Por Que Escondem os Ufos de Você

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Saiba como a disputa antiética por poder e dinheiro pode estar por trás do acobertamento sistemático dos casos.

Carlos Mancini Salvador – Bahia – Brasil Editor - Carlos M. Mancini 1ª Edição 2015


Copyright © 2015 - Ca rlos M. Ma ncini. ISBN - 978-85-915682-2-2. Todos os dire itos re se rva dos.

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Dia gra ma çã o e re visã o do conte údo e da ca pa de re sponsa bilida de do a utor.

Tra duçã o do Ma nua l MJ-12 e re visã o ge ra l - Ma rce lo Ma ncini. Ilustra çã o da ca pa - Ja me s Montgome ry Fla gg.


Prefácio Este livro não é direcionado somente para aqueles que já são familiarizados e se interessam pelo tema, mas também para aqueles que acham o assunto interessante, mas o veem com certo ceticismo, por não se identificarem com as abordagens com as quais o assunto é normalmente tratado na maioria das obras. Por esta razão, além de me aprofundar nos temas que fazem parte dos objetivos principais do livro, dediquei os capítulos XI, XII e XIII ao debate sobre alguns dos mais comuns questionamentos a respeito do assunto, os quais são muito frequentes entre aqueles que o veem com certa reserva. Os acontecimentos e supostos acontecimentos relatados aqui se baseiam única e exclusivamente em fatos reconhecidos oficialmente e em supostos fatos, negados pelas autoridades oficiais, mas para os quais existem suficientes evidências ou testemunhos que induzem a uma forte possibilidade de que realmente tenham procedência, muito embora estejam sendo propositalmente acobertados por razões que espero poder também ajudar a elucidar. Com base nesses acontecimentos o livro desenvolve uma lógica que leva a algumas especulações objetivas, práticas e observáveis, que não têm nenhuma relação com as fantasias e conclusões espetaculares, que são comumente apresentadas em algumas das obras que abordam o tema. Todas as evidências, os fatos e os supostos fatos relatados neste livro são de conhecimento público. Qualquer pessoa que tenha o interesse de aprofundar-se especificamente em qualquer dessas ocorrências não terá dificuldades em encontrar farto material disponível, bem como encontrar também todas as discussões e argumentações


envolvendo os mais polêmicos e controversos. Este livro não tem o propósito e nem a pretensão de aprofundar-se em qualquer processo investigativo sobre quaisquer desses casos, concentrandose no significado dessas evidências, fatos e supostos fatos, suas conexões e seus possíveis vínculos, que muitas vezes passam despercebidos pela maioria. Minha única pretensão é a de demonstrar essas correlações e apresentar as minhas opiniões sobre o que acredito que elas significam. É importante esclarecer que não sou ufólogo. Toda a minha formação seguiu em outro caminho. Considero-me apenas um interessado no assunto, um pesquisador curioso e um observador. Outro esclarecimento necessário é o de que, apesar da sigla em português para Objeto Voador Não Identificado ser OVNI, neste livro utilizarei a sigla em inglês UFO (Unidentified Flying Object) quando me referir a um desses objetos, ou UFOs quando no seu plural. Isso por que, assim como em muitos outros casos em nossa cultura, nos acostumamos a utilizar a sigla da língua inglesa, que acabou se tornando até mais popular do que a sigla em nossa própria língua. Tanto é assim que os estudos sobre esses objetos são mais comumente denominados em nossa língua de ufologia ou pesquisas ufológicas, enquanto seus pesquisadores são chamados de ufólogos ou ufologistas.


I. O assunto UFOs pode ser muito mais importante do que imaginamos. Falar sobre UFOs nos dias de hoje pode dar a impressão de querer tratar de um tema fantasioso e que sequer mereceria a atenção das pessoas mais sérias. Mas o assunto pode estar diretamente ligado ao dia a dia de praticamente toda a humanidade na atualidade, mesmo que a imensa maioria das pessoas não tenha nenhuma noção e nem consciência disso. Praticamente todos temos algumas opiniões sobre esses fenômenos e normalmente baseamos nossas opiniões no escasso material acessível através de livros do gênero, em publicações pela imprensa especializada, que em alguns casos não é muito fiel à realidade e por vezes é veiculada com sensacionalismo, nos relatos de pessoas que alegam ter testemunhado algum fenômeno, em documentários elaborados por grandes redes, que normalmente não afirmam e nem negam nada, muito pelo contrário, e em fantasias cinematográficas espetaculares, algumas delas grosseiras, outras de péssimo gosto e várias até mesmo absurdas. Algumas pessoas tiveram elas mesmas experiências inexplicáveis e tiraram suas próprias conclusões a respeito, enquanto alguns outros preferem misturar o assunto com questões religiosas ou esotéricas. O resultado de tudo isso é que muita gente acaba preferindo manter-se alheia ao assunto. Mesmo tendo a consciência de que algumas coisas aparentemente inexplicáveis realmente acontecem,


continuam tendo sérias dúvidas se de fato estão relacionadas com manifestações de alguma inteligência extraterrestre ou não. A impressão que é passada para o público em geral é de que não existem cientistas sérios dedicados a estes estudos. Portanto sabese muito pouco, não se trata de um assunto para ser levado muito a sério e os supostos casos podem ser resultado de pura invenção. Os poucos cientistas que eventualmente falam sobre o tema não se dedicam exclusivamente a estes estudos e passam uma ideia de pura especulação, ampliando ainda mais a sensação de que pouco ou nada se conhece sobre o assunto. Muito embora a maioria das pessoas desconheça, existe um verdadeiro contingente de especialistas e cientistas dedicados exclusivamente a estes estudos. São em sua maioria físicos, biólogos e químicos. Muitos entre eles representam as mentes mais brilhantes da atualidade. Por alguma razão misteriosa eles nunca vêm a público para falar sobre suas experiências e estudos ou para comentar qualquer um desses casos, o que faz com que sejam, tanto eles quanto seus trabalhos, completamente desconhecidos. Esconder do público os casos relacionadas aos UFOs, tem sido uma prática constante que vem sendo adotada pelas autoridades em todo o mundo nas últimas décadas. Praticamente todos nós já tivemos notícias de casos cheios de afirmativas e negativas ao mesmo tempo, deixando aquela sensação de ter alguma outra coisa por trás. Um sinal de que essas autoridades vêm conseguindo atingir seus objetivos é o fato de que após milhares de casos terem sido reportados em todo o mundo, nenhuma prova concreta e irrefutável foi admitida por qualquer autoridade até hoje. Como consequência disso, muitos preferem ridicularizar aqueles que se interessam pelas questões relativas aos UFOs. Enquanto isso inúmeras pessoas poderosas no mundo todo tratam deste assunto como um dos mais importantes.


O assunto é tão importante para alguns que nas últimas décadas já mereceu ser tema central de inúmeras reuniões envolvendo presidentes das nações mais poderosas. Não bastasse isso, o assunto UFOs já foi objeto de inúmeras operações de espionagem, principalmente durante os anos da segunda guerra mundial e da guerra fria entre americanos e soviéticos. E também não parou por aí. Ainda hoje algumas nações gastam um montante muito significativo de seus orçamentos anuais somente para tratarem de questões relacionadas ao tema. Qual seria então a razão de tamanha diferença de perspectiva, visto que alguns dos homens mais poderosos do planeta consideram o tema um dos mais importantes, enquanto a maioria das pessoas o considera motivo de piadas e brincadeiras? Não há a menor dúvida de que essa imensa diferença de perspectiva está relacionada ao conhecimento que cada um desses dois grupos de pessoas tem sobre o assunto e sobre sua importância. Como veremos, esse conhecimento vem sendo propositalmente omitido das pessoas comuns. Nas últimas décadas a maneira mais utilizada para omitir essas informações tem sido a ocultação desses registros em arquivos de acesso restrito ao público. Por razões não totalmente esclarecidas, a maior parte das grandes potências mundiais mantêm esses arquivos secretos, contendo registros e informações sobre milhares desses casos. Esses arquivos estão de posse e são controlados principalmente pelas forças armadas ou pelas agências de inteligência desses países. O simples fato de esses arquivos existirem, de serem inacessíveis ao público e de estarem nas mãos especificamente dessas instituições já nos leva a fazer uma série de questionamentos para os quais até hoje nunca houve uma resposta convincente das autoridades responsáveis por mantê-los.


Qual é a misteriosa relação que pode existir entre as questões de segurança nacional desses países e os casos envolvendo UFOs? Quais seriam então os interesses dessas autoridades que as levaram a criar e manter esses arquivos secretos sobre esse assunto específico? Por que esses arquivos estão entre os poucos que são guardados de tal forma, em alguns países, que seria totalmente legal mantê-los inacessíveis indefinidamente? Por que é tão importante impedir que o público tome conhecimento desses casos? O que as grandes potências mundiais teriam a temer caso esses arquivos secretos fossem conhecidos pelo grande público? Por que o posicionamento das autoridades de quase todos os países sobre o assunto é praticamente o mesmo? Isso é apenas uma coincidência? Por que alguns presidentes americanos prometeram em suas campanhas que, caso fossem eleitos, liberariam esses arquivos, e depois de eleitos, não somente não o fizeram como alguns deles nunca mais tocaram no assunto? Por que mesmo depois do registro de milhares de casos inexplicáveis a posição oficial dessas autoridades continua sendo a de negarem qualquer possibilidade da existência de qualquer evidência da presença de inteligência extraterrestre no nosso planeta? Embora possamos imaginar que as possíveis respostas para estas e outras questões sobre o tema estejam longe do nosso alcance, elas podem ser muito mais simples do que a imensa maioria das pessoas imagina. Vários indícios, registros e evidências levam a crer que a principal razão que faz com que essas autoridades posicionem-se dessa forma é a mesma que motivou a imensa maioria dos acontecimentos importantes em nosso mundo nos últimos milênios: A disputa por poder e por dinheiro.


A princípio pode parecer que essas disputas não teriam qualquer relação com este assunto, mas uma analise um pouco mais profunda do tema pode evidenciar que talvez a relação entre eles seja muito mais íntima do que imaginamos. A disputa por poder e por dinheiro pode estar por trás do acobertamento sistemático de todos os casos envolvendo objetos voadores não identificados nas últimas décadas. Este livro tem como propósito oferecer aos leitores a possibilidade de uma nova perspectiva e de um olhar diferente sobre este assunto. Essa nova perspectiva pode levá-los a novas reflexões e a algumas prováveis respostas para todas essas questões. Esse olhar diferente pode também aproximá-los do mesmo olhar que algumas das pessoas mais poderosas do mundo têm sobre os casos envolvendo UFOs.


II. Por que os UFOs podem fazer parte da corrida do ouro dos séculos XX e XXI? Tudo indica que após milênios de existência da nossa civilização, somente há algumas décadas atrás algumas pessoas começaram a fazer um questionamento que mudaria o mundo como o conhecíamos até então. O que representaria para qualquer nação ter acesso à tecnologia extraterrestre caso isso fosse possível? É notório que nossos visitantes possuem tecnologia muitíssimo superior à nossa. Caso uma dessas naves caísse em nosso planeta, aqueles que pudessem ter acesso aos seus destroços poderiam ter a possibilidade de conhecer alguns dos seus muitos segredos e avanços. Poderiam também estudar, entender e copiar, pelo menos parte daquela tecnologia, possibilitando um número infindável de novas possibilidades científicas. Poderiam ainda ter acesso aos restos biológicos, caso a nave acidentada tivesse ocupantes. Esse material biológico certamente seria de imensa importância em estudos científicos. Melhor ainda seria se pudessem resgatar com vida os eventuais ocupantes dessas naves. Caso fosse possível mantê-los vivos, além de estudar sua biologia e fisiologia, poderiam estudar também seus hábitos, costumes, suas formas de comunicação, sua linguagem e, quem sabe, poderiam até se comunicar com esses seres. Se isso fosse possível, poderiam compreender ainda melhor a tecnologia de suas naves e equipamentos, além de poderem obter pelo menos algumas das respostas para as infindáveis questões


sobre as coisas que ainda não conhecemos. Em resumo, o acesso a esse tipo de material proporcionaria o abreviamento de décadas ou até mesmo de séculos em pesquisas, se comparado com o tempo necessário para que as mesmas soluções fossem imaginadas, e os mesmos resultados fossem obtidos, sem o acesso a esse tipo de fonte de informação. Como consequência disso, aqueles que tivessem acesso a qualquer material dessa natureza poderiam estar vários anos à frente de seus concorrentes ou de seus adversários. Isso significaria que essas nações poderiam vir a ser protagonistas de uma imensa quantidade de importantes “descobertas” durante vários anos. Esse fato certamente renderia uma infinidade de registros, patentes e valores incalculáveis em divisas para esses países por diversos anos no futuro, colocando essas nações em uma posição de avanço dificilmente alcançável por qualquer outra durante várias décadas ou até mesmo séculos. Em outras palavras, poderia significar a hegemonia tecnológica e financeira por um longo período para essa suposta nação. A análise de uma série de registros e eventos ocorridos no século XX sugere que algumas pessoas começaram a fazer este mesmo questionamento algumas décadas atrás. Sugere também que essas questões deixaram de ser apenas uma possibilidade ou uma hipótese e se tornaram parte do nosso mundo real. E essa realidade pode estar vinculada com o verdadeiro motivo pelo qual esses eventos estariam sendo cuidadosamente mantidos longe do conhecimento do público. A divulgação de que alguém teve acesso a destroços ou biologia alienígenas obrigaria essa nação a fazer com que as pesquisas, com base nesse material, fossem divididas e compartilhadas com todo o mundo. Caso tivessem que compartilhar essas pesquisas com outros, não seria possível usufruir de seus benefícios de forma exclusiva, o que não permitiria que estivessem à frente de seus concorrentes ou mesmo rivais. Se analisarmos eventos ocorridos no nosso passado recente,


poderemos encontrar na história indícios de que há algumas décadas atrás certas pessoas perceberam essa importância. Todos os indícios levam à conclusão de que a história moderna sobre este assunto começou a ser escrita em meados da década de 30 no século passado. Aparentemente os primeiros a fazerem este questionamento foram os alemães. A partir do momento em que Hitler passou a ser motivo de preocupação para o resto do mundo, ao iniciar a produção em massa de armamentos e ao indicar que poderia chegar a lançar uma ofensiva contra outros países, não demorou para a Alemanha passar a ser o alvo principal de todas as agências de inteligência de todos os países considerados desenvolvidos na época. Entre estes estavam as grandes potências europeias, os Estados Unidos e a União Soviética. O objetivo principal dessas agências era o de obter, através de espionagem, todos os detalhes que fossem possíveis sobre todas as atividades nazistas. Em algum momento entre o final da década de 30 e o início da década de 40 começaram a surgir informações de que Hitler estava empenhado em desenvolver o que os nazistas chamavam de “superarmas”, ou “wunderwaffe”, em alemão, cujos projetos eram considerados altamente secretos. Um dos exemplos dessas armas secretas eram as bombas voadoras V1 e V2, desenvolvidas por Wernher Von Braun, que foram os primeiros mísseis da história. É difícil saber com exatidão em que momento daqueles anos isso ocorreu, mas é certo que as agências de inteligência concluíram que uma dessas superarmas, nas quais os alemães vinham trabalhando secretamente, era o desenvolvimento de um suposto sistema de propulsão antigravitacional, o qual eles denominaram de “O Sino” (Die Glocke, em alemão). O nome teria sido escolhido devido à aparência do dispositivo que se assemelhava a um grande sino. O projeto estava sendo desenvolvido em uma instalação subterrânea no leste da Alemanha, próximo à mina Wenceslaus,


que ficava perto da fronteira com a antiga Tchecoslováquia, hoje República Checa. Uma das informações conseguidas na época indicava que a inspiração para o desenvolvimento do projeto poderia ter vindo da utilização de destroços de uma aeronave extraterrestre obtidos pelos nazistas, os quais estariam sendo utilizados como modelo para o desenvolvimento da suposta superarma. Embora existam poucas informações a respeito, não é necessário especular muito para imaginar o alvoroço que este tipo de informação deve ter causado na época. Já naquele momento muitos tinham plena consciência de que, por mais absurda que qualquer informação possa parecer, ela jamais deve ser menosprezada. Mesmo aqueles que nunca haviam imaginado tal possibilidade, se viram diante do que poderia ser uma ameaça amedrontadora. Seria inimaginável a vantagem que teriam aqueles que porventura viessem a desenvolver esse tipo de tecnologia. Além disso, imaginar que essa tecnologia pudesse estar nas mãos de um líder com as características de Hitler era ainda mais assustador. Também não precisamos especular muito para concluir que após obterem tais informações todos passaram a ter altíssimo interesse no assunto e começaram imediatamente a tomar suas providências. Seria necessário tentar a qualquer custo impedir, ou no mínimo retardar ao máximo, o desenvolvimento dos projetos de Hitler, o que era feito buscando interceptar e destruir qualquer tipo de suprimento enviado aos locais de desenvolvimento desses projetos sempre que fosse possível, além de tentar identificar, localizar e “neutralizar” os cientistas responsáveis por eles. Teriam também que recuperar o tempo perdido, tentando obter a maior quantidade de informações detalhadas sobre os projetos alemães, para que pudessem iniciar imediatamente o desenvolvimento de projetos semelhantes e, se possível, concluí-los antes dos alemães.


Os alemães não conseguiram concluir aquele projeto antes que fossem derrotados na guerra, assim como não há notícia de que nenhuma outra nação tenha obtido sucesso em qualquer projeto similar na época. Após o final da guerra, muito embora Hitler tenha ordenado que destruíssem todos os vestígios dos projetos altamente secretos, antes que caíssem em mãos inimigas, alguns destroços foram encontrados naquelas instalações subterrâneas, mas aqueles que os encontraram também os mantiveram em segredo. Ainda hoje o local onde foi desenvolvido o projeto “Die Glocke” é bastante visitado, muito embora haja pouca coisa para ser vista no local que faça real referência ao projeto. Tudo indica que essas ocorrências marcaram o início do altíssimo interesse que alguns países passaram a ter pelo assunto no último século e desencadearam uma série de outros desdobramentos que tinham como objetivo principal estar à frente dos “inimigos” no conhecimento e desenvolvimento do que fosse possível com base nesse tipo de fonte de informação. Por se tratar de questões onde estar à frente dos “inimigos” era imperativo, foi também nessa época que o assunto passou a ser considerado secreto, para evitar que os tais “inimigos” conhecessem detalhes dessas ações. Coincidência ou não, foi exatamente a partir dessa época que começaram a surgir relatos de casos estranhos de supostos acidentes envolvendo supostas naves espaciais desconhecidas. Um dos primeiros casos sobre os quais se tem notícia ocorreu em 1941 nos Estados Unidos. O reverendo William Huffman, da cidade de Cape Girardeau, do estado do Missouri, teria se dirigido para alguns quilômetros longe da cidade, com o intuito de tentar chegar ao local do que ele imaginou ter sido a queda de um avião que testemunhara. Segundo relatos recentes de sua neta, uma das pessoas para quem ele teria relatado inúmeras vezes estes fatos, assim que chegou ao local da queda se deparou com os destroços de


um veículo totalmente desconhecido e com três corpos de seres pequenos e não humanos. Dois deles caídos fora do veículo e um deles ainda preso aos destroços da aeronave. Poucos minutos depois que chegou ao local, chegaram também muitos militares que simplesmente o afastaram do lugar onde ocorreu a queda, pedindo a ele que mantivesse o ocorrido em absoluto sigilo. Suspeita-se que partes dos destroços recolhidos daquela aeronave teriam sido levadas para uma universidade no nordeste daquele país. Essa universidade era conhecida por abrigar as melhores mentes científicas da época. Segundo os poucos registros disponíveis, existe a possibilidade de que o desenvolvimento do transistor tenha relação com um processo de engenharia reversa elaborada a partir daqueles destroços. Outra especulação é a de que os circuitos impressos, também conhecidos como circuitos integrados, possam ter sido inspirados na mesma fonte de informação. Engenharia reversa, resumidamente, é o processo utilizado para tentar reproduzir um equipamento a partir de outro equipamento já pronto, sem que se conheça o processo através do qual ele foi produzido. Parte-se do equipamento pronto, procura-se entender qual o seu propósito, como funciona e como ele foi feito, buscando a construção de um novo equipamento que desempenhe o mesmo papel. O transistor foi oficialmente desenvolvido nos laboratórios da Bell Telephone por três cientistas norte-americanos e o anúncio do seu desenvolvimento ocorreu em 1947. A invenção do transistor rendeu o premio Nobel em 1956 aos três cientistas que participaram desse desenvolvimento. Um desses três cientistas, o Dr. John Bardeen, é o único cientista até hoje a ter sido premiado duas vezes com o premio Nobel de física. A segunda premiação, juntamente com outros dois físicos, foi em 1972 devido ao desenvolvimento da teoria da


supercondutividade em 1957, também conhecida como Teoria BCS. Muitos teóricos consideram ainda hoje os supercondutores como uma das melhores possibilidades na composição dos supostos sistemas de propulsão e de flutuação, teoricamente utilizados por naves extraterrestres. Apesar de desenvolvida nos anos 50, a aplicação prática dessa teoria ainda hoje enfrenta inúmeras dificuldades e limitações, devido às restrições dos materiais que até então temos disponíveis. Apesar de poder não passar de uma simples coincidência, os dois estudos que renderam o premio Nobel ao Dr. Bardeen parecem estar relacionados com estudos que poderiam ter como fonte de inspiração algum tipo de material extraterrestre. As invenções do transistor e dos circuitos integrados representaram uma revolução no mundo da eletrônica. A partir delas foram desenvolvidas várias outras tecnologias que possibilitaram, por exemplo, a construção dos primeiros computadores nos anos 50. É incalculável o que essas invenções rederam de benefícios financeiros para as indústrias americanas nos anos que se seguiram, assim como também são incalculáveis os valores relativos a direitos e divisas gerados, direta e indiretamente, com base nessas simples invenções. Além disso, praticamente tudo o que conhecemos hoje de mais moderno no mundo da eletrônica somente foi possível a partir do desenvolvimento dos transistores e dos circuitos impressos. O presidente dos Estados Unidos no período de 1945 a 1953 foi o Democrata Harry S. Truman. Seja qual for a razão, Truman sempre se mostrou ser demasiadamente interessado nos assuntos relacionados com os UFOs. O mesmo entusiasmo foi percebido em seu sucessor, o Republicano Dwight D. Eisenhower, nos oito anos seguintes. Inúmeras das estratégias americanas sobre esse assunto foram desenvolvidas entre as décadas de 40 e 50. A maioria delas


subexiste até hoje e muitas foram aprimoradas e adaptadas com o passar do tempo. Uma das possíveis razões para o interesse de Truman a respeito desse tema pode ter como origem o aumento significativo dos avistamentos de UFOs nos anos que se seguiram à segunda guerra mundial. Muitos acreditam que o incremento da quantidade desses fenômenos na época podem ter como causa os incontáveis testes de bombas atômicas. Esses testes começaram a ser feitos a partir daquela época e continuaram a ocorrer durante as décadas seguintes em todas as nações que passaram a dominar essa tecnologia. É possível que essas explosões constantes tenham sido percebidas por várias espécies alienígenas e despertado nelas a curiosidade sobre o nosso planeta de alguma forma. Um dos indícios desse interesse são os supostos fatos ocorridos em algumas bases de lançamento de mísseis atômicos. Em diversas dessas bases inúmeros fenômenos ufológicos foram registrados durante as décadas de 50 e 60. Existem indícios de que em alguns desses casos todos os mísseis foram inexplicavelmente desativados e essas bases tiveram que ficar fora de operação por várias semanas, muito embora todas as autoridades responsáveis neguem até hoje essas ocorrências. Inicialmente essas ações foram atribuídas aos pretensos inimigos, mas logo ficou claro que o fenômeno não era privilégio de nenhuma nação, tendo todas elas experimentado fenômenos similares. Provavelmente essas espécies alienígenas estivessem nos mandando uma espécie de mensagem, a qual parece que até hoje ainda não compreendemos muito bem. É possível que o grande interesse de Truman tenha essa origem, ou até mesmo nas informações sobre as atividades dos nazistas e o acidente de 1941 em Cape Girardeau, mas deve ter sido certamente ampliado com a suposta queda de uma aeronave extraterrestre ocorrida em Roswell, no estado do Novo México no ano de 1947, que ficou mundialmente conhecido como caso Roswell. Tamanha


foi a repercussão nacional e internacional daquele caso que a palavra Roswell acabou se transformando em uma espécie de sinônimo para acidentes envolvendo naves alienígenas. Até hoje as autoridades afirmam que o acidente foi causado pela queda de um balão meteorológico e não de uma nave espacial extraterrestre. Fizeram até várias filmagens e fotos de destroços de um balão, afirmando que se tratavam dos destroços recolhidos no local da suposta queda. No entanto, várias testemunhas tiveram uma percepção bastante diferente das explicações oficiais sobre aquele acidente. Muitos indícios e testemunhos colhidos na época reforçam a tese de que os destroços de uma aeronave extraterrestre, juntamente com os corpos dos tripulantes alienígenas, teriam sido levados para uma base secreta e subterrânea conhecida como Área 51. Isso fez com que a Área 51 também se tornasse famosa em todo o mundo, inspirando especulações e obras de ficção de todo o tipo a seu respeito. Naquela época as forças armadas e as agências de inteligência afirmavam que essa tal de Área 51 era uma invenção folclórica e que não existia nenhuma base secreta naquela região. Somente em 2013, ou seja, muito recentemente, após alguns acordos sobre transparência de informações, a CIA admitiu publicamente a existência da base aérea de Groon Lake, nome oficial da base conhecida como Área 51, localizada no sul do estado de Nevada, muito embora não tenham feito nenhuma menção sobre quaisquer complexos subterrâneos que supostamente existem naquele mesmo local. Muita gente já não precisava da confirmação oficial para saber que aquela base estava naquela localidade há muitas décadas. Inúmeras informações hoje disponíveis levaram à conclusão de que o Presidente Truman criou um comitê denominado Majestic-12 (12 Majestosos), também conhecido como Majic-12 ou MJ-12, em setembro de 1947. Esse comitê teria como único objetivo tomar decisões e definir estratégias para os casos envolvendo objetos


voadores não identificados. Muito provavelmente os erros cometidos na segurança do caso Roswell, que aconteceu em julho daquele mesmo ano, e que acabaram deixando o caso mundialmente famoso, expuseram a necessidade de uma maior organização no tratamento desse tipo de ocorrência, uma vez que a intenção daquele governo era a de que este tipo de caso fosse tratado com o mais absoluto sigilo. O grupo era composto por pessoas do alto escalão do governo, por cientistas renomados da época, pelos dirigentes das forças armadas, pelos diretores das agências de inteligência e era liderado pelo próprio Truman. Especula-se que Albert Einstein fez parte desse comitê ou colaborou com ele em algum período durante os primeiros anos de sua existência. Um dos integrantes e fundadores do MJ-12 foi James V. Forrestal, que era o Secretário de Defesa de Truman na época da formação do grupo em setembro de 1947. Desentendimentos em relação a algumas das políticas de Truman culminaram com a saída de Forrestal do cargo em 31 de março de 1949. Após sua saída do governo ele foi internado em um hospital da marinha americana para tratamento de uma suposta doença mental. Em 22 de maio de 1949, menos de dois meses após deixar o cargo, seu corpo foi encontrado na calçada do hospital. A investigação oficial concluiu que ele havia se suicidado jogando-se da janela de seu quarto no hospital. Apesar das conclusões oficiais, muitas dúvidas foram criadas em volta das reais circunstâncias de sua morte. Muitos anos depois, o vazamento de alguns documentos da CIA traziam indícios de que a morte de Forrestal poderia não ter ocorrido conforme descrita nas conclusões oficiais da investigação na época. Muito embora não exista nenhuma evidência concreta disso, alguns suspeitam que ele passou a discordar dos demais sobre manter as atividades do grupo MJ-12 escondidas do público.


O MJ-12 foi mantido em segredo até 1978, quando alguns documentos, até então secretos, foram liberados pelo governo canadense. Alguns daqueles documentos faziam referência a esse comitê. Análises cruzadas com outros documentos levaram à conclusão de que esse comitê existiu de fato, muito embora sempre tenha havido muito esforço das autoridades americanas para negarem a sua existência. Ainda hoje o posicionamento oficial das autoridades é de que esse comitê nunca existiu. Um dos documentos que teriam sido emitidos por este comitê acabou vazando em 1994 e sendo conhecido. A autenticidade desse documento é questionada por alguns, mas muitos o consideram autentico. Trata-se de um manual de procedimentos de código SOM1-01 de 32 páginas editado em abril de 1954, intitulado: Majestic-12 Group - Special Operation Manual - Extraterrestrial Entities and Technology Recovery and Disposal (Grupo dos 12 Majestosos - Manual de Operações Especiais - Recuperação e Destinação de Entidades e Tecnologia Extraterrestres). Esse documento contém informações arrebatadoras e dão uma pequena dimensão do provável conteúdo dos tais arquivos secretos sobre esses casos. O conteúdo do manual é tão impressionante que mais adiante, no capítulo III, faço uma análise mais detalhada deste documento. No Apêndice I estão as fotos divulgadas do manual e sua tradução. No conteúdo desse manual estão, por exemplo, referências sobre as políticas de negação dos UFOs, instruções sobre como eliminar vestígios de acidentes de aeronaves alienígenas e técnicas de descrédito de testemunhas, entre outros procedimentos, além de uma lista dos diferentes locais para onde deveria ser encaminhado cada um dos onze tipos de materiais extraterrestres classificados no documento. Uma das principais localidades definida no manual como destino de muitos desses itens é a base secreta S4. A base S4 estaria situada no meio do deserto do estado de Nevada, algumas


dezenas de quilômetros ao sul da conhecida Área 51 e seria um grande complexo totalmente subterrâneo. Aparentemente os únicos acessos a essa base seriam túneis subterrâneos, que supostamente ligariam a Área 51 à base S4. Existem indícios de que esta base começou a operar em 1949 e continuou sendo ampliada nos anos seguintes. Outra consequência, entre as inúmeras supostas repercussões do caso Roswell, se deu quando alguns anos depois, no início dos anos 50, chegou às mãos do serviço secreto americano um filme feito na então chamada União Soviética. Esse filme mostrava destroços em uma floresta de um objeto em forma de disco cercado por soldados soviéticos. Mostrava também o resgate de um de seus supostos ocupantes, aparentemente alienígena, ainda vivo e caminhando, sendo escoltado por soldados. Na época muita dúvida foi colocada sobre a veracidade do filme, já que aquele material aparentava ter defeitos grotescos. Nos anos 90, após o fim da União Soviética, o acesso a alguns dos arquivos secretos soviéticos e depoimentos de ex-agentes da extinta KGB comprovaram que o filme era falso. Fora elaborado e deliberadamente vazado com a intenção de gerar dúvidas nas agências de inteligência americanas. Hoje esse filme circula nas redes sociais e muita gente o divulga tomando-o como verdadeiro. Por mais incrível que isso possa parecer, a mensagem implícita na produção e no vazamento daquele filme era a de que, se os americanos tinham os destroços de Roswell, os russos poderiam também ter acesso à tecnologia e biologia alienígenas. A preocupação soviética em elaborar tal farsa na época pode indicar que de alguma forma eles poderiam ter informações que os levassem a crer que o acidente de Roswell de fato teria ocorrido. Fatos como este não deixam nenhuma dúvida de que o assunto era mesmo levado muito a sério e que ambos os países tinham completa consciência do que esse tipo de acesso representava.


Aquelas duas nações já viviam naquela época uma competição tecnológica e a possibilidade de ter acesso a esse tipo material significava claramente vantagem competitiva. Uma suposta estratégia americana, implantada a partir dos governos de Truman e Eisenhower, está relacionada com alguns países do chamado terceiro-mundo, tais como a maioria dos países latino-americanos, por exemplo, que na época dependiam muito da ajuda financeira daquele país. Existe a hipótese de que acordos, que ainda hoje estariam válidos, tenham sido firmados em troca das ajudas financeiras que buscavam. Esses supostos acordos garantiriam a posse por parte dos americanos de qualquer destroço físico ou biológico resultante de quedas envolvendo aeronaves alienígenas no território desses países. É possível que naquela época os líderes daqueles países tenham dado muitas risadas ao comentar com amigos que uma das exigências dos americanos, para fornecer a ajuda da qual precisavam, era a assinatura de um acordo envolvendo destroços de UFOs. Provavelmente devem ter assinado aqueles acordos acreditando estarem fazendo o melhor negócio de suas vidas. Em algumas circunstâncias a ignorância pode ser até uma benção. O fato é que a partir daquela época, principalmente a partir do governo de Truman, houve uma mudança radical no posicionamento das autoridades americanas sobre o assunto UFOs. Até então esse tema era tratado de forma marginal, envolto em brincadeiras, alusões a respeito de possíveis invasões marcianas ou coisas assim. Depois disso, a partir da mesma época em que o MJ12 teria sido criado, passou a funcionar a indústria da negação, ou seja, todas as autoridades americanas passaram a ter um único discurso orquestrado de que não havia qualquer evidência concreta da existência de vida extraterrestre ou presença de UFOs no nosso planeta. Este é exatamente o posicionamento oficial até hoje.


Na mesma época passou a vigorar também a máquina de desinformação sobre o assunto. O objetivo dessa estratégia é a de desacreditar qualquer eventual evidência que pudesse indicar a presença de alguma civilização inteligente em nosso planeta. Os responsáveis por essas missões fazem uso de todo e qualquer meio para desacreditar as eventuais provas ou testemunhos, com o intuito de causar dúvidas sobre o caso. Para isso contam, entre outros recursos, com a opinião de pseudoespecialistas e de pessoas consideradas idôneas pela sociedade, que normalmente oferecem explicações, muitas delas questionáveis, com o objetivo de causar incerteza nas mentes daqueles que imaginavam estarem certos daquilo que testemunharam até então. Muitas pessoas acabam envolvidas nesses processos sem terem a menor consciência desse envolvimento, simplesmente por terem opiniões controversas sobre os eventos, sendo então manipuladas, estimuladas, ou até mesmo patrocinadas para que divulguem essas opiniões de acordo com os interesses dessa máquina. Um desses exemplos bizarros aconteceu quando inúmeros UFOs foram avistados durante o dia sobrevoando a Cidade do México em julho de 1991. Muitos estavam olhando para o céu naquele dia, pois estava marcado para acontecer naquela região um eclipse do Sol. O evento foi testemunhado por centenas de pessoas e foi registrado em várias fotos e vídeos. Apesar da aparente dificuldade para distorcer aquele evento, devido à quantidade de testemunhas e às características do caso, não demorou em surgir na mídia o depoimento de alguns desses supostos especialistas em alguma coisa, afirmando poder tratar-se de um caso de “ilusão coletiva” causada pelo “inconsciente coletivo” dos envolvidos, que inconscientemente desejavam ter tais visões e suas mentes se conectaram formando uma espécie de rede. Nos meses que se seguiram ao ocorrido, quase que a totalidade dos melhores


registros físicos conseguidos daquele avistamento desapareceu misteriosamente. Além desses especialistas, essa estrutura conta também com uma série de agentes que procuram as testemunhas desses casos, com o intuito de tentar convencê-las, de qualquer maneira, a alterarem suas declarações com relação aos fatos, assim como persuadi-las a entregarem as possíveis provas ou evidências que eventualmente possuam. As pessoas que fazem esse tipo de serviço se transformaram em mito, já que oficialmente não existem, e acabaram sendo conhecidas ao longo do tempo como os “homens de preto”, em uma alusão à forma com a qual supostamente se vestem, normalmente utilizando ternos escuros. A especulação sobre a existência dessas pessoas inspirou algumas obras de ficção recentes que conhecemos muito bem. Um detalhe importante é que a caneta dos verdadeiros “homens de preto” não se parece com aquela dos filmes e nem tem aqueles poderes, no entanto, eles são capazes de utilizar todos os outros tipos de estratégias de persuasão para conseguirem seus objetivos. Hoje não são apenas os americanos que têm políticas a respeito. Muitas das nações mais poderosas adotam estratégias e posicionamentos muito similares. Além de pressionarem para que esse mesmo posicionamento seja adotado pelos países menores. Hoje em dia muitas das nações têm completa noção da importância do assunto e todas têm o discurso afinado. Nos Estados Unidos os casos envolvendo UFOs passaram a ser considerados como questão de segurança nacional desde 1947. O resultado dessa categorização é que todos os documentos e registros gerados sobre esse assunto podem ser mantidos em segredo por prazo indeterminado, enquanto outros tipos de arquivo devem ser abertos ao público depois de transcorrido um determinado tempo, cujos prazos são definidos pela legislação de cada país. Será que tudo isso pode ser apenas um devaneio? Por que então os documentos desses


governos, relativos especificamente aos UFOs, podem ser mantidos em segredo do grande público indefinidamente? Outra evidência da importância do tema é que no caso americano esses arquivos estão de posse de estruturas ligadas ao Pentágono, ou seja, das forças armadas e das agências de inteligência, que são estruturas normalmente lideradas por funcionários de carreira, portanto muito mais estáveis, já que transcendem à constante alternância dos líderes dos poderes executivo e legislativo, que são trocados periodicamente, de acordo com os resultados das eleições. Esse fato acaba tendo como consequência a manutenção de algumas das principais estratégias do país, principalmente aquelas ligadas às questões de segurança nacional, independentemente de quem sejam seus líderes executivos e legislativos. Essas mesmas características são observadas em diversas outras nações no tratamento dessas questões. Indícios levam a crer, por exemplo, que nem todos os presidentes americanos tiveram acesso às principais informações constantes desses arquivos. Durante as últimas décadas muito se questionou e muito se especulou a respeito deles. Algumas dessas ocorrências foram documentadas e algumas delas acabaram sendo conhecidas pelo público. Em 1963, no auge da guerra fria, o presidente americano era Robert F. Kennedy. Naquele momento Kennedy negociava a possibilidade de alguns acordos com os soviéticos. Americanos e soviéticos compartilhavam na época o receio concreto de que um eventual sobrevoo de um objeto não identificado, no espaço aéreo de alguma dessas nações, pudesse ser confundido pelos radares do oponente como sendo um míssil nuclear do inimigo, podendo causar um contra-ataque preventivo, o que desencadearia um holocausto sem nenhuma razão. Diante dessas supostas ameaças, o presidente Kennedy escreveu um memorando destinado ao diretor


da CIA, em 11 de novembro de 1963, determinando que aquela agência compartilhasse informações sobre UFOs com os soviéticos, e determinando também que trabalhassem em conjunto buscando evitar que um incidente dessa natureza pudesse deflagrar um conflito. Durante o tempo em que foi presidente, Kennedy teve inúmeros conflitos com as lideranças do Pentágono devido a diferenças de opinião e de posicionamento, principalmente em questões ligadas à guerra fria e à segurança nacional. Esse memorando chegou às mãos da CIA em 12 de novembro. Dez dias depois, no dia 22 de novembro daquele ano, o presidente foi assassinado durante sua visita a Dallas no Texas. Certamente uma coisa não deve estar ligada a outra. O assassinato do presidente deve ter tomado muito mais do que dez dias para que fosse decidido e planejado. Mas de qualquer forma, nunca foi tomada nenhuma ação por parte da CIA para atender à demanda de Kennedy e aquelas ordens jamais foram cumpridas. Pode ser que seja apenas uma coincidência, mas depois desse famoso memorando de Kennedy, que era do partido Democrata, nenhum outro presidente Democrata aparentemente teve acesso aos tais arquivos secretos sobre UFOs, muito embora vários deles tenham demonstrado muita curiosidade e interesse a esse respeito. Por outro lado os presidentes Republicanos nunca tocaram muito no assunto, o que pode ser considerado um indicativo de que tiveram acesso a esses arquivos. Os dois casos descritos a seguir podem exemplificar essa diferença. O ex-presidente, pelo partido Republicano, Richard Nixon ficou conhecido por tentar constantemente burlar e escapar de sua segurança pessoal enquanto no cargo. Relatos dão conta de que em fevereiro de 1973 Nixon estava no estado da Flórida, para dar apoio a uma iniciativa de caridade, patrocinada por seu velho amigo John Herbert Gleason, um famoso comediante na época, conhecido pelo nome artístico de Jackie Gleason. Em sua vida pessoal Gleason era


um entusiasta da Ufologia, assim como de algumas ciências ocultas, curiosidades que frequentemente dividia com seus amigos mais próximos. Relatos feitos pela então esposa de Gleason na época, e também por um de seus amigos mais próximos, contam que numa segundafeira à noite, mais precisamente no dia 19 de fevereiro de 1973, Nixon passou na casa de Gleason dirigindo um carro comum e sem a presença de seus seguranças por perto. Pediu a ele que o acompanhasse, pois precisava mostrar-lhe uma coisa importante. Nixon então dirigiu até a base aérea de Homestead, também na Flórida, algumas dezenas de quilômetros ao sul da casa de Gleason. Uma vez dentro da base, depois de causar um grande susto nos homens que faziam a segurança do local, Nixon o conduziu até uma câmara que continha, conforme a descrição de Gleason, alguns aparelhos que pareciam ser freezers verticais deitados com portas de vidro. Dentro desses aparelhos estavam corpos que a principio lhe pareceram ser de crianças deformadas, por serem pequenos e terem o tamanho da cabeça desproporcionalmente maior em relação ao tamanho do corpo. Depois de um olhar mais atento se deu conta de que se tratava de corpos de seres que não eram humanos. Eram alguns corpos de alienígenas que estavam congelados naqueles equipamentos. Segundo sua esposa, Gleason ficou totalmente transtornado por vários dias após o passeio com Nixon. Após a visita Nixon teria pedido a ele que mantivesse total sigilo sobre o assunto, o que aparentemente não o impediu de comentar com sua esposa e com alguns amigos mais próximos. Gleason faleceu em 1987, mas antes disso compartilhou com alguns desses amigos que nunca entendeu completamente a razão de jamais terem dividido aquele fato com o público. Durante o ano de 1992, o então candidato à presidência americana pelo partido Democrata, Bill Clinton, pressionado pelos


eleitores e pela mídia, que constantemente questionavam os candidatos à presidência daquele país sobre suas posições a respeito desses arquivos, afirmou que caso fosse eleito buscaria abrir esses arquivos ao público. Foi eleito e passou anos buscando ter acesso a essas informações. Após se dar conta de que não teria sucesso, e sendo cobrado pela promessa de campanha, afirmou publicamente que não pôde ter acesso a esses arquivos porque, conforme a CIA lhe informara, não havia motivo concreto para que tivesse esse acesso, e que apenas estar curioso sobre eles não era motivo suficiente. Clinton fez essa declaração pública informal sobre o posicionamento da CIA em tom de brincadeira, mas provavelmente querendo dar uma resposta à opinião pública, ao mesmo tempo em que tentando criar algum tipo de pressão sobre aquela agência. Possivelmente ele nunca soube para onde levar qualquer amigo que porventura tivesse curiosidade no assunto, o que é no mínimo curioso. O simples fato de esses arquivos serem constantemente assunto dos homens mais poderosos do mundo denota que as informações que eles contêm são de importância vital para aqueles países, assim como denota também que, caso essas informações fossem conhecidas, poderiam trazer consequências danosas para aquelas nações. Do contrário não haveria nem tanto foco e nem tanto segredo sobre eles. O que eles contêm para que sejam considerados tão importantes e que justifique serem tão bem guardados? Um exemplo do provável conteúdo desses arquivos pode estar relacionado com o que aconteceu em 1989, quando o físico americano Robert Lazar, também conhecido como Bob Lazar, convocou a imprensa para anunciar que estava quebrando um acordo de confidencialidade e pretendia revelar detalhes de seu trabalho. Ele alegava ter sido contratado como físico para participar de algumas pesquisas em projetos secretos norte-americanos


durante os anos de 1988 e 1989. Algo parecido com o caso recente de Edward Snowden, com relação às denúncias de espionagem ilegal. Entre suas várias declarações, Lazar alegava ter trabalhado com material extraterrestre, supostamente proveniente de acidentes envolvendo naves alienígenas, em projetos que tinham como objetivo desvendar seus segredos e copiar o que fosse possível daquela tecnologia através de engenharia reversa. Alegou também ter visto nove hangares onde supostamente naves espaciais alienígenas eram guardadas, tendo visto pessoalmente algumas delas na base secreta conhecida como S4, onde trabalhava. Importante notar que quando Lazar fez essas declarações, a localidade conhecida como Área 51 oficialmente ainda não existia. A base S4 não é sequer admitida até hoje. Segundo as autoridades oficiais ela simplesmente não existe. Em uma de suas alegações mais polêmicas ele afirmava estar trabalhando com um determinado elemento químico, desconhecido até então de nossa ciência, que fora batizado de Unumpêntio, que teria peso atômico igual a 115. Segundo ele esse desenvolvimento vinha sendo feito a partir de estudos sobre o material alienígena. Na época alegou que o estudo envolvendo este novo elemento estava relacionado ao sistema de propulsão de naves extraterrestres. Nada do que ele alegou naquele momento pareceu ser muito confiável e digno de muita atenção. Afinal, ele não tinha nenhuma prova concreta nas mãos, e suas alegações poderiam ser apenas estórias fantasiosas, protagonizadas por um ex-funcionário que estava tentando chamar a atenção e ganhar alguma notoriedade com aquilo. Todo o depoimento de Lazar foi largamente coberto pela imprensa na época. Não houve qualquer confirmação ou negativa por parte das autoridades americanas sobre o caso, mas alguns cientistas fizeram declarações a respeito dos detalhes


técnicos contidos nas alegações de Lazar, considerando-as infundadas e incorretas. Talvez já tenhamos ouvido algo parecido em outras ocasiões. O número atômico de um elemento indica a quantidade de prótons que seu átomo contém. Até então o elemento natural de maior número atômico conhecido era o urânio com 92 prótons. Se Lazar estivesse certo, estariam tentando sintetizar o elemento mais pesado já conhecido, pelo menos até aquele momento. Sem entrarmos em aspectos muito técnicos da questão, os cientistas estão sempre em busca de materiais com maior massa e maior peso atômico, já que estes parecem ser o melhor caminho para o desenvolvimento de tecnologias que permitam contrapor a gravidade, ou seja, permitam flutuar sem nenhum tipo de propulsão por foguetes, como os que utilizamos hoje em dia. Metais de maior massa combinados com tecnologias como a supercondutividade e eletromagnetismo parece hoje ser o caminho mais razoável para conseguirmos realizar esse feito. Quanto maior o número atômico de um elemento maior a sua massa. Portanto, se esse novo elemento pudesse ser sintetizado, ele seria um metal 25% mais pesado do que o urânio, o que poderia representar um avanço muito significativo nesses estudos. Passaram-se quinze anos após as declarações de Bob Lazar e ninguém mais sequer se lembrava do evento, quando em fevereiro de 2004 cientistas anunciaram ter sintetizado um novo elemento químico. Tratava-se de um metal batizado provisoriamente de Unumpêntio (Uup) com número atômico igual a 115. Em setembro de 2013 cientistas suecos confirmariam a reprodução do processo que produziu o novo elemento. Especulações à parte, tudo indica que o elemento 115 muito em breve fará parte das novas tabelas periódicas a serem emitidas no futuro e estudantes de todo o mundo terão que incluí-lo em seus estudos. Seria apenas uma coincidência?


Além desse novo elemento químico, são inúmeros os novos elementos que têm sido sintetizados nos últimos anos, principalmente com o auxilio do imenso acelerador de partículas que foi construído na Europa, cuja circunferência tem 27 Km de extensão, e recentemente entrou em operação. Será que contaram com alguma ajuda “externa” para descobrirem que esses aceleradores seriam a solução para poderem chegar até esses novos elementos? O elemento mais pesado até então já sintetizado, mesmo que apenas por poucas frações de segundo, é o Unonóctio que tem peso atômico igual a 118, mas há suspeitas de que possa ser um gás e não um metal, apesar de seu imenso peso atômico. Apesar de terem sintetizado elementos de maior peso atômico que o Unumpêntio, este ainda aparenta ser um dos elementos mais promissores, considerando-se inúmeros aspectos técnicos das características desse elemento. Pode ser também que tenham alguma outra fonte de informação que “desconhecemos”. A maioria desses novos elementos somente subexiste por algumas poucas frações de segundo, mas após suas descobertas os cientistas começam a trabalhar na busca de torná-los estáveis a ponto de poderem ser manipulados e utilizados de forma prática. Muitos desses novos elementos ainda aguardam a confirmação de suas descobertas para que possam integrar definitivamente a tabela periódica. A necessidade da construção desses imensos aceleradores de partículas provavelmente inviabilizou que esses estudos continuassem a ser feitos nas instalações subterrâneas onde vinham sendo estudados. Os americanos tinham planos de construir um acelerador de 9 Km de extensão, porém o orçamento para o projeto foi cortado alguns anos atrás, o que fez com que se juntassem aos esforços na construção do acelerador europeu. Provavelmente este seja um dos motivos pelos quais esses estudos sejam hoje elaborados de forma cooperativa entre cientistas de


várias partes do mundo. Talvez nesse caso não tenha sido possível mantê-los confinados e em segredo, afinal não é possível registrar uma patente de um elemento químico. Mas a utilização desses novos átomos ou elementos na criação de novas fórmulas, que darão origem a novos materiais, certamente merecerão os devidos registros. Aqueles que porventura tiverem qualquer tipo de informação privilegiada sobre o que fazer e como utilizar alguns desses novos elementos certamente terão anos de vantagem sobre quaisquer outros. É muito provável que em algum desses lugares secretos alguns cientistas estejam aguardando ansiosos pela possibilidade de manipulação e estabilização desses novos elementos, muitos deles altamente radioativos, para que possam dar seguimento com as pesquisas e tentativas de reprodução dos mecanismos de propulsão das naves extraterrestres que têm em seu poder. Essa possibilidade pode trazer um grande salto na nossa evolução. Salto este que talvez possa somente ser comparável à invenção do próprio avião em sua época. Certamente fará também nascer à sua volta todo um novo conjunto de indústrias de componentes e repostos que garantirá lucros bilionários por décadas para alguns poucos. Se levarmos em consideração a época em que supostamente muitas dessas estratégias foram elaboradas e colocadas em prática, tais como a política de negação, a máquina de desinformação e outras, citadas anteriormente, poderíamos também especular que uma das razões pelas quais foram idealizadas seria a necessidade de manterem-se tecnologicamente à frente do principal oponente, que naquele momento era a União Soviética. É possível imaginar que os líderes de então temiam que, caso não desenvolvessem essas estratégias, seus oponentes muito provavelmente o fariam, obrigando-os a tentarem manter-se à frente. Pouco se conhece sobre as pesquisas dos soviéticos nesse campo específico, mas não


parece ser nada muito absurdo imaginar que os líderes daquela época estavam cobertos de razão. Seja lá por que razões possam ter sido idealizadas a princípio, é um fato irrefutável que o acesso a esse tipo de material pode ter valor inestimável. Será então que é verdade que não estão nem um pouco preocupados com essas questões, como alguns especulam? Será mesmo que os casos de UFOs não têm nenhuma relação com poder e nem com dinheiro? Conhecendo a natureza humana, a índole de boa parte dos homens de poder, a forma com que nosso mundo está organizado geopoliticamente e a maneira com que as coisas normalmente funcionam quando política, poder e dinheiro fazem parte de um mesmo jogo, não seria necessário muito esforço mental, nem muita análise lógica e nem utilizar muito de nossa criatividade para imaginar que, se a possibilidade de explorar material extraterrestre estivesse ao alcance de alguém, esse alguém certamente tiraria proveito disso antes que outros o fizessem. E não somente isso, se pudesse, tiraria proveito e a manteria totalmente longe do alcance dos concorrentes e dos potenciais inimigos. E tudo indica que as principais razões para que esses casos sejam sistematicamente acobertados estão relacionadas com o fato de que essas estratégias muito provavelmente venham sendo largamente utilizadas desde algumas décadas atrás até os dias de hoje.


III. Qual a importância do Manual de Operações SOM1-01 do Grupo Majestic-12? Como mencionei no início, não me ative em fornecer muitos detalhes sobre as fontes das informações citadas neste livro, podendo todas elas serem verificadas nos diversos documentos públicos disponíveis. No entanto, decidi incluir nesta publicação apenas um documento, que considero de suma importância para corroborar com muitas das especulações contidas aqui. Trata-se do documento SOM1-01 - Manual de Operações Especiais – Recuperação e Destinação de Entidades e Tecnologia Extraterrestres, emitido pelo grupo Majestic-12, também conhecido como Majic-12 e MJ-12, em abril de 1954. Todas as fotos do manual e a tradução de seu conteúdo estão no Apêndice I, na parte final deste livro. Este documento veio a público através de Don Berliner, escritor especializado em aviação e pesquisador sobre UFOs. Em março de 1994 Don Berliner recebeu pelo correio um envelope anônimo contendo um rolo de filme. Como tinha acabado de participar de um evento sobre aviação no estado de Wisconsin, onde tirou inúmeras fotos, pensou tratar-se de algum filme que esquecera no local do evento e que alguém teria feito a gentileza de lhe enviar. Quando revelou o filme se deparou com as fotos do documento secreto. Por ser também pesquisador sobre UFOs, reconheceu imediatamente sua importância e tratou de torná-lo público, o qual


passou então a ser minuciosamente analisado por todo o tipo de especialista, buscando avaliar sua autenticidade. O fato de ter surgido de uma fonte anônima passou a ser uma das primeiras razões para o questionamento sobre essa autenticidade. Há de se levar em consideração o fato de que aqueles que trabalham, ou tenham trabalhado, para o governo americano são obrigados a assinar acordos de confidencialidade e a respeitar as diversas classificações dos documentos, sob pena de serem processados por violarem as leis de segurança nacional e passarem muitos anos na prisão, como, por exemplo, no caso recente de Edward Snowden, que violou esses acordos ao divulgar as evidências de espionagem eletrônica, realizadas pelo governo americano sobre outros países. É certo que este caso seria relativamente diferente, já que nem mesmo o governo americano admite até hoje a existência do grupo Majestic-12. Ainda assim, qualquer pessoa que tenha assinado algum desses acordos e revele qualquer tipo de documento secreto, pode acabar sofrendo processos, represálias e constrangimentos, motivos mais do que suficientes para que, quem quer que seja que tenha nas mãos este tipo de evidencia e tenha o desejo de divulgá-la, não queira identificar-se publicamente. Como mencionei antes, muitos afirmam que este documento é autêntico e muitos outros afirmam tratar-se de uma falsificação. Inúmeras avaliações foram elaboradas por supostos especialistas desde sua divulgação, abordando tanto aspectos técnicos quanto seu conteúdo. Sob o ponto de vista técnico, ou seja, a análise do formato, padrões utilizados, tipografia e técnicas de impressão desses documentos utilizadas na época, além de inúmeros outros aspectos forenses, nunca foi possível provar que o documento fosse definitivamente falso. Todas essas análises, no entanto, também não puderam afirmar categoricamente que fosse verdadeiro, podendo tratar-se de uma falsificação muito bem feita. Aqueles que


são contrários à sua autenticidade voltaram-se então para o seu conteúdo, onde fazem um infindável número de questionamentos, muito embora nenhum deles possa também levar à conclusão definitiva de tratar-se de uma farsa. A maioria desses questionamentos tem como alvo preferido os detalhes de alguns dos procedimentos descritos no manual. Muitos consideram esses detalhes falhos e incompletos. Por si só a falta desses detalhes não invalida o manual, podendo ser até proposital neste tipo de documento, por motivos que detalharei mais adiante. Outro questionamento muito comum é o fato de satélites terem sido citados em um único ponto específico do documento. Segundo esses críticos, como o documento teria sido emitido em 1954, isso provaria sua falsidade, considerando que naquele ano os satélites ainda não existiam. É fato que o primeiro satélite artificial foi lançado somente em 1957. No entanto, a história dos satélites artificiais é de conhecimento público, onde se pode verificar que o primeiro anúncio oficial do governo americano, de que começariam a trabalhar em projetos com o objetivo de colocar satélites em órbita do planeta, foi feito em dezembro de 1948, ou seja, seis anos antes da primeira edição do manual e nove anos antes de os soviéticos colocarem em órbita o Sputnik 1 em 1957. Ainda em 1952 estes planos foram reafirmados, devido ao surgimento da televisão e as possibilidades que os satélites trariam em seu desenvolvimento. Além disso, o controle de atualização do conteúdo do manual, apresentado em uma de suas primeiras páginas, demonstra que as fotos foram tiradas depois de fevereiro de 1957, já que esta é a data registrada como tendo sido feita a última atualização do documento divulgado. Além de todos estes fatores, a citação de satélites no documento aparece como uma das possibilidades de informações que deveriam ser passadas aos curiosos para dissimular os acidentes, ou seja, mentiras que deveriam ser contadas caso fosse necessário. Trazendo para os dias


de hoje, seria como se uma autoridade oficial justificasse qualquer evento dizendo que seria reflexo de uma missão secreta tripulada enviada a Marte. Muito embora se comente muito sobre esta possibilidade, nenhuma missão tripulada foi enviada a Marte até hoje, pelo menos que tenhamos conhecimento. Mas se uma autoridade oficial fizesse esse tipo de afirmação hoje em dia, sem dúvida contaria com a credibilidade de inúmeras pessoas, além de ser o suficiente para causar controvérsia. Alguns acontecimentos ocorridos após a divulgação do manual podem também nos ajudar a aprofundar a reflexão sobre a possível autenticidade ou não do documento. O último capítulo do manual é o de número 6. Conforme pode ser observado no índice do manual, constante da página 1. O capítulo 6 contém três seções, que estão intituladas da seguinte forma: Seção I – UFOB guide (Guia UFOB); Seção II – Identification criteria (Critérios de Identificação) ; Seção III – Possible origins (Possíveis Origens). As fotos divulgadas do manual, entregues a Don Berliner, não contêm todas as páginas do manual. Nas fotografias estão desde a folha de rosto até a página 21 e mais a página 28, que é referente ao primeiro apêndice, intitulado de References (Referências), cujo conteúdo é apenas uma lista de outros manuais. É possível observar pelo índice do documento que o manual completo contém 31 páginas além da folha de rosto, perfazendo um total de 32 páginas. Porém as páginas de 29 a 31 são referentes a outros três apêndices, onde os dois primeiros não parecem apresentar nenhuma informação importante para o contexto do documento, sendo: Forms (Formulários) e Majic-12 Group Personnel (Integrantes do Grupo Majic-12), que possivelmente conteria uma lista de pessoas que poderiam, ou deveriam, ser contatadas nos casos de ocorrências. O único que poderia conter informações importantes seria o quarto e último apêndice de nome Photographs (Fotografias), imaginando que seu conteúdo pudesse ser composto por fotos de quedas reais de


aeronaves extraterrestres. No entanto, como descreve a página relativa ao controle de atualizações do documento, o próprio comando do grupo solicitou a retirada das páginas de 31 a 40 do manual em 12 de abril de 1955. Quando o documento foi fotografado, depois de fevereiro de 1957, data da última atualização que aparece na foto da página, estas páginas infelizmente já não faziam parte do manual. Portanto, a única lacuna na divulgação deste documento reside na ausência das páginas de 22 a 27, contendo o complemento do capítulo 6. Aproximadamente em 1998, ano a ser confirmado, um evento completamente desconexo das investigações que vinham sendo feitas sobre o manual, acabou colaborando no processo de discussão sobre sua autenticidade. O Sr. Brian Parks, do Centro de Pesquisas Históricas da Força Aérea americana, requisitou à base aérea Maxwell Air Force Base, localizada no estado do Alabama, informações históricas sobre UFOs registradas pelo esquadrão 4602 Air Intelligence Service Squadron (Esquadrão 4602 de Serviço de Inteligência do Ar), também conhecido como 4602-AISS. Em resposta à sua solicitação a base aérea enviou ao Sr. Brian uma série de documentos. Entre estes estava um documento datado de 15 de março de 1955, intitulado “UFOB Guide”. Na época em que foi emitido, em 1955, este documento não foi classificado como confidencial. Passados 30 anos de sua emissão foi liberado ao acesso público em 1985, de acordo com os prazos previstos na legislação americana sobre transparência da informação vigente naquele momento para documentos não confidenciais. Quando o Sr. Brian tornou público aqueles documentos, não demorou para que fosse notada a coincidência de dois de seus títulos com as duas primeiras seções do capítulo 6 do manual do MJ-12. Este detalhe acabou fazendo com que eles chegassem às mãos daqueles que investigavam o manual. Ao compararem o conteúdo destes documentos com o conteúdo do manual ficou evidente tratar-se de


documentos de conteúdo completamente análogo. A única página do capítulo 6 que aparece entre as fotos divulgadas do manual contém pouco menos de 400 palavras. A comparação dos dois documentos demonstrou que os conteúdos eram absolutamente idênticos, palavra por palavra, no trecho onde era possível fazer essa comparação. Por mais irônico que isso possa parecer, a própria força aérea americana teria contribuído com uma peça importante no caminho da verificação da autenticidade do manual. Além disso, entre os documentos publicados pelo Centro Histórico da Força Aérea, está outro documento cujo título é Identification criteria. Título este idêntico ao nome da segunda seção do capítulo 6 listada no índice do manual. Dessa forma, a força aérea não só contribuiu com o aumento da possibilidade de que o manual seja verdadeiro, mas também acabou tornando possível conhecer um pouco mais sobre uma parte do provável conteúdo do trecho que faltava nas fotos divulgadas do manual. Levando em consideração esta hipótese, a única parte do manual que permanece desconhecida, além dos três últimos anexos, seria o conteúdo da terceira seção do capítulo 6, intitulada Possible origins (Possíveis Origens). O que pode ser observado nesses complementos é que essa parte do manual não é a mais interessante do documento, não fornecendo nenhuma informação de relevância. Talvez até por essa razão essas páginas não tenham sido fotografadas. Se foram fotografadas, não foram enviadas ao investigador sobre UFOs, por não serem consideradas tão relevantes quanto as demais páginas pela pessoa que as enviou. Também pela mesma razão, estes textos estavam arquivados como informação não confidencial nos arquivos da força aérea americana. De qualquer forma, foram muito importantes para oferecer mais uma evidência da provável autenticidade do manual. Independente de toda a polêmica, algumas razões motivaramme a incluí-lo neste livro. Primeiramente por que seu conteúdo permite exemplificar de forma concreta alguns dos procedimentos


que fazem parte de algumas das estratégias utilizadas, já há muitos anos, por serviços de inteligência, tais como a dissimulação de fatos, a intimidação de testemunhas, os mecanismos de desinformação, além de algumas outras estratégias, muitas delas comentadas no transcorrer deste livro e que muitas vezes são objeto de dúvidas por parte de muitas pessoas com relação à suas reais existências. Outra razão, que considero uma das mais importantes, está relacionada a um detalhe específico do conteúdo do manual. Todo o documento é muito impressionante, mas este detalhe em particular, que pode passar despercebido para muitos, chamou a minha atenção, por estar relacionado a um dos objetivos principais que me motivaram a escrever este livro. Em um determinado ponto do documento são descritas como três as possibilidades de se obter material de naves alienígenas. Conforme a tradução das palavras utilizadas no texto elas seriam as seguintes: ações independentes dessas entidades (ou seja, devido a um pouso deliberado), por infortúnio das mesmas (entende-se como uma queda acidental), ou por ações militares. É esta última possibilidade que me chamou muito a atenção, já que no transcorrer do livro desenvolvo o raciocínio de que os acidentes envolvendo muitas dessas aeronaves podem não ser tão “acidentais” como imaginamos. Este termo, “ações militares”, aparece em alguns outros pontos do documento, sugerindo ser uma prática usual dentro do contexto dos textos. Esta pequena expressão pode de fato validar algumas das especulações que faço mais adiante, caso possamos considerar o documento como autêntico. Se, no caso dos acidentes conhecidos, essas aeronaves não tenham pousado deliberadamente e não tenham sofrido quedas acidentais, então suas quedas foram resultantes dessas ações militares, como sugere o documento, ou seja, elas foram deliberadamente abatidas. Esse pequeno detalhe do documento sugere que, já na época da edição deste manual, ou seja,


em 1954, perpetrar ações militares contra aeronaves extraterrestres ou alienígenas já não era considerado uma atividade incomum. O uso dessa expressão nos textos pode inclusive ser mais um indício que reforça a possibilidade de que seja de fato autêntico. Isso por que, até hoje, as supostas quedas de aeronaves extraterrestres foram praticamente sempre tratadas como quedas acidentais pela mídia que cobre este tipo de assunto. Desconheço estudiosos ou interessados no tema que tenham levantado a possibilidade de que teriam sido atacadas e derrubadas em ações ofensivas sem qualquer provocação. Nem mesmo os mais exagerados e fantasiosos consideraram até hoje esta hipótese. Normalmente se concentram muito mais em tentar provar que as quedas realmente ocorreram e em tentar expor ou desmascarar as autoridades que negam que esses acidentes tenham ocorrido e que tiveram acesso a esses materiais. Mesmo mais de vinte anos depois da divulgação do manual, onde esta prática é admitida claramente, não tenho conhecimento de que alguém tenha feito qualquer referência ou menção sobre o assunto, ou tenha entendido essa afirmação como digna de nota. Ora, por que alguém falsificaria um documento contendo evidências de algo que praticamente a totalidade dos envolvidos no assunto nem sequer cogita como uma das possibilidades para esses casos? Essa pequena expressão pode inclusive colocar dúvidas sobre a real razão das quedas ocorridas mesmo antes da edição do manual. Pode ser que as quedas supostamente ocorridas em Cape Girardeau, em 1941, e em Roswell, em 1947, assim como algumas outras supostas quedas relatadas naquele período e não mencionadas aqui, não tenham sido resultado de acidentes, mas sim dessas “ações militares”. Principalmente no caso da suposta queda de 1941, o fato de saberem, já no início dos anos 40, que os alemães estariam fazendo pesquisas utilizando material proveniente desse tipo de fonte, pode ter criado um altíssimo


interesse e empenho em obter fontes de informação similares, em vez de ficarem sentados aguardando que uma dessas aeronaves apresentasse algum defeito e caísse sobre suas cabeças. Para corroborar com essa possibilidade existe o fato de que ambas as supostas quedas ocorreram muito próximas a importantes bases da força aérea americana. Mesmo na época dos acidentes a força militar que teria a maior possibilidade de identificar e atingir uma dessas aeronaves seria a força aérea, ainda que muito mais limitada na ocasião, se comparada com as tecnologias disponíveis hoje. Cape Girardeau, no estado do Missouri nos EUA, está situada a cerca de 160 Km ao sul, em linha reta, da Sco Air Force Base, que passou a ser um dos mais importantes quartéis generais da força aérea americana em 1939. Roswell, no estado do Novo México nos EUA, está situada quase que no centro de um triângulo formado por três bases aéreas na região. Todas elas já eram importantes instalações da força aérea americana em julho de 1947, quando ocorreu a suposta queda. Considerando todas as distâncias em linha reta, Roswell está situada a cerca de 150 Km ao nordeste da base aérea Holloman Air Force Base, a 160 Km ao sudoeste da base aérea Cannon Air Force Base e a cerca de 260 Km ao sudeste da base aérea Kirtland Air Force Base, que está próxima da cidade de Albuquerque e é uma das mais importantes bases da força aérea americana desde o início dos anos 40. Por sinal esta última, a base Kirtland, é citada no manual como sendo o local onde foi impresso. Em ambos os casos os militares chegaram ao local dessas quedas muito rapidamente, o que poderia ser explicado pelo fato de saberem que tais aeronaves sofreriam prováveis quedas, após terem sido atingidas, passando a acompanhá-las. Caso essas quedas fossem resultado de simples acidentes, o conhecimento da ocorrência da queda, o acionamento de tropas e o deslocamento de militares aos locais dos acidentes, considerando as distâncias por terra das bases militares mais próximas, certamente tomaria um


tempo muito mais longo, se comparado com a primeira hipótese, aumentando consideravelmente o risco de que mais pessoas pudessem chegar aos locais das quedas antes dos militares, dificultando a ocultação e o controle desses “acidentes”. Em ambos os casos há relatos de testemunhas que indicaram a chegada de inúmeros militares poucos minutos após os acidentes terem ocorrido. Também é verdade que a maioria delas alterou seus depoimentos sobre os fatos algum tempo depois. Especula-se que a aeronave que caiu em Roswell teria por volta de 40 metros de diâmetro. Se compararmos este tipo de ação militar com o que ocorre, ainda nos dias de hoje, nos casos de acidentes envolvendo pequenos e médios aviões, mais ou menos do mesmo tamanho, notaremos sensíveis diferenças. A principal delas está no fato de militares serem os primeiros a serem deslocados de suas bases para verificarem locais de acidentes com aeronaves, em ações que fogem completamente às suas atribuições. Ninguém que testemunhasse uma dessas ocorrências notificaria a força aérea, ou qualquer outra força militar, antes de acionar entidades como a polícia local, os bombeiros ou mesmo a defesa civil, o que faz com que normalmente sejam estes os primeiros a chegar aos locais deste tipo de acidente. Outro motivo que me fez decidir pela sua publicação é o fato de que desconheço qualquer edição que contenha este documento completo traduzido, o que dificulta qualquer pesquisa por parte das pessoas que se interessem em conhecê-lo, mas não tenham domínio da língua inglesa. Dessa forma, optei por incluir nesta edição as fotos originais de todas as páginas divulgadas deste documento, bem como algumas das páginas liberadas pela força aérea que complementam uma parte das páginas faltantes no final, somadas à tradução de todas as páginas aqui inclusas, visando facilitar uma melhor compreensão e um melhor entendimento do conteúdo e do contexto do mesmo.


Em resumo, muito embora toda a imensa controvérsia criada sobre este documento não permita uma conclusão definitiva sobre sua autenticidade, de minha parte, depois de avaliar exaustivamente inúmeros dos argumentos favoráveis e contrários, concluí que existe uma grande possibilidade de que seja de fato um documento autêntico e não uma farsa. Por considerá-lo assim, o vejo também como uma importante peça no caminho da compreensão de todo o contexto da história sobre nosso envolvimento com os UFOs nas últimas décadas, motivo definitivo pelo qual decidi apresentá-lo aqui, esperando que cada leitor, após conhecê-lo e eventualmente aprofundar-se sobre as questões polêmicas que o envolve, possa também decidir sobre como considerá-lo. Se pudermos imaginar, mesmo que somente por alguns momentos, que o documento é autêntico, como acredito que seja, fica evidente o quanto é impressionante a diferença de perspectiva entre as pessoas envolvidas nesses projetos e todos os outros cidadãos comuns. Enquanto já em 1954 algumas pessoas descreviam as diferenças entre os detalhes físicos das espécies alienígenas e os tipos de aeronaves até então conhecidas com muita naturalidade, os cidadãos comuns se perdem ainda hoje em discussões subjetivas sobre a possibilidade de existir ou não alguma outra civilização inteligente no universo. Porém, antes de ver o documento, creio que algumas observações são necessárias, no sentido de favorecer uma melhor compreensão de seu conteúdo e de sua importância. Uma delas é a observação de que os documentos emitidos pelas agências governamentais americanas têm que ser obrigatoriamente classificados de acordo com alguns critérios de segurança. Para isso recebem códigos que definem seu nível de segurança. Estes códigos definem quem pode ter acesso ao documento e de que forma deve ser manuseado, armazenado e arquivado. Quanto mais alto o nível de segurança, menor o número de pessoas que podem ter acesso a


ele e maiores os cuidados necessários para seu arquivamento ou circulação. Conforme descrito no próprio manual, este documento está classificado com dois pontos acima do nível de Ultra Secreto. Isso significa na prática que é um documento com altíssimo grau de confidencialidade e de acesso muitíssimo restrito. Essa classificação pode significar que apenas algumas dezenas de pessoas em todo o mundo teriam esse acesso. Muito provavelmente também signifique que este documento não possa sequer ser retirado das instalações onde estão os escritórios daqueles que têm acesso a ele. Normalmente são obrigatoriamente mantidos em cofres nos escritórios das pessoas que os possuem, de acordo com os regulamentos internos dessas agências. Esses cofres não são muito diferentes daqueles que vemos nos filmes, os quais normalmente possuem mais de uma proteção de segurança para abri-los. Qualquer tentativa de retirá-lo dessas instalações pode fazer com que essa pessoa passe o resto da vida na prisão. Quando este tipo de documento precisa ser transportado para fora dessas instalações, um time especializado nesse tipo de serviço é acionado e todos os meios de segurança possíveis são utilizados para garantir que o documento seja entregue no local exato e somente nas mãos de seus destinatários. Caso isso não seja possível, por qualquer razão, estão treinados para garantir que retorne em segurança às mãos da pessoa que o enviou ou que seja completamente destruído, caso as condições de segurança sejam comprometidas. A classificação dada a este documento faz com que ele esteja entre aqueles que não possuem previsão de prazo na legislação para que seja liberado ao acesso público e, portanto, poderá jamais ser divulgado oficialmente. Todas estas características, peculiares a documentos com este tipo de confidencialidade, também colaboram com a possibilidade de o documento ser verdadeiro, afinal, o único meio de ter acesso ao seu conteúdo, fora dessas instalações, seria por meio de fotografias, assim como as que foram


divulgadas. Dessa forma, essas poucas dezenas de páginas podem ser as únicas do tipo às quais pessoas comuns terão a oportunidade de colocar os olhos durante toda a vida. Todos os outros milhões de páginas de conteúdo similar continuarão enterrados nos tais arquivos secretos indefinidamente. Isso torna ainda muitíssimo mais importante o valor desse documento. Mais um aspecto interessante é que, avaliando o documento, ele parece ser um dos manuais destinado às pessoas designadas para comandar as ações de recuperação de destroços em caso de acidente. Essas pessoas devem possuir altíssimas patentes, haja visto o nível de confidencialidade do próprio manual. Mesmo essas pessoas não podem portar estes documentos fora de seus escritórios. Devem acessá-los para estudá-los, e fora isso mantê-los sempre em seus cofres. Para compreender ainda melhor o conteúdo do manual é necessário conhecer uma das técnicas utilizadas para aumentar a segurança em projetos secretos a qual chamaremos aqui de técnica de “fragmentação”. O objetivo dessa técnica é o de garantir que nenhuma pessoa individualmente tenha mais informações do que o necessário. Pessoas que trabalham nesses projetos nunca são autorizadas a conhecerem nada além do que é absolutamente necessário para o desempenho de suas funções. Esses projetos são propositalmente muito fragmentados e divididos em inúmeras seções e departamentos. Essa limitação, somada à exigência do cumprimento dos regulamentos internos, que proíbem essas pessoas de dividirem qualquer informação ou detalhe sobre suas atividades com outras pessoas, até mesmo com seus próprios colegas de trabalho, faz com que diminua sensivelmente a probabilidade de uma única pessoa ser capaz de ter uma visão completa das características e dos objetivos de todo o projeto, além de seus líderes e de seus organizadores, é claro. Dessa forma, além do conhecimento limitado de cada uma daquelas pessoas, caso


alguma delas resolva quebrar o sigilo e divulgar sua participação, as informações que possui não serão suficientes para comprometer o sigilo de toda aquela operação, além de facilitar o trabalho daqueles que terão como missão a tarefa de desacreditá-la. O manual do MJ-12 é um bom exemplo da utilização prática dessa técnica. O documento contém todos os detalhes suficientes para que uma pessoa, no comando de uma operação desse tipo, tome todas as decisões necessárias. Para comandar essas missões não é necessário conhecer todos os detalhes operacionais de todas as atividades envolvidas nessas ações. Absolutamente nenhuma informação que possa ser considerada desnecessária é incluída neste tipo de documento. Todas as pessoas envolvidas nessas operações foram adequadamente treinadas e conhecem profundamente todos os aspectos de suas atividades específicas, cujos detalhes, muitas vezes, são desconhecidos até mesmo pelos comandantes dessas missões. Uma evidência desta preocupação é o fato de que em diversos pontos do manual são identificados aspectos aos quais esses responsáveis devam estar atentos. Para isso fornecem informações colecionadas como lições aprendidas em casos similares anteriores, de forma que sejam suficientes para exemplificar essas preocupações, porém nunca fornecem nenhum detalhe específico sobre esses outros casos que permita uma clara identificação dos mesmos, assim como nunca deixam claro de que forma obtiveram esse conhecimento. Outro exemplo é o fato de que em alguns pontos o manual define que em determinadas situações outros times deverão obrigatoriamente ser acionados. A decisão de acioná-los é única e exclusiva do comandante da missão e por isso o manual define as circunstâncias nas quais devam ser chamados, porém nenhum detalhe sobre as ações desses outros times é passada. Estes, por sua vez, possuem seus próprios manuais de operação, cujos detalhes


não podem ser de conhecimento nem do próprio comandante geral da operação. Esta característica pode ser observada quando o manual descreve com muitos detalhes o manuseio das caixas onde devem ser acondicionados os destroços e os restos biológicos retirados dos locais desses acidentes, mas não contém nenhum procedimento para o caso de encontrarem entidades com vida. O manuseio dessas caixas, a recuperação de destroços, assim como a recuperação de restos biológicos de entidades sem vida é de responsabilidade dos comandantes dessas missões. Já o tratamento de entidades com vida foge totalmente à sua alçada, como o próprio manual descreve. Nestes casos a responsabilidade dos comandantes das missões é a de acionar um time especializado para lidar com essas entidades. Outra possível evidência disso é o fato de que foram retiradas as dez últimas páginas do manual, exatamente um ano depois de ter sido editado, por determinação do comando do grupo MJ-12, conforme descrito no controle de atualização, permanecendo apenas o título do último apêndice que é Fotografias. É muito provável que tenham considerado as imagens desnecessárias para a execução dessas missões. Em qualquer outro tipo de manual de operação, que não tivesse este tipo de classificação, ou mesmo este propósito, essas imagens certamente seriam mantidas por ilustrarem os possíveis cenários com os quais esses comandantes poderiam se deparar. Pode até ser que essas imagens tenham sido retiradas do manual por terem sido elevados os seus níveis de classificação, devido aos riscos que pudessem representar, caso caíssem nas mãos de pessoas indevidas, fazendo com que nem mesmo os comandantes dessas missões pudessem mais ter acesso a elas. Talvez este seja um dos principais motivos que leve alguns de seus críticos a entenderem que o documento possui menos detalhes do que deveria em alguns pontos, por compararem o documento


com manuais de operação que normalmente se elabora para empresas privadas, ou outros tipos de entidade, os quais são extensos e detalham todos os tipos de atividade de todos os processos. Não fosse pelas razões que acabei de descrever, poderia mesmo ser considerado estranho o fato de o manual chegar ao nível de detalhes em alguns aspectos e ser totalmente vago em outros. Mas o próprio aviso constante da folha de rosto do manual, que também está no verso de todas as páginas, trás uma frase que define muito bem este tipo característica, onde diz: “containing compartmentalized information...” (contendo informações compartimentadas). Ou seja, é de conhecimento daqueles que manuseiam este tipo de documento que as informações ali contidas são propositalmente departamentalizadas. Outra informação que aparece no texto do documento e que é digna de nota é a afirmação de que algumas das informações contidas ali se baseiam em acidentes dessa natureza ocorridos no período de 1947 a 1953. Mesmo que não seja específico no número desses acidentes, denota que alguns deles ocorreram nesse período. Aqueles que tiverem interesse em pesquisar verão que existem relatos de algumas supostas quedas deste tipo no período citado, mesmo que não tenham sido objeto de especulações públicas, como aconteceu no caso de Roswell. Outra informação do manual que corrobora com esta informação são as descrições e ilustrações das possíveis naves, sugerindo que já teriam tido acesso pelo menos a algumas delas. Além disso, descrevem em detalhes também dois tipos básicos de entidades alienígenas, também deixando transparecer que estes tipos de seres já seriam bem conhecidos na época. Considerando que o manual foi criado em meados dos anos 50 e este tipo de ação passou a ocorrer, muito provavelmente, a partir do início dos anos 40, ou seja, aproximadamente 15 anos antes da edição do manual, é possível supor que um número muito maior de tipos de aeronaves e uma maior variedade de espécies


tenham sido encontrados, ou mesmo resgatados em ações como essas, no transcorrer dos últimos 60 anos, ou seja, desde a emissão do manual até hoje, se levarmos em consideração que existem evidencias de que este tipo de prática vem sendo utilizada pelas forças armadas desses países até os dias de hoje. Pode ser até que nem persigam mais as aeronaves que sejam idênticas àquelas que já estudaram exaustivamente, porém sempre que uma nova espécie for identificada, é possível que coisas como aquelas que aconteceram em Varginha 1996 voltem a acontecer novamente. Mais adiante veremos mais detalhes sobre este caso, onde, muito provavelmente, uma dessas ações militares tenham ocorrido. Por sinal, este é mais um dos detalhes interessantes do manual. De uma forma muito sutil, que pode até passar despercebida pelo olhar de muitos, o manual deixa clara a possibilidade de que ações como estas podem ocorrer tanto em território americano quanto em países estrangeiros. Aliás, detalhes descritos no manual, sobre a forma de conduzir as operações, bem como as características de como embalar e transportar os materiais obtidos desses acidentes, também podem ser percebidos com certa clareza entre os acontecimentos ocorridos em Varginha. Um detalhe interessante sobre este fato é que o episódio em Varginha aconteceu mais de 40 anos depois da edição do manual.


IV. Por que tanto empenho em esconder os casos envolvendo UFOs? Muitos ainda acreditam que a razão de não divulgarem e nem confirmarem a provável autenticidade dos avistamentos e registros de UFOs tem como objetivo evitar que a população entre em pânico, temendo uma possível invasão alienígena iminente. Muitos que conhecem o fato atribuem esse suposto posicionamento das autoridades ao caso ocorrido em Nova York em 1938, protagonizado pelo famoso escritor, produtor, diretor e ator americano Orson Welles. Naquela época Welles dirigia uma companhia de teatro chamada Mercury Theatre, que, além dos teatros, apresentava suas peças também através do rádio. Em 30 de outubro de 1938 Welles apresentou pela primeira vez em uma rádio de Nova York uma adaptação da peça “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos). Esta peça inspirou filmes de sucesso com o mesmo nome, produzidos por Hollywood anos depois. A obra tem como tema central a invasão da Terra por alienígenas vindos do planeta Marte, que desencadeiam um rastro de destruição e morte, até serem vencidos por um simples vírus local, para o qual não possuíam defesas. Logo após o início da transmissão da peça pela rádio começaram a chegar notícias de que muitas pessoas teriam entrado em pânico, imaginando que se tratava de um caso real, e que a Terra estaria mesmo sendo invadida pelos homenzinhos verdes de Marte. Nas horas que se seguiram à transmissão, a rádio teve que emitir


repetidos esclarecimentos de que se tratava apenas de uma obra de ficção. O caso deixou muitas pessoas feridas, devido aos tumultos que se seguiram à apresentação, e tornou Welles famoso. Seria essa então mais uma das prováveis razões para que as autoridades decidissem acobertar esses casos? Não parece razoável que pudesse causar pânico em qualquer lugar do mundo hoje em dia a simples confirmação de que provavelmente fosse verdadeiro um caso envolvendo o avistamento de um UFO. Mas aparentemente alguém tomou esse tipo de decisão algum tempo atrás. Considerando a sinergia com que esse posicionamento é demonstrado por todas as autoridades, fica claro que ele é resultado de uma estratégia bem definida e específica. Para podermos nos aprofundar nesse assunto, e podermos buscar quais poderiam ter sido as razões que fizeram com que as autoridades tivessem decidido adotar esse tipo de posicionamento nesses casos, talvez possamos fazer uso de um pouco de nossa imaginação. Vamos, por alguns instantes, imaginar que uma determinada nação convocasse toda a imprensa nacional e internacional para fazer uma declaração. Representantes oficiais dessa nação anunciariam para todo o mundo que houve um acidente em seu espaço aéreo que provocou a queda de um objeto voador não identificado em seu território. Informariam que esse objeto era tripulado por seres desconhecidos e que não houve nenhum sobrevivente entre os ocupantes do objeto. Anunciariam também que os destroços do objeto e os corpos dos ocupantes foram encaminhados para instalações apropriadas e seguras em seu país, onde seriam então devidamente estudados e analisados, e que a princípio não dividiriam esses estudos, nem os seus resultados, com nenhuma outra nação por serem os legítimos proprietários daquele material, conforme regem suas leis, já que o acidente ocorreu em seu espaço aéreo e no seu território nacional. Finalizariam dizendo que oportunamente, após esses estudos e


análises, divulgariam as informações que entendessem serem relevantes ao conhecimento do público e à comunidade científica mundial. Como reagiriam os outros mais de duzentos países frente a um anúncio como este? Mesmo que esse suposto país tivesse leis que permitissem tal posicionamento, e quase todos os países possuem leis assim, seria possível que essa iniciativa tivesse qualquer chance de ser bem sucedida? Será que todos os outros países entenderiam esse posicionamento como sendo absolutamente normal, além de legal, e aguardariam pacífica e calmamente pelas divulgações anunciadas? É muito difícil imaginar que isso pudesse acontecer. Nem os coitados dos meteoros e meteoritos que caíram por aqui nas últimas décadas conseguiram essa proeza. E é óbvio que o interesse em meteoros e meteoritos é muito menor do que seria o interesse sobre esse tipo de material. Talvez não fosse nenhum exagero especular que tal iniciativa seria praticamente impossível, mesmo que fosse praticada por alguma das nações mais poderosas do mundo. No mínimo as outras nações poderosas exigiriam que esse material fosse colocado à disposição da comunidade científica mundial imediatamente, para que os resultados desses estudos pudessem trazer benefícios para todos, e não apenas para uma única nação. Se a recusa em dividir esse material persistisse é plenamente possível que algumas nações acabariam deflagrando até uma guerra contra essa nação em uma disputa pelo acesso e controle desse material. Bastaria alguém especular que o país que detivesse o controle absoluto sobre esse material poderia desenvolver em poucos anos armas poderosíssimas, e que no futuro essas armas poderiam ser utilizadas contra essas outras nações. Inúmeros conflitos armados que ocorreram na nossa história tiveram como fatos geradores motivos similares. É claro que isso não passaria de


uma desculpa, porque na verdade estariam somente interessados em colocar as mãos naquele material. Mas que essa seria uma ótima desculpa isso é inegável. Imaginando exemplos como esse, talvez não precisemos utilizar muito de nossa perspicácia para concluir que, caso alguém tivesse acesso a esse tipo de material, e possuísse planos de usufruir de seus benefícios apenas para si mesmo, não teria nenhuma alternativa senão a de esconder sua existência de todos os demais a “qualquer custo”. Sendo assim, esconder do público que algumas das nações mais poderosas possuem material alienígena, provenientes de acidentes ocorridos em seus territórios que foram devidamente acobertados, e que gastam milhões para estudá-los, pode até fazer algum sentido. Mas por que então negar que todos os outros casos de aparições e avistamentos possam ser verdadeiros? É possível que tenham receio de que se admitissem a possibilidade da existência dos UFOs e da presença deles por aqui, reforçariam então as teorias de que essas nações podem ter tido acesso a algum tipo de material alienígena como tanto se especula. Afinal, se eles existissem poderiam então ter sofrido acidentes em nossa atmosfera e caído em nosso planeta. Se fosse assim, todos os casos de eventuais acidentes envolvendo supostos UFOs ocorridos na história voltariam a ser considerados como uma possibilidade real. Como não temos informação sobre o paradeiro desses destroços, isso possivelmente passaria a ser motivo de grande especulação. Poderia haver uma imensa pressão para que todos os supostos casos antigos fossem reabertos, revisitados e esclarecidos. É possível que o principal problema dessas autoridades não seja o público em geral, mas sim a possibilidade desse tipo de pressão internacional, que pode fazer com que tenham que dividir seus conhecimentos, de alguma forma, com os concorrentes e supostos adversários, além de perderem a vantagem competitiva adquirida.


Pode ser exatamente para evitar chegar até uma situação como essa, que colocaria em risco o acesso privativo e restrito a esse material, que todos os casos são negados ou mantidos em segredo do público, e o posicionamento dessas autoridades continua sendo o mesmo há décadas. Afinal, se nunca ficar categoricamente provado que um UFO sequer tenha com certeza sido avistado, então não há como cogitar que esses casos possam ter ocorrido. Se prestarmos um pouco atenção notaremos que não temos conhecimento público de nenhum caso envolvendo avistamento, foto, filme, etc., que tenha sido investigado por qualquer órgão oficial com total seriedade e que tivesse gerado um posicionamento unanime e oficial sobre sua possível veracidade, com exceção dos obviamente falsos, é claro. Para todos os casos que chegaram até o público como possíveis UFOs, sem exceção até hoje, surgiram especialistas depondo em sentidos opostos. Alguns deles afirmando ser possível tratar-se de um caso real, enquanto outros afirmando tratar-se de ilusão, balão, farsa ou outro fenômeno qualquer. Tudo envolto em muita especulação, dúvida, conjectura e suposição que nunca chega a lugar algum. Sabemos que nossos sistemas de justiça têm muitas falhas, mas como seria se analisássemos as provas de um crime com essa mesma eficiência e competência? O que aconteceria, por exemplo, se o resultado de todas as investigações criminais até hoje efetuadas gerassem sempre esse mesmo tipo de dúvida? Será que é impossível que obtenhamos análises confiáveis sobre esse tipo de material, pelo menos em alguns poucos casos, que pudesse comprovar ou não suas autenticidades? Nas últimas décadas muitos dos ufólogos que investigaram alguns desses casos providenciaram a análise das fotos ou dos filmes e até obtiveram pareceres científicos sobre eles, que foram somados aos depoimentos das eventuais testemunhas dos casos. Mas esse tipo de investigação parece não ser o suficiente.


Uma investigação completa teria que envolver sinais de radar, obtidos oficialmente, para poder identificar a possível altitude e posição do tal objeto e o provável tamanho, o que seria possível caso pudessem triangulá-lo através dos sinais de pelo menos três radares simultaneamente, por exemplo. Teria que ser feita uma análise científica de todo material fotográfico ou cinematográfico, o que poderia dar a dimensão e forma do objeto, além de várias outras análises forenses, somadas também aos testemunhos, tomados oficialmente e com técnicas profissionais de interpelação. Tudo isso, e mais o que fosse possível e necessário, teria que ser juntado por profissionais da investigação com métodos cartesianos para que um parecer formal fosse emitido sobre a possível veracidade ou não de algum caso. Talvez somente dessa forma seus resultados pudessem ser considerados irrefutáveis. É possível que o incrível interesse de algumas nações nesse tipo de material é que faça com que vivamos as experiências que estamos tão acostumados, onde vários eventos são testemunhados e registrados, posteriormente são sistematicamente negados, desacreditados e seus registros confiscados e guardados nesses famosos arquivos secretos, onde esses casos simplesmente desaparecem. Hoje em dia alguns dos casos não são nem sequer mais examinados e nem negados. Mas nós, como estamos já bem treinados no assunto, tratamos logo de imaginar que devem ser o resultado de algum tipo de montagem ou de falsificação. Afinal, todos nós temos verdadeiro pavor de sermos ridicularizados e de sairmos por aí acreditando em tudo que vemos e ouvimos. Sendo assim, a opção pelo ceticismo frente a esses casos parece ser a que mais nos protegeria do risco de acabarmos envolvidos em algum tipo de engodo. Nos dias de hoje, o fenômeno das redes sociais faz com que alguns desses casos circulem o mundo muito rapidamente, mas


também leva com eles o descrédito que é muito peculiar a algumas das publicações nessas redes. É nesse tipo de ambiente onde se encontra, por exemplo, o falso filme soviético, citado anteriormente, o qual, entre as diversas publicações do mesmo filme, algumas delas consideram-no verdadeiro. Ao lado desse filme encontram-se fotos e vídeos verdadeiros sobre os quais se colocam inúmeras dúvidas e questionamentos, o que faz com que a maioria das pessoas acredite ser uma falsificação. Sem dúvida essas novas ferramentas trouxeram boas e más consequências para esse tipo de evidência. Boas por que essas evidências não precisam mais passar pelos processos de revelação e tratamento, o que anteriormente favorecia com que fossem confiscadas antes mesmo que o resultado final ficasse pronto. Além disso, antes da existência das atuais redes sociais, não existiam canais de comunicação através dos quais fosse possível divulgar esse tipo de evidência com tamanha penetração e com tanta facilidade e rapidez. As más consequências se resumem ao fato de que as redes sociais não são veículos que emprestam grande credibilidade a esses casos, que acabam misturados entre verdades e mentiras como se fossem iguais. De certa forma essas redes sociais devem ter economizado muitos recursos daqueles que têm interesses em esconder esses fatos. Hoje eles mesmos podem divulgar uma série de informações falsificadas que acabam por poluir a rede, gerando descrédito automático para todas as publicações daquele tipo. Talvez tenham sido essas dúvidas, que as redes sociais proporcionaram, sobre as incontáveis publicações de potenciais evidências de casos envolvendo UFOs e extraterrestres, que motivaram alguns países a alterarem suas políticas e estratégias sobre o acesso a seus arquivos secretos recentemente. Nos últimos anos tem sido frequente a elaboração de acordos que permitiram a liberação de muitos desses arquivos secretos


sobre o assunto em alguns países. Aqueles que fizeram acordos recentes com esse propósito foram: Reino Unido, França, Suécia, Suíça, Rússia, Dinamarca, Itália, Irlanda, Portugal e Noruega, México, Peru, Chile, Brasil, Argentina, Uruguai, Equador e Filipinas. Alguns detalhes são importantes na avaliação do material que vem sendo liberado por essas nações. Nenhuma delas liberou os arquivos completos. Aparentemente vem sendo feita uma liberação seletiva desse material. Nada do que foi até hoje liberado é muito diferente do material que já é de domínio público. Nenhum dos arquivos liberados trata de acidentes envolvendo a queda de UFOs. Apesar de terem liberado parte desses arquivos, que até então eram considerados secretos, nenhuma dessas nações declarou oficialmente que qualquer daqueles registros refere-se a casos possivelmente verdadeiros. Nenhuma delas fez qualquer declaração oficial concordando que possivelmente estejamos sendo visitados por civilizações extraterrestres. Simplesmente liberaram os arquivos e ponto final. Nenhum acordo desse tipo foi feito nos Estados Unidos, muito embora eles também tenham promovido, por iniciativa própria, a liberação de alguns arquivos ao longo dos últimos anos, tais como a liberação recente dos arquivos da NASA. Mesmo assim, estima-se hoje que os Estados Unidos ainda possuam mais de 63.000 casos arquivados sobre UFOs que continuam sendo mantidos em segredo sem nenhuma perspectiva de liberação. A liberação de parte desses arquivos por algumas nações pode ter alguns objetivos específicos. Um deles poderia ser o de aproveitar as dúvidas geradas nos interessados pelo assunto através das publicações nessas redes sociais, demonstrando que o conteúdo dos arquivos liberados não é muito diferente daquilo que hoje já polui essas redes. Outra possibilidade seria levar a opinião pública a imaginar que se o material que tem sido liberado não colabora definitivamente


com a conclusão categórica da presença de extraterrestres nos arredores do nosso planeta, muito provavelmente o restante desses arquivos seja de teor semelhante e, portanto não teria tanta importância como se acreditava. Uma coisa é certa: O fato de esses arquivos terem sido mantidos em segredo por tanto tempo, e de alguns países repentinamente decidirem torná-los públicos, pelo menos parte deles, não é por acaso. É uma atitude que tomou muito tempo de algumas pessoas pensando em como liberá-los, o que liberar e quais seriam as consequências dessas liberações. Nada nesse nível acontece por acaso ou sem um ótimo planejamento e muito boas razões por trás dessas aparentes ações desinteressadas. As razões que fazem com que essas agências de inteligência mantenham essas informações em segredo por tanto tempo, nos levam também a especular que provavelmente jamais conheceremos o conteúdo total desses arquivos. Permitir o acesso à totalidade desses arquivos poderia expor ações e práticas eticamente questionáveis, além de poderem tornar evidentes intenções controversas ou até mesmo condenáveis, dependendo do que esses arquivos contenham. Se tudo o que estamos especulando aqui tiver qualquer procedência, pode não existir a menor possibilidade de algum dia termos acesso ao conteúdo completo desses arquivos. Como alguns desses poderosos costumam dizer em algumas circunstancias, “trata-se de uma questão de segurança nacional”. A questão de segurança nacional a que se referem por trás dessa afirmação, nesse caso em específico, pode ser a manutenção do leitinho das crianças, mas principalmente das crianças deles, com muito mais leite e por muito mais tempo.


V. Por que vários acidentes envolvendo UFOs foram relatados nas últimas décadas? A percepção da maioria de nós é de que acidentes envolvendo a queda de UFOs no nosso planeta, se ocorrem, são eventos raríssimos. Afinal, as informações que temos a esse respeito estão relacionadas aos casos que supostamente aconteceram mais próximos de nós, ou sobre aqueles mais famosos e mais especulados pela mídia. Mas a história recente apresenta várias evidências, indícios e registros que certamente contradizem essa percepção. Existem pouquíssimos registros ou indícios na história que indicam a ocorrência desse tipo de acidente até o início do século XX. É muito provável que eventualmente alguns casos tenham ocorrido antes disso, mas, se ocorreram, nenhum registro sobre eles chegou a ser conhecido. Porém do inicio do século XX até hoje foram registrados pouco mais de 250 prováveis acidentes envolvendo queda de objetos não identificados. Sem dúvida isso não é um pequeno número, o que faz com que o fenômeno esteja muitíssimo longe de poder ser considerado raro. A estranheza que esse número de supostos acidentes pode causar em algumas pessoas, que podem considerá-lo muito mais alto do que imaginavam, pode também ser explicada por um fenômeno similar à estratégia de fragmentação, comentada antes. Como esses acidentes são “apagados” o mais rapidamente possível, assim como também são prontamente negados por todas as


autoridades envolvidas e logo são criadas “estórias” para justificar qualquer evento relacionado ao acidente que possa parecer mais estranho, as únicas pessoas que acabam tendo algum tipo de informação sobre eles são aqueles que vivem nas proximidades de onde aconteceram, ou aqueles que, por qualquer razão, estejam envolvidos diretamente em suas ocorrências. A imensa maioria desses acidentes nunca sofreu muita especulação pública ou mesmo da mídia, o que os impediu de serem muito conhecidos. Aparentemente as lições aprendidas com o caso Roswell, que acabou sendo praticamente o único que ficou conhecido internacionalmente, somadas às definições de estratégias como aquelas descritas no manual do MJ-12 para esses casos, fizeram com que nenhum desses outros tantos casos até hoje despertasse interesse similar ou sofresse especulação parecida. Isso faz com que o número registrado de supostos acidentes chegue até a surpreender ou mesmo parecer totalmente irreal para muitos, embora represente, com razoável fidelidade, todos os casos sobre os quais se teve notícia até hoje desse tipo de evento. Temos que levar em consideração que é até possível que alguns desses casos possam não ter ocorrido realmente e que não passem de pura especulação ou invenção, enquanto as evidências e registros sobre outros possam levar a uma maior tendência de que tenham verdadeiramente ocorrido. Não é totalmente estranho o fato de que muitas das estimativas sobre esse assunto estejam envoltas em mistérios, especulações e até mesmo em fantasias, mas como esse número é o mais confiável ao qual temos acesso, a respeito dessas possíveis ocorrências, esse é o número que vamos utilizar como ponto de partida em nossas avaliações e argumentações. De todos esses supostos casos registrados mais de 90% deles ocorreram depois do final da segunda guerra mundial. Mais


precisamente, desde o ano de 1950 até os dias de hoje mais de 220 prováveis casos foram registrados. Outro fator interessante a ser observado é que desses mais de 220 casos recentes, perto de 70% deles ocorreram em solo americano, australiano, canadense ou inglês. O número de casos registrados ocorridos em solo americano supera em muito o número de casos registrados em qualquer outro país. Apesar do tamanho do continente africano, em relação a outras partes do mundo, apenas 4 casos foram registrados naquele continente nesse mesmo período. É no mínimo curioso que a maioria das aeronaves apresente defeitos somente sobre outros continentes. Mais um dado curioso é que nenhum desses mais de 220 casos recentes resultou na queda de algum desses objetos em áreas densamente ocupadas. Nenhum desses supostos casos resultou em uma queda em área urbana de qualquer cidade. Todos eles ocorreram em áreas desabitadas ou muito pouco habitadas. Que ótimo que eles parecem ter como controlar onde vão cair. Infelizmente nossas aeronaves não têm esta tecnologia. Será que isso é apenas uma coincidência? Ou será que isso denota um padrão de nossos visitantes, que preferem sobrevoar áreas desabitadas? Outra curiosidade sobre este assunto é que, dado o número de prováveis acidentes, teríamos que concluir que de fato muitos milhares de objetos devem visitar nosso planeta anualmente. Considerando o incrível avanço da tecnologia desses visitantes, é de se imaginar que o número de prováveis problemas dessa natureza seja próximo do desprezível. Ora, mas se temos registros de mais de 220 prováveis casos somente nos últimos 60 anos, então nesse período deveria ter havido provavelmente milhões de naves nos visitando. Só assim poderíamos justificar essa quantidade de acidentes. Será que este número está correto?


Nossas estatísticas oficiais mostram que de 1950 a 2010, portanto em um período de 60 anos, ocorreram 1.085 acidentes envolvendo aeronaves comerciais com mais de 18 ocupantes a bordo. Se compararmos os dois tipos de acidente, de UFOs e aeronaves comerciais, obteríamos resultados no mínimo curiosos. Os cerca de 220 acidentes com UFOs nos últimos 60 anos representam cerca de 1/5 dos 1.085 acidentes com aeronaves comerciais no mesmo período. Sendo assim, se considerássemos que as naves alienígenas têm o mesmo padrão de falhas que as nossas aeronaves, o que parece improvável, chegaríamos à conclusão de que a quantidade de horas de voo de naves alienígenas em nossa atmosfera é equivalente a 1/5 de todas as horas de voo voadas por todas as grandes aeronaves comerciais de todo o mundo nos últimos 60 anos. Se esses números fossem sequer próximos da realidade, sugeririam que a presença de alienígenas no nosso planeta seria muito maior do que qualquer pessoa pudesse imaginar, e não seria possível dobrarmos uma esquina sem nos depararmos com mais uma visão de uma nave desconhecida cruzando os céus. Se considerarmos que fosse assim, para cada seis aeronaves que vemos nos céus uma delas seria possivelmente um UFO. É provável que alguma coisa esteja nos escapando nessa análise, porque esses cálculos não fazem sentido algum. Vamos tentar novamente usar nossa imaginação para podermos melhorar nossa especulação sobre esses dados. Já concluímos que ter acesso aos destroços e o material biológico desses acidentes pode representar um grande negócio. Como procederiam então os interessados em obter tais materiais? Pode ser que ficariam aguardando que algum objeto não identificado fosse detectado por seus radares. Depois disso acompanhariam o tal objeto em toda a sua trajetória, esperando e torcendo pelo pior. Caso o sinal do radar então desaparecesse em


algum ponto, deslocariam as pessoas competentes para o local indicado, para que verificassem se o tal objeto eventualmente caiu. Se de fato tivessem sorte, e a queda tivesse ocorrido, de preferência em seu território, isolariam o local, tratariam de retirar seus destroços e limpariam a área antes que pudessem chamar a atenção de curiosos. Será que poderia ser assim? Talvez isso também não faça muito sentido. Ou então a provável razão para esse excessivo número de acidentes terem ocorrido, ainda mais com essa estranha distribuição geográfica, pode não estar relacionada com a quantidade de visitas ou horas de voo e nem com falhas na tecnologia dos nossos visitantes, mas pode estar associada a alguns outros fatores. Os procedimentos normais das forças aéreas da maioria das nações com relação à presença de aeronaves não identificadas em seus espaços aéreos são muito parecidos. São extremamente rígidos e preveem uma escalada de ações. De forma geral, uma vez que detectam qualquer aeronave não identificada em seus radares, primeiramente tentam contato pelo rádio. Se isso não for possível contatam a base mais próxima e pedem apoio aéreo para identificação da aeronave. Alguns aviões da força aérea decolam e vão ao encontro daquela aeronave. Assim que avistarem-na tentam novamente identificá-la. Buscam visualmente pelo seu código de registro, que deveria obrigatoriamente estar impresso em sua fuselagem. Não sendo possível essa identificação, tentam contato visual e por rádio com o piloto, tentando pedir-lhe que se identifique, ou que deixe imediatamente aquele espaço aéreo, ou ainda pedindo-lhe que pouse para que possa identificar-se. Se nada disso for possível, pedem então instruções à base que, em uma última medida, e de acordo com a legislação vigente de cada país, pode autorizar que a aeronave seja derrubada ou destruída. Caso tenham que chegar até


a essa medida mais extrema, procuram atingir a aeronave quando sobrevoando uma área não habitada, buscando evitar causar qualquer outra vítima além dos ocupantes da aeronave. No caso de qualquer sucesso no contato ou na identificação da aeronave, em qualquer dos passos desses procedimentos, a escalada dessas ações é imediatamente interrompida. É difícil imaginar uma nave espacial extraterrestre conseguindo atender a qualquer das tentativas de contato ou identificação como as esperadas nesses procedimentos. Se for assim, não seria estranho então que nesses casos chegassem até as últimas consequências e tentassem derrubar essas aeronaves. É claro que para isso teriam que conseguir atingi-las, o que aparentemente não é uma tarefa assim tão simples. Os relatos a respeito dos avistamentos demonstram que várias dessas aeronaves podem ser muito mais velozes do que qualquer coisa que conhecemos, além de também frequentemente demonstrarem a capacidade de efetuar manobras evasivas de maneira que contrariam nossos conhecimentos atuais da física. Mas isso poderia sim justificar o alto número de supostos casos de quedas de UFOs registrados nas últimas décadas. Afinal, somente no início dos anos 50 é que popularizamos as tecnologias que permitiriam alguma possibilidade, mesmo que remota, de interceptarmos tais aeronaves. Antes disso teríamos mesmo que nos restringir a observá-las. É no mínimo curioso o fato de que é exatamente a partir dos anos 50 que o registro dos casos de acidentes com UFOs também se tornou muito mais comum. Considerando a forma com que estamos organizados neste planeta, é plenamente justificável que tenhamos procedimentos como o que acabamos de ver. Afinal, estamos divididos em mais de duzentas nações soberanas, e todas têm seus motivos para defender seus territórios, espaços aéreos e áreas marítimas, assim como todas essas nações estão sujeitas a possíveis tentativas de


agressão por parte de nações potencialmente inimigas, obrigando as forças armadas de todos esses países a manterem-se de prontidão para qualquer eventualidade. Mas se para nós isso parece natural, lógico e simples, imagino que para nossos supostos visitantes, que provavelmente não tenham muita compreensão de nossa organização geopolítica, essas ações devem mesmo parecer de pura agressão. Utilizando aquela nossa capacidade de avaliar logicamente os problemas, é de se supor que, na melhor das hipóteses, eles possam imaginar que estamos simplesmente agindo em defesa do nosso querido planeta. Considerando nosso estágio atual de evolução, talvez agíssemos da mesma maneira, mesmo que não tivéssemos nenhum interesse, ou nenhum dos nossos problemas geopolíticos e mesmo que nossos visitantes não esboçassem qualquer ação agressiva. Simplesmente como prevenção de uma possível agressão por algo desconhecido. Depois de todas essas observações e conclusões lógicas, que poderiam explicar o porquê do aumento dos supostos casos de quedas de UFOs nas últimas décadas, uma questão ainda ficaria sem reposta. Se essas quedas ocorreram, e há vários indícios de que pelo menos a maior parte delas ocorreu de fato, e todas foram causadas objetivando a defesa do território de algum país, por que então sistematicamente acobertá-las? É nesse ponto que somos obrigados a voltar para as questões originais que motivaram este livro e apelar novamente para a nossa amiga lógica. Aparentemente não há nenhuma outra razão que justifique o acobertamento sistemático desses casos, que não seja a deliberada intenção dessas nações de fazerem uso dos destroços resultantes dessas quedas em seus próprios benefícios, sem que tenham que dividi-los com nenhuma outra nação. Assim teriam inúmeras vantagens competitivas, ganhariam incalculáveis somas em dinheiro, geradas pelas invenções baseadas nessa tecnologia e,


por consequência, aumentariam seus poderes e garantiriam sua hegemonia sobre os demais por mais tempo. Mas se tentarmos ir ainda um pouco mais fundo nessa nossa busca para encontrar uma razão e uma lógica em tudo isso, conhecendo a natureza nem um pouco pacífica do ser humano, diante de possibilidades como essa, podemos também concluir que, já que essas nações têm mesmo que defender seus espaços aéreos, melhor ainda seria se tivessem a seu favor o incentivo de saber que, caso precisassem interceptar esse tipo de intruso, poderiam ainda obter muitos benefícios e lucros bilionários. Mas, se tudo isso que imaginamos até aqui estiver pelo menos próximo do que acontece realmente nesses casos, e a lógica que seguimos estiver correta, quanto tempo seria necessário para que alguém percebesse que seria até melhor se deliberadamente os perseguissem e os abatessem independentemente dessas questões chatas de protocolos, procedimentos, defesa dos espaços aéreos, e outras tecnicalidades quaisquer? Seria esse o significado da expressão “ações militares” que aparece algumas vezes no manual do MJ-12? Seria possível que UFOs estivessem sendo caçados por alguns de nós deliberadamente e indiscriminadamente? Se tudo isso que especulamos anteriormente fizer sentido, a possibilidade de ter acesso a esses destroços vale uma fortuna incalculável. Se adicionarmos a isso o alto número de registros de possíveis acidentes dessa natureza nas últimas décadas, somadas à determinação e os cuidados que são sempre tomados para sistematicamente e minuciosamente acobertar esses supostos acidentes, então talvez não tenhamos alternativa senão a de nos rendermos novamente a essa tal de lógica e concluirmos que muito provavelmente seja exatamente isso que deva estar acontecendo há algumas décadas.


É muito provável que estejamos perseguindo, caçando e abatendo indiscriminadamente e deliberadamente aeronaves espaciais alienígenas. Esse seria até mais um motivo, senão um dos principais motivos, pelo qual se tornaria ainda mais importante acobertar esses acidentes, caso contrário, em algumas dessas ocorrências, poderia ficar evidente e tornar-se público o fato de que muitas dessas aeronaves foram na verdade abatidas e que suas quedas não tiveram nada de acidental. É possível até que acabemos tendo acesso a esse tipo de material das aeronaves oriundas daquelas espécies cuja tecnologia seja inferior a outras, entre todas as espécies que eventualmente nos visitam, o que faria com que fosse possível atingi-las com mais facilidade em algumas ocasiões específicas, mesmo com nossos ainda rudimentares métodos. Algumas dessas aeronaves podem não ser alcançáveis, considerando que suas tecnologias podem ser muito mais avançadas do que de outras espécies, o que faria com que não tivesse sido possível até hoje atingi-las. Se isso fosse assim, acabaria por produzir quase que uma espécie de seleção, fazendo com que a tecnologia à qual tivemos acesso até hoje fosse a tecnologia menos avançada, na comparação entre as tecnologias de todas as espécies que eventualmente tenham nos visitado até hoje. Por outro lado, é bem possível que essa possibilidade crie também uma espécie de estímulo, para aqueles que possivelmente imprimam essas práticas, onde pudessem estar sempre tentando alcançar aquelas aeronaves que aparentam possuir tecnologias mais avançadas, e que exatamente por esse motivo sejam sempre capazes de evitar nossas tentativas. Existe apenas um registro que poderia ser o único vídeo confiável disponível onde uma possível ação de agressão nossa contra espécies extraterrestres tenha sido registrada. Este caso está documentado entre aqueles que foram recentemente liberados pela NASA. Trata-se da missão STS-48. O ônibus espacial Discovery


estava em orbita da Terra. Era o dia 15 de setembro de 1991 aproximadamente às 20:30 horas no meridiano de Greenwich. Este meridiano é o utilizado para marcar as horas nas missões espaciais. Naquele momento o ônibus espacial sobrevoava a parte central da Austrália. Uma câmera fixada na parte externa da nave registrava imagens que eram transmitidas ao vivo para o público através de um canal de televisão. Em um determinado momento a câmera captou um objeto não identificado movendo-se em linha reta a uma grande altitude. Subitamente viu-se um clarão. Não é possível identificar de onde partiu aquele clarão. Instantaneamente após o clarão o objeto alterou completamente sua trajetória e pareceu afastar-se da Terra em uma velocidade calculada como espantosa. Exatamente após a alteração de trajetória do objeto um projétil atravessou a imagem debaixo para cima deixando um rastro. Caso o objeto não tivesse alterado sua trajetória o projétil provavelmente o atingiria. Por alguma razão, nunca esclarecida, a transmissão ao vivo foi cancelada apenas alguns segundos após a imagem ter sido transmitida. Não há a menor dúvida de que o evento chamou a atenção de muita gente, inclusive de alguns cientistas. Como era de se esperar, em casos como este, não demorou em surgirem cientistas afirmando que a alteração de trajetória e a velocidade calculada do objeto denotam algum tipo de inteligência desconhecida por nós, enquanto surgiram também outros oferecendo interessantes teorias que, em resumo, negavam completamente a possibilidade de que o objeto filmado pudesse ser um UFO. Esse poderia ser apenas mais um entre os incontáveis registros de UFOs, se não tivesse sido filmado por uma câmera da própria NASA, e se não fosse pelo detalhe do tal clarão e pelo projétil, aparentemente disparado contra o objeto. Um detalhe interessante deste caso é que nenhum dos cientistas, que vieram a público para tentar negar que se tratava de


um UFO, tentou especular sobre o que seria aquele projétil. Todos se fixaram no UFO, na sua alteração de trajetória e em sua incrível velocidade, como que se admitissem já saber que o projétil era de origem terrestre. E como a maior parte deles afirmou que aquele objeto não era um UFO, e o que vemos na gravação seria uma ilusão, ou um pedaço de gelo ou alguma outra coisa qualquer, então eles também teriam que tentar explicar por que alguém aqui no nosso planeta estaria atirando em coisa nenhuma. Talvez tão ou mais engraçado do que isso foi o fato de que aparentemente ninguém fez esse tipo de pergunta a eles. Outro pequeno detalhe, que pode tornar esse evento ainda mais curioso, é o fato de que no norte da Austrália, muito próximo de onde o ônibus espacial sobrevoava naquele momento, mais especificamente em Alice Springs, está instalada a base de Pine Gap que, conforme os registros disponíveis hoje, aquela é uma base dedicada à defesa e às pesquisas aeroespaciais. O controle dessa base é compartilhado pelas forças aéreas e pelas agências de inteligência tanto australianas quanto norte-americanas. Afirmativas e negativas à parte, esse pode ser um raro registro de uma tentativa de agressão de seres humanos contra objetos não identificados, ou inteligência alienígena. Nas cenas registradas não aparece nenhuma atitude hostil do objeto, que pudesse indicar que o ataque tivesse sido uma resposta a um ataque prévio, assim como também não aparece claramente a origem do projétil, não sendo possível afirmar categoricamente de onde teria partido aquele artefato. A esta altura não precisamos nos impressionar com o fato de que tudo que foi especulado sobre esse caso acabou gerando muito mais dúvidas do que certezas. E como sempre, quando existem mais dúvidas, a maioria das pessoas prefere acreditar que não deve mesmo ter sido algum tipo de agressão intencional.


Outro aspecto que reforça toda essa especulação é o fato de não haver nenhum registro de acidentes envolvendo naves muito grandes, muito embora em inúmeros casos registrados de avistamentos tenham sido testemunhadas naves imensas. Será que essas naves muito grandes nunca apresentam defeitos como as naves menores? Caso acontecesse um desses acidentes envolvendo uma dessas naves monstruosas, como algumas que vêm sendo relatadas com alguma frequência, não seria uma tarefa muito fácil acobertá-los. Talvez fosse uma missão quase que impossível desaparecer com as eventuais provas de um acidente com essa proporção antes que chegasse ao conhecimento do público. Um acidente desses provavelmente tomaria muitos meses até que todas as evidências pudessem ser recolhidas e apagadas. Pode ser por isso que supostamente nunca aconteceram. Ou talvez não seja tão simples assim derrubar intencionalmente uma dessas monstruosas aeronaves. Esse é só mais um argumento que reforça o fato de que talvez esses casos estejam longe de poderem ser considerados acidentais. Afinal, temos registros de mais de 220 casos de prováveis acidentes com UFOs desde 1950 até hoje e absolutamente todos os casos ocorreram envolvendo naves de pequeno ou médio porte. Seria mesmo possível existirem essas tais naves muito grandes? Além do fato de haverem inúmeros registros de avistamentos de naves supostamente imensas, é pouco provável que as espécies extraterrestres que nos visitam o façam em pequenas naves como as que representam a totalidade dos registros desses acidentes. Não parece ser muito lógico que façam uma viagem interestelar, ou até mesmo intergaláctica, em uma nave minúscula capaz de abrigar apenas alguns poucos desses seres, como os registros dos acidentes sugerem. O mais provável é que façam essas viagens em naves de grande porte, contendo um grande número de indivíduos a bordo,


especialistas em diversas disciplinas científicas, e que dessas naves partam para cá as pequenas naves, ou pequenas sondas não tripuladas, sobre as quais temos tantos registros, enquanto a nave maior permanece nos arredores do planeta. Nada muito diferente do que nós mesmos pensaríamos em fazer se estivéssemos naquela situação e quiséssemos conhecer e estudar um planeta longínquo. Somos levados a acreditar que nossa ciência está muito mais avançada do que realmente está. Muita gente acredita que se houvesse alguma nave extraterrestre imensa nos arredores de nosso planeta nós certamente saberíamos. Muitos pensam que seria totalmente improvável, ou até mesmo impossível, estarem próximas sem que as descobríssemos rapidamente. Se fosse assim, então por que o meteoro que atingiu a Terra em 15 de fevereiro de 2013 não foi detectado por ninguém antes que se chocasse com nossa atmosfera? A onda de choque, provocada pela explosão do meteoro quando atingiu a atmosfera, causou grande destruição na cidade de Chelyabinsk na Rússia e deixou cerca de mil e quinhentas pessoas feridas em toda aquela região. A maioria delas foi atingida por estilhaços de vidro, resultantes da explosão de milhares de janelas que não resistiram à onda de choque provocada pela explosão do meteoro no momento em que atingiu nossa atmosfera. As melhores estimativas atuais, feitas pela NASA, são de que o meteoro provavelmente pesava em torno de onze mil toneladas. Pode até ser que fosse maior que isso. O peso foi estimado a partir da medição provável da onda de choque provocada pelo impacto, em um cálculo que pode ter uma margem de erro razoável. A explosão do meteoro teria acontecido, segundo essas mesmas estimativas, a uma altitude de cerca de trinta quilômetros do solo, e ainda assim sua onde de choque foi capaz de causar muitos estragos em toda aquela região.


Considerando que um meteoro não tem como alterar sua trajetória e nem sua velocidade, o choque com a Terra teria como ser previsto, caso os cientistas soubessem que aquela rocha estava no nosso caminho. Se esse fosse o caso, as pessoas de determinadas regiões poderiam ter sido avisadas com antecedência da probabilidade de um evento como aquele, permitindo que se preparassem de alguma forma, potencialmente podendo diminuir o número de prováveis vítimas daquela explosão. No entanto ninguém no nosso planeta tinha essa informação, apesar de agora, depois do ocorrido, terem surgido alguns cientistas conjecturando algumas possibilidades para o fato de aquele meteoro não ter sido detectado antes do choque. É claro. O fato é que aquela rocha, de tamanho bem considerável, se aproximou do nosso planeta mantendo uma trajetória e velocidade constantes e em nenhum momento alguém foi capaz de saber sequer que ela estava por aqui, e muito menos que ela atingiria o nosso planeta. Um pequeno detalhe sobre esse fenômeno, mas importante, é que os fragmentos do meteoro estão sendo procurados para que sejam recolhidos e estudados pela comunidade cientifica de vários países. Por que será que vão dividir essas pesquisas com outros países? Esse é mais um caso que demonstra com clareza que quando um evento dessa natureza se torna público, não há como restringir o acesso da comunidade científica mundial. Se uma rocha de quase onze mil toneladas com velocidade e trajetória constantes não pôde ser percebida, qual seria a possibilidade de sabermos que uma nave alienígena estivesse nos arredores do planeta? Ainda mais considerando que os nossos eventuais visitantes, se levarmos em conta todo o histórico, não têm a menor intenção de facilitar nosso trabalho e, aparentemente, preferem permanecer incógnitos e escondidos sempre que possível. Bastaria, por exemplo, que eles permanecessem atrás da nossa Lua.


A nave poderia até ter quase que o tamanho da própria Lua, ou seja, mais de três mil quilômetros de diâmetro, que poderia ficar por ali durante o tempo que quisesse sem que ninguém por aqui fosse capaz de fazer a mínima ideia da presença dela nos arredores da Terra. E isso é apenas uma das possibilidades. Nossos telescópios são construídos para buscar objetos que emitem ou refletem a luz. Além do mais são direcionados para muito longe do nosso planeta, o que torna quase impossível que saibamos que um objeto muito grande esteja próximo daqui. Nossos radares são totalmente incapazes de detectar objetos que estejam a uma distância muito grande da superfície do planeta. Meteoros e asteroides são principalmente descobertos quando são observados cruzando à frente de algum outro astro que produza ou reflita luz, provocando então uma espécie de sombra. Se não for através desse processo dificilmente são percebidos ou localizados. Portanto, é completamente possível que uma nave de grandes proporções se aproxime de nós sem que sequer saibamos. O mais estranho seria se soubéssemos. Por mais amedrontador que isso possa parecer, essa é a pura realidade. E claro que não temos nenhuma prova definitiva de que este tipo de agressão venha sendo feita contra nossos possíveis visitantes. Essa é apenas uma especulação baseada em uma suposta lógica e em algumas poucas evidências, tais como a citação no manual MJ12 sobre essas ações militares. Mas temos que considerar que, diferente de todas as outras possíveis conclusões a que chegamos antes, esta conclusão lógica faz sim todo o sentido do mundo. Principalmente se nos detivermos em estudar os detalhes dos eventos de nossa história sobre este assunto nas últimas décadas. Então, se essa especulação tiver alguma procedência, poderia explicar inclusive o porquê dos registros desses acidentes serem tão bem guardados como são de fato. Neste caso ficaria claro que, quem quer que fossem as pessoas que participaram da decisão de


manter esses casos sob sigilo absoluto, não poderiam ter tomado nenhuma outra decisão, senão essa mesmo. Se tudo o que especulamos até aqui fizer algum sentido, observando-se o número de supostos casos, suas características similares e sua distribuição geográfica é bem possível que possamos concluir que a imensa maioria desses acidentes deve ter ocorrido devido a essas tais ações militares, e o número de acidentes pelas outras duas prováveis causas citadas no manual, pouso deliberado ou queda acidental, devam acontecer muito raramente. Independentemente de termos ou não qualquer evidência concreta desse tipo de agressão, há alguns indícios de que elas venham acontecendo de fato há muito tempo. Talvez possamos relembrar, por exemplo, o que aconteceu com os elefantes depois que descobriram que podiam enriquecer com a extração e venda do marfim. Uma pena que os elefantes pagavam com suas vidas para que isso acontecesse, mas isso nunca impediu seus caçadores. Se algumas pessoas são capazes de coisas como essa, por que não abater alguns alienígenas, os quais nem conhecem, não devem estar colocando em risco de extinção, que aparentemente até hoje nunca revidaram, que ninguém aqui vai sentir falta deles e ainda por cima traz um punhado de vantagens competitivas e um lucro bilionário? É uma relação custo benefício quase que próxima da perfeição.


VI. Como acontecem os acidentes envolvendo UFOs? Talvez a melhor forma para tentarmos entender como esses acidentes acontecem seja revisitarmos os detalhes de pelo menos um desses supostos casos. Muito já se falou e publicou sobre vários dos casos ocorridos pelo mundo. Mas um caso em especial poderia chamar mais a nossa atenção, devido às suas características específicas e incomuns, cujo enredo possui um pouco de cada uma das questões que estamos discutindo neste livro, e cujas ocorrências podem nos permitir obter algumas informações valiosas, no caminho de montarmos esse quebra-cabeça para ajudar-nos a esclarecer quais seriam os processos utilizados para garantir o acesso exclusivo a material oriundo de aeronaves extraterrestres, assim como, quando possível, garantir também acesso a seus ocupantes ainda com vida, além de garantir, é claro, que ninguém saiba que isso aconteceu. Refiro-me ao caso ocorrido na cidade de Varginha, no sul do estado de Minas Gerais no Brasil, durante o mês de janeiro de 1996. Hoje é possível encontrar diversos relatos sobre o incidente. Todos eles apresentam pontos de convergência e de divergência se comparados uns com os outros. A sequência dos eventos aqui descrita representa um resumo obtido através de uma compilação feita a partir de alguns desses relatos, buscando elaborar uma cronologia para os fatos relatados por diferentes testemunhas em diferentes ocasiões. Em meados do mês de janeiro de 1996. Uma intensa atividade de objetos voadores não identificados foi percebida na região sudeste


do Brasil. A Força Aérea Americana contatou o CINDACTA, órgão responsável pelo monitoramento do espaço aéreo brasileiro. Aparentemente esse contato ocorreu para confirmar a indicação de seus radares que apontavam a presença de inúmeros objetos não identificados que se concentravam na região sul do estado de Minas Gerais. Noite de sexta-feira, dia 12 de janeiro de 1996. Carlos, um empresário paulista, que tinha como hobby pilotar veículos ultraleves, saiu de São Paulo para se encontrar com amigos na região sul do estado de Minas Gerais onde fariam alguns voos. Ele pernoitou na estrada para continuar sua viagem na manhã do dia seguinte. Cerca de 8:00 horas da manhã do sábado, dia 13 de janeiro. O empresário estava dirigindo seu pick-up pela rodovia Fernão Dias no sentido de São Paulo para Belo Horizonte. Estava a cerca de dez quilômetros antes de chegar ao trevo que dá acesso à cidade de Varginha, à esquerda, e à cidade de Três Corações, à direita. Nesse momento ouviu um ruído estranho que pensou ser do motor do seu carro. Parou o veículo ao lado da estrada para verificar. Ao descer do carro viu um objeto em forma de charuto meio ovalado, metálico, polido, que ele calculou ter em torno de dez metros de comprimento por uns quatro metros de diâmetro. Segundo ele o objeto parecia danificado. Apresentava um buraco na parte dianteira que parecia ter cerca de um metro de diâmetro, de onde surgia uma rachadura que seguia até quase o centro do objeto, por onde saía uma fumaça esbranquiçada, parecida com a fumaça de gelo seco ou de vapor de algum líquido, que logo se dissipava. O objeto cruzou a Fernão Dias sobre sua cabeça no sentido de Varginha para Três Corações voando, aparentemente, a cerca de cem metros de altura. Ele voltou ao carro e passou a acompanhar o objeto, que se manteve na mesma altura do seu lado direito por alguns quilômetros. Subitamente o objeto começou a cair e chocou-


se contra o solo. O empresário não pôde testemunhar a queda já que o objeto caiu detrás de uma colina com muitas árvores. Ele passou então a procurar alguma saída da estrada que pudesse leválo mais próximo do local da suposta queda. Segundo seu relato, ele demorou uns trinta minutos até que pudesse encontrar uma estrada de terra que poderia levá-lo para mais próximo do local. Ao passar pela pequena colina e atravessar uma região com muitas árvores, se deparou com os destroços do objeto, que estavam espalhados por uma grande área descampada. Para sua surpresa já se encontravam no local da queda muitos militares do exército, dois caminhões, uma ambulância e um helicóptero. Ele parou o carro bem antes de onde estavam os militares. Pôde notar que cerca de trinta ou quarenta homens do exército recolhiam os destroços. Notou que um grande pedaço metálico já estava sobre a carroceria de um dos caminhões. Pôde alcançar um pequeno pedaço de metal, que estava próximo dele. Era prateado, tinha pouco mais de 60 centímetros de diâmetro e, segundo ele, era leve como uma pena de ave. Ao notar que alguns militares caminhavam em sua direção, tentou amassar o metal para colocá-lo no veículo. Assim que soltou o pedaço de metal amassado dentro do seu pick-up ele recuperou sua forma original. Os militares o abordaram, pediram sua identificação, vistoriaram seu veículo, tomaram o pedaço de metal, pediram a ele que saísse do local e que não comentasse com ninguém o que havia presenciado. Ele retornou para a rodovia e seguiu seu caminho, buscando um posto de combustíveis onde pudesse parar para recuperar-se do ocorrido. Assim que chegou ao posto ele foi novamente interpelado. Dois homens, que não usavam uniforme o abordaram novamente, reiterando, de forma ameaçadora, que jamais deveria comentar com ninguém o que testemunhara ali. O empresário foi a única testemunha que se pronunciou sobre esse evento. Ele somente relatou estes fatos mais de um ano depois


de ocorridos. Algumas testemunhas confirmaram ter havido movimentação totalmente atípica de veículos e caminhões do exército na EsSA, Escola de Sargentos das Armas em Três Corações, durante vários dias entre 13 e 25 de janeiro daquele ano. Pouco mais de 1:00 hora da manhã do sábado, dia 20 de janeiro de 1996. A Sra. Oralina, que é moradora de uma fazenda que fica a cerca de dez quilômetros da cidade de Varginha e que está às margens da rodovia MG-167, que liga a Fernão Dias àquela cidade, acordou devido ao latido dos cães e pela agitação do gado da fazenda. Saiu na varanda de sua casa e viu um objeto estranho e silencioso sobrevoando a área. Ela acordou seu marido, o Sr. Eurico, que se levantou e também viu o objeto. Ambos descreveram o objeto como sendo parecido com um submarino do tamanho de um ônibus. O objeto movia-se lentamente indo na direção da cidade de Varginha, voando a uma baixa altitude, que lhes pareceu ser de aproximadamente cinco metros de altura, soltando uma fumaça branca. O objeto levou cerca de quarenta minutos para percorrer uma distância estimada em quinhentos metros, quando não pôde mais ser observado pelo casal, pois desaparecera atrás da vegetação. Nas primeiras horas da manhã do sábado, dia 20 de janeiro. O Sargento X, que não quer ser identificado, e naquela época servia na EsSA, foi acordado em casa com ordens para dirigir-se imediatamente à base militar. Segundo ele esse tipo de missão repentina era comum e conhecida entre os militares como “manda brasa”. Chegando à base ele recebeu ordens de juntar-se a outros militares. Dois oficiais, mais dois sargentos e quatro soldados, subiram em um caminhão do exército e seguiram para Varginha sem saber o que fariam por lá. A única coisa que ele estranhou na operação foi a presença de um Major entre os oficiais, fato pouco comum nesse tipo de missão.


Por volta de 8:00 horas da manhã do sábado, dia 20 de janeiro. Algumas testemunhas e crianças que brincavam próximas a um grande terreno desocupado ao lado do Jardim Anderê, um bairro da cidade de Varginha, alegaram ter visto criaturas estranhas pelo local. Algumas crianças relataram ter espantado uma das supostas criaturas atirando-lhe pequenos pedregulhos. Vários chamados mobilizaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar da cidade que foram acionados e por volta das 8:30 horas da manhã deram início às buscas no terreno visando capturar as supostas criaturas. O terreno onde as criaturas foram vistas fica próximo ao zoológico da cidade e a um parque, fato que levou muitas das testemunhas a recearem tratar-se de alguns animais que poderiam ter escapado do zoológico. Cerca de 9:00 horas da manhã do sábado, dia 20 de janeiro. Os militares, incluindo o Sargento X, chegaram à Varginha e dirigiramse para o Jardim Anderê, o mesmo local onde os bombeiros e os policiais militares faziam a busca pelas criaturas. Os militares receberam então ordens de assumir as buscas pelas criaturas, sendo reiteradamente instruídos a fazer o que fosse possível para capturá-las vivas. Eles estavam armados com fuzis e levavam equipamentos adequados para a captura de animais, tais como luvas, redes e sacos. O Sargento X relata que um dos companheiros ficou bastante chateado por terem-no chamado somente para capturar animais. Esse tipo de operação é totalmente incomum para o exército. Outro veículo do exército com mais um grupo de militares também chegou ao local. Eles isolaram a área, pediram aos bombeiros e policiais que se retirassem para fora da área de isolamento e assumiram as buscas. Este não é um procedimento comum. O exército não participa deste tipo de missão, e quando é chamado a participar, por qualquer razão, o faz de forma colaborativa com as demais forças de segurança pública.


Por volta das 10:00 horas da manhã de sábado, 20 de janeiro. Um grupo de militares avisou ter cercado uma criatura que se escondeu em uma pequena área de mata alta. Enquanto um grupo de soldados fazia a segurança da área o Sargento X, acompanhado de outro militar de mesma patente, entraram na mata. Eles logo localizaram uma criatura agachada. Inicialmente eles tomaram um tremendo susto, pois a criatura não se parecia com nada do que já haviam visto. Tinha uma aparência muito estranha, tinha olhos grandes e avermelhados, três dedos nas mãos e os pés tinham o formato da letra V. A criatura não esboçou nenhuma reação. Ao se aproximarem da criatura agachada surgiu detrás da vegetação próxima outra criatura semelhante que avançou caminhando em pé na direção deles, parecendo querer proteger a primeira criatura avistada. Um soldado que fazia a segurança do local se assustou e disparou na direção da criatura que se aproximava. Testemunhas que estavam próximas ao local relatariam depois que ouviram três tiros. Um tiro de fuzil em um lugar aberto pode ser ouvido a uma grande distância. Segundo o Sargento X apenas um tiro acertou o tórax da criatura que caiu no terreno. Ele observou que a criatura atingida tinha discernimento do que estava acontecendo, pois quando o soldado apontou-lhe a arma a criatura ergueu os braços, esboçando um movimento de defesa, o que seria impossível caso a criatura não tivesse a capacidade de discernimento ou algum tipo de inteligência. A criatura agachada começou a emitir um som que o sargento descreveu como sendo parecido a um lamento ou choro. Ele estranhou o fato de que a bala não atravessou a criatura. Um tiro de fuzil, a uma pequena distância, certamente atravessaria o corpo de uma pessoa ou de um animal qualquer que conhecemos. Também estranhou o fato de que o ferimento da criatura não apresentou


nenhum sangramento. Apenas um líquido esbranquiçado saía de sua boca. O Sargento X relatou que não pôde identificar a genitália de nenhuma das duas criaturas, mas descreveu a criatura agachada como de pele mais clara, e de menor constituição física que a outra, que era maior, aparentemente mais forte e tinha a pele mais escura. Teve a impressão de que a criatura agachada era uma fêmea e a outra um macho. Ele retirou de sua mochila um pedaço de lona de paraquedas e cobriu a criatura agachada. Segundo ele, naquele momento recebeu da criatura um olhar que lhe pareceu ser de compreensão do que estava acontecendo e de uma espécie de gratidão. Eles colocaram as duas criaturas em grandes sacos e as retiraram da mata. Tanto o Sargento X quanto o outro militar, que chegaram mais próximos das criaturas, tiveram inflamações bacterianas graves em um dos olhos nas semanas seguintes e chegaram a ficar internados no mesmo período devido a essas infecções. A inflamação no olho do Sargento X voltou a manifestarse novamente cerca de um ano depois. Cerca de 10:30 horas da manhã do sábado, 20 de janeiro. Várias testemunhas, que estavam afastadas cerca de cem metros dos veículos do exército pelo cordão de isolamento, inclusive alguns bombeiros e policiais que permaneceram no local, viram os militares saírem do terreno com dois sacos. Outras testemunhas acompanhavam a movimentação de suas casas, que ficavam próximas ao terreno. Uma testemunha afirmou ter notado que em um daqueles sacos algo se movia. Os sacos foram colocados em grandes caixas de madeira separadas que estavam nos caminhões. Os caminhões do exército deixaram o local e os militares foram separados em dois grupos. Os dois veículos seguiram para o Hospital Humanitas de Varginha. O hospital está localizado em uma área afastada do centro da cidade. Segundo o que foi


informado ao Sargento X aquela seria apenas uma manobra para desviar a atenção de curiosos e dos moradores. Mas tudo indica que a criatura ferida foi de fato deixada no hospital naquele momento, onde um dos grupos de militares permaneceu para fazer a segurança do local. Uma ala específica do hospital foi separada e totalmente isolada, guardada por soldados, exigindo a movimentação inesperada de diversos pacientes. Somente alguns médicos e funcionários do hospital tiveram acesso ao local para onde a criatura foi levada. Os dois veículos militares seguiram então de volta para a EsSA em Três Corações levando uma das criaturas. Uma vez na base ela foi colocada em um paiol totalmente isolado e seguro. Outro militar, que também não quis ser identificado, declarou mais tarde que tentaram oferecer várias coisas para a criatura procurando alimentá-la. Segundo esse relato a criatura somente aceitou e consumiu folhas de eucalipto durante o período em que esteve na base. Cerca de 14:00 horas do sábado, dia 20 de janeiro. Testemunhas afirmaram ter visto um grande grupo de militares vasculhando o terreno onde as duas criaturas foram capturadas pela manhã. Provavelmente estavam fazendo algo como uma operação “pente fino”, conforme o jargão militar, que é na verdade uma espécie de varredura, procedimento comum nas operações de busca efetuadas pelo exército. Por volta de 15:30 horas da tarde de sábado, 20 de janeiro. Três jovens voltavam juntas do trabalho e atravessavam um terreno baldio, próximo da área onde as outras criaturas haviam sido capturadas pela manhã, percorrendo um caminho que sempre utilizavam. Valquíria de 14, sua irmã Liliane de 16 e a amiga Kátia de 22 anos de idade. No meio dessa travessia elas se assustaram ao se depararem com uma criatura totalmente estranha e


desconhecida. A criatura estava agachada próxima de um muro alto de alvenaria em uma área que tinha pouca vegetação por perto. Segundo a descrição das meninas tratava-se de um ser de baixa estatura com a pele amarronzada, com algumas veias estufadas e aparentes, parecia estar suando muito, com grandes olhos vermelhos sem pupilas e com três chifres na cabeça. No mesmo instante elas sentiram um forte odor desagradável que descreveram parecer com enxofre. Segundo elas, a criatura não esboçou nenhum movimento, limitando-se a continuar olhando fixo na direção delas. Apavoradas e transtornadas com a visão elas correram para a casa das duas irmãs, onde as três descreveram para a mãe de duas delas, Sra. Luzia, o que haviam visto. Uma delas disse achar ter visto o diabo. As três meninas passaram a ser assediadas por inúmeros representantes da imprensa e por ufólogos que investigavam o caso durante meses após o ocorrido. Talvez por serem as únicas pessoas que mantiveram sempre suas histórias iguais desde o começo. Cerca de 16:00 horas do sábado, 20 de janeiro. A Sra. Luzia, surpreendida com o descontrole emocional das três jovens, procurou uma carona com vizinhos tentando ir até o local indicado pelas meninas para verificar do que se tratava. Chegou ao terreno onde as filhas, junto com a amiga, haviam visto a criatura. Ela não encontrou nenhum vestígio da tal criatura, mas no local indicado pelas meninas ela percebeu algumas pegadas estranhas e sentiu um forte cheiro que, segundo ela, era de amoníaco. Cerca de 17:30 horas do sábado, 20 de janeiro. Uma forte tempestade de verão atingiu Varginha com fortes ventos e queda de granizo. A tempestade derrubou algumas árvores e provocou muitos estragos pela cidade, deixando a população bastante assustada. Por volta das 20:00 horas do sábado, 20 de janeiro. O policial militar Marco, de 23 anos de idade, juntamente com o companheiro


Eric, faziam uma ronda. Eles receberam ordens de vasculhar a área próxima do terreno onde as criaturas foram capturadas pela manhã, que também não é distante de onde as meninas alegaram ter visto a outra criatura naquela mesma tarde. Os dois faziam parte da P2, que é um setor de inteligência da Polícia Militar. Por essa razão não estavam uniformizados e se utilizavam de um veículo normal e não de uma viatura policial. Uma estranha criatura saiu caminhando de uma construção à direita de uma rua, cruzou a frente do veículo onde estavam e se escondeu em uma pequena mata do lado esquerdo da rua. A criatura pode ter tentado se abrigar durante a tempestade na construção e depois dela buscava retornar ao terreno. O policial Marco saiu do veículo e segurou a criatura pelo braço. Ela parecia adoentada e fraca. Ele a colocou deitada no banco traseiro do veículo. Eles decidiram levá-la a ao pronto socorro mais próximo. O médico do pronto socorro, depois de ver a criatura, recusou-se a recebê-la e ainda sugeriu que eles deveriam tirar aquela criatura estranha do veículo. Eles então se dirigiram ao Hospital Regional do Sul de Minas, que fica na região central de Varginha. A chegada da criatura criou um alvoroço no hospital onde ninguém queria tocá-la e nem sabia como tratá-la. Os próprios funcionários do hospital isolaram uma área com medo da criatura. Apenas algumas horas depois, já no início da madrugada do dia seguinte, provavelmente por solicitação das autoridades militares, a criatura foi transferida de ambulância para o Hospital Humanitas. Mesmo local para onde a criatura ferida foi levada pela manhã. O policial Marco somente chegou a sua casa por volta das 2:00 horas da madrugada do dia seguinte. Por volta de 23:30 horas do sábado, dia 20 de janeiro. Um cargueiro da força aérea americana, provavelmente um Lockheed C5 com capacidade de transportar mais de trezentas toneladas,


pousou no aeroporto de Cumbica em São Paulo. Algumas horas depois decolou em direção ao aeroporto de Viracopos em Campinas. Por volta das 17:00 horas do domingo, dia 21 de janeiro. Foi declarado o óbito de uma das criaturas que estavam no Hospital Humanitas, segundo alguns dos relatos colhidos na época dos acontecimentos. Ainda conforme esses relatos, um único médico foi autorizado pelos militares a efetuar um pequeno procedimento de uma espécie de necropsia. Segunda-feira, dia 22 de janeiro, às 17:30 horas. Uma grande operação militar aconteceu no Hospital Humanitas. Tratava-se da retirada das duas criaturas que lá estavam desde o sábado, aparentemente uma viva e a outra já sem vida. O tempo que ficaram no hospital pode indicar que aguardaram até que a criatura, que ainda estava viva, se estabilizasse antes de transportá-la. Em todos os eventos ficou muito evidente a excessiva preocupação em tentar manter as criaturas vivas. Elas foram cuidadosamente acondicionadas e levadas para alguns dos vários caminhões do exército que chegaram ao local. A operação foi realizada de forma que os curiosos não pudessem visualizar exatamente o que estava acontecendo. Os caminhões que transportariam as criaturas estacionaram com suas partes traseiras colocadas próximas da porta de saída do hospital, não permitindo que ninguém visse o que estava sendo transportado. Os caminhões partiram em comboio para a base da EsSA em Três Corações. Na ala do hospital onde as criaturas ficaram internadas permaneceu um cheiro insuportável de amônia, segundo relatos, que ainda seria percebido por vários dias. Por volta das 4:00 horas da manhã da terça-feira, dia 23 de janeiro. As criaturas saíram da EsSA de helicóptero com destino a Campinas, cidade que fica cerca de trezentos quilômetros de Três Corações. Segundo alguns depoimentos, as criaturas foram levadas


de helicóptero até dentro do campus da Universidade de Campinas, a Unicamp. Uma vez na universidade, as duas criaturas vivas foram mantidas em uma área reservada e isolada, enquanto o corpo da criatura que morreu foi submetido a uma necropsia que, também de acordo com alguns depoimentos, foi elaborada por um dos mais renomados legistas do país. Segundo o depoimento de uma funcionária, uma senhora que também solicitou que não fosse identificada, eram duas as criaturas mantidas vivas. Ela foi atribuída de ajudar a alimentar as criaturas enquanto estivessem na Unicamp. Ela informou que depois de inúmeras tentativas as únicas coisas que as criaturas aceitaram foram capim gordura e queijo cremoso, desses vendidos em pequenos potinhos, bem conhecidos e normalmente consumidos por crianças. Durante aqueles dias uma grande movimentação militar de segurança foi percebida na universidade. Não existe nenhum indício, registro ou depoimento relatando quando as criaturas saíram da Unicamp, mas a segurança militar no local permaneceu por várias semanas. Segundo alguns relatos, até meados de abril daquele ano ainda foi possível ver intensa movimentação de militares no local. Aproximadamente às 5:00 horas da manhã da mesma terça-feira, 23 de janeiro. Inúmeros caminhões militares e alguns carros civis saíram em comboio da EsSA em Três Corações com destino à Campinas. Os caminhões passaram primeiramente pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército, já em Campinas, e depois seguiram para o aeroporto de Viracopos, um dos maiores do país, principalmente utilizado no envio e recebimento de cargas. Os caminhões descarregaram vários contêineres em um dos hangares que foi antecipadamente reservado e preparado. As manobras dos contêineres e do avião cargueiro americano, que já se


encontrava no aeroporto desde a madrugada de 21 de janeiro, alteraram completamente a rotina do envio e recebimento de cargas naquela semana, fato que foi relatado por algumas testemunhas. Em algum momento naquele mesmo dia, 23 de janeiro. Testemunhas afirmam que saiu da base aérea de Canoas no Rio Grande do Sul um avião militar Búfalo carregando três containers que continham equipamentos para a montagem de um radar portátil que, segundo esses relatos, tinha como propósito ser instalado na região do sul de Minas Gerais para melhorar o monitoramento do espaço aéreo daquela região. Não há nenhum outro registro de como esse radar chegou à região e nem de onde foi instalado, mas aparentemente tinha o propósito de poder localizar e monitorar aeronaves voando a baixa altitude na região. Os radares que normalmente monitoram o espaço aéreo não têm a capacidade de fazer o monitoramento abaixo de uma determinada altitude. Na semana seguinte à captura das criaturas em Varginha. Vários avistamentos de UFOs foram registrados próximos da EsSA, principalmente sobrevoando os paióis da base. Também foram registrados inúmeros avistamentos na cidade, principalmente sobre a área industrial de Três Corações. Nessa área existem diversos galpões destinados a pequenas indústrias. Algumas testemunhas relataram o avistamento nessa mesma época de pequenas sondas luminosas, com o formato semelhante a uma bola de futebol, sobrevoando a vizinhança em movimentos que podem sugerir uma espécie de busca. Um vídeo caseiro registrou um desses eventos e está disponível nas redes sociais. Os avistamentos na base militar foram feitos por diversos militares, já que todos aqueles que participaram das ações em Varginha foram solicitados para permanecerem vários dias dentro da base em uma espécie de quarentena. Muitos chegaram a temer algum tipo de


ofensiva, imaginando que os UFOs avistados pudessem agir em represália à captura das criaturas. Um oficial que trabalha no monitoramento do espaço aéreo brasileiro declarou mais tarde que naquele mês de janeiro mais de quarenta objetos não identificados foram registrados naquela região. Entre os dias 20 e 26 de janeiro daquele ano. Uma grande quantidade de militares e civis norte-americanos foi registrada na cidade de Campinas. Tamanho foi o fluxo dessas pessoas que praticamente lotaram os melhores hotéis da cidade, o que foi motivo de comentários entre proprietários de hotéis e restaurantes, que estranharam o fato, já que não havia naqueles dias notícias de nenhum evento acontecendo na região, que pudesse justificar a presença maciça daqueles estrangeiros. Também não há registro exato de quando o avião cargueiro da força aérea americana partiu do aeroporto de Viracopos, mas sabe-se que partiu naquela semana. Em 26 de janeiro de 1996. Chegaram à Unicamp oficiais militares americanos que trabalham junto à NASA. A justificativa oficial da presença desses militares relata que teriam o propósito de discutir a seleção de cientistas brasileiros que participariam de futuras missões espaciais. No dia 7 de fevereiro de 1996. O policial militar Marco, o mesmo que resgatou a última criatura no início da noite do dia 20 de janeiro, com as mãos desprotegidas, fez uma pequena cirurgia no próprio ambulatório da corporação para a retirada de uma espécie de furúnculo na axila direita que surgira nos últimos dias. Alguns dias depois dessa cirurgia o policial chegou a sua casa reclamando de intensas dores nas costas e de paralisia no braço, além de apresentar febre alta. Sua família o levou ao Hospital Bom Pastor em Varginha. Devido ao quadro que ele apresentava os médicos decidiram interná-lo e isolá-lo.


Nos dias que se seguiram sua família não conseguiu visitá-lo e nem saber do que ele padecia. Mesmo com muita insistência por parte de sua irmã Marta, eles não conseguiram sequer conversar com o médico responsável pelo caso. Poucos dias depois ele foi transferido para o Hospital Regional do Sul de Minas, o mesmo para o qual ele levou a criatura na noite de 20 de janeiro. Lá ele foi colocado imediatamente no CTI do hospital. Poucos dias depois, às 11:30 horas da manhã do dia 15 de fevereiro, apenas 26 dias depois de ter socorrido a criatura, o policial Marco faleceu no hospital. Seu atestado de óbito foi emitido descrevendo como causa de sua morte uma trombo embolia séptico pulmonar. A família foi informada de que uma necropsia foi realizada no corpo de Marco, mas ao requerer o relatório do procedimento este lhes foi negado. A família solicitou a abertura de um inquérito na delegacia de policia local visando apurar responsabilidades em sua morte, entendendo que a causa da morte poderia estar relacionada a um erro médico no procedimento de retirada do furúnculo dias antes. Como o procedimento cirúrgico foi realizado dentro da corporação militar, o inquérito aberto pela família não teve qualquer resultado. Somente cerca de um ano depois de sua morte é que a família teve acesso a uma cópia do laudo da necropsia adquirida através da imprensa. Segundo esse laudo a morte de Marco foi causada por uma infecção generalizada. Oito por cento do sangue do soldado apresentava contaminação bacteriana indeterminada. Em meados de abril de 1996. Alguns animais adoeceram e morreram logo a seguir sem causa aparente. Dois veados, uma anta, uma jaguatirica e uma arara azul morreram em questão de alguns dias. As necropsias nos animais, realizadas pelo veterinário do zoológico, Dr. Marcos, revelaram que três deles morreram pela ingestão de substância tóxica indeterminada e a causa da morte dos outros dois animais não pôde ser identificada.


O zoológico enviou o material retirado dos animais para um laboratório em Belo Horizonte, e ainda assim a causa da morte dos espécimes não foi esclarecida. Alguns dos cinco animais apresentavam hemorragias difusas, ou seja, hemorragias em vários órgãos internos, que se mostravam semidilacerados. A Dra. Leila, bióloga e diretora do zoológico, estranhou o fato de que animais totalmente diferentes, que recebiam água tratada e alimentos totalmente distintos uns dos outros, tinham morrido em questão de poucos dias aparentemente de causas similares. As mortes dos animais nunca foram totalmente esclarecidas. Noite de domingo, dia 21 de abril de 1996. Apenas alguns dias depois da morte dos animais no zoológico. Sra. Terezinha, de 67 anos de idade e esposa de um ex-vereador da cidade de Varginha, foi com seu esposo, Sr. Marcos, a um jantar comemorativo do aniversário de um dos secretários municipais da cidade na época. O jantar foi no restaurante Paiquerê. Esse restaurante fica em uma área elevada em um horto dentro do zoológico de Varginha. O restaurante tem a frente e as laterais cercadas por uma grande varanda. A varanda possui uma espécie de cerca formada por canos metálicos que se erguem a quase dois metros de altura e que são envoltos por uma rede metálica. Por volta das 21:00 horas, sendo a única fumante da mesa, Sra. Terezinha se dirigiu sozinha à varanda para fumar. Ao sentar-se em um banco e acender um cigarro ela se deparou com uma criatura atrás da grade da varanda que era muito similar à criatura descrita pelas meninas meses antes. A criatura estava a cerca de quatro ou cinco metros de distância dela atrás da cerca da varanda. Dona Terezinha ficou totalmente paralisada e não conseguiu mover-se. A criatura também não se moveu e ficou olhando fixo para ela. Ela descreveu que a criatura tinha olhos grandes avermelhados, apenas dois orifícios no lugar do nariz, pele escura brilhante, sem lábios, com uma espécie de corte no lugar da boca, a


cabeça arredondada. Ela só não pôde ver as protuberâncias em sua cabeça, como as citadas pelas meninas, porque, segundo ela, a criatura utilizava uma espécie de capacete dourado. Ela relatou que a troca de olhares deve ter tomado alguns minutos sem que a criatura esboçasse qualquer movimento. Seus olhos pareciam refletir as luzes do restaurante, como as luzes traseiras de um carro. Apavorada ela retornou para a mesa transtornada com a visão. Alguns minutos depois, muito nervosa, sem fazer nenhum comentário com ninguém, pediu ao marido que deixassem o local. Ao saírem do restaurante ela não viu mais a criatura. Somente no carro a caminho de casa ela comentou o ocorrido com o marido que a aconselhou mais tarde a relatar o caso. Por volta das 22:30 horas na noite de segunda-feira, dia 29 de abril de 1996. Sra. Luzia, mãe de duas das meninas que viram a criatura no terreno baldio, foi surpreendida por quatro homens, todos muito bem vestidos com ternos escuros, que bateram à sua porta e insistiram que precisavam conversar com ela. A princípio ela relutou devido ao horário, mas os homens praticamente invadiram o pequeno terreno à frente de sua casa. Ela acabou permitindo que os homens entrassem. Apenas um deles conversou com ela e parecia falar pelo grupo. Um homem alto, claro, com sardas e de aproximadamente 45 anos de idade. Nenhum deles se identificou nominalmente. Ele lhe ofereceu uma considerável soma em dinheiro caso as meninas concordassem em acompanhá-los para gravarem um depoimento em uma TV local, onde elas desmentiriam os depoimentos anteriores, alegando que viram apenas uma espécie de animal ou qualquer outra coisa. Caso concordassem eles lhe pagariam o valor no momento em que as meninas fizessem o depoimento. Insistiu também que elas deveriam manter sigilo daquela conversa. Ela argumentou com os


homens que confiava no depoimento das meninas e que não lhe agradava a ideia de pedir a elas que mentissem a respeito. A mãe das meninas é uma senhora humilde que na época trabalhava como empregada doméstica. Diante da grande insistência do homem, tentando se liberar da incomoda visita, Sra. Luzia se comprometeu a pensar no assunto. Os homens saíram de sua casa prometendo voltar para terminar aquela conversa. Por alguma razão eles estacionaram o carro vários metros longe da casa de Sra. Luzia, e insistiram que ela não os acompanhasse até a rua, como se não quisessem chamar a atenção dos vizinhos ou algo assim, mas ela relatou que foram embora em um grande carro azul. Sra. Luzia relatou o ocorrido a um dos ufólogos que vinham investigando o caso. Por volta das 17:00 horas do sábado seguinte, dia 04 de maio. Sra. Luzia, acompanhada das filhas, foi até a casa desse ufólogo que havia convocado outros ufólogos e toda a imprensa local para uma coletiva. Eram quarenta e oito as pessoas presentes entre ufólogos e jornalistas. Alguns militares também apareceram sem serem convidados, alegando quererem conhecer o que teriam para divulgar. Sra. Luíza fez então uma declaração sobre a tentativa de suborno que recebera dos homens desconhecidos. Essa declaração foi veiculada por vários órgãos da imprensa. Alguns ufólogos aproveitaram a coletiva para informar a imprensa alguns dos novos detalhes das investigações. Entre esses detalhes estavam os nomes de alguns dos militares que supostamente comandaram as operações naqueles dias das principais ocorrências. Na quarta-feira seguinte, dia 08 de maio, às 11:00 horas da manhã. O Comandante da EsSA, na época, convocou a imprensa para ler uma nota de esclarecimento. Na nota o Comandante declarou que nenhum dos seus homens havia participado de qualquer ação, nem nos dias em que os supostos eventos


aconteceram e nem depois disso. Não respondeu a nenhum outro questionamento dos jornalistas, limitando-se a ler a nota. No sábado, dia 18 de janeiro de 1997. Quase um ano depois das principais ocorrências. Sra. Luzia trabalhou até tarde ajudando sua patroa em alguns preparativos. Saiu do trabalho por volta das 22:00 horas e teve dificuldades em conseguir condução para voltar para sua casa. Quando caminhava a pé em direção à sua casa, um carro grande, ocupado por alguns homens usando ternos, parou ao seu lado. Um dos homens desceu do veículo e ela logo o reconheceu como sendo o homem que esteve em sua casa meses antes. De forma incisiva ele abriu a porta do carro e insistiu em oferecer-lhe uma carona. Ela se sentiu acuada e acabou aceitando a “gentileza”. O carro se dirigiu para uma área que não era o caminho de sua casa. Assustada ele pediu aos homens que a levassem de volta. Eles pararam o carro em um lugar de pouca iluminação e aquele que falava pelo grupo, que novamente era o único que falava, insistiu para que conversassem antes que eles a levassem de volta e que ela não se preocupasse, pois não tinham nenhuma intenção de lhe fazer nenhum mal. Ele lhe explicou que ficou chateado porque ela procurou a imprensa na vez anterior em que conversaram, mas ainda assim mantinha a proposta que fez anteriormente. Ele pediu que ela reconsiderasse a ideia de receber o dinheiro. A conversa durou várias horas. Durante essas horas o homem pegou do porta-luvas duas fotos grandes. Sra. Luzia não acreditou que pudessem ser desenhos devido à riqueza de detalhes das imagens. Em uma delas uma criatura semelhante à descrita pelas filhas parecia estar morta. Na outra uma criatura estava aparentemente viva e em pé. Foi a primeira vez que Sra. Luzia teve uma ideia concreta do que as filhas possivelmente teriam testemunhado.


O homem argumentou que caso essas informações chegassem até a população haveria pânico, o que era desnecessário. Que seria melhor preservar as pessoas dessas coisas e que as meninas estariam na verdade colaborando com as outras pessoas. A discussão se arrastou pela madrugada do domingo. Sra. Luzia cansada lhe disse novamente que pensaria na proposta. Ela lhe entregou o endereço da casa de sua patroa e pediu a eles que a procurassem ali e não em sua casa. Pretendia discutir com a patroa o que deveria fazer. Os homens se dirigiram para próximo de sua casa, deixam-na relativamente distante e foram embora. Ela chegou à sua casa por volta das 5:00 horas da manhã do domingo. Mais tarde mostraram a ela várias ilustrações, publicadas pela imprensa, baseadas nas descrições das diversas testemunhas, inclusive de suas próprias filhas, para saber se alguma delas se assemelhava com as criaturas das fotos mostradas a ela pelo tal homem. Ela não reconheceu em nenhuma das ilustrações os seres que foram mostrados a ela nas fotos. Alguns dias depois, no início de fevereiro de 1997. A patroa de Sra. Luzia atendeu à porta. O mesmo homem que procurou Sra. Luzia por duas vezes, que dessa vez estava sozinho, pediu para sua patroa que tentasse convencê-la a aceitar a proposta que fizera a ela. A patroa de Sra. Luzia é bacharela em direito e ocupava na época um importante cargo no Fórum de Varginha. Ela pediu ao homem que se identificasse o que ele se recusou a fazer. Depois de alguma insistência sobre sua identificação o homem simplesmente foi embora. Depois disso não há nenhum outro relato de que esses homens tenham voltado a procurar Sra. Luzia ou as três meninas. Elas nunca alteraram suas histórias.


VII. Como os acidentes envolvendo UFOs são acobertados? Considerando que temos inúmeros registros desses supostos acidentes, mas oficialmente nenhum deles nunca aconteceu, como seria possível e quais seriam as ações necessárias para fazer com que essas ocorrências simplesmente parecessem nunca ter acontecido? Se considerarmos como exemplo a sequência dos acontecimentos que vimos no capítulo anterior, parece pouco provável que todos aqueles fatos pudessem ser acobertados. Afinal, foram dezenas as testemunhas que presenciaram partes diferentes dos acontecimentos, e juntas formavam um quadro complexo que parece difícil de imaginar que pudesse ser dissimulado ou disfarçado. Assim como utilizamos caso de Varginha como exemplo de um desses acidentes, talvez possamos utilizá-lo também para compreender os acontecimentos que se seguiram àquelas ocorrências, e de que forma esses acontecimentos influenciaram o que conhecemos hoje, quase vinte anos depois, sobre aquele caso. Inúmeras ações foram tomadas, logo depois dos eventos em Varginha e em Três Corações, que serviram de preparação para permitir que o caso pudesse desaparecer. Uma dessas atividades preparatórias foi a retenção dentro da base de todos os militares que participaram das operações naqueles dias, à qual eles chamaram de quarentena, conforme o relato de


algumas testemunhas. Durante esse período todos eles foram interrogados diversas vezes sobre o assunto. Esses interrogatórios não faziam parte de nenhum tipo de investigação oficial. Foram totalmente extraoficiais e provavelmente tinham como único objetivo avaliar a percepção individual desses militares sobre as operações das quais participaram. Durante esses interrogatórios eles recebiam as explicações oficiais sobre do que se tratavam aquelas missões. Segundo o Sargento X ele não poderia revelar a explicação oficial, já que esta foi declarada como confidencial, mas ele dá indícios de que essa explicação gira em torno de que aquelas criaturas seriam importantes animais raros. Muito provavelmente a quarentena somente terminou quando as lideranças dos grupos adquiriram relativa confiança de que os militares envolvidos nas ações obedeceriam ao código de conduta militar e não revelariam nenhum dos detalhes a ninguém fora das bases militares. Quase que a totalidade dos militares do exército, policiais e bombeiros que participaram das ações em Varginha durante aquelas operações foram transferidos para lugares diferentes, ou seja, foram separados uns dos outros, nas semanas e meses que se seguiram. É provável que estivessem buscando atingir dois objetivos com essas transferências. Primeiramente afastá-los da região e, por consequência, afastálos também das investigações que vinham sendo feitas por ufólogos sobre o caso. Ao mesmo tempo, essas transferências podem ter buscado evitar que se mantivessem em contato uns com os outros, possibilitando frequentes conversas sobre as ocorrências, o que aumentaria a possibilidade de que pudessem juntar as diferentes peças do quebra-cabeça, já que cada um individualmente teria participado apenas de uma ou de outra parte das operações realizadas, devido às questões de horários, turnos e de plantões,


fazendo com que individualmente pudessem ter dificuldades em obter uma visão holística daqueles acontecimentos. Nem um pouco diferente do que a boa e velha estratégia de fragmentação recomendaria para um caso como esse. No início de maio de 1996 uma sindicância interna foi instaurada pelas autoridades responsáveis da EsSA em Três Corações para apurar o suposto envolvimento de militares nas ocorrências em Varginha naqueles dias. Esse possível envolvimento vinha sendo constantemente noticiado pela imprensa. Os resultados das investigações, que vinham sendo feitas por alguns ufólogos, começaram a ser publicadas em diversas mídias. Essas publicações relatavam a participação de militares em diversas daquelas ações, muitas vezes citando-os nominalmente, razão pela qual a sindicância fora instaurada. O procedimento levou oito dias para que fosse completado e muitos dos militares citados nominalmente pela imprensa foram chamados para depor. O relatório final da sindicância não foi divulgado na época. No final daquele mesmo ano de 1996 um ufólogo, que passou vários meses investigando o caso, publicou seu livro sobre o assunto. No livro são mencionados vários depoimentos de civis e militares. Como consequência do lançamento desse livro, em fevereiro de 1997 foram iniciadas as investigações de um IPM (Inquérito Policial Militar) que foi instaurado para apurar a procedência de alguns dos relatos constantes daquele livro, que relacionavam diversos militares às ocorrências relativas ao avistamento e captura de criaturas extraterrestres em meados de janeiro de 1996. Segundo a promotoria do caso os dois autores do livro faziam afirmações que poderiam macular a imagem daquela instituição militar. Muitos daqueles que foram citados no livro foram chamados para prestar depoimentos. O inquérito produziu mais de trezentas páginas e levou alguns meses para ser concluído. Na época o relatório final do inquérito também não foi divulgado.


Somente em outubro de 2010, cerca de quatro meses antes de completar quinze anos das principais ocorrências do caso em Varginha, uma renomada revista semanal teve acesso às mais de trezentas páginas resultantes da sindicância e do inquérito que foram realizados. Em resumo, a decisão final do inquérito foi pelo arquivamento do caso, justificando que as afirmações contidas no livro são de ordem genérica e especulativa, não tendo sido feita nenhuma injúria direta à corporação ou a algum militar específico. Porém nos depoimentos colhidos, durante a sindicância e também durante o inquérito, é possível coletar alguns relatos importantes para o esclarecimento de algumas questões. De acordo com aqueles depoimentos, não houve participação de qualquer instância militar em nenhuma ação em Varginha durante aqueles dias do mês de janeiro de 1996, ou mesmo depois disso, que tivesse o propósito alegado no livro publicado pelos ufólogos. Ou seja, ninguém do exército, da policia militar e do corpo de bombeiros teria estado envolvido em nenhuma das supostas ações e nenhuma dessas três forças militares esteve envolvida em qualquer operação de captura de animal ou criatura de qualquer espécie durante aquele período. Ainda segundo esses depoimentos, a movimentação de veículos leves e pesados do exército na cidade de Varginha naqueles dias ocorreu devido ao encaminhamento e à retirada desses veículos em um procedimento de manutenção periódica. Essa manutenção teria sido executada em uma concessionária de Varginha, porque os caminhões ainda estavam dentro do período de garantia do fabricante, e a única concessionária daquela marca na região está localizada naquela cidade. Uma nota fiscal de R$ 492,00, emitida em 29 de janeiro, foi anexada ao relatório como prova dessa manutenção. Sobre a morte do policial Marco, os depoimentos constantes do IPM relatam que ele faleceu devido a uma infecção hospitalar


proveniente da primeira intervenção cirúrgica que, segundo o relatório, teve como objetivo a retirada de um cisto que surgira na axila do soldado muitos meses antes. Laudos atestando a causa da morte do policial, emitidos um dia depois de sua morte, foram também anexados. Sobre a criatura que as três meninas alegaram ter visto, um dos depoimentos constantes do inquérito sugere que as meninas provavelmente tenham se confundido, e o que elas supostamente devem ter visto foi um morador do bairro conhecido como “mudinho”. Esse morador apresenta alguns desvios mentais e vive agachado coletando galhos e objetos pela vizinhança. No depoimento consta que devido às chuvas e aos relâmpagos daquele dia, ao verem aquele morador agachado em um local pouco iluminado as meninas supostamente tenham sido levadas à interpretação que foi veiculada pela imprensa. Fotos comparando o “mudinho” agachado com ilustrações veiculadas pela imprensa na época, que foram feitas a partir das descrições das meninas, estão também anexadas ao relatório final do inquérito. Nos meses que se seguiram aos acontecimentos, praticamente todas as pessoas que testemunharam alguma parte do evento, e que na época fizeram alguns depoimentos a respeito, alteraram suas alegações, principalmente os funcionários dos hospitais. Hoje negam veementemente qualquer possibilidade de ligação dos fatos ocorridos naqueles dias com fenômenos extraterrestres. O corpo de bombeiros e a polícia militar da cidade hoje negam ter atendido a qualquer chamado naqueles dias com os propósitos alegados envolvendo a captura de animais ou quaisquer outras criaturas. Algum tempo depois da morte do policial militar de 23 anos seu pai declarou, em entrevista para uma TV, que a morte do filho poderia estar ligada a alguma questão de segurança nacional. No mínimo uma maneira curiosa para dizer que não poderia entrar em detalhes sobre a morte do próprio filho.


O curioso em todo esse caso é que várias pessoas alegam não saber exatamente o que aconteceu naqueles dias, mas muitos deles demonstram ter absoluta certeza do que não aconteceu. As únicas pessoas que nunca mudaram seus depoimentos sobre os eventos daquele mês de janeiro foram o casal de funcionários da fazenda, Sr. Eurico e Sra. Oralina, as três meninas, Valquíria, Liliane e Kátia, hoje mulheres adultas, e Sra. Terezinha. No caso do casal, eles poderiam ser considerados apenas mais duas pessoas entre as milhares que dizem ter avistado objetos voadores estranhos. No caso de Sra. Terezinha o depoimento dela poderia ser também facilmente questionado, já que ele ocorreu depois de o caso ter sido amplamente explorado pela imprensa com a divulgação de várias imagens, além do fato de ela estar sozinha e ninguém mais ter visto a tal criatura naquela mesma ocasião. Mas o caso das meninas é um pouco mais difícil de ser refutado. Primeiramente por serem três pessoas desinteressadas no assunto e que nem tinham noção do que estava acontecendo naqueles dias. Quando as criaturas foram capturadas pela manhã elas estavam no trabalho. E também pelo fato de as três terem feito a mesma descrição da criatura mesmo quando questionadas separadamente. Aceitar a alegação daquelas meninas poderia significar admitir a possibilidade concreta da existência de seres extraterrestres e da presença deles por aqui. O fato de as meninas nunca terem alterado seus depoimentos parece ter se transformado na grande pedra no sapato daqueles que tiveram que investigar o caso e produzir os tais relatórios. Tanto é assim, que o testemunho delas se tornou uma espécie de sinônimo ou símbolo do caso. Sempre que alguém faz referencia àquele evento, é sobre o testemunho das meninas ao qual se referem primeiro, muito embora muitas outras coisas tenham acontecido naqueles dias. As alegações delas foram as únicas que foram


referenciadas durante todo o processo do inquérito e mereceram a menção daquela suposta explicação. Nenhum outro depoimento de um civil foi especificamente referenciado naquela investigação, a não ser o dos próprios réus. Outra evidência disso é o fato de que, de todos os relatórios produzidos, a parte mais bizarra é aquela que sugere a confusão das meninas com o tal “mudinho”, o que pode demonstrar a tamanha dificuldade em encontrar uma explicação razoável que pudesse caber nas declarações daquelas meninas. As meninas discordam da conclusão contida no IPM, pois já conheciam o tal morador, que é conhecido também como Luizinho, e têm certeza absoluta de que o que viram naquela tarde não tem relação alguma com a explicação suposta no relatório. Além do mais, o relatório sugere que o tal “mudinho” foi confundido devido às chuvas, aos relâmpagos e por estar em local pouco iluminado. No entanto, no momento em que as meninas relataram ter visto a criatura, por volta das 15:30 horas, fazia sol, o tempo estava totalmente estável e o local onde avistaram a criatura estava bem iluminado. A forte chuva, que foi na realidade uma tempestade de verão, repentina e típica da região sudeste do Brasil durante essa estação, somente atingiu aquela região cerca de duas horas depois do momento em que as meninas relataram ter visto a criatura, o que no mínimo coloca em dúvida a suposição oferecida no relatório. Esse tipo de tempestade ao cair da tarde, naquela região e naquela época do ano, é muito comum e se forma em apenas alguns minutos. Na maioria dos casos é praticamente impossível para os seres humanos normais saberem que uma tempestade dessas ocorrerá mesmo uma hora antes que aconteça. Esse fato pode ainda ser reforçado pela declaração da mãe de duas daquelas meninas, Sra. Luzia, que esteve no local indicado por elas cerca de quarenta e cinco minutos depois do momento em que


elas alegaram ter visto a criatura, e mesmo assim chegou e saiu daquele local muito antes que a tempestade se formasse. Mais um detalhe curioso sobre o relatório do IPM e da sindicância é a justificativa de que a movimentação intensa de veículos e caminhões do exército naquele período, testemunhada por centenas de moradores, teria o objetivo de levá-los à manutenção em uma concessionária da cidade. A explicação até que poderia ser convincente se essa movimentação não tivesse sido percebida com muito mais intensidade nos dias 20, 21 e 22 de janeiro daquele ano, respectivamente um sábado, um domingo e uma segunda-feira, sendo que a referida oficina da concessionária não abre suas portas aos sábados e nem aos domingos. Os conteúdos dos depoimentos constantes daquelas investigações não poderiam ser diferente daquilo que consta nos relatórios. Afinal, não é uma atribuição do exército a participação em buscas ou capturas de animais em áreas urbanas sob nenhuma hipótese. A missão do exército brasileiro se resume em contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Portanto, não haveria como o exército atender a qualquer chamado que presumisse esse propósito. O mais provável, caso fossem solicitados a participar desse tipo de ação, seria indicarem o corpo de bombeiros do local como a instituição adequada a ser procurada nesses casos. De fato isso foi o que a população da cidade diz ter feito. Procuraram os bombeiros e a polícia militar, muito embora os relatórios neguem que também essas instituições tenham participado de qualquer missão dessa natureza naqueles dias. Ainda sobre o IPM, um pouco de atenção em tudo o que acontecia naquela época pode dar algumas supostas explicações do por que essa investigação tinha sido feita. Debaixo da alegação de que os autores do livro teriam denegrido a imagem da instituição, aquela investigação poderia ter o propósito principal de silenciar


aqueles ufólogos. Naquela época faziam apenas dez anos que uma ditadura militar de mais de vinte anos tinha se encerrado. Serem réus em uma investigação feita por militares, mesmo que o resultado tenha sido o arquivamento do caso, pode ter causado algum tipo de reação por parte daqueles ufólogos. Talvez depois dessa investigação eles tenham ficado com uma vontade inexplicável, sabe-se lá vinda de onde, de não mais citar nomes de militares possivelmente envolvidos em ações relacionadas ao caso. Outro indício disso é o fato de que mesmo os investigados do inquérito sendo dois civis, o relatório da investigação não foi tornado público a não ser quase quinze anos depois. Nenhum dos dois recebeu cópia do relatório final da investigação, muito embora ambos tenham sido comunicados dos termos de sua conclusão. Esse fato no mínimo demonstra que a razão daquela investigação não deveria estar relacionada com o propósito de dar qualquer resposta à sociedade. Mesmo que em seus depoimentos reunissem algumas supostas explicações para todas as ocorrências relacionadas ao caso, ainda assim o relatório final não foi divulgado na época em que foi concluído. Será que nem os responsáveis pela investigação confiavam muito naquilo que apuraram? Será que se tivessem se deparado com revelações confiáveis, arrebatadoras e bombásticas de que o caso não passava de uma invenção popular, ainda assim demorariam todo esse tempo para divulgá-lo? Será que optaram por não divulgá-lo enquanto as lembranças das pessoas ainda estavam frescas e ainda havia muita gente da imprensa rebuscando os fatos? Talvez aquelas suposições esclarecedoras contidas nos depoimentos do relatório acabassem por incendiar ainda mais toda aquela discussão na época, o que, sem dúvida, não seria conveniente. Então de repente, sem nenhum motivo aparente, do nada, quase quinze anos depois, o resultado aparece e nós todos


verificamos que quase ninguém parece ter realmente se importado com isso. Outro detalhe que pode ser considerado muito estranho e importante é o fato de que nunca ninguém se prontificou a fazer uma investigação formal sobre a tentativa de suborno afirmada pela Sra. Luzia, a qual foi largamente noticiada pela imprensa naquele período. Ela, suas filhas e sua patroa, na época, tiveram conversas com o suposto agente dessa tentativa de suborno, mas mesmo assim nada foi feito a respeito para tentar esclarecer o ocorrido. Talvez por que se uma investigação tivesse sido feita com esse propósito, teria trazido à tona a contradição sobre a razão pela qual alguém tentaria subornar a família somente por que as meninas alegaram terem visto uma criatura, que supostamente era o “mudinho” em um lugar meio escuro e debaixo de chuvas e trovoadas, enfraquecendo a alusão que consta nos depoimentos apresentados no relatório. Por que alguém tentaria suborná-las se elas não tivessem visto nada além do tal “mudinho”? Mais uma declaração curiosa, que pode supostamente estar relacionada ao caso em Varginha, foi a explicação dada para justificar a segurança militar na Unicamp nos primeiros meses do ano de 1996, que teriam o objetivo de fornecer segurança a determinadas ossadas valiosas ali guardadas. De fato existiram naquele período ossadas muito importantes mantidas naquela instituição que ficaram conhecidas como “ossadas de Perus”. São 1.049 ossadas humanas encontradas em uma vala clandestina no cemitério de Perus na capital de São Paulo, cujo trabalho de identificação até hoje ainda não foi concluído. O único detalhe que talvez tenha escapado a essa justificativa é o fato de que aquelas ossadas foram encaminhadas para a Unicamp no final do ano de 1990, portanto naquela época elas já estavam ali havia mais de seis anos. Por sinal elas continuaram lá guardadas até o ano de 2001, quando foram transferidas para o cemitério do


Araçá, na cidade de São Paulo, onde estão até hoje. Porém a segurança militar somente foi observada durante aqueles poucos meses do início de 1996. Fora essas ossadas importantes, não há nenhuma informação sobre quaisquer outras que tenham sido encaminhadas para aquela instituição e que tenham sido mantidas ali em algum momento durante os primeiros meses daquele ano. Bem, mas seja como for, se levarmos em consideração todas as provas, evidências e testemunhos que temos hoje em dia, depois de passados todos esses anos, podemos concluir que este caso nunca ocorreu e que todas as especulações a respeito podem não ter passado de estratégia de marketing da cidade para atrair turistas, ajudados por algumas poucas pessoas que continuam a fazer declarações fantasiosas sobre encontros com criaturas estranhas ou supostos seres alienígenas. Afinal, chega a ser quase que ridículo imaginarmos que criaturas extraterrestres viessem até nosso planeta somente para passearem na periferia de uma cidade pequena de uma região agrícola do Brasil. Por isso então, talvez seja melhor nos preservarmos e evitar sermos ridicularizados demonstrando acreditar nessas alegações fantasiosas de que este pretenso caso tenha ocorrido realmente. Que tal essa proposta? E é exatamente assim que esses casos simplesmente desaparecem e deixam de ter acontecido. Para ajudar ainda mais, algumas pessoas que nunca tiveram a paciência ou oportunidade de tomar conhecimento de todos os fatos, ou receberam informações completamente distorcidas, ou mesmo truncadas, sobre aqueles acontecimentos, algumas vezes até influenciadas por diversas divulgações sensacionalistas, passam então a engordar o coro daqueles que optam por transformar o evento em motivo de zombarias e piadas. Pode até ser que algumas dessas divulgações sejam oriundas dos especialistas em desinformação, com o intuito principal de desacreditar a versão das meninas, já que estas foram


as únicas que nunca alteraram suas declarações, nem mesmo após receberem ofertas repetidas de suborno. O fato de nenhum órgão oficial ter se interessado em fazer uma investigação científica oficial e pública daquelas ocorrências, faz com que diversos dos detalhes relatados acabem desencontrados, provocando mais dúvidas entre a opinião pública. Nada que não seja muito desejável e oportuno para aqueles que porventura tenham interesses em acobertar os supostos fatos. Talvez até por isso nunca tenham feito esse tipo de investigação. O resumo disso tudo é que supostamente um evento extraordinário tenha acontecido naquele local e naqueles dias, envolvendo acontecimentos que quase saíram do controle daqueles que têm como missão esconder esses casos. Para que o caso não saísse do controle foi supostamente necessário comprar muitos depoimentos, intimidar e desacreditar uma série de testemunhas, desaparecer com registros, mobilizar centenas de homens, fazer valer os códigos de conduta militares e executar uma verdadeira operação de guerra para que os destroços e os ocupantes resgatados chegassem onde desejavam. A forma com que essa operação provavelmente aconteceu deve ter custado milhões aos cofres dos países envolvidos. Esses supostos altos custos são muitas vezes utilizados por algumas pessoas para tentar validar as teorias de que não haveria nenhuma razão para que alguém fizesse esse tipo de investimento em uma operação dessa magnitude, somente para não permitir que um fato desses viesse ao conhecimento do público e que, portanto, esses casos provavelmente nunca aconteceram. Mas ao contrário do que essas pessoas possam alegar, esses custos podem reforçar ainda mais o fato de que deve valer muito a pena colocar as mãos nesse tipo de material de forma exclusiva. Agora imaginemos que, com maior ou menor esforço para acobertá-los, fatos similares supostamente ocorreram outras


dezenas de vezes, conforme os registros sugerem. E ainda assim parece continuar valendo muito a pena executar essas operações. Tanto é assim que entre todos esses supostos casos de acidentes envolvendo UFOs, nenhum deles saiu do controle e veio a público. Isso poderia demonstrar que nunca ocorreram. Mas, de novo, apenas demonstra o incrível interesse em manter essa exclusividade, chegando até a interferir em questões de defesa e de segurança nacional de outros países. Se apenas um caso fosse admitido ou viesse a público, levantaria imediatamente suspeita sobre todos os outros casos de que se teve notícia até hoje, e sobre os quais nunca foi possível obter nenhuma evidência irrefutável. Enquanto nós, os pobres mortais, ficamos por aí duelando entre afirmativas e negativas, provas e suposições e vários outros tipos de conjecturas e contradições, para um grupo muito pequeno de pessoas esses casos podem ser até considerados como corriqueiros. É bem possível que neste mesmo momento um desses cientistas esteja falando com alguém da força aérea em alguma dessas bases secretas subterrâneas em algum lugar: - Poxa cara! Vê se da próxima vez me traz um desses em melhores condições, porque esse aqui tá quase que totalmente destruído. Não dá pra aproveitar muita coisa. Tô precisando de um sistema de propulsão desse tipo de nave em melhores condições. Arranja um pra mim? - Deixa comigo patrão. Você é quem manda aqui. O próximo vou te trazer só com um furinho. Brincadeiras à parte, ainda é grande o número de pessoas que duvida que casos como esse aconteçam realmente. Isso não chega a ser motivo de grande surpresa. É apenas mais um sinal de que, quem quer que sejam os responsáveis por esses acobertamentos, eles vêm realmente fazendo um melhor trabalho e sendo mais competentes do que aqueles que têm se prontificado a investigar e divulgar esses casos.



VIII. O que teria acontecido de fato em Varginha no Brasil? Já que chegamos até aqui, depois de conhecermos os fatos relatados sobre as ocorrências na região de Varginha em janeiro de 1996 e depois de conhecermos também as posições oficiais sobre o caso, nada nos impede de utilizarmos nossa boa e velha amiga lógica, juntamente com um pouco de imaginação e algumas pitadas de intuição, para especularmos o que mais poderia ter acontecido naqueles dias, cujas informações não foram relatadas ou testemunhadas por ninguém, mas que podemos especular, ou até mesmo deduzir, a partir de todos aqueles relatos e ocorrências registradas de alguma forma sobre os acontecimentos daqueles dias. Muitas testemunhas relataram que viram objetos não identificados durante todos aqueles dias de janeiro de 1996 naquela região, mas dois deles, aqueles citados na cronologia feita antes, podem ser considerados como os mais importantes no caminho do entendimento e esclarecimento de todo o caso. Trata-se dos relatos do empresário paulista e do casal morador da fazenda. Embora com palavras diferentes, ambos parecem descrever o mesmo tipo de aeronave. O empresário compara o objeto a um charuto e o casal o compara com um submarino. Além disso, seria logicamente presumível que todos os vários objetos avistados naquela região durante aqueles dias fizessem parte de um único conjunto de aeronaves pertencentes ao mesmo grupo de visitantes e que, portanto, as duas aeronaves descritas deveriam ser muito parecidas ou até mesmo idênticas.


Os dois depoimentos são coincidentes e os únicos, entre todos os relatados, a descreverem que as aeronaves produziam grande quantidade de fumaça enquanto voavam. Se considerarmos também todos os relatos de avistamentos de UFOs até hoje, veremos que é muito raro, ou praticamente inexistente, relatos indicando que essas aeronaves produzam qualquer tipo de detrito enquanto voam. Se somarmos a essas considerações o depoimento do empresário paulista, que relata também que a aeronave que testemunhou parecia ter um buraco e uma grande rachadura, por onde saía a tal fumaça, podemos imaginar que a segunda aeronave, aquela avistada pelo casal, poderia também apresentar avarias semelhantes, as quais não puderam ser percebidas pelos dois, provavelmente devido aos danos estarem do lado oposto ao lado visível por eles da aeronave que observaram. Os dois depoimentos também são coincidentes em afirmar que as aeronaves voavam lentamente, o que pode ser mais um indicativo de que ambas estavam avariadas. O que poderia ser capaz de causar as avarias como aquelas relatadas pelo empresário? A nave poderia ter sido atingida por algum tipo de projétil que deixou um buraco em sua fuselagem e causou uma rachadura na estrutura da aeronave. Esse suposto projétil pode ter comprometido equipamentos primordiais daquele veículo o que fez com que ele caísse logo a seguir, como testemunhado pelo próprio empresário. Mas se a aeronave tivesse sido atingida por algum projétil como os que conhecemos, os quais são normalmente utilizados na defesa do espaço aéreo, aquele não teria sido o resultado. Os projéteis normalmente disparados nessas condições, tanto de terra quanto de aeronaves que participam desses tipos de ações de defesa aérea, estão equipados com ogivas, ou seja, com bombas, que explodem ao atingirem seus alvos, quase sempre os destruindo completamente.


Porém, o objetivo desse tipo de missão não é o de destruir esses alvos, mas sim o de danificá-los e obrigá-los a pousar, para poderem recuperar essas aeronaves e seus eventuais tripulantes nas melhores condições possíveis. Sendo assim, se esses projéteis fossem disparados propositalmente sem que suas ogivas tivessem sido armadas, ou seja, ativadas, procedimento que é totalmente possível e controlável por quem efetua esse tipo de disparo, dependendo do tipo de armamento utilizado, eles atingiriam o alvo causando estragos semelhantes ao de uma grande bala de arma de fogo, deixando apenas grandes buracos, mas não resultando em nenhum tipo de explosão em contato com seus alvos, a menos que atingissem alguma parte inflamável daquelas aeronaves. Esses disparos poderiam ser feitos sem que suas ogivas estivessem armadas e caso errassem o alvo suas ogivas seriam então ativadas à distância, procedimento também possível em determinados tipos de armamentos, e em seguida suas ogivas seriam detonadas, também à distância, causando a explosão e a destruição dos projéteis ainda no ar, impedindo assim que eles atingissem o solo, podendo causar algum tipo de dano ou vítima. Outra possibilidade seria a de retirarem as ogivas desses armamentos antes de as colocarem nas aeronaves, mas para isso teriam que saber antecipadamente para qual tipo de missão estariam partindo antes mesmo de decolarem de suas bases, o que não é totalmente improvável. Alguns outros relatos, efetuados por pessoas que alegam que tiveram acesso a destroços de naves alienígenas em mais de uma ocasião, descrevem a total ausência de qualquer espécie de combustível conhecido por nós nesse tipo de veículo. Sejam lá quais forem suas fontes de energia, elas não se parecem em nada com aquelas que normalmente utilizamos por aqui. A falta desses materiais combustíveis poderia explicar a possibilidade de que os objetos eventualmente atingidos não sofram explosões,


principalmente se considerarmos que os projéteis utilizados para atingi-los não possuam ogivas, ou que essas ogivas sejam desarmadas nesses casos. Todo esse caso pode inclusive nos ajudar a compreender que essa poderia ser uma das técnicas que eventualmente seriam utilizadas por aqueles que participam desse tipo de tentativa de captura. Isso poderia explicar também como os militares foram capazes de chegar tão rápido no local do acidente relatado pelo empresário paulista. Após a aeronave ser atingida ela pode ter sido monitorada e acompanhada, na tentativa de chegarem rapidamente ao local de sua eventual queda, buscando garantir que seus destroços fossem recolhidos o mais rápido possível, minimizando o risco de testemunhos indesejáveis. Entre todos os registros, temos o relato do empresário que diz ter observado a queda da aeronave e testemunhou seus supostos destroços espalhados sendo resgatados. Porém não temos nenhum relato indicando que a segunda aeronave avistada, aquela testemunhada pelo casal da fazenda, tenha sofrido o mesmo destino. Por outro lado, o casal alega que a aeronave voava lentamente, também soltando fumaça, e ia em direção à cidade de Varginha. Como nenhum outro relato de avistamento foi feito daquela aeronave depois disso, supondo que ela também enfrentava problemas, é de se imaginar que ela tenha pousado ou caído em algum ponto nos dez quilômetros que separam a fazenda, onde mora o casal, da cidade de Varginha. O Jardim Anderê, local onde foram vistas as criaturas poucas horas depois do avistamento relatado pelo casal, era na época um dos últimos bairros urbanos da cidade em direção à fazenda onde mora o casal. A queda ou pouso da aeronave naquela região pode explicar a presença das criaturas no dia seguinte naquela área. Elas podem ter sobrevivido à queda,


ou terem apenas pousado a nave, sendo obrigadas a abandoná-la quando perceberam a chegada das forças militares. No depoimento do empresário ele estimou que a aeronave que testemunhou voava a aproximadamente cem metros de altura quando caiu abruptamente, enquanto o casal alega que o objeto que viram voava a uma altitude que lhes pareceu ser por volta de cinco metros de altura do solo. Mesmo que a aeronave caísse dessa altura, a queda muito provavelmente provocaria poucas avarias e a possibilidade de que seus ocupantes sobrevivessem à queda seria muito grande. Se aquela aeronave pousou ou caiu naquela região ela foi imediatamente resgatada por alguém, já que nunca foi possível encontrar qualquer vestígio dela depois disso. Seguindo o mesmo padrão do acidente com a primeira aeronave, também não deve ter demorado muito tempo para que os militares chegassem até o local da segunda queda, principalmente se considerarmos a hipótese de que ambas foram propositalmente atingidas e monitoradas até caírem. Com a vantagem de que esta aeronave pousou ou caiu no meio da madrugada, muito provavelmente pouco depois de ter sido avistada pelo casal, que alega tê-la visto por volta da 1:00 hora da manhã daquele sábado. Isso possibilitaria que os militares a recolhessem sem que nenhuma testemunha percebesse a estranha movimentação. A possibilidade de que tenham recolhido a aeronave sem encontrar seus ocupantes explicaria também a razão pela qual voltaram ao local fazendo uma busca na manhã seguinte sem que sequer fossem chamados. Segundo os depoimentos da época, somente a polícia militar e os bombeiros foram acionados pelos moradores do bairro, após algumas crianças terem visto estranhas criaturas. Mas ninguém alegou ter chamado ou notificado o exército para atender a essa ocorrência. No entanto eles, além de irem para a área próxima ao zoológico participar das buscas, em uma atividade completamente fora de sua característica e


competência, também afastaram do local a polícia, os bombeiros e os curiosos que já estavam presentes, isolando completamente a área, em uma atitude ainda mais estranha e totalmente fora dos padrões. Mesmo que o exército viesse a participar deste tipo de atividade, embora totalmente fora das suas atribuições, o esperado seria que o fizesse de forma complementar, ou seja, juntando-se aos outros representantes da segurança pública local. Aparentemente a área permaneceu isolada pelos militares até o final da tarde do sábado, já que inúmeros moradores alegam ter visto vários militares durante aquela tarde de sábado no terreno. O depoimento do Sargento X confirma que fizeram o que ele chamou de um “pente fino” naquela região. Como poderá ser verificado em um capítulo mais a diante, a forma com que os militares agiram nessas buscas, tanto pela manhã quanto à tarde, denota um padrão que coincide com um dos procedimentos constantes no manual do MJ12 para operações desse tipo, onde descrevem em detalhes como as áreas de acidentes como esse devem ser isoladas. É pouco provável que as criaturas avistadas naquela área no sábado, dia 20 de janeiro, tanto pela manhã quanto à tarde, pudessem ser ocupantes da primeira aeronave que caiu. Aquela queda ocorreu sete dias antes e seria improvável que seus ocupantes passassem totalmente incólumes durante todos aqueles dias, para repentinamente surgirem naquele bairro da cidade. Outro fator que reforça essa suposição é o fato de que a primeira aeronave teria caído mais próxima de Três Corações do que de Varginha. Para que os ocupantes daquela nave chegassem até Varginha teriam que atravessar a rodovia Fernão Dias e percorrer cerca de vinte quilômetros para chegarem até o local onde as criaturas foram vistas. Teriam também que fazer todo esse percurso sem que ninguém as percebesse. Se levarmos em conta certa ingenuidade daquelas criaturas, que aparentemente não tinham muita habilidade em se esconder, isso seria pouco provável, já que


acabaram sendo percebidas em vários momentos em questão de poucas horas naquele sábado. Isso sugere então que as criaturas avistadas deveriam ser mesmo os ocupantes da segunda aeronave acidentada. Fato que também gera dúvidas quanto ao destino dos ocupantes da primeira aeronave que caiu. Eles podem ter sido capturados imediatamente após o acidente. Podem também não ter sobrevivido à queda e somente seus corpos terem sido resgatados. Os relatos do empresário descrevem destroços da nave espalhados por uma área muito ampla, sugerindo um forte impacto no momento da queda. Outra possibilidade seria a de terem contatado seus companheiros em outra aeronave, enquanto ainda tinham controle da sua nave, e acabarem sendo resgatados pelos parceiros de alguma forma. No entanto, não há indício ou relato de que os militares tenham executado missões de busca e captura naquela região, o que provavelmente teria acontecido, caso seus ocupantes não tivessem sido encontrados juntamente com os destroços da aeronave. Por outro lado, militares foram vistos uma semana depois fazendo uma busca minuciosa no terreno onde haviam sido capturadas duas criaturas poucas horas antes. Além dessa busca, a presença do policial militar, que resgatou a terceira criatura, e que supostamente rondava o local tentando localizá-la, pode sugerir que alguém tinha conhecimento de quantas criaturas deveriam estar tripulando aquela aeronave. Se tivessem resgatado três corpos como o resultado do primeiro acidente e tinham localizado apenas duas criaturas até então, como resultado de uma segunda queda, é de se supor que estivessem fazendo as buscas e as rondas naquela tarde de sábado procurando pela terceira criatura, muito provavelmente por que sabiam que aquele tipo de aeronave possuía três ocupantes, e consequentemente outra criatura ainda deveria estar pelas redondezas. Suposição que é reforçada pelo fato de que após a captura da terceira criatura, pelo soldado Marco, nenhuma


outra busca naquela vizinhança foi percebida ou relatada por mais ninguém. Entre as inúmeras curiosidades desse caso, uma delas está relacionada aos registros de que aquelas criaturas foram supostamente levadas aos hospitais da região. Se havia uma clara intenção de que aquelas operações não fossem percebidas pela população que vivia próxima da área, por que então em pelo menos duas ocasiões diferentes teriam levado aquelas criaturas a hospitais civis da cidade? Essas decisões certamente colocaram em grande risco o sigilo e o controle daquelas atividades. O fato de o Sargento X não ter sido informado de que a criatura ferida teria ficado no hospital, por onde passaram antes de retornarem à base militar, e o fato de os policiais que capturaram a terceira criatura tentarem levá-la a outros dois lugares, antes que a criatura finalmente chegasse ao mesmo hospital, onde supostamente uma das criaturas já se encontrava, pode demonstrar claramente que aqueles que participam desse tipo de missão somente recebem as informações necessárias para o cumprimento de suas atividades, não tendo qualquer outro tipo de informação, numa provável demonstração da utilização da estratégia de fragmentação, muito comum nesse tipo de operação sigilosa. Muito embora nenhum dos militares envolvidos tenha comentado que teriam recebido instruções de não discutirem os detalhes daquela missão, nem mesmo com os próprios companheiros de corporação, é muito provável que tenham recebido esse tipo de ordem superior, o que complementaria o desdobramento desse tipo de estratégia. Observando os relatos e tentando imaginar o que de fato teria acontecido naqueles dias, é possível especular que as ordens recebidas por aqueles militares enfatizavam fortemente a necessidade de capturarem aquelas criaturas com vida. O resultado daquelas ações sugere que essas ordens aparentaram ser até mais importantes do que as ordens de manterem sigilo absoluto


daquelas operações e de seus objetivos. Caso contrário, jamais teriam ocorrido daquela forma, adicionando inúmeras testemunhas à lista das pessoas que teriam visto aquelas criaturas, e que mais tarde teriam que ser controladas para evitar que aqueles eventos se tornassem de conhecimento público e saíssem do controle de seus organizadores. Outra possibilidade é a de que o objetivo real da missão, além de tentar obter material de pelo menos uma aeronave daquela espécie, era também o de buscar capturar pelo menos um dos seus ocupantes com vida. Se nos concentrarmos nos relatos, observaremos que a primeira aeronave abatida ficou quase que totalmente destruída após a queda. Além disso, como seus tripulantes muito provavelmente não sobreviveram à queda, aqueles que lideravam essa missão tiveram que ordenar que fosse feita outra tentativa, planejando então uma segunda ação. É possível até que tenham feito outras tentativas, que não tiveram sucesso, durante toda aquela semana que separou os dois eventos, somente conseguindo seu objetivo no início da madrugada do sábado seguinte. Ao se depararem com criaturas feridas e com aparentes problemas de saúde, julgaram não ter alternativas senão levá-las àqueles hospitais. Caso também não conseguissem resgatar nenhuma criatura com vida dessa segunda aeronave, muito provavelmente teriam que tentar fazer uma terceira tentativa para que pudessem completar a missão que receberam originalmente. O fato de aquelas criaturas acabarem sendo levadas àqueles hospitais obrigou os militares a manterem uma força de segurança e isolamento dentro e fora dos próprios hospitais, certamente trabalhando em turnos, obrigando-os também a circularem constantemente com seus veículos pela cidade, levando e trazendo esses soldados, chamando a atenção e despertando a curiosidade dos moradores por alguns dias durante aquele final de semana,


como realmente aconteceu e como foi relatado por inúmeras testemunhas durante aqueles dias. Se todas as criaturas capturadas tivessem sido levadas imediatamente para as bases militares, mesmo que não conseguissem sobreviver, apenas algumas movimentações de militares teriam ocorrido na área urbana da cidade, fato que poderia nem ser notado, ou ser considerado absolutamente normal pela maioria das pessoas. Se isso tivesse ocorrido, uma série de explicações teria sido economizada, o acobertamento do caso seria muito mais simplificado, muitos dos questionamentos da imprensa nem seriam feitos e provavelmente esse caso não faria parte dos assuntos deste livro. Mas muito provavelmente, se não fosse assim, seus organizadores teriam falhado em completar sua missão. Talvez o fato de conseguirem resgatar criaturas com vida após abaterem a segunda aeronave fez com que as atividades fossem suspensas. Um indício disso pode ser o fato de que após a captura daquelas criaturas os avistamentos de UFOs na região foram ainda mais intensos do que eram antes, mas mesmo assim nenhum outro caso de “acidente” parece ter ocorrido. Esse fato pode ter como origem o receio de uma represália por parte dos visitantes, mas também pode indicar que alguém considerou que após todos aqueles eventos a missão estaria cumprida. Esses avistamentos constantes após aquele final de semana, inclusive aqueles sobre os paióis da base militar, testemunhados pelos militares em quarentena, demonstram também a natureza pacífica daqueles visitantes. Mesmo tendo suas naves supostamente perseguidas, abatidas, acidentadas, desaparecidas, suas tripulações capturadas e também desaparecidas, eles aparentemente nada fizeram além de procurá-los. Pelo menos não há nenhum registro ou testemunho de nenhuma ação perpetrada por algum daqueles objetos que pudesse ser interpretada como agressiva ou de retaliação.


Esses diversos avistamentos também sugerem que de alguma forma eles deveriam saber que pelo menos um dos tripulantes da segunda aeronave ainda estava vivo e sendo mantido em cativeiro em algum lugar daquela região. As aparentemente óbvias tentativas de localizá-los devem ter se transformado em uma das principais razões que motivaram a retirada de todas as criaturas daquela região apenas algumas horas depois de a última criatura ter deixado o hospital. Outra questão que aparentemente ninguém abordou muito profundamente até hoje, está ligada aos odores exalados pelas criaturas, incidência relatada por várias testemunhas em diferentes momentos. O primeiro relato é o das meninas que pensaram ter sentido cheiro de enxofre. Logo a seguir a mãe de duas delas, ao chegar ao local indicado pelas meninas, declarou ter sentido cheiro de amoníaco. Mais tarde vários dos depoimentos colhidos nos hospitais, por onde pelo menos uma das criaturas passou, descreveram um intenso cheiro de amônia. Talvez os depoimentos feitos pelas pessoas ligadas aos hospitais possam ser considerados mais confiáveis na identificação da substância responsável pelo odor exalado por aquelas criaturas, se considerarmos a formação técnica daquelas pessoas, levando a crer que aquele odor exalado era possivelmente de amônia. Se esse fosse o caso, esse odor intenso de amônia poderia ter um significado relativamente importante no evento. Em 1954 John Burdon Sanderson Haldane, cientista inglês, naturalizado indiano em 1961, apresentou sua teoria sobre a possibilidade de a amônia poder substituir a água na geração de vida orgânica. De lá para cá vários outros estudos sobre esse assunto já foram feitos, e todos convergem para que seja possível haver vida orgânica tendo a amônia como solvente no lugar da água, podendo até ser mais eficiente que esta, dependendo das condições atmosféricas do planeta onde essa vida orgânica se desenvolvesse.


Enquanto a água se mantém líquida de zero até 100 graus Celsius, ou seja, em um intervalo de até 100 graus, a amônia pode manter o estado líquido de -78 até 98 graus Celsius, ou seja, um intervalo de até 176 graus, desde que em condições atmosféricas específicas. Esse maior intervalo pode inclusive ampliar o que os cientistas denominam de faixa habitável dos planetas em relação às estrelas que orbitam. Para que um planeta tenha a possibilidade de desenvolver vida utilizando a água como solvente, ele não poderia estar muito próximo da estrela da qual orbita. Caso contrário toda a água se evaporaria e se manteria no estado gasoso na atmosfera do suposto planeta devido ao intenso calor. Também não poderia estar muito longe dessa estrela, porque a água se manteria constantemente congelada devido às baixas temperaturas. O tamanho de uma estrela, a sua capacidade de gerar radiações e calor, a distância dos planetas que estão em sua orbita e às condições atmosféricas desses planetas, onde um solvente pudesse manter-se líquido, é resumidamente o que define o tamanho da faixa habitável de uma estrela. Os estudos feitos até hoje indicam que é necessário a existência de pelo menos um solvente em estado líquido para poder haver a possibilidade do desenvolvimento da vida orgânica. Como a amônia tem ponto de ebulição e de congelamento mais amplo do que a água, em condições atmosféricas específicas, isso possibilitaria que essa faixa habitável de um planeta abundante em amônia tivesse quase que o dobro do tamanho, se comparada com a faixa habitável proporcionada pela água, aumentando a possibilidade de haver vida orgânica nesses planetas. Tecnicalidades à parte, o fato é que hoje os cientistas consideram tanto a água quanto a amônia entre os melhores solventes, dentre os elementos que conhecemos até então, que podem possibilitar de geração e sustentação de vida orgânica.


Portanto, se considerarmos a possibilidade de que os supostos alienígenas vistos em Varginha tivessem a sua constituição baseada em amônia, e não em água como nós, isso poderia explicar o intenso odor que os tais seres exalavam, o que poderia ser simplesmente proveniente de sua própria transpiração. Se nós tivéssemos nossa constituição à base de amônia e não de água, transpiraríamos amônia e não água. Se essa suposição for correta, pode inclusive indicar que aqueles seres poderiam estar em uma atmosfera que não lhes fosse muito agradável ou confortável. Muito embora fossem capazes de respirar o nosso ar, afinal mantiveram-se fora da aeronave por diversas horas. Poderiam, por outro lado, estar em um ambiente que não fosse totalmente compatível com sua constituição física e muito diferente da atmosfera com a qual estariam habituados. Além disso, a umidade natural do nosso ar, que costuma inclusive ser alta durante o verão naquela região, para criaturas que não estivessem habituadas com a água, poderia trazer a eles algumas consequências após algumas horas respirando aquele ar e pudesse inclusive justificar a pele brilhante, que poderia ser devido a uma intensa transpiração, causada por alguma espécie de estresse, além do estresse emocional ao qual supostamente estavam submetidas, o que provocaria o consequente odor, relatado por mais de uma testemunha. Assim como poderia explicar também o enfraquecimento da criatura capturada à noite, depois de estar exposta por várias horas à nossa atmosfera. Essa possibilidade poderia também, por exemplo, apontar uma alternativa para a morte dos diferentes animais no zoológico em abril daquele ano, onde alguns dias depois dessas mortes uma criatura foi vista por Sra. Terezinha em 21 de abril. Para nós, seres humanos e animais do nosso planeta, a amônia em grande concentração é altamente corrosiva para os nossos tecidos. Caso a água ou o alimento consumido por aqueles animais fossem


contaminados em algum momento com amônia acima de uma determinada concentração, eles poderiam sofrer uma dilaceração interna de seus órgãos, similares às descritas pelo veterinário que fez suas necropsias. Além disso, a amônia é também intensamente biodegradável em nossa atmosfera. Caso os exames laboratoriais, feitos sobre os restos daqueles animais, tivessem ocorrido muito tempo depois de suas mortes, é bem provável que não fosse mais possível identificar a substância nos tecidos analisados e nem identificar a amônia como o agente causador daquelas lacerações. Talvez o mais curioso nesse estudo sobre a possibilidade de desenvolvimento de vida orgânica tendo a amônia como solvente no lugar da água, não seja exatamente o fato desse estudo ter sido feito, mas sim a época em que ele foi elaborado. Como citei antes, o primeiro estudo sobre isso foi apresentado em 1954. Para que fosse apresentado naquele ano, supostamente deve ter acontecido entre o final da década de 40 e o início da década de 50. Naquele momento ainda sequer conhecíamos totalmente os detalhes bioquímicos da geração da vida utilizando a própria água como solvente. Naquela época nós mal conhecíamos a composição atmosférica dos planetas do Sistema Solar. Tudo o que conhecíamos era resultado de observação por telescópio e da análise do espectro de luz daqueles planetas, que era basicamente o método mais comum para que os cientistas identificassem a composição das atmosferas. Somente na década de 70, a partir de sondas como a Voyager, é que pudemos conhecer melhor a composição atmosférica desses planetas.. Apesar de precários, os estudos da época já mostravam que não deveria haver nenhum planeta no Sistema Solar que tivesse amônia em abundância em sua atmosfera, com exceção de Júpiter, onde nem é tão abundante assim, pois a amônia representa menos de meio por cento da composição de sua atmosfera. Mas mesmo naquela época já se sabia que Júpiter era um gigante gasoso com


uma pressão atmosférica absurdamente alta e uma atmosfera totalmente hostil, não havendo muita possibilidade de haver vida orgânica naquele planeta. Naquele momento nem a corrida espacial para chegar à Lua havia ainda começado. Ela somente começaria em 1957. O conhecimento sobre o nosso próprio satélite era muito mais limitado do que é hoje. Ainda hoje muitos cientistas acreditam que somente a água pode proporcionar condições adequadas para a geração e sustentação de vida orgânica. Esses cientistas são muitas vezes chamados de “água chauvinistas”. Além disso, conhecemos outros trinta e quatro elementos químicos na natureza que poderiam supostamente substituir a água como solvente na geração da vida, mesmo que muitos deles não sejam hoje considerados como os mais adequados para isso. Por que então alguém, naquela época, com o conhecimento limitadíssimo que havia, consumiria recursos financeiros e tempo para estudar a possibilidade de vida tendo apenas e unicamente a amônia como solvente? Será que alguém tinha, já naquela época, alguma informação que nós desconhecemos? Será que as análises biológicas de seres recuperados em algum daqueles acidentes do passado envolvendo UFOs já apontavam para essa possibilidade? É claro que essas são apenas mais algumas especulações e não existe nenhuma evidência ou registro que indique a vinculação desse tipo de substância com os estudos feitos na época. Provavelmente jamais saberemos se aqueles cientistas possuíam qualquer informação a esse respeito, mas permanece a estranheza do fato daquele estudo específico ter ocorrido naquele momento da história. Outra questão pouco esclarecida em todo o caso é o motivo da presença de muitos norte-americanos na região de Campinas e as estranhas manobras no aeroporto daquela cidade durante o período das principais ocorrências. A participação norte-americana parece


ser uma constante, desde a comunicação com o comando do CINDACTA, por razões nunca muito bem esclarecidas, até o aparente desfecho em Campinas. Algumas testemunhas na época chegaram a comentar a presença de norte-americanos em Varginha durante os dias dos principais acontecimentos na cidade. Parece não haver dúvida de que essas pessoas estiveram muito envolvidas em todo o caso e provavelmente tenham emprestado sua experiência e conhecimento de ocorrências similares aos responsáveis por aquelas operações. Mas pode ser que essa participação, muito embora colaborativa, não fosse assim tão desinteressada. Existe muita especulação e pouca informação definitiva sobre o destino final, tanto dos destroços quanto das criaturas vivas e dos corpos das criaturas mortas. Alguns especulam que os destroços das aeronaves teriam chegado ao CTA em São José dos Campos, e que as criaturas permaneceram na Unicamp em instalações subterrâneas e secretas dentro daquela instituição durante algum tempo. É possível que uma parte de todo o material recolhido possa ter ficado em alguns desses lugares, porém não seria surpresa se soubéssemos que a maior parte de tudo o que foi recolhido em Varginha tivesse sido levado embora pelos norte-americanos durante todas aquelas manobras. É muito pouco provável que o Brasil conseguisse, por exemplo, manter qualquer criatura como aquelas vivas em alguma instalação. Se a identificação de todas aquelas ossadas, as quais também passaram pela Unicamp, ainda estão aguardando verbas para poderem ser definitivamente analisadas e reconhecidas depois de quase quinze anos, é de se imaginar que qualquer criatura mantida viva em alguma instalação local poderia enfrentar dificuldades em se manter assim por muito tempo.


Toda a movimentação daqueles estrangeiros durante aqueles dias naquela região pode indicar que intensas negociações ocorreram naquele período para definir o destino de todos aqueles materiais. Pode até ser que tenham ressuscitado prováveis antigos acordos durante esse período. Como os representantes oficiais da NASA, que visitaram a Unicamp no final de janeiro daquele ano, afirmaram que o objetivo oficial da visita seria a discussão a respeito da participação de brasileiros em futuras missões espaciais, muito embora os principais motivos da visita possam ter sido outros, é possível que o único brasileiro a ter participado até hoje de uma dessas missões tenha que ser grato ao evento ocorrido em Varginha. Afinal, não seria impossível que essa participação pudesse ter sido negociada como uma das contrapartidas pela seção de todo aquele material, ou mesmo para validar a desculpa sobre o que haviam declarado à imprensa. Talvez esse tipo de contrapartida seja um dos motivos pelos quais algumas autoridades brasileiras já chegaram a declarar publicamente ter muito “respeito pelo E. T. de Varginha”. Se considerarmos as estranhas movimentações observadas nos dias, semanas e meses que se seguiram, podemos, por exemplo, especular que o corpo de pelo menos uma daquelas criaturas, já sem vida, possa ter permanecido em alguma instalação local, pelo menos por mais algum tempo, porém todo o resto já não deve estar mais no país há muito tempo. A razão de todo aquele interesse americano no caso pode estar também relacionado, por exemplo, à possibilidade de aquela espécie ser ainda desconhecida dos pesquisadores. Todos os esforços para capturá-las com vida pode ser outro indicativo desse interesse. Podem também ter emprestado seus conhecimentos de como seria possível abater aquele tipo de aeronave de forma a causar a menor quantidade de dano possível, para que boa parte daquele material pudesse ser recuperada em condições minimamente aproveitáveis em pesquisas


sobre seu funcionamento. Além disso, pode indicar também que aqueles estrangeiros estivessem se assegurando de que o caso seria mantido longe do conhecimento do público. Eventuais erros naquelas operações poderiam deixar para trás provas ou evidências inconvenientes para quem tem demasiado interesse em que esse tipo de caso nunca seja totalmente esclarecido, motivo pelo qual podem ter emprestado seus conhecimentos e experiências em casos similares, os quais, sem dúvida, possuem de sobra. Todas as especulações sobre o caso apontam na direção de que ele deve ter sido considerado um sucesso por seus organizadores. Foi possível recuperar muito material das duas aeronaves abatidas. Tudo indica que boa parte daquele material estava aparentemente intacta, principalmente o material oriundo da segunda aeronave abatida. Recuperaram seus ocupantes, muito provavelmente dois deles ainda com vida, e também conseguiram fazer com que ninguém fosse capaz de ter alguma prova irrefutável de que quaisquer daqueles eventos tivessem realmente acontecido. Com maior ou menor grau de eficiência e de competência, alcançar esses objetivos deve ter sido considerado sinônimo de sucesso naquela operação. Esse aparente “sucesso” pode também ser mais uma evidência de que aqueles que trabalharam nessa operação foram bem instruídos e orientados pelos estrangeiros lá presentes, indicando até que pudessem estar no comando geral da operação, uma vez que as características de como as atividades foram executadas, a distribuição e isolamento das tarefas, as estórias contadas, a agilidade com que algumas operações foram realizadas e principalmente a maneira com que os eventos foram encobertos, denotam padrões semelhantes aos observados nas chamadas “operações secretas” em torno dos supostos casos similares reportados nos Estados Unidos, muito embora o “temperinho


brasileiro” esteja presente e acabe transparecendo em algumas partes dos eventos. Muita coisa do que vimos até aqui sobre este caso pode até ser considerada pura especulação. Mas temos alguns fatos centrais nos quais talvez seja mais interessante nos concentrarmos. Temos inúmeros relatos de objetos voadores não identificados naquela região durante vários daqueles dias. Temos três testemunhos sobre duas aeronaves desconhecidas soltando fumaça, uma delas com um buraco e uma rachadura. Temos o testemunho do empresário sobre militares coletando destroços metálicos. Temos criaturas estranhas vistas por crianças que as apedrejaram e preocuparam seus pais. Temos vários desses pais chamando a segurança pública para reportar o fato. Temos o testemunho das três meninas sobre uma criatura e temos sua descrição. Temos inúmeros testemunhos afirmando que militares estiveram envolvidos em operações totalmente fora de suas características. Temos segurança feita por militares durante alguns dias em hospitais daquela cidade. Temos a morte do policial em condições misteriosas. Temos o assédio e a tentativa de suborno à família das meninas. Somente com base nesses poucos eventos, mesmo se expurgássemos tudo o que seria desnecessário do enredo, ainda assim teríamos muitos indícios fortes de que muito provavelmente naqueles dias em Varginha tenha acontecido mais um episódio em que extraterrestres foram propositalmente atacados através dessas “ações militares”, foram aprisionados, tiveram todo o seu equipamento confiscado e foram levados para algum lugar secreto, muito provavelmente fora do país, para que fossem estudados à exaustão. Talvez nenhum outro caso no mundo tenha deixado tantos rastros, mesmo que depois de algum tempo muitos desses rastros tenham sido simplesmente “apagados”.


IX. O que podem já ter logrado com essas estratégias? Quando vimos no início do livro que o assunto UFOs poderia estar ligado diretamente ao dia a dia da imensa maioria das pessoas na atualidade, essa era na realidade uma referência ao fato de que grande parte da tecnologia que temos hoje à nossa disposição pode ter sido influenciada por pesquisas feitas a partir de fontes extraterrestres ou alienígenas nos últimos 70 anos. Se for verdade, por exemplo, que o transistor foi resultado de engenharia reversa de material extraterrestre, ou ainda que os circuitos impressos, ou circuitos integrados, tenham sido desenvolvidos com base nessa mesma fonte de inspiração, então não há como negarmos que essa influência já atingiu diretamente, de uma forma ou de outra, todos os bilhões de habitantes do planeta atualmente. Até mesmo aquelas pessoas que vivem nos lugares mais remotos e que levam uma vida muito simples já tiveram acesso no mínimo a um radio de pilhas, que possui pelo menos alguns desses transistores e pelo menos um pequeno pedaço desse tipo de circuito. Se considerarmos que tudo que especulamos anteriormente tem grande probabilidade de ter acontecido e de permanecer acontecendo ainda hoje, são incalculáveis as influências desse processo na vida de todos nós nas últimas décadas. É completamente impossível dimensionar o efeito concreto dessas estratégias. Até por que não temos nenhum conhecimento da abrangência dessas pesquisas. Algumas pesquisas podem ser feitas em poucos anos enquanto outras somente darão resultados depois


de muitas décadas. Podemos estar sendo afetados hoje por pesquisas que tiveram seu início há mais de cinquenta anos atrás. Um dos possíveis exemplos disso pode ser o trem bala que vem sendo produzido no Japão. Trata-se de um trem capaz de atingir a velocidade de quase 600 quilômetros por hora, o qual viaja flutuando sobre uma espécie de trilho utilizando-se para isso de supercondutores e de eletromagnetismo. Os construtores desse trem têm planos de colocá-lo em operação até o ano de 2027. Se a supercondutividade, cuja pesquisa foi apresentada em 1957 pelo Dr. Bardeen e outros dois físicos, tiver sido inspirada a partir desse tipo de fonte, como especulamos antes, no momento em que esse trem for inaugurado terão se passado 70 anos desde a proposta de sua teoria até que os supercondutores pudessem ser utilizados em uma aplicação prática e popular. Outra evidência disso, por exemplo, é o novo elemento químico que citei anteriormente, o Unumpêntio, que já estava sendo pesquisado em 1989 quando Bob Lazar deixou de trabalhar em suas pesquisas, e somente no ano de 2013 teve sua descoberta confirmada por cientistas. Não temos conhecimento de quando as pesquisas sobre esse elemento começaram de fato, mas entre a declaração de Lazar e a confirmação do elemento 115 passaram-se vinte e quatro anos. E ainda serão necessários muitos mais anos até que possamos obter benefícios concretos oriundos dessa descoberta. Nesse caso específico existem muitos indícios de que a inspiração para a pesquisa desse novo elemento partiu do acesso à tecnologia extraterrestre. Se for assim, quantos anos seriam necessários para que os seres humanos chegassem a esse elemento caso não tivessem esse acesso? É impossível precisar, mas certamente levaria muito mais do que o tempo que tomou. Talvez muitas décadas ou até mesmo séculos.


Esse tipo de informação acaba no mínimo levando as pesquisas para um caminho mais provável de solução. Sem essas indicações e informações a possibilidade de que essas mesmas pesquisas tomassem diferentes caminhos seria muito grande. Perderiam muito tempo entre erros e acertos até que encontrassem o caminho mais adequado e que as mesmas soluções fossem alcançadas. Seguindo esse mesmo raciocínio e supondo que o acesso a esse tipo de material vem ocorrendo nos últimos 70 anos, podemos imaginar que uma quantidade infindável de tecnologias, às quais temos acesso hoje em dia, podem ser os resultados da influência direta ou indireta desses estudos. O ritmo dos avanços tecnológicos que experimentamos nesses mesmos últimos 70 anos, que todos percebemos ter sido muito significativo e muito rápido, pode ter sido diretamente afetado pelo acesso a esse tipo de fonte de informação. Existem inúmeras especulações sobre quais tecnologias específicas haveriam sido desenvolvidas com base nessas pesquisas, que, além dos já citados transistores e circuitos integrados, vão desde a tecnologia de micro-ondas, que foi proposta inicialmente em 1945, para o uso em radares, mas foi somente popularizada com a utilização em fornos caseiros décadas depois, passando pelo controle dos raios laser e todas as suas aplicabilidades, passando também pela leitura ótica a laser do CD, DVD e Blu-Ray, pelo microchip, desenvolvido no início dos anos 70, pelas telas planas das nossas TVs, pelas fibras óticas, que revolucionaram as transmissões por cabo, pelos LEDs mais modernos, que também chegaram até as TVs atuais, pela nanotecnologia, pelo desenvolvimento de novas ligas metálicas e mais um número infindável de possíveis pesquisas que poderiam ter este tipo de “fonte de inspiração”. Muito embora existam mais indícios de inspirações desse tipo em algumas tecnologias do que em outras, tudo isso é pura


especulação, é claro, mas muitas dessas tecnologias podem ter sido realmente inspiradas nesses estudos, o que pode servir para dar uma dimensão da importância e do impacto que estudos como esses podem ter significado em nosso desenvolvimento tecnológico. Não seria razoável imaginar que as pessoas que tivessem essas fontes de inspiração ao seu alcance, as teriam desprezado para efetuar todas as pesquisas partindo de zero. Se a especulação de que muitos cientistas já tiveram a oportunidade de pesquisar sobre materiais extraterrestres, obtidos a partir dessas quedas de aeronaves alienígenas, como indicam os inúmeros indícios discutidos aqui, então seria uma consequência natural que tivessem utilizado esses materiais como base para suas pesquisas. Esses mesmos desenvolvimentos significaram, e continuarão significando, impronunciáveis lucros a inúmeros conglomerados de empresas, para os quais direitos foram pagos sempre que tais tecnologias foram utilizadas na produção do que quer que seja. A cada anúncio de uma nova descoberta são geradas incontáveis ramificações de estudos buscando novas aplicações para essas tecnologias, criando uma reação em cadeia incalculável ao redor de cada uma dessas inovações. Mas como essas pesquisas, que são feitas dentro de bases secretas e subterrâneas, podem chegar ao mercado sem levantar suspeitas sobre a sua origem? Essa talvez seja a parte mais simples e mais barata de toda a operação. Bastaria, por exemplo, que um desses cientistas, responsável por algum desses estudos, o qual já teria atingido um estágio onde seria possível pesquisar uma aplicação prática para aquela tecnologia, subitamente fosse contratado para integrar o grupo de pesquisadores de algum daqueles grandes conglomerados empresariais, originários daquela mesma nação, é claro. Provavelmente os principais executivos desses grupos empresariais possam ter algum tipo de conhecimento e de consciência do processo, ou de pelo menos parte


dele. Repentinamente esse cientista tropeça em uma solução miraculosa, cujo conceito ele alega que já vinha estudando individualmente, e “convence” a empresa a investir naquela possibilidade. E isso é o suficiente para desenterrarem aquelas pesquisas de dentro dessas bases subterrâneas, trazerem-nas para cima da superfície e muito pouca gente considerará estranha a forma com que elas surgiram. Pode até ser que aqueles cientistas cheguem a ganhar o premio Nobel com aquelas “descobertas”. Será que isso nunca aconteceu? Tudo isso sem falarmos no possível desenvolvimento de novos armamentos. Não nos esqueçamos de que este material está sob o controle das forças armadas e das agências de inteligência dessas nações. Não seria nenhuma surpresa se nos deparássemos com estudos que teriam o propósito de desenvolver novos armamentos e equipamentos de guerra ou de defesa inspirados nessas fontes. Conhecendo um pouco de história da ciência moderna e a índole de alguns seres humanos, poderíamos até arriscar em afirmar que esses estudos devem ter sido os primeiros que foram feitos. Entre os infindáveis casos envolvendo UFOs não temos nenhum registro confirmado de agressão promovida por nossos visitantes, o que poderia indicar que não nos visitam equipados com nenhum tipo de armamento. Os únicos registros de casos que podem ser considerados agressivos, supostamente praticados por civilizações alienígenas, são os casos de abduções, de implantes subcutâneos, que teriam sido instalados por extraterrestres, e de pessoas que alegam que foram examinadas de alguma forma por alienígenas. Alguns outros casos se referem a luzes provenientes de possíveis UFOs que teriam provocado queimaduras em determinadas pessoas. Alguns especulam que a morte de algumas pessoas teria sido causada por atividades alienígenas, mas, da mesma forma que nenhum dos avistamentos foi até hoje comprovado, nenhuma dessas mortes também o foi. Como existe um esforço imenso para


encobrir todos os casos envolvendo UFOs é muito difícil imaginar que obtivéssemos qualquer tipo de informação a respeito, caso tivesse ocorrido algum tipo de agressão por parte desses visitantes. Nos dias de hoje é praticamente impensável que uma investigação oficial pudesse concluir que a morte de alguém tivesse sido causada por qualquer tipo de fenômeno extraterrestre ou qualquer coisa similar. Mas o fato é que, apesar dos esforços para encobri-los, temos inúmeros registros de casos de UFOs e temos raríssimos casos supondo ou conjecturando algum tipo de agressão por parte deles. Ainda assim a tecnologia obtida através desses estudos pode ser utilizada para o desenvolvimento da nossa indústria bélica, mesmo que eventualmente nem tenhamos nenhuma arma alienígena para inspirar esses estudos diretamente. Um desses possíveis exemplos pode ser o raio laser que, se teve este tipo de fonte de inspiração para que fosse desenvolvido, já foi incorporado na fabricação de acessórios para diversos armamentos. Não há a menor dúvida de que, caso tenhamos nos utilizado de material e biologia alienígenas em estudos e pesquisas, são extraordinários os benefícios gerados para toda a humanidade. O real problema não está relacionado com a obtenção e utilização dessa tecnologia, mas sim na forma com a qual é supostamente obtida e a forma específica com a qual é explorada. Se a utilização desse material alienígena nessas pesquisas fosse de conhecimento público, e se essas naves alienígenas, utilizadas nessas pesquisas, literalmente tivessem caído do céu, então esses estudos deveriam ter sido conduzidos por um conjunto de nações, e seus benefícios deveriam ser de domínio público, ou seja, não deveriam render direitos a ninguém, já que essas pesquisas acabariam sendo financiadas por recursos públicos dessas diversas nações. Por outro lado, se essas naves não caíram acidentalmente, mas foram abatidas intencionalmente, estaríamos diante de um conflito moral. É fato que nenhum país desenvolveu até hoje qualquer legislação


prevendo essa possibilidade, mas certamente seriam ações condenadas por toda a humanidade, mesmo que por pura hipocrisia. Isso tudo sem falar na máquina que é colocada em funcionamento para conseguir manter sigilo absoluto sobre o assunto, com o único propósito de fazer com que a utilização de todo este suposto material seja de uso exclusivo, tendo ele sido resultado de um real acidente ou não. Muito embora todos os discursos digam exatamente o contrário, parece que em alguns casos algumas pessoas ainda preferem pensar que o fim pode justificar os meios. Se não fosse assim, jamais teriam, por exemplo, levado Von Braun para os Estados Unidos e muito menos teriam lhe dado uma condecoração como a que recebeu. Também não teriam torturado alguns terroristas em Guantánamo, como alguns especulam que também aconteceu, ou até mesmo que ainda venha acontecendo. Da mesma forma alguns Sérvios nunca teriam pensado que seria correto executar uma limpeza étnica e tentado eliminar todas as pessoas das outras etnias nos Bálcãs. Assim como também Hitler não teria utilizado o antissemitismo como desculpa, causado um genocídio entre os judeus na época, com os únicos intuitos de expropriar seus bens e de ganhar a simpatia de milhões de alemães, conseguindo que o apoiassem em seus objetivos nefastos. É possível até que alguns entendam que eliminar ou enclausurar alguns poucos alienígenas de algumas espécies, supostamente pacíficas, não seja comparável com nenhum desses atos, mas é muito provável que a imensa maioria das pessoas de bom senso discorde desse posicionamento, principalmente considerando as prováveis razões pelas quais supostamente acontecem e os presumíveis objetivos desse tipo de prática nos últimos anos. Muito embora tudo indique que essas estratégias tiveram início com o objetivo de garantir que estivessem à frente de potenciais “inimigos” e que todo o sigilo planejado em torno do assunto


também teve como principal objetivo garantir que os mesmos “inimigos” não tivessem acesso a essas mesmas fontes de informação, com o passar dos anos esses objetivos aparentemente foram se transformando e o quase monopólio que foi construído em torno desse assunto serviu nas últimas décadas muito mais para perpetrar e manter uma hegemonia tecnológica, e por consequência também financeira, sobre maioria das demais nações. Isso somente reforça ainda mais a necessidade que, aqueles que porventura estejam envolvidos nessas possíveis práticas, têm de mantê-las em sigilo absoluto, e justifica ainda mais a disposição destes em promover qualquer tipo de ação, e até mesmo gastar o dinheiro que for necessário para tentar fazer com que continue sendo sempre assim. Muitos são os que ainda questionam, por que alguém teria interesse, ou mesmo gastaria dinheiro e recursos somente para encobrir casos envolvendo UFOs? Ao olhar para este problema da forma que tudo indica que ele realmente é, então não teremos dificuldade em encontrar as respostas bem debaixo dos nossos narizes. Por que o dinheiro que se ganha ao implantar e manter essas estratégias é incalculavelmente maior do que qualquer custo com qualquer dessas operações.


X. Há esperança de as autoridades um dia mudarem sua posição sobre os UFOs? Se partirmos da hipótese de que tudo que foi especulado até aqui tenha alguma chance de ser verdade e todas essas ações estiverem de fato ocorrendo, analisando também o momento político que vivemos em nosso mundo, certamente só haveria uma resposta possível para a questão destacada no título deste capítulo: Irrefutavelmente não. Não há a menor possibilidade de haver qualquer mudança de posicionamento de nossas autoridades no tratamento dessa questão, como também não existe qualquer expectativa de que todos os arquivos secretos, mantidos por esses governos, venham a ser abertos e passem a ser de conhecimento do público. Para percebermos a dimensão desse fato, podemos utilizar como exemplo a existência de uma série de pessoas, em sua maioria ex-funcionários ou ex-contratados de algumas dessas agencias governamentais nos Estados Unidos, que alegam que, durante o período em que trabalharam para essas agências, tiveram acesso a evidências que sugerem a existência de provas da presença de inteligências alienígenas no nosso planeta, assim como da utilização de material extraterrestre em pesquisas secretas. Todas essas pessoas, através de organizações não governamentais, vieram a público nos últimos anos para fazerem esses depoimentos e colocarem-se publicamente à disposição do congresso daquele país, alegando que confirmariam essas declarações frente aos


parlamentares em depoimentos oficiais, caso fossem solicitados, em qualquer tipo de investigação oficial sobre esses indícios. Será que conseguimos imaginar qual foi o resultado de tudo isso? O resultado foi que até hoje ninguém os convocou ou mesmo os convidou oficialmente para dar qualquer depoimento sobre esses assuntos ou mesmo qualquer outro. Por essas e outras razões é difícil imaginarmos este assunto completamente esclarecido em um futuro próximo. É fato que quando essas estratégias foram idealizadas, supostamente no final dos anos 40, existiam inúmeras ameaças sombrias sobre os ombros dos chamados líderes do mundo livre daquela época, como por exemplo, a possibilidade crescente de um conflito nuclear, as ameaças ideológicas do expansionismo comunista, as incertezas dos caminhos que a própria guerra fria tomaria, entre outras ameaças. É razoável imaginar que aqueles líderes tinham um olhar diferente sobre a possibilidade de obterem vantagens competitivas. Pode ter parecido para esses líderes, naquele momento da história, que essas estratégias estariam intimamente ligadas às tentativas de manter e preservar o modo de vida no qual acreditavam. Com o passar dos anos as ameaças ao mundo livre foram se modificando e hoje muitas daquelas ameaças que assombravam os líderes daquela época já não existem mais. Talvez se o cenário político da época se parecesse com o cenário atual, é possível que muitas daquelas estratégias fossem idealizadas de uma forma muito diferente do que as soluções escolhidas naquela ocasião. Mas, uma vez que essas estratégias tiveram seu início, tornou-se quase que impossível para quem quer que seja, depois de tudo que foi feito, simplesmente voltar atrás, mesmo que alguém pretendesse fazer algo nesse sentido. Não haveria qualquer solução que fosse ao menos razoável para repentinamente alguém anunciar


como as coisas aconteceram até então e declarar a disposição de mudarem seus posicionamentos e suas atuações nessas questões. Também é verdade que as ameaças daquela época foram sendo substituídas com o passar do tempo por disputas comerciais e o mundo se transformou em um grande mercado, onde o comércio internacional passou a ser o pilar principal de sustentação das economias da imensa maioria dos países. Se as estratégias a respeito do acesso à tecnologia extraterrestre, no momento em que foram idealizadas, tinham outros objetivos, hoje elas continuam sendo de extrema importância para esses países, mesmo que por razões totalmente diferentes das razões que as originaram. Uma das únicas possibilidades imagináveis de podermos modificar essas estratégias no futuro seria se ocorresse uma mudança radical na geopolítica mundial. Se não fôssemos organizados geopoliticamente da forma que somos hoje, e evoluíssemos para uma administração que fosse global, ao invés da divisão em mais de duzentas nações soberanas, cada uma com seus próprios interesses, muitas vezes egoístas e egocêntricos, talvez então as estratégias atuais simplesmente deixassem de fazer sentido. Poderíamos até nunca saber exatamente o que aconteceu no passado, mas essas estratégias poderiam ser modificadas no futuro. As principais razões para que as coisas aconteçam da forma que supostamente acontecem hoje, em relação aos UFOs, estão relacionadas com a tentativa de estar à frente na competição com outras nações por hegemonia, poder, influência e dinheiro para seus países, e não por objetivos mesquinhos pessoais de quem quer que seja. É a obtenção de vantagens competitivas frente às outras nações que supostamente movem essas estratégias nos dias de hoje. Portanto, se o mundo fosse uma única nação e não estivesse mais dividido em centenas de nações independentes, a nossa boa e


velha lógica indica que essas estratégias em relação aos UFOs deixariam completamente de existir e de fazer sentido. O mundo poderia ser uma grande nação dividida em estados, que poderiam ser inicialmente os atuais países. Teríamos um governo centralizado em algum ponto geográfico. Um parlamento composto por representações desses estados. Teríamos uma língua oficial única, mesmo que mantendo as línguas regionais. Teríamos um conjunto de leis constitucionais básicas válidas em todo o planeta, podendo haver leis estaduais, desde que não ferissem as leis globais. Todas as políticas e estratégias teriam como objetivo principal o bem estar de todas as pessoas do planeta e não de apenas um grupo delas. Seria algo semelhante ao que conhecemos hoje nos países que funcionam como repúblicas federativas, tais como, por exemplo, os Estados Unidos, o próprio Brasil e alguns outros países, porém em uma escala global onde cada estado seria o que entendemos hoje como sendo um país. Quando o nosso mundo atingir esse estágio de evolução, aí então poderemos imaginar conhecer pelo menos boa parte do conteúdo dos atuais arquivos secretos guardados por motivo de segurança nacional de alguns desses países. Se isso acontecesse é possível que até os próprios extraterrestres, aqueles que vêm nos visitando constantemente, se sentissem estimulados e interessados em fazer algum tipo de contato conosco, por perceberem o importante passo que teríamos dado no sentido da consolidação de nosso desenvolvimento como sociedade e civilização. Poderiam até dividir espontaneamente alguns de seus segredos, desde que fossem aqueles que não comprometessem o nosso próprio desenvolvimento. Muitos consideram essas ideias utópicas e acham que mudanças nessa direção jamais acontecerão. Utilizam-se das inúmeras diferenças entre os povos para justificarem essa impossibilidade, além de imaginarem que na realidade caminhamos no sentido


totalmente oposto. Alguns teóricos enxergam mais motivos para que haja ainda mais separação do que qualquer união entre os povos desse planeta. Mas se analisarmos os sinais que estão à nossa volta hoje em dia, talvez não tenhamos muitas dúvidas de que na realidade caminhamos na direção de uma união global. Viemos de sociedades que se organizavam em vilas, passamos pelas cidades e pelas províncias para chegarmos aos estados e depois aos países como os conhecemos hoje. E se analisarmos logicamente de onde viemos e para onde estamos indo, perceberemos que esse será sem dúvida o caminho que percorreremos algum dia, mais cedo ou mais tarde. E muito provavelmente os motivos que nos levarão nessa direção não serão muito diferentes dos motivos dos acontecimentos que nos trouxeram até aqui. O atual modelo econômico mundial é completamente insustentável em longo prazo. Hoje em dia somente a economia interna dos países não consegue mais deixá-los sustentáveis, pelo menos não por muito tempo. Hoje todos têm de participar intensamente do comércio internacional para manterem suas economias girando e atender às demandas de uma população cada vez mais exigente. A matemática não permite que seja possível mais de duzentas nações comprarem e venderem seus produtos de forma que todas possam sair sempre ganhando com isso. Esse modelo somente se sustenta enquanto algumas ganham e muitas perdem. Se não fosse assim ele não faria sentido. Até quando as nações menores concordarão em perder sempre? E quando não suportarem mais suas dívidas? E quando elas crescerem e ousarem querer também ganhar? O que já vem acontecendo em alguns casos. Aí então estaremos chegando próximos ao colapso do modelo econômico atual. Cada vez mais as nações dependem dos recursos umas das outras para poderem sustentar suas economias. Essas


dependências já são percebidas claramente hoje como foco central em algumas disputas entre algumas dessas nações, que as obrigam a buscar sempre soluções negociáveis para eventuais conflitos, já que qualquer rompimento em suas relações poderia afetar significativamente suas economias. Muita gente pode não perceber, mas estamos caminhando a passos largos para deixarmos de ser um conjunto de nações globalizadas para sermos uma nação global. A criação de alguns blocos de nações, como a própria União Europeia, por exemplo, representa um passo nessa direção, muito embora tenha sido formada com outros propósitos. Os avanços tecnológicos vêm tornando o mundo menor e uma série de novos costumes está se espalhando pelo globo de forma muito similar e muito rapidamente. Esse processo continuado por algumas gerações criará uma tendência de unir os povos em práticas muito parecidas. Até as nações de culturas muito específicas e diferentes da maioria das outras já estão observando, mesmo que mais lentamente, essa convergência nos hábitos e nos costumes. Mesmo as diferenças religiosas vêm sendo superadas, como demonstram alguns países, que tiveram sua população formada essencialmente por imigrantes de todos os cantos do mundo, e onde se observa a convivência cada vez mais harmoniosa entre pessoas oriundas de diferentes culturas e religiões. É claro que muito provavelmente nós não veremos isso acontecer. Pode até ser que nem nossos filhos o vejam. Mas essa mudança está em nosso destino nas gerações futuras. Um grande trauma global, como um eventual conflito mundial, pode abreviar muito a necessidade dessa mudança. O próprio Einstein chegou a propor a criação de um governo mundial como solução para os futuros conflitos após o final da segunda guerra mundial. Naquele momento o mais perto disso que se alcançou chegar foi a criação da ONU em outubro de 1945. Os poderes limitados dessa organização


e o fato de não deliberarem sobre questões econômicas e financeiras fizeram com que até hoje ela não fosse considerada por ninguém uma liderança muito importante. Essa mudança jamais acontecerá pelo simples desejo de alguns. Como todas as outras grandes mudanças que ocorreram no mundo, essa somente se dará por motivos econômicos e financeiros. Portanto enquanto o modelo atual for favorável às nações mais ricas e poderosas essa mudança não tem nenhuma chance de ocorrer. Somente quando essas nações chegarem ao ponto de perceberem que suas hegemonias estarão ameaçadas caso continuem trilhando o atual caminho, é que poderemos imaginar que uma mudança dessa magnitude possa ser orquestrada. Antes que isso aconteça muita água ainda vai passar por debaixo das pontes. Mas quando essa mudança eventualmente ocorrer, talvez possa haver alguma esperança de que a atual política de acobertamento sistemático dos casos envolvendo UFOs possa ser modificada. E como podemos perceber essa eventual solução não é uma possibilidade que devemos esperar para muito breve.


XI. Há ainda alguma dúvida sobre estarmos sendo visitados por extraterrestres? Mesmo depois de tudo o que vimos até aqui, o fato de nunca podermos apresentar provas ou evidências categóricas e definitivas, muitos são aqueles que ainda mantêm esta dúvida. Outros chegam até a duvidar que possam existir outras civilizações inteligentes em outros mundos. Nos dias de hoje entendemos como razoável pensarmos sobre este questionamento. Porém, poderíamos equiparar esta ideia com a dúvida que dividia os teóricos em meados do milênio passado sobre a terra ser ou não redonda. Mas enquanto não temos como fazer nada de concreto para acabar de vez com esta dúvida, já que neste caso ainda não podemos fazer nada parecido com o que foi feito naquela época, como navegar até as Américas para provar a teoria, talvez seja interessante analisarmos, mesmo que muito resumidamente, algumas estimativas que corroboram com a tese de que não devemos ser a única civilização inteligente presente no universo neste mesmo momento. Hoje os astrônomos estimam que exista cerca de 100 bilhões de galáxias no universo, a imensa maioria delas com características muito semelhantes à nossa Via Láctea. Estimam também que essas galáxias devem conter uma média de 100 bilhões de estrelas cada uma delas. Com base nessas simples estimativas, teríamos por volta de 10 sextilhões de estrelas no universo, ou seja, o número 10 seguido de 21 zeros. E tudo indica que muitas dessas estrelas são


muito semelhantes ao nosso Sol. Estima-se também que grande parte dessas estrelas possuam planetas presos em suas órbitas, assim como no nosso Sistema Solar. Parece ser desnecessário fazer qualquer conta para deixar claro que a quantidade de planetas e satélites naturais estimados no universo represente um número praticamente impronunciável. Hoje em dia, até o momento em que escrevo este livro, nós mesmos já fomos capazes de identificar alguns milhares de planetas em órbita de outras estrelas, aos quais já batizamos com nomes individuais. Os cientistas denominam esses planetas em outros sistemas solares de exoplanetas. Alguns desses exoplanetas até nós mesmos já sabemos que poderiam ter condições adequadas à vida. Esses planetas têm sido identificados cada vez com mais frequência, devido aos novos telescópios colocados em órbita. Não demorará a que identifiquemos muitos outros milhares deles. E isso somente com a ajuda desses telescópios. Ainda assim representarão um número insignificante, frente ao número de planetas que se estima existir em todo o universo. Mesmo considerando que somente uma pequena parte desses planetas e satélites naturais possa reunir as condições físicas e atmosféricas necessárias para o desenvolvimento de alguma forma de vida, seria possível que a Terra fosse o único planeta em todo o universo a abrigar vida inteligente neste mesmo momento? O nosso conhecimento científico atual e a lógica da matemática apontam em direção totalmente oposta a essa possibilidade. Mas mesmo que nos rendamos à lógica matemática e admitamos que seja praticamente certo haver vida inteligente em outros planetas neste mesmo momento, isso não quer dizer que esses seres inteligentes tenham a capacidade de chegar até nós. Por que será que muitos julgam que seria impossível que outras civilizações inteligentes conseguissem chegar até aqui? Provavelmente seja por que são muito orgulhosos do nosso estágio


atual de desenvolvimento e do nosso conhecimento científico acumulado, que aponta para uma série de obstáculos, praticamente inviabilizando a ideia de viagens interestelares, pelo menos para nós humanos, mesmo em um futuro mais distante. E como consideram as viagens interestelares inviáveis, certamente consideram as viagens intergalácticas no conjunto das ideias inimagináveis. A impossibilidade em atingirmos a velocidade da luz. O excessivo tempo que seria necessário para irmos até mesmo para a estrela mais próxima. Os problemas relacionados com a relatividade do tempo, além de outros, caso conseguíssemos viajar na velocidade da luz, comprovada matematicamente por Einstein. Estes são apenas alguns dos principais obstáculos que vemos hoje em dia para que pudéssemos fazer uma viagem interestelar. Será que estamos certos? Com certeza hoje não conseguiríamos. Mas talvez tenhamos que olhar com um pouco mais de atenção para o nosso passado, para tentarmos entender o que acontece no presente e podermos especular sobre o nosso provável futuro, para conseguirmos arriscar uma possível resposta para essa questão. Há aproximadamente duzentos anos atrás não éramos capazes de nos deslocarmos em terra sem contarmos com a utilização de nossas próprias pernas ou de algum tipo de tração animal. Somente com a invenção do trem, no início do século XIX, é que passamos a poder nos movimentar com a ajuda de máquinas. A invenção do carro, pouco mais de cem anos atrás, tornou o transporte terrestre muito mais dinâmico e provocou uma verdadeira revolução, trazendo-nos aos dias de hoje. Hoje é praticamente impensável imaginarmos um mundo onde não fosse possível o deslocamento terrestre com a utilização dos inúmeros tipos de veículos automotores que utilizamos. Mas não podemos nos esquecer de que há muito pouco tempo atrás isso não era possível. As pessoas


daquela época provavelmente jamais imaginariam ser possível que alguém pudesse viajar a mais de 300 km/h em um trem bala, desses relativamente comuns nos dias de hoje. Se alguém propusesse essa ideia no início do século XIX seria provavelmente considerado um completo louco. Também há pouco mais de cem anos atrás não éramos capazes de voar com nada que fosse mais pesado do que o ar. Em outras palavras, estávamos literalmente pregados ao solo. Somente com a invenção do avião é que isso também se tornou possível. Hoje nos referimos ao avião como uma coisa quase que banal. Praticamente temos a impressão de que sempre existiram e de que voar é na realidade muito simples. Afinal, hoje somos capazes de cruzar os céus para todos os lados e de construir aeronaves com centenas de toneladas, que levantam facilmente do solo e se deslocam com muita facilidade e rapidez. Mas isso também era impensável para as pessoas que viveram há pouco mais de cem anos atrás. Será que elas conseguiriam imaginar um dia viajarem a mais de 900 km/h em uma espécie de trem voador intercontinental? Talvez aquele que ousasse propor algo assim naquela época também seria internado em um hospício. Mas não antes de ouvir algumas explicações dos cientistas da época, que lançariam mão de várias teorias para demonstrar cientificamente, é claro, que mesmo que um dia pudessem voar, muito provavelmente estariam limitados à velocidade do som, e que esta seria uma barreira intransponível. Por mais incrível que isso possa parecer hoje, esse paradigma teve vários adeptos entre os próprios cientistas até pelo menos meados dos anos 40, ou seja, há pouco mais de setenta anos atrás. Só foi totalmente quebrado quando alguns corajosos pilotos de prova superaram a barreira do som em outubro de 1947, mas não antes que alguns outros pilotos perdessem suas vidas nessas tentativas. A produção, o controle e a distribuição de energia elétrica só foram viabilizados há menos de duzentos anos, assim como o


telégrafo e o telefone. A transmissão por ondas de rádio somente foi possível há pouco mais de cem anos. Antes desses avanços as pessoas viviam muito mais isoladas e a comunicação era um processo muito mais demorado e trabalhoso. Há menos de trinta anos atrás não tínhamos acesso à telefonia celular. Isso mesmo! Aquele aparelhinho chato, do qual hoje parece que não podemos nos afastar por mais do que alguns minutos, não existia há pouquíssimas décadas atrás. É certo que o homem chegou até a Lua no final da década de 60, mas a capacidade dos computadores disponíveis na época, tanto nas naves espaciais, que fizeram a viagem, quanto em terra, no controle da missão, se fossem somadas, o resultado seria infinitamente menor do que a capacidade de processamento e armazenamento dos computadores que muitas pessoas têm em suas próprias residências hoje em dia. Vários daqueles computadores eram muito menos potentes do que alguns dos aparelhos celulares hoje disponíveis. Em resumo, em termos de desenvolvimento tecnológico somos apenas bebês engatinhando e iniciando nossa trajetória. É certo que o desenvolvimento da ciência nas últimas décadas foi espantoso. Mas a falta de outras referências nos faz ter a ilusão de que somos capazes de entender e fazer quase tudo, o que está muito longe da realidade. Talvez tenhamos um dia que incluir nos currículos de nossas escolas a história da tecnologia. Quem sabe assim não perderíamos tão facilmente a noção da realidade e da fragilidade de nosso estágio atual, ao invés de somente recebermos as notícias sobre as maravilhas daquilo que já somos capazes de fazer. Nos anos 60 muita gente tinha essa mesma sensação a respeito dos avanços conseguidos até aquela época. Mas hoje sabemos que isso estava muito longe de ser verdade. Muitos dos conceitos que os cientistas tinham naquela época já foram totalmente modificados, revistos, aprimorados e alguns deles foram até banidos ou


simplesmente esquecidos, muito embora alguns daqueles cientistas da época costumassem demonstrar certa arrogância, sempre que esses conceitos eram questionados. Desconsiderando totalmente o que vem repetidamente acontecendo na nossa história recente, também não é raro percebermos essa mesma arrogância em alguns dos cientistas do nosso tempo. E dos anos 60 até hoje se passaram apenas pouco mais de 50 anos. Por que então não acreditar que muito do que se pensa conhecer hoje poderá ser modificado ao longo dos próximos anos, décadas e séculos? Com um olhar um pouco mais atento perceberemos que ainda somos uma civilização praticamente primitiva em vários aspectos. Mas o ritmo dos recentes avanços pode nos permitir vislumbrar um futuro promissor. Os exercícios constantes de olhar para o passado, avaliar o presente e, com base nestes, projetar o futuro, pode nos levar a algumas previsões interessantes. Pode nos levar, por exemplo, à previsão de que em algumas décadas não deveremos mais ter o prazer de poder dirigir um carro com nossas próprias mãos, a não ser por hobby e em locais específicos para esta prática. Isso por que tudo indica que os avanços observados nos dias de hoje deverão nos levar para os carros dirigidos por computadores que, com o tempo serão muito populares, quem sabe um dia até obrigatórios, e serão muito mais seguros do que os atuais automóveis, além de solucionarem uma série de problemas que temos hoje ligados à segurança e ao tráfego. Para onde quer que olhemos nos dias de hoje esse avanço parece estar na nossa frente inevitavelmente, mesmo que muitos não vejam a ideia com simpatia. E este aparentemente simples avanço, que pode nem estar tão longe de nós, causará verdadeira revolução em vários aspectos de nossa vida e das sociedades atuais. O que seremos então capazes de realizar daqui a mil ou dois mil anos? Observando-se a velocidade dos avanços científicos das


últimas décadas, mesmo levando-se em consideração que esses avanços acontecem em ondas, se esse ritmo puder ser mantido, em algum grau, através dos próximos séculos, é plenamente possível imaginarmos que daqui a mil ou dois mil anos poderemos ser capazes de viajar para outros planetas que estejam orbitando outras estrelas longe do Sistema Solar. Por que não? Quem sabe até muito antes disso. Podemos também observar este questionamento por outro ângulo. O tempo estimado de existência do universo, utilizando-se os anos terrestres como referência para medir esse tempo, é de aproximadamente 13,8 bilhões de anos de idade desde o Big Bang até hoje, enquanto o tempo estimado desde a formação do planeta Terra até hoje é de aproximadamente pouco mais de 4,5 bilhões de anos, ou seja, quando o nosso planeta foi formado o universo já existia há 9,3 bilhões de nossos anos, o que significa que o universo é praticamente três vezes mais antigo do que o nosso planeta. Muito embora saibamos que o universo consumiu boa parte dos primeiros bilhões de anos estabilizando-se, nada nos impede de imaginarmos que incontáveis estrelas e planetas tenham se formado e se estabilizado muito antes do Sistema Solar e do planeta Terra. Se considerarmos ainda que é matematicamente provável que alguns desses planetas muito mais antigos possuíam condições favoráveis ao surgimento de vida orgânica, é absolutamente possível, e por que não até mesmo previsível, que em alguns desses lugares do universo tenham se desenvolvido civilizações inteligentes com trajetórias que são hoje muito mais antigas do que a nossa. É provável, portanto, que existam civilizações inteligentes que tenham muitos milhares de anos a mais de história de suas civilizações, se comparadas com a nossa história. Sabendo-se de tudo o que fomos capazes de fazer até agora, desde o início de nossa civilização até hoje, é inimaginável o


que já poderiam ter logrado hoje em dia essas civilizações hipoteticamente muitíssimo mais antigas do que a nossa. O que nos impede então de concebermos a possibilidade de que outras civilizações já tenham atingido estágios muito mais avançados do que o nosso? Por que não podemos imaginar que essas civilizações já podem ter resolvido as questões que hoje consideramos intransponíveis em termos de viagens interestelares ou intergalácticas? O que nos impediria então de considerarmos a possibilidade de que essas civilizações estariam nos visitando constantemente? Observando essas questões pelo simples prisma da pura lógica seria completamente possível. Se somarmos a todas essas possibilidades o fato de que todos os anos são relatados milhares de casos, de todo o tipo e em todos os lugares do mundo, de pessoas isoladas e de grupos que registram ou alegam ter testemunhado fenômenos inexplicáveis. Mesmo se expurgarmos desses casos os enganos, as ilusões de ótica, os casos falsificados e os testemunhos fantasiosos, ainda assim talvez possamos simplesmente nos render à pura lógica e concluir que sim. Tudo indica que estejamos sim sendo sistematicamente visitados por seres inteligentes de outros mundos que demonstram dominar tecnologias que ainda são inimagináveis para nós. Isso a despeito do imenso esforço que algumas autoridades fazem para sistematicamente negarem ou dissimularem esse fato, apoiados por alguns cientistas de visão obtusa, que acham que os paradigmas atuais representam limites confiáveis e imutáveis, mesmo tendo a consciência de que nossa ciência ainda é muito limitada. Talvez o orgulho de muitos de nós nos impeça de vislumbrarmos esta possibilidade. Se admitíssemos isso seria como admitir que, voltando ao exemplo do início, neste caso, os habitantes das Américas é que estariam navegando até nós, e não o contrário.


Até hoje o mais longe do nosso planeta para onde já conseguimos enviar um ser humano foi para o nosso próprio satélite natural, a Lua, apesar de já termos tecnologia mais do que suficiente para enviarmos pessoas para os planetas mais próximos, como Marte, por exemplo. Mas mesmo que não tenhamos neste momento os meios para enviarmos seres humanos muito mais longe do que os planetas mais próximos de nós, somos cada vez mais curiosos em saber sobre a existência de outros planetas no universo e em conhecer o que for possível sobre outros mundos através da galáxia. Dessa mesma forma, não deveria ser considerado nem sequer estranho o fato de imaginarmos que outras civilizações inteligentes possam compartilhar o mesmo tipo de curiosidade como aquela que nos caracteriza. O fato de termos somente a nós mesmos para utilizarmos como referência de uma espécie inteligente, nos faz míopes em relação a algumas possibilidades. É possível, por exemplo, que os seres das espécies que nos visitam hoje possam ter um tempo de vida médio muito superior ao nosso. Se vivessem duzentos ou trezentos dos nossos anos, talvez não tivessem problemas em imaginar missões que pudessem ser cumpridas em quarenta ou cinquenta anos, levando-se em consideração a contagem de tempo como a que conhecemos aqui. Para nós hoje em dia seria praticamente impensável que planejássemos uma missão com essas características, cujos resultados somente seriam conhecidos pelas gerações posteriores àquelas que as planejassem. Nós mesmos, com os avanços nos estudos das células-tronco, por exemplo, podemos estar próximos de conseguir uma vida média muito mais longa do que a que conhecemos hoje em dia. É possível que daqui a algumas décadas consigamos oferecer aos seres humanos uma vida média de mais de duzentos anos. Não com as características de envelhecimento que temos agora, mas sendo capazes de retardar o ciclo do envelhecimento das células


dos seres humanos, fazendo com que fosse possível que as pessoas pudessem ter mais de cem anos de idade, aparentando ter em torno de trinta ou trinta e cinco anos conforme as nossas referências de idade atuais. Será que se vivêssemos em média duzentos ou trezentos anos consideraríamos absurdo planejarmos missões interestelares que durassem cinquenta anos para serem concluídas? Se além dessa possibilidade desenvolvêssemos também a capacidade de viajar com velocidades próximas à velocidade da luz, talvez então pudéssemos planejar missões que pudessem ter esse tipo de duração, o que nos proporcionaria a capacidade de alcançar inúmeras das estrelas que nos rodeiam, possibilitando que visitássemos alguns dos planetas que estão em suas órbitas. Se não fôssemos tão presos à nossa atual realidade e às suas limitações, talvez pudéssemos imaginar, ou até mesmo vislumbrar, possibilidades como essa se tornando viáveis em um futuro nem tão longínquo assim. É claro que atualmente não estamos preparados para tal avanço científico. Se pudéssemos viver em média um tempo três ou quatro vezes maior do que vivemos hoje, muitas mudanças teriam que ocorrer antes que vislumbrássemos esse tipo de possibilidade. Este simples avanço acarretaria uma explosão demográfica em nosso planeta. Sem falarmos na eventual dificuldade para oferecermos trabalho e alimento a toda essa gente por tanto tempo, além de sermos obrigados a fazer uma série de modificações nos nossos atuais modelos econômicos, financeiros e sociais, entre outros. Mas se até nós mesmos podemos estar a poucas décadas de conseguirmos esse tipo de conquista, o que nos impede de imaginarmos que aqueles que eventualmente nos visitam hoje pudessem já ter resolvido esse tipo de questão há muito tempo atrás, possibilitando que planejassem missões com décadas de


duração sem considerarem o tempo como um problema impeditivo? Algumas pessoas especulam também que os objetos que por vezes vemos por aqui podem ter sido produzidos por nós mesmos, e não passam de algum tipo de tecnologia nova que está sendo mantida escondida, ou mesmo ainda em teste. Isso também é possível, é claro. Pode ser que alguns dos objetos que já foram vistos tenham essa origem. Mas como imaginar que alguém que já tenha desenvolvido essa tecnologia não a tenha colocado à disposição dos grandes conglomerados para que rendesse bilhões aos seus inventores e investidores? Feliz ou infelizmente vivemos em um mundo onde esse tipo de desenvolvimento jamais ficaria trancado em algum laboratório por muito tempo. Não tardaria para que fosse devidamente patenteado e comercializado de todas as formas possíveis. Sabemos que muitos cientistas trabalham na busca de soluções que permitam com que possamos fazer veículos flutuarem e moverem-se sem a ajuda dos conhecidos foguetes. Mas aparentemente ainda não chegaram ao ponto de sequer construir qualquer tipo de protótipo eficiente. Os poucos veículos que conseguimos desenvolver até hoje em forma de discos voadores mal conseguiram voar a uma altitude maior do que um metro do solo. Seus sistemas de propulsão eram baseados em hélices ou nos bons e velhos foguetes, mas a forma das aeronaves não lhes permitia estabilidade suficiente para que levantassem voo e realizassem muitas manobras. Com tamanha dificuldade para desenvolvermos tal tecnologia até hoje, seria completamente improvável que esse tipo de explicação pudesse justificar todos os milhares de UFOs avistados durante todas as últimas décadas, mesmo que pudesse justificar alguns deles. Outras teorias, por vezes enunciadas por alguns teóricos no assunto, consideram também a possibilidade de que esses visitantes possam ter origem em nosso subsolo ou no fundo de


nossos oceanos. Também é possível especularmos que uma parte dos fenômenos que observamos possa ter alguma dessas origens, mas conhecendo razoavelmente os eventos históricos que fizeram parte de nossa evolução, é difícil imaginarmos que tenham se desenvolvido por aqui mesmo. Portanto, mesmo que consideremos algumas dessas possibilidades, o mais provável é que em algum momento de nossa história tiveram que vir até aqui e tiveram que preparar esses ambientes, para que pudessem se instalar nessas regiões do planeta. Nas últimas décadas inúmeros objetos não identificados foram registrados nas águas de nossos oceanos, e até mesmo entrando ou saindo dessas águas. Esses objetos são comumente chamados de Objetos Submarinos Não Identificados (OSNI), cuja sigla em inglês, que também nesse caso é mais popular do que a sigla em nossa própria língua, é USO (Unidentified Submarine Object) ou USOs no plural. É plenamente possível que nossos visitantes possam ter interesses específicos em nossos oceanos, porém não significa necessariamente que estejam obrigados a limitar-se a esses ambientes, podendo também ser capazes de deslocarem-se tanto em nossas águas quanto de voarem em nossa atmosfera. Muito embora muitos de nós tenhamos certa dificuldade em abrirmos nossas mentes ao desconhecido, essa limitação que temos nós humanos, cujos equipamentos que construímos para voar normalmente não estão preparados para deslocarem-se embaixo da água, e vice-versa, pode ser uma limitação exclusiva de nossas geringonças. Afinal, aqueles que constroem aeronaves capazes de flutuar por nossos ares e de deixar a nossa atmosfera em direção ao espaço, devem ser capazes de construir esses veículos de forma que também possam deslocar-se por debaixo de nossas águas. Se essa especulação tiver procedência ou mesmo alguma lógica, pode ser inclusive que não faça nenhum sentido distinguirmos entre UFOs e USOs. Essa distinção poderia ser apenas um reflexo ou uma projeção de nossas próprias


limitações, que nos conduziriam a conceitos aos quais somente nós humanos estaríamos condicionados. Também se especula sobre a possibilidade de que possam existir bases alienígenas construídas em alguns dos planetas ou luas do próprio Sistema Solar, que serviriam de base para que pudessem vir até aqui sem terem que se deslocar por grandes distâncias com muita frequência. Muitos até especulam que nós mesmos já teríamos encontrado indícios de que a nossa própria Lua já foi utilizada como base ou subestação para espécies alienígenas no passado. Segundo essas teorias algumas das missões que fizemos até a Lua já teriam encontrado esses indícios, que estariam sendo mantidos em segredo. De qualquer forma, não há como simplesmente descartarmos nenhuma dessas teorias ou possibilidades. Seria ingenuidade científica entendermos que uma hipótese é melhor do que outra, pelo menos enquanto não conhecemos a origem dos nossos visitantes, mesmo que possamos compreender que algumas dessas teorias podem ser consideradas de maior probabilidade do que outras. Por outro lado, no caminho oposto a todas essas teorias e especulações, vez por outra nos deparamos com alguns depoimentos de cientistas tentando explicar por que consideram totalmente impossível que outras civilizações pudessem chegar até aqui. Utilizam-se para isso os “imensos” conhecimentos que têm sobre várias das disciplinas, mas principalmente da física, como base para suas argumentações. Todas essas explicações e argumentações são realmente muito interessantes e curiosas, mas talvez falte a esses cientistas explicarem esse monte de teorias, as quais muitas delas nem nós mesmos ainda compreendemos muito bem, para os nossos insistentes visitantes que, aparentemente desavisados de toda essa impossibilidade, parecem desafiar o “impossível” e continuam a nos visitar constantemente.



XII. Por que esses visitantes não entram em contato conosco? Este é outro questionamento muito frequente entre aqueles que alimentam sérias dúvidas sobre estarmos ou não sendo constantemente visitados. Por que teriam o imenso trabalho de vir até aqui e não entrariam em contato conosco? Afinal, nos consideramos civilizados o suficiente para podermos tentar nos comunicar com esses seres inteligentes extraterrestres. Dessa forma poderíamos saber, por exemplo, o que os fez com que viessem até aqui. Assim como poderíamos aprender com eles as coisas que ainda não sabemos, e que devem ser muitas. Então, se fosse verdade que estamos sendo visitados por extraterrestres, o natural seria que tentassem nos contatar. Isso, sem dúvida, seria uma maravilha! Olhando por essa ótica este questionamento pode parecer até fazer muito sentido. Mas muito embora pareça fazer sentido, considerar a hipótese de que nossos visitantes teriam obrigatoriamente que tentar nos contatar, ou mesmo que seria lógico que procurassem esse contato, pode parecer até pretensioso de nossa parte, afinal, quem foi que disse que eles nos consideram assim tão civilizados, inteligentes, ou mesmo evoluídos? Pode ser que do ângulo do qual nos observam possam não ter muito clara essa percepção. Podemos parecer a eles seres ainda muito primitivos e em algum grau até mesmo selvagens, vivendo os primórdios de uma sociedade civilizada. Pode ser que estejamos entre os poucos no universo que são capazes de imaginar que é muito avançado o estágio de nosso desenvolvimento e de considerar nossas conquistas uma grandiosidade.


É possível inclusive que eles encontrem dificuldades em conseguir identificar a quem eles deveriam ou poderiam procurar para fazer esse contato. É muito comum, nas nossas próprias obras de ficção, que alguém, quando entra em contato com algum grupo desconhecido, profira aquela celebre frase: “Leve-me ao seu líder.”. Talvez eles fiquem em dúvida de qual dos mais de duzentos líderes dos nossos atuais países eles poderiam ou deveriam contatar. E mesmo que conseguissem identificar um desses líderes, poderia parecer claro para eles que não estariam entrando em contato com alguém que pudesse representar, ou falar em nome de todos os seres humanos do nosso planeta. Por que uma civilização que chegasse até aqui iria querer contatar um líder que fosse o representante de apenas um grupo de pessoas e não o representante de toda a espécie humana? Talvez até mesmo a forma com a qual estamos organizados geopoliticamente hoje em dia seja um indício de nosso ainda precário desenvolvimento e pouca evolução. Pode ser que, para aqueles que nos visitam hoje, o simples fato de não termos uma liderança uníssona no planeta pode indicar que ainda não estamos nem evoluídos e nem desenvolvidos o suficiente, para que considerem a possibilidade de fazerem algum tipo de contato. Quem sabe estejamos também entre os poucos no universo a não termos percebido isso até agora. Pelo menos uma coisa é praticamente certa: se partirmos da consideração de que estamos sendo visitados por alienígenas constantemente há milênios, temos que enfrentar a difícil e a dura realidade de que, seja lá qual for a razão, eles não têm a menor pretensão de fazer contato conosco. Pelo menos não por enquanto. Afinal, se estão aqui por perto há muito tempo, levando-se em conta que existem registros muito antigos de UFOs, e não fizeram nenhuma tentativa concreta de contato até hoje, pelo menos não que seja de conhecimento público, é por que não têm essa


pretensão. Caso não fosse assim, certamente já teriam tentado. Muito pelo contrário, na imensa maioria dos casos registrados parece haver uma preocupação por parte deles, até exagerada, em manterem-se o mais longe possível de nossas curiosidades e de nosso alcance. Seja lá o que o que for que pretendem os nossos visitantes ao virem até aqui, não parece fazer parte dos planos deles manterem qualquer contato com nenhum dos diversos representantes e líderes da espécie mais inteligente do nosso planeta. Além da pluralidade de nossos líderes, ainda podemos avaliar algumas outras possíveis razões para que nossos visitantes mantenham-se longe e não apresentem ter interesse em qualquer nível de contato com nossa espécie. É possível que o nosso próprio passado possa nos fornecer indícios de algumas dessas razões. Podemos avaliar, por exemplo, o comportamento da nossa civilização frente à descoberta das tribos indígenas nas Américas. Nos últimos quinhentos anos diversas tribos, que viviam completamente isoladas, foram descobertas. Não demorou muito para que os ocidentais percebessem que o contato com essas tribos, que, em sua maioria, eram civilizações consideradas mais primitivas, levava aos índios doenças para as quais eles não tinham nenhuma defesa. Milhões de índios que viviam nas Américas, após a chegada do homem branco, morreram devido a essas doenças ou devido às guerras que se seguiram, motivadas principalmente por ocupação e domínio sobre seus territórios. Durante séculos essas consequências não foram suficientes para evitar que a civilização ocidental continuasse avançando no domínio dos territórios das Américas, tanto no norte quanto no sul. Somente nas últimas décadas, como no caso de algumas novas tribos identificadas na Amazônia a partir da década de 40, é que conseguimos identificar


preocupações humanistas e preservacionistas. Talvez por não haver, na época, questões territoriais em jogo. O que aconteceu com as civilizações indígenas que habitavam as Américas? A imensa maioria foi dizimada na disputa por poder e dinheiro. Os poucos que sobreviveram foram bombardeados com novos conceitos culturais. Durante séculos tentou-se impor a eles nossos pretensiosos conceitos religiosos, culturais e morais. Várias foram as formas utilizadas para mostrar aos índios os benefícios da nossa cultura e da convivência com a chamada civilização ocidental. Tudo em troca de termos tomado seus territórios. Hoje a população indígena das Américas é um milésimo do que já foi e sua cultura está totalmente poluída com conceitos culturais estrangeiros. Não vivem mais como seus ancestrais viviam no passado, mas também têm dificuldade de adaptar-se completamente à cultura dos seus conquistadores. Não precisamos fazer análises muito profundas para perceber que daqui a alguns séculos eles estarão presentes somente nos livros de história e no sangue de alguns descendentes. Se avaliarmos tudo o que aconteceu na nossa história com relação aos índios, podemos imaginar que os índios entenderam como positiva a interferência do chamado “homem branco”? Vamos então relevar e entender que nossos ancestrais tinham ambições sobre os territórios indígenas e suas riquezas, e que por isso acabaram praticamente destruindo essas civilizações. Daí talvez o medo de muitas pessoas de que civilizações alienígenas estejam interessadas em alguma de nossas riquezas e que por isso possam vir até aqui para tentar nos destruir. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, é natural que essas pessoas pensem também que se nunca tentaram nos destruir então nunca vieram até aqui. Afinal, para que mais viriam? Talvez não tenha nada mais humano do que essa forma de pensar.


Porém se pudermos deixar de lado essa visão imperialista e considerarmos que as civilizações alienígenas inteligentes, que porventura venham até aqui, não estejam interessadas em nenhuma de nossas riquezas naturais, muito menos em nossa tecnologia, e menos ainda em interferir na nossa cultura e no nosso processo de desenvolvimento, provavelmente por saberem o poder destrutivo que esse tipo de interferência, fora do tempo adequado, poderia ter em qualquer civilização, talvez possamos compreender as possíveis razões de nunca tentarem entrar em contato conosco. Mas se a lógica que seguimos até aqui aponta para que estejamos sendo frequentemente visitados, e nossos visitantes não estariam interessados em nada disso, em que então estariam interessados esses tais de extraterrestres?


XIII. Quais os supostos interesses que nossos visitantes teriam em nosso planeta? Existem disponíveis hoje inúmeras obras de ficção e documentários que enfatizavam a possibilidade de que eventuais visitantes de outros mundos pudessem ser extremamente hostis. Muitas dessas especulações abordam a possibilidade de estes visitantes precisarem de um novo planeta para acomodar a sua população, devido ao planeta onde vivem estar sob algum tipo de ameaça de extinção. Outras enfatizam que esses visitantes estariam interessados em coisas que somente existiriam por aqui. Todas essas hipóteses, além de algumas outras com esse mesmo enfoque, são bastante exploradas por alguns entre aqueles que abordam esse tema. Partindo do princípio que existem pelo menos algumas civilizações desenvolvidas o suficiente no universo para viajarem pela galáxia e chegarem até aqui, se algumas dessas civilizações quisessem dispor do nosso planeta e tivessem para isso que nos eliminar, será que não teriam meios de fazer isso com facilidade e com muita rapidez? Nós mesmos, sem precisarmos da ajuda de ninguém, e com nossa rudimentar tecnologia, já somos capazes de nos destruir muito facilmente várias vezes. Bastaria utilizarmos uma parte de nosso arsenal atômico, combinado com algumas armas bacteriológicas, e faríamos esse serviço muito bem feito. Não sobraria um único ser humano na face da Terra e vários outros seres vivos desapareceriam também. Mas se quiséssemos destruir


apenas os seres vivos do planeta e não quiséssemos os efeitos nocivos e duradouros da radioatividade, ainda assim teríamos, nós mesmos, material biológico suficiente para eliminar todos os seres humanos do planeta em questão de poucas semanas. Se alguma civilização alienígena chegasse até aqui com interesses dessa natureza, é pouco provável que merecesse muito de nossa atenção ou mesmo preocupação. Afinal, possivelmente não teríamos sequer tempo para saber o que nos atingiu, muito menos para esboçar qualquer tipo de reação. Não poderíamos nem contar com as bravas reações daqueles heróis que conhecemos do cinema e que resolvem tudo na última hora. Será que os alienígenas, que vêm nos visitando há milênios, têm algum interesse desse tipo com relação ao nosso planeta? Bem, se esse for o caso, eles devem ser muito mais incompetentes do que nós mesmos, pois estão demorando mais para tomar essa decisão, e levar a cabo seus planos, do que nós estamos demorando em entender que a maior ameaça do nosso planeta somos nós mesmos. Novamente apelando para a lógica, e dessa vez apelando também para o bom senso, parece que essa possibilidade não está entre as razões reais para estarmos sendo constantemente visitados. Eles podem não ter essa noção, mas a sorte dos outros mundos, onde existe vida inteligente e condições atmosféricas compatíveis com a nossa, é que nós não estamos ameaçados de extinção, pelo menos não por enquanto, e mesmo que estivéssemos à beira da extinção, ainda não temos nem os fragmentos da tecnologia necessária para chegar até esses lugares e muito menos para saber que esses lugares existem. Caso contrário, provavelmente alguém tomaria essa decisão muito mais rapidamente do que o tempo que foi necessário para decidirem acabar com as armas químicas de Saddam Hussein. Mas não teríamos com o que nos preocupar. Se esse fosse o caso, teriam também um vasto conjunto de justificativas que aliviariam nossas consciências, demonstrando


muito claramente que não havia outra forma ou alternativa de se fazer aquilo. Mas se os extraterrestres, muito provavelmente, não estiverem nos visitando para tentar nos destruir, então temos que especular sobre outros possíveis motivos para justificar essas constantes visitas ao nosso planeta. Algumas outras hipóteses, especuladas por alguns teóricos no assunto, vislumbram a possibilidade de que seres inteligentes de outros mundos estivessem buscando escravizar seres humanos com algum tipo de propósito. Quais poderiam ser esses propósitos? Isso somente faria sentido caso alguns seres humanos estivessem sendo obrigados a trabalhar para produzirem alguma coisa essencial para essas civilizações. Será que existem pessoas escravizadas em algum lugar do nosso planeta que estejam envolvidas na produção de seja lá o que for para espécies alienígenas? Muito embora, tentando nos manter coerentes, essa possibilidade também não possa ser simplesmente descartada, pelo menos em teoria, é muito pouco provável que existam pessoas envolvidas nesse tipo de atividade sem que ninguém tenha tido nenhuma consciência e nem notícia disso até hoje. Sabemos que ainda hoje existem alguns lugares do mundo onde se escraviza pessoas com propósitos escusos, mas nenhum desses casos, até agora, foi relacionado com nenhuma atividade extraterrestre. Muito pelo contrário, os responsáveis por esse tipo de absurdo são todos bandidos e desclassificados nascidos por aqui mesmo. Além do mais, teria que existir alguma coisa que somente pudesse ser encontrada em nosso planeta e que fosse essencial para essas outras espécies, que justificasse virem até aqui somente para obterem. Embora não seja impossível, é pouquíssimo provável que nossos visitantes venham de algum lugar dentro do nosso Sistema Solar. Nosso atual conhecimento sobre os planetas e satélites naturais do


Sistema Solar aponta para a total ausência de vida inteligente nesses outros astros, muito embora consideremos a possibilidade da existência de algum tipo de vida orgânica em alguns desses lugares. Afinal, já faz algum tempo que sabemos que não existem os tais homenzinhos verdes em Marte. Muito embora também seja verdade que ainda sabemos relativamente pouco sobre alguns dos nossos parceiros de estrela. Se muito provavelmente nossos visitantes não vêm de nenhum lugar dentro do nosso Sistema Solar, então esses alienígenas são capazes de fazer viagens interestelares e, por consequência, deveriam ser também capazes de ir a muitos outros lugares dentro da galáxia. Talvez algumas dessas civilizações poderiam ser tão avançadas que seriam até capazes de viajar para outras galáxias. Será que existe algum material ou elemento químico no planeta Terra que não exista em nenhum outro lugar do universo? Mesmo com o ainda pequeno conhecimento do homem sobre o universo a resposta para essa pergunta parece ser simples. Categoricamente não. Não existe nenhum material ou elemento químico no planeta Terra que não possa ser abundantemente encontrado em inúmeras outras partes do universo. Hoje sabemos que praticamente todos os elementos químicos que conhecemos, e que são encontrados na Terra, podem ser também encontrados em abundancia no conjunto dos outros astros do próprio Sistema Solar. E isso com a suposta vantagem de que esses outros planetas e satélites não estão densamente ocupados com nenhum tipo de civilização inteligente que possa dificultar o acesso a esses elementos. Mesmo a água, elemento abundante no nosso planeta e aparentemente raro em muitos outros mundos, pode ser encontrada em grandes quantidades em outros lugares. Próximo de nosso planeta, por exemplo, encontramos dois dos satélites naturais de Saturno, Europa e Encélado. Esses dois satélites têm


toda a sua superfície coberta de gelo, portanto coberta de água. Nossos cientistas hoje já sabem que abaixo da camada de gelo dessas duas luas existem vastos oceanos. O calor do centro dessas luas acaba derretendo as camadas mais profundas do gelo criando esses oceanos. Portanto, a quantidade de água existente em Europa e Encélado juntas poderia ser até equivalente à quantidade de água encontrada em todo o planeta Terra, mesmo considerando que os seus tamanhos somados representam pouco menos de um terço do tamanho do nosso planeta. Então se o interesse de alienígenas, que pudessem viajar através da galáxia, fosse algum tipo de material ou elemento químico, aparentemente poderiam dispor desses elementos em muitos outros lugares do universo, sem ter necessariamente que interferir em um planeta já densamente ocupado com a nossa civilização. Por mais que tentemos dar asas à nossa imaginação, talvez a única coisa que realmente diferencie o planeta Terra de todos os outros astros que conhecemos, pelo menos até então, seja a singularidade e a diversidade da nossa abundante vida orgânica. Além da singular, abundante e diversa vida orgânica, temos ainda a presença de vida inteligente. Muito embora o planeta Terra não seja provavelmente o único no universo a possuir vida abundante e vida inteligente, como já especulamos antes, sem dúvida o fenômeno deve ser relativamente raro e deve ser motivo de grande interesse por parte de várias outras civilizações. Além disso, não seria absurdo especular como provável que as formas de vida encontradas aqui tenham características únicas, sendo totalmente diferentes de todas as outras formas de vida desenvolvidas em qualquer outra parte do universo. Essas características únicas podem representar motivo mais do que suficiente para que civilizações inteligentes de todos os cantos do universo, que tivessem meios de saber que existimos, e que fossem também


capazes de chegar até aqui, pudessem se interessar em conhecer, avaliar, estudar e entender. Nós mesmos estamos dispostos a gastar rios de dinheiro para tentarmos encontrar nem que seja o fóssil do que foi um dia uma larva viva em outro mundo. Algumas expedições de robôs a Marte já foram feitas com propósitos similares e outras estão sendo planejadas. Neste mesmo momento a NASA planeja uma expedição à Europa, que deverá ser levada a cabo nos próximos anos, para tentar saber se existe algum tipo de vida orgânica nos oceanos cobertos de gelo daquela lua, já que aquele satélite reúne muitas das condições que nós consideramos hoje adequadas para o desenvolvimento da vida, muito embora não exista praticamente nenhuma expectativa de encontrarmos vida inteligente por ali. Ainda assim, gastaremos muitos recursos somente para irmos até lá verificar essas possibilidades. O que seríamos então, nós humanos, capazes de fazer caso soubéssemos que existisse vida abundante ou mesmo vida inteligente em outro mundo ao nosso alcance? Talvez seja até melhor que não tenhamos essa possibilidade por enquanto. A nossa atual índole bélica, a sede exploratória e os interesses econômicos poderiam causar a destruição de alguma outra civilização, caso esta não fosse avançada o suficiente para se defender. Talvez a natureza seja muito mais sábia do que imaginamos e existam mecanismos naturais no universo que não permitam que isso aconteça, pelo menos não até que estejamos preparados para tal aventura. Será então que é essa abundância, diversidade e singularidade da vida orgânica do nosso planeta que causa tamanho interesse nos nossos visitantes? Muito provavelmente este deva ser o único interesse, já que aparentemente não possuímos qualquer outra coisa ou característica que nos diferencie dos outros incontáveis astros do universo. Pode ser que tenham somente interesse em


estudar as formas de vida aqui existentes e os processos de evolução, tanto biológicos quanto de nossa civilização. E nem nós mesmos, como bem sabemos, fomos ainda capazes de conhecer completamente a totalidade das milhões de formas diferentes de vida existentes nessa nossa pequena bola azul solta no universo. Se esse fosse o único interesse dos nossos visitantes, poderia fazer sentido o comportamento que observamos na imensa maioria dos casos em que UFOs são avistados ou registrados. Poderia, por exemplo, justificar a maneira com que vêm agindo praticamente todos esses visitantes, já que para fazerem esses estudos, sobre as formas de vida existentes em nosso planeta, não seria necessário entrarem em contato conosco e muito menos nos causar qualquer tipo de interferência, destruição ou dano. Acessos a algumas poucas amostras ao longo do tempo e um processo de observação constante bastariam para que pudessem ter todo o tipo de informação que precisassem. Poderiam estar até interessados em conhecer nossa cultura como civilização, mas seria difícil conhecê-la sem entrarem em contato muito intenso conosco, o que parecem não ter a menor pretensão de fazer. Poderiam também monitorar nossas transmissões de sinais de rádio, e hoje em dia os sinais digitais, e teriam acesso às diversas informações com as quais poluímos toda a nossa atmosfera. Caso conseguissem decifrá-las poderiam, por exemplo, ter alguma noção de uma parte de nossa cultura e até mesmo pesquisar e aprender algumas de nossas línguas. Ainda assim não precisariam intervir fisicamente em nossa civilização para isso. Talvez um dia, daqui a uns mil ou dois mil anos, nós também tenhamos interesses desse tipo e sejamos capazes de fazer algo semelhante frente a alguma outra civilização, tendo como preocupação principal estuda-la, mas sem jamais interferir ou afetar sua evolução de qualquer forma que seja.


Uma matéria veiculada recentemente pela imprensa talvez possa permitir que façamos uma reflexão sobre o comportamento usual de nossos visitantes, assim como sobre os motivos que possivelmente os trariam até aqui. Nessa matéria um helicóptero sobrevoava uma aldeia de índios no meio da Amazônia. Segundo essa reportagem, aqueles índios nunca tiveram nenhum contato com aquilo que chamamos de “nossa civilização”. Vivem totalmente isolados no meio da selva. Estima-se, hoje em dia, que exista quase uma centena desses grupos isolados somente na Amazônia. Tratava-se de uma pequena clareira na mata onde havia uma espécie de tenda com uma cobertura de palha. Havia por volta de seis a oito índios na clareira. O helicóptero fez voos circulares, provavelmente a uma altura bem razoável, enquanto o cinegrafista tomava as imagens da clareira e dos índios, possivelmente com o auxilio do zoom de uma câmera. Todos os índios se aproximaram da tenda, como se estivessem preparados para protegerem-se embaixo dela, caso alguma coisa os ameaçasse. Todos empunhavam seus arcos e apontavam suas flechas na direção do helicóptero, acompanhando-o enquanto se movimentava. Pareciam estar preparados para atacá-lo caso se aproximasse mais. Nenhum daqueles índios desviou a atenção do helicóptero nem por um segundo sequer enquanto a cena durou. Atualmente a política utilizada na Amazônia, em relação a essas tribos isoladas, é a de não interferência. Nenhum contato com esses índios é permitido, para não causar nenhum tipo de impacto em sua civilização. Tudo o que desejamos conhecer sobre eles é conseguido por observação à distância. É bem verdade que essas tribos se assemelham muito a outras tribos, com as quais já tivemos contato em um passado recente, o que permite que esses estudos sejam feitos sem a necessidade de qualquer contato mais próximo com eles. Todos esses grupos isolados de índios da Amazônia estão hoje ameaçados. A cultura de madeira ilegal está chegando cada


vez mais perto deles, e alguns desses grupos já começam a sofrer com nossas interferências e doenças. Muito embora cientificamente possamos compreender que seria melhor para aquelas pequenas civilizações permanecerem isoladas, os interesses egoístas de alguns poucos ameaça a sobrevivência daqueles índios. Talvez eles estejam infelizmente destinados a desaparecer muito em breve. Como se já não conhecêssemos muito bem como termina esse tipo de roteiro. Mas independentemente dessas questões, se tentarmos traçar um paralelo com o ocorrido naquela selva e com os casos de UFOs de que tanto ouvimos falar e temos notícias, talvez possamos compreender um pouco melhor esse fenômeno simplesmente por observá-lo de um ângulo totalmente oposto ao que estamos habituados a fazer. É possível que a visão dos alienígenas, que eventualmente nos visitam, não seja muito diferente da visão daqueles ocupantes do helicóptero. Observam uma civilização mais primitiva, na qual têm interesse científico. Fundamentalmente se interessam em saber como aquela civilização se desenvolveu, em saber quais são seus hábitos e costumes e em conhecer suas características físicas e biológicas. Não pretendem fazer nenhum contato para não influenciarem em seu desenvolvimento natural, sua cultura e nem os colocarem em risco com a possibilidade de transmitirem algum vírus ou bactéria desconhecidos naquele ecossistema. Procuram manterem-se atentos para não ficar ao alcance de suas flechas rudimentares. Vez por outra uma flecha os atinge, mas eles nem pensam em revidar, afinal, não estão armados, conhecem a natureza primitiva daquela civilização e compreendem que estão apenas reagindo, muito provavelmente, por medo do desconhecido ou em defesa da segurança do grupo. Percebem que aquelas criaturas estão totalmente isoladas naquela região e não têm a menor ideia de que existem outros bilhões de seres semelhantes a


eles muito mais próximo do que eles sequer imaginam. Não aparentam ter os meios necessários para fazerem extensas viagens que permitisse a eles descobrir esses outros grupos de pessoas que vivem bem próximas. Fazem planos de continuarem monitorando e estudando aqueles índios e aquela pequena civilização com frequência e certamente voltarão a observá-los outras vezes. Seguindo o mesmo raciocínio, nós podemos nos assemelhar àqueles índios, quando nos deparamos com um UFO. Olhamos para o céu assustados. Vemos uma coisa brilhante, com luzes piscando, voar de um jeito que não conseguimos entender. Aparentemente movida por algum tipo de inteligência. Não sabemos se pode ou não ser capaz de algum ato de hostilidade contra nós. Por precaução apontamos nossas flechas para eles. Os outros se mantêm ali imóveis, estarrecidos e curiosos assistindo. Damos asas a nossa imaginação especulando sobre o que será que está dentro daquela coisa. Esperamos até que a coisa desapareça sem fazer absolutamente nada e nem nos dar nenhum sinal. Depois disso, ficaremos falando sobre aquele evento sempre que nos reunirmos em volta da fogueira. Alguém comentará que acha ter visto uma criatura estranha dentro daquele negócio. Muitos ficarão aterrorizados somente com a possibilidade de enfrentarem algo desconhecido. Um Pagé vai interpretar aquela aparição como uma manifestação espiritual do bem. Outro vai interpretá-la como do mal. Alguns seguirão as opiniões dos Pagés e passarão a adorá-los ou combatê-los, conforme o caso. Outros, por que não testemunharam o fato ou nunca viram nada parecido, farão brincadeiras sobre aqueles que acham que tais coisas existem. Alguns ficarão imaginando como seria valioso se pudessem colocar as mãos em uma daquelas coisas voadoras, pois talvez pudessem aprender a voar. Muitos começarão a pensar que talvez não estejam sozinhos em seu mundo. E por fim, alguns vão tentar simplesmente entender aquele fenômeno.


Essa matéria pode ser uma representação exata da provável principal razão das missões que trazem nossos persistentes visitantes até aqui. Tal situação demonstra claramente que é possível haver interesse e curiosidade por parte de alguns, que os levem a monitorar incognitamente uma civilização, sem nenhum outro interesse por trás disso além do desejo de ampliarem seus conhecimentos científicos, sem que tenham a intenção de interferir ou de causar qualquer dano àquela civilização. Interessante notar também neste caso que nós mesmos, com todo o nosso primitivismo, já somos capazes de compreender que a interferência em outra civilização pode trazer muito mais danos do que benefícios. Não seria provável então que uma civilização aparentemente muito mais evoluída do que a nossa já tivesse esse discernimento e o consequente comportamento? Talvez se fossemos capazes de deixar nosso egocentrismo de lado, apenas por alguns instantes, e fossemos também capazes de abrir nossas mentes para o desconhecido, pudéssemos perceber que o comportamento habitual de nossos visitantes, relatado por uma infinidade de testemunhas que alegam que tiveram algum tipo de contato, pode ser um claro indicativo de que as especulações feitas aqui podem estar relacionadas com as possíveis razões e interesses da maioria daqueles que nos visitam constantemente. Se essas conjecturas estiverem pelo menos próximas da realidade, poderíamos também passar a enxergá-los com um pouco mais de simpatia, no lugar do terror e do medo que normalmente somos induzidos a ter sobre eles, já que praticamente todos aqueles que vêm nos visitando há tanto tempo têm demonstrado que são predominantemente pacíficos e apenas curiosos.


XIV. E por último, mas não menos importante... Faz-se necessário ressaltar novamente que muitas das conclusões com as quais nos deparamos no transcorrer deste livro são sim apenas suposições, especulações, algumas deduções supostamente lógicas e outras talvez nem tanto. Mas não poderia ser de nenhuma outra maneira, afinal, como estamos bem acostumados nesses casos, todas as informações que circundam esse tema são sempre cheias de mistérios, fantasias, confusões, distorções, enganos, afirmativas, negativas, dissimulações e por aí afora. Este livro se resume na tentativa de buscar uma lógica, um sentido e uma pretensa explicação que pudesse justificar a forma com que esse assunto tem sido tratado e como tem chegado até as pessoas mais comuns nessas últimas décadas. Tudo que foi especulado aqui tem a pretensão de demonstrar que é provável que estejamos envolvidos em práticas como aquelas descritas anteriormente. É sim muito provável que algumas nações, possivelmente motivadas pelo temor dos botões vermelhos e do possível holocausto que assombrava os líderes mundiais em determinada época, tivessem definido políticas e estratégias que pareciam fazer sentido naquele momento. É sim muito possível que tudo o que observamos acontecer nos dias de hoje, com relação a esse assunto, seja um reflexo e um desdobramento dessas políticas e estratégias, que em algum momento de nossa história pareceram ser absolutamente necessárias. Sejam quais tenham sido suas motivações originais, essas mesmas políticas e estratégias parecem


perdurar até os dias de hoje, muito provavelmente adaptadas às características políticas e econômicas atuais. Se considerarmos a possibilidade de que seres humanos já tiveram acesso a destroços de aeronaves extraterrestres e a seres alienígenas, então alguns de nós já tivemos esse acesso de forma efetivamente física e material. Esse tipo de contato nada tem a ver com fenômenos psiquiátricos, psicológicos, parapsicológicos, metafísicos, telepáticos, transcendentais, espirituais, mediúnicos ou quaisquer outras formas de interpretações subjetivas ou mesmo esotéricas, às quais muitos desses fenômenos são constantemente atribuídos por inúmeros teóricos no assunto. Talvez seja mesmo mais proveitoso, no caminho da elucidação desses casos, nos concentrarmos inicialmente nos casos onde seja possível tratarmos com evidências físicas e tangíveis, já que nem esses atingiram ainda o status de oferecerem provas irrefutáveis e definitivas, do que nos aventurarmos nas tentativas de solução daqueles que mereceriam interpretações mais subjetivas e, portanto, mais complexas e ainda mais controversas. Mas se considerarmos também que as especulações feitas até aqui possam ter alguma procedência, ou pelo menos algumas delas possam estar corretas, por mais absurdas que suas suposições possam parecer, então poderíamos ser capazes de vislumbrar possíveis respostas sobre quase tudo que ouvimos falar e observamos acontecer com relação a esses fenômenos nos últimos anos, e eventualmente muitas dessas situações poderiam começar a fazer algum tipo de sentido. Ficaria claro, por exemplo, por que é conveniente para alguns que não tenhamos a certeza de estarmos sendo constantemente visitados por inteligências extraterrestres, a despeito de todos os milhares de registros de UFOs. Aparentemente continua sendo uma melhor opção fazer com que todos permaneçam em dúvida sobre o que de fato significam esses casos. A dúvida é sempre


benéfica à defesa. É assim nos tribunais de justiça de todo o mundo, ou pelo menos de quase todo o mundo, e á assim na vida cotidiana de todos nós. Se existem dúvidas é por que ninguém sabe muito bem o que aconteceu, portanto é provável que nada deva ter acontecido. E nos casos envolvendo UFOs sempre haverá dúvidas, afinal, a impressão que nos é passada é a de que nenhum desses casos é realmente investigado oficialmente por ninguém. Quando são investigados seus registros desaparecem ou são definitivamente trancados nesses arquivos secretos. Simplesmente os deixam ao sabor do vento e da criatividade humana que, como bem sabemos, é extremamente fértil. A criação de diversas versões, desde as mais razoáveis até as mais estapafúrdias, bizarras e fantasiosas são lançadas juntas, uma ao lado da outra. Dessa forma não restam muitas alternativas para as pessoas de bom senso senão simplesmente esquecerem aquelas questões, deixarem-nas de lado e seguirem em frente com suas vidas. Também explicaria por que alguém se prontificaria a comprometer tantos recursos financeiros e humanos em acobertamentos, os quais, sem essas possíveis explicações, pareceriam um contrassenso. Mas, se considerarmos que essas suposições estejam ao menos próximas da realidade dos fatos, todos esses recursos representariam na verdade um pequeno investimento, e dos mais rentáveis entre os quais se tem notícia, mesmo que sejam investimentos de longo prazo. Além disso, justificaria também a dedicação e o empenho em processos de desinformação que custam caro e que alguns de nós percebemos ao redor desses casos. Sempre que as evidências aparentam ser um pouco mais concretas, logo surgem as negativas, os exageros, as explicações estrambólicas, os esotéricos e mais alguns outros pseudoespecialistas em alguma coisa a especularem uma série de outras versões, que rapidamente transformam as


possíveis evidências concretas em um montão de baboseiras duvidosas. Juntamente com essas novas versões todos os especialistas confiáveis e praticamente todas as testemunhas dos casos misteriosamente desaparecem do quadro das versões prováveis. E qual é o resultado prático disso tudo? Novamente a boa e velha dúvida. É claro. Se considerarmos ainda que essas possibilidades podem ser reais, subitamente ficaria evidente por que absolutamente todos os casos de supostos acidentes envolvendo UFOs são rapidamente e minuciosamente apagados da história, e no lugar deles aparecem até explicações e respostas para questionamentos que nunca foram feitos por ninguém. Porém, investigações oficiais, profissionais, públicas, responsáveis e transparentes sobre esses casos, como seria natural de se esperar, jamais vemos acontecer. E por último, mas não menos importante, ficaria totalmente cristalina a razão pela qual os vários documentos, registros e evidências de inúmeros casos envolvendo UFOs são guardados a sete chaves e escondidos da opinião pública, provavelmente para sempre. Se esses fatos já não significassem por si sós um insulto à nossa inteligência, porque aparentemente uma das justificativas seria a possibilidade de não suportarmos as verdades que esses registros e documentos contêm, significam também que existem pessoas que se reservam o direito de decidirem e julgarem a quais informações podemos ter acesso e conhecimento e a quais não podemos. Afinal, o que tem a ver a existência de vida inteligente em outros mundos com questões de segurança nacional de quem quer que seja? E isso tudo em supostos estados de direito de países chamados de democracias livres. Devido à nossa estrutura geopolítica é completamente compreensível que determinadas informações precisem ser mantidas em sigilo, devido à sua importância em questões estratégicas dos países. O que beira o


incompreensível é o fato das informações sobre UFOs fazerem parte dessa categoria. A menos, é claro, que entendamos que as especulações aqui propostas possam ter alguma procedência e se aproximem do que realmente acontece. Aí então ficaria clara a relação desses casos com as estratégias secretas desses países e todo esse comportamento por parte dessas autoridades poderia começar a fazer mais do que apenas algum sentido. Seja como for, talvez seja pura perda de tempo aguardar pelas autoridades para termos alguma noção sobre quais as informações que esses arquivos secretos contêm. É bem verdade que a maioria das pessoas somente confia naquilo que é anunciado e declarado como oficial pelas tais autoridades competentes. Mas como sabemos muito bem, essas autoridades competentes nem sempre são assim tão transparentes no que se refere ao compartilhamento de algumas das informações que possuem. No entanto muitos de nós não somos tão exigentes assim. Podemos simplesmente colecionar todas as evidências, indícios e algumas informações resultantes de vazamentos, juntarmos isso tudo com um pouco de raciocínio, de lógica e de bom senso para criarmos alguns cenários das possíveis verdades supostamente tão bem escondidas. Um pequeno exemplo disso é o fato de que muitos de nós sabemos com certeza que estamos sendo constantemente visitados por civilizações extraterrestres e alienígenas, muito embora oficialmente não estejamos. E por mais ridículo que isso possa parecer é exatamente isso o que acontece nos dias de hoje. Depois da avalanche de possibilidades que vimos nos capítulos anteriores, talvez possamos refletir um pouco além e, para não perdermos o costume, fazermos mais algumas especulações. Se deixarmos de lado as possibilidades e teorias mais fantasiosas e aparentemente absurdas, que vão pela física quântica, pelas dobras espaciais, pelos universos paralelos e muitas outras conjecturas esquisitas e estrambólicas, difíceis de serem compreendidas até


para os mais eruditos, muito embora algumas delas possam até ter alguma procedência, podemos nos manter apenas com a simplicidade para qual apontam a maior parte das evidências e dos indícios. Aparentemente, se confiarmos nessas simples evidências, perceberemos que estamos sendo frequentemente visitados por seres inteligentes de outros mundos, e que a natureza parece ter encontrado soluções muito similares, também nesses outros lugares do universo, às quais conhecemos muito bem daqui mesmo. Eles constroem veículos, são curiosos, são completamente pacíficos, viajam em grupos e todos, sobre os quais tivemos notícias até hoje, têm uma única cabeça, um tronco, dois braços, são bípedes como nós, têm dois olhos, ouvidos, nariz, boca e por aí afora. Muitos chegam a especular que de alguma forma podemos até ser descendentes de algumas dessas espécies. Nenhum deles, pelo menos entre os quais se teve notícia até então, se parecem com insetos gigantes e nojentos ou nenhuma outra criatura asquerosa como frequentemente se especula em algumas das obras de ficção a que temos acesso. Pode até ser que essas civilizações que nos visitam, muito embora tenham tido um desenvolvimento científico muito maior do que o nosso, afinal conseguem chegar até aqui e nós somos ainda incapazes de visitá-los, podem também enfrentar problemas e mazelas em seus mundos de origem, em situações que poderiam ser consideradas como paralelos, por exemplo, aos contrastes sociais que tão bem conhecemos por aqui. Assim como as soluções da natureza parecem ter encontrado caminhos parecidos em nossas constituições físicas, o roteiro do desenvolvimento de sociedades civilizadas e organizadas, em qualquer outro lugar do universo, pode não ser assim tão diferente daquilo que nós mesmos experimentamos por aqui, muito embora aparentemente nós ainda


estejamos no início desse caminho, se comparados com alguns dos nossos eventuais visitantes. Também perceberemos que são de várias espécies diferentes. Talvez dezenas delas, ou até muito mais que isso. Se considerarmos as inúmeras diferenças entre as naves avistadas e todas as descrições confiáveis daqueles que alegam já terem tido contato visual com esses seres, podemos claramente conjecturar que vêm de inúmeros lugares diferentes e podem até compartilhar os estudos feitos aqui. Talvez, como naquele exemplo dos índios isolados, que não percebem haver bilhões de seres semelhantes a eles bem à sua volta, nós também sejamos ingênuos e limitados como aqueles índios, mesmo que em outra escala. Pode ser que existam dezenas, ou até mesmo centenas, de civilizações espalhadas por aí, bem mais próximas do que imaginamos. Próximas o suficiente, pelo menos para eles, permitindo que venham constantemente dar uma olhadinha para ver como está caminhando nossa atrapalhada e plural civilização. Assim como também vimos antes, se eles não fossem pacíficos nós muito provavelmente nem existiríamos mais. Portanto não temos nenhuma razão para crer que todos aqueles que nos visitaram e continuam nos visitando até hoje, sem exceção, tivessem qualquer outro interesse aqui que não fosse o de aumentarem seus conhecimentos científicos, procurando fazer isso sem interferirem em nosso desenvolvimento. Muito embora provavelmente não exista nenhum ser humano que não se amedrontasse caso se visse frente a frente com algum desses seres. Muito do que nos amedronta frente às possíveis civilizações extraterrestres hoje em dia vem do medo natural pelo desconhecido. Mas pode ser que os interesses escusos de alguns, em manter esses eventos longe do conhecimento do público, contribuam no sentido de ampliar esses medos, transformando-os


em perspectivas aterradoras para a maioria das pessoas frente às possibilidades de eventuais contatos com essas outras civilizações. Por outro lado, também se essas especulações estiverem no caminho certo, nós é que estamos sendo agressivos com eles. Nós é que estamos perseguindo-os, abatendo-os, capturando-os e, muito provavelmente, mantendo dezenas desses seres de diferentes espécies em algum tipo de cativeiro, movidos por razões mesquinhas e egoístas, às quais é muito pouco provável que eles possam compreender totalmente. Ou então pode ser até que compreendam melhor que nós mesmos. Afinal, se não fossemos daqui desse planeta e chegássemos até aqui, vindos de algum outro lugar do universo, passássemos pelas praias de Palm Springs, depois sobrevoássemos Nova York, atravessássemos o Atlântico e chegássemos à Europa pelos Algarves, depois sobrevoássemos Paris, de preferência durante a noite, voássemos por cima de Amsterdã, Roma e de Berlim, e imediatamente depois disso sobrevoássemos o interior da China e da Índia, atravessássemos os campos de refugiados das guerras fundamentalistas do Oriente Médio e terminássemos passando sobre algumas das populações famintas em algum lugar no meio da África, talvez pudéssemos perceber rapidamente que a civilização desse planeta vive enfiada em um contrassenso entre a perfeição e o caos, com tudo o mais que se pode imaginar entre esses dois extremos. Talvez no conjunto da obra percebêssemos rapidamente que os habitantes desse planeta são recém-saídos do primitivismo, portanto não estranharíamos muito algum tipo de ação aparentemente agressiva vinda da parte deles. É bem verdade que caminhamos a passos largos para sermos cada vez mais civilizados e conseguirmos viver em harmonia no nosso próprio mundo, muito embora pareça que ainda estejamos um pouco longe disso. Sem partirmos para o lado esotérico da questão, parece haver uma força maior que naturalmente se


encarrega de somente avançarmos quando estamos preparados para dar esses passos. Não fosse assim, provavelmente já teríamos nos autodestruído. O que seria do mundo, por exemplo, caso a bomba atômica tivesse sido desenvolvida décadas antes do que foi? Além dessas forças naturais, a cada uma dessas novas invenções nos vemos obrigados a encontrar uma ética para lidar com essas estrovengas, para as quais, mesmo que tome algum tempo, acabamos por encontrar um tipo de bom senso, em uma espécie de manifestação de nosso instinto de sobrevivência ou até mesmo de subsistência. Talvez alguém entenda que esta obra tenha o propósito de transformar os nossos supostos visitantes em moçinhos e nós em bandidos, mas tem alguma coisa em todas essas possibilidades e especulações que aponte em outra direção? Talvez possam até tentar incluí-la entre as teorias da conspiração. Isso seria na verdade um privilégio e até uma espécie de elogio. Afinal, muitas das teorias da conspiração acabaram ao longo do tempo adquirindo respeito e reconhecimento. Não fosse por algumas dessas teorias acreditaríamos cegamente até hoje, por exemplo, que existiram armas de destruição em massa no Iraque e que a Área 51 não passa do resultado de pura ficção e invenção. Muitas das alegações que alguns desses teóricos fizeram em alguma época acabaram se mostrando realidades irrefutáveis. Algumas outras afirmações, que ainda não atingiram esse status, podem ter o mesmo destino em um futuro próximo. Também é possível que muitos questionem a lógica simplista, com a qual algumas das especulações e suposições foram apresentadas aqui. Essa reflexão até que pode ser cabível em algum grau, pelo menos sobre algumas entre todas as colocações. Mas a história é repleta de demonstrações de que muitos dos grandes avanços da humanidade partiram de simples hipóteses ou até mesmo especulações, para as quais algumas pessoas determinadas


e audaciosas dedicaram-se em tentar validá-las, fazendo com que algumas dessas tentativas lograssem ter êxito. O imobilismo paralítico, imposto pelos ponderadores obsessivos sobre todos os pensamentos, antes mesmo que qualquer passo seja dado em qualquer direção, é uma seara peculiar àqueles que nunca chegaram e nem chegarão a lugar algum. Para a nossa sorte, muito embora existam em abundância no nosso meio, estes não representam a totalidade dos seres humanos, restando muitos com a capacidade de desvencilharem-se dessas teias. Muito embora devamos nos manter sempre otimistas e esperançosos de que o caminho que deverá ser percorrido pela humanidade nos séculos futuros seja imensamente promissor, não podemos nos dar ao luxo de perdermos o senso de realidade e nem mesmo a humildade no momento de fazermos nossas próprias autoanálises. É possível que algumas colocações genéricas, feitas no transcorrer deste livro sobre os seres humanos, possam passar a impressão de algum tipo de ceticismo sobre o caráter e o destino da espécie humana. O único intuito dessas reflexões é o de provocar a nossa própria autocrítica, muitas vezes ausente em alguns de nós, sem a qual somos eventualmente condenados a enfrentar uma espécie de orgulho ingênuo, desmedido e incabível. Muito embora tenhamos sem dúvida inúmeras razões para sermos muito orgulhosos de nossos feitos até então como sociedade, temos também uma coleção de incontáveis razões para nos envergonharmos dessa mesma sociedade. Se formos humildes o suficiente para podermos reconhecer essa simples realidade, seremos também capazes de caminharmos para o futuro na certeza de minimizar alguns dos nossos mais crônicos problemas. Se for benéfico que sejamos sempre muito competitivos e que a ausência da competição nos imobiliza, fato que ficou mais do que evidenciado com o atraso gerado pelas décadas de comunismo em algumas partes do mundo, não pode ser regra que para sermos


competitivos tenhamos obrigatoriamente que nos esquecermos dos mais básicos valores humanitários. Teremos forçosamente que encontrar, nos séculos que estão por vir, uma forma de nos mantermos altamente motivados e competitivos, mas sermos ao mesmo tempo capazes de fazer isso com o devido respeito a todos os seres vivos do planeta, e por que não dizer do universo, e com o desejo de que todos nós tenhamos condições mínimas de dignidade em nossas vidas. Quem sabe assim possamos um dia realmente nos considerar suficientemente desenvolvidos. É bem verdade que no final de todas as contas temos muito mais perguntas do que respostas. Mas vez por outra pode ser interessante fazermos mais perguntas do que obtermos muitas respostas, principalmente quando as respostas parecem inacessíveis, e essas perguntas nos ajudam a intuir e compreender questões complexas, independentemente das possíveis respostas, ao invés de abandonarmos as reflexões sobre as ideias e sobre as questões de difícil resolução. Se simplesmente as abandonássemos certamente “emburreceríamos” um pouco mais como sociedade pretendente a ser considerada cada vez mais como inteligente, civilizada e evoluída. Que Deus abençoe e ilumine a todos em suas jornadas.


Apêndice I. Manual SOM1-01 do Grupo Majestic-12 original e tradução Apresento a seguir as vinte e cinco fotos divulgadas por Don Berliner e cinco imagens dos documentos enviados pela força aérea ao Sr. Brian Parks. As cinco imagens dos documentos da força aérea foram inclusas para que o leitor possa verificar que o texto desses documentos é idêntico ao texto do manual na página 21. Muito embora a Seção II do capítulo 6 do manual, de título Identification Criteria (Critérios de Identificação), também esteja entre os documentos fornecidos pela força aérea, decidi não incluí-la aqui devido ao seu conteúdo não apresentar informações desconhecidas ou muito relevantes ao contexto. Talvez por esta razão também não tenha sido fotografada por quem fotografou o manual. Nas fotos do manual é possível notar que o mesmo aviso que aparece na folha de rosto, advertindo para o nível de confidencialidade do documento, está repetido no verso de todas as páginas. Portanto, nenhuma página possui conteúdo em seu verso, constando apenas esta advertência, o que também é um padrão neste tipo de documento e é feito para facilitar as possíveis futuras atualizações de seu conteúdo. Nos textos do documento aparecem algumas siglas e nomes, cujos significados são: 1) UFOB - é o mesmo UFO. Durante as décadas de 40 e 50 esta sigla foi utilizada para identificar objetos voadores não identificados. Após este período passaram a ser


conhecidos apenas como UFO. 2) EBE - Extraterrestrial Biological Entities (Entidades Biológicas Extraterrestres). Esta sigla é utilizada para identificar seres alienígenas ou extraterrestres. 3) Time OPNAC - É um grupo de pessoas especializadas em lidar com alienígenas encontrados ainda com vida. 4) Time Vermelho - É um grupo de pessoas especializadas em lidar com dispositivos e equipamentos extraterrestres. Este time é acionado sempre que são encontrados equipamentos ou dispositivos que após os acidentes permaneçam aparentemente em funcionamento, ou quando estejam emitindo algum tipo de radiação. A tradução do manual foi elaborada buscando preservar o sentido exato utilizado no texto e não sua tradução literal. Um desses exemplos é o próprio título do manual: Extraterrestrial Entities and Technology, Recovery and Disposal. Já tive acesso a algumas traduções deste título onde a palavra DISPOSAL é traduzida com o significado de DESCARTE. De fato esta palavra pode ter este significado, mas também pode ser traduzida como DISPOSIÇÃO, no sentido de arrumação, como por exemplo, a DISPOSIÇÃO de materiais em uma prateleira. No caso do manual este é o sentido utilizado, já que ele define para onde deve ser encaminhado cada tipo de material coletado, enquanto não faz nenhuma menção sobre descarte de qualquer material que seja. Porém para preservar o sentido exato do título utilizei a palavra DESTINAÇÃO. Sendo assim, a tradução mais próxima do seu significado que encontrei deixou-o como sendo: RECUPERAÇÃO E DESTINAÇÃO DE ENTIDADES E TECNOLOGIA EXTRATERRESTRES. Também para facilitar a compreensão do texto, todas as medidas citadas foram convertidas para o sistema métrico na tradução


Manual SOM1-01 – Folha de Rosto


REST RIT O – SOM1-01 T O 12D1-3-11-1 GRUPO MAJEST IC-12 – MANUAL DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

RECUPERAÇÃO E DEST INAÇÃO DE ENT IDADES E T ECNOLOGIA EXT RAT ERREST RES

ULT RA SECRET O SOMENT E PARA OS OLHOS DE MAJIC

AVISO! Este é um docume nto ULTRA SECRETO - SOMENTE PARA OS OLHOS DE MAJIC conte ndo informa çõe s compa rtime nta da s e sse ncia is à se gura nça na ciona l dos Esta dos Unidos. O a ce sso SOMENTE PARA OS OLHOS do ma te ria l a qui incluso é e strita me nte limita do à s pe ssoa s que possua m NÍVEL DE AUTORIZAÇÃO MAJESTIC-12. O e xa me ou uso por pe ssoa s nã o a utoriza da s é e strita me nte proibido e é puníve l por le i fe de ra l.

GRUPO MAJEST IC-12 - ABRIL DE 1954


Manual SOM-01 –Verso da Folha de Rosto


OBS.: O código que está impresso no verso da folha de rosto é: UNIT KB-88 BLDG. 21 KIRTLAND_AFB, N.MEX.. Este código indica o local onde o manual foi produzido, padrão na época para este tipo de documento. O significado do código é: Unidade KB-88 Prédio 21, Base da Força Aérea de Kirtland, Novo México. A base de Kirtland é uma das três que ficam próximas ao local do suposto acidente de Roswell.


Manual SOM1-01 – Controle de Atualização


A REMOÇÃO E/OU SUBSTITUIÇÃO DE PÁGINA(S) ANEXA(S) A ESTE DOCUMENTO REQUER AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO OFICIAL DE OPERAÇÕES DO MAJIC-12 E SERÁ REGISTRADA PELO OFICIAL DE REGISTROS E DOCUMENTOS EM CADA OCORRÊNCIA.


Manual SOM1-01 – Página 1


RECUPERAÇÃO E DEST INAÇÃO DE ENT IDADES E T ECNOLOGIA EXT RAT ERREST RES


Manual SOM1-01 – Página 2


Capítulo 1. OPERAÇÃO MAJEST IC-12 Seção I. PROPÓSIT O E OBJET IVOS DO PROJET O

1. Escopo Este ma nua l foi pre pa ra do e spe cia lme nte pa ra unida de s do Ma je stic-12. Te m como obje tivo a pre se nta r todos os a spe ctos do Ma je stic-12, de modo que todo pe ssoa l a utoriza do te nha me lhor e nte ndime nto da s fina lida de s do grupo, se ndo possíve l a ssim, lida r com Obje tos Voa dore s Nã o Ide ntifica dos, Te cnologia Extra te rre stre e Entida de s de ma ne ira proficie nte , e le va ndo a e ficá cia da s futura s ope ra çõe s.

2. Aspectos Gerais O MJ-12 conside ra UFBOs, Te cnologia Extra te rre stre , e Entida de s Biológica s Extra te rre stre s como tópico de e xtre ma importâ ncia , e a va lia o te ma e m que stã o como se ndo de ma is a lta se gura nça na ciona l. Por e ssa ra zã o, tudo o que e stá re la ciona do com o a ssunto foi de finido como te ndo a ma is a lta cla ssifica çã o de se gura nça . Trê s principa is pontos se rã o cobe rtos ne sta se çã o: a ) Os a spe ctos ge ra is do MJ-12, pa ra e scla re ce r qua isque r conce pçõe s e rrône a s que qua lque r pe ssoa possa te r. b) A importâ ncia da s ope ra çõe s. c) A ne ce ssida de de a bsoluto sigilo e m toda s a s fa se s da s ope ra çõe s.

3. Classificação de Segurança Toda s a s informa çõe s re la ciona da s com o MJ-12 fora m cla ssifica da s como “Ape na s pa ra os Olhos de Ma jic”, e possue m níve l de se gura nça 2 pontos a cima de docume ntos a ponta dos como “Ultra Se cre to”. Te ndo como ra zã o pa ra e sta me dida , a s conse quê ncia s que possa m incidir, nã o a pe na s pe lo impa cto sobre o público, ca so a e xistê ncia de ta is fa tos ve nha a se r e xposta , ma s ta mbé m pe lo pe rigo de te r te cnologia tã o a va nça da , como te m sido a s que fora m re cupe ra da s pe la força a é re a , ca indo e m mã os de potê ncia s nã o a miga s. Ne nhuma informa çã o é libe ra da pa ra a impre nsa pública , e a posiçã o oficia l do gove rno é de que nã o e xiste qua lque r grupo e spe cia l como o MJ-12.

4. História do Grupo A ope ra çã o Ma je stic-12 foi e sta be le cida por orde m pre side ncia l e spe cia l e confide ncia l, e m 24 de se te mbro de 1947, por re come nda çã o do Se cre tá rio de De fe sa Ja me s V. Forre sta l e Dr. Va nne va r Bush, Pre side nte da Junta de Pe squisa e De se nvolvime nto. As ope ra çõe s sã o re a liza da s sob coma ndo de um Grupo de Inte ligê ncia Ultra Se cre to de Pe squisa e De se nvolvime nto, que re sponde dire ta me nte a pe na s a o Pre side nte dos Esta dos Unidos. Os obje tivos do Grupo MJ-12...


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sã o os se guinte s: a ) A re cupe ra çã o pa ra e studo cie ntífico de todos os ma te ria is e dispositivos de fa brica çã o a lie níge na ou e xtra te rre stre que possa m se torna r disponíve is. Ta is ma te ria is e dispositivos se rã o re cupe ra dos usa ndo-se todos e qua isque r me ios a va lia dos como ne ce ssá rios pe lo Grupo. b) A re cupe ra çã o pa ra e studo cie ntífico de toda s a s e ntida de s e re stos de e ntida de s de orige m nã o te rre stre , os qua is pode m se torna r disponíve is por a çõe s inde pe nde nte s de ssa s e ntida de s, por infortúnio da s me sma s, ou por a çõe s milita re s. c) O e sta be le cime nto e a a dministra çã o de Time s Espe cia is pa ra e fe tua r a s ope ra çõe s cita da s a cima . d) O e sta be le cime nto e a a dministra çã o de insta la çõe s de se gura nça e spe cia is, a se re m situa da s e m loca is confide ncia is de ntro da s fronte ira s dos Esta dos Unidos, com o obje tivo de re ce be r, proce ssa r, a na lisa r, e e studa r cie ntifica me nte qua isque r ma te ria is e e ntida de s cla ssifica da s como se ndo de orige m e xtra te rre stre pe lo Grupo ou pe los Time s Espe cia is. e ) O e sta be le cime nto e a dministra çã o de ope ra çõe s se cre ta s, a se re m re a liza da s e m conjunto com a Ce ntra l de Inte ligê ncia , a fim de e xe cuta r a re cupe ra çã o, pa ra os Esta dos Unidos, de te cnologia e xtra te rre stre e e ntida de s que possa m te r ca ído e m mã os de pode re s e stra nge iros. f) O e sta be le cime nto e a ma nute nçã o de a lto sigilo a bsoluto a re spe ito de toda s a s ope ra çõe s cita da s a cima .

5. Situação Atual É conside ra do, a tua lme nte , que há pouca s indica çõe s de que e sse s obje tos e se us construtore s possa m de nota r uma a me a ça dire ta à se gura nça dos Esta dos Unidos, a pe sa r da ince rte za sobre se us motivos de via ja re m a té a qui. Ce rta me nte , a te cnologia possuída por e sse s se re s de longe ultra pa ssa todo o conhe cime nto da ciê ncia mode rna , a inda a ssim, sua pre se nça pa re ce se r be nigna , e pa re ce m, de ce rta forma , e sta r e vita ndo o conta to com nossa e spé cie , pe lo me nos a té e ste mome nto. Dive rsa s e ntida de s morta s tê m sido re cupe ra da s junto com monta nte s substa ncia is de e scombros e dispositivos de sua s na ve s ca ída s, toda s a s qua is e stã o se ndo e studa da s e m dive rsos loca is. Ne nhuma te nta tiva foi fe ita por pa rte da s e ntida de s e xtra te rre stre s, ne m de conta do com a s a utorida de s, ne m de re cupe ra r de se us se me lha nte s ou sua s na ve s a cide nta da s, me smo qua ndo uma da s que da s é re sulta do de a çõe s milita re s dire ta s. A ma ior a me a ça a tua lme nte consiste na a quisiçã o e e studo de ssa a va nça da te cnologia por pode re s e stra nge iros, hostis a os Esta dos Unidos. É por e ste motivo que é da da a lta priorida de pa ra a re cupe ra çã o e e studo de sse tipo de ma te ria l pe los Esta dos Unidos.


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Capítulo 2. INT RODUÇÃO Seção I. GERAL

6. Escopo a ) Este ma nua l de ope ra çõe s foi publica do pa ra a informa çã o e orie nta çã o de todos os e nvolvidos. Conté m informa çõe s sobre a ide ntifica çã o, docume nta çã o, cole ta , e de stina çã o de de stroços, dispositivos, na ve s e ocupa nte s de ssa s na ve s, que sã o de finidos como Te cnologia Extra te rre stre ou Entida de s Biológica s Extra te rre stre s (EBEs) na se çã o II de ste ca pítulo. b) Os a pê ndice s I e Ia contê m uma lista de re fe rê ncia s, incluindo ma nua is té cnicos e outra s publica çõe s disponíve is, a plicá ve is a e ssa s ope ra çõe s. c) O a pê ndice II conté m uma lista dos me mbros que constitue m o Grupo Ma je stic-12.

7. Formulários e Registros Formulá rios usa dos pa ra re gistra r a s ope ra çõe s e stã o lista dos no Apê ndice I. Seção II. DEFINIÇÃO E DADOS

8. Geral Te cnologia Extra te rre stre é de finida da se guinte ma ne ira : a ) Ae rona ve s ide ntifica da s como nã o pe rte nce nte s a os Esta dos Unidos ou a qua lque r outro pode r e stra nge iro te rre stre , incluindo a e rona ve s e xpe rime nta is civis ou milita re s. Ae rona ve s de signa da s ne ssa ca te goria sã o comume nte conhe cida s como Obje tos Voa dore s Nã o Ide ntifica dos (UFOBs). Ta is a e rona ve s pode m se a pre se nta r e m dive rsos forma tos e configura çõe s, e a pre se nta r e xtra ordiná ria s ca ra cte rística s de voo. b) Obje tos e dispositivos de orige m ou funçã o de sconhe cida , fa brica dos por proce ssos, ou constituídos de ma te ria is que nã o se ja m consiste nte s com o conhe cime nto cie ntífico e te cnológico a tua l. c) De stroços de a e rona ve s suposta me nte de orige m ou fa brica çã o e xtra te rre stre . Ta is de stroços pode m se r re sulta nte s de a cide nte s ou de a çõe s milita re s. d) Ma te ria is que de monstra m ca ra cte rística s pe culia re s ou e xtra ordiná ria s, nã o consiste nte s com o a va nço cie ntífico e te cnológico a tua l. e ) Cria tura s, huma noide s ou nã o, da s qua is o proce sso e volutivo re sponsá ve l por se u de se nvolvime nto é de monstra ve lme nte dife re nte da que le s obse rva dos no Homo Sa pie ns.


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9. Descrição das Naves Os ve ículos e xtra te rre stre s docume nta dos (UFBOs) sã o cla ssifica dos e m uma de qua tro ca te goria s, de a cordo com se us forma tos, como se ndo: a ) Elíptica , ou e m forma to de disco. Esse tipo de na ve é de construçã o me tá lica , e possui cor opa ca de a lumínio. Ela s tê m a pa rê ncia de dua s fôrma s de torta , ou dois pra tos de louça ra sos pre ssiona dos e ntre si, e pode m a pre se nta r uma cúpula e m cima , ou e mba ixo. Ne nhuma divisã o ou junta é visíve l e m sua supe rfície , pa ssa ndo a ssim a impre ssã o de se r uma construçã o de um único pe da ço. Os discos sã o e stima dos de 15 a 90 me tros de diâ me tro, e sua e spe ssura é de a proxima da me nte 15% do diâ me tro, nã o incluindo a cúpula , que possui por si só 30% do diâ me tro do disco e se e ste nde ma is 1,20 m ou 1,50 m a cima do corpo do disco. A cúpula pode ou nã o incluir ja ne la s e porta s, e sua s porta s se mostra m na pa rte de ba ixo da borda do disco e m a lguns ca sos. Em sua ma ior pa rte , na ve s e m forma to de disco e stã o e quipa da s com luze s ta nto na pa rte supe rior como infe rior, e ta mbé m e m volta de sua borda . Essa s luze s nã o sã o visíve is qua ndo a na ve nã o e sta funciona ndo ou e m re pouso. Ge ra lme nte nã o a pre se nta m a nte na s ou protube râ ncia s visíve is. Se us e quipa me ntos de pouso consiste m de trê s pe rna s e xte nsíve is, que te rmina m e m pe que na s pla ta forma s circula re s. Qua ndo comple ta me nte e xpa ndida s, ta l me ca nismo de pouso ma nté m o corpo da na ve ce rca de 50 cm a 1 m a cima da supe rfície e m se u ponto ma is ba ixo. Uma e scotilha re ta ngula r se situa a o longo do e qua dor da na ve ou na supe rfície infe rior do disco. b) Cilíndrica ou e m forma de cha ruto. Re gistros docume nta dos de sse tipo de a e rona ve sã o e xtre ma me nte ra ros. Re gistros de ra da re s da Força Aé re a indica m que ta is ve ículos tê m a proxima da me nte 600 me tros de comprime nto e 30 me tros de e spe ssura , e a pa re nta m nã o ope ra r e m ba ixa a tmosfe ra . Muito pouca informa çã o se a pre se nta disponíve l sobre o de se mpe nho de ssa s a e rona ve s, poré m, re gistros de ra da re s indica ra m ve locida de s que e xce de m os 11.000 Km por hora . Ao que tudo indica , e la s nã o de monstra m ma nobra s brusca s e instá ve is, que sã o ge ra lme nte a ssocia da s com a s a e rona ve s me nore s. c) Ova l ou e m forma to circula r. Tipo de scrito como se me lha nte a um cone de sorve te , com forma a rre donda da e m sua ponta ma ior, se e stre ita ndo a té sua outra ponta pontia guda . Me de m a proxima da me nte 10 a 12 me tros de comprime nto e se u diâ me tro é de a proxima da me nte 20% de se u comprime nto. Possui uma luz e xtre ma me nte brilha nte e m sua e xtre mida de pontia guda , e ge ra lme nte voa m a ponta da s pa ra ba ixo. Pode m pa re ce r possuir qua lque r forma , de sde re donda , a té cilíndrica , de pe nde ndo do â ngulo de obse rva çã o. Obse rva çõe s fre que nte s de sse tipo de na ve a s de scre ve m como e líptica s, vista s de um â ngulo inclina do ou pe la borda . d) Ae rofólio ou e m forma to tria ngula r. Acre dita -se se r nova te cnologia pe la ra rida de e pe los a pa re cime ntos muito re ce nte s. Ra da re s indica m um pe rfil de triâ ngulo isósce le , cujo ma ior la do me de pe rto de 90 me tros de comprime nto. Pouco se conhe ce sobre o de se mpe nho de ssa s a e rona ve s de vido à ra rida de com que sã o a vista da s com cla re za , ma s supõe -se que se ja m ca pa ze s de a lca nça r a lta s ve locida de s e ma nobra s brusca s, simila re s ou a té me smo e xce de ndo o de se mpe nho a tribuído a os tipos “a ” e “c”.


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10. Descrição de Entidades Biológicas Extraterrestres (EBEs) A a ná lise de re stos re cupe ra dos de de stroços dos UFOBs indica que Entida de s Biológica s Extra te rre stre s pode m se r cla ssifica da s e m dua s ca te goria s distinta s: a ) EBE Tipo I. Entida de s huma noide s, pode ndo ha ve r a confusã o de ssa s com se re s huma nos de ra ça orie nta l qua ndo vista s de longe . Sã o bípe de s, de 1,52 m a 1,62 m de a ltura , pe sa ndo e ntre 36 e 46 Kg. Proporciona lme nte simila re s a os huma nos, a pe sa r de se u crâ nio se r, de ce rta forma , ma ior e ma is a rre donda do. Pe le pá lida e de cor a ma re la da , e spe ssa , e a pa re nta se r le ve me nte gra nula da . Os olhos sã o pe que nos e be m se pa ra dos, e m forma to de a mê ndoa s, íris e scura s um ta nto a ma rronza da s e pupila s conside ra ve lme nte gra nde s. A pa rte bra nca dos olhos, dife re nte dos huma nos, possui le ve tom a cinze nta do. Ore lha s pe que na s e posiciona da s e m pa rte s um ta nto ba ixa s no crâ nio. Na riz fino e longo, e boca ma is e xte nsa que a dos huma nos, pra tica me nte se m lá bios. Ne nhum pe lo fa cia l a pa re nte e muito pouco pe lo no corpo, que sã o be m finos e e stã o confina dos na s a xila s e na virilha . O corpo é ma gro e se m gordura a pa re nte , ma s os músculos sã o be m de se nvolvidos. As mã os sã o pe que na s com qua tro longos de dos, se m pole ga r oposto. A a rticula çã o do de do ma is e xte rno fa z com que o me smo possa move r-se de ma ne ira qua se oposta a os outros, e nã o a pre se nta m me mbra na s e ntre os de dos, como os huma nos. As pe rna s sã o le ve me nte curva da s, com pé s a la rga dos e proporciona lme nte gra nde s. b) EBE Tipo II. Entida de s huma noide s, poré m dife re m do Tipo I e m muitos a spe ctos. Sã o bípe de s, me dindo de 1,00 a 1,30 me tros, pe sa ndo de 12 a 25 Kg. Proporciona lme nte , sua ca be ça é ma ior que a dos huma nos e a do Tipo I, possuindo crâ nio ma is la rgo e a longa do. Os olhos sã o de sta ca da me nte gra nde s, inclina dos, che ga ndo a qua se curva r-se e m dire çã o a o la do do crâ nio. Inte ira me nte pre tos, se m porçõe s e sbra nquiça da s. Nã o se nota a rca da supra cilia r, e o crâ nio a pre se nta uma pe que na crista que corre pe lo topo. O na riz consiste de dua s pe que na s fe nda s, situa da s be m a cima de orifício simila r, que é sua boca . Nã o a pre se nta m ore lha s e xte rna s. A pe le é um tom cinza a zula do, ma is e scure cida na pa rte de trá s da cria tura , te ndo te xtura ma cia e lisa . Nã o a pre se nta m pe los, ne m na fa ce e ne m no corpo, e ta is cria tura s nã o a pa re nta m se r ma mífe ros. Os bra ços sã o proporciona lme nte ma is longos que a s pe rna s, te ndo trê s longos e pontia gudos de dos, e um pole ga r qua se tã o longo qua nto os de ma is. O Se gundo de do é ma is grosso que os outros, ma s nã o tã o longo qua nto o de do indica dor. Os pé s sã o pe que nos e e stre itos, com qua tro de dos liga dos a tra vé s de uma me mbra na . Nã o se sa be onde a mbos os tipos de cria tura se origina ra m, ma s pa re ce cla ro que nã o e voluíra m na Te rra . É e vide nte , poré m nã o se sa be a o ce rto, que pode m se r prove nie nte s de dois pla ne ta s dife re nte s.


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11. Descrição de Tecnologia Extraterrestre As se guinte s informa çõe s re sulta m da a ná lise pre limina r dos re gistros de de stroços cole ta dos e m á re a s onde houve a que da de na ve s e xtra te rre stre s e ntre 1947 e 1953, re gistros dos qua is tre chos sã o cita dos lite ra lme nte , a fim de orie nta r sobre os tipos e ca ra cte rística s de ma te ria is que pode rã o se r e ncontra dos e m ope ra çõe s de re cupe ra çã o futura s: a ) Aná lise inicia l dos e ntulhos da á re a onde ocorre u a que da pa re ce indica r que os me smos provê m de um ve ículo e xtra te rre stre que e xplodiu de de ntro, se choca ndo com o solo com gra nde inte nsida de , de struindo-se comple ta me nte . O volume da ma té ria e ncontra da suge re que o ve ículo se ria de ta ma nho mé dio, a pe sa r do pe so de se us de stroços indica re m le ve za e xtre ma pa ra se u ta ma nho. b) Aná lise me ta lúrgica dos de stroços re cupe ra dos indica que a s a mostra s nã o sã o composta s por ne nhum ma te ria l conhe cido pe la ciê ncia te rre stre na a tua lida de . c) O ma te ria l te sta do possui e norme rigide z e re sistê ncia a o ca lor, re la tivo a o se u pe so e ta ma nho, se ndo muito ma is forte do que qua lque r outro ma te ria l usa do e m a e rona ve s milita re s ou civis a tua lme nte . d) Gra nde pa rte do ma te ria l, a pa re nta ndo pa pe l-a lumínio ou folha de a lumínio-ma gné sio, de monstra nã o possuir ne nhuma da s ca ra cte rística s de a mbos os me ta is, a sse me lha ndo-se ma is com a lgum tipo de ma te ria l plá stico. e ) Estrutura s e viga s sólida s possuindo e mine nte simila rida de com ma de ira nã o gra nula da , muito de nsa e que de monstra e xtre ma le ve za , e la sticida de e pode r de compre ssã o, ca ra cte rística s nã o a dquiríve is por qua isque r me ios conhe cidos pe la indústria mode rna . f) Ne nhum dos ma te ria is te sta dos de monstrou ca ra cte rística s ma gné tica s me nsurá ve is, ou ra dia çã o re ma ne sce nte . g) Em dive rsa s a mostra s fora m gra va da s ou e sta mpa da s ma rca s e pa drõe s. Pa drõe s nã o pronta me nte ide ntificá ve is, cuja s te nta tiva s de de cifra r se us significa dos nã o obtive ra m suce sso. h) A a ná lise de dive rsos obje tos que a pa re nta m se r dispositivos me câ nicos, e quipa me ntos, e tc. re ve la ra m pouco ou pra tica me nte na da sobre sua s funçõe s ou mé todos de fa brica çã o.


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Capítulo 3. OPERAÇÕES DE RECUPERAÇÃO Seção I. SEGURANÇA

12. Blecaute da Imprensa De ve ha ve r gra nde cuida do a fim de pe rse ve ra r a se gura nça de qua lque r loca l onde Te cnologia Extra te rre stre possa se r e xtra ída pa ra e studo cie ntífico. Me dida s e xtre ma s de ve m se r visa da s pa ra que se prote ja e pre se rve qua lque r ma te ria l ou na ve de se r de scobe rta , e xa mina da ou re movida por a gê ncia s civis ou indivíduos do público e m ge ra l. É, porta nto, re come nda do que um ble ca ute tota l da mídia se ja inicia do a ssim que possíve l. Se ta l proce sso nã o se mostra r re a lizá ve l, a s se guinte s história s de cobe rtura sã o suge rida s pa ra a divulga çã o na mídia . O oficia l e nca rre ga do a girá ra pida me nte pa ra se le ciona r a história que me lhor se e nca ixe na situa çã o. De ve se r le mbra do que , se mpre a o se le ciona r uma história pa ra a cobe rta r um ca so, o posiciona me nto oficia l a re spe ito dos UFBOs é de que e le s nã o e xiste m: a ) Ne ga çã o Oficia l. A re sposta ma is de se ja da se ria a de que na da incomum ocorre u. Afirma ndo, a ssim, que o gove rno nã o possui conhe cime nto a lgum sobre o e ve nto e m que stã o. Adiciona is inve stiga çõe s pe lo público de ve m se r a nte cipa da s. b) De scré dito de Te ste munha s. Se possíve l, te ste munha s se rã o fe ita s incomunicá ve is a té que se us conhe cime ntos e a e xte nsã o de se us e nvolvime ntos com o ca so se ja m de te rmina dos. Te ste munha s se rã o de se ncora ja da s pa ra que nã o fa le m sobre o que te nha m visto, e a intimida çã o pode se torna r ne ce ssá ria pa ra ga ra ntir a coope ra çã o da s me sma s. No ca so de já ha ve r o conta do com a mídia , se rá ne ce ssá rio de sa cre dita r sua s história s. Ato re a liza do de ma ne ira ma is e fica z a tra vé s da a firma çã o de que ta is te ste munha s te nha m inte rpre ta do e rrone a me nte fe nôme nos da na ture za , sã o vítima s de histe ria ou a lucina çõe s, ou que re m a pe na s disse mina r ide ia s fra udule nta s. c) Afirma çõe s Enga nosa s. Pode se torna r ne ce ssá rio o uso de fa lsa s a firma çõe s com o fim de pre se rva r a se gura nça de um loca l. Me te oros, sa té lite s ca ídos, ba lõe s climá ticos e a e rona ve s milita re s sã o toda s a lte rna tiva s a ce itá ve is. Poré m, no ca so do uso da a firma tiva sobre a e rona ve s milita re s a cide nta da s, cuida do de ve se r toma do pa ra que nã o se sugira que a me sma possa se r e xpe rime nta l ou se cre ta , pode ndo a ca rre ta r ma is curiosida de ta nto da impre nsa a me rica na , como da e stra nge ira . Afirma çõe s re la ciona da s à conta mina çã o da á re a re sulta nte s de de rra ma me ntos de ma te ria l tóxico por ca minhõe s ou va gõe s ta nque pode m ta mbé m se rvir pa ra ma nte r o pe ssoa l nã o a utoriza do longe da á re a .

13. Proteger a Área A á re a de ve se r prote gida o ma is ra pida me nte possíve l com o obje tivo de impe dir a infiltra çã o de pe ssoa s nã o a utoriza da s no loca l. O oficia l e nca rre ga do de limita rá um pe ríme tro, e sta be le ce ndo a í se u posto de coma ndo.


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Ao pe ssoa l a utoriza do a e ntra r no loca l se rá provide ncia do e strita me nte o mínimo ne ce ssá rio pa ra pre pa ra r a a e rona ve ou os de stroços pa ra tra nsporte , e consistirã o de me mbros da s Força s de Se gura nça Milita r. Autorida de s loca is pode m se r utiliza da s no se rviço de controle de trá fe go e de multidõe s. Sob ne nhuma circunstâ ncia de ve rá se r a utoriza da a e ntra da de oficia is ou me mbros do órgã os de se gura nça pública no loca l do pe ríme tro, e toda s a s pre ca uçõe s ne ce ssá ria s de ve m se r toma da s pa ra a sse gura r que os me smos nã o inte rfira m com a ope ra çã o. a ) Pe ríme tro. É de se já ve l que núme ro suficie nte de me mbros milita re s se ja utiliza do na forma çã o de um pe ríme tro, e m torno do loca l e m que stã o, que se ja e xte nso o suficie nte pa ra ga ra ntir que , ta nto pe ssoa l nã o a utoriza do, qua nto me mbros re sponsá ve is por ma nte r o pe ríme tro, nã o possa m ve r o loca l cla ra me nte . Assim que a sse gura do, pa trulha s re gula re s se rã o e sta be le cida s pa ra ga ra ntir comple ta se gura nça , e fisca liza çã o e le trônica se rá utiliza da pa ra a primora r a s pa trulha s. Ao pe ssoa l tra ba lha ndo no loca l se rá pe rmitido o uso de a rma s de fogo. Nã o de ve rá se r pe rmitida a e ntra da de qua lque r indivíduo nã o a utoriza do na á re a a sse gura da . b) Posto de Coma ndo. Ide a lme nte , o posto de coma ndo de ve fica r próximo o suficie nte do loca l, de modo a torna r prá tica e e ficie nte a coorde na çã o da ope ra çã o. Assim que o posto se a pre se nte ope ra ciona l, o conta to com o Grupo Ma je stic-12 se rá e sta be le cido a tra vé s da s via s se gura s de comunica çã o. c) Va rre dura da Áre a . Se rã o re movidos do loca l e se us a rre dore s todo pe ssoa l nã o a utoriza do. Te ste munha s se rã o inte rroga da s e de tida s pa ra ma iore s a va lia çõe s pe lo MJ-12. Sob ne nhuma circunstâ ncia a s te ste munha s de ve rã o se r libe ra da s a nte s de sua s história s se re m a va lia da s pe lo MJ-12, e que ocorra minuciosa inte rroga çã o. d) Ava lia çã o da Situa çã o. Uma a va lia çã o pre limina r da situa çã o se rá concluída , e um re la tório pre limina r pre pa ra do. O Grupo MJ-12 se rá e ntã o informa do da situa çã o o ma is rá pido possíve l. O Grupo, e ntã o, de te rmina rá se o Time Ve rme lho MJ-12 ou o Time OPNAC se rã o e nvia dos a o loca l ou nã o. Seção II. RECUPERAÇÃO DE T ECNOLOGIA

14. Remoção e Transporte Assim que e sta be le cia a comunica çã o, se rá inicia da a re moçã o e o tra nsporte sob a s orde ns do MJ-12. a ) Docume nta çã o. Ca so a situa çã o pe rmita , de ve -se te r o cuida do de docume nta r a á re a por me io de fotogra fia s a nte s que qua lque r coisa se ja movida . No loca l se rá , e ntã o, re a liza da uma inspe çã o, che ca ndo a pre se nça de a ge nte s tóxicos ou ra dia çã o. Ca so a á re a nã o possa se r ma ntida se gura por um longo pe ríodo de te mpo, todos os ma te ria is de ve rã o se r e mpa cota dos, e e ntã o tra nsporta dos o ma is rá pido possíve l pa ra a ba se milita r se gura ma is próxima . O tra nsporte disfa rça do se rá e fe tua do a tra vé s de e stra da s pouco usa da s se mpre que possíve l. b) Na ve Comple ta ou Funciona ndo. De ve -se a proxima r de na ve s com e xtre ma ca ute la se pa re ce r e sta r a inda funciona ndo, visto que a e xposiçã o à ra dia çã o e de sca rga s


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e lé trica s pode re sulta r e m fe rime ntos gra ve s. Ca so a na ve e ste ja funciona ndo, poré m pa re ça a ba ndona da , a a proxima çã o de ve rá se r fe ita a pe na s por me mbros e spe cia lme nte tre ina dos do Time Ve rme lho MJ-12, usa ndo ve stime nta s prote tora s. Qua isque r dispositivos que pa re ça m e sta r e m funciona me nto, de ve rã o ta mbé m se r de ixa dos à disposiçã o do Time Ve rme lho MJ-12. Na ve s comple ta s e pa rte s de na ve s muito gra nde s pa ra se re m tra nsporta da s por tra nsporte disfa rça do se rã o de smonta da s, ca so isso possa se r fe ito ra pida me nte . Nos ca sos e m que de va m se r tra nsporta da s inte ira s, ou e m ca minhõe s de pla ta forma , se rã o cobe rta s de modo a ca mufla r se u forma to. c) Entida de s Biológica s Extra te rre stre s. EBEs de ve m se r re movida s pa ra insta la çõe s de se gura nça má xima o ma is rá pido possíve l. De ve -se a gir com e xtre mo cuida do pa ra pre ve nir a conta mina çã o por a ge nte s biológicos a lie níge na s. EBEs morta s de ve m se r e mbrulha da s e m ge lo logo que for possíve l pa ra que os te cidos se ja m pre se rva dos. Na circunstâ ncia de EBEs se re m e ncontra dos vivos, de ve m se r le va dos sob custódia por a mbulâ ncia s pa ra insta la çõe s de se gura nça má xima . Toda s e qua isque r me dida s de ve m se r toma da s pa ra a sobre vivê ncia do EBE. O e nvolvime nto de me mbros com os EBEs, viva s ou morta s, de ve e strita me nte se r o mínimo possíve l. (Ve ja o Ca pítulo 5 pa ra informa çõe s de ta lha da s de como lida r com EBEs.)

15. Limpando a Área Logo que todo ma te ria l te nha sido re movido do loca l, a s á re a s vizinha s se rã o minuciosa me nte inspe ciona da s pa ra que se te nha ce rte za de que todos os tra ços de Te cnologia Extra te rre stre fora m re movidos. Nos ca sos e m que houve a colisã o da s na ve s, os a rre dore s se rã o re vista dos dive rsa s ve ze s, pa ra a ga ra ntia de que na da foi de ixa do pa ssa r. As busca s na á re a e m que stã o pode m va ria r de a cordo com a s condiçõe s loca is, de a cordo com o disce rnime nto do oficia l e nca rre ga do. Qua ndo o oficia l e nca rre ga do e stive r ce rto de que nã o há e vidê ncia a lguma do e ve nto re ma ne sce nte no loca l, e le pode rá se r e va cua do.

16. Condições Especiais ou Incomuns A possibilida de de na ve s e xtra te rre stre s ca íre m e m á re a s populosa s e xiste , onde a se gura nça nã o pode se r ma ntida ou onde gra nde s se gme ntos da popula çã o ou impre nsa possa m te ste munha r ta is e ve ntos. O Pla no de Contingê ncia MJ-1949-04P/78 (Ape na s a os Olhos - Ultra Se cre to) de ve se r ma ntido de prontidã o, ca so se ja ne ce ssá rio fa ze r a lguma de cla ra çã o pública .


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17. Tabela de Classificação de Tecnologia Extraterrestre


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18. Para Uso no Sistema de Inventário Efe tua r a ide ntifica çã o é de ve r do oficia l e nca rre ga do pa ra e la bora r o inve ntá rio de Te cnologia Extra te rre stre ou de e ntida de s, com a utiliza çã o dos Formulá rios MJ-1-006 e 1-007. Instruçõe s pa ra o uso de ca da formulá rio se a pre se nta m e m se u ve rso.


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19. Dados sobre Embalagens e Empacotamento a ) Envio Domé stico. Ite ns individua is sã o rotula dos e e mba la dos com ma te ria is isola nte s té rmicos, e que se ja m à prova de va por e umida de . Sã o de pois a loca dos de ntro de ca ixa s de fibra de ma de ira corruga da . Os e spa ços de ntro da s ca ixa s de ve m se r me ticulosa me nte pre e nchidos


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com e nchime nto ne utro de ce lulose pa ra pre ve nir que os ite ns se movime nte m. As ta mpa s da s ca ixa s sã o se la da s usa ndo fita s a de siva s de pa pe l Kra ft. O formulá rio MJ 1-007 é coloca do e m um e nve lope de pa pe l pa rdo, se la do com a ma rca “ACESSO PERMITIDO APENAS AO MAJIC-12”, e de pois firme me nte cola do no topo da s ca ixa s. As ca ixa s sã o de pa pe lã o a colchoa dos e m todos os se us la dos, a ssim como sua supe rfície supe rior e infe rior, e sã o e ntã o coloca da s de ntro de outra s ca ixa s ma iore s, ta mbé m constituída s de pa pe lã o ondula do. As ca ixa s e xte riore s sã o igua lme nte ve da da s com fita s a de siva s de pa pe l Kra ft. Uma e tique ta é fixa da na ca ixa e xte rior conte ndo a s se guinte s informa çõe s: de stina çã o, código de e nvio, e o a viso “ACESSO PERMITIDO APENAS AO MAJIC-12”. b) Envio Inte rna ciona l. Ite ns sã o e mba la dos a ssim como de scrito a cima , e xce to pe la inclusã o, na s ca ixa s inte riore s, de de sse ca nte s (substâ ncia s usa da s pa ra a bsorve r a umida de ) e indica dore s de umida de . Em se guida , a s ca ixa s sã o e mba la da s com ma te ria is isola nte s té rmicos e à prova de umida de e va por. Os ite ns e mba la dos sã o de pois a loca dos de ntro de uma se gunda e mba la ge m ve da da com fita s impe rme á ve is. A se gunda e mba la ge m de ve possuir a ma rca çã o “ACESSO PERMITIDO APENAS AO MAJIC-12” e m todos os la dos, e se r inse rida de ntro de um contê ine r de tra nsporte de ma de ira , que possui re ve stime nto à prova de á gua e gordura . O re ve stime nto é ve da do com fita s impe rme á ve is, e o contê ine r de ma de ira la cra do com pa ra fusos. O contê ine r é a inda re força do pre ga ndo-se dua s ta mpa s de me ta l de 2 cm ca da , dista nte s 20 cm de ca da e xtre mida de . Informa çõe s sobre o e nvio sã o e ntã o e sta mpa da s na supe rfície do contê ine r. Nota . O proce sso de a condiciona me nto e e mba la ge m de ta lha do a cima se a plica a pe na s a ite ns nã o orgâ nicos. Informa çõe s sobre e mba la ge m, ma nuse io e e nvio de ma te ria l orgâ nico e e ntida de s se m vida e stã o de scrita s no Ca pítulo 5, Se çã o II de ste ma nua l.


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Capítulo 4. RECEBIMENT O E MANUSEIO Seção I. MANUSEIO APÓS O RECEBIMENT O DE MAT ERIAL

20. Desempacotamento, Retirada das Embalagens e Verificação Nota . O proce dime nto de de se mpa cota r, de se mba la r e de che ca r os contê ine re s com a ma rca “ACESSO PERMITIDO APENAS AO MAJIC-12” se rá re a liza do por pe ssoa l com níve l de pe rmissã o MJ-12. Ta is contê ine re s se rã o a loca dos e m de pósitos situa dos e m á re a s de se gura nça má xima , a té o compa re cime nto de pe ssoa l a utoriza do pa ra os proce dime ntos cita dos. a ) Muita ca ute la é ne ce ssá ria a o de se mpa cota r e de se mba la r o ma te ria l. Evita r inse rir brusca me nte fe rra me nta s no inte rior do contê ine r. Nã o da nifica r os ma te ria is usa dos pa ra e mpa cota r ma is do que se mostre e strita me nte ne ce ssá rio pa ra que a s a mostra s se ja m re movida s; e sse s ma te ria is pode rã o se r re que ridos pa ra futuros e mpa cota me ntos. Gua rda r ta is ma te ria is de ntro dos contê ine re s de e nvio e m que fora m utiliza dos. Ao re move r a s a mostra s de de ntro de sua s e mba la ge ns, se guir os proce dime ntos de (1) a (11) lista dos a ba ixo: (1) De se mbrulha r a mostra s de ntro de á re a s de se gura nça má xima , pa ra que se e vite o a ce sso da s me sma s por pe ssoa l nã o a utoriza do. (2) Corta r os fios de me ta l usa ndo fe rra me nta a de qua da , ou torcê -los com a lica te s a té que a s tira s de me ta l crista lize m e se rompa m. (3) Re move r os pa ra fusos do topo dos contê ine re s usa ndo uma cha ve de fe nda . (4) Corta r a s fita s a de siva s e la cre s do re ve stime nto dos contê ine re s de modo que o pa pe l impe rme á ve l sofra o mínimo de da nos possíve l. (5) Re move r, e ntã o, a s ca ixa s pra fora de se us contê ine re s. (6) Corta r a s fita s que ve da m a s be ira da s supe riore s da s ca ixa s e xte rna s, com o cuida do de nã o da nifica r a s ca ixa s. (7) Corta r a ba rre ira a o longo do topo do ma te ria l isola nte té rmico, e cuida dosa me nte re move r a s ca ixa s inte riore s. (8) Re move r o e nve lope se la do de pa pe l pa rdo do topo da s ca ixa s inte riore s. (9) Abrir a s ca ixa s inte riore s e re move r os e nxe rtos de pa pe lã o, os de sse ca nte s e os me didore s de umida de . (10) Re tira r os e mbrulhos isola nte s té rmicos que contê m a s a mostra s; orga nizá -la s a de qua da me nte pa ra inspe çã o. (11) Aloca r todo o ma te ria l usa do pa ra e mpa cota r nos próprios contê ine re s de e nvio de onde fora m re tira dos, pa ra uso e m futura s e mba la ge ns. b) Che ca r me ticulosa me nte todos os ite ns compa ra ndo-os com se us docume ntos de e nvio. Cuida dosa me nte ...


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inspe ciona r todos os ite ns por possíve is da nos ca usa dos pe lo tra nsporte ou ma nuse io dos me smos. Orga niza r os ite ns de a cordo com se us núme ros de cla ssifica çã o, pa ra que e ste ja m pre pa ra dos pa ra a tra nsfe rê ncia a os la bora tórios ou de pa rta me ntos a que e stive re m de signa dos. Me mbros dos la bora tórios e de pa rta me ntos sã o re sponsá ve is pe lo tra nsporte dos ite ns a té sua s á re a s de signa da s. As tra nsfe rê ncia s se rã o e xe cuta da s a ssim que possíve l por tra nsporte s disfa rça dos, e scolta dos por pe ssoa l da se gura nça .


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Capítulo 5. ENT IDADES BIOLÓGICAS EXT RAT ERREST RES Seção I. ORGANISMOS VIVOS

21. Escopo a ) Esta se çã o tra ta de e ncontros com Entida de s biológica s Extra te rre stre s (EBEs). Ta is e ncontros sã o da jurisdiçã o do MJ-12 OPNAC BBS-01 e some nte pode rã o se r tra ta dos por e ssa e quipe e spe cia l. Esta se çã o de ta lha a s re sponsa bilida de s da s pe ssoa s ou e quipe s que re a liza m o conta do inicia l.

22. Aspectos Gerais Qua lque r e ncontro com e ntida de s re conhe cida s como se ndo de orige m e xtra te rre stre se rá conside ra do que stã o de se gura nça na ciona l, porta nto, possuirá cla ssifica çã o “ULTRA SECRETO”. Sob ne nhuma circunstâ ncia a e xistê ncia de ta is e ntida de s de ve rá se r de conhe cime nto do público ou da impre nsa . O posiciona me nto oficia l do gove rno é de que ta is cria tura s nã o e xiste m, e de que ne nhuma a gê ncia do gove rno fe de ra l se e mpe nha e m e studos sobre e xtra te rre stre ou se us a rte fa tos. Qua lque r a titude dife re nte da quilo que de fine e sta política é tota lme nte proibida .

23. Encontros Encontros com EBEs pode m se r cla ssifica dos de a cordo com uma da s se guinte s ca te goria s: a ) Encontros inicia dos por EBEs. Possíve is conta tos pode m se r pre me dita dos pe la s própria s e ntida de s. Em ta is ca sos é a nte cipa do que os e ncontros a conte ce rã o e m insta la çõe s milita re s ou loca is se le ciona dos por a cordo mútuo. Encontros como e ste s te ria m a va nta ge m de se re m limita dos à pe ssoa l com níve l de pe rmissã o a de qua do, longe de e scrutínio público. Embora nã o se ja conside ra do muito prová ve l. Existe ta mbé m a possibilida de de EBEs pousa re m e m loca is públicos se m a viso pré vio. Ne sse s ca sos o Time OPNAC formula rá história s pa ra a impre nsa , a fim de e ncobrir os fa tos, e pre pa ra rá instruçõe s pa ra o Pre side nte e os Che fe s de Esta do. b) Encontros re sulta nte s de que da s de a e rona ve s. Conta to com sobre vive nte s de a cide nte s, ou de na ve s a ba tida s por fe nôme nos na tura is ou a çõe s milita re s pode ocorre r com pouco ou ne nhum a viso pré vio. Em ta is ca sos, é importa nte que o conta to inicia l pe rma ne ça limita do a o pe ssoa l milita r pa ra que se pre se rve a se gura nça . Te ste munha s civis pre se nte s na á re a se rã o de tida s e inte rroga da s pe lo MJ-12. O conta to com EBEs por milita re s, que nã o possua m níve l de a utoriza çã o MJ-12 ou OPNAC, se rá e strita me nte limita do à s a çõe s ne ce ssá ria s pa ra a sse gura r a disponibilida de de ssa s EBEs pa ra e studo pe lo Time OPNAC.


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24. Isolamento e Custódia a ) EBEs se rã o de tida s usa ndo qua isque r me ios ne ce ssá rios, e re movida s pa ra loca l se guro a ssim que possíve l. Pre ca uçõe s se rã o toma da s por me mbros que e ntra re m e m conta do com EBEs pa ra minimiza r o risco de doe nça s que possa m re sulta r da conta mina çã o por orga nismos de sconhe cidos. No ca so de nota r-se que a s e ntida de s usa m tra je s e spa cia is, ou a pa re lhos re spira tórios de qua lque r na ture za , de ve -se a gir com cuida do pa ra pre ve nir que os dispositivos nã o se ja m da nifica dos. Ne nhum e sforço de ve se r poupa do pa ra a sse gura r o be m e sta r da s EBEs, poré m, a s e ntida de s de ve m se r isola da s de qua lque r conta to com pe ssoa l nã o a utoriza do. Embora nã o se sa iba a o ce rto que tipos de provisõe s ou insta la çõe s e ssa s e ntida de s ne ce ssita m pa ra se u be m e sta r, ta is provisõe s de ve m se r forne cida s se possíve l. O oficia l e nca rre ga do da ope ra çã o fa rá e ssa s de te rmina çõe s, já que a tua lme nte ne nhum proce dime nto conhe cido cobre e sta á re a . b) Entida de s fe rida s se rã o tra ta da s por mé dicos pe rte nce nte s a o Time OPNAC. Ca so os mé dicos de signa dos nã o se a pre se nte m disponíve is, os prime iros socorros de ve rã o se r a dministra dos por funcioná rios da Corpora çã o Mé dica no loca l da ocorrê ncia . Já que pouco se sa be sobre a s funçõe s biológica s da s EBEs, o socorro de ve rá se r re strito à ce ssa çã o do sa ngra me nto, à re a liza çã o de cura tivos e à imobiliza çã o de me mbros que e ste ja m que bra dos. Ne nhum tipo de me dica me nto de ve se r a plica do, já que os e fe itos de me dica me ntos te rre stre s e m siste ma s biológicos nã o huma nos sã o impre visíve is. Assim que os fe rime ntos fore m conside ra dos como e stá ve is, a s EBEs se rã o tra nsfe rida s por uma a mbulâ ncia , ou qua lque r conduçã o a de qua da , pa ra um loca l se guro. c) Ao lida r com qua lque r Entida de Biológica Extra te rre stre , se gura nça é ma té ria de supre ma importâ ncia . Qua isque r outra s conside ra çõe s sã o se cundá ria s. Embora se ja pre fe ríve l que se pre se rve o be m e sta r de qua lque r e ntida de , a pe rda da vida de uma EBE é conside ra da a ce itá ve l se a s condiçõe s ne ce ssá ria s pa ra a conse rva çã o de sua vida ca usa re m a tra sos ou comprome te re m a se gura nça da s ope ra çõe s de a lguma forma . d) Logo que a dquirida a custódia da s EBEs pe lo Time OPNAC, se us cuida dos e o tra nsporte pa ra a s insta la çõe s de signa da s se torna m de re sponsa bilida de dos me mbros do OPNAC. Toda coope ra çã o de ve se r ofe re cida a o time pa ra que cumpra m se us de ve re s. Me mbros do Time OPNAC re ce be rã o priorida de má xima , inde pe nde nte de se u sta tus ou posto a pa re nte . Ne nhum indivíduo possui a utorida de pa ra inte rfe rir na s a tivida de s do Time OPNAC, por orde m e spe cia l do Pre side nte dos Esta dos Unidos. Seção II. ORGANISMOS SEM VIDA

25. Escopo Ide a lme nte , a re cupe ra çã o de ca dá ve re s e outros re stos biológicos se rá e fe tua da por funcioná rios mé dicos fa milia riza dos com e ste tipo de proce dime nto. Entre ta nto, por motivos de se gura nça , pode ha ve r a ne ce ssida de de ta l ope ra çã o se r re a liza da por me mbros que nã o se ja m mé dicos. Essa se çã o provide ncia orie nta çã o pa ra a re cupe ra çã o, pre se rva çã o e re moçã o de ca dá ve re s e re stos e ncontra dos.


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26. Recuperação e Preservação a ) Os gra us de de composiçã o dos re stos orgâ nicos va ria m de pe nde ndo do te mpo e m que fica ra m e xpostos se m prote çã o, proce sso que pode se r a ce le ra do pe la s condiçõe s climá tica s loca is, ou por pre da dore s. Porta nto, e spé cime s biológicos se rã o re movidos do loca l onde ocorre u a que da o ma is ra pida me nte possíve l, pa ra que se pre se rve m os re stos na s me lhore s condiçõe s. Re gistro fotográ fico se rá re a liza do de todos os re stos a nte s que se ja m re tira dos do loca l. b) Me mbros e nvolvidos com e sse tipo de ope ra çã o a dota rã o a s pre ca uçõe s ne ce ssá ria s pa ra minimiza r o conta to físico com os ca dá ve re s ou re stos que e ste ja m se ndo re tira dos. Luva s cirúrgica s de ve m se r utiliza da s, ou, se nã o disponíve is, luva s de couro ou lã pode m se r utiliza da s se pa ssa re m por um proce sso de de sconta mina çã o a de qua do ime dia ta me nte a pós o uso. Fe rra me nta s como pá s pode m se r e mpre ga da s pa ra ma nuse a r os re stos, se usa da s com o de vido cuida do pa ra que se te nha ce rte za de nã o ca usa r da nos a os me smos. Os re stos se rã o ma nuse a dos se m e quipa me ntos de prote çã o a pe na s se nã o houve r ne nhum outro me io de movê -los. Todo o pe ssoa l e e quipa me ntos e nvolvidos na s ope ra çõe s de re cupe ra çã o se rã o subme tidos a proce ssos de de sconta mina çã o ime dia ta me nte a pós o té rmino da ope ra çã o. c) Os re stos se rã o pre se rva dos pa ra que nã o se a va nce a de composiçã o, ta nto o qua nto for pe rmitido pe la s condiçõe s e e quipa me ntos disponíve is. Ca dá ve re s e re stos se rã o e mpa cota dos ou e mbrulha dos e m re ve stime ntos impe rme á ve is. Lona e nce ra da ou ca pa s de chuva pode m se r utiliza da s ca so ne ce ssá rio. Em se guida os re stos se rã o re frige ra dos ou e mbrulha dos com ge lo, se disponíve l. Todos os re stos de ve rã o se r rotula dos ou e tique ta dos, re gistra ndo a da ta e o horá rio. De pois de e mbrulha dos, se rã o a loca dos e m ma ca s ou contê ine re s se la dos pa ra a tra nsfe rê ncia ime dia ta pa ra um e sta be le cime nto se guro. d) Pe que nos pe da ços que te nha m se de spre ndido, e ma te ria l ra spa do de supe rfície s sólida s se rã o coloca dos e m ja rros ou pe que nos re cipie nte s com ta mpa , se disponíve is. Re cipie nte s se rã o cla ra me nte ma rca dos com se us re spe ctivos conte údos, junta me nte com o re gistro da da ta e do horá rio. Os re cipie nte s se rã o e ntã o re frige ra dos ou e mbrulha dos com ge lo a ssim que possíve l, e e ntã o tra nsfe ridos pa ra uma insta la çã o se gura .


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Nota na base da ilustração: Ilustra çõe s ne ste dia gra ma fora m re unida s de a vista me ntos docume nta dos pe la Força Aé re a e pe la Ce ntra l de Inte ligê ncia , e da a ná lise de de stroços cole ta dos de dive rsa s fonte s e ntre os a nos 1947 a 1953.

OBS.: Como o suposto acidente em Roswell ocorreu em julho de 1947, e como a nota, constante da página, indica que os diagramas foram feitos a partir de informações obtidas, entre outras fontes, em acidentes ocorridos entre os anos de 1947 e 1953, é possível supor que a aeronave que supostamente caiu em Roswell esteja representada em alguma das figuras desta página.


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Capítulo 6. GUIA PARA A IDENT IFICAÇÃO DE UFO Seção I. GUIA UFOB

27. Continuidade de Investigações A continuida de da s inve stiga çõe s de re la tos de UFOB é digna de se r e fe tua da qua ndo informa çõe s re ce bida s sugira m a ide ntifica çã o ce rta de a lgum fe nôme no be m conhe cido, ou qua ndo ca ra cte rize m fe nôme nos incomuns. O re la to de ve suge rir qua se ime dia ta me nte , por coe rê ncia e cla rida de da s informa çõe s, que ha ja a lgo que possua va lor cie ntífico, ou que se ja ne ce ssá rio ide ntifica r. De ma ne ira ge ra l, de ve m se r conside ra dos a que le s re la tos que provê m de obse rva dore s confiá ve is, juntos ou se pa ra da me nte , dos qua is ta is obse rva çõe s do fe nôme no a pre se nte m dura çã o ma ior que um qua rto de minuto. Exce çõe s de ve m se r fe ita s qua ndo a s circunstâ ncia s e nvolve ndo o re la do fore m conside ra da s e xtra ordiná ria s. Ate nçã o e spe cia l de ve se r a tribuída a re la tos que indique m a possibilida de de um “ponto fixo e m comum” na posiçã o do obje to obse rva do, e à que le s que e nvolva m tra je tória s incomuns.

28. Regras de Ouro Ca da ca so re fe re nte à UFOBs de ve se r julga do individua lme nte , há , poré m, ce rta s “re gra s de ouro”, de scrita s pe los se guinte s ite ns, os qua is pode m se mostra r úte is pa ra de te rmina r se há a ne ce ssida de de da r continuida de à s inve stiga çõe s. a ) Dura çã o do Avista me nto. Qua ndo a dura çã o do a vista me nto é me nor que 15 se gundos, sã o gra nde s a s cha nce s de que nã o se ja pla usíve l a re a liza çã o de ma iore s inve stiga çõe s. Ava lia r com de vido cuida do, e ntre ta nto, pois ca so um gra nde núme ro de indivíduos re la te te r obse rva do a lgo incomum, nã o se de ve dispe nsa r a s inve stiga çõe s. b) Núme ro de Pe ssoa s que Re la ta m Avista me ntos. Em a vista me ntos de pe que na dura çã o re la ta dos por um único indivíduo, ra ra me nte se vê a ne ce ssida de de ma iore s inve stiga çõe s. Dua s ou trê s obse rva çõe s confiá ve is e quiva le m a 10 ou ma is obse rva çõe s individua is simultâ ne a s. Por e xe mplo, 25 pe ssoa s e m um de te rmina do luga r a vista m uma luz e stra nha no cé u. Ta l situa çã o é me nos confiá ve l que a de dois indivíduos que obse rva m a me sma luz de dois loca is dife re nte s. Ne sse ultimo ca so, um ponto fixo e m comum é nota do. c) Distâ ncia do Loca l do Avista me nto a té o Esqua drã o ma is Próximo. Re la tos que sa tisfa ça m os crité rios cita dos a cima de ve m se r todos inve stiga dos ca so ocorra m na vizinha nça ime dia ta de um a lgum de te rmina do e squa drã o. Pa ra re la tos e nvolve ndo ma iore s distâ ncia s, de ve rá se r julga da a ne ce ssida de de se inve stiga r, se ndo e ssa inve rsa me nte proporciona l á distâ ncia e m que stã o. Por e xe mplo, uma ocorrê ncia situa da a 150 milha s de distâ ncia te ria ...

OBS.: A seguir estão as imagens dos documentos da força aérea, onde o texto é igual ao texto desta página 21 do manual, seguidos da tradução que complementa esta seção.


Documento do 4602-AISS da Força Aérea Americana - Capa


Documento do 4602-AISS da Força Aérea Americana - Página 1


Documento do 4602-AISS da Força Aérea Americana - Página 2


Documento do 4602-AISS da Força Aérea Americana - Página 3


Documento do 4602-AISS da Força Aérea Americana - Página 4


OBS.: Abaixo está o complemento da Seção I do Capítulo 6 do manual, extraído dos documentos do esquadrão 4602-AISS. ...te ria qua tro ve ze s ma is importâ ncia (outros fa tore s se ndo e quiva le nte s) que a lguma outra situa da a 300 milha s. d) Confia bilida de da Pe ssoa ou da s Pe ssoa s que Re la ta m. Esta be le ce ndo-se a ne ce ssida de de inve stiga çã o do re la to, a pe na s confia nça de “curto pe ríodo” de ve se r a tribuída a os indivíduos. A confia nça de curto pe ríodo é julga da pe la lógica e coe rê ncia do re la to origina l, a ssim como pe la ida de e ocupa çã o do indivíduo. Pre sta ndo a te nçã o pa rticula r ca so a ocupa çã o e nvolva conhe cime nto té cnico ou o re porta r de obse rva çõe s. e ) Núme ro de Avista me ntos Individua is Re la ta dos. Dois a vista me ntos comple ta me nte individua is, e spe cia lme nte a o e sta re m se pa ra dos por uma milha ou dua s, constitue m motivo suficie nte pa ra inve stiga çõe s, a ssumindo que os crité rios a nte riorme nte cita dos nã o te nha m sido viola dos. f) A Importâ ncia de se Obte r Informa çõe s Adiciona is Ime dia ta me nte . Se a s informa çõe s nã o pude re m se r obtida s de ntro de se te dia s, o va lor da s me sma s diminui dra stica me nte . É de gra nde importâ ncia que se obte nha informa çõe s a diciona is ime dia ta me nte ca so se e nca ixe m nos crité rios a cima . Fre que nte me nte , se a dquirida s ra pida me nte , dois ou trê s ite ns (condiçõe s climá tica s, ve locida de a ngula r, muda nça s na tra je tória , dura çã o, e tc.) ba sta m pa ra a va lia çã o ime dia ta . Se a inve stiga çã o for e fe tua da a pós se ma na s ou me se s, os obse rva dore s origina is nã o a pre se nta m ma is o me smo va lor re fe re nte a informa çõe s nova s. Ge ra lme nte , a inte rroga çã o ta rdia le va a pe na s à re pe tiçã o dos fa tos origina is re la ta dos, a diciona da à fa lta de obje tivida de do obse rva dor. g) Existê ncia de Evidê ncia Física (fotogra fia s, ma te ria is, ha rdwa re ). Em ca sos onde ha ja qua lque r e vide ncia física , inve stiga çõe s de ve m se r re a liza da s me smo que nã o se a pre se nte m os crité rios a cima .

29. Conclusão - Guia UFOB É compre e ndido que todos os crité rios cita dos de ve m se r a va lia dos e m te rmos do “bom se nso”. O re la to origina l, a o a na lisa r sua cla re za e como é tra ba lha do, qua se se mpre suge rirá a o le itor a possibilida de de e xistir ou nã o a lgum fa tor “suspe ito”.

OBS.: Aparentemente as páginas de 22 a 27 do manual não contêm nenhuma informação que seja muito elucidadora sobre o assunto. Talvez até por esta razão essas páginas não tenham sido fotografadas e nem divulgadas.


Manual SOM1-01 – Página 28


OBS.: A página 28 é a última entre as fotos divulgadas e contém o primeiro apêndice do manual, que possui, conforme a própria definição dada na página 4 do manual, uma lista de códigos e de nomes de manuais técnicos e outras publicações relativas a esse tipo de operação.


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