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ANO XLII - NUMERO 56 - SETEMBRO, 1944 - PREÇO CR$ 3,00
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completo e minucioso tuia para a futura / Ornai» mama, no preparo do emoval do recém-nascido, 1 Luiuoto e atrahênte álbum tom 52 PAGINAS, cor*I tendo a "timita de pagao" totacas, baba d ore*, ca1 saquinhos, tapas, camisas, rdrrdom roupas de cama # tudo em tamanho natural acompanhado dos respectivo» riscos, alem de sugestões da alto valor para essa grm[ \ trasrma tarefa qua fai o encanto da mulher. i Uma preciosidade cujo valor e inestimável. / O melhor colaborador para a orfa,nisac.a« de um anioval completo t perfeito.
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EUSSImO olbum com 44 páginas do formato do ARTE DE BO«0** capai o coros Uma harmoniosa tonedade em modelos do trabalhos v>e<t. que complo'om valioso onaOval do noiva Guarnições poro toalha» do cho ~ Serviços omonconoi —Tooihos poro ,anror Jogos do Coma -Bordados modernos — Trobolhos om opUcoçáo Cheio o sombra, Lmdo colcho do sofim om fofetá frantido. com motivos bordados em sedo Uma Imda coleção do lingeria finíssimo modelos medito* o do e«iroordanorío beleza, ocomponhodos do delicados mo'ivos poro guornocè-los As explicoçòes dodai para todos os trabalhos sâo detalhados, tornando simples o suo execuçòo. Um olbum do tnforosso do todos oi lenhoroí mas mdupentavol o todas oi noivai Nova »d,<ão da íibhoi.co d. AlTE OE sOIIDA»
viram,
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Completo enxoval porá o bébé ma»* gênero e mais pobre pôde ser executado pelos dosenhos publicados neste álbum, onde se confundem — a simplicidade, o bom gosto e a perfeição do detalhe. As explicações para a execução do trabalho
rico
são completo, e os no medida
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cidade de Braunan, à margem do A Inn — conta uma revista americsna — só rinha, até o adv°nto do nazismo, um "herói": Hans Stainniger, cujo nome figurava em lendas e em muitas canções, por causa da rragnifica barba, que lh^> ia, encaracclada até os pés. Era rico mercador e magistrado e viveu no século XVI. Seu monumento funerário figura em uma das paredes da igreja de Santo Estavam e nele se destace. em tamanho natural, com os trajes da época, empunhando o bastão-insignia de suas funções judiciais, sua estatma. Os guias não deixam de mcstrá-la"daaos visitantes como a do maior e mais bela barba hoire.n do mundo". Elj legeu esse notável ornamento capilar à municipalidade, que a jon-
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serva até hoje em uma vitrina, no museu da cidade. Dis-se que morreu em 28 de Setembro de 1567, vitma da barba, que era o seu maior orgulho. Certo dia foram prevení-lo de que irrompêra um incêndio na cidade. Ele correu para temar as nsuíssárias providencias, com tanta infelicidade, porém, que tropeçou na propria barba. Caiu desastradamente, fraturando o crânio. Outro "herói" filho de Braunau é Adolph Hitler. Celebrisou-se por ser uma das criaturas irais perniciosas ao seu"ugir povo e à humanidade e, para à regra d?s personal dader não olustres de sua terra, por um ridículo — o mais ridículo do mundo — ornamento capilar no lfbio superior. Braunau, provavelmente, nào se orgulhará tanto deste cutro filho..
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ANDO ainda era príncipe de OU Gales, o rei Eduardo VII, considerado o primeiro "gentltman" da Eurcpa, convidara, certo dia, alguem para jantar cem ele. Quando serviram o café, o convidado, pôs-se a beber café pelo pires. Por toda a mesa perpassa um sorriso d? Ironia. O príncipe, para não deixar mal o convidado, deitou também cafe. no seu pires, bebendo-o da mesma forma que seu hospede. Os convivas compreenderam a inteligente censura do principe e imitaram-no no gesto.
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QUEM
SOU... DELACROIX
Eu sou a voz dos que se calaram Por desprezo. . . Eu estava latente, viva. No
âmago
Dos escravos. . . Eu sou o dedo acusador
Í^É^X^Iâ. dÒ)
Da
mão
Que cortaste. . . Desafio-te
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Da humanidade Sofredora! . . . Os ecos do mundo
ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PQDE SER COMBATIDA USANDO
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Não aceite substituto. ExHa o nome"CAMARGO MENDES
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tramaste
contra
mim;
entanto.
Renascia
de cada
gota
Do sangue que caia, De cada gemido Que calava Altivo.. . Eu sou a voz, mw
"A
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As lágrimas,
o sangue,
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Eu sou a alma do homem livre!. . .
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A GRATIDÃO DOS ESTADOS UNIDOS A LAFAYETTE
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nome dos Americanos, que desejavam perpetuer, através da palavra, o seu reconhecimento imenso EMa Lafayette, por sua atuação heróica na Independencia dos Estados Unidos, o publicista e prócer ocasião da visita que o político Edward Everett, por em 1824, saudou-o general francês fez àquele país. com estas palavras: "Sê benvindo a nossas plagas, amigo de nossos antepassados! Recebe estas homenagens, que nunca foram prestadas nem a monarcas nem a conquistadores! E' para que Washington, o teu amigo de outrora, aquele que mais estremeceu a sua pát.ia, repousa tranqüilo no seio da terra que êle tornou livre. Êle dorme na paz e na glória às margens cJo Potomac. Hás de rever as sombras acolhedoras do MontVernon; mas aquele que veneraste, não n'o encontrarás mais no limiar de sua porta. Em seu luqar e em seu nome, os filhos agradecidos da América ts saúdam, Sê três vezes bemvindo a nossas plagas! Por onde passares, aqui neste continente, hão de abeuçoar-te todos os que tiverem a ventura de ouvir o som de tua voz!" Lafayette morreu a 22 de Maio de 1834. Os Arr.ericanos não no esqueceram. Entre as pessoas que açorapanharam o feretro do general viain-se norteinúmeros americanos, que se distinguiam por trazerem à lapela uma
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Antes de morrer, Lafayette pedirá que, quando fosse inhumado, lançassem sobre seu esquife uma hoa te; ra d a porção vir mandara que Unidos Estados dos. N. dc S.
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Notas
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Recolhidas por N. OURO
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HORAS
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prisão
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Séllos
SANGUE
DEVEMOS
DORMIR?
\T 1TOR Hugo expendeu, num terceto. o seu pensar a propósito: Lever à six. diner à dix. Souper à six. eouchcr à dix Font vivre l homme dix fois dix. A Mr. Chamberlain parecia que o ideal era dor"o tempo que o sono requer mir O
minORATíVAS
de
TT M eminente médico suéco, o Prof. Hendrik Lund^ gaerth, de Upsala, acha ser possível descobrir a causa das erupções que se formam na pele em conseqüência das injeções de sais de ouro. Êle pretende provar que o metal permanece, várias semanas, nes vasos sangüíneos, após as injeções, e além disso mostrar que é possível medir rigorosamente a presença de ouro no sangue na proporção de 1 para 30 milhões. QUANTAS
O uso dos PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-roe a olegrio e bem estar. Ésse produto é um loxativo suave pora todos as idades. Sigo o meu conselho e tome
NO
novas
Notas
PESO
DA
ALMA
DOUCO antes da Grande Guerra (1914-1918), alguns médicos de"a Norte América lançavam «os A!ma é uma substância maquatro ventos que terial e, por essa razão, se pode pesar". E afirmavam que o pêso dela oscilava entre 14 grs. 175 e 28 grs. 350. ONDE
A SÉDE
DA
ALMA?
centelha da chama Nous de Anaxáçoras, essa divina", como Heráclito qualificava a Alma. foi situado no ventrículo do cérebro por H.pócrates e no estômago por Epicuro. Aristóteles achava que a Alma vagava por todo o corpo e Empédocíes presumia que "a Alma ela circurlava nas artérias. Para Lucrécio. e nós os crescer sentimos e o corpo com foi criada entendia Alma a ser Descartes envelhecer juntos". "corpúsculos imateriais" ou "espíritos constituída de animais". A Escola de Montpcll er. cujo orentador "prinera o Prof. Earthez, adimitiu a existência de um cípio vitd distinto da alma e do corpo". OS
LYTOPtlAN LYTOPHAN
MALHO
SUCESSORES
DO
REI
DO
CAMBODGE
conserva tradições dos tempos f \ Cambodge ainda remotos cm que a Indochina era o Império Khmer. Uma das que têm causado maior estranheza é a que concerne à sucessão do rei. De acõrdo com a antiga pragmática, o herdeiro presuntivo do rei do Cambodge é seu irmão mais velho. Contra essa política, em 1901. insurgiu-se o principe Inkanthor, que aspirava a suceder seu pai. o rei Norodom. Estando a Indochina sob a proteção da França, o príncipe foi àquele pais afim de fazer valer as suas pretensões. A imprensa parisiense patroe o jornalista Jean Hess cinou a causa do Inkanthor. "era digno de ser o sucessor declarou que o príncipe Norodom". — 8 —
I X _
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OLHA MAIS PARA O CÉO Não te queixes da Sorte,
meu emor!
Na verckde ela às vezes é cruel... seja
assim
Ainda
mesmo como
fôr.
#
suporta do Destino todo fei! O desespero aumenta nossa dôr. . .
SORRINDO
.
Dirige com coragem teu batél
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J|
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Nem sempre tem o Céu a mesma côr. . . E nem tudo na vida é sempre mel!. . . Crê mais em Deus! Tem Pois tudo
é passageiro
e após o tempor.l
vem
fé! Tem esperança! mundo
nesse
a benança.. .
E não esqueças nunca esta verdade: — O nosso amor é por demais profundo... Eternidade!. . .
Só cabe mesmo numa
LUIZ
OCTAVIO
EXCELENTE TÔNICO DOS PULMÕES
BONECA DE FOxRNARI
IAIÁ
A tua jóia. autor mediterrâneo. Na
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de gambiarras.
Com bambolinas de feições bizarras, um rastro de ouro em cada crânio.
Imprime
Bulhenta. escrita em tom sempre expontâneo. das aigazarras,
o clamor
Pervade-a
E a cada passo se ouvem, sem mamparras. em choro subterrâneo.
As emoções,
gringo esteta
Fornari,
das platéias.
Rebento tropical dc um chão de serra. Mimoso escrinio helênico de idéias. A tua peça é. hoje.
[economia |
fielmente.
A imagem luminar dc nossa terra E a cópia emocional de nossa gente. PADRE
PEDRO
M^ÀO desperdice o seu di•^' nheiro em experiências inúteis. A melhor lamina, a que resiste a maior numero de barbas, é a legitima
LUIZ
Lamina
EXIJAM SEMPRE THERMOMETROS PARA FEBRE
GILLETTE AZUL
CASELLA LON DON HORS i x
19
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CONCOURS ... p __
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4
4
LIVROS
E
enervante, e não há uma uma frase em todas essas A brochura é também sefh elegância. Uma harmonia essa desarmonia.
AUTORES RAUL DE AZEVEDO
Os livros são muitos e o espaço e curto. Temos assim de restringir os comentários. E' claro que, devido a essa escasséz, só nos ocuparemos dos livros bons ou pelo menos aceitáveis. Há alguns m á u s e até péssimos. Guardaremos silêncio sobre êsses Poupamos papel — tão caro ! — e substituiremos os ruins pelos excelentes ou aceitáveis. * * I* A "Editora Universitária Ltda.", de São Paulo, envia-nos três livros novos. Um dêles é de compilação, mas reclama inteligência e metódo. Dicionário de Pensamentos, máximas, proverbios, aforismos, paradoxos, organizado por Folco Masuccl. São de autores clássicos e modernos, nacionais e estrangeiros. Traz um curto prefácio de Afonso de Taunay. Há uma copiosa documentação interessante e sugestiva. Tudo bem escolhido. "O Laço dos Namorados", romance de William March, tradução de Yolanda Vieira Martins. O romance está tendo saida. Há nêle bôa psícologia. Outro livro da mesma "Editora Universitária Ltda." é inteiramente prático, Como vender mais e melhor. O autor é N. D. Lafuerra, e a tradução é de Tito Martins. O segrede dos negócios. E' um mentor. E" um guia um aperfeiçoamento mesmo para os profissionais... • » # • As edições da Livraria Globo, de Pórto Alegre, são das mais conhecidas. Alguns livros são notáveis, como éste de André Maurois, Os silêncios
1 òerdê-se jGxJuuj/frtõ-? vitalidade for?a força e© vitalidode f^BTENHA QBTENHA tomondo tomando regularmente a — o tonicoEmulsoo Emulsõo de Scott Scott— alimento que contem oleo de figodo de bacalhau com col* calcio e sodio. f:É quatro vezes mois fácil de d» digerir, applicamaii facil da portanto oa todas as estoFaça economia ^oes ções do anno. Fa?a preferindo o vidro grande. veja iui protetfJo, P«r« iua protttfio, vtja nar<a no ha esta piarca mu hi involtorlo. Vidro vidro • no tnvoltorlo. SCOTT-hI Emuisao EmULSÕO DE SCOTT Tonico doj geroçoeí
O
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do coronel Bramblé, texto revisado e versos traduzidos por Mario Quintana. E' um livro da primeira guerra, e o autor serviu como interprete e agente de ligação junto ao Corpo Expedicionário Brasileiro. R?lemos o volume com muito agrado. De Joseph Conrad é o Tufão (Coleção Nobel), tradução de Queiróz Lima! Romancista do mar. poderemos chamá-lo. E' a história duma tempestade com todos os seus horrores. Conrad foi marinheiro, e é um novelista seguro e por vezes impressionante. • • • Dois livros da Companhia Editora Nacional, de São Paulo, ambos de grande valôr — O Aliado esquecido, de Pierre van Páassen, tradução do original nortc-amcricano de Otávio Mendes Cajado, e o outro Jornada entre guerreiros, de Eve Curie, com tradução de Wilson Veloso. O primeiro é um panorama das paisagens exóticas da África e do deserto da Arabia, com as suas lutas e intrigas. Trata da tragédia do povo judaico, e da guerra atual. E, a par disso, é uma obra de bóa informação. O outro, basta o nome da autora, para prender o leitor. Eve Curie é também uma bela escritora. Ela é chamada "Cidadã do mundo". Nestas páginas obsena, estuda, conclúe. Há os aspectos de guerra com os seus inúmeros problemas. Fez uma viagem de 40.000 milhas aos fronts de guerra, e enfeixa nesta obra forte as suas impressões. Tem capítulos, de observação própria, da Rússia atual Uma grande obra do momento, veridica, que precisamos lêr.
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Eis um romancista de verdade. Forma, pensamento, observação, tudo apurado. É Théo Filho. O seu último livro Romance Tropical, é um belo presente que êle da ao público. Sendo, como é, um dos nossos melhores novelistas, reafirma-se escritor de apurados predicados. A elegante edição da Epasa tem sido procuradíssima nas livrarias. E' o romance do dia, e Théo Filho está de grandes parabéns. Acabadas de lêr as qu«»trocentas páginas, fica-se com saudades do livro. Éste o seu maior e melhor elogio. O Romance Tropical tem a psicologia admirável das suas duas personagens principaes, muita observação, e um estilo leve e flexlvel. Um grande romance. *
*
Petrarca Maranhão dá-nos Miniaturas, um livro de quadras simples e sentidas. Obra dum moço. que tem talento e vencerá definitivamente. Já nos déra o Turbilhão, que foi uma béla proméssa. No prefácio, que é de Luiz da Camara Cascudo, é asslnalado que estamos em frente a um poeta. Há realmente muitas quadras lindas nestas páginas, tocadas de emoção : Não dês a ninguém o gosto De vér pela tua face, Na tristeza do teu rósto, O que em tua alma se passa... Outra bonita quadra : Interessante verdade Que não se pode encobrir, E' a de que a felicidade Existe sem se a sentir .
A "Livraria Clássica Editora" de Lisboa, das melhores daquêle Pais. envia-nos três obras reeditadas de Ramalho Ortigào. Em bóa hora. aquèles amigos do famoso escritor resolveram publicar, em edições elegantes. livros Já esgotados do autoi da Holanda. E' um serviço que prestam a Portugal c Brasil, — e muitos desses artigos apareceram primeiramente no Rio de Janeiro, na tradiclonal Gazeta de Noticias. Fm Paris. John Buli e As praias de Portugal, são o? três volumes do mestre português. E com que prazer e volúpia intelectual relemos estas famosas páginas! Parabéns aos conceituados editores.
O Snr. Jose Magalhàes de Olivelra envia-nos o seu romance Casa Velha. Tudo está de acórdo com o titulo, — o estilo é velho, sem colorido, arrastado, o enredo é duma banalidade
idéia ou páginss. a mínima em tôda
E mais : O destino é como um rio Correndo rumo do oceano. Ninguém pódc opòr desvio Ao seu curso soberano. . Há nas Miniaturas quadras muito bonitas e de profunda sensibilidade. de Livros — Redação Remessa d'O MALHO — Rua Senador Dantas. 15-5.° andar — Rio — Brasil.
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BRASILEIRO ou ESTRAMGtIRO. não te exponhas ao vexome de confessar á um amigo nunca teres subido ao PÃO
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AÇÚCAR
Funciona diariamente de 8 ás 22 horas Informações: Fone 26-0768 0Dibas
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OBRIGAÇÕES DE GUERRA
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Por NELSON MAIA FARIA
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Cr S 100,00. Camurça (¦• uarnicõet d* pelica.
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Fiscal do Imposto de Consumo os que vivem no Brasil e que dispõem de granTODOS des ou pequenos recursos, têm o dever de acudir pressurosos ao apelo do Poder Público, adquirindo o maior número de Obrigações de possivel Guerra. A campanha em prol desse «j % T .-^f sfeAi W? Km estupendo empreendimento já ¦ Cr*10<>.00\u sà AIR toi iniciada, há muitos meses - 7s*AâKm aPF**AmÍ TíUPiiiti c .âVBBk itraz, com redobrado entusiásJk lM BBDJsV^BJBBBBBBBk •>U*JrnlC0,fS dc Peli* * "'" <">nt'"'>/,- »' | mo, em todos os pontos do terBBsOw*' AbBBBB ^^»BBBBB»B^BBB BBW ritório nacional, e certamente será vitoriosa para honra do Brasil, que tem compromissos sérios a cumprir com0 aliado das Nações que lutam pela reintegração da Lei, da Jusíiça e da Liberdade, em outras Terras distantes, subjugadas "wí .aSBasfit ^^bbBBbb -Cto«.<iiio j2Lmm\. <••* pela tirania de alguns homens r .rrmrlh^^^fj PIREÇPO /y*- I . .""' de senso moral invertido. **U,\Zs'°as/A A' frente dess? empolgante movimento de elevado alcance Àm /Am Ámi ^<0 m patriótico, encentre-se um homem de nctavel espirito públiH co e de profundo senso realista, m**^ .aSaBal W ! i^BBBBBaB- \^^^ "—~~~~~^ cujo nome está gravado em leUbb» jqn Cr S 120.00- M R^ \\^^^^^ gS 'iüU trás de ouro em todos os ceraCamurça. BBBBfijaaBS»-^ CrSlao.OO.Cm *mmmrEmmmm9*^ j/zf *.»»!• >t_0 camurça ou fina lu*«nll. -*»*!*,,5\ ções brasileiros. P*Ik« enterniiacU, m\mmm—mm*memwS?t£mWmmW ^ Getulio Vargas tem dado ao C ^-^TÚíT&HVIER ' _¦ Ammmm^^-LmmW NA M°^ -^x Brasil, desde a vitória da revo\ y^yePr<t5 £/*£ VÍ^VÉR f7f&,7fi Ammfr^mmmr^ luçào de trinta, todo o esforço da sua brilhante inteligência; teri. cumprido à risca, com retilinea v.sào, seu dever de Che^^^ TROCAMOS OU DEVOLVEMOS A IMPORTÂNCIA ^^^^^^/l fe do Governo. OQ c'$ ts'M~ "iLD Ctm^' Porta para todo o Brasil - Cr $ 2,00 O Brasil cresce e progride, graças à sua dinâmica ativid'de, aliada a um forte desejo de bem servi-lo. O sau olhar calmo e prevenido, o seu sorriso franco e acolhedor, inspiram confiança; e a sua coragem indemita e varonil nas horas do perigo, fortalece o animo dos timoratos e dos inaeclscs. Aos homens sos. O empréstimo externo ou a emissão de papel moésensates do trabalho braçal ou intectual, não tem faltado da, é operação financeira contra indicada. O err.prestio seu desvelado apoio, demonstrado firmemente com a mo externo acarreta para o povo pesados encargos, com o promulgação de leis sabias e humanas. pagamento, em épocas certas, de juros elevados, e a O esforço de Guerra do Brasil precisa contar com a emissão de papel moeda, concorre, em muito para a firme vontade de seus filhos, aquém e além fronteiras. desvalorisação da moeda. Ademais, precisamos Imitar o exemplo edificante dos A inflação é mais nociva que a saúva, para um povo norte-americanos, que têm acorrido aos guichés d seus forte e empreendedor como o nosso, conciente do seu Bancos, afim de comprar, não um, nem dois, mas bivalor. O que sa entrega, hoje, às Repartições Federais lhões de Títulos de Guerra. ou aos Bancos, é restituido, em ocasião oportuna, acresA construção de navios, o rearmamento do nosso incido de juros compensadores. victo Exército de gloriosas tradições e a construção de vias de transporte, ligando os pontos mais estratégicos do Todo esse dinheiro aue aqui fica, é mais bem aproveiterritório nacional, consomem muito dinheiro, e esse ditado em beneficio de todos. nheiro precisa ser obtido per meio de empréstimo interComprar Obrigações de Guerra eqüivale a depositar, no, operação financeira pratica e inteligente, porque aliou pequenas quantias, a praso fixo, em qualquer grandes viará esta e as futuras gerações, de pesados compromisBanco que pague bons juros Quem empresta dinheiro à União, também o recebe acrescido de juros vantajosos. O homem inteligente e pratico deve preferir essa forma de emprego de capital, por ser a ma's segura e a que mais convém a seus interesses, e, sobretudo, aos interesses do Brasil, sob cuja Bandeira, de cores tão vivas e beIas, vivemos, mesmo nestes dias de profunda convulsão, vida tranqüila, feliz e sorridente ! «
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19
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MALHO
Direção
de
Chô-Chô Sylvio Alves, que ensina a decifrar charadas, logogrifos e palavras cruzadas. Charadas Novíssimas 1 a 5 "novo" charadista tem o intuito de chegar a O veterano, por isso, concorre à totalidade, em torneio.-, de noviço. 2 — 2 Alvah — póstuma.
APRESENTAÇÃO Como foi amplamente divulgado, temos o de iniciar com o presente numero o prazer "Primeiro Concurso de Charadas e Panosso "Jogos e lavras Cruzadas" nesta nova fase de Passatempos". Sejam estas primeiras palavras, de agradecimento aos inúmeros c distintos Confrades pelo estimulo e cooperação que lemos recebido por essa iniciativa, que é pois o retorno de O MALHO ao charadismo, incentivando e colaborando para a maior difusão da "Arte-Ciencia", tão útil para o desenvolvimento e cultura da inteligência.
Nas margens do rio da Itália a criada colheu a planta medicinal. 1 — 2 Lucy Gray — Niterói 1 — 2 A acusada foi capturada num açude. Flora Lúcia — Rio Ele começa sempre com o tratamento familiar, para saí>er o caráter das pessoas. 2 — i Anitez Niterói
REGULAMENTO
A proprietária 2 geada. 2
Cada numero de ü MALHO tonstitue um torneio. Para concorrer aus nossos concursos os leitores de O MALHO deverão remeter-nos as soluções dos problemas em laudas de papel escritas de um lado só c acompanhadas do cupão de inscrição devidamente preenchido.
deste
solar
é
clara
a
como
Flora Lúcia — Rio
Charadas casais —
6 a 9
4 — Saiu um pequenino conflito. Jorge W Camargo — Rio 3 — O campeão ganhará um lindo prêmio. Amok — Campos de Jordão
DICIONÁRIOS ADOTADOS — Serão adotados os seguintes léxicos: Simões da Fonseca (ed. antiga); Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso (3.a edição) e Breviario do Charadista. de Sylvio Alves.
3 — Êle me contou uma história porém com um enredo muito banal.
fabulosa Navlig
— Estou satisfeito com esta remuneração. Fiora L/ucia — -tio
PRAZO — As soluções serão aceitas até 45 dias após a publicação da Revista.
Charadas sincopadas — 10 e 11 — Êle é jeitoso e tratável. 2 Amok — Campos de Jordão 3 — Saiu barulho na retaguarda. 2 Camargo — Rio
CORRESPONDÊNCIA — Toda a correspondencia referente a esta secçao deverá ser i-ndereçada à: Jogos e Passatempos — Redação de O MALHO — Rua Senador Dantas, 15-5.° andar — Rio de Janeiro.
CHARADAS
CANTINHO DOS NEOS
Entre os deciíradores sortearemos três prêmios assim constituídos: Uma assinatura semestral de O MALHO entre os que acertarem maior número dt soluções e duas obras literárias aos que acertarem respectivamente mais de 507. e menos da metade
Entre os deciíradores serão sorteados três pré mios assim distribuídos: Um Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso entre os que acertarem maior número de soluções, e duas obras literárias entre os que acertarem respectivamente mais de ôC". e menos da metade. Uma assinatura trimestral de O MALHO será sorteada entre todos os colaboradores de cada número. Aceitamos charadas novíssimas, casais, sincopadas e em verso e logogrlfos em prosa e em verso. 1 a 7 Charadas Novíssimas
Por gentileza da LIVRARIA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA sortearemos também um exemplar do livro ARTE E TÉCNICA DO CHARADISMO. de
2 — 1 Abundantemente e sem dificuldade en.uníramos a cada passo um tipo laetandOM. José Solha Iglesias — Brumadlnho
Dedicado especialmente aos novatos oferecemos este pequeno torneio constituído de charadas novissimas, casais e sincopadas, de fáceis soluçõc. baseadas no Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso e Breviario do Charadista, de Sylvio Alves.
O
MALHO
12
IX
19
4 4
1 — 2 A acusada merece credito.
não
tem reputação
e nem
Mariah — Rio 1 — 2 Se você quer obter bom lucro em suas novelas, escreve sobre assunto que mereça congra tuiaçao. i Myself — Mendes
PALAVRAS
CRUZADAS
Sortearemos entre os solucionistas três prêmios constituídos por Um Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso e duas obras literárias.
ENIGMA
N. 1 -
SYLVIO
ALVES
3 — IO constituinte que vês ali, gosa da protecão do chefe. Afranio — Barreiras i — 2 Naqueie livro de memórias foi divulgado o grande motim. Begolira — Campos de Jordão — 2 A preferencia da proposta é inspiração de Deus. Adonai de Medeiros — Ceará 3 — 1 Toda pessoa importuna oferece margem a admoestação. Aecio Lessa Alves Charadas Novíssimas — 2 O nosso Diretor não abandona aquela bengala de ébano. Leopos Charadas casais
9 a 13
3 — Esta estrela é um ótimo tecido. Flora Lúcia — Rio 3 — Chama-se navio.
a
pedestal
parte
inferior
do
Aco — São Manoel
3 — Uma pes_úa ridícula náo deve tomar parte em certo jogo de rapazes. Manucha I. Governador — Fortalece tudo o que serve de defeza. Gilvan 4 — O comandante íoi atacado e morto durante o assalto hostil. Al-aiam — Rio Charadas sincopadas — 14 e 15 — o velho perdeu a cabeça.
já 2
está
tão
decrépito
que
até
Lucy Gray — Niterói
3 — Tolo e orgulhoso, êle se julga o único homem perfeito. Aco — São Manoel LOGOGRIFO EM PROSA
19
(Homenagem do autor às Enfermeiras Exptdicionárias). Bendita sejas "MULHER" (3-10-5-11) brasil:ira, pela tua nobre ATITUDE (6-8-5-81, abandonando a TERRA (9-11-6-7-2-4) de teus pais para EM PAIS EXTRANHO (1-8-7-4», ir mitigar os sofrimentos alheios por AMOR A HUMANIDADE José Solha Iglesias — Brumadinho
______ CONCEITOS HORIZONTAIS: 1 — Cznfiança. 3 — íntimo. 5 — Patriarca da fundador seita dos Maronitas. 8 — Coisa nenhuma. 9 — Prep. ind. termo, praso. 10 — Acusada. CONCEITOS VERTICAIS: 1 — Alvo, intento. 2 — Proceder-se, criginar-se. 4 — Doudo. 6 — Composição propria para ser cantada. 7 — Conf. prep. em, art. fem. a.
ENIGMA
CONCEITOS HORIZONTAIS: 1 — Águia muito grande. 4 — Verniz da Chir.a, n.gro ou ve-,'.nelho. 5 — A mais culta das línguas dravídicas. 6 — Embzcadura de rio. 7 — Que mia muito. 9 — Outra cousa. 10 — Altar dos sacrificies, 11 — Sincero. 13 — Montanha da Arábia. 14 — O lado do vento. 16 — Suf. que denota força, extensão. 17 — Convites. CONCEITOS VERTICAIS: 1 — Nono mês do ano árabe que os muçulmanos consagram aos jejuns. 2 — Planta do Brasil. 3 — Emudecera. 4 — Casta. 5 — Veredas. 7 — Martelo de ferro ou de pau. 8 — Serra do estado da Bahia. 12 — Argola. 15 — Merendas
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CUPAO DE INSCRIÇÃO
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Pseudônimo
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Agraecemos os bons e interessantes trabalhos de: Sylvio Alves — Lucy Gray — Flora Lúcia — Atinez — Jorge W. Camargo — Amck — Navlig A. Silva — José Solha Iglesias — Aco — Mariah Myself — Afranio — Begolira — Mariucha — Gilvan — Cume Preto — Al-aiam. — 13 —
MALHO
Standard Propaganda
1
KOSMOS CAPITALIZAÇÃO S/A.,— Companhia genuinamente nacional que lhe oferece o máximo de vantagens dentro do Ho \nvernojem^___J máximo de garantias e lhe proporciona a possibilidade da. constituição de um capital, dentro de um prazo máximo certo anteedificante o exemplo das formigas cipável por sorteios mensais, assegurando E' — que personificam a previdência e ainda o direito à coparticipação de lucros, a perseverança — amealhando no verão empréstimos e resgates garantidos. abundante e tranqüilo. um inverno um título de KOSMOS CAPIter Adquira para S/A. e, com poucos cruzeiTALIZAÇÀO desprevenido no Não se deixe colher mensalmente ros, poupados, terá garaninverno da vida. Defenda os seus interesses sólida para o futuro, situação uma tido e inicie as provisões para os dias invernoem seu benefício e no de sua família. sos da existência, subscrevendo títulos de
Kosmos
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Sede: Ouvidor, 87
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CAPITAL: Cr S 2.000.000.00 - REALIZADO: Cr $ 800.000.00 OMALHO
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Rio de Janeiro - RESERVAS DE GARANTIA: Mais de Cr$ 15.000.000,00
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SOLDADOS ALIADOS QUE PARTICIPARAM DOS COMBATES NA COSTA NORTE DA FRANÇA. SEGUEM FARA O HOSPITAL, NA INGLATERRA.
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UM CASAL DE FRANCESES COBRE COM FLÔRES O CORPO DE UM SOLDADO AMERICANO QUE SE BATEI.' HEROICAMENTE NAS PLAGAS NORMANDAS.
Por aqui se pode ver como será aproveitado o interior do noto e gigantesco aparelho
TRAVES.IA DO ATLÂNTICO TM 10 HORAS, verdade nascemos num mau momento. NA Se eu houvesse tido a sorte de ver a luz, neste pecaminoso mundo daqui a cinqüenta ou sessenta anos, poderia desfrutar dum conforto, dumas facilidades de vida que há apenas sessenta anos pareceriam um sonho. Quando eu era criança, querendo Ir desde Bilbao — onde nasci — a Santánder, cidades entre as quais há uma distância de apenas duzentos quilômetros, começava a preparar a equipagem dois dias antes, saindo os meus familiares a se despedirem de mim. na estação, com lágrimas nos olhos, como se fosse a correr uma grande aventura. Hoje se cruza o Atlântico como quem dá um giro. E este adiantamento, apesar de ser enorme, nada significa em comparação com o que será a questão dos transportes dentro de pouco tempo. Numa revista de engenharia aérea, vejo um projeto de avião civil, ja preparado pelos ingleses para ser construído, assim que a guerra terminar. Chama-se "Miles-X", e o seu interior tem tantas comodidades como qualquer barco transatlântico. Há nele uma esplêndida sala de jantar, e um rnagnifico salão onde se podem organizar bailes, ou projetar filmes cinematográficos. Mas tem ainda coisa melhor: pôde atravessar o Atlântico cm dez OMALHO
-18
horas, pois desenvolve uma velocidade máxima de quatrocentos e vinte e cinco milhas. O novo aparelho é de belíssimas linhas, e o vem impulsado por oito potentissimos movôo seu tores. Pôde levar até cinqüenta passageiros, e dispõe de leitos para todos eles, embora não sejam muito necessários, sendo a viagem tão curta. O comprimento total do aparelho é de uns cinqüenta e cinco metros, sendo o de ambas as azas de uns sessenta e cinco metros. Pelo momento, o único inconveniente deste avião é o preço da passagem, que custará mais ou menos trezentos dólares americanos. Compreende-se que o preço da passagem só supõe um impedimento para a gente modesta, pois os ricos iá estavam acostumados a gastar bastante mais dinheiro quando viajavam, em primeira classe, num barco de luxo. Mas neste passo — e por isso eu disse que gostaria de ter vivido uns anos mais tarde — dentro de não muito tempo, com os progressos modernos, poder-se-á fazer a mesma viagem, nas mesmas condições de rapidez e comodidade, por um preço muito mais barato. E pensar que há uns vinte e tantos íinos eu levava seis horas para ir de Bilbao a Santánder, parecendo aos meus avós perigosissimamente rapida esta velocidade...
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Assim serão os "Milcs X" para travessia do Atlântico cm horas, depois da guerra
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3i dança, como expressão artística, existe nas /I civilizaçõ 's mais antigas como a mantfes. tação mais objetiva e mais pura de evolução. Das artes é a que tem, nas iinhas esculturas do corpo humano, sua expr ssão e seus movimentes. Enquanto a pintura, a escultura, a poesia podem libeiKar-se do homem, vivendo uma xistencía própria após a fixação do buril, do pincel e da pena, a dança exije, como a música, que a sua manifestação se faça com a pres nça do homem. Os grandes dançarinos levam para o túr.ulo a expressão de. sua arte. Apesar dessa evanesc nc'a, a dança vem sendo culturada e desenvzlvida através dos tempos — e é uma art ¦ que une as gerações e os povos, numa hora de experiencias e emoções constantes. O padrão da art:, ai, é a dança classica, na qual cada gesto, cada movimento é uma
Marila Gremo
m
'3
COMO
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classica
SE MANIFESTA GREMO:
OPINIÃO
gpasil entre
nós
idéa objetivada. Modernamente o Brasil têm dedicado à dança um pouco de atenção. E desse cuidado têve originado, em nossos salõ"s e zm nossos palcos, inolvidaveis instantes de Beleza artística mais requintada. O Teatro Municipal têm sido de prefer ncia o local onde Terpsicose, a rr.usa dos helenos, se apres nta do Brcsil, vivendo a sua arte nos meneios e nos movimentos esculturais de al• gumas patrícias admiraveis. D<: algumas das mais destacadas interpretes da arte corecgra¦ fica são as palavras qu hoje publicamos, alusivas ao desenvolvimento da dança em nosso pais. Nenhun.a cptnião mais autorizada pcderiamos colhêr que as das creaturas que animttm para cs nossos olhos as harmonias qus enchem os nossos ouvidos.
MARILA
meu vêr, são dois os elemeno A tos Indispensáveis da para arte desenvolvimento coreografica em geral. São os que formam a própria vida, e portanto, indispensáveis a qualquer manifestação da vida, mas sobretudo as artes das quais a dansa é a mais complexa .São estes dois elementos o material e o espiritual. Adaptando-se às necessidades locais, isso significa: maior apoio material e espiritual por parte das autoridades competentes. Quer dizer: Organização de uma escola de dansa que possa, de um modo completo educar os talentos tanto intelectual quanto fisicamente, capacitando o futuro artista a arcar com as sérias responsabilidades de sua dificll profissão. A organisação de um Corpo de Baile com salarios que permitam aos seus membros viver com certa independência, sem serem forçados a procurar outros meios adicionais a subsistência. ""Possibilidade da-creação""de novos e grandes oailados numa intlma colaboração com músicos e pintores que facilite aos bailarinos um constante contato com o público, tão precioso pelo e pela critica. E — "last, not beast precisa-se de talentos e mais talentos, do seu Justp aproveitamento e, de tarefas para éstes, multas e belas tarefas, A
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relativamente nova no Ef Brasil a arte coreográfica. Com esforço e bôa vontade temos conseguido alguma cousa talvez mais do que é dado ao público em geral observar. Aliás como é comum èsse trabalho e seu conseqüente resultado somente mais tarde será reconhecido. Isso quando a dansa no Brasil já pos-
suir o posto de honra que lhe competc como a mais linda das artes. Procurar saber, no entanto, qual o elemento indispensável para que essa arte consiga desenvolver-se em nosso pais vitoriosamente é um interesse verdadeiramente louvovel e pelo qual sinto-me sinceramente agradecida. A arte coreográfica no Brasil assim como uma criança de tenra idade, necessita de muitos cuidados e muita preocupação. Mais de um elemento será necessário para que ela tome corpo e se desenvolva afim de que mais tarde seja um motivo de orgulho para todos nós. Dentre èsses elementos todos importantes e indispensáveis podemos destacar um, que embora seja o mais simples é o que mais falta nos tem feito. Tratase de ESTÍMULO. E- dificll ir avante sem notar interesse e cooperação da parte dos que se encontram entre os apreciadores e principalmente os animadores da arte no Brasil. E' preciso procurar os vaiores qu? já existem entre nós, darlhes apóio, incentivá-los e esperar, confiantes sempre no seu trabalho progressivo. E' um erro incompreensivel pensar que a dansa em nosso pais, interpretada por nossos artistas tem de bastar-se a si mesmo. Não há entuslásmo e interèsse em apresentar os artistas nacionais. E* Irrisório que o estimulo e a confiança à nós pertencentes, seja depositado nos que já não o necessitam. Que o Brasil seja um pouco exagerado na proteção de sua arte coreográfica e de seus artistas, não prejudlca a ninguém. Assim deve ele conduzir-se para mais tarde exigir o máximo dos seus. Presentemente é impossível pretender a nossa igualdade aos que possuem de prática e experiência o tempo que estamos dispensando na formação de uma arte toda nossa. Que um estimulo material e prln-
cipalmente pensavel no coreográfica e o esforço
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moral nos seja dedicado, é o mais indlsmomento para que em pouco tempo a arte no Brasil possa compensar a bôa vontade presentemente tão necessários.
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ASSIM SE MANIFESTA TAMARA CAPELLER : o desenvolvimento do bailado no Brasil precisamos em primeiro lugar : dar aos bailados em PARA formação um ambiente verdadeiramente artisticc, em que se possa fazer uma educação com conhecimentos profundos do que se refere a arte em todos os setores. E' necessário cultivar o respeito à arte, criando bailarinos dentro de uma disciplina rigida, dando-lhes a certeza de que estão trilhando um caminho sublime, do qual nada os pôde desviar. O artista deve fazer de sua arte um culto e a ela dedicar-se com toda a sua alma. A educação artística também deve ser feita no povo em geral, afim de preparar platéias que tenham a necessária compreensão da dansa, e não como acontece muitas vezes : o artista desesperar ou negligenciar por não se sentir devidamente compreendido na sua arte, das mais difíceis e tão pouco conhecida. A OPINIÃO D*. YUCOLINDBERG: dansa é a das armãe A tes, mas não milionária, mãe monetáfalando riamente. e sim milionária pela beleza para elevar a alma de cada ser humano. Para tal. torna-se necessário o sacrificio pessoal em primeiro luaparecer gar, até"padrinho" um para animar sua existência. Nós aqui já temos ambiente corecgráfco organizado. Não se pôde com compará-lo os grandes "ballets russos", também não é preciso como condená-lo sendo imprestável. O que falta ao nosso ambiente é trabalho sem interrupções, pois é muito difícil ser um bom bailarino pisando duas ou três vezes no paico. Para apresentar um "Ballet" é em condições tempo necessário para montar e não é jogar em cena qualquer material. E' preciso elemento masculino bem forte — por isso é preciso abandona: certos preconceitos e deixar de olhar um bailarino como um bicho estranho, e sim olhá-lo como artista, deixando de lado a questão de sexo, pois em arte não há sexo.
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Ainda é preciso cultivar e semear a arte da dansa entre o povo, não somente na Capital como em todo o país, para que desperte mais entusiasmo, pois os talentos não nascem apenas nas capitais. Por isso, precira-se de muita ajuda dos "padrinhos", que são os dirigentes da cultura do pais. E como a vida atual é um tanto dificH, precisa-se mais ajuda de custas para poder entregar-se seriamente ao seu trabalho, sem precisar corrsr à procura da "mão caridosa" dos célebres cassinos. O QUE NOS DIZ ÍRIS BELMONTE :
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organização e o apoio oficial, dado que arte que depende A a coreografia é uma de todas energias mais que as outras físicas e mentais de quem a ela se dedica. No Brasil, a pesar da bôa vontade e do entusiasmo de inúmeras e inúmeros jovens "ballet", a dansa na sua expressão mais pelo elevada, ainda se acha rslcgada a um plano inferior. Nossas bailarinas não podem dedicar-se integralmente à arte que elegeram do fundo de suas almas e corações. Elas, além do estudo na escola, que devia ser elevada à categoria dum santuário, como nos grandes centros artísticos, elas ainda comercializam sua arte em ambientes as vezes pouco recomendaveis e artisticos, a fim de manterem-se e manterem seu ideal com dignidade. O "ballet" no Brasil ainda é visto com o. olhos do preconceito. Após a fase risonha do amadorismo, se por sua conformação psíquica, seu feitio de (Continua no fim do número)
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inauguração, na Clnelândia, do busto Francisco Serrador,
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feito
Henrique Dodswor-
th. Em nome da familia do homenageado
agradeceu,,
em breve discurso o Snr. Daviti Serrador,
filho do
fundador da Cinelândia. Damos,
aqui,
um
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grante da inauguração e dois aspectos da Cinelândia de hoje e do mesmo local
no
começo
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cuio, logo após a abertura da Avenida Central — hoje Rio Branco.
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Não o silêncio da morte, Não' o que acompanha O último sorriso, Masl silêncio — cTespera SOlff Aqueleijue vai isica E Jjrutif icará em ur se desfolha Em tristo Coni Qu*-«' tempesl
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Silêncio, vasto,^fcnorm Que descei sôKre as i as m<fitaAas! E pacificêu osininh Que veiil adormece^ cf$ maus E tranqüilizou o sffaê dos bons
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^tfençlo gigante, 4Uéncio pequenino^ -^Patriarca noturno,, infante da madrugada, -^Pai dos instantes que não se recortam Porque passaram sem ruido, Filho dos instantes que se lembram Porque foram plenos de expectativa.
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Grande silêncio, amigo e macio, Os vales adormeceram nos teus braços A noite buscou o teu seio sem fundo Abrigaste os bons e os maus E até a irmã Morte Parou a longa marcha E adormeceu no teu seio sem fim.
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__***'*" ________________ mmMmW Só eu estou sentindo O silêncio nas vastas campinas sMmmmr^ ______fi_P^-_l M\ í* E os sons que estão retesados Madrugando nas altas montan0f5s E prestes a se partir em mil formas Que meu ojuidõ pniftfpla a escutar
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um homem alto. Pelo. Sem Idade definida. Tanto podia ter ERA quarenta como sessenta anos mareado na macilenta expressão do rosto sulcado de rugas acentuadas, na figura um tanto curvada para a frente, lembrando a de alguém que andasse sempre procurando, pelo chão, alguma coisa perdida. Vestiase mal não por pobreza de trajes, mas pelo desajeitado das roupas mal talhadas, roupas, de certo adquiridas em qualquer loja popular, sem preocupação nem de qualidade, nem de medidas certas. Aparecera naquela "pensão" famlliar modestíssima, procurando um aposento "simples e barato", e lá licara sempre silencioso e arredío, evitanao conversas com os outros hospedes, sem nunca reclamar coisa aiguma e sempre pontualissimo no pagamento do aluguel. Bem guça curiosidade de D. Mariqulnhas, a dona da casa, creatura gorducha e alegre, já velhota e muito dada a colecionar conhecimentos sòbre a vida privada de seus nospedes, "pescar" algo sobre o "hoprocurava mem do 12", para assoalhar novidades aos ocupantes adventicios ou permanentes das velhas poltronas de vime de sua "sala de estar"... Mas, O
MALHO
"quem poderia conseguir qualquer coisa daquele "poço de mistério?", costumava ela a perguntar a si mesma. Só se sabia, ali, que êle chamavase: Antônio M. A. de Oliveira; que viera de outra "pensão** à rua tal número tanto; profissão engeneheiro e... mais nada! Isso mesmo porque D. Mariquinhas era muito cuidadosa com o livro de assentamento de hospedes, exigido pela policia. E o sugeito assim íoi vivendo quléto, calado, entrando e saindo a horas certas, mal saudando os demais" hospedes, e sem nunca corresponder às amáveis delicadezas da dona da casa. que nao se cansava de procurar captar-lhe a confiança. Não que êle fosse grosseiro para ninguém. Era, apenas, reservado. "Trancado a sete chaves" dizia dele a _naíarda hospedeira. No quarto dele ninguém entrava na sua ausência. Esperava que lhe fizessem a limpeza, calmo e silencloso, parecendo montar guarda aos montões de livros que atulhavam-n'o quese por completo, e não consentia que a arrumadeira mexese na revolta aluviáo de papeis que havia sempre sob sua mesa. Acabada a arrumação, agradecia à serviçal, com um leve acenar de cabeça e, ou trancavase por dentro, ou passava a chave na porta e saia, sempre sobraçando a sua Inseparável companheira — uma vasta e pesada pasta de couro, já muito usada. Quem seria?... Em que se ocupava? De que vivia? — eram as constantes interrogatlvas que entre eles faziam os hospedes da pensão de D. Mariquinhas, que, afinal, chegara a uma conclusão fixa de seu recaicado despeito, por ver Inútil toda a sua tática sutil, de apanhar confissoes alheias: Ora ! E' um pobre diabo qualquer ! Um velhote maniaco que devia recolher-se a um convento, já que não queria conversa com ninguém. Deve ser um fracassado, falou, um dia, o impertlgado "Dr. Alvarenga", mero quarto-anlsta de Direito, provinciano convencido, que estudava à custa de uma tia generosa, à sua maneira, mas que já se acreditava "algum" na vida, olhando o mundo através das pálidas lentes de seu impertinente plnce-nês de miope, e todo estlcadlnho dentro de um permanente terno azul-marinho. Isso mesmo, retrucou D. Dulce, a solteirona funcionária pública, chefe de secção n'um Ministério, figura
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RIBEIRO
sem relevo algum, mesmo porque era magra e reta como uma espada onde se pendurassem roupas femininas. Esse sugeito, vê-se logo que não tem personalidade. Deve ser um nulo, incapaz de galgar qualquer posição apreciável. Não tem a minha tempera, pois vindo do nada, consegui, por mim mesma, ocupar um lugar nos meloç administrativos do país ! Oente como êle, há muita ! Eu é que não me conformaria em ser assim um... Um cigarro apagado que foi jogado a um canto da vida ! E D. Dulce revirando os olhos um tanto esbogalhados pelos distúrbios endoeslnos da própiios perigosa Idade que atravessava, tomava ares de importância, capazes de causar inveja a qualquer rainha que não fosse de opereta. E assim, toda a população daquêle pequeno mundo de "sem lares próprios" que por muitas e várias circunstâncias, continuam com seus eventuais companheiros de sorte, simulares de família, constantemente, renovados, dava-se ao trabalho, sobre qualquer pretesto, de se ocupar com o velhote do 12 que, na verdade, nem parecia saber que ali, junto da porta fechada de seu quarto, ou em frente à mesinha "para um" em que tomava suas refeições, no cantinho mais socegado da vasta sala de jantar, havia gente viva que tudo daria para bisbilhotar sua própria vida. Passaram-se mais de dois anos sobre o dia em que o homem entrara a morar naquela "pensão", sem que ninguém chegasse a ldentlflcá-lo completamente, até que de uma íeita a velha curiosidade de D. Mariqulnhas,- dos hospedes mais antigos e também dos recentes, aguçada pelos eternos comentários da dona da casa, foi satisfeita, por um modo Inesperado. O "velhote do 12" havia saído logo depois do almoço, como de costume. dessa vez levando, além da pasta, um guarda-chuva ordinário, chovia regularmente. porque"pensão; Na naquela hora de calma, D. Mariquinhas tinha ido "pegar a soneca das três horas" como era seu ahbito. Na "sala de estar", duas ou três pensionistas faziam pachorrentamente, tricot conversando mole, já se vè sobre a vida alheia, que é o assunto predileto de muita gente, quando um dos copelrlnhos, espantado entrou a falar quase grltando: — 'Tá i um home da pollça!" Alvoroçaram-se as hospedes. D. Mariquinhas viu interrompida a sua sésta e até o cozinheiro veiu esprelI X — 1 9 4 4
tar, de longe, o que, teria a polícia ido fazer naquela casa ! Nada do que imaginavam todos, por diversas circunstâncias. Apenas um Comissário do Distrito próximo, ia informar-se se, realmente morava ali o Dr. Antonio Maia Alves de Oliveira e se havia ali, alguém de sua família. D. Mariquinhas, muito intrigada, procurava lembrarse se algum dos hospedes, na pensão tinha aquêle nome, quando o Comiisário, procurando em ajudar-lhe a memória, continuou: Minha senhora. Trata-se de um Professor da Politécnica. . Um senhor de meia idade muito conhecido nos meios culturais do Rio, pois é também o autor de obras notáveis sobre Engenharia..." Um homem tão ilustre... Não, senhor Comissário... Não sei quem seja... Dr. Maia... Alves de Oliveira?! Não. Não mora aqui. Mas em sua carteira foi encon trado éste endereço como sendo o de sua residência. A senhora não tem livro de registro de hospedes? Sim, senhor. Faça o favor de m'o mostrar. E n'um instante D. Marlquinhas foi buscar, no escritório, o livro solicitado, que o Comissário começou a folhear atentamente. Todos 03 hospedes (maioria de senhoras) que estava em casa àquela hora, juntarrmse em torno do Comissário, debruçado sôbre o livro aberto, sobre a mesinha do centro da sala, de onde havia sido retirado o vaso que continha uma
anêmica palmeirinha decorativa. O dedo do Comissário ia correndo sob os assentamentos do livro. De repente parou: Aqui há minha senhora, um Antonio M. A. de Oliveira... Ah! Êsse é o velhote do 12 ! Não é doutor. E' um pobre diabo desconhecido.. Sim... Um homem muito exquisitc, mas que não é máu hospede porque não encomoda ninguém e paga pontualmente. Como é êle? Quero dizer, como é a figura dêle? E' alto, magro, muito pálido, sempre mal vestido. Coitado ! Não acredito que tenha cometido algum roubo. Não se trata disso, minha senhora. Então não veiu prendê-lo?! Não. Vim, apenas, comunicar. Perdão. Faça-me o favor de mostrarme o quarto dêsse seu hospede. Êle levou a chave, como faz sempre... Experimente-se todos as chaves da casa. Preciso identificar o homem. Uma chave acabou servindo. A porta do modesto quarto 12 foi aberta. Todo o mundo queria entrar com o Comissário, porém, êle não deixou, e sósinho, começou a revistar, como que respeitosamente, os livros e papeis amontoados sôbre a mesa. Então depois dêsse exame, tornou a fechar o quarto, e anunciou, solenemente a D. Marlquinhas. Agora tenho a informá-la, minha senhora que o seu hospede do quarto 12, era o ilustre e erudito professor
Dr. Alves de Oliveira, um luminar da ciência e da erudição do nosso tempo, e que, infelizmente acaba de morrer, vítima de um desastre, poig que foi colhido por um automóvel ao atravessar a rua. Êste quarto fica interditado até que venha de S. Paulo um representante da ilustre família do Professor Alves de Oliveira, a quem a justiça entregará o valioso espólio que êle deixou. Ah! Então há dinheiro ali dentro?! Não, senhora. Há manuscritos preciosos à cultura nacional, há livros que honram um nome ilustre e valem por padrões de sabedoria de uma época. O Dr. Alves de Oliveira era um grande mestre e um dos mais ilustres escritores de nossa terra. Está entendido. Aqui r.inguem entra e a senhora fica responsável pela completa interdição dêste aposento. Com licença. Até breve. ...A hora do jantar, quando em torno das mesinhas da sala de jantar, a tribú de D. Mariquinhas se reunia dos minusculos pratinhos, onde o copeirinho trazia a parca refeição "do trivial", D. Mariquinhas desapontada, narrou a surpresa sôbre a identidade do "velhote do 12", o inpertigado Dr. Alvarenga comentou: Ninguém diria, heim? Com tanta personalidade e tão rastão"!... E D. Dulce, importante, esticando o guardanapo sôbre os ossos dos joelhos: Êsses sábios são tão tolos...
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MALHO
menos de uma década HA 3urgiram na cena literária da velha Albion, três poetas ingleses, nos quais alguns critícoS de nomeada vislumbraram a esperança da poesia joven. Por mais diferentes que pudessem ser os seus dotes de espírito, os recem-aparecídos encarnavam conjuntamente o mesmo ideal político e moral, encoberto, todavia, pelo vocábulo "revolução". Completamente alheios a escolas, e dissemelhantes no gênero e na fórma vis-à-vis ao «stilo e aos temas abordados, _ses três revolucionários da poesia inglesa, procuraram traduzir, na elaboração de seus poemas, uma maneira nova de encarar a vida e de conceber os complexos problemas da civilisação contemporânea. Eles atribuíam todos os atos e sentimentos maléficos do homem. A uma causa política, da mesma sorte que os psicoanalistas vêem sempre atrás de todo o mal que atormenta o ser humano, certa inibição ou complexo. A política só lhes interessava
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STEPHEM SfKNDEH, desenho de He.n«t Moore
STEPHEN SPENDER, no sentido comtemplativo de forças que empurravam a humanidade para a desgraça, para o próximo e irremedivel desastre. Esses poetas da "esquerda", segundo a ordem cronológica C. Day Lewis, W. H. Auden e Stephen Spender, se propuzeram a escrever sobre assuntos poéticos, do ponto de vista político. As suas impressões do mundo eram então de crise e de emergência. Naquela época, a sombra sinistra do totalitarismo tomava vulto desmèsurado, arrastando povos desiludidos para o caos. Eles viram ou pressentiram a eivilisação ocidental, a "sua clvilisação", desagregar-se, não admitindo todavia, a possibilidade de um assalto violento do virus nlpo-nazi-facista. Aquilo que os três poetas desejavam realizar, era tudo aquilo que o verdadeiro artista quer fazer: tornar um povo bondoso, inteligente, virtuoso. Stephen Spender, por exemplo, na sua firme vontade de ser um poeta moderno, se interdiz a qualquer retorno sentimental ao passado, aceitando logicamente o presente com as suas fealdades, as suas torpexas e taras. O passado, diga-se entre parentesis, foi, ao que parece, propositalmente esquecido pelo joven bardo, no que tem êle de bom, mas também no que êle tem de ruim... A história, a despeito de tudo, se repete. Ê um determinismo a que no se pode fugir. Viver, como disse certo poeta, é recordar. E recordando, a humanidade vai repetindo os seus erros. As angustias do presente qus são senão o reflexo das vicissitudes do O
MALHO
passado? O que fazemos hoje de bom ou de mal, repercutirá fatalmente, com maior ou menor intensidade, na geração futura. O homem por mais que se procure, será sempre um eterno desconhecido para si próprio. Esta é a verdade que os artistas procuram colorir de dourado para ofuscar com um brilho irreal o olhar subjectivo das massas irresponsáveis. As produções de Stephen Spender se emolduram comumente num aspéto do mundo que êle chama moderno. Filho das cidades, este poeta não evóca a vida simples dos campos, das aideais, dos vilarejos pitorescos, e bem assim a natureza em toda a sua plenitude de beleza, mas o caos das cidades efervescentes de que nos fala Baudelaire; a degradação e a miséria dos infectos quarteirões portuários com os seus tenebrosos labirintos, clareados, de quando em vez, para delinear nas calçadas irregulares e nas amuradas imperceptíveis, em sombras equívocas, crianças-mendigsus, mulheres devassas, ladrões e viciados; os "halls" das estações ferroviárias e dos metropolitanos e ruas de Londres repletas de multidoes de desempregados, silenciosos e apáticos, condenados, aliás, â mesma ociosidade dos ricaços que se deixam ficar displicentemente atrás de suas luxuosas escrivaninhas. Independente das constantes mutações sociais e morais do nosso tempo, a nota política continuará, certamente, por longo praso ainda, a ser um complemento indispensável da poesia chamada moderna, ou modernista mas a interpretação política de
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tudo quanto é humano vai desaparecendo, senão já desapareceu definitivamente da sua essência. Esta característica passagem de um dos seus poemas, mostra nitidamente que a sua poesia deve ser o espelho da inquietacáo contemporânea, e como denunciativa de ideais caducos, riqueza e propriedade, contribuir, assim, para a realisaçáo da anunciada e tão alme"Revolução". Jada Oh! camaradas, que deverão seguir — A bela geração que sairá do [nosso sangue Não se espantem se depois da falência dos bancos, Da falência das Catedrais e da comprovada estulticia dos nossos governantes, N09 tiver faltado, na primavera, os impulsos do tigre Ou aas plantas que mergulham as raízes- novas nas águas borbulhantes; Idas que através das panos do cenário antigo possam espreitar O admirável alvor matutino explodtndo como um obuz em volta de nós, deslumbrando-nos com a sua neve de luz!
UM POETA
yyéoâiGiOHaktí) Estes versos sem métrica, de ritmo e cunho exclusivamente pesoais, exultantes de velocidade e de nervosismo, numa demência de Jazz-Band, traduzem uma das marcantes facetas da personalidade de um individuo moralmente superior, porém, influenciado pela dúvida que contaminou e continúa contaminando o ..spírito humano. Mas, acima da luta de classes, Stephen Spender pregou abertatamente, sinceramente o Evangelho da Caridade. Em tudo o que escreve, se contem a afirmativa da alta dignidade da pessoa humana, quasi sempre, em seu modo de ver, menosprezada pelo progresso aniquilante da máquina e dos homens que as manejam de longe. O que faz a beleza da sua poesia, é justamente o sentimento de piedade de que ela está impregnada e o idealismo de sua alma generosa que perfuma e adorna tudo o que a nossa civilisação poderia denegrir.
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O senhor tem ainda daquela loção para crescer cabelo que me vendeu? Tenho, sim senhor. Então dê-me um vidro. Quero fazer uma troca com um amigo meu.
— Eu já disse que não quero que você ensine nomes feios ao papagaio' Não mamãe! Eu só ensino os nomes não deve dizer. éle que I X _ -^
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HONESTIDADE
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O senhor me garante que este palito é de legítima casemira inglesa? Não quero enganar-lhe, cavalheiro. Em meu negócio há honestidade: os botões são de massa...
SEGUNDAS INTENÇÕES Minha mulher é uma pérola. Já sei; queres dizer com isso que a tua sogra é uma ostra.
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MALHO
numcla NA LIÇÃO DOS GRANDES MESTRES
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d» Sócrates creste cada vaz mais na história, cercada de multo Afigura respeito e admiração pela sua grandeza moral, porque o imortal filosofo simultaneamente se revelou um homem e um sábio na sua conduta exemplar, em que a vida é realmente vivida à luz do espírito, sempre desejoso de melhorar a situação do seu tempo. Sócrates, no dizer de Cícero, fez baixar a filosofia do Céu para a Terra, introduzindo-a nas cidades e nas casas.
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r. Humberto Grande, da V-^ Universidade do Paraná. Procurador da Justiça do Trabalho, escritor e jornalista. <pie lem desenvolvido no país a mais intensa atividade cultural, principalmente nos meios universitários, e gue já possue uma bibliografia baslanle extensa, escreverá para o "MALHO' uma série de empolgantes csludos. destinados larga à mais repartição. Tratando de lema atualiuimo -fí F.COS S TRUÇÂ 0 DO MUNDO NA LIÇÃO DOS GRANDES MESTRES—, o Prof. Humberto Grande examinará a obra dos gênios mais marcantes da humanidade desde a Grécia Antiga alé os nossos dias. Mostrará, ""*
Por isso foi um homem, no sentido que dava à palavra Diogenes, porque o seu procedimento refletia a sua doutrina que o sêr humano, acima de tudo, deve conhecer-se a si mesmo e desenvolver os seus atributos e possibilidades; foi um sábio, porque viveu os seus conhecimentos, aplicou corretamente os seus princípios, e morreu na defesa dos seus altos Idelais. Assim, a grande lição de Sócrates ministrada à humanidade, é uma lição de nobreza e dignidade, de caráter e honradez, uma lição, enfim, de amor a verdade e fidelidade à cultura.
Impereclvel filosofia, que logo despertou o maior entusiasmo e admiração, razão pela qual começou a aumentar a sua influencia como adorável educador da juventude e mestre querido dos grandes pensadores, atraindo para o seu convívio discípulos do valor de Platão, Xenofonte, Isocrates, Critias, Charnides e Alcibiades.
Rememoremos, porém, o* acontecimentos desta tio significativa biografia.
Vem, agora, a tragédia sócratica comparável em significação, sob muitos aspectos, com o martírio do Redentor.
Naquele tempo, na antiga Grécia, tal como nos dias de hoje, em virtude de diferentes causas, havia uma crise profunda não só da personalidade como do Estado, a sociedade estava desorganizada e o indivíduo inteiramente anarqulzado. Cm, ptfl os soflftas presunçosos e petulantes tinham destruído a crença nos deuses e a populaca irrlquietta queria influir na vida politica.
A sua doutrina bela c empolgante, sábia e verdadeira, era, está claro, revolucionaria, e por isto com muita ironia atacava os falsos Ídolos; chocava-se, deste modo, com os preconceitos dominantes, e daí a reação enérgica que se processou contra o genial filosofo, acusado de
Sócrates compreendeu perfeitamente a situação, e percebeu que era preciso reeducar a mentalidade das pessoas e reoganizar a vida social.
Nestas condições, per Intermédio de Anitus, foi processado, e como se manteve Inflexível e se conservou fiel aos seus princípios, condenaram-no a beber a cicuta.
Cercou-se assim dos jovens atenienses, e sempre modesto e inteiramente despreocupado, com os trajes em desalinho - descalço, poz-se a ensinar a sua
O
M A i_. H O
corromper a mocidade e de nio crer nos deuses do Estado por pregar o culto a novas divindades.
Sócrates, escreveu Platão, foi o mais sábio, o mais justo e o melhor dos homens que conheceu.
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assim, ao leitor a nossa herança da Grécia através de Sócrates e Pericles. a nossa herança dc Poma através de César e Marco Aurélio. a napsa herança de Idade Média através de Santo Agostinho, Sâo Totnaz de Aquino e Dante, a nossa htrança da Renascença através de Machiavel. Leonardo da Yinci. Miguel Ângelo, ÇervantfS, Camões, etc, — e. enfim, u nossa herança ila Idade Moderna através da obra de Goethe. Bacon, James Wall. Comle. Pasteur. Edison, Marconi, ele. Chamamos, pois, a atenção dos nossos leitores para as lileis e instrutivas páginas ilo Prof. Humberto Grande, que aparecerão nestas colunas Iodos os meses.
PROF. HUMBERTO GRANDE
lições, que oportunas.
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atuais
•
Nada estimula mais, realmente, o brio • a dignidade dos jovens, nada impressiona mais profundamente a alma humana, desejosa de superar-se a si mesma, como Já oecrevemos, que os exemplos magníficos contidos na vida dos grandes homens. E' que os gênios supremos educadores.
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os
nossos
'
Por isso o nosso gênero humano só progredirá móis Intensamente, iluminado pelolfacho da cultura, quando prestar um culto mais vivo e ardente aos seus super-homens, que sio os promotores da felicidade humana. Esse culto da competência, prestigio do mérito e honra ao valor já foi pregado, com grande sucesso, por Plutarco, Carlyle, Emerson, Nletzche, Comte e outros pensadores ilustres.
Esta tocante homenagem do discípulo amado ao mestre querido é justíssima. E por isso a influencia do imortal pensador aumenta cada vez mais na história, porque representa o exemplo impericivel do valor moral, tão necessário à regeneração da cultura e da civilizarão; cie defendeu a dignidade humana e morreu pelas suas convicções. Sócrates é um símbolo magnífico da grandeza moral. Dentro deste mesmo critério, estudaremos os ensinamentos de outras biografias eminentes. Nada é mais nobre e mais sublime do que ensinar aos moços as lições dos grandes mestres de todos os tempos. O rico conteúdo da educação é revelado Mé seus diferentes aspectos pelos gênios. Os grandes homens são os maiores educadores da humanidade. Baseados nestas verdades categórica», na nossa cátedra de professor e nos nossos livros,>sempre analisamos os ensinamentos dos cérebros mais esclarecidos da nossa espécie. Assim também, em diversas preleções e conferências, com o objetivo de mostrar a obra dos magnos creadores e defensores da cultura, estudamos as suas sugestivas
I X — 1 9 1 1
sempre
Todos esses autores sio unanimes em ensinar que a mocidade deve inspirar a «ua conduta na vida dos heróis, homens-símbolos, enfim, na vida daa almas elevadas. Na época presente tal sugestão é rica do sentido e significação. O
momento é difícil e somente os espíritos podem nos orientar, porque também só eles podem resolver os grandes problemas contemporâneos.
grandes
Eis a biografias
razão
por que o estudo das tio vulgarizado, hoje, principalmente, com as obras magníficas de Ludwlg, Sweig, Maurols, etc. está
A lição dos grandes mestres é, pois, fonte suprema da sabedoria, o deste modo, da própria vitalidade.
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Poucos,
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obstante, percebem ricas possibilidades da vida.
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lição de Sócrates.
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MALHO
W/f/W/ íW Codofredo Vianna, o parlamentar e jurUta cujo desapaum dos nossos mais mlfítWW' 13 recrm^nío vem de consternar o pais, eraWilfWfiyÁ aiádia^ inspirados poetas e sua poesia, longe de se perder em divados reèmtok* gações estéreis, rebuscava, anüs, os temas profundos M ' ffl?/ "*1H B% transcendentais e filosóficos. £><' -^^mW^Lr^^ buscamentos colaboração Tm\>- ¦^iEgjg.r TmWs O poema que se vai ler foi a sua última cltamcmoa e beleza a, fundo e *\ «*^ mensário, U "f! sua este para V^3 para x leitores. do$ ,~3^ a nossos atenção jK ^^^VivJ
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[ UCY abriu a janela e olhou a ruaJlS zinha sossegada. Vista de cima, do terceiro andar, onde ficava seu quarto, ela parecia ainda menor, menos iluminada, mais quieta... Ruazlnha de subúrbio, recanto afastado, quase sempre deserto, pobre, feio e triste. Para Lucy, porém, quanto encanto tivera, num passado não muito distante. Era ali, junto àquele poste de luz elétrica que clareava, fracamente, a calçada esburacada, que Júlio a esperava tôdas as noites. Chovesse oú fizesse bom tempo, às oito horas em ponto, êle ali estava, infalivelmente, fumando cigarros sobre cigarros, até ela aparecesse. Lucy jamais deixava que êle a esperasse. Sempre era pontual, eque se acontecia atrazar-se um pouco, nunca a demora passava de cinco minutos; isso porque, após suportar um dia inteiro de saudades, ficava ansiosa para encontrar o namorado. Aquelas duas horas passadas em sua companhia, eram as únicas que tinham verdadeira significação para Lucy. As outras, as que ela passava num escuro e abafado escritório, em frente à velha máquina, que lhe provocava dôres terríveis nas costas, à trocq de mísero ordenado, estas lhe tiravam o ânimo de prosseguir vivendo. O que lhe incutia coragem, era pensar naquelas duas horas calluas, sentimentais, cheias de promessas de um futuro melhor... Lucy amava Júlio com êsse amor-ternura, amor-sentimento, capaz de equilibrar todos os pessimismos, cobrindo com o véu do esquecimento os maiores desenganos sofridos. Êle, também a amava e não mentia do lhe dava esperanças de unirem quanseus destinos. Ninguém, entretanto, sabe porque o amor chega e desaparece. Não se pode impedir que êle entre e sáia do
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RECOMEÇAR o nosso coração, quando bem entende. Às vezes, o maior afeto tem tão breve duraÇão... Não se explica porque, mas o fato é que termina entre um beijo e uma despedida comom, deixando-nos a impressão desoladora de que jamais amámos, realmente, a criatura, què hoje olhamos com a mais fria indiferença. Foi o que aconteceu a Júlio. O afeto que o ligara, durante um ano, a Lucy, desapareceu de seu coração. Dêsse modo, não havendo mais motivos para prosseguir com aquêle compromisso, foilhe franco, afastando-se, depois com a mesma lealdade como permanecera ao seu lado quando ainda a amava. A princípio Lucy revoltou-se, odiá-lo desprezá-lo; depois refletiu, qulz serenamente, chegando à conclusão de que Júlio não merecia nem seu ódio, nem seu desprezo Afinal, que fizera êle? Deixara de amá-la... apenas. Não poderia culpálo por isso Não estava nele evitá-lo. Quem lhe poderia garantir ela não agiria da mesma fôrma, se que deixasse de amar Júlio? Possivelmente, não seria melhor que êle. não se sacrificaria, permanecendo ao lado de quem nada mais lhe significava. Para ser Imparcial, Lucy afastou qualquer sentimento justa, de rancôr e despreso pelo antigo namorado. Limitou-se tão só, a ¦ horar muito pelo seu afastamento. Por fim, acabou aceitando a situação como irremediável. A vida se tornou mais monótona que nunca para Lucy, que, sem o estímulo de Algumas palavras animadoras, mal suI X _ l 9 4 4
MARIA
LECTICIA
portava o vazio de uma existência sem finalidade. "porém, Certa tarde, ao voltar do emprégo para casa, o destino pôs em seu caminho outro rapaz. Após lhe dirigir algumas palavras, êle a acompanhou até em casa, pedindo-lhe permissão para tornar a vê-la, à noite. Lucy assentiu, embora sem entusiasmo. Agora, ali estava ela, espreitando da janela, a ruazlnha triste. LÃ em baixo, junto ao mesmo poste de iluminação, fumando cigarros sóbre cigarros, estava Jorge, o novo namorado. Esperava-a impaciente. Lucy suspirou fundo. Tudo igual! A vida é eterna repetição! — pensou. Dali a pouco desceria, iria encontrar Jorge. íle lhe beijaria a mão, diria algum galanteio referente ao seu cabelo, aos seus olhoe... Falaria da noite estrelada, da impressão que ela lhe causara á primeira vista... Provavelmente, lhe faria promessas e, com o cor-er dos dias, diria que ela era a mulher a quem êle mais havia amado, que a queria só para si, que se sentia outra junto dela... Juraria jamais deixar de amá-la, chamá-la-la querida, ndorada... usaria o diminui ti vo de seu nome,••enfim, beijá-la-ia, sintetizando assim todos os seus setimentos, provando que era um homem, em nada diferente dos outros. Tudo isso, tóda essa repetição, Lucy teria de suportar, fingindo interêsse, sorrindo, num enlêvo ridículo, porque não o sentia realmente. Não porque rece lasse não poder amar outra vez. Tinha 33
certeza da sua capacidade de amar mais uma vez. Talvez a Jorge mesmo viesse a amar. Não possuía dêsses temperamentos mórbidos, que se comprazem em alimentar sofrimentos, eternizar lamentações e lágrimas. Na sua opinião, tudo poderia ser esquecido ou, pelo menos, pouco lembrado; o que lhe parecia intolerável era repisar caminhos percorridos, recomeçar... Recomeçar! Como lhe fazia mal esta palavra! Era exaustivo começar outra vez o que fôra sentido e vivido antes, sem mesmo ter a certeza de parar onde a levaria aquele novo romance. Jorge levála-ia ao término, ou ainda teria de suportar um terceiro princípio de história amorosa? Deus! por que razão os homens todos aprendiam por uma cartilha única, e só sabiam repetir as mesmas palavras, as mesmas declarações? Mas, afinal, seria licito exigir originalidade? O estranho é que, quando.se ama, não se nofa essa repetição, que se torna suave, tem sempre o sabor da novidade. Quem sabe, então, se ela, também, poderia descobrir alguma cousa inédita nas palavras de Jorge? — admitiu, esforçand o-se por se animar um pouco. Olhou o relógio. Oito e quinze. Jorge já a esperava, havia um quarto de hora. Teve vontade de deixá-lo esperando a noite Inteira e não lhe ir ao encontro. Passear com Jorge pelas mesmas ruas tranqüilas, que antes percorrera com Júlio, provocou-lhe súbita hesitação. Mas a lembrança daqueles sete meses de solidão, que lhe roubaram a coragem de lutar, incitou-a & nova experiência E, resolutamente, tentando aparentar um contentamento, que estava longe dê sentir, como a atriz, que renova suas energias para representar numa segunda sessão, foi ao encontro daquele outro prelúdio de romance...
Ducfue Alexis, herdeiro do OGRAO trono dos Tzares da Rússia Imperial, estava sobre sua caminha quasi à morte, sendo que para éle todos os médicos e sábios do império russo já haviam tido a sua atenção voltada, sem resultados satisfatórios. A Tzarina e o Tzar amavam seu íilhinho aclma de tudo e tudo fariam para salvá-lo. Foi quando surgiu Rasputin. O monge era um "mujik" astucioso e de uma audácia Infinita. Tinha alto poder da sugestão. Já, valendo-se deste seu poder e da sua grande intellgéncia, se estava fazendo sentir na Rússia, fundando uma religião a seu feitio da qual fazia uso para fanatizar pessoas das quais êle precisava para o
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chaga, de u'a mancha terrível, seguiu o rastro de sangue e mais uma vez descarregou-lhe a sua pistola. Terminara-se desta vez, a yida de Rasputin cujo corpo foi atilado ao rio Neva, numa noite fria, bem russa... A neve cobriu, depois, o rastro de sangue do monge e os fidalgos novamente se reuniram no palácio do princípe Yusupov. Que teriam dito eles? O Império ficou livre mesmo de uma chaga. Mas vivia no espirito de todos a dúvida sobre as palavras do monge. Espíritos duvidosos mesmo daqueles que eliminaram a vida de Rasputin. Da vida dos Tzares quanto à Vida do seu filhinho querido e da seguiança do seu Império...
SERIA REAL A FORÇA SOBRENATURAL DE RASPUTIN? seu maior escopo: — aproximar-se do trono dos tzares. A sua seita era principalmente junto às mulheres que se entregavam às orgias desenfreadas de Rasputin. Pois bem, desesperados os tzares pela sorte do seu filhinho e herdeiro do trono, lançaram mào do último recurso, pois já haviam feito sentir a eles, principalmente à tzarina, o poder sobrenatural do monge. Com a sua sugestão ou mesmo porque tivesse de reagir o corpo da criança enferma, o princlpezinho ficou bom com os cuidados de Rasputin. Foi o passo decúsivo à entrada do monge na corte russa. Venerado pelos tzares pelo mllado salvamento do seu filhinho, gre os cientistas haviam-no todos quando desenganado, ficou Rasputin no Palacio Imperial. Com sua inteligência começou a dominar sempre por intermédio do elemento feminino. Sabia êle que, por Intermédlo das esposas, tudo se consegue dos maridos. Transformou parte do palácio onde residia, em verdadeiras bacanais servindo-se das mais beIas mulheres da corte russa. O seu poder era notado pelos malorais do governo russo. Uns acreditavam no seu poder sobrenatural, outros viam naquilo apenas o poder de sugestão. O que se sabla, entretanto, era que quem governava era o monge Rasputin. O próprio Tzar sentia-se amesquinhado com aquilo e que, chegou a dizer ao próprio Rasputin. E o monge respondeu-lhe que o-seu afastamento MALHO O
do Palácio causaria a morte do seu fllhlnho e a derrocada do seu Império! O Tzar acreditava na sua força. Não fora êle quem salvara o seu filhinho perdido e desenganado pelos maiores cientistas da Rússia? Mas os outros fidalgos não criam nas ameças de Rasputin e tramaram contra a sua vida. Certa noite o príncipe Yusopov convidou Rasputin para uma grande ceia em seu Palácio e êle prazeirosamente aquiesceu. Todas as Iguarias estavam com fortíssimas doses de veneno e o monge comeu-as todas sem nada sentir. Os fidalgos em redor da mesa se entreolharam crendo na força sobrenatural daquele homem que se dizia "enviado de Deus para salvar a Russia". Rasputin sorria de todos eles continuando a comer as iguarias e a tomar as bebidas todas envenenada! O príncipe Yusopov desesperou-se e quando éle estava à frente de um crucifixo disse ao monge que se ajoelhasse ante a cruz que seria aquela a sua última hora de vida. E despejoulhe no peito a carga do seu revolver. Ainda uma vea Rasputin levantou-se apesar de ferido e com o corpo firme, olhos terrivelmente arregalados, saiu do Palácio soltando Deus sabe que blasfêmias. . Mais uma vez os oficiais do Imperio russo se entreolharam medrosos da força do monge. O príncipe, porém, mais desesperado ainda, cotisclo entretanto da sua missão de libertar o Império de uma
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E o vaticinio de Rasputin se realisou... Já havia uma revolta surda entre o povo russo; já se tramava contra a vida da família imperial e de toda a corte... Já se pensava em jogar no chão o Império instituindo o governo popular.,. A Grande Guerra veiu com seus honores e a Rússia não poude deixar de tomar parte nela. Aproveitando-se da ausência do exército imperial da capital da Rússia fez-se a Revolução Vermelha... Era a derrocada do Império prevista por Rapustin e o extermínio de toda a família tzaresca... que foi assassinada na noite de 16 de julho de 1918... Muitos fidalgos morreram às mãos da turba rubra que se apossou da Rússia; muitos outros conseguiram fugir à sede sang^iináría dos comunistas. Que palavras teria proferido a familia imperial eliminada barbaramente? Que teria pensado o pobretdnho do grão duque Alexis? Não teriam blasfemado contra os assassinos de Rasputin? Não teriam morrido crentes na força sobrenatural de Rasputin? E da sua vingança mesmo post morte? A ciência poderá dizer algo contra os fatos da história rvssa? Mera coincidência? Força verdadeira do monge? Sáo interrogações que ainda perduram!
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hecatombes fragorosas e convulsões sangrentas vive mundo o um dos seus mais trágicos momentos. ANTE De um lado, um povo oprimido por um ególatra ambicioso, imbuido de preconceitos irracionais e ideais irrealizáveis, delira na prática das mais bárbaras perversidades e das unais injustas arrcmetidas contra a segurança e a dignidade dos países temporariamente dominados pela voracidade do invasor. Do outro lado, porfiam, bravamente, povos livres e altivos, identificados com o ideal da Liberdade, filiados à concepção cristã da vida, com o fito único e definitivo de eliminar por completo da face da terra a loucura sanguinária dos que se dizem seres racionalmente puros e que, na realidade, não passam de destruidores de lares, assassinos de crianças inocentes e violadores de virgens indefesas. Em Moral, o objeto a ser conhecido é o homem em sua vida racional, a revelar-se por atos e por palavras. Sócrates, o imortal filósofo ateniense, preocupava-se somente com a ciência moral. Suas asserções tinham como ponto dc partida as opiniões dos homens probos e sábios. Nada seria mais oportuno que coordenar uma série de pensamentos daqueles, qu/e deixaram seus nomes inscritos nos fastos da celebridade, cotejando seus ditames com os fatos atuais, através do desdobrar desse delirio sangrento que enluta presentemente o Orbe. Na condenação de fatos dessa natrueza veremos que é unânime o pensamento desses altos espíritos, desses gênios provectos da Humanidade. Eles bradam unisonos, contra a ambição, contra o despotismo, contra a tirania. Asseveram eles ser impossível, no mundo, uma harmonia universal enquanto subsistirem na face da Terra os desígnios funestos daqueles que combatem a supremacia do Espirito. E' interessante ver, numa síntese ligeira, o que dizem aqueles que souberam pensar, que aprenderam a viver e que ensinaram a proceder. . Aqui estão, alguns dos pensamentos dos grandes mestres da cultura humana, em torno de paixões nefastas, como a que ainda agora dominam o espirito dos inimigos da civilização cristã:
LIÇÕES QUE NÃO MORREM
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Sobre a Ambição:
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mais completa "lente à sombra de um "O eterno erro e a Ção residem em que ela
substância do ambicioso se reduz merasonho". — Shakespeare. inseparável qualidade diabólica da ambinão olha nunca para trás..." — Séntca.
Sobre a Crueldade: "Um
dos maléficos efeitos da Crueldade é que ela torna
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cruéis os que a presenciam". — Buxton. "Toda a crueldade se origina da insens'b:lidade e da fraqueza". — Séneca. Sobre o Despotismo: "Quando os selvagens desejam colher os «rutos de uma árvore, derrubam-na para co"iê-los. Eis, exatamente, o um é governo que d*spótico". — Montesquiea. "Há uma coisa entre os homens, mais caPaz de abalar o poder despõtico que o relAmpago, o furacão o terremoto: i a indignação ameaçadora dç todo o mundo d'9nação ameaçadora de todo o mundo civí•úado". _ Daniel Wehster. Evidentemente, essas são lições que nio borrem... 1 *• —
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A vida é um processo de desen. volvimento por meio da seleção; e é assim, quer se seja jovem ou velho. Quando ferirdes a raiz da ilusão por meio da seleção e do esforço, estareis libertando, essa vida que é verdade. Krishnarnurti. "Boletim 1931. Fev. P. 7. dia fui assistir a uma coníerencia, na qual, o orador faCERTO lou por espaço de uma hora sutare assuntos espirituais. Estava eu atento na espectativa de ouvir alguma cousa interessante, que pudesse servir de despei-amento para o meu entendimento. Tudo auanto me foi dado observar, desde o vasto salão à disposição dos lugares, os trajes a rigor, às flores, a assistência composta de membros da Sociedade a que pertencia o conferenclsta, todo o ambiente me deu a Impressão de uma organização onde se trabalhava sem objetivo espiritual. Não pude observar cousa alguma, que ao ".cação menos se relacionasse com uma exaas faculdades da alma. pi A conferência foi ouvida no maior silencio, o orador leu multas páginas datilografadas e fez uma série de citações de escritores notáveis. Ao ílm, recebeu estrondosas palmas, correspondentes, quero crer, as palavras agradáveis que dirigia aos presentes, e com as palmas, creio, foram-se todos os vestígios do quanto íora ali pronunclado. Ao retirar-me, pensei: porque não sair da rotina Inútil de produzir palavras . frases sem objetivo creativo, essenc'al, utll e cooperador com a coí' .vtrt»de, com os nossos semelhantes ? Raciocinando um pouco, desçobrim os na nossa própria mentalidade as causas que nos tornam assim autômatos repetidores de hábitos e costumes destituído^ de valor construtivo. Isto significa que a mentalidade que usamos não é cousa nossa. Não estamos ainda apercebidos dessa particularidade do nosso estado mental. Multa cousa fazemos ou sem sentido por nos encontrarmos ausentes do aperceblmento. Comumente repetlmos automaticamente o que nos disseram os professores, o que decoramos nos livros, o que ouvimos nas conversas, o que está na moda dizer. Não medimos, não comparamos o que vem de outrem e o que vem do nosso próprio entendimento. Não estamos advertidos de que podemos viver da nossa real compreensão, do pensamento creado por nós mesmos, pensamento livre da pressão causada pelas memórias velhas acumuladas, do subconcientp tradicional. Hudimo-nos com os benefícios passageiros dos hábitos, das memórias e costumes sem vida, que pertencem &o passado. Por Isso mesmo, é que nossa vida diária, corre condicionada aos preconceitos de saber mais e súòer menos, de puossuir mais e possuir menos, I X — 1 9 4 4
O que enamamos conforto é produzido pelo medo de perder, de não ganhar. d3 não obter segurança. A todo esse jogo e movimentos de Interesses aquisitivos, é que damos o nome de esforço. Mas tudo isso está errado, tudo isso traz o próprio homem jungido ao desconforto, è duvida. a insegurança e ao sofrimento. São ações sem base essencial, sem realidade no entendimento. Esse "cenforto" que tanto buscamos é um mal que se alastrou vertlglnosamenmente por todos os tipos da mentalidade atual. O branco, o preto, o colgial, o caixeiro, o banqueiro e a cosinheira a ele se apegam pelos mesmos motivos mentais: ausência da apercebimento do real. Nesse estado de mentalidade, que se observa por toda parte, ausente de entendimento, de abjetlvos reais é que deve ser focalizada a atenção dos educadores, dos explicadores, na instrução da mocidade. • Há,- portanto, muitos obstáculos a r. mover na mentalidade do hom°m atual: se ele é Instruído, encontra-se mentalmente dominado pela idéia de cultura, de posse, de segurança individualista; e, tomado por essa ideia. não se preocupa se está ou não prejudicando a outrem. Quase obstinado, busca Incessantemente poslção e segurança para si somente. SI é homem sem Instrução, está tambem, por sua vez, cheio de memórias erradas e falsas, a respeito do homem Instruído, e como está assim, busca tambem fugir ao esforço real, para o qual efetivamente não foi orientado. De tudo isso resulta o pessimismo e o desentendimento do ambiente nas relações mutuas. K assim, o homem mental é apenas um aglomerado de erros e Ilusões aue o tornam alheio a sua própria vida. A reconstrução esperada e necessária, é, portanto de mentalidade. O homem deve e precisa ser educado no sentido de poder usar o entendimento, a inteligência, e não as memortas, os hábitos mentais velhos que serviram noutras épocas. Os laboratórios onde terão de s.r renovadas as mentaiídades, serão as escolas, onde deverá ser ministrada a instrução cientifica sob todos os aspectos, e para todos, instrução orlentada para o supremo objetivo do entendimento e da cooperação do hemem pelo homem. Chegou a época, na qual o homem já não pode crer. De tanto ter sido enganado, estropiado, explorado, precisa despertar na sua mente o deseJo de entender, de compreender as causas do atraso e do sofrimento. Drspertar a compreensão, para ura viver utll a tedos, é, portanto, a função essencial do educador, do renovador, do explicador, dos responsa veis pela educação e orientação da criança. No», tempos presentes, existe abundante material cientifico e espiritual a ser empregado na educacão do homem resurgente, para o
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BELARMINO VIANA conduzir a um viver, cem por cento melhor do que o viver atual. A instrução velha não serve mais. Se service, não teriam caído tantos grupos de homens inações) instruídos.nas memórias da fantazia, da ilusão, do Irreal, do particular, do pa_sado, do individual sistema aquisltivo. A nova instrução deve ter por objetivo o despertar do entendimento. Para despertar o entendimento do homem prisioneiro da crença e da posse, o inundo está recebendo a mensagem dum autentico instrutor da vida: — KRISHNAMURTI.
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que acontecia muitas vezes a Newton, ao levantar-se, pela manhã, sentar-se bruscamente em seu leito, absorvido por aipim penCONTA-SE samento e ficar semi-nú, durante horas a fio, seguindo a idéia que ocupava seu espirito. Esquecer-se-la mesmo de sua refeição se não o viessem recordá-la. Certo dia, o Dr. Stukeley, seu amigo particular, chegara à residéncia deste para almoçar, esperou por muito tempo que Newton saisse de seu gabinete, não vendo o sábio aparecer, decidiu-se a atacar uma galinha que se achava sabre a mesa. Depois de ter satisfeito seu apetite, reuniu os restos sobre o prato e colocou-o sob uma coberta de metal. Muito tempo se passou ainda; Newton surgiu, finalmente, e sentou-se ante à mesa. d.zendo estar com muita fome. Mas, quando ergueu a tampa da travessa viu os restos da galinha, exclamou : — Ah!... Eu julgava que ainda não tinha almoçado; mas agora vejo que me enganava.
BRIGA
que na india a luta entre escorpiões é um divertimento como a briga de gaios, o jogo de box, a lata de cães, etc, nos países civiliCONTA-SE zados. Postos dois desses bichos numa caixa especial, já se sabe que com os devidos cuidados, para evitar as suas terríveis picadas e soprando sobre eles fumaça de tabaco, os escorpiões ficam enfurecidos e desandam numa correria desesperada tentando sair da prisão. Nessa fuga acontece abalroarcm-se e, sem mais aquela, ferram-se em frenética luta. Então é levantando a tampa da caixa, afim de que os aficionados apreciem e discutam as peripécias do combate, que sempre acaba pela morte de um dos campeões, ou, não raro, dos dois. Se um deles sobrevive, fica sempre estropiado. Fazem-se apostas. Mas os lutadores nada ganham, o que é mais moral do que nas lutas entre homens...
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OLFATO
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é o bairro situado entre a rua 110 e a rua 155, em Nova York; HARLEM a oeste aproxima-se do rio Hudson; a leste, do rio Harlem. Compreende, apioximadamente, uma quarta parte de Manhattan. O BaixoHarlem — perto da rua 125 — é habitado pelos negros das Antilhas e da América Central, procedentes principalmente do Porto Rico. Os negros de origem americana do norte ocupam o Alto-Harlen. A burguesia negra vive a oeste, nas alturas de Washington. O Harlem tem uma população de 300.000 almas, mais ou menos, representando a maior colônia de negros do mundo. Dois ou três são milionários; alguns são ricos; outros remediados e há os intelectuais; a grande maioria, porém é de operários. Três quartas partes das propriedades do Harlem pertencem a brancos — inclusive teatros cabarés e a quase totalidade das casas comerciais.
FOCA
tempos, as revistas americanas narraram o episódio relativo a uma HA foca chamada Peter, que fugindo do carro que a conduzia, passeiou por algum tempo pela quinta avenida de Nova York, com espanto geral, acrescentando que só a conseguiram pegar devido ao seu fino olfato, que a levou a penetrar em uma casa de perfumarias, onde um ventilador espalhava delicioso jitiiu.iif emanado ri? uni r*ulverÍ7*»*1or mecânico. Todos gabaram o fino gosto do anfíbio. Mas tarde, entretanto, curioso químico tratou de indagar qual o perfume que atraíra a foca. Analisando-o cuidadosamente, chegou à conclusão de que os eflúvios mais intensos do tal perfume eram produzidos por essências extraídas das peles de certos peixes ! ... principal alimento das focas, que os avisados naturalistas sabiamente chamaram de "canis marim" (cão marinho), de faro apuradíssimo.
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A D E L I N A, ADORÁVEL ADELINA ! ROMÀO DA SILVA horas da tarde de sábado. Cheguei estupefato. Cumprimentei D. Belinha, fui ao filtro, ZRÊS água num copo, e, numa ganância canina, puz consumi, enquanto ao meu lado, fazendc-me uma pergunta ingênua, a pequena Dedé me puxava pela aba do paletó, insistindo que lhe desse atenção. Respondi depois, atendendo ao mesmo tempo Albertina, que veio da cosinha dizendo: Sabe, tenho uma surpresa para o senhor. Deveras? — perguntei satisfeito. Albertina balançou graciosamente a cabeça em sinal afirmativo. Afogou a mão no bolso do avental, e antes de retirá-la, exclamou: E que surpresa! Adivinhe! Carta?! Sim, mas de quem? — transigiu a graciosa criadinha. Meditei um instante e respondi contrariamente ao meu pressentimento: ** Da tia Grácia. Errou! — Albertina saltou vitoriosa. Olhe! — disse depois, mostrando o verso do envelope. — Feche os olhos. Fechei. Abra-os agora. Albertina havia posto o envelope à altura dos meus olhos, e dizia-me saltitante: Veja agora! Era de Adelina, como eu pressentira. E fora realmente uma surpresa. Uma grande e agradável surpresa, como sempre foram para mim todas as cartas que dela me chegavam. Neste instante, D. Belinha chamou por Albertina, que permanecia curiosa ao .meu lado: Menina, que ficaste fazendo aí este tempão, todo?! Nada, D. Belinha, nada. E ageitando nas costas o laço do avental, a pequena acorreu pressurosa ao chamado da patroa na cosinha.
tanta felicidade, fui para o meu quarto. Queria ler a carta olhando para o retrato de Adelina. Assim ser-meia mais agradável a sensação. E eu teria uma ilusão maravilhosa. A ilusão de vê-la, realmente, conversando comigo.
Sobre a mesa, dentro da sua moldura côr-de-ouro, onde a capricho mandei pô-lo, lá estava o retrato de Adelina, que pareceu cumprimentar-me ao entrar. Mireio-o. Parecia ela na verdade. Tive a impressão de vê-la mover-se na estampa numa atitude que ela tomava quando, inesperadamente nos defrontávamos, e sorridente, e modesta, com toda aquela pieguice fascinante dos seus olhos graudos, ingênuos, de criança sonsa; as pupilas traquinas, inconstantes nas órbitas de superfície úmidas, ela exitava em dizer alguma cousa; cousa que às vezes, antes mesmo que m'a revelasse eu lia no seu olhar. Tal e qual, para mim, Adelina ali parecia estar perfeitamente viva. Quase ouvi o tom de uma Recebi aquele envelope da mão de Albertina, viopalavra sua na delicadeza de voz com que ela me falava quando estávamos sós. lei-o e de dentro retirei a carta. Também aquele retrato fora a minha grande surEstava contente e muito feliz. Feliz porque enfim ela me escrevera. Duas semanas que Adelina não dava presa de todos os dias Durante a ausência de AdeUna, foi êle que remediou- a minha solidão, e sobremodo, notícias, parecia, dois meses, mais, tanto tempo! Meu amenizou a minha saudade. Se acordava ao amanhecer, olhar paralizou-se fixando a folha do papel côr-de-rosa. meus olhos estavam nele, e o meu primeiro bom dia Encantava-me sobretudo a letra, a letra delicada em era correspondente à recepção que me oferecia aquele mais vinham as doces articuladas de Que palavras sorriso branco, permanente. Se entrava no quarto, a amor, as confidencias tolas, que pode a um noivo dizer, numa carta, a noiva ausente. Depois o perfume! O qualquer hora, era aquele mesmo sorriso que me recebia; se estava triste, era olhando para aquele retrato Perfume que traziam aquelas cartas. Perfume predileto de Adelina, que eu reencontrava a alegria. Adorava-o por tudo isso, que aspirando eu tinha sempre a detratando-o com o mesmo desvelo e as mesmas consihciosa impressão de pressenti-la aproximando-se de derações de que era digno o seu original; e, muitas ttürn. vezes, conversei com êle alimentando a ilusão de Dessa vez vinha Impressa no papel a marca dos que •seus lábios. "Oh! Adelina, és adorável!" — exclamei. E ela talvez me estivesse ouvindo. Certa vez até D. Belinha me surpreendera falando alto nessa abstração, no lugar onde ela depositou o seu beijo, também pousei e não sei que juizo ficou fazendo de mim. °s meus lábios, e-mais de dois beijos dei em cima da Li e reli aquela carta, em cuja última linha ela esniancha de baton. E sem conter-me de alegria, por 1 X - 1 9 i O MALHO 39
PAI JOÃO O NOVO POEMA DO BRASIL VELHO Por HENRI DE LANTEUII,
poetas modernos, filhos e OS netos do modernismo, parecem esquecidos de que vivem no Brasil. A tendência mais notável, dentro da produção poética da atualidade, mostra o desenvolvimento de temas abstratos, ou simplesmente obscuros; uma sorte de simbolismo degenerado pela incompreensão, uma sorte de surrealismo desfigurado .• caduco, pela inadaptação completa «do artista aos preceitos mais elementares dessas escolas, já tanto tripudiadas na literatura e nas artes plásticas. Trata-se, de salientar a importância de que se reveste, em 1944, o aparecimento de um livro tão estranho e novo, como este "Pai João'' de autoria do Sr. Wilson Woodrcrw Rodrigues.
O autor, entre os mais moços da geração presente, acaba de mostrar perspectivas inteiramente novas para a poesia brasileira. "Pai Este primeiro caráter de João", esta variedade que agrada, e permite a leitura total e seguida do volume, significa alguma cousa mais que casualidade. E já isto bastaria para que alguém viesse a público para o apontar. Todas as modalidades possíveis foram empregadas para o sustento daquela variedade de que falei: prólogos, meditação, cântico, canção, litania,' trova, diálogo, balada, cenas, — curtas e concretas — coros, intermezzo, lundu, invocação e epílogo. teatro. E por Quasi uma peça de "Pai João" não de texto que não? o seria estranho um palco, entre uma "mise-en-scène" apropriada e cem quadros encantadores da mitologia afro-brasileira. Esta impressão teatrai é a mais viva que o livro produz, e ela se conserva até o fim, num crescente gosto, que anima a curiosidade mais intensa. Esta peça de teatro em versos é, ao mesmo tempo, um longo poema, construído com a mais apurada unidade de ação. As cenas desenrolamse como um vasto panorama, e o poeta nos sabe deter um momento em cada uma delas, cada qual mais graciosa e tocante.
O Sr. Wilson W. Rodrigues sabe compor. O estilo varia na justa proporção dos assuntos, bem como a versificação, que está sempre adequada à mobilidade das cenas. Todos os gêneros poéticos encontram-se no "Pai João". Há poemas severos, em alexandrinos graves; trechos líricos de grande beleza, como aquela "Balada do raio de luar", digna das mais exigentes antologias; há os diálogos, mais leves, mais curtos, mais incisivos, e as canções dolentes em que a alma vibra suavemente ao sabor daqueles versos sumamente harmoniosos e comoventes. Os diferentes aspectos da epo"Pai João" foram assinalapéa do dos com rara habilidade poética. O velho negro aparece sob todos os seus carateres, que são os da sua raça. Por isso, as cenas dos lundus, que são inegavelmente de uma lasei-idade intensa, não Jeem aqui , uma intenção maldosa e malsã que alguém assinalou. E apenas uma feição da vida na senzala, a ex.pressão verdadeira dos desejos de velho preto escravo e a exteriorização do seu sub-consciente humano. Dizem que o Sr. Wilson W. Rodrigues foi realista demais nas suas pinturas; ora, o realismo é a própria vida; o realismo não pode escolher; tudo que alcança o diz ciaramente, sem preconceitos nem arran jos lingüísticos. E pelo que vemos no "Pai João", poema realista também, o autor soube abordar todos os casos e adaptar-se a todas às circunstâncias, conseguindo aquele belo conjunto que, ao mesmo tempo é lírico, simbólico e realista, e que faz daquele magnífico poema a peça mai.} notável da moderna poesia brasileira.
Socorro! Socorro! Socorro! crevera: — "Da tua do teu coração"; dobrei-a por fim, e deixei-a sobre a mesa. Mas as minhas palavras mal eram ouvidas por "expediente", resolvi ficar em Como estivesse sem mim mesmo. Ninguém me poderia vir salvar. De repente, porem, Adelina reapareceu. Não era toda ela. casa e fazer uma sésta enquanto chegava a hora do Só o'busto. O resto era peixe. Quando ela sorriu seu jantar. Atirei-me na cama e fiquei quieto, silencioso, semblante iluminou-se de luz tão intensa que me enmas Sem perder de vista o semblante de Adelina no candeci e cerrei os olhos, sentindo que ela me puxava retrato. Mirava bem a pupila daqueles olhos que pareciam seguir os movimentos dos meus, como se estivespelo braço, dizendo persuasivamente: Vem comigo, tolo! sem exatamente vivos. E assim permaneci até que as cairam e adormeci... eu palpebras Nesse instante, porém, acordei atordado com os ...depois... era não sei onde: num parque somde Albertina que me chamava para o jantar: gritos brio e deserto Só eu e Adelina perambulavámos de O jantar está na mesa. mãos dadas, conversando bobagens. Ela me dizia couEsfroguei os olhos doloridos, e quando fixei o resas desconexas, tolas mejmo: trato de Adelina, ardeu-me na pupila o reflexo do viVou te pregar uma peça— falou de repente — dro ferido por uma nesga de luz que, do quarto fronlargue-me e feche os olhos. teiro, se projetava pela janela entreaberta. Obedeci. Do rádio da sala de jantar, vinha a doce melodia Conte até dez e abra-os. da "Ave Maria", de Gounod... E era tão suave qua Contei Mas quando abri os olhos, Adelina havia parecia longínqua... desaparecido, e já nãc era no parque que eu me enAproximei-me do quadro, e mirando-o talbuciei: contrava. Estava sobre uma pedra em pleno alto mar. Espertalhonal Senti-me desolado, e clíéio de pavor desatei a gritar: X - l 9 4 4 MALHO O 40 I
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RA1LLE-0 CÊOO Libertador dos cegos
"braille" Com ess? sistema os cegos pediam aprender a ler palavra mas não a escrever. A é us~da hoje em Lcuis Braille queria um sistema que serviss? a amtodo o nundo bos os propósitos. Com grande esforço, trabalhando inpara o alfabeto descessantemrnte, repassou tudo o que já havia sido feito. cegos. aos tina do Muito pouco se sabe Contava vinte anos quando teve uma grande insp;ração a idéia de um s*stéma de pontos — quy com o t^mpo relativamente a Louis Braille. o gênio cego se transformou no Sistema Baille, a lingua universal dos da França que incegos. ventou o sistema que A música desempenhou um grande papel nessa destraz o seu nome. Os coberta. Braille desd? creança se revelara um pianista arquipróprios de talento, demonstrando tambem grande habilidade no Louis Braille. o cego libertador vos onds estavam violino e na viola. Tocava tudo de ouvido. Mas isso não dos cegos. registrados suo vida o satisfazia. Queria ler o manuscrito da música. Mas, foram e sua obra como ? Perfurando o papel nos pontos ende estavam esdestruídos na grande critas as notas. Foi daí que lhG veiu a. iáè.a, de aplicar c. conflagração de Paris, em 1870 Natural da aldeia d 3 método aos caracteres alfabéticos, tanto aos números Sur-de-Marne, a curta distancia de Paris, Louis Braille como às palavras. era filho d _ um fabricante de arreios. Aos tres anos de Tendo feito seus estudos na escola de cegos de Paris, idade, entrando na carreira na oficina de seu pai, trovoltou ao mesm0 estab-lecimento como professor. Facilitaram-lhe uma pequena oficina para que prosseguisse em pecou e caiu sobre alguns dos instrumentos ali guardados, tragicamente pcnteagudos. E desde então Louis seus trabalhos. Braille ficou nas trevas para sempre. Seus alunos cegos, tão anciosos como êle pelo êxito Dos primeiros dias do século 19 — Braille nasceu em das investigações, o auxiliavam sem descanso. 1809, — não se havia ainda descoberto um meio com o Afim de conseguir dinheiro, Braille se empregou como organista de uma igreja. Católico dovoto, conhecia bem auxilio do qual os cegos pudessem ler. Um velho oficial de artilharia, veterano cego do exercito francês, realizou a liturgia; a música das missas; a música de Beethoven, Mozart e Handel. Necessitando de mais dinheiro, afim de Prospero e experiências com um sistema de pontes. de espirito filantrópico, passou ele o resto de seus anos prosseguir em suas experiências, passou tambem a traba lhar cemo organista nos funerais e casamentos. num esforço para tornar pratica sua invenção, mas os resultados alcançados não compensaram. Aos sete anos, Assim, êle ce financiou e aos seus colaboradores para continuar — rumo ao sucesso, mas que então não foi reo cego Louis Braille cuviu falar nessas experiências. E conhecido. Braille não chegou a ver os frutos do seu tracomeçou a tomar interesse nelas. balho. Ao terminar os seus labores Braille conOs pais de Louise Baille. esticando seus parcos rentava apenas 43 anos quando morreu — tinha readimentos, enviaram o menino para uma escola de Paris, lizado mais do que qualquer outro homern que uma das primeiras a se especialisarem no ensino aci cétenha vivido com a esperança de abrir *aos cegos um novo gos; arítimetica, história, geografia, etc. Louis, porém, mundo. Mas os que enxergavam não quizeram reconhecer queria mais do que isso. Porque deveriam ser 03 cegos o seu mérito. Braille foi ridicularisado; atacado pelos e ? Seria sua literatura privados de conhecer o mundo inescrupulosos; seu sistema foi ignorado ou desprezado impossível fazer com que os cegos lessem com o auxílio pelos professores cheios de preconceitos ou demasiados do tato ? indolentes para estudá-lo convenientemente. Seu maior "handicap" não foi O jovem cego começou então a trabalhar para encona cegueira, mas a ignorância de seus trar uma solução para as indagações que preocuparam o contemporâneos videntes. A despeito de tudo, e das treseu espirito. Soube que, em 1617, duzentos anos antes de vas em que vivia, conquistou um verdadeiro triunfo, que sua época, havia sido tentado um esforço nessa direção colocou seu nome nos idiomas de todo o inundo. na Espanha, mas sem resultados. Braille morreu em 1852. Estudou tambem 0 que já se tinha feito na Alemanha (Fotos da Inier-Americanaj e na Itália, mas os métodos ali aparecidos eram tambem muito rudimentares — letras esculpidas em blocos de madeiras; uma corda com serie de nós. que conAlunos do Instituto de Cegos de Nova York, lêem livros impressos no sistema Braille. servavam distancias entre si mais ou menos irregulares, afim de indicar as letras do alf a beto. Embora tedos esses métodos estivessem ainda muito longe de apresentar uma solução adequada, foram no entanto suficientes para manter a resolução de um estudante cego, que tinha cm mente abrir um novo mundo para os cegos. Na época em que Louis Braille estava a ¦ %>V. ,<'r*% S*, I fgm procura de um alfabeto para cegos, na Esco«___.'___________. i cia, John Aliston, que não era cego, trabalham ml LaJí •«__________/ i va num sistema de letras em alto relevj. E logo depois imprimia com essas letras o Evangelho d? S. João. Louis Braille conseguiu ad^jj5è53JI^JTB JM mmAi quirir esse livro. Leu-o com dificuldades, traduzindo do inglês enquanto progredia. Era o suficiente. CJIS £ffl___k_-. -- " Enquanto isso, nos Estados Unidos se faziam tambem experiências. Eram na maioi parte aperfeiçoamentos da idéia de letras em alto relevo de John Aliston. Dus Estados Unidos. o nevo sistsma era conhecido como "Letrás de Boston". ''
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Grupo feito no Jockey Club, quando do almoço íntimo oferecido pelo Capitão Amilcar Dutra de Menezes, diretor geral do D. I. P., a um grupo de jornalistas cariocas.
RODRIGO OTÁVIO FILHO NA ACADEMIA BRASILEIRA _^
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Academia Brasileira vem de eleger, em pleito movimentado e o.ue, como sempre, foi seguido de perto pelo interesse de todo o pais, o sucessor do .audoso poligrafo que foi Rodrigo Otávio. A escolha dos integrantes da Casa de Machado ds Assis iecaiu, muito justa.r.ente, sobre um cand*dato altamente credenciado e que tem a seu favor, ainda, a circunstância de _er o herdeiro e continuador das glorias literárias daquele imortal — o escritor e poeta Rodrigo Otávio Filho. Dono de apreciável bagagam literária, homem de comprovada cultura, Rodrgo Otávio Filho em nada desmerecera o renome do seu ilustre e saudoso antecessor, antes, pelas suas quaimaaes de intelectual e pelo seu reconhecido talento, saberá melhor do que ninguém as tradições que recebeu com a poltrona que pertenceu ao seu progenitor. Na fotografia ao lado, vemos o novo acadêmico há tempo, era entrevistado pelo quando, "O Malho". pouco
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CIDADE BENBIQüE LAGE — Quando da visita recentemente feita às Organizações I.age (Ilha do Viana) pelas Comissões de Efic;enc:a dos Ministérios, promovida pela da Viação. e com as presenças do representante do Ministro General João Mendonça Lima, e altos funcionários do DASP.. foi feito este flagrante onde se vêem o Dr. Pedro Brando, Diretor Geral das Organizações Henrique Lage, ladeado pelos nossos companheiros Oswaldo de Souza e Silva e Raul de Azevedo. M \ .«_ H O
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NINI MIRANDA NO INSTITUTO BRASILEIRO DE CULTURA — Aspecto cclhido nu Instituto Bras;leiro de Cultura, quando da pcsse da neva sócia Nini Miranda. A apreçada ¦ scritora e jornalista foi saudada pelo nesso conp'ade Oswal dc Paixão. "GRANDE O
PRÊMIO
Flaçra-ite tomado na tribuno, dc hznra do Jockey Clube Brasileiro, por ocasião da disputa do "GVandi Prêmio Brasil" dêste ano, prova máxima do turfe Tirtctovcl vencida galhccfldamente pel- parelheiro "Albntroz", que pela s?gunda vez o conquistou. Vemcs na tribuna o Pres;dsnte G e túlio Vargas, que assistiu ao sensacional prélio turfist.co, ladeado pelo Ministro Salgado Filho, presidente do Jcckey e por outras figurns de dístaque da nossa sociedade.
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EXPOSIÇÃO SYLVIA MEYER — Flagrante cclhido na inauguraçãz da exvsição ds pinJura da consanrada pintere carioca Sylvia Meyer, que tive lugar nu'na deis salas da A.B.I. e que foi um acont cimento artístico numa elegante nota social. I X
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"salon" Ce ano passado. "Canto de Ccsinha". é a tela do consagrado pintor patrício Domingos Gevielli, premiada no Esse artista tem figurado em várias exposições, conseguin to, cem sua arte, atrair a atenção des mestres e do púoltco que não lhe tsem regateado aplausos à sua fina sensibilidade de esteta do pincel. A esquerda, o artista em pose especial para esta revista.
DO
RITO
de surgir no mercado livresACABA co rr.ais um volume i'.o escritor íluminense Alvarus de Oliveira. Trata-se do "GRITO DO SEXO" (Senhorinha Icaraii em nova c íefundida edlção. A Editora Zélio Valverde, do Rio. esmerou-se na edição que está ótima, com belissima capa de Queiroz. Alvarús de Oliveira, autor das "Cró__^__^_
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nicas da Metrópole" e do grande suces"Romance que a so de livraria que foi o própria vida escreveu em sua terceira edi ção, refundiu o seu livro de estreia e st. pode adiantar que melhorou multo este seu romance. Uma história bem urdida, passada à praia de Icarai, onde se movem personagens modernos da vida de hoje. ' •J*"^~""
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dr muito merecimenPedro Antônio, que está há cito anos no Brasil e reside em São Paulo, c um pintor espanhol -novou agora com a segunda, to Sua prir.eir*i expesição no Rio, em 1936, censtituiu acontecimento de êxito que se r n-: salão do Museu de Belas Artes. Pedro Antcmio (xpôs 37 quadros, todos pintados na capital paulista, reproduzindo figuras, naturezas mortas e flores, além de alguns r tratos. Aqui vemos um aspélo da inauguração de sua exposiçâo, no Museu de Belas Artes. • O
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O NOVO DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL — Flagrante cclhido no Gabinete dc Secretário de Saúde e Assistência da Prefeitura, quando da posse dos novos diretores dos Departamentos de Assistencia Social e de Obras e Instalações da referida secretaria. O Dr. Vitor Tavares de Moura, "Velho trabalhador Sociai" e que tem sido, no Distrito Federal, o pioneiro da assist.ncia aos necessitados como executor dos propósitos humanos da administração municipal, na feliz expressão do Dr. Ary Oliveira Lima, lendo o seu discurso tio momento em que ora tnpossado no novo cargo de Diretor do Departamento fle Assistência Social. PELAS ¦
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GUERRA Senhorinhas da nossa sociidade que fazem parte do côro da opereta "Sincs de Corneville" a ser ren o presentada Teatro Municipal nog dias 29 de Setembro e I o de Outubro, em beneficio das vitimas da guerra brasileiros, belgas e francesas.
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A ORDEM TERCEIRA NOSSA SENHORA DO CARMO DA LAPA, — homenageou quinta-feira última, o síu antigo Prior e atual Ccmselh iro, Dr.. Maneei Augusto de Carvalho, mandando celebrar no altar-mór da Igreja do Carmo, da Lapa, missa em Ação d: Graçcs, por motivo do seu pronto restabelecimento. O áto festivo foi celebrado pelo Rev. Fr i Policarpo, Comissário da referida ordem cdrmelitana, e t.ve a presença de teda a Diretoria e numerosos irmãos. I X _
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TEMPORADA LÍRICA DALÉA", a ülfma O opera de Carlos Gomes, abriu auspiciosamente. a 2 de agosto. a temporada lírica dês^e ano. A direção artística do Teatro Municlpai, confiada ao maestro Silvio Piergil', confirmando o justo aprêço que vota à nossa música, selecionou, para inaugurar a temporada, uma das menos conhecidas cbras do mestre bandeirante, ao mesmo tempo que, muito acerbadamentc, confiava a tr-s jovens artistas nac'onaiá — Eleazar de Carvalho, Maria Helena Mart!ns e Mara Augusta Costa — papeis do maior relêvo no desenvolvimento do espetaculo. E, fazendo jus ã confiança que lh3s depoMunicipalize, sltou a Eleazar da Carvalho. Maria Helena e Maria Augusta figuras tornaram-se as da represenproom<nent«»s taçâo de "Odaléa", outorass'm. belo ganrio-lhe, cunho de brasilidatíe, "o aue enche de justo orgu!ho pafrlót'cos todos rhe como nós. se rejubilam com os nossos memoráveis artísticos, acontecimentos mormente os que dizem respeito à música e aos ieus interpretes. Eleazar de Carvalho, montando uma opera não levada no Distrito Federal desde 1921, tornou-se novãmente, alvo das homenagens do Rio mus'cal, que. como o Bras'1. deposita as mais fundadas esperanças em seu talento de escol. Os sopranos Maria Helena Martins e í í
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Maria Augusta Costa, confirmando o plenamente êxito alcançado em 1943, "O escravo". des'ncumem biram - se plaus!velm<mte desempedos principais "Odaléa". Posnhos de suidoras de vozes excepcioria!3. Maria Helena e Maria Augusta também se imDuzeram à admiração g°ral na por*e dramática, ancar de novatas na vida pr"f vimal. Os demais personagens foram satisfatoriamente vividos pelo tenor chileno Carlos Merino. meio soprano argent'no Sara Cesar e baixo Alexandre De Luechi e José Perrota, também sul americanos, o que deu à "Odaléa" atmosfera continentalCóros e bailados — bons. Cenários — vistosos e de grande efeito. A Orquestra do Municipal, sou a regenc'a de Eleazar de Carvalho, contribuiu exprcssivamente para o èx to da inauguração da temporada lírica. DOIS RECITAIS DE MADALENA TAGLIAFERRO Com dois magníficos programas reapareceu, no Tealro Municipal, a insigne 0'anista Madalena Tagliaferro, cons gnando esplendido sucesso ao seu justo renome. O prime'ro recital, dedicado a diversos estilos de compositores teve como pontos principais a Sonata op. 90, em mi menor de Beefhovcn, a Tocata He Bach-Busoni e 12 Estudos de Chopin. Na peça beethoviana, reproduziu fielmente o sentir do mestre de Bonn, o qual, quando a escreveu, ainda não t'nha definido a sua personalidade posterior. Os dois primeiros movimentos, impregnados de ingênuo ro-
mantismo. tiveram em Madalena Tagliaferro uma 'ntelirente interprete. Na Tocata de Bacíi-Bu<=oni, atingiu a recit alista toda a profundidade da obra. sowoçsamHo a execução da Fuga, onde todos os n'""ns dinâmicos tiveram o relevo deseiado. Os Estudos de Chopin. alguns mias? m'lagrosos pela perfeição técn'ca. outros menos n°rfe'tos ouanto aos efeitos de sonoridade. causaram memorável impressão. Completaram o nrograma «ntre outros números, os T'ês Prpi.wiics d-> M ig n n n e, H"e"a de Agnirre e v*i«e Caprire n.° 1 de Fau*é. Em extra. Mada^na, Tagliaferro tocou o "Clair de Lun°" de Pebussev. numa vorqn fj simplesmente maravilhosa. Q segundo rec'tal. dedicado exclusivamente à mús'ca francesa manteve a pla*é'a num cl'ma n»rmappntp Hg atirg'ndo a sol'sta tôda a nl^ni^ude de sD'i talento irnnnr. qu»r exibindo urna técn^a pmnoiq-ante. oner ressaltando tôdas as fnuras dêst.es compositores indefin!veis e subl'mes nue pão Ravel e Debrussv. Sonatma e Toca'a de Rnvel t)' v e r a m éxter'or!z«»<;õ«;s acima d° nuaisouer "'ogios. £e»x d'Fa«». também de Ravel. embora magistral pela habilidade de dedilhado e color'do. não nos pareceu à altura das d»mais ppcas. pelos efe'tos d° pedal um tanto arb'trar'os. Os Prelúdios de Debussy deram-nos um panorama verdade'ramente m-r^vilhnso da bag^g°m pa'sag's*a do cim™osifor como reafirmaram o também eyeDc^^a1 no^T tnf tat'vo da Madalena T~g''aferro. Lovemos a'n^a l¦*. reto'»r d e« nv*,e''«»rs de de Imnromptu Peverac. Fausé e RTTrrée Fantasgue de Chabrier. A eminente art<s*a foi aplaudida delirantemente recebendo muitas "corbeilles". sendo oue. ao fim do últ'mo concerto, o pa'co foi invadido por discípulos e admiradores, que, assim, para melhor contemplar a magia da notável virtuose, ouviram os números suplementares. Madalene Tagliaferro foi, sem dúvida, até o presente mês de Setembro, a figura máxima da atual temporada, pelo triunfo • incostestável das suas exibições.
brasileiras. Os freqüentadores de nossos salõ°s de música recentemente a aplaudiam no Mucipal e na A.B.I., trliutando-lhe nessas ocasiões justos aplausos. Maria Augusta acaba de realizar do's recitais na c'dade do Salvador. a convite do Departamento Estadual de Imorensa s PronograflHa da Bahia. A propósito do 2.° recital assim se externou A.R., conhecido cronista nordestino: "Os seus pianíss'mos" são de uma leveza de sopro de brisa, em fins de tarde de or'mav°ra. ^s seus trinades e as suas "escalas" nada deixam a deselar, em p°rfe>cão e segurança. A liguidez e a sonorídade dos fra7«>ados Darecem comunicadas a nossos ouvidos, como se por milagre ou fantas!a, em matéria de éstranho impressionísmo vibratório, em grande parte devido ao perfeito uso dos pedais, agindo sobre os abafadores". DUAS INICIATIVAS O Kervico de Divulgação da Prefeitura do Distrito Federal, dando mento ao plano do Prefeito Henrique Dodsworui ue prest g ar a müs'ca brasileira e os artistas nacionais. acaba de tomar duas iniciativas dignas de sinceros aplausos. A primeira diz respeito aos números de música bras^le ra dirigidos pelo eminente maestro vienense E r i c h Kleiber, em sua curta e memorável temporada no Municipal. Os trabalhos referidos, subscritos por Francisco Braga VilaLobos, Francisco M.gnone e Camargo Guarnieri, foram gravados en uanto a Orquestra Munic pal os interpregava em o nosso pri(Cont núa no f.m do numere). Maria Augusta Menezes de Oliva
MARIA AUGUSTA MENEZES DE OLIVA E' sem dúvida, uma das mais futurosas pianistas
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A POLÍTICA DO TRABALHO
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S edições "A NAÇÃO" A1 acabam de 1 ançar a publicidade mais um livro do Prof. Humberto Grande, fadado à mais ampia repercussão. Tratando de palpitante assunto, é um trabalho inteiramente original. Qual deve ser a valonzação humana no trabalho'? Como deve ser o trabalho? Que é o Direito do Trabalho? Estas e outras perguntas, que diariamente se formuIam. são respondidas em "A POLÍTICA DO TRABALHO" de maneira clara e precisa. Mas o valor deste volume Humberto Grande não está simplssmente nisto. O que faz desta obra algo de inteiramente novo no gènero, é a audaz e brilbinte concepção cio autor de uma futura Civilização Trabalhista. E' a sua vizual!zação de como será o Brasil do porvir, dentro dos grandes delineamentos da polítxa trabalhista, inaugurada pelo Presidente Getulio Vargas em 1930. Humberto Grande faz trabalho inteiramente sem precedente na literatura polít:ca e trabalhista, valorizando um mundo novo. criado pelo valor do trabalho nas suas mais diferentes acepções. Neste sentido, mostra que a sociedade moderna sofrerá dentro em breve, profundas transformações na sua estrutura política e econômica; então, no seu entender, o trabalho não será considerado só um fator econômico, mas será tido como um fator moral, jurídico, religioso e social. "A POLÍTICA DO TRABALHO" é um livro em que o idealismo é acompanhado do mais profundo conhecimento dos fatos; por isso e por estas razões antes expostas, estes volume torna-se indispensável às autoridades trabalhistas, aos estudantes de direito, do comércio, de economia, aos estudiosos das questõas sociais, e a todos os brasileiros que se interessam pala grandeza do Brail.
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JAYlE GUEDES Transcorrerá a 7 do corrente a data aniversária do Dr. Jaime Fernades Guedes, Presidente do Departamento Nacional do Café, que à frente desse órgão controlador da nossa produção cafeeira vam desenvolvendo com êxito uma sábia política cujos resultados ai estão atestando a sua capacidade e larga visão. A passagem dessa data, gratíssima aos seus inúmeros amigos e admiradores, será certamente motivo para que lhe sejam prestadas muitas e justas homenagans.
LEOPCLDO PERES
Leopoldo Feres I X _
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O aniversário natalício do Sr. Leopoldo Peres, passado a 9 de Agosto último, serviu de ensejo para receber as maores homenagens do Amazonas político, social e cultural, e de outros pontos do País. Pouco antes, êle foi alvo das maiores provas de admiração e respeito, pela passagem do 5° aniversário da instalação do Conselho Administrativo do Amazonas, do qual é o brilhante Presdente. Grande jornalista, e escritor, o Dr. Leopoldo Peres é também destacado membro e secretário da Academia Amazonense dc Letras e Presidente infatigável da Associação Amazonense de Imprensa. Na Presidência do Conselho tem se imposto pelos seus talentos, serviços e critério. Devido aos seus esforços terá a Casa dos Jornalistas, em Manáos, na Avenida Eduardo Ribeiro, um belo Pálaco. O representante da Associação Amazonense de Imprensa no Rio de Janeiro, nosso companheiro Raul de Azevedo, comemorando a data, reuniu diversos anrgos comuns num almoço na Colombo, naquela data, como expressiva homenagem a Leo— 47 —
Tenente Edmir Coimbra de Pontes oue acaba de concluir brilhantemente o seu curso. O novo oficial tle nossos forças armadas seçue para Sta. Maria R. G. do Sul onde vai servir. poldo Peres. Nesse almoço-íntimo foram saudados, além do aniversariante, o Interventor do Amazonas o ilustre Dr. Álvaro Maia. O
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"LIVROS DE "~i iii I'wltrwMSMCI 1 IP** — •*•"•.34.111 j i^i '»'ii'iJii I 'ii'iSBI i' mar-—"T! Iwnrrrtfll HsSB^IMOT ,:^.ii I iI "W iWH ¦ (#tl ^WNSSkI 1 wwaamHia m t*®% 4 y y'* iHw IT S -t 1111 pfcilit sgMji .1 .* * r~T*hs»-> JmpIIBP" ' ^1 in r 11„ * "*. *ff.; L r^t > *!5. #"B\ _ •-*»¦¦• * i II [7 rf-rar;-!. ,«*!gsra* w| Ab-ir I
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"Livros de Portugal", a conceituada, livraria em que o leitor carioca so habituou a encontrar as novidades e raridades da indústria de livros lusitanos, acaba de ser instalada em novo e mais amplo local, afim de melhor atsnder à sua sempre crescente clientela. A Inauguração da nova loja, à rua Gonçalves Dias 62, representou um acontecimento auspicioso para o comércio da elegante artéria carioca, que vê, assim, acrescido o número das suas casas de alta classe. . Nesta página vê-se um aspecto da fachada e um flagrante das novas instalações.
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ALFAITE DOS IMORTAIS L. Penna, o conhecido artista da tesoura, à medida 'm^iiii^wL que se vão sucedendo os imortais nas poltronas verdes da Brasileira, vtm mais tendo vez seu nome cada Academia 4' 1 H| U vinculado à ilustre companhia, por ser o alfaiate que to|| dcs cs novos acadêmicos prccuram para a confecção de I \^l f V \ seus fardões mercê da sua especialização Ainda agora em seu confeccionado conceituado atelier, à acaba de ser Avenida Rio Branco, edificio Odeon, 8.° andar, sala 618, o fardào com que se err.posscu na Casa de Machado de Assis o escritor Luiz Edmundo, e que lhe foi oferecido ENLACE — Senhorinha Carolina Gomes de Oliveira, da "Correio da Manhã". pelo sociedade dc Niterói, e nosso companheiro Ubirc-jara An. do novo imortal em Na fotografia verr.os o fardào «à rua do Ouvidor. exposto tunes, no dia do seu enlace em 8 de junho último. foi uma vitrina em que — 48 — I X — 1 9 1 4 MALHO O O
Suplemento Cinematográfico d'0 MALHO
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IM 111 ^a! iHA FAVOR
DO
CINEMA
MARIO
NUNES
o Brasil, país tradicionalmente inculto, nenhuma invenção dos últimos cincoenta anos assumiu maior importância quanto PARA o cinema. Pode-se afirmar que o filme tem feito mais pela cultura desta vasta região, que é a metade da América do Sul. que todos os departamentos de instrução pública do país. Não há mitodo pedagógico melhor do que o que utiliza a imagem e por is_o dela se socorrem há um século os compêndios de primeircs Ltras: nem há veículo mais eficiente de difusão de idéias do que o apólogo. a anedota, a história que se narra para um fim determinado. E assim tem sido desde os tempos bíblicos, de apólogos se servindo os taumaturgos, os profetas, os apóstolos para impor sua moral, seu credo filosófico às turbas ignaras. O cinema é a narrativa do apólogo pela imagem, uma força considerável de persuasão de extraordinário poder, tanto para letrados como para iletrados. Visitando, certa vez, uma escola primária de cidadesinha do interior fluminense, onde havia um cinema mambembe que d:va sessões as quintas e domingos, pude constatar empunhava a cartilha movida pelo deseio que a maioria das crianças"letreiros" dos filmes. Para essas gerações de poder ler um dia os bresileiro o cinema vale muito hinterland o de todo de gente simples mais que o jornal da zona do litoral. Acreditava-se sem maior exame e há, ainda, quem acredite até hoje. nrquilo que aparecesse vasado em letra de fôrma. O prestigio d.i imprensa era tal no tempo do florescimento democrático que da passou a ser considerada o quarto poder do Estado. O cinema se não toma o seu lugar, com ela emparelha vantajosamente. Por isso mesmo não se compreende que o governo que a revolução de 30 implantou no Brasil, haja até hoje se descuidado de modo absoluto desse valioso fator de educação e cultura das massas. O filme nacional figura, nesta época de tumulto e choque de idéias, tremenda encruzilhr.da dos destinos da humanidade e da fixação das nossas diretrizes, entre as prementes necessidades da nação. Por êle, através dele. com inteligência e tato, sem que sz lhe sinta a intenção propagandista. pode-se ir moldando a mentalid.-.de do Brasil de amanhã, enquadrando-a nos princípios que vão reger inevitavelmente a humanidade de após-guerra e preservando-nos dos conilitos desencadeados em outros paises e que terão prepr.rado o terreno para a monstruosa guerra ideada pela alucinação sinistra de Hitlcr. Gaste o Governo bilhões de cruzeiros para alfabetisar o pais. para ensinar a ler es gerações que vão vindo, mas trate de gastar outro tanto na eclosão do cinema indígena, para criar, através das idéias básicas que propague, a consciência de nacionalidade, nada mais que a cristalização dos sãos preceitos em que sempre assentou a felicidade da família brasileira.
Miranda tal como Aí está Aurora "Mulher Mis'criosa", aparece em nos EstaUniversal. Se. da [Ume dos Unidos, Carmen se tornou estrela de cinema e Aurora nele ingressa promissoramente, é que com o material humano que possuímos pode-se fazer cinema brasileiro. .
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Numa das bonitas cenas de "A Canção de Bernadette" o poêma que a Twenty Century-Fox criou nos seus estúdios considerado ema das obras primas da cnematografa e uma das ma's belas expressões da pureza dos sentimentos. Paulette Goddard regressou aos estúdios da Paramount, pdós uma longa "to"rné°" através as zonas-r^-g^erra do sul do Pacífco aonr<e tev<> oDortnn'dflde ** atuar arte o^»¦£'?><; pnnsftuMas de ^r>'Hnrtos da? nações aliadas. • A Paramount tem atualmente em seus estúdios onze proauçoes prontas para serem oferecidas ao público. Três delas, são em tecnicolor : "GAIVOTA NEGRA" (Frenchman's Creek). "LOURA IN(InCENDIARIA" cendiary Blonde). "RAINHA DO ARCO-e IRIS" (Titulo provisór'o de "Raimbow Carmen Miranda acaba de rece- Island). As outras, ber uma nova coleção de balan- filmadas em preto"A gandans. Muito deve a indústria e-branco, são de quinquilharias a esssa picante QUADRILHA DE HITER" (Hitler lançadõra de u'a moda hoje Gang). "THE ROAD universal ! TO UTOPIA". "HAII. THE CONQUERING HERO", "I LOVE A SOLDIER". "TILL IVE MEET AGAIN", "AND NOW TOMORROW", "GAMBLER'S CHOICE" e "ONE BODY TOO MANY". I
CANÇÀO FILMS
E
UM
MAIS ESPERADOS DO
ANO
DE
BERNADETTE"
filmes nascem verdadeiramente com um destino glorioso. Muitos antes dc serem exibidos, CERTOS as vezes mesmo antes que sejam feitos anúncios especiais, o públ!co toma conhecimento dêles, que se tornam assunto obrigatório de todas ab palestras. Parece ser qualidade intrisêca des grandes filmes, daquêles que ficam para sempre no coração, dos fans, êsse despertar antecipado de interêsse, creando em tôrno da película uma aura de expectativa t fama que se torna um do? fatores principais de seu sucesso. Este ano ma!s uma vez o fenômeno se repete. Mais uma vez o público se interessa por um filme, indaga sôbre a data de sua exibição, informa-se sôbre sevs arfstas e seus mln'mos detalhes de filmagem. E o alvo de tode éste entus!ásmo é "A CANÇAO DE BERNADETTE", a glor osa epopé a de esperança e sentimento que a 20th Century-F«x realisou. apresentando ao mundo uma nova e sensacional estréia, premiada pela Academia com éste único trabalho, a já tão famosa JENNIFER JONES, num dos poêmas cinematográficos mais bonitos de todos os tempos. Mas o público não terá de esperar muito. Dentro em pouco "A CANÇAO DE BERNADETTE" estará nas télas cio Brasil, deslumbrando multidões e enternecendo corações com a sublime insp.ração de sua magnificente beleza. Duas dar mais estranhas personalidades do céu de Hollywood conheceram-se e ficaram amigos. Sim, leitores, George Cukor deu uma festa; Garbo ali conheceu Katherine Hepburn. Conversaram a tarde tôda, o que es'á mais do que provado, que a grande prova, o que já"êsse Garbo não é bicho do mato" que muita gente nos quer xpzer acreditar. Falando de amizades, Hedy Lamarr o Ann Sothern são bôas amigas, a-pesar da diferença de ambiente em que ambas foram criadas.
São muitas as perguntas indagando do paradeiro dos astros e estréias crianças de alguns anos passados. Vamos lá: Jackie Cooper confnúa no estrelato. Está sob contrato na Paramount e vem obtendo bons papeis; Jackie Coogan foi sortt ado, está fazendo o serviço militar e. há poucas semanas, casou-se de novo; Leon Janney, outróra um menino prodígio no cinema, está trabalhando no rádio; Jackie Searl está empregado numa fábrica de aviões; Mitzi Green é estréia dos palcos de Nova York e Baby LeRoy está no colégio, dizendo-se que pretende fazer uma "reentre" em Hollywood ! "A mulher que não sabia amar" é o suprassumo do fausto dentro de um sonho maravilhoso. A Paramount bateu no gênero todos os "records", afirma a critica norteamericana.
Mikhail Rasumny, ator oue teve uma das melhores "chance?" do ano desempenhando um cômico em "POR QUEM OS SINOS DOBRAM", foipapel designado pela Marca das Estréias para substituir John Carradine na comédia de Claudette Colbert e Fred Mac Murray, "PRACTICALLY YOURS" . • uc Hollywood nuiiywuuu que Spencer Tracy é o último cidadão de visita — América do Sul, visitando, visitando. pretende fazer longaAmérica especialmente, o Brasil e a Argentina. Com êle, irão esposa e os seus dois fllhlnhos. MALHO
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Esta é a famosa ponte de "Por quem os sinos dcbram". Vêem-se ao fundo as montanhas da Sierra Nevada, na Califórnia onde foram filmadas as cenas mais importantes da produção espectacular. A foto foi tirada em um dos intervalos da filmagem.
na reprodução do romantismo na tela. difiram também em seus conceitos. Ingrid Bergman, por exemplo, que tem vivido na tela inúmeros papeis românticos, costuma dizer aos seus íntimos: "— Nada existe de mais romântico do que o sentimento que leva uma pessoa a fazer sacrifícios por outra. A simpatia, a piedade, a abnegação materna e o desejo de conduzir uma alma rebelde ao bom caminho não deixam de ser igualmente, sentimentos impregnados do mais suave perfume romântico". Gary Cooper, o galã de Ingrid em "Por Quem os Sinos Dobram", expressa-se assim: "— O sublime impulso que leva uma pessoa a arriscar a própria vida por amor de uma outra pessoa de sexo oposto, é, no meu modo de vêr, a quinta-essência do romantismo". não SaA opinião de Ginger Roger (A Mulher "— que Quando um bia Amar) difere da de seus colegas: incidente ocorrido em nossa adolescência — tal como um encontro a bordo de um navio, ou um passeio ao luar —, volta a se reproduzir mais tarde, na maturidade, a emoção, no segundo caso, é muito mais forte e constitue, no meu ponto de vista, um dos momentos mais románticos da vida de uma pessoa". "A SULTANA DA Dorothy Lamour, a heroina de pensar nas seSORTE", resumiu a sua maneira de "— Nada existe guintes palavras: para mim de mais romântico do que o predomínio que o marido deve exercer sobre a esposa. Não acredito na felicidade conjugai dos casais que prescindem desse toque de romantismo". Bing Crosby, o popular "crooner" que acaba de filmar "O BOM PASTOR", fala de um modo mais amplo: "— Qualquer ocutírência que provoque a admiração mútua ^H de duas pessoas de sexos diferentes, trás em seu bojo uma bôa dose de romance E esta dose aumentara de proporção se o homem confiar na mulher, e ela se sentir por êle amparada e protegida.
Lloyd Bacon e seu "cameraman" se encontram em Tampa, Florida, filmando SUNDAY LINNER FOR A SOLDIER. As estrelas deste filme são Anne Baxter e William Eythe, que tanto .e distinguiram em A VÉSPERA DE SAO MARCOS (THE EVE OF ST. MARK> Também tomam parte no elenco Charles Winninger e Anne ______¦ ¦ Revere. Robert Bassler é o produtor. Dick Haymes, o simpático cantor de IRISH EYES ARE SMILING, será o galã de Betty Grable em Billy Rose's Diamond Horseshoe, que será uma A "estrela" de "A IRRESISTÍdas comédias musicais mais VEL IMPOSTORA", Paulette Godimportantes aa próxima temdard, não concorda com Bing: "— Acho que o romantismo nada porada. William Perlberg produzirá e George Seaton diritem a vêr com o lado prático da gira. Beatrice Kay e William nossa existência. Romance implica Gaxton terão a seu cargo imem sacrifício, e hoje em dia, em portantes papeis. matéria de amor, não é muito táDepois de 27 semanas de cil se encontrar quem esteja disêxito monumental nos palcos a ser prejudicado em proveito posto da Broadway. a companhia de de outrem". E eis aí a que ficou Dick Powell formam Dorothy Lamour e "A WINGED VICTORY chegou aos reduzido o romantismo em contacto Sultana da Sorte" o casal amoroso de estúdios da Fox na Califórnia. as celebridades da tela. Paramount com da sucessos dos um próximos para adaptar ao cinema esta magnífica comédia musical que "dá um lugar no seu cano" à pequena Robert Taylor idealisa as forças aéreas ods EE.UU. Darryl F. Zanuck com êle aparece em a "Canção da Prest Patrícia que produzirá e George Cukor dirigia. Rússia" filme da Metro. Leonard Warren e Blanche Thebou, estrelas do Metropolitan Opera de Nova York aparecerão em IRISH EYES ARE SMILING. Joan Bennet terá a seu cargo o papel de pequena da alta sociedade em NOB HILL, quc se iniciará a filmar dentro em breve George Raft será o galã, Henry Hathaway dirigirá e André Daven produzirá. Anunciou-se a semana passada que Alice Faye será a estrela de TOO MANY WIVES, Irvlng Starr será a produtor desta interessante película, cujo argumento foi escrito por David Boehm.
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OPINIÃO ROMANTISMO NA "ESTRELAS"
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HOLLYWOOD, Agosto de 1944 — O conceito sobre varia não só de região para reg:áo, como romantismo j também de indivíduo para indivíduo. E é natural que as "estréias" do cinema, cujo maior ou menor sucesso é justamente aferido pela maior ou menor verossimilhança o
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Tal como em Nova York e Londres, também no R'o de Janeiro a grande Temporada para o sensacional lançamento de "POR QUEM OS SINOS DOBRAM" será realiada num único cinema — o PATHÉ —, especialmente adaptado para atender às exigências técnicas do filme, e dispondo de novos aparelhos que asseguram som perfeito e projeção impecável. • AVANT PREMIÉRE AS NOVE HORAS DA NOITE DE QUARTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 1944. — Os ingressos podem ser adquiridos com antecedência, na bilheteria do Cinema Pathé. • As exibições de "POR QUEM OS SINOS DOBRAM" não obedecem à praxe das sessões continuas. O horário, a partir de 7 de Setembro, compreende apenas três sessões diárias, isoladas umas das outras, às 15, 18 e 21 horas. Tempo de duração do espetáculo : duas horas e quarenta minutos. NOTA: O FILME "POR QUEM OS SINOS DOBRAM" não será exibido em nenhum outro cinema do Distrito Federal, pelo menos durante seis meses depois que sair do cartaz do Pathé.
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já tem pronto um novo filme que se intitula CORAÇÕES SEM PILOTO, com Afonso Stuart, que ACinédia tem alcançado grande sucesso no Teatro Senador na Companhia de Eva Toodor; Luis Tito, figura conhecida nos filmes da Cinédia e de grande relevo na temporada de Dulcina no Municipal; Aimée, Antonieta Matos, Susie de Alencar, O Hara, Juvenal Fontes, Nelma Costa, César"colored" Sea e Barbosa Carlos Maris, Chccolate, Lola "Cega-Rega". nos espetáculos sucesso de bastiana, figura Marlene, a paulista que é a maior sambista, toma parte. Francisca, Fira
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Aventuras dramati eas num sonho fasel nante e exòtieo.. com todo o coIopí do do areo-lPis. i\\S
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(DE GILBERTO SOUTO, REPRESENTANTE DE "O MALHO-' EM HOLLYWOOD).
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Grupo tirado por acasião da homenagem prestada a Akim Tamiroft, vendo-se os representantes estrangeiros, ao lado do artista da Paramount e de Misha Auer, Olga Baclanova e Michael Visaroff. MIRANDA foi contratada pela Warner Bros. e vai aparecer cantando um fado português AURORA numa cena, desenrolada nc Estoríl. o cassino de Lisboa. O filme chama-se "Os Conspiradores", tendo como protagoirstas a Hedy Lamarr, Paul Heinreid e O fado escolhido é o mesmo que foi cantado outros. no filme "A Severa", o trabalho português que tanto êxito alcançou no Brasil há alguns anos. A nossa artista patrícia vai também tomar parte no filme da Republic, "Brasil", para o qual Ary Barroso escreveu sete músicas, todas ótimas. O entusiasmo do departamento de música do estúdio é imenso. Todo mundo quer ouvir as músicas e duas delas, por certo, serão grandes êxitos nos Estados Unidos. Eu para matar as saudades, toda folguinha que tenho, dou uma corrida por lá só para ouvir as melodias do no.so Ary Barroso. Aurora cantará um choro e uma toada, intitulada "Maria do Céu". O elenco do filme da Republic é o seguinte: Tito Guizar, Virgínia Bruce, Bob Living->tone, Fortunio Bonanova. Frank Puglia e, no papel de comediante, esse O filme esplêndido artista, Edward Everett Horton. mostrará inYmeras cenas tiradas no Rio de Janeiro, As numa fazenda de Campinas, e em Minas Gerais. O diálogo faz menção das vistas do Rio são belíssimas. belezas da cidade maravilhosa e tudo indica que o filme agradará bastante tanto aqui nos Estados Unidos como na nossa terra.
Akim Tamirofí foi homenageado pela Sociedade de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, recebendo por esía ocasião um diploma, pois foi votado pelos membros como o melhor artista secundário do ano de 1943. "Por Quem O seu desempenho no papel de Pablo em os Sinos Dobram" foi aclamado o melhor da última temporada. A festa,, realizada num domingo de sol, O casal foi dada na casa dum casal russo, Mishel Green. foi gentílissimo para com os representantes estrangeiros. Entre os convidados, estavam a ex-estrêla dos filmes silenciosos, Olga Baclanova, Misha Auer e MiAkim Tamiroff contou-nos várias anechael Visaroff. dotas, dizendo que, exatamente, há dez anos, teve a sua primeira pontinha em filmes, parte essa que lhe foi dada por camaradagem do seu velho amigo, Gregory Contou-nos também que a sua gratidão para Ratoff. Foi Milescom Lewis Milcstone nunca há-de morrer. tone quem lhe deu o importante papel em "O General Morreu ao Amanhecer". Foi esse trabalho que abriu as portas dc Hollywood ao talento de Akim Tamiroff. Antes de entrar para o cinema, Tamoroff tinha side artista de palco
mount para onde volta agora, depois de haver feito uma temporada no cine mexicano. Cantíflas é o nome artístico de Mario Moreno, considerado hoje o comediante número um do México e Canfílas também produtor de suas próprias comédias. assinou um contrato com a RKO para fazer dois filmes O primeiro será iniciado dentro de alguns por ano. meses, depois de uma tournée que fará pelos países sulamericanos, demorando-_e principalmente em Buenos Aires. É provável que visite o Rio de Janeiro. Esther Fernandes vai fazer o papel de uma mexicana no filme da Paramount, "Two Years Before the Mast", filme de grande montagem, dizendo-se também de Mille pava o seu que ficará aqui a pedido de Cecil B. trabalho de ambiente mexicano, "Rurales". FUTURAS
ESTRÉIAS
(Filmes vistos em Hollywood por Gilberto Souto) Dentre todos os filmes apresentados no mês de Maio, dois se destacaram: "Gaslight", da Metro GoldwynMayer e "Double Indemnity', da Paramount. O primeiro tem como protagonistas a Ingrid Bergman e Charles Boyer. O ator francês faz o papel de um ladrão e assassino, desempenho esse que' um dos melhores do seu repertório, podendo-_e afirmar que óupera todos os seus Ingrid Bergman conquista mais recentes trabalhos. novas glórias. O filme é sombrio, dramático e admiravelmente bem dirigido por George Cukor. Em papeis secundários, destacam-se Dama May Whitty, Angela Landsbury e Tom Stevenson.êstes dois últimos em autênticos tipos londrinos. A primeira, numa criadinha e o segundo no papel de um policial. "Double Indemnity" é um filme de assunto policial, sendo que Fred MacMurray e Barbara Stanwyck desempenham partes diferentes das muitas que, até agora, têm oferecido aos seus admiradores. Recomendo este trabalho pelo seu ambiente de Los Angeles, mais real do que muitos que os estúdios têm apresentado em seus trabalhos. Refiro-me a ruas, interiores de casas e apartamentos — pois não desejo insinuar que "os crimes" "tipos que o filme descreve ou os principais" da história sejam exclusivamente locais. A história tanto se podia passar aqui como em qualquer outra cidade dos Estados Unidos. O filme foi dirigido por Billy Wilder que também escreveu o entrecho cinematográfico.
Dantc Orgolini, jornalista brasileiro, Akim Tamiroff, William Mooring e Guy Austin. jornalistas ingleses — à direita os correspondentes estrangeiros de Hollywood.
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Hollywood acaba de importar dois artistas mexicaEsta última, há nos, Cantíflas e Esther Fernandes. coisa de uns dois anos, esteve contratada pela ParaO
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Comentários A Rádio Clube necessitaria de renovar a sua programação, dispondo, como acontece, de um bioadcaster da altura de que tem. A atuação de Álvaro Moreyra, que deve ser um exemplo da contribuição do inteletual do rádio, tem merecido elogios de todos os seus ouvintes. Bom, o noticiário apresentado pela Cruzeiro do Sul, dos acontecimentos internacionais. Paulo Roberto foi, evidentemente, uma aquisição magnífica da Tupi. Já ouviram o rádio teatro paulista? Prestem a atenção como ':!
é homogêneo, e não possúe o "carpideirismo" das intérpretes femininas. —Nestorio Lips está atuando na rádio paulista. O "incrivel" Manésinho continúa a fazer graças na Tupi. Heleninha Costa está atuando na Marink Veiga. Maria Eduarda vem apresentando bons programas na Nacional. O abuso de comédias-folhetins continúa no rádio. Almirante sempre a agradar os ouvintes com os seus admiráveis programas artísticos. '*-: nwms^ 14fv^ '< * jjj^^Kmi I' |j jjm ' '¦ 8: I JP"I i */ I ' nMM * ^ B jjfl? v JliPllli ^MIB ';1 J1I SSL,,^ , Sill wW ^ ,§1815 Jzjjjt jj i 1
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UM CANTOR QUE PROMETE
Renato Braga estreou na Educado¦ ra, hojt Tamoio, com possibilidades. Tinha "clan". E vem se fazendo, sem muitas dificuldades, fazendo da sua enorme força de vontade.
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Nilo Sérgio estreiou no rádio em um programa de calouros na Cruzeiro do Sul, tendo ganho um prémio acumulado há vários domingos. Nêsse mesmo dia, continuou a cantar na mesma emissora, tendo dias depois sido contratado pelo Dr. Gilberto de Andrade para a Rádio Nacional, com a dupla "Ping-pong. estreiando Dias após passou a cantar como "croouner" oficial com a orquestra Nilo Sérgio.
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ANTIGAMENTE Uma foto das Irmãs Pagãs, quando começavam. Chegaram dispostas, com alaridos, mas somente mais tarde, quando se desligaram artísticamente é qus se veio verificar o verdadeiro valôr artístico de cada uma, isoladamente.
Notas Prestem a atenção na voz comovida do animador de uma novela aos domingos, na Nacional. Chega a dar a impressão de que esteja a entoar a Marcha Funebre... Waldemar Henrique, de há muito não tem produzido para o rádio, que lhe deve, no seu gênero, as melhores composições musicais. Quando é que teremos um programa bem apresentável, de crianças, no rádio? Devemos aguardar que os responsáveis pelas emissoras recentemente alienadas queiram, para começar, contratar diretores artísticos de valôr, deixando a mania de se dar, como se faz geralmente êstes postos, a angariadores anônimos de publicidade, sem preparo artístico. "Rádio Continental" será o novo nome de Rádio Transmissora, e emissora adquirida pelo "O Globo". Jim Barbosa ingressou na Guanabara, onde está atuando com o maior êxito.
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a Cidade-Monumento. OURO-PRETO, o relicario sem par onde a tradição brasileira se espelha em todo seu esplendor, vivia até há puuco à margem das correntes turísticas nacionais e estrangeiras que andavam por estes Brasis admirando as raridades da arte e da história nacional. Embora devesse ser o centro mais procurado pelos estudiosos do passado brasileiro, a antiquada ex-capitai das Minas-Gerais via os dias transcorrerem numa quietude oblivionica, numa pasmaceira sonolenta, vasios de visitantes seus logradouros repletos de lendas poéticas e sugestivas. E' que os turistas, mesmo os apreciadores das raridades arquitetônicas, escultoricas e bibliograficas, já não dispensam as comodidades e o conforto dos prédios modernos, o seu banho quente ou de chuveiro a horas certas, a bôa cama e a mesa tarta, os vinhos generosos e velhos, os aperitivos, enfim tudo que signifique civilização e requinte. E Ouro-Preto não possuia nada disso... e daí a carência de visitantes à cidade cem por cento brasileira, à velha metrópole que* deveria ser a Meca do turismo indigena. Percebendo a falta que fazia á Cidade-Monumento um estabelecimento adequado à hospedagem dos viajantes, o governador Benedito Valadares ordenou a construção de um estabelecimento dotado de todos os melhoramentos que fazem a delicia da vida tornando menos penosas as excursões. E surgiu, então, o GrandeHotel de Ouro-Preto que desde sua recente inauguração tem sido pequeno para conter a onda de viajantes à encantadora e vetusta metrópole montanhosa.
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Pare "grana sei)1" DOLORES MOIíAN, da Warner", aconselha este traje preto com ousadíssimo decote, color de vidro de igual tom, luvas altas e rosadas. Sol 3 céu azul. Muita luz, temperatura de primavera, tarde iindissima. Foi assim que decorreram as horas passadas no prado da Gávea quando da disputa do Grande Prêmio Brasil. As mulheres aprimoraram-se na arte de vestir, transformando as grandes dependências do Jockey -.uma parada de elegância de caráter excepcional. Trajes de todos os coloridos luziam ao sol quente a espalhar-se na paisagem magnífica desde o cume do corcovado as águas tranqüilas da Lagoa Rodrigo de Freitas. Não se pode dizer que predominou tal ou qual tonalidade, porque o "marron", se surgia como favorito, logo uma leva de vestidos pretos o suplantava, para, em seguida, apreciarmos todas as gamas de azul, de vermelho, de verde, aqui e ali o amarelo quente, e cambiantes felizes de roxo: do violeta ao cardeal. do cardeal ao orquídea forte, deste ao lilás amorosamente soprado de rosa... Estilos ? Predominou o chinês, pois não fòram poucos os blusões quase sem mangas, nem poucos os chapéus observando a linha curiosa dos que se usam na China lendária. Justamente no que diz respeito a chapéus, a mulher r.iais se aprimorou. Plurras e "aigreltes", "paradis" de alto preço, fitas, flores, lantejoulas e missangas. véus e bordados tomaram corpo naquele complemento da indi:menturia do sexo gentil, frizando, mais uma vez, aquilo que os cronistas de elegância vêm acentuando: o cha-
Sorcière
Quando surgiu assim, parecia-nos pesado, com destino precário. Mas os modelistas foram trasformando-o, tanto que. embora obseivando as primitivas proporções, deramlhe leveza. Assim é que muitos dos chapéus que apreciámos no Jcckey, durante o "Sweepstake", e continuamos a vêr nas mais bem freqüentadas "boites" da cidade — casas de chá e casinos —, são feitos de filo de seda, em folhas de tons variados, guarnecidos com flores, ora encheudo o raso que voma o nome de copa, ora entre as folhas do filo, espalhadas sabiamente. Decorreu, portanto, explendida a tarde mais bela que a aristocracia social carioca vive durante a "official season".
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Palha preta e rosas bem rosadas — modelo de Berydorf Goodman.
Interessante estilização do "breton", feita por Btrgdorf
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péu está a constituir um dos mais importantes accessorios. Ao que se viu <. ao que se disse acima, íle não é apenas uma coiía para realçar os cabelos, e.sim um eiemento a sobresa'r do penteado, completando de maneira díferente.o "chie'' de uma "toilette". Em geral é volumoso, fartamente guarnecido.
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Um vertido pratico e elegante, talhado em "rayon" de seda preta com estamparia bran ca aprtscnta Eleanor Parker, da Warner Bros. Gola de fustão branco terminando cem tftuia camelias, accessertos pretos, inclusive o grande chapéu de caráter juvenil.
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Modelo de blusa para ciépe de seda no gênero crépe da China. Criação para Janet Blair, artista da Colômbia c;, em "Híart of City". 62
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Eleanor Parker com um vestido de "lamé", bem cerimania. Um grande ramo de orquídeas constitue toda a guarniçâo. Joan Leslie, da Warner Bros, veste um modelo excepcional de originalidade c elegância: cr^ pe negro, curto bolem e mangas bordadas com lantejoulas pretas, c. frente um losango d<* organza rosada.
Vestido de soiréc" para mocinha que ingressa na sociedade. "Faille" e renda gressa conjugam-se no lindo modelo criado para Joycc Reynolds, da Warner.
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Bem para reuniões elegantes à tarde ou à noite é o "coiffant" de Virginia Patton: plumas rosas e azuis, véu preto, de sêda. (Foto Warner Bros).
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Para uma jovem bastante "smart". de tipo de Ginger Rogers, é o traje que aqui se ve, incluindo a boina e o penteado. Edith Head foi a criadora desta nova elegância de miss Rogers, a quem apreciaremos proximamente em "Tender Comrade", da RKO Rádio. ttntmunp* flUVUJ&UU
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todas as estrelas Hedy DE Hollywood. e Grablc Turner. Betty são correntemente as mais
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imitadas. Na verdade é clogiavel que muitas mulheres se inclinem por imitar essas "glamour". Mas ha uma i.s rainhas do pecie de dualidade de aspecto nas muLee c Lynne Wilde são as duas únicas jovens que se conlheres que adoram parecer-se com tal "star". fundem, tal a perfeita igualdade fisica. Estão sob contrato na erradas no que preou qual Metro Goldwyn Mayer. tendem. tilo dos cabelos constituem verdadeira atração do sexo Grande parte das cabeleiras platinadas tiveram gentil que os devora da platéa. inspiração na da saudosa Jean Harlow. sendo notório cuja estrutura facial aproxima-se da de tal extremo d Aquelas mão de o êxito de algumas em lançar Turner. Lana procuram, de imed ato, experimentar a estiiismo. Muitas moças procuraram francamente co"make-up" aplicação do que friza os lábios, os olhos, piar a pintura de lábios de Jean Cra%vford; há pouco loura estrela, reflexos do rosto os da outra maioria alarmante principiou a partir os cabelos "make-up-' de Rita Haydejado, deixando cair sobre um dos olhos a mecha Os cabelos, vestidos e xvorlh centenas. fascinam c Be»y GrabIe qu7 significava o excêntrico penteado de Verônica "films" Copiá-las quando o tipo se aproxima do delas. em que a vimos Lake. logo nos primeiros é interessante. Todavia, é melhor aprimorar a própria Todavia, a mulher precisa examinar-se acuradamente personalidade, cuidar do físico no que diz respeito á antes de copiar uma estrela morena se é loura, uma saúde para que a beleza brilhe por si mesma retoloura se é morena, pois redunda sempre cm fracas:o "maquillage" hoje tão próximo crda. então, com o quando se deseja a boniteza de Hcdy Lamarr e não do natural que chegam a confundir-se. se pode tê-la de maneira alguma. Contudo, se a leitora teimar em ser esta ou aquela Eis como poucas representantes do sexo femiestrela, observe-se com cuidado, veja se os braços, a nino. muito poucas, pouquíssimas, podem alçar-sc a silhueta e a altura correspondem ao modelo ambium bom "double" de Lamarr. Turner, Grable c Haycionado. Moças altas não devem experimentar uma ^'orth. Existem, porém, teimosas, teimosia que chega copia das pequenas; louras nunca chegarão a ser moao ponto de estudarem detalhe por detalhe da aparcnas medíocres c vice-versa. rência daquelas artistas, no intuito de valorizar o proTudo isso resulta no seguinte: cada qual que seja "rharnT. prio cada qual. pois é questão de entendimento elementar As citadas estrelas não pensam em ser o que não double", em matéria de físico, vale muito que um "double" são, contentes com a sorte de terem nascido como no palco, na vida real o valendo quando nasceram. verdadeiro. Os olhos de Hedv Lamarr. a sua figura o cs( Tradução em resumo) 1 X
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K Gracioso e prático arranjo de sala de estar, ideado por McCutcheon, de Nova York, para apartamento de moça solteira. As duas poltronas são estofadas de tecido grosso, creme, o tapete de cordas vermelho vinho, havana e creme, tecidas bem unido. Um grande espelho enfeita a lareira, na qual, durante a temporada do sol, as achas de lenha são substituidas por plantas viçosas, quadros delicados, "bibelots", enfim, os mil nadas que uma jovem vai colecionando com requintes de prazer.
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Consolo e espelho no velho estilo guarnecem o corredor cujas paredes são forradas de papel azul médio com ramagens escarlate e azul forte.
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RUA CONDE DE BONFIM, 832 Rio de Janeiro Lie D. S. P n. 246 Em 12-4-39 - Classe 5
O sistema de desigualdade entre os mortais é destrttido deíinitivãmente pelo Amor.
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Obra do professor Dr. Arnaldo de Moraes, da Universidade do Brasil.
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Dr. Jean — Paul Marat, que antes de ser convencional fora cirurgião, t?ve também o seu Quatorze de Julho. Êle morreu, como sabem, em conseqüência da facada que lhe desferira a neta de Corneille: Charlotte Corday. A triste ocorrência verificou-se perto das 19 horas do dia 14 de Julho de 173, no momento em que Marat, convalescente de uma doença sem importância, tomava um banho morno, em sua modesta residência ã rua Cordellers n.° 18, atualmente rui "Ecoie de Medicine".
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Cerrando para sempre os olhos, o feroz jacobino gritou: — Acuda-me, minha amiga' Soldados da G.uarda Nacional prenderam a delinqüente. Conduzida para a "Conciergerie", à tarde do dia imediato, escreveu ao pai uma carta, em que lhe pedia perdoá-la por haver disposto de sua existência sem o consentimento paterno, e o exortava a lembrar-se de um verso de Corneille :
Usados a principio como símbolos, muitos destes inocentes berloques passaram afinal a ser considerados como garantia contra a adversidade. Mas a verdadeira proteção contra os golpes do destino não pode ser confiada a amuletos. A felicidade de sua familia merece, de sua parte, uma providência que a ponha a salvo de qualquer surpresa. O Sr. pode protegê-la, de um modo positivo, fazendo um seguro de vida, que garantirá a educação de seus filhos e libertará sua esposa de sérias preocupações econômicas. E o seguro pode mesmo garantir-lhe uma tranqüila aposentadoria, dentro de alguns anos.
Vergonha é o crime, e não o [cadafalso '
Consulte um agente da Sul América. Sem nenhum compromisso de sua parte, êle poderá orientá-lo, mostrando qual o tipo de seguro que mais lhe convém.
Aos 17 do mesmo mês compareceu ao Tribunal, onde teve por defensor o advogado Chaveau-Lagarde. "Quando ela apareceu à A SUL AMERICA barra do tribunal — conta CAIXA POSTAL 971.RIO Chaveau-Lagarde — juizes, juQueira enviar-m* um folheto eom rados, espectadores tomaramtnfttrmaçite* «obre o ifciro. Companhia Nacional na por um juiz, que os chamava dc Seguros de Vida ao tribunal de Deus... Puderam I89S \ Data c/a naif,: dia m«*i ano tsdada pintar suas feições, reproduzir suas palavras, mas o que ne\ Solt.r Ca.a./r,? Ttm filhosT J.W.T. nhuma arte poderia reproduRrro ^\ zlr era a grande alma, que C.dari». í.todo transparecia plenamente em sua fisionomia. Charlotte ao galgar os degraus fatidicos, estava um tanto pálida. Antes dc curvar a cabeça à guilhotina, saudou a assistência. (Conclusão) Um cronista, relatando o suplício que padeceu a linda normanda, acentuou: "O ferro fatal cortou a mais formosa das cabeça^'. sentir, a jovem declde-se a tornar-se uma verdadeira sacerdotiza de Terpslchore, espera-lhe uma vida de luAndré Chénler, que ia perecer também no patíbulo, tas e sacrifícios intermináveis, a que bem poucos comdecantou em versos inolvldávels a ação de Charlotte. Um membro da Convenção Rhenana exigiu à França preendem e procuram amenizar. Assim, para que a arte coreográíica se desenvolvesse que levantasse uma estát:ia á neta de Cornellle com esta em toda sua plenitude no Brasil, era necessário que legenda: fosse encarada verdadeiramente como arte, e que seus MAIOR QUE BRUTUS adeptos a ela pudessem se dedicar sem se atribularem Bougon Longrals, amigo de Infância da heroina com mesquinhas preocupações econômicas. francesa, não pôde sobreviver por multo tempo à auProfessores, técnicos, dirigentes e vocações decidi- sência de sua antiga aíelçoada, que êle queria vingar Foi decapitado, alguns meses após o martírio de CharMaterial pois, é o que das até o sacrifício temos nós não nos falta lotte
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A UNIÃO DOS TREZE E O -CONCUR
SO LEOPOLDO FRÓES" A "União dos Tl"eze". sociedade fundada em Ma r i H a, São Paulo, per um grupo de inte'cetuais, que ali Mantém o "Grem*o Dramático L e o p o 1 d o Fróes". vem de lr,stituit- interessante certame "íue visa ofereCer acs cultore da literatura teatral uma oportu"idade de rara significação. Trata-se do Concurso LeoPoldo Fróes", 1ue estabelece c°ndições verdadeiramente tent;idores para os 1U^ nele tomarem Parte, inclusive -1 distribuição de Val"osos prêmios, ^ém da ris .alva 0s respectivos dlreitos autorais. As inscrições de Vern ser feitas Retamente na Ur-iào dos Tre2e" e os pedidos i " lnformes devem ser dirigidosls à Caixa PosUl 335 naquel* cidade.
DE
MUSICA (Conclusão)
«neir-c \° teatro. Está, assim, valori?adslderavelmeiH3 Cot° o patrimônio da BisfWCa ederai.p"blica do Distrito t-0 s e g u n d a iniciativa Io rCf!incalculáveis estimu"eneíicios a jovens e ania ^audidos instrumentais
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do cirurgião que maneja firme o bisturi e dos enfermeiros que o auxiliam, há mais alguém trabalhando para Além salvar uma vida! Ninguém o vê, mas os serviços que presta sao inestimáveis. Transformador é o seu nome. K graças a esse aparelho da General Klectric, o cirurgião dispõe da luz necessária, trabalha na temperatura amena proporcionada pelo ar condicionado e conta com os serviços prestados por esterilizadores. bisturls elétricos e cauterizadores. K em cada dia que passa a corrente elétrica fornecida pelos transformadores permite que a medicina utilize novos processos para «"ombater muitas enfermidades, aumentando assim o nosso nível de saúde e a nossa felicidade.
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"O MUNDO l'r AMANHA" t o novo e movimentado profraina aprr»-ala«1o pela General Ilectlic S. A. Ouçi-o, sintomiando todas. aa sextas feiras, ás fl hora-., a Rldlo Tupi do Kfo de Janeiro.
nacionais. Consiste esta em gravações, transmitidas pela PRD-5 (Rádio Difusora da Prefeitura do Distrito Federal, freqüência de 1400 ko, das quais participaram mais de uma dezena de jovens artistas nacionais, entre as quais se encontram Maria Augusta Menezes de Oliva, Nise Obino Boeckel, Lais Sousa Brasil, Maria Alcina, Vilma Graça e Marília Espanha,
todas já aplaudidas em recitais e em concertos sinf ônicos. Agora, por ocasião da Semana da Pátria, a Prefeitura do Distrito Federal, através a sua emissora, transmitirá aos radiovintes, além dos solos instrumentais a cargo das jovens artistas brasil3iras, as páginas de autoria daqueles eminentes compositores patricios, segundo a admira-
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vel interpretes de Erich Kleiber e da nossa afamada e magnífica Orquestra Municipal. Estas irradiações vêm, pois, no seu justo momento — a Semana da Pátria. E representam a mais significativa homenagem, maior ainda oor ser da Prefeitura do Distrito Fedsral, à música brasileira e aos jovens concertistas nacionais. Francisco Cavalcanti
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a'-Dum primorosamente impresso, í» lTOMIlllfw^^ ^m a cores, contendo nas suas 40 * l^tlirM^-Í^W. I // Jjt^l^^ capas 'íllMl^feí^ar^^^fi: «í paginas de grande formato, uma ^ \'l IIII valiosa coleção de trabalhos, na me- ¦ \ I / // I ífllf/^fe^^S^ 'lI-Míiltillc^^^^v c*'c'a em c,ue deverão ser executados, J^7"^ para a senhora, a casa e a criança. ¦ /^Ir^sl
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bebês, quarnicoes JivV!->r" Enxovais para vestidos de senhoras, linqerie / lk V\ »! para r Jü 7u//°\\cx e adornos para o lar. Um álbum apresentando - em estilo » » l—_—-> wf7/ * moderno e no mais fino gosto / / / V" ///"V trabalhos sempre úteis a todas as ' —// SsS/ / \ e em todos os lares. * senhoras ./ /v\ /A0 J
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