EDIÇÃO ESPECIAL
115 Anos de seleção
Nitrato
Nitrato da Nova Tradição
Quartel 53
Folia da N.T.
Orixá de Patrocínio Rumba L.J.
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Lampejo
Vatapá 53
Lampejo 53 Hera 53
Vesuvio 53 Acacia 53
Fazenda São Jerônimo Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles Tel.: (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 (11) 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
Quartel 53 Karsavina CJN
caderno01_Layout 1 4/4/17 2:13 PM Page 2
Vesúvio “53” Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno01_Layout 1 4/4/17 2:13 PM Page 3
Violino
Jacarandá de Jaborandi
Violino “53” Loura CJN
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Albat roz
Marel Pitanga
Albatroz da TrĂŞs Esses Costa Rica da Caduceu Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
Africano da Bela Olinda BabilĂ´nia da Bela Olinda
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Basco
Escuro "53"
Basco da Três Esses Regina da Caduceu
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
Ozônio "53" Amora "53"
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Bolivar
Jacarandá de Jaborandi
Bolivar “53” Pirajuba "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
Zagucho de Passa Tempo Helvécia CJN
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Canário
Quartel "53"
Canário G 53 Begônia G 53
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Caraça
Quartel "53"
Caraça “53” Quênia "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Dali
Vesúvio "53"
Dali “53” Quênia "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno01_Layout 1 4/4/17 2:16 PM Page 10
Gaiat o
Tabaco "53"
Gaiato “53” Orquídea "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Ferro
Ozônio "53"
Ferro “53” Xará "53"
Original de Santa Lúcia Loura CJN
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno01_Layout 1 4/4/17 2:16 PM Page 12
Nit rat o
Quartel "53"
Nitrato da Nova Tradição Folia da N.T.
Orixá de Patrocínio Rumba L.J.
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Nit rit o
Dali "53"
Nitrito “53” Delícia "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
Vesúvio "53" Quênia "53" Quartel "53" Nuporanga de Jaborandi
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Xingu
Original de Santa Lúcia
Xingu “53” Kiformosa CJN
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Zagueiro
Uivante "53"
Zagueiro da TrĂŞs Esses Regina da Caduceu
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
Licor do Verdun Lua CJN
materia 53 VALENDO_Layout 1 4/5/17 3:28 PM Page 1
TOPMarchador - Edição Especial 115 Anos da Linhagem “53”
í ndice
ANO 16 - ABRIL/2017 ACESSE A REVISTA NA INTERNET: WWW.TOPMARCHADORRURAL.COM.BR
Diretor Lúcio Nicolini (31) 99955-1323 diretoria@topmarchadorrural.com.br Projeto Gráfico e Editoração Daniel Pinheiro (revista@topmarchador.com) Jornalista Responsável Renata Marques Fotos Kiko Catelli Revisão Laírton Liberato Fotógrafos colaboradores Tamiris Soares, Carlos Guilherme e Júlio Oliveira
115 ANOS DE TRADIÇÃO, paixão e qualidade comprovada
Colaboraram nesta edição
46
ABCCMM e Invicta Propaganda Publicidade (31) 2511-7765 Alane Nicolini (31) 99871-0120
20 64
Alessander Nicolini (31) 99765-9092 comercial@topmarchadorrural.com.br Assinaturas e expedição Alessander (31) 2511-7765
Av. Prudente de Morais - 621 / Sl. 217 CEP 30.350-143 - Santo Antônio Belo Horizonte/MG - Brasil Fone: (31) 2511-7765 comercial@topmarchadorrural.com.br diretoria@topmarchadorrural.com.br www.topmarchadorrural.com.br 16 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
Família “53” • Fazenda Pavão: Um dos mais tradicionais criatórios da linhagem 53
67 73 78
Genética “53” • Haras Três Esses Genética “53” • Haras Monazita Criação e tradição • Lalo: Um colecionador de histórias e vivências na Linhagem “53”
Impressão Rona Editora
Paixão em família • Fazenda São Jerônimo
113 122 128 136 143 146 154 162 174
Genética “53” • Haras Lago Negro Família “53” • Haras Gilda Junqueira Netto Homenagem • Tributo a Haroldo Junqueira Netto Genética “53” • Haras Zandonaide Genética “53” • Haras da Frisa Galeria “53” - Kiko Catelli Genética “53” • Haras da Lenda Artigo • Lírio “53” - Pesquisa de Progênie Eventos • Dia de Campo no Haras Brito Lemos
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Linhagem 53 – 115 anos A clássica trajetória de uma marca que se consolidou no Mangalarga Marchador 115 anos! Poucas empresas ou marcas alcançam esta idade em nosso país. Foi esta a motivação que nos levou a comemorar a data com esta edição. A família Junqueira Netto se envolveu no aprimoramento da tropa “53” movida exclusivamente por idealismo, visando a criação de um cavalo rústico, funcional, morfologicamente corrigido e marchador. Nesta longa trajetória, interesses comerciais ou de pista nunca foram os preponderantes. As variadas gerações que estiveram à frente da 53 sempre se pautaram pela preservação da raça, livres de qualquer influência que descaracterizasse a autenticidade do Mangalarga Marchador. Cabe destacar que nunca foram usados exemplares de raças exóticas, primando-se sempre pela seleção criteriosa e pela pureza racial. Merece homenagem especial José Frauzino Junqueira Netto, que, saindo de Minas Gerais, da Fazenda Campo Lindo, após casamento com Genoveva Clara Diniz Junqueira, filha do Capitão Chico, fixou-se na Fazenda Agudo, em Orlândia-SP, e passou a marcar seus animais com o ferro 53. Esta marca foi uma homenagem a sua esposa, que portava este número no internato em Itu. Esperamos que esta revista agrade aos leitores e que seja uma ferramenta útil na preservação da história, na divulgação e no reconhecimento da tradicional e secular linhagem 53. Marca que certamente ainda irá escrever muitas páginas na biografia de sucesso do Mangalarga Marchador. Lalo e Jayme Telles TOP Marchador Edição Especial “53” n
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES
materia 53 VALENDO_Layout 1 4/5/17 10:21 AM Page 3
A2 Medicina ............................................160 Cond. Cardeal de Itu................................153 Fazenda Abiara ........................................72 Fazenda e Haras Rio Pardo ....................86 Fazenda Pavão ..........................................61 Fazenda Sao Jerônimo ............................22 Fazenda Terras de Pitangueiras ............130 Haras 4G..................................................142 Haras 5M ................................................132 Haras Brito Lemos ..................................176 Haras Calafate ..........................................19 Haras da Frisa ........................................144 Haras da Lenda ......................................155 Haras El Far ..............................................40 Haras Fajardo ..........................................125 Haras G53 ................................................124 Haras Gibatão ........................................158 Haras Lago Negro ....................................114 Haras MH..................................................60 Haras Monazita ........................................74 Haras Nova Tradição ..............................138 Haras Patrocínio / Beira Serra ................76 Haras Santa Felicidade............................121 Haras Três Esses ......................................68 Haras Tropa do Sertanejo ......................135 Haras Viajeiro ..........................................38 Haras Zandonaide ..................................137 Kiko Catelli ..............................................152 Puriagro....................................................161 Rancho Brasil............................................45 Rancho Vitória ........................................140 Selaria América ......................................160 Selaria Guiricema ....................................157
18 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
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EROS J.N.53 Pardal J.N.53 x Nice do Ribeirão Preto
LICOR
DO
VERDUN
BOLERO DO GUEGA SAVANA DO VERDUN
PARDAL J.N.53 LAURA PITANGA
ARAÇATUBA VAMOS VER FLEXA PITANGA
DESENHO
CAXAMBU QUINADO ALEGRIA P.B.
Eros NICE
DO
DO
GUEGA
RIBEIRÃO PRETO ZEQUITA
DE
RIBEIRÃO PRETO
Haras Calafate - Uberaba/MG Amadeu de Oliveira Luiz da Costa Tel.: (34) 3312-2721 / (11) 97606-2054
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p aixão em família Jayme Telles
Fazenda São Jerônimo Amor pela criação aliado à troca de experiências e sabedoria
J
á ouviu naquele ditado que ‘rio corre para o mar’? No caso da história da Fazenda São Jerônimo, ele parece fazer muito sentido. O criatório fica na cidade de Santa Mariana, no Norte do Paraná, mas o início da criação se deu em São Paulo, dentro da Fazenda Rio Pardo. Jayme Telles e sua esposa, Flávia Junqueira Netto, são os proprietários da São Jerônimo. Ele, desde criança, já se
20 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
envolvia com cavalos na fazenda de seus avós em Araras-SP e era fascinado! Ela, descendente de uma família com tradição secular na criação do autêntico Mangalarga. Casaram-se e uniram mais do que a paixão pessoal. Levaram para a vida, juntos, o gosto pelo cavalo. Na entrevista com Jayme Telles, a seguir, vamos conhecer um pouco da história e do trabalho de seleção do criatório.
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Como começou a se interessar por cavalos? Sempre gostei de cavalos e me interessei pela criação. Montava na fazenda dos meus avós. Quando comecei a namorar minha esposa, ela pediu que eu desse continuidade à criação dos antepassados dela. Foi uma época muito difícil, momento de transição para o Mangalarga Marchador da tropa 53. No Mangalarga Paulista, esta tropa já não tinha mais espaço, apesar de ter sido uma das bases formadoras dos animais de São Paulo. Com a ajuda do técnico Mário de Castro Andrade, que já conhecia a 53, Carlos Junqueira Netto e Haroldo Junqueira Netto transferiram a tropa para o Mangalarga Marchador, no que foram seguidos por outros membros da família. Neste momento difícil de mudanças, comecei a me envolver com Mangalargas Marchadores, mais especificamente com a tropa 53.
dependendo da genética mais apropriada para as éguas que seriam cobertas. Após Imã 53, usei o Tabaco 53 (Bataclan 53 x Nandaia 53), cavalo muito bom de estrutura que produziu éguas muito fortes e bem conformadas. Também usei o Gaiato 53 (Tabaco 53 x Orquídea 53), um potro que nasceu em casa, que hoje está servindo em Jaborandi. Posteriormente, usei o Violino 53 (Jacarandá 53 x Loura 53), animal que praticamente fez minha base de éguas e que, hoje, com cerca de 22 anos, está no Haras Lago Negro, do amigo João Roma. Por alguns anos, fiquei com Vesúvio 53 (Barão 53 x Lia 53), que também produziu muito bem, deixando boa quantidade de éguas no meu plantel. Após isso, por necessitar da linhagem Canário, para fugir da consanguinidade, usei Canário G 53 (Quartel 53 x Begônia 53) e finalmente Gaipo 53 (Quartel 53 x Ninfeta 53).
Quais os primeiros animais adquiridos e como foi o início de sua criação? O primeiro exemplar adquirido foi Imã 53 (Zulu 53 x Sabina 53), em um leilão da linhagem 53, em 1982. Este cavalo, além de genética impecável, transmitiu muito andamento para suas filhas. Pena que, relativamente novo, ficou infértil. Nesta mesma oportunidade, também comprei a égua Farda 53, uma tordilha filha de Nitrato. Depois vieram mais duas filhas de Zulu, do criatório do saudoso criador Haroldo Junqueira Netto, que gentilmente colaborou muito com a formação da minha tropa. Até este momento, criava na fazenda de Lalo, meu sogro, em Jaborandi-SP. Quando transferi este início de tropa para a Fazenda São Jerônimo, em Santa Mariana, Norte do Paraná, ele me deu quatro éguas: Oklahoma 53 (Zagucho de Passatempo x Jarina 53), Pantera 53 (Zagucho de Passatempo x Divina 53), Orquídea 53 (Quartel 53 x Fábula 53) e Kinshasa 53 (Bataclan 53 x Guiné 53). Logo de cara, a Pantera morreu de tétano. Deste modo, dei início à criação com estas poucas éguas e com Imã 53.
Que cavalos estão servindo no momento? Este ano, estou trabalhando com três reprodutores: Dali 53 (Vesúvio 53 x Quênia 53), Nitrato da Nova Tradição (Quartel 53 x Folia da Nova Tradição) e Lampejo 53 (Vatapá 53 x Hera 53). Como podem notar, estou trabalhando com três linhas de sangue. Dali 53, na linha alta, vai no Nitrato 53. Nitrato da Nova Tradição é Canário na linha alta, com uma abertura JB na linha baixa. Lampejo 53 vai a Amendoim na linha alta e, na linha baixa, é Vesúvio, ainda tendo uma avó filha do Quartel 53. O Lampejo, além de ter um andamento muito bom, beleza e genética, tem as três linhagens da 53 em seu pedigree. É o que eu estou buscando no momento.
E com relação aos cavalos? Quais usou? Pelo fato de ter a sorte de ser genro de Lalo, os cavalos praticamente eram usados de maneira comum, servindo em Jaborandi e no Paraná,
Para finalizar, o que pretende na sua criação? Estou com cerca de 40 éguas em cobertura, o que considero um bom número para manter a qualidade, e tenho bons reprodutores à disposição. Creio que temos que continuar criando sem inventar, buscando alguma abertura de sangue e produzindo o que os amantes da 53 desejam, ou seja, consistência genética, estrutura diferenciada, rusticidade, funcionalidade. Caso consiga, junto com a minha mulher e meus descendentes, manter estas qualidades por mais 115 anos, acho que a família toda se dará por satisfeita.
Jayme Telles, sua esposa Flávia Junqueira e seus filhos Eduardo e Guilherme
Cláudio Juarez com o garanhão Nitrato da Nova Tradição TOP Marchador Edição Especial “53” n
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Athenas “53” JACARANDÁ DE JABORANDI x OKLAHOMA "53"
Dama “53” TABACO "53" x MANGUEIRA DE JABORANDI
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
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Fama “53” TABACO "53" x ORQUÍDEA "53"
Florença “53” TABACO "53" x ATHENAS "53"
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Garrucha “53” VIOLINO "53" x BANDOLEIRA "53"
Helena “53” VIOLINO "53" x CACHAÇA "53"
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
sao jeronimo_Layout 1 4/5/17 2:47 PM Page 5
História “53” TABACO "53" x ORQUÍDEA "53"
Jaboticaba “53” VIOLINO "53" x KINSHASA CJN
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Jamaica “53” CARAÇA "53" x FLORENÇA "53"
Jararaca “53” VIOLINO "53" x FAMA "53"
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
caderno02_Layout 1 4/4/17 1:59 PM Page 28
Jóia “53” VIOLINO "53" x DAMA "53"
Kátia “53” VIOLINO "53" x ORQUÍDEA "53"
caderno02_Layout 1 4/4/17 1:59 PM Page 29
Líbia “53” GAIATO "53" x ATHENAS "53"
Libra “53” GAIATO "53" x GARRUCHA "53"
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
caderno02_Layout 1 4/4/17 2:00 PM Page 30
Linda “53” QUARTEL "53" x ZINGA "53"
Lutécia “53” GAIATO "53" x OKLAHOMA "53"
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Maritaca “53” VIOLINO "53" x DAMA "53"
Matraca “53” VESÚVIO "53" x GARRUCHA "53"
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
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Mercedes “53” VIOLINO "53" x FAMA "53"
Mongólia “53” VESÚVIO "53" x OKLAHOMA "53"
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Athenas “53” JACARANDÁ DE JABORANDI x OKLAHOMA "53"
Dama “53” TABACO "53" x MANGUEIRA DE JABORANDI
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
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Nelita “53” VIOLINO "53" x DAMA "53"
Noiva “53” VESÚVIO "53" x JABOTICABA "53"
caderno03_Layout 1 4/4/17 1:42 PM Page 35
Pitanga “53” do Panema VESÚVIO "53" x ORQUÍDEA "53"
Fazenda São Jerônimo - Santa Mariana/PR Prop.: Jayme Eduardo da Silva Telles (43) 3582-1108 | (11) 3885-3246 | 98179-7159 tellesjayme@terra.com.br
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IIILEILÃO 53 GERAÇÃO 2016 • SEM RESERVA •
11
Transmissão
DE MAIO/
2017
ÀS
21H
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Zulu do Viajeiro Vento JN 53 x (TAC)
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Tramela Monazita (TAC)
Nascida na tradicional Tropa Consulta, Tramela ĂŠ neta de Zaire e BataclĂŁ, grandes genearcas da linhagem 53
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Agadez do Quociente Favacho Estanho x Xarada "53" • CAMPEÃO DOS CAMPEÕES NACIONAIS DE MARCHA 2007 • Campeão Progênie de Pai Jovem - Maceió/AL 2012 • Res. Campeão Progênie de Pai Jovem - Recife/PE 2012
Em condomínio com os Haras Quelé, Sertã e Paraíso
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• Campeã Égua - Varginha/MG 2016 • Res. Campeã Égua de Marcha Varginha/MG 2016 • Res. Campeã das Campeãs de Marcha Cruzília/MG 2015 • Campeã Égua Júnior - Cruzília/MG 2015 • Grande Campeã Jovem da Raça Cruzília/MG 2014 • Campeã Potra - Baependí/MG 2014
Ugigi Elfar Agadez do Quociente x Gigi da Veneza
• Campeã Nacional Égua Júnior de Marcha 2016 • Res. Campeã das Campeãs Brasileiras de Marcha - CBM - Vitória/ES 2016 • Res. Campeã das Campeãs de Marcha Vitória/ES 2016 • Res. Grande Campeã da Raça Divinópolis/MG 2016 • Campeã das Campeãs de Marcha Divinópolis/MG 2016
Xispa Elfar Agadez do Quociente x Ohana Elfar
Haras El Far - Lavras/MG Prop.: Magdi Shaat Tel.: (31) 3224-6928 (esc.) | (35) 99808-9509 (faz.) www.haraselfar.com.br
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Orixá de Patrocínio Saladino J.N.53 x Neblina Pitanga • Grande Campeão da Raça - Brasília/DF 2003 • Campeão dos Campeões de Marcha - Jacareí/SP 2003 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha - São Paulo/SP 2003 • Grande Campeão da Raça - Lins/SP 2002 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha - Lins/SP 2002 • Res. Grande Campeão da Raça - Ribeirão Preto/SP 2002 • Grande Campeão da Raça - Mococa/SP 2002 • Res. Grande Campeão da Raça - Altinópolis/SP 2002 Em condomínio com Haras Nova Tradição
Haras Nova Tradição
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Tayla Elfar Orixá de Patrocínio x Cabocla F.K • Res. Campeã Nacional Égua Adulta Maior 2016 • Res. Campeã Nacional Égua Adulta Maior de Marcha 2016 • 1º Prêmio Campeã das Campeãs Nacionais de Marcha 2015 • Campeã Nacional Égua 2015 • Campeã Nacional Égua de Marcha 2015 • 1º Prêmio Campeã das Campeãs Brasileiro de Marcha - CBM - Rio de Janeiro/RJ 2015 • Campeã Brasileiro Égua de Marcha - CBM - Rio de Janeiro/RJ 2015 Em condomínio com Haras mtostes
Haras El Far - Lavras/MG Prop.: Magdi Shaat Tel.: (31) 3224-6928 (esc.) | (35) 99808-9509 (faz.) www.haraselfar.com.br
caderno03_Layout 1 4/4/17 1:43 PM Page 44
Tarot Elfar Orixá de Patrocínio x Lislie Estrela do Oriente • Res. Grande Campeão da Raça - Jacareí/SP 2017 • Grande Campeão da Raça - Cruzília/MG 2016 • Grande Campeão da Raça - Marchador Ideal - Cruzília/MG 2016 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha - Cruzília/MG 2016 • Grande Campeão da Raça – Franca/SP 2016 • Grande Campeão da Raça – Marchador Ideal – Franca/SP 2016 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha – Itanhandu/MG 2016 • Grande Campeão da Raça – Itanhandu/MG 2016 • Res. Grande Campeão da Raça – Marchador Ideal – Itanhandu/MG 2016 • Res. Grande Campeão da Raça – Itatiaiuçu/MG 2015 • Res. Grande Campeão da Raça – Marchador Ideal – Itatiaiuçu/MG 2015
Haras El Far - Lavras/MG Prop.: Magdi Shaat Tel.: (31) 3224-6928 (esc.) | (35) 99808-9509 (faz.) www.haraselfar.com.br
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FARAÓ
RANCHO BRASIL
Faraó da Nova Tradição x Felicidade do Florim
x FARAÓ DA NOVA TRADIÇÃO
FELICIDADE DO FLORIM
Orixá de Patrocínio x Sonata L.J.
Suco da Esperança x Umbanda da Esperança
Corre em suas veias sangue dos “Campeões dos Campeões Nacionais de Marcha” FARAÓ DA NOVA TRADIÇÃO, e UMBANDA DA ESPERANÇA EM MAIS DE 20 TÍTULOS CONQUISTADOS, EM APENAS 7 PARTICIPAÇÕES, DESTACAMOS: • Campeão Cavalo Júnior de Marcha - Copa de Marcha de Altinópolis/SP 11/2016 • Campeão dos Campeões de Marcha - Expo Lins/SP 10/2016 • 1º Prêmio Grande Campeão da Raça - Expo Lins/SP 10/2016 • Campeão Cavalo Júnior - XVIII Copa de Marcha do Sul de Minas - Passos/MG 10/2016 • 1º Prêmio Campeão dos Campeões de Marcha - XVIII Copa de Marcha do Sul de Minas - Passos/MG 10/2016 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha - Copa de Marcha de Sacramento/MG 09/2016 • Campeão Cavalo Júnior de Marcha - Copa de Marcha de Sacramento/MG 09/2016 • Campeão dos Campeões de Marcha - Copa de Marcha de Lins/SP 06/16 • Campeão Cavalo Júnior - Exposição de Franca/SP 05/2016
HARAS RANCHO BRASIL - Brasília/DF Núcleo Rural do Lago Oeste CEP: 73.100-030 Fone: (61) 99974-7056
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l inhagem 53
Fazenda Campo Lindo, onde tudo começou
115 anos de tradição, paixão e qualidade comprovada
M
ais de um século de história... Nesta estrada, é longa a trajetória percorrida pelo Mangalarga Marchador que carrega a marca “53”. Linhagem idealizada e criada pela família Junqueira Netto, que se dedicou, geração após geração, ao aprimoramento das melhores e mais autênticas qualidades do cavalo Mangalarga Marchador. O animal que temos hoje é indiscutivelmente evoluído, formado a partir de sangue puro, de procedência genética comprovada e raízes fincadas no berço da raça, no Sul do Estado de Minas Gerais. Como critério de seleção e formação de novas linhagens, o cavalo, que se tornou o maior símbolo familiar dos Junqueira, foi amplamente estudado, levando-se em conta sempre pedigree e qualidade de marcha. Ao longo de todos esses anos, a paixão contou com intensa dedicação, sempre espelhada no impecável trabalho realizado pelo formador e responsável pela origem do Mangalarga dos dias atuais, José Frausino Junqueira. Empenho continuado com a mesma paixão por Renato Junqueira Netto, que eternizou na história do cavalo as marcas do trabalho que desenvolveu fazendo da linhagem 53 uma potência sem precedentes. Exemplares com um passado glorioso, um presente em ascensão e um futuro promissor, por muitas e muitas gerações que ainda estão por vir. Nas próximas páginas, vamos conferir um pouco da trajetória dos Junqueira e da bela, árdua e apaixonada construção da marca 53. 46 I TOP Marchador Edição Especial “53”
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O começo de tudo,
que gerou frutos e deu origem à raça
Mangalarga Marchador Luminárias
Carrancas
Minduri
São Tomé das Letras
Aiuruoca Baependi
Nos primeiros anos do século XVIII, na aldeia de São Simão da Junqueira, termo de Barcelos, arcebispado de Braga, em Portugal, vivia uma família burguesa cristã que gozava da estima pública. Era João Manuel, casado com Ana Francisca do Vale. João Manuel foi batizado na aldeia de Fontão, no dia 19 de setembro de 1697, filho de Domingos Manuel e de Maria Fernandes. Casou-se em 19 de maio de 1720 com Ana Francisca, filha de Manuel Francisco e Ana Gonçalves. O dia 14 de novembro de 1727 decorreu festivo para a família de João Manuel. Foi levado à pia batismal um de seus filhos, que recebeu o nome de João Francisco. Manifestando temperamento enérgico, corajoso e revelando alta capacidade na luta pela vida, resolveu emigrar para o Brasil. Aqui, escolheu o Sul de Minas como o centro de suas atividades. Depois de alguns anos de trabalho, radicou-se definitivamente na propriedade agrícola denominada Fazenda Campo Alegre, às margens do Rio Verde, distrito de Encruzilhada (hoje Cruzília), nas imediações de Baependi. Seguindo e continuando o hábito generalizado de seus patrícios, incorporou ao seu nome, recebido na pia batismal, o da aldeia onde nasceu. Assim, tornou-se conhecido pelo nome de João Francisco, o da Junqueira, nome que pela lei do menor esforço converteu-se em João Francisco Junqueira.
É o tronco robusto da família Junqueira no Sul do Brasil que, no decorrer de dois séculos, tem brilhado no cenário brasileiro em todos os ramos de atividade, salientando-se, porém, no do progresso rural. Casou-se no Brasil, em 16 de janeiro de 1758, com Helena Maria do Espírito Santo, filha de Inácio Franco, casado com Maria Tereza de Jesus. Por informações de parentes, consta que faleceu João Francisco em idade avançada, no dia 5 de abril de 1819, em São Thomé das Letras. De seu casamento houve nada menos que 12 filhos. Quatro deles morreram na infância. Antônio Francisco foi batizado no Favacho no dia 19 de março de 1773 e requereu habilitação para tornar-se “Irmão Francisco”. Sem mais notícias, não sabemos se chegou a ordenar-se. O restante dos filhos se dedicou à vida no campo. João Francisco Junqueira Filho, conhecido como capitão, tornou-se proprietário da Fazenda Favacho. Francisco Antônio Junqueira ordenou-se padre e era dono da Fazenda do Jardim. Maria Francisca da Encarnação Junqueira ficou com a Fazenda Santo Inácio. José Francisco Junqueira, com a Fazenda Bela Cruz. Ana Cândida Junqueira, Genoveva Junqueira e Gabriel Francisco Junqueira (o Barão de Alfenas) herdaram a Fazenda Campo Alegre, onde começou a história do nosso cavalo Mangalarga Marchador.
Fazenda Favacho
Fazenda Bela Cruz
Memórias e Tradições da Família Junqueira – Frederico de Barros Brotero/ 1959 TOP Marchador Edição Especial “53” I
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Um passado que
resgata o nascimento e o berço do
Mangalarga Marchador A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos, na Comarca de Rio das Mortes, no Sul de Minas, através do cruzamento de cavalos da raça Alter – trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira. A base de formação dos cavalos Alter é a raça espanhola Andaluz, cuja origem étnica vem de cavalos nativos da Península Ibérica, germânicos e berberes. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprio para a montaria. Os primeiros exemplares da raça Alter chegaram ao Brasil em 1808, com D. João VI, que se transferiu para a Colônia com a família real. Os cavalos dessa raça eram muito valorizados em Portugal e a família real investia em coudelarias para o aprimoramento da raça. A Coudelaria de Alter foi criada em 1748 por D. João V e viveu momentos de glória durante o século XVIII, formando animais bastante procurados por príncipes e nobres europeus para as atividades de 48 I TOP Marchador Edição Especial “53”
lazer e serviço. Minas Gerais já se destaca como centro criador de equinos desde o século XVIII e a chegada dos cavalos da raça Alter veio aprimorar ainda mais seus criatórios. A Comarca do Rio das Mortes tinha um potencial de ouro muito baixo, mas chamou a atenção dos colonizadores por causa das suas boas condições para criação dos animais. Havia água em abundância e a vegetação era constituída de matas, capões e ervas pardacentas, adequadas para a produção de forragem. O Mangalarga Marchador teve como berço a Fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Ela pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça. A fazenda era uma herança de seu pai, João Francisco Junqueira. Outro fazendeiro importante na história do Mangalarga Marchador foi José Frausino Junqueira, sobrinho de Gabriel Junqueira. Exímio caçador de veados, José Frausino aprendeu a valorizar os cavalos marchadores por serem resistentes e ágeis para transportá-lo em suas longas jornadas.
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José Frausino Junqueira (1805 - 1880)
O precursor dos rebanhos JF As primeiras informações que temos sobre seleção e aprimoramento de cavalos criados pela família Junqueira trazem à tona a figura de José Frausino Junqueira, nascido em 1805, na Fazenda Favacho, em Cruzília-MG, responsável pela marca JF. Dedicando-se à criação de gado leiteiro holandês e ao aperfeiçoamento de equinos da raça Mangalarga, José Frausino era dono de tal entusiasmo e acentuado dom de avaliação de um ani-
mal, que trocou um lote de quarenta novilhas por um potro, no qual reconheceu qualidades excepcionais. O potro recebeu o nome de Fortuna, isto porque, naquela época, quarenta novilhas valiam uma fortuna. Este cavalo não desmentiu os prognósticos de seu dono, pois foi o chefe e o iniciador de um rebanho imenso e valioso, que até os dias de hoje continua se destacando nos estados de Minas e São Paulo.
João Bráulio Fortes Junqueira (1837 - 1901)
A continuidade da seleção, agora com a marca JB
Com o falecimento de José Frausino, a seleção continou nas mãos de seu filho José Bráulio Fortes Junqueira, que se casou com sua prima Gabriela Vitalina Diniz Junqueira. Foram residir na Fazenda Campo Lindo, em Cruzília, cuja sede, conservada até os dias de
hoje, ele mandou construir. João Bráulio dedicou-se inteiramente à agricultura e pecuária, tornando famosa sua marca JB. Fama esta de que goza até os dias atuais, graças aos esforços e conhecimentos de seus seguidores.
José Frausino Junqueira Neto (1860 - 1909)
A origem da “Linhagem 53” Único filho homem de João Bráulio Fortes Junqueira, José Frausino Junqueira Neto, nascido na Fazenda Campo Lindo, entre as atuais cidades de Cruzília e Minduri, em Minas Gerais, daria continuidade ao trabalho de seus antepassados. Em 1884, casa-se na Fazenda Invernada, atual município de Morro Agudo, São Paulo, com a prima-irmã Genoveva Clara, lá nascida em 1866, filha de Francisco Marcolino Diniz Junqueira (Capitão Chico). Após o casamento, foi morar na Fazenda Campo Lindo e aos filhos acrescentou “Netto”, com dois “t”, ao sobrenome, ficando desta forma Junqueira Netto – nome de família. Em 1998, após a morte do sogro, Francisco Marcolino Diniz Junqueira (Capitão Chico), José Frausino passa a residir na Fazenda Invernada, em Morro Agudo. Posteriormente, transferiu-se para a Fazenda Agudo, também no mesmo município, onde formou lavoura de café, dando seguimento e aprimoramento ao Mangalarga. Seu
rebanho procedia de animais por ele trazidos do Sul de Minas (marca JB) além daqueles que recebeu por herança do seu sogro (marca FM). Nesta mesma época, com o auxilio de seu sobrinho José Olintho Fortes Junqueira (Zezico), começou a escrever um Herd Book particular de sua tropa, anotando os cruzamentos feitos com todas as genealogias de seus animais. Em razão disto, o ano de 1902 é considerado o ponto inicial da criação do Mangalarga Marca 53, pois somente daí em diante é que existe base escrita e confiável para os registros. A tropa de Capitão Chico vinha do TenenteMor Francisco Antonio Junqueira, que exibia gosto nato pela criação de cavalos, enaltecendo suas funções e habilidades. Sua dedicação à tropa seguia a ideia do desenvolvimento de animais rústicos, extremamente funcionais, que suprissem a necessidade de vencer distâncias e se adequassem a uma marca de toda a família Junqueira, o gosto pela raça.
Fazenda Agudo e Fazenda Invernada
TOP Marchador Edição Especial “53” n
???
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Homenagem Póstuma
as gerações que iniciaram a história “53”
José Frausino Junqueira Neto
Genoveva Clara Junqueira Neto
José Mário Junqueira Netto
Renato Junqueira Netto
??? n TOP Marchador Edição Especial “53”
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Ana Ferreira da Rosa Junqueira Netto
Haroldo Ferreira da Rosa Junqueira Netto
Gilda Junqueira Netto
José Armando Junqueira Netto Teixeira TOP Marchador Edição Especial “53” I
???
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O surgimento da Marca “53:
Uma seleção que perdura no tempo
mantendo a essência dos animais Precisando, José Frausino, de uma marca para seus animais e não querendo valer-se das de seu sogro (FM) nem de seu pai (JB), galantemente prestou uma homenagem a sua esposa, escolhendo para isso o “53”, número de chamada de Genoveva Clara no Internato Colégio de Patrocínio, em Itu, São Paulo. Vale destacar, desde então, quatro fases dentro da crição da raça Mangalarga marca 53.
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1ª Fase
José Frausino Junqueira Neto (Zezé do Agudo – 1860 - 1909)
N
esta primeira fase, as éguas utilizadas eram descendentes dos seguintes garanhões: Telegrama e Joia. Telegrama – Trazido de Cristina por seu tio João Francisco Diniz Junqueira (Fazenda Melancias). De Telegrama contam-se como descendentes mais conhecidos: Rio Branco, Impedrado, Índio e Bote. Joia – Cuja influência sobre o Mangalarga quase se iguala a Fortuna. Dos seus descendentes, além das matrizes mencionadas, vale citar Completo, reprodutor do Capitão
Chico e seu cavalo de caçadas. Comentário ilustrativo do valor deste animal é que suportava o caçador com o peso de cento e poucos quilos, durante dois ou mais dias de caçada, consecutivos. Foi trazido pelo Capitão Chico, valoroso cidadão, criador, caçador e sertanista, a quem se deve, talvez, a maior soma de trabalho para a consecução do melhor cavalo nacional. Torpedo, Fortuna, Vai Vem, Montenegro, Plutão, Brasil, Rocambole e Bardo foram garanhões usados durante essa fase.
Fazenda Agudo
Textos extraídos da Revista Equinos - 1977
José Frausino e seu filho José Mário chegando de uma caçada em sua Fazenda Agudo, por volta de 1903 TOP Marchador Edição Especial “53” I
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2ª Fase
José Mário Junqueira Netto (1886 - 1921)
Tropa de Custeio Mangalarga da Fazenda Agudo. Tereza Ferreira da Rosa, Loló Junqueira Franco, Dr. Antônio Torquato, Belinha Junqueira Netto e Anita Junqueira Netto
F
Apollo
54 I TOP Marchador Edição Especial “53”
ilho mais velho de José Frausino, José Mário Junqueira Netto deu seguimento à seleção 53 e aos registros do Mangalarga. Grande admirador de cavalos, como também grande desportista, deu extraordinário alento à criação deixada por seu pai. Apesar de em sua época serem comuns os cruzamentos com raças exóticas, José Mário foi intransigente em sua seleção, usando somente reprodutores Mangalarga em sua criação. Dentre outros, os mais utilizados foram: Cardão, Submarino, Cravo, Colorado, Canário, Sucupira e Aventureiro, filho de Índio, que viria a nos dar o excelente Apollo. Dentre os garanhões usados por José Mário, é interessante ressaltar Fortuna V, que serviu até o ano de 1919, encerrando sua campanha como garanhão “chave de ouro” com o nascimento, em 1920, de Nova Odessa, reprodutora que mais se
destacou entre suas inúmeras filhas. Deixou, entre seus filhos, três animais de destaque que vieram contribuir para a melhoria dos plantéis de Orlândia: Brasil, que serviu no plantel de Magino Diniz Junqueira; Colorado, que foi o pastor do plantel do Coronel Francisco Orlando Diniz Junqueira; e Cardão, que veio a servir éguas 53. Com o falecimento repentino de José Mário, em 3 de dezembro de 1921, vitimado por um colapso cardíaco durante uma caçada, sua mãe, Genoveva Clara, convocou seu filho Renato Junqueira Netto para tomar conta de seus negócios e, consequentemente, dar prosseguimento à seleção de sua já famosa tropa 53. Tendo sido o Sr. Renato um grande batalhador pela melhoria do cavalo Mangalarga, foi ele, em 1934 (após 40 anos do surgimento da linhagem 53), um dos fundadores da Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga e, também, seu primeiro presidente.
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Seguem aqui as análises feitas pelo Conde R. Grenaud diretor do Haras Paulista, e transcritas na revista “O Criador Paulista’’, número 83, de março de 1914: “Tive a boa fortuna de visitar recentemente, em companhia do meu amigo Dr. Mauro Maldonado, subdiretor na Indústria Animal do Estado, um dos mais importantes centros de criação de cavalos nacionais. Graças ao cativante cavalheirismo dos diversos membros da hospitaleira família, pude visitar, em todos os seus pormenores, as instalações, assim como os animais pertencentes ao Sr. José Mário Junqueira Netto e Srs. Antonio Olintho e Magino Junqueira, seus tios, cujas fazendas, Invernada e Perobas, rivalizam com o Agudo, que pude ver mais detalhadamente. É incontestável que a grande maioria dos animais que tive o prazer de examinar nessas três fazendas conservam bem o cunho da origem andaluza, modificada pela influência do clima, da alimentação. Em alguns (e estes constituem a minoria) é o tipo árabe que sobressai nitidamente. Entre os garanhões que melhor me impressionaram, citarei, além de Fortuna e de Canário, dos quais acabo de falar, mais os seguintes: Sucupira e Cravo, em serviço de monta na fazenda de José Mário Junqueira Netto. Um poderoso atavismo faz renascer no garanhão Fortuna o tipo, as qualidades e, ao mesmo tempo, os desfeitos do tipo ancestral espanhol: sua conformação geral e, particularmente, a cabeça e a garupa não deixam a mínima dúvida sobre a nacionalidade ibérica de seus ascendentes; enquanto tudo em Canário – a fronte quadrada, os olhos muito separados, o chanfro curto e reto, as narinas muito dilatadas, o peitoral extraordinariamente possante, a garupa horizontal e muito bem musculada, sua atitude, sua andadura, tudo, enfim, parece provar que ele descende dos planaltos da Arábia. Sucupira é um belo tipo de cavalo, tendo estatura e amplidão em suas linhas, e que produz bem, apesar de seu contorno inferior (son dessus) e seus aprumos, que não satisfazem completamente. Sei que causou estranheza ter o júri da Exposição Estadual Paulista de 1913 preferido a ele, o Cardão: a isto responderei que se Sucupira é mais elegante na cabeça, pescoço e em seu conjunto, Cardão como reprodutor lhe é superior pela regularidade e força do seu dorso (son dessus), pela amplidão de sua garupa, pela qualidade de seus membros e pela perfeição de seus aprumos, condições estas primordiais que se devem exigir todas de um bom garanhão. Cravo é bem andaluz, um pouco comum, mas tem certamente qualidades, força e endurance, que pude experimentar, pois o cavalguei durante um dia inteiro, mas acredito que lhe faltam qualidades necessárias para o bom reprodutor, tal como o concebo, capaz de melhorar; ele mostra bem os defeitos da raça, que sobressaem nele, falta-lhe distinção e é, de mais a mais, estreito e acachapado em seu quarto traseiro, defeito predominante e a corrigir nos cavalos do país. Em resumo, é na seguinte ordem que eu classificaria esses garanhões, se tivesse de fazê-lo, somente em vista de seu grau de sangue e conformação: 1 - Canário (apesar de seu defeito de estatura); 2 - Sucupira, cujo tipo denota muito sangue árabe e 3 Fortuna, que, ao meu ver, peca por excesso de sangue andaluz; 4 - Cravo. Se Cardão pudesse ter um lugar nessa classificação, ele estaria imediatamente depois do Canário, isto é, em segundo lugar.”
Renato Junqueira Netto montado em Lírio
TOP Marchador Edição Especial “53” I
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3ª Fase
Renato Junqueira Netto (1844 - 1962) Em 1922, assumindo a seleção do plantel Mangalarga, Renato fez valer seu olho clínico, quando reservou, entre muitos, um cavalo castanho que, logo ao ser enviado à reprodução. Trata-se de Apollo, o reprodutor de mais destaque na raça Mangalarga na década de 20.
Lanceiro
Fuzileiro
Farrapo
Botafogo
Cravo II 56 n TOP Marchador Edição Especial “53”
Apollo – Filho de Aventureiro e Araponga, deixou grande número de reprodutores tanto em Orlândia como em Colina, onde servia alternadamente. Encontramos descendentes seus nos rebanhos dos senhores José ( Juca) Junqueira Franco, Saulo Junqueira Franco, Abílio Junqueira Franco, Antonio (Nico) Junqueira Franco e Antenor Junqueira Franco, criadores já falecidos cujos animais foram adquiridos por grandes pecuaristas, formando a base de tradicionais criatórios no Mangalarga, como os dos Srs. José Floriano Martins e Badih Aidar. Seus filhos eram portadores de ótimo tipo físico, boa conformação e excelentes dotes funcionais, tanto que, em 1927, a equipe de polo do Clube Hípico de Colina disputou um torneio em São Paulo e, dos quatro cavalos que iniciavam o jogo, três eram garanhões Mangalarga, filhos de Apollo. Dentre seus filhos, os que mais se destacaram dentro da tropa 53 foram Lanceiro, Fuzileiro e Farrapo, que merecerão destaque mais adiante. Nos anos de 1925 e 1926, foi utilizado, também, o reprodutor Oder, filho de Colorado e Sentida, de propriedade do Capitão Antonio Olintho Diniz Junqueira. Deixou como seu principal descendente, dentro do rebanho 53, Botafogo. Em 1936, Botafogo é consagrado Campeão da Raça Mangalarga na Nacional do Rio de Janeiro, tendo obtido, nesse mesmo evento, como premiação especial, uma taça de prata, oferecida pelo governador do Estado do Rio Grande do Sul, instituída em 1920, ao cavalo com mérito de Grande Campeão de todas as raças nacionais (Crioulo, Pantaneiro, Campolina e Mangalarga). Em 1927, estava Renato em busca de um refrescamento de sangue. Neste ano, trouxe do Sul de Minas o cavalo
Brasil (Belini x Bela Cruz), que ficou com a maioria das coberturas, funcionando também o garanhão Potyguara. Nos anos seguintes, Brasil dividiu as montas com Lanceiro (Apollo x Japoneza), Soberano (Montenegro II x Cintada) e Marinete (Cacique x Baia II), além de Apollo. Em 1931, Botafogo, um bonito castanho, filho de Oder (Colorado x Sentida) e Japoneza (Cardão x Ema) começou o serviço de pastor. Destacou-se como excelente produtor de fêmeas, sendo um ótimo avô materno. Serviu até 1941. Paralelamente, serviu em 1931 e 1932 Baluarte (Holofote x Favorita); em 1933, Fuzileiro (Apollo x Queimada), que já em sua primeira geração produziu Ibiúna, Itaúna e Ironia, detentoras da Taça Mangalarga, conferida ao melhor lote de três potrancas, na Exposição Nacional de Animais de 1937, em São Paulo (Taça Transitória). Serviram ainda: em 1934, Canário (Montenegro II x Alazã), crioula de Gabril Armindo; Cravo II (Montenegro II x Cravina); em 35 e 36, Selado, crioulo do Sr. Magino Diniz Junqueira, tendo produzido, já em sua primeira geração, Laís, Lanceta (mãe de Trevo) e Lagosta, que conquistaram, definitivamente, e para a crição 53, a Taça Mangalarga na Exposição Nacional de Animais de 1940, em São Paulo, provando, assim, que o trabalho de seleção estava sendo coroado de êxito, pois detivera três Campeonatos Nacionais em quatro anos. Em 1937, auxiliando Botafogo, o garanhão Farrapo (Apollo x Predileta) deixou como principais descendentes, Marengo e Moscatel. Desta época até 1941, trabalharam todos estes garanhões citados anteriormente. Nos anos subsequentes, taças, títulos e o reconhecimento. Premiações que comprovaram o trabalho de seleção sempre coroado do êxito. Em 1941, dona Genoveva Clara resolveu fazer doação de seus bens a seus filhos e, reconhecendo os esforços de Renato, deu-lhe prioridade na escolha das matrizes e reprodutores do rebanho 53, como também o legado de sua marca. Tendo ficado a Fazenda Agudo para os seus sobrinhos Franciso Marcos Junqueira Netto e Heloísa, casada com Otávio Augusto Cayuby Salles, Renato transferiu residência para a
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Time de polo do Club da Colina com três filhos de Apollo
Fazenda Verdun, no município de Jaborandi, que ficou sendo a sede de seu criatório. Já na Fazenda Verdun, em 1941, Renato traria consigo, além das éguas, os reprodutores Lírio, Moscatel e Canário. “Começaria aqui um elaborado programa de seleção baseado no cruzamento entrelaçado dos garanhões da ‘linha Telegrama’, representada por Lírio sobre as éguas da ‘linha Fortuna’, representada por Canário (e viceversa) – cujo ponto culminante se daria, quarenta anos depois, no final dos anos 80, com a utilização de Nitrato sobre as ‘éguas Yedo’. Ao final de quatro décadas desse programa, a linhagem 53 atingia o ápice de sua uniformização fenotípica e padronização no andamento. Sedimentando definitivamente sua identidade, a linhagem se caracterizava por animais de porte médio, brevilíneos, de lombos fortes e curtos, membros isentos de taras, garupas amplas e musculosas, cernelhas destacadas, aprumos corretos e cujo tipo característico qualquer criador podia distinguir”, afirma, resumidamente, Marco Aurélio, neto de Renato. Lírio (Fuzileiro x Havana) trabalhou durante 15 anos no rebanho 53. Seu principal filho e substituto foi Trevo (Lírio x Lanceta), uma das detentoras da Taça Transitória, ganha, definitivamente, em 1940. Moscatel (Farrapo x Hebreia), nascido em 1938, iniciou seus serviços na Fazenda Verdun em 1943, tendo deixado fêmeas de excepcionais qualidades, tais como Thaís (mãe de Fuzil), Tarantela (mãe de Narcótico e Etiqueta) e Tosca (mãe de Florete). Canário (Montenegro II x Alazã) deixou Minueto, por Predileta, que serviu posteriormente na criação do Sr. Sebastião Malheiros, Quati, Arlequim, crioulo do Sr. Francisco Junqueira Netto, da Fazenda Agudo, que, tendo servido na Fazenda Verdun, produziu o reprodutor Yedo. Havana (Botafogo x Nova Odessa) – Era tal a importância dada pelos árabes para as éguas na reprodução, que, na transmissão dos atributos funcionais, a resistência e a energia eram tidas como legados da mãe. Havana produziu Lírio, Maestro,
Norma, Odessa, Primadona, Quati, Riga, Sevilha e Tarantela. Vemos, pelas letras do alfabeto, que esta égua produziu durante nove anos consecutivos, mostrando sua alta fertilidade. Riga, também filha de Havana, provando sua ascendência, veio mais tarde a dar, além de outros, o excelente Nitrato, chefe do rebanho 53 nos anos 70 e 80, tendo responsabilidade direta na formação do plantel, pois grande parte das éguas são suas descendentes. Norma, Campeã em São Paulo em 1942, causando grande admiração a todos que ali expuseram e compareceram, deu origem a Thaís, mãe de: I - Fuzil, chefe do plantel do Sr. Celso Torquato Junqueira; II - Ipê 53, primeiro chefe do plantel do Sr. Abel Pinho Maia Sobrinho; III Zenith, avó materna de Raptor e mãe de Piraju, reprodutores usados por Fernando Junqueira Netto nas décadas de 80 e 90. Primadona, mãe de Tetéia, ambas excelentes reprodutoras. Sevilha produziu Ipanema e Japoneza, éguas que se notabilizaram. Tarantela, mãe de: I - Narcótico, de propriedade do Sr. Torres Homem Rodrigues da Cunha e Campeão em Uberaba em 1971, e II - Etiqueta, que nos deixaria, anos depois, JN Zulu 53. Yedo (Arlequim x Tangerina) – Serviu de 1954 até 1968. Entusiasmado pela sua boa conformação e andar excepcional, Renato passou a usar somente Yedo, dando preferência à linhagem Fortuna, comprovando mais uma vez seu profundo conhecimento da raça. Trevo – O Sr. Renato, quando Lírio, já com 21anos, perdeu sua fertilidade por doença e tendo ficado sem um reprodutor desta linhagem, lembrou-se de Trevo (Lírio x Lanceta) que, após ser campeão em Barretos, havia sido cedido a um dos seus mais diletos amigos e por quem nutria grande admiração, Torres Homem Rodrigues da Cunha. Indo a Uberaba e, de lá, à Ilha do Torres, pôde ver várias filhas de Trevo que evidenciavam sua alta carga genética. Torres Homem, então, muito gentilmente, devolveria a gentileza, permitindo o regresso deste garanhão às suas origens, onde serviu até morrer, dando origem principalmente a Nitrato, atual chefe da seleção 53.
Lirio
Narcotico
Quati
Yedo
Trevo TOP Marchador Edição Especial “53” n
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4ª Fase
Geração atual
Colômbia Guaíra
Guaraci
Barretos
Olímpia
Jaborandi Colina Terra Roxa
Severina
Cajobi
58 n TOP Marchador Edição Especial “53”
Monte Azul Paulista
Bebedouro
Viradouro
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Amendoim Com o falecimento de Renato Junqueira Netto, o plantel de éguas é dividido por seus filhos e herdeiros. Cada qual, e com seus próprios sufixos, passaram a criar em suas respectivas propriedades. Gilda (G53), na Fazenda Córrego das Pedras – JaborandiSP; Vilma (AV53), casando com Armando Expedito Teixeira, na Fazenda Pavão – Barretos-SP; Haroldo (JN53), na Fazenda Pitangueiras – Barretos-SP; Fernando (F53), na Fazenda Brumado – Jaborandi-
SP, ficando Carlos (“Lalo”) e o caçula Renato Júnior criando juntos, nas Fazenda Rio Pardo e Verdun, ambas em Jaborandi-SP. Em 1977, outra divisão, onde Carlos (“Lalo”) continua com o sufixo 53 e Renatinho, com o 53 do Verdun. Nitrato, o principal reprodutor das décadas de 60 e 70, por suas qualidades excepcionais, segue como garanhão indivisível, servindo, indistintamente, a todos os plantéis.
Barã “53”
Nitrato
Dourado MA
Ipê CJ Sem um descendente direto pela linha alta de Yedo, a família precisava de um substituto, sobretudo para servir às filhas de Nitrato. Iniciava-se uma nova etapa de experiências à busca de refrescamento de sangue. De início, procurou-se uma opção com Amendoim (Boróró x Jacutinga) - legitimo representante da linhagem Consulta, coirmã da 53, vez que ambas remontam ao grande Apollo – que nos deixaria como permanente legado Zaire 53 e JN Zulu 53. No mesmo sentido, e com a mesma finalidade, foi a utilização dos sementais Marrocos (Capitel x América II). Dourado MA (Habilidoso x Jacutinga), que viria nos deixar excepcionalmente Laredo 53, Ipê (Fuzil x Esmeralda), pai de inúmeras fêmeas de escol e excelente avô materno, além de Habilidoso (Fuzil x Xantipa) – estes três últimos com resgate da linha CJ. Barã, um filho de Nitrato e Asa Branca, traria
em acréscimo o sangue Favacho, e Bataclã (Nitrato x Olímpia), irmão materno de Zaire, com abertura no sangue SP, perpetuariam a “linha Telegrama”. Após 1980, já com a tropa registrada na ABCCMM, as linhas de Telegrama e Fortuna continuaram sendo usadas e Lalo buscou refrescamento de sangue usando o cavalo Zagucho de Passa Tempo (Herdade Festival x Boite de Passa Tempo) buscando aí mais uma linhagem de Marchador através de Herdade Cadilac e Seta Caxias, indo à linhagem de Abismo. Não foi feliz, pois não tirou um macho para seguir servindo. Mais recentemente, buscou mais uma opção: a abertura de sangue na tropa do Sul de Minas, optando pela utilização de Xingu 53, filho de Original de Santa Lúcia na égua Kiformosa 53, indo então a Recife (Traituba), linhagem Sul de Minas pura. Assim, após estes 115 anos e com todas estas opções de sangue, pode-se continuar criando um Marchador puro, com baixa consanguinidade.
Zaire “53”
JN Zulu “53” TOP Marchador Edição Especial “53” n
59
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KRISHMA “53” Vesúvio “53” x Dobrada “53”
Em mais de 60 títulos conquistados, destacamos:
• CAMPEÃO NACIONAL CAVALO GRADUADO MAIOR 2015 • CAMPEÃO NACIONAL CAVALO GRADUADO MAIOR DE MARCHA 2015 • RES. CAMPEÃO NACIONAL CAVALO SÊNIOR 2014
www.harasmh.com.br (24) 2468.1246 | (21) 99982.0460 Prop.: Maria Helena Pereira da Silva Cazzani
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PASTOR DE BARRETOS 53 VATAPÁ "53" X ONDA DO VERDUN
VALSA AV53
TIETA AV53
PASTOR DE BARRETOS 53 X POLCA DE BARRETOS 53
PASTOR DE BARRETOS 53 X LAMBADA DE BARRETOS 53 BARRETOS/SP PROP.: ARMANDO EXPEDITO TEIXEIRA TEL.: (17) 99773-1682 | (17) 99132-5077 fazenda.pavao53@terra.com.br liajnth@hotmail.com
caderno04_Layout 1 4/4/17 1:27 PM Page 62
MATEIRO DO GUEGA DILÚVIO HO X INGLESA DO GUEGA
ODALISCA DE BARRETOS 53
LOANDA DE BARRETOS 53
MATEIRO DO GUEGA X IZABELA DE BARRETOS
MATEIRO DO GUEGA X ILUSÃO DO GUEGA
pavao 3pgs_Layout 1 4/5/17 3:48 PM Page 3
POLCA DE BARRETOS 53
ZAIRA AV53
MATEIRO DO GUEGA X FITEIRA DO GUEGA
MATEIRO DO GUEGA X MARIANA DE BARRETOS 53
SAVANA AV53
ZAGAIA AV53
MATEIRO DO GUEGA X AQUARELA DE BARRETOS
MATEIRO DO GUEGA X SIMONI AV53
ZUMBA AV53 MATEIRO DO GUEGA X LAMBADA DE BARRETOS 53
BARRETOS/SP PROP.: ARMANDO EXPEDITO TEIXEIRA TEL.: (17) 99773-1682 | (17) 99132-5077 fazenda.pavao53@terra.com.br liajnth@hotmail.com
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f amília “53” Fazenda Pavão
FAZENDA PAVÃO Um dos mais tradicionais criatórios da linhagem 53, localizado em Barretos, São Paulo
64 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
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N
a partilha de bens de Renato Junqueira Netto, em 1969, uma de suas filhas, Vilma, recebeu a propriedade e algumas éguas do plantel. Na época, ela e o marido, Armando, deram continuidade à criação, usando a marca AV53. O cavalo Nitrato foi o garanhão de destaque. Algum tempo depois, outros animais de criação própria começaram a escrever a história da própria fazenda, como é o caso de Duelo AV53 e Dourado AV53. A criação sempre foi a paixão de José Armando, filho do casal. No entanto, ele faleceu precocemente, aos 47 anos, durante uma cavalgada. Com isso, Lia, uma das irmãs de José Armando, é hoje quem cria com entusiasmo e
está à frente da seleção da marca AV53, na companhia dos pais. Cerca de 40 exemplares compõem a tropa e o grande ideal da família é manter a tradição de criação de uma raça pura, iniciada a 115 anos, a fim de preservar todas as características que comprovam os padrões de excelência do autêntico Mangalarga Marchador. Para isso, o trabalho de seleção é criterioso, principalmente em relação ao andamento dos animais. Atualmente, Mateiro do Guega e Pastor de Barretos 53 são os garanhões usados pelo criatório. Na relação de fêmeas, destaque para Lambada de Barretos 53, Mariana de Barretos 53, Polca de Barretos 53, Simoni AV53 e Savana AV53.
Armando Expedito Teixeira com sua filha Lia Junqueira Netto Teixeira
TOP Marchador Edição Especial “53” n
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1º Edição da Revista dos
Criadores do Estado de São Paulo Lançamento durante a Nacional 2017
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g enética “53” Haras da Frisa
Haras
TRÊS ESSES
L
ocalizado no centro oeste do país, na cidade de Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, o Haras 3S, de propriedade de Samir El Assal é um dos grandes criatórios de Mangalarga Marchador, que valoriza a genética 53. Com 37 anos de história, o plantel conta hoje com cerca de 100 animais. Animais de excelente andamento, bom temperamento de sela, aprumos e musculatura de alto padrão sempre foram características buscadas pelo criador e por isso se deu o envolvimento com a linhagem 53. Na história do Haras, exemplares como Folhetim, Imbú, Jacarandá, Quilate, Cangaço e Uivante fizeram a base do plantel que trabalha atualmente com várias matrizes já consagradas e 14 garanhões de qualidade ímpar. Com olhar apurado e a experiência acumulada durante todos estes anos de existência do criatório, Samir El Assal acredita no grande potencial de crescimento da raça e da marca 53. Se mantém em busca de cruzamentos cada vez mais evoluídos a fim de criar animais que concentrem todas as características do autêntico Marchador. TOP Marchador Edição Especial “53” n
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Cangaço “53” Vatapá "53" x Piteira "53"
Haras
Três Esses
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Armeiro da Três Esses Quilate da Três Esses x Serena Jotaene
Davis da Três Esses Quilate da Três Esses x Fofa "53"
Haras
Três Esses
Paranaíba/MS Prop.: Samir El Assal Tel.: (17) 98142-2222 samir3s53@hotmail.com
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Oasis “53” Vatapá “53” x Delícia “53”
Zaire da Três Esses Uivante “53” x Candelária “53”
Haras
Três Esses
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Israel da Três Esses Zagueiro da Três Esses x Faixa “53”
Rajá “53” Vesúvio “53” x Dobrada “53” Irmão próprio do Campeão Nacional Krishma “53”
Haras
Três Esses
Paranaíba/MS Prop.: Samir El Assal Tel.: (17) 98142-2222 samir3s53@hotmail.com
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JN Zulu 53 JN Degas 53
Júpiter da Catuçaba
Sonia 53 Dourado MA Nice do Ribeirão Preto Riva JN 53
Amendoim Etiqueta Nitrato Gazela Habilidoso Jacutinga Nitrato Etiqueta JN 53
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g enética “53” Haras Monazita
HARAS MONAZITA
Dividindo experiências na arte de criar exemplares de sucesso Um plantel de tirar o fôlego, em estrutura e qualidade de tropa! Assim é o Haras Monazita, situado em Guarapari, no litoral do Espírito Santo. Sucesso compartilhado entre Antônio Abikair, seu filho Jorge Abikair Neto e seu irmão Jorge Abikair Filho. E quando o assunto são os resultados deste trabalho primoroso, quem também não pode ficar de fora é o competente Diego Mendonça, que gerencia a propriedade e tem a merecida confiança dos criadores. Praticamente 150 exemplares compõem o plantel, que conta com 30 baias, redondel para treinamento e mostra de animais, pistas de treinamento e área social, farmácia, estrutura para trabalho veterinário (inclusive de reprodução), sede e casa para todos os funcionários. O haras é bastante conhecido. Além de diversas atividades promovidas pelos criadores, anualmente é realizada no local a Expo Guarapari, já tradicional no calendário do Marchador. A história do criatório começou em meados
da década de 90, quando foi adquirido o primeiro animal. A paixão floresceu e hoje, de uma forma ou de outra, todos os familiares têm ligação com o cavalo, seja na prática de atividades como cavalgadas ou mesmo no dia a dia no plantel. A tropa é formada por marchadores autênticos de genética comprovada. Diversos sementais da linhagem 53, por meio de seus descendentes, machos ou fêmeas, foram e continuam sendo importantes para a formação do plantel. A marca foi introduzida com a utilização do sangue do garanhão Vento JN 53, que motivou posteriormente a aquisição de um garanhão de genética 53, com a participação do Luquinha, proveniente do criatório HZ, do amigo e criador Clarete Zandonaide. Aliás, amizade é outro estímulo apontado pelos criadores do Haras Monazita para a criação de animais da linhagem 53. Nos cavalos eles encontraram biótipo forte e estruturado, evoluído na qualidade de marcha, adequado para o patrão e para o peão, com excelente temperamento e extrema funcionalidade. Dos relacionamentos provenien-
tes da 53, nascem amizades verdadeiras como as firmadas com Carlos Junqueira Neto (Lalo), Renato Junqueira Netto Júnior (Renatinho) e Marco Aurélio da Silva Ramos, apontados como exemplos de criadores e bons amigos. No Haras Monazita, os criadores resgataram também as raízes de uma genética centenária, pura e esquecida, conhecida por Mogiana. Um trabalho de pesquisa feito com entusiasmo e paixão, que resultou em uma base de animais vinda de criatórios como o CJ, São Conrado, Porã, Turvo, Colina e Consulta, entre outros. O grande objetivo do criatório capixaba sempre foi conhecer ao máximo o cavalo marchador e fazer mais do que um trabalho direcionado à formação de exemplares de pista. O foco é escrever uma história apaixonada, pautada pelo prazer da criação, pelo desenvolvimento de animais próprios, estudados e orientados, vê-los nascer e se desenvolver dentro da propriedade, atentos para a funcionalidade e o andamento. O Haras Monazita se preocupa com a preservação da pureza da linhagem, tentando, cada vez mais, intensificar a seleção criteriosa e as características fundamentais do cavalo Mangalarga Marchador como marcha, temperamento e funcionalidade. Acredita estar no caminho certo, uma vez que tais características vêm sendo cada vez mais valorizadas e buscadas no mercado, por conta dos vários animais da linhagem 53 que têm se destacado nas exposições mais fortes do país, comprovando que, além da genética impecável, são animais que se mostram competitivos em qualquer lugar. TOP Marchador Edição Especial “53” n
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Rúbia Desejo do Narciso x Dalila J.N.53
• Campeã Potra Mirim - Porto Seguro/BA 2014
Submarino Universal Elfar x Moça V.2
Sapoti Universal Elfar x Escura Monazita
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End.: BR 101 Sul, Km 337, Guarapari/ES. Contatos: Jorge Abikair Filho (27) 999455966, Jorge Abikair Neto (27) 999934319 | Diego Mendonรงa (27) 998692322 harasmonazita@gmail.com | /harasmonazita
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c riação e tradição Carlos Junqueira Netto
Lalo: Um colecionador de HISTÓRIAS E VIVÊNCIAS
na Linhagem “53”
78 I TOPMarchador - Edição Especial “53”
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o Mangalarga Marchador é difícil encontrar alguém que já não tenha ouvido falar em Carlos Junqueira Netto, mais conhecido por Lalo. Seu envolvimento com cavalos se deu ainda na infância, na Fazenda Verdun, em Jaborandi-SP. Nas férias, costumava arrear seu cavalo cedo e desarrear quando escurecia. Uma figura extremamente instigan-
N
te, que nos presenteia com memórias, recortes e documentos colecionados e guardados com sabedoria, cuidado e, acima de tudo, muito amor. Uma breve conversa com ele se transforma em uma deliciosa aula sobre a linhagem 53 e as características mais autênticas do nosso cavalo Mangalarga Marchador. É o que podemos conferir na seguinte entrevista com o criador: Renato Junqueira Netto
A vida na fazenda e a ligação com o Mangalarga Marchador é uma tradição familiar, mas quando foi que você resolveu se dedicar de maneira ainda mais plena à criação? Em 1960, meu pai, Renato Junqueira Netto, desiludido com a criação do Mangalarga Paulista por causa dos vários cruzamentos com raças exóticas que estavam ocorrendo, me ofereceu a gestão dos animais. Em 1963, depois do meu casamento com Silvia e falecimento de meu pai, fui morar na fazenda. Na época, trabalhei as linhagens já existentes: Telegrama, com o cavalo Trevo (Lírio x Lanceta) e Canário, com Yedo (Arlequim e Tangerina). Comecei a estudar pedigrees, buscando abertura na linhagem Fortuna. Fui buscar o reprodutor Amendoim (Bororó x Jacutinga), que, na linha alta, vai a Colorado (Fortuna V x Prenda). Em um ano de trabalho, tiramos dois reprodutores extraordinários: Zaire
e Zulu. Assim, comecei a trabalhar com duas linhagens e dois troncos: Telegrama e Fortuna (Canário e Colorado). Como era criar nesta época, havia apoio da Associação onde seus animais estavam inscritos? Nessa época, eu fazia parte do Conselho Técnico da Associação do Mangalarga Paulista, mas, em 1977, com a morte do Sr. Sebastião de Almeida Prado, mais conhecido como Sr. Nhonhô, desanimei de criar no Paulista. Ele era um tradicional e respeitado criador de Orlândia-SP, com quem compartilhava ideais. Juntos, defendíamos a pureza da raça! Em função dos cruzamentos exóticos que continuavam ocorrendo, a Associação não me atendia mais. Vendi minhas fêmeas famosas e fiquei apenas com as de seleção antiga. Inscrevi todas no Mangalarga Marchador.
Lalo e sua esposa Sílvia Helena TOP Marchador Edição Especial “53” I
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Marel Pitanga Raimundo, Tonico e Cézar
Albatroz da Três Esses
Foi boa a saída da Associação do Mangalarga Paulista para a Associação do Mangalarga Marchador? Sim. Com minha saída, além das duas linhagens com as quais já trabalhava, consegui formar mais um tronco puro sem mistura com raças exóticas. A aceitação por parte dos criadores não foi fácil. Era tido como criador de Paulista e havia certo preconceito. Mas, quando perceberam a qualidade dos animais e de meu trabalho, reconheceram minha tropa. O que se busca em um cavalo Mangalarga Marchador puro? Pedigree, padrão racial, linha genética e, é claro, andamento marchado.
Xingu “53”
Krishma “53” 80 I TOPMarchador - Edição Especial “53”
Como se deu a formação das novas linhagens? Primeira linhagem: Telegrama; segunda linhagem: Fortuna; terceira linhagem: sul-mineira Recife (da Traituba). O meu terceiro tronco vem de Fortuna, por meio do Capitel, que foi de Sr. Nhônhô. Busquei esta genética no plantel do amigo Samir. Proprietário de Marel (descendente de Capitel), ele cruzou o garanhão com uma égua pura 53 e nasceu um cavalo chamado Albatroz, castanho. Usei então toda a qualidade genética de Albatroz nas minhas éguas, formando meu terceiro tronco. A minha nova e terceira linhagem é sul-mineira. Estou usando este ano o cavalo Xingu 53 (Original x Kiformosa), animal descendente de Recife da Traituba, purinho do Sul de Minas. É possível evoluir a tropa dentro de uma mesma linhagem? É possível, mas muito difícil. Para que seja possível é necessário ter vários troncos e uma única linhagem. Caso isso não ocorra, teríamos consanguinidade estreita, com o perigo de adquirir defeitos indesejáveis na criação. Muita gente
acha que para fazer animais bons basta cruzar exemplares de sucesso, mas não é bem assim... Desta forma, você consegue produzir indivíduos bons, mas sem genética. O animal precisa ser bom em pista, mas tem que ter pedigree. Como é o seu criatório? Eu vivo na Fazenda Rio Pardo e por isso posso cuidar de tudo com muita dedicação. Faço questão de manter meus animais em ambiente rústico, pasto de grama tratado, uma várzea muito boa, espaço bem natural, priorizando o que a natureza oferece. Tenho uma equipe de três funcionários que me ajudam no cotidiano com a tropa. Quando preciso de doma, costumo contratar especificamente para este trabalho. Eventos como exposições, leilões e cavalgadas estão as atividades das quais os exemplares do criatório participam? Já não tenho interesse em levar meus animais a exposições. Me sinto realizado vendo outros criadores fazendo sucesso em pista com minhas criações, como é o caso do Krishma 53 (Vesúvio 53 x Dobrada 53), que tem mais de 60 títulos, com destaque para os de Campeão Nacional de Cavalo Graduado Maior e Cavalo Graduado Maior de Marcha 2015, na mão da criadora Maria Helena Cazzani, do Haras MH. Com relação a leilões, estamos, eu e meu genro Jayme, na terceira edição de um evento que já se tornou tradicional no calendário. Nos anos ímpares, colocamos à venda toda a produção de fêmeas desmamadas, além de cerca de quatro machos selecionados que nos serviriam como reprodutores. Preços justos, confiabilidade genética e bons produtos têm nos levado ao sucesso nestes eventos. O que mais motiva a criação de cavalos? Sou da sétima geração da família Junqueira no Brasil, oriunda de Portugal. Minha motivação é entregar a meus filhos – Flávia, Rodrigo e Renato – uma tropa com a mesma pureza racial
materia 53 VALENDO_Layout 1 4/5/17 10:15 AM Page 14
a m a r g Tele Lírio
Fuzileiro Havana
Apolo Queimada
a n u t For Yedo
Zulu
Marel
Arlequim Tangerina
Amendoim Etiqueta
Apalache Gardênia
Canário Haia
Original Kiformosa
Montenegro II Alazã
Dante Província
Bororó Jacutinga
Estevão Querência Flor
Abalo Dior
Brasil Preta
Botafogo Moranga
Jacto Havana
s a n i m ul de
s e u g san Xingu
Aventureiro Araponga
Índio Douradilha
Caxambu Imperatriz
Atrevido Xarda
Sincero Orgia
Rio Branco Jóia Castanha
Telegrama Pretinha
Fortuna V Moura
Odér Japoneza
Damasco Sagarana
Neon Jogatina
Colorado Sentida
Sururu Casa Branca
Sertão Dinamarca
Capitel Gaúcha
Recife (Traituba) Queimadinha
TOP Marchador Edição Especial “53” n
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??? I TOPMarchador - Edição Especial “53”
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TOP Marchador Edição Especial “53” I
???
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84 I TOPMarchador - Edição Especial “53”
caderno06_Layout 1 4/4/17 1:02 PM Page 85
e qualidade que recebi. Toda a minha família gosta da criação. Minha esposa sempre me acompanhou nesta paixão. Nos casamos em 1962 e fomos morar na fazenda. Já fizemos bodas de ouro, e ela sempre ao meu lado, me dando apoio incondicional! Entre as atividades mais desenvolvidas com os cavalos quais as mais frequentes? No passado, as caçadas eram frequentes; hoje, não mais. Aliás, o esporte equestre sempre esteve presente na história de nossa família. As cavalgadas estão entre nossas atividades prediletas. Participamos de eventos, alguns marcantes, como a que saiu da Fazenda Favacho, no Sul de Minas, em direção a Orlândia-SP. Foram 11 dias de cavalgada, em 1990. Um passeio que ficou na memória! Também gostamos muito de receber criadores em nossa propriedade. Nos lembramos, saudosos, de um momento na ABCCMM, quando Sílvio Araújo foi presidente. Ele organizava excursões para visitar criatórios e era muito bom para a troca de experiências e para o fortalecimento da amizade. São muitas amizades feitas por meio do cavalo? Sim! Fiz muitos amigos na raça. Alguns especiais já se foram e deixam saudade. Destaco Márcio Andrade, Silvio Araújo, Luiz Palma, Juvenal Juvêncio, Haroldo - meu irmão, Nilo de
Renato Junqueira Netto e seus filhos Pedro e Gustavo Junqueira Netto
Barros Vinhães, Luiz Carlos Schreiner, dentre outros. Incentivaram muito o desenvolvimento da raça e promoviam a integração de criadores. Hoje, com 78 anos, me sinto plenamente realizado com minha criação. Não escolhi o caminho mais fácil; optei pelo que eu sempre considerei mais valioso para o padrão de criação que eu queria. Insisti sempre, superei desafios e, quando olho para minha tropa, vejo que alcancei o que sempre desejei. O legado que deixo para meus descendentes me enche de orgulho e
satisfação. Eles vão poder caminhar com esta sólida história construída pela nossa família. O que o senhor deseja para o futuro da raça? Desejo que se preservem as características básicas com as quais o cavalo Mangalarga Marchador foi forjado: rusticidade, resistência, temperamento, consistência genética e o andamento que o diferencia de todas as outras raças do planeta. Nossa obrigação como criadores é manter essas qualidades de nosso cavalo!
Rodrigo e Flávia Junqueira Netto TOP Marchador Edição Especial “53” I
85
caderno06_Layout 1 4/4/17 1:02 PM Page 86
Cabrocha “53”
Ozônio "53" x Kiformosa CJN
Cascat a “53”
Ozônio "53" x Sereia "53"
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Delícia “53”
Quartel "53" x Nuporanga de Jaborandi
Dobrada “53”
Vatapá "53" x Xareta "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Duart ina “53”
Vatapá "53" x Piteira "53"
Enseada “53”
Jacarandá de Jaborandi x Sereia "53"
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Espuma “53”
Ozônio "53" x Vitrine "53"
Est ilosa da Três Esses Quilate da Três Esses x Zamboa da Três Esses
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno06_Layout 1 4/4/17 1:03 PM Page 90
Fest a “53”
Jacarandá de Jaborandi x Loura CJN
Fúria “53”
Hércules da Três Esses x Nandaia de Jaborandi
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Gabriela “53”
Jacarandá de Jaborandi x Capitu "53"
Garoa “53”
Quartel "53" x Névoa “53”
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno06_Layout 1 4/4/17 1:03 PM Page 92
Hamélia “53”
Jacarandá de Jaborandi x Obra Prima "53"
Harina “53”
Caraça "53" x Diamantina "53"
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Havaiana “53”
Ozônio "53" x Dobrada "53"
Hera “53”
Vesúvio "53" x Acácia "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno06_Layout 1 4/4/17 1:03 PM Page 94
Herança “53”
Ozônio "53" x Débil "53"
Heureca “53”
Ozônio "53" x Duartina "53"
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Hiroxima “53”
Jacarandá de Jaborandi x Brilhantina "53"
Hortelã “53”
Ozônio "53" x Dália "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
caderno06_Layout 1 4/4/17 1:04 PM Page 96
Ibiúna “53”
Vatapá "53" x Caxemira "53"
Irara “53”
Vesúvio "53" x Enchova "53"
rio pardo_Layout 1 4/4/17 10:45 AM Page 97
Jade “53”
Marel Pitanga x Ninfeta de Jaborandi
Jornada “53”
Jacarandá de Jaborandi x Peteca "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
rio pardo_Layout 1 4/4/17 10:46 AM Page 98
Juréia “53”
Campeão "53” x Duartina "53"
Kat ina “53”
Vesúvio "53" x Goiaba "53"
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Kat rina “53”
Quartel "53" x Enseada "53"
Kerbala “53”
Bolivar "53" x Garoa "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Kimi “53”
Bolivar "53" x Ancara "53"
Kit uba “53”
Vesúvio "53" x Fúria "53"
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Lagoa “53”
Vatapá "53" x Sereia "53"
Lavanda “53”
Vatapá "53" x Delícia "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Lavoura “53”
Vatapá "53" x Pirajuba "53"
Lembrada “53”
Quartel "53" x Havaiana "53"
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Lenda “53”
Violino "53" x Dama "53"
Limeira “53”
Quartel "53" x Cascata "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Luanda “53”
Vesúvio "53" x Cabrocha "53"
Maçã “53”
Gaiato "53" x Goiaba "53"
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Mariana “53”
Quartel "53" x Gabriela "53"
Morena “53”
Caraça "53" x França "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Mucama “53”
Gaiato "53" x Cabrocha "53"
Mulat a “53”
Gaiato "53" x Xasquita "53"
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Musa “53”
Gaiato "53" x Itaipava "53"
Namanga “53”
Gaiato "53" x Gravata "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Nova Aliança “53”
Gaiato "53" x Brahma "53"
Pacova “53”
Vatapá "53" x Kaiena "53"
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Palhada “53”
Canário G 53 x Lavoura "53"
Paquera “53”
Bolivar "53" x Cascata "53"
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Parada “53”
Bolivar "53" x Lambada "53"
Pat aca“53”
Canário G 53 x Herança "53"
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Pera “53”
Vatapá "53" x Goiaba "53"
Vodka da Três Esses
Cangaço "53" x Rendeira da Caduceu
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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Xasquit a “53”
Quartel “53” x Nuporanga de Jaborandi
Fazenda e Haras Rio Pardo Jaborandi/SP Prop.: Carlos Junqueira Netto Tel.: (17) 3347-1233 | 99239-8853
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g enética “53” Haras Lago Negro
Haack Fotos: Max Haack/Ag
Haras Lago Negro
O
Haras Lago Negro nasceu em 2011 e a história do criatório é repleta de características que fazem do plantel um lugar único para a criação do Mangalarga Marchador. O modelo de gestão é compartilhado entre os sócios Jaime Villas Boas, Lucas Villas Boas, Oscar Villas Boas, João Roma e Ricardo Ferraz. Parceiros na paixão pelo cavalo e amigos, acima de tudo. Reduto de campeões já consagrados, o Haras fica na Bahia, a 130 km de Salvador, na cidade de Conceição da Feira. Sua tropa, formada por aproximadamente 60 animais, tem base na linhagem 53, utilizando matrizes de alta genética, com predominância genética que vai ao Nitrato 53 e Ozônio 53, e testando garanhões comprovados apara uma pequena abertura no sangue, como é o caso do Candidato do Sertão. O clube de criadores conta que após experimentar alguns exemplares da linhagem ficou clara a superioridade da genética “53” em quesitos como andamento e temperamento. Por isso o interesse em alicerçar os exemplares a partir do pedigree centenário. Genética de qualidade aliada a tecnologia. No criatório técnicas como transferência de embriões e inseminação artificial são aplicadas. Cada trabalho de seleção é amplamente estudado a fim de produzir animais que melhorem
ainda mais a qualidade da tropa. Atualmente as fêmeas Juriti do Lago Negro, Era do Lago Negro, Zinga 53 e Zara da Consulta tem rendido muitas alegrias ao grupo. Já entre os machos estão Candidato do Sertão, Conselheiro do Lago Negro e Juízo de Alcateia. Com foco na promoção e na divulgação das qualidades do cavalo Mangalarga Marchador, o Haras Lago Negro e os eventos promovidos pelos sócios como copas de marcha e leilões já se tornaram tradicionais no calendário da raça. Anualmente, o criatório recebe visitantes de todo o país para fazer negócios, trocar experiências e fortalecer os laços de amizade. Aliás, o envolvimento coletivo é a grande marca da família Marchador e deste clube de criadores que na arte de criar tem mostrado que dividir funções pode ser sinônimo de multiplicar alegrias!
João Roma e Lalo, da Fazenda Rio Pardo
TOP Marchador Edição Especial “53” n
113
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Violino “53” Jacarandá de Jaborandi x Loura CJN
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Doadoras do Haras Lago Negro
Fada “53” Violino “53” x Kinshasa CJN
Zinga “53” Ozônio “53” x Kiformosa CJN
HARAS LAGO NEGRO - Conceição da Feira/BA Prop.: Agropecuária Lago Negro (71) 99199-6160 haraslagonegro@gmail.com
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Candidato do Sertão Objeto D2 x Saramandaia do Sertão
• Res. Campeão Cavalo de Marcha - Barra do Piraí/RJ 2008 • Campeão Cavalo Sênior - Rio das Flores/RJ 2008 • Res. Campeão Cavalo Sênior de Marcha - Rio das Flores/RJ 2008 • Res. Campeão Cavalo Sênior de Marcha - Carmo do Rio Claro/MG 2007
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Doadoras do Haras Lago Negro
Zara da Consulta TAC
* Em condomínio com o Haras das Águas JM
Tequila da Caduceu Pardal J.N.53 x Marquesa de São Francisco de Uberaba
HARAS LAGO NEGRO - Conceição da Feira/BA Prop.: Agropecuária Lago Negro (71) 99199-6160 haraslagonegro@gmail.com
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2˚ Copa de Marcha do
HARAS LAGO NEGRO Fotos: Max Haack/Ag Haack
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01 - O Prefeito de Salvador, ACM Neto prestigiando o evento // 02 - João Roma e Roberta Roma com Joãozinho // 03 - O árbitro Márcio Leite com João Paulo // 04 - Dra. Camila Morandino e João Roma com Bailairna do Lago Negro // 05 - Prefeitode Salvador ACM Neto, Henrique, Rafael, Nanda e Nina // 06 - Jayme Villas Boas, Lucas Villas Boas, João Roma, Oscar Villas Boas e Ricardo Ferraz // 07 - Show do Cantor Igor Bruno // 08 - André Requião, João Roma, Nelon Robero e Sidninho
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O
Haras Lago Negro fechou o ano de 2016 em alto estilo! Nos dia 04 e 05 de novembro realizou sua segunda Copa de Marcha e reuniu vários criadores do estado da Bahia. O evento contou ainda com a presença de diversas autoridades, entre elas a do Governador, Antônio Carlos Magalhães Neto. Mais de 130 animais foram julgados. Ao todo os participantes levaram para casa 20 mil reais em prêmios e já se preparam para a próxima edição da competição! Fotos: Max Haack/Ag Haack
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09 - Patrícia Villas Boas, ACM Neto, Roberta Roma e Tatiana Ferraz // 10 - João Roma com convidados // 11 e 12 - Grupo de criadores que prestigiaram o evento // 13 - Ricardo Ferraz, Oscar Villas Boas, Márcio Leite, João Roma, Jayme Villas Boas e Lucas Villas Boas // 14 - Lucas Villas Boas, João Roma, Oscar Villas Boas e Ricardo Ferraz // 15 - Jayme Villas Boas, Lucas Villas Boas, João Roma, ACM Neto, Oscar Villas Boas e Ricardo Ferraz // 16 - Pedro Marques e Marcelo Braga com familiares
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e ventos 2ª COPA DE MARCHA HARAS LAGO NEGRO
Conceição da Feira/BA Promotora: ACCMMB / Haras Lago Negro - Período: 104/11/2016 a 05/11/2016 Nº de Animais Julgados: 132 - Árbitros: Márcio Meirelles Leite (Andamento)
Novemiro/2016
MELHORES EXPOSITORES MARCHA BATIDA 1º - Gilvan Gomes Pinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111,00 Pontos 2º - Alexandre Augusto Teixeira Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75,00 Pontos 3º - EAO Emp. Agropecuários e Obras S/A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63,00 Pontos
MELHORES CRIADORES EXPOSITORES MARCHA BATIDA 1º - EAO Emp. Agropecuários e Obras S/A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .104,00 Pontos 2º - Alexandre Augusto Teixeira Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75,00 Pontos 3º - Humberto Lessa Lôbo (Espólio) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72,00 Pontos
MELHORES EXPOSITORES MARCHA PICADA 1º - Nélson Roberto Requião Moura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57,00 Pontos 2º - Sergio Luis Freire de Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45,00 Pontos 3º - Marcell Silva Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,00 Pontos
MELHORES CRIADORES EXPOSITORES MARCHA PICADA 1º - Riocon Fazendas Reunidas Rio de Contas Ltda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59,00 Pontos 2º - Diógenes Pedreira Cohim Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51,00 Pontos 3º - Danilo Souza Borges . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,00 Pontos
Marcha Batida Campeã Égua Júnior de Marcha Campeã: Malvada Tandy - Danilo Souza Borges Res. Campeã: Nina Porteira Azul - Júlio Vinícius Reis Almeida-Epp Campeã Égua Jovem de Marcha Campeã: Jazida de Alcatéia - Hermann Burgos Abbehusen Res. Campeã: Iguape Deizy - Luilson Gomes Pinho Campeã Égua de Marcha Campeã: Baiana do Guariroba - Alexandre Augusto T. Gonçalves Res. Campeã: Gaúcha CB da Montanha - Epaminondas C. B. Neto Campeã Égua Adulta de Marcha Campeã: Fortaleza CB da Montanha - Epaminondas C. Branco Neto Res. Campeã: Petúnia E.A.O. - José Antônio de Pinho Campeã Égua Sênior de Marcha Campeã: Justiça do AP - Paulo Magalhães Nóvoa Res. Campeã: Sinfonia da Santa Esmeralda - Cond. Sinfonia da S. E. CAMPEÃ DAS CAMPEÃS DE MARCHA Campeã: Jazida de Alcatéia - Hermann Burgos Abbehusen Res. Campeã: Baiana do Guariroba - Alexandre Augusto T. Gonçalves Campeão Cavalo Júnior de Marcha Campeão: Fuso da Boa Terra - Hermann Burgos Abbehusen Res. Campeão: Jogo OMS - Otto Melo Sturkem Campeão Cavalo Jovem de Marcha Campeão: Quentin E.A.O. - EAO Emp. Agropecuários e Obras S/A Res. Campeão: Quinta do Candeal Xamego - Angela Maria F. Villas Boas Campeão Cavalo de Marcha Campeão: Itaparica Land Rover - Gilvan Gomes Pinho Res. Campeão: Lacre do AP - Paulo Magalhães Nóvoa Campeão Cavalo Adulto de Marcha Campeão: Místico DN - Ailton Souza Macena Res. Campeão: Voador Boa Feira - Reginaldo Farasco Perna Campeão Cavalo Sênior de Marcha Campeão: Abrigo Agisa - Gilvan Gomes Pinho Res. Campeão: Soberano do Rancho Treze - Gilvan Gomes Pinho CAMPEÃO DOS CAMPEÕES DE MARCHA Campeão: Abrigo Agisa - Gilvan Gomes Pinho Res. Campeão: Quentin E.A.O. - EAO Emp. Agropecuários e Obras S/A
Marcha Picada Égua Júnior de Marcha Campeã: Canção da Ferrari - Tiago Ferrari Teixeira Res. Campeã: Califórnia da Ferrari - Tiago Ferrari Teixeira Égua Jovem de Marcha Campeã: Lágrima do Alto Alegre - Jorge Eduardo Gomes Vieira Res. Campeã: Unaí do Pinhal Velho - Marcio Hohlenwerger Tavares Égua de Marcha Campeã: Vedete de Mairi - Diógenes Pedreira Cohim Moreira Res. Campeã: Timbaú Zara 11 - Themistocles Mercer B. Junior Égua Adulta de Marcha Campeã: Naja do Mi - Nélson Roberto Requião Moura Res. Campeã: Vitrine da Garoa - Leandro Andrade Lemos Égua Sênior de Marcha Campeã: Olimpíada da Riocon - Riocon Faz. Reun. Rio de Contas Ltda Res. Campeã: Harpia do Pau da Rola - Ygor Veloso Gomes Silva CAMPEÃ DAS CAMPEÃS DE MARCHA Campeã: Naja do Mi - Nélson Roberto Requião Moura Res. Campeã: Vedete de Mairi - Diógenes Pedreira Cohim Moreira Cavalo Júnior de Marcha Campeão: Beirute do Guariroba - Alexandre Augusto T. Gonçalves Res. Campeão: Iguape Dínamo - José de Faria Lima Cavalo Jovem de Marcha Campeão: Mosquetão L.J. - Sérgio Luis Freire de Almeida Res. Campeão: Eterno da Pedra Ferrada - Fabríccio Dórea F. Silva Cavalo de Marcha Campeão: Pirata E.A.O. - Marcell Silva Gomes Res. Campeão: Ártico do Conforto - Luiz Pedro Rodrigues Irujo Cavalo Adulto de Marcha Campeão: Dado do Caldeirão - Thiago Mota Rios e Rios Res. Campeão: Lampião da Cavalgada - João Rubens de A. Sanches Cavalo Sênior de Marcha Campeão: Seu Chico Tandy - Danilo Souza Borges Res. Campeão: Mussum da Riocon - Nélson Roberto Requião Moura CAMPEÃO DOS CAMPÕES DE MARCHA Campeão: Seu Chico Tandy - Danilo Souza Borges Res. Campeão: Mosquetão L.J. - Sérgio Luis Freire de Almeida
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MARCHA SOBRE MARCHA
ABERTURA DE SANGUE EM BASE DE DOADORAS “53”
Brumado do Quociente Favacho Estanho x Pitanga do Brumado
Filhas de Brumado do Quociente
Habanera da Santa Felicidade
Havana da Santa Felicidade
Inglesa da Santa Felicidade
por Uganda de Patrocínio
por Ranhura do Guega
por Candonga do Guega
HARAS SANTA FELICIDADE - Vazante/MG Prop.: Álvaro Rodrigues Pereira Tel.: (61) 99981-6153 alvaropereira@apcomunicacao.com.br
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f amília “53” G53
Haras Gilda Junqueira Netto
Onde passado, presente e futuro caminham juntos, fortalecendo a marca 53 Pequena História da Tropa G 53
por Marco Aurélio S. Ramos
A origem da ‘linhagem 53’ e sua história já é de todos conhecida. Tomei o gosto pelos cavalos ainda pequeno, admirando a tropa de meus tios Haroldo, Carlos (Lalo) e Renatinho. Foi paixão a primeira vista. Tratavam-se de animais herdados de meu avô Renato Junqueira Netto, fundador e primeiro presidente da ABCCRM (1934).
1ª fase - 1960/70
Marco Aurélio, Guilherme e Marco Aurélio Filho
D
ando continuidade ao trabalho de Renato Junqueira Netto, Gilda, filha mais velha e titular da Fazenda Córrego das Pedras, em Jaborandi-SP, deixou para seus filhos o legado de cuidar da seleção 53. Herdeiro do sufixo G53, Marco Aurélio passou a ter então todos os garanhões das tropas de seus de tios à sua disposição e tem mostrado vocação e talento para seleção de uma tropa diferenciada, de marcha e genética comprovada. Neste breve relato, ele nos conta um pouco de sua vivência à frente da linhagem 53.
Vitória, Cláudia, Marco Aurélio, Guilherme e Marco Aurélio Filho 122 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
Lembro-me, embora ainda menino, que minha mãe Gilda Junqueira Netto (1928/1994) receberia dez éguas. Nesse período, foram usados os seguintes garanhões: Narcótico ( Yedo x Tarantela) (geração 1963); Outono ( Yedo x Tetéia) (geração 1964); e em menor intensidade, Porto Rico (Beija Flor por Canário x Ibiúna por Duque); Piraju ( Yedo x Zenith por Lyrio) (ambos de 1965) e Raptor (Nitrato x Faceta por Yedo) (1967), além, naturalmente de Nitrato (1963) (Trevo x Riga por Minueto - Havana/Botafogo) que por suas excepcionais qualidades, funcionaria como garanhão chefe e indivisível, em todos os plantéis 53 até meados de 80.
2ª fase - 1970/80 No anos 80 o ‘Manga-larga’ se encontra numa encruzilhada. A raça está descaracterizada e a diminuta variabilidade de ‘linhagens’ aponta para o ocaso. Para piorar, há o domínio exagerado de um tipo de animal completamente diferente daquele preconizado pela seleção 53. O verdadeiro manga-larga, sobretudo no que importa ao andamento marchado é hostilizado. Prioriza-se a uniformização por um tipo estranho ao padrão e o andamento marchado, característica da raça, é colocado em segundo plano. Poucas éguas são utilizadas e praticamente não há nascimentos significativos. Antevendo a derrocada da ABCCRM, registraríamos no final da década em livro aberto nossas melhores éguas no Manga-larga Marchador (ABCCMM). A continuidade da seleção G53 estava assegurada em diminuta, mas sólida base de éguas: Ingarana G53 [Zaire x (Caçula - Nitrato x Névoa por Yedo)]; Inveja G53 [Ypê CJ x (Cambraia - Narcótico x Quatiara por Porto Rico)]; Jornada G53 [Zaire x (Regência - Florete x Névoa por Yedo)]; Marina G53 [Zulu x (Antilha Trevo x Ópera por Yedo)]; Quiromancia G53 [Barã 53 x (Bonnie - Raptor x Antilha por Nitrato)]; Quadrilha G53 (Barã x Inveja); Treliça G53 (Extrato da S. Luiz x Jornada G53) e Xereta G53 (Quartel 53 x Quiromancia G53). Os garanhões da primeira fase seriam paulatinamente substituídos por Ypê CJ (Fuzil x Esmeralda CJ), Zaire 53 (Amendoim x Olímpia por Kalú), JN Zulu 53 (Amendoim x Etiqueta por Yedo), Barã 53 (Nitrato x Asa Branca por Gesso), Extrato da São Luis um filho de Caxambu (Sheik x Bolinha esta por Teto) x Gemada da Nata (Pensamento Flori x Dengosa da Nata esta por Kalú) e em menor intensidade Jacarandá 53 ( JN Degas 53 x Batuta 53 por Ligeiro), Dourado MA (Habilidoso x Jacutinga por Zangão), JN Álamo 53 (Nitrato x Safira por Yedo) e Bataclã 53 (Nitrato x Olímpia por Kalú).
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3ª fase - 1980/90 O recomeço agora sob nova orientação associativa, exigia adaptação. Se de um lado, depois de tantos anos no uso de praticamente duas linhas de sangue se alcançava a uniformidade desejada, i.é, tipo e andamento bem definidos, por outro, se impunha um refrescamento a fim de amenizar os efeitos da consanguinidade. A opção recairia sob o incremento da ‘linha Consulta’ e o resgate das “linhagens ‘CJ’ e ‘SP’”. Em parceria com meu dileto ‘tio Renatinho’, a opção recairia sobre o garanhão Palco do Verdun (resgate da genética de Licor CJ de criação de Cícero Junqueira Franco). Este notável alazão representaria uma nova fase na criação G53, revelando agradável surpresa na reprodução. Basta dizermos que em poucas estações de monta e cobrindo reduzido número de éguas, produziria dentre outros AR Colorado, AR Brilhante, AR Licor, Flamengo e Fluminense do Verdun, Grã-fino G53, Grão Duque G53, Ouro e Orvalho LR53, todos garanhões de escol em seus respectivos plantéis.
Cereja G 53
4ª fase - 1980/90 Em 2001 finalmente, a tropa G53 volta a selecionar a todo vapor agora exclusivamente sob a chancela da ABCCMM. Nesta última fase, além de ‘Palco do Verdun’ seriam utilizados dentre outros, os seguintes garanhões: Quartel 53 (genética de Dourado MA e Deusa 53 por Zaire 53); Vatapá 53 (genética de Levante G53; Bolívia G53; Degas JN53 e Zulu JN53); Mateiro AV 53 (genética de Álamo 53 e Cavilha AV53 por Cipó); Flamengo 53 do Verdun (Palco do Verdun x Pepita 53 - genética CJ e de Barã 53); Fluminense 53 do Verdun (Palco do Verdun x Samambaia 53 - genética CJ e de Barã 53); Dublê G53 (Planeta do Verdun x Begônia G53 - genética SP e de Barã 53); Alvará EBJ (Oficial do Verdun x Iole EBJ) e mais recentemente Orvalho LR53 (Palco do Verdun x Rumba 53 - genética CJ, Barã 53 e Quartel 53) e Vesúvio 53 (genética de Barã e Degas). Destacando-se no atual plantel as fêmeas: Xaveca 53 (genética de Licor do Verdun x Inveja); Amaralina G53 (Jacarandá x Xereta); Begônia G53 (Barã x Inveja); Balalaika G 53 (Barã x Ingarana); Cereja G 53 (Quartel 53 x Xaveca 53); Cotovia G 53 (genética de Uruaçu R53/Barã53 x Treliça G53); Dacha G 53 (Planeta do Verdun x Balalaika G53); Flor de Lis G 53(Vatapá 53 x Begônia 53); Flauta G53 (Quartel 53 x Xaveca 53); Hídria G53 (Fluminense do Verdun x Cereja G53); Névoa LR53 (genética de Uruaçu R53/Barã53 x Rumba 53) e as promissoras potrancas/éguas jovens: Iasmim G53 (Dublê G53 x Cotovia G53); Jathara G53 (Flamengo 53 do Verdun x Cereja G53); Jatiúca G53 (Fluminense 53 do Verdun x Amaralina G53); Kimera G53 (Fluminense do Verdun x Fiança G53)Linda Flor G53 (Alvará EBJ x Cotovia G53); Melodia G53 (Fluminense do Verdun x Flauta G53) Olímpica G53 (Aimoré do Verdun x Kimera G53) e Órbita G53 (Orvalho LR53 x Iasmim G53).
Flor de Lís G 53
Grã-Fino G 53
TOP Marchador Edição Especial “53” n
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Nauta
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G 53
LEVANTE G 53
JN ZULU 53 BOLÍVIA G 53
KIFORMOSA “53”
JN DEGAS “53” CABINDA “53”
FLUMINENSE 53 DO VERDUN
LICOR CJ SAMAMBAIA “53”
AMARALINA G 53
JACARANDÁ “53” XERETA G 53
VATAPÁ "53"
NAUTA G 53*
JATIUCA G 53
* Informações do criador
Haras Gilda Junqueira Neto Jaborandi/SP Tel.: (16) 3234-5353 / 3629-2992 Marco Aurélio (16) 98845-8664 marcoaurelio.53@hotmail.com
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etiqueta
da Consulta
Paulistano da São Conrado x Foice Ressaca da Consulta
JARARACA Do Fajardo Flamengo do Verdun x Dacha G 53
Haras Fajardo - Gravatá/PE Prop.: André Ramos Tel.: (81) 99687-6805 andreramos_427@hotmail.com
Grandes Fêmeas MANGALARGA MARCHADOR • 2014 • VOLUME I
Grandes Fêmeas MANGALARGA MARCHADOR • 2014 • VOLUME II
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1ª Edição
1999
2ª Edição
2003
3ª Edição
2014
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Grandes Fêmeas M A N G A L A R G A M A R C H A D O R • 2 0 1 7
A maior obra da raça Mangalarga Marchador chega à sua 4ª edição CAPA DURA - EDIÇÃO DE LUXO GRANDES CAMPEÃS NACIONAIS DA RAÇA CAMPEÃ DAS CAMPEÃS NACIONAIS DE MARCHA LIVRO DE ELITE MM7 E MM8 RANKING DE REPRODUTRIZES
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materia 53 VALENDO_Layout 1 4/5/17 3:29 PM Page 9
h omenagem Haroldo Junqueira Netto
Tributo a
Haroldo Junqueira Netto
U
ma singela homenagem ao saudoso criador, apaixonado pelo Mangalarga Marchador e incentivador da linhagem 53, que herdou de seu pai, Renato Junqueira Netto, olhar apurado para sempre identificar o melhor no nosso cavalo, defendendo e promovendo assim a pureza que a linhagem mantém até a atualidade. *Por Luiz Augusto Sacchi Haras Mairiflor – Pedralva (MG)
128 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
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“... Aqui interrompo para oferecer um conselho aos pais, principalmente aos pais ricos: ‘Não deem dinheiro a seus filhos. Se puderem, deem-lhes cavalos’. A equitação nunca arrastou ninguém à desonra. Nenhuma hora da vida passada numa sela é perdida. Muitos jovens tem-se arruinado possuindo cavalos, apostando em cavalos, mas nunca montando um cavalo...” (Minha Mocidade, por Winston Churchill – Tradução de Carlos Lacerda – Editora Nova Fronteira). Considerando Winston Churchill o maior vulto deste século, entre os muitos amigos que o Marchador me permitiu angariar, considero Haroldo Junqueira Netto o mais identificado com esse extraordinário animal. Certamente, as palavras acima, ditadas pelo apreço ao cavalo por parte do grande líder da democracia na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), seriam endossadas pelo inesquecível Haroldo, o amigo de longas viagens com direito a diferentes plantéis e não menos longas discussões sobre o cavalo Mangalarga. Circunstâncias muito especiais tornavam quase impossível para Haroldo dar outra denominação ao cavalo que criava. Para ele, Mangalarga e Marcha eram inseparáveis. Em sua infância, como eu, nasceu em 1933, enquanto o grande estadista inglês livrava o mundo da tirania nazifascista, ele já seguia os passos do pai, Renato Junqueira Netto, primeiro presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga (ABCCM), fundada em 1934 e sediada em São Paulo-SP. Na época, a raça era uma só, nascessem os produtos em Minas Gerais, onde surgiram, nascessem em São Paulo, para onde migraram seus ascendentes acompanhando seus donos, verdadeiros bandeirantes às avessas. Tanto era assim, que os garanhões nascidos num estado iam servir no outro, pois, ao lado dos criadores paulistas (ou mineiros apaulistados) – a marca 53 à frente – diversos criatórios do Sul de Minas associaram-se à ABCCM (Campo Lindo, Favacho, Traituba e outros). O Brasil da época, saindo de uma revolução, não possuía bons sistemas de comunicações e transportes. Por isso, o fechamento do Livro de Registros, em 1942, para evitar a entrada de sangue exótico, quando o país entrava no conflito mundial, deixou vários criadores sem possibilidade de inscrever seus animais na ABCCM. Após o fim da guerra, aqueles criadores prejudicados conseguiram criar, em 14/09/48, A Associação dos Criadores do Cavalo Mineiro, referendada, em 16/07/1949, ao se criar a Associação dos Criadores do Cavalo Marchador e Raça Mangalarga, hoje a nossa conhecida Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), sediada em Belo Horizonte-MG. Foi nesse momento que o Mangalarga bifurcou, juridicamente, em duas vertentes: a “paulista”, com seus filiados mineiros, e a “mineira”, com alguns poucos criadores paulistas. Do ponto de vista prático – posto o ângulo jurídi-
co de lado – o intercâmbio continuou. Até 1984 (42 anos após o fechamento do Livro em São Paulo e mais de 30 anos depois da criação da entidade mineira), quando se deu o fechamento do Livro de Registros da ABCCMM, era comum animais “paulistas” (registrados em São Paulo) se tornarem “mineiros” em Livro Aberto. Nesse mesmo Livro iam parar filhas “mineiras” de garanhões “paulistas” (quem não conheceu, por exemplo, excelentes animais, descendentes de Favacho Radical, Traituba Sátiro, Sertão, Itajubá Lobos e outros, com registro em Belo Horizonte, sem falar em Haiti e Fantoche, eles próprios registrados?). Haroldo herdou importante parcela do plantel 53 na década de 60, momento em que os Mangalargas registrados em São Paulo começavam a ser modificados, graças à alteração do padrão racial, que extinguiu os limites superiores de altura para registros (fico assustado quando ouço alguns criadores novatos e outros nem tanto preocupados em fazer “crescer” o Marchador, filme velho, mas pouco visto, mais preocupado ainda quando vejo animais, com altura ideal definida no padrão, serem acoimados de “pequenos”). Atento à política implantada pelo pai, Haroldo recusou-se, certamente com grandes prejuízos, a seguir a “nova onda” ( o “modismo” é certamente um dos maiores inimigos do bom Marchador). Sua tropa foi ficando “pequena” para os padrões paulistas: seus garanhões teimavam em ter pouco mais de 1,50 m e suas éguas pouco mais de 1,46 m nas respectivas cernelhas. Assim, em 1984, viu-se na contingência difícil de transferir expressivos animais “paulistas” (o mesmo fez o seu irmão Carlos), registrados em Livro Fechado desde 1934 – meio século depois da fundação da ABCCMM – para o Livro dos animais de origem desconhecida da ABCCMM. Na medida em que essas éguas foram aceitas em Minas Gerais, certamente eram melhores que muitas outras inscritas no mesmo Livro como diversas, cujos registros eu próprio devolvi à ABCCMM para cancelamento. Conheci Haroldo pouco depois da difícil decisão
(comecei a criar em 1983) e entre 1987 e 1992, em companhia de José Anacleto de Andrade Nascimento, então criador em Pernambuco, sempre acompanhados das esposas, visitamos vários criatórios em diversos estados, inclusive, muitas vezes, o próprio 53, rodando, juntos, milhares de quilômetros. Sob uma capa de fina ironia, ou de refinado sarcasmo, ao analisar o que víramos, escondia-se um quê de tristeza que derivava, com certeza, de não ser mais um criador paulista e não se sentir, ainda, aceito como mineiro. Essa dicotomia – abandonar a obra zootécnica herdada – nunca foi por ele bem assimilada. Não conseguia admitir o Mangalarga Paulista de mais de 1,60 m nem aceitar o Mangalarga Marchador de altura correta, porém sem pernas, com mau gesto de marcha, “andando como uma cobra maltratada”, como chegou a escrever (“O Conto do Marchador Tique Tique”, publicado pela revista O Cavalo Marchador). Acredito que cheio de ideias sonhava com a síntese dos antigos Mangalargas, até mesmo com a prevalência dos mineiros, absorvidas qualidades inegáveis dos paulistas originais. Seus últimos anos foram de grande preocupação, pois ainda temia que o cavalo mineiro – já agora batizado de Marchador – fosse também alterado, como fora o paulista, com abandono de sua caracterização racial e, pois, do seu andamento. Morreu antes que começassem a aparecer os resultados da inspirada decisão da ABCCMM que alterou os critérios de julgamento das exposições, colocando a marcha como item eliminatório, permitindo, assim, fossem punidos os animais cuja morfologia conflitasse com a melhor caracterização racial. Haroldo também não chegou a examinar o filmete em que a ABCCMM define o gesto de marcha, colocando ponto final nas estéreis discussões sobre o assunto. Talvez, agora, ele começasse a se sentir um dos nossos, já que os preconceitos contra o criatório 53 – paulista, no dizer de alguns (quem terá medo da marcha paulista?) – poderiam ser racionalmente analisados em face das definições dadas pela ABCCMM. Estou certo de que se seu cavalo não apresentasse gesto aprovado, seria ele o primeiro a reconhecê-lo, embora fosse continuar batalhando pelos bons aprumos, cernelha definida, capacidade pulmonar, dorso adequado, altura regulamentar, quartelas fortes, bom andamento, caracterização irrepreensível. Haroldo Junqueira Netto está fazendo falta. Sua seriedade e tradição, seu senso de humor, sua devoção aos princípios de fraternidade, sua experiência e, sobretudo, seu conhecimento e amor ao Mangalarga poderiam ser extremante úteis nesta fase em que, parece, o Marchador vai encontrando o melhor caminho. Seus amigos mais próximos estão, porém, convencidos de que Haroldo, grande apreciador do Puro-Sangue Inglês, já há de ter convencido o velho Churchill da superioridade do bom Marchador, em cujo dorso, realmente, “nenhuma hora é perdida”. TOP Marchador Edição Especial “53” I
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Murano J.N.53 Fluminense do Verdun x Débora J.N.53
Nilo J.N.53 Florete J.N.53 x Única J.N.53
TRADIÇÃO
1902 SELEÇÃO
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Fabiana J.N.53 Vinhático J.N.53 x Rubra J.N.53
Janaína J.N.53 Mateiro do Guega x Senhorita da Caduceu
Ousada J.N.53 Apolo E.B.J. x Fernanda J.N.53
TRADIÇÃO
1902 SELEÇÃO
Haras JN 53 - Faz. Terras de Pitangueiras - Barretos/SP Props.: Lúcia Junqueira Netto (17) 99133-2643 Rodolfo Junqueira Netto (17) 99773-4763 Ricardo Junqueira Netto (17) 99125-6586 Tel.: (17) 3322-2331 (fazenda) junqueiranetto53@gmail.com
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INVEJA
DOS
5M
Trilho dos 5M x Dama da Província
INÉDITA EM PISTA
JOCASTA
DOS
5M
Norac do Vale da Prata x Época dos 5M
INÉDITA EM PISTA
FARABELA
DOS
5M
Faraó da Nova Tradição x Alteza F.A.D.
• Res. Campeã Égua Jovem Sto. Antônio da Alegria/SP 2014 • Res. Campeã Égua Júnior - Caçapava/SP 2014
HARAS 5M Na vanguarda da Mogiana. Um haras em evolução.
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RADAR DA TERRA VERMELHA Trevo do Espraiado x Noite da Terra Vermelha
• Campeão Potro Mirim - Batatais/SP 2016
JOGO
DOS
5M
Radio da Today x Jussara J.N.53
• Res. Campeão Potro Jovem - Lins/SP 2016 • Res. Campeão Potro Mirim - Batatais/SP 2016 • Res. Campeão Potro Mirim - Batatais/SP 2015
LÍDER
DOS
5M
Caxambu Beirute x Onda JN 53
INÉDITO EM PISTA
Haras 5M - Batatais/SP Prop.: Marcelo Menezes Ravagnani www.haras5m.com.br Tel.: (16) 99996-0553
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VEM
AÍ
2ª EDIÇÃO
DA
REVISTA
DO
ano I • Nº 1
FAVAC HO ESTANHO
Lançamento durante a
NACIONAL 2017
O cantor
Eduardo Costa montado em Favacho Estanho
MAIS INFORMAÇÕES: LÚCIO NICOLINI (31) 99955.1323 Alane Nicolini (31) 99871.0120 | Alessander (31) 99765.9092 diretoria@topmarchadorrural.com.br | topmarchadorrural.com.br
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Águia DO SERTANEJO Alvará E.B.J. x Genebra HCS
Forasteiro DO SERTANEJO Marchador do Sertanejo x Águia do Sertanejo
S1
TROPA DO SERTANEJO
TROPA DO SERTANEJO Brasília/DF Prop.: André Guimarães Tel.: (61) 99981-7600 andrelfg@hotmail.com
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g enética “53” Haras Zandonaide
Antônio Zandonaide e família
Haras Zandonaide recanto da linhagem 53 em Minas Gerais L
ocalizado em Minas Gerais, na Fazenda Cachoeira, ao final do perímetro urbano da cidade de Sacramento, desde 1987, o Haras Zandonaide tem lugar de destaque quando o assunto é o Mangalarga Marchador. À frente de todo o cuidado com a criação está Antônio Clarete Zandonaide, que conheceu a linhagem 53 em 1991, por meio de uma parceria com o criador Sérgio Fofanoff e seus animais de sufixo “do Guega”. A paixão por todas as características que o cavalo reunia cresceu e mais uma parceria de sucesso foi fechada pouco tempo depois com o saudoso Haroldo Ferreira da Rosa Junqueira, de sufixo “JN53”, que cedia suas éguas para a construção de uma raça bem padronizada, de marcha e conforto excepcionais. Fizeram história no plantel exemplares como Vento JN53, Marel Pitanga, Incerto HZ, Japona HZ, Quadrilha do Guega, Vera JN 53, Aiara HZ (Campeã Nacional) e Quadrilha HZ, entre outros. Hoje, em meio a toda a estrutura do haras, composta por cocheiras, baias, brete de trabalho, laboratório, pista de apresentação e treinamento, está uma tropa de aproximadamente 300 animais. No criatório, a preocupação com a qualidade genética da tropa é grande. Técnicas como transferência de embriões e inseminação são algumas das estratégias estudadas e aplicadas para a obtenção de resultados satisfatórios na manutenção da alta qualidade dos animais. É feito ainda um direcionamento de acasalamentos visando a melhor combinação genética, observando a morfologia, o andamento e a 136 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
herança sanguínea. Exemplares que sempre são levados a participar de exposições, campeonatos, copas de marcha, eventos turísticos, cívicos e cavalgadas demonstram, em pista ou em passeios, a qualidade superior, também coroada por títulos conquistados em várias partes do país. Destaque para Mussun HZ, Xarope HZ, Manolo HZ, Sururu HZ, Riva HZ, Tapera HZ, Witória HZ, Odália HZ, Nara HZ e Orquídea HZ. Na Fazenda Cachoeira, o cavalo hoje faz parte do cotidiano de toda a família. Filhos e netos são apaixonados pelo Marchador. E estão sempre atentos aos ensinamentos de Zandonaide, que prioriza tropa de marcha, genética comprovada 53 e docilidade.
Xarope H.Z. Muçum H.Z. x Odália H.Z.
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Em mais de 30 títulos conquistados, destacamos: • Campeão dos Campeões de Marcha Uberaba/MG 2016 • Res. Campeão Cavalo Adulto Uberlândia/MG 2016 • Res. Campeão Cavalo Adulto de Marcha Patrocínio/MG 2016 • Campeão Cavalo Adulto de Marcha Delta/MG 2016 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha Uberaba/MG 2015 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha Lagoa Formosa/MG 2014
XAROPE H.Z. Muçum H.Z. x Odália H.Z.
Em mais de 100 títulos conquistados, destacamos: • Campeão dos Campeões de Marcha Nova Ponte/MG 2015 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha Sacramento/MG 2014 • Campeão dos Campeões de Marcha Sacramento/MG 2012 • Campeão dos Campeões de Marcha Carmo do Paranaíba/MG 2012 • Campeão dos Campeões de Marcha Lagoa Formosa/MG 2012 • Campeão dos Campeões de Marcha Araxá/MG 2012 • Campeão dos Campeões de Marcha Sacramento/MG 2011 • Campeão dos Campeões de Marcha Uberlândia/MG 2009 • Grande Campeão da Raça Uberlândia/MG 2009
MUÇUM H.Z.
Vento J.N.53 x Jurema do Capim Velho Haras Zandonaide Sacramento/MG Prop.: Antônio Clarete Zandonaide Tel.: (34) 3351-1313 | 99987-0950 www.zandonaide.com.br
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Faraó da Nova Tradição Orixá de Patrocínio x Sonata L.J.
Em mais de 100 títulos conquistados, destacamos: • Campeão dos Campeões Nacionais de Marcha 2012 • Res. Campeão Nacional Cavalo Graduado Maior 2012 • Res. Grande Campeão Nacional da Raça - Marchador Ideal - 2012 • Res. Campeão Nacional Cavalo Master 2011
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Leopardo da Nova Tradição Orixá de Patrocínio x Spada do Berma
Em mais de 30 títulos conquistados, destacamos: • Res. Grande Campeão da Raça - Altinópolis/SP 2015 • Res. Grande Campeão da Raça - Florianópolis/SC 2014 • Grande Campeão da Raça - Uberlândia/MG 2014 • Campeão dos Campeões de Marcha - Uberlândia/MG 2014 • Grande Campeão da Raça - Batatais/SP 2014 • Campeão dos Campeões de Marcha - Batatais/SP 2014 Fazenda Santa Mariana - Haras Nova Tradição - Porto Ferreira/SP Prop.: Luiz Francisco P. Schreiner Tel.: (19) 99649-4899 www.harasnovatradicao.com.br | www.fazendasantamariana.com.br
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CORISCO DO CONFORTO
Trilho da Zizica x Jofa do Conforto Filho da lenda Trilho da Zizica com matriz de origem JF (fechada em Sheik, Armistício da Consulta e Bellini JB). Em condomíninio com Haras Conforto
RADICAL KAVEI
Truc do Morro Grande x Águia Kavei
Em condomíninio com Haras EVB
E SUA PRODUÇÃO RADICAL
M
Uma raridade! Um verdadeiro banco genético que descende dos exponenciais Marrocos Porã, Nitrato 53, Armistício da Consulta, Apolo 53, e dos Fortunas do Favacho!
BOÊMIA DO RANCHO VITÓRIA por Madrepérola do Rancho Vitória
BARONESA DO RANCHO VITÓRIA por Valquiria do Rancho Vitória
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MADREPÉROLA DO RANCHO VITÓRIA
Iraque do Rancho Vitória x Andradina Pitanga Principal doadora do Haras, esta matrilínea descende dos afamados Regatão CJ e JN Zulu 53.
E SUA PROGÊNIE PRECIOSA
VITÓRIA DO RANCHO VITÓRIA por A.R. Brilhante
VIZIR DO RANCHO VITÓRIA por A.R. Brilhante
RANCHO VITÓRIA - Sorocaba/SP Prop.: Maurício e José iaki Tel.: (11) 98659-5199 | 99985-3216 iaki@uol.com.br
ZUKA DO RANCHO VITÓRIA por Faraó da Nova Tradição
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XUXA ELFAR Quebruto Elfar x A.R Esperança
ZARABATANA DE PATROCÍNIO Almanaque S.J.N. x Ogiva de Patrocínio • Res. Campeã Égua Sênior de Marcha Lagoa Formosa/MG 2016 • Campeã Égua de Marcha - Porto Seguro/BA 2011 • Res. Campeã Égua - Porto Seguro/BA 2011 • Res. Campeã Égua Jovem de Marcha Anchieta/ES 2011
QUERIDA DO ZUNZUNZUM Quito Vinte e Dois x Legítima do Zunzunzum • Campeã Égua - Altinópolis/SP 2013 • Campeã das Campeãs de Marcha Uberlândia/MG 2013 • Res. Grande Campeã da Raça Uberlândia/MG 2013 • Res. Grande Campeã da Raça - Franca/SP 2013
HARAS 4G - Lagoa Formosa/MG Prop.: Gilton Furtado Moreira Tel.: (34) 99244-2000 | 3824-1070 haras4g@yahoo.com.br
materia 53 VALENDO_Layout 1 4/5/17 3:33 PM Page 27
g enética “53” Haras da Frisa
Haras da Frisa criação e seleção de Mangalarga Marchador na Fazenda São João (Haras da Frisa), aconteceu de forma natural, pela necessidade do uso de um cavalo forte, resistente e confortável na lida com o gado, já que a atividade principal da propriedade sempre foi a pecuária de corte. “As três primeiras éguas foram um presente de um tio pecuarista tradicional para mim e meus irmãos quando ainda éramos crianças”, nos conta o criador Fernando Frioli. A partir daí,
A
foram utilizados garanhões, e os produtos no trabalho foram sendo selecionados. Foi na aquisição do garanhão de sangue 53, chamado Eldorado do Verdun, que a criação deu um grande salto produzindo animais de excelência, não só na fazenda, mas como nas pistas de exposições e campeonatos de marcha, como o magnífico Coronel da Frisa. “É com grande satisfação que colocamos uma pequena amostra do fruto do nosso trabalho, nesta revista de destaque da nossa raça”.
TOP Marchador Edição Especial “53” n
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Eldorado
do Verdun Ozônio "53" x Uva do Verdun
FILHAS DE DESTAQUE DE VERDUN
ESPANHOLA DA FRISA Por Geo Gávea
FANTASIA DA FRISA Por Geo Gávea
Haras da
Frisa
LUIZA DA FRISA Por Geo Gávea
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Esmeralda DA FRISA Eldorado do Verdun x Flor de Lis G 53
Façanha DA FRISA Cravo “53” x Luiza da Frisa
Guria DA FRISA Orixá de Patrocínio x Luiza da Frisa
Haras da
Frisa
HARAS DA FRISA - Araçatuba/SP Prop.: Roberto Fríoli Tel.: (18) 3623-3595 escritoriofrioli@terra.com.br
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IIILEILÃO 53 GERAÇÃO 2016 • SEM RESERVA •
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Transmissão
DE MAIO/
2017
ÀS
21H
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LOTES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38
SKOL “53” SEDA “53” SINFONIA “53” SAPATILHA “53” SILHUETA “53” SAPECA “53” SERAFINA “53” SALMOURA “53” SARDENHA “53” SAPUCAIA “53” SERENATA SOBERANO “53” SERENO “53” SOROCABA “53” SENZALA “53” SANFONA “53” SAPECA 53 DO PANEMA SALINAS 53 DO PANEMA SIRIGAITA 53 DO PANEMA SABINA 53 DO PANEMA SERENATA 53 DO PANEMA SIDHARTA 53 DO PANEMA SARACURA 53 DO PANEMA SABARA 53 DO PANEMA SAVANA 53 DO PANEMA SAPOTI 53 DO PANEMA SERTANEJA 53 DO PANEMA SABIDA 53 DO PANEMA RECOLETA 53 DO PANEMA RANCHARIA 53 DO PANEMA RODESIA 53 DO PANEMA ROQUEIRA 53 DO PANEMA RECIFE 53 DO PANEMA ROSARIO 53 DO PANEMA ÍNDIA DA TRÊS ESSES INGLESA DA TRÊS ESSES ITÁLIA DA TRÊS ESSES IRLANDA DA TRÊS ESSES
Bolivar “53” x Itaipava “53” Vesúvio “53” x Gravata “53” Gaiato “53” x Lambada “53” Albatroz “53” x Keila “53” Vesúvio “53” x Debutante “53” Vesúvio “53” x Folia “53” Basco “53” x Iaia “53” Bolivar “53” x Ilhoa “53” Basco “53” x França “53” Gaiato “53” x Janduia “53” Bolivar “53” x Kaiena “53” Bolivar “53” x Muqueca Basco “53” x Graça “53” Vesúvio “53” x Ibitiuva “53” Caraça “53” x Moringa “53” Caraça “53” x Kopenhagen “53” Dali “53” x Jaracaca “53” Lampejo “53” x Libia “53” Lampejo “53” x Dama “53” Dali “53” x Jóia “53” Dali “53” x Helena “53” Dali “53” x Jaboticaba “53” Lampejo “53” x Linda “53” Dali “53” x Natalie “53” Dali “53” x Linda “53” Dali “53” x Nelita “53” Lampejo “53” x Hungria “53” Lampejo “53” x Libra “53” Lampejo “53” x Lutécia “53” Vesúvio “53” x Maringa “53” Dali “53” x Nigeria “53” Canario “53” x Maritaca “53” Lampejo “53” x Mongolia “53” Lampejo “53” x Historia “53” Nitrato x Xuxa da Três Esses Zinco da Três Esses x Campina “53” Nitrato x Campina “53” Nitrato x Balsa da Três Esses
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Galeria “53”
146 I TOPMarchador - Edição Especial “53”
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TOP Marchador Edição Especial “53” I
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Galeria “53”
148 I TOPMarchador - Edição Especial “53”
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TOP Marchador Edição Especial “53” I
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CARDEAL DE ITU Zaire E.B.J. x Jóia-Rara da Boa Fé
Em mais de 30 títulos conquistados, destacamos: • Campeão Cavalo de Marcha - Bragança Paulista/SP 2016 • Campeão Cavalo Jovem de Marcha - Atibaia/SP 2016 • Res. Campeão Cavalo de Marcha - Guaratinguetá/SP 2016 • Res. Campeão Cavalo Adulto de Marcha - Passos/MG 2016 • Res. Campeão Cavalo Adulto de Marcha - Altinópolis/SP 2016 • Res. Campeão Cavalo de Marcha - Itapetininga/SP 2016 • Res. Campeão dos Campeões de Marcha - Atibaia/SP 2015 • Res. Campeão Cavalo Júnior - Avaré/SP 2015
Haras AHB Companheiro Monte Mor/SP Prop.: Amarildo Fogaça “Biko” Tel.: (19) 97406-2645 bikonegocios@gmail.com
Haras Canto da Mata Potirendaba/SP Prop.: Paulo Viana Tel.: (19) 99194-0370 | (17) 99621-7814
materia 53 VALENDO_Layout 1 4/5/17 3:31 PM Page 23
g enética “53” Haras da Lenda
Haras da Lenda abe aquelas histórias que começam meio de repente, sem muito planejamento e depois vão ganhando corpo? Assim é a trajetória do criador Canrobert de Oliveira, do Haras da Lenda, situado na estrada que liga a capital federal a Goiânia. Tudo teve início com a compra do primeiro cavalo, antes mesmo da aquisição da propriedade onde ele seria criado. Médico, Canrobert aplicou no exemplar boa parte dos primeiros recursos adquiridos com o exercício da profissão. O que para alguns poderia parecer loucura já era paixão. Sentimento que ele acredita ter herdado dos avós fazendeiros e que o fez mergulhar fundo na atividade e conquistar o respeito da família Marchador. O Haras da Lenda nasceu então em 1985. Ousado e de muita vocação, Canrobert conheceu no Haras La Paz, do amigo Fernando Câmara, o criador Antônio Zandonaide e seus animais da linhagem 53. Exemplares de andamento e temperamento notáveis, que logo o fizeram despertar interesse por cruzamentos com a linhagem JB. Foram comprados alguns embriões e nos produtos estava a certeza de uma escolha acertada. Com o garanhão Verso LJ foi feita uma campeã nacional, Quiruá da Lenda. Outro destaque é Querência da Lenda, filha do Verso LJ com uma doadora 53 e ainda
S
154 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
Quebranto da Lenda, que foi vendido para o Haras Mandassaia e fez muito sucesso. Canrobert conheceu depois as tropas de Lalo Junqueira e seus irmãos, que criam puro-sangue 53 e a admiração pela linhagem cresceu ainda mais. Andamento marchado, mão mais rolada e docilidade são as principais qualidades destacadas. Dos cruzamentos com animais puro-sangue, vários animais fizeram e ainda fazem sucesso no Haras da Lenda. Dentre as fêmeas podemos citar Tunízia da Lenda, Orlândia HZ, Orgia HZ, Refaina do Guega, Lins do Campo Alegre e Itaqui Luma. Entre os garanhões, destacamos Rolex da Lenda, Itaqui Xamego, Verso LJ, Bemte-vi da Lenda, Itaqui Atrevido e Itaqui Valente. Hoje, cerca de 150 exemplares compõem a tropa do Haras da Lenda. Criatório que busca cruzamentos acertados, com genética de ponta e marcha de primeira. Para a atualidade, as apostas são as filhas do Sabiá. Elas estão sendo cruzadas com Infinito Fator, Xamego e Itaqui Valente. E, como médico bem humorado, fica a receitinha de saúde de Canrobert: criar Mangalarga Marchador dispensa qualquer divã. Faz esquecer os problemas mais estressantes da vida, alivia o coração e a cabeça. Você dorme bem, faz muitos amigos e se renova a cada contato com os animais.
Quiruá da Lenda
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Brasília/DF Prop.: Canrobert Oliveira (61) 9981-5302 canrobert@hobr.com.br / www.harasdalenda.com.br
Sabiá da Lenda Elo Kafé da Nova x Itaqui Ousada
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a rtigo Dr. Artur Pagliusi Gonzaga
Pesquisa de Progênie:
Lírio “53”
A seleção do Mangalarga “53” teve origem em 1805, um trabalho iniciado por José frauzino Junqueira, seguido por seus tetra-netos, sempre com a linhagem de FORTUNA influenciando a seleção. Artigo retirado da Revista dos Criadores - Outubro 1987
Lirio “53”
162 n TOPMarchador - Edição Especial “53”
I - Talvez seja esta a mais difícil das pesquisas de progênie que intentei, posto que a seleção Mangalarga 53 é uma das mais antigas da raça e nesta tropa nos deparamos com a sua própria origem. Isso porque a seleção atual está fundada no grande COLORADO, que era filho de FORTUVA V, nascido e criado pelo JUNQUEIRA NETTO. Outra dificuldade está no fato de que a seleção Mangalarga 53 baseia-se na linhagem feminina e, por isso, foram éguas e não cavalos que marcaram época na criação em estudo. II - A origem da seleção Mangalarga 53 remonta a José Frauzino Junqueira (1805), que adquiriu o potro FORTUNA a troco de quarenta novilhas, fazendo-o multiplicar-se na Fazenda FAVACHO, em Cruzília-MG. Com a morte de José Frauzino, em 1880,a seleção continuou então nas mãos do seu filho João Braúlio Fortes Junqueira (1837), que levou a tropa para a Fazenda CAMPO LIMPO. Tendo falecido em 1901, João Bráulio deixou a tropa para seu único filho homem, José Frauzino Junqueira NETTO, que, casando-se com Genoveva Clara, filha do Capitão CHICO, transferiu sua residência para a Fazenda AGUDO, em Orlândia-SP, em 1890, para onde também foi a antiga tropa, agora enriquecida com animais provenientes do plantel do sogro. Lá, passou a marcar seus animais com o ferro 53, em homenagem à sua mulher, que tinha este número no internato de Itu-SP, onde estudou.
Assim, pois, com José Frauzino Junqueira Netto (Zezé do Aguado), fixou-se o ramo familiar JUNQUEIRA NETTO, fixando-se também a seleção MANGALARGA 53. Em 1902, Zezé do Agudo deu início ao seu HERD BOOK, no que foi sucedido por seu filho José Mário Junqueira Netto, que faleceu em 1921, quando foi sucedido por Renato Junqueira Netto, que, em 1942, transferiu o criatório para a Fazenda VERDUN, em Jaborandi-SP. III - Assim, de FORTUNA (de José Frauzino Junqueira), passamos por FORTUNA II, III, IV e V, que gerou: a) BRASIL (de Magino Diniz Junqueira); b) COLORADO (de Coronel Francisco Orlando Diniz Junqueira); e c) CARDÃO (que serviu à tropa 53). Renato Junqueira Netto, já na VERDUN, escolheu para padrear a tropa um macho de origem diversa dos Fortuna, já que um neto de Índio, filho de Aventureiro, ou seja, um belo castanho de nome APOLO, nascido em 1911, servindo em 1922 à égua QUEIMADA, nascida em 1910, viu nascer o excelente FUZILEIRO (1923). Em 1926, Renato Junqueira Netto passou a usar também o pastor ODER, filho de Colorado e de Sentida, que, servindo à égua Japoneza, filha de Cardão e de Ema, fez gerar BOTAFOGO, nascido em 1927. Botafogo, servindo NOVA ODESSA, filha de Fortuna V e de Reserva, fez nascer HAVANA, que era neta e duas vezes trineta da Fortuna V. Então, serviu-a com Fuzileiro, sendo que, em outubro de 1937, fez nascer LÍRIO 53, alazão tostado, 1,48 m de cernelha, classificação dupla boa, registro 227-C1, objeto de nossa pesquisa. IV - LÍRIO 53, em 1942, foi pai de Queluz, Querida, Apolo e Quebec; em 1943, foi pai de Jasmim, Realengo, Rival e Rebeca; em 1944, pai de Serenata, Sereia e Sumatra; em 1945, foi pai de Teteia, Tangerina,Traviata, Delfim e TREVO 53; em 1946, foi pai de Uvaia, Uma, Urca, Ucrânia e Uganda; em 1947, foi pai de Vaidosa, Varsóvia e Whiskhy; em 1948, foi pai de Xiririca, Ximbauva, Xodó, Xaréu e Xará; em 1949, foi pai de Yvete, Ypiranga e York; em 1950, foi pai de Zenith, Zarzuella, Zélia, Zulmira, Zangão, Zephir e Zonzo; em 1951, foi pai de Algéria, Albânia e Arizona; em 1952, foi pai de Balalaika, Baviera, Bretanha, Bangu e Bandido; em 1953, foi pai de Cigana e Califórnia; em 1954, foi pai de Dádiva e Dália; em 1955, foi pai de Estilhaço; em
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Zulu “53”
1957, foi, pela última vez, pai de Garota. V - Dos filhos do Lírio 53, machos e com registro definitivo, observamos a média de altura da cemelha de 1,49 m, sendo os maiores Apolo 53 e Zonzo 53, com 1,53 m, que eram filhos, respectivamente, de LAÍS (por Selado) e de MADREPÉROLA (por Farrapo); o menor foi Queluz 53, com 1,46 m, filho de ROSILHA (FORTUNA IV). VI - Tiveram classificação estática muito boa: Realengo (por Korea ); Rival (Lanceta, portanto irmão próprio do Trevo); Trevo (por Lanceta); Delfim (por Pirueta); Ypiranga (por Rosilha); York (por Sonata). Tiveram classificação dinâmica muito boa: Realengo (por Korea); Rival (já citado); Defim (já citado); Wiskhy (por Korea); Ypiranga (já citado) e York (já citado), sendo que o Realengo (já citado) teve classificação dinâmica ótima. Assim, LÍRIO produziu: a) estaticamente: 16,6% regulares; 50,1% bons e 33,2% muito bons; dinamicamente: 55,7% bons, 38,8% muito bons e 5,5 ótimos. VII - Quanto à pelagem, seis foram rosilhos (Traviata, Algéria, Cigana, Delfim, Ypiranga e Zephir); cinco foram castanhos (Uvaia, Queluz, Apolo, Jasmim e Realengo) e todos os demais foram alazãos. VII - O melhor reprodutor filho de Lírio 53 foi TREVO 53, que era filho de Lanceta 53, que era filha de Selado e de Balança (por Oder e NOVA ODESSA). TREVO 53, registro 714-C2, nascido em 1945, teve 1,51 m de altura de cemelha, 1,73 de perímetro toráxico e 0,18 e meio de perímetro de canela, alazão tostado, de classificação dupla muito boa, tendo sido Campeão Cavalo em Barretos-SP. IX - O melhor reprodutor filho do Trevo 53 foi NITRATO 53, que era filho de Riga 53, que era filha de Minuetto 53 e de Havana (por Botafogo e NOVA ODESSA). NITRATO 53, registro 1.492-C3, nascido em 1963, teve um 1,51 m de altura de cemelha, 1,75 m de perímetro toráxico e 0,18 e meio de perímetro de canela, alazão tostado, de classificação dupla boa. X - NITRATO 53 sobreviveu a Renato Junqueira Netto, um dos fundadores da ABCCR Mangalarga, que também foi seu primeiro presidente. Está ainda prestando serviços de monta, em excelentes condições, a todos os herdeiros de Renato Junqueira Netto: Haroldo, Fernando, Carlos (Lalo), Renato Júnior, Gilda e genro Armando
Botafogo “53”
Trevo “53”
Expedito Teixeira. XI - Atualmente, temos três filhos de NITRATO 53 na reprodução do plantel dos Junqueira Netto: a) ÁLAMO 53 (por Safira 53), usado por Haroldo; b) BATACLÃ 53 (por Olímpia 53), usado por Lalo; c) BARÃ 53 (Asa Branca), usado por Renato Júnior. XII - Além dos citados filhos de NITRATO 53, mais um filho de FUZIL 53 (YPÉ CJ) e dois filhos de AMENDOIM 53 (ZULU 53 E ZAIRE 53) vêm sendo usados na seleção por, respectivamente, Lalo, Haroldo e Renato Júnior. XIII - Vemos, pois, que, de José Frauzino Junqueira até seus tetranetos, encontramos a linhagem FORTUNA influenciando diretamente sua seleção, até a égua NOVA ODESSA (filha de Fortuna V), nascida em 1920, quando, então, seus descendentes foram sendo servidos com animais da linhagem de Índio-Apolo-Fuzileiro-Lírio-TravoNitrato e seus filhos, que se apartam, assim, da grande linhagem atual dos descendentes de Colorado, constituindo-se, pois, em importantes fontes de refrescamento de sangue da grande RAÇA MANGALARGA, que, de geração em geração melhora, cresce, uniformiza-se e pode ser considerada a raça do verdadeiro cavalo de sela brasileiro. Aventureiro
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om a participação de mais de 100 pessoas, o primeiro dia de campo dos Haras Brito Lemos e Espora de Ouro, em Patrocínio, Minas Gerais, foi um sucesso! Realizado no dia 14 de janeiro deste ano, o evento reuniu apaixonados pelo cavaloo Mangalarga Marchador de aproximadamente 20 cidades de diversas regiões mineiras como triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste, além de criadores do estado de Goiás. O dia de campo foi uma realização conjunta do Núcleo dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador do Triângulo Mineiro e do Núcleo dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador Tropeiro de Minas. Foram apresentadas as tropas dos Haras promotores e houve ainda um congraçamento entre os participantes, fortalecendo a família Marchador
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