Revista O Malho

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HHBfl r!!^ HIGINIO MORÍNIGO PRESIDENTE DO PARAGUAI MALHO H^^^yU3|kJ - JUNHO 1943 1943 - PRECO Cr. $ 3,00 ANO XL - NUMERO 41 —


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ILUSTRADO

Edição da S. A. O MALHO Diretores:

ANTÔNIO

A. DE SOUZA

OSWALDO DE SOUZA

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ANO XLI — NÚMERO 41 JUNHO — 1943 DRÊÇO

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Grupo feito quando era inaugurado o busto do Presidente Getulio Vargas na festa tão expressiva que o "Club das Mulheres Jornalistas" ofereceu em um- esplendido chá no terraço-jardim- da A.BA. em homenagem à data natalicia do Chefe da Nação. Este busto, que foi qualificado pelo Coronel Virialo Vargas como um dos melhores já feitos de Sua Excia., foi oferecido ao "Club das Mulheres Jornalistas" pelo autor, o jovem escultor A. Schnoor. ;

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Senhorinha Graziela Maria Pereira Gomes, filha do aesembargador aposentado Arthur Heraclito Gomes, advogado em São Paulo, e sua esposa, D. Belita Pereira Gomes — e que concluiu, recentemente, com distinção, o curso de ciências e letras.

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Mauro e Elisabeth, de 2 e 3 anos de idade, filhinhos do casal Waiter Ferreira Vilaça.

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FATOS

CURIOSOS

AS LUVAS DO REI DA ESPANHA falecido Rei Afonso XIII detestava O as luvas. Somente as usava quando fazia visitas oficiais. E logo que estas terminavam, retirava as luvas. Nas festas dadas no Escurial, apresentava-se sempre desenluvado. Entretanto, não podia guiar o seu automóvel sem estar enluvado. Uma vez, num salão da Municipalidade de Saragoça, que êle visitava, Afonso XIII pára bruscamente em frente a um quadro em que via o soberano . . . com luvas ! Interrogado pelo monarca sobre o caso, o chefe da Municipalidade confessou que Afonso XII, havendo cedido à cidade um de seus retratos, decidiu-se, depois de sua morte, mandar um pintor substituir a cabeça de Afonso XII pela de seu filho. O Rei disse, então : 1— Eu desejo que o Sr. diga ao artista para substituir as mãos, fazendolhe vêr que eu não uso luvas. Dizem que Afonso XIII era possuidor de mãos finas e delicadas, dignas de serem vistas. UMA CORTE EXIGENTE Chotek, mulher do ArquiACondessa Francisco -Ferdinando duque d'Áustria e que, como este, pereceu no atentado de Serajevo, em 1914, passou horas amargas na corte de Viena. Embora fosse a esposa legitima do Principe - herdeiro, não podia ter acesso ao trono, de acordo com a lei, e as Arquiduquesas d'Áustria nunca perdiam uma ocasião para dizer-lhe que ela só. era tolerada na Corte. Um dia em que a Condessa se arriscou a dar opinião sobre uma festa que devia ter lugar no Paço de Schoenbrunn, a Arquiduquesa Frederico, de quem fora dama de honor, declarou em voz alta, ante grande número de damas" — Onde essa intrigante aprendeu que podia ser ouvida aqui ?

Quando morreu, não foi enterrada com as honras a que parecia ter direito. O esquife foi colocado um pouco disE, tante do do marido, à retaguarda. cousa inaudita, a seus filhos não permitiram que orassem, à vista do público, diante do corpo do Arquiduque. A Corte não os reconhecia como filhos desses príncipes.

Devant la salle du rapport, Três mal à 1'aise en leur tênue, lis passem la triste revue Du colonel qu'ils craignent fort... e estava assinada as~.m : "Gaston Doumergue, simples de 2.* classe."

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Sr. Paulo Turon, de Teschen, Silésia, teve a idéia original de entoar um responso pelo eterno descanso de sua alma ! Poucos dias antes de cerrar os olhos, entoara o responso para uma fábrica de Ao fazer seu testamento, disdiscos. pôz que, durante suas exéquias na igreja local, fosse dado a ouvir aquele cânPediu a seus herdeiros tico fúnebre. que cumprissem à risca as suas últimas vontades, sob pena de serem condenados a pag;ar uma multa equivalente a 5.000 cruzeiros.

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QUEDA DOS

UM TESTAMENTO ORIGINAL

BORDADO

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BRANCOS

Sr. Gaston Doumergue, que goverO nou a França de 1924 a 1931, gostava de poetar nas horas de ócio. Um jornalista parisiense surripiou-lhe com habilidade o original de uma copia, que o sorridente estadista compuzera ao tempo em que prestava serviço militar na caserna de Aix - en - Provence. A quadrinha é esta :

MODA E DE JUNHO

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UM PRESIDENTE QUE ERA POETA

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Grupo feito quando da inauguração, nesta capital, da filial da "Casa das Chaves e Ferragens Ltda." à rua da Carioca, 75, cuja matriz é situada à rua S. Pedro, 178 e 180. Veem-se, entre pessoas convidadas e funcionários, os seus proprietários, snrs. José Soares Ferreira, Cândido de Barros e Álvaro Rodrigues.

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um gatuno que saía, carregado de já

gra na casa. Martim aponta o revólver.

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beu passos no jardim. Armou-se e foi vêr.

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noite, em CERTA sua residência da praia de Santos, Martim Francisco perce-

novo

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Faça

caminho

por onde entrou.

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loque tudo que tentou tirar nos lugares que já conhece. humil-

Cabisbaixo,

de, o ladrão refaz o caminho

percorrido, ao revólver ameaçador, põe tudo

obedece

TERRENOS

COM FACILIDADES (Decreto N.° 58) SORTEIOS DE QUITAÇÃO

nos lugares.

na Ilha do Governador

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Mas, ao sair, envergonhado, vê com surpresa que Martim Francisco lhe estende uma nota de Cr$ 10,00.

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As válvulas — "Desejo Êle agora avião 625. telefone é

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da General Electric ligam os céus à terra!

falar com o Snr. Júlio Ferreira. está voando sobre a China, no Aqui (ala Mme. Ferreira. Meu 57-3260. .." "Alô Júlio!"

Fantasia ? Não. Realidade, no mundo eletrônico do futuro! As válvulas eletrônicas da General Electric algum dia possibilitarão à Snra. conversar, de sua casa, com qualquer avião em vôo a milhares de quilômetros de distância. Isto. aliás, ainda não é uma promessa. Mas, graças à ciência eletrônica, os pilotos dos aviões já conversam com as forças de terra, enquanto

seus aparelhos voam à velocidade de centenas de quilômetros por hora. A eletrônica presta serviço às Forças Armadas em terra, no mar e no ar. mas os pormenores desses serviços constituem segredo militar. Por meio de rádios eletrônicos de ondas curtas, os engenheiros podem dar o rumo a aviões que estejam voando a 1.000 milhas da costa. E amanhã, a eletrônica permitirá que os cargueiros aéreos^ façam com toda a segurança, aterrissagens cegas no meio do mais denso nevoeiro. Mas... que é eletrônica ? £ uma ciência que, aliás, não é nova. O seu rádio General

rooo rádio GCNtRAL

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UM APARCLHO

Electric é um aparelho eletrônico. O mesmo se poderá dizer dos receptores de televisão; do cinema falado; dos aparelhos de Raios X; dos "olhos" mágicos que abrem as porta*) das garages...

Outras notáveis aplicações industriais da eletrônica: Controle do grâa de humidade. Controle da temperatura de jornos. Inspeção de lâminas de navalha. Esterilização de produtos alimentícios. Enchimento de tubos de pasta de dentes. Controle de processos de alvejamento. Revelação da existência de gases em minas. Auxílio na atracação de navios.

flfTRÓNICO

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Esta é uma das válvulas eletrônicas General Electric, usadas em wK \1 .flÉl todos os rádios G.E. São válvulas dessa mesma espécie que, ___Il_il_'____ amanhã, lhe permitirão falar de sua casa cora um avião em vôo. MlillI.B I

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Para esta formosa diabinha, Jenny, domadora de almas, qu.e apresenta através da trama cinzelada de seus romances, a hidra dos Sete Pecados Capitais, que faz prostrar a fera aos estalídos do seu látego, que aqui é a pena, das melhores temperadas, telhados dos palacios, dos arranha-céus e das favelas do Rio são de vidros... Mais que espírito de observação quintessenciado é uma alta radiologia literária o que aplica para captar cenas e tipos deste filme sempre em rodagpm que é a vida humana, porque para ela as almas não conseguem guardar segredos e lhe é possivel vê-las tão nítidas, precisas e verdadeiras, qual si nosso conglomerado corporeo fosse tão transparente como o cristal da Boêmia. Em seus romances Jenny Pimentel de Borba consegue pcgotar quanta felicidade e dôr possa haver na existencia. Aborda-o emi toda a sua plenitude e nas crises da alma sabe registrar de maneira surpreendente toda sua ijenamtelogia. E como a vida, em seus romances temos ao alcance da mão os dourados, supinos, doces, saborosos frutos... que tantas vezes encerram uma be^erragem cruel, sob a suculenta, tentadora aparência... Não a recrimineis, porque o Amjor enche os romances de Jenny. Esqueceis que ninguém pode falar com tanta verdade e tão profundamente do amor como a Mulher? E' ela, quase sempre a única que verdadeiramente sabe amar e tecer, com abnegada ilusão, sem desfalecer no fervor lírico, infundindo-lhe doçura, esse poema épico da paixão, a que tantos e tantos homens só souberam, pôr um misjeravel epílogo em vulgar prosa. A mulher sabe, como ninguém, que o amor é, à maioria das vezes, uma entrevista enganosa que lhe dá o destino... e que nas pedras do balcão de Julieta, frequentemente surge a realidade da Pálida... Por isso, neste vigoroso romance "Paixão dos Homens", sentimos o sabor acridoce da vida... Jenny descobriu, escrevendo "Paixão dos Homens5', essa fonte de perene juventude com que tanto sonharam as amorosas... Paixão dos Homens lhe concede o milagre da eterna juventude, rosas e não laureis coroarão para sempre sua fronte, onde a lua e o sol trocaram seus beijos, sobre seu pensamento sempre luminoso. Daqui a cem, a trezentos anos, Jenny, a romancista do amor exaltação, do amor summum, alfa e omega da vida, continuará sendo jovem, deliciosamente jovem, com seu coração moço aprisionado nas páginas dos seus livros e admirável e amada em sua plenitude de formosa e de artista, como nós os que depositamos nosso beijo de admiração em suas marfiâineas mãos senhoriais. GÉRARD

ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PÔDE SER COMBATIDA USANDO

XAROPE

Não aceite substituto. Exija o nome"CAMARGO MENDES".

ASMATICO ANTI —% Gm-noAÇatttAutdet-

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"PODER SOVIÉTICO" Apareceu, finalmente, entre nós, em' português, o livro mundialmente famoso do Deão de Canterbury — "O Poder Soviético". A ansiedade com que o livro era esperado justifica-se plenamente. Além de sacerdote, o Rev. Johnson é engenheiro e senhor de uma cultura invejavel, qualidades essas que lhe facilitaram grandemente a compreensão da evolução política do povo russo, o êxito da industrialização soviética, bem como — 8

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as bases reais da sua economia. D. Carlos Duarte Costa, Bispo de Maura, enriqueceu a edição brasileira com um eloqüente prefácio, que ressalta a necessidade de uma fraternidade maior entre os homens, divididos, cada vez mais, pela ambição desmedida do lucro. A tradução brasileira é perfeita e, o que é mais importante, não sofreu o menor corte. Lançou-a a Editorial Calvino Ltda., que nos tem dado, ultimamente, os melhores livros sobre a guerra.

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"ETERNO

MOTIVO" "E' Araújo Jorge uma das mais significativas expressões da poesia brasileira. Não o colocamos apenas entre os maiores poetas moços, mas também entre os maiores poetas vivos. Êle não mais pertence, exclusivamente, à sua geração, pertence ao nosso panteão literário. "ETERNO MOTIVO", o novo fruto com que nos brinda o talento fecundo do autor do "Cântico do homem prisioneiro", é, sem nenhum favor, a obra mais rica dp seiva lírica e mais densa de estese que a poesia nacional tem dado a lume ultimamente. A impressão que nos deixa a leitura das duzentas e tantas páginas de ótima poesia do novo livro de Araújo Jorge é a de que estamos em presença, não de um dos mais brilhantes expoentes da geração moça, e sim do mais vigoroso, do mais completo e do maior poeta brasileiro dos nossos dias. "ETERNO MOTIVO" foi publicado com apuro e arte pela Casa Editora Vecchi, do Rio de Janeiro.

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"DE ALIVIA PARA ALMA" Humberto Rhoden nevela nesta recente obra do seu engenho uma verdadeira intuição da alma humana. Quem assim escreve não estudou apenas psicologia, mas tem a vidência imediata dos mistérios do Eu. Nota-se em quase todas as páginas qu|e é livro vivido e sofrido pelo próprio autor. Uma vez entrado no campo magnético desta obra, não consegue o leitor fugir dos seus fluidos estranhos. Esquece-se do mundo circunjacente. Lê, devora com os olhos e com a alma essas páginas de verdadeiras revelações do seu próprio subconciente. Sucumbe fatalmente à fascinação defssa poesia filosófica, dessa, filosofia mística, cadenciada, onde o esplendor do pensamento rivalisa com os fulgores do estilo. O Brasil de hoje, nesta alvorada duma nova era histórica, tem urgente necessidade de livros desta natureza. Rhoden tem uma grande mensagem para o nosso povo. A EPASA foi feliz em editar um livro como esse,. que' atesta o seu critério e alto descortinio.cultural. "CANÇÕES DO INFINITO" "Canções do Infinito", acaba de Sob o título de aparecer nas livrarias o último volume de versos do sr. Pereira Reis Júnior. Contando, já, com apreciável bagagem literária, o sr. Pereira Reis Júnior se reafirma, nesse como nos outros livros seus, o mesmo poeta cheio de sadio entusiasmo, cujo brilho de inteligência e imaginação lhe assegura um logar de' destaque entre os moços da geração poética que aí está. E esse é um motivo bastante para que o seu novo livro tenha a melhor aceitação entre o público ledor. V I

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Europa

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EMsurgir os primeiros sinais da conflagração que seria desencadeada quatro anos depois, o Presidente Getulio Vargas, então em visita à República Argentina, disse em um discurso, pro"0 ferido na Casa Rosada (.em Buenos Aires : ncsso continente, nesta hora atormentada do mundo, deve concentrar todas as energias para uma obra de cooperação americana". A erupção da guerra e a sua conseqüente extensão às Américas, veio comprovar a sabedoria dessas palavras políticas e dar razão ao estadista que nos prenuncios do céu nimbado soubera compreender com exatidão o fragor do temporal que se formava. A política de aproximação das nações americanas, dente Vargas, seria o dique anteposto ao tropel das vagas oceano da política internacional. A guerra veio destacar tância do problema — e o Brasil deu o exemplo nesse

pregada pelo Presienfurecidas no amplo ainda mais a importerreno, ao converter

em realizações, através de tratados e convênios, um largo programa de coesão continental. A visita do General Morínigo ao Brasil, empreendida como retribuição à — viagem que o Presidente Getulio Vargas realizou à República do Paraguai tem o valor de um exemplo da mais alta repercussão na política do continente. — e se convertem Essas visitas ultrapassam os limites meramente protocolares em seara de benefícios recíprocos, que dilatam o destino histórico dos países aproximados e ampliam- a importância política das Américas. Os

discursos

agora

trocados

pelo General Vargas o Presidente e corroboram os Morínigo de aproximação dos dois lineamentos povos. A americana cooperação de vem mostrar política fronteiras divididos históricas, pelas os que, paises desta parte do mundo se confraternizam na obra de fortalecimento da energia e do esplendor da civilização continental.


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Flagrante do cordial abraço de despedida do Presidente Morínigo ao PreVargas, Getulio sidentc ao deixar o Rio.

UM NOVO CICLO NA HISTÓRIA DAS RELACÕES-BRASIL-PARAGUAI estão bem vivos na nossa lembrança os júbilos populaAINDA res com que foi acolhida a visita do Presidente Morínigo ao Brasil. Ésscs júbilos traduziram de modo bastante feliz o sentimento de fraternal concórdia que hoje une os dois povos americanos. O Brasil e o Paraguai, na História das Américas, oferecem a mais exemplar imagem da política de aproximação que hoje norteia o continente do Novo Mundo. A visita do Presidente Vargas ao Paraguai e a retribuição dessa visita na viagem do Presidente Morínigo ao nosso país são expressões da amizade e da união existente entre duas repúblicas que, no passado, em hora dramática de suas histórias, cruzaram bravamente as armas nos campos de batalha. Com a nova política das Américas não devem prevalecer, entre irmãos de continentes, nem a sombra de ódios ou resquícios de dissenções. A humanidade aprende nas lutas a verdadeira lição dos valores da concórdia. Não existem mais entre paraguaios e brasileiros a resonância sentimental dos combates travados no século passado. Animam-nos, agora, a confiança e a lealdade recíprocas. Desse sentimento comum deriva um espírito de cooperação que dará aos dois povos amplas oportunidades de progresso comum. Selando os compromissos de honra dessa camaradagem de povos, o Presidente Getulio Vargas assinou um decreto que con. sidera extinta a divida de guerra da República do Paraguai com 0 antigo Império do Brasil. Nenhuma atitude falaria mais alto de V

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19

4

3

nossos sentimentos de concórdia do que esse gesto do Chefe do Governo do Brasil. As nossas relações cem o Paraguai têm o sentido dos comportamentos cordiais que dignificam cs povos aproximados. Falando em nome de seu país, o Presidente Morinigo, ao despedir-se do Presidente Vargas, definio em justas palavras a rei>ção de júbilo que suscitou em seu povo o gesto do Brasil. Desse discurso transcrevemos aqui o trecho em que mais intensamente vibra esse sentimento de júbilo que tem as suas origens no nosso mais puro espírito de fraternidade e de concórdia: " O decreto histórico do seu governo, de 4 de maio último, no se declara inexistente a divida de guerra da tríplice aliança, qual adquire, nestes momentos dramáticos e dolorosos, cm que os homeus livres da América defendem o patrimônio glorioso de vinte séculos de civilização cristã, o sentido -vigoroso de um belíssimo gesto de profunda solidariedade continental, com que se apaga a única recordação que ainda se poderia interpor na estrada larga dos nossos destines comuns." E acrescentou, em outro período mais expressivo: A extinção da dívida da guerra de 70 encerra assim um ciclo de tiossa história e abre uma nova éra, que será o mais alto ponto do paralelismo de nossos destinos c de nosso acervo comum de heroismos dolorosos." Nessa aproximação do Paraguai e do Brasil, as Américas oferecém, nesta hora trágica da história universal, um exemplo para o Mundo. 13 —

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Higinio Morigeneral O nígo após seu desembarque em Porto Esperança, na fronteira brasileiro-paraguaia. onde foi cumprimentado, em nome do presidente Getúlio Vargas, pelo general Firmo Freire e recebido, oficialmente por este, pelo ministro José Roberto de Macedo Soares, chefe do Cerimonial do Itamaratí e pelo general Renato Pacquet, designado para servir à disposição do chefe do governo de Assunção. • homenagens as ENTRE prestadas ao chefe do à sua paraguaio, governo chegada a esta Capital, sobresairam o embandeiramento das ruas, pela Municipalidade, e pelos particulares, e também a ornamentação da gare da Estação D. Pedro II, da E. F. Central do Brasil, onde S. Excia. pisou em solo carioca. No vasto salão de desembarque, I profusamente destacava-se o engalanado, retrato do pregigantesco sidente Morinígo, cuja fotografia reproduzimos. i V I —

1 9 4 3


sua viagem ao Brasil, o EMPresidenta da República do Paraguai se fez acompanhar, além da brilhante comitiva, por sua Exma. Esposa, Senhora Dolores

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Morínigo. A primeira dama do Paraguai, que encarna as virtudes da mulherde sua pátria, foi alvo das mais expressivas homenagens durante a permanência em território bra-

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sileiro. As fotografias desta página são flagrantes feitos em algumas das cerimônias cívicas do programa comemorativo da visita presidenciai paraguaia. aA\

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e que

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palavras o sentimento com que nos integramos no regosijo do

sessão

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Emprestando à sessão um ca-

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classes

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júbilo com que o país irmão viu passar o 132." aniversário de sua Independência.

onde

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visitava,

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acontecimento.

guir, o professor Lourenço Filbo pronunciou uma conferência

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/"""\ Presidente Higinio Morínigo não teria feito uma visita completa ao Brasil, se daqui regressasse sem ter permanecido. embora por pouco tempo, em ter"Minas ras de Gerais, em contacto direto com a gente montanheza e com as belezas naturais e riquezas do nosso patrimônio artístco, cheio de tão grande valor e tradição.

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Recebido Governador pelo Benedito Valadares, o primeiro magistrado da República vizinha teve ensejo de fazer numerosas visitas, nas quais lhe foi mostrado o que de mais interessante vem realizando o governo mi neiro.

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O PRESIDENTE DO PARAGUAI NO JOCKEY-CLUB Entre tts iwiíweras homenagens prestadas ao General Morinigo entre nós, de.stacou-se a do Jockey - Club Brasileiro. Seu Presidente, o Ministro Salgado Filho, ofereceu-lhe um grande almoço no Hipódromo da Gávea, após o qual o Uns-

tre visitante assistiu às corridas também realizadas em sua honra. Os dois flagrantes acima mostram o titular da Aeronáutica c o Chefe do Estado paraguaio discursando por ocasião do almoço.

expressões De apreço ao presidente do PaRacüai

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a S calorosas manifestações Ce aprego, tributadas ao Presidente Morinigc, foram a demonstração inequívoca da sentida e sincera estima que nos liga Aos sentimentos ao povo paraguaio. r.os brasileiros não bastaram as simples exteriorisações dos aplausos, quando em Dai contacto com o ilustre hóspede. O

MALHO

o grande número de lembranças, as mais variadas, ,que, em gestos espontâneos, foram oferecidas ao Chefe da naEntre elas logrou destação vizinha. "Companhia que a que foi enviada pela Mineira de Várias Indústrias", fabricante das afamadas cassnüras e tropicais-"Perí - Peri". Consistiu em alguns cortes desses tecidos, primorosamente aeondicionados em original estojo — caixa de sucupira patinada, decorada com motivos marajoáras. Na tampa dessa valiosa peça achavam-se artisticamente talhados, sob o nome de S. Excia., os dizeres do oferecimento. Acompanhou essa oferenda um pergaminho desenhado a mão, nos seguintes têrmos : "Rio de Janeiro, 10 çle Maio de 1943. "Exmo. Sr. General Higinio Morinigo. Palácio do Catete. O alto apreço e a simpatia admirativa que nos inspiram V. Excia. e o valoroso povo cujos destinos tão dignamente preside, levam a diretoria desta Companhia a uma demonstração direta e expressiva desses sentimentos, apro— 24

veitando a grata oportunidade de sua honrosa visita ao nosso país. FazemoIo, pedindo licença para oferecer a V. Excia. a desvaliosa lembrança que com esta , encaminhamos. Trata-se de produto de nossa fabricação, confeccionado com matéria-prima deste Continente. Constituirá para nós desvanecedora honra o utilisar-se V. Excia. dos tecidos que enviamos, os quais representam o resultado do nosso esforço e dedicação no sentido do maior aprimoramento da indústria americana de tecelagem. " O manifesto carinho com que foi preparada essa homenagem provocou amáveis comentários dè quantos se encontravam nos aposentos particulares do General Morinigo, no Palácio do Catete, onde, com encantadora simplicidade, S. Excia. se dignou receber os diretores da referida Companhia, manifestando-lhes o comovido agrado com que acolhera tão delicada e significativa oferenda, e declarando que, numa prova de seu especial reconhecimento, mandara desde logo confeccionar um dos cór- ' tes, desejoso de trajar-se com o tecido . nacional, ainda durante sua permanência no Brasil. V I — 1 9

1 3


para os efeitos causados pelo rastro CONSIDERAMOS, e esteiras deixados pelos beneméritos e glórias humanas tanto os Paraguaios de raça como os nacionais de outros Estados, não os que se vangloriam e blazonam de haver herdado uma progenie salpicada de heráldica, mas todos aqueles que confirmam uma estirpe, com seus ideais e com seus feitos, baseados estes em lapidares e eficientes lições do glorioso antepassado. Folgamos bastante em afirmar que estes Paraguaios do presente, em cuja vanguarda e no alazão do Triunfo, cal vaga o heróico Presidente Morínigo, a quem acompanham os ilustres Argafia, Pampliega, Delmás, Juan Bautista Ayala, bravos militares e estudantes de seleção, profissionais e sábios mestres, são os Paraguaios da estirpe dos seus ancestrais guaranis, estirpe que, apenas nascida, já era benemérita, estirpe esta que soube conduzir o Paraguai aos píncaros da universalidade e da glória pela sua bondade e valor.

olímpica e tradicional herencia, seu idioma primitivo e vernáculo, o puro idioma guarani, descendendo, de modo incontroversivel, da grande linhagem, que lhes legou tão rico idioma. A história repete-se: a gloriosa h i s*l ó r i a Paraguaia, estão escrevendo-a, repetindo-a os ilustres Paraguaios de nossos dias. Com a tão louvável e proveitosa cooperação cultural, política, econômica e comercial paraguaio-brasileira estão se repetindo, em prol do adiantamento e progresso da grande Nação Paraguaia, as áureas paginas escritas, com a tinta de seu talento e amor pátrio, estadistas paraguaios que fizeram levantar magníficos edifícios públicos, inaugurando escolas primárias, abrindo portos fluviais, fundando a marinha nacional, formando um poderoso exército, imprimindo um grande impulso à agricultura e comércio, entrando, aberta e difinitivamente, no consórcio das nações livres, celebrando tratados com a França, Inglaterra, Estados Unidos e Cerdena.

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PARAGUAIOS 06 6STIRP6 Dizem e redizem, os que não teem outra coisa a. dizer, que o Paraguai é pequeno. Não importa se a estatura moral e espiritual de seus homens é gigantesca. O tamanho ou volume, por grandes o pequenos que sejam, no espaço e no tempo, ficam em um todo apagados se surge o valor, espiritual humano, quando este é nababescamente poderoso em quilates de civilisação e progresso. Os' homens grandes (hà exceções) em regra geral podem ser considerados poemas de carne, e não outra coisa. Napol«ão era pequeno e foi Napoleâo; pequeno era Ruy Barbosa e foi um pequeno muito grande,- e pequeno também é os estadista gigante Getulio V

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Vargas, Presidente brasileiro, cujas todos grandeza e grandiosidade conhecemos. Os descendentes' da grande casta carai - guarani, e que hoje se hospedam entre nós, amparados pelo manto do céu do Brasil e acariciados pelas suaves e aliviadoras brisas guanabarinas, originam-se daqueles que arquitetaram a grandeza Paraguaia,daqueles que, embora fossem

encomendados,

milayos

e

yanaconas, jamais estiveram sob o odioso jugo da esciavidão: são descendentes daqueles outros Paraguaios que, por si sós, e isoladamente, lavraram sua e definitiva emancipação independência política,- e os Paraguaios de hoje, caso singularissimo, conservam por 25

ALARCON FERNANDEZ (Redator de Assuntos Inter-Americanos da Ilustração Brasileira) E os paraguaios de hoje, acerrimos crentes nas suas gloriosas tradições, não somente selam com o seu sangue a muito gloriosa pagina do Heroísmo, no chaco, entrando, em holocausto da sua Pátria, nas regiões do amor universal, senão também, em eficiente cooperação brasileiro-paraguaia (devemos destacar, como primacial, neste setor básico, à "Divisão de Cooperação Intelectual" do Itamaraty) conduzem à sua nação ao zenit da cultura, base primordial do bem estar espiritual, politico e econômico de todas as nações. •

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MALHO


uma vetusta lenda Paraguaia que, NARRA num dourado amanhecer, emergiu altaneiro e apoteótico, do lago hoje denominado Ipacaraí, o primeiro homem das terras do Paraguai, Tapaicuaá. Dois filhos teve êle: Guaraní e Tupi. Cresceram. Quando já moços, concertaram entre si o rumo que cada um tomaria: Guarani ficou; Tupi demandou as terras do norte. Os anos e os séculos, e os milênios talvês, se foram escoando, a dar tempo a

IRMÃO GUARANÍ obra creadora dos dois irmãos. E foi então que Guarani retesou os seus músculos na caça a fera, e exercitou sua perícia e tenacidade na pésca dos seus rios. Guarani força exuberante - viveu pacatamente feliz, até lá pelas emboca^ando, duras do então rio Carcarana, surgiu o titan branco, 0 espanhol Sebastian Gaboto, estudante de intrepidês e arrojo. Duas potencialidades se chocaram: a força nativa e a audácia civilizada! Lutaram a luta dos fortes, até que

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Árias compreendesse que o 'melhor meio de construir com os índios não era a força bruta, mas o império da fé e da razão. O arrojo espanhol dissolveu-se então na força de Guarani, e a força impetuosa e selvagem de Guarani encontrou seu estímulo na audaz e construtiva arrogancia dos desbravadores deCastelae Aragon. Força e arrojo! Tupi lá se fora para as terras do norte... Conheceu e fez aliança com as caravelas luzitanas, com a índole empreendedora dos bravos do Sagres. Esperou o navio negreiro e osculou e acarinhou a sua carga. A força de Tupi amalgamou-se com a tenacidade inteligente do português e com a sensibilidade do negro africano. Sensibilidade, inteligência, força! Paraguai, ó Guarani W crescido e feito homem, olha, escuta, abraça-me, eu sou Tupi teu irmão, crescido também, emigrado para as terras do norte, para as terras do Brasil: somos irmãos, troquemos o ósculo fraterno! Realizaste o teu Paraguai, realizei o meu Brasil: construimos, em parte, a América! Nossas histórias foram uma luta de fortes, uma luta de irmãos que emularam em bravura, anciando por se compreenderem. Porque vós, gente paraguaia, dissestes por Caballero, ao repelir os intuitos de supremacia da 26

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CHRISTIANO OTTONI

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Nossa Bacia do Plata: política é a amizade sincera e a deferência e lealdade com os povos visinhos!" Porque vós, gente paraguaia, soubestes ditar a Don Carlos Antônio Lopez a resposta enviada aos planos conquistadores de Rosas: O Paraguai, é inconquistavel: pode ser destruído por uma forte potência, mas não será escravisado por nenhuma! Paraguai! A voz do sangue está a asseverar veementemente a Tupi — teu irmão — que jamais serás escravisado, poquer és o indômito Guarani 1 Não serás destruído porque és força e arrojo, porque és uma glória viva e esperançosa da comunidade moça da América! 0\Brasil Novo vem fortalecendo a solidariedade com o Paraguai Novo: ou pereceremos ambos, ou, juntos, daremos realização aos nossos gloriosos destinos históricos! O profundo sentido da nossa amizade está no próprio significado do nome do teu país: se Paraguai, em tua língua indígena, tem o significado de mar coroado" ou rio coroado", és a torrente que nagceste, pequenina, cresceste,« e te vais avolumando, rumo ao oceano incomensuravel do teu ideal! Teu rio nasce no lago brasileiro Xarayés... Rio coroado! Se o lago brasileiro é a coroa do teu rio, a amizade e a admiração da alma brasileira são as flores que querem ter a desvanecedora, a honrosa ufania de ser a auréola fiorida do teu presente moço e do teu futuro paraguaiamente pan-americano! V I

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A VISITA -i O

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Quando eu descer à noite imensa onde dormem os poetas, noite sem mutações, sem limite e sem fim, todas as minhas sombras prediletas virão velar por mim . . . Meu túmulo será amplo demais para contê-las todas, se de uma vez todas quezerem vir — os amigos, os poetas, as estrelas . . . As estrelas também virão, e ao recebê-las minha alma sorrirá, ante o seu refulgir !

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E todas passarão — pobres sombras amiga*. — deante de mim, no seu eterno desfilar, umas sorrindo, outras cantando umas cantigas para me contentar .. . Porque eu quero dormir, adentro da noite quieta, ouvindo a doce vóz dessas sombras de dôr .. . Como vai, ó poeta ? ! -— Como vai, sonhador ? ! Mas, ao soar da última badalada da meia noite, alguém virá, toda de luto, aflita, pálida, fria e desolada, .. . Será essa a visita de uma sombra infeliz — a da mulher amada .. E ao ver chegar a sombra comovida, fingindo toda calma, eu lhe perguntarei, trespassado de dôr : Como vai, minha vida ? ! Em soluços que cortarão fundo a minha alma, ela apenas dirá, nessa hora comovida : Como vai, meu amor . . . Assim, quando eu descer à noite imensa dos poetas, noite sem mutações, sem limite e sem fim, pelo menos, amor, entre as sombras diletas, uma sombra, eu bem sei, ha-de velar por mim ...

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Que pensa

fazer? — indagou

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mando. Não sei — respondeu a moça, com um gesto de desânimo. Robert sentiu o coração alvoroçado. Ela estava linda e a expressão de d6r acentuavalhe a pureza dos traços. Helen — começou o jovem — Eu nada fazer. Você precisa recomeçar. . e eu... posso vou terminar... A moça

levantou

a cabeça

bruscamente,

com os olhos abertos de espanto: Então quando você disse que não voltaria nunca mais... Queria dizer isto mesmo: nâo voltarei nunca mais.. Como?

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ROGER

LECONTE

rápido bimotor desceu até quasi roçar pela copa das árvores e o luar brilhou nas asas de alumínio.

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O homem que ia sentado no lugar do copiloto, ergueu-se e dirigiu-se à porta tia cabine, que abriu. Uma

A luz caiu-lhe em cheio, no rosto. Robert! — gritou uma voz de mulher. Stuart ergueu-se de um salto. À luz da lanterna seu rosto estava livido, os olhos dila-

Minha missão é suicida. Um golpe sério para a ofensiva alemã. E ainda mais sério para mim. E você aceitou... — começou Helen

tados:

hesitante. Propus — corrigiu Stuart. A pergunta veiu, angustiosa e tremula: Por que?

Helen! — murmurou, com voz surda. Que faz você aqui na França? Missão de Comando.

Em baixo, fugia a massa escura da floresta. clareira apareceu e aproximou-se veloz. Tudo pronto, Stuart? — indagou o

piloto. Tudo pronto. O avião elevou-se, roncando, até setenta metros acima do bosque e moderou a velocidade. Dando um passo â frente, Stuart inclinouse para fora e mergulhou no espaço. Atingiu o solo em poucos segundos. Desafivelou rapidamente as correias e começou a enrolar o paraquedas. Quando reduziu tudo a pequeno volume ocultou numa espessa moita. Estava terminada a primeira parte. Relan ceou a vista em torno. O silêncio era completo, .ouvindo-se apenas o ligeiro,farfalhar das árvores ao sopro da brisa noturna. O inglês en caminhou-sc para o bosque e desapareceu na sombra. Súbito, uma lamenta elétrica acendeu, a poucos passos de distância, Sem ruído, Stuart

Esta

zona

está

cheia

Helen riscou um fósforo e acendeu o Iampeão que pendia do tecto. A sala era exígua e os moveis que a guarneciam, toscos. — Meu pai alugou esta casa por alguns meses, para aqui escrever uma novela. Quando veiu a guerra êle quis voltar à Inglaterra, mas caiu doente. Em Agosto, os alemães apareceram na região e toda esperança de fuga se desvaneceu. Uma noite, êle saiu, só — a voz da moça quebrou-se — De repente ouvi tiros, vários tiros...

se, pronto para o golpe.

endido.

MALHO

soldados

alemães! Aqui perto ficam... Eu sei — cortou o Comando — E vim para destruir isto mesmo. E como voltarás? Não voltarei nunca mais.

se atirou ao chão, de bruços, puxou o punhal que trazia perto do tornozelo e esperou. A luz veiu andando em zig-zag; deteve se numa moita; sutiu por um trcnco .. O rapaz encolheuO

de

Robert

sacudiu

a cabeça. Tinha

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| compre-

O inglês passava os dedos lentamente pela grade do capacete que tinha nas mãos: Porque — respondeu — desde aquela noite em que você me tirou toda esperança, não havia mais lugar para mim na vida. Corriam lágrimas dos olhos de Helen. Escute — disse ela —' meu pai não consentiria nunca... e eu julguei que se você pensasse que eu não o amava, mais rapidamente esqueceria... e menti... Também sofri... e não poderia esquecer. As últimas palavras, ditas num sussurro, confundiram-se com um longínquo rumor, baixo e surdo, que vinha nas lufadas da brisa. Aviões — disse o Comando. Parecem muitos — comenteu a moça. O rumor avelumou-se aos poucos. A voz do rapaz soou baixo no silêncio da casa: Bombardeiros. Vão para a Inglaterra... para a nossa Inglaterra. Vão lançar bombas sò bre aldeias e cidades, matar mulheres, velh;s e V

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Minha missão é suicida. Um golpe sério para a ofensiva alemã. E ainda mais sério para mim. E você aceitou... — começou Helen hesitante. Propus — corrigiu Stuart. A pergunta veiu, angustiosa e tremula: Por que? O inglês passava os dedos lentamente pela grade do capacete que tinha nas mãos: a Porque — respondeu — desde aquela noite em que você me tirou toda esperança, nào havia mais lugar para mim na vida. Corriam lágrimas dos olhos de Helen. Escute — disse'ela — meu pai nâo consentiria nunca... e eu julguei que se você pensasse que eu não o amava, mais rapidamente esqueceria... e menti... Também sofri... e não poderia esquecer. As últimas palavras,

ditas

Assim fazem a guerra os nazistas: cruel e monstruosamente. E, se vencerem, a Humanidade sofrerá nas suas mãos até que a vida não

Estendia-se no horizonte o lívido clarão aa madrugada. À proximidade do nascer do dia a quietude da noite cedia lugar à tristeza gran-

mereça ser vivida

diosa da alvorada. A sombra èra ainda espessa. Stuart e a jovem seguiam pela encosta,

e a morte venha a ser o menor de seus crimes! , Helen! — exclamou o Comando — Por Deus c pela Humanidade é preciso impedir que eles vençam! E tomando as mãos da moça, murmurou: —¦ Adeus!

punham pálidos tons nas nuvens que fugiam. Um jato de flama esguichou de entre moitas, lá em baixo, e um crepitar de metralhadora fez-se ouvir por um momento.

jovem.

rolaram por terra.

Chegaremos... mas você não deve Ir... porque será impossível voltar... Prefiro assim.

confundiram-se com um longínquo rumor, baixo

O rumor avelumou-se aos poucos. A voz do rapaz soou baixo no silêncio da casa: Bombardeiros. Vão para a Inglaterra... para a nossa Inglaterra. Vão lançar bombas sôbre aldeias e cidades, matar mulheres, velhes e crianças, e deixar criaturas sem lar... E haverá filhos que, soluçando alto, procurem seus pais entre destroços informes. .

Quando chegaram à crista da elevação seus vultos se recortaram nitidamente em negro, no céu onde os primeiros albores do dia nascente

Helen seguiu-o: Iremos juntos — disse ela. Ao passar pelo lampeão a moça extingiu a luz. Sairam ambos para a noite. Acha que chegaremos? — murmurou a

num sussurro,

e surdo, que vinha nas lufadas da brisa. Aviões — disse o Comando. Parecem muitos — comenteu a moça.

entre árvores de troncos verticais e alta ramada eternamente murmurante.

Um clarão vermelho abriu-se como um leque de fogo no funda escuro do céu. Alguns segundos depois ribombou pelo vale o fragor prolongado de tremenda explosão.

Os dois vultos curvaram-se um instante e

"Herr

Lieutenant, este inglês deve ter vindo no avião que abatamos à noite. Encontramos o paraquedas oculto no bosque." O oficial passeou a luz da lanterna pelos dois corpos sem vida, estendidos no solo. A luz percorreu um corpo esbelto de mulher, passou para outro, longo e forte, de um homem, e foi

Um vulto surgiu seguido de pertD par outro gracil e pequeno. A voz do homem falou, baixa

deter-se em duas mãos que se apertavam como em derradeira despedida ou num pacto indisso-

e ofegante: Destruímos

luvel. — E esta mulher? — perguntou o oficial — Quem será?

tudo.

M a s

é

impossível

escapar. Os dois fugitivos corriam pela encosta. Toda a guarniçào está em nosso encalço. Somos dois contra milhares.

O ronco dos motores ecoa como um trovão distante e interminável. ...e haverá pais que, mortalmente pálidos, removerão ruinas à procura de seus filhos... É a dôr, o desespero e a morte que vão a caminho das cidades inglesas! Os motores atrôam os ares,

agora,

com

ruido ensurdecedor. A voz do Comando se elevou: Um crime vai ser perpetrado! Milhares de vitimas serão assassinados porque não querem ser escravos!... — Stuart baixou a voz como que falando para si mesmo — Eu já vi uma cidade bombardeada... Vi remover as ruinas de uma casa... Um homem, mais febril do que os outros, afastava toros de madeira e blocos de pedra, com verdadeiro frenesi . De repente apareceu de pano... depois, entre pedras e caiiça a ponta de uma saiazinha manchada de um

ursinho

sangue... O que ainda faltava aparecer náo vi,

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porque me afastei. . mas êle viu... O Comando calou-se. Os aviões passavam, ainda, como uma procissão diabólica dos enviados do mal.

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má vontade dos homens para com as mulheres que escrevem, A melhor ainda, para com a mulher inteligente, é coisa velha, quasi tão velha como o próprio mundo. O "mandão" do tempo das cavernas devia ficar furioso, toda a vez que ¦sua companheira, com habilidade, por instinto ou mesmo por superioridade de raciocínio, solucionava" com maior rapidez que êle qualquer problema doméstico de confôrto, de adaptação ou de defesa. Antes do velho caturra Schopenhauer andar dizendo aquelas coisas Inominaveis sobre Idéias curtas e cabêlos

Schopenhauer num E.K. Kb V

compridos — que muitos ainda hoje repetem com secreta satisfação — outros deviam ter dedicado seu tempo a depreciar a inteligência feminina. Porque, positivamente, não foi o senhor Berilo Neves quem inventou isso, podem crêr . . . Recordo-me de uma fráse, por exemplo, de Affonso Karr : ''Toda mulher que escreve comete dois crimes: aumenta o número de livros maus e diminue o das mulheres." Em todo o caso, este sempre cobriu a ofensa com um galanteio . . . Foi cavalheiro. E poderia citar provas e provas dessa má vontade masculina contra qualquer manifestação de talento do outro sexo, cujas oportunidades, por isso mesmo, sempre foram escassas e raras. Passando os olhos pela história da literatura, vemos que depois de Safo, nos tempos gregos, só no Século XIX nela aparecem nomes de mulheres entre os cultores das letras, com Mme. de Sévigné em primeiro lugar. Outros grandes hiatos ocorreram, entre os esporádicos aparecimentos de nomes ilustres nas letras, e isso, que parece comprovar a incapacidade da mulher para escrever, apertas demonstra a força do prejuízo existente naqueles tempos; de que as mulheres não sabiam, não podiam e não deviam invadir a seára masculina. Tais preconceitos, entretanto, vleram sendo destruídos pelos próprios fatos. E acabamos chegando a uma época em que, se os homens não tomarem tento, as mulheres de letras os desbancaO

M A L H Ò

do-se, brigando, discutindo, como toda a gente ama, briga, discute, sofre e vive. Com uma diferença : essa família, a Vida dispersou como disperafinal que sa invariavelmente todas, teve a sua cronista, a narradora. Através da evocação dos dias vividos, a história dessa família é contada — e de que modo ! ! — em seus detalhes interessantes, impressionantes e dignos de serem conhecidos. A Senhora Leandro Dupré, póde-se dizer que era até aqui um pouco desçonhecida, pois só tinha a seu crédito um livro publicado, livro que, sendo embora um bom, um ótimo romance, deixou os leitores em situação de "suspense" a seu

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rão . . . Quem passa os olhos pelos últimos sucessos da literatura de ficção, quase que encontra mais nomes femininos do que masculinos. Os grandes nomes de hoje, nesse gênero — seja porque os homens se voltaram para outros setores, seja lá pelo que fôr — são Katherine Mansfield, Rachel Field, Daphne Du Maurier, Concordia Merrel, Pearl Buck, Margareth Mitchel e outros tantos que por aí lemos, e cuja popularidade e aceitação, honestamente, não será possível negar. Também nós, no Brasil, temos visto surgirem nos últimos tempos, romancistas do outro sexo com "pinta" suficiente para desbancar muito medalhão que, graças à benevolencia dos noticiadores de aparecimento de livros (reparem que não digo críticos, porque isso, agora, é coisa racionada) foram guindados à situação de astros da constelação literária nacional. Um desses aparecimentos, que pôde ser classificado de notável, se deu com "Éramos seis", o saboroso romance da Senhora Leandro Dupré, que já se fizera notada com o sucesso de "O romance de Teresa Bernard". "Éramos seis" é uma história singéla, a narrativa banal da vida de uma família paulista comum, comuníssima, igual a tantas outras de S. Paulo e de outros Estados do Brasil. Pai, mãe e filhos. Sentindo, vivendo, sofrendo, aman30

KARR

OUTROS...

respeito, pois ela surgira de repente, sem qualquer "réclame", com um nome que sugeria dúvidas : Senhora Leandro Dupré . . . Com este segundo livro, que a Editora Nacional lançou e está despertando o mais vivo interesse aquela impressão de dúvida passará. E a narradora conquista, então, seu lugar definitivo. "O principal dever de um literato desconhecido — escreveu alguém — é o de ser interessante. O direito de ser tedioso é exclusividade dos escritores célebres." Parece que a autora de "Éramos seis" compreendeu bem isso. Porque sendo, como dissemos, ainda um pouco desconhecida, fez o possível para cumprir aquele dever, nada aspirando do direito de ser tedioso, que é apanágio dos já celebrisados . . . As páginas desse novo romance são dessas páginas gostosas, em que a gente procura, de cima a baixo, uma palavra complicada, e não encontra. Livro que, para ser lido, dispensa qualquer Dicionário. E qualquer hermeneuta, ou explicador, para esclarecer sobre quais eram as "intenções" de quem as escreveu. Aí está uma coisa de que eu gostaria: que Schopenhauer e Affonso Kàrr pudessem lêr esse livro ... GALVÃO de QUEIROZ V I — 1 9 4 3


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SENHOR GERENTE, ESTA AI UM PRAÇA, COM UNS GRANDES BIGODES . . DIGA-LHE QUE JA OS TENHO !

VENDEDOR DA

MAS QUE ESTUPIDEZ ! PUZERAM O MEU QUADRO DE PERNAS PARA O AR ! NAO FAÇA ESCANDALO. REPARE QUE LHE DERAM O PRIMEIRO PRÊMIO.

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QUE É ISSO BOMBARDINO ? ONTEM SONHEI QUE CHOVIA MUITO E TENHO ÊSTE GUARDA CHUVA POR PRECAUÇAO... SI SONHAR DE NOVO COM AGUACEIRO, NAO ME MOLHO. V I — l 9 4 3

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CONFESSA QUE ATIROU SUA SOGRA PELA JANELA ? FOI NUM MOMENTO DE IRREFLEXAO, DOUTOR. . MAS DEVIA AO MENOS PENSAR NO PERIGO DE MACHUCAR ALGUÉM QUE FOSSE PASSANDO POR BAIXO ! 3!

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MALHO


| A rua estreita e mal iluminada, Sebastião caminha a passos largos. A noite 6 quente, não há a menor viração e a penumbra parece asfixiar, a rua pequena. As janelas e as portas das casas toscas e velhas acham-se abertas, devido ao calor, e mostram os quadros miseráveis e tristes daquele mundo acanhado e pobre. Na esquina, o botequim "A Estrela Verde", está apinhado de gente; aliás está sempre assim, mas quando o calor, vem, multiplicam-se os freqüentadores. Uns bebem no verão, cutros só no inverno para "esquentar", alguns no outono, ou nas tardes lindas de primavera, quando o céu é azul puro e líquido; muitos mesmo teem vontade de beber aquele azul das manhãs primaverís, mas é impossível e se ccntentam com a pingasinha, que lhe dá, às vezes, visões maravilhosas. Quando isto acontece náo vêem apenas o céu — há fontes que cantam e mudam de côr, estrêlas que brilham nas árvores magestósas, sons de violinos e harpas, e uma longa estrada coberta de flores, que vai ter ao céu. Às vezes nada disto acontece, e há então o pesadelo — quando apanham de suas mulheres, ou encontram a porta de casa fechada. Entretanto, "A Estrela Verde" está sempre repleta, com os viciados "esquentar a que no inverno bebem para "alguma garganta" e no verão vão tomar coisa para refrescar". Nestes o germen alcoólico encontrou terreno propício e se, desenvolveu. O botequim "A Estrela Verde" é pequeno e mal arrumado, e está tão velho que se tem a impressão de que vai desabar, ào menor sopro de vento. Tem quatro portas grandes que dão para a rua, quatro bocas que vivem tragando a consciência e o raciocínio dos homens fracos. Sete mesas de madeira, rústica e lanhada, acham-se dispostas ao comprido da sala de cimento, tendo ao redor de cada umas quatro cadeiras de palha, quebradas e envelhecidas pelo tempo. Dois garotos pálidos, de ar cínico, servem aos freguezes, enquanto o seu Manoel contempla, esfregando as mãos, os cruzeiros que a registradora vai marcando. Seu Manoel, dono da "Estrela", é um português gordo, de bigedinho preto, de cabelos lisos repartidos ao meio e penteados para trás. Porque é gordo, pelos meneios do seu corpo quando anda, apelidaram-no de "porquinho", mas êle nào liga; podem chamá-lo do que quizerem, contanto que bebam no seu botequim e lhe tragam mais cruzeiros. Então ri, um sorriso aberto e cheio de satisfação, que não pensa, em esconder O

MALHO

RUA ESTREITA LEONOR TELLES Tudo isto é desculpavel, é o que dizem, seu Manoel não faz mistério algum — sua paixão pelo dinheiro, seu pão durismo, são revertidos a bem de um grande ideal! ( Quem não adivinha o ideal de um português que vive no Brasil? Pois é isto mesmo — voltar um dia à "santa terrinha", ao velho Portugal. E' um gosto ver-se o Seu Manoel mordendo os lábios, com satisfação, como bom patriota que é, a falar da sua terra natal. O Minho? como é belo! e as aldeias portuguesas, as aldeias da roupa branca! O tempo das vindimas, ao som dos "viras" e das vozes das raparigas. . Frutas? lá é que se come bem, que pêcegos! há maçãs para se estragar.. Que saudade do rico Portugal!... Quando seu Manoel pronuncia aquele poema síntese chamado "Portugal", seus olhinhos de coelho brilham, a gente pensa até que vai chorar. Na opinião dos fregueses é uma bôa alma, apesarde muito econômico. Depois é mais que justo o seu desejo de rever a Pátria, as aldeias, Lisboa e as suas raparigas. Sebastião diminue os passos, à vista da "Estrela Verde". Aproximase, e grita da porta para dentro: Alô! Joaquim... "acorre ao chaSeu Manoel, solícito, mado. O que há Sebastião? Joaquim está a fazer café. Uma caixa de fósforos das grandes. O português vai até o balcão, e volta com a caixa nas mãos. —r Pronto. 20 centavos. Obrigado. Mas... só isso? já vai? vamos tomar qualquer coisa, ó rapaz! ainda é cedo! Não. seu Manoel, tenho pressa, vo'u-me embora. Ah! sim... e sua irmã como está? melhor? Qual! cada vez mais fraca, se o senhor a visse! Parece uma velha, tal é a magresa — os membros estão fininhos, sem carne, já nào tem seios, nem côr... está um cadáver a pobre! E dizer que há'dois meses passados, era sadia, cheia de vida! Sempre que que a via lembrava-me das raparigas de Portugual, corada e fresca como uma flor! Esta vida é um caso sério, Seu

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Sebastião... Se não fosse aquele palerma de marido que ela arranjou... — Na verdade, há mais de uma semana que êle não aparece... minha mulher é quem cuida da pobre menina... é um miserável um homem .destes, quando ela precisa de todo o carinho e tratamento, é que desaparece. O peor é que ninguem sabe onde está... Se êle houvesse tratado em tempo da saúde de Rita, talvez escapasse, mas agora, infelizmente, todos sabem que vai morrer. Além de' tudo, a falta de recursos... se eu pu-

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"fora, Campos Jordesse mandá-la para Campos... dos ou São dâo Jcsé Pobre menina... Que é que vai levar da vida? Nada. Uma existência sacrifiçada, cheia de lutas, na miséria.. às vezes fico a pensar porque Deus põe no mundo criaturas para sofrer tanto? E' a isto que dão o nome de Bem, já vou andando: Marieta Vida.. está à minha espera... até a vista! Sebastião continua a caminhar, a passos acabrunhados e lentos. Há dias em

é lama, o mundo um lodaçal onde ninguem £ correto, nem pensa em coisa melhor. Animais! ainda bem que êle conseguira escapar à contaminação da rua. Que

que, como hoje, êle tem ódio e nojo de toda a humanidade. Sempre que vai à casa da irmã tuberculosa, o rancor crescelhe no peito e tem vontade de matar aquele beberrão, e as pessoas que dizem — a irmã que a vida é bela. Lindo quadro!

ambiente, que suplício para quem possue sensibilidade e um espírito limpo! cada palavra, cada incoerência é uma afronta,

doente, mirrando aos poucos, o marido desnaturado que a abandona, a miséria, a fome... Naquela rua estreita a mesma pobreza e sordidez em todos os lados; as fisionomias sâo tristes ou debochadas, as mentalidades curtas como a própria rua. Às vezes até se tem a impressão de q u e

uma punhalada!

E porque? porque Deus não lhe dera meies de viver num mundo mais claro, onde houvesse um pouquinho ao menos de espiritualidade? porque vivera desde criança naquela angústia de lutar contra

aquele mundo nào é humano. Basta virar a esquina... Há gente que ri, que canta e toma sorvetes nas casas de chá... crianças que brincam de bicicletas, crianças risonhas,.com duas rosas nas faces, gente sadia, de dinheiro, que pôde olhar a natureza sem rancor, e acreditar em Deus... enquanto ali, as criancas são pálidas, e trazem nos olhos o brilho da inveja — náo teem bicicletas, nem bonecas, vivem descalças brinca n d o no meio da rua, abandonadas

e sem cari-

nho! as mulheres são displicentes,

rudes,

sem a ternura própria do seu sexo — é que os

ro... e êle que sempre desejou estudar, ser alguma coisa, não o conseguiu por falta de recursos. Quanta desigualdade! mas porque o mundo é assim? quanto paradoxo, quanta mentira... Porque Deus não desce à terra outra vez, e não corrige tudo que está torto, fora do lugar? Ah! se êle viesse!. . Deixaria rosas à sua passagem, e limparia todos os caminhos. Ressuscitaria a bondade no coração daqueles homens, lázaros atolados no lodo da inconsciência, e faria sorrir aquelas criancinhas de pés descalços... Dizem que a vida sem sofrimento não teria graça, mas os que sofrem não se "graça" da vida. Queconformam com a felizes. Felicidade... rem viver, mas ser existirá mesmo, ou será uma sugestão do sêr humano? Marieta o espera na porta. Porque? está nervosa..., — Sebastião caminha mais depressa e interroga, ancioso, a esposa: Que foi Marieta? Coragem, Sebastião... pobre me-

tantos, tantas as privações, que elas vão

nina..

perdendo a sentimentalida d e , substituin-

gústia. Marieta fez que sim com a cabeça. Sim .. de tarde... Coitadinha! — como sofreu!...

doa pelo indiferentismo forçado, e a rispidez... Pobres criaturas! Os homens uns desavergonhados, pensam

nas

obceni-

dades dos seus instintos — para eles tudo

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a sua própria condição de pobre? Entretanto o mundo está cheio de milionários, que não sabem o que fazer com o dinhei-

são

sofrimentos

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Morreu? — êle a olhou com an-

Entraram cabisbaixos e tristes na pequena sala desarrumada, e, por momento, permaneceram calados. Até que a voz de Marieta se ouviu, resignada, naquele silêncio de dôr: E' a vida, meu filho!.. V I—

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GUSTAVO ADOLFO E OS DUELOS: — Vendo o grande Gustavo Adolfo, rei da Suécia, aue os duelos se multiplicavam entre os oficiais do exército, resolveu destruir, se fosse possivel, o falso conceito de honra que ligavam a esse áto. Mas foi tempo perdido. Pouco depois de haver o rei publicado éditos rigorosos contra os duelos, dois dos seus melhores generais, após um desentendimento, desafiaram-se e pediram ao rei licença para apurar a razão pelas armas. Segundo a lei, Gustavo Adolfo concedeu a licença, mas declarou que desejava assistir a peleja. Dirigiu-se então ao lugar combinado, seguido de vários soldados e do carrasco. Logo que chegou, disse o rei aos desafiados: — Os senhores pelejarão até que um dos dois caia morto... E voltando-se para o carrasco: — E tu cortarás imediatamente a cabeça do que ficar vivo. Será preciso dizer que os dois adversários encontraram logo meios de fazer as pazes?... E nunca mais se ouviu falar de duelos no exército de Gus tavo Adolfo. Nem por sombra!... O "RECORD" NA ARTE DE ANUNCIAR: — Um periódico de Nova York inseriu o seguinte anuncio de um engenheiro comerciante: — "Tenho a honra de participar aos meus amigos e conhecidos, que a morte me arrebatou ontem a minha mulher, no momento preciso de me dar um filho, para o qual tenho necessidade de uma bôa ama, enquanto procuro uma nova companheira da minha vida, nova e formosa, que possua um capital de vinte mil dólares, para me audar a dirigir o meu acreditado estabelecimento de roupa branca, cujos saldos vou liquidar por qualquer preço, antes de me muuar para a casa que acabo de construir no numero 174 da 12A Avenida, na qual tenho ainda por alugar magnificos compartimentos, de 500 dólares para cima". Puxa! Dez anúncios numa só notícia! Não fosse esta "Made in U. S. A.!...

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CONFIANDO, DESCONFIANDO: — A tentação do roubo entre os eifurtam até dos próprios companheiros. ganos húngaros é tão grande, "mão que leve" demais. Quasi todos eles possuem Os músicos ambulantes teem um método interessante para impedir que o cigano que passa a bandeja depois de cada espetáculo, retire dinheiro da coleta antes de ser dividido entre os companheiros. Para isto êle é obrigado a levar uma mosca dentro da mão oposta à que segura a bandeja. A mosca deve ser devolvida viva ao chefe, depois da coleta do dinheiro. Dizem eles que cóm a adoção de tal método, nem mesmo o eigano mais ágil conseguirá abrir a mão para tirar dinheiro da bandeja sem que a mosca escape. Não deixa de ser interessante, não resta dYvida, mas não nos parece de todo infalivel. Mesmo que um tenha a mosca na mão, muitos deles hão de "comer mosca".

DOENTES IMAGINÁRIOS: — Existem pessoas cujas doenças são puramente imaginárias e que não se sentem felizes senão quando em tratamento, ingerindo drogas e mais drogas. E' uma doença! A propósito, conheci certo sujeito que nào tinha na boca nem um dente de seu; todos eram do dentista. Isto é: dentadura postiça. Pois bem; este indivíduo vivia a queixar-se eternamente de horriveis dores de dente! Mas, o caso melhor é o que vai agora: Certa vez chamaram um médico para tratar de uma senhora que alegava não poder levantar-se da cama. O médico procurou convencer a paciente por meio de argumentações, sem entretanto ser bem sucedido. Perdeu a paciência e, finalmente, disse: — Se a senhora não se levantar dentro de cinco minutos deitarme-ei em sua cama! Começou a tirar o paletó; a paciente não se movia. Tirou o colete, desatou a gravata, tirou os sapatos, mas quando fez menção de desatar o cinto da calça, ela saltou da cama como um relâmpago! Estava curada! O

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I AZ uma hora exatamente que o trem partiu. Na gare, os últimos bruxoleios do dia pouco influíam nas pessoas e nas cousas vistas ao clarão dos fóços elétricos. Minha sobrinha, que também é minha afilhada, estava versátil, risonha, metida num costume de camurça cereja, ao lado da bagagem de couros períumosos, com toda aparênci? de moça feliz.

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madrinfia CONSUELO

Despedimo-nos. Vejo-a ainda inclinar-se na janela dizendo gentilezas. Depois, seus cabelos de nanquim e seu rosto de expressões frivolas desaparecem de minha orbita. Deve estar agora, de olhos mergulhados na treva que a vidraça eslampa procurando ver alguma luz verde em seu quadro negro interior. Hé tristeza no rostinho moreno. São tênues sombras romantic.as que a saudade pincela de leve. Entre desconhecidos, pode depôr a arma branca do sorriso e desfazer o fogo fictício que põe no olhar destinado àqueles que sabem seu drama. Tem pronto um enxoval de sonho, feito de tecidos poéticos que criaturas da terra inventaram pensando no paraizo. O noivo é belo e apaixonado Dois mezes faltavam para o suspirado en— lace quando o moço médico, norte-americano de origem, comunicou à noiva seu recente êxito. Ganhára um prêmio de viagem aos Estados Unidos num concurso de associação médica de New-York com a conseqüente instalação de laboratório de pesquisas no Rio de Janeiro para dirigir. Enquanto discorria, transbordante de entutiasmo, os olhos côr de havana que adorava se agrandavam e por fim desviaram-se erradios pelo roseiral em torno. Apertando as mãos da prometida e contornando-lhe com a vista os lábios rubros e cheios, anunciou venturoso: Há um "happy end", pitanguinha tentaçãoPensamento distante, ela não o fitou. Atraiu-a mais e junto à concha setinosa da orelha disse o melhor do seu cântico de amor: Tenho comigo a licença necessária para nos casarmos em quarenta e oito horas. A jovem olhou-o como se despertasse de um pesadelo. Eu irei com voce? Claro que sim, "sweet-heart". Será viagem de estudos, de negócios e de nupcias prinV I — 1 9 4 3

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Médico, d» origem norte-americana, Regie não cipalmente. Não temos um minuto a perder; prepoderá sahir de lá agora. cisamos combinar tudo, imediatamente, com ieus A mãe dele é brasileira, objetei, e éle pais. conduz o trem para montar laboratório no Rio de Japrepara-se que Penetra o oeste paulista Foi com ésse intuito que se Inscreveu no neiro. reside onde algodoeira à cidade sobrinha minha concurso. com a familia. Homens, desfraldando vespertinos, Planos antigos desfazem-se como poeira como bandeiras heróicas, falarão em guerra. E imperativos da guerra. Nosso fu*'jro diante dos seu em retrair-se de há minha pequena querida não é? Pois o Brasil dené competente, sobrinho descubram de ingênuo medo um com que lugar lado dos Estados Uniao formará tro em pouco em seus traços que o assunto a afeta profunmundo. do no conflito dos damente. Estremeci. Avaliei a importância daquelat Rememorará. De fáto os acontecimentos pareconsiderações. Jantavamos. " ciam conspirar contra um noivado de início tão Meu marido lhe disse: auspicioso. Minha irmã jámais consentiria em Muito bem agiram seus pais preferindo mandar a filha pelos ares nestes dias de luto uniadiar seu casamento, porque sósinho nos Estaversai. Pedindo socorro ás minhas mais podedos Unidos Reginald terá todo o tempo para derosas reservas de otimismo bem depressa me encargo é sério lá, dicar-se aos estudos. Deixe que retemperei. de laboratório dirigir pesquimédico jovem para Escate, falei então. O romance neste ins sas e neste momento a sociedade que o premiou tante é sombrio, mas estou certa de que acabará vencem o experimenta, porque se em tése muitos Reginald tirou bem. con se todos nem passaporte por seis mezes; na concursos brilhantes, pratica antes de exgotar-se êsse prazo, numa tarde de firmam. Você foi inteligente concordando em escrepusculo pictorico, estaremos no Campo de perar que esses projetos se efetivem. Tem receCongonhas devassando o firmamento. Veremos bido cartas dêle? surgir um passaro prateado que nos parecerá Com toda regularidade, graça» a Deus. Seu coração está em Manhattan? pergungigantesco quando pousar; do longo corpo de metal várias pessoas sairão e, todo de claro, fo eu, animando a palestra. reprimindo num sorriso simpático o impeto de Mais além, madrinha. Regie seguiu para gargalhar triunfos o noivo de Diana nos acenará. a Canadá. Foi convidado para trabalhar num dos Viu-nos em grupo. Ao aproximar-se, porém, dismaiores hospitais do mundo, onde aportam fetingue apenas a noiva. Vê que está corretíssima, ridos de varias frentes. Não obstante a imensa candura de Diana que emagreceu pouco, e lembrando-se de chofre que ela perdeu a voz ao despedir-se dêle, não lhe foi possivel ocultar a chama do orgulho pensará: que iluminava a solidão de sua alma. Sofria, "É corajosa e sincera, esta meiga flôr do sim. Mas seu noivo era um homem superior. Entretanto em torno dela, os demais sentiSul". ram a gravidade da situação. E quando a vimos E minha querida, afirando-se-lhe aos braços, sair em companhia da prima que a levaria à cega de felicidade, há de refletir por certo, quf modista provar o vestido nupcial, meu marido o amor é a força magna da natureza e que ao seu expandiu-se: impulso desabrocharão corolas em toda parte do Sabe o que penso de tudo isso? O casa- globo, não obstante a fúria destruidôra de todas mento dessa menina está indefinidamente adiaas guerras. do, a não ser que os pais consintam que se caseSão leaes • fortes os belos cavalheiros do Norte. por procuração e parta sosinha para New-York. O MALHO 35


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DENTRO DA NOITE

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Toma — disse-me. — Bebe um pouco. Aquela generosidade era rara! A vóz de Bugs tremia de aflição. E com razão. Rúm era uma iguaria rara naquelas funduras áridas. Bebi um gole. Tornei-lhe a dar a garrafa. Um filete de inteligência brilhou no cérebro enevoado de Bugs. Quem te deu isso? — perguntou. O coronel. Então... quer dizer que hoje temos ação.. italianos ou alemães? Alemães. Bem. Estou um pouco tocado, mas em suficiente estado para cozinhar a bebedeira... Storm, eu vou contigo. Vou só. Por Deus! Queres zombar de mim?! Não quero zombar de ti nem de ninguem. São ordens. Qual ordem, qua) nada — berrou Bugs — eu vou contigo! Não. Até logo. Bebe o resto. O bom Bugs olhou-me aparvalhado. Aonde vais? Por ai a fora. Travou-me o braço. Em vão tentei convencê-lo. Percebi que só tinha um único recurso e apliquei-o. Vibrei-lhe com força um soco, bem na ponta do queixo. Êle caiu mansamente e ficou no chão como uma criança adormecida. Desculpe-me, Bugs, meu valente amigo. Adeus. Ainda fitei por alguns momentos aquele corpanzll truculento e, sem saber por que, enchi-me de sentimento. Encaminhei-me para uma rua regular de barracas, e, na de número 345, falei alto:

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rronto, meu coronel! Ao seu dispor! Empinel-me todo e estiquei a mão numa continência ridícula. Eu conhecia bem o coronel. Sabia o quanto apreciava um movimento duro, uma continência exagerada em sua duração. Porém, naquele momento, percebi que o coronel estava preocupado. O característico roçar da mão pela barba farta, as nervosas passadas pelo exíguo recinto da eram sintomas claros de que o coronelbarraca deseJava alguma coisa de mim. De fato, assim procedera quando me confiara uma missão ao oásis de Kab-ben-Krim então em dos italianos. Assim fora quando me poder enviara à praia de Assab afim de evitar um ligeiro desembarque das tropas germânicas. Datava dal a minha amizade com o coronel. Alguma coisa me prendia aquele ranzinza de barbas negras, independentemente dos presentes de rúm que periodicamente me ofertava. Intlmamente, deplorei a lembrança do coronel em retirar-me do "dolce faniente" daquela tarde téplda de verão. Pronto, meu coronel! — repeti com força. Êle parou bem em frente de mim. Tossiu duas vezes e levou 0 lenço à boca. Cabo Storm... tenho uma missão para o sr... não é obrigado a aceitá-la. Tenho exigido muito de si ultimamente. O sr. tem liberdade de escolha. Contudo quero uma resposta clara: ou sim ou não. Confesso que a oportunidade não me sedúzia em nada. Eu estava completamente no ar. Aventurei uma informação. Posso saber de que se trata? Só depois da resposta. Aceita? Dei com os olhos penetrantes do coronel fixos nos meus. Eu não podia desconcertar aquele bom e velho camarada. IafMalVtlmente respondi: Aceito.

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"Good", disse-me êle — "very good". Só poderia esperar isso do sr. Entregou-me um papel dobrptfo — Leia! Em poucos segundos fiquei ao par de tudo. Uma pequena força alemã desgarrada estava .ocasionando transtornos às nossas tropas. Assunto para um homem, dois no máximo. O seu reduto fora descoberto. Bem em cima de um penhasco, livre portanto dos nossos tanques. Tornara-se preciso ¦ extinguiIo. E o coronel achava que eu era o homem para isso. Quando parto, meu coronel? Imediatamente. Meus companheiros... Nenhum. O sr. -Irá só. Já sabe o que tem a fazer. Na barraca do sargento Milman encontrará o equipamento necessário. Que Deus o proteja. Estendeu-me a mão e indagou. Precisa de alguma coisa? Nada. Contudo quero lhe dar algo. Abriu a maleta de campanha e entregoume uma garrafa. Isso o ajudará em muito — disse. Obrigado, meu coronel! Até a volta! Bati novamente continência e retirei-me teso pela porta da barraca. Caia, Já, a noite, sobre o areial infinito. A lua, branca e tênue, prateava as dunas de areia alvísslma que se espojavam luxuriantes ao goso do céu. O ambiente era de calma, tão diversos daqueles terríveis dias anteriores, quando os "boches" nos bombardeavam de todos os lados E onde estavam eles agora? Tirei do bolso o meu cachimbo e apertei, nele, o fumo. Alguém me bateu às costas. "Hello, mister Storm"! Meu herói! Meu invencível general! Ebrlo, completamente tonto, Bugs, meu companheiro de escola, de farras e de guer-

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ras, teimava em agarrar-me pelas costas, repetindo sempre: Meu herói! .Meu invencível general! Deixa-me! — gritei-lhe — Dá o fora daqui! Empurrei-o sobre a areia. Êle caiu se lamentando. Aquilo me desagradou. Pelas tripas do demo! — murmurei — queres parar com essa choradeira? E como êle continuasse na mesma lengalenga. mostrei-lhe a garrafa que o coronel me presenteara. Que é isso? — perguntou com voz mole. Rúm. Meu amigo, meu querido e generoso ' amigo! Arrancou-me a garrafa das mãos. Quebrou o gargalo e emborcou-a pela boca a dentro. Escutei o glú-glú-glú do liquido escorrendo pela garganta de Bugs. Forte Bugs! Êle retirou a garrafa da boca para tomar folego, e virou para mim a cara gorda, avermelhada pelo sói.

ordens!

Cabo Storm, do 1.° R. C, aguardando

Entre! — respondeu uma vóz potente. Penetrei na barraca iluminada.

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O detestável Milman sacudiu a cabeça de cabelos ruivos ao me ver entrar na barraca. Esboçou um riso cínico, pigarreou três vezes seguidas e íoi direto ao assunto: Estou ao par de tudo. As suas coisas estão ali naquele canto. "As minhas coisas" eram apenas uma pequena mochila, que, por sinal, parecia bastan te cheia. Que tem dentro? — indaguei. Bombas. Pequenos docinhos de chocolate, às vezes bastantes perigosos. Espero que você não tenha uma indigestão. Não tenha susto. Parece-me que o trabalho é simples. Simplisslmo, menino. Basta chegar no lugar e arremeçar uma mimosa. Depois, é só esperar... A Mery nunca falha.

Apanhei a mochila e escutei a última advertência de Milman. — Cabo Storm, o sr. não é o primeiro a tentar essa empreza. Não é brinquedo de crianca, não. Moresby esticou esta manhã as canelas. Dos três que foram só Duddy voltou. E em que estado! "Good Luc, Storm!" "Good look". Que maravilhosa noite fazia então! O céu estrelado da Líbia unia-se à linha do horizonte, lá no infinito. Suave brisa, quente e envolvente, fazia-me lembrar as raparigas de Toledo em suas danças ardentes e sensuais. Tolèlo! Que gratas recordações me acudiram ao teu respeito! Contigo eu passara uma bôa parte da minha vida, até que, num dia negro, a guerra estourara. E quando to» mei o trem, rumo a Lisboa, não tive coragem de olhar para a minha doce Juanita. Seus belos olhos estavam marejados de lágrimas, tenho a certeza. E fiquei seguro de que amava a alguém. Debaixo dos Joelhos eu sentia a respiração firme e compassada do meu cavalo, um árdego corcel norte-africano. Com pulso firme, sustinha-o eréto, evitando que seus cascos penetrassem em demsaia na areia fofa. Já tínhamos andado bem umas três milhas. E eu reconhecia bem aquele local. Dois dias antes, feroz encontro ali se dera. Insuportavel cheiro de cadáveres em decomposição, tanques desmantelados e lncendidos, destroços de aviões, verdadeiro Inferno onde as forças em guerra se tinham encontrado. E quem vencera? Parece que nós. Tudo fazia crer que o recuo alemão era definitivo. Eó restava aquele quisto, perdido no deserto. Meus olhos. Já acostumados à sombra, divisavam ao longe a sombria pedreira Uma rápida luz brilhou por um Instante. Não; eu não tinha mais dúvida. Aquilo era o covil dos "boches". Desmontei e, com uma rápida palmada na anca do cavalo, espantei-o para longe. Fixei a mochila às costas e, aproveitando o declive sombrio duna, caminhei de uma avante. Eu ia completamente frio, como si estivesse caminhando nos campos cuidados de York, minha terra natal. Meus pés já me tinham levado ao sopé do Penhasco. Estreito caminho, na rocha rude, serpenteava pela encosta acima. Alguma coisa me prende e me enlaça, ferindome as mãos. Arame farpado! Tic-tac do meu alicate de campanha e eis o caminho livre. Silêncio. Silêncio absoluto. O relincho desesperado de um cavalo me excita, roubando-me a calma que me era tão necessária. Escuto vozes indistintas, correrlas súbitas. Uma vóz gutural indaga da escuridão: "Wer kommt da?" (Quem vem lá?). Espremo-me ao solo. Minhas mãos nervosas tateiam as fivelas da mochila. Custo a abri-las. Mas quando sinto na mão a superficle redonda da granada, socego e me acalmo. Escuto novamente o mesmo grito: "Wer kommt da"?. Depois, silêncio. Sim, momentâneamente passara o perigo. Porém eu me sentia tão só, que o meu primeiro pensamento foi o de abandonar tudo. Amaldiçoei o velho coronel, a guerra e a todos que conhecia. Mas, tornava-se necessário acabar de vez com aquela melodia. Consolei-me, prometendo a mim mesmo, nunca mais aceitar empreitadas iguais. Com extremo cuidado levanto-me e ando. E, nas trevas, galgo, passo a passo, a encosta emplnada. Caminho numa tensão nervosa até então desconhecida por mim: Colado à pedra não posso ver o que me espera. Dou

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um, dois, três passos e meus olhos são feridos por uma tênue claridade. Em cima o céu. No cimo da pedreira Inclinada para o areial, quatro homens dormem envoltos em cobertores. Outro, de costas para mim, prescruta a escuridão diante de uma metralhadora armada. Do lugar onde estou percebo um fio de luar brilhando em seu capacete escuro. Meu Deus, que foi isto!?... Balas espoucam em minha direção. Escuto uma barulheira infernal de vozes e o engatilhar de armas apressadas... Alguém dera comigo. Sim! E em que posição desvantajosa eu me encontrava! Só tive tempo de me meter numa reentrancia providencial do paredão rochoso. Nova chusma de balas repinlcam na pedra seca. Contra a luz percebo o vulto negro de uma figura à cavaleiro, sobre uma pedra chata, bem por cima de mim. Desterro uma bomba e lanço-a por cima da minha cabeça. Escuto o pavoroso deflagar da nada, urros e pragas... Cos Diabos' grao meu objetivo fora atingido. Senti-me pleno de coragem. Rastejando, chego até à clareira debaixo de uma fusilarla terrível. Percebo o pânico reinante e, com um prazer satânico, começo a lançar a minha carga mortífera. Uma duas, três explosões. Destroços de pedra, areia, ferro e corpos despedaçados arremeçados com fúria pelo espaço. Fumaça negra cobre o cimo da pedreira. Uma vós enfraqueclda chama contlnuadamente: "Kamerade! Kamerade!". Ainda espero alguns momentos. Depois me atrevo a espiar o resultado do meu trabalho. Um cheiro acre entra-me pelas narina,? A luz da lua percebo o quadro constrangedor da guerra. Ruínas, ruinas humanas e ruinas naturais. Alguém vive debaixo daqueles destroços. Ao ruido dos meus atento novo parece Invadir aquele passos um corpo mu"Kamerade! ÍKamerade!". Com as duas pernas mutiladas e um ferhnento terrível na cabeça, aquê lo<uro e imberbe não poderia viver e rapagt muito Ao me ver debruçado sôbr£ seus 0l™l£J£ pavam o horror que eu lhe causava. A vóz morreu-lhe na garganta: "Kamera"... E expirou. De seu bolso rasgado, a carteira tombara Um fino postal dançou à aragem e rolou aos meus pés. Olhei-o Êle estampava a fisionomia tranqüila de um rosto esguio. bastante feminino. No verso havia a seguinte inseriçao: "meinem lieben Hans von deiner Greatchen" (Ao meu querido Hanz, da Greatchen). Confesso que naquele momento horrorizei-me da guerra e senti-me um réprobo Maldita calamidade que embrutece os homens tornando-os assassinos gratuitos! Quando pássaras, fúria danosa? Pobre Hanz, nunca mais contemplaiás a tua Greatchen! Sim, Greatchen. O teu Hanz não voltará jamais! Êle é mais uma vítima da loucura insensata de teu Füehrer. Tu viveste e moraste em seu pensamento. Não terás a santa alegria de vê-lo voltar vltorioso, e cheio de carinho te relatar a esperança que o teu retrato lhe trazia. .Dorme em paz, Hanz. Que Deus proteja a tua alma. Coloquei o retrato junto aos despojos mortais do meu inimigo c pareceu-me que já o conhecia ha anos. Lamentei a sua sorte e llmltei-me. após, a sacudir a poeira que me cobria os ombros.

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vocábulo burraria não entra aqui assim como força de expressão, mas como realidade, e bem gramaticalmente, como assinalador de uma porção de burricos, com os quatro pés deles, e mais os pares de orelhões, também deles, já se sabe. Esses burricos que existem por toda a parte, e que teem representantes referidos em escrituras religiosas, como sôe acontecer na própria Biblia, são autores de um episódio que tem direitos a ingressar nos acontecimentos brasileiros. O burro, embora preste realíssimos serviços ã agricultura e houvesse também prestado enorme auxilio à velha tração, mesmo urbana, não teem a scrte do cavalo, certamente por sêr menos elegante, e por não têr velocidade espantosa nas carreiras, velocidade aliás que é muito aleatória, pois não demora muito, recaindo novamente no trotezinho ronceiro, onde afinal o burrico domina, pois a resistência deste é muitíssimo maior, muito em bora sem o espavento da arrancada inicial, tipo

FLAGRANTES BRASILEIROS

NO HORÁRIO DA BURRARIA carreira relâmpago, que ccmo outros tantos relâmpagos, impressionam, mas não resolvem. Não resolve, é certo, no trabalho pesado, neste que o carioca denomina batente, porquanto no prado a cousa é diferente, servindo o autor da corrida de referencia para todo um tumulto de jogatina, parcnta próxima da que se faz e se realisa nos casinos. Mas nào vamos aqui advogar a causa desse velho injustiçado, o burro, agindo qual bacharel recensaído da escola e ansioso por uma causinha que faça muita zoada, para que a turma da cidade saiba que a meio da doutorada existe mais um, que bem pôde ser o tal.

JACY REGO BARROS Na velha máquina açucareira, pre-usiniana, o burrn, ou melhor a burraria, alinha-se entre os elementos de tcansporte do Engenho, formando ao lado dos carros de bois, sobre os quais levava a vantagem de transito mais fácil, por veredas estreitas. E' sobre tudo no corte das canas que esta vantagem se manifesta, pois às vezes o carro de boi não pôde entrar facilmente em certas zonas do canavial, o que se não dá com os burros. Ao dôrso do animalêjo é posta uma armação de varas que pendem à direita e à esquerda em forma de dois pares de grandes vês, ligados uns aos outros pelos vértices e pelos extremos, com pondo assim uma dupla grade à direita e à esquerda, onde a cana é arrumada. Chama-se cambito esta armação de transporte burriano, e cambiteiro o responsável pelo burrico e pela carga. Assinalando a diferença da responsabilidade entre os dois meios de transporte, o carro de boi e o cambiío, estava a idade dos dois funcionários do engenho: o carreiro era sempre um homem de certa idade, e o cambiteiro era um rapazola. Em paises adiantados como o Brasil em quêstoes trabalhistas, já se não precisa mais dizer das origens das várias questões e conseqüentes conquistas trabalhistas, pois até os meninos de escolas primárias da prefeitura já o sabem; c;mo porém ainda existem por aí alguns velhótes como eu, pouco lidos em questões especializadas de trabalho, nio será demais de dizer, para ilustração do caso da burraria, que o problema das oito horas é cousa recentissima, tendo sido conquista do último quartel do século passado, ocupando-se dele um congresso na Bélgica. Ora, a esse tempo já a indústria açucareira do Brasil tinha alcançado o seu apogeu e tinha atingido as profundezas do abismo da derrocada, que, quasi sem deixar nada, lhe havia forçado a aventura espasmódica dá mineração; assim localizarmos o caso do horário da burraria; quais no ano do congresso da Bélgica, não deixa de sêr interessante, e curioso duplamente, já porque os engenhos atravessavam crises, já por que o trabalho agricula ainda pousava na escravatura. Um lote de burros do Engenho X, do Nordeste Brasileiro, fazia oito viagens de transporte de cana por dia, quatro na parte da manhã e quatro na parte da tarde. Acontece porém, que um dia houve necessidade de acrescenrar-se uma viagem à tarde para descongestionamento de cana cortada, sendo a essa altura que a burraria se pronunciou em protesto. Quem disse que um só dos burros aderiu à viagem suplementar? Não houve sova capaz de os fazerem arredar do canto; pomos aqui o verbo no plural, sem concordar com um burro só, porque nem um do grupo arredou pé. Vendo a inoquidade da sova, ou taréia, para compreensão de qualquer pacato português que nos leia, o Coronel determinou zangadíssimo que soltassem os burros. Depois pensando na Casa Grande concluiu, sovei os burros, machuquei-os e amanhã será nova luta para a atrelagem deles. Nova surpresa; no dia seguinte à hora aprasacia, lá estava a burraria garrida, esperando cambitos e cambiteiros, e sem que ninguém a fôsse buscar no cercado. A questão nào era rebeldia, sistemática mas um protesto de adesão, ao congresso da Bélgica, ou em outros termos uma adesão is oito horas. Um cavalo, embora mossoronamente notável, e tendo dado fortunas a brasileiros ou portugueses vindos em missão de propaganda, nio faz isso, e lá se vai êle, nio correndo aos moldes de prado, mas trotando até cair de cançado. O burro vai além: se ao longo do caminho vê desvios esquesltos. nio põe o pé e se o insistirmos êle nos joga a baixo, mas não vai; o cavalo ai também é diferente, e atira-se mesmo, embora morra todo o mundo. Ora com franqueza, dizermos que o burro é burro, até t sinal de burrice

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atravessando uma época em que temos de estudar ESTAMOS as caras, no esforço de distinestrangeiro do nacional, mas o guir nem sempre essa distinção resulta fácil, devido à salada internacional que se estabeleceu, desde que o Brasil se tornou a terra prometida, para onde aflúem todos os que querem topar com uma fortuna. Se formos contar com a classe dos que aqui chegam para ganhar seu sustento cairemos logo no engano, pois há muitos que já teem seu pé de meia e veem, não para explorar a terra, mas fazer isso com a gente, ou armar "encrencas" em proveito do país onde nasceram. Gente que, na própria terra, não tinha onde dar com os ossos, ou pela aridez do sólo, bastante explorado, ou por ter conhecimento de que em outro país seria mais fácil ganhar a vida, sem suar muito, arruma seus cacarécos, arranja por um meio qualquer os caraminguás para a passagem, e vem ao Brasil, trazendo até o colchão porque alguma peste lhe contou que aqui se dorme no chão. Há muitos que, não tendo o necessário para trazer mulher e filhos, ou de proposito, veem sósinhos, com mil promessas de mandá-los vir, assim que arranjem o cobre, mas logo esquecem os seus lá na terra e não é de estranhar que organisem nova família. Há outra distinção a fazer, e esta é fácil. Pessôas, mesmo incultas, ao chegar tratam logo de aprender o idioma, ambientam-se, adquirem os costumes da terra, adquirem propriedades e, com o tempo, da nacionalidade primitiva só fica o nome, esquecendo até sua lingua de origem. Outros há, porém, que ficam anos no Brasil, não falam o nosso idioma, só tratam com seus patrícios, não trazem nenhum beneficio material nem moral à terra que lhes dá o que comçr, como ainda debicam os nossos lhes poderiam ter dado *acostumes, que educação que lhes faltava. Enfim, não se misturam, e nós podemos apontá-los a dedo. Em regra geral, quem aqui chega trata, antes de tudo, de procurar seus V I — 1 9 4 3

patrícios ou parentes já residentes há algum tempo, pelos quais são ajudados ou industriados, quando não expiorados (quem explora alguém não olha a quem). Como o Brasil é tão grande que, se a população inteira do mundo aqui viesse não chegaria a povoar o litoral (quanto mais o interior) os imigrantes chegam e se espalham, desaparecem na imensidão como agulhas em palheiro. Esses imigrantes pódem dizer que espaço vital é um aperto que não existe no Brasil. Já tendo viajado muito, aconteceume escutar conversas de imigrantes, à sua chegada no nosso país. Conheci um que, com o saco de cacarécos, roupa suja, no feitio dos trajes da terra natal, ao pôr o pé em terra firme, foi abordado por patricios: — Eh, compadre, que vieste fazer aqui? Pensas encontrar dinheiro no chão? Tira isso da cabeça. Aqui o negocio é duro. Ainda não pude man-

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vir

minha

mulher.

Engraxate

^uem assim íaiava, puucuiva caiai certos de que mandou a mulher às ortigas e ferrou-se com alguma mulata que lhe tirou todo o gosto de macarrão ou o está explorando de rijo. Não só isso como, psicológicamente falando, quem aqui já se arranjou de qualquer geito não quer ninguém a seu lado para extender o negocio ou fazer-lhe concorrência na mesma profissão. Trata de desanimá-lo. Chegou o imigrante, escolheu seu trabalho, mas como o Brasil não é aquela terra virgem de outros tempos, encontrou dificuldades ou se meteu nalguma asneira que lhe quebrou os ovos no saco. Não pensará que a culpa é dêle próprio, mas da terra que o acolheu e daí cobras e lagartos, uma conspiração, um surto de ingratidão que vai se avolumando sob a indulgência do brasifejro tolerante. Esquece que até então não morreu de fome, que não tratou de falar o nosso idioma ao ponto de se fazer compreender, que só lidou com seus patrícios, os quais lhe impediram de ganhar, que persistiu em ser estrangeiro sem proveito nenhum, que não constituiu família e, que, se brasileiro fosse vingativo, quando esse imigrante morresse, não o enterraria no Brasil para não estragar sua terra com um adubo nocivo à agricultura, mas o mandaria adubar a terra onde nasceu. Aí, sim, que seria poupado o espaço... mortal. Há 50 anos, mais ou menos, o imigrante chegava sem um vintém, apenas com sua roupa de corpo já gasta, passava três dias almoçando um pão e uma sardinha, mas dentro de uma semana já possuía mais do que um mês de economia na sua terra e em poucos anos estava rico. Hoje as coisas são difíceis, o trabalho não se encontra na esquina, e esse pessoal, que já vem sofrendo de preguicite, anda a se queixar não de si próprio, mas da terra, que não lhe nega o que êle lhe está negando a ela, um pouco mais de gratidão e de compreensão, esquecendo-s» que é preciso plantar para que possa colher. MAX YANTOK

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O

MALHO


RENOVAÇÃO

DE

VIANA

BELARMINO

"Eu trabalho, porém não o faço por meu interesse, portanto não projeto sombra no caminho de outrem". KRISHNAMURT1 mundo está sofrendo a maior contusão O que a história regista. Apenas poucos paises não entraram no conflito diretamente, positivamente; nem por isso estão fora das perturbações que converteram as sociedades humanas e as nações em quartéis generais de operações diplomáticas inerentes a maior guerra da história. 0 homem culto, (o homem civilisado) representante da humanidade do século XX, está no mais compungente embaraço para resolver os problemas criados e orientados por sua própria mentalidade. Está embaraçado e confundido, sem encontrar uma maneira salvadora, ou pelo menos capaz de evitar o inútil derrame de sangue. Está v.endo rolar no despenhadeiro da sua imprevidência, as sociedades que êle mesmo organizou. Os seus irmãos, menores na cultura, menos prevenidos de posses, vão sendo devorados pelo insaciavel dragão da guerra. Ao mesmo tempo, das camadas superiores da cultura não sai uma orientação para libertar a humanidade desse transe angustiante, que se repete pela vontade dos que estão armados, ao que parece, para eternizar o êrro e jámais para construir o bem. Não aparece uma voz bastante poderosa entre os homens da sociedade, uma voz capaz de estancar por meio do entendimento, a sangria voluntária que jorra desta humanidade ainda infeliz. Infeliz, por ser dirigida por uma mentalidade que não se utiliza do disceínimento diante do esforço humano, da sociedade e da família. E' no espírito da família, tal como se encontra instruída e formada, que se cultiva o hábito da possessividade aparentemente suave e natural, mas onde se verifica absoluta ausência de entendimento e disoernimento. E' na família que o homem começa a sua cultura do egoismo, apoiado irrestritamente ao fazer fortuna, embora por meios ausentes do discernimento. O

MALHO

Partindo da família até a coletividade, nesta civilização aquisitiva, são os indivíduos mais injustos, quase sempre, os que conseguem a posição escolhida para a segurança individual. Tudo isso é produto, é expressão da mentalidade explorativa que se orienta dentro dos opostos. Não podem, portanto, os homens civilizados. cultos, "superiores", obter outro resultado diferente desta imensa perturbação que envolve o mundo e todas as suas raças. Isto significa ausência de entendimento do presente. Não obstante a larga desarticulação das sociedades humanas produzida pela mentalidade atual, o homem culto, ainda persiste em manter-se à tona das dificuldades firmandose na mesma mentalidade. Ainda tenta isolarse à margem dos acontecimentos, como se a sua própria individualidade nãp fizesse parte das unidades comprometidas nas causas dessa tormenta enorme, que faz sofrer toda a- humanidade. Trabalham, indiferentemente, erradamente, como se se tratasse apenas de um incidente sem importância. Não querem compreender que os velhos modos de pensar, os sistemas filosóficos e sociais de que se servem estão no fim de suas existências. Isto é tão certo como terem fim os dias; como chegar ao término a gestação de qualquer ser; como chegar o dia do nascer e do morrer. Não é fatalidade vingadora. E' a conseqüência da lei da vida que o homem civilizado, que pensa, devia compreender. Por isto, devia parar nesta hora angustiosa para a humanidade, a ação de sua mentalidade sem inteligência. Parar, para compreender a desgraça que se abateu sobre os homens inocentes. Parar para compreender que esta é a grande época em que deporão os vivos e os mortos. Os vivos são os que usam o entendimento, os que usam a conciência desperta na realidade, os que trabalham para os outros, os que se utilizam do entendimento para o bem de todos, para a verdade. Os mortos são os exploradores, os competidores, os astutos, os comodistas, os delapidadores de todos os matizes. São os que fingem afeto e proteção para melhor se locupletarem nas vitórias individualistas. 40

Os sete pecados mortais, que nos ensinaram a guardar no subconciente, são de pouca importância diante dos mil pecados do homem culto, e que da cultura não se utiliza para ajudar o inculto, e muito ao contrário, leva o inculto e o ignorante ao cárcere, sem lhe despertar o entendimento. Esta mentalidade, que se esforça por permanecer, está em decomposição, é lepra camouflada de bondade, de respeito e de justiça. O homem civilizado perdeu virtualmente o caminho que aspirava. Caminho que não encontraTá até que se decida a afastar de si próprio essa parte mórbida de hábitos causadores da dor que envolve a sociedade humana. Deve êle voltar-se para dentro de si próprio e fazer o sacrifício voluntário de esmagar o "eu" feroz, que envolveu sua razão, sem lhe permitir que se manifeste na sua divina pureza. E' consigo próprio que o homem .culto e civilizado deve lutar para vencer, e, se não o fizer, as próprias labaredas que lançou sobre o mundo, o devorarão da mesma maneira, como êle homem que pensa, devorou as energias do seu semelhante. Um só homem, cuja metalidade já esteja liberta desse "eu", fará mil vezes mais bem ao mundo que um milhão de outros que não tenham o entendimento da sua própria mentalidade, da sua natureza. Chegou o tempo em que o homem precisa trabalhar pela causa da humanidade, pela causa do seu semelhante. Chegou o tempo em que as palavras cedem lugar às evidências e o homem buscará firmar-se na verdade que se encontra na sua própria vida, na sua conciência. Tòda ação do homem tem uma causa principal a orientá-lo. Essa causa não deve ser o seu passado, nem é o seu futuro, pois ambos, passado e futuro, tratados como causas, resultam inúteis. A causa principal da ação do homem deve ser o seu estado presente. No estado presente precisa êle orientar-se e entender o processo de sua vida. Precisa entender a si próprio e a função que lhe compete nas relações mútuas. Quando o homem se orienta com entendimentos e ação criatiVa nas suas relações mútuas, jámais deixa de cooperar com o seu semelhante, com o mundo. Fazer o homem entender a si próprio é a revelação contida nos ensinamentos de KrishnamurtL Êles fazem com que entendamos as causas de sermos maus para com os nossos semelhantes. Krishnamurti é o símbolo da nova ordem espiritual no mundo. Seus ensinamentos significam Renovação de Mentalidade. V I — 1 9 4 3


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Soldados ingleses, americanos e escoceses confraternisam.

dos soldados norteÁvida americanos que se encontram na Inglaterra é constituída de intensos preparativos. E' preciso derrotar o Eixo, esmagando-o na Europa como foi esmagado na África. Em Londres, os guerreiros de Tio Sam adextram-se para do país o assalto final e no interior as manobras se repetem, com todas as características da realida-

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da África do Norte. As jovens do Centro de Diversões da Cruz Vermelha, como os diretores de campo, são elementos de ligação entre os combatentes hospitalisados e suas famílias, assistindo-os em tudo, desde a feitura das cartas dos

os pilotos, que teem levado a guerra aérea ao coração do Eixo, preparam-se ou repousam das investidas sobre Berlim ou os paises ocupados. impossibilitado

de

escrever.

Noutros

setores,

E' de trabalho e de luta a vida dos soldados americanos na Inglaterra,

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Um combatente da Tunísia confortado pela representante da Cruz Vermelha c por um capelão do Exército.

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A OS diretores das Im'"' prensas Oficiais dos reunidos e m Estados, conferência" nesta capital, o Tte.-Cel. Antônio José Coelho dos Reis prestou cordial homenagem, oferecendo, na Associação Brasileira de Imprensa, um almoço íntimo. Coincidiu a realização dessa festa de confraternização com a passagem "Dia da Imprensa", o do ' que concorreu mais ainda pera o brilho das comemorações que tiveram lugar nesta capital, pro"Casa movidas pela do Jornalista". Vemos, nesta página, dois aspectos do almoço na A.B.I., um dos quais é o flagrante de quando falava o Tte.-Cel. Coelho dos Reis, saudando os homenageados.

0 ALMOÇO DO D.I.P. AOS DIRETORES DE IMPRENSAS OFICIAIS ~~

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7 AjP^ n r^« rfhudica O BAILADO sempre foi um espetáculo querido do nosso público. Isso vem de longa data. Dos tempos em que não haviam sido criados ainda os bailados russos. A platéia, então, contentava-se com as operas antigas, chamadas operas-bailes, porque havia sempre no libreto, um pretexto para um bailado. Depois, o bailado russo venceu no mundo inteiro, como um espetaculo empolgante para todos os ouvidos e olhos das platéias. Nós aqui apreciamos artistas universalmente famosos, em várias modalidades da dansa, e podemos neste momento recordar Isadora Duncan — a clássica — Pavlowa, Nijinski, entre outros. No momento, o nosso Municipal está oferecendo a sua temporada de bailados, baide com o seu corpo permanente les, presentemente dirigido pelo sr. Vaslav yeltchek. E vai tudo correndo muito bem, porque o conjunto foi educado com disciplina e amor à sua arte e porque possue elementos de valor: Madeleine Rosay. Marilia Franco, Marila Gremo. Luiza Carbonel, Leda Iuqui, Eros Volusia, Gertrudes Wnlff. Iucó Lindberg e Alexandre Iolas. O bailado brasileiro está representado com "Leilão", de Francisco Mignone. "A dansa inacabada", de Sousa Lima, "Festa na " Uirapuru", roça", de Tose de Siaueira. "Amaia", de Lorenzo de Vila-Lobos, e Fernandes. O genero, como se vê, começa a interessar aos nossos autores. O NOME de Nicia Silva voltou ao cartaz. Desta vez, não é a cantora, nem a professora, nem a animadora de espetáculos de arte. Voltou como diretora de um curso de interpretação lírica, destinado a preparar cantores para representar operas, operetas e outras manifestações de arte teatral. O curso foi criado pelo Conservatório de Música do Distrito Federal e despertou franco interesse.

GRUPO ESCOLHIDO o que a professora Marion Matthaeus apresentou, dias atrás, em uma audição pública: Elena Arkind, Hildegarde Haberer, Maria de Lourdes do Rego Monteiro, Maria Teresa Montciro de Barros Cresta e Alice Hering. Todas elas estão, sob orientação inteligente, cultivando a voz e o talento artístico. AGRADOU o concerto do cantor Salvador Paulo, realizado na Escola Nacional de Música. O artista teve a colaboração de Tina Abelardi e Ernesto de Marco e o programa incluía Carlos Gomes, Alberto Costa, Tosti, Puccini, Leoncavallo, Giordano, Verdi, Mozart, De Crewscenzo, Donizetti e Benedict. A BÔA MÚSICA tem um quinhão insignificante nas irradiações das estações de rádio. O público só dispõe dos programas da Rádio Jornal do Brasil, sempre obedientes a uma orientação artística elevada, c ás Ondas Musicais, que teem sabido prender a atenção do seu vasto público, com gravações de escol e com a colaboração dos maiores nomes que aqui vivem ou que por aqui se acham de passagem. Agora, é a Rádio Cruzeiro do Sul que proporciona aos seus ouvintes um pouco de música bôa. confiada a dois artistas de mérito: Arnaldo Rebello. pianista, e Comba Marques Porto, cantora.

T^iniuía A SENHORA SINHA d'AMORA inaugurou a sua primeira exposição de pintura, no Palace Hotel. O nome da artista já é conhecido. Várias vezes tem ela contribuido com seus trabalhos para exposições coletivas que aqui se realizam. Inteligente, temperamento romântico, trabalhando com raro entusiasmo pela sua arte, Sinhá dAmora tem predicados que a recomendam. Com o seu amor o seu espírito de observação, ao estudo e o seu anseio de perfeição, sua evolução vem sendo rápida e segura. Todas as suas possibilidades puderam ser apreciadas em vários trabalhos, especialmente

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dc Sinhá D'Amora, no Palace Hotel — 45 —

Vaslav Veltchek "Portão", sem na "Cena de favela" e no dúvida das melhores telas apresentadas. ESTA ABERTA a exposição Lasar Segall, pintor dos chamados modernistas, que são criaturas impunes, que fazem do certo o errado, da luz o escuro, do movimento a paralizia, transformando em monstros c abortos todas as coisas belas da natureza. Trata-se, pois, de uma mostra de monstruosidades, que, embora nada ensine, foi "com caráter especialmente didático" feita — no dizer do programa. E nós não entramos em maiores detalhes porque não chegamos ainda a alcançar a transcendência de semelhante arte. FRANCK SCHAEFFER é. dentre os nossos pintores novos, um dos que mais prometem. De ano para ano, os seus predicados pessoais evoluem rapidamente, de modo a confirmar o crédito de que já gosa entre os seus "colegas de arte. Desenhando bem. procurando penetrar o segredo da combinação das cores, enfrenta Franck Schaeffer os assuntos e resolve-os com facilidade, ainda que empregando, por vezes, recursos audaciosos de técnica. Temperamento inquieto, o artista procura o belo por toda parte. E como é um apaixonado infatigavel, vai produzindo e evoluindo rapidamente. Sua exposição recente do Palace Hotel mostrava, além dí tudo isso, a preocupação do artista em escolher cortes capazes de agradar a toda gente — o que aliás, consegue facilmente REMODELACOMPLETAMENTE DA, a antiga Galeria Santo Antônio é hoje, mais do que nunca, um ponto de atração dos colecionadores de quadros. Nas suas encontram-se, com freqüência, paredes, desde os nomes mais representativos da nossa pintura, aqueles que o tempo já consagrou definitivamente, até aos que apenas começam a aparecer. A nova direção da Galeria realizou o desejo do seu fundador, o velho e saudosa Couto Valle, que era de torná-la à altura do nosso desenvolvimento artístico, ampliando-a na seção de molduras e valorizando-a na de quadros. O

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O CONGRESSO EUCARISTICO DE PETROPOLIS CrOI, sem dúvida, um pujante espetáculo de fé, o ' Congresso Eucarístico de Petrópolis, que atraiu para a pitoresca cidade fluminense milhares de fiéis. Os aspectos que aqui divulgamos mostram fiagrantes dessa belíssima festa em que mais uma vez se evidenciou o acendrado espírito religioso da nossa gente. Numa das fotografias se vê o Bispo Diocesano quando pronunciava uma oração sacra e em outra aparece o interventor Amaral Peixoto entre os fiéis.

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0 General Firmo Freire homenageado em São Paulo ..^.^««i :flHHfllfll

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o ensejo que lhe proporcionou a recente viagem do general APROVEITANDO Firmo Freire à capital bandeirante, a sociedade paulista prestou ao ilustre chefe do Gabinete Militar da Presidência da República expressiva homenagem, que teve lugar no salão de banquetes do Automóvel Club. Num ambiente da* mais franca cordialidade, usou dà palavra o industrial Paulo de Assimção, que saudou a brilhante figura do nosso Exército, exaltando as suas virtudes cívicas, dotes intelectuais e morais, oferecendo-lhe, em nome dos presentes a homenagem que lhe era prestada como um preito de admiração e de respeito. Em palavras repassadas de emoção, mas reveladoras da sua alta cultura e da mais viva compreensão dos fenômenos do mundo moderno e da sua relação com o momento nacional, o general Firmo Freire agradeceu o fidalgo gesto dos promotores da homenagem, produzindo belíssima página cívica do mais puro lavor literário que teve a mais ampla divulgação e repercussão em todo o país. Usou, ainda, da palavra, o Interventor Fernando Costa, que levantou o brinde de honra ao Presidente Getulio Vargas. Nesta mesma página reproduzimos dois fiagrantes tomados quando falavam o Chefe do Gabinete Militar do Presidente da República e o dr. Paulo de Assun<*ão. O

MALHO


CONFERÊNCIAS 1) O escritor Josué Montello quando, a convite do Departamento Administrativo do Serviço Público, pronunciava, no salão do Serviço de Divulgação da Prefeitura, uma palestra sobre as Bibliotecas Públicas dos EE. UU. 2) ' Aspecto da assistência, com a presença do Dr. Luis Simões Lopes, Presidente do D. A. S. P.

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Pery R. Ribas, cuja atuação na nosso, imprensa se tem feito através da mais completa especialização em assuntos de cinema, fará anos a 26 do corrente. O nosso apreciado companheiro, veterano que é no que diz respeito à cinematogralia nacional e estranjcira, vem há mais de dez anos emprestando sua colabora"CINEARTE" e a "O MALHO". ção à

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NA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CULTURA INGLESA — Flagrante feito no Itamarati, quando o Dr. Osvaldo Aranha, Ministro das Relações Exteriores, entregava ao Sr. Ralph Olsburgh — Vice - Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa as insígnias de Cavaleiro da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. -HK^tt^ftCT

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O NOVO PRESIDENTE DO BANCO ALIANÇA

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Aspecto da posse do Dr. Deodedo Dantas Duarte no elevado cargo de Presidente do Banco Aliança do Rio de Janeiro, quando era saudado pelo Diretor - Gerente, Sr. Antônio Cupertino de Miranda. Vê-se o novo Presidente cercado de amigos, colegas e funcionários do Banco Aliança. O

MALHO

48 —

V I

19

4 3


¦Br áJ Victor - Hugo na época do aparecimento do livro

O CENTENÁRIO

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Adèle Foucher, esposa de Victor - Hugo

Sainte - Beuve, o autor do "Livre d'Amour"

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1933, foi doado à Biblioteca Nacional da República ArEMgentina um livro raro, que fazia parte da coleção do Sr. Pedro Denegri. Era o "Livre d'Amour". Apareceu em Paris, em 1843. O O nome do autor não figurava na capa. diretor daquela Biblioteca, Dr. Gustavo Zuviría, muito versado em literatura francesa, conseguiu, após um árduo labor de investigação, descobrir quem era o escritor anônimo. O AUTOR DO "LIVRE D'AMOUR"

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deu ordem a seu editor para que remetesse a seu domicilio todos os exemplares que ainda existissem do "Livre d'Amour". SalvaDe posse deles, o ferino crítico deitou-os ao fogo. ram-se das chamas uns cinco ou seis. Estes foram encadernados e anexados a outras obras, como a dissimular o conteúdo do livro, de maneira a que o leitor desprevenido sómente o encontrasse por acaso ... O exemplar que mereceu a honra de ser encadernado em "chagrin", com orlas de ouro e nervuras salientes é o que foi doado à Biblioteca da República Argentina. Pertenceu à linda Condessa de Arbouville e foralhe oferecido pelo próprio autor, que ficara seduzido por sua formosura.

35 Sainte - Beuve, o suposto amante de Adèle Foucher. Fora, durante largo tempo, amigo íntimo de Victor - Hugo. Rompera suas relações com êle por inveja, causada pela série de triunfos obtidos pelo autor de "Hernani". A partir de 1843, ano em que se representou aquela peça imortal, e que constituiu o maior dos sucessos da época, começaram as catilinárias contra Victor - Hugo, "o homem que — no dizer de Gerardo Mendizaval, escritor platino — soube escrever com grandiloqüência, se agigantou no desterro e legou à Humanidade páginas de um vigor extraordinário, de onde se irradiam os lampejos coléricos de um espirito livre, que adora a paz, a harmonia e a piedade". Sainte Beuve desceu ao ultraje mais torpe para ferir o seu adversário. Victor - Hugo desdenhou responder a esses ataques.

OS VERSOS INFAMANTES A poesia XVI, dedicada à pequena Ad .., é a em que Sainte - Beuve insinuou, com requinte de deshumanidade, o veneno de seu despeito injustificável. Traduzimos para nossos leitores alguns dos alexandrinos que compõem a poesia citada. Eles, a nosso vêr, devem ter amargurado imenso o coração boníssimo do burilador da "Arte de ser Avô". Criança divinal que sua mãe m'envia, A caçula do lar que enchi de nostalgia.

O QUE É O "LIVRE D'AMOUR" Comoves-me, criança ; por nós hás bem sofrido, E quase que morreste, ã nossa dôr devido. Estavas tão branquinha... O' tu que, com cuidado, Poderão me mostrar, qual fruto do pecado... O' casto fruto, nobre sangue, sê benvinda ! Como cresceste, filha, e estás ficando linda !

Representa, na opinião de alguns críticos mais eminentes, "o capítulo mais humilhante da vida de 13 Sainte - Beuve. a inteligência posta a serviço de uma causa despresível; é a arma de que se serve um homem sem escrúpulos para fundir na lama o seu desafeto". Para Alphonse Karr, "é a vilania abjeta de um homem galante". A primeira edição do "Livre d'Amour" limitouse a duzentos exemplares. O número de leitores da obra em questão não deve ter sido considerável. Dizem que, satisfeito de sua vingança, Sainte -Beuve

I — A capa — sem nome de autor nem de editor — do "Livre d'Amour ; II — A magnífica encadernação do exemplar que foi doado à Biblioteca Nacional da Argentina; III — -- V<~gina mais degradante do "Livre d'Amour" •V I

19

4 3

49

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Flagrante feito por ocasião da recente visita feita á redação e demais ins"A talaçõcs de NOITE" — em São Paulo, pelo nosso Diretor Dr. Oswaldo de Souza e Silva, que foi recebido pelos redatores do brilhante vespertino bandeirante

OSVALDO ORICO NA EMBAIXADA DO BRASIL NO CHILE Chile, afim do assumir ali as funções de Conselheiro A 11 de maio último, seguiu para Santiago ao Comercial de nossa Embaixada, o escritor e acadêmico Oswaldo Orico. Ensaísta e poeta, romancista e folclorista. professor, homem de jornal, e orador — o artista da palavra que foi recentemente sagrado em pleito popular como o Príncipe dos nossos contistas, tem agora, com a sua designação para posto diplomático de tão alta imporlância. mais uma oportunidade para trabalhar em prol da aproximação entre o Brasil e o.Chile. Antigo companheiro de trabalho nosso Osvaldo Orico, em anos consecutivos, tem dado às publicações da "O S. A. MALHO" o brilho de sua cultura e do seu espirito criador, e porisso, se há motivos para lamentar a sua ausência, estamos lambem entre aqueles que se regozijam com as suas novas funções, porquê estamos certos <le que, embora distante, sua inteligência, a serviço das letras e da cultura, servirá para exalçar no exterior o renome de nossa literatura.

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pelo cinema educativo entre nós do que êle. Quando Serrador sonhava com a

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de Junho, falecia nesta

capital Mario Behring, o escritor que foi o primeiro jornalista a levar o cinema a sério em nosso país. Apresentando em "Para Todos"

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Cinelàndia e seus colegas das saletinhas ridículas da

pequena secção cinematográfica, tornou-a em

chamavam o pioneiro de visionário, Ma.rio Behring lhe deu todo o apoio em suas crônicas, fa-

pouco tempo, a revista dt cinema mais apreciada nc

zendo da construção dos cinemas da Praça Floriano

Brasil, mantendo-se sempre

uma

na defesa do público sem, com isso, ser injusto para com os importadores de

prediletas. Outra, foi

Avenida

uma

filmes e proprietários de salões de exibição. Deve-se a Mario Behring, a cotação dos filmes estreiados, orientando o público na escolha

de

programas,

numa

época em que grande parte das programações da Avenida era organizada com produções antiquadas de todas as procedências. A tabela da cotação dos filmes da semana foi depois aoréscida dos títulos originais e da data exata da produção de cada um, colhida V I

19

4 3

nas publicações especializadas americanas e euro"futuras péias. Apresentou depois as-chamadas "fans" estarem ao estréias", que permitiram aos par de todos os celulóides estrangeiros, conhecendo o valor dos mesmos, através da crítica das revistas de cada país. Foi Mario Behring quem deu ao público brasileiro as primeiras entrevistas com seus idolos. especialmente

Hollywood, por Aníbal Bomfirn e chamou a nossa atenção para o valor feitas

em

de Carlitos, que

os

descobrindo nele um grande artista outros intelectuais brasileiros só consa-

graram mais tarde. Ninguém defendeu mais o chamado "cinema silencioso", ainda hoje tão discutido.

E ninguém,

na

imprensa,

— 51 —

se bateu mais

de

suas

campanhas

o da reforma da censura. E outras iniciativas que influiram decisi-

vãmente no desenvolvimento do cinema no Brasil e na imprensa cinematográfica carioca, fizeram do saudoso jornalista a maior autoridade que tivemos no assunto. Ao recordar a figura do fundador de "Cínearte", tão quanto modesta, no primeiro decênio de sua simpática

mortje,

fazêmo-lo

comovi-

dos. A lacuna deixada pelo seu

desaparecimento

ainda

não foi preenchida. O

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Mickey Rooney, Frank Morgan e John Craven nos seus personagens do filme "The Human Comedy".

JOAN BENNETT nasceu em Palisades, New - Jersey, no dia 27 de Fevereiro de 1911. Irmã das "estrelas" Constance e Barbara Bennett e filha do grande ator Richard Bennett, que residiu no Rio, há poucos anos. Estreiou no cinema com Ronald Colman, em "Amante de emoções". Casada com o produtor Walter Wanger. O

MALHO

ESTRÉIAS (De GILBERTO

The Human Comedy ( Metro Goldwyn - Mayer ) Eis aqui um dos melhores, senão o mais extraordinário trabalho, dêstes últimos meses. Clarence Brown, dirigindo um argumento original de William Saroyan, nos dá um fi!me de grande beleza e como bem diz o seu título em inglês — "muito humano". Vocês terão os olhos cheios de lágrimas, durante muitas e muitas das suas passagens. E um retrato, vivo da famíiia americana, sem os exageros e artificialidades de tantos outros filmes que, durante anos, teem dado ao mundo uma idéia errada do que é o americano, êste país e a sua vida. Não deixem de vêr. E impossível para mim, em virtude da falta de espaço, descrever o filme e mencionar todos os seus intérpretes maravilhosos. Destacarei, apenas, três nomes : Mickey Rooney, que deixa de ser o Andy Hardy, para ser um estafeta do telégrafo; John Craven, num desempenho extraordinário e Frank Morgan. Vejam a todo custo. Outros filmes que se destacaram, dentre muitos a que assisti, desejo mencionar : Slightly Dangerous, com Lana Turner, Robert Young e Walter Brennan, principalmente pelo papel interessante e bem vivido da loura estrela da Metro. "Flight for Freedom", da Rádio - R. K. O. — com Rosalind Russell, Fred McMurray e Herbert Marshall. Enredo, com situações um tanto falsas, mas que é bem desempenhado por êsses três artistas. Filme de fundo patriótico e de atualidade. Cabin in the Sky merece grande destaque por se tratar de uma história desempenhada por artistas de côr. O enrêdo, levado para o

FHANCHOT TONE wasccw em Niagara Falls, no dia 27 de Fevereiro de 1906. Chama-se na realidade Stanilas Pascal Franchot Tone. Do teatro de amadores passou ao profissional e deste ao cinema, tendo iniciado sua carreira cinematográfica num filme da Paramount, com Claudette Colbert. Divorciado de Joan Crawford. Casado com Jean Wallace. — 52

SOUTO)

mundo da fantasia, essa mistura de espiritualidade e materialismo dos negros americanos, interessa e diverte bastanOs seus artistas, êsses atores e te. atrizes de côr do teatro americano, sáiem-se às mil maravilhas dos seus papéis. Não deixem de vêr. As músicas são admiráveis e os principais intérpretes são Lena Horne, um tipo de beleza, Ethel Waters e Rochester, o comediante que aparece ao lado de Jack Benny em seus programas de rádio e em seus filmes. Trabalho da Metro. The Hard Way, filme da Warner Bros. — Bem feito, altamente dramático e interpretado por Ida Lupino, Dennis Morgan, Joan Leslie e Jack Carson. Aí está um grupo de excelentes artistas. Bem dirigido, êste trabalho da Warner agradará, principalmente pelo desempenho de Ida Lupino. Filme forte e que merece ser visto. Star Spangltd Rythm, da Paramount. Uma espécie de revista com muitos números e um punhado de artistas da Paramount, em Divertidíssimo e sainetes e canções. bem feito, Há um número com Franchot Tone, Ray Mílland, Fred MácMurray e o falecido e saudoso Lynne Overman, que vale o filme inteirinho. Os artistas que tomam parte )— quase todos nomes populares do elenco da Paramount — darão muito realce à publicidade do filme. "Hello, Frisco, Hello", filme da 20th Century - Fox, no gênero a que aquêle Muita riestúdio já nos acostumou. queza, encanto e músicas bonitas. Betty Grable, John Payne e Jack Oakie nos papéis principais. Diverte e faz esquecer as tristezas da vida.

BILLIE BURKE nascev em Washington, no dia 7 de Agosto de 1886. Chama-se, realmente, Ethel Burke. Estreiou no teatro em 1903 e foi "estrela" tio cinema silencioso, na velha Triangle e Paramount. Apareceu também na série "Romance de glória". Viuva do grande empresário Florenz Ziegfeld.

HENRY FONDA nasceu em Grand Island, Nebraska, em 1906. Ator teatral, foi descoberto pela velha Fox, quando representava a peça The Farmer Takes a Wife, estrelando no cinema na versão cinematográfica da mesma, com Janet Gaynor, que vimos com o título "Amor singelo". Divorciado de Margaret Sullavan. Visitou-nos há poucos anos, com sua nova esposa. V I — 1 9 4 3

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SUPLEMENTO FEMININO Por SORCIÈRE Voltemos, porém aos trapos, esses mil nadas tão essenciais ao exito feminino... Falemos dos conjuntos que, entre outros costureiros americanos. Traina-Norsll lançou aos aplausos das gentis criaturinhas do belo sexo: vestido, chapéu e guarda sol de seda branca estampada de preto, servindo a sobrinha tambem para um dia de chuva, bem como o resto do "ensemb.s", desde que se complete com uma capa impermeável, ou ainda uma capa verde forte, vermelho tijolo, amarelo canário, etc. O chapéu em referencia é do tipo "canotier", copa meio alta, aba pequena, menor na parte de trás. Aliás os chapéus pequeninos, com especialidade boinas, estão em grande moda, havendo-as de vários tipos e cores. Decerto a vestimenta mais apropriada e mais indicada pelos modelistas é, atualmente, o "tailleur", cujo sucesso se vem man tendo ha dois anos já, como _e manteve sempre no guarda roupa da parisiense. O paletot encurtou um pouco, faz-se de vários feitios, para usar com blusa ou sem ela. talhado tambem no gênero saco, curto tambem, estilo mais joven, contudo de grande "chie". Preto e marinho estão em primeiro plano. Mas não se esqueça a leitora de que o vermelho purpura, o vermelho morango, e o vermelho maravilha aureolam maravilhosamente uma boniteza morena, enquanto o preto e o marinho, o azul me-

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Warner Smith, da Aiexis Bros, num magestoso traje branco e prateado, para cerimônia importante à noite.

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Jóias iiovas: pulseira co.n "masecttes", e o broche de aviador, feito em platina, brilhantes e rubis.

dio e o roxo batata são explendidos junto de uma cutis alva. Aos vestidos de cerimonia adicionam-se grandes capelines adorna Hoje em dia é assim mesdas de flores ou "bouquets" de plumo: o maior esforço pela promas. São de cetim ou de feltro, o dução de guerra, o maior devéu passa por baixo do queixo, prensejo pela vitória, o maior de-se em cima, de cada lado da aba, cuidado em garantir a produdeixando o rosto de fora, modalidação de boca. e todos os elede original, sem duvida. mentos de graça para a graPara de tarde ainda ha outros chiça da mulher. péus grandes: uns brancos, guarneci___r ^__. ____________ Eis como principiou outra dos de filo ou renda preta ou mariestação, a de maior requinte ___¦ J______fl_l __________ nho, outros apenas com uma fita no vestir-se, aquela em que volteando a copa. se tem oportunidade de exiVolto aos "tailleurs" para dizer que bir peles e luxuosos vestidos os botões grandes e, de preferencia, para de noite, contribuintes de de fantasia, é que mais se usam. primeira ordem à elegância Ornam-se de ouro os vestidos amafeminina. rélos. E as contas brancas, de mis^M Ainda recebemos coisas da tura com as de ouro, cobrem capriNorte America, coisas feitas chosos motivos, enfeitando vestidos para a primavera de lá, bem pretos, com os quais o chá das cinsemelhantes aos nossos luminoco — máu grado a escassès do assucar — sabe muito melhor. Nos desos dias de sol. as quais, por ¦-¦>.!¦:¦ Aw^ ^m^M conseguinte, nos estão servin mais vestidos para de tarde e á do de verdade. Além disso, noite vêem-se bordados e contas de tambem temos o que um invarias fôrmas e cores. Um modelo verno rigoroso requer, incluside vestido preto guarnecido com lanve lãs inglesas, costumes feitejoilas côr de purpura eu vi, de >na tos Inglaterra... Admiraos de linda cogrande beleza entre "dramatic" vel! Donde se conclúe que está leção. Aliás o toque Lana Turner, beldade da Mecom aplicação e bôa vontade chega-se aonde na ordem do dia na indumentária feminina. Assim tro Goldwyn, levavam a vestida de nevamos vencendo a estação elegante, que, aqui, se deseja. Todos os caminhos gro. Na blusa a seda é recoresta sendo mesmo de frio, embora se sucedam Roma — é do rifão popular. Pois todos os tada e aplicada sobre filo. esforços abrirão caminho à vitoria. alguns dias cheios de sol, o céu coberto de azul. — — 57 V I 19 4 3 MALHO


'•cusp Loretta Young. a chiquerrima, num belo costume de sêda bordado a contas, o que há de moderno em formal dresses.

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Para jantar : vestido branco, cinto bordado a pérolas e pedras verdes. Modelo de Irêne para Swaan Peters, artista que a Metro apresenta em Random Harvest, com Greer Garson e Ronald Colman. ul&^BML ^¦i^^hp

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ESTRELAS DO CINEMA

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Os grandes costureiros asseguram que as capas de lynx serão as mais elegantes. Talvez por isso escolheram Brenda Marshall para modelo. ( Foto W. Bros ).

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Anna Neagle, loira artista inglesa que a RKO apresentará brevemente em "They Flew Alone" I a vida de Arny Mollison ), apresenta gracioso e útil costume de lã escura, blusa listrada, bem "sport".

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Conjunto simples e de muito bom gosto — eis o que oferece Anne Shirley, star da RKO.

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No outono presente, ou no inverno a inaugurar-se, este "tailleur" de Veronica Lake, loira star da Paramount, é de grande chie, e assim oportuno.

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Vestido âc fina sarja "gris" perola, talhado no estilo "sport".

Este vestido de seda vermelho maravilha apresenta o mcvimento de saia na parte de trds.

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bailes, etc. O vestido I MÊS ' SKSmm. « curto, para de noite, renasceu, vindo oni- _ _— Kv ¦'*»»—"S*-^ t_ brear-se com o com_ ' « {-=_=,-.

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vestido de cetim negro, com grande dceote, guarnição de " clips", cinto com a mesma "Chiffon" ou fantasiei: 4 — " servem crépe georgctte" para este vestido de noite, mais bonito se fôr prelo. Cinto de cetim no mesmo colorido, uma flor cscarlatc por adorno. O

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Lindo chapéu chap 6 u de feltro feltro ^|^»JjP|^_ *. I branco e filó apro^¦Br ". "-'I fild negro, aprohabille, •§WMMi. mx -Sf': /jflHB ' S priado a um vestido habillé.

Dois lindos chapéus da autoria da Carson. (Chicago).

Para um tailleur negro ê/st.e feltro branco com dois motivos de fita preta. ¦* MMKlr ,.

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Quando se gosta de coisas antigas nada mais interessante que este "abat-jour" nas biente onde cs brancos motivos dos tapetes, alvos padas e a alvura das portas acentuam o azul que joga com eles, um um tanto forte, bem anil até, e de mais suave gama no estofo do

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pastilhado de branco. Aliás este azul é. como o vermelho, tonalidade do alta expressão decorativa.

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NATURAIS

Para determinar o penteado apropriado, uma grande porção de estudo e experiência pessoal se faz mister. Cada fase do assunto, desde os traços pessoais, o tempo, o local, até a própria personalidade devem ser considerados. Mas o resultado final de" in character". ve ser lista manutenção do penteado apropriado deve extender-se também às cores dos cabelos. O cabelo mais atrativo é sempre aquele meticulosamente tratado, conscrvando a côr natural. Em quasi todos os casos, qualquer alteração do colorido natural dos cabelos resulta em perda de atra-

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ção.

Michelc Morgan, joven estrela francesa ora cm Hollywood, sob contrato na RKO, apresenta um lindo vestido "soirée", feito de tule de seda. ms"thc ballcrine motii". pirado em

CORREÇÃO DE PENTEADO Os penteados devem sempre ser feitos de acordo com as características pessoais. Quero dizer com isto que traços e personalidades ingênuos não podem ser ornados "sofisticados". Do mes-l com penteados mo modo, as mulheres que são tipos respeitaveis de beleza nunca devem trazer penteados leves e frivolos. Estas faltas de harmonia sempre rêdundam numa aparência incongruente e não atrativa, que deixa mais que uma insinuação de extravagância. Para fazer uma comparação mais incisiva — o penteado classicamente simples que assenta tão bem em Francês Farmer, jamais serviria para realçar a beleza exótica e morena da estrela européia do estúdio da Paramount: — Blanca Vischer. E viceversa. LOUISE

ANITA

Nem o modelo de penteado que dá tanta como um complemento da persbna-

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lidade, o de Binnie Barnes, pode oferecer qualquer vantagem à beleza ingênua de Anita Louise. Também, Miss Barnes em nada lucraria adotando os penteados que ficam otimamente em Miss Louise. Tais " out of chatrocas seriam inteiramente racter". Este motivo - in character" deve ser observado não somente no que tange aos traços e personalidades, mas também tm relação ao tempo e ao local. INDIVIDUALIDADE Espero que nenhuma das minhas gentis leitoras fique com a impressão de que estou sugerindo que penteados particulares são necessários a ca.da mulher, sob as mencionadas condições de tempo e local. Mas acredito que eles ofereçam ilustrações gerais das três maiores classificações para tipos de penteados. Estes principais estilos devem quasi sempre variar nas adaptações pessoais. Para muitas um estilo basicamente simples pode ser adaptado com pequena modificação*.

RECOMENDAMOS — 65 —

VÉR A

(RUIVAS)

Concordo que aqui, em Hollywood, existem várias estrelas cujos cabelos não são do colorido natural. Joan Crawford e "duo" Myrna Loy, um que me ocorre à mente como tendo embelezado os cabelos com raios avermelhados. Existe, porém, uma definida razão profissional para este clareamento, o qual oferece vantagens superiores à fotografia, e é consequentemente aprovado pelas mulheres que pertencem ao firmamento de Hollywood. CABELOS

SADIOS

Para a média das mulheres, entretanto, tal acentuação de côr dos cabelos não se faz necessária. O cabelo sadio, adequadamente cuidado, tem uma abundância de " in character". A brilho natural. E está côr dos cabelos que a- mulher traz do berço é a adequada para o seu tipo, do contrárío a Mãe Natnra teria agido de outra fôrma. Nada mais incômodo à média dos maridos, ou namorados, que vêr a loira companheira repentinamente aparecer morena ou vice-versa. A mulher quando se apresenta depois de uma transformação de ca"out òf charabelos, está definitivamente cter", e o homem concientemente- ou subconcientemente ressente-se disto.

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cheio; U — Ponto de haste; V ••Ponto atraz. Uma vez o desenho completado, desenhar as beiradas por sobre as bainhas e trabalhar em ponto de cruz e ponto simples, usando "Rosa" "Rosa escuro" para para a bolsa e a parte superior da mesma onde estão presos os cordões. Prender" com pequenos pontos os lados da 'bolsa. Fazer três pequenas pregas de cada lado do centro na parte superior da bolsa, tendo 8 cms. entre as mesmas. Fazer dois cordões torcidos com "Rosa escuro" e pregar cada um deles na parte de cima de ambos os lados da bolsa.

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Linha Clark marca "Ancora" (Pérola) N.° 5 (meadas de 25 mts.). (Côiies como acima indicadas). Linha Clark marca "Ancora" (Pérala) N. ° 5 (Novelos de 10 grms.). (Côrjes como acima indicadas).

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BOLSA DE TRABALHO PARA MENINA

Vide o risco deste trabalho na revista "Arte de Bordar", número de ..

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Junho,

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(Stranded)

Material necessário: — 2 meadas F 495 (rosa escuro). 1 meada de cada: — F 414 (meio violeta), F 418 (cinzento), F 444 (meio amarelo), F 460 (azul celeste escuro), F 477 (marron), F 489 (meio canário), F 493 (rosa), F 498 (verde grama), F 576 (verde louro), F 586 (meio ciclamen), F 699 (preto). F 733 (ouro velho), F 777 (meio trevo)

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(Usar três fios de linha o tempo todo) 1 pedaço de tecido verde (41 x 69 cms.). 1 agulha Milward "Crewel" N.° 6. Fazer uma bainha de 2 cms. numa das jextremidades mais estreitas do tecido e bainhas de 1 cm. nos lados e outra na extremidade extreita. . Dobrar para cima o tecido cerca cie1 27 cms. afim de formar uma bolsa, conservando a bainha mais larga para cima. Não coser até que o bordado esteja totalmente pronto. Riscar o desenho no meio da bolsa, mais ou menos, a 2,5 cms. da bainha superior e seguir o diagrama para a colocação de cores e pontos. As letras no diagrama representam os pontos usados e são como segue : AC — Ponto simples; C — Ponto de cadeia; E — Ponto de margarida; K — Nózinhos "Rocócó"; R — Ponto MALHO

— 66 —

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1 ,. Bonita combinação de veludoso crèpe rayon, corpete com rendas estreitas e pois bordados a linha de seda.

Aqui está para os dias frios um "chambre" de seda grossa, crespa, com um lado escuro estampado de cores viveis, a mesma estamparia no lado claro. B, na realidade, uma vestimenta prática e com duas vistas, o que corresponde ao gosto pela variedade.

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Combinação elegante, de cetim "rayon", bordado inglês rematando o corpete.

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a Combinação apropriada transpablusas usar com rentes. Talha-se em seda é flexível, e a guarnição da de Valenciana na côr

seda.

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"Rayon" de seda é o tecido >ndicado para estas camisas de noite, bem confortáveis na temporada de inverno.

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Também, já não era sem tempo... Repararam como o nosso Jatobá nos programas enviados dos Estados Unidos anda quase esquecido do português ?

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O NOTURNO DE doscópio", o Noturno faz rir aos ouvintes. panheiros

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CASCAD.URA — Aos domingos, a Tupi de Cascadura, onde Mane zinho Araújo, ao Ei-lo aqui, em companhia de "Brinquinho de trem, preparando uma boa piada para

ASSISTÊNCIA

Se repararmos bem, alguns diretores artísticos, satisfeitos com o êxito singular dos estúdios repletos, das gargalhadas dos que ali se encontram, vêem esquecendo, lamentavelmente, os ouvintes que estão fora dos vidros- de suas emissoras. Tamanha é a falta de atenção que, em algumas estações os locutores, ou diríamos melhor, os animadores, quasi que se dirigem apenas aos camaradas que pagaram, ou não, as cadeiras em que se sentam, e ali estão para aplaudir as gracinhas dos artistas. Não queremos nos voltar contra os que preferem a ouvir um programa, vêr a sua apresentação nos estúdios, porque, em toda a parte, a assistência é um fato, apenas queremos nos referir a preocupação absorvente dos diretores artísticos em obsequiá-los, quando é certo, cá fora, os ouvintes constituem a grande maioria do público, digna, também, de atenções e cuidados especiais. Se continuarmos assim, dentro de pouco tempo, teremos motivos para protestos sérios do público. Ou será que, sem se poder prever, os responsáveis pelos estuo rádio com dios confundem teatro? Quem

sabe? Francisco

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apresenta em "'Kaleilado de bons artistas, e Brioso", dois como público.

MALHO

Galvão

Álvaro

Moreyra tem apresentado bonitas na Cruzeiro do Sul. Comcrônicas provou absolutamente ele, a necessidade que temos de um aproveitamento dos intelectuais no radio. —— Fala-se por aí que a " Jornal do Brasil", vai ingressar no samba. A notícia é das mais auspiciosas, porque, em verdade, é o que falta na simpática emissora da Avenida. Melhoraram muito os noticiários de guerra do radio.

¦ Onde é que anda Cinara Rios, que começou tão bem no radio? A " Mayrink Veiga vem melhorando o seu "cast", Por que será que Silvio Caldas anda sem publicidade? E se o Case quizesse acabar aquela mania de três locutores apresentando bs seus anúncios? Alziro Zarur é o novo diretor artístico da Transmissora. Até que afinal chegou ao posto que lhe era devido. René Talba, o aplaudido tenor francês, foi a atração apresentada pela Cia. de Carris Luz e Força do Rio de Janeiro, no mês de Maio, no seu querido programa "Ondas Musicais". O notável cantor líj rico e camerista, que pertence ao elenco da Opera de Monte Cario, foi ouvido com deleite pelo público carioca, que vê em Ondas Musicais um louvável esforço *em prol da cultura artística nacional.

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HUMORISMO NO RADIO CLUBE — O hmnorismo no radio ainda anda cm nível secundário. De vez em quando, um artista aparece, explorando os ditos caipiras, querendo fazer rir. Mas, passados meses^ o público sem muito custo, descobre a falta de repertório, de graça. Jorge Murad é da velha guarda. Consegue agradar cm cheio os ouvintes, em companhia de Altanir Ferreira, na sua curiosa "Pensão de Salomão", levada n-a Radio Clube, diariamente, com grande assistência nos seus estúdios. 68 —

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Heloísa Helena continua a abrilhantar o " cast" de radio-teatro da Tupi. Dilu Melo vem merecendo elogios pela sua atuaçãp na Nacional, onde apre^ senta números de música regional. ' laOrlando Silva continua a se mentar" em bonitas canções de seu repertório na Nacional. César Ladeira ainda é um dos melhores galans da comedia radiofônica. Odete Batista vem agradando com a sua presença nal Tupi. Linda Batista cada vez mais se impõe como interprete da música popular

PAPEL CARBONO — Sem maguar os demais programas de experiências de vozes, "Papel Carbono", da Radio Clube, é um dos mais bem feitos, sem a agrcssiindade comum nos demais. Renato Murcc estudou bem para os principiantes, e. som a ironia "Papel o assunto, e, quando executou Carbono", fê-lo com resultados positivos. Eis aqui um flagrante dc uma destas provas radiofônicas, quando o caloura inicia a sua experiência. Sentc-sc nos seus olhos, a certeza de que a pequena não aguarda uma graça pesada, um dichote perverso, como é costume em certos programas do mesmo g\ênero.

brasileira. Se o Grande Otelo aparasse mais orguem seu repertório, aquele desmedido mais... muito agradasse lho, talvez Renato Murse continua a preparar

depois que deixou os seus sambas bonitos, cheirando ao estilo do saudoso Noel Rosa.

bons programas para a sua estação. A noticia da encampação da Transmissora, trouxe-nos a certeza de qui tere-

que os responsáveis pelos programas de radio teatro, dos mais ouvidos na cidade,

ali bons programas artísticos. Bidú Reis é, de fato, uma voz bem

mos

bonita da Nacional. Marilia Batista anda meio abafada,

. -.'...

Voltamos

a insistir

os prepare com melhor

O 11.° ANIVERSÁRIO DA "HORA DA GINÁSTICA"

no sentido de

seleção.

A Ipanema tem apresentado programas aceitáveis. Sente-se a vontade' de acertar na emissora beira mar.

Foi muito felicitado, a 14 de maio, passado, o professor Osvaldo Diniz Magalhães, o querido iniciador da ginástica pelo radio que, através da onda da Nacional, vem há 11 anos prestando os mais relevantes serviços à cultura física em todo o país. Perfeito idealista, mas sabendo lutar pelo seu ideal, o prof. Diniz Magalhães conta com o mais elevado número de fans que um programa de radio já alcançou en-

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tre nós, o que se'justifica pelas suas qualidades pessoais de animador e pela fina-lidade

que tem a Hora da Ginástica, sua orientação e comando.

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— Devemos ao talento de Renato Murcc aliado ao ãe PIADAS DO MANDUCA "Piadas do Manduca", em verdade um dos programas humorísticos Lauro Borges, as dos mais simpáticos do radio. Se os demais diretores artísticos percebessem como seria fácil fazer rir o público sem piadas fortes, sem o propósito de chasquear os caboclos, em irritantes conversas deturpadoras da maneira simples do falar caipira, teríamos boa professora DONA programas bem feitos, como esse. Aqui vemos Anamaria, a "Manduca", numa prova que acaba de imitar o TETÊCA, conversando com um garoto "Papel de Carbono". V

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Leiam ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA

S. Pedro disse...

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Concertam-sé fechaduras, abrem-se cofres.

RUA DA CARIOCA N.° 1 Café da Ordem) RUA 1° DE MARÇO N.° 41 (Esquina de Rosário) "" PRAÇA OLAVO BILAC, 16 Flores) Mercado das ao (Frente RUA SAO PEDRO, 178-189 (Atendemos a domicilio) — Telefone 43-5206 — O

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CHAVES Y A L E e para automoveis — fazem-se 5 minutos. em Outros tipos em 60 minutos.

ENIGMÁTICO

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1 — Espécie de couve ; 4 (— palavreado ; léria — 5 — árvore salicínea.

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VERTICAIS: 1 — Força muscular ; — espécie de cerveja ; — planta exótica, amarilídea. ( Solução numero )

5 no

próximo

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desperte a bilis do seu fígado E Saltará da Cama Disposto para Tudo Seu fígado deve produzir diariamente um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gases incham o estornaVocê go. Sobrevém aj>risão de ventre. sente-se abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martírio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Neste caso, as Pílulas Carter são extraordinariamente eficazes. Fazem correr esse litro de bilis e você sente-se disposto para tudo. São suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pílulas Carter. Não aceite outro produto. Preço: Cr. $ 3,00.

Não é na hora do ataque que se organiza A DEFESA!

SOLUÇÕES DOS PASSATEMPOS DA EDIÇÃO PASSADA

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TEXTOS FIGURADOS Pensamentos figurados : O trabalho afasta de nós três grandes males : O tédio,

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o vício e a necessidade

As opiniões são como os relógios : nunca há um que ande certo por outro, mas cada qual regula-se pelo seu.

lorpedeiras patrulham as LANCHAS cciftas para que. conhecidos os movimentos do inimigo, possam os coraandanles organizar a defesa com antecedencia. Aquele que nio fizer assim e esperar que o inimigo o ataque, para. só então, preparar a sua defesa, será fatalmente derrotado. Na guerra — como na vida — a vitoria pertence a quem sabe prever. O Sr. já pensou que lambem é preciso cuidar, com antecedência, do luturo de sua ianiilia'' Agora, enquanto o Sr. está atendendo pessoalmente ã manutenção da esposa e dos filhos, tudo

PENSAMENTO ILUSTRADO A paz do coração é o paraiso do i.omem.

Sul America Companhia

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Nacional de Seguro* dc Vida * lindada

corre bem. Mas se o Sr viesse a fallar subitamente, que faria suu esposa para sustentar o lar e manter as crianças no colégio? Nio deixe este assunto para ser resolvido — depois .. Quando o imprevisto surgir, será muito tarde. Com um seguro de vida. o Sr. terá garaatido antecipadamente a defesa de sua família contra os ataques da adversidade. A Sul America te.u uni plano de seguro paru cada bolsa Consulte — sem compromisso — um Agente da Sul America sobre o plano que melhor serodapta ao seu caso. Envie o "coupon" abaixo para receber um folheto descritivo.

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(Solução no próximo número) V I

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Grupo feito por ocasião da manifestação levada a efeito pelos "A Cinta Moderna", a modelar organização da funcionários da rua Uruguaiana ri." 47, ao seu proprietário, Sr. Jaime Motta, por motivo da passagem do seu aniversário natalicio.. Vc-sc entre os "A Cinta presentes o barítono Silvio Vieira, artista exclusivo de " broadeasting" Moderna", que atua em excelentes programas do nacio\\al sob o patrocínio da notável organização.

LYTOPHAN

QUAL A MAIS BELA POESIA DE AMOR ? a»

Já faço idéia. Já tu vais partir cansadas eu terei as mãos doridas

*

EXIJAM SEMPRE THERMÒMETROS para FEBRE

U ru Depois... sem ti, seguindo pela estrada, até rever a igreja e o jardinzinho, hei de a trilha tomar toda plantada, pisando as rosas brancas do caminho !

CASELLA LOISDON HORS CONCOURS

Entro ! E há de empálidecer o Cristo de marfim, diante deste pecador. E Êle dirá: — "recordas que inda Existe ? tu te lembraste, então, do teu Senhor ?"

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Tel. '

prevejo a cena: !... Adeus ! Nesta ocasião, as mãos, pequena, de acenar-te em vão !

Humilde, e triste, e só, desconsolado, de joelhos curvos, debulhado e*n pranto, hei de dizer que o único pecado 'tanto "apenas "é"ó""3e~fér ! ãmãdo

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de Pedro AMÉRICO NO ESTRANCElRO nosso pranteado O pintor, que, n;i opinião de Laudelino Freire, foi "o artista que atingiu as mais elevadas instâncias da glória", deixou no ânimo dos críticos de arte europeus a impressão fagueira de um forjador de obras primas invulgar. Em vários países do Velho Mundo foi aclamado "o mestre moderno" e "o produtor das maiores concepções artísticas de seu século". O diário de uma grande capital d'alem-mar, referindo-se a nosso glorioso compatriota, escreveu : "Pedro Américo é indubitavelmonte o mais dotado e importante pintor dos nossos tempos, e sobre isso todos os críticos estão de acôrO gênio de Pedo. dro Américo é mais vasto, mais profundo, mais harmônico do que o de Kaulbach". O quadro "A Batalha de Avaí", que honra a nossa pinamereceu do cotéca, diretor da Academia Real de Belas - Artes de Florença este julgamento : "Relativamente à parte estética, o painel submetido à nossa apreciação revela um engenho e uma fantasia não comuns, os quais mais especialmente se manifestam no caráter bem compreendido da composição e na evidencia do fato, representado em todas

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CUBJUGANDO as forças *^ desordenadas da natureza, os egípcios transformaram a catástrofe das enchentes periódicas do Nilo, num veículo fertilizador de todo o vale, graças ao que construíram uma civilização portentosa, cuja glória, atravessando séculos, chegou até os nossos dias. Para transformar o pendor comum da realisação mais iapida possivel de importancia considerável, .

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as suas circunstâncias com plena e ferriSão além disso merecevel verdade. dores de nosso escasso louvor os principais episódios que se desenvolvem 110 primeiro plano do painel, onde se manifesta o talento que possue o artista de infundir o movimento e a vida, até nas particularidades da concepção." O diretor da Academia de Lucca, que

VÊR NA

fora consagrado o primeiro pintor de batalhas de sua pátria, em missiva cordial a Pedro Américo, externa também a sua admiração por meio de palavras eloqüentes : "Ãquêle julgamento da Academia Real de Belas - Artes de Florença foi A para o Sr. um verdadeiro triunfo. cena que o Sr. soube representar com

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3 — NÓS LHE

tão terrivel evidência oferecia incalculáveis dificuldades ; o Sr., porém, saiu tão triunfante de todas elas, como os heróis daquela memorável batalha. Aceite, pois, os meus sinceros encòmios, que são ditados pelo coração de quem teve a honra de ilustrar as principais batalhas do Renascimento."

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