado de serviços prestados ao A eleição desses eminentes hoPais na cátedra e na administração pública. de uma progresso para a instituição e propiciaria seria garantia mens de ciência - sociais prestados pela Cruzada Brasileira a médico serviços dos a ampliação milhares de necessitados, durante sua existência dedicada ao combate à mais insidiosa das moléstias.

GUASTINI

O Inspetor Federal em São Paulo, por ato que foi recebido com gerais aplausos, nomeou para o cargo de Diretor da Divisão de Imprensa do D. E. I. P. daquêle Estado o brilhante jornalista e homem de letras, Dr. Mario Guastini, uma das expressões mais altas do periodismo paulistano. Membro da Diretoria da Associação Paulista de Imprensa, redator principal do "Estado de São Paulo", e representante, naquela capital, do "Jornal do Comércio" do Rio, o Dr. Mario Guastini é figura de alto prestigio na imprensa do País, além de autor de livros de notável repercussão nos meios intelectuais, motivo pelo qual a escolha de seu nome para esse posto foi acolhida com agrado geral e inteira confiança na sua nova ação à frente daquela Divisão do D. E. I. P. paulista.

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. „j0 coih,ido no "gold-room" do Casino Copacabana, quando do jantar em j nanem <ao jornalista Phelipe Cavalcanti Mello, vendo-se o homenageado lajUã °Coronel velo Dr. Pedro Vergara, Presidente do Instituto Nacional de Ciência Poli¦ Lima Figueiredo, Aca&éhnico Oswaldo Orico e Dr. Oswaldo de tica, (ce.-T,,- . vice - Presidente da Associação Brasileira de Imprensa. omh e Souza

III — 1943

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A escritora Violeta de Alcântara Carreira, quando realizava no salão do Conselho da A. B. I. sua interessante "A mulher contra palestra sob o tema dedicando o produto da o nazismo", renda de ingressos à Legião Brasileira de Assistência.

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ANEDOTAS QUE FICARAM... A esposa de José do Patrocínio chamava-se, na intimidade, Bibi. Esse apelido veiu a ficar conhecido depois do seguinte episódio cômico. Patrocínio, uma noite, regressava ao lar. Ia um tanto alegre. Em penetrando em casa, a esposa ficou surprêsa vendo-o meio tonto. Mas, que é isso, Zézé ? Bibi '. . . . respondeu, sorrindo, o pranteado abolicionista.

Mussa Kuraiem, intelectual de projeção nos círculos sírios libaneses da Pauliceia e diretor da revista "Oriente", que acaba de publicar "Os Califas de Bagdá", trabalho de primorosa feitura grá,ica, com ilustração e fotografias a côres dos mais interessantes aspectos da Síria. Escrito em estilo agradável, "Os Califas de Bagdá" nos revela as lendas e fatos históricos da velha Arábia tão impregnada de poesia e desse suave mistério que a sua influência civilizadera exerceu no panorama e na vida dos povos antigos.

• Coelho Netto, conversando com Humberto de Campos sobre Machado de Assis, disse-lhe que não compreendia porque o nosso primeiro romancista., era indiferente ao ambiente maravilhoso em "pessoal". que fazia mover-se o seu Já reparou que a Casa de Machado de Assis não tem quintal ? • Carlos de Laet era muito míope. Certa feita, êle esperava um bonde, na esquina da rua Sete com Avenida. Ao sentir que se aproximava um tramway, pediu ao visinho, que era um pobre homem de côr : Poderá dizer-me que bonde é esse? Ê o "Tijuca" . . . Laet agradeceu, e tomou o carro. O preto comentou : Como é triste a gente ser analfabeto !

• Na rua da Praia, em Niterói, havia um armazém de secos e molhados, a cujo proprietário, um tal Carvalho, dera Fagundes Varela o apelido de "Anfibio". O vendeiro deixou chamar-se asasim ; mas, um dia, interpelou o poeta. Oh ! seit Fagundes, por que diabo me (jhama "Anfíbio" ? Ora ! seu Carvalho ! Porque Você é de "secos e molhados".

Albertus de Carvalho, um dos nomes mais apreciados das nossas letras, tem ultimamente conquistado brilhantes êxitos no difícil gênero que é o teatro para broadcasting. Tendo-se iniciado na imprensa e apromirado seu estilo no demorado trato com as letras de ficção, o autor de "Duas faces da vida" e outrás peças de rúdio-teatro, se tem rcvelado um hábil criador de tipos e enrêdos, conquistando um lugar â parte no Vêmo-lo aqui ao lado rádio nacional. de João Francisco, seu primogênito.

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PROFESSOR MARQUES DA CRUZ — Nome de reconhecida projeção nos meios intelectuais de São Paulo, o Professor Marques da Cruz alia a estes predicados, uma sólida reputação de educador. Poeta de alta inspiração e orador brilhante, Marques da Cruz tem contribuído da maneira *mais incisiva para a obra de intercâmbio cultural entre o Brasil e Portugal, tornando, assim, ainda mais sólida a amizade entre as duas pátrias irmãs.

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Dr. Dorival Pimentel de Queiroz, que vem de diplomar-se em Medicina pela Universidade do Brasil, após brilhante curso, durante o qual conquistou o Prêmio "Horta Barbosa", (Obstetrícia) da Sociedade de Medicina e Cirurgia.

Monsenhor Antônio Gomes de Faria Nogueira é uma das figuras tradicionais de Carmo do Rio Verde, e suas virtudes de sacerdote piedoso e probo ainda hoje são recordadas com carinhoso respeito Filho da cidade de Pouso Alto, para ali foi como co-adjutor de seu irmão o cônego José Inácio de Faria Nogueira, cujo posto, por morte deste, assumiu, tendo dirigido espiritualmente a Paroquia, como seu vigário, de 1872 a 1885. A fotografia do respeitável Ministro de Deus, que aqui reproduzimos, é uma preciosa relíquia para os habitantes de Carmo do Rio Verde, que ainda hoje lhe tributam sua saudade e seu carinho.

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I I I— 1 94 3


concerto que foi irradiado para o Brasil parte quae de cujo programa faziam "Suite Infantil" e tro "Ponteios", uma "Flor de Tremembé".

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PINTURA APESAR da delicadeza do momerito de beque atravessamos, a temporada Ias artes parece que não terá menos toteresse do que a do ano passado. Pelo menos, é o que se pôde esperar, sabendo que vários pintores se estão preparando Entre ¦ para as suas exposições anuais. de Piesses, poderemos citar Heitor nho o mágico da espátula ; Paulo Guimarães, a bela promessa surgida o ano Almeida, o passado ; José Maria de ; Leopolapaixonado e dinâmico pintor do Gottuzzo, o artista eclético, sempre interessante ; Luciíia Fraga, a apaixonada das flores ; Francisca de Azevedo Leão, a infatigável aquarelista dos motivos antisros ; Armando Pacheco, o paisagista inteligente e Armando Vianna j pintor de todos os gêneros. Temos aí uma série brilhante de nomes consagrados, que poderão dar-nos gêneros de pintura os mais variados, da paisagem à composição, da flor ao retrato.

AO QUE PARECE, a flor é o gênero As galerias de pintura do momento. de arte estão sobrecarregadas de quadros de flores, que são rapidamente adoutros. quiridos e substituídos por Talvez essa "coqueluche" tenha sido obra inconciente dessa grande artista que é Lucilia Fraga, com as suas seguidas exposições de flores do PalaceE talvez todos tenham razão. Hotel. A flor é sempre a flor : delicada, maravilhosa como expressão de beleza, romântica, flor de esperança e flor de saudade, agrada aos olhos e ao coração, como mensageira de sentimentos os mais delicados.

MUSICA JA TIVEMOS oportunidade de nos referir à iniciativa de um punhado de artistas aqui residentes, de fazer representar algumas óperas brasileiras em um ato, numa temporada lírica verdadeiramente "sui generis". Dando a primeira demonstração prática da firmeza de suas intenções, os autores da idéia levaram à cena a "Moema", do saudoso Delgado de Carvalho, cujo reaparecimento agradou em toda linha. E provaram que é possível vencer, sempre que se trabalha honestamente por ideal superior. As demais óperas virão a seu turno. : Seus autores são nomes consagrados Nepomuceno, Alberto Oswald, Henrique Francisco Braga, J. Otaviano, João e Gomes Júnior, Júlio Reis, Vila-Lobos outros.

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CHIQUINHA GONZAGA, nome que ainda é de ontem, está já imortalizado no bronze, na herma que lhe foi crguida no Passeio Público, por iniciativa do Centro Carioca e da Sociedade de Cultura da Memória de Chiquinha GonO busto é um trabalho feliz de zaga. Honorio Peçanha, que nos apresentou a máscara da maestrina brasileira tal como ela era : um mixto de traços de talento e de bondade, de quem viveu. como nenhuma outra de seu sexo, por assim dizer perseguida pela consagração e pela popularidade.

AS PRIMEIRAS notícias que chegam dos Estados Unidos dão conta da estréia do pianista Arnaldo Estrela, e do seu triunfal acolhimento por parte do Esta, principúblico e da imprensa. palmente, dedica ao virtuose patrício, colunas e colunas, elogiando-lhe a parte técnica e enaltecendo, principalmente a interpretação, animada sempre por um sentimento comunicativo, cheio de sã poesia e de esplendido caráter romântico. Está, portanto, proclamada a vitória de Arnaldo Estrela, vitória, aliás, sobre a qual nunca tivemos a mínima dúvida, tão certos estavamos de ter sido escolhido um artista completo, e não um simples pianista, para nos representar na América do Norte.

O FOLKLORE nordestino é dos mais ricos de produções musicais encantadoNos seus motivos originais, váras. rios compositores brasileiros teem encontrado assunto abundante para seus Zé do trabalhos, que se vulgarizaram. Norte organizou um festival típico, contendo desafios, duetos de sanfoneiros, cocos, batuques, frevos, maracatús, emboladas e outros tipos de música folklorica nordestina, confiada a respetiva execução a nomes muito populares no meio. ESTHER SAMARA é uma pianista fi, pois, uma criatura cega, brasileira, que vive exclusivamente para a aima, ja que não pôde viver para os olhos. 0 Mas destino foi cruel para com ela. não foi menos generoso, dando-lhe meios para disfarçar a escuridão em que vive. O piano é a sua grande alegria, a única luz que lhe clareia os dias. ESTEVE EM FOCO a questão de se saber se devia ou não haver temporada Diante da situação de guerra, lírica. em que o Brasil se encontra, parece que devíamos privar-nos de umas tantas coisas adiaveis, mesmo com o sacrifício do nosso egoísmo e do nosso interesse pessoal. A simples dúvida sobre se cievia ou não haver a temporada lírica, indica que não devia. O momento pede a atenção dos brasileiros para' outros assuntos. Em todo caso, as autoridades saberão julgar a dúvida e resolvê-la da melhor fôrma possível.

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^¦%^»v^^^^^a^mmwm\ '¦'¦ OUTRO ART1STA NOSSO, que' nos Estados Uni- . dos vai conquistando aplausos seguidos, é Camargo Guarniere, cujas composi ções se impõem acentuado pelo caráter brasileiro que as reveste. Telegramas v i ndos de Nova York deram-nos notícia de haver o talentoso compositor se exibido como pianista, executando peças de * sua autoria, e como regente, dirigindo a Orquestra Columbia, em um

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RECITAL

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DE

CANTO

O recital de canto de Luizita Cunha Silveira, jovem soprano ligeiro de méritos indiscutíveis, na Escola Nacional de Música, constituiu uma das mais atraentes noites de arte A aplaudida concertista dedicou o espetáculo à de 1942. Sra. Henrique Dodsworth, que o prestigiou com sua presença, dando-lhe também foros de acontecimento social, já que a parte artística foi desempenhada primorosamente, através belo e variado programa, incluindo Gluck, Auber, Chopin, Benedict, Bellini, Massenet, Verdi, Mignone, Paulo Neste mês Barroso, Lorenzo Fernandez e Barroso Neto. Luizita Cunha Silveira exibir-se-á nas capitais paulista e paranaense, onde, certamente, obterá o mesmo êxito que aqui alcançou.

— 33 —

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FAZER

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passagem da desgracioso.

vedando a preparar um «black-out» eficiente atravez portas e janelas, sem produzir um efeito

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"black¬ "black/~\S raids-aereos raids-aéreos e as precaugoes precauções a tomar para um imaginação de toda a gente estão na imagina^ao out" perfeito estao nós dlevemos saber como agir. nesses nêsses ultimos últimos dias e todos nos A melhor

planejar logo de em sua casa e por pôr afinal em

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inicio o que deve ser feito execugao execução os seus pianos, planos, logo Passiva ordene. Aqui diferentes tornar

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III"— Para janélas vedadas com pano preto e para dar-lhes aspécto mais agradavel, póde-se fazer aplicações de flores ou desenhos colori-, dos, o que lhes confere um aspécto alegre e vistoso. IV — As portas que são encimadas por bandeiras abertas, poderão ser cobertas por papeis coloridos ou desenhados, de acordo com o colorido e os desenhos da parede.

preto,

resto de veludo ou fazendas encorpadas e tambem também pretas. A seguir, verificar as luzes mais necessarias necessárias no interior de sua

casa,

lampadas

fazendo de

raios para

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utilidade,

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Vejamos alguns tipos de janelas janélas e portas e os modos de evitar a exteriorizagao exteriorização da luz.

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V — Durante o "black-out" a saida e entrada de casa torna-se um dos problemas de mais dificil solução. Para isso, é necessário velar-se as làmpadas e colocá-las nas posições marcadas com X e protegidas pela própria porta que se abre, como demonstra'o esquema.

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I — Para esconder o pano preto usado durante o "black-out", ha dois processos facilmente executáveis, como se pôde vêr na ilustração junto. O 1.° consiste em colocar uma espécie de caixa no sentido vertical da janéla? onde se poderá ocultar a cortina. O 2° é fazer essa mesma caixa, porém no sentido horizontal e no cimo da janéla, suspendendo a cortina por meio de cordões, até ocultá-la completamente. O

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II — Para êsse tipo de janéla recomenda-se colar dois pedaços de papelão nos vidros, deixando somente a parte do centro para a entrada da luz. Quando fôr necessário vedar a mesma para o exterior, é só puxar as cortinas, como demonstra o desenho. — 34 —

VI — Aqui temos outra variação de como esconder a cortina durante a trégua dos ataques aéreos e servindo, ao mesmo tempo, para impedir a exteriorização da luz durante os mesmos, dando ao ambiênte um cunho de elegancia e bom gosto. Basta para a gravura, guarneisso, como indica "bandeaux" de macer a janéla por deira, na qual se tenha feito desenhos, grandemente decorativos. I I I — 1 9 4 3


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BORRACHA para tio Sam ! campanha pela borracha usada, nos Estados Unidos, teve tanta repercussão, ou mais do que a similar, realisada entre nós, para coleta e aproveiTí

tamento de metais. Estes dois aspectos mostram escoteiros e colegiais "yankees" recolhendo objetos de borracha e uma das "pirâmide^" do material coletado para auxiliar a vitória das democracias.

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LEONCIO

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magnificas. Lá — e estendendo o braço apontava longe — o iríar salmodia au ruge; aqui, entre perfumes e gorgeíos, a terra desabotôa em frutos polícromos. ^E lá de cima, do seu eterno e luminoso trôno, Deus abençoa a doçura desta encantadora e harmoniosa hora de meditação e de sonho. E a®®? céus e terras — aqueles se arqueando, estas se estendendo — suplicam, e negas, a esmola de um olhar teu. Senhora da minha vida, dona da minha ventura, desanuvia o semblante, e ergue a alma numa prece e faze do teu olhar uma benção consoladoía. Não foram para chorar teus olhos feitos, mas para provocar sacrifícios, despertar heroísmos, inspirar amor. E se dêles, de amor já sou cativo, exige, por eles, um sacrifício que, para enlevo e glória dêles, de todos os heroísmos sou capaz. Carmen tentou um sorriso. Havia, porém, nesse vago esboço de alegria, um tão magoado, um tão doloroso, um tão profundo mistério, que Jaime, ao lhe notar a machucada expressão, emudeceu, estarrecido. E pela sala pesou angustiado silêncio. Ela, muito pálida, mais encantadora ainda na estranha irradiação da maravilhosa formesura através dessa palidez de mármore polido, ergueu-se, deu alguns passos vacilantes, e se deixou cair, desalentada num divan forrado de setim, alardeando a côr do tenue azul das noites de luar. E, curvando ligeiramente o busto, com o dos cabelos confundindo o ouro pálido do sol do entardecer, que se quebrava brandamente no cristal dos espelhos, os cotovelos sôbre os I HORAS ? é natural que o fajoelhos, escondido o rosto entre as mãos douradas, ela ças... Pois não num frenético desespero, despejou em pranto nervoso, trouxeste-as presas, por todo miúdo, soluçante, violento. x o longo dia de hoje, essas duas Jaime correu, alarmado. Ajoelhou ante o divan, colheu r celestes aves que, desdé a hora entre ambas as mãos aquela cabeça admirável, acariciou-a bendita em que nasceste, o vôo jgjf longamente, beijou-a com infinita ternura e, disfarçando flôr do teu divino ensaiam à os tristes pressentimentos de uma felicidade a pique de rosto? Porque, como grades de ser estrangulada, elevou a voz com lentidão solene, como uma gaiola, colocaste a trama de um véu espesso sôbre numa oração ungida de fé cristã : firmamento azuis como o dois próprio esses pássaros, — Que pecado, filha! Já viste, acaso, do céu azul e cantando neste glorioso dia de primavera? Não sabes que esse pranto significa a revolta contra a prisão iniqua? rutilante desabar a chuva? Tão funda mágua o coração Olha... 0 dia declina numa pacificação claustral... Pois te oprime ou despedaça, que transmudas o azul do meio foi para os trazer ocultos que Deus te emprestou esses dois dia numa noite orvalhada de lágrimas aflitivas ? Enbelos pedaços do céu? carcera n'alma as terrpestades invisiveis. A lágrima é E chegando à janela, da qual, a essa hora évocadora sempre um cartaz indiscreto ou perigoso... e suave, um delicioso panorama se gosava: Carmen, abafando soluços, levou vagarosamente as — Vê como a Natureza é piedosa! Em torno a este mãos aos empinados seios, e do delicado vale que os secirculo satânico de vícios e de crimes, que é esta alueiparava retirou, orfanando-o da tépida caricia das suas nante Babilônia, ela se atavia com uma túnica de flores III — 1943

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carnes adoráveis, um envelope cuidadosamente dobrado. E, sem se voltar, sem proferir palavra, entregou-o, por cima dos ombros, a Jaime. 0 recem-casado, ligeiramente tremulo, levemente empalidecido,. do envolucro sacou a carta, e já dominado e sorridente, leu, com clara e sonora voz :

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Fugaz o meu amor ? Fugaz o hino marcial do sol ? A poesia melancólica da lua ? A doçura das noites estreladas ? A orquestração complexa do mar ? Fugaz a própria eternidade dos tempos ? Ah ! — cântico sublime, etérea glória do meu coração apaixonado! -— auando tudo isso passasse e se sumisse e morresse e se extinguisse, ficaria, como um clamor imortal, esta imensa, esta dolorosa, esta invencível saudade com que a ausência do teu vulto adorado agrilhôa e tortura a minha alma! 0' se te amo, incrédula divina! Que o digam as auras noturnas e as brisas matutinas, tantas vezes gritantes do teu nome querido, cuias sílabas debucho nostalgicamente, quando a tristeza de te não ver junto a mim derrama-me n'alma a expressão magoada e melancólica de violáceo ocaso... Ah! se te adoro, deliciosa santa do meu culto passional! Vives dentro de mim como o sol no espaço, e tão a mim ligada como a luz ao dia e a estrela à noite ! És o meu primeiro pensamento" no instante em que desperto; o último quando cerro os olhos fatigados, sob a caricia ideal do teu fascinante sorriso I Ah ! como passalrei diante das multidões pasmadas, o braço enfiado no teu braço, orgulhoso com o ser apontado como o teu eleito, feliz de ser invejado por te possuir 1 Que outra ventura me seria dado aspirar na terra, para despeito e desespero de todos os demais homens ? 0 sonho maravilhoso que, por inesquecíveis ncites, me redoura a fantasia em flôr, agora se transmudaria em realidade, para minha ventura e como prêmio do meu sofrimento e palma do meu martirio ! Mas — crueldade do destino avesso ! — Só, recolhido, taciturno, incompreendido, na atormentadora dúvida do teu afeto, vivo a arrastar os férreos grilhões deste .amor castíssimo, por entre as noites inclementes com q& a saudade vai invadindo o meu desconsolado coração. E, então, meu doce amor, reunindo todas as vibrantes energias que acionam o ritmo da minha vida, só encontro, para te depôr aos pés, como síntese do meu sentir, este estribilho que me transborda d'alma, e dela irrompe como um clarão matinal: eu te amo e te amarei pela vida em fóra, porque a minha própria vida resumes — ó sorriso de Deus na terra! — na tua pura glória de mulher formosa ! Jaime. E leu, baixando a voz, esta nota traçada com firme e esplendida caligrafia: "Belo! maravilhoso! ~ 8-5-915. C." E esta outra, posta a seguir, com Irregular e tremula letra: "Incrível I tanta mentira e tanta hipocrisia! Como os homens eternamente se parecem! — 6-9-16. C." Tens razio, querida... Se eu soubesse dicer, se eu soubesse me exprimir,.. Conheces aqueles lindos versos de Campoamor, nos quais descreve o poeta a angustia de uma ingênua e apaixonada camponesa, pedindo ao cura de sua aldeia escrevesse ao noivo ausente dizendo-lhe... "Que o amas, não é verdade? Nio, senhor curai Que o queres junto a ti ? Nio, senhor cura I Ah ! — e aqui clama e chora a alma torturada da linda e ardente flôr de Gualdaqulvir: Se eu soubesse escrever I.,, Numa imobilidade de estátua se conservára Carmen por todo o correr da leitura e pelos Instantes em que o O

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O senhor não ouviu ? Ponha a lingua de fóra. Mas, seu doutor, estou mostrando.

h4 dez minutos que a

desnorteado esposo o rosário de justificativas desfiava. E, após, com o mesmo gesto e do mesmo deleitoso vale retira uma pequenina carta amarrotada, que parecia queimar-lhe os dedos, e passa-a, com melancólica expressão de agonia, ao assombrado companheiro. Jaime desdobrou-a Um penetrante comprometedor, venenoso aroma se evóla daquele minúsculo pedaço de papel, que era como uma chave fatídica fechando a porta da felicidade. Depois de lê-la e relê-la, já a si mesmo se dominando e se vencendo, o mísero fez, daquele aziago convite à renuncia do seu cândido amor, um canudo muito fino e, acendendo uma vela, levou-o à chama, e reclamando a atenção da esposa, à proporção que o papel se queimava, exclamou com firme, serena, aveludada voz : Olha, filha... são as cinzas de um fogo que se apagou... a certidão de óbito das minhas derradeiras estroinices... E ajoelhando diante dela, cingindo-lhe os joelhos, beijando, num infantil transporte, as mios, que a £le, de todo, gostosamente se abandonavam: E juro por esses olhos profundamente azuis, por esses trechos do céu, que eu posso, contemplando, beijar, e de dentro dos quais Deus me fala, sorri e me abençoa — juro que serei a sombra da tua sombra — feliz de te seguir e em te adorar — à frente dos teus sonhos luminosos que terlo a sançlo divina da minha alma desfeita em aorrisoe I


— despeito — de muito escarnecidos, de aivejados por fulmtneas sátiras e dos agnomes R chistosos que lhes punham, os gordos, com o andar do tempo, têm tirado a forra, provando que a gordura nio 4 estorvo ao desenvolvimento da inteligência. No teatro, então, o vezo de meter a riso os personagens adiposos, vem de longa data. Na engraçada comédia, As alegres comadres rede Windsor, de Shakespeare, a Senhora Page, conferindo-se ao obeso Falstaf, profere com seria vicçâo: — Estou disposta a propor ao Parlamento, uma lei sobre a supressão dos homens gordos! Nào foi, porém, esta, a primeira manifestação ande homens eminentes contra a obesidade. Já, PHnio, Hamlet, do escritor sublime teriormente ao corroborando o que Paracelso havia dito, escreveu ironicamente: — Os homens gordos têm tambím o engenho gorduroso. Essa preocupação pela gordura Humana, levou um bom punhado de escritores, de diversas nacionalidades, a produzir livros copiosissimos e asais curiosos. A mõr parte dessas obras, como se pôde imaginar, é de pura troça. No entanto, ninguém seria capaz de supír que houvesse uma verdadeira biblioteca a-propósito-da obesidade. Existem, como dissemos acima, centenares, sinão milhares de volumes, escritos nas mais diversas línguas. Uns, ocupando-se da gordura como de um mal que é necessário combater; outros, o maior número, ridicularizando-a e dando à estampa chistosas anedotas, revefedoras de formidável espírito inventivo, as quais obtiveram larga repercussão.

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05'HOMENS GORDOS E A CELEBRIDADE EDUARDO VICTOiQINO Contrariando, porém, as opiniões de Paracelso e Plínio, tem havido gordos que equilibraram a genialidade com o desenvolvimento descomunal da

pança. Poetas, filósofos, artistas, papes, aventureiros, santos venerados nos altares, enfim, talentos Inspirados, modelos de virtudes, de sabedoria, espelhos de astucia, tipos ultra engenhosos, e, de todos eles, * história do mundo assinala seus nomes, glorifiqando-os ou celebriiando-os. Mas, que os gordos, homens e /mulheres, nio se desconsolem, pondo os olhos na Incompleta lista de barrigudos celebres que publicamos- a seguir. Pomos em evidencia, por mais famosos, alguns nomes: Platão, filosofo; Hipocrates, médico; André dei Sarto, pintor; Leio X, pipa; Boccaccio, escritor; e Tomás de Aquino, santo. Horacio, notabilissimo poeta latino, a quem cognominapam o Fraco, segundo ele próprio declarou, era gordo. Tibulo, escreveu: se queres rir, vem vêr-me, ebrioso e anafado,. na "esterqueira" de Epicuro. Cagliostro, alicantine.ro de dilatada reputação, astuto e comedor voraz, engordara demasiado, o que o embaraçava nas suas atitudes de galantariá. Gibbon, famoso historiador inglês, havia deixado crescer a pança por tal forma, que, certa vez, prostrando-se aos pés de uma dama, para lhe prestar juramentos de amor, nâo poudte erguer-se sé* zinho. Foi a própria dama que o ajudou a sair do lance ridiculo. Rossini, compositor ilustre do Barbeiro de Sevflha e de tantas músicas notáveis, ganhou fama de hábil cosinheiro e de ser um dos maiores gastronomos da sua época. A-pesar-de muito gordo, possuía um coraçio que se inflamava facilmente.

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George Sand — pseudônimo de Aurora. Dupbi — escritora de mérito, cujas aventuras amorosas lhe deram tanta nomeada, quanta lhe proporcionaram os seus esplendidos romances, descreveu assim a figura de Balzac, o incomparavel e fedundo romancista da Comédia Humana: Subia, com a sua pança de tonei, os diversos andares do prédio onde morava, resfolegando ruidoaamente, porém, divertindo aqueles que o acompanhavam, com facecias oportunas e cheias de graça. Hi, entretanto, entre os ventripotentes, um que sobreleva a todos, havidos e por haver: Sancho Pança. O Inesquecível companheiro do Cavaleiro da Triste Figura — fruto do genial e engenhoso Mlguel de Cervantes, no imorredouro romance, Don Quixote de Ia Mancha — excede a todos os magros do passado, do presente e do futuro, por sua sensatez, filosofia e argúcia. No tempo do Imortal Moliére, houve um atorautor, Montfleury, cuja gordura teve brado de armas, e que não o tolhia de ser audacioso e atrevido. Entre ele e Moliére — guardadas as devidas proporções de talento — houve uma desavença literária. Dessa discórdia, sairam as comédias L'Impromptu de Versailles, de Moliére, e Llmpromptu de 1'hotel de Conde, de Montfleury. Inútil será dizer que a peça do autor das Preciosas ridículas dominou a. outra pelo Interesse e pelo espirito. Ainda para dar o tiro de misericórdia, Moliére escreveu a comédia-satírica, La Jalousie du Gros René. Pois este Montfleury que tinha a estulticia de se querer medir com o inimitável criador de Tartufo, serviu a Edmundo Rostand para uma cena herói-comica no seu belo drama, Cyrano de Bergerac Como ficha de consolação para as pessoas demasiado gordas, pode ainda citar-se o nome de Chaby — o mais volumoso ator que jamais pisou em palcos luzo-brasileiros — cujo renome lhe veiu da gordura e dos dotes artísticos que lhe grangoaram tantos e tio eloqüentes aplausos. Ji tivemos ocasiio de dizer: realmente, era necessario possuir um extraordinário merecimento, para tornar aceitável, em personagens que nio fossem burlescos, mas que beirassem o drama, uma corpulencla tio considerável, tio fora de proporções admissíveis em uma arte na qual a estética é primada!. Nio se tratava de um desses casos tio comuns, de atores desfavorecidos pela natureza, mas de um caso, por assim dizer, teratologico. Nas farças, na opereta, nas comédias vaudevilescas e até nas revistas, no desempenho de certos tipos grotescos, a figura excessivamente desharmooica de Chaby seria permissivel. Mas, como aceitá-la em peças da qualidade de Negócios sio negócios, Blanchette, Genro do sr. Poirier e Emigrado, se um vigoroso talento teatral e um raro poder interpretativo não a desmedrassem a nossos olhos, como uma figura mítica? A essas duas essenciais qualidades e á sua dearticulação perfeita, deveu Chaby o haver-se imposto rapidamente i admiração das platéias. Gordos, nada de desanimar, a gordura anda a-par-da gloria...

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i N AO três e cinco da manhã. Glaura entra sobre a pente dos Sua alcova rescende a "voile pés. de nuit". Seu alvo leito recamado de um capricho em cõi azul é o repouso desejado pelo seu — milacorpo joven e estuante gre de belesa e de sonho. Despe-se toda num átimo e a sua carne aiveja ainda mais aos beijos da luz que se derrama do candelabro de ouro e onix. E depois que Glaura se embrenha na espuma dos lençóis aromados, ouve-se o ruido, quasi imperceptível, de três vozes abafadas. Do onde vêem elas? Não se sabe. Agora são mais claras. Agora mais límpidas ainda. De dentro de uma bolsa de couro de jaguar negro, guarnecida de fechos de prata, e deixada pelas mãos de Glaura sobre o diva de berbutim celeste, saem, cautelosos, uma Serpentina, um Lança-Perfume e um Confettt Dourado. A Serpentina vem á frenfte. Pede aos companheiros que pisem de leve. Que não façam muito rumor. Ha o receio incontido de que a Bela Adormecida acordar. Passam possa primeiro a porta de mármore do vestíbulo e na ante-alcova se detêm a falar enquanto Glaura, a formosa Glaura, a fascinante Glaura, ressçna. SERPENTINA — Eu não sei a qual de nós cabe a glória desse amor que começa. Ah | se vocês a vissem, no seu contentamento, ma sua transbordante alegria, no Instante em que êle chegou a seus pés preso pelas minhas algemas, envolvido pelo m-su abraço, enlaçado pelos meus tentáculos. Sua leve, gracil mãozinha branca de um sonho encantado distendeu-me pressurosa quando êle passou cantando no turbilhão alueinado que ia pinchando. saracoteando, bamboleando, gingando, ensurdecedoramente sob um tufão de sons desiguais, de notas desencontradas, de vozes mescladas de ternura, de tristeza, de saudade, e, — por que não dizê-lo mesmo ? — tambem de amor enternecido, desse amor, que não tem ares de luxuria, sem pecado, esse amor que está docemente, languidamente, adormecido nos

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nossos olhos e que não sái dali senão para afagar a criatura querida, o ente desejado, o anjo da nossa contemplação sem pôr sobre êle a menor mácula, a mais leve tisna, a mais ligeira mancha. Amor que os sentidos não tocam mas que só é amado pela sensibilidade da alma; que vive vigiado do nosso constante cuidado para que ninguem o possua, ninguem se acerqne dele para contaminá-lo, para que nenhum hálito venha esmaecer a sua pureza, que é todo o enlevo nosso por estar desprendido das exigências torpes da carne; amor que é renuncia, que é beleza, que é sonho . . .

JOAQUTM THOMAZ

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ale Vocês que viram toda aquela gente nao gre, esfusiante. delirante,, incansável, calculam quanta chaga, quanta *->•*• <^a™° da desespero, não iam calcando por baixo daqueles quelas fantasias, daqueles gjuisçs, Quanta pandeiros cheios de fitas multicoresolhos, por lágrima que se retraiu daqueles um momento, para dar passagem a umaaecontentagria fugace a um sorriso, a um mento efêmero, brevíssimo, fugaz. Toda aquela loucura, todo aquele d*--}™, irão toda aquela insania coletiva quaiito nao masdescer a custar depois que o Carnaval "Evoé" adormecer no cara e o último grito e silêncio das coisas tristes, que outro nao que o silêncio das ruinas • ¦ •fui eu quem o Mas como eu lhes dizia: foi buscar para ela, para junto dela para;a das carícia e o embevecimento dos seus olhos, . suas mãos, do seu beijo ... des Cabe-me o louro dessa pugna falaz ae se encontro inesquecível, desse momentocomo felicidade que ela teve e que passou °J**° -»1™ passa o aroma trescalante que inocente das rosas e vai morrer .deP^nmu,'0 ao to além espedaçado nas mãos vingativas 'en esLANÇA-PERFUME - Penso que você íoi tá en-ada. minha amiga, quando diz que

graças à sua intervenção que èle veiu para ela como um principe er cantado saldo do fulgor das lendas, da nebulosa de um sonho côr de ouro. Engana-se, porque não foi por você tê-lo enlaçado que êle veiu para ali onde ela estava á espreita de um alguém que pudesse fazê-la sentir a delícia acariciante de viver e partir em seguida sem deixar contudo uma pegada, u'a marca, um nome para ser lembrado depois. Reivindico para mim a primazia da conqulsta, a grinalda de rosas da vitória; fui eu quem o fez vê-la e fascinar-se pelos encantos dela. Esguichei-me quando êle passava abstraído e feliz naquilo tudo, e, com o meu perfume íí-lo voltar-se apressado e encontrar aqueles seus doces e profundos clhos onde a mais negra das noites fez o seu ninho de trevas e de mistérios. Envolvi-o depois, toquei-o, exaltei o e trouxe-o, humilde como um cativo preso ao carro de triunfo do vencedor, aos pés dessa que é a própria Beleza feita latescência, feita carne, feita sonho. Seus sentidos, quan Jo cercados pelas' ondas de meu aroma vo»uptuoso e terno, deixaram-se levar nas aéreas, frágeis, caridosas asas da Fantasia, trazendo-o para jurto do seu coração, impelindo-o de encontro ao seu p3ito, cortejando-o até vê-lo por terra, exarume, vencido. Decerto, pois, que se deve ã mim mais èste capítulo de um romance inacabado e que por não ter epílogo deve por isto mesmo ser mais belo, mais cemovedor, porque a imaginação sabe pintar para cada um de nós aquilo que a palavra não sabe dizer por ficar inane na nossa boca, opressa na nossa garganta, estrangulada nela sem poder exprimir aquilo que sentimos, que quizeramos que todo o mundo soubesse e não fosse segredo para ninguem . . • E, ademais, eu tenho mais alma, tenho mais sonho, mais fantasia, dentro em mim, Posso das minhas moléculas infinitesimais. arrebatar, extasiar, embevecer, conduzir qualenevoados do Nãoaos paramos quer mortal Ser, á delícia enervante dos sentidos quando a caminho do Incognoscivel, do Irreal, do

Desejado, onde os pés humanos não pisam e onde só a alma póde sentir os efluvios surpreendentes da Belesa... CONFETI DOURADO — Vocês dois já falaram como quizeram e entenderam. Mas estou certo que fui eu quem mais a ajudou naquela batalha amorosa. Se foi você, Serpentina, quem o buscou para os braços dela; e você, Lança-Perfume, quem o extasiou e íê-lo deter-se ante os seus encantos, não menos certo é que fui eu quem o. recebe-; á entrada de sua vida, à porta de sua alegria, coroando-o com o brilho solar que cascateia de mim num eterno fulgor que não esmaece jamais. Dei-lhe a impressão de uma nuvem.de ouro dardejando em torno dele para conduzí-lo á terra cheirosa e ardente de sua carne, ao êxtase da sua volúpia, ao calor dos seus braços feitos de trigo e de luz. Fui, assim, a glória do amor que eu festejei, que eu coroei com o eterno esplendor saído do meu corpo e que pôde embevecê-lo e extasiá-lo . . . Neste instante uma réstea de luz entra no quarto de Glaura que ainda ¦ dorme. Outra vem após. Ainda outra, Os três estranhos personagens, voltam pressurosos, á bolsa de onde haviam saído. Estacam á entrada com um pequeno Baton que assim lhes fala: BATON — Puz-me á escuta da conversa de vocês três. Ouvi-os sofregamente para que pudesse ajuizar do mérito de cada um neste embate em que se empenharam duas almas jovens e deis corações sequiosos de amor. Presenciei atorito o alvoroço de vocês três, desde a estesia inebriante do aroma que saiu de seu coração de vidro, Lança-«Perfume, até á féerla, á graça subtil. á airosidade com que você o enleou. Serpentina, sem recerdar a festa mágica, a munificéncia. a riqueza, a ostentação do ouro que era toda a sua fortuna, meu feliz Confeti Dourado. Contemplei de perto o quanto de beleza havia naquele sonho que se ia desenhando dentro de sua alma embevecida pela mais doce das emoções, pela mais dour:,cta das teias da Ilusão. O tremor de sua mão. a música do seu passo quando os dois dansa vam a suprema harmonia do seu beijo, cálido come um ninho no inverno, e doce como o nectar das flores. O seu sorriso, a sua fidalguia a sua graça ressoante como uma harpa tangida por dedos invisíveis. Entretanto eu acho que eu fui miais do que vocês três. A mim deve ela maior soma de gratidão, sem dúvida. Porque enquanto vocês três lhe exaltavam os sentidos fazendoa viver um instante fugaz, brevíssimo, mas cheio de ebriez e de deslumbramento, eu me conservava quieto esperando a minha vez de ser-Ui» útil também. m vi-a só eu, so eu a vi, quando êle se foi embora. Ficou como que imobilizada. Cerrou os olhos doce, languida, molemente, e deixou-se ficar longo tempo recestada na sua cadeira de alto espaldar negro. A boca cheia de beijos como se fosse uma gaiola cheia de pássaros doidos, ainda febncitava e ardia de desejos :'ncontidos. Ai foi que ela me tomou entre os seus dedos longos e macerados e levou-me aos lábios e me fez passeiar vagarosamente várias vezes per sobre aquelas marcas deixadas pelo pecado, por todas as frinchas por onde o beijo dele passou numa sefreguidão, num alvoroço. num estremecimento. E reavivando nela o s.ngue dos lábios, retecando aquela pérola de sangue posta na sua fronte muito nívea e serena — a sua boca — eu fui, sem mais dúvida alguma, mais generoso que vocês, mais seu amigo, mais consolo seu. / Porque vocês atiraram-na ao pecado, exaos olhos de todos, e eu apaguei o ' pondo-a rastro daqueles beijos, as pegadas daquele escândalo todo, e dei-lhe, de novo, aquela graça, aquela pureza aquela inocência, que estão ali tão bem simulados no semblante dela . . . ...disse; e se recolheu com os outros três á bolsa de couro de jaguar negro que jazia sobre o ãivã de berbutim azul. Glaura continuava a dormir. A dormir e a sonhar . ¦ ¦

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de casa apressadamente, tomei o primeiro ônibus, e com uma alegria de quem vai receber dois milhões de cruSAÍ zeiros, cheguei afinal no castelo. Consultei o meu pequenino relógio de pulso, (relógio bem feminino) olhei com sofreguidão o primeiro espelho de vitrine que me apareceu, toquei levemente os meus compridos cabelos louros e ondulados e comecei a andar o mais ligeiro possivel.

Mas eu é que não estava nada calma. Senria-me nervosa e inquieta. Aos meus ouvidos teimava ainda aquela voz do professor : "Um jovem italiano"...

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Olhei novamente o relógio e os ponteiros pareciam querer andar mais depressa que eu. 3 horas. As nuvens côr de chumbo grossas e pesadas prometiam uma bôa regadia para os otts da Avenida e um refresco gostoso para o asfalto escaldante. Apesar da espectativa de um temporal, eu continuava alegre, muito alegre mesmo. Enfim, estava agora em frente a Escola de Belas Artes. Ah I Cheguei! Endireitei mais uma vez os cabelos e entrei. Sim, a minha alegria era de certo bem razoável. O professor, aquele grande artista da Escola de Belas Artes, e notavel imortal da Academia, um verdadeiro, um grande artista do pincel, ia me oferecer um lindo desenho. Não seria isso, talvez, um bonito sonho, desses que surgem na nossa mente? Não

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Encontrei no limiar da porta do meu apreciado artista, um sujeito sisudo e exquisito. Perguntei pelo professor e êle, atirando a para traz, mandou essas palavras para dentro do gabinete: "Professor, af tem uma menina que deseja falar com o senhor". Erguendo-se o mestre, mandou que eu entrasse. porta

Conversava com alguém e por isso tive que esperar um pouco, sentada numa poltrona que ficava num canto da sala.

16. A última é a peior, — é a verdadeira tragédia. Mal acabo de lér, e o professor me chama. A pessoa com quem conversava jé se tinha ido... Mandou-me

gentilmente que me sentasse, indicando a confortável cadeira que fica junto da sua mesa de trabalho. Sentei-me. Só agora percebia que a chuva cata lá fira, com uma fúria de fazer medo. Começamos a conversar e êle, então, mostrou-me a maravilhosa obra de arte que me havia prometido. Eu, encantada, olhava a cabeça do filosofo traçada a crayon, que jé me pertencia, que iria morar comigo na minha casa, pendurada na parede da minha sala, como uma reliquia, uma vitória! Sim, uma esplendida vitória ! Hé tanto temDo que eu desejava ardentemente têr um legitimo t.abalho, enfim, um original do professor que é quasi um ídolo para mim ! A chuva jé havia passado. O asfalto, bem

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MALHO

Sim, ser homem é muito mais interessante ... mais vantajoso ... Mas desde que Deus me mandou para o mundo como mulher, quero ser inteiramente mulher. Não tenho em absoluto, o o menor prazer em tér uma cara de jovem italiano... Pelo contrario, fiquei triste ao saber que sou portadora de tamanho despauterio. Com todos esses pensamentos, parei um instante na rua. Pego na saia do meu vestido de seda leve e penso : Calculem, eu, com esse vestido, de unhas escarlates, de baton e rouge, com esse minúsculo, sapatos sem calcanhares, cabelos crescidos, louros e ondulados, idéias de

reloginho

DEL COSA VITORIA

por certo que não era nenhum sonho. Pois êle mesmo me prometera Subi a escadaria.

Muitos quadros rodeavam o fino ambiente todos lindos, encantadores. Depois de ter olhado todos demoradamente, lembrei-me que trazia comigo um livro : "Os últimos dias de Oscar Wilde e outros estudos" de Eduardo Tourinho. Puz-me a folhear... Um pensamento do famoso Oscar Wilde me chamou atenção : "No mundo não hé mai» do que duas tragédias. Uma consiste em não se obter o que se deseja : a outra- em obté-

E com toda a certeza eu tenho cara de um jovem italiano, porque se o professor disse ... Não, não pôde ser! Eu sempre fui tão feminina ! Não exagero nunca a minha, feminilidade ao ponto de chegar a ser uma futil, mas sou muito mulher, cem por cento mulher. Isso não tem nada com a idéia que tenho de que devia tej- nascido homem.

como as calçadas jé se tinham refrescado. Os oitís estavam alegres e verdes. Mas eu é que não estava nada calma. Sentia-me nervosa e inquieta. Aos meus ouvidos teimava ainda aquela voz do professor: "Um jovem italiano"..-. E com toda a certeza eu tenho cara de um jovem- italiano, porque se o professor disse ... Não, não pôde ser! Eu sempre fui tão feminina ! Não exagero nunca a minha feminilidade ao ponte de chegar a ser uma futil, mas sou muito mulher, cem por cento mulher. Isso não tem nada com a idéia que tenho de que devia ter nascido homem. Sim, ser homem é muito mais interessante ... mais vantajoso ... Mas desde que Deus me mandou para o mundo como mulher, quero ser inteiramente mulher. Não tenho em absolu.o, o o menor prazer em têr uma cara de jovem italiano ... Pelo contrario, fiquei triste ao saber que sou portadora de tamanho despauterio. Com todos esses pensamentos, parei um instante na rua. Pego na saia do meu vestido de seda leve e penso : Calculem, eu, com esse vestido, de unhas escarlates, de baton e rouge, com esse reloginho minúsculo, sapatos sem calcanhares, A chuva jé havia passado. O asfalto, bem como as calçadas jé se tinham refrescado. Os oitís estavam alegres e verdes.

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mulher e com uma fisionomia masculina ! Que coisa ridicula 1 Façam uma idéia de como eu fiquei. Ainda mais eu que detesto masculinização. Não fumo nem por um decreto. E se fumar é sinal de civilização, eu me confesso uma selvagem. E, agora, vou descobrir que tenho cara de homem, meu Deus ! Çue tolice, o professor é um artista e mais ninguém notaré isso em mim, por certo ... Estou' agora em casa. Continuam na minha retina os olhos pet-scrutadores do professor e nos meus ouvidos a sua voz dizendo que eu tenho fisionomia de homem. Não, não posso esquecer... Não este em mim, eu não quero pensar, mas ¦.. Jé chorei tanto, professor! Enfim, em tudo hé uma compensação. Perdi esso ilusão que tinha sobre a minha cara, mas ganhei uma obra prima, cheia de beleza que é essa cabeça serena de filósofo, traçada a crayon pela mão de um gênio. E hoje jé é outro dia. Estou novamente com o livro de Eduardo Tourinho na mão. E é Oscar Wilde que ainda me fala : "A verdade é muito dolorosa de se ouvir e de se dizer. Raramente é verdadeira e nunca é simples". LAUSIMAR LAUS

SOMES

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SEMPRE VIVA"

Aquela sempre-viva, alf nascida, fora da filha o corpo transformado . . . Colheu-a o pai na sepulcral jazida quando desabrochava ao sol doirado. Fitando êle a flôrzinha, como em vida fitava sorridente o bem amado, dizia-lhe com a voz mui comovida : Por que não fala ? Anime o desgraçado ! Seja a flor o seu corpo em miniatura ; o espírito, porém, essência pura, desprendeu-se e subiu num eterno ai ! Paira ante os anjos na mansão celeste. Vivendo o Céu, Senhor, qüe tu lhe deste, saudade vive o coração do pai. Hormino Lyra

TEüS OLHOS Que IT

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Que me fazem muitas ve2e.

Teus olhos . . . oh -

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"^ ' íz r°dos °,hos —l' 6m hnSe d* toda ^te .

Teus olhos . 0llJ,„. ***enosol^^^Detê^ttÍVeSSeaV-tura «"o. bem junto aos meus...

DUHA No pélago da vida, em luta insana, sofrendo as provações da inveja ruda, veneremos o espirito de Buda, donde a virtude máxima piomana. Perdoando a glória da maldade humana, sem mesquinha paixão que nos iluda, o sofrimento em sonho se transmuda ao transpormos as portas do Nirvana.

eu pudesse bem long, Dos ^•S, homens maliciosos ' Estudar contritamente °S teUS olh°° tâo form0aos , Nabor Fernando*

Com o cegante esplendor de mil espelhos, sempre transmite alento a quem se canga a sedução lirial dos seus conselhos ; Em seus livros de Amor é qüe mais viça o exemplo original da Temperança, a concepção perfeita da Justiça. Sebastião Siqueira

ESTAVA BRINCANDO

SERIA TÃO FÁCIL!... Seria tão íácü '. . A«lm como o arvoredo wa «* «M folha, ao correr do Vent "** «ca afastar ^ * tua imagem do0 meu me.» Pensamento x» j E eu então D&° lembraria . aAo sentiria . 040 «ofreria

Ouça : tudo isto que você me diz, que gostará de mim por toda a vida, que acha lindos os versos que lhe fiz e que só a eles você dá guarida, tudo isto é falso. Você é fingida como as demais mulheres que aos diversos

amante* levam sempre de vencida e, nessa tela, têm sempre imersos I

Seria tão faca .'

., *** PWflro mü vez*. pecordar ~~ • a.— *" •" «"quecar e aaaim t».

Mas . . , qua ? I Então você sangou comigo T S, chora ! Dl-mt iate rostinho lindo : um beijo «m recompensa, por castigo

**¦*• Octavio

de nio estar vendo qu'eu «atava mentindo, pois eu brincava de brigar, e, digo, - ad pelo gosto de lhe ver sorrindo ! Milton F. Manda*

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MALHO


ASPÍRAÍÃ DD HOMEM (BELARMINO VIANA) "

Krishnamurti aspira o hdmem no século XX? O mesmo que QUE aspirou no século I, ou em viver qualquer outra época— conseo não ainda feliz. Quem guiu, é porque algum motivo o impede. No século I o homem ignorava que o seu corpo físico era um autêntico universo em miniatura. Ignorava êle a existência do sistema circulatório, por onde sobem e descem, num incessante movimento, oito litros do precioso liquido vermelho. Não conhecia também o homem a existência do seu sistema nervoso, esta antena de mil pontas que está em contacto com o macrocosmos. O seu pensamento apenas correspondia às solicitações dos cinco senridos. Mas o homem não permanece sempre no estagio do século I, dominado pelos cinco sentidos. Cada experiência que realisa força-o a levar o seu pensamento revelador um pouquinho mais adiante. E tão multiformes se tornam as suas experiências individuais, que, ao fim, se transformam num broto da Vida (inteligência), já então com força no entendimento para manifestar-se espontaneamente. PortanO

MALHO

"Ora, o que "estou dizendo, é que deveis trabalhar juntos para o bem de todos; porém, permanecer integralmente sós para descobrir a verdade". Krishnamurti:

to, vida é entendimento, inteligência. Neste estado de entendimento, o indivíduo não é mais um animal. Sua inteligência começa a dominar os movimentos oriundos dos cinco sentidos. Mesmo assim, não é a inteligência que orienta totalmente os seus desejos. Somente depois de'grande acumulação de exDeriências começa a mente a comparar, a medir, e a transformar-se noutro estado de maior entendimento: o do discernimento. Neste ponto da vida, o esforço do homem já excede de muito os cinco sentidos.-Já é mais mental que físico; já compreende e deduz ,as experiências psicológicas resultantes das relações mútuas, e, de tal maneira penetra com o seu entendimento no pensamento dos outros, que, psicologicamente, quase adivinha. A este estado mental segue-se um outro: aquêle em que, orientado pela inteligência, o homem deixa de reaUsar quase tudo que dantes realisava. Por causa deste estado avançado de entendimento, começa êle a ser erroneamente interpretado. Julgam-no exquisito, maníaco, convencido, pretencioso, indiferente, ou atacado de loucura. O fato concreto é que jamais retroage no ser humano o processo d'o desnudamento da sua inteligência (enDesnudamento tendimento). sim, porque vida é inteligência. Quanto mais a inteligência se revela, se abre, menos interesse prende o homem ao passado. Este é o processo individual do nascimento espiritual do ser humano; processo que merece ser encarado e estudado, sem o 44

qual não chegaremos a compreender essa realidade que é a vida. Entretanto, não termina nesta altura do entendimento a concepção da vida para o ser humano. Neste estado êle controla apenas uma parte do grande movimento mental »de sua existência, pois sente ainda que os seus conhecimentos lhe dão prazeres e passatempos apenas passageiros. Todavia, já compreende que a inteligência, desperta pelas experiências passadas, significa a conciência dum outro estado ainda de maior entendimento. E' com esta conciência do entendimento que o homem pôde mergulhar em si próprio, e expulsar do seu subconciente, o que não é eterno. Daí por diante, suas viagens ao subconciente significam apenas uma diversão para o seu entendimento, já livre dos falsos prazeres produzidos pelas memórias paradas, pelos hábitos e crenças do passado. Sua vida comum já não está firmada na possessividade nem na autoridade individualista. Já não é dominado pelo desejo, mesmo quando o desejo é intelectual. Ao contrário, busca despertar nos outros o estado de compreensão da causa do desejo, fazendo vêr que o desejo é qualidade do "eu", é egoismo, é egotismo. Este é um estado de conciência que está sendo atingido simultaneamente por muitos homens na atualidade humana. E' para despertar este estado de entendimento, desde o século atual que está no seio da humanidade, falando ao mundo, o Instrutor Krishnamurti. III — 1943


Supl emento Cinematográfico d' O MALHO

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Nos áureos tempos do Odeon, do Programa Serrador, quando^ a Paramount explorava o Império c o Capitólio...

n a inauguração dos modernos cinemas nos bairros e mesmo mas vizinhanças da "Vitória", na rua SeCinelandia — o COM nador Dantas — que praticamente, com "Cine-Metro" das zonas Norte e exceção dos Sul, passaram a fazer os lançamentos dos grandes celulóides, em cadeias de três, quatro, e às vezes cinco casas (embora, nem sempre, os filmes o mereçam), os cinemas da Praça Fioriano e da rua Álvaro Alvim, de há uns tempos para cá, ficaram quasi na mesma posição em que se encontravam as velhas saletinhas da Avenida Central quando o saudoso Serrador "Odeon", o "Império", o deu laos cariocas, o "Gloria", e o "Capitólio", e Marc Ferraz, o "Pathé-Palacio". Com exceção do "Capitolio", que ainda apresenta filmes em cadeia III —1 943

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com as novas salas dos bairros, os demais são segundos* exibidores ou, então, exibidores de produções de linha comum, quasi sempre me"Odeon", a "menidiocres. Está neste caso o na dos olhos" de Francisco Serrador, que inexplicavelmente, sendo ainda um excelente cineima — embora sem o conforto das cadeiras "Capitólio" — está apresentando estofadas do programas incríveis. E' uma pena que isto esteja acontecendo como a apreciada casa de espetáculos da esquina da Praça Getulio Vargas. Serrador se vivo fosse, com que desgosto "Odeon". Será possivel veria a decadência do que não existam filmes melhores? Não acreditamos. O antigo "Odeon" durou 17 anos. O atual teem exatamente essa idade, mas precisa conservar a tradição de seu nome glorioso na história da cinematografia carioca... 45 __

OMALHO


IMPORTÂNCIA

DA

CRITICAS

CRITICA

Rio Rita ( Rio Rita) — M. G. M. — ( Abbott e Costello e Eros Volusia ) — REGULAR.

à importância do cinema, a que me referi na PARALELA Não se deve crônica anterior temos a da sua crítica. fazer desse trabalho apressado maneira de contar preferências, revelar bom humor ocasional, em notas a que o "não liga muito" — "Gostei ..." "Não gospróprio autor tei . . ." — parece ao leitor bastante ? Ou seria necessário dizer por que ? Ajudar o espectador a vêr as coisas superiores, sutis, que talvez lhe não fixassem a atenção, e as incoerências que o seu alheiamento do assunto, ou do meio Ajuapresentado, não lhe permitiria julgar exatamente. dá-lo a ter certeza do que vale um filme, dentro do seu gênero e no sentido absolutOaada qualidade. Elogiar ou censurar, mas sem maliciasinhas que desnorteiem os ingênuos. Elogiando, ser de uma justeza que, de fato, sirva ao aspirante a espectador de bússula para se orientar no oceano das super"tiproduções. E nesta época de escassez, para ensiná-lo a numa rar partido", encontrar felicidade em reviver emoções, "reprise". Há filmes para todos os gostos. Gosto para todos os tipos de filmes. Mas necessário é, finalmente "fan", apurar-lhe o e firmemente, encaminhar o critério do gosto, esclarecê-lo. Muitas vezes deixamos de assistir a um filme por não suspeitar o encanto que poderia ter para nós, e acontece ser tão diverso daquele em que a publicidade insiste ! Por exemplo, num filme de tese, a graça de um baiAí temos o lado . . . Na comédia ligeira, uma nota grave. filme "Eles beijaram a noiva", cujo melhor momento, para mim, está na cena entre Joan Crawford e a modesta secretaria, a respeito do casamento. Que surpresa., aquela emoção causada pela moça insignificante, que fala do marido e con"Senhor, levai-me primeiro fessa a pedir sempre a Deus — de todos os !" Pedido a mim que amam, insignificantes ou não... Um crítico deve ser grande amigo do cinema e grande amigo dos seus devotos. Jamais o cavalheiro indiferente ou irritado. Que o público, bastante convencido já da importância do cinema na sua vida, ao menos por essas horas que freqüentemente lhe confia, possa convencer-se da importância que tem para seu interesse o personagem dos bons críticos.

ANN SOTHERN nasceu em Valley City, North Dakota, no dia 2 de Janeiro de Estreiou no cinema 1909. com seu verdadeiro nome, Harriett Lake, mas não foi Ganhou fama como feliz. Ann Sothern, no papel de "Maisie".

O

MALHO

RALPH BELLAMY ou melhor — Ralph Rexford Bellamy — nasceu em Chicago, Illinois, no dia 17 de Junho de 1904. Foi artista do teatro e estreiou no cinema ao lado de Clark Gable em "A guarda secreta".

MINIATURA

Eles beijaram a noiva ( They Ali Kissed the Bride ) — Columbia — ( Joan Crawford e Melvyn Douglas ) — BOM.

VIOLETA DE ALCÂNTARA CARREIRA

B-IOGRAFIAS

EM

Além do horizonte azul ( Beyond the Blue Horizon ) — Paramount — em Técnicolor ( Dorothy Lamour e Richard Denning — REGULAR. Uma canção para Você ( Blues in the Night) Warner ( Priscilla Lane, Betty Field e Richard Whorf ) REGULAR. Ser ou não ser ( To Be Or Not To Be ) — U. A. ( Carole Lombard e Jack Benny ) — MUITO BOM. Ela queria riquezas ( Ring On Her Fingers) — T. C. — Fox — ( Henry Fonda, Gene Tierney e Laird Cregar ) — REGULAR. Legião de abnegados ( Army Surgeon ) — RKO — Rádio — ( James Ellison e Jane Wyatt) — REGULAR. Perigo louro ( Ringside Maisie ) — M. G. M. — ( Ann Sothern e George Murphy ) — REGULAR. Isto acima de tudo ( This Above AU ) — T. C. — Fox — ( Tyrone Power e Joan Fontaine ) — BOM. Marinheiros de água doce ( In the Navy ) versai — ( Abott e Costello) — REGULAR.

Uni-

Tu és a única ( We Were Dancing ) — M. G. M. — ( Norma Shearer e Melvyn Douglas ) — REGULAR. Dez Cavalheiros de West Point ( Ten Gentleman From West Point) — T. C. — Fox — ( George Montgomery e Maureen 0'Hara ) — REGULAR. Suprema cartada ( Unholy Partners ) — M. G. M. — ( Edward G. Robinson, Edward Arnold e Laraihe Day ) — BOM. Namoradas da Marinha ( Navy Blues ) — Warner ( Ann Sheridan ) — REGULAR.

RELÂMPAGO

MARSHA HUNT nasceu em Chicago, a 17 de Outubro de 1917. Foi modelo de fotografias para anúncios Visitando um comerciais. tio residente em Hollywood, foi convidada para um test, ganhou um contrato e ficou no cinema.

46 —

BURGESS MEREDITH nasceu em Cleveland, Ohio, no dia 16 de Novembro de 1908. Veiu do palco. Es"Pretreiou no célebre filme filme Outro destinados". . notável seu foi "Carícia fatal", com Lon Chaney.

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NOTAS PARA A HISTORIA DO CINEMA ENTRE NÓS... (Condensado do livro inédito de Gastão Pereira da Silva — "Francisco Serrador", o criador da Cinelandia

O "Cinema de Pascoal Segreto" foi ofuscado pelo então célebre "Panteon Ceroplástico" ( Museu de Cera) que provocou grande sensação na época. Era seu autor Um êmulo d§ Voronoff, o Dr. Cunha Sales que, com escândalo lançou também um tônico rejuvenescedor, chamado Virgulina.

O leitor, no entanto, há-de perguntar qual a relação que existe entre o "tônico", o "Museu de Cera" e o "Cinema" . . .

O saudoso PASCOAL SEGRETO, que explorou a "máquina cinematográfica" de Vitor de Maio, na rua do Ouvidor. "T> ALVEZ pouca gente saiba que o "ci¦*¦ nema falado" foi inventado em 1897 por Augusto Baron, que ( diga-se de passagem ) morreu cego e reduzido à miséria em 1938, contando, então, 77 anos de idade.

O "cinematógrafo" já estava aperfeiçoado por Plateau desde 1833, o qual seguindo as pegadas do invento de Luiz Lumière, com a sua mquina muito imperfeita, abriu-lhe o caminho definitivo. Apesar disso, só bem mais tarde o mundo civilizado conheceu o invento.

A evolução do cinema aqui no Rio teve algumas fases curiosas.

Em 1891, aqui chegou o italiano Vitor de Maio, que instalou na rua do Ouvidor um aparelho aperfeiçoado de"Lanterna mágica". Era uma fôrma rudimentalíssima do atual cinema, mas que constituiu sensacional novidade. Vitor de Maio deu ao seu aparelho o nome de Animatógrafo.

Pascoal Segreto adquiriu a "máquina cinematográfica" de Vitor de Maio e explorou a nova diversão até meiados de 94..

O

MALHO

Ê que sem o entusiasmo _ o sucesso alcançado pelo Dr. Cunha Sales, Frederico Figner não teria imaginado a sua Inâna, que constava de um aparelho de ilusão de ótica, produzida por meio de espelhos e que foi sem dúvida o espetáculo mais espalhafatoso da época ... — Vai começar a Inâna! era o grito do pregão à porta de Figner.

"fita" vista no Brasil foi exiprimeira bida num quiosque de propriedade de Serrador, na cidade de Curitiba. Antes de ser posta em prática a idéia do "cinema falado", já Francisco Serrador aqui exibia "filmes falantes". Os personagens de "carne e osso" ficavam por detrás da "tela" e ao se verem projetados na mesma acompanhavam os movimentos dos lábios das suas figuras, "falando" "cantando" na melhor sin_ cronização possível . . . Esses filmes, é claro, não constituiam, pela extensão, mais que um sim"short" de hoje, ou menos. Conpies sistiam quase sempre em "duetos" cômicos, ou trechos de ópera. Os cantores utilizavam-se de grandes "funis" de madeira ou de papelão ( fôrmas rudimentares do atual microfone ) e assim podiam emitir com muito menos esforço os "dós de peito" a que estavam às vezes obrigados . . .

FRANCISCO SERRADOR e VIVALDI LEITE RIBEIRO no dia da inaugruração do Império, em 1925, a terceira casa da Cinelandia.

Consistia a Inâna na apresentação de u'a mulher flutuando no ar ! . . . A rua do Ouvidor era o ponto preferido para á exibição de tais "curiosidades". Já muito antes, lá ,por volta de 1885, o Cosmograma de Francisco Possolo e dte Luís Dancase chamava a atenção da cidade. Mostrava o espetáculo os famosos combates em Portugal, ao tempo de D. '\Miguel e D. Pedro, bem como os retratos da familia real lusitana. Os primeiros filmes foram aqui introduzidos por Francisco Serrador e a

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Ha trinta anos (De

Pery

R. Ribas)

Tivemos em Fevereiro de 1913, no Parisiense do Sr. Staffa, a primeira comédia de Asta Nielsen — "Mocidade e loucura" — como 'fíÊr y

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por seu marido Urban "As dois filmes de Wuppschlander — ( com Clara mulheres modernas" "Um brinde para o aniversário" ; ) e o dever materno e o amor", com a atriz

costume,

Gad ; nossas Wieth "Entre

escrita

norueguesa Regna Wethergreen ; e o grande "A filme de Elsa Frolich — "A feiticeira" ou filha de Satanaz", com Robert Dinesen. Além desses, filmes da Nordisk, o mesmo cinemató-

RICARD HAYDN, o "Carlito" de "-A tia de Carlito", de Jack Benny, com este, numa cena daquele filme, e a sua caracterização num daqueles professores companheiros, de Gary Cooper em "Bola de fogo". Quanta gente pensou que este velho tinha sido interpretado por um velho de verdade ! Uma cena de "Comandos Strike at Dawn", da Columbia, o no filme de Paul Muni passado na Noruega sob o jugo nazista, vendose, da esquerda para a direita Ray Collins ( o notavel ator característico revelado por Orson Welles, Lillian Gish, Paul Muni e Erville Anderson. Lillian Gish voltou ao cinema depois de longa ausência, nêste filme, cujo assunto lembra o seu famoso "Corações do mundo", do grande Griffith, sobre as barbaridades

M A L H ,0

terpretação de Mr. Claude Garry, da Comedie Française ; "Nick Winter contra os azes de páu", da Pathé, com o célebre detetive do mesmo nome ; VO fantasma do mar", da Messter, com Henny Porten; e "Belaso", da Eclair, adaptado do célebre romance de Gaston Leroux. No Odeon, vimos "O usurário", da Pathé-Frères, com o grande Signoret, Pierre Magnier, Deschamps, Mme. Revonne e Massart; "O românce de um moço pobre", da mesma fábrica; A morte de Lucrecia Borgia, histórico da Gaumont; e "Dedicação de uma esposa india", fita americana com o famoso Broncho Bill.

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Entre as comédias do mês se destacaram : — "Gavroche manicure por amor", com o cômico "Kri-Kri da Eclair; em prova" e "Kri-Kri procura um sorriso", da Cines; "Max jockey por amor", com Max Linder; e "Bigodinho pro-

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cura um emprego",

com Prince.

prodigió Willy também praticadas pelos alemães na guerra de 1914.

O filme em séries da Columbia, "O serviço secreto", com Jack Holt e Evelyn Brent, atualmente em exibição na Cinelandia, trouxe-nos a agradavel surpresa do reap,arecimento de Qeorge Larkin, depois de tantos anos ! Quem nüo se lembra do "mocinho" de "No rastro do tigre", de Ruth Roland, e do herói do saudoso seriado da Universal, "Três Corações" ? Para os velhos admiradores de George, "O MALHO" publica esta cena do filme de Jack Holt, em que se vê o antigo ídolo das fitas em séries, quase de costas, segurando Evelyn Brent com a mão esquerda e tendo na direita um revólver. O filme também serve para matar saúdades dos tempos em que Jack Holt dava socos em Rolleaux, em "Moeda quebrada" ...

O

grafo apresentou a linda Miss Saharet no drama da Mirza-Filme, "O fogo fatal". O Pathé exibiu a versão colorida da Pathé de "Don Quixote e Sancho Pança", de Cervantes, com a in-

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apareceu

O menino"Willy

em

guarda a felicidade do lar", da Eclair.

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ELA : — "Quando deixarás de ser tão • relaxado com o teu pijama ? Por que não aprendes com Robert Taylor a levantar-te com êle passadinho . . . ?

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2áet £>u(iifió> como para ninguém mais constitue novidade, vai influindo cada dia mais sobre Agfuerra, a Indumentária feminina. O vestido com que aqui vemos Ida Lupino, a Bette Davis número dois da tela americana, é de visivel influência e inspiração bélica. Com êle a Lupino aparece num de seus mais recentes filmes, sempre com aquela sua empol-

R^W^«_*aSf^í»«il«^H gante personalidade que atrai, conquista, prende e fascina quem a vê trabalhar. Indiscutivelmente é esta uma das mais caracterfsticas poses da estrela da Warner. E nada lhe falta, aí, para se impor ao agrado da gente. Desde a atitude, algo marcial, perfeitamente condizente com as linhas do trajo, até a distinção com que Ida segura o cigarro, essa arma incrível de sedução das mulheres de refinado bom-gôsto.

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DISTRIBUIÇÃO DE PRÊMIOS — Aspecto colhido no salão de exposições do Palace-Hotel, quando da distribuição de prêmios conferidos aos melhores trabalhos dos concurrentes do grande Concurso de Desenhos Infantis, promovido pela Associação dos Artistas Brasileiros

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COELHO NETO A propósito da crônica publicada no "O MALHO" anterior, sob o título acima, de autoria do nosso colaborador Eduardo Grota Carretero, recebemos do Snr. Paulo Coelho Neto, filho do "Principe dos Prosadores Brasileiros", a carta que a seguir transcrevemos: limo Sr. Diretor do O MALHO. Atenciosos cumprimentos.

CRIANÇAS

No ultimo número do O MALHO, saido em Fevereiro corrente, há uma crônica sobre Coelho Netto, cujo período final é inteiramente destituído de fundamento. Ei-lo: "Morreu o esteta de "Esfinge" no dia 27 de Novembro de 1934. Seus úl-

PAULISTAS

Wiltna, graciosa netinha do industrial patdista Snr. Marcos Carp, e aluna do externato Elvira Brandão, da capital paulista

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A in/eresaarníí- THrce, filha do casal Cantiéio Mello — Juracu Mello, residentes em Ramos, nesta Capital. Dirce anui aparece "emolditrada" pelas latas de Lactogeiieo Nesüê com qtte se tem nutrido e a <me deve ma robustez.

O

MALHO

timos meses de vida foram de. quasi extrema miséria, uma terrivel miséria doii+ida pelo seu prestígio e sua representação. As despezas do luto de sua família foram feitas com o dinheiro dos seus últimos artigos, pois "Baladilhas" o grande cinzelador das produziu até li hora da morte, sendo que, quando seu punho não tinha mais força para manejar a pena, ditava aos filhos as derradeiiüs fulgurações do seu estro imortal". 20 meses antes de falecer, Coelho Netto, instado por seus próprios filhos, cessara completamente suas

52 —

atividades literárias. Quanto ao estado de "quasi extrema miséria", a que se refere o cronista, só a intenção de dramatizar a narrativa o poderli induzir a imaginar e divulgar essa lenda. Coelho Netto, nos seus últimos e amargurados meses de vida, mereceu de sua família todo o conforto, o carinho e assistência material de que era digno. Nac.i lhe faltou, absolutamente nada, em sua hora extrema. Tudo que se disser em contrário deve mencionar a fonte informativa. Coelho Netto deixou seis filhos, e não diminue a nenhum critico ou cronisth o evitar relatos de alusões e pormenores, sem qualquer apoio em prova testemunhai, capazes de crear situações constrangedoras para a família do escritor. Se realmente os filhos de Coelho Netto houvessem permitido que êle tijibalhasse até o seu último alento, e se enlutassem à custa de suas derradeiras energias, não lhe pareceria, Sr. Diretor, ação essa atentatória aos mais elementares princípios de humanidade ?... Grato pela retificação à referida crônica, subscrevo-me, com a mais alta consideração, Paulo Coelho Netto Rio, 18 - 2 - 1943.

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apresenta aos misteres que lhe são distribuidos como esplendida contribuição de guerra. Br : xÈ&mM*úÊóàW^ ^ "" ^_?«L_* ¦ __fll£: ¦ ' ¦ ^«^ *^Hh____1í---"3 E "chie" usar saia _flp __ís_EK preta com uma blusa leve, no estilo "chemisier", por vezes com aplicações de renda, para de dia, bem rendada à noite, "toilette" jifes wiSf ^v Hk^%^IÍ_H_____I nova e muito bonita. Parece que a chuva, contribuindo em adoçar a temperatura, impede que muita gente se retire da cidade. Todavia, não são poucos os que se vão refazer nas estâncias de águas, e Guarujá, a Cobiça Wright num belo vestido estivai para jantar < praia maravilhosa do Estado de São Paulo, consegue Um dia ou outro de grande calor, aiatrair um mundo de pessoas da arisguns de temperatura suave, chuvas totocracia social, havendo muito cavisto tem se o das as tardes, eis que nestes tempos do verão carioca. Assim se têm aproveitado mais 03 trajes escuros e não muito quentes, da estação passada, alegrados pelos tons alácres ou a alvura dos novos modelos ds guarda - chuva Por certo os vestidos claros, preparados para quando o sol estala forte no asfalto da cidade, continuam na ordem do dia, e muita moça elegante os prefere aos outros, eombinando-os com aquela sombrinha que na realidade representa elemento de bom gosto e expressiva graciosidade na indumentária feminina. Em teoria é que se fala na slniplicidade dos vestidos. Porque, na prática, a mulher continua a ser um mimo de faceirice, não poupando rendas, fitas, contas e outros tantos mil nadas, essenciais às "toilettes" cheias de graça e de feminilidade com que se adorna fora das horas em que tem por obrigação envergar o uniforme com que se

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rioca a preferir o conforto do Hotel e, consequentemente, Guarujá, a praia que compõe um panorama ideal, às águas azuis e irrequietas de Copacabana . . . E

assim

ginais como alguns que certo afamado costureiro de Nova York apresentou lindamente guarnecidos de bordados chineses, ou bordados brilhantes e significativos nos trajes de tons médios ou escuros, essencialmente simples de linha, e ainda um enxame de borboletas de metal e pedrarias sobre o alto da cabeça, finalizando um penteado alto, e outras tantas coisas sedutoras e graciosas para maior graciosidade do belo sexo. Depois . . .

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atravessando a estação calmosa, já para o fim do mês oficialmente terminada, cedendo lugar ao outono, o nosso outô-

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no, guarnecido de árvores verdejantes e flores frescas, outono tão belo e de tão doce luminosidade que mais parece uma fragrância de primavera. Até lá, porém, ainda há tempo, e tempo de desfrutar toda a roupa clara e fresca que fizemos, pensando em atenuar, assim, o efeito do calôr, mas pensando mais em dar novo aspecto à nossa elegância, colaborando jeitosamente em aumentar os encantos naturais . . . Depois teremos oportunidade de

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Por enquanto, porém, a força do sol é quem dita a nossa indumentária. ApreTraje de algodão estampado. sentação de Gene Tierney, "star" da Century Fox.

usar vestidos de meia estação, cri-

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Barbara Moffet apresenta êste lindo modêlo de crépe de sêda branco, npropriado a recepções à tarde.

.'¦...¦ Preto e branco, original e "chic" a "toilette" da "colored - chanteuse" Lana Home, contratada recentemente pela Metro Goldwyn Mayer.

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Graciosa composição de estamparia alácre e blusa branca, desenho especial para Adele Mara, e indicado para tardes de estío. O

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Ê de rara elegância o traje noturno, "for formal - occasions", desenhado por Irene para Joan Bennett exibir em "Highly Irregular", da Columbia. — 55 —

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"Tailleur" de panamá vermelho cereja, grande chapéu de palha natural.

Vestido marinho, de romano de sêda, blusa pregueada na pala, as mesmas prégas adornam a cintura.

Or ~}W\i "Tailleur" de tecido quadriculado, blusa branca, "chemisier".

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11 1 9 AS Gracioso e juvenil vestido de grosso fustão de sêda preta, botões de "strass". O

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Dois feitios modernos para sáia.

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xí Para "shantung" claro é este modelo de vestido, cujos botões e cinto são de couro escuro.

D.ms Ziwias bht_as áe cetim : uma com borlas rematando as nervuras, a outra com entremeio» de fita.

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Para de tarde : — vestido de seda grossa azul rei, guarniçáo branca, de "pique" dc seda.

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Vestidinho de algodão listrado.

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Destina-se a recepções à tarde este traje de "tafJetas" côr de mêl

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Sempre elegante e prático este vestido de tecido apropriado ao Verão.

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Especialmente "c h i c" o gorro branco com paneja»:»/ rei cri que Claumento wenío azul Claudette Colbert usa com, um "tailleur" belo do mesmo azul. r%

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NA INTIMIDADE

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Esta página dá algumas sugestões de vestidos cômodos e modernos para o "chez moi". São trajes simples, de material leve e lavável, servindo também p,ara um jantar Comecemos da esem casa, ou um chá. querda :

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Vestido de crépe de algodão estampado com entremeios de fazenda Usa, inteiramente fechado por meio de botões.

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Para um chá, jantar "à deux" ou com amigos íntimos, indicamos este traje de seda preta ( taffetas" ), e seda estampada, fechado por um "zip", guarnecido de rufos de organdi branco.

De qualquer material leve, claro e lavável pode ser feito este simples e juvenil "negligée", fechado à frente por um "zip".

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Sala de estar no estilo moderno. O sofá sofa e poltronas forram-se por poi fora com setim ou Unho de côr unida, e por dentro com sêda ou Unho estampado. ./.v.;:;:;:C:.':>:':':;:-:

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Toda pessoa de bom gosto apreciará esta ca/,na preparada com lençóes de linho"grCnat". e "édredon" de setim

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SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD Por

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Objetou Francês que eu estava contradizendo meus próprios argumentos. Lembroume que eu, anteriormente, insistira em que "make-up" o melhor devia ser natural, e agora afirmava que a "maface natural e o ke-up" eram cousas notadamente diferentes. PO' E

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SEGUNDA

FACE

"0 Sr. tem que me perdoar, mas este é o único rosto que possuo". Foi a observação feita por Francês Farmer, no momento em que tentava dar os primeiros passos na estrada que conduz à glória e à fama cinematográficas. 0 diretor a quem da se dirigia, concordava com sua capacidade dramática, capaz de preencher os requisitos primordiais ao desempenho que êle tinha em vista, et para o qual andava à cata de uma artista. Concordou que a altura, porte e compleição ergm inteiramente"seuadaptarosto .veis àquele fim. Mas... não é absolutamente do tipo que necessitamos". Foi então que Francês Farmer se referiu ao "único rosto que possuía". x

FACTOR

VERSUS

FARMER

Mais tarde, depois que Miss Farmer já se havia feito admirar como uma das grandes figuras do Cinema, fallou-me no incidente, e reiniciamos, então, cordial palestra sobre "o assunto. É-me inteiramente impossivel pensar em rostos sem pensar, ao mesmo tempo, de que modo poderiam ser aprimorados. E, conforme fiz ver à Miss Farmer, cada mulher tem duas faces a mostrar: uma natural, outra "construida". II I

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PINTURA

Na verdade isso não era mais que um jogo de palavras da parte de Miss Farmer. Ela desejava confundir meu .ponto de "fazer vista com o fito de graças" à minha custa. Quando terminámos as preliminares do assunto, passámos a um — a diferenponto mais importante"pintada e emuma senhora entre ça "makea ação do e outra sob poada" up". Abordei a questão por este lado, justamente para aludir ao modo "pinde Francês usar as palavras "make-up" como sinônimos. tura" e Lembrei-lhe que, trinta anos passados, existiam os cosméticos, que eram nada mais que uma questão de "pó e tinta". O "make-up", no sentido em que o conhecemos agora, não existia. De uma! mullher que procurasse retocar as faces com cosmeticos dizia-se estar "pintada e empoada". E essa mulher não se podia defender: estava de fato "pintada e empoada". "MAKE-UP" Agora definamos as duas classes de enfeites faciais. Pintura e pó eram antigamente isto: um pigmento para prover o rosto e os lábios de uma cobertura colorida e uma quantidade de partículas mais ou menos diminutas, servindo para ocultar a superfície natural da face sob densas camadas daqueles materiais. As qualidades químicas do pó e dos co— 61 -r-

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FACTOR

loridos para aplicação direta à sensivel pele humana eram raramente cogitadas, e concordância do pó e pintura entre si, quase nunca. O "make-up" é, de outro modo, uma seqüência de materiais estudadamente combinados, não para esconder ou decorar uma compleição má, porém para iluminar a beleza natural já em evidência. Um material de "make-up" reputado exerce ação mais acariciadora que irritante sobre a pele. PROGRESSO A transição da "pintura e pó" ao "make-up" não foi assunto de uma noite. Ainda e sempre existem novos aperfeiçoamentos a ser introduzidos. O "make-up" do cinema a principio era mais leve, tanto nas cores, quanto na consistência, quando a introdução do film pancromático ultrasensível passou a exigir uma transformação. Quase imediatamente a delicadeza e a finura do "make-up" cinemático foram reclamadas por todas as mulheres, para usá-lo na Sociedade. l

TRANSPARÊNCIA O aparecimento dos films em cores reclamou um "make-up" de delicadeza ainda maior, transparente e quase invisivel. Mais uma vez se move a Sociedade no > sentido de utilizar esta "maquillage" que surgiu para as necessidades do cinema. Assim, tomando tudo na devida consideração, penso não dever perdoar mulher alguma que persistir na falta de beleza sob a alegação de "é a única face que possue". que Insisto na afirmação de que existe uma segunda face, a face aperfeiçoada artisticamente, resultante de uma aplicação inteligente de "make-up", do qual dependem as mais famosas artistas de Hollywood, "glamour". para acentuação do seu O

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Seguir o diagrama para a colocação de cores e pontos. Todas as partes iguais às partes numeradas são trabalhadas nas mesmas cores e pontos. As letras do diagrama, representam os pontos usados e são como segue: S — ponto cheio; — D — ponto de haste; — AC — ponto cheio simples. BAINHA Virar uma bainha para o lado do avesso de 1,5 cms., dobrando os cantos em ângulo e alinhavar. Fazer duas carreiras de ponto de haste na parte da bainha que fica para dentro do desenho, em volta de todo o pano de mesa. Humedecer e passar bem pelo lado do avesso. Linha Clark , Marca "Ancora" (Pérola) N.° 5 (meadas de 25 mts.). (Cores como acima discriminadas). Linha Clark Marca "Ancora" (Pérola) N.° 5 (novelos de 10 grs.). (Cores como acima discriminadas).

Vide o risco e a indicação do ponto na revista ARTE DE BORDAR do mês de Março de 1943.

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Linho côr de café (41 cms. x 1 m.). "Crewel" N.° 6. 1 agulha Milward

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Riscar por três vezes o mesmo desenho em cada extremidade do pano à 6,5 cms. dos cantos das beiradas. O diagrama mostra metade do arranjo do desenho.

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Significativas palavras, bordadas d linha a sul Brilhante produzem u o riginalidade deste esportivo costume de Mary Jane Halsey. (Foto RK.O )

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Virgínia Gilmore, "player" da Fox, em "Swamp Water", ganhou uma taça por possuir as mais belas pernas da Califórnia. .

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CHAVES — Verticais t— 1 — Presunto ; 2 — viva sensação de frio ; 3 — preleções. Horizontais — 1 — Penhasco ; 4 uma das estrelas da constelação de Perseu; 5 — penhor. {Solução no próximo número)

SOLUÇÕES

(Solução no próximo número)

PASSATEMPOS

DOS

DO

PASSADO

NUMERO

trela, mas as nuvens passam e a estrela TEXTO ENIGMÁTICO : fica." Muitos casamentos são infelizes porpor que há homens que, de olhos, caem CRTJCIGRAMA uma criatura ou um par Reinados na tolice de casar com a mulher inHorizontais — 1 — A copo ; 4 — a teira" dita; 5 — o caso. Verticais - 1 — Alano ; 2 - Odina; TEXTO ENIGMÁTICO "As nuvens 3 — o pado. podem esconder uma es-

[COMBATE A PRISÀO DE VENTRE E NORMALISA AS ^FUNÇÕES DO TUBO DIGESTtVO L—ls>--

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Sílvia Amaral, nossa gentil leitora, que completou mais um aniversário no dia 5 do mês findo.

O SINO DO REI ( Conclusão ) Descera a escada do desaparecido. campanário sem fazer nenhum barulho, mais leve do que um pássaro. Não deixára nenhum vestígio ... a não ser uns pontos luminosos nos lugares dos degraus que ela pisara. Ao descer da torre da igreja, Phillippon.não podia dizer palavra alguma. "Então foste tu Perguntaram-lhe : — "Sino do Rei" ? O quê ! quem tocou o Meus cumprimentos ! Isso é extraordinário na tua idade ..." O velho não negou nem afirmou. Apenas quiz vêr imediatamente a pequena Louisette. Foi lá. Encontrou-a em sua caminha de enferma. Dormia. Depois de refletir alguns segundos, o pobre camponês curvou-se e, com os dedos nodosos, fez o sinal da Cruz, naquêle grande gesto de compreensão indefinivel que só as pessoas simples são capazes de esboçar quando se sentem em presença de um ato de Deus.

Para se defender. . . para vencer uma guerra imposta, a Pátria conta com destemidas legiões, prontas para lutar em terra, mar e ar! E o inimigo pode estar certo de que estamos preparados e que nào nos surpreenderá! Nos dias incertos há, porem, um problema que só o Sr. pode resolver... só o Sr. pode decidir! Ê o preparo do futuro para que a familia não seja surpreendida pela fatalidade. Se o Sr. desaparecer inesperadamente, sua esposa e filhos ficarão protegidos ou ficarão sós ? sem amparo e sem defesa ? Para se defender. . . para vencer em-face de tal ocorrência, que o Sr. não pode prever, comece agora a preparar o futuro de sua familia Lembre-se de que o seguro de vida na Sul America é o melhor meio que uma senhora tem — na eventualidade de ficar viuva — para garantir a subsistência do lar e a boa educação dos filhos. Entretenha uma palestra com um Agente da Sul Anaerica ou consulte-a diretamente, com o "coupon" abaixo, para conhecer o tipo de seguro que mais convém à sua familia. Decida-se, hoje mesmo!

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E BENEFICIÁRIOS

CENTENÁRIO DO DESEMBARGADOR MIGUEL GALMOH Mais uma data centenária marcará a História do Brasil no mês de Abril próximo, dentre as que têm sido comemoradas nestes últimos tempos. A de Abril assinala a do Desembargador Miguel Calmon du Pin e Almeida, cuja obra marcou pjara as gerações futuras fastos de notória invulgaridade e que, por isso mesmo, vão ser recordados e revividos com demonstrações eloquentes. Nasceu o Desembargador Miguel Calmon em 19 de Abril de 1843, no Engenho de Sto. Antônio das Colunas, EsIniciou a sua carreira tado da Baia. como promotor público na cidade de Cabo Frio, no Estado do Rio, ocupando,

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sucessivamente, os cargos de juiz de direito em Guaratinguetá, São Paulo ; Paraiba do Sul, sendo anida chefe de Policia do Maranhão e desta Capital, magistrado também no Rio e presidente do Ceará, além de outros postos. Casou-se na Paraíba do Sul, com a Sra. D. Alexandrina Henriqueta de Albuquerque Matoa. Em 1886 foi nomeado presidente da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, onde veiu a falecer nesse mesmo ano. Possuía títulos de nobreza por herança de seus antepassados, sendo sobrinho do Marquês de Abrantea.

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Não deixa de ser um dos melhores números da Nacional, os "Irmãos Trigemeos". Ninguém pode dizer o contrario, apenas, o que se deseja, é que procurem números próprios. Jorge Murad está animando, na Rádio Clube, os "Ensaios Carnavalescos". Idéia das melhores, essa da Nacional, de juntar, num só programa, Francisco Alves, O Trio de Ouro e uma Escola de Samba, para a apresentação das músicas carnavalescas... Arnaldo Amaral está atuando como locutor na PRA-3, com agrado geral. Dilermano Reis organisou uma agradava! orquestra de violões. t

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Este ano temos o prazer de ouvir músicas carnavalescas mais bonitas. Músicas feitas com mais emoção, com maior dose de sentimento, como se os poetas de temporada se dispozessem a abandonar os velhos temas canalhas, onde a malícia rastejava ao calão mais baixo. Não deixa de ser interessante esta agradável surpreza para os ouvintes, acostumados na época em que estamos, a malldizer os discos horríveis que berravam todo o tempo irradiando versos pornográficos e sambas perversos. Pode-se levar em conta tal mudança de rumo possivelmente pela tristeza ambiente, provocada pela tragedia universal, pelas lagrimas de todos os quadrantes onde a guerra tantalisou os corações humanos. "Laurindo", com A verdade é que aquela sedutora volta à Praça Onze, "Mangueira", com a doce poesia do morro de onde o samba desce como uma bençam sobre a cidade, revêlam muito à gosto esta metamorfose sensível da música carnavalesca de 1943. Antes assim. FRANCISCO GALVÃO O

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César de Alencar "Lenita em Ferias", é um encantador programa da Nacional, feito por Rosina Paga, com o pessoal do rádio-teatro da estação do 22.° andar. "Mulher sem coração", a novela seriada de Edgar Carvalho, continúa em pleno êxito na Rádio Clube, todas as quintas-feiras. O humorismo do Lamartine anda escasso. Por que não deixam que ele organise um programa para substituir o que, diariamente nos impinge pelo rádio ? Almirante continua a obter sucesso crescente na Tupi, com, os seus programas reveladores de sua concepção de que o rádio seja elemento de educação. Que é feito de Cinara Rios ? E onde anda caladinha, Direinha Batista ? César de Alencar é um locutor dos mais apreciáveis do momento. Sadi Cabral é um elemento dos melhores, de rádio-teatro, trabalhan— 66 —

Cinara Rios do, ao mesmo tempo, em várias emissoras. "Papel Carbono"', continua a interessar o publico pela sua agradavel apresentação feita sem ferir os melindres dos calouros. Lauro Borges vai fraquinho • como humorista... A PRA-3 inaugurou, comandado por Altanir Ferreira, um programa de músicas argentinas. E Silvio Caldas, que é feito dele ? Orlando Silva anda de conserva com as suas lamúrias na temporada carnavalesca. Teixeira Pinto, conhecido ator teatral, ingressou no rádio, atuando na Rádio Clube. Dilermano Reis

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CALOUROS EM DESFILE

ARI. Estas três letras formam o seu nome. Compositor dos mais talentosos da música popular, êle conseguiu com os "Calouros em Desfile", a consagração do público. Pode, quem quiser, o substituir; pôde, quem quizer, dirigir por êle, o programa, que o público so se sente satisfeito com as suas piadas.

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Aos domingos, enche-se a Tupi de uma multidão que ali vai apreciar o programa dos calouros. Gente que vai assistir como êle é feito, indo ali vêr a "cara" do cantor que é gongado. Mas existe, também, nesta gente que enche as salas da estação, quem, muitas vezes, provocando simples palma, vem tirar do anonimato um cantor modesto, obscuro, que sái dali para a glória de um contrato com uma emissora, ou para a consagração definitiva do disco gravado. De qualquer maneira, consagrando ou desencantando o rapaz, a menina corajosa que enfrentaram o microfone, a assistência presta o seu serviço.

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Observemos a espectativa da menina romântica que vai experimentar a sua oportunidade em "Calouros em Desfile". £ toda um feixe de nervos, dona de um nervosismo incrível, nesta atitude expressiva, de experimentar a vez, na esperança de ser alguém, de ser, talvez, a sucessora legítima de Carmen Miranda, cujo cétro anda aguardando quem lhe queira tomar de uma vez. Adiante, além da impassividade africana do Macale, a vaia do pessoal que está fora dos vidros, e a ironia buliçosa do Ari.

Nem quiromante, nem mágico, desses que fazem saltar um coelho de um copo dágua. Nada disso .' eis aí o Macalé, terrível Macalé, fantasma dos calouros, comandados pela inteligência de Ari Barroso. Perto, o gongo, onde êle, volutuosamente, extravasa sua bílis, inutilisando uma esperança, matando um sonho, estrangulando um desejo. Quando bate o gongo, a turma arrebenta uma gargalhada.

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O caioiíro canta com todo o entusiasmo, em "Calouros em Desfile", criação de Ari Barroso, na Tupi. Quem sabe lá se não chegou o momento amável de sua revelação, de ser alguém, de gravar para a fábrica. Talvez seja, por isso, que êle nem se incomoda com o som rouco do gongo, capaz de cortar, momentaneamente, a emoção em que apresenta o samba malandro ...

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Herdeiros ile Tamandaré, os Marinheiros do Brasil patrullmm os mares territoriais. Herdeiros de Caxtas.osSoidados Brasileiros velam pela iniKKiidade do nosso território. Ilerdeirosde Santos Dumont, os Aviadores (ia F. A. B. voam hoti o Cruzeiro do Sul, prontos para vingara nossa honra e defender a nossa soberania-

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guerra atual, além das A operações militares, em que se degladíam as forças de terra, mar e ar, abrange também o campo econômico das nações em luta. A frente dessa guerra econômica se desenvolve no campo da produção, onde os povos se empenham pelo maior rendimento da agricultura, da pecuária, da exploração do soIo e do sub-solo, das indústrias, do comércio em suma, pelo fortalecimento da economia pública e privada. A estagnação do dinheiro acarretaria fatalmente a derrota na frente econômica. Envez de entesourar o eeu Cruzeiro, mobilize-o para

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