Revista O Malho

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PAPAGAIO

J M certo negociante estava em vésperas de fazer uma viagem à índia. Antes de partir, reuniu a família e pediu a cada indivíduo que indicasse o presente que desejaria que êle lhe trouxesse. Por último fez idêntica pergunta ao papagaio, que era natural do Indostão. O papagaio pediu-lhe logo que fosse visitar uma certa floresta onde provavelmente encontraria outros papagaios. Apresenta-lhes os meus cumprimentos, acrescentou êle, e dize-lhe que o seu amigo está engaiolado em tua casa, e lhes manda dizer isto: que é estranha •esta amizade, estar eu aqui cativo, ao passo que êles não se importam comigo e andam a voar livremente de um para outro lado. Qualquer que seja a resposta, peço que m'a transmita. O negociante cumpriu pontualmente a promessa. Encontrou a floresta e os papagaios, e deu o seu recado. Mas, grande foi o seu pasmo e a sua mágua ao ver que uma das aves ficara de tal modo impressionada que, depois de muito tremer e esvoaçar, caiu sem vida ao chão. Quando voltou para a sua terra o negociante distribuiu os presentes que trouxera para a família. O papagaio perguntou-lhe se tinha alguma coisa a lhe dizer. O homem tergiversou, com medo de desgostar o bicho, mas o papagaio enxofrou-se todo, de forma que o negociante não teve remédio senão narrar-lhe com muita tristeza as conseqüência fatais do seu recado. Mal o papagaio soube da morte do seu amigo, desatou também a tremer e a esvoaçar e não tardou que tombasse do poleiro abaixo, morto também. O negociante fartouse de chorar por êle, e com grande lástima tirou o cadaver de dentro da gaiola. Mas apenas o papagaio chegou ao chão, tornou de repente à vida e voou para o telhado da casa. O negociante, cheio de assombro, pediu-lhe explicações do caso. Então o papagaio explicou o recado que lhe man"Finge dara o amigo: de que estás morto, e ficarás livre". Ora, eu — continuou "o papagaio — percebi logo a significação do que me contaste, e assim recuperei a liberdade. Agora o que te peço, visto que me alimentei à tua custa (notem os melindres de cortezia de um papagaio criado em casa de afghans), é que me perdões. E adeus. Estás perdoado — disse o angustiado negociante. Deus te proteja. E o papagaio safou-se, gritando: A paz seja contigo!

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Edição do S. A. O MALHO DiretorM :

ANTÔNIO

E SILVA

A. DE SOUZA

OSWALDO DE SOUZA E SILVA

ANO XLIII -

NÚMERO 70

NOVEMBRO PREÇO

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1945

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End. Teleg.: O MALHO

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ESTE NÚMERO CONTÉM 72 PÁGINAS X I —

4.

PARA VITORIA ARMAS >~ A V ¦ ~^~\

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MALHO


GRAMATICA

AO

ALCANCE

DE

TODOS

LUCAS DE MORAES e CASTRO Prossegue hoje a publicação aqui iniciada pelo professor Luaas de Morais e Castro, das suas aulas de gramáticas ao alcance de todos. São êstes preciosos ensinamenttis, que deverão merecer dos nossos leitores o justo acoihimento, tanto mais que o seu autor é reconhecida autoridade na matéria, dominando completamente os seus segredos e minúcias. ii

% o assunto, passemos a examinar as condições COMPLETANDO em que é impossível o emprego do acento. 1.° — Antes de substantivo indeterminado não pode haver crase, salvo quando o acento é usado para destruir o duplo sentido que a oração possa oferecer. (V. nota infra). Indeterminado: Via-se o barco a distância, mas Determinado: Via-se o barco à distância- de 100 metros. Escrevi tudo a máquina, mas Dirigi-me à máquina para escrever. "Vamos a cênas menos agitadas" Rúi Vamos às cênas tocantes da peça. "Não se enternece a lágrimas" Castelo Branco. Não se enternece às lágrimas do próprio pai. Entregou-se a ferteis cogitações Entregou-se às cogitações políticas do momento. E assim: Iluminado a luz elétrica. Movido a tração animal — Vencido a espada. Escrito a tinta. Morto a faca Navegando a vela. Cheirando a pólvora. Matei-o a bala. Tocado a água. MCTto a fome — Movido a gasolina. Metida a sábia) Recebido a bala — Elevado a vila. Meteu-se a sabichona. Ela foi a pata até lá (a pé); etc., etc. Nota: Ainda que se trate de substantivo interminado, devemos fazer uso do acento, sempre que sua falta possa acarretar ambigüidade. Isto depende da construção da sentença. Portanto: Matou-o à faca, mas Matei-o a faca. Venceu-o à espada, mas — Venci-o a espada. "Foi à pata até Belém". Aulete, mas — Êle foi a pata até Belém. Desenhou à pena, mas — Desenhou o quadro a pena. Gosto de desenho a pena. Desenhou à agulha, mas — Eis lindos trabalhos a agulha. Examinemos os seguintes exemplos clássicos: O

MALHO

— "Os barcos sobem e descem à vela". Castilho. "Querem matar-nos à fome, raiando passarmos pelas vilas". Hercuiano. "E do mesmo ponto se fará à vtla". Vieira. Estão aqui usados, evidentemente, em sentido indeterminado os substantivos "vela" e "foine". Não obstante acham-se acentuadas as preposições regentes por conveniência. A falta do acento ciaria margem a interpretaçóes diferentes das que traduzem as crês sentenças. Na l.a, os verbos subir e descer podeiiam ser tomaaos comr transitivos, significando levantar e arrear, tendo a veia como objeto direto, quando na ieaiiaaae e ali um adjunto aclverbial que modmca os citados verbos em acepção própria e ae predicação compieta. wa 2.a, ocorreria o mesmo engano, porque • matar-nos a tome" eqüivale u -matar nossa lome". o acento foi ali coiocaao para afastar a possibiiiaade ae se tornar "fome" como objeto direto do matar. E na a.u, nao nouvesse Vieira feito uso do acento, poderiamos aamitir "a veia" como sujeito paciente de "se tara" t=será feita), sendo certo que, no espirito do escritor, nao é o "se" apassivante naquela oração, e sim partícula exptetiva ao laao de íara para emprescar-ine o sentido ae parura, quai tivesse escrito: E do mesmo ponto partira a vela (isto e velejando;. 2.° — Não se faça uso do acento antes das palavras: — mim, ti, sí, ela, nós, vós, esta, essa, tanta, quania, certa, tóda, alguma, nenhuma, uma (indeft.° e numerai), cuja, qualquer, tal, alguém, que (prom. relativo e adj. indeft.0), ninguém, cada, algo, altamanha, outrem, algures, quem (prom. relat. ou inoeft.^) determinaua, determinadas (sinônimas de certa, certas), e antes de infinivitos, — porque tais palavras nunca se fazem preceder de artigo. Exemplos: "Esta pergunta é feita a mim, e V. Ex.tt responde comigo a ela". Castelo Branco. — "Estudar a tarefa e meter mãos a ela". Rúi — "Se dava às flòres côr a bela aurora, Ou se lha davam a ela as belas flóre". Lusíadas Cto. 5.° 40. — "Arrepiam-se as carnes e o cabêlo. A mim e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo". Idem Cto. 9.° — 61. — Falo da Senhora, a cuja filha dei o livro. — Refiro-me a esta obra, a essa casa, a certa pessoa, a tôda gente que..., a quem veiu primeiro, etc. — A que lioras se realizou a festa? A uma * hora. Não confie êste segrêdo a ninguém. A algo se referia êle. Estavas a dizer que o term está a partir?

Nota * — Um e uma (arts. indeftos., adjet. numerai, ou prons. indeftos.) não admitem o artigo. Admitem-no, todavia; os demais adjetivos numerais. Não dizemos — "O um livro, mas — Um livro. A uma pena, mas —'Uma pena. Entretanto dizemos — Os díís livros, As duas casas, As três pessoas, etc. Em expressão adverbial, porém, é correto dizer-se "à uma." com a idéia de — Ao mesmo tempo. I (Continua no próximo número).

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tfHW AUTORES RAUL DE AZEVEDO OS POEMAS DO SNR. OSÓRIO DUTRA,

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O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a oiegrio e bem estar. Esse produto é um taxativo suave para todas as idades. Surja o meu ízonselho

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dos melhores poetas da nossa geração é de certo o Inteligência, cultura, imagiSnr. UM nação, Osório Dutra. não lhe faltam. E' um poeta sensibilidade, que lemos, relemos, sempre encantados, pela sua finura e graça. E é simples — um bardo que todos compreendem. Não será temeridade afirmar que, em breve, o Snr. Osório Dutra ocupará uma das poltronas azúes da Academia Brasileira de Letras. Seja a cadeira de X ou Z, najo importa. E a Ilustre Companhia terá prazer e proventos c.<m essa companhia. Agiora 'eo grande poeta oferece-nos uitv presente régio, antes de apreciar o poema, queremos assinaEmoção, lar a sua bela feitura artística, que honra a Arte Naciional. E' uma ediçãia Pongetti, e o precioso trabalhai grafico é do Jornal do Comercio. _' uma edição limitada, de luxo, fora do mercado, "Turkey 6 impressos em papel de 356 exemplares, sendo "Wester e numerados todos Ledger", MUI" e 350 em "haikai" papel original, assinado pelo autor: contendo um Plácidos vergéis... Arrôio em leito de areia, quebrando cristais.

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As ilustrações finas, delicadas, sugestivas, são de Santa Rosa. Todoi o livro é em "haikai", bem brasileiros. E são todos duma profunda emoção. E' uma poesia sutil, e às vezes profunda, a desse pseta patrício. Melhor do que criticar ou comentar, será reproduzir alguns desses valiosos versos. E é o que gostosamente faremos, para gáudio do leitor.

fi g>uia PARA AS FUTURAS MÃES

Pátria:

MATERNIDADE

Terra da gente. Tão linda ! Tão grande ! E cabe, inteirinha, num verso de sete sílabas !

3.a Edição Um

livro

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Amasonas: Em larga salva de prata de imensa Vitória regia dansam finos pernilongos.

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que vão mães.

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Trópico; Pomar de frutas gostosas, ameixas que são topásios, pitangas que são rubis.

PREÇO CrS

Ingenuidade:

15,00.

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Obra do professor Dr. Arnaldo de Moraes, da Universidade do Brasil.

Que pavãosinho mais bobo ! Indo da sala à cosinha, pensa que é o dono da casa. Há grandes flagrantes nesses "alkais", uma observacir. aguda, certa filos:/fia em três linhas de versos, e em outros muita emoção. Era uma vês:

Pedidos com as importâncias ou pelo Serviço de Reembolso Postal, à S. A. "O Malho" - C. Postal, 880

Risios. Beijos. Jorra o vinho. — Conta uma história, baixinho: Mil noites numa só noite !

RIO DE JANEIRO O

MALHO

'EMOÇÃO'

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Suavidade: Perfume... Saudade... Estesia ingênua e fria... Sensibilidade. Quiproquó: Perfumam-se as còres. Ametistas fantasistas Pensam que sã o< flores

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Chopin: Música envolvente... Os dêdos contam segredos amorosamente.

idje SORRINDO

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E' assim o> livro, — todo, um encantamento. Guilherme de Almeida, o poeta acadêmico, perguntava um dia se seria possível o "haikai" em outra língua que não seja a japonesa ? Aliás a frase vem citada no pórtico do livro. Mas sem a preocupação desse impossível de transcrever quasi todo o livro, fechamos a nota com estes verses. Oportunidade: Ah ! se nos fosse possível ! Parece que hoje ainda é cedo... Mas será tarde amanhã. Gratidão: Figura nos dicionário... Anda na boca dos homens. Nao vive nos corações.

H(ij! EM1 24 HORA*, DEtTRÒI DE ANGICO DEFLUXOI E I U Aí MANIFEUAÇOEI. PELOTEKSE

Voilà: O que tu pensas de mim eu também penso de ti... Nós nos valemos... Voilà ! Finalmente, Sag.esse:

EXCELENTE

TONICO

DOS

PULMÕES

Deixemos que o mundo diga o que quizer de nós dois... Nós é que somos o mundo ! O Snr. Osório Dutra respondeu farta e brilhanteAinda bem! mente, a pergunta do outro poeta...

GRIPE/

"SHANGAI", DO SNR. J. O. DE MEIRA PENNA

RESFRIADO/

As doisas longínquas da China, sempre nos despertarami a atenção. Hábitos e costumes tão diferentes do Ocidente, é intuitivo que protvoquem curiosidade. Nãa são muitos os escritores brasileiros que se têm ocupado da China. O Snr. J. O. de Meira Penna publica um livna sobre a extraordinária Shanghai. (Americ-Edit.j 1945). Um prefacio amavel, e justo, doi Ministro Snr. Pedro Leão Vellioso. O volume aparece no momento oportuno, da derrota total do Japão. E Shanghai, livre, volta à sua indepsndencia, à China hertoica. Esse escritofr estréia com este livro, auspiciosamente. Diplomata e muitb moço, êle se revéla uma inteligência, uma cultura, um trabalhador. Quer no capitulo geral A abertura da China, ou nos que ss seguem, A Revolução Chinesa, A guerra China e finalmente Shanghai e a guerm do Pacifico, nós vamos encontrar não só a parte fundamental e histórica de Shanghai, curitosissima, como tudo que a ela se refere, na multiplicidade de vida duma grande cidade mode.rna. O certo é que se lê esta abra sempre com muito interesse, e o autor nos consegue impressionar com certos detalhes da vida e especialmente da Celebre Shanghai. O seu estilo é correntio, e nada tom de rebuscado, comia conviria talvez a um diplomata de antanho... A sua observação é fiel. Os seus comentários equilibrados.

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E esta falsa aparência de beleza conseguida com os recursos de um "maquillage " excessivo, com o fim de ocultar ou disfarçar imperfeições da cútis. Além de artificial e efêmera, essa "Beleza-de-Máscara" constitui perigo para a vitil respiração d.i peL-.

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CORRIJA AS IMPERFEIÇÕES COM LEITE DE COLÔNIA ! consultar seu espelho hoje, faça >to — observe sua pele longamente, luidadosainente... Sem temor, deixe que a realidade apareça... E se desçobrir alguma imperfeição, cuidado com os perigos de uma"Beleza-de-Máscara"! Não asfixie a pele, pensando ocultar ou disfarçar rugas, espinhas, cravos,

sardas c manchas... Mais prática, simpies e fácil é esta solução — corrija as imperfeições, eliminando-as! Para tanto, basta usar o Leite de Colônia — que limpa, alveja e amacia a pele, removendo as imperfeições. É dessa forma que conseguirá dar à sua cútis uma beleza jovem e radiante — uma beleza real!

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Use Leite de Colônia pela manhã o dia como • base para «gW~_ t pó. À noite, usj ta nbem para tir.r m" "maquillage" e limpar a p.'le. Use-o igualnient.' __b para proteger sua cútis T§| contra os efeitos do (M sol, da água e do pó. \ff*

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O NOVO PRIMEIRO MAGISTRADO DO PAÍS o Ministro José Linhares, presidente do Supremo • Tribunal Federal, a quem a confiança do povo brasiSExcia. leiro, representado pelas classes armadas, fez entrega do cargo de Presidente da República, após os acontecimentos históricos do dia 29 de outubro. O Presidente José Linhares desempenhará o alto cargo de Primeiro Magistrado da Nação até que, mediante consulta as urnas, em 2 de dezembro, seja eleito pelo povo brasileiro o Presidente constitucional.

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Espetado entre rochias negras diante da amplidão do mar é de tôdas as sentinelas a que mais se evidencia. #? O sentido solitário do ml ¦f|)';s|;||H,|s farol é que lhe dá na época presente mais um traço de simbolismo. ^y-'MMWjr~%? Uv y(_o^ ] Não somente o vagalhão com a maré alta tenta vencer o promontório para vergastar, mas também a onda nefasta das intempéries proépoca de incertezas e incurando apagá-lo. . quietações, quando em cerE' a verdadeira sentinela. NA ta parte do litoral nordesNinguém mais do que o farol tino tôdas as cidades apagam' tem o sentido de que guarda e as luzes para, em "black-out", protege alguma coisa. Voltado protegerem-se contra às asas da para o Norte e para o Sul está morte, nesse mesmo setor os fasempre atento na bruma. Para róis ficam acesos e vigilantes os que procuram o assalto, a indiante do mar misterioso. famia, o roubo e tôda espécie' de crime, lá está o farol como Na alongadíssima costa apaum grito de luz vencendo nérece sempre um farol. E' um voas e apagando o perigo. aviso. Diante da imensidade inquieAlta é a torre, ereta, solitária, ta, na imobilidade das águas firme, sôbre a ponta do penhastraiçoeiras e do mistério das co batido de onda; parece mosombras, o farol está ali para desta, quase inútil, em pleno sol. Também nas noites claras de guiar. Pouco importa a maré alta ou baixa porque os navios céu bonito vem a lua redonda e branca, clara e grande colaborar passarão ao largo d°s rochedos abrutos; a luz incandescente docom o rastro de luz dourada. 'superfície mina azul; é um a No entanto, em noites sem sinal. luar, ao primeiro piscar duma No mistério da noite, enquanestrela ao escurecer no traço to o mar ruge a lanterna indica mais roxo da vesperal, o foco um rumo. Lá está no sítio áspero luminoso aparece no topo do a iluminaão fixa ou piscante como avisando que promontório vigilando as embarcações. O venpassará a noite inteira velando. to que encrespa a crista das Só o mar em redor. Lá está ondas verdes, os temporais que na ponta duma ilha de pedras passam com todo o bramir en-; negras a torre esbranquiçada do contram o claro fóco de luz. A farol. Durante o dia, quando negra sempre babada de rocha ou neblina, são não há cerração espuma branca tem no varanos reverberos das pedras e do dim o faroleiro que se debruça mar, a luz crúa do sol, que moso mar e o olhar se perde sôbre tram o impecilho às embarca* azul. na distância a rota duvidosa ções que tem Distante navegam pesados nano azul De noite, a pupila invios gordos, esiumacentos dos candescente do lanternim lança quais, às vezes, a brisa trazia para os quatro pontos uma fieaté ele músicas encantadoras e cha deoutó que proteje. ¦Mmpmf

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enternecidas; barcos que no passar moroso ou rápido deixavam sempre um traço do que ia lá por fóra em terras estranhas. Velas de barcos, náus ligeiras passam. No tempo de paz são os eternos gosadores da vida em grande luxo, sem notarem que a segurança de sua habitação marítima depende dum humiide operário que vela noite inteira pela luz que não se apaga. Repassam os grandes vapores demandando lv gares distantes de cujas chaminés bojudas sáem grossas fumaradas. Também veleiros velozes de velas brancas riscâm o azul como se foram asas de pássaros marítimos. Rota dia e noite de barcaças cheias de mercadorias e catráias trazendo mantimentos; saveiros ao sabor da música das vagas e deixando o cheiro de peixe, óleo, fumaça, confundem-se com as algas e sargaços. Todos singram o caminho glauco e deixam no espaço o êfemero -da fumaça e a'esteira clara das espumas/ E o faroleiro em degredo entre águas revoltas. A profissão enervante na obrigação diurna de azeitar o maquinismo e fazer as lentes brilharem à noite. Precisa ser taciturno, imperturbável com a solidão cansativa. Apático. Uma vida limitada naquele sítio na eterna agressividade das águas selvagens que o cerca. Na torre cilíndrica do farol a lanterna de grossos cristais é serviço de recluso. Só ter o fito do jato de luz vaguear o mar em derredor em mutações e lampejos. O mar ondülante está sempre gemendo como alma presa. Para que não falte nunca o aviso daqueles arrecifes, o Iampejo das lentes convexas sôbre o mar, a vigilância é cuidadosamente dirigida pelo homem que se dedica a uma vida das mais duras e abandonadas para que o aparelho protega a alheia. O cuidado no trato da máquina de rotação, o asseiq dos refletores e

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dos numerosos candieiros de óleo de colza só ao faroleiro cabe. Homem que parece viver sem um sonho, num completo abandono. Distante. Nem parece emprêgo. Aliás como emprego é sempre um castigo. Penitência só para homem dado à labuta estúpida e cansativa de trabalhar sem alma. Se todo trabalho é um sacrifício, maior é vigiar um farol, isolado, ambiente sempre de águas inhóspitas, batido pelos ventos de todos os quadrantes e varridos por tôdas as tempestades. Trabalho sem descanço, trabalho mesmo sem recompensa, porque quando perder o vigor de homem, se tiver que ser substituido e voltar para o convívio dos seus semelhantes,- já nada lhe resta se não a certeza de que trabalhou e foi honesto — que nada valerá.

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pontas de pedras perigosas, o farol apagando seu grito luminoso fique mais solitário e ainda mais silencioso. Na eterna imobilidade do mar que tenta arrebatar o penedo à' água, tudo circunda e faz prisioneiro. Também circunda o farol a vida inquieta e barulhenta das gaivotas. As aves estridentes e o oceano roncando soturno, arrebatando vagalhões com estrondo dão o sentido da vida. Só as gaivotas e o mar dão um traço de vida. Cortando com as asas e os gritos o azul impassível, o murmurio do oceano não muda o senário e é tudo monotonia. Revoam as frágeis, indecisas e ariscas as gaivotas que dansam e repassam pelas paredes frias do hirto farol, ao verem as ondas encapeladas gritam, num grito por assim dizer historio c inútil para a imensidão...

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Debruçado no varandim tem diante de si, mas bem distante, na linha infinita, fica o horizonte de tôdas as terras, de todos os paises, fica a vida com todas as suas seduções. Mistério das águas, mistério do azul, mistério da distância, noites misteriosas de temporal sem fim, a centelha de luz sempre alerta atravessa o espaço como um pensamento humano procura o ignoto. Basta aparecer a primeira claridade do dia para que se evidenciem as

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A cruz de Napoleâo 1.° apresentada pelo astiólogo Stanley Garrick.

topámos uma revelação do competente astrólogo, que tomou para estudo uma das maiores personalidades da História: Bonaparte. Eis o que revela Stanley Carrick: "Numa ilhota atlân-' tica do litoral africano, quando o Sol atravessava o grau 15" do signo de Tauro, aos 5 de maio de 1821, ex-

DESTffiO flAFOLEAO I astrologo Stanley Garrick, que O se encontra em Buenos-Aires, dirige, na revista "El Hogar" uma seção destinada aos apaixonados de astrologia. Numa das edições de junho daquele hebdomadário argentino,

CENA CONJUGAI, — Ela — Porque você quer que eu lhe puxe as orelhas cada vez que lhe beijo ? Êle -— Para saber onde estão suas mãos, perdi a carteira 3 vezes no mês passado.

tinguiu-se para sempre a vida daquele que, noutro dia de maio de 1804, proclamara o Primeiro Império em França. Rodeada de mar, apagouse a estrela de quem quis dominar o Mundo; e signos de Água são os que

O CANDIDATO IDEAL — Acha que haverá um candidato ideal? Acho. Mas sob uma condição. Qual é? Êle deve ter açúcar no sangue, uma prosa que dei,. íeite e ser fila. telistu.. MALHO

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assinalam a queda de Napoleâo 1.°. Uma imaginação sombria e uma impulsividade contida, mas perceptível, formam uma ciuz na Carta Natal do onipotente Corso. Tal cruz acha-se assinalada por quatro astros poderosos que, dois a dois, se opõem desde os ângulos do Mapa Astrológico. A imaginação sombria (1-2) é acusada por Saturno em oposição com a Lua; e convém notar que Saturno — planeta que marca o tombo do Impsrador — ocupa o reino da Lua (Câncer), enquanto que esta ocupa os dominios dé Saturno. (Capricórnio). A impulsividade avassa.adora é revelada pela oposição de Júpiter e de Urano (3-4). Júpiter,-forte, expansivo, presente no signo marciano do Escorpião incide desharmônicamente sobre o elétrico Urano, astro das contia-luzes inesperadas, dos imprevisíveis. Em acontecimentos torno deste eixo gira a vida do Imperador; nessa cruz devemos encontrar sua firma astral. Êle contou com o apoio de Marte, presente no Médio-Céu; porém a fôrça satuniana e a desharmonia do Sol com Júpiter decidiram a batalha final. No dia 5 de maio de 1821, um Sol de Tauio assinalou a viagem definitiva do monarca; um Sol de Tauro assinalara também o Primeiro Império. E Tauro é o signo que. se opõe ao Escorpião, no qual se acha o horizonte natal de Napoleâo, o Grande. Casualidade? Pode ser. Mas a Astrologia oferece-nos inúmeras casualidades semelhantes." X I — 1 9 4 5


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NA LIÇÃO DOS GRANDES M A 0 U I A V E r dos tempos, a opulenta obra de Maquiavel soATRAVÉS freu as mais injustas interpretações, e por isso mesmo, sempre foi violentamente atacada, justamente, coisa paradoxal, por aquêles que mais aplicaram os seus aconteceu como com princípios, Frederico, o Grande, amigo de Voitaire e famoso autor do livro AntiMaquiavel. Somente na presente época começam a fazer justiça ao genial florentino, reconhecendo que êle procedeu de acordo com o espíritó do seu tempo, levado pelos mais nobres sentimentos patrióticos. Não desejamos, porém, aqui estudar a personalidade deste pensador, e sim, analisar os seus ensinamentos. A lição de" Maquiavel no campo politico e social, é uma lição de realismo extremo e objetividade. Por esta razão, agora, já está sendo reconhecido como um dos mais eminentes precursores da Sociologia. E não é pequeno o seu mérito. E' difícil ser realista. O realismo exige corrgem, desassombro, franqueza e amor à verdade; requer energia, sangue frio é espírito lúcido. A maioria tem medo da realidade, temor dos fatos e pavor dos acontecimentos. Por isso, o realismo é a atitude das ajmrs fortes, dos espíritos enérgicos e das vontades poderosas, que se não contentam com as abstrações fantasiosas, mas sim, que desejam fatos concretos — a realidade nua e crua. E' difícil, deste modo, ser realista, quer no campo científico, filosófico como político. A ciência precisa de objetividade, a filosofia de veracidade e a politica de oportunidade. Quem age om realismo não erra. Pera o leitor compreender melhor o realismo da idéias de Maquiavel, que desejava que a sua obra tirasse o seu valor tão sòmente da verdade do texto, e que unicamente a importância do assunto lhe servisse de recomendação. pnra utilizar as suas próprias paO

MALHO

lavras, aqui transcrevemos o seguinte trecho do famoso e discuti"Um díssimo livro O Principe: entretanto, deve ser lento príncipe, no acreditar e no punir; também não se pode deixar alarmar muito facilmente pelos seus próprios têmores, e deve agir moderadamente, com prudência e humanidade, de modo que nem um excesso de confiança o torne imprudente, nem o excesso contrário o faça intolerante. Isto dá origem à questão de saber "se é melhor ser amado _que temido, ou antes temido que amado" A resposta natural é que o melhor seria ser ao mesmo tempo uma coisa e a outra; mas, desde que isso é difícil, o mais seguro é ser antes temido que amado, se fôr preciso escolher entre as duas. Isto porque dos homens em geral se pode dizer que são ingratos, voluveis, falsos, tementes do perigo, e ambiciosos do ganho. Enquanto se lhes fazem benefícios, ê'es são todos fidelíssimos: oferecem o seu sangue, o seju dinheiro, a sua vida, os seus filhos, contanto que a necessidade esteja longe; mas quando esta chega, en*ão s» revoltam. O príncipe que confia nas suas palavras sem procurar se garantir por outro lado, está perdido; porque as amizades que se conseguem, não por grandeza e nobreza dalma, mas por dinheiro ou favores, são, em-^ bora merecidas, amizades falsas, e não podem ser levadas em conta na hora .da adversidade". Profundo conhecedor da história, Maquiavel foi brutalmente franco, e teve a coragem de sustentar que os homens são egoístas e maus, assegurando também que numa sociedade corrompida, as virtudes só servem para dificultar a vida do hqpiem honesto, que assim leva desvantagem na concurrência, porque unicamente aqueles que não têm escrúpulos, de espécie alguma vencem e tudo alcançam. Este meio está repleto de hipócritas, ladrões e exploradores, de indivíduos perversos e deshumanos. Aí a ingenuidade é

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estupidez e até falta de inteligência. Assim no grande cenário da política, a boa fé é ludibriada, o trabalho explorado e a ingenuidade sacrificada impiedosamente. Maquiavel ensina que diante da corrupção social, a atitude do historiador e do sociólogo não é de lamentar e queixar-se, mas sim, a de observar e compreender os fa"A histos, fria e imparcialmente. tória dos Imperadores, escreveu êle, cuidadosamente estudada, seria lição suficiente para qualquer principe, e serviria para mostrar-lhe o caminho da glória e o da infâmia, o da segurança e o da constante incerteza. Além do mais, das lições daquela história se pode aprendevidamente der como organizar um império; porque todos os imperadores que sucederam ao trono por herança, exceto Tito, foram maus, e os que se tornaram imperadores por adoção foram bons. tais os cinco de Nero e Marco Aurélio; e quando o Império se tornou heriditário, cavou a sua própria ruina. Suponhamos agora que um principe estudasse a época que vai de Nero a Marco Aurélio, e a comparasse com as que imediatamente precederam e seguiram aquele período. para em seguida escolher em qual das duas desejaria ter nascido, e em qual delas referira reinar. No período dos bons imperadores êle veria o príncipe seguro no meio do seu povo, que por sua vez também estaria vivendo em segurança; veria a paz e a justiça dominando no mundo, a autoridade do Senado respeitada, os magistrados honrados, os cidadãos abastados gosando as suas riquezas, a nobreza e a virtude exaltadas, enfim, por toda parte veria tranquilidade e bem-estar. Já no outro caso só depararia com animosidade, licenciosidade e corrupção, e todas as ambições nobres lhe pareceriam extintas". Êle aprendeu tudo isto, reconhecendo que as lições da experiência quase sempre são muito X I — 1 9 4 5


MESTRES PROF.

HUMBERTO

GRANDE

dolorosas. E' a dôr que nos conduz à veracidade das coisas. Só o sofrimento desfaz as falsas ilusões. A consciência desperta em tais circunstâncias. Feitas estrs considerações, apliao quemos aquêles conhecimentos época a cultura Na para presente. atual, a política é disciplina basica e imprescindível. Ninguém mais, hoje, pode ignorá-la sob pretexto algum, porque ela abrange tôdas as manifestações dos fenômenos sociais. O próprio moço, na flor da idade, já sofre fortes solicitações para entrar na vida pública, e para nela ter atitudes corretas, precisa No exercício definir-se. das suas atividades, nas suas aspirrções e mesmo para ser útil ao seu país, necessita de conhecimentos dos princípios da arte Por isso, de governar. conflitos sérios evitar para na sociedade, cumpre desenvolver no povo a educação política, através de escolas, imprensa e rádio, para êle ter consciência dos seus direitos e obrigações. No Brasil, agora, tal educação é categórica para definir o quanto antes possível a política nacional, que tem de ser uma política de obras e realizações. Mas essa exigência é universal. Nos periodos de agitação, nos mornentos revolucionários, como os dos dias que correm, os homens superiores carecem de saber político, para se colocarem no primeiro plano do poder, porque a mediocridade reinante fica impossibilitada de governfr a multiplicidade dos fatos da socieX I _ i g 4 5

dade do mundo contemporâneo. Más a política, na acepção que aqi'i a tomamos, é criadora de valores sociais. Cumpre não conf'ind;r uma instituição com a sua degeneração, um conceito com as suas desvirtuações. A política não é, pois, politiquice ou politicalha. Não. Ela é a arte das artes, o processo de coórdenar e dirigir as forças sociais. Cabe-lhe harmonizrr os interêsses das classes e a estrutura da sociedade moderna. Dentro dêsse espírito, é preciso educar a nossa nacionalidade. Um govêrno para agir coiji eficiência, para encontrar simpatia para as suas iniciativas e reformas, carece de ser compreen-«i dida pelo seu povo, para as suas

medidas serem acatadas e as leis sancionadas serem respeitadas. Em política, atualmente, o imperativo da renovação é categórico. Não podemos continuar*passivos na apliCação de processos vetustos e rotineiros, cujos resultados são estéreis e só agravam mais a situação. Não podemos manter técnicas velhas e inexpressivas. E' preciso agir em outro sentido. Ensaiar novos métodos. Experimntrr novos planos de ação. Revisar as antigas normas. Pôr em prática, enfim, intenso espírito de iniciativa, e inovar, em tôd^s as esferas, não atendendo a queixas e lamentações. As exigências do progresso são inflexíveis. Ou se obedece ao seu apêlo, ou se 'contrários à fracassa nos planos sua natureza. Na época, por tôdas essas razõ*s e em vir"ude dos z contícimentos *de contemporâneos, o pensamento Maquiavel é atualíssimo e merece estudo e meditação.

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CT OI um humorista que, dese' jando acabar com o martírio das filas dos ônibus, idealizou que todos fossem para os bares e cafés e aí ficassem sentados até até que os veículos passassem pêIas portas desses estabelecimentos e fossem gradativamente apanhando os freguezes. Desapareceriam filas e ninguém sofreria a tortura de ficar horas e horas em pé esperando...

Ora, continua a tortura dos que trabalham o dia inteiro e o sofrimento é maior quando passamos pelos recepientes onde a Companhia de Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro, Ltda., tem muito

bem acondicionado número infindável de reboques. Há tempos houve de parte dessa poderosa empresa canadense a desculpa de que faltavam condutores e isto sem acrescentar que o trabalho, sendo sobrehumano, a maioria preferia passar tome a viver como artista de circo a pular nos balaustres para a cobrança e ganhando uma miséria. Agora houve aumento, embora com a publicação antecipada do balanço da formidável empresa e declaração de que os lucros tinham sido bem razoáveis — em tempo de guerra — mas não podia distribuí-los com os funcionarios... E havendo aumento forçosamente, mesmo com sacrifício de malabaristas de circo, muitos aceitarão o emprego de cobrar os trinta centavos, dos pulos sobre o abismo, e então esperamos que aquela infindável fila de rebo"estaleiro". quês saía do

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A idealização é muito bem humorada mas não tem sentido aigum com a realidade. Também já foi explicado que com o aumento do preço nos bondes viriam as melhorias nos veí-culos; isto é: seriam aumentados os estribos para que em vez de três fosse de quatro a fila dos pingentes. Tudo isso é mesmo engraçado, mas a tortura do carioca continúa... o

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a Dr. — Coragem, minha senhora, para seu marido chegou a . última hora. A mulher — Êle sempre tem chegado à última hora. JS

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Lá ae vai, leito em fora: água corrente, por esses verdes campos a rolar, canta, baixinho, uma canção dolente, que traduzir parece algum pezar. Calma ou ligeira, turva ou transparente, lá vai correndo sempre, sem parar, engenhos a mover e, mais à frente, largas lavouras férteis a regar. Água corrente... É assim a tua vida: deixa que ela deslise, mansa e calma, sem saber aonde vai ou de onde vem. I. pura, e bôa, como a apetecida linfa que a sede aplaca — que tua alma nunca se cansa de fazer o bem. MANOEL MOREYRA

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a proteção de todo o âmbito da arte cênica. Eram lutas tremendas dos tradutores, luta pelos direitos autorais, ordenado de artistas, respeito aos contratos e principal-

mente luta por um teto quando o cinema avassalava e avassala todos os recantos para armar vitoriosamente sua sala de espetaculo. E vínhamos pensando em todo o complicado problema teatrai quando perto dum teatro um senhor nos sussurrou: — Cadeiras para hoje?... Sim, era um cambista. Com todas as leis, com todos os fiscais, códigos e autoridades êle ainda resiste. É dum fôlego tremendo. O cinema que tem toda espécie de fila ainda não tem essa espécie de sabotador. Mas no teatro em que um apreciador de pernas, uma pessoa mais míope ou outra mais surda deseja um lugar mais próximo do procênio tem que, infalívelmente, recorrer ao cambista. Então êle que é um homem fora da lei, arrasta o míope, surdo ou apreciador de coristas para um canto meio escuro e mais distante do cenário luminoso da porta do tearto e cobra o "cambio- negro". Todo mundo sabe que existe aquele homem fora da lei, todo mundo apieda-se dele porque está "honradamente" sua ganhando vida, temos pena de tudo mas ninguém tem pena do teatro nacional que por essas e outras não consegue nem a terça parte da vitória espetacular das filas interminaveis dos apreciadores de filmes musicados.. .• Não sei porque me lembrei daquele deputado que dizia que de lei estávamos fartos o que nos faltava era uma única lei para fazer respeitar todas as outras... S. O. S

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Senhorinha Filly Matarazzo, filha da condessa Mariangelo Matarazzo e do Conde Francisco Marazzo, no dia do seu enlace com o Sr. João de Souza Lage, filho do saudoso jornalista João Lage, r,<;alisado na capital Paulista e que se tornou um dos acontecimentos sociais de maior relevo na crônica mundana e elegante daquela Capital.

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O conceito da pianista patrícia Maria Calasan.s na Escola Nacional de Musica, valeu por uma dessas horas raras de prazer artístico pleno. Interpretando Chopin ou Debussy, Mozart ou Moszkowsky evidenciou ao lado de sua fina sensibilidade técnica impeçavel e um sentido do belo que a coloca entre as grandes figuras do teclado da atualidade. XI

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O CENTENÁRIO DE EÇA DE QUEIROZ a aparecer no próximo dia 15, de que 'o "OS MAIAS" é o assunto principal, mês. a passagem do centenário de um dos romancista de gênios da raça latina: Eça de Queiroz. ocupando quase a totalidade das páginas com farta Entre as homenagens que estão sendo prestadas, nes- e inédita matéria ilustrativa,

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Homenageando,

por sua vez, o creador de O dedica-lhe O MALHO esta página em

ficção e autor de tantas páginas ainda hoje discutidas Mandarim, pela força de seu conteúdo e pelo fulgor de seu es- que reproduz tilo, X I

destaca-se a edição 19 4

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Comissão Executiva do Partido Social Democrático, em Sergipe, vem de escolher os seus candidatos ao sufrágio nas próximas eleições de 2 de Dezembro, figurando, com destaque, como candidato a uma das cadeiras do Conselho Federal o general Firmo Freire, chefe do Gabinete Militar da Presidência da RepúA '"^

blica e um dos mais brilhantes filhos daquele Estado. i apreciável tido Freire tem Firmo O general atuação no cenário nacional, através de cargos de relevo e responsabilidade, tendo sido, ainda

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JOCKEY CLUB ELEGANTE Na tarde de domingo último, o Jockey Clube ofereceu aos seus freqüentadores mais uma elegante reunião, à qual como sempre, compareceram os elementos mais representativos da nossa sociedade. Aqui vemos dois flagrantes colhidos durante as corridas de domingo.

possuidor de sólida cultura, o general Firmo Freire será certamente, no Conselho Federal, um valioso elemento a serviço do progresso do país. fé

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recentemente, embaixador especial do nosso govêrno ã posse do presidente de Cuba, missão que desempenhou com brilho excepcional. Oficial superior do nosso Exército, com uma invejável

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O Rev. Harold Green, que divulga dois casos semelhantes. EM a palavra o Sr. Pedro Luis Morales, escritor e jornalista argentino, que divulgou o estranho caso em Buenos Aires. "Os "não cépticos dizem que apareceu nenhuma cruz no céu de Dover"; os cientistas afiançam que "aquilo é o cumprimento de um desejo"; os oculistas chamam a êsse "uma ilusão de ótica"; e prodígio o Rev. Harold Green, vigário da igreja de St. Nicolas, de Ipswich "uma adver(Inglaterra) julga ser tência aos homens para que não façam mais guerras". Mais de 2.000 pessoas presenciaram o fenômeno. A Sra. Hilda Day, esposa de um aviador da R.A.F., descreveu-o dêste modo: Pude ver nitidamente a figura de Cristo. Tinha a cabeça pendida para o lado, e os pés cruzados, fixos por cravos. O engenheiro William Garnham disse; Vi como principiou a formarse a cruz. Não se podia confundir nem a forma da cruz nem a figura do Crucificado. Um jardineiro de nome Bertie Robertson revelou à imprensa que a cruz se materializou primeiro; depois o corpo. Mistress Dorà Chittock manifestou-se assim: Estava em meu jardim. Algo raro desviou minha atenção para as alturas. Percebi perfeitamente no

CRUZ

CÉU

QUE

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céu uma cruz, e nela estava pregado o nosso Redentor. Era a cena da crucificação. Não havia a menor dúvida. O Rev. Harold Green não assistiu ao portentoso espetáculo, mas divulgou outros assombros. — O primeiro ocorreu em 1942, reos. Os aviadores da R.A.F. surpreenderam, certa feita, acima de após um dia de terríveis raids aé-

SURGIU

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Malta uma enorme cruz, a que estava pregado Jesus-Cristo. E êles disseram que, poucas horas depois, uma esquadrilha de Spitfires aterrissou na ilha, havendo-se mudado a sorte da batalha. O segundo caso aconteceu em Setembro de 1943. A visão era idêntica à primeira. Uma semana depois, anunciou-se a capitulação da Itália."

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A maravilhosa

visão do Cristo crucificado, céu de Dover.

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dicato dos Proprietários do Jornaes r Revistas; Heitor Muniz, diretor do Departamento de Divulgação do D. N. I.; Costa Rego, "Correio da Manhã"; Bclisario de Souza, redator redator chefe do do Jornal de Brasil e diretor da A. B. I.; Antônio A. de Souza e Silva, diretor da S. A. O Malho; Coronel Lima Figueiredo e Dr. Victor Moura, transcorrendo o almoço na melhor camaradagem jornalística. Damos, nesta pagina um aspecto colhido durante essa reunião de homens de jornal.

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zeram uso da palavra nessa ocasião os jornalistas Dante Guarino, Paulo Nogueir i de Castro, Ribeiro Ribas e o representante do Ginásio Leopoldo de Nova - Iguassú, tendo

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a presença, nesta Capital, do ür. Paulo" GerAproveitando Folha mano, brilhante jornalista pernambucano diretor da " Folha da Tarde", tradicionais diários que da Manhã" e da se editam em Recife, am:gos e admiradores e confrades prestaramlhe significativa homenagem, oferecendo-lhe por iniciativa do nosso companhtiro Dr. Os-waldo de Souza e Silva, vice-presidente da A. B. I., um almoço, no restaurante da Casa do Jornalista. Estiveram presentes, além do promotor da homenagem, os jornalistas, Júlio Barata, diretor geral do D. N. I.; Herbert Moses Presidente da A. B. I.; Oséas Motta, Presidente do Sin" Cock-tail" rea/"^ rupo feito durante o lisado no terraço da Associação Brasileira de Imprensa, no dia 29 de setembro, cm que um grupo de jornalistas, amigos e admiradores do escritor Epaminondas Martins homenagearam-no, festejando o êxito qüc vem alcançando o seu "Os homens da último livro: guerra". Fi-

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patrono daquela paroquia Almoço oferecido pelas forças políticas de Piedade ao Cmt.. Augusto, do Amaral Peixoto Júnior, o Snr. Lucilo Machado Ferreira, que agradeceu os serviços do Cmt. política Falou em nome do Núcleo Manuel Gomes dos Anjos •\maral Peixoto àquele arrabalde carioca e ofereceu o àgape em nome de todos os elementos políticos locais. MALHO O 29 — 19 15 X I


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ALICE D'OLIVEIRA (Escritora portuguêsa, autora dos livros "Vida Amorosa de Soror Mariana" e a História Maravilhosa da Rainha Astrid"). amigos brasileiros pediramme que escrevesse um artigo BONS "O Malho". Como não sou para conhecida no Brasil, trata-se, portanto de uma apresentação e, — o que é mais grave, — da apresentação de mim própria. Terei, pois, de falar de mim, mas falo-ei da seguinte forma: confessando desde início que o escritor não tem o direito de se ufanar de ser escritor, assim como a planta não tem o direito de se ufanar de receber os raios do sol que lhe dão vida e força. Existe uma tão grande parte de predestinação inconsciente na vida dos artistas sinceros, que eles não podem orgulhar-se dos seus trabalhos: escrevem tão natural e fatalmente como a água -corre, a terra floresce e a luz ilumina: são impelidos por uma força muito bela e muito misteriosa que não lhes pertence, que vem não se sabe de onde e que tem vários nomes, mas que é única e eterna. Por meio dessa força secreta são os artistas aremessados, por caminhos difíceis e espinhosos, para o estudo atento das coisas, para o amor e para o sofrimento, que pouco a pouco vão transformando em beleza, em obras benéficas e em trabalhos harmoniosos que se tornam o consolo dos outros homens. Nessa magnífica transmutação da vida é que está a melhor recompensa dos artistas e raras vezes podem esperar outra, neste mundo. Se se soubesse de antemão o que custa chegar ao sucesso e quantas renúncias e amarguras este requer, é muito provável que poucos desejassem lá chegar. Mas, uma vez alcançado o fim, a recompensa é magnífica: o trabalho torna-se cada vez mais fácil e aliciante e dá uma aleO

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AMIGAS gria tão profunda e serena ao artista que o recompensa de todas as suas penas. Hoje em dia, já não sinto diíiculdade alguma em manejar a lingua portuguesa, que não é a minha lingua maternal. Considero a lingua portuguesa como um dos mais lindos idiomas que existem! Que riqueza e que brilho de vocabulário! Que abundancia de termos e que cambiantes infinitos de expressões! Quando se compõem trabalhos históricos é que se pode verificar melhor as suas riquezas esquecidas e inesgotáveis. Lingua que ainda não está conspurcada pelo estilo telegrãfico e comerciai, lingua que se conserva cheia de distintas e nobres tradições, que acompanhou o heroísmo dos tempos cavalheirescos e o esplendor dos descobrimentos marítimos, e que tudo isso guarda ainda recôndito . em si, tal como os velhos manuscritos encerram as lendas maravilhosas. Basta debruçarmo-nos sobre ela, com amor e afinco, para que se nos revelem imediatamente todas as riquezas do seu opulento passado. Muitos leitores têm-me pergutado de que maneira consegui tornar-me escritora portuguesa sendo eu belga de origem e sendo o francês a minha lingua maternal. Em primeiro lugar direi que o fato de reunir na minha obra a clareza da lingua francesa e a opulência da lingua portuguesa, parece-me um dos fatores principais do lisonjeiro acolhimento do público. E em seguida, se me-é permitido resumir em poucas palavras o que teria de escrever para dar resposia, a semelhante pergunta, direi que consegui transformar-me numa escritora portuguesa pela predestinação, pela força de vontade e por um imperecível amor à beleza.

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SENSUALISMO NA ARTE

DE IRAJA, médico, publicista e pintor de renome, HERNANI acaba de publicar um nevo livro, que está alcançando o êxito que. seria lícito esperar. Especializado em assuntos sentimentais, tendo-se dedicado desde bem cedo à pesquisa das intercorrên-' cias diretas e disfarçadas entre a libido e as manifestações estéticas, e ainda aos fenômenos animicos ligados ao instinto sexual, Hernani de Ira] a realiza uma obra notável de cientista, artista e homem de letras, mantendo-se, nessa posição, que para outro poderia ser perigosa, — dentro do mais rígido equilíbrio. Por Isso mesmo tem sido um dos autores mais discutidos que possuimos dentre os que não se limitam a fazer apenas literatura, mas se empenham em estudar e pesquizar, em Alice d'OHveira busca da verdade. No presente estudo, edição bem cuidada da Livraria Vítor, Hernani de Irajá revela sua notável cultuia literária, pois nos capítulos destinados a mostrar a influência dc sensualismo sobre os fiecionistas de todos os tempos, suas citações são as mais variadas e interessantes, além de perfeitamente oportunas. Só um estudioso, dedicado a longa concatenação de material adequado, poderia reunir tanto material para um livro do genero de "O sensualismo na arte". A obra, que merece leitura demorada e concienciosa, é precedida de um capítulo sobre o instinto, a inteíigência e os temperamentos artismaracontecimento Constituiu um ticos. cante na sociedade de Bôa Esperança Pode-se dizer que este é um dos Minas, a exposição de quadros do livros mais reveladores da feição de pintor Jacintho Felisale, que é tamconjunto do espírito de seu autor, bém nosso brilhante colaborador nas pois nele encontramos o esteta, o lides charadisticas, tendo a cooperatécnico em arte, o homem de letras ção de sua dileta filha Srta. Jacyria. cheio de bom gosto e dono de um Reproduzimos a fotografia de um estilo, e o cientista, o médico, bonito l.a da componentes 21 dos quadros Exposição Felisale," que retrata pai- afeito a penetrar nos segredos do corpo e da alma humana. sagens de imaginação (óleo).

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Nos salões do Clube de Regatas ícaraí, em Niterói, realizouBe concorrida e encantadora festa artística, seguida de um chá dançante, em benefício da nova sede da Casa de "Tiago.' e a, qual foi patrocinada por Mme. Leonor Franco Moreira, respectiva presidente. Tomaram parte nessa magnifica reunião numerosas damas e senhoritas da sxiedade fluminense, com o concurso de uma das orquestras do Cassino Ícaraí, e a colaboração de seus artistas. Na gravura acima, vêse dois aspotos dessa festa de .aridade.

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A jovem Beyn, destacado elemento do Teatro Universitário, representou ultimamente na A.B.I., por ocasião de uma festa promovida pela Associação dos Artistas Bnasileiros em colaboração com a Casa do Jornalista. A aplaudida atriz colheu, como sempre, lisonjeiro êxito. X I — 1 9 4 5

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No salão Leopoldo Miguez da Escola Nacional de Musica, a senhorita Maria Alice Gomes â}% Fonseca, filha de D. Alice Gomes da Fonseca", e do Dr. Alexandre Barbdsa da Fonseca realisou, no dia 7 do corrente, uma audição da serie "Programas Musicais de 1945", executando escolhidas composições de Bách-Sains-Saens, Beethowen, Liszt, Mignone, Debussy e Chopin. A jovem e talent&sa artista, \aluna do curso superior da Professora Dulce de Saules, nos proporcionou momentos de inesquecível enlevo, interpretando com sen. timento e exatidão o delicado e escolhido programa-, O

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a Irmandade da Cruz dos Flagrante colhido após a celebração da missa votiva em ação de graças que Brasileira nela Fôrça Expedicionária regresso da feliz Militares fez celebrar no altar-mór de sua igreja, pelo da Silva Fites. coronel Samuel Ancora, Morais de Armando fazendo parte os irmãos da irmandade: coronel major Ralae dos Santos, Pereira Adalberto tenente-coronel tenente-coronel Carlos Flores de Paiva Chaves, Alcyr d Av.ia ma,o* Molina Mendonça de Antonio major Cerqueira, de Souza Aguiar, major Ney Caldas de Castro Mun.z de Aragao. Mello capitão Vicente de Paulo Dale Coutinho. capitão Renato Augusto Sampaio, capitao Arthur Napoleao Moncapitão Julião Muller Neiva de Lima, capitão Manoei Expedito tagna de Souza e capitão César Montagna de Souza. 09 XI— 1945 — 32 OMALHO _


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Flagrante colfiido na Igreja N. S. Lourdes. de quando do enlace da senhoritiha Maria Costa Almeida, com o jornalista e nosso colaborador Heisio Pereira da Silva. O

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AMPLIADO O APARELHAMENTO PROFILATICO E ASSISTENCIAL DO ESTADO DE SAO PAULO recursos materiais e a educação da coletividade são os melhores meios Oe de defesa contra ias moléstias *em geral. Meios adequados e conhecimento dos perigos que oferecem certas doenças são certamente as condições indispensáveis para a saude de um povo. À ausência de tais condições, segue-se certamente o aparecimento delas, tendendo a pf-opagar-se na medida em que escasseiam recursos e em que lavra a ignorância sobre as suas consequencias. A intervenção do Estado é, pois, um imperativo. Mas ela não data de nossos dias. Em todo caso, vivemos uma época em que ela se tornou mais acentuada, pela soma de problemas complexos oriundos das novas condições sociais. Acompanhando o ritmo crescente da assistência que compete aos gov.rnos dispensar às populações, o sr. Fernando Costa, desde o início de sua administração em São Paulo, determinou se processasse o combate às moléstias em todo o

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Estado, ampliando os recursos das organizações existentes ,e estabelecendo os respectivos serviços, em bases mais eficazes. Além da criação dos serviços especializados de combate ás endemias e ás moléstias contagiosas, como a paralisia infantil, a malária, o câncer, a tuberculose, o tracoma, o fogo selvagem, sifilis, doenças mentais, etc, com a construção de grandes hospitais, modernamente aparelhados, e dispondo de recursos técnicos e financeiros á altura das necessidades atuais, o Interventor Fernando Costa remodelou em 1943, inteiramente, o aparelhamento proíilatico e assistencial do Estado, ampliando o


Laboratorio Central da Saúde Publica, reorganizado a Divisão do Serviço do Interior do Departamento de Saúde e estabelecendo categorias para as unidades sanitarias de acordo com a densidade demografica dos diversos núcleos, entrosadas numa rede eficientissima de assistência profilatica. Criaram-se nesssa ocasião 11 Delegacias de Saúde, 50 Centros de Saúde e 36 Postos de Assistência Medico-'Sanitária. O decreto-lei n. 13.849, de 24 de fevereiro de 1944, deu mais 29 Postos de Assistência MédicoSanitária à rede existente e está em curso novo projeto de criação de mais 35 unidades. É pensamento do sr. Fernando Costa dotar cada município de uma unidade sanitária, para que a ação de saúde pública seja direta e efetiva sôbre tôda a população do Estado. No setor da dotação de prédios próprios às urçicipdes sanitarias, requisito indispensável ao bom funcionamento de ser viços técnicos, cumpre destacar os Centros B-bliotcca _IB

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gicos do Serviço de Policiamento da Alimentação Pública, no interior, em número de 5, foram anexados ao Instituto Adolfo Lutz" e transformados em Laboratórios Regionais, tendo sido elevado de 5 para 11 o número dessas unidades. Localizados nas sedes das atuais Delegacias de Saúde da Divisão do Serviço do Interior, os atuais Laboratórios Regionais têm, não só uma função bromatológica, mas também de inicro-biologia e diagnóstico de | moléstias infecciosas. Com a amplitude da rede de laboratórios, de um lado serão melhorados os serviços pelo encurtamento das distâncias, de outro, iliviado o Laboratório Central, que cuidará da parte referente à Capital, dos exames que requerem melhor aparelhagem técnica e da parte de pesquisas propriamente científicas. Os diagnósticos serão liais rápidos, os surtos serão atacados com maior presteza e os benefícios de assistência conseqüentemente serão mais prontos. As obras do prédio próprio para o Laboratório Regional de Santos vão adiantadas e o orçamento do Estado para o exercício vigente consigna verbas para a construção dos Laboratórios Regionais de Guaratinguetá e Taubaté, cuja edificação está na dependência de pequenos detalhes de ordem técnica, mas dentro em breve serão iniciadas as obras. O Laboratório Central (Instituto "Adolfo Lutz"), igualmente teva suas instalações ampliadas e melhoradas. Foram construidos um modelar biotério e vum pavimento de Anatomia Patológica, que, sem favor, constituem padrão no gênero, e desenvolvidas suas secções de pesquisas, de difteria, meningite, meios de cultura, quimica-brornatologica, e todas as demais.

Secção de Quimica-Bromatologica * s*#> " ** de Saúde de Santos, Campinas, Jundiai, Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista, Araraquara, Piracicaba e Jacarei, alguns com a construção ou adaptação já concluidas e outros com obras em andamento. No setor dos laboratórios de diagnóstico, não menos importantes foram as realizações efetivadas. O Instituto " Adolfo Lutz", que é o Laboratório Central de Saúde Pública, teve suas atribuições ampliadas por fôrça de decreto-lei n.° 13.789 de 31 de dezembro de 1943, com a criação, no Interior do Estado, dos Laboratórios Regionais daquêle órgão. Indiscutível foi o alcance dessa medida governamental. Os antigos Postos Bromatoló-

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MONIQUE DE LA BRUCHOLLERIE últimas performances de MoAS nique de La Bruchollerie, assim como a sua estréia, em Julho, na Cultura Artística do Rio de Janeiro, confirmaram plenamente o renome de que veiu — precedida e justificaram cabalmente a sua honrosa situação de embaixatriz da cultura musical do seu nobre país. Virtuose da mais alta linhagem, seu nome ingrressará na história da música na egrégia companhia de Mozart e Liszt, Clara Schumann e Rachmaninoff, Hoffmann e Madalena Tagliaferro. ; f Como não podia deixar de acontecer, Monique de La Bruchollerie se impôs aos instrumentistas da O.S.B., executando com raro brilhantismo o Concerto em ré menor de Mozart. Suas reconhecidas virtudes de pianista de escól repontaram nos momentos precisos, donde resultou a fulgurante edição da citada obra pripma, por todos os títulos merecedora dos apoteóticos aplausos que se obsevraram, os quais, evidentemente, se dirigiam à genial artista e aos seus eficientes colaboradores — os músicos e o maestro Eugen Szenkar. Monique de La Bruchollerie e os músicos da O.S.B. — entre os quais se destacam Oscar Borgerth, Iberê Gomes Grosso, Moacir Liserra, João Breitinger, Alda Grosso Borgerth, Newton Pádua, Antão Soares e Djalma Guimarães — foram as grandes figuras do Festival Mozart organizado para a ilustrar os concertos da O.S.B. Ouviu-se a seguir, completando o programa, a maravilhosa Sinfonia em dó maior. Desnecessário, pois, acrescentar que o Festival Mozart com Monique de La Bruchollerie foi o melhor concerto promovido pela O.S.B. sobre obras de maior gênio musical de todas as épocas. O 6.° saráu da prestigiosa Sociedade Brasileira de Música de Câmara se iniciou com o Concerto em fá menor de Bach, para piano e orquestra de cordas, cabendo a regência a Léo Peracchi, que se houve bem. Monique de La Bruchollerie confirmou suas exponenciais qualidades, sublinhando à maravilha a esplêndida página de Bach. Após louvável versão de Pastoralle d'été, de Honegger, tornou Monique de La Bruchollerie a brindar a seleta assistência com sublimes momentos de música, agora com o Carnaval de Schumann. Número excepcionalmente tocado, valeu à concertista intermináveis e vibrantes aclamações, pelo que executou vários números suplementares também festejadíssimos. A Sociedade Brasileira de Música de Câmara deve orgulhar-se deste saO

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ráu, um dos mais belos que o Rio de Janeiro já teve o prazer de palaudir. Dos mais belos foi, igualmente, o recital de despedida — ou melhor, de até breve de Monique de La Bruchollerie à sociedade carioca, promovido pela direção artística do Teatro Municipal. A proeminente figura da season fluente interpretou à perfeição um belíssimo panorama píanístico, no qual se fizeram admirar algumas jóias subscritas por Bach, Mozart, Chopin, Liszt, Fauré, Rovel e Debussy. Brindou os freqüentadores do Municipal com uma inimaginável edição de Pastoralle variée, de Mozart, a qual, por si só, assinalaria o extraordinário virtuosismo da artista, caso fosse a sua primeira apresentação entre nós. Um Mozart admiravelmente concebido, como raramente tem sido executado aqui! Magistrais foram ainda a Sonata Fúnebre e a Polonesa Militar, ambas de Chopin, de quem é intérprete emérita.

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A jovem soprano lírico Neyde Bivar, que vem de participar, com significativo êxito, de um recital da série "Valores Novos", promovida pela Associação Brasileira de Imprensa.

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Apresentando Monique de La Bruchollerie aos respectivos quadros sociais, valorizaram-se expressivamente as atividades da Cultura Artística do Rio de Janeiro, da Sociedade Brasileira de Música de Câmara, da Culcura Artística de Petrópoles e da Orquestra Sinfônica Brasileira. Também desfrutaram do prazer de ouvir a insigne pianista, por intermédio das emissoras do Ministério da Educação e da Prefeitura, as quais, além de promoverem recitais exciusivos, irradiaram os concertos em apreço, afim de que os nossos patrícios não deixassem de se deliciar com a arte inconfundível da encantadora e ilustre embaxatriz da França musical. Monique de La Bruchollerie voltará ao Rio de Janeiro em 46 ou 47, segundo nos declarou, acrescentando: "Levo do Brasil as mais gratas recordações. Permanecerei, então, com mais vagar na hospitaleira metrópole do seu país, onde fui distinguida com inesquecíveis demonstrações de simpatia. Como me cativou a sociedade carioca! Sou particularmente reconhecida à imprensa carioca, a cujas generosas expressões atribuo a acentuada afluência obtida no meu recital de despedida". Voltaremos, muito breve, a escrever sobre a deslumbrante artista francesa, — 36 —

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^mmmt,' Lucy Salles, talentosa jovem pianista, já bastante apreciada por plausíveis atuações em vários recitais e programas radiofônicos.

pois está por pouco tempo o nosso comentário sobre as atrações da temporada de 1945, dentre as quais evidentemente se sobresairam Monique de La Bruchollerie, Madalena Tagliaferro, Stella Roman, Karl Krucger, Erick Kleiber, Cláudio Arrau, Firkunsy, Alberto Spalding e Arnaldo Estrella. Entre as jovens cantoras nacionais, Maria Henriques merece especial menção, pelos progressos que recentemente exteriorizou ao participar da Temporada de Concertos da da Associação Brasileira de Imprensa. X I — 1 9 4 5


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(JiuJüOJò LIVRO dc POESIAS de V. mOOQEN de OLIVEIRA Sob o titulo garretiano de Folhas Caldas, o sr. V. Moogen de Oliveira acaba de publicar, numa edição pee admiradores, uma exquena, destinada a seus amigos celente coletânea de poemas. O poeta que assim fez a sua entrada no mundo das letras pertence à categoria dos escritores para os quais a literatura constitue uma atividade marginal. Nem por isso se acham diminuídos os meritos do escritor.

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O sr. V. Moogen de Oliveira é poeta autêntico, desses com real que sabem valorizar a sua arte e Interpreta-la talento. Poeta à velha maneira, deixa-se impressionar pelos ritmos puros que restauram valores tradiclonarios da lingua portuguesa. O soneto, os pequeno» poemas Íntimos, as breves composições líricas são construídas com inspiração e habilidade técnica. O poeta declara, na dedicatória de seu livro, "culpado" da publique o Acadêmico Afranio Peixoto é o cação de seus versos. Bam haja assim o grande escritor brasileiro que, alem de seus próprios livros, enriquece a literatura nacional com o estimulo aos livros de seus amigos. Como prova desse nosso julgamento, transcreve-

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mos a seguir uma das mais felizes composições do Snr. Moojen de Oliveira:

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Barbara Norton, que é hoje uma das expressões vitoriosas da moderna poesia feminina no Brasil, também tem se destacado como prosadora e jornalista de marcada originalidade. O seu novo livro de poemas que acaba de sair e de que tiramos os singelos e lindos versos intitulaaos dos Crepúsculo, será um êxito igual, sem dúvida, anteriores trabalhos editados, igualmente notáveis. \

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bairro aristocrático aquela casa nobre, de construNO ção caprichosa e grande parque ajardinado, com seus largos portões monumentais e brancas aléas serpeando por entre a beleza adusta de grandes arvores, e seu aspecto de solar fidalgo de alguma velha familia tradicional, não só contrastava com a fisionomia urbanística dos enormes e quadrangulares arranha-céus modernissimos, como servia de ponto de curiosidade quasi doentia da visinhança, gente moderna que já não pode compreender a existência das vastas mansões senhoriais, a não ser nos films, e que considera a suprerr>a expressão de conforto, o morar em um apartamento amontoado sobre, e entre, centenas de residências semelhantes, n'uma estílisação, mais ou menos, luxuosa, das antigas "cabeças de porco", das zonas mais poo

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pulares, onde se acumulava gente de todas as raças e de todas as bitolas morais. /* Aquele palacete severo, mas gracioso nas suas linhas arquitetônicas, com seus torreões envidraçados e suas largas varandas circulares, para onde abriam altas portadas de caprichosos lavores, sempre hermeticamente fechado e silencioso, era como que um riquissimo túmulo gigantesco onde devia fazer, apenas a lembrança de gente de alta posição social, desaparecida na voragem do tempo, e os tesouros que possuíram em vida que devia ter sido faustosa. No bairro, modernisado, poucos sabiam a quem pertencera aquele palacete magnífico, e os que sabiam alguma coisa, tinham só o conhecimento de que fora êle propriedade de uma velha senhora milionária, derradeiro membro de uma grande familia, que morrera já a alguns anos, em avançadissima edade, legando parte de sua imensa fortuna às instituições de caridade, e o restante, à sua afilhada, fiel companheira de seus últimos anos. E mais nada! Os visinhos, que nunca viram uma luz brilhar atravez daqueIas grandes janelas, sempre fechadas; que nunca viram entrar ou sair qualquer visitante, e que 10

RIBEIRO DE

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só viam lá, um jardineiro, e uma creada, já edosa, alem de uma mulher preta, que saia, raramente, e que parecia não ver ninguem, sentiam a curiosidade espicarada, e algumas creadinhas afoitas, industriadas pelas proprias patroas, tentaram muitas vezes arrancar revelações dos fornecedores, do jardineiro ou da velha creada, porem pouco adeanta vam, pois ornais que co\seguiam era saber que aquela mulher de côr, era a depositaria da casa, nela morando sósinha, absolutamente sosinha. Tambem sabiam que a mulher poeta, modesta e simples no trajar, costumava levar auxílios monetarios às casas de caridade da cidade, sempre sem elizer .quem mandava aquelas esmolas, as vezes, vultuosas, sempre discreta e delicada, e sua figura tão pouco vista, acabou por não despertar mais as atenções de ninguém. Tudo seria o contrario se aquela visinhança abelhuda e falastrona, soubesse que aquela preta, alta, magra, de fisionomia indecifravel e maneiras vulgares, sem qualquer traço de beleza peculiares à sua raça, é sem qualquer exterioridade que denunciasse uma educação acima do vulgar da gente do povo, éra a verdadeira proprietária daquela magnifica moradia, mais de uma vez, milionaria, pois era ela, a famosa afilhada a quem a velha senhora legara a maior parte de sua grande fortuna! x i

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-estranhos destinos humaQue nos ! Mariana, assim se cKamava a negra milionária, nascera na casa daquela nobre familia, de uma. serviçal que era filha de uma antiga escrava. À sombra daquele lar suntuoso viu ela os primeiros albores da vida. Da familia ilustre já, só existia, então, uma filha casada, herdeim de todas as tradições do nome e dos bens de seus antepassados. Creatura de coração bondoso e simples, não tendo filhos, já entrada em anos, infeliz com o marido, religiosa e resignada, dedicou-se à creança que nasceu ao abrigo de seu lar. Batisou-a. Educo u-a cuidadosamente, e quando a viu órfã, fez da menina preta a sua companheira querida, a preciosa amiga que havia de amenisar-lhe os sofrimentos físicos de uma velhice acidentada por moléstias dolorosas, a doce confidente de uma viuvez sem saudades mas cheia de recordações amargas. Ao morrer a madrinha, Mariana surpreendeu-se ao saber-se dona de tudo quanto a ela pertencera, como aquela casa magnifica, jóias preciosas e grandes depósitos nos bancos. Sua natureza exquesita não a deixou deslumbrar-se com o acontecimento. Regularmente culta, compreendeu qué a fortuna não lhe poderia mudar as condições fisicas. Viu, inteligentemente, que o mundo continuava, apezar, dos avanços mentais e culturais, a considerar inferior a raça, que era a sua raça, e resolveu viver para si mesma, gosar, sósinha, escondida de todos, os benefícios de sua grande riqueza, não se esquecendo comtudo, dos pobres que a Madrinha a ensinara a amar e proteger. E começou a vida singular de Mariana. Vida que ninguém, a não ser o silencio daqueles enormes salões riquíssimos, dos sumtuosos aposentos mais Íntimos do palacete, conheciam, nem mesmo a velha creada que a conhecia de muitos anos ! Pam essa creada e para o jardineiro, que também cuidava da conservação interna da casa, Mariana, vivia, modestamente n'uma parte térrea do palacete, onde tinha o seu quarto, a sua salinha x

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de estar com seus livros e seus bordados além de uma peauena sala de banho e outra de jantar, nho e outra de jantar. Nesses aposentos a creada só entrava para a limpeza e para servir-lhe as refeições. O resto do tempo Mariana trancava-se à chave, e vivia o seu grande segredo ! Qual seria esse segredo? Mariana, negra, feia, silenciosa, consciente de sua personalidade, presa de um extranho ponto de vista, quando à classificação da sociedade, era, comtudo, Mulher, e estava em plena posse da vida aos 30 anos ! Como todas as mulheres, com rara excepção, ela amava o luxo, o- conforto, o goso das sedas suntuosas e macias, o fulgor das jóias cintilantes, os perfumes embriagantes, a requintada delicia de uma cigarrete egypcia, o sabor de pratos caros e„ dos vinhos preciosos... E Mariana, nas horas diurnas em que desaparecia aos olhos da creada, fechando-se em seus modestos aposentos térreos, e nas longas noites silenciosas, quando todo o bairro dormia sem pensar, sequer em sua existência, vivia a grande vida interior das mulheres ricas e elegantes ! Nessas horas ela vestia as roupas intimas das mais finas sêdas !

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Seu corpo feio, envolvia-se na maciez sensual de veludos e setins. Em suas mãos negras, e sem beleza alguma, brilhavam jóias caríssimas. Passava horas mergulhada na água tepida e perfumada de "uma enorme banheira de mármore rosa. Vestia suntuosos vestidos de cerimonia, e passeiava, sosinha, porém como se estivesse em reunião de gente elegantissima, pelos belos salões iluminados, rebrilhante de espelhos, mas rigorosamente fechados, para que o mundo exterior não podesse deles ver o mais leve reflexo luminoso. Servia-se de iguarias raras e de licores caros, e muitas vezes, estendida em divans de veludo, sobre montões de almofadas, fumava deliciosos cigarretes, sonhando, talvez, que éra uma princeza encantada, formosa, amada. . . invejada. Dormia no largo leito patriarcal, que fora de sua Madrinha, e seu corpo magro, e (Contínua no fim do niímero)

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COMPREENDEM VÍTOR HUGO, TOLSTOI, GHANDI E KRISHNAMURTI BELAHMINO

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fronteiras, alfândegas, barreiras tarifárias, tradições, crenças e religiões estão separando o homem do homem. Que foi criado 'por esla mentalidade de lucro, de separatismo, de salvação, de segurança? Nacionalidades; e onde lia nacionalismo tem que haver guerra. A função das nações ê pwpararcmse para as guerras, de outro modo não podem ser verdadeiras nações. Ê isto qne está acontecendo em todo o mundo e já nos encontramos a beira de outra " guerra Krishnamurti Adyar — índia 1933/1944 P. 26

¦ Não foram esses homens, não foi dessa classe de mental'***^'* que sairam. os inventores e as descobertas dos obietos de utihdade para a humani«'ade. Foram el<*s. entr^nto os criadores dos sistemas de circulação dessas utilidades. Nos sistemas por eles criados, a humanidade deixa nas suas mãos, dez vezes mai«; o valor dos objetos. A este processo explorativo eles chamam, liberdade e direito de viver. Mas é justamente a existência desses sistemas, que transformam a vida natural e cooperativa entre os bomens, em vida explorada. E' este'estado mental que transforma o mundo bom em mundo máu. • O pensamento do mundo civilizado é o pensamento desses homens. Quando o resto do mundo, a massa de explorados, se manifesta para colher os produtos de suas energias eles cortam-lhes o movimento das mãos. dos braços e o curso da própria vida. Esse é o direito do homem civilizado, instruído no habito da posse, do conforto, da força. O mundo futuro, só será melhor, se o for paft todos. Para ser Para todos deve haver reforma de mentalidade. A mentalidade que orienta o atual mundo civilizado, está baseada na força quê destróe. A mentalidade do mundo futuro será baseada na força do entendimento Construtor da liberdade.e felicidade para todos. Os fundamentos da mentalidade que orienta o atual homem civilizado, estão assentes nos errados conceitos de instituições dCcrepitas, cujo espirito é a posse individualista. Este espirito é porem o permanente creador da guerra. O espirito da posse mantém as instituições decrépitas, para separar e explorar a maioria dos homens em beneficio de uma limitada classe considerada superior. O mundo novo, de liberdade e felicidade para todos, já está vigor no pensamento dos homens cuja mentalidade compreende em Vítor Hugo, Tolstoi — Ghandi e Krishnamurti.

lutamos por um mundo melhor? Lutamos por um mundo melhor porque este em que vivemos não é bom. Porque eviPorque dentemente sentimos todos os seus defeitos e necessitamos remover as causas que o tornam máu. Verdadeiramente ainda não estamos lutando para remover as causas que o tornam ruim. Todavia toda a nossa luta individual para ver melhor, será inútil se não removermos em nós próprios essas causas com que fazemos o mundo sofrer. Que devemos fazer para remover em nós próprios, essas causas? Primeiramente descobri-las', localiza-las nos nossos hábitos e costumes mentais. Depois, dissolve-las* anula-las, sem atenção pela sua origem e tradição. Somos nós os portadores das causas que tornam o mundo incapaz de proporcionar a liberdade e a felicidade para todos. Estamos tão mergulhados nessas causas, tão dominados por elas que mui raramente nos apercebemos de ser os seus cultores. Quaes são as causas que fazem o mundo tão ruim, tão egoista e cruel ? Essas causas formam o lastro da nossa mentalidade de civilizado. Quando pregamos a sinceridade em todos os ramos das nossas atividades, comumente, somos inconcientes da nossa hipocrisia.. Ensináram-nos a ser honestos somente na direção particular dos nossos interesses. Essa forma particular de honestidade, nos obriga a ser desonestos nos negócios, e na própria familia. A honestidade que conhecemos, que estamos habituados a usar, só reconhece o direito alheio quando este pode beneficiar primeiramente o nosso próprio direito. Não usamos portanto a honestidade real do entendimento. Usamos a honestidade limitada pelo interesse. Negar este aspecto da nossa mentalidade é não saber raciocinar. Quando falamos num mundo melhor, não estamos vendo o sofrimento do nosso visinho, estamos vendo a nossa neccss-.dade de um melhor padrão de vida. Se não fosse assim que pensássemos não teríamos produzidos o mundo ruim que aí está. Se queremos um mundo melhor, devemos pensar em melhorar o nosso entendimento, em relação aos que trabalham para nós ou em nossa companhia. E' aqui que está a chave do mundo melhor Isto é, o mundo melhor, para todos e não somente que aspiramos. 'que assumimos posição de mando, de autoridade e de para nós nossa dados pelas posição social. poder Uma casa de familia, é uma nação em pequeníssima escala, é tambem uma empreza com todos os órgãos administrativos do poder do mundo. E' no lar do homem, esposo ou pae, que se pode começar b estudo das cousas que produzem o mundo mau. E' o pae ou esposo, que não estando preparado para despertar o entendimento nos filhos e nos empregados, quem dá começo ao mundo mau. E' aí, no lar, que se abusa da vaidade da violência e do desprezo pelos que prestam serviço. E' no lar ou no negocio que o homem ou a mulher pode verificar se as causas do mundo mau estão fora ou dentro da sua própria mentalidade. E' aí, que podemo? descobrir, nos nossos hábitos mentais, se somos, fátuos, estupidos e cruéis, impondo aos demais, condições, as quais, nós ¦ próprios não nos subordinamos. Por comodidade, por conveniência econômica- e por astucia o homem culto e civilizado, cria para si e para os seus, padrões de vida incompatíveis com a verdade, com a sinceridade, com a razão. E aquel-s que dele recebe a educação perdem por cunipleto a oportunidade de aprender a realidade sobre a vida. São esses felieiassim, os que difiVultam. por toda a parte a liberdade e a esno "'ente enclausurada de essas São dade do mundo. pessoas deliberam treito âmbito de interessei: aquisitivos individualistas, que dos demais. sobre o interesse c consequentemente sobre a sorte O

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^ VONTADE ENTRE OS HOMENS .^ de i canhões, lingues vermelhas atirando fogo às massas, barulho ensurdecedor TROAR de metralhas enlouquecendo homens, gri- tos lancinantes de mulheres e crianças assistindo a derrocada de seus lares e a mutilação de seus entes, e o soldado levado como autômato para esses campos de devastação, de destruição, que a guerra faz com o materialismo de outros homens esquecidos nos momentos de prazeres, de egoismo, de cobiça, da figura admirável e santa "PAZ E de Jesus que pregou aos seus filhos: BOA VONTADE ENTRE VÓS"! E alucinados com o ruido dos pássaros metálicos que eliminam toldando o céu, sentindo o horror desses momentos tétricos <\nde a morte paira com a's suas garras aduncas levando para si, poetas que cantavam a terra, médicos que salvavam vidas, professores que formavam moços, artistas que perpetuavam as belezas da existência, operários que enriqueci; m indústrias, sacerdotes que salvavam almas, eles, nesses momentos patéticos como constatou o capelão americano Soren, na Itália e que em uma entrevista teve ocasião de dizer: "O soldado sente um grande desamparo. Sendo uma insignificância na imensidade da guerra, êle se inclina para um poder que já conhece, que é o poder da Providência Divina. Torna-se mais achegado a Deus e aprende a confiar em Deus. Êle encontra também um bálsamo e uma satisfação íntima, que em tempo de paz a religião não lhe dá. Na vida comum são tantas as fontes onde abeberar inspiração e alento que a religião não ass.ume a mesma importância que na guerra, onde não há, fora dela conforto do espirito e da alma. Nessas condições, o soldado encontra na experiência religiosa, que todos sem dúvida têm. um influxo, que se reveste de um valor até então desconhecido para êle. Na guerra, ao invés de materializar-se e animalizar-se, na preocupação da sobrevivência, o homem torna-se mr.is sensível, porque os seus conhecimentos religiosos acodem-lhe ao espírito com mais realidade e riqueza e êle contempla a religião não como um dogma ou uma associação religiosa, mas como uma força íntima, um impulso, um sustcntáculo, enfim, para sua vida psicológica". E, ai, está a força de Deus. Ninguém a pode dontestar. .. Qual hereje, conhecendo o fato abaixo transcrirío, poderá continuar indiferente às forças divinas7 Em um dos campos de batalha na Itália, num dos ataques de Monte Castelo, presenciou o capelão Soren quando fazia a identificação dc 17 corpos de soldados mortos, um fato edificante. Ao tocar em um deles, notou que havia, colado em a sua face que se decompunha na podridão da matéria, um pequeno livra X I — 1 9 4 5

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aberto. Curioso, procurou vêr do que se tratava, e. comovido, sem noder mesmo conter as lágrimas, verificou ser o Novo Testamento... Procurara o soldado, num último gesto, em um esforço derradeiro de vida aue fugia, saciar a sede do espírito encontrando inspiração e conforto no livro ¦ da verdade eterna... A página que estava unida ao "O seu rosto putrefato era a do Salmo 93, que diz: Senhor é o meu Pastor, nada me faltará" Ela mostrava mais uma ^ez ao homem, a 'insignificância do corpo que se desmancha na terra e a grandeza do espírito que se eleva para Deus. . . Diz em a sua entrevista, o capelão Soren. que, conquanto não seja do regulamento, foi sepultado com o corpo, o Novo Testamento... E, ainda disse "A mais: guerra é o ambiente ideal para-estudar-se a psicologia humana. Nela, o homem perde as convenções sociais e vale o peso exato dos seus valores morais, físicos e espirituais... Este quadro eloqüente, bem vale em o momento "toque" de alvorada para todos presente, de um aqueles que se esquecem de Deus malbaratando o tesouro da alma com exemplos pecaminosos, com o enfraquecimento do caráter e da moral. Mês de Santa Tereza de Jesus, 2 de 1945.

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"Trio Mixtéco", CARMEN MOLINA e seus irmãos do as IRMÃS ARAGON e YOLANDA VARGA são as fio''Irmãos res de emoção e arte que, ao lado dos "boi"show" da Que/ro/o", enobrecem e enfeitam o "Alucinaçõo de ébrio", te" do Posto ó onde o quadro e um friso coreografico de irradiante bom humor

e vivacidade

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César Ladeira

Devemos registrar com agrado qu». a Rádio Globoj melhora sensivelmen-' te o seu quadrlo artistico. Dircinha Batista vem fazendo um barulho ensurdecedor com a piateia quando canta na Tupi. Vamos ter novamente as gracinhas do Paulo Gracindo, na Nacional. O Ladeira comemorando o decimp| segundo de sua permanência na Mairink apresentou-nos um programia bem medíocre. E se Ranchinho e Alvarenga dessem um pulo a Buenos Aires, por exemplo ? Patricio Teixeira voltou ao micraf one. O que ? Ninguém mais espera novidades de "folklore" no repertório de Dilu >|| Melo. | C-jrdelra, Ferreira continua chorando muito nos papeis teatrias da P.R.A.-9.

HUMORISMO Registramos sempre a falta de Uons humojristas no rádio carioca. Ainda agora, vimos a Nacional para substituir o Gracindo num pulo aos Estados Unidos, solicitar ao Brandão Filho,, a sua presença na cartaz. Foi um desastre, pois o antigo centro domico dos teatros da praça Tiradentes estava fora de forma, muito embora, na falta de graça, substituisse com justeza o Paulo. SAMBA Notaram como a samba, a música brasileira, recanto das nossas ettnoções, vem sendo boicotada no rádio ? A que devemos isso ? A verdade é, que, mesmo os seus grandes interpretes apreciam agora mais os boleros sentimentais, as músicas portenhas, numa demonstração, das mais puras, que preferem mais o que vem importado, seimi necessidade alguma dos suburbios de Buenos e das tascas mexicanas. Gomo e por que ? TEATRO POLICIAL Develmos considerar que o teatro de fio policial, em meio às comédias e novelas incriveis, era apreciado e revelava estudos e cuidados especiais dias seus autores e responsáveis. Ultimamente.,entretanto, d que vem sendo apresentado, mesmo o do programa Case, que era dos melhores, é desagradável, mai dosido. revelando, apenas, desatenção na escolha das peças, com os enredos. Não< seria demais, portanto, que a situação fosse melhorada, bastando, para isso, to restabelecimento daquele velho "elaru" do(s primeiros meses. O

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Dilú Melo CHARGES POLÍTICAS Tem havido interessantes charges políticas no rádio. E quando eram apresentadas, sem ofensas diretas e desairosas aos homens do dia, eram apreciadas. Mas, com a volta da Pimpinela, refluíram com mais pimenta, com muita maldade, e sobretudo, muita grosseria, de sorte a sacrificarem os programas apresentados pela Tupi. Há certa confusão, possivehniente, entre democracia, com licenciosidade de critica e de ofensas, com que o publico anda em desacordo...

TRISTE VIAGEM DE VOLTA BRODCASTING EM REVISTA um largio foguetorio de puanunciam, certos arblicidade COM tistas de rádio, a sua ida aos Estados Unidos, de onde, antes da época marcada, regressam! meios soContratos folgaturnois e calados. dos em ouro, — falam aos jornais •— e o regresso quieto e pacifico, antes do praso prefixado, sem que os notaveis do "broadcastlng" tragam para as suas estações, talvez aborrecidos com os fatos, pelo menos programas novos e sadios, numa época em que as emissoras gastam artisticamente oaterial, velho e insuportável. ser Ainda não medimos a razão de"erada volta, com antecipação, dos cks" do rádio, da terra em que Carconseguiu vencer. men Miranda não sejam as todavia, crer, Queremos "tests", que venham faprovas, os zendo isso, pela certa qualidade artistica com que contam os viajantes, muito menos do que julgam possuirem em verdade. De qualquer forma, esta gente deve ter visitado uma emissora de bom "triste viagem quilate, e poderia na de volta" trazer alguma coisa de agradável, de moderno para mostrar nos seus estúdios. Seria essa a maneira mais suave de se desfazerem dos complexos da volta, e de mostrarem que apreciam de fato os ouvintes da sua estação. FRANCISCO -GALVÃO

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PLATÉIA As estações de bom quilate ultimamente preferem as palmas das piateias alo conceito do publico. Devemos ver comoi os animadores entre, meiam os seus comentários com risadas gostosas, com piadas para o publico que se domprime nas cadeiras. Não queremos censurar a atenção bem merecida dos que ali se encojntram, mas devemos chamar a atençãlo, ainda com! tempo, para o fato de que o publico de» fora também está ouvindo. — 50 —

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Eis aí um programa vivo da Nacional, prejudicado dom as piadas imorais do Jararaca. A:g domingos, quando êle se ouve, a população, que se encontr-a prejudicada com, a falta de prtograrr.as bons no dia em que está de pijamas, sente a falta de cuidado da direção- da Nacional, 5ue poderia substituir as graças pesadas do Jararaca, afim de que não tenha prejuiso a estação dos 22 andares. E, c:;m a certeza de que as famílias gostariam mais que as anedotas e as suas quadras picant-ss deixassem de ser ipresentadas numa emissora do nivel da Nacional.

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tro de Kolynos na escova seca fa-

servam mais sãos e formosos com o uso de Kolynos. Isto se deve à

rá com que a sua boca sugira sempre esta impressão de saúde, atra-

desse creme den-

vés da qual se irradiará a simpatia da sua personalidade.

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ação antissética

tal! A borbulhante espuma que produz uma pequena quantidade de Kolynos penetra em todos os recantos da

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limpando-a com-

pletamente e proporcionando um hálito fresco c puro. Um centíme-

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SUPLEMENTO FEMININO Por

cotado e rodadissima saia. Muito bonito, mais ainda pelo donaire de quem o apresentava. Crônicas e crônicas são distribuídas notificando-se o que Paris aconselha ás mulheres de após guerra na de vestir. N um a delas, assinada Marie Therese, lemos por que todo o esforço dos modelistas está em integrar a mulher no seu papel de absoluta feminilidade, e assim dando-lhe oportunidade de usar trajes vaporosos, adornados com pregas, bordados, folhos, fitas, rendas, flores, e o mais.. . Contudo, ainda «¦'-''• isslssssssF a\mti não reina absoluta harmonia em tão divina arte, mesmo porque são numerosos, mesmo agora, os conjuntos Kesnv . 'iSasflaBlri^ mmkwàw, cujas jaquetas ostentam os quatro bolsos da túnica dos militares, galões dos capotes "adornos e muitos outros Saia escocesa, blusa unida, cinto de couro e anéis dourados — traje do que recordam as insignias das três armas". Tais conVogue americano, especial para gente moça. Bonito e acuai. juntos, na França, são, de continuo, talhados nàs cores da bandeira francesa. Os ;grandes costureiros acretitam A leitora está interessada na moda que isso será passageiro, pois o verparisiense ? dadeiro propósito reside «BO dar á Na certa, porque, além de tudo. é a o traje vaporoso. feminino a mulher o novidade das novidades, justo que de valorizar-se a beleza, valer, afim agrada ao sexo gentil. tudo a que a fez tão delicada graça, Desfiles e mais desfile:-; de grandes "tro"toiletes" e vestidos no sedutora num e passado que não vai gênero longe. tteur" têm sido feitos, e, muito emMaria Teresa prosegue: bora muita cousa deixe a desejar, mesEm Paris está na moda o 'traje mo porque a carioca já sabe trajar-se linda e apropriadamente e entende do alfaiate, clássico, o de estilo "sport" com blusa branca ou de côr. casacos que quer, frizando, assim, o que escolhe de um cunho rigoroso de persode agasalho de corte reto. Para os nalidade, estiveram magníficos, com dias .quentes os tecidos são leves. especialidade no que diz respeito á Na coleção de Schiaparellí temos indumentária de "grand soir", des- visto modelos graciosos feitos com lumbrante de adornos, de talhe, de linho. O "ensamble" composto de finura e de excesso de fazenda. . . vestido de tonalidade suave e casaco escuro forrado com o pano do vesUma das assistentes exibia, aliás, numa das noites elegantes dos manetido é um dos êxitos da temporada. O preto sempre na ordem do dia. E quins vivos nos salões do Copacabana Palace, um dos trajes importados, o o vestido vaporoso, ligeiramente decotado, é indicado para jantar. —• qual era um longo vestido de cetim rosa esmaecido, de corpete muito de- Trajes curtos, porém sem exagero.

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Saias amplas, com pregas ou "godets". Quadriculados de toda a especie e matizes. Os modelos de Lelong são, em geral, drapeados nos quadis. Mareei Rochas prefere os babados. e Bruyere ostenta insignias bizarras. Paquim adota drapeados nos ombros, e Piquet apresenta vestidos de casa muito compridos e elegantes. Hieim lança honitezas para "Jeep'\ gente moça. Worth criou um traje onde figura um cinto com pequenas placas de cigarros ingleses e americanos. Paris trabalha io**nsamente, tra« balha apesar da vida difícil, da falta de tudo. Mas teima e consegue milagres porque é um povo que nasceu com o dom de transformar num mundo um pequeno grão de areia... Eis, leitora amiga, as novidades que vai lêr com intresse, as quais nos são fornecidas gentilmente pela "Atlantic Pacific Press Agency",

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Vestido preto, mangas de crêpe rosa " fraco — composição dramatic'', distribuida por ]. L. F. Originais — N. York.

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Para a festa de formatura Peggy Ann, da Fox, aconselha este lindo traje de organdí branco com bolinhas estampadas, fita de veludo preto ou azul rei.

COMO VESTEM AS ESTRELAS afl^. rtSSSSm

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Uma gravata listrada — branco e verde forte — completa a blusa branca e fornece originalidade ao "tailleur" cinza, criado por Travis Banton para Ella Raines, da Universal. O

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i Blusa branca listrada de marinho, blusão ''beige", saia marinho — composição para jovens.

O mais recente "maillot" de Kathleen 0'Malley, da Universal.

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WW Marinho e vermelho escuro — "toilette" prática, apresentada por Martha Holliday, da RKO. 55 —

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9^mm^ o mais esquisito "turban ^*7^ beret" está aqui assinado — B^^^ Carnegte.


SEGREDOS

DE

BELEZA

DE

HOLLYWOOD Por MAX FACTOR JR. "make-up' (Famoso conselheiro de das estrelas do cinéna) O "MAKE-UP" DAS ESTRELAS. Não são poucas as mulheres que suHollywood põem que as artistas de "make-up usam, na vidia privada, aplicado por técnico1, e tal corno o que apresentam na téla. Eis uma falsa idéia, Dorothy Lamour, Ann Sheridan, Virgínia Bruce, etc., toda essa gente do belo sexo que trabalha no cinema emprega, nas horas norparticularmente e"make-up" mais, o mesmo que as Só para figuracutras mulheres. "cameras" são retorem diante das "maquillage". cadas pelos artistas do .<

Por que ? Por que, então, ao que se propála, o "make-up" de todos os dias dessas estréias é mais importante que o outro ? Isso é mesmo verdade ? Vamos tratar da primeira pergunta: sim, o "make-up" fóra de cêna é geralmente superior ao destinado ao trabalho. A principal razão é que o de cá de fóra exige meticulosidáde impar, requerendo detalhes tais que a menor ausência de um só deles pode resultar num desastre no aspecto que se tenciana apresentar uniforme. "make-up" Um exemplo: aplicar em sem a base preliminar redunda "glamoerro flagrante, e o soberbo_ rous" das estrelas da téla não admite semelhante descuido. Precisão

Aqui está T-eresa Wright, artista talentosa de Hollywood, utilizando-se de um pincel para pintar os lábios, tal como o íaz a maioria das estrelas do cinema.

exatidão' no Precisão, ou meihor, "make-up" semfato de utilizar-se de pre distingue uma boa ou má discípula da divina arte os de"pintar-se. Tudo vem num ritmo importante desde nosto: da limpeza e base ao "rouge" preparos iniciais do"bâton", ao pó que se espalha de man.i local exato, ao neira correta, à sombra para os olhos, quando necessaria. Aplicar q "make-up" de forma perfeita provém de conhecimentos firmes do assunto. Se os olhos são de desenho oval, torna-se mistér alongá-los par meio de um lápis indicado para tal fim. Se não o são, uma sombra processada caíra o mesmo material e melhor maes-

NOVIDADES

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PARÁ PRESENTES!

tría vai transmitir a ilusão de que são mais abertos. O "Eyelash Make-Up" resolve a contento d problema de Correção dos olhos. Contudo, o assunto "maquillage" para ser bem solucionado requer um estudo inicial acurado de vccê em você própria, leitora. Se se tornar indecisa, consulte um técnicio. Capacite-se de que nada brilhará na sua aparer.cia se não souber compor os cabêlos, cultivar o esbelto da silhueta, o "Make-up" tão regular, tão aproximado do natural corra} se fôsse movido por varinha magica... APARELHOS PARA JANTAR. CHA E CAFÉ., FAQUEIROS. CRISTAIS PORCELANAS. PRATARIAS. BRONZES E OBJETOS DE ARTE

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Fiía de veludo negro, flores viçosas — adorno para penteado com cabelos soltos e gente muito jovem.

G r in c> l da de mar. garidas de côres num p e n t e cc¦do alto.

Modernissimo vestido estivai, feito com "shantung" preto. Para uso à noite. Modêlo de Bonwit Teller (Nova York).

no clássico Vestido tipo "sport". Modelo de Dorall (N. York).

Vestido para jantar e / "'. ,1, 1 ' . dansar, ¦ talhado em * em i "rayon" esponjoso. (MaJI ' ¦ i * (Mo*A^r >W 'f. / jgy dêlo delo de A. Stevens — J I „ Chicago). Chicago). Mfi / X

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/•na mm-&\ 4*~Mm Duas sühuetas atuais, vesti _msm\m*It\i*igK^X^.-^ÉyS ctos de "1aille" ™&rinho fBJ K..tH" ¦¦''•¦ //rf^í' respectivamente. / ^^BfcfrSx j|i ^Èj^j^^flHr -preta, JUp^^írjto^jK... ... ^^^BS^^ Chapéus de palha com adorM^^fl .,.$.,,;<-.*" ' y- •¦

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Altman (N. York) este boniy-nçou £° vestido de Qanibraia listrada Para gente moça °ailar durante as n°it.ss cálidas do verão.

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Para cerimônias a boquinha da noite é este traje 'de "faille" preta, da lavra de Altman (Philadélphia). Flores nos cabelos e como brincos. Conjunto faceiro, original, produzindo de "femme - um que na fatale" silhueta.

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Estão sendo impostas e recebidas com agrado as pinturas murais, com êxito maior as de carater moderno, tal qual as gravuras reproduzem colorido suave de azul-verde pondo em relevo uns toques de cereja velha. Alguns estilos frizam os moveis, a principiar pela mesa talhada em madeira escura, segundo se usou no periodo da Rainha Anna, cadeiras Hitchcock, pintada de amarelo, vasos de Briston e um relogio antigo, da Pensilvania, sobre o fogão,

DECORÀCÀO

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Eis outro ângulo da sala de jantar. Leves cortinas de "marquisette" branca atenuam a luz que bate em cheio na vidraça da janela. Tapetes tecidos á mão: fundo "beije", desenhos côr de i cereja, amarelo e azul-verde, correspondendo ...•¦:_ \ | aos tons das pinturas das paredes. ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦IhI *1 zJb ri rsisw,dfeiiec£mos^^B5^^^^T^'™™S^5^^BBi 0fÇ#ECEMOS ®\'i j Lr?T^®ldI w ! TAPETESMOVEIS¦¦S3I 0RÇAMEMT0S orcamemtos¦Kw,^:¦¦ ¦¦•.,,.•¦¦¦.¦:" , fflBSSffia": IMKaf GRÁTIS g r at i s • GRUPOS ESTOFADOS tr-'' •'?¦.v /.''' $ m ^VA ^ lw it J ^ ^MLWv,: «miI *'-V §•'vV3aBKwK9m»nalH3H»^'^ :'imiB Soeiwi^F

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atrair, o ladrão, respondeu marcando encontro rai Milão. Eis que surge este em Fio¦rença em 20 de dezembro, disposto a li" Hotel quidar o negócio, hospedando-se no Tripolitânia". Lá comparecendo, o antiqua-

Roubos Famosos roubo do quadro de Monet no Museu O Nacional de Buenos Aires, abre-nos ensejo para relembrar outro não menos sensacional, que abalou por dois anos a curiosidade pública. Referimo-nos ao roubo da Gioconda, em 1911. Tentemos rememoraIo : Em 21 de Agosto daquele ano, uma se-

rio e o professor defrontaram Vicenzo Perúggia, antigo operário vidraceiro do Louvre. Este, depois de abrir um pequeno cofre antigo de madeira com algumas roupas c calçados velhos, tira de um fundo falso a

gunda-feira, dia em que, como é sabido, os museus de toda a parte costumam manter-se fechados ao público, dois operários do Lou" Salon Carré" às sete vre, ao. passar pelo horas da manhã notaram a ausência do quadro de Leonardo. O fatq, no entanto, não os intrigou. Mais tarde, dois conhecidos pin-

tábua de 77 por 53 centímetros, onde Leonardo executou a célebre pintura. Um rápido exame de Poggi constatou a autenticidade da obra. A um sinal convencionado surgem no quarto inspetores da policia; Perúggia está preso. Em seu poder encontraram uma lista de endereços bastante expressiva: Cairegie, Morgan, Rockfeller e outros milionarios colecionadores. O "patriotismo" de

tores, um deles especializado em motivos tirados do próprio ambiente do Louvre, dispuzeram-se a prosseguir seus trabalhos para tanto instalando os respectivos cavaletes. Jean Beraud — era uin deles — ao notar

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Perrúggia estava disposto a largas concessoes.. . A "Gioconda" havia ficado oculta num " Hospice Saint quarto pobre da Rua do Louis", passando depois para outro da " Rue

a ausência da pintura comunicou o fato à administração, que deu imediato alarma. Não obstante os esforços da polícia, a Gioconda não apareceu. Encontraram, sim. pedaços de vidro, o cordel do quadro é outros vestígios no trajeto que conduz ao Cais do Louvre, passando pela " Cour Visconti". E foi tudo que se conseguiu. O número de "LTlustration" dessa» data promete um prê mio a quem levasse o quatro à redação, e mesmo — promessa estranha — garante imunidade ao ladrão, caso se apresentasse. A direção do Museu, fazer para qualquer coisa, estabeleceu uin novo serviço de vigilancia noturna, com cães de guarda nas galerias. O tempo passou c o assunto saiu do cartaz. Nos primeros dias de Dezembro de 1913, o antiquario italiano Alfredo Geri recebe em Florença uma carta de Paris assinada " Leonardo", escrita em italiano. Diz assim " A | obra-prima está comigo; devolvê-la à terra de onde veio, eis o meu sonho". O antiquario comunicou o fato ao Professor Poggi, ¦ i diretor dos Museus de Florença, o qual, par?

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governo italiano, reconhecendo a legititnidade da posse da França, pois a p ntura havia sido comprada a seu autor por Francisco I, devolveu-a imediatamente. E depois de alguns dias de exposição na " Escola de Belas Artes" a Gioconda voltou às

SANGUE PRECISA SER LIMPO?

Use o REMÉDIO OE S. LÁZARO Anti s.lilitico e Anti-rcumatico.

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paredes do Louvre, em 1914, de onde por duas vezes mais foi retirada, rumo a um abrigo subterrâneo: em 1915 e 1939.

Depositários*

ARAÚJO Rua

FREITAS

Conselheiro

& CIA. 41

Saraiva,

Rio de Janeiro

TÔNICO INFANTIL é o tônico ' de seu filho porque: Além de ser de paladar sabo-_ roso, engorda e fortifica; Além de dar saúde ao corpo, dispõe para os estudos; TÔNICO INFANTIL, o tônico das crianças.

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MENDIGO tal qual um mendigo, SOUque anda de porta em porta a esmolar: Dai-me um pouco de carinho... um pouco de amor... um pouco de tudo... Mas, as minhas súplicas são vãs! As portas se fecham à minha frente e aquelas que me atendem dizem simplesmente: Deus tenha compaixão de ti... Parto cabisbaixo, sem ânimo para viver! Nada tenho, nada me dão! Sou um mendigo de amor... Aquelas a quem imploro a migalha de um afeto, viram-mt as costas, dão-me o desprezo, despedaçam-me o coração. E assim, tal qual um mendigo que anda sujo, esfarrapado e sem casa para morar, eu continuo a minha penitência; a bater de porta em porta, a impiorar a esmola de um coração: Dai-me, senhora, uma migalha do vosso carinho... para um pobre sem amor!

Um dia, em 1925...

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ao Brasil um aparelho CHEGOU refrigerador ^ G. E. hernovo: o mèticamente fechado. Não uma simpies geladeira elétrica mas, sim, algo que representava o fruto de muitos anos de pesquisas. O Novo Refrigerador chegou e venceu. Apreciado e popularizado, confirmou a tradição do monograma G-E e ocupou, no seu lar, um lugar difícil de substituir. Trate-o com a consideração que lhe merece um amigo fiel e dedicado e assim êle o servirá por muito mais tempo, mesmo' porque — no momento — a General Electric ainda está mobilizada para o esforço de guerra.

TRISTEZA Que mais eu TRISTEZA... poderia sentir, se náo vieste para o meu amor? Tristeza... Tudo fala dessa tristeza que sinto da tua ausência; a tarde sem sol, ameaçando chuva, os pássaros recolhendo-se a florestas imensas, os transeun/tes apressados, a fugirem do temporal que se aproxima... enfim, tudo isso fala da tristeza que sinto de tua ausência... Unicamente só, aqui me encontro isolado do resto do mundo, para revelar-te nestas simpies palavras, a tristeza com que encheste a minha alma...

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Ouçam todas as quartas-feiras, às 16 horas, na Rádio Nacional, PRE-8, na freqüência tle 980 kcs., "BAZAR FEMININO" com HELENA B. SANCIRARDI. O/erla da General Eleclric.

...Encabece sua lista de compras com um refrigerador G-E de apósguerra, no qual serão incorporados os aperfeiçoamentos técnicos que a ciência obteve nestes últimos anos.

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GENERAL ü ELECTRIC

CEDRIC DE MAURO

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Direção de Ghô-Ghô 5.° TORNEIO — OUTUBRO E NOVEMBRO 2.a Parte

3- A mentira, quando se profere com meiguice, é mais acreditada. 2. Matsuk — Rio

Fazendo uma cortesia, Como gente de alto tom, Disse o ébrio com ironia: — Mas eu, amanhã, estou bom... João Fogaça — (Mendes) * * *

* *

* *

Charadas Novíssimas — 22 a 27 Traçar com toda atenção os planos da vitória, foi o maior prodígio do "Big-Three". 1-2. Havaneza — Curitiba — Paraná

PALAVRAS CRUZADAS Enigma N.° 1 — Baldan (Rio)

3- A sinceridade faz o homem delicado. 2. João da Roça — (Nazaré da Mata) +

3- O preferido

*

* *

*

O chefe da Igreja Católica, antes da refeição da noite, admira a estrela Vésper. 2-2. Teimo — Ric

Enigma

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é sempre difícil. 2. Lucilva — Rio *

Pitoresco — 39 Dedicado ao Auvray.

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A autora desta charada remunera com um lindo prêmio quem decifralá. 1-3. Gatinha Preta — Rio +

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Tinha razão o preguiçoso quando fez explodir a bomba. 1-2. Mineirinha — B. Horizonte *

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Ao confrade "O Chicharro". Aceite um abraço e um rústico carapau grande do colega Portela. 1-2. Portela — Rio * *

sagrado, pois quantidade de

embrulho é Este cortem uma grande pão bento. 2-2. #

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Charadas Casais — 28 a 33 O paludismo é mais nocivo que o tifo? 3. Bisturí — (R. Preto — São Paulo) *

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Ao Aladim. Nesta composição literária notase que tens boa caligrafia. 3. Navlig — Rio * * Uso ao meu livre arbítrio, uma espécie de túnica sem mangas. 3. Aco — (S. Manoel — S. Paulo) *

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Todos os anos, grande número de turista freqüenta esta região. 2. Édipo — (Matão — S. Paulo) * * Charadas Sincopadas — 34 a 38 3- Este joão-ninguém é parecido com um boneco. 2. Miss Tila — Rio * * 3- No sertão costumam chamar de asneira uma quantidade insignificante. 2. R. Tatagiba — (Goiânia — Goiáz)

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40 Charada em verso — — 1 Ela um tiposinho tosco, Para mim vale um milhão; — 1 E' a estrela que tem no brilho Toda a minha inspiração. Formiga Leão — (Aracaju — Sergipe)

* * *

Logogrifo em verso — 41 (Ao Walmar, por ter errado...) Encontrando numa rua, Uma velha que passava, Um pau-dágua que flutua, 10-9-3-1 Por mania esta alinhava: 3-4-2-10-3-8 Nunca vi "mulher" tão feia! 9-1-7-8-6 Rosna êle por brinquedo. Ela. ligeira, aparteia: 5-7-10-9-3-8 E eu um "homem" tão bèbedo! 10-2-10-3-9

PÍLULAS fl JM____>^rf_*_P' * Ír4

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É ladeirento o caminho que vai ao cume do morro. 3. Riva de Mir — (Goiânia — Goiáz)

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Nesta habitação tem um jogo infantil de cinco pcdriniias, que acho interessante. 2. Jotapê — (C. do Jordão — S. Paulo) *

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(PltULAS DE PAPAINA PODOPHYLINA) Empregada, do

eitomago,

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com succts.o nas molettiai figado ou int.it,-oi. Eim

pílulas, além de tônicas, tão índícad-i na> dispepiiai, doret de cabeça, molettiai do Figado e pritão de ventre. São um poderoto digestivo e regulariiador dat funeções

Horizontais: 1 — Riachinho que desemboca no oceano. 5 — Embarcação pequena de dois mastros e vela latina. 7 — Outra coisa. 8 — Constelação de sete estrelas. 10 — Gesto; postura. 11 — Bandeira; partido. 12 Folha de palma na Índia port. 14 Almas dos mortos. 16 — Homem que sabe fingir. 17 — Grosso calabre do navio. 18 — Penhasco, brenha. 19 — Gracejar. 20 — (Edgard). Poeta e romancista americano, m. 1849. 21 Filha do rio Inacho. 22 — Corroer; gastar. 24 — Tecido finíssimo. 25 — Espécie de tubarão. 27 — Mistura de argila e água. Verticais: 1 — Carta de jogar com um só ponto marcado. 2 — Armadilha de apanhar coelhos e perdizes. 3 Polir; alisar. 4 — Nome feminino. 5 — Forma arcaica do artigo "o". 6 Aceita; usa. 7 — Rio da Beira Baixa (Port.). 9 — Encômio; gabo. 10 — Paixão; entusiasmo. 11 — Dez dezenas. 13 — Erva medicinal. 15 — Nada. 16 — Unidade das medidas agrárias, equivalente a 100 metros quadrados. 18 — Praça pública na antiga Roma. 20 — Mamífero roedor. 23 — Muitos. 24 — Astro, sol entre os egípcios.

CUPAO

DE

INSCRIÇÃO

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A VENDA EM TODAS AS PHARMACIAS Depositários : JOÀO BAPTISTA DA FONSECA Vidro 2Í500. pelo Correio 3(000 Rio de Janeiro Rua Acra, 38

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Pseudônimo Residência Cidade

Estado X I —

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Enigma N:° 2 — Miss Tila (Rio)

blicação de fascículos com torneios charadísticos sob a direção do veterano e exímio charadista Sylvio Alves. Moderna, original e muito bem organisada, a "caçula" terá, por certo, o apoio, integral do mundo charadístico. * * * BRASIL ENIGMISTA N.° 5 Uiil nas Assaduras, broloejas, "Coceiras", frieiras, irrifações na pele, "Suores" eezemas, sarna, queimaduras do sol etc. Sendo um poderoso auxiliar na conservação da pele e na loliçlíe das senhoras.

Está ém circulação o número de Setembro do excelente mensário cspecialisado, e ditado pela Aliança Brasileira Enigmista, repleto de atrações. Agradecemos o exemplar que gentilmente nos foi enviado.

M"S'7rLA Horizontais: 1 — Aportar; desembarcar. 6 — O mesmo que chega-evira. 7 — Essencial; fundamental. 9 — Absurda; incoerente. 10 — o mesmo que "Cairi" (pl.). 11 — Kistória ou narração organisada ano por ano. 12 — Espesso; denso. Verticais: 1 — Ferver em borbotões. 2 —• Causa; determina. 3 — Batatas doces. 4 — Plantas medicinais. 5 — Dito jactancioso ou burlesco. 7 — O travor e gôsto adstringente da fruta verde. 8 — Parte do edifício que se prolonga de um ou de outro lado do corpo principal. COLABORAÇAO Recebemos e ficamos gratos pelos bons trabalhos enviados por: João Fogaça — Matsuk — Walmar — Jacintho Feiisale — João da Roça — Mineirinha — Sertanejo II — Leopoã •— Fusnho — Havaneza. "VIDA" Esta interessante revista carioca, Iniciou em setembro p. findo, a pu-

CORRESPONDÊNCIA Adelia Bomfim (Rio) — Queira, por gentileza, nos dar seu endereço, pois o espaço que temos aqui é exíguo. João Fogaça; Ciro FjinaUs; fWalmar, Leopos; Fone; Gatinha Preta e Melagro — Sensibilizados, agradecemos pelo estimulo e referências amaveis feitas pelos estimados confrades. Raivo Uvas (Rio) — Há muito aguardavamos sua volta, pois não compreendíamos a ausência do amigo. Ueniri e Asuréa D'Alva )Rio) — Inscritos com muito prazer. Imára (Rio) — Queira aceitar os nossos sinceros agradecimentos. Matsuk (Ri).— o amigo não deixa de ter razão; porém, o espaço que dispomos, obriga-nos a racionar muita coisa bôa. Erratas — N.° 69 — Outubro Log. em verso N.° 20 — A segunda parcial é elegante. Palavras Cruzadas — Devido a engano, os "clichês" saíram trocados.

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Preceito

do

Dia

Para que servem os ocultos Os óculos são vidros de aumento (lentes) que se usam para corrigir defeitos da visão. O tipo de lentes varia com a correçio a fazer. O uso de óculos inadequados agrava o dííeito que se quer corrigir e pode trazer outros. Ao oculista, unicamente, cabe indicar os óculos de que o indivíduo precisa. Só use óculos que. lhe tenham sido receitados por um médico óculista. SNES.

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A MARSELHESA hino nacional dos Franceses, que Rouget de O Lisle, capitão de engenharia, compoz durante a noite de 26 de Abril de 1792, chamou-se, primeiramente, Canto de guerra para o Exército do Reno. O povo de Paris ouviu-o, pela primeira vez, em 30 de Julho daquele ano, por ocasião do desfile dos 516 Federados marselheses pelo Faubourg Saint-Antoine. Mas o hino célebre não estava completo. Faltavam-lhe as duas estrofes Nous entrerons d.ans Ia carrière Quand nos ainés riy seront plus

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que um certo rimador, de nome Louis Du Bois, lhe acrescentou, três meses depois. A Marselhesa, que contribuiu em muito para as vitórias dos Exércitos da República franca naqueles tempos distantes, passou a constituir-se hino nacional da França por Decreto da Convenção de 26 de Messidor, ano III, decreto que foi aprovado,em 14 de Fevereiro de 1879, pela Câmara dos Deputados. Em vista de haver-se perdido o texto oficial do lindo canto guerreiro, a Marselhesa sofreu algumas modificações ainda, até tornar-se o que é atualmente. Em Outubro de 1792, um compositor, Gossec, o inventor do saxofone, conseguiu dar à música a harmonia precisa. A seguir, no decurso do século anterior, Berlioz e Léo Delibes procuraram modificá-la nos detalhes. "Danação O autor da de Fausto" queria que a Marselhesa fosse mais vigorosa; quanto ao creador "ornada". "Lakmé", Felizmente, surde preferia-a mais Boulanger, desejoso o de- pôr um fim que, general giu a tanta luta para consecução de um canto patriótico digno da nação, se lembrou de pedir aos mestres de música do Exército que cada qual compuzesse uma Marselhesa a seu modo. Em pouco, afluiram ao Ministério da Guerra 199 partituras, todas diferentes umas das outras, porém impregnadas de ardência belicosa. O general confiou, então, as músicas a uma comissão, da qual faziam parte nomes fulgurantes da solfa francesa: Léo Delibes, Jules Massenet e Ambroise Thomas. E' a estes mãestros que se deve a Marselhesa oficial, cujos acordes vibrantes todos nós ouvimos embevecidos nos dias de gala da República francesa.

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