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•lJA Santa Casa de Misericórdia de ¦^ Porto Alegre realizou-se a inaiig':ração de mais uma modem. enfermaria cirúrgica, cuja direçào foi entregue ao Dr. Eliseu Paglioli, em reconhecimento à competência desse professor, que, naquélc nosocômio, exerce o cargo de Dintor do Ambulatório Cirúrgico de Homens. Por essa ocasião, o corpo clinico do hospital prestou uma homenagem ao Dr. Paglioli, inaugurando o seu retrato na nova enfermaria Ao ato estiveram presentes médpessoas Rnula.s da sociedade gaúeh.i. além de grande número da HtudantM dt medicina e Jornalistas, desejosos de testemunhar o seu apreço kO ilustre faeultatlvo. Interpretando os sentimentos da Santa Casa, o professor Tasso Vieira de Faria, em nome da administração, proFalou, nunciou expressivo discurso. também, oferecendo o retrato do I" Kliseu PtffUoU ao hospital, o Sr. OtAvio ¦ftfetjtn e. |XT último, o bOBMMftftdO respoii .deiindo
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as expressõec da intelectualidade feminina no Brasil, de outra não sei que, mais que Ilnah E,NTRE Secundino, ofereça tantos e tão luminosas facetas. Talento polimorfo, é, por igual, poetisa, prosadora, conferencista, jornalista, soprano lírico, declamadora, pedagoga e poliglota. Como poetisa deu-nos "Vozes da Cidade", poema; Quando o sol surge no "Missanga". Oriente" e Como prosadora brin"Cofre de dou-nos com "Mu- wSm contos, a pérolas", Iher", conferência, e como cultora do direito — ela que é formada em ciências jurídicas e Universisociais pela dade do Paraná — enriqueceu as letras jurídicas com o excelente tra"A mulher e o dibalho vorcio", entusiasticamente saudado pelo Instituto Mm dos Advogados do Brasil. Todos os seus livros Ilnah Secundino com foram recebidos rasgados encomios por intelectuais de renome, quer os desta capital, quer os do Rio Grande do Sul. de São Paulo e do Paraná. A sua atividade espiritual não sabe de pausas nem conhece colapsos; assim é que tem no prélo dois trabalhos: um de versos, outro de crônicas c impressões. Libertando-se dos rígidos cânones da poesia clássica, ela. entretanto, não se desmanda cm extravagàncias que. não raro. orçam pelo incompreensível: há nos seus versos, como na sua prosa, amplidões de encantadora sonoridade. A sua colaboração, esparsa em jornais e revistas desta capital e de vários Estados, é um radioso atestado da beleza da sua inteligência arejada e culta: inteligência que. à margem das produções literárias, manifestou-se e manifesta-se no desempenho de funções delicadas e de alta responsabilidade, tais como a de samaritana socorrista oficial da Cruz Vermelha, auditoria de pela qual é diplomada; de auxiliar da de orcuradora Paraná; guerra da polícia militar do das uma de fãos e de menores, promotora pública como atualmente, E, varas da capital paranaense. membro da Legião Brasileira de Assistência, na qualidade de diretora da comissão de imprensa e proa paganda, a sua indefessa atividade a tem levado dos pinheirais, percorrer todos os municípios da terra neles organizando e regularizando centros regionais da grande instituição nacional, proferindo conferências, falando ao sentimento cívico da mulher brasileira nos recantos mais longínquos do formoso Estado sulino. Poliglota consagrada, no notável Congresso Nacional Feminino, foi a representante oficial, por designação do governo do Paraná, lá tendo apresentado téses que sustentou oralmente com elevação e brilhantismo. Tendo feito parte de várias comissões, foi relatora de admiráveis pareceres e participou da grande da Mulher comissão dêsse certame da Inteligência "Código da Mulher", Brasileira, organizadora do (CoiltitiilO tl 9)
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ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PODE SER COMBATIDA USANDO (ubitituto. Exija o %. r a t rsivr Não ocwita nom« "CAMARGO MENDES". XAROPE ASMATICO ÀNTI <£i. CotnuAjipy nUMjdtv _ ,SA*0 PAULO C.POSTAI.MU
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||jjj|| f&bricas da General Electric para a O volume da produção produgflo das fábricas 0 tüo grande e o segredo exigido é£ de tal importância, import&ncia, mF guerra é6 tflo ser MZQT ¥ que, por ora, nada podemos dizer. Logo que os fatos possam ser aperfeiçoaaperfei^oa/ do6 relatados, estamos certos de que a descriç&o dos descri$&o - -«y i-' um » constituiri um industria durante ok anos de guerra, constituirá mentos da indústria industrial. industrial. S£MPK£ capltulos mais fascinantes SÍMPRE história do dos capítulos histbria BRII da B»u/ Er=^l^j tascinanteB progresso
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O uso da» PASTILHAS MINORATIVAS restiluiu-me a aiegria e bem estar. Esse produto é um taxativo suave para todas as idades. Siga o meu conselho e fome
y^ZmmORATIVAS comim a prisro oe ueniRe
A interessante samaritana Maria da Conceição, filha do casal Wilson Vivaldi Leite Ribeiro. ,
FATOS CURIOSOS AMOR DE IRMÃ
HASENCLEVER i CIA. (SOB ;ulmini:.tiaç"io do Governo 1'cdera.)
Participam a mudança de sua sede — por motivo da desapropriação do Edifício Hasenclever, para prosseguimento da abertura da monumental Avenida Presidente Getulio Vargas <-~ da Avenida Ríj Branco n.° 69
77 para o
CAMPO DE SÀO CRISTÓVÃO N.° 110 onde, mercê da junção da loja e escritório com seus depósitos, ainda esperam atender melhor, de futuro, aos seus antigos freguezes, a cfuem, desde já, agradecem a confiança e a continuação da sua honi preferencia. O
MALHO
Mcnhoritu Mitríf - Kdiuée l'iiu, durante a guerra francoulemà ( 1870 ), dedlcAra-se, com entusiasmo, a linda Uma vès, soube que seu lrmao, missão de socorrer feridos. Imediatamente, enum tenente de infantaria, fora ferido JJ
trou a procurá-lo, enfrentando os maiores perigos. E conseguiu salvar o fruto de seus cuidados, mas . . . durante sua peregrinação por aqui e por ali, dormindo ao relento, exhausta, mal alimentada, contraiu uma perigosa doença, e, a 7
de
Maio
de
1871,
com 26 anos de idade, Mlle Pau deixou este mundo para sempre. M a r i e-Edmée, que cultivava as letras, legou A posteridade um livro notávt-l, "Vida de
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Jniina D'Arc", dedicado à infância, e um "Jornal intimo". ..
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Ela era filha de um ilustre oficial do Exército francês e parece
que de sua estirpe descende o General Pau, r"t'"!"ai Manlen,-. ™s nove herói da Grande Guer- A l th idiuh, filhinha do eosti '18 ) Joaquim SI -a. 8 —
VIII
! !M 3
Feminino que mereceu os aplausos do Congresso 1937. A em na britânica capital reunido Inglês, Dra. Berta Lutz, presidente desse Congresso, designou-a para, em visitas às embaixadas dos paises amigos, saudar os representantes diplomáticos das suas pátrias — tarefa de que se desempenhou sob aplausos gerais. Os versos, que seguem, foram colhidos ao acaso. Neles se revelam as poderosas faculdades estéticas da cantora paranaense:
SOMBRA Foi na sombra. Senhor, que me fizeste, da sombra é que forjaste a minha essência, na sombra humilde foi que me deixaste. Mas não clamo. Senhor, se encontro nela fosforecências, seixos luminosos que marcam sem cessar o meu caminho e os cirios claros que iluminam a nave em que ressoam os hinos que componho. E' desta sombra ainda que bem alto cada vez mais há-dc subir meus cantos como jatos de luz no livre espaço. E a chama viva, rútila e ardente actndeste. que no meu peito, mágica, mais bela. muito na sombra há-de brilhar escuro céu no como fazes crescer O lume imponderável das estrelas.
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1NSINUANTE
A SAPATARIA MAIS QüTRIDA VA CIVAD*.
St/PER V/SOES MISTER JAMES bbSSbbJbbbbb^V 1^" í° SONHADOR1)
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a E nestas linhas ficam o preito. o testemunho, nobte e intelectual pelo afirmação da minha simpatia Secundino. Pacheco Ilnah luminoso espírito de LEONCIO
LIVROS
CORREIA
E AUTORES
"O CAMINHO DA GLÓRIA" A conquista de uma posição como a que ctestruta Betie Davls é um ponto de interesse paru os que buscam a realizaçào de um iüeal. A graiule trágica escreveu a sua biografia, em que sura gem todos os lances e pugnas sustt-ntaLlas para alcançar liEs.sc na arte universal. culminância em que ora cintlla, "O caminho da glória", foi travro, sob o titulo sugrestivu de idioma o nosso pela senhora Esteia Martins Paluzldo para rede e acaba de ser lançado, em cuidadosa apresentação da Editora Vecchl. "OPÚSCULOS"
E "REVIVENDO O PASSADO"
Clovis Beviláqua, o grande jurisconsulto, patrício, reúne crônicas antigas, publicadas ,m Revivendo o passado algumas "Jornal do Comércio", de Recife, do números nos primeiros "OpusMarcando a força do seu espirito de mestre, em contemporulos" obra recente, examina graves problemas fim ràneos, com S mesma agudeza das suas observações do Io século "O MISTÉRIO DE MARIE ROOET" "O mistério de Tendo por teatro o Paris de antigamente. de Edgar obras Marie Roget" é uma das mais celebrlsadas A Editora Vecchl proporcionou aos leitores brasileiros e Kredeima tradução, feita por Libero Rangel de Andrade -ico dos rXcis Coutinho, o conhecimento do famoso romance V I I I — 1 9 4 3
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9 —
2 CRUZEIROS
A SAPATARIA ONDE A ARTE IMPERA E O SOU GOSTO DOMINA
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FESTAS DAS CANDEIAS Em França, festeja-se com ardor a comemoração da data em que o Menino - Jesus foi apresentado por Nossa Naquele País, a Senhora no Templo. "La festa em questão é denominada Chandeleur". Todos os anos, no dia 2 de Fevereiro, que é a data consagrada, as famílias recebem, pela manhã, um programa das festividades, que são encerradas por uma procissão, a "Procissão dos Círios". "£ hoje a Festa das Candeias — lê-se nesse programa — Que todos aqueles que desejem abrigar em casa, durante o ano inteiro, a mais constante fortuna ou felicidade, não se esqueçam, ao menos, de fazer pular a crépc dourada ! Em toda a parte, os fiéis estão ansiosos por preparar essa gulodice deliciosa, que será servida também aos pobres do lugar, em homenagem ao bom Papa Gelásio, que, há 1 500 anos, instituiu essa festa tão grata a nossos corações
UM PEQUENO DESCUIDO...
««*_ caasêymwcms falta dc cuidado num arterial, num quartrl, numa fábrica e até no lar, pode causar maiorei dano. do que um bombardeio aereot Um pequeno descuido pode tornar se fatal... pode expor ao perigo milharei de vida»! A
Ha descuido», aparentemente deiculpavei* e sem importância, e que, no entanto sao de grave» comequencia». Se — por exemplo — o Sr., hoje, ganha bem e pode garantir um futuro tranqüilo a família. — e nio o fai — pia
poderá «ofrer muito a» conseqüência» do «eu descuido! Como poderá a sua c» posa - ela »o — tornar- »e a guardiã do lar e prover »e para tua »ubti»tencia ? Nào he.ite mai»! Construa o futuro de »ua familia com a solidei de um teguro de vida. A Sul America tem plano» de seguro ao alcance de toda» a» bolsa». Comulte-a, hoje mesmo, ou procure um do» teus Agente*.
O que é a crêpe : E um doce feito com farinha de trigo, que se desmancha em água ou em leite, juntando-se-lhe açúcar e ovos e algum aromataa ( herva - doce, de preferência ) . Pronta a massa, estende-se numa caç/»rola, que se põe a cozer.
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GUERRA XVI
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século,
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presentava o centro de uma tropa, que se reunia ao ouvir o seu grito d> >>,<•
quando u tática militar começou a subs-
BRANCOS
Esses gritos dermas variavam ao Infl-
_BM disciplina séria, graças à qual os
Na Idade - Média,
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cada cavaleiro
re-
O dos senhores de Chaulieu era
acabou-se
ao
advento
do
tituir as guerrilhas da Idade - Média por
soldados se moviam
sob o impulso de
Jerusalém ; o dos Condes de Sancerre,
um pensamento e de uma vontade únl-
Passavant ; o dos Senhores de Cháteauvilain, Chastelvilain á Varbre d'or ; o dos
cos. Um
historiador,
Cange,
'¦, Reis de França, _font>it Samt Denya
livro notável, onde sio
Case uso
meros gritos de guerra.
o dos Espanhóis, O
BanCIago.
M A I. H O
10 —
deixou
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QUEDA DOS CAB.UOS
JUVENTUDE ALEXANDRE
apontado» Inú-
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EM CIMA: Oi aoroplonot doitinadof a voar a •norm.i volocidadti • alturai criaram um novo probloma na comtruçflo dai lontoi fo»oa,róficat. O novo tipo do crliral da Kodak, do maior capacidado para rofrotor oi roioi lumino¦ oi, pormiro fabricar lontoi quo dti-am panar mau lui, con.oguindo molhor dofinicAo do campo vitual.
A DIREITA: O
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novo cristal da Kodak, comparação im portanto,
com
o
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do
para rofratar ot raios
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porém, é não sor ossa vantagom
acompanhada do uiual aumonto do drtportBo da lui.
Um novo cristal que revoluciona a fotografia aérea silício sempre constituiu um dos O elementos básicos do vidro ótico. -.gora, pela primeira ves na história da fabricação do cristal, a Eastman Kodak Compan) fabrica um novo tipo de vidro ótico tem silício, o que constituo algo tão revolucionário na ciência ótica, como seria, 08 metalúrgica, a fabricação de aço sem Ferro I "priNo campo da fotografia, esta meira descoberta básica, realizada nos últimos ."><) anos" significa que os aviadores podem empregar câmaras aéreas meia providas de objetivai duas veies e mais luminosas do que as melhores até agora conhecidas ¦..
U. 0X0 __§§»_
Depois das primeiras experiências feitas pelos técnicos da kodak, em colaboraçSo com o Dr. G. \\. Morey, do Laboratório Geofísico dos Estados Unidos foram precisos ainda cerca de quatro anos para sua fabricação e cálculo das novas fórmulas necessárias ao polimento das lentes. Estes novos elementos óticos, atualmente em uso em muitas câmaras empregadas pelas forcas das Nações 1 nidas, estarão ao serviço de todos, nas Kodaks que serão lançadas no mercado depois da Vitória comum das Nações \liadas. Kodak Brasileira Ltd.. Kio de Janeiro.
a fotografia ao serviço do progresso humano J.W.T.
V I I I - 1 9 4 3
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MALHO
GRIPE/ RESFRIADO/ NEVRALGIA/
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TEXTO
ENIGMÁTICO
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PARTOS E CIRURGIA DE SENHORAS
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CASTELOS
Um rei mandou construir ilez eus:. em cinco muralhas com 4 castelos cada O projeto que lima, o arquitetoi e que fez é o que aqui aparece, nào agradou multo ao monarca, porque, nêle, todos os castelos eram vulneráveis ao ataque de fora e nenhum ficava protegido pela muralha. Mandou fazer outro projeto, no qual, com aa mesmas condições, um certo número de castelos — o firam dentro »ii's muralha*. maior poaalval Como resolveu o problema o arquiteto ?
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Imlalaçõrs t ararrlharrrn modcrp.iilmss. Ar condicionada» apailamentos. l»urna nss aaljs éS atais* r 'Ir opcra(fi«t t n, R.rM.i c lliiilrarii s palia p.r 1:2001000, C.m mniicio ara «is Rsdiolcrapit insl.ii.ds. Kaioa X, da«n»»»>«o. Tenda d* sa. genle c El.oi leraima. Paris sem iit.
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V I I I — 1 9 4 3
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DO
PAULO
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CRUCIGRAMA
LEBRE
AMARAL
DO
JULIO JÚLIO
DE
CORRETORES
IMOVEIS IMÓVEIS
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10 _ AV. 12
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15 Menezes Telies de SENHORAS A DE CLINIC CLINICA Infrá-Vermelho, etc. Daiterm'a, Daiternva, Ultra-Violeta, Infra-Vermelho,
14
Dr. Qr.
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Dias. 84, 5° s. 504-5 Gonçalves Dias, Rua Goncalves —Tels: 23-3147. Res. 42-1948 Consulllirio Consultório 23-314?. ás 18 horas. Das 15 as
*
Horizontalmente, colocar nos quadrinhos em branco palavras cuja letra inicial é "J", de acôrdo com a seguinte definiçâo : CHAVES:
CASA
1 — Ave notivaga ; 2 — charque ; 3 — jumento ; 4 espécie de môsca ; 5 — espécie de flauta com que og mouros imitam o órg&o ; 6 — Índios selvagens do Brasil das margens do Apapóris ; 7 — o mesmo que lua ; 8 — direito ; 9 fruta do juazeiro ; 10 — palmeira silvestre ; 11 — secretário do jainlsmp ; 12 - planta herbácea do Brasil ; —13 — ave peramolgadura, pequena joia ; 15 nalta do Brasil ; 14 mossa ; 16 — planta sotònea. rasteira e espinhosa.
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PROVÉRBIOS ILUSTRADOS Quem se veste de ruim pano, veste-se duas vezes ao ano. Nôo há mâo que agarre o tempo. O burro e o burriqueiro nunca pensam do mesmo modo. A quem tem seu pàc no fômo podemos dar de nosso bôlo. Quem deseja a rosa tem de agüentar o espinho. Diferença dum cabelo no arco é diferença duma milha no alvo.
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Quando não é possível conciliar o lomno, é porque ot Ioxicos etlão tt accumufando no organismo, intoxicando o sangue esse perigo tomando diariamente o "Sal Elimine de Fructa" Eno — de sabor agradavel e de effeito revigorante. Eno limpa o systema intestinal, HuL purifica o tanque e evita a msomnia. Mat ... só o Eno pode produzir estes resoltados. rR*H°o 1 'SALDE FRUCTA' ENO
CRUCK1R A M A V I I I — 1 9 4 3
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Evite que
manchas 0 façam
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o
fascínio
do
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.Proteja a natural atração da sua pele com LEITE DE COLONIA Não confie em excessivos artifícios para disfarçar as imperfeições do rosto. Trateas acertadamente com Leite de Colonia. Leite de Colonia corrige manchas, Bardas, cravos, espinhas e outras erupções da pele.
Servindo ainda como esplêudido fixador do pó de arroz, Leite de Colonia protege a sua cutis contra o sol, o frio e intempéries. Leite de Colonia limpa, alveja e amaria a pele. I se-o diariamente para aparecer ainda mais a encantadora atração natnral do seu rosto.
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MALHO
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Distrito Federal assistiu no mês de julho úlO timo à passagem do sexto aniversário da administração do Prefeito Henrique Dodsworth. .Ha seis anos precisamente era entregue a êsse ilustre homem público o govêrno da cidade. E o Rio de Janeiro, dessa data até o presente, só tem motivos de enaltecimento e louvor para o seu atual prefeito. Sua administração se tem assinalado com realizações de tal magnitude que o nome do Sr. Henrique Dodsworth se acha indissoluvelmente ligado à história do Distrito Federal. Pode-se dizer, sem receio de êrro, que a cidade do Rio de Janeiro cultiva a» sabedoria da gratidão aos seus governadores eficientes. Assim é que, embora defluidas algumas décadas, ainda o povo carioca fala carinhosamente do velho Passos que desmanchou os becos e as vielas coloniais, povoadas dos velhos tilburís dos tempos do Sr. D. João VI, e construiu avenidas, por onde desfila hoje, nos veículos de luxo, a civilisação mais avançada. Essa mesma popularidade aureola, nos dias que passam, o nome do Sr. Henrique Dodsworth. Aí está a Avenida Getúlio Vargas para atestar, de maneira magnífica, o espírito realizador do Prefeito do Distrito Federal. Rompendo embaraços e tropeços, a sua decisão inflexível está levando adi-
ante uma obra que, nos seus primórdios, foi qualificada como um inatingível sonho de visionário. Em todos os bairros do Rio e nos subúrbios mais distantes, ha um empreendimento a assinalar, agora e para os tempos advindos, a presença do Sr. Henrique Dodsworth. As ruas, as estradas, as construções urbanísticas estão marcadas por sua administração operosa. Em cada canto, a cidade se rejuvenesce e se aprimora, desmanchando os paredões dos casarões antiestéticos e levantar.do o dorso de ferro e cimento das edificações monumentais. Os seis anos de administração do atual prefeito não foram seis jornadas inúteis de papelório burocrático. Foram ao contrário outros tantos marcos de iniciativas perduraveis e felizes, que tornaram a cidade da Guanabara em metrópole ainda mais moderna, cuja beleza artificial se está equiparando à beleza natural com que a natureza premiou o Brasil. E o Sr. Henrique Dodsworth, provideneialmente escolhido pelo Presidente Vargas para essa tarefa gloriosa, vem revelando, sem a mais leve quebra de continuidade, ser muito digno da grande obra que lhe foi confiada.
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e estranho país se comprazem na prevalência de vida abstrata, que tem Como resultado a poesia e o malabarismo das combinações de frases como a seguinte : "O branco do cavalo branco não é igual ao branco da neve", pensamento que na vida prática nos levaria a urna chinesice analítica sem limite, onde as imagens cocretas tomam o lugar da terminologia •abstrata. A profusão de imagens que os homens chineses possuem é a escassês de terminologia abstrata no pensamento da Sra. ChiangSeus discursos são dêsses que Cai - Chec. americanisam o chinês, quer êle queira ou não, obrigando-o a raciocinar logicamente cm têrmos da ideologia desta guerra, que para aproximar-se do seu grande sofista Mencio, e os antigos filósofos das Dinastias Ciou, Niotse e Hanfeise, terá que lutar p,ara que a utilicade e a retidão se implantem no Oriente, ao das realizações concretas. poder ¦ •r" / • 4f: ^ s| ;, Está claro que o Sra. Chiang - Cai - Chec precisa, intra muros, destruir muitas chinesiees dos seus compatriotas, mesmo de carater feminino, como a de que há "Quatro métodos de lavar os pratos", quando o japonês usa apenas o método que é o de quebrar todos os Embora a mentalidade pratos chineses. oriental seja fundamentalmente adversa à ciência ou à qualidade do método cientifico a primeira Dama da China, que antes de casar com o grande Marechal Chiang - CaiChec, era um dos baluartes da grande fannlia de financeiros da China, os Song. pontos na arte administrativa e das finanças c com êsses cabedais, se tornou ela o maior sustentáculo de seu espõso na unificação da China Moderna. Para ela não há tempo nem espaço, no momento atual, para discussões de contraste» entre a lógica e o bom senso, preferindo, com o seu instinto de mulher, aferrar a distinção nas mãos' coino uni sér vivente. Aristóteles já dizia que o homem é um sér raciocinante, Esta mulher da China, mas não razoável. ¦• | i jpfSvW' porém, quer ser mais razoável que r-iciocinante, sob os pontos de vista da mentalldadde seus compatriclos. Ignoro se a Sra. Chiang * >i»fs^B'.^•?»^# ^fy "%"V lê Confúcio e o aprecia como todos os bons *«>•„ 3Ki^-r-T?^^k£^»SiwMiMMWP^H%iwflBBWBBMMBBMiBMMB>iM^^^^.»- . Creio, todavia, que Confúcio lhe chineses proporciona a base de sua filosofia, ao tratar com os americanos na sua missão atual. identificados O Generalissimo e Madame Chiang - Cai - Chec, identlficados Confúcio disse : "Se alguém quisesse cano mesmo ideal : a unificação unificarjv chinesa e o bem estar do povo. tivar o Deus que domina a sala direita da coxa, seria melhor que cativasse o Deus do fogão econômico". E assim a sua missão é célebre escritor chinês Lin-Yutang, descrevendo o seu um formidável êxito pessoal e diplomático para o seu pais, ^ um senso teem as mulheres, ali, afirma devido ao seu encanto e à potência de seu Intelecto e fôrça que próprio país, mais seguro de vida do que os homens, e as chinesas, em gráu de vontade, figurando hoje entre as mulheres mais eminentes mais elevado, entre os outros povos. Eis que quando grandes do mundo moderno, depois da Sra. Curie. Atualmente, mesmo entre os homens, quem pôde ultrapassar a Sra. Chiang, generais e estadistas das Nações Aliadas vivem percorrendo o a não ser Churchill, em "publlc appeal" ? mundo em missões diplomáticas, econômicas e estratégicas, da os sob cair No Madson Square Garden recentemente, perante 20.000 golpeB a China, que foi o primeiro país a há mais ao Japão, resistindo mas pessõas, que foram ouvi-la, a Sra. Chiang revelou o ideal e barbárie invasora, atacada, as concepções políticas e sociais que a inspiram e_ portanto, Unidos como Estados aos plenipotende cinco anos, manda a fratoda com China, resumidos na seguinte frase : "A história a E esta senhora, própria chinesa. etária, uma dama os an.íricanão deve mais repetir-se, e jdmais a dignidade do homem gtlidade e encanto de seu sexo, vai conquistando ainda deverá ser ultrajada como tem sido pelos pseudos represencompraz se concreto, que sintético e talento nos pelo seu «atantes da civilização européia, Hitler c Mussolini". Ê como de cheios tão chineses, expressivos provérbios no uso dos advertência à própria Nação Americana, à qual incumbe, uma oportunos. apenas bedoria, quando depois da guerra, organizar a paz sob princípios sadios ; disse Madame Chiang - Cal - Chec possue o bom senso e a inteela, textualmente : "Todas as nações, grandes e pequenas, Ugência prática que, na China, são características femininas ievem gosar das mesmas oportunidades de organizar-se na mais que masculina», sabido que os homens daquêle imenso .
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paz, sob os princípios democráticos. Os mais fortes e mais bem organizados devem aproveitar sitas fôrças como (jarantia para proteger e ajudar as nações mais fracas, afim de que estas se adaptem livremente ao seu regime, para constituir seu próprio govérno, , não serem exploradas por aquelas". "Não deverá haver, tão pouco, vingança, no novo mundo reconstruído contra aquêles que vos fizeram sofrer, bastando-nos apenas a lembrança da lição recebida. Afim dc que
Com o Presidente Roosevelt, quando de sue recente visita aos EE. UU.
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todos os têm* tâto guerra para suprimir todas as //iiírríw. viorr pos, e Iodas as nações, grandes ou pequenas, possam é a liberdade, a com que em pae e na segurança coletiva rooveherança que as tjeruçôe» futuras receberão de ufa, a ração deverá ser estreita e verdadeira, tio mais alto senso "Ndo tenho a da palavra". E a Sra. Chiang acrescentou : menor dúvida de (jue os grandes lideres das Nações ( nulas estão trabulhundo para a cristalização diste ideal. Mas (teu VIII—1943
serão impotentes, se eu e cada um de nós não os ajudarmos a laser disto uma realidade". Evidentemente, para a Senhora Chiang, o elemento humano, isto é, a mentalidade individual e planos formados para construir e manter o novo mundo, num nivel superior de idealismo, é mais importante que todos os planos políticos de esquêmas econômicos e soc'ais, que o Tratado de Paz possa imaginar. Na obra de um filósofo do século XVII, Li Limeng, encontramos uma sentença que realmente define, para nós a Sra. Chiang, Primeira Dama da China : "O importante, o propósito de vestidos femininos, n«o é a qualidade do tecido, mas o seu gôsto — não a beleza, mas sua elegância — mio que isto defina o nível da família, mas a face da mulher. Se tomarem de um vestido e o vestirem em diversas mulheres, uma após a outra, que estará bem em algumas e mal em outras, por que é preciso que a ca rnaçáo se harmonise com o vestido. Se a senhora i rica, não se lhe deve dar um hábito de luxo, mas vestido mais simples, de c&res sóbrias, porque se esta insistir no de luxo, o vestido se tornará inimigo do seu rosto." O que aconteceu com a Sra. Chiang, nos Estados - Unidos, foi o seguinte : ela não apareceu em público envolvida em ricos quimonos de aêda antiga, bordados a ouro, maa num traje democrático, assim como nào envolveu o seu pensã monto etn apólogos e máximas de seus filósofos milenários. Nào, ela, compreendendo o mundo terra - a - terra, em que vivemos, e as lutas que temos de sustentar pela vitória final, falou com simplicidade, realismo e compreensão uo sofrimento do seu nobre povo — e da grandeza que o espera no futuro, em um mundo melhor.
— 17—
OMALHO
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A SM MU KW FÉC« a ilha de ouro, povoada duSICILIA, rante milênios e cobiçada pelos Siculos, Fenícios, Gregos, Cartagineses e outros povos de antanho, à hora em que são escritas estas linhas está transformada em campo de batalha na guerra que agita 0 mundo para ex tinção do espirito de domi nação, prepotência e despotismo. Que reslará, após os rudes combates que se iniciam, das belezas naturais da to ia siciliana? K i- v i v a m o s, diante destas págk) impressão que temes da formo sa ilha mediter rânea, nos pos em que a paz ainda i • __ "._^»»" ' ?**» «JI ¦ sm\^A*arJA\\\\ tia sobre aquela região tão bela m ¦ T S JArL^ji m\'aw
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do mundo antigo. A esquerda vemos Pa lermo. com a selva ¦/em imponência Monte Pelleyrino, duas belezas típicas sieilianas. p Quanto às da direita, são de Isolabella, em Ta oi mina.
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Resfriados
Uma revista inglesa publica o seguinte :
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"Quem
se resfria freqüentemente deve procurar sua salvação no amor. Ê o que recomenda um médico francês, que assim se externa : "O estado nervoso causado pelo amor cria uma grande resistência às O amor gosa da virtude infecções. de estimular todo o sistema nervoso. Melhora a circulação e. na maioria dos casos, os resfriados derivam da deficiência de circulação. "Contribui para a manutenção da A.s pc—flim saúde e da felicidade. deprimidas são propensas aos resfriados "O amor estimula a glândula tirói.'e e melhora as funções cuporais O homem enamorado pensa'no futuro e afronta com destemor U penas Uma jovem que C <>s trabalhos. ama aparenta viver mais feliz, eaminha com maior viva. iil.ul > egraça e sua fisionomia é mais radio
• m &m. /__
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Wa.illÉ\
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__________^______________Jk________l _______rMB_MkkW
ITAXIIAEX.
BARROS,0 MULATO, UM ARTISTA DE RAÇA, EM LUTA COM 0 PRECONCEITO RACIAL Reportagem de ARMANDO PACHECO * O falar nesse mestiço de talento (JUa " assina au canto da uns quadios d gnoa da admiração, eeta leg inda tao nossa conhecida, "Barros, o MululiT'. não podemos deixar de tocar am* no esoontra a nossa vontade cabroao assunto radaL a ae anto pro• mos é mais devid o da queM lo.alisar aqui 0 despréso, ou melhor dito, a superioridade ¦*¦
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para figuras nu mattao1'ethu Riiitxtti. ti tei titiit-
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fotografia acima apresenta a pn,d, mütiini tln meuUora OtHta Vm-
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kttotaa que, num P .11 o Brasil, onde a mistura de ianinguém ti rm veleidades auai.a.. c Meias e preconceitos inluinlatln. na Ufa Rão ¦ 'blneau. BatTOfl, tendo mostras de supciti.iidade, n&o se envergonha de usar. e«pontaneaniente, o a podo qua define sua ¦ -nilént ia n.> selada, e não só assina seus trabalhos artísticos dessa maneiia original, como, também, ao ser apresentado a alguém, dá o nome. altivabarros. o mulato. manta: Ele. Quem quiser que He e.sealld ill.se não. E gosando os pi.nv.iis. edita uma daquelas suas tremendas gargalhai que são, seja dito da passagem, as mais escandalosas deste vale de lágrimas. Também a risada de Barros, o Mu: seu visceral destem o dom o. i por tudo que é convencional a fátuo. Certos preconceitos aos quais se agarram criaturas cuja varutdade é
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I unira i iitude, só conseguem provocar uma escamlalosa gargalhada desse arIrrequieto, que nasceu nos Pan* que é auto - ilidata, que pinta como "andurigente grande e que é também lho" nas horas vagas. Quanto aos que pi tendem ter a ilusão de pensar em pureea de raça no Brasil, Barros, o Mulato, não tomando conhecimento tle suas inócuas existências, manda-os todos, para o diabo que os carregue, e vai vencendo tudo muito bem. Ttlvéa êle diga com seus botões, referindo-se aos pernósticos "puristaa" ou "arianos" ileiros : "quom te falgat dt raça on pura nu Brasil, </t<» afire a prurir Coitadinhos <1oh partidários pedra". fcles se esquecem que de Ooblneau ! ., ,it. Assis. Uma Barreto, Joao do Rio a muitos outros grandes homens brasileiros, eram genuinamente mestlBarros tem sempre na memóiia ços. na [xmta da lingua. eata frase de a . ,io Pati D*mi ,,,, ,i,,, „ ,., OUS. part i/iie < a ffoeaaa etémtt ttt miiiiiti raça '" Acontece que, em nossa terra, o negro, graças a Deus, nào constitui um problema, um daqueles graves problemas aoclais que afligem oa EE UU.. e que bastante dôr na cabeça tèem dado aos norte - americanos E a culpa cabe aoa ianques, porque dando ouvldot às V I 1 1
1 <j . _
sereias racistas, criaram um caso, cuja solução satisfatória ainda não encontraram. Entre nós, felizmente, não há disso. Todos tèem os mesmos direitos, e, a não ser algum simpatizante d;sfarçado, das ideologias do louco de Berchtsgaden, ninguém de brio e de valor se sente constrangido em receber em seu lar uma criatura de epiderme pigmentada, de cabelos não seJosos, de lábios avantajados, de naris chato ou de vonE, pois, arrenegando os tas dilatadas. falsos crentes de uma superioridade raciai. que o pintor Barros, o Mulato, não t;m pejo de pregar abertamente suas origens de um caldeamento remoto, de duas raças antagônicas, que ajudaram a colonizar, povoar e a engrandecer o Brasil. Daí seu orgulho, seu desassombro ( aos olhos dos arianos ), cm usar aquele já famoso e consigrado cognome. Barros, o Mulato, é um dos mais jovens e dos mais brilhantes pintores Popularssimo em todo 0 nacionais. Pais, êle vem se firmando magníficamente dia a dia. Seus quadros são bem vendidos e justificam »ua procura e seu indiscutível sucesso nos mais prestigioSuas soa meios artísticos brasileiros. exposições de pintura em qualquer parle cm que se realizem são sempre eternos "grand monde", motivos i'e afluência do e concorrem no fimil de tudo para o "pé de meia" do umicnto <lo volume do irtista. CONSIDERAÇÕES DE BARBOS, ü MULATO SOP.RK A SUA ARTE K RI a \kii-; DOS OUTRí De uma visita ao atelier de Barroa nasceu esta reportagem 0 pintor esta dando os últimos retoquea mina qua-: pira ¦ inauguração da sua próxmia mostra de arte, e enquanto vai fundonando o pinou, vai oonveraando eom o repoi •
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BARROS, o MULATO V I I I -
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— Minha arte está ligada à minhi personalidade, diz, logo de começo. Não tive mestres, nem freqüentei escolas. Ainda hoje, já laureado várias veses, e tendo progredido bastante em todos os sentidos, não me filiei a nenhum grupo. Sou livre e faço o que bem entendo, assim como os homens solteiros que não c'ão desculpas do r.tmo de suas vidas. Quando inventaram esse "troço" de modernismo, eu vi muita gente querendo se definir, deixando de lado os princípios acadêmicos adquiridos com os velhos mestres, depois, com"dapreendendo, tardiamente, que não vam no couro", retornaram à escola antiga, e, qual foi o resultado ? Qual foi o resultado ? Diga, você mesmo, repliquei ? foi simplesmente isto ; não fizeraro nem arte moderna nem acadêmica. Anularam-se. por falta daquilo que se chama personalidade. E dizondo isso, solta uma gargalhada gosada. Em seguida, parando com o pincel e a paleta no ar, êle, ficando sério, ajunta : auto - di ata 8 me orgulho disso. Nunca me comprometi com escolas transitoTenho rias. Pinto somente, eis tudo sensibihdad ¦ e sei sentir quando faço Pinto paisagens e alguma cousa boa. figuras quando encontro nelas motivos dc arte. Sou também o meu peor critieo. Se acho que o trabalho não vale Ê a pena, rasgo-o na mesma hora melhor do QUí esperar que os "snobs" dêem palpito errados ou que os eritims pontifiquem cretinamente E por tal ur noa criticoe, como vo'¦' . Julga Há de tudo HoBona rapaaaa meientaa, nestos, deahoneatoa, Todos, porém, foram unlnànimea, etc dizenuo que em meus quadros há uma exuberância de luz. Ora, que poaao fazer, s ¦ aei ae* natural, levando fielmente paia as minhas téla3 aquilo que vi ? ! ! ! Nào tenho culpa da abusar da luz. poia, meus olhos, acostumados a contemplar B paisagem de todo.s os recantos do ai, viram a natureza da maneira por que se ela apresenta em meua traEscute, vou ser sinbalhoa pictâricoa tétlCD, pinto, aliando sempre duas cousas. duas for Uca.s di minhis i .-tinas, fielmente e tenho uma extraordinária sensibilidade. A arte artista. Ku. sou eu. Pelo que eu já lhe disse, você deve ter notado que sou sine honesto comigo mesmo. Sou, antes de tudo, um esteta e quero adn eternamente o belo, seja atra\es «ia ou numa olhadela sobre a figura de u'a mulher bonita que passa diante de mim. "footing" ou num pela rua, num dia de A vida nào vale um quadia comum. dro de arte ou um belo tipo de mulher. 21 —
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EXPOSIÇÃO DE ESCULTURA. Sob os ausp.eios do Ministério da Educação, e da Sociedade Brasileira de foi inaugurada no Museu Nacional de I'.elas - Artes a esperada exposição da trabalhos do conhecido escultor I B I -iii, nome dos mais apre, nos meios artísticos nacionais atra de arte reuniu traA referida -i-s interessantes, uni dos balho I "Pelourinho", altamente expresquais reproduzimos àeima.
Frase
celebre
Clodovèu. o vitorioso guerreiro franco, fundador da monarquia francesa, após derrotar os Romanos e os Qermântcoe, converteu-se ao Cn nismo, no ano 496. Neaaa mesma época, já iniciado naquela religião, contaram-lhe, deta llnnlamente, a Paixão a Morte de vêu ficou tão impressionado e comovido que, à medida que ouvia a narrativa, se lhe aumentava a tristeza ou a cólera. Finalmente, nào podendo mais conter-se, exclamou : Ah ! se eu estivesse na Judé'* com os meus soldados, Jesus nào seria crudficad
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Maria Sá Earp é um dos grandes nomes da cena lírica brasileira. Culta, com uma educação requintada no berço da arte musical latina contemporânea, é, das nossas cantoras, uma das que mais teem conquistado o publico, pelos dotes artisticos cm seu re. de que é possuidora. Bela, Inteligente 8 expressiva, inscreve se a Interpretação de "Madame Buterfly'. pertorio "Travíata" e "Bohôme". A temporada lirlea do Municipal, já tão próxima, terá em Maria Sa Earp um de seus mais valiosos elementos.
René Talba, o aplaudido tenor que formara entre M figuras masculinas que integrarão 0 selecionado conjunto que abrilhantará a temporada lírica deste ano. O laureado artista francês goza de- renome internacional e atuou com grande sucesso em concerto no Roxy King, sendo já um nome altamente apreciado nos meios sociais e artísticos brasileiros.
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O pianista João Rodrigues Lima é um dos moços da nova geração que mais se destacam na arte do teclado. No manejo do nobre instrumento, se tem revelado cultor cuidadoso e inAinda agora, na Escola Nacional de Mu telig-nte. concerto para os sócios do Centro Artistico Musical, vem em de conquistar merecidos aplausos, executando um programa em Oswald, Rubinsteln e que figuravam Bach, Chopin, Henrique inéditas. Eduardo Guerra, além de composições O
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22 —
O jovem bailarino George Livért, figura destacada do corpo di 10 Municipal c qui- atoará, este ano, na temporada lirica da nossa primeira casa de espetáculos Aqui o vemos na sua interpretação na parte coreografica da opera "Sansâo e Dalüa". VIII
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de Pelt°^_cbras molhadas. so. Aceso, ardente Nunca estás estas só. ^B Nunca Que cotnp°n^a^ como a m ^"'{aiem-Vhebeijo. as afago um como nossa prolongado, prolongado. ^ Ninem tens meu amor sempre presente tens £ cnxuguew-n08, 3o teu lado ao lado teu. sempre jo ^bundo . ^B va9^angue. adora?ao. em desvelada adoração. artista. ¦ irtnao, .
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Nunca so. Meu pensamento estas só. Nunca estás xjao se perdcm <^ n0sso reinoSlLVA Cnsto a todo o instante teu com o está de esta H CofflO o fc ¦ comunhão. comunhao. em permanente oliveira OLIVEIRA São três presenças presents invisíveis Sao s6 se faz constante ¦}>»¦ em que uma só tua solidão... a solidao... enchendo \: cnchcndo
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indagou: Senhor, acaso permitis que eu vos diga a verdade? E como Azahour Achemed lhe tivesse feito um ligeiro aceno de cabeça, um sinal de aprovação. Aboud prosseguiu: — Senhor. O
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Achemed nunca foi um homem feliz. Mas nem por não ter desfrutado integralmente todos os pranZAMOUR zeres que Allan reserva a seus filhos, debõixo do sol, Azahour Achemed se maldizia. Achava que cada um merecia os favores de Allah consoante suas obras, e por isso criara para seu uso uma espécie de filosofia, e graças a ela tinha chegado até aos setenta anos tranquilamente. Não sendo rico, não deixara todavia de amealhar algumas dezenas de dináres arrancados às terras que éle próprio lavrava com a ajuda de ífcus filhos Aboud e Eufraim. Mas uma manhã, sentindo que se esgotavam os seus dias. Azahour Achemed quiz se despedir dos filhos. Chamou-os. e antes de exalar o derradeiro suspiro. Aza¦hour Achemed entrou a ditar a Eufraim e a Aboud as suas últimas vontades: — Meus filhos — disse o ancião — como sei que está próximo o meu fim, e que nada mais me resta nesse mundo, eu gostaria de saber se vocês após a minha morte desejam continuar na mesma trilha em que vos encarrerei. A ti, líuíraim, que és o mais velho, estou certo, te agradará continuar a servir Allah com o esforço de teus hi fortes; por isso deixo-te esta casa com as lavouras de trigo que a cercam e as figuei ras que lhe ensombram as telhas! Só a terra é fiel ao homem e só o fruto que ela nos dá nâo traz no âmago a peçonha e a insidia que avilta e corrompe os homens! Sé bom. pois. para tudo que te vem dela, tolerante até para o verme que corrompe as espigas do trigo maduro! Não há nada na obra de Allah que não tenha a sua utilidade, e quem nos diz se na própria larva — criação divina — não subsiste sobre a terra porque é preciso que o trigo não se multiplique senão até a quantidade de quintais que 'alo venham a sobejar aos homens? E virando-se para Aboud, Azahour Achemed então lhe indagou: E tu, ó meu benjamin querido, porventura que queres tu além dos cavalos e das cabras, que se apascentam nos meus campos cobertos de relva tenra? Desejas dinheiro? Acaso pretendes deixar o teu gado em troca dos prazeres das cidades onde há mulheres, vinho e amor? Dize! Entrementes, Aboud. que se conservava calado, de cabeca baixa diante do leito paterno, ergueu levemente o busto, e de olhos fitos no velho,
silenciosas, tufos de roseiras esflores rubras e alvas, como esem plendiam trelas caídas do céu! E mal estava ainda a admirar embevecido a beleza daquele cenano quando se viu interrompido por um homem alto, rijo de corpo e de cabeça que o de
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interpelou sorrindo: Por Allah, senhor, que desejais vós terrasí. .. essas por Senhor. — retrucou Aboud — eu ando em longa viagem à procura da solução de um problema que me foi imposto por meu e por isso pai, na hora extrema da morte, 'sem forças, mas e abatido já mesmo cansado, talvez em vésperas de ter cumprido a minha asspinhosa missão. Por isso desejo in— se acaso dagar de vós e de vossa esposa sois casado — se também nesse lar é a mulher quem predomina pela sua garridice e pelo seu desejo? Diante do exposto, o homem alto sorriu de novo. e depois quebrando o silêncio comuma gargalhada, respondeu i
a minha maior aspiração seria unir-me á filha mais nova de vosso vizinho Ibrahim, mas há em mim uma dúvida que de longe me tortura o coração, e me confunde a inteligéncia: é saber se o poder do homem sobre a terra é tão grande que nada deixe de se curvar á sua vontade? Vós que fostes um marido exemplar, dizei-me por exemplo, se ao tempo em que foi viva a nossa mie querida, a vossa esposa amada, era igual em vós esse predominio absoluto sobre todas as coisas que nos rodeiam, e se a vossa vontade era um reflexo do desejo daquela que nos gerou, ou se ao contrário disto, o vosso mando não sofria outra influência senão dessa que vos chega de vossa intelige; Comovido, de olhos parados, absorto, Azahour Achemed ouvia o filho, ma* tâo depressa sentiu a angustia daquela interpetição verrumar-lhe o cérebro, o velho
26
sentou-se sobre o leito, alisou as barbas lonesbranquiçadas. e quebrou o silêncio: — Fillm! Ba mentiria a mim mesmo se te dissesse que vos criei a ambos apenas guiado pelos ensinamentos de minha inteligência e pelos ditames de meu coração! Mas já que tu temes te subordmares á vontade de tua futura mulher, e por isso mesmo desejas ouvir os conselhos de minha experiéncia de velho, não serei eu que t os vá dar gu.ado igualmente pelo exemplo passado em minha casa. onde Sarah não participou tio só de meu lato mas também de minha vontade, posto que só o amor remove im., veis!... Assim, pois. logo que eu feche os olhos cansados, junta tu próprio com tua* próprias mãos. doze cavalos e doze galinha*. gas,
chee sie a correr terras. ., Onde quer que humansarda à gue. - do nobre palácio da experiénc.a a m.lde - colhe tu próprio esta onde e vê com teus próprios olhos disserem que. a Verdade E para quantos dita a conlhes e casa quem lhes governa a imediatamente entregará* tu duta é a mulher, na capoeira uma galinha, porque tal como e manda, canta perdida nio é o galo que a castela responder te mas se ao contrário os pardirige lhe ou a lavradeira que quem companheiro, lavoura é o quês e conduz a cavalo, pois entào logo oferece a este um do rechefia a cabe ao pastor como sabes, de éguas!... •
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hora a hora Cinco ano* a tio. dia a dia. Achemed - andepois que morreu Azahour serras, a atravessar dou o -ovem'Aboud a e em cidade*, em entrar a descer vaiado»,
Por Allah! Se é por esta razão, meu amigo, eu vos levarei a vêr a minha Raquel e ela vos dirá de viva voz quem é o senhor destes sítios, sob cujo poder não há plebeu que não se curve submisso, acovardado à minha simples sombra! Frente a frente de Raquel, que atendera apressada à voz do marido, então Aboud renovou a pergunta: Senhora, dizei-me, porventura em vossa casa sois vós que decidis pela sua boa ordem e asseio, pela disciplinar conduta de vossos servos, ou será que achei enfim, o único homem à cuja vontade vós própria vos curvais. não como senhora, mas como escrava fiel/ Senhor! — interrompeu Raquel com o ar acovardado, a rodar entre as mãos o avental de estopa. — Em casa de meu marido só êle dispõe de seus haveres: sua vontade é a minha vontade, e o seu desejo é o meu desejo! Satisfeito com o que ouvia, regozijandose pelo feliz achado, e virando-se então para o marido da castelã. disse-lhe Aboud: Vós fizestes jús a um dos melhores cavalos de meu rebanho. E intimativo: Podeis escolher nesse lote aquele que mais vos agrada! Atordoado pelo que ouvia e via. o hocada porta que batia, era sempre a mesma mes alto logo se aproximou de um cavalo tordilho: acariciou-lhe a taboa do pescoço, pergunta: — Senhor, vós que me pareceis digno das bênçãos de Allah, permiti que eu mirou-lhe os olhos brilhantes, e declarou: vos faça uma pergunta. Vossas lavouras se Fico com este. E' mais belo, é mais cobrem de frutos maduros, vossos eirados novo... esplendidos como refletem a alegria que Mas, logo Raquel que se conservara careina em vossa casa. di.'.ei-me pois. com franlada. obtemperou ao marido: Elias, é melhor ficares com aquele queza: A quem deveis tudo isso? Porventura pemãe de a é vossa casa em manda drez baio queimado. E' mais elegante, mais quem vossos filhos? àrdego... Outras vezes a pergunta mudava: — SeE como o homem já estivesse disposto a nhora, perdoai que eu vos pergunte, mas a aceitar a troca do pedrez pelo tordilho. foi então Aboud quem esclareceu: quem deveis a felicidade que se ostenta na Infelizmente, meu caro amigo, uma vez fachada de vosso palácio? Será que aqui só tem voz ativa a vontade de vosso marido? que decidi* pela vontade de vossa esposa só ]a tinha Aboud esgotado quasi todo o posso agora vos dar a última galinha de micesto em que carregara até então onze ganha capoeira!... E antes que o outro volUnhas nédias e novas, e trazia ainda intacto tasse à reflexão, lhe atirou Aboud ao colo a o seu lote de cavalos àrdegos. quando uma dertadeira ave de seu cesto, que saiu a corbela tarde bateu ao portão de uma vrlhfi rer pelo jardim, satisfeita de ter recobrado casa solarenga. em cujos cercados recortados a liberdade. .. VIII — 1943 27
chamada ciência clássica, que costumamos representar pelos nomes de Euclides, Galileu e Newton, reconhecia a geometria independente da física. Poderse-ia algum dia, pôr um termo à separação e à polimorfia das ciências? Na sua última preleção da Sorbonne, Lamé havia anunciado, que até o fim do século XIX, os fenômenos da gravitação, da eletricidade e da ótica, ficariam explicados por uma só lei, intuitiva e unificadora, que passaria a ser a lei única e universal da matéria. Se as cousas não se desenrolaram, precisamente como imaginava Lamé, hoje alcançamos a unidade de cerfts leis. que pareciam distintas há meio século. Com Einstein, vemos a métrica do Universo, abranger fenômenos diversos e distinguir a relatividade dos seus movimentos. O filosofo clássico, que se habituou a representar os seres e as cousas no tempo-espaço plano, se encontra em face de uma nova ordem de idéias. Por ela sabemos, que a geometria euclidiana, sé deve ser considerada exata no espaço tradicional dos nossos sentidos, aoomodado pela herança de nossas sensações, no espaço teoricamente imóvel, mas deve ser dada como inexata sobre a matéria dos astros, que rola no espaço cilíndrico e ilimitado. Partindo de Riemann e de Minkcrwski, a teoria da relatividade desprezou o antigo conceito físico da força, adotando a noção geométrica da curvatura e com isso estabeleceu, que não há fenômenos retilineos dentro do nosso Universo. Todos os fenômenos, a própria luz e a própria gravitação. sofrem a influência da métrica quadrimensal do espaço. Que resulta de
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tudo isso? A teoria da relatividade reconciliou a geometria com a física, a geometria que se ufanava de ser na ciência de Newton, emancipada da física. Marchou mais além, absorveu dentro dos seus novos postulados, os fenômenos primordiais da física. Assim, Einstein assevera, que a visinhança de cada corpo celeste, pianeta ou estrela, pode ser representada por um espaço a quatro dimensões, que nada tem de infinito, mas caracteriza-se por ser ilimitado e sem fim. No espaço a Riemann e no tempo a Minkowski, a teoria da relatividade colocou a gravitação como um fenômeno puramente geométrico. A doutrina de Einstein nega a existéncia do tempo absoluto. A sensibilidade da conciência. que sente e registra a duração dos acontecimentos, opõe os tempos matemáticos, variáveis e mudáveis com o ponto de referência do observador. Com isso, Einstein aniquila o tempo subjectlvo, destrói o tempo absoluto newtoniano, decreta que não existem nem o tempo, nem o espaço e que ambos não passam de fantasmas. Nas regiões afastadas dos corpos. que chamamos de matéria, as dira.cnsoes espaciais podem ser mais ou menos
Um dos grandes meteoros, que gravitam nos espaços siderais e penetram na atmosfera da Terra. De onde vêem? — SatSer *e o Universo é infinito. eis o empolgante problema a resolver.
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euclidianas. Quando se aproxima dos astros, porém, o espaço se encurva, tornaesférico, cilíndrico. Eis o Universo a quatro dimensões, onde o espaço e o tempo. para usar a expressão enérgica de H. Minkcrwski, — devem ser degradados ao estado de sombras e só o mundo em si deve subsistir. Nessa moderna concepção do Universo, a gravitação newtoniana deveria desaparecer. Todos conhecem a teoria da gravitação de Newton. Uma força desconhecida e instantânea, operando a distâncias imensuráveis sobre qs corpos celestes nos seus movimentos recíprocos.
se
Ptolomeu e Kepler já haviam designado obscuramente a sua existência. A matemática newtoniana exprimiu-a bem. mas nunca elucidou a sua origem. Enuaciando a lei da queda dos corpos, ensinava Galileu. que toda matéria cái com a mesma aceleração no vácuo. Se a velocidade muda1 na vizinhança do nosso globo, isso se dá porque opera a atração da Terra. Como a atração newtoniana variava com o peso do corpo, concluiu-se a atração como uma propriedade da matéria. Einstein se dispoz a simplificar o mistêrio. definindo-a como um fenômeno provocado pela ação da matéria sobre o es"Os movimentos dos astros, uns paço. com relação aos outros — digamos com Paul Langevin — a própria gravidade, não sâo mais como para Newton, o resultado de atrações mútuas entre os corpos colocados num espaço, cuja presença não modifica as propriedades euclidianas. Náo são mais do que manifestações dos estados, que essa presença introduz nas propriedades do espaço e do tempo". Com Galileu e Newton, a tradição filosófica havia tomado conhecimento, da queda vertical dos corpos no espaço absoluto. Com a teoria da relatividade, o filosofo moderno conheceu o movimento giratório universal, verdadeiro tanto para as estrelas e as nebulosas, como para os satélites e os planetas, como para o átomo e os eletrões Náo devemos definir a gravitação como uma propriedade do espaço, quando recairíamos num mistério tão impenetrável como aquele de Isaac Newton, maa enun ciar que se trata de um fenômeno provocado pela ação da matéria no espaço quadrimensal. O que chamamos na linguagem newtoniana a força de atração do Sol. significa a alteração do espaço-tempo, pela materia da estrela solar. A teoria da relatividade fundiu a física na geometria e fez da gravitação um fenômeno geométrico do espaço-tempo. R o Universo passa a ser finito. mas ilimitado. VIII — IMS
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EXÉRCITO
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£ AQU1DABAN~£| Brazão de armas do 2.' Visconde de Pelotas. zelarem-se as glórias do Brasil, justo E9 prestando-se aos seus filhos a homenagem a que teem direito quando por qualquer forma se hajam distinguido: e na téla onde se queira lavrar o painel dos loiros, vem logo à mente a figura magestosa do Visconde de Pelotas. Nascido José Antônio Corrêa Camara em Porto Alegre a 8 de Fevereiro de 1824 e batisado a 13 de Março, veiu a falecer no Rio de Janeiro a 18 de Agosto de 1893, tendo casado a 2 de Julho de 1851 com a sua sobrinha D. Maria Rita Ferna n d es Pinheiro, filha dos viscondes de São Leopoldo. Entre os 15 e 16 anos de idade, sentou praça no 3* regimento de cavalaria ligeira para combater os farroupilhas. Promovido a alferes a 27 de Maio de 18-H, quasi no fim da revolução gaúcha, fez a carreira militar, galgando todos os postos até atingir a efetividade do marechalato do Imperial Exército Brasileiro a 30 de Janeiro de 1890. Com o curso de cavalaria da antiga Escola Militar de Porto Alegre, nalgumas comissões de destaque desempenhou a contento as funçóe; que lhe foram determinadas. Fez parte das fórças que tomaram de assalto Pâisándú. 2 de Janeiro de ,1865, sendo louvado pela intrepidez. calma, valentia. e promovido a tenente-coronel por merecimento Esteve presente à rendição de Uruguiana; participou na batalha de Tuiuti. 24 de Maio de 1S66. Curuzú e Curupsiti. nos ataques • Tutu-Cai. Passo Pocu ê Espinilho. distinguindo-se brilhantemente na batalha de Avai. II de Dezembro de 1868. cujos feitos heróicos lhe valeram a promoção a brigadeiro. 26 de Dezembro, não lhe sendo menos brilhante a açio nos embates de Lomas Valentinas. 27.
Quando já glorificado pelas vitórias conquistadas na guerra contra o govêrno do Paraguai, a cuja capital chegou sem ter encontrado em ponto algum a menor resistincia ou embaraço, arave enfermidade privou VIII — 1M3
E NA
HERÁLDICA'
Visconde
o marechal marquês de Caxias de perseguir Solano Lopez até a ruína, total das suas fórças, sucedendo-lhe o marechal conde d'Eu no comando geral. Provido o Exército vitorioso de meios de transporte, armas, munições e mantiinentos, foi encetada a perseguição aos redutos do ditador paraguaio. No comando da 2.* divisão de cavalaria o novo general Corrêa Camara, surpreendeu êste y inimigo em Passo Tupium: batalhou em Campo Grande, 16 de Agosto de 1869; apoderou-se da região septentrional do rio Jejul, em Concepciom comandou o combate de Lomaruguá. 11 de Janeiro de 1870, o penúltimo dessa guerra, no qual destroçou o coronel Inácio Genes, tomando-lhe muito armamento, 1 bandeira, outros troféus e ficando com 154 prisioneiros, inclusive o referido coronel. Quando, a 1.* de Março, os lanceiros haviam transposto o Passo de Aquidaban com clavineiros e infantes, penetrando na picada que precedia o acampamento dos fugitivos e chegavam à planície e invadiam-na em impetuosa arremetida pelos flancos da tropa inimiga, afim de tomar a entrada da picada de Chiriguello. já o brigadeiro João Nuoes da Silva Tavares com um grupo de oficiais e soldados procurava interceptar a retirada do inimigo, sendo recebidos a bala o herói brigadeiro e os intrépidos camaradas que investiam, numa luta desigual, até quando chegaram perto os primeiros querrei ros do Brasil que flanqueavam os paraguaios. confundindo-se todos no furor da luta corpo a corpo. Pela primeira vez. Solano Lopez se arriscava em pessoa ao fogo dos adversários e afrontava o perigo, quando, já com o lançaço vibrado pelo cabo José Francisco Lacerda (Chico Diabo) foi obrigado a fugir, montado no seu baio claro, direção á fioresta que margeia o Aquidabanigui. Procurava alcançar o interior das matas, quando chegava o bravo Corrêa Camara a quem informára o majôr José Semeio o destino do ditador. Apeando-se êste, por ter o cavalo se atolado no arroio. a perder muito sangue, quasi exausto, tentava galgar um barranco, quando foi intimado a render-se pelo valoroso Corrêa Camara. a quem respondeu com uma cutilada, declarando em seguida não entregar a sua espada, pois morreria pela sua pátria. Ordenou então o general brasileiro que o desarmassem. Um soldado atracou-se com o fugitivo para lhe arrancar, a espada da mio. Em seguida sem que houvesse ordem superior, certeiro disparo de carabina fuiminava-o. O soldado gaúcho Joio Soares chegava i vinga célebre meio atordoado, c. naquela confusão, disparou a arma contra Lopez. E, assim, a 1.* de Março de. 1870 ficou 29
de
Pelotas
o Paraguai livre do seu tiràno. e o general Camara com a glória de'dar remate à contenda; glória que veiu também, com justiça, aureolar o comandante em chefe.
Agraciado com o titulo de visconde de Pelotas a 17 de Março de 1870, nomeado Conselheiro de Çuerra a 27 de Junho de 1877. escolhido senador pelo Rio Grande do Sul em 1880, exercendo nesse ano o cargo de Ministro da Guerra, do 28." Gabinete, duas veses presidente do Rio Grande do Sul em 1889 e 1892, sendo na última vez deposto pela revolução dfc 18 de Julho de 1892. grande do Império, conselheiro de S. M. I.. gran-cruz da Ordem de São Bento de Aviz. dignatário da Ordem Imperial do Cruzeiro, oficial da Imperial Ordem da Rosa, condecorado com muitas medalhas nacionais e estrangeiras. — em 18 de Maio de 1871 foi-lhe concedido o brazão de armas inerente ao titulo nobiliárquico, registado no Cartório da Nobreza. Livro VI. folhas 113. Os fatos, que ai vão ostentando a virtude heróica do marechal visconde de Pelotas, são suficientes para lhe atestar um nome assás merecedor da gratidão nacional. HORMINO LYRA
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HO CONTINENTE
VALORES BOLIVIANOS
T? muitos deles, incontáveis, em seu *~* físico e material habitai boliviano, como em seu sólido e firme clímax espíritual, são valores de universalidade. Universal e não outra palavra, valor universal, valor creador de uma plêlada de valores americanos, que se assentam por direito próprio no áureo trono na hi*tória americana, é Chuquiyaca, a mui iamosa; com sua notabilíssima Universldade, em cujos jantares, da forte e vitaminada cultura, se nutriram para a Independéncia, civilisação e progresso de seus torrões natais e de toda a América diversos próceres do Rio da Prata e inumeráveis tábios americanos; e é precioso e olímpico "Conteúdo deste Continente". Com as palavras do sábio frade bolivlano, Antônio de Ia Calancha, nascido em Chuquisaca, em 1584, e falecido em 1654, conheceremos a fundação deste Inapreclável diadema da cultura americana: "Na Província dos Charcas, terra tão favorecida pelo Céu, que, enchendo-a de fértels comarcas, a íez erário de suas riquenas, fundou o capitão Pedro Ansúrez, por ordem do Marquês D. Francisco Plzarro, ano de mil e quinhentos e trinta e oito, a nobre, então Vila e pouco depois Cidade de La Plata, chamada Chuquisaca apelos nativos." Embora com pequenas dlferenças de datas, outros mui notáveis cronistas das épocas da Conquista e Colonlsação americanas, trataram daquela fundação, destacando-se Juán Lopez de Velasco, Pedro Cieza de León, Bartolomé Martinez y Vela e o conhecldlsslmo e notável cuzquenho Inca Garcllazo de Ia Vega. Chukichata, a lendária, La Plata para Ansúrez, depois Charcas e ultimamente Sucre, cujo nome rememora para in oeternum as glórias militares do herói de Ayacucho, 4 in" aeparável de Bolívar. Em Chuquisaca, a Real e Pontifícia Universidade Maior de São Francisco Xavier e, nesta, a Academia Carolina. Dos claustros de tão douta Universldade saíram diplomados, entre muitos outros, os universais argentinos Castelli, Monteagudo, Mariano Moreno... Da Academia Carolina, sita na avoenga cidade dos quatro nomes, e, em 1809, o vento tratou de disseminar as primeiras chispas da revolução emancipadora americana. O
MALHO
E nesse Palácio espirltual da cultura hispanoamericana, vemos assentadas, pregando à eternidade suas pétreas, lapidares e imperecíveis ben emerências, inúmeros atestados das artes do vicereinado, da marav-lhosa arte arquitetônica e escultórica colonial hispânica: como nos assevera, magnífica e eruditamente, o cultíssimo diplomata boliviano Dr. Enrique Finot, numa conferência intitulada "A Cultura Colonlal Espanhola no Alto Perú", publicada na "Revista de Arte" da Universidade de Santiago do Chile, em 1939. Chuquisaca E nababesco empório de caudais sem fim, perene mostra da arte colonial espanhola e da indígena, é a antigamente mui próspera Vila Imperial de Potosí, de cujo cerro tomou posse o Capitão Villarroel a 1.° de Abril de 1545. "Vale um Potosi" dizemos nós como a significar a valia de qualquer objeto ou acontecimento. E depois que, no ano de 1568, o licenciado Castro propunha ao rei que sc creasse "uma casa de fundição e de moçda", somente no ano de 1572, o dinâmico vicerei Toledo e num mesmo dia do mês de Dezembro desse ano, começou as obras arquitetônicas da Igreja .Matriz, das CaJas Reales, e da sempre ponderada Casa da Moeda. Se fôssemos resumir em quantldades a prata e o ouro saídos das entranhas do Cerro Rico e das minas potoslnas Cotamito, Amoladora, Descubridora e outras mais, seguramente que essas ci.ras alcançariam alturas siderais. E ae a cidade de La Paz está guardada, em seu progresso e civilisação, pelo amor e vigilância do níveo e ciclóplco Illimanl, Potosi vèmo-la guarnecida e defendida por eaaaa imensas e gigantescas moles de terra e pedra que conhecemos — os Andes misteriosos e sobre-naturuis. Ainda que me teoricamente, seriamos ingratos com a realidade e razões históricas se, ao cltarmos Potosí e sua Casa da Moeda, náo mencionássemos o desenhista Fluxa, o arquiteto Villa, Aymerich, o arquiteto Cavello, Vargas e outros, cuja obra é relatada minuciosamente por Modesto Omlste em suas "Crônicas Potosinas". E em rins do século XVIII, o alariíe potosino Pedro Arrieta realisava a reconstrução da Matriz, obra cinzelada de harmonias e belezas, justificado orgulho artístico da mui vibrante Nação boliviana. Tanto em La Pa2 como em Chuquisaca, em Potosí e em Cochabamba, a talha em madeira estllo clássico espanhol e a pintura espanhola estão representadas na Bolivia por inapreciávels exemplares de Monlafiés, de Zurbarán, de Rivera, de Murillo Digno, digníssimo entre todos, é o solo do Altiplano, de ser recorrido pari-passu em demorada, atenta e autêntica via-
30
gem de turismo intelectual e cultural; modalidade de estudo e recreação, mui rara, em nossos dias prenhes de matériallsmo Irritante e de palhacescas ostentações. E poderíamos estender-nos em dizer algo, mirando com o espírito, da mui progressiva urbs boliviana de La Paz e da mui típica cidade de Oruro. Como descrever a cidade de La Paz sem tê-la vivido ? Conformar-nos-emos, por mui razoável, com o que, faz vários anos, líamos em "Caras y Caretas" de Buenos Aires : "Descrevê-la ? Impossível! Com La Paz — panorama brávlo e serrano por excelência — ocorre também com Rio de Janeiro; não ha pena que haja rompido ainda com o pudor de dar à Imprensa a maravilha conjuntiva desta enorme beleza de tão alto sentido sociológico e de tão sucosa policromía". Oruro, maravilha boliviana, a 3 703 metros acima do nível do mar. Héterogeneidade assombrosa de mineração extrativa e comércio abundantíssimo. Mescla de religiosidade e paganlsmo. Terra de Padilla e sua heróica mulher. Terra da Virgem da Candelária e na aymará - quichua arranca de sua qual o "a melodia de um yaravi" que esqurna boca seu canto na distância e de cujo instrumento, autóctone do Altiplano, o Imortal Santos Chocano, o Poeta do Peru, poude dizer o seguinte : "No Ia flauta dei dios, alegre avena Del bosque grlego, en que trinar solía: Es flauta cual paloma en agonia — La que en Ias noches de los Andes [suena." O límpido horizonte, embalsamado de liberdade e independência, foi, no Altlplano boliviano, sempre auscultado pelo In-latente olhar pátrio da Mulher boliviana, Mae, feminina, valente entre as valentes, religiosa, caritatlva, de valor e talento másculos; e assim desfilam ante a hlstôria da terra do heróico general o Presidente Adolfo Ballivian (1831-1874, Teresa Bustoa de Lemolne. a heroina, a mártir. Mattoa, Casemira Viuda de Iglesia., (ilantrópica dama, a poetisa .Merced r. Babá de Dorado, a mui notável e vai' volucionárla Padilla.„ De alada e trlunfante peregrinação lnter-americana e distllando charme, valen tia. bondade e talento por todos os seus poros, ha mui pouco tempo, ^tre nós. como mensageiro de Paz e Pmrrosso americanos, o Presidente boliviano Oeõi Enrique Penaranda. acompanhado sempre pelo Chanceller Elio, Ministras, Generais em chefe bolivianos, e pelo mui querld ilustre Embaixador Alvestegui. (o dei* Ministro Ferraras) para confirmar é reafirmar, uma vez mais, os Indissolúveis laços de união, incansáveis pi da paz, progresso e cultura, que ligam e amai- • sempre a Bolivia gamam (eu :sário Independência! terá lugar a 6 do ivrrente mês) com o Brasil e demah ( Mtaé dos neste maravilhoso Continente.
VIII
Itf43
v AQUELA QUE NÍO SE- ESCOLHE
CONTO DE WANDA DE ROYCEWICZ CRUZ
DEDICADO A VERMELHA BRASILEIRA
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RAMOS dez. jovens e alegres estudantes diferentes, por certo: cada um de nós tendo a LDcz, sua individualidade bem marcada, por que nâo existe no universo dois homens que sejam iguais, como nao existem duas folhas iguais numa árvore . Mas tínhamos um ideal comum: a ciência e a beleza, e éramos todos mocos, santo Deus, tio moços! Reuniamo-nos quasi todas as i num pequeno restaurante, unde passávamos ho rat Inteiras, trocando Idéias, discutindo. Como nos agradavam essas noitadas! Muitas vezes o céu ja sc púrpurcna e a lua prateada, lentamente, descia, como se o fizesse » contragosto, cedendo o seu lugar ao alegre *ol, e nós ainda lá estávamos, com os olhos fiamejantes, defendendo as nossas téscs, prucuran do, no ardor da discussão, verdades novas, axio mas invulneráveis. Uma noite, o nosso torneio de pensamentos era mais fogoso do que nunca Falava se do problema do livre arbítrio, da sorte, do acaso, etc. etc. Mas, meus filhos! gritou Joáo, o mais moço de nós todos, mas, meus filhos! Voeis estáo loucos, loucos de verdade, afirmo que Citao' D* outra fôrma, a vida humana seria um pcudelo, uma coisa monstruosa! A vontade livre, seguramente, existe: nio pietendo que tudo o que nós queremos se realize, mas juro que somos nós próprios quem decide cm cada ocasião da vida Por exemplo, se me propõem uma cátedra na universidade dc Pequim ou de Londres, nio importa de onde... Gosta das grandes viagens, o menino! — exclamou Pedro, rim! Náo importa de onde — continuou Joáo, seguindo sua idéia — entio, naturalmente, pode rei escolher: aceitar ou recusar, ir a um lugar ou outro. <>u ficar onde estou, e ouçam-me bem. meus amiguinhos. segundo a minha d. as conseqüências que se seguirem serio Jodas lógicas e nio deverão surpreender me. — K' hem verdade o . que éle du. exclamou José. Mas hl uma quantidade de coisas, sobretudo m»s, que nio se escolhem, aventurou Pedro. Quais sio? A doença, por exemplo, respondeu José, com um arzinho de triunfo Ora essa! mas você esti brincando, meu caro! Certamente que escolhemos a nossa doença, exceto as doenças hereditárias, que os nossos VIII — 1943 |-
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antepassados fizeram o favor de escolher para nós, respondeu Joio. Pior ainda, a nossa, pro vocamo-la nós! Se eu nio tivesse querido ganhar um match de football, para agradar a Helena, nio teria torcido o pé, e se, graças a isso, ficar coxo, se ri a conseqüência lógica das coisas, que eu quiz... Poderia dar mil exemplos, mas seria bem monótono. Apenas quero dizer que cada coisa seguida de que nós aceitamos ou rejeitamos é conseqüências, e "sem que um fato que se comete o importlncia", pôde decidir erro de chamar a nossa vida, porque nada é sem importlncia e tudo é lógico. Somente o cérebro humano é que. infelizmente, nio se encontra 1 altura das coisas, para compreender tudo isso. Estávamos tio absorvidos pela conversa, que nâo notlmos que um velho de barba branca se tinha aproximado de nossa mesa e nos escutava, com um bondoso sarriso nos lábios. Conhcciamolo de vista, era o general X., herói da última guerra. Desculpem me, senhores, disse êle, com um cumprimento cheio dc distinção, mas os problemas que discutem sio de tal modo interessantes, c o ardor com que falam e suas vozes moças atraem me tanto, que me permiti Mas sentimo nos muito lunrados, meu general, respondemos em coro, e precipitamo-nos para êle, oferecendo-lhe a melhor cadeira, e foi ile quem tomou a palavra. Senhores, teem plenamente razio de sustentar que podem.s escolher as coisas. De resto, sio jovens, e a juventude tem sempre razio! » — Bravo, meu general! gritamos, jovial mente. Mas permitam-me que lhes faça uma pergunta, continuou o velho — Qual é a única mu lher que nós, os homens nio escolhemos nuncaO silencio reinou por muito tempo. Estávamos consternados. Mas, meu Deus, começou'Jacques, c calou-se... Sim. é bem isso, disse enfim o general, eu tambem nio sabia, outrora... Resumamos: uma noiva, uma esposa, uma amiga, todas sio mulheres que escolhemos, nio é assim" t mesmo, e talvez seja paradoxal o que vou dizer, escolhemos tambem a nossa morte Sim. sim. até um certo ponto. Eis como — se eu fór aviador, tenho 08', de certeza que é no meu avilo que morro ou que é com ile que vou
31
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regi quebrar os ossos, ao cair. Se estiver num mento de cavalaria, é no soberbo Ímpeto do ataque que hei de receber uma bonita espadeirada em pleno peito, um obuz ou uma bala, a minha bala, que lá terei ido buscar... Se fôr capitalista, é bem provável que morra de uma gentil apominha poiplexia, confortavelmente, sentado na trona. Se eu fôr um pobre alcoólico, meu Deus, é junto de um poste de iluminaçio que é preciso ir procurar-me... Mas, adiante! Compreendem o que quero dizer — que se escolhe morte, quasi sempre (e a morte tambem é do sexo feminino) acrescentou tle, sorrindo. Sim. Mas qual é entio a mulher que nio se escolhe! Existirl, na verdade? Existe, e vio seguramente conhece Ia durante a guerra, quando forem soldados: pobres soldados feridos... murmurou o general, baixando a sua nobre cabeça branca. Noite. Mergulhada, graças ao "black-out", numa intensa escuridão, a cidade parecia dormir profundamente. No Hospital de Sio Joáo, as Iampadas iluminavam mal os corredores que, por falta de lugar, tambem estavam cheios de feri dos. O pessoal, que tinha trabalhado 18 horas sem parar, estava caindo de cansado. O bombardeamento recomeçou com um novo ardor. Nâo havia meio de ficar nas salas. Recebeu se ordem para descer aos porões. Só uma enfermeira muito jovem recusou, catepiricamente, sair de onde estava. Dizia ela — Pois que sou uma socorrista voluntária, quer dizer que desejei vir para aqui — e aqui fico! da sorte dos meus doentes. Quero participai Se morrer nâo será uma grande perda — nâo sou um médico! Poderão facilmente substituir me. E ficou. Mas onde estás? Nio vês que te procuro, que te chamo?! Mamie, mamle! — gritava um jovem soldado agonisante. A enfermeira corre para a cabeceira de sua cama. apressa-se a lesponder: — Estou junto de ti, meu filho querido. Sente a minha mio na tua fronte' Nâo fe deixarei! (Continua no fim do numero) O MALHO
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AGENOR DE CARVOLIVA Ele é um jacta do
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ff
i—*m0ti
>
caçador
excepcional.
que faz e tem
feito
Não
toda
se
a vida
compreensibilidade
roceiros.
não
porém,
se
volúpia
elástica
os
somente
garante
mentos de «Jcio
sobre
as
das
as
teem
galinhas
nos
mo-
almofadas.
livros, ou .sobre o tejadilho
onde
do
ninho
sobre
ou sobre
a
morro,
do lado dos fil.-intus. Hesito .até em
escolher a mais bonita pose entre um retalho de malhas, no
Há
ano.
um
exatamente
chão
uma
ou na
almofada
lagartixa.
Esta
um
conta .menagtando a memória do escritor e jornalista insigne, que, por ilustrou
colunas
as
desta revista. O MALHO publica uma
de
cuja
moral
atualidade.
suas
inéditas,
páginas
ainda
nào
Página
perdeu
integrante
a de
uma
memória
de
conto
nem
aumenta
que ponto
ou
uma
éle
não
bem
se
vê que identifica o caçador felino. Quando a gente, que tanta satisfação tem. a minha gente
o surpreende,
o
já
mal
eslá consu-
mado e de maneira alguma poderia ter remédio
Porque
a primeira
proeza de quem.
como êle. exerce o desporto ou a profissão
seu
o do
irmão
canta
que
nas
palmeiras,
segundo o testemunho eterno de Gonçalves
os pizzicatos
belga,
canário
do
áurea
Dias. Também não tem a beleza
do canário do
reino e toda a fantasia inimitável dessa miser.
de
niatusa
cambaxírra
a
que é
beija-flor,
quasi
patrícia.
O sanhassú
veste
penas
num
discretas,
tom ou toque opalino sobre o conjunto turquêsa. Não é um gáseo sombrio, mas é brium brilho como opala,
lhante
de
cinza,
na curva
ligeira
da
tirante a
gola, ao
geito
rola.
da
As
jà
plumas
um
faziam
montinho
e
ji prestes a descolar uma asa.
estava
a
atualidade
com
expressou
mulher
minha
Então,
a classificação
de-
e a
toda
A minha chácara; as minhas xáca-
pescoço da vitima
e pó-la
logo
finição do crime a que eu. que a chamara,
idS, um dos livros que compõem
para servir, antes
da
dade pela primeira
STA
manhã,
quando
esquerda
de
E não carrega um peso de gloria como
no peito ou no
blicada t revelada tm sua totali-
neblina,
Lembra o trinado do canário.
venatória é cravar a garra
a sua obra. que, breve, será pu-
Jf*
dentro
passarinho
de Carvoliva cerrou os olhos. Ho-
muitos anos.
onça atirada
povoados
manho é quasi o. do sabiá. Sua lira é mais de canção que de ode, hino ou dobrado.
emboscada de que o Miau se despede num
Agenor
1942.
de
de Agosto
de
restea que brilha, e uma cilada armada, numa
bote certeiro sobre 20
pele
dos
emnalamados
garotos
O sanhassú é cantor conhecido. Seu ta-
puxado
lage da passagem aberta entre o tanque e o
em
os
ou
suas séstas deslambidas. Toda a sua graça,
de Otto Agenor de Carvoliva num desenho
vos maldosos como os moleques vagabundos
longa de cerca de um ano que jã lhe deu a
nas correrias à cata -de moti-
reconhecíveis
sob
o sol a
cerca
já aparecia
enorme
do brinco desesperado e
que gosa.
horas,
através
da
,
ou
nunca
tiveram
curiosidade
de
ouvido, nem de víita. Ou nunca fizeram esse
à
começo dt vida dos rapazolas de cidade pe-
se banqueteava.
gnena ou de subúrbio de grande cidade, tão
que
fica
havia ji
um
minuto
assistindo:
— Sabe? file agiu em defesa própria. O sanhassú
Sem quem é o sanhassú, decerto. Sabem decerto que lhe chamam t.imbçm sanhaço e azulão,
estava
atacou-o
Que
havia
de
fazer
o
Sa-
da
jurema
da casa, o Miau
sete
crueldade
moribunda, saborosa, ao
O caso de agora era um sanhassú.
vez.
de
quarto
d'hora
carniça
pobre gato?
V /
ò ///VEX/ròt Wiucò I VU4H «Otít INJJftlX». DO TEii
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MALHO
32
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£*7^^ \vi '"*) r>M W) ( f . i< \
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— Resolvi Resolvi nao v Manão casar com a Masó com aa ricota. Descobri que so jm' JS' J/)/ ) y —t três mil mil modista ela gasta dois a tres mês. cruzeiros por — Quc Que vais entao f então fazer ? l*fm/ /C Casar com a modista.
Uma Há — Uma esmolinha, cavalheiro... Ha não (1Ue nao n^° como. como. ¦ dois dias que como" ' ¦ M dois ^'aS U — Ha Há dois dias ? Pois faz mal! mal! rCf\ (Cf\
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SJj>J SJj>J
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estomajfo não nao se brinca! Com o estomago estômago brinca ! Com ' J[ \s?-^L v )
Pois "?ue ®>0*s fique '^!u® sabendo que sua fi— lha, Uia® é uma "ma CI"iatura criatura hipocrita, hipócrita, briI lha» r^T^K uma peste enfim! enfim ! Ai J gona, g°na, péste g°na, E entao então ? Pensa que se ela as/(V ^ sim não nao fosse eu a deixaria casar sim / V y / t \ \^\ \ I V com o senhor ? \ \ \ I I j"\» j"\» com
( ladrão ( ' Esta madrugada entrou um ladrao \ Pv ) I \\ rV I I ! / O j^V / casa! ) casa O \ minha em q / ^ V V \ E levou alguma cousa ? H I I Q V hospital. hospital. está no hospital. levou ! O homem esta Si levou! 0 J V ^^ ^ eu! Minha mulher julgou que era eu ± ^^ VIII — 1M3
OMALHO
%£B»*
— Que será feito delas? Há três anos pensavam, naturalmente, como eu — Ainda temos dez anos, quinze anos de mo-
Coisas Malocas
cidade. — Que lhes terá acontecido, nestes três anos de guerra? Se não morreram, já devem ser outras mulheres! Uma
De ODETTE
vida sem alegrias, o trabalho exaustivo, e o exaustivo desespero! Todo o dia a pensarem no que há para comer e. sobre-
RECISO cousa
escrever alguma cousa.
no meu íntimo que
BORGES
Sinto qualquer
me diz:
escreva, es-
creva. Mas, esta mesma cousa não me diz o assunto.
TEMPO
IRREC0NQUI5TAVEL Por Violeta de Alcântara Carreira
E agora, estou nesta situação embaraçosa: crever.
preciso escrever, mas
"
i ARIA Luiza sentada em frente do espelho redondo, cercado de mus-
selina côr de rosa, como um lago de jardim rodeado de cachos de flores, dirigia o sorriso mais afetuoso de toda aquela
.
manhã
para uma encantadora imagem lá refletida, e que não era a sua. Pela porta do quarto, fronteira ao espelho azulado, uma silhueta desaparecia, muito esbclta,
agitando
as
luvas,
num gesto de até-logo. — Que bonita moça ela está! — murmurou, voltando-se para mim. enquanto "baton" "ruoge" eu procurava o de n.i bolsa — Uma linda moça — e é minha filha.
Mai
eu
ainda
náo
estou
velha,
apesar. . . dos seus vinte anos. E que nio estou feia bem o sei. pelos olhos de meu marido, das minhas amigas, da gente o que é mais significativo. certa expressão nos olhos de
desconhecida, Uma
quem encontro pela rua. e que não tem nenhuma razão especial para me iludir e lisonjear. vale mais do que tudo. em materia de homenagem. Sinto que, realmente, pareço a irmã de minha filha, e que ainda tenho diante de mim alguns anos de bela mocidade. Com todas as coisas deliciosas que as modistas. as chapeleiras, os "maquillage" "sport" técnicos de e o in-
tudo. no que não há! Todo o dia à esde
pera
notícias,
para com os vestidos gastos, os nervos gastos, e só uma certeza -L a de que tudo é incerto, de
ameaçador!
constrangimento,
pensarão que endoideci. Ora. como se diz: dico e de louco, cada um tem um pouco"
De mé-
felizes
sáo aquelas
que.
Que I.ili.inne ficou na França, numa cidade onde os nazistas náo governam ciaratnente. por enquanto, mas a toda a hora perseguem. Mary estava em Londres, com o filho, a última espionam, vez O
denunciam,
que a vi MALHO
um bocado
podem
sem
um
Ainda as mais num
pais como
consagrar-se, plenamente,
a um dos muitos encargos femininos creados pela ausência do homen. De um modo qualquer, entretanto, já perderam esses dez anos de mocidade. Já os perderam para sempre, elas que estavam num dos momentos da vida em que não se perde um minuto, ou se perjle tudo, nâo «c admite uma ruga, ou todas se admitem. — Lilianne. . . Mary.. .
preste» a irromper de novo, quantos milhares de mulheres perderam esses dez anos de mocidade. que nunca mais se tornam a encontrar! Haverá quem julgue que e pouco, mas. para mim. seria imenso — e de certo
condessa
Maria
fazer? Ah! digamos, rei? Afinal,
de
não
Noaillez,
não sou doida
a auto-sugestáo.
sei mesmo
que já escreveram
não,
Como começa-
muito.
não.
Os
E'
um assunto
de
grandes, os entendidos
discutiram, falaram e chegaram a um acordo. Ora, porque fui lembrar-me disto? Mas já agora náo posso voltar atraz.
Entrei,
tenho
que continuar,
l.ntrento com coragem o papel e empunho a caneta. Nâo há mais remédio...
Bles, os entendidos tiraram
suas conclusões e dizem que se a gente quer firmemente uma cousa que nâo seja impossível, terá. Basta dizer:
eu
Mas
quero.
será
que
nós dissermos:
se
quero que o mundo vire de cabeça para baixo, acontecerá?
Olhe,
eu
duvido
francamente, o
Mas, lha, um
verdadeiro
e
muito...
Pois
se
é
seus
poemas a ju-
ver fugir
ventude:
Imagine!
Isso.
sem
tapete
uma
de
fadas
se a
gente
Quero estar na
mágico
maravipu-
China. E
Quero voltar.
nem nada. Vocês
náo concordam comigo? Que eclósso. ein? Mas deixeIsso é um assunto sério.
Pensando bem. a auto-sugestão é uma boa cousa. Cura
tanta
de coração
enfermidade, principalmente!
Ora, ora se a gente pudesse mandar no coração. Pan
Tu t'en iras de moi, jeunesse! Tu t'en iras. tenant 1'amour entre tes bras, Jusqu"à ce que plus rien de toi ne
mundo seria uma
pronto! Não gostando de lá, diríamos:
lembrei-me da
dos
do terror fle
conto
desse dizer, por exemplo:
mos de brincadeira. Luiza,
Mas.
ua mania. Cada um com sua mania. O que se hà-de
nos países
luta, declarada ou subterrânea,
Ouvi
de maluquice.
compensação tenho
cousa impossivel!
Em França, na Inglaterra, em
mas em
disse-o apenas por dizer, brincadeira. . . Isso, é, antes
a Inglaterra, podem lutar pela defesa ii» cidades,
tenho,
se
atmosfera
terror,
fazer!
tào cheios
nas outras, que vivem aqui no Rio. neste paraiso! Nem sei'onde elas estão. . . Acho
de
agradável a
menos dez anos!)
outróra. E o que a maioria das minhas amigas. Mana Helena, Zizita. Lihanne. Mary... — Que tolice, pensar na Mary. na Lilianne. como
Naquela
plano
o foi para elas.
do que as mamães de se dá comigo, dá-se eom
indispensável
viver,
nos oferecem, as mulheres da minha idade não fazem nada mal em se acreditarem dez anos mais jovens (pelo teligente
do
não sei o que.
Muitos "de mé-
dico. não sei 1
quero es-
mim.
isso
impossivel.
é humanamente E
para
vocês?
7 x>0
BíbJ
[m'aparaisse." Não, de
verdadeiramente,
frivolidades
femininas.
não Mas
se de
trota um
tempo da vida que é o tempo irreconquistá vel.
34
* ^—^-*Zy\ —l^
viu
Xi 1043
¥
AMti^~~ SEBASTIÃO FERNANDES
JU
-M AVIAM caído na armadilha dos I aventureiros, como os irracionais ™ P que costumavam caçar na Serra Leoa. Pareciam pensar na predestinação: seriam levados para o porão do navio — com rumo desconhecido Sabiam que seriam trocados por grandes somas O negro loi iludido em todos os sentidos. A recompensa de terem estado ali os brancos estranhos que os cercavam, a princípio, seduzindo-os com riquezas das outias terras, depois, como alguns nào cedessem a força de armas poderosas os separaram dos parentes para a leva "civilizados' dos caminhos E desterravam paia sempre de seus ritos e usanças, de canções e toadas alegres de livres e deram lhes vozes melancólicas e nostálgicas Sim, Serra Leda onde a caça do jaguar lhes era táo fácil, batuques em que indiam alegria semi barbara, tudo seria abafado pelo escuro e infecto porào do veleiro, onde abrigou seu primeiro desencanto Navio Negieuo. E ao baloiçar do veleiro, o barulho das amarras, o chocar da onda no casco, e muito mais as correntes de terro que os prendiam para nào fugir nas ondas cérulas, tudo os atorroenlava e punha-lhes na alma a agonia de nào saberem para onde iriam Travessia interminável Dias e noites de mistério A bebida, o sono, o porào sem luz, apertado, imundo, depois a doença ou a morte libertadora Algumas vezes o capitào do navio os alegrava . força, e propositadamente a mào dum marinheiro, pela escotilha, como uma visào diabólica, como se tudo aquilo nào fosse profundamente humano, entregava a garrafa de aguardente que oa entorpecia mau na ílusào de alegrá-los e fazer esquecer Aos efeilos do álcool, que mais os animahzava, eram trazidos para o tombadilho, em requebros e saltos coreogialicos, como se as suas almas estivessem acompanhando a satisfação inconsciente dos corpos, para alegria do comandante VIII — 1943
E o veleiro singrava o oceano... Durante as calmarias tropicais o barco imobilizado, tudo quietude, ouvia-se a canção dum marujo, depois com o vento forte, mar agitado, chofrando e espumando na encosta redonda da nau, ninguém desconfiaria do comércio de ébano que ia esconiido nos porões Mas nem tudo fica impune. Os piratas na avareza de dinheiro vêem trazendo para outro continente a mercadoria humana. Desde mil oilocentos e trinta que leis doutras terras conhecem os contrabandistas da raça negra; e o litoral é vigiado. No alto eram as canhoneiras com a "preocupadas bandeira da Uniào Jack tão com o tráfego negreiro, que faziam os veleiros transitar mares austrais. Para o sul, os brigues da bandeira verde-amarela sâo sentinelas. A brisa N N. JE entresou todas as velas dos dois mastros O casco corta navalhante o nivel líquido na linha do Norte A claridade da tarde deixa ver nitidamente a aparição do topo dum navio O rápido movimento de velas,» mudando o rumo do veleiro, é notado pelo comandante do brigue É navio-negreiro Procuram fugir e esconder o crime. Os piratas agora tentam uma liberdade perigosa Sabem o que é o erro. Na África, correram a apanhar os negros, agora fogem por reconhecerem o crime e temem a lei dos de sua raça! O primeiro tiro do navio sentinela grita ao fugitivo que ele traz no seu bojo um roubo E a esse grito o negreiro foge. No fundo do porào o quadro é tambem de inquietação. Com o tiro ficam apavorados Eles nada compreendem. A barcaça que corria tào rapidamente com a bnsa favorável, está parada, bailoiçando como na quadra das calmar: is O espírito africano é curto para imaginar o drama marítimo. A caca dos cetáceo* .. que se julgavam ímpunea
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Bastou um tiro para se acovardarem, os marítimos que se julgavam fortes Dois escaleres seguem ujipulsionados por braços vigorosos até o navio-negreiro. Os senhores dos escravos são presos Os prêmio Os verem
piratas nào chegaram a receber o da aventura negros continuam no porào sem sem nada compreenderem.
E ainda mais sem saberem o destino agora tomado A indecisão continua na massa que rasteja entre ferros no fundo do veleiro, inconsciente, ainda bêbada e torturada por maior calor do que das areias da Guiné Mesmo que não fossem para os piratas, eles vào ser escravos da mesma maneira, não voltarão para sua terra, porque os que os salvaram tambem não teem rasgo de altruísmo para os deixarem livres em SeiTa Leoa, nào, eles também são homens, jamais os devolverão, e por isso, continuarão na predestinação dum povo, no destino duma raça. Escravos I O
MALHO
ENTRE SÁBIOS EMALUCOS
todo mundo sabe que o juizo JA'é uma matéria gasosa muito volátil, nunca sendo admitida entre as substancias químicas, assim como nunca se pode distinguir a gente que dispõe de juizo da que está desprovida do mesmo. Além disso acredita-se mais num maluco do que num sábio, devido a pouca cotação que merecem as coisas sérias. Entretanto, devemos declarar que esses extremos se tocam, embora não se saiba onde está o ponto de çontacto. Sábios e malucos vivem a queixar-se uns dos outros, mas prevalece sempre quem com menos seriedade encara as coisas. Quando ; nascemos, permanecemos algum tempo irracionais, sendo este o período mais feliz da vida, porque o juizo ainda não se instalou na caixa do pensamento, isso só quando encontra boas condições para assim proceder. Agora, o lato de dizer que não existe juizo onde há maluquice, é faltar a verdade, porque há muito maluco mais ajuizado que um sa' bio, o qual não sabe rir do que se passa, não sabe passar a perna na humanidade ou prevalecer-se da sua sabedoria ou raciocínio para vencer uma etapa da vida. Vejamos, por exemplo: certas situações da vida prática. O ciúme é causada pelo uma maluquice "egoísmo do amor". excesso de de uma coisa ou pesQuem gosta sôa a quer toda para si. Cachorro tem ciúme do osso que apanha e, quando não consegue roê-lo todo numa sessão, enterra-o. A mulher ciumenta quer abafar o marido e faz de tudo para que êle não ponha o pé em galho verde. Se o marido possuir muito juizo vai suMALHO
portando a situação, mas sempre sofrendo as conseqüências. O maluco age de outra maneira, que a preferível, porque seria sempre"tapeação" aí entra a pelo meio, uma forma de estratégia conjugai que não raro derrota o inimigo sem muito esforço. Certa ocasião, um escritor teatral, Sullivan, que já havia escrito comédias e farsas de sucesso, resolveu cair mais numa maluquice, casando-se. Muito não demorou que a cara metade começou a dar sinais de ciúme. Sullivan, que já havia descrito as tramóias da vida conjugai, achava que o que êle escrevia era pouco aplicável a sua vida particular.
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—Porque diabo eu não aplico a minha vida particular as mesmas cenas das minhas comédias? - perguntou êle a seus botões. Depois, melhor refletindo, pensou: Se fui maluco casando-me, vou continuar a sê-lo. Mal com mal se cura. Daí aplicar sua teoria contra o ciúme e daí aqueles diálogos caseiros. Para onde vai? — pergunta-lhe a mulher, ao vê-lo vestir-se. Ela está me esperando aí na esquina. — respondeu Sullivan. Ciumenta até a saturação, a mulher segue-o e na esquina encontra a carroça do lixo. Sullivan enchia os bolsos com trechos de cartas de amor, escritas por êle próprio e transcritas pela secretaria. O encontro dessas cartas, que eram destinadas ás 36
MAX
YANTOK
comédias, enfurecia, a mulher, que procurava por todos os meios encontrar a autora, personagem imaginaria das comédias do marido. Sullivan, submetido ao inquérito viperino da mulher, fazia entusiasticas descrições dos tipos das supostas amantes e, achava assuntos preciosos para suas produções teatrais. Um dia a mulher seguiu o marido até o teatro e caiu das nuvens quando ouviu representar tudo que lhe havia despertado ciúmes. E, dali em diante evitou cair no ridículo. Uma pessoa ajuizada, porquanto raciocine e forneça explicações baseadas na verdade ou na ciência, muitas vezes não consegue convencer certa gente teimosa, ao passo que o maluco emaranha de tal maneira as coisas, inventa argumentos estapafúrdios, confunde e acaba derrotando o teimoso, isso porque não há como um maluco para se bater com outro maluco. Um deles costumava dizer: Não há como um marido ser vesgo. A mulher pensa que êle está piscando o olho para fulana ou p'ra sicrana, mas o outro olho já lobrigou para quem piscar. E* por .isso que há mulheres que preferem . casar-se com cegos. Um jornalista costumava fazer certas reportagens audaciosas, e um dia quiz ir falar com um louco no hospício. Deparou com uma pessoa e interpelou-a a respeito, entabolando longa conversa, con¦ido de que essa pessoa era um louco. A certo momento, a um sinal do interlocutor, surgiram dois reforçados enfermeiros e carregaram o jornalista para uma cela, porque o haviam tomado por louco. Ele raciocinava menos que o outro. Um marido, para se livrar das perguntas desagradáveis da mulher, decorou um trecho inglês de Shakespeare e toda vez que devia responder a essas perguntas recitava o trecho. «\ mulher acabou no hospício, porque, num desabafo agrediu o marido com o rolo da massa, e este (o marido) gravou o trecho He Shakespeaic, no rolo. viu 1MI
O respeitável público prefere o Cinema... H. PEREIRA DA SILVA
realmente doloroso o espetáculo que assistimos diariamente nas ruas das nossas cidades. Contrastando com os suntuosos cenários dos arranhacéus e com o luxo supérfluo dos transeuntes perfumados, tropeçamos, a cada passo. com a miséria em carne e osso, ou melhor, com criaturas que encarnam todas as vicissitudes peculiares à nossa _,.. Cã.
raça. O que mais comove ao espectador que assiste constrangido, à dramaticidade desse espetáculo público, é a indiferença da platéia. O sofrimento alheio não penetra na alma dessa gente. No entretanto, quando essa mesma platéia assiste a um filme, em que o artista, caracterizado de mendigo estende a mão à caridade pública, percorrendo as ruas traptlho e imundo, desempenhando, com de faminto, perfeição, o desprezível papel comovidos choram todos todos sentem, celulóide, de a miséria daquele pedaço que na vida real. habita palacete. possue automóvel, piscina, criados e toda sorte de comodidade.. . Assim é a complexidade do sentimento humano. Alguns, impressionados com o drama cinematográfico, que acabam de adoecem;
assistir, casas
de
diversões
outros como
saem se
dessas
estivessem
saindo de um cemitério. Triste divertimento! Lamentando, profundamente, a miséria do pedaço dc celulóide, passam indiferentes pelos mendigos humanos, que gratuitamente, o que eles pagaram para ver E. finalmente, quando um desses infelizes, tão bem caracterizado no filme, tenta, num gesto de súplica.
exibem,
despertar a solidariedade dessa platéia, o máximo que consegue é irrità-la. provocando. da mesma, veementes protestos, contra a mendicidade. Indignada, como se a miséria humana se restringisse apenas à raça brasileira, ela comenta: — Nio se pode dobrar uma esquina, sem que se esbarre com um mendigo VIU — 1943
Mas
isto só ropa...
acontece
no
Brasil.
Na
Eu-
E a platéia, revoltada, que nunca foi a Europa, que só a conhece de nome, no cinema, ou através dos riscos confusos do mapa. tece, com ares de superioridade. os mais lisonjeiros elogios ao Velho Mundo. Por sua vez, decrépita e desiludida, a platéia européia diz o mesmo a nosso respeito, esquecendo-se de que a miséria humana é universal. Não respeitando fronteiras, ela abrange todo o globo terrestre. São, pois. incoerentes os elogios reciprocos das platéias... Infelizmente,
a verdade é esta: onde há seres humanos, há egoismo: onde há egoismo, há miséria. Embora esta concepção não encerre nada de filosófico, ou de complicado, como se diz geralmente, ao que parece, os homens ainda não a compreenderam totalmente. . v Mas. não cessa ai a complexidade do sentimento humano. Além dos emotivos imaginários, que preferem entrar em contacto com a realidade, a seu modo, iato é, sentados em confortáveis poltrrespirando o ar condicionado dos modernos edifícios, há os que desprezam oj5 seus semelhantes para se dedicarem de corpo e alma aos irracionais. São sócios da Liga de Proteção aos Animais, e não contribuem sequer com dez centavos para outra qualquer liga de proteção aos seres todos os gatos e cachorros que encontram abandonados nas ruas. zelam carinhosamente pela alimentação dos mesmos, não se esquecendo de verificarem, a toda hora e a todo inshumanos...
Recolhem
tante, se estão passando bem. Todos os Não se despormenores são previstos. lembram de nada. Absolutamente nada; .« ser que. na mesma rua em que recolheram esses venturosos animais, há. na maioria das vezes, uma criança orfà. completamente desamparada...
37
lémhr^fc- l
Mas, que lhes importa o sofrimento humano? Se eles só se comovem com a dôr do irracional? São naturezas atrofiadas, obsecadas por uma idéia fixa, ou mais clarjmente. dominadas por uma mania. Levam a sua adoração pelos animais a ponto de redigirem telegramas a pa-. rentes distantes, comunicando-lhes. pesarosas, a morte de um gato, de um cachorro, ou de um canário de estimação, como se fossem os mesmos um dos membros da família. E, se não fosse tão ridiculo. se não despertasse o clássico e temido comentário da vizinhança, essas creaturas, naturalmente, encomendariam coroas, mandariam gravar pai despedida e saudade em pedaços de fitas roxas; fariam questão que o enterro fosse de primeira classe, com grande acompanhamento: publicariam a nota fúnebre em diversos jornais; e. finalmente, guardariam luto por alguns meses, dando. a. por um irracional, o mesmo espetáculo que nos habituamos a dar pela morte de um racional. Por certo, se a igreja o permitisse, essas criaturas chegariam ao cúmulo de mandar rezar, em sufrági alma desses animais, a indispensável i de sétimo dia. . . Dentro da complexidade do sentimento humano, tudo é possivel.. . O
MALHO
PE
PENSARÁ
KRISHNAMURTI
SOBRE
II
GUERRA?
BELARMINO "Penso
que tempo virá em que não mais necessitarei de pregar-vos e que vós não mais pregareis a outrem." Krishnamurti
2 M amigo sugeriu-me dizer alguma cousa sôbre o tema que encima êste artigo. A intenção dêsse amigo, porém, é partidária. Não aceita opinião que não fortaleça e ajude a sua própria opinião. Não compreende idéia alguma fóra dos limites dos opostos. Ora. para exprimir conceitos dentro do limite dos opostos, não é preciso os fatos e náo as causas, regupensar Iam o conceito. Se náo, podemos pensar, muito menos poderemos raciocinar e discernir. A lógica dêsse estado mental é a seguinte: cheguei primeiro, logo. o lugar é meu: comprei a terra a um necessitado que ignorava o seu valor, logo, fiz ótimo negócio. fui feliz, ou mesmo, inteligente. O <jue é meu, é meu, ganhei com o meu suor. Precisei montar uma indústria de minérios, chamei um experiente, prometi-lhe muitas vantagens e depois de tudo organizado despedi-o. Foi um golpe de inteligência. Fu- 5? lano ofendeu-me, tive de reagir, matei-o e Krishnamurti mostrei que era homem. Tenho dinheiro, faço o que quero, não dou satisfações a com o espirito dentro do circulo em que vos ninguém. Fulano não gosta de mim, jà sei, acostumaram a viver. Marchais em circulo tem inveja da minha sorte ou acanha-se em e pensais estar andando em linha reta. Viaparecer-me. veis dentro de velhos hábitos. Vos defronAssim, corre o destino dos homens dentro de uma mentalidade sem face, sem ditais constantemente com os vossos pensareçáo, sem objetivo, sem deveres baseados mentos de óntem, de antes de Antem, das no essencial, sem sentido de realidade, mas. semanas, dos meses, dos anos e dos séculos em absoluto entranhada de "direitosde anteriores e pensais estar vivendo a plena ânsias explicavelmente explorativas. vida, o eterno e renovado presente. Desta que poderá entender e esperar do maneira vos será dificil conhecer a beleza pensamento de Krishnamurti sôbre a guerra, da eternidade no presente sem fim. uma mentalidade ávida por sucesso, ^por Viveis plenamente enganados, e, por isso. sensação, ardendo em desejos de posse, e enganando os vossos semelhantes com êsse apenas experiente na prática da competipassado bolorento, batido, amassado por çáo e da aquisividade? muitas peripécias que ficaram sepultadas no Se fizessemos uma pergunta a Krishnavosso subconciente. E nesse estado jolgais murti, sua resposta não diferiria, em esséncia. a resposta que teria dado Christo, Buda estar entendendo a vida. ou outro dos grandes iluminados. Teria por Sois como u'a múmia de pensamentos rescerto dito: por que quereis meu pensamento sequidos e quereis nesse estado viver feliz, sfibre a guerra? Não vos direi: matai, matai! viver livre e ter entendimento. Vêde o que Se vos dissesse isto. náo estaria vos ajuocorre: Todo o planeta agora estremece sob dando a libertar-vos doa opostos, nos quais os efeitos da destruição dos vossos invenestais aprisionados. Vossa mentalidade ainda tos. Os diabólicos pássaros metálicos, as ci"teu" e do "meu". está prisioneira do dades flutuantes, os gigantescos peixes mea rabalhais inconcientemeate para cAmcos. os ninhos das águias de ferro. A acumulação de posses, posições e autoridaação désses aparelhos de tortura, de ódio. de. Não pensais noutra cousa além dos vosde desgraça, e de desharmonia da de dôr, soi interêsses pessoais. Não entendeis. porvida, é o produto da vossa mentalidade litanto, outra vida alto da vossa. Trabalhais 38 O MALHO
VIANA
mitada nos opostos. Tudo isso é criação da vossa múmia de pensamentos ressequidos, "progresso", em "luta arvorada em para vi"justiça", em inteli"direito", em ver", em gência. Não quereis o meu pensamento sôbre a guerra, como não quzesteis o pensamento do Christo sôbre o sacrifício por amor ao próximo, para bem de todos. No nome de Christo construistes a mesquinha mentalidade do ter e do poder material, ao envez do ter e do poder do entendimento da verdade, da realidade. onde não existe o teu e o meu. onde não contém o meu Deus. o teu Deus. Quereis o meu pensamento e talvez o deturpareis. para vos iludir uma vez mais e para iludirdes aos outros. Não pretendeis vos deixar perturbar por esfórço algum, pois o esfórço vos perturba. Vosso desejo é vencer. custe o que custar em sacrifício alheio. Vôs quereis ficar isento de sacrifícios. R assim que intimamente pensais e desejais viver. E' assim que entendeis agora. Advirto-vos. porém, que não continuais a vos enganar. Não é tarde para buscardes estabelecer o equilíbrio perdido pela vossa fé nos opostos. Não é tarde para apagardes as labaredas que a vossa falsa fé espalhou sóbre o planeta. O fogo se extinguirà quando não mais o alimentardes. Tomai nota de que êsse fogo nunca se acendeu nos corações daqueles que se guiaram pelo entendimento. Vós guardastes o ódio, este mesmo que vos está corroendo, queimando, destruindo. Não pergunteis o que penso sôbre a — guerra. Olhai para dentro de vós próprios — encontraai e vosso subconciente para o reis a guerra e o material para alimentá-la. A guerra sois vós. tal como vos encontrai» cheio de memórias não essenciais para viver. B' a vossa mentalidade que se encontra cheia de ódio. conforto e médo de enfrentar a luta natural da vida. Quando começardes. pelo esfórço. pela responsabilidade, pelos deveres da nova sociedade. a compreender que' jamais fizestes um bem «iquer. que mais não fizestes que. explorar, para viverdes em constante conforto. que jamais vo» esforçastes para compreender a vida. para compreender o» que sofrem por vossa causa, então, verei* que não é necessário fazer-me a pergunta: Que pensais sóbre a guerra? Krishnamurti teria dito o que acabo de escrever, e Isto mesmo é o que contém os seus ensinamentos, com a penetrante brandura e afeto da sua grande sabedoria Estou certo, porém, que as pessoas que pensam, as capazes de compreender o sofrimento, reconhecerão nestas palavras um* realidade que já se tornou eterna nos seu» corações. VIII — 1M3
INVERNO -1943 Osório Nunes
Os primeiros ventos frios Sopraram neste outono Dos céus que se fecham Para outro inverno.
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MMWm
Como ficam lindas as flores Tocadas pelo tempo Das manhãs enregeladas ! E as árvores onde nascem folhas Mais verdes e mais tenras — Como se a primavera Posse garrida e eterna Neste país onde ninguém Morre de frio ! Chegou o outono E tudo está mais belo. Não haverá palavras Para dizer do luar Que virá nas grandes noites negras Como cristais de gelo pousar Sobre o silêncio dos campos E o barulho das cidades. Chegou o outono E a humidade descerá de tudo Inundando-nos de claros pensamentos, Molhando a nossa alma E os nossos quentes corpos tropicais. Breve, o inverno estará ai E tudo será ainda mais belo. Eu só tenho pena dos judeus Que choram atoa nas ruas de Varsovia, Tiritando nos escombros e na neve A' procura dos grossos capotes Que os alemães levaram para a frente ri
O ENSINO PROFISSIONAL E SEUS ASPECTOS ensino profissional constitue o problema dos mais importantes para os O povos que desejam vencer. Com muito acerto se declara, presentemente, que o fim da vida não é tornar o mundo um museu de especimens raros, de homens de talento, mas um museu de homens com vitalidade, organizados para o bem estar da comunidade geral. Daí, afirmar-se, corolariamente, que o fim de uma educação profissional não é dar aos indivíduos um meio de vida, porém adaptá-los a viver. Sem essa adaptação a luta que terão a sustentar, pela existência, será árdua, difícil, inglória... Assim, toda educação técnica deve ser exercida no sentido de dotar o indivíduo da experiência necessária para exercer sua capacidade com proveito econômico-social, ou melhor, a educação técnica visará sempre a adaptação do homem a essa experiência; conseqüentemente, a escola deve ser um organismo vivo em contacto com a realidade da atividade profissional predominante no momento. Por isso mesmo, não poderá o sistema escolar técnico de cada povo ser copiado, servilmente, uns dos outros, pois sendo diferente a potencialidade e a fisionomia industiial de cada pais. impede, tal circunstância, que o ensino profissional seja organizado sob fôrma única e geral. Infelizmente, no Brasil, as reformas de ensino desse tipo teem sido orientadas, pelos padrões estrangeiros e os resultados sio os conhecidos de todos nós: o fracasso da aprendizagem. Isto por um lado; por outro. as nossas escolas' técnicas sio postas a funclonar sem qualquer subordinação imediata ao meio econômico onde terão que influenciar. Ainda, agora, pelo que sabemos por um judicioso inquérito do Departamento de Educação Técnico Profissional da Prefeituia. dos 600 alunos diplomados, num periodo de 10 anos. foram, apenas, encontrados 26 trabalhando na industria, o que, eloqüentemente, prova a ineficiência do nosso aparelhamento de ensino profissional. Destarte, fácil é percebermos que a causa desse fenômeno esti na crise da aprendizagem. Como, ¦ procedermos? Neutralizando essa trisr. com medidas teóricas ou doutrinárias, mas o fazendo, primeiro por um estudo amplo e rigoroso das condições objetivas do nosso meio industrial; segundo, submetendo os alunos a métodos psicotécnicos adequados. A velha noção de que nao ha aptidões a explorar, no aprendiz, e sim mera habilidade a crear, nesse mesmo aprenr1.* levou ao desastre a formação técnica do nosso futuro operário. Foi por esse critério, pelo predomínio da rotina e do empirismo, que as nossas profissões elementares chegaram ao nível de uma desvalorização ,ruinosa, moral e economicamente considerada. Os
LUIZ PALMEIRA (Diretor do Instituto Ferreira Viana)
ofícios se aprendiam e se aprendem de qualquer fôrma. . . Durante gerações só se cuidou da escola de letras, ul o influxo que o preconceito contra o trabalho profissional exerceu sobre nós. E. apesar de tudo. do conteüdo da civilização contemporânea, a r>ficina continua sendo, no Brasil, um pavor para certa classe social, imbuída de tradições classicistas, de bacharelismo anêmico e entravante da nossa evolução mental. A oficina. diz em voz alta essa gente, só para o filho do povo, sem aspiração. Percebendo claro o erro grave da nossa aversão pelos ofícios manuais. Tarquinio de Souza Filho deu. há muito tempo, o grito angustioso de alerta, chamando a atenção dos homens de responsabilidade no governo, tio importante problema. Seu livro para "O ensino técnico no Brasil", escrito em 1871, está cheio de advertências e conseV lhos. de observações e sinceridade. Tido, naturalmente, como sonhador, suas idéias foram postas i margem, pois era cedo. de mais. para cuidarmos de dar valor i escola do trabalho... Com o passar do tempo, tendo em vista os ideais da civilização em mudança, fomos compreendendo o alcance da nova pedagogia orientadora do ensino profissional. Data de 1909 o nosso primeiro movimento algo sistematizador nesse sentido, com o surgimento das Escolas de Aprendizes Artífices, remodeladas, depois, por Joio Luederitz. o qual se bateu pela industrialização das oficinas dessas Escolas, com o intuito visível de aumentar a capacidade de realização dos alunos. Após isso. surgiu, em 1928. a Reforma Fernando de Azevedo, famosa pela modernização das questões pedagógicas consubstanciadas. Um Laboratório de Paicotécnica foi sugerido para que se pudesse efetivar o estudo prático do problema de seleção e orientação profissionais, pela verificaçio das qualidades fisio-psicológicas do aluno. Reconhecíamos, desse modo. que sem o
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estudo da psicologia experimental aplicada não seria possível dar direção segura ao trabalho de oficinas: verificávamos que sem o conhecimento prévio das aptidões individuais, duvidosa seria a produtividade econômica: abandonávamos, enfim, a velha concepção dos valores humanos, cujos valores, conforme se imaginava, independiam das condições bio-psiquicas de cada indivíduo. Conduzido, portanto, o ensino de ofícios de acordo com o novo método, fundado na psicologia da conduta, entrava a escola técnica por caminhos amplos que lhe asseguraria êxito completo na consecução de seus fins: entretanto, e infelizmente, até hoje semelhante Laboratório não teve concretização. resultando dal no fracasso da aprendizagem. que o inquérito óra realizado pelo referido Departamento de Educação Técnico Profissional apurou, desoladoramente. . . Não tenhamos dúvida alguma: o destino da nossa escola técnica esti vinculado i Professiologia, ou seja. a moderna ciência do trabalho» profissional, que se ocupa, segundo Chleusebairgne. do estudo, analítico e da classificação psico-fisiológica das atividades profissionais, afim de facilitar a eleiçio ou escolha de um determinado oficio ou profissão. E' pena que. por enquanto, nio tenhamos uma organização perfeita, modelar, de ensino técnico profissional, em consonincia com o momento cientifico atual. Os exempios de outros paises dizem alto como deveremos proceder. O resultado feliz a que atingiram não foi, senão, por meio da onentaçio e seleção profissionais, pesquizada nos laboratórios especializados. Sem uma "investigação analítica de uma detennin.ulj profissão, em cada caso considerado, afim de estabelecer-se um perfil concreto das respectivas condições psico-ergolôgicas. sociais e econômicas", todo o esforço da escola tecnica nio terá compensação, seri êle perdido. resultará infrutífero, quedará inútil. O Brasil, pelas suas riquezas, pelos seus recursos, pelo seu destino econômico, esti fadado a ser poténci.t induitrial de primeira ordem. Nessas condições, para chegar a tanto, é mister cuidar, de imediato e com descortinio. da formação de seus valores técnicos, pelo aproveitamento de sua juventude através da escola do trabalho, energicamente estruturada na psicologia aplicada. Se insistirmos em contrario, nada faremos, isto é. nio daremos ao aluno aquela ca] dade de experiência para exercer, com veito. sua atividade econômico-social. e a crise de aprendizagem continuará a produzir conseqüências lastimáveis i economia nacional.
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RANSCORREU o primeiro aniversario da posse do ministro Marcon-
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Sr. Silvestre Gomes Coelho foi nomeado ministro Contas.
Santidade, o Papá Pio XII escolheu o substituto de Dom Sebastião Leme no arcebispado metropolitano do Rio de Janeiro, recaindo a eleição Dom Jaime de Barros Camara, arcebispo de Belem do Pará. y\
PRESENTOU credenciais ao presidente do Brasil o novo embaixador da Colombia, sr. Jaramillo Sanchez.
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pletou um ano de sua in-
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tenente-coronel AJciQ
vestidura na Chefatura de Polícia do Distrito Federal.
4(0j^
Academia Nacional de Medicina elegeu para a sua presidencia o professor Aloisio de Castro.
^J". escritor o
bibliote-
e
conomista
Melo
Braga
Osvaldo
foi
nomeado
professor do Curso de Biblioteconomía do DASP, recentemente instituído.
ao lado das Nações Unidas.
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major
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Marcondes
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posse Muller
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ILAS enormes de pessoas se revezaram no _ segundo mês consecutivo de exibição do filme " Sem
Felinto
ao na
presidencia do Conselho Nacional do Trabalho, cargo para o qual foi designado pelo presidente da Re-
pre em meu coração", o maior acontecimento cinematografico no Brasil, de"Sinfonia pois de Inacabada".
publica. • C NCERROU-SE a grande exposição de quadros de Cândido Portinari no Museu Nacional de
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general Manoel Rabelo declarou, em entrevista à imprensa, que o Brasil enviará um corpo expedicionário para lutar
O
A
A
REVISTA
Belas Artes.
Sr. Henrique Dodsworth recebeu gran des homenagens pelo transcurso do 6." aniversário de
'V * 'A,/'''¦ | MNm*IAJOU para os Estados Unidos o sr. Salgado Filho, ministro da Aeronautica. em visita ofiy
ciai, a convite do governo norte-americano.
O
gestão na Prefeitura do Distrito Federal.
sua tenente-coronel Coelho O dos Reis transmitiu o cargo de diretor geral do Departamento de Imprensa e Propaganda ao capitão Amilcar Dutra Menezes, nomeado pelo chefe do governo para essas altas funçõesV I I I — 1 9 4 3 fchil i Viil
11
• u
O
Instituto
Nacional
de Ciência Política, o advogado Abeylard Pereira Gomes pronunciou uma conferencia de grande oportun idade.
ERRIVEL incêndio devastou, completamente, o "Pare Royal", a mais tradicional casa de modas Mo Río.
I
I
Central do Brasil comemorou, festivamente,
o
6."
aniversario de eletrificação, com a presença do ministro Mendonça Lima e do disua
C STEVE Brasil Educação % livia ! 41 —
em
visita
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o ministro
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Publica da Bo-
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ràes. O
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Utvia PECA BRASiLEiRA REPRESENTADA EM MONTEVlDÉO
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DE CACRISTOVAM MARGO, o apreciado escritor patrício, está conquistando merecidos triunfos para o teatro brasileiro, Ainda no Rio da Prata. agora, depois do sucesso que constituiu a representação de sua original peça "A chamada telefônica", em Buenos Aires, o festejado teatrólogo colheu novos louros, em Montevidéu, com a encenarão, no Teatro Sólis, de uma de suas melhores ". obras, "O Príncipe Galant< A montagem esteve a cargo Gucrreroda Companhia
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DiSS ds Mendoza gundo reglstSOB a imprensa da capital urun, foi uma desverdadi ¦iiaun-nte hiiiiijrant' imen to artístico e social dos mais expressivos, autentica obra de aproxlmaçao cultural interamericana • A casa de espetaculos estava repleta de um público numeroso e A alta socieseleto dade uruguaia compaO primeiro atm receu por seus mais exRitmeu, nm e e 1 e que interprepressivos tou D. Pi ./ i a 1. tos, tendo à frente o Presidente da RepúblíDr Juan José Amézaga, além ds Ministros di Estado e do Corpo Diplomático, onde se salientava No prina figura do Embaixador Batista Luzardo cipio da sessão foram executados os hinos nacionais do Brasil e do Uruguai. Terminaaa a representação, o autor, que se encontrava no camarote presidencial foi grandemente aplaudido pelo público que enchia o teatm "O Príncipe Galante' O êxito da montagem de repercutiu na crítica dos jornais de Montevidéu. Focalisando a p*ca, que versa sobre os"El amores, Dia", de Santos, de Pedro I com a Marquesa "é obra de evocação hiatodaquela capital, diz que traços . ... scti risticos e rica na qual aparecem os : Keu espirito de gabrasileiro tradicionais do pOVO à liberdade" amor Uni.: „ M A L i
TSuidii, 19 42 Divisão Econômica e Comercial do Ministério das Relações Exteriores acaba de lan"Brasil, 1942". çar o volume O critério que presidiu à elaboração desse livro é uma nota de elogio para a capacidade dos nossos técnicos. Sob a orientação do cônsul Mario Moreira da Silva, 'chefe daquela Divisão, foi confecionado o grande trabalho que, em suas 650 páginas, é o mais fiel e mais útil espelho da realidade brasileira, desde os seus primordios até os nossos dias. Mario Moreira da Silva Naturalmente que, numa obra de tal valor os aspectos diversos do nosso panorama teriam de ser focalisados pelos que mais se têm destacado no estudo das questões econômicas e sociais. Assim é que estão reunidas as colaborações de noventa dos mais representativos técnicos brasileiros que, com a responsabilidade de altas funções na maquina administrativa, vêem trazer o seu esclarecimento e a cooperação de suas conclusões. O Brasil está apresentado e examinado em todos os seus ângulos. Uma introdução extraordinariamente bem formulada apresenta os fundamentos da existência nacional, para depois serem debatidos e mostrados os nossos problemas e o surto das diversas fontes de riqueza publica. Os produtos naturais, os manufaturados, os gêneros basicos da economia brasileira surgem detalhadamente expôstos, em sínteses estatísticas primorosas. Nada ficou para ser visto mais tarde nesse retrato do progresso de um país. Fazendo a apresentação do volume, o chanceler Osvaldo Aranha diz que o mesmo servirá, de muito, para o estudo dos problemas de após guerra. Sem exagero, poder-se-ia acrescentar que servirá, em todos os tempos, para aqueles que se quizerem entregar à analise dos fenômenos econômicos do Brasil.
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Para Pm to Alegre viajou há dia», a bordo do quadnmotur nacxonal "Abaitaru". 0 8r. Antônio Navarro Dannemann, Chefe do „ do Hut , lupnitnmenti, </<> Tráfego d:.,,,»./<i &ÍV*T$0I iit-V»''oinar '"• 01 empresa »"> 0 qual Sul
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NA FERROVIA BRASIL-BOLIVIA
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Em companhia do presidente boliviano e de altos auxiliares do governo de La Pa:, o general Mendonça Lima, ministro da Viação do Brasil, visitou, recentemente, as obras, em conclusão da ferrovia que ligará os dois países. Por essa ocasião, o engenheiro Luis Alberto Whalely, Chme da Comissão Mista Brasileiro-Boliviána, encarregada ria construção da via férrea, pronunciou o seguinte discurso, saudando o general Mendonça Lima: ^________________________S___r^_T^ícAmmt^^2mmVmmmmm\
" Kxm." Senhor Ministro da Viação e Obras Pública, General João de Mendonça Lima muito tempo me entendi com DURANTE V. Excia. pela linguajem inconfundível da ação. Trabalhando na E. F. Central do Brasil, executor de ordens suas, costumava manifestar-lhe minha admiração pelo entusiasmo e pela dedicação com que, dentro dos modestos limites de minhas atribuições cooperava no seu programa de realizações. Corrigi defeitos de conduta ético-profissional sob o influxo de seu exemplo c analisando seu modo de ser, como administrador c como homem público, dos melhores que temos tido, desde a revolução de 30, pude apriem desenvolvi» morar algum*, qualidades V. Kxcia. me ensinou a produzir sem alarido, a Kf útil _etn reclame. A viga mestra de na orgtnii o ir intelectual reside n_ virtuosidade _____________\.^_SK^ ^*w_. X ._."_^j_^gfa__- .". '^r*,T*r^fmmm. >- V -<r-«*ÍO_\V<__-_^^ essencial, e de sua organização moral a capacidade de criai em silencio, indiferente M iascinio da no^>< ^TlÉfck.^^S.^ •0---*' ' '-¦ lade. — i, N. — Wm rr'. ¦ — A medida que os méritos de V. Kxcia. foram Dura»tt a visita do presidente Peíiaranria ,• do ministra Mendonça Lima à ampliando na vida pública RS esteta dt atividade e de responsabilidade, mais se acentuaram esses traços ferrovia Brasil-Bolhna, ambos c.vanúnando, em companhia rio engenheirochefe sr. Lins Alberto 11'hate! heíro-delegode Jiian Kivcro 1 tãn caractcrbdcoi de sua personalidade, de ministros Sm libertador . um traçaria ria estrada. movimento revolucionário do grande trecho ilii mi 30, ao Secretario de Viaçio de São Paulo, cargo em que pela primeira vez se revelaram no phiuo votada ao bem público, continuam a ser para V. Kxcia. Os medas realiaçftes concretas, seus pre ccepcionaii de lhores meios de entendimento entre os homens. Prosélito convicto ni-ador, aa Diretor do Departamento Nacional doi Con tsatnento político t administradessa escola que domina Talegl inesquecível e dinâmico Diretor da E, F. Central tivo do Estado Xovo do qual é V. Kxcia. uma i\:i^ expri Ml,ias Públicas do Brasil, até o grande Ministro da mais representativas, eis porque a distância não tem alterado O de hoje. aspecto e a significação de minha convivência espiritual, I li., is que me teem prendido permanentevontade me sinto comuiiicando-me co:n V. Kxcia. pela linguajem mente aos trabalhos de construção da E. 1". Corumbá-Santa Cruz, eloqüente do trabalho, poderosamente bela e compreensiva. tos tenho tido com V. K .cia. desde a criação Impunha-se á Comissão Mixta o dever e cabiam-lhe a 1 missão Mi\ta que entendem que a engenharia e o prazer dt prestar-lhe a-, sinceras homenagens desta singela íissional, no Brasil por excelência, encontra seu painel mais prósaudação. K a boa sorte íez-me o seu desvanecido e orgulho criadora prio 110 sertão bruto, nas paisagens agrestes onde a ação térprete. Nunca uma incumbência nu' soube tão bem ao -eiitimen a' rápidas Minha» e necessária. da técnica se faz realmente t... Kra projeto da Comissão Mixta prestar-lhe maiestadias im Rio de Janeiro, u.... me teem permitido trequeutar ampla e expressiva. Infelizmente, exigência, pròtocoian Viação, a animadora da pieno Ministério assiduidade, mais COm rápido regr ipital da República, sem escala demorada por sença de V. Kxcia. Entretanto, nunca me senti mais intimamente ! ,, ,me era motivo Corumbá, impedem-nos realizai ligado ao exemplo de tua operosidade, do que nestes últimos cinco mais do uma manifi justo para que minha admiração e pela em que meu reconhecimento admiração, terá que se conter not limites estritos de uma breve Mia pessoa, teem crescido e adquirido maior consciência de si ma» sincera cordial saudação que neste momento dirijo ,i V | onde exercer minha, vasto mais campo mesmos. LhsiKxido de um em meu noa. e em nome da Comissão Mixta. atividades protissionai-, a experiência tem me prop< O Engenheira Chefe <! , Mixta. nomeado .exata medida do valor i*ssoal e das virtudes de caráter que Governo l>or indicação de V. Kxcia., o ex-engenheiro da 1 V l.v ia. tem demonstrado na direção de grandes empreendipetoria da Linha e o antigo Cheie do Movimento ,al do mentos, como condição essencial do êxito. Brasil e o amigo reconhecido, coexistem em mini mentO lado No Ministro da Viação e General do Kxércr gratíssimo em que pelo trabalho, pelo entoai . !u dedicanestes momento, düiceis pelas imen-as respotisabitidadei de gapretende haver merecido a confiança nele depositada. ranur a regularidade e ampliar a< possibilidades do, transportes . A Comissio Mixta presta esta a V Excia. e comunicações nacionais, descobre-se, rmtits ampliado, o Central do muito lhe deve atividade da em diretor admirável que aquele nel Mendonça Una, '.. afsiduidade de sua assistência orienta.| melado realizador de sua eletrificação, tão íntimo na gral verinteresse. K' em seu nome e em meu próprio que brindo à ieliciorganizado e trabalho o, O brasileiros. na memória de todoi dade pessoal de V, Kxcia" dadeiramente útil, o entusiasmo fautor de milagres e a dedicação
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CARMO PROVENZANO
INTERVENTOR LEÔNIDAS MELO — Por ocasião de sua rece/ite uinda ao .Rio, /oi aZuo de inequívocas demonstrações de estima e admiração o dr. Leônidas de Castro Mele, Interventor Federal no Piauí. O ilustre chefe do executivo piauiense, que veio acompanhado da Sra. D. Maria do Carmo Melo, recebeu numerosas demonstrações de simpatia, por parte de altas autoridades, elementos de relevo na nossa sociedade e na colônia piauiense desta Capital. O "clichê" acima fixa um flagrante da chegada de S. Ex., no momento em que desembarcava do avião da NAB em que viajara. ''"¦
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A S. A. O MALHO perdeu, com o desaparecimento prematuro de Carmo Provenzano, um dos seus mais antigos e prestimosos auxiliares. O nosso companheiro, que era figura das mais benquistas e apreciadas nos meios da imprensa do Rio, pelas suas qualidades de homem simpies, probo c afavel, exercia há longos anos a função de distribuidor das publicações desta empreza, gozando de inequivoca influencia entre os auxiliares da imprensa, de cujo órgão representativo fez parte, em varias posições de destaque.
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OS SERVIÇOS DA LEGIÃO BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA. NA BAÍA — Aspecto da ontreristu coletiva concedida pela Exma. Sm. D. Ruth Vilabuim Aleixo, benemérita presidente da Legião Brasileira de Assisteticiu na Buiu, quando fez uma brilhante exposição dos grand.'s e OOHotOt MfTiooj por essa entidade prestados, desde que assumiu a sua presidência. (. 12 de Dezembro de de 1942. Ao lado da primeira dama daquele Estado, vê se o dr. Carlos Spinola, iireter du -Agencia Vitoria" e representante dn S A O MALHO na capital baiana
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Transcorreu no dia 14 de julho, o aniversário natalicio do nosso contra de Paulo NoL-ueira di tunclo Io do Ministério do Trabalho e colaborador dO MALHO.
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JORNALISTAS AMERICANOS VISITAM QUITANDINHA — Flagrantes colhidos em Quitundinhu, quando os jornalis tas noite americanos, residentes em nosso pais, fizeram sua visita, em comitiva que se constituiu com a representação quitsi total de toda a- imprensa diatia e ilustrada ianque às obras monumentais do hotel e da cidade de Quitou dinha em construçi O
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Sfe.a Leonardos da Silva Lima. que, apresentada pela "Rede Cultural Vamos Ler" e a "Casa de Castro Alves", Imleu, na Associação Brasileira de "Paiprenso, a peça de sua autoria mares", poema heróico sobre _ vida de Castro Alves.
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A TEMPORADA DE INVERNO DO JOCKEY "|"RÈS
flagrantes colhidos no Jockey Club Brasileiro, que nos mostram como estão sendo "tardes concorridas as turfisticas da temporada de inverno desse centro de sport e elegância da cidade. O
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SR. MILTtíX SEABRA — Grupo feito por ocasião da manifestação prestada ao sr. Milton Seabra, avaliador do Juico da 3." Vara da Fazenda Pública por colegas c amigos, por motivo da passagem do seu atiiversário natalicio. O flagrante foi tomado quando o ani'.ersariante era saudado pelo seu colega sr. Joaquim Astunfão, da• 2.» Vara da Fasenda Pública, vendo-se o homenageado ao centro do grupo, tendo <! sua esquerda o sr. Nelson Morado; primeiro ava liador da Fasenda Nacional, que o sondou por ocasião do almofo que llie foi oferecido.
"NO TEMPO EM QUE OS HOMF.NS FALAVAM..." — Mario I.opes de Castro, autor da antologia "Poetas de minha terra" e do "Milodo de Taquigrafia", nosso antigo confrade de imprensa, vem de publicar por intermédio do editor Zclio Valverde, desta capital, um volume de prosa, sugestivamente intitulado, " No tempo em que os homens falavam..." Os nomes da obra-f do autor conccrrerii<> para o acolhimento do livro.
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Grupo feito após a missa mandada resar pela Casa N. S. do Carmo, da firma I.uis Carlos Reis'& da., na Igreja de N. S. do Carmo, em 16 de Julho, dia dei sua padroeira, em A(ào de Gra(as pelo seu progresso e bem estar de seus amigos e clientes.
PREGÃO IMOBILIÁRIO — Aspecto da última sessão do "Pregão Imobiliário", vendo-se na presidêneia da mesa, coma convidado de honra, o Dr. Carlos l.ni, presidente da Caixa Econômica.
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J)intuia Não há muito tempo, confessavanos Euclides Fonseca o seu desejo de fazer uma exposição de pintura e escultura. Ia, para isso, preparar-se lentamente, pois a conquista do pão lhe roubava a maior parte do tempo Não chegou, porém, a realizar o seu desejo. A exposição, fizeram-na a viuva e alguns amigos, como um pretesto para render à sua memória, um preito de saudade. E o que todos vipios foi que Euclides era, sem contestação, um temperamento a serviço de um anseio que não Se contentava, e dos quais muito se podia esperar. A boa arte perdeu um grande fascinado e o meio artístico um elemento dos mais diretamente responsáveis pela sua inquietação O que vale é que a vida não se detém na sua marcha e na sua renovação. Tombam uns e sobem outros. E, entre estes, há um nome que se afirma vltoriosamente entre os melhores valores de sua geração: Heitor de Pinho, cuja exposlção, ora aberta no Palace Hotel, demonstra que o apaixonado do mar não se sente deslocado quando enírenta a paisagem interior. O "Arco do Telles" é. no genero, um trabalho que classifica um artista — dlremos melhor, um primoroso artista. O último plano, pelo efeito de luz obtido, vale o quadro, todo êle trabalhado com uma felicidade rara. Algumas impressões de velhas ruas da cidade e o encantador flagrante da secular igreja de S. Pedro, em seus últimos dias de vida, colocam o paisaglsta à altura do marinhista, que tem, entretanto, pelo mistério das
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águas a sua grande fascinação. Por isso mesmo, as marinhas se sucedem, ricas de coloridos, inundadas de luz, transbordantes de poesia — essa poesia impressionante da natureza, que -4iem sempre o pincel dos pintores sabe sentir e comunicar. /?)lU6ÍC<l MUITO ACERTADA a deliberação do Prefeito do Distrito Federal, promovendo uma temporada de concertos entre pianistas brasileiros e confiando a respectiva organização ao dr. Arthur Imbassahy, ilustre critico musical. Iniciada pelo pianista Adolfo Tabacow, a série de programas, que se compunham sempre de uma parte
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Yolanda Ferreira ImKI ill 'jhr^faj, 1 it If' VxBBF a | |||
de recital seguida de execução de um Concerto para plano e orquestra, manteve a atenção' e o interesse da apre' crescente do público, através sentação de Anna Carollna, Edith Bulhões, Diva Lyra e Lubella Guimarães, encerrando-se triunfalmente por essa brilhante e excepcional Yolanda Ferreira, que se exibiu em três Concertos para piano e orquestrá, cada qual o mais difícil: o de n.° 4 de A. Rublnstein, o em sí menor, de Tschaikowsky, ambos regidos por Henrique Spedlnl, e o de n.° l, de Hekel Tavares, original e belíssimo, rico em melodias, novo em ritmos, leve, elevado, no qual o autor, que o regeu, 1 obteve triunfo definitivo. *4 DUVr Yolanda Ferreira possuía já o seu "Arco do Telles" — Famosa relíquia lugar de destaque no melo musical. Sabia-se, por Isso. de ante mão, que do Itio Antigo — óleo de Heitor de ninguém poderia sobrepujá-la no Pinho.
PO/TAM JAMAÍ/*APA6AA / A 6L0ASA OAQUétf-QUE ü PAf/W»P£.LA VIDA /SNÊAÜDQ M£LOOíA£ oírcipou?/* c 0© BBAPIL
A placa de bronie, de Jules Massenet, inaugurada i»o Teatro Municipal preparo das três partituras, nem executá-las com mais bravura, com maior virtuosidade, com maior entusiasmo, com mais segurança, nem com maior perspectiva de êxito! De dos de resistencia gigantesca, vontade ferrea, temperamento ardoroso, consciente da sua responsabilidade para com o público, as três cxecuções foram outros tantos momantos empolgantes, em que a platéia, seguidamente, se sentiu suspensa ante a arte magistral da pianista, para aplaudi-la, no final de cada partitura, num verdadeiro delírio de aplausos e aclamações. HA POUCO MAIS de um ano, reglstramos a comemoração do centenario do nascimento de Jules Missenet, levada a efeito no estudic da Rádio Ministério da Educação, com a irradiação de um programa confiado à embaixatrlz Glna de Araújo e Francisco Braga (oue foram disclpulos do autor da "Manon"), Corbinlano Vlllaça. Carmen Bertuccl Mario de Azevedo, Nelson Cintra e Tapajós Gomes, oue fez uma pe"Massenot, o quena palestra sôbre músico do amor". Vai agora completar-se essa homenagem, con1 a inauguração de uma plaquette com o retrato em bronze do mestre, no Teatro Municipal. Para Isso reuniram-se em comissão a embaixatrlz Glna da Araújo, Francisco Braga, Corbiníano Villa^a, Dr. Fábio Carneiro de Mendonça, Dr. Eugênio Gudin, Dr. Roquette Pinto, Agostinho de Almeida e Adalberto Mattos, autor da pia quette, aos auais o Prefeito Henrique Dodsworth acolheu com slmpatia, autorizando a colocação do bronze, no Teatro. Trabalho primoroso conde Adalberto Mattos, a plaquette tém a legenda seguinte: "Que os sécuUw^amais possam apagar a glória datfl#le que passou, pela vida semeando melodias". A inauguração dar-se-á em um intervalo da primeira representação de "Thais", durante a próxima temporada lírica.
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A creadora do bailado expressionista brasileiro, que prendeu numa cadeia de ritmos e gestos a alma morena do Brasil, é a nova atração que a Urca está apresentando, na alegocia plástica de seu novo "show".
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"OS TRÊS ÉBRIOS", três anedotas, três bebidas e três ambientes contados em três ritmos musicais diferentes, com o concurso de John Bux, Grande Otelo, Luis Otávio, Margareth Lanthos, Gloria Tomas,' Lourdinha Bittencourt, Isa Lita, Trlgemeos Voc-ah t todo o "cast". — RESERVE SUA MESA PELO TELEFONE 26.5550.
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Suplemento Cinematográfico d' O MALHO CINEARTE " ¦ jj -
CINEMA
BRASILEIRO
PARA
O
BRASIL
vez — e há
ESTA
quanto tempo O Brasil isso
se suspira
por terá, de fato, o seu cinema,
D entre
nós,
com
artistas,
os nossos
e promover entendimentos, ali, para a aquisição de um laboratório que virá
feito
suprir
em-
filre
da produção do nacional. Salientou que o labora-
tóri
será a última expressão em mate-
pregados todos os recursos da técnica chamar Convencionou-se moderna. "velho sonho" o cinema brasileiro. E, sem duvida nenhuma, até hoje, tem sido
as necessidades
ria de técnica e pertencerá ao D. I. P., dada a dificuldade de constituir patrimônio de uma empresa particular, que
na realidade dos obstáculos. O govêrno nacional, que já vinha desenvolvendo
não poderia arcar com as despesas pelo mesmo representados. Além disso, serão organisados cursos de técnicos de labo-
e es-
crio, de técnicos de filmagem, cursos
timulo, resolveu, agora, entretanto, darlhe mão definitivamente. Apesar das
giatuitos para os interessados. Com a cooperação dos técnicos trazidos por
pela guerra, houve aos Estados Unidos o
J.hn Ford e dos que entre nós, com esfôrço e sacrifício, se dedicam à nobre
a
sonho,
um
uma série
restrições
tropeçando
instante
todo
de medidas de ampar.
creadas
por bem enviar senhor Israel Souto, diretor da Divisão e Teatro
de
Cinema
de
Imprensa
e
do
Departamento
Propaganda.
A
uma
éra
partida: que surgirá para a cinematografia
Em
entrevista
sua
de
nova
brasileira.
à
imprensa,
que dois objetivos principais o levavam à América do Norte e que informou
eram
entrar
grandes
em
centros
tadunidense,
contáto da
com
os
dois
cinematografia
Hollywood
e
O
missão
de que foi investido trará os resultados que acima prognosticamos. O Sr. Israel Souto declarou, aliás, isso mesmo, na vespera
causa, será possível alcançar a desejada realização.
Nova
es-
York,
Sr.' Israel
Souto
aproveitou
a
oportunidade para elogiar a energia dos que se veem dedicando ao cinema, entre nós e, a proposito dos "shorts", fez um comentário oportuno, realçando que não
podemos estacionar no filme de metragem curta. Si assim fosse, acen-
tuou, não valia a pena fazer-se o que o tem feito de há muito, em begovêrno neficio do cinema nacional. Vamos
aguardar,
acontecimentos.
pois,
os
novos
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i?ste <5 Alberto Cavulcunti, o famoso diretor brasileiro que dirigiu c produziu tanto* /i/í/k.s i in 1'tuÍM deêdê 0| frmpos r/r, cinema .\ilrncio.so e que dtsde 19H se encontra em Londres, a testa da G. P. O. Filin Vuit. d» qual vimos "Alvo para exta noite" c "O grande bloé mais Sôbf (como qww", -Pictuconhecido o cineasta rsçoaP publicou um estudo biográfico com a espn.sxica Ici/etida "Aquele <j6nio Iiiiimíi no", que os MOUOl OOlSffQ Correio da Noite aoabam de trat
Carmem Miranda está fazendo outro filme, cujo título em inglês, até agora, é "The Girls He Left Behind" ( As PeNo elenco quenas que Êle Deixou ). aparecem Alice Faye, Edward Everett Horton, Charlotte Greenwood, Eugene Palette, James Ellison, Tony de Marco, c ançarino, Phil Baker, artista do rádio e Sheila Ryan. Diretor, Busby BerFotokeley, emprestado pela Metro. grafado em Tecnicolor. Um dos filmes mais caros da produção deste ano, com Carnúmeros de danças e bailados. mem dança com Tony de Marco muitos passos do samba. O filme abre com a "Aquarela do Brasil", a composição de Ari Barroso, número ce grande sucesso nos Estados Unidos. O samba de Barroso é cantado por Nestor Amaral, um dos rapazes do Bando da Lua e, depois pela nossa tjirmem. Falando da "pequena notável" quero dizer que o inglês que ela fala, no filme, é errado e com forte sotaque. Os Outro ponprodutores insistem nisso. to para que acho interessante chamar a atenção dos leitores á que o esti: dá a ela frases erradas cm inglês de O estúdio escreve no seu propósito. dialogo palavras erradas, o que, natui ilm.nte, provoca grandes gargalhadas Sucede, pori na platéia americana. que o dialogo ao ser traduzii.o, por mais que o tradutor queira fazer, é impossível fazê-lo engraçada nos letreiOs letreiros náo podem de ¦ maros. neirn alguma ser em português cr.... dai o filme perder >-m grande
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Ida Lupitto nasceu em Londres, no dia 1." de Janeiro de 1916, aendo filha do LupiStanley ator Iniciou sua carreira no. cinematográfica no f i 1 m e "The Made Race" . Contra. tada pela Paramount, foi para Hollywood em 1933, recendo num pequeno papel "A conquista da em za". E ninguém diria que aquela boiu-quinha se revêlaaae a grande atrís dramática de hoje MALHO
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parte a sua comicidade original. Ê verdade que ela, em algumas cenas, tem situações e engraçadas e aquele seu modo buliçoso e vivo ajudam as cenas, mas o dialogo que é impagável, — por causa da confusão do inglês — passa despercebido pela platéia brasileira que não possa compreender o idioma inglês. » * * Os estúdios de Walt Disney continuam trabalhando ativamente no sefeito gundo filme de longa metragem, sob os mesmos moldes de "Alô, Ami"shorts", ligados Serào quatro gos". por cênas em que o Pato Donald e o nosso Zé Carioca tomam parte, e com mais um personagem, "gauchito", um garoto dos Pampas. A parte to Brasil apresentará dois sambas : "A Baixa do Sapateiro" e "Quindins de Yáyá". O segundo será cantado pela Aurora Miranda, que também tomará parte em cênas com os rapazes do "Bando da Lua" e mais um O filme combinará número de extras. o desenho animado com cênas em que Será todo êle artistas tomam parte. llimado em Tecnicolor e, eu que já aas'stl a algumas das suas partes, sinto que será uma grande novidade e mais um êxito para o nosso amigo Disney. O arranjo de ambas «s músicas foi feito por Chuck Woolcot, que esteve no Brasil, auxiliado por Aloislo Olhei ra, bastante conhecido no nosso melo Aloislo. além rádio e de música. disso, deu idéiaa e ajudou imenso na ¦i açáo da8 danças e em questões de ambiente.
RELÂMPAGO
BIOGRAFIAS
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Souto
De Gilberto
(Representante de "O MALHO" em Hollywood)
fln iflaS "' «ilF^S^Iflflti^:* * H fll;
jj,,,, | Dominlc Amici ), nasceu em Kenoaha, Wlsconsln, no dia 31 de Maio de 1910 Estreiou no'cinema no filme de Jean Hersholt, cados dos homens". E desde entáo é uma daa principais figuras da T. C. - Fox, embora tenha feito filmes na Metro c Columbia, onde interpretou "Canta, c oração!", com Janet Blalr 50
Rita llayxcorth nasceu em a filha Nova-York City. de dançarinos e foi quando dançava no Agu i Hotel que chamou a atençáo do» executivea de Hollywood, estrelando no fHme de Spencer Tracy, "A nave de Santan" Mas só mais tarde, em "Uma loura com açúcar" e, prlnciente em "Sangue e .". é que ganhou fama.
ri nasceu Paaadena no dia 5 de Nov.mbro de 1905. Foi para Hollywood com nove anos, sendo educado na cidade do cinema. Maa só fez o aeu debute nos filme8 em LWT, num celulóide de Douglas Falrbanks Jr chamado "The Jazz Age" E um de seus prim e i r o ¦ sucessos foi em "Ave do Paraiao", com Dolorea dei Rio V I I I — 1 9 4 3
DUAS GRANDES ATRAÇÕES DO
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/~* ORRESPOXDEU plenamente à espectativa que se formara em torno do seu nome, a estréia, no Cassino Atlântico, do compositor e cantor chileno Xicanor Molinare. O notável artista, que recebeu do público carioca verdadeira consagração, é um caso verdadeiramente excepcional, na arte do canto, pois até aos quarenta anos íoi homem de negócios, resistinda sempre aos apelos da vocação que trazia do berço. Essa vocação, porém, se revelou mais forte que tudo e, afinal, Xicanor Molinare um dia — que ficará inesquecível na história da música lírica das Américas — fez-se compositor e cantor. Fez-se — talvez não seja a expressão cabível, porquanto já o era, por predestinação. Seu aparecimento à luz da rilialta, surpreendeu Santiago. Mas á surpreza se seguiu a admiração, e o novo artista obteve tantos
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aplausos que seu nome se fez aurcolado e querido, ocupando hoje lugar de verdadeiro destaque entre os artista da nova América. **__s**_rt__tt para além das fronteiSuas composições foram ras do Chile, e atingiram os (____m Unidos, onde foram acolhida» com agrado e cimisiasticiumiite aplaudidas. Ainda há pouco «a "Linda canção "Cliiu Chio Chin". uma das canções do filme
cníiaterni^ação americana, pela na presença simpática, pela compreensão que revela do ideal pananiericano e interesse pelo txrttjttkt-, onde quer que se encontre, coisas u e para a paru arte de seu belo pais.
"Colômbia", como rumem", W P-vada em disco
travar conheciAgora, os C_rkx_» tiveram oportunidade de Cassino Atlánmento com esse legítimo artista, e o Kt, WCeMO no
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atlântico, apresentando Xicanor Molinare à sociedade carioca, deu mai, unia prova do seu elevado critério de escolha ,|.,s elemento, qoe inclúe nos seus programas, tendo acer-
tico tem sitio notável. além
Molinare,
de ser
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Pátria, está semi., também um grande e*)U_ot_-» da política de
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tado em toda a linha.
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CfenMOdador Alfredo Rabello Nunes, fundador e Chefe da Nunea", o grande i O firma proprietária é ora patrimônio da cidade, >i que hoje ,-, us anoa a Nunes", reunindo num grande almoço Mua amigoa paaaoali <nu.,, iodos os colaboradoraduado ao i. .nie aqui luzimos. *
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O Comendador Alfred cercada de teus aiutliaies.
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A noite os decotes grandes são vistos também, tnas na generalidade os vestidos afogados e de mangss compridas são muito indicados, levando-se em consideração a especie de transporte mais em pratica atualmente. Decerto os vestidos curtos de carater " formal" íòrrm lançados com êxito pelos americanos do norte, mas se você gosta muito dos outros, de saia comprida, não ticará sozinha, porquanto muita moça de l>oni gosto tambem os prefere. A "temporada" tem sido movimentada, embora a guerra. E você tem razão quando comenta o movimento crescente de pessors na cidade, até nos domingos, e como aos casinos aflúe tanta gente, quer nas salas de jogo. quer no "grill", divertindo-se com os "slunvs". Entre eles, tome nota — uu já •> sabe? — o Atlântico, bem ao fim do posto seis, oferece as melhores diversões e sempre um jantar delicioso. Então aos domingos, que rs cozinheiras impõem o ajantarado, a carioca adotou o sistema de jantar fóra de casa. de preferencia num casino. Diverte-se, come bem, íprescutando-se ainda com a boniteza e a clegancia que timbra em cultivar: para um prazer todo pessoal, e todo um prazer para quem a admira. Fecho esta i>agiua su|ioudo que correspondi ao que desejava a minha nova leitora do Rio, a quem peço para folhear as paginas a seguir, onde encontrará vestidos e chapéus de franca atualidade.
mem SUPLEMÊNTO TEMI1NINO Por
" fosi o hciijc t' botões </c tom Galante colorido, véu de seda.
SORCIERE
— Aprenda a comprar. E' o que tenho a dizer à leitora que me pede orientação a respeito do guarda roupa de que precisa, dentro de limitado orçamento, O limitado orçamento não é somente seu. minha cara amiga, e sim de muita gente que aprecia o que é bom, adora novidades, faz empenho em apresentar-se elegante, coisa, aliás, louvável e de bastante importancia nesta hora em que a aparência oferece elevada porcentagem de êxito àquilo que se pretende obter... Aprenda a comprar, a escolher com critério. Não se deixe levar pelo primeiro euseu orçamento é pequeno, evite colorido# gritantes nos seus vestusiasmo, e, se, de fato, o "tailleurs". As còres vivas r?nsam depressa, só podendo ser tidos, como lambem nos "euusadas em dosagem homeopática. Quando, porém, há ensejo de lazer mais de um .. semble" ricamente colorido, eis ouro sobre azul 1'refira no seu caso pessoal, tonalidades discretas, marinho e preto. |«>r exemplo, «n dois costumes graciosos, o preto talvez guaruecido com pele ou cetim, para que você de seila rosa Use numa cerimonia á tarde, completando-o com uma linda blusa de organdi"clips" de hria alegre desde com que ainda branco, ou preta cravo, a^ul ou de cetim lhantts. Valeu? Os dois costumes serão variado* i*.r um verde bandeira — desde que você seja morena —, vermelho uu amarelo cauario, anula acoiiM^lhavcl o n»xu taitata >c íôr anu>rcnada ou alva. Um casaco preto e outro claro são indispensáveis. t'sam-se com qualquer vestidinho surrado, e o aspecto será otimo se tiver o cuidado especial de completar a sua clegancia com accessorios bonitos: Imlsa. sapatos, luvas c chapéu. ** Taiuhcm no ca»u cic contar com os ilois failleur* escuros aciina citatlm, tnais uni verde gritaiite, um casaco vermellio servirá com vestãlos escuros, motivo |iara utilizar accessorios vermelhos ou da tonalidade d>> vestido. V I I I _ i 9 4 3
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...acentuam-se "tailleur" de renda nest? preta, da autoria de Henri Bendel.
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O casaco estampado e a suia de veludo nsgra elegante traje de passeio multiplicam c beleza e a graça da mulher. Este modelo foi lançado com grande êxito por um dos mais costufamosos rHros norte - americanos. i Fotos Especiais da Inter-Americana*.
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Temos hoje aqui il.us aparto unia bela residência norte-americana, dtftfl preparados de maneira porém sempre com elegância Néate prepondera 0 branco BUW" fim: quer no acolchoado da cama, no do divan, quer na leveza do org nuli branco sobre "Uffetas" marfim vesNas tlndo a graciosa penteadeira cortinas de cetim creme fulge delicada estamparia rosa e azul anil último colorido frizando o "CSSpltOné" das cabeceiras da ou
7)ecó-iaçda da cada
m,^^mM i i rerde figuram noa U oidoê r/tu orno •Hinrto : • itompai 'o lundu xerde, "toffi Ias" vide ' Imi/ü fita dr leludu rOêú forte M V iitutd' un fl**. Ahas oortiuat de te-
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65-RUA DA CARIOCA 67 64
VIII
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SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD
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por MAX FACTOR, JR. (Famoso conselheiro das estrelas do cinema)
Senhora: descanse! Nervosismo é doença que atormenta a raça numana. Hoje em dia, a tendência ao nervosismo ê uma característica das mulheres em toda a parte do mundo, e devida à presente guerra, circunstâncias de emergência e a alta tensão da vida. Entretanto, tempo é necessário a toda senhora arranjar "stocks" de para resguardar um dos mais preciosos que pede auferir : — a graça feminina. Quando uma pessoa chega a sentir-se cansada, cxhausta. nervosa, sulcos e rugas automaticamente Tais linhas danificam a beleza, vincam o rosto. mesmo as mais belas criaturas. Se M permite que voltem ainda, o, ainda dentro de variados períodos. nào DWla desaparecem, ali se Implantam em caráter
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permanente. CORRIJA ISSO AGORA Quando se sentir com os nervos distendidos, reMas pouse, coisa mais fácil de dizer que fazer. existem sugestões simples, as quais podem ajudá-la a descansar se se der ao trabalho de segui-las cuidadosamente. Se estiver em casa, sente-se diante do espelho e unte o rosto com um creme de limpeza. Cedo notara, desde que praticou a massagem de maneira l.-ve, porém, firme, e limpou a pele. que os másculos da face repousaram, e todas aquelas coisas desagradáveis que surgiram pouco a pouco desapareceram Desta maneira, duas vantagens se completaram. todo o abismo de ansiedade produzido ELEANOR POWELL — artista dansarina da Metro, é apologista firme Primeiro do descanso como fator de beleza. rugas foi perfeitamente solucionado, e sulcos peloe as volta dos de olhos e da testa pois ceram Segundo — os poros da face Unhas índeseiiveis. VAMOS ADIANTE ram a respirar, c a pele lucrou com este rápido elemento Todavia M marcas profundas que a tempo ik.-- up" Processadas as observações anteriores, passe a aplicar náo foram tratadas nào podem ser simplesmente postas á o "make-up". Mas nào o faça apressadamente e sim, premargem com o "make-up". o qual será também envolvido "acontecimentos". ! Primeiro vem o creme de base, seguindo-se guiçosamente peloe ileeef mil reli "rouge" o também na fôrma de creme. Empregue, entào, o "Pan-Cake", utilizando-se de uma esponja. Pode emprePELE OLEOSA gá-lo generosamente, desde que o deseja, retirando o excesso, depois de seco, com uma escova apropriada. Chega a vez de cuidar dos olhos com o preparado conne" .Se a pele é oleosa, e com freqüência surgem pontos veniente, em seguida os lábios, com o "Upstlck" adequado. gros ( cravos ), é aconselhável usar menos creme e mais Mas. lembre-se. abusar de um adstringente adstringente FORA DE CASA dá no mesmo que deixar de usá-lo quando indicado. Quando, deporém, utilizar-se de um adstringente deve fazê-lo com Se estiver fora de casa, e um acesso de nervos á mortilicadeza. perseguindo, com suavidade enérgica, cada ruga ate ficar, experimente fazer massagem nos músculos do rosto. descansado definitivamente que de todo o rosto se apresente Escolha aa linhas correspondentes aos elementos de maior atraçào. Procure calcar com as pontas dos dedos, cada ruga. permanecendo assim por um instante, depois deslise de leve l'KI.E NORMAL sobre elas, aplicação que acompanhará mentalmente, e é produtôra do resultado que toda mulher, nas mesmas condições, estima conquistar. Se a pele náo é seca nem oleosa, o mais satisfatório reimitado pôde ser obtido ba»eando-»e nas duaa sugestões apreQuando estiver processando tal feito, uma descoberta vai surpreendê-la : nem somente ficará livre da tensào de nervos sentadas para as duas qualidades de pele. Donde que a atingiu, como descansará da cabeça aos pés. Uae o creme de limpeza até sumlrem-se aa marca, se deduz que o espírito pode prestar os melhores benefícios caneaço, depois aplique o adstringente com pequenas pançaao corpo. dlnhas. Nas peles secas é mister usar um refreacante, de Praticando aa sugestões que ai ficam, o espelho dar-lhe-à preferência um adstringente na quantidade bastante a tirar conta de quanto colaborou em prol da beleza. fora o excesso
VÊR VIII
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NÓS 65
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Linha Mouliné (Stranded Cotton) Marca ANCORA. Material necessário : 1 meada de cada : F 382 (Papoula Vermelha); F 407 (Verde Gobelin); F 444 (Laranja), F 463 (Verde Maçã); F 507 (AzuJ^Natiei); F 509 (Azul Royal); F 668 (Salmon); e F 721 (Brano Usar 3 fios o tempo todo. Linho de 53 x 38 cms. 1 Agulha Milward "Crewel" N.° 6.
Riscar o ramo e o galho espalhando-os alternadamente pelos cantos da toalha, sendo que o ramo a 4,5 cms. da beirada e o galho a 8 cms. da mesma. Seguir o diagrama I e a Chave para colocação das cores e pontos. Todas as partes do diagrama NÓS LHE O
MALHO
PARA
BANDEJA
Similares a.s que teem numeração igual são trabalhadas nas mesmas core* e ]x*ntos. As letras na Chave indicam os pontos, usadus, e são como segue : — U — Ponto de Haste; AC — Ponto Reto; S — Ponto Cheio; E — Ponto de Margarida. Virar uma bainha de 1,5 cms. paBAINHA ra o lado do direito, arranjar oa cantou tan Angulo e alinhavar. Fazer uma carreira em zig-zag dc Ponto de Cadeia ao longo de tinia a bainha por sobre a parte da mesma que fica pelo lado I no. prendendo esta. (Vêr o diagrama li | NOTA — Este trabalho também pode ser feito com Linha Brilhante Pt rola" Marca ANCORA N." 8 (Novelos de 10 grms.) usando-se um novelo em cada uma das cores como acima Indicado. (Vide o risco na revista "ARTE DE BORDAR' do mês de Agosto).
RECOMENDAMOS 66 -
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3 VIII-
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MÉXICO rotfd a iolència das músicas mexicanas com tombrtirot t chalés, com alamedas românticas, anda na fWX iiioiviia r/.- ( /i«-i/«i Piores, embaixatris da alma triste dos mexicanos, A sua presença no rádio é mais uma /trova de que a música dos aztéc querida entre nós, c aceita com o maior encantamento.
OUVINTE ESSE DESCONHECIDO
O ouvinte, esse desconhecido que se deixa ficar em casa escutando comodamente o rádio cm sua maple custosa, entre um licor suavíssimo, e a baforada amável e generosa, muitas vezes, de um cigarro amigo, terá forçosamente de assistir pelo dial a triste, a lamentável situação ainda não convenientemente apercebida em que estão deixando certos diretores artísticos os ouvintes que estão na platéia- da estação. Suado, muitas veze>. espremido pelocorredores, si não alcançou o assento macio das cadcira> ainda não reservadas, êle ali está batendo palmas, quando acontece visitar o recinto o patrocinador do programa, OU dando gargalhadas a falta fraca permanente dos nossos triMilsimo* Ininioristas. Pobre criatura essa: Resta-lhe apenas 0 COntolO de alguns artistas vaidosos, qae • siiui-i idos doi ouvintes de «asa, do público major, «ama com lugeilos pensando nele. quando nio recebe uma entiailinba de einenia OU uni i¦heque dentro de um QUÍto de caíé popularisado pelo rádio, ^ Há cstaçiVs pobres, que Ia/em a Cl melhor, apresentara oi seus aplausos atra-
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ra mesmo sunie com uma nova jatt — a de compositor ao lado de Pedra Caetano tm txito, gravado pela dupla toei t Gaúcho, da odfmi -- o conhecido "Mais um episódio", /-." míiij uma prova da '«'lentod do "broodeositr"', %J*Ja*Jt>
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rádio.
A Rádio CIuIk- vem apreMiitanil,, .'.ti mos pn.gramas. A Tupi continua a dai saiil.i, aos «lomini. \<>tuin,i <1«- (Vrailura", COtTJ um chefe «i«- li em d,« naiiH- «le Matun-1/iíiln, \raujo. Ainda: Hibrt <l«- BdlOOlI vai iarcmlo suresto mm o seu PatO Dniiald. Indiscutivelmente já -r mim tornaii-
BBaaiN
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cançado*...
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Braga
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mttito mal tratado. A sua métiea de mai , ./¦• negros
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nitos da rtfa plasmadora da Podemos düft que etc deu i
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LOCUTOR KSsSBBBBBBB. BB *M ';;
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'.•iii conhecer um locutor de personalidade, que não de ladeirizon, nem sr "ajriou". Fi-lo aqui li' II: tiro, da Transmissora. ntade dt vou de procurar "cópia" dos que csloivm fettos, no que «; tadameutr.
— 68 —
MUSICA / i.n/.i Rodrigues 11
ktía com mtO sam' poiuas artistas. O púlt, tisnaem «• retudo pela ma i da a de amavios sua interpretação e dt saleros. VIII
1943
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NOTAS Em verdade, passou a época da imitação pelos locutores, do Ladeira. A turma prefere agora o Frias. Na Tupi, é tamanha a perfeição, que a gente fica sempre a ignorar se éle está. ou não, em pessoa, ao microfone. Fala-se que Carmen Miranda deixou o cinema, e que voltará a ver, com outros olhos, os seus fans do Brasil. A Transmissora, com Zarur a diri_ gi-Ia promete subir muito. Um programa interessante vem a ser " O Pensamento do Presidente Vargas". Quando veremos numa etiqueta de disco o nome de I.uizinha de Carvalho, da Rádio Clube ? — " Big-Parade", é uma das boas inovações da PRD2. Trata-se de um bom programa de música norte americana apresentando as melhores canções populares dos Estados Unidos.
Paulo Roberto não dtixa de ser um crcador do rádio. Trabalha muito c mostra sempre ser homem de gosto. Agora mesmo na Cruzeiro organizou um pregrama dos mais interessantes sob o título " O homem que se fez por si". Cristina Maristani cantará também na Educadora. Quando teremos novamente o prazer de ouvir no rádio, Cinara Rios, que o Casino parece haver abafado? Dircinha Batista vai retornar ao rádio. Linda Batista continúa a atrair os ouvintes da Nacional. Mas afinal quem teve a lembrança de o Calheiros na Nacional ? pôr Chõro, por chõro o do Orlando era mais moderno. Beleleu e um pianista interessante do rádio. Celso Guimarães depois de ser considerado bom ator, vem esquecendo que deve. ser um agradavel locutor. Marilia Batista vem em decadência diária. Francisco Alves, ao que se fala, vai repousar.
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SAMBA O samba encontra cm Horacina Correia 4/iie veio lios pampas, uma interprete das mais seguras. Conta com alma, com emoção, com amor. Talvez seja f>or isso iJHC possue tantos milhares ílc fans. c todos gostam da sua maneira brejeira de cantar as músicas populares. Antes assim.
BREQUES Barbosa J«uior tem público ccrto. E a gente percebe bem o fato, pois, se adoecc, nos seus programas dominicais, todos aplaudem os substitutos, ' mas mostram-se impacientes pela sua presença. Afinal, que ê que aconteceu ao Almirante, que deixou de ter publicidade j u s ta • mente merecida ? Todos aguardam muito que a Educadora venha a ser urna estação de cartaz. Fernando I.obo, é, cm verdade, uma garantia certa para o seu êxito. Alsira Chaves vai catar em breve em nossos estúdios. Linda Rodrigues tem feito sucesso merecido, com a &au voz bonita. Horacin» Correia voltou a cantar na Cruzeiro do Sul.
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OUVIDOR —GONÇALVES
AQUELA
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Oh! como me sinto feliz, como me sinto feliz, murmurou o agonisante no seu derradeiro alento. Um outro chama por ela, e falalhe longamente ao ouvido. Sim, sim, mandei a sua carta, moço, respondeu a enfermeira. E acredita, que ela virá? E se não houver meio? Não houver comunicações? — pergunta o ferido, anciosamente. Sempre se encontra algum caminhão, fique tranqüilo, de resto, em último caso, anda-se a pé, diz-lhe ela. E o soldado sorri, enternecido e repete Jevoianiente: Maria Helena, Maria Helena! Outros pedem pura beber, mais adiante, uma ligaau.ru Unge-M de púrpura, e anuncia-se um novo transporte de feridos. A enfermftlrs trabalha, trabalha. i*or fim, cai por terra, sem força*. Quando abre os olhos, vê que o ferido junto de cujo leito desmaiara, a olhar íixan Fique assim, descanse, di ObMTVO-a ha algumas horas, desde que estou aqui, e admiro-a, :¦• rita. Admirar-me? A num, que desmaiei como uma garota. Esta brincando, aenho. nxou a entermeira com amargura. De certo que não! Tratou com tanta precisão as minhas feridas, fez o mesmo com tanto* outros! E sabe, senhorita, que não é somente o seu trabalho e a sua notável téc-
MINHA
SE
todos
DIAS
ESCOLHE
GRANADO
(Conclusão). nica, é o socorro moral que traz aos doentes o mais precioso! Sinto-me realmente feliz por ser quem me ajuda a suportar a doença. Porque, escute, a batalha é muito, muito bela! E' o Ímpeto a embriaguez do esforço! Mas a doença... que fealdade, que vergonha... murmurou o moço, abaixando as palpebras. Sabe que a conheço há muito tempo, senhorita? ?! E' verdade! Há doze anos. anunciaram-me a sua existência — o velho general X. falou-me de si. Mas é impossível, respondeu a moça docemente, não conheci nunca o general X. e era multo pequena, há doze anos... Mas êle conhece-a, eu lhe asseguro, sorriu o jovem soldado, e até' disse o seu nome! O meu nome? Eu sou Maria de... Não, não, retomou vivamente moço, não quero saber o seu nome pessoal, não me interessa nada, nada! A senhorita é para mim a verdadeira Samarltana, que dá aos moribundos a derradeira visão da mae, da Irmà, da bem-amada. E para mim, como para tantos outros, murmurou, é "aquela que não se escolhe", a que o bom Deus colocou nossa cabeceira, para nos ajudar, nos, pobres destroços humanos, a retroceder do árido atalho da morte para os caminhos cheios de sol da 'Vida!
ANTISSÉPTICO ANALGÉSICO
Nas afeções do nariz e da mSy—SãT^s. garganta
pílulas _-_-_-_-H>_F-P---_ ____(^^^í * y *• <¥
(PÍLULA* 01 PAPAINA rODOPHYLINAj
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«om WMM n*i maUitUl flfido ou WMÜMb •••«• pilaUl, alim 4* UnUêl, il. 1-. «.«.i n.i •iUpopiUt, «Urai à. ••»•¦«, m»U.»;«i .. d*
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PfcARMAOlAÍ
A VINDA IM TODAS Al D*»*ilt*-loi1 JOÃO VUr.
IAPTIITA OA PON MCA 1IIC-) *.l. C*-r*I. IIMO »!• •"• -«••(••
*•« Kmn. 38
CARTA
Um apito estridente e prolongado, Anuncia*.a a chegada do noturno. Éle vinha arquejando Cançado da jornada, Vencendo, tríunfante, a primeira etapa. (Grita o condutor na estac. - Vai partir! Quem embarca!... O povo em azafama, começa a lazer as despedidas» Um apito estridente e prolongado. Anunciava a partida do noturno.
da
J. Monteiro da Silva & Cia., proprietários "FLORA' MEDICINAL", comunicam à
praça e aos seus distintos clientes e amidos que, em virtude das demolições para a abertura da Avenida
GAulio
Vargas, transferiram
tabelecrmen.o e escritórios,
da rua
seu esS.
Pedro,
para a rua 7 DE SETEMBRO, 195, nnde esperam continuar a merecer a confiança e a preferencia com que sempre foram distinguidos.
E o gigante de aço partiu. mstemene. 8eu con-çào de bronze palpitava Levando uma cartinha pra VOOÍ jONAi !*ASI mi MTO M
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Conselhos Deitá-los LAVAR BRILHANTES numa vasilha com água morna e sabào, friecionando-os com algod&o em rama. Se estiverem muito sujos um pouco de amânia adicionada & água. Ametista», esmeraldas e rubis sào limpos em água pura. MARFIM — Fica branco quando Umpo A>m solução de alúmen, friccionado com flanela e embrulhado num pano de linho até secar bem. O
MALHO
úteis
PANOS DE COZINHA — Para limpeza perfeita é mistér fervé-los em água misturada a um pouco de borax LIMPEZA DE OBJETOS DOURADOS — Pôr num vaso 20 gotas de amoniaco de mistura com água. Submergir néle, várias veses, o objeto, esfregando-o suavemente ; enxaguár em água pura, submergi-lo em álcool, enxug&ndo-o com um trapo séco. O alúmen substitue o amoníaco, sendo, no entanto posto em água fervendo — 72 —
história
inverosímil Segundo narra Edmond About na "Grècecontemporaine", uma jovem, Janthe, que criou nome graças a seus casamentos, primeiramente, desposou lord Ellenborough, vice-rei das Índias. . Apóg divorciar - se con vo lou segundas nupclas, na Grécia, com um goneral eleita, Agi Petros, que vinha de ser nomeado ministro da Guerra. Por incompatibilidaCe de gênios, Janthe abandonou seu segundo espôso e fugiu para a Siria. Em Damasco, enamorou-se de um i7ici/c árabe, Midjonel, acabando por desposá-lo também. Ao se casarem, ambos asslnaram um tratado, de que vai adiante o texto : "Art. 1.* — As filha® que nascerem do casamento ser&o protestantes; os filhos ser&o mussulmanoe. Art. 2* — Midjonel e Janthe habitaráo Damasco por espaço de seis meses, e durante êste período o harem de Midjonel ficará no deserto.
Durante os outros seiB meses, Midjonel voltará a seu harem no deserto, e Janthe náo lhe fará senAo uma visita por més " O contrato foi cumprido & risca, e os cônjuges viveram sempre em harmonia. Janthe, que faleceu em 1881, com «0 anos. imortalisou um quadro do pintor inglês Lawrence, pois seu retrato é um dos melhores désse artista VIII _ l 943
FIGURINO
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