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Jluib!... Jluik!...
E nessa agitagao, agitação, nfesse nêsse abandono, 3 in to que qualquer coisa de anormal, sinto .ne faz perder completamente o sono... sôno... .. Quem sabe si §é a voz desse dêsse soldado, mágua — iue eu vejo — com olhar cheio de magua jerdido no Deserto insolarado, ií pedir, quase morto, um pouco d'agua ! ? ..Quem sabe si sí eé a voz dessa velhinha, la de tão longino.ua lá sua tao longínqua terra, que oensa no filho e reza — coitadinha ! — o'ra que termine bem depressa a guerra ! ? p'ra .. E nessa agita?ao, agitação, nesse nêsse abandono, >into que qualquer coisa de anormal, rrieTaz perder completamente o sono... meTaz sôno...
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Dôr, ouço gritos mil de Ddr, . .Quem sabe si ou?o receio, ?emidos gemidos ou tremores de ->u ¦>u o barulho extranho de um motor, avião de bombardeio ! ? 1e soturno avlao
ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCA-LO SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PODE SER COMBATIDA USANDO Exr]a o ac«ite substituto. Ex^o Nôo aceite % t a ft rvisr Nao nom*"CAMARGOMEND£S" nom« "CAMARGO MENDES". aAkOPL XAROPE AN TI SÍ.-C
...Quem sabe (e ao pensar sinto a mao mão fria) voce, amor, você, amôr, que vive tao tão distante, ¦>sta *stá (pobre de nos) nós) — em agonia, oensando em mim agora nlsse nêsse instante ! ?
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^ amanha, amanhã, quando eu sair, ja já dia, 1e face branca e com olhar bem fundo, hei de escutar em frases de ironia, dêsse mundo: i voz inconsciente desse "Si nao boêmia, não deixar de vez a boemia, •'era 'erá bem cedo tristonho fim !" cêdo seu "Sempre trocando a noite pelo dia, vai muito mal, vai muito mal assim !" tão magro o infeliz !" Tao Tão palido pálido e tao "Estas "Estas noites perdidas na orgia ! Pobre Luiz !" — Oh ! Sim, pobre Luiz ... LUIZ OCTAVIO
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ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA
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(Solu(ão no próximo número)
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Um pensamento de Coelho Netto: A crença é um caminho preferido pela alma para chegar a Deus. Vários são êles todos porém encontram-se num mesmo ponto como os raios luminosos que irradiam do mesmo fóco. !U A
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• Os títulos de Kosmos facilitam a constituição de um capital, dentro de um prazo mftxlmo certo antecipável por sorteios mensais, assegurando ainda o direito â coparticipaçâo de lucros, empréstimos e resgates garantidos.
ALHEIOS à adversidade, sempre dlspostos à luta, os francêses livres per•everaram no seu patriotismo, assegurando a liberdade de seu império. Esta mesma perseverança pode ser o alicerce da sua independência econômica. Adquira títulos de Kosmos Capitalização S/A., realizando assim uma sadia inversão de capital, tão 'segura e benéfica, que nenhum chefe de família pode dispensá-la.
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uma nota de verdadeira sensação, nos CONSTITUIU meios elegantes da cidade a inauguração, a 18 de Dezembro último, de mais um atelier chie de modas e alta costura. " Modas ODETTE", sob a direção da conhecida especialista em assuntos de elegância feminina, Mme. Odette Pereira da Silva. " Modas ODETTE" está localizada em excelente ponto, em plena Cinelândia, no grande e moderno Edifício São Borja, Av. Rio Branco, 277 — n.° andar — sala 1.104.6
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surge na vida elegante e comercial do Rio, com todos os requisitos para reunir em torno de si as preferências gerais do belo sexo da Capital. A fotografia que publicámos é um flagrante da inauguração de " Xloda» ODETTE", vendo-se, em destaque, 110
Leiam
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medalhão, Mme. Odette Pereira da Silva, cuja capacidade e reconhecido bom gosto se acham à testa da nova casa de modas e alta costura. — O. K.
MAIS FÁCIL E MAIS CERTO Não importa quem êle seja. nem que Posição tem na sociedade, cada homem normal assumiu, ou fez que a êle conbassem, certas obrigações sociais. A espectativa de seus concidadãos havia sido formulada antes de seu ingresso "esse meio e toda economia é afinal um esforço para satisfazer ess» esp<.ctativa e preenchimento desses deveres sociais. Concordamos que o seguro de vida Permite ao homem realizar poi comPleto tais deveres com facilidade c com a maior certeza. (.Franklin
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Que misteriosa sensação me domina, nesta espera displicente em que me colocou o destino ! Sinto-me como que na ante-sala, na expectativa de que comece um espetáculo, para o qual eu (ui levado, como um automato, sem vontade própria! Que diferente é todo este mundo mesmo, aquele em que vivi, que somente o tato rudimentar dos meus sentidos, me convencem de ser aquele doutrora, que hoje como num sonho, recordo as vezes, incrédulo de ter sido ou podír ser, uma realidade ! Perdido de mim mesmo, Procuro encontrar-me, para continuar uma jornada que sei interrompida... No abandono de todos os sentimentos, na renúncia de todos'os desejos, aceito tudo como a efeméride de u mcarnaval, de emoções postiças, de anceios falsos, de paradoxais acasos... Só mesmo algo indefinivel, algo que tonifica as forças esqualidas do meu espírito. tropego e vasio, faz-me ainda vagar, vagar...
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suíça No verão, a temperatura nos Alpes decresce de o°so, do lado V, e de o°69, do lado S., por ioo metros de altitude. A temperitura média, que é de 17°9 C., no centro da Europa, atinge em Be^tenberg a I3°9, em Engelberg a I3°6, em Sils — Maria a lo*s; em Arosa a io°i e em Rigi - Kulm a 9°. De Novembro a Janeiro, tem-se constatado ali um fenômeno singular ; o calor aumenta com a altitude e os raios solares são bastante vivos. MARTINICA Ao centro de uma das praças mais pitorescas da cidade de Fort-de-France, a Place de La Savane, ergue-se a estátua da Imperatriz Josephina, primeira esposa de Napoleão i.°. Êsse monumento é todo em mármore branco. VENEZUELA A estrada de ferro que liga La Ceiba a Caracas atravessa uma montanha, passando à borda de um precipício, a uma grande altitude. Lembra a célebre ferrovia brasileira, que é um dos atrativos do Estado do Paraná e uma das maravilhas do Brasil. A E. F. de La Ceiba deve-se a engenheiros franceses. INGLATERRA A lenda da ferradura data do ano 925. Dizem que, um dia, o diabo se apresentou a um prelado inglês, o Rev. Dunstan, que era também ferreiio. Satanaz pediu-lhe que colocasse uma ferradura numa de suas patas. O sacerdote, que o havia reconhecido, aceitou, e pregou sólidamente a ferradura na pata indicada. O demo reclamou que a ferradura o fazia sofrer muito. , — Eu lh'a tirarei — propôs o prelado — mas sob uma condição. Que nunca pelos lugares onde houver ferraduras. — Está muito passarás bem — disse 0 diabo — Farei o que pede. E Dunstan arrancou-lhe a ferradura, que desde então passou a ser considerada o porte-bonheur. Mais tarde, o tornou-se arcebispo de Caterbury. Morreu com odores de prelado santidade e foi canonizado. ÍNDIA Os habitantes da índia antiga não admitiam que se erigissem tumulos. Em seu pensar, os bons antecedentes dos que morpodiam substituir perfeitamente as derradeiras moradas, p3m referiam, assim, venerar a memória dos mortos, que fossem, m entendido, merecedores de culto. OS TÚMULOS VEDADOS A ESTRANHOS Na antigüidade, os habitantes das ilhas Canárias consagravam aos túmulos uma extrema veneração. Era estritamente pro'do, ali, pessoas estranhas visitassem os sarcófagos, sendo condenados que à morte aquêles que infringissem a lei. TÚMULOS SUNTUOSOS Em tempos remotissimos, os chineses tinham em grande es"na os eunucos. um homem dessa condição, encerravam 110 num Quando morria rara e preciosa. O túmulo madeira esquife de r,ue lhes destinavam rUj 0 er" terrenos constituía um verdadeiro palácio,a e era consconsiderados sagrados, vendidos preços ele"os Pelos Bonzos. TÚMULOS DEBAIXO D'AGUA Os Wambettis são-uns selvícolas africanos, caracterisados P°r sua pequena estatura. Ao morrer um Wambetti, os parentes o ocam seu corpo sòbre uma esteira. Fazem ronda em volta do ajCf' durante várias horas, até que chegue o feiticeiro encarrccKado da cncomendação do corpo. O macumbeiro, cuja veste é representada uma rica por pele de pantera, remata a cerimônia executando uma dansa, " dansa O túmulo de um a Wambetti é o leito dos rios. dos espíritos".
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O sol é uma admiravel fonte de saúde, mas muitas vezes provoca o aparecimento de sardas e manchas nas pessoas de cutis muito delicada. Isso, entretanto, não é motivo para alguém fligir ao sol, privando-se da alegria das praias e dos passeios ao ar livre. Goze intensamente essa alegria, sem temer sardas e manchas... Proteja a sua delicada epiderme da inclémencia dos raios solarei, aplicando Leite de Colonia sôbre o rosto, colo e braços, não só antes de sair para a praia ou passeio, mas também ao regressar. Leite de Colonia limpa, amacia e protege a pele! Use-o e terá sempre uma cutis acetinada e juvenil.
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data aniversária do Presidente Getulio Vargas impôz-se à celebração de todo o Brasil, como uma homenagem reverente ao homem que tem transformado, com o descortinio de sua visão de estadista e o seu tato de político sagacíssimo, a estrutura do país, levando a Pátria, a pouco e pouco, para os altiplanos de um destino melhor. Quem coteja a situação atual do país com o seu estado de épocas anteriores, chega, inevitavelmente, à conclusão dos benefícios inestimáveis que tem sido para o Brasil a presença do Sr. Getulio Vargas no poder, como a força centralizadora de nossa existência política e como o dínamo propulsor das transformações profundas operadas tanto nas nossas condições econômicas como em algumas diretrizes dz nossa vida social. O mês de Abril, dessa forma, tem, ao lado de datas já incorporadas à memória das gerações, como a da descoberrta do Brasil e a do sacrifício de Tiradentes, mais um dia que representa, na conciência coletiva da raça, um instante de júbilo cívico. A 19 de Abril nasceu o Sr. Getulio Vargas, e o instante de seu nascimento deve ter sido marcado pela presença de uma estrela, tal como se diz haver acontecido com a hora inaugural do destino de Líszt: uma jornada de glórias e de esplendores tem sido a existência jlustre do grande brasileiro. A Pátria inteira celebra essa data como o começo de uma etapa humana que tem sido uma caminhada de heroísmo e dignidade a serviço dos interesses da coletividade brasileira. O Sr. Getulio Vargas pode sentir, assim, um reflexo da gratidão da alma coletiva à retidão de seu caráter e ao tino com que tem sabido administrar o pais. Vivemos, hoje, num clima de tranquilidade e de trabalho. Não assistimos a lutas e dissenções partidárias. Vemos o país emergir de um período rotineiro de vida agrícola para uma fase de industrialização que fará do Brasil uma das grandes forças econômicas do mundo de após guerra. E tudo isso resulta da nova política do Brasil. Celebrando, a 19 de Abril, uma data do nosso calendário histórico, estamos rendendo a homenagem merecida ao maior dos brasileiros, na hora mais dramática que o mundo atravessa.
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CEIMeRALISSíIVIO (HlANC KAI-SHEK capa da edição de hoje de O MALHO é uma das mais recentes fotografias do generaiissimo Chiang Kai-shek, comandante em chefe das forças mi-
que hoje se empenham as nações livres e amigas da Liberdade. O generaiissimo chinês tem, como valiosa e tenaz
litares chinesas c um dos altos valores que int.^gran; a suprema direção do bloco das Nações Unidas.
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Chiang Kai-shek representa, para o mundo atual, verdadeiro símbolo da nova China. Tendo-lhe
própria esposa, um dos vultos femininos de mais alta projeção no mundo moderno, culta, idealista e entregue, como êle próprio, à tarefa de conduzir o seu povo a um destino à altura
cabido a tarefa monumental de fazer realidade o sonho de redenção e soerguimento chinês, que empolgou Sun Yat-Sem ao fazer a República, esse homem do
das suas tradições. Estudando, ao seu lado, todos os problemas que dizem respeito ao futuro da república chinesa, é ela
gestos simples e maneiras tranqüilas tem estado à frente de um dos mais belos e heróicos movimentos de resistência à opressão de que a História do Oriente
a sua melhor e mais decidida auxiliar. Foi nesse caráter que esteve presente, aliás, à recente conferência do Cairo, a que compareceram o presidente Roosevelt e o primeiro ministro Churchill. e de que reproduzi-
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tem noticia, pois antes que o mundo se convulsionass? nesta guerra, disposto a exterminar de uma vez por tdas as forças do Mal, já êle. ã frente de seus soldados
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dito e escrito, com tanta freqüência, que o moral das trincheiras depende da solidez ç da união da reTEM-.SE taguarda, que se tornou um lugar comum a afirmação de que os soldados lutam melhor quando sabem que os seus se acham bem amparados na cidade natal, a salvo das necessidades mais prementes. Tropa/ que sai para combater, preocupada com a situação das populações nas linhas de trás já vai com a eficiência reduzida de 50%. Compreende-se, assim, que não há sombra de exagero em dizer-se que a Legião Brasileira de Assistência ajuda o Brasil 11 a ganhar a guerra. 1 Essa organização foi criada especialmente para amparav as famílias dos convocados em todo o país, e não há dúvida de que realiza sua tarefa concienciosamente, não somente le-
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vencer vando conforto e arrimo a tantos lares, como também cuidando das crianestimuças, velhos e desamparados; lando a criação de " Hortas da Vitória"; estabelecendo a melhor ligação possível entre os soldados destacados para este ou aquele lugar e suas ensinamentos difundindo famílias; sóbre alimentação; apoiando as organizações de defesa civil. Onde quer que se trate de elevar o moral das populações da retaguarda c auxiliar o esforço de guerra do Brasil, aí está a L. B. A., ativa, multiforme, organizada, eficiente, realizando uma obra que pôde ser mostrada como razão de orgulho para nossa gente.
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Duas jaulas, com um gato cada uma, estão fechadas. Abri-la é um problema para eles, à vista da comida, a distancia igual das jaulas. Os gatcs estão removendo a alavanca para abrir a portinhola. O gato da direita já está resolvendo o problema.
tií flf^W Êste, gato está numa caixa, cujo sistema de abertura é conhecido pelo felino. Êle avança uma pata através das barras e remove a alarança.
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muitas opiniões diferentes a respeito de gatcs. Os que gostam de cães, HA por exemplo, depreciam os gatos, Qualificando-os de ladrões, egoistas nos quais não se pôde confiar, porque só gostam da casa e não do dcno. E' raro. portanto, que o gato gose da mesma camaradagem que existe entre o homem e o cão. O gato raramente se lembra de um favor. Pode-se dar a um gato, durante anos, um bom pedaço de crême, mas ®le» na primeira ocasião, quando falhar o creme, avançará no mesmo sem pedir licença. Segundo o Dr. C. N. Winslow, os gatos são criaturas maliciosas, são amigáveis bem humorados tanto como podem ser o oposto. o Dr. Winslcw realisou estudos sobre os gatos afim de saber como eles se comportavam em certas circunstâncias como eles resolviam os quando, sosinhos, eram obrigadosproblemas a obter o que queriam. Viu Que alguns não empregavam sua inteligencia, à espera de uma ajuda humana ou do acaso, ao passo que outros resolviam o caso de outro modo. Havia, de fato, os que aprenderam a tocar uma campainha despertar a atenção para que dêem para ccmida. Quando nada conseguiam, sentavam, esperando, convencidos da inutilidade da manobra. A seguinte serie fotos nos mostra algun$ detalhes sôbre deo assunto.
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um excelente exemplo de como até deis podem cooperar na mesma obra. Cada tem a txpetúência do que já fez ou viu Os dois agora estão puxando a corda ao mesmo tempo.
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flagrantes do desfile da 1.* DiExpressivos visão de Infanteiia do Corpo Expedicionário ' do nosso Exército, realizado na Vila Militar diante do seu comandante, general Mascarenhas de Morais e outros oficiais superiores que aparecem em uma das fotografias. Essa parada foi um espetáculo grandioso e uma demonstração do garbo e adextramento dos nossos soldados.
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Exposição J. Carvalho em São Paulo
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J. Carvalho entre algumas de suas telas. Volta de Jurema
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todo este mês se realizará POR em São Paulo uma grande exposição do pintor cearense J. Carvalho, paisagista cujo renome dia a dia se vai firmando mercê do constante aprimoramento de sua arte. J. Carvalho, cuja vida tem sido um constante percorrer de terras do Brasil, em busca de aspecto que vai fixando em telas magníficas, ao
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mesmo tempo que realiza uma notável obra de intercâmbio entre os Estados que visita, leva, agora, para São Paulo uma linda coleção de trabalhos que intitulou "Coisas da Guanabara", com os quais realisará a sua já anciosamente esperada exposição. Vemos, nesta página, o festejado artista e algumas das suas creações.
'Selva amazônica" (Amazonas)
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Viveu como uma flôr — flôr delicada, Tímida e casta, às vis paixões alheias; Sua breve existência correu cheia Da doce claridade da alvorada.
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Amorosa Amou o E o alvo De suas E V A
da música, inspirada. piano com paixão que a enleia, teclado é uma ave que gorgeia mãos à caricia aveludada.
T U D O R Mas seu próprio sorriso uns laivos tinha De tristeza... Em sua bela idade Ao lado da alegria o amor caminha.
Teatro Serrador, initemporada de Eva Tudor, no "O Bico da Cegonha", A ciada com a representação de está constituindo um belo êxito de arte, numa fase em que o pensamento geral é a melhoria do teatro brasileiro. Sob a orientação inteletual de Luiz Iglesias. a Companhia de Eva Tudor se tem colocado na linha de vanguarda dos que realmente realizam a elevação de nossa arte cênica. Trata-se, em verdade, de uma obra benemérita, que amplia a cultura do país e dá a nos?o povo um gênero de espetáculos que é, no teatro, uma conseqüência da compreensão dos seus valcres educadonais. Ao par dêsse propósito, que é em verdade nveritório, a companhia que se acha presentemente no Teatro Serrador dispõe de um elenco que é dos mais homogeneos de quantos tem tido entre nós a arte de representar. Eva Tudor, no entanto, sobressai, como artista l±npar que é, dominando todos os seus papeis e vivendo-os com uma expressão admirável. Sua carreira artística é uma sucessão de êxitos inegáveis. Eva Tudor ficará, na historia atual de nosso teatro, como uma das mais completas interpretes de obras nacionais e estrangeiras e com uma folha de serviços à nossa cultura que lhe dá títulos de passar à posteridade.
Um vago sonho que findou, e que há-de Viver — tanto da mágua se avisinha — No suave perfume da saudade.
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Sra. Maria Ana do Vale, num retrato feito pelo jovem artista chileno Araya Gomes, quando da sua recente estadia naquele pais. A sra. Maria A tia do Vale é uma figura de S. Paulo que reúne à distinção do nascimcnto a viivcidade do espirito e o yosto pelas belas fiogrns.
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Hid casal Maria Luiza Gomes de Mattos-Tenente Antonio João Dutra, no dia do seu enlace matrimonial.
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Casa-grande de uma fazenda tipica do interior: brasileiro. m MORAR, TODOS MORAM, POR ÊSSE BRASIL IMENSO. MORA-SE DE TODO O GEITO, EM CASAS DE TODOS OS FORMATOS, TAMANHOS, TIPOS E FEITIOS. AQUI ESTÃO ALGUNS DOS TIPOS DE "RESIDENCIAS" MAIS COMUNS PELO "HINTERLAND" NACIONAL. ~-"ui
Tipo de casa usado na zona colonial do sul, principalmente em Santa Catarina, onde madeira ê... "mato".
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solo ainda humido de orvalho, aqui e ali engalanado por O feslões de viçosos arbustos, preparava-se para a íaina do dia, que despontara tão promissoramenle, aquecido por um sol brando. E havia tanto que fazer. A rosa silvestre ostentava, envaidecida, os seus dourados bcíões, que precisava abril ao ósculo delicado dos insetos O beija-flor aguardava, com impaciência, que a flor da laranjeira desabrochasse, para sugar-lhe o dulcissimo nelar. As operosas abelhas esvoaçavam já em lorno da pudica abonina, que teimava em lhes ocultar os encantos de sua corola. A acácia balouçava os seus cachoes floridos, em uma deliciosa exhibição de vida O amor-perfeito, mais reahsla, oferecia, brejeiro, o aveludado de sua cúlis a uma grande e vistosa borboleta, que pensava surpreendê^o, enquanto o amoroso a aguardava com anciedade. A arrogante cravina, mais adiante, desesperava-se por furtar-se a um bezouro negro, alrovido. O mais notável acontecimento, que era aguardado com geral nervosismo, a, a consistia em que, rainha das flores, ia, enfim, abrir o seu gigante botão aos olho -idos de toda a numerosa família vegetal. Em uma elevação do terreno, os restos do que outrora fora um uos gigantes da floresta para o O
MALHO
céu a sua galharia seca, como uma última súplica, num derradeiro esforço de vida. Sobre um de seus carcomidos Ironccs instalara-se uma delicada planta, que florira sob o olhar de despreso de um cardo visinho: era a orquídea. Ela passava, coitada, uma vida de humilhações* e tristezas, sempre atormentada pelo «ardo, .que se comprazia em censurar-lhe a vida parasitária. Quem me dera sair daqui, gemia a orquídea. Tudo em seu logar, resmungava ma velha trepadeira, ão dês atenções à conversa dos outros e trates de viver a tua vida. Mas a pobre flor invejava a margarida do chão, que o vento alisava, o j a s m i n, cujo perfume lhe fazia sonhar, o mal-me-quer sempre alegre e a camélia alva e aristocrática. Um homem do campo, que por ali passava, vendo a exquisila orquídea quiz aspirar-lhe o aroma. Não gostou, provavelmente, pois abandonou-a com despreso, fazendo com que ela se sentisse mais infeliz e vertesse lágrimas de desgostos e despeito. É que, mais adiante, o homem arrancou com as suas mãos calosas um punhado de margaridas, que iriam enfeitar a cabeça de sua companheira, e um mal-me-quer, que foi despelalando distraidamenle... Pobre tola Devias mas era somr de alegria, falou a trepadeira. Passâram-se os dias. A vitória-régia fora arrancada pela correnteza e morrera afogada O cravo, belo e sensual, tivera as suas raízes devoradas por vejme e morrera também. A margarida tombara para sempre, devorada por uma formiga faminta. Já a orquídea não se lamentava. Pelo contrário: aprendera a lição e dava graças a Natureza bemdita, que lhe fizera raquítica e feia, preservando-a, por isso mesmo, da cobiça alheia. Um dia, porém, e há sempre um dia para tudo, até mesmo para uma humilde flor passou pelo aprazível logar um botânico e sua jovem filha, à procura de novas espécies de plantas para a sua coleção. Todas as flores trataram de se esforçar por parecerem mais .belas, afim de poderem ir figurar 30
nos jardins, onde haviam fontes maravilhosas e repuxos ainda mais encantadores. A orquídea procurou escondei-se o mais que poude, nSo tanto que não fosse descoberta pela moça, que soltou um grito de admiração. E a pobresinha foi levada, em logar do lírio que corou de ciúme, sob os olhares admirados de todos. O cardo, que passava por asiulo, procurou então explicar que a sorte escolhe aqueles que nada fazem na vida, vivendo à custa da vida alheia. A velha trepadeira, que unha vivido muito, meneava a cabeça, negativamenle, lembrada do que acontecera a tantos outros. Cada qual em seu logar, resmungava a faladeira. A vida da orquídea mudou muito Suspensa em seus novos aposentos. de um vistoso vaso, colocada em logar de honra entre os mais belos exemplares da flora, que o sábio naturalista reunira pacientemente, a flor deixou-se levar pelas aparências e mudou de hábitos. A flor silvestre tornou-se tão presunçosa, que chegou a ser detestada pelos seus próprios visinhos, dos quais ela exigia obediência e vassalagem. Todas as pessoas que entravam na estufa paravam ante a original orquídea e não cessavam de lhe elogiar os encantos. E a orquídea passou a viver uma vida vã, cercada de falsos explendores, ostentando uma aureóla de glória efêmera, esquecida do que ouvira de sua companheira do campo: cada qual como foi feito. Outro dia, - e há sempre um dia depois do outro a orquídea foi retirada de seu pedestal de honra e levada para uma sala simples, cheia de instrumentos complicados, em que a pretenciosa não se dignou reparar. — Com certeza vão me levar para a exposição, pensou a flor. Logo depois chegou o sábio e com êle veio uma outra orquídea. Hei, não me saúdas? Foi assim a arrogante recebeu a sua que companheira. O digno homem, porém, arrancou a orquídea de seu arrimo natural e enxertou-a cuidadosamente na nova, após exhauslivo trabalho. Dias depois cumpria-se a profecia da velha trepadeira. A orguídea morreu de modo atroz, violentada barbaramente, enquanto a sua companheira vingava. Apenas o botânico lamentou a sua morte, porque viu falhar a sua tentativa de aperfeiçoar o que a Natureza fizera para estar... em seu logar.
JURACY
CORREIA I V — 1 9 4 4
{ maiw ta o
ÁRCADE
MINEIRO E
A
T T M do* motor» defeitos dos biografos — Já no*£»"• com propriedade João Ribeiro — é não faxerem pesquisas, pacientemente, repetindo err°s de tôda naturesa, que se acumulara para a Posteridade. Assim aconteceu a biografia de Cláudio «lanoel da Costa, cujo com local e data de nascimento sempre constituíram motivo de vacilação. Desconheciam os estudiosos muitos elemen•o® revelados pelo nosso Galvão. Coube ao eoinentadôr das "Obras" Ramiz do poeta explicar o porde tanta bar afunda em torno da terra natal J* «cadê de Vila Rica. Diz êle que a confusão *** gerada pelas rápidas passagens nos versos do ^confidente, óra apontando do Carmo «>mo sua terra, óra Ma ria na, Ribeirão óra Vila Rica, óra Vtríem do Itacolomi. Restava saber com exatidão a data do nasci* sua "autobiografia" nos revelou: é que pCnto: . udio, em 1.759, cumprindo os dispositivos reK>mentais da Academia dos Renascidos, da Bahia. a fòra eleito correspondente, via-se obrigado qual a fazê-lo Leiamos os seus "Aponta*c unir ao Catalogo dos Acadêmicos Para Tantos ® Academia Brasileira dos Renascidos" "Cláudio Manoel da Costa, filho de João Gonçalves da Costa, e de Teresa Ribeiro de Alvarenga Nasceu aos 5 de Junho de 1729, no Bispado de Mariana, em um dos distritos da cidade chamada Vargein, onde viviam seus pais em o exercício de mineirar e plantar, segundo uso do país. Seus avós pela parte Antonio Gonçalves e D. Antoniapaterna: F.ernandes, moradores no lugar das Arêas, freguesia dc S. Maméde das Talhadas, bispado de Coimbra; pela parte materna, o capitão Francisco de Barros Freire, e D. Isabel Rodrigues de Alvarenga, moradores da freguesia de N. S de Guarapinga, comarca de Ribeirão do Carmo, hoje cidade de Mariana, vindos de S. Paulo, onde tem a sua ascendência de famílias mui distintas. Seus irmãos: do legitimo matrimônio teve 5 irmãos, dos quais êle foi o 3.° na ordem de sucessão: quatro cursaram a Universidade; e se acham hoje recolhidos a Religiosos, dois: o padre Antonio de S. Maria dos Mártires, no Real Mosteiro de S. Cruz, de Coimbra; o padre Frei Francisco de Sales Jesus Maria, no Colégio da Trindade: atualmente segue a Universidade de Coimbra. Morreu na mesma Universidade o 2.®, que se chamava João Antonio da Costa. Os mais hoje acompanham a família. Seus estudos: principiou gramática e estudos de latinidade debaixo da teção do seu tio o dr. Frei Francisco proVieira, Opositor que foi na Faculdade de Coimbra, hoje procurador da Religião da Santíssima Trindade, no Brasil. Assistiu teus 14 ou 15 anos em Vila Rica deprimeiros Ouro Preto. Passou a estudar Filosofia na CM. de Jesús do Rio de Janeiro, donde embarcou em 1849 para Lisboa Formou-se em Coimbra, na taculdade de Cânones, em que foi presente o sr Cristovão de Almeida. Na era de 1.853 - 1.854 recolheu-se à sua pátria, onde vive no exercício de advogado, com assistência em Vila Rica de Ouro Preto. ** Seus escritos: aplicado desde os primeiros anos ao estudo das Belas Letras, conserva em manuscrito, rimas nas linguas latina, italiana, portuguesa, castelha na e francesa, em heróica e lirica. dois tomos in 4.* poesia 1). Vt,mo' ° Prec'oso documento ao escritor m'g°> publicou-o na Revista da Acad,° . **ran<*° um* edição fac-similada sob o tituln T'*" inéditos de Cláudio Ma«oel d"Autobiografia 'osta". Depois, ecom * a sua superioridade dt , livrn !?ílg*dor consciente, reproduziu parte no M Nktóricas, edição Record, pát'n* 12o trab«íh'rrj" ° "crít"r acima a um interessante Cl*udi© publicado no jornal "O Patrióta" ' "Ude Janeiro, de 1.813, sob o titulo: ^ersi,""*' Par* a Capitania de Minas tombem cita a "Carta Topográfica Í°Íf.1flib'íro 'Ia Rira", levantada por Cláudio, que re1 v — 1 9 4 4
CLÁUDIO
SUA
VIDA
MANOEL
* DevtfCâ a 17G5 continua em *c»vt%c< e,-tnho sendo Governador e Ca.-' General 3 Diogo Lobo da Silva. 0^%1769 a 1773 era neva jwnit empolado nb caigo <íe secretario, agora do seu üüeío amigo D. Jes« Luiz de Menezes Abrar.ches Castelo Branco,- condc de Validar es. Caju de Melo Franco, com p/ovas documentais. afirma que o curg# de secretário era importante, sendo destinado aos homens que se exercitavam pa literatura, e de nascimento digno de menção, pois além dos proventos anuais de quatrocemos mi! réis. recebia mais 80 para casa, papel, tinta, ainda acrescido de 108 por ocasião das ocorrências civis na Fanúlia Real de sua Marestade. Como funcionária graduado tinha o direito de sentar-se depois do ajudante de Ordens do Mestre de Campo do Governador. Estava o poeta satisfeito pela distinção. Já publicájta em 1751 o "Munusculo Métrico, e em 1753 o Fpicedio, e os Números Harmônicos". No ano de 1768 em que chega o condc de Valadares'aparecem as "Obras", impressas em Lisbòa. Finalmente mais tarde, eon; r delação dos traidores SUverio dos Reis e Basilio de Brito, e prisão »ios indiciados do propalado levante que tomou o nome de Conjuração Mineira, re^oon^eu, no dia 2 de Junho de 1789, Cláudio ''asas do Real Contrato das Filtradas, ao "Autonasde Perordem guntas^, por do Visconde de iSarbaccna governador da Capitania. De tudo o que disse e consta dêsse documento mjuridico. por falta de formalidade legal, clue que havia uma grande reação contra sea conpropaiada Derrama", não passando de mera conversa tudo, embora um brasileiro houvesse isola (oraünfiq no fim do bAbwoí
,... ^
| ;¦
COSTA
AGITADA
cebeu como prêmio 28 oitavas dc ouro, cm 1.758. Aqui o mestre pergunta se a Carta Topográfica dc Vila Rica. que se encontra no Arquivo Militar do Rio, será a mesma levantada por Cláudio Manoel da Costa. Com a morte do pae, «vcorrida cm 1.751, quiz abraçar a carreira eclesiástica, e na mesma data encaminha um requerimento para averiguações sôbre a família, processovque se chamava "de "donere ou puritate sanguinis". Êsse precioso gecumentário foi publicado pelo incansável e erudito Ramiz Galvão, e o original encontra-se no Cartório Eclesiástico de Mariana: "E*m.° e Rev.° Sr. Diz Cláudio Manoel da Costa, filho legitimo de João Gonçalves da Costa, e de Teresa Ribeiro de Alvarenga, da Vargem de Itacolomi, freguesia da Santa Sé de Mariana, e do mesmo Bispado, que êle tem exercitado os estudos com dcsvêlo e aproveitamento até o presente, com procedimento para sacerdote, que sempre desejou ser, assim para agradar a Deus e servir a Igreja, como para amparo de u'a mãe viva e suai irmãs órfãs, pelo que péde a V. Excia. Revdma., seja servido o suplicante a fazer diligências necessa rias pará sacerdote, e rogará a Deus pela vida, e saúde de V. Ex. Revdma O Barão Ramiz afirma que todo o processo de "puritate sanguinis" em referência contém 28 fólhas não numeradas, seguindo-se outros documentos informativos a respeito dos avós de Cláudio. Onze anos depois, em 1.7«5~ exercia uma função pública: nos últimos sete meses de govêrno do Capitão General Gomes Freire dc Andrade. e seu irmão, era secretário do mesmo.
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M A L H O
PAG A. O JUSTO PELO PECADOR
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P 4ÍL £ Jt
—rÍFrovaO
Por PAULO AFFONSO
i
soube.
Não
saber.
Certamente,
se entrincheiravam
causa pública, sentindo o que escrevia, ten-
o
e Maciel Pinheiro foi um luminar entre esses
do a paixão do direito, a cólera pelo justo
porém, o seu espirito, que conservou até o
capaz de transformar a pena na espada de
último
da época
belos espíritos
das
idealistas
boas causas.
Não
combate. um Poeta,
orador,
homem
público.
inteligência
Caráter
morais
ioda
a
de
frega
um
todo o seu valor de
Não
das
suas
energias incor-
retilineo.
impoluto,
ruinil. reagiu contra todos os oferecimentos
espirito Era
de luta que se «entia bem
Armand
soma
um
doutrinário
jornalista
a sua
A éle dediccu
peregrina, toda
polemista
Pinheiro,
jornal a sua cátedra
fez do
entretanto,
Maciel
jurista.
era
da
como
polemista
didático,
um
homem
no meio da. refoi
na
França
os
desde
objetiva,
propaganda
escrever
possivel
República,
um. com a devida
momento
vel campanha. A morte de Maciel Pinheiro talvez
tivesse
a
primórdios
distribuindo-sc
da
do triunfo pela onda dos oportunistas e dos
sua
a rada
justiça, o papel que lhe
neral que não capitula ante o inimigo mais
figure entre os seus vanguardeiros mais au-
sas
forte,
mas que encontra
reservas espirituais
persistir até o último instante
para
Assim
foi êle em toda a sua vida — (ornada âspera cujos
tropeços
jamais
lhe
dos
acontecimentos,
frases cas.
disse
alinhadas, não se via
palpitava O
o
o
Recife":
Jornal
do
tersas.
nervosas e «nérgi-
só um
coração,
MALHO
artista
entranhas
da
palavra,
intercfsando-se
pela
f
foi
inexcedive!
tribuno
encontrar
nas
mistério-
do
Vesúvio
o túmulo
digno
O
regime
republicano
deve
nomes solares que jamais desaparecerão da
a Maciel
vida brasileira.
o de ter pregado o ideal, colocando-o acima dos
seu
Maciel vembro
de
clamação sofria
Pinheiro
da
1889
morreu Seis
dias
República
aos
antes
Quando
no leito de agonia,
9 de da
Pinheiro esse
Sacrificado,
pessoais.
No-
feito. Foi. como Bayard. um cavaleir,
sans
pro-
peur et sans
os companheiros
vencedor
de
soube
ser
reproche". Mazieres.
derradeiro instante:
um
per. per-
seu corpo
éle
serviço inestimável'
apóstolo
conspiravam para a queda Ho trono. ÊJe nio
28
gênio
interesses
seguido,
"Nas
que
o
como a
do
ram a firmeza de convicções.
morte,
amargamento
sofreu
homens,
dazes e mais puros. Êle e Martins Júnior são
enfraquece-
Fazendo-lhe o elogio, por ocasião de sua
Seria éle forçado
a sofrer a ingratidão dos
fluminense
desenrolar
hora.
adesistas da última
sem que a personalidade de Maciel Pinhciio
como
mo-
naquele
destino de Silva Jardim, afastado das galas
ge-
Reagiu
oportuna
história
um
transigência
cômoda
no
sido
mento. pois. vitoriosa a República, o grande
coube
à custa
das coisas,
para breve, da memora-
previa o desfecho,
de uma
de amparo á sua pobreza
noção
perfeita
paraibano teria provavelmente o melancólico
Carrel". . . será
poderia
E como o famoso poderia
"Je
ter dito
no
ne suis à ptaindre.
car je meurs en home de bten". I
V
—
X
9
4
4
INDA
Jl
não era meia-noite. forasteiro que não v.ii para
O
m
o
leito, seguindo o ritual do povo que acompanha os ditames do sol,
chega-se
à ja-
nela do hotel. Parece um burgo medieval.
O
Toda a cidadezinha está no slêncio. Num imenso
silêncio
que
aumentar
parece
a
noite.
E a solidão é maior por causa da estranha penumbra. Céu sem luar, mas ¦ a clandi-.de
duns
esparsos
lampeões
uma
aquarela
onde
V I G I A
põe em tudo um traço de desenho inacabado ou
melhor,
mina
predo-
o cinzento.
Na única rua. que se poderia ter essa 'Iluminação por causa da coloc?ção mais ou
menos
simétrica
das
casas,
há
casas
em
algu-
pequenas,
tristes,
mas
de longo espaço aparece
deLis
durado
um
pontilha
a
fechadas.
lampeão noite
Estranha
E
hiz
de
e
quieta
pen-
mortiça
que
longa.
repousante
que
acentua a imaterialidade nas coisas.
Nem
quietude
parece que a rua existe se nâo é aquela casa
branca.
quasi A
solidão
aparece como
nem
é
Branca tão
bailarino
velha.
e
não
que
grande,
um bêbado
DOS
zigzaguear
para
música
de
nem
música;
só
vago
perfume
de
com
célebre
-^vi
LAMPEÕES
Debussy. . . Não
há
bailarino
paira no ar "minerva". mada
rua
quetude
frio
um
do
principal
logarejo
na
cha-
dá
uma
assombrava.
que
Tudo
iluminação
aquela
E
a
acompanha
que
pera que a falta de querozene ou se ai-
cidadezinha. Um
pirilampo apareceu ironizou
noite, lufada
população
e
os
vento
de
apagou
riscando
lampeões. frio
uma
e.
o
Nisto,
levou
lâmpada
ara
bem
longe do
perto
hotel.
feita
com uma escada e tornou a acendê-lo.
morte.
Um
místico
melancolia
dc
não
que
sei se de mim. ou do cenário me domina. Sinto de
uma
de
luz
ar
no
entrar
com
Coisa que
da abobada.
estranha um
e ainda
pela
nos
parece
fato
me
A calma,
estava ou
serenidade
da
temor noite
tran-
pela que.
mesmo
reservado
V
_
1
9
desamparo
4
4
e
garoto
os
menino
apaga
que
longe
mais
um
à
põe uma
parecia
contordistância.
figura
a
dc
tudo.
fa-
de
então
tão
tinha
um
ter
com
a
importante caminho
e
a chama
fra-
vigiando
escada do
burgo
se
dava
só
que ao
luxo
lampeões! só desses
um
cães vagabundo1?,
dão um traço de vida
que
é a fome que Olhei
de
cidadezinha
sem
notivagos.
para
Ainda
um
sítio quasi perdido dentro do sertão, que
todos
se
roxas
dos
êle
passa, o
recolhiam
às
primeiras
morros
lisos,
nutria
sombras a vaidade
Triste
triste
porque
perambulou.
céu
e
náo
havia
uma
dade.
Era
vigiar
os
não tão
lembrei
apareceu
Um
vento
dansar
as
do
pirilampo,
mas
mais.
frio
que
chamas
tocou fracas
o
rosto
dos
e
tristes
lampeões. Ainda vi o menino atento que ve per-
e triste
profissão
E o menino era. que
me
não
fez
ter lampeões
soa
rua
lhe apagasse
estrela.
Uma
de
vinha
ca;
Nem
novela.
apreciar.
zia supor que também os lampcôes estavam abandondos jogando aquela luz baça I
semi-sombra
aquele
*em luar. tem a luz não só dos lampòes úm
apareceu
quando
rajada
guma
só vivia quando o sol chegava e no qual
dentro certo
Na
mas
ostensivos:
respeito.
produz
quilidade
vinda
o«i choques
sem
candelabros
uma claridade,
como
religiosidade
de igreja,
nave dos
uma
Foi
a
uma
dorme cedo. O ar está parado como pernoção da
SEBASTIÃO FERNANDES
num desperdício e pompa chocantes numa
menino!
talvez, a única
dormia
em
sagrado
lampadários
29
toda o
seu
a
dia
sombra
Fechei
peslocali-
na
do
no
garoto
dever
de
noite
à
es-
pirilampos. . .
preguiçosos
distante.
a janela
vigiando
que
e fui dormir pensaninutilmente
lamepões
O
passa
ironizados
a
pelos
MALHO
BflCUHfíU MOREAUX
SYLVIO *£L1
jjHa^V
Bsatssf
«*
>Bas»r ÁWM*^mUB^aP a\\\W^M
veiu dormindo no sangue dos escravos, dos cafundós de Angola. Baleiro, bala, chocolate, olha a cocada. Os meninos comp
»m doces, Bacuráu náo compra nada,
pois não tem nem um tostão.
•
Af *• aÈM
aw
J
.W
I B
'••
aT
I
\
Xi: Caiu do taboleiro qualquer coisa!
W ¦ l
Vamos ver... é rapadura...
\
Zás, apanha, leva
\
à boca.
ai
meu
Deus, que gostosura!
A noite vem vindo. Bacuráu sobe a ladeira com saudades dos meninos que nem sabem que êle existe Ai, aquela estrelinha luzindo prateada no alto dos ecusBacuráu tinha vontade de morar naquela estrela. Como é que ela fica presa?! Quem é que a vai acender de noite, e apagar de dia? Coitadinho do moleque Bacuráu, que ignora por completo astronomia! Ja faz oito dias que êle não vai á Praça ver a criançada brincar. Que moleza no corpo! Que tosse cacete! Que mãos tão geladas! Que frio, meu Deus!
O moleque Bacuráu mora tio morro, num barraco pequeno, maltratado,
Xi, lá vai o corpo do moleque Bacuráu »
decendo a ladeira numa caixa toda preta...
onde a chuva penetra pelas frestas
O moleque Bacuráu está importante:
do miserrimo teto esburacado.
Estão tirando o chapéu para êle...
Não tem cama pra dormin Dorme no chão.
O
Seu almoço? Seu jantar? Gôdcas de pão
Ai, lindo menino, branquinho, branquinho...
E por fim,
Nós vamos lá embaixo? Nós vamos à Praça
usa sempre umas calças com remendos de mil cores,
com os outros meninos branquinhos brincar?
umas calças que parecem fantasia de Arlequim.
Me sinto tão leve! Não estou mais doente!
O moleque Bacuráu costuma vir à Praça Grande,
Menino branquinho, de onde tu vens?
para ver as brincadeiras dos meninos de familia.
Que coisa engraçada! Não sou mais pretinho!
Lá estão eles. os filhos dos doutoi<
Ué, minha gente, sou branco também!
brincando de esconder.
Já sei! Já compreendo! Meu corpo morreu!
Fiau. fiau. moleque Bacuráu.
Sou a alma do pobre que tanto sofreu!
que estás vendo de longe a crianç:<la lão feliz!
Menino branquinho, já sei quem tu és!
Os meninos são bram
Vieste buscar-me pro reino da luz!
am
numa cesta bonita, de l'arís.
Oh, graças, mil grotas, me k.a contigo,
O moleque Bacuráu. pobre) beiçola. í A L H O
me leva contigo, Menino Ustjsl
26
I V
I
•
republicaria SEMPRE a
relembra
na
fala
se
que
Brasil,
no
sempre
memorável
fase
rumo.
propaganda que
que
os
da completa vitória".
ram
se
se encarrega-
brasileiros
generais
flflD*''' ^^Slaflflflj
prece-
deu o 15 de Novembro de 1889.,. são recorque
no
sul
torno
da
bandeira
homens
os
dados
congregaram
em
Aparecem
crática.
do
país
aKflEB ^*afl
aHnflrHalfl
W&t ^^ #sl
entu-
pelos
glorificados
se
demo-
Hb
T-â*.
Formando-se nifesto
Imm
Albuquerque
siasmos civicos dos comentadores. os nomes de
clássicos Marinho.
Bocaiúva.
Quintino
Silva
Saldanha
litica
Alberto Torres. Campos Sales.
pes Trovão.
Norte
no
são
raramente, houve
valorosos
admirável
uma pléiade
combatentes,
imprensa,
pela
que.
de
pela tribuna, pelo livro, pregaram, doutrinao
ram
ideal
não devem
São
republicano. ser esquecidas,
figuras
que
muito
que
pelo
fizeram, pelo muito que sofreram, pelo muito que realizaram. Entre esses intrépidos brasileiros do Norte, cumpre destacar, sem inaos
justiça
demais., o
Maciel
Luiz
de
Pi-
nheiro. a quem Rui Barbosa chamou de figura legendária e Joaquim Nabuco cias"austera", rutilante, genial fisificou de lembra
que
gura mesmo
tempo
mÊtÀW Wft.OOmiíO AdM e, raW 1» £ ... r* iitiHO
a campanha
po-
República.
pela
juiz municipal no Rio Grande
Sul. foi depois sucessivamente juir de direito da comarca de Imperatriz, no Ceará e
nas
Taquaretinga
de
Timbaúba, "não
e
em
Pernambuco e. como magistrado ve ameaças que o fizessem
hou-
vacilar na dis-
luminoso
traço
critério,
MACIEL PINHEIRO AMÉRICO PALHA
de
inteligência,
sua
de
honestidade
sua
e
do
do
seu
sea
ei-
vismo"'. Como
castigo
idéias
suas
pelas
repu-
blicanas, o ministro Mac Dcrwell o transfere Breves,
para
no
Pará.
que Maciel Pinheiro, novo
cargo,
amigos
enfermo, vaga
deixando
do
Mas
poder.
o
ministro
o
Julgava
do
desistiria um
para
valoroso
dos repu-
1839. Terminados seus
porém, à capital daquela Província, não en-
de
de
Direito
tendo
Pernambuco,
condução
controu
Fa-.
na
matriculou-se
secundários,
planos de lutas e resistências em defesa da
Dowell
liberdade.
considera
Rebentando a guerra com o Paraguai, a mocidade acadêmica se enche de brios pa-
prorrogação
educada nas idéias liberais e socialistas, pro-
trióticos e. tendo à frente o grande professor
custo que recebera
pagadas largamente em França, desde a res-
Trigo
de
contemporâneo
de
Loureiro, ,
sua
presidente
da
ao batalhão
de
ao
pede
orporação
tauraçâo até o segundo império, c inspiran-
Província
do-se na poesia lirica ou social dos romândiretor
voluntários que iria partir para o campo da luta. O pedido da mocidade é recusado.
o ge-
Mas,
ticos,
tinha como seu pai espiritual,
e exemplo, neral
velho
o
da* Bolívar,
Abreu
o
obscura
velhice
história
e
do
companheiro
qlorioso
ardente
o
e Lima.
corjsumia-se direito,
cuja
republicano,
na
no
estudo
da
Na
Faculdade fundou
o
de
propag
jornal
Direito. "O
( Perseguido'-
Academia. prisão
mento.
Maciel por
ela
recebia
tro Alvei Costa, V
o
pela
Pinheiro imposta. conforto
Maciel Futuro",
Congregação sofreu No
Vareja
a
seu
dc
e Regueira
com os quais conspirava, — 1 9 4 4
traçando
Recife,
onde
é
eleito
Reiniciou
o obriga
a
ajuda
de
a
miséria
Maciel
Republicano
çresso
a
públicos
pela
seguição politica.
concedendo
e /:inda
cofres
abater
o
dessa
do
presidente
e
do
per-
volta
Pinheiro
do'
Con-
Partíí'o.
próprio
víncia",
vibra
num
delírio
indescritível.
que
isola-
se
e
tida dos voluntários, a cidade do Recife se engalana.
anos depois.
da
Sem
ihe
não
prazo
Mac
a farda, empunha as armas. No dia da par-
Pi-
pena
visitas
das
veste
aos
devolver
comarca.
circunstância
da
sua campanha gloriosa pelas "Jornal "A Procolunas do do Recife" e da
persiste,
e amigo, e recita ardorosa poesia que se lé "Espumas Flutuantes": — n.is páginas das "Deus acompanhe o peregrino auda:!" Dois
pregava abertamente^ a República e as idéias liberais.
Pinheiro
Castro Alves vai se despedir do companheiro
princípios socialistas e nas lições à generosa mocidade de então" *
nheiro
Maciel
Luiz
do
a
para
aproveita-se "avulso",
Castro Alves, lo"Essa bias Barreto e José Higino. geração, filha dileta dos revolucionários de 18-iS. sido
I
com-
blicano segue afim de assumi-lo. Chegando.
culdade
de
mui-
o
Nasceu Maciel Pinheiro, na Paraíba, aos
estudos
de
por
assumiram
avante
de
tribuição da justiça: onde passou, deixou um
e luminoso".
sombrio
de Dezembro de
11
ao
velasqui-.no
traço
o
José
traido depois
levar
ma-
o
Maria
do
Entretanto,
citados.
Dr.
êle
com
que de
assinou
1867. do
Melo.
Nomeado
Prudente de Morais e tantos outros. Os do Norte,
dos
promisso
Lo-
Lisboa,
Coelho
Jardim.
tos
em
republicano
alquebrado
Maciel pela
Pinheiro volta do Sul.
moléstia
que adquirira nos
campos das operações e à qual haveria resistir
ainda
durante
vinte
dos primeiros a bradar, combater nas
pela
operações.
anos.
Êle
de "foi
foi dos primeiros a
imprensa Felizmente
a
tática não
se
27
da qual
foi
Fundou,
redator-chefe.
com José Isidoro Martins Júnior, o "O Norte", que foi a sua última barjornal depois,
ricada e em cujo posto morreu, empunhando as suas armas, sem temer ameaças e àrreganhos
do
poder.
A
29
de
de
Julho
escreveu seu último artigo, intitulado
1889' "Mal-
sinados". Maciel cionista
Pinheiro
entusiasta,
Nabuco se batia
seguida
Em
enganou
revolta".
e pouco tempo depois, tomando a ação novo
a
foi
também
ainda
aboli-
um
quando
Joaquim
pela simples emancipação.. "até S
1880. íle dizia ser abolicionista A
Abolição
e a
República
cons-
tituiram os dois campos nos quais os mais MALHO O
^_ía_sl ^^^ÍÍW^^^^iaScíàlal^S! £^a__
___B_.
< ¦'•'¦'* S_^__9a*___a^_BB__^|lÍ_n_flflHMHJ È_,_
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GOMES CARNEIRO /1 propósito das recentes come¦*-* morações do cincoentenáio do "Cerco da Lapa", ocorrido a 9 de Fevereiro, o Interventor Ncreu Ramos. que esteve presente As ao/emdades que tiveram lugar na capitai paranaense e na histórica cidade da Lapa. proferiu, a convite do ministro da Guerra, o discurso que aqui transcrevemos, e com o qual foram encerradas as comemorações. '
® honroso convite para falar no encerraJ\ Ai. mento destas >ulemdades comemorativas, de tão elevado sentido patriótico, dei para logo o mais pleno e cordial asseiitimcmo. porque éle não viera em busca de insonora e apagada voz individual, senão da harmoniosa e clara expressão dos sentimentos coletivos da gleba cat.irinense. tão gloriosa e afincadamente associada, desde a primeira e inccn.i bora, através de gente sua. e. gente dc prol ao feito militar qae csculturou para a imortalidade a figura de Antônio Ernesto Gomes Carneiro c deu a cidade esse esplendido halo de legenda que a fixou para sempre na história da CO da República. O
MALHO
Em verdade, o cargo que ocupo, mercê de enaltccedora confiança do eminente Criador do Estado Nacional. • me outorga a faculdade de aqui trazer a solidariedade fraternal dos catarinensts com as comemorações que ora ceiebram e exaltam a bravura, o estoicistno. o denõdo e a compreensão do dever do soldado e do homem brasileiros. Gomes Carneiro é índice ou sintese da raça e por isso merece recordado, sobretudo nesta hora cósmica de subversão de valores c de destruição e aniquilamento de povos e civilizaçôev Regista a história, como profecia de Fioriano. que suspeitando dos sentimentos republicanos de Gomes Carneiro, hesitara Deodoro da Fonseca em assinar-lhe a promoção de ma. jor a tenente-coronel. Floriano. com aquele forte e irrecusável instinto de previsão que tanta ve: lhe definiu e marcou a atividade, observou ao velho e honrado Marechal, que Carneiro, mais republicano que eles. tivera motivos de coração para não tomar parte na implantação da República, mas que. e a! emerge a profecia, se algum dia ela perigasse nas máos dele se ha'.<• salvar.
:J2
Foi evidentemente por empolgado dessa convicção profética, gerada do exato conhecimento psicológico das virtudes militares do então coronel Gomes Carneiro, "soldado de pena e espada", que dele se lembrou aquele chefe de férrea energia e vontade inflexível, tanto que lhe chegaram, fortes e inequívocos, por ma s avizinhados e próximos, os ecos do tropcl revolucionário no batido chão catarinense. Ao apelo emocionado de Floriano. respondeu Gomes Carneiro com aquela determinação varonil e aquele espirito de decisão que os lábios não teem tempo^de revelar, porque se refletem antes, coriscam e esfuzilam como centeUais da alma. nos olhos e no conspecto dos preéestimdos do comando e da glória mi!, Resistir até o sacrifício, foi o pacto sagrado aue. sob o testemunho inspirador e silencioso da sombra tutelar de Tibúrcib. Gomes Carneiro firmou com o próprio destino, quando Floriano. torturjdo na onlissão amargurada de lhe nâo poder dar nem soldados nem mate-ria), lhe confiou a missão de paraluar no Par.in.i a marcha revolucionária que os acontecimentos dc Santa Catarina vinham acelerando. E a cidade legendária, que ora tão afeta mente nos acolhe, falando do seu feito n.is I
V
19
4 4
vibrações pomovidas do seu chão. nas pedras martirizadas das suas colinas e no orgulho cívico da sua nobre gente, somente se rendeu, a voz de comando do chefe insubstituível que êle era. já havia emudecido na eternidade, e aos seus heróicos companheiros sobreviventes outro dilema menos angustiante se não apre-* sentava, que o de capitulação com honra ou sacrificio sem inteligência. Aqueles 26 dias de desesperada resistência de uma cidade aberta, instantes pinaculares dc bravura humana, foram decisivos na vida construtiva da República. Serviu-lhe à consolidação o sangue de Gomes Carneiro c dos que."' imbuidos na mesma fé. com êle denodadamente pelejaram. Ao-apclidá-Io de General da República, eri8'u-lhe a história, em julgamento definitivo e inapelávcl. monumento perene de glorificação e reconhecimento nacionais. "Nas perspectivas da lenda", escreveu esse sempre luminoso Pedro Calmon. "o seu esguio vulto marcial ficou, a dominar a Pátria; sereno, mudo, indecifrável — espirito das armas, que " não podia morrer. E não morreu, que êle aí está, transfigurado e magnífico, no entusiasmo com que a juventude acorre às casernas e se prepara para o serviço da Pátria, dentro ou fora dc suas fronteiras. onde quer que lhe chamem a dignidade desrespeitada, a honra ofendida, a preservação integral do patrimônio, a intangibilidade da soberania, o imperativo dos compromissos continentais. Êle ai está. visível e atuante, sem desvio ou quebra da politica tradicional da construção pacifica da civilização brasileira, na renovação da marinha e do exército e na organização da força aérea, instrumentos sinérgicos de coesão e unidade internas e garantias da sobrevivência de nacionalidade livre e inconspurcad l dora sem preconceitos raciais, próspera sem ambicões de hegemonia continental, feliz na beleza harmônica das linhas arquitetônicas d< formação espiritual, democrática sem esquecer o conceito veraz e lapidar de Augusto da Costa, nos "Problemas do tempo presente": "A grandeza do homem náo está em considerar-s: simples molécula do Estado, como no comuoismo e no totalitarismo, nem rei do .Universo, eomo no liberalismo: a grandeza do homem esta Oo reconhecimento da sua interdependência, na sua subordinação a valores mais elevados: à 'amilia. à Pátria, á sociedade, cm que vive — s todos os limites que condicionam a sua atividade social, para a tornarem proveitosa". Ele ai está. instrumento não dc agressão, mas de defesa, única finalidade que harmoniza com o passado, nutriz fecunda de inalterável Política internacional, ile ai está. esse espirito das armas, na firmeze com que a Nação, pela voi oracular do seu grande Condutor, falou ao mundo, em hora crepuscular de seus desti"os. para situar o Brasil, força construtiva e eristi, no altiplano da civilização que lhe fez essência da alma. e que vai unindo p?ra a vtóna os povos não educados pj.ra o terrorismo i a servidão politica c que nào fazem das esnveaço** e dos tratados simples farrapos de P^Pel. em que se desgastam, poluem e perdem ¦ Palavra c a honra das Nações. Assim que. os acontecimentos internacionais «terminantes da altiva e enérgica atitude do Nação sempre devotada a paz e à soconflitos entre I
V
—
1
9
4/ 4
Estados soberanos, dão às comemorações do cincoentenário da morte de Gomes Carneiro significação de maior amplitude patriótica, porque de perfeita e nítida compreensão dos dèveres militares que inerem à atualidade brasiIeira e de maior penetração no recôndito dos sentimentos coletivos, que* louvam e aplaudem, calorosamente, o Governo que náo ficou surdo à voz de comando da nacionalidade e marchou para a frente com a inquebrantável decisão de partilhar dos riscos e sofrimentos da luta, para se honrar da participação construtiva da paz na interpretação cristã da vida dos indivíduos e dos povos. O bronze deste monumento ao herói da epopéia lapeana, em cujo derredor fremem e arfam peitos não esquecidos de que em recontros bravios as balas paraguaias já lhe haviam assinalado a bravura indõmita. tem sonoridade patrióticas, expressivas assim da digni•dade militar, como da predestinação histórica da gente brasileira de pôr sempre o sangue generoso a serviço das suas crenças republicanas. da perpetuidade dos seus ideais de liberdade e justiça e da sua palavra, que é a sua própria honra a iluminar e conduzir a soberania nacional. A linguagem imperativa deste bronze, simbolo da Pátria erguida sobre o passado para fixar o futuro, é de confiança c de fé. De confiança na capacidade militar dos chefes que vão receber o nobre encargo de desfraldar fora . do território nacional a bandeira invicta da Pátria agredida. De fé no homem brasileiro, idealista e livre, que, em terras distantes e mundos convulsionados. vai dar à solidariedade continental mais ativa e extensa irradiação, ao
dez da sua determinação e na intrans'gência dos cânones impostergáveis da sua honra politica. Ela estará onde panejarem as bandeiras das Américas, que ela deseja cada vez mais indissoluvelmente unidas, para o^restigio e tranqualidade do hemisfério e para que as suas forças espirituais se derramem sobre o mundo. dando-lhe contornos de maior justiça social e de maior fraternidade humana. Gomes Carneiro! Dorme, "à mão direita de Deus", como ainda no derradeiro instante o desejaste, o tranqüilo sono da tua glória, abencoado da suave e deliciosa certeza de que a tua Pátria continua a glória da sua destinação, sempre rebelde aos imperialismos políticos e econômicos, às doutrinas pagas de superiodades raciais e às teorias sanguinárias de "espaços vitais" para os ellitos das divindades do Walhalla. Dorme e confia[ O teu exército, sempre o mesmo e invencido exército de Caxias, ai está. rumo ao campo áspero da luta, paro levar nas dobras do pavilhão auriverde o idealismo da civilização brasileira e o seu pensamento construtor de um mundo que seja uma comunidade pacifica de- Nações, voltadas ínvariavelmente para o bem e para a felicidade dos homens, porque todas nutridas na límpida e cristalina fonte da igualdade de direitos e de soberanias. Dorme e confia na redenção dos poves e na salvação das Pátrias que não descreram de Deus. não postergaram as forças morais, nem desamaram o direito e a liberdade!
Interventor Neeeu Ramos
mesmo tempo qi_je gravar em letras de fogo, inapagáveis e eternas, a continuidade da ideologia democrática e cristã da Nação,, que o totalitarismo ariano, materialista e guerreiro. não conseguiu perverter, macular ou envenenar. General da RepúBlica! Os brasileiros conhecem o conteúdo e entendem o sentido do teu destino, da tua glória c do teu exemplo. Com estas comemorações, que não festejam lutas fratricidas. nem apoucam ou diminuem contendores. maa consagram e exaltam virtudes nacionais, porque são a apotcose do heroísmo, os brasileiros querem dizer-te. pela minha voz. que a Pátria está desperta e vigilante, e cumprirá. hoje. como sempre, o seu
¦r^njflfi )a^s»í^l5^!,c^cwSr^Vfl
dever para com ela própria e para com a comunidade american.i. Onde estiverem a sua assinatura e os seus compromissos. ai estará ela, na intrepi-
33
O
MALHO
" Encontre
r o eterno através dó presente e aí permanecer continuamente, eis o propósito do homem. "Krishnamurti". C." N. N. 6 — 1942. p.l." MA pessoa muito instruída e que se a diz interessada nos assuntos espirituais, perguntcu-nos o que sabíamos sôbre os ensinamentos de Krishnamurti. Se era èle espírita, teosofista ou chefe de uma religião. Explicou-nos ser um homem descrente de tudo quanto se refere ao sobrenatural, a outras vidas, religiões, etc. Disse-nos que havia lido alguma cousa escrita por Krishnamurti, mas que pouco compreendera da sua "doutrina". Respondemos-lhe que a causa de não podermos compreender, à primeira vista, um pensamento puro, isento- de política, como é o de Krishnamurti, está no fato de possuirmos ò subconciente condicionado por sistemas, teorias e doutrinai
QUE
Lw,
E] ENSINA
que absorvemos no passado. Dissemoslhe mais: Confucio. Buda, Cristo, Pitagoras e Platão, no passado, assim como folstoi, Ghandi e Krishnamurti no nosso século, disseminaram a sabedoria da vida. Sabedoria é iluminação, é entendimento, dissemos-lhe; estado êste muito distante da crença ou da descrença. O meu visitante obtempcrou: mas, afinal, se todos êsses iluminados ,pela sabedoria da vida, já a transmitiram pata a humanidade, como admitirmos que os homens, os mais cultos, os mais civilizados, não tenham obtido um meio prático de evitar tantos erros e sofrimentos no seio das civilizações. Respondemos-lhe: êsses homens ensinam apenas a maneira como poderemos descobrir, em nós mesmos, a verdade. Mas o processo que êles adotam para r.as ensinar a descobrir a verdade, não é o de evitar simplesmente o sofrimento: ê sim, o de compreendermos, o de enconfrarmos as causas do sofrimento na nossa própria personalidade. Sabemos que êsses homens atingiram a libertação do sofrimento, lutando c trabalhando nos próprios sub-concientes. Êles não transm'tem doutrinas nem lições de como devemos nos comportar. Por terem realizado a compreensão da vida, êles ráo telhem nem aconselham restf ções à vida de outrem. São livres pelo entendimento e por isso procuram se fazer Compreender, dispertando a compreensão que dorme, sob as capas das memórias velhas, nos homens prísioneiros da crença. Os homens livres pelo entendimento, não transmitem compulsoriamcnte ensinamento algum, porque isto seria contrario a verdade, ao despertar do entendimento, ao viver livre pela compreensão. O processo mental, pelo qual os por-, tadores da sabedoria passaram, todos os homens passarão. Porque, o despertar da inteligência (compreensão) não é um milagre, é processo natural da experiência. Por isto ê que toda realização compreende entendimento e ação: seja esta para pregar um botão ourara fazer O MALHO
X' i *
As nossas ideologias são apenas nqueIas memórias mortas. Cooperar, ser equítativo, équanime, ter conciência e ação 1 réta. é cousa quase impossível para o nosso estado mental. Portanto, já podemos compreender, que nesse condicionamento da mente, estão as causas da guerra, da separação dos homens e que. algo bem importante, tem o homem que descobrir em si próprio, para sair da confusão do passado, para viver o eterno presente. Agora creio, pode o '•migo saber porque Krishnamurti não p. .ga ideologia alguma. Nenhum dos grandes iluminados pregou sistemas ideológicos, porque êsses separam os homens era grupos, castas c classes diferentes. A verdade não precisa de ser vestida por nenhum sistema ideológico para ser compreendida pelo homemA verdade está. em ficar o homem apercebido de sua própria mentalidade, porque suas chamadas ideologias e crefl' ças. são apenas acumulações recalcadas, são padrões velhos, fixos que impossibi-
KR] KRISHNAMURTI? (BELARMINO
um avião. Somente vivendo êsse processo, individualmente, é possível realizar a libertação. Todavia, o tempo é de pouca importância para essa realização. Pode um homem em dado momento, encontrarse apercebido do seu estado sub-conciente e atingir a libertação, enquanto outros que se encontrem atropelados pelo passado, pelos hábitos aquisitivos, individualistas, tomarão mais tempo que uma vida, para libertarem-se da ilusão, da ignorância, das memórias velhas que significam crenças e descrenças. Meu visitante retrucou: Se é assim, se tantos iluminados já talaram ao mundo, por que ao menos não foi possível evitar as guerras? Muito simples, amigo, dissemos-lhe. O processo é individual. Vejamos: eu ganho dez mil cruzeiros por ano: o senhor ganha cento e vinte mil. Será muito difícil, ou mesmo impossível, fazerlhe compreender as causas essenciais dessa diferença de compensação no movimento da vida. O senhor poderá querer sempre ainda maior quantia justamente porque não compreende a causa sutil da sua insatisfação. Terá portanto que compreender. onde guarda no seu sub-conciente, e per que guarda, essa acumulação do passado, essa insatisfação que o íncomoda. Por uma questão de princípios educativos, os homens alimentam e vivera uma mentalidade cheia de memórias de conforto, de inveja, de odio. de autoríJade, de direitos, de aquisividade e de crenças em cousas inexistentes. E por esta razão, exploram e são mutuamente explorados, atê o ponto de fazerem explodit entre as coletividades os mais terríveis conflitos. Estamos ainda tão despercebidos dêsse nosso lamentável estado mental, que achamos ridículo os que trabalham seriamente para viver, para manter filhos; os que pedem auxilio por terem necessidade. Achamos deprimente fazer serviços próprios dos criados, de gente inferior, como se fossemos realmente séres privilegiados pela divindade. 38
VIANA)
litam a livre função do entendimento, do pensamento, do discernimento no eterno presente. Temos a mente organizada por êsses padrões, e por isto, estamos inibidos de compreender, de realizar a verdade. Isto é, estamos inibidos de viver o pensamento novo, criado por nós mesmos, isento, portanto, da confusão do condicionamento do medo. Fomos educados até o presente, nos padrões doutros tempos. Esses padrõestornaram-se coletivos e anularam, nas nossas relações mútuas, a faculdade eisencial: pensar, entender, criar, amar. cooperar. Com ó vida assim destruída desde, remoto passado, por detYirpadores da verdade, que asseguram ser Deus diS' tribuidor de prêmios, ninguém será jama s feliz. Mas Deus, que está representado no homem pelo pensamento criador, pela ação inteligente, pelo amor, não comporta a idéia de prêmios. A vida é êle mesm° na sua plenitude. Não existe a iniqüidade de prêmios, existe sim, riqueza, fartura, beleza infinda no homem e na natureza que o circunda; bens êstes sonegados pelos homens ignorantes da verdade. Todo o homem, uma vez desvencilhado dos padrões corruptores, pode ficar cm condição de ser livre, creativo e cooperador. Portanto, somente libertado da ignorância, a qual é explorativa, compreenderá o homem as causas do sofrimento e descobrirá a verdade. Cada um, por si mesmo, pode volt.irse para o seu próprio interior para anu''1í ai as causas do sofrimento. Não conseguirá isto, porém, por meio de crenÇ8 alguma. Meu visitante ainda não pode mostrar-se satisfeito. Ainda não compreendeuoua mente está blindada por velhos coo)* plexos, memórias, padrões, crenças e descrenças que o impedem de entrar etf contacto com o pensamento novo. purosimples, mas resplendente de verdade, espendido por Krishnamurti {Termina no fim do númefO' I V •— 1 9 4 4
nâo venha ao caso u nome dele, mas havia na circun..crição administrativa de Muricí, CORONEL... sertaneja cidade alagoana, ura senhor de engenho muito rico que tambeni tratava da criação de gado. O boi nabú, negro, enorme, lindo touro de formas harmoniosas, já com leve ondula; ção protuberante no toutiço. dorso liso t luzidio, cascos a modo polidos, pertencente ao criador e proprietário do estabclcciiiun to agrícola dc cultivo da cana e fabricação do açúcar, era o terror dos lavradores e dos vaqueiros. yu.Mido bezerro, fora esquivo, indócil, andava sempre a dar marradinhas ims outros bezerros. Certa vez. por haver arreinetido contra um menino, filho do senhor de engenho, desancaram-no: e o vitelo envcredpu i>elo agreste. De quando em quando vi"ha espiar de longe o terreiro, onde fora criado, e I retrocedia para se embrenhar na mata iezada entre arvoretas tortuosas e cardo> c caraguatás. l'ma bela tarde, na cercania da casa grande ouviu-se o rosnar de um touro quo *e aproximava. (Num tom rouco e profundo. diferente do rangida ou íierro, o «arrua. parecendo agastado, muitas vezes rosna, caminhando estrada fera), íiúhito, acompanhado da: vacas leiteiras, que vinham dc livre vmtade mais cedo para o curral, surgiu à beira da entrada o nabú com grande onça atravessada nos chavelhos. Enquanto. espavoridas, fugiam mulheres c crianças, êle, soberbo, galhardo, marchava de < abeça erguida em direção ao curral. Ao chegar aí, bateu duas ou três vezes com a pintada contra a cerca e deixou-a noj> vaiais da porteira. Em seguida berrou com aspereza. saiu a correr e desapareceu. Do audaz felino, certo transvUdo dc longes sítios afastados dos terrenos cultos, havia o nabú pressentido a presença no campo onde pastavam as vacas. Estas uniram-se timidamente num só grupo; assanhado e vigilante, ficou o touro contornando-as; irada, resolveu a onça apa.recer no campo nativo, disposta à luta. Ia ser um duelo de morte, como sóe acontecer toda vez que se enfrentam dois inimigos das suas espécies. Xão demorou o combate entre os temíveis adversários. A pintada parecia calma: abanava com a cauda para um c outro lado, aguçava as presas, experimentava as garras agudas e retrateis. O touro afastou-se das compaheiras e tinha toda a sua atenção voltada para o importuno forasteiro: afiava as pontas dos chifres no chão. ensaiava firmar-se nos ¦ ..sco. Como que os dois inimigos examinavam as suas armas da defesa natural do instinto; e um caminhava lentamente, caulamente ao encontro d<> outro. A certa distância, pararam. A pintada muito grande, muito gorda, foi bastante infeliz no primeiro salte para raii MMirc o lombo do paquiderme; pois este. com agilidade inaudita, ao envés dc se agachar c correr para a frente, como fazem bois das selvas em igual situação perigosa, r.fim de a onça errar o pulo levantou-se nos pés posteriores, alcançou-a com os rhi[re», fê-la rodar pelo chão c nunca mais lhe deu tréguas. Extenuado o felino, numa depressão "recursora da morte, ficou o ruminante ao longe, esperando o último alento do carnívoro feroz; quando então, o levantou no» chavelhos e o levou como troféu até o curral.. e Chegara a Muriri a fama de sertanejo baiano. Tinha este forca terrível nos olhos; e não havia animal bravo que não ficasse manso, como cordeiro, na sua presença. Animalzinhos, como preá, moco. morriam I
V
—
1
9
4
4
TOURO HORMINO
Quando escrevia eu este conto, lembravame no momento do touro preto.de armas "a compridas t reviradas na ponta escavar a terra, impaciente, a pisar a arena, ameaçador, em cujo pescoço musculoso o conde dos Arcos, na sorte de rojão, emlvberj o ferro com perícia admirável, para mais tarde, em doloroso lance, perecer peias armas do boi enraivecido. Lembrava-me do marquês de Marialva que, firme e intrépido pisara a prai^, zorabando da fera, zombando da morte, - m obedecer às ordens de El-Rei. Este mandava nos vivos, e êle ia morrer! Aquele era o corpo do seu filho. Sua Alteza podia tudo, menos lhe deshonrar os cabelos brancos. E o pai amargurado desabrochou do filho o talim e cingiu-o e levou-lhe a espada com a qual pretendia vingar a morte do bravo e mfeliz cavaleiro; e o ancião com os olhos rhamejantes devorava o touro, provocando-o para o combate sob silêncio gélido e profundo da assistência, aparando a peito descoberto a sua marrada; e enfrentava-o com a espada a brilhar nos ares para, em seguida. lha enfiar na nuca até os copos. Tinha em mente as palavras de Pombal dirigidas ao velho fidalgo: os portugu como os senhor marjjuês de Marialva eram para dar exemplos de grandeza de alma e não para os receber... Tinha em mente toda a Vitima corrida de touros cm Sahvtcrra. Ninguém presuma, entretanto, seja isto literatura de ficção, . inspirada por associação de idéias nesse trabalho_ de Rebelo da Silva. Não; é autêntico este conto: foi o meu pai quem m'o contou. Ele, um dia, conversando comigo na vila operária de Fernão Velho, falou com discrição e singeleza: " Hormino, como gostas dc escrever histórias, vou contar-te uma que ninguém me contou". t Narrada a história, concluio pouco mais ou menos assim: Como velho fiscal do imposto de consumo, tive que ir a Muricí e aí presenciei o caso. Cavaleiros de chapéu de couro, ostentando o gibão e as perneiras. antecederam o baiano para anunciar o acontecido. Ninguém me contou: eu vi passar o feroz nabú ao lado do caboclo velho, já sem pêias nem cambão e apenas seguro por uma simples embira presa entre os cornos, como que amedrontado, cabeça baixa, manso, humilde, sob o ambiente de pavor e estupefação do povo curioso que, nas ruas da pequenina tidade, considerava com estranheza a singular brandura e se embevecia numa contemplação sem termo a vista da beleza escuitural do afamado
LYRA
dês que cravasse os olhos neles com má tenção; bem assim, quaisquer ave.-. Porém morava tão longe o aiamado baiano.. Onde houvesse um homem disposto a enfrentar o nabú. não mederia sacrifícios o fazendeiro: queria mas era ver-se livre "daquele bruto". E veiu o feiticeiro de muito longe e comprometeu-se a trazer o Ixji, para o deixar amarrado no quintal da Câmara Municipal dc Muricí. Em linda manhã, contemplando as indefiníveis paisagens campestres e gozando os primeiros traços da luz solar, que raiavam as quebradas, c ouvindo o canto coral do passaredo álacrc. mais de vinte vaqueiros das redondezas, a cavalo vadeando arroios, esquipando pelas veredas sinuosas e árduas da caatinga, acompanhavam o homem mistetioso para lhe ver o prestígio da força dos olhos. A uma légua de beiço, ouviram cíamor plangente. " Sei, disse um vaqueiro: o Chico Taioba matou ontem uma novilha mun campiuho. a!' perto. E' a boiada que está no choro". Realmente, lá estava uma onda de hoi.s e vacas gemendo, comprimindo-se. pranteando diante das manchas ainda frescas do sangue de um seu semelhante, em solidariedade. comovente. Chegavam uns. saiam outros. Estaria ali o nabú? Podia ser. Nessas ocasiões, são todos muito unidos, e êle não implicaria com os outros. Um do grupo mostrou o ao baiano com o cabo do relho: " E' aquele marruá preto que vai saindo da manada". O sertanejo baiano persignou-se. Depois, seguiu só e apeou-se perto do animal indómito. Este, solidário com os outros, até então se revelava comovido • a água ainda lhe manava dos cantos dos olhos. Não obstante, começou a escavar o chão com os cascos, com os chifres, tirando terra, levantando poeira e gravetos, sem contudo invéstir contra quem dele se aproximava. Aplacou-se-lhe em seguida a ira assarhada; e o caboclo velho passou-lhe a mão no lombo, no cacheço, a modo conversou com êle, botou-lhe as péias que quis, dependurou o cambio no pescoço do boi nabú e trouxe-o pacatamente.
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Guerra
Junqueira
Dormindo agora em paz no teu jazigo. (refugio de caríssimas Ternuras), talvez teu coração, em- conjecturas, faça tremer o pequenino abrigo. Luso Voltaire, satanico inimigo das torpes convenções de crenças puia^. torvos perfis de clericais figuras tinham pavor de se encontrar contigo.
lamentos
A° E'"d°
T. Paraíba.' Ph! Meu tn - ° amad° querido queC i v'" nascer. Quando eu parJ 9ava mu/to fácil ba"had° te Esquece
No dorso de cruéis alexandrinos puzeste as emoções da tua raça chorando patrióticos destinos; Hoje o teu nome. eterno entre os eterno», habita um templo de inefável graça sem ler a Bíblia, nem temer infernos... SEBASTLAO
Garças
de
íund° d^aJrna'senip^0 ÍC 9faVad° °q° temPo 3 rev,'ve' mais íelil y íeu seio ^ e mepassado deu o ser.' M°ie. tão ]0nn„ *° '""n De Cabedelo em quand° m P,Cno desalento *rti ^orando r» PC,nsamento ° coqueiral. em Deus as £Carecia di«,-„e a9i.a„do Adeus.' Adeus.'.'
SIQUEIRA
Marajó
Vindas do céu. Como almas encantadas. No campo, ao sol poente. Lindas garças vestidas. De branco véu. Baixam vôo, tristemente. E ficam, olhando o lago. adormecidas... Vendo-as além. Na boquinha da noite. A beira, evocativas. No silêncio das coisas. Penso que têm. As garças pensativas. A alma das virgens que morreram noivas... OCÉUO
UBALDO
RIBEIRO
BELITA
DE MEDEIROS
Ohtu amad& Oheu omddtSe tudo te disser, esquecer... .. que deves me esquecer. Escuta apenas o que teus ouvidos percebem, estás sozinho. sozinho.. quando estas O que teus olhos vem. vêm, quando as palpebras descem sobre eles. èles. E na escuridao escuridão que se faz deante diante de teus olhos e eé a mesma escuridao escuridão que me rodeia. E no barulho do vento que sopra, e eé o mesmo vento que passa por mim, que despenteia meu cabelo e envolve meu corpo. Has Hás de me ver e has hás de me ouvir. Saberas, Saberás. entao, então, que sou a mulher que esta está sozinha. Que sente medo do vento c sente medo do escuro. Mas continua sozinha sózinha porque eé a mulher que espera por ti I ti EDY MARIA DUTRA DA COSTA malho
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am,9° z íSSt —• -s sws, . h h°)e. ;; perdido o te 50 encontro ° vé"re/úgi0 e» lembro-me. ¦ a t*A '°Y° 'nstante, v,vendo do ,A para """ 'W""' Abençoada seja ' entre as vi£? esta da fé e gravada. pari da espen P ra semPre. ^ em mim "ERACUO
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O USO DO ÁLCOOL
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Um grande propagandista da lei seca fazia conferências contra o álcool. Numa dessas palestras, querendo demonstrar de maneira concludente que o uso do álcool é uma cousa contra a natureza, colocou no palco do teatro onde falava, deis grandes vasos, um contendo água e outro aguardente; em seguida fez vir um burro e aproximando-o das vasilhas para que o animal... bebesse a bebida que preferisse. O animal cheirou-as e, naturalmente, bebeu a água. Ai teem os senhores ! — exclamou o conferencista, cheio de entusiasmo. — Digam-me agora por que razão êle não preferiu beber a aguardente? E uma voz das galerias muito oportunamente respondeu: Por que é burro '
COLECIONADORES DE BEIJOS A celebridade é um manancial de surpresas. Há muitos anos, num concerto, em Londres, o violinista Kubelik foi assediado por miss Evans, ae Kensington, oue lhe fez um pedido assás bizarro. Miss Evans pretendia lue ele lhe desse um beijo. E quando Kubelik, um pouco lisonjeado, fitava, com justificável perturbação, a juvenilidade e a formosura da autora de «¦ao estranho pedido, esta estendeu-lhe na direção dos lábios, uma borla Pó de arroz, envolvida em carmin. Depois, pediu-lhe para beijar uma {*'.i 'olha do seu álbum. Tratava-se dum beijo a vermelho sobre, papel... em branco ! Ignora-se o destino do álbum desta originalíssima colecionadora. "epois dela, apareceu em Los Angeles um colecionador do mesmo gênero, 0 qual conseguiu arquivar no seu álbum os beijos das maiores das vedetas de cinema. Afigura-se-nos que esta maneira de colecionar beijos é quimer'ca. Os beijos colecionados, ainda que sujeitos a envelhecer, são beijos que nasceram mortos. A vida dum beijo não cabe num álbum e dura ainda «nenos que as rosas do poeta... principalmente quando se tem uns lábios daqueles ... nem é bom falar !
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DOTE ORIGINAL
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Os habitantes da Mandchuria, entre outras particularidades curiosas, dedicam-se à criação de cães. O que torna este gênero de criação especialmente interessante ê o uso que dela fazem. O cão, que geralmente se chama entre nós de amigo do homem, é, na Mandchuria, amigo da mulher. Serve-lhe de dote, permitindo-lhe casar com um homem de posição mais ou menos elevada, segundo o número de cães que leva consigo. Naquela região, o dote duma rapariga consiste em certo número de cães cuidadosamente engordados e de farto pêlo sedoso: seis, se ela é pobre: quatro vezes mais, se é remediada; uma matilha, se é rica.
O DINHEIRO Parece cousa fácil definir as relações que o dinheiro tem na existência humana. Mas vamos ver como é difícil... Se um homem tem a preocupação de ganhar dinheiro, é ambicioso; se o acumula, é avarento; se o gasta, ê perdulário; se não sabe ganhá-lo é idiota; se não trata de ganhá-lo, ê um parasita; se o guarda a custo, depois de uma vida de privações, dis-se que ê um néscio e sovina que não soube tirar proveito da vida ... Quando e que serão certas as nossas relações com essa cousa, que alguém disse muito acertadamente ser a gasolina da vida ?
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I V aquela senhora que vai ali ? — A de preto? VÊS — Não, a outra, que vai com ela... Que extraordinário ? tem de Acho-a vulgar como beleza. Apenas Parece uma um grande ar de distinção. mulher... sim... upia "família". Não sabia que mudaste de gênero, e não te felicito pelo gosto. Francamente... Estás enganado. Não tenho nada de comum com aquela mulher. Não pretendo, e nunca pretendi nada dela, nem mesmo nunca lhe falei. Então não compreendo por que chamaste-me a atenção para ela !... Falta de assunto? Não. E' que conheço um episódio da vida daquela senhcra, e é tão extraordinário no seu aspeto moral, que chega quasi a ser impossível, ser real, nestes tempos de excessiva liberdade, em que ninguém, ou quasi ninguém, sabe ser dedicado, eu pelo menos, tolerante para com as creaturas ingratas. Estou te estranhando, Clodoaldo ! Lego hoje, numa tarde destas, com este calor bemfazejo, por que tra? para a rua, e faz desfilar deante dos nossos olhes todas essas beldades, elegantes ou não, qua nos faz pensar que a vida é bód, quando ha tantas mulheres bonitas ! Logo hoje é que deste para romantioo ! Olha que é bem curioso ! Não ha nada de curioso. Ha, apenas, que, às vezes que o ritimo do nosso modo d3 ser, altera-se, por momentos, ou por horas, segundo as diferentes situações que se nos apiesentam. Realmente s(ju pouco dado a devaneios Urices, senUmciitais, porém, aquela senhora... repara que digo: Senhora! Outra anormalidade, visto que só te interessam as mulheres... Pois, aquela senhora, sem saber, abriu um parentesls, na minha vida... vamos dizer, de cético. Continuo a não entender... Pois se queres ouvir essa história curiosa, enquanto consomes o teu drink. O
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V e reparas nas pequenas que passam, transformemos esta terrásse de café, em gabinete de... ... Dlvagações. literárias ?... Não. De confidencial conferência sobre uma Vida. uma Mulher e... um Amor. Bravos ! Vou denunciar-te ao José Olímpio como um romancista Incubado ! Talvez ele queira editar-te a obra ! Bem. Mudemos de assunto. Deixemos em paz o episódio que se prende àquela senhora que passou. Não senhor ! Tu conseguiste despertar-me a curiosidade, e quando essa Impertinente se solta, nã0 ha maneira de se não satlsfazê-la. Vamos ao caso. Prometes não fazer Ironia ?.. Prcmetes, ao menoe, ouvir-me em sllencio ? Está combinado. Anda logo ! Pois, meu amigo, aquela creatura simples, vulgar, como a Julgaste, sem nome nas crônicas mundanas dos Jornais cariocas, é a heroina, o personagem central de um romance escirto pela propria Vida, por esta Vida moderna, que não tolera sentlmentalismos, nem acredita mais no Amcr, pela forma pela qual o acreditavam, Já não dlgq os nossos avós, mas os nossos pais. Na época que passa, em geral, cs romances de amor
entre gente moça, resumem-se em três ou quatro capítulos: — o'encontro num baile, na praia ou numa confeitaria da moda; um noivado cinematográfico, com cenas cálidas na penumbra de um cinema, beijos quilométricos, trocados quasi que espetacularmente, é vista de todos; o casamento realisado, socialmente, com "damas de honor", cumprimentos na Igreja, transformada em sala de recepçào mundana, onde todos se esquecem do que ali ha de sagrado, para só pensar em anllar as toiletes alheias e exibir as própria elegância; a fugida, ainda einematografia, para um hotel qualquer, em qualquer das cidades serranas, onde aprendem os noivos a conhecer os mutuos defeitos de educação, iniciando o curso normal de estudos para melhor gosar a própria liberdade; às vezes, um bebê, ou dois, e o fatal epílogo do desquite, por incompatibilidade de gênios. Estou gostando, o estilo é escerreito e a força de observação apreciavel. Adeante. -Pois o romance de amor daqueIa creatura, começou um pouco diferente, embora tenha tido capitulos comuns acs romances modernos, teve, contudo, um capitulo, pode-se dizer, original e que serve bem de epílogo, pelo menos ao primeiro volume. Ah ! Tem, então, mais de um vclume esse romance ? Quem sabe ?... Pelo menos, agora, fica-se na espectativa, pois já ha aiguns anos, ela está vivendo em paz. Mas, afinal, já falaste tanto e eu ainda não sei nada dessa história que reputas extraordinária ! Afirmei-te, de inicio, que a história só é quasi original em face dos atuais costumes sociais que tomaram conta do mundo. No mais ela é igual à história de. muitas mulheres amorosas que vivem, viveram e viverão em todos os tempos. Imagina tu que Maria Lúcia, ela tem esse nome bonito, era uma mocinha mal saida do internato. onde foi educada à espensas do padrinho, por que, desde criança ficou órfã de pai, e por mãe teve uma pobre criatura humilde, que morreu de fadigas acumuladas em uma vida de sacrificlos de toda a sorte, quando conheceu o homem a quem o destino impoz amar, com todo e unico amor de sua existência. Esse homem não era Jcven, nem belo, nem rico. Era, apenas uma criatura de bons costumes, trabalhador, ocupando um lugar sem destaque, numa empresa comercial. O que traiu, pois, Maria Lúcia, para aquele homem, foi, apenas, a força, poderosa e fatallstica de um sentimento real e sincero. Ele também não viu na Joven, aquilo que se chama um bom partido, porém, gestou dela por suas naturais virtudes, e o caso é que 8e amaram, tiveram um noivado vulgar, quasi anónlmo, e um casamento decente, socialmente falando, pois também foram à igreja e lá tiveram, além das bênçãos sacramentais, os abraços e as felicitações dos amigos. Não tiveram "lua de mel" em ninho serrano, como os noives elegantes, por que a passaram Já no lar que haviam preparado, e para I V — 1 9 4 4
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*_"ai*La também; nesse período, co*"-Çou Lucla, o desencanto em face do verdar^-ro caráter do esposo, mas esse desenatlto, ioi como um estimulo ao amor em seu coração, e como ^? morava ser I?"*2 e correta, omeçou> sempre ponderada de logo, a lutar pela própria disposta a conquistá-la, mes^"cidade, •1° à custa de qualquer sacrifício. Ao de um ano de casamento, veio o priJ1* 'e'ro füho que. para ela, foi a mais grada das alegrias, enquanto que, o marido foi, apenas, um acidení?ra * banal. •j. a paciência e a dedicação de Maria f.|Cla, haviam conseguido ccnstrulr uma viv!Cltlade conjugai relaUva, pois, os dois mals ou menos bem, por que ela er» tolerante e ele se havia habituado £? seu desvelo. Veio a primeira grande 4d"versidade, quando Maria Lúcia estajQ Pastes a ser mãe pela segunda vez. tica ' ° mari(lo, adoeceu gravemente, rj^ ao por muito tempo, Impossibilita_Qe trabalhar, venceoao, apenas uma Pa.rt, cOrn * de seu ordenado, já deficiente 0 augmento da família, e a joven br»»nao-se íira enfrentou a borrasca aesduem atividades e dedicações. var LlJtou desesperadamente para saltç a vida do esposo. Fol-ihe ao mesmo enfermeira desvela'da, mãe, amitjamPo, CaPaz de todos os sacrifícios, ¦ho es&a luta nasceu-lhe o segundo ficia» e eia zombou de todas as exigenue cuidados de após o parto, para Cr..l*nuar lutando à cabeceira do maridj ' ^abando por vencer à morte que 1 V _ i 9 4 4
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rondou Junto dele pot meses consecutivos. Estava exhausta, mas contente e feliz. Jcrge, com a doença, tornara-se mais seu amigo, mais carinhoso e ela enfim, a acreditou que conquistara ventura completa: um esposo bom, um lar, dois filhlnhos e a consciência do dever cumprido. Até aí i*ada de notável. Também não foi nada de nocavel, logo, poucos meses após a tremenda luta e a sublime prcva de dedicação de Mari'*. Lúcia, que Jorge, lmpressionado pelas graças hipócritas de uma pobre mulher de vida fácil, entrasse a descurar de seus deveres para com a íamili.a, e tornar-se irritado e violento, fugindo do convivlo do lar, o mais possivel, c deixando que nele começasee .a faltar o necessãrlo para a sua manutenção. Isso também é vulgar, o certo iria Lúcia começou a sofrer toas humilhações das espesas trocadas por amantes exigentes. Não reclamou nada, não se queixou, enquanto não viu os -filhos sem os alimentos habituals e a miséria Invadindo o seu lar. Delicadamente procurou chamar a atenÇão de Jorge. Foi brutalmente insultada pelo ingrato que esqueceu todas as provas de dedicação que ela lhe deça, todas as penosas fadigas da long* luta contra a enfermidade dele, carregando ¦>¦>
o peso de uma gravidez descuraua, e depois, acrescentando aos outros sacrlflcios, o desdobramento entre os cuidados dé dois berços e o leito de um doente grave, sem ninguém que a ajudasse na tremenda responsabilidade. E, Jorge, abandonou o lar! Por mais de do4s anos, Maria Lúcia, ficeu só, trabalhando, sofrendo, lutando pela subsistência dos filhos ! Aconselharamn'a a pedir o desquite. Recusou-se. Per que ?! Por que continuava a amar o marido, apesar de tudo, acima de tude- ! Passou fome, para que as criança* vessem q que cemer, enquanto Jorge gastava ò que tinha e o que não tinha, com a outra, até que premido pelas exlgencias dela, fez um desfalque na casa onde trabalhava, respondeu a um processo-e sofreu a penalidade judiciaria, de dois anos de prisão. (Termina no fim do número) MALHO O
J. CARLOS
mmmW^mmmU
"'-^
¦ ¦ A três anos, mais ou menos, fui ao Rio especialmente artista
para
data,
Carlos,
J.
esse
jlíè^L
finíssimo
•> af*
do lápis
longa
conhecer eu me
que
através
habituara
de várias
revistas
a admirar
de
e jornai^.
E,
após haver feito essa estafante viagem de- quinhentos quilômetros, consegui o meu objetivo com maior fa-
i al^ataJB
^ ammW^ammWmmM AfSm^Sammmmmmm^t^mmmm\\\\\\\\
M
¦satã. \^SS^ JsaS&^s!
ciudade do que supunha. Sim, porque eu julgava
que
J. Cario*
^^ 1 CarlOs num desenh Cnho d* Goulart
fosse um
desses homens quasi inacessíveis, colocados, pela fama, fora do alcance dos, outros mortais. Mas. felizmente, enganei-me.
Desde as revistas primeiras,
Foi com a mais agradável das surpresas que encontrei um J. Carlos muito simples acolhedor. exces -
desde os primeiros jornais. ao lado
Pederneiras, "rivais", de Kalixto, e outros
sivamente modesto. Recebeu-me no seu atelier da rua qo dois
Carmo, ou
uma
três
sala
pequena
quadros,
de
sua
com
alguns
autoria,
Eslava preparando um desenho para Fiquei,
desde
logo,
à von.ade.
móveis
nas
c
parede;!
êle, com suas brejeiras "charges" sempre magistrais,
fins comerciais Palestramos
du-
é. nas artes brasileiras, "ás" um que brilha entre os mais.
íante algum tempo, como se fôramos velhos conhecidos. E, por fim, o grancye caricaturista consentiu cm posar ao meu lado numa não
ficou
das
melhores,
de
se percebendo,
nela. para meu desapontamento,
esguia Trouxe,
e simpática pois,
desse
notável
do meu
até
devido
que,
à insuficiência
gura
luz,
fotografia
Seu
mal
do Brasil,
este
soneto-perfil:
O
MALHO
que
fino,
elegante.
a fi-
ilustrador.
primeiro
primoroso artista do lápis, considerado, um
traço
é peffeito, interessante. — ninguém o exibe melhor.
contacto
com
eu compuz.
sem
conciencioso,
Artista
J. Carlos, a melhor das impressões. E foi em homenagem ao seu indiscutivevl talento de humorista e
número
de
hábil,
completo,
famoso.
entre os grandes — é o maior!
favor, o
no regresso,
(Santos J
M.
10
M.
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Formatura, na histórica cidade, 2." batalhão da Forca Policial do Estado, por ocasião dos festejos comemorativos.
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AINDA
O CINCOENTENARIO DO CERCO DA
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LA PA '
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Flagrante tomado por ocasião da cerimônia de trasladarão dos restos mortais dos heróis do circo da Lapa, em 1894, que joi uma solenidade do programa com que o nosso Govêrno comemorou, em Feveretro último, a passagem do 50." aniversário da inesquecivel epopéia que teve a Lapa como palco e Gomes Carneiro como herói.
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pelo lançamento, nesta Capital, do Livro do escritor amazonense Leopoldo Peres "Getulio Vargas — o homem Oésito t o chefe", merece o destaque de um verdadeiro ocontecimento literário. I A obra, que foi prefaciada pelo Ministro Marcondes Filho, coloca o seu autor, que é Presidente do Departamento Administrativo do Estado do Amazo-
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¦as, em posição de inegualavel relevo entre os meIhores publicistas nacionais e do continente. O flagrante nos mostra o escritor Leopoldo Peres quando fazia a entrega, ao Presidente Getulio Vargas, do exemplar do seu magnifico trabalho, em audiência especial que lhe foi concedida. I O
MALHO
BRASIL - PANAMA — Flagrante colhido quando da entrega pelo Ministro Paulo Haslocker, em nome do nosso govêrno, da Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul ao presidente do Panamá, don Ricardo Adolfo de la Guardia, presentes altas personalidades daquele país. O ato teve lugar no palácio do govêrno panamenho, tendo havido troca de saudações entre o representante do Brasil e o agraciado, que pronunciou um verdadeiro hino de louvor ao nosso país. O
TUMULO
Dentre os elementos que integram o quadro de administraçao do BANCO DE OPERAÇÕES GERAIS S/A., desta Capital, figura o Dr. Jorge Dabul — técnico em organização administrativa e financeira e nome bastante conhecido e conceituado nos círculos comerciais desta Capital. Tendo sido convidado para exercer o cargo de procurador do mencionado estabelecimento bancário, já se encontra no desempenho dessas funções, às quais, estamos certos, há de emprestar brilho, dinamismo e sabedoria — traços indestrutiveis de sua personalidade.
DE
CAMÕES os restos do autor dos Lusiadas repousaPRIMITIVAMENTE, vam numa singela sepultura, à esquerda do portal da igreja do Convento de Sant'Ana. Sobre a lápide principal lia-se a inscrição: AQUI JAZ LUIZ DE CAMÕES PRÍNCIPE DOS POETAS DE SEU TEMPO; VIVEU POBRE E MISERAVELMENTE ; E ASSI MORREU. ANNO M.D.LXXXTX Passados tempos, os despojos do sublimado poeta foram, por tordem de D. Gonçalves Coutinho, transiadados para outro jazigo, existente ao centro do mesmo templo. Sucedeu que, em conseqüência do terremoto que sacudiu a capital lusitana em 1755, a Joisa do jazigo ficou seriamente danificada. Parece que não se ligou mais ao túmulo de Camões senão em 1835, quando alguns homens de letras portuguêses bradaram aos quatro ventos: "Onde estão as cinzas de Camões?" Almeida Garrett apresentou-se para dar a resposta, a que fez por via çpistolar. A carta abençoada foi endereçada à "Sociedade dos Amigos das Letras", sediada em Lisbôa. O
MALHO
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iO jS» -Jv—Wrf m. f, ifcf ' < -mm'- r ff ' i # W ¦ Wmlmm mjmmiBmmmk1 v" 1 M. :
O ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO NA "CRUZADA BRASILEIRA" — Os ambulatórios da Cruzada Brasileira Contra a Tuberculose, onde são tratados gratuitamente milhares de doentes pobres, receberam a visita de S. Excia. Revdma. D. Jaime de Barros Camara, Arcebispo do Rio de Janeiro, que se fazia acompanhar de Monsenhor Feliclo Magaldi. Depois de benzer a imagem de Jesus Crucificado, colocada na sala de espera, S Excia. Revdma. proferiu eloqüente oração, aplaudindo aquela obra benemerita. Agradeceu a honrosa da instituição. No clichê visita o professor Clementino Fraga, presidente "Cruzada Brasileira" e no acima vê-se o Sr. Arcebispo entre diretores da medalhão, um flagrante quando S. Excia. Revdma. discursava. * "Para mim — esclarecia Garrett — à ninguém de a,uthenticas formaes, podem crer em relíquias authenticadas com probabilidades tam vizinhas da certeza, para mim é moralmente certo, é provado, quanto humanamente se pode provar em —
42 —
casos tais, que ali estão as cinzas de Camões". E apontava o jazigo citado no começo deste artigo. Atualmente, o maior poeta da lingua portuguesa repousa num magnífico mausoléu nos Jerônimos. — N. IV 1944 i
Assistência á aula inaugural da Escola de Engenharia Machenzie.
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ESCOLA DE ENGENHARIA MACKENZIE
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Flagrante feito na Sessão solene da Sociedade de Homens. de Letras do lirasil, para cerimonia da entrega, pela cantora Santuzca Daria de 120. mil cigarros às autoridades militares, destinados aos combatentes das nossas forcas expedicionárias. v
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Jardim Guanabara — Um trecho da Praia da Bica
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UM GRANDE CENTRO INTERNACIONAL DE TURISMO NAS PROXIMIDADES DO RIO
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Petrcpohs e bem perto do Rio, um dos maiores centros de atração tu ristica da América do Sul.
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Casando-se aos imponentes aspectos da natureza local o hotel e suas instala;ões internas e externas formam um conjunto de beleza sem par.
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O Hotel Qnitandir.ha, ccração do bairro-jardin dc Quitandinha. uma visão panorâmica que mestra a sua moldura de lago e de montanha.
Um aspecto do lago de Quitandinha, a cuja margem fica o restaurante rústico c sobre cujas águas deslizam embarcítções modernas para passuo e sport.
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Com a inauguração, também, do lago do hotel, à cuja margem fica o restaurante rústico e a churrascaria, Quitandinha é também um centro apropriado para a prática de esportes náuticos, principalmente remo e natação. O do remo, por exemplo, está ao alcance de qualquer um. como se vê na fotografia acima, que nos mostra igualmente o majestoso hotel.
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(De Gilberto Souto)
William Colby, Carmen e Itatliam Bcndix, durante a filmagem de "Greenwich Víllage",
Barroso, o nosso compositor de renome, deve ARY chegar à capital do cinema dentro de poucos da Republic dias. Vem contratado pelos estúdios "Brasil", a ser filme do as músicas para escrever é i;iA história meses. uns dois dentro de começado teressante, não se sabendo, porém, que artistas serio escolhidos para o elenco. Há muitas cenas faladas em português, sendo que nessas cenas haverá letreiros sobrepostos em inglês, novidade essa que até agora não foi feita por nenhum outro estúdio. Isto ape.ias para os Estados Unidos. A Republic pretende gastar muito dinheiro na confecção do filme, dizendo-se que o orçamento dessa produção será o mais alto até agora empregado, por aquele estúdio. A Universal também está preparando um filme— "Allergic to Love" com Noah Beery Jr. e Martha 0'Driscoll, que terá cenas no Rio de janeiro, passadas num cassino elegante e outras numa fazenda, provavelmente em São Paulo. Assim, o cinema vai, pouco a pouco, completando a sua campanha de apresentar o Brasil ao mundo dc modo direto. E' esta também a primeira vez que um compositor nosso é contratado diretamente por um estúdio para escrever músicas para um filme. Até agora o processo usado era o de comprar músicas já publicadas e, algumas vezes, até já fora de moda. Ary Barroso é, pode-se dizer. ,o nosso compositor mais conhecido e tocado nos Estados Unidos. O su"Aquarela e continua do Brasil" é grande cesso de "Os Três Cafilme no seu novo em moda. Disney "Os Quinvalheiros". título provisório, apr«entará "Na Baixa do Sapateiro" que nadins de Yayá" e turalmente ficarão populares, pois são muito do gosto americano... I V
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O próximo filme de Carmen Miranda será "Somethtng For the Boys", adaptação de uma comédia musicada de Broadway, cuja música é de Cole Porter, um dos mais célebres compositores americanos. O papel, no palco, foi desempenhado por Ethel Merman, mas, naturalmente, vai ser modificado, afim "pequena notável". de calhar à personalidade da "Greenwich Village", Carmen está terminando tendo também aparecido em dois números do filme "Four Jills in a Jeep", história de quatro artistas de Hollywood que fizeram uma tournée pelas zonas de combate, divertindo os soldados americanos na Europa. Neste último trabalho, Carmen aparecerá, peia primeira vez, num filme em preto e branco. . . Ela até agora só tem aparecido em Técnicolor... e a gente não a pode imaginar em qualquer outro tipo de fotografia... O colorido brilhante das suas fantasias e a sua própria personalidade pedem o filme em cô"preto res". .. Mas, de qualquer maneira, Carmen ém "colorido" continuará sendo uma das e branco" ou em artistas mais queridas e mais populares dos Estados Unidos. Aurora Miranda apareceu no seu primeiro filme — "The Phantom Lady", um trabalho da Universal muito bem dirigido e que despertou muitos comentírios na imprensa local. O papel de Aurora é peFiquei com queno e ela o desempenha a contento. "nativa" medo que a tivessem feito uma gênios?, e exagerada... mal que nenhum artista brasileiro pode evitar. Os produtores e os diretores assim o querem " mesmo o público já tem uma idéia formada de "artistas latinos... dessa forma!" E' um mal para o qual não hã ainda vacina .. e, assim, artistas nossos, como também os do México, não podem escapar à epidemia.. .
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MALHO
B BIOGRAFIAS
WALTER PIDGEON nasceu em St. John, Canadá, num dia 23 de Setembro. Começou sua carreira como con-. tor e estreiou no palco ao lado de Elsie Janis. Apareceu pela primeira ves na tela, ao lado das irmãs Taltnadge. Foi o Nick Carter da Metro, porém, sòmente ficou popular ao lado de Greer Garson. -->'"• .£;
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I SONJA HENIE nasceu cm Oslo, a capital da Noruega, no dia 8 de abril de 1913. Antes de estreiar tio cinema, era uma grande patinadora, tendo estudado "ballet" com Mme. Karsavina. Debutou em "A rainha do paiim" e risttou o Rio, há povos anos. ^
RELAMPAGO
LANA TURNER nasceu em Wallace, Idaho, num dia 8 de Fevereiro. Seu primeiro filme foi "Esquecer, nuncal" com Claude Rains, na Warncr. Trabalhou, depois, com "O grande Oamclt', com Brian Alterne, Entretanto, só gattltou fama, na Metro, em "Esta vida é um teatro".
BILLY GILBERT, nasceu em Louisville, Kentucky, no dia 12 de Setembro de 1894¦ Trabalhou no teátro, onde fo* ator e produtor de muitas Peças. Na tela, apareceu cm várias comédias' curtas, inclusive com o gordo e o magro, passando depois a coadjuvante.
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^ (GILBERTO SOUTO)
LJ OLLYWOOD está revendo ' ¦ com prazer e com saudade, uma série de filmes do velho mestre, David W. Griffith. Numa pequena sala de projeção, todas às sexta-feiras, um pu** . \] nhado de fans, de curiosos e de | wiWBk ¦ estudantes da técnica cintmatográfica, se juntam e apreciam o que o grande diretor dos dias brilhantes do silêncio fez... A gente tem a mesma sensaç5o de CARMEN recebe a zisita do nosso embaixador no México, suavidade, de ternura e nostalgia Dr. Lima Cavalcanti e sua Exma. senhora, tio "set" de " Greenolhando para esses filmes igual wich Village", da T. C.-Fox. . a que encontramos, quando fblheamos o álbum da família... As roupas sio velhas... as atitudes são gozadas... mas niguem pode deixar de ter uma palavra de bondade e carinho para as figuras que se movem na téla... do mesmo modo que a gente recorda a boa avózinha... a titia Lulú... 0 tio Alberto... de bigodes e barbas.." Para mim, velho fan, que quase que todos aqueles filmes quando da sua exibição, háyi muitos anos... tem sido um prazer sem par. Na platéia, revejo nomes que admirei e aplaudi nos meus dias ^ de colégio... Ali estavam o velho mestre, Griffith... Lillian 9m" Gish... Mac Marsh... Donald Crisp, o vilSo de "Liria Partido"... Ruth St. Denis .. e outros. Na outra noite, sentou-se junto de mim o comediante Edward Brophy... ele sorria c, de repente, vira-se pnra mim e diz-me: "Eu era um rapazote quando fizeram "Intolerância", trabalhava com um dos operadores... Parece mentira que essas cenas de batalhas ainda sejam maravilhosas... depois de mais de vinte e cinco anos... E éle me contou um mundo de coisas... um mundo de detalhes e de anedotas... Mas tudo isso ficará mais tarde, para um livro de recordações do cinema... desde os meus Cantiett e JVilliam Colby na "premüre" de "Canção de Berdias da Pathé Frères... em que eu insistia e pedia para ver a "fita cora o nadette". galinho". — 46 — I V — 1 8 4 4 MALHO
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Lew Ayres, é agora sargento do Corpo Medico do exército de Tio Sam e só voltará ao cinema depois da guerra. Este é um dos retratos mais recentes do jovem Dr. Kildare da tela,
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O "Eclair-Palace", ao lado do Parisiense, onde hoje está CineacTrianon. grande acontecimento do mês O de Abril de 1914, foi a inauguração do Eclair-Palace, do veterano Arnaldo, que entregava ao público carioca o mais luxuoso cinema da cidade. Houve uma sessão especiai, á tarde, para a imprensa e convidados e às 7 e meia da noite, realizou-se a inauguração. O programa inaugural constou de "Borboletas exóticas", filme educativo da Eclair; "Figuras de cera", grand-guignol; "Aguaceiro da montanha", comédia Glória; e o drama americano, "O melhor pai", da Standard. Depois "Os de outros filmes, entre os quais escaravelhos de ouro", do Cines, com Amleto Novelli, o novo cinema estreiou "Os filhos do Capitão Grant", estupenda versão do romance de Júlio Verne, em sete partes, filmada pela Eclair, com a colaboração do filho do autor, Mr. Michel Jules Verne. A mesma fábrica ainda de Labiche, com Jacques de Feraudy, Lole Neyb, Mille Alson e César. O Odeon também apresentou dois celulóides sensacionais: "O Cavalheiro da Casa Vermelha" (Dumas Pai), reunindo um grande elenco (Escoffier, Dorival, Gr. Fiateau, Rollan, Mevisto, Jacquinet, MiIo, Lebreton, Marie Louise Derval, Lea Piron, Irmã Perrot, Maylianes, Mary Massart, etc.) — e — "Maldita seja a guerra !", ambos da Pathé-Frères, e o último uma visão da guerra do futuro (que seria desencadeada naduele mesmo ano e daria uma pálida
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idéia do segundo conflito mundial, trinta anos depois...), mostrando o progresso da aviação, em cenas coloridas, dentro de uma narrativa humana. O filme, aliás, foi apresentado simultaneamente no Pathé. Outros filmes importantes do Odeon, foram: "Eva", da Messter, com Henny Porten e Harry Liedtke; "Adeus ! Mansãa florida" "A bela pecadora) Pathé color,, com Robinne, Alexandre e Jean Dax; "O romance de um Spahi" Pierre Loti), Film d'Art, com Mlle Guizelle e Mr. Gorde; e "A alegria faz o medo", versão da obra de Emilia Girandin por Jacques Roullet, com Pierre Magnier, Le Roy, Diedané, Tessandier, Mme. Sylvie e Mlle Julieta Ciarence. Foram exibidos ainda, "Max condecorado", "Bigodinho e a caixeira", "Travessuras do Miúdo", "O romance de duas vidas" (Milano), "Páscoa rubra" (Gaumont) e "Uma excurssão a cratera do Vesuvio", proesa do repórter inglês Frederico Berlingham, ocorrida vinte dias antes e que agora podia ser vista, na tela do Odeon. No Parisiense, a Nordisk apresentou "O grito da criança" (de Urban God com Asta Nieisen), "Uma boa lição" (história gênero "Madame Satan", com Elsa Frolich), "Sacriíicio de amor" (Ebba Thompsen), "Culpado nao culpado" (com o casal Agernolm), a comedia "O Snr. Amor dansa o Tango", "O Sonho de Ópio", e "Jovem indiana". * Os demais pro"X-MjLstério", gramas foram estes: policial de guerra, da Dansk Biograph; "A casa do mistério", versão alemã do romance de Jules Mary; "Médico a força" ("Medecin malgre lui", de Molière), da Film d'Art; "A volta de Lavarede", celebre romance de Paul d'Ivon; "Champignol à força" (da conhecido peça de Feydeau e Devalneres), da Aubert; "O rei da terça-feira gorda", comédia da Vitagraph, com John Bunny; e dois filmes policiais — "Obra tenebrosa" (ítala) e "Vingança macabra" (TlvolFilme). O Pathé reprisou "A Dama das Camelias", da Pathé-Frères com Vitoria Lepanto; e apresentou dois filmes da Messter com Henny Porten" — "A Condessa Ursula" e "Fé quebrantada"; "A ciência em auxilio da justiça" e "Julieta", ambos da Gaumont com a menina Suzana Privat; duas comédias de Valentine Frasca-
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PRÊMIOS
Foram os seguintes os artistas premiados pela Academia de Hollywood, pelos melhores trabalhos durante o ano passado: melhor performance feminina — a no"A Canção vata Jenniíer Jones, em seu filme de estréia, melhor trabalho masculide Bernadette" (T.C.-Fox); no — Paul Lukas em "Horas de tormenta", da Warner, filme de Bette Davis ainda inédito no Brasil; melhor O
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rolli, "As emoções de Griboulette" e "A fuga de Griboulette"; "Os trinta milhões de Gladiator" (vaudeville de Laoicne e Phniipe Guille), com Prince; "Nick Winter contra o Clube da Máscara Cinzenta", novas aventuras do iamoso detetive da Pathe; ".Leoncio e os peixes" e "Uma indigestao tingida", comédias da uaumoni, com Leunce renet; e "Visões ae um passaro", primeiro nime mostranuo visum aeicita, eAiu.uo no ísiüsii, proauziao peia famecoior. No .iveiuua, a uaunionc apresentou "a lima ao eiguuo" ou "XI crime da cartomante", com Jaiaoert, Ueurun, ureon, iNavarre, Miuao, touzana i-rivat e Kenee uuri uuuus piugianias: — "uiaaueza e uecauenc.a , riun d'Art italiano, com üi,i,oie tjerti, bumu urigaoiie e imiu. Visconti m.gnune, passciuo num estuuio ae cinema; "aü umas rivais ", aa ratne, com faainara, nonvauet, liux, .1-AA.suui e uaubscniunu; "a ana de Mignon", da Amorosio, com ürmette iNovein; -A uesiorra ae iviax "; "Koaoin casa-se com a cozinneira" e "Uigetta nao quer", com a dupla cômica aa Amorosio; "teiuçd contra o ieiticeiro", com .Leonce ferret; "uma aventura de Boireau", com Anare ueea; "üigoainno atiraaor"; e "Miúdo e a sarna". Uyda Boreili e Maria Bonnard voltaram a tela do Fenix, em outra produção da Gloria — ."A lembrança do outro", com Letizia Quaranta e Rossi Pianelli. Depois, o beio teatro da rua Barão de tí. Goncaio, apresentou "Minna mulher nolva, ue muro" uviiie oosette ivia íemnie;, o vaudevme ae rauí uavauit, com Kenee fayivaire, Keppens e (Jesar, "A escoia aa aor",.tamuem aa nciair, auapiaao», ao romance ae Uustave ueouroy "a aprenaiz", com Duquesne, üosc, Maraord, Grand — oean, Mane Dauvrae, Kenee Slyvaire e as crianças auler e Sunone Vaudry; "O evaaiao aa Guiana" ou "Satanaz ressuscitado", da Aquila, novas aventuras do bandido Satanaz; "Documentos roubados", quinto filme da série SnenocK Holmes; e "O cego", da hciair, da oora*de Borgeois e d'Ennery, com Louls Gastrier. Entre os cartazes da rua da Carioca, destacavamee "O espectro do passado" (Regina Badet), "O clube roxo" (Edith Psilander, num duplo papel), "O ritual dos Musgraves" (Sherlock Holmes) e a nova "Vida de Cristo", da Pathé Frères, com três mil metros e 1.888 quadros, que apesar de melhoT que a primeira, não conseguiu a consagração da outra, até há poucq ainda exibida com sucesso, todas as semanas-santas.
ACADEMIA
direção — Michael Curtiz em "Casablanca" (Warner) que, por sua vez, foi considerado o melhor filme de 1943; melhores, coadjuvantes: Katina Paxinou, em "Por "Original quem os sinos dobram" e Charles Coburn, em "Vitória nol dedocumentário foi melhor O pecado". serto".
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scu tipo acentuadamente acentuadamentc oriorip ELO seu 'pELO ental, Fay Emerson conquistou, em Hollywood, um lugar de destaque. Ela encarna, sempre, a mulher misteriosa cujos encantos teem algo de sinuoso e velado, oculto sob o véu do mistério que parece proteger tudo o que diz respeito ao longínquo Oriente... Aqui está esta Fay Emerson como uma uma legítima legitima crente crcntc de Bhuda, tal como se se fez ver num dos seus filmes de maior maior sucesso. Todavia, nada impede que se se
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veja, nessa mesma bonita fotografia, a veja, realidade semi-oculta. E ela nos diz que Fay Emerson é, fora dos filmes em que se orientaliza momentaneamente, uma jovem do seu tempo e do seu século, amiga de tudo o que faz elegante, atraente e amável a mulher moderna, principalmente do prazer altamente chic que eé hoje, para o belo sexo, um cigarro... ultima Esse Êsse prazer que representa, em última analise, análise, uma arma, para se fazer mais bela bela e mais sedutora... •
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COMENTÁRIOS
MARIZETTE Marizetle tem talento e vem se fazendo no rádio. E' muito nova e tem vontade de vencer. Não deixa de ser uma qualidade para o êxito de uma artista, este esforço de ascenção. HUMORISMO FÚNEBRE O humorismo radiofônico tem entre nós, qualquer coisa de carpideirismo — com Licença das damas centrais dos programas de rádio teatro. Se repararmos nos estúdios, os rapazes que ali se encontram contratados para fazer rir, dão pena e causam dó. Tristes e desenxavidos, eles. gastam, em vão, a sua inteligência com o desejo de agradar ao público. Coitadinhos. Constrange vêr como eles perdem o tempo, porque fazem apenas pelo contrario, entristecer ainda mais os ouvintes. Era o caso de se mandar buscar, como se fez com a manteiga, — aigruns humoristas lá fora...
Tem-se a impressão, vendo-se como agem as nossas estações, que os diretores artísticos não querem ter trabalho. Não cuidam de preparar valcres novos. Isso seria — como dizem — muito esforço, talvez superior às suas magras possibilidades intelectuais. E, como estes judeus que compram roupas velhas, postam-se à espreita no que de mais usado, de mais gasto no quadro artistico do visinho, adquirindo os que deixam os receptores depois de anos a fio de programas cansativos e insuportáveis. Pensam eles que, assim agindo, estejam trabalhando para melhorar o nivel artistico do rádio. Em todo o caso, a situação dos pobres de espirito, é das mais folgadas, segundo atesta a Bíblia.
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WmmS ^___F'^____-__b____H_t___. COISAS O Zarurestá em tempo de selecionar valores na estação que dirige. Êle é inteligente; conhece o meio; e está a exercer o cargo onde todos aguardavam as suas velhas promessas. Magdala permanece ainda com o seu odlo concentrado contra a musica popular. E a Pimplnela ? Mas será possível tenhamos de ouvir diariamente as graças incríveis do Anestesio com telefone que deveria ser censurado ?
mSmÈ tUlkmJ C A I P í R A~S Rareiam as duplas caipiras. O que ainda surge, meio desconfiada per ai c fora de moda e desenxavida."Inhô Eis aí uma, de São Paulo — e Nhô". Ouvimo-la, outro dia, e não deixa de sair da bitola comum.
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BOLAS
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PROGRAMAS
DOMINICAIS ainda ouve rádio, quem não desencantou, completase QUEM mente, do mesmo deve passar por desespero infinito aos domingos quando, repousando em casa, de pijama, que é justamente quando precisamos de emoções mais amaveis, tenha de suportar um programa radlofonico. Como de proposito fosse os diretores artísticos se esmeram, na sua grande maioria, na apresentação dos piores programas. Nestes dias as estações, afóra as atrações pebolistlcas aos que amam o desporto bretão cosinha números incriveis, desde os tristíssimos humoristas da fauna radiofonica (que os temos dos mais funebres), até os disparatados numeros para os bailes suburbanos. Afinal de contas, deviam os diretores artísticos responsáveis pelos estudlos,'se aperceberem de que o nivel da educação artistica do publico bastante elevado não mereceria tamanha falta de atenção. Só se êles pretendem mesmo deixar o rádio em abandono nestes dias que o Senhor fez para o descanço da humanidade, numa conjuração das mais Insensatas contra os ouvintes cariocas. Todas as aparências se harmonisam no sentido de pensar desta maneira, sendo fácil aos leitores a sua comprovação, desde que venham a 11gar os seus receptores no primeiro domingo das suas folhinhas domesticas. FRANCISCO GALVAO
Fixa,
As novelas radiofônicas continuam a empobrecer o nivel artisticos das nossas melhores emissoras. Quando os diretores artísticos desejam justificar a sua desidia apeIam para a falta de estimulo do público."Não ha maior lugar comum do que esse. O público é educado e deseja programas bons. Apenas, o que se tem verificado é que eles não contratarçi bons elementos e vivem numa troca de valores relativos de uma para outra estação. Há um humorista ha Tupi, que se apresenta com um cidadão imltando o português digno de lastima. O Frias conta, atualmente, com uma chusma de imitadores de seu modo de falar no rádio. Vejam só. Barbosa Júnior continua agradando ao publico com as suas piadas. —. Jaráráca e Ratinho devem aparar um pouco as suas anedotas aferventadas. MÚSICA
A figurinha simpática de Yára ~é bastante querida. Rodes, na Tamoio Em verdade, ela vem se revelando uma artista de méritos próprios como interprete da nossa música popular.
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SAMBA Hélio Sindô é uma figura das mais cotádas do rádio paulístú. O samba encontiii nèle um interprete dos melhores. O seu cartaz vem se elevando mer doidamente.
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POPULAR
BREQUES O Almirante volveu à Nacional, o que já era esperado. Na Tupi êle não nos pareceu ter encontrado o ambiente adequado ao espirito de suas creações radiofônicas. Maria Eduarda vem apresentando em seus programas valores definitivos da literatura nacional. E' um gesto dos mais simpáticos. Paulo Roberto deixou a Cruzeiro do Sul e foi para a Tupi. Cinara Rios anda desaparecida. Fala-se que iremos ter boas musicas para a temporada joanina. Aguardemos. Zézé Fonseca, que era uma rádlo-atriz de méritos Inconfundíveis, vem desaparecendo na Nacional. Vale a pena louvar-se o bom gosto de Renato Murce, na Rádio Clube, organisando excelentes programas. E se outras estações contratassem homens de letras para o seu "cast" ? O exemplo do Álvaro é dos mais convincentes.
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MALHO
MUSICA
I TEMPORADA DE CONCERTOS M às portas de mais uma estação artística no Teatro MuESTAMOS nicipal. Não obstante o periodo tormentoso que a humanidade atravessa, o qual inúmeros entraves oferece ao intercâmbio de artistas- a Prefeitura do Distrito Federal assegura aos freqüentadores do nosso primeiro templo de arte a participação
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Silvio
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. de grandes regentes e de eminentes concertistas. Todos de renome unibrevemente estarão entre : versai, que nós, para cumprirem seus compromissos com a direção artística do Teatro Municipal, confiada, como é do ccnhecimento geral, à comprovada experlência do maestro Silvio Plergile. Três series de concertes slnfonicos integrarão este ano a têmporada do Teatro Municipal. A primeira será &ob a alta responsabilidade de Artur Rodzlnskl, o preclaro musico polonês e colaborador do inconfundivel mestre Toscanini na direção do maior conjunto sinfônico da atualidade. Arthur Rodzinski será assistido pelo talentoso maestro patrício Eleazar de Carvalho, a nossa grande revelação contemporânea no dominio da música sinfônica. Possuidor de um nome respeitado entre os seua mais abalizados colegas, Artur Rodzinski brindará cs amantes da divina arte com um repertório critériosamente selecionado, concorrendo decisivamente para que seja mantida a dignidade das programações focalizadas no Teatro Municipal, e, desse MALHO
modo, que seus freqüentadores se vejam obrigados a ouvir as mesmas peças todos os anos, como conseqüência de exiguidade de repertório de ceiebridades estrangeiras ora entre nós. Deverão emprestar o brilho inestimavel de suas colaborações nestes concertos, vlrtuoses de alto teor, com Madalena Tagliaferro, Guiomar Novais Pinto, Maria Antonia de Castro, Sousa Lima, Arnaldo Estrela, Flrkusny, Malcuzisnky, Violeta Coelho Netto de FFreitas, Wanda Werminska. Oscar Borgerth, Odnoposoff, Iberê Gomes Grosso e Moacir Liserra — nomes solidamente conceituados no mundo da Música e que por isto mesmo, dispensam adjetivos. A segunda serie de Concertos terá a superintendência do nosso confrade Dr. Artur Imbassaí eminente critico musical do "Jornal do Brasil", como em 1943 mui justamente distinguido pelo prefeito Henrique Dodsworth para a organização da temporada de concertistas nacionais, a nova e bela iniciativa da administração municipal que possibilita aos artistas ao acesso patricios o almejado Teatro Municipal, em plena "seacriteriosas Segundo son" oficial. afirmações do Dr. Artur Imbassaí, intervirão nestes concertos a violinlsta Yolanda Peixoto e as pianistas Adolfo Tabacow, Yolanda Ferreira, Lubella Ana Carolina, Brandão, Edite Bulhões Marcial, Noemi Bittencourt, Mario Neves e Geraldo ftocha Barbosa. Algumas festejadas vozes brasileiras, entre as quais Lulzita Cunha Silveira e Maria Helena Martins, a grande revelação cantante de 1943. deverão compjetar a lista de concertistas nacionais que participarão da segunda serie de concertos sinfônicos da Prefeitura do Distrito Federal. E a terceira serie se efetuará no quarto trimestre, após a temporada sinfônica do Teatro Municipal em 1944, para a qual a Orquestra do primeiro templo nacional de arte se apresenta ccnsideravelmente aumentada, totalizando 90 instrumentistas o que traduz o desvanecedor interesse que o ilustre governador da cidade dedica ao conceituado conjunto de músicos patricios, o qual será, muito breve e com inteira justiça, o mcdelar conjunto sinfônico nacional e uma das grandes orquestras contemporâneas. — 52 —
M
COMENDADOR
MARIO
GUASTINI
Foi alvo de expressivas manifestações de apreço por parte de seus amigos, confrades e admiradores, o brilhante Jornalista comendador Mario Guastini, redator-chefe de "O Estado de São Paulo" e diretor da Divisão de Imprensa e Rádio-difusão do D.E.I.P. paulista, por motivo da passagem, á 20 de março último, do seu aniversário natalicio. Hcmem de cultura, com renome firmado na imprensa do país, o aniversariante é uma das mais legitimas expressões da inteligência e do dinamismo-bandeirante, tendo conquistado um luear aparte nos meios lornalisticos daaueie Estado, onde desfruta de invejável prestigio nos circulos sociais como culturais.
CÃES
NA
GUERRA
um cão pastor de 4 anes, de Pleasantville, N. Y., entrou CHIPS. para o exército ha 17 meses. Desde então. Chips conheceu Roosevelt, Churchlll e Eisenhower. Ganhou 3 medalhas. Foi o primeiro cão a ser condecorado pelo Exército, "por ação corajosa, eliminando sozinho um ninho de metralhadoras" na Itella. Mais tarde, foi ferido em aoáo. Na semana passada a carreira de Chips, de colher medalhas, foi interrempida. De Washington velo uma "a concessão de condepalavrinha: corações do Departamento de Guerra> para outros seres vivos que náo pessoas, está prcíbida". A ordem aparentemente parece ter provindo de protestos, afim de que medalhas destinadas a homens não servissem para condecorar cães, ainda que valentes. Cem ou sem medalhas, o serviço de Chips e de seus companheiros continuará. Mais de 1.500 cães são recrutados cadp. mês para o Exército. Treinados em 6 Centros americanos, gastam os cães 8 a 26 semanas em exercícios diurnos e noturnos. I V
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aat SUPLEMENTO FEMININO POR
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SORCIERE
.'\ssim é o outono carioca. Mais belo que a primavera. Toca mais o espírito. Toca por inteiro o coração. Voltam as elegâncias que s» foram a veraneio nas estâncias de águas, na quietude de Terezopolis, no bulicio mundano da Quitandinha. Voltam as moças a encher as ruas da cidade, comparecendo às primeiras exposições de vestidos, de chapéus, de peles, de sapatos, de tudo que se faz necessário a renovar o aspecto. Este, de certa maneira, vai renovar-se mesmo, pois é frizante a diferença entre muitos dos chapéus ora todos em circulação e os que usámos no último inverno. O que se apresentou como es"chie" entre 927 e 29 está influenciado os modesencialmcnte listas de Nova York. Abril começa. Abre-se o outono, precedendo a mais elegante das estações: o inverno. Ha boniteza diferente nas mulheres. Ha poesia no céu, no sol, nas montanhas, no mar. Atmosfera de romance, pois o ar é tão doce... Ila tambem tanta saudade dcntr0 dalma a bailar...
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Lord and Tailor são autores desta veste da mulher moderna: bem ao "Slaks" c gosto blusa de tecido preto, cinto com fivela de mclc.l.
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mvÂmmmW DOCA SE a temperatura. O outono surge, então, com toA das as delicadas tintas que o caraterizam: manhãs adoráveis, manhãs onde luz aquele sol que Olegario Mariano descreveu em alguns versos explendidos:
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O feltro do chapéu forma as laçadas que o enfeitam.
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Copa raça, coberta de penas, especial sobre cabelos penteados á Pompadour.
" Para a alegria de viver nada nos falta: Sol, natureza clara e sinos a tocar, Nuvens imateriais na montanha mais alta, Ondas desenrolando a planura do mar; céu tranqüilo c azul que a madrugada esmalta, O alvoroço dc amor de ninhos soltos no ar. E a água que da montanha entre begonias salta E, em cambiantes de luz, fôrma um riacho a cantar.
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O vento que sussurra, o silêncio que espreita, Vôos de pombas numa apoteose de penas, Tudo eni torno de nós é tão puro e tão bom,
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Que a criatura feliz, em divina colheita, Enche as mãos sem querer... (como as mãos são pequenas !) De perfume, dc sol, de côr, de luz, dc som". V
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de feltro, guarnição de penas.
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TWTANHAS de Abril, manhãs "*" "*¦ de Maio luminosas e frescas, ainda permitem banhos de sol na praia, e banhos de mar também, para os quais ha frequentadores mesmo durante o inverno. Assim se explica a oportunidade das gravuras insertas nesta página, graciosamente apresentadas por bonitas artistas do Cinema em Holliwood. O
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SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD Por MAX FACTOR Jr.
QUEIMADURAS PELO VENTO E PELO SOL queimadura pelo vento não é peculiar a uma só estação. Ameaça tanto no verão como no inverno, no tempo frio ou de calor. Rostos ásperos e rijos, lábios gretados, mãos da mesma forma, olhos congestcs e encarquilhados derivam daí. Entanto não parece do dominio público aue o vento e o sol ocasionem danos de tal monta. Louras de pele muito clara e macia devem, particularmente, tomar todo o cuidado contra as ameaças das queimaduras pelo vento. Conheço vários casos em que o delicado conjunto que forma este tipo de beleza, sofre as conseqüências da falta de proteção contra o referido inimigo. As mulheres que fazem grandes passeios de automóvel devem proteger-se contra as desagradáveis rajadas de vento. A velocidade de um automóvel pode proporcionar tão grande velocidade ao vento que uma simples brisa se transforma em autentica rajada. A
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GINGER ROGERS Hollywood, dois casos da ação do vento prejuEMdicando a beleza de estrelas foram verificados, certa vez, quando elas se dirigiam nos seus carros entre essa cidade e a colônia de férias preferida pelos artistas. Palm Springs Ginger Rogers e Ann Sothern perderam vários dias de trabalho exclusivamente porque realizaram esse passeio de automóvel esquecendo o material de proteção ao rosto usualmente empregado para salvaguarda dos valiosos conjuntos de beleza. O material que elas esqueceram era a base de maquillage regular, a qual usam diariamente como parte do "make-up". Mas, como disse antes, Ginger e Ann estavam muito apressadas. Não tiveram tempo siquer para a rotina de maquillage antes de iniciarem a viagem. Quando voltaram a Hollywood estavam com as faces queimadas pelo vento, e, tão atingidas foram que perderam vários dias de trabalho, precisando esperar que todo o feio aspecto desaparecesse afim de voltarem a enfrentar as cameras.
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pomada para as partes mais delicadas dos lábios, elementos que reduzem as possibilidades de incorrer na inclemencia dos raios solares.
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modo ordinário, a quantidade de fundamento ou DE base usualmente empregada para maquillage re^ular é a salvaguarda suficiente contra o vento. Mas se a leitora sabe de antemão que vai ficar exposta ao tempo por muitas horas, então recomendo o uso da base numa proporção três vezes mais liberal que o comum, precaução de excelentes resultados. O tipo de queimaduras resultantes da exposição demasiada aos raios solares, particularmente severas nas longas estradas, nas praias, requer, completa maquillage de proteção ao rosto, braços, ombros, costas e pernas. O
de uma touca é de muita importância na defesa dos cabelos. Evita aue se tornem secos e queOuso bradiços. O sol queima a pele e age também contra o cabelo queimando-lhe o tom, ensejando uma série de coloridos diferentes, de péssimo efeito. A proteção aos olhos é também muito importante, e os óculos escuros fornecem o melhor conselho a tal respeito. Óculos escuros fornecem eficiente proteção contra os aspectos pouco atraentes de olhos injetados, vermelhos, com uma infinidade de pontos e marcas em torno deles. Creme para pele e os tecidos deverão ser aplicados nas áreas que demonstrem quaisquer sinais de ataques pelo sol ou pelo vento. Esse materal agradável tem o fito de refazer o dano sofrido pela perda de gorduras e óleos naturais, oriundos das queimaduras de qualquer natureza, as quais emprestam aparência rija ao conjunto facial.
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os materiais de maquillage aplicados apropriadamente, servem, até certo grau, como proteção TODOS contra o sol. Existem bases de maquilage que protegem o rosto, certa mistura servindo ao corpo, braços e pernas, uma I V
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" rirée" lista sala de estar I bonita c alegre em virtude da decoração. A escrivaninha de v-'rde mate corresponde à certa parle das folhagens das cortinas dc cliintz, cujo fundo é branco, verde forte o restante das referidas folhas. Sancjas verde mate, poh " beige" com listras côr de vinho, tronas forradas dc mesa e cômoda neste ultimo tom. Tapete verde. Prestar atenção como as plantas voltam a ornam.ntar os ambientes. ¦ ,:,mm**lm.»'*mí
DECORAÇÃO DA CASA
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A VIDA BOÊMIA PAULA NEI
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escritor Raimundo de Menezes acaba de 'áÍrmmm9 enriquecer sua já ü <*& apreciável obra litesssP-^k^^Jr^' 1 rária com este livro interessantissimo, em que faz ¦'^^"Wr-iA ^A' v a biografia de um dos vultos mais atraentes da geração a que ipertenceram Bilac, Coelho Neto e tantos outros, e que formaram a velha boêmia do começo do século. Paula Nei é, sem dúvida, um tipo singularissimo, e sua vida estava a exigir os carinhos de um biografo à altura. A obra criteriosa e cuidada de Raimundo de Menezes vem, pois, reparar ao mesmo tempo uma injustiça, pois não se compreende que até hoje não a houvesse alguém realizado. A edição, ilustrada, é da Livraria Martins, de São Paulo.
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A NOVA SEDE DO BANCO AUXILIAR DA PRODUÇÃO S/A Inaugurou-se, quinta-feira, dia 16, o Banco Auxiliar da Produção, novo estabelecimento bancário que tem a dirigi-lo nomes dos mais conceituados não só na sociedade como nos meios financeiros. São eles os Srs. Jcsé Pires Rebello, Hugo Cairneiro e Lafayette Oomes Ribeiro, homens empreendedores e cuja ativldade tcdos conhecem através outras iniciatlvas vitoriosas. Uma das finalidades do novo banco é o empréstimo rápido às classes produtoras, sobretudo aos que trabalham nas profissões liberais (médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, etc.) . Desse modo, estamos certos, muitas serão as pessoas que irão à sede do banco, ã Travessa do Ouvidor, 12, levar os votes de prosperidade e bom êxito nos negocios.
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Concertam-se fechaduras, abrem-se cofres.
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PAULO
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A VENDA Em TODAS as PharmaCiaS Dapoiitariot : JOÃO
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Rio d» Janatro
II IIV IR O Jf ie AiiuiroiRic-ií RAUL DE AZEVEDO GETULIO VARGAS, O HOMEM E O CHEFE — Por LEOPOLDO PÉRES Numa bonita edição d'0 Cruzeiro S. A., o Snr. Leopoldo Peres, notável escritor amazonense, dá-nos um livro bem pensado e refletido. Traz vigoroso prefácio do Ministro Marcondes Filho. O autor é um dos moços amazonenses de maior futuro, tais os seus talentos e sólida cultura. Jornalista, escritor, sociólogo, orador, o Snr. Leopoldo Peres é um dos nomes de maior esperança do País. Este seu livro trás conceitos e conclusões amadurecidos, de raro descortinio político. Estas páginas enfeixam um alto estudo psicológico do Presidente Vargas, e analizam a obra do chefe, condutor humano do nosso povo. Página a página, capítulo a capítulo, encontramos' flagrantes da vida e obra do Snr. Getulio Vargas, que são ensaios meditados e seguros duma personalidade hoje lado a lado dos maiores estadistas do mundo. Figura de recorte inconfundível, o Presidente encontrou no moç0 biógrafo um escritor sário' e imparcial que estudou-o superiormente dentro do panorama brasileiro. O Snr. Leopoldo Péres é, sem favor, um dos maiores escritores do Brasil atual. A ITÁLIA POR DENTRO, RI CHARD G. MASSOCK (Comp. Edit. Nacional, São Paulo, 1943. — O escritor norte americano estudou bem a Itália de agora no-seu livro Italy From IVithin, traduzido para o português pelo Snr. Carlos Lacerda. O autor ouviu a declaração de guerra do Duce aos Estados Unidos, o que êle depois contestou. Êle estuda neste livro, aliás com superioridade, a chamada carreira mussolinesca que acabou no ridículo. A Itália fascista é descrita com todas as verdades, o bleufe — como o nazismo —passado às duas Nações e aos seus povos. O objetivo subalterno de Hitler, sacrificou a sua Pátria e um pov0 trabalhador e inteligente na ânsia ãe sêr o 2.' Napoleão. Hoje é troçado pelo mundo, que não pôde levar a sério o irmão italiano. Descreve-se aqui os sofrimentos dantescos do povo que outr'ora Mussolini subjugou com os seus horriveis processos de tirania. O livro apareceu em princípio de 1043, e os fatos do ano comprovaram as conclusões do autor sobre a guerra na Itália, e o papel destinado ao outr'ora maquiavélico e hoje ridicularisado Mussolini. O autor desenrola a sua obra numa esfera objetiva, e o seu espírito é francamente realista. Massock faz uma narrativa em linguagem fremente do que é a verdadeira Itália por dentro, o que era, vergastando as mentiras mussolinescas e a sua propaganda falsa, na preocupação de iludir o mundo. Destacamos nesta obra os capítulos "O estadista para uso interno", "Tunísia, Corsega, Djibuti", " Lambeth Walk, — uma dansa", "O reisinho pusilanime", " E depois de Mussolini"? e outros. Há muita observação fiel e aguda neste livro, que é bem do momento. Richard Massok fecha o seu livro com esta anedota, que ao tempo era corrente na Italia. Disse o italiano otimista: Creio que vamos perder a guerra. Responde o italiano pessimista: Sim, mas quando? Os fatos se incumbiram de responder ao italiano. — 62
e ELOGIO DE VARNHAGEN, DE PARANHOS ANTUNES. (Rio de Janeiro, 1944) — Em sepafata da "Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil", aparece este trabalho lido em sessão do Instituto de Geografia, ao ser o autor empossado na"" cadeira do Visconde de Porto Seguro. O capitão De Paranhos Antunes é uma das figuras brilhantes do exército brasileiro, e esse seu estudo recebeu os maiores aplausos quando lido. UM MUNDO SÓ, WENDEL WILLKIE (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1943). — É um livro oportuno, e está sendo divulgado em diversos idiomas. Como tradutor par» o português está o nome de Monteiro Lobato, mas essa versão deixa a desejar. Candidato à Presidéncia da República, em oposição ao vitorioso Franklin Roosevelt, Wendel Willkie é um nome hoje mundial. Esta sua obra tem múltiplos aspectos, inclusive o apósguerra. Êle viajou em um bombardeiro, vendo a guerra em todos os seus setores. E surgiu este livro empolgante. Em contacto com os chefes militares aliados, o autor viu tudo e tudo observou. Dá as suas conclusões. 50 dias de avião, quasi sem repouso, 31 milhas de navegação. Reconhecendó elegantemente a sua derrota, tornouse um colaborador efetivo do Presidente Roosevelt. Esteve na África, na Rússia, na China, e por esse mundo todo. Há milhares de dados e informações. É tudo? Não. Há as suas penetrantes observações pessoais, as suas conclusões equilibradas. Talvez seja um profeta. Os seus comentários impressionam o leitor. Êle auscultou o» estadistas e o povo. O capítulo com que fecha a obra, Um inundo só, é magistral. Comprova que esta é uma guerra de libertação. Afirma, e bem, que internacionalismo político sem internacionalismo económico é casa construída sobre a areia. Faz a psicologia certa da vida política, intema e externa, e dos seus erros e equívocos na outra guerra, e que não podem" se da repetir nesta. Proclama a necessidade criação dum mundo em que haja igualdade de oportunidades para todas as raças e todas as nações". Ê textual. Willkie, dentro da sua sagacidade política, proclama que, para essa finalidade, a América, os Aliados, teem, de ganhar a guerra como também de ganhar a paz. Certíssimo. Liberdade e justiça, — eis o lema, a bandeira desfraldada. E preciso que todos leiam e meditem este livro. TANKS E CAMELOS AVANÇAM. CAPITÃO PAUL MOYNET. (Editora Dois Mundos, Ltda. Rio de Janeiro 1043). É a campanha dos franceses livres através de 4,000 quilômetros de deserto. O prefário c de Jacques Lorraine, e a tradução para o português é de Rubem Braga. Atual e empolgante. A FELICIDADE PELA AGRICULTURA, ANTÔNIO FELICIAXO DE CASTILHO. — (Dois Mundos Editores Lida., Rio de Janeiro 1944) — Escritor dos maiores da nossa língua, clássico dos mais apurados, Ic-se esta obra de Antônio Feliciano de Castilho com um imenso agrado. I
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Se o vernáculo é escorreito, o estilo é claro, cantando-se nestas páginas ricas o trabalho c o amor. Há um prefácio equilibrado de Antônio Guimarães. Romântico dos melhores, os arrojados editores portugueses-brasileiros fizeram bem em lançar ao público esta obra — coleção de artigos -que foi e será sempre uma lição aos povos e aos governos. Há idéias neste livro. B SINOS, DE ADELAIDE FERREIRA — Prossiga estudando, e será possivel nos dar ainda um bom livro de versos. B DIÁLOGOS DAS GRANÜKSAS DO BRASIL, FERNANDES AMBROSIO BRANDÃO (Dois Mundos Editora Lida., Rio de Janeiro, 1944) — É a segunda edição da Academia Brasileira, corrigida e aumentada, com muitas notas de Rodolfo Garcia, e uma excelente introdução do hotavel escritor Jaime Cortezão. É um grande- livro, que os estudiosos não deixarão de ¦ reler. É uma obra para meditação, e uma das mais célebres da nossa literatura. Pertence a " Coleção Clássicos e Contemporàneos", sábia coletânea da benemérita casa editora. B RJMAS SONORAS, ADALBERTO RIBEIRO DA SILVA (Piauí. 1041) — Não temos espaço para nos ocuparmos de livros de pobresa intelectual. B DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, VARGAS. GETULIO (Amcric-Edit. i«>44). Numa elegante " plaqucte", os conceituados editores cariocas tiveram a idéia feliz de imprimir o célebre discurso do Snr. Getulio Vargas pronunciado na Academia Brasileira de Letras, quando da sua posse. É uma peça notável, cheia de conceitos ponderados. Consideramos mesmo esse discurso como um roteiro cultural para o Brasil. Temos, sim, de praticar o que êle aconselha, para o bem do Brasil de hoje, e esplendor do de amanhã.
PORTUGAL B B Precisamos fazer uma aproximação maior entre Brasil e Portugal intelectuais. Outr'ora, há muito ano, o Brasil lia todo o grande Portugal. Era a época de Eça-de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Anthero do Quental, Fialho de Almeida, e mais alguns que fizeram toda uma época literária. Em Portugal nada era lido, naquele tempo, do Brasil. Raras excepções... E tinhamos Machado de Assis, Aluisio e Arthur Azevedo, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira, Raul Pompéia, e outros muitos. Depois, aos poucos, Portugal foi deixando de ser lido na nossa terra pela nossa gente. Não contar com meia dúzia de escritores, ou menos, Júlio Dantas à frente. Ora, precisamos fazer um grande intercâmbio intelectual de verdade, trocar livros, fazer conhecidos autores daqui e d'alén. mar, nos dois Países. Ha tanto nome de valor por lá, que ainda não chegou aqui ! E vice-versa. A nossa revista propõe-se a esse intercâmbio, a criticar, noticiar ou informar os livros e revistas que formos tecebendo (dois exemplares de cada) do Portugal amigo, e nesta secção trataremos sempre dos livros c revistas brasileiros que recebermos, endereço abaixo. Assim—não esquecer a grande circulação desta revista, os leitores estarão sempre a par do que se publica aqui c lá, com a indicação dos editores, o nuc tornará mais fácil a aquisição do volume. Pode até, se quizer, pedir-nos o livro, para o endereço da cmpresa desta revista, com o custo e o pórte do Correio, e receberá a obra. O nossointuito é a divulgação do livro nos dois Países que falam a mesma lingua. I
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a ED. CORREIA DE MATOS, — HA QUEM SE ESQUEÇA DE VIVER... (Parceria Antônio Maria Pereira, Lisboa, '943) — A Parceria Antônio Maria Pereira é uma das casas editoras mais antigas de Portugal, e mais conceituadas. São numerosíssimas as suas edições, e aigumas duma importância capital. Envianos agora um romance, de Ed. Correia de Matos, Há quem se esqueça de viver... O título é bom e até verdadeiro. Trata-se dum romancista, c parece-nos que este é o seu maior elogio. Está escrito em fórma de sobrescritos, e o estilo é correndo e simples. O enredo está bem armado. Há flagrantes de vida, e algumas personagens, como o tio Francisco, o dr. Quintães, Irmã Rosário, c o marido desta, Júlio Ri-, sado, estão bem estudadas. Nã0 fosse a '— falta de espaço as empresas, po.- causa do custo e carência do papel, são umas tiranas ! — acompanharíamos o autor neste livro, salientando muita beleza que tem, e naturalmente alguns pequenos senões. Apreciamos o romance no seu conjunto, e êle é bom. B TERRA DO SUL, TERRA DE AMOR, Alice d'Oliveira —(Parceria Antônio Maria Pereira, Lisboa, 1943) — Náo será este um grande livro. Mas a autora tem sensibilidade. Aqui e ali há páginas emocionais, e o romance cm seu conjunto é uma grande promessa. Aquele flagrante de Liège, que conhecemos, está muito natural e expressivo. O estilo da senhora Alice de Oliveira é simples e ciaro, e é intuitivo que muito melhorará em outros livros. Não falta a autora talentos, revelados desde o seu primeiro livio, His tória Maravilhosa da Rainha Astrid, obra premiada. É só continuar, que está 110 cami>iho da vitória. Um romance inferessante, que nos autoriza a esperar da senhora Alice d'01iveira um grande romance. B MEMÓRIAS DA LINHA DE CASCAIS. BRANCA DE GONTA COLAÇO E MARIA ARCHER (Parceria Antônio Maria Pereira, Lisboa, l<343) Duas escritoras de renome uniram-se para faz^r este livro. É"seuum bom livro. O seu título diz claro o conteúdo. Para mim é um volume de recordações e saudades... Fui, há muitos anos, morador da linha dt cascais,, e agora revejo lugares e paizagens tão bem descritas pelas duas brilhantes senhoras. Há fotografias de costumes e há bitos. Duas escritoras de talento, e duma aguda observação. A linha de Cascais bem merecia este saboroso livro. " Para amar é preciso conhecer", — dizem as escritoras. Lembramo-nos bem dos Estoris, onde habitamos. A paisagem era e é linda. Os panoramas surpreendentes de belezas, c assim, para nós, toda essa obra foi um grande encantamento. A linha de Cascais, nestes capítulos, está estudada na sua paisagem geográfica, social, histórica e humana. É um livro de memórias, passado e presente, mas um livro de verdades e emoções. Uni belo livro. POR FALAR, OLAVO a FALAR D'EÇA LEAL (Parrrría Antônio Maria Pereira, Lisbõa, I«>l3). Trata-se duma seleção de diálogos radiofônicos. Um ensaio de teatro. O autor pergunta se valeu a pena enfcixá-los em volume. O leitor é «nie melhor responderá. Há alguns diálogos muito bem tratados, e de vez em quando o leitor sorri. Não será o suficiente? Remessa de Livros — Redaçã) d'0 MALHO — Rua Senador Dantas, 15 — 5.* andar — Rio — Brasil. 63 —
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desperte a bilis do seu fígado f Saltará da Cama Disposto para Tudo Seu fígado deve produzir diariamente um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, os alimentos não são digeridos s apodrecem. Os gases incham o estornago. Sobrevém a prisã i de ventre. Você sente-se abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martírio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Neste caso, as Pílulas Carter são extraordinariamente eficazes. Fazem correr esse litro de bilis e você sente-se disposto para tudo. São suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pílulas Carter. Não aceite outro produto. Prtço: Cr. S 3,oo.
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foram privados da liberdade. Isto para citarmos apenas nomes em grande evidência na hstória que vivemos. Portanto, amigo, as guerras são produtos da incompreensão das mentes condicionadas pelos sistemas de pensamentos racionados. Se não fora isto tima verdade, tudo estaria melhor no eterno presente do homem, ni sociedade hodierna. Para compreender plenamente, é preciso ter a mente livre de todo o condicionamento, seja este científico ou filosófico, pois a verdade, a evidência não pertence a nenhuma categoria de ideologia. Ela é a vida mesma c não uma ilusão. Prepare-se o amigo, com a mente livre dc preconceitos, para compreender Krishnamurti, abrindo caminho no seu próprio subconciente, anulando ai o egoismo, os hábitos de inveja, de medo, de astucia; hábitos que produzem guerras, lutas, crueldades e que evitam o entendimento. Anule, embora por experiência, os vícios do seu velho e vaidoso sub-conciente, e nesse instante começará a compreender plenamente, não somente a Krishnamurti, o iluminado do nosso tempo, como a si próprio, sua própria vida. Não o adore porém, porque isto seria uma outra forma de ignorância, uma nova fonte de exploração.
GRIPE/ / RESFRIADO/ /^-~Z^\ NtVRALGIA/
O ARCADE MINEIRO CLÁUDIO MANOEL DA COSTA E A SUA VIDA AGITADA
DÔRE/ A CABEÇA
(Conclusão)
damente, conversando com o embaixador americano Jefferson, na Europa. Cláudio, como Gonzaga, segundo se supõe, eram inocentes, mas a sátira do primeiro contra os milicianos da época, sórdidos taverneiros, era a causa da sua condenação: daí o motivo porque pereceu enforcado dois dias depois, quando a chave do cárcere estava nas mãos do alferes Joaquim José Ferreira, da guarda do Vice-Rei-do-Brasil. Fora esganado por mão potente. Em seguida passaram-lhe ao pescoço uma liga, para dissimular o bárbaro assassinato. A perna que êle tinha apoiada a uma prateleira mostrava o esforço que o sexagenário poeta fizera para livrar-se do criminoso. E do lado direito da garganta havia uma contusão .provocada pelo dedo polegar do miserável algos. (Conclusão) Através da tradição, de família para família,soube-se de fato fora assassinado, segundo o depoimento do dr. Paracatú. 2) que Dissemos-lhe haver sempre dificuldade de entendimento entre Testemunho da época forneceu à Posteridade outra declaração: os que teem a compreensão desperta, e os que não a teem, c que momentos antes do assassinato de Cláudio Manoel da Costa a um homem desperto, seja êle poeta, escritor, inventor, artista ou guarda, que era de tropa regular, composta toda dc gente amiga, fora trocada, com geral espanto em Vila Rica, pois isso nunca político, nunca é compreendido no seu tempo, na sua hora; poracontecera. 3) tanto, a culpa da incompreensão não está no que entende, mas Não parou aí o ódio contra o grande poeta mineiro: os seus apenas nas mentes condicionadas pelo passado, pelas memórias bens foram confiscados, segundo a sentença da "Alçada", de velhas. Dissemos-lhe mais que esses a quem costumamos chamar cujo grupo fazia parte o sinistro Antônio Diniz da Cruz e Silva, de iluminados, não impõem idéias velhas a ninguém; explicam e fundador da Arcadia Lusitana. mostram o desvalor do que já passou para o homem, KrishnaApesar de solteiro Cláudio tinha uma companheira chamada murti afirmou que a verdade é eterna, está sempre presente. A Francisca Cardoso, que vivia em Vila Rica. Dela houvera duas verdade, o essencial, existe em todos os tempos, mesmo sem ser filhas: uma com 30 anos, de nome Francisca, casada com três ou aceita. Cristo, Tolstoi e Ghandi. por não terem sido compreendidos quatro filhos, e a quem dera o sítio do Fundão (o Covão das Cartas Chilenas) c mais três ou quatro escravos, A outra neta natural de Cláudio tinha apenas 11 _^^_^^^_/~^^^^_\\\\\\__r^^ • w* anos. Cuidado! Você está te intoxicandol Não era um devasso: •»'^T* i—Jk' —Am 11 \ amparara a sua filha. Défi* 4_____^___l_/ al^B fl \ Esta sensação de cansaço qua o toma os vazai, tf devido ra-lhe um dote. Ademais, aos tóxicos accumulados no organismo que lha envenenam o sangue. Elimina esse perigo tomando todas as manhãs o "Sal na época, quasi todos os de Frueto" Eno — de sobor agradarei a da effeito homens de conceito de revigorante. Eno limpa o systema intestinal, purifica o sangue, evita a somnolencia e a prisão cia ventre. Vila Rica tinham compaMas... lembre-se que só o Eno pónheiras. (^l de os resultados do Eno.
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E assim findou-se a vida do maior poeta brasileiro, legítimo orgulho da nossa inteligência. I
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QUEDA DOS CABELLOS
Trevo de Quatro Folhas...
JUVENTUDE
Entre as mais curiosas crenças populares, está a de que o trevo de quatro folhas traz felicidade. Foi a sua raridade que deu lugar a essa crença. A felicidade não é somente rara, é inconstante. Não haverá nisso uma lição... a de que devemos fundamentar os nossos sonhos e projetos sempre sobre as bases mais sólidas, dentro das possibilidades humanas? Essa lição tão sábia deve orientar todos os seus planos de futuro, relativos ao bem estar de sua família e ao encarreiramento de seus filhos. Proteja-os, desde já, contra qualquer eventualidade, através de um seguro de vida, seguro que poderá proporcionar-lhe, também, uma tranqüila aposentadoria. Informe-se sobre as sólidas garantias que lhe oferece a Sul America e sobre o tipo de seguro que mais lhe convém. Um agente da Sul America estará à sua disposição, sem compromisso de sua parte.
ALEXANDRE E ELA PERDOOU... (Conclusão) Foi então, quando êle se viu só. abandonado mulher que o pela graçára. atirado entre outros criminosos, dentro de uma prisão, que êle se lembrou de Maria Lv.cia. Escreveu-lhe pedindo-lh; que o socorresse, ao menos com uma palavra boa. a êle. execrado de to cs. Ela foi vê-lo na penitcr.c ária. Piocurcu tedos os meios para mirorarlhe o sofrimento moral. . . Aí é que ela fei idiota! Socorrer um tipo desses! Sujo diante da sociedade, ingrato e. . . Não! Ai c que Maria Lúcia começou a firmar-S2 com per-oagem real de um romance de amor que já não é muito comum! EI i continuou a desdobrar se cm atividades, pedindo à Justça revisão do processo, removendo todas as dificuldades. enfim, amparar.do-o Cíir.o lhe era possível farer. sem que nunca fizesse a menor a'.usão às ingratidões que dele sofr:ra. Venceu também, mais aquela bstalha. rbtendo, para o marido, a medida jurídica do livramento condicion?l. Jorge saiu da Penitenciária en-
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•*««-: Cia. Nacional de Seguros de Vida Fundada em 1895 1895 1'il.lT.h BUCB f"* *"**e.a1 ¦me, ¦T,
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ano. "> filho..
**'«</<,. velhecido e envergonhado. Viu o seu lar modestíssimo, mantido rc'o trabalho de Maria Lúcia, c.mo um recanto de paz e de honestidade. Viu os filhos sadios., embora, mas tristonhos e pobremente vestidos, como dois entesinhos sacrificados por falta de alegria e de sol, e numa das noites em que costumava visitar os filhos, enquanto Maria Lúcia se debruçava sobre a máquina de costura. de onde tirava o pão de cada dia. sozinha, sublimemente resgna-
CENTRO LOTERICO distribuo verdadeiras fortuna» eni bilhetas e apólices vendidos 'em seu balcão, 'nu TRAVESSA DO OUVIDOR, C
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da, êle não se conteve mais. Seu arrependimento explodiu em lágrimas e tomando as mal cuidadas mãos da pobre esposa, tão injustamente abandonada, pediu-lhe o perdão das ofensas, perdão de ter sido tão ingrato e egoísta. Ela mandou-o às favas, naturalmente! Bandido!... Não! O amor imorredeiro de Maria Lúcia falou mais alto do que o seu orgulho ferido, e... ela perdoou!. ..
Muna 'lantoaSiéco'*.
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O LAR, A MULHER E A CRIANÇA ÁLBUM
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