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MALHO
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Decrepitos Decrépitos HASENCLEVER 1ASENCLEVER
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CIA. Na mocidade, esta estagao estação das flores, Erguendo hosanas aà festiva aurora, fulgôres, Brincavam sempre aos vividos fulgores, Desse Dêsse bom tempo onde a alegria mora.
administração do Governo Federal) (sob admiinistra^ao Participam a mudan?a mudança de sua s6de séde —
Casaram-se depois. idílio que as Nesse Nésse idilio Trocando beijos e viéram pela Rindo vieram
Edifício desapropriação do Edificio por motivo da desapropria$ao Hasenclever, abertura
da
para
prosseguimento
monumental
da
Vendo hoje velhos o cair dos anos, desenganos. O riso atraz, aà frente os desenganos, Entre a saudade triste pranto corre...
Presi-
Avenida
t Foram-se os sonhos dessa quadra em festa, infância resta, Ficou a infancia infância e dessa infancia ilusão que morre... Somente a sombra da llusao
dente Getulio Vargas — da Avenida Rio •
Branco n.# n.° 69/ 77 para o CAMPO
DE
SAO SÃO
CRIST0VA0 CRISTOVÃO
FABIO FÁBIO NESIO
N.» 110
mercê da jungao loja e escrit6rio escritório onde, mercS junção da Ioja com der
seus
dep6sitos, depósitos,
melhor,
freguezes,
de a
ainda
futuro,
cfuem,
aos
desde
esperam seus j£, já,
E que esplendores, almas aprimora... trocando amores, vida a fora. fóra.
0 O
LA GO LAGO
atenescumosos, flócos escumosos. Alvos lavancos, fl6cos argêntea areia, impele para a argentea brisa lmpele Que a brlsa cheia. Do lago em meio, sob a lua chela, vão morosos... lá sc vao águas, 1& Cortando as aguas,
antigos
agradecem
continuação da sua honconfiança e a continuagSo a confianga
espaço as nuvens, flocos vaporosos, No espaco Que a luz da lua aclara e aformoseia, céus passeiam, Niveas vestals, que pelos c6us vão, ante os ventos perfumosos... La Lá se vao,
rosa preferencia.
Imensa guela, tufão, abrindo a lmensa Mas o tufao, velas, despedaça as vclas, águas, despcdaca Revolta as Aguas, teliz bonanza... bonança... E expele as nuvens da tellz verdadeira, imagem verdadelra, Tal 6é da vlda vida a lmagem Ora se gosa de uma paz fagueira, entrança... Ora em nossa alma, dor cruel se entranca... AR MIJO J. H. AR\UJO
Palmeiras minha extremeclda memória de mlnha A memdria Regina) filha Celia Célia Kegina) Naquela tarde Cella me pedia, angelical, tao meiga, angelical. Com sua voz tão poesia Que eu cantasse com toda poesla O porte das palmeiras magistral ! entào, eu prometia, E àa mlnha minha filha, entao, Com todo meu afeto paternal, Satl5fazer-lhe Satlsíazer-lhe em breve o que pedia igual... linda tarde, sem lgual... Naquela llnda Hoje, olhando as palmeiras majestosas, Nestas horas acerbas, dolorosas, véu, De trlstezas tristezas cobertas por um veu, fiÉ que posso notar esta verdade: As palmeiras me apontam com saudade Céu... lá no C6u... Regina la Minha filha Reglna Mlnha LYTOH-IAN LYTOPHAN EUCLIDES AZEVEDO EUCLIDE8
O
MALHO
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CASEMIRA TROPICAL
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O PANO QUE NAO ACABA wmmm'mm*mmmnmmsmmmmmmmwmmmmmmmmmmmmmmmnwmmnm
^mnmmmmn-mm-m
MALHO
O
MENSARIO
ILUSTRADO
Edição da S. A. O MALHO Dir.-Jor-ji:
A.
ANTÔNIO
E SILVA
DE SOUZA
OSWALDO DE SOUZA E SILVA
—
NÚMERO SETEMBRO — 1943 XLI
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GILLETTE AZUL
End. Teleg.: O MALHO
Este número contém 70 páginas IX-
1141
5 —
O
MALHO
AUTORES
E
LIVROS
"O PROBLEMA DA DÓR"
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Monsenhor Melo Lula, o conhecido cultor das letras, que é uma das formações intelectuais mais expressivas do clero brasileiro, escreveu "O problema da dôr". A feição cristã, evangélica, mesmo, desse notável trabalho de inteipretaçào doutrinária, atinge tão fundamente a sensibilidade do público, que mais uma edição, a 12.a, vem de ser lançada pela Editora Getulio Em suas páginas, a comCosta. preensáo católica do sofrimento humano está viva e luminosa para os que nelas buscarem o auxílio e o estímulo da fé.
"LA CARAVANA
O uso dos PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me o alegrio • b«m estar. Esse produto é um laxalivo suave para todas as idades. Siga o meu conselho e toma .
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i™**
mmORATIVASl
COnTRfl Q PRISÃO DB URRTRe
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Com um prefácio de Carlos Drummond de Andrade, Pongetti apresenta, neste momento, um dos livros de poemas "La Caravana mais fortes e originais dos últimos tempos. sentido, onde a poesia, ée l"s Elefantix" absorve, pelo seu pelo seu bizarrismo, foge a todas as vulgaridades, levando ao desejo de encontrar um nome novo para exprimir o conteúdo do pequeno e grande volume. Seu autor, José Boadella Garrós, imprimiu-lhe um vigor e uma estuante originalidade, que bem poucos nomes da poesia contemporânea podem trazer à admiração pública. "MACHADO DE ASSIS" O Sr. Sud Menucci reuniu, em opúsculo. as páginas de A síntese a que uma conferência sobre Machado de Assis. vela, entretanto, o pron&o do um trabalho gênero Obriga fundo eonhaclmanto da obra e da personalidade do creador de Braz Cubas, que o Sr. Sud Menucci demonstra haver estuda-1.. com carinho e admiração.
Ultimamente,
MATERNIDADE
os livros
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¦ MATt**1'r.
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r u i < o ( r $ ís.oo
Obra do professor Dr. Arnaldo de Moraes, da Iniversidade do Brasil. de Pedidos com as importâncias ou pelo Serviço 880 Postal, C. <> Malho" Reembolso Postal. I ¦ i.
O
MALHO
HOOD"
OoalbO te/, da célebre lenda inglesa
UO"'l
ii ramoao romance da aventuras, que já foi abjeto o* lilmagem, está aqui eu, todoa os seus detalhe* rioo 6V rido a interesse. i iSCAH K AMANDA" Km tradução da senhora Marina Sales Goulart de An' onl ° célebre romance drade, oferece agora, a ,• Atnaada Livro que se pop"larlBOU n0íi língua , depois, se eBtendeu a todaa u naoOea, ¦ obra da Regina M.
b« inaugura
KIO DE JANEIRO
com
aparecido
a Editora Vee.iu acaba da editar a tradução brwUeira "Jíobta
que Kianklin R necessário
teem
taea-s- pela auiiáeia ¦ expressai. nüngos ( , Silva, que, ii- Bto PailsO, m>H manda é.sle pequenu i,i,„,, de poemaa, t.âo vivos e cheios da verdadeira man aa gem
t« Bdlala livro
IKIC.RNIA"
de poesia
"ROH1N
I in
Cõnego Melo Lula
,n.u,„. ,.,„. "Bem-Amada Ifigênia' I uma daà c°'etâncaa d* veraoe racantaraanU laaçadoa. E, «em favor, dae-
PARA \s FUTURAI MAB8
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DE LOS ELEFANTES"
"BEM-AMADA
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Dr. Telles
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"ATURÁ DE RITMOS" O Sr. Alves de Menezes compôs "Aturá de Ritmos", intsressante livro de versos. Sua sensibilidade de poeta está evidenciada nos diversos trabalhos que constituem "Aturá de Ritmos". "A FILHA DE MATA - HARI" Maurice Dekobra, autor dos romances mais sensacionais do momento contemporâneo, escreveu "A Filha de MataH ar i". Com êsse livro, a Editora Vecchi trás para o público brasileiro mais uma realização.de grande envergadura. "A Filha de Mata - Hari" é uma obra digna do creador de "Imif/rados de luxo" e "O romance de um covarde""OS ITALIANOS COMO REALMENTE SAO" Nêste instante em que a sorte da Itália preocupa fundamente a opinião universal, nada mais útil e oportuno que a obra do Conde Sforza, Chefe dos Italianos Livres, e que o espírito fulgurante de Lelio Landucci verteu Piara o nosso idioma, sob o titulo "Os italianos como realmente são"• Contrário à política artificial que acaba de ruir com o seu creador, o Conde Sforza analisa, com cuidado e apégo à verdade histórica, as origens do povo italiano e as razoes na Itália. por que o fascismo seria sempre uma excrescência Obra escrita antes da quéda de Mussolini, "Os italianos como realmente são" vale, hoje, por um vaticinio, um vaticinio oriundo do exame da realidade nacional, que o Duce não pôde modificar. Lelio Landucci, um dos mais brilhantes intelectuais da Itália, e que honra o Brasil com a sua presença, pôs a sua vasta cultura e seus eruditos conhecimentos a serviço das nobres causas humanas, das quais é ardoroso defensor c prestou um serviço de real valor à melhor compreensào da Itália no Brasil e no mundo.
l|i§f llil
ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCA-LO SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO ANDO USANDO ATIDA US COMBATIDA PÔDE SER COMB A DOER, PODE Não ac«ite substituto. Exijo o nome "CAMARGO MENDES".
"O PRÍNCIPE" Escrita num cárcere, a obra - prima da sátira política atravessa os séculos, cada vês mais jovem e mais oportuna. Homens de todos os quadrantes se teem pronunciado sôbre a creaç&o de Maquiavel. Entre os governantes que o fizeram, estão Cristina da Suécia e Napoleão Bonaparte. A Editora Vecchi acaba de reunir essas observações ao famoso tratado e vem de editá-los em uma tradução de Mario Celestino da Silva ! "ESTUDO SOBRE ALCEU VAMOSI" A personalidade poética de Alceu Vámosi é daquelas que despertam a simpatia irresistivel de quantos lhe tenham coO nhecido og versos admiráveis, extraordinários, mesmo. grande poeta do Rio Grande do Sul ainda está à espera da análise, minuciosa, profunda e extensa do enorme cabedal emotivo e humano que constituiu a sua trajetória pela terra. O Sr. Antonio Carlos Machado vem, agora, entretanto, cobrir, em parte, essa lacuna, com um comovido e sincero "Estudo sôbre Alceu Vámoti". Na estreiteza de um opúsculo, o analísador pôde, mesmo assim, oferecer-nog um panorama do que foi a vibratíbilldade do AMo de Uruguaiana. "A RAINHA VITORIA" Foi assim Inaugurou-se uma nova éra na biografia. "A Rainha Vitria", que de o mundo saudou o aparecimento de Lytton Strackey. Lida na Inglaterra com a mesma assiduidado com que os ingleses buscam a Bíblia, éste retrato da soberana britânica está agora, nas nossas livrarias,, em tradução da Sra. Stela Martins Parede pira a Editora Vecchi.
GRIPE/ RESFRIADO/ NEVRALGIA/
DÔRE / 1
CABEÇA
TRÃNSPIRDL efan tasf/ca I X — 1 9 4 3
— 7
O
MALHO
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CABELLOS BRANCOS QUéDA DOS
UM PEQUENO DESCUIDO...
CABELLOS
ôMues C0Ns€Q<jeNCI*S A falta ás cuidado num artenal, ¦^^ num quartel, numa fábrica e até no lar, pode causar maiores dano» do que um bombardeio aéreo! Um pequeno descuido pode tornar se fatal... pode expor ao perigo milhares de vidail H.i descuidos, aparentemente deiculpaveil e sem importância, e que, no entanto tão de graves consequenci«i. Se — por exemplo — o Sr., hoje, ganha bem e pode garantir um futuro tranqüilo à familia, — e n|o o faz — ela
Sul A mer fra A
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MAM
M
MEIO
Longe de ti, meu amor, quiz uma óde compor, perfeita, grave, sentida... . .E o papel só se manchou, de uma gota que rolou... - Uma lágrima, querida... LUIZ OCTAVIO
I L U L A Hll Kl O
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I Hl / IIHU-.
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M l.l IIAimi
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III IIHl UHIlll
Estátuas da antigüidade Mais de sessenta mil estátuas antigas foram conservadas até nossos dias. Sabe-se que o Herouli v Fnmesio é o de Glycon ; a Vénu» J< Mnlicts, de Cleómenes ; o Torto dt Ilehtden, de Apolônio ; o Olodladoi Borghem, de Agássis ; os Centauro* du Capitólio, de ArisNào se conhecem os notéas e Papias dos artista* a quem devemos o Apoio e o Mercúrio de Bdifdere,, a Vênus dt Mxlo, a Amazona du Vaticano, a Diana de Vi rsalhe* e a Familia dt Niobc. Nfio possuímos, segundo todas as proMALHO
: UMA LAGRIMA..
fim
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ALEXANDRE
À SUI. AMEItU I iaixa rosTAt «i.mo ssmms*sm am f.—i» ~w« »..».» *• QmAsmu YuU.
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0>n.panhla Narlonat dr St-guri» dc Vi«l« l..,(J.
poderi sofrer muito ai conseqüência! do seu descuido! Como poderi a sua esposa — ela só — tornar- se a guardii do lar e prover-se para sua subsistência? Nio hesite mais! Construa o futuro de sua familia com a solidez de um seguro de vida. A Sul America tem planos de seguro ao alcance de todas as bolsas. Consulte-a, hoje mesmo, ou procure um dos seus Agentes.
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babilulades, nenhuma obra original dus grtadM utistas antigos, como Fidias, AJcamenea, Miron, Policletes, Llssipo, ¦ateies, trabalhavam etc Estes ouro, bronze, exclusivamente em quase E quase todas as marfim e madeira. estátuas descobertas até agora s&o de mármore e parecem sei- OÒÇÍMS : s&O indubitavelmente o Apoio Bm tono> o Fauno, o Cupido de Praxitélea, o Diseóbulo de Miron, a Amaiona de l'oliclet«s . . . pois sabe-se que os orlginaí.s eram de bronze
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UM MINUTO! tempo mais breve! QUE No entanto recordamos em minutos supremos decidiu, se que nosso destino em que, com um gesto, com uma palavra, com um sinal, ficou assinalado nosso futuro e mudado o itinerário de toda nossa vida. Porém aquele minuto não o medimos; talvez se nos fez inacabavel. Durante seu transcurso muitas criaturas humanas nasceram e morreram; caudilhos poderosos talvez tenham decidido a guerra ou a paz e mudado o futuro, das nações; passado o minuto mudou a face de todos os sucessos humanos, como reformado o nariz da soberana do Egito. Um minuto feito pedra éra acaso o ponto de apoio que procurava Arquimcdes; feito luz seria talvez a orientação suprema, o fulgor infinito que rasgaria o caos em que vagueia desesperada e vãmente desde scCalot .1 Humanidade. ANTÔNIO
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Acompanhando o rilimo da / (/? ll WWvf ^ vida moderna, lança em pri\^ /-_ tjío / meira mào um mundo de ele. ^v_ V/K* -*^ ' ^V_ ** f\ / gancias. as mais recentes ^«. ^S. ' \Jf. / U . originai, novidadee. colocar.- * VIPAZ UM JOGO. tf / do a disposição das pessoas ^ ^^ W V,DA> ^N. ^ / ^1/ de l>no e requintado gosto. ^'^ NA C£RTA COMPRE SE LHE CONVIER .os mais hábeis auxiliares na PREFERINDO MAS NÃO DEIXE Dl VEU arte de calcar SAPATARtA MA/5 AS NOSSAS EXPOSIÇÕES PUS RIDA PA C/DAte
pessoas saudáveis MlkUITAS geralmente o são. Se você
é desanimado torne-se forte alegre e satisfeito tomando a Emulsão de Scott. Feita do mais puro óleo de figado de bacalhau combinado com calcio e sódio, mais fácil de digerir quatro vezes que o óleo puro, applicada portanto a todas as estações do anno. O vidro grande é muito mais econômico.
EmULSÃD DESCOTT
EB IX
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llll LEI (1ALAME
111
Em Espanha, existiram várias leis referentes ao beijo. Na Idade Média, chamava-se "beijo feudal" aquele que o senhor dava a seu vassalo em demonstração de agradecimento. O Código das Partidas, chamado "As Leis do Toro", e a "Novíssima Recopllação" falam do beijo "de paz" e do "espoii-sulic-o". O primeiro era o que, antigamente, davam, em sinal de reconciliação aqueles que haviam estado lnimlzados por motivo de injurias ou danos. Selada a paz pela troca do bel9 —
jo, aquele que a violasse~devia sofrer a pena imposta aos que quebrantassem a trégua: se era fidalgo podia ser desafiado, e se não acudisse ao desafio era declarado aleivoso. Sendo, porém, de classe inferior, era condenado à morte. Beijo esponsalicio era o que dava o esposo à esposa, em confirmação dos esponsais contraídos. Se depois de dado o beijo pelo esposo, se não realizava o matrimônio por culpa dele, a esposa fazia sua a metade das doações esponias, fundando-se a lei, para estabelecer Isto em que "ei om* ai dar ei ósculo finca em placer, e la mujer ílnca envergonzada". O
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pouco mais de meio século que a Ciência pôs a HÁ ELETRICIDADE a serviço do homem. Esse curto período, porém, assegurou os mais rápidos e os mais radicais avanços da humanidade. Hoje a eletricidade é a luz, o radio, a preservação dos alimentos, a vida das indústrias, o transporte económico._r é uma revolução na medicina e em todos os setores do progresso humano. Para o progresso geral, muito tém contribuido os laboratórios e fábricas da General Electric, que, hoje, trabalham exclusivamente para o esforço bélico, afim de colaborar no combate às forças que tentam destruir as conquistas da civilização. Mas depois da Vitória, as descobertas e aperfeiçoamentos, que ora se estão fazendo, contribuirão ainda mais para que o mundo de após-guerra, através de novos aparelhos elétricos, desfrute de um conforto até agora desconhecido.
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Brasil comemorou a vinte e dois de agosto último O O seu primeiro aniversário de ativa participação do presente conflito universal. E essa data, celabrada com entusiasmo cívico, acha-se em verdade incorporada ao nosso calendário como um dos mais expressivos marcos da dignidade nacional. Nossa conciencia de povo livre deu uma demonstração varonil de sua existência, quando, atendendo aos apelos de toda a nação ferida, o governo aceitou o desafio das nações agressoras e resolveu revidar com atos de beligerancia os ataques sofridos por nossa navegação de cabotagem em plenas águas territoriais brasileiras. Transcorrido o primeiro aniversário de lutas, o Brasil pôde apresentar, no panorama da conflagração, uma folha de grandes serviços prestados ao lado das nações unidas na batalha sanguinolenta contra os inimigos da liberdade e os bandoleiros da civilização. O auxilio que temos prestado aos nossos companheiros do norte já é do conhecimento universal. E as nossas bases aéreas do nordeste foram a porta escancarada para a vitória decisiva das tropas americanas e Inglesas no campo de batalha africano. \ cooperação que, como esforço de guerra, pela remessa de matérias primas e de produtos, temos dado aos arrojados soldados das nações unidas está computada NUM força ponderável na decisão do conflito. E celebramos a nosso primeiro ano de lutas com a noticia de que, prepar_da a defesa interna do pais. estamos arregimentando cs contingentes que participarão da peleja na arrancada final do assalto à fortaleza da Europa. Desde os movimentos em prol de sua independência até o presente instante, o Brasil demonstra a coerência de seus princípios políticos: o amor à liberdade e a defesa de seu patrimônio. F.' esse mesmo sentimento, ampliado num sentido universal, que leva o Brasil a empunhar as armas c Ir participar do conflito que ainda revolve o mundo na mais trágica hecatombe de que se tem noticia. E estamos eerto de que. conquistada a vitoria em breves dias, o nosso pavilh.io tremulará nos campos de triunfo, impondo galhardamente a presença de nossa raça no concerto dos povos gloriosos que traçarão para o futuro, em bases de consta-" tencia eterna, os roteiros da paz.
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Missa Campal pelas Vítimas dos torpede a mentos dos navios Brasileiros X/U1TAS e expressivas solenidade, assinalaram o primeiro aniversano da entrada do Brasil ".» guerra Nenhuma, porém, tão imponente e carregada de sentido cívico e ligioso como a miss i campal do Kussell. mandada res.it por inicia-
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ARTÉRIAS
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EM SÃO JOSÉ DO RIO PARDO PAULO NOGUEIRA DE CASTRO
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visitar São José do Rio Pardo, a próspe. ra cidade paulista, na rica zona cafeeira da QUEM alta Mogiana, e fizer uma visita à herma de Euclydes da Cunha, o grande e saudoso engc nheiro escritor patrício, por certo levará uma in delevel recordação desse recanto poético e pitoresco. Ali, naquele casebre tosco, triste e solitário, situado ás margens do caudaloso Rio Pardo, abraçado e orvalhado por opulenta paineira, pi rece que ainda se ouve o reldiço áspero e nervoso da pena de ouro de Euclydes da Cunha, a traçar os mapas e croquis, desenhos e cálculos de complicados projetos, tecnicamente estudadas, para desmontar e reconstruir ¦ grande ponte nutálica, desabada, (a qual havia sido construida por um incompetente engenheira alemão, meses antes), motivada pela grande enchente do rio, ou encher, rápida e nervosamente, longas laudas de papel, no preparo de sua obra imortal: — "Os Sertões". Naquele acanhado casebre de paredes e teto de folhas de zinco e tosca madeira, que não conta mais de três metros quadrados, baixo, sem nenhuma janela, com uma única porta treita, escura sem ornamentos, localisada em uma baixada sombria, batida por fortes ventos, perenemente vergastada por um frio humido e cortante, via-se diariamente, numa constante azafama o laureado escritor e engenheiro. O major João Modesto de Castro, meu tio, contando presentemente 74 anos de idade, privou da amizade de Euclydes da Cunha, tendo oportu nidade de observar, nos mínimos detalhes, o carater desse grande homem. Vejamos o que ele diz sobre o caráter e a vida íntima de Euclydes: — I X
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"Probidade inegualavel, homem de bom coração e caráter firme. Muitas vezes sofria crises nervosas, mas não perdia a compostura, dominando-se, mantendo-se numa linha de conduta irrepreensível". Adorava cigarros, declarando muitas vezes aos seus amigos íntimos: — "Um homem que não fuma, perde 20% de seus encantos. Que cousa mesquinha seria a vida, se não tivessemos um cigarrinho cheiroso, um bom livro e uma bôa palestra. Eu sou louco por cigarros, embora reconheça que eles me fazem grande mal". Completamente alheio à polltl cagem, por esse motivo, em sua residência só tinham entrada os amigos íntimos e literatos, cujas palestras versavam sobre assuntos elevados: — arte e literatura. O autor de "Os Sertões", tinha repugnância pelo dinhelro. Tanto era assim, que certa vez José Augusto Pereira, seu cópista, encontrou em baixo de sua secretária uma cédula de 200S000, indo logo entrega Ia a Euclydes da Cunha, que no momento escrevia. Agradecendo, este respondeu com a maior calma: - - "Esta cédula desapareceu da mesa ba dias, mas julguei que minha mulher a houvesse tirado". Euclydes da Cunha ganhava por més, 800S000, que o GrOVerno do Estado de S. Paulo lhe pagava para a construção da ponte metálica sobre o Rio Pardo, maa nunca trazia dinheiro c-on.sigo, nem costumava usar carteira para esse fim. O grande engano i ro e escritor, era franzino, baixo, moreno, observador, \ rolado maneiras agradaveti e simpáticas, eon« ,, coneta e interessante, talentos,) e orador Intdmiante, A palavra ele a possuía fluente e a voz sonora e agradável. Patriota extivmado, Euclydes da Cunha sentia se orgulhoso de ter brasileiro e manifestava lo otimista quanto ao futuro do Brasil, Suas íntimas uplraçoei anui . do momento, a ponl • em "Os sertões", reconstrução > que tomavam todo o seu tempo. Herma de Euclydes
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TERROR NAZISTA NA POLÔNIA
sob a vigilância de Cidadãos poloneses, soldados nazistas, cavam as sepulturas para os seus próorios compatriotas. Freqüentemente, cavam a sua própria cova.
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OUH noc.l! — llenry Major, famoso earieatunsla r pintor, sempre "'ijiialisou o Papadefnulos com uma grande boca, pronta a cngulir o minuto, listá começando o esboço para modelo daquelas vasilhas, tão úteis quão delestávet f o original.
RF.CF.PTAí í LOS — Major eshi moldando um objeto útil para qualquer coisa e do qual logo haverá quem se sina para colocar seus cigarros, fósforos, etc.
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Henry Major é o homem ao qual se deve agradecer a maneira por que se utiliza da carranca do fuehrer para fazêlo lembrar como «um objeto de ridículo. Major não é só o caricaturista recorfiguras gaiatas, como também pintor de renome. E' por isso, que êle "coleguismo de Hitler, como gosta do
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QVli IIOKROKt — íisse'mapareee até mu/ócio de vendedor multidão de earruneiis desse ile tusos de terra-eota. ( aénero só pode dei.var Iwrrorisada uma pessoa desprevenida. Isso nos dá a idéia dos ninhos de filhotes de pardal o es hera de contida.
M.ILs /'LXTOKUS — Os últimos toques nas imat/ens sCto (fados por essas moças, exim as na pintura ifo rosto, li, .«cie melhores artistas dn t;ne o ex-pintor de paredes. '*mf •'¦%ja^t JSKjtf- ""SSIil^B^tSSit^^^tiliiiitiiMP i \ * 0* JMHH / **-%;.? |*JJL i 2|SSkWf,^'<'MaBQKEHli^K''J-^P^>S^y jSh?
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pintor de paredes, para mi má-lo com seu retrato, mas o fez duma maneira que, além, de despertar alguns minutes de bom humor, resulta util como cinzeiro, porta cigarros, deposito de papeis, etc. Vejam lá o que ele faz com a cara de Hitler, de seus e asseclas Mussolini Hirohito.
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duta e honestidade que era o belo de sua vida.
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Elorão mais
Xesta tenda dc trabalho em cujo âmbito pontual e sorridente acolhia todo mundo, é que eu ia gosar de vez cm quando, a sua palestra e as suas opiniões sobre os homens e as cousas do pais. Franco e decisivo, não tinha artimanhas nem dubiedades ao fazer seus comeutários. Campineiro da velha guarda, José Maria Lisboa era bem o tipo daqueles paulistas que sentem e amam o Brasil timbrando sempre em liar-lhe tudo quanto o idealismo cívico bem compreendido exige.
A / 4
\ terra de Carlos Gomes e Campos Sales, teve como é*sabido, uma atuação destacada na vida bandeirante e nas pugnas mais renhi ias da história brasileira. Há cincoenta anos ou pouco mais, era um centro notável não séi
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no que diz respeito às atividades materiais como, principalmente, pela sua cultura, suas idéias adiantadas e seu liberalismo.
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Xeste ambiente fibra cooperava Júnior lapidou 'i; inantc.
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pugilo de homens resolutos e de bôa grandeza da Pátria, é que o jovem Lisboa caráter, imprimindo-lhc aquela consistência de
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para o seu
Estou certo porém que foram os exemplos nobilitantes da conduta pública e privada de seu progenitor com quem tanto se parecia física e moralmente, que lhe formaram o caráter. Modelo perfeito do homem incorruptível, José Maria Lisboa é bem um, daqueles varões de Plutarco que os dias atuais nâo mais compreende e cuja existência impõe- a todos DÓS que manejamos a clava que éle tanto nobilitOU as hosanas mais altas e sentidas.
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FOTOGRÁFICA
afl*aafafa*a"afaVafafafafa1 *V
trocar o perfil dc um homem de tio marcada Ao personalidade como este bizarro José Maria [.isbõa Júnior, não tenho em mente fazer um retrato nem iãu pouco uma biografia, Quero apertai colher um fiagrame em que a* linhas de sua rija tempera de comba tente, possam evocar tua singular figura de jornalista. "1 anos incompletos, o Desaparecendo agora, aos "Diário Popular", desfrutou durante mais velho /era dn de meio século, o convívio de uma das gerações mais brilhantes do Brasil.
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apenas pela máscara inconfundível de qi fisionomia própria, o Dr. Lisboa como quasi inteiro o conhecia, assombrava pelo espirito pela irreverência natural de suas maneiras. Eu mesmo, quando há doze anos travei relações com este paulista bravo e tão resolutamente brasileiro, me ti surprezo diante do sen rosto e a alegria que irradiava di sua pessoa. Conhecedor profundo dos paladinos republicanos de 89, desde Quintino Bocaiúva a Rangel Pestana, de Martins Júnior a Silveira Martins, sem falarmos de sua terra natal, a cidade de Campinas, José Maria Lisboa prendia a atenção dos que o ouviam quando narrava os Velho preza sua SSo Paulo ,.fu, e
episódios daquela
CAVALCANTI
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época. nas
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atitudes,
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Lisboa
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bem uni abenceragera daqueles jornalistas de combate e convicção capazes de levar a pugttf até onde OS ditames da justiça e da sua o.nciéncia impuzessem, "Diário Popular", Sucedendo a seu pai na direção dc jornal que constitue legitimo titulo de orgulho para a O
brasileira,
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Este interessante aspecto das palmeiras do sítio da Penha, cm Aramama, vendo-se no fundo um trecho da cidade iluminada, foi colhido à noite pelo jovem Colegial Bruce de Mendan{a Clark. <> curioso é que esta joio foi tirada sem magnesia ou lâmpada elétrico, servindo-se o hábil amador apenas dá !u~ do luar. Não significa isto um desafio aos técnicos da fotografia .' — 22 —
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Mme. (Jhiang-Kai-(Jhek, quando de sua recente visita aos hstados Unidos em companhia da Sra. tleanora Roosevelt. ocidente, sempre reinou uma velha impressão, a? N") ®vocar-sft a vida da mulher chinesa: surgiam, imediatamente, os quadros fixados nas velhas aquareIas, em que a companheira do homem, no pais de Coníucio, era um objeto de luxo ou uma pobre escrava dos trabalhos campestres, sem a mínima participação na vida publica, relegada ao desprezo ou lembrada por capricho. A educação das moças chinesas era, de fato. até bem pouco tempo, orientada sob os princípios antiguíssimos do livro sagrado, o Cheu-King, que confinava a mulher exclusivamente dentro dos domínios domésticos, determinando até a composição do vestuário feminino. Estava, pois, a mulher estratif içada dentro do velho dogma do filosofo Meng-Tseu, que afirmava: "Ninguém deve reformar os outros se deformando. O modernismo é a peor das deformações, sobretudo quando aplicado às mulheres". Hoje, entretanto, uma nova imagem começa a acudir aos ocidentais, quando vem à baila a mulher chinesa. A modificação que já se vinha operando noi costumes da China foi apressada pela guerra que o Japão levou ao ex-Celeste Império. A população femlnina despertou com a compreensão mais ampla de suas responsabilidades, em face da pátria devastada. Gra* ça« à evolução dos costumes, algumas das melhores iamílias chinesas haviam mandado suas íilbas aprimorar a educação na Europa e na América. Essas jovens regressaram à China portadoras de uma nova mentalidade, que não poderia deixar de produzir os mais revolucionários efeitos.
MODERNIZOU
QUE
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MULHER
CHINESAS
Atualmente, a mulher chinesa é igual em tudo às européia ou americanas. Prepara-se nos ginários, forma-se nas Universidades, aprende os mais diversos mistéres, que fariam extremecer os velhos deuses da tradição. Deixou de ser apenas a companheira enclausurada para se constituir a auxiliar íiél, dedicada e capaz do marido, acompanhando-o, como médica ou enfermeira, aos campos de batalha ou guarnecendo eficazmente, o "front" interno, pelo cabal desempenho das funções até então exclusivamente masculinas, — orientando a produção fabril e agrícola, conduzindo e garantindo os transportes e suprimentos. A antiga boneca de porcelana, interminável degastadera de chás domésticos, transformou-se na condutora de trens, na guarda do corpo auxiliar feminino, na aviadora e na eletricista. Tôda essa transmutação verificou-se, da noite para o dia, graças ao espírito de três mulheres, que emanciparam as chinesas e, hoje, organizam corpos militares femininos. São as irmãs Soong, isto é, madarae ChiangKai-Chek, esposa do presidente da China e herói da sua campanha de libertação, madame Kung e madame Sung. A senhora do generalíssimo é, por certo, a mais interessante. Com suas irmãs, educou-se no Ocidente e, ao voltar à terra natal, dedicou-se ao desenvolvimento do feminismo, fazendo-o progredir até ao gráu em que se encontra. Ao consorciar-se, afastou as outras duas esposas do marido, declarando-se contra a poligamia num país civilizado e tornando-se, logo, a sua mais indispensável colaboradora. Tem arriscado a vida milhares de vezes, nos hospitais de sangue em campanha com o marido. Organiza casas de assistência e dirige, pessoalmente, um colégio onde se adestra a mocidade feminina para as futuras lides democráticas. A China deve-lhe a sua aviação. Madame Chiang-Kai-Chek é um simbolo da hora presente. Ainda agora, em missão do esposo, visitou os Estados Unidos, que a recebeu com a admiração que a América vota aos reformadores e aos grandes batalhadores por um mundo melhor.
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esposa do presidente da China com presidente Franklin Roosevelt.
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VI
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Então, você deu de* facadas certeiras no coração do cego e diz que não foi para matar! Não foi não doutor! Eu queria vir se era verdade que Que os olhos não veem o coração não sente...
O Sinfronio sofreu duas pneumonias horríveis. E morreu da segunda? Não! Da primeira.
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Senhor diretor, desejava ir assistir ao enterro de minha sogra... Ora, que novidade! E quem é que não desejaria isso?
E*tã me estranhando? Não se lembra de mim? Sou o ^rancisquinho que você levou para mamãe a quatro anos. 1 X -
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OS G R A N D E Si ILUSTRADORES DA IMPRENSAI/BRASILEIRA _______ j
K. Lixto em excelente caricatura de Raul.
Bricio de Abreu, espirito aberto à acolhida de todos os movimentos de cultura, abriu as "Dom Casmurro", o grande hebpáginas de domadario de sua direção, para o valioso trabalho. Dedicando-se de espiMÊkfr rito e coração à sua louvável idéia, Ruben Gill, com o auxilio da memoria, de contemporâneos e sobreviventes, recorrendo a velhos arquivos, lan"O séçou, em sucessivos capítulos, culo boêmio". Os que se interessam pelas pieculiaridades da nossa formação ar-
elí!ío <*,,,,
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história do papel desempenhado pelos ilustradores na imprensa não fora objeto A do Brasil ainda de cogitações demoradas. Inexplicávelmente, todo o desenvolvimento de tão brilhante setor artístico não despertara as atenções dos que poderiam registar as *>* suas diversas fases. Enquanto outros sey*ntok*«»m~ m do e jornalistores das letras, das artes mo eram minuciosamente reforçados, o desenho e a caricatura na imprensa não mereciam o mesmo interesse. Afigura-se, agora, entretanto, que a história do jornalismo nacional não deixará de ficar completa, quanto ao importante setor a que nos referimos. Ruben Gill, o hábil morejador da pena, escritor de comprovadas qualidades, teatroloe coisas de go e fino observador de homens sua época, tomou a iniciativa de proceder a um amplo registo de nomes e obras que ilustraram as páginas de nossos jornais e revistas. O
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mmM JÍmu^mmwSu%mmW^T^ri<^Z^ - lZ*Tv mf tistica deparam, pois, ha quasi um ano, nos números de "Dom Casmurro" o re19N1k1 lato fiel, sincero e bem organizado do ¦:.yy. %ft! aparecimento e consolidação do desenho no periodismo patrício. Assim, vamos deparando os no^^^^—-SSIbÍí-' iirn** —fl/yr. _?¦ :v^\v-^*ÍEÜmes que a admiração publica guardou e até aqueles que se foram perdençao de "A arte de formar brasileiros* PUDUCa do no olvido dos anos. Escrupulosa e inteligentemente, é feita a biografia dos Julião Machado, Gil, Raul, Vaslihrstradores brasileiros. Indo co Lima, Yantok, Storni etc, mais longe Ruben Gill buscaetc, mesmo, os mais recentes, lhes as origens, situando-as nas como Nassára. diversas influencias que sofreDe todos, é traçado o perfil, ram até alcançar expressão proexaminada a vocação, fixados os W^gMiÊÊÍ pria. pontos mais curiosos e revelaTodos os grandes desenhisdos detalhes de penetração estas da imprensa indígena não i tética. escapam ao retrato, às vezes Nas suas deduções, Ruben traçado em linhas saudosas Gill localisa as fontes de iniciapor Ruben Gill. ção dos mestres ilustradores, a Desde Ângelo Agostini, vêem maioria dos quais, segundo as eles desfilando, lembrados nas palavras do autor do relato, "Sabonèti barati l» (um homem palavras do reporter-biografo. teve a sua reputação creada que viveria apoquentadissimo sem o aceio... dos outros) De E temos K. Listo, Carlos, Julião Machado, a páfs. 121 do n'0 Malho, além de suas puJ. Seth, Almanaque do Malho" de 1905 Leonidas, Helios Sielinger, blicações, O Tico-Tico e LeiLoureiro, Izaltino Barbosa, tura Para Todos. Fritz,
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*?« O primeiro desenho de Seth que foi impresso ("Charle' bnblicada em "O Malho", n.° 817, ano V de 10-XI-906J. i x
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Formando o notável registo, acompanham reproduções dos trabalhos mais expressivos dos nossos artistas. Os que figuram nas memórias hoje estampadas por Ruben Gill sáo os que, de fato, mais se destacaram pelo s,eu talento e imaginação creadora. Revivendo e reavivando o conhecimento da obra que realizaram, o ilustre jornalista presta um serviço de monta à historia da imprensa ilustrada no país. O
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O VULCANISMO AMERICANO extrema- pósitos metaliferos, rochas plutônicas e monumental, Euchs contentava-se em enumerar NORME, vitalidade a montatermais, suas águas mente loirga, com as presagiando para a América do Sul, trinta e Terra. da igneas os seus forças das sete vulcões, quatorze c.tribuidos em nhas de altura vertiginosa, com dos AnO grandioso cncadeamento Quito, seis esparsos no território do alcantís encobertos pelas neves seculaPerY e da boiivia, e mais dezessete, res, as costas algumas vezes nuas, des, .mede na sua imensa articulação todos eles na orografia chilena. Citava outras vestidas de matas, os vales bu- duzentos e quarenta quilômetros de larsó trinta e sete, porque considerava eólicos e férteis, com as suas torrentes gura e de extensão sete mil e duzenestes em plena atividade. caudalosas, as planícies suaves entre tos quilômetros, sulcando todo o conK. Fuchs mencionava muitos outros a doçura do bosque, a Cordilheira dos tinente _j]-americano, desde o Cabo mas apresentando crateras de a sensibilidade Horn, vulcões, até o extremo da Colômbia, assusta e enleva Andes seus os equivoca, que não sabia como descobrir natureza tenta viajante, dp que Caracteristicamente vulcânica, toda A culminâncias. classficar, suas se extintos ou ativos. Só na as algares e a Cordilheira dos Andes pode ser conm na sua orograt.a linha andina do Chile, há trinta e conta América do Sul siderada uma das regiões mais ricas immais cadeias vulcões das dessa natureza. A caquatro privilegiada, uma em focos eruptivos, que possa haver deia de Quito, contém uns vinte vulcões. ponentes do globo. no mundo inteiro. Basta envolver com o Começa pelo vulcão Paramo de Ruiz Tomando como ponto de partida, o olhar o seu panorama orogénico, para termina pelo Sangay. e Cabo Horn>vemos a linha montanhosa se ter a prova de que estudamos a mais FaOceano a costa toda do A cadeia do Peru e Bolívia dá uma percorrer prodigiosa coleção de crateras. cifico, atravessando a Patagônia, Arcifra de quinze crateras, sendo as mais Desde os extremos da Patagônia, famosas, Masti e o üualatieri. Esses Equador, Peru. Bolívia, Chile, gentina, Colômbia, projectando a sua arquite- até a região acidentada de Quito, des- quinze vulcões dispersam-se sobre uma dobra-se uma verdadeira fortaleza dc extensão de seiscentos e cincoenta tura colossal sobre o vale do Amazoquisumes a sua plutônicos. Nço se conhece ri- lômetros. indica, nas. A sua estrutura que formação se operou em época não gorosamente o número de vulcões exisA cadeia chilena supera a todos. muito remota. Contudo, não existe tentes nas montanhas andinas. Trata- Perfazem um total de sessenta e nove se de uma zona susceptível de novas vuicões verdadeira opulência ignéa. Os cálculo exato e definitivo, determiexplorações e cuja enorme altitude nando a sua idade geológica. Na sua picos vulcânicos abundam de tal maafasta os viajantes menos audaciosos, neira, composição variada, percebem-se eleqi._ tornar-se-ia fastidioso menHá quem suponha existir na Cordilheira cionar todos os seus nomes, todas as mentos característicos, como granito, dos Andes, cerca de sessenta vulcões, suas particularidades schistos, ardozias, rochas betuminosas geológicas, todos mais ou menos ativos. Picos com fisio- os seus movimentos eruptivos. e eruptivas, denotando a presença de nomia de crateras extintas, remontando No Chile, enumeramos vulcões de grandes focos plutônicos. Na região longínqua, a época não sabe se começa vulcânica, que várias idades, Quechucabi. Medidana. essencialmente que centenas. existem às estende se e Saajana, Ranço Chinale. Natuco, Callagni. Lie no Tacara que canos de arredores Somente Quito, desusa onde o Choapo, Yanteles, até a vasta planície, Corcobado, gua, camadas pitai do Equador, o geólogo pode muitos outros. encontram-se Desaguadero, lacustres, terrenos pantanosos. Na par- contar dezoito vulcões conhecidos, seis No Peru e na Bolívia, há diversos te oriental, há rochas mais antigas, dos quais fumegam sempre. Reina sem- picos vulcânicos não menos notáveis, Tutapaca, Coloma, lllaxar, quartzos, schistos cristalizados, tendo pre dúvida sobre o número de vulcões Cogna, como base o granito. Na maior parte andinos. Tugalagua. Misti. das montanhas, o geólogo No Equador, a cordipesquisador verá depósitos lheira andina oferece uma de cinzas, camadas de espaisagem variada de vulcórias, lavas solidificadas, >' ' 'l^aMkmMWmM __F cões, que explodiram em assinalando a natureza vulépocas diferentes. Rumi-. cânica da região, já castigav i n a Tunguragua, , Quir/ '"^^____M____Í__. da pelas erupções violentísrotoci. Chimborazo, Cayam^MMY\\WM\ms. mW •_ simas. Tudo ali revela a vibe, Sinchutagua, Ilinissa, os sita destruidora do fogo mais notáveis. cismíco, em várias épocas _______>- v,^_M____M—__M__t_ _¦__¦_¦ _^^_jfl O vulcanismo andino dos séculos. forma um dos contrastes As últimas fases do pemais singulares com a tranriodo terciário, repercutiram de modo especial em toda quilidade geológica do Braa Cordilheira dos Andes, sil. desencadeando terremotos e verificou Pissis erupções. O Chimborazo, com a cratera coberta de neve, na DE MATTOS PINTO nas montanhas andinas, deregião andina de Quito. MALHO O I X — 1 9 4 3 28
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O homem entrou afobado no café cheio de gente. Vagou o olhar sobre as mezas ocupadas e sem cerimonia afastou a cadeira situada a minha frente, onde eu puzera meu chapéu e minha pasta. —Desculpe-me — disse ele — mas todas as mezas estão ocupadas. Queira ter a bondade de segurar o seu chapéu. A contragosto coloquei o chapéu sobre a cabeça, enquanto o meu impertinente parceiro berrava para o garçon: —Garçon traga um mate! E como o garçon atarefado tardasse em atende-lo: —Garçon! Mate gelado! A sua vóz, aguda e penetrante, entroume pelos ouvidos levantei os olhos do meu jornal e fitei-o de frente. O homem traía forte comoção. A mão direita tamborilhava nervosamente o mármore da meza e os olhos pequemnos, atráz dos óculos de aros de ouro, estavam fixos no balcão de bebidas do café. Perdão, amigo—falei eu — não oconheço já, de alguma parte? Ele levantou as lunetas espessas, cravou em mim os pequenos olhos míopes e respondeu cheio de rudeza: Talvês. De minha parte, confesso, nunca o vi, nem mais gordo nem mais magro. Tossi, embaraçado. Abri o jornal, tentando disfarçar nêle o meu desapontamento. O homem continuou como si nada houvesse: Esses garçons são umas lesmas!... Lesmas... E num crescendo de impaciência, nervoso, nervosíssimo: Garçon?... Que dê o mate?!... garçon inclinou-se, sorriu, fez uma mesura e ante todo o meu espanto, alinhou sobre a meza três imensos copázios de mate gelado. Ei-los, senhor. Custou mas sempre veio. Ah! Ah!—fez o meu desagradavel companheiro — ora viva! Em uin segundo deu cabo do primeiro copo. Estalou a língua deliciado. Tirou do bolso um cigarro, acendeu-o, puxou uma enorme fumaçada, atacou o segundo copo. Escutei o glú-glú-glú do líquido escorrendo por sua garganta abaixo. Delicadamente êle depoz na meza o copo vazio. Cheio de curiosidade olhei novamente para o homem. Uma grande transformação havia se dado. Não mais aquela fisionomia apreensiva, mas o rosto normal de um homem descançado, pie"«mente eufórico. Extranhei o tom de sua voz quando ele se dirigiu a mim. Desculpe, cavalheiro, si a pouco fui rude... Eu estava nervoso, extremaTOente transtornado... X — 1 9 4 3
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H Percebi isso. Estimo que agora o sr. se encontre bem. Oh ! Muito bem! — exclamou êle—O mate acalma... E' um ótimo calmante... E chegando a sua cadeira para perto da minha, falando quasi em segredo, cheio de mistério: Quer saber porque as vezes eu fico assim?... Quer saber a razão deste meu nervosissimo? Arisquei uma explicação, a única que me ocorreu no momento. —Naturalmente o sr. é uma pessoa nervosa... E como o mate tem propriedades tônicas... Sim, Sim — tornou êle — essa é uma das razões... Mas, a primacial, a razão primeira... Quer realmente sabe-la? —Sem dúvida. Ele olhou desconfiado para os lados, retirou os ócolos do nariz, limpou as lentes cheio de pachorra, e falando baixo, tão baixo que eu sentia difieuldade em ouvi-lo: Meu caro sr... Já esteve algum dia na selva? Já senti o terror de topar, frente a frente, com uma fera terrível ? Já sentiu o mêdo atros de sentir-se abandonado, entregue á ferocidade , ináudita de um leão ou de um tigre? O sr. já esteve na África?—indaguei, fugindo a resposta. Sim, lá estive, para os meus males. Fiz parte de uma expedição brasileira á Rodésia... Uma noite, de surpreza, um leão enorme caiu sobre mim. Afugentado pelos tiros de meua companheiros, a fera deixou-me exangue, sobre o chão, em estado de semi-inconciência... O chefe da expedição prestou-me os primeiros socorros. Escutei o som de sua voz longínqua, indagando de alguém: "Temos conhaque? " — "Não reaponderam "E parati?"—"Também não".— " Que temos então? "— " Mate". "Dê-lhe um pouco". Senti o liquido na garganta e voltei a vida. O homem fez uma pausa. Bebeu de um trago o terceiro copo de mate. Quando vêjo feras — proseguiu êle — fico transtornado. Sou obrigado a re29
correr ao mate. Tenho horror ao desmaio, ao estado de semi-inconciência... Imagine o sr. si em vês de mate houvessem me dado parati... O homem riu, gozando a própria pilhéria. Naturalmente o sr. ficou assombrado ao vêr o garçon colocar sobre a meza, de uma vês só, três copos de mate... Ele já me conhece, sabe os meus hábitos... —De fato. Extranhei bastante. Mas... Diga-me, amigo: o sr. viu alguma fera, algum tigre ou leão, nas ruas da cidade? Bruscamente o homem se afastou de mim. Sua cara empalideceu subitamente e as mãos começaram a tremer. —Tenha calmai Tenha calma! — recomendei eu, já arrependido da pergunta que fizera — Garçon ! Depressa ! Depressa! Um copo de mate! Si os ví? Si os ví? — repetiu o homem Estas ruas estão cheias de serpentes, hienas e chacais! O sr. conhece os homens pelo exterior e eu os vejo nos íntimos! São feras terriveis, mil vezes mais perigosas que os seus parentes das selvas! Beba mate! Beba mate!—disse eu, apontando o copo que o garçon trouxera. Ele emborcou o copo pela boca a dentro. Aproveitei o instante para levantar-me da meza, grandemente impressionado. Lancei sobre ela uma prata de dois cruzeiros e ganhei a rua. Lamentei comigo mesmo não possuir a extranha faculdade daquele super emotivo, domextramundano, faculdade divina que proporcionava a êle o conhecimento dos homens pelos seus egos. Cheio de respeito, ao levar a mão ao chapéu para um'ultimo cumprimento, escutei u sua vóz casquilha, então quasi normal: —Não seja besta, camarada! Nunca estive na selva! Não acredite nesta lenga lenga que acabei de contar! Eu bebo mate porque gosto, porque é bom, gostosoe barato! E recolhendo carinhosamente ao bolso a minha prata de dois cruzeiros: Garçon! Um copo de mate! Mate! gelado. MALHO O
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Nossa Senhora da Gloria, Tua Igreja esta em «black-out», Nossa Senhora da Gloria, Os submarinos inimigos Que no alto mar espreitam Não compreenderão a tua luz E acharão que somos os doidos Que queremos viver em claridade Num mundo que se escondeu na
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treva.
O outelro este. sombrio e triste. Mas o sino, o que de longe velo, Não abandonou a nossa noite, A nossa noite de «black-out». Foi
ele que me fez olhar acima Quando sua voz se derramou no E, neste teu frio mês de agosto, Eu não vi brilhar no céo As estrelas da tua festa terrestre.
bairro
Nossa Senhora da Gloria do Outeiro, Tuas palmeiras estão imobilisadas E o som das preces é estranho no escuro.
wJd Osório Nunes
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Mas na sombra se ouvirão melhor Os passos dos que te procuraram. As mulheres cançadas que subiram As Íngremes ladeiras do teu altar E que, na hora da evasão final, Acreditaram que continuavam subindo, Sempre subindo para o teu altar. _ os que multo cantaram nesta vida E os que multo padeceram neste mundo E aqui estiveram, nestas pedras, Pisando estes caminhos castigados, Formando o grande cântico Igual Que ha longos trezentos anos Se esboçou no vaslo do tempo E se cristalizou na nota do teu sino. Senhora da Gloria, Nossa Eu creio na tua vida. Eu senti a tua vida No hino dos dias mortos, as vozes dos finados Que aqui vieram ontem Olhar as Imagens serenas, As mesmas Imagens Que contemplo hoje
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Nossa Senhora da Gloria, A noite é fria e negra. Nossa Senhora da Gloria, Quando acabara o «black-out»? 30
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Reminlseêiieias...
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Conto de JOÃO DE CARVALHO !____________ lAmmViS^I
I história ocorreu numa cidade antiga, retraída e encravada entre as serras, cujo ESTA nome não importa relembrar agora. O calor intenso de uma tarde de dezembro cedia lugar a um vento acre que, vindo das matas próximas, refrescava o ambiente pacato da cidade. Seriam, provavelmente, cinco horas da tarde. Latino e a esposa resolveram escalar a encosta que os conduziria à chamada "Pedra dos Amores". Em torno dessa pedra propalavase uma lenda curiosa, que a crendice popular se encarregava de divulgar. Mas não era a lenda, propriamente, que lhes acendia, o desejo de realização daquela excursão. Antes muito antes de chegarem àquela cidade, já havia entre eles um acordo tácito para a realização daquele passeio.
Vamos a pé ou tomaremos um automóvel? Caminharemos. O calor já passou. Atravessaram o jardim do hotel e ganharam a rua. Alguns forasteiros emprestavam um aspecto novo à cidadezinha, comumente entregue ao seu abandono e à sua pacatez. Enquanto cruzavam a avenida, êle tomou o braço de Flora e seguiram por uma rua lateral. Andaram muito tempo em silêncio. Subitamente Latino observou: Vês a ponte... a balaustrada? E alongou o braço, indicando a ponte sobre o pequeno rio que atravessava a cidade, com a sua balaustrada recoberta de herva a se entrelaçarem. Flora perdeu o olhar no ponto indicado e respondeu vagamente: Sim... estou vendo... Mas o que os seus olhos viam nào era somente um espetáculo pitoresco, digno de admiração. Seus olhos, longe de apresentarem os caracteres simples dos olhos forasteiros, ávido por descobrirem belezas novas e desconhecidas, eram ou pretendiam ser insensíveis ao presente —¦ prendiam-se a um passado quasi remoto, animado pelo fogo da record-ção. i x — 1 9 4 3
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Ao chegarem junto I / \MY à ponte, Latino adeantou-se para abrir o caminho entre os galhos alongados. Flora sorriu, satisfeita daq u e 1 a solicitude e do paslembrou-se sado. naquela Fora mesma época, há uns dez anos atraz, que eles se encontraram naquele lugar, então casados recentemente e em plena lua de mel. Ela recordou aqueles dias felizes. Latino lhe dissera então: — Se eu houvesse de escolher, no futuro, um lugar para relembrar, saudoso, toda a minha felicidade, eu elegeria êste local. Tu concordarias. E viríamos rever estas paragens, onde havíamos sido tão felizes. Eu perguntar-te-ia: "Lembras-te?". Responderias que sim sorrindo, erguendo para mim teus olhos grandes e cismadores. Voltaríamos depois, um pouco tristes e traríamos os olhos cheios do passado. Atravessaram a pequena ponte e foram sentar-se em uma pedra, à outra margem do rio. A mesma pedra — nâo era uma sorte? — refletiu consigo Flora, exultando. Seu contentamento, porém, exigia reflexão. Quis perguntar ao marido se não era, realmente, agradável estarem sentados, passado dez anos, na mesma pedra onde estiveram durante sua lua de mel. Voltou-se para êle, mas calou. Latino tinha os olhos perdidos no horizonte e en simesmava-se em uma reflexão profunda. Certamente deveria, como ela, estar recordando o passado, ponderou. E voltou o olhar para o chão, enquanto o cérebro tecia, através da recordação, os lentos retalhos do passado. Quando se casaram, recordou, Latino nào tinha, como hoje, aquele cansaço evidente e permanente, 31
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a testemunhar a idade avançada. Nem a surdez era tão acentuada como agora. Mas, ainda assim, era possível reconhecer em Latino a existência do romântico incorrigivel dos tempos de noivado, porque nele a existência do enamorado não se apagara com o tempo. Contudo, em certas ocasiões, Flora alimentava dúvidas acerca do amor que lhe votava o esposo. Era um produto mórbido da sua imaginação. No início da sua vida conjugai, Flora reconhecia a existência de duas individualidades em si, ou de uma individualidade com duas expressões distintas. Uma era a sua deliberada adaptação às circunstâncias, que a tornavam uma esposa ordenada e conciente. Outra era a sua extrema dedicação ao esposo, que a ocupava em todas as horas. Era feliz. Um dia, porém, entrou a funcionar, nela, subrepticiamente, uma terceira expressão da sua individualidade. A influência desta terceira expressão não foi suficientemente notável a ponto de submergir a in fluência das demais. Mas turbava em certos momentos, a felicidade de Ò
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Flora e lhe permitia a formação de uma expressão psicologicamente deformada. Era a sua dúvida acerca do amor que lhe votava o esposo. Ainda agora, esforçava-se por acreditar que Latino estivesse recordando o passado de ambos, naquelas paragens. Porém, o seu subconciente trabalhava incessante a antítese dessa crença. Estás pensando? . Flora extremeceu. A vez de Latino, intensa e aguda, era uma nota dissonante dentro do silêncio do ambiente. Ela sentiu-se exatamente como um peixe dentro de um aquário que fosse, subitamente, agitado. A sua surpreza e a sua irritação foram notórias. Voltou-se para Latino um pou co ressentida. Mas o aquário voltou logo à tranqüilidade. Latino olhava-a severamente, ignorando todo o seu drama interior. Ela exibiu o §eu sorriso tímido. Sim... O silêncio reinou durante aiguns instantes. E em que estava pensando? Novamente a voz de Latino foi uma nota dissonante dentro da calma do ambiente. Flora não respondeu imediatamente àquela pergunta. De uma maneira inexplicável ela sentia-se ultrajada. Parecia-lhe inacreditável que êle não sentisse os efeitos da calma reinante, sobretudo por ser aquele o local onde haviam passado os primeiros dias felizes de casados. A voz de Latino, ao.contrário de uma nota dissonante, deveria ser uma manifestação reflexa da tranqüilidade presente. Longínquamente, o seu sub-conciente traba-
lhava a lembrança de como deveria ser a voz de Latino dentro daquele ambiente, por tudo que êle representava. Deveria ser qualquer cousa como a caricia morna dos ventos vesperais. Mas a idéia não se cristalizava inteiramente no cérebro de Flora, debatendo-se ela em uma angústia e um ressentimento inexplicaveis. Os homens... os homens incompreendem, eternamente, a sutileza do espírito feminino. Mas Latino, tens uma voz tão exquisita!... De repente, à enunciação daqueIa frase, o fio de suas recordações atou-se a um ponto perdido no passado. Relembrou uma festa de carnaval, realizada há mais de um decênio... No auge dos festejos carnava lescos, entre a alegria incontida dos sambas, cantados, em coro pelo povo, era possível destacar a voz de Latino como uma nota dissonante. Flora aproximára-se do ouvido dele e segredara-lhe: Latino, tens uma voz tão exquisita!... Depois daquela evocação, Flora tomou-se por uma súbita simpatia por Latino. Êle era assim; não poderia modificar o seu feitio sem sc tornar, consequentemente, pusstlãnime. Latino chamou-a ao fio da rcalidade. — Vamos embora? Já é tarde e o frio pôde fazer-te mal. Amanha, viremos aqui e, então, teremos "Pedra dos tempo para subir até a Amores". Voltou o olhar para cima, procurando divizar a soberba pedra,
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incrustada no dorso superior da montanha. Ali, onde eles se encontravam, principiava, propriamente, a encosta que levava à chamada "Pedra dos Amores". Levantaram-se e foram andando em silêncio. Flora represou um aluvião de sentimentos controversos, Nem uma palavra dissera Latino sobre o lugar. Nem uma palavra, insistia intimamente, ressentida por aquela negligência que, aos seus olhos, evidenciava toda a indiferença de Latino. Quando atravessaram a ponte, êle parou ainda por alguns instantes. Debruçou-se sobre a balaustrada e ficou cismando, deante da imponência do ambiente. Acompanhou com o olhar a série interminavel de montanhas, presas pelas bases, com os seus picos alcantilalados a apontarem para o céu. Depois, num lento regresso à realidade, perguntou: Lembras-te? De quê? — inqueriu Flora, meio surpreendida. Foi aqui... neste mesmo lugar... Não acabou a frase. Flora surpreendeu-se, com o coração a palpitar, intensamente, dentro do peito. Apertou a mão de Latino contra si, nervosamente, reconhecendo, pela primeira vez, naqueles últimos instantes, o amor que lhe dedicava o esposo. Olhou fixamente para êle e, apesar-do lusco-fusco inicial, logrou vêr o brilho excepcional dos olhos de Latino. Na exegese do amor, ainda eram jovens.
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A DAUTO homens de pensamento, que sucederam OS #is últimas gerações de poetas e romancistas do fim do século passado, tiveram, por característico fundamental, na Europa e na América, um sentimento mais desabusado da vida. tias coisas e do espírito. E, nem poderiam ser diferentes. Lá, como aqui, seus mestres prediletos foram Oscar Wilde, Eça de Queiroz. DAnnunzio, os Goncourt e todos os "divinos" loucos da arte escrita, sempre presa à sensibilidade revelada. Todos ésses grandes vultos da beleza literária passearam a sua emoção intranquila, nervosa, elegante, caprichosa e multiforme nos centros e nos salões de maior cultura, tanto nas metropóles como nas províncias. Em Paris como em New-York, em Lisboa como em Madrid. em Londres como no Rio de Janeiro viveu-se. assim," literariamente, a primeira década do século XX. Era a geração que sucedia, no seu arrojo, a dos velhos simbolistas. Mas, se aquela tentava exprimir pensamentos e estados dclrca por meio de objetos que os evocassem, indo até à onomatopéia. esta,, numa reação violenta, querendo fugir à arte de ficção, despicienda e de valor duvidoso, resvalara no panteismo. cada dia mais caracterisâdo pela divinisação ou humanização dos objétos os dos sêres da Natureza, porque. — "nò mundo tudo sente, respira e vive". O mundo, no seu organismo, deixava de fr, assim, para todos èsses cíticos da literatura, um simples jogo de palavras amáveis, de aparências enganosas, e o homem, por sua própria destinarão social também já não era mais considerado, apenas, um animal pecador, que sofre e algumas vezes se diverte à custa da miséria do seu semelhante, ou de si próprio, deante da insuficiência de suas forças e da mesquinhez dolorosa de seus conhecimentos. valendo-se. premunido e cuidadoso, à indiscreção dos, mais argutos. Êsse cuidado os levou para os domínios da tolerância criadora, e. desde ai. tudo lhes pareceu justificável. O essencial é que fossem resguardados os (óros da elegância mental. Aprenderam com Oscar Wilde que até o crime pode ser uma obra de arte, ou que. no requinte estético do veneno, a sensibilidade humana, sutil e requintada, psicologicamente nào passa de um caso de emoção, que bem poderá viver toda uma grande tése de filosofia social. Os recessos désse prazer enfermiço, calculado e monstruoso, plasmaram, em todos ésses grandes gênios do pensamento escrito, incapazes de qualquer crime, a ânsia aflitiva dos "vicios deleitosos", como a marcar, cada um déles. com o ferréte da imprudência, ou estigma dos filosofos. E a boêmia, desde então, se constituiu, entre todos, o maior e mais contagiante dos delitos. Os tipos humanos dos seus romances, dos seus contos ou dos seus poemas são verdadeiros casos clinicos. quando. A maioria das vezes, não resvalam defolmados na ambiéncia do artificialismo massudo. ou dos lugares comuns. Todo êsse mundo de criações literárias parece primar por desconhecer a vida humana na sua realidade brutal, quotidiana, em que nem o homem sáe do realismo biológico e sociológico que o cerca e o esmaga, nem a sua criação literária se liberta, psiquicamente, dos liâmes da. ficção que o prendeu no tempo e no espaço, dentro de um mesmo plano ideal, subjetivo, preconcebido como pura concepção artistica. sem maiores contactos com outros fatores que nào sejam as forças exôgenas e endógenas do próprio mundo objetivo. São dessa estesia as personagens de marfim. são dessa ebriedade as imagens de fumaça. E, o que é para lamentar, é que todas X — 1 9 4 3
CRITICA FERNANDES
essas nebulosas da literatura Universal, sendo criações ao espirito humano, embora se mostrem com as lantejoulas com que Gustave Moreau vestiu a sua Salomé, ainda, assim, não conseguem impressionar senão pelo frio da cintilação que nos transmitem essas jóias inúteis, que só fascinam pela perfeição requintada da forma. Mas. mesmo consideradas como criações áticas, em todas essas obras de pura ourivesaria, não há, infelizmente, nenhum ambiente exáto, que proporcione ou possa determinar as ações de cada personagem, por isso que. todos eles, carecidos de clima moral, de ambiência mesológica, ou realidade social, respiram artificialmente, como enfermos tuberculosos a queimar na combustão da miséria orgánica em que respiram, as últimas hematóses do pulmão. Como essas personagens fugitivas, de contornos quasi imprecisos, esfumaçados. todas essas obras não representam mais do que simples preconceitos estéticos, vivendo os caprichos artisticos de seus criadores. São obras que nLo teem realidade no mundo, que não pertencem a nenhum povo, que não refletem a história etnológica de nenhuma raça, e. nunca conseguiram fixar um tipo verdadeiramente humano. Deslumbrantes"divino pelas fulgurações de um e louco", próprios pensamento entre para esboçar imagens buscadas nas fantasias do capricho literário, tal como as rimas difíceis, os arrojos e as hipérboles. todas, ficam, porém, na imaginação do leitor, como um sonho ' que findou. O critico que se proponha. — Osório Duque Estrada e Oragá já o fizeram. — a procurar na obra do cantor do Pelo Solimões. de acôrdo com essa teoria de fantasmas literários e de paisagens irreais, que não fossem precisamente aquelas mesmas que Quintino Cunha viu e conheceu demoradamente na planície amazônica, com a sua gente mesclada de incola e nordestina, refletidas nas suas lendas, na simplicidade nativa da terra, a se espelhar num folque lóre que tem mais de mistério e desordenação de seus próprios poemas bravios, que de rima e métrica, encontraria, de certo, uma obra em versos ainda não ricamente vestidos com aquelas lantejoulas deslumbrantes, a viver, porém, um mundo de fábulas desconhecidas, sem os preconceitos da estética, sem os luxos do ouro falso com que os ingênuos e os tôlos se deslumbram e se confundem. Pelo Solimões. é obra literária precisa ser interpretada na sua verdadeiraquegrandeza brasilica. O valor maior de Quintino Cunha, como poeta, está precisamente nisso. Afonso A ri nos. no Pelo Sertão. Graça Aranha, no Canaan e Afranio Pejxoto. em Fruta do Mato e Maria Bonita, não fizeram senão fixar na prosa os tipos humildes do nosso povo, vivendo as peculiaridades de sua vida rústica, tal qual Quintino Cunha, era sua poesia, alcançou fixar no Pelo Solimões o lirismo e o romantismo da psiqué amazônica. Quasi tudo. em seus versos, são fábulas brcsilicas. inteiramente desconhecidas, ainda, no Sul do Brasil, a amalgamar. dentro da pianicie florestada, inculta e desmedida, tumultuária e disforme como um monstro anfíbio, as lendas do "Bõto". da "Bôia-Uaçú". a "Origem do Solimões", o "Encontro "Çnchente". das Águas", o"Piracêma". Desbravamento da Selva", a "Garçal", "Ajuri". "Tu-a o o o "Ven"De4ra"CU1fré ' ,°"Seringueiro", a "Vazante", os tos", o "Comandante", o "Pagé", o "Cearen"Florestas", se", o as a "Criação Amazônica", a "Borboleta" o "Cedro", o 33
fáp.
Quintino Cunha num desenho de Otto.
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"Uirapurú", o "Curupira", o "Urutau i, etc.... etc Aí está um pouco do que se contém na obra. Ora, com franqueza, — tudo isso são temas de alta indagação indianóloga. que estamos certos, Osório Duque Estrada, quando vivo, nào conseguiu conhecer, e que Oragá, embora, ainda viva, desconhece lamentavelmente. Não se trata de samba. nem de morro. nem de cuica. mas de um pouco do que temos de nós próprios. Na poesia de Quintino Cunha, no Pelo Solimões. encontramos na harmonia das rimas, as linhas mestras da história selvagem da sociedade seringalista. que é bem a epopéia mágica da Caminhada para o Oeste. e. de cujo seio verde, ressurge, atualmente, a nova fisionomia do seringueiro, "brabo" e "manso", metamorfoseado de operário na campanha nacional da borracha, gerando-se, de improviso, conquistador e selvagem, herói dos ermos virgens, anônimo e dadivoso à catequese da própria terra em que nascemos. E' o povoador das cidades futuras, o forjador de outras energias, entaliscando-se de espinhos nos cimos das terras-firmes. ou se aldeando, alagado, às margens dos rios e dos lagos. E' no meio dessa gente que estão os descendentes dos nordestinos, — os primeiros povoadores das matas e dos seringais, os senhores dos barracões. O cearense, ali, já está adaptado ao sólo. A sua luta, embora rude, é a mesma do seringueiro, — um simples episódio, uma velha cena banal, sem qualquer relevo na extração da hevéa brasiliensis. onde: "a cobra, o espinho. o periga de vida. estão prisioneiros da sina dos seringueiros de que o poeta se serviu para mostrar às poputações do resto do Brasil, o seu habitat agressivo, a sua existência real. Pelo Solimões. para fazer a imortalidade de um grande poeta bastava conter a Nova Gênesis, que estou certo, os seus críticos ainda não a leram. ou. se a leram estão longe de entendé-la. E* o poema incola da formação amazônica, que se vem fundir, teluricamente à mesma nacionalidade brasileira, já civilisada pelo conquistador da mata. Bõia-Uaçú. — a cobra grande — é o gênio divino da fauna fluviónica. como o "Pôto", também o é da ictiológica. e "Guaraci" e "Jaci". fecundando de luz e vida. o Céu. as Florestas t as Águas. também o sáo nos domínios de luàca. De acôrdo com a teogonía "Tupi", ai estão cs representantes legítimos da cosmogonia O
MALHO
INGRATIDAO... Um pobre diabo de Sevilha, acordando uma mae não encontrando meios de nhã sem dinheiro arranjar uma "peseta" siquer, teve uma idéia genial: escrever uma carta a Nosso Senhor. Peda pena, espremeu o cérebro e começou: gou "Ilustre Amigo N. S. Jesus Cristo: Cheguei ao cúmulo da miséria. NSo sei mais para quem apelar. Os amigos fugiram. (O Sr. bem sabe como os amigos são nessas ocasiões...). Desculpe se venho incomodá-lo, mas o Sr. é o único homem em quem devo confiar na vida. Estou numa situação tão aflitiva que só encontro uma saída: — um tiro nos miolos. O Sr. salvaria a vida de um velho e dedicado amigo se lhe mandasse cem "pe setas". Depois de assinada a carta com o respetivo enBANQUETES
EXTRAVAGANTES
Dos triclínios às poltronas, pouco evoluimos em matéria de acomodação à mesa,. no mundo ocidental. Por' isso, os indivíduos dotados de imaginação caprichosas, teem idealzado banquetes bem extravagantes, já se vê que na \mérica do Norte e na Inglaterra. O presidente dum clube eqüestre de New-Yorlc imaginou, um banquete a cavalo!... tendo cada cavalheiro à sua frente um taboleiro em altura conveniente. Um engenheiro americano banqueteou seus amigos no cimo de uma chaminé com 55 metros de altura, cuja construção terminára. Outro fez o mesmo dentro duma caldeira I... na inauguração duma fábrica de cerveja. Operados de apendicite banquetearam-se cm ma-
cas do hospital, tendo por pratos, cuvetas, por copos e cálices os copos graduados e os provetes, e por garfos e facas, pinças e lancetas. A Carnegia, o milionário, foi prestada homenagem com banquete sobre um alto forno em miniatura, no qual os molde* dos lingotes eram as terrinas. Pouco antes da grande guerra, alguns amigos do copo, para variar, organizaram o banquete dos "pimpolhos", que, vestidos como bonecas, bebiam em mamadeiras!... Os mais esquesitos, porém, desses extravagantes banquetes não foi imaginado por americanos, mas sim por ingleses. A administração da limpeza* pública em Londre3 ofereceu um banquete aos seus colaboradores dentro duma galeria de esgotos a ser inauguradal...
HISTÓRIA E I.EGENDA SOBRE O AN EI. NUPCIAL E' antiquíssimo o costume da mulher, no ato matrimonial, receber um anel das mãos do homem, que a elege para espósa. Na Roma antiga o futuro cônjuge oferecia o anel a sua noiva, não durante a cerimônia nupcial, mas no dia em que lhe dava a palavra de casamento c êsse obséquio era considerado como uma prova de que manteria sua promessa. O anel era de ferro liso, sem adornos e com uma inscrição em sua parte interna. Certas pessoas, porém, preferiam gravar em seu exUrior uma pequena chave, símbolo da mulher guardiã do lar. Não faltavam igualmente alguns outros desenhos alegóricos como, por exemplo, o que representava u'a mão, puxando uma orelha, ro-
ABSOLVIDO Um homem compareceu ante o tribunal, debaixo da acusação de ter cometido o insulto de **boirtezr publicamente uma senhora. alegou. — Não consegui teter-me, senhor Juiz Aquela senhora subiu no ônibus e sentou-se na minha frente. Abriu a sua carteira, tirou a boi>inha, fechou a carteira, abriu a bolsinha, tirou de dentro dela 50 centavos, fechou a bolsinha, abriu a carteira, guardou dentro dela a bolsinha e fechou-a de novo. Neste momento aproximou-se o trocador. A set*hora então abriu a çarteira, tirou a bolsinha, fechou a carteira, abriu a bolisnha, tircu de den-
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MALHO
do remetente, sobrescritou o envelope: *dereço Exmo. Sr. Doutor Jesus Cristo, Reino dos Céus, aos cuidados de S. Pedro." A carta foi parar é lógico na Repartição dos Correios. Um dos estaíetas, julgando que se tratasse de um gracejo, abriu-a. Chamou os companheiros e leu. penalisado, a exquisita missiva. Alguns de melhor coração, levantaram a idéia de uma subscrição em favor do pobre homem. A coleta foi feita. Rendeu cinqüenta "pesetas", quantia que foi posta num envelope e remetida sem uma palavra ao homem necessitado. Dias depois, < surpreza das surprezas!) os mesmos estafetas, abriram 03 olhos espantados diante da resposta: "Meu presado amigo Jesus Cristo: Muito obrigado pela esmola. Peço, entretanto que quando tiver alguma coisa para mim, não mande pelo Correio porque esses carteiros são uns ladrões".
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deada por esta inscrição: 14 Lembra-te de mim". Também entre os Hebreus existia o uso do anel nupcial. No capítulo 38 da GENESE lê-se o seguinte: episódi' "Judá, filho de Jacob, pergunta a Tamar: "Que que te dê de prenda?" queres "E a mulher responde — "Teu anel". Estas alianças foram sempre usadas no penúltimo dedo da mão esquerda, porque, segundo a crença popular, uma veia deste dedo comunica diretamente com o coração. Muitas legendas floresceram em torno desse pequeno aro de ouro, símbolo de fé conjugai, A mais difundida é a convicção de que se parte em dois,"Seem caso de infidelidade. — penso em outro homem — reza uma balada russa — meu anel quebrará". Que a balada, não abale a muitos corações...
tro dela 50 centavos, fechou a bolsinha, abriu a carteira, introduziu nela a bolsinha, fechou a carteira, depois entregou ao trocador 50 centavos recebendo em troca a ficha. Imediatamente abriu a carteira, tirou a bolsinha, fechou a carteira, abriu a bolsinha e guardou * ficha, fechou a bolsinha, abriu a carteira, guardou nela a bolsinha e fechou a carteira... Basta, bastai gritou o Juiz — já temos ouvido demasiado, você acaba deixando a todo mundo louco 1... Foi justamente o que aconteceu comigo, Knhor Juiz, enlouqueci. E o juiz então falou: Absolvido... ,
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OÜR .'EA TERCEIRA VEZ QUE O ENCONTRO AGON/SANTE, MAS O SR. SEMPRE SE RESTABELECE. 'QUE NO ULTIMO MOMENTO DOENTE- E FICO COM PENA DO DR. POR, PERDER.* uri BOM CLIENTE-
Expediente de um ÇIQ&D&O PAPA AFUGENTA OS G&fuNOS ———— —
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>VEJAM SO / 0 INVENTO#= <UWP, Fiquei tão empolgado com a CONSTRUÇÃO DESTE MEU INVENTO QUE. ESQUECI PARA QUE SERVE -cavalheiro,esta c a bicha va manteiga ONPCA Esmo VENDENDO? -U30O dp/ante do primeiro da fila, NAS E-pgECtSO TOMAR. O BONDE .
'ENTÃO, SR. LIBORIO ,QUE tOADB O SR CALCULA QUE EU TENHA ? -NAO SE/. DONA BEKTA . EU SÓ ESTUDE/ A HISTORIA DA IDADE MEDIA PRA CA'
OSJOMAH NAe ÀíãBJH z>£ Fatáíl DEIMVatÃO e. D£ 2* FfíCHTE. 4 MNHA CHEOOÜ âUt TEMPO E EM TODAS AS FUCMTEf
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MALHO
"Quando
compreenderd.es o significa a felicidade real que podereis imediatamente alcançá-la nas atividades diárias do mundo físico". — KRISHNAMURTI. (Boletim, Maio, 1933, pág. 8). maioria de nós, civilizados, ainda não vive pelo entendimento. A O movimento dos nossos pensamentos não segue a direção da verdade e do essencial. Movemos o nosso sub-conciente no sentido do negócio, do desejo aquisitivo pessoal. Estamos habituados na satisfação do prazer individualista. Vivemos embebidos no afan de cultivar a alegria, a harmonia e a segurança, somente no que concerne aos nossos negócios, naquilo que nos pertence. Tão habituados estamos no uso dos propósitos e desejos de utilidade individualista, que até chegamos a nos apiedar e criticar os que se mostram desejosos de servir e de serem úteis aos outros. As conseqüências deste terrível estado da nossa mentalidade, objetivase na cruel desharmonia que existe na sociedade, entre homens cultos e instruídos, onde não existe o desejo de ser puro, onde a palavra encobre o sentimento da posse. A crueldade e desharmonia dos sub-concientes, tornaram-se tão profundas que produziram o choque, a tragédia humana atual — Igual a um vendaval de crueldades, a um terremoto de paixões ! Fala o civilizado em cooperação, em cultura, em servir, em ajudar o homem !... Como é simples a "conciência" dos complexos aquisitivos !... Nós, os civilizados, não estamos apercebidos deste triste estado de 11mitação da nossa mente. Preferimos não realizar o esforço de pensar um pouco mais para que podessemos encontrar a luz da sabedoria e da vida, para encontrar a felicidade pelo entendimento. Por maior que seja a tragédia humana, por imenso que se apresente o infortúnio dos nossos semelhantes, produzido indiretamente por nós próprlos, através da nossa velha mentalidade, a harmonia dos nossos Interesses aquisitivos de civilizado, não sofre desequilíbrio. A exploração, o sofrimento, a dor e as misérias alheias, são abafadas pela alegria passageira das nossas vitorias de posse individualista. Vagamos com as memórias da cultura clássica. Cobrimos as páginas dos nossos livros com exposições e comparações do sofrimento humano. MALHO O
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m-mrUm-m^jr Krishnamurti num desenho de FRAGUSTO
MAIS LUZ, HOMEM!... Belarmino Viona Trazemos a palavra dos deuses para o currículo das nossas especulações de medo. Porém não agimos contra as causas que, em nós próprios, anulam o valor e a ação perfeita. Quando se torna preciso agir com interesse aquisitivo, paraliza-se uma região do nosso sub-conciente. E, por hábito, somente por hábito velho, esperamos sempre que uma força externa venha anular as causas do sofrimento que em nós próprios acumulamos. Um pouco de esforço mental, um pouco de discernimento em função á duvida, mostraria que o mundo somos nós mesmos, e que a vida será má enquanto o homem for máu. A tragédia humana, com toda a sua crueldade, dimana do uso que o homem faz do sentimento da posse. Este sentimento, dirigido pela crença, pela vaidade e autoridade, tornou, se um complexo maior na mentalldade do civilizado. A anulação desse complexo da posse, quer se trate de bens materiais ou de ordem esplrltual, não pôde ter começo na coletivldade, mas é absolutamente possível ser levado pela reeducação do individuo, do "eu", que exprime a conciência limitada pelo passado. Não é necessário que façamos um grande esforço mental para analizar 36
mos o nosso próprio "eu" (o sub-conciente). Este mister deve constituir a missão do homem que pensa, mormente nesta renovadora hora universal. O homem que pensa pôde realizar o seu viver apoiado no discernimento, no apercebimento da sua própria natureza, dos seus pensamentos, para compreender que não deve reconhecer misteroi nem dificuldade na verlficação e retificação do seu subconciente. Estudando a mensagem de Krishna. murti, conhecemos, perfeitamente, o que somos e o que pode realizar o homem que pensa. Portanto, é necessário que estudemos a nossa própria natureza, para podermos de*viar do nosso sub-conciente as memórias velhas, com suas Influencias explorativas. Sem esta transformação continuaremos distantes da verdade, da sabedoria, da vida. Urge que estudemos as qualidades do nosso "eu", este bloco que, por engano, por falsa informação do pas"eu" sado, consideramos eterno. E' o que se antepõe ao movimento da razão, da inteligência, da vida, do verdadeiro ser. Através do nosso "eu", o qual está sempre presente, nas nossas ações, podemos compreender toda a humanidade. E se queremos compreender, devemos voltar o olhar do nosso espirito (razão) para o panorama do nosso sub-conciente. Verificando ali as classes dos desejos que cultivamos. Devemos compreender diretamente, a lnsincerldade dos propósitos com que vivemos organisados em sociedade, os quais dão como resultado os sentimentos que produzem desharmonia. Urge que realisemos (os que pensam) sucessivas viagens ao velho subconciente que possuímos, com o fim de descobrirmos o que realmente podemos fazer de útil para o mundo. Essas viagens lntrospectlvas, essa concentração de propósitos criativos, eqüivalem à Iniciação do bem e do belo. E da verdade mesma que, erradamente, e por milênios temos procurado encontrar fora da nossa natureza, do nosso sub-eonclente, da nossa mentalidade. Ao analizarmos o acúmulo das memórlas erradas que, conciente ou inconclentemente guardamos no nosso velho arquivo oculto, chegamos à compreensão de podermos viver sem produzlr conflitos, sem explorar a outrem, pois a causa dessas cousas são apenas hábitos que podemos abandonar. Basta que anulemos, pelo entendimento, os nossos hábitos de fazer o mal, e o mal não será feito... O processo da vida consiste em proJetar a luz do entendimento sobre as trevas do sub-conciente. Isto equivale a dizer: Mais luz, Homem !... Z . C I — X I
Seguindo o Caminho se organizou a Academia Brasileira de Letros e constou no Recife que o meu nome fora QUANDO lembrado para fazer parte dessa ilustre companhia, alguns moços, que, sob a invocação de Gonçalves Dias, prestavam culto às letras, significaram-me, de modo cativante, o meu desejo, que nutriam, de que tomasse eu, por patrono, o grande poeta manranhense. Já, por esse tempo, Olavo Bilac havia inscrito, no alto de sua cadeira de acadêmico, o nome refulgente do cantor dos Tymbiras, e, certamente, com direito suDisse eu, então, perior e mais clara significação. aos meus jovens amigos, que, na impossibilidade de atender-lhes, me ocorria lembrar-lhes um lidador espiritual, de estatura mais modesta, porém, de alto mérito, ainda assim, em cuja existência notava um Franklin Tavora traço de semelhança com a minha. era um cearense, que as contingências da vida haviam trazido para Pernambuco, onde educara o espírito, trabalhara em prol das grandes causas da inteligência Eme da liberdade, firmando reputação de escritor. bora os meus esforços nào tivessem alcançado o mesmo êxito, por me faltarem muitas das faculdades brilhantes do fluente prosador e ardoroso jornalista, era evidente que eu, bisonhamente ia seguindo o caminho, que êle perlustrára, com denodo e glória. ( Julho — 1912) CLOVIS
dois
Os
Ruy Barbosa
bem pouco tempo pensei que antes de Ruy BarATEbosa ninguém tivesse o mesmo nome. Enganava - me. Um outro Ruy Barbosa, por sinal Capitão, houve em Portugal, em 1823, que na célebre jornada de Vila Franca, quando D. João VI entrou no Porto, substituiu com outros companheiros os cavalos do carro real.
Omitido o
seu nome na lista desses corcéis de novo gênero, protesUm anônimo aproveitou-se tou pela "Gazeta de Lisboa". do fato para fazer uma pilhéria imortal. Anunciou a venda das bestas do carro real. Nem sempre os nomes, como os livros teem o seu destino. É, às vezes, o destino tem seus epigramas, O nome que para com os nomes. do primeiro Ruy Barbosa, o português, o Capitão, ligou-se ao mister das alimariaa ; o do segundo, ao destrr.o das águias. 19 2 4 BAPTISTA
BEVILÁQUA
PEREIRA
Sel.çio d* FtAGUSTO
lol oqica PIIO-REoT*f A Paradoxo Pessimista ¦¦que alma foi essa magnífica ! ( a de Joaqu.m Na[¦buco ) . Muitos puderam criticar-lhe os gestos, nin¦"Vuém Mentalmente,'cada pôde deixar de admirá-la. um se revia no belo mancebo ardente, com a cabeça fiorida de ideais, no tribuno aplaudido e brilhante homem público, no diplomata imponente e acatado, como representação viva e perfeita de um sonho ambicioso de belesa, diflcill de realizar-se sob tantas fôrmas reunidas em um só homem. Houve quem o não julgasse idôneo para a função diplomática por esse próprio excesso de superioridades físicas e morais sobre o nivel médio da nacionalidade representada, como uma palmeira isolada no meio "Estamos enganando o estrande um matagal rasteiro. jeiro sobre a qualidade da nossa gente", dizia o gracioso pessimista. Como todo o paradoxo, esse tinha um fundo de ver dade : Nabuco possuía muitas qualidades essenciais, que. se nao desconhecidas no Brasil, nao são aí tao correntes Uma delas foi a conque se possam chamar nacionais. fiança inabalável nos destinos do Pais, da Nação brasilelra, que os erros dos homens não poderão desviar da Tinha a fé nacional : rota marcada pelos, fundadores. toda a sua obra é por ela animada e como lição de entusi.smo cívicos não há leitura que a dê mais bela e Foi ela certamente um dos vidros de aumento salutar. através dos quais se fizeram as suas visões da vida e que êle supôs ter abandonado na velhice. 19 10 DOMICIO I X
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3
DA
GAMA
A
arte
e a
primeira
pessoa
certo de que o hábito de falar de si próprio está entre as cousas mais antipáticas que um ESTOU escritor pó^e fazer. Somos muito Ingênuos em nossa vaidade, e chegamos facilmente a crer que constituimos o centro do mundo. Quantos de nós não acreditarão que é por sua causa que giram as estrelas nos espaços, que foi por sua causa que a creação *od» se fez ! Esse hábito de falar de si é nocivo e perigoso Em uma página de evocação, refere Gide que, pouco depois do famoso processo de Londres, foi procurar Wilde. O Mcrtto. inglês estava a findar os dias Não havia perdido, na prisão, o fulgor do espirito nem aquela graça que iluminava tudo o que lhe vinha da alma ou lhe nascia no cérebro. Os dois amigos falanu de mil assuntos, das cousas felizes ou melancòlicas da vida, do sofrimento e da arte Por fim, Gids: ergueu-se para a despedida. E, ao dar-lhe a mà«i para o aperto fraternal, Wilde disse : - "Ouça, meu caro amigo... Quero que você me faça uma promessa .. r E, depois de se referir ao aparecimento recente de Les nourritures terrestres : "B um livro muito bom . . . muito bom . . . Mas . . . prometa-me : agora nunca mais escreva - Eu ..." Como percebesse Gide o não compreendera, acrescentou : "Em arte, que você bem sabe, não existe a primeira pessoa ..." Eis o conselho de Wilde Esse conselho era, talvês, ainda, uma fôrma de reação. Era a reaçãoNnconciente contra a Inglaterra, cujo idioma levou até à obcessão das maiúsculas a tirania da primeira pesioa. Seja como fôr, o hábito de falar de si é um mau hábito. MOCIO LEÃO O
I' A L H O
CRITICA DE UM HOMEM DO POVO: HOMENS ALFABETIZADOS MARIO NEWTON JR. fti 1NHA crítica não será pautada pela de ¦ ?¦• nenhuma escola. Meu critério é o bom senso. Minha estética, o bom gosto. Não hei de me contrapor, portanto, ao senso comum. Demais, não quero saber de Sainte Beuve ou de outro nome qualquer. Minha maneira de ser é dizer, meridianamente, o que sinto e o que penso. E. o que penso, julgo ser a verdade. Metaíisicamente, pode bem ser que não seja. Mas, será, pelo menos, a minha verdade. De resto, não tenho amigos em nenhuma confraria de literatos. Graças a Deus, nunca fiz parte de nenhum grêmio, sociedade, associação ou igrejola real ou pretendidamente litera"cafés" literorias. . . Nem freqüento editoras e sambistas. Vou, dominicalmente, aos sinemas de bairro, como toda a gente. Não sou bacharel em Direito. Sou homem do povo. Semelhante a todos. Igual a ninguém. Não tenho prevenções contra qualquer escola. Nem sinto, a priori. antipatia por quem quer que seja. Sou desaforado, quands a descomponenda se faz imprescindível. Por índole, eu nunca soube transigir com os charlatáes e canastrões de qualquer espécie. Nem sei poupar, as mediocridades enfarpeladas: os que enganam a si próprios com os adjetivos sonoros de suas frases Ocas: os que. ante o espelho. estud_m simiescamente gestos graves e solenes e os que assumem ares e atitudes de talento incompreendido e pretendem patentear um simulado e ostensivo descaso pelo juizo dos contemporâneos... Não sei, também, elogiar. Sei reconhecer, como qualquer pessoa medianamente sensata, ris au tênticos valores. Não deixarei de apontar os legítimos talentos. Mas, o farei sem lisonjas. De resto, as verdadeiras vocações não necessitam dos meus louvores. Elas saberão se impor pelos seus próprios méritos. Todos terão, em suma, o que merecem: aplausos ou apupos. Ninguém jamais terá motivos para me agradecer quaisquer favores. Só os cretinos se enfurecerão. Minhas intenções são, como se vê, as melhores possíveis.
empresa para outra ocasião. Mesmo porque, dentre uma multidão de volumes rotulados como tal, só encontrei dez romances propriamente ditos. E, apenas, três legítimas vocações de romancista: Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Lúcio Cardoso,
Hoje, quero falar dos poetas. E, antes de todos, de um grande poeta: Carlos Drumoud de Andrade.
O Sr. Jorge Amado é um grande poeta. O Sr. J. G. deve continuar a sê-lo. Gilberto Amado continua, em seus romances, a ser o grande ensaísta que sempre foi. A Sra. Raquel de Queirós escreve, na verdade, muito bem. E' possível que Oswald de Andrade seja mesmo um gênio, mas romancista é que êle não é. Existem, eu sei, outros senhores e senhoras que escrevem romances. O Sr. Guilherme figueiredo, por exemplo, é o escritor que mais me agrada, atualmente. De O. de faria ainda não li cousa alguma. O Cangerão do Sr. Emil Farah é um livro razoável. Josué Montelo será, algum dia. o grande romancista de sua terra. Ao passo que Elávio de Campos e Nhõ Totico nunca serão cousa alguma.
A poesia de Drumond de Andrade é livre como uma mulher sem preconceitos. Nervosa como a carne dos açougues. Real como a fealdade de minhas visinhas. E surpreendente como uma criança prodígio.
Esqueci muitos nomes. Marques Rebelo, entre outros, que é por sinal um prosador de mão cheia. Esquecí-me de Clovis Kamalhete. que começou muito bem. Mas, algum dia, terei de analisar, detidamente, a obra de cada um desses senhores c senhoras que escrevem realmente ou. pelo menos, pensam escrever romances.
Como pode um homem tão magro escrever poemas tão cheios de vida. tão cheios de mágua. tão cheios de graça? Esse homem deveria ser preso! Ah como escreveria esse homem metido num xadrezl Todavia, não sei se êle concordaria com isso.
Além' dele, temos outros grandes poetas: Tasso da Silveira — o mais delicado e transcendente de todos; Manoel Bandeira — o nosso poeta mais triste; Judas Isgorogotha — de todos o mais simples e J. G. de Araújo Jorge — o mais sangüíneo e condoreiro de todos. Jorge de Lima, Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo e Atílio Milano são outros grandes poetas. Poetas são ainda Jorge Amado — sobretudo em seus vivíssimos romances; Álvaro Moreyra, em suas crônicas inconfundivela. E também Mário de Andrade — em tudo quanto escreve. — Dizem que o Sr. Murilo Maa, eu — para ser franco muito bem o que esse moço Aug. Fred. Schimidt é também então, perdão. Eu não sabia.
Mendes é poeta. — não entendo escreve. O Sr. poeta E' Ah,
Existem outros poetas, está claro. Virgílio Athayde Pinheiro será, dentro em breve, um dos nossos maiores.
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Consoante a último recenseamento, temos atualmente 543.207 poetas, entre amadores e profissionais. Ora, esse resultado já é bem promissor.
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Hoje. eu pretendia passar em revist.i o romance moderno e modernista de nossa terra. Mas, isso c por ora impossível. Deixarei essa
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Atualmente, o Brasil é, no planeta Terra, o maior produtor de poesias, em qualquer gènero: épico, lirico, dramático ou cômico. . . Temos, pelo menos, vinte'grandes poetas. Uns três mil poetas menores. Uma legião de medíocres e uma multidão de patetas. Se cada livro de poesias correspondesse a um poço de petróleo, o Brasil seria-pequeno para conter tanto ouro nepro e nâo haveria um Noé que fosse capaz de escapar a tào singular dilúvio.
Manoel Bandeira
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JOSUÉ' MONTELLO
ANTÔNIO DE PADUA E BELAS, bispo do Maranhão pcIas alturas de 1784 — eis um FREI nome que deve figurar na história da poesia satírica do Brasil. Deve figurar — e, no entanto, os nossos historiadores ainda não se lembram dele, no pequeno capitulo das nossas letras coloniais. Oliveira Lima, no estudo meticuloso que dedicou à literatura do BrasilColônia, não lhe faz a mais ligeira referencia. Silvio Romero, que varejou o tempo e o espaço à procura de poetas para os volumes de sua monumental História da literatura brasileira — também não pôs os olhos sobre o bispo do Maranhão. E isso, bem pesando as coisas, é uma injustiça que deve ser reparada. Dom Antônio tinha verve, sabia povoar de malícia os seus epigramas provincianos. Mais sugestivos, porém, do que os seus versos venenosos, são alguns episódios da própria vida do clérigo. Vejamos. Ninguém entrou numa cidade com tanto cspalhafato e saiu mais sorrateiramente do que D. Antônio em São Luis do Maranhão. As crônicas do tempo descrevem a entrada do bispo na cidade de La Ravardière como uma coisa nunca vista. Nem o_ capitães-mores ou os governadores tinham sido recebidos antes com uma pompa semelhante ou parecida. Estamcs a 31 de outubro, em plena estação estivai. Sobre Sá. Luis, mirando-se nas cre.pas águasd a Baía de São Marcos, há um céu escampo e azul. A Ponta da Areia estende o seu dedo de terra, como se quizesse fechar a baía, e empina, na estremidade junto às águas, os paredões do forte, onde as bocas de ferro dos canhões portugueses vigilantemente espiamos voltadas para o mar. No porto, na tranqüilidade da tarde, os navios ancorados teem no topo dos mastros as bandeiras festivas tremulando. Na cidade, os sinos das igrejas estáo alerta e há um borborinho de festa na multidão apinhada no cais de desembarque. Subitamente os canhões d» forte estrondam. Os sinos repicam. <-* navios fazem fogo, abalando a cida<je O povo rumoreja no cais — e banaefrolas se agitam, num esfusiar vibranTe de aclamações. E' Dom Antônio que vai descer do navio que o trouxe de Lisboa. A fuzilaria dos canhões prosegue, enq.anto I X — l
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bimbalham continuamente o bronze das igrejas. O bispo faz, numa canoa, o percurso entre o navio e o cais. E a multidão o aclama, num regoisjo insopitavel, quando a embarcação atraca no paredão de desembarque — e o clérigo aparece, solenemente paramentado. José Teles da Silva, o governador da Capitania, veio recebê-lo pessoalmente. As ordens religiosas estão formadas, da aguardando a passagem do past Igreja. Os colégios fazem alas, ao h r»ga do cais. Do meio da multidão, logo que Dom Antônio põe o pé em terra, o iargento-mór Ricardo Antônio da Silva acha um meio de destacar-se e pene a palavra. Nào lh'a dão, mas êle fala, sau dando a novo bispo. Termina o discurso sob um trovão de palmas retumbantes. E ouve-se, outra vez, o troar dos canhões, no forte ao longe, e o bimbalhar dos sinos em todas as igrejas. A essa altura, surge o melhor da cena: Dom Antônio, para vir do cais ao Convento de Santo Antônio, onde está a sede do bispado, monta num cavalo ricamente ajaézado — e é o governador em pessoa, a pé, durante todo o tr^jüto, quem puxa as rédeas do animal. E os sinos só param de troar quando o cortejo invade o Gonvento. Em seguida, morre no ar o último tiro dos canhões do forte. E' assim, com todo esse aparato, que a cidade de Le Ravardière acolhe, à chegada, a D. Antônio de Padua e Belas. Poucos dias depois, a cidade começa a compreender quem é realmente o novo bispo. Dom Antônio, mal chegado,
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começa a l t_i as mangas de- fora. De pouco adianta a a.olhida festiva q : i multidão lhe fizera. O gênio satírico do reverer.J.. erneça, logo, a indispor Dom Antônio com a cidade maranhense. O povo e o Lispo não farão bc40 liga. E o "_•' ««¦?r .çar redondamente a carpoeta reira üo sacerdote. À socieuade e sizudez da bati- , êle antenõe, guizalhante de verve, a sua ve.a t, .a »tfca k-.m breve começam a circ- :r u _>ão Luis as satí,j_ uc . I-agulham de veneno. r >m Ante fcsueira de ma!icc'_. Positi._niei..., o frade não teta a menor compuotura. Os figurões da terra começam a ser alvejados. De nada adianta tratarem bem ao bispo. Mesmo para os amigos a aljava de Dom Amorno está repleta de setas hervadas. Ao ouvidor Manoel Antônio Leitão Bandeira, que tem o costume de segurar . :hapéu de cabeça e andar com as mãos atraz das costas, o k' p. manda-lhe, a propósito, esta décima terrivel, depois de já lhe haver, cm outras sátiras, criticado os modos e a cabeleira: "Manoel,
minha canceira, Llm pouco estas erendado, Já trazes o penteado Pouco acima da moleira, Mas ..inda tens uma asneira — E asneira do Diabo! — E ela de ti dará cabo, Se a não u_Y_ de repente... Será, pois, ação de gente Trazer o chapéu no rabo?" Nem a linguagem do bispo, como se vê, é comedida. Seu teuperaniento esplode entre vacabulos de ca'.ão — e O
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diminuem aquela união, mixta de fraternidade e ódio, na busca, na gula do ouro. Casas ! — Casas? — "Carbés"! — Uns arremedos: levanta um páu aqui, outro acolá, mais um esteirado de farripas de matamatá, à guisa de paredes, e cobertura de palmas, lona ou latas de querozene abertas e fica pronta aquela arrumação de casa de chão batido que se mantém em A^gcg^ mmW&T, pé por milagre, aparentemente contra todos os princípios de equilíbrio. De roupa basta uma -^»3!SSsrif*T t'ATi_B__gj__R_frn3rw»T^tTaK^ tanga ou calção, uma imitação -mtwf^^aa^^fV/^/y^^Ê ^^íAmWftíf^jSw^Wtyf»T ^^^^oíaVfT fc*-/<T»^»»»»P*iAv*í»W»*»W/ qualquer, que facilita os movimentos no serviço do debreio e da batêa. Comida? — Bolo de tapióca, café e, para os mais afortunados, garimpos do extremo Norte do Estado do Pará vamos encarne de caça, assada para durar três contrar aglomerados de homens, dias, e farinha, causa parca, suposta NOS nacionais e estrangeiros creôlos, alimentação. E bebida? — "Tafiá", em vida comum, na busca do ouro alubebida de mentira, tomada com água. vionico da região, formando as "vilaTudo ali é suposto. Tudo de mentira. Casa de mentira, roupa de mentira, ges"."Világe", alimento de mentira, gente mentiriosa. povoado da ganância, que E miséria... e desgraça, desgraça de ganhou denominação francesa mesmo em território nacional. verdade. Só isso de verdade... Ali habitam cem ou duzentos hoO ouro aparece mas não vinga mens. A maioria daquela gente egressa dinheiro... O garimpeiro sabe que não de presídios e quem não o é está para faz progresso econômico mas gosta daser. O mais patife tem uma fisionomia quela vida; êle está preso à terra. O serena de São João Batista; o melhor o prende. Êle fica hipnotgarimpo atirador tem somente um Olho e ao mais sado... valente falta-lhe um braço. Nuns não Um descobre bom igarapé que dá se vê a ponta do nariz, noutro uma muito: cinco gramas por dia. Divide orelha, noutro ainda, uns artêlhos, mas em lotes, distribue por mais três, fica essas pequenas omissões físicas não com o melhor. De repente o descobridor
adoece e dá para inchar, inchar e ninguem sabe o que é. Morre. E' sepultado ali na margem mesmo, com uma forquilha no pescoço, outra no pé para não boiar. Morreu? — Não tem nada, amanhã já é outro que vai comer capim pela raiz... Morte nas minas tem todo dia. Anda de braço com a morte a prosti tuição. Mulher nova na "világe, gentes!... De onde vem? E' de Macapá? E'. — Não faz mal ! Deixa vir. E' fome: garimpeiro tem ouro vamos até lá. E as mulheres fazem câmbio com o ouro mas este não aparece... Morte ou mulher, sobrando ou faltando, não alteram o ritmo da "világe". Seu povo não se detém naquilo que lhe parece cousa comesinha. Um mata o outro. Não foi ninguém que matou... Chegou a vez do morto, foi Deus quem quiz... E a busca do ouro continua e todos são felizes com o papel que lhes cabe naquela tragédia das selvas. E o ouro vai saindo do ventre da terra mas dinheiro não há... Ouro distante... Mirificos sonhos de abastança... Tudo ali é falso, muito falso... Tudo mentira... Nada, de concreto, ali é verdadeiro... Verdade só a desgraça, a miséria, a deshonra... só.isso de verdade... "Világe !" — Inferno, desolação, verde "paraíso perdido" da orda anOnima que sofre e é feliz.
êle vai ferindo a torto e a direito, os pacatos burgueses de seu bispado. A onda contra êle em breve se avoluma. Dom Antônio não é mais, para a cidade, um emissário de Deus. E' um poeta venenoso, que traz o demônio no couro. Suas ordens não são mais acatadas. Os padres não lhe obedecem as instruções. Nos conventos, conspira-se contra êle. No palácio do governador, ninguém mais o tolera. E Dom Antônio, indife rente ao rancor geral, continua rindo e escrevendo sátiras. Nunca a pena lhe foi mais fácil na tarefa de compor epigramas. A imaginação de Dom Antônio é um arsenal em tempo de guerra. E haja versos venenosos! E haja epigra mas contra os barrigudos comendadores de São Luis do Maranhão. Os maranhenses teem hábitos religiosos, acatam as recomendações da Igreja — e sabem que um sacerdote só se deve dar da coroa para cima. Há muito que o bispo está merecendo uma sova de páu. Mas vão deixando que êle O MALHO
melhor da festa, estraga tudo — e vai segredar nos ouvidos de Dom Antônio o boato do castigo que o aguarda. O bispo apavora-se. Manda recados ao governador, pedindo-lhe a proteção. E' inútil. Todo mundo está contra êle. Só há uma safda: fugir! E é isso que Dom Antônio faz, uma noite, às caladas da madrugada. Foge do Convento e refugia-se num navio. Sai disfarçadamente, com medo que o reconheçam. Faz-se de vela ao mar com destino a Lisboa, alarmado com o ódio dos maranhenses.
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abuse da bondade do povo. Um dia, a um epigrama ainda mais viperino, a paciência do Maranhão arrebenta. Agora, Dom Antônio não merece mais a consideração da cidade. Êle vai ver que não se abusa impunemente da tolerancia de São Luis. E trama-se, cuidadosamente, um castigo de mestre para o bispo. Vào surrá-lo publicamente, como se faz a um negro malfeitor ou ladrão. Tirarlhe ào a batina — e êle será açoitado à luz do dia, numa das praças mais concorridas da cidade... Dom Antônio, isolado na saia cela de convento, nào sabe do que se está passando. E continua a escrever sátiras. O povo espera-o, na primeira oportunidade em que êle vier à rua. E requinta-se no plano do castigo que lhe está preparando. São L/uis está alerta, vigilante nos humbrais do Convento. Dom Antônio que ponha a cabeça de fora, para ver a exata repercussão de seus versinhos maldosos! Um frade no 40
Em Portugal assim, que chega, o seu primeiro trabalho é apresentar aos superiores a sua renuncia ao bispado do Maranhão. Em Sâo Luis nunca mais porá os pés. Os ventos, que as suas sátiras semearam, se haviam realmente transformado em tempestade. E que fim terá levado em Lisboa a lingua de Dom Antônio? I X
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o cargo de chefe de policia PARA do Distrito Federal, o presiv dente da República nomeou o tenente-coronel Nelson de Melo, _ em Alcides coronel (Substituição ao Etchegoyer.
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o engenheiro Betim FALECEU Paes Lema, autor de reformas urbanísticas em várias capitais brasileiras e que foi o introdutor do eimento armado no Brasil.
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disputado o décimo primeiro FOI"Grande Prêmio Brasil", sendo vencedor o cavalo "Albatroz", de criação nacional.
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0 Brasil recebeu festivamente a visita da senhora Célia Amezaga, esposa do presidente Juan Ame-aga, primeiro magistrado do Uruguai. filme "Sempre em meu cora0 ção" bateu todos os "records" de exibição cinematográfica no Rio, continuando em cartaz, na 12.* semana consecutiva. para o norte do país, SEGUIU em visita de inspeção às bases navais ali sediadas, o ministro Aristides da Marinha almirante Guilhem. MALHO
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• Em sua elegante vivenda em Ipanema, o casal Dr. Ivo Arruda ofereceu uma recepção, para homenagear o ilustre jornalista Mario Guastini, diretor da Divisão de Imprensa e Propaganda do D. E. I. P. de São Paulo e redatoir-cbefe de "'O Estado de São Paulo".
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ANÍBAL MATOS — Igreja de S. José em Ouro Preto
ANÍBAL MATOS voltou ao Rio, para mais uma exposição. Pincél dextro e infatigavel, tomado todo o seu tempo como diretor e professor da Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, Anibal Matos não abandona os pincéis, porque isso faz parte de sua vida. Minas tem-lhe oferecido à sensibilidade toda a opulència de seus panoramas, com seus encantos de natureza e, sobretudo, com seus segredos de luz, que ele interpreta com o entusiásmo do um apaixonado. E foram efeitos de luz, impressões de crepúsculos, mudanças de tempo imprevistas que constituiram o forte de sua exposição, recentemente encerrada. • ALMA SENSÍVEL às emoções da natureza, D. Francisca de Azevedo Leão é um exemplo de entusiásmoi i>ela arte. Cada dia mais, ela se sente disposta a vencer quaisquer obstáculos atrás de uma emoção de beleza. Seus assuntos principais são os motivos do Brasil histórico e colonial, que ainda os há muitos, felizmente. Aquarelista notável, D. Francisca de Azevedo Leão apresenta este ano alguns explendidos trabalhos a óleo — entre os, quais retratos — extremamente felizes. Sua exposição está inaugurada no salão nobre do Palace Hotel, o benemérito dos artistas. • LUC1LIA FRAGA com as suas flores atraiu, durante uma quinzena, para o salão do Palace Hotel, a atenção do meio de belas artes. A pintora alcançou mais um sucesso integral, com a exposição que hoje se encerra. Copos de leite, rosas, zinas, hortências, enfim, toda a natureza feita de pétalas e aromas, foi, durante alguns dias, o encanto dos olhos de todos, para ser agora o enlevo dos nossos interiores, que acolheram as obras primas adquiridas da artista. I X — 1 9 4 3
O. SAL A O FLUMINENSE DE BELAS ARTES surpreendeu, pelo critério de seleção que orientou os seus organizadores. Já agora é lícito esperar que êsse mesmo ponto de vista predomine para o futuro, em benefício das belas artes, não só do Estador do Rio, como, principalmente desta Capital, de onde sái o maior número de expositores. De acordo com o julgamento da Comissão de Seleção e Premiação, foram os seguintes os artistas premiados: Roberto Mendes (medalha de ouro) ; Aluisio Vale, (medalha de prata) ; Gutman Bicho, Leopoldo Gotuzzo e Oswaldo Teixeira Cr $ 3.000,00 cada um) ; Marques Júnior, Autran Sant'Ana e Mario Túlio
Vieira, Frederico Jagel, Raoul Jobin, Giacomo Vaghi, Conrad Warren, De Lucchi, Perrota, Sergenti são nomes que vão revesando com agrado geral. Todos os demais elementos indispensáveis à realisação de espetáculos equilibrados teem concorrido, brilhantemente, para o êxito da temporada: bailados, orquestra, cenários e guarda-roupas. O ÚLTIMO concerto da Cultura Artistica, de Petrópolis, vitoriosa criação da incansavel mestra, D. Alcina Navarro, esteve a cargo do violinista Oscar Borghert, que teve a colaboração, ao piano, de Ilára Gomes Grosso. AS AULAS de estética musical de Madalena Tagliaferro foram recomeçadas, com o mesmo interesse e o mesmo sucesso tios anos anteriores. TIVEMOS a presença rápida do pianista Daniel Ericourt, artista dotado de uma personalidade sensível, cujas execuções empolgaram pela limpidez, pelo apuro, pela delicadeza e pelo sentimento.
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— Goivos e leque
(Cr $ 2.000,00 cada um) ; Edgard Parreiras e Casimiro Ramos Júnior (Cr §2.500,00 cada um). Êsse último prêmio suscitou comentários justos, visto ter sido atingido por êle o pintor Edgard Parreiras que, com Jordão de Oliveira e Paulo Mazzuchelli fez parte do juri de premiação.
A TEMPORADA LÍRICA escolheu uma opera brasileira — Lo Schiavo — para início dos espetáculos, e prossegue animadamente. A apresentação da estréia constitui uma credencial brilhante, pela qual se pôde avaliar das possibilidades da companhia. E os espetáculos se vão sucedendo e confirmando a espectativa favorável da parte de todos. Violeta Coelho Neto de Freitas, Maria de Sá Earp, Solange Petit Renaux, Marina Greco, Fiorence Kirk, Jaramillo Navota, Silvio — 43 —
• COM SUA VOZ agradabilíssima. pelo timbre e pela escola, a cantora Norina Greco é uma vitoriosa em todas as suas apresentações em público. E foi o que, mais uma vez sucedeu da sua última exibição para a Cultura Artística, com a preciosa colaboração do maestro Francisco Mignone. • MUITO INTERESSANTE o 8.° Concerto oficial da Escola Nacional de Música, sob a regência do maestro Octavio Maúl, tendo como solista a pianista Esther Naiberger. Agradaram as composições daquele músico patrício; e a execução brilhantíssima do Concerto Tschaikowsky poz, mais uma vez, em evidência, o belo talento da jovem intérprete Esther Naiberger, muito aplaudida. • CORRÉTO como sempre,, desincumbiuse com felicidade, do seu anunciado recital, o violinista Lambert Ribeiro. Seu concerto na Escola Nacional de Música proporcionou au auditório uma agradabilíssima hora de boa arte e ao intérprete, aplausos merecidos. O
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A pintora Anita Orientar inaugurou, no Museu Nacional de Belas Artes, uma exposição de quadros de sua autoria. Os trabalhos foram muito visitados.
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Mulato. PeVem de ser inaugurada no Palácio Trocadero, em São Paulo, a exposição permanente de Barros, o realizada a foi sociedade da relevo paulistana, de figuras e artistas rante um grande número de intelectuais, situando o uma conferência de Moraes Maurio pronunciado tendo o mostra, abertura da poeta cerimônia de pintor gaúcho do panorama artistico nacional. O
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í^í capitão Maurício Kissis, comandante da For' taleza de Santa Cruz, ojereceu, a semana passada, um almoço intimo, no ca&ino dos oficiais, ao Coronel Lima
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JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLASHOSPIÍAIS nome do professor Oscar Clark sempre ligado â hisestá O tória para da Medicina Social no Brasil. Sábio e homem de coração, o creador da nossa primeira ClinicaEscolar revolucionou os nossos métodos de assistência à infância dando-lhes as bases sólidas que possue na Inglaterra, nos Estados Unidos e nos países de idêntico índice de Cidos mais Colaborador, vilização. Henrique do eficientes, governo Dodsworth, o prof. Oscar Clark enfeixa, neste livro, o resultado de largos anos de «experiência e observação "Osclínica, quer na Clínica-Escolar Escolana Rio, do car Clark","José quer de Mendonça", em Hospital Araruama, uma e outra por ele fundadas e postas em pleno funcionamento. O problema da tuberculose merece especial cuidado por parte do dr. Oscar Clark, que bem conhece os
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do Jockey Club continua a se transApelouse formar, nas excelentes tardes turfistlcas ofereci"derby" das pelo tradicional carioca aos apreciadores do elegante esporte, um centro de elegante desfile du sociedade metropolitana. Os flagrantes desta pá"test" eloglna são um da distinquentissimo concorda graça ção.e rência às corridas cariocas.
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OS NOVOS CARROS DA CENTRAL DO BRASIL. — ring Clube do Brasil esteve em visita à Exposição novos carros da Central do Brasil,-organizada pela castro Guimarães, afim de melhorar as condições de de passageiros da nossa principal ferrovia. O clichê dessa visita. O
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Professor Oscar Clark. estragos feitos na nossa população "peste branca". pela O tratamento de várias doenças, perfeitamente curaveis — como a sifilis, as verminoses, o impaludismo — também fixa a atenção do prof. Oscar Clark, que aponta o caminho a seguir, neste como nos demais assuntos. A lagoa de Araruama, verdadeiro mar mediterrâneo do Estado do Rio, enorme piscina natural, à cuja margem se podem construir admiraveis Escolas-Hospltais e verdadeiros centros de prevenção da tuberculose, merece ao prof. Clark encômios entusiásticos e referências exatas e oportunas. O autor assinala o que, a esse respeito, vem fazendo o governo Amaral Peixoto na terra fluminense. Araruama, centro tradicional de ri queza daquela antiga província, jazia abandonada. Hoje, as esplêndidas rodovias a colocam a cerca de 2 horas de Niterói, o que permite se aproveitem os benefícios inegualaveis daquela prodigiosa lagoa e das esplêndidas terras circunvtainha.s. O presente livro do prof. Oscar Clark completa e amplia os beneficios advindos de suas obras anteriores, todas votadas à disseminação dos mais modernos ensinamentos da Medicina Social, sobretudo no importante setor da assistência aos escolares e da redenção física da gente brasileira. I X
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HOMENAGEM DA A. B. I. — Flagrante colhido antes do almoço realisado no restaurante da A. B. I. c oferecido pela Casa dos Jornalistas aos Srs. Presidentes das Cortes Supremas do Uruguai e do Chile, Srs. Júlio Guani e Carlos Alberto Novos, e aos Ministros da Justiça do Chile, Sr. Oscar Gajardo, c da Instrução do U ruguai, Sr. Adolfo Palie Juanicot.
PENSAMENTOS De ANA T O 1. E Sem a ironia o mundo seria como uma floresta sem pássaros; a ironia é a alegria da reflexão e a alegria do bom senso. {La Vie Littcrairc). Só as mulheres e os médicos sabem quanto a mentira é necessaria e benéfica aos homens. (Histoirc comique). Somos eternas crianças e incessantemente corremos atraz de novos brinquedos. (Le Crime de Sxlirstre Bonnard). A filosofia e a literatura são aa Mil e Uma Noites do Ocidente. [La Vie làttérairt).
«sáÉ!»
F R A X C E
O infortúnio é o nosso melhor mestre e o nosso melhor amigo. É êle que nos ensina o sentido da vida. (Le -Lys Rouge).
• É mais difícil comer como um gentil-homem do como êle. (La Rôtisserie de Ia Reine Pcdanque).
Saiba-se ou não se saiba, fala-se. Nem tudo se sabe mas tudo se diz. (Le Lys Koui/e). Poderemos
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J5JW ..'(,'. ÍO DB GRAÇAS — No dia 3J d* Julho, na nova Matriz de Santo* Antônio^ foi celebrada pelo Padre F.lpidio Cotias, capelão da Ven. Irmandade de Santa Antônio, da mesma Matriz, missa em ação de graças pchi rápido restabelecimento do Com. Antônio Parente LiuAio. que r.a semana anterior submeteu-se à melindrosa operação chúrqica. Na sacrislia. após o Santo Sacrifício, usaram da Pakwra O celebrante. Padre Ponciano dos Santos e o Parote Mous. Magaldi. manifestando ao homenageado sen rtgosijo pelo pronto restabelecimento do digno Provedor Parente, que, muito emocionado, respondeu agradecendo aos oradores e demais amigos presentes. I
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CINEMA
cinema brasileiro teve um início O grandioso, bastando lembrar que o nosso país foi o primeiro no mundo a apresentar um filme de grande metragem. Foi o "primeiro período" da história do nosso cinema. Uma fáse brilhan"filte em que Serrador produziu seus mes falantes" em S. Paulo, Labanca sustentava um cinema na rua do Ouvidor com produções nacionais e Auler produziu aquela série de celulóides "cantados", que marcou época no Cinematógrafo Rio Branco. Fáse de "records" de bilheteria nunca mais repe"Paz e Amor", tidos, como o do célebre escrito por José do Patrocínio, com Cataldi no papel de Nilo Peçanha, que ficou nove meses em cartaz. "segundo Tivemos depois, o período", quando o cinema americano já dominava o nosso mercado, a fáse de maior progresso técnico de nossos filmes e, ao mesmo tempo, de maiores dificuldades para os nossos produtores por falta de distribuição e exibidores. Mesmo assim, foi uma época de muitas iniciativas, e durante seis anos, produzimos uma média de dez filmes a mais. , "Barro huUm deles — o famoso mano" — alcançou um sucesso memoravel na Cinelândia. Já, então, o cinema sonoro chegara até nós e rapidamente vencia. Novas dificuldades surgiam para a nossa incipiente cinematografia. Foi quando, o Presidente Getúlio Vargas, atendendo ao apêlo dos produtores, decretou a obrigatoriedade dos complementos nacionais em cada programa. Outras leis vieram deI X — l 9 4 3
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pois, obrigando os cinemas a exibir, anualmente, um filme de grande metragem e garantindo aos produtores uma renda compensadora do capital empregado em cada produção. Cerca d'e meia centena de filmes de grande metragem foi produzida e estreiada, "terceiro dêsde o início deste período" do Cinema Nacional. Isso, para só falar nos filmes grandes. O Brasil está, portanto, realizando a sua cinematografia, velho sonho de Serrador e outros pioneiros, tentado entre nós dêsde a infância da arte de Lumiére, tudo fazendo crêr que, após à guerra, o nosso cinema se transformará numa das nossas grandes indústrias. E tudo isso se deverá ao Presidente Getúlio Vargas, o primeiro Chefe de Estado que se interessou pelo Cinema Brasileiro, compreendendo a necessidade da sua existência para o progresso da pátria. Quando se escrever, um dia — e não faltará por certo quem o faça futuramente — a história da nossa indústria cinematográfica, dos precalços que teve que vencer, dos seus abnegados pioneiros e propugnadores, não se poderá deixar de incluir entre os que prestaram apoio ao desenvolvimento da arte do celulóide no nosso país, o presidente Getúlio Vargas, pois de seu interêsse, seu decidido empenho, sua visão patriótica se originaram os verdadeiros impulsos que colocaram a cinematografia em seu caminho para um futuro condigno. Protetor do teatro, o Presidente tem sido, finalmente, um decidido e incondicional amigo do cinema brasileiro. O
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FUTURAS ESTRÉIAS
OF DARKNESS", da Warner Bros. e "THE MOON IS ÜOWN" abordam temas semelhantes, com situações um e outro paralelas. O campo de ação de nazistas. dos o domínio é a Noruega, sob deles, segundo ver, o de modo No meu mais é 20th Century-Fox pela produzido inteligente e mais aceitável. As suas situações são menos exageradas e, quanto à sua interpretação, os seus artistas muito melhores que os apresentados na produção da Warner Bros. Ambas, é verdade, oferecem uma técnica impecável, fotografia, montagens e cenas de destruição que são detalhes de perfeição. Mas, infelizmente, a gente não aceita Ann Sheridan ou Errol Flyn como dois patriotas noruegueses, enfrentanto os nazistas de maneira — como o filme apresenta — às vezes tão estúpida. No primeiro dos filmes, os tipos são mais liunianos, convencem muito mais e as situações são, na sua quasi totalidade, verosimeis. Desejo chamar a atenção dos fans para um artista novo. Chama-se êle Peter Van Eyck e acho que é holandês. E' um excelente ator e o oficial alemão que êle desempenha é um tipo interessante. Peter Van Eyck há
(De Gilberto Souto, representante do O MALHO em Hollywood). surdos. Não resta dúvida que a produção é grandiosa, tem momentos interessantes e cenas de bastante emoção. Mas... não convence muito. PRESENTWG LILY MA RS, filme musicado, com canções, comédia e dansas. No gênero que "a outra corrente" prefere e reclama. Judy, como sempre, bem interassante e ao seu lado o esplêndido artista que é Vau Heflin. Aparecem ainda Martha Éggerth, l-"ay llainur, Kicbard Carlson e Spring Byington. LADY OF BURLMSQUE í um filme em que Barbara Stanwyck aparece comediante. Rurlesqiic é um tipo de espetáculos, nos Estados Unidos, que no Brasil, há tem"moinhos". pos, apareceu sob o título de O filme é picante em alguns dos seus momentos é tenso e sombrio em outros, pois há ririot crimes. A história foi adaptada do livn> da Gypsy Rose Lee, estrela de " Inn Irsquc" e que já apareceu em filmes. A produção apresenta mn novo galã, MiPrimeiro filme de Hunt chael OShea. Stromberg e distrituido pela United Arlists. FIVF. GRAVES To I AIRO tem um enredo absurdo, mas Que interessa pela pre-
longe no cinema. ABOVB SrSPICIUN, da Metro, nos dá um ambiente de antes da guerra, na Alemanhã já nazi.içada, mas ainda não lancada na conquista dos demais povos europeus. O filme tem CORIO ponto de interesse a presença de Joan Crawford. A sua bistória, porém, é do gênero policial e oferece tuna série de pequeninos pontos ab-
BIOGRAFIAS
sença dc ótimos artistas e também pelo de» sempenho admirável desse artista querido, Eric Von Stroheim. O diretor extraordinário de filmes silenciosos volta (como o fez na guerra passada) a fazer um alemão e desta vez êle escolheu nada menos do que o próprio Romel, a raposa do deserto. Von Stroheim, como disseram muitos críticos, continua sendo o artista número um para papeis de oficiais alemães. A história, como vêem, se repete... Na outra guerra, êle foi o vilão de vários filmes de propaganda anti-alemã. Agora, continua fazendo o mesmo. Stroheim continúa também sabendo usar um uniforme como até hoje ninguém ainda o superou ! Franchot Tone, Anne Baxter, Peter Van Eyck c Akim Tamiroff completam o clenco. Tatnirofí está esplêndido. DU BARRY WAS -1 LADY — da Metio, em technicolor e com Lucille Bali, Red Skelton (vocês gostam dele?) Virginia OBrien, Rags Ragland, Donald Meek e a orguestra de Tommy Dorscy. A pesar de tudo, de montagens riquíssimas, lindo colorido e músicas bonitas, o filme é assimassim... E, para finalizar, outro filme de guerra: CHINA. O conflito sino-japonés focalizado numa história que procura ser documentaria, forte e de propaganda, não deixa, porém, de ser quasi uma história dc amor... Alan Ladd — o artista de maior sucesso df> momento — é o principal e Loretta Yoimg. a mocinha. Há momentos bem fortes e bem dirigidos, mas como filme que pretende mostrar a tragédia da China, deixa a desejar.
RELÂMPAGO
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SHIRLEY TEMPI.E nasceu em Santa Monica, no dia 23 de abril de 1920. Está no cinema desde a idade de três anos, t«-ndo começado em comédias de o duas pari " Kathleen" ''Miss Annie Rooney" sâo os seus últimos filmes. Vai recer em " Since You
reapaWent
Away". o celulóide com o qual David Selznick volta a produzir O
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FRED MAC MURRAY nasceu em Kankakee, no dia 30 de
agosto de 1908, e começou ma carteira
forno
no cinema, mas
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filme tarde
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Paramount, ao
lado de Claudettc Colbert, em " Lírio dourado". Acaba de in"Above terpretar Suspicion", com
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Joan
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JOAN CRAWFORD
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em Santo Antônio, Texas, num dia 23 de março. Foi dançarina. Começou no cinema em papeis de "extra" e trabalhando eom "cow-lxiys". Giamou a atenção do público cm " Uma aventura em Paris", com Charles Ray, e, melhorando sempre de papeis, "estrela" tornou-se a grande que conhecemos. Casada, pela terceira vez, com Phillip Terry também ator.
PETER
nasceu na
LORRE
Hungria, no dia 26 de junho de Com 17 anos era ator ioo-i amador dc
e aos 25 obtinha grancomo
sucesso
profissional, conseguiu fama no "Vampiro dc célebre
muna,
ptpel do Dusscldorf". Triunfou em Lon" O homem dres, em que sabia demais" e na América, são inúmeras as suas criações notáveis. I
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DO. Transmitindo simultaneamente das seguintes estações: WCBX - 17.83 Mgcs. (Faixa de 16 ms.) das 18.00 às 20.45 - 9.49 (Faixa de 31 „) das 21.00 às 24.30 „ 15.15 WRCA „ (Faixa de 19 „ ) das 18.00 às 24.30 11.85 WGEA „ (Faixa de 25 „ ) das 18.30 às 24.30
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Hora do Rio 18:00 Resumo dos Programas e Noticias/ 18:15 Canções das Nações Unidas 1845 Resenha Literária 19:00 Notícias 19:15 Chopiniana 19:30 Conheça Nova York 20:00 Rádio Jornal 20:15 Enoch Light e sua Orquestra 20:45 Fred Wanng e sua Orquestra 21:00 Resenha dos Programas 21:02 Notícias 21:15 Orquestra de Raymond Scott 21:30 Notícias Desportivas 21:45 Música por Tucci 22:00 Notícias 22:05 André Kostelanet* e sua Orquestra 22:30 Eva Garza e Orquestra Panamerican j 23:00 Notícias 23:15 Trio Charro Gil 23:30 A Opera Municipal de St Louis 00:00 Resumo das Noticias 00.15 Orquestra Panamericena 00:30 Encerramento
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Quatto dos Programas eHolklas Resumo 18.00 famosas Valsas 18:15 18:45 Seienata Tropical 19.00 Noticias Opera 19:15 Seleçõrs dc - «nçtes 19:45 Dinah Shore 20 00 Rádio Jornal Musica.s 20.15 ContrastesAmericana 20:30 Aviação 20 45 Musica Semi-Clássica 2100 Resenha dos Programas _ 21:02 Noticias Wal.er Gros, 21:15 Orquestra de deHollywood 21 30 Noticias de 21 45 Concertos rR. 22:00 Notícias e aOrq daCÍJJ 22:15 E.leen Farrell a e 22:30 Reinaldo Henriquez Orquestra Panamencana 03 00 Notícias 2315 Eva Garza e Orquestra Panamencaní Manhattan ^ 23-30 Mustca de das Notlc as 00 00 Resumo Golden Uate 00.15 Quarteto 00 30 Encerramento
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Para usar depois das cinco da tarde : vestido do trepe negro, luvas de jersey de seda amarelo, t;>nalidade utilizada na palha do bonito e grande chapéu coberto por um véu preto pastilhado de veludo (Desenho de Traina-Morell — New York).
Êk GOSTO principiou por elegante e movimenta" da reunião no Jock. y Club, quando se disputou o Grande Premio Brasil. Tarde esplêndida de temperatura e de luminosidade, a multidão a movimentar-se no magnífico cenário formado pelo imenso prado entre as águas tranqüilas da Lagoa Rodrigo de Freitas e as montanhas. Em cima do Corcovado, o Cristo muito alvo cobre-se da claridade doirada do sol, tão claro fica, então, como se nos quizesse consolar das noites em que vive às escuras, "black out" que a êle também atinge nestes tompos de bombas e bombardeios. Cá em baixo, nas arquibancadas e na "pelouse", movimentam-se homens e mulheres, estas vestidas pelo último figurino, exibindo modelos de Molyneux, de Traina-Morell, Bergdorf Goodman, Lord and Taylor, René BouetWilIaumez, Saks e outros I X — i 9 4 3
FEMININO Por SORCIÈRE
o famados modelistas que na Norte America trabalham numa das mais rendosas e delicada* indo:trias : trapos femininos. Todas as cores esplendem na tarde brilhante, notando-se, entanto muitos, i..uitíssimos trajes negros, alegrados por um chapéu de fitas multieôres, de plumas de "aigrettes", uma blusa de tonalidade forte, etc. Roxo, amarelo e verde em profusão, e tonalidade pastel também na indumentária das mocas "under twenty". O corpo diplomático, a aristocracia social, e o que de mais fino possue a cidade ali está. Gente talvez demais, pois só depois que Albatroz conquista o prêmio maior do ano é que se pôde passeiar, apreciando o "chie" e a boniteza das mulhe res. Por certo constituiu a festa máxima da estação essa assembléia de todas as elegantes da cidade a bater palmas aos "cracks" da coudelaria do país e do estrangeiro. Já o sol morria no horizonte, banhado do azul esmaecido do céu, quando se findou a tarde no Jockey. Gazogenios, ônibus e bondes aprestavam-se a conduzir todo aquele povo. Por certo o transporte melhora dia a dia. Melhorará ainda, graças a Deus. Depois, mais tarde, O Atlântico, a Urca e o Copacabana foram pequenos para o número do gente habituada ao jantar da pragmática naquêle dia, terminando, assim, um dia alegre em alegre e elegante ambiente. Agora é a Lírica, que atrai as mais lindas mulheres e os afeiçoados à música no Municipal, cuja temporada inaugurou-se com "Lo Schiavo", de Õarlos Gomes. Andam em plena atividade as recepções, "parties" de "cocktails", e o chá na Colomprazer, bo, na Brasileira, e na Americana, uma no coração da cidade, as outras na Cinelândia, é motivo a que se "bata um papo" agradável antes da volta à casa. Foi-se Agosto. Setembro inaugura-se, e vem a primavera ao fim, prometendo todas aquelas promessas de que nos falam os poetas, e surgem todos os matizes alegres com que os costureiros frizam a indumentária feminina. Estação das flores ! Que bom se a guerra náo nos estivesse a absorver o espirito...
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Antigo ou moderno — um ambiente preparado com arte será sempre interessante. Esta grande sala de estar, por exemplo, é um apanhado de conforto e de bom gosto. As paredes pintadas de creme lembram a tonalidade tsrra cota dos moveis, os quais levam estofo verde médio e branco, quadriculado de preto. Tapete branco, grande, e tapetes ds pele de tigre sobre outro imenso e Uso, tinturado dc verde garrafa.
DECORAÇÃO DA CASA
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Aqui está outro ambiente moderno, para dois efeitos: "studio" e quarto de dormir. Simples e gracioso.
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Segredos da beleza em Hollywood Por
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"TÉCNICA CIRÚRGICA" NO EMBELEZAMENTO A depilação da sobrancelha deve parecer, à primeira vista, a mais inocente e inofensiva das operações, mas a verdade é que um grande perigo se esconde atrás dessa• inocência aparente. Este perigo pôde resumir-se no envenenamento do sangue. Mas eu lhes asseguro que estes casos raros de infecção na quotidiana operação do embelezamento podiam ser evitados. São eles o resultado de falta de cuidado ou ignorância. '/ ^Hmumm»mmi A depilação, feita como deve ser, não oferece o menor perigo. Quero dizer com isto que se deve empregar uma técnica de cirurgião, e que se deve dispensar tanto cuidado à esterilização das pinças quanto o cirurgião dispensa aos bisturís. As pinças serão fervidas antes, e, terminada a operação, passadas numa solução secante. Um adstringente ou refrescante seria indicado no caso. Nunca devem ser esquecidas descuidadamente Graciosos conjuntos para a nova estação ( Foto sobre a mesa, à mercê da poeira, e sim guardadas cedida pela Inter Americana ). gentilmente em caixa apropriada. À depilação precederão os mesmos cuidados que um cirurgião observa nas pequenas operações. que seria perder tempo fazê-la seguir meticulosaA pele em torno da sobrancelha deve ser limpa an- mente o meu conselho, o qual requereria o cumprites de começar-se, passando-se, em seguida, água mento de instruções rigorosas, comparáveis com as e sabão. Por último procede-se à esterilisação. Po- que o médico dá a seus doentes, neste particular. O médico aconselharia, por exemplo, que não de ser empregado qualquer refrigerante ou adstrinna pele e sim procurasse um meio de r.*se tocasse fins antiséticos. gente para trataDepois que a sobrancelha tiver sido modelada mover o mal gradualmente e sem dôr. O "Limpe : seria médico o mento como se desejar, os pés dos cabelos, que estarão que prescreveria certamente irritados pela brusca retirada, serão bem a pele com água e sabão, e os cravos e esp:esterilizados com uma solução própria. Isto feito nhas (que são o resultado da obstrução dos porosi Outro consepodem cessar todos os temores femininos a respei- desaparecerão espontaneamente". "Não esprema". ou force, os : lho o médico daria to de infecções. Está tudo certo. Cravos não devem ser espremidos. Mas as mulheres o fazem sem nenhum resOS HOMENS DEVIAM SABER peito às melhores advertências. Sou forçado, por isso, a propor um acordo. EsEsposas que lerem este artigo devem passá-lo prema, se lhe aprouver, mas o faça com gentilêsa. aos respectivos maridos, para que eles se capac-, tem de que os cuidados dispensados às pinças de- pacientemente. Se empregar demasiada pressão, cicatrizes formar-se-ão na pele. Várias vem ser estendidos às navalhas. Muitos homens, pequenas "pequenas" se comunicadas entre si, forcicatrizes navalhas as por descuido lamentável, abandonam "grande" cicatriz. marão uma em qualquer parte, sem a precaução higiênica de Segundo mencionei anteriormente, os cravos e limpá-las após cada uso. Conhecem-se muitos casos de infecções produzidas nos pequenos talhos as espinhas são a resultante da falta de completa e regular limpeza da pele para desobstrução que uma barba escanhoada sempre deixa. Também é importante que a pele seja este- dos poros. Afim de evitá-los ou removê-los. caso o rosto deve ser limpo todas rilizada com uma loção de confiança, ou mesmo já tenham aparecido, "Melting cleansing cream". Então, as noites com usam de com uma dessas loções que as mulheres com os dedos envoltos em tecido próprio, deve piocomum. Outro campo da beleza feminina em que a téc- ceder-se à pressão mui delicadamente. Em seguinica de um médico se faz reclamada, é o que se da lave o rosto com sabão e água morna, depois do relaciona com os "cravos" e as "espinhas". que use um adstringente. Na pele normalmente seca use um creme adequado. O emprego dos adstringentes é, então obriVAIDADE FEMININA gatório todas as manhãs. Antes de usar o pó apliSabedor como sou, do alto grau da vaidade fe- que um pouco de crême-base si a pele fôr seca, e minina, e como a mulher é impaciente, sei também creme de madresilva se fôr oleosa. O MALHO ix- i 9 n
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Uma
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usar organdí branco com as folhas
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em tom pastel. Pequenos retalhos
parar o trabalho, cujo diferente e
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de linho crême que talvez não tenha áplicação, servirão para pre-
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ligeiro método de trabalhar explicaremos abaixo. Para outros esquemas de côr, use
Trabalhar em redór da beirada da toalha, pon-
os tons rosa, coral, lavander, azul chinês, laranja,
to de alinhavo bem miúdo e ponto caseado como
verde louro, ou esmeralda.
para as folhas.
Material necessário — 3 meadas de linha Mouliné (Stranded Cotton) marca "ANCORA" F 882. Um pedaço de organdí medindo 40 cms. x 55 cms., e um pedaço menor do mesmo tom ou de um
Passar a ferro pelo lado do avêsso com ferro quente, e sob um pano úmido, depois cortar o restante do organdí em redor atrás das folhas e na beirada da toalha bem rente ao ponto caseado. Dar uma passada final pelo lado do avesso.
tom mais escuro medindo 20 cms. Agulha de bordar, marca "MILWARD" n.° 0. Dimensões: — 35 cms x 50 cms.
Si usar linho, as folhas deverão ser aplicadas pelo lado direito da toalha. Primeiro separar os galhos das folhas (omitindo os troncos) do risco e riscar isto sôbre o pedaço menor do linho de côr.
INSTRUÇÕES
Riscar o formato da toalha com as hastes sôNo centro
do pedaço de organdí
maior,
ris-
car todo o desenho. Depois aplicar o pedaço menor pelo lado avêsso no canto com as folhas. Usando três fios de linha na agulha trabalhar uma carreira de pontos de alinhavo bem miúdos em redor de todas as folhas entre as linhas duplas. Sóbre isto trabalhar ponto caseado cerrado.
Am-
bos, o alinhavo e o caseado devem pegar as duas espessuras da fazenda.
bre o pedaço de linho maior. Cortar as folhas do linho e alinhavá-las na posição;
Agora casear com quatro fios e trabalhar as nervuras e hastes como foi explicado.
entre os pontos.
Em roda da beirada da toalha trabalhar ponto de alinhavo e casear sôbre êste, como no caso do organdí, usando quatro fios de linha em vez de três. (Vide o risco na revista — ARTE DE BORDAR — número de Setembro).
tronco com ponto cheio inclinado.
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bordar em volta das beiradas com um fio
de linha, deixando uma distância de 5 milímetros
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mulher moderna gostou, adotou o penteado alto, adota-o ainda. Desde que possúe um  pescoço bem tratado, está bem que o use, tão bem que em algumas é contribuinte formidável ao glamour". Esta página apresenta duas especies de cabelo alto, ambas encantadoras, ideadas para Leslie Brooks e Alma Carroll. (Fótos Columbia Pictures).
PENSAMENTO ENIGMÁTICO
CRUCIGRAMA 12
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KORIZOK
1 — Sacrificador romano; 4 — Bichinho que se cria no queijo, na farinha e na
SOLUÇÕES
DOS PASSATEMPOS
TEXTO
cera; 5 — Invocação,
V F. R T I (
A 1 Si :
1 — Que não fala; 2 — Arvore legumi3 — Qualquer preparado em que ' entre vinho. no próximo
CONCURSO
número)
DE
U 1 1. 1 I
CONTOS
recruta:
PASSADO
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UiA.a g c a W±±/Tr~õ_ yj U R I S Yo £T\~Ã\ C I J A J\A] ¦ \J\A
já ontem li;e vontade ,.'
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D'O
TICO-TICO
Correspondeu inteiramente :¦ espectativa o interesse despertado pelo Concurso de Contos Infantis lançado pela O TICO-TICO, em fevereiro deste ano, e encerrado ;i .'>1 de iulho "Concurso entre gentt grande para dar boa tritura n".*1 pequeninos". passada sob ¦ legenda Atingiu a 152 o número de trabalhos inscritos no certame, sendo 57 do gênero "pars meninas", 4V do gênero patriótico e 37 do gênero folclore, tendo súlo recusados 9 à inscriçSo, àrios motivos.
NÚMERO
rj|uiorj|u|Ai
A R
t'm recruta: tenho vontade dc di~er ao sargento, outra ver, que não me amole Oulro recruta: que quer VOti tUsfr com "outra Primeiro dizer. ..
DO
ENIGMÁTICO
E S P l l< / / O
olu(âo
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CRUCIGRAMA
PROBLEMA DOS I II OS
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O» trabalhos concorrentes estão sendo meticulosamente apreciados e oportunamente i Comissão Julgadora ilará, por intermédio de "O TICO ril O", o seu veredictum, sendo dos autores vencedores, proclamados,
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* CDHTlN£N7fíL UM
COMPOSITOR MODESTO UMA
parisienses de 1825 OS eram loucos pelo bom teatro. Havia vários partidos de teatrófilos, que se disputavam, nas salas de espetáculos, a glória dos nomes de sua preferência. Dos mais entusiastas destacavam-se os Bouffons, os Gluckistes e os Piccinistes, que invadiam os teatros em grupos compactos e numerosos. Em Dezembro de 1825, os nomes do dia eram Rossini e Boieldieu, cujas óperas Bemírwmia e La Dame blanche eram cantadas pela primeira vês constituíram uma apoteóse aos dois célebres músicos, o que teve por cenário o "Opera - Comique", que ainda hoje existe. Sucede que se estabeleceu um paralelo entre Rossini, italiano, e Boieldieu, francês. Qual déles era o melhor compositor no momento ? Deram a Raima a» autor de La Dame blanche, e endeusaram-no tanto, que êle se sentiu no dever de declarar : Amigos, sinto dizerlhes que, das ovações que me fazem, eu tiro sómente a parte que me cabe. Nào se deve tocar naquela que a Europa cedeu ao Sr. Rossini ; seria uma prova de ingratidão ou de má fé. Um de seus turiferários disse-lhe : Vós estais àcima de Rossini ! Boieldieu, que gostava de pllheriar, saiu-se com esta: Nêste m o m e n t o, acredito. Pois nós dois moramos na mesma casa. Êle ocupa o segundo andar e eu o terceiro .., I X — 1 9 4 3
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A. 60£ *"¦ -—•pSii.iiumi /^Alqum* rniTJN \que mate a sede) >.—-—^ I—^ ( tstou com sede.j deliciosa.\ f \ Que devo A(e Isso! beber? ) Tens razSo \ [
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Garfon, trTgaj /^5\ Z X duai Pilsener da S f\a sede e satisVY \ Antarctica, bem jfaz o desejo Exatamente. Exatamente. MaMaMais duas, J V' beber. tata a sede porque Beba¦ § Garçon! Garfon! Bebaporque j [ 9eUd's ^ nossas | m°* as mos <»» nossas è leve, ,eye> satisfaz V satisfaz / i boas porque í saboqualidades... rosa.
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da
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SAMBA — Volveu ao rádio depois dc alguns meses, Cinara Rios, que se encon-. tra na Tupi. Ei-la no espelho a se remirar e a ver-sc refletida com os seus olhos bonitos. Vaidosa? Nada disso; posando para a nossa página radiofônica. IMITAÇÕES Passou a época da 'mitação relos locutores, do Ladeira. Chep vp? dos imitadores do a tv-í f ^tá cheia deles, " B'""i''i. que é per^nmbém houve um loque conseguiu pegar a maeira do Celso Guimarães. A mafn é alarmante. .A "ordamos a vez dos sósios 1 icos do César de Alencar. Ai .da não quiseram perceber estes rapazes que acabam sem personalidade, sem ouvintes ?
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SENSA-
Soubessem os nossos amaveis diretores artísticos da má vontade com que os pobres ouvintes agüentam os péssimos folhetins sensacionais, e, evidentemente acabariam com a mania de irradiá-los. Isso porque, em verdade, os últimos apresentados, além do tom misterioso, revestiram-se de veladas pornografias, de cênas pecaminosas, mal encobertas, sendo inconcebível como se permitem semelhantes irradiações ofensivas à moral de certos ouvintes, principalmente dos menores. Convém salientar que os folhetins possuem ainda destino melancólico, tal seja o de enterrai' nomes em evidência da literatura, como aconteceu, recentemente, com teatrólogo de justa e reconhecida fama, que se viu forçado arrastar a comédia em cênas inconseqüentes, misturando rer?onagens surgidos apenas para mais uma sensação da serrtana. chegando a peça ao derradeiro ato, sem geito, meio encabulado, entremeiado êste com perguntas cacêtes, aborrecidas, de uma ouvinte campeã de impertinência. Afinal o público deve merecer um pouco de atenção e o rádio não devo se afastar da sua missão de cultura... Francisco Galvão
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BANDO TROPICAL — Um bando alegre de rapazes de valor. Gente mo (a e talentosa organizou o "Bando Tropical". Muita alegria. Bôa música. Sucesso dos nuiis absolutos, dos mais justificados. Êxito sem precedentes. A turma t bôa e tem muita vontade de fazer cartaz. — 70 —
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GALAN — Paulo Gradado volveu a ter cartaz impressionante na Nacional, onde chegou depois de ter passado longo tempo na Tupi. Abalou um pouco o prestígio de Celso Guimarães, como galan para as pequenas românticas... BREQUES — Fala-se por aí que a Mayrink Veiga pretende fazer uma sensacional reforma em seu cast. Valeria a pena, pois, dia a dia, a falta de gosto de seus programas vem fazendo com que o público a abandone no "dial". — Genolino Amado vem escrevendo lindas crônicas no programa admiravel da PRA-9, sôbre assuntos literários. — Anda agora no rádio a manía dos programas de músicas mexicanas. Edgar Larourcade interem terceiro muito preta plano as músicas bonitas do repertório de Pedro Vargas. Podemos afirmar que as emissoras depois de muitas criticas feitas sôbre a sua teimosia acabaram com os péssimos informes sôbre os acontecimentos sensacionais. Em verdade raiava pelo absurdo a falta de selenoticiários dos antigos, ção cheios de telegramas velhos, conhecidos da emoção do público.
^Ppw'^ ,#1^^' §1 Zilah Fonseca vem abrilhantando o cast da Tupi. Déo é um cantor de méritos da Paulicéia, atualmente em cotação na .estação de Teofilo de Barros.
COTAS Paulo Gracindo, muito em cartaz na Nacional, está apresentando "Calouros da Orquestra". Muito ainda dos demais prcgramas no gênero, sem a gaita do Ari. Zariu-está apresentando um programa bom de coisas de lite ¦ ratura. Ari Pavão está escrevendo rádio. A notícia é auspicio para oca. Lama r tine sendo inteligente como é, poderia trocar a sua impertubavel "Canção do Dia", por um programa qualquer. Êle ha de reconhecer que já não é sem tempo que os ouvintes agüentam os versos das vinte e uma e meia...
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A dupla Joel e Gaúcho vai reaparecer em boa forma. E se mudassem do posto de Chefe de Trem do Noturno de Cascadura, Manuelzinho de Araujo ?
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Maria Amada "a tricana de Coimbra", que vem aluando com notável sucesso no rádio, interpretando canções portuguesas.
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LOCUTORA — Odete Batista ê, além da irmã mais uto(a de Lindai e Dircinha, cantora de sombas, e locutora do "Caleidoscópio" da Tupi. E vem se revelando com muito talento, fortes e acentuadas qualidades de vencer no meio. I X — 1 9 4 3
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Seu fígado deve produzir diariamente um litro de bilis. Se a bilis não cone livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gases incham o c.tõmago. Sobrcvém a prisão de ventre. Você sente-se abatido ecomoqueenvdnenado. Tudo é amargo e a vida é um martírio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Neste caso, as Pílulas Carter são extraordinarianiemcc-icazes. Fazem correr esse litro de bilis c você sente - \e di.. para tudo. São suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis COITer livremente. Peça as Pílula»Carter. Não aceite outro produto. Preçoil r J.3,00.
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QUINTINO CUNHA E A CRITICA iConclusãot
como realidade econômica da América perante o mundo, — a terra do marajeára, cm face do tumulto meouro negro. dievónico dii planície alagada. E. não é tudo. Pelo sclimões é. essim. Avolumando a grandeza poética entre as ras de todos os nossos grandes da obra, os versos de Quintino Cunha, uma inegavelmente, representam, poetas, não a mais rica de lantejou Ias, mas. indiscutivelmente, a mala série de investigações históricas, de enunciados sociológicos, de teses brasileira, a mais nativa, ;i mais antropológicas, etnológicas, mitólonossa, exibindo aos olhos dc'j homens, gicas e filológicas, arrancudas do £3Ío fl'slumbrados, pela primeira vez. do fabulário amazonense. Tudo isso não pode deixar de contrituir, elo quentemente, pa EXIJAM SEMPRE ra despertar em THERMOMETROS para FEBRE todos nós, maior interesse nacional pelas coisas do Brasil, que o próprio Brasil HORS CONCOURS desconhece.
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