Saneantes

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Saneantes Domissanitários Introdução


Breve Hist贸rico


A primeira referência encontrada acerca dos saneantes vem de um material parecido com sabão que foi encontrado em cilindros de argila em uma escavação na Babilônia, evidenciando que o processo de fabricação de sabões era conhecido desde 2800 a.C


O primeiro desinfetante que se tem notícia, foi citado por Homero em “A Odisséia”, com o uso do enxofre, na forma de dióxido de enxofre (aproximadamente 800 a C.), substância ainda hoje usada como desinfetante de frutas secas, sucos de frutas e vinho (BLOCK, 2001).


Os primeiros inseticidas eram óleos minerais, produtos inorgânicos e extratos de plantas que tiveram largo emprego até a década de 1940, quando entraram em produção os primeiros inseticidas organoclorados, o DDT e o BHC (LAGROTTA, 2002).


Os egípcios foram os primeiros a conhecer os raticidas. Extraiam a substância de uma espécie de cebola, a cila vermelha. Após a segunda guerra surgiram muitas outras substâncias, entretanto, extremamente tóxicas, como o Antu, o Fósforo Branco, o Monofluoracetato de Sódio, a Estricnina, entre outros.


Marco Legal A primeira citação legal que encontramos no Brasil sobre os saneantes é de 1967, através do Decreto – Lei 212, e posteriormente o Decreto 67.112 em 1970 com a exigência de registro dos produtos.


O conceito atual dos produtos Saneantes Domissanitários foi estabelecida pela Lei nº 6360/76, como as substâncias ou preparações destinadas a higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento da água, compreendendo:


Inseticidas - Destinados ao combate, à prevenção e ao controle dos insetos em habitações, recintos e lugares de uso público e suas cercanias


Raticidas - Destinados ao combate a ratos, camundongos e outros roedores, em domicílios, embarcações, recintos e lugares de uso público, contendo substâncias ativas, isoladas ou em associação, que não ofereçam risco à vida ou à saúde do homem e dos animais úteis de sangue quente, quando aplicados em conformidade com as recomendações contidas em sua apresentação


Desinfetantes - Destinados a destruir, indiscriminada ou seletivamente; microorganismos, quando aplicados em objetos inanimados ou ambientes


Detergentes - Destinados a dissolver gorduras e à higiene de recipientes e vasilhas, e a aplicaçþes de uso domÊstico


A importância dos saneantes na saúde pública


As doenças transmitidas por insetos “provocaram mais mortes desde o século 17 até a parte inicial do século 20 do que todas as outras causas somadas”, diz Duane Gubler, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos


Um relatório da OMS diz: “O mosquito é o mais perigoso de todos os insetos vetores, pois é o transmissor da malária, da dengue e da febre amarela. Essas doenças, combinadas, matam todo ano milhões de pessoas e fazem adoecer outras centenas de milhões.” Pelo menos 40% da população mundial corre risco de contrair a malária, e cerca de 40% de contrair a dengue. Em muitos lugares, a pessoa pode contrair ambas as doenças


A higiene doméstica deve ser estimulada, pois é uma das estratégias preventivas para evitar a transmissão de doenças feco-orais Os lares têm influência nas doenças transmitidas pelo ar, como catapora, caxumba, meningite, difteria e doenças respiratórias


Doenças causadas por fungos, bactérias e outros microorganismos alojados em equipamentos de arcondicionado são mais comuns do que se imagina. Tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, ainda na década de 1990, o termo Síndrome do Edifício Doente, usado quando mais de 20% dos ocupantes do prédio passam a ter problemas respiratórios e alergias


O mercado Segundo a Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins – Abipla, a venda formal dos produtos de limpeza em 2006 superou a marca dos R$ 10 bilhões, o que representa um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior.


Os riscos do consumo destes produtos


Produtos clandestinos A clandestinidade também afeta o mercado dos saneantes. Devido à considerável carga tributária, desemprego e outros problemas sociais, a participação do produto pirata tem aumentado significativamente. Segundo a Abipla, a água sanitária pirata representa 50% do mercado. Para os saneantes em geral, a pirataria atinge 40% do mercado


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