Revista O Malho

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DEZEMBRO

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PRECO 1945 — PREÇO

CR$3,00

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festejando

o primeiro Natal, desde 1939, em que, segundo as palavras do Evangelho, há Paz na terra. E é "Iluspara festejá-lo que a tração Brasileira", ultrapassando as já famosas edições T^STE

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comemorativas do passado, apresenta êste ano uma luxuosa, rica, elegantíssima edição de Natal. Mais de 100

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retorno

Paz

da

páginas. Colaborações de muitos dos maiores escritores brasileiros da atualidade. Evo-

tigos assinados, pelas ilustrações, pelo trabalho gráfico, constitui uma poliantéia de

cação de páginas célebres da literatura mundial. Artigos especiais. Gravuras belíssimas a côres, especiais para êste número, ou reproduções per-

Natal do mais alto valor, êste número de "Ilustração Brasi-

feitas de quadros célebres de grandes pintores de todos os tempos. Edição que, pelos ar-

leira"

é

o mais

interessante

dos presentes para uma pessoa de cultura e bom gosto. Ofereça-o a quem desejar melhor distinguir neste Natal, o Natal da Paz e da Reconstrução.

üFA NOITE DE NATAL

NATAL NQ MAR Conlo de Virgílio Varzea, Incluído por Selma Lagerlof em sua Antologia de Natal. Apesar de traduzido em vários idiomas, não se acha ainda divulgado no Brasil.

Páginas de Melo Morais, evocando costumes e festejos recolhidos no tempo do Império. W

O PRESENTE DO CÉU Um dos mais lindos contos de Coêlho Netto, o príncipe dos prosadores brasileiros.

NATAL NA GUERRA

Reportagem retrospetiva retrospetlva sôbre sdbre o Natal nos cambatalha por ocasiAo ocasião da ultima última guerra. pos Pos de batallia

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PAPAI NOEL NA CARICATURA Reprodução das grandes caricaturas fixando em chargeai expressivas a figura do grande amigo das crianças.

FESTAS DE NATAL Cintilante crônica de Afonso Arlnos, historiando a tradicional festividade cristã. O NATAL NA POESIA BRASILEIRA

O NATAL E O DEPOIMENTO DOS EVANGELISTAS

inspiradas -,v Várias Yr Arias páginas p&ginas dos nossos maiores poetas inspiradas Humanldade. pelo nascimento do Redentor da Humanidade.

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Curioso cotejo e-tre os quatro evangelistas sôbre a descrição do nascimento de Cristo.

lf?M MM— | ill | illUNIVERSAL PINTURA || 11111^— Hill NA| Mil ^^1 O ¦ NATAL ORAÇÃO DE| ¦ NATAL 3^W£?:: . f £ .y&& W Estudo de Flexa Ribeiro, professor da Escola Nacional de Formosa página literária de Rui Barbosa. :Wm Relas Artes,com a repre dução,em tricromia de quadros de WljW/u mf £ & » $ j /-m&MIRmSM W|| famosos pintores, entre os quais Mürillo, Kaphael, Hans p^aiRv Memllng, Miguel Ângelo e Velasquez.

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GRANDE EDIÇÃO DE NAT A L Para garantir a posse de seu exemplar envie-nos o COUPON abaixo devidamente preenchido, acompanhado da importância i1 de Cr$ 20,00 I

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Administrarão e Redação — K. Senador Dantas, 15-5.* — Ria.


S. Pedro disse... CHAVES Y A I, E e para automoveis — fazem-se em 5 minutos. Outros tipos em 60 minutos. Concertam-se fechaduras, abrem-se cofres.

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MINIATURAS SEPARADOS Dessa Saudade inclemente, todo dia sofro e purgo... — No Rio, vive mfiu corpo... MimYalma vive em Friburgo!... YARA ... (acróstioo) És Yára de um Desejo! Louco te busco portanto. Zombas... somes... não te beijo. Yára do meu Encanto! PESSIMISMO A mesma flor que enternece corações enamorados, muitas vezes me entristece, me faz lembrar de Finados... HA POUCO... Nesta trova quero deixar do beijo que eu roubei do

pequenina o sabor, ainda há pouco meu amor...

GR/ll*ADO/^*^l|

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NA ANEMIA fl# CLOROSE E J 1 CONVALESCENÇAS^—!

DISTANCIA Por seja Mas por

separar-nos, maldita a Distância abjeta! seja também bendita criar mais um poeta... SINGULAR VENTURA

Singular Ventura a minha, que nem todos podem ter: — eu posso fazer quadrinha quando bem quizer fazer...-

£acerd<

LUIZ OCTAVIO Ulil nas Assaduras, broloèjas, "Coceiras", frieiras, irrifações na pele, "Suores" eczemas, sarna, queimaduras do sol ele Sendo um poderoso auxiliar na conservação da pele e na lolietle das senhoras.

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Oesperte a Bilis do seu Figado e saltará da cama disposto paia tudo

OLHOS... Olhos azuis, olhos verdes, Olhos negros, ou castanhos... Que nos importam as cores, Que nos importam tamanhos? Se E Às Às

os olhos mais singulares, os olhos mais esquisitos, vezes, são quase feios, vezes,são tão bonitos ..

É que o segredo dos olhos Mais capazes de encantar, Consiste apenas no modo De nos saberem olhar i

Seu figado deve produzir diariamente um litro de bilis. Si a bilis não corre livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gases incham o estômago. Sobrevem a prisão de ventre. Você se sente abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida 6 um martírio. Uma simples evacuação não eliminará a causa. Neste caso, as Eílulas Carters para o Fígado são extraordinariamente eficazes. Fazem correr esse litro de bilis e você se sente disposto para tudo. São suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pílulas Carters para o fígado. Wêo aceite outro produto. Pr?ço Cr$ 3,1)0

Antônio Carlos de Oliveira Maíra

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PANO QUE NÃO ACABA" tj v » m iu

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Edição da S. A. O MALHO ANTÔNIO

Diratorai:

E SILVA

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DEZEMBRO - 1945 ANO XLIII - NÚMERO 71 DAS

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End. Toleg.: O MALHO ESTE NÚMERO CONTÉM 72 PÁGINAS

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ANTES

Seu cabelo tem uma aparência terrível? É áspero, tenaz, encrespado, rebilde e diíicil de pentear? Então, alegre-se ao ler isto porque já poderá melhorar sua aparência Hasta que compre uma lata de POMA o A SWEET GEÓRGIA BROWN PARA O CABELO, a favorita de milhões nos E-tados Unidos. Produz efeito em um minuto. Faz assentar temporariamente o cabelo mais rebelde, duro, resseco e encrespado, deixando-o li-o e dando-lhe um aspecto macio e lustroso. Garante se que é pura e não muda a côr do cabelo, nem o prejudica de torma alguma. É deliciosamente perfumada e deixà o cabelo com um frescor juvenil Apresse-se em conseguir hoje uma lata grande de POMADA SWEET GEÓRGIA BROWN PARA O CABELO.

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AZEVEDO

Faustino Nasoimento. Eis um poeta de acentuada vocação. Êle nos dá um livro simples e emotivo. A critica recebeu bem o lindo volume, — pois que se trata duma bela edição (Zelio Valverdo*, Rio da Janeiro). Quando êle apareceu os "Ritmos do Novo Continente" firmou-se logo como poeta. E os seus poemas de agora, bem inspirados, comprovam maior sensibilidade e arte, superiores a "Juvenilia" e "Paisagem Sonora". A mingua de espaço não nos permite um estudo, como aliás desejávamos fazer, d'0 Refugio Sublime. Desde os versos triunfais, até às quadras tocadas de caricias, há o amor a perfumar estas páginas. Exemplo: Não necessita de enredo Um romance de paixões, Quando o manto do segredo Envolve dois corações...

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Ou Quando a reciprocidade Não é certa, na paixão, E' melhor sentir saudade Do que ter desilusão.

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Quizemos dar assim uma idéia dc bonito livro.

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MALHO

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E' curiosíssima, pelas suas viagens e cativeiro entre os índios do Brasil, a vida de Aans Staden. O livro foi lançado pela Companhia Editora Nacional, texto ordenado por Monteiro Lobato. Este é o primeiro livro que apareceu sobre o Brasil. Terá talvez uns 400 anos, e é lido com prazer. Livro de aventuras, num Pais então desconhecido, despertará curiosidade. O autor esteve cativo da tribu dos tupinambás. Esta é uma 4.a edição, o que diz bem claro da procura da obra. "Cortesia", de Margery Wilson, livro de elegância, que não custa a lêr nesta época... (Livraria do Globo). A autora desta obra, é nos Estados Unidos, autoridade nessa matéria de etiquetas... A época é matérialista, e às vezes brutal. Assim, este livro chega em bom momento. As vezes de bom tom precisam ser seguidas. A cortezia é necessário na bôa sociedade. E quem não a souber, tudo aprenderá nesta variada e útil obra. Há milhares de bons conselhos para tudo, inclusive na vida prática. E' o código moderno das boas maneiras. Os gaffeurs então muito aprenderão na obra de Margery Wilson, bem traduzida por Gilda Marinho. Traz diversas ilustrações. Aluisio Napoleao é diplomata e escritor. A sua carreira obriga-o — e com que prazer! — a viajar. Duma dessas viagens deu-nos um livro interessante, Imagens

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da América. O título é expressivo. Se aqui êle faz a psicologia dos americanos e a guerra, ali êle nos descreve a cidade clássica que é Washington, eu Miami, Nova York, Hollywood, para mais além nos falar de Museus, de estaleiros e de muitas outras coisas. Trata-se dum viajante que sabe vêr e contar. Não é fácil, — apesar de todos viajarem e muitos escreverem... Mas é que a sua observação é penetrante e o seu estilo é simples. Dois predicados que também não andam muito juntos. O autor, por isso, está de muitos parabéns, e de certo ainda nos dará outros livros saborosos. mras^KMm

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Um livro de versos, — Bandeira Branca, de Benedicto Wilfredo (Edit. Zelio Valverde). Trata-se, vê-se logo dum poeta moço, cujos talentos hão de se reafirmar melhor em outros livros. Tem uma assinalável sensibilidade. Canta a Amazônia: Vem da Amazônia este grande poema, esta grande e imensa poesia que inunda a minha alma como os campos alagados... i

E' um poeta amazônico, lá daquelas terras indecif ráveis. Às vezes tem bons versos de amor... E tem grandes revoltas humanas, em prol da liberdade. Bonitos os versos sobre os soldados do Brasil que fizeram à guerra.

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A "Livraria do Globo", de Porto Alegre, lançou agora ao público a História da Guerra Mund;al, segundo ano de operaç6es, de Edgar Mc Innis. E' um estudo sério. Um repositório de informações. Uma obra de consulta. E' uma publicação da Universidade de Oxford. E' ilustrada e a tradução é de Ernesto Vinhaes. — Outro livro, que andará em muitas mãos, Cortesia, novo código social das boas maneiras, de Margery Wilson, tradução do inglês por Güda Marinho. Livro oportuno, — pois andam perdendo as boas maneiras... As gaffes são diárias, de homens e mulheres... Esta obra ensinará suavemente os descuidados... — Um belo livro de James Joyce,, Retrato do artista quando jovem. E' o seu primeiro romance editado em português. Oxalá a Globo continue a vulgarisar no nosso idioma a obra do famoso escritor. E' sercista José Geraldo Vieira. — Um grande livro é o de Dimitri Merejkowski — Juliano, o apóstata. A morte dos deuses. E' uma novela histórica e filosófica, brilhantemente escrita e traduzida por Paulo Moreira da Silva. O escritor russo completa esta obra com o Romance de Leonardo da Vinci, a ressureição dos deuses, a aparecer em breve. E' a luta entre o Homem-Peus e o HomemVerne. Juliano é uma figura dominadora. — Manoelito de Ornellas damos um livro bem curioso e interessante, — Tiarajú. E' um belo poema em prosa. Trata-se do lendário cacique das missões. E' uma das lindas histórias do Rio Grande, e lamentamos que a falta de espaço nos prive de acompanhar a obra. Lindas ilustrações de Edgar Koetz. Uma famosa edição dum bom livro.

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Cobranças na Kahia Cobranças de contas, liquidações, cobranças nas Repartições Federais, Estaduais ou Municipais, Procuradoria em ' geral na Bahia — DR. CARLOS SPINOLA Caixa Postal n. 671 — BAHIA. — Garantia absoluta

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fastos deste Continente figura Hermandarias de NOS Saavedra com a auréola áz realizador das primeiras explorações em território uruguaio. Era natural de Asunción e filho de Martin Suárez de Toledo e de Maria de Sanabria. Sua esposa, Jerônima de Contreras, era filha do general Juan de Garay. Possuía a pujança dos conquistadores, a par de uma invulgar capacidade administrativa e de um invejável poder de percepção. Sua vida aventurosa, iniciada na adolescência, teve por cenário o XVII século. Entre 1601 e 1609, descobriu o Chaco, e mais tarde fundou Corrientes. Em Novembro de 1603, ela"Ordenanzas borou as de buen gobierno", de que constam disposições sobre os vínculos entre os nativos das regiões conquistadas e seus "encomenderos". Insurgiu-se contra a anexação, em 1606, das governações do Paraguai, Prata e Tucuman ao território chileno. Empreendeu a primeira exploração das terras "Costa uruguaias e descobriu a dos Charruas". Introduziu, em 1611, no Uruguai (Uruai) o gado vacum. Exerceu o cargo do Governador das Províncias de Corrientes, de Buenos Aires e do Paraguai. E bateuse pelo povoamento do Uruguai, no ano de 1607, o que se contém em carta, por êle endereçada a Felipe II de Espanha: "... también tendria por muy acertado y muy dei servicio de Dios y de S. M. R. se fuesen poblando algunas ciudades y villas y lugares de aquella banda dei norte, poblando primeiro los puertos más principales y de más utilidad. porque ei enemigo no se apodere de ellos, pues la província es grande y fertilissima para grandes crianzas y labranzas y capacisima par a um nuevo y gran gobierno, como ei emperador nuestro senor, de gloriosa memória, la tuvo d-ida por gobernación distinta a un caballero Jaime Rasquin."

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Brigadeiro

Guedes

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Estratos que o sol doira nas fronteiras São como as asas grandes, espalmadas, Dos aviões em rútilas fileiras Por mão de redivivo gênio, aladas. Santos Dumont — ó terras brasileiras — Certo sonhora vos ver sobrevoadas Em campo, em rio, em serra e cordilheiras, Por asas a que dera as alvoradas...

SORRINDO ^

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Torrão que o nosso grande amor abrasas Também terás, um dia, tantas asas Quantos estratos pelo céu de anil. Elas voarão, em nuvens, com motores, Mas, pelo bem da Pátria, em nossas cores, As asas vanguardeiras do Brasil. A.

GUEDES

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MELLO

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EXCELENTE TÔNICO DOS PULMÕES

As vezes, quando busco, exausto, o leito, à fraca luz da lâmpada do quarto, tonto de angustia e dessa angustia farto, sinto gemer-me, de saudade, o peito. E então, meu pai, em lágrimas desfeito, deixo, apressado, esse aposento e parto para postar-me em frente ao teu retrato Que, na imagem de Cristo, vejo feito.

GRIPE/ /¦ RESFRIADO/ NEVRALGIA/

Santa imagem da qual jamais me afasto porque me diz que, embora morto, existes para alentar-me o coração já gasto. Eis a razão porque, deixando o quarto, em contrição, eu rezo em rimas tristes e em pobres versos os meus ais reparto. VICENTE

MAURANO

»RIA/ PARA A VITORIA ARMAS '.^"^

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Sem homens fortes de nada valem as armas. Sem pulmões fortes nada vale um homem. Ao primeiro sinal da mais ligeira tosse, defenda seu aparelha respiratório com MELKATOSSE. Calmante, expeclorante e desinfetante das vias respiratórias, MELKATOSSE é uma arma poderosa para defender a sua saúde

TRANSPIRO».

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pílulas (PÍLULAS DE PAPAINA PODOPHYUNA)

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c°m «uccetso na» moleitiai figado ou inteitino». Etiai tônica», lâo indicada» nat de além pílula», dispepsia». dore» de cabeça, moléstia» do Empregadoi

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fígado « prilâo de ventre. São um poderoso digestivo e regularizado- da» funccõe» gastro-intostinaes. A VENDA EM TODAS AS PHARMACIAS Deposítano»: JOÃO BAPTISTA DA FONSECA Vidro

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A LEI DO TREINO

AS LANTERNAS

máquina já usada diminue de valor: torna1ÔDA se de "segunda mão". No sêr vivo dá-se o contrario. No início de sua vida seu valor é mínimo e só vai aumentando graças ao trabalho e exercício. De uma máquina nova diz-se: funciona admiravelmente. E de um bcxeur ou pianista novieixo, ê!e poderá tornar-se excelente si... Este "si" quer dizer: si, mediante trabalho e exercicio, souber levar sua máquina jovem au auge de sua capacidade. Ao contrário das máquinas mortas, o organismo, longe de perder com o uso, só graças a êle adquire PEÇA AO SEU FORNECEDOR MAIS PERTO sua potencialidade máxima. Representantes: O que se aplica ao orgaL. W MORGAN & CIA. LTDA. nismo inteiro vale também Rua Benjamin Constant, 51 • l.o andar para cada uma de suas partes Caixa Postal 3431 » S3o Paulo » Telefone 2 2206 As articulações precisam de exercício para conservar-se móveis; em caso contrário tornam-se espírito mesmo na velhice. Esquilo "enferrujadas". Os músculos devem mesmo velho escrevia dramas, Ticiser postos a trabalhar diariamente ano pintou até aos 99 anos, Voltaire e até o limite da fadiga, a-fim-de morreu em meio de seus triunfos e fortalecer-se e chegarem ao auge de Goethe, Wangner, Tolstoi e Edison sua capacidade. O estômago, para conservaram a frescura de espírito permanecer são, precisa de alimentos até 60 e 70 anos de ininterrupta atifortes e os rins nada sofrem pelo vidade psíquica, chegar até o fim nafato de desempenharem, durante 70 tural da vida humana. Para o hoou mais anos a fio, a complicada ta- mem vale a lei do treino: o trabalho, refa de desintoxicar o sangue. O longe de ser nocivo ao corpo, só pode cérebro não se torna fraco por muito aumentar-lhe ao máximo a capacipensar; ao contrário: os grandes dade funcional. poetas, pensadores e pesquizadores (Dr. Frita: Kahn). causam admiração pela lucidez do

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Herança... cantora Certa lírica que ainda não havia abandonado o palco, dizia a uma de suas amigas: -— Minha filha herdou minha

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TÔNICO INFANTIL é o tônico ' de seu filho porque: Além de ser de paladar sabo*. roso, engorda e fortifica; Além de dar saúde ao corpo, dispõe para os estudos; TÔNICO INFANTIL, o tônico das crianças. Único de iórmula especialmente) preparada para a infância.,

voz. — Ah! Pareceme, entretanto —

TÔNICO INFANTIL

respondeu a amiga — que ela resolveu devolver a

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"Direito" Revista número da notável revista Faça chegar ò cozinha o sopre ODOVO especializada, que Espinola e Maximitiano dirigem, surge sob uma oota de tristeza: a morte de Freitas da renovação Bastos, file foi, realmente, o idealiza" " ¦dor e construtor de Direito". Homem de ação, Freitas Bastos, em vez de dedicar-se, comodamente, às coisas materiais — como se lê ao pórtico do atual volume — teve, sempre, o culto da intelectualidade". Porisso, sentindo que, no setor das letras jurídicas, não possuiamos, ainda, uma revista compkta, capaz de se emparelhar com as melhores dos mais adiantados centros do mundo, creou " Direito", que. há seis anos. mantém o mesmo nivel superior, a mesma linha que seu verdadeiro creador traçou. Desse trabalho nunca se descurou, dando-lhe um aspecto grafico i excelente, à altura do valor intelectual do conteúdo. Clóvis Beviláqua e os atuais diretores <la grande revista fizeram-na" bem o que Freitas Bastos idealizou. Direito" continuará, pois, apezar da perda, fiel a seu destino. Inda agora, conquanE por que não ? £ na cozinha to surgido sob esse signo de tristeza, que a dona de casa passa boa encontram os estudiosos, no volume parte do seu dia. E como tôdas se as peças da casa. a cozinha tamque abundante, XXXIII, o material ' bém deve refletir a personalidade acostumaram a encontrar cm Direide sua dona: simpatia, atração, n to", desde à parte doutrinária era que alegria, senso prático, bom gosto. colaboram: Temistocles Cavalcanti, com Moderna e bonita, a cozinha elé" Problemas do Estado e da Administrica General Electric c, acima de tudo, conveniente. A dispositração"; A. B. Carneiro de Campos, ção racional do fogão elétrico, do refrigecom "Cidades de refúgio"; " A. Bugyja rador, do lava-pratos, das mesas e armã• A General Electric terá o made Souza Brito, estudando O Ato ilírios, da iluminação fluorescente, adapta-se ximo prazer em colaborar graciodo Brasileiro a qualquer tamanho, forma e tipo de codo Código cito em face com V. S.. estudando samente "O zinha. Torna mais leve e mais agradável uma cozinha elétrica G. E. que se Ar"; Buys de Barros. examinando a lida cotidiana. Ponha-se de acordo com adapte ao seu orçamento e espaEstado Contemporâneo e a Segurança sua época e sua geração, personalizando ço disponível. Tanto para novas "Mésobre reformas. como Silveira, Alípio construções e para Social"; sua cozinha segundo seus desejos e necesna obra Fontes e sidades: possua uma cozinha elétrica G. E. í todos de Interpretação Ouça "FEST1V AIS (»• E." às 'tas aos primorode Clóvis Beviláqua" ; até feiras. na Rádio Nacional d<> Rio de • Mais uma vlerta da Gene rol Electric Janeiro, às ?0,30. PRES (ondas mésos ementários de jurisprudência, Com BAZAR FEMININO" com Htlnc H. Sen kcsj PRb-7, (ondas curtas. dia*, 980 as apresentadas são cuidado mesmo o girardi, tôdas as yuartas-Jciras às Jti hunr* 30,86 metros). L m prutjnwm sempre rasentenças, de Itxlos de rtmr* r sempre Jii atirado pela PRE-8. ondas ti tédios d« Ródf* secções costumeiras; zões e pareceres; de legislação, com a publicação da referente ao bimestre COZINHA TÔDA ELÉTRICA maio-junho; de notas e fatos; de biblioem que grafia; e a de jurisprudência, se encontram os mais recentes iinporGENERAL® ELECTRIC tantes acórdãos do Supremo Tribunal Federal, decisivos de matéria eivei e criminai, e dos Tribunais de Apelação do Distrito Federal e dos Estados. Neste pequeno registro, se obseva que continúa " Direito" na sua posição de vanguardeira das revistas especializadas no assúuto fiel ao plano de José de A NAMORADA DO SAPO Freitas Bastos, ante cuja morte premaiura só nos resta o consolo de saber que muito trabalhou em benefício Jo alevan- Está no prélo a 2.' edição cie A NAMORADA DO SAPO, tamento cultural da nossa gente,^ espe- de Sebastião Fernandes, considerado pela crítica «jm dos cialmente no terreno das letras jurídi- • melhores livros infantis. de contos caa. AQUCAR AÇÚCAR dc orgulho Sensação de sensações ! Sensacao O passeio das sensa(joes espaço pela obra cientifica do homem, dominando o espa90 Scnsacao de seguríssima. Sensação em uma via original e segurissima. patriotismo por se tratar de empresa exclusivamente deslumbramcnto na conbrasileira. Sensagao Sensação de deslumbramento templacao templacão do panorama da cidade maravilhosa. RESTAURANTE E BAR aéreo funciona diariamente das 8 hs. O caminho aereo tôdas as horas e as às 22 horas, subindo o carrinho todas 4,00 ate até o mcias meias horas certas. Passagens : Cr$ 4,0O Pão de Agucar. Açúcar. até o Pao mais CrS 4.00 ate Morro da Urea Urca e niais até 1.20m. de altura. Bonde : crianças ate Gratis Grátis para crian<;as "Urca N.° 13" e "Forte Onibus : "Urea Praia Veriuelha. Vermelha, ônibus Informações pelo telefone 26-0768. Sao São Joao João N.° 41" Informa?6es PAO PÃO

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As noivas ""'s mais exigentes serao serão satls/T\vK'\ feitas com uma visita as às nossas secies secções j! 71 -V \\ j\ ' especialiiadas. especializadas, onde oferecemos tudo J ;™ ¦ \ o que se requer para ripare um enxoval a r»( Vestidos modelo, elegantissimos, I i\\ elegantíssimos, gor. Vestldos ' /' '/ exigências da moda. 1 ( \ no rigor das exigenclas \ \ Imensa variedade de tipos e qualidade Imensa V./ ' absolutamentc absolutamente garantida. W3 M.ME TAVARES BASTOS RUA CONfALVES GONÇALVES DIAS, 75 — 42-2127 — RiO — 11 —

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GRAMÁTICA

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LUCAS DE MORAES e CASTRO (Continuação do número passado) 3.° — Antes de algumas expressões de tratamento não se emprega o artigo. Assim dizemos: V.a Senhoria, V.a Ex.a, V.a Alteza, V.a Revma., V.a Eminência, V.a Magestade, Sua Sria., Sua Ex.a, Sua Alteza, Você, vocês, Dona e Soror. Por isso, não há crcse: Entreguei o livro a V.a Ex.a Enviei-o a V.a Revma. Deve ter havido algum engano, pois disse a Sua Sria, que sim. A você tudo, a Dona Júlia nada. Declarei a Sua Alteza que não faltaria. —. Meus respeito a Soror Madalena. Diz-se, contudo: A Senhora, a Senhorita, a Baronesa, a Marquesa, em 2.a pessoa; e a Sr.a Dona, a Exma. Senhora, a Senhora Baronesa, em 3.a pessoa. Neste caso faz-se mister o uso da crase: Entreguei a carta à Senhora. Dè esta flor à Senhorita Nice. Falei à Senhora Dona Júlia. Leve isto à Baronesa. Refiro-me à Exma.a Sr.a F. * * « 4.° — Antes dos possessivos — minha, tua, sua, nossa e vossa — que ora pedem o artigo, ora o repelem, é facultativo a crase. Exemplos: Minha prima é bonita, ou A minha prima é bonita. Portanto Dei um presente a minha prima, ou à minha prima. Será um desacato a tua autoridade, ou à tua autoridade. ¦ E' um insulto a nossa soberania, ou à nossa soberania. f ã meu peito, ou ao meu peito. Dirigiu um golpe -j [ a minha cabeça, ou à minha cabeça.

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Nota: A. R. Nóbrega, perfeito manejador do verná-1 culo, opina pela omissão do artigo nos dizeres que exprimem unidade do objeto possuído, ou existência de um ser únco, como — Meu pai, Minha mãe, Minha cabeça, etc.: Pedirei conselho a meu pai — Darei isto a minha mãe. * * 5.° — Antes de nomes próprios é também opinativo o emprego do adjetivo articular. Tanto se pode dizer: Júlia é feia, como — A Júlia é feia. Por isso: Dei um livro a Júlia, ou à Júlia. — Refirome a Leonor, ou à Leonor. — Entregue isto a Nice, ou à Nice. Porém, antes dos nomes de mulheres célebres, o ar.tigo é usado comuns, e com outros, não: Médecis, Maria Stuart, Clotilde de Vaux, etc. Exemplo:A Sara Bernardt, A Réjane, A Adelina Patti, etc; mas: Joana d'Arc, Maria Antonieta, Ana Neri, Madame Curie, Carlota Corday, Jane Grei, Catarina di Dizemos — Famosa como a Sara Bernardt — Invicta como a Joana d'Arc. Portanto: — Rendamos homenagens à Sara Bernardt. como a Joana d'Arc. Todavia haverá crase com qualquer desses nomes se forem modificados por adjuntos restritivos, pois assim se tornam particularizados e passam a exigir o artigo: Monumento à imortal Joana d'Arc. Rendo pleito à inteligente Clotide de Vaux.

* * *

Nota: Antes de substantivos próprios masculinos, só pode haver crase, quando se subentendem as palavras moda, ou sociedade, conforme o sentido: Calçado à Luiz 15. Escrever à Rui. Quero ir à Mutuo-Socorro. Fez um sermão à Padre Vieira. * » 6.° — Não se usa o artigo antes dos nomes de deusas mitológicas. Assim, não há crase. Exemplos: Culto a Venus, a Juno, a Minerva, a Diana, a Hebe, etc, salvo figurando em obras de arte, ou quando modifiçados por adjuntos atributivos: Referências à Venus de Mila. Homenagens à formosa Venus. 7.° — Casos controversos e estudo especial para as palavras casa e terra.

* * *

aceitas as formas: a) — São geralmente "destinado "Posto a venda" a aluguel" como morte. Penso, porém, que devem ser corrigidas para Postos a venda como — Postos em leilão; Levados a

ANUARIO DAS SENHORAS 1 PARA 1946 /^ERCA de 400 páginas de variados ^-'assuntos úteis e do agrado da mulher. Modas, contos, poesias, esporte, curiosidades, modelos de tricô, pequenos trabalhos manuais, cinema, arranjos de casa, páginas escolhidas para noivas, calendário astrologico, e muitas outras coisas que tornam o ANUARIO leitura obrigatória de toda a mulher.

Á venda — Preço I

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PEDIDOS PELO REEMBOLSO Á S. A. "O MALHO", RUA SENADO.-; DANTAS, 15 - .o - RIO

LOTERIA FEDERAL

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praça como — Levados a leilão; se Condenados a morte, como em Condenados'(e a degredo (e não ao degredo). não — ao exilio). Condenados a exílio Na monumental - "Réplica" de Rui Barbosa, vemos, em apoio a esta última grafia, que êle diz: "Posto a venda" como "destinado a aluguel". b) — Em expressões adverbiais, com substantivos no plural, há também controvérsia. Uns fazem uso do substantivo em sentido geral e outros em sentido determinado. São sutilezas de estilo que se resolvem p:lo gosto do escritor. E' correto dizer-se: A bofetadas, a dentadas, a pedradas, a pancadas, A expensas do Estado, a navalhadas, como se diz também: a bofetões, a socos, a cântaros, etc. Mas encontram-se, por outro lado, em bons escritores: Às bofetadas, às dentadas, às facadas, às pedradas, como — aos trambolhões, aos arranhões, etc. Os assassinos coseram-no a facadas. Exemplos: í Tirá-lo-ei daqui a bofetadas. Apud. Fausti- J Riram-se a bandeiras despregadas. no de Oliveira / Fez-se o enterro a expensas do Estado. ^ Atracaram-se os dois a dentadas. Contudo Diogo do Couto escreveu: "Às bofetadas e às dentadas, como leoa magoada, se defendia. (Apud — A. R. Nóbrega). C) — A palavra "casa" não carece de determinativo quando é a residência do sujeito do verbo; não assim se fôr moradia de outra pessoa, que não o sujeito do verbo. Na l.a hipótese não há crase. Na 2.a, som, por isso que reparticulariza a palavra casa com a indicação do respectivo ocupante. Exemplos do 1.° caso, apud. Marques da Cruz: Pouco depo5s chegavam a casa o pai e a filha. Júlio *> Diniz (casa deles). João a o S. casa. Eça (easa de quem Veiu passar veiu). Recolhiam-se a casa os lavradores. Guerra J. (casa dos lavradores). E' melhor levá-la a casa. Júlio Diniz (casa de quem levar). Vou a casa e volto, (minha casa). Exemplos do 2.° caso: Fui ontem à casa de João. Vais à casa de teu amigo? Vou agora à casa de um primo. Saí cedo para ir à casa dele "Entre os três ficou pactuada uma espionagem cerrada à casa do Tome". Júlio Diniz. Dejst.arte, não devem ser imitados os exempos de Bernardes e Fernão Lopes,, respectivamente: "Foram dois amigos à casa de outro". (Deve ser: a casa de outro" "Chegaram alguns deles à casa de um homem". (Deve ser: à casa de um homem). Nota — Traduzindo a noção de "edifício", "loja", "dinastia" e "ordem numérica", a palavra "casa" destítue-se da idéia de lar, domicílio, e se determina com o artigo, exigindo, pois, a crase, quando fôr regida da preposição "a", Exempos: Refiro-me à casa que mandei fazer. Irei à Casa Garcia. Este príncipe pertence à casa de Bragança leve este algarismo à casa dos milhares e não a das centenas. d) — Sempre se emprega, sem artigo, a "terra", em linguagem marítima, na acepção depalavra terra firme (não a bordo). Não há, pois, crase. Exemplos: Fiz chegar o bote bem a terra. Os marinheiros vieram a terra e depois voltaram a bordo. "Os mais eram passados a terra firme? João de Barros. "Não duvida poder tirá-lo a terra (tirar-puxar). Com possante forças d'homem". (Lusíadas, Cto. 10.° 110. Tomada, porém, no sentido de pátria, planeta, terra de cultura, faz-se mister o uso do artigo. Então haverá crase. Exemplos: E' grande a distância do sol à terra, pois dizemos O sol é maior do que a terra, e não-do-que terra. X I I — 1 9 4 5

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— Muito devemos à terra que nos viu nascer, à terra que tudo nos dá. Observe-se: Dar um corpo à terra (à sepultura). Vá sempre terra- terra (sempre costeando). Comparem-se as seguintes sentenças: Sentido indeterminado. Todos sem artigos: Estive em casa — Estive em terra — Saí de casa — Saí de terra — Vou a casa — Vou a terra — Vou para casa —i Vou para terra — Vieram a casa e voltaram — Vieram a terra e voltaram — Venho de casa — Venho de terra — Os lavradores voltam a casa — Os viajantes descem a terra curiosos — Vou para casa estranha — Vou para terra estranha. "Era um anjo de Deus, que se perdera dos céus, e terra a terra voava". Garrett. Sentido determinado. Todos com artigo: Estive na casa dele — Estive na terra dele — Vim da casa deles — Vim da terra deles — Vou à casa dc meu tio — Vou à terra de meu tio — Venho para a casa do vovô — Venho para a terra do vovô — Saí ha dias da casa dele — Saí há dias da terra dele.

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A •RECONSTRUÇÃO DO MUNDO NA LIÇÃO DOS GRANDES MESTRES OS HERÓIS DA CIÊNCIA bem assimilarmos as lições de cientistas e sábios como GaPARA lileu, Kepler Kepernico, Newton, Bernouilli, Harvey. Ampère, Faraday, Lavoisler, Rumford, Darwln, Koch, Mendel, Freud, Einstein, etc," e para conhecermos melhor o s atido desses ensinamentos na cu4ti; .~ moderna. prec!samos estudar com multo rigor matemáfca, astronomia, física, química, biologia, sociologia e as demais ciências especializadas compreendidas nesta cômoda e prática ciassificação. Assm analisaremos melhor a obra daqueles notáveis gênios, verdadeiros heróis da ciência moderna, e perceberemos a marcha da evolução do pensamento humano, e principalmente a estrutura da época atual. Hoje a civilização se apoia em princpios científicos e técnicos, e a cultura, mais do que nunca, precisa se alicerçar em base científica. Por isso é altamente instrutivo examinar a organização da ciência moderna. "Duas idéias, como observa Emile Boutroux, surgidas na época da Renascença, parecem ter particularmente contribuído para orientar o espirito científico no sentido em que êle desde então caminha: de uma parte, o desejo de possuir enfim conhecimentos certos, susceptíveis de durar e de aumentar; de outra parte, a ambição de agir sobre a natureza. Este duplo objeto, a ciência se Julga em atingi-lo, de condições dando-se princípio por inviolável e único a experiência. O espírito científico é, essencialmente, o sentido do fato, como fonte, regra, medida e dominio de todo conhecimento. Ora, o que a ciência chama um fato não é simplesmente uma realidade dada: é uma realidade verificada ou verif.cável. O sábio que se propõe determinar um fato se coloca fora desse fato, e o observa, como o poderia fazer qualquer

outro espírito igualmente movido pelo desejo único de conhecer. Neste sentido, êle se aplica a discerni-lo, à fixaIo, a anotá-lo, a èxprmí-lo por meio de símbolos conhecidos, e, se possível, a medi-lo! Em cada uma destas operações, o espirito tem uma parte indispensável; mas esta parte consiste em elaborar o dado de maneira que êle possa ser recebido o mais possível por todos os espíritos. Enquanto o dado primordial não era mais que uma impressão, um sentimento individual, a obra de arte que por êle substitue o espírito científico é um objeto definido e existente para todos, uma pedra utilizável no edifíc'o da ciência impessoal". E realmente a ciência sofreu, nestes últimos anos, profundas transformações na sua organização e estrutura interna. Fatos antes consideradós verdadeiros são falsos, concepções tidas como exatas são errôneas e já não se sustentam mais à luz dos recentes dados adquiridos. Novas investigaçes e minuciosas experiências vieram destruir velhos princípios e abalar sólidas teorias nos seus alicerces mais consistentes, trazendo, não há dúvida alguma, em outros esclarecimentos novos pontos de vista, os quais, ao menos, indiretamente concorreram para o advento desse estado espiritual anarquico e desesperador que não mais confia' nem espera, não se cansando, ao contrário, de apregoar em altos brados a bancarrota da ciência. Esta, dizem ilustres cientistas faliu

PROF.

UMBERTO

ILUSTR AÇÃO

DE

GRANDE GOUL-A RT

Jamais poderemos completamente. adquirir certeza alguma, pois, infelizmente nada resiste à severa c escrupulosa,crítica Tal argumentação, porém, será razoável? A ciência cujo objeto é a investigação da verdade, a <_ual deve, por sua natureza intrinseca, ser una e imutável, na realidade nada pode? Comportará o real diversas interpretações, justificáveis todas com raciocínios sólidos? Ou então, o que chamamos verdade não passa de palavra vã e oca, inteiramente destituida de sentido inteliglvel? Quem terá razão? Os racionalistas ou os empiristas, os pragmatistas ou os* intuicionistas? Será que precisamente agora, depois de múltiplas especulações e as mais árduas invéstigações, havemos de concluir pelo ceptícismo radical? Diante dessas interpretações o sábio se acha bastante confundido e perturbado para responder categoricamente e com segurança; mais do que nunca a dúvida se lhe apossou do espírito. O problema não é de fácil solução. Os filósofos trabalham incansavelmente para resolvê-lo, mas sempre subsistem dificuldades inexplicáveis, e certos argumentos críticos e analiticos, profundos e desconcertantes, desfazem o que se pretendia erig5r solidamente. Muitos ante estes raciocínios apressaram-se em

afirmar pela fatal decadência da eiência. Entre eles se encontram pessoas de grande cultura cuja vida inteira foi dedicada à pesquizas da verdade. Outros há —', fato interessantíssimo, os quais, ilustres representantes do saber, por mais que tenham feito e realizado no campo científico, não p o d e*m subtrairse de certos momentos do mais puro cepticismo. E' que o trabalho de inúmeros cientistas, orientados por direções diversas, trouxe à baila as ma's diferentes conclusões, muitas das quais, ainda que falsa, são dominantes, apesar das várias contradições que encerram. Então os sábios, dolorosamente, reconhecem dossuir mais imaginação que inteligência, e mais poder para facilmente dissertar com erudição que realmente saber. E assim, os espíritos começam a desanimar, e o pessemismo a encontrar adeptos. Para subtrair-nos de más influências, cumpre manter atfvo equilíbrio espiritual, indispensável à realização de toda obra coerente, lógica e bem fundamentada. E' preciso construir após destru'r, e, desse modo, restabelecer a harmonia. Sem' ordem não há progresso. Não deixar influenciar-se pelo pessemismo científico é a atitude conveniente, uperlor ao desan'mo e desespero; assim algo se faz e se constróe. Minucioso exame da natureza da ciêneía, aliás, nos mostrará a sua constituição e possibilidades de certeza futura que comporta; o objeto dela ainda é insuficientemente conhecido e nós só possuímos um conhecimento fragmentário da realidade, o que pela falta de elementos seguros, da ' vitalidade a hipóteses errôneas. A nossa prime:ra preocupação será, antes de tudo, estudarmos as condições da ciência moderna nos seus diversos ramos para lhe examinarmos o grau de progresso atipgido depois de longa e demorada evolução, por-

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que o seu conceito muitíssimo dos tempos. yariou através Tornou-se, afinal, cautelosa e moderna. Já não se propõe a dar explicações definitivas de como os fenômenos se passam. Depois de ¦ trabalhos de ilustres cientistas do mundo inteiro, de investigações feitas em todos os sentidos, e após ter aumentado extraordinariamente o seu cabedal, reconhece a sua fraqueza e debilidade. Os conhecimentos obtidos são relativos e insignificantes, o seu papel em submeter a natureza, o que é o mesmo negado por muitos cjtudiosos. Nessa ordem de idéias, baseado em autoridades do valor de Kirchloff, Mach, Karl, Pearson e Ward, J. D. Thompson afirma que "a m ssão da ciência é a descrição completa e sólida dos fatos experimentais do meio mais simples posE tal realmente acontece. sivel" Ela ainda é muito literária e se acha na infância. A ciência atual, representada por milhares de livros e aparelhos, dá-nos a falsa impressão de que muito progrediu. Não obstante, basta procurarmos soluções de alguns problemas, para vermos a sua fragilidade; as respostas não nos satisfazem. Essa circunstância, porém, não nos autoriza ao desânimo. O falo é que a ciência tem avançado; ela é um conjunto de leis ou melhor um conjunto de relações

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ginar as primeiras montanhas. Em marés provocadas pela atração da Terra, atingiam o máximo da violêncerto período da solidificação, sobrevieram as erupções e romperam a cia. D'aí, o aspecto do circo, mais crota violentamente, formando os cirliso no interior, mais escarpado na cos, com as suas escarpas baruptas. parte de fora, à proporção que a rampa A contração provocou fraturas da sutoca a superfície. Os circos predeceO espectador terrestre contempla, perfície. Do alto do Muro Direito, ram a solidificação geral e anteceatravés do telescópio, estes grandes despenhadeiro de 800 metros de altura, deram os fenômenos vulcânicos. A circos com bocas escarpadas e hiantes, o homem contemplaria um terrível observação não parece destituída de iluminados pelo Sol, com sombras que panorama, tortuoso, com planícies sefundamento. Grande parte da Lua-, se projetam nos seus fundos. meadas pelas bocas hiantes dor circos, jaz coberta de lavas e de cinzas. por onde outróra choviam as lavas e Perto do Oceano das Tempestades, as cinzas. A natureza cristalina dos podemos mais chamar a Lua, vemos um circo aterrado pelas escoimensos descampados, que se conven— o mais belo espelho do nosso NAO vulcões, prova de que as enorrias dos cionou chamar de Mares, mostra a mundo — como aquele Clearco, cavidades de Archimedes, Tycho, mes procedência vulcânica. A Lua oferediscipulo de Aristóteles, para quem as Theophilo, e o vulcanismo, aparecece a particularidade notável, de que o imagens geográficas da Terra, se reram em épocas diferentes. A fisionoperíodo de rotação sobre o eixo, coinfletiam na face luminosa do satélite. mia inteira do astro comprova, que ° cide com o período de revolução sideAs arestas, os declives, os algarês, as mesmo passou do estado fluido a° ral, em volta do Sol. Ambos se processam em 29 dias. O movimento da estado sólido, com fases convulsivas planícies, os vales, as escarpas, os montes, que a luneta revela, pertenLua, preocupa muito os astrônomos, de terremotos e de erupções, co& fluxos e refluxos do núcleo central, cem à própria Lua, fazem parte da porque muito vizinha da Terra, esse sua vida geológica. Todos aqueles astro serve para avaliar o rigor das jogado pela Maré. O chamado espelho da Terra, revelando nas sua5 leis de Kepler e de Newton Assim, terrenos revoltos, falam das convulmontanhas e nas suas crateras vulcâ' Clairau, D'Alembert, Lagrange, Euler, soes igneas, que atormentaram a Lua, nicas a identidade cósmica da nebU' na infância do sistema planetário, • Laplace, calcularam as irregularidades losa primitiva, — viveu uma vida da orbita lunar. Sobre a coincidênhomem nem o sequer sonhava quando cia do período de rotação e do período aparecer sobre o globo terrestre. As próprio e.original. de revolução, chegou-se crateras hiantes e os campos petriflà hipótese, de que a m^j^L^AM^20^!^^mWâmmmMÊmmmmmmss3mmm9 cados indicam, que as lavas vulcâniTerra produziu marés cas jorraram com furla, em todo o internas na Lua, assim astro. como o satélite gera A Lua conhece os seus devotos( oscilações no nosso como qualquer objeto de arte. Kepler, oceano. Como a massa Galileu, Hevelius, Riccioli, Neison, do globo terrestre vale Scmidt, Hook, Loewy, Piuseux, Delau81 vezes, a massa da nay, Lagrange, descreveram o mundo Lua, o fenômeno da lunar com mais luxo de detalhes, do Maré adquiriu uma esque os meticulosos historiadores, que pantosa intensidade. A costumam esmiuçar as cair pi .cações superfície solidificada ss*»] HL^ssi ¦í/AuJM internacionais. Hoje, o astrônomo do romp:a-se e a matéria "í sssfl HssswS Observatório do Mont Wilson pode ignescente jorrava peescrever uma geografia da Lua, tão Ias cavidades, —** ÉsWr fl ^ A cobria os bem como um cartografo sabe compor vales em camadas suum mapa da Europa. Robert Hooke Darwin cessivas. H. * fl x'i0 e John Herschel compararam os aciexpôs a teoria da in¦ MmTmM 0A0A9 'MA Wm^L dentes crateriformes, abundantes no fluência das Marés, na satélite, com as formações vulcânicas formação dos astros, do nosso globo. Tudo faz crer* que a sobretudo na Lua, onde pressão dos gazes alçou e deprimiu o a maré freiou o período solo, que o fogo rasgou a superfície e de rotação, ajustando a a lava escorreu fervente. Loewy e revolução em torno do Puiseux partem da hipótese da incandessa Sol. Partidário descència primitiva da Lua, para exZehnder e hipótese, plicar a brutalidade das suas monta- Ebert explicam, que a nhas e dos seus circos. Astro fluido aparição dos grandes no começo da sua formação cósmica, circos ocorreu, quana matéria do satélite solidificou-se do o tempo da rotação lentamente. Formaram-se massas de avançava sobre o ped* escorias, que opondo resistência as ríodo de revolução si- Fotografia da Lua Nova, apresentando' o avanço o luz solar disco do nosso sobre satélite. correntes igneas, acabaram por ori- deral, época em que as X I I — 1 9 * 5 . 18 M A . H O ©

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<v noites, após a ceia, os mariTODAS nheiros tinham por costume reunir-se à proa do navio«, no castelo, para escutarem as histórias fantásticas do cabo Izidro, velho lôbo do mar, calejado de fainas e de temporais. Aí, assentados sobre as cabeças da amurada e aduchas de cabos que se enrodilhavam no convés, sorriam estupefactos à frases sisples, de um colorido tôsco, os olhos desmedidamente abertos, quase a saltarem como grandes bolhas de espanto, pendentes os lábios, fitas as atenções na figura atlética do narrador. De todos era o grumete Juvéncio, boy incorrigí-

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vel, refratário ao serviço, escamado de todas as falthinas, quem parecia estar mais enlevado. "Rapazes — começou, noite, o cabo Izidro — Eu nessa Jesus ChrisSenhor já vi Nosso Com èstes ósso. e carne to em santo que vi aquele olhos, eu já na cruz morreu p'ra salvação da gente. E pôz-se a gozar o efeito-das palavras, caídas como setas naquéle meio ignorante e crédulo. Eu sempre digo a vocês: só embarquem, só saiam p'ro mar em navio de comandante devoto. E' o que garante a gente. Pode êle ser um bicho na, manobra, turuna na navegação, manejar como um sábio todos aqueles instrumentos; si não fôr homem de religião, e não tiver os seus santos, e não fizer as suas resas, a vida do pessoal corre perigo. Isto que eu vou contar passou-se no navio de seu comandante Oliveira. Nnuca vi aquele homem sair barra a fora sem levar os ovos da Semana Santa, para joo gar no mar, quando mar estivesse brabo. Tinha dessas crendices. E o fato e que, o mar, por por milagre ou não, mais zangado que estivesse, ficava logo manso e espelhado como um lago. Nós tínhamos que levar municiamento para um farol perdido no meio do oceano, e deixámos o porto de manhã. A bem; a princípio tudo correu e o boa, era marcha do navio menor a sem cruzeiro se fazia novidade. Depois de muitos dias de viagem, quando não se aviítava mais terra, o navio encalhou num banco de areia. Era noite fechada, e tão escura no passadique, quem estava 1 9 4 5 X.* I


jjrfataxtei SmÀtcLo P&w£va ço, não via nada que se passava na proa. Uma chuvlnha fina cortava a cara da gente como folha de navalha afiada. Logo principiou a manobra de desencalhar; e o raio do barco cada vez mais enterrado. A máquina dava atrás a toda força, levantando uma espumarada branca como sabão. Aliviou-se toda a carga dos porões de vante, e nada. O navio era uma cunha dentro da areia. Seu comandante passeava agitado de um bordo a outro. Ás vezes pariiva, disfarçando o nervo; outras vezes dava uma voz, mandando na manobra. Depois ficava mudo, olhando o convés. Parecia alheio a tudo. Mas eu, que conhec.ia bem o homem, sabia que êle estava resando baixinho. Eu era o timoneiro de serviço. Êle tinha confiança na minha mão de leme, e sempre me chamava, no momento da rascada. A bordo ninguém dormia. Tudo ajudava. Até seu doutor, sempre metido com a sua livraria, lá estava alerta, no tombaditho. O imediato ia e vinha, afobado, com o mestre atrás. Cada oficial tomava conta do seu posto. Mas, o trabalho de ninguém rendia, naquele encalhe azarado. Felizmente, já rompia a madrugada, e a maré vinha enchendo devagar. Todo o mundo esperava a enchente da maré como quem espera a salvação da alma. Era o último recurso. Afinal, dia claro, o mar subia pouco a pouco, e a máquina, puxando sempre, marcava passo em cima do banco. Até que numa alada mais forte o navio safou, levantando com a helice uma porção de areia, que fervia. Tudo estava salvo. Cansada de trabalho a noite, inteira sem dormir, a guamição andava às tontas pelo convés. Mas tudo estava contente, e mais contente ainda se. ficou, quando seu comandante entrou na câmara, e daí a um minuto saiu de lá o despenseiro com o garrafão de rhum. Naquele tempo dava-se rhurn à guamição, depois das fainas. E às vezes, ^quando chovia,-ração dobrada. O marinheiro de hoje tem a cabeça fraca. Também, o tempo

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Daí a nada a vela estava perto; e na canoa vinha um homem só. Ninguém mais se esqueceu daquele homem. Perguntem ao oo Santiago, esse foguista velho que anda aí, e que i bém fazia essa viagem. Tinha uma cara barbada, e um ar tã. .»}», que parecia um sofredor per dido. Sem chapéu, _ • ...leira loura esvoacava, repartida ao meio. Mas o que r. is me ficou dele foi o olhar, um olhar tão sereno e tão trís.onho, que não me lembro de ter visto assim sinão na imagem santa de Jesus.vOutra coisa, que eu não garanto porque não vi, mas está aí Santiago — Deus me perdoe ¦ que viu e pode contar: o homem tinha um laivo de sangue em cada mão... A guamição correu logo para a borda, esp^ntad Donde teria vindo aquele homem, numa barquinha à tôa_ com tanto vento e um mar tão agitado? Foi mandado de | Deus, ou foi mesmo Deus... (Continua no-fim Se número)

da rascada se acabou. Quando a gente imaginava que estava livre de perigo, e ia continuar a viagem interrompida, não sei quem foi o maldito que soltou uma espia pela popa, e a espia foi se enroscar toda na helice. Que maçada ! Foi sorte terse visto. Mais um pedaço, partia-se a pá da helice, e era um Deus nos acuda. Cada vez o cabo se enroscava mais, correndo pela borda,como uma bicha assanhada. Caía um nordeste fresco, e o mar estava ingrossando. E a gente ali, sem poder navegar, por causa de um esbarco ! pirito mau que perseguia o o bote salva-vidas para ia arriar mestre seu Quando viu vindo de longe, lá mundo o todo aquilo, dar um jeito de canoa. Naquobranca velinha uma costa, do lado da nordeste o com alto-mar, que já estava Ias alturas, em arriscava? se coragem de duro, que pescador

21

O

MALHO


dizia Eduardo, baMAMÃE, tendo as mãosinhas rosadas e pulando da cama forrada de seda e incrustada de bronze. Sonhei esta noite com um menino como eu, que chorava muito, sentindo frio... Êle não tinha cama, Mamãe ! Dormia no chão duro; M. DEZONNE PACHECO FERNANDES não tnha cobertor !... Ora, meu filho, deixa de to— Mas, Mamãe ! Se você me de seu Pai? Êle não morreu para lices! És muito pequeno para tais res em eu problemas!... mais ouvisse, do que pensa que os homens maus não viésgostaria sem ao Brasil? Ah !_ Mamãe ! Que coEles sabem se arranjar ! Vem do meu chocolate... O menino medo eu tinha, pensando que pono migo. A Babá espera-te jarde ontem, ficou dentro do meu cotirar-me de você !... Choderiam dim, com o teu chocolate pronto, ração... Você sabe que o Pai dele, rava sósinho, com e pensando em Pacom torradas fresquinhas morreu na guerra, nessa guerra maçãs... pai... ótimas dá qual tanto se fala? Mas... escuta, Mamãe... Mas, agora que tudo acabou, Os tios estavam dizendo, que Um dia, a Babá me disse, que tovocê não acha que eu, e todos os iam oferecer-lhes festas; mas, só dos os meninos são irmãos... ricos se deveriam reunir meninos Que o Papai do Céu quando veio para os mais importantes !... amigos dos meninos que e serem à Terra havia dito isto ! E, até Perguntei a Babá quem eram Pais? Eles é que sem seus ficaram lhe perguntei: Mas Babá, os pre- eles, e ela me disse, eram geque merecem a nossa amizade e a nostinhos também? E ela respondeunerais, esses homens roupa bode sa gratidão... me que sim... E? fiquei pensando Mamãe... Tive mesmo vontade nita, cheia de medalhas... Não — Meu filho ! Que lição grande quêrer-lhe como os filhos de entendi nada, Mamãe !... O Pai diosa acabas de dar-me ! Tão peverdade, de Tia Edméa se que- do Céo não queria que todos fosquenino em tamanho, tão grande rem... Você não vai ficar zan- sem iguais? E o menino em coração !... Avisarei minhas pobre gada... mas... ontem, eu esta- que veio pedir-me um pedacinho amigas que, d'ora em diante, trova jogando bola no jardim... caremos o "pif-paf", pelas reunão de deveria acolhido ser aqui... pão, Passou um menino por niões em benefício real das creTão sujo, Mamãe í Tão rasgado... com orgulho também, pelos feitos ancas pobres e desPediu me um pedaprotegidas... Irás cinho de pão... Fugi com a Mamãe, Eduda Babá. Ela estava ardo, procurar o tão entretida, re"Menino Pobre", e rosário... zando o Tirei do meu guarconvidarás os teus rA _f *v\ ir /**** Jr^^i \ da-roupa o terno / / ^«*<Gi-^ l , to 'mr áj \ amiguinhos para que o Vovô manvisitá-los; para que dou, e... dei-lhe... Eduardo! O não durmam em o chão duro, sem caque diriam nossos amigos, se te visrinho e sem amor... sem nesse contac— O Menino Jeto ! Menino, não há sús vai ficar tão - dúvida, mal educacontente, retrucou do, de outra classe; Eduardo atirandofrancamente! Babá continuando assim, se aos braços da terei que despediMãe e acarinhando Ia! À propósito. com o olhar a figuNão podes mais ra .da Babá, da Mãe perder tempo, quePreta, que choranrido. Deyes tomar o faires e do comovida deixachocolate zer ginástica. Há va tremer entre os mais de meia hora, dedos, as contas do Miss Mearns espeseu rosário... ra-te !

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22

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O PRESIDENTE NUM FLAGRANTE

LINHARES EXPRESSIVO

Interessante instantâneo do novo Chefe do Governo, presidente José Linhares, apanhado quando em palesIra com o atual Chefe de Polícia, desembargador Ri~ beiro da Costa, no palanque presidencial durante a parada da Marinha.

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19 4 5

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Major Brigadeiro Eduardo Gomes

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NO PLEITO DE AMANHÃ A NAÇÃO BRASILEIRA ESCOLHER A' ENTRE ESTES O FUTURO PRESIDENTE DA REPUBLICA General Eurico Gaspar Dutf


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MUITO eu tenho escrito sôbre países remotos, sôbre ilhas distantes perdidas na névoa dos mares. Mas nunca havia escrito sobre o torrão onde abri os olhos para os caminhos humanos; sôbre a terra dos meus país e dos meus avós, a terra que me revelou as primeiras luzes do universo e traçou as linhas do meu destino. Para escrever sôbre a Bahia, queria eu esperar a hora da inspiraçâo, a hora em que o poder de Deus desce sôbre os homens tornando-os capazes de fazer milagres. Santa Rita de Cássia plantou certa vez uma estaca e dela nasceu esplendia videira. Era a hora do milagre e a estaca plantada pela santa das abelhas foi capaz de fiorescer e fruti ficar. Só posso plantar estacas e só Deus poderá fazê-las florir. A Bahia é uma janela dourada que dá para mil horizontes da nos-

TERRA

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OLAVO história.

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As

vozes

dêss»

passado quatro vezes centenário refugiaram-se no recinto das igrejas, solares e fortalezas patinadas pela asa do tempo, como a voz sonora procura refúgio na cavi0 dade dos búsios sussurrantes. mar

do

Bahia!

Bem

fadadas

sejam

as

venerandas que ainda nos arrancam emoções patéticas, tuas

relíquias

petrificadas rosas que emergem da neblina dos séculos! O teu passado tem uma grandeza imperial como

e não foi sem razão que Assis Memória te chamou a Roma do Brasil. Roma és tu pela capacidade civilizadora dos teus filhos que seguiram pelo Brasil, não à procura do Tosão de Ouro, mas sim pelo Monumento do Cristo

Redentor

DANTAS

desejo de crearem um novo mundo para o cenário luminoso da civilização. ! j ' * i; No alto de tuas colinas nasceu o Brasil. Diz uma lenda que Catarina Paraguassú, a filha primogênita do Brasil, certa vez teve um sonho. Aparecera-lhe à borda do mar uma mulher branca com um filho nos braços que pedia socorro; ao despertar, a princesa indiana mandou os seus servidores procurarem pelas praias aquela mulher aflita que vira em sonho, mas os índios voltavam sem encontrar ninguém. Na noite seguinte, o sonho repetiu-se; a esposa de Caramurú pediu novamente que a fossem procurar ao longo do litoral, mas as pesquisas outra vez não deram re-


Fortaleza de Mont-Serrat

sultado. Como o sonho se repetisse por noites a fio. Catarina pediu ao seu esposo que fosse em pessoa à procura da mulher cuja visão se repetia

com

estranha

insistência.

Diogo Álvares vagou de praia

em

praia, de palhoça em palhoça até encontrar, em casa de um índio, a imagem da Virgem que havia d^do praia. Paraguassú reconheceu na Senhcrp do Céu a mulher que todas as noites lhe pedia socorro em sonho: é a imagem à

costa

numa

de Nossa Senhora das Graças que existe na igreja baiana fundada pela esposa do Dragão dos Mares. Esta lenda, de tocante beleza. era a marca de um destino profético. A religião recebida nos braços e no coração dos baianos, trouxe'nos as primeiras evidências da ci"vilização. Daquelas alturas onde a 'Senhora das Graças era acolhida e X I I — 1 9 4 5

os pioneiros partiram baianos equipados com as armas invencíveis do ideal e da fé para se

mos no porto para ver a península de Itapagip» onde desembarcavam os holandeses de Maurício de Nas-

florestas como se terra a dentro as

sau, em 1638, para estacarem destroçados à frce dos baluartes baia-

perene mananrecordações históricas. Os

que se erguiam diante deles como sombras titanescas. Nos arredores da Bahia, no meio do fumo

venerada,

internarem

pelas

internam

pela oceano. brisas do Bahia

E' a ciai

de

nos

um

pontilhados das velas bailantes dos rijos pescadores moseus

mares

trágico

dos

contra

combates

os

tígios de caminhadas históricas. Ve-

portugueses do general Madeira, nasceu o primeiro Exército nacional; nos mr.res da Bahia a Armada

mos logo os cachopos do Rio Ver-

brasileira

renos

mostram-nos

aqui e ali ves-

contra

melho onde naufragou Caramurú, o

pugnas

Adão baiano.

guesa que de séculos

Quem

vem do

sul

avista

antes

de entrar no porto o famoso morro de S. Pculo, onde, à sombra móvel de suas águas, abrigavam-se as naus veleiras

de lorde Cócrane

que estabeleceram o bloqueio da Bahia na guerra da Independência brasileira. Se vamos adiante, entra— 27 —

as suas

travou a

tinha nas

primeiras

Marinha

portuexperiência

uma battlhas

do

E as pedras seculares da vão-nos mostrando a cada as memórias

mar. Bahia

passo heróicas ou lendárias

dos batalhadores primitivos, que ergueram, nas entrepausas dos seus combates, os primeiros acampamentos da Civilização brasileira. O

MALHO


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sensível: o

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f\ Dr. David Sherman, residente ^"^ em Sydney, na Nova Escócia, observou, em sua clínica, que existem indivíduos tão sensíveis à dôr, que sofriam mesmo quando a dôr não os molestava, enquanto outros não possuem quase "consciência da dôr". O Dr. Sherman controla a sensibilidade de seus pacientes mediante um pequeno raspador de metal de sua invenção. Ao tomar a pressão arterial a um cliente, as puas do raspador, cuidadosamente escondido, cravam-se na pele do doente, obrigando este a manifestar a sua sensibilidade. Dest'arte, o médico tem podido até ao presente fazer notáveis observações. Diz êle, por exemplo, que em 100 doentes 65 manifestam uma reação normal à dôr, nem muito alta nem muito baixa, 17 suportam-na perfeitamente e 18 são dotados de uma hipersensibilidade espantosa. A esta categoria pertencem os representantes do Belo Sexo. O cientista canadense é de opinião que o trabalho influe na maior ou menor capacidade de sofrimento. Êle o afirma baseado no fato que os mineiros, expostos aos maiores perigos, são menos sensíveis à dôr. ii<^————

ECA

DE

C NTRE as comemorações levadas *~ a efeito nesta capital por ocasião do centenário do nascimento de Eça de Queiroz, ocorrido a 25 de Novembro, destaca-se a edição de ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA, ora em circulação, dedicada a essa efeméride das letras e da cultura latina. Quer pela esplêndida e selecionada matéria documentativa e de colaboração, pela perfeita quer execução gráfica, com reprodução de inéditos valiosíssimos, autógrafos e excerptos colhidos pacientemente no documentário do grande O

MALHO

QUEIROZ romancista luso, a edição do nosso grande e tradicional mensário de arte e cultura superou a tudo o que se fez, no gênero, dando-nos um número à altura de seu passado e do renome que alcançou na imprensa ilustrada do país. E releva notar, ainda, que esse número notável do grande mensário, oferece, de par com a parte dedicada ao autor de Os Maias. quase todas as suas secções costumeiras, através das quais os leitores se põem em dia com os movimentos artísticos e culturais do nosso pais. — 28 —

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Você é o primogênito do Jerônimo? Não. Sou o netogênito. X I I — 1 9 4 5


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Como você vê Paris libertada?

fosse aluno de alguma das nossas escolas. Os trabalhos apresentados, alguns ingenuamente deliciosos, outros frizando a pletora de fantasia da mente infantil, foram cuidadosamente selecionados e catalogados, e, após a cerimônia dos premios, serão levados para a França afim de serem mostrados às crianças de

lá como um vivo significado da solidariedade dos pequenos brasileiros. Fecha-se, assim, com chave de ouro, a atuação da grande poetisa Beatrix Reynal no período da guerra em que tanto trabalhou para manter a chama do entusiasmo e da fé na redenção da França. São de alguns dos desenhos infantis inscritos naquele certame as reproduções que aqui fazemos.

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iniciativa da poeA tisa Beatrix Reynal, patrocinada pela Embaixada da França nesta Capital, de promover um concurso infantil de desenhos sobre o tema da cidade-luz liberta do invasor nazista, foi coroada do mais completo êxito. Nada menos de seis mil trabalhos foram inscritos, notando-se que a idade limite para os concorrentes era de quatorze anos havendo ainda, outra restrição: a de que o autor

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Madona da gruta — Tela de Leonardo da Vinci — Museu do Louvre.

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Sociedade Amigos de Lucilio de Albuquerque

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" Associação de ArSob os auspicios da tistas Brasileiros", Sociedade Brasileira de "Instituto de Historia da Belas Artes". Arte", e " Rotary Club do Rio de Janeiro", foi fundada nesta:capital a Sociedade Amigos de Lucilio de Albuquerque, com o fim de cultuar a memória do grande artista e pro-lessor, zelar pela sua obra que esta reunida em Museu a rua Ribeiro de Almeida, 22 Larangeiras, movimentar esse Museu com exposições, publicações, conferências etc. Essa bela iniciativa cultural partiu da Associação de Artistas Brasileiros, encontrando em nosso meio intelectual o mais franco apoio. A 1." Diretoria tem nomes de grandes prestígios nas entidades fundadoras e está assim constituída: Presidente — Ministro Dr. Pedro Borges._ Vice Presidente — Dr. Fernando Guerra Dieval. 1.° Secretario — Dr. Carlos da Silva Araújo. 2.° Secretario — Dr. Oswaldo de Souza c Silva. 1." Tesoureiro — Dr. Antônio Bugyja dc Brito. 2.° Tesoureiro — Dr. Gerson Pompeu Pinheiro.

19 4 5

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Carvalho, aue será como tantas outras, exposta na capital mexicana.

CARVALHO

excursão artística cuja finalidade se Em prende ao estreitamento das relações culuirais entre os povos do Brasil e do México, partiu para esta República irmã o conhecido pintor ccarence J. Carvalho, cujas paisagens praieiras são sempre motivo de encantamento para os apreciadores da boa paitura. T. Carvalho, que a serviço da sua arte têm viajado por todo o Brasil fixando seus aspectos mais característicos, inicia, assim, uma série de viagens pela America, onde não lhe faltará ambiente, por certo, para dar expansão ao seu talento artístico.

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Carvalho

DE NU"

M. David Gotlib, pintor polonês, radicado entre nós há de dezena uma de anos, acaba oferecer à Sociedade Brasileira de Belas Artes o seu crayon " Estudo de Nu", em sinal de às reconhecimento gentilezas de que tem sido alvo por parte desse concei"Estudo de Nu", fituado sodalício. O "Salão" da Escola de Belas gurou no Artes, em 1938, e no II Salão de Belas Artes de Porto Alegre, em 1940. O distinto artista realizou recentemente, no salão " Myron Clark", da Associação Cristã de Moços, sua III Exposição de quadros, logrando conquistar mais um louro. XII

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SALÀO

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1945

"Salão" Paisagem de Manoel de Faria, uma das mais lindas telas deste ano que figuram no — 33

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Foram prestadas no dia 17 do corrente, significativas hoir menagens ao jornalista Mario do Amaral, pelas Diretorias Fe. minina e Masculina da Ordem 3.a do Carmo da Lapa, da qual o homenageado é Secretário, por motivo da passagem de seu aniversario natalicio. As referidas homenagens constatam de uma niissa em ação de graças, rezada no altar-mór da Igreja do Carmo da Lapa, pelo Kev. Frei Policarpo, Comissário da Ordem Carmelitana, e cantada pelo conjunto do côro da Lapa, com o acompanhamento ao orgão pela Sra. Ana Azevedo. Na saevistia do templo, usaram da palavra o Dr. Luiz da Costa Carvalho, que em nome das Diretorias ofereceu ao Irmão Secretário delicadas lembranças, o Professor Ulysses de Nonohay, em nome ia Cruzada Brasileira Contra a Tuberculose, o jornalista Manoel Lavrador, Diretor do O Povo, a Snra. Nini Miranda, em nome da Associação das Donas de Casa, e o Sr. Francisco Netto, pela Associação Progressista Suburbana. Por ultimo, falou emoc onado o nosso confrade Mario do Amaral, que agradeceu aquelas manifestações de apreço e estima. A Senhora Mario do Amaral foram ofertadas varias corbeilles de flores naturais.

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ELEGANTE

Flagrantes colhidos no Jockey Clube Brasileiro quando das ultimas corridas realizadas no Prado da Gávea.

O pracinhq Moacyr Pimentel foi ha dias homenageado pelo Edcn Club cm regosijo pelo seu regresso da Itália, vendo-sc aqui u>v grupo presente á essa festa. — 1945 OMALHO — 34— XII


DOIS CANDIDATOS A DEPUTADO PELO BISTRITO FEDERAI, '» »

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Dr. Manuel Caldeira de Aluvenga

Coronel

Jonas

Correia

chapa d'3 deputados do Partido Social Democráti03 pelo Distrito Federal, dois nomes se destacam NA Dr. Macom nítidos reflexos próprios: os d:s snrs. Correia. nuel Caldeira de Alvarenga e Coromel Jonas — que, O primeiro é um antigo político nesta capitai nu morosos tWas sólidas qualidades pessoais, dispõe de formam um correligionários, amigos e admiradores que sua conhecido, ncir.e é &2u eleitorado respeitável.

reputação se consolidou através ds uma vida dedicada ac serviço dos interesses cariocas. O coronel Jonas Ccrreia é uma ilustre figura do exército, com o tato, a inteligência viva, a habilidade de Na Secretaria de Educação da Preum político niato. feitura teve oportunidade de lançar as raízes de uma vigorosa popularidade, sagrandose coír.o administrador de méritos invulgares. Tanto o Dr. Manuel Caldeira de Alvarenga, como o co. ronel Jonas Correia, se batem pela autonomia do Distrito Federal — uma razão a mais para recomendá-los — além do prestigio próprio e das virtudes individuais — à simpatia e à preferencia do eleitorado carioca.

e jornalista,, professor Mussa Kuraiem, que à frente de Oescrit:r sua revista "O ORIENTE", se constituiu, há cerca de 25 anos, o mais efetivo divulgador das literaturas árabe e brasileira, tendo realizado o maior intercâmbio entre os dois países. O ilustre orientalista Mussa Kuraiem, não satisfeito com a manutenção de "O ORIENTE", que há quase dois decênio-s vem publicando mensalmente, publicou, entre outros, Professor Mussa os livros "OS CALIFAS DE BAGDÁ", Kuraiem. "POEMAS DE GIBRAN", "RECORD AÇÕES DO EMIR AMIN ARSLÁN' e "ACONTECEU EM DAMASCO", desse modo trazendo para a nossa literatura quatro jóias, da inteligência e da cultura oriental. "ACONTECEU EM DAMASCO", a última obra lancada pelo festejado escritor, é um trabalho original de divulgação e que honra qualquer biblioteca. XII

19 4 5

— 35 —

José Lourenço Viana Neto, sargento rádio navegante, que obteve na ba.se aérea de Reno, Estados Unidos da America, o "breve t" como membro de tripulações aéreas. E' um do» primeiros latinoamericanos a con. quistar as "asas de tripulantes aéreos'no Comando di transporte aéreo norte-americano, o jovem aviador brasileiro é filho do nosso colaborador Belarmino Viana.

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decreto

recentemente

EMnado,

o

abriu

nova

uma

assi-

brasileiro

governo etapa

no

Pia-

que, para a sua execução, pode ter as Empresas e Organizações de Transporte.

no Nacional do Teatro, através do Serviço Nacional de Teatro do Ministério da Educação e Saúde. Tornaram-se dências

mais

objetivas

destinadas

cialmente

a

arte

as provia amparar ofi-

cênica

brasileira.

E algumas perspectivas, de elevado alcance futuro, surgiram como conseqüência

da

oportuna

Compreendendo

a

importância

desse concurso, a Central do Brasil, que já vinha colaborando com as classes teatrais, resolveu dar maior amplitude a essa colaboração. Em

baixada pelo diretor da principal ferrovia brasileira, foram providenciadas várias medidas portaria

civilização

brasileira;

considerando

que a obra do presidente Getulio Vargas no amparo ao Teatro Nacional,

deve

ser

organizações

coadjuvada

capazes

pelas

de colaborar

nesse programa de elevado alcance democrático;

considerando que não somente as companhias teatrais, mas também os Circos e Pavilhões e artistas tivo

isolados participam de

proporcionar

do obje-

diversões

e

do plano que o Ministério da Edu-

destinadas a amparar o sarviço de transporte das empresas ou orga-

cação sugeriu ao presidente da Re-

nizações teatrais brasileiras.

O plano antigo, posto em execução, não deixou de apresen-

A transcrição dessa portaria vale por si como um documento da sa-

pacho de 29 de Agosto de 1945, consta a autorização ao Serviço

tar excelentes resultados.

bedoria de uma administração: "O diretor da Estrada de Ferro

Nacional do Teatro para entrar em contacto com as companhias de

encontro

Central do Brasil, usando das atri-

transportes,

severas que se faziam

buições que lhe confere o decreto-

na realização das medidas tenden-

aprovação

pública.

moderno, aproveitando cia

anterior,

do

das críticas

veiu

O Plano

a experiênao

n.

3.306,

de

24

cultura ao povo brasileiro; considerando que do plano aprovado pelo presidente Getulio Vargas, em des-

a

fim

de

colaborarem

à assistência do Governo ao amparo

lei

Maio de

tes a amparar, difundir e desenvol-

das atividades dramáticas em nosso

1941, e tendo em vista os últimos

ver o Teatro Nacional; resolve au-

país.

atos

A

execução

oficiais,

para

desses que

se

programas afirme

com

referentes ao

de

desenvolvimento

e aprimoramento do Teatro Nacio-

torizar o fornecimento de passagens na Central do Brasil às companhias

nal

teatrais.

promulgados Vargas,

pelo

presidente

e considerando

Circos,

Grupos

teatrais

e

êxito completo, não pode ser obra isolada de uma repartição. Neces-

Getulio

necessidade de rever as disposições

Pavilhões, e a artistas isolados que participem d» qualquer tipo de arte

sário

em vigor ua Central do Brasil sô-

dramática ou circense, bem como o

se

torna que

haja

uma

laboração dos

serviços

quj

de

maneira

efeitiva

participar

co-

podem na

sua realização.

bre

referentes

transportes

os

a

ao

Teatro Nacional; considerando que o Teatro, além de expressão artísinstrumento

de

transporte de todo o material desíinado aos seus misteres. A

fim de.

que se possam beneficiar das van-

O Plano de Teatro aprovado pelo governo não abrange apenas os

cultura

grandes centros como o Rio de Janefro e São Paulo. Mas se destina

derando que o Teatro não deve circunscrever-se aos grandes centros

apresentar

necessariamente

a

todo o

Daí

de população, mas ser levado também aos mais diversos núcleos da

ciais conferidas pelo Serviço Nacional do Teatro. Os artistas não su-

Brasil.

MALHO

estender-se a

por importância

tica,

é

excelente e

diversão

popular;

— 36 —

consi-

tagens constantes destas resoluções, as

Companhias

vistas

no

item as

ou

Empresas

pre-

anterior,

deverão

respectivas

creden-

X I I — 1 9 4 5


jeitos a Registros estatuídos cm lei, deverão, para o goso de iguais

serão

distribuídos

entre

servidores

vantagens,

Quando,

ser

credenciados

tam-

bém pelo Serviço Nacional do Teatro. O valor relativo a passagem e fretes será

de transportes debitado

ora previstos

às referidas

organi-

zações

indenização

respectiva

Central

ou

devendo

pessoas,

feita a do Brasil necimento para

as

à ser

mediante o for-

de bilhetes

de

representações,

entradas os

quais

desta

ferrovia.

por qualquer motivo, favorecidos por esta Portaria

2)

ferroviários locais;

— aos

— aos em-

os

pregados de outros meios de trans-

se

portes

fluviais,

(marítimos,

lacus-

-- operários em

de

Ferro

três, urbanos); 3)

as

repre-

geral. Ficam revogadas as disposi-

sentações acima mencionadas ocor-

ções em contrário e mantida a re-

rerem

será

gulamentação complementar já existente no que se refere à parte de

de

contabilização desta ferrovia, sendo

entrada para o teatro onde tiverem

os casos omissos resolvidos a crité-

de atuar,

rio desta Diretoria."

utilizarem Central

da

Brasil,

do

ainda

mas

em localidades Estrada,

pela

Estrada

não servidas

a indenização

convertida

em

os quais

''_il_pl

bilhetes

serão distribui-

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O imponente edifício da Estação D. Pedro II. da Estrada dê Ferro Centrai do Brasil, vendo-se a monumental torre com ' o relógio gigantesco.

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dos na seguinte ordem:

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Km recital de £eficia ds figueiredo lcançou o esperado êxito o recital de canto realizado a 5 de Novembro pelo soprano Leticia de Figueiredo, na

PRAIA

Fa-

villa, a fina poetisa a cuja sensibilidade e inspiração deve a poesia feminina tantas pá^aMm ' r ginas de beleza e emoção, e vem de que '¦;:¦ '*m publicar agora _M Ife,-:--..'; mais um livro de poemas, a que deu o sutítulo gestivo "Areia de da Praia". Cada dia mais requintada na sua arte. que é toda sentimento, a "Sapoetisa de rabanda ilumiescól de Hyldeth Favilla tem nada" reaparece, assim, para dado tanto fulgor, em nossa da deleite dos apreciadores poeterra. sia lírica, a que o talento de

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Associação Brasileira de Imprensa, sob os auspícios da Casa do Jornalista e da As-

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sociação dos Artistas Brasileiros. Leticia de Figueiredo, que vem de regressar de uma vitoriosa excursão ao sul do país,

onde

recebeu

verdadeira

carioca

um

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consa-

gração das platéias pelas quais se fez ouvir, organizou para a audição de reaparecimento ao público

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Maria Celina, filhinha do Dr. Luiz Alberto Whately. no dia da sua primeira comunhão.

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exclusivamente de canções por ela própria musicadas, revelando, dessarte, as suas no-

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táveis qualidades de compositora. A audição

contou

com a participação

do tenor Jorge Bailly, que interpretou também, composições suas, tendo os acompanhamentos ficado a cargo da Sra. Leonorn

Ana Maria, robusta filhinha do casal Walter Serra e netinha do nosso companheiro Dr. Afonso de Araújo Serra.

Gondim. O sucesso alcançado por Leticia de Figueiredo veio confirmar o renome conquispor essa laureada artista seu talento e personalidade. tado

O

MALHO

graças

ao ÉÜÜ «fe'-

— 38

O

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MALHO


ilustre pianista Madalena Tagliaferro, por ocasião do encerramento do Curso de Virtuosidade e Interpretação, foi alvo de expressiva homenagem, promovida por seus inúmeros discípulos e que consistiu na inauguração de uma placa de bronze, de autoria de escultor patrício Flory Gama. A

Decorreu a solenidade, a c;ue compareceu o representante do Ministro da Educação, bem como avultado numero de admiradores da insigne mestra, no intervalo da última aula do corrente ano, da qual participaram as pianistas Maria Aparecida P rista, Lourdes Gonçalves, Lúcia de Salles Penteado e Célia Zaldumbide, que foram bastante aplaudidas, mereceram da exemplar educadora expressões de franco aplauso, as quais certamente lhes valem pelo mais belo prêmio, oriundas que são da mestra adorada e incomparável, que tão sublimemente tem elevado mundo afora a nossa cultura musical. Expressando o júbilo de seus condiscípulos, usou da palavra o jovem pianista José de Magalhães Graça, que significou o reconhecimento dos mesmos pelos inestimáveis ensinamentos que, ha cerca de seis anos — benditos anos! — lhes vem transmitindo a ilustrada catedrática do Conservatório dc Paris. Falou a seguir o diretor da Escola Nacional de Música, em cujo Salão nobre se vem realizando, desde a 1.* aula, o Curso de Virtuosidade e Interpretação, em feliz momento confiado a comprovada autoridade pedagógica da major virtuose brasileira. Ao congratular-se com a homenageada, o referido diretor salientou o rego sijo com que todos que mourejam na E. N. M. receberam o preito de justo e profundo reconhecimento a Madalena Tagliaferro. Foi, após, procedida a inauguração da placa, que se achava envolta pelo Pavilhão Nacional. Executou o ato o nosso confrade

DE MUSICA FRANCISCO CAVALCANTI Francisco Souza Brasil, redator do "Jornal do Brasil" e oficial de gabinete do Ministro da Educação, que frisou a grandiosa obra pedagógica de Madalena Tagliafcrro e acentuou o alto apreço que merecídamente desfruta a grande brasileira dos responsáveis pela educação da mocidade patrícia. Encerrando a solenidade, falou a hom.nageada, que depois de agradecer a merecidíssima distinção, reafirmou o seu propósito de fixar-se definitivamente no Rio de Janeiro.

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A jovem cantora Milly Faverett, que recentemente se apresentou, com lisonjeiro êxito na hora de arte com que a Associação dos Artistas Brasileiros comemorou o "Dia das Américas". X I I — 1 9 4 5

Detem-se Edmundo Lys, a seguir, nos traços biográficos do Rei da Valsa, para depois, com a ilustração — de primorosas gravações e a participação do elenco do Rádio Teatro da Mocidade, evocar passagens da vida do celebre compositor, das quais participam ainda Johann Strauss Senior, Johannes Brahns e Jetty Strauss, esposa do segundo Johann. Mario Jorge e Beyla interpretaram Johann t- Jetty Strauss. ITIBERÊ DA CUNHA E ELEAZAR DK CARVALHO COM A O. S. B. O 16.° concerto da O. S. B. no Municipal, efetuada nos primeiros dias de Novembro, apresentou <_m primeira audição uma louvavelmente urdida sucessão de quadros brasileiros, escrita para Piano pelo emérito critico Itiberê da Cunha e habilmente osquestrada pelo reputado maestro Francisco Mignone. |

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Madame Tagliaferro

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JOHANN STRAUSS NA PR — A 2

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inundo afora circulam rememorando a exii.tència do imcomparavel cantor da fascinante Viena de antanho.

A PR — A 2, do Ministério da Educação, organisou recentemente, com o concurso do Radio Teatro da Mocidade, uma audição comemorativa do centenário da valsa "Danúbio Azul", o qual transcorre esto ano. Sob o titulo "A vkla e as valsas de Johann Strauss, o jornalista Edmundo Lys, diretor do R. T. M. teceu breves e conscisas considerações em torno, como indica a epigrafe, da vida e das valsas do genial vienense que há um século faz o mundo inteiro dansar, ao som das mais belas melodias jamais produzidas no encantador e enebriante gênero. A titulo de introdução, o escritor patrício alude advertência do grande cineasta Julien Duvivier, realizador v do belo filme " A Grande Valsa", ha pouco reexibido, com grande sucesso, nos Cines Metro do Rio e de São Paulo. E, com muita propriedade, afirma que a advertência — " Dramatizamos antes o espírito que os fatos da vida de Johann Strauss,porque é o seu espírito que tem vivido, através de sua musica" —¦ devia constar de quasi todas as paginas que — 39

Estava, pois, previamente assegurado o interesse despertado por esta audição de l>ôa música brasileira, originária <le um abalizado musicista que, por três décadas, concorreu notavelmente para o prestígio da nossa crítica musical, animando a respectij-a seção do vibrante matutino de Edmundo Bittencourt. Assim, os sócios da Sinfônica Brasileira desfrutaram do ensejo de um agradável encontro com o cintilante jornalista e abalizado compositor, que desta feita se impôs aos unânimes aplausos assinando, com Mignone, a versão orquestral da Série Brasiliense. E, por outro lado, a O. S. B. manteve, com esta música, intacta a digni-

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Á contora Hcletiú Pttnentcl Viantui, inlérprete do recital inaugural da série Valores Novo*" na temporada vindoura da A. B. 1. MALHO


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Aspecto do jantar em comemoração ao décimo aniversário da empresa de sorteios "Alliança do Lar" Ltda., no Automóvel Club, ofericida aos seus auxiliares.

dade do Municipal, onde só se devem ouvir trabalhos de real mérito, como soem ser os provenientes de compositores ilustres e honestos. Ainda no 16.° concerto, e sob a autorizada direção de Eugen Szenkar, os músicos da O. S. B. se desincubiram, com notável briIhantismo, os seguintes números: Berlioz — Benevenuto CeVni; Schumann — Quarta Sinfonia; Moussorgsky — Boris Coudoiioiss (Introdução e Polonaise) ; Wagner — Tannhauser. Sob as ordens de Eleazar de Carvalho cumpriu a O. S. B., a seguir, destacada atuação, na desobriga de atraente concerto matinal no Rcx, figurando no programa Tschaikowsky, Liszt, Chopin — Eleazar de Carvalho, Sa:nt — Saens e Carlos Gomes. E' um prazer — e também motivo de justo orgulho patriótico — ouvir-se a 0. S. B. sob a festejada regência da grande revêlação contemporânea no dificil meticr. Podemos afirmar, com absoluta convicção que a O. S. B. e o nosso maestro se completam, aquela uníssona e capacitada de que, desde 1942, encontrou um regente brasileiro de méritos indiscutíveis, enquanto êste se entende à maravilha c*m os executantes, bastando para o perfeito entendimento O

MALHO

a irrecusável autoridade com que exercia e nobilita a regência. Muito bom, igualmente, o 17.° concerto da O. S. B. no Municipal, nc qial se ouviram Mozart (Sinfonia n.° 39), Vill.a Lobos (Bacchianas n.° 2) e Rimsky — Korsakow, (cheherazade). Programa primorosamente organizado e excelentemente cumprido, onde dois proeminentes compositores estão na excepcional companhia de maior gênio musical de iodos os tempos.

Amélia Santos Moreira, Maria Lúcia VVerneck da Rocha, Laís Prado Vasconcellos, Ilka Nascimento, Lucy Salles, Lourdes Gonçalves, Maria Luiza Werneck, Wallly de Moraes Leal e Bernardo Federowsky.

Regeu o maestro Eugen Szenkar. A PRÓXIMA TEMPORADA DA A B I

I !II .-.

Ttmos a satisfação de divulgar o seguinte panorama, com que a Associação Brasileira de Imprensa abrilantará a Season de 1946. "Concertos Oficiais": Festival Lorenzo

Fernandez, em Maio; a seguir — recitais de Violeta Coelho Netto de Freitas, Quarteto Borgerth, Honorina Silva (que se desincubirá do Festival Henrique Oswald), Marion Matthaeus, Frutuoso Viana, Moacyr Liscrra e José Vieira Brandão. "Valores Novos": Vera Cruz Picntznauer e Helena Pimentel Viana no 1.° recitai, em abril; a seguir — Ielê Bittencourt, — 40 —

mm\r^^k A graciosa menina Helena, enteio do lar do sr. Benicio G. da Motta, da Secçâo de Publicidade da Panair do Brasil, . de sua esposa, sra. Germana B. da Motta, em fotografia no seu primeiro aniversário, assinalado em outubro último. JÇ J I — 1 9 4 5


NATAL VICENTE

MAURANO

o peso incomodo do casaco que suporto, devido a essa maldita convenção do uso obrigatório do vestuário, nestes SOB dias excessivamente quentes, que fazem o vivente mais friorento, transpirar por todos os poros, aqui estou, caro leitor de pena em punho, recurvado à minha tosca mesa" de trabalho, para redigir-te algo que te possa interessar, sobre este grandioso dia de Natal. ¦ •.Mas, que calor!... a roupa pesa e me esquenta o peito os braços, as costas, as pernas, enfim... é bom ficar somente' nisto, conquanto o colarinho duro, também, esteja, impiedosamente, a apertar-me o pescoço. Com franqueza, para reforço ao meu curto descanço, após uma semana de lutas pela vida, preferiria calar e não escrever, enquanto durasse esse causticante calor: Enfim, como o dever, do ofício me impede uma certa liberdade nas deliberações transitórias que tomo, quero contar-te, hoje, um poueo do que penso dessa fervorosa adoração ao meigo Nazareno, que as gerações conservam e transmitem de século para século. E' claro que o vigário de quaquer freguesia, isto é, de qualquer paroquia de aldeia mesmo, sabendo o Padre Nosso melhor do que eu, que nunca fiz sermões ou prédjcas de mês de Maria, poderia contar-te belamente a pungente história do Santo Homem, em todos os seus pequenos detalhes e de uma maneira emoclonante. O caso, porém, é que não pretendo repetir-te o velho episódio, como custumam fazer os sacerdotes e também as vovós, nas vésperas do dia 25 do último mês do ano, aos travessos netinhos, que mais interessados se mostram pela vinda infalivel, á meia noite, do fantástico e barbudo Papal Noel, cheio de graça e de .. brinquedos. Dirte-et apenas, o que penso dessa adoração ao nosso querido e festejado Mártir. Vamos, portanto, ao caso: Eu acredito, leitor aftnigo, que essa admirável homenagem que, anualmente, no dia 25 de dezembro, é prestada, com atos de fé e praticas religiosas, ao cristo Redentor, tem a sua razão de ser.' E. isto porque, Natal!... evoca toda a suavidade que dimana do olhar claro e puro de Jesus. A alegria sempre renovada da Humanidade que, cheia de esperaiiça, acorre, com todas as suas promessas, ao chamado imperativo do estridente repicar dos sinos, para assistir nas igrejas, a tradicional missa do galo, patenteia, muito bem, quão forte o povo ainda acalenta, nesse dia, o sonho da realização de todos os seus pedidos e súplicas ao piedoso Nosso Senhor. Todos, nesse dia, se curvam ante o magestoso altar do sombrio Salvador da Humanidade, que toda sorte de crueldade, por nós sofreu. Esta a comemoração de há muitos séculos. Todos que apressam em contar-lhe, com cânticos e dizeres religiosos, os pezares que lhes varam o peito, confessando-lhe os pecados e proclamando-lhe as penitências!... Todos, enfim, des. grenham, nesse dia, junto à sua santa Imagem, a implorar piedade, sua misericórdia!... Eis porque em toda parte, a comemoraçâo do nascimento de Cristo misericordioso, é ce_ebrado~en-' tre efusivas manifestações de contentamento. E, na verdade, contemplando o aureolado rosto do humilde Filho de Deus, que nos deu o mais expressivo exemplo de sublime resignação, a nossa alma como que se enleva as etereas regiões salvadoras, para um mundo novo de esperança!... • Na sagrada contemplação a esse m .agroso Homem que, num estábulo cheio de humildade nasceu à 25 de dezembro, todas as almas crentes sentem. ...E, como a lembrança da vida desse meigo Jesus, cuja peregrinação pela Terra durou só 33 ancs. faz-nos çsquecer todos os sofrimentos e sacrifícios, abram-se, ainda mais, nesse glc— rioso dia. religiosamente, todas as almas tímidas, como para falar a um confidente que perdoa e que protege, e eleve-se uma sentida prece na pureza do espaço, que vá em direção à sagrada aboboda celeste onde Êle, realmente, se encontra, no paraizo dos anjos. I Salve Natal!... XII

19 4 5

41

O

MALHO


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i/ffWU CINEMA INFANTIL

época em que os meninos de treze anos nos dão certas lições? Pois bem, os avisos de que nos cinemas serão levados filmes impróprios para- meninos de oito ou doze anos durante a semana, esses mesmos filmes são levados nas matinées infantis de domingo para ás crianças de todas as idades. Para que esses avisos? Por que os imperativos durante certos dias da semana quando no domingo a mesma lei é descáradamente blefada?

Verdade histórica... N

UMA publicação de propaganda

teimando em de disco de certa empresa lemos XX da criSéculo CONTINUAM chamar o o seguinte: Para os que viram "A Noite sonhamos" e se encantaram anca. Podem continuar na teima com a revivescência de tantas págiporque é, na verdade, o século nas de Chopin, temos ainda uma em que se matou mais criança e grande notícia: a empresa acaba de nunca se viu tanta miséria e deslançar quatro composições de Chograça infantil. Pode ser tudo mepin, como foram ouvidas no filme, executadas pelo célebre pianista esnos o, século da criança. Os paipanhol José Iturbi. De fato, quem ses com jornais dirigidos publiassistiu ao filme não viu José Iturbi cam vastas reportagens mostran7 na tela. Mas na verdade, encfuanto do o carinho com que se olha Cornei Wilde parecia executar Çhopara a criança. Mas também são pin, era Iturbi, fora da cena, quem publicadas fotografias da miséria produzia aquela maravilha de interde outros ambientes e principalpretação, que tanto, entusiasmou os no não Notando-se é como fans" que mente com essa guerra sem frondos cigarros ou da agua-quecaso Isto merece realmente grande diteira nem trincheira a calamivulgação para que a maioria do púpassarinho-não-bebe era que, para dade com que a criança é levada. os sábados e domingos, o pavoblico saiba dos engodos e mentiraPode ser o Século da Bomba atô"câbio-negro" faz uma ferialhas de Hollywood. E não é só isso... roso mica ou dos soldados desconhezinha bem regular; é com todos Para educação do povo precisamos cidos, sendo eles tão bem fichatambém avisar que Chopin jamais ff e rr ou não tenha auos tenha dos e catalogados, mas nunca o teve aquele tipo de atleta que Cornei toridades para vigiar os. largos século da criança. Wilde tão arredondado apresentou portões. com certa mediocridade. E agora E basta percorrermos os nosinaugurada na cidade dc Rio foi que nos films isto falar com E sem sos bairros onde os cinemas, aos de Janeiro a figura do imortal comas pequenas alucinantes nos endomingos, começam suas funções e portanto o seu fípositor polonês, redos em que a infância não deàs 9 ou 10 horas da manhã, onde fácil de comparação, essa sico será vja "espiar"... nota precisa ser realçada. com grande estardalhaço anun1 E ainda mais: todos ciam filmes infantis, sabem quanto sofreu o para notarmos que compositor grande as crianças não têm imortal com a saúde tantas abalada por proteção alguma. vicissitudes que o punha tão magro e venha Onde estão os técniaparecer sobre a íigu^ cos de educaão inra atlética dum homem bem nutrido... e nem fantil, ao verem nas teve na ilha Maiorca dc portas ou por cima ambiente aquele e riqueza que bem-estar da bilheteria o quafoge a toda a realidadro "Impróprio para de, bastando para isso ldr algumas de suas menores até 7 anos", cartas desencantadas impróprio para melá das margens mediterraneas. até mesmo impróO povo precisa de prio para adolesceneducação .mas educa— Oeê tá vendo Bastião, Agora só se fala cm câmbio negro te de quatorze ou — Mas nois os preto num tem nada cum isso Filugéno; câmbio ção sem agrados de binegro é negoço de branco lheteria... quinze anos, numa X I I — 1 9 4 5 42 MALHO o


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fscufe, CldrímuncJa. í-la £o dnos que você e nossd empregada. Merece sen tratada como Pessoa da familia. Deste mês em diante nao lhe pagarei mais ordenado. Al V

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POESIA FLOR

DO PENSAMENTO MALBA

Aqui transcrevemos um pequeno trecho do livro "A sombra do Arco-ires" de Malha Talião. No entrecho dessa singular novela oricntal foram interpelados cerca de mil poetas e prosadores brasileiros.

TAHAN

Ser poeta é ter liberdade Ser poeta é ter sua música Ser poeta é ter alegria brilhando Mesmo entre lágrimas crepusculares. Ser poeta é abrir caminho para o fundo escuro do mar prisioneiro do coração. (6)

a poesia é ter o coração fechado a todas DETESTAR as harmonias do Belo. a todas as delicadezas da vida c do pensamento. Detestar a poesia é viver como.um chacal que não sabe distinguir um lírio no meio de um pantanal. Negar a beleza e a utilidade da poesia é negar a existência da luz. do amor e do céu ! É blasfemar contra Allah (exaltado seja o Criador !). "Não sou poeta. Não faço versos. Por isso mesmo não sei ocultar o meu imoderado entusiasmo aos que os fazem. Poesia, arte divina ! Aprisionar o pensamento numa jaula de ouro, as estrofes com simetria, rimas, compassos, imagens e metros variados, requintes de Ourives tercionário, pareceme dom prodigioso a quem tem alguma còusa de belo a comunicar a seus semelhantes". (1) O coração do artista é grande, generoso ! A Injustiça e a Ambição causam dor profunda ! (2)

Ser poeta é viver de sonhos a tecer ilusões, sem cessar um só momento. (7) "É atravessar a vida na caravana do Sonho e da Ilusão" (8) Ser poeta é sentir as caricias do som Os mistérios da côr E os beijos da luz. (9) Ser poeta é viver sempre encantado Na esperança de adiar a perfeição ! (10) . "A poesia é a florescência radiosa e divina da espiritualidade. É a mais fina e melindrosa expressão da vida intelectual, não direi a mais alta. porém com certeza, a mais bela. É vária e profunda, contraditória e enigmática como a própria vida. Resume em si todos os encantos, desde os encantos mais sutis dos sentidos até os encantos ásperos e sangrentos da luta. É a voz do pássaro e é o relâmpago; é luar e e oceano; é suspiro e é trovão; é aragem perfumosa e é vendaval destruidor. Derrama em torno de si as mais suaves consolações, bálsamos de rcsas e poeiras de estrêIas... (11)

"djin" Todo poeta é um que. veio à Terra, do Senhor a obra exaltar para Por isso mesmo o coração de um poeta encerra todo um mundo a vibrar, todo o universo em flor. Qual seria o mortal que as belezas da terra pudesse decantar melhor, com mais ardor? "djin" Todo poeta é um que veio ao mundo, maior a obra do Criador. tornar para Desde a ira do raio, ao trovão iracundo, desde o palor da lua, ao nascer de uma flor. tudo que a mão de Deus fêz nascer neste mundo tinha de ter forçosamente ò seu cantor. (3)

E poesia é ascenção. É flor no alto monte, É um panorama azul dominando o horizonte. aos olhos de quem vai já descendo as encostas. Poesia é crença, é festa, é reza, é relicário: Deve ser cada rima a conta de um rosário e, cada verso, um pensamento de mãos postas. (12) E a poesia que faculta aos homens os vôos admiráveis da imaginação; é a poesia que, na opulêhcia de sua forma e na musicalidade de seu ritmo educa e aperfetçooa o espirito. É preciso alcançar uma certa pureza para se obter o ' dom da Poesia. É preciso sofrer! (13)

Como é belo criar ! Como é bom ser poeta ! Desfazer o imediato, a certeza concreta, toda a limitação, o trivial, o bisonho, dilatando ao infinito as fronteiras do sonho ! (4) Dar ao sem-explendor, perpétuos explendores; Subir de sonho em sonho e leve desabar-se . Numa chuva estelar de estrofes e de rimas... (5)

O verso é o pranto da Melancolia, É a lágrima ue o^Poeta não reteve í (14)

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A poesia é uma arte de emoção; o seu poder de sentimento 4, às vezes, tão grande que a beleza de um recanto da vida só é apreciada e compreendida quando se nos mostra na idealidade do verso ! A poesia é a melhor recordação dos momentos fielizes da existência- É a lembrança dos pensamentos fecundos. Luz da vida, de que é verdadeira imagem expressa na verdade eterna, ela imortaliza o que há mais belo e o melhor deste mundo. (15) Poesia é voz de antecipação; é profecia. E luz de anunciação; é madrugada. (16) A obra do poeta traz em si o esplendor da imortalidade. Horácio, poeta famoso, ao definir com a clarividência de um verdadeiro gênio, o valor de sua obra comparou-a a um "monumento mais forte do que o bionze". "Um monumento erguK', disse o famoso poeta, "Mais forte do que o bronze". E disse uma verdade. Porque da Poesia a Musa predileta. Ao dar-lhe a Inspiração deu-lhe a imortalidade. E assim, no decorrer dos séculos, projeta O gênio que viveu a intensa claridade; Sua glória esplendente, em plena luz èreta, Nobre orgulho será, de toda a Humanidade. Passa a fama fugaz de reis e de tiranos; De guerreiros cruéis, de monstros desumanos, De batalhas, de heróis, de tronos imperiais. % Mas do humilde cantor do Belo e d-o Sublime, O nome viverá, que nem o ódio, o crime "Nem o tempo que passa, o destiuirão jamais"... (17) É a poesia, ainda, que multiplica a vida das palavras; vemo-la decompor uma côr em muitas cores e um som delicado numa infinidade de sons harmoniosos. Como repudiar uma arte que, apelando diretamente para o sentimento, procura atingir as fibras mais sensiveis da alma humana? Poesia é como o amor: /surge em nós de repente... Não tem nome, nãó tem fofma, não tem idade... Por que, pois, perseguir e injuriar os que cantam? Que mal fazem à terra as c:garras e as fontes? Que mal fazem à terra os pássaros e os poetas? (18) "Poesia ! Terra encantada, cuja magia faz prisioneiros os que a visitam. Inconsciente como o sonho, efêmera como a felicidade, eteina como o desejo de $er feliz". (19) Até o nome de Deus cabe no verso: O verso... é a celeste harmonia esparsa no Universo. É a sublime oração que derrama da altura dos pés do Criador a voz da criatura. (20) Se eu pudesse grafar no papel a imensidade de poesia que eu sinto... meu Deus ! meu Deus, que desespero ! eu seria o maior poeta, o maior poeta dêsse mundo inteiro! (21) XII

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Custo DflViDR — Tenho uma vaga de você...

recordação

Que a Poesia, tal como o perfume, Não pode amada ser por tôda a gente... (22) NOTA — Foram citados, no trecho acima, os seguintes autores: — Afrânio Peixoto — Solfiere de Albuquerque — Nobrega de Siqueira — Menolti dei Picchia — Ernani Fornari — Augusto Frederico Schmidt — Aristeu do Amaral Brigagão ' — Luis Muniz 8 — Nilo José da Costa 10 — Jésu de Miranda 11 — Amadeu Amaral 12 — Oswaldo Orico 13 — Guerreiro Ramos 14 — Benjamin Silva 15 — Palmira Vanderlei 16 — Pdvina Cavalcanti 17 — João Batista de Mello e Souza 18 — Pascoal Carlos Magno 19 — Exupero Monteiro .20 — Alberto Ramos 21 -r— Pacheco de Almeida 22 — Exupero Monteiro. 45

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Na alavanca de "Para destruir o ódio ê vos deassim fizessem amainariam a hécatombe dos preciso qu? sassocieis ão ¦ ódio em suas formas gros* povos: a guerra e suas diabólicas conseseiras e sutis e enquanto estiverdes colhiquênejas. do por eli, fareis parte desse mundo de Para que escorar estruturas que estão ignorância e de temores. Assim, o inundo fendidas dé cima a baixo, as quaes o disé uma extensão de vos mesmos, duplicado cernimento que é iluminação, aconselha dee multiplicado. " Krishnamurti — Ojai — molir para construir de novo ? Sarobia 1940. Não está servindo de prova a vóz çla história e a róta da humanidade, tangida pela É certo que qualquer homem, mesmo o força da necessidade e da inteligência que de curto entendimento, sente fluir de sua tudo transforma? consciência, a razão de uma existência, meJá é tempo dos homens tomarem do dislhor vivida. Sente igualmente a ação dos cernimento, e com este, contarem os erros seus semelhantes quando operam com o de visão, os modos de encarar a vida ha cofalso, esforço. Apezar disto, costuma o letividade, a qu*l bem pôde ser mil vezes homem transigir com a consciência infemelhorada, se as nações não forem ^dirigidas riór de sua parte menos perfeita. Por esta por aqueles que exprimem limitadas consrazão, é que. se verifica em muitos homens, ciências, — quando dizem: o mundo é assim o traço de indeaisão, a ausência da ccfinmesmo, contem o rico e o pobre. A história nos mostra justamente o contrário preensão e do afeto que resultam na falência das iniciativas construtoras, cooperad-sto nos motivos da derrocada de' todas as doras. civilizações passadas. Bem poucos homens têm o hábito de esOs ensinamentos trazidos por aqueles cutar a vóz da compreensão. Por isto mesmo, vilPtos já representativos do nosso ciclo tudo quanto vemos ser feito como sendo histórico, são bastantes evidentes na hora €m beneficio de outrem, esconde quase sempresente, para convencer os homens de estado da inutilidade de res*stir à pçnftração pre, a hipocrisia e ambição, quando não a do novo nivel mental posto em movimento. exploração e a crueldade. Tanto mais, que a mente do .iomem atual Além cisto, o homem de posse, poder econômico, social ou cultural, não costuma ouvir çstá anciando por liberdade e felicidade para todos. • as vozes contrárias ao seu "eu". Os ensinamentos daqueles vultos responAinda pela mesma razão, homens de esdem, no íntimo de cada indivíduo atualtado. deitam de realizar ações construtivas mente, por uma sociedade melhor dirigida, para o bem dos seus proprios semelhantes. Deixam de compreender e consequentemente melhor suprida de meios econômicos e cien-^ tificos para o viver do homem. Tolher o de aceitar, o que visionaram individualidades Como Vitor Hugo, Zola, Tolstoi, e passo do pensamento creador, é retardar, é dificultar a manifestação da vida na coleno presente século, Ghandi e Krishnamurti. tividade 1 Parecem ignorar que serão forçados a seQue podem realizar nações com linhas de &uir sob a influência dos reformadores e encouraçados, e com cada homem transfororientadores dos destinos da humanidade. mado em um matador ? Com que podem Tudo isto, porém, sijjnifica ausência de brigar ? Com . o homem ? Com a ptopria entendimento do essencial da verdade; auvida? E' necessário, portanto, que por traz sência de trabalho em proveito da humanide cada partido, movimento ou sistema sodade. ciai, se encontre o proposito real de servir Por isto, vemos grupos humanos em conso homem. tante e tenaz antagonismo, animados do erro Para onde podem passar com tanto poder e da ilusão da força. destruidor ? Poder absoluto porém, para Em vez . de uma obra positiva e delibematar, a fome, vestir e assegurar a paz ao rada no sentido do desenvolver e amparar homem que luta e sofre por um mundo mea vida em cada homem que nasce!... tudo lhor. se opera em contrário na mentalidade viDiante do volume das necessidades sogente na presente civilização. ciais e físicas do homem, é muito triste Observemos com serenidade, o aspecto poa indiferença que apresentam os represenlítico, religioso, econômico e social das natantes de muitas nações. ções. Que vemos? O pânico dominando a Que tr.ste aspecto é ver os que sofrem a quase todas, que esperam de armas em puescacez de alimentos, e o aniquilamento de nho, a vitória pelo emprego do ódio. Pensuas vidàs, em • meio a incomensuraveis risam certos homens que as dirigem, poderem quezas que o solo encerra! evitar as trasformações sociais necessárias Tudo isso se deve aos homens cujo flenao nivel mental de entendimento do sésamento gira em tòrno á obtensão da posse culq,. Afóra um grupo de nações que se pôs pessoal, aos homens que mais depressa anuIam a liberdade de um semelhante, mais dea caminho da transformação para o bem da humanidade, as demais, envolvem-se no pressa cortam o fio de uma vida exaltada, do que se prestariam a ouvir sabiamente o casulo da rotina, esperando, ali dentro,, se real anceio dessa existência. livrarem da influência renovadora que actúa Não é o povo nem as suas necessidades, sobre as suas coletividades. A maioria dos estadistas não julga oporportanto, que atiram nações contra nações, em guerras medonhas. E- a má visão, é a tuno ir diretamente ao encontro do novo crueldade-dos que se apossam do bastão do ilibei fnental humano, formado pelos pènmando, do poder e da riqueza, que não petisainentos dos homens que citei acima. Se

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(BELARMJNO VIANA) sam na dor e na miséria que proporcionam com os seus atos aos seus semelhantes. Não pensam na felicidade que poderiam prodilzir na vida da coletividade. Para muitos desses homens mie exigem logares de destaque na socedade, tudo deve girar em torno dos seus interesses, das suas necessidades físicas e sociais.A ação que lhes convém é somente a que atende, os seus desejos pessoaes de posse e autoridade. Mas, não nos engan°mos. não nos det°nhamos somente rias solicitações do nosso eu", a humanidade atingiu uma nova era. O planeta já, tornou-se pequeno na compreensão do hoçpem que pensa, e este está despertando o pensamento que exigejá um mundo só, para todos. Pará dentro e para fóra de si mesmo, o homem de entendimento, dirige o pensamento a grande profundidade e latitude, num entendimento muito maior das causas do sofrimento. E, o numero dos que ehboram na vida atual, com mais discernimento, e imensamente maior do que s? observava nos séculos passados. Este estado de compreensão, por si só, dilatará o campo de ação do homem pelo homem, na sociedade nova. Acredito, entretanto, que o homem culto só_ deixa de atender as solicitações cooperadoras com o seu semelhante inculto porque sua mente ainda desconhece a verdade sobre a vida. Poroue ignora que a civilização que tanto o iluge, está virtualmente minada. Ignora que a estrutura moral e econômica desta civilização, separa o homem do-honjem, produzindo o mal estar, somente sup rtado pela presença de baionetas e met ilhidoras. Há muitos homens» a quem interessa pelos motivos acima expostos, n'gir a existência do ambiente de corrupção. Chegou porem a hora de um novo despertar, de reunir as forças físicas e mentaes, na direção dum sistema que conduza com acerto a coletiVidade, o povo a maioria. Chegou o'tempo de ser organizada uma só corrente de <. ntetidimento para o bem de todos, porque o esOirito da velha civilização européa ou mesmo da mundial, está' derrocado. Quem não vê "âto, é naufrago sem salva-vidas. Prtparemo-nos portantq, • para entrar na corrente social do mundo novo como senfíores íiaturaes do solo onde habitamos; para ampararmos cada homem que teve a felicidade de nascer sobre riquezas que ele ainda desconhece. Demos-lhe uma nova e adiantada mentalidade, através novos e cierrtificos' moldes de educação. Não esperemos que a pesada roda dos interesses econom cos das nações da mentalidade velha .anule ou detenha a grande-a e 3 riqueza latentes no solo onde vivemos. . Nesta hora humana é preciso que di pamos do espírito, o manto do egoismo que encobre os graiídes males da arcaica mintalidade da qual ainda nos servimos. !É preciso que rasguemos a venda imposta pelas memórias velhas, e lancemos o olhar de entendimento sobre o quadro da vida universal, para transformarmos a nossa mentalidade, na alavanca de Um mundo SÓ. ..

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VIDAS BRASILEIRAS Indiscutivelmente uma preciosa contribuição para o estudo e conhecimento das personalidades ilustres do nosso passado histórico é a série de volumes cuja publicação foi agora, iniciada pelo escritor ]osé Teixeira de Oliveira, sob o título "Vidas Brasileiras." A primeira série, que acaba de aparecer, contém meia centena exata de biografias com retratos desenhados pelo ilustrador maranhense Milton Luz. com grande felicidade. Para que o leitor faça por si, uma- idéia precisa e justa sobre esse excelente trabalho, destacamos, ao acaso, uma página sobre a poetisa, e jornalista Nisia Floresta, que foi a pioneira do feminismo no nosso pais. *

Nísia Floresta social que a mulher desfruta, hoje, no Brasil, é o Aposição resultado de uma luta secular contra araigados preconceitos. Nísia Floresta Brasileira Augusta é, muito justamente, considerada a precursora da reabilitação social da mulher entre nós. Filha do advogado português Dionisio .Gonçalves Pinto Lisboa e sua esposa, D. Antôr nia Clara Freire, "Nísia nasceu em Paparí, no Rio Grande do Norte, a* doze de outubro de 1809. Não se sabe onde fêz os primeiros estudos, mas, quando esteve em Ee-

cife, jovem ainda, seu nome apareceu nos jornais da capital pernambucana assinando colaborações que já permitiam advinhar o valor da educadoi** e beletrista que se revelariam mais tarde. Nísia Floresta não encontrou a felicidade que esperava clp maírimônio. Reagiu, porém, contra a acanhada mentalidade da sua época — mentalidade que negava à mulher o direito de trabalhar e viver independentemente — e entregou-se à conquista de um lugar ao sol. Em. Porto Alegre, onde residiu aigum tempo, iniciou-se no magistério. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, abriu o Colégio Augusto que, sob a sua direção, funcionou duran-

te dezessete anos. Fatigada, empreenreu uma viagem à Europa, demorando-se vários anos no Velho Mundo em percorrer as suas cidades principais. Travou relações com Augusto Comte e outros grandes nomes da inteligência do seu tempo, com eles correspondendo amiudadamente. Nísia Floresta deixou várias obras publicadas, destacando-se a intitulada Conselhos à Minha Filha, Abolicionista, republicana, pioneira do feminismo no Brasil, poetisa, jornalista, ela foi, acima de tudo, educadora das mais notáveis que temos possuído. Em Ruão, França, Nisia Floresta faleceu no dia vinte e quatro de abril de 1885.

FELIZMENTE DEVIA SER... A senhora não canta? Já cantei muito, mas agora o medico proibiu-me. Ê seu vizinho? X I I — 1 9 4 5

Como foi que morreu seu pai? Acabou de almoçai-, sentou-se numa cadeira de balanço, tirou os óculos e ... pronto! Ainda teve tempo de tirar os óculos? Graças a Deus! Ao menos não viu que morria'

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O Gordo (irritado) — um'níquel para comprar O outro (simplório) — gado! Basta que o gnr. muito com as mãos! O

O Snr. quer o jornal?! Muito obrinão trema MALHO


OS 500 FRANCOS DE B ALT AS AR CONTO DE GABRIEL BAUGÉ Sra. Constantin era uma perA feita administradora. Em sua casa reinava a maior ordem e era ela quem detinha o cordão da bolsa. Todas cs meses, o Sr. Constantin, seu marido, entregava-lhe pontualmente seus vencimentos de subchefe do Ministério de Instrução Pública» Ela contava o dinheiro, separava o necessário para os gastos e, finalmente, depositava nas mãos do marido os 50 francos para as via"Metro" e para os gens diárias no cigarros. O Sr. Constantin submetera-se a esse sistema, a principio por fraqueza e depois por hábito. Sucedeu, porém, que um dia alguns amigos o convidaram a tomar uma batida e êle se viu obrigado a recusar o con vite, em vista de não dispor de di nheiro... O fato aborreceu-o bastante. Veiu-lhe à imaginação nunca mais confiar à mulher os seus ven cimentes e dispor êle mesmo de seu dinheiro. Mas pensando nos transtornos que daí lhe advirtam, preferiu economlsar a pequena soma que a "patroa'' lhe outorgaria para os cigarros. Seu projeto éra. bem simples: com os primeiros cirvco luizes economisados, convidaria os amigos para um passeio em Suresnes, numa tarde que estivesse de folga. Quando conseguiu reunir 100 francos, fruto de suas economias — também deixara de viajar no "Metro" — Constantin verificou que era uma tolice haver feito tantos sacrifícios, para, depois, numa tarde apenas, consumir todo o dinheiro. E guardou-o. Desde então, tornou-se econômico, e em poucos anos acumulou 500 francos. Mas, à medida que o pequeno tesouro de Constantin aumentava, ia o financista perdendo a serenidade e beatitude legendárias dos burocratas. Um temor permanente acossava-o: o de que seu dinheiro corria perigo. As escrtvaninhos, mesmo as de um ministério, nao podem oferecer a segurança que se encontra num estabelecimento bancário. Tampouco devia sonhar em guardar o dinheiro em sua casa, pois a esposa logo o descobriria; trazê-lo consigo era expor-se a ser assaitado na via pública e... mesmo em casa ! Quanto a depositar a quantia num banco ou a troca Ia por apólices nacionals, nem sequer o pensava. Constantin endoidecia... Parecia lhe Que O MALHO

esse dinheiro era misterioso e que ninguém devia vê-lo. Ficava tão apreensivo, que não podia dormir, e com o sono ia-se lhe também a vontade de comer. O pobre homem começou a emagrecer a olhos vistos. Tomou uma resolução. Uma tarde, chegou a casa, pálido e sufocado, e pondo oa 500 francos na mão da esposa, disse-lhe: Toma, Melania ! Achei isso na rua... Melania arregalou muito os olhos e depois escancarou a boca numa exclamação de júbilo desmedido: Que bom ! Com este dinheiro poderemos ir passar a Páscoa em Rouen.

com a volta dos 500. Não, não iriam a Rouen; era muito longe. Dariam um passeio até o Havre. Eis que, certo dia, Melania saltou ao pescoço do marido, mal este chegava da repartição. Meu bem exclamou radiando _de contentamento — consegui retirar os 500 francos ! Não digas !... E quando parNão digas!... E quando parNão sei. --. Mudaste de idéia ? E' que.... Melania meditou, meditou, e acabou por declarar:

1 Boa idéa.:. — disse Constantin. E respirou fortemente, aliviado. A' hora do jantar, porém, a mulher pareceu pensativa. Que tens ? — inquiriu o esposo. Dize me, Baltasar, ninguém sabe o que poderá acontecer... Não achas melhor levarmos os 500 francos à Delegacia ? Faze o que entenderes... — aconselhou Constantin. Não havia inconveniente nenhum. Ele sabia que ninguém reclamaria o dinheiro e que, transcorrido um ano, teria direito à sua devolução. Quando o recebesse, repartiria a quantia com a cara metade. Então, sim, divertir-seia um pouco, sem a preocupação de ter que esconder o dinheiro. Dito e feito. A Sra. Constantin entregou o pequeno tesouro à Policia. Baltasar recobrou a calma, e durante o transcurso do ano os cônjuges esboçaram mil projetos, sonhando

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O cqso é o seguinte. Como os 500 francos só te deram o trabalho de aparihajos no chão, pensei que não te zangarias se eu dispusesse dê les a meu bel-prazer. Acabo de com prar uma pele, que é uma preciosidade. Ha muito que eu ambicionava possuí Ia, e não pude ceder à tentação... Ah ! — suspirou o pobre Baltasar, crendo desfalecer. A economista modelo foi buscar a pele, para mostrá-la ao marido. Vê que beleza ! e sabes quanto custou ? Quatrocentos noventa e nove francos e noventa e cinco céntimos. Não é uma pechincha ? E acrescentou: Fizemos uma economia de cinco céntimos. Guarda os para ti... X I I — 1 9 4 5


Suplemento Cinematográfico d'0

MALHU

M A R letra redonda e em pé, muito certa, parecendo as linhas bicos de renda, A com adorável ingenuidade, a carta - dizia assim: "Senhor redator — A guerra acabou há tantos meses já e os filmes, quase todos, têm por assunto ainda a guerra! O cinema é o meu divertimento predileto, tenho 17 anos e creio que há 15 vou ao cinema. Gosto dos romances de amor, dos filmes com música e do tecnicólor. Aprecio também as comédias para rir. Pois bem, cada quatro vezes que vou ao cinema três é para rever a guerra, suas destruições e carnificinas, os homens se estraçalhando como lobos, o sangue correndo, os ódios acêsos, o desespero, a miséria, a dôr... O senhor não acha que chega? Por que não escreve para Hollywood pedindo para acabarem com os filmes de guerra? Faça isso e conte com os agradecimentos e a admiração da Cr. Ob. — Lucy." A letra forte e angulosa, como se quizesse rasgar o papel, contra êle invéstindo. a carta dizia assim: "Meu caro cronista — Quanto façam os estúdios de Hollywood no sentido de escalpelar a infâmia nazista, é pouco! A tragédia nefanda dêsses cinco anos deve estar sempre presente na memória de todo o mundo e para que ninguém a esqueça o cinema deve continuar a produzir filmes de guerra, mostrando até que nível de barbaria e ferocidade chegou a gente que quiz dominar todos os povos para satisfação de seus apetites bestiais. Peça, nas suas crônicas, à indústria norte-americana que produza, sempre e sempre, filmes de guerra. Sua, atenciosamente, constante leitora — Marcia." A letra indecisa, a revelar um caráter tímido a procura de rumo, a carta dizia assim: "Meu bom amiguinho — A alma humana é um tesouro das mais variadas emoções e o cinema é o seu espelho. Porque não se dedicam os produtores só e só, às histórias comoventes que focalizam os dramas íntimos que são os dramas de todos nós? Para nos purificarmos

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precisamos sofrer: que soframos, pois, diante da téla, dores que não sejam nossas, preparando-nos para os momentos tristes que tenhamos de viver... Insista pela filmagem dessas histórias que tanto bem fazem à alma, martirizando-r... Eu, quando vou ao cinema, não me divirto se não choro um pouco. Creia, étc., etc. — Maria." Sente assim o público de cinema. Bendito seja o cinema!

jeanne Crain não escreve aqui a cronistas: autografa a carta em que: a gente de cinema agradece ao diretor dos correios dos Estados Unidos a emissão do sêlo comemorativo do meio centcnário da cinematografia, comemorado no corrente ano.

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suntuosidade, a par de sincero sentido humano e ESQUISITA magnífica reconstituição, são pintos aitos de "WILSON", filme biográfico» do apóstolo da e paz da democracia, Woodrow Wils:n, o presidente norteamericano aue A*rMu os destineis de sua Pátria durante a l.a guerra mundial. "WILSON", que a 20th Century-Fox vai apresentar daqui ha dias no Palácio, foi dirigid: per Henry King, que encontrou um assunto perfeita para manifestar sua capacidade diretiva. O filrr.e se inicia nos dias em que Wilson era conceituado professor, e vai re"atando com sóbria e penetrante dramatismo, os mcment:is culminanteu de sua carreira até 1918. Assim, vsmo-lo cilmo vitorioso nas eleições para governador de New Jersey, e 1-go nas etapas transcendentais de sua espetacular carreira. E aos olhe deslumbrados do publico desfila uma série magnificente de acontecimentos históricos, ligados por Lugares famouma história empolgante e absorvente. sós como a Casa Branca, o Palácio de Versailles e o Capitolio, surgem em t;da a sua grandiosidade, tornados ainda mais reais pela mágica perfeição do Técnicolor. O almolxarifado da 20th Century-Fox poucas vezes se via a braços com tão grande responsabilidade. Para a reconstituição de tãoi famosos lugares, foram precisos os esforços conjugad:e de centenas de técnicos, artífices e artistas, que se empenharam em reproduzir à perfeição desde as peças de m:biliario até pinturas celebres. Maa, entre tantos elementos de primeira ordem, a InterpuEitação de "WILSON" se destaca brilhantemente. Alexander Knox. no papel-titul :>, realisa uma das mais Sua "performance" reperfeitas creações do cinema. suscita, ao vivo nãi só a aparência física mas o próprio Seu desempenho é uma espirito d,e Woodrow Wilsnn. dessas coisas definitivas, que consagra um ator para sempre. Geraldine Fitzgerald, ao seu lado, é uma emoção viva e uma visão de beleza. E Charles Coburn, Thomas Mitchell, Ruth Nelson, William Eythe, Vincent Price, Mary Anders:n e todos os outros, são ós mais brilhantes coadjuvantes que se pôde desejar. "WILSON" marca uma épnea na Industria Cinemategrafica, e a 20th Century-F;(x tem toda a razão de se declarar orgulhosa por ter produzid.» uma pelicula de tão grande sentid; social e humano, ao mesmo tempo que é um dos filmes mais empolgantes de todos os temp?s. As gravuras aqui estampadas reproduzem cenas do filme que a critica norte-americana consagrou coma uma das maravilhas da cinematografia moderna.


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Senhorinha Mercedes Marques, no dia do s°u enlace matrimonial com o Sr. Heroiso Aguiar.

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"ERA UMA VEZ UM CALIFA".... A GENTE SONHA;

MINARETES, PATEOS COM FONTES CAN

TANDO; UMA LUZ PERDIDA NAS AREIAS BRANCAS, NAS CIDADES BRANCAS. UM CALIFA. E UMA RONDA MORENA DE HURIS, CARMEN

MORENAS

BROW;

EDSON

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BELAS LOPES,

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COMO UM

CANTOR NEGRO QUE VALE TANTO QUANTO PAUL ROBESON; YOLANDA VARGA, A LOURA VOZ DA HUNGRIA. E OUTROS ASTROS DA DANSA E DA SHOW SENSACIONAL QUE ESTÁ ENCANTANDANDO OS "HABITUES" DO ATLÂNTICO. CANÇÃO.

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PAUL MEERES E ANDRÉE POUPON COM SEUS RITIMOS NATIVOS; ELSIE AND CORDA DANSANDO

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ALEGRIA DO VOLGA; E COMPLETANDO O "SHOW" INTERNACIONAL, O CONJUNTO BRASILEIRÍSSIMO "QUATRO

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COM A ALEGRIA

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DA NOSSA TERRA.


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pomtm £M TODAS AS /DADES/ Uma lição que se aprende para toda a vida é o uso constante de Kolynos. Pela voz dos dentistas, como pela dos mestres, fala a experiência e o conhecimento: eles recomendam Kolynos, pois sabem que esse creme dental protege os dentes em todas as idades. A espuma borbulhante produzida por' uma quantidade insignificante

de Kolynos

na esco-

va seca é suficiente para limpar completamente os dentes, porque

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penetra com facilidade em tcdos os recantos da boca. A sensação agradável que provoca o uso desse creme dental torna-o preferido de crianças e adultos; graças a ele, escovar os dentes se transforma, para seus filhos, num prazer diário — um prazer que protege a saúde. Por isso mais dentistas e mais familias usam e recomendam Kolynos, que custa muito menos porque rende muito mais.

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Limpa mais... agrada mais... rende mais... O

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Boina de palha de duas côres.

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ORA Suplemento

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Feitio para Unho ou "shantung". Costume estiuil, originário de Blum Sotre (Philadelphia). Mês do Natal. Todas as atenções voltam-se para cs mimos aos amigos, aos parentes, aos grandes e aos miúdos, que é a festa d:s pequenitos e dos maiores também. Ornam-se as montras da cidade com brinquedos, roupas, jóias pe-fumes e os mil nadas que vam^s escolher para pôr na sacola de papai Noél. Um Natal feliz, semi duvida, Natal que, embora as dificuldades da hora presente, difere totalmente dos outros em que o troar dos canhões não oferecia trégua. Natal brasileiro, banhado pelo sol estivai e à ncite o brilh y maravilhoso das estréias no céu muito limpo. Natal da Paz, o primeiro após tantos anos de guerra, de sofrimento, de angustias inenarráveis. A carioca veste linha, "shantung", algodao, usa roupas leves e graciosas, no mais das vezes branca a.u de tonalidades suaves, pois é a temporada em que mais se amorena, exibindo ao sal o corpo sumariamente posto num "sarong" do ultimo tipo...

Fita e flores — chapéu "hábillé". (Modelo de Royce — para Ackerman — N. York).

A praia banho de as horas do no dia estivai.

F eminino

é uma grande atração, e o mar o melhor refresco para quentes que vamos vencena dia da longa temporada

"Areia da praia macia, gostosa, com cheiro das algas que brincam no mar. Areia da praia branca, misteriosa, brilhando de escamas à luz do luar..." Alguns de um dos pceSão vers:s. livro de mas do novo e magnifico Hyldeth Favilla: "Areia da praia". Surgiu agora, quando mais desejamos viver à beira mar, quando o mar é mais belo porque mais luminosa, é a areia..., . "Areia da praia, areia da praia, quem sente a carícia morna de teu corpo, não p;de fugir -'e te amar !" Hyldeth Favilla fornece outra prova do seu talento nas páginas do livra que acaba de publicar. E o publico está de parabéns. _ 57 —

Vestido listmdo. (Modêlo de Altmccn — N. York). O

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^ T o t t e r, A U d r e y " da Metro em player" " For Bett-r, tor Worse", apresenta aqui um traje oportuno, bem ao gosto da nossa elegante, conjunto frizado de juvcntude, de graça, fornecendo tambem aos tipos da marca do da eitada artista certo ar dc " femine fatale' . O traje é composto de uma linda blusa de crépe dc seda branca guarnecida com pregas, renda e botoes de pérolas, cinto de seda verde, calças pretas.

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_____ ^^..H -_-__r Mi Io Anderson, da Warner Iiros, desenhou para GeraMinc Fitzgerald, este belo vestido para de noite, empregando nele um brilhante cetim azul, bordando o pano que termina o drapeado á frente e a blusa toda com missangas cristalinas delicados canutilhys em carreiras simétricas.

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" Saia e liolcro marinho, blusa de piquí branco ideado conjunto elegante c para Ellen Drcw pratico " China S!;y". artista da K K O cm O

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A5 ESTRELAS DO CINEMA

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Um vestido de " marquisette" preta, no tipo deste que Irene desenhou para aumentar o " sophisticated effect" da loura Marilyn " Maxwell, "player" da Metro em Between Two Women", é o que vai convir á jovem carioca nas noites de festa durante a temporada estivai — no Rio ou na serra.

Para jantar é este longo vestido de crépe rosa cravo, talhado no estilo Diretório, c desenhado por M. Louis, da Columbia, para Irene Dunnc.

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Kis a ultima palavra tia matéria. Moça ou menos moça, a mulher elegante hoje uma guarnição de trança, no seu novo penteado. E a trança, postiça dade, subiu, com o excesso da procura, a preços excessivos: quatrocentos mais por uma aureola de cabelos trançados. Aqui temos alguns modelos com tranças. O

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nao dispensa na genera 1cruzeiros ou dc penteados X I I — 1 9 4 5


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LATINA.

SETEMBRO, 199-201 — 61 —

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PRATICA

ELEGÂNCIA

Vestido listrado. Criação americana, de Page Bcy.

$ li. Gracioso feitio algodão ou para " ayon" de seda c m listras. Criacão de Elois-s Glover para Alt. mm — N. York. r

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Blusa estampada.

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Para os dias de sol na praia: saia, corpete •? bolero •de "rayon" shantuna de pret:, botões dourado*. Modelo de Bergdorf Goodman (N. York), desenho de Harvey Berin.

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" Slacks" "spun-rayon" de de colorido vivo.

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X I I — 1 0 4 5


SEGREDO DE DE BELEZA HOLLYWOOD

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Por Max Factor Jr. — (Famoso conselheiro do "make-up" das estrelas do cinema).

I LÁBIOS

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PERFEITOS

enrugados constituem um dos problemas da LÁBIOS aparência feminina. Se a leitora apanha muito sol durante o verão, os lábios enrugam francamente. O mesmo mal provém do frio, durante o inverno, ou do vento em qualquer das citadas estações, ou melhor, em qualquer das estações. "Lipstick" fornece uma A simples prática diária do forma de proteção aos lábios. Mas somente isso não evita o senão acima acentuado, sendo preciso utilizar-se SUSAN HAYWARD, estrela da Paramount, não se esquece nunca de proteger os lábios, conservando-os, por conseguinte, em bela forma.

de matéria que resista mais eficientemente ao frio intenso, às rajadas fortes de vento ou à canicula. COLORIDO E LUBRIFICAÇÂO Lubrificação dos lábios significa proteção aos contra"lip gloss", usado fartamente tempos assinalados, e o e colopelas estrelas do cinema, é uma formula untuosa "bâton", lábios, fordos protetora rida aplicada sobre o necendo-lhes Por

aspecto uniforme. se vê como os lábios

ser

devem

A pele dos lábios é delicada, delicadíssima, merecendo a mesma atenção que a do rosto. Pela

exigência

no material

lubrificante

cuidados,

de maneira

o senso da beleza nasceu com a primeira mulher.

com a ponta da língua.

APARELHOS PARA JANTAR. CHA E CAFÉ. FAQUEIROS. CRISTAIS PORCELANAS. PRATARIAS. BRONZES E OBJETOS DE ARTE

NOVIDADES PARA PRESENTES!

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X I I — 1 9 4 5

sabemos,

sideração o tom da pele, o dos cabelos, a hora do dia (ou da noite), e também em alguns casos a côr da "toilette". O "make-up" perfeito é, então e como sempre, uma arte, mas dela qualquer senhora pode entender desde que

a empregar

porque existem pomadas cujo uso freqüente redunda em dano, e danificam a saúde, principalmente quando postas nos lábios das senhoras que têm por costume umedecer os lábios

dos lábios

geral, do estado de saúde. Lábios muito pálidos indicam anemia, caso em que o "make-up" só pode influir superficialmente, sendo, portanto, necessário, consultar.um médico. O colorido do "bâton" enfeixa outro problema, pois difere de mulher para mulher, levando-se em con-

cuidados da mesma maneira que a pele do rosto. Entretanto, deve haver o mais rigoroso exame, a mais rigorosa

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SETE ÜE SETEMBRO.

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66/68 - PRÓXIMO Ã AVENIDA

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Quanto mais prático, melhor. Quanto mais espaço, melhor. Eis o que prtd:mina na decoração da casa. E assim são inúmeros cs novos apartamentos onde se vêm arrarios embutidos, o que resolve de maneira confortável e elegante o problema do espaço. Aqui está uma sala de jantar mobiliada no ve.ho estilo, com armari.is embutidos para louça fina, cristais, a parte de baixo servindo a toalhas guardanapos e bebidas..

^Decoração fca casa

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na ciSala ds estar apropriada à temporada estivai:"chintz" Divan coberto com dade u no campo. verde água, -almofadas verde garrafa, movei útil e ccnfortave1, servindo de cama a um hospede inespetrançada, rado. Cadeira com assento de palha "beige". "stores" de esteirinha, tapete de corda

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Uma velha cartomante..

Direção tle Chô-Chô nossos distintos leitores, confrades e colaboradores, dedicaAOS mos este torneio aliado aos nossos melhores votos de boas-festas e mil venturas no transcurso de 1946. Na certeza ds que, esta seção continuará a ter a honra de merecer por muito tempo o imprescindível apoio e consideração da grande família charadistica, antecipadamente o nosso — muito obrigado. Charadas novíssimas — 1 a 10 1-1 — No meio da rua, uma mulher velha sentada ao sol, não sentia o calor atmosférico. Fusinho — Rio • 2-1 — Aproveita a oportunidade de adquirir um bilhete, e tentar sua sorte na oteria. Fone — Vitória 1-2 — Sincero é o homem simpes, que vive com regularidade. Tupi — (Palmas-Paraná) • Ao Felisale, os meus agradecimentos. 1-2 — A desgraça do pobre trabalhador é causada pela facilidade na depreciação da moeda. Chô-Chô — Rio • 1-2 -m- Desde que partiste, levando toda a nossa fortuna, começou a minha infelicidade. Gatinha Preta — Rio 1-3 — Duas vezes fui enganado e ainda sou descuidado. A. Silva — Rio 9 1-2 — A prisão e o carinho em excesso são prejudiciais ao indivíduo inexperiente. Havaneza — (Curitiba-Paraná) • Ao distinto confrade Portela. 1-1 — Reina aqui neste recanto, um sossego decoroso, que convida ao charadismo. Leopos — Rio • 2-3 — Mais tarde, acabado todo o dinheiro, haverá lamentações e palavriado inútil. Miss Tila — Rio • 2-2 — Que in compra qualquer cousa de automóvel quebrado é o ferro-velho. Sinhô — Rio « Charadas casais --- 11 a 15 2 — Naquela ocasião, foi que encontrei o mana. Jotoledo - Rio 2 — Que coração divino! Navlig

Rio

2 — No utge da zanga o homem quebrou a bengala grossa na cabeça do companheiro. Lucy Gray — Niterói O

MALHO

— Para o supersticioso, é de mau agouro dar um presente com a mão esquerda. "O Chicharro" — S. José dos Campos • Para Sinhò responder: A carne de leitão é melhor 3 que a de leitoa? Walmar — C. do Jordão • Enigma Pitoresco — 16 Dedicado ao Chô-Chô.

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va. NUBIA

Lendo-lhe as linhas da ruão, Seria ocioso dizer, 8-11-6-4-2-3-5 Que a bruxa, na ocasião, 1-11-8-7-5 Contou coisas a valer... Sua vida, por seu turno, Disse ela ao terminar, Dominada pur saturno, Tem, assim, que se findar... Diz êle por ignorância: Nao é saturno chamada; Minha muliier é Constância, Nome que foi batizada. (Mendes) João Fogaça

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Enigma Pitoresco — 25

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Charadas sincopadas — 17 a 21 3 — Com esta seca, um lote de vacas pode ser alimentado com feijão-verde. 2. Libio-Fama — Rio 3 Ao vermos alguém errar, antes ensinar que zombav. 2. João da Roça — Nazaré da Mata a maledieéncia faz parte da 3 educação dos difamadores. 2. jar}- — (Fortaleza-Ceara) • 3 — Comprei um terreno inculto, mas assim mesmo tive um bom lu__,. cro. 2. Imara — Rio Ao Chô-Chô Êle é arisco mas não acerta 3 com aquela espécie de dança. 2. Matsuk ~- Rio • Logogrifcs em prosa — 22 e 23 A boa reputação (6-12-10-11-7) de uma autoridade (6-2-9-4-5-11-12) de certa maneira (8-3-5-12) exerce influência (1-12-4-9-2) sobre os de sua categoria. Raivo Uvas — Rio murQuando no coração (7-10-4) esperança da flor a (2-10-4-5-1) cha de pronto (7-6-9-3) todo o organismo (5-6-8-1) sente falta de vigor,— e... Rio Raivo Uvas Logogrifo em verso — 24 (Para alvoroçar o Alvoroço) Nascido na ierra um dia

9-3-10-7[4-13-6-11

^^wiiua

bio

Charadas casal — 26 Didicada ao emérito diretor desta seção, e a todos os confrades que nela colaboram. 3 — Boa sorte e muitas felicidades é o que vos desejo ro ano vindouro. Navlig — Rio PALAVRAS

CRUZADAS

Enigma n.° 1 — Libio Fama

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Quiz o motivo saber.

Horizontais: ~ 3 Homem forte, potente. 7 — Deuses domésticos, entre os etruscos e romanos. 8 — Papagaio de encontros vermelhos. 9 — Experiência. 10 -— Balbúrdia.

Gasto de tanto penar, 10-2-6-12-2 Teve a idéia extravagante De, certa vez, consultar,

Verticais: 1 — Nome dado aos monarquistas portugueses. 2 — Contra-

Somente pava sofrer, Um "homem" que eu conhecia, b-2-

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XII — 1945


rio à razão. 4 — Sabres mouriscos, de folha curta e larga. 5 — Vila do Est. da Baía. 6 — Fútil. Enigma „.°

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'MM" J-tuó*^- j^. Horizontais: 1 — Chuvas. 2 — Poupa. 3 — Circular. 5 — Festa literária naturna. Verticais: 1 — Borrifas, inundas 2 — Fuja Uo que pode ser nocivo. 3 Andar á roda ou em giro. 4 — Assalta, investe. 5 — Concerto musical de noite. 4.°

SOLUÇÕES Torneio — Junho

e AAòsto

Charadas: 1 — Gaitada. 2 — Latomia. 3 — Oficioso. 4 — Ocaso. 5 Repica -ponto. 6 Guapice. 7 — Petroleiro. _ — Crepúsculo. 9 — Dono-a. 10 — Tormento-a. 11 — Dito-a. 12 -_ Confeito-conto. 13 — Bioco-bico. 14 — Recato-reto. 15 — - Magana-mana. Estimo-esmo. 16 17 — Tramposo. 13 Vulgocracia. 19 Limoctonia. 20 — Malditoso. 21 — Cadete 22 — Tambica. 23 — Volta-face. 24 — Somenos. 25 — Estema. 26 — Custo-a. 27 — Cruzadao. 28 — Monha-o. 29 — Maranho-a. 30 — Lisura-lira. 31 — Pequito-peto. 32 — Cabeiro-caro. 33 — Cedinhocenho. 34 — Donairoso. 35 — Tesselario. 36 — Porta-novas. 37 — Delido. Totalistas: Alvoroço — Myself —¦ Dr. Fu-Manchu — Suely — Lô — Matome — Jotapê — "O velho" — Walmar — De Souza — R. Tatagiba Lord — Riva de Mir — Leopos — Tio Sam — Mme. Solon de Melo — Eulina Gumarães -- Matsuk — Mariate — Ciro Pinalis — Imára — Melagro — Ronega — Raul Petrocelli Caçador Paulista — Jotoledo — Sertanejo II — Bisturi — Carlino — Vésper — Saralc — Sinhô — Gatinha Preta — Miss Tila -- Japibo — Luzele — King-Kong — Viça Pota — Fone i— Irsouan — Aecio Lesa — Alves — Dacosta — Apoio. Mais de 50% — Diana — Baldan Baiaco — Fortela — Fusinho — Magalí — João da Roça. Premiados: Suely e João Fogaça, Mendes, E. Rio; Bisturi, Ribeirão Preto, São Paulo; e João da Roça, Nazaré da Mata, Pernambuco

PALAVRAS CRUZADAS Enigma n.° 1 — R. Brasileto (Rio) Horizontais: Adunado. 7 — Fox. 8 Rol. 9 — Ife. 11 — Ob. 12 — Ge. X I I — l 9 4 5

13 Eoo. 15 — ser. 17 — Côr. 19 — Amaraco. Verticais: 1 — Afrousa. 2 — Do. 3 Uxi. 4 Are. 5 — Do. 6 — Olheiro. 10 — Fio. 13 — Era. 14 Oca. 16 — Em. 18 — Oc. Enigma n.° 2 — E. Avray (Rio) Horizontais: 1 — Madeirar. 7 Amor. 8 — El. 9 Raridade. 11 _ Ce. 12 — Vai. 13 — Era. 15 Mi. 16 Madrasta. 19 Mau. 20 — Ous. 21 Rosa. Verticais: 1 — Margem. 2 — Ama. 3 — Dorcadas. 4 Erie. 5 — Reaviso. — Alda. 10 -- Elias. 14 — Ramo. 15 —- Ma. 17 — Rua. 18 — Tu. Enigma a? 3 - Miss Tila (Rio) Horizontais: 1 Paces. 6 — Agami. — Popas. 8 — Arena. 9 — Varar 10 — Enora. 11 -_ Rotam. 12 — Ima. 13 — Nodoa. 1. — Asaro. Verticais: 1 — Papaverina. 2 Agoranomos. . — Caperotada 4 — Emanara. 5 — Sisaram. 14 — Or 15 — Ao. Enigma i..° -1 - - Portela (Rio) Horizontais: 1 — Alepida. 8 — Diferir. 9-A — Agouram. 10 — Gama. 12 — Cipó. 13 — Asa. 14 — Setor. 15 — Ode. 17 -- Dari. 18 — Or. 19 — Avea. 20 — Arnes. 22 — Iole. Verticais: 1 — Adamado. 2 — Liga. 3 — Efo. 4 — Peucedano. 5 — Irrita vel. 6 — Diaporese. 7 — Armoria. 9 — Aga. 11 _- Aso. 16 — Era. 21 — Ri. Totalistas: Viça Pota — Fone — King-Kong — Luzéle — Suely — Lô Alvoroço — Myself — Japibo — Dr. Fu-Manchu — De Souza — Matome — R. Tatagiba — Jotapê — "O velho" — Walmar — Lord — Gatinha Preta — Leopos — Matsuk Mme. Solon de Melo — Eulina Guimarães — Mariate — Ciro Pinalis — Imára — Apoio — Melagro — Roda Raça — João Fogaça — Magalí — nega — Raul Petrocelli — Caçador Paulista — Sefton — Portela — Jotoledo — Bisturi -- Fusinho — Sarale — Sinhô — Sertanejo II — João Dacosta — R. Brasileto — Aécio Lessa Alves — E. Auvray — Miss Tila. Mais de 50%: Baldan — Irsouan. Metade: Diana e Miltuna — Cirius. Menos de metade: Baiaco — A. Silva — Mario Simões. Premiados: Apoio, Rio; Mme. Solon de Melo, Rio; Raul Petrocelli, S. Paulo; Baldan, Rio; Cirius e Mario Simões, Rio. Torneio Especial de Aniversário SOLUÇÕES Charadas: 1 — Caboclada. 2 — Ditadura. — Passa-moleque. 4 Pioca. 5 — Pintada. 6 — Balança-o. 7 — Magica-o. 8 — Parvo-a. 9 — Cheia-o. 10 — Grita-o. 11 ._ Fevera-fera. 12 — Rebelde-rede. 13 — Trabalho-tralho. 14 — General-geral. 15 — Pelanco-peco. Logogrifos: 16 — Postumeiro. 17 — Ganchorra. 13 __ Tasco. 19 — Mofina. 20 — Albardeiro. 21 — Confrade. 22 — Evacuar. 23 — Cangancheiro. Totalistas: Malice — Alvoroço — Myself — João Fogaça -- Suely — — 67 —

Lô — Dr. Fu-Manchu — Raul Petrocelli — Caçador Paulista — Tupi R. Tatagiba — Miss Tila — Riva de Mir — pitú — Buridan — Mme. Solon de Melo -- Eulina Guimarães Melagro — Viça Pota — Aécio Lessa Alves --- Fone -- Fusinho — Leopos — Aco — Diana - Sertanejo II — Ueniri — Asuréa D'Avila — Ciro Pinalis — Elza Jardim Toledo Tio Sam — Imára — Raivo Ronega -_ Teimo - BisturiUvas _ Japibo — Mariate — Sinhô — De — Souza Matsuk — Dacosta — Mineirinha — Iisuuan — Sinônimo — Lord — Walmar — "O Chicharro" — Carlino — Navlig — Lucy Gray — Havaneza — Saralc — Jotoledo — Magalí — Jarg. Premiados: Dr. Fu-Machu, Mendes, E. Rio; Tio Sam, Niterói, E Rio; Japibo, Rib. Preto, S. Paulo; Ronega, Rio; e Havaneza, Curitiba Paraná.

PALAVRAS

CRUZADAS

Enigma n.° 1 — Navlig Horizontais: 1 — Ar. 3 — Amora. 6 — Grosar. 7 ¦_ Atraso. 8 — Use. Verticais: 1 Amor. 2 —- Rosa 3 — Arte. 4 — Ras. 5 — Are. 6 — Gas. Enigma n.° 2 __ Riva de Mir Horizontais: 2 — Sal. 4 — Ata. 5 Anime. 7 — Ração. 8 — Para-sol Verticais: 1 __ Pratica. 2 — Sanar. — 3 Lamas. 5 — Ara. 6 - Eoo. Enigma n.° 3 — Portela Horizontais- 1 — Bolar. 6 — Matador. 8 — Adorado. 9 — Cam. lü — Mas. 11 — Alapada. 13 — Sanados. 14 — Raros. Verticais: 1 -_ Badalar. 2 — Otomana. 3 — Lar. 4 -- Aclamado. 5 — Rodados. 6 — Maças. 7 — Rosas 11 — Par. Totalista: "Malice" — Tupi R Tatagiba — "Miss Tila" — pitú — "Riva de Mir" — Buridan — Melagro — Mme. Solon de Melo — Euhna Guimarães -- Viça Pota -- Fone Aécio Lessa Alves - "Fusinho" Leopos — Aco — Diana — Matsuk Sertanejo II __ Ueniri — Asuréa DAlvila — Ciro Pinalis — Imára -— Elza Jardim — Ronega — "Raivo Uvas" _- Toledo Navlig — Portela — Mariate — Dacosta — Irsouan — Japibo — Bisturi — Suely — Lô — mar — Lucy Gray — Saralc — MaRaul Petrocelli — Caçador Paulista galí — Sinônimo — Jotoedo — Jarg Teimo — Sinhô — Lord - Wal"A. Silva" --- Cirius. Premiados: Malice, Rio; Riva de Mir, Goiânia, Goiaz; Fusinho, Raivo Uvas e A. Silva, Rio. CUPAO

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Pseudônimo Residência Cidade Estado O

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CONTINUAM AS NOVELAS MAL FEITAS NO RADIO

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FLAGRANTES DA VIDA DE JARARACA E RATINHO, UMA ENTREV1STA INTERESSANTE COM A DUPLA HUMORÍSTICA PARA OS NOSSOS LEITORES público gosta das piadas da duO pia Jararaca e Ratinho. Decidimos, por isso fazer uma entrevista com os seus componentes e fomos encontrar Severino Rangel de Castro e José Rodrigues Calazans, que é como assinam os vantajosos contratos no rádio, na Nacional, antes da apresentação de seus animados programas. Desde quando a dupla age "atomicamente" no rádio? O mais gordo dos dois começou a falar: Desde 1922, quando, chegando de Pernambuco, integrávamos o célebre conjunto "Turunas Pernambucanos". Mas para o rádio entramos, pelas mãos de César Ladeira, só em 1938, na velha Mairink. Jararaca, acende um cigarro e começa: As piadas são feitas agumas na hora e outras vão escritas, sendo escrito apenas um roteiro. Gostam mais do teatro o a do rádio? Conforme os nossos interesses econômicos. Onde nasceu, Jararaca? O

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— Em Alagoas, em 1899, e o Ratinho, na Paraíba, um ano antes. Como todos sabem Ratinho é um dos "chorinhos", e vai daí lhe perguntarmos: E' verdade que V. tem várias orquestrações de sua autoria? Tenho. Estudei muito música, e apenas sou um artista cômico. Esta Vida! Conhece o "Guriatan do Coqueiro"? Naturalmente. Pois é um de meus trabalhos nêste gênero. É, mesmo minha idéia formar um dia uma orquestra típica com músicas genuinamente brasileiras, de sabor folklorico. E' um de meus sonhos. Os do's engraçadíssimos cômicos da Nacional estão em cima da hora Mas continuam alegres dando as suas opiniões sôbre a platéia. — Há uma técnica especial para os que ouvem os nossos programas. Eu e o Ratinho — fala agora o seu companheiro de dupla — temos que fazer o auditório estar em continuas gargalhadas, o que é um trabalho duplo, pois o alegramos com as nossas piadas e os nossos gestos, enquanto proporcionamos aos ouvintes distantes, humorismó especial com bolas mato finas. E' um caso sério, o que talvez pareça incrivel, Você não acha? E sairam para o estúdio da estação do vigésimo segundo andar. — 68 —

cemo que, de parte dos direHÁ tores artísticos, o desejo de mostrar como não temos espírito educativo, e o engano positivo de que o púbico seja de uma mentalidade acanhada e medíocre, pois as comédias apresentadas a prestação, nem merecem comentários. Uma rêde de mistérios incríveis, uma sér'e de amores errados, entremeiandose tudo isso com cenas desagradáveis, cortadas ao meio para o melhor efeito dos interessados que ficam dois a três dias, sem saber se a pequena foi mesmo assass'nada; se o rapaz conseguiu o pedido de casamento; se o vilão conseguiu mais uma vez a paima da vitória. Marchamos assim, com todo o fim de guerra, nêste passo de carangueijo: retroagimos. Nada poderia revelar este fato que a falta de inteligência, de psicolog a dos nossos diretores artístiscos, que tudo fazem para que os inteletuais não entrem nos seus bastidores, afim de não ser quebrado o manto diafano de fantasia em que vivem, sonhando-se com a posição, rapazes de prestigio principalmente sentimental ao coração ingênuo de certas pequenas suburbanas que ainda leem Escrich e Terrail. FRANCISCO GALVAO ¦hhhhbhhmbhhm

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A Radio Globo apresenta diariamente, wii dos mais interessantes programas literários do " broadeasting nacional". "Bazar de Emoções" ê o titulo do programa, que tem como animador, Manuel Brandão — seu criador — e que há aproximadamente um «no vêm recebendo do publico e da critica, a maior aceitação, os maiores elogios.


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BOLAS Francisco Alves, cantando há mais de 15, anos, ainda é o melhor artista do rádio. Dilu Mello está na Rádio Oiobo. A Tupi apresenta aos domingos, os gritos nervosos das irmans Batista. Bem desagradável os enredos das piadas do Jararaca na Nacional. Almirante estará dormindo à sombra dos loiros? Barbosa Júnior anda escondidi nho na Nacional, com as mesmas beijocas e os mesmos prêmios de salão. O Trio de Osso anda mesmo fraquinho. Andamos perto de 1946 e não vemos ainda animação pelos sambas carnavalescos. Por que? — Os programas sentimentais de depois de onze horas deixam nauseas nos ouvintes. O Frias continua berrando aos seus ouvintes.

Um flagrante do ensaio de "João Loureiro", com Restier Júnior, Luiza Kasarelh, Amélia Simone, Manuel Vieira e outros, sob a direção de Pauto Roberto.

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SUCESSO

"JOÃO

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LOUREIRO //

Continua obtendo enorme sucesso a série de aventuras do complicado inventor "João Loureiro", rgora sob a direção de Paulo Roberto, o consagrado " broadeaster" patrício. As '"últimas" do famoso inventor e da sua não menos famosa esposa, Belinha, podem ser ouvidas todos os dias de segunda a 6a feira, das 20,15 ás 20,30 na Radio Tupi. Réstier Júnior, um dos nom;s mais conhecidos em nosso meio radiofônico, tem uma das suas maiores atuações no protagonista.

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ALZIRINHA

Alzirinha Amorim, graciosa locutora e cantora exclusiva do Programa Trindades de Portugal, de Joaquim Vidinhas. Elemento de projeção do broadeasting luso-brasileiro Alzirinha Amorim, é uma das artistas de rádio que dá melhor interpretação á musica popular portuguesa. Possuindo uma voz suave, bem timbrada e cheia de melodia, ela encanta os seus inúmeros "fans" e ouvintes todas ás quinta-feiras, ás 21 horas, na Rádio Vera Cruz.

HUMORISMO

O GRACINDO

Há um verdadeiro silêncio sobre Mesquit'nha, que não tem sido visto no rádio e no teatro. Em verdade êle ainda é nas gamb arras, ou no microfone o artista capaz de fazer divertir o público com as suas graças, as suas piadas sem veneno e malicia, apresentando programas bons, agradáveis ao momento em que o rádio continua tomado de assalto por uma chusma de péssimos humoristas.

Poucas vezes temos assistido a uma coisa tão chocante: um artista com inteligente, essenciais, qualidades culto, querer recair para a vulgaridade, como o sr. Paulo Gracindo. Nem os Estados Unidos deram geite a este seu defeito, pois de lá regressando, os que apreciam o seu talento esperavam reformas, e mudanças nos seus programas pifios e sem graça. Mas para que?

DEFEITO DO RADIO TEATRO Quem ouça comédias há de sentir que as heroinas choram demasiadamente, e, entre estas, Cordelia l''erreira, da Mairink indiscutivelmente uma artista das mais elevadas. E choram, — o que é pior — sem necessidade, a propósito de tudo, mesmo quando devam rir. Falam tudo em voz lamentosa, de fundo de gruta, "orlandinosivesca", como se estivessem com dôr de dentes, ou com os calos apertados. Bom seria que corrigissem somelhante defeito, e mostrassem as qualidades preciosas de artistas que possuem sem aquêle lamento insuportável, sem que, e a propósito de tudo que se passa na peça. O

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AMO RIM

MÁSCARA DE LAMA RAINHA DA HUNGRIA De Mme. Campo» Limpa o» póros — Modela o roato A VENDA EM TODA A PARTE sf&je

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NOTICIÁRIO A verdade é que os diretores artisticos continuam sem vêr que o público é freguês do receptor, e que os anunciantes pagam pubileidade no interêsse de que esta seja ouvida, porque, de outra maneira, teriiimos noticiário bem feito, novo, selecionado a capricho nas nossas emissoras que preferem a irradiação de telegramas de dois dias sôbre fatos velhos, que pôr os ouvintes ao par do que se passa na cidade e no país inteiro. E' que ainda não perceberam oj mandões das emissoras que o rádio tem missões mais sérias e mais educativas. — 70 —

DCação rHENOMEHO TARRE' X I I — 1 9 4 5


TODOS

NEM CÀMOMILLINÀ

Bf SABEM... que uma criatura humana, em 24 horas, consome nove metros cúbicos de ar. a

PARA A DEfCTIÇAO DAS CRI ANCAS

que, na língua malaia, forma-se 2 o plural duma palavra pela repetição da mesma; e que, dèsse modo, para designar criança, por exempio, os malaios dizem anak, e para designar crianças, anak-anak. que, na clínica de otorrinolaringologia da Universidade da Califórnia, consaguiu-se recentemente fazer com que um surdo tornasse a ouvir por meio da adaptação de um O

Pt//?4 p^OVJA SAÚDE SEGURA SEN^ SO' COM VELAS ESTERILISANTES

CREME DE TOILETTE RAINHA DA HUNGRIA De Mme. Campos PELE AVELUDA A PELF, BRANQUEIA E AVELTJDA A.Á VENDA EM TODA A PARTE

que o vocábulo Cif, que em linguagem comercial s:gnifica que na quantia pedida estão incluídos custos, seguro e transportes, é consdas palavras isto inglesas'cost, insurance, freight, é custo, seguro e frete. tituido

pelas

iniciais

que é tão barata a energia elétrica nos Estados Unidos que, nas fazendas de criação de gado daquêle país, na sub-divisão dos pastos, está extraordinariamente generalizado o uso da cêrca elétrica.

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o que, desde 1840, quando foi criado o primeiro sêlo postal adesivo, até a data presente, jamais apareceu em nenhum sêlo postal inglês o nome do país emissor, fato que não se verifica nas outras nações mundo; e que os sêlos postais inglêses, sem excepção, contêm e as "Postage" ou "Postage & palavras Revenue". do

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durante o calor, observar um regime intermediário CONVÉM, entre o abuso dos líquidos que deprimem e a obstir.ència dos mesmos, que congestiona os rins. É pois muito útil conhecer algumas receitas de bebidas estimulantes e ao mesmo tempo refrescantes. LARANJADA — Em um litro de água filtrada e açucarada, faça a infusão na proporção de quatro laranjas cortadas em duas partes; exprema o suco, passe-o em um coador juntatando-o ao xarope. Leve-a à geladeira antes de servi-la. ABACAXI CARDEAL — Tome meio abacaxi cortado em rodelas finas; misture-as com água açucarada a gosto; reserve-a durante uma hora. Coloque em efusão, em um pouco de água também açucarada, a casca do abacaxi. Tome 600 gramas de açúcar e encha um recipiente apropriado de água fria juntando-se o suco de quatro laranjas e quatro limões. Deixe em eiusao colocando em seguida em um recipiente de cristal.

Junte a esse líquido um copo de rum, outro de conhaque, xarope de abacaxi cortado e o que levou a casca. Còe tudo e no momento de servir adicione um copo de vinho achampanhado, pondo a gelar durante três quartos de hora. PARA APLACAR A SEDE — E' muito recomendável tomar - se um copo de café com água fresca e açúcar, depois de um passeio, constitue um refresco excelente contra os calores do verão. Nunca se deve tomar café gelado porque é muito prejudiciai para os brônquios delicados. LIMONADA — Parte um limão em duas partes; esprema-as bem, coando o seu suco que deverá ser posto em um copo; adie one o açúcar necessário, encha o copo com água fresca e filtrada e sirva-se. REFRESCO DE MEL — Coloque em um oitavo de litro de água, um pedaço de gelo, uma colher das de café de mel e um pouco de conhaque; mexa bem com uma colher, adicione uma rodela de limáo e sirva.

ALEXANDRE

A MELHOR

GUERRA...

após a revolução francêsa, o famoso industrial OberOUANDO, kampf inaugurou sua grande fábrica em Essonnes, estava dispôsta a fazer forte concorrência aos br tânicos. Certa ccasão Napoleão I foi visitala. Depois de percorrer demoradamente o estabelecimento, tirou do pe to sua insignia da Legião de Honra e a prendeu ao peito de Oberkampf. dizendo: — O senhor e eu sabemos guerrear os ingleses. O senhor pelo concorrência industrial e eu pelas armas — e, a meia voz, acrescentou — talvez o senhor leve a melhor...

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JESUS

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50 anos do proteção à família Brasileira

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Chegando perto do navio, êle atracou a ca. noinha, sacou da cinta um facão, e, com um golpe único e certeiro separou a espia da palheta da hélice. Assim, ficou safo O navio de tanta amolação. A gente estava pasma, aquilo olhando sem querer acreditar. Quando seu comandante se lembrou de agradecer ao homem, e dar-lhe uma gratificação pelo serviço, já êle ia longe, com a sua velinha aberta ao vento. Quem era êle ? Nínguém soube dizer. Um pescadcr do mar alto... Mas, para mim, aquela figura de santo, com aquele olhar tão manso e tão bondoso e aquela barba curta de duas pontas, vindo assim de repente de tão longe para salvar o navio, e para salvar a gente, não podia ser outro sinão Nosso Senhor Jesus Christo". Batiam as quatro badas duplas daladas oito horas, e as cornetas tocavam tristemeiv te a recolher. Todos £,3 ergueram, lançaram fora as pontas dos cigarros, e seguiram em: acelerado para a maças. de fachina Apenas o grumete Juvêncio, como sempre rebelde às formaturas, esgueirava-se por uma escamando-se escada, da fachina para o escuro protetor das cobertas.

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Há meio século

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permite aos pais de \f \ á_JjS família oferecer o- i^a melhor dos presentes" fVA vA

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Sim, ílrsde 1895 que a Sul America vem dando, ims país de família, a oportunidade de oferecer a seus amados o melhor dos presentes: uma

o clicfc de família que a instituiu. Em muitos outros, veio resolver prementes problemas familiares ante um golpe doloroso do destino. E

apólice dc seguro que lhes poderia garantir a tranqüilidade futura. E êsse valioso presente já se tornou urna realidade cm milhares de fa*

permitiu que o equilíbrio do lor sc restabelecesse, permitiu que os filhos sc encorreirassem nos cstudus c na vida. Se ainda não instituiu o seu seguro de vida, faça-o agora. Será o presente'

niílías. Vc:o como a demonstração mais alta de carinho e dc interesse pelo futuro da esposa e dos filhos. Km muitos casos, essa apólice da Sul America valeu por uma aposentadoria para

inesquecível de Natal. Um agente da Sul America está ã sua disposição para auxiliá-lo na cscolha do tipo de seguro mais adequado asou caso.

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A RECONSTRUÇÃO

DO

MUNDO

(Conclusão) existentes entre os fenômenos, deduzidas sistematizadas A sua esfera de segundo certos principios dominantes. ação é o universo, o qual, atualmente, se concebe como resultado de uma série infinita de fenômenos, que nas suas manifestações guarda unidade e ordem pela constam cia na variedade. Deste modo procura investigar a harO espirito humano se esforça por monia da natureza. conhecer os principios dessa harmonia e esse esforço não foi inteiramente fracassado, como querem alguns, mas alga já se tem' obtido, e o futuro é desmedidamente vasto para comportar maiores esperanças. E' preciso ver as coiPouco importa seja a sas nas suas justas proporções. ciência artificial, constituída de formulas criadas pela iríteligencia, de leis prováveis e contingentes, de conhecimentes relativos e aproximados, uma vez que vai gradualmente avançando sobre o terreno do desconhecido; em suma, ela se esforça por conhecer a estrutura do universo nos seus elementos e no seu fluir vital, com procurar estabelecer as relações constantes e determinarlhe a marcha do movimento evolutivo. Para chegarmos a tais c .rhecimentos, dispomos do intelecto que, por meio

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AxrJ?ík da experiência, verifica a falsidade ou a veracidade das suas suposições. Observados os fenômenos e estabelecidas as relações existentes entre eles o espirito induz as leis, que os regem. Mas estas leis nem sempre são completas e muitos as tem por contigentes; na maioria das vêses, essas induções são fortuitas, isto é, feitas às pressas se tornam modificaveis à proporção que mais se conformam com a realidade das coisas. Assim a ciência vive de generalizações, e nesse sentido não passa de um conjunto de hipóteses com um fundo instável, com um patrimônio solido e indiscutível de outro lado, representado pelas conquistas efetivas e reais, que podem variar de aspeto, mas que permanecendo sempre as mesmas, enriquecem-se com novas contribuições. Nesse particular não há grande discórdia entre os sábios. Emilie Picard, Henri Poincaré, Emele Boutroux e muitos outros estão de pleno acordo em admitirem a perfectibilidadè da ciência. Daí a extraordinária luta pela ciência. Através das lições daqueles grandes heróis da ciência moderna aprendemos a história da cultura, a evolução do espirito humano e o desenvolvimento da civilização; e compreendemos a herança cultural da nossa espécie e as enormes possibilidades do progresso do homem, Nenhum estudo instrue e educa mais do que este, mormente agora, quando cumpre lutar pelo triunfo dos verdadeiros valores.


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