Revista O Malho

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cerimônias de AS c o m e m o ração da passagem do Cincoentenário do Cerco da Lapa, promovidas pelo govêrno nacional, para assinalar aquela efeméride que foi, sem favor, um dos episódios mais empolgantes e decisivos. na consolidação do regime republicano em nosso

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General Gomes Carneiro

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num desenho de Jair

edição especial, com número aumentado de páginas, inteiramente dedicadas à gloriosa página da história republicana em que se imortalirou o nome de seu o máximo, herói Antônio general Ernesto Gomes Carneiro. Esse número esILUSde pecial TRAÇÃO B R A -

O cincoentenário do Cerco da Lapa "ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA" e a edição especial de país, estariam destinadas ao efêmero brilho de simples acontecimentos de relevo, não fora o espírito de clarividência da Comissão dos Festejos Comemorativos, presidida pelo general Raymundo Sampaio, de eleger para elas um órgão oficial, destinado a ser o espelho das referidas comemorações e a perpetuá-las Ja maneira mais fulgurante. A escolha da Comissão recaiu — como tem, aliás, ocorrido em oportunidades semelhantes — no grande mensário ILUSTRAaliás, ÇAO BRASILEIRA, o mais indicado, distinção. alta tão pelas suas tradições, para Nesse caráter, isto é. «mo órgão oficial da Comissão dos Festejos'Comemorativos do Cincoentenário do Cerco da Lapa, é que ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA" vem de circular em

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S1LEIRA oferece colaboração selecionada e especial, firmada toda ela por nomes de destaque nas letras nacionais, principalmente de cultores da nossa História, e reúne a mais vasta, completa e inédita documentação que se possa desejar, sobre a epopéia da Lapa, a homérica resistência dos bravos comandados de Gomes Carneiro. Páginas "doublés", a cores, tricromias belíssimas, e ilustrações interessantíssimas, farto material fotográfico, enriquecem a soberba edição, que está despertando i o mais vivo interesse, porque mostra ao vivo, como um verdadeiro caleidoscópio, o que foram os dias de sacrifício e de heroísmo dos bravos que. com denodo e valor inexcedível, escreveram com o próprio sangue aquela página belíssima da História Nacional.

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Os Holandeses ocuparam o lito"Terra ral da Sol" do de ano 1637 e ano 1654, ao deixaram t como vestígios de sua passagem por aquelas paragens, o forte de Schoonenburck e o Cáis do Holandês. Em 1654, o Ceará passou à senhoria de Álvaro de Azevedo Pinto. Gente nossa e das plagas lusas, que viviam em Pernambuco, Sergipe e Alagoas, amedrontadas pelos invasores neerlandeses, abandonaram aquelas regiões e foram procurar refúgio no Ceará. Algumas famílias demandaram as zonas situadas às margens do Pageú e do Jaguaribe, e outras se irradiaram para os sertões vizinhos. Foi assim que se encetou o povoamento do Ceará. Depois, iniciaram os Jesuítas a catequização dos aborígenes e os filhos das selvas foram aldeados do seguinte modo: os Tremembés em os Camccim; Acriús na barra do Guimarães; os Cancaias no lugar onde atualmente se vê a vila de Soure; os Canindés em Canindés, que lhes deve o nome; os Paiacús no rio Choró; os Genipapos em Baturité e os Parnamirins nas cercanias de Mecejana. A população do Ceará foi aumentando a pouco e pouco, e em 1864 Já era calculada em cêrca de 500.000 almas.

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Em Strasburgo, Wolfgang Gcethe, então em pleno verdor dos anos, tinha uma namorada, Emilia, filha de seu professor de dansas. A irmã de Emilia, Lucinda, também arde pelo poeta. Para evitar atritos e querelas constantes entré as duas irmãs, Gcethe resolveu debandar para bem longe. Despediu-se, primeiro, de Emilia. Esta lhe disse, desconsolada: Como é a última vez que nos vemos, vou dar-te uma coisa, que te recusaria em outra ccasião. E ela lhe saltou ao pescoço, beijando-o temamente. Nesse momento, Lucinda entrou e, vendo-cs enlaçados, ficou furiosa. Ao poeta disse: Goethe, eu sei que te perdi para sempre, e não devo mais pretender o teu coração.

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A' irmã enviou uma ameaça: Tu, minha irmã, o perderás também ! Correu para Goethe e. como uma possessa, deu-lhe beijos sem conta. Feito isso, berrou para a irmã: Ouve minha maldição ! Que seja infeliz, mil vezes infeliz para tôda a vida aquela que, depois de mim, beijar os lábios dele ! Ousa, agora, se és capaz, beijá-lo outra vez ! Depois, voltando-se para Goethe: Tu, caro poeta, trata de partir, quanto mais depressa, melhor. Wolfgang Goethe, alma donjuanesca, achou prudente abandonar o lar do professor de dansas. Assim fez, e precipitadamente, sem olhar para trás. Muitas dulcinéias estavam à sua espera... Maximiliana, Lotte, Frederica, cristiana, Mme de Stein, Lise, Lilí, Augusta... — N. de S. VÊR

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SUMÁRIO — Urupês, outros contos c A Alemanha coisas, Monteiro Lobato. por dentro, Louis P. Lodmer. — Eternidade, Ferreira de Castro. — Sombras e Clarões, José de Sousa Saraiva. — Parada Morta, General José Condido Muricy. — O solar desabitado, Augusto da Costa. — Monólogo dei retorno filial, Salvador Irigoyeu. — Antônio Sardinha, Guilherme Auler. — Manuel Lubambo, a AmisatPe, Luso-brasileira, Manuel Anselmo. — Fitas dc Bronze, Faris Antônio S. Michaele. e • URUPÊS, CONTOS OUTROS DE MONTEIRO LOBATO COISAS (Comp. Edit. Nacional, São Paulo, 1943). Na linha da frente dos melhores escritores do Brasil, o Snr. Monteiro Lobato teve o seu nome em relevo exatamente com í ru pês, há mais de duas décadas. Rui Barbo>a. citando-o, deu-lHê renome. E agora a excelente Companhia Editora Nacional co" Edição Ônibus*', o 25.° memora, em uma aniversário da estréia do escritor, contendo Urupês, Cidades Mortas, PTegrinha, Macaco que se fez Homem, os últimos contos, excertos de outros livros e avulsos. A organização do farto volume é do Snr. Arthur Neves, que faz o prefácio. Foi, este volume, uma homenagem l>em merecida ao seu autor. O certo é que relemos agora principalmente Urupês, e encontramos nele um bom estilo, e algumas idéias que não morreram, muito pelo contrário, e observação aguda c penetrante. É a melhor parte representativa da sua obra. enfeixada num livro que vencerá as gerações. O segredo de Urupês': E' um livro vivido, humano. Sem favor, Urupês continua a ser uni' grande livro da nossa literatura. Não vamos contá-lo,

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porque é de todos conhecido. Nesta obra volumosa — 663 páginas — vê-se no condo Snr. Monteiro to a evolução espiritual 'ontem como hoje, Lobato. E êle continua, e de certo amanhã, um saboroso contista. DENTRO, POR A ALEMANHA LOUIS P. LODMER (Comp. Edit. Nacional, São Paulo, 1944) — Este é bem um livro do momento. A tradução é do Snr. Mosluwa Gomes Venturi. E' o ter"Guerra e Paz" ceiro volume da coleção da conhecida casa editora. Traz ilustrações fotográficas, algumas notáveis. E' uma resposta à pergunta do mundo — "Que se passa na Alemanha?" O autor é um jornalista de renome, e foi, por largos anos, até a Gestapo, representante da Associated Press em Berlim. Portanto, até dezembro de 19,41. A Alemanha em guerra tem sido descrita por êle com argúcia e verdade. Daí, o prestígio deste livro, vulgarizado em muitos idiomas. Lendo-o, ficamos melhor conhecendo Hitler e os seus camaradas, e os seus processos suhalternos. Vemos nestas páginas as perseguições horrorosas às igrejas, à liberdade de imprensa e do povo, aos judeus, e a ambição desvairada de querer pela força governar o mundo. O que se rouba na Alemanha é aqui bem contado. A con" Hiclusão do autor é esta, profética, — tler deve ser vencido. Hitler pode ser vencido, Hitler será vencido". ETERNIDADE, romance, de Ferreira de Castro (Livros dc Portugal, Ltda., Rio de Janeiro, 1043). Entre os maiores romancistas da atualidade da lingua portuguesa está Ferreira de Castro. Estão aí, comprovando a asserção, Emigrantes, ÉterTempesn idade, A Selva, Terra fria, tade. Não esqueceremos Pcquqnos Mundos. Andaram muito bem os excelentes " Livros de Portugal Ltda.", confrades dos publicando este excelente e forte romance em edição brasileira, conforme a 5* e última edição portuguesa. E' de certo uma obra prima no seu gênero. E' um estudo humana. Alguém chaperfeito da alma " ° romance da Humanidanu>u o mesmo de inteira". O estilo de Ferreira de Castro está parece mais forte e seguro, diriamos mais límpido, neste livro. A trama prende o leitor. As observações são continuas e firmes. Numa época de in((mutações. Eternidade é um conforto e uma esperança. Os conceitos saltam em cada página. Há panoramas esplêndidos da terra portuguesa. O amor freme nestas páginas bem vividas. E' preciso lêr Eternidade SOMBRAS E CLARÕES, de José de Sousa Saraiva (Rio de Janeiro, 1940) — P.*te livro nos c enviado agora. Bom titulo e máu livro. Poesias. Bem antigas, românticas, inexpressivas. Amostra:

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mandado inprimir pelos filhos do autor, Através duma longa e meditada conferênpara, de surpresa, ofertarem-lh'o na data cia, fez obra assimilavel, e o melhor elodo seu 8o.° aniversário natalicio, que pasé recomendar a leitura destas páginas gio saria a 30 de julho de 1943. A fatalidade refletidas sobre um dos homens mais intematou porém o autor, a 17 de junho, dias ressantes de Portugal-Brasil. Aqui temos antes, mas os seus filhos, em bôa hora, seu perfil, bem traçado, e por vezes emo fiseram circular a obra, José Cândido Muripolgante e sugestivo; adeante, a sua obra cy nos dera dois livros bons. Fós do Iguas— um verdadeiro ensaio de psicologia; sú o outro Parada Morta. Êste é um bom mais adeante, as suas idéias e doutrinas, companheiro daqueles. A capa é de Ana seu 'opostolado, a aliança peninsular, a leMaria Muricy, simples e sugestiva. O gitimidade e a questão dinástica, o poeta, o prefácio, forte e seguro, que é uma sintese da obra do escritor, é dum parana~ pensamento tradicionalista, o renovador da ense de talentos. Tasso da Silveira. Será história portuguesa, o crítico e literato, um volume de memórias, de evocações, do* enfim, um estudo completo dêsse vulto incumental. O estilo é simples e escorreito confundivel que foi, é e será sempre — de bom escritor. Soldado dos melhores, as Sardinha. Um ensaio completo e, por vesuas narrativas são exatas, precisas e ciazes, fascinante. ras, sem nunca ter deixado de ser um poeta, como bem observou o seu prefacia• MANOEL LUBAMBO. A AMISADE dor.^ As figuras que se móvem na obra LUSO-BRASILEIRA E A LATINIenfeixam profundos estudos de psicologia. DADE. MANOEL ANSELMO (EdiA impressão que colhemos de Parada do Ciclo Cultural Luso-Brasileiro, Reção Morta é que é um livro vivido e bem hucife, 1943) — Temos aqui uma obra dum mano. Os seus filhos, principalmente êsse dos nossos melhores escritores. Portugrande escritor que é Andrade Muricy, fizeram muito bem em publicar Parada gues de nascimento, Cônsul da sua PáMorta, que enriquece a nossa literatura tria em Pernambuco, o Snr. Manoel Ande ficção. sélnio é um crítico literário de destaque, com inteligência, cultura e serenidade. São • 0 solar désabitado, Augusto da Costa duas conferências, ambas bem feitas e dig(Parceria A. M. Pereira, Lisboa, 1943) nas de registo. Romancista, contista, no— Grande romancista do Portugal de hoje, velista, ensaista, cronista, o Snr. Manoel êste novo romance do autor é um prolonAnselmo é um escritor com leitores. O gamento das suas vitórias com as Inocentes e o Galo Doido. Com uma vasta biblloseu estilo é sadio, às vezes um feixe de teca, ^ onde há seguros ensaios políticos e nervos; os seus comentários às vezes irôsociais, e literatura da melhor, êsse escrinicos e ferinos; as suas observações semtor sabe prender o leitor, através do seu pre exatas. Êste livro é dos mais saboroestilo rico e da sya observação agúda. sos do autor, e nós sempre fomos seu leiHste romance é dedicado a um escritor tor atento. | brasileiro, Erico Veríssimo. Felizmente, o Snr. Augusto da Costa está sendo bastanFITAS DE BRONZE, FARIS ANte lido no Brasil, e conta aqui com cenTONIO S. MICHAELE. Ritmos da tenas e centenas de leitores e admiradores. América (Emp. Gráfica Paranaense, CuriÊle está fazendo uma óbra séria, medita tiba, 1943) — Poemas, em homenagem à da, e os seus romances são como uma conunião Panamericana. A sua tése, " é que tinuação uns dos outros. Lamentamos a não há brasileiro que se não sinta orguescassês de espaço, pois há desenas de lilhoso do sangue indígena". Há poesias em vros a apreciar. Senão, dedicariamos alguportuguês e em castelhano. Diversas tramas páginas de crítica ao O Solar desaduções. Alguns poemas em francês e inbitado, que podemos classificar dum belo romance. O prefácio do autor, explicatiglês. E' um escritor erudito, e um poeta vo da obra, é uma excelente e ponderada de profunda sensibilidade. página de crítica. O RETRATO DE DORIAN GRAY, ® Monólogo dei retorno Filial, Salvador OSCAR WILDE (Pongetti; Ri0 de JaIrigoyen (Buenos Aires, 1943) — Já o neiro, 1943)* O grande editor brasileiro autôr nos dera dois bons livros, — Cuenfez bem em lançar, em tradução de Januatos dei billete premiado e Develacioncs. rio Leite, o belo livro de Oscar Wilde. Agora, oferece-nos êste de pequenas noveParadoxal, sempre, êste romance está na Ias e relatos. Há algumas novelas bem obra vigorosa de Oscar Wilde como uma cuidadas e impressionantes, como por exemdas principais. Relemos agora com prazer, pio a primeira, que deu o título ao livro, de certo a mais bem feita e impressionante e um encantamento novo, êste romance de todas. Não duvidamos mesmo em chaemocionante, cheio daquelas malícia e iromar-lhe de romance. Agonia dei enamorado nia muito do autór célebre. Oscar Wilde trresoluto, teatro, é marcante. Não esqueceainda continua a ser o supremo detentor remos A si habla ahora Zarathustra? Saldos paradoxos. vador Irigoyen é de verdade um bom novelista. O seu estilo é nervoso e a sua observação é palpitante. Ao despertar... * SARDINHA. ^TONÍO guilherme AULER 1 (Recife, 1943) - Numa bo"Ciclo mta ediçSo do Cultural Luso-Brasileiro" aparece êste vr° dum escritor que tem um nome feito. O Snr. 1 erme Auler fez um belo Guiesudo crítico da vida e obra que lhe dará bem estar todo de Antonio Sardinha. Profeso dia e saúde toda vida! sor catedrático de História do rasil, êle estudou pacientemente a sua personagem. í I I _ l 9 4 4 — 9 —

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EORGE Bemard Shaw, numa carta que dirigiu ao 7 imes. queixcu-se G que está ameaçado de ir acabar num asilo de pobres, êle que é na atualidade o mais bem remunerado dos escritores de teatro. Essa ameaça decorre dos altos impostos que, a título de contribuição compulsória de guerra, lhe são cobrados presentemente na Inglaterra. Tais queixumes, enunciados por um escritor sério, mereciam apenas êste castigo: o campo de concentração. Vindos de Bernard Shaw, no entanto, perdem o sabor de um lamento de quinta-coluna, para assumir, logo, o tom de uma nova galhofa désse irlandês de gênio diabólico e barulhento que se considéra igual a Ibsen e várias vezes superior a Shakespeare. Daí o motivo por que, diante da seriedade do velho e jovial humorista, reboou pelo universo, graças ao recuiso moderno das agências telegráficas, uma geral gargalhada, aplaudindo mais uma vez o espírito interminável de Bernard Shaw. Se as palavras de lamentação do humorista tiveram essa repercussão em todo o mundo que ainda sabe rir não obstante a guerra — há ainda uma outra ordem de reação mental, que pode ser feita dêste lado do Atlântico para mais essa tirada barulhenta do homem de gênio que satirizou o nazismo em The Apple Cart. Essa reação vem a ser esta: a consideração que cada um de nós, aqui no Brasil, pode fazer a propósito das contribuições que a guerra está exigindo de todos os súditos ingleses, empenhados em salvar a civilização ocidental. O imposto tem sido, lá, uma estrada real aberta para a colaboração da frente interna nas despesas da luta. As taxas são elevadas, exigindo muitas vezes o sacrifício e a renuncia. Mas, como conseqüência disso, cada inglês sabe que no futuro continuará a tremular vitoriosa a bandeira da comunidade britânica. Bernard Shaw, por jovialidade, acha que acabará num asilo. Mas no intimo está conformado e satisfeito. Seu dinheiro se converterá em armas e equipamentos que trarão ao mundo de amanhã a garantia da liberdade humana. E é bom que no Brasil façamos também essa meditação, no momento em que o Governo, acertadamente, lança um novo imposto, visando os lucros extraordinários que somente se explicam pela desoladora presença da guerra no mundo civilizado.


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GENERAL CHARLES DE GAULLE da presente edição é uma recente fotoA grafia do general Charles de Gaulle, o dis"França Livre" que cutido chefe do movimento da tão relevante papel tem representado nos acontecimentos de que tem sido palco o velho mundo. Charles de Gaulle encarna de maneira inequivoca o espírito de resistência dos franceses a toda e qualquer dominação, e até mesmo nas suas atitudes de intransigência que o colocam ou colocaram, por acaso, em divergência .passageira com os demais resse ponsáveis pela luta contra o nazi-fascismc. o que evidencia é esse espírito de independência niticamente gaulês, apanágio da gente que com armas na mão realizou a maior Revolução de que resa a Hiscapa

tória. Charles de Gaulle foi o primeiro a perceber, dentro da França, o perigo que ameaçava seu país. Suas idéias a respeito da guerra moderna, mecanizada e motorizada, não tendo sido aceitas em seu tempo. dis*o país nem postas em execução no devido resultou, de certo modo, a impossibilidade em que se encontrou a França de se defender do assalto hftlerista. O

MALHO

— 12

Nessa hora. ainda, hora negra para a gloriosa enpátria de Jeanne D'Arc. foi De Gaulle quem carnou. como dissemos, o espírito de insubmissão e cie reação contra o invasor e seu pretendido domínio.

"França Combatente". Creando o movimento da s cuja frente se colocou como um símbolo, e que maia "Grupo dos Francesas larde recebeu o novo nome de Livres", o bravo general adotou como emblema a dupla cruz do estandarte da Donzela de Orléans. e seu movimento tomou íal corpo e tal prestigio que De Gaulle figura, hoje. entre os principais chefes das hostes da Liberdade em luta contra o Mal. E' nesse caracter que o vemos, aliás, na fotografia que reproduzimos nesta página, em palestra com o Presidente Roosevelt. o Premicr Churchill c o seu colega de armas general Giraud. outra brilhante figura da França Livre, cm um encontro promovido na África do Norte para serem discutidos pontos de vista gerais sobre a situação na Europa, logo após a invasão do continente negro. I I I — 1 9 4 4


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esporte predileto do President. O Getulio Vargas é o golfe. No Rio. o chefe do governo costuma jogar suas partidas no Itanhcngá Golf Clube, sempre que os negócios do Estado lhe concedem algumas horas de lazer.

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Em Petrópolis, onde atualmente se cncontra veraneando, o Sr. Getulio Vargas, no meio do volumoso expediente e das múltiplas preocupações do governo, consegue reservar algumas horas para a sua diversão favorita — o famoso esporte escossês de que tanto gostam ingleses e norte-americanos. Nesta interessante fotográreportagem fica, vemos uma das últimas partidas cÍ2 golfe disputadas pelo Chefe da Nação cm Pctrópolis.

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AZEVEDO DE RAUL de Letras) Amazonense Academia (Da

gratidão e o reconhecimento A dos povos aos seus grandes, homens, militares ou civis, de heroismo, inteligência, cultura, civismo, exemplos nas guerras ou na paz, se traduz geralmente pe'as estátuas na praça pública. Os monumentos erguidos a esses vultos da nacionalidade são belos gc: tos que frutificam. Eles traduzem veneração, respeito e estima; èles íãD páginas abertas aos moços para um amanhã próximo. A h stórii s* faz com êsses homens e com os seus feitos, surgindo dai as p:cprias forças da Nação. O Brasil é pobre em está!u3S. País novo, em plena febre de organização, não há mr.ito tenro para se cuidar dos mortos, reverendar as suas memórias. E- cl:ro que não existem, nem podia existr, propósitos ou idéias precc ncebidas e inferiores. As causas são outras, uma certa displicência inclusive trazida pelo temperamento .. Mas o certo é que há uma centena de o

MALHO

homens brasileiros, no mínimo, que reclamam, que precisam t:r as suas estátuas, como um pre.to de civismo, nas praças e jardins d > Brasil, e especialmente, no Rio de Janeiro. E' a capital do País, é o maior centro cultural da NaçZo. E' o reconhecimento da Pátria aos homens que se fizeram na guerra e na paz. E' o culto à bravur.i, à inteligência e à cultura. E' um preito aos nossos intelectuais. E' o exemplo vivificante às gerações novas, aos homens que pontiíic:rão num amanhã breve. Não basta o livro. E' necessário que estátuas e bustos sejam ergiidos, reverenciando os nomes maicres dos que souberam honrar e glorificar a Pátria. E um ensino magnífico às crianças — é como se que gravar-lhes no cérebro que c'a História desenvolve a própria nacionalidade. E é a comprovação de que a Pátria não lhes é ingrata. — 14 —

O povo passa e pára. O bronze e o mármore lhes avivam a m:~ mória. E' como um livro aberto — livro porém que êle é obrigado a ler. Alerta-lhe o espírito. Fica porque é também visual. E nesta página vai também o meu apelo aos senhores mestres e professores, que se interessam pela instrução e educação nas escolas e nos cursos. E' imprescindível ensinar às crianças e aos moços em formação os feitos dos nossos Vai grandes homens verdadehos. o meu apelo, que penso encontrará nêsses modestos, abnegados e ef> cientes servidores do País um éco aproveitável. — no sentido de, mensalmente, cada escola, colégio ou curso, visitar in totum, com tedos os seus alunos, as estátuas e bustos plantados na capital do País. Digo, propositadamente, plantados porque são árvores imensas que frutificam eternamente. São a b avura, a inteligência, o saber, o carater, a honra, o gênio — expoenI I I — 1 9 4 4


tes da própria nacionalidade, atestando a gratidão dos vivos pelos mortos que são do ncsso respeito e amor. E os senhores mestres e professores, nas manhãs batidas de sol, ao redor das estátuas e bustos. dirão o que foram esses Homens para a Pátria, soldados ou civis — ensinando in loco aos seus a!rn s a história heróica ou cultural da-

queles que são glórias líd'mas do Brasil. Há enormes dividas abertas. Há entre outras, duas estátuas que o Rio de Janeiro não pode mais esquecer, porque o povo já está íeclamando-as. A capital do Pais não Isapossue a estátua da Princesa bel, a Redentora. Esquecminto d:s brancos e ingrat dão do;, negros. Não tem a estátua d; Ca los Go-

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mes, o maior gênio mu ical d.is Américas. Otíde está o n:s:o espírito de justiça? Como dar o exemplo vivificante às crianças e aos moços de hoje? E' preciso agir, e a Pátria :er reconhecida aos hcm?ns que se sacrificaram por ela, que trabalharam por ela. Joubert esrraveu duma feita — les enfants ont plus besoin de modeles que de critiques.

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m Estátua de Rio Branco recentemente inaugurada nesta capital.

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ÃO Sebastião é uin dos nos mes mais queridos do tr giologio cristão. Sua populardade no mundo católico é imensa, notadamente no Brasil. E acreditamos que em nenhuma parte do Brasil tem c grande mártir do cristianismo um culto tão fervoroso como na Capitai Federal, neste Rio de Janeiro que nasceu no dia de São Sebastião e por isto tomou-lhe o nome — São Sebastião do Rio de Janeiro. A festa do padrccro da cidade, êste ano. revestiu-se do brilho e da pompa do ccstume, e o maior ato de todas as so'enidades foi, de certo, a sua procissão. realizada em Janeiro, próximo passado, o seu mês festivo, a qual reuniu milhares e milhares de crentes, irmandade? religiosas, além de corporações, como a guarda-civil, colégios, etc.. Êste é um flagrante da precissão do padroeiro da cidade.

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I f Uma

revelação

realizado pela interessante e genial íean Ciar ©concerto Sandbank. no auditório da A.B.I., serviu para que a sociedade carioca travasse conhecimento com uma legítima revelação da arte de Heifetz, Kreisler e alguns outros vultos de renome, mestres no manejo do delicado e difícil instrumento que é o violino. Tendo apenas dez anos dz idade, Jean Ciair Sandbank exterioriza, contudo, uma firmeza impecável e um senso interpretativo que emociona e surpreende. Vivaz, senhora de sua arte. a pequen na artista cumpriu todo o selecionado programa de cór. dando magnífica e segura interpretação aos números de Schubert, de Beethoven, de Martini-Kreisler e de outros grandes nomes da música. As palmas vibrantes que coroaram o recital da distinguida aluna da professora Barruel, não foram um incentivo aos seus dez anos. Foram, sim, um justo tributo de todos quantos adoram a música e sentiram estar em frente de uma autêntica revelação do violino, — revelação entre os meque marcará, em breve, um dos pontos altos artístico. mundo nosso virtuoses do vibrantes mais lhores e

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Interventor Álvaro Maia data dc 19 de Fevereiro último assinalou a passagem tio aniversário natalicio do Dr. Álvaro Maia, Interventor Federal no Amazonas e figwa do mais alto prestígio na administração do país e na vida da imprensa, onde sempre manteve uma ]>o.sição à parte pelas suas brilhantes qualidades de jornalista de escól. Por esse motivo um grupo de amigos do chefe do executivo amazi iiense. residentes nesta Capital, fez celebrar missa em ação de graças no altar-mór da matriz de São José, ato qne itve dupla significação por passar igualmente agora mais um auiver*ário .Kj seu governo no grande estado nortista, em cujo alto desempenho tem o Dr. Álvaro Maia demonstrado rara capacidade de administrador à altura de tão grandes responsabilidades. A

BASTOSTIGRE

NA

ACADEMIA

A morte de um poeta como Pereira da ¦**¦ Silva, deixou a Academia Brasileira de Letras diante de um problema a si lueionar: quem melhor preencheria sua gloriosa vaga. Esse problema, entretanto, duXOu praticamente de existir, desde que um grupo prestigioso de intelectuais lanem a candidatura do poeta Bastos Tigre, candidatura (pie vem recebendo os maii res

aplausos,

Mestre da crônica, manejando uma ironia que nunca sái do puro domínio das idéias, seus livros eomo "Vi, l.i e Ouvi" e "I um Couta c Outra" andam em todas as mãos. lidos avidamente e apreciados pelo seu delicioso hitinoitr. Poeta huniorístico, tornaram-se famosas as suas 'jbras como "Moinhos dc Vento", "Bolhas de Sabão" v "Fonte Carioca", cuja verve ágil e sadia nos deu um artista único no genero, pois Bastos Tigre supera o pró prio Emilio de Menezes, sem nunca haver empregado a rudeza daquele I I

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empreendeu

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um apreciável

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programa

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a cuja

frente

que o colocou em

evidência como um dos mais capazes auxiliares da administração Henrique

Dodsworth.

BRASILEIRA

Humberto de Campos descobriu, primeiro entre todos, que o humorismo de Bastos Tigre escondia um grande poeta lírico. F essa descoberta se confirmou, pois Bas-os Tigre nos deu obras de um gênero em indo. novo, primeiro "Meu Bebê" e depois "As Paráboltu de Cristo", consagradas pela crítica e aceitas pelo grande público, como atestam as suas várias edições. Mais tarde. "Eutardecer" confirmou a observara > de Humberto de Campos, que o classificou entre os nossos maiores líricos, em tudo digno portanto, de suceder a Pereira da Silva. Como lírico, Bastos Tigre publicou recentemente "Recitffla", onde há versos de rara felicidade pela forma e pela inspiração. Assim, a Academia Brasileira de Letrás acolhendo a figura de Bastos Tigre, elegerá um poeta do mesmo lirismo de Pereira da Silva, poeta que saberá estudar a sua obra e exaltar a sua arte. — 17 —

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de Livramento, na fronteira com o Uruguai. Rh-era. já cm território estrangeiro.

eu fosse diretor cinematográfico, o cenário que fatalmente escolheria SI para a filmagem de SantWna do Livramento seria aquele qm- sempre imaginara: caharels faustosos (no cinema, n fausto é necessário para impressionar melhor as platéias) e repletos de uma concurréncia animada e bulhenta, que aconipanhava os tangos, rancheras e milongas mais em voga, cantando-lhes. ruidosa e desafinadamente, o refrão. Durante o dia. nas ruas e praças, autênticos gaúchos, vesti KM com todas as características regionais, o sombrero l2rg«> enterrado até as orelhas, o ponche negligentemente caído sobre o corpo. o inseparável laço de corda crua amarrado ao selim ou preso ao ombro. Foi sob essa ingênua impressão cinematográfica que saltei, numa noite fria e chuVOM, na antiga e mal tratada estação ferroviária de Sant'Ana do Livramento. Mjrtl primeiro contacto com a cidade haveria. pois, de sofrer as conseqüências dessa ilusão. Para bem dos meus pecados, fizera «u uma viagem zgradavel, num confortável vagão da Yiaráo Rio-Grandense. que me conduzira rigorosamente dentro ilo horarie de Porto Alegre à fronteira com 0 Uruguai, num percurso de 24 horas consecutivas. Para quem viaja pelo interior, - detalhes são bastante apreciados. Km geral, há uma noção pOUCO segura do que sejam conforto e horário porque os <!• IS nunca estão juntos, sendo até mais comum, para desespero do forasteiro, a inexistência dc am!*'~. Fora da estação, o frio cortava. Olhei em torno. A clássica praça acanhada c mal cuidada do interior quasi ás escuras. Dois ou três autos de aluguel nas proximidades. NSo estranhei a escassez destes, pois já me vou familiriasando com a aguda crise de transportes. Mas á medida que >i caiTO rodava. FU ni" ao hotel, aquele melancólico panorama ia desaparecendo das minhas vi-las. Ruas bem calçadas, embora rscassaiwente ilumie M «lanada-, movimento externo ifcOf grupos á porta il«>s rafes disSÍ param a primeira impressão <|iie eu tivera entretanto, confirmar, cidade, sem da ai-ucla que a minha imaginação tão extra•

No hotel, quando me vieram servir o café, pela manhã, exultei intimamente diante do pã«#, ile um miolo muito branco. Mas ao primeiro contacto, voltei a desanimar. A massa era dura e pastosa. Xão era mistura de mandioca, disso estava certo eu. Mas como ficasse intrigado com a«|iiilo, perguntei ao garçon que me serviu. E ele, melancólicamente, explicou. A mistura era de farinha de arroz, que, sendo i-mlxira muito branca e se assemilhando, assim, ao trigo, é entretanto peor ainda para o paladar c a «digestão que a mandioca. — Ante? — disse — costumavamos comprar o nosso pão na padaria do sr. Aragonés. Mas, depois, a casa foi incendiada. Soube, então, que o sr. Aragonés era um comerciante manhiisii. que costumara mandar vir o trigo puro de Rivera. Ti-

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fundi»,

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Casino

TERRA DE LABOR nhamente creara. Porque Sant'Ana tem cabaretS nem gaúchos. O

ETERNO

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DOS

PROBLEMA HOTÉIS

À semelhança do que tenho iníeliznu nle constatado nas inúmeras cidades que visitei, inclusive nos centros de maior popelação, SantWna do Livramento é muito mal servida de boteis. O melhor hotel da cidade é bastante peor que os noss,,., típicos hotéis vizinhos da Central. Xão há infelizmenle nenhuma noção de conforto ali, o que depõe contra os foros da cidade, por«liianto péide levar o forasteiro menos observador a um conceito inteiramente erroneo e injusto. Porque SantWna s«'> tem de desagradável, mesmo, os boteis, uue, aliás, são antes péssimos.

nha, assim, freguezia certa e avuhada para «' pão de seu fabrico. Os outros padeiros não gostaram daquela concorrência pouco leal. Primeiro, reclamaram em bons termos pelas colunas do jornal local. Mas diante do silencio dos responsáveis, é de crer que tivessem agido com mais energia. Um dia a padaria do sr. Aragonés amanheieu presa das chamas. E nunca mais os habitantes de SantWna tiveram o seu deileioso pão de trigo puro.

CURIOSA

DO

SITUAÇÃO

COMÉRCIO i

Construída á beira «la nossa fronteira com o Uruguai. SantWna é uma cidade de características talvez únicas em todo o Brasil Seu comércio varejista é assaz detenvolvido, melhor mesmo que o de outro»

A rua Rivadavia C Otrêa, cm Saul'. lua tio Livramento. Dc um lado o edificio da Prefeitura c ,1o outro, o do BatUO lio llrasil.

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centros mais importantes, como Santa Maria, por exemplo que conta 60.000 habitantes. Explica-se E' que porque. Sant'Ana vive, quase à sombra do peso uruguaio. Moeda bastante valorisada, que eqüivale hoje e onze cruzeiros nossos, garante à cidade um movimento comercial superior aos seus recursos próprios. Muito concorre para isto a população da vizinha cidade de Rivera, que ganhando em pesos, gasta em mil réis. (Em mil réis, sim, porque o cruzeiro ainda é escassamente conhecido e muitos não o querem aceitar, sobretudo quando em moeda, sob a alegação de que não circula).

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CIDADE-TURISMO. VELHA ASPIRAÇÃO SATISFEITA Há uma perfeita emulação entre as duas cidades, emulação puramente oficial e comercial, porque social e racialmente as populações se entendem muito bem.

Vista do Parque Internacional em Livramento

E SENTIN.ELA DA PÁTRIA ARMANDO P. PEIXOTO Xota-se essa curiosa competição ao percorrer a rua principal que separa as duas cidades. Do lado de cá temos a rua dos Andradas, de cerca de um quilômetro e meio de extensão. Rua irrepreensi*. cimente calçada, com excelentes casas de comércio. Do lado de lá, a rua principal é a Avenida Sarandi. Também de um quilômetro e meio de extensão Rigorosamente, são quatorze quarteirões de cem metros cada um. Seu comércio, sim, é bastante superior an nosso. Vi três lojas que são autênticos magazines e poderiam estar perfeitamente instaladas em qualquer grande capital sul-americana. Na nossa Avenida Rio Branco suplantariam muitas das nossas casas de comércie. A rua dos Andradas teve o seu calçamento recentemente melhorado. E a admi-

nistração uruguaia, no afan de manter a rua principal da cidade em iguais condições, está realisando ali obras de apreciavel vulto. Cogita ainda da instalação de um mercado livre, que sirva às populações fronteiriças com o conforto e a facilidade dos grandes centros. Saiit'Ana, que se empenhara junto ao governo federal para alcançar uma velha aspiração, conseguiu-o, afinal. E' hoje cidade-turismo. Isto lhe possibililará construir um hotel-casino e outros melhoramentos mais à altura do conforto necessário aos seus trinta mil habitantes. ESFORÇO

PATRIÓTICO

A rua dos Andradas termina no centro do Parque Internacional, onde foi erigido

Aspecto de uma das ruas principais de Livramento

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o marco divisório das duas cidades. E* muito fácil, de resto, constatar até onde vai o território brasileiro, pois os cartazes e Ietreiros são todos escritos exclusvãmente no nosso idioma. Do lado de lá a situação se inverte e a população local só se expressa em castelhano, em bora dominando o português. \ í um curioso cartaz de cinema, pennanentemente colocado no centro da rua que divide os dois paises. De um lado, o anúncio em português: do outro, em castelliEiio, com o título do filme fielmente traduzido. Mas como o cinema está situado do lado de cá, os Ietreiros das fitas são em português. Quando ocorre o contrário (os cinemas de Rivera também fazem propaos freqüentadores ganda em Sant'Ana) santanenses teem de conformar-se com as lengendas em castelhano. Não há, para eles, nenhum segredo de idioma, que falariam correntemente, si necessário fosse. Xão o falam, porém, porque querem conservar bem vivas as características da nossa língua e dos nossos cosi umes. SanCAna é sentinela avançada da nossa civilisação no que ela tem de mais caro, que é o amor patriótico. Merece, pois, a simpatia e admiração de todos os hrasileiros pelo esforço notável que desenvolve, lá nos confins da nossa fronteira meridional, em favor da nossa unidade espiritual. A porta de um café local, observei uni episódio sobremodo significativo. Conversavam animadamente três amigos, doi- brasileiros e um uruguaio. Aqueles so falavam "tuguês c este. castelhano. Ao se sepaP' (Continua no fim do numero)

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C LAGRANTES colhidos na última tarde turfistica do Jockey Club, através dos quais se pode bem aquilatar a finura e elegância da concurrência que aflue para o aprazível recanto da Gávea. III— 194 4'


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^^ElHH_HH_pM__I Uma procissão... scbre água. Esta é uma curiosa tradição nordestina, a procissão de São Pedro, no Ceará. Tomam parte, como se vê, dezenas de jangadas, o que empresta ao cenário dos "verdes mares bravios" uma beleza toda particular..

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O comércio de... água, na região do Rio de Contas, em pleno sertão, é rendcso e... tem grande concorréncia. Quanto valerá, hoje, quande do tudo subiu assustadoramente "precicpreço, um barril do já so liquido" antes da valorização ? "tejupar" Em baixo desse de folhas, viaja-se quase tão bem ccmo num camarote de luxo de qualquer grande transatlântico... E' um dos meios de transporte pelo Rio das Garças, afluente do Araguaia.

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«J Muito brasileiro^» Quando saboreamos, à mesa de um restaurante, um gcstoso prato preparado com palmitos, nem de longe dirigimos ao herói que o colheu um pensamento de gratidão... Este patriciozinho é um dos tais que enfrentam a mata, sem medo para tirar o suculento paimito... que out-Os saborearão. O bom bocado...

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29 _e dezembro do ano findo tomou posse de sua cadeira ria Academia Brasileira de Letras o senhor Getulio Vargas, presidente da República do Brasil. É a primei, d vez na história das instituições literárias que um Chefe de Estado, na pienitude de seu prestígio, se despe das altas prerrogativas de seu cargo para surgir aos olhos da opinião pública em sua outra grandeza intelectual. Até agora, no continente americano, a Colômbia era o país da América que se org-.ilhava de elevar à magistratura suprema presidentes por excelência intelectuais. Nesse sentido a história republicana daquela Nação está cheia de nomes e fatos. Sem haver sido um literato militante, o senhor Getulio Vargas foi sempre um espirito voltado para a beleza das idéias. Suas páginas de critica, escritas na mocidade, poderiam ser citadas como modelos de fôrma literária. As preocupações de homem de Estado, longe de o desviarem das leituras e dos estudos, como que acentuaram os seus compromissos com a arte de escrever e de comunicar-se com o mundo. Daí resultou que as suas campanhas, os seus discursos, as suas orações, puderam formar volumes em que a claridade do estilo fixou para a atualidade um ensaista da melhor tempera. Èssc o segredo da sua eleição. O discurso da posse não constitue surpresa na elegância de seus conceitos e na compreensão dos fenomenos literários. Jamais alguém lixou de maneira tão precisa e com tamanha arte de dizer a função do escritor e o papel das a

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Academias do que esse gentilhomem de Estado a serviço das boas letras e que, longe delas, tem sabido servi-las generosamente, realizando a sua obra e propiciando a escritores, poetas, jornalistas, os meios para melhor desenvolverem suas aptidões. Modelo de aticismo é a página com que o senhor Getulio Vargas documentou ainda uma vez a legitimidade de sua eleição acadêmica. Não precisou dourá-la de citações, de exordios e circunlóquios para que resultasse uma das páginas mais sugestivas e harmoniosas para a história das letras brasileiras Nesse sentido o seu discurso vale por uma reação contra as exaustivas peças oratórias com que os novos acadêmicos que'que rem provar mereciam a escolha. Contentou-se o senhor Getulio Vargas em dizer o que era necessário, justo, imprescindível, de acordo com o seu temperamento simpies, direto, substancial. A figura de Alcantara Machado, seu antecessor, não poderia encontrar analista tão penetrante e autorizado do que esse mestre de simplicidade que é o senhor Getulio Vargas, que concentrou na sua prosa despida de ornamentos,

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mas sólida de conceitos, a imagem do autor de "Vida e morte do bandeirante", retiticando juízos apressados sobre a timidez a este atribuída, em períodos que marcam o instante antológico da grande oração acadêmica. Coube ao senhor Ataulfo de Paiva, sem dúvida uma das maiores figuras da atualidade brasileira, magistrado cuja honra tem a pureza do arminho que lhe emoldura a toga, receber ao senhor Getulio Vargas no pórtico da imortalidade. A escolha valeu por uma consagração de prestigio moral e merecimento pjiblico. Desempenhando-se da incumbência que lhe (oi atribuida, o senhor Ataulfo de Paiva deu à sua tarefa um caráter de magistratura. Julgou. E a sentença que saiu de sua prosa dificilmente poderia ser superada em propriedade para definir e justeza para louvar. Pelas suas palavras falaram a inteligência da Academia e o coração do Brasil agradecidos ao estadista que creou as mais úteis oficinas do pensamento de uma nação, entregando-se à tarefa de coordenar e estimutar todos os órgãos que concorressem para sua unidade e fortaleza.

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a primeira a sentar-te. Vem capengando, o pé esquerdo metido num sapato gasto, de salto alto cambado. C outro pé num chinelo. Escorando o corpo, com a mão direita, pela parede e pelos móveis, procurando manter o equilíbrio. Alcança o seu lugar, na ponta da mesa, ao lado de uma das cabeceiras. JJ,

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Chega muito antes dos demais, e deixa-se ficar tranqüilamente sentada, sem nenhum sinal nem longínquo de impaciência, serenamente mergulhada nos seus incríveis noventa e três anos. Ha nela, pelo aparência, menos, na vitalidade bastante. O corpo conserva energia e vontade bem acesas. Mas o juizo talvez já lhe não atenda à rédea. Tem

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khM extranhos, mais próprios de criança, que é preciío estar vigiando atentamente. Não admite que a estejam pageando. E nessa autarcla senll, em que a razão vacila, a mio é insegura, a vista Já consumiu a melhor visão o os ouvidos cerraram para sempre seu trabalho — ela exibe um todo completamente excêntrico. Infantilmente se agarra a certos trajes — que não muda sinão levada por multa diplomacia ou barulho — a a roupa apresenta vistosas manchas de gordura e de poeiras. Baixa, enxuta de corpo. Os cabelos, cór de palha antiga e suj , ela os recolhe ao alto, num minguado có ue, semelhante à moda mil-e-oitocentos e tantos, e que deve ter regalado nossos avós, e que volta a tentar-nos, pois é comum tais penteados nas mulheres de agora. O rosto engelhado, a testa larga, as faces e o nariz, emplastrados de grossa camada de pó-de-arroz, branco, ressaltam-lhe, de pronto, pela llvidez. Numa das orelhas, que o cabelo repuxado para cima descobre por Inteiro e se afiguram enormes, um brinco de pedrinha verde coruscante, beiouçante, na ponta de uma correntlnha. Na outra orelha, nada, a não ser a clcatrii no lóbulo, onde antes existia a outra parelha do brinco, e que decerto ela perdeu. Inúteis óculos de lentes espessas, encardldas, pendidos indolentemente sobre o nariz saliente. Inútil porque ela olhs por cima deles e não se interessa mais par leituras. As meias grosseiras se enrugam e se retorcem pelas canelas finas. Vivendo o teu tempo sentada, a sala está toda ruttlda

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atraz, coma to (;i(»t ou bsralas tl.éitam se banqueteado no tecido. Aos ombros, sobre a bfusc r.V.ilíe usada, um chalé de trancas, que fal branco, e apresenta tom fulvo. Nos dedos de uma das mãos descarnadas e ossos arqueados, vários anels ordinários, com pedras coloridas. No pescoço, caindo sobre o peito, que certamente foi colo deslumbrante, um desses vulgares cftlares de contas, de duas voltas, maior e menor, imitando pérola, bastante falhadas, por se terem extraviado a maior parte delas. Não ouve. Mesmo no tõm mais alto. £ mais fácil fazer-se entender lentamente, pelo clciar dos lábios. Quasi não fala e nem mesmo demonstra desejo de prosa. Quieta, fica esquecida no seu lugar, Inconscientemente indiferente por tudo e por todos, a não ser pelas coisas que lhe dizem respeito: comer, dormir, empoar o rosto, vir para a mesa, ir para a sua poltrona, no canto da sala. Atos de puro Instinto animal, que não exigem mis romando. O espírito do tempo f!ue e «.Ia nem sente a necessidade de compreender u vida para viver. Clha apenas. Em seu olhar, ainda vivo, dlr-te-la resumir a chlspa de interesse. Corre a vista {estamento daqui para ali, como pássaro engaiolado. Pára seriamente nas pessoas e nas coisas. Segue as conversas e os Jestos dos outros. Indefinidos. Risonhos. Perscrutadores. As vezes parecem clntllar num seguro ár de mofa, de Ironia ou de piedade. Noutras ocasiões, uma nuvem de trltina mama lhe embaça as pupilas amareladas, num véu de angustia passageira. Assiste, ImvKsirel, ao que se proeessa ao redor. Poueo-a pyieo a casa vai sendo povoada de aaaaa, dt passos precipitados, entrebater i > portas, cadeiras que se arrastam. RuHm Ha talheres e de louças se confundem com risos' e InterJtlçSes. A sala espaçosa, um tanto sombria, por nio receber sol, agita-se e trepida, como núcleo central, no borborlnho. Há Ir e vir de pessoas, que se levantam apressadamente. As palestras acaloradas, a bem verdade gritadas, cruzam a meta comprida, à volta da qual os corr.-.ntalt so acomodam. Prosa de mocidade: que se compraz em deitar energia, tanto mais futll seja a causa cios seus entusiasmos. Raramente se reúnem ao mesmo tempo. Juntam-se aos grupos. Quando uns chegam, outros estão para se afastar. Na confluência do transitório encontro, falam. Gesticulam. Provocam-se. Empenham-se, como gravetos de fácil combustão, em disputas renhidas. Ela permanece, para eles, como se fosse um móvel. Parta lnt*|ra>ite do conjunto Inanimado da sala. Uma vez ou outra, — quando o assunta wwola, ou se «Juntam comensals de l-nagfewale menos fogoaa — ela serve de alva At setas malkloees. Dizem-lhe coisas dlspiratadas. Que ela se esforça por intender, num vago sorriso acolhedor, abrindo um tanto os olhos, para melhor Iluminar a tropega Inteligência, no grande esforço qua faz. E não entende. Ou compreende mal e responde trocado. Acham-lhe então Indiilvol graça e todos rlsotas. entre comentam Jocosamente, Ela tambem sorri, um sorriso apagado. E faísca aquale Mm de piedosa Ironia, dot que muito viram e multo sentiram, através da longa vida. E a ultima a retlrae-se, depois do ter saciado bom apetite, sempre voraz, de olhar guloso voltada para a empregadlnha

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qt'e serve à meta. O refeitório Ji entio cochila, penetrado de sonolenta quletude, que parece maior e mais profunda, após os saturados ruídos e agitações. Levanta-se a custo. O corpo cada vez mais enxuto vai ficando cada vez mais pesado. Curvada, manqultolando, vai ao etager e toma a bilha e bebe da água fresca, só para ela reservada ali. E se entrega aos braços da companheira de tantos anos, a poltrona antiga, que no assento, em lugar da palhinha, contém um travesseiro de palna, batido e duro. E por cima dos óculos de lentes grossas, as palpebras empapuçadas entram a pesar, como se tivessem chumbo. Esforça-se em mantê-las abertas. Fixa o olhar no enorme relógio, uma dessas raridades Imperiais, móvel de caixa estreita e longulsslma, duns dois metros e melo de altura, postado no canto. Acompanha magnetlzada o vai-vem do pêndulo enorme. Ao lado, no alto da parede, o seu retrato de tempo de moça, espia para ela. Moça de beleza opulenta, dominadora. A névoa de sono irresistivel distancia e esfuma o retrato. Aprofunda-lhe -a atenção por mais alguns Instantes. Cabeceia. Afinal, aniquilada pelo torpor, descal a cabeça sobre o peito murcho. E no cérebro, onde restam poucas forças, fibras já extremamente esgarçadas, a moça do retrato a persegue, febrilmente. Tudo muito confuso. Trapos mais decisivos da longulsslma esteira palmilhada vêem, baralhadamente, à tona, difusamente, caleldoscoplcamente. E se v» sotlnha. Ele morto. Os filhos mortos. Sem netos. Obstinadamente resistindo ao tempo, no vaslo descampado. Ao redor e para alem, cruzes e cinzas. Sóslnha, sem raiz no presente ou no futuro, a mercê de distantes parentes, silenciosamente apenas ouvindo ot vagos sopros do passado. Ao pó da velhinha a criança brinca, com uns toscos pedaços de madeira. Quasi três anos de Idade. Nutrldlnho de carnes, como a maioria das crianças dessa Idade, em que a natureza ainda esto em plena gestação de toda a pujança futura, e as reservas orgânicas, novas,

I I I — 1 9 4 4

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açodem em abundância. Em contraste, a criança que ali brinca possue a côr extremamente pálida, descolorlda, de criatura prisioneira, distante de sol. Menino vivo, que as calças compridas e os cabelos tosados muito rentes, imprimem aspecto de homemzinho. Prosa. Ouvinte atento. Repetidor inconsciente de tudo que ouve. Imitador do que vi. O pai ó professor de pedagogia Infantil. Esti fora, de manhã i noite. Quando «m casa, quer distancia do filha,, par* poder preparar o trabalho do dia posterior. Di ao filho um ou outro afago ou carinho, de passagem, distraído, nervoso, apertado pela tarefa que deve atender, Imperiosamente. A mãe também professora, também absorvida pelas tuas dificuldades. Leciona distante e regressa à noltinha. Casados de poucos anos. Retldem no apotento da frente. O menino veio ao mundo de oferecido. Eles nio queriam e nem mesmo podiam pentar nesses luxos. O garoto esperto, pálido, gorduchlnho, flor de estufa, oio se perde sósinho. Corre por aqui e por ali. Mete-se entre as saias de uma ou de outra senhora da casa, pedindo coisas, curiosando. Senta-se à mesa com os rapazes, que lhe fazem gracinhas e festas convencionais, ensinam-lhe nomes e atitudes fortes. Cie os imita. Multo dócil, vai ganhando uns restos de afagos e carinhos padrastos. Chama aos rapazes de tios, às senhoras do tias, i velhinha de vovó. Quando ot moços vêem da rua, corre ao encontro deles, enrosca-lhes pelas pernas ou estende os bracitos rollços, dando beijos nas faces, como faz com o papai e mamãe. A vista de outras crianças de sua idade, ou pouco mais velhas, quer quebrar-lhe os braços, torcendo-os com uma força desconhecida, perversa Agarra-os frenetlcamente e a custo é afastado. £ o seu modo selvagem de tentar amizades. Raramente é levado i rua, que exerce sobre êle fascinio.dos mais fortes. Arrasta com dificuldade a cadeira, na qual se empolelra. E de rosto colado na vidraça

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ASSIM

quasi opaca pelo colorido vermelho, segue o movimento. A rua faz frente a um colégio enorme, sempre apinhado de meninos em algazarra, que passam, que correm ou que gritam. E de vez em quando os pesados carros fechados elétricos estremecem violentamente a casa e tillntam a vidraça. O pequeno se agarra assustado ao peitoril da Janela e dilata as pupilas, apavorado. O mundo exterior o atrai. E se esquecem a porta aberta, Ji se sabe: escapa como um animal longamente acorrentado. Corre. Vio encontra-lo entra outras crianças, melo acuada, pasmado para elas, como gente grande entre seres extranhos, desconhecidos. Porque no meio de outras crianças, em grupos, êle se Intimida, tem medo, se abobalha. Recolhem-no e o enchem de ameaças, no caso de fugir outra vez. Pintam-lhe a rua como reglio infestada de medonhos perigos. O moleque da casa, um pretinha sabido como quê, malandro, desforra -se no garoto, nessas ocasiões. Dá-lhe safaneas e conta-lhe histórias arrlpiantas. O que, aliás, mais referve a curiosidade o anseio do menino. A rua é um enigma que o atrai irreslstlvelmente. Afinal, cansado de andar, enxotado da cozinha e dos aposentos extranhos e da varanda, multo atravancada, êle vai sentar-se no chio, ao lado da velhinha. E hora de calma, no sombrio lar. Junto da ancian, deixam-no ficar esquecido. Entretem-se com qualquer coisa. Pedaços toscos de madeiras. O chinelo da velhinha. Faz de conta que ó um carro, Até cansar-se. que íle zlgue-zaguela. Abandona o corpinho no próprio soalho,* e dorme sobre o braço, o Corpo emodllhado. Na sua face hi tranqüilidade. O futuro, e que desde Já lhe vai brutalmente modelando o ser, e desde Já o vai' transformando das muitas em uma vitimas da absurda vida moderna, o futuro nio lhe ensombra o sono. Nem slquer sonha. Dorme. Sósinho, abandonado. Tal-qual a velhinha, ali junto, de queixo enterrado no busto, submersa nos seus Incríveis noventa-etrês-anos.

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— Um cego me disse: — "Uma esmola, pelo amor de Deus, linda senhora". — Se lhe disse "linda" foi para lhe fazer crer que era mesmo cego.

Garçon! Eu hoje quero comer bem. Que é que você me aconselha? Com franqueza... E' melhor ir comer em outro restaurante. I

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1 — Pois eu cá sou assim, meu amigo; tenho sempre um olho no passado, outro no presente e outro no futuro. MALHO

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Como está passando o senhor? Não vou bem, doutor. De cinco em cinco minutos, tenho um acesso de tosse que dura mais de meia hora.

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ESDE o dia que Ibrahlm Azahur Maluf soube que pelos arredores de Slchem tinha sido visto um grande urso negro que por noites sem lua andava a atacar o gado que pastava nos campos de Mohamed Ali Mirza, o mais rico criador de toda aquela região, nunca mais teve sucego. Todas as suas convertas passaram desde entio a se desenrolar em torno da sanhuda fera que tão audaciosamente descera as montanhas do Hebron para vir afrontar os melhores caçadores, nao só da terra em como de todas as aldeiolas às Jordão.

que nascera margens do

O próprio Mohamed que era quem mais sofria com as incursões do terrível plantigrado aos seus rebanhos, nem esse tinha talvez tanta preocupação em arranjar uma forma P*ra dar termo a semelhante situação que ¦ brahim Azahur Maluf! - Que se há de fazer - dizia Mohamed Ali Mirza, a cofiar as vastas barbas proféticas e veneraveis - se a fera é bastante esperta para se não deixar colher de surpreza em qualquer armadilha? Bem que os homens que vigiam seguido os

os meus campos teem lhes passos e lhes farejado as

P«gadas ! . .. Mas quando eles menos esperam lá vem o dia em que esse maldito urso, sem se saber como, me leva do cercado o melhor torneiro ou a mais gorda ovelha, e o faz com tanta habilidade que, nem os rastros de sangue da sua

vitima, deixa éle sobre a terra húmlda encharcada pelas chuvas!... Só polo alvoraçado balido das ovelhas é que os maus empregados se apercebem que per entre elas ou

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andou a destemida fera, mas quando chegam -por Allah! — nem mais a sombra lhe divisam no solo!... Ainda assim se os argumentos de Mohamed pareciam judlciosos e claro* quem deles não participava era Ibrahlm. E como não compreendia que os criados de Mohamed Ali Mirza, deixassem escapar assim Uo impunemente o urso com que vivia a sonhar noite e dia, logo Ibrahlm resolveu reunir os amigos - caçadores eméritos e corajosos como èle — para um entendimento, em certa noite, na mercearia do velho Moyses. Reunidos em torno de uma pequena mesa, ao fundo da loja, e em meio de copos de vidro grosso, onde brilhava a melhor igua-ardente de Slchem, Ibrahlm tomou a palavra : - Meus amigos! Estamos aqui em doce confraternização, para estudar um meio de darmos fim a esse maldito urso, que anda a perturbar as ricas pastagens de nosso irmão Mohamed

Ali Mirza, o qual, como já deveis menos de um mês teve prejuízos superiores a seis terneiros e outras tantas ovelhas, em vésperas de cria !... Mas o pior que isto, é que pelo caminho em que vae o desplante desse maldito animal, não só nós mesmos teremos as nossas terras invadidas, como teremos talvez que lamentar danos maiores... Talvez até que ela ouse atacar filhos, os nossos as nossas mulheres... saber,

Lto

em

Sendo assim, urge que pensemos combate a esse terrível urso .. .

em

dar

E fazendo uma pausa, Ibrahlm continuou, depois de ter atirado á guela, um bom trago , do álcool: — Eu por mim Já pensei que a mais prática maneira de lhe darmos fim,

29

seria o nos reunirmos todos numa caravana, como um só corpo e uma só vontade, e depois de bem armados, vadearmos o rio que passa so sul de Efralm, para irmos colher a fera em seu próprio antro.. . Que tal achais a minha Idéia, Samuel Maruf? Maruf

que acabava de emborcar o sou ainda com o dorso da mão peluda e grossa a enxugar os bigodes, explicou: — Na verdade a vossa idéia, querido Ibrahlm, copazlo,

é excelente, porém muito mais que o propósito de defendermos os rebanhos de Mohamed Ali Mirza, que possue servos próprios a tal mister, está a reputação de cada um de nós outros, caçadores que somos... Depois, se é certo que esse urso negro vale bem a pena que arrisquemos por êle as nossas vidas, multo mais logo será que lhe discutamos Já a posse, antes de subirmos a serra do Nagarl para surpreendê-lo em sua própria toca ... bem! gritaram os companheiros. Bem, já que estais de acordo comigo e no perfeito entendimento de minhas idéias — proseguiu Samuel — Julgo que devemos Muito

combinar já a quem deve pertencer a pele do urso? Será para quem lhe acertar primeira? Naturalmente! — interveio Ibrahlm. Mas acontece que talvez um só tiro não e desejado, lhe dar o fim baste para neste caso... Sim - replicou Samuel Maruf — possivelmente que o urso talvez só venha a morrer com uma segunda bala, mas esta tanto pode ser da minha caçadeira, cerne da espingarda do Ellas, do Jorge e até mesmo da tua ... Mas

se Isto se der - argumantou Ibrahlm, então dlvideremos a pele por

n

O

MALHO


tanto» quanto acertado...

sejam

es

tiras

qut

Ah! eis com qua nio estou de acordo — o Elias, que se limitara a'é então a ouvir a discussão entre tbrahim l Samuel.

"BICHAS"

fi S

hajam

interveio

!

E já num tom «le quem se sente antecipadamente prejudicado: — Por Allah vos juro que tenho pensado multo nesta caçada! E como advinho que a morte da terrível fera, sairá

do cano de minha cacadeira, Ji tenho destinada a pele do animal para um presente à minha noiva I.. Pois a mim — revidou Samuel — aa ar »»o urso debaixo da mira do minha espingarda, Juro que de sua pele terá o Jacob alfaiate, que arranjar o mais bela cap.te de

cair

esse

inverno, que se ostentará paragens... Que

tai

achas

a

de futuro por essas

minha

Fub/snoo Idéia,

Concordo — explicou o amigo, acanhadamente — Mas se por ventura couber a mim e nio a ti, semelhante felicidade, eu lh»

reservo

a

um destin bem mais que servir para torrar o leito de meus filhos. Aos rigores do inverno, de futuro, eles fkario desde entio Isentos, graças tio só ás cordas macias de uma polo diferente:

que eu minhas

ela

pale terá

mesmo curtirei mios I...

a

preparei

com

as

Entio como já todos tivessem combinado o destino a dar á pele do urso que pretendiam matar, foi que Ibrahlm Maluf voltou do novo ao assunto. -

Meus

amigos I Tudo está multe corto. E mesmo louvável qut cada um de vos pense em dar um fim útllissimo ao couro desta fora que anda como sabeis a devastar os rebanhos de Mohamed. Mas antes nio deveís ignorar que ainda nio há multo encontraram morto, na estrada perto da casa de Mohamed, um pobre mendigo que vivia por essas torras a colher a dádiva, o sobejo das mesas doa homens ricos... Chamava-se o pobre Joslas, e

tinha

a parte do corpo lacerado, quando encontraram. Dizem que foi atacado pelo urso, esse mesmo animal que fez correr a um filho do Ezequiel, o tanoeiro, e quantos outros o

talvez

mais...

tenho a dizer, que que tenhais decidido sobre os despojos da caçada, sem primeiro pensar que o urso ainda nio está morto, e que qualquer um de nós pode ainda ser comido apenas

Agora

lamento

por èle ! A reflexio amarga e Irônica de Ibrahlm Azahur Maluf calou fundo no espírito de cada um dos caçadores, e como Já era tarde, cada qual foi saindo da marcearia do velho Jacob levando na mente milhares de reflexões outras, todas mais ou menos pessimistas, frias, impenitentes. O próprio Ibrahim quando se despediu sW , tavernelro, até ele saiu a perguntar a ai mesmo. Intrigado: — Qual de nós quatro vae servir de pasto a essa fera maldita, se acaso nenhum de nós conseguir lhe meter uma bala no couro 7 E logo como um homem que volta ao raciocínio: — Afinal que nos importa que o urso ande a comer, a devorar os anhos do ' Mohamed Azlr Mi ris ?

Ele é um homem tio rico .'. . .

O

MALHO

a ax Ate

Jorge T

caudas formadas por pessoas, que, em AS quantidade fora do normal, esperam realisar alguma compra ou esperam o ônibus, nâo foram originadas pelas condições atuais provocadas pela guerra, resultando disso, a escassez de gêneros alimentícios e de meios de transporte Já veio de épocas anliquissimas. Conla Herodolo que em Pompeia eslava escasseando o pão, o qual sempre foi de trigo, mas que não era lá grande coisa pois os gregos, na Sicilia, fabricavam pão melhor, levando-o em navios para Paríenope

Or^e há agiota; ração de povo não 'tard oa a vendedores de balas, de •bugigangas,surgir bilhetes de loteria, sendo' até de exlranhar que não lennam surgido restaurantes ambulantes, barbearias, vendedores de refrescos e... salões de leitura. , Mas, se a coisa continuar, isso há de vir. "vol ->ssa Avenida se observarmos o falo a dbiseau", podemos ver uma série de formigueiros parados nos postes de parada de ônibus, atravancando a passagem dos transeuntes, os quais, para prosseguir seu caminho pela calçada, teem de abrir passagem a muque, quebrando a espinha da minhoca Os comentários que são feitos nessa ocasião não são nada aprecialivos, embora haja muitos filósofos e outros que procuram a bôa ocasião para namorar alguma "bichinha' assim resolwndo "in leco' o caso da manteiga. Se ela pedir o cartão de racionamento para um beijo, o caso se complica, porque essa classe de conquistadores não está racionada nem raciocinada. -- Chi, meu Deus -- lamenta uma patroa esqueci a caçarola no fogo. O feijão vae se queimar ¦ - E eu, que esqueci de dar de mamar ao pequerrucho - lastima outra Quando voltar vou encontrá-lo morto de fome. -- Ora, isto não é tarefa minha - diz um terceiro - Minha patroa mandou-me p'ra cá.

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de Nápoles) Esse pão, apezai (nome antigo de bem "dormido", ainda era apetecivel e preiendo ao pompeiano, mal fermentado. Quando chegava o navio, a noticia se propagava e o povo corna às padarias para comprá-lo. Havia desordens, atropelos, o que motivou providencias da poli«a daqueles tempos, colocando em fileiras os freguezes. Foi, então, que nasceu a cauda, ou cariocalmenle. a bicha' Como ludo que se repete vira hábito êm qualquer pais, lambem no nosso Brasil há cauda para se adquirir qualquer gênero que escasseie ou é só vendido num lugar Começou pela gazolina,"pelo querozene, exíendeun o açúcar, para a manteiga, invadiu a Avenida, a espera do ônibus, e só ainda não há para os bondes, porque esses veículos são elásticos e ainda adotam o "pingentismo" ou sardinhas extra lata Ha muita gente que se dana por ter de se meter numa cauda, esperando noras a fio para ser servida, ou pior ainda quando, chegada a sua vez o vendeiro responde-lhe na cara que já acabou o que èle tanto esperou. As bichas mais históricas no Rio foram as dos cartões do racionamento, quando muito marmanjo teve de faltar ao emprego, porque só êle sabia escrever ou forneo. dados necessários relativos à família. Atualmente algumas caudas começam em Botafogo e acabam no Mercado das Flores ou na rua do Ouvidor e, se avançam alguns passos em meia hora é caso de se dar graças a Deus. Na guerra, um avanço assim, já constitue uma vitória.

30

porque ela não pode ficar de pé muito tempo, por causa dos calos. E, meus calos sâo aTida mais danados. Quando, emfim, chega a vez, c,uem vendeu o produto, vem dizer-lhe na cara: - Não há mais -- Aí, então é que surge uma cauda de impropérios, irreproduziveis, não racionados, mas gratuitos Emfim, a cauda do açúcar, depois de ter amargurado tanta gente, voltou à doçura, a cauda da manteiga ainda perdura até nascerem mais vacas, a dos ônibus só cessará quando houver gasolina, a do cinema continuará. Efetivamente, a cauda é uma .bicha' "solitária" nem solidaria, não tem que não é cabeça, mas, a despeito da frase "in cauda venenum". o veneno está em toda a extensão da espinha dorsal desse animal humano, com membros independentes

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TOADAS

Quando chega esse domingo ? Que domingo mais custoso: Quando a gente espera o amor Tudo e tudo é vagaroso. Ele está encantado. Vaidoso por ser assim tão desejado. Sorri, aperta o cinto mais um pouco, e olhando bem para os olhos da sua morena flor, manda-lhe essa mensagem doce, prometendo o dia da ternura, do carinho... No domingo não é certo Mais certo é segunda-feira Eu le espero lá na fonte Minha flor de laranjeira. h noite já "Ratoeira" está quasi no fim e a toada romântica da vai se perdendo na suave ternura que envolve a noite. Agora é um cantador afamado que veiu da Penha de "Ratoeira", Ilapicoroi. Ele entra na sozinho porque não tem par. Então faz-se lizongeiro e galanteador. Canta a sua quadra procurando sabiamente agradar as moças da redondeza. E canta, de viola em punho, olhando a correnteza do rio Itajaí: A barra do Itajaí i Dá voiia como um anzol. As moças que moram nela São bonitas como o sol. E as moças sorriem tontinhas de faceirice. O cantador vence. E que vitória! A lua está tão grande! Pelo rio abaixo as balsas descem... E vai atravessando a noite, sempre, a triste, a sentimental, a esplêndida queixa: Ratoeira bem cantada Faz chorar, faz padecer Também faz um louco amante De seu amor esquecer

CATARINENSES LAUSIMAR LAUS GOMES

balsas estão descendo. Há vapores felizes... Que AS esperando os balseiros moleza na corrente mansa das águas do Itajaí. E que manha dolente na voz dos balseiros românticos, de camiseta de meia e i chapéu de palha... É madeira que as balsas levam, ou melhor, são os próprios toros gigantes e fortes que formam as balsas. Madeira rija que o meu pensamento quer que seja para construir casas, para fazer berços. Madeira com que Sebastião Caboto soube construir o seu barco de explorador. As balsas estão descendo.. Embienha-se na tarde uma ternura de vozes, como uma serenata em pleno pôr de sol... E elas se entrometem pelas chaminés da fabrica de papel, lá longe na "Barra do Rio", engolfam-se nas margens de "Navegantes" onde há caçambas velhas e_ locomotivas enferrujadas, da louca Cobrazil", que continua endireitando o porto Metem-se no verde du taboas e mergulham suavemente na água maiisa do rio sereno. O balseiro tem qualquer coisa do rio. E romântico, sonha com a mãe dágua, e é sentimental como um namorado da lena. Canta sempre uma quadra de amor. Versos simples, mas felizes, que o deixam envolvido num êxtase doce e momo: —Meu amor não mora aqui Mora lá em tubarão Debaixo de uma roseira Cobertinha de botão. A toada é singela, mas como traduz bem o pensamento de quem sonhai Que delicadeza de expressão, de. sentimento, do amor flor, do amor natureza, do amor que o balseiro sabe criar na sua alma simples. E de novo, na mesma toada dolente, outra quadra redonda de gosto e de anceio: Menina dos olhos verdes Da cor do mar quando é manso No dia em que eu não te vejo Meu coração dá balanço E ainda essa não se perdeu de todo no infinito, lá vem outra:

"Ratoeira" vai ser um suco1 da Ananinha. A Aprontam-se os pares, todos de mãos dadas, espera a sua vez de entrar cada nervosos, "Ratoeira" par cantar um o outro! na para para "Ratoeira"... E se descobre tanta coisa na Mas às vezes os versos são feitos a propósito e sabem esconder segredos de namorados. Combina-se até uma fuga de amor numa "Ratoeira" gostosa. Começa o'coro: Ratoeira bem cantada * Faz chorar, faz padecer também faz um louco amante De seu amor esquecer Lá, lá, lá, lá Meu magiricão , Dá três pancadinha D1S No meu coração Entra o Antônio da dona Josefina e a Maria Selistra. Tiveram alguma rusga? Parece Estão tio sérios. O Antônio que está com um lenço varmelhc no pescoço, tem aí já um motivo para a sua quadra e ao mesmo tempo busca uma chance para fazer as pazes: DU tros o encarnado é guerra Eu nio vim p'ra guerrear. Vim brincar com meu amor, Se _U comigo brincar. A Maria SelistTa, em tom arrogante, sacode-lhe a resposta Quando eu quis tu não quizeste Levaste de opinião Agora que estás querendo Agora eu não quero não. Diante dessa intransigência da sua Maria, feiticeira e caprichosa, o Antônio entristece, encolhe os ombros, volta paia o seu lugar na roda triste, encabulado de si mesmo. Mas parece até que o seu coração está advinhando que amanhã ela irá alrás dele Entram mais dois pares na "Ratoeira". Estão assustados... Desconfiados... A fuga já eslava meio combinada, mas faltava marcar o lugar do encontro. Mas como? Se os velhos nem "Ratoeira" querem que ela fale com êle? E a desta vez é a cúmplice Ela nervosa, inquieta, mal pôde r* prender no cérebro umas palavras v. ~ — uma Tudo foge dos para quadra. seus olhos, da sua cabeça Tudo. Só êle na sua frente, lembra-lhe uma fuga deliciosa, delirante, que ela nem acredita que se realize. E misteriosamente, sem esforço, suavemente, lernamente, ela canta o seu improviso.

Eu vou ver uma iormosa Não é santa é uma rainha. É a flor mais parfumosa Que nasceu para ser minha As balsas vão descendo e os balseiros vão sempre cantando... Mas nào é só na beira rio que existe esse. encantamento, não. Nas casinhas de sapé, nos ranchos das praias das praias do mar que banha as costas de Santa Catarina, também os homens sio assim. serenos, sonhadores, gostam de namorar a natureza e de encantar as amadas com os seus versos sentimentais e puros. O homem da enxada ou o pescador também cantam quadras que embalam, que enternecem A noite êle passa na casa da namorada, a Mana do Zé Antonho Ela está brotando noa stus quinze anos, bonita, eníeitiçando, remexendo com o coraçío do Doca da Coca. Ela abre a ;aneia espantada e medrosa, procurando esconder os dois feitiços nas duas mãos, para ve-lo passar, tarde, quando êle volta da pescaria E êle lá de longe, atira-lhe dois pares de versos tão bons, tão ternos, tão promeiedores Abriste a lua janela (^^Aí_^^^_ A luz bateu na ettrada. Sempre fosle e hás de ser Minha firme namorada. E depois, é" domingo no outro dia O domingo é sempre bom para se amar Vai haver festa no terreiro 11

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A ERA DA AERONÁUTICA CARLOS

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"História do Futuro", o celebre NA escritor inglês Wells — baseado nas profecias do Dr Philip Raven. ex-secretàrio da Liga das Nações — refere-se mefistofelicamente á éra dos homens do ar. Pertencerão aos remanescentes da atual catástrofe e dominarão o mundo por um VtTminado tempo — esse agrupamento de aviadores — de acordo com "Confeo estabelecido na hipotética rência de Basra". O homem do presente já difere muito do homem do passado, e naturalmente mais ainda diferente, será o homem do futuro. Tudo nos leva a crer indubitavelmente que, o homem a-pesar-do que, no momento ocorre, caminha para a destruição: mas, se nos detivermos um pouco e penetrarmos observadora mente nos Estados Unidos — onde todo um gigante povo se apercebeu de que o orbe terráqueo abala-se sismicamente — e a sua movimentação gira em torno de uma nova rota e convencidos de que. já não é possível — trabalhar, viajar e viver como há um século atraz. vertiginosa-

O

MIRANDA

mente adaptou-se ao presente e a passos acelerados marcha em Blitz — para o futuro. Para vencer a presente guerra a América projeta uma frota aérea que ultrapassa a mais de duzentos mil aviões — e que tende a aumentar após a paz — insofismavelmente esse pais vencerá a guerra — de acordo nlesmilitares da com os planos mo. Alemanha — que dissera — ganhará o presente conflito quem maior poderio aéreo possuir. Assim é que. em todo o território ttiTiil da América do Norte, educa*» MStrue-se a juventude para a éra 4o ar. multiplicam-se os cursos de aperfeiçoamento, cuja organização está sob a sábia orientação de grupos de pesquizadores universitários yankes — com a cooperação da aeronáutica civil — e de técnicos especializados em aéro-navegação. A idéia de uma nova éra — com bases na formação de uma salutar estrutura politico-financeira-econômica <— que estabeleça entre os homens uma cadeia de harmonia e paz — e esperança no sucesso final não os abandona um instante sequer — compelin-

QUER

POUPAR

32

do-os a ampliar os conhecimentos meteorológicos e seus detalhes no que concerne a natureza atmosférica e todas as suas acidentadas caracteristicas e a topografia do espaço e vácuo afim de que o piloto (homem do futuro) seja familiar com os caminhos aeronáuticos por onde ciclopicamente trafegará. O aeroplano primordialmente brasileiro — serviu na afirmação de seu genial inventor ~» para a calamidade humana — porém, servirá no futuro para a construção dp monumental e prodigioso mundo que, sobrevirá is ruinas do deletério e caótico que desaparece levando em seu fúnebre cortejo todas as guerras, toda hediondez, todo ódio e todas as nefandas demagogi.-s que estabeleceram a discórdia e os preconceitos raciais — para a aivorada de um dos mais belos e sublimes espetáculos que as maravilhas da Natureza nos oferece em seu gran"Arde ciclo prodigioso quc é o — misticio" •*< percursos de um mundo superior — iluminado pelos projetores culminantes da confraternização Humana.

TRABALHO

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SONHO

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IRLANDESES ALMEIDA DE PADU^ "workíiouses", os abrigos de miséria, onde o natureza era rude, sádica, impiedosa lhes proporcionavam era único recurso para aquela gente. As febres varriam morrerem de que fome, estirados sobre tábuas as populações, como tufões de gelo nesses êxodos e brasa, arrepiando as cidades. Todos os infectas, os irlandeses, embarcar para a tenebrosos, leitos, preferiam seus rios maiores transbordavam de num vida uma nova tentar e América e, em suas margens, agitadas de torvelinhos todoí" os de lodo, — polvos de-tentáculos de trevas, mundo estranho, enfrentando — as embarcações e as casas desapareciam, sofrimentos possiveis. "A. — tragadas peles gigantescos precipícios população, aos milhares, informava moveis. Os rebanhos, mugindo, o periódico Repórter, de Liinerick, a essa desesperados, entre as -águas pulfefalas, época - foge das praias da Irlanda Os cais se escondiam entre os desfiladeiros e estavam sempre cheios de familias que black-tongue, rogavam, soluçando, um canto qualquer morriam, "peste fulminados pelo a num navio de carga que as transportasse da língua negra" aos Estados Unidos. lamentavam York Os jornais de New aquelas enchentes terríveis que E eiam comoventes, dolorosas aquelas aniquilavam tudo. O Mississipe, o Missouri, cenas. M. Cobden, um humanitário estudioso o Ohio eram os Molochs de mil braços de do assunto, em um discurso pronunciado, lama que devoravam todo o norte do país então, contra a displicência com que as Mas, -para compensar as insidias da autoridades permitiam aqueles êxodos, natureza, tão monstiuosa e ingrata o relata, emocionado: "O homem e, de todos os seres da homem sabia lutar E, diante das abismos casa, da aluvião, que lhe destruiam a Criação, o mais dificil de deslocar-se do seu nas enxurradas, e lhe queimavam o sangue, habitai. Afasta lo do seu país de origem em tremores de febre, êle vencia. é mais penivel do que arrancar as raizes Enquanto que, nas regiões setemtrionais, a um carvalho. Ah! cs signatários de as chuvas caiam sem cessar, alagando petições, que esperam angustiadamenle, nas os vales, insaciavelménte, nas regiões docas de Santa Catarina, o seu transporte meridionais a seca era pavorosa Nem uma em fúnebres viagens, nos velhos barcos do Governo! Quantos pobres emigrantes se gota dágua descia sobre os campos vêem sentados sobre as pedras do cais com ilimitados A terra fumegava, sob o sol os olhos humidos de lágrimas de ternura por as forças lôdas sugava lhe que aquele sólo que vão abandonar para sempre1 E, entre o norte, que a afogava, e o sul, que a carbonizava, a nação americana Tenho presenciado a partida desses lutava obstinadamente. navios de enormes velas encardidas, grandes O pioneiro não temia o escalpe dos Mersey, rumo aos Estados deixam Apaches, nem as pestes do Mississipe, que Unidos..." nem os bisões de Iowa. Sua espingarda, Aqueles infelizes não linham oulra seu cachimbo e sua enxada eram as coisa a fazer sinão irem para a América. fronteiras do seu mundo dentro do qual E todos queriam partir, ainda que com a vivia com a sua familia. Os seus horizontes alma inteiramente no escuro, sem esperança, eram sempre os mesmos mas não se aflita e humilhada cansavam de ampliar-se, de crescer para as alturas e para as distancias. E tanto se estenderam que tôda a Terra, hoje, cabe dentro deles. Não há dúvida que o homem, nos Estado's Unidos, é um herói, que saiu triunfante de lôdas as batalhas telúricas em que se empenhou. Não só das batalhas telúricas, mas, também, das batalhas meteorológicas. Dominou os elementos, e, depois de subjugá-los, transformando-os em ciclopes obedientes, obngou-os a servi-lo Atualmente, a natureza não dá mais trabalho aos americanos As pontes formidáveis, as represas prodigiosas, as estradas de ferro intermináveis são as cadeias com que o homem, lá, subordina, completamente, o meio à sua vontade. Subordina, sim. Mas, no principio, como foi angustiosa a lula! O pioneiro, porém, não desanimava Principalmente aqueles que vinham emigrados ou exilados da Irlanda, expulsos das suas terras, nos porões dos navios lúgubres, atulhados de toneis 3 de iardos. Em suas fisionomias, iluminadas pelas candeias de bordo, que oscilavam, durante as noites infindáveis, nas travessias do oceano, havia aquele lampejo de energia e dignidade que os middlemen , em suas apagar perseguições, jamais conseguiram Odiando o ambiente repugnante dos I I I — 1 9 4 4

De Lencaster, de Meinsler, de Uisler, de Connaughl seguiam as levas infinitas, pelo mar afóra/ dolorosamente. A Irlanda despovoava-se. "Enquanto quis e c 46 a sua população ..000 de habitantes, era avaliada em o recenseamenlo de 1851 não constatou sinão um total de'6.215.794. O deficil foi, como se vê, de 2.084.206, em cinco anos!" - comenta o autor de uma estatística levada a efeito naquele tempo, estudando o problema. Mas essas correntes humanas que embarcavam para a América do Norte levavam dentro de si reservas profundas de ideialismo. As antigas virtudes célticas, acêsas no íntimo da raça, não se exlinguiam às vergastadas da fome e do frio. Ao contrario, se atiçavam, expandiam-se, mtensificando-se na miséria, como as chamas revoltas dos altares dos druidas em plena tempestade. E, indo pafa o outro lado do oceano, êles sonhavam construir uma nova Irlanda, muito maior, muito mais poderosa do que aquela em que haviam nascido, uma Irlanda extraordinária e alegre, onde os edifícios fossem tão altos como as nuvens que pairam sobre as cordilheiras e onde os homens fossem tão simples como crianças Uma Irlanda ideial, que seria cantada por um outro Merlin de uma era de progresso: Will Witman... Uma Irlanda em que o emigrante vem a ser o vsWte pioneiro que os homens de Estado admiram e que a poesia celebra. Sob o seu machado, as florestas tombam,sob a sua charrua, as sementes germinam,do seio da sua mulher, bendito e fecundo, como o da terra, multiplica-se, em torno dele, a multidão dos seus filhos. A solidão dos campos,' imensa e palpitante, murmura como um enxame de abelhas eternas, abrigando-o. E essas colmeias do deserto, um dia, libertaram-se e vão, na asa das locomotivas, levar ao longe, no Oeste, o mesmo ardor de criação." (*) Uma Irlanda de titans que caminham sempre para a frente, sem olhar para trás... "L'Hiiloire de 1'Emigration tu (•) — Julei Duval — XIX siècle".

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II GRANDE

CURIOSO GALVÃO

lançava para o espelho algum olhar indiferente.

CARLOS MARIA DE LA CONOAMINE de maneira às mulheres, o geral, ATRIBUE-SE, da curiosidade pecado excessiva. Será, a mulher, porém, mais curiosa gue o homem? Não é por abelhudo gue estou fazendo esta pergunta, tão simples. Mas não sei se estarão lembrados do gue contava - se não estou em erro Medeiros e Albuguergue, sobre a vaidade feminina. Narrava êle — e se não foi êle alguém foi — gue tendo

Tôdas o são, as eternas Evas, ao seu modo, menos ou mais, com mais viveza ou mais

ponto onde havia um grande espêlho, gue refletia em corpo-inteiro as imagens dos gue por ali passavam. E constatou, do seu ponto de observação, gue todos os homens gue subiam paravam um pouco, miravam-se, uns, para fazê-lo, fingindo ajeitar a gravata, outros, os cabêlos ao passo gue apenas uma ou outra dama ou senhorinha O MALHO

ser corrigueira, chega a impres-

Daí concluiu o nosso siollarconferencista gue o homem Entre os homens, porém, é muito mais vaidoso e faceiro ®X^1U ®sse exemplo notabifoi La Condamine, gue a mulher... embora se Jissi1110 gue levou tão a gue diga o contrário. homem sério o seu desejo de ver r> í li _i ConIO caso da abelhudez tudo de saber (ud d a mesma 001547 nhecer, provar, verificar Quem conhecer algo da tudo, gue morreu de uma vida de Carlos Maria de La operação a gue se submeteu, Condamine, êsse grande desnecessariamente, por simcurioso cuja existência pies curiosidade... encheu de anedotas o século E as anedotas gue se XVIII, concordará em gue a contam de sua vida de * tem seu fundapergunta perguntador impenitente? mentoNarram, por exemplo, as crônicas do seu Com efeito, depois da tempo — êle nasceu eiç 1701 — gue grande curiosidade de Eva, a respeito das conversas da serpente, nenhuma outra mulher se tornou notável, ou "cartaz" e destague ganhou curiosa. por

de fazer uma conferência em determinado salão, postou-se ao lado da escada, enguanto chegavam os gue iam ser seus ouvintes, próximo ao

passou a gue nem

cautela, afirmou

e o

Charles-Marie chegou certa vez a uma aldeia italiana, situada a beira-mar, e notou em um nicho uma vela, ou

lamparina, acêsa, embora fosse dia. Para serve essa guê luz?-indagou,curioso, a uns pescadores gue viu perto. Para guê serve? Pois o signor" ignora se gue essa luz se extinguisse o mar invadiria a aldeia?! Devéras ? E vocês teem certeza disso? Já tiraram a prova ? Deus nos livre de tal! — exclamaram os pescadores, cheios de susto ante seus modos irreverentes.

QUEIROZ

Foi com Charles Marie de La Condamine e com Madame de Croiseul gue ocorreu a conhecida anedota gue anda por aí em bôca, sem gue contam declinem "herói". do

Passado o primeiro estupôr os pescadores decidiram puni-lo. Avançaram para êle e o curioso-mór mal teve tempo de safar-se...

Sentindo-se pilhado,e guerendo salvar as aparências, Charles-Marie arranjou a

La Condamine, porém, repentinamente se voltou, soprou com força e... apagou a luz!

emenda

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pior gue o soneto, pois exclamou, desastradamente: ~~ Oh! Minha senhora! Como é injusta! Asseguro-lhe nada li!!

mais

donzelas gue o amor, pois êste vem sempre depois gue aguela for satisfeita, muito

/J

gue

Estava escrito gue La Condamine passaria

tarde...

Por ser, assim, coisa generalizada, a abelhudez feminina 34

de bôca os gue a o nome

A senhora de Croiseul, em cuja casa êle se achava, escrevia uma carta, guando êle veio, de mansinho, e não sabendo resistir à curiósidade, ficou a lêr, por sôbre seu ombrqo gue ela escrevia. "fidalga Nota,ndo-o, a acrescentou, fleugmáticamen" te a carta: Dir-lhe-ia muito mais si o Snr. de La Condamine, gue se acha por traz da minha cadeira, não estivesse lendo o gue escrevo".

gualavelSimão, o-Caolho, gue a curiosidade tem perdido

mais

DE

à His-

tória, encarnando o papel de-curioso-mór do sexo forte. Contam gue, encontrando-se um dia em Constantinopla — na Constântinopla do seu tempo — e tendo visto várias vezes aplicarem "suplício o das bastonadas", aplicação gue era feita ern criminosos vários, e sempre nas plantas dos pés, teve curiosidade de conhecer o grau de sofrimento gue êsse castigo produzia. Entrou, então, em um Bazar, furtou ostensivamente um objeto, foi preso, como desejava, e experimentou o "prazer" de vinte e cinco bastonadas nas plantas dos pés! Inegualavel

bisbilhoteiro!

Haverá, pois, guem conheça essas — e outras — passagens de sua vida, sem se sentir inclinado a admitir gue o primado da curiosidade cabe homens ? a nós, os melhor argumento existir .do poderá gue a evidência dos fatos? E gue fato mais elogüente do gue êsse de La Condamine se ter deixado operar — sem necessidade — e sucumbir em conQue

seguência, por simples, mera curiosidade? I

I I — 1 9 4 4

III—

1944

35

O

por

MALHO


j é. "A capacidade de discernir o essencial e ocupar-se disse esrenciai vos conduzirá àquilo que dtnomino intuição." (KRISHNAMURT1 ~ Boi. Out. - 1931. Pág. 37.)

somente no mecanismo do seu corpo, realmente, o homem será INTEGRADO apenas igual aos animais. Mas. o homem não ê spmente o corpo físico mantido pela nutrição: éle representa outras influências que evidenciam sua qualidade de ser pensante e criativo. Podemos, pois. reconhecer na sua essência, a distinção incomparável da função do seu entendimento — a inteligência. Por não ter podido sentir a natureza do essencial, tem escapado ao observador cientifico as características excepcionais do homem: pensar e criar. E, por muito adiantada que andem as cousas relativas ao desenvolvimento cientifico, êste não tem tido um objetivo, um emprêgo, muito além da satisfação aquisitiva e egoisticamente destruidora do "eu". Não quiz ainda o homem civilizado organizar sua educação, sua cultura, na direção de sua própria natureza, do seu próprio subconciente. por onde unicamente é possível abrir o caminho que conduz à felicidade inteligente. Pelo caminho introspectivo. o homem atingirá as essenciais qualidades do ser pensante, pois essas qualidades encontram-se prisioneiras do seu velho subconciente. Nêsse estado, isto é, por traz da barreira de memórias mortas, encontram-se muitos homens já capazes de viver o pensamento essencialmente creativo. Já capazes de usar. com pleno discernimento o conteúdo do sub-conciente. Não é fórça de imaginação o dizer-jr que o homem, embora essencialmente bom e inteligente, não é feliz porque não pode usar sua característica essencial: o entendimento. Não tem essa felicidade devido haver subordinado ao desejo de

posse sem inteligência, a sua caracteristica essencial. Se assim não fõra, por que deveria êle perpetrar a destruição do seu próprio semelhante? Fechado como está, o homem, em geral no casulo do seu velho sub-conciente (tradição), dos seus hábitos e costumes mentais impostos ou deixados pelas crenças, Transformados em memórias paradas que envolvem a sua inteligência, perturbado pelas contradições que essas cousas encerram, e ainda, por se ver, às vezes explorado, e às vezes explorador, não pode êle libertar-se para realizar o quanto lhe sugere a intuição e a inspiração*. Pelo hábito de não pensar livremente, guarda o homem timidamente todo o cabedal de sabedoria que dimana das suas aspirações. £ como não sabe usar sua sabedoria, usa. forçado pelo hábito velho, somente da astucia e do medo. em defesa da sua existência. E assim que costuma o homem, despercebidamente, aumentar o peso já avultado do seu velho arquivo sub-conciente de civilizado. Com sua vida (entendimento) assim, blindada pela ilusão, não pode o homem perceber diretamente o auxilio dos instrutores, quando êstes- falam na línguagem do amor e da sabedoria. Referindo-se ao seu próprio sub-conciente. Tagore. o poeta universal, cantou assim: "Eis

a minha oração a ti. Senhor! Fêre. fére a raiz da miséria do meu coração! Dá-me fórças para suportar fácilmente as alegrias e as tristezas! Dá-me fórças para tornar «meu amor frutífero e util! Dá -me fórças para que jamais eu possa desprezar o pobre, nem curvar o joelho ante o poder insolente! Dá-me fórças para levantar o espirito bem alto, acima das futilidades de cada dia! Dá-me fórças para que me humilhe, com amor. diante de ti1"

Mas, quem é o senhor a quem fala Tagore 1 Outro não é senão o sea entendimento, a sua razão pura. o seu discernimento exprimindo o aféto e o amor. Essas, são expressões essenciais do ser humano, que se esforça por libertar' se do sub-cc*iciente, êsse portador das memórias velhas. São o afeto e o amor às realidades eternas, apenas suprimidas dos desejos pela insatisfação egoistica "eu". de posse individualista do Homens como Tagore trazem a missão de cultivar jardins em volta dos subconcientes ressequidos pelo passado. Tagore é o instrutor da beleza na vida do homem não desperto. Êle deixou para o mundo que ai vem. a harmonia dos seu* cantos de amor e beleza. Na atualidade, ^ mundo possúe um outro gran<i; instrutor da mentalidade re»iurgente. Seu nome é Krishnamurti. Sua mensagem é a única que a humanidade está recebendo nesta hora de transformação de mentalidade. Seus pensamentos despertam os homens que estão mergulhados no egoísmo avassalador do espírito de posse. Sua palavra te destina a iluminar a face e o intimo do homem mental, atualmente envolto nos sistemas decaidos. Seus ensinamentos mostram o caminho da vida. mantido em confusão até o presente pelos intermediários da verdade. A linguagem de Krishnamurti é universai e cósmica. Sua sabedoria não se apoia em nenhum sistema filosófico, religioso ou doutrinário; é insofismável e incorruptível. Embora simples, os seus pensamentos podem ser desenvolvidos iiifinitamente. Eis aqui. um dos* 32 verso? de que se compõem "O canto da Vida", de Krishnamurtt: "Como a faísca Que dá calor Está escondida entre a* cinzas escuras. Assim, ohl amigo! A luz que há de guiar-te. Está escondida Sob a poeira Da tua experiência!" Leitor amigo! Guarda no intimo do teu coração, do teu entendimento, agora que o mundo está sendo submetido à / destruição, o luminoso nome de KrisüNAHURTI.

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Bandeira do Brasil! Estandarte ondulante aos quatro ventos, Salpicado da prata do Cruzeiro, ungido pelo beijo das constelações... Glauca Bandeira, Onde perpassam o verde de mil campinas, Toda a coragem dos peitos fortes, As vozes harmoniosas e juvenis Dos que cantam os teus louvores. Áurea Bandeira, Dourada como as espigas que Rute, a Moabita, Mulher piedosa e fiel — colhia em suas mãos... Anfora tocada de raios gloriosos, Urna que conténs o sangue de teus heróis, Pendão eterno que inspiraste o Bardo Condoreiro, Desdobrada galhardamente sobre o Mar... Em teus panejamentos de esmeralda, A alma tumultuosa de Caxias vibra, „ TrCam canhões, soam espadas... És tpopéia azul, em Riachuelo, Deslumbramento ignivumo, em Farrapos, E rapsódia de curo, em Guararapes! Bandeira Mavórtica, Que pedes devotamentos, E nos inflamas de justo orgulho, (Porque és toda a nossa vida') 0 penacho de fumaça, que sobe de cada teto, 0 riso de nossos filhos, a saudade de nossos pais... Esse doce canto profundo, chamado Nostalgia, Esse anceio perene, em busca da Felicidade! Bandeira, na qual se inscrevem, como em campo de arminho,.

0 generoso impulso da alma brasileira, Seus sonhos de Ideal, de paz, de grandeza fecunda... Armorial e panóplia, carregados de façanhas, Desprendimento sublime,, e luz de apoteoses... Sobe, Lábaro de Felipe dos Santos! Sobe, glorioso e livre, à luz das madrugadas! Ondula sobre a Amazônia enfeitiçante, Brilha nas folhas das Vitórias-Régias, Sob a magia do luar dos trópicos... Cobre de esplendor a Cidade-Maravilhosa; Beija o rincão gaúcho, e a praia nordestina. E, agasalhando este país de sonhadores e de heróis, Que tu sejas mais forte, oh! manto de ouro-verde! E que, tangido ao poente, em brisas vespertinas, Reflitas nossas florestas e nossos rios, 0 surto do progresso, a pira do futuro... 0, Randeira de Paz! 0, Bandeira de Glória! Quando vibras ao sol, — em tuas dobras, canta Toda a Leleza épica de uma raça, E, qual doce vitória, respondes de mansinho, — Quando se extingue a tarde, e rufam os tambores — , Ao crepitar de amor, ardendo em nossos corações! HELENA DE IRAJÁ PEREIRA


OS TRANSFORMADORES natureza reservou para si, es supremos motivos das suas A expressões. Vivemos cercados de fenômenos, cujas leis nos escapam quasi completamente e cujos efeitos concorrem para desequilibrar o raciocínio do físico. A especulação cientifica medita sobre a verdadeira causa dos distúrbios naturais. Que fonte mais intensa e mais inexgotavel de surpresas, do que a atmosfera? Na abobada azulada, que recebeu da linguagem popular a cândida denominação de céu, deparamos com o grande laboratório de transformação da vida. Belos e alucinantes fenômenos se sucedem uns aos outros. O arco-Íris enfeita as nuvens de matizes roseos e ceruleos. As estrelas cadentes sulcam os ares com a sua toalha de faíscas, os halos deslumbram o horizonte com as suas miragens radiosas. Entre esses meteoros, que alegram e recreiam,' outros se precipitam soturnos e derruldores. Os tufões que rugem, os ciclones que desmontam casas e esfacelam árvores, as trombas que revolvem com o seu turbilhão campos e cidades, — eis a natureza na plenitude da sua epopéia natural. As tempestades gozam do mérito de advertir o homem, os seus vinculo» com o Universo. A passagem da ventania, tresmalhando o rebanho do pastor e submergindo o barco do navegante, fazendo oscilar o barometro, serve para evidenciar a presença de forças desconhecidas, que nos cingem por todos os lados. De onde vem o suave bafejo da brisa e o sopro áspero da borrasca ? Com a mitologia, vemos Eolo soltando os ventos encerrados numa gruta da Thracla, a pedido de Juno, que deseja besbaratar Ulises. fantasia, Essa Homero que imortalizou no seu poema, deixou de satisfazer as exigências racionais do entendimento. O espírito recorreu à natureza e solicitou das suas leis universais, a causa das tempestades. Houve quem supuzesse, que o ar se movendo com a Terra, do Ocidente para o Oriente, gira menos veloz na linha do Equador. Deram ao vento do Este, comum nos trópicos, como proveniente da diferença de rotação,. entre o nosso planeta e a atmosfera. Todos sabem, que falta a verdade a tal explicação, porque o globo arrasta consigo as camadas gazezas do ar. Como o Sol, ilumina só parte da Terra, também se cogitou que a diferença de calor entre as duas metades da atmosfera, durante o dia e durante a noite, faz nascer os ventos. Embora o aquecimento solar, agite a atmosfera e contribua para a climatologia dos países, esse único fator não bastava para fazer compreender a complexidade dos ciclones e das trombas. Pode-se incluir Galileu entre os primeiros, que souberam determinar

O

MALHO

DA VIDA

qual a base do movimento da Terra todos os corpos na sua passagem e nos fenômenos da meteor.logia. atrai-os para o centro do remoinho, D'Alembert concordou, que se desse o com a brutalidade de verdadeira enerSol como uma das causas gerais e progia mecânica. H. Bridet nos deixou a pôs que se reduzisse a cálculos a sua descrição de um ciclone no alto oceano influência. Halley insistiu depois, na e por ela podemos avaliar a fúria dos influência da rotação diurna, sobre os elementos agitados no mais alto grau. ventos intertropicais, que sopram todo A aparição quasi brusca, mal assinao ano. Fez sentir, que o ar aquecido ss lada pelos desvios do barometro e pelas eleva e sofre a depressão dos vapores nuvens tempestuosas, a incrível velogelados que chegam do Polo. Forma-se cidade, o terrível poder de destruição, um movimento de translação, que a passagem'aniquiladora, qne fez p»nauxiliado por outras circumstancias sar na obra de um lugubre fantasma, climato.ogicas, alteram constanteos danos cort..Jeraveis da sua pressão ments a circulação atmosférica. rotatória, colocam os ciclones entre os Os ventos alizados, secos e dotados de meteoros mais temíveis. Na sua repenpoder de absorpção, lançam sobre o tina checada e no seu próprio moviOceano o seu sopro regular e sorvem mento, na uma certa lei que permite massas dágua No seu avanço para o conjeturar sobre a sua evolução nas Equador, encontram regiões menos diversas latitudes. Keller, engenheiro aquecidas e resfriam-se, havendo hídrografo, traçou uma teoria da marcondensação de vapores. Duas gran- cha dos ciclones e das trombas, de que des correntes aéreas, uma que marse utilizam os navegantes, para evitar cha do Equador para o Polo, outra que o contacto do cone, a parte fatal. O deevolue do Polo para o Equador, jogam senvolvimento dos fenômenos mete oa capa atmosférica e engendram tanto rologiscos varia m«:«io. Uns nascem e os ventos gerais, como os turbilhões. morrem nC próprio local, outros se A simplicidade da teoria dos ventos, co«r.;>i.cam e se desdobram alcançando baseada na rotação da Terra, des. p^,- as regiões vizinhas. E há os intensos, rece quando se aprecia a extrema in- aqueles que atravessam latitudes diquietação do tempo. Uma manhã de versas, durante dias inteiros. O ciclone Sol, que se transforma em tarde de de 30 de Agosto de 18S3, começou no lichuva, semanas de calor, que fogem toral da África e transpôs o Atlântico substituídas por semanas de frio e d» em quatro dias: Em 8 de Setembro de vendaval, mostram que a meteorologia 1853, ainda em pjena fúria turbllhoabrange um campo extenso, na sua nar, devastava Halifax e corria para tentativa de descobrir as leis secretas Terra-Nova. No dia 10 de Agosto de da atmosfera'. Origem da climatologia 1853, passava *ntr* a T-rra-Nova e a do globo, os ventos acabaram Islândia, em 11 de Agosto de 1853 tocapor sofrer a reação dos fenômenos va Escóssia. Depois propagou-se pela geológicos. Simultaneamente causa e zona do Oceano Glacial Ártico, onde os efeito, a circulação atmosférica, varia meteorologistas não o puderam mais com a latitude por onde passa. Assim, acompanhar. Alguns ciclones conseo hemisfério norte recebe mais chuva guem viver até vinte dias consecutivos. do que o hemisfério sul. O Norte da Nada mais significativo para o natuÁfrica e o Norte da América, a Europa ralista, do que o estudo dos ventos, — e a Ásia, possuem muito mais rios e os grandes transformadores ria vida torrentes, do que as outras partes do biológica da Terra. planeta. Por outro lado, se verifica no DE MATTOS PINTO Sul, que o volume oceânico supera a terra firme e que Iaclwaçào do eixo do globo terrestre, em virtude da qual se at estações do ano, os contrastes de temperatura, há no Norte, certa os produnem ciclones, as ventanias periódicas e as trombas, nas cinco relação entre os tonas em qne se divide climatologicamente o flaneta. continentes e as águas. Justamente aí, os meteoros se desencandeiam com violência. Os freqüentes ciclones do Mar das Antílhas e da América do Norte, indicam o cheque das correntes. atmos feries, transformando- se em turbilhões glratorios. O ar volteando sobre um eixo, produz todos es efeitos da força centrifuga, desloca

38

III—

1044


"pLE dorme em seu berço 1 iodo enfeitado de rendas, o sono inocência.

da íoíbI

Sua boquinha linda ri-se à semelhança de um botão de rosa entreaberto: sua cabeça de um louro dourado é cheia de cachinhos. Êle dorme sereno e feliz, inconciente de tudo que se passa ao seu redor.

CONTEMPLANDO UM BERÇO... (CÂNDIDA E que seria do mundo se tu não exislisses, serzinho frágil e minúsculo? Se não existisses, para com tua presença iluminar-nos a alma, e fazer-nos esquecer as misérias da vida?

Daqui a um pouco £s a graça e a inocenacordará tranqüilamente cia! como adormeceu, reclaAo contemplarmos mando a sua mamadeira. uma criança nos tornamos Pulará da bela caminha, e num caminhar que melhores e esquecemos lhe é típico andará pela que no mundo existe tanta casa, fazendo traquinadas,- coisa baixa e feia. Não nos recordamos com suas mãosinhas quasi sempre sujas bulindo em de que os homens são tudo, e dando gostosas maus e egoistas, e risadinhas, que sacudirão todo seu corpo. Oh! como êle é belo!

IVETTE)

procuram sem piedade destruir-se uns aos outros! Não! o que nos açode à mente neste instante, é um hino de gratidão, gratidão a ti entesinho querido, que nos descansa o cérebro, nos dilata o coração, e nos enche de paz e de confiança, confiança no futuro que será melhor e mais belo, porque tu existes.

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39

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MALHO


VIGÍLIA Aoiie -rue passa, imensa como o fantasma da desgraça, velam dois olhos em ânsia infinita, na esperança de ver surgir a fôrma que se agita incérta e vaga na linha do horizonte ... Pela

meubom

poeta--

v&~z£zz~-". hosdesoUe da.. ta,a i»«u*M'

Olhos que fitam e não mais se fécham, olhos que oram sem que saibam préces, olhos que aguardam

"S'^* c"ííÍS--eatoa0dilew' ^_e°^ dil.w F°> fOÍ "TSS~ •• , ^uroanos. teagedva 0 tu _" COtn°^stos0d«Au®anOS" d aueia para •*gestos ,has virMde, -o «» aual "' e dei®^°S P'ia a^e® ^Vícios dos canalha® as atoas aue etnP ^ él diama. ae emPolC dia®0. que «> CTUél dol«o» é ^ perfeitos K Vida "^"^somente 1°»°' _.,a qM»® — OCTAVIO r^nas ^uJZ

com a certeza e a fé dos que ainda creem em milagres... São os meus

olhos cansados, enuviados já pela fatigante tortura de esperar

,

a volta da criatura que me jurou amar! ORkC^ E na imensa noite sem astros, noite infinita, sem luz, já não se cerram esses olhos que velam, noite após noite, fiéis à grande mentira que um dia outros olhos disseram.

ao co,aç*> di8 levando BV^e^ade

in petgun.°useta .. poique

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a verdade, q contiário..•) eno sacráno,

^fdeceno^» religiosamente

óprio

e«°ba,rd° comeu» ali kcar* . , l»y»— «açao» sua TU

cotação, «ente

RADAGAZIO "CANÇÃO

DO

PARAGUASSÚ

JOVEM"

Aquela Deusa morena, cujo olhar meigo envenena o mais firme coração, além da fascinação dos contornos divinais, guarda o viço da açucena e tem das avencas reais a heráldica distinção. O jovem desta canção rende culto àquela Deusa horas, dias, meses, anos; mas anos são desenganos que matam sempre a ilusão. Hormino

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MALHO

40

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vivo inter . . § ¦ Despertou resse a conferencia realizada no Club de Engenharia, pelo engenheiro Luiz Alflp -I^IHB^NP " J lilJiBlim BBHw " JflHr berto Whately, chefe da CoI 5? -m missão Mixta Ferroviária 1 Brasileiro-Boliviana, sobre a Estrada de Ferro Brasil-Bo«r M lívia como parte integrante da Trans-continental AricaA mesa que presidiu a reunião v.o Club de Engenharia, vendo-se seu Santos. presidente, Dr. Edson Passos e o Ministro Osivldo Aranha. O assunto, de gTande atualidade, * twjyvw.-inTO.imy.w, ^r.'y-«".rTO»^.-.^. • • ' ^R^nNnnBnHnMnR'j •• porque ligado a política de boa—-. n,,_, itist^HnHHnnRMHnE'j • , vizinhança e aos imperativos da marcha para oeste, foi versado com segurança pelo ilustre técnico, que foi ouvido com atenção por numerosa assistência. BFJm-

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Os aspectos desta página são flagrantes colhidos quando da realização da palestra do Dr. Whately, cuja fotografia também publicamos. O

MALHO


POEMAS ANTIGOS ¥am_ '|l'»*

DICIONÁRIO DE DATAS

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BRASILEIRO HISTÓRICAS

ERCADO do mais vivo interesse por (~* ^^ parte dos estudiosos dos assuntos nacionais, acaba de ser lançado pela Editora EPASA o " Dicionário brasileiro de Datas Históricas", organizado pelo escritor Teixeira de Oliveira. Trata-se, indiscutivelmente, de um trabalho altamente precioso, que estava fazendo falta nas estantes dos brasileiros cultos e que, por isso mesmo, foi recebido com elogio e viva simpatia. " Teixeira de Oliveira' reuniu no seu Dicionario" a maior cópia possivel de elementos, consultou os velhos e clássicos tratados de efemérides nacionais e regionais, biografias, dicionários bio-bliográficos, monografias, e até recorreu à consulta de coleções de imprensa diária, nada, por isso, escapando à acuidade de seu espirito de pesquizador das cousas do passado. O nome de Teixeira de Oliveira é já bastante conhecido em todo o pai\ através de outros trabalhos seus, c mercê do sucesso alcançado pelo seu recente livro " Vida Maravilhosa e Burlesca do Café", de que vai justamente agora aparecer ver soes francesa e espanhola. Desse modo, o novo êxito literário de Teixeira de Oliveira, com o aparecimento do seu " Dicionário Brasileiro de Datas Históricas", que traz elogioso prefácio de Afonso de E. Taunay, vem reafirmar as suas credenciais de estudioso e lidador das letras, colocando-o em posição de verdadeiro destaque no cenário da literatura nacional. O

MALHO

f~\ escritor Vinicius da Veiga, candidato à imortalidade acadêmica na vaga deixada por Pereira da Silva, acaba de publicar um livro de versos que, incorporado à sua numerosa bibliografia, vem acrescentar ao seu renome de homem dc loiras mais um alto titulo à sua candidatura à Casa dc Machado de Assis. Trata-se de Poema* Antigos, coletânea de versos escritos à boa maneira antiga, concebido sem pecados à métrica c no qual o escritor emerpe, admiravelmcnte, numa demonstrarão dc sensibilidade atenta à compreensão dos problemas do mundo e da vida. Vinicius da Veiga, romancista, homem dc jornal, comediografo, revela-fe, dessa forma, um grande Poeta, capaz, assim, dc suceder na Academia Brasileira a essa bela luz lírica que se chamou Pereira da Silva.

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JOSE'

DE

ALARCÓN

e escritor

nosso colaborador ciado

nos

muito apre-

culturais desta Capital

meios

cujo aniversário

FV.RNANDEZ,

natalicio

lianscorrerá M

próximo dia 12. O transcurso dessa data

PROF. OSCAR CLARK

será, naturalmente pretexto para que Alarcon Fernandes seja muito felicitado pelos seus amigos e admiradores.

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alvo de expressivas demonstrações de

apreço por parte de seus amigos, discipulos e admiradores, por motivo da passagem do seu aniversário natalicio, a 24 de fevereiro passado, o Professor Oscar Clark, lente da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil e figura de relevo nos meios científicos c pedagógicos do Brasi.. ainda, prestigioso elemento da nossa sociedade, onde conta com um vastíssimo circulo dt relaO ilustre aniversariante

ções de amisade. — 42 —

é

Pelo ai-ião "Abaiatá", da Sen-ifos Aireos Cruzeiro do Sul seguiu há dias para Huenos Aires a senhora Delia Ra-.cfon e senhorita Bealris Rauson, esposa e filha do embaixador

Arturo

P.av-son.

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Flagrante colhido por ocasião do almoço oferecido ao Ministro da Suécia no Brasil, snr. Gustaf Weidell, por um grupo de amigos e admiradores dessa brilhante figura do corpo diplomático acreditado em nosso país, e que vem de ser designado para servir na representação de homenagem

"Clube das Mulheres Jornalistas", cuja fundadora e primeira presidente foi a escritora e

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jornalista Rachel Prado, recentemente desaparecida, prestou à sua memória significativa homenagem, promovendo em sua honra uma sessão solene no Conservatório Brasileiro de Música, tendo sido organizado um bélo programa litero-musi- • cal no qual tomaram parte, entre outros, o Dr. Heitor Beltrão, as escri toras Rosalina Coelho Lisboa, Maria Luiza Doria e Magdala da Gama Oliveira, a declamador a Margarida Lopes de Almeida e o pianista Arnaldo Rebelo. Na fotografia aparece a escritora Stela Dolores Monteiro, filha de Rachel Prado e atual Presidente daquêle "Clube" quando pronunciava a biografia da saudosa beletrista.

sua pátria junto ao govêrno de Portugal. A homenagém teve lugar da no restaurante A. B. I. tendo comparecido as figuras mais representativas da nossa diplomacia, mundo social e imprensa, em cujo seio o Ministro Gustaf Weidell conta com grande número de amigos.

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43 —


HUMANISMO E RENASCIMENTO jovem, ainda adolescente, uma MUITO fase em que o espírito está deslumbrado pelos espetáculos de um mundo novo, que será a imagem da vida adulta. Cândida Ivette Vargas Tatsh acaba de publicar uma plaquete que revela, a seriedade da

***

( <rV' j

S~\ amor de certas ^"^ pessoas aos animais vai muitas vezes a extremos interessantes, que se têm mente nos testementos última vontade.

AOS

^ammmg\msasas

ANIMAIS revelado principalou expressões de

aáflflPV^à

I.ord Bokkey, por exemplo, estando nos mus derradeiros momentos de vida, mandou que fizessem entrar seus quatro cães, que foram insulados em quatro poltronas entregou a junto ao seu leito. E o lord alma ao Criador acariciando-lhes as patas. os No seu testamento determinou que esculpifossem cães desses bustos quatro os doe em mármore, para guarnecerern quatro cantos do seu túmulo. A

viúva

Adão

de ser

sua inteligência e da sua cultura. Ao envez de apresentar-se a público com um livro de versos ou uma novela romântica, Cândida Ivette faz o seu ingresso nas letrás brasileiras com um estudo sobre Humanismo e Renascimento, demonstrando, assim, que a sua inteligência, seduzida na adolescência pelos graves problemas da cultura, irá realizar uma jornada de erudição, que imporá o seu nome ao futuro como uma expressão da inteligência nacional. O livro que acaba de publicar não eqüivale a uma promessa: é. já, uma realização. Uma realização que nos entusiasma e que nos faz adotar aquela atitude das figuras de certa crônica cinematográfica, na qual. quando o filme é muito bom, o boneco está de pé e bate palmas.

0 AMOR

Dupuis,

indicando

seus

herdeiros.

tratados

como deviam deixa toda a fortuna aos seus 32 gatos!... t O Conde de \ja Miranda também legou todos os seus haverei a uma ntopiei Carpa, que ele mantinha em um-' piscina havia já 20 anos. Um moleiro de Tolosa também declarou em testamento cerrado que deixava seus " Papillon", sua besta ruça. Mas Ikmis a que desejava ficasse ela a cargo do -eu ¦ rinho Guilherme, afim de diariamente, raspasse deixando-a, porém, em completo repouso até a morte. Daí quem sabe si o excessivo afeto dessas pessoas pelos animais não traduzia decepções causadas pelos huma-í nos?

que

este

a

^kHl ^m

DIPLOMADOS Carvalho, D.

filha

F.ncdina

— do

hlanda casal

J.

Cavalcanti Cirzvlho

e

que acaba de con-

Carvalho,

cluir com brilhantismo na Escola Normal Fortaleça — Ceará, o curso ginasial.

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ENLACE Senhorinha Maria Rosa Miranda-Sr. Carlos Pinheiro Filho, rralisado na malrtz da Glória no dia 6 flV Fevereiro. MALHO

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TABAJARAS, a aplaudidissima dupla que ISDIOS tanto sucesso alcançou em sua temporada na Vrea, apre"folclore" e música nossa em idioma sentando números de tupi. Os notáveis folcloristas estiveram rm lúrios Estados r deverão retornar à Urca em Abril próximo.

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G/Í«r COOPER, aliás Fr.-.nk Q. Cooper, nasceu em Helena, Montana, no dia 7 de Maio de 1901. Com a idade dc des anos foi para a Inglaterra e estudou na escola Dunstable. Foi dtscnhista de jornais e debutou no cinema em 1924. Em " Um beijo ardente", de Ronald Cohnan, Vilma Banky caminhou para o "stardon". E ainda hoje é uni dos grandes, nomes de Hotlywood.

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Weiàly Barrie, cujo verdadeiro nome é Jcnkins, nasceu em Hong-Kong, no dia 18 de Airil de 1912. Foi educada em Londres e na Suiça. Começou no palco c filmes ingleses. Foi uma "Henrique rainhas das dc VIII", com Charles I.augliton. Em Hollywood tem aparecido cm inúmeros filmes. A milionária dc "Seco sem saída", c um dos seus melhores papeis.

RAYMOND MASSEY, nasceu em Toronto. Canadá, no dia 30 de agosto -Je 1896. Durante a primeira grande guerra decidiu ser ator, fazendo-se projissional cm 1922. Começou no cinema inglês e um de seus melhores papeis foi o Chauvclin dc "O Pimpinela Escarlatc", com Leslie Howard. Tem feito vilões, fez um Cardial Richelieu e agora é nazista.

HOLLYWOOD

Miranda já está bem cie CARMEN saúde, depois de haver sofrido uma recaída séria. Ela havia começado o seu novo filme para a Fox, " GREENWICH VILLAGE", quando foi obrigada à afãstar-se do estúdio por algumas semanas. Falou-se até na possibilidade do filme ser arquivado; Carmen, porém, melhorou e está terminando o filme completamente restabelecida. O novo trabalho da 20 th Century Fox é em Technicolor e o elenco oferece ainda Don Ameche, William Bendix, Tony de " I Am Marco e outros. Carmen cantará Wild About Harry", velha canção americana, numa adaptação de Aloysio Oliveira, que inclue partes em ritmo de samba. A Republic está preparando um filme ^Brasil", tendo até comprado os direitos de reprodução da obra de Ary Barroso", "Aquarela do Brasil" como tema da produção. O filme se passa todo ele no Brasil, tendo muitas das suas seqüências de.enroladas durante o Carnaval. O estúdio decidiu não mandar mais ao Brasil, (como se havia falado) uma companhia de técnicos para filmar cenas exteriores. Diz-se aqui que o estúdio espera obter certa metragem do filme que Orson Welles fotografou quando da sua visita ao Rio de .ianeiro. Ary Barroso já se encontra a caminho de Hollywood.. " Brasil" não será começado antes de Fevereiro ou Março do ano próximo. Hollywood ficou chocada com a morte de Charles Ray, um dos maiores artistas do velho cinema silencioso. Os velhos fans bem se lembram dos seus esplêndidos desempenhos para Thomas Ince e, mais tarde, Para a Famous Players.

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Pela primeira vez na história de Hollydesenhos wood, a Rússia comprou três " doanimados de Walt Disney, que foram " Vida de Nazista", e brados" em russo: "O "Bainbi". Velho terceiro foi O conhecido Leonida Kinskey, Moinho". comediante, adaptou e falou no primeiro deles. A guerra veio assim abrir um grande mercado para os filmes de Hollywood, até então não exibidos naquele país. Francês Mercer, encantadora estrela, casou-se em Dezembro com um oficial da Força Aérea Inglesa. O noivo, antes da guerra, era produtor em Londres. Esperase grande sucesso para Aurora Miranda

LYNN BARI, aliás Marjorie Bitzcr, nasceu em Roanoke, Virgínia. Começou sua carreira no cinema em 1934, no filme da velha Fox que- deu fama "Alegria Shirley Temple — de viver", embora já houvesse aparecido antes, como dancingfilme dc Joan Crawgirl, no"Amor de dansarina". ford, Aparece agora na nova versão "The Bridge of San Luis de Rev".

logo que o filme de Disney, onde o José Carioca volta a aparecer ao lado do Pato Donald fôr exibido ao público. Walt Disney espera-se estrear o seu filme no Rio de Janeiro lá para Maio do ano que vem. O "Os Três Cavaleiros" — filme se intitula título que se refere ao Pato, ao Papagaio c a um Galo — " Pancho Alegre", tipo mexicano. O embaixador Carlos Lima Cavalcanti, nosso ministro junto ao Governo do México, visitou Hollywood em companhia da sua Exma. senhora. O casal brasileiro foi recebido pelo estúdio da Paramount, havendo almoçado na companhia de Arturo de Cordova, artista mexicano e visitado, mais tarde, o " set" onde Betty Hutton está interpretando o papel de Texas Guinan, no filme " Incendiary Bomb". ._________¦(- ._>:.

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rera y su filosofia. Quedé admirado y encantado de su descripción maestra, no solamente en cuanto a sus rasgos actuales sino por la penetración y fidelidad de sua análisis. Ha transmitido Ud. el espiritu mismo dei hombre a la pagina, impresa." Claude Bowers — Embajador de Estados Unidos. "Libro

destinado a recorrer triunfalmente todas Ias Américas como los ejércitos de Washington. San Martin y Bolívar." Octavio R. Amadeo "Hombres

de América" es, sin duda alguna, uno de los libros más eficaces de su género escritos en nuestro continente. Si no tiene cada mucha extensión semblenza en el espacio material, la tiene en profundidad, por lá sintesis de conocimiento que realiza. Escrita con tanO

MALHO

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su obra, con profundidad y talento, ennoblecer a los hombres y humanizar a los héroes." "En una palabra, es un breviario rebosante de ensenanzas para Ias juventudes, porque pudo ser solo un homenaje al pasado y ha logrado ser en cambio um canto a Ias esperanzas de un Continiente cuyos destinos se confundem con los destinos eter-

leido su tomo encande retratos america-

me interesó especialmente su retrato de Thomas Jefferson, como yo he escrito três tomos acerca de su carnos,

Ótico

Osvaldo

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que es una v?liosa contribución a la unidad espiritual de América". Manuel Prado — Presidente de la República dei Perú.

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Brasileira

ta comprensión, con tal calor de simpatia humana y con estilo tan ardiente, la obra resplandece." Eduardo Barrios "He

admirado la elevación dei pensamiento y el estilo elegante y sobrio. Guardaré ese libro con recuerdo de la oportunidad estimadfci de haber conocido a elemento tan representativo dei pensamiento de una gran Nación.que mucho quiero y admiro." ]. Abel Montillo nezuela.

— Embajador de Ve-

"Si

me exijieran que juzgara cual de Ias figuras excelsas retratadas por Ud. es la mejor, no me seria posible pronunciarme con justicia, porque como lo dejo di— 46 —

Oscar Gajardo V. — Ministro de Justicia de Chile. { "Creo que se ha hecho, a la vez que una obra de arte, un grand servido a nuestra América, donde todo se desconoce todavia, inclusive los héroes." Alberto O st ria Gutierrez.— Embajador de Bolivia. "Orico

ha querido que sus héroes sean hombres. Hombres ejemplares. No se detuvo en ellos con la minuciosa prolijidad dei retratista. Los siguió en Ia movilidad de sus vidas y vigiló con atención aguda el gesto, el ademán, la actitud definitiva de sus personalidades." Raul Navarro I I I — 1 9 4 4


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ROMANCE,

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TRANQÜILIDADE, BELEZA...

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O BAIRRO - JARDIM DE "QUITAMDINHA" E UMA ATRAÇÃO QUE NUNCA SE ESQUECE!

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a singeleza das suas linhas com o contorno das montanhas que se erguem para o alto, vestidas de verde, em busca do azul do céu... Be}3za, romance, tranquilidade. Eis, em resumo, o que nos oferece o bairro-jardim de Quitandinha, cujo coração é um hctel— 0 HOTEL QUITANDINHA — o maior e mais bonito da America Latina e o mais completo do mundo.

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NA FACUI-DADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO BRASII. — Encerrou-se, com grande brilhantismo, o curso de extensão universitária de Clínica Ginecológica, realizado sob a di reçâo do respectivo professor catedrático, Dr. Arnaldo de Moraes, na Clínica Ginecologia da Faculdade Nacional de Medicina, com séde no Hospital Moncorvo Filho. Publicamos um grupo dos presentes à cerimônia, presidida pelo Reitor da Universidade, Prof. Raul Leitão da Cunha, cm que se vêem também os Professores Alfredo Monteiro e Luiz Capriglione, além dos Professores Arnaldo de Moraes e F. Victor Rodrigues, docentes Drs. Álvaro Salles, Felicio dos Santos, Oswaldo Loureiro, Vcspasiano Ramos e J. Paulo Ripper, que tomaram parte na ministração do curso, assistentes, auxiliares e alunos que se diplomaram. A cerimônia, de alto cunho universitário, deu oportunidade a palavras de louvor do eminente Reitor da Universidade, para iniciativa de tão elevados propósitos, para os professores que sob a direção do Prof. Arnaldo de Moraes levaram a cabo tão meritório empreendimento » para os alunos, médicos que desejam aperfeiçoar seus conhecimentos, elevando os créditos da profissão que abraçaram e desejam dignificar. E"&!*"-"'

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Dr. OLAVO MARTINS PAI.HA que acaba de concluir com grande brilho, o curso de ciências jurídicas c sociais pela Faculdade de Direito do Estado do Rio.

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I.niz Pereira Rodrigues, da editora "O Construtor", e chefe da secção Fiscal do Papel da Casa da Moeda, que vem de concluir com brilhantismo o curso de Economia tia Faculdade de Administração e Finanças. Foi o orador oficial da turma, por aclama(ão dos colegas, no seio dos quais gosa de real estima.

DIPLOMADOS DE 1943 — Festa do» alunos do Ginásio Bangú, dirigido pelo prof. C. Valle, que se diplomaram em Dezembro p. passado, sendo paraninfo da turma o Dr. Miguel Pedro. OMALHO

48—

III—

1944


Suplemento Cinematográfico d'O MALHO

FUTURAS (FILMES

VISTOS

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HOLLYWOOD

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flflBP^flH BBBfl. ^^Mdr^ * 7\ LISTA de filmes, "MADAME •**• passados nestas CURIE" é um últimas semanas belo trabalho, que para a imprensa esinstrúe, explica, no trangeira, fica muito seu lado científico, e a desejar. Dentre deoferece um e x c e fl HÍHb -•3&Bt:.l zenas deles, apenas lente desempenho um ou outro se desda parte de dois taça, merecendo que o bons artistas, Greer _______________ repórter escreva sôGarson e Walter Pidbre êle mais do que fl i m flfl ¦ geon. fli fl^flflTlí:: -flfl Ifl algumas linhas. Des"OLD ACQUAINtes, desejo destacar TANCE" é um filme "MADAME CURIE", de duas artistas; um da Metro Goldwynfilme de "trabalho" "Old Mayer, Acqua— pois a gente admiintance", da Warner "A ra o desempenho de Jennifer Jones, a estrela de Canção de Bros. e "The Song of Bemadette". a revelação de 1943. Bette Davis e Miriam Bemadette", da 20th Hopkins com verdaCentury. deiro prazer. Bette Assisti à exibição de dezenas de trabalhos, re- não tem um dramático, nem cenas violentas, papel pito, mas a qualidade continua muito aquém do como em outros papeis anteriores. Miriam, ao seu que Hollywood já tem produzido ou pôde pro- lado, em muitas das cenas, rouba o filme da grande duzir. estrela. Não deixem de ver este trabalho da Warner Não é que a guerra tenha causado impecilhos Bros. "A CANÇÃO DE BERNADETTE" é a adaptaà confecção de filmes; não é a falta de astros, rou- ção do livro de Franz Werfel, uma das obras mais libados à vida civil, nem a de diretores, empenhados das e mais belas destes últimos meses. no esforço de guerra. Ó número desses é ainda peJennifer Jones, que faz a sua estréia no cinema, queno, em proporção ao elenco de todos os estú- com o papel de Bemadette, é uma escolha feliz dios. para essa parte. O filme tem muita doçura, beleza Talvês que a resposta nós a encontremos na po- e impressiona vivamente. Naturalmente que no pularidade espantosa do cinema nestes dias de Brasil e em outros paises católicos o filme será reguerra. Não há filme que não arraste às casas de cebido com grande entusiasmo. exibição massas de espectadores. Há dinheiro, há Dos demais filmes, "Northern Star", de. Savontade de passar algumas horas divertidas... Por muel Goldwyn, tem a sua história passada na Rúsisso, talvês que os produtores não estejam capri- sia durante os primeiros dias da invasão alemã. chando pois qualquer coisa serve nesta temporada Bem desempenhado e habilmente dirigido por Lede guerra. wis Milesíone.


Marco de 1914 foi um mês de grandes " Sparnovidades para o público da época: "Bailado Excelsior", "O taco", gaúcho", "A tormenta", para não falar nos outros filmes. Vejamos, entretanto, o que exibiu cinema por cinema, como de costume, prin"Spartaco" (O Glacipiando pelo Phenix: " diador da Thracia) foi um capolavoro" da Pasquali, em 6 partes e ao contrário do que sempre acontecia com os filmes mais caros, o Phenix, provavelmente devido a possuir maior lotação, não aumentou o preço das entradas. Os anúncios não davam o nome do protagonista mas, se não nos falha a memória, Spartaco era o famoso Mario "O Ausonia. A seguir, foi apresentado gaúcho", todo passado no Rio Grande do Sul e segundo os anúncios um belo estudo da vida nos Pampas. Era" uma profilmada in dução da Savoia, de Turim loco". Teria sido mesmo? Quem sabe se não foi algum filme nacional daqueles que certos diretores faziam e não eram exibidos... ? Temos um palpite de que se trata de um celulóide que o veterano Leo Marten realizou em Porto Alegre... se "O Malho", proele ler este número de vavelmente nos informará. O filme teve muita publicidade e foi distribuído pelos srs. Blum & Sestini. Os demais programas do cinema da rua Barão de São Gonçalo foram: "A idéia de Francisco" ("Lidèe de François", de Paul Gavault), da Ecláir; "No mar da vida" da Glória, com o ga"O mistério de Silroto Franco Capelli; "Os ver Blaze" e proprietários de ReySherlock Holmes, gate", ambos da serie " O lar doméstico", da da da Franco British;

HÁ 30 ANOS (PERY

A. RIBAS)

Savoia, com Dillo Lombardi e Maria Ja" d* de Naná", cobini; e A redenção Aquilla, cuja protagonista não era a personagem de Emile Zola. No Parisiense, a Nordisk apresentou: "Na companhia de Satan" e "Ouro e o Wuppschcom nosso coração" (ambos "A martelada do leiloeiro" (Betlander), " ty Nansen), O sol da meia-noite" (Elsa "O milionário" (com Frolich), pequeno "travesti"), "Quando a a Aggerholm em "Caixa de rapatroa muda de criada" e o filme hispé'" Foi apresentado tambem "Torquato Tastórico italiano da Savoia, so", sobre a vida do poeta do século XVI, " A com Dillo Lombardi e Maria Jacobini; "Perdido amna sombra", boa justiça" e bas da Itála, com Lydia Quaranta e a linda Berta Nelson no segundo; e os filmes "Um engano de copos", "Os da Vitagraph, "Catástrofe virgem", horrores da mata apresentando um enconjusticeira" (este "O troco da moeda" e "A tro de trens), corda sobre o abismo". "A ordenança", da O Odeon exibiu: Pasquali; "O Tango e o Maxixe", dansas modernas com Mlle Juliete Surethra e Mr. Diego Vincent (da Opera de Paris) e o Prof. E. Cornwell e Srna. Aranaz (da

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" lunch" que J. Cru: Jr. ofereceu <1 imprensa, O no-i'0 cinema íris, de 1914, e o no dia da inauguração.

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Opera de Viena), que foi" exibido ao mesMichel Perrin", mo tempo no Pathé; histórico da Ambrosio, com o Com. Ernette Novelli; "A garota" (La MonelIa), comédia de Pierre Weber, com Dina Galli; "A epopéia napoleônica", serie de ouro da Ambrosio, em seis partes, contano assalto do a vida do Imperador desde de Lyon até Santa Helena; " Amor e ciumes", comédia da mesma fábrica com Ro"A tormenta" ou "O dolfi e Gigetta; sudário de um grumete" (Le Roman d'un "O mousse), da Gaumont, no gênero de de a história garoto de Paris", contando um menino roubado e atirado ao serviço de grumete, filme com 3.S00 metros em 6 "A tatuagem denunciadora" (O partes; Sinal), da Pathé, com Mr. Saillard e a menina Marie Fromet; e " O calvário de uma Duqueza" (A vingança do morto), " esfilme d'Art Italiano, com a fulgente trela" Paula Monti. O Avenida apresentou: "O sino mudo", da Pasquali, com Alberto Capozzi (no papel de um conspirador condenado à morte, para o qual " uma inocente criança conseguia perdão) ; Maria Joana" (A mulher do povo), drama "O diamante do da vida cruel, da Pathé; Condestavel", da Gaumont, com Renée "Max calista"; Carl e René Navarre; " As calças de Bigodinho"; " Cazuza e o com Caescapamento de gás", da Pathé, " A Manon de zale e Marguerite Derval; Montmartre (Gaumout) ; "Quem seria?" ou "As mãos na sombra", da mesma" fabrica; "Mais uma vez o Miúdo" e Rodolfi falta ao espetáculo", comédia de Rodolfi e Gigeta, da Ambrosio. No Pathé: "O sapatinho cór de rosa" (Luna-Film) ; "O segredo da órfã", da Pathé, com " Jean Dax, Mme. Massart e Cecile Guyon; Max " sentencia"; Cuidado, não deixem os seus maridos beijarem as criadas", tambem com o "Rei do Riso"; Yvette Adora o flirt", "Os aforismos do com Yvette Andreyor; "O e a PrinHenrique Príncipe Miúdo"; cesa Irene da Prússia, em excursão pela América do Sul, filme natural de Musso; " e o grande iilme simbólico e Icéx.co, Bailado Excelsior", o maior acontecimento einematográfico da época. Pela primeira vez, a arte fotográfica animada aparecia em harmonia perfeita com a música. A fita apresentava 60 corifeus e 300 bailarinas òo Sca\a de M.\ão, e música sincronizada de Romualdo Marenco, por 240 executantes, "mise-en-scène" de Luigi com feérica Manzoti. E o Pathé exibia o filme com grande orquestra clássica, de 25 professores, sob ã regência do maestro Antônio Lago. O tema do filme era a luta do "progresso" representado pela "luz" contra o "obscurantismo". Alcançou enorme sucesso, permanecendo em cartaz com lotações esgotadas. E foi passado ünicamen"ter te no Pathé, devido à fita que seguir imediatamente para S. Paulo". As entradas, devido à despesa com a grande orquestra, foram aumentadas para 2%. Outro acontecimento do mês foi a reabertura do íris, da rua da Carioca, completamente reformado, tendo a Empresa J. Cruz Jr. oferecido um " lunch" à imprensa e ao público que assistiu á primeira sessão. O cartaz inaugural foi "O gaúcho". Por outro lado, estava quase pronto para ser entregue ao público, o novo cinema EclairPalace, junto ao Parisiense, que mais tarde foi o Trianon e hoje é o moderno Cineac. Com ele, voltaria à atividade o pioneiro Arnaldo de Figueiredo. Dele trataremos em Abril... I I I — 1 9 4 4


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Barbara Stanwyck vai deixar o cinema, para acompanhar a ausência do seu marido, Robert Taylor, incorÉ_=_xi:;:::i'..::.-...,,,.;_:- ;;;; ^-;-...,;.::_::::;;-;:_;:_li;;^;-:;::U:;:;.3a;u_Kuaci:»x:«^;;^ nnrai' pporado às forças armadas de Tio Sam. Só voltará a filmar : - ---£ã":- " """ - - "- ~:F,="-«"-'£_t -¦ s--_i '¦¦.¦-. —ando vier a vitória ":V::_li! quan ?:y;..-'~~:',TZt'-'~- ,..'_:.-., das Nações Unidas e Bob retomar ¦": ;~íiL ~ ~: -. ^ o ¦-; E»i«.;? si;:_ sj. .t .¦¦¦.. ;; seu sei posto, no elenco da Metro. _•_"¦Vê-la-emos, porém, em :::::_:;r"":::-; .::::::::•::;":¦ :.--:-::;:;.;^^: ;=;,;;-'•?:_": :n:;;:::;~:.::f:::;i:;---"-:;í!"-" ... ^ morte dirige o espetáculo" e em outros filmes, ¦¦¦"'' ;"¦¦« '"---.._, -",,: ,"., r. í ¦'¦:""-E ¦:-.":"" j-7 _.- í. ?-ifiS;»i que ficaram, assim, muito valorizados com a decisão da ::.",^^¦l;:.¦S¦^'^.".¦"'-'.•^^'i™•'-¦^~2,'•"•';•''-:•-•s•;";''''''^ querida artista. V-:^f^=í H^hí I ^ li _ n í. ___¦. L.FHJ. .Hi __T_H-í iriSi .11.1.1^111-1-. ít. -Hi:i __s ?_?. F_:

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"Caminho Celso Guimaraes Guimarães ec Rosina Pagã Paga em cm c£u". Cni do céu", de Milton Rodrigues, Rodrigucs, o melhor mclhor filme filmc nacional de 1943 1943.

£nfra n^T* e Amaldo '• Atn*ral da ftp 3rra 9'z-Filme

P« P" « «'^fSet^on"' Linda aa "Coelho S3* •'Coelho sai » ^Merfdtón"' , pm cm ^oe O PRIMEIRO NUMERO DE "O MALHO' MAUIO" de O^PRIMEIRO NUM " S H O R T " CINEMATOGRÁFICO jl • wffiMBWI v 1|1.>««r?.-"'ir W * cincmatografica, rcalizada na Asso**54,* sessao ^ ''MM ciac5o Brasilcira de Imprcnsa, para jornalistas e vultos de f 1 ^ Ipja *''¦¦ 3 "J|H| destaquc, ioram" cxibidos dot's "shorts" intitulados: " Ma4^ if rambaia" c Um scculo dc jornalismo", confeccionados * Aria^lo Filmc , sob a dire^ao de Paulo Cleto, nosso jIff >is30 P°r _i**tf—. TK» tHg v^y^K colfga dc imprcnsa e dirctor dessa empreza cinematogri4Qm . -Mil * djB fica Sao dois filmes intcrcssantes, focalizando o primciro fi 3^C^~ " ^T| JAfL obra admiravcl da Escola dc Pcsca Darcy Vargas cm — ^ 31 a ^os Pescadores, e o scgundo dcmonstrando a cvolu">t '^lf favor 'X *j, • df nossa Imprcnsa, a partir da fundaCao da Imprensa • „2i C5® jTL,' *~J 'i cm 1808, ate o comedo deste scculo. E' um tra* 13 Regia, ZstlHL P*V 8 MiWl ft' -j JHB ballio honcsto, de caracter cducativo, cuja exibi<;5o agraB fffcr Tt 1 JTfi* I 1 ' «¦' r -A dou plcnamente a quantos foram ao auditorio da Casa dos flVattAT \ — I'-p ^ nW UBB||jprvM"~t Jornalistas.


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encantos de Ann Sheridan teem qualquer coisa de de singular que lhe granjciam elevado número OS " ruiva" "fans", Yni|'ri- crescente a cada apa«ição da na tela. Dai, talvez todo o segredo desse encanto e dessa atraseu olhar manso, e tranquillo. da alta expressão feminil de sua boca rasgada e que parece falar por si, tentadora mente, "prometendo promessas" — como escreveu o poeta... Indiscutivelmente, e seia por isso ou por aquilo, a linda Sheridan se mantém como uma das mais cotadas

" garotas da tela, e haja à vista seu êxito recente em F.m cada coração um pecado". Daí, talvez todo o segredo desse encarno e dessa atração esteja simplemente em ser a Sheridan unia pequena bem ao gosto da época, integrada em tudo no momento que vivemos, como bem o demonstra o seu gesto nesta foto... Uma pequena que sabe sorrir, sabe agradar e respira bom-gósto, e sabe apreciar a delícia de um cigarro que em nada diminue — antes, acentua — sua feminilidade, a displicência de seus gestos seu encanto pessoal...

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NOTAS

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O publico parece ter cançado com Orlando Silva; nada mais daquele velho entusiasmo. Zézé Fonseca deveria se tornar mais natural nes papeis que interpreta. Mesquitinha precisaria ser melhor aproveitado pela Nacional. E o Anestesio que ainda contlnúa ? A "Canção do Dia", afinal de contas, depois de nove anos de existencia virou "conga"... A "Jornal do Brasil" apresenta bom noticiário telegraflco. Almirante parece estar decidido a voltar para a Nacional. Silvio Caldas, tem perdido muito da sua publicidade na Tupi. Verificaram como Cristina Maristanl vem perdendo multo a beleza de sua voz tão linda ? César Ladeira é multo melhor ator de rádio teatro do que julga ser. E o Paulo Gracindo, que ainda não perdeu a mania de pretender ser engraçado. Que pena !

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Os ouvintes da Rádio Clube* conhecem, certamente o bater das teclas de maquina de Miss Meri e a sua voz agraaavel, anotando os calouros aa estação da Avenida. Trata-se de uma artista de méritos reais, que honra o "cast" da emissora em que atua. ANIMADORES'DE PROGRAMAS

Falamos, outro dia, dos derrames certos locutores, de prejudiciais promovidos, do dia para a noite, em animadores de programas. Recebemos, a propósito, vários pedidos afim de continuarmos os comentários, evltando-se que alguns rapazes de voz sonora e simpática, e de lntellgência curta não se julguem capazes de audaciosas tentativas frustradas, em detrimento dos ouvidos do publico. Animar um programa requer, antes de mais nada. certa, vivacidade de espirito, perfeito conhecimento de psicologia. Não ha de se encobrir a ausência disso com adjetivos bombasticos e palavras vasias. Esse é o erro dos que tentam enveredar desageitadamente por este terreno sem reparar no desconhecimento absoluto dos predicados citados acima. Outro dia citamos o exemplo do Frias prejudicando a apresentação do Procopio. Gracinhas, piadas insulsas, de entremeio com adjetivos exagerados. E o grande artista teatral ao lrradiar o seu programa, inteligente como é, tinha a certeza de que, sem querer, estava sendo ouvido pelo publico com muito de discipllscencla e um pouco de Irritação. Não pelo mérito do querido creador do "Deus lhe Pague", mas pelo derrame verballstico do locutor transformado em anlmadcr improvisado e convicto. FRANCISCO GALVÃO

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flflflr - Flfl L.:. ARTISTA A força de vontade* de Edgar Cardoso é digna de registro. Compositor e homem de rádio ele tem lutado muilo, de Norte a Sul. Agora está na terra bandeirante vitorioso. E o merecia de certo pela sua capacidade.

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ALVARENGA E BENTINHO Eis ai uma dupla caipira que fez suceeso. Teve êxitos singulares. Alvarenga, ao tempo, eetava afastado de Ranchinho, dai Bentinho, como seu substituto. Hoje ile juntou-se ax> velho

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companheiro, e, com César Ladeira, ¦fazem força para que o público fia nestes tempos de preocupações. Mas o público fica firme, multo embora os esforços da dupla, que é mesmo composta de três...

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BREQUES A noticia mais sensacional é a estréia de Eivira Pagã no rádio. Vai reaparecer sósinha. Não "pochade" deixa de ser interessante a Barão Eixo", dominicalmente feita na Nacional. Linda Batista foi uma das melhores interpretes da música carnavalesca deste ano. Dilú Melo precisa apresentar re-* pertório mais moderno e deixar de querer se apropriar do sotaque gaúcho. Barbosa Júnior fez bem em reviver as suas "Ondas" no programa dos domingos. Uma artista de real mérito, sem publicidade alguma, é Yvonete Miranda da Tupi. Zarur tem feito muita coisa na Transmissora quando ainda não era diretor artístico, do quanto poderiamos esperar dele assim que ocupasse esta posição. A Educadora mudou de nome : passou a ser Tamoio. Aguardamos venha a modificar a sua programaÇão, pois diretor artistico ela tem dos melhores. Uma estação que vem melhorando sempre é a Rádio Clube com a direção artística de Renato Murce. Mais um programa de calouros: o da Transmissora, desta vez contra o samba. -jFjlOk

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BOLAS Rosina Pagã, indiscutivelmente uma artista de vulto do rádio, das mais inteligentes, vai fazer a sua "reentree" no rádio, na Nacional. — E a Mairink ? Quando teremos uma programação bôa na simpática estação do Ladeira ? Continuam incriveis os programas de calouro da cidade. Por que não se organisa um programa infantil bem feito, com método, com censura, com psicologia ? Oduvaldo Viana terminaria a sua serie de folhetins radiofonicos ?

BONEQUINHA Lêõla Vasconcelos e "Bonequinha de Voz dei Ouro" é um dos números de sucesso no rádio carioca. Em breve irá a Porta-Alegre, encantar cs seus milhares de ouvintes.

NOVO Antenor Soares é a mais recente descoberta da Rádio-Clube. Realmente, tem valor. Possue mérito. Deve deixar a publicidade de parte e caprichar muito mais, pois assim é que se faxém os valores.

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noticiário telegrafico do rádio continúa a se ressentir de falhas sensiveis. Telegramas velhos são apresentados e muitos repetidos no mesmo programa. Será que, na sua inércia respeitabilissima, os diretores artísticos não deram ainda com o possivel interesse publico pelo noticiário da guerra ? Magdala Gama Oliveira continúa a fazer ótima critica radiofonica muito embora divlrjamos, na essencia, da sua má vontade especificada contra a música popular nacional.

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bombardeio de precisão a grandes altitudes e a tremenda eficácia 0 da artilharia norte-americana a grandes distâncias ocuparão um lugar notável na história desta guerra. A superioridade dos sistemas óticos utilizados facilita a exatidão da pontaria do bombardeiro aéreo, e da artilharia, obtida por meio de uma série de lentes que localizam e amplificam o alvo, e fixam o alcance para o projétil. Dizem informações dos peritos do Exército dos Estados Unidos na Europa: "Examinamos as miras e periscópios alemães capturados e, elemento por elemento, estamos produzindo material melhor."

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Graças ã Supremacia KODAK em Ótica

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Quasi todos os sistemas óticos das miras e periscópios do Exército e da Marinha americana fabricam-se na Kodak. Além disso, a Kodak faz 29 dos sistemas óticos mais complexos utilizados nos telêmetros para controlar a pontaria e o fogo dos canhões de vários calibres, incluindo o famoso altfmetro dos canhões anti-aéreos. E a Kodak, com seu revolucionário vidro ótico que produz objt-tivas de uma superioridade que ninguém pode siquer igualar em purte alguma do mundo, também aperfeiçoou os métodos de produzir estas lentes em quantidades que, até agora, ninguém mais em nenhuma parte conseguiu lograr. À vista destes fatos, é razoável esperar que as Kodaks superiores que V. S. comprará quando vier a paz conterão as mais perfeitas objetivas do mundo.

EASTMAN KODAK COMPANY, Rochester, N. Y., E. U. A.

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Março já vai a carioca preocupar-se com os trapos para o outono — prelúdio do inverno, a FINDO mais elegante das quatro estações. Dos campos, das serras, das estâncias de águas voitarao muitos dos compenentes da aristocracia social. cujo exódo se fez desde as consoadas do Natal e as alegres ceias de S. Silvestre. Que vamos usar ? Que trarão de novo afim de renovar-nos a boniteza ? Correspondência especial Nova Ycrk _ hoje o centro da grande elegância —,deindica que os mais afamados costureiros modificação radical nçs enapeus. Bendel, apresentaram por exemple, após intenso trabalho dos aeus desenhistas criadores, ofereceu tais chapéus á criti° MALHO

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"GLAMOUR" NASCEU EM HOLLYWOOD

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Há pouco tempo ouvi uma joven criticar a maquillage de outra joven mulher: "Está demasiadamente teatral !" Sorri. Ela não sabia o que estava comentando. Confundira as cores berrantes e mal escolhidas do " make-up" em questão, julgando ser aquilo a característica do que se usa nos teatros ou nos estúdios do einema. Estive a ponto de interrompê-la. afim de dizer-lhe uma ou duas cousas, mas me contive. Desejava dizer-lhe, por exemplo, que, " graças ao make-up" teatral, ela estava exibindo, no momento em que eu a via, "maquillage" tão correta. PERFEIÇOES Poderia falar-lhe das mil dificuldades que teria encontrado, pela escassez de material de maquillage, se tivesse vivido na época anterior aa verdadeiro teatfo, impulsionador da arte de " make-up", ou mesmo antes do cinema, que proporcionou ain da maiores aperfeiçoamentos na matéria. Poderia dizer-lhe mais que o seu " make-up", um exemplo de perfeição, era o resultado de experiências feitas nos estudios trinta anos passados, antes talvez mesmo dela ter vindo ao mundo ! Eu sabia tudo acerca do assunto. Estive nos estúdios desde o inicio, e tenho minha parte também como um dos aperfeiçoadores de todos os materiais que ela trazia no rosto agora, como acentuadores da beleza natural. ESTRELAS

DE

ONTEM

As estrelas cinematográficas do passado, (Mary Pickford, Theda Bara e Anita Stewart), apareceram num meio dramatico ainda novo. E esse meio exigia ma" teatral" melhorada. quillage Os pós para o rosto apenas conheciamse dois tons: branco e cor de cravo, antes que as diferentes cores necessárias ao trabalho de maquillage fossem creadas, para serviço nos estúdios. Quasi imediatamente a sociedade tomou posse e adaptou todas as vantagens que os aperfeiçoamentos de um campo mais vasto de cores lhe ofereceram, valendo-se assim da experiência do teatro. Lápis para sobrancelhas, sombreados para os olhos e material para as pestanas eram desconhecidos como mate riais na maquillage da sociedade. Entraram em tal campo apenas depois de criados para palco e para o cinema. Só posteriormente foi generalisado o seu uso. MÃOS

DRAMÁTICAS

O atraente esmalte nas unhas não se fez para a mulher elegante. Foi desenvolvido antes no palco e na tela, para que as arI I — 1 9 4 4

J . i I sfl¥ ' «... Marguerite tistas que possuiam mãos dramaticamente expressivas pudessem focalizar a atenção da assistência sobre as mesmas quando se fizesse mister. As qualidades não irritantes e a puresa química da maquillage que a sociedade usa agora foram estabelecidas " primeiro no make-up" dos estúdios. As tros e estrelas tinham que usar maquillalage em quantidades relativamente grandes, e usá-la durante muito tempo. O " make up" tinha, assim que ser muito para não molestar a pele. Não fossem as exigências do palco e da tela, talvez a maioria das mulheres elegantes de hoje não estivesse desfrutando os benefícios dos cremes e refrescadores da pele, que tanto exaltam a beleza natural, e sio elementos indispensáveis de toda maquillage moderna. Originalmente tais produtos foram criados para os artistas do palco e da tela. NOVO

"MAKE-UP"

Dois elementos recentes que foram adicionados à lista dos materiais de "mak-up", da sociedade e que demonstram os meriorigem "teatral", são o "lip gloss" tos da"pan-cake". e o As estrelas não podiam estar perpetuamente umedecendo os lábios para torná-los mais atrativos. Assim criou— 61 —

Chapman

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se o "lip-gloss" para ensejar ao baton a possibilidade de vencer estas dificuldades, dando um brilho permanente aos lábios. Quasi " imediatamente a sociedade adotou-o. O pan-cake" dia a dia vai ganhando popularidade. Aplicado com uma esponja seca evita o aspeto desagradável de uma pele porosa, e é" muito útil. Tem também Teatral". Apareceu para a sua origem uso especial dos artistas que trabalham em films technicolor. Mais tarde foi aplicado nos films preto e branco. Agora é um produto grandemente empregado nas reuniões sociais pelas artistas de Hollywood.

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PALAVRA DE ELOGIO

. A vista de todos estes fatos opino que a palavra "teatral" não deve ser tomada no sentido pejorativo, quando disser respeito à maquillage. Deve ser, "ao contrario, uma palavra de elogio. O make-up" e personagens encantadoras como — Norma Shearer, Joan Crawford, Dorothy Lamour ou Sonja Henie é de origem teatral, e a maquillage de todas as mulheres do mundo tem origem idêntica. Não fora a intivesfluencia do teatro, talvez ainda não"makesemos esta grande e fina arte do o mundo conup". As mulheres de todo "make-up" teatraíram um debito com"o trai... O

MALHO


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Marinho e branco indica-se para este vestido dâstinado às futuras mães.

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Modelo de Saks (Nova York), para os priticos e sempre graciosos tecidos com "pois".

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Taffctás" í a seda apropríadi e êste traje para de tarde.

ELEGÂNCIA

Peiiio para " shantung" branco ou tonalidade suave. Uma aplicação do tecido sobre tonalidade forte en feita a blusa. O

MALHO

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.Sfrfa o« algodão servem a êste vestido .prático e elegante..

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Blusa de bolas, saia de lomalidade unida — vestiinenta ao sabor da joven de hoje.

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Adaptação de um "duas peças" usadi 926, muito gôsto da mulher atual. \\

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PRATICA

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Outro modelo de 26 para 44.

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MALHO


Decoração da Casa

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Lá fora, na casa de Petropolis, Thcrezopolis, Caxambú, eu desde a orla de Copacabana á barra da Tijuca, esta decoração de sala, para refeições' é bonita e adequada. O bambu é o material emetc., pregado nos moveis-, caixilhos das janelas, etcolhendo-se estofo e cortinas de "reps" num bonito verde, vermelho coral ou amarelo quente.

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" Tu f fetos" ou algodão alegremente estampado tnaica-se para vestir esta graciosa penteadeira. 1

ORÇArlt-nOSL

GRÁTIS I

fCURECEMOS

TAPETES MOVEISCO :Vii:M • GRUPOS

ESTOFADOS

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ASA AÇORA

65

SOMENTE

RUA DA CARIOCA.-67


C u r i o s i d a des Do papel obtem-se um fio que póde ser tecido. A principio, o processo de fabrico era análogo ao empregado na industria da seda artificial. Esse método, porém, ficava muito caro para ter aplicação num produto que se destinava a substituir o algodão. Atualmente, é feito o papel e em seguida, cortado em tiras semelhantes às serpentinas usadas no carnaval. Essas tiras vão formar uns rolos que se dispõem sobre uns carreteis. A extremidade livre de cada rolo é levada a um dispositivo que a segura e gira com uma velocidade de 5.000 a 6.000 voltas per minuto. A tira de papel fica logo bem torcida. Para dar-lhe resistência, o fio recebe uma certa quantidade de cola, a qual por exposição aos vapores de formei, é tornada insoluvel. Um tal fio pode ser lavado e permanecer dentro d'agua durante 24 horas. OS ESQUIMÁUS E O BANHO As crianças, entre os Esquimáus, até tres semanas depois de nascidas, tomam banho quatro vezes por dia. Das tres semanas até dois meses, tomam duas. Em estado adulto, nunca procuram o banho. As teorias, que se teem imaginado para explicar a origem da luz, são duas: a das emissões, devida Ia Newton e a das ondulações, admitida per Descartes e hoje geralmente seguida. A primeira teoria consiste em supor que os corpos luminosos emitem continuamente no espaço, cem uma prodigiosa velocidade, particulas muito tênues de uma substância imponderável, que impressionando a nossa retina, produzem o fenômeno de visão. A segunda teoria supõe que a luz é devida a um movimento vibratório muito rápido das particulas dos corpos luminosos, movimento que se propaga sob a fôrma de ondas análogas às do som, até ao órgão da vista, pelo intermédio do ether. VINHOS SECULARES Em longos túneis, situados sob a antiga e pitoresca aldeia de Wisbech, na Inglaterra, acham-se guardadas duzentas e cinqüenta mil garrafas de Vinho do Porto, para envelhecer. Algumas teem, já, um século de enterradas ali. A ESFINGE DOS ALPES Artista caprichosa, a natureza elege para modelo a figura humana, reproduzindo-a sem que ela pouse... Nas montanhas alpinas do cantão suisso de Vaiais "E' uma escarpa abruexiste uma prova disso. evoA Esfinge, Pta, chamada comumente que ca o perfil de um gigante, diz Vlllustration. Acrescenta essa revista parisiense que certo pintor assinala a semelhança da Esfinge com o Balzac, de Rodin. "Si a contemplarmos demeradamente. descobriremos parescença bem acentuada entre esse bloco de granito e o Balzac de Rodin, que suscitou, à sua aparição, tantas discussões apaixonadas. E' a mesma grandesa audaciosa e melancólica, a mesma fronte vasta e ereta, o mesmo modelado de pianos largos. Não há ali, provavelmente, mais do que uma coincidência, porém ilustra expressivamente a arte do grande escultor, cujas criações fortes são tambem como uma dllatação de forças naturais".

WÊ(MlF 7 f ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PÔDE SER COMBATIDA USANDO Nâo aceito substituto. Exija o nome "CAMARGO MENDES".

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MALHO


Cu

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Eu vi meu filho partir... Para onde ? Para a terra ? Para o mar ? Não sei para que logar. Eu vi meu filho com um cantil de lado, Com um fuzil nos ombros, Partir, vestido de soldado ! Eu vi os homens que iam indo, iam indo, Dentro de um largo trilho...

B m *y 90mm

Vi os que iam cantando, Vi os que iam marchando, De grupo em grupo, de par a par, de dois a dois.. E dentro do largo trilho

O uso dos PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Ésse produto é um loxotivo suave para todas as idades. Siga o meu conselho e tom*

Aquele que ia primeiro, Aquele que ia ligeiro Eu vi... Era o meu filho ! Sacudi para ele o meu lenço aberto Com toda a ternura que eu tinha De mãe e de mulher...

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Mas, ele, um passo não arredou da linha! Não voltou p'ra traz ! Não me olhou siquer ! Mas eu sei porque é que meu filho Ia, desobedientemente, intransigentemente,

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Com os olhos fixos na frente !

$uia guia,

PARA AS FUTURAS MAES SA SÃ

Eu sei porque é que meu filho ia tão febril Levando nos seus ombros o fuzil

M ATERNI DADE MATERNIDADE

Sem olhar p'ra traz, sem siquer me vêr... Não era eu quem o chamava: Era o Dever ! Não era eu que ele escutava: Era O BRASIL!

3.a Edição

C L O T 1 L D E

Um livro util, mesmo útil, mcsmo

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RIO DE JANEIRO MALHO

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O SIGNIFICADO DO ADIETIVO "VASTO" . Sr. de Saint — Evremond, isto é, Charles — Denis le Guast (1615 — 1703), insurgiu-se, de uma feita, contra Mme Mazarin, que, lisonjeando o cardeal de Richelieu, o qualificou de espírito vasto. Saint — Evremond achou que essa expressão encerrava um absurdo. A propósito, êle apresentou, na Academia Francesa, umas considerações, a "Dissertation sur le mot vasto". "Reconheço — diz o imortal — a jurisdição da Academia: que ela decida se o termo vasto está ou não está em uso; vergar-me-ei a seu veredito. Mas para conhecer a força e a propriedade do vocábulo, para saber se constitue uma censura ou uma louvaninha, a Academia permitir-me-á argumentar à luz da razão. Eu sustento que espirito vasto é uma expressão que pode ser tomada tanto em boa como em má parte, segundo o caso; que um espirito "vasto", maravilhoso, penetrante, indica uma capacidade admirável; e que, ao contrário, um espirito vasto e desmedido é um espírito que se perde em pensamentos vagos; em belas, mas vãs idéias, em desígnios imensos e pouco proporcionados aos meios que nos podem fazer vencer. Nego que vasto possa ser jamais um elogio e que nada seja capaz de retificar essa qualidade. Grande dá idéia de perfeição, ao passo que vasto sugere a de vicio. A extensão justa e precisa faz o grande; a grandeza desmedida faz o vasto: "Vastitas, grandeza excessiva". O

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EXCELENTE TÔNICO DOS PULMÕES

São muitas as definições que Saint-Evremond dá à palavra recriminada. Ele finaliza, externando que vasto conservará em francês a verdadeira acepção que tem em latim, e que se pode afirmar ser o Cardeal um grande gênio. Como grande, S. Eminência trouxe para a França vantagens extraordinárias; porém como vasto (o que êle foi algumas vezes), levou a França quase à ruina... — n.

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Rua AIcíno Guanabara N.° 17 a 21 (Edifício Teatro Regina, Loja) I I I _ 1 g 4 4

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Xêste passatempo todas as palavras são iniciadas pela letra e deverão ser colocadas em sentido horizontal nos quadradinhos em branco de acordo com as chaves seguintes: 1) tribu de aborígenes de Mato Grosso; 2) espécie de cerveja; 3) cipó do Brasil; 4) fértil, abundante; 5) espécie de quitute; 6) cão para caçar veado; 7) comandante da última linha, no antigo exército grego; 8) nome do planeta mais distante de nós; 9) maquinar; 10) comichão; ardor; 11) grande usu(Solução ao próximo numero) rário; 12) espécie de cogumelo; 13) fruto silvestre do Brasil; 14) grande porção de "*¦ uvas; 15) o mesmo que húmia-^-^-M-a-MM-M-aV-asaaaaa a^J~- *> ' J^^^B^^*J^ft*^^'h^^M^^^^M^ do; 16) cauterização; combustão; 17) grande abelha avermelhada e inofensiva; 18) primeira distilação da seiva da palmeira; 19) iguaria de íari^*g'saWMMfcs.aV~-c -T^PfiaS^ *3K*Bfc - I „L -?!*tji5?& nha de pau, feijões, etc. ... 20) nome de duas plantas legumiN nosas do Brasil. número) no (Solução prox. PERSEVERANÇA SALVOU "U"

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MALHO

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SOLUÇÕES DOS PASSANÚMERO TEMPOS DO PASSADO TEXTO ENIGMÁTICO: Verdades figuradai: O silêncio é a virtude dos fracos. Xunca se é demasiado velho para vir a ser sábio. Quem experimenta a alegria de fazer o bem, não pode compreender que se possa fazer o mal. A virtude, além de formosa é. a maior perfeição. PROBLEMA Oi três navios (solução) O primeiro custava 1.700.000 cruzeiros, o segundo custará 3.300.000 cruzeiros e o terceiro 4.900.000 cruzeiros. I I I — 1 9 4 4


DO

AMOR Paul Gcraldy

A mulher atira a isca de suas graças que parecem surgir do espírito e do coraÇão. O homem morde e só encontra o amor. Classifica-se mal os bens deste mundo. Todos dizem — amor, dinheiro e saúde. Saúde, dinheiro e amor ! é como se deveria dizer. Amar, è para Êle dilatar o amor de si Próprio. Para Ela é preferir alguém a si Hesma. Seduzimos com mentiras e ser amados por nós mesmos. pretendemos Juramos à mulher que ela é um anjo e Provamos que é um animal.

Trevo

Quatro

Folhas...

Entre as mais curiosas crenças populares, está a de que o trevo de quatro folhas traz felicidade. Foi a sua raridade que deu lugar a essa crença. A felicidade não é somente rara, é inconstante. Não haverá nisso uma lição... a de que devemos fundamentar os nossos sonhos e projetos sempre sobre as bases mais sólidas, dentro das possibilidades humanas? Essa lição tão sábia deve orientar todos os seus planos de futuro, relativos ao bem estar de sua família e ao encarreiramento de seus filhos. Proteja-os, desde já, contra qualquer eventualidade, através de um seguro de vida, seguro que poderá proporcionar-lhe, também, uma tranqüila aposentadoria. Informe-se sôbre as siJlidas garantias que lhe oferece a Sul America e sôbre o tipo de seguro que mais lhe convém. Um agente da Sul America estará à sua disposição, sem compromisso de sua parte.

No amor a mulher está sempre em casa. O homem não passa de um convidado. • Não assimilamos a Grécia, Roma, os Bar"aros, a China, assimilamos os negros, mas na° conseguimos assimilar as mulheres. • Realizar todos os desejos, todos os caPrichos das mulheres, é delicioso para os homens, contanto que elas dêem, a esses dois uma importância relativa e não prefiram a dadiva ao doador. A nossa sensuabilidade e a beleza das mulheres fizeram nascer em nós a ambição de um paraizo, que só é realizavel sem elas. Por isso, somos lógicos exigindo das mulheres que sejam junto de nós provocantes e inacessiveis. E a mulher escolhe o homem que ha de escolhê-la.que

de

À sv, Ue"-o ¦ . America Sul Cia. Nacional de Seguros de Vida Fundada em 1895

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Cid~d».

O mais l>elo instante do amor, o único 1ue nos deixa verdadeiramente tontos, é aquele prelúdio, aquela aprendizagem — o beijo. TERRA

DE

LABOR

E

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SENTINELA

DA

PATRIA

PENSAMENTOS p» , fácil analizar aos outros ^ muito mais ^Ue a si mesmo. La Rochcjaucauld ® segredo zer o que se da felicidade não está em fagosta, mas em gostar do que se tem de fazer. J. M. Barrie. tável'1"1 mu',Q 'a'a P°uco diz de aproveiBoilcau £ç5(CCr,e 3 aÇ3° * Pa'avra e a palavra à Shakcspcarc

(Conclusão) rarem, os dois, que seguiam juntos, despediram-se no seu idioma, enquanto o terceiro os saudava com um "hasta luego". LIBERDADE

DE

LOCOMOÇÃO

O forasteiro caminha despreociipadamente ao longo da extensa via internacional. A linha que a separa é imaginária, pois a divisão só se nota pela mudança dos letreiros e cartazes comerciais. Avenida a dentro, a uns trezentos metros da linha divisória, vê-se a tremular no alto de um imponente edifício branco uma bandeira uruguaia. E' a séde da prefeitura departa-

mental. Surgem, a seguir outras repartições públicas. O forasteiro, quase intrigado, continúa a andar. Pára deante de um funcionário correta e vistosamente uniformisado. E' um mixto de guarda de tráfego e soldado policial. Dirige-se a ele ostensivamente em português. Faz perguntas e ma:s perguntas, alguma de propositada indiscreção. E à saída, como este não lhe pedisse a menor explicação sobre a sua identidade, indaga si essa formalidade não é exigida nestes tempos de guerra. Compreende-se. Pelo caminho, no ônibus, no trem, nas estações de embarque e intermediárias, o forasteiro fôra obrigado a mostrar seus documentos uma bóa dezena de vezes. Mas o policial diz, calmamente, que não...


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