Revista O Malho

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l-NUM_RO 57--OUTUBRO, 1944-PREÇO Cr$ 3, 00

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publicação que ¦ apresentamos; para solucionar o problema compléxo, e. por vezes, complicado, da organi.açào do enxoval da noiva e dos ar ranjos múltiplos da casa. Trata-se nelle da "lingene" do corpo, da de cama e mesa, da "toilette" de, casa dos segredos de belleza. dos contelhot úteis, da forma de organizar um "lunch". um almoço, um jantar.do mo biliano. decoração da casa.

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"¦" completo • minuciosa guia para _ futura / n. \ \ J_^~~**t|-W Ornaimtml, na preparo do emovel do rt(tm-ruKide, [VI V\ \^^ \ _r\ Luiuoto e atrahente álbum com 12 PÁGINAS, ton\âf \ \\" tendo a "camisa d* pagao" louca», ha ba dor rs, caI A \ JT \ \ J saquinhos, capas, camisas, edredons. roupas dt cama I / tudo em tamanho natural acompanhado dos respectivos 1 ã riscos, alem de sugestões de alto %alor para essa (raI \ I tiisima tarefa qua faz o «ncanto da mulher 1 1 Uma preciosidade cujo valor è inestimável. colaborador O melhor â para • •rganisaf Ae da unj § emotal completo e porfelto.

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nhoi publicado neste álbum, onde se confundem — o simplicidade, o bom gosto e a perfeição do detalhe. At explicações para a execução do trabalho tâo completos e os no

medida

desenhos

exato da

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álbum com 44 pagino»

do formoio de

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o cote» Uma harmonioso *anedode tm modolos da »»oboiHos u>f>s, que completom valioso enxoval de noiva GuormçÕet paro toalhas de chá — Serviços oi*e"conoi--Tooihos poro [onror Jogos d* Como -Bordados modernos — Trobolhos em opheoção Cheio a lombicr, Lmdo colcha de setim am tofetò froniido. com motivos bedodos em ildo Umo lindo coleção de lingene finíssimo, modelos inéditos e de e-trootdmono beleio. acomponhados da de>Kodos motivos po-o guornecè los At e-plicaçòe. dados paro todos os trobolhos são de'olhodoi. tornando simples a suo e-ecuçôo indispensável todas os senhoras mai interesse de Um álbum do o todoi os noivos Novo «dicõo do íibliot.co d, AtTC OE rSOUDA»

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NOSSA CAPA General George S. Patton, cuja fotoO grafia aparece na capa da presente edição d'0 MALHO, é uma das impressionantes figuras de soldado postas em evidência pela segunda guerra-mundial. Nesta recente fase das operações bélicas, em solo europeu propriamente dito, as divisões de tanques que comanda tiveram e continuam a ter papel tão relevante quanto decisivo, e foram seus soldados que, numa velocidade inédita nos anais guerreiros de todos os tempos, empurraram o inimigo sempre para trás, até encurralá-lo dentro das próprias fronteiras, que estão, agora — ao serem escritas estas linhas — sendo também riscadas do mapa. Georgee Patton tem 57 anos, é robusto como poucos, atirador eximio, e sua ordem "Avançar ! Avançar até acabar predileta é a munição e as últimas gotas de gazolina. E, depois, avançar a pé ! " Este simples esboço retrata o bravo soldado yankee que todos admiram com justiça e ao qual O MALHO presta, este mês, sincera homenagem.

ILUSTRADO

MENSARIO

Edição da S. A. O MALHO ANTÔNIO

Diretores:

A. DE SOUZA

E SILVA

OSWALDO DE SOUZA E SILVA

ANO XLII — NÚMERO 57 OUTUBRO — 1944 PREÇO

DAS

ASSINATURAS

Um ano

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Seis meses

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Número avulso Número atrazado

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EM TODO O BRASIL Redação e Administração RUA SENADOR DANTAS, 15 — 5." andar Caixa Postal, 880 — Tels.

22-9675 e 22-0745

Oficinas

AV. PRESIDENTE VARGAS, 3001 End. Teleq.: O MALHO

ESTE NÚMERO CONTEM 110 PAGINAS O

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CRISTÓVÃO

COLOMBO

tudo que até o presente se EMescreveu sôbre a vida do descobridor da América, não se pode menos de advertir um saldo de interrogações qus não encontram resposta, as quais privam o leitor dessa sensação de verdade que ccnstitue o corolário indispensável das çrandes biografias históricas. Êste elemento subjetivo ciracteriza " Cristovão CoU-mbo", graças aos dotes excepcionais de seu autor. Salvador de MaJariaga, que alia, a suas qualidades de investigador escrupuloso, um espirito dot-do de rara intuição que lhe permite tran>cender o caminho das teorias até desentranhar, da árida documentação da época, a verdade dos iate:} histéricos e — o que é mais importante — o conteúdo de piixãa, sonhos e heroísmo, ess:ncialmente, humanos, cem que em seguida reconstrue a vida de Cristovão Colombo. Além de seu valor literário, realçado por vivo tom de amenidade que torna tão agradável a sua leitura, assume "Cristóvão Colombo" a categoria de um d:cumento imprescindivel para quem deseje conhecer o fato mais relevante da história da humanidade a par da txtraordinária personalidade de seu pretagonsta. " Cristóvão Colombo", de Salva-» dor de Madariaga, foi otimament-* traduzido p:r Godofiedo Rangel, e a Editora Vecchi deu a esta obra de excepcional valor, uma adição elegante, que pode ser colocada entre as melhores que já foram feitas cm outras I Ínguas.

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GRANADO ANTISSÉPTICO ANALGÉSICO Nas afeções do nariz e da garganta aos pobres, no Centro de Saúde. Alem do a.reFlagrante de uma 'o distribuição de auxílios Alencar e do Dr. José Paracampos, pediatra c Diretor da Clínica de P*' tor, V. Educr diatria de Saúde do Estado, notam-se vários médicos do Departamento. x

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sensível e multiforme do poderia o talento "Sol" Martins Fontes como do inesquecível poeta, NAO tão bem o denominou o Sr. Saul de Navarro, deixar dc espargir seus raios luminosos no mundo daqueles que vivem na penumbra da vida. Êle deixou como testemunhu indestrutível do seu generoso coração uma conferéncia denominada : — "O que os cegos vêm", realizada a 23 de Junho de 1922, documento esse que precisamente após uma vintena de anos, rescende ainda a atualidade, como sóe acontecer a toda manifestação de arte verdadeira. A sua leitura sentimos rolar a mesma lágrima comovida que furtiva e irreprimível se escapou dos olhos dos que por certo o ouviram vibrantes de emoção. São páginas soberbas onde se reflete a sua alma de poeta na magnificência do seu temperamento artístico. Com que carinho foram selecionados os episódios interessantes que êle observou quando prativa como oftalmologista. Certo dia, após a operação de um cego a quem se afeiçoara durante o tempo de permanência no hospital, foi surpreendido pela franqueza do anrgo que lhe confessava simplesmente tê-lo suposto mais bonito do que o era na realidade. Disse-lhe o bom homem : — "Do que você foi para mim, só resta a voz : esta sim, é a mesma, cariciosa". Ah ! a voz de Martins Fontes !... É esta exclamação que invariavelmente brota dos lábios daqueles que tiveram a felicidade de ouvi-la musicando seus versos, colorindo sua prosa. Ah !... a voz do Fontes !... Ainda há bem pouco tempo assim se referia a ela um grande amigo do poeta. E pudemos sentir revivendo em cada retiscència, a graça, a harmonia,

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UMA LEITURA DORINA

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a doçura do timbre dessa voz indefinível que vibra ainda não só nos ouvidos, mas sobretudo no coração dos amigos que não poderão esquecê-la jamais. E prossegue Martins Fontes a sua encantadora palestra, entremeada aqui e acolá das mais belas rimas que sobre os cegos escreveram mestres da arte literária. Ora o imortal Bilac, cra Vitor Hugo exaltando a Milton e Homero, ou a maravilhosa poesia de Tèophile Gautier — L'aveugle — cujos últimos versos calam fundo em nosso espirito, gravar.do-se em nossa memória:

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Mais peut-être aux neures fúnebres Quand la mort souffle le flambeau L'âme habituèe aux tenèbres Y verra clair dans le tombeau. Nada porém, nos impressiona tanto no trabalho ao poeta patrício como a sua compreensão do inestimável valor da leitura para o cego. Suas palavras cheias de entusiasmo, ditadas pelo seu temperamento exuberante, d finem melhor do que tudo o seu grande amor pelo livro. Transcrevemos aqui palavras suas : " No dia em que o cego póde lêr, o livro, supremo esplendor do espírito humano, tornou-se o condensador da luz, o cofre do sol, resumiu o infinito, espancou a treva". A pujança do seu verbo fácil e fluente faz-nos ficar estático e sentir ao vivo as impressões que nos transmite. Fão comparações felizes e harmoniosas, quadros reais e coloridos que se sucedem ante nossos olhos con; toda.» ns .^a-.ililezas e nuanc*.- próprias co sonhador, du poeta sentimental e romântico a cuja saudosa memória rendemos hoje uma pequenina homenagem. O âmago de sua conferência é, e não poderia deixar de sê-lo, Henlen Keller !... Esse clarim de esperança, cuja vida é um milagre, mereceu de Martins Fontes a mais delicada veneração. Não se cansa de exaltar a corag*em inaudita com que ela enfrenta o mundo do qual está separada pela barreira intransponível dos sentidos mortos. Enaltece-lhe o brilho da inteligência e a imaginação prodigiosa que a integraram na vida, revelando-lhe o que de mais belo possue a natureza que lhe era desconhecida. Não podemos furtar-nos ao prazer de vos transmitir as calorosas expressões com que o escritor se refere à incansável prectpiora da cega-surda-n.uda: — "Helen foi sua prop.ia tumba. Um dia, uma alemã piedosa, um anjo cujo ncme n.uimuro como quem reza. Frauiein Sullivan lembrou-se de acordar essa alma defunta, e como Cristo, ressucitou a Lázaro". Encerra sua brilhante palestra, ofertando-nos como um lino de perfume suave e persistente, o episódio romanesco que presenciou em Nice numa linda manhã prmiaveríl :. — Surpreendeu um casal de namorados em doce colóquio e que u.o uiuC-Uem o primeiro beijo sentiram-se observados por éle. Ruborisados separam-se e tristonhos encaminharam-se pela alameda. Então disse-lhes o incorrigível romântico, o amante do belo em todas as suas manifestações : — "Aceitai estas flòres, como bênção de um poeta, pobre cego, que não viu nada, porque o amor clarividente é cego de nascença". E ass.m suderam-se diante de nós os vários trechos rutilantes e fulgentes que dedicou aos órfãos da visão o poeta sensível por excelência da lingua brasileira. Ritmou sua poesia em uníssono com os impulsos de seu nobre coração, que deu graça a cada rima, deu encanto a cada verso, e perpetuou-se no peito de cada amigo, onde gravou profunda e imperecivel, esta palavra única que em si só já é um verso — a doce palavra saudade ! X

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Casamento

em certos casos, República, 0 não consegue desbancrr a rotina. Na China, por exemplo, a tradição multi-secular da cermônia do casamento não cede lugar à simplicidade do ato conforme o instituiu o regimen repub icano. E até hoje, ali se respeitam velhos costumes milenários e se repetem tradições curiosas, que complicam por demais a cerimônia. Uma das grandes tort ras de uma noiva chinesa, nobre ou da alta sociedade, é a cabeça. Preliminarmente, é preciso que se saiba que o preparo da noiva tias . chinesa é confiado a duas Na falta dessas parentas naturais e próximas, duas outras mais a'astadas ou mesmo simples amigas da família passam a representar o pa"tias do casamento" . pel das E a elas incumbe preparar a boneca chinesa para as bodas. O penteado obedece a uma moda rigorosamente tradicional. Não mudado. Uma vez termipode ser "tias" fazem uma prolonas nado, gada massagem no rosto da noiva. Esta, a seguir, veste o vestido, que de diversos atributos, apresenta conformidade com as mesmas regras de todos os tempos. Depois, a própria noiva procede à p.ntura do rosto. Coloam-lhe, finalmente, na cabeça, a corôa simbólica, da qual pende um véu de fios de prata. De acordo

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na

China

noiva só pode ser vista pelo noivo depois de realizado o casamento. Algumas ficam isoladas d.rante três a quatro dias; outras só se sujeitam à tradição no próprio dia do matrimônio. Seja como fôr, nesse dia a noiva não deve tocar o sólo. Uma das "ties" é, mesmo, cartarefas das regá-la de um para outro lado, a tradição. para que se cumpra "toilette", a noiva Terminada a não pode mais ser tocada por mãos "tias", humanas. As próprias para o fazer, resguardam as mãos com lenços. Vem, depois, o palanquim, todo fechado, buscar a jovem, que é conduzida à casa do noivo. Daí, levam-na à capela, armada em "altar dos antepassados". frente ao Depois da noiva, dá entrada na capela, o noivo, acompanhado de "tio" seu pai ou de um que conNesse banco, banquinho. um duz o senta-se durante a cerimônia, noivo diante da noiva, que se conserva de pé. "tias" Terminado o casamento, as apresentam a noiva aos parentes, e é de boa educação que os homens não a observem com insistência. A seguir, a noiva é hvada a uma sala a parte, onde se ajoelha dimte do noivo: e êste. sentado ao "tio", bebe lado de seu pai ou uma chávena de chá. E' como se tomasse uma taça de champanhe. E o casamento está terminado.

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PROVERBIOS PROVÉRBIOS Neste adagio poe põe sentido: "Muita cera queima o altar..." Se Sê portanto ccmcdido, si fores

elogiar.. .

"Quem

meu filho beija, dcce também..." deixa-me a boca tambem..." fô:s3, Se infelizmente assim fo:s3. ninguém... não se beijava ninguem... nao Bern Bem perto — nem te queria. .. Longe assim — sou todo teu... "Um grande Bern avalia, Bem se aval'.a, só depois que se perdeu..." so ricaça, Muita gente que eé ricaga, não sei por onde. . . comegou começou nao "E' perigosa a fumaga, fumaça,

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De zinga à popa e remo à mão, os canosiros Desagrilhoam o seu barco dos barrancos, i

E vcgam para além, deixando sulcos branccs À língua dágua, nesses matinais roteiros. Viris jucubaúbas, entre os nevoeiros, Bracejam e marinham em bruta's arrancos, E remam, té largar a poita de um dos flancos, Fundeando nos remansos largos dos pesqueiros.

[economia |

Pacientam horas cem anzóis e, sobre a tarde, Padejsm, ciam e lá vão. C:m confiança,

"MTAO desperdice o seu di^ nheiro em experiências inúteis. A melhor lamina, a que resiste a maior numero de barbas, t a leéitizna

Espsra-os a família obscura e ssm alarde, Ç{ie, quase sempre, na ida para farta féria Contempla na canoa o facho da esperança,

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E enx.rga quar-do volte, c cepetro da miséria. Padre PEDRO LUIZ

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motive O OR que ^ sons como o de tiro de espinum garda podem ser perfeitamente ouvidos a muita distância, quando, às veses, não são ouvidos de pontos mais pertcs? Êsse caso vinha intrigando de há muito mais abalisados cientistas e parece que, desta feita, se encontra à beira de uma solução. Há tempo, o superintendente do Observatório de Kew na Inglaterra, teve ensejo de representar o papel de um vcrdadeiro detective cientifico, procurando, a todo o transe, clesc bru a origem de tal si.igularidade. E para poder e:tudar o caso de maneira concludente, êsse astrônomo r e s o 1veu observar os exercícios de artilharia, estavam sendo que feitos em Yantlet. Tomou providências especiais no sentido de conseguir que sináis de rádio ícssem transmitidos no momento em que cada canhão era descarredo. Em Birmingham e em outros pontes do país, s.t^a..os a 230 milhas de distância, por meio de microfones supersensíveis foram ouvidos os tiros de canhão. Por esses e outras observações, concluiu êle que o ar qu_nte meio constitui um magnífico de transmissão do som. *

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1944


A ARTE DE EDMUNDO LOPES rM dos paradoxos da carreira artística de certos indivíduos é a falta de relação entre o seu talento e a publicidade que se faz do mesmo. Há nulidades que, da noite para o dia, guindam-se a altos píncaros porque seus vôos de patos foram interBsnBBBBBsk pretados como vôos de it ss^hBBBBB águias. A crítica, ora frívola, ora áspera, consciente ou inconscientemente leva às vezes gato por lebre. Diariamente se lê : Fulano tem algo de Caruso; Beltrana continua as glórias de Sara Bernardt; Sicrana se revela intérprete genial de Chopin. É claro que os adjetivo nem sempre são dispensados aos que merecem, mas aos que gosam de beneplácito ou de simpatia de certos críticos. Por estas razões há artistas que são mostrados à "luz artificial" da publicidade. Estas reflexões me ocorreram ao tratar desse jovem artista que os azares da sorte ainda não deixaram que se impusessem por si mesmo. Edmundo Lopes ainda não teve suas possibilidades de ator exploradas em toda a extensão e por razões de "publicidade". Esse jovem ator que já conhece vários palcos do Brasil e principalmente do Rio de Janeiro não vive "à luz da ribalta", não pôde mesmo viver exclusivamente de sua arte, vendo-se para isto obrigado a vegetar numa repartição pública. Nos inúmeros papéis vividos no palco, Edmundo Lopes provou possuir as qualidades que julgo indispensáveis no ator : sentir, viver, convencer e despersonalizar-se em seus papéis. No Brasil são poucos os artistas que podem viver de sua arte e proclamar sua independência e a muitos que mereciam não são dadas oportunidades. Edmundo Lopes que consegue valorizar qualquer "ponta", já deixou por duas vezes de representar, ou melhor, de viver papéis importantes em peças pelo simples motivo de "não ser Popular". Popularidade não é condição essencial, mas conseqüência do valor reconhecido por todos. A popularidade, em geral, deve-se seguir ao trabalho do artista e não antecedê-lo, pois neste caso "cheira a publicidade" e propaganda temperada, com elogios gratuitos são apenas necessários aos valores duvidosos. O dossier de Edmundo Lopes não é pequeno, uma vez Que já tem aparecido em inúmeras peças. Ultimamente Edmundo prestou colaboração de indiscutível valor ao Teatro Universitário interpretando papéis em "Mulheres Nervosas", "Cabecinha de Vento", "Week-end" e outras Peças. Seu último êxito foi alcançado na figura de Plácido na peça de Paulo Sebescen "Escândalo Social em 1828". Há valores que são reconhecidos após longas provas. Será o caso de Edmundo Lopes ?

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Jbiil de i/Usvcdo Ha uma cleção de livros da Editora Universilar.a Ltda. (São Paulo. 1944) mui .o interer-s:me, denominada Eli viajei com..., e vim aí um nome celebre. Recebemos agora Eu viajei com Vasco da Gama, livro de I.cmsc Andrew Kent nu original He wcnt 7i' th Vasco da G..mo, tradução para o portuguez - brasileiro de Hermèligirda Leme. N-rra-se aqui a historia de uois meninos c|iie teriam ae-on.paniiado Vasco da Guina quando da sua famosa viajem de descobrirrun o das Índias. O resto é c m a autora, que a propósito fez i aginas cur.osas. I.é-se o livr. com agrado, pois é a narração ver adeira i.a celebre excursão. Mu.tas gra.uras lustram o voume. U ie.tir e:t:'i semore em contacto com o mar. Romance e verc.aai.s. Ed ções do'.s Mur.dos (Rio de Janeiro, lv.-t, continuj a i.z.r oura men cria (Ura Po'tugii v i.rasil, -- a pmli.açau ua "Colição clássiieos e contemporâneos", — sob £ ci.ce,uú bii.iu.nie cc jay.uc cd-rt-zao. Es.á sendo mui o procurado o l.vro uo mom r.to ds Cinio La.teo Branco •- Potemicos em Fortugal c no ílrrsl. Do mom.iito, sim. p ique essas pulemcas ap rcidas ha tantos anos não p.rrjcram a o,.ortu.iu.ail-. por e.ta.eni sjuprc v.v-t. c_.,e.:es d- iruni-5. graças, e periwiai, L-m.lu é sempre Camiio. *E.c era um mestre no gancrò, e c seu n. m: comcsou a i. ro.ai c ¦ preiij.i-merte con. a3 po.emicas. iem si io. Arrazador. Depois, veio o romancista. Ma; como pol.mista ele f.c u u:i co. Manej dor inconfundível da .ii gua. cie é bem estuda I, num saboroso prefacio por cu'."o j rnaiis a e escnt r Binre.it , o sn.\ Custa K.gj. E-. « brasilcir tem muitis afinidade*, cspr'4U'li« tom o Mestre i o tugues. e escreveu um przf cio substancioso e dscrít). Um livro pura iic^r nas estantes s lecionadas. A "Livram José Oimnio'* c ntinúa nis íu: s grandes cd.çõ- s. F.stá quasi e g tadi-> < Oi u'o vr-<i /."i.rr" o o cr fns nio. . . poemas de OVg-Tio M«ri**"i MO'4. Pio de Janeiro). Poeta do.; maiores do nosco idioma, "Príncipe dt.s po.tas", cem as res]> ii^ui.i.idfues ...m ...u i c... .jio.i ,. i.u t>..ce.a rublica o acadêmico prtricr. nect • livro ^ã.» cies cou dos outr s, e parece até que a sui fórmi e <<-s mrrrii cã-- mnis ;.ru ~H ¦«.. E' um grande livro de versos, — num Paiz em que t-> o mun^o. oj c| j-si todo mu.A >. verbos g ralm nt ¦ maus. k ícrirnu-nos f"z 'iv-ro sem a reprodução de alguns \crsos, ao o leitor r.ão perdoaria. E:t: autor c s mp ¦«• um encantanuntü nó.o. Ao acaso, Canção: O céu tão junto dos nrus óhos! O mar ;o alcance da minha mão! O horizonte Ali defronte. MALHO

sói batendo na A lua como uma No chão. .. As árvores, o veio Que passa a meus Numa marcha que A montai ha aqui Tu o tão peito, ó E tu tão I nge de

janela, rosa desfoihadi d'gua prrfado pés d' c-irrida não t:m fim... ao meu !a;'o: nrinhi vida! mim!

01 gario Mari no ccntir.ua a ser assim, sempre rumo á perfeição -— que não pó le sei l.unrna, — o grande poeta qu; todo o, Brasil lê c admira com. vidam.r.t-*.

*

*

O mesmo cdit:r envia-nos Raposo Tavrres e sua época, de Alfredo Eiiis Júnior. Um li\ rn séno. hem p rs '.do e bem eecrito. Pen* quize-s. História. E' mais uma c laboraç.io, e de destque, para melhor estud \ d; Raposo Tavares e sua época. (Rio de Janeiro, 1944)

Ma personagens — Ricardo, 0!ga, Julia,

Caimcm — bem estudads. psicoLgia, aigunr. bem felizes, »

Es.uJos

de

As Noites de Inverno, do Snr. Amarilio Guerra Silveira são realnuntj duma cruel tnstesa. Não será o frio, não será a chuva, que tornam o livro massador. E' o estilo descui; ado, é a fôrma relaxada, é o cnrêelo birál e sediço. Contos, pretenções a contos, dizemos nós Eiuauuiilias i\oues (ic inverno!

*

*

Jean — Gcrard — Flcury dá-nos um belo livro Fcrrgíiwções Sul Amerccna. tradução bem cudada de Bandeira Duarte. Nesta inaré baix^ cm que vivemos de traduções apenas de negócios, destaca-se esta, entre outras, pelos s:us cuidados e escrupulos. Qu remos feiicitar Bandeira Duarle. O livro é dum escritor de n me, de t nado a rrelhor compreensão nos Estados Unidos dos Países sul-americanos. Mas a obra interessa aos brasileiros, pois aqui ha alguns dos nossrr. probiemas. bem estudados. Um b:m capitulo Sinifonia Ccrinca, co.n boas descrições do que c nosso.

* A Livraria do Globo, de Porto Alegre, oferece-nos dois livros, — um dr. *' Coleção Am?réla". — O caso i'.o cão úiiador. de Erel Stiniev Gardner. Romance policial qu? distáe. O outro volume é de g"nero diverso de Fredcric Locmis, traduzido da ediçüo original norte-americana para o portuguêsbrasiniro pelo dr. E ias Dawidovieh. Intitu!a-se Noves Corfissõrs de um medico dl Senhoras. Um livro útil.

*

* O cor nel aviador Lysias Rodrigues dáros um livro op rtu.io, — llrasihiro:, t>0n.iiOs do ar. (Rio de Janeir , 1044). Ha cap.tuios bem vcrd-deirjs c b:m d-s.nval«Los exemp.ii.cando, — sobre a óDra c os feiios d? Baitholomeu Lourenço dj Gusmão, Ju io Ce ar kibeir. de Souzí. Alb reei S-ntos Damont — Acrost-irj, Augusto Severo ce A. Maranhão e A.berto Santos Dumonr a\ntior. E tiln claro deinr de idéias certa», o 1 vro cio iscrit-r Lyàüs Ro.lrigj s rflama leitu a. p ine pain.e.ite oj c p tjlos sobre Stntos fiumont, os meih r.s do vo.u.ne.

Myris de Melo envia-nos o seu romance A cpa de arminho (Livraria Martins, editera, São Paulo, 1944). Não se tra:a duma rstreiante pois já Lmos da autora "Cru.l Promess".". F. a Miietinha E-g~itada. Nest? romance n.eihcr 1 i-\ ro que r.s outros, a escritora cia-nos j-.ginaj bem csc.rtís, algumas tocadas ds emoção. Ela es a se afirmando uma beja romncista, cuidando do estilo, estudando bem as person g n;, armando melhor o cnredo. A Cepa de Arminho teve men\ão honrosa ela ilustre Aca emia Paulista de Letras em 19-.3. ü louro foi bem merecido.

Jo é Olirrpio, editr. púbica a 3\ edicão. reiista e íum-utida com iiu-t açõ:?, da obra de I. ma l"gj ir*rlo, Gra des So'dados .o Uras.!. Trata-s? du n cxrel nt.- esci.t r. qur ronntce o .--suntJ cm tod 0 os s-rus detalhes. Passa a ronda de grrnde; roldrd >s nossos.. Apreciáveis os estud-s sobre Caxi:s, o pa rono do Fix reto. Samp i i, Osório, Mall t. e fntos, tantos o:tro-;. Um livro bem p:ir-ado, to:ad: de bra«il Jad.-.. Ju'gamentOs scr-iios. sem paxõ s, a verirdc- fu geirante. Lima Figue rejo pr.st u um ótimo serviço ao Paiz ecerev-ndo este livre. R:af'rma-sc escritor CLudio d: Arruj \ Lima com o rom nce A Bni.ra. O seu estilo aqui esti muito m lh rado. c a "bservarã<. é agú a. as d scrições com fl gr-int's bem vividos, cor mnce se d senvilve; naturalmente, sem grande esforço. E claro que >m e-n: i,-o para tr'it ir minuciosamente de tantos livros qu- nos cheg"m ""..) nod mos nos ocupar d ste comi drs"jáv: mos. Esta.í os im fier.tJ um »rt sta consc.cnci-sj, que vencerá galhardamente. 10 —

* A Coeditora Brasllica não pub'ica somente cbra de ficção. Agora editou Contabilidade Agrícola e Fastoiil, do Sr. .lu.io Br.ga di Almeida. Sã assentammtos rur; is, contabilizados. Ninguém negará a ; portunidade desta obra. que reclama lei .ura dos interessa.os. Foi premiada.

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* O Embaixador do Brasil, Sr. J. F. de Barros Pinun.el oferece nos cm ingiez c em poitugjes brasileiro, um livro ue grande uti.iüade ir.ter-iucional e deveras m.mer.tôso, O l.'so da força na estrutura du pcz, a pol.c.a .iitcriit-conal. Adm.ravtlraente cscri.o, com idéias — so i-as, ele mão da espada diz qu; "aquele que '. lançar Gs fatos da his.orii pcriccrá por ela confirmam a asserção. Declara qu; os prob.unas da paz exigem o mais alt espirito de renuncia. Quer uma paz consolidada, para a tranqüilidade e progressos do mundo. E' um livro que esti tendo merecida repercussão, pelos censelhos e exemplos expost~s. Se a guerra foi c é um inferno, a paz será cheia de incidentes, arestas e aci19 4 4


dentes. Tem que haver espirito de renuncia, para haver uma Paz consolidada e um mundo melhor.

Perversão Sexual e Câncer, de Paulo Coelho Netto. O escritor, filho do grande Coelho Netto, dá-nos um opusculo curioso e profundo. Enfeixa um estudo sério sobre o flagelo do câncer, que se propaga horrivelmente. E' um terror. Estuda-se nestas páginas a moléstia cruel, a sua marcha, 2S suas conseqüências. Algo de dantesco. Estatístlcas que arripiam. E' um ensaio científico, comprovante dos valores do autor. Jorge Azevedo tem nos dado diversos livrrs de literatura. Moço, é um trabalhador infatigavel. Agora dá-nos Histórias banais, uns contos leves, alguns positivamente bons. Jorge Azevedo afirma-se como um escritor de grande futuro. Quando Israel encanta, de Osório Lopes. São perfis femininos. Um opusculo, com farto assunto para enriquecer um livroUm estilo despretenci :so. Interessante. * * * Genta De é Estrella Uma bela ..poetisa Montevidéo envia-nos Elegia dei Transito. pcemas. Poetisa Uruguaia das melhores o seu verso é vida e emoção. Ha pesias duma grande vibratilidade. Estrella Genta é uma poetisa das Américas. Que pena não termos esnaço! Transcrevíamos diversos poen.as deste livro, que confirmariam a nossa asserção. Um pcema, Nochc a Noche :

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A vida noche a* noche, com mágicos desvelos devora Ia mirada sobre Ia inmensidad Ias estrellas, migajas dei sestin de 1 s cielos insaciable hambre de terpara nuestra nidad ! " Parabéns, Estrella Genta 1

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Entre os romancistas p:rtugueses, de certo tem logar marcante Augusto da Costa. Manda-nos agora de Lisboa o seu ultimo romance, Uma aventura cm Lisboa. (Livraria Popular, de Francisco Franco, Lisboa, 1944). Ele tem romances fortes, e escreveu . este mais para diversão do seu espirito. Denominou-o mesmo de "frivolo". Magnífico romancista, tem um estilo muito seu, e sabe armar as situações. Copia da vida as suas personagens, homens e mulheres que são afinal bonecos da vida. Lê-se o romance com interesse. * * Nelson Romero envia-nos A História da Literatura Brasileira, na terceira, edição (Livraria J'sé Olímpio, editora. Rio de Janeiro, 1944). Filho do grande Silvio Romero, ele mesmo excelente escritor, enfeixou neste livro os seus artigos da polemica travada com o acadêmico Mucio Leão. D.egladiaram-se na inprensa, e agora reúne em livro esses artgos, saídos na imprensa carioca. O autor é um erudito, e conhece profundamente a obra do seu pai. Mucio Leão va' também reunir em v:lume os seus artigos de embate, no que faz b:m. Assim, o historiador, no futuro, melhor apreciará a po(étnica, — relendo os opusculos dos d-is escritores.

tora, Rio de Janeiro, 1944). Ha aqui r> estudo sério da vida triste e apagada. Gente, simples e humilde. Boas observações num estilo correntio. Floriano Gonçalves ainda ' nos dará um grande romance.

Floriano Gonçalves envianos o seu romance O Lixo (Livraria Jcsc Olímpio, edi-

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primeiras bodas de prata foAS ram celebradas na França no tempo de Hugo Capeto, ano de 987. Capeto, tratando de negócos de um seu tio, verificou a existência de um criado que envelheceu servindo sempre àquele seu parente e também uma mulher, mais moça, nas mesmas condições. Sabedor o rei das virtudes e das boas ações de que eram ambos portadores, mandou-os chamar e disse à mulher: Teus serviços são maiores que os desse homem, porque para a mulher é muito mais pencso obedecer e trabalhar; assim, pois quero dar-te uma recompensa. Na tua idade não vejo nada melhor que um dote e um marido. Meu presente será uma granja e se este homem que trabalha a teu lado, precisamente, há vinte e cinco anos. quizer casar-se contigo, dou-to por marido. Como é possível—indagou o ancião, confundido — que me case tendo já os cabelos da côr da prta? Será uma boda de prata f— disse o rei. Este caso foi muito comentado e conhecido em toda a França e deu origem a que se celebrasse ao cabo de vinte e cinco anos de matrimônio, uma festa que se de"bodas de prata". nomina

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CABELLOS BRANCOS QUEDA DOS CABELLOS

JUVENTUDE ALEXANDRE

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We thank you!" (MUITO OBRIGADO!)

JL ELA paciência que o senhor tem demonstrado quando nâo consegue suficiente material fotográfico, e pela atitude de bôa vontade que esperamos continuará demonstrando enquanto durar esta emergência, aqui vão os nossos agradecimentos, ao senhor e a todos os nossos amigos do

BRASIL O material e o trabalho, que normalmente se teriam dedicado à produção de câmaras, filmes e outros artigos fotográficos, para o senhor e todos os nossos amigos, tiveram que destinar-se à tarefa mutua de manter a guerra longe do Hemisfério Ocidental e a apressar o dia da Vitória. Depois da Vitória, forneceremos ao seu distribuidor Kodak . quantidades cada vez maiores de filmes, produtos químicos, papéis fotográficos e outros acessórios, sempre que as condições fora do nosso controle nos permitam fazer chegar esta E, como no mercadoria a seu destino. o houver tudo disponível se que passado, repartirá com o seu distribuidor Kodak (e com os demais distribuidores Kodak do Hemisfério Ocidental) na mesma proporçâo de antes da guerra.

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DISTRIBUIÇÃO DOS PREMIOS NOBEL NÃO CONFERIDOS Fundação Nobel acaba de notificar que o valor ds cada um dos quatro Prêmios Nobel de 1944 (Física. Química, Medicina e Literatura) alcançará 121.840 coroas, contra 123.690 no ano passado. Em tempos normais, o Prêmio Nobel é conferido em Novembro. Como conseqüência da situação internacional, o Governo resolveu autorizar a Fundação Nobel a adiar para o ano seguinte a doação dos Prêmios respectivos, o que significa que nenhum Prêmio Nobel foi conferido desds 1940. Poude-se, portanto, dispor das diferentes importâncias, de acordo com os estatutos da Fundação Nobel: se, peIas razões especiais, um Prêmio Nobel não for conferido no ano em que devia ser, nem no ano seguinte 1/3 ào valor será transferido para a Fundação, ao passo qus os cutros 2/3 serão postos à disposição de fundos particulares dos grupos dos Prêmios respectivos, cujo fim é encorajar as pesquisas feitas a serviço da ciência. Houve tambem certos temores de que os capitais da Fundação Nobel passassem aos herdeiros de Alfred Nobel, se não fossem utilizados, no prazo fixado, para o fim que visava o testador. Contudo, a este respeito não há motivo para tal inquietude; sagundo os estatutos da Fundação Nobel, é necessário que os Prêmios sejam conferidos ao menos uma vez em cada 5 anos, a partir de 1901, quando teve lugar a primeira doação. Isto, entretanto, não se dará senão em 1946. S3 a guerra durar até depois de 1945, há certas possibilidades de modificar os estatut:s da Fundação; tambem é necessário, sam dúvida, considerar a guerra como força maior. A

O üsò dos PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. esse produto é um taxativo suave paro todos as idades. Siga o meu conselho «tome

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amigos se recolhem DOIS às suas residencias altas horas da noite. Chegam diante da. casa de um deles... Olha aquela sombra — diz um— escuta o barulho; ha certamente um ladrão em tua casa! Não faz mal — diz o outro. Vou divertir-me ! Minha mulher p.nsará que sou eu que entro às escondidas. Que surra esse ladrão vai apanhar I

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NOTICIAS DA AMERICA DO NORTE

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NAO PODEM

SUBIR...

tstregadores de pão, em NewOSYork e em Chicago, decidiram que, dagora era diante, não subirão mais nos arranna-ceus para entregar pão. Na verdade, essa trabalho não era muito fatigante, pois quasi todos os prédios russas cidades teem elevadores. Mas é justamente por causa dos elsvadores que os padeiros americanos não querem mais subir aos numercsos pavimentos. Dizem eles que as continuas viagens para cima e para baixo lhes atacam o coração. Por isso, doravante, serão os pcssitcrs — porteircs — que levarão o pão aos apartamentos, pois, pelo que parece, os elevadcres não lhes fazem mal ao coração. X

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TTM escultor chamado Giraud foi enviado por Henrique II à Irlanda, para estudar a topografia e a história natural da região. —h colheu poucos elementos sobre isso. mas, em compensação, muitas lendas. Eis uma das mais curiosas: Saint Kerveu orava ajoelhado, as mãos estendidas para o céu; sua imobilidade era absoluta. Uma andorinha veio pousar em uma de suas mãos e começou a fazer seu ninho. Depois pôs ovos. os chocou e nasceram os filhotes. O santo esperou paciente-

Banco

os tomadores de empréstimos hipotecários, ficou acrescido de 21% (mais 290.000 cruzeiros). Os resultados financeiros do exercício se revelaram per umsupcravit de 18.288 milhares de cruzeiros, que foram totalmente incorporados às reservas de contingência. Em relação ao período anterior, o excedente apresentou-se ampliado de 3.211.000 cruzeiros. O total da receita foi de 21.654.000 cruzeiros contra 17.813.000 do exercício de 1943. o que deu logar a um aumento de 22% (3.841.000 cruzeiros). PENSÕES — Durante o exercício foram concedidas 15 pensões no equivalente de Cr$ 14.735,90 mensais. O total das extinções, no mesmo período, atingiu a 3 pensões, no valor de Cr$ 2.560,50. APOSENTADORIAS — O movimento durante o exercício se expressou pela concessão de 10 aposentadorias no total de Cri' 15.442,00. sendo 6 por invaliddez e 4 compulsória. No mesmo período extinguiram-se, por motivo de reversão a<5 quadro ativo, duas aposentadorias por invalidez. CARTEIRA DE EMPRÉSTIMOS — Era de se prever, dadas as dificuldades impostas pelo momento atual, que acarretaram o encarecimetno do material e da mão de obra das construções civis e o surto de rápida valorização dos imóveis, que se notasse sensível retraimento nas operações da nossa Carteira de Empréstimos. Não obstante tais fatores de perturbação, foram ainda bastante animadoras as atividades desenvolvidas pela Carteira, no exercício. Por isso. é pensamento da Diretoria, com o intuito de facilitar aos seus associados a aquisição de imóveis, financiar novas incorporações. Na viz!nha cidade de Niterói, no bairro de Icaraí, será levantado o maior edifício de apartamentos empreendido pela Caixa, até o nresente momento. No bairro do Leme será construído outro edifício, com 12 pavimentes. Na rua Santa Carolina. esquina de São Miguel, na Tijuca, será erguida uma construção com 3 pavimentos. E finalmente, à rua Goiana, no Andaraí, será construído um prédio, que receberá a denominacão de " Edifício Poty", com 3 pavimentos. O total dos empréstimos realizados pela Carteira foi de Cr$ 5.691.550,00. O número dos negócios feitos durante o exercício foi de 84 (contra 120 em 1943) e foram atendidos 282 associados. Até 31 de julho último o total das inscrições na Carteira atingiu a 1.920. Como conseqüência da reforma do art- 41 dos Estatutos, a Carteira já atendeu a 3 colegas não associados da Caixa, estando em vias de ultimar empréstimos a 53 funcionários associados do I. A. P. B. — Desde o início de suas atividades até o encerramento do exercício, tinha a Carteira pago operações no valor de! Cr? 54.748.766 00.

a__\ M face do relatório que acaba de ser apresentado pela DiJj retQ.ria . da . Caixa de . Previdência. _ dos Funcionários do Banco.do BrasiL para ser submetido à Assembléia Geral Ordinária de 16 de Setembro p. f., verifica-se a promissora situação da referida Caixa, pelo que destacamos alguns tópicos que transcrevemos: SÍNTESE DO MOVIMENTO DO EXERCÍCIO: — De conformidade com a autorização que nos íoi concedida pela Assembléia Geral Extraordinária de 3 de julho de 1943, em fevereiro do corrente ano conseguimos que fosse realizada pela Prefeitura do Distrito Federal a concorrência para a compra do terreno que pretendíamos à Avenida Presidente Vargas. A nossa escolha recaiu sobre o lote n. 1, da quadra 4, na esquina da rua da Candelária com Teófüo Otoni, que adquirimos pela importância de Cr$ 15.106.235,50 e cujo pagamento efetuámos a 8 de março, por intermédio do Banco do Brasil. Procedida que foi a escolha do projeto da construção, em concorrência, estamos procurando remover algumas exigências impostas . pela Prefeitura, para darmos início à construção ainda no correr deste ano. Como tivemos oportunidade de nos referir no relatório anterior, as resoluções da Assembléia de 3 de julho de 1943 tiveram alta significação, não somente pelo aspecto econômico delas resultantes, como também ptlos benefícios estendidos ao funcionalismo do Banco que, por força da lei, em sua maioria, não pôde associarse à nossa Instituição. Outro fato que merece especial destaque, diz respeito, ao nosso programa de amparo às famílias dos nossos essociados e demais colegas do Banco, com a possibilidade de se elevar para Crí1 50.000,00 o pecúlio instituido pela nossa Caixa de Pecúlio:., assunto que foi amplamente divulgado, tendo sido atíscultada a opinião de tode o funcionalismo do Banco, por meio de um questionário. Examinemos agora a nossa situação econômica e financeira em face dos documentos anexos ao presente relatório: Os elementos líquidos do ativo patrimonial da Caixa se apresentam no exer cicio findo com um total de Cr$' 123.264,00 cruzeiros. O cotejo com o total apurado no exercício anterior revela um aumento de Cr$ 19.058.000,00. Os valores passivos que constituem as nossas reservas cresceram de 18.578.000 cruzeiros. Foram reajustadas as nossas reservas técnicas, de conformidade com o parecer cont:do no último estudo atuarial, com um esforço de Cr$ 60.000.000,00. retirados da verba " Reservas de Contingência". O " Fundo de Garantia", que representa o nosso seguro para os sinistros com

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Minas. Está situada a 1.099 ms. exportadora de queijos e seus Papagaio, com 2.174 metros de Brasil em altitude.

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nente da cutis. E se tem espinhas, eravos, sardas ou manchas, não procure disfarçar êsses defeitos. Corrija-os, com Leite de Colônia, que limpa, amacia e alveja a pele. Use-o duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, para preservar o seu maior tesouro: a juventude da sua cutis.

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§ \ ITUA.DA entre o livro e o jornal, teve a Revista o seu berço na Inglaterra. De Londres partiram as primeiras publicações periódicas desse gênero, que iria medrar pelo mundo e exercer a mais poderosa influência no destino dos povos e das civilisações. A política, a literatura, a economia, a ciência e a arte encontraram na Revista o seu melhor processo de divulgação. Daí a imciviportância que tem ela como contribuição à elaboração da lisação e como instrumento de trabalho para os que, recuando no tempo, procuram encontrar nos velhos alfarrábios as colunas sólidas da História. Nenhum historiador desdenha uma publicação periódica desse gênero. Nas páginas amarelecidas das Revistas encontram os cronistas da vida política e social dos povos civilisados, os elementos mais seguros de informação que lhes iluminam as pesquisas, dando o exato panejamento de uma época ou a breve descrição de um incidente mal contado através de tradições deíormadoras. Ao completar mais um ano de trabalho, esta Revista, tecendo esses comentários, faz sobre si mesma um exame de consciência, indagando à coleção de seus números passados se tem sabido desempenhar diante do Brasil a sua função de tribuna popular, onde são difundidas as idéas e as opiniões que devem chegar ao povo e influir no destino da comunidade nacional. Temos que concluir, imparcialmente, que esse objetivo tem sido sistematicamente atingido. Numa fase em que se fazia necessária a crítica pelo riso, as caricaturas de O MALHO aplaudiram e vaiaram, louvaram e patearam, no propósito de bem servir ao público que sempre amparou com seu estímulo material e moral esta publicação. Serenado o ambiente brasileiro, O MALHO alterou um pouco a sua expressão jornalística, sem mudar, entretanto, a sua conduta política. Nestas páginas temos procurado oferecer o panorama mais objetivo da situação nacional. E a O MALHO os historiadores virão, um dia, para encontrar, na multidão de páginas de suas coleções, um dos mais verídicos roteiros para a reconstituicão da atual fase da vida brasileira. Nenhuma conclusão nos poderia dar, mais do / que essa, a impressão de que estamos cumprindo o nosso dever e prolongando pelo tempo o ritmo de uma tradição.

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A FE' RELIGIOSA ^S W^AaaaaP^ ^mWk A agíografia, que descreve cs sofrimentos — verdadeiro martirclógio de muitíssimos santos — que narra a existência piedosa de quasi todos e contra a vida milagrosa de tantos, contribue, iniludivelmente, para consubstanciar a fé na alma lirica popular, entranhando-lhe a convicção dos prodígios praticados em tempos remotos. Porque as manifestações dramáticas dessas vidas purificadas pela rerancia aos prazeres terrenos, chamam-se milagres. Narremos um. Na Espanha, a Virgem da Novena, é a padroeira dos comediantes, venerada em capela própria, na, igreja de São Sebastião, e.r. Madrid. Essa devoção data de um milagre feito pela Virgem da Novena — anteriormente chamada a Virgem aa Soledade — em favor da atriz Catalina Flores, a quem se podia dirigir aqueles celebres verses: "Au talert, plus beau que La beauté, A ?a beauté, plus grande que le talent".

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Quan magnificata sunt opera lua, Domine ! Omnia in sapientia fecistes! devoção do nosso povo é cada A vez maior. As igrejas, às horas da missa, como nos dias de soIenes festividades e naqueles que são consagrados a determinadas devoções, estão sempre cheias, apinhadas de fieis. E' um formigueiro humano, que suporta, resignado, o apertão e calor, porque, certamente, vai impiorar, na serenidade augusta do templo, a remissão dos pecados próprios ou a indulgência para as culpas dos grandes da terra que afligem os povos e quebraram a paz do mundo. A religião é o desafogo das almas que sofrem. Os homens sabem que a oração os fortalece e conforta. A prece e uma força imensa: domina os anseios e derrama a serenidade. E' a paz para os corações generosos. A fé ingênua do povo é como um rio, corre para o mar da misericordia infinita de Jesus ! Quando rezamos, ligamo-nos à in,exaurivei bondade divina e sentimo-ncs, imediatamente, robustecidos, reconfortados, pois Jesus é a fonte perene de todas as magnanimidades ! O rebanho humano prosterna-se acs pés do Divino Mestre a exalta, com extremado fervor, as suas obras: quão grandes e magníficas são, Senhor, as tuas obms ! Fizestes-as toáas cem sabedoria !

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A devoção cristã, tem pelas lendas e tradições, um respeito, uma veneração, inquebrantaveis !

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Foi o caso que, achando-se doente, impossibilitada de representar, Catalina Flores, fez um voto e rezou uma novena. Com tanta devoção e fé cumpriu o voto que, ao r.ono dia, se achou completamente restabelecida. Dessa data em diante, é voz corrente, sucederamse cs milagres da Senhora que, como dissemos antes, passou a ser conhecida por Virgem da Novena. Na Câmara Municipal da Capital espanhola, conservam-se no arquivo, as folhas de pagamento de to* postos, dos haveres e outras notas referentes acs cômicos, lendo-se no topo da lista dos tributos das atrizes, o nome da Virgem da Novena e as quantias que lhe eram destinadas, por devoção. * ? * Não se deve, pois, extranhar que, no Brasil e particularmente no Rio, haja crentes que confiem nas excelsas virtudes de determinados santos, cujas bondades derramam as graças que os fieis lhes imploram em transes aflitivos. O numero dessas devoções é bem grande, mas muitissimo maior é o dos crentes, muitos dos quais, tendo obtido a graça que suplicaram, publicam, nos jornais, anúncios de agradecimento. Ha diversos templos, aonde os penitentes vão, em dias aprazados, contritos, cheios de fé mística, impetrar remédio, senão para cs desfalecimentos da carne e angustias do espirito, pelo menos para o amparo da vida, embaraçada de dívidas. Citemos alguns desses templo, aonde acorrem verdadeiras pinhas de gente.

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Santc Antônio Cruz dos militares, á Rua Primeiro ds Março, onde é veneardo o Senhor dos Desagravos, na primeira sexta-feira de cada mês. São Jorge, á Rua General Câmara, ostenta em um dos seus altares, Santo Expedito, padroeiro aos endividados e daqueles que têm a vida cheia de dificuldades. Santc Antônio dos Pobres, no Môrro do Santo Antonio, no cimo do Largo da Carioca. Aí tem a sua devoção um santo muito milagroso. Frei Fabiano de Cristo. São Sebastião, á Rua Haddock Lobo, dos frades de São Bento. Neste templo, um dos mais amplos da cidade, reza-se uma missa, às 5 horas da manhã, na primeira quinta-feira de cada mês e à qual açodem muitos catolicos. Ao entreluzir da manhã, comparecem ali hGmens de Estado, militares d° alta patente, atrizes, atores, jornalistas, escritores e uma infinidade de fieis de todas as castas e posições. e tcdos vão em busca da benção que preserva da má sorte, que os santos* frades capuchos ministram caridosamente. Matriz de São Cristovão, situada na Praça do Padre Séve, onde se venera Santa Edeviges, mãe dos endividados. A devoção desta santa, é muito concorrida pela fé que a sua extrema bondade inspira. Todas estas devoções populares, são puramente harmonias da religião, cheias de beleza e de poesia. As pias crenças populares, as invocações legendarias, as crenças do cristianismo, as tradições da igreja e a imaginação devota que celebra os mistérios da Divindade e de seus santos, apresentam aos olhos do mundo, tôda a Beleza de um culto do espirito e do coração.

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caminho para Nova Guiné e Nova Bretanha, no Pacífico. 11) 2 de Novembro — O exército britânico rompem as linhas de Rommel em El-Alamein. 12) Desembarque dos soldados americanos no norte da África, em 8 de Novembro.

3 9

1) 1.° Setembro — A Alemanha invade a Polonia. 19 4 0 2) 9 de Abril — Ocupação da Dinamarca e invasão da Norruega . 3) 10 t*3 Maio — Invasão da França. 4) 10 de Junho — A Itália entra na guerra ao lado da Alemanha. 5) 17 de Junho — Capitulação da França. 6) 7 de Setembro — Maior bombardeio de Londres e início da derrota da aviação alemã. 19 4 1 7) 6 de Abril — Os nazistas invadem a Iugoslávia e a Grécia. 8) 22 de Junho — A Alemanha invade a Rússia. 9) 7 de Dezembro — O Japão ataca Pearl Harbor, Filipinas, Malaia e Hong-Kong. 19 4 2 10) Desembarque dos fuzileiros navais americanos em Guadalcanal. Em 7 de Agosto, abriram o

MALHO

— 30 —

19 4 3 13) 27 de Janeiro — Conferência em Casablanca entre Churchill e Roosevelt, firmando-se as bases da rendição incondicional para o Eixo. 14) 13 de Maio — Os aliados completam a conquista da Tunísia, expulsando do continente africano os soldados do Eixo. 15) 3 de Setembro — Capitulação da Itália. 16) 1 de Dezembro — Conferência de Teheran: Churchill, Roosevelt e Stalin, firmando-se a estratégia aliada para a destruição do totalitarismo. 18 4 4 17) 31 de Janeiro — Tropas americanas invadem as ilhas Marshall, abrindo caminho para Saipan e Guam. 18) 6 de Junho — Dia D. Invasão da França pelos aliados. 19) 15 de Agosto — Desembarque dos aliados no sul da França. 20) 25 de Agosto — Paris é libertada. Entrada triunfal dos aliados na Cidade Luz, para prestar justa homenagem à população que, com heroísmo, conquistou a cidade, expulsando os alemães depois de um domínio de escravidão de mais de quatro anos. X

19 4 4


Soldados da F.E. B. incorporados ao Quinto Exército Aliado, na Itália, r. cebendo instruções especiais do Capitão Edgar Mznteiro Sampaio sôbre o manejo dos modernos fuzis "springfield".

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Jovens ncrt.-amerícanos da Cruz vermelha atendendo azs soldados brasileiros num acam• quais servem jovialmente mati pamento, acs e "dcughnuts" americanos.

O general Mark Clark, ao lado do gneral Mcscarenhas de Morais, comandante da F.E.B., passa em revista cs nossos expedidonáriüs, no "Dia do Soldado" brasileiro, em um campo da Italia. (Fótos "Ijit .ramericarux").


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sobre Eros Volusia é, sem duvida, Escrever ter uma. fonte inexhaurivel de assuntos, cs mais interessantes c diversos. Nela a poesia, a musica, a literara, em suma, todas as artes, encontram um

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ante o perigo. Se a primeira é débil c fraca e não resiste a menor conspiraçãii dc meio. a segunda é robusta e forte, de compleixão inimitável, tornando-se indiferente a todos os obstáculos. Se a mulher se deixa vencer pela adversidade, a artista triunfa gela diíicuklade.

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Nesta diferença entre a mulher e artista — em que vivem duas pessoas distintas numa só,verdadeira — está o segreda da vitoria do bailado brasileiro.

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7;i-í).ç Volusia num bailado regional, apre"Rio Rita", da Metro sentado no film Goldveyn

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Quem conhecer pessoalmente a sua' criadora e a ela dedicar um estudo, embora, ligeiro. de psicologia, ha de ver que existe efetivamente esta distinção. Ercs é uma desencantada do mundo. Nele tem encontrado o pelourinho onde se torturam todos os idealistas. Mas é ainda nele, no contraste que ele encerra entre a mulher e a artista. que ela tem conseguido vencer. E' nele que viceja o elemento capaz de conservar e conduzir á posteridade o labor útil ou nocivo do ser. Se a humanidade não fosse assim e ao invés da autonímia de sua denominacã\ fossse realmente humana, o bailado brasileiro não seria um filho d<> talento de Kros. Seria de tantas quantas pudessem e soubessem narrar uma odisséia. Seria daquelas i quem não faltassem as tintas com que se dão ur aos grandes «iiiadros e fatos que despertam compaixão. Julgaria a magnitude dos co rações, invés do espírito sereno da justiça, dessa justiça que ignora a d r e o sofrimento alheio e se exime de pondera-los lia hora da formação da culpa, do reconhecimento da inocência e do julgamento do rnl pado. Foi esta justiça quem já se pronunciou sobre Krns: foi ela que lhe reconheceu e entregou o treféu da vitória. Quem tentou usurpa-lo na hora confusa das discussões apaixonadas, já desertou da arena, porque

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os ardis da mistificação foram insuficientes para suplantar á verdade. Desde a diferença das datas de apresentação em publico, aos ccrtes e recortes dos trajes característicos do

bailado, foram encontrados, como se nisso interviesse a mão divinE. Oito ou dez anos de distancia entre a verdade e a mistificação usurpadora, não poderiam ser esquecidos por uma simples c leviana afirinação de cjuem traiu o dever profissional, em certo órgão de nossa imprensa, para satisfazer

verdadeiros

requintes

de perversi-

dade. É inegável que a pessoa a quem se quis

atribuir, a maternidade da dança brasileira, tambem tinha valor e poderia vencer, nesse terreno, se a ambição c a vaidade não ultrapassasse os limites da sua prcpria capacidade. Mas tudo se desfez. O venriavel já passou. A vaidade e a mistificação se reduziram, por si sós, sem que ninguém a elas se opusesse — senão a verdade — aos limites mínimcs de sua própria equação, isto é, ao nada, onde mulheres e homens se escondem, quando na caminhada do ideal não sabem parar. Eros é hoje a intrépida figura que soube enfrentar a procela. Nos dias de aparência sombria, nunca lhe faltcu a circunspecção

cos que se julgam e do que abominam descer do degrau a que o destino os conduziu. Foi sempre um espirito altaneiro e forte. Resistiu a tcdas as maquinações, como uma alma superior, guiada pela convicção do triunfo, embora isso tenha atuado sobre a mulher, tornando-a um tipo cetico, — a a mesmo tempo que fortaleceu a determinação da artista de continuai* na lut;'. lutando até vencer. Foi

dessarte,

que se pôde duas figuras

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mulher.

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INDEPENDÊNCIA" nossa História uma velha tradição democrática. Pelo sufrágic que agora se anuncia, todos os cidadãos de capacidade civil terão o direito de manifestação de vontade e colaboração para a organização de uma nova fase da vida governamental brasileira. O regime de dez de Ncvembro serviu-nos além de nos trazer outros benefícios, para provocar um maior sentimento de coesão nacional e psra destruir cs falsos ídolos políticos, que se revelaram inconsistentes e oportunistas uma vez cessadas as vantagens do parlamento. Vamos agora pensar em eleger homens dignos, que não façam da tribuna um motivo de arengas estéreis e vazias e não maculam os seus diplomas de deputados e senadores com o jogo dos interesses pessoais, mesquinhamente fai: tasiados de representantes e defensores do povo. Saibamos ser dignos da nova forma de governo. E não esqueçamos que cada povo tem o governo que merece. Não temos mais o direito de errar. E façamos um exame de ccnciên.cia antes de lançarmos ã urna o papelucho que falará por nossa opinião e decidirá da es colha dos mandatários da vontade do Brasil.

seu discurso de Sete de Setembro, o Presidente da República, falando para o Brasil e para o mundo, KOanunciou para breves dias a escolha através do sufrágio popular dos futuros dirigentes dos destinos. Voltará, assim, o povo a manifestar o seu pensamento por interrr.édic das urnas, indicando cem a cédula de seu voto o candidato que, r.o seu conceito, pede representar c povo na elaboração da organização governamental. Nenhuma perspectiva ds respensabilidade mais alta poderia ser anunciada do que essa que abre para o país a possibilidade de uma nova experiência eleitoral. Quando se processou c golpe de dez de Novembro pela implantação do Estado Novo, a nação atravessava um dos seus instantes mais drairáticos, cortada pelas dissenções partidárias que ameaçavam arrastar o país a luta civil. Em pouco mais de seis anos de vigência da atual forma de governo, o sr. Getulio Vargas soube afastar, com o discortino político, a possibilidade das lutas internas, pelo aniquilamento do partidarismo nefasto e pela destruição dos extremismes que tentavam interromper no curso de OMALHO.

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John Dunlop, a quem devemos a invenção da roda pneumática. nós que hoje em dia nos s3rvimos do avião, do automóvel, da bicicleta, do taxi e do ônibus, TODOS devemos muito das vantagens e do conforto proporcionados pelos modernos meios de transporte a um velho médico veterianário escossês, chamado John Dunlop. Dunlop inventou a roda pneumática de borracha no ano de 1887. Filho de um fazendeiro nasceu cm Ayr?hire, na Escossia, no ano de 1840 Formou-se em medicina veterinária, especialisando-se em cirurgia. Depois de oito anos de exercício de sua profissão em Edinburgo, emigrou em 1867 para Belfast. Na Irlanda do Norte, onde praticou durante cerca de trinta anos, os seus trabalhos foram sempre coroados de êxito. Em 1867, observando o triciclo de seu filho, de nove anos de idade, John Dunlop pensou, pela primeira vez, na invenção que haveria de torná-lo tão famoso. Observando o p:uco coniorto que oferecia a seu filho o seu triciclo de rodas massiças, quando este saia a passear pelas péssimas estradas daquele época, veiu-lhe o des.jo de inventar alguma coisa que pudesse diminuir ou eliminar os inconvenientes da roda massiça. Depois de ter feito uma série de experiências com O

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_ 36

Por David Thurlow Copyright do B. N. S., especial para o "MALHO"

um tubo de borracha cheio de ar, chegou a conclusão de que havia descoberto o segredo de um meio de transporte mais confortável. Finalmente, em fevereiro de 1888, tendo obtido êxito definitivo em uma experiência do seu invento, requereu então a patente para o mesmo, a qual lhe foi concedida ainda naquele ano. Após o sucesso obtido por John Dunlop com o triciclo de seu filho, um ciclista, usando as novas "rodas de ar" Dunlop, conseguiu ganhar quatro corridas no "Queen _. College", de Belfast, na primavera do ano de 1889. Lego fez-se imenso interesse pela nova intenção, qua proveu que o pneumático, .lein de '.ferecer muito maior cor/orto ainda garantia muito mais velocidade. Alguns meses depois do êxito obtido com o seu invento, John Dunlop associou-se a Harvey Du Cros e a um número de amigos, na Irlanda, formando assim uma pequena companhia com um capital nominal de 25.000 libras esterlinas, para o desenvolvimento de sua invenção. É interessante se observar que, a mundialmente famosa companhia de pneumático britânica Dunlop possue hoje um capital autorisado de 20.000.000 de libras. Como geralmente acontece com todas as invenções, Dunlop e seus associados tiveram, a principio, que lutar contra muitas dificuldades. As novas rodas de ar rebentavam com facilidade, furavam-se freqüentemente nas péssimas estradas daqueles tempos, e ainda derrapavam muito. Foi preciso muita perseverança da parte do inventor e de seus colegas para vencer as dificuldades que se apresentaram. Enquanto trabalhavam para o aperfeiçoamento do invento, se esforçavam também para convencer o público em geral das vantagens oferecidas pelas redas pneumáticas. Du Cros fei, neste setor, de extraordinária utilidade a Dunlop. Sendo figura de grande destaque nos meios desportivos da Irlanda, persuadiu seus filhos, que eram grandes ciclistas, daquele tempo a irem a Inglaterra juntamente com vários outros ciclistas irlandeses, para lá tomarem parte nas competições de ciclismo, usando as novas rodas pneumáticas Duniop. Com as inúmeras vitórias por eles alcançadas, conseguiram por fim convencer o público em geral da superioridade da roda pneumática sobre a reda de borracha massiça então em uso. X

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n bronze do músico genial A silhueta ' nar Noque tem na alma brasileira de G vais uma das suas maiores interpretes contemporaneas, com efeito, nos afigura contemplativo as brumas das Hesperiades, com a saudade... essa saudade que só em polonês e em prortuguês tem tradução. E' a estatua de Chopin é a Estatua da Saudade.

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A estatua que foi colocada na Praça General Tiburcio de frente para o mar, representa a dignidade e magestade que incarna a divina música inspirada por Chopin. Dignidade musical digamo-la pela inspiração patriótica, e magestade pela beleza que encanta e tornou-se universal. Chopin deixou de ser um polonês para transformar-se em cidadão do mundo, pois a arte é uma grandeza que não tem fronteiras. Chopin foi um artista predestinado — genio da Humanidade. Hoje Chopin não é o idolo da heróica Polônia de Kosciusko, sua música elevou-o aos pincaros da imortalidade, tornando-se assim o filho da Arte.

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S. R. Flagrante da inauguração do monumento

dc Chopin.

k|A maníhã cinzenta e brumosa ¦ ^ de 1.° de Setembro a cidade recebeu um presente régio: à admiravel estatua de Chopin, executada entre nós pelo escultor polonês Augusto Zamoysky e oferecida pela colônia polonesa.

ESTATUA DA SAUDADE Outro

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O local onde foi colocado o bronze símbolo da poesia musical, ; foi a Praia Vermelha. O documento solene da doação diz o seguinte : "Ao primeiro dia do mês de Setembro do. Ano de Graça de 1944 — quinto aniversário da deflagração da Segunda Guerra Mundial, com a invasão da Polônia pela Alemanha — os poloneses do Brasil oferecem à mui nobre Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, o monumeno

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das boas coisas, entre tantas coisas ruins, que nos trouxe a guerra, é a criação das "hortas da UMA Vitória". Foi a crise de transportes, gerando a escassez e o encarecimento de artigos de alimentação, que sugeriu a idéia de aproveitar os quintais e os terrenos baídios, para instakr uma horta em cada um. Hoje, o Brasil inteiro, de norte a sul, está cheio "Hortas de da Vitória". A Legião Brasileira de As.i.tencia tomou a frente da campanha e soube levá-la a bom termo. Chega a haver cidc.de, ccmo Fortaleza, onde doncs de casa proprietárias de "Hortas da Vitória", já constituiiam uma cooperativa e esperam obter meios

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para adquirir máquinas modernas pcra o trabalho agrícola. Criaram-se, assim, centenas de hotas. A maior parte é constituída de pequenos trates de terra cultivados—nada mais do que um q intal. Mas há também algumas que se assemelham a campos de experimentação, tal a vas idão e tal a perfeição com que se desenvolvem as c lturas. E estes levam seus produtos até os merca.es. Oxa'á, a paz não mate uma in;ci;t_va tão interessante! Os flagrantes desta página são de varas hortas espalhadas pelos arredores desta c: pitai.

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Mestre Zambrini Marti no último quartel da vida e viESTAVA via somente para a pintura que lhe era todo o enlevo. Possuía muitos bens, riqueza adquirlda em moço, e comprazla-se em ter na velhice uma aula de pintura, dando lições de graça a quem mostrasse gosto pela arte- que ultrapassa os limites do mundo material. De mês em mês, de dois em dois meses, 'consoante as disposições, mandava Zambrini fazerem os discípulos um trabalho esmerado: pintura de óleo, de pastel, de aguarela, por todos os processos, enfim, conhecidos no meio artístico, chegando até a delicadeza das miniaturas em esmalte e da pintura sobre vidro. Tinha discípulos paupérrimos; e a estes todo o material fornecia o pachorrento artista. Entre os pobres havia um a quem

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COMO SE PIN IA., chamava êle o aluno-mestre. Era certo mancebo, cujo pincel- bem Inspirado o fizera respeitado dos condiscípulos e admirado do velho pintor. Uma vez ordenou Zambrini Marti pintassem os discípulos a figura do diabo: aquele que apresentasse trabalho mais original e bem acabado, receberia bom prêmio. Esforçaram-se todos por ganhar o laurel, por terá primasia: um pintara Manto, o rei dos infernos imaginado pelos Etruscos, gênio alado, posto sôbre um assento, com a coroa na cabeca e a tocha numa das mãos; outro • havia pintado Charun, o velho demonio de cara horrenda, a conduzir o martelo pesado com que espanca as vítimas, as almas dos mortos; ainda outros pintaram demônios quaisquer, armados de chavelhos, com serpentes nas mãos. Enfim, quis cada um apresentar bom trabalho a grado do Mestre. * Pretenderam os mais atrazados e menos aplicados pintar — Cerbero, o cão mitológico, vigia do inferno, com três cabeças, mas em corpo humano, .ndo numa das mãos grande archote, ia ouira, tosco chanfalho; — Satanaz, 'hefe dos anjos rebeldes convertido em espírito mau, bigode exagerado, saliência, côrnea no meio da testa, asas de morcego, o qual tinha numa das mãos enorme garfo com dois dentes ; — Lúcifer, chefe dos demônios, no meio das labaredas, com extensa mosca, bigode frizado, comprida cauda de boi, grande saliência córnea carateristica, a empunhar respeitável X — 19 4 4

espeto candente; — Belzebú, chefe dos espíritos malignos, com patas de cavalo, mãn_ humanais, tendo os dedos unidos por membranas como os paimípedes, unhas multo crescidas, rabo de tatu, cabeça de urso com chifres de bode, a segurar numa das mãos enorme chave, na outra, grosso azorrague. Tinham todas estas figuras a legenda dos heróis demônios e o cargo que exerciam nos infernos. Ainda um dos discípulos atrazados dera por bem pintar — Caronte, o barqueiro dos infernos, consoante a mitologia grega mas, nesse caso embarcado num caíque que impulsionava com vara de bambu; ainda outro, venpintamonos, executara por meio de pintura lindo carro de ouro puxado por quatro cavalos baios, no qual se achava belo mancebo de grande cabeleira acajú, com aljava a tiracolo, arco à mão esquerda e uma coroa de louro. Era idéia vaga do modo por que pretendem artistas representar Apoio ou Febo; entretanto escrevera o bisonho discípulo por baixo do quadro: "Plutão, deus dos infernos". E não escapou — Mefistófelis da velha lenda do Doutor Fausto, principesco, adamado, capa purpúrea pendida dos ombros, corpete e calção no mesmo tom, com duas longas penas de ave empertigadas na testa, a mão esquerda ao punho da espada. Zambrini riu à farta. Foi separando os quadros que tinham relativo valor e notou por fim nenhum trabalho lhe havia apresentado o alunomestre. Inquiriu-o então sôbrc se não tivera tempo de apresentar também o seu.

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Tivera tempo e fizera-o; mas estava receioso: poderia o caro Mestre não o apreciar. Certamente a modéstia iria realçar o mérito do trabalho. Queria vê-lo. A concepção artística do alunomestre, consoante enunciara o próprio, era uma idéia conciênte que encerrava a significação de uma outra inconciente. Pelo dito, parecia cousa de psicanálise que quis adaptar à pintura... um símbolo original talvez. Queria vê-lo. Nu magnífico apresentou-lhe o jovem, no qual se via loura mulher, multo linda, de formas bem contornadas, singularmente fascinado.as; e estilizada de tal sorte a figura nos seus rasgos principais, que parecia ter movimentos, só faltando falar. Absorto ficou o velho Zambrini a contemplar aquela maravilha; nada obstante, em tom repreensivo se dirigiu momentos depois ao singular artista, sem, entrementes, desviar os olhos da tela: —Está o senhor muito enganado! Mandei que pintasse o diabo; e foi isso que entenderam todos os seus companheiros. Contudo, adiantou para amenizar n censura, há aqui a expressão fiel da natureza. Justificou-se: — Senhor Zambrini, não se diz que a mulher bonita é uma tentação? E tentação... Achou prudente interrompê-lo. E, a suster nos lábios brejeiro sorriso, rematou: — Verdade, verdade, o diabo não é tão feio como se pinta... HORMINIO LYRA O

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u^KèTflSHa^RwOt» eftsada, baseada na /•vYéticaVe na fflkllgênffl\ política esta |SI__\V quÀ^nstr^^hiagníni^^íinbolo cul-

como Sofocles, Euripedes, Protagoras, Anaxagoras, Fi-

Zenon, dias, Detonas, Mneslades, Damon, Pollgnoto, Mlron, Pollcllto, etc. Péricles que reunia, excepcionalmente, as mais variadas qualidades de Inteligência, imaginação e caráter, isto é, as virtudes proeminentes do homem

Péricles Incamou a política como verdadeira obra de arte, isto é, arte de paz e arte de guerra. Nessas duas modalldades, deu exemplos magníficos. A política, entretanto, como obra de arte exige as mais variadas qualidades: equilíbrio, muita habilidade, astúcla, compreensão da época, atuallsmo, percepção dos fenômenos sociais, visão dos acontecimentos; conhecimento dos

ro camiho da felicidade, e amar é viver a vida na sua mais alta significação. E Aspasia toi leal companheira de luta de Péricles, senhora do seu destino, razão de sêr da sua própria vida,

de pensamento e do homem de ação, pois, ao mesmo tempo, brilhante orador e artista, grande político e estadis-

satisfação dos seus triunfos e alegria da sua existência, enfim, uma mulher disposta a tudo em prol de uma causa

aia para o seu convívio as reais mata vaíàres Vçletivos, l^muà cõfSj bela* e estimulava o desenjjj fcs ¦ittjlo valor em todas as parELTZZI |rore-*ivos\«m tc^cófc**)rnvérno, paraX. pfamover Wujnals \tVHme colabora- tesSvíaír^S zou uma obra grannacionw* Foi aáWttN^àe o genl-uW odiosa e imortal^ que sofreu profunda BSrEL ^° lÊttaáista áWo conseguiu recoristruJL.^>*J|*iSggj^«^m a das mulheres mais ¦ ¦*-" _ntenas eiransfo-í«|Ma na.cid**n«*rr\alà "=-*%*vDt5**fla*rd e todos os tempos, chamada TnindSK mundo, para expres*à*ajflc*)|*%\ — / dignrçKtfe, as mais superlotes VVRv^ / qiiista**^» cultura helénica etti Ifdbs - V oà\Wtor«-**.da atividade humana, «és~ Áí^ te^íer-f^r^gulaAnente prdpiéia tio-

compTeenderà, doutro rnoào, a sua época, e as transformações que se operam no seu tempo.

inspirou todas as suas sublimes realizações, demonstrando que não há obstáculo e dificuldade para quem ama, pois, o amor tudo vence e sempre alcança a vitória; êle é o verdadel-

tlguldade,

homens, psicologia social, manejo Ws pessoas, trabalho de direção e basta te espirito de colaboração, ma^eabili dade, flexibilidade, adaptação aóe fatos, ação realística, intuição das opprtunidades; senso prático e realista,

digna e nobilitante. Eis o segredo da grandeza daquela que deu o seu nome a um século, ao século culminante da história clássica de um povo extraordinário. Nestas condições, para a próxima reconstrução do mundo, a lição de Péricles, reconstrutor de Atenas, de-

T*r*j**j* ia. Ê lteressante registrar esse acontecimento amoroso de tão signlficativas conseqüências, e que mostra também que sem amor não há grandeza. Tão itenso foi o amor de Péricies para com Aspasia, que esta lhe

senso econômico e diretrizes bem defi-V nidas em todos os sentidos. O grande político é um espirito universal, é um »on*ito que tem receptividade para a niultirjlíeWàdevNdos \aIores, Por isso, \ I \tem què^sèt^ arjNpesrhy tempo, um nornem P^^^o^

pois de cessado o perigo persa, é da maior importância, e-deve ser estudada com especial carinho pelos estadistas do futuro, porque ela nós ..ensina de como a política deve se fundamentar na cultura. Na verdade, ji política

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sem a cultura não teii^^plitüsle de vistas. Não pode ser constr*jUvV^ào-x tem largos vbqs nem a-arov competências. A poírMç-j culta.^a-» çon^v. trário, antes de tudo, prèhlgja •» vi*-., lores, e costltue a sua elite. \ Dentro desse ponto de vista, o politico não pode ser um especialista, se bem q*u« Jhe cumpre reconhecer os méritos de especíàliarno. Este, porém, restringe a visão e limita a^sfara da ^«Xivldade. Assim, o verdadeiro poHtico "ser" *tnn tem de JTomem cultor* istoé, com receptividade *pt*rÍ^tc«i«s^3Sjra" *

lores. Deve^estúaar èr^^a^ej^Hud-T*' T*«*a«cmnprwnd<r, i -aT*mtte---r*»v^süS~--c»»»nji^jji

/' / \obíe \vo,\rtsãoWal^tica\das coudas ei tura.que.se traduziu espec&lmente àjcpcrl tocliV nãc\ pode alcançar cdusal tt0 triunf/> dos''valores estéticos, cier/ lfl ^HV e/Íl07ÍC9S -for/sso/daíem/í^ / ^ //' \ \ \\\ ,ÍÍÍCf arteVpolUicaUerri intej a Oréci se* toâ-noii u4i /achc/lu/ / / \ \ por, fim, adW / ir o\homVn Vúbllco r\a\a4ão, IstoiéMl i ninèso h« (AirSrO cL ^ivi/ização. / / / / / " -fcOnnç .

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*' °púUtlà que vive nêsse meio- áefesa em ^.tWm/Êm/Y///-\ dos inteesses, mtrr o lutas e ara- dentro da ^^^mWÍ^M/////// jogo \ bicões, competições de toda á sorte ^grandeza da sua 'v^^fá^6^////A/%

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ío é eterna, e Nos seus ric°*Stfdèj qi*gdc|| tf-f^T j^T^rincamos que ' J1"1*?0 '$ liijçn"público nada-^orrsegue ^dog " tòfet tr bem a ajte põfiíica. Pqç não basta saber fcência politi*4; Há muiita diferença erSíe a teoria Sá f!'í!!*V",a»*»a»a»*»**,»___l! âffl IIO

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t_í_>-_J^y/X3T7^1E3^ /, Sr. Mateus é uma curiosa figura de homem e o tipo ideal dos visinhos O Produto de complicado cruiamcnto de KÇas. conhece, palmo a palmo, todos o continentes e se orgulha de trazè-los no bolso interno do paletó, amassados num diário de viagens, capaz de pôr em aivoroco a mais vivida curoosidade íleudia na de qualquer notável psicanalista. São descrições da natureza, notas geográficas, observações de caráter sociológico, assentamentos de' cosmografia. De prrmeio. estudos de perfis femininos tip;cos de cada pais visitado e conhecido através de aventuras heterogêneas, algumas delas com tão grande frescura dr ingenuidade que se diria antas brinquedo de criança e já outras com a ousadia so própria das pessoas felizes, segundo a teoria do próprio Sr. Mateus a respeito encefálica do juizo. Para éle, a massa"quisto eranunca passou de indesejável niano" destinado a tornar desgraçadas as criaturas humanas. Partindo desse prin cipio. estabeleceu um sistema filosófico pelo qual a felicidade do indivíduo, em intensidade e exten«3o. é sempre inversamente proporcional ao peso dos miolos que é obriqpdo a carregar por misteriosa» e incompreensíveis imposições superiores Física e moralmente, todo êle é uma lhe adivinha a oribalburdia. Ninguém "vermelhinha". em que o gem; lembra a jogador perde sempre as aposta*. Cabeça raspada, sugerindo paisagens de nrve. trenós e gorros de pele: bigode retorcido à velha moda portuguesa e vestimenta talhada pelos antigos figurinos da Escossia. Costuma apresentar-se tiranicamerte asseiado e a pele do rosto vermelha, esficada, reluzente, coloca-o. ora sob o encanto dos moinhos de vento nas terras de Hol.mda. ora entre . fartura e n limpeza das estalagens suissas. re.sumando O

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a produtos laticínios. Mas gesticula e fal.c como bom filho da Itália: usa fumo on entí-1 em cachimbo inglês e é capaz dr e horas a fio. calado, cmpassar horas "tickets" de chopp. ouvindo pilhando Wagner ou Bach, enquanto na rua se delicia com um pacotinho de pipoca ou cartuchinho, bem brasileiro, de amendoin torrado. Criou para si mesmo um idioma todo especial, uma espécie de contraponto da sua exótica personalidade: poliglota, fala, a ura tempo só. todas as línguas. Como visinho não incomoda ninguém Falta-lhe o hábito de pedir coisas de empréstimo e de se servir do telefone ..Ihcio: não tem cachorros que uivem ao luar. gatos que miem à noite, nem tão pouco, para substitui-los, mulher bisbilhoteira ou ciumenta. Responde amaavclmente os cumprimentos, sem not.r o siléncio dos conhecidos que com êle cruzam no caminho cm* dias de maus negócios fígado crescido ou brigas conjugais. Gosto de conversar com o Sr._ r^ateus distrái-me o pitoresco da sua linguagem e a vivacidade das suas narrativas, onde proliferam enxertos de vigoro*a imaginsçâo. Sempre ouvi dizer que é maníaco: todavia, jamais alguém lhe descobriu a obsessão. Dán-no também como sobrevivente de uma tragédia incruenta, que lhe poupou a vida em troca do invisível fiozinho do equilíbrio mental. E' verdade que nunca mais pude duvidar da veracidade de semelhante fato. -desde o dia em que o vi, ao virar de uma esquina, encostado ao muro que resguarda o quintal da ca-ca mais antiga do bairro, na atitude sintomática de quem escut.i confidéncia- alheias: pescoço para a frente, cabeça inclinada, respiração cuidadosa, a mão esquerda em concha atraz da orelha e grudada a uma dessas chagas ver-

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P© Conto da ANESIA ANDRADE LOURENÇÀO Ilustração da Lassance melhas que o tempo abre na pele encardida dos muros. Tal era a sua expressão de felicidade, de alheiamento ás coisas terrenas, sob o mormaço daquele terrível meio dia de verão, que a curiosidade me tornou indiscreta. O que é que o senhor está fazendo, Sr. Mateus? — arrisquei-me a perguntar-lhe. Levando o indicador aos lábios. impoz-me silêncio e cora um aceno de mão, deu-me a entender que era mistér apurar também o ouvido, se quiztsse partilhar da sua ventura. A ferida mural era de superfície e não havia corroído a carne sangrenta do tijolo: náo se tratava de um orifício delator de planos diabolicos. conspirações poéticas de fuga, possivelmente tramadas naquele terreno baldio por indivíduos perversos ou criaturas enamoradas. Tive medo e quiz fugir. Mas o Sr. Mateus não me deixou. Agarrandome pelo braço, cochichou-me rente as orelha: Uma oportunidade como esta não se perde, doido! E' notável, só de raro em raro aparece e feliz de quem a encontra em seu caminho! Imagine só o que estou ouvindo! Imagine só! As lamurias de um homem que não nasceu! Nada menos nada mais do que isso. meu caro amigo! E antes que o pavor me puzesje longe puxou-me para perto dele e repetiu: Ouça, ouça também o que _le diz.' Aconteceu, então, uma coisa inacreX

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ditável. O ar parado, o £ol ardente, a rui. deserta, o medo amortecendo-me de leve a consciência, pondo-me um pouco em desordem a razão, tudo isso. talvez, creasse para os meus sentidos o clima propicio às alucinações. me tornasse audivel o pensamento doentio do homem que eu tinha a meu lado ou, talvez, ainda me impedisse de reconhecei a sua pró pria voz; mas o certo é que eu também comecei a ouvir, distintamente, enquanto a minha pele úmida de suor se intumescia e se tornava áspera com as mil e uma borbolhinhas que nela se levantam, quando alguma sensação desagradável nos ocorre: — Belos meus cálculos, eu deverúi ter nascido em 1." de Abril de um ano qualquer. Mas o Destino, brincalhão como sempre, pregou-me uma peça nesse dia consagrado à mentira c aos trues no mundo superior que eu, curioso e imparcial espio deste caos. O destino mentiu-mc e — conseqüência — não nasci. Assim não tive um fiapinho. não tive siquei uma amostra de existência que me permitijse o julgamento próprio sobre o valor tão discutido da vida. Nunca passe da substância primária dos meus seinelhantes evoluídos; nunca farei o ciclo do "pó ao pó", jamais ouv rei a célebre sen"lembra-te tença bíblica: homem que és pó e em pó te hás de ternar". Sou o pó ao "Lenical também jamais se ordenará: bra-te pó que és homem e em homem te hás de tornar". Sou o pó que não se transformou em barro bípede para se cobrir de sedas ou lãs, amolecer-se com vinhos, dilatar-se com iguarias encaminhar-se para onde bem lhe apraz, pens<n, espesinhar outras partículas menores, falar gesticular ou encolher-se. mal disfarçar a nudez, gastar-se no atrito constante das máquinas ou se desfazer sob as intempéries que assolam o planeta. A minha condição é a condição humilhante da pceira, poeira que não adquiriu côr. não se consubstanciou rm raça. não se filiou a ideologias politicas, nio ae encadeou em correntes filosóficas, não se kgou a credos religiosos, nem pertenceu a facções de Estado! Não tenho irmão na ventura nem comparsa na desgraça. Sou pó e sou só! Pó no estado puro. primitivo, ignorado e que não perdeu, por um capricho incompreensivel da sorte, a consciência do valer de sua substância: que sabe ser o principio ativo dessas figuras móveis, que as-

sumem contornos humanos, ao mesmo tempos que fe estufam com uma vaidade de deuses. Ouço contar de um famoso Braz Cubas que escreveu as suas memórias depois voltar à sua gênese, da qual eu não serei tirado. Braz Cubas andou pela terra, catou aventuras, aninhou-se entre os homens, como homem que era. conheceu-lhes a alma e voltou com material suficiente para devolver aos irmãos que ficaram no planeta o itinerário completo do giro longo e acidentado, que teve por ponto de partida e de retorno o mesmo e infimo grão de areia. Matias Pascal, outro célebre fragmento de pó, conseguiu mais. Graças àquele pitoresco engano, até de mim co nhecido, acompanhou e sentiu, de perto embora se processasse noutro corpo, a sua desagregação molecular, o cessar das reações químicas e físicas necessárias à involução do barro que anda. fala. come. ri instrue-se para matar, mata para viver e vive para morrer! Ajudou a chorar a sua morte e descobriu, penalisado. que os átomos de pó moventes no Universo 50frem de estranha moléstia: um combinado de hipermetropia e miopia, de modo que se vêem muito aumentados a si próprios e quasi anões os que os rodeiam. Mas Matias Pascal descobriu mais alguma coisa: descobriu, pqj exemplo, que. quando a vida rbandona um desses pedaços de barro ambualnte. nos que ficam se opera curioso fenômeno. Cessa a miopia e o morto estendido no caixão funerário crêsce cresce desmesur idamente sob os olhos dos que choram, à volta, o seu regresso "Pântano" à terra natal que é o pais ou "Lama". E. assim, o que era in i ivel quando vivo. passa a ser gigante depois de morto. Braz Cuba* escreveu as suas memórias póstumas. Matias Pascal assistiu à sua própria morte. E ambos foram e voltaram a ser, como eu. simples giãozinho de pó! Ambos tiveram p inc pio e fim, ação e inércia; viram, ouviram, sentiram, descobriram e deixaram alguma coisa, traços de si mesmo. Puderam escrever as suas memórias de viagem por este mundo tumultuário. vivo. sensível que eu sou condenado a contemplar como quem, fora do vidro, contempla a existência que se agita na redoma. Todos podem dizer: "Fui ou fiz álgnma coisa", ao' passo que eu nrm sigucr sei se me feria chamado João. Pedro. Paulo. Maria. Joana ou Au-

gusta, se teria sido sapateiro remenda© ou descobridor de novas terras; sábio ou analfabeto: amarelo ou negro; sacristão de aldeia. Pontífice dà Igreja Católica ou ateu demolidor de todas as doutrinas religiosas; monge tibetano ou D. Juan; salteador de estradas ou mártir da humanidade. artilheiro ou general; camponez ou chefe de Estado; operário enfurnado nos subterrâneos das minas ou rrtista exposto à curiosidade pública no pedestal da glória. Nunca poderei saber se os meus últimos dias não caberiam no espaço exíguo de uma prisão ou se seriam demasiado império! a vastidão do meu "Suporto pequenos "Amo "Detesto para a vida", a vida". "A "A a vida", existência é uma dádiva". existência é um castigo!", clamam os que vivem. Qual deles o sincero? Qual o. hipócrita? Onde a verdade? Com quem a razSo? Como eu a sentiria, se estivesse tantas é, entre eles? Se assim "Histórias "Memórias".porque "Recordações", de Minha Vida" que hoje inlestam as livrarias da terra? Não é uma ânsia de sobrevivência individual, um protesto humano contra a precaridade do barro, o desejo insopitável de não desaparecer, a angustia torturante de um átomo de pó que teima em se transformar em rocha de granito? Mas se a vida é assim tão boa, por que também tantos outros dela desertam, antes de chegada a hora natural da partida? Chegam até. aqtii o sussurro macio dos homens que cantam a vida nos versos e a voz retorcida pelo desespero dos que praguejam contra ela nas tragédias. Sinto-me, então, mais dest graçado ainda nas profundezas do meu nada. miseravelmente condenado a não sentir, jamais, ainda que por uma parcela intima de tempo. .." Nessa altura a voz rouca do Sr. Mateus sacode-me com a violência de ura safanão. Olho-o e vejo-o com o rosto congestionado, os o hos sob uma membrana sangüínea, gesticulando, despejar sobre a chaga do muro, numa golfada daquele seu coquetel lingüístico e através de blasfêmias incríveis: — Pero somente usted conosce a felicita, porque solamente tu non hai conosciuto les femes. bestia! Grande bestial" e calmamente, como se nada houvera acontecido, continuou o seu caminho, enquanto eu. aterrado, por muito tempo continuei imóvel junto ao muro que o tempo devagar vai carcomendo.

UM RETRATO ORIGINAL :

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AMAZÔNICA OCELIO DE MEDEIROS (Autor do romance amazônico "A Represa")

Reynoao bum Jctenho de Goulart compensação de um movimento de ter o seu Arte não pode deixar A aspecto bastante individual. Certos grupos de indivíduos, por exemplo, não conseguem achar graça nos azulejos que aparecem, com as suas manchas exóticas, cavalo-marinhos, fósseis e cortes anatômico^ de massa encefálica, nas ousadas paredes do Ministério da Educação e Saúde. Outros, entretanto, boquiabertos e extátlcos, não se cansam de contemplar o monumental edifício da Esplanada, para inveja, humilhação, revolta ou complexo de inferioridade dos que não experimentam tais emoções. Há ainda o grupo dos indiferentes, membros de uma escola cujos princípios fundamentais consistem em concordar, pró ou contra, conforme a situação. Isso me faz lembrar uma série de quadralhões que, exprimindo a sensibilidade revolucipnária de uma época, o espirito comercial de um português e a imaginação de um borra-parêdes, se exibiam rente ao této de um café-china situado nas proximidades do Mourisco. Êsse estabelecimento deveria ter sido fundado no momento em que ainda ressoavam nos quatro cantos do pais a conferência com que Graça Aranha ajudara a implantar o movimento modernista. As opiniões, como era natural, se apresentavam como as águas do rio Vermelho, no episódio biblico. O dono do café, com a astucia natural da raça, resolveu formar ao lado dos revolucionários da Arte, para seu próprio êxito comercial e especial agrado dos críticos que se referiam com um certo sorriso de malicia aos outros cafés que ilustravam suas paredes com estampas e cromos, em que apareciam mancebos de rosto 'lânguidos, fino, donzelas de olhares paisagens paradisíacas, conforme os episódios históricos, sociais ou mundanos, mas de modo a que as figuras se ajustassem sem ao titulo do estabelecimeto. Pr ocurou, para isto, êsse português dc visão comprida, um pintor capaz de colaborar para o êxito do café. Combiadas as providências, compradas as tintas, misturadas as cores, bosquejados os motivos, as idéas se ajustaram. E assim foi O

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Inaugurado o "CAFÉ FUTURISTA", mostrando, nas paredes, enormes quadralhões em que se tentava uma interpretação do movimento. Hoje, felizmente, o dono do "O Futurista", adaptando o estabelecimento a três gêneros de negócio, Inclusive o da venda de sorvetes, mandou raspar os quadralhões, não dando ouvidos aos que lhe sugeriram que, ao invés de paredes lisas, em côr compatível com a luz fluorescente, mandasse pintar novas figuras, desta vez, porém, ao gênero do grande Portinari: figuras vistas por outras perspectivas, Imagens sentidas através de outras dimensões, crianças desafiando a lei da gravidade ao tentarem a subida de um tronco liro e górdo, mulheres venturadas, despen teadas, homens de«pernas inchadas, em contraste com as maravilhosas combinações de córes, paisagens lixadas através de um novo sentido. Tudo de acordo com a teoria da relatividade, que só um grupo de privilegiados pode por enquanto compreender, interpretar e decifrar, mas definindo uma estranha áncia por espaços novos, uma louca sêde de infinito, um amargo desejo de libertação, no sentido de buscar o que ainda ninguém conhece e não sabe onde está. Eis por que a compreensão de um movimento de Arte tem o seu aspecto individual. Está em função de uma sensibilidade, de uma peculiar maneira de ver e sentir, de uma ideologia, de um teperamento, afinal. Ninguém pode impor uma compreensão, um gósto ou um sentimento pelas coisas da Arte. Há pintores e interpretes que param no tempo. Outros se antecipam, tentando colocar o pé no patamar do futuro. E todos tem os que os aplaudem e os que os negam, dentro dèsse pessoalismo que explica a diversidade de sentir e compreender, própria das posições do mundo e dos contrastes temperamentais. Pensei em todas essas coisas, sem a mínima intenção de colocar-me ao lado dos que tentam destruir Carie# Drumond de Andrade e Portiari, cada um realizando em artes diferentes o mesmo sentimentoa mesma angústia e o mesmo desespero do tempo, numa ânsia de libertação que explica uma reforma construtiva das condições temperamentais da êfx>ca. 8 que, diante do novo edifício do Ministério da Educação, encontrei-me, há dias, com ROBERTO REYNOSO. Quem é êle? A pergunta não cabe aqui para identificar um conhecido pintor, peruano de nascimento, por uma fatalidade geográfica e biológica; amazônico de sentimento, pela universialidade de sua inspiração, na sua arte de exteriorizar em belezas a compreensáo do mundo em que sempre tem vivido. Conheci Roberto Reynoso em minha terra-natal, aquela cidade/tnha de Xapuri que declarou guerra á Bolívia, no 16

início da Revolução de Plácido de Castro. Talvez viesse do Perú. na sua perigrinação pelo vale desolado, colhendo, aqui e acolá, na monotonia das suas paisagens, a experiência da arte que o consagrou. A planície, com os seus aspectos típicos, marcou-lhe fundamente a personalidade, imprimindo-lhe no espirito os quadros da natureza exótica, a melancolia das suas paisagens e a beleza estranha de todas as suas horas. Ler Alfredo Ladislau e ver Roberto Reynoso, cada um nas expressões próprias da sua arte, é sentir o mesmo mundo sob duas formas: a literatura e a pintura. Ambos são poetas e pintores, diferindo apenas os meios de expansão dos sentimentos: o livro e a tela, a pena e o pincel. Arte orientada no sentido de perfeição paisagística, a pintura de Roberto Reynoso não representa apenas uma fixação objetiva da realidade amazônica, naquilo que ela só tem de belo. Sua sensibilidade vê esses cenários à distância, de uma perspectiva que não permite detalhes, para mostrar, por exemplo, que nessa beleza do meio paradisíaco, o caboclo treme de frio em pleno sol, sob o efeito do impaludismo que o torna amarelo como flôr de algodão e sob as consequências da miséria, da falta de cultura e de assistência que o tornam um homem deformado., na luta contra cs fatores de aniquilamento do meio, o ventre abaulado pelas verminoses. a inteligência retardada pela sub-nutrição. Êsses detalhes não se mostram na arte de Reynoso. Mas êle não é apenas um visualista, caçador de cenários, repórter das parspectivas maravilhosas, ao fixar as impressões do mundo amazônico. Os cenários têem a sua alma própria, os seus contrastes sentimentais, no silêncio das suas águas mortas, a monotonia do seu verde viçoso, na tristeza melancólica dos seus poentes, na desordem luminosa e esbanjadora das suas alvoradas, na auietude cismadora de seus lagos pesadões e acachapados pelo mormaço das duas horas ou no silêncio íntegro e respeitável de seus buritis solenes. É justamente na fixação da alma amazônica, alma que se define através de todos êsses contrastes, que Roberto Reynoso manifesta a pujança criadora de seu sentimento artístico.. Foi um prazer encontrá-lo e ouvi-lo falar em artistas como Pastana. Angelus e Marbach, todos marcados pela mesma terra. Maior prazer, porém, foi o de matar as saudades da Amazônia, diante de telas como "Melancolia Amazônica"; "Agonia da Arvore"; "Clarão no Inferno Verde"; "Tempestade da Floresta"; "Sinfonla Verde"; "Caricias do Luar". E flnatoiente foi por isto que senti em Rober|o Reynoso, na sua arte mista de plnturà e poesia, a integração perfeita do pintor da saudade amazônica, tomando possível no subjetivismo dos ausentes, a presença objetiva de um mundo que peicts seus contrastes não pode ser visto senão de um modo multo pessoal, na lnterpretação dos movimentos de Arte X

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-jpNTRE os cultores da poesia, entre nós, já se destacam jj. muitos nomes femininos, qua vão dando crescente realce e brilho a essa tão difícil quão bela forma de expressão literária. . Else Mazza Nascimento Machado é um desses rutme^ que, mal surgiram, foram aplaudidos logrando, de maneira precisa e definitiva, conquistar um lugar de destaque nos meios culturais do país. Ainda agora vem de aparecer seu belo livro de mas "Madona do Amcr", que está merecendo os mais poeencomiásticcs conceitos dos críticos. E' um bonito livro. Como amostra, para os nossos leitores, da poesia suave doce dessa festejada poetisa, destacamos aqui um dos seus poemas: "A trepadeira em Maio", que vai aqui reproduzido:

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TREPADEIRA EM MAIO

I -heyou o claro mês de maio. . . Lindo ^*^ desde a manhã até a luz se pôr. . . Pelo jardim o viço está fremindo, e a trepadeira ja se abre em flor. . . e A terra-mãe tudo produz, contente, propiciando a vida, a força, o amor. . . O ar é mui doce, o sol é menos quente, e a trepadeira vai dando flor. . . Enlanguescida, cheia de ternura, esqueço o mundo, esqueço mesmo a dor, se o consolado olhar volvo, à procura da trepadeira sorrindo em flor. . .

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A gente se deslumbra por um nada, o donaire da forma, o tom da côr... A tarde hei de mostrar-tc, emocionada a trepadeira rica de flor. . . E, abraçados em frente aos fortes ramos, orgulhosa ouvirei o teu louvor, lembrando o quanto juntos esperamos que a trepadeira nos desse flor...

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TREM parou nuO ma' estação pequena, quasi despercebida. Marcos levantou os olhos do jornal que estava lendo e espiou para fora. Na pia taforma não havia passageiros, apenas um homem . conversava com o guarda do lugar e um molecóte mercava laranjas. Impaciente, olhou o relógio da estação — duas e vinte! E já iam com uma hora de atrazo! Nunca lhe parecera tão longa uma viagem. Os ponteiros do relógio andavam calmos, tardos, indiferentes à sua inquietude e aflição; não lhes importava a espécie de viagem que os homens empreendiam -- seguiam o cam i nh o do costume, acompanhando o tempo, no ritmo de sempre. Os ponteiros nunca sabem quando um

4 homem vem numa viagem de volta, não sabiam que ile ostava voltando. O homem sentado na cadeira em frente olhava divertido para suas mãos. Só então êle se apercebeu de que. na ansiedade de ver o trem continuar a marcha interrompida, dobrara o jornal, que estivera lendo, repetidas vezes até transformá-lo num volume pequenino. Riu. sem geito, resmungando qualquer coisa. O outro homem riu tambem, porem Marcos não percebia, preocupado como estava com os ponteiros do relógio. O trem ensaiou partir e isto o acalmou. Respirou, satisfeito, desculpando-se com o desconhecido: Não compreendo... esta .demora... O outro riu, complacente. Isto acontece. São rurpresas interessantes numa viagem. Marcos olhou-o, desconfiado. Interessantes? Não me parecem. Gosto das coisas inesperadas, meu amigo. Por peores que sejam, sempre tém um sabor diferente. Sinto discordar do senhor. Detesto o inesperado. Quasi sempre nos trás aborrecimentos. O homem respondeu num tom vago: Nem sempre, nem sempre... O trem partia, desta vez. Eni cinco minutos corria, desesperado, através dos campos, entre colinas, sobre pontes, à margem dos rios, gritando sempre para que lhe abrissem caminho. E avançava, mais e mais, levando a su;* estranha ba— X 19 4 4

LEONOR TELLES gagem de sentimentos humanos — todos iam juntos, o amor, o ódio, a felicidade, o ciúme, a renúncia, o arrependimento, iam juntos, todos mascarados, ignorados uns dos outros. O desconhecido peaiu licença e foi em direção ao carro restaurante, deixando Marcos à vontade, só com seus pensamentos. Felizmente o trem corria, levando-o o mais depressa para lá. Como era bom, reconfortante, pensar que a encontraria outra vez, tê-la novamente em seus braços, beijá-la muito, sentir-lhe o contacto, o olhar mergulhado dentro do seu! Agora, se a tivesse, se ela o perdoasse, nunca, nunca mais cometeria aquela loucura, a loucura inominável de deixala. Seria sua para sempre! Fora um fraco, quando fizera aquilo Não, um fraco não o faria, talvés houvesse sido forte, o bastante para deixala! Por domínio de si próprio, orgulho, não voltara antes Ela que era tão tolerante, bondosa, inclinada à perdoar a falta dos estranhos, porque não perdoaria a dele? por isso não voltara antes, por orgulho, e tamr ti por uma questão de experiéncia. Quando se casaram, náo estava muito certo de amá-la. Casara, foiçado mais pela necessidade natural que tem o homem de constituir um lar, familia. ter alguém que possa olhar por èle, substituindo os cuidados maternos. Era uma bela moça, educada na cidade, mas com a mentalidade simples e espontânea dos* que são criados no interior — a eaposa ideal para qualquer homern. Após o casa-

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mento, viera a amizade, a camaradagem natural, a calma. Angela sempre dispôsta, accessivel, seguira com èle para Ponte Nova, onde estabeleceu consultório médico. Com a sua ajuda conseguiu fazer bôa clínica, passando a viver relativamente bem. No fim de dois anos, já equilibrado, aquela viagem ao Rio. O velho pai, viúvo, morrera repentinamente, deixando ao único filho uma pequena herança — vinte mil cruzeiros em apólices e uma casa no bairro do Andaraí. Fora chamado para tratar do inventário, e partira deixando Angela com a promessa de que estaria de volta em duas semanas, no máximo num mês. Lá, acontecera o inesperado! Aquela mulher o transtornára completamente. A paixão nasceu, cega, como toda paixão, esciavisando-o, trocando-lhe a alma. Angela ficara distante — no passado. Só após dois meses de ausência escrevera o bilhete destruidor. "Angela — sinto dizer-lhe que não voltarei mais. Espero que compreendas e não me pergunte porque. O homem com quem se casou já não existe mais. Perdòe-me se a faço sofrer, mas devo ser franco". Marcos enterrou a cabeça entre as mão. Como pudera ter escrito aquelas palavras? Êle, êle escrevera aquilo! Nâo passava de um miserável, criminoso. Exatamente como dissera na carta — já não era o mesmo homem. Trocara de ai-, ma, a alma que se acostumara à Angela, ao seu amor, ao lar modesto, morrera, ante o despertar daquela paixão louca, inconciente .destruidora. Somente agora compreendia. Apôs seis meses de ausência a experiência lhe valera: — sabia que a amava. Amava-a, de olhos abertos, concientemente. Então, pareceu-lhe ver Angela, à sua frente, com o olhar parado, a lhe dizer, desdenhosa: — Tarde de mais. Marcos. Tarde de mais. .. MALHO .O


MORDAÇAS PARA SENHORAS PAULO AFFONSO

Tarde! Náo, não seria tarde! Provaria seu arrependimento, faria por convencê-la a acreditar em si, a crer no seu amor. Se bem que não o merecesse, pediria perdão, imploraria! ela teria, diante dos olhos, um homem vencido, acabrunhado. Cansado, o suor a porejar-lhe da testa, introduziu a mão no bolso, retirando daí ura lenço branco, com as suas iniciais bordadas por Angela. Levou-o à testa, passando-o lentamente, numa tentativa de alívio, e sem querer lembrou-se das mãos de Angela — eram assim, repousantes, suaves, como um lenço que se passa na testa suada. Aquelas mãos — porque somente agora as entendia? Guardou o lenço no bolso e seus olhos vagaram pela paisagem, lá fora. Tudo tranqüilo, pacifico, feliz. Os laranjais, as plantações, uma junta de bois, as árvores calmas, felizes, passando, passando. As horas também passando, tambem a vida. As árvores, outra vez, um riosinho sujo, uma ponte. Tudo quieto, sob a luz do sol que brilhava. Recostou a cabeça no espaldar da cadeira, e, esgotado, adormeceu. (oOo) Marcos deixou o carro em que viajava e, levando a pequena maleta, desapareceu dentro da noite. Sua casa ficava a meio quilômetro da estação. Caminhando depressa poderia chegar lá em vinte minutos, talvès quinze. A estrada esburacada, escorregadia, provalmente devido á chuva, dificultava-lhe os pafsos, e a penumbra reduzla-lhe a visão. Só no céu havia luz — estréias, tantas estrelas! Se o chão fosse de estrelas, poderia andar mais depressa; nào tão depressa como o bater de .'¦eu coração, mas sempre haveria claridade. O

MALHO

vamos falar aqui das famosas NAO"peras de angustia", que eram, em tempos que já lá vão, uns aparelhos de engenhoso mecanismo, os quais, íntroduzldos na boca dos supliciados, tornava impossível qualquer grito do desgraçado entregue à tortura. Vamos apenas referir-nos a outro instrumento, Inventado por um benemérito cidadão e antigamente empregado para punir a maledlcência e a tagarelice das mulheres inglesas. Era o suplício da mordaça para senhoras, que foi usado na Inglaterra durante quatro séculos, tendo sido abolido . no ano de 1824. Tal castigo era aplicado às mulheres bisbilhoteiras que, atraídas pelas palestrás tagareleis, se dedicavam a falar demais da vida alheia... Como se vê os hábitos femininos em nada progrediram... Após um julgamento sumário, colocava-se a mordaça na Imprudente faladora e um oficial de justiça a levava à

praça pública, puxando-a por uma corda presa à mordaça. E, conforme a gravidade da sentença, ficava exposta à curiosidade dos transeuntes durante o tempo exigido pela lei. Certas mordaças eram do formato de cascos. Outras assemelhavam-se a ver(ladeiras mascaras carnavalescas. O tipo mais comum, consistia em um circulo de ferro em volta da cabeça e retido, à aitura da boca, por um seml-círculo perpendicular subindo para o crânio. Todos esses aperêlhos eram providos de uma lâmina de metal que, Introduzida na boca da supllcíada, Imobilizava totalmente a língua, por mais comprida que ela fosse... Davam-se a tão delicados ínstrumentos os nomes de "Bridas das Comadres" ou "Bridas das Tagarelas". Verifica-se, pois, que o mundo já foi realmente multo mais prático do que hoje... Quanta coisa bôa de outros tempos já não se usa mais!...

Caminhou assim, Impaciente, respiração ofegante, até que entrou na sua rua. Lá estava a sua casa côr de barro, as janelas verdes, o jardinzinho na frente. Já divisava a cerca pintada, portão zinho... Como um criminoso, um fugitivo, foi-se chegando, devagar, tremendo, com a garganta opressa. Afinal, com gesto decidido, chegou até à porta. E bateu, como antigamente — uma pancada, pausa, mais duas. Seu coração batia com violência e êle já não pensava. De repente, a porta se abriu e a figura de uma mulher apareceu, mas recuou, em seguida, fechando-a. Angela, abra a porta! A mulher obedeceu, enquanto, com os olhos cheios de admiração e surpresa, interrogava: Você, aqui?! Sim. Eu... Ela baixou os olhos, perturbada, e indagou: E que quer de mim? Porque veio? Vim para ficar. Quero o seu perdão.. Os olhos dela brilharam mais, numa expressão de raiva. Perdão, Marcos? Só isto é o que você deseja? Sim. Perj-ôe-me. Fui vitima de mim próprio, estava cego, mas descobri que a amo, verdadeiramente, para .empre. Acima de tudo na vida. Por isso voltel. Sem você, serei um homem vencido, falho na vida. Ajuda-me a recomeçar! Os olhos da esposa tiveram uma expressão de piedade. Olhou-o, gravemente, e falou: Pois bem, Marcos — dou-lhe o meu perdão. Está perdoado. Mas já não

lhe posso dar amor. Há muito que éle desapareceu, morto pelas suas próprias mãos. Já não o amo, caro amigo. Pode ir, está perdoado. Marcos cambaleou, com a alma em pedaços. Mas tentou, ainda uma vez: Não posso crer, não quero acreditar que não me ama. Mas se eu a quero para sempre. Dê-me uma oportunidade. Não minta, vejo que ainda me ama, leio-o nos seus olhos. Porque faz isto? Errei, é verdade, mas voltei para dizer que você é tudo de bom que há em minha vida. Deixe-me entrar. Ela dirigiu-lhe um olhar duro, Intransigente, e sentenciou: — Pode ir, Marcos. Não quero vê-lo • mais! Aniquilado, sem forças, èle balbuciou: Então, adeus... E, voltando-se, caminhou em direção ao portão. Doia-lhe a cabeça, o coração estourava de dôr. Já alcançava a cerca, quando ouviu uma voz débil chamá-lo pelo nome: Marcos! Voltando-se, deu com a esposa parada junto á porta, foi-lhe ao encontro, quasi correndo, e, ancloso, indagou , Chamou-me? Os olhos dela brilhavam. E numa voz que mal se podia ouvir: Pode entrar... As palavras do desconhecido, no trem, vieram-lhe entào ao pensamento: "Gosto do Inesperado. Por peor que i sempre tem um sabor diferente"...

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terraço do meu novo apartamento. vejo agora o Cristo DO Redentor, na infinita diversidade das suas aparências quotidianas: envolto em nuvens grisalhas, em túnicas doiradas, em névoas de lilaz, minuciosamente recortado num fundo azul de água-marinha, e, à noite, aureolado de estrelas. Vejo, também, muitas igrejas que são lindas, na sua linha esguia, esteticamente felizes com a presença das palmeiras a seu lado. Mas confesso que me falta a graciosa vizinhança da Igreja da Glória, Habituei-me a vê-la todos os dias, não só com um olhar de admiração, já com um sentimento de amisade. Na paisagem riquíssima do Rio, nada me parece mais encantador do que. cm seu Outeiro. a Igreja emoldurada pelo arvoredo e pelo casario como num altar, enfeitado pelos fiéis requintados... e os simples. Para os pintores de outras gerações, a Glória foi um motivo estremamente sedutor. Mas os pintores de hoje abandonaram-na aos escritores, o que, afinal, está certo... Eles escreX

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AMOR À GLORIA VIOLETA DE ALCÂNTARA CARREIRA vem, muito, com as vivas

cores da

sua paleta, essencialmente social. Nós fazemos pintura, com o modesto azul do nosso tinteiro. Para dizer a verdade, eu também já lidei com azueis radiosos, verdes, brancos, cinzentos, procurando fixar a imagem da Igreja e do Outeiro. Da pequena igreja que, o ano passado, resplandecente de luzes durante as festas de Nossa Senhora, se destacava mais do que nunca, estando a cidade em "black-out". Significativo contraste, inspiração para os poetas. Comecei, então, um poema: Toda a cidade escurece, Mas a Glória se ilumina, E da sombra vem a prece... Creio que o amor por essa Glória, que é incapaz de nos levar a excessos de ambição, a decepções amar-

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gas, deve existir no coração da maioria dos cariocas. Mas "com a sua forte vontade de , marinheiro, sob a mais risonha aparência" (como observou Tomaz Colaço, bom visinho e amigo da Glória) o comandante Thiery Fleming entendeu que tal afeição não ficaria assim, perdida no vago encanto de uma devoção sem deveres. Quiz dar-lhe o bom caráter dos amores que exaltam e amparam, ao mesmo tempo. Creou uma sociedade destinada a defender a Igreja da Glória de quaisquer inimigos: abusos do progresso, ataques do meu gosto, esquecimento dis belas tradições. E no altar do seu Outeiro, ali onde foi a ermida de Antônio Caminha, ficará guardada por um grupo de afeiç.es — embora exposta à luz do sol e das estrelas — essa relíquia da cidade, essa jóia de tão singelo aspecto. O

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SETE DE SETEMBRO Nenhuma outra nação Mais rica. mais audaz, Possue tanto heroísmo Nem tem um céu tâo

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Fitando o pátrio céu da terra Desta terra impoluta indomita O Príncipe D. Pedro ao lado Pensou na liberdade eterna do

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cena típica de vida rural na zona fumageira bahiana EVALDO SIMAS PEREIRA crescera muito a família de Pedro, o mais conhecido vaqueiro NAOde Campo Limpo que uma infelicidade, numa noite de baile, fizera mudar-se para Cruz das Almas, Um rapagão forte que lhe dera a primeira companheira. E duas • meninótas que a segunda tivera mabaçaa (1) para.cair depois numa esterilidade que o desapontava. Todos trabalhavam na roça. Pedro viera primeiro. Ainda cheio de dôr. O coronel Balbino falou-lhe do alto da varanda da casa grande. Tava certo. Dava-lhe um pedaço de terra. Êle ficava seu rendeiro. Mas não queria que pagasse renda, não. Queria trabalho. O povo todo estava se mudando para as cidades ou então ia para a "estrada" (2) só porque ela pagava mais, não se lembrando que a "estrada" acabava e a roça ficava aí. Não os haveria de querer quando voltassem. Toda semana, Pedro trabalharia um dia de graça para o fazendeiro. O resto da semana era dele, pr'o que quizesse. Podia fazer sua casa de "sopapo" (3) para além da malhada, e plantar sua rocinha. Pedro bateu com a cabeça. Que sim, que queria era ter o seu canto. E o coronél Balbino ficou .satisfeitíssimo, com dois braços a mais, de graça. Já estavamlhe fazendo falta os trabalhadores. Pedro, a parte sacrificada no contrato simpies, despido de formalidades e sem testemunhas, também estava satisfeito. Não sabia que o seu trabalho de cada dia de cada semana valeria, no fim do ano, talvès o próprio valor do pequeno trato de terra que a estranha bondade do fazendeiro lhe concedera. A vida era aquela mesmo. Para todos.

Quando o pessoal chegou, a casa estava quasi pronta. O alpendre, a sala, duas camarinhas, a cosinha com o fogão de barro. O trabalho também já havia comeÇado. P'ra nunca mais parar... Naquela semana, quando os preços já tinham subido tanto que o xarque esteva pela hora da morte e até a quarta de farinha "dobrava pé com cabeça", (4) ainda era quarta-feira e nada mais havia em casa. A feira, pequena e pobre, nào dera para nada. Perto da casa estavam plantados uns Pés de fumo. Aquilo era assim em toda a *ona. Irregulares, pouco crescido», ai-

bom bocado. Amarrou-as. Fez um embrulho rústico e saiu. Na beira da estrada ficava a "venda" de "Seu" Manoel. Pedro chegou e ofereceu as "manócas". "Seu" Manoel desdenhou do "camanduá" de Pedro, mas o caboclo sabia que êle ia fazer assim, ia pagar pouco depois vender por muito quando o para "Seu" Teixeira, partidlsta de São Fellx, andasse no seu burro por toda a zona "camanduás" todos que recolhendo os os armazéns da cidade transformariam em fardos. Sabia que "Seu" Manoel e "Seu" Teixeira ganhavam assim muito dinheiro nas costas dos roceiros. Mas quem estava sentindo a necessidade era èle. Ninguém informara a Pedro que o seu "camanduá" representa um grave prejuízo para a qualidade do fumo bahlano e que este prejuízo reflete na economia do Estado. Nem a êle nem aos milhares de Pedros que no recôncavo bahlano fazem o mesmo. Talvez nem saibam porque se chama "camanduá" enrolar folhas de fumo mal plantado, mal seco e misturado e vender nas 'vendas". Sabem, sim, que o fumo fica ainda pior quando a gente ruim bota areia e molha as folhas para pesarem mais. Pedro discutiu com "Seu" Manoel o que poude. Depois, pegou o embrulho com xarque, café, farinha e açúcar e meteu debaixo do braço. Do bolso tirou umas folinhas melhores escolhidas. Cochlchou com "Seu" Manoel, que se mostrou mais Interessado. E uma garraflnha de pinga aumentou a carga de Pedro. Porque com "camanduá" os

Pedro não sabe responder a perguntas como esta... guns inúteis. Mas sempre dava para aiguma coisa. A família toda trabalha nesta lavoura de fundo de quintal. Por isto é que foi batisada como lavoura do pobre. E bem batisada. Pedro ia para a roça com o filho, manhãsinha abrindo, enxada às costas, repetir o trabalho primitivo e duro dos seus avós. A enxada capinando, ferindo a terra dura, tirando o mato daninho das plantações. Ficavam a companheira e as filhas. Tratavam do fumo. Era já na época das socas. As mulheres tinham tratado das "Capado" plantas. (5) as folhas, preparado as "manócas" (6) que secavam nas longas varas estendidas no alpendre. Como trabalham as mulheres no fumo !... São elas que depois vão "escolher" as folhas, fazer as "buchas" (7) e, finalmente, manufaturar o charuto. Agora, depois que a mulher e as filhas falaram, Pedro ficara matutando. Faltavam ainda três dias para a feira, para vender o feijão, o milho e os ovos. E não havia carne, nem pirão, nem café. Quando Pedro levantou-se e se encamlnhou para o alpendre, ninguém se admirou. Era a única solução. Um "camanduá". O caboclo correu os olhos pelas folhas seml-secás de fumo. Escolheu um (9) Cortar as primeiras folhas para provocar « vinda de novas e aproveitá-las. (6) Reunião de folha» seca» amarradas pelo talo. (7) Fumo tecnicamente enrolado, que constitue o centro dos charuto*.

gêneros custam mais caro?

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(li Termo comum no lertlo hordestlno P«r» denominar femeoi. I2> A construção de um trecho de estrada W ferro na regllo do fumo e»U tornando ra•»» o» trabalhadores que sào mal pagos na «voura. 'St Construção rústica, de madeira, barro ' palha, generalisada na trona **»n da maneira d* levantar, rural. O nome com o burro ¦j*0"*. por dois homem, as parede» fortaleci"a» pela» varas de madeira crusadas. (si Expressão comum no nordeste para '"dicar absurdo».

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t/kmcâwimdú^núm. BELARMINO

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perturbação produzida pelos aconteclmentos que se de-

senrolaram diante nossos olhos, é necessário suspendermos, por momentos,

"Atualmente, e a não ser que os indivíduos sejam fortes cm seus próprios íntimos, em seu afeto e sua profunda bondade eles serão fácilmente apanhados nesse turbilhão de ódio". Trecho de carta de Krishnamurtl a um amigo no Brasil. Estes grandes lagos, que representam as oonciênclas dos civilizados, en-

o pensamento rotineiro, para interrogarmos o nosso próprio entendimento.

ciado para dirigir. Que é então o que êle dirige? Nada mais que os seus bens pessoais. Que é que êle defende? Nada mais

Que estamos fazendo? Que estamos

que um direito adquirido com o poder

contram-se em toda parte onde chegam as labaredas consumidoras dos vícios que

pensando sobre os próximos tempos? A maioria das pessoas, porém, não açode esta interrogação. Envolvidos pelo des-

econômico... £ a este falso progresso, ausente da

produzem a estagnação. A grande árvore da vida está na sua

verdade, do amor e do apercebimento,

fase de rebelião contra os usurpadores da

contentamento provindo da aniquilação dos sistemas que regem a civilização e

que o homem costuma chamar trabalho construtivo. Mas nós que conhecemos as

sua sombra acolhedora. Rebelou-se, e os

observando como os homens atacam os

causas que nos impelem a vivermos as-

seus semelhantes, no propósito odiento

sim, dizemos:

de não ceder velhos direitos de posse, de conforto, de dominação dos meios de pro-

somos estagnados no lamaçal das ativi-

dução não sabemos estacar para pensar. Somos dominados pela pressão do medo,

mentais destruidores

do aniquilamento dos valores adquiridos por meio de egoismo e da exploração recíproca. Nesse estado, cheio de direitos, de ancias e desejos aquisitivos, o homem

não somos construtivos,

dades explorativas. Vivemos com hábitos das

liberdades e

dos direitos dos outros. Por vivermos as-

seus movimentos de indignação estão fatendo cair suas folhas recequidas. O sol abrazador da verdade eterna, consumirá os detritos contidos nos lagos estagnados. Outra cousa não é o que se está passando; a rebelião da humanidade contra os falsos orientadores.

sim, sem esforço real, nossas vidas asse-

A árvore da vida recusa-se dar íru-

melham-se aos lagos estagnados à som-

tos para os impenitentes pidões de posses e poderes absolutos.

bra da grande árvore a humanidade. Paradas e também abrigados dos venda-

Tudo

se

transforma

na

face

da

terra...

envolve-se no manto da cultura tradicio-

vais que sopram as massas humanas. Sóbre o lago caem somente os fragmentos

nal, e torna-se amante dos bens adquiri-

recequidos

dos com sutil violência.

O sol da verdade não banha a superfície

prar os ventos fortes da vida que renovarão as árvores da face da terra.

Mantida a posse, com o sacrifício dos demais, começa o homem a julgar-se construtivo. Nesta fase de suas ativida-

destes lagos. E estes, alimentam e reco-

des, êle se atira a outros processos expiorativos, donde lhe vem a riqueza, o coníorto e a autoridade. Ai então já não usa êle uma personalidade defensiva. Somente o poder toma parte, daí por diante, no ambiente das suas relações mútuas. É assim que o homem se apresenta credenO

MALHO

trazidos

pelas

tempestades.

lhem apenas as bactérias que os poluem. — Assim se encontra a nata da numa-

Tudo vae bem... O senhor fez so-

Não importa, náo seja por muitos compreendido, o movimento de renovação humana. Os que conhecem somente o poder, náo compreendem a dignidade

davais se sucedem e não terminarão en-

que o sofrimento desperta, nem o direito dos que reclamam justiça.

quanto houver homens estagnados pelo egoismo, pelo espirito de posse e de aqui-

A sabedoria íala pela boca do próprio homem. Já não há defesa nem crea-

sidade exploradora, a orientar as coleti-

ção, pois que, os homens civilizados vivem como lagos estagnados...

nidade contemporânea... Mas... os ven-

vidades.

54

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19

4 4


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TurbilHões

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Invencíveis DE

MATTOS

PINTO

anseio de tudo dominar, creaturas e fenômenos, eis a prlnABSOLUTO clpal característica dá atividade conqulstadora dos homens. Mais nobre e menos egoista, o espirito cientifico luta por domar a Natureza em proveito da Sociedade. Assim, vemos em 17 4 6, D'Alembert disputar o prêmio da Academia Real de Ciências, dlssertando sobre a causa dos ventos, na tentativa para resolver dentro das leis matem&titicas, os fenômenos da deslocação do ar. Mais tarde, queria Antoine Laurent Lavoisier, que a previsão do tempo obedecesse a princípios e leis. A pluralidade dos fatores geofísicos e climatológicos, tornam difícil localizar uma causa, para estabelecer as bases exatas dos acidentes atmosféricos. Em terra, o vento corre com a velocidade média de 16 metros por segundo, no mar com a velocidade de 25 metros por segundo. Os desvios da propagação média, conduzem às diversas fases de vida do ar, dêsde a borrasca torrencial, benéfica e útil à vegetação, até a tempestade de neve e aos remolnhos de areias de que nos falou com tanto interesse F. William Atkinson. Si podemos instituir o calor do Sol e o movimento diurno da Terra, como as duas grandes causas da circulaão atmosférica, reconheceremos que a orografia e a hidrografia, com os vales e as montanhas, as torrentes e as massas de folhagens, agem como fatores auxiliares, de cujo estudo o meteorologista não deve prescindir Oa ventos sofrem perturbações locais, mudam a linha dos seus movimentos que fais. As regiões desérticas da Américage-e da África, as terras arenosas do Texas, do Novo-México e do Utah, do grande Sahara, sublevam e deformam o curso dos ventos alizados, cuja regularidade tonto espantou Colombo. Notaram samente, que os vendavais crescemprecino Atlântico, depois da travessia do Equador. Os desertos Influem sôbre a atmosnáo conhece as tormentas do J^ra. Quem México, as colunas turbllhonantes do Golfo de Guinéo, as ventanias de Macáu e os tufões de Bengala? Aquecidos enordemente pelo Sol, os vapores dos terreftos áridos deslocam os ventos alizados As chuvas e os ciclones possuem assim, uma ortgem complexa. Hosburg explicou os temporais que desolam a China e provocam os transbordamentos dos rios da ^sla, pela combinação simultânea das ondas de calor do Deserto de Gobi e pela Afluência da corrente callda do Oceâftleo Índico. Ventanias, ciclones, trombas, nascem do encontro de vários fenômenos, acidentais uns. gerais outros. As dlvergências da velocidade dos ventos, que soPn Pram do Oéste para És te, concorrem» X

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19

4 4

Os turbilhões aéreos desolam a terra e convulslonam em vagas grandiosas as águas atormentadas do Oceano, cujo dorso ondulado se enfurece ao sôpro frenético das trombas e dos ciclones.

para a formação dos remolnhos. Numerosos meteorologistas, Abbadie, Bravais, Deville, Berigny, disseram que se anunciando a presença de um ciclone numa determinada latitude, pode-se avaliar sua evolução ulterlor. As previsões matemáticas falham algumas vezes, porque a heterogeneidade do ar oscila muito. Composta de camadas diferentes, que se comprimem e que se reagem, a atmosféra dispõe de natureea elástica, que complica o anúncio do tempo. Qs ciclones do Golfo de Ouinéo, aparecem quasl sempre do Noroeste e correm até o Gulf - Stream, cuja corrente marinha arrasta o vendaval e o leva até as Bermudas, o que indica certa relação meteórica, entre a tormenta e o mar e o invólucro gazoso da Terra. Os tornados, êstes ciclones de pequenas dimensões, partem de um movimento giratório inicial. Uma coluna ascendente de vapores se ergue no ar e sem se desprender do solo, volteia em torno de um cone que se avoluma à proporção da aderência de outros gazes. Renovando-se sem abandonar o movimento de rotação, o tornado acaba por adquirir efeitos catastróficos. Em certos turbilhões, que se jogam contra Brahma e as Ilhas Bermudas, o veçto brame à velocidade de 50 quilômetros por hora. O ar corre ém espiral e produzindo no seu centro uma espécie de vácuo cilindríco, investe destruindo os obstáculos. Menos grandiosos, porém mais violentos do que os ciclones, os tornados arrancam árvores, sorvem areias e pedras, desmontam tétos. Ligados ao sólo, produzem estragos extraordinários. Dotados de imenso poder de absorção, conduzem pesos a grandes distâncias. A nuvem tempestuosa que flutua acima, os trovões que reboam do selo dos vapores e os relâmpagos que fosfoream por entre a chuva, imprimem ao fenômeno uma espetaculosidade misteriosa. H. Faye refere um tornado dos Estados Unidos, que abriu uma casa de pedra, dessaraigou outra dos alicerces e suspendeu um homem, partindo-lhe os braços com a pressão do ar. Assim, como os tornados valem por ciclones reduzidos, as trombas representam tornados em estilo" menor. Todas essas espécies de meteoros 55

caracterizam-se pela forma turbilhonar dos vapores, divergindo entre sl pelas proporções. Algumas trombas se alongam consideravelmente. Peltier fala do fenômeno de 16 de Maio de 1806, que se distendeu de 5 a 15 metros. Com o movlmento progressivo da nuvem, o comprlmento se alongou até 3.000 metros. Por onde atravessa o cône sombrio, ouvem-se ruídos semelhantes aos da matraça, que alguém quiz Identificar como sendo descargas eletricidade. Fosforescenciais lampêjam no cimo, emquanto a chuva inunda a trilha. A téorla elétrica, enunciada por 3risson e Peltier, descreve a tromba como um méteoro, no qual o cône servia de condutor de elétricidade, entre a nuvem tempestuosa e a terra. O fenômeno dlmana, porém, só da atmosféra. Deve-se á ação mecànica do ar, como admitiu Finley, os efeitos físicos. Encontramos nos vapores quentes que se elevam combinados com ventos contrários, que adquirem impulsos rotatórios, a verdadeira origem das trombas. Nas tardes de verão, quando o tempo aquece, a aragem sopra tranqüila e cálida, uma pequena nuvem sombria macula ás vezes o azul do céo, por entre a alvura dos círrus. Depois surge uma. coluna escura e a tromba se forma com a sua ventania inquietadora. No oceano, os navegantes vêem com freqêuncia em certas tardes calmosas, grupos de pequenas trombas, que ondulam e se desfazem rapidamente. Multo menor do que o ciclone, a tromba nada perde em força. O meteoro de 18 de'Junho de 1839, arrastou árvores a 200 metros de distância. Nos campos, as trombas suspendem animais no seu remoinho e os turbilhões de areias soterram caravanelros nos desertos. Calculam a pressão do cône em 500 quilos, por metro quadrado. Tanto giram da esquerda para a direita, como da direita para a esquerda. Monville, no vale de Marommê, que fica na Normândia, viu em 19 de Agosto de 1845 uma tromba que demoliu muros, abateu casas, partiu árvores. No seu movimento de translação, as trombas investem com velocidades incriveis e revelam com fragor a energia infinita da Natureza. O

MALHO


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on<?a apenas, precipita-se a onça acessivel àa sua apenas, menos acessível piAO do Sr. A. Marques com cães sobre sôbre seus algozes com ai que os caes defesa. É£ aí Qaslinhasqueseseguem defesa. * vão descobri-la dando o t6das forças. . tôdas as f6rgas. e foram extraidas de vao alarme, muitos dos quais quais emergencia que seu livro s6bre Mato alarme< É£ nessa emergência que '/ da sua sua Q vítimas vitimas são ser 1-}"^" Grosso, vindo & luz em sa° o azagaieiro precisa inlrepidez. Os caçadores

/J 'J assunto que ora nos ocupa. "A cagada da onga, iao generalizada em Mato

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Grosso, devido a procura , cu« lem a pels d,sse ^ animal, merece mengao mSài \^ | / especial Dois ou Ires ho[J v K />/ ^ " ' °?i*' mens praticos nesse mister •® ^ T^Si ^ "" / 1 / . e alguns caes amesiradcs f^f/' ^ ^ sao t6da _a equipagem ^ V; |^ coragem e da deslreza dos

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"Descoberio

VA— / —"~p. / o trago do ^d3> VO animal, os caes o seguem, /: .. —.^<^/ ¦ durante um dia. inteiro, alraves cap6es e pantanos, onde tudo s§o perigos tomam posigao, o Perdem as vezes o raslro atirador protegido pelos por entre o entrelagado azagaieiios. A azagaia e uma das matas e somente o acaso os poe de novo sobre fanga, de que se serve o a pista. Pressentindo que cagador, para o caso em e, perseguida, a onga que o tiro nao prostre procura nOs mais cerrados logo a fer^, o que dos bosques ou no pSntano geralmente sucede Ferida

AMA)4*lC<&e4

OMALHO

ha Grosso, há especies de Uncia: três espécies tres Enfrentando o animal, inenor vacilagao e o prego aa preta, a malhada e a parda. de uma vida. parda. *é del^S 6 ier0Z delas maiS feroz A mais g quantas existencias A iambem a malhada, malhad^, que ée também leern~sido sacrificadas nesse a maior. ÉE a soberana das mister pela imprevisao ou a se*vas nossas selvas. peIa fatalidade!... nossas PAULO PAULO AFFONSO destro, calmo

e corajcso.

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Mato

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Ministro

Macedo Govêrno

para

Soares de

distinguir

Secretário

a

com

Geral

do

Ministério das Relações Exteriores o ministro

figuras

autênticas Seu ^*r.;:n

de Macedo

Roberto

José

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nomeação

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Roberto

José

de

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pelo ^1

diplomata

foi construído,

prestígio

pelo esforço continuo,

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Socres,

uma

das

de carreira.

pouco a pouco,

pelo trabalho paciente,

perfeito das

mais

delicadas

tarefas. *¦ II ^lill U'S -111

Em todas as comissões que lhe têm sido confiadas,

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encontrou

sempre

oportunidade

para dar o melhor do seu esforço iluminado de

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vontade e inteligência.

Homem de tacto, experimentado nas mais importantes

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Macedo

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Soares

leva

uma

grande vocação

pleta

identidade

que abraçou

Olegário Mariano, o príncipe dos poetas brasileiros, no seu gabinete de trabalho.

tcrefas da

com

para de

o ministro

as novas servir

com os mistéres

com

dignidade

diplomacia,

entusiasmo

funções

e uma

com-

da cacrière

e tem

exercido

e brilho.

José Roberto de Macedo Soares Quando

vem

baixando

o

iuscuIo Crepi novo livro de Olegário Mariano é sempre recebido com avidez e sofreguiUM dão pelos apreciadores da verdadeira poesia. Poeta de raça, dono de um modo inimitável de expressão que comove nas menores frases, Olegário Mariano nos dá, em seu novo volume de ótimos versos "Quando vem baixando o crepúsculo", uma série de poesias bonitas e emotivas. Todas tocadas daquela empolgante musicalidade que tornam seus poemas inconfundíveis. Há grande porção de saudade, de êxtase contemplativo, de evocação triste nestas páginas que, dessarte, bem justificam o título do livro. O ilustre acadêmico, ao contrário dos que se iniciam das lides da poesia, e que por não vividos na Vida, recorrem às fantasias da imaginação para buscar os temas de seus versos, quase que nestas páginas, se limita a evocar, a recordar. E que poesia será mais bela do que. esta, tranqüila e suave, dôce e bondosa, em que reportam a saudade, a compreensão, e que brota expontânea dos refolhos do próprio coração do poeta ? "Quando vem baixando o crepúsculo" tem sido disputadíssimo pelos leitores ávidos de bons livros de poesia e, principalmente, dos livros de Olegário Mariano. X

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O Intavcnior Fernando Costa quando era condecorado pelo Presidente Vargas

O INTERVENTOR FERNANDO COSTA COMENDADOR DA ORDEM DO MÉRITO MILITAR pasta da Agricultura para a Interventoria de Paulo. O grande Estado bandeirante necessitava,

kl A figura ilustre do Interventor Fernando Costa, tem

cessou

o Brasil de hoje um do. colaboradores mais preciosos da tran formação política que deu novos rumos

São

da

da capacidade de trabalho e do descertinie administra-

para comandar-lhe os destinos, de uma pe sôa que ali? se ao tino político, capaz de derimir p.quenos conflitos internos, um poder de ação que fosse à autura de levar adiante o conjugado de forças da economia paulis-

tivo do

r. Fernando Costa dando lhe a direção da pasta da Agricultura, onde- o ministro de Estado, leal a seu

ta. O sr. Fernando Costa, cm pouco instantes de seu geverno. revelcu-se digno das responsabilidades das suas

patriotismo, soube levar adiante um programa de ação que dilatou a âmbito de nossas riquezas e preparou em parte a Nação para supoitar a futura crise econômica

nevas funções. E o Presidente Vargas, ao vi itar pouco depois a terra bandeirante teve ocasião de afirmra que

decorrente da eclosão da guerra na Europa. Mais tarde, o sr. Getulio Varga-_ sentiu-.se cempelido. por imperati-

do Costa, havia perdido um grande ministro, mas que. em compensação, a terra paulista ganhara um interventor capaz de dignificá-la e engrandecê-la. O tempo se tem

ao país através da carta ccnstitucicna'. de 10 de Novcmbro de 1937. O Presid.nte Getúüo Vargas aproveitou-se

vos

de ordem

política, a deslocar o .eu auxiliar para cutro campo de ação, que seria mais uma opoitunidade para a visão de brasileiro c a competência administrativa do sr. Fernando Costa. Esse deslocamento se pro-

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— 58

a Presidência da República, com a saida do Sr. Fernan-

encarregado de confirmar a impre são desses primeiros instantes de centacto entre o administrador e a surpresa dos novos encargos. O Interventor Fernando Costa vem X

1 9 4 4


realizando

uma

administração

das mais eficientes, desdobrando ao máximo, numa fase de intensa vida

industrial,

forças

as

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eco-

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nômicas de São Paulo, de modo a tornar o seu pai que industrial um dos mais poderosos da América e em condições de atender tanto

às necessidade;:

como

às

internas

solicitações

externas do comércio com outras nações do continente. A guerra veiu trazer a São Paulo um teste de sua produção. E o grande

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Estado scube vencer galhardamente a prova, dando a exata

medida

de sua força

econômica.

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Fernando

Cc;ta,

Interventor à

frente

dsssa obra gigantesca, é a figura exponencial que coordenou as energias que

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culminaram na vitória dessa batalha de produção. Sua

posição como interventor tem-lhe servido de

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pretexto para tornar mais estreita a colaboração entre o Estado e a União. São Paulo tem prestado ao governo federal um auxílio inestimável, atra vés de sua indústria da sua lavoura e da sua administração. Principalmente o nosso Exército se tem beneficiado com a obra administrativa do Interventor Fernando Cos

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ta. Inúmeros

problemas das nossas forças de terra e que dependiam da colaboração do Estado : de São Paulo para a sua solução adequada.

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solvidos graças à .X

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dm do Mérito Militar. MALHO


visão superior do homem atilado que rege os destinos bandeirantes. Daí se ter revestido de uma significação de

zação bélica de nossas forças militares. São Paulo deu abrige às fábricas e aos arsenais de guerra. E muitos dos

merecida recompensa o ato do sr. Presidente da Repú-

instrumentos que agora atendem à Força Expedicionária Brasileira, nos campos de batalha da Europa, terão a

blica. ao conferir na data de 25 de agosto

último,

por ocasião das celebrações do Dia do Soldado, a Comenda da Ordem do Mérito

Militar

ao

Interventor

Fernando

Cesta. Longe de criar dissociaçõei; entre governo de estado e governo da União, como era de praxe nos velhos moldes políticos do pais, o Interventor de São Paulo tem associado a sua terra à administração federal, tornando mais próximos os vinculos de aproximação nacional. A "Comenda que lhe foi conferida é um diploma a que êle fazia jus. pelos assinalados serviço, em favor da reorgani-

O Interventor

marca de São Paulo, como um lembrete de que o grande Estado está participando de modo decisivo para que a Civilização esmague para sempre as forças rebeladas da Tirania e do Ódio. E o nome do Sr. Fernando Costa está associado indissoluvelmsnte a essa obra de patriotismo e universal benemerência humana. Essa é uma significaaqui a insigção que tem de ser evocada ao registrar-se nia que o Governo da República ofereceu a um dos mais ilustres de seus colaboradores.

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[MUIUDl ESPECIAL A'POSSE DO PRESIDENTE

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DE CUBA de avião, a 4 do corrente,- com PARTIRA destino a Havana, para representar o govêrno Drasileiro na cerimônia de ;oosse do novo Presidente da República de Cuba, a missão especial disignada pelo Presidente Getúlio Vargas, presidida pelo general Firmo Freire do Nascimento, na qualidade de Err.baixador extraordinário. Os demais integrantes da embaixada especial são o dr. José Joaquim Sá Freire Alvim, como conselheiro, secretário de embaixada Jorge Emino de Scusa Freitas, como primeiro secretário; dr. Osvaldo de Sou:a e Silva e consul Jcsé Augusto de Macedo Soares, como secretários, primeiros tener.tes Geraldo Kansack de Sousa e Hélio Freire, como assistentes militares.

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General Firmo Freire do Nascimento.

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to >%¦* m to¦ / mmm j toJm m \nW*mm Dr. Oswaldo de Scuza e Silva. Dr. José Joaquim Sá Freire Alvim » Cônsul José Augusto de Macedo Tenente Hélio Freire. Soares. Tenente Geraldo K. de Souza.

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A POSSE DO PROF. ULYSSES DE NONOHAY NA SOCIEDADE DE HOMENS DE LETRAS DO BRASIL — Reaulisou-se no salão de honia do Clube de Engenharia a posse do Prof. de Nonohay na Sociedade de Homens de Letras do Brasil. Presidiu a solenidade o Gal. Arnalao Dama.sceno Vieira, sendo a mesa diretoria dos trabalhos constituido dos Snrs. Dr. Djalma Rocha, secretário da Sociedade, historiador Aurélio Porto, jornalista Pedi o V fio do Amareia Napol ao ral. além do pi te Nonol. O ilustre cientistas., sul se, presidente da Cruzada Brasileira saudado oi Coniri» ai (;ue pelo jon. leu belo discurso do re» lisando a obra cientifica e social, e Nocs méritos in nohav. «*,írr«?ef"<*i

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PHOF. ARNALDO DE MORAES — Como fazem todos os anos, com a solidariedade dos amigos, colegas, clientes e admiradores do professor Arnaldo de Moraes, o corpo médico e demais auxiliares de S. S. na Maternidade que tem o seu nome e no Hospital Moncorvo Filho, bem como os seus alunos da Faculdade Nacional de Medicina, prestaram ao ilustre catedrático da Universidade do Brasil significativa homenagem na data do seu natalício, destacandose o festivo almoço realisado no restaurante do Aeroporto. Os dois aspectos que aqui reproduzimos são desse almoço, no qual o professor Deolindo Couto, em brilhante discurso, fez o curioso diagnóstico clínico do homenageado.

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bem trabalhada oração, evidenciando o seu alto valor intelectual. MACHO

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JOCKEY CLUB ELEGANTE — £.íe t?i feressaníe flagrante foi colhido em uma das ultimas reuniões no hipódremo da Gávea, em cuja "pelouse" se movimenta a elgancia carioca. A MAIS JOVEM PIANISTA DO MUNDO -Vitória" — dile-

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ta filhinha do pianista e compositor húngaro Oscar Adler ora domiciliado no Brasil — czm 5 meses de idade já demonstra sua vocação parxi a divina arte de Chopin...

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Wm ^M Fez anos no dia 4 de Setembrc, o inteligente menino Nilton Alves, filho do Sr. Antônio Alves do comárcio de nessa praça, e da Sra. Laura Alves. Pzr este motivo os pais de Nüton, ofereceram em sua residência uma lauta mesa de doces aos inúmeros amiguinhzs áo aniversariante. O

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Marcou uma nofar n-s "set" carioca o enlace matrimonial da Senhorita Lúcia Cotta. filha da Viuva Manuel Cotta, com o Senhor João Galvão de Medeiros, pertencente a tradicional faviüia norte-rizgrandcnse. Foi oficiante do áto religtusz, que teve lugar na Matriz do Sagrado Coração de Jesus, o Rcverendisslrno Bispo de Niterói, D. José Pcnira Aíie.. — M —

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"A ceifa de cana', baixo-relèvo

UM ESCULTOR PORTUGUÊS NO BRASIL *:> tom

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consagrador. O Governo reconhecendo os seus méritos, distinguiu-o com o título de Oficial da Ordem de Cristo. Manuel de Oliveira deixa, no Brasil, luminosos vestígios de sua passagem gloriosa com os seguintes trabalhos: "Vasco da Gama", monumento, na praça de esportes do Clube Vasco da Gama; "Morte de S. José", baixorelêvo de um mansoléu no Cemitério de S. João Batista; "Francisco Serrador", busto, num dos

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teatros da capital paulistana, e vários baixos-relêvos, que se podem admirar no Palácio-Teatro desta cidade e no bar "Atlandida".

"Morte de S. José", um dos últimos trabalhos do artis*a.

entre nós, desde alguns ACHA-SE anos, um dos maiores escultores luzitanos. É o Sr. Manuel de Oliveira. Diplomado pela Escola de Belas Artes de Lisboa, ali teve por mestre o prof. Simões de Almeida Sobrinho, que se lhe afeiçou desde logo, por divisar no seu jovem discipulo um êmulo de Teixeira Lopes, o insigne estatuario d'além-mar.

Manuel de Oliveira tem obtido inúmeros lauréis nos certames artísticos a que tem concorrido. Sua estátua "David", com a qual se apresentou à conquista do "Grande Prêmio Vaimor", na Escola de Belas Artes de Lisboa, obteve o disputado troféu. Em 1940, chefiou a secção colonial da Exposição do Mundo Português, onde seus trabalhos causaram um sucesso

"A colheita do algodão", outro baixo-relêvo-

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o povo inglês, principalmenteflHL PARA londrinos, é motivo de orgulho mostrai* aos olhos do mundo| por intermédio de seus* mais famosos hista-1 riadores o belo e se-f* cular "Big Ben", construido pelo famoso Astrônomo Real, sob cuja orientação foi confeccionado o maior relógio do mundo. Com o auxilio de seu Consultor Técnico, o advoga.do E d m u n d Beckett Denison, homem persistente, foi dado o inicio às obras. Isto aconteceu hà um século, em 1844, quando o engenheiro Charles Barry dava inicio a construção das Casas do Parlamento, havia incluido uma torre para relógio em seus projetos, tendo recebido plena autorisação da Câmara dos Comuns

O MAIS para esse fim. Houve muitos discursos no Parlamento, pois queriam um relogio-maravilha, que suplantasse os pequenos relógios até então existentes em Fizeram - se Londres. vários projetos, pois queriam uma cousa magestosa, que fosse o maior e o melhor do mundo, o qual já tinham até batizado com o nome de "The Creat Clock of Westminster". Sob a orientação do Astrônomo Real foram convocadas as melhores firmas da Capital Inglesa, afim de auxiliar na construção do relógio, monumental mas, duas condições impostas nos contratos desencorajavam os relojoelros londrinos : — l.a o relógio deveria ser de uma precisão absoluta, que não atrazasre nem adiantasse mais de um segjndo por dia. — 2." devia ser transmitido o seu andamento duas vezes por dia, para o Observatório Greenwich, para o devido regs'ro. E os relojoeiros acabaram desistindo, em virtude da impossibilidade de construir um relógio com dimensões, e capaz de X

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funcionar com tanta precisão, tendo antes procurado obter do Parlamento uma modificação no tamanho do mesmo, de modo a tornar mais fácil a sua fabricação. Mas o Astrônomo Real permaneceu inflexivel no seu ponto de vista declarando que, o Rei do Relógios deveria ser também o Príncipe da Precisão. Durante cinco anos as coisas ficaram naquele pé, quando o Astrônomo Real, com o auxilio eficás de Denison, reiniciaram os trabalhos. Esse famosc advogado era também um grande matemático, e autoridade em arquitetura astronomia. r>1r»s:ios e sinos. Acreditando na possibilidade de se construir o reloiio ideado pelo Astronômo Real, e, após meticulosos -nto" «"«ns planos. e.- '> Resolveu pois, Denison contratar os serviços de E. J. Dent, famoso fabricante de cronômetros e relógios científicos, único capaz de construir a máquina. EM 1853. isto é, um ano após o inicio da construção do relogio, faleceu Dent ficando as obras durante seis meses. paralisadas Nesse interregno o Astrônomo Real pediu sua demissão do cargu, ficando Denison sosinho, com a responsabilidade dos trabalhos, com um

fora especificada no contrato. Essa mesma firma construirá também mais 4 sinos pequenos para os quartos de heras. C o grande s'no. juntamente cem os 4 pequenos foram transportados para Londres.Transportado para Westminster, foi o sino colocado na torre, sustentado por uma g!gantesca armação. Construíram também um badalo para expermentar seu som. Não satisfazendo r°so\v?rpm 5>"m^ntar o peso do badalo, oue satisfez, porém o sino rachou não res:stindo às pancadas do badalo, ficando inutilisado. Den!son encarregou então outra firma para refundir o sino, reduzindo o seu tamanho para 13 e V2 toneladas. E o novo sino foi novamente experimentado e aprovado nor Denison antes de ser entregue. Durante o transporte desse sino para Westminster houve um verdadeiro delírio do povo. As ruas foram enfeitadas para que êle passasse em seu magestoso carro p'ivado por dezeseis parelhas de magníficos caVfKl'.

Em 31 de Ma'o ôp 1859 o grande relógio começou a trabalhar. A música de seus acordes, baseada na Ária de Handel "Sei oue V<ve o meu Redentor", e as badaladas inconfundíveis de seu enorme sino dando as

lhão, gritou: — "Por aue não batisáIo de Big Ben" e liquidar de uma vez com essa questão"? A Câmara dos Comuns parecia que vinha abaixo pelas gargalhadas que espoucaram, motivadas pela sugestão, que foi unânimente aprovada. Batisaram o relcgio de "Big Ben", cujo nome é conservado até hoje. O "Big Ben" é o maior relógio mecânico do mundo. Sendo seu peso total de 5 toneladas, várias de suas peças são de construção +ão delicadas quanto as de um relego de pulso. Seu movimento é fe'to por meio de pesos, que descem até ao chão quando se exgota toda a sua corda. Desde 1913 que trabalha à eletricidade. . Sua pêndula mede 13 pé. balançando uma vez de dois em do:s segundos. Os quatro mostradores medem 22 pés e meio de diâmetro. Os algarismos têm dois pés de comprimento, sendo o sepaço entre os minutos de um pé exato. Os ponteiros dos minutos medem 11 pés de comprimento, percorrendo 100 milhas por ano. Os mostradores são fabricados de vidro opalescente, montados em molduras de ferro fundido. E desde 1859 tem transmitido o seu andamento, duas vezes por dia, para o Observatório de Greenwich. Rarís-

ELO RELÓGIO DO MUNDO relógio meio acabado, sofrendo criticas acerbas de antagonistas. Finalmente as obras proseguiram sob a direção de Frederick. A instalação demorou um pouco devido a torre ainda encontrar-se em obras. E o histórico relógio ainda permaneceu na fábrica pelo espaço de cinco anos, sendo o seu funcionamento observado durante esse tempo. O sino para o relógio devia pesar 14 toneladas, porém nada tinha sido d'cidido ainda sobre a sua fabricação, pois nunca tinha sido construido na Inglaterra um sino de tais proporções. Acontece porém que, ao tundirem o sino. o mesmo pesava 15 toneladas ao envés de 14, conforme

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De PAULO NOGUEIRA DE CASTRO horas, resoôu por toda a cidade londrina. No Parlamento foi motivo de longos debates, afim de se descobrir um nome para o grande relógio. Foram apresentadas dezenas de sugestões. Sir Benjanvn Hall Lord dos Serviços Florestais, um homem de compleição física extrarodináriamente forte, conhecido na roda de seus íntimos anvgos por "Big Ben", pronunciou um discurso em torno do grande acontecimento. Ao terminar sentou-se em sua cadeira depois, de agradecer os aplausos de seus pares. Foi nesse momento que um dos membros da Câmara, de espirito brinca-

simas vezes deixou de funcionar ,talvez uma meia dúzia de vezes em um espaço de 80 anos. Apesar de ter sofrido o efeito dos bombardeios inimigos contra Londres em 1941 jamais desapontou os londrinos, continuando a trabalhar normalmente. As badaladas do "Big Ben" foram irradiadas pela primeira vez em 1923. diretamente da torre do relógio, através do microfone instalado por cima do sino das horas. Na B.B.C., o "Big Ben" faz 43 irradiações em ondas curtas ser cognominado de dia, por "o sinal podendo característico das emissoras britânicas".


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Um trecho do Porto de Manaus

0 RENASCIMENTO DA AMAZÔNIA NA

ADMINISTRAÇÃO

modo aparentemente lento mas na verdade decisivo e vertiginoso o problema da Amazônia está DE sendo resolvido. Diante da imensidade de selvas e de águas, na qual Euclides da Cunha visualisou o último capítulo do Gênesis, o homem sentia-se verdadeiramente humilhado e intimidado diante das forças da Natureza que o ameaçavam com o colosso de sua grandeza e de sua imponência primitiva. Naturalistas e geólogos, economistas e administradores, navegantes e estadistas deixavam-se abater diante do enigma da seiva que terrivelmente os desafiava. Na doçura dos lagos aparentemente serenos havia as emboscadas da morte, espreitando a presença importuna do homem. Nos furos e nos paranás, no curso largo dos rios e na cabeceira das nascentes, nos altiplanos e nos barrancos, por toda parte enfim havia o mesmo perigo dissimulado para abater o esforço humano na conquista da selva.Os seculos foram rolando. E lenta mas seguramente o homem foi avançando para o oeste amazônico, dominando aqui um trecho de rio, ali um plano de selva e— e assim a mais opulenta região do globo deixou-se vagarosamente devassar pelo coloniador afoito que a explorava com olhos cubiçosos de futuro dono de tudo aquilo. Mas não bastava apenas a penetração do homem. Tornava-se neO.

MALHO

ÁLVARO

MAIA

cessaria a fixação do homem ao solo. E foi aí que a Natureza tirou a sua desforra do invasor temerário. Com o que selva o acolhera com a festa de cores de sua paisagem para melhor destrui-lo depois, na armadilha des recessos de sua terra imatura. As doenças solertemente revidaram à coragem dos homens, e ficou assinalado com a cruz da piedade cristã o arrojo dos primitivos desbravadores da Amazônia. A noticia da derrota não foi motivo para abandono da empresa. E novas caravanas subiram na fragilidade dos igarités em demanda do coraçáo da planície amazòn'ca. Romperam a brenha a golpes de machado e facão, abateram as feras com o tiro dos mosquetes e dos arcabuzes. Mas ainda estava abatido o inimigo mais poderoso nesse primeiro instante de desbravamento. E surgia também o Índio, com a ponta de suas flechas. Agora era ainda o homem contra o homem. Porém maior de que todas as surpresas insidíosas era a fibra dos conquittadores. E a Amazônia terminou por ser desbravada e recebeu como as outras terras de todo o mundo a fixação dos marcos de conquista que valeriam no futuro como a imaginaria parede das fronteiras territoriais. Toda a conquista da Amazônia é uma epopéia de grandes cantos sucessivos. Não há pequenos episódios na histó9 4 ' 68


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Aspecto da festa realizada nos salões do Clube Municipal de Barra Mansa, por ccasião da data comemorativa da fundação daquele club , agcra na ges/ tão ic Presidente Dr. Dário AMgão.

PAGANINI

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RAINHA

PAGANINI tanto tinha de NICOLó feio quanto de orgulhoso. N_ serata inaugural do "Teatro Cario Felice", de Gênova, à qual estiveram presentes Maria Cristina, rainha da Sardenha, e as oessoas mais proeminentes da Corte, o mago do violino fez-se aplaudir executando, entre outras de suas produções, as célebres "Variações sobre o Carnaval de Veneza". Nunca, ao que resam as

PARADA

DA

SARDENIIA

croivcas, Paganini havia tocado com tanta maestria, embora sobre duas cordas só... t ? Acabada a execução das "Variações", a rainha da Sa. denha mandou felicitá-io e pediu-lhe que tivesse u gentileza de repetir esse número. Ao enviado de S. Majestade, o artista solicitou que lhe dissesse que "Paganini não c-sturava bisar nenhum de seus números"...

DA

AS "CONFIDENCIAS UTERARIAS" DE PÉRICLES MORAIS, ESPERADAS ANSIOSAMENTE No principio do mes, editado pelo "Cruzeiro", aparecerá o novo livro de Péricles Mcráis, intitulado Confidencias Literárias. Escritor de grande renome e vasta erudi?ãc, critico merdáz e irônico dos mais argutos e ságases, figura de dastaque do cenário cultural da Amasonia e por._r.,to do Brasil, a sua obra ú ansiosamente esperada por um públicc seléío e pelos seus companheiros de letras. O MALHO tem o praser de anunciar o próximo aparecimento desse livro que, dada a ccrr.pst.ncia do seu autor constituirá um êxito artístico e literário.

O SECRETARIO DO ESTADO DO AMAZONAS ESTEVE NO RIO DE JANEIRO Em missão do govêno do Amazonas esteve no Rio de Janeiro o seu ilustre Secretário, Dr. Ruy Araújo, — que tantas simpatias goza naquele Estado. O distinto amasonense foi muito visitado, receDendo diversas hemenagens, inclusive um almoço íntimo na Associação Brasileira de Imprensa of.recido pelo jornalista Raul de Azevedo. O ilustre Secretário do Estado seguirá ue avião para Manáos, continuando ali os seus eficientes trabalhos pró-amazonas.

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UM BELO DESTINO: A DIFUSÃO DA CULTURA ENTRE O POVO O QUE TEM SIDO A AÇAO DO INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO, SOB A DIREÇÃO DE UM HOMEM DE ESPIRITO 'Instituto Naciodo Livro" em boi hora creado pelo nosso governo, por inspiração do Minist«rio de Educação e Saúde, embora o seu A relativamente pequer.o tampo de funcionamentc, vem prestando, entretanto os mais notáveis serviços á cuituia nacional. Terdo a dirigi-lo, desde sua fundação, um verdadeiro intelectual, o escritor e Augusto Meyer num desenho de Goulart. poeta Augusto Meyer, —o novo órgão se integrou da maneira mais completa na sua verdadeira e utilissima finalidade, e vem desenvolvendo uma grande atividade cujos frutos já começam a ser conhecidos. O Instituto, antes de mais nada, facilita a leitura de bcas obras, suprindo bibliotecas e ;stimulanau a sua creação em tcdo o país. Já foram ali registradas 2.452 bibliotecas, que se <ralem do seu precioso auxilio. Nada menos de 328.040 volumes foram doados pelo I.N.L. sendo de 1.0C0 cruzeiros a verba de que dispõe anualmen.te para a aquisição dos livros a distribuir. O instituto, obedecendo à orientação do seu Diretor, que é uma das altas expressões culturais do Rio Grande do Sul, mantém um serviço d» publicações que tem cuidado carinhcsamente de pôr ao alcance dos estúdiosos, e do público em geral, os melhores, naiores e mais afamados trabalhos bibliográficortar com o plano da :-eaiicos. Isso, sem zação do "Dicionário da Língua Nacional", que é outra das preocupações de seu dirigente, e cuja organização vai iá adiantada. O escritor Augusto Meyer, que com „anta proficiência dirige, vem de realizar uma pioveitosa viagem aos Estados Ur.id:s, afim de estudar oroblemas culturais o bibliográfic:s, e imprimir ainda maior eficiência à sua ação à frente do I.N.L.

Prcf. La.-Fay.ite Cáries, que presidiu o Congresso de educadores.

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CONGRESSO

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DIRETORES

ESTABELECIMENTO

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ENSINO ccm brilhantismo, após ter alcançado o êxito que "I Congresso Nacional de Diretores de Esta[ era de esperar, o ENCERROU-SE I; belecimentos de Ensino Secundário e Comercial", em cerimônia que teve lugar no Instituto La-Fayette, o grande educandário desta Capital. A sessão solene foi presidida pelo Professor La-Fayette Cortes, a juem coube, aliás, por aclamação, presidir o importante certame. O ilustre pedagogo, que é figura de indiscutivel relèvo :e,os meios educacionais brasileiros, orientou Cs trabalhas do Congresso ccm profundo conhecimento, da sua finalidade e disso resultou^ sem dúvida, o êxito alcançado pelo conclave de educadoies. Tôdas as teses apresentadas foram debatidas amplamente num ambiente de inteira liberdade, sendo de esperar que comecem a surgir, bem cêdo, os frutos da louvável iniciativa.

As comissões de Eficiência dcs Ministérios e representantes do DASP, fizeram minuciosa visita às oficinas do Lloyd Brasiliiro. Essa inspeção foi promovida pelo Sr. Raul de Azevedo, Presidente da Comissão de Eficiência do Ministério da Viaçãc. X

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ALVARUS DE OLIVEIRA — Um grupo de amigos e companheiros de, Alvarus de Oliveira, realizaram uma homenagem por motivo dos últimos sucessos livresccs do connecido escritor e jornalista. Compareceram elementos dos diversas setores em que priva Alvarus de Oliveira, não só, escritores, jornalistas, publicitários e homens do alto comércio e indústria do País. O "cocktail" teve logar no ferrasse da A.B.I. tendo usado da.palavra o jornalista José ds Matos, em ncme dos seus confrades do Estado do Rio, Inácio Bitencourt, diretor da A.B.l., com delegação brasileiros, Zolaquio Diniz e o Conde Amaespecial do Dr. Herberts Moses, Dante Guarino em nome dos escritores"Crônicas da Metrópole", sentindo-se estimudeu Beuarepaire Rohan. Agradeceu o autor de "Grito do Sexo" e das lado pela homenagem que lhe era prestada a prosseguir na sua luta. ____¦•--¦

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Bernardo s. Gomes que fez o C.POR. da Aeronáutica nos Estados Unidos, Flavio b. Gemes de Oliveira cadete da Esczla de Aeronáutica do Campo dos Afcnsos e João Carlos Gemes de Oliveira 0*1 faz Tido o C.P.O.R. Em San Antônio nos Estados Unidos. — O primeiro A sobrinho e os dois ultimes fü'10 do Dr. Carlzs Gemes de Oliveira Presidente do Instituto Nacional do Mate.

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Sr. Mareio Avelar Fons:residente, ca em Três Corações, e um dos mais destacados 't nistas" daquela cidade mineira-, sendo elemento d e val-r do "Três Corações T.nis Clube".

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QUITANDINHA ESPORTIVA E ELEGANTE tardes de animação e elegância AS que marcam sempre, ro hotel e no bairro-jardim ds Quitandinha, notáveis acontecimentos de expressão social e mundana, tiveram, Agosto úuimo um cunho de culmimncia, com a realização nas alarr.edas e no lago do Hotel de empolgantes competições esportivas. Com a participação ds esportistas do Atlético Clube de Quitandinha e de outrás agremiações da Liga Fütropolitana de Desportos foram disputadas ali várias provas a de natação, remo, — 72 —

cerridas de fundo, ciclismo etc, que, tedes cs títulos, se acentuaram como um fato de grande repercussão nos anais esportivos e elegantes do mundanismo aa aristocrática cidade serrana. Grands assistência animou todas as competições, que ss desdobraram num ambiente de intensa cordialldads. Vemos, na gravura, os assistentes aglomerados à margem do lago do Hotel Quitandinha, quando era disputadas as provas náuticas de remo e natação. 19

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®E JOHANN E A

P ^ STRAUSS O. S. B.

Mozart, Beethoven, Tschaikowsky e Schubert são quatro dos cinco grandes músicos Indlssoluvelmente ligados aos maiores êxitos da Orquestra Sinfonica Brasileira. A outro, entretanto, deve esta corporação os mais entuslastlcos aplausos recebidos em seus quatro anos de proveitosa existência. Sobe, com efeito, a quasi duas dezenas o número de concertos da O.S.B. sobre música do mais amado compositor de tcdos os tempos. E como os recebe bem o público carioca ! Assim o fazendo, o nosso públlco-ratifica, com constância digna de nota, o inabaJável e justo prestígio que todo o mundo musical vota a Johann Strauss, o incomparável cantor daquele maravilhoso pedaço de céu que foi Viena ao tempo dá Francisco José. Deve o publico carioca à O.S.B. momentos de raro encantamento, provenientes da Interpretação de encantadoras rr,elodias vlenenses subscritas por Johann Strauss — melodias que foram a coqueluche dos nossos antepassados e que hoje, como no futuro, todcs ouvem com indescritível satlsfacão. A O.S.B. levou a efeito, a 13 de Agosto último, mais um festival Strauss, que resultou no seu maior êxito até esta altura da temporada. Três repares, no entanto, se impõem a expressões indevidamente usadas pela publicidade da O.S.B. Referimo-nos a expressão novas valsas (usada na propaganda de concerto), ao anuncio de que seria o único fes. tival Strauss em 1944 e às propaladas cinco primeiras audições pela O.S.B. Já houve este ano um festival Strauss, por sinal que no inicio da temporada. .As cinco vrimeiras audíÇões se resumem efstivamente em uma — "Andorinhas da Áustria", de Joseph Strauss, irmão do imortal Johann. As outras — "Vinho, mulheres e música", "Rosas do Sul", "Sangue vienense" e "Vozes da Prlmavera" — foram tocadas pela O.S.B. em 1940,1941 e 1942. Três cochilos... Feitos estes reparos, só nos resta dizer que, superlotando novamente o Rex, os admiradores de Johann Strauss aplaudiram delirantemente os musicos patrícios, que obedeciam à experlmentada batuta de Eugen Szenkar. Completaram o programa a "Ouveture" de "O Morcego", "Contos dos bosques de Viena", "Movimento Perpetuo", "Pizzlcato Polka" e "Marcha Radetzki", esta de Johann Strauss Senior, genitor do Rei da Valsa. As duas últimas foram bisadas por aclamação. Assim, espiritualmente conduzida por Johann Strausss, a O.S.B. colheu, a 13 de Agosto, sua maior vitória cm 1944. X

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i e a NOVOS

VALORES

O nrefeito Henrioue Dcdswrth voltou, dcsde o inicio de sua profícua administração, sua melhor atenção p^ra a vida artística da cidode. Após, entre outras iniciativas, aprimorar s-nsivelmente a Ornuest~a Sinfônica do Ten-o Mu ícipal, institu:u a temporada de concertistas nacionais, que, ob a criter'osa direção do Dr. Artur Imbassaí ilustre critico rrusical d") "Jcrnal do Brasil", t-m apresentado conceituados instrumentistas no Municlpal, com notável êxito. Mais recentemente, em Maio p. f., o D"partamento de Difusão Cultural, consoante determinações do prefeito Henrique Dodsworth visando estimular os nosos artistas, iniciou uma serie de gra-

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Eugen Szenkar vaco s, de nue participaram doze Joven1; instrumentistas — Maria Au•Tusta Menezes de Oliva, Nise Oblno, Ester Naib~rger, Laís Sousa Brasil, Vera Cruz Pientznauer, Maria Alcina, Elisa Naiberger, Vilma Graça, Gloria Maria, Julinha Wagner Cohin, Lucí S^les e Marilia Espanha — já aplaudidas na Escola Nacional de Música, na A.B.I. e nos concertos matinais da O.S.B. Esta serie de gravações, que constitue 0 programa "Valores Noves" da Difusora da Prefeitura, será brevemente acrescida de outras jovens pianistas, como sejam Laís Prado Vasconcelos, Maria Aparecida Prista e Amélia Santos Moreira. Dando maior amplitude a esta magnífica iniciativa, o Departamento de Difusão Cultural, segundo Informou ao MALHO o professor Maciel Pinheiro, vai difundir, por intermédio da Com— 73 —

panhia Vitor, nos granc.es centros culturais as primorosas interpreta-, ções que as nossas futuras virtuoses executaram para a Prefeitura do Distrito Federal. Assim, aquelas interpr^tacões brevemente estarão ao aicance geral e, principalmente, das emissoras brasileiras e estrangeiras, que certamente apresentarão em seus programas estas páginas de música erudita, gravadas pela Prefeitura do Distrito Federal e reunindo a rma flor da nessa juventude musical. Colaborando na difusão musical brasilsira, a (fitar presta notável serviço à nossa cultura no âmbito internaciona.. E dispens-a excepcional estimulo às jovens artistas patricias.

TEMPORADA

LÍRICA

A lírica oficial, inaugurada elogiavelmente com "Odaléa", que comenramos em Setembro, prosseeuiu com altos o b^tors até se encerrarem os traba^os rcferentes a esta edição, quando sub'a a onze o número de recitas ditas de gala, três das quais absolut"mente medíocres. Violeta Coelho Neto de Freitas, Leonard Warren, Silvio Vieira, Maria Augusta Costa, Charles Kullman e Giacorro Vaghi foram as grandes fl?uras da temporada, vocal e cênicamente. "M-darre Butterfly" e "La Bohème". magistralrrente vividas pela nossa maior cantora lírica, constituíram com "Falstaff" e "Rigoletto", estupendas caracterizações do eminente barítono yankee, os marcantes acontecimentos artísticos da lirica em 1944. Maria Augusta Costa foi incontes: tavrlmente o soprano patriclo que, após Violeta Coelho Neto de Freitas, mais se impôs ao nosso público durante a temporada lirica. A Gilda, viveu na ultima repreque tão bem "Rigoletto", ^entação do se constituiu em un. dos mais expressivos êxitos da c na nrica nacional. Honrou a grande oportunidade que aerrtadamente lhe foi concedida, tornando-ie digna companheira de glorias de Leonard Warren. Seu futuro na lirica mundial é dos mais DrHhantes, para sua gloria e nossa horwra. Bravos. Maria Augusta ! "Cavalaria Rústica na", com Violeta, Kullman e Silvio Vieira, foi outro êxito, assim como a perfomance de Waren *-m "Os Palhaços". "Thais" e "Tosca" foram razoávelmente protagonizadas pela aplaudida Solange Petit Renaux. enquanto "Carmen", "La Traviata" tiveram em Jennie Tourel e Alice Ribeiro interpretes deficientes, as quais, pelo menos nesta oportunidade, não justifica.am a inclusão de seus nomes encabeçando os respectivos elencos. São, entretanto, excelentes concertistas. Convém acentuar,' ainda, que os dois ilustres sopranos brasileiros coadjuvaram plausivelmente a Leonard Warren em "Falstaff". Coros e cenários, geralmente bons. A orquestra, quasi sempre na devida altura de seu justo renome, obedeceu às autorizadas batutas de E. Guarnieri, E. Melich e José Torre. PARAÍSO CAVALCANTI O

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MARIO missivistas, que se dizem sentimentais, prestamnos seu depoimento "em favor do cinema" aluDUAS dindo a crônicas nossas anteriores. Diz a primeira: "Na verdade detesto o futebol e nenhum encanto encontro na palestra dos rapazes de agora, sempre entusiasmados com as patadas geniais de jogadores í_mosos... O clima com que sonho só ia encontrar no cinema, _mbebendo-me de romance, fascinada pela felicidade ideal — a fusão da alegria de viver e do amor — caricia e .tuiura... Descria da capacidade de sentir dos "ftráus'' que por ai pululam e i..e reíug:a/'_ n r.ontemplação dos da tela, misturando meus anhelos à fábulação dos filmes. Certa vez, porém — e não me explico porque — notei que a meu lado alguém todo se deixara apossar da história sentimental que a tela narrava e a tal ponto qj.e era ccmo se não existisse, eu que nunca fui feia... Isso me impressionou, tanto mais que, iluminada a sala, fitando-o admirada, pareceu-me que seus olhos se achavam húmidos... Meu interesse pertubou-o e, levantando-nos ambos, já à saida experimentámos o desejo de nos falarmos. Entendemo-nos. Havia eu encontrado a alma irmã Ha nvnha ! Também êle, descrente das moças banais e futeis dos banhos de mar, buscava no cinema refrgerio e consolo... Sim, o filme é, no nosso tempo, o piedoso refugio das almas sentimentais ! Êle, Roberto, é hoje meu mando, o melhor dos maridos, terno, compassivo, dedicado..."

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Dizia a segunda : "Casaramo-nos e nunca nos compreendemos. Eu amava a luz da lua, êle o sol escaldante. E em tudo o mais era assim, vivíamos em um inferno, detestando-nos por fim, reciprocamente, mas hesitando deante do escandalo de uma separação... por incompatibilidade de gêmos ! Para fugir o mais possível ao desagradável convivio, atirei-me ao cinema, que eu adoro e êle não suporta. Minhas ausenc.as constantes e demoradas motivaram suspeitas que procurei avivar, para apressar a separação, tomando, em casa, atitudes românticas, suspirando de vez em quando... Isso o irritou, o indignou se encolerisou. Certa noite, em uma grande cena, quiz saber quem era "o outro"? Não lhe diria espreitasse, procurasse saber ! Foi o que êle fez. Saía para o cinema, seguia-me às ocultas. Para colher o flagrante, assistia a sessões inteiras, via filmes e mais filmes do começo ao fim. Tornou-se fan de artistas cinematográficos e acabou por me acompanhar a todos os lançamentos. Discute com acuidade problemas sentimentais. Compreende melhor a vida. E' outro homem. Já quase não nos desavimos e não pensamos mais em separação. Apanhou um geito de beijar a Robert Taylor que é uma novidade..." Nada tenho a ajuntar : cá por mim, há muitos anos, sou a favor do cinema !

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Ray Milland. Ruth Hussey e a nova descoberta Gail Russell em "O Solar das Almas Perdidas".

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terminou o seu novo filme "Brasil", título americaARepublic no que se refere à composição de Ari Barroso, "Aquarela do Brasil", e cujo agrado nesta terra tem sido dos maiores. O filme será uma comedia musicada, alegre e muito divertida. O produtor, Mr. Robert North, procurou dar ao sou filme todo o encanto da nossa terra, tendo até mandado um fotografo tirar muitas cênas naturais no Rio que foram incorporadas à história. Tito Guizar faz o principal papel masculino. Multa gente há de dizer que êle falará português com sotaque hespanhol. E de outro modo não poderia ser... Mas, a história justifica esse sotaque, explicando que Tito (Miguel Soares, no argumento) é filho de pai brasileiro e mãe mexi-

(De Gilberto Souto, representante de "O Malho em Hollywood") O resultado da briga é que o conhecido ator ficou bastante machucado, ferido no pescoço, cabeça, nariz... O médico teve que usar 50 pontos para fechar os ferimentos. O caso despertou muitos comentários entre a gente do cinema. * * * A música brasileira continua entrando ! Em "Bathing Beauty" ( da

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seu novo filme em Janeiro próximo. Ela acaba de fazer "Something for the Boys", onde dança e canta o "Samba Boogie", dizendo-se que a marcação é das mais interessantes. Junto os leitores encontrarão fotos desse número musicado. A dansa mistura o samba com o "boogie" norte-americano. Carmen, presentemente, está em Nova York onde foi a convite da 20th

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Metro, tocam "Tico-Tico no Fubá", choro esse que está gozando de grande popularidade nos Estados Unidos. Aloysio Oliveira, aliás, cantou a música de Zequinha de Abreu em disco Decca que está tendo uma saída fenomenal. A letra em português é de autoria do próprio Aloysio. Fala-se que Deanna Durbin vai. caniar "Maria", em um dos seus próxlmos filmes da Universal. No filme aa RKo, "Panamericana" vão cantar "No Taboleiro da Baiana" com letra im ingiés. O filme tem uma cena passada no Rio de Janeiro.

Hollywood sofreu um golpe com a morte de Alan Dinehart, um bom ator caracteristico e uma das personaiidaaes simpáticas da cidade das estréias. Ward Bond sofreu um sério acidente de automóvel, tendo sido atropelado quanao saia do Carthay após a prenuere de "Wilson". Uma perna ficoj esmagada e, diz-se que provavelmente, terá que ser amputada. Ward Bond vinha adquirindo grande popularidade com o.s seus últimos trabalhos, sendo que um dos seus filmes mais recentes foi "A Guy Named Joe", ao lado de Spencer Tracy e Irene Dunne. John Hall, durante uma festa em casa do regente de orquestra, Tommy Dorsey, teve uma alteração com aquele músico e mais outro indivíduo.

Bette Davis será co-produtora do seu próximo filme para a Warner Bros. A conhecida estrela deu uma entrevista, declarando que inicia, assim, a sua carreira como produtora. Diz ela que, no futuro, estréias e astros produzirão seus filmes, formando companhias pequenas e independentes. Fala-se que Joan Crawford tem planos identicos, desejando também iniciar a sua atividade no terreno da produção. Aliás, Bing Crosby acaba de formar uma companhia independente, já tendo começado a filmagem de "John L. Sullivan", filme baseado na vida do grande pugüista norte-americano.

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Sra cana. tendo nascido no México e sido criado no Brasil. Assim, os futuros críticos do filme já ficam sabendo... Todos estão entusiasmados com o resultado obtido pelo diretor Joseph Saintley -- êle nos dá uma comédia leve, graciosa e cuja mús;ca é um dos seus grandes elementos de agrado. Não há • uem não ande cantarolando ou assobiando as melodias de Ari Barroso dentro do estúdio... Elas súo de fato deliciosas. Logo que o fiime fôr dado aos criticos em "preview", mandorei dizer que impressão causou no meio cinematrcgráfico de Hollywooa

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Century Fox assistir à "première" do "Wilson". Um pequeno grande filme grupo de estrelas daquele estúdio foi levado a Nova York para prestígio do filme. Carmen tem sido muito festej ada e assistido a quase todos os novos "shows" da Broadway. Ela é uma das estrelas mais populares e queridas em Nova York, pois a sua atividade no palco foi das mais feiizes.

Billy Daniels, dansarino e diretor de dansas do filme "Brasil", deu uma festa, para celebrar o acabamento do trabalho para o qual marcou dois números. Foi uma festa encantadora a que compareceram, entre outros, Aurora Miranda, Aloysio Oliveira, o diretor Mitchell Leisen, Jinx Falkenburg, Carlos Ramirez, Mary Parker, o diretor de "Brasil", Joseph Saintley e muitos outros convidados. O interessante é que Ramirez e Jinx Falkenburg já estiveram no Brasil e, juntando-se a Aurora, ao Aloysio e a mim, mataram as saudades, recordando os seus dias no Rio de Janeiro. Jinx Falkenburg viveu no Brasil muitos meses, quando era menina, tendo até cursado o Colégio Mac Kenzie em São Paulo. Cantou-se e dansou-se muito samba... X

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Para a Galeria dos Fans JENNlFERl JONES, a admirável "bernadette" de "A CANÇÃO DE BERNADETTE" exibe emocionada e feliz "ORCAR'*OUE

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MARAVILHOSA INTERPRETAÇÃO NAQUELE

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de 1924 a atual organização da Metro-Goldwyn-Mayer DATA e nesses vinte anos tornou-se ela uma das principais produtoras dos Estados Unidos não só em quantidade mas especialmente em qualidade. Como índice de sua importância reproduzimos aqui uma vista, a vôo de pássaro de seus imensos estúdios em Culver City que cobrem 175 acres e cujo perímetro se estende por quase 2 quilômetros. Constituemnos: 1. Edifício Irving Thalberg (Administração) — 2. Transportes — 3 Publicidade, Elencos, Fiscalisação — 4. Compras e Guarda-roupa principal — 5. Contabilidade — 6. Casa dos escritores e autores — 7 Guarda-roupa de vestidos femininos a caráter e Departamento de Música — 8. O

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ias estrelas — 24. Escola — 25. Palco 3 — 26- Palco 4 — 27. Palco 5 28. Palco 6 — 29. Fotografia — 30. Material de cena — 31. Palco 12 — 32. Palco 13 — 33. Retratos — 34. Hall de ensaios de dansa — 35. Oficina de equipamento cinematográficos — 36. Departamento Jurídico 37. Stell Dept — 38. Biblioteca — 39. Depósito de negativos — 40. Edifício dos novos escritores — 41. Oficina de construção cenários — 42. Plumbing Dept. — 43. Camara escura — 44. Tinomith Shop — 45. Departamento de eletricidade — 46. Palco 10 — 47. Palco 9 — 48. Palco 7 — 49. Palco 8 50. Palco 22 — 51. Palco 21 — 52. Edificio dos autores e Hospitai — 53. Shorts Dept. — 54 Salão de ensaios de dansa A — 55. Salão de ensaios de dansa B — 56. Paico 23 — 57. Palco 24 58. Guarda-roupa de vestuários masculinos a caráter — 59. Sala dos geradores de — eletricidade 60. Palco 15 — 61. Palco 11 — 62 Carpintaría 63. Lavanderia — 64. Material de construção — 65. Garage — 66. Oficina de

20 ANOS DE ATIVIDADE DA M. G. M. Bungalows estúdios musicais — 9. Palco 16 — 10. Departamento artístico — 11. Anúncios, Salas de projeção e de corte — 12. Palco 1 — 13. Palco 2 — 14. Escritório da direção 15. Barbearia, Departamento da produção e Escritório dos Managers 16. Vestuários — 17. Vestuário dos contratados — 18. Maquilagem e Cabeleireiro, Escritório dos diretores 19. Departamento do Som — 20. Arquivo e Pesquizas — 21. Material de cena — 22. Laboratório para revelação dos filmes — 23. Vestuário — 78 —

pintura — 67. Sala de ensaios — 68. Salão de ensaios — 69. Oficina de trabalhos em pasta — 70. Palco 12 71. Palco 14 — 72. Tanques de lavagem — 73. Departamento cênico 74. Tanques de lavagem — 75. Utensílios de cena — 76. Palco 27 — 77. Palco 25 — 78. Palco 26 — 79. Palco 28 — 80. Palco 29 — 81. Palco 30—82. Móveis e utensílios — 83. Guarnições — 84. Guarnições — 85. Escritório de desenho — 86. Comissariado — 87. — Depósito de positivos — Lavanderia — Depósito 2. X

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flor em flor, vai a abelha sugando o mel... e todo o enxame, que forma uma grande família, dá a sua contribuição para a formação da colmeia... É pela reunião de pequenas quantias improdutivas que a Capitalização contribue para a formação de vultosos capitais, que são retornados à circulação vivificadora e produtiva, contribuindo assim para o desenvolvimento da indústria e do comércio e o bem estar das populações. Constitua, também, por esse sistema, em prazo relativamente curto e sem o menor sacrifício, um pecúlio apreciável para garantia do seu futuro e maior conforto

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segundo a regra do bom tom, guarnecido de veiudo hoje êle surge acrornado de cetim, constituindo, assim, a moderna fôrma de preparar uma das indumentárias indisem qualquer pensáveis estação. Aliás o preço vem-se impondo em tecido de algodão, de linho e seda, servindo-nos, segundo feitios diversos, a conjuntos estivais interessantíssimos. O outro extremo é significado pelo branco: assenta a todas as mulheres, e pôde realizar o mais "dramatic" dos nossos vestidos, o que corresponde a uma das mais frizantes exigências da moda. "Formal" e moderníssimo vestido preto, da lavra de Lord & Taylor, New York.

"Hostess gown" de veludo azul noite, gola e sob saia de crépe branco bordadas a contas em pequenos motivos triangulares. Modelo de Reine especialmente para Kim II11 iitir apresentar em "Tender Comrade", da RKO Rádio Eis-nos em plena estação das flores. Pouco a pouco a fisionomia da cidade vai-se modificando, modificando-se a elegância das mulheres. Já não fazemos caso dos vestidos sombrios, aliás tão bonitos durante a temporada de inverno, o qual ainda se sente à boquinha da noite, com o sol a esconder-se. Mal os aliados libertaram Paris, principiou o elemento feminino a comentar a pronta colaboração dos modelistas franceses no que diz respeito a trapos. E, próximo à inauguração oficial da primavera, começou-se a dizer que os primeiros modelos haviam chegado, que a estamparia predominava na coleção, que as saias eram muitíssimo mais largas em qualquer sorte de traje — para de manhã, à tarde ou à noite —, que os chapéus da França vinham modificar por inteiro a linha dos que temos usado, que até nas jóias novas idéas, e felicissimas, imperavam em definitivo... Resulta que ficaremos contentes por tamanho volume de coisas para nos embelezarem : de Paris e da Norte América, quiçá de outros paises donde importamos lindos elementos para o nosso "chie", uma das facêtas importantes na vida do sexo frágil. Contente ficaremos, evidentemente, também a maior parte vai aumentar a indecisão da escolha, pelo muito que apreciará com todas as características da sedução. Os logistas que se armem de paciência... Enuanto esperamos que o mercado elegante anuncie os desfiles, vamos, à socapa, tomando informes daqui e

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\ Vestido de "chif f on" preto, forro côr de rosa. Idealização de Altman, New York. dali, e, com a habilidade que existe em cada mulher, encomendando os primeiros vestidos para uma estação que é toda luz e alegria, antes que o verão se anuncie e não nos anime senão o desejo de vestir "maillots", "shorts" trajes de algodão, dandose por venturosas aquelas que não precisam de manter o corpo dentro de um "modelador"... movimentou Agosto bastante a aristocracia social, pois agradabilíssimas foram as recepções realizadas então. Enquanto houver bom tempo permaneceremos às margens da Guanabara, bastando-nos o sol da praia a curtir a pele, o que já se tornou hábito desde que fomos tomando gosto pelas diversões ao ar livre. Ontem o vestido preto que usámos à tarde era,

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Bctty Rhodes, artista da Paramount em " Vou Can't Ration Lovc", num vestido preto, blusa azul fraco. Mangas exageradamente largas. O

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Elegantíssimo traje negro com flores colori !as aplicadas na frente. Veste-o Donna Recd, uma bonita artista que a Me "Senhor tro influiu em " Lcacomo Recruta", ding Lady" de Robcrt Walker, outro noiato notável. — 83

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O vestido elegante ontem na moda, na moda hoje ,• amanhã, aqui está apresentado por Greer Garson, feito especialmente para ela por SaksJ-ifth Avenne — iVfw York. Breve aplaudiremos a elegante e talentosa artista em "Madame Ciuie", produção excepcional da Metro.

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-Taffetas" preto e uma grande rosa escarlate são os principais elementos deste lindo chapéu de caráter "toilette", usado por Dorothy Day.

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SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD

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W FAMOSO (POR MAX FACTOR JÚNIOR CONSELHEIRO DE BELEZA OAS ESTRELAS DE CINEMA)

OS

HOMENS

OLHAM

PARA

VOCÊ

Toda mulher sabe que o homem é sensivel á sua presença, tomando nota do asuma, sentindo pecto delicado fino de cada "mak up", os quais aversão pelos exageros do destróem a beleza em vez de pô-la em evidencia. As componentes do belo sexo devern estudar a arte de pintar o rosto como a de escolher o penteado apropriado ao tipo, o vestido justo á silhueta, etc. Tambem os homens desaprovam as man"lipstick' nos dentes, oriundas de chás de descuido em aplicá-lo aos lábios, como não suportam um rosto empoado demais, (ator que envelhece a fisionomia, quando o pó de arroz, em pó solto ou compacto, deve sublinhar o aveludado da pele. Disso entende, felizmente grande parte entendendo que. das mulheres de hoje, á farta. é empregado arroz de quando o pó escova deve ser corrigido por meio de uma"toilette . própria, sempre á mão na mesa de Outro ponto a rebater é a viva colora"rouge" ou o colorido forte nos olhos ção de teimam em asar. coisa senhoras algumas que não assim carregada, pode seduzir ninque, movimento naum despertar apenas guem, tural de reprovação. Os homens tambem sentem aversão pelo excessivo comprimento das unhas, as quais, coloridas ou não. nunca são elegantes em dimensoes fora do comum.

An ne Shirley. na opinião de Max Fator, é uma das artistas do cinema mais entendidas na arte de aplicar cosméticos e outras

Um ponto tambem sensivel ao agrado que a mulher se empenha em açular nos componentes do sexo forte diz respeito ao perfume. Algumas jovens erram redondamente em usá-lo de fôrma exagerada, liberalmente, no verdadeiro seijtido, ou não usá-lo de maneira alguma. O perfume deve ser um sopro, emanação agradavel, senão adorável que a mulher deixa ao passar, uma nota suave, contudo permanente no espirito masculino. Pouca coisa ai está significando muito na maneira de agir a mulher no sentido de agradar ou de-

NOVIDADES PARA PRESENTES!

coisas que

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SETE DE

(Tradução

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em

resumo)

APARELHOS PARA JANTAR. CHA E CAFÉ. FAGUEIROS. CRISTAIS PORCELA 'AS. PRATARIAS. BRONZES E OBJETOS DE ARTE

SETEMBRO. —

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sagradar o homem. Certamente a opinião masculina, em tal assunto, não pode deixar indiferente uma só representante do sexo frágil. Então, para agradar um homem em articular ou impressionar bem os outros que naturalmente é a leitora obrigada a encontrar dia a dia, os comentarios em apreço servem de muito. Cada elemento do sexo gentil deve. sem duvida, estudar o que assenta e o que lhe pode favorecer a "glamour". beleza e o

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Modelo p.ira estamparia preta e branca.

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Maurício Fernandes Jnnicr falando aos seus papais Sr. Maurício Fernandes e D. Francisca Vilaça Fernandes. _B >*\Jk

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perfeita pôde dar á mulher belesa e encanto capazes de a tornar adoravel aos olhos masculinos! CÓ

Para ter uma saúde assim, tome "A SAÚDE DA MULHER", o remedio que traz no nome o resumo das suas "A virtudes. SAÚDE DA MULHER"

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INVESTIGAÇÕES ARQUEOLÓGICAS *

Hungria é um dos paises cm cujo solo se encontram sepultadas mais riqueza, ar-

de oiro e uni vaso com moedas e anéis que um perito declarou datarem de oitoecntos anos an-

queológicas e, segtmdo certas tradições de que se faz eco o seu pino. i . tesouros mais ia-

tes de Cristo. Os

Para por a descoberto umas e outras, teem-se feito importantes exeavações, muitas das

bro dos habitantes, que, numa região onde havia mais acenttiados vestígios de riqueza ar-

quais cbtíveram <> melhor. êxito. Foram desenterradas i.i verdadeiras relíquias de uni Kntre ou-

os c a in p O qucológira. i! i o s abandonaram o cultivo das terras para se en-

iras. apareceram um muro re-

t regarem a fundas exeavaçõe-

mano giratório, um túmul ha deis séculos, pedras com a flor de li/ ila Casa de Andou.

que nem sempre deram o reSultado desejado. Talvez sr tivessem convencido depois t\c

tios Séculos XIV e XV e até um forno que serviu para cozer ií pão do exército turco durant<- a invasã • de Budapest, há

que o tesouro, o autêntico, deiria -er encontrado no cultivo

ido longínquo.

Exrja o oc«ite substituto. Exila, Não ac«ite nom« "CAMARGO MEND

Y AkOPE ' ANTI ASMATICO ...

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SAO PAULO

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GRIPE/ / RESFRIADO/ NEVRALGIA/

do solo. em vez dc mergulharem a sua cobiça num incerto

un- quatrocentos anos — não s, encontrando, porém, o pão. i mbora petrificado... Descobriram-se passagens subterrâneas, et con d e r i jos, tanto para pessoas como algumas barra. para

sub-solo. Todavia, tais opeiúçfies deram origem a surgir inesperadamente uma chusma de arqueólcgos ratos...

PARA AS FUTURAS MÃES

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DO TRIUNFO

^pós a libertação da capital francesa, as tropas vitoriosas desfilaram diante do Arco ao Triunfo, onde prestavam homenagem ao Soldado Desconhecido, cujas cinzas repousam numa urna sob o céLebre monumento.

UM ESCRITOR E EDITOR PORTUGUÊS NO RIO hospede do FOIRio de Janeiro o ilustre escritor português Sr. Henrique Perdigão, — um des editoprincipais f ¦¦ res do Portugal moderno, proprietário da Livraria Lcztina, do Porto. Residiu muitos no Brasil, anos casou, onde se tendo diversos filhos brasileiros. O Sr. Henrique Perdigão, além de outros trabalhos, tem publicado um importante dicionário brasileiro-português de homens e feitos celebres. O nesso companheiro Raul de Azevedo ofereceu-lhe, na Colombo, um almoço intimo, tendo comparecido diversos escritores e Oswaldo Sousa e Silva e Antônio Sousa e Silva, diretores da S. A. O MALHO. X

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RAINHA EM FÉRIAS Linda Batista tomou o avião e foi passar as suas férias, "Rádio paradoxalmente, trabalhando na Esplendid" de Buenos Aires. Levou a sua coroa de Rainha, concedida, vai para dez anos, em sua linda cabeça. E a gente fica a desejar que ela seja muito feliz. Mas, prudentemente fica-se a esperar que ela divirta os platinos, mostrando os encantos de nossa música, sem os excessos da suas piádas, dos seus bréques, algumas vezes pesados. É verdade que o Otelo ficou, sendo que, em sua companhia, é que ela costuma espalhar-se mais um pouco, querendo fazer humorismo desagradável. Não deixem o rapaz embarcar agora para a terra de Mitre.

QUANDO O RADIO... Isto faz muito tempo. Não estavamos ainda na época novelelra do rádio. Desejavam, os diretores números de educação artística. E aí temos Alexandre Brayslork dando um concêrto para milhares de ouvintes. Agora, o tempo é pouco para os mistérios policiais das novelas radiofónicas. PROGRAMAS Há programas incriveis. E quando temos de ouvir um deles, íóra do comum, temos de exaltá-lo. Queremos nos reportar ao da Tia Lucla, na Nacional escrito e locutado pela Llka Laberte. Êste é bem feito, instruindo a meninada, fazendo com que a juveniuae se interesse pelas coisas do Brasil, pela leitura. O seu "Tapete Mágico" vem a sêr uma das raras excepções nêste caso. Merece ser ouvido, sêr incentivado, sér aplaudido. E, não temos dúvida em fazer esta justiça. Ei-la aqui.

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CANÇAÇO Paulo Roberto, criador de assuntos da Tupi aguarda um novo programa. E se repararmos bem sentese que êle está exausto. Tem uma atitude melancólica de quem está louco para pegar um primeiro lugar

O rád!o gosta de viver enslmesmado. Nada de clubes. Nem mesmo possúe o seu sindicato. Existe o da cobrança de direitos autorais. De sorte que a fundação do clube dos locutores, reunindo, num mesmo círculo, a gordura pesada do Ladeira, e aquele ar de pássaro asustado do Frias, deu o que falar aos jornais. Como, e por que, os locutores pensaram em se reunir ? Muita coisa há de vir, cremos nós, desta sociedade. O público esperaria duas vantagsns do clube. E 2 vantagens boas para a classe, e, em geral, para os ouvintes. A primeira, saria de se convencer, o associado, de que não deve ao animar um prcgrama, tentar fazer gracinha barata ou cara. É feio. E os novos devem abandonar a mania de im'tarem os mais velhos. Seria o único meio de tér locutores de valór. AFINAL Finalmente ficamos livres das télefonemas e das gargalhadas do Anestesio. Custou muito. Reclamamos tanto. E, o ouvinte da Tupi, agora, sente-se mais a gôsto. Não que o seu criador não seja inteligente. Mas a verdade é que o que apresentava andava a exigir uma trégua nauiralissima, afim de que fôsse conseguido novo material artístico.

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HUMORISMO Silvino Neto é um dos bons humoristas do rádio. Sentia-se que estava cançadc Mas, vai passar uns tempos em repousar para volver depois com novas idéas e novo programa para os seus ouvintes.

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¦¦¦¦ CONJUNTOS

O conjunto Benedito Lacerda, é antigo, e tem marcado as mais justas etapas no rádio. Continua agradando francamente, e dia a dia vem conquistando milhares de admiradores. _ 94

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RADIO-TEATRO As novelas radiofônicas — Eis ai uma prova, a mais, de que o nível do rádio vem baixando, tanto que, estamos, como se vivêssemos ainda respirando o ar da monarquia, quando os mais famosos jornalistas faziam os seus folhetins, deixando suspensa a população, os leitores aguardando a morte da heroina, ou o casamento romântico, com banhos de cheiro e tilburis ricos no outeiro da Glória, das personagens amáveis. Em verdade existem ouvintes para tais programas, existem mesmo. E as cosinheiras e as copeiras de todos os lares queimam a sopa do jantar, e mal arrumam as mesas enleiadas com a voz sombria do Gracindo descresvendo as cenas e o Saint Clair boníssimo a fazer o máu. Mas, outro dia, antes de ser começada a terrível novela poesca de José Mauro, tétrica, reférta de mistérios e creadora de doentes nervosos, terminava, pessimamente, a de Amaral Gurgel, "Ternura", de tal geito que choveram cartas de protesto pela perversidade que éle soube pôr no coração da sua Wanda, tão cruel ao professor Carlos, a quem amou, apaixonadamente, durante mais de vinte, anos. As ouvintes esperavam um fim mais humano,, e Amaral Gurgel preparando a saraivada do perfume de Berenice, que ia surgir cheia de rosas, preferiu fazer um final rudumente "fascista", vamos dizer, desorientadoramente máu. FRANCISCO GALVAO

COM AS PIADAS DO MANDUCA É certo que as "Piadas do Manduca" agradam. Ninguém diz o contrário. Seu "Ferramenta", com as suas manias de vascaino autêntico; o doutor "Leão da Metro", atropelado com o mundo feminino a "dona Tetéca", ciosa de calma em seus alunos; o Manduca. Tudo muito engraçado. Tudo muito aceitável. Todavia, Renato Murce precisa dar um geito nos assuntos, que andam meio gastos. Êle tem talento e é um dos melhores criadores em matéria radiofônica. Questão seria, apenas, cremos de nós, de sua bôa vontade, de querer. E êle tem sabido sempre querer em toda a sua vida...

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RÁDIO-TEATRO Edite e Manuel Duraes. Um casal que a vida uniu e o teatro, antes, como agora, o rádio, conta como um dos melhores elementos do rádio-teatro. São Paulo o conta nos seus programas bonitos. E o Rio anda com saudades do casal feliz. BREQUES

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mWFMm JO ANDREWS A mais perfeita intérprete da música Norte-Americana, que durante muito tempo esteve afastada das emissoras cariocas, emprestando a beleza de sua voz, e a sua interpretaçáo perfeita aos clubes gran-finos da cidade como Ladycrooner da orquestra de Yoyo, volta agora, e ao que consta a emissora que apresentará de volta será a Guanabara.

Silvio Caldas. Que é feito dele? taia-se que Barbosa Júnior preieiiue melnorar auiua mais o ^^u piugrama na Naconai. K se acabássemos com as sociais, cneias ae metas lautas de ciuücs nus programas cavaaores de anúncios. Nao há dúvida que as "Três Manas" agiaaam perieuamente. Esperamos, de Renato Murce, mais um pouco de sua ooa vontade, nua e enorme, a ver se faz uma certa reiorma nos programas da riaaio Ciuoe. Almirante continua a realizar, com exiio, a seieçao dos futuros mus tas de rádio. Dircinha Batista possúe mérito para estar servinao contratada em uma boa estação. E por que não está atuando deste geito? Gostamos de ouvir Ligia Sarmento secretariando Barbosa Jumor, na Nacional. Gilberto Alves vem apresentando ótimas creações na Tupi. Celso Guimarães, nas celebres novelas, consegue provar sêr melhor ator rádio teatral que animador de programas.

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"DIREITO"

Cm.T.Jniiér

Direção de Clovis Beviláqua e Eduardo Espinola

Comercio c Industria

LIVRARIA EDITORA FREITAS BASTOS Quando a mais perfeita revista especializada em direito retemixj, o seu dirct r Clovis BeQ solveu homenagear, há pouco vilaqua, publicando todo o vigésimo volume da coleção em rrnra do mestre, ninguém esperava que ele partisse tão lpgo. Poucos volumes mais de "Direito" mereceram a glória de ser dirigidos por Clovis Beviláqua. E este, o 27°, agora exposto pela Livraria Editora Freitas Bastos, é o últim que recebeu seus cuidados, ao lado dos do Ministro Eduardo Espinola. Já a partir do volume correspndente ao bimestre julho-agosto, '"Direito" sairá sob a direção de Espinola e de outro Cos mais eminentes nomes das nossas letras jurídicas: Carlos M.ximiliano. Deste modo, p dera "Direito" manter O) stus caracteres de notável revista, continuando a se apresentar, sem favor, como a mais completa das nossas publicações especializadas no assunto. — No atu::l volume, alem das secções de costume, as quais os cuidados os perquíri lores da jurispru-êneta ¦õbre direito civil, criminal e trabalhista, c imgram também como perfeitas, aparece a secçac inicial dc doutrina, com a seguinte colaboração: dc Demóstenes Madunira de Pinho — "O Novo Código Penal Militar" ; de Otácfli Alecrim — " Risco e Reparação" ; dc Espinola Filho — "O dano Moral em face da res"O problema do Estado ponsàbilidade Civil": de Mário Lins — dc direito ante a din.inmica sócio culturel"; Pinto Antur "Lei de npre-za e seus elementos"; de Etienne Brasil — " Considerações sobre Luvas": de Oswaldo Soares Monteiro — " a Nova Legislação Penal Brasileira" ; e de Dolôr Barreira — He— volume disos Herança Vaga". Contem ain !a 0 rança Jacente curso-, memoravetl ambos, pronunciados pelos desembargadores Cindido Lobo e Nelson Hungria, quando da posse deste. C mo se vê. alem do fato lembrado no inicio desta rápida nota. com grande tristeza, esse volume XXVII "Direito" se impõe como deinonstração de que essa revista mamem o nivcl atingido desde o seu coiii' ieu melhor elogio.

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A gênese do Realengo de Cajmpo Grande 38 de agosto de 15 6 7, recebeu Mem de Sá, Governador da capitania do Rio de Janelro, uma petição, assinada por Manuei Je Brittc, Gaspar >_J^| Jr ______^F ^r AW^m^Js' _J Rcdrigues, Christovam Monteiro e outros. Suplicavam a seu chefe a criação de um rcssio para esta região. O documento r e s a v a assim: "Dizem o povo e moradores desta cidade de S. Sebastião que, ora, V. S. novamente situar. em todas as partes do Reino de Portugal as cidades têm • PARA DAR VIDA AO SEU RÁDIO grandes Rcssios ao redor para pastos de complicado organismo de uma estação rádio transmissora. No a válvula pode ser comparada a um coraçüo. Ôrgâo vital. seja como gados, dela dependem a intensidade, o alcance e a pureza de som coisa mui necessáque chega ao seu rádio-receptor. ria, e porque esta Fabricando estações de "broadeasting" e receptores de rádio, k*-XP w >T desde que tsse invento nasceu, acrescentando lhe melhoramentos cidade de S. Sebas que tornaram possível a sua evoluçáo, a General Electric deu tião até o presente n melhor de seus esforços para lhe proporcionar agradáveis náo tem Rossio lientretenimentos: música, notícias e diversão, em sua própria casa e a qualquer hora. mitado, e se espera Através da aparelhagem de rádio General Electric, a inter com ajuda de Deus pretaçáo artistica e a riqueza de som dos instrumentos mu>i ser muito povoada cais chegam á sua casa com o máximo de fidelidade. I Irrtrt' r%ta fornrrrndo toda a »ortr dr AGrnrral 'dos miim-tl dr r.i<ln>-»orm_r.ii 4 morae, além (iu ii NacèM l mdav F*»r rtfórto. qur r%t_l rrduilndo a pn.dui._u para uw parlirular dores que or; tem, pfrmiirfjqur, apo»a fuerr-j. a Cl mui tlriinr o _irv_ muitos do aindj mrlhui ram mrlhorn viram LÍDER ii \ OA ELETRICIDADE INDtSTRIA w m__w aprrfricojdo* radtwrrirpiorc». Reino e de outras o Ml Mm Hl \M WH V•" * O novo «¦ mo.imrniiilii programa partes viver a esta jprrtrnudo pri.» UrntT.il I Irrtrir S. A. Oura-o. \ln!onl/__ncio ioda» *\ Mim (rira*, a. II horj». a Radio Tupi do Rio dr Janeiro. terra: pelo que tem necessidade de grandes pastos para ga dos e para tamao presente aqui ao redor léguas pouco mais ou menos, as bem ao redor fazer roças de mantitem". quaes pedem tenham para todas as mentos, que do presente se não popartes em redondo, sem tributo neA petição acima representa dem fazer em as terras que sáo dadas menos se não nhum, sendo pode que estar não de sesmarias. p.r a terra nese histórica do Realengo de pastorar os gados por a mor parte ainda segura para se nella extendepo Grar.de, cujas terras, por desta terra estar em matos bravio, rem a cultivar e fazer mantimentos: são de 18 de julho de 1814, e ser necessário derribarem-nos para pelo que — Pedem a V. S. até o lomedidas e demarcadas. darem hervagelo para os gados, que gar ae Piraquá, em que pedem tres A ^

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O UNICORNIO a antigüidade clássica, numerosos autores assinalaram e tiveram por indiscutiDESDE vel a existência de um monstro enigmático e fizeram dele descrições diversas, mas com um carateristico comum : o animal possuía um chiire no meio da testa. Isso valeu-lhe o mesmo nome em todas as línguas : — monoceronte em grego, unicornis em latim, unícorne (ou sua variante licorne) em francês, einhorn em alemão; etc. Vem êle citado na Biblla. a civilização grecoromano o incluiu nos tratados de históhia natural e êle apareceu no medievo, na superstição e na heráldica. Segundo o brazão, o unicornio tem o corpo e o talhe de cavalo, cabeça de veado e no meio da testa uma haste reta, larga, de contextura em espiral. O unicornio, dizem os autores quo dele se ocuparam, não pode viver cativo. Sua pureza e sua bravura são de uma suscetlbilidade tal, que, si o aprisionam, deixa-se morrer de tristesa; somente por meios de perfidlas e traições podem matá-lo. Seu virginal candor é tão sutil que lhe permite reconhecer a mesma virtude entre os humanos, perdendo sua desconfiança em presença de gente cândida. Conhecendo este fraco, os caçadores penetram na selva, precedidos de uma jovem inocente e pura. O unicornio precípita-se para ela, mas logo percebe que se encontra com uma portadora da virtude. Acalma-se e se prostra aos pés da inocente jovem. E dorme. Então os caçadores o ma'a_n. Um fó r'sco há na aventura, e este ocorre a pequena, porque, si sua purera não é real, a fera crava a infeliz com uma só chifrada, no tronco de árvore mais próxima. Antes da mortal investida, o chifre do animal destila sangue. Esse chifre possue virtudes curativas, afirmam. Quasi todas as enfermidades não resistem à Infusão de suas aparas. Na Idade Media eram vendidas nas boticas. O rinoceronte foi confundido com o unicornio pelos antigos. O rineceronte era para eles encarniçado Inimigo do elefante, com o qual travava lutas terríveis.

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Vou mudar de pensão...

Pois, cré, que há [quase um ano — Comprido como cuspo em boca de "páu [dágua — essa idéa afago-a, acalento e com carinho Que Como uma criança o faz a seu bebê de pano. Dispensa o protocolo. Adeus! Do tempo que passei aqui, e No olhar transfigurado, onde Conjuraram na dupla atroz

Pouco me ufano a prova trago-a vigília e magoa, para meu dano.

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Mas hoje, de alma leve, enfim, mando às [urtigas, As graçolas, o tédio, as molas, as intrigas, E tantas coisas mais, também, de que ando [farto...

NA TERRA OS

E partindo feliz e alegre como um frade, Não sei se deixo atraz amores e saudade... Só sei que deixo, amigo, as pulgas de meu [quarto!... / PRÍNCIPE NEGRO

:asas

Pernambucanas

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As mais lindas mulheo usam Brasil, do res "Sabão Russo", o da grande protetor pele e dos cabelos.

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Os grandes homens em revista

PAPEL COUCHE E IMIT. COUCHE APLICADO N'ESTE NUMERO FIO FORNECIDO POR

RECURSO Um pintor mostrou a Apelle um quadro, representando Venus soberbamente vestida, e pediu-lhe opinasse s.bre o seu trabalho. Apelle, depois de examinar a tela. com curiosidade, respondeu: — Vejo que, não tendo nada p;:ra fazer tua Vcnus bela, tu a fizeste rica...

r .. .u .f 're Alcxan Dumas costumava dizer o seguinte, sobi escritores sérios: — O escritor conquista fama de sério, quando escreve coisas aborrecidas; toda gente prefere admirá-lo cm vez de r. . .

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DE

RH A ROL

Um escritor medíocre, queixava-s. a Rivarol, dos homens, em geral, pela sua falta de sorte em vender um de seus livros — que considerava sua prima — na confecção do qual gastara boa parte de sua existência. Depois de ouvir-lhe os qucixumrs, Rivarol lhe diz: — Os homens não sãn tã i ma_s como dizei . I .evastes vinte anos para fazer um mau livro c bastou-lhes um mo-

mento pari o esquecer...

BASSOMPIERRE

S O C 1 E D A D E

Bzssompierrc dizia frequentemente: — * Entre perder um amigo e perder a oportunidade de uma boa resposta, prefira ficar sem o amigo ainda que este seja muitas vezes meu superior." Certa vez contava ele ao rei que para chegar à embaixada cm Madri;!, fê-lo montado em linda mula. Ah ! — disse o rei, — que táculo maravilho. . um burro montado... Bassompierre não permitiu que S. M. continuasse. Lindíssimo na verdade, eu representava o rei ria França.

Ainda a respeito de Rivarol, conta-se que, apresentando um rapaz timido, a Chamíort, este lhe diz : O seu amigo não tem nenhuma vida social, nada sabe... Sim — replicou Rivarol — c já é triste como se soubc.se tudo...

JÜUEN

T

pediu que lhe mandassem um barbeiro, lhe aprei, ricamente trajado. — \ã foi um senador, mas um barbeiro que lhes pedi — o monarca, mandando-o embora.

E O LUXO

Julien, imperador filósofo, entrando no palácio de Constança, começou por banir o luxo que havia ali. L'm dia

FIRRO. AÇO* ME TA ES-FERRAGENS TINTAS. VERNIZES • LUBRIFICANTES OLEOS«TUBOS.CAXETA-. CORREIAS CABOS «MAÇAMES* EXTINTORES DE INCÊNDIO

C 0 A 7 li Z / ./ era por O general Osori c índole espigracejador ritucu Certa vez. uma senhora perguntou-hc em que consistia o segredo de sua bravura, a. que ele respondeu; Eu valente, fui p r medo... Medo Sim. Tive medo de que minhas patrícias não me rem ni bem, se me portasse mal nas batalhas...

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resignado

morrer.

BRASIL

DO do

grau de tuberculose que, tendo esgotado todos os recursos de dispunha em que seu tratamento, estava

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Industria ofereça ao Comlrclo Comércio e &á IndUstria Dm Um Banco que ofereca está concorrendo maior nilmero de vantagens, esti para para tornar a vida do homem de trabalho mais a economia nacional mais poderosa digna digna e

do pelos seus, foi acolhido por uma alma caritativa, que se dispoz a tratar dele com carinho e desinteresse. Começou por propinar ac doente seiva de piátano. A medicina deu ótimos resultados, pois que o tuberculoso entrou a melhorar considerávelmente desde os primeiros dias. Continuou o tratamento, fazendo observar um regime higiênico especial. Dois meses bastaram para que o doente entrasse em franca convalescença. Segundo o boletim, todas as especies do genero Platanus são íecomendáveis, porém o melhor platano é o de São Tomé, tambem chamado guinéu, por conter maior percentagem de substâncias galotanicas. X

19 4 4

Corta-se

um

fragmento

do

tronco e, pela manhã, extrái-se a

fermentação e ao desaparecimento das substâncias tônicas.

seiva, coe-se e encerra-se num re-

Não é útil somente para a tu-

cipiente de vidro. A dose é de 4

berculose; emprega-se eficazmen-

cálices por dia, ministrada de 2

te nos casos de inflamação das

em 2 horas, até às 6 horas da

mucosas

tarde. A seiva não se pode conservar por muitos dias, devido à

e

— 103 —

intestinais,

gastro-laringites,

amigdalites servindo

igualmente para gargarejos. O

MALHO


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Direção de Chô-Chô REGULAMENTO . Cada

número de O MALHO constitue um

no.

Para concorrer aos nossos concursos os leitores de O MALHO deverão remeter-nos as soluções dos problemas em laudas de papel escritas de um lado só e acompanhadas do cupão de inscrição devidamente preenchido. DICIONÁRIOS ADOTADOS - Simões da Fonseca (ed. antiga), Peq. Dic. de H. Lima e G. Darroso (3.* edição) e Breviário do Charadista, de Sylvio Alves. PRAZO — As soluções serão r.ceitas até 45 dias após a publicação da Revista. COLABORAÇÃO — Aceitamos charadas novíssimas, casais, sincopadas, em versos, logogrifos em prosa e verso, enigmas pitorescos e palavras cruzadas.

CORRESPONDÊNCIA — Toda a correspondência referente a esta secção deverá ser endereçada a: JOGOS E PASSATEMPOS - Redação de O MALHO — Rua Senador Dantas, 15 — 5." andar —Rio de Janeiro.

CANTINHO DOS NÉOS Para este torneio organisado com problemas de fácil solução baseados no Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso e Breviário do Charadista, de Sylvio Alves, e dedicado especialmente aos neófitos, oferecemos três prêmios para sorteio entre os solucionistas. 1 a 4

2 — 1 A aparência deste pedaço de madeira é igual a do peixe. Ariwer — Curitiba 1 — 1 trabalho. 1

uma pesquisa no infeiA. Silva — Rio

tor-

neio.

Charadas Novíssimas

3 — O diabo não permite 2

3 — Agitado com este barulho, tenho receio de uma deserdem. 2 Alfa — Rio

CHARADAS Oferecemos três prêmios para sorteio entre os decifradores da totalidade, mais de 5<Ki e menos de metade. 11 a 18

Charadas Novíssimas 2 — 2 Junte exato à igual ciiarada torna-se provável. 2 — 2 Não é nenhuma áspera um sujeito cínico.

a decifração

que

da

Miss Tila — Rio

ousadia

tratar

de

forma

José Solha Igiesias 2 — 2 Em constante rodeio e incerteza caminha c frade ambulante. J. Felisale — Bõa Esperança 2 — 1 O maior obstáculo que passo na minha vida é não tér o apoio de ninguém. Mautra — Vitória 1 — 2 Pelo proveito que você me causou, peço-lhe que substitua minhas afrontas em sinceros parabéns. Navlig — Rio 1 — 2 Porco alegre e com saúde só se encontra em certa Cidade da Espanha. Ariwer — Curitiba — 2 A coruja que figurou na trapaça foi mencionada na história sucinta dos sucessos da época. Afranio — Barreiras — 2

Ser contra a oração só por ironia. Miss Tila — Rio

Foi ali que o historiador holandês conseguiu

Charadas Casais — 19 a 21

Flora Lúcia — Rio

— Quem come pouco com pouca cousa se alimenta. Mautra — Vitória

Solitário viajo sem proteção. A. Silva — Rio

1 _ 2 A poeira corre velozmente para esta pequena povoaçâo. Alfa — Rio

— Meu

propósito é de grande utilidade. Al-Aiam — Rio

Charadas Casais — 5 a 7

— A perda do cardume de sardinhas deixou-o um tanto zangado Tonio — Rio

2 — No meio da multidão fiquei confuso. Navlig — Rio

Enigma Pitoresco — 22

— A Igreja reprime os maus sentimentos. Flora Lúcia — Rio

INIGMA

PITORESCO-22

— Este pequeno romance tem um enredo maravilhoso ! - Rio Chiquinho t Charadas Sincopadas — 8 a 10 3 — Era um absurdo a maneira que éle atuava. Navlig — Rio MALHO

2 104 -

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I N I G M A*N<2 --ÍM I S S

Charadas Sincopadas — 23 a 25 3 — Surpreendi um tolo à contar uma lenda escandinava. 2 Ciro Pinalis — Rio Pergunta ao mestre João Fogaça : 3 — Você sente uma tontura na cabeça quando prova um cálice de vinho ? 2 Fone — Vitória 3 — Que

gracioso

rebanho

de carneiros ! Aco — São Manoel

Logogrifos em prosa — 26 e 27 O homem TRAMPOLINEIRO (1-3-6-7) é incapaz de uma ATITUDE (1-7-6-2) que o dignifique. Seu maior DESEJO (6-5-1-21 é vêr o "GIRO" (4-7-1-2) do capital alheio, para dar-lhe um golpe VALENTE. Sinhô

Rio

Na guerra é preciso PRODUZIR EFEITO (6-1-2-3-2,, têr bôa MANEIRA (4-5-3) e não têr gênio IMPACIENTE .2-3-1-5-3) para que possa receber com APLAUSO (4-5-4-3) o PRÊMIO DA VITÓRIA. King-Kong — Vitória.

PALAVRAS

CRUZADAS

prêmios para sorteio um para os colaboradores. Dois

N-.

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1

entre

os

solucionistas

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HORIZONTAIS : 1 — A flor. 5 — Primeiro rei mouro de Sevilha. 6 — O mesmo que assimilaa_fl fl-T MB. Bs_~ ção. 12 — Dismt ^ /o •w // curso arrevesado $ f _ e confuso. 13 — Revolvidos, mis_ turados os liquiTf mmm*nm7T dos. 14 — MamiTi *j fero sul-africano família da dos roedores. 15 — Onomatopéia do som do pião rodando. 16 — Desejos de vingança. 17 — Planta da família das umbeliferas.

^.

VERTICAIS : 1 — Ramas do nabo que ainda não atingiram completo desenvolvimento. 2 — Serpente — monstruosa da Guiana. 3 Tornara feliz. 6 — Galinha do mato da América. 7 — Dormira. 8 — Abanico. 9 — Antiga cidade da Fenícia. 10 — Nome dos indígenas da Nova Zelândia. 11 — Partes duras e sólidas do corpo uos animais.

COLABORAÇÃO

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Agradecemos com satisfação os bons trabalhos que nos foram enviados por : Miss Tila — Mautra — Navlig — King-Kong — Ariwer — Ciro Pinalis — Fone — Tonio — Sinhô — J. Felisale e Flora Lúcia. DICIONÁRIO MONOSSILABICO ENCICLOPÉDICO

HORIZONTAIS : 1 — Contemplar. 6 — Maior. 8 — Anômalo, lar.

De autoria do nosso confrade Frei Paulino (Dr. Paulo Japyassú Coelho), acaba de aparecer um novo e interessante dicionário monossilábico. Dado a sua organisação o livro em apreço será um excelente auxiliar para os charadistas e colegiais. Os confrades que desejarem adquirir a referida obra poderão solicitá-la diretamente ao autor à rua Halfeld, 649 — Juiz de Fora, cujo preço é de Cr$ 25,00 o exemplar.

irregu—

11 Deus mitologia . escandinava. 12 — na

Constelação austrai 13 — Analisas. 15 — Fatrão. pido.

16 — Límbrilhante.

BREVIARIO DO CHARADISTA li

IV

VERTICAIS : 2 — Imperecível. 3 — Grande porção abundância. 4 — Equipador de navios. 5 — Capacidade. 7 — Comentário, interpretação. 9 — Dificuldades. 10 — Rio que separa o Brasil do Paraguai. 14 — Alguma.

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Atendendo a vários confrades, informamos que sentemente encontra-se exgotada a 2.a edição do viário do Charadista de autoria do nosso confrade Vio Alves. Entretanto, seu autor promete-nos ainda este ano, uma 3.a edição do livro em apreço que editado num só volume com o Arte e Técnica do rudismo.

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por esse lindo nome os capitães que comandavam os bandos de soldados DESIGNAVAM-SE e civis mercenários que, entre os séculos XIV e XVI, guerreavam na Europa, a soldo de um potentado. Os Condottieri formavam várias sociedades, cognominadas Companhias de Aventuras. Em Asti, na Itália, havia uma exclusivamente de militares : a Baronia- Foi a Sicilia a primeira região itálica a organizar uma de tais companhias, cujos componentes, em número de mil, combateram sob a bandeira dos imperadores do Oriente. Os Condottieri, que em sua minina parte eram italianos, devastaram grandemente a terra do bel-canto. No rói dos Condottieri estrangeiros citam-se : John Hawkwood, inglês; Raimundo de Cardona. espanhol, e Werner, alemão, que tinha "Inimigo de Deus, de por divisa : piedade e de misericórdia". A Companhia de São Jorge, que foi fundada por Alberico de Barbiano em 1378, na Itália, com elementos exclusivamente nacionais, forneceu os famosos capitães : Bartolomeu Colleoni, Facino Cane, Gattamelata, Braccio da Montane e Atten"dolo Sforza. Estes dois, mortos em 1424, haviam fundado dois novos métodos de combate. Como sequazes seus, assinalaram-se o Piccinino, o Carmagrola, Fabrizio Colonna, e Giovanni dalle Bande Nere. Henrique VII, rei da Germânia (1262-1313), a quem Dante, por via epistolar, pediu que combatesse pela Itália, teve a seu serviço os Condottieri : Matteo Visconti, em Milão; Congrande, em Verona; Ghiberto, em Parma, e Passerino de Bonaccorsi, em Mântua. Os Condottieri, que. nas cidades, não podiam ter patrões, nem amigos, nem seitas, tornaram os fundamentos do feudalismo nos XIV e XV séculos.

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Que é possivel esperar

a CABA de ser publicado, '' em inglês, uma coletânea das últimas peças do escritor brasileiro Vinícius da Veiga, com a colaboração de Edwin Hopkins e André Dallas. S3nte-se, sobretudo, em "The Child and the canvas" (o retrato da criança, em toda a sua pujança o talento dramático de Vinicius da Veiga, igualado aqui a Eugene 0'Neil, figura representativa da arte dramatica americana, o que induziu, certamente, a The ArfsGuild, de Nova York, a puPlicar estas peças. Para interesse dos autores brasil.ircs, que desconhecem a técnica do "script" para o cinema falado, foi incluída uma narração criginal bruta, a ser posteriormente tratada, enquanto que as duas eliminadas os primeiras, "shot-by-shot" e marcas dos "camera-men", contem dialeges completos, o que as recomendam para o palco, na íorma em que se acham. Esta publicação honra sobremodo um autor brasileiro, já distinguido recentemente com o titulo de sócio permanente da "The American Academy cf Political and Social Prince" de Nova York, r-osso colaborador querido que novamente felicitamos.

de um Talisman ? Na busca permanente da felici- mente, deve figurar entre as dade, os homens apegam-se a suas cogitações de chefe de fatudo: amuletos, mascotes e mis- milia amoroso e previdente. A teriosos talismans. Não importa Sul America oferece-lhe inúmediscutir o seu valor. O que é ros planos de seguro, que qualjusto lembrar, porém, é que o quer agente lhe poderá apresennosso destino depende mais de tar, mostrando o que mais lhe cada um de nós do que de ta- convém. E o seguro de vida tores externos. Devemos, quanto pode garantir-lhe não somente possível, confiar em nós mesmos. proteção para sua esposa e para Porque há cousas que podemos a carreira de seus filhos, como determinar e construir. E se nin- também uma tranqüila aposenguem pode determinar o curso tadoria. Procure estudar esses e a duração da sua vida, é possi- planos. E faça, desde já, pelo vel entretanto agir dentro dessa seu e pelo futuro dos seus, o que facilmente ao seu incerteza, e construir o m.r.n está alcance, dentro das mais futuro. Ê assim com o sesólidas garantias. guro de vida que. natural-

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