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célebre poeta O inglês que. no dizer de Chateaubriand. era dois homens, o da natureza e o do sistema, produziu, quando beiCABELLOS rava os 19 anos. um poema. Horas BRANCOS^ de ócio. E' ness* QUEDA poema que o autor citado manifesta o DOS seu lúgubre desejo. "Berço CABELLOS de minha teu meninice! Em seio suspiram os ramos já secos roçaALEXANDRE dos pela brisa que céu teu amenisa sem nuvens! Logar agora, onde, por sósinho; deambulo PU que, bastas ve:es. pisei, com aquêles que eu amava, Riscos de Bordar tua relva verde tão e macia... Quando o Artes Aplicadas enregedestino lar este peito, que devora; n febre houfado o quando adormeciver do meus penares e minhas paixões. .. QUE VERTIGEM/^-r-^ Aqui. onde meu coração palpitou, êle poderá descansar... e u dormir Possa espeminhas onde despertaram, ranças amortalhado na terra sobre a qual de;lizaram meus passos, e pranteado por aqueles que partilharam comigo minha adolescência, e esquecido do resto GRAflADO do Mundo!" recanto, O que lanto embeveceu o cantor de D. Juan. era o modesto cemitério de Harrow, e foi lá, à sombra de um ulmeiro, que êle bebeu inspiração para Horas dc ócio.
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Redagao Redação e Administraqao Administração RUA SENADOR DANTAS, 15 — 5.° 5." andar Caixa Postal, 880 — Tels. 22-9675 e 22-0745 Oficinas
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Não nos esqueçamos nunca de que somos cidadãos de um enigma formidável. <r
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saibamos quando e como acabaremos? Porque a morte será portante que a vida?
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Nosso único porvir é a Ela é nosso torrão natal.
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A saúde é a sala de esp.ra da doença e do destino. O passado reflete-se no futuro como o futuro se reflete no passado.
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Os mais belos contos de amor A terceira série de Os Mais Belos Contos de Amor. é em tudo digna das duas anteriores, que gozaram dc tanto favor do público, que esgotou suas primeiras edições. Neste floiilégio de narrações amorosns, o mais importante que até nossos dias já apareceu em lingua vernácula, contam-se já cerca de cem autores dos mais eminentes e rcpresentativos da literatura mundial. Como os anteriores, a terce ra série de Os Mais Belos Contos de Amor. foi objeto de esmerada tradução e de apresentação tã.T artistica como elegante, sendo a capa obra prima do pintor Orlando Mattos. Esta edição, que está constituindo um sucesso de livraria, foi lançada pela conceituada Editora Vecchi, do Rio de Janeiro.
Ronque mais baixo... O Dr. South, capelão de Jorge IV, rei da Inglaterra, estava a pregar na capela do paço re?l. Em meio à predica, r.otoj que os nobres dormiam; por certo cansados de ouvir o que não lh:s agradava... O capelão calouse. Depois, chamou, por três vezes. o conde de Landerdale que. acordando, se levantou. — Milord. — disse o capelão — perdôe-me se lhe interrompo o sono. Eu o faço para lhe pedir que ronque mais baixo, afim de impedir que S. Majestade acorde
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|>EVEMOS marcar com a pedra branca de **^ um ato meritório as datas felizes de nossa família. Que ato mais belo e mais útil que c:ncorrer para a alfabetização do nosso povo! Comemore o nascimento ou o batismo dc um filho, um aniversário, um noivado, um casamento na familia, mandando a esta redação um pequeno óbulo para a CRUZADA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
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IL II \V IR. O Jf IE A\ IUir€ IfcttJf RAUL DE AZEVEDO Nós podemos considerar Os 1'hihault. de Roger Martin du Gard, um dos maiores romances de todas as épocas. Foi premi" Nobel em 19.37. Os seus onze volumes, foram condensados em dois de oitoceni:is páginas cada um. Mas todos eles são lidos com um prazer sempre novo. Devemos 11" Livraria do sa benemerencia à tradicional Globo", de Porto Alegre. Acresce que a tradução da edição original francesa.. . Ha r.góra a doença de se falar mal da< traduções, sem exceções. Por haver algumas más. levianamente se generalisa, o que é um absurdo. Pois nós vamos elogiar, sem reservas, a versão honesta para o português do Sr. Casemiro Fernandes. E' um conhecedor • amplo dos dois idiomas, e está positivamente de par;<bens. Quanto aos Os Thibault é livro que não pode deixar de ser lido e figurar nas estantes selecionadas. O ?utor teve o premiu Nobel, o de literatura, " pela força artística com que no seu romance soube fixar os conflitos humanos e a rasão de ser da vida" E' um romance de verdade. O enredo é em polgante e sugestivo, o estilo claro e limpido. Tem fôrma e fundo. E' a própria Vida, cheia de defeitos e belezas. Ele fica, este romance de observação e a lado de Honoré Balz.'c. psicologia, lad"i com a sua "Comedia Humana". São diversos seres humanos que se movemRoger Martin du Gard nâo teve a preocupação de apresentar mulheres boas oa ,\ vida. homens maus. Ele fotografou E' o próprio Destino que se deacnrol: • " um dos Stefan Zweig disse dele que era humanos c literários documentos que poucos com toda a certeza hão de sobre-viver a nossa época". LTm conceito puro e exato.
O Autor do Eu vi isto acontecer na \o ruega, C. J. Hambro, livro que fez certo ruido, publicou A Conquista da Pa; cm
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"Coeditora Brasilica", bonita edição da Rio de Janeiro, 1944. Ele foi o Presidente da \ssembléa da liga das Nações e do Parlamento Norueguês . Tem autoridade. Carlos Joaquim Hambro estuda o apósguerra, e traça os caminhos futuros. E' um livro para depois da nossa Vitória, que vem aí. Itcrling North afirmou que o autor é um sábio, um guia ideal para os espirita que tatêam perguntando que espécie de numdo seremos depois da guerra. A obra traz um prefacio equilibrado e erudito do competente professor Dr. João Cabral, a quem felicitamos por essas páginas de bom senso. A Conquista da Paz é um livro forte, t do momento.
Kntre os melhores romances de aventuras i- esse de Margaret Armslrong, Vida e " Morte de Trelawny, poeta amoroso e espadachim. A edição é da Livraria do Globo, de Porto Alegre, 1944. É um romance histórico, e essa qualidade de literatura acaba não sendo nem romance nem bistória. Mas a vida deste aventureiro é deveras interessante e empolgante, e o certo é que se lê o livro com prazer. Trelawny foi uma figura da época, com muitos defeitos mas sempre com brilho. É uma vida fabulosa a desse homem. Figura de destaque do século XIX ele impressionou a Inglaterra daquele tempo. Era valente e corajoso, e embora esteja romanceada essa tua biografia, ha aqui e ali muita verdade. Foi ele quem procedeu a incineração do corpo Shelley, em Roma. Trelawny (oi companheiro de Byron. Morreu quasi aos 90 anos e foi sempre um homem forte e belo, fascinador de mulheres. Grande espadachim, era coraj inteligente, audaz. Uma figura ínolviAlveL O romance-biografia prende o leitor.
Eloy Pontes está na fila avançada — e aliás resumidissima — do? nossos critl os que podemos chamar de críticos. Eles nio chegam mesmo a fazer fila, porque talvez não passem de uns três. A época aurea da critica brasileira, os Silvio Romero, os Toai Veríssimo, oi Araripc Júnior, nos deixou «andades. Mas Eloy Pontes, além de lér os livTOI e anotá-los. tem cultura e independência. Diz verdades cruéis, c é um homem de boa fé. Não está apegado a seitas, e o seu honzonte é largo e sereno. Daí o seu último livro, A rida Contraaitória de Machado de Assis, da coleção
CUmentOt brasfleiroi" da Livraria José Olimpio. Rio de Janeiro — 1V44, estar sendo lido comi interesse. E' um largO ensaio critico ¦obre o Mestre do nosso romance. Ha 65 ilustrações fora do texto. Acompanha-se aqui a vida e a obra de Machado de Assis. Ha sobre esse escritor,
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uma grande biblioteca. Pois Eloy Pontes nos • oferece observações novas e conclusões que " impressionam. Afirma e bem, que Machado de Assis foi homem-tipo, espirito-indice. temperamento — expoente dum tempo d'um povo e duma raça, caldeada sem methodo, à lei do acaso, nas forjas da mais complexa e obscura promiscuidade. Eloy Pontes e*"á certo. O seu livro é digno do romancista.
Um dos escritores de maior cultura do Brasil é o senhor Ivan Lins. O seu livro que acabamos de lêr, .1 Idade Média. a Caralaria e as Crusadas, editado pela Epasa, é bem a afirmativa dessa opinião. Estilo claro e sóbrio cultura sólida, conclusões equilibradas. E* um humanista, na significação própria do vocábulo. Os clássicos lhe são inteiramente familiares. E' um nome que honra o Bnsil mental. E' um pensador. Nesta obra, já em segunda edição, prefaciada pelo ilustre acadêmico Afranio Peixoto. Trata-se duma série de conferências realisadas na Academia Brasileira de' Letras, —é e que fizeram época. Acrescentamos, concom critica, uma obra de filosefia, de clusões serias e honestas que muito honram o seu eminente autor.
Um original norte-americano, traduzido para o nosso idioma de Wilkie Colins, Womau in White. — A mulher de branco, romance. O autor foi contemporâneo de Dickens. em 1824 teve o seu nascimento. Diz-se que trabalhava de parceria com Dickens. O certo é que fôrma de enredo e estilo se parecem. Mulher de Branco é, no seu gênero, um romance que prende a atenção do leitor, embora o enorme tamanho do livro, tão cm moda. A narrativa é cheia de surpresas, e no prefacio da segunda edição, o autor diz "a lei" deste livro tem sido disque — cutida. desde sua publicação, por mais de um tribunal competente, e aceita como verdadeira". Obra de ficção, sim, mas verdadeiramente empolgante.
Ha livros que recebemos que valiam uma critica demorada, de páginas. Mas o espaço nos foge, e temos que nos limitar a algumas linhas a respeito, e outros apenas a uma referencia sobre o recebimento. Esta obra de Henry Thomas e Diana " I i e Thomas. edição da livraria do Globo" de Porto Alegre, intitulado Vidas de Estadistas Famosos, bem que reclamava um co mentário profundo. Discordamos muita vez dos autores, em alguns pontos, reconhecendo entretanto o ampio valor do livro. Ha aqui os perfil M mais diversos do Rei Salomão e de Mussolini, de Júlio César e Hitler , de Asoka e Guilherme II, de Augusto e a Rainha Vitória, de Cbnstantino e Napoleão, de Henrique Carlos Magno, Rublai Khan, VIII, Rainha Isabel, Montesuma, Ivan o V
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terrível, Catarina — a grande, Luiz XIV, Frederico — o grande. Enfim, as épocas as mais diversas. A tradução é de Lino Vallandro, e as ilustrações são de João Faria Vianna. Os autores focalizam as partes mais dramaticas desses dominadores, e o livro se torna nestes pontos muito interessante. ?
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João Lúcio, da Academia Mineira de Letras, nos manda um romance — Ponles & Cio. da Livraria Cultura Brasileira Ltda.". Ele é bem um novelista mineiro, regional. Ele sabe armar o enredo, e a sua fôrma é simples, o seu estilo correntio. Nada de rebuscamentos de frases. Já o Bom znver era um bom romance. Esses seus predicados se reafirmaram em Pontes âr Cia. E' um romancista cheio de sensibilidade. Uma outra edição da livraria do " Globo , de Porto alegre, 1944 — Letras da Proinicia, de Moysés Velhinho. São ensaios, e um dos melhores será de certo aquele sobre Alcides Maya, a expressão literaria e o sentido sociologico de sua óbra. Gostamos também dos estudos sobre Viana Moog e Erico Veríssimo. A poetisa e escritora senhorinha Stella Leonardos da Silva Lima é um caso curioso da nossa literatura. Muito moça, apareceu de momento, com um bom livro. Revelou-se grande poetisa e escritora, realisando uma óbra seria e uniforme. Deu-nos ha pouco Plama Sagrada. A sua trilogia biografica, — Marabá (Gonçalves Dias), Palmarcs (Castro Alves) e Rufa ao longe um tambor (Olavo Bilac) ficará nas nossas Letras. Passos na Areia, o seu livro de estréia está esgotado ;...c assim se formou a nossa raça, poema ciclico em versos heroicos e A graude visão, poema em alexandrinos (Bandeira de Antonio Raposo Tavares, são óbras que honram a sua autora. Sete livros publicados em tão pouco tempo! E a festejada intelectual já nos anuncia Celso e Mara, poema liricol Aqui a quantidade não prejudica a qualidade. Planta Sagrada tem inspiração e emoção. Dai esse seu teatro em alexandrino fazer vibrar. Sempre com o rumo histórico e da nacionalidade, Stella trata aqui da nossa inconfidência. O seu verso é claro e limpido, as suas rimas expontaneas. Ha formosos alexandrinos. Só temos aplausos para essa escritora que é uma vitoriosa, e que realisa uma óbra harmônica, que merece aplausos e já inspira respeito. De Venezuela recebemos um belo livro de Vicente Dávila, escritor e diplomata. Jaculatorias, em terceira edição. Escritor dos melhores das Américas, encontramos aqui páginas de rara sensibilidade. Escritor de estilo fórte e seguro, Vicente Dávila, com o pensamento sempre alto, é um psicolo8°, um pesquisador de almas, um desçobridor de corações um penetrador de espíritos. Mandamos desta coluna os nnísos paraben.» a Vicente Dávila, que tem i\na vasta biblioteca. O Sr. Luiz Saraiva de Menezes manda-nos um livro de presumidos versos, Os meus cantores. Positivamente detestável. Todos se recordam de Paulo Silva AraEra uma inteligência e uma cultura. v
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Poeta, medico, industrial farmacêutico, — " um santo que foi um sábio". Daí ter sido recebido com prazer o livro de Carlos da Silva Araújo sobre o morto querido que nos deixou tantas saudades. Contém o volume esboços biográficos bem traçados, — Paulo Araújo, poeta simbolista, conferencia pronunciada na Academia Carioca de Letras; Paulo Silva Araújo, industrial farmacêutico, palestra realisada na Associação Brasileira de Farmacêuticos, e o seu ultimo trabalho. Este volume é um preito de justiça ao notável brasileiro que, morto, há 25 anos, nãc é esquecido pelos seus amigos. Ele foi o fundador do conceituado Laboratorio Clinico Silva Araújo. Era um magnífico poeta, e deixou também muitos trabalhos de alto valor ciçntifico. Este é um livro bem feito que nos recorda o saudoso amigo. Getulio Vargas e a nova democracia brasi lei r a. Leopoldo Peres — Pensador e socio logo, com um nome feito, no País, êsse moço amazonense é uma das glórias da sua terra natal. Presidente do Conselho Administrativo do Estado do Amazonas, enfeixou cm folheto o seu memorável discurso proferido no Conselho Administrativo do Estado, a 19 de Abril de 1943. Foi divulgado agora pelo D. E. I. P. do Estado do extremoNorte. Lendo-se êste grande discurso, sente-se que estamos em frente dum moço de inteligência fórte e de rara cultura. O Snr. Leopoldo Péres, que é figura de destaque da Academia Amazonense de Letras — onde há valores marcantes como Adriano Jorge, Pericles Morais, um dos maiores críticos que o Brasil tem produzido, Huascar de Figueiredo, João Leda e outros, — tem estudado superiormente a obra do Sr. Getulio Vargas. Não se poderá mesmo hoje em dia se escrever sóbre o estadista que está lado a lado com Churchil, Roosevelt, Stalim, sem uma consulta aos seus livros e discursos, de alta psicologia, e observação aguda sóbre o Snr. Getulio Vargas. Êste discurso, por extmplo, é um verdadeiro ensaio sóbre o homem que, dirigindo-o felicita, e enobrece o Brasil. E' um ensaio sóbre a democracia brasileira. Declara, e certo, que o período getuliano ficará, na história do Brasil, como o de consolidação da unidade nacional. Está certíssimo o grande sociólogo amazonense. NOTA — Remessa de livros — 2 exemplares — para a rua Siqueira Campos, 29, ap. 301, Copacabana, Rio de Janeiro. Recebemos mais : Henri de Lanteuil dá-nos a Histoire Litteraire, dos ciclos, em dois volumes. A Livraria Francisco Alves publica-os, em edição cartonada. Uma ótima seleção de Malherbe, Ronsard, Montaigne, Racine, Bossuet, Pascal, Descartes, Moliére e La Fontaine e outros. Na segunda série ha papinas de Vitor Hugo. Chateaubriand, Lamartine, Balzac. Taine, Dumas, Lacordaire, Daudet e Valery, e mais alguns. A classificações são justas, e a obra de Henri de Lanteuil é uin grande auxdio para os estudantes, e para aqueles que estudam sempre. Ciências Naturais, 3.a série, ginásio, por Mario Foccini. Edit. F. Briguiet & Cia, Rio de Janeiro, 1944. História Geral, 1.° e 2.° volumes, Jonathas Serrano (História, Antiga, Medieval e Moderna e Contemporânea). Edit,—F. Briguiet & Cia, Rio de Janeiro, 1944. — 9 —
O momento constitucional brasileiro, discurso pronunciado na sessão solene de abertura da Conferencia dos Conselhos administrativos dos Estados, pelo Ministro Sr. Alexandre Marcondes Filho. Matemática, Ia e 2a série, Euclidcs Roxo, Roberto Peixoto, Haroldo da Cunha, Dacorso Netto, — Edit, Livraria Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1944. Encontro com o perigo, de Helen Mac Innes, foi lançado pela companhia Editora Nacional, São Paulo, 1944. A tradução é da Senhora Lygia Junqueira Smitts. Trata-se dum romance que se lê com agrado, movimentado. Os irmãos Karamasov, Flodor Dostoievski, Editora Vecchi, Rio de Janeiro, 194-4. E' uma tradução direta do russo, o que vale ?. pena assinalar. De todas as traduções que temos lido desse famoso livro, parece-nos que esta é a melhor e que apreendeu o pensamento do autor. O Brasil, sua terra c sua gente, Plínio Cavalcanti. — Conferencia realisada no Colégio Adventista Brasileiro, em São Paulo. Clovis Beviláqua, Revivendo o passado —XII — Figuras e Notas, 1892. Um passeio pela História do Brasil, quatro confercncias proferidas na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, pelo professor Américo Jacobina Lacombe. Inglaterra, minha Inglaterra, conferencia na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, por Mr. Francis Toje. ® Espetros da Intolerância, Fernando Levisky. Espumas, Cantimiro Barata — Versos. Irs. Pongetti Editores. Versos. Calculo Escolar, Renato Séneca Fleury — Edições Melhoramentos, Rio de Janeiro, 1944. Curso de Matematica, 3a série, Algacyr Munhoz Maeder, — Edições Melhoramentos, Rio de Janeiro, 1944. • Remessa de Livros — Redação d'0 MALHO — Rua Senador Dantas, 15 — 5.° andar — Rio — Brasil.
DESPERTE
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BILIS
FlGflDO DO SEU do seu fígado !uda Disposto para Tuda Cima Dlsposto E Saltari Saltará da Cama Seu figado fígado deve produzir diariaments bilis nao não corre lium litro de bilis. Se a bilij vremente, os alimentos nao são digeridoa não sao estômae apodrecem. Os gases incham o estdmaVocê Sobrevém a prisao go. Sobrevem prisão de ventre. Voci venenado. sente-se abatido e como que en envenenado. Tudo eé amargo e a vida eé um marurio. martírio. Uma simples evacuafao não tocara tocará a evacuação nao são causa. N'este Pílulas Carter sao Neste caso, as Pflulas extraordinariamente eficazes. Fazem corvocê sente-se disrer esse litro de bilis e voce contudo, São suaves c, contudo. posto para tudo. Sao especblmente especialmente indicadas para fazer a bilis Pílulas Carter. Peça as Pflulas vremente. Pefa correr lilivremente. 3,» fr^o- Cr $S 5,04 Nao Não aceite outro produto. produto, 1'r.^oO
MALHO
INVERNO
os frutos, os pássaros e os animais sofrem com estoicismo por tua causa, quando bafejas renitente com o teu hálito gelado a terra garrida. Inverno. . . tú vens aí, caduco e teimoso, fazendo as crianças fugir, os moços aborrecerem-se e os velhos queixarem-se amargamente de tua nefasta e denegrida inclemência. Inverno. . . tú te aproximas com a blasfêmia apavorante das procelas formidáveis, dos furacões terríveis e das ventanias devastadoras... como teu passado negro, o presente obscuro e o futuro completamente desconhecido! E todos os anos, infelizmente,. repetir-se-ào os teus ferinos castigos através do teu árido império. Mas ouvirás, também, as lamentações sem fim de todos os mortais, e verás braços erguidos que, de mãos postas, pedirão ciemência ao Criador durante os meses gélidos e implacavelmente maculados pela inveja anuviada que tens _a Primavera, a rainha augusta das estações e do amor.
Chegas triste, mono!... tono, de semblante empôado, éterINVERNO namente tristonho, que causas dó aos corações sensiveis e piedade às almas santas. Inverno... tú vens aí com a fis.onomia melancólica, carregando, no aiA JUDE-OS o ter organismo vssimo arminho das longas barbas seresistente ós doenças comcularss, segredos insondáveis que jámuns á infância. Dê-lhes a mais desaparecerão, porque o temEmulsão de Scott o remédioalimento que contem óleo de po impiedosamente os deixa molhados figado de bacol.hau combinacom as lágrimas sentidas daqueles que do com cálcio. E quatro veies foram imolados nas aflições das desdimais tacil de digerir, applicatas inevitáveis. do a todas as estações do anno. O vidro grande é muito Inverno... tú vens ai com o ar domais econômico. r\ loridamente amortecido numa tristeza _Ü*V"_ imensa, porque os corações quando esPiri jiuprottqio, vt|l m_____k\ h« esta marca no se tào confrangidos vêem as amarguras vidro e no envoltório. alheias muito tristes e matizadas de roxo. EmULSÕD DE SCOTT Inverno... tú vens ai, no teu imlonico dos oeracõe. pi essionante porte de velhinho tacteante, taciturno, trazendo um que de interrogaçào contra ti mesmo... ir.terrogando os olhos cansados de chorar R. C. por verem no mundo indecifrável, sombras bem ocultas. Inverno. . . tú vens ai com 'Írír.-Vi» ,__0!">>rP!5to_-_ *iuf3&íVfBr' a tua figura espectral e livida, como se fosses o capitulo tétricamente lúgubre de uma névoa eterna a querer enregelar ST* sro mundo para sempre. JSAuSs f£jBE£L\•*••" Inverno. .. tú vens ai, com o todo macilento e macerado que possues, espalhando o frio A PERSEVERANÇA SALVARA • Os títulos de Kosmos facilitam a r^____ tiritante da neve sobre os pn\ constituição de um A LIBERDADE DO MUNDO I bres desagasalhados que socapttat, dentro de de um prazo máximo resignação frem com uma certo antecipável Job, as tuas injustas torturas. DORQUE não desistiram nos momentos jjor soneto» menInverno. . . tú vens a', sais, assegurando mais difíceis, porque perseveraram semainda o direito d impenitente e recalcitrante. as Nações Unidas já vislumbram nos pre, coparttcipaçdo de horizontes os primeiros albores da vitória. numa missão inglória, osculanlucros, empréstimos e resgatei gaPerseverando sempre, o Snr. constituirá com do amargamente os grandes rantido*. títulos de Kosmos Capitalização S/A., um e pequenos artistas que nunca sólido pecúlio para o futuro, te apreciaram porque aprisiotransformando pequenas quannaste, como Satan enclausura tias em somas consideráveis. inebriante o amor, o perfume das flores e a beleza primaveril da vida cheia de gorgeios CAPITAL SUBSUtTO. CRS 2.000 000,00 maviósos. CAPITAL REALIZADO: CEJ 800.000,00 vens ai, Inverno... tú RES. DE GARANTIA: mais de CRS 10.500 000,00 numa imortalidade CAPITALIZAÇÃO S.A * pecaminosa, e as árvores, as flores,
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\ tua turbulenta travessura Faz-me ;i ilrna recuar a tal listnncia. (Jue creio ainda desfrutar na infância Do ;ne! da vida a singular doçura. ¦ssssV^sK/^J
A tua vida assim se me afigura : — Vergel de rosas de ideal 'ragrância No >iual vôa, roni gráril elegância, A ilcgria :tas asas fla ventura
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Mavioso sabiá saudando a aurora Os uns s te an s fulgurantes Da vida. Saci sete estrófei de amplidão sonora; — Sete estrõfej de límpida harmonia Antecipando as horas triunfant.s Do teu formoso e himinos dia. .''O -
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os mais célebres viajantes do mundo está, "scheik" em Tanger. sem dúvida, Hn-Batuta, ENTRE Viajando para investigar até que pontos do mundo se estendia o Islanismo, correu, toda a Ásia meridional, a África setentrional e as regiões meditarrâneas, muitas vezes exercendo missões diplomáticas delicadíssimas, entre povos fanáticos e junto a monarcas absolutos. E dizem que de tais artes sempre se saia airosamente. graças a fervorosas orações. Em Ceilão, chegou mesmo a venerar certos vestígios tidos como de Adão e Eva. Visitava em toda parte os logares em que se celebravam tradições sagradas, e todos os santuários e túmulos dos imans. Entretanto, na narração das suas viagens, publi cadas em três volumes, em Paris (1853-4). secundo manuscrito do próprio Hn-Batuta encontrado em Stambul, constam coisas que parecem excessivamente e>.a-
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ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFQCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PODE SER COMBATIDA USANDO
geradas. Diz, por exemplo, que viu no Golfo Pérsico, uma cabeça de peixe com as dimensões de um monte, cujos olhos eram como duas portas, podendo-se entrar por uma e sair pela outra! "Cinco MonNum país. que êle denomina das inteira, deiuma cidade viu desfilar tanhas", diz que xando as casas atraz de si longos rastros de fumo. motivo que talvez tenha inspirado Júlio Vernc ao es"A casa a vapor". Também diz Hn-Batuta, crever "oghis". quz que. a caminho da China, encontrou as viviam sem comer e matavam com o olhar!?
Não oceite substituto. Exija o noi-e"CAMARGO MENDES".
XAHQPE ANTI ASMATICO
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GRIPE/ / /-""" RESFRIADO/ NEVRALGIA/
Diz ainda Batuta ter ouvido citar na China as muralhas ou montanhas de Og e Magog. às quais alude a Bíblia, talvez por ouvir falar na Grande Muralha da China, até onde não foi o viajante. De qualquer modo não se pode contestar a HnBatuta o titulo de grande viajante, mas também po"bademos dizer que, na imaginação, êle era um tuta". . .
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O Testamento da Snra. Shaw irrita os Irlandeses
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Sra. George Bernard Shaw recentemente anunA ciou um legado de $400.000 para o reerguimento dos irlandeses, particularmente para corrigir o que "timidez e conversação inarticulaela chamou a sua da", e isso criou uma tempestade • de discussões jamais vista. Desde a atmosfera de guerra das tavernas de O' Connel Street até Greenpoint em Brooklyn, os homens da velha Irlanda e seus descendentes muito tiveram que falar a respeito. Esquisito é que a reação no Eire demonstrou em geral mais bom humer e tolerância do que entre os irlandeses transplan*acos para os EE.UU.. Estudantes de Dublin pareceram concordar em que a doação era boa para a Irlanda. Não foi essa a opinião na América do Norte. Con"Prova de perversidade feminina". sideraram-na "O velho George B. S., êle próprio, não teiia ousado escrevê-lo." "Os irlandesas O Rev. Joseph J. L_>nch disse: sempre prestaram a máxima atenção à vontade de Deus, mas não estão dispostos a prestar muita atenção ã vontade da Sra. G. Bernard Shaw". Toram Charles F. Connolly, editor, observou: os irlandeses que ensinaram os bons costumes ingleies e o cristianismo, quando os ingleses ainda eram selvagens". Mr. McGurrin recordou que G. B. S.. esp so "envinagrada", "era inclinado à beligeda testadora rância e violência oral já na meia idade, e isso não é consoante com boas maneiras". Quanto à vontade da Sra. Shaw, de corrigir a tmidez irlandesa, disse "Cosmo Hamilton certa vez contou-me que êle: G. B. S.. na sua juventude, era um dos mais tímidos irlandeses que êle conhecera. E que Shaw admitiia parecer desfalecer quando convidado a uma simples reuniãozinha em casa de William Morris, o Sócialista". através de tudo Em Londres G. B. S. manteve "Não isso uma calma extraordinária. precisam estar a me perguntar sobre a atitude da Sra. Shaw relativamente à Irlanda — .disse êle aos reporters. Não me perguntem nada. Consultem o seu espirito".
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Memória
Nasci em Pão de Açúcar, Alagoas, de um par cuja lembrança me enternece. Lá vejo o rio, vejo umas coroas que vão crescendo enquanto a estiada cresce.
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Ouço as modinhas, no barco teu que o Lembro a rendeira, Trocando os bilros,
produto é um taxativo todas as idades.
para Siga o meu conselho
suave
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Ángelus... Tange o sino lentamente. Ainda sinto a poesia da saudade num ar que empolga o espírito da gente.
ú^minORATJVAS coniRp n prisão
zingadcr, que entoas São Francisco desce. a modo numa prece, mastigando loas.
Alva... Chove ouro, tudo colorindo. Despertam aves mil com alacridade entre os ramos de velho tamarindo.
O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse
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LAGRIMAS
no município de Casa Branca, um lugar EXISTE denominado COCAIS, onde vivem, alimentadas pela esperança de um dia voltar ao convívio sociai, quasi duas mil criaturas de ambos os sexos e de todas as idades. Muitas delas presas ao leito em amplas enfermarias; outras completamente abandonadas pelos parentes e pelos amigos de outróra. A vida sempre teve desses contrastes dolorosos e inevitáveis. Enquanto uns são acariciados pela fortuna, vivendo dias despreocupados, sem avaliar, siquer, o quanto vale a saúde que lhes assegura a felicidade, outros se contorcem em dores, derrama ido lágrimas e suplicando uma palavra bemfazeja e de consolo; esperando, anciosamente, uma dádiva generosa que lhes atenue o sofrimento. COCAIS é bem a CIDADE das LAGRIMAS. Para suavizá-las não pedimos muito. Basta que os mais afortunados se lembrem do suplício dessa pobre gente e enviem modesto auxilio monetário ou em espécie para os que, condenados sem culpa e sacrificados para o bem da raça, tiveram, no dizer feliz de d. Eunice Weaver, a bravura de renunciar a tudo na vida, isolando-se da sociedade. Já dissemos e repetimos que nossa pátria é grande mas a gênerosidade de seus filhos é maior. A Caixa Beneficente de Cocais recebe donativos e os emprega em assistência aos enfermos indigentes, crianças e acamados. Ajudem essa bela missão e concorram para o maior bem do Brasil. Essa fraternal assistência tornará o tormento dos pobres hansenianos menos pesado, aquecendo, na chama sagrada da caridade, os seus corações órfãos de carinho. MANDE SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CAIXA BENEFICENTE — CAIXA POSTAL, 9 — CASA BRANCA — SÀO PAULO. V
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Revestiu-se de especial solenidade a inauguração do Banco Auxiliar da Produção, instalado em pleno centro comercial e bancário, à Travessa do Ouvidor 12. Nomes de acen'uida projeção não só nos círculos sociais como industriais e financeiros dirigem esse novo estabelecimento, tais como os Srs. José Pires Rebello, Hugo Carneiro e Lafayette Gomes Ribeiro. — E' dessa solenidade o ZApecto que aqui reproduzimos.
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Getulio Vargas aumendc as simpatias que desfruta o Cheio da Nação Brasileira entre os trabalhadores. A legislação social que decretou e na qu^l íc enfeixam as mais altas conquistas em favor da tam
proletariado tornou o seu nome benemérito em todos os lares pobres do pais, mas o s:u bom humor, o seu sorriso franco e a naturalidade com que se aproxima da g^nte mais humilde, conversando sobre assuntos que são do interesse e da compreensão d; todos é que fi.-eram enorme a popularidade do chefe do governo brasileiro no meio das classes s:m fortuna.
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DOS TRABALHADORES geito dc conversai com os trabalhadores que ze lh: aproximam e confiantes nunca mais esquecem êss: momento. A reportagem fotográfica apresenta a'guns Ilagrantes assinalando o bom entendimento e simpatia i:inantes entre o Chefe dc Governo e as massas trabalhadoras do país.
O Presidente da República interessa-se pelo trabalhador e seus filhos.
O C.Vie/c do Governo no meio de trabalhadores, com o filhinho nos braços.
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e qualquer ação gc.crnamental que vise impor suas TOUA próprias idéias à mas ;a dos governados é, em princíp o odiosa. Nenhum homem que se prése de o ser aceita o modo de pensar de um seu semelhante porque este se ju'gue seu superior intelectual ou moralmente e exerça uma função de mando. E' contra essa monstruosidade que, no mem nto, e de armas na mão há quasi cin:o anos, se batem, em luta de mo te ai conciéncias livres do mundo. So mente é admissív 1, no governo des homens pelos homens, a fixação de regras c métodos que possam assegurar o bem estar e a felicidade da comunidade. E assunto que parece, à primeira vista, difícil por conplexo, eno.tra integral solução nos singelos preceitos que regem a noção primária do bem e do mal. A missão dos governos que se propõem a tornar o povo feliz, será, observada a preliminar do sentido democrático, apresentar o sistema que elegeu como o melhor para atingir àquela alta finalidade, de monstiando em debate livre, sua excelência e os infalíveis bons resultados que produzirá. A falsa interpretação, como a falsa compreensão. podem originar entre os menos cultos que formam, mesmo no; paises de civilização antiga, as maiorias nacionais, sentimentos d" repulsa e oposição. Uma propaganda inteligentemente dirigida se faz mister. Convencer deve ser c empenho do governo, se o impele c bem do povo. A imposição é viu lência que cedo ou tarde produzirá amargos frutos. A política social do governo Getúlio Vargas anda por ai mui.o m«:i compreendida. Não podem ser pesO
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tos em dúvida seus altos intuitos beneficiadores. Não é dispautério. afirmar que, aplicada firmeme.ite * explorados todos os desenvolvi mentos que comporta, substitue-se ao comunismo que, no seu primilivo aspecto radical, nada mais era que a reação do desespero. Alcontaremos uma situação de razowci equilíbrio entre o trabalho e o capitai e, consequentemente, um estado de satisfação geral, logo que em extensão e profund dade. o r: gime social criado peio Estad * Novo agora Estado Nacional. Impere sem vacilações c alue em todas as suas múltiplas direções. Isso precisa ser exp'irado a" vivo não só aos dirigidos — o povo — como até a dirigentes — entidades que até agora não teem uma noção integral e exata das íiovas leis c preceitos e, o que c mais, do novo clima. A melhoi propaganda é a que é feita pala imagem e, a nosso ver, c teatro e o cinema, se possuíssemos este. podiam prestar a expansão da pc iítica social que inauguramos,, ex celentes serviços. Cabe ao governo incent^r as iniciativas nesse sentido. Deve s:i criado, quanto antes, um teatro para operários e para as massas trabalhadoras, onde se exponham os problemas da vida pro'etária e se apresentem soluções satisfatóriatodas, mais ou menes, cempendiadas já nas leis sociais promulgadas. E' vasto, vastiss mo o campo a explorar. Nossos autores em vez de produzir chanchadas ou as éternas comédias em torno das infidelidades conjugais, tendo a certeza de remuneração compensadora, encontrariam, estudando o meio. assunto para peças interessantíssimas, — 22 —
porque humanas e rudemente vividas. Elencos razoavelmente capazes — não há necessidade de grandes nomes — representa.iam para trabalhadores e operrios, e suas famílias, em teatros e cinemas com palco e até em salas de espetác Io improvisadas, por todo o pais. o repertório especializado, em qje, claramente, cada proletário sentisse quais os seus direitos — aquilo que possa reivindicar como legiiimo d reito seu para aumento do s u bem estar e da sua gente, e, também, quais os seus deveres para com a tt rra em que nasceu e para com a comunidade, colaborando, p r sua vez, na grande obra da fJcidid: de todos. Nem só esse aspecto, porém, deve ser considerdo: há um outro não menos relevante, o da difusão da cultura e da incentivação do gosto pela arte e pelas htros. E não seria de admirar que da massa de trabalhadores saíssem escritores c atores que viessem enriquecer o meio teatral brasileiro, insuf andolhe novas idéias. Melhor que o jornal, melhor que o livio, melhor que o rádio, que repetindo tropos de propaganda são necessariamente fastidiosos, o teatro. criador de emoções ao vivo. despertando interesse sempre, é o elemento por excelência que pode apoiar o governo na meritóra obra que empreendeu, de resolver no Brasil, satisfatória e pacificamente, a velha questão que através do3 séculos tem ensangüentado povos c nações: a cada um conforme os seus méritos, mas a todos o direito de viver com prazer e alegria — uma casa para morar, alimento abundante e sadip c com que se vestir com decência. V
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Primeiro de Maio era, ha poucos anos, um dia de intranqüilidade geral.- era essa a data escolhida pelos perturbadores da ordem paro a pratica de atentados e proclamações subversivas. O Presidente Getulio Vargas alterou esse panorama.
Com a sua política em favor do operário nacional, o dia 1." de Maio transformou-se numa data de júbilo civico, de que é testemunho expressivo o flagronte desta página, apanhado em uma das manifestações dos trabalhadores brasileiros ao governo nacional.
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fatos esses que só serviram para agravar os terríveis dilemas criados pelas condições da civilização moderna e pela insaciabilidadc ii"s tentáculos do polvo capitalista.
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Acontecimento de tal natureza não poderia deixar de se refletir pr: fundamente na vida do Brasil, tanto pela influência dos fatos nas transformações econômicas do mundo como ainda pela projeção do nosso país entre as nações mais civilizadas da atualidade. cm seu parque industrial em franco desenvolvimento e seu comércio dc grande importância na economia moderna. Houve, entretanto, preferência do entendimento pacífico, em que o Estado desempenhou um papel ínterferente e mediador entre as classes, a- soluções violentas verificadas em outras nações. Não é o que proletariado brasileiro permanecesse alheio às aspirações e rei"indicações trabalhistas do mundo inteiro, na atitude passiva e conformada de quem espera o c volver natural das coisas. Houve arreginr t'tação de esforços, c operação de inic:ativas e maniíestações da vontade coletiva. Mas houve, também, como que para evitar que se registrasse em nosso pais aquele cortejo trágico de latos que abalaram a civilização contemporânea, uma atitude .!¦• compreensão pelo Estado, que se erigiu providencialmente em defesa dos intíresses elas duas classes, e o sentido de cooperação das classes conservadoras, que ná i impuseram reação sistemática âs conquistas de um Direito que dia a dia ganhava terreno e.itre os povos civilizados. í. verdade que esse sentido de cope ração se manifestou, por várias vezes, sob reservas, criando focos e!c reação, aqui e acolá, por parte de patrões que não puderam compreender que as vantagens da s;lução dos problemas fundam ntais das chsses opera-
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mentalidade do século atual k caracteriza. em grande parte, peA los movimentos de reivindicação das classes trabalhadoras, gerando conflitos de cultura que assinalam as etlpas de um direit i BOTO. Essa nv.ntalidade pode ser compreendida, por assim dizer, como pro luto dos dilemas em <|ue se encontram o capital e o trabalho, o empregado e o empregador, o homem e a máquina, emfim, todas essas forças sociais que, traindo o seu sentido de mútua cooperação como principio de subsistência reciproca, geraram os grandes de«ajustamentos que deram lugar às linhas fundamentais de uma profunda revolução na estrutura econômica do mundo. O pr blema teve repercussão em todo o mundo, passando dos centros de produção industrial para os d. debate das idéias, a I_nio de provocar a ação dos ihternacionalistas. Desde üs congressos de Berlim, de 1890, de Berna, de 190S, 190. e 1913 qne sc tem procurado dar novas regulamentações e normas ao trabalho, na formação 'de um Direito que pouco a pouco se foi consubstanciando e se emancipando. Finalmente, pelo Tratado de Versai!i-s. de igig, foi delineado um programa que seria executa'.o, '.nais tarde, jiela "Repartição Internacional do Trabalho", fundada cm Genebra, à qual se devem inúmeras convenções e medidas de Extraordinária influência nas legislações internas.
A COLABORAÇÃO DAS CLASSES CONSERVADORAS NA REFORMA TRABALHISTA
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rias dizia também respeito aos seus interesses, à eficiência de sttas equipes, â valorização de seus produtos, ao prestígio do próprio capital e da máquina, coma auxiliares do homem e não como fatores de desordem e destruição social. A justiça manda proclamar, em alto e bom som, apesar desses focos de resistência âs medidas consideradas então como avançadas c revolucionárias pelo seu aspecto reconstrutivo, a bôa vontade das classes c oservadoras para que seus empregados participassem, como pioneiros, dos beneficio» e direitos recomendados pela Repartição Internacional do Trabalho. E não é dc mais dizer, mais uma vez. que várias medidas que em outros paises foram conquistadas com sangue e sacrifícios materiais c morais, foram no Iirasil alcançadas l",r entendimento pacifico, com o beneplácito daquelas classes que jamais fecharam o seu campo de cooopcraçá > à grandesa e ao progrecto do Brasil. Ainda mais. com os lideTS que estão hoje â frente elos intecomércio do Rio de Janeiro, as classes conservadores i-tão perfeitamente identificadas com o Governo no estudo de no\os problemas e ttlg.stões, visando a elevação do nivel intelectual E capacidade teVnica dos empregados, ,,-u treinamento intensivo. assistência social e recreativa, alimentação racional e a baixo préço. etc. 1-.. com a bôa vontade, há pouco demonstrada no que eliz respeito aos lucros extraortlinários, em que mais uma vez afirmon o sentido ile cooperação dis comerciantes e industriais do Ki i de Jan iro. poderá mesmo se Compreender a soma dos novos benefícios como uma forma de participação nos lucros, para que 0 bem estar. | saúde e o conforto nto fiquem restritos a uma miiioria. como antigamente, mas si- generalizem a > maior número de lares, dentro das principais funções do Estado de bem servir e prestar serviços â coletividade. Com essa compreensão e disposicã i de trabalho, as associações do comércio e da indústria se colocam â frente de duas class. s, não apenas como mediaeloras, mas como orientadoras de iniciativas e sugestões, para que o Estado Brasileiro encotlter campo favorável âs medidas sociais rom 'pie eiá uma nova estrutura econômica á civilização nacional.
A revolução industrial, que começou, por assim dizer, com a utilizaçâ , do primeiro tear mecânico, deu lugar à formação de uma classe que prindpia a OOSOrver, á medida que as fabril foram multiplicand ) pelo mundo, populações de diversas -0021 rurais, fávorencendo " .urgmento de cidades com características próprias, não so i>cla natureza de seus habitantes como também ;_la peculiaridade de seus problemas. Aumentaram, desse modoi M reivindicações d i proletariado, que de há muito já se vinha arregimentando contra os patrões. l'or isto mesmo, a história d i Direito Social, embora nova. fez-se através de lutas, de greves e movim.nt s de sindicalizaçá.. criando problemas para os quais os governos contemplativos, apegados aos íctiehes do liberalismo clássk . não podiam impor as soluções adequadas, lira crônica dos tempos, em diversos paises dos mais civilizados do mundo contemporàneo, registra a série de fatos que C nstituem os marcos da evolução desse 1 'ir. iti»: revoluções; massacres; paralizações da produção; dispensa mi massa de operários tublevados; organiza"trastes" c "cartéis"; desajustamentos de toda ordem; cão de O
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TRABALHO do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio o Presidente Vargas realizou uma das ATRAVÉS maiores obras políticas de sua orientação nacional, derimindo uma questão social que inevitavelmente haveria de arrastar o país a uma luta de sombrias perspectivas. Vitoriosa a revolução de outubro, as forças nacionais, trabalhadas por doutrinações estrangeiras, pendiam a levar o país, à implantação de um regime em desacordo com as suas tradiçõesL O móvel do conflito repousava na precária situação do trabalhador nacional. Lentamente, a golpes de atilada compreensão política, o Presidente Getúlio Vargas, através do Ministério do Trabalho, impôs ao Brasil uma legislação trabalhista que, inspirada nos mais humanitários principios, trouxe ao operariado as garantias de subsistências que se tornaram indispensáveis à tranqüilidade brasileira. A ordem, estabelecida como conseqüência natural dessas providéncias legislativas, não atendeu apenas a uma situação de segurança interna. Foi mais adiante. E possibilitou ao Brasil, como corolário daquelas garantias, um impulso de trabalho de tal natureza que em poucos anos possibilitou a transformação de um país agrícola numa potência industrial. E' essa a verdadeira significação do Ministério do Trabalho, Indúrtria e Comércio.
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política social iniciada pelo Presidente Getúlio Vargas desde 1930, quando assumiu o poder, foi um verdadeiro movimento de redenção para os trabalhadores brasileiros. Essa política não se limitou a conceder férias, pensões, aposentadorias: deu assistência e amparo ao trabalhador. E, a prova, temo-la na sinceridade das palavras de un operário que procuramos ouvi-lo em seu próprio lar, perante as pessoas de sua família que, fez questão de ressaltar sua imensa gratidão, como também de sua família, à obra sociai do Estado Nacional. UM LAR DE FELICIDADE Na residência do sr. Isauro de Lucca, operário, com 35 anos profissional na indústria de calçados, localizado à rua da Alegria, 1.280, encontrámos, de surpreza, na hora da refeição cercado de pessoas da familia: esposa, D. Maria Alves de Lucca, operária tecelã; filho mais velho, Vicente de Lucca, soldado do Exército; Isauro de Lucca Filho, operário; Ruth de Lucca, operária, inclusive uma nora e futuro genro. Dada a nossa qualidade de representante de "O Malho" e a nossa intenção de entrevistá-lo, o sr. Isauro de Lucca, gentilmente, de momento procurou esquivar-se alegando ser um humilde operário, sem projeção na classe e rnesmo alheio ao próprio movimento sindical, apesar de ser jsócio do sindicato dos trabalhadores em calçados. Vivia feliz, como poderíamos verificar, em seu lar, sem ambições, pois, amparado pelas leis e zeloso nos deveres de cidadão, considerava o seu lar um lar de felicidade — pois, com 25 anos de casado, seus filhos emancipados, sentiam-se ainda crianças em não abandonar o lar paterno. E para provar, apresentou-nos a esposa do filho mais moço, que considerava-a uma nova filha integrada no seio de sua família. Lamentounos que sua filha mais velha, casaMALHO
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CARIOCA
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O operário Isauro de Lucca e sua família, quando era entrevistado pelo "O Malho".
da, operária, com o netinho no momento não estivesse presente, pois, nossa visita foi de surpreza e honrosa. Devo ao Presidente Getúlio Vargas a minha felicidade. Iniciando a sua apresentação das pessoas da família, o sr. Isauro de Lucca teve oportunidade de declarar: "Esta residência com o modesto conforto que possúe, devo-a à bondade do Presidente Vargas. Sou o primeiro operário que veio habitar na rua da Alegria em casa consiruida por um órgão oficial de assistência social. Desde 1935 que aqui estou, em meu próprio lar, graças à política de amparo do Estado Nacional. Foi em 1934, quando o então Instituto de Previdência iniciou a construção do bairro operário de Benfica que, pelo meu sindicato habilitei-me na aquisição desta residência. Assinei o contrato no Tabelião Penafiel e, no mesmo dia 15 passei a residir no meu próprio lar. Como poderá verificar, o nosso lar é suficiente e confortável para minha família. Amplas salas, quartos, jardim e quintal como poderá vêr, estão suficientemente ainda conservados. A posse de uma propriedade que deixarei a meus filhos, cujo preço foi de Cr$ 21.000,00, com juros da tabela Price, no prazo de 15 anos, estando incluído, impostos, seguro e saneamento, posso garantir que foi um presente do amparo social do Estado Nacional. Quero aqui frisar, que em 1940, estive desempregado durante 11 meses e as prestações de amortizações no Instituto de Previdência e Assistência dos Servi 1ores paguei-as sem juros, graças à bondade e alta compreensão humanitária dos zelosos funcionários dêsse organismo de previdência social. Pelo contrato, o atrazo de uma prestação, naturalmente, implicaria na perda do imóvel, mas, a situação em que não fui culpado, chegada ao conhecimantos dos diretores do IPASE, não alterou minha já úeçesperadora 26 —
aflição de chefe de família desempregado. Como poderá vêr, Sr. redator aqui estão os resultados da nossa economia amparada pelo Estado Nacional. Eis o motivo que tenho na minha modesta sala de visita o retrato do Presidente Varças, não por oartidarismo político e sim pela gratidão que muito devo à sua política de amparo social'". O amparo social à família operária Procurámos ouvir a esposa do operário Isauro de Lujca, operária da Fábrica de Tecidos Esperança, Companheira dedicada, mãe extremosa, D. Maria Alves de Lucca, modesta, alheia às futilidades mundanas, é a figura bem representativa de uma excelente operária e uma bôa esposa. Em poucas palavras ela referindo-se o que sabe io amparo sociai do Estado Nacional disse: "O meu marido já disse o bastante. Eu quero afirmar oue, depois da revolução de 1930, nós, mulheres operárias, muito devemos ao grande Presidente Vargas e, como mães à excelsa Madame Vargas. Para nós operárias, o casal Vargas representa a bondade e a ternura: símbolos de virtude da família brasileira. Quando foram instituídos os Institutos, certo ciamôr surgiu no seio dos trabalhadores, aliás, injustificável e perdoavel peia incompreensão ao amparo sociai. Agora que os organismos de assistência social estão em plena função é que podemos avaliar os beneficios que estamos auferindo. Hoje, a família operária, com o amparo do Estado Nacional se sente feliz, mesmo na atual situação que o mundo atravesso, pois, sc não fossem os amparos que recebemos do Estado Nacional a situação da família operária estaria em oompleta miséria. E' bem verdade que existem alguns descontentes E' natural. Mas, o que o Estado Nacional já realisou representa unia conquista valiosa do operário brasileiro". V
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Amazonas é hoje uma região que se redime pelo res de operários da selva, antes de sua ida para a O trabalho incansável de todos aqueles lidadores formidável oficina da floresta amazônica. Em Maempenhados na grandiosa batalha de produção naus ergueu-se a Hospedaria da Ponta Pelada, com que se trava no Vale maravilhoso. Uma febril ativiuma capacidade para 2.500 homens. Pelo interior, a dade mobiliza os braços e os espíritos. Há milhões SAVA fez construir mais 7 desses tabelecimentos: de heveas a ser sangradas para a vitória. A selva Borba. Coari. Carauarí, Eirunepé, Bènjamin Consexige mais trabalhadores. Os poderes públicos estão tant. Fonte Boa e Lábrea. O Departamento Nacional canalizando uma numerosa caudal humana para apreende Imigação, por seu lado, colaborando na mesma der da floresta os obra gigantesca, erseus segredos, extambém em gueu. trair dela uma riManaus, a HospedaO Diretcr do Fomento Agriccla Estadual ensina o "corte" q u e z a incalculável, ria d o Pensador, da c?rivgueir:i construir entre árvoabrigar as fapara res e águas o Bramílias que se destisil. A a princípio nam aos seringais. massa dos imigrantes Creada a Comis. mm \W I tra distribuída pela são Administrativa Superintendência do de Encaminhamento Vale Amazônico, dede Trabalhadores papois de recrutada e ra a Amazônia, neconduzida pelo Sergociando o recente viço Especial de Moacordo suplementar bilização de Trabasobre a borracha, reIhadores a para traindo-se o campo Amazônia. Para um de operações da estágio de adaptação Rubber D^velopment e controle, foram Corporation agência construídas grandes oficial do governo nospedarias, americano para a que abrigam milhaexecução na AmazôV — l 9 4 4 - 37 -
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Os "soldados da produção" numa concentração em Manáos.
dos segredos da mata, que só os sofrimentos e o perigo ensinam, sensivelmente aumentará a prcdução. Enquanto isso os seringueiros veteranos cruzam as estradas, reabrem-nas, mergulham no fascínio da Hileia. na colheita do látex precioso, realizando um destino radioso de bandeirantes. Compreendendo o valor de seu trabalho, entendido nuckarment' "esforço como um legitimo de o Comandante 8." Reda guerra", gião Militar autorizou que todos os cidadãos empregados no comércio e na produção da borracha, porque estão prestando um como dever mi"de litar. devem ser considerados convocação adiada". Isso possibilitou a muitos reservistas entregarse às lides de preparação da goma elástica. CRISE
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ESCOLA PARA GUEIROS
A sedução irresistível dos seringais atraiu quasi todos os proletários urbanos. Manaus passou e ainda passa por uma crise de braços de mão de obra: Todos querem empregar capitais em construções urbanas; não há operários especialistas em número suficiente. O próprio Governo vê-se cerceado nos seus empreendimentos de grande envergadura, pelo mesmo motivo. Faltaram braços para os simples e pequenos transportes urbanos. Os meninos substituíram os adultos. Até o serviço de estiva ressentiuse. Soldados da borracha, cm trânsito c cm pouso nas Hospedadas.
O acampamente des novos soldados da borracha, na PontaPelada, local próximo de Manáos.
SERIN-
Interventoria a Manaus, Em creou uma Escola de Seringueiros "José Cláudio de Mesquita", com a finalidade de adextrar os futuros operários da selva nas técnicas elementares e típicas da produção. Assim credenciava-se ao novo seringueiro uma habilitação prévia para o ofício. E no dia em que todos os povoadores alienigeras agora introduzidos souberam O
BRAÇOS
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nia do Acordo de Washington, o redistribuídas as tarefas, coube do racional controle do povoamento Vale ao Departamento Nacional de Imigração. UMA
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L praças da Força Pública foram utilizadas no dcscarregamento dos grandes transportadores que assegurem o abastecimento de Manaus. A ausência de uma grande indústria, no Amazonas evitou o aparecimento do tipo do trabalhador proletário sacrificado, aqui substituído numa paisagem social mais humanizada e justa. "Círculo Operário" congrega a classe numa Um organização de base cristã e intuitos cívicos, com um sensível esforço no sentido da educação do traba"União lhador pobre. A Operária", órgão beneficente e núcleo de divertimentos, tem vida próspera. Os sindicatos, detentores da estrutura trabalhista do Estado Nacional, trabalham pelos interesses de seus associados num clima de entendimento e cordialidade e propiciado pela sábia legislação creada pelo Presidente Getulio Vargas. 23 sindicatos há em Manaus: dos Trabalhadores na Indústria de Calçados, dos Pilotos e Práticos, dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, dos Empregados em Hotéis, Restaurantes e
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Fcrtes e heróicas, as mulheres substituem os homens nos trabalhos árdues de beneficiatnento da borracha. Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecãnica e do Material Elétrico, dos Operários em Ferrarias, dos Engenheiros Agrônomos da Indústria de Calçados das Empresas de Navegação Fluvial, dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas ÍNDIOS E MULHERES Um aspecto original do esforço de guerra no Amazonas é o trabalho das mulheres. MiUm "escoteiro da borracha", defumando a sua "bola".
dos Estivadores, dos Foguistas em Transportes Fluviais, dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos dc Borracha, dos Empregados cm Bancários, dos Estabelecimentos Trabalhadores em Empresas de Carris Urbanos, dos Marinheiros e Moços cm Transportes Fluviais, dos Despachantes Aduaneiros, dos Trabalhadores em Serviços Portuários, dos Taifeiros, Culinários e Panificadores em Transportes Fluviais, dos Empregados no Comercio. dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil, dos Farmacêuticos, dos Oficiais Maquinistas em Transportes Fluviais, dos V
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com a terra possibilita uma politica equilibrada e sã, expressa em ótmos índices orçamentários O carinho pelos temas do interior não prejudica a solução dos problemas da Capital. Ainda há poufoi decretada a creação da ^co Casa do Operário", instituto de assistência social de imensa utilidade no amparo e na educação do trabalhador urbano.
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Cortando bolas de borracha em um dos armazéns de Mandos.
lhares de moças estão substituindo os homens, agora empenhados na preparação do látex da hevea nas fábricas de artefatos, nas usinas de beneficiamento de borracha. As repartições públicas e os escritorecebendo rios comerciais estão cada vez mais a constante e dedicada colaboração das mãos femininas. Os índios, também, estão prestando a sua colaboração. Conhecedores incomparáveis dos mistérios da mata, ninguém como êles tão racialmente aptos para o trabalho de seus produtos. No Madeira, no Jutai, no Japurá, em quasi todos os rios, Parintins, catuquinas, ticunas, inúmeras tribus laboriosas, cortam as heveas para a Vitória. O
ESTIMULO DO PÚBLICO
interior: de avião, de canôa, de lancha. A mais de 900 milhas de Manaus, nas lindes com o Perú, inaugura uma escola para filhos de seringueiros: convive com êles, nos seus tapiris humildes, pelas barrancas do Madeira; visita malocas no Alto Rio Negro, à vista do território venezuelano: a doze de Dezembro visita Parintins, fronteira com o Pará, para presidir a uma reunião de criadores de gado; a quinze do mesmo mês está em Vila Bittencourt, no extremo oposto do Estado, na fronteira com a Colômbia. Êsse constante contacto
Numa imponente homenagem que lhe ofereceram, em Manaus, os círculos trabalhistas, o Presidente Vargas fixou o roteiro de uma política imediata de rehabilitação social dos operários da Selva. E a promessa não ficou numa cogitainoperante: Um ção giandioso assistencial enfrentou a fioplano resta e a incompreensão para rehabilitar não apenas o homem, mas a gleba. O saneamento do Vale. obra ciclópica agora corajosamente iniciada, supera mesmo na magnitude do esforço a ser realizado e na expressão econômica de suas conseqüências, o saneamento da Baixada Fluminense, talvez igualando com as obras contra as Sêcas. E, ainda, o inicio do povoamento racional da grande bacia é dêsses fatos que consagram não somente um homem — e êsse o é o Presidente Vargas — mas a uma época e uma geração.
Acampamento dos "soldados da produção" na Pcnta-Pelada, perto dz Mandos. *
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Manaus é um ativo quartel general da grande Batalha e o Interventor Álvaro Maia um de seus melhores comandantes. Filho da terra, administrador conciente e honesto, arguto, explorador de seus problemas, a sua contribuição pessoai, para o êxito do grande piano de revalorização da Amazônia tem sido inestimável. Artigos diários na imprensa: incisivos, claros, sinceros. Viagens constantes pelo O
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rv GOVÊRNO do interventor Agamemnon Magalhães vem se caraterizando, desde o seu início, por uma compreensão exata do fenômeno social. A paz social reinante em todo o Estado de Pernambuco resulta precisamente dessa compreensão. O problema dos mocambos — casebres de palha e zinco á margem dos mangues, habitados por uma população despresada e degradada, na mais viciada promiscuidade — estava a exigir uma solução; e não apenas uma solução urban:8tica (os casebres afeíavam demasiado a fisionomia da cidade), mas, principalmente, uma soluçào humana. Dai a complexidade com que o problema dos mocambos sempre se apresentou. Para uma administraçào inteligente e vigilante, como a que o professor Agamemnon Migalhães vem realizando, desde o advento do Estado 1
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GOVERNO
mindo uma população atirada, até então, à miséria das cubatas, o govêrno do Estado não sómente realiza uma taréfa que nunca será demasiado enaltecer, como também cria uma conciência social, cuja repercussão na iniciativa particular vem sendo a mais sensível e fecunda. A luta contra o mocambo Através de um inquérito social o govêrno do Estado tomou amplo conhecimento das condições de vida, nos moinicialmente, cambos. Verificou-se, que, no Recife, havia 45.581 mocambos, com um número de habitantes de 164.837. Essa população era heterogenea e insatisfeita. A Comissão Censitária dos Mocambos chegava, com essas cifras a conclusões positivas. O mal estava devidamente caracterizado. O
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A fundação da i^iga Social contra o Mocambo, de que é presidente o Exmo. Sr. Interventor Agamemnon Magalhães, foi o passo inicial e definitivo para a extinção desses focos de miséria humana. Este ano, a Liga completará, no dia 13 de Julho, o quinto aniversário de sua existência, com resultados ampies e fecundos, pelnamente evidenciados com a disseminação de vilas operárias por toda a cidade e, principalmente, pelo sentido assistencial e profssional que muitas dessas vilas possuem. Convém notar, desde já, que o problema dos mocambos não consistia apenas na sua extinção: era preciso extinguí-los, derrubá-los, mas era sobretudo necessário cuidar da população que neles vivia. O tnquírito revelou, com detalhes, as condições dessa população; e, com esses elementos, foi fácil ao governo do Estado saber, ao certo, o coeficiente humano ao qual ia dar um destino compatível com a sua própria dignidade. Assim, as vilas operárias recolhem os habitantes dos mocambos; ou, então, esses habitantes são enviados para o interior do Estado, onde se entregam aos trabalhos da lavoura, da agricultura e da indústria, contribuindo, destarte, para o progresso material do Estado. O problema encontrou, por êssc meio, uma solução ampla e completa. Nào somente, os mocambos estão desaparecendo (e o seu decréscimo é imediatamente notado pelo número das vilas que há em toda a cidade) como também os seus habitantes encontram um destino compatível com a dignidade humana. Essa transformação é impressionante, no Recife; e atesta o desenvolvimento de uma conciência sociai, que tem operado verdadeiros milagres. A paz social reinante em Pernambuco, como já referimos, resulta dessa conciência, da obra, por conseguinte, que o governo do Interventor Agamemnon Magalhães e a Liga Social contra o Mocambo vêm realizando com tenacidade e patriotismo. Vilas operárias c grupos de casas popidare»
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A fisionomia urbanística do Redie está consideravelmente transformada pelas vilas operárias e pelos grupos de casas populares. O quarto aniversário da Liga Social contra o Mocambo ficou assinalado pela existência, na cajital pernambucana, de 45 vilas e 19 grupos de casas populares. Dentre essas vilas, a das Lavadeiras, das Costureiras e das Cozinheiras se distinguem pelo seu sentido profissional, que tanto impressiona aos que as visitam. Administradores, homens de governo, sociólogos, todos quantos se interessam pelos problemas sociais, nâo têm regateado aplausos à obra que se realiza, com a maior
visão e a melhor compreensão humana. " essas vilas. As vilas das Costureiras, as Lavadeiras e das Cozinheiras cons-i:em um ponto natural de atração de todos os estudiósos dcs problemas asslste-ciais e profiss:onais. Por outro lado, as salas de costura e arte culinária, disseminadas por quasi todos os bairros tio Recife, e pertencentes ao serviço de Assistência e Retducação Social da Prefeitura, atestam o mesmo gráu de compreensão e o mesmo cuidado no trato desses probelmas. Prosseguindo na obra de combate aos mocambos, mais seis vilas e quatro grupos de casas populares estão sendo construídos, no Recife. Enquanto isso, a Liga Social contra o Mocambo está financiando, atualmente, 517 casas populares nos arrabaldes de Santo Amaro, Pina e Afogados.
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O problema da assistência à infância O governo do Estado, completando a obra social que vem sendo realizada com tenacidade e compreensão humana, está construindo, nos bairros populosos da Encruzilhada e Afogados, duos grandes maternidades, com todos os reauis.tos cípazes da atender a uma extensa populaçáo operária. Em Santo Amaro, a Legião Brasileira de Assistência, vindo ao encontro da obra levada a efeito p?la Liga Sociai contra o Mocambo, vai construir uma créche em terreno doado pelo govêrno do Estado. Desfarte, a obra social, nos bairros operários do Recife, vai se tornando cada vez mais comoleta e eficiente. Casas para a classe média
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A campanha pela casa própria, que a Liga Social contra o Mocambo vem realizando vitoriosamente, constituiu grande e poderoso incentivo à construção de casas para a classe média. Várias organizações se encarregaram dessa construção, que representa a repercussão ca conciência social criada pelo govêrno do Estado na sua luta contra os mocambos. Até agora foram construídas 1.334 casas para a classe média.
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Desapropriação de terrenos e áreas ala¦ (jadas pelo Estado Pelos seus departamentos técnicos, o govêrno pernambucano, prosseguindo na sua obra extraordinária de extinção dos mocambos, vem procedendo á desapropriação de terrenos e áreas alagadas. O mocambo reflete as condições físicas do terreno, onde prolifera: é o mangue, a área alagada; desde que o terreno seja saneado, o mocambo perde a 8ua razão de ser: — acaba-se por si mesmo. Particulares, compreendendo a °bra em que o govêrno se acha empenhado, têm feito doação ao Estado de grandes faixas de terra, em troca de áreas beneficiadas. Em Santo Amaro, na Gameleira, n° canal Tacaruna-Madalena, no Pina e no Monteiro, a área desapropriada apresenta um Índice bem expressivo. O total geral da área desapropriada é de 1:778 514,41 m*.
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Os serviços de saneamento, nas zonas que não possuíam edificações, têm se feito sentir com a maior eficiência. Entre esses serviços vale notar o da construção e barragem do engenho Jangadinha, cujas águas vão abastecer os arrabaldes de Tejipió e Are'.as. Serviços executados isoladamente, tais como o saneamento da vila das Lavadeiras, abastecimento cie água da vila popular de Areias, construção de ex— megotos e distribuidores de água recém especial referência. "Vida essa obra que, ao primeiro contacto revela logo a sua vastidão e rrrandiosidade, tem um dos seus aspetos marcantes e mais dignos de nota na obra do aterro dos alagados. Trata-se da recuperação do terreno para ser utilizado na construção de vilas operária.*. Todos os processos de aterro vêm senco empregados, com os melhores rstultacos, em Santo Amaro, na Gameleira, na Avenida da Saudade e na rua da Aurora. Os serviços de aterro atestam o desenvolvimento desse aspéto por tantos motivos interessante e sugestivo da campanha contra o mocambo. Vale notar, ainda, que os trabalhos de dragagem do canal da Tacaruna constituem um outro aspéto de incontestávsl relevo nessa obra de íecuperação física do terreno, a que se entrega o governo pernambucano. Diminuição do índice dos mocambos Contribuíam para a extinção cos m jcambos os seguintes fatores: — a) solução do problema da indigência, no interior do Estado; b) ,— as constantes demolições de mocambos; c) — redistribuição da população que habitava os casebres pelas zonas rurais. ¦mm^
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A) — Os indigentes que vinham do interior ou dos Estados vizinhos para os nosocómios do Recife, após o tratamento, ficavam na capital e, clandestlnamente, se entregavam à construção de mocambos. O problema ficou solucionado desde que o governo construiu cs hospitais regionais de Limoeiro, Caiuarú, Pesqueira, Seira Talhada, Paimares e Garanhuns, não procurando .riais os doentes pobres os '.lospitais do Recife. B) — A adoção de medidas de repressão à construção de mocambos foi logo posta em prática. A construção de mocambos, nas zonas urbana e suburbana do Recife, foi considerada clandestina, incorrendo, por outro lado, os proprietários, onde existiam mocam'xis, em pesadas multas. Os mocambos encontrados vazios são logo derrubados. Desde março do corrente ano foram demolidos 11.475 mocambos. C) — A redistribuição de familias, feita pela Diretoria de Reeducação 2 Assistência Social, para zonas de tra talho, no interior do Estado, continua a ser realizada, oferecendo essa politica social de aproveitamento 60 tramais práticos. resultados balho os Para o interior do Estado já foram enviados 6.460 desajustados. Os Centros Educa Um plano de amparo à família operária vem sendo executado com eficiência pelos Centros Educativos. Esses núcleos procuram elevar o nivel moral, intelectual e material do nosso operario, distribuindo-se pelos bairros mais populosos e proporcionando assistência social por intermédio dos instrutores, escolhidos entre estudantes das Escolas superiores do Recife, além de elementes selecionados entre os próprios ope-
rârios, classificados em membros de Conselhos, mestres e contra-meslres, tendo cada um a seu cargo, em cada zona por que é dividido o bairro, certo e determinado númsro de familia-. Os Centros Educativos estendem a sua Influência à quasi totalidade dos trabalhadores da cidade, dando-lhes assistência médica, dentária, farmacêutica educacional e religiosa. Abrigo
do
Cristo
Redentor
Uma obra de incontestável alcance social e humano é a do Abrigo do Cristo Redentor. Foi fundado pela Obra ce Assistência aos Mendigos e Menores desamparados do Recife e incorporado ao plano social da cruzada contra o mocambo. O Abrigo reerbe, desde setembro de 1942, os me:-.digos vindos dos mocambos. Atualmente, existem 300 mendigos internados, recebendo assistência médica, dentária e religiosa. Os mendigos portadores de moléstia infecto-contagiósa sào remetidos para os hospitais a cargo do Instituto de Assistência Hcspitalar do Estado. Repercussão nacional da campanha Tal é a campanha, da mais ampia repercussão nacional, em que se vem empenhando o governo do Interventor Agamemnon Magalhães. A visita feita a uma vila operária é o bastante para termos una visão completa desse trabalho extmordinário de recuperação humana e social. Em contraste flagrante com a vida que se leva nos mocambos, nas vilas operárias há higiene, assistência médiec-dentária, conforto e alegria de viver. Esse aspeto é verdadeiramente magnífico e, só éle, é o suficiente para dar a justa medida de um movimento tão grande, tão belo e tão humano.
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Rio de Janeiro asO sistiu, h á poucos dias, ao desfile do primeiro contingente de fôrças expedicionárias que irá participar diretamente na decisão do atual conflito. O Brasil, coerente com os seus CDmpromisscs e com as diretr.zes impestas pela conciencia nacional, figura, agera. pelas suas forças de terra, m~r e ar, entre as potências que ditarão ao mundo de amanhã um rumo político, onde será rest^brlecida, como norma de conduta humana e comportamento social, a liberdade de pensamento e de ação
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Io. Campeonato aberto de "Bridge"do Hotel Quitandinha ;
"BRASIL-PORTUGAL" \má aparecimento de "Brasil-Por.ugal", que veio enriquecer de mais um diário de elite a imprensa O metropolitana, foi recebido com geral agrado e simpatia. O novo jornal surgiu prestigiado por dois fatos altamente significativos, qua s sejam a sua finalidade, de estreitar ainda mais os laços de fraterna compreensão que nos ligam à mãe-pátria, e a circunstância de ter a orientá-lo a figura altamente brilhante do Ministro Viriato Vargas, que sobre sêr uma inteligência de escól, figura entre os elementos de mais destaque nos nossos meios sociais. Jornal moderno, dinâmico, atraente e bem feito, "Brasil-Portugal" conquistou o mais numeroso público, desde o seu primeiro número. m >I \\mi
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grande concorrência o 1.° Campeonato Aberto de "Bridge" que se realizou em 15 e 16 de abril TEVE último, no "grill-room" do Hotel Quitandinha, sob a orientação do ex-campeão internacional, Snr. George King. Na tarde de domingo, na "boite" de Quitandinha, teve lugar o áto de encerramento do concurso, que foi presidido pelo Snr. Dr. Mareio de Melo, Franco Alves, prefeito de Petropolis, Snr. Franklin de Oliveira, da parte dos Diários Associados, Erich Baumier, Oscar Ornstein e George King, pelo Hotel Quitandinha. O Snr. prefeito entregou valiosos prêmios aos vencedores, cujos nomes damos a seguir: Mrs. Jack Oss-erman, Mrs. Eduardo D. Liercua, Mr. Dave Lewis, Mr. Julian Pain, Sra. Octaviano Machado, Dr. Ruy Fioravanti, Snr. Cuimbra, Snr. Lieberme.ster, Snr. e Sra. Maysels, Sra. Mulholland, Sta. Santos.
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wAA •E___________2_f HOMENAGEM À PRIORA DA ORDEM 3.a DO CARMO DA LAPA — Foi uma reunião de requintado transcurso a recepção oferecida pela Exma. Snra. D. Izaura Bastos Campos, digna Priora da Ordem 3.a do Carmo da Lapa, em sua residência, às pessoas oue foram homenageá-la per metivo da paisagem do seu aniversário natalicio. Personalidades de alta projeção na sociedade e nos círculos religiosos como se vê pelo aspecto acima. O
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Ur /^_-!__________9C mt I A graciosa Deisi Bergamini Lopes, filha do Capitão Moacyr Lopes. Atualmente na Bahia e neta do Dr. Adolfo Bergamini 38
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de uso comum, em abono da douta Acatermo cenaEt demia Brasileira de Letras, o das letras, e culo na expressão cenúculo autores de bom estilo grafam-no desta maneira; mas senáculo, sobre ser muito mais antigo, fica etimológicamente mais conforme ao sentido do termo controverso. Cenáculo foi chamado pelos escritores sagrados o aposento em que o Mestre e os seus discípulos comeram a páscoa, ficando-lhe assim indicada a origem autêntica. — S. Marcos, capítul0 XIV, versículos 14-15; S. Lucas, capítulo XXII, versículos 11-12. Depois passou a ser o compartimento cômodo, destinado à ceia ou ao jantar. O Dicionário Pcrtuguez-Laiino de Pedro José da Fonseca, oitava edição, 1872, regista: "Cenaculo s. m. logar em que N. Senhor fez a ceia, conaculum, i". Não lhe arrcga acepção tropológica; e refere-se a senaculum, i no fim do verbete concernente a senado. Senáculo, o primitivo lugar em que eram celebradas as sesssões dos antigos senadores romãnos, pessoas graves e respeitáveis, foi primeiro a Cúria Hcstüia, construída pelo rei Túlio Hostílio no Fórum, incendiada nos funerais de Clódio e reedificada por Fausto, filho de Sila. Por ódio contra Sila, demoliu-a Lépido, então chefe da cavaiaria em tempos de Júlio César; e este tomou o encargo de levantar uma nova Cúria no sitio da antiga. Tempo não houve de ser terminada a construção antes da inesperada morte do ditador; mas, uma vez concluída, os triúnviros dedicaram-na à memória de César com este nome: Cúria Júlio. Hubo tambien otros efificics- donde se verificaban algunas veces ias sesiones-, y cualquiera que
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SENÁCULO-CENÁCULO
fuese recibia Ia denominacicn de Senáculo. — ENCICLOPEDIA UNIVERSAL ILUSTRADA. EUROPEO AMERICANA. BARCELONA. Hijos de J. Espasa, editores: (José Espasa). No Novo Diccicnario Latino-Pcrtuguez de Francisco Antóv.io de Souza, 6.a edição. 1931, lê-se: "senaculum, i. n. Varr. O senado ,logar aonde se ajuntavam os Senadores em Roma". Varr. abreviatura de Varro: — Varro, õnis, Marco Terêncio Varro, romano doutíssimo citado por Marco Fábio Quintiliano. E' oportuno declarar-se: dicionário latino ou latinoportuguês, como se observa neste de Francisco Antônio de Souza, não regista ccenaculum, pelo fato de não ser este termo' de origem latina, porquanto não é encontrado em nem um documento original do latim, em nem um só texto de obra de pura latinidade. A exceção do Evangelho de S. Matheus e da Epístola aos hebreus em siro-chaldaico, todo o Novo Testamento fora escrito em grego antigo; daí, o termo cenáculo tem que ser de origem grega, pois só mais tarde, após a versão feita pelos setenta e dois judeus sábios para o próprio grego mais estilizado, é que deste se fez uma tradução da Biblia para o latim, concluída no século IV, revista e retocada por S. Jerônimo, chamando-se-lhe Vulgata, quando então tomou aquele a forma alatinada ccenaculum. Cândido de Figueiredo, no seu Dicionário da Língua Portuguesa, infere a cenáculo etimologia latina; mas, pelo visto, está obvio o engano do Mestre. O Velho Testamento fora colhido nos livros... Bem entendido: livro — íiber, ibri, a entrecasça da árvore onde os antigos notavam as suas impressões, condensavam -as suas idéias e pensares. Porém o Novo já o fora em pergaminho, conhecido na Ásia cerca de século e meio 13
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antes da éra cristã, como também em folhas de papiro, quando o caniço da mais remota antigüidade era o precursor da pena de escrever; entretanto já não existe nem o primitivo texto dos Evangelhos. Senáculo não é um termo obsoleto de uso apenas em documentos históricos, nem um arcaísmo semântico que, conservando a forma primitiva, tenha perdido a sua significação. Cenáculo, na expressão cenáculo das letras ainda que em sentido figurado, é falsa etimologia ou esquecimento etimológico, consoante a exegética; e a tendência do gênio da lingua portuguesa, por influência erudita, consiste na aproximação do tipo latino, procurando dar ã palavra a etimologia que lhe é mais própria e a ortografia que mais se lhe aproxima. A casa de Machado de Assis não há de ser cenáculo (com c) que faz vir logo à lembrança uma sala plena de comodidades para refeições; senão senáculo (com s) que faz vir logo à idéia uma casa de Senadores das letras. O salão célebre, ornamentado para banquete em que se lê o programa governamental em discurso solene, é um cenáculo político; mas a Academia de Letras, em absoluto, não: aí só se trata de cousas do espírito. Nada obstante, o nobre Instituto, que tem por fim a cultura da lingua e da literatura nacional, que fez a reforma ortográfica de 1931, modificando o abecedário português e firmando nova grafia com força legal de obrigação em todo o país pelo decreto-lei n., 5.186 de 13 de Janeiro de 1943, révistida de indiscutível autoridade para apreciar e resolver o assunto, dar-lhe-à remate sentencioso. H
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Oj principcs Dona Eltzübcth dc Orlcans c Doa João de Orlcans, cm companhia fio escritor Mc ira Pena visitaram, ha dias, a histórica cidade de Bar pendi, no Sul de Hinos. Estes flagrantes mostram os ilustres visitantes na residencia do Casal Catão — Thimotti, cercados de. autoridades e pessoas da sociedade local e na porta da velha matris de Baependi O
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FRANCE chamou Jules Lemaitre, uma de"a última flor do finição famosa — gênio latino". ANATOLE e nas idéas de Mr. Jerôme verdade, no estilo Em Coigard se consubtanciaram aquelas virtudes de equilibrio e bom gosto que constituíram o esplendor do gênio da latinidade. Anatole France, cujo centenário de nascimento transcorreu a 16 de abril último, trouxe para a literatura francesa a perfeição estilística levada ao máximo requinte. Ao estrear-se como poeta, Taine teve oportunidade de escrever-lhe, uma carta, que nada ensinava tanto a escrever bôa prosa como o exercício dós bons versos. Anatole France, passando de poeta a pensador, veiu confirmar esse julgamento do critico da Histoire de Ia litterature Anglaise. Renan o havia precedido na arte de compor harmoniosos períodos, que passaram às antologias como as máximas realizações do ritmo a serviço da palavra escrita. Anatole France, com sua obra, veiu a suplantar o memorialista de Souvenirs d'Enfance et de Jeunesse. A perfeição do estilo, Anatole France aliou um poderoso senso da ironia, tornando-se, ao mesmo tempo, um dos mais agradáveis e um dos mais temidos dos escritores franceses. No instante em que se comemora, em todo o mundo culto, o centenário de Anatole, justo e que se rememore a figura de Madame Cayavet, que foi a disciplinadora do trabalho do romancista de Le Lys Rouje. Anatole France, que de cinco em cinco anos prodúzia um volume, passou a escrever anualmente um livro, graças à influencia de Madame Cayavet. A correspondência do escritor está povoada de referências a essa mulher inteligentíssima, e algumas das mais originais idéas do contista do Procurador da Judéa pertencem, de direito, a essa companheira de glória. Anatole Fran19
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ce, mais do que um romancista, é um admirável critico impressionista, um atilado admirador das qualidades e dos defeitos da obra literária alheia. La Vie Literaire, em quatro volumes de, ensaios críticos, ficou como uma das obras marcantes de sua cultura, de seu estilo, de suas idéas e de suas ironias. Anatole France também foi escr.tor político. Bateu-se, denodadamente, por uma melhoria das condições sociais do homem sobre a terra. A Ilha dos Ingênuos é, a esse respeito, um livro representativo. E a oração que proferiu nas cerimônias funebres de Emille Zola vale como uma afirmação de dignidade ideológica e beleza literária.
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Anatole France, por Eugéne Carrière
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natalício do PreOaniversáro sidentc Getúlio Vargas foi comemorado em todo o pais, como se fôsse uma data da nacionalidade. Houve solenidades cívicas de grande imponência, nesta Capital e nos Estados, e realizaram-se inaugurações de obras públicas e meihora • mentos, que constituíram, por assim dizer, novos marcos do progresso administrativo do país. Nesta página estampamos alguns aspectos das comemorações do natalício do Chefe da Nação e da sua viagem à Araxá, a bela estância mineira, onde foi passar o dia do seu natalício.
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O PRESIDENTE da REPUBLICA Na AASA do JORNALISTA" se revestem de interesse e animação os contados do Presidente da República com os jornalistas. Mas talvez o SEMPRH interessante desses encontros foi o mais recente, quando o Chefe do Governo, quase às vésperas do seu aniversário, visit;u a A.B.I., afim de receber duas homenagens: um almoço e a inauguração do seu busto. "Casa A do Jornalista" tem uma divida de gratidão para com o Presidente Vargas, que lhe facultou os recursos necessários para a construção da sede, além de lhe ter proporcionado uma série de outros favores e benefícios. A inauguração do busto, na sala da diretoria, era uma homenagem que a A.B.I. há muito lhe devia. O almoço foi uma das mais interessantes reuniões de profissionais de imprensa, pois conseguiu juntar, na mesma sala. nada menos do que 400 jornalistas. Nessa ocasião, o Presidente da República fez um discurso cheio de verve e de importantes declarações, no qual anunciou, entre outras coisas, que a estiutura constitucional do pais seria completada logo depois da guerra, quando a nação obtivesse a calma e a tranqüilidade necessárias para escolher seus legítimos representantes. As fotografias desta página servem para dar uma idéia do esplendor e encanto dessa festa da imprensa.
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CENTRAL DO BRASIL, NO SEU 86° ANIVERSÁRIO
Estrada de Ferro Central do Brasil, comemorou, * a vinte e seis de Março último, o seu octogésimo sexto aniversário. A ferrovia brasileira assistiu ao transcurso dessa data magna de seu calendário histórico em um período de transformações das mais intensas, transformações essas que a aparelharão, dentro de breves dias, a ser uma das melhores ferrovias do continente. Quem estuda o passado brasileiro, verifica, inevitavelmente, ao analisar o panorama econômico nacional, a importância que para o país inteiro tem representado a participação da Central como um elemento de ligação entre as fontes de produção e as fontes de consumo do Brasil. Um simples olhar sobre uma carta geográfica do país mostra-nos a magnitude de seus serviços, de vez que se acha colocada nas zonas de maior importância para a economia nacional. Agora mesmo, com a instalação da indístria siderúrgica no parque de Volta Redonda, é a Central yy
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a principal força de ligação das usinas de ferro brasileiras com os centros que mais exigirão o escoamento da produção siderúrgica. Não se pode escrever, assim, a história economica do Brasil, sem dedicar à Central um capítulo inteiro, destinado a ponderações sobre a contribuição de suas máquinas para o desenvolvimento de nossas forças econômicas. Se isto pode ser dito quanto ao passado, o futuro abre perspectivas ainda mais promissoras. rasgando horizontes ainda mais largos para essa participação de nossa principal ferrovia no conjugado das forças da economia nacional. O octogésimo sexto aniversário da Estrada encontra numa fase de elaboração de um novo programa de trabalhos que a irá integrar de modo mais profundo na estrutura do país. De três anos a esta parte, com a transmutação da ferrovia em entidade autárquica, a Central cncontrou em si mesma as forças de sua evolução. O major Napoleão Alencastro Guimarães imprimiu-lhe 44 —
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um novo surto de progresso. Toda a Central, hoje. e uma vasta oficina de trabalho incessante, que não pára nunca, num perpétuo renovamento de energias. A guerra feriu em cheio todas as ferrovias do continente, mesmo a de paises produtores de ferro e motores como os Estados Unidos e o Canadá. Não obstante a situação de anormalidade geral, a Estrada de Ferro brasileira está extraindo da querra uma lição para seus trabalhos. O Brasil está aprendendo, com os imperativos da hora que passa, a confiar em si mesmo e a extrair de suas energias em potencial as forças geradoras d? sua grandeza e de sua independência econômica. A Central, nesse aspecto, pode ser apontad.i como um exemplo. Nas suas oficinas já são construidas as locomotivas que aproximam o Brasil. Do arcabouço de aço aos motores essas máquinas são brasileiras e estão sendo construídas por operários brasileiros. Uma das vantagens compensadoras das catástrofes que arrastam a humanidade às batalhas mais terríveis vem a ser, principalmente, um aceleramento da solução de problemas que ainda aguardavam dias advindos para serem esclarecidos. Proibidos de recorrer à contribuição estrangeira para equações de nossa própria economia, atiramo-nos com entusiasme à descoberta de suas raízes. Quarenta mil ferroviários participam, hoje, da estruturação humana da Central do Brasil. O administrador que os comanda, com uma larga visão moderna, não se tem voltado apenas para os probkmas
que interessam ao desenvolvimento da Estrada em sua articulação com a economia brasileira: os problemas internos da própria Central, têm merecido do major Alencastro Guimarães não só o estudo atento, mas também a acertada solução. Valha, como eloqüente atestado dessa política, a breve e incisiva oração que, no aniversário da Estrada, proferiu o seu diretor: "No dia que completa 86 anos, a Central pode de conciência tranqüila rememorar que viveu mais um período de sua existência fiel aos ideais originais de servir ao Brasil mesmo com sacrifício extremo. No ano que se encerra, a Central melhorou e ampliou seus serviços. Sob o estímulo da confiança do presidente Vargas. a Central conseguiu justificar a sua autonomia enfrentando e solucionando as dificuldades da hora atual. Dia e noite carreou mercadorias e passageiros em números excepcionais. Ao entrarmos no 87." ano de existência da Centrai, quando nossos patrícios se encaminham ao campo de batalha para cobrir de glória imortal o "auriverdí "que a brisa do Brasil beija pendão de nossa terra" e balança", nós, os 40 mil ferroviários da Central, empenhados há três anos na batalha obscura de transportes, afirmamos que, no nosso setor, serão cumpridas mesmo com sacrifício extremo as promessas divinas de esperança." Há uma velha frase que afirma que o estilo é o homem. Parodiando-a, podemos dizer que as decisões são o administrador.
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DE DAVID GOTLIB
Museu de Belas Artes, estiveram em exposição, em abril p. passado, alguns, trabalhos do pintor e desennhista polonês Menase David Gotlib. David Gotlib, que se apresentou, pela primeira vez, na Exposição de Pintura organisada pela Associação Artistica Start, de Lodzi, em 1926, grangeou desde logo as simpatias dos apreciadores de belas artes. O Lodscker Veker" publicou a respeito dos trabalhos de David Gotlib, um pequenc elogio que diz muito : EXPOSIÇÃO "As pinturas e os desenhos de M. I). Gotlib são bem estudados. Em cada trüço sente-se a mão delicada do artista, que promete bastante para o futuro". Outro elogio, também pequeno, que enaltece os méritos artísticos de Gotlib, é expresso pelo Sr. Castro Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Belas Artes : "O Sr. |í. I). Gotlib é um artista nato cuja obra. há muito, o firmou no conceito dos brasileiros". NO
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nosso Brasil, a sua música, O dansas e seus ambientes continuam a interessar o cinema de Hollywood. Há vários projetos, fala-se muito no assunto e muita coisa há-de sair de todo êsse interêsse pela nossa música e as nossas coisas. A vinda de Ary Barroso, trazido a Hollywood pela Republic, naturalmente deixou os demais estudiosos alvoroçados. Há dias, tive o prazer de palestrar com o produtor Robert North. que vai realizar o filme "Brasil" — onde a música de Ary Barroso tem pa~u pel de grande destaque. 9 \t\ MI I w\ IV '.(f |Si Ii. \' ¦ -' ¦ ^S*l Mr. North mostra-se entusiasmado com as novas composições do nosso grande músico... dizendo-me até o seguinte"Só espero fazer justiça a Gilberto Souto, Norman Ferguson, produtor do novo filine "Você já musica tão bela e tão inspirada". foi à Bahia?", Ary Barroso, Jack Cutting e Raul Bapp. Ainda é cêdo para escrever-se sôbre o f-lnie, seus artistas ou diretor. Corre o boato de acrescentar que estas notas serão bem recebidas pelos Goddard terá um dos papeis principais, esfans brasileiros — a música de Ary Barroso emprestará tentando vêr se a c°nsegue emprestada a êsses dois filmes grande beleza. da.np° ramcunt,10 Há dias, Ary Barroso tocou para mim as composições que escreveu para o filme "Brasil"... Não preciso dizer Volto a falar no Ary... pois com êle tive bôas paque a emoção se apoderou de mim... Qual o brasileiro lestras acompanhei quando da sua visita ao estúdio que pode ouvir a música dêsse compositor tão nosso tão de Walte oDisney. Ary viu na tela partes do novo filme bras.leiro, e não sentir uma saudade grande. que, no Brasil será chamado "Você Já Foi à Bahia?" E' de fato, bela, inspirada, bem brasileira. e o e que na América, receberá o título de "The Three Cafilme da Republc, em tóda a história de Hollywood será balleros". o primeiro que tem música original e escrita diretamenÊle ficou encantado com a maneira pela qual "Na te para a história por um brasileiro. Baixa do Sapate.ro" foi gravada pela orquestra dos esAry Barroso vai assinar um contrato com a túdios de Disney, assim como se deslumbrou pela ilusCentury-Fox, contrato êsse que o trará de volta a 20th tração que os artistas do grande produtor de desenhos Hollywood em Setembro ou Outubro próximo. Êle escreverá animados deram à sua música. as musicas para um filme de Carmen Miranda, Viu êle também a seqüência em que Aurora Miranda segundo informação do seu estúdio, será baseado que aparece, em cantando "Os Quindins de Yayá" e achou-a historia brasileira. esplendida. E' bem provável que Disney venha a usar O filme, provisoriamente, se cham "Rio", uma das suas composições em futuros trabalhos. se que o argumento será escolhido entre algumasdizendohistóHá semanas atrás, o casal Lourival Fontes esteve rias de escritores patricios. de visita a Hallywood, sendo recebido com muitas Assim, Carmen, pela primeira vez, também na sua honras e festas por parte de estrelas, produtores e dicarreira em Hollywood, terá músicas escritas expressaretores. O casal Fontes também assistiu à exibição mente para ela e para o seu filme. prido novo filme, que apresentará mais uma vez José A 20th Century-Fox declara que fará do filme um vada Carioca, o nosso papagaio, e o Pato Donald O filme grande trabalho, colorido, montado com luxo deverá ser apresentado no Brasil, provavelmente em e que terá côr local, ambiente nosso. Nãogrande é preciso Agosto ou Setembro dêste ano. MALHO — 48 — V — 1 9 4 4
O DIA DE:AMANHÃ PEDRO TIMOTHEO BJ^ STA na Bíblia esta doutrina sã: mmm — Não te importes com o dia de amanhã. Assim diria o poeta. De fato, um dos temas mais profundos do Sermão da Montanha, pregado pela candura de Jesus à turba que o ccrcava, — como se fora um enxame de abelhas ansiosas pela conquista de um pouco de nétar, — é precisamente aquele em que o meigo e divino judeu recomendava: Não andeis cuidadosos de vossa vida, que comereis, nem do vosso corpo, que vestireis. Olhai para as aves do céu, — acrescentava o filho de Maria, esosa de José. o humilde carpinteiro, — que não semeiam, nem cegam, nem fazem provimentos nos celeiros. E. contudo, o Pae Celestial as sustenta! Porventura não sois vós muto mais do que elas? Cristo prosseguia, insistindo na romanesca tese de sua predicação: Considerai como crescem os lirios do campo. Eles não trabalham, nem fiam. Entretanto, nem Salomão, em toda sua glória, jamais se cobriu como um deles. Pois se ao feno do campo, que amanhã é lançado no forno. Deus veste assim, por que não há de vos vestir muito mais a vós, homens de pouca fé? Não vos aflijais, pois, "Que dizendo: — co"Que meremos?" ou — "Com beberemos?", ou — que nos vestiremos?", porquanto vosso Pai sabe que tendes necessidade de todas essas coisas. E. assim, não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Esta é a Lei.
leu, pois viveu igualmente na pobreza, sempre .vergando uma túnica surrada. errando pela Agora, reunindo nos pórticos dos templos os jovens de várias castas. aos quais ensinava a analizar e definir os magnos problemas sociais e do universo. Esse homem. — cujo busto, talhado na pedra e salvo entre ruinas da escultura antiga, de rosto grande, nariz largo e turgido, de cabeça, em suma, que mais pa-
Através dos tempos não é, infelizmente, a doutrina de Jesus, nem tão pouco a de Sócrates, sobre a desnecessidade de preocupações por causa do dia de amanhã, que tem medrado. Não. A sementeira dessa pregação, —> para usarmos, aqui. as próprias palavras bíblicas, — caiu entre jsedregulho, onde não há muita terra. E, mal nasceu, saindo o sol, se queimou e, porque não tinha raiz, se secou. Hoje em dia, com efeito, o que prescrevem, categoricamente, as constituições políticas dos povos civilizados, é isto: O trabalho é um dever social. Quem não trabalha não come. Esta, pois, é que é a Lei.
Já. aliás, ai por volta do ano 470 antes de Cristo, apareceu na Grécia um homem que passou também à história como sendo dos maiores filósofos e que fundou escola idêntica à do santo gali-
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rece de um rude carregador do que de um filósofo, — chamava-se Sócrates. Platão e Alcibiades, Antistenes e Aristipo, Critias e Aristófanes, além de muitos outros, foram seus discípulos. Sócrates não trabalhava. Sonhava um mundo sem senhores e sem escravos, onde todos os homens fossem díspreocupados e livres. Todavia, comia e bsbja fartamente. Os banquetes que os seus discipulos, — tinha-os, é de ver. também ricos e aristocráticos, — honrosamente lhe ofereciam, foram dos mais famosos e, ainda hoje, são dos mais celebrados nas literaturas de todos os povos. Nisso de glutonería, de bem comer e bem beber, o imortal ateniense não foi menor do que aqueloutro sábio, da aideia de Tsen, na província dc Shantung, na China, — Confucio, que o antecedera cerca de 50 anos, pois nasceu 551 antes de Cristo, ou seja no século XXII da dinastia Ling-VVang. Mas Xantipa, a mulher de S:crates, quando este chegava à casa, pela madrugada. muitas vezes ainda toldado pelo efeito das libações, proflkjava-lhe acerbamente a conduta: — Um mandrião imprestável, ¦— ex1clamava. — que dá à família mais notoriedade do que pão!
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Presidente do popularidade Vargas entre os operaGetulio A rios tcrnou-se enorme e nenhum chefe de Estado goza de tamanho prestígio, que vem crescendo com o tempo, o que é perfeitamente compreensível, porque, através de todas as vissicitudes, se mantiveram vivas e fortes as linhas mestras da pclitica social. Consultando cperarios, mesmo os que estão alheios ao atual movimento sindical, realizamos uma rápida "enquete" entre velhos e novos lideres dos trabalhadores, cuvindo-os em seus lares eu nas folgas do trabalho O nosso objetivo era somente cônsultar os operários acerca dos direitos conferidos aos trabalhadores pelo Estado Nacional. E aqui está o que eles nes disseram: A OPINIÃO DE UM VELHO LÍDER TRABALHISTA EX-VEREADOR CLASSISTA Entre Os trabalhadores que ouvimos está o sr. Augusto de Azevedo Santos., operário aposentado naval, ex-vereador classista e que representou os trabalhadores por duas vezes na Coníerência Internacional do Trabalho, em
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Augusto de Azevedo Santos, operário naval, ex-vereador do Distrito Federal. Genebra. O sr. Azevedo Santos, discipulo do grande líder Sadock de Sá, assim se manifestou: — "O Governo da República, instalado em novembro de 1930, encontrou c trabalhador brasileiro em completo abandono. Todos os Governos anteriores prometeram em seus pregramas governamentais cuidar do amparo às classes trabalhistas. No Congresso. aparecia, quasi diariamente prosobre erse ou aquele assunto da jétes "Questão Social", sem entretanto, nem o Poder Executivo, nem o Legislativo resolverem nenhum destes assuntos. E. neste ambiente, de quasi abandono, vivemos a margem de qualquer O
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N I A O SOBRE OS DIREITOS] CONFERIDOS PELO fl
arr.paro legal: os fatores da nossa g.andeza material vieram de um Brasil colcnia; atravessaram a Monarquia e viram a República completar 40 anos de vida perdulária sem olhar p3ra este importante problema. Nâo se diga que os trabalhadores não se manifestaram sobre o assunto: os fatos atestam que eles pelos seus lideres e representantes sempre estiveram atentos, mas, os Pcderes Públicos í»lseavam todas suas promessas. A não ser uma restrita lei de Caixas de Pen soes para os ferroviários e uma deíeituosa lei de acidente de trabalho, nada mais havia em relação ao ma"Questão Social", gnc problema da muito embora, já nos últimos anos se arrastasse pelo Congresso Nacional, o famoso Código do Trabalho que somente surgiu para servir de "bode espiatorio" político. Ao assumir 0 governo da República, o Presidente Getulio Vargas, que em seu programa lido na Esplanada do Castelo havia prometido aos trabalhadores cuidar do seu ampare, criou o Ministério do' Trabalho, entregando sua direção à mentalidade moça e sadia do saudoso dr. Lindolfo Color que, incontestavelmente foi sincero em suas atitudes, esboçando uma legisla.ção que atendia às nossas aspirações. Podia ter havido, cemo realmente houve, pequenas falhas, oriundas do movimento revolucionário que durante um mês dominou e empolgou o país, pelos ressantímentos politicos em choquês e pelas recalcitrantes atitudes contrarias do capital, mas, fato é, que, aos trabalhadores foram conferidos direitos, pleiteiados há mais de melo século de lutas e persistência dos nossos companheiros do passado. As leis trabalhistas estudadas com a assistência das partes interessadas e postas em vigor pelo Governo até o advento do Estado Nacional, atendiam quasi que satisfatoriamente às aspirações dos trabalhadores, mas, depois, que certos "amigos" dos operários maneirosamente foram ocupando os postos administrativos de contacto com os nossos interesses, estas leis foram 53ndo modificadas à revelia das partes interessadas (empregados e empregadores), até o lamentável estado de, alguns casos serem prejudiciais às nossas aspirações — o direito de viver em ambiente digno da espécie humana. Sabemos que a Intenção do Presi-
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dente Getulio, que inccntestaveimente pós em execução a legislação tiaoalhista estudada pelos nessos antepassados, mojiificando-a dentro dos princípios natural do progresso mecànico que dia a dia melhcra o esforço do trabalho humano, nos colocou no mais alto ponto de elevação moral com a representação profissional, áto da exclusiva creação e. execução do chefe do Estado Nacional. Compreendemos que o Presidente Getulio Vargas, preocupado com as grandes responsabil idades que o momento exige de um chefe de Estado, não pode perder muito tempo no estudo de assuntos já resolvidos, confia nos seus auxiliares, .dai, a situação periclitante dos direitos conferidos aos trabalhadores, acreditamos, não estão enquadrados no espirito altamente humano da concepção do Estado Nacional". PALA/RAS DE UM LÍDER DOS TRABALHADORES PORTUÁRIOS Eis como respondeu à nossa "enquete" o sr. Francisco Satyro Lins, um dos mais destacados lideres dos trabalhadores portuários:
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— "Os direitos conferidos aos trabalhadores pelo Estado Nacional, inumerá-los seriam necessárias páginas e mais páginas de O MALHO. O que posso garantir é que todo trabalhador V — 1 9 4 4
TRA QUE ESTADO NACIONAL ciente, honesto e patriota da minha classe, como eu tive cportunidade de consultar, está perfeitamente satisfeito com as finalidades do amparo social do Estado Nacional. Não pretendemos comentar defeitos que aliás, sempre estão sendo corrigidos, haja :ia Consolidação das Leis do Trabalho, cujas experiências em suas aplicações mostram falhas que vão sendo sanadas. Estamos na fase mais cruciante da história, portanto, não nos cabe no momento comentar assuntos que, pela natureza de intees naturalmente surgiriam crises a ordem e o trabalho tão necessários à Nação. . Creio» que, tedos cs trabalhadores portuários _lu Brasil, unisono, estão agradecido.-; ao grande chefe que conduz r; Brasil para a vitoria ao lado das demais nações que lutam pela Liberonde". PALA-NOS UM DOS MAIS VELHOS LAVRADORES DO DISTRITO FEDERAL r-eal de Souza, lavrador radicado de 40 anes em Guaratiba. assim se espres : — "Apezar dos benefícios das leis sociais ainda não ter chegado à grande massa trabalhista — os lavradores em geral já devemos muito ao Prente Getulio Vargas. Problema de difícil solução, como poderão os respensáveis pela Justiça do Trabalho, os trabalhadores rurais, na sua total maioria, sem organisaçáo. sem ampafo no que concerne aos direitos que estão gozando os operários, os empregados no comércio, na estiva, nos portos, com seus institutos de previdencia, nós lavradores ainda não perdea esperança do amparo do EstaNacional. Sabemos que o problema terá solução rápida e justa para a numerosa familia dos que mourejam nes campos. Quero aqui frizar que as soluções dos salários estão melhorando a situação em alguns Estados da Federaçào e, em muitas fazendas a compreensão dos fazendeiros em dar as¦ ncia aos seus. trabalhadores que sào os primeiros indícios de dias melhores para os lavradores. E' bem verdade que cs trabalhadores rurais pream de escolas, coopei ativas, assistencia medica e outras medidas que V — 1 9 4 4
já gozam outros trabalhadores das cidades. As soluções que venham minorar certas injustiças, como no caso das constantes migrações de trabalhadores de Estado para Estado, constitue, de fato, o problema principal para seu melhoramento em geral. Exlitem outros males que tenho certeza que o Estado Nacional está procurando solucloná-los. Quero frizar o problema do saneamento, da melhoria do lar do lavrador e de medidas de combate aos vicios sociais. O discurso do Presidente Getulio Vargas aos trabalhadores rurais de São Paulo, isto é, certo trecho em que se refere à assistência ao homem do campo, mostram a bôa
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José Léál de Souza, lavrador. ventade do chefe do Estado Nacional em solucionar em parte o problema de assistência do trabalhador rural brasileiro" OUVINDO A OPINIÃO DE UM DESTACADO LÍDER OPERÁRIO DA INDÚSTRIA O sr. Tobias Marcai é um velho militante no seio operário do Rio de Janeiro e do Brasil. Foi fundador da Caixa Beneficente dos Operários em Calçados e do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Calçados e Couros e membro de uma Junta de Conciliação, no Ministério do Trabalho, além de várias representações e cargos de destaque em várias organisações trabalhistas do pais. Sua opinião, portanto, com a expe-
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rlencla e longo tirocinio profissional é interessante: "Como militante no seio do operarlado da indústria brasileira, há mala de 40 anos, venho acompanhan-
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Tobias Marcai, operário em calçado e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadore® na Indústria de Calçados e Couros do Rio de janeiro. ao meus companheiros em todas as atividades de reivindicações. Minha fé de oficio é bastante conhecida no s*lo do proletariado. A "enquete" de O MALHO, tem sua oportunidade, quando elementos dispersivos e ambiciosos procuram solapar a obra benemerita do. Presidente Getulio Vargas. As leis que.protegem os direitos dos trabalhadores brasileiros, na minha opinião, são dignas dos nossos encomios, cujos efeitos estamos recebendo em diversas modalidades. E' bem verdade que 0 plano traçado pelo saudoso Lindolfo Collor foi modificado, causando um certo mal estar entre os trabalhadores. Quero aqui tambem frizar que cs ex-ministros Salgado Filho e Agamemnon de Magalhães multo fizeram em beneficio dos trabalhadores e seus nomes estão gravados nos corações de milhões de companheiros. O momento em que atravessamos não é para comentárlos ou criticas às leis trabalhistas. Estamos em uma fase em que devemos tudo fazer em defesa do nosso sagrado patrimônio. Posso assegurar ao O MALHO que os trabalhadores conclentes estão ao lado do Presidente Getulio Vargas, auxiliando-o com toda sua capacidade de trabalho na sagrada causa das Nações Unidas. O nossa desejo é somente defender a Liberdade e a Democracia, pontos fundamentais da nossa própria Independência. Agora, quero respigar: o direito conferido aos trabalhadores pelo Estado Nacional vem correspondendo até com excesso as Justas e humanas aspirações dos trabalhadores da indústria". O
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PENSAMENTOS DE SADOCK DE SÁ m
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COLlGIDOS POR M. DA SILVA REILLE
O amor da família e a consideração publica proporcionam um conforto mais completo do que as incomensuraveis riquezí.., mundanas e as posições efêmeras • Os capitalistas, à proporção que vão aumentando os seus gozos e comodidades, pretendem diminuir as dos trabalhadores! e isto por uma razão muito simples, pois aesde que há um novo corresponde um aumento da despeza.prazer, Para cobrir esta uespcza, deve alguém trabalhar, e esse aiguem e sempre o operário, salário esta por tal motivo sugeito àscujo oscilações, Francisco Juvêncio Sadock de Sá. um dos vultos singulares do proletariado brasdeiro, que apesar de simples torneiro mecânico do Arsenal de Guerra era. conforme o atesta esta página, um verdadeiro pensador, estudioso das questões sociais.
• O papel moeda-ou a moeda metálica nada valem, nada representam sem a mercadoria, que é o produto do trabalho.
• Pelas proveitosas lições do a historia nos ensina a conduta dopassado presente e a defesa do futuro. O dever antes de tudo e sobretudo- o Dever é o dever.
Nobllite-se o trabalho para todos possam exercê-lo sobre a terra, quecomo a mais digna das missões O homem moderno vale pelo que sabe pelo que sente e pelo que produz em beneflclo da coletividade humana. B Toda a ação que tenda a promover a segurança e o bem estar do indivíduo ser em parte ou totalmente auxiliada deve ele mesmo direta ou indiretamente. por B A elevação moral e social d'uma -nacionalidade está na razão direta da irequencia das suas escolas primárias O homem é sempre um analfabeto em relação ao ,que desconhece. Obter o máximo de utilidade com mínimo de esforços é o metódo prático deo viver que me satisfaz melhor na orbita dos mais regulares. A disciplina moral é o caminho seguro para chegar-se à compreensãomais de Deus, a perfeição dos costumes, à estabiidade da ordem pública e à da segurança individual. Há leis Divinas; leis naturais; leis humanas e leis ocultas. O operário é como o Deus: faz o trabalho e desaparece.
• Há dois casos em que o trabalho deve prolongar-se além das horas normais, podendo até tornar-se obrigatório: 1.° do tratar-se da salvação pública; 2° ,Quando tratar-se de conjurar um perigo. QuanFora destes casos é exigido do homem, da crianca e da mulher uma atividade em desacôrdo com a estrutura física de cada um desses operários.
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Em qualquer organisação coletiva: o moral é a base fundamental de sua grandeza e a garantia única de sua establlidade. O emprego da força somente poderá ter lugar para c reconhecimento do Direito. Quem encarar as causas com indiferênça não está habilitado a distinguir o bem do mal. Si não fores capaz de aperfeiçoar o bem, conservai ao menos o que já existe.
• O trabalho não é um castigo como por engano está escrito no Velho Testamento, mas, sim, um sacerdócio tão necessário à existência da coletividade humana, que, no dia em que aqueles .que o exercem entenderem de paralizá-lo por longo tempo, tornaremos à mais lameentável das decadências ou à peior das situações. Em outros termos: — estagnadas as fontes do trabalho que fará a humanidade si não entregar-se à barbaria! E então o ruido estrldulo das máquinas e a graciosa harmonia dos malhos serão substituídos pelos silêncios dos túmulos; a super-abundâncla, pela fome; a fé, pela descrença; a paz, pela revolta; a alegria, pela dôr! Honre-se, pois, o trabalho e glorifique-se ,os operários antes que tudo isto aconteça. A calunia tem mais vítimas do que as guerras, as epidemias e os acidentes. B A Instrução é a melhor recomendação para colocar vantajosamente o homem ou a mulher e assim torná-los dignos de serem considerados no meio social. Antes de aceitardes ou assumirdes um compromisso, meditai profundamente si éle pôde moral, social ou individualmente colocar-vos numa falsa, ridícula ou dificíl posição..
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íunção humana impõe-se .«„?Nenhuma tanto aos cuidados e ao acatamento dos poderes sociais como aquela é exercida pelos homens do trabalho que em suas diferentes modalidades.
• O homem instruído é necessariamente o que possue todos os predicados para exercer proficientemente os encargos inherentes a sua posição social: — por esta lorma tem todas as probabilidades de vencer e esta mais nos casos os seus direitos e de respeitar deos conhecer dos outros.
• da mUlher nà°
é Ulll nmrl^m^?CÍpaÇâ°, pioblema tao complexo nem tão complicado como parece; pelo contrário: será lácilmente resolvido no dia em que os homens mal educados compreenderem que devem ser menos libertinos.
Para combater o alcoolismo apenas conheeo um meio: - transformarem-se as tavernas em escolas, bibliotecas e centro de sociabilidades. Os principais fundamentos duma crença religiosa devem basear-se na tolerancia na humildade e na resignação,, concretisados na prática do BEM e da MORAL. O saber gastar e o saber esperar são duas regras importantes para a felicidade de quem observá-las. Entre o produtor e o consumidor não deve ser permitido agente algum que encareça as mercadorias e faça perder-se os resultados do trabalho e o sacrifício dos trabalhadores. Antes que desabe sobre nós o carcomido edifício social das convenções, devemos renovar o seu madelramento: para isso estou .convencidíssimo da imperiosa alto, entre a .necessidade de levantar bem "Instrui-vos nossa classe, este brado: — ! Instrui-vos! do contrário sêT-eis devorados !" A época em que a humanidade deve chegar ao máximo de perfeição moral será a do regime socialista, porque todos terão o que desejam e cada um aquilo que de direito lhe pertence.
• Devemos ter sempre., presente a reaüdade como espelho mais perfeito das imagens da nossa efêmera existência.
• A felicidade humana concretisar-se-à nos sentimentos que vão surgir da confraternisação das classes pela dignificação do Trabalho exercido na comunhão da ?<& Universal. Divulgado em 1887). Deve cada um viver do esforço físico ou intelectual que despreender no Trabalho reconhecidament/e útil às coletividades, gosando todos dos mesmos direitos e das mesmas regalias.
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AMOR OMNIA VINCIT "RECORDANDO
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minha encantadora "sophistiNAO, cated girl", posto 6, modelo 1944, o amor não morreu! Tudo teem feito as mulheres para acabar com êle: masculinisam-se em violentíssimos desportos, virilizam-se em profissões sem poesia e sem graça, exibem-se na mais que nudez do semi-nú, roubando aos olhos dos homens as seduções do mistério... Tudo teem elas feito para matar o amor! E, contudo, éle resiste, cada vez mais vivo, triunfalmente vivo! Uma das suas mais gloriosas vitórias teve-a êle, neste século de matérialismo e fome de ouro e poder: o romance passional Windsor-Willy. Vejam outros no casamento do exRei da Inglaterra e na sua abdicação, o caso político, a luta entre a Coroa e o Parlamento, o prestígio abalado da tradição britânica. Eu vejo apenas o romance de amor; descubro tão somente, Éros vitorioso contra o Poder, a Autoridade, a Realeza, o velho orgulho dos brazões. Deslumbrado, reconciliado quasi com a minha época, vejo viver, em pleno século do rádio, do avião, do submarino, um suave e doce conto de Scherazade: "Havia no país de Ahraschid um príncipe que amava uma pastora..."' Na éra trágica em que os homens se eijtredevoram, talando campos, destruindo cidades, exterminando-se na terra, no mar e no ar, é nessa hora rubra de sangue e ódio que um homem, no zení da Força, no.fastigio de Autoridade, Senhor do maior e mais rico Império de todos r.s tempos, tudo abandona e despreza, por amor do seu amor. Como os antigos Cònfessores da Fé, teve éle a coragem de afirmar a sua, indiferente a todos os suplicios. Sim, a todos os suplícios: a fogueira, a grelha, a lapidação, a roda, o garrote, chamam-ese, hoje, -- imprensa, telégrafo, rádio, cinematógrafo, tudo ao serviço do Escândalo, o monstro de natinas acezas e olhos esbugalhados. Nas salas dos jornais, nos clubes fechados, nos bars públicos, forjavam-se "jokes" e "witts" com a discreção habitual da raça, a propósito do casamento real, da idade da noiva, dos maridos da noiva... E o apaixonado Príncipe radiografava à sua Escolhida, recomendandolhe cuidado com a briza da Riviera, para não se fosse resfriar, com algum que "draught" insidioso. Como é enacntadora essa pincelada de lirismo côr de rosa na paizagem baça e opaca dessa hora utilitária, mecânica e odienta do mundo! Não venham dizer os destruidores de ilusões, dissecadores da Mosca Azul, que Eduardo procurou nessa aliança um pretesto apenas para alijar dos ombros a pesada carga do governo. Se êle, por seu espírito democrático e por sua índole desportiva, quizesse fugir às responsabilidades e às massadas protocolares de reinar, não lhe faltariam pretêstos. Em último caso, abdicaria sem mais explicações, deixando aos jornalistas presentes e aos historiadores futuros o divertido encargo de investigar as causas da abdicação. Não fora o amor. o vero amor que 0 aconselhasse e guiasse, mas um simpies capricho de rapaz (a vida começa
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ROMANCE
REAL"
BASTOS TIGRE aos quarenta anos...) e teria êle feito como tantos dos seus colegas, testas-coroadas: tomaria Wally como sua favorita, dar-lhe-ia títulos de nobreza e títulos da Bolsa, a fartar. E fosse alguém pôr em dúvida a honorabilidade da noncubina, quando o rei o "allmight King" a cobria de todas as honras! Outras favoritas talvês viessem depois, substituindo-se, conforme, os eaprichos reais e as contingências do tempo. As intrigas e os mexericos morreriam abafados por trás dos reposteiros palacianos. Tal qual em todos os tempos, em todas as cortes... Não o quiz assim Eduardo... Fez questão de exibir, aos olhos do mundo a sua paixão violenta e nobre. Que se eneandalizassem! Que a comadrice universal mexericasse à vontade, profanando a alcôva dos seus sentimentos! Que o puritanismo dos cortesãos, feroz, protestasse contra o atentado à sagrada, à intangível Tradição. Que lhe importava se, para compensá-lo da impertinência dos censores, êle tinha, como o seu colega Salomão, o amor compartilhado de sua Sulamita! Não desejava Eduardo, apenas, a mulher, concubina, ou esposa morganática, num casamento secreto celebrado por um vago bispo num vago templo. Não! queria-a sua esposa, sua amante, sua dama, sua Rainha, aos olhos de Deus e dos honvns. O perfeito amor que é materia e espírito, cama e sentimento, desejo e veneração, não se contenta com a posse do seu ídolo; quer para êle o respeito e as homenagens da família, dos amigos, de todo o mundo.
Eduardo clamara para o universo inteiro, através do rádio; "não me sinto com forças para reinar se não tiver ao meu lado a que escolhi para minha esposa!" Êle queria, acima de tudo, no império do seu amor a imperatriz do seu coração. Dir-se-ia um velho conto de fadas ou uma fantasia moderna de "filme" romântico. Entretanto é um fato, um fato contenporâneo, assistido e testemunhado por nós. Mas, por tão de perto o olharmos, não lhe percebemos a beleza, a poesia e a sublimidade. A distancia no tempo é que revelará em toda a sua excelsitude, o esplendor desse poema lírico digno de Petrarcha ou Musset. Não há no romance do Duque de Windsor apenas uma vitória do Amor sôbre a Ambição e o Orgulho .Há, principalmente, uma homenagem como outra jamais foi prestada à Mulher. Numa época em que os homens per•.ram de todo o respeito ao outro sexo (muito por culpa deste), em que a mulher desceu do seu altar para competir com o homem no lamaçal dos interesses materiais e da ambição política; quando o sexo afetivo, sublimado, deificado por Comte, se vai tornando num semi-sexo amorpho que, em breve, somente um exame anatômico poderá caracterizar, é nêste momento que um rei poderoso, senhor do maior império do orbe, eleva-a sobre as formalidades, tradições e preconceitos e consagra-a superior a todas as grandezas, preferivel a todos os impérios, — regina regibus! Pouco importa a certidão de idade de Wally ou o seu estado civil. Ela é a Mulher, a Mulher amada que não tem, para o enamorado, nem idade nem situação social. Tanto melhor para a glória do sexo não ser ela uma virgem de dezoito anos. Haveria, então no parecer (Continua no fim da revista) (
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ANSELMO MACIEIRA ILUSTRAÇÃO DE GOULART de mãos abertas, tar que ela é só ela, quando não ha palmas voltadas uma contra" a mais ninguem ao seu reder. Existe PERMANECIA outra, em atitude que bem sequalquer coisa como o infamo de ria mística se o quarto fosse um sanDante, na imaginação dos aflitos. tuário. Era um velho costume de EliEntretanto, ElisaDeth vivia mesmo sabeth. Só encontrava geito de pensó. "Ha pessoas que não precisam adsar assim. Explicaram-lhe outrora, mitir nenhuma outra na sua c-jmnos tempos de menina, que ela herpanhia, justamsnte porque trazem dará aquilo dos seus pais e avós. Eles u'a multidão dentro de si". Falta um eram do.Norte, dos países frios cnde sentido para tudo isso, é evidente os invernos são longos e tristes. Mas Afinal, somos. Esta é a certeza eleisto pouco preocupava Elisabeth. A mentar. Devemos continuar a ser, verdade é que sentia um imenso prassgreda-nos uma vez intima, imposizer em ccntemplar as mães. Os detivamente. Ali perto estavam os simdos levemente rosados tsrminavam boles. Uma pequena caveira de marem unhas pequenas, bem feitas, suafim, com a inscrição isso é apenas ves. Não apareciam vestigios de osisto; uma estatueta de Venus, uma sos na pele clara. Horríveis essas pesespada, um par de algemas, um livro soas de mãos ossudas. Parecem ese uma esfera. Venus Significava a bequeletcs rebelados contra o envóluleza, a perfeição que a humanidade cro, ansiosos de morte. Distendidas, procura. A espada é p instrumento as palmas quasi deixavam passar a dessa luta para conquistá-la. As ailuz. E Elisabeth ficava assim, por gemas são o . prêmio da inquietude minutos, com as mãos muito perto dos humana. O livro é a experiência, a clhos, experimentando a estranha sabedoria dos séculos, acumulada. A sensação de sentir a luminosidade do esfera é a forma geométrica mais mundo através da sua própria carne. enigmática, simbolizando o mistério Relaxando os músculos percebeu que essencial. E' possivel que amanhã Elias linhas sulcaram a superfície masabeth visse alguma coisa neva em cia, em todas as direções. Nelas estudo aquilo. "Pensamos cutra vez, taria traçado o seu destino, sua vida. . cada dia que passa". Mas tal hipóteOlhou-as novamente, com um iníinise nãd vem ao caso. to de curiosidade. Possuímos um O fato é que estava bem ali. O temmistério em nossas mãos. po transcorria calmo, sem ruides. Depois, sem mesmo perceber a tranAtingimos o equilíbrio, desde o inssição, já estava observando a vidratante em que ficamos identificados ça larga que recortava um pedaço de com o que some. Elisabeth admitira céu azul. Uma tarde linda flutuava sua enfermidade, conformara-se com sobre as coisas, lá fora. Elisabeth ela. Só compreendia a si mesma dapôs-se a pensar nos jardins cnde, maneira. quela àquele momento, cs lírios estariam A simples suposição de uma Elisaflorindo e os ipês falseando ao sol. No beth praticando esporte numa praia silêncio das florestas virgens nem os de banhos, parecia-lhe absurda. No pássaros ousavam cantar. E chegaram sofrerá muito, desejara arprincípio lembranças de longe, recordações dos dentemente o término de tudo. Aquetempos de infância. "Somos pequenísJe acidente marcara o ponto fins.i da simos em face do tempo". Ocorreusua infância. Embcra estivesse moça lhe. a idéia de que poderia fechar a feita, sabia que continuava menim, Janela, juntar as cortinas e, em um uma criança. "A primeira decepção minuto, transformar o ambiente. Esabre, para nós, as cortinas da msducorraçar o sol do seu quarto. Aliás, reza espiritual". Para ela a primeira muitas vezes fizera isso. Não raro tifora a suprema. Mudara o curso da nhá uma necessidade física da noite. sua vida. Privara-a das emoções, des Todos nós possuímos o dia e a noite prazeres de que as outras podem parinterior e nem sempre ela coincide ticipar. Isto hoje não a preocupava com a* outra, a aue desce dos astros. mais. Pelo contrário. Com o conheQuando Isto acontece, é preciso fechar cimento que adquirira dos segredos a janela, act.ider os candelabros — humanes, compreendera que fora esperar madrugada. a e O ser humano melhor assim. Tivera um destino, é um ritmo e é uma espectativa. cumpria-o. Eis tudo. O melhor, noA imagem do espelho, porém, agirém, seria interromper a meditação. tou-a como um choque elétrico. ConTinha muito que fazer, ainda. Dsvia templata a si-mesma.- Seu olhar duro, concluir a tradução do romance até transparecendo uma leve malícia, sábado próximo, senão o editor ma ritalvez uma incapacidade de ser meldaria um recado daoueles e, além go, encontrou ali o olhar de Elisabeth. do mais, não lhe pagaria. Dispôs-se Scbreveio um momento de incertea iniciar o trabalho, auando veio-lhe zas e de embaraço. Ela sabia aue a vontade de lêr as últimas cartas. nunca estava só. Apenas a médioEnquanto 0 relógio bateu as horas cridade pode levar alguém a acredP musicalmente. O MALHO 54
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".-..durante a vida^divemos reriimciar a cada passo. Desistir, desisti' sempre desse absoluto inatingível. E' preciso acostumar a idéia de que todos nós Ci íamos mas, apezar do erro. nem tudo está perdido. Sei. compre-, endo tudo isso, entretanto sinto-me sem coragem para resolver. E que deverei resolver ? Nem siquer- a morte é uma solução quando somos nós que a procuram.es. Ajuda-me, Elisabeth, dize-me qualquer coisa ! — Tira E." "...talvez não passe de uma tolice, de um fato sem importância qutí isto ou aquilo jem para cada um de nós, depende particularmente da atitude que assumimos em face disto eu daquilo. Mas, passemos adiante. Trata-se de uma idéia que me perV — 1 9 4 4 .
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segue, segundo a qual me acontecerá uma desgraça qualquer às 1 horas. da noite de uma sexta-feira. Pode ser uma bobagem, repito, porém, uma bobagem que me força a terrível espectativa durante uma todo princípio de s:mana. Estou magra isto me põe doente. Como ubertar-mfj? 'Uma sugestão, por favor Elisabeth. Da tua amiga N. "Minha afinidade com você (pereu a mite-me este tratamento?) descobri com a leitura daquele seu conto publicado durante a primeira semana de dezembro. Estarei enganado se quizer descobrir ali um forte coeficiente de autobiografia ? Mesmo que que não for assim, digo-lhe aquele caso se parece muito com o V
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meu. Quando interrompi o meu * c.urso de medicina, forçado pelas circunstâncias, julguei não poder resistir an abalo moral que aquilo me causou. Havia entes queridos que precisavam de mim e o remédio era mesmo trabalhar num balcão de comércio, aceitando o que a vida me impunha. Hoje tudo mudou. Disponho agora de alguns elementos para prosseguir no estudo. Acontece que apareceu Clara. E' uma creaturinha admirável com a aual eu seria capaz de tentar a experiência do casamento. Mas, justamente o casamento sifagnificaria esquecer o resto. Quedeseria você neste caso ? E' o que sincejarf» saber ssu admirador ro W."
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".. .pois segui, Elisabeth, o seu conselho. Deixei-me levar pelo impulso do coração. Entre os dois escolhi aquele que me agradava mais. AborVECi-me com a familia, briguei com você achava todos, precedendo como 'resultado foi mais acertado fazer. O a minha infelicidade, já hoje irrçmediável. .. J." Elisabeth suspendeu por momentos a leitura. Errara metendo-se nos problemas de tanta gente. A historia começara com aquela secção feminina au-- fizera, ha dois anos. naquela revista. Um caso emendara-se com outro e outro e nunca pudera interromper aquela pequência. De resto '(Continua no fim dtx revista) O
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sensível às expansões do coração, o snr D. Pedro II, foi talvez por isso mesmo, o maioi entusiasta da libertação dos escravos. A qucsHOMEM tâo do elemento servil, era para êle como uma chaga viva no organismo da naçào, e si bem fosse dc urgência eliminá-la, nào se esquecia entretanto o grande monarca de observar, que era preciso, antes dc mais nada, acautelar os interesses públicos, em meio as medidas de melhoramento social, que, evidentemerte representava a libertação do escravo ! Infelizmcnte mio grado o interesse que lhe inspirava o assunto —tanto mais quando ainda na fala do trono de 1871 es"ser clarecla D. Pedro nâo dever a mesma continuar a uma aspiração nacional indefinida" — a verdade é que a lei de 13 de Maio de 1888 deixou muito a dese"laborajar, maximé pela maneira porque tinha sido da, apressada e imperfeita. Há quem diga que nem por outro modo se poderia resolver a questão do elemento servil, dadas as propar&fjes, o vulto de interesses que se entrechocavam — desde os de ordem polírica aos de ordem econflmica — e dal a incisiva redação da chamada Lei Áurea ! Na realidade quando se estuda aquele palpitante acontecimento de nossa história, nio raro sentimos que os políticos nèlc envolvidos se desmandaram ou se" perderam em debates demasiadamente estéreis, num verdadeiro torneio de oratória, o que implicou corno em protelar mais e cada vez mais uma solução que se fazia necessaria à própria evolução do pais... A conseqüência disso tivemo-la eepois com á adoção de uma lei que não consultava em absoluto a própria vida econômica do Brasil, fundamentada, alicerçada por um periodo de séculos de colonlsaçào trabalhado que tinha sidc o solo exclusivamente
O Imperador e a abolição da escravatura pelo braço servil, o mesmo à. sombra de cuja obra se havia formado uma elite e estabelecido uma lavõui« prospera, creado enfim uma nação que nâo alcançara ainda um século de emancipação política! Possivelmente Pedro II sentiu que já não era homem capaz de deter a marcha dos acontecimentos. A estrutura política do país subordinada à orientaçio dos dois únicos partidos organisados — o l.iberai e o Conservador — como entrava em declínio, esboroava-se, desde o celebre manifesto republicano de 1871... De resro a desorientação com que tinha sido votada a lei de 13 de Maio, que nâo atendia às necessidades reajs do país, iria crear como creoiu a impopularidade da própria monarquia, que imprevidentementc deixava que se empobrecesse a naçào de um cria para outro, que se vissem perdidos os grandes fazendeiros, os grandes latifundiários. Quando se sabe que o capXal do fazendeiro estava fodo êle investido no braço servil, é.que se pôde medir a extensão do desastre que era aquela lei que lhe arrancava a única cousa palpável e real que possuia: o resto era a terra que o escravo trabalhava arroteava, era o café, a cana de açúcar, o fumo ou então os campos onde o gado se apa centava e se desenvolvia... O resultado nãn tardara pois a se verifi car: províncias prosperai como a do Rio de Janei ro, onde a cultura cafecira tinha atingido o máximo de esplendor, em pouco menos de um ano entravam em declínio, e com istí se empobreciam as mais notáveis famílias da aristocracia rural bra slleira. que dentro deli tinham .os' seus haveres A ausência do braço es cravo substituide não ainda pelo do coluno cstraogeiro, como .atonte ceu a S. Paujo, de certo ponto, foi como um cbro aberto na prosperidade, no desenvolvimento em que até antão vivera i terifa de Paulino Soares de Souza e Andrade Figudra [ Cóm pouco mais as lavouras eram abandonadas, transformavam-se os campos de cultiíra em pastagens naturais, em charnecas... Velhas cidades tradicionais passavam a ter o-aspecto de ruínas pompete
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nas, era como se sobre tudo aquilo heuvesse passado o vento maldito de um cataclisma ! Tinha começado a decadência da Província do Rio de Janeiro e só com os primeiros anos da Republica é que o grande Esta, resurgiria para uma vida nova, para novos destinos !... a
A verdade diga-se entretanto a noticia.de 13 de Maio, o gesto da princeza lzabel, talvez como nenhum outro lograra tocar profundamente o coração Jo velho Imperador ! Estava êle na Huropa, quando lhe chegou a boa nova, estava de cama, mas ainda assim é êle próprio quem ordena, que se telegrafe ac governo do Brasil e \ própria Regente felicitando-os por tão auspicioso acontecimento ! Ainda aí D. Pedro 11 mostrava-se ò mesmo homem que em ISJi», portanto S8 anos antes daquela data, libertava tor+os oa escravos que herdara do pai, o mesmo que em 1886 ao saber que a Ordem dos Beneditinos proclamara livres todos os filhos de escravos, nascidos em suas propriedades, logo se dirigira ao mosteiro de S. Benta para felicitar o abade gerül, galardoando-o ainda com a Ordem do Cruzeiro ! Em tudo o tnr. D. Pedi II se mostrou sempre o monarca preocupado em ve- a sua terra livre do labéo de povo de escravocrata;. ! Inúmeros são os casos em que o Imperador intervira para minorar a sorte amarga dos cativos. Não raro diz-se, empenhava-se até em empréstimos com o Conde de Bomfim, para com o produto deles alforriar escravos qiue iam a leilào, e depois disto feito, mandava que os contratasse o feitor das Fazendas de Santa Cruz, dando-lhes não só ordenado mensal, como tambem assistência medica, farmácia, etc. e escola para educar seus filhos ! Extraordinariamente sensível à sorte de todos os infelizes que tinham sido trazidos ao Brasil das costas inóspitas da África, conta-se que de certa feita, numa audiência publica da Quinta da Boa Vista, um preto velho lá apareceu para queixar-se das máos fatos de que era vitima por parte de seu senhor : "Ah ! meu Senhor Grande — lamentava o mísero — como é duro ser escravo ! Tem paciência, filho — tranquilisou-o o monarca magnânimo. — Eu tambem sou escravo... das minhas obrigações, e elas são muito pesadas*! As tuas desgraças vão minorar..." E no dia seguinte mandava alforriar o pobre preto velho ! Afora isto, durante algumas viagens que fez ao Ini .ior do Brasil, o Imperador, cada vez que chegava a uma câmara municipal, conta-se ainda, jamais deixava de pedir o livro de visitas, e quando esse lhe era entregue. S. Magestade alem de lhe apor o nome, sjbscrevia invariavelmente 500,00 cr izeiros para qu.> oom eSta quantia se libertassem escravos ao mesmo município. Diz Mucio Teixeira que ao exercer aquele quasi obrigatório dever, o Impertador tinha sempre uma frase, nâo raro invariável, mas cheia de nobre"Nada me seria mais agradável do za: que poder li-' bertar todos os cativos !" E assim prosseguia êle viagem, sempre a minorar o destino dos pobres escravos, a deixar em cada canto, em cada rincão, um traço de sua magnânima pessoa ! A lei de 13 de Maio de 1888, votada pelo parlamento brasileiro e sancionada pela Princeza Isabel, lhe deu em vida a satisfação de ver coroado aquele grande sonho de monarca magnânimo e sábio, embora lhe trouxesse depois e amarga desilusão da frase profética com que dizem o barão de Ootegipe assinalára á sua filha querida o fim do Império, depois que ela assinou a grande sentença libertadora I —"Vossa Aiteái ganhou a partida, mas perdeu o trono 1 A tradição oral da frase colhida por Araújo Pinho, descendente da grande parlamentar e político baiano, eqüivale evidentemente ao mais belo elogio que se poderia ainda escrever sobre o túmulo de Pedro II. Perdendo embo¦a o trono o grande monar:a deu ainda de si uma grande prova de amor i terra que lhe foi berço, permitiu que o 13 tle Maio confirmasse* a legenda do 7 de Setembro de 1822, que fez o Brasil uma pa tria. livre, de homens lies...
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SAfATA s£XTA-f0RA
Em Paquetá eu Irmão de todos
tenho um coqueiro amigo os coqueiros da ilha.
Ontem, à noite, saiu a Procissão Levando o deus morto para o repouso Do eterno arrependimento dos homens.
NUNES \ V- \\: 111 I j|( jlj m
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O coqueiro dansava, Tranqüilamente, No céu de estrelas, Uma dansa de Scherezade.
O Senhor Morto ia passando Recebendo nas lúgubres velas Mais soturnas e tristes Que os caminhos sombrios O medo e o temor daqueles Que se dizem culados de sua morte. As velas também faziam o seu baile Mas era trágico e feio, como o rosto dos fiéis. O Morto ia nos ombros dos assassinos confessos E todos rezavam pedindo perdão.
Houve um instante em que o som das preces Me contagiou e eu senti o medo de origem, O pavor da grande angústia coletiva. Minhas primeiras resas voltaram à memória, E eu fiquei uma simples partícula da multidão.
Só o coqueiro continuava dansando Sem receio do enigma, sem r.iedo da Os coqueiros não matam ninguém.
treva.
E quando a lua mostrou a madrugada F, fecharam a igreja para sair Os derradeiros crentes silenciosos, O coqueiro continuava dansando O seu baile na noite de estrelas, Tranqüilamente. :
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rME tém Mas que surdos! Tém, tém, tém... cá estou eu, TÉM, o bondinho Praça 11 de Junho, Esse é o meu nome oficial. O que está na placa. Mas o carioca—e eu é que lido com o verdadeiro Zé Povo — dáme outro nome. E bem o mereço, creia. ' Tém, Eu sou o bondinho filósofo... tém... Veja só. Se não fosse esse meu. jeitão, já estaria, agora ficando impaciente. As ruas que percerro estão sempre atravancadas de veículos pesados. Trabalha-se, como não ! nesta Cidade Maravilhosa. Sou disso testemunha. Malandros, só os vejo na esquina do Odeon. Justamente os que não vestem a camisa clãssica... Ando quasi sempre superlotado, e as mãos dos meus pingentes não são mãos de doutor... São calosas. E grossos, quasi sem tato, os dedos que largam o balaustre para procurar no bolso um niquelzinho perdido, fruto de muito suor... Por falar em níquel, se eu não fosse mesmo filósofo teria "mudado'' me passaram para a classe quando dos "granfinos". Eu era o bondinho de tostão. Prestava outro serviço, naquele tempo ! Para trocar uma prata, para poupar uma caminhada, um ser adventício pendurava-se por deis quarteirões no meu estribo. Ágio leve pelo benefício recebido. Quiseram tornar-nie "granfinoT' mas eu não mudei. Disso tenho orgulho: já s°u tradição. Puzeram-me essa cartola, mas nem por isso desprezei a roupa surrada do trabalho. Conservei o tipo bondinhc-cpixa-de-fósfoio, E' que seu filósofo mesmo. E provo-o bem, aceitando esse contrapeso de dois reboques tjuando meus colegas elegantes só. toleram um, e ainda assim ¦ contrariados. Não mudei nem o som do meu aparelho marcador. Aquele "trim" estridente não é lá muito distinto... parece bonde de segunda. As vezes cansa... Mas se cansa cs ouvidos, é justamente porque o marcador não cansa. Bato "records". Quando venho da Praça 15, ao chegar à Lapa já servi mais de cem passageiros. Para o meu tipo "mignon", isto significa muito boa vontade da minha parte e da parte dos meus fregueses... Tém, tém... Como vê, estou o temO
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po todo a pedir passagem. Os meus funcionários quasi sempre são obrlgados a traduzir em linguagem humana os avisos do meu pedal menossilábico: "Olha a roupa !" Senão quando, condescendentes com a indumentária da maioria (ou serão irônicos ?): "Olha a roupa branca!" E eu vou passando, cuidadoso, devagarinho... Nem por ís§o dispensam-me do horario. Mas nisto, como em tudo mais, tenho de ser filosofo... E se P não fosse, ai de mim ! Viveria afobado. Sabe o que significa terse três relógios no principio, no melo e no fim do percurso ? e em terra onde ninguém parece dar desconto para os imprevistos ? Na Praça Paris é que os passageiros ficam sabendo a quantas andam; e eu que lhes recupere o atrazq ! E' um tal que precisa tomar aquela barca; é um qual que precisa alcançar aquele trem. E eu, no meio dessa confusão. Mas não adianta, não me afobo. Olhe aquele senhor que não socega um minuto — conheço-o; vai para o Ministério do Trabalho e sabe que o ponto está fechando. Que remédio ! E aquela senhora gorda que já gritou duas vezes com a menina oue trás ao colo — ouvi-a falar em avião da Vasp, e que o marido vem de S. Paulo. Imagine só a decepção se lá chegar depois do desembarque ! Mas, paciência. A velhinha aue está subindo não pode ser atropelada. Suba, vovózinha; suba de vagar. Eu sou do seu tempo — cabelos brancos merecem-me resneito. Upa lá! Foi difícil heim ? mas .-o pelor já passou; para descer vai ser mais fácil. Agora, quietinha ai. Tém, tém... E' este mesmo, morena ! Pode tomar, que a levo à Praça 11. Qual! Nem com número ! Vá lá que não se saiba ler; não posso ser muito exigente ou perderia a clienteIa. Mas depois que me marcaram a fronte com este par de algarismos!... A escolha do número é que foi má. Não me permitiram opinar. Deviam ter-me incluído entre os 25 primeiros, e ninguém me desconheceria, neste Rio do Jogo do bicho. "Não se esqueoue tem o número do ça, Maricota é o "borboleta" elefante !" Não, é que servia. Porque vou saltitante e desproocupado, beirando Praças ensombradas. fazendo minha genuflexãozinha
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diante de tradicionais Igrejas, brincando de t-unel lá nos Arccs, bebendo de longe a água dos chafarizes. Sim, o número dà borboleta é que me convinha. Tém, tém... Vamos com isso, Condutor, que estou ficando agora... um tanto irrequieto. Por causa daquela moça. Tbdinha de branco. Até os sapatos. Ela é que está nervosa; pudera não ! Já se sabe para ende vai. L' ali; na rua Jü. Manoel, yuandov saltar, lépida, rlsonha, o meu moter vai soltar um suspiro comprido... "Seja feliz!" Ela nem me responderá, nem retribuirá o meu olhar ansloso quando eu retomar a marcha. Não Tmporta, isso também faz parte da minha filosofia. E não fosse assim ! A vista da Santa Casa... e suas dependências... Espetáculo de cortar 0 coração, mesmo um coração de ferro como o meu Mas vou passando, filosofando sobre os Novíssimos do homem..-. Não fosse eu feito dessa tempera e os solavancos brusces nas curvas — e até mesmo nas retas ! fariam de mim um revoltado. Quando não um desconjuntado. Parece que a turma da "conservação'' só se interessa feias linhas da zona sul.-Cada solavanco : Segure-se, menina, lá vai um ! Eu já espero por eles, mas o meu povinho coitado, é um pedir desculpas para a direita e para a esquerda. E as moças ficam encabuladas. Só os namorades gostam. Aí! Estou com eles as vezes até exageram um pouquinho o_choque. Fico só observando... Mas são minoria, esses felizardos; e eu tenho de servir ao Público em geral Como vê, só mesmo gingando o corpo indiferente às aflições dos homens e aos obstáculos criados pelas circunstáncias. E lá vou eu, caminhando quando é possível; parando quando o mundo conspira centra mim; sempre o mes- • mo para cs ricos como para os pobres, para os felizes como para os sofredorss... Você nunca me verá de outro freguês amigo. Nunca. E' que eujeito sou mesmo filósofo
Tém, tém... "olha a direita !" Tém, ' V
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AS
DUAS
FUGAS
SENSACIONAIS
DE
G
IR
os que ja nos acostumámos a ver, nos jornais ciTODOS nematográficos, a figura sizuda, gigantesca e ornada de longos bigodes, do general Henri Giraud, acompanhamos com atenção o desfecho da sensacional, embora "lenta e silenciosa, luta entre esse cabo de guerra francês e seu colega de armas De Gaulle. Um e Outro são duas figuras simpáticas, cujos movimentos' no cenário político mundial é acompanhado com ávido e natural inlerêsse. Mas um parece que est^ destinado a permanecer, e o outro a passar. Pelo menos é o que indicam os fatos ao serem escrtas estas linhas... E como quem se prevê quem passará é Giraud, evoquemds. no instante em que se' prenuncia o seu crepú&culo — pois se anuncia a sua retirada para a vida privada afim de escrever as próprias Memórias — o que íoi sua trajetória como astro, indiscutivelmente, de primeira grandeza. A vida dêsse militar está assinalada por duas sensacionais fugas. em duas grandes guetras. Fugas tão notáveis que lhe vale"técnico em evaram o titulo de sões".' Durante a primeira grande guerra, foi feito prisioneiro dos alemães com um projétil alojado no peito, em estado tão grave que havia sido abandonado, por morto, pelos seus soldados, em pleno campo, depois de lhe terem tirado documentos e dinheiro, que feram mandados à sua esposa, com a notificação de seu falecimento cm campanha, durante um assalto a baioneta. Recolhido pelos teutos, foi tratado e curou-se. E logo que poude empreendeu a fuga, que falhou. Dois meses depois, conseguiu fugir. E que percalços teve de %nfrentai, para alcançar terras de sua pátria! Trabalhou como carpinieiro, moço de cavalariça e — imaginem! — equilibrista em um circo. Conta-se que a mocinha que andava no arame se apaixonou por êle e fê-lo aprender sua" arte. Nesse mesmo circo foi V
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prestigitador e palhaço, para ganhar a vida e acompanhar a poder troupe. que saía das terras que êlé desetambém, deijava, xar, para completar a • fuga. E o caso é que, no carro de Tespis. conseguiu atravessar as linhas inimigas, através da Holanda e dando a volta pela Inglaterra. com seu Quando, companheiro de evasão, se apresentou em Fie- • sing, à porta do hotel em que se alojara o adido militar francês, o por-, teiro negou passagem àqueles dois vagabun- . dos, de maneiras suspeitas, barbados, andrajosos é sujos... A segunda sensacional fuga de Giraud, está ainda na lembrança de todos. Ninguém sabe, ao certo, como se realizou. Mas se é certo que o militar gaulês vai começar a escrever as suas memórias, dentro em breve se conhecerão os detalhes dessa comentadíssima evasão. Henri Giraud foi preso em La Chapelle, onde fôra para se encontrar com o seu Estado-Maior. em substituição a Corap — como todos se recordam. longo cativeiro, Sofreu numa fortaleza alemã. E de um dia para outro o mundo todo se emocionou com a notícia da fuga espetacular, e quase impossível, do velho geassim, neral, que reproduzia, a proeza de seus dias de simples ' capitão. O segredo que se fez em torno das minúcias dessa fuga. é compreensivel. Giraud deve ter tido cúmplices de alta categoria — talvez mesmo dentro das forças alemães... — e só quando acabar a guerra e êsses cúmplices estiverem a salvo de qualquer represália, se conhecerá a ação que desenvolve-* ram para libertar o general francês. 59 • •.
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A estrela de Henri Giraud nunca lhe .sorriu, quando êle se achava em território francês metropolitano. Sua vida de scyldado transcorreu mais em terras francesas, da África, onde sempre cclheu louros para si e glórias para sua pátria. Toda sua carreira foi passada entre Túnis e Metz. Foi para Túnis. com seus zuavos, ao sair da Escola Militar, com o primeiro galão. Serviu em Bizerta, em Ain-Dram e depois em Túnis. E antes da guerra, sua última função na França foi de governador de Metz. Metz, como se sabe. é a capital da Lorena. E não há muito Giraud manifestou que seu desejo maior. na hora da emancipação xla França do jugo nazista, seria conduzir o exército que comandava à histórica cidade lorena... sonho •» — agora, ao que, ja que parece, nao se realizará mais. * De qualquer maneria, em nada sái diminuído o valor, o brilho dessa figura legendária de soldado, cuja vida foi dedicada ao serviço da grande nação francesa. Embora se afaste do cenário politico. embora no ostracismo, Henri Giraud será sempre aquele de quem disse o grande chefe Lyautey: "Èste Giraud é mesmo grande em tudo!" MALHO O
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noite, enquanto os troNAQUELA peiros do Brejo se acocoravam ao redor da fogueira, contando histórias, o Zé Piaba fez com que todos se calassem e principiou: Nem conto... Quando a "coisa" me deu, eu fiquei imóvel como pedra dormindo em fundo de açude. Por mais vontade que tivesse de me levantar não podia... Puxou um pequeno tição, acendeu o cigarro de palha e prosseguiu, após algumas baforadas: Minha mulher, a Raymunda, "bicha", achou quando deu pela que eu tinha esticado a canela. Abriu a boca no mundo, a chorar e foi logo chamar o compadre Bernardino para tratar do enterro. O mais interessante é que eu não acreditava na minha morte, pois via e ouvia tudo. Até não pude esquecer nunca a ocasião jem que a minha costela se lamentava, dizendo ficar sózinha neste mundão de Nosso Senhor. ¦ Eis que o compadre; sem cerimônia, a apertou nos braços, e disse que ela não se incomodasse tanto, que se casaria com ela. Como êle era viúvo, seria um casamento igual, de dois viúvos. Ela ficou mais consolada e tudo ficou combinadinho, ali mesmo nas minhas barbas. Quando foi noite fechada, começaram a chegar os conhecidos. A Ray inunda, a todos que lhe davam os pézames, ia oferecendo bolo de carimã com café. Mais tarde, coisa dumas 10 horas, enfiaram um páu nos punhos da O M A L H O
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rede. Lá fora a lua era uma beleza, tomando banho no rio que parecia uma lâmina cortando os campos. Saíram com o "defunto" e foram pela estrada, cantando umas cantigas horríveis, de arrepiar coiro e cabelo. Si eu pudesse teria tremido como queixo de impaludado dos Amazonas. Mais porém eu estava caipóra mesmo. Nem para tremer prestava. Nem um sinalzinho de vida. Inda hoje parece que ouço a bruta: Repouso eterno Dái-lhe, Senhor, Da luz perpétua O resplandor. Quando acabaram essas "ladaínhas" já os gaios abriam o bico a cocoricar. Eu voltei para o ponto de partida, isto é, para o mesmo lugar em casa, pois o enterro seria no dia seguinte. De manhã, foi que eu vi o negocie espritar-se mesmo. Iam enterrar-me vivinho da Silva, sem mais nem menos. Mentalmente fiz unia oração à Nossa Senhora das Candeias para que iluminasse o espírito daquela gente e não fizesse comigo aquela judiação. Vocês nem calculam como sofri. Depois que o Padre rebolou uma porção dágua benta em riba de mim, o enterro foi marchando subindo a ladeira para o cemitério. Eu sentia um terror mortal. Acho que minha garganta estava toda cheia por um nó bem grande que não me deixava gri-
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tar. Seria nó mesmo ou apenas suposição? Não sei. O que sei é que, quasi na hora H, vi que já podia fazer algum movimento. f Estendi a mão e peguei um dos gajos que iam me levando pelo paletó. Êle se virou e quando deu fé daquilo, nem digo nada: soltou a rede no chão. O outro fez o mesmo. E"todos, julgando que eu era alma do outro mundo, deram de gâmbias e catrâmbias. Desandaram a correr qüè nem um estouro de garrotes bravíos. O compadre Bernardino, o apalavrado futuro marido de minha mulher, pensou que aquilo eram artes do Nãosei-que diga. Quis meter-me uma carga de chumbo nos couros. Mas felizmente a garrucha negou fogo. E todos corriam com medo de mim como um bando de satanaz... A minha cara-metade so foi para casa depois que o doutor foi ver-me e disse que eu tivera um ataque de "calapsia". Êle disse uma coisa mais ou menos assim. Um homão feio, arrevezado, que só o tal doutor sabe dizer direito. E assim eu escapei das garras da morte. Quando à noite apareci de re'num gambá, todo lampeiro, o pente povo quis correr, pensando que era assombração. O compadre Bernardino é que parece que não gostou '.adinha. Pouco tempo depois morreu. Penso que de tristura ou paixão recolhida. Jaymc Sisnando V — 1 9 4 4
(jMMâkMÁ Luiz Otávio é um poeta novo. cujas produções, primando pela delicadeza. filiam-no à escola que tem por mestre Adelmar Tavares. As quadras que se vão ler pertencem à série que o autor deno"Adelmarifinas", minou e são res"TROpostas a outras do livro VAS", daquele ilustre acadêmico.
I Ai, pobre folha caída levada pela corrente. .. E' igual a tua vida à vida de muita gente...
Por mais calado que eu seja, e por mais tristonho enfim, é bastante que eu te veja, pra ficar sorrindo assim... III "Quem
tem um amor na vida tem tudo..." — tu dizes bem... Mas porque a intrometida da Saudade vem também?!. . .
-^ÈsWémmY 7
ZT^^^^^^MÍmmv} \
WÊÈ Mm f?
IV . . se e no
.Esta flor comum — Saudade, espalha tal qual a grama, cresce mais à vontade coração de quem ama... V
O' doce santa morena, O' mãe que não conheci... Esta tristeza.. . esta pena. .. eu julgo que vem daí!... VI Vejo-te sempre ao meu lado, vá ao logar onde fôr. .. Vejo-te tanto... inda dizem que estou ceguinho de amor... VII . . . Mas que falta faz ã Vida, para sempre me negar esta graça merecida: um amor.. um filho... um lar?!. VIII Ciúme não é defeito... E' prova de-querer Sem... Não creio em amor perfeito que ciúme nunca tejL.1... V
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XIII
IX
-
A Ventura que hei buscado sinto perto à minha mão... Mas pra colhê-la .— cortado! * nem forças tenho não...
Verinha seu olhar triste é um raio de luar, repousando numa campa. Alva, triste, secular...
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XIV
X Nas maiores alegrias, que tristeza inesperada?! São lembranças de outros ou falta da bem amada?
dias
XI Há tanta coisa a dizer, mas o melhor é calar... Amor — é bastante ter. .. Nem- é preciso falar... XII Sentimos igual saudade, mesmas dores e ideiais... No amor. a felítidade se veste com roupas tais...-
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A sombra só aparece quando há luz, seja qual fôr..." Saudade, nunca nos deixa! Basta a gente ter amor... XV Matar saudade é tolice. .. Ela não desaparece. .. — Se a gente mata de um lado, ela de outro lado cresce... XVI Não queiras as nossas almas nem de leve conhecer... Muitas vezes as mais calmas, são mais difíceis de ver... LUIZ OCTAVIO O
MALHO
d a ça í das A t i v idades Expio rati va s BELARMINO "Que
significa
como
fraternidade,
idéia ou realidade? Conto podeis realmente ter o sentimento de amor fraternal em vossos corações, quando mantendes uma série de crenças dogmáticas, quando fazeis distinções religiosas? KRISHNAMURT1 — "Adiar — índia — 1933.
oriundas da confusão em que se encontra sua mentalidade. Confusão produzida pela acumulação e contradição de sistemas filo-
Quem se choca, nos atritos das nações. são os homens de subconcientes diferentemente organisados pelas — crenças. Quan-
sóficos, religiosos, políticos
do não mais existir as. diferenças organisa-
de classes
e pelo refinasociais explorativas. E
das e acumuladas pelas crenças, haverá en' tendimento para todos, pois em todos a aspiração .de liberdade e felicidade é a
mento
desta forma, a inteligência está engaiolada
estão colhidos nas malhas do
sem poder expandir se. A influência que a domina fecha-lhe o passo para a expressão do entendimento.
sofrimento. A maioria das pessoas, TODOS porém, está inconciente da causa do conflito, e busca solução fora do ambiente
Quando chega o tempo em que se abre a branca flor dc Lotus — a mente do homem aos sete anos — já existe^ formado
que
o produz. Uns atribuem a causa do conflito à falta de uma educação orienta-
um
da para determinado sentido religioso; oi»tros à falta de cumprimento de tratados e\
que envolve o legitimo sêr, e proclama: Deus castiga; Deus pteméia: não faças isto; não desobedeças ao teu Deus. : .
convenções políticas; muitos vêem a causa da guerra na existência dos partidos politicos. Os tradicionalistas acham que seria fator de ordem e aperfeiçoamento social, a prática de certos hábitos e preceitos de gerações passadas; estão persuadidos de que a tradição, é bôa para evitar conflitos e
subconciente,
E assim, vivem isolados grupos de ho-
são
unificação da felicidade e da harmonia no viver; essa maioria está inconciente de toda
aspiração. Ela é' a expressão real do anpregadores de doutrinas sociais ou religiosas praticam a fraternidade entre seus cor-
der os motivos 'Porque os outros não adotam os seus sistemas. Os que pensam «ssim; pstão perturba ¦ dos com atividades cuja natureza nao com-
tem ela o espírito embotado pela
crença e pela descrença. Não sabe porque está a crer nem porque descrê. Só o desejo,
sófica, nem a religiosa; que inci/ta respeito e medo, que o orientariam melhor. Está fal-
sem discernimento a conduz.
tando o ensinamento, pelo qual o homem possa entender. Pensando, raciocinando e entendendo, o homem se libertará da ignoran-
zações;
A cultura do espiritualismo religioso nas civilizações, ainda não preparou o homem para compreender sua própria vida e natureza. Muito mal interpreta-lhe os movimentos sem finalidades essenciais, das suas memórias O
acumuladas. MALHO
Suas
atividades
são
tence. '
Enquanto
os
homens forem
divididos
pelas crenças, não deixarão de ser mais cruéis que os tigres. Os tigres atacam por terem fome; os homens, atacam para au-
apesar de possuir a razão.
preendem. Não é, portanto, a cultura, o que está faltando ao homem; rtão é a educação filo-
a realidade. Depois de viver várias civili-
vel quando ele estiver livre das crenças, e compreender que tudo sobre a terra lhe per-
licidade que aspiram. Todos os seres humanos aspiram paz. felicidade e harmerrfa. Não é ilusão essa
religionários. Engaiolados, porém, nos velhos subconciehtçs. não podem coiripreen-
atividades
bituado a adquirir sua segurança, dispensa
mentar efêmeras seguranças. 0 tigre vive
se encontram, sem se volverem para o seu
infrutíferas no sentido da
Desta maneira errada foi o homem ha-
friens, raças e classes, sem íamais poderem gozar a harmonia, o entendimento e a fe-
ceio da vida mesm*. Tanto é assim, que os
próprio interior. A maicria dos homens da hora prçgente tem o subconciente colhido pelo caos. Suas
mesma.
uma capa de memórias
guerra. Todos estes aspiram uma felicidade, sem estarem apercebidos do problema individual -mútuo, do estado mental em qu/}
E
VIANA
cia acumulada no seu confuso subconciente,
instintivamente; o homem
ignorantemente,
Já é tempo de fazer chegar à luz do entendimento ao homem civilizado, para que êle saia âo caos criado pelos deuses diferentes que adotais para que entenda a verdade, essa vivente e ete:na realida'de que se encerra na compreensão, na inteligência no entendimento e na razão. Se os civilizados pensassem na responsabilidade das suas conciências, por tantas • dores e misérias derramadas soTsre a humanidade, tomariam a resolução de trabalhar pela reorganização do mundo sobre bases firmadas na aspiração oomun do essencial: liberdade' e felicidade para tedos. Uma sociedade perfeita, na qual a instrução esteja cientificamente a serviço de distinções, já pode ser organizada. Por esta maneira viria para as relações dos homens, um outro ambiente, não
todos, sem
mais causador je atritos, conflitos e guerras. Por meio de uma educação dirigida finalidades e objetivos
essenciais, o
a qual, não lhe permite entender suas próprias atividades exploradoras ou cooperado-
para
ras.
ATIVIDADES EXPLORATIVAS. V — 1 9
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homem se libertaria do LODAÇAL DAS 4
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Uma esmola senhor. Tenho o estômago a horas. dar horas. relojo&ria? relojoària? ^ Porque nãó te empregas ^ numa
Quando me casei tive vontade de comer minha espo,s«'i., tanto era o meu amôr por ela. E agora? Agora sir.to não o ter feito.
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— Como você nos voce explica trazer estas coisas nos bolsos? neÉ que em casa, seu guarda, não temos ¦ armário. nhum armario'
Então o senhor bebe, bebe, bebe, e esquece que tem que pagar a despesa ! Então?! Eu bebi mesmo para esquecer de tuao... ¦: i.' ."_»'¦«¦%--»J?"«Í'
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Há, porém, uma fase da vida admirável de Rio Branco que nos seduz, a nós homens de imprensa — é a fase em que exerceu, e esplendidamente, o jornalismo. Era, então, simplesmente, o Juca Paranhos. Quando estudante de direito em São Paulo Juca Paranhos, entre os 28 e os 22 anos, começou a escrever nos periódicos. O movimento abolicionista, que se irradiava, empolgava-o. Transferido para Pernambuco, ali continuou a pregar seu crédo pela imprensa. Regressando ao Rio, bacharel, formado e eleito deputado, Juca Paranhos foi redator do "Jornal do Comércio", onde comentava a politica, às vezes em sentido oposto ao Governo de seu ilustre genitor. Mas, a expressão política do problema servil tomava um rumo mais profundo e a alma nacional trepidava, alargando seu campo de ação. Juca Paranhos fundou então "A Nação", jor-
Paranhos,
GAROTO DE GOSTO Meu filho" você deve comer bastante espinafre para ficar forte como o marinheiro Popeye. Não! Não! Não! Etf quero ser como o Robert Taylor!
jornalista JARBAS DE CARVALHO
devendo ao Barão do Rio Branco homenagem, essa ETAVAMOS que afinal realizou-se — a ereção de sua estátua. Conquanto seja uma bela obra de arte posta no coração novo da cidade velha, tinha a impressão de que isso não seria bastante para pagar a divida do Brasil ao homem que lhe deu 230.622 quilômetros quadrados de território, sem recorrer à força, mas somente à inteligência e ao trabalho para obter justiça. O recente áto do Governo criando cinco territórios fronteiriços, não teve essa significação expressa, mas evidentemente se liga à histórica ação do grande chanceler, educado na escola do pacifismo previdente, querendo que nos respeitem "por la razon", mas se preparando para reagir à qualquer veleidade de outro meio de convicção. Isso eu considero uma grande, uma alta homenagem ao Barão, pois é um áto que lhe consagra os princípios austeros aplicados a uma sábia política de fraternal e mútuo respeito continental. E' certo que ninguém ligou o homem à essa consagração; nos derramados comentários do dia. Mas. também é certo que êsse pensamento era predominante. • Rio Branco, o segundo da estirpe, foi realmente o que se pôde chamar Benemérito da Pátria. Desde a missão ao Rio da Prata e ao Paraguai, como secretário de seu pai, revelou-se um espírito arguto. Foi professor no Pedro II, promotor público no Estado do Rio, cônsul em Liverpool, diretor de imigração em Paris, ganhou a arbitragem na questão do Amapá com a França e das Missões com a Argentina, negociou o ^cre no Tratado de Petropolis, resolveu o conflito da Guiana Inglesa, foi poligrafo, historiador, memorialista, diplomata, chanceler — enfim um homem público completo, sereno de atitudes, mas de extraordinária ativi. dade mental. O
MALHO
nal de combate, com Gusmão Lobo e o padre João Manoel, aquele que, na agitação abolicionista seria o primeiro a dar o "Viva a República"! no seio do Parlamento da Monarquia. A Lei Rio Branco, ou a "lei do ventre-livre", como era conhecida, transitava nas Camaras. "A Nação" a defendia calorosamente. Seria um apôio do filho às idéias nobres do pai? Murmurava-se, no entanto, que loram as idéias do filho que sugeriram ao pai a nova lei. O Imperador não era um escravocrata. Bondoso de coração, tendia para uma solução da questão servil por meios suasórios — e a lei Rio Branco, que a encaminhava por etapas, lhe parecia bôa solução. Mas, os escravocratas dominavam a política — e os artigos de Juca Paranhos os incomodava. Que é que se teria passado, então, entre o Imperador e o Visconde do Rio Branco, em seus encontros? Certo é que, atendendo a um chamado do pai, Juca Paranhos foi consultado se aceitaria um posto de cônsul na Europa. O jornalista, compreendendo a manobra, relutou — e soube-se depois que o próprio imperador recusara fazer a nomeação. Mas, era o ano de 1876 e S. M. foi à Exposição de Filadelfia, nos Estados Unidos. Na regência, a Princesa Isabel, ao que se dizia, atendendo a insistência de certos políticos a quem Juca Paranhos contrariava, fez o áto que o nomeava cônsul em Liverpool, declarando, porém, ao pai que procurava premiar o mérito do filho. O brilhante jornalista teve assim, de desertar o- posto, encerrando sua fulgurante carreira de imprensa. Destino. Mas, há males que veem para bem. Sem essa insidiósa intervenção dos escravocratas, talvês a vida do Barão não tivesse tomado o rumo que o conduziu, tão auspiciosamente, aos mais rutílios fátos da história brasileira. 6*
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A mulher — Que barulho é êsse? E"s tu! Lulú? O ladrão — O' Telesfóro, lambe a mão dela depressa.
O pescador (ao afogado) — Escute aqui, rapaz... Você viu muito peixe lá em baixo, viu?
— Vejam só! A patroa está revista nos bohos do patrão. Deus? Como as mulheres são V — 1 9
passando Ah! meu curiosas! 4 4
COMO SE ORGANISA ÜI SIHDICATO OPERÁRIO '*-•
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Sede própria do Sindicato dos Con-e dutores de Veículos Rodoviários Anexos do Rio de Janeiro. reconhecimento da liberdade de O associação profissional, principio de direito novo plenamente assegurado nas legislações das naunições, não obedece a um critério se êle ordem jurídica, Na forme. processa de diferentes modos. O processo, como agrupação de uma depessoas para o exercício de está sindicato o atividade, terminada sugeito' ao direito comum das associações, que lhe impõe, afim de que seus atos possam ter efeitos jurídicos, a necessidade de reconhecimento da personalidade civil. Sem esse reconhecimento, a atividade sindical não pode ser exercida em nome e em fundação da coletividade. O reconhecimento do sindicato cria necessáriamente uma regulamentação do direito de associação profissional. As disposições sobre o reconhecimento legal do sindicato tanto pode ser em relaçãoà sua estrutura, como com relação à sua estrutura, como com mento. O funcionamento do sindicato, assim como a sua estrututra, está sugeito ãs normas e condições legais. Essas normas, obriga o sindicato reconhecido a cumprir certos atos tidos como necessários e decorrentes do próprio reconhecimento. Para se organisar um sindicato, portanto, o agrupamento terá que seguir normas da lei, isto é, dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (decreto-lei n.° 5.452 de 1-5-1943), Título V que trata da organisação sindical. O, Departamento Nacional do Trabalho eloborou um modelo patrão, onde os operários encontrarão os ensinamentos descrimiV
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nando às formalidades da lei para que possa o sindicato ser reconhecido e venha colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social. COMO SE PROCESSA O PEDIDO DE RECONHECIMENTO O pedido de reconhecimento de um sindicato operário deve ser dirigido pelos interessados ao ministro do Trabalho, Indústria e Coméicio, consta obrigatoriamente das seguintes peças: i.a — Uma petição assinada pelo presidente do sindicato, com firma reconhecida, e selado com uma estampilha de Cr$ 3,00 e outra de educação e saúde; 2a — Cópia autêntica da áta da assembléia de instalação assinada por todos os membros da mesa e rubricada pelo presidente do sindicato: A assinatura do Presidente será feita sobre estampilha federal de CrS 1,00 e uma de educação e saúde; 3a — Cópia dos Estatutos, de acórdo com o modelo padrão, assinada por todos os membros da mesa e rubricada, folha por folha, pelo presidente do sindicato que assinará sobre estampilha federal de Cr$ 1,00 e mais uma de educação e saúde 4.a — Cópia autêntica do livro àe registro de sócios, assinada por todos os membros da mesa e rubricada velo Presidente do sindicato sobre uma estampilha federal de Cr$ 1,00 e mais uma de educação e saúde.
O pedido, assim instnüdo, deverá ser entregue, no Distrit.» Federal, ao Departamento Nacional do Trabalho •e nos Estados , às respectivas Delegacias Regionais. Qualquer pedido de reconhecimento devera ser ainda acompanhado de prova do exercício da profissão, da localidade, de todos os diretores ou membros dos demais poderes. E' preciso airda ressaltar qúe os Estatutos levarão, em cada, fôlha, ou final, o total de estampilhas federal de Cr$ 1,00 por folha e mais uma de educação e saúde. Depois do reconhecimento, o sindicato efetuará o pagamento da taxa, em estampilha, no Tesouro Nacional (Distrito Fedederal) ou nas Delagacias Fiscais, nos Estados. A .taxa presentemente é de Cr$ 200,00, inclusive uma estampilha de educação e saúde. As assembléias no sindicato funcionarão, depois de prévio aviso no Distrito Federal ao Departamento Nacional do Trabalho e nos Estados às Delegacias Regionais. O sindicato constituir-se-á, na sua categoria econômica ou profissional, especificas, na conformidade da descriminação do quadro a que se refere o art. 577 da Consolidação das Leis do Trabalho ou segundo as subdivisões que, sob proposta da Comissão de .Enquadramento Sindical, de que trata o art. 578, forem criadas pelo ministro do Trabalho Indústria e Comércio.
Um aspecto do Departamento de Assistência do Sindicato.
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| | MA das mais populares c úteis instituições crea ias ^ pelo Ministério do Trabalho, sob a orientação do Ministro Marcondes Filho, é, sem dúvida, o Serviço de Alimentação e Previdência Social que estabeleceu nesta capital um restaurante popular, destinado à educação alimentar do trabalhador, conhecido pela denominação abreviada de "SAPS" como núcleo principal de suas ativi-
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dades. Lado a lado com essa organização, que funciona à Praça da Bandeira, mantém o S. A. P. S. vários cursos destinados a formar especialistas em nutrição e outros ramos de assistência social, além de outros serviços, também de alta relevância e utilidade. Destinado a desempenhar importante papel na defesa da; saúde da raça e a ser, como já vem sendo, o foco de onde se irradiarão para os Estados os mais sadios princípios e ensinamentos, o S. A. P.S. representa um dos mais louváveis esforços do Estado Nacional, em pról dos nossos proletários nacionais. Oferecemos, nesta página, alguns aspectos interes-
O Presidente Getúlio Vargas carrega, sorridente c democraticamcntc, a sua própria bandeja numa das visitas que }e~ ao SAPS.
santes das atividades dêsse valioso serviço público.
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..„/>../,> rfo distribuição de auxílio alimentar a famílias de trdlmlnadorcs necessitados, feita pelo S. A. P. S. nas próprias rcsidèncias, por meio de caminhões térmicos.
Alunas do Curso de Nutricionistas que o SAPS realiza com iniuito de preparar joz<cns destinadas à direção de seus futuros serviços de assistência.
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A OBRA DO SENAI EM S. PAULO Cerca de dois mil industriários em Nacional de Aprendizagem OCerviço Industrial (SENAI), criado pelo decreto-lei n. 4.048, de 22-1-42, teve. o ceu Departamento Regional de íá Paulo instalado nesta capital pela Federação das Indústrias, em setembro do mesmo ano. Convém destacar, de saída, que o SENAI, como nova entidad° de ensino profissional para industriários, deve criar do nada uma extensa estrutura poliforme para atender às necessidades da aprendizagem — adquirir terrenos, construir prédios, instalar oficinas diversas com máquinas e ferramental e, finalmente, selecionar e preparar professores e instrutores especializados. Essa a tarefa que o SENAI tem de desempenhar e que levará certamente aiguns anos para ser integralmente completada, tal o seu vulto. Pelos dados abaixo, constantes do Relatório referente a 1943. apresentado pelo seu diretor, prof. Roberto Mange, poder-se-á verificar quais foram as realizações e trabalhos executados pelo referido Departamento em pouco mais de um ano de atividade. OS TRABALHOS DE SELEÇÃO — Relativamente a esta parte, além dos estudos e planejamentos feitos, foram elaboradas diversas provas de seleção organizadas baterias de testes e realizadas diversas aplicações experimentais de provas para fins de aferição, as quais abrangeram 1.619 indivíduos. No decorrer do ano, foi realizado grande número de provas para a admissão aos Cursos Extraordinários e Regulares de Aprendizagem, bem como para ingresso ao quadro do pessoal do SENAI. às quais submeteram-se 3.913 indiv duos ao todo. A atividade da Inspetoria Mediei também não foi pequena: além dos estudos feitos visando as indicações e contra-lndicações para as diferentes profissões, e das aulas de higiene ministradas aos alunos dos Cursos Rápidos de Formação e de Aperfeiçoamento, os médicos da Inspetoria procederam a 1.818 exames médicos. Para fins de educação f sica e a título experimental, foram ainda realizados exames específicos em 129 menores. OS CURSOS DO SENAI Os Cursos de Emergência, organizados em obediência ao plano de preparo imediato de novos operários para a indústria compreenderam os Cursos Rápidos de Formação e os Cursos Rápidos de Aperfeiçoamento. Ao todo foram organizadas, em 1943, atendendo ao plano de emergência, 34 turmas de alunos, sendo 21 para os Cursos Rápidos de Formação (limadores, torneiros, moldadores de fundicão e soldadores oxi-acetilenicos e «Ootricôs), e 13 para os Cursos Rápidos de Aperfeiçoamento (trabalhos de bancada, máquinas operatrizes e elétricidade, além da Leitura de desenho) . O total de matriculados atingiu a 962, dos quais 4^5 operários receberam o certificado de conclusão satisfatória do curso. Os Cursos Regulares Ge Formação de Aprendizes de Ofício e Preparação de Trabalhadores Menores tiveram inicio em agosto, com a inauguração de três escolas, instaladas em prédios provisórios e destinadas a atender aos , três setores de maior concentração inMALHO
clusc.ial, dentre os 11 em que está dividida a capital. Com a instalação, tempos depois, de mais cluas escolas — sendo que uma com oficina de aprendizagem, localizadas provisoriamente no recinto da IV Feira Nacional de Indústrias — cinco portanto, eram as Escolas SENAI com Cursos r.egulares que. em novembro de 1943, se achavam em pleno funcionamento nesta capital. O movimento total de matrículas nessas cinco escolas, foi de 1.040 alunos, dos quais 519 aprendizes de ofício e 521 menores. Em trabalhadores Taubaté. com a aquisição da Escola "Felix Profissional Guisard", entrou ü SENAI na posse de um estabelecimento já regularmente equipado e em funcionamento, e em Jumlia., em virtude da solicitação dos próprios industriais, procedeu-se à instalação de uma Escola SENAI na qual preponderará o preparo de trabalhadores menores do íamo têxtil, com oficina especial da adextramento. Nos primeiros meses de 1944 devem entrar em funcionamento as novas oficinas de aprendizagem instaladas no setor do Braz. O SERVIÇO DE CADASTRO E CONTROLE —- Embora seja recente a sua criação, grande foi a atividade desenvolvida pelo Serviço de Cadastro e Controle; além de outros trabalhos de ordem estatística e de classificação de operários, procedeu ao preenchimento de 32.488 fichas correspondentes a 8.122 indústrias da capital; executou o levantamento de um "Cartograma da Distribuição de Operários da Capital" relativo aos cinco grupos de indústrias mais importantes, para a divisão da caDitai em Setores e realizou ainda os pstudos da concentração industrial er" Santo André, Campinas e Bebedouro, >">em como o levantamento cadrastal das indústrias da Zona Norte do Estado. Quanto ao trabalho realizado por 10 agentes de cadastro, em suas visitas * "stahe^oimentos industriais da caoital. os resultados referentes a novembro e dezembro de 1943, mostram que foram feitas 2.000 visitas e classificades mais de 100.000 operários. Cumpre ainda mencionar o preparo e encaminhamento de 25.022 circula'res e respectivos impressos aos industriais; o fichamento de 2.459 candidptos inscritos nos Cursos Rápidos e do 795 candidatos às provas de seleção para admissão a cargos no Departamento Regional e ainda cerca de 3.790 pedidos de informações atendidos ou respondidos. — Os TERRENOS E PRÉDIOS terrenos adquiridos na capital somam uma área de 21.741 metros quadrados e os do inter4or 6.656. o aue perfaz o tr>t««i fie 28.397 metros nnadrados. no valor global de Cr$ 4.267.000.00, não computada as despesas de ciza f de escrituras. No terreno admiiri^o n^ R°tor 1, à rua Monsenhor Andrade, acham-se auasi concluídas a construcão de uma oficina e diversas instalacões auxiliares com área total construjda de 1.410 metros quadrados, cujo custo, até fins de 1943, foi de Cri? . . . 450.00C.00. MOVIMENTO FINANCEIRO — Dos mais expressivos, são os dados reFinanceiro do lativos ao Movimento Departamento Regional. Para uma receita total de Cr$ 11.14 i .178,90, houve uma despesa geral de CrS 10:97.776,10. 68 —
suas escolas
Verifica-se a existência de um saldo para 19 |4 na importância de Cr$ . . . 746.402,70. Mas não se trata apenas da existência de um saldo; cumpre de inicio salientar que as verbas relativas a pessoal — geralmente tão elevadas em face das despesas globais — atingiram apenas a soma de Cr$ 1.647.593,5o, ou sejam, cerca de 16% do total dás despesas. Aliás, seja dito de passagem que todos os trabalhos que vêem de ser descritos, o Departamento Regional conseguiu realizá-los com um quadro de 209 runcionários, estando nesse número incluídas todas as categorias funcionais da sede do Departamento e das EscoIas. O grosso das despesas correspondeu às imobilizações, num total de Cr$ V.294.009,09 ou sejam cerca de 70,r/< das despesas; aliás, gastos dessa natureza são normais em qualquer organi-ação em iace de instalação. Essa importância constitui, todavia, uma significativa amostra do que será, den«io em ponco, o patrimônio do SiliNAl. De fato, &% do total das despesas foram invertidos em terrenos e prédios e 27% em instalações, móveis, máquinas e ferramentas, ou sejam, respectivãmente, Cr$ 4.468.537 30 e Cri . . . 2.825.471,80. As cifras relativas a despesas gerals e material de consumo na importância de Cr$ 1.429.614,50, bem como as referentes a Deposito e Cauções no valor de Cr$ 150,00 completam a distribuição total das despesas. Encerrando estas informações, cumpre aqui destacar o grande êxito obtido pelo "Pavilhão SENAI" que funcionou na IV Feira Nacional de Indústrias, onde para mais de 113.000 pessoas puderam conhecer os processos de seleção e os métodos de formação racional empregados pelo SENAI. Atualmente, decorrido o primeiro trimestre de 19Í4. já se evidenca sensivel ampliação das realizações do Departamento Regional do SENAI, com relação ao exposto no Relatório de 1943. Além das 5 Escolas existentes em fins do ano passado, acha-se já em funcionamento mais uma que atende ao Setor da Luz. elevando, assim, a 6 o número de Escolas SENAI na capita!. Esse número de Escolas SENAI deve ser acrescido de duas Escolas Profissionais Oficiais, de São Paulo e ce Santo André, em que são mantidos cursos de emergência. No interior, acham-se em funcionamento Escolas SENAI em Taubaté e Jundlaí. Conta assim o SENAI, atualmente, com 10 unidades de enslno no interior do Estado de São pauIo, em que acham matriculados se cerca de 1.00o jovens industriários. No terreno adquirido à rua Monsenhor Andrade, Braz. em que vai ser iniciada a construção da Escola Central e Sede do SENAI, já se acham completemente prontas as dependências aue com uma área construída de 1.400 m.2 servem para uma grande oficina de aprendizagem, almoxarifado e depóslto e diversos outros serviços acessorios. Acha-se prestes a ser iniciada a construção de 5 Escolas SENAI, em terrenos próprios, para substituir as instalações provisórias em que vêem funcionando essas Escolas. 19
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4
desde 1930 em seseus quadros de os lecionar Empenhada trabalhadores mediante os ensinamentos indispensáveis da moderna técnica ferroviária, a Estrada de Ferro Sorocabana foi incontestávelmente a pioneira na creação dêsem te importante serviço não só Brasil. todo em São Paulo como Organisação das mais complexas resno seu gênero, tendo sôbre sua trafego o garantir ponsabilidads ferroviário de grandes zonas produate toras do centro e do sul paulista rle a barranca do Paraná, a Estrada comFerro Sorocabana bem cêdo
A
ESTRADA
SEU
Locomotiva repassada totalmente pelos alunos do curso de aprendizes da E. F. Sorocabana. O curso funciona junto às grandes oficinas da Estrada, em Sorocaba.
DE
ESFORÇO
. pre_ . — as even para os seus trabalhadores futuro. do tualidades Assim orientada desde a admiraa ímtração Gaspar Ricardo, poude de um dentro portante ferrovia crear órgão técnico plano sistemático, o cujas finamissão esta a destinado de lidades visam o aperfeiçoamento funções desempenham todos quantos de carater técnico por mais modestas que sejam.
FERRO
EM CO
PROL DO
SOROCABANA DO
PREPARO
SEU
Bem cêdo compreendeu portanto a Sorocabana que para manter rigorosamente em ordem o seu complexo organismo, devia cuidar seriamente de aprimorar a educação dos seus auxiliares cujos conhecimentos precisam estar em nível capaz de cooperar eficientemente com os engenheiros e os d-smais profissionais graduados da estrada. Para se ter uma idéia do que é o Serviço de Ensino e Seleção Profissional — SESP — da E. F. Sorocabana, será bastante conhecer as linhas gerais de seu plano de ação, I ^i o qual se desenvolve ampla e metódicamente dentro de três modalidades: A ) — Formação através de u m a atuação completa e sistemática sôbre o futuro profissional, receoendo-o em sua fase préadolescente e dando-lhe as basss gerais e técnicas do oficio, de par com sua educação moral e física. |4| Essa modalidade de ensino visa os aprendizes de oficio e os pratican(es de estações. B ) — Prepáro técnico — Destina-se ao pessoal que, embora dotado dos conhecimentos básicos e das necessárias aptidões, carecem, todavia, de uma preparação complementar relativa às funções especializadas que irão exercer. O preparo técnico abrange empregaclos, situados, em geral, nos pontos iniciais e médios das diferentes carreiras (amanuensss, feitores de Uma das provas para seleção tíc guarlinha, foguistas maquinistas etc. da-chaves consiste na verificação do "agilidade cando C ) — Aperfeiçoamento, cujo objetivo manoal" gráu de didato. O clichê focaliza o aparelho é facultar, aos elementos mais utilisado para êsse fim, pelo Serviço capazes, os meios de adquiride Ensino e Seleção Profissional da rem conhecimentos técnicos Sorocabana. — 69 —
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O
TECNI-
PESSOAL especiais, em virtude dos qua*s possam ocupar cargos de maior responsabilidade. Os cursos de aperfeiçoamento são imprescindíveis para certos postos superiores da carreira (mestres de iinha e de oficina, maquinistas, escriturários, etc.), devendo mesmo valer como "prova de habilitação" para acesso. A.) — Para admissão aos cargos iniciais, cujas funções se apresentam bem definidas, como sejam: candidatos e aprendizes artífices, foguistas, motoristas, empregados de escritorios, etc. B ) — Para acesso a determinados postos da carreira, quando êsse acesso implica no exercicio de funções diferentes ou de maior responsabilidade. E' o que se verifica, for exemplo, na passagem de foguista a maquinista, de feitor a mestre, de agente de despachador etc. Nestes casos além de outras verificações, impõese a aplicação de provas de habilitação. Dois princípios fundamentais regem os trabalhos do S. E. S. P.: IO) — Formação profissional intimamente ligada à realidade industrial dos misteres ferroviários e completada pelo aprimoramento, da" qualidades ' pessoais, tanto físicas, como intelectuais e morais; 2o) — Seleção profissional baseada no estudo de todos os elementos capazes de proporcionar um conhecimento seguro das características individuais de ordem psico-física e de aptidão funcional, completados pelas indicações caracterológicas e de adaptabilidade. MALHO O
A
Previdência
Sócia!
e
os
seus
beneíicios
assuntos ligados à previdência social são OS dêsses que estão sempre em fóco, e tal fenômeno ocorre sobretudo agora, quando I começam a aparecer na imprensa os balanços Ejj^^ dos órgãos de seguro social, trazendo a público, através das demonstrações contábeis, o que sé passou nos mesmos, durante o ano cujo fim ainda não vai longe. Como em geral acontece com as coisas recentes, a previdência social constitui, ainda, objeto de discussões. Uns crêem nela de modo quase absoluto, vendo nos Institutos e Caixas de Aposentadoria e Pensões a solução radical dos problemas existenciais dos associados respectivos. Outros, pessimistas, só vêem defeitos nessas instituições, acham que elas arrecadam somas fabulosas para distribuir benefícios irrisórios, clamam contra certas inversoes de fundos, falam em despesas administrativas elevadíssimas, _e, em suma, negam absolutamente aos órgãos de previdência qualquer influência no sentido de melhorar a situação dos trabalhadores. Conforme quase sempre ocorre, a verdade não está inteiramente com nenhum dos grupos. Sem dúvida alguma, a organização dos nossos seguros sociais apresenta lacunas, e mesmo lacunas bem sérias. Por outro lado, entretanto, ninguém pode contestar que, dentro de uma natural relatividade, os organismos de previdência teem feito muito pelo nosso operário, assegurando-lhe o conforto moral de saber que pode contar com a sua Caixa ou com o seu Instituto, na hora do infortúnio, e proporcionando-lhe, nessa hora, o conforto material das aposentadorias, das pensões e dos diversos outros benefícios. E se alguma das correntes apontadas deve prevalecer sóbre a outra, sem dúvida será aquela para a qual os órga°s. de previdência representam, na vida das classes economicamente fracas, um grande bem e uma conquista das mais relevantes. Com efeito, é exatamente isso que nos mostram cs balanços das autarquias de previdência, logo de início mencionados. O primeiro a ser publicado foi o do Instituto dos Industriarios, que é o maior dos nossos organismos de previdência, o que tem a seu cargo maior soma de responsabilidades e, portanto, o mais indicado para fornecer €*lementos capazes de ilustrar uma boa apreciação do assunto. Conjunto residencial do Realengo.
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Edifício coletivo na parte de baixo, parte comércial para Casas comérçiais. Como vínhamos afirmando, a previdência social proporciona às classes trabalhadoras consideráveis vantagens. Dentre estas, e em primeiro plano, estão os "beneíicios" propriamente ditos, isto é, as modalidades principais de que se reveste o auxílio prestado aos associados. No Instituto dos Industriários, como nos mostra o Balanço Geral de 1.943, a importância despendida em pagamentos de "benefícios" é por todos os títulos signiíicativa, uma vez que se elevou, naquele ano, .... Cr $ 81.345.796,80, cifra essa que se decompoe, de acordo com o quadro abaixo, em parcelas correspondentes aos quatro tipos de benefícios atualmente em vigor: BENEFÍCIOS
IMPORTÂNCIA
Aposentadorias Cr 46.172.114,60 Auxílios-enfermidade 20.956.439,50 Pensões 12.999.086,'sG Auxilios-funeral.... 1.218.155,90 Total Cr $ 81.345.796,80 São portanto, mais de oitenta milhões de cruzeiros que o Instituto, entregando a associados e beneficiários, como pagamento de benefícios, faz voltar à circulação, evitando, assim, que ocorra, como muitos costumam afirmar, prejucial acúmulo do numerário oriundo das contribuições arrecadadas. Os "benefícios", vamos repetir, são a forma de assistência direta dos Institutos e Caixas aos seus associados ou aos beneficiários destes. Ora, se o Balanço Geral do I. A. P. I. nos mostra que só em 1943, seu sexto ano de funcionamento, êsse Instituto empregou, nos pagamentos de benefícios as vultosas somas há pouco mencionadas, estamos tendo uma prova concreta de que, positivamente, a previdência sociai representa uma grande conquista do trabalhador; e é preciso não nos esquecermos de que, doravante êsses pagamentos deverão ter seu valor médio aumentado, uma vez que seu cálculo se faz, quase sempre, com base no montante das contribuições recolhidas ao Instituto pelo associado, e que tal montante, com a elevação de salário recentemente havida, vai também aumentar. Há no Balanço muitas outras cifras cuja eloqüência e cuja relevância estão a pedir comentário. Acima de tudo, porém, acham-se as que traduzem o movimento de benefícios. E por isso, embora reconhecendo que na social e no próprio I. A. P. I. existem falhas,previdência não hesitamos em afirmar, como acima fizemos, que o Instituto dos Industriários, tendo efetuado pagamentos de benefícios cujo valor atingiu a Cr $ 81.345.796,80, no ano que foi apenas o sexto de sua existência, deu sobejas mostras do muito que já se faz entre nós, no relevantíssimo setor da proteção e do amparo àqueles que vivem exclusivamente do seu trabalho. (Transcrito do jornal "A Vanguarda", de 21/3/944. >
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P@ PãMkMmk Flagrante colhido na sede da Legação do Brasil no Panamá, quando àa entrega pelo nosso representante diplomático naquela República amiga, Ministro Paulo Hasslockcr, ao chanceler panamenho, Dr. Otávio Fábrega, das insígnias da ordem do Cruzeiro, em nome do Goveiüo brasileiro, Depois de condecorado o Ministro Fábrega recebe um abraço do presidente eleito de Costa Rica, Dr. Teodoro Picado, que compareceu ao ato como convidado dc honra. Vccm-sc na fotografia o Ministro Paulo Hasslockcr, o Embaixador de Costa Rica a senhora Otávio Fábrega e Lr.dv Mattel. Picado, c senhora O presidente eleito de Costa Rica, Dr. 1 codoro 'ao acompanhado de sua chegar à Legação do Brasil no Panamá, Paula Hassoloeker. coiuitiva, sendo recebido peto Ministro
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geração de adolescentes de há trinta anos atrás vveu de uma deslumbrada esperança que só a A presente geração teve a alegria de vêr transformada em realidade. Aquele tempo, já o espírito jovem se impregnara do sentimento vivo de um grande destino aviatório brasileiro Havia as distâncias perdidas do imenso império territorial, sugerindo a necessidade incoercivel das asas velocíssimas. Havia o fato de termos dado ao mundo Padre Bartolomeu, Augusto Severo, Santos Dumont. Havia a predica dos mestres de espiritualidade e civismo, acordando as inteligências imaturas para ambição de uma pátria incomparavel. A geração de adolescentes de há tr.nta anos atras fremia de ânsia incontida pelo começo de realização desse destino. Mas os céus .brasileiros continuavam vasios. As enormes distâncias como que de cada vez mais se distendiam. E entre as colmeias humanas, agitadas e vivas, mas dispersas, a solidão como que se fazia de cada vez mais densa. A trepidação dos motores aéreos só existia no sonho ardente e muita vez se transformei;, por isto, em ritmo de poesia. Ao terminar, porém, em 1918, a primeira guerra dos povos não deixava apenas um fundo rastro de sangue e sofrimento. Deixavam também uma ansiedade maior no coração dos homens. Sobretudo, porque delin.tivamente estabelecera, com .as experiências, ainda meio frustradas, mas decisivas, do avião nas frentes de batalhas, que o homem por fim conquistara o dominio dos ares, realizando a quimera do nosso imortal patrício. Nas pátrias moças, no Brasil Inclusive, o ímpeto novo não pôde mais adormecer. Surg.ram entre nós, as primeiras tentativas heróicas. Marinha e Exército, a um impulso de civismo, criador mais poderoso do que
Recepção a senhora Eleonor Roosevelt, no palácio do Governo do Panamá, vendo-se a esposa do Presidente dos Estados Unidos quando cumprimentava o representante diplomático do Brasi! naquela República
DOO BRASIL E O DOS ARES MINIO todos os ceticismos, organizaram seus primeiros núcleos aeronáuticos. Em 27 nascia a aviação comercial, com a instalação dos serviços da "Cruzeiro do Sul" (a antiga Condor) e de Varig. Depois, os anos se sucederam. E o ritmo da conquista de cada vez<mais se acelerou. O que já agora realizámos é bastante para satisfazer momentaneamente o mais férvido civismo. No dominio da aviação militar,, apenas isto: a F.A.B A F.A.B. cujas asas já receberam a sagração gloriosa da luta e do triunfo; já deram concurso decisivo à vitória aliada, com o manterem imunes as águas atlânticas de nossas costas do corsário insidioso e invisivel, depois de lhe haverem castigado a ousadia de começo, sepultando nas profundidades inacessíveis várias de suas unidades de combate; que, a esta hora, sobrevoam os campos de batalha do velho mundo, unindo seu ímpeto de heroísmo audaz à decisão invencível de asas mais experientes. reNo dominio da aviação comercial, aí temos este"Crusultado magnífico: a tímida pioneira de 1927, a zeiro do Sul", é hoje senhora de uma frota de 22 aviões possantes, a maior da América do Sul; e já cobriu extensões vastas do território patrício de uma teia cerrada de linhas nas mais diversas direções; e já alcançou transportar, num só ano, cerca de 35 milhões de passageiros, quilômetros e cerca de 37 mil toneladas de encomendas, como aconteceu em 1943; e já poude, em só três dias, conduzir entre Rio e S. Paulo 1.066 passageiros, como se verificou na período de carnaval deste «no, sul-americano, quiçá continental batendo um record E além da "Cruzeiro do Sul", há a Varig, sua companheira de iniciativas inaugurais; há a Panair, há a Vasp, há a Nab. E todas as outras companhias em vias de organização. Os olhos adolescentes de há trinta anos atrás sonharam ardentemente. Mas a realidade gloriosa que aqs olhos adolescentes de hoje se apresenta supera aquele sonho. Podemos, acaso, guardar em nosso coração a sombra mais tênue de ceticismo em tal sentido?
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O nqsso confrade é o autor de Poiítica e Espíiito do R gime e Getúlio Vargas, c homem e o Chefe — dois livros recebidos fidalgamente pela critica. Estiveram presentes além do brllhante Interventor substituto, o ilustre Dr. Rui Araújo, o comandante da Guarnição Federal, o Bispo Diosenano, o Capitão dos Portos e demais autoridade, inclusive o Presidente da Associação Comercial. O brinde de honra foi feito, numa oração feliz, pelo Dr. Rui Araújo ao Presidente Getúlio Vargas.
1 LEOPOLDO PÉRES É HOMENAGEADO NO AMAZONAS regressar a Manáos o ilustre AO escritor— e sociologo Leopoldo Péres que foi tão distinguido quando da sua visita ao Rio de Janeiro, — recebeu diversas homenagens dos seus amigos e admiradores. O seu desembarque teve enorme concorrência, inclusive a presença do ilustre Interventor dr. Álvaro Maia e do mundo oficial. Leopoldo Péres é o Presidente do Conselho Administrativo do Amazonas, Presidente da Associação de Imprensa do Amazonas, e membro de relêvo da Academia de Letrasj do grande Estado. As classes liberais ofereceram-lhe, no salão do Clube "Rio Negro" um grande banquete, sendo oradores, — em nome da Academia o desembargador Artur Virgílio, pela Ordem dos Advogados o Dr. Bernardino Paiva e pela Associação de Imprensa o jornalista Dr. Huascar de Figueiredo. Foram três excelentes discursos: O improviso de Leopoldo Péres calou fundo no espirito amazonense, pela sua expressão e sinceridade
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"ANTOLOGIA DO JORNALISMO BRASILEIRO" .-
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DIPLOMAM OS QUE SE Senhorinha Arminda Corrêa, que após ter feito com brilho o curso de odontologia da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio, vem de receber o diploma com aprovações distintas. A jovem Odontolanda é ornamento da sociedade de Niterói.
apreciado colaborador Pedro Timotheo, um dos nomes NOSSO mais conhecidos e prestigiosos do jornalismo nacional, vem de prestar mais um grande serviço à classe de que se fez indiscutivelmente um leader, com a publicação do primeiro volume da série que se propôs organizar, intitulada "Antologia do Jornalismo Brasileiro". Trata-se de um alentado tomo de mais de 400 páginas nas quais Pedro Timotheo paciente e com verdadeiro critério de seleção, reuniu os melhores trabalhos de quase cincoenta jornalistas cariocas, acompanhados de suas biografias. Os volumes subsequentes se ocuparão, conform° promete o autor dnssa verdadeira "Seleta", de jornalistas dos Estados, ficando, assim, completa a série a.gora iniciada. O novo livro de Pedro Timotheo foi recebido com gerais simpatias e intêresse nos meios intelectuais, tanto conteúdo como seu pelo pelo prestigio de que desfruta o seu autor no seio da classe, como nas rodas sociais.
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DE MÁLAGA — O corpo Consular em Málaga, tendo, no centro e assinalado por uma cruz, o s.u respectivo Decano Dr. José de Oliveira Almeida, nosso revresentante. V
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renome alcançado pelo canto:-miO lionário Hugo dei Carril justifica seiiiprz desplenamente o interesse que as piaperta o seu aparecimento perante ardor. teias que o admiram com Ainda recentemente ocorreu a sua "boite" remodelada do Casestréia na sino Atlântico, e a alta sociedade carioca do afluiu para apreciar a arte sugestiva meastro portenho, interprete de tantas lodias encantadoras. apieA Direção do Cassino Atlântico imprensa sentou o festejado cantor à carioca e aos elementos mais representadurante um tivos da nossa sociedade, o mais cocktail era que predominou franco espírito de cordialidade. Nesta página aparecem dois aspectos se exibe do Cassino Atlântico, onde Hugo dei Carril com enorme êxito.
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"grill" Aspecto do do Cassino Atlântico, onde se exibe o festejado cantor portenho. O
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DE
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TEATRO MUNICIPAL
ORQUESTRA SINFÔNICA nosso último número, focalizamos as atividades da OrquesEM tra Sinfônica do Teatro Municipal, que, ao tempo em que escrevemos o nosso comentário, deveria iniciar sua temporada de concertos agora em Maio, sob a consagrada regência do eminente maestro Artur Rodzinski. Em fins de março, quando a edição em apreço se encontrava quase pronta, o maestro Silvio Piergile, cumprindo excelente determinação do prefeito Henrique Dodsworth, antecipou para 27 de março o .inicio da "season" sinfônica da orquestra oficial do Distrito Federal, sendo a
Teatro Municipal. Assim é que, entre as partituras selecionadas, nenhuma se encontra entre as vulgarmente interpretadas em sessões de música sinfônica. Acresce ainda o notório mérito das obras apresentadas, motivo por que podemos afirmar,, convictamente, que a orquestra da União está assumindo, firmemente, a hegemonia sinfônica no Distrito Federal e no Brasil, com a qual, por direito que naturalmente lhe assiste, comandará as orquestras oficiais estaduais que, em beneficio de nossa cultura musical e no plano do desenvolvimento artístico nacional, já foram fundadas, estando outras em via de organização. Do critério da programação e da sóbria intepretação, já referidas decorrem a magnífica aceitação que vem sendo dispensada aos primeiros (e excelentes) concertos, da qual só não participam os depreciadores contumazes da música e dos músicos brasileiros.
de outros números o "Concerto em La menor" de Schumann, interpretado a contento pela pianista Maria Guilhermina. O 3.° concerto teve lugar a 11 de Abril. Iniciando-o, os ilustres músicos brasileiros interpretaram, impecávelmente, dois belíssimos trechos de "Sonho de uma noite de verão", de Mendelssohn. Esse concerto, decorrido em superior nível artístico, obedeceu à abalizada regência de Henrique Spedini e apresentou como solista o eximio violoncelista Mario Camerini, que se desencumbiu excepcio-
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Henrique Spedini primeira série de concertos dirigida pelos ilustres maestros brasileiros Eleazar de Carvalho e Henrique Spedini. O notável conjunto filarmônico da Prefeitura, que, como conseqüência lógica da bôa classe de seus músicos, vem se aprimorando a cada apresentação, tem este ano, conforme acentuámos na edição de Abril, notável missão a cumprir aos superiores domínios da música sinfônica, onde, daqui para a frente, sempre intervirá a orquestra oficial. Os municipes terão, pois, a grata oportunidade dé ouvir, na esmerada exeeução de músicas brasileiras, as melhores páginas de música erudita, cumprindo — é tão grato louvar ! — destacar o critério que vem presidindo à organização dos programas exteriorizados pela Orquestra Sinfônica do MALHO
Iniciou-se a temporada, como ficou dito, a 27 de Março. A Orquestra Sintônica do Teatro Municipal, sob a competente regência de Eleazar de Carvalho, interpretou admiravelmente dificil programa de música russa, colhendo grande triunfo. O Municipai quase lotado, viveu um de seus maiores dias, o que vem provar que os preços popularíssimos tiveram justa e imediata aceitação. Não ficou entretanto, apenas na questão preço o caráter eminentemente cultural que a administração municipal deseja imprimir, e está imprimindo, a estes excelentes concertos da Orquestra Nacional. Conseqüentemente dentro do plano de educação musical da Juventude Brasileira a Prefeitura resolveu reservar grande número de ingressos para a nossa mocidade escolar, sendo a distribuição dos mesmos feita pela Secretaria de Educação e pela Divisão de Educação Extra Escolar, de que são titulares, respectivamente, o Tenente-Coronel Jonas Corrêa e o Dr. José Augusto de Lima. O 2.° concerto da Osquestra Sinfônica do Teatro Municipal, efetuado a 3 de Abril, apresentou, sob a reg-encia do autor, a "Sinfonia Branca", de Eleazar de Carvalho, muito merecidamente aplaudida por platéia genuinamente brasileira. O jovem maestro patrício foi entusiásticamente ovacionado e, elegantemente, dividiu os aplausos com dois grandes valores da Orquestra: Edmundo Blois, violino-spalla, e Mario Camerini, 1.° violoncelista. Ainda no programa, além — 74
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Eleazar de Carvalho nalmente das principais interpreta"Elegia" e "Variações Sinfôções de nicas", aquela de Fauré e estas de Boelmann.
O MALHO, em sua próxima edição, apresentará uma "enquête" sobre os concertos da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal para a Juventude Brasileira. Participarão desta "enquête" o Sr. Garcia de Miranda Netto, ilustrado critico musical de "A Noite", professor Lorenzo Fernandez, compositor e maestro brasileiro de renome internacional, e a jovem pianista Leda Di Marco, discípula do maestro J. Otaviano, lidimo orgulho de nosso mundo musical. Francisco Cavalcanti V
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S\j plemento Ci nematográfico d' O MALHO
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A BIOGRAFIA DO NAZISMO //THE HITLER GANG", que a Paramount ' está filmando, será, ao que parece, o mais interessante de quantos celulóides antinazistas Hollywood tem produzido. O filme é a história autêntica da subida ao poder dos nazistas, reproduzindo inclusive a cervejaria de Munique, onde Adolf Hitler fundou o seu tenebroso partido e mostrando os seus homens como verdadeiramente são, bem como as relações que mantêm entre si. O argumento é historicamente verdadeiro, tendo-se apurado sua autenticidade de todas as formas possíveis. Sete meses de pesquizas foram necessários para escrevê-lo e cerca de nove mil metros de filmes alemães, contrabandeados e confiscados constituíram a fonte de onde se colheram os informes básicos da película. A direção de Joh Farrow, o mesmo que realizou Nossos mortos serão vingados. por si só, é uma garantia de que teremos outro admirável documento em celulóide desta guerra. A escolha dos quinze principais personagens e de mais cento e vinte oito menos importantes, que aparecem no desenrolar da narrativa, dependeu, na maioria, mais da semelhança física e facial com Hitler, Goebbels, Goering, Himmler, Hess e o resto da quadrilha, do que de sua fama como atores. Os artistas escolhidos para desempenhar os papeis acima foram: Robert Watson, que faz o Fuehrer, Martin Kosleck — Goebbels (êle, aliás, já nos dera um retrato magistral do
Ministro da Propaganda do Reich, nas famosas Confissões de um espião nazista); Alexander Pope — Goering; Luis Van Rooten — o chefe da Gestapo; e o veterano Victor Varconi — o fugitivo Hess. Uma das cenas mais notáveis do filme é aquela em que se vê Hitler discursando na famosa cervejaria, mostrando-nos a reação dos que escutam suas palavras em todas as partes da enorme sala — uns sentados às mesas em baixo, na varanda, outros em pé em diferentes pontos, quase todos representando os membros do Partido Operário Alemão. No fim, há um grande conflito, entre centenas de homens e mulheres, terminando a sequência com as forças pró-Hitler massacrando cruelmente a oposição. Se o filme representa ou não propaganda, depende dos acontecimentos que sobrevierem. Se a produção ficar pronta para a exibição antes de qualquer decisão da guerra contra os nazistas, será propaganda; ao contrário, caso fique decidida a guerra antes do filme terminado, então a marca das estrelas será a primeira companhia cinematográfica do mundo que explicará a razão porque foram destruidos os nazistas. De qualquer forma, The Hitler Gang pertencerá à categoria das produções históricas que constituirão documentos -Esperemos, preciosos no mundo de amanhã. portanto, esse filme que promete algo de extraordinário no seu gênero.
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enDurante um intervalo de "Greenwich Village", Dou Anteche jilmagem .Carmen Mira>tda e o diretor Walter Lang, durante a "eslr;la" "Bando "Greenwich da colorido saia uma canção com José Oliveira e Nestor Amaral do celulóide novo Village", o de da I.ua". brasileira, na 20 th-Fox. 19
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IRENE DUNLE nasceu em Louísville. Kentucky, ao dia 14 de julho de 1904. Estudim em Chicano Colleg of Níusic e fez o seu debute no te?tro em 192Ó, na opera. Três ams mais tarde aparecia na tela, " Ciem " Present Arms". seus ainda é um de marron" grandes filmes.
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CLAUDE RAINS nasceu fim l.ondres, no dia 10 de novembro de 1889. Estreioú no palco com seis anos. No cinema, foi talvez 0 Único, ator que em .seu Éleprimeiro filme só foi visto "O ho-' pois de morto, em Acaba d« mem invisível,". apresentar-nos outro de seus " O grandes desempenhos, em fantasma da Ópera".
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GEORGE RAFT nasceu em New York City. no dia 27 de s;temIy"o de 1903. Foi boxeur c dansarino profissional cm vaudeville e nights-cluhs, inclusive em Londres. F.z, a sua estréia no cinema em " Hush Money", da Fox, ganhando fama nos papeis d.' " gangster'.
Boyer, C h a r I e s o produtor e interprete e Betty Field e Thomas Mitchell em suas interessantes caracterizaçõ:s " de Os mistérios da vida".
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"Os "FLASH ANP FAXTASY" ( ijue veremos com o título mistérios da viua", o fume' da Universal, produzido por Charles Boyer, com êle próprio, Barbr.ra Stanwyck, Edward G. Robinson. Thomas Mitchell, Betty Field e Robert Cummings e a direção de * é um desses filmes que nos deüttvivier, segundo tini crítico, volvem a fé em Hollywood de que muito ainda se pode esperar do cinema". Extranha história soore as paixões humanas e sobre 0 destino que, ao que parece, só se preocupa em 'enredar a obra harmoniosa que Deus e os homens haviam resolvido tecer. Três histórias sem ligação entre fi, exceto por essa idéia dc que a maioria dos elementos que guiam nossa vida estão governados por elementos imponderáveis. Na primeira vemos a história de. uma pequena feia para quem a vida é madrasta c que perdeu to„a a fé » esperança. Pensa no suicídio, porém, nessee momento um extranho ancião aproxima-se dela. F.l< a aconselha a aproveitar o resto O
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P A U L E T T E GODDARD Great nasceu em Níck, Long Island. no dia 3 de junho de 1911. Começou no palco com quinze anos. Iniciou sua carreira no anema, nas comédias do Hal Roseli, ganhando fama ao lado de Carlitq, de quem foi " lcading-lady" cm c esp:sa 'seus últimos filmes.
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da última noite de carnaval e conhecer a vida através da máscara _e uma formosa mulher, que éle lhe dará. Como o amor renov; esta criatura é a trama do flime. A segunua história é 1 adapta"O crime de Lord Arthur Saville", de Oscar Wilde, tão ção de conhecida de todos. E a terceira, uma violenta história de paixão b sofrimento, entre os seres para os quais a vida é uma eterna aventura. Ela, uma ladra de jóias, êle, um artista de circo que realiza a mais perigosa façanha todas as noites. Com esses elementos, Duvivier fez um belo filme e a interpretação dos artistas é soberba. Betty Field na pequena feia; Barlfera Stanwyck na aventureira; Boyer rio artista de circo; Robinson em Saville; Mitchell, no çlarividente e Charles Benchley nue incidentalmente mie o filme, nos dão interpretações inesqueeiveis. 9
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MISS apreciadores de filmes de aventuras empolgantes já estão conhecendo aqui a elegantíssima Miss Lang, que outra não é, na realidade, senão Gertrude Michael, uma loira deliciosa, capaz de, na vida real, roubar muitos corações. . . "Miss Lang" é um dos tipos insinuantes da tela americana, cultivando, por dever do próprio ofício, as maneiras finas e os gestos que encantam — sem os quais, como influir sôbre as possíveis vitimas poderia "scripts" dos filmes lhe destinam? que os
LA N Gertrude Michael, entretanto, possúe amáveis qualidades por natureza essas "fans" todas, e os seus bem o sabem, pela observação. própria "pose" Nesta interessante, vê-mo-la com toda a sua graça expontânea, numa atitude atraente de mulher moderna, a que não falta, siquer, o complemento que não mais dispensam as jovens que desejam agradar: o cigarro, chic, revelador de bom-tom. ..
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A BAILARINA EXÓTICA DOS MARES DO SUL, EM CUJO CORPO DANSAM TODOS
RITMOS DA PAISAGEM TROf. O "BIG-HIT" DA TEMPORADA QUE ESTA APRESENTANDO "ALEGORIA", "CASTELOS DE ESPANHA". F_ "A CANÇÃO DA JANGADA". OS
PICAL,
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Prtrfl !'»'"« *WW0 <& ilfow *ií «»! vestido maravilhoso, criado por "faille de seda, a grinalda e o "bouquet" Lanvin. Talha-se cm j são de rosas miudinhas.
baixando de A BRIL principiou movimentado, fêz causticante se A muito a temperatura que ao fim de Março. Dulcina apresentou-se no Municipal com a sua companhia, interpretando uma peça de Bernard Shaw. Elogios à nossa primeira artista de comédia, e elogios rasgados ao luxo de cenários e de guarda roupa. Concertos no Rex, aos domingos pela manhã, concertos sinfônicos no Municipal. Os cinemas anunciaram grandes estréias. "avant E assim a estação oficial lança a sua première". As casas de modas agitam as elegantes com as últimas novidades... São vestidos que nos vêm da Norte América, executados por grandes modelistas, até mesmo aqueles que no cinema vestem "chie". as artistas de maior V
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Os trajes pretos guarnecidos de branco alinham-se entre os primeiros a seduzir o elemento feminino. Por certo que é combinação de caráter distinto, não cansa, e um "touch" branco à volta do pescoço ãdoça a fisionomia. Vêm, para de tarde e à noite, em consequência, os "ensembles" negros, formados, o mais das vezes, por duas peças: blusão e saia, ambos ajustados à silhueta, ambos para gente de corpo fino, evidentemente o que mais se vê dado o propósito de manter a "linha", sem prejuiso da saúde. Nesses vestidos o adorno é atualmente uma flor: ora no ombro, ora à cintura, na generalidade uma grande flor. Basta como enfeite, e tanto que é raro à mulher verdadeiramente elegante usar jóias além da flor. Roxpun, Jordan Marsh, Arnold, Constable, Frederick e Nelson, Mandelbaum, Whitley, Carolyn e outros fornecedores de trapos de primeira classe, lançaram "tailleurs" encantadores. Para de manhã conservam o aspecto singelo. Depois do meio dia surgem enfeitados com botões tão bonitos que mais parecem jóias. Blusas finas ou de cetim, blusas lisas ou de "taffetas" escossês acompanham a veste número um, a qual, em qualquer circunstância veste explendidamente a mulher. Bergdorf Goodman apresentou uma inovação: na parte de trás processa-se o movimento que dá largura á saia, o que, na verdade, não assenta a todas as senhoras, com especialidade se se trata de gente de pouca altura e corpo grosso. Vestido de lã, vermelho maravilha com jaqueta de veludo marinho é uma das mais belas composições de Himelhochs, também de efeito "dramatic", que é o que mais importa no momento... O referido traje completa-se com um diadema de penas marinho posto sobre uma rede de largas malhas. Luvas, bolsa e sapatos marinho. Veludo e lã associados vão formar muito vestido elegante durante a estação do frio. Depois... ""Mas estamos no mês de Maria, a angelical Santa, doce Mãe de Jesus, justo a fase mais escolhida para casamentos. Assim sendo, ilustra esta página uma bela gravura de traje nupcial, mais duas entre os modêlos de "Como vestem as estrelas do cinema", nas páginas subsequentes. Que os casamentos de Maio resultem felicíssimos! 81
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Helen Parrish. da Columbia, aconselha às noivas de Maio este lindo traje nupcial feito de organza de seda, adorno de renda.
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Original e bonita guarnição para cabeça de noiva exibe Joan Leslie.
Saks, da Quinta Avenida, em Nova York, é autor deste vestido branco, corpete e mangas bordados a contas brancas, luminosas. A bolsa acompanha o mesmo adorno. Recomenda-se o elegante traje às noitadas da presente estação carioca.
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Outra composição de Saks para festas à noite: estamparia brilhante de cores em fundo cinza prata. — 83 —
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NOVIDADES
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... nêste ideal para a mulher moderna. Na praia, numa hora de marcha, — um dos mais preciosos exercícios para manter a silhueta ou almoçar num dos restaurantes fina ; fazer compras no bairro "Slaks" é traje confortável e graà beira mar; para estar em casa, cioso a valèr. Aqui vêmos quatro figurinos apresentados por outras tantas bonitezas do cinema. O negro, de Laraine Day, significa em tem e talhe a última exigência da moda na matéria.
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conselhos De Beleza De Hollywood POR MAX FACTOR JR. ' Famoso técnico do "moke-UD" das estrelas do cinemo).
pelas mais jovens criaturas, fruindo a mais exuberante saúde. Quando se é jovem '•':':' 'M-Ba-I-M'
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Praticamente as medidas para manutenção do aspecto devem sêr processadas desde cedo, o que, entretanto, não se verifica na maioria das moças, as quais começam a preocupar-se com o "glamour" e outros atrativos tais quando a verdadeira juventude já se aproxima do passado. Portanto, leitora, não seja vítima de semelhantes descuidos. Tome por exemplo as estrelas que vieram para a tela quando muito novas, algumas delas mais lindas hoje que antes, porém desde antes atentas ao manter-se em fôrma. Em prol do glamour
"estrelas" a adotar religiosaLÜPE VELEZ — uma das mente os conceitos emitidos nesta página.
"Make-up" o espírito A leitora trabalha no esforço de guerra "warwarking-girl"), e é mundana? Não experimente sêr uma e outra cousa, pois não poderá desempenhar com eficiência os dois papeis, que eles não se misturam. A maior parte das mulheres ora empenhadas no esforço de guerra, realiza as citadas atividades governando-se para tais efeitos. São entanto, comparativamente poucas e, de modo geral, muitíssimo jovens as que suportam horas de trabalho e de vida mundana, contando escassamente o tempo de sono noite após noite. Tudo errado
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Para você em particular
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Trata-se de grande erro. O trabalho dessas jovens não pôde sêr aquele de que depende ganhar a guerra, pondo elas em perigo a respectiva aparência. Beleza e aspecto não se mantêm de pé s:ob a prática da dupla vida: trabalho e agitação social em demasia, redundando em pouco descanso. Em tais circunstâncias não ha beleza que re"make-up", o sista, nem mesmo ajudada pelo qual significa, dentro dos naturais processos, uma espécie de refinamento, dramatizando ou acentuando a beleza natural. Aí está a base de toda explendida aparência, a qual deve ser conservada até 19
A razão pela qual as estrelas conservam a beleza e o encanto no mais alto grau, é que se esforçam por isso. Depois do trabalho repousam de maneira suficiente, submetendo-se a uma dieta que as alimenta bem, nutrindo-as sem excesso. Assim o esforço físico vive perfeitamente compensado. As observações que aí ficam, seguidas a rigor, permitem às estrelas certa atividade social, pois os prazeres são necessários como derivativo aos árduos labores. Ha, contudo, exceções, raras, felizmente, enfeixando o grupo das que trabalham forte e se divertem à grande. Para elas a beleza é apenas precaria, pois não ha maneira de resistir, o poder de atração carecendo, como carece, de meticulosos cuidados. Insisto: trabalho e diversão podem ser completados sem arrazar a bela aparência tão necessária à mulher em qualquer emergência. Resta proceder "matematicamente", praticando as duas coisas sem sentir o organismo cansado ao ponto da estafa.
Maior o seu trabalho, leitora amiga, maior a necessidade de repouso, das horas de sono. Também contenha-se a respeito de alimentação. Se anda empenhada em grandes afazeres físicos, mais do que estava acostumada, procure alimentar-se suficientemente, com a regra do "Heman" observada em quantidade e qualidade, capaz, por conseguinte, de sustentar a energia que você é obrigada a dispender no seu emprego. E, se a sua cooperação nos serviços de guerra é da espécie física ("physical kind"), não se utilize de exercícios físicos violentos dos quais você era favorita, e sim de outros, indicados por técnico, pois a sua vitalidade deve manter-se inalterável. 85 —
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ELEGÂNCIA Figurino expressando uma das novas linhas em matéria de "tailleur". Ê de grossa seda negra, a blusacolete de cetim vermelho listrado de azul suai e
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te elegante vestido de romano de seda, laçada c mangas adornadas com bainhas abertas
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para algodão, seda lisa ou listrada. Gracioso c prático
Casacos longos ou a três quartos voltam à moda. Assim, durante o Outono que vivemos e no inverno próximo o casaco é a veste indicada a com"tailleur" pletar um ou vestido. Este, de Vera Maxwell, indicado para gente jovem, enfeixa elegância e conforto. Talha-se em lã "beige" queimado, matéria de que c feita a saia, aproveitada tombem no chapéu cuja fita á volta da copa é verde garrafa como o "sweatèr", do qual se percebe um pouco da gola. MALHO
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Mtfífe/o /><m, f/(-;i/(- moça. Talha-se em lã, vermelha, dcbruns c blusa marinho. Marinho c vermelho dão também o mesmo resultado.
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Blusa de "pique" de seda. jcrscy de lã havOna, enfeites verdes. Criação de De-Pinnã
BaaBBsA \ ^jV» Longo casai o marinho, gola branca, i,j'ões — uma das novidades \ ^^r\ dourados da estação, \. modelo de Saks — Norte America. y
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Aí está um belo arranjo para "living room". A clara cortina de "Marquizette", ladeada de chintz "béige" com estamparia azul médio verde garrafa, e rosa cravo, é o fundo adequado ao sofá e poltrona forrados de veludo-camurça azul noite, contornos "béige" nos desenhos lavrados.
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BA CâS- Outro canto confortável de uma sala de estar. O tecido estampado das cortinas serve de forro às "bergères" bem no velho estilo. --¦•¦.¦¦¦-^."*
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Flagrante da expressiva homenagem prestada por amigos e funcionários do Banco de Operações Gerais S. A. ao seu presidente Dr. José Pisserchio, por motivo da passagem de seu aniversário. Foi saudado pelo Sr. Nero Macedo, que proferiu uma expressiva oração.
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MUSICA POPULAR
'SSAO MÁXIMA DA ALMA BRASIO CONJUNTO QUE CANTA A EXPR LEIRA — Aqui estão os integrantes do magnífico conjunto do broadcasting santista "Canta Brasil", dirigido por Edmundo Peruzzi e Carlos Armando, dois idealistas que puzeram seu dinamismo a serviço da música nacional. "Canta Brasil" atua na PRB-4. de Santos, desde Outubro de 1942, sempre com grande sucesso. COMENTÁRIOS Ari Barroso está a voltar para o Brasil, tendo obtido êxito sem precedente nos Estados Unidos. A velha Educadora tomou outro nome. Todos pensaram que iria melhorar o seu quadro artístico. E ainda se espera o milagre até agora. Em verdade a Tupi pôde se orgulhar de possuir um ótimo rádio teatro. E' um dos melhores da eidade. Olavo de Barras que é o seu responsável merece elogios pelo brilho de sua direção artística. Um espetáculo de arte vem a ser o programa semanal de Violêta Coelho Neto de Freitas, na Nacional. E Manésinho Araújo que ainda faz humorismo na Tupi? NOTAS
GUITARRISTA Manuel Cotlho embala a alma dos s.us ouvintes com os fados lindos na Rádio Kcsmos. A música da sua terra comove e entristece. E a sua guitarra faz o milagre de ferir o sentimento da gente.
Álvaro Moreyra continua a apresentar na Cruzeiro uma linda crônica semanal. A Cruzeiro vem oferecendo aos seus ouvintes cuidadoso noticiário de guerra. Devemos concordar em
Há, no combate sistemático dc aigumas pessoas ao samba, evidentemente, mal disfarçado, uma formula desinteressante de se combater o que é nativo. Custa a crer como certas criaturas cultas e inteligentes, no próprio rádio, se entrincheiram por ai a fazer toda uma literatura opressiva contra a nossa querida música popular. Demos da barato que o seu granfinismo apenas queira saborear a música clássica. Muito bem. Está certo. Ninguém tem nada a vêr cem semelhante forma de pensar. Mas, que através dele se venha a combater sem tréguas, o samba, proibindo o dos seus. programas com a desculpa de que se trata de música de negro, de morro, a tresandar a cachaça, é que não. Devemos, antes de mais nada, conhecer que há sambas lindíssimos, e que a música internacional dos morros veste-se da própria simplicidade ambiente, não deixando de ser uma resultante do próprio sentimento ingênuo das massas. Se repararem bem ela vem das "flor amorosa fontes ocultas daquela de três raças tristes", de que falava Bilac. FRANCISCO GALVÃO que, nas outras estações há considerável descuido na apresentação deste noticiário, de tanto interesse agora para o público. Há, mesmo, em algumas destas, dados como novidade, telegramas publicados nos jornais dois dias antes. Estelinha Egg é, hoje, uma intérprete das melhores do folklore. Renato Murce é um ótimo diretor artístico. Muito tem feito pela Rádio Clube. Muito ainda devemos esperar dele.
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BREQUES Mesquittinha deveria ser melhor aproveitado no rádio. O programa "Histórias do Manduca" anda a merecer melhor cariLauro ^Borges. nho do "Hora A do Pato" continua na Nacional e incrivelmente comandada pelo Paulo Gracindo. Não deixou de ser muito bem feita a festa de arte do Frias. Onde é que and.. Cinara Rios? Almirante volto.' na Nacional a se sentir com mais acústica. Tem caprichado nos seus programas. Não deixamos de apreciar o humorismo da dupla "Jararaca e.Ratinho". Todavia há dias em que os seus trocadilhos chegam .. ser verdadeiramente infames.
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ANIMADOR Heber de Boscoli tornou-se em pouco tempo um dos melhores animadores de rádio. Agora está na Mairink Veiga, onde vem fazendo sucesso.
Parece que o Heber de Boscoli não acertou muito indo para a Mairink. E se o Ladeira resolvesse modificar o "cast" da sua estação, afim de que ela voltasse aos dias áureos do passado ? Marilia Batista, vez por outra, canta um samba bonito de Noel Rosa. Parece que ela vem compreendendo que deve deixar a mania de pôr no seu programa sambas chistosos. Que artista estávamos ameaçados de perder, se persistisse mais um pouco a sua resolução. Dilú Melo onde está agora?
VALOR Ari Barroso tem elevado muito no estrangeiro a música nacional. Indiscutivelmente um valor autêntico da música brasileira, que nos item trazido o maicr orgulho.
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O GALO EXIJA
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Os estrangeiros que visitam o museu da marinha de Greenwich não teem pouca surpresa ao verem, em uma vitrine, no lugar de honra, um galo empalhado. Que mérito teria colocado ali aquele galo? Um feito histórico: aquele é o galo de Nelson. Sabe-se que a batalha de Trafalgar esteve longo tempo indecisa. Os franceses estiveram um momento a ponto de vencer. O desânimo e a fadiga dominavam já os tripulantes do Victory, o navio capitanea, quando, de repente, soou um magnifico có-có-ró-có!. . . Os marinheiros britânicos levantaram os olhos e divisaram no mastro de mezêna um soberbo galo. que conseguira sair de uma das capoeiras que se achavam a bordo de um navio, destinado ao rancho da tripulação, e que um balaço francês tinha metido a pique. Esse có-có-ró-có eletrizou os marinheiros ingleses, que retomaram logo a vantagem. . . Calcule-se como esse galo foi recebido na Inglaterra. Jamais um galináceo viveu dias mais felizes e, quando morreu de velhice, foi empalhado pelo primeiro naturalista do reino...
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Ao que nos diz Cesare Cantú, sobejavam na Roma imperial os multi-milionários. A fortuna do imperador Tiberio foi calculada em 270.000.000 de cruzeiros; e a do imperador Augusto em 108.000.000. Menos ricos foram: o ditador Sylla, que possuía 81.000.000 de cruzeiros; o triúnviro Marco Antônio, com 65.000.000, e o general Publio Crasso, que tinha 3.3 milhões. Naqueles tempos, a deusa Fortuna sorria também aos artistas do palco. . . Quintus Roscius, que contava o grande Cícero entre seus discípulos de declamação, tinha uma riqueza superior a 10.000.000 de cruzeiros, e o trágico Esopo deixou, áo morrer, cerca de 3.000.000...
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Certo dia, quando era professor de anatomia, em Munich, admoestou um estudante porque o seu bisturí não estava amolado. O aluno, melindrado, desculpouse, dizendo que não sabia afiar navalhas porque nunca hava sido barbeiro. — Estou certo disso — respondeu Ruedinger. Se você tivesse sido barbeiro, continuaria a sêlo sempre... OS
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PIGMEUS
Foi um explorador australiano chamado Eidelberg que descobriu a tribu dos pigmeus. Subia êle o rio Samu, quando viu alguns anões, menores do que todos que vira até então; os mais altos não tinham mais de 60 centímetros de altura. A altura média desses pigmeus era de 50 centímetros. São muito habilidosos. Fabricam objetos de adorno muito interessantes. Vivem principalmente de caça e pesca. Depois que tiveram contacto com o homem branco, recebem cordialmente os exploradores que vão do seu povoado, oferecendo-lhes frutas e legumes, leite de cabra e derivados, em troca os visitantes lhes dão mantimentos, fumo e fazendas. As cabras, ali, comparadas com seus proprietários, parecem animais gigantes, pois atingem em geral 75 a 80 centímetros de altura. PLANTA
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RISO
Foi descoberta, há pouco tempo, na Arabia, a planta do riso que não é propriamente a herva sardonica que os gregos conheciam. Tem a propriedade de fazer rir as pessoas mais sérias e graves. As suas sementes que, pulverizadas, teem o sabor do ópio e do açúcar, quando deglutidas, levam o paciente a um frouxo de riso tal que o excita até às lágrimas. Os efeitos duram mais de uma hora e durante êste espaço de tempo faz rir, saltar, dansar e cantar. Depois sobrevem um repouso absoluto, um sono profundo e duradouro, depois do qual o paciente sente uma quasi perda da memória por certo tempo. E' um verdadeiro convulsivo esta planta, sendo o seu abuso perigosíssimo.
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PASSATEMPO PROBLEMA O
CAÇADOR *
A fome acossava de modo terrível o infeliz caçador quando quis a sua boa estrela encontrasse, providencialmente, dois pastores que se encontravam na iminência de saborear pequenos queijos. Estes, com a melhor boa vontade consentiram, ao sabê-lo faminto, que o pastor compartilhasse igualmente dos saborosos queijos, dos quais um dos pastores possuia 5 e o outro 3. Como recompensa, o pastor, ao partir, deixou-lhes, 8 moedas do mesmo valor. Qual a opinião dos leitores ? Quantas dessas moedas deveriam caber a cada um dos pastores ?
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(Solução no -próximo número) SOLUÇÕES
DOS
DO
PASSATEMPOS
TEXTO
NÜMERO
I |
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PASSADO
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ENIGMÁTICO
UM PENSAMENTO DE PAUL FÉVAL Olhemos em redor de nós. Serão sempre os mais fracos campeões aqueles que cáem feridos ou mortos no campo de combate ?
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PROBLEMA DOS 17 CARNEIROS Solução fantasista. Não sendo 17 divisivel nem por 2, nem por 3 ou por 9, os três irmãos ficaram embaraçados com a questão e resolveram submeter o caso ao juiz, verdadeiro emulo de Salomão, que logo declarou não ver nele sombra de dificuldade e apenas pediu que ao lhe levarem os 17 carneiros arranjassem mais um, de "emprestimo". Aguçada como estava a curiosidade dos herdeiros, compreende-se que não tardassem em satisfazer o requisito do juiz, apresentando-lhe sem demora 18 carneiros. O magistrado contou os 18 animais, separou a metade, isto é, 9, e deu ao primogênito, tomou em seguida a terça parte, ou sejam 6 e deu ao do meio; por fim entregou a nona parte, 2, ao mais moço. Estava cumprida a clausula: 9, 6 e 2 somavam de fato "emprestimo", que os 17 carneiros do legado, sobrando o do os três irmãos, em vez de restituirem, decidiram logo adquirir para ofertar ao juiz sua idéia arqui-genial.
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CONCEITOS 1 — Hastes flexiveis. 2 — Espécie de bolo de arroz ou de milho moldo. 3 — Canto, poema, versos. 4 — Cada um dos dois apêndices articulados da bôca dos insétos. 5 — Planta. 6 — Veio da madeira. Pequeno fio ou sulco natural de algulhas pedras mármores-. 7 — Espécie de tambor africano. 8 — Jôgo antigo, simulando combate. 9 — Que nasce nos ramos des plantas. 10 — Rua estreita. 11 — Pessoa indolente e bronca. Estando exata' a solução, ter-se-á assinalado no c&ntro da pilha o nome de um músico brasileiro. (Solução no próximo número) .
Comercial
Industrial
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Leiam llustragao Revista
Brasileira mensal V
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HENRIQUE
IV
PSICOLOGO
...
Havia em La Rochelle certo
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ou
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lhor, um vendedor de veIas,
para quem os negócios corriam muito bem. Os vizinhos, que o tinham conhecido pobre e o viam rico, espalharam que êle fazia macumba; pois ninguem podia acreditar que o vendedor de velas tivesse prosperado graças ao seu amor ao trabalho, à sua inteligência, à sua probidade. Ao contrário, êle apelava para "despachos", para os malefícios. Falaram a êsse respeito a Henrique IV, que ainda não era rei de Navarra e
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que se achava em La Ro"Le chelle. Béarnais" ordena a um de seus criados
ir,
imediatamente,
Yócí&s as 3wjei/&as, Áas 13 ãfc' AS IHokU, MU \Mjdb<fi cadeia, laMofatíuv do IfliaslL ÕÕ^KuuZb^ Aji/\MM$\CA< sefacÁcruaÁa; vuxkOs os cmqktes ójl (roeu iMjxsla\y
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do homem comprar uma vela. Era meia-noite. Naquele tempo e na pro-
casa
víncia, era uma hora imprópria
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para fazer comdormia-se em casa
pras: do negociante, mas o criado bateu com tanta fórça e tanto pediu através da porta que lhe vendessem uma vela, que logo o chandelier
se
levantou
Si
e
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lhe entregou a mercadoria pedida. No dia seguinte, o futuro rei de Navarra disse aos que haviam caluniado
M^gyW^^P^HiBWpWWPy^^ «?-*• •• - - Wto*
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o honesta burguês: — Descobri o "mistério" do chandelier: é que êle não despresa jamais uma
ocasião
aproveitável
para fazer negócios. .. V — 1 9 4 4
Aspectos do Rio —
Uma das residências
particulares do Jardim — 95— O
Guanabara MALHO
tempo seria igual ao outro, Ou o quadro não passava de uma recordação? Grandes os navegadores da antigüidade, porque partiam para nunca mais voltar. "A vida também é uma viagem. E nem todos desçobrem continentes..." Elisabeth sorriu, fatigada — "o sorriso é uma palavra, ou um bocejo, do espírito", depende da ocasião. — A seguir fixou o relógio. Êle não bateu horas. Nem mesmo tiquetaqueava mais. Estava enorme, quieto, solene como o tempo. Apagou as seis velas com seis sopros. O esforço fatigou-a um pouco. Gostava muito de acender e apagar as velas; encontrava um inefável encanto nêste ato. Era um prazer para o qual nunca descobrira sucedâneo. Também não o desejaria. Enfim, conseguira a noite, não via mais nada, e isto fazia com que se considerasse mais intensamen| ela te uma parte dêsse todo, dessa mãeterra, da qual vivemos. Elisabeth ainda viveu alguns anos. Dizem que um dia não resistiu mais. Chegara a receber centenas de carm tas por mês. Ocupava-se o dia inteiro com elas. Não cumpria nem siquer seus compromissos de trabalho, o que deixou-a em sérias dificuldades financeiras. Ficara abatida, exgotada. Por coisa nenhuma seria capaz de interromper a atividade. Loucura? Não sabemos. Em todo caso vamos lêr o bilhete que ela enviou ao magazine em que escrevia, poucos dias antes. Talvês êle esclareça alguma coisa. E' possivel também que não esclareça na/Ja. "Percebo que me aproximo de qualquer acontecimento grave, definitivo. E' claro que isto não tem nenhuma importância para os sei nhores. Cada qual deve ser dono de si mesmo. E' preciso apenas audácia. Nada mais apresenta o mínimo de interêsse. Nada. Elisabeth".
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Hã quem acredite em mascotes. E quem as ofereça aos amigos, por entre votos carinhosos... Dentro, porém, da incerteza dos destinos humanos, devemos erguer o nosso futuro sôbre bases mais seguras. Principalmente quando entra em jogo o destino dos entes que nos são mais queridos. É por isso que o senhor já deve ter cogitado, muitas vezes, do seu seguro de~vida. O seguro de vida não é uma promessa ou uma esperança: c uma garantia. Será, certamente, a tranqüilidade de sua esposa, o amparo do seu lar, a possibilidade de encarrcnamento e futuro para seus filhos, caso o senhor lhes venha a faltar algum dia. Consulte um Agente da Sul America. Ele lhe mostrará, sem compromisso, qual o plano de seguro que melhor corresponde ao seu caso particular. ZECD t0~/L°,mro*,
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ELISABETH E OUTROS PERSONAGENS (Conclusão) não tinha forças para tal. Gostava daquilo. Era sua distração, seu esporte. O diabo é que causava aborrecimento, transtornos. Um conselho que ela deu, por exemplo, fôra, de certo modo, o motivo de um suicídio. Já possuia naquele armário um dos maiores documentários da insatisfação humana. Tinha prêso às suas mãos, o cordel de uma porção de existências. Não duvidava da influência que exercia sôbre aquela multidão. A princípio divertia-se, apenas. Respondia às cartas, aconselhava, dizia isto ou aquilo, sem preocupar-se absolutamente com o que pudesse acontecer. Cêdo, entraNÓS O
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tanto; viéra adquirir um senso de responsabilidade naquêle jôgo. Dependia dela algo de muito sério. Sentia, cada vez mais, que era aquela sua missão sôbre a face da terra. Agora — ou talvès nunca — poderia evitar que assim fosse. Mas, tal vês não tentasse. Ninguém pôde fugir à própria sorte. Na noite morna — uma noite com sugestões lascivas no silêncio — os arranha-céus estavam iluminados, os morros cheios de fogos, como se os deuses lares, esquecidos da heresia dos tempos, houvessem reclamado o tributo antigo. O espetáculo empolgava Elisabeth. Até onde ela estaria vendo, na realidade, tudo aquilo? E quando começaria o simpies trabalho de imaginação? Imaginar é o mais humano dos modos de vêr. Ela estaria presente? Seu
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VÊR
AMOR
OMNI A VINCIT (Conclusão).
dos céticos e materialistas, o motivo freudeano da sedução que exerce a puberdade primaveril sôbre os homens outoniços. E pouco importa também que o amôr de Eduardo dure muito ou. morra cêdo. Êle terá de acabar um dia, ou morto de tédio ou transmudado numa doce e calma estima de velhos. Mas, no momento de sua eclosão êle surgiu eterno e infinito como é, ao nascer, todo '• o verdadeiro amôr.. Glorificaiv. mulheres de . todo a mundo, o homem que vos repôs no altar. Tôdas as conquistas políticas e sociais de que vos envaideceis, desde o direito de votar ao ser fuziladas como espiãs, não valem, somadas, a glória que, na pessoa de Wally, vos deu Eduardo: a de abalar o Universo com um sorriso, a de fazer ruir, com um olhar amoroso, dez séculos de Tradição e de Orgulho. God save the King... of Love's Kingdom ! BASTOS TIGRE À
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