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ANTONIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA ANO XLI — NÚMERO 42 JULHO — 1943 PREÇO
Um ano Seis meses Número avulso Número atrazado
DAS
ASSINATURAS
Cr $35,00 Cr $ 18,00 Cr $3,00 Cr $4,00
EM TODO O BRASIL Redação e Administração RUA SENADOR DANTAS, 15 — 5." andar Caixa Postal, 880 — Tels. 22-9675 e 22-0745 Oficinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 End. Teleg.: O MALHO ESTE NÜMERO CONTÉM 70 PAGINAS
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A personalidade de Lutero continuará, por multo tempo, a fascinar teólogos e leigos, interessando raças e condutores de povos. , Em seu livro "Lutero", Funck Brentano faz uma análise contemdo famoso reformador, porânea mostrando que, com êle nascera o nazismo, ou sejam os sonhos de dominação germânica. O excelente volume do conhecido membro da Academia Francesa acaba de ser oferecido ao público brasileiro, tm tradução de Eloy Pontes, para à editora Vecchi, inaugurando a nova coleção de biografias "Vidas Extraordinarias".
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O sr. Alberto Rangel fez uma Amazônia sofisticada, que grangeou sinceros imitadores. Essa Amazônia perfeita, com um princípio meio e fim, tal como num espetáculo cinematográfico, influiu até, mesmo, nos filhos da região que se dispuzeram a retratá-la, salvo algumas salientes exceções. José Potiguara, entretanto, fugiu ao modelo. Neste seu "Sapupema", junção de contos da Planície, em sua parte menos civilizada, o Acre, encontra-se uma mensagem nova. No prólogo do livro, o A. expuca a razão do título, dizendo que a sãpuperna, raiz desenvolvida das grandes árvores, é o telégrafo onde bate o viajante perdido na mata, pedindo socorro. O seu livro, diz êle, tem a intenção de ser uma sapupema, cnde se guardam as vozes e os, ruídos das almas que vivem naqueles recantos. Efetivamente, "Sapupema" consegue o seu objetivo. Os diversos contos da coletânea, "Madeireiros", "Vin"Alagação." e até aqueles de gança", feição tragi-comica são reflexoj, são vozes da gente amazônica. Mesmo a própria técnica de contar, sem muito movimento e rápidas mudanças de ação, constitue um comprovante de que José Potiguara sentiu, muito bem, aquilo que apresenta, em "Sapupema", os ecos indecisos de um mundo em formação, cujas inquletudes não são o fim, mas a busca da remota expressão completa.
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E OUTROS COEDUCAÇAO PEDAGÓGICOS" PROBLEMAS
A livraria Excelsior enfeixou, em volume, a controvérsia em torno da separação de sexos, nas escolas secundárias. Sob o titulo "A coeducaçâo e outros problemas pedagógicos", c apresentada toda a documentação de defesa do processo pedagógico de ensino mixto. "MARCILIO DIAS IMPERIAL MARINHEIRO" Didio Costa
lançou, — 4 —
sob o titulo
acima, um bem apanhado esboço histórico da vida de Marcilio Dias, o herói da guerra do Paraguai que tanto é lembrado pelas gerações brasileiras. Num trabalho organizado com carinho e interesse, o autor descreve a vida do celebre marinheiro desde o seu ingresso na vida marítima até à glorificação com que é sagrado hoje. Várias ilustrações aumentam o valor deste volume da Editora Mandomar Ltda. "ARABESCOS FILOSÓFICOS" Charles Baudelaire, o grande poeta das "Flores do Mal" foi, tambem, um filosofo minucioso e agudo. Seus melhores pensamentos filosóficos cstão reunidos em "Arabescos Filosóficos", que a editora Vecchi lançou recentemente. E' uma coletânea de profundas reflexões sobre ética, arte, política, beleza» estética e filosofia em geral. "AINDA SERÁS MINHA" "AINDA SERÁS MINHA" é a trepidante história de dois famosos correspondentes de guerra que sempre estáo presentes nos lugares dos acontecimentos decisivos que precederam a Inevitável Segunda Grande guerra. Jonny e Kirk Davis, irmãos ae sangue e de vocação, iniciam suas peregrinações na Abissinia, quando os italianos invadem o pacato reino de Selassié e praticam uma das mais repugnantes chacinas de toda a história da humanidade. Depois vão parar na Espanha, onae nazistas e fascistas faziam os primeiros ensaios da guerra que estava por vir. DeChina, Áustria, Munich, pois... Tchecoslovaquia, Polônia. E os primeiros bárbaros torpedeamentos de navios de passageiros no Atlântico, o "Atenta", o "Clermont" da história. O SR. BERGERET EM PARIS Este é un' dos romances série "História Contemporânea", da em que Anatole France combate o antisemitismo e faz intensa critica sociai e aguda analise de costumes. "O sr. Bergeret em Paris" pertence à categoria dos livros em que mais viva reponta a luminosa faculdade receptiva e creadora do autor da "Revolta dos Anjos". Está, portanto, muito bem apresentada pela Editora Vecchi, numa bela tradução de Eloy Pontes. I "VERITAS VERITAT1S" ^
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O sr. Jésu de Miranda acaba de lançar o volume de versos "Verltas veritatls", São numerosos sonetos em que o poeta canta os sentimentos humanos, com ternura e emoção. Um bom livro de versos, que Interessará os apreciadores do gênero. V I I — 1 9 4 3
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Depois... Quando a Vitória for alcançada, a General Electric voltará a criar e fabricar os aparelhos que tanto
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Procure conservar, da melhor maneira possível os aparelhos General Electric que possua em seu lar. Hoje são considerados verdadeiras preciosidades, pois, enquanto a guerra durar não serão fabricados novos.
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(Solução no próximo númcrro) MATERN
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ARNALDO DE MORAES PARTOS E CIRURGIA DE IENH0RA1 TU. 1TIUI Instalações « aparelharem modernUalmaa. Ar Mndiciwuda nas sala» d» p&rUi r de op«ra;5«i e »iv; apartamtntoa. Ialermamanto e aasiatcMia a part» por I :t00t00t, eong ,n»«riti« pré via IHdioterapia profunda. Raloa X, diawnaafca*. Taarda d< Migenlo e Eliot tertpiía. Paru Mm dsr. RUA CON3TANTK RAMO»,'17» — COPACABANA
CHAVES: Horizontais: — I — Triste. S — Peixe fluvial. — Templo. 7 Vcrticuis: — i — Tumor. 2 — Antiga medida entre os romanos correspondia a ^ decilitros. 3 — pelos peruanos. 4 — Vigia. (Solução no próximo
6 — Cólera. de vinho que Bebida usada número)
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SOLUÇÕES DOS PASSATEMPOS DO NUMERO PASSADO Texto Enigmático Um grande pensamento de Catherine Mansfield " O arrependimento é uma tremenda perda de energia. Nada podemos construir sobre ele: só serve para a gente chafurdar" "Enigma Figurado TIM-TIM
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PASSATEMPO — Aí estão quatro cartões de vUita, Invertendo as letras, poderemos saber as profissões dos respectivos di 1 n<> próximo nútutl VII
19 4 3
7 —
t Saltara da Cama Disposta para Tudo Seu fígado deve produzir diariamente um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gases incham o estornago. Sobrevém a prisão de ventre. Voei sente-se abatido e convoque env«nenado. Tudo é amargo e a vida é um martírio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Neste caso, as Pílulas Carter são extraordinariamente eficazes. Fazem correr esse litro de bilis e você sente-se disposto para tudo. São suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pílulas Carter. Não aceite outro produto. Pr<ço: Cr. $ 3,oo.
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BONECA DE CARNE
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( A alguém ) Maravilhosa, esplêndida escultura, De alabastrino mármor de Carrara, De que surge a cantar, maviosa e pura, A nívea fôrma de beleza rara.
v3^Tx/^>i__k B*J -.••_*'«_- I fies I ¦.¦.¦mTtfj. (
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Tudo, ao vêr-te, em desejos arde e fala, . Sob a volúpia mágica e secreta Que do teu corpo sem rival se exala.
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Tua beleza a todos inquieta, E em rimas sobre ti se despetála Minh'alma sonhadora de poeta. SOUZA
O uso dos PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse produto é um taxativo suave para todas as idades. Siga o meu conselho e tome
Jpr^ zminoR^nvAin cortrr
Vênus de Milo, a eterna formosura, Seu pedestal por certo te ofertara, Gema de carne humana que tortura A própria luz do sol radiosa e clara.
a prisro
De uenTRe
LIBÕRIO
REVERÊNCIA Acordei alta noite. Junto, ao lado, Em sereno abandono tu dormias . . . Um lábio levemente recurvado Dava a impressão exata que sorrias . . . E sorrias talvez . . . Alcandorado, Um sonho bom em que feliz me vias Certamente o teu sono sossegado Povoava das mais ternas alegrias . . . E eu que te amo <? te adoro com loucura, Eu que sei quanto és boa e quanto és pura, Eu que vivo de todo o bem que tu és, Sentindo-me minúsculo, imperfeito, Comparado a ti — rainha do meu leito — Humildemente fui beijar teus pés . . .
fi cuia
LEONIDAS
CASTELLO
BRANCO
PARA AS FUTURAS MÃES
SÃ MATERNIDADE
NEM VOCÊ Nem você, meu amor, que na visào demente Dos meus sonhos de moço imaginei sincera, Soube domar o instinto — essa voraz pantera, Que vive de matar as ilusões da gente.
Um ¦ n
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livro
necessário .enhoras
útil, a
mesmo todas
que
vão
as ser
mãers PREÇO 12*000
Nem você, que eu sonhei, tronco adusto onde a hera Das torpes ambições galgasse inutilmente, Os ramos do pudor soube ènrijar de frente Ao cupim que à moral enxovalha e adultera. Você foi uma pedra erguida, muito forte Que rolou, e consigo arrastou para a morte As minhas ilusões nascidas, no verdor. Foi o pântano, o brejo, o tremedal medonho, Onde um lírio brotou, certa vez — o meu sonho ! Onde um lírio morreu, certa vez — meu amor ! ENOCH
Obra do notável ginecologista Dr. Arnaldo de Mo. raes, professor da Universidade do Brasil Pedidos com as importâncias ou pelo Serviço de Reembolso Postal, à S. A. "O Malho" - C. Postal, 880 RIO DE JANEIRO O
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CONCOURS V I I
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JÈA ' \ I -*'jmmm I ---m^pjt>^^^y J _t\_t Jayme Lessa, autor da letra do "Hino para o Estado Nacional".
ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PÔDE SER COMBATIDA USANDO
NA "HORA DO BRASIL" O "HINO PARA O ESTADO NACIONAL Departamento de O Imprensa e Propaganda fez Irradiar na Hora do Brasil, comemoratlva do "Dia do Presidente, a 19 de Abril passado, o Hino para o Estado Naclonal, intitulado "Vargas, o libertador", de autoria do festejado poeta Jayme- Lessa c com maestro música do Eleazar de Carvalho. A irradiação, feita em ondas curtas e longas, para o Brasil e todo o continente americano, causou profunda impressão cm todos os ouvintes do programa oficial do DIP, ficando, .dessa forma, os briconsagrados lhantes e inspirados versos em que o autor exalta a figura do fundador do Estado Nacional. E' a seguinte, a letra do Hino hoje conhecido em todos os americanos países à Irradiação graças pela Hora do Brasil:
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Não aceite substituto. Exl|a o nome"CAMARGO MENDES".
AT ICO ASMnÜUU/Ur ANTI GiW>T':
CANTO I Salve ! O' Pátria extremada [do Varão Aclamado à luz da História Pela mais alta vitória, Que é a vitória do Direito, Do Amor, da Fé, da União! Áureas luzes d0 conceito: — Pátria, Deus e Coração !
CPOSTAL.M.»
MAX, PAULO*
GRIPE/ RESFRIADO/ NEVRALGIA/
CORO Salvador de nossa Terra, Pela Pátria tudo faz ! Levou a Nação à Guerra, Pelo amor que o prende à Ipaz !
/
CANTO II da Litberdade, da Instrução e do Labor, da Cruz, do Livro e do Amor! Quer a Justiça e a Verdade No esplendor das decisões, Irmanadas as Nações, Para o bem da Humanidade! Defensor!
defensor
CORO Salvador de nossa Terra,
dôre/ Wrw))r cA CABEÇA
CANTO III Ressurgiu da Epopéia — um [só Brasil — Coeso, forte, independente, A luz do Estado nascente, Devido à ação varonil, O heroismo e a bondade, De quem ama a Liberdade, — Sangue e vida do Brasil ! CORO
^§?7Z,
TRAN5PIRDL
Salvador de nossa Terra, — 9 —
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••?????»»???? ? ? ? ? ? • * ? ? ? » » * *
E.ROS VOLUSIA, a estilisadora do bailado brasileiro que tem em cada gesto uma nova expressão de harmonia, estará, novamente, no "grill" da URCA, nos primeiros dias de julho, apresentando as suas ultimas creações.
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BRASIL - BOLÍVIA visita do presidente da Bolívia, senhor Enrique Penaranda ao nosso pais. num instante em que se torna mais premente a união continental dos povos ameA ricanos. se converterá por certo em benefícios recíprocos de brasileiros e bolivianos, por isso que. no panorama das relações das repúblicas do novo mundo, as aproixmações se convertem em realizações objetivas, fugindo assim aos velhos moldes políticos segundo os quais os compromissos de bôa visinhança eram meras fórmulas vazias para o uso internacional dos protocolos. O Brasil está vivendo agora uma fase de industrialização intensa, que. em de abastecer mercados estrangeiros com a poucos anos nos colocará em situação A matéria prima nós a temos em abunoficinas. e fábricas produção das nossas Podemos ser. com essa produção e aquela a ordem. toda de — riquezas em dância visinhos. e industrialização, excelentes parques onde se poderão abastecer os nossos uma fonte decorrerá do de compras regime qual com eles realizaremos também um vantagens. continua de mútuas e múltiplas Estamos colocando em vias de consecução, com repúblicas sul-americanas, a os Estamesma corrente de benefícios recíprocos que existe agora entre o Brasil e dos Unidos da América do Norte. Dessa forma pomos em prática uma política de bóa visinhança que, afãstada de normas simplesmente convencionais, se apoia num plano de mútuo auxílio, cuja importância política, econômica e social se evidencia através de movimentos da mais clara e compreensível objetividade. O presidente Getulio Vargas, desde os mais recuados lineamentos de sua politica, ainda na madrugada de sua administração histórica, apontou essa politica de aproximação dos povos americanos como a única realmente capaz de construir para o futuro. A aproximação comi a República do Paraguai, ontem posta em execução, já está demonstrando cabalmente que apresenta os resultados mais salutares e mais ricos. A aproximação com a República bolivi.?na, hoje em seus primórdios. veio seguir pelo mesmo rumo e movimentar-se em idênticos caminhos. A imagem de que a América é um bloco político, na mais estreita solidariedade. se está convertendo, assim, numa fórmula de conteúdo incontestável. Não é apenas uma forma de expressão para uso dos demagogos. E- uma idéia, de substância considerável, e que vale, agora, como u m lema comum num brazão continental.
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O PAÍS DO PRESIDENTE PENARANDA O chanceler Tomás Elio
Sob o éco dar; manifestações que acolheram o ilustre visitante, focali-
O presidente Enrique Peííaranda
samos aqui alguns dos aspectos típicos da Bolívia, cujos característicos tão
M visita oficial ao Brasil, esteve entre nós o presidente Enrique Penaranda, primeiro magistrado da Bolívia. Cumulado das honras e manifestações a que faz jús, pelo sentido pan-americanista de sua política, que cada vez mais têm aproximado a Bolívia do Brasil, o general Penaranda retribuiu, assim, entre festas, a visita que efetuou a seu país o presidente Getulio Vargas. E*
de perto se identificam com algumas daj paisagens mais gratas eos olhos brasileiros.
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Trecho de uma rua moderna da capital boliviana
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A página ao lado — La l*az ergue, no "telhado do mundo", as mais antigas relíquias americanas e alguns dos mais modernos edifícios do continente.
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macacos de um zoológico dos Estados Unidlos — o de CINCO S. Luiz — formam, para gáudio das ingênuas multidões ameritanas, a mais singular e barulhenta banda do mundo. Nas fotografias desta página estão flagrantes de um dos concertos da "troupe" que tem a mais como tocador de guizos — a pose é de reSuki. gente... — um beto cão, atitudes e Quem é que, olhando as o modo destes chinpanzés músicos, transporá em dúvida a doutrina naformista de Darwin, o célebre turalista e filósofo inglês?
¦ambnmba, Sailor não perde o compasso.
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Um cima Jimmy às voltas com o banjo... A esquerda fitter, com 7 anos, toca trombone como i/ente grande...
Jimmy, de 9 anos, é o mais velho dos chinpanzés da banda. Ora é do tambor, ora do banjo.
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teve um dia de Vibração diferente, Niterói no primeiro domingo de Junho ultimo. Quem tomou a barca que partiu do Rio às sete e meia da manhã, viajou com a cara"MAvana dos pintores, aos <<uais a S. A. O Soà LIIO", naquele dia, e em homenagem Artes, proporciociedade Brasileira de Belas nava uma excursão de pintura ao ar livre, com almoço no Cassino Icarai c concurso para distribuição de prêmios aos seis melhores trabalhos pintados durante a excursão. O nosso meio, se não ó dos mais desanimadores para os que sonham viver da próprla arte, de que se fazem sacerdotes, não é, e positivamente, d<Vs que mais os estimulam sudeveria do que encorajam. Ao contrário ceder, a bôa arte, a arte que contribuiu, atra-
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Flagrante colhido no "Grill" do Balneário de Icarai, durante o almoço.
AO AR LIVRE, OFERECIDA AOS 'BRASILEIROS, EM NITERÓI, "MALHO" S. A. O O profess„r c^t
*5*gs fc* H"*»*» ^«5 lu discurso. vés dos anos, para que chegássemos ao grau de civilisação que alcançamos, vem sendo reInferior, legada paru plano pelos que se acham no leme do comando da Instrução e educação no nosso pais. Dc modo que força é reagir contra essa .situação, de todo prejudicial à orientação e cultura artísticas do público, levando-o para o bom caminho, inflexlvelmente, na certesa de que o resultado virá, sem tardança. A S. A. "O MALHO" COlOOOU-se, decitivãmente, k frente do movimento de rei prestigiando os verdadeiros artistas da beleza, disposta a combater os vendilhões do templo. A excursão de domingo foi uma prova disso.
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Flagrante colhido quando era realisada a apuração dos votos dos pintores.
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Foram ao todo oitenta e sete dos. E o almoço ficará na lemdireção do Cassino Icaraí, onde branca de todos, como uma grande realisado, esmerou-se foi êle pintores inscritos para a excurfesta de confraternisação, de forte são, dos quais cinqüenta e sete para que a impressão dos conviexpressão artística, dentro de um dados fosse dessas que nunca candidataram-se aos prêmios. ambiente de raro «splendor. mais nos saem da memória. O Cinqüenta e sete, pois, foram os Durante o almoço, falou o nosso grande e soberbo salão do Grill, quadros pintados naquela madiretor, Dr Oswaldo Souza e Silva, inteiramente remodelado, aprenhã radiosa, alguns doõ quais tisaudando os artistas e intelectuais sentava aspecto diferente, em que veram imediata oferta par« aquipresentes; o prcf. Castro Filho, a etiqueta cedeu lugar ,'i mais sição — prova do interesse crêspresidente da S. B. de Belas Artes, completa camaradagem, para que cente que a bôa arte está desperenaltecendo a iniciativa da S. A. "O MALHO", e o professor Alaro ambiente deslumbrante do salão tando no nosso meio, principalmente depois que-, a todo tranze, pudesse acolher, sem entraves, a con Fernandes, apreciando a solialegria moça, despreocupada e codariedade do meto artístico ali querem forçar o público a aplaureunido em bela festa de conframunicativa dos artistas e inteledir as garatujas pitóricas dos ternisaçáo. ctuais que ali òe achavam reuniLasar Segai e outros. Procedido o julgamento dos trabalhos por votação dos próprios pintores, saiGrupo de pintores que tomaram parte n.i excursão artística ram vencedores Paulo Oui"O MALHO". promovida pela S A. marães e José Maria de Almeida, empatados, em primeiro lugar. A Empresa ao envês de dividir o prêmio ou sorteá-lo, resolveu o empate concedendo mais um primeiro prêmio, resolução com acolhida foi que aplausos. Os demais prémios foram, pela ordem, concedidos aos pintores -Jr. âÜA V^ wVflflfll Moacir Alves, Camilo Michalca, Freire Pinto, Yara aam, ^A*m\Mm..?¦- m*a\ A ™\- -svfl Ferreira Leite e Anne Ma! m\mMW^JÊmlm^W^mLmmm\\ At rie Caillaux. Dessa fórflflfl ¦ W*^ fl BI* K-.aflflL* AL am* >JTflflfll ma, ao envês de seis, dis*mm\m\ ^fl tribuiu a Empresa sete prêflf mmW^~^m*™^ ? mios, que foram entregues aos vencedores logo após a •* ««Sa aa㥠VJ I ' «ãàt apuração sob aplausos anitodos os mados de presentes. As treze horas, teve lugar o almoço de cento e sÜaflBM Y Ar '* L vinte e quatro talheres, oferecido aos artistas e especiconvidados aos A ais da Empresa.
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Tela de José Maria de Almeida lugar Classificado em 1.
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RICIO FILHO, escrevendo magnifico perfil de Quintino Bocaiúva, chamou-o de "palmeira cívica". E diz: "Foi
Nasceu Quintino Bocaiúva na vila de Itaguaí, Província do Rio de JANEIRO, a 4 de dezembro de 1836. Aos quatorze
um produto do próprio esforço. E está assim traçada a sua vida. E bastava isso para definir a sua grandeza, para firmar a
anos, seguiu para São Paulo, onde fez o curso secundário. Na capital paulista, de-
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sua estatura. Propércio, entre os romanos o autor das celebradas ELEGIAS; Horacio, o elaborador das famosas ODES e outrás preciosidades latinas e Virgílio, reputado o mais célebre dos poetas da antiguidade, o cinzelador da ENEIDA, das GEORGICAS e das BUCÓLICAS, encontraram em Mecenas o protetor capaz de lhes abrir o caminho da glória. Nos tempos idos, como ainda nos de agora, vários os alcandorados com o impulso do braço auxiliador. Ele, não. Para subir, não teve o pulso alheio, a alavanca do poderoso, o amparo do padrinho, o esteio do potentado. Venceu sem paraninfo. Elevou-se por si mesmo." Essas palavras
do talham a altura moral caiuva. Elas, por si só, perfil. Um dos traços
dicou-se ao jornalismo, escrevendo na revista acadêmica "Acaiaba". Nas colunas do jornal "A Honra", de Ferreira Viana, "deu á estampa produções inflamadas, lançando os alicerces de sua fé republicana, mantida inquebrantavcl. firme, granítica, indestrutível, até o momente de expirar." Por motivos de saúde e falta de recursos não poude se matricular no curso superior. Regi-essa ao Rio de Janeiro, entregando-se inteiramente à carreira de jornalista. Iniciou-a, na capital do país, no "Diário do Rio de Janeiro", que obedecia à orientação de Saldanha Marinho. A idéia republicana
se manifestava já com as perspectivas de uma memorável campanha política. No "Correio Mercan-
velho jornalista de Quintino Boconstituem um
til", o jornalista fluminense trabalha ao lado de Francisco Otaviano. Por essa época, esteve em missão jornalística na Ar-
mais
gentina e Uruguai. Em 1870, lançou "A República", que, no seu primeiro número estampou o famoso Manifesto Republicano, datado de 3 de dezembro. Trazia esse documento
nobres do
mestre insigne, é o caso do seu nome. O pai chamava-se Quintino Ferreira e a mãe Candelária Moreno de Aragon. Bocaiuva é a denominação de uma palmeira brasileira. Quintino queria ter na sua personalidade uma expressão nítida de brasilidade. Adotou, por isso. aquela denominação Dai chamá-lo Britio Filho de "1'almeira Cívica". V I I — 1 9 4 3
histórico 54 assinaturas. Não era um manifesto incendiário, com cheiro de polvora das revoluções, mas uma afirmação cíviça da doutrina republicana. Quasi todo ele foi escrito por Quintino Bocaiúva.
21
O estilista primoroso, o evangelizador, o apóstolo, traçava então as linhas mestras da propaganda democrática. Depois da "A República", veio "O Globo" e depois ".O Pais". Deste último, Quintino foi, logo de início, o chefe. "O País" tornou-se o paladino vigoroso do abolicionismo. Era a trincheira de Joaquim Nabuco, de Joaquim Serra e tantos outros valentes adversários da escravidão.
Feita a Abolição, a propaganda republicana tomou maior incremento. O verbo de Silva Jardim ecoava por toda a parte. Era a voz da Revolução, turbilhonante, vulcânica, impetuosa. O tribuno candente rompera com Quintino Bocaiuva, por questões de fórmulas. Este era o evangelizador sereno, metódico, desejava a vitória pela persuação dos espíritos. Silva Jardim era o temporal. Cada um no seu estilo preparava a queda da dinastia. As coisas, porém, tomaram um rumo de avalanche. A Questão Militar apressa o advento do novo regime. A conspiração republicana era um fato. E Quintino conspirou. No dia 15 de Novembro de 1889, ele partia para se juntar às forças revolucionárias. Esteves Júnior lhe oferece um revólver. Serenamente, cofiando a barba, como de costume, e mostrando o par de luvas que habitualmente trazia, respondeu: "Darei com isto na face do agressor". E partiu a cavalo para o largo O MALHO
da Aclamação, onde se reuniu aos insur-
nessa emergência a atitude nobre de pe-
netos.
dir ao Congresso rejeitasse o tratado, ca-
Depois da vitória, Quintino Bocaiuva voltou à sua redação. Não queria, não
so fosse ele considerado
prejudicial aos
interesses da Nação brasileira.
sentado no Teatro São Januária;; "Onfalia", drama; "A Dama do véo", "O Bandoleiro", opereta; "Cláudio Manoel", drama histórico; "Estudos Críticos e Litorários";
desejava outro ambiente. Estava satisfei-
*
to com o resultado das suas lutas. Sómen-
•
Presidente do Estado do Rio, sena-
"Sofismas
Constitucionais", "A escudos históricos; Opinião e a Corôa"; "A Comédia Constitucional"; "Os
te, para servir a um regime que ajudara a fundar, aceitou a pasta das Relações
dor da República,
Exteriores. Foi o primeiro chanceler da
deixou levar pelos mais altos sentimen-
República. Concorreu de maneira efici-
tos de patriotismo.
ente para que as nações sul-americanas
chamou-o de santo. Nunca se ambientou
Campo Grande", "As Constituições e os Povos do Rio da Prata"; "Biblioteca Ro-
reconhecessem, sem demora, o novo re-
com as posições de comodismo político.
mântica", etc.
gime. Plenipotenciário do Brasil para re-
Nunca se aproveitou dos cargos para fa-
A figura de Quintino Bocaiúva é, des-
solver a nossa velha pendência de limi-
zer fortuna. Viveu pobre e morreu pobre.
sa forma, magistral dentro da história do
chegou a um
Os ódios e as paixões que se desencadea-
Brasil. Existência combativa, limpa, ina-
acordo no sentido de derimir a questão
ram no regime republicano não poupa-
tingivel às pedradas dos iconoclastas, te-
das Missões. Foi assinado um tratado en-
ram a glória do grande jornalista. Foi
ve ele sobre a terra. Pregou a República,
tre os dois países. De regresso, Quintino
duramente atacado, injuriado. Sofreu as
porque a sonhou bela, radiosa, interpre-
verificou que a solução obtida despertara tremenda oposição. Acusavam-no até de
agressões, entretanto, com aquele mesmo
tando o sentimento democrático da Amé-
aprumo com que as palmeiras resistem à>
rica. Pregou e deu exemplos. Não foi um
se ter vendido! Mas, o grande cidadão
fúrias dos vendavals. Não se abalou. Não
falso ou um hipócrita. Predestinado nu-
não se abateu. Comparece diante do Po-
se curvou. Seu porte era erecto. Legioná-
ma época de incompreensões, sofreu as
der Legislativo. Expoz em duas memora-
rio de um ideal, por ele lutou e morreu.
amarguras do seu nobre idealismo. Ge-
tes com a Argentina,
ele
Quintino
Pinheiro
sempre
se
Machado
Nossos Homens"; "A Crise da Lavoura"; "Guerra do Paraguai"; "A Batalha de
tino Bocaiúva não foi, todavia, a política.
ralmenre, só a posteridade sabe fazer justiça a essas almas superiores, apagando
os
Esta o arrastou como uma fatalidade. Ele
a injustiça dos seus contemporâneos. E
quais Nilo Peçanha e Belarmino de Men-
foi, sobretudo uma inteligência aberta ao
donça, ouviu-o, entretanto, com respeito-
serviço das grandes
so recolhimento. Tais (oram a clareza da
foi sempre um espirito clarividente, um
foi esperando essa justiça que o jornalista da República fechou os olhos para "Feliz sempre a 11 de julho de 1912.
sua exposição,, a nobreza do seu gesto, a
doutrinador elegante. Seus combates não
elegância sóbria da sua linguagem, a le-
desciam ao insulto. Respeitava o adversa-
aldade do seu procedimento e a rara fi-
bre a terra o suave aroma de uma lem-
dalguia com que, em arrebatadora pero-
rio que seria, multas veies, o amigo de amanhã. E ai mais um traço marcante do
ração, pediu que o julgassem com a mais
seu caráter.
acerba e lacriminosa na alma dorida dos
veis sessões secretas o resultado das suas negociações. "O auditório, quasi todo hostil. com exceção
de
poucos,
entre
A faceta principal da vida de Quin-
causas.
Jornalista,
severa justiça que, numa tocante unani-
Poeta, historiador, teatrólogo, Quin-
midade, o Congresso, aclamando-o, con-
tino Bocaiúva deixou as seguintes obras : "O Trovador", repre"Gonzaga", poema;
sagrou-o benemérito da Pátria". Teve ele,
CHICO
aouele que, como Quintino Bocaiúva, ao cair no último silêncio, pode deixar sobranca saudosa,
uma
flor de ternura
que ficam." AMÉRICO
PALHA
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CONTO DE GALVÀO DE QUEIROZ Marcelino chegou em CristoSão em casa do sogro, QUANDO vam, o jantar ainda não estava servido. A mulher veio recebe-lo a porta, trazendo ao colo a filha pequenina, que foi por êle sofregamente beijada, num ímpeto de ternura que também a envolveu. - % <= . Cheguei tarde ? — perguntou depois, espiando por traz dela para o corredor. Dona Glorinha tranquilizou-o chegára a tempo. Ainda esperavam o tio Anselmo, a tia Nicóta, o Jarbas com a mulher... Os velhos completavam, naquele dia, mais um ano de casados, e ali se reuniam, por isso, os parentes mais chegados, para comemorarem o feliz acontecimento. Marcelino não poude faltar, embora arreliado. ittifdizendo, Era avesso às festas. enquanto desfazia, com um Gostava muito era da sua puxão, o laço da gravata: tranqüilidade na casinha mobocado, e tu sabes que eu preciso Uma fome danada Não jantei... desta de Vila Isabel, de onde a acordar cedo... Fiz um lanche às pressas... Será que noite nada o afastava, principalmente Pouco depois, saíam. tem leite na geladeira? agora, que lhe entrára em casa aquele Marcelino quiz levar a filha, que Sem esperar resposta apanhou um anjinho de olhos azues e cabelos louros, dormia, mas a mãe se opôs: copo, encheu-o de leite, pôs açúcar e, a sua Marlene. Não, meu bem. Eu mesma levo. sentando-se junto à mesa, começou a Vou ver os velhos — disse, pondo Tome: leve isto... mexer devagar. E deu-lhe a bolsa de pano das o chapéu no cabide e caminhando para Vai tomar leite puro? — perguno interior da casa. fraldas e roupinhas, deu-lhe a somtou Marcelino, do fundo da poltrona "bnde continuava a lêr. — Espera! Eu brinha, o casaco... Imediatamente foi absorvido pela Atravessavam a rua quando veio agitação e pelo barulho e, depois de trouxe aqui qualquer coisa da festa... correndo, até êle, uma das sobrinhas, ter felicitado amavelmente os sogros, Tinha-se lembrado do embrulho com um embrulho, que lhe deu para deixou-se perder entre primos, tias, de Zilda. 'cunhados, levar. sobrinhos e outros parentes, Como a tanta gente sucede, diante E' de Glorinha — disse. nesse ir e vir impaciente com que, nas da mesa cheia de doces não sentira a Ia ficando esquecido... menor vontade de prova-los. Agora, festas de familia, todos ficam a espera Obrigada, Zilda! — gritou Glode que logo chegue o instante de se ir porém, longe da abundancia enjoativa, sentia que teria prazer em mastigar rinha, do meio da rua, sem sequer para a mesa. algum. voltar a cabeça para traz. O rádio, ligado, estertorava coisas Vamos dar o golpe em Glorinha... incriveis, e as crianças, soltas,multipliO bonde não demorou. Com facili— disse, sorrindo, apanhando o embrucavain o barulho por dez. dade acharam lugar, depois, na Praça da lho sobre a crístaleira. Bandeira, no reboque de um "Vila", Todas as lâmpadas da casa estavam Não vá Glorinha se zangar... acesas, numa orgia de luz que «e que os levou, aos trancos e arrancos, Não zanga, não. até a esquina da rua onde moravam. até o prolongava quintal. Enquanto falava, ia desatando o nó Em casa, o primeiro cuidado de E os passantes se detinham, vendo do fitilho. O irmão se levantára e se Dona Glorinha foi botar Marlene no a casa assim clara e barulhenta, para tinha colocado ao seu lado, interessado berço. Levou-a para o quarto, deixou-a comentar: e guloso, com o copo de leite na mão. provisoriamente na própria cama, e Hoje tem festa em casa de seu iniciou, enquanto a garota continuava José... A gargalhada de Nestor ecoou no bom do sono, as necessárias arruIh! como tem gentel sonora e fresca, pela casa, e fez estremações preliminares. A festa, entretanto, consistia mecer.no berço, a menina. Por sua vez, na sala, Marcelino apenas no jantar mais lauto e esmerado Meu pai do ceu — murmurou retomava do era seu. Abriu que posse Glorinha — esse coisa-ruím do meu que foi servido logo depois Que chegaas tirou o casaco, janelas, colocou que ram os retardatarios, e na mesa de cunhado não se lembra da criança? Isso as costas de uma cadeira, e respirou, doces para as visitas de mais cerimônia. é modo de rir ? ! satisfeito, felicitando-se por já estar Tudo correu maravilhosamente. Ouviu, em seguida, que Marcelino longe de São Cristóvam, da balburdia e ria também. E no intuito de evitar que E o ruido de talheres, as risadas, os dos parentes da mulher... as gargalhadas acordassem a filha, ditos engraçados, o choro das crianças, Abriu um jornal, enquanto esperadicidiu ir à sala, disposta a passar um as pequenas discussões sôbre coisas va Glorinha, e nesse mesmo instante carão nos dois. A porta, porém, es barabsolutamente futeis — tudo teve como ouviu passos junto k porta, uma chave Vou com Marcelino, que entrava. Vinha tundo musical a impertinência do foi metida na fechadura, girou e entrou murcho, desapontado. E trazia,na mão^ rádio, que ninguém se achava no na sala seu irmão mais moço, que o embrulho, aberto. direito ou com coragem de eliminar, morava com êles, e que aquela hora Que é isto?-ela indagou. com um simples torcer de dedos. regressava do curso noturno que freIsto? Isto é... seu. São fraldas da Uma autêntica, legitima reunião de depois do trabalho. quentava Marlene. Fraldas usadas, que Zilda me parentes, entre os quais, por enquanto, Boas! — fez êle. Pensei que vocês deu para trazer. ainda reina cordialidade. voltassem mais tarde... Dona Glorinha olhava-o, sem comVocê acha que é cêdo? Saímos de % preender. As onze horas Marcelino chamou lá Ks onze horas. Perguntaram por você. Imagine você!-êle concluiu. — E Glorinha, mostrando-lhe o relogio: Segundo paletó foi colocado as eu trouxe isto com tanto cuidado, pra Daqui até em casa se demora um costas de outra cadeira e Nestor foi não amassarl... V I I — 1 9 4 3 23 O MALHO
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ninguém indagava se o Bailado era Teatro, inimigo do mas hoje tanto autores como atoANTIGAMENTE res e empresários, não fazem outra pergunta sinão esta: — Estarão o cinema e o rádio matando o Teatro ? Como autor de cenários cinematográficos para Hollywood tenho experiência de sobra para afirmar que o Teatro não está sendo assassinado por nenhuma daquelas duas artes, mas em decadência, sofrendo apenas de anemia perniciosa, em muitos países, exceto a própria América do Norte. Porque é que as minhas obras teatrais nunca foram representadas no Brasil, quando, no «fundo, elas possuem as mesmas características dos motivos cinematográficos que mando para Warner Brothers? Pela simples razão de que. desde Cristiano de Souza e Leopoldo Fróes. aos quais suometi algumas delas, os empresários me afirmaram que elas eram e são muito modernas e revolucionárias para o nosso meio, ou melhor, para o público que freqüentava o Teatro Trianon. Como eu, há outros autores no Brasil que acompanham de perto a evolução do teatro no mundo, e se envergonharia de escrever comédias ridículas de costumes para Fróes e seus discípulos da Praça Tiradentes. No fundo, desses atores e empresários preferiram sempre montar comédias francesas de gosto dúbio, ou peças de autore» antigos, para não pagar direitos autorais. E' verdade que o cinema goza das vantagens dos horarios constantes, assim como o rádio, mas náo creio que a arte dramática esteja prestes a morrer, porque ainda dispõe de melhores e maiores elementos emotivos e artísticos, que nenhuma expressão mecânica poderá destruir, pois falta, tanto ao cinema como ao rádio, a comunhão espiritual direta que nasce entre o palco e o público. Ambas estas formas de arte estão, sem dúvida, mais visinhas do público, seja porque há cinemas em todos os bairros, abertos de 1 da tarde às 11 da noite, ou rádio convide-o a ficar em casa, bem refestelado na sua poltrona prefeerida. Si, por exemplo, a sugestão que nasce da tela vai diretamen,te ao público, o magnetismo que nasce do público se esbate na tela como uma lufada de ar quente contra uma barreira de gelo, e os artistas que ali veinios se tomam surdos como fantasmas, desde que fixados mecânica e fotográficamente na película. E tudo que poderiam dar ao público se perde na fixação morta de gestos automáticos e sons congelados no tempo, como um fichário de identificação inalteravel. E' uma perda total para o público e para o espetáculo. E o mesmo se pode dizer, com mais fundamento, do rádio. Pata mim. porém, o aspecto mais interessante da quêstão é o econômico. Os cinemas, segundo li. há dias, num jornal de São Paulo, vivem cheios e os teatros vasios, mesmo O
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quando estes apiesentem boas peças e aqueles os peores filmes. Poderíamos falar da degenerecência do gosto do público? Não sei. O "Figaro", de Paris, fez. antes da guerra e da catástrofe alemã que desabou sobre a cidade-luz, um inquérito ao qual Armand Salacrou deu a seguinte resposta, realmente interessante: — "a respeito do rádio tenho a impressão que as cousas não foram ainda suficientemente divididas. a descoberta dos meios de transmissão é idêntica „à descoberta da imprensa, e de outra parte o nascimento de um meio diferente de expressão de uma arte nova". O rádio, é para Salacrou apenas, um meio de transmissão e a sua importância está limitada, pelo menos, até o desenvolvimento da televisão, sendo os ouvintes de. hoje possíveis espectadores visuais do futuro, no campo da rádio-difusão. O cinema é, todavia, uma arte nova com todas as características impressionísíicas de montagem, "maquillagem'' e efeitos" de iluzes e de cenários, que o rádio não possue. Qual será o seu futuro, depois de Tecnicolor e do som? Eis o que "terá sobre o teatro uma influência respondeu Salacrou: — relativamente modesta, idêntica à que teve a imprensa sôbre o livro". Nome mais conhecido no Brasil, Paul Geraldy assim deu a sua opinião: — "para o rádio não existe, a meu ver, problema; o teatro é espetáculo e o rádio nada tem que vêr çom isso. A arte dramática foi a arte francesa por excelência, mas as dificuldades da técnica a paralizaram e a sufocam completamente. Tornou-se estática e verbal, esquecendo que é, antes de tudo, popular. A máquina cinematográfica, pelo contrário, é a caixa mágica de onde brotam obras novas a cada momento, imediatamente, inexoravelmente..." Eu penso' que o cinema não é inimigo do teatro, porque é uma arte absolutamente imprevista, com meios novos de apresentação, vastos e inestinguiveis, mias quando escrevo para o cinema ainda penso e modelo os meus personagens, formulando suas idéias, de acordo com as regras clássicas do Teatro. Quanto ao Rádio ou Teatro radiofônico, este é tão pobre e ilimitado, que não pode prejudicar o outro, e pelo contrário, servirá para chamar a atenção do público para o verdadeiro teatro, sem o qual não poderá viver, tomando-lhe por empréstimo peças e atores. Quanto ao cinema, na prática, há cousas muito interessantes que pude observar na América. Crê-se que uma comédia conhecida é bem paga porque dei autor celebre, mas vejames alguns fatos: a comédia de Moinar, intitulada no original "La Ragazza di Trieste" e representada com este titulo na Itália, tomou cm Hollywood o nome de "The Bride Wore Red". As vezes o título é modificado completamente. Em outros casos, o cinema copia fielmente o Teatro, como no caso da "Floresta Petrificada", de Sherwood, assim como "You Cant take it with you", de Kaufmann e Hart, fielmente reproduzidas no filme. Da célebre novela de Cain, "The Postman rigns twice", só se aproveitou o título, que custou vinr^ e cinco mÜ dólares. No filme "Noite de Amor", com Grace Moore e o ator italiano Nino para o qual escrevi três atos, de meu nele só apareceu a cena do pátio em Venesa, para a qual mandei fotografias de uma verdadeira pensão de artistas dessa cidade, mas fui pago como se toda a peça fosse de minha autoria, o que, na América, é o «essencial para um autor de enredos cinematográficos. Embora escrevendo para o cinema, continuo a amar o Teatro, posto reconheça não ser êle mais um organismo extraordinariamente vivo. A vitalidade que ainda o mantém, aparentemente, de pé e presente entre as cousas deste mundo, não é senão aquela pálida e transparente vida, aquele resíduo que a vida deixa atraz de si, como a filosofia que o próprio Nietzsche profetizou estaria relegada entre as cousas do passado, no nosso século. E filosofia havia muita antes do século XX, uma filosofia fecunda, criadora e lírica. E ade-, V í I — 1 9 4 3
mais houve quem; afirmasse que a filosofia causou a morUe' da Tragédia. Se nos referimos à filosofia Socrática estou de acordo, pois a arte grega não poderia ser destruída e sim. pelo contrário, foi a Tragédia de Sofocles e não a filosofia Sacra de Esquilo e Euripedes que a revivificou. Falando de Teatro é certo que o próprio Nietzsche teve muita influência sobre a arte, mas nenhuma sobre o Teatro. que, com H. Ibsen £ Pirandéllo foi altamente filosófico. A prova histórica de que o Teatro está em decadência nos países latinos, inclusive Portugal e Itália, onde conta com artistas notáveis, é o sistema de subvenção econômica e proteção do Estado. 0 Teatro terá que refletir o clima do tempo, as variações de temperatura deste, por ser essencialmente popular como arte, a mais direta e imediata das artes. "O Teatro, em suma, como nte disse Alberto Savinio, em, Milão, o ano passado, está destinado a refletir as cores da época, da qual é a síntese e o espírito, uma espécie de calendário artístico superior." Realmente, o autor dramático deve representar dramaticamente, não digo os acontecimentos do próprio tempo, mas o seu caráter e o espírito metafísico que lhe é próprio. O Teatro no Brasil não marca o nosso tempo, o tempo justo, porque faltam autores, como Racine e Goldoni que esprimlram teatralmente a sua época. Esse Teatro que ai vegeta, esprinve mundos que não existem mais, e, sobretudo, um "pequeno mundo burguês", que verdadeiramente é a negação do nosso tempo. Assim, hoje, agradeço a expressão de Leopoldo Fróes, e outros de que o meu Teatro era revolucionário e é impraticável na cena brasileira, o que então me chocou muito. Sinto-me feliz porque, para mim. Teatro é etimologicamente do latino, Théatrun ou do grego Théatron, o que, com a sua raiz Tháuma. significa maravilha e admiração. Não há confusão possível, o Teatro está em decadência porque não nos dá mais os espetáculos maravilhosos da fantasia, para o que é preciso ser, antes de tudo, poeta, musico, pintor, e mesmo filósofo, para exprimir tudo isso de qualquer maneira. E mais do que o Teatro, o cinema é a máquina de surpresas, capaz de criar fantasias e maravilhas do nosso tempo e da nosso mundo. O Teatro pode. mesmo, exercitar sobre o espectador influências salutares, tornar-se assim o símbolo de grandes idéias políticas e de altas aspirações civis. Saindo das nossas fronteiras geográficas, podemos citar o fato de qu/í Richard Wagner contribuiu eficazmente, mais do que Bismarck, para reforçar a idéia do Império germânico, assim como Alfieri, na Itália, com o "Nabucco" e "Moisés", exerceu vasta influêncla sobre a consciência dos Italianos, bem como, na Helade, Esquilo te Sofocles tiveram fama de educadores. ¦¦
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O GAROTO-SI É A CARTEIRA DO PAPAE QUE O SENHOR ESTÁ PROCURANDO. ESTÁ PERDENDO TEMPO. POIS A MAMÃE JA VEIO NA SUA FRENTE. 25
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LENDAS
CAIPÔRA de uma banda só. inexgolavei de molivos originalíssimos, onde o artista FONTE pôde colher proveitosamente material quasi que inédito, é, sem dúvida, o "folclore" brasileiro. Na mitologia pitoresca e exuberante do ameríndio vamos encontrar concepções que chegam, mesmo, a ultrapassar, em beleza e poesia, a mitologia grega. Bem poucos nos foram deixados da interpretação plástica dos mitos e das lendas nascidas da imaginação fértil do índio brasileiro. Quasi nada nos diz êle acerca da concepção visual que podia ler do Curupira ou do Saci-rererê, de Anhangá ou de Rudá, da Malinlaperêra ou do Caapóra É, sem dúvida, uma falha lamenlavei que nos deixa na ignorancia de como era a forma primitiva desses fantásticos seres. Foi assim que, atravessando largo espaço de tempo até chegar ao século MALHO O
atual, a nossa mitologia selvagem já tinha sido adulterada pela influência afro-negra ou européia, sem entretanto perder o seu que de belo e pitoresco. Folheando as páginas de autores bem informados, como Couto de Magalhães e Barbosa Rodrigues, entre outro», iremos encontrar o que existe de mais interessante sôbre as crenças indígenas, E veremos, então, que as criações supersticiosas do selvícola, não eram oriundas da idéia, apresentada por vários autores coloniais, de que só respeitavam espíritos propensos ao mal. A maioria dos seus numes, ou quasi Iodos, podemos afirmar, tem uma finalidade social. A caça era a principal fonte de alimentação do aborígene,- sendo assim era necessário protegê-la, evilando a sua destruição com o extermínio desnecessário de animais, 26
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principalmente a de fêmeas que estivessem criando. Foi dessa necessidade que nasceu a figura de Anhangá, que é o protetor da caça. Segundo Couto de Magalhães, no seu livro "O Selvagem", Anhangá é figurado num grande veado branco, e se encarregava de castigar todo aquele que desrespeitasse o código do perfeito caçador. E, é o mesmo autor que nos conta a respeito essa tão delicada lenda: tNas imediações da hoje cidade de Santarém, um índio Tupínambá perseguia uma corça, depois de feri-la, e que era seguida do filhinho que amamentava. ' O índio, agarrando o filho da corça, escondeu-se por detrás de uma árvore e fê-lo gritar,- atraída peles gritos de agonia do filhinho, a mãe chegou-se a poucos passos de distância do índio, que a flechou e ela caiu. Quando o índio, satisfeito, foi apanhar sua prêsa, reconheceu que havia sido vítima de uma ilusão do Anhangá; a corça era a própria mãe do caçador que jazia morta no chão, varada com a flécha e toda dilacerada pelos espinhos». Se Anhangá é o protetor da caça, o Curupira é o Pai-do-Mato, uma espécie de guarda - florestal, cuja missão na terra é proteger as árvores. É representado por um caboclo de cabelos vermelhos e as vezes com o crâneo inteiramente raspado, dentes de côr verde e pés com os calcanhares voltados para a frente. Nas longas peregrinações pelas matas, é seu hábito bater com um casco de j aboli no tronco das, árvores, para verificar se estão em condições de resistirem às fortes ventanias. Quando cansado, encarapita-se no lombo de um veado fazendo-o de seu cavalo. Dêsses duendes, foi o Caapóra um dos que sofreu grande influência do afro-negro ou do português. Por alguns conhecedores do nosso "folclore" é imaginado como um caboclinho peludo, sempre de cachimbinho na bôea, e carapuça na cabeça É o terror dos caçadores, quando aparece á frente de uma enorme vara de caitelús bravios, cavalgando um porco do maio. Se • o caçador não Irás no bolso um maco de fumo de rôlo para lhe dar está perdido,- ou fica encaiporado para o resto da vida ou é devorado pelos porcos famintos. Como verão, as influências negra e mestiça não só o adulteraram na VII — 1943
E BRASILEIROS AFFONSO PAULO Por forma como lambem no seu nome de Vem buscar fumo Caapóra para Caipóra. amanhã! É ainda o Çaapóra representado Se por méra coincipor um gigante cabeludo, dono da dencia, aparece no dia caça do mato. É de uma fôrça tal, que seguinte alguém pedindo nos • momentos de fúria arranca as fumo a pessoa que ouviu árvores do solo. o assovio, o mesmo é lógo As vezes, aparece só de uma entregue e êsse alguém banda do corpo, como se houvesse "Maliné apontado como sido cortado de alto a baixo. "Maiaperêra"... Poucos saberão talvez, que tinlaperêra" (de malitapêrê), (diplolerus naevius) é uma Irepadôra, classificada lambem "como determinada espécie de coruja". Foi a lenda que fez da Matinlaperêra uma cafusa de \jL uma perna só, esniulambada, sempre pilando e pedindo fu- git mo para seu cachimbo, para com isso infundir medo ás "receio aos adultos. crianças e Sôbre ela diz-se ainda, que tanto pode ser mulher ou homem, que viva do malefício. Quando a ave guincha "Matinlaperêra" a bruxa assovia: "Matinlaperêra"...
MITOS
E quando alguém ouve um grilo ou assovio, se benze receioso murmurando baixinho:
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Encerrando o assunto com chave de ouro não poderia deixar esquecido o Sací-Pererê, que é uma das figuras mais interessantes do folclore brasileiro.
Tem sido até hoje a mais explorada literariamenle e fixada jp% não só em desenhos como lambem n ' I /if° em eslaluelas por vários artistas. .'Mr\ l! Há diversas variantes e I \ <',f \ \J / opiniões sôbre a sua concepção visual, porém a mais generalisada é êsse it negrinho retinlo de cara/ l\— puça e cachimbo na bôea \1 que anda pulando na única pema que possue. O Saci primitivo era MATINTAPERÊRA um lapuinho de cabeleira /)
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SACÍ-PERERÊ
vermelha « uma ferida em cada joelho. "já Alguns caboclos que o viram com os olhos que a terra há de comer" fazem aêle a descrição como sendo um negrinho mais preto do que carvão, com olhos como duas brazas, uma barbicha vassourinha espetada no queixo, e com um único pé, que ora é de cabra, ora igual ao de pato ou só com três dedos e com um esporão no calcanhar.
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E é arleiro como êle só! Vive pelas encruzilhadas pedindo fogo a quem passa, nos pastos e nas cocheiras enrolando a crina e chupando o sangue dos cavalos, derrubando frutas verdes, beliscando as pernas das lavadeiras na beira dos rios transformado em lagôsla, fazendo mil- diabruras, mas inofensivas. Como disse logo no princípio desta digressão despretenciosa, o manancial folclórico brasileiro é riquissímo mas bem poucos artistas têm se dado o trabalho de explorá-lo criteriosamente, esludando as lendas através de obras abalisadas, ou na sua fonte originária, que é o povo. MALHO O
do largo espelho eu fazia a prova do lindo DIANTE vestido de baile que me trouxera a modista. Ja-me ás f maravilhas. Todo de rendas negras, decote redondo, os hombros emergindo de um trocado branco e preto, muito comprido, êle fazia-me mais esbelta e dava um tom sonhador a minha silhueta. C eu pensava no baile, vendo-me entre os pares, dansando, disputada pelos amigos, quando duas mãos, duas mãozinhas de criança, me chamaram a atenção. Brancas, finas, élas lembravam duas borboletas nivéas que brincassem, ora ocultando-se ora surgindo do turbilhão de rendas que me compunha o vestido. Deixei a divagação, e me pus, olhando o espelho, a acompanhar o trabalho daquelas mãos minúsculas. Um alfinete aqui, uma renda ajeitada ali; acolá, o frocado mais fofo; mais além a disposição da cauda que se ondulava, tudo isso numa ligeireza sem igual, leves, muito leves . .. Segui-lhes curiosa o braço. Do braço olhei a dona. Eram as mãos de minha costureira, uma criatura débil, sem idade possível de se marcar, corpo de criança, cabeça pequena, de bastos cabelos grisalhos e uns olhos enormes, mas tão tristes que pareciam parados ... Súbito, uma voz a sua voz me sacudiu: "Não acha bem, Madante, estas rosas vermelhas?" E as mãos leves, ao borboletas-lírios, sustinham três rosas soberbas na altura do cinto .. . "Sim, disse-lhe, vão muito bem. Pôde colocá-las... Agradam-me... E olhei fixamente, pela primeira vez, a humilde modista, tão pequena a meu lado e que procurava ainda tornar-se cada vez menor. "E' daqui? indaguei-lhe.
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•• • LEONOR Não, senhora. Sou de Lisboa. Estou aqui há bem uns 20 anos". Mas veio muito jovem. Si não fossem seus cabelos grisalhos você pareceria ainda uma menina. A modista suspirou e não respondeu. Senti um drama na sua vida e resolvi arrancá-lo. A meu ver proporcionar um desabafo àquela pobre mulher parecla-me um grande bem. Talvez fosse isso a forma que pretendi mascarar a minha enexplicavel curiosidade. Aliás a alma feminina adora sempre os dramas alheios . .. E falei-lhe: "E' viuva?" Não senhora . . . Solteira, então?" Também, não. Penso que ainda sou casada, infelizmente." Infelizmente? Não se deu bem com o marido? insisti com volubilidade pensando em Luis, no meu carinhoso e amantisslmo Luis... "Dar-me-ia bem... Dei-me bem... gaguejou... Mas... "Mas? -* Separámo-nos..." "E porque ? " "Senhora, contar-lhe tudo é a nú os mais dolorosos lances e minha vida. Prefiro caiar. eôr Hoje, sou um corpo sem alma... um coração sem luz. Basta que lhe diga: Não creio em nenhum amorl... Arregalei os olhos, atônita: "Não acredita no amor?" E, vaidosa, remirei-me no espelho. O Amor espiava-me pelos meus próprios olhos:
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"Não! respondeu-me. Os únicos amores de minha vida faltaram-me..." -"Não é razão, sentenciei, idiotamente, falta um amor outro veiu, mais forte, mais veemente, mais compensador... A senhora é feliz e por isso não pode alcançar o quanto de desgraça cabe numa existência..." "Mas somos nós que fazemos a nossa felicidade ... retorqui, em tom dogmático. Eu penso assim..." "Era também esse o meu pensamento, Madame, quando aos 15 anos, minha mãe me fez desposar um primo nosso, em Lisboa. Era moço ainda, da mesma idade que minha mãe e muito belo." Você gostava dêle ? Antes nem o conhecia! Minha mãe tirou-me do pensionato para casar-me. Falou-me da nossa felicidade vivendo os três juntos. E ela que era linda, falava-me em criar os netos que eu lhe désse... Achei graça... Aceitei. Um ano depois nascia minha filha..." Você tem uma filha?" Tenho, ou melhor, tlve-aI Morreu-lhe? perguntei penalizada, procurando Ir depressa ao fim. Não, senhora. Perdi-a, como perdi minha mãe. Como foi, então? Os olhos grandes, parados, tiveram um lampejo de revolta: "Não tinha minha filha dois mêses quando percebi porque minha mãe me casara com o SEU primo..." E a misera acentuou doloridamente o possessivo. Depois dando um suspiro: "Quando me certifiquei de tudo agarrei minha filha e fugi... Não os crlmlno de se amarem; culpo-os somente e terem disposto de minha vida como de uma coisa Insignificante... Fugi..." "Para aqui ? Indaguei. "Sim: para o Brasil, para Pernambuco.... Eu mal tinha desessete anos! Em Recife, arranjei depressa colocação. Meus trabalhos em tapessarla foram sempre disputados. Assim que Laurlnha completou cinco anos coloquel-a em um Colégio de Irmãs, em Olinda. Todos os domingos eu ia de Recife a Olinda para vè-la. Levava-a a passeios pelas praias lindas • regressava á noite, para a casa da família onde eu morava."
Fez uma pausa. As mãozinhas crisparam-se, mergulhando uma na outra febrilmente. Continuou: "Mas eu era moça... Tinha direito a vida e ao amor". Um dia meu patrão, um patricio, confessou-me seu amor. E eu que já o vinha amando em silencio, estremeci de alegria. Amava pela primeira vez e era amada! Não podíamos casar. Mas casamo-nos aos olhos de Deus e fomos aninhar nossa ventura num sobradinho, bem por cima da loja do Armando! Apezar de feliz, e me sentir outra, não esqueci minha filha. Ia ve-la sempre. A' criança, porém, não passou despercebida a minha felicidade. '— "Mãe, teus olhos luzem como estrelas... E estás tão linda..." "E batia palmas, a garota! Quando Laura fez 15 anos tirei-a do Colégio. Armando mesmo tal me aconselhou. Level-a para casa. Lá entre os dois, eu poderia envelhecer feliz. Deus afinal tivera dó de mim... Mas..." Um como que soluço sacudiu-lhe o magro peito. "Mas?... disse-lhe . ansiada. Enganei-me, senhora. Um ano depois..." Calou-se. Pus-lhe as mãos nos ombros: "Diga, por amor de Deus, que houve? Morreram? Desastre?" "Não, disse-me a voz trêmula e apagada... Antes morressem I E, num som cavo: "Casei-os I" "O' pobre mulher! murmurei abraçando-a. Pobre mulher!" Os olhos grandes, parados, como dois espelhos encravados em céra, olharam-me unidos, grato. As mãos passaram febris pelos cabelos e sua voz, agora mais rouca, mais dolorida que um sino partido indagou: —"Acha que ainda devo acreditar no Amor?..." Não respondi. Que poderia dizer àquela creatura duplamente ferida, duplamente desgraçada ? Olhel-me ao espelho. Vl-me pálida, triste... As rosas rubras, na cintura, parcelam queimar-me. Arranquei o vestido, nervosa. Depois, rapida, em voz breve, que eu procurava firmar: "Tire-me essas rosas, pedi. Queimam como brazas. Arranje-me flores mais doces... Hortensias, por exemplo... Não concorda ? V I I — 1 9 4 3
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A*°! Alô! O sr. Smith eswt muito ocupa— ^° - Quem deseja falar cam êle ?
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ELA — Amanhã completamos trinta anos de casados — devo matar uma galinha? ÊLE — Mas filha . . . que culpa tem a galinha?
Minha senhora, o açúcar diminue bastante! O Snr. não poderia dizer isso ao vendciro
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casa, para vezes por semana, eu ia à su* r^bu-me «aulas de inglês. Miss Pinkerton nos seus sempre, com um sorriso espontâneo DUAS lábios descorados. Hullol my dearl come in! - sua voz era eu tinha • uave terna como uma declarado de amor; de «tar «vante rntsrno a impressão, ao vê-la falar, comigo que se uma música harmoniosa, e pensava Miss Fmker fadas existissem falariam assim como voz, tinha os ton. Contrastando com a suavidade da tod.,»» atitude gestos ríspidos e breves, o que Tinha a apa orgulhosa, tornando-a pouco simpática. despeite,J* renda de uma mulher bonita e jovem, a e ave idade e dos cabelos gr.sa hos. ° ^ v»d«levemente fino, ludados, de brilho magnético; nariz de lábios arrebitado; a boca ligeiramente rasgada, encanador^ de modo grossos, sorriam raramente e tanto devido Os belos dentes brancos não realçavam Eu gostava de à ausência de pintura no seu rosto. fechados e meio vê-la sorrir - seus olhos ficavam faces. duas covinhas discretas lhe apareciam nas Quantos homens não a disputaram, quando ter sido linmoça! - pensava eu. E como deveria seria mais da/no frescor da mocidade! Naturalmente seus olhos, vivaz, expansiva e menos controlada; mais alegres, confiantes e talvez mais belos minhas lições, Era o que pensava sempre, ao dar o livro e vendo o seu lindo rosto inclinar-se sobre corrigir-me as palavras mal pronunciadas.again! — e No my dearl Ifs wrong. Say it depois — thats betterl momentos parecia-me Quando a fitava nestes de segrever sob os seus olhos velados, um mundo Mais torte dos e de histórias, nunca pronunciados. acanhameno meu que a curiosidade, entretanto, eranão devia. Comentato e o receio de penetrar onde vida de va-me, pois, em criar histórias e dramas na marido minha professora. Naturalmente casara e o Commorrera pois vivia sozinha, sem ter ao menos a uma historia panhia fiel de um cão. Ou quem sabe, mundo? sinao de amor infeliz, mal compreendida pe!o mulher como explicar que vivesse abandonada uma tão bela? talvez fosse viuva, mas não usava alianças, nem havia um retrato do finado esposo, nas paredesa nua« de tua casa. Eu estava quasi certa de que expressão triste de seus olhos, escondia uma grande dòr. vivia Quantas vezes fui tentada a indagar porque arrantão só, a dar aulai a semana inteira? poderia da vida; mas jar amigas, passeiar, gozar um pouco de nunca a encontrava em cinemas, teatro, ou casas a via-a apenas, pela manhã, quando descia chi r,ui rua de minha casa e ia até a praça X., dar a caminhada matinal. As vezes, da janela de meu quarto, eu lhe acenava; Alôl Miss Pinkerton 1 Ela correspondia à saudação e dizia: Huüo! dearl — e continuava a andar, no seu eu a perdia passinho miúdo e harmonioso, até que de vista, na esquina da rua. Após agora. lembro-me Por falar em esquina, "Esquina do Pecado", puz-me a imaginar ter lido a se Miss Pinkerton não tivera tambem uma MftórU semelhante em sua vida, com a diferença de que a "Ray" criada pelo BcdoBiMs tinha o seu drama imnum livro, disputado por todos, enquanto que presso a " Ray-rcal", minha professora de hglès, o escondia sob os seus olhos verdes e trislonhoi. Um dia, nio me pude conter e, interrompendo a lição, inquiri, receiosa: Miss Pinkerton, a senhora tem filho»? Ela olhou-me supresa, e respondeu friamente: Não, não tenho. Fiquei indecisa, sem saber cemo prosseguir no meu intento, ma» afinal arrisquei: Tem pais, algum parente? Desta vez a resposta veio rude, temo quem não admite mais interrogações.Não, não tenho pais, nem irmãos, ninguém. Sou sozinha. Quando" ela falou, na expressão própria de sua 1 am alone", senti que a sua voz tremia, lingua — como se ela fosse chorar. Esperei que a história de Miss Pinkerton se revelasse naquele momento, mas nada aconteceu — Misst Pinkerton não chorou, como eu esperava, abriu mais os olhos e disse ríspMa : Quantos sio os verbos auxiliares, em inglê»? A pergunta desconcertou-me, e deixei sua casa mais desapontada ainda. Tolice minha, deveria ter tido mais tato ao lhe fazer as perguntas, fora precipitada e perdera a oportunidade. Teria que esperar outra ocasião. A partir daquele dia, notei que Miss Pinkerton se tornara mais ríspida e grave, e não brinca»» quando eu errava a» liçóes. Naturalmente, por cauiria, tomara aquela atitude, que nio deixava de ser escudo seguro, contra a minha indiscreção. Resolvi, porisso desistir do meu intento e ter mai» cuidado com os meus deveres dc inglês. Ura dia, ao cnegar a aula, a empregada da casa atendeu-me, dizendo que Mis» Pinkerton precisara ?air e que voltaria em dez minuto». Levou-me à sala de e»«ar, para que a e»pera»it ali, e se foi em direção à cozinha. Comecei a obaervar, peU primeira vez. aquela sVa onde já «tivera tanta» vezes. A disposição do»
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móveis em estilo colonial demonstravam o bom gosto da dona da casa. Tudo ali Num era discreto e simples. "abatum canto havia jour", côr creme, dc pc aito, ao lado de uma poltrona " greforrada de veludo nat". — Um recanto ideal — penpara se ler à noite! sei. Do outro lado. uma compleestante tomava por to a parede; no centro uma mesinha, tendo em cima uma caixa cinzelada, e um vaso de prata com rosas vermelhas. Do lado oposto ao da estante, entre duas outrás poltronas, um rádiovitrola, e sobre êle estava uma estatueta, em bronze, de "Diana, a Caçadora"; um tapete vermelho vivo cobria o chão inteiramente. Pelos cortinados das janeIas, penetravam tímidos os raios do sol, e o perfume das flores, vindo do jardim. Miss Pinkerton demora — pensei comigo — onde terá ido? Enfim teria que esperar mesmo! além da aula precisava falar-lhe. Para passar o tempo fui até a estante espiar os livros. Todos em inglês — Dickens, Maupassant, poemas de Byron, uma coleção encadernada das obras de Shakespeare e... Neste momento vi Miss Pinkerton que entrava. Hullol my girll Bõa tarde, Miss Pinkerton! Ela deixou o chapéu, a bolsa e as luvas, na mesinha, e levou-me até a pequena sala de estudo. Desculpe-me a demora, mas precisei sair. Vamoi à lição! Sentamo-nos e comecei a ler para eja, enquanto imapinava como seria bom téIa por amiga e confidente. "huDaria tudo para vê-la mana", a narrar a historia de sua vida! Maa qual! parecia não haver mesmo geito. » Porque esta curiosidade nas pessoa», de conhecer a vida, os sofrimentos <¦<* outros? constituirá alguma forma de satisfação própria, dc (jôzo ? Sem conhecermos uma pessoa, à» vezei temos vontade de sentar aos seus pés, e ouvi-la falar, falar... Eu sempre tivera destas manias — quando a lavadeira ja buscar ruupa tá em casa, ficava a contem1.I.i Ia, olhando a bem nos olhos, para ver »e desço-bria alguma coisa, algum segredo dalma. Corno viveria ela? seria casada? e o marido beberia? voltava embriagado para casa e a maltratava? E nestes pensamentos cu ficava esquecida a fitá-la. A preta me olhava, como quem diz: " Será que ela regula bem ? ó xente, já »e viu!" Agora minha curiosidade — será mesmo isto ou o sentimento de partilhar as dóres do próximo? — voltava-se para minha professora. Miss Pinkerton advertiu-me de que a leitura nio fora bõa, e eu parecia pensar em alguma coisa, longe dali. What is the matter, dear? Nada, Mi»», é que hoje vim mais á aula para lhe fazer um convite. Um convite? Fale... E' o seguinte, Mis» Pinkerton. Domingo é dia de meu aniversário, e como vou oferecer uma mesa de doces aos meu» amigo», teria muita satisfação em vê-la entre eles. A «enhora irá, nio é me»mo? Muito obrigada, dear, farei todo o possivel para ir abraçá-la... Que coincidência 1... Ao ouvi-la falar assim, tão natural, num tom quasi familiar, fiquei encantada. Coincidência, Miss Pinkerton? — porque? Tambem faço anos no domingo. Engraçado, não? Bendita coincidência que a fazia falar e ter mais expansiva. Agora sim, as coisa» vão bem, ainda serei sua amiguinha — pensava eu — e amba» rimos naquele momento. Quando me despedi, Miss Pinkerton apertou-me as mio», com calor, e me ditse sorrindo, com bondade:
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Irei abraçá-la, no domingo. Pode esperar. Obrigada, licarei muito contente, Mis» Pinkerton I
My dear, good-byel Good-bye, Missl Notei ao lhe ouvir a última palavra, que o» «eus olhos se tornavam mai» brilhante» e que lhe tremiam os lábios, mas fingi nio perceber e fui andando. No portio acenei-lhe, no que me correspondeu e dirigime para casa, pensando muito Estaria chorando Mi»» Pinkerton. após minha saída ? nunca a vira emocionada 1 e porque ficara assim? Será que o meu convite, tio natural e »em importancia levou-a à comoção? Impossível I o que »eria, qual o motivo? a lembrança de um episódio »emelhantc, c que lhe trouxe saudade», quem sabe? Enteroecimento por me haver lembrado de sua pessoa? talvez. Eu mesma coitumo sentir esta sensação inexplicável e que me deixa muda, por veze». Seja como for, ela e«ti mai» acce»»ivrl c menos desconfiada. Domingo veremo», irá à minha ce»a, tratar-lhe-ei bem e farei que me acredite e tenha confiança em mim. Ahi é verdade! ela tambem faz anos no domingo — que coincidência I... já »ei! Faço-lhe uma surpresa — pela manhã vou dar-lhe um abraço, e levo algumas flores. Ela parece apreciar tanto! Maa, que escolherei? Rosa» vermelhas? não! nio é próprio! Cravos? muito comum... Margaridas? nio gosto... Ah! siml será esta mesmo, a minha Hor Viozinha predileta. Violeta» para Miss Pinkerton. leias lembram o» »eu» olho» vtrde» — ma» porque. Acordei ansiosa no domingo, o lio esperado dia; da além da expectativa dos dia» de festa, havia a Pinkerton. planejada visita á casa de Miss noArrumei-me, tomei café, e sai de casa, pelas ve « meia. O tempo e.tava lindo, devido à chuva ainda orvalhadas. que caíra na véspera. A» árvore», o contorno arrode encontro ao azul liquido do céu. xeado da» montanha», o »ol cór de ouro que brilhava como nunca, pareciam uma aquarela, e a» ruas. embriagadas dc luz, tinham a harmonia renovadora da vida. A» folhai da» árvore», o céu, tudo era fre»-
co, como se acabasse dc nascer, transmitindo-nos a sensação de uma felicidade diferente, que vem das plantas, do céu. ou do ar que se respira. Belo dia para meu aniversário! — exclamei. E respirava feliz, o ar balsãmico daquela manhã de luz. enquanto os meus ollos não se cansavam de contemplar aquele quadro maravilhoso da Natuteza. Na casa de flores comprei uni lindo ramo de violeMiss para Pinkerton. Fram lindas, com as caJM becinhas roxas e veludosas apoiadas ás folhas verdes, ainda cobertas de orvalho. Satisfeita comigo mesma, dirigj-rre a casa dc minha professora. I-einbrei-mc, então, de uma cena ocorrida na minha inlincia, e que me ficou gravada para sempre na memória, devido ao inesperado desfecho que tivera. Uma noite, como papai demoraise muito a chegar em casa, mamãe, nervosa, reclamava a demora inexplicável. " Além de nio se ter lembrado o dia de hoje, aniversário de nosso casamento, ainda fica na cidade, sem avisar, ao menos" — ouvi-a dizer consiga meima. Ainda muito criança, não compreendera aquelas palavra;, mas vendo-a tio trilte, lancei-me aos seus °raçoi, c bsijei-a. dizendo: Que tem, miezinha? Nada, meu bem. Lembrei-me, agora, de uma coisa triste. Vá deitar, fale á Babá que eitá na hora. Obedeci, e minutos depois estava na cama; mas não conseguia dormir. De repente ouvi que batiam à Porta, ,- imaginei logo que fosse papai, l.evantei-me. devagarinho e, escondida na porta da sala, espiei. Papai entrava, e vinha com uma das mios escondida nas costas; ao aproximar-se de mamãe, e'sem lhe ter ciado tempo de falar, lhe mostrou a máo ,|uc estiver» oculta, na qual trazia um lindo ramo de violeta». Oh! ainda me lembro, como se fora ontem! Ao entregar a mamãe as violetas, falou-lhe: Julgou que houvesse esquecido o notso dia, nio é verdade, querida? Os negócios andam mal, nio Pude conseguir algo maii valioio oue e*tai flores.
Mas... que é isto, chor»' porque ? Nada, Jorge, estou tão comovida, julguei que se lembrasse você não mais... e estas violetas... enPapai abraçou-a, quanto ela continuava a soesmeu Do luçar baixinho. conderijo, fiquei a pensar : — ora veja! papai traz-lhe flores, e ela em vez de ficar contente, sorrir, começa a chorar, como pode ser isso? francamente que não entendo porque chora... Anos depois, ao compreender a significação daquela cena, fiquei profundaPorisso mente comovida. pensava, ao chegar à casa de Miss Pinkerton — serão as violetas sensíveis a todos ? Ela gostar?, tambem? Ela mesma abriu-me' a porta, e ao ver-me, não poude deixar de exclamar: Oh! você aqui? Entrei, tendo a mã:> que segurava as violetas, atrás dc mim, como o papai. Queria fazer uma surpresa. Abracei-a então e disse: — Miss Pinkerton. muitas felicidades! deseulpe-mc a modéstia do presente — e estendi-lhe o ramo de violetas. Seus olhos se abriram, numa expressão de espanto, e com ?. voz trêmula, balbuciou: Muito obrigada, my dear child! muito obrigada! O que sc seguiu, após esta frase, deixou-me estupefata, e sem ação. Como mamãe, Miss Pinkerton tinha os olhos transbordantes de lágrimas, enquanto segurava com ambas ai mãos o ramo de violetas. Oh! Miss Pinkerton — consegui dizer — que houve? Sente-se mal? Não, Suzana, — Mia voz tremia — é que o seu gesto fez-me lembrar uma pessoa... que idéia a sua. my dear! Eu lhe agradeço, sinceramente...
excita a nossa curiosidade. Conte-me, sim? Amigas, não é verdade? Ela ia retrucar alguma coisa, mas resolveu contar, fez que sim com a cabeça, e começou: "Há muitos anos, quando eu tinha 19 anos, morava em Sussex, uma cidade pequena, ao sul da Inglaterra. Numa festa de caridade, encontrei um dia, John Chester; era engenheiro e tinha chegado há poucds dias aquela cidade. Não sei, creio muito na predestinação humana. Uns vêm ao mundo, têm idéias renovadoras, pensamentos profundos, e examinam a essência dos atos humanos e da vida — estes, serão os grandes sábios, filósofos, biologistas e psicólogos. Outros, eletrizam o mundo artístico, através das cordas de um violino ou de uma composição musical — são os futuros Paganinis ou Beethovens. Alguns dansam, e têm nos pés a arte maravilhosa dos grandes dansarinos —- são Pavlovas e Nijinskis de amanhã; ainda uns pintam, desenham, fazem esculturas e escrevem histórias que empolgam o mundo. Mas existe tambem os que vêm, como eu, predestinados a um grande amor — por experiência, posso dizer que estes sofrem muito"... Aqui Miss Pinkerton ficou pensativa, por um momento, e continuou depois: " John e eu nos amamos desde o momento em que nos vimos. Ao olhá-lo fiquei como que hipnotizada, e vi que lhe acontecia o mesmo. Atraídos pelos olhos, falamo-nos — um minuto antes desconhecidos, momentos depois grandes amigos. Nunca na minha vida experimentara tal sensação, e sentia me maravilhada com o acontecimento; neste mesmo dia demos um passeio até um campo, onde havia uma quermesse. Divertimo-nos muito, e ao noi despedirmos já conheciamds o segredo um do outro. Seus olhos ciziam-me do seu amor, e eu o fitava com a mesma expressão. Durante um mês, saímos diariamente a passear nos campos ou na cidade. No dia em que completava um mês que o conhecera, confessou-me o seu amor. Nesta mesma tarde levou-me a uma joalhena e comprou o anel de noivado, todo de diamantes. Tive até vontade de chorar, ao vê-lo tão entusiasmado. Quando voltámos, tontos de felicidade, êle parcu numa fiorista e trouxe-me um punhado de violetas. São as minhas flores prediletas, querida. Prometi que só as ofereceria à mulher que fosse ter como esposa. As violetas combinam com você, Helen... John estava delirante, beijou-me ali mesmo na rua. Uma semana depois pediu-me aos meus pais e ficamos noivos. Casaríamos em dois meses, tempo necessário á confecção do enxoval. Amava John mais do que tudo na vida, faria tudo por êle, até morreria. As vezes as amigas per"Ainda guinavam: — que ficasse cego ou aleija(2o casarias com êle? — Sim. casaria, c talvez ainda o amasse mais — basta-me ouvir-lhe a voz, para ser feüz. Eu dizia sinceramente, porque meu amor era infinito como o horizonte, a minha própria razão de ser. Como as flores carecem dos raios do sol para %iver, eu vivia do seu amor. Às vezes, desconfiava de tanta felicidade — seria possivel? Prtocupava-me, e tinha medo de ser a mais feliz mulher do mundo". Nesse ponto da narrativa, Miss Pinkerton interrompeu-se. Seus olhos tornaram-se cheios de lágrimas. outra vez. Depois continuou com a voz magoada: "Os dois meses haviam passado. Era a véspera do nosso casamento — cm casa o movimento era ininterrupto, todos trabalhavam para o grande dia.
MISS PINKERTON Desculpe-me, Misse Pinkerton, em ter recordado, sem querer, algum episódio dt... de sua vida. Serei curiosa pedindo-lhe que me conte? é interessanto a dupla coincidência I... Ela olhou-me francamente, com os olho» ainda brilhantes das lágrimas e respondeu; Nunca o contei a ninguém, Suzana. Trago "isto" comigo há muitos anos, como uma relíquia dc dór, em que nâo se toca. Nunca pensei em revelar nem sentimentos... eita história. Não sei se lhe irei contar... Ohl mas porque, Miss Pinkerton? Creia, te iho-lhe muita amizade, gostaria de ser sua amiga. .'¦.liga meus vinte anos um impecilho? Tenha confian ri em mim, saberei ser digna. Não me vai contar, 11 não? Ela já não chorava. Riu c olhou-me, com ar de l>cna. como se eu fora uma criança de cinco ano». Já que insiste... talvez seja um desabafo. Mas não direi nada hoje, não quero perturbar o dia festivo de seu aniversário, com história» triste», sem interesse. Venha amanhã, está bem? Mas escute. Miss Pinkerton, tornei. Se nio mc contar hoje, ficarei preocupada o dia inteiro. Não imagina como estou ansiosa! Ter feito sem querer um gesto de outra pessoa... compreenda como isto
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CONTO DE LEONOR TELLES Meus pais nio cabiam em si de felicidade, ao verme tào satisfeita e sorridente. No meu quarto, eu contemplava deslumbrada o vestido de noiva — como era linda! Neste momento, mamãe chama-me. John havia chegado. Desci as escadas, quasi a correr, e atirei-me aos seus braços... e êle, como você. Suzana, tirou a mão das costas e deu-me um ramo dc violetas... Querida Helen, lembras-te? Abracei-o outra vez, sufocada pela emoção", interrompi Miss Pinkerton, de repente. Eu estava nervosa, não podia calcular o desfecho. Por favor. Miss Pinkerton, que aconteceu? Casou com êle? Vi-lhe nos olhos duas lágrimas que cairam pelas suas faces descoradas. Depois com o» lábios trementes ei? respondeu: "Nio. No dia do casamento êle morreu..." Senti-me como que fulminada. Morreu? êle morreu? como, Miss Pinkerton?
(Termina no fim do número) V I I — 1 9 4 3
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MEU BARRACO
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SAMBA HUMORÍSTICO O meu barraco é Lá não há luxo e E é por isto, que No meu barraco,
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coisa modesta não há vaidade está sempre em festa: há felicidade!
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TERRA DE SONHO
Se á porta batem, seja noite ou dia Eu abro-a logo, com tranqüilidade. Não devo nada, pois ninguém me fia*, Ninguém me fia, que felicidade!
Sonhei com um País encantador, Todo coberto de preciosas flores Cada homem era um Bardo, um Trovador Cantando hinos divinais, de amores A terra era cheia de riqueza De ouro, de brilhantes, turmalinas Tudo nela, fez belo a natureza, Montanhas gigantescas e colinas. Cobertas de verdura multicor, Florestas densas e misteriosas; Paraíso de volúpia, céu de amor
No meu barraco não tenho mobilia Porque mobilia é futilidade. Também não tenho brigas de familia: Não ter familia, que felicidade! No meu barraco a comida é pouca Não há quitutes, nem variedade. Porém se come, com uma fome louca! Comer com fome, que felicidade!
Imenso ninho de pombas amorosas. Lindas praias, de límpidas areias, Onde se deita um mar, de eterno azul E um mavioso canto de sereias Nos embala sutil, de norte a sul E a tarde, quando o sol declina E a terra perde seu raio derradeiro, Este País imenso se ilumina Com as estrelas brilhantes, de um Cruzeiro. Belo País, de eterna primavera Coberto por um céu puro de anil, País de sonho, de «encanto e de quimera... Este Pai* existe, é o meu BRASIL!!!
O meu barraco é claro que faz gosto Mas não tem gaz, nem eletricidade. Não pago a L1GHT, e não pago imposto! Não pago a LIGHT, que felicidade!!! Por isto eu peço a Deus que conserve O meu barraco, como caridade Porque se o perco, para que me serve Viver no mundo, sem felicidade?
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CRÔNICA DUM DIA BE CHUVA
CONTRADIRÃO FEMININA
BORGES
YÁRA SAN-TIAGO
DE ODETTE
A chuva miúda e CHOVE. constante bate sobre as vidraças da janela. Às vezes um relâmpago risca os céus. Eu olho para fora, vejo as ruas poças de lama chão e a chuva caindo... molhadas, Nada
a
fazer.
O tédio
no é
terrível! O tempo inconstante de sempre não preveniu nada, e depois de uma linda manhã de sol, a tempestade veio. E aumenta cada vez mais. Ouço com raiva o barulho da trovoada que me impediu de sair. Já estava pronta. Na rua deserta passam, de vez em quando, carros apressados e na calçada uma ou outra pessoa passa correndo. Um homem com um jornal aberto na cabeça foi o último que vi. Agora nem mais os carros passam. A rua começa a encher. Eu continuo a cismar. Nada a fazer. Nada! Ainda estou vestida. Começo lentamente a tirar o chapéu, a guardar a bolsa... As lágrimas quasi me rolam pela face! Um passeio tão esperado! Olho outra vez para fora. Neste instante um raio cai perto e eu ouço um barulho tremendo de coisas quebradas. A chuva prende-me o olhar, atraeme. Mas sou arrancada de meus pensamentos pela campanhia do telefone. Corro a atender. Quando volto já estou contente, a tristeza se foi, a chuva não me aborrece mais... 33 VII — 1 9 4 1
Margarida: Acabo de receber teu recado e me apresso a dizer que absolutamente não contes com a minha "presença" a minha "beleza" e a minha "alegria" para o teu baile, como dizes, porque... porquê é mais fácil eu subir a pé a cordilheira dos Andes, atirar-me de um pára-quedas a 2.000 metros de altura do que assistir à sua festa de quartafeira. Naturalmente não estás compreendendo o que se passa em mim, e preciso explicar o fenômeno à tua curiosidade... Então, ouve: eu não vou, eu não irei absolutamente à tua casa enquanto aí estiver o teu detestável parente Paulo Afonso, esse mesmo com quem me acenas como um chamariz ao teu baile... Realmente, Gaida, tu és absurda ! Absurda, porque não adivinhaste min1 ca que de todos os homens que cruzaram o meu caminho até hoje o único que não me foi indiferente, o único cuja lembrança ficou... foi esse horrível, esse desagrada vel Paulo Afonso... Tu sabes que eu estou acostumada a que todos os homens morram! de amores por mim. a que — depois de meia-hora de palestra, digam que sou adorável, encantadora, etc, etc. para — uma hora depois — assegurarem amar-me para todo o sempre... Pois bem: — O teu primo, esse Paulo Afonso de quem tanto louvas as qualidades de coração e de caráter, é um monstro, um verdadeiro monstro, porque passando um mês a mfeu lado, na tua vila em Petropolis, teve a audácia de não me fazer a corte, antes me declaratr que não passava, a seus olhos de uma garota mal educada... Já viste que desaforo, Gaida? Não tenho razão em não querer defrontar-me com esse monstro, esse... esse... que sei eu? E é pena que eu não vá ao teu baile, porque tinha uma "toilette" deliciosa a estrear, sabes? Uma creação maravilhosa em "mousseline" verde, que faz sobressair imenso o louro cendrado de meus cabelos... Ia ficar tão bonita ! Tu gostarias tanto de ver a tua pec«uena Ninon... Mas. vem esse detestável Paulo Afonso, e eu terei que passar a noite na cama, pensando que vocês estão se divertindo loucamente, imaginando os teus lindos salões a-transbordar com todos os nossos amigos lá dentro... Não é horrível? E eu odeio esse Paulo Afonso ainda mais. odeio-o pelo seu "aplomb", pela indiferença que afeta a meu lado, pela gentileza que prodigalisa às oitras, inferiores a mim, odeio-o finalmente, finalmente porque êle é o único que em verdade me interessa, porque - - por sua causa — vou perder o teu baile, a cjue êle não faltará... • Gaida, minha Gaida, tem pena de mim — arranja, inventa um pretexto para que eu não falte ao teu baile, sim? Beija-te. a tua NINON O
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GAVETA è&ÍÍCW\OR FUTEBOL PROFISSIONAL E AMOR AO "TEAM": — James Patrick Byrne, o famoso profissional da aquipe de futebol do "Tennessee Giantes" de Chatanooga, gravemente enfermo e sem esperanças aguardava a hora do deselance no leito do hospital. Apesar disso, Byrne empregava as suas últimas forças em acompanhar pelas informações dos amigos, ao desenrolar de uma partida decisiva para o campeonato nacional, no qual o seu clube colocara-se finalista. O clube, porém, sem o seu famoso centro avante viu-se derrotado. Para dar ao player moribundo uma alegria tardia, o diretor do "Chatanooga Times", amigo e admirador do grande jogador fez Imprimir, além da edição extra, em que noticiava a derrota do "Giantes", uma folha especial em que o título anunciava a vitória deste clube por 9 a 6, quando na verdade o resultado fora de 0 a 6. O jogador, já com os olhos velados pela morte, conseguiu lêr o título sensacional da vitória, e pouco depois morria sorrindo e murmurando: — Estou satisfeito, porque Brooks me substituiu bem... As palavras de Byrne deveriam ser gravadas em todos os clubes, como demonstração que um jogador pode ser profissional, mas ter ao clube cujas cores defende verdadeiro amor esportivo. PRODÍGIOS DE MEMÓRIA — Themistocles conhecia os nomes de todos os habitantes, o que lhe serviu de auxilio poderoso para a contagem dos soldados depois que derrotou os persas em Salamina. Mithoridates falava 22 linguas, correspondentes a cada uma das nações que comandava e Sciplão conhecia todos os habitantes de Roma. Seneca queixava-se que envelhecia, porque não que os ouvia; podia repetir como antes fazia, 2.000 nomes na ordem em como às avessas. sendo estudante, repetia 200 versos desconexos, tanto a direita sabia de e às avessas Eneida a recitava Agostinho, de S. Simpllclo, amigo cor as obras de Cicero. Avlncená, celebre médico árabe, sabia aos dez anos o Alcorão e o repetia, sem vacllação do principio ao fim. Diz-se que o eremltao 8 Antônio, que não sabia lêr, aprendera toda a Biblia, só por a ouvir recitar. O celebre João Pico de La Mirandola, na idade de 18 anos, falava corretamente 12 línguas e retlnha 2.000 palavras desconexas que se lhe dissessem; lendo três vezes um livro, retlnha-o na memória com fidelidade.
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OS SANDWICBES — Refere um excelente dicionário enciclopédico inglês haver existido um Lord Sandwich, proprietário de terras e grande jogador, o na qual passava horas esquecidas em torno da mesa forrada de pano verne, dia, Um derredor. em sentavam se daqueles da sorte que decidia o azar qual ou porque estivesse mais excitado que de costume, ou porque se interessasse mais pela sua habitual paixão do que nas sessões anteriores, esqueceu-se de comer, mas, aguiolhado finalmente pelo cansaço e pela fome, pediu que lhe levassem qualquer cousa para saciá-la. Assim o fizeram os criados da casa, e o nosso lord, sem abandonar o seu posto, cortou com uma faca quatro fatias de carne que lhe serviram e, colocando cada uma entre dois bocados de pao, sem comeu-os em menos tempo do que o que nos é preciso para contá-lo, nem empenhado, estava em que Interesse o pelo Jogo perder nem um momento a sua interrompê-lo por um segundo. Os companheiros do jogador aplaudiramrefeição, iniciativa e depois, seguindo-lhe o exemplo, deram a rápida e pronta cada vez que a reclamavam, a abreviada designação de sandwich. Esta chegou adquirir tal popularidade que Lord Sandwich não teve dúvidaseu em mencionapais, e como Ia no seu testamento, como um bom legado que deixava ao vida. sua na Inventado havia importantes mais que cousas uma das CARLOS, NOME FATÍDICO? — Dizia Platão que "no nome há uma esDécie de fatalidade irresslstivel que se reflete nos acontecimentos da vida". Si considerarmos o prenome Carlos notaremos que, com excepção de Carlos Magno e de Carlos V, todos os rei» de França que tiveram esse nome foram desventurados ou acabaram tristemente. Carlos II o Calvo, morreu envenenado. Carlos III, o gordo, foi deposto e estrangulado. Carlos, o Simples, morreu na prisão. Carlos IV, o Belo paleceu aos 24 anos. Carlos VI enloqueceu. Carlos VII deixouse morrer a fome. Carlos VIII morreu vitima de uma pancada em Ambolse. Carlos IX faleceu tuberculoso e torturado pelos remorsos e Carlos X, o último rei francês desse nome, foi exilado. E, se levarmos em conta outros países, notaremos que: Carlos I, rei da Inglaterra foi decapitado; Carlos II acabou os seus dias na extrema miséria; Carlos Eduardo Stuart teve uma existência dolorosa; Carlos de Bourbon se viu encarcerado no castelo de Fontenay-leCom te; Carlos de Montpensier foi morto num assedio; Carlos, o temerário, caiu mortalmente ferido junto a Nancy, onde os lobos o decoraram; Carlos de Blois foi decapitado; Carlos, o Máu, queimado vivo. E a lista não está certamente completa. MALHO
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bem ou mal, se adquire fama de poeta (porevidência literária, ou política, veste de rubro a QUANDO, que as criaturas mais incolores), escusado esforço é todo surto para outros horizontes. Bem assim que o azeite sobrenada à água, o título de poeta, o selo do parnaso, fica bolando à tona, em todos os mergulhos a que se aventure o escritor — na indústria, na ciência, nas Letras prosaicas. Pôde êle afundar, beneditinamente, nos claustros e nas bibliotecas, nos laboratórios, nas retortas: nunca será no consenso, um químico, um historiador, um sábio. Prosas que escreva, lastreadas, porventura, de algarismos pesados, princípios graves, indagações profundas — são, irremissivelmente, prosas de poeta... HERMES
FONTES
SOBRE SANTO ANTÔNIO
DOIS?
ONDE VÃO VOCÊS
DO PARNASO
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anos publiquej na revista Excelsior, de Juiz de Fora. HA dois artigos sobre réplicas e advertências populares, artigos que mereceram a honrosa atenção de nosso ilustre mestre dr. João Ribeiro, que os traslado» quase, oa integra, à sua substanciosa obra o- Folclore (pag. 257 e seguintes). Num desses artigos, escrevi o que se segue: " De outras vezes diz-se ao cavaleiro, em tom interrogativo e zombeteiro: " Onde vão vocês dois ?"; ao que êle prontamente responde em réplica: " Cortar capim para nós três". Isto, que se popularizou, em Minas, e, certamente, em outros estados, não é uma criação nacional, como pude verificar, pois vem na Seleta Francesa, de Roquete, pelo menos desde a sexta edição (1865), p. 52, onde lemos: Un meunier cheminait avec son âne; un bel-esprit le recontre et se met à crier: " Oú allez-vous donc vous deux?" — Chercher du foin pour nous trois, répond le meunier." LINDOLFO
se torna bem raro, mais ainda se encontra pelo inJA terior de Minas Gerais, toscas imagens de Santo Antonio de ingênua escultura, feitas nos tempos primitivos do Brasil, representando-o de altas botas, chapéu de bandeirante e saco às costas, conhecida por Santo Antônio do "Picuá."
DIREITO
Nesta mesma cidade (Ouro Preto, a antiga Vila Rica) quando apareceu a proibição vinda de Portugal dos pretos entrarem nas Igrejas, eles quiseram para o seu templo de Santa Efigenia um Santo Antônio, porém negro como sâo Benedito e assim fizeram um de jacarandá cabiúna, obtendo para êle as divisas de cabo. Sobre este Santo Antônio de cabiúna, Macedo Soares (Embaixador José Carlos de Macedo Soares no livro ¦ Santo Antônio de Lisboa Militar no Brasil") nada diz, porque não há documentação alguma, somente tradição oral.
GOMES
DE POETA
O Santo Antônio aqui da cidade (Rio de Janeiro), o que est£ na portaria do Convento, dizem ser feito de barro.
é poeta não tem o d_reito de ser outra coisa, senão poeta. QUEM E' esse um preconceito ainda reinante, e encontradiço mesmo entre pessoas instruídas. Assim, se alguém começa a sua atividade pêlo delicioso crime de fazer um soneto, é bom que reflita um bocado, enquanto é tempo. Podera esse alguém versar, depois, outros gêneros literários, como a prosa, mas o pecado original, direi melhor, o sinal de nascença lhe ficou para sempre. " Même quand 1'oiseau marche on sent qu'il a des ailes." Verdade é que Afranio Peixoto, por exemplo, acha ser isso mérito ajuntado.
Sobre o soldo de Santo Antônio, contava-me o Provincial dos Frades do Convento Frei João do Amor Divino, Custodio de Jerusalém, o seguinte: Com a separição da Igreja do Estado, logo na proclamaçâo da República Deodoro e Floriano Peixoto tiveram medo do Santo, principalmente este último que o conhecia bem de perto, pois comandou durante longo tempo, o Sétimo Batalhão de Infantaria aquartelado em uma das alas do Convento em questão. Tanto assim que trataram de reformar o Santo mas não o eliminaram das fileiras do Exército, ao contrano. mandando que continuasse a ser abonado o soldo a .ue tinha direito por seu posta
.. Mas o preconceito, a que me referi, não consagra essa tese, (a de Afranio). Ao contrário, se um escritor, que apareceu publicando poemas, passa a tratar de história, por exemplo, é como se tivesse invadido a propriedade alheia; não será de estranhar que ouça, logo no dia seguinte, o sussurro malicioso? "como historiador, você é um bom poeta." Em compensação, ninguém perdoará a um Rui, a um Alberto Torres, a um Teixeira Mendes, a um Pedro II, a um Lauro Muller, tenham eles caido na graça de escrever lá os seus sonetos.
PAULO
VII-
JOSÉ
PIRES
BRANDÃO
CASSIANO
RICARDO
Seleção ! 94
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de FRAGUSTO O
MALHO
VIVER PELO
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BELARMINO VIANNA ••Só quando cessais de amar é que criais a palavra tolerância". Krislinamiirli
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podemos compreender que a mentalidade JA'da qual a maioria de nós se serve no presente é a expressão mirrada do passado. Esta mentalidade alimenta-se de memórias possessivas, deixa em abandono o entedimento do presente e mantém a ânsia do futuro. Fomos habituados a temer o presente e a pensar continuamente no além. O presente tornou-se intolerável pela luta de posse e segurança individualista. Nossa mentalidade está deformada por conceitos e ilusões que inibem a função do nosso entendimento, da nossa razão. Vivemos prisioneiros do subconciente que o passado nos legou. Aspiramos, mas não sabemos viver a felicidade que somos em essência. Os que desconhecem Isto tornam-se explorados e exploradores. Estamos errados ao aceitarmos a felicidade que nos vem atravéz da infelicidade dos outros. Infelizmente este é o resultado da mentalidade do civilizado, limitada pelos opostos. Aceitamos a autoridade de deuses, ignorando que o entendimento é a expressão de Deus no homem. Por Isto, nossa adoração é falsa e nula. Adoramos a Deus e eliminamos os nossos semelhantes, quando Isto convém aos nossos interesses Individualistas. nossos Ainda não selecionamos conhecimentos; resulta disto, que vivemos ao mesmo tempo orientados pela lógica, pela experimentação e pelo metafísica; não sabemos nos orientar para uma função definida pelo essencial. Por esta razão somos meros Joguetes dos que exploram o velho subconciente que trazemos do passado. Estamos prisioneiros de uma rede mental tecida com postulados Inconciliáveis com a razão. Usamos muitos sistemas filosóficos. Todos, porém, servem apenas para encobrir, para deter a razão, o entendimento, a elementos Inteligência e o discernimento, essenciais a felicidade, com os quais ainda não sabemos viver. O nosso subconciente assemelha-te a um museu zoológico. Ai guardamos as múmias ressequidas do passado e as feras do nosso egoísmo arrazador. Abrindo as portas desse museu mental, encontramos as causas do sofrimento. Se nos libertarmos dessas causas, sobrevem-nos o entendimento Para Isto conseguirmos, é necessário enfrentarmos corajosamente a nossa própria mentalidade; mas enfrentá-la para rrpová-la, para reformá-la. Esta mentalidade incoerente só pôde produzir sociedades temporárias, nas quais os seres humanas vivem sem objetivos essenciais. E' essa mentalidade que vamos deixando para traz em chamas. Não olhemos para as suas labaredas se não quisermos nos transformar na estátua de sal da última Sodoma. Transformar-se na estátua de sal, ê entregar-se aos desejos sem entendimento. Nada construiremos com o que se passou. Estamos diante da nova aurora que se levanta nos espíritos despertos pela compreensão do essencial, do real, da verdade mesma. Falo da aurora do entendi, ento, desse entendimento que em nós tem «Ido apenas um
O
MALHO
ralo de aspiração, de esperança, o qual nos está impelindo para a renovação. Deste estado de renovação o nosso espirito deve voltar-se para esse passado que aprisionamos e que se tornou o nosso subconciente, ao qual chamamos nossa mentalidade que em todos nós é semelhante, ilusões, pelos enganos e crueldades pela acumuladas; mentalidade que, a luz dos ensinamentos de Krishnamurti, deve ser renovada sob o domínio da razão e do entendimento. As grandes perturbações que as sociededes humanas estão sofrendo teem sua causa na mentalidade que usamos. O problema, por mais difícil e distante que nos pareça, é o de reforma de mentalidade. Para isto deve o homem receber nova educação, na qual sejam derrogados os falsos princípios com os quais até aqui foi educado. E' necessário ensinar o homem a volver-se para a sua própria natureza, para a sua própria mentalidade, para o seu próprio subconciente, para o seu interior; é por af que passa o caminho da libertação do seu entendimento. E' aí que estão as causas da não cooperação do homem com o homem. E' necessário que desçamos a esse abismo E' necessário que até agora insondado. desçamos a toda profundidade desse poço que chama-se subconciente, e com o olhar do entendimento analizemos o nosso passado milnar. E' necessário que conheçamos, individualmente, o material que ali temos disse acumulado. "Conhece-te a ti próprio" o grande Sócrates. Ao conhecermos a nós mesmos, realizamos o ato de libertação Individual, respeitamos a vida. Enquanto não compreendemos o que significa a libertação Individual, somos escravos "eu", esse "eu" que usamos na sutil do exploração de nós mesmos, porque a nossa vida, a nossa compre, ri.v.io está presa na limitação do "eu". Ao voltarmos das viagens ao nosso subconciente, podemos trazer o propósito de renovar completamente esse formidável arquivo que inconcientemente acumulamos no passado. Com estas viagens atravéz das nossas compreenderemos o verdadeiro qualidades, sentido da libertação de que fala Krishnamurti. Compreenderemos as conseqüências de usarmos uma moral que não dlmana do essencial no nosso ser. Nesta época em que, por falta de objetivos essenciais esboroa-se a sociedade e a mentalidade contemporâneas, o homem sente-se desamparado pela moral que o conduziu até aqui. Seu entendimento necessita reorlentar-se por uma outra maneira. E esta reorlentação so pode ser feita fora da limitação dos opostos. Pela moral antiga, o homem se tornou preso aos limites do que é moral e do que é Imoral; não sabe compreender a vida fora dessa estreiteza. Por Isto é que excede-se continuamente, tanto na prática da moral como na do Imoral. Mas a compreensão não pode Jamais ficar limitada. Compreensão é vida, e quando a vida está limitada pelos opostos, resulta o predomínio do "eu" egoísta e dispótico. A moral que resulta do predomínio do "eu" e Justamente a dos interesses aquisitivos. Não contém afeto nem amor. Ao pensarmoa somente com o "eu", não nos apercebemos de que os outros pensam exatamente como nós, o que disto resulta o constante atrito das relações mútuas. Não nos apercebemos de que o "eu" salta de posse em posse, completamente ausente do entendimento, e que esse mesmo "eu" conduz o homem ao afastamento dos seus semelhantes, com os quais pode e precisa viver em cooperação.
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Em verdade, apesar da apregoada crença em Deus, em maioria, o homem nada deseja fazer para o seu semelhante sem dele receber uma compensação. Assim sucede quando o homem é dirigido somente pelo "eu". Isto, não é viver - é explorar sem porém, entendimento, é lutar contra sua razão pura. Porém, se alguém, por sentir-se neste estado, quiser encontrar o seu próprio caminho, nada terá a temer, pois o trabalho que deve executar não perturbará a outrem. A operação a realizar é particularmente sua; deve efetuar-se na sua própria natureza. Pode começar, como adverte Krishnamurti, por penetrar no seu Próprio "eu" no seu subconciente, libertando ali a razão e a inteligência que se encontram prisioneiras das memórias velhas, dos complexos acumulados. No subconciente do homem estão as causas de todos os males de que êle se queixa. E' do subconciente que partem as ações cruéis, invejosas, autoritárias, Imitativas. Quando o homem compreende isto, deixa de pedir a Deus para si, aquilo que êle próprio não quiz dar ao seu semelhante; passa a utilizar a razão, (entendimento | a analizar o seu próprio est ido de ignorância. Daí por diante começa a entender o seu próprio problema espiritual, do qual depende o seu problema único: Viver feliz pelo entendimento. O subconciente ê um pesado fardo que o homem conduz para onde quer que vá. Não será rezando, nem meditando, sem entendimento, sem ação criativa, sem sacrifício dos velhos hábitos, que dele se libertará. Compete ao próprio homem realizar a drenagem, a compreensão do seu subconciente, se realmente quer encontrar a libertação. A natureza, o subconciente do homem, têm sido ocultos pela terrível realidade da ignorância. A verdade total está no despertamento do entendimento para o conteúdo do subconciente. Cada um pode romper resolutamente o seu próprio subconciente, para deixar de ser . prisioneiro do Karma, para deixar de ser escravo dos desejos de posse. O Karma é o subconciente parado, qua precisa ser consumido na luta pela libertação do entendimento. Quando o homem compreende que Karma o pecado, é ação em cativeiro, não mais deixa de agir e de cooperar com o seu semelhante. (Karma eqüivale a lei de causa e efeito.)
Na sua ânsia para libertar-se da Ignorância, o homem tem sido enganado por quantos lhe teem prometido o ouro da paz e apenas lhe mostram a sacola onde deve ser colocado o ouro do seu suor. Para encontrar a libertação, entretanto, tem êle que abandonar todos os caminhos assinalados fora de si mesmo. Agora Já é possível saber-se que nenhum desses caminhos conduz ao entendimento da verdade. Porque a verdade está presente nos pensamentos criativos. Verdade é amor, é entendimento, ó vida. Já é possivel compreender-se que os sistemas filosóficos pelos quais nos temos orientado traem sempre as nossas Intuições. E' assim que aspiramos e falamos de cousas belas, puras, verdadeiras, somente por hábito pois, somos forçados, pelos nossos grupos de memórias velhas, a viver uma realidade bem distante da beleza. Devemos abrir em nós próprios o caminho novo e fresca da realização ao qual nos convida Krishnamurti. Estamos no tempo precussor da nova aurora, e temos que despertar para viver a nova mentalidade, que é isenta de exploração. Nada mais podemos esperar da mentalidade velha. Temos que libertar o nosso entendimento, que se encontra prisioneiro do espirito do passado. Ninguém fará Isto por nos. "Trabalha coletivamente e liberta-te diz Krishnamurti individualmente e serás feliz."
VII
19 4 3
Milhares de tanques concentrados no pátio de uma fábrica V: de Detroit, momentos antes campos de batalha na Europa e no Pacífico. os diversos para
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"Mars", o gigantesco hidro-aviâo de 70 toneladas, a maior aeronave do mundo, construída pelas fábricas Martius, onde centenas de outras máquinas idênticas estão sendo produzidas para o transporte de soldados americanos para os mais afastados campos de batalha.
HISTORIA DO BRASIL
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"História
do Brasil", de Vrmitage, é tida como a melhor obra que já sL. escreveu sobre os acontecimentos que antecederam a nossa independência. O nome
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de João Armitage é freqüentemente citado por" i:iitrii< historiadores e nele se baseiam sempre os que, posteriormente, escreveram c escrevem sobre a nossa história. Con tu."o, era obra esgotada, rara, e dai a bôa acolhida que teve a iniciativa de ZeJÍO \ alvcidc, de reeditar eU3 preciosa obra, que versa desde o período da cheIa família de Bragança, em 1808, atê a abdicação de I). Pedro, em 1831.
CURIOSO
FLAGRANTE
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CLUB
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0 chanctlcr Oswaldn AranUa, e o ^ministro Sousa Csta. pelas risonhas fisionomias sido fclises nos seus proynôstico* páreo que acaba aue mosfrum, ti Jàneo foi colhida no ultime dominyo, no prado d„ hipode ser dromo da Gávea. OS DOIS NOVOS SÓCIOS BENEMÊRITOS I>\ SOCIEDADE A SoB. DE BELAS ARTES Vrtes, ciedade Bra U. li num jeato d« requintada fidalguia que repercurtiu dò modo mais simpáticò nos meios artlstic is c intelectuais, coníetio aos dii S. A. "O Malho", snrs Pswaldo de Sonsa e Silva e Antônio A. és Souza e Silva, diplomai de beneméritos, em mento pesrviçoi prestados àquela CÍPÇãr 1.
A entrega dos respectivoi diplomas teve lugar durante o -almoço "E*cursSo de Pinque finalisou a tura ao Ar Livre", promovida pela S. A. "O M.ilh ." ¦ sócios da Socieda !e B. Artes. '
No clichê vemos t, presidente da S. B. B A. quando entregava o di" O ploma aos diretores da S. A. Malho". O
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edição, cuidad isamente feita, traz preciosas anotações do escritor Garcia Junior, coni: lioso de assuntos hisA
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V I I — 1 9 4 3
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CHIS.OVAM D. CAMARGO REPRESENTADO
EM
BUENOS
AIRES
O Teatro Avenida, de Buenos Aires, acaba de levar à cena uma original peça do escritor brasileiro Cristovam de Camargo. No dia 3 de Junho último, foi encenada "La llamada telefonica", representada pelo ator José Romeu, no espetaculo da Companhia Maria GuerreroDiaz de Mendoza. Ê uma cena dramática, com a ciuração de dez minutos, em cujo decorrer se condensa um drama de amor. Escrita em francês, o autor adaptou-a ao castelhano, vivida por um único personagem. O público, onde f se via o Embaixador Rodrigues Alves e outras figuras destacadas, aplaudiu a peça e a cr.tica também se manifestou favoravelmente, tendo "se trata de uma "La Nacion" registrado que cena única, monólogo de um homem que ama e sofre, e diz, em voz alta, seus pensamentos, seus anelos e suas desesperanças. Mas está longe de ter a aridez ou o convencionalismo de um monólogo, porque a habilidade do autor consiste em fazer com que o protagonista na realidade, não se encontre só."
REVISTAS
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DIRETRIZES
ARTE
As nossas revistas teem, em geral, a pre•ocupação da Arte. Podíamos contar dezenas delas e assinalar fatos. Há uma que agora vai fazer uma excursão de pintura ao ar livre e que será brilhante. E' "O MALHO", que hoje está uma jóia, sob a direção feliz e competente de Oswaldo e Antônio de Souza e Silva, dois irmãos unidos; que dirigem outras publicações, como essa notável "ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA", que honra o Pais. Pois a excursão é promovida entre os pintores e sócios da Sociedade Brasileira de Belas - Artes Tudo simples, elegante e harmonioso. Realizar-se-á um almoço, domingo, a propósito, no Cassino Icaraí, em Niterói. Pintores e pintoO que Outros intelectuais. ras lá estarão. se assinala, nesta simples nota, é o sentido feliz dessas reuniões — juntar amigos, aproximar desconhecidos, e até acabar com algumas prevenções descabidas. Conhecem-se todos, e é essa uma das obras que faz "O MALHO", tào fora das suas páginas, fino nas suas gravuras, tão variado no seu texto — tudo bem solucionado, amistosamente, por esses espíritos moços de Oswaldo e Antonio de Souza e Silva. Que essa obra de aproximaçáo e cordialidade continue, com acentuadas vitórias ! Raul de Azevedo ( Da Vanguarda, de 10 de Junho) V I I — 1 9 4 3
Ífi__^_______________________________^
POLÍTICAS PROF.
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DE
VIRIATO
HUMBERTO
VARGAS GRANDE
Ministro Viriato Vargas, no Instituto Nacional de Ciência Política, pronunciou uma série de magistrais palestras, nas quais estuda com muita originalidade e profundeza, os grandes problemas nacionais e apresenta a verdadeira interpretação e sentido do Estado Nacional, cuja doutrina, na opinião de tão autorizado conferencista, deve ser o evangelh. dos patriotas. Assim, nesses estudos substanciais, cheios de observaçfto sobre o nosso meio, teve o excepcional mérito de mostrar de modo convincente que o regime criado pelo Presidente Getulio Vargas não é um regime arbitrário ou improvisado, sem rigorosa fundamentação socio.ógica. Não. Êle se baseia nos mais elevados princípios da verdadtira politica, alicerçada na história e na moral ; é um regime de base cientifica e filosófica, que encontra apoio no pensamento dum dos maiores pensadores do mundo, cuja filosofia enormes benefícios tem prestado à humanidade, clareando as Idéias de genêro humano, para, deste modo, facilitar a solução dos magnos problemas do mundo. E, por isso mesmo! o nosso regime, firmado em princípios científicos, estrutura-se no conhecimento da realidade nacional, na observação dos nossos fenômenos sociais, na percepção justa do nosso meio e da nossa gente ; é, enfim, um regime orgânico, convincente e bem adaptado ao Brasil. A atitude patriótica do Ministro Viriato Vargas de pregar, com coragem e desassombro, a verdadeira doutrina do Estado Nacional, causou no País inteiro a mais profunda impressão. Realmente, esse nobre doutrinador merece toda consideração, pois, é um homem culto e respeitável, possuidor de grande experiência política e conhecimentos enciclopédicos, sistematizados pela mais sábia orientação. Eis o motivo por que, certa vez, opinamos que se o Sr. Getulio Vargas é o grande homem de ação, que o Brasil inteiro conhece, Viriato Vargas é o grande homem de pensamento, que logo a Naçáo lhe tributará as mais expressivas homenagens. E, em verdade, Viriato Vargas é autêntico filósofo, que, ao lado de enorme amor à Pátria, sente a humanidade, compreendendo o sofrimento humano, e por esta razão, agora, a sua atividade politica e cultural é inspirada pelos mais elevados sentimentos de altruísmo. Q
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— Membros DIRETÓRIO ACADÊMICO DA FACULDADE DE FILOSOFIA DO INSTITUTO LA-FAYETTE. nossa Pátria. à e do primeiro Diretório e do segundo, cujas atividades teem sido nobres e profícuas aos estudantes as estimular a destinada pesAo centro o professor La-Fayette Cortes, diretor dessa instituição universitária, normal para todo o Brasil. qutsas em Arte, Ciência e Filosofia e a formar o professorado de curso secundário e
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BASTIDORES
Kerner de Castro é um nome nos meios intelectuais, conhecido ARI sua permanente atuação que se tem pela caracterisado em vários setores, entre os quais o teatro, no qual vários êxitos teem assinalado sua carreira. Agora, porém, Ari Kerner oferece aos "Nos Bastileitores interessante volume dores da Publicidade", onde reuniu sensacionais revelações sobre os segredos e os requintes da publicidade, comercial e individual.
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\ mm JhÜÉ HOMENAGEADO 0 SR. ]0X0 PAIM— Grupo feito no Clube Ginástico Português, quando do grande almoço ofena preracido ao Sr. João Paim, por seus amigos, colegas e admiradores, por motivo da sua recente investidura do Rio de Comércio no Empregados dos Janeiro. da Associação sidência MALHO
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V I I
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T^iníuia EUCLIDES FONSECA foi um desses espíritos marcados pela» Arte, que passam a vida sonhando em plena luta e lutando em pleno sonho ! Pintor, deixou vários quadros de mérito indiscutível; escultor, trabalhou, de preferência em cerâmica, produzindo exemplares que ficarão como obras que atestam uma orientação segura; inteligência muito viva, adquiriu cultura geral, digna de nota; pintou diversas paisagens, que lhe perpetuarão o nome; tentou, com êxito, a decoração; para as suas tentativas de ceramica, aprofundou-se em observações e estudos e encaminhou-se, como sempre, no sentido nacionalista, preferindo o motivo marajoára. Em tudo quanto produzia, sentia-se-lhe o espírito inquieto, que procurava incessantemente. Teve momentos difíceis, mas nunta desanimou. Foi uma vida cheia de altos e baixos, como o temperamento, capaz de todos os sacrifícios e de todas as reações. Afinal, baqueou cheio de entusiasmo e de esperanças, em pleno esplendor da carreira e cm pleno viço de vida. Seus amigos c sua viuva fizeram-lhe uma exposição póstuma, no Museu de Belas Artes. E todos revimos naqueles exemplares de cerâmica c naqueles quadros encantadores — alguns dos quais foram adquiridos pelo Governo — o artista que não parava, viajando incessantemente em busca de assunto c trabalho, 0 amigo que, de vez em quando se despedia, rumo de novos ambientes e de novas impress e que, afinal, partiu inesperadamente, para nunca mais voltar.... A EXPOSIÇÃO José Maria de Almeida marcou uma etapa das mais brilhantes na carreira do talentoso artista. O Rio C seus arredores, Minas e Estado do Rio ofereceram-lhe oportunidades diversas para pintar impressões deliciosas. Vários trabalhos fixaram aspectos de velhos trechos da cidade, nos diversos sitios invadidos pelo traçado da Avenida Getulio Vargas. E, fumo nota forte, dois excelentes interiores da igreja de S. Bento. José Maria assenhorca-se, cada dia mais, dos segredos do desenho e apresenta-se cada vez mais colorido e luminoso. Por isso mesmo, a sua pintura tem interesse crescente para os colecionadoret, TIVEMOS a estréia da pintora gaúcha, Hilda Goltz, aluna do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, chegada ao Ki.i há pouco tempo. Predominavam na mostra as paisagens do sul, que a artista impregna de côr sadia e luminosidade agradavel. Em seus quadros há movimento e fantazia. E a escolha dos assuntos é semprr feliz. V I I — 1 9 4 3
Otuuica TERMINADA a temporada de assinatura, de bailados, promovida pela Prefeitura, com grande maioria de elementos brasileiros, tivemos ainda alguns espetáculos estraordinários a preços populares. Foram noitadas de todo idênticas às que as precederam, com o rotulo de oficiais, e que produziram impressão agradável. Nelas figuraram os mesmos cenários, os mesmos bailados, dansados pelos mesmos bailarinos, a mesma indumentária e a mesma orquestra. NAO ESTÃO AINDA CONHECIDOS os nomes que comporão o quadro da temporada lírica oficial, a ser inaugurada proximamente. Póde-se, entretanto, de ante-mão, ter a certeza de que serão escolhidos entre os de maior fama no cartaz da
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A Maestro Silvio Piergile musica lírica, no momento, e que a nossa situação de nação beligerante permita contratar. Porque a orientação da temporada. confiada ao tino profissional do maestro Silvio Piergile, tudo faz crer qne, "in nada destoará das anteriores, que lhe deram e consolidaram o justo prestigio artístico de que gosa entre nós. Assim, apesar das dificuldades da hora presente, teremos uma bela temporada lírica, gênero para o qual o nosso público tem decisiva inclinação. O maestro Silvio Piergile está ultimando as providências definitivas e revelará dentro de breves dias, o elenco e 0 repertório em organização. DENTRE AS PIANISTAS de sua geração, Edltb Bulhões pode-se considerar uma das mais fartamente dotadas de predi-
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báilh Bulhões Marcial . cados decisivos para uma carreira brilnante. Talentosa, artista, estudiosa, as suas execuções são sempre uma demonstração do quanto o piano a seduz e lhe fala à alma. Ouvi-la é, pois, sempre um prazer, que o público retribuc com aplausos sucessivos e ruidosos. E foi isso que, mais duas vezes se observou, nas suas recentes apresenta ções executando o terceiro concerto da série organisada pelo ilustre Dr. Arthur Imbassahy, e colaborando no quarto programa de concertos oficiais da Escola Nacional de Música, dirigida pelo maestro Rafael Batista. WILMA GRAÇA é. sem dúvida, a mais impressionante revelação pianistica do momento. Aos quatorze anos de idade, ela apresenta já uma técnica transcendente, e — o que é mais importante — unia sensibilidade emotiva, como nem sempre se observa em artistas já maduros e trabalhados pelas lutas da vida. Capaz de aprofundar como poucos o sentido de uma fraze musical, dando-lhe o encantamento ou o entusiasmo que encerra, a emoção ou o arrebatamento que guarda em si mesma, Wilma Graça penetra o íntimo da música e comunica-se com o auditório, realisando o milagre de elevar ao máximo a emoção alheia. E isso, que é tudo quanto procuram interprety e ouvinte, basta para que se avalie o valor de Wilma Graça e o esplendor de futuro que lhe está rezervado. Joven e talentosa, iniciada nos seus estudos de piano pela dedicada professora Kita de Ulhch Canto, quando aqui residiu durante alguns anos. Wilma ofereceu, recentemente, um recitai de piano para os pequenos sócios da iciaçío Pró-Juvcntude no desempenho de cujo programa foi, por vezes, delirantemente aplaudida. O GOSTO PELO GÊNERO "bailado" está interessando agora os nossos compositores. Na temporada que acaba de ser reausada no Municipal, alguns autores brasileiros foram aplaudidos com entusiasmo: Alberto Nepomuccno, Villa Lobos, José de
Siqueira, Francisco Mignone, Alberto Laza-
oli e l.ourenço Fernandes. Se outros nomes novos não vierem a incorporar-se a esse grupo tão Unido, que ao menos esses, que o compõem, insistam no gênero, para o qual já deram provas de possuir franca disposição. MALHO
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mm squza gomes a passagem do segundo COMEMORANDO aniversário da atuação do major hunco <3ê Souza Gomes na chefia do gabinete da Direção da Central do Brasil, os amigos desse ilustre militar e os engenheiros daquela ferrovia fizeram realizar, a 19 de Junho, um aimoço no Jockey Club. A homenagem teve oportunidade de ressaltar a admiração e a estima que envolveu a personalidade do major Eurico de Souza Gomes, num justo tributo às suas qualidades de caráter, espirito c dcdicação à causa pública. Ao almoço compareceram algumas das figuras da mais alta projeção na política e na administração do país, notadamente o general Eurico Gaspar Dutra, titular da pasta da Guerra, e general Mendonça Lima, ministro da Viação. Saudando o homenageado falou o Sr. Jurandyr Pires Ferreira, o qual, em admirável oração, ressaltou no major Eurico Souza Gomes o homem operoso e dinâmico, cuja existência tem sido uma continua sucessão de trabalhos relevantes à administração civil e militar do Brasil. Presentemente, a frente do Gabinete da Central do Brasil, como principal colaborador do major Napoleâo Alencastro
Guimarães, esse espírito de dedicação ao trabalho tem dado ensejo a que o major Souza Gomes realize uma das etapas mais fecundas de sua carreira de homem público.
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Agradecendo à saudação do Dr. Jurandyr Pires Ferreira, o major Eurico Souza Gomes realçou que a homenagem que lhe era então tributada se explicava pela solidariedade que compõe as forças que articulam e impulsionam a Central do Brasil. E destacou ainda, como alicerces do espirito novo da ferrovia brasileira, a sabedoria do construtor da nacionalidade, na pessoa do presidente da República, a experiência e a bondade do general Meudonça Lima, como ministro da Viação, e a figura extraordinária de chefe no vulto do major Napoleão Alencastro Guimarães, diretor da Estrada. Essa festa admirável de cordialidade p-tovocada pelos méritos do major Eurico dc Souza Gomes foi encerrada com um brinde de honra ao presidente Vargas, erguido sob gerais e calorosos aplausos pela palavra bnlhante do major Napoleão Alencastro Guimarães, diretor da Central do Brasil.
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que Maio começa a brunir de ouro os cimos velados que circundam ASSIM conTseu abraço de esmeralda a " Cidade Maravilhosa", doirando de harmonias novas os ramos que oscilam na brisa que o perfume das flores entontece e embriaga, todas as forças vivas da sociedade carioca como que se confinem, numa dança espasmódica de embevecimentos. Notadamentc, a Arte pictorica, a mais humana e sentid.,, cresce de si mesma, mima verdadeira Ale« luia de encantamento. Que me lembre, jamais vi a " sala nobre" do elegante Motel da Avenida Rio Branco, vestida de tal garridice e pompa, difícil de serem ultrapassadas im, faslos de sua memoravcl vida artística, Toda uma multidão de pintores, jornalistas, senhoras, mundanos gente simples, cultuadores do belo, ali se encontrava, ávida dOf trJuníos da artista que se ia mostrar, pela primeira vez, a um grande público que já a admira de há longos anos. A ronda estranha se faz fácil, alegre, pra/cimira, feliz. Trocam-se cuinprinientos. Diálogos ligeiros. F.síusiantc., Amistosos «.peitos de mãos. Beijos convencionais, estalam, esgueirados, em faces que são verdadeiras máscaras ambulantes. Os grandes nomes da tela se entremostram eipansivos. Ado Malagoli, merecido prêmio " Salon" de i>j4_, diz numa de viagem do roda que já arrumou a mala duas vezes e "grana" não aparece; J. Carvalho que a recebe cumprimentos pelo êxito econômico e artístico de sua última mostra; Lopes da Silva, o mais autorisado critico de n meio. ê solicitada por Santiago, Lobo, Fimchal, Formenti, J. Santos e outros que o querem felicitar pelos seus originalíssimos "Bilhetes "Correio do Rio", ínseftOS DO Paulistano"; José Maria de Almeida, puxanos pelo braço para nos falar de seu lindo sonho, de se fazer escultor e aquarelista. Condenámos-lhe o ecletismo, e ele se deíende bravamente. O
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Sinhá D'Amora que é cearense, estudou com Chambellant, Lucilio Albuquerque e Vicente Leite, do qual assimilou as qualidades colojistas. Desse pugilo de valores, ao fim de certo tempo de estudo perseverante, abandona-lhe as influências, e adquire personalidade própri?, como se observa atravez de sua vultosa e selecionada obra. Olhemos de relance as magias de sua palheta transfiguradora, ardente de vida, fosforejante de luz, de graça, de entusiasmo. Contemple-se "Luz da tarde" (Interior do Mosteiro de São Bento) onde tudo é emoção, quietude, traduzindo em desenhos bem distribuídos, momentos suaves de profunda liturgia. "Trecho do Rio Piabanha" (Itaipava — Estado do Rio). É uma paisagem de folego. Bem retratada, em que Sinhá D"Amora atinge sonhos altos, de imperecivel beleza. Aqui está "Tarde colorida" (Parque da
SINHÁ D'AMORA Quando mais forte era o zum-zum, c se movia c agitava a desinquieta onda de cabecas, eis que aparece uma creatura mignon, fina, loira, toda de negro em cujo vestido, uma "aigrete" cinza, artisticamente colocada no cbapéusinho, também preto, dava uma graça excepcional, risonha, tentaddra. Dir-ae-ia madame Pompadour, apando de inopino, na sua " finesse" bizarra, vinda dos salões de Luiz XV. A "charme" balsaqueana mesma que iluminou a famosa tainha, revivia, dentro de identico halo <le sedução, em Sinhá D'Amora, artista magífica que todos nós ali rev< rrnciávamos, exultantes de sinceridade As guarenta telas expostas, pari serem comentadas, mesmo com parcimônia, só se se compusesse um livro com quarenta capítulot, I ir contrário, é impossível se descrever 0*~UC é a mostra de Sinhá DWmora, tão empolgantemente está apresentada. Vamos de tela em tela, ouvindo os critico>, exatos, sinceros, na exteriorisaçã* de seus juizos. Pedro Bruno tem palavras de entusiasmo para " Barco a Vela" (Urca), mostrando-lhe a afinidade com rei to, pintOKI francezes. Oswaldo Teixeira, a grande figura de arte pictorica brasil-ira, ina dica os pontos de contato da pintora cearenseconi Baptista da Costa, em " Quarcsmas". Outras opiniões honrosas se alteiam, aqui e ali, por entre o pcriiosticismo de zoilos, que querem alardear conhecimentos dos léus em que viveram os Deuses do Olimpo — Van Vitelli, Panini, Sassoferato, da escola romana; Tintoietto, Mantcgm, Tiziano, da escola veneziana; Goya, Rafael, Murilo, do Mundo. — 44 —
cidade-Gavea) um quadro verdadeiramente poético, no qual ressalta toda a fina sensibilidade da interessante artista. "Canto de chácara" (Gávea), onde cstara a maior fascinação? No céu transiucido ou nas encostas cobertas de verde, cheias de árvores, cujos ramos palpitam no estremecimento de asas que se amam? "Cena da favela" (LarA tela intitulada go da Memória) a nosso ver é a nnis gra.idiosa da mostra. Tudo ali é verdadeiro, sinecro, exato, com profundo sentido humano. A perspectiva é soberba. Planos magníficos. Coloridos bizarros, que encantam pela liarmonia, pela simplicidade. Nesse trabalho íreme o engenho da artista, no seu profundo lirismo, com fugas indefinidas, de um sabor estranho. Aqueles caminhos que vão para longe, numa estradinha que se aperta e alarga, parecerão familiares a toda a gente. _uem de nós não cruciou uma saudade por um caminho assim, de uma tarde assim, com o coração apertado por entre duas lágrimas que se cristalisam? " Girassóis de Itaipava", a refulgênBm cia é magnífica, anatomia perfeita. *' Rosas da Virgem" mostra mais uma nuance dessa pintora valorosa, que tem o instinto das cousas, o pensamento da natureza. As suas flores de real colorido, traduzem o frescor das manhãs, refletem a cristalinidade dos céus. Obra igual, p.-ríeita, homogênea, cheia de rebrilhos de luz, artista na verdadeira acepçio do \<» ábulo, Sinhá D'Amora poderia repetir como Cof« reggio ao contemplar o seu Evangelho de " Anchio sono Sio João: plttore". Rio, 2-/5/3 RA.MIKO GONÇALVES V I I
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Supl emento Cinematográfico d' O MALHO
/"\ cinema acaba não morreu", "Ro^'^ de sofrer oumance a n t i g o", "Prision e r o s", tro rude golpe com i "Pouco amor, a perda de um de não "Interseus artistas mais é a mô r", admiráveis mezzo", "Romeu e "E o ven— o inesquecível Julieta", interprete de "Fioto levou" e os cita.____\_^_____\\\W -1.^. resta petrificada" dos no inicio. ÚltimF ^^PRRRi e "Escravos do demamente, no cinesejo" — desaparema anti-nazista, vicido quando em mo-lo em "Invaviagem de Portusão dos Bárbaros" e "Mr. V", este, . gal para a Inglaterra, num avião uma espécie de sede passageiros, que quencia modernifoi abatido pelos zada do seu delialemães. cioso "Pimpinela Leslie Howard era um dos mais finos Escarlate", de 1935. A morte o surpreendeu interpretes do cinema contemporâneo e desde no regresso de uma visita à Espanha e Portu"Pigmalião", tambem ser chamado de podia gal, onde realizara conferências sobre o cinema atual, como representante do Conselho Bricineasta, tão bôa foi aquela versão cinematotànico, devendo supervizionar as últimas cenas gráfica da obra de Bernard Shaw, a única que agradou ao grande escritor inglês. de uma produção intitulada "The Lamp Still Começando como modesto empregado de Burns". Dizem que sua visita a Portugal e revelar não tardou em sua verdaum banco, Espanha constituiu um trabalho inestimável deira vocação. Interessaram-lhe as manifestaem prol das relações da Inglaterra com aqueles da inteligência e do espírito e apaixonouções paises e terá repercussão e conseqüências se pela literatura. Por este caminho chegou ao extraordinárias. teatro e mais tarde triunfou no cinema, em E' portanto, com pezar que registramos 1931. Tivemo-lo, então, valorizando com o a morte trágica do grande artista que deixou brilho de sua interpretação uma série de filmes uma lacuna impreenchivel na cinematográexcepcionais — "Segredos", "O amor que fia.
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número passado, por um descuido nosso, foram omitidas as estréias do "CineNO " matógrafo Parisiense", de Abril de 1913. A Nordisk apresentou cinco filmes, sendo que um deles foi o famoso " A morte em Sevilha", de Asta Nielsen, um dos -mais perfeitos traballios da grande artista, num papel de espanhola (Juanita), história de Urban Gad, filmada na prbpria Sevilha. Fez enorme sucesso, sendo exibido em seis sessões diurnas e quatro noturnas. Os outros filmes da grande fábrica dinamarquesa foram: — " O remorso", "Casamento no hotel", quarto 75/76" e "A moeda de ouro", todos com Wuppschlander, neste último com Ebba Thomsen; e " Corrida contra um banco", com Ebba, Clair Witt e o inter" prete de Dr. Gar-El-Hama", Aage Hertel. A Film d'Art apresentou "A capa de pele", com Nelly Cormon, • Sabine Laudry, Riviers e Friere; e "A grande mangueira" ("La grand marniere" de George Ohnet), com Mlle. Guizelle, Condé, Pouctál e Meyisto. Finalmente, o Parisiense exibiu "O rei da mata", grande filme de caçadas da Selig, e " Pela pátria", com í linda Miss Saharet Vejamos agora os cartazes do mês de Maio, começando pelo cinema do snr. Staffa, com mais cinco produções da Nordisk: — "A culpa dos pais" e o "O poder misterioso", com Asta Nielsen; "Um tiro 110 meio da noite", com Wuppschlander e Ebba Thomsen; "O homem <lo capote", com Robert Dinesen; e "O legado do artista sundo-mudo", com Ebba Thomsen e CarI Aestrup no papeltítulo. E ainda: — "A dançarina mascarada", da Film d'Art, com Charlottc Wiehe e Mr. Vibert; "Sérgio Panine" (George Ohnet), da inesma empresa; " Ouro assassino" e " Man-Zclle caprichosa", da Vitagraph; e "A pintora e as feras" e "O cow-boy e o milionário" (ou "O B
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Aqui está o popular "Miúdo" ou mellior — But de Zan, da Gaumont, que mais tarde foi um dos principais inter"Judex". pretes de
HÁ30ANOS (De PERY R. RIBAS) domador de cavalos"), da Selig. O Odeon apresentou uma série de filmes notáveis com alguns dos artistas mais cotados da época na França e na Italia: — "Zuma, a escrava negra", da Cines, com Hesperia no papel da protagonista, apresentando efeitos de luz inéditos, segundo os anúncios; " Camafeu" (Infância infeliz), da Pathé, com Mistinguett; "Teatro da Morte", da Pasquali, com Terri-
OGRAFIAS
ble Gonzales; " Condessa fascinad&ra'*, Pathêcolor, com Robinne; "Branco contra preto", da Pasquali, com Alberto Capozzi; e dois filmes da Vitagraph, com Maurice Costello — " Duas batalhas" e " Impressões digitais". O elemento cômico esteve representado por Miúdo em "Primeiro idilio de Miúdo" e " Miudo ladrão de elefante"; Leonce Perret em " A ceia galante" ; e Bertholdinho em " Bertholdinho boxeur" (todos da Gaumont) ; e "Tres mulhe" res para um só homem", da Pathé, com Prince„ Rivers, Simon, Collen Mure, Gabrielle Langee Mme. Mallec. No Pathé, foram apresentados;—" Espiões do forte Mac Donald", colorida dai Pathé; "Chuva de ouro", da Ambrosio (Série de Ouro) com Cléa Tarlarini; "Rosa Bell (A detetive), policial da Duskes-Film; "Casamento imprevisto", da Pathé, escrito e inter" pretado por Max; Dama de honra", outra série de ouro da Ambrosio, com Cléa Tarlarini; "O novelo negro", da Cines, drama de amor materno; "Quando o coração fala", da Messter; e as comédias " Bertholdinho caçador de heranças" e " Atribulações de Bertholdinho";: " Polydof enfeitiçado" e " Bebê representa para o cinema", com o menino Abelardo. Para finalizar, tivemos, na tela do Avenida: — "A calúnia", estudo social da Pathécolor; "O poder do dinheiro", da Gaumont, com Suzanne Grandais, Mme. Dorly, Mme. Aylac, Mr. Vinot, Mr. Leubas, Mr. Lorin e Mr. Sertils; "A hora da boneca", uma lenda do reino das bonecas, da Lubin; "As cinzas de Bigodinho", com Prince; e " O burro do Bertholdinho", com o mesmo. E o elegante cinema da esquina da . rua da Assembléia anunciava para o início de junho. o famoso " Fantomas", da Gaumont, seriado policial que fez época...
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MARIA MONTEZ é filhu* da República Dominicana e nasceu num dia 6 de junho. Fez duas " pontinhas" em " Uma noite no Rio" e " A mulher invisível" e apareceu com destaque, maravilhando os fans, 110 papel de nativa em " Ao sul de Taiti". Com Jon Hall e Sabu está fazendo uma série de filmes coloridos, iniciados com " As mil e uma noites". Depois fez " Mulher satanica" e "Selvagem branca" c agora interpreta "AliBabá e os Quarenta Ladrões". O
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SIP. CEDRIC HARDWICKE nasceu em Lye, Stourbridge, Worcester, no dia 19 de Fevereiro de 1893. Estudou medicina mas fui reprovado nos exames, dedicando-se, então, ao estudo da Arte Dramática, fazendo o seu debute no palco no ano de 1912. Apareceu em inúmtfros filmes ingleses inclusive " Daqui há cem anos", basea<io 11a obra de Wells. Em Hollywood o papel da Morte em " Horasfez roubadas", David Livingstone na biografia do mesmo e de Stanley interpretado por Spencer Tracy, e muitos outros.
ANNA LEE (Joanna Boniface Winnifrith), nasceu em Ightham, Kent, Inglaterra, no dia 1". de janeiro de 1914. Começou no teatro e fez a sua estréia no cinema no filme " Ebb Tide". Apareceu em vários celuloides britânicos, entre eles " As minas de Salomão". Foi para Hollwood com seu marido, o diretor Robert Stevenson. Um de seus melhores papeis foi em " Minha vida com Carolina" ao lado de Ronald Colman.
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JON HALL (o único John do cinema, cijo nome não tem a letra agá...), nasceu em San Francisco, no dia 24 de Março de 1913. Com seu verdadeiro nome — Charles Locher — num filme de Charlie Chan e depois, como Lloyd Crane, num celuloide da Paramount — fez as suas primeiras aparições, sem sucesso, no cinema. Sannlel Goldwyn deu-lhe fama, como nativo dos Mares do Sul, ao lado de Dorothy Lamour em "Furacão". Agora é o companheiro de Maria Montez, na Universal. Casado com Francês I.angford. V I I — 1 9 4 3
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que a Natureza pródigamente a presenteou. Mas a verdade é que a linda blonde da tela sabe como fazer, e para isso se esmera sempre, para aumentar, em torno de si, a corte dos que a admiram... Como todas as pequenas hollywoodenses, Ann não despresa um só dos recursos usados pela mulher dos nossos dias para se fazer interessante. E. senão, \ejam que é, por sua vez. decidida fan do cigarro, a arma de sedução mais perigosa da mulher dc hoje...
vezes fazendo de vamp e às vezes vivendo a mocinha bôa, esforçada e lutadora, Ann Sheridan c unia das estrelas que mais fulgem na constelação dc Hollywood. Tem seu lugar assegurado e fans em número que não acaba mais. Essa situação invejável a notável artista conquistou pelo esforço continuado, pelos dotes físicos com *•»- 49-^V I I — 1 9 4 3 AS
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INSPECIONOU as bases do Nordeste o ministro da Guerra, General Eurico Dutra, que assistiu a um grande desfile de tropas em Recife e a exercícios da artilharia de defesa de Fernando de Noronha. C ALECEU, nesta capital, o professor Artur Neiva, figura de grande relevo na ciência brasileira. f\ jornalista Costa Rego pronunciou aplaudido discurso no Gabinete Português de Leitura. Esse conhecido centro de cultura conferiu ao brilhante orador o título de sócio honorário. m O dia 13, transcorreu o primeiro centenário de nascimento de Júlio César Ribeiro, poeta paraense, cujo nome está ligado à história da aeronáutica pela construção de dois balões de ascenção. /CHEGOU ao Rio o. si. Jean Rapenne, governador da Guiana Francesa e que vem intensificar os laços culturais e econômicos daquela posseásão com o Brasil. f% jornalista Barros Vidal foi nomeado secretário da Comissão de Orientação Sindical. â\
presidente da República aceitou o pedido de demissão do interventor Rafael Fernandes, do Rio Grande do Norte e nomeou o seu substituto, recaindo a escolha no general Fernando Dantas, que já foi empossado.
f\ tenente-coronel Jonas Corrêa, secretário de Educação e Cultura do Distrito Federal, O - M A L H O
f»tee4 &**.
REVISTA foi a S. Paulo, afim de entrar em entendimentos com as autoridades bandeirantes, para estabelecer troca de vistas sobre a evolução educacional nos dois maiores centros brasileiros. C OI homenageado, pelo seu natalício, o interventor Fernando Costa. O governante paulista recebeu, também, uma distinção honorífica do govêrno chileno, conferida, pessoalmente, pelo embaixador Gonzalez Videla. C ALECEU, no Rio de Janeiro, o sr. Emile Traversini, ministro da Suiça no Brasil e a cuja memória foram prestadas honras, especiais. condignaQ OMEMOROU-SE, mente, no Rio, com uma sessão no Instituto Histórico, o centenário do desembargador Miguel Calmon Du Pin e Almeida. • f\ chefe da Missão Naval Americana fez entrega ao ministro da Marinha, almirante Aristides Guilhem e ao chefe do Estado Maior da Armada, almirante Vieira de Melo, das medalhas de mérito que lhes concedeu o governo de Washington. c f\ S amigos do escritor Gastão Penalva, mandaram resar missa em ação de graças pelo seu restabelecimento. — so —
QEGUIU para a Pérsia, onde vai exercer as funções de ministro do Brasil, o diplomata Joaquim Eulálio, em cuja companhia viajou o sr. João Carvalho de Morais, primeiro secretário da referida representação. DARÁ Londres, viajou o sr. R. G. Stone, adido de imprensa à Embaixada Britânica nesta capital. WERIFICOU-SE o passamento do tenente-coronel rir. Luis de Castro Vaz Lobo, chefe de clínica cirúrgica do Hospital Central do Exército e membro da Academia de Medicina Militar. D EGRESSOU da Argentina, onde pronunciou conferências de grande repercussão, o embaixador José Carlos de Macedo Soares, presidente da Academia Brasileira de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico. ao Norte, inspecionar a p OI "batalha da borracha", o sr. Valentim Bouças, secretário da Comissão Executiva dos Acordos de Washington. WÍTIMA de doloroso desastre faleceu, nesta capital, o aimirante Castro e Silva, ministro do Supremo Tribunal Militar. /CHEGOU ao Rio o novo embaixador da Colômbia, sr. Jaramillo Sanchéz. P ORAM aclamados presidente e secretário da Sociedade Brasileiro-Boliviana de Cultura os srs. Francisco Campos e Pizarro Loureiro. VII — 1943
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os atrativos que oferece a vida noturna do Rio, merece especial relevo, pela alta importância que indiscutivelmente possue, o novo Casino ENTRE Atlântico, o luxuoso e elegantíssimo centro de diversões, preferido pela elite da cidade. Dizer novo, neste caso, significa apenas uma referencia à recente reforma por que passou o frequentadissimo ponto de encontro da sociedade carioca, pois rt sua direção, aproveitando o período das férias, realizou na parte interna mudanças e transformações que causam verdadeiro deslumbramento. Foram empregados na iluminação, na ornamentação do ambiente onde decorrem as noites mais alegres e divertidas da capital, os mais recentes recursos cia técnica, do que resultou a creação de aspectos belíssimos, num conjunto em que imperam a sobriedade, a lisura, a estética e o bom gosto. () (irill-room sofreu integral transformação, bem como o palco, o restaurante e outras dependências, de modo que a grande massa de freqüentadores do Casino Atlântico sente-se, ali, num ambiente fidalgo, atraente e belo, na mais
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São aspectos do novo Casino Atlântico que oferecemos aspectos que corroboram plenamente o que ficou dito acima.
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Teve a maior repercussão o áto do presidente da República, promovendo a general de Divisão o general Firmo Freire do Nascimento, chefe do seu Gabinete Militar e uma das mais prestigiosas e brilhantes figuras do Exército Nacional. O general Firmo Freire atingiu, assim, o inai» alto posto da sua carreira, toda ela assinalada por grandes serviços prestados ao Exércitoe ao pais, recebendo, dessa forma, o justo prêmio pelo devotamento do dever de verdadeiro soldado, cujas virtudes são um exemplo para seus companheiros de armas.
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A MEMÓRIA DE EMILE SERGENT — Na Sociedade Brasileira de Tuberculose realizou-se unia sessão em homenagem à memória do ilustre cientista francês e insigne tiziologista Emile Sergent, recentemente falecido em Paris, no hospital onde se azilára quando da invasão da sua Pátria. Aberta a sessão pelo lJr. Alberto Renzo, presidente da S. B. T., assumiu a direção dos trabalhos o Ministro Ataulfo de Paiva, que pronunciou algumas palavras de saudade. Foram oradores oficiais os Professores Clementino Fraga, presidente da Cruzada Brasileira Contra a Tuberculose e Antonio lbiapina, que recordaram a personalidade e a ação cientifica do saudoso e eminente mestre.
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Dois aspectos tomados por ocasião do embarque para S. Paulo, dos campeões da Sul América Terrestre, Marítimos e Acidentes, na estação D. Pedro II. Ao alto, um grupo de pessoas amigas dos homenageados e cm baixo, da esquerda para direita Sr. Leopoldo Stack, Inspetor em Ribeirão Preto, Sr. Nilo Mafrei, gerente em São Paulo; Cavalheiro, Eduardo Andrade, Sr. Fidelis Pcrrone, campeão dos corretores em São Paulo, e Mario Correia, campeão do Rio de Janeiro. Os dirigentes da S. A ,T. M. A., foram pródigos em gentilezas para com os seus auxiliares em todas as homenagens prestadas aos mesmos como prêmio pelos seus esforços e educação no desempenho de suas funções profissionais.
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. IV SUPLEMENTO
FEMININO Por SORCIÈRE
muitas sáias são estreitas, quasi da largura de cada passada, outras oferecem largura grande, ainda algumas de médio panejamento. Há blusas lisas, aderindo ao busto, singelas a valer. Há blusas expressivamente catitas, ornadas com um "jabot" de renda, ou babados "fsstonés", carreirinhas de fita franzida, laços, etc. São modernas as estólas estampadas de cores vivas com desenhos no gênero arlequim, para completar um vestido de 5^81 lã preta ou de outra tonalidade escura. O preto, aliás, continua na ordem do dia, cada vez mais apreciado pelas senhoras de todas as idades, usando-se também ornados com renda branca nos vestidos de cerimônia para meninas. A noite, as mulheres jovens vestem-se de preto, adornando o corpete com flores de tons violentos, caso em que as jóias só devem guarnecer as orelhas e os pulsos. O cólo apenas coberto por uma "écharpe" de filó dará decisivo fêcho ao "glamour". Muitas mulheres americanas insistem em usar vestido curto à noite. Muitas preferem o comprido. " ' 1 " Na verdade, o último é mais imponente, oferece mesmo maior ensejo de elegância, e é mais "linha". Mas o outro, em sendo elegante, fino, "toilette", é prático nesta hora de Ambos aparecem nos melhores dificuldade de transporte. figurinos, ambos fazem parte das coleções de Saks, Bendel, Carnegie e demais mestres da alta costura. "long dress", Sophie desenhou No gênero ' •*"* •?J'1P( ¦^f—"_" 2" '*'. L. /ara Saks - Fifih Av., em Nova York, um vestido fóra do racionamento, talhado em sêda Bvh^B^ 'W** negra, estampada de rosas amarélas e outras ^ flôres da primavera. A sáia com uma larga mMm prega à frente, franze em todo o resto à volta do corpo e o corpete em frente única, remata-se na junção com a cintura por meio de um ? Dois tons de lã escolhemlaço de veludo no estilo Pompadour. Longas se para êsle bonito vestido " troltcur" de Hosulind luvas, tomando o braço quasi todo, e um leKussell. ^ que completam o belo traje. Aliás, apressome a acentuar que, mesmo para de dia, as lu^ '*/S vas são mais longas que as que usámos no ^fj^bf' inverno passado. i I Também fizeram sucesso : um vestido de " ! tJ j "rayon" azul médio, com a longa sáia crépe m. , bem estreita, esposando a fôrma do corpo, no vamos de cinto um lenço estampado, formando bolso COMO estarão oficial? sôlto ; e estreita sáia de grosso fustão de sêda Muito bem. branca, casaco "tailleur" de sêda branca, borGrandes casamendada a côres, um e outro respectivamente de tos, casamentos de Hattie Carnegie e Henri Bendel. alta elegância tiveTodas as nuanças de verde estão na moda, ram lugar em Maio, sendo comum apreciar-se um "tailleur" verde quando se festejou pistache, guarnecido de punhos, gola e bolsos Maria, a doce Mãe de crême claro, ou um casaco do mesmo verde, Jesus. ambos lembrando as fardas dos oficiais da Maio não se fez aviação naval. notar pelo frio. Ao Renda é enfeite primeiro nas blusas, nos contrário, houve sol, vestidos para de tarde, também formando mae muita oportunidade ravilhosos "ensembles" para de noite. "toiletusarmos Há blusas com encaixes de renda, com espara tes" claras e alegres, pecialidade negras,"toilettes" que "fazem" a mais gracom especialidade os ciosa e linda das p^ira de noite, quer costumes estampados, usadas com sáia longa ou curta. No gênero de crépe de sêda e de apreciaram-se algumas blusas em dois dos "faille". mais elegantes casamentos de Maio, vestidas Junho, porém, sempor mulheres elegantíssimas, as quais não tiveram dúvida em dizer que se tratava efetivapre marca outros horisontes ao "chic" femente de "modêlos", executados na "Lingerie minino, que é "chic" Didi". Também na inauguração do Cassino Atlântico, ora o mais atraente ponto de reunião de grande luxo pelo "Informal" prático e romântico i êste longo vestido uso de peles e de da aristocracia social, várias "toilettes" exe" " cutadas ou importadas por aquela casa de mode caras, na blusa, ori/andi guarniçôes de taffetas". com um jabot" aquelas quase a comdas da rua Senador Dantas, fôram daa mais e chapéu "tricorne". Destina-se especialmente a uma focalizadas. noiva que não queira usar o clássico traje nupcic.l. petirem agora com o Eis, pois, as últimas notícias . . . Toilette" é </n laira de F.astman — Nne York. preço das lãs . . . Felizmente a moda oferece tanta variedade de modêlos, quer em matéria de vestidos, de chapéus e de adornos, quer no que diz respeito a penteados, calçados e outros accessórios. Digo felizmente porque essa variedade pôde oferecer a qualquer moça o ensejo de vestir-se de acordo com o próprio tipo, coisa que anos atrás era complicado obter pela uniformidade de figurinos apresentados em cada estação. Um exemplo disso está em que, se O
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Mary Astor sugere para itiiht noite na Opera este belo e discreto vestido nearo, guarnecido com aivissimas garden ias.
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Estamparia en« fundo azul rei, tecido liso azu! marinho — um dos trajes nuis em evidência agora, porque traz bolero.
No sentido drapeado este vestido branco de Henri Bendel é elegantissimo
R Conjunto preto c branco para gente muito joven: "under twentv".
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"toilette" branca
"Tailleur" preto, casaco beirado de xadrès branco e proto, blusa branca. O pequenino chapéu branco com um "cbou" de "aicompleta o bonito grettes" pretas "ensemble".
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Se o estilo moderno é atraente e confortável, os moveis antigos ainda são mais queridos e mais apreciados nos tempos que correm. A "antigüidade" anda tão na moda que as lojas explorando tal comércio aumentam dia a dia na cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro. Aqui temos hoje, então, uma sala de estar e uma para refeições, pertencentes a uma residência em New Hampshire. Os moveis denunciam o velho gosto inglês, casando-se bem no austero ambiente dos aposentos. Ha boniteza, conforto e um quê de suavidade nisso tudo, atributos necessários ao canto onde se vive.
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ANN SOTHLRN vestida pela famosa Irene, da Metro Goldwyn Mayer Nova estrela surgiu no firmamento de Hollywood e tomou logar, com as luzes mais lindas, na constelação da cinelândia. Em cada apresentação dos seus filmes, a beleza estonteante e a incomparável delicadeza de Virginia Bruce cativavam mais e mais os amantes do cinema. Desde que Miss Bruce assinou contrato com a Metro Goldwyn Mayer, o seu encanto começou a chamar todas as atenções, fato ainda mais notável porque as loiras naquela época não viviam exatamente a prêmio em Hollywood. Foi o harmonioso conjunto de cores no todo de Miss Bruce que despertou interesse. Juntando isso a uma perfeitamente modelados, terpéle fabulosa e a traços "appeal" de Virginia Bruce. A sua se-á uma idéia do "character and glaascensão ao "estrelato" deu-lhe mour". Ela ainda é mulher de raro dicernimento, que sabe ampliar e manter o seu encanto especial. O único princípio de governo ao cuidado da sua aparência é a delicadeza. A beleza da péle, o brilho dos olhos azues pálido, o fino cinzelamento de^ suas faces de camafeu falam do refinamento e dignidade. Esta delicadeza é característica em Virginia Bruce, e encontra aplicação em tudo que ela usa, diz ou faz. As decorações da sua casa, por exemplo, são feitas cosi tintas que revelam sutileza. Sutis e belíssimos tons são como um jardim à delicada flôr que emolduram. No vestir segue o mesmo traçado a sua personali"suits" que possúe não são talhados dade. Os poucos com severa masculinidadç como soe acontecer com outras estrelas do cinema. O balanço do seu guarda roupa consiste em roupas leves, muito femininas e delicadaV I I — 1 9 4 3
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MAX
FACTOR
mente coloridas. A simplicidade é a chave do êxito de cada penteado seu. Os cabelos são consideravelmente mais compridos que os da maioria de outras favoritas de Hollywood. 'que Ela os afoufa, em ondas salientes, acentuam ainda mais o seu aspecto feminino. A adoção universal da fotografia em côr foi uma séria ameaça a certas estrelas, mas para Virginia um presente do céu. Virginia foi estrela do palco, nos magníficos espetáculos produzidos pelo gênio insuperável do saudoso Florenz Ziegfeld. Os caçadores de talentos tiveram a atenção despertada para as suas cores harmoniosas. Desgraçadamente estas côres ainda não podiam ser trazidas para a tela em toda a sua vivacidade. Mas a beleza e o "appeal" de Virginia ainda eram suficientes para se projetar apenas na fotografia preta e branca. A delicadeza de côres de Virginia Bruce exige "make-up" es"maquillage" ao especial. Ela reduz a sua tritamente exigido pela verdadeira ciência, pois conhece o segredo da arte de aplicar o mínimo de substâncias com o máximo de efeito. As côres que usa são ditadas pela inspiração. O "rouge" e o "bãton" que usa contêm o tom vermelholaranj^a das chamas, emprestando vigor aos lábios e às faces. Passando o "rouge" pelos graciosos contornos do seu rosto, Virginia Bruce imprime ali a aparência fresca e sutil de uma flôr da juventude. As curvas da sua formosa boca são acentuadas pelo contacto moderado do "bãton", espalhado suavemente. Ela escolhe o pó para o rosto num tom crême claro. Virginia Aplica-o com liberalidade, e depois deixa apenas o essencial, pois tira todo o excesso com uma escovinha própria. E' bastante inteligente para deixar o empoamento do nariz para o fim, evitando que o mesmo fique demasiadamente branco. A severidade de uma "maquillage" para olhos escuros destruiria toda a consistente delicadeza do "makeup" total de Virginia Bruce. Ao envez disso; ela define e acentua as linhas da sobrancelha com um lápis "marron". O comprimento das pestanas é acentuado còm uma "maquillage" pequena aplicação de própria. O sombreado cinza dos olhos aviva-lhes a côr e dá-lhes caráter. Para manter a incrível beleza da sua péle, Virginia tem apenas uma regra muito simples: — limpeza. Os trabalhos do cinema exigem que ela mude a "maquillage" várias vezes ao dia. Cada vez que isso acontece, limpa completamente a péle com uma ação rápida, aplicando o crême para póros misturado com crême de limpeza. Deste modo consegue manter a péle livre de cravos, espinhas, etc.. A fragilidade, a beleza e a dignidade de uma flôr: — eis Virginia Bruce. Roubando a expressão de um colunista americano famoso, oferecerlhe uma orquidéa é colocar açúcar sôbre mel. O
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"ANCORA" Linha marca (Stranded). Material necessário: — 4 meadas de F 495 (rosa escuro). I meada de cada: F 492 (rosa claro), F 493 (rosa), F 406 (verde gobelin claro), F 407 (verde cms. de gobelin). 1,26 cms. de linho creme com 92"Milward" largura. 1 agulha para bordado marca "Crewel" n. 5. Usar seis fios de linha. Medidas: — Toalha do centro — 31 cms.: toalhas p/cada lugar — 25 cms.: toalhas pequenas — 15 cms.. Marcar 13 quadrados no comprimento do linho, deixando um pouco mais sobre as medidas acima apontadas, afim de que o recorte das beiradas (festone) seja feito com facilidade. Cortar os quadrados e riscar um circulo sobre cada medida acima mencionada. Para riscar os recortes (festoné) deve-se usar uma moeda das pequenas. Distribuir os ramos dc cravos segundo a posição indicada na fotografia, isto
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é. quatro ramos na toalha grande, dois nas toalhas para cada lugar e um apenas nas toalhas pequenas. Bordado: — Bordar o festoné em rosa escuro, alinhavando-os antes com pequenos pontos corridos afim de dar mais firmeza às beiradas. Por sobre esses pontos, será então feito o bordado em ponto caseado. Cravos: — Pétalas todas cheias em pontos curtos e longos, matizando-os com rosa escuro e rosa cerca do centro até rosa claro nas extremidades. Folhas e talos — Pontos curtos e longos, a maior parte em verde gobelin, usando o verde gobelin claro nas pontas. "ANCORA" Unha marca (Pérola) n. 5, meadas de, 25 mts.. 2 meadas F. 495 (rosa escuro). ) meada de cada: F 492 (rosa claro) F 493 (rosa), F 406 (verde gobelin claro), F 407 (verde gobelin). "ANCORA" Linha marca (Pérola) n. 5, novelos de 10 grms.. 1 novelo de cada: F 495 (rosa escuro), F 492 (rosa claro), F 493 (rosa) F 406 (verde gobelin claro), F 407 (verde gobelin). (Vide o risco e a indicação do ponto na revista ARTE DE BORDAR do mês de Julho.)
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Zarur está no papel que lhe competia no rádio, e ternos o direito de aguardar ótimos programas. Sabemos que o Maciel, da Rádio Difusora, foi aos Estados Unidos tratar de aumentar a potência da estação da Prefeitura. Linda Batista vem apresentando lin-
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Dilú Mello não para. Vale a pena ouvir-se os seus programas bem feitos. Sabemos que a Difusora, da Prefeitura, vai apresentar um programa diário bem feito com um curso de literatura americana. Ari Barroso continua na Tupi e tem o seu contrato reformado.
dos programas de músicas nossas.
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A GAITA
DO ARI
Indiscutivelmente, Ari Barroso faz falta ao rádio. Digam o que disserem os seus desafetos. Mas o exato é que, tenJo passado uns domingos sem irradiar os jogos da pelota, todo o mundo sentiu a sua enorme, a sua grande falta, sua, e da gaita que anuncia os goals, quando eles entram na cancha.
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EDUCANDO PELO RADIO Teremos de convir, examinando-se o panorama radiofônico, em todos os quadrantes que, em bem raras as estações, aquele vclho conceito de que o rádio é uma revi lação de cultura, chegou a ser entendido e meditado. Km verdade, de um modo mais amplo, encarado o nivel artístico da grande maioria dos ettúdiof, o que se apresenta ali é desagradavel, e não concorre, de modo algum, para a educação das massas. Estamos ainda sem saber se devemos tamanho descrédito, ao pouco caso dos diretores artisticos, ou se, ainda, à preguiça mental dos resnonsaveis econômicos das emissoras, na ilusão de que o público apenas á1>re o dia para se divertir. Pena é que assim seja. Pena. os desde precisamente porque, seus princípios, o rádio, cm toda a parte, prestou-se admiravelmente a este imperativo maravilhoso de educar os espíritos, de elevalos cada vez mais. De outro lado, o meio em i.ih* vivemos comportaria magníficamente esta modalidade das I* emissoras, como estamos vendo com a Nacional em seus programas de cultura. . E as outras? FRANCISCO
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PIANO NA RADIO CLUBE De vea em quando, a Rádio Clube apresenta uni concerto de piano. Traiu ótimo "menu" oo seu artística o pálsidfcr do público sente te satisfeito. (_>sta — Aplaude. Aí vemos a pianista Maria do Carmo Botelho, um dia deite», executando no estúdio da simpática estação da Avenida, uni programa dos mais lindos ile músicas cia o que poderia ser, pelo menos, de vez em quando, imitado em algumas das nossas estações.
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LOCUTOR
Parece nio haver inconveniente pelo menos ivparavcl, acentuado, entre ns eantores e os locutores. A foto nos demonstra uma assertiva do que afirmamos, pois ai está Arnaldo Amaral, galan de cinema, e de rádio, apresentando um programa como locutor da I'RA-3. Temos razão? O leitor e 0 ouvinte _ quem p'«le informar de casa, ouvindo o rapaz. 64 —
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Pagará direitos autorais ao Disney 3 ¦— Há quem fale que Carrnen Miranda voltará. E ainda: que se aposentará do rádio e do cinema.
CONSTAS Dizem que o Almirante Nacional. César Ladeira irá "Hora do Brasil', é o que das do rádio. Heber de Boscoli tirou de com o Pato Donald.
vai
voltar
a
apresentar a corre nas roa sorte gran-
Não querem mais o seu acajá na América... Nada de positivo sobre a compra de uma estação pelos maiorais do rádio. Tudo ficou no boato. Violeta Coelho Neto, ao que se diz, vai cantar nos Estados Uunidos.
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EXCEUBNCIA, O LOCUTOR O locutor tem também os seus " fans". Ora, se tem. E exaltados. E que tristecem, quando não ouvem a voz querida do rapaz que anuncia os anúncios e anima os programas. Um deles mesmo, já enriqueceu contemplado no testamento de uma milionária. Este aqui é Altamir Ferreira, do cast da Rádio Clube, apresentando um dos bons programas da estação do Trianon.
BOLAS Aula uma grande pasmaceira no rádio. Tu.Io mole. Tudo sem rumo. Tudo sem cuidada E por que? Deve ser elogiada a Nacional pela maneira de como vem apresentando ótimos programas culturais ao público. —¦ Vamos aguardar ns novos programas da Transmissora, depois de passar a nova direção. Fala-se que teremos grandes novidades. e que Fernando Lobo está encarregado de no-las apresentar. Esperem.'. Rosina 1'agã continua a deliciar os •nivmtes da Nacional, com os seus esplenclidos programas, onde revela a sua extranha sensibilidade e inteligência, conhecidas do público. Barbosa Júnior, vem divertindo o publico, com os seus programas agradaveis, aos domingos. ""Caleidoscópio" é muito bem feito pode o Frias estar certo. Apenas o Manesinho Araujo poderia dizer outras graças. mais bem vestidas, e sem o seita nejar desnecessário no papel.
NOVIDADES TRÊS DIRETORES DE RADIO Esta fotografia registra a presença de três figuras marcantes do rádio. Aí estão trè, diretores, ao momento de uma irradiação de gala da Tupi, a simpática estacio da rua VroeziK unos na foto, o capitão Amilcar Dutra de Menezes, diretor do Departamento lio do Dtp. o dr. Leão Gondin, diretor superintendente da Tupi e o sr. Teoiilo de Barres, diretor artístico da mesma. V I I — 1 9 4 3
— 65
A dupla Ranchinho e Alvarenga voltara para a Nacional. Calheiros vai atuar na Nacional. Há quem diga que Patricio Teixeira anda aguardando também o seu convitesinho. _~ Cristina Maristani pretende dar um giro a Buenos Aires. O
MALHO
O CONDE Não é na hora do ataque que se organiza A DEFESA!
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corre bem. Mas 'se o Sr viesse a faltar subitamente, que faria sua esposa para sustentar o lar a manter as crianças no colégio9 Nfto dei ve este assunto para ser resolvido — depois Cluundo o imprevisto surgir, será muito tarde. Com um seguro de \ ida. i> Sr. terá garantido antecipadamente a defesa de sua família contra on ataques da adversidade A Sul America tem um plano de seguro para cada bolsa Consulte - sem compromitttto — um Agente da Sul America sobre o plano que melhor se adapta ao seu caso. Knvie o coupon" abaixo para receber um folheto descritivo
torpcdeiras patrulham as LANCHAS rosl.is pura que.COnheCfdOf os movimento* do iintiiii.'!! pu>siim ot> comandantes oriianiíar ,1 defesa com antecedenoa. Aquele que n&o fizer asmm e esperar que o inimigo o ataque, para. so entfto. preparar a sua defesa, gera Na cuerra — lalalmente derrotado como na vida — a vitoria pertence a quem safeC prever o Sr ja pensou CJIM também e preciso cuidar, com anircrdcncia. do luturo de ? im família? Agora. enq«|anlc> o Sr esta aleiiilfMilM prsMiaiineiile a manulencAo da esposa e dos filho»., ludo
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Trata-se do Príncipe Luiz, irmão da Imperatrís Teresa Cristina e casado com a Princesa Januária. Èle veiu pela primeira vês ao Brasil como oficial de Marinha a bordo de uma das fragatas que comboiavam o navio em que a Imperatrís viajava desde Nápoles, para se unir aqui ao seu marido D. Pedro II. Regressando à Europa, já ia de namoro feito com a irmã do ImEste queria que o esposo da perador. Princesa fosse um Príncipe da Casa de Saboia, talvês o Senhor de Corignan. Nada se arranjou. Fixou-se no Conde, com quem o governo brasileiro não simpatisava. Mais tarde, o governo cedeu, realizando-se o consórcio. Dona Januária passou a ser a Condessa d'Aquila. O Conde, como em geral a gente Bourbon de Nápoles, era um espírito aventureiro. Gostava de gastar mais do que ganhava. Endividava-se. D. Pedro II, que mais de uma vês teve que acudir aos credores do cunhado, acabou aborrePaulo Barbosa, o cendo-se com êle. grande e incansável intrigante da Corte, mordomo do Paço onde sua influência era considerável, não gostava do rapaz. Inventou que êle conspirava contra o Imperador, para tomar-lhe o trono e neste assentar a própria mulher. Dona Januária, enquanto não nascesse o primogênito de D. Pedro II, seria, como se Acredisabe, a herdeira presuntiva. tasse ou não no diabólico mordomo, o certo foi que o Imperador se separou do cunhado e este teve que embarcar com a Princesa para a Europa. Sua despedida, aliás, foi absolutamente correta Póde-se hoje ter esta ou aquela restriO que se não ção quanto ao Conde. pôde negar é que êle, boêmio e perdulário, foi um marido dedicado e amoroso.
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Meu pobre amigo ! Que tristeza encontrá-lo aqui, nesse estado, como garçon ... Ora ! Mas eu me defendo... Nunca faço as refeições aqui . . .
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Acho que o Banqueiro náo passará hoje por aqui . . . Deus queira que nada lhe tenha sucedido de mal ! - 66 -
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I INTOXICAÇÕES INTESTINAIS I URTICÁRIA = COUTES
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A GRANDEZA . E POESIA s: I DA MUSICA música é a arte antiga apreA ciada e cultivada por todos os povos. Eleita dos gregos, Leonardo da Vinci chamava-a irmã da pintura. Os seus sons maviosos teem o poder de hipnotizar até as serpentes, que atraídas e encantadas sentem a sua harmonia. E' a arte universai, coletiva por excelência, traduzindo, eternizando e embelezando, a alma dos povos, alargando a comunicabilidade das consciências, na alegria e na dor. Não se compreenderia a vibração, o calor das festas, sua suntuosidad;e, sem esse complemento harmonioso e maravilhoso que é a arte de Chopin. Quantas vezes as contrariedades, o pessimismo, geram o desânimo — flor do mal — que pelo seu veneno faz quebrar e sucumbir os mais belos anseios e só a música faz esquecer, graças ao poder mágico de seu fascinio e encanto, transportando-nos, eleVandonos a uma esfera de bem estar físico e psicológico? Sua verdadeira grandeza e poesia todos sentem e admiram. E' a arte divina, crpadora, que proporciona aos nossos ouvidos cousas lindas, maravilhosas, os mais deleitaveis e sublimes instantes! Os grandes mestres e cultores da arte musical — Bach, Brahms, Beethoven, Wagner, Chopin, Puccini, Verdi e Carlos Gomes, nas elocubrações de suas páginas imortais, teriam sequer de relance imaginado que a Maricá atingiria éssc explendor de expansão ,e difusão, gravando-se num simples disco e divulgando-se pelo mundo inteiro atravez dessa outra maravilha da civilização — o Rádio ? Amaro
Abdon
S^S v -ZAsm: i HISTORIADA CIVILIZAÇÃO por WILL DURANT autor
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ser exposta ou compreendida quando analisada em relação com acontecimentos anteriores, que deitavam raizes nas mais diversas
e
remotas
Assim, suas
quadras da história pesquisas levaram-no a am-
pliar o projeto inicial e a formar o plano de uma história de toda a civilização, an tiga e moderna. Ocidental e Oriental Essa HISTORIA DA civilização, que se destina a ser a obra prima de Will Durant e na qual éle vem trabalhando dt sde 1927, constltue a mais brilhante e audaciosa tentativa feita por um único cérebro no sentido de interpretar, ga e tumultuosa
num todo, a lonhistória da humanidade.
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Tr.cluCompreendendo çào dc Monteiro Lobito a historia dá civilização no Egito e no Onen te Pi o» imo até a morte dc Alexandre, r na índia, China e Japão drSde o» comrços até nossos dias, com uma introdução sobre a natuie/a e os fundamentos da civilização Dou volumes prt.fu.» mente .lustrados
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II NOSSA HERANÇA CIÁSSICA (A V.da na Grécia) Trai! deGulnara Morai* Lobato, revista pM MonieiroLobato. Historia da civilizeçâo grega desde o seu inicio,e da civilização do Oriente Pre".».mo desde ¦ morte de Alexan die até a conquista romana, cçm uma mtroducáo jôbre a nillui,, pf| hislniira de Creta Dois volumes profusaf\r\ f* .
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MALHO
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— Quando ia para a igreja... no caminho houve um desastre horrível... o carro em que viajava capotou... morreu instantaiveamente, fratura do crâneo. Não lhe sei contar bem o que se passou neste trágico dia, penso que desmaiei na igreja, fiquei alueinada ! Depois de sua morte perdi a vontade de viver, passei dias sem me alimentar, e não falava a ninguem. Anos depois, morreram meus pais, num intervalo de um mês, um do outro. Vim então para o Brasil, tratar de uns negócios que eles possuíam e aqui fiquei até hoje. Compreende agora a minha tristeza, meu retrai-
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o despreso tenho pela que vida ? Não pensei mais em casar, recusei todas as propostas — só John cabia no meu coração, somente êle enchia meu pensanit.iito. O mundo não tinha formas nem colorido, para mim — via-o frio, deshabitado, e sem barmonia, sem a sua Ipiessôa, os seus olhos... Meu poliu: John ! Vivo pr \iver, Suzana, nio que o queira e aprecie. De que me valera a vida, agora? Foi poristo que as suas violetas me íiteram chorar... mento,
& Venda em iodas as Relojoarias "REVISTA DA FLORA MEDICINAL" Continua a sua trajetória gl< l útil publicação de prola, fundada em i<>33 pelos srs. Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva «¦ J«>sé Monteiro de Rezende. Do itgnário «lo número (Jue temos «m mãos releva destacar um trabalho «Jo sr. Amaro I ieiiriquo dc Souza, intitulado O Mamoeiro t que se divide em vários capítulos: Variedades, Bstmdo químico, Analise do mamão. Os produtos do mamoeiro eomo fonte de riqueza, Inimigos do Mamoeiro, A papaino. Soros processas para a suo extração, etc. 0 farmacêutico Henrique «l«- Sou/a. que i químico adjunto do Departamento de Verificação e Pesquisai «los Laboratórios Raul acaba de ser laureado com o " Prêmio Domingos de Barinstituído pela firma Silva Araujo Roussell & Cia.
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<• um liuitil* pouquinho, mente esperei-a á tarde, e durante ¦ noite — nio apare«<u No «lia seguiufui prol ura la. |e Que d*9oepçio ! .« casa estava fechada, e havia na porta um ., que dizia as-
sim: " Fechada por
motivo de viagem". Onde teria ela ido. meu Deus? e sem dizer nada? \ Nunca mais a vi t nem compreender pude porque d • • ft p •*¦ receu...
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19
4 3
HOMENS DE COR DE TALENTO
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NSo são poucos os homens de côr que figuram na História com grande brilho. Vamos vulgarizar os nomes daqueles que permanecem num olvido im-plicavel. Ignacio .S.mcho: literato e erúdit". que deixou obras valiosas, tai^ como a Ttoria da Música. Caries
A SEGURANÇA DESTA PONTE Á
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Poesias. Veio ao mundo em \~-'i e '"o1"reu em 1780. Ignora-
se a sua nacionalidade. Toussaint - houverturc, nascido, em 1743, na ilha de San Domingo-;.
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América Central. De escravo do conde N £, passou a tenente do
Exercita graças ;i~ snas façanhas duri a guerra contra os E». panhoia un San Domíngos. Pacificando a n volta encabeçada por Rigaud, e pei >•> Negros, anos mais tarde. i"i nomeado Presiden-
"D.SEADA
cálculos em rigorosos matemáticos, a ponte de Brooklyn. que liga aquela cidade a New York, suporta com segurança um enorme tráfico diário de bondes, automóveis e pesados trens de aço. Como a ponte de Brooklyn, as conKOSMOS d^ões dos títulos de baseam-se C.PiTALISAÇÀO,
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perpetuo da Rcpti Mica. Depois, traiu a '.anca, que não | ¦1 n ieu proo niento. Feito prisíoaei 1 1 pelo general lerc, foi remetido paia França. Ali, e .pi-
9ó sorfeios anuais Sortvios dupfoi *m Daiambro Rttçfatm e empréstimos qqranhdos. Participação nos lucros tociots.
roti, em |803, no forte Toustaint de Jon.v l.oineiture. Ia
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Marselhesa dos ..,-., escrita
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NAPOLEÃO E A MUSICA ebrt Imperador da França, ale... de trategtSta, ira literato. riador. jurisconsulto e mecenas das A.tisConta-se que, a 14 de fevereiro/k 1807, utar nas Ttilherias fragmentos da partitura da Vestole, ópera «tini.
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Maugrado a predileção do Imperador pela música de Paisiello e de Zingarelli, ele ficou entusiasmado com a Vestole. Tanto que disse ao compositor: "Sua ópera é rica em motivos indeclamação e ótima e combina com o luas tin lento u.usical. Possui 1k
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V de ...ande eleito, um fimü arrebatado.-. manha do suplício é admirável. Sr. Spontini. esteja certo de que vai obter um grande sucesso. Será merecido. Aceil meus para! Os primeiros interpretes da l eslule foram os cantores: Srs. Lainei, Lays e Dérivif, a Sra .üranche e a Sta. M lilLrd.
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