EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT
CNT
ANO XVIII NÚMERO 208 JANEIRO 2013
T R A N S P O R T E
A T U A L
Longe do ideal Pesquisa CNT do de Transporte Marítimo 2012 mostra quais são os principais entraves ao desenvolvimento do modal no Brasil
ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO FALAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE E DA SEGURANÇA NO TRÂNSITO
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REPORTAGEM DE CAPA Pesquisa CNT do Transporte Marítimo 2012 aponta os excessos de tributação, de tarifação e de burocracia e as deficiências nos acessos terrestres aos portos brasileiros como os principais problemas do transporte marítimo nacional Página 44
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ANO XVIII | NÚMERO 208 | JANEIRO 2013
ENTREVISTA
Zezé Di Camargo & Luciano falam sobre trânsito e transporte PÁGINA
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PRÊMIO CNT DE JORNALISMO 2012 • CAPA PESQUISA CNT DO TRANSPORTE MARÍTIMO
Investimento em diferentes modais, mobilidade urbana e segurança foram temas abordados PÁGINA
AÉREO
ABRATI
EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT CONSELHO EDITORIAL Bernardino Rios Pim Bruno Batista Etevaldo Dias Lucimar Coutinho Tereza Pantoja Virgílio Coelho
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Presidente da CNT Abear e Snea é homenageado oficializam pela entidade integração à CNT PÁGINA
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EDITORA RESPONSÁVEL
Vanessa Amaral [vanessa@sestsenat.org.br] EDITOR-EXECUTIVO Americo Ventura [americoventura@sestsenat.org.br]
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atualizacao@cnt.org.br Publicação da CNT (Confederação Nacional do Transporte), registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053. Tiragem: 40 mil exemplares
Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual
PASSAGEIROS
QUALIFICAÇÃO
Anac debate dez anos de liberdade nas tarifas
Curso ensina como gerenciar o próprio negócio
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PESQUISA MARÍTIMA A CNT acaba de concluir a terceira edição da Pesquisa do Transporte Marítimo. O estudo apresenta um diagnóstico do setor, as características da infraestrutura portuária, identifica os principais problemas e propõe soluções. Este ano, o levantamento realizou, ainda, entrevistas com 212 agentes marítimos – que avaliaram os portos brasileiros. A íntegra do estudo e os principais dados estão disponíveis no site: www.cnt.org.br/pesquisamaritima/.
CADEIRINHAS • Uso do equipamento correto para o transporte de crianças reduziu óbitos em 23% em um ano, conforme mostra pesquisa divulgada pelo Ipea PÁGINA
FERROVIAS
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FISCALIZAÇÃO
Novos trechos para o Sistema para reprimir transporte regional o furto e o roubo de de passageiros veículos no país PÁGINA
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TRANSPORTE URBANO
Seções Alexandre Garcia Duke Mais Transporte Comandos de Saúde Copa society Boletins Debate Opinião Cartas
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Corredores de ônibus estão na pauta das cidades brasileiras PÁGINA
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SEST SENAT
Uberlândia ganha ônibus para treinar novos motoristas PÁGINA
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GESTÃO DE NEGÓCIOS
E MAIS
A CNT, o Sest Senat e a Escola do Transporte, em parceria com o Sebrae, lançaram o curso de Gestão de Negócios para Microempresas e para Empreendedores Individuais do Transporte. A capacitação é voltada para transportadores de cargas, de escolares e de turismo. O curso é gratuito e pode ser realizado em qualquer lugar do país. Mais informações em: http://bit.ly/agenciacnt6.
Programa Despoluir
CAPACITAÇÃO OBRIGATÓRIA Em fevereiro termina o prazo para que os motofretistas realizem o treinamento obrigatório, determinado pela Resolução nº 350 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O Sest Senat oferece a qualificação em todas as unidades do país. Confira em nossa página as principais mudanças da legislação: http://bit.ly/agenciacnt26.
• Conheça os projetos • Acompanhe as notícias sobre meio ambiente
Canal de Notícias • Textos, álbuns de fotos, boletins de rádio e matérias em vídeo sobre o setor de transporte no Brasil e no mundo
Escola do Transporte • Conferências, palestras e seminários • Cursos de aperfeiçoamento • Estudos e pesquisas • Biblioteca do Transporte
Sest Senat • Educação, Saúde, Lazer e Cultura • Notícias das unidades • Conheça o programa de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
O portal disponibiliza todas as edições da revista CNT Transporte Atual
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“Não é só o imposto e o juro que atrapalham. O país tem muito entrave nas suas artérias e veias, por onde circula o sangue da produção econômica” ALEXANDRE GARCIA
Correndo atrás do PIB
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rasília (Alô) - No Brasil só se reage depois de o mal ter acontecido. Sabemos que chove todos os anos em regiões certas, mas como não investimos para prevenir, gastamos para remediar. Sabemos onde tem seca e só se fala em soluções quando o gado está morrendo e o sertanejo está com fome. Só falamos em crack depois de ele ter chegado às escolas e ao centro das cidades; em energia, depois do apagão; em segurança pública, depois de chegarmos ao fundo do poço, com a cifra de guerra civil de 150 homicídios diários. Pois agora o nosso PIB dá um susto no país desprevenido. Muito aquém dos 4% previstos pelo governo no início do ano e até abaixo da previsão mais pessimista do Banco Central. Somos a lanterna do crescimento entre os Brics. Com a luz vermelha do PIB piscando, em vez de nos perguntarmos por que a crise mundial atinge tão menos os demais emergentes, insistimos na fórmula que não deu certo na Espanha: estímulo ao consumo, construção civil, endividamento. Será que a luz vermelha do PIB não vai acender outras luzes nos cérebros? Palavras já se ouviram; falta ação – e muita. Não é só o imposto, o juro e a burocracia que atrapalham. O país tem muito entrave nas suas artérias e veias, por onde circula o sangue da produção econômica. Há pacote dos portos, novo alento para ferrovias, aeroportos turbi-
nados por eventos esportivos internacionais, necessidade de rodovias. E a ação? A propósito, o que vamos mostrar a um europeu que venha torcer por seu país e queira se deslocar neste Brasil-continente? As necessidades estão todas identificadas no plano de logística completo da CNT. Resta realizar o sonho, que não vai atender apenas à necessidade premente de eventos esportivos mundiais, mas à necessidade de ontem da mobilidade nacional. A carência é grande e se constitui num entrave ao crescimento. O país está sufocado; ainda que pudesse crescer, as veias e artérias estão esclerosadas. Um crime de omissão ante o potencial brasileiro. O plano de logística da CNT entra também nas cidades. O desperdício de tempo e dinheiro também é consequência da crise – já se pode chamar isso de caos – no trânsito urbano, nos aeroportos, na insegurança em todas as suas formas, as acidentais e as incidentais. Neste ano de crise mundial, a China, esse emergente que já esteve bem atrás de nós, vai crescer 7,5%, na previsão da OCDE; a Índia, 4,5% – ambos com o ônus de ter mais de 1 bilhão de habitantes. A China galopa na montaria da expansão de seu sistema de transporte na água, na terra – sobre asfalto e trilho – e no ar. Nós vamos em passo de matungo, atrás do PIB perdido. Para sair disso, temos que fazer hoje e amanhã o que deveríamos ter feito ontem. Ou pode piorar.
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“Quando a pessoa comete um acidente embriagada, não te um crime culposo, sem intenção. Mas, sim, tem que ser crim
ENTREVISTA
ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO - Dupla sertaneja que faz 140
Leis não podem se POR
m uma conversa antes de começar o show da cerimônia de entrega do 19º Prêmio CNT de Jornalismo, os irmãos Zezé Di Camargo & Luciano se mostraram à vontade para falar sobre transporte e trânsito. A cada ano, eles encaram uma maratona de cerca de 140 shows por todo o Brasil. Utilizam os mais diversos modais de transporte para fazer chegar ao destino correto, e no tempo previsto, toda a equipe e também os materiais necessários para as apresentações. Nas rodovias, são dois ônibus próprios, duas carretas convencionais e uma carreta-camarim. Portanto, além de músicos,
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são conhecedores de problemas que milhares de brasileiros enfrentam nas diferentes regiões do país em relação ao transporte. A entrevista aconteceu em apenas dez minutos, em um intervalo das visitas recebidas pela dupla sertaneja no camarim. Mas foi possível abordar, com os irmãos nascidos no interior de Goiás, temas relevantes para o maior desenvolvimento do país e também para a segurança de motoristas e passageiros. Ao responderem à primeira pergunta, os irmãos disseram que iriam aproveitar a oportunidade de estarem falando para uma revista especializada em transporte e durante um evento que premia
reportagens relevantes sobre transporte para fazerem um apelo ao poder público: a urgência de melhoria das estradas brasileiras. “Tem um pedido que fazemos para o governo, em nome dos trabalhadores da área de transporte”, disse Zezé Di Camargo, ao comentar as condições ruins de muitos trechos por onde a equipe da dupla sertaneja viaja. Com tranquilidade, os dois falaram sobre a necessidade de o Brasil investir mais em ferrovias e fizeram também um outro apelo às autoridades públicas: que os crimes de trânsito sejam punidos com mais rigor, especialmente aqueles que envolvem a
mistura de álcool e direção. O presidente da CNT, senador Clésio Andrade, também destacou a importância de se melhorar a segurança no trânsito e as condições das rodovias do país. Ele lembrou que a última Pesquisa CNT de Rodovias apontou que 62,7% dos trechos avaliados apresentaram algum tipo de deficiência. A entrevista com Zezé Di Camargo & Luciano foi concedida à CNT Transporte Atual na casa de eventos Opera Hall, em Brasília (DF). A entrega do Prêmio CNT de Jornalismo ocorreu no dia 5 de dezembro. Leia a seguir trechos da entrevista e leia na página 18 a reportagem completa sobre a premiação.
CYNTHIA CASTRO
m que ser considerado e doloso (com intenção)”
shows por ano destaca importância do transporte
r brandas Como o transporte está presente na vida de vocês? Vocês têm músicas que falam do caminhoneiro? Zezé Di Camargo - Temos “Rédeas do Possante” e “Voando sem Asas”, duas grandes músicas. O transporte no Brasil, principalmente o transporte rodoviário, é muito importante. Grande parte da produção do país é transportada pelo rodoviário, pelas estradas do Brasil. Aliás, é uma cobrança que a gente faz aqui para o governo, vamos aproveitar o espaço aqui em nome dos trabalhadores da área do transporte. Nós viajamos o Brasil inteiro e é im-
pressionante como, no nosso país, as estradas estão ruins, tirando o Estado de São Paulo, que é um Estado rico e que tem estradas ótimas. Acho que o governo não dá conta de administrar e de dar estrada para o povo. Então, que abra concessões, que abra para a iniciativa privada, para que a gente tenha opções de pelo menos escolher. Em alguns países, a gente pode escolher passar pela rodovia estatal ou pela particular. Se quiser pagar pedágio, paga. Se não quiser ou não puder, vai pela estatal. Mas, de qualquer forma, lá fora todas as estradas são boas.
Nessas viagens que vocês fazem por todo o país, fica ainda mais claro como o problema das rodovias sem qualidade é grave? Luciano - Percebemos muito. Rodamos o Brasil todo. Não fazemos nosso transporte só pelo aéreo. Há muitas viagens pela estrada também porque o nosso equipamento de som e tudo mais são carregados nas carretas que estão aqui hoje. A nossa equipe vai por ônibus, o ônibus da nossa equipe. E percebemos isso sempre (a falta de
condições das rodovias). Vale a pena, como o Zezé falou, aproveitar esse espaço aqui para que a gente possa cobrar, para que o governo possa melhorar as estradas do Brasil. Fora o modal rodoviário, vocês percebem outros gargalos? Por exemplo, vocês precisam utilizar barco de vez em quando? Luciano - Quando a gente vai para Manaus, por exemplo, a gente precisa do fluvial. Usamos todo o transporte e per-
cebemos uma carência grande em todo o transporte no Brasil. Deveria ter uma reforma muito grande para poder melhorar bastante. Zezé Di Camargo – E ter opções também. Nos países mais desenvolvidos, grande parte da produção é escoada pelo transporte ferroviário. A malha ferroviária é muito grande. Mas no Brasil não. Fazendo uma comparação com o mundo, estamos atrás de países muito mais pobres do que a gente. Seria uma grande opção para desafogar um pouquinho as estradas. No transporte ferroviário, a manutenção é muito mais barata. Para quem está vendendo, torna-se mais barato. Para quem está recebendo, comprando, o transporte é mais barato. Para o consumidor final, o produto vai chegar mais barato. Então, acho que ajuda tudo. Acho que investir realmente no transporte ferroviário, no escoamento da produção do país, que é muito voltado para o agronegócio, principalmente, é importante. Temos que ter um cuidado maior. No dia a dia, de que forma o caminhão, o ônibus, o avião
MELHORIA Carreta de Zezé Di
e outros meios viabilizam o trabalho de vocês? Luciano – Todo o nosso material é transportado pelas nossas carretas. Para boa parte de nossos shows, mesmo quando a equipe usa o aéreo, ao chegar à cidade, já usa o transporte rodoviário. Temos ônibus para a equipe. Temos a equipe técnica, que são as pessoas que cuidam do palco, do som, da luz. E tem ônibus que cuida da nossa equipe musical, dos nossos músicos. Eu e o Zezé viajamos mais com o nosso avião. Então, utilizamos todos os tipos de transporte. Não dá para imaginar tudo sem uma logística.
“Utilizamos todos os tipos de transporte. Não dá para imaginar (a realização dos shows) sem uma logística” LUCIANO
Em relação à segurança no trânsito, o filme “Dois Filhos de Francisco” mostra que vocês perderam um irmão em um acidente, há muitos anos. Atualmente, como vocês veem essa questão da segurança no trânsito no Brasil? O que é necessário? Zezé Di Camargo – Tenho uma cicatriz até hoje (respondeu Zezé, mostrando uma marca no supercílio esquerdo. Quando Zezé tinha 12 anos, formava a dupla “Camargo e Camarguinho” com um irmão de 11 anos. Em uma viagem de volta de uma apresentação em Imperatriz, no Maranhão, eles sofreram um acidente de car-
SUNSHINE/DIVULGAÇÃO
“Que abra concessões (de rodovias), que abra para a iniciativa privada” Camargo & Luciano viaja por todo Brasil; dupla critica estradas ruins
ro, e o irmão faleceu). É preciso fazer muita coisa (para aumentar a segurança). Primeiramente, investimento na educação do brasileiro que está dirigindo. E também as leis precisam deixar de ser brandas como são.
soa que assume a direção bêbada sabe o que pode cometer no trânsito, tem noção do perigo que está correndo. Baixar a maioridade penal para 16 anos também. Tudo isso é necessário. São várias ações em conjunto (para melhorar a segurança). Desde manter as estradas bem conservadas até a Sobre a Lei Seca, por educação do povo. Tudo faz parte exemplo, você considera que de um ciclo muito grande que tem precisaria haver um rigor a que ser percorrido. mais na fiscalização? Zezé Di Camargo – Eu acho Em relação a 2013. Vocês que quando a pessoa comete um comentaram que têm músicas acidente quando ela estava em- que tratam do caminhoneiro. briagada, não tem que ser consi- Tem algo programado para o derado um crime culposo, sem in- público do transporte? tenção. Mas, sim, tem que ser criZezé Di Camargo – Depenme doloso (com intenção). A pes- de muito, porque a música
ZEZÉ DI CAMARGO
não é uma coisa que a gente faz de forma exata. Música é inspiração, é momento. As músicas que temos que falam de caminhoneiro não são de autoria nossa. São de autoria de outros compositores, de São Paulo. O que nos leva a gravar uma música falando do caminhoneiro e do transporte não é simplesmente pelo tema. A música também tem que ser boa. Não adianta falar de um tema importante, mas falar mal, sem qualidade. Então, se aparecer a música, e a música nos convencer como uma música boa, vamos gravar sim. É difícil falar que vamos gravar, porque as músi-
cas vão surgindo e você vai montando o repertório de seu disco. É como se fosse um quebra-cabeça. Vai achando os lugares e colocando cada música no seu devido lugar dentro de um projeto. Como vocês veem o Prêmio CNT de Jornalismo, que é um prêmio que valoriza e homenageia reportagens relevantes para a melhoria do transporte de cargas e de passageiros no Brasil, que fala de denúncias, falta de mobilidade, segurança. Como é para vocês estarem aqui? Zezé Di Camargo – Ficamos felizes por sermos convidados. Primeiro porque é uma classe que admiramos muito. Além da classe trabalhadora do transporte, também têm aqui jornalistas que estão falando sobre o tema. Ficamos felizes e gratos pelo convite de cantar para um público exigente, que são vocês jornalistas. A responsabilidade aumenta. Queremos congratular a ideia do prêmio. Sabemos que esse é considerado o prêmio mais importante do Brasil. Ficamos muito felizes e mais uma vez com a responsabilidade dobrada. (Com Kátia Maia) l
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MAIS TRANSPORTE
ONIXSAT/DIVULGAÇÃO
Soluções para ferrovias A OnixSat apresentou ao mercado duas soluções para o modal ferroviário: o OnixRail Sense e o OnixRail Patrol. O segundo é uma mochila equipada com a antena de comunicação satelital. O equipamento permite a automatização dos processos internos e auxilia na localização do ronda (funcionário de campo, que percorre trechos da
malha para identificar pontos onde há necessidade de manutenção). Já o OnixRail Sense fornece comunicação para o controle do tráfego da malha, o manejo de cruzamentos e paradas, a inspeção de temperaturas dos trilhos e a possibilidade do conhecimento da quantidade dos eixos de um trem.
TECNOLOGIA Equipamento para o setor ferroviário STEPHAN SOLON/TRIUMPH/DIVULGAÇÃO
Triumph chega ao Brasil A Triumph, tradicional fabricante inglesa de motos, iniciou suas operações no Brasil com o lançamento de seis modelos. A empresa investiu, aproximadamente, R$ 19 milhões para o início de suas atividades. São três modelos nacionais, com montagem em Manaus (Bonneville T100; Speed Triple e Tiger 800XC). As três
motos importadas são a Thunderbird Storm, a Tiger Explorer e a Rocket III Roadster. Todos os modelos, com exceção da Bonneville T100, vêm de série equipados com o sistema de freios ABS. A fábrica da Triumph em Manaus possui área de 2.000 metros quadrados com 38 colaboradores
diretos. A capacidade atual de produção é de 5.000 motos por ano. O investimento específico na unidade foi de R$ 8 milhões. Segundo a Triumph, com o aumento da produção em 2013, a quantidade total de trabalhadores na fábrica deve chegar a 50 profissionais.
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RECONHECIMENTO
Federação homenageia empresas em Minas Gerais Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Carga de Minas Gerais) homenageou, no dia 21 de novembro, as empresas participantes do Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, desenvolvido pela CNT e pelo Sest Senat, que mais se destacaram na proposta de promover um transporte mais limpo e sustentável. A 3ª edição do prêmio Melhor Ar teve como vencedoras as empresas Aluísio Pereira e Cia., Expresso Alvorada, Ex-
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presso Nepomuceno e Repelub Revendedora de Petróleo e Lubrificantes pelo melhor desempenho nos níveis de emissões de gases monitorados e os procedimentos de manutenção dos veículos em dia, além de fazerem uso racional do combustível. As empresas Tora Transportes Industriais e JM Locação e Logística receberam o prêmio especial pelo maior número de aferições realizadas. Este foi o primeiro ano que o prêmio especial foi concedido.
De acordo com Vander Francisco Costa, presidente da Fetcemg, a cada ano cresce o interesse dos transportadores em participar de ações com foco ambiental. “Essa empreitada não se resume a um simples troféu, mas é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas nossas empresas. Além do fator ambiental, devemos nos ater ao fato de que uma postura sustentável gera também melhor desempenho, aumento na vida
útil das frotas e maior economia nos custos operacionais”, afirmou ele. O evento também contou com a palestra da representante da CNT no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e membro do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado de Minas Gerais, Patricia Boson, que apresentou um panorama sobre meio ambiente e competitividade, com as oportunidades para o transporte. LUDMILA SOARES/FETCEMG
MELHOR AR Vander Francisco Costa, presidente da Fetcemg (à dir.), e representantes das empresas premiadas
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O Homem Volkswagen 50 Anos de Brasil Autor comandou a Volkswagen do Brasil entre 1973 e 1990. Coube a ele liderar a fusão temporária entre Ford e Volks, originando a então Autolatina. Com prefácio de Delfim Netto, é a biografia de um dos empresários mais ilustres que o Brasil já teve, nascido na cidade alemã de Stuttgart. De: Wolfgang Sauer, Ed. Geração, 528 pág., R$ 58
Articulado de 23 metros A Scania fez a entrega de um ônibus articulado de 23 metros à operadora Visate (Viação Santa Tereza) de Caxias do Sul (RS). O veículo é o maior ônibus da marca em atividade no Brasil. A inédita versão foi um pedido do operador e tem capacidade, definida pela Visate, para transportar 172 passageiros (em pé e sentados).
Sustentabilidade marca prêmio AmstedMaxion Isaías Moreira de Freitas, colaborador da Vale de Vitória (ES), venceu a 10ª edição do Prêmio AmstedMaxion de Tecnologia Ferroviária com o trabalho “Material Bio-sintético – chapa de plástico para vagões”. O estudo descreve sobre a substituição do assoalho de madeira de lei, ou em chapa de aço,
por chapas de plástico reciclado do vagão plataforma para transporte de carga geral. Como prêmio, Freitas recebeu uma viagem de uma semana aos Estados Unidos, para cumprir um programa de visitas às fábricas da Amsted Rail e aos pátios ferroviários da região de Chicago. O trabalho “Sistema de
Drenagem de Vagão de Minério utilizando Drenos de Poliuretano”, desenvolvido por Kardilson Pereira Rodrigues, também da Vale, ficou com o segundo lugar. O prêmio é concedido desde 2003, homenageando os autores dos melhores trabalhos sobre fabricação e manutenção de material ferroviário.
Logística, Transporte e Infraestrutura Procura enfatizar o retrato da logística brasileira no início do século 21, suas dificuldades, sua estruturação e seus percalços. Além disso, descreve o processo, as dificuldades e os problemas da logística brasileira, enfrentados pelos profissionais do país. De: Marco Aurélio Dias, Ed. Atlas, 360 págs., R$ 79
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JOÃO SOUZA/DIVULGAÇÃO
Itapoá e São Francisco do Sul A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de Santa Catarina, em conjunto com a Delegacia da Capitania dos Portos de São Francisco do Sul, emitiu a portaria nº 48/cpsc, elevando os parâmetros dos navios mercantes que atracam nos Portos de Itapoá e São Francisco do Sul, no
Complexo Portuário da Babitonga. Em São Francisco do Sul passam a operar navios de até 310 metros de comprimento e 40 metros de largura. Em Itapoá, navios de até 334 metros de comprimento e 46 metros de largura. Além disso, embarcações com até 286 metros de comprimento e 40
metros de largura poderão efetuar suas manobras nos períodos diurno e noturno. Há estudos com o objetivo de melhorar os parâmetros operacionais do Complexo da Babitonga, para torná-lo destino de grandes embarcações na região Sul.
SINGAPORE AIRLINES/DIVULGAÇÃO
Entretenimento de bordo
COMODIDADE Novos serviços a partir de 2013
A Singapore Airlines assinou acordo com a Panasonic Avionics para lançar um sistema de entretenimento e comunicação de bordo, identificado pela sigla Ifec, que será implementado em mais de 40 novas aeronaves. No acordo, avaliado em quase US$ 400 milhões, a Panasonic Avionics vai fornecer sistemas Ifec para
20 Airbus A350s, 15 modelos Airbus A330-300 e oito modelos Boeing 777-300ER. Os recursos vão permitir aos passageiros acesso à Internet, a partir de seus aparelhos móveis, ou do telefone que fica acoplado no braço do assento, além dos serviços de telefonia celular e uma programação de TV ao vivo.
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MAIS TRANSPORTE
LEONARDO IZAR/PLIMOR/DIVULGAÇÃO
Plimor investe em unidade A Transportadora Plimor aplicou R$ 8 milhões em sua unidade de Curitiba (PR). A nova sede conta com um Sorter (Sistema Automático de Distribuição de Encomenda), que, segundo a empresa, é o primeiro aparelho do tipo a ser empregado no setor de transportes do Sul do Brasil. O equipamento é um dos mais modernos em tecnologia aplicada, comandada por software de última geração
para classificação e roteirização das mercadorias descarregadas no terminal. A unidade de Curitiba tem mais de 30 mil metros quadrados de área total, sendo 6 mil metros quadrados de área construída. O sistema tem capacidade de 60 mil volumes por dia para distribuição e transferência para as regiões atendidas pela Plimor (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Argentina).
INVESTIMENTO Transportadora aplicou R$ 8 milhões GABRIEL BARBOSA/MITSUBISHI/DIVULGAÇÃO
Mitsubishi Motorsports premia seus campeões Terra, lama, sol, chuva e poeira marcaram a última etapa da Mitsubishi Motorsports, tradicional competição off-road organizada pela montadora japonesa. O rali final foi disputado em Ribeirão Preto (SP). Foram mais de 150 quilômetros de percurso para as categorias Graduados,
Turismo e Turismo Light. Ricardo Molica e Alexandre Martinez, de Taubaté (SP), conquistaram o título na “Graduados” e ganharam uma viagem para a Jordânia. Na categoria Turismo, os irmãos de Mogi das Cruzes (SP), Celso e Helio Watashi, confirmaram o título do campeonato. João
Olices Wielewski Júnior e Cyrus Muchalski venceram a categoria Turismo Light. A organização arrecadou, aproximadamente, 11 toneladas de alimentos, que foram entregues para o Lar Francisco de Assis, ao Gacc (Grupo de Assistência a Criança com Câncer) e ao Fundo de Solidariedade de Ribeirão Preto.
Acordo multilateral O ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, assinou, durante a 20ª Assembleia Ordinária da Clac (Comissão Latino-Americana de Aviação Civil), a adesão do Brasil ao Acordo Multilateral Céus Abertos do grupo. O acordo aguarda aprovação no Congresso Nacional. A medida representa um primeiro passo para que haja uma ampliação da oferta de voos na região, além de possíveis novas rotas e um aumento da conectividade entre os países da América Latina.
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EGOM/DIVULGAÇÃO
Parceria para veículos elétricos A GE firmou acordo com a Ford para o desenvolvimento de novas soluções de infraestrutura para veículos elétricos. A parceria inclui o fornecimento de 2.000 unidades do veículo C-MAX Energi para a GE nos Estados Unidos. Essa é a maior venda de veículos híbridos elétricos já realizada pela Ford
para frotistas. A compra dos carros contempla o plano da GE de converter metade da sua frota global em veículos com energias alternativas. Com a aquisição, a frota atual da multinacional soma mais de 5.000 veículos com energias alternativas. A meta é chegar a 25 mil unidades.
NO BRASIL Oskar Kédor e Robert Dobrient, da Savoya
FORD/DIVULGAÇÃO
Transporte de executivos
GE Meta é 25 mil veículos com energias alternativas
A empresa norte-americana Savoya, presente em 60 países em todo o mundo e com uma frota de mais de 20 mil carros, iniciou suas atividades no Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Manaus são as cidades brasileiras que vão contar com os serviços da Savoya Brasil. O foco é o transporte de executivos, tanto individualmente quanto para a realização de eventos e
reuniões, quando é necessária uma logística especial e um número maior de carros e motoristas. A frota brasileira inicia com 360 veículos e 22 empresas contratadas. Para o primeiro ano de operações, a Savoya Brasil projeta um faturamento de US$ 3 milhões. Além disso, pretende fechar o próximo ano com uma frota de mais de 600 veículos, algo entre 35 e 40 fornecedores, e presença em 25 cidades brasileiras. IVECO/DIVULGAÇÃO
O melhor caminhão O caminhão semipesado Tector Attack, produzido pela Iveco, foi considerado o caminhão do ano pelo Prêmio AutoData. O veículo foi considerado o melhor do setor por ser o caminhão com o melhor custo-benefício do segmento. O Tector está disponível nas versões 4x2 e 6x2. Desde 2000, o corpo editorial da AutoData escolhe e
premia as melhores iniciativas empresariais do setor automotivo, com base nas matérias publicadas pela editora nas revistas AutoData, Transpodata e Agência AutoData. Os finalistas foram colocados à votação popular e avaliados pelos participantes do Seminário Perspectivas, que elegeram os melhores veículos.
CAMPEÃO Modelo recebeu o Prêmio AutoData
19º PRÊMIO CNT DE JORNALISMO
POR
CYNTHIA CASTRO
realidade dos brasileiros que ainda não utilizam o modal aéreo e fazem os deslocamentos de barco, trem e ônibus foi o tema da reportagem vencedora do Grande Prêmio CNT de Jornalismo 2012. Em uma série publicada durante quatro dias, os repórteres Henrique Gomes Batista e Liane Thedim, do jornal “O Globo”, contaram as histórias dos passageiros, mostrando as dificuldades e chamando também a atenção para a necessidade de o poder público investir mais em ferrovias, hidrovias e na integração dos modais. Foram mais de 10 mil quilômetros percorridos em 15 Estados. Henrique viajou de ônibus e de trem; e Liane, de barco. A série mostrou o perfil dos passageiros e suas motivações para utilizarem esses meios de transporte. Também foram discutidos os desafios do setor e os baixos investimentos públicos. Conforme a reportagem, “o Brasil in-
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Transpor Investimento em diferentes modais, mobilidade veste pouco e mal em infraestrutura. O volume destinado pelo país ao setor chega a ser 10% do registrado em outros emergentes”. Liane Thedim ressaltou que o poder público precisa investir para melhorar a vida das pessoas que dependem do barco,
do trem ou do ônibus para viajar. “Falta investimento, fiscalização. As estradas são péssimas. Não tem uma política pública para incentivar o transporte ferroviário e também o hidroviário. Não há integração dos modais”, avalia Liane. Melhorias na mobilidade ur-
bana, mais segurança no trânsito e também a necessidade de maior rigor na fiscalização nas rodovias foram outros assuntos abordados nas outras reportagens vencedoras do 19º Prêmio CNT de Jornalismo. São cinco categorias: Impresso, Fotografia, Rádio, Televisão e Internet. Há
FOTOS JÚLIO FERNANDES/CNT
te em pauta urbana e segurança são temas abordados nas reportagens também o Prêmio Especial de Meio Ambiente e Transporte. A matéria que recebe a maior pontuação vence o Grande Prêmio. O presidente da CNT, senador Clésio Andrade, enfatiza que há 19 anos o prêmio “prestigia e estimula a produção de trabalhos jornalísticos
que informam à sociedade o papel fundamental do setor de transporte para o desenvolvimento econômico, social, político e cultural do Brasil”. De acordo com Clésio Andrade, essa premiação tem grande importância para que a imprensa continue contribuindo
para a solução dos problemas e também para incentivar que o transporte seja visto de forma sistêmica. Em 2012, reportagens vencedoras em quatro categorias abordaram questões que envolvem mobilidade urbana e a necessidade de se implantar
medidas para melhorar o trânsito das grandes cidades. A reportagem do “JC Online”, portal do “Jornal do Commercio”, de Pernambuco, venceu a categoria Internet ao abordar várias medidas necessárias para melhorar a circulação de pedestres e veículos. Investimentos no
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sistema viário, no transporte público, em calçadas e em ciclovias foram apontados como necessidades urgentes do Recife e de outras cidades brasileiras. No Prêmio Especial de Meio Ambiente e Transporte, o Canal Futura foi o vencedor, ao ouvir cicloativistas e mostrar experiências que deram certo em outros países no sentido de incentivar o uso das bicicletas e reduzir assim o número de veículos nas ruas. A rádio Bandeirantes, de São Paulo, também ganhou a premiação da CNT ao expor as dificuldades diárias do trânsito no ABC paulista. A matéria mostra que na região onde há uma concentração da indústria automobilística, há também problemas seríssimos devido aos engarrafamentos constantes e à expansão imobiliária com pouco planejamento. Também abordando o problema das grandes cidades que sofrem com o número excessivo de veículos nas vias, o jornal “O Globo” venceu com a fotografia Sono Profundo. A imagem mostra o cansaço dos passageiros de ônibus, que aproveitam para cochilar durante as horas passadas dentro dos veículos nos congestionamentos da cidade. O jornal “Correio Braziliense” venceu a categoria Impresso ao abordar de forma diferente um
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“O prêmio estimula a produção de trabalhos jornalísticos que informam à sociedade o papel fundamental do setor de transporte” SENADOR CLÉSIO ANDRADE, PRESIDENTE DA CNT
tema estampado diariamente nas páginas de todos os jornais do país: a falta de segurança no trânsito. A série de reportagens relata, especialmente, o sofrimento das pessoas que perdem parentes e amigos no trânsito agressivo de muitas cidades e rodovias brasileiras.
SHOW Apresentação da dupla
E na categoria Televisão, a vencedora foi uma reportagem da Rede Globo, exibida no Fantástico, que denunciou um esquema de venda ilegal de liminares a empresas de ônibus sem condições seguras de circulação. Os ônibus faziam longas viagens interestaduais,
depois da aquisição irregular do documento judicial. Júri O 19º Prêmio CNT de Jornalismo tem a participação de cinco jurados: o diretor de jornalismo da BandNews, André Luiz Costa; o diretor nacional de jornalismo da
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“Esse estímulo precioso ao trabalho jornalístico sobre o transporte tem tudo para atingir os endereços certos” sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano durante Prêmio CNT de Jornalismo
TV Bandeirantes, Fernando Mitre; o jornalista econômico Luis Nassif; a engenheira química e professora da PUC Rio, Neise Ribeiro Vieira; e o jornalista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Nilson Lage. Fernando Mitre, da TV Bandeirantes, ressaltou que, de
modo geral, as reportagens contribuíram para o debate sobre um dos setores mais importantes do país. Segundo ele, quando se fala de sistemas de transporte, levantando problemas e buscando soluções, vários aspectos da vida de um país se apresentam: o
FERNANDO MITRE, JURADO DO PRÊMIO
econômico, o social, o político, o cultural. “Tudo isso se mostrou claramente no conjunto de trabalhos que julgamos”, comenta Mitre, ao reforçar ainda que “esse estímulo precioso ao trabalho jornalístico sobre o transporte tem tudo para atingir os endereços certos: a
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conscientização da sociedade diante do desafio que o tema representa e a responsabilidade do poder público, nem sempre atuante e tantas vezes ineficiente”. Professora de engenharia ambiental, da PUC Rio, Neise Ribeiro ressaltou a importância da reportagem vencedora do prêmio de meio ambiente, que deu um alerta sobre a necessidade de se preparar as cidades para incentivar o uso da bicicleta. “Não basta só vontade e disposição para usar a bicicleta. Tem de haver uma preparação em vários sentidos. Na Europa, as pessoas andam de bicicletas com muita roupa de frio, na maior parte do tempo. No Brasil, o clima é diferente. É preciso, por exemplo, haver um chuveiro disponível no trabalho. Também tem que ter infraestrutura nas ruas. São várias ações”, afirma a professora. Ela destaca ainda que ao usar a bicicleta, mesmo que de vez em quando, há uma contribuição para se reduzir a poluição e melhorar a qualidade do ar. O 19º Prêmio CNT de Jornalismo oferece R$ 90 mil aos vencedores. Cada categoria recebe R$ 10 mil; e o Grande Prêmio, R$ 30 mil. A cerimônia de entrega da premiação foi em Brasília, no dia 5 de dezembro. Leia a seguir mais detalhes de cada reportagem vencedora
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Grande Prêmio – Jornal O Globo
O Brasil que não viaja de avião ideia da pauta vencedora do Grande Prêmio CNT de Jornalismo surgiu em uma conversa de plantão entre o repórter Henrique Gomes Batista e a repórter e editora assistente Liane Thedim, de “O Globo”. Eles quiseram abordar o transporte sob o ponto de vista do usuário. O grande diferencial, conforme os autores, foi contar, pelo olhar dos passageiros, como ocorrem os deslocamentos de barco, de trem e de ônibus em diferentes regiões do Brasil e quais são as dificuldades. Liane comenta que em um momento em que o número de passageiros do transporte aéreo tem aumentado cada vez mais no Brasil, para alguns brasileiros, voar de avião ainda é uma realidade bem distante. Ela percorreu, de barco, o
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trajeto entre Manaus e Belém, na região Norte, durante cinco dias. São mais de 1.500 quilômetros. “Para conseguir uma passagem de avião realmente barata, é necessário ter acesso à Internet todos os dias. Poder acessar de madrugada, para comprar assim que sair a promoção.” A reportagem traz belas fotografias das viagens. Uma das imagens ficou entre as finalistas do prêmio CNT. A foto mostra moradores do Norte do país que esperam o trem chegar para vender marmitas com carne de tatu e peixes da Amazônia. “Toda a transação é muito dinâmica. As pessoas só têm três minutos para comprar sua comida. O tempo que o trem fica nas paradas mais curtas”, diz trecho da reportagem.
“É necessário ter uma política séria para incentivar o transporte ferroviário e hidroviário” LIANE THEDIM
Repórter Henrique Gomes Batista e senador Clésio Andrade, presidente da CNT
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Internet – JC Online
Obstáculos da Mobilidade ostrar os vários aspectos necessários para uma mobilidade urbana de qualidade foi a proposta da reportagem vencedora na categoria Internet. A repórter Roberta Soares, do “JC Online”, abordou os desafios essenciais para melhorar o sistema viário, para dar mais condições de circulação aos pedestres e ciclistas e também a necessidade de melhoria do transporte público. Foram quatro dias de matérias publicadas no portal do “Jornal do Commercio”, de Pernambuco. “Antigamente, quando falávamos de mobilidade, era algo mais voltado para o carro. A ideia foi mostrar que é bem mais do que isso. No caso do pedestre, por exemplo, mostramos que no bairro de Boa Viagem, o mais elitizado de Recife, não existe calçada. Andar a pé é um sacrifício.” A reportagem mostra ainda a necessidade de aumentar e melhorar a malha exclusiva para o transporte público e de construir ciclovias seguras. “O uso de bicicleta no Recife tem crescido muito, e a
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malha cicloviária é insignificante. São menos de 30 km e está degradada e mal sinalizada.” Para atrair a atenção dos leitores, foram utilizados recursos multimídia. Um ciclista, com uma câmera acoplada no capacete, circulou pela cidade expondo as dificuldades proporcionadas pela falta de infraestrutura para bicicletas.
A repórter Roberta Soares tem um blog sobre mobilidade urbana e cobre o setor há dez anos. Ela comentou que ganhar o prêmio CNT é um reconhecimento importante para a carreira. “Para quem cobre a área de transporte e trânsito, esse é o maior prêmio. Há três anos eu ficava na final, e estou muito feliz de ter vencido agora.”
“Para quem cobre a área de transporte e trânsito, esse é o maior prêmio” ROBERTA SOARES
Repórter Roberta Soares e Flávio Benatti, presidente da seção de transporte de cargas da CNT
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ARQUIVO PESSOAL
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Rádio – Rádio Bandeirantes
O ABC do Trânsito rádio Bandeirantes, de São Paulo, venceu o Prêmio CNT com uma série de reportagens abordando problemas e soluções para o trânsito do ABC Paulista. A repórter Carolina Ercolin mostrou que o crescimento da frota de veículos, a explosão imobiliária e o descompasso dos investimentos em infraestrutura provocaram um nó no trânsito do ABC. Conforme a matéria vencedora, os congestionamentos registrados no berço da indústria automobilística do país são hoje tão constantes quanto os da capital paulista. Entretanto, faltam rotas alternativas. De acordo com a reportagem, as prefeituras locais estimam que cerca de 3 milhões de veículos circulam diariamente nas sete cidades que integram o ABC: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá. “Essa região é muito importante economicamente e convive com esse
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problema. Faltam corredores para melhorar a locomoção, e o aquecimento da economia esbarra no boom imobiliário. Falta mobilidade”, diz Carolina Ercolin, que já venceu o Prêmio CNT de Jornalismo na categoria Rádio, em 2007, com uma reportagem sobre os caminhos alternativos usados pelas pessoas para se locomover, sem ser de carro, na Grande São Paulo e também na capital. “Muitos usavam bicicleta, iam a pé, de balsa, de helicóptero”, lembra Carolina.
Na opinião da repórter, é muito importante que o jornalismo aborde o tema transporte e trânsito. “Esse é um assunto que cada vez mais está relacionado com a qualidade de vida das pessoas. O trânsito interfere no tempo que a pessoa passa com o filho, na possibilidade de estudar, de fazer exercício físico, no lazer e na saúde, por causa da questão da poluição. Por dia, pode se perder, em São Paulo, duas horas para ir e mais duas para voltar. É importante falar desse tema”, considera Carolina.
“O trânsito interfere na qualidade de vida das pessoas” Repórter Carolina Ercolin e Newton Gibson, vice-presidente da CNT CAROLINA ERCOLIN
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Impresso – Correio Braziliense
“O Correio tem uma intimidade grande com o tema trânsito há muitos anos” Repórteres Ana Maria Campos e Lilian Tahan e o presidente da Abrati, Renan Chieppe
LILIAN TAHAN
Órfãos do Asfalto istórias de pessoas que perderam parentes e amigos em acidentes de trânsito puderam ser conhecidas na série de reportagens Órfãos do Asfalto, do “Correio Braziliense”, vencedora da categoria Impresso. Durante três semanas, o jornal trouxe também o perfil das vítimas, relatos de acidentes e buscas por soluções. A proposta foi não banalizar os acidentes de trânsito divulgando somente as estatísticas, mas sim humanizar um tema que é retratado diariamente por toda a imprensa. “A série surgiu da visão de que tínhamos que retomar com mais força o aprofundamento desse assunto. Mas não queríamos somente falar de estatísticas. A linha condutora deveria ser o recorte mais humano”, diz a repórter Lilian Tahan. Lilian e a colega Ana Maria Campos fizeram as reportagens, e a ideia da série foi dada pela editora-chefe do Correio, Ana
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Dubeux. “O Correio tem uma intimidade grande com o tema trânsito há muitos anos. Participamos fortemente da campanha pelo uso da faixa de pedestres em Brasília e sempre valorizamos os assuntos de trânsito. E a Ana Dubeux tem um olhar especial para esse tema”, comenta. A repórter conta que houve também um cuidado com o tratamento da diagramação das reportagens. E lembra com carinho de um colega que participou do trabalho e faleceu no dia seguinte, o editor de arte João Bosco Adelino de Almeida. “Foi um fato que marcou muito a nossa série. Ele participou da elaboração da primeira página, que traz os nomes das pessoas que morreram no trânsito em 2011, no Distrito Federal. Saiu do jornal no fim da noite e morreu na madrugada. Essa primeira página é como se fosse um memorial de uma guerra que acontece no asfalto.”
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Meio Ambiente – Canal Futura
“De bicicleta, prestamos mais atenção na cidade e passamos a querer que ela seja melhor” ELIZA CAPAI
Jornalistas Eliza Capai e Renata Ferraz com Meton Soares, vice-presidente da CNT
Cicloativistas experiência de viver por um tempo em Barcelona, na Espanha, e utilizar o sistema de bicicletas públicas estimulou a jornalista Eliza Capai a produzir uma reportagem abordando exemplos de sucesso em outros países e também o que poderia ser feito no Brasil. Ela ouviu três cicloativistas brasileiros – pessoas que usam a bike diariamente e lutam para que essa seja uma realidade em cidades como São Paulo e outras. A reportagem exibida no Canal Futura foi a vencedora do Prêmio Especial de Meio Ambiente e Transporte. Eliza relata que o uso da bicicleta faz com que o cidadão tenha uma relação diferenciada com a cidade em que ele vive. Ele passa a ter um olhar mais atento, a conhecer melhor os espaços, a desfrutar mais de algumas áreas e também passa a ser mais crítico em relação ao que precisa ser modificado para proporcionar mais qualidade de vida. “No carro, a gente fecha a janela, liga o ar-condicinado, e não há tanta in-
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teração com a cidade. De bicicleta, prestamos mais atenção e passamos a querer que ela seja melhor”, diz Eliza. A reportagem descreve situações vividas em Londres, na Inglaterra, e em Copenhague, na Dinamarca. Eliza comenta que o trabalho mostra
o meio ambiente com foco nas pessoas. “Ao se construir ciclovias, aumenta a possibilidade de que mais pessoas se desloquem de bicicleta, e o ser humano é favorecido de várias formas, inclusive fazendo mais exercícios físicos e se relacionando melhor com a cidade.”
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Fotografia – Jornal O Globo
Sono Profundo olhar atento para o que acontece na cidade, a persistência e o trabalho em equipe foram fundamentais para tornar possível a imagem que venceu a categoria Fotografia, com o título Sono Profundo. Depois de mais de 400 cliques, o fotógrafo Custodio Coimbra, do jornal “O Globo”, conseguiu captar em uma mesma imagem os passageiros que dormiam dentro de um ônibus e um outdoor com a foto de uma mulher dormindo. A fotografia usa o humor para chamar a atenção para o problema das horas perdidas no trânsito no Rio de Janeiro. A pauta abordou a história de moradores que enfrentam engarrafamentos antes do amanhecer. O fotógrafo já havia feito várias fotos, quando se lembrou de uma situação que ilustraria bem o contexto. “Falei com a repórter Elenilce Botare e com o motorista Reginaldo Horta que eu tinha uma foto na cabeça e que gostaria de tentar.” Há dois anos, Custodio Coimbra passou pela avenida Brasil e viu um ônibus parado
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em um engarrafamento, com os passageiros dormindo. Nesse mesmo lugar, estava o outdoor de uma fábrica de colchão. “Eu não tinha como parar, mas sempre lembrava daquela imagem.” No dia da pauta, não havia engarrafamento, mas Coimbra começou a fotografar todos os ônibus, sem saber se os passageiros estavam dormindo. “Não via o resultado na hora, mas deu certo. É uma foto simbólica, mostra as pessoas cansadas no trânsito. E é contraditória porque essas
pessoas estão tendo um sono sem qualidade, enquanto o outdoor mostra a mulher em um sono descansado.” Custodio Coimbra atribui o sucesso da imagem ao espírito de equipe. “Agradeço a repórter e o motorista, que foram parceiros. Estávamos retornando para a redação, e o espírito de equipe foi fundamental. Fiquei mais de meia hora tentando acertar.” Essa é a segunda vez que ele vence o prêmio CNT. A primeira foi em 2005, com a foto “Boi na Linha”.
“O trabalho de equipe foi fundamental”
CUSTODIO COIMBRA
Fotógrafo Custodio Coimbra e Otávio Cunha, vice-presidente da seção de transporte de passageiros da CNT
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Televisão – Rede Globo
Durante
6 meses, a reportagem investigou o esquema
Jornalista Mauricio Ferraz com Rodrigo Vilaça, presidente da seção de transporte ferrovário da CNT
Venda de liminares m esquema ilegal de aquisição de liminares judiciais para liberar ônibus antigos para viajarem em trajetos interestaduais foi exposto na reportagem vencedora na categoria Televisão. O repórter Mauricio Ferraz e o produtor Bruno Tavares, do núcleo de reportagens especiais do Fantástico, da Rede Globo, mostraram o risco nas estradas com a circulação de veículos antigos que estão rodando de forma irregular. O repórter conta que a ideia da reportagem especial surgiu depois do acidente com um ônibus, na Bahia, que matou 36 pessoas, sendo 33 trabalhadores rurais. “Foi um acidente no final de 2011. Estávamos de plantão e vimos a matéria no Jornal Nacional. Começamos então a investigar e descobrimos que a empresa comprou uma liminar para fazer o transporte interestadual.” De acordo com Mauricio Ferraz, foram seis meses investigando o esquema. Essa é a segunda vez que ele vence o Prêmio CNT de Jornalismo. Na primeira, em 2005, a reportagem mostrava viagens com ônibus clandestinos para o Nordeste. “A dife-
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rença é que naquela época o ônibus andava sem documentação. E agora mostramos que eles não eram clandestinos, mas tinham liminar para circular.” Na opinião do repórter, matérias como essas, de denúncia, são importantes para mostrar para as autoridades a necessida-
de de haver fiscalização mais rigorosa nas rodovias. “É necessário dar uma atenção maior para esse tipo de transporte. Muitas pessoas andam de ônibus, dependem desse meio de transporte. E viajar de ônibus é seguro, mas precisa haver fiscalização”, afirma o repórter. l
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JÚLIO FERNANDES/CNT
HOMENAGEM
PREMIAÇÃO Renan Chieppe, presidente da Abrati; senador Acir Gurgacz; José Antônio Fernandes Martins, presidente da Fabus, e senador Clésio Andrade (da esq. para a dir.)
Contribuição premiada Senador Clésio Andrade, presidente da CNT, foi homenageado pela Abrati POR
presidente da CNT, senador Clésio Andrade, recebeu, em dezembro, uma homenagem da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros). Clésio Andrade foi lembrado em função da contribuição prestada em de-
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JACY DIELO
fesa dos interesses da classe transportadora, em particular pelo modal rodoviário de passageiros. A homenagem faz parte do encontro anual da entidade, realizado em Brasília (DF). Além do presidente da CNT, também foram homenageados o senador Acir Gurgacz e
o presidente da Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) e vice-presidente de relações institucionais da Marcopolo, José Antônio Fernandes Martins. Durante a cerimônia, Martins falou em nome dos homenageados. “É uma honra receber esta homenagem de uma
associação tão relevante como a Abrati. Presenciamos que o trabalho da associação tem colaborado para termos um transporte rodoviário de passageiros melhor em nosso país”, destacou. Premiação Na oportunidade, a entidade também realizou a entrega do Prêmio de Boas Práticas ANTP/Abrati 2012, elegendo as empresas que se destacaram nas categorias Adesão dos Colaboradores, Atendimento ao Cliente e Responsabilidade Socioambiental, além de uma Menção Honrosa. A empresa JCA Holding foi vencedora na categoria Adesão dos Colaboradores; Planalto Transporte da sessão Atendimento ao Cliente e o Instituto JCA na de Responsabilidade Socioambiental. A Viação Garcia recebeu uma Menção Honrosa pelo trabalho enviado ao prêmio. l
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INTEGRAÇÃO
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setor de transporte está mais fortalecido a partir de agora. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) passaram a integrar a Confederação Nacional do Transporte. A assinatura foi no final de novembro, na cidade de São Paulo (SP). Estiveram presentes o senador Clésio Andrade, presidente da CNT; Eduardo Sanovicz, presidente da Abear; José Márcio Mollo, presidente do Snea; José Mario Caprioli, presidente do conselho do Snea, do conselho deliberativo da Abear e da Trip; Antônio Augusto do Poço Pereira, diretor administrativo financeiro da Abear; Renan Chieppe, membro do conselho de administração da Azul; José Efromovich, presidente da Avianca Brasil; Marco Antonio Bologna, presidente da TAM; Basílio Dias, diretor de assuntos regulatórios da TAM; Alberto Fajerman, assessor da GOL; Adalberto Febeliano,
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ASSINATURA Eduardo Sanovicz, presidente da Abear; senador Clésio Andrade, presidente da CNT, e José Márcio
CNT mais forte Abear e Snea oficializam, em São Paulo, as consultor técnico da Abear; Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações de voo da Abear. O presidente da CNT destacou a importância dessas duas entidades estarem integradas à confederação. Assim, o setor de transporte fortalece a visão sistêmica e com isso é possível trabalhar melhor as questões do transporte, principalmente do aé-
reo. “Há a necessidade de fortes investimentos na infraestrutura, e não somente por causa da Copa do Mundo. Precisamos investir agora, como aponta o Plano CNT de Transporte e Logística.” Clésio Andrade anunciou que, já em 2013, será desenvolvido pela CNT e pelo Sest Senat um programa avançado de capacitação de mão de obra para o transporte aéreo.
Com a filiação do Snea e com a associação da Abear, haverá um trabalho específico voltado para a formação e o aperfeiçoamento da mão de obra. Essa foi uma demanda ressaltada pelas lideranças presentes na assinatura da filiação do Snea e da associação da Abear. O presidente do Snea, José Márcio Mollo, enfatizou que essa parceria firmada é importantíssi-
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EDUARDO OGATA/DIVULGAÇÃO
ABEAR/DIVULGAÇÃO
Mollo, presidente do Snea (da esq. para dir.)
ABRANGÊNCIA Companhias aéreas filiadas à Abear
com transporte aéreo sociação e filiação à Confederação Nacional do Transporte ma para permitir a formação de profissionais e também para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o setor aéreo. A CNT já tem diversos estudos com qualidade reconhecida, como a Pesquisa CNT de Rodovias, Pesquisa CNT de Ferrovias, Plano CNT de Transporte e Logística, conforme destacou Clésio Andrade. No final do ano passado, também
foi divulgada a Pesquisa CNT do Transporte Marítimo. O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, afirmou que todo o setor de transporte ganha com a associação da entidade e filiação do sindicato à CNT. “Completa-se agora a união de todos os setores que transportam pessoas e cargas. Portanto, esse é um dia muito importante para o setor de transporte”, disse, em São Paulo.
Sanovicz lembrou alguns números que exemplificam como o transporte aéreo tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil. Há dez anos, o setor transportava 33 milhões de pessoas por ano. Em 2011, o ano fechou com aproximadamente 86 milhões de pessoas transportadas, conforme o presidente da Abear. “Passamos ter a possibilidade de demanda do tamanho
do país. À medida que o setor cresce, torna-se fundamental uma articulação maior com as lideranças, profissionais e instituições. Entendemos que essa associação à CNT é uma necessidade”, disse Sanovicz. José Mario Caprioli também afirmou que “a partir de agora o setor de transporte tem o desafio de estar ainda mais fortalecido em busca do desenvolvimento”. l
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ACESSO
POR
CYNTHIA CASTRO
os últimos dez anos, voar de avião se tornou mais acessível para milhares de brasileiros. As estatísticas apontam que praticamente triplicou o número de passageiros que utilizam esse modal de transporte. Em média, os preços caíram quase 50%. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) atribui essa constatação aos dez anos de liberdade tarifária no transporte aéreo doméstico, tema de um seminário na sede da agência, em Brasília, em novembro de 2012. E também ao fato de ter aumentado o poder aquisitivo de muitos brasileiros nesse período. De acordo com dados da Superintendência de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, em 2002, não havia assentos comercializados com preços inferiores a R$ 100. Em 2011, esse percentual foi de 16%. Tarifas abaixo de R$ 300 correspondiam, em 2002, a 27% dos assentos. Já em 2011, subiram para 65%. “O mercado está crescendo muito e sendo mais eficiente”, diz Cristian Vieira Reis, gerente de análise estatística e acompanhamento de mercado da agência. Em relação aos passageiros transportados, o número passou de 33 milhões por
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Mais passa
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LUCAS DANTAS/FUTURA PRESS
Em dez anos de liberdade tarifária no setor aéreo, Anac diz que preços das passagens caíram quase 50%
geiros voando
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ano para aproximadamente 86 milhões por ano, no período de uma década. A liberdade tarifária começou a valer em 2001. Antes, os preços máximos e mínimos eram controlados pelo governo. O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, enfatizou que o regime de liberdade tarifária do transporte aéreo doméstico é um dos pilares da concorrência e vem proporcionando a diversificação dos serviços aéreos, a redução de preços, a inclusão social e o crescimento do setor. “Cada vez mais pessoas viajam de avião pela primeira vez, aproveitando os baixos preços e as inúmeras promoções. Aquelas que já utilizavam o serviço estão voando ainda mais”, afirma. O secretário de Política Regulatória da Secretaria de Aviação Civil, Rogério Coimbra, ressalta que um dos pontos mais importantes da liberdade tarifária é que novas camadas da sociedade passaram a ter acesso ao serviço de transporte aéreo. “Houve uma mudança de característica. Um serviço que antes era prestado para as elites passou a ser um serviço de mas-
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MOVIMENTAÇÃO Total de passageiros transportados passou de 33 milhões para aproximadamente
sa, para que a população possa se locomover.” E devido às dimensões territoriais do país, Coimbra diz que esse maior acesso ao modal aéreo é importante não somente para atender necessidades individuais dos passageiros, mas também para estimular o desenvolvimento econômico do país. “A maior integração entre as cidades permite o desenvolvimento de localidades. O
transporte aéreo induz o desenvolvimento, e locais onde tem desenvolvimento econômico atraem o serviço de transporte aéreo.” Diversos representantes do setor aéreo debateram a evolução das tarifas nessa primeira década de vigência do regime de liberdade tarifária no Brasil, entre outros assuntos. Também esteve presente o consultor técnico da Abear (Associação Brasileira
das Empresas Aéreas), Adalberto Febeliano, que falou sobre o gerenciamento de receitas. Ele comentou que os consumidores de transporte aéreo podem ser segmentados de diversas formas, mas a mais interessante para a discriminação de preços é a divisão entre os passageiros que viajam a trabalho e os que viajam a lazer. Segundo ele, a segmentação é importante porque a elasticidade de pre-
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RÔMULO SERPA
REGULAÇÃO Veja o histórico do Brasil em relação ao transporte aéreo 1927: Primeiras empresas e linhas aéreas regulares 1931: Criação do Departamento de Aviação Civil 1938: Publicação do Código Brasileiro do Ar 1941: Criação do Ministério da Aeronáutica 1959: Primeiras linhas operadas com aeronaves movidas por motores a jato 1961: 1ª Conferência Nacional de Aviação Comercial 1966: Novo Código Brasileiro do Ar 1972: Criação da Infraero 1976: Criação do Sitar (Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional) 1986: Publicação do Código Brasileiro de Aeronáutica 1991: 5ª Conac (extinção do Sitar) 1999: Criação do Ministério da Defesa 2000: Criação do Conselho de Aviação Civil 2001: Liberalização tarifária 2006: Implantação da Anac em substituição ao DAC 2007: Criação da Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Defesa 2009: Publicação da Política Nacional de Aviação Civil 2011: Criação da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República Concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante 2012: Concessão dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas Fonte: Secretaria de Aviação Civil
86 milhões por ano em uma década
ço é muito diferente nos dois casos, além do comportamento de compra. A superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, Danielle Crema, também reforçou que o regime de liberdade tarifária possibilitou que as empresas diferenciem seus serviços. “Há diversas taxas tarifárias que atendem a interesses diversos da sociedade. As empre-
sas conseguem diferenciar passageiro com perfil de turismo, que tem pouca restrição a horário, de um passageiro com perfil business, que tem mais exigência com horários, por exemplo.” E para quem deseja obter passagens com preços mais acessíveis, Danielle lembra que o melhor caminho é mesmo se programar e fazer a compra com antecedência. “Quanto mais a pessoa se pro-
grama, mais ela tem condições de encontrar passagens mais acessíveis. Além disso, o regime de liberdade tarifária permite que ocorram as promoções que encontramos, abaixo de R$ 100 para diversas localidades”, disse Danielle. “O que não se percebe às vezes é que essa passagem comprada na véspera, com preços bem mais caros, foi a que viabilizou todas aquelas passagens compradas com
antecedência, a preços abaixo de R$ 100”, disse Coimbra. No fechamento do seminário realizado na Anac, a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira, afirmou que a liberdade tarifária é positiva, pois permitiu o maior acesso da população a esse modal. Mas a secretária fez questão de enfatizar a importância de se ter um cuidado com o consumidor, especialmente porque muitos novos passageiros de empresas aéreas não sabem ainda como funcionam alguns aspectos básicos desse tipo de transporte. Ela citou, por exemplo, a necessidade de se ter sempre informações claras para o consumidor no momento da aquisição da passagem. “Se é um novo hábito do consumidor brasileiro e se as promoções são salutares, pois permitiram, por exemplo, que se vá mais facilmente do Ceará para São Paulo em três horas e não em três dias, é importante também saber com que público estamos conversando e trazer o equilíbrio. Temos que ter sensibilidade porque é uma nova população usuária. Com transparência, adquirimos confiança”, diz a secretária. l
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QUALIFICAÇÃO
Gestão para o transporte Cursos gratuitos vão capacitar transportadores para gerirem melhor seus negócios POR
número de novos empresários não para de crescer no país. Segundo recente pesquisa realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Brasil já possui mais de 2,5 milhões de empreendedores formalizados. No entanto, para que os pequenos empresários tenham sucesso, qualificação é essencial. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de cada cem empresas aber-
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JACY DIELLO
tas no Brasil, 48 encerraram suas atividades em até três anos. Grande parte do insucesso está associada ao despreparo dos pequenos empresários, que, muitas vezes, não têm noções de planejamento e gestão. No setor de transporte, esse cenário não é diferente. Com o intuito de capacitar esses trabalhadores, a CNT, a Escola do Transporte e o Sest Senat, em parceria com o Sebrae, lançaram o projeto Gestão de Negócios para Microempresas e para Empreendedo-
res Individuais do Transporte. Voltado para gestores de microempresas, cooperativas, autônomos e empreendedores individuais de transporte de cargas, de escolares e de fretamento e turismo, o projeto contempla três cursos que serão realizados na modalidade de EAD (Educação a Distância). A capacitação é gratuita, e os interessados receberão em casa material impresso e CD de áudio. Para cada segmento do transporte, serão oferecidos três módulos, com conteúdos especí-
ficos. Com 160 horas de duração, a expectativa é que o curso seja concluído em nove meses. A capacitação abordará temas como gestão empresarial; conhecimento sobre o mercado de transporte; gestão administrativa e financeira; postura profissional no gerenciamento de seu negócio; conhecimento sobre a legislação e documentação do transporte; marketing pessoal e empresarial; desenvoltura e preparo para atendimento aos clientes, entre outros.
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APOIO Material impresso e CD de áudio que são entregues aos que se inscrevem no curso de gestão de negócios
“Os avanços tecnológicos, a alta competitividade e a busca por serviços de qualidade demandam uma melhor qualificação dos profissionais. Nesse sentido, o curso a distância dará oportunidade para que os profissionais de transporte, dispersos em todo o país, superem as dificuldades de acesso à educação. Esperamos, assim, atingir cerca de 70 mil transportadores em três anos”, explica a diretora da Escola do Transporte, res-
ponsável pela gestão do projeto, Lucimar Coutinho. Inscrições Para iniciar o curso, o empreendedor deverá efetuar sua inscrição nas unidades do Sest Senat em todo o país, nas sedes regionais do Sebrae ou entrar em contato com as centrais de atendimento das instituições pelos telefones: 0800 728 2891 (CNT/Sest Senat/Escola do Transporte) ou 0800 570 0800 (Central de atendimento Sebrae).
SERVIÇO Cursos: Gestão de Negócios para o Transporte de Cargas; para o Transporte Escolar e para o Transporte de Fretamento e Turismo Inscrições gratuitas Centrais de atendimento: 0800 728 2891 (CNT/Sest Senat/Escola do Transporte), 0800 570 0800 (Sebrae), nas unidades do Sest Senat em todo o país e sedes regionais do Sebrae
Ao se inscrever, o aluno receberá pelo correio o 1º CD de áudio, acompanhado do 1º Caderno do Empreendedor. Após completar as atividades propostas no caderno, ele deverá responder a um questionário e enviar para a coordenação do projeto, identificando seu nome e CPF. Assim, ele receberá o próximo módulo. Ao final do desenvolvimento dos três módulos, o empreendedor receberá, além do certificado, um adesivo para ser afixado em seu veículo e que indicará que ele participou com êxito do programa. l
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SEGURANÇA
Cadeira essencial Uso do equipamento correto para o transporte de crianças reduziu óbitos em 23% em um ano POR
ransportar crianças de maneira adequada aumenta, e muito, as chances de sobrevivência quando algum acidente acontece. Pelo menos até os 10 anos de idade, meninos e meninas precisam andar de automóvel em cadeirinhas, bebês conforto ou assentos especiais, conforme está determinado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Estudos indicam que há sim redução de morte quando a criança está acomodada de forma segura. Ainda as-
T
CYNTHIA CASTRO
sim, muitos pais insistem em desobedecer e colocam em risco a vida dos próprios filhos. Um estudo realizado pela doutora em epidemiologia Leila Posenato Garcia, pesquisadora do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra que um ano depois da vigência da norma que determina o uso obrigatório da cadeirinha e de outros dispositivos de segurança, houve redução de 23% dos óbitos de crianças menores de 10 anos de idade em acidentes de au-
LEGISLAÇÃO
tomóveis no país, em comparação com o ano anterior. Com essa redução, ocorreu uma morte de criança a menos por semana, conforme a pesquisadora. “Foi a primeira vez, nos últimos cinco anos, que esse número de mortes diminuiu”, afirma Leila. A resolução do Contran, nº 277, começou a vigorar em setembro de 2010 e determinou exigências para o transporte de menores de 10 anos. A norma define formas diferentes de retenção da criança, conforme a
idade, com o objetivo de estabelecer as condições mínimas de segurança. A pesquisa da epidemiologista do Ipea considerou dados de mortalidade de crianças em acidentes um ano antes e um ano depois da vigência da lei da cadeirinha. Foram computadas ocorrências em áreas urbanas e em áreas rurais, de crianças que estavam em automóveis. “É quase um quarto de mortes que se reduz, revertendo a tendência dos cinco anos anteriores. Por isso, é impor-
JÚLIO FERNANDES
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Fonte: ONG Criança Segura
MANUAL DE SEGURANÇA
Tipo de assento
Bebê conforto ou conversível
Assento de elevação ou “booster”
Cadeira de segurança
Cinto de segurança de três pontos do veículo
Desde o nascimento Acima de 36 Kg De 9 a 18 Kg De 18 até 36 Kg até 13 Kg ou e no mínimo 1,45 m Peso e (aproximadamente (aproximadamente conforme de altura idade de 1 a 4 anos de 4 a 10 anos recomendação (aproximadamente de idade) de idade) do fabricante 10 anos de idade) (aproximadamente 1 ano de idade)
Desrespeitar o uso da cadeirinha é infração gravíssima e gera multa de R$ 197
tantíssimo destacar que as famílias precisam usar esses equipamentos, mesmo em trajetos pequenos. Uma criança solta no carro terá, no mínimo, uma lesão grave”, disse Leila. De acordo com o estudo do Ipea, no Brasil, entre 1º de setembro de 2005 e 31 de agosto de 2011, foram registrados 1.566 óbitos de crianças menores de 10 anos por acidentes, quando elas estavam em automóveis ou caminhonetes. A frequência desses óbitos foi maior entre as
crianças do sexo masculino (55,4%), com idade igual ou menor a 2 anos (32,1%). Ainda conforme a pesquisa, a distribuição dos óbitos mostrou que 42,5% ocorreram nos fins de semana. Os meses de dezembro e de janeiro são os que tiveram registros mais altos. A pesquisadora do Ipea comenta que não há como comprovar, mas é possível que as crianças com até 2 anos, que representam a maioria dos óbitos, estivessem no colo de algum adulto durante o acidente. “Essa é uma das hi-
Voltada para o vidro traseiro (de costas Voltada para a para o movimento), frente, na posição Posição com inclinação vertical, no banco sugerida de 45° de trás ou conforme instruções do fabricante
póteses que acredito. Muitos pais transportam os mais novos no colo e, em caso de uma batida, o peso do adulto esmaga a criança ou ela acaba sendo projetada para fora do veículo.” Multa Quem desrespeita o uso da cadeirinha ou de outro dispositivo de segurança comete uma infração gravíssima e paga R$ 197 de multa. Os números da Polícia Rodoviária Federal sobre as ocorrências nas rodovias do país são ainda mais otimistas do
No banco traseiro, com cinto de três pontos
Até 10 anos de idade, no banco traseiro do carro, com cinto de três pontos
que a constatação da pesquisadora do Ipea. Segundo o assessor nacional de comunicação, Fabiano Moreno, no primeiro ano de uso obrigatório da cadeirinha, houve uma redução de 40% no número de crianças de até 8 anos de idade que morreram em acidentes nas rodovias. Além da redução de mortes de crianças, inspetor Fabiano ressalta que ao transportar o filho da maneira correta logo nos primeiros dias de vida, há também um reflexo na conscientização durante a adolescência e na
TRANSPORTE SEGURO Veja dados da pesquisa sobre o uso das cadeirinhas Transportam crianças na cadeirinha (57%) • Mais jovens: em média 37 anos • Mais escolarizados: 29% têm nível superior • 60% pertencem à classe B • Renda familiar mais alta: média de R$ 4.330 • Maioria vive em região metropolitana
IRACEMA CHEQUER/AG. A TARDE/FUTURA PRESS
Não transportam crianças na cadeirinha (31%) • Maior proporção de homens: 77% • Mais velhos: média de 40 anos • Menor escolaridade: 39% com ensino fundamental • Maior percentual da classe C: 50% • Renda familiar mais baixa: média de R$ 3.240 • Maioria vive no interior Ambos (13%) • Média de idade: 39 anos • Escolaridade: 55% têm ensino médio e nível econômico elevado JUSTIFICATIVAS DE QUEM NÃO UTILIZA CADEIRINHA • Criança não cabe na cadeirinha ou tem tamanho para usar o cinto • Não há fiscalização • Só vê a necessidade de usar dentro da cidade • Circula em trechos curtos da cidade • Preço alto do equipamento • Não tem carro e dirige o veículo de outra pessoa • Cadeirinha não cabe no carro FREQUÊNCIA DE USO Entre aqueles que já adquiriram o equipamento: • 80% usam sempre, todos os dias, em todas as situações • 10% usam na cidade, tanto em trajetos longos quanto em trajetos curtos • 10% utilizam na estrada • 8% utilizam na cidade em trajetos longos • 5% usam em outras cidades, em locais que vão a passeio CRIANÇAS EM AUTOMÓVEIS • 12% da população brasileira adulta transporta criança entre 0 e 10 anos em automóvel de passeio • 70% não dirigem automóvel • 18% dirigem, mas não transportam criança em automóvel Fonte: Pesquisa “Uso de Cadeirinha no Automóvel”
MOTIVOS PARA USAR A CADEIRINHA • Pesquisa do Ipea mostra redução de morte de criança em mais de 20% depois da obrigatoriedade da cadeirinha • Criança fica mais protegida e aumenta muito as chances de não sofrer lesões graves ou fraturas • Sem o uso de equipamento adequado, a criança se torna o passageiro mais vulnerável a qualquer batida do veículo, mesmo que em baixa velocidade • Como a criança tem pouco peso, corre o risco de ser projetada para fora do veículo e morrer, mesmo em acidentes sem maior gravidade • Evita multa gravíssima e sete pontos na Carteira de Habilitação Fonte: Entrevistados na reportagem
CUIDADOS As crianças devem ser acomodadas no banco traseiro
vida adulta. “Uma criança que foi educada com o uso da cadeirinha vai ser um adolescente que usará o cinto de segurança, por exemplo.” Acostumado a lidar com acidentes em rodovias, o inspetor Fabiano alerta que os equipamentos de proteção, como a cadeirinha, o bebê conforto e o assento de elevação fazem realmente a diferença. Ele comenta que há casos em que morrem todos os ocupan-
tes do veículo e sobrevive um bebê que estava sendo transportado da maneira correta. Outro alerta importante do policial é que os pais não levem as crianças no banco da frente do veículo. “A criança não tem estrutura física para resistir a um acidente, estando no banco dianteiro”, afirma o policial rodoviário federal. Conscientização Desde que nasceu, a pequena
SEGURANÇA
Pesquisa aponta que pais transportam filhos de forma errada No início do mês de dezembro, a organização não governamental Criança Segura divulgou a pesquisa “Uso de Cadeirinha no Automóvel”, que traz informações preocupantes. O levantamento realizado em 165 municípios de todas as regiões do país mostrou que apenas 57% dos brasileiros que transportam crianças com até 10 anos em automóvel de passeio utilizam a cadeirinha ou outro equipamento indicado. Apesar de esse contingente representar a maioria, 31% não utilizam essa maneira adequada de transporte dos filhos e 13% afirmam ter os dois hábitos. Escolaridade e nível econômico são fatores determinantes no fato de ter ou não esse costume. Os brasileiros que transportam crianças em cadeirinhas apresentam perfil mais jovem (37 anos em média), mais escolarizado (29% com nível superior) e com renda familiar mais alta (mais de R$ 4.000). Por outro lado, os que não usam o equipamento são um pouco mais
Nina, de 8 meses, só passeia de carro ou viaja acomodada no bebê conforto. O pai dela, o analista de sistema Wallace Cardoso Pereira, lembra que no início a mãe precisava ficar do lado de Nina para ela não estranhar. Mas agora, Nina já anda sozinha no banco de trás, com tranquilidade. “É muito importante (usar o bebê conforto) para dar mais segurança e também porque ela vai acostumando desde pequenininha e aprendendo a
velhos (40 anos), têm menor escolaridade (39% com ensino fundamental) e renda familiar mais baixa (em torno de R$ 3.000). Já aqueles que utilizam as duas opções possuem renda similar aos que transportam sempre. A coordenadora nacional da ONG, Alessandra Françoia, avalia que é necessário trabalhar mais a questão para conscientizar os motoristas sobre a importância do uso desses equipamentos de segurança. Na opinião de Alessandra, quando a norma do Contran começou a vigorar, em 2010, houve grande divulgação e muitos motoristas ficaram mais atentos e obedecendo à determinação. “Mas o que percebemos é que ainda precisamos trabalhar muitas coisas. Desde a educação até uma fiscalização mais eficaz. A resolução representou um passo grande, mas precisamos melhorar muito ainda.” Alessandra cita também a necessidade de modificar algumas questões na norma, como a especificação por peso
gostar de andar da maneira certa”, disse Wallace. Uma dificuldade, conforme o analista de sistema, foi para instalar o equipamento no carro de maneira correta. Ele conta que o manual não é tão claro e que foi necessário recorrer a alguns sites para conseguir as orientações corretas. E a colocação certa da cadeirinha, bebê conforto ou do assento de elevação no carro é algo fundamental para garantir de
da criança, e não por idade. A coordenadora da ONG comenta que há crianças com mais de 10 anos de idade, mas que pesam menos do que outras. E, portanto, precisariam ainda de utilizar o assento de elevação, antes de colocar o cinto de segurança da forma como qualquer adulto utiliza. Na pesquisa divulgada no final de 2012, estão descritos alguns motivos pelos quais muitos motoristas ainda insistem em não oferecer mais segurança aos pequenos dentro dos veículos de passeio. Grande parte diz que a criança não cabe na cadeirinha e tem tamanho para usar o cinto. Outros alegam falta de fiscalização ou falta de necessidade do uso dentro de áreas urbanas. O preço das cadeirinhas e o fato de o equipamento não caber dentro do carro também foram itens indicados. Na pesquisa, foram entrevistados homens e mulheres com idades a partir de 18 anos, que costumam transportar crianças com até 10 anos em automóvel de passeio. A checagem das
fato a segurança, conforme recomenda a coordenadora nacional da organização não governamental Criança Segura, Alessandra Françoia. “Os pais precisam mesmo buscar informações sobre a forma correta de instalar o equipamento, conforme orientação do fabricante. Se a cadeira estiver solta, a criança pode ser ejetada para fora do veículo”, diz Alessandra. Ela recomenda atenção ao
informações foi pessoal e também por telefone, em agosto de 2012. Entre os entrevistados que afirmaram utilizar o equipamento, 80% disseram que a cadeirinha está presente em qualquer trajeto, independentemente da distância. Outros utilizam somente na estrada ou em percursos maiores, entre outras situações. O uso contínuo do equipamento é mais forte no Sul do país e em regiões metropolitanas. Enquanto a utilização em estradas é mais significativa entre os que moram no interior e nas regiões Sudeste e Nordeste. A existência de mais fiscalização é apontada por aqueles que não utilizam a cadeirinha como um motivo que os faria passar a utilizar. Outra curiosidade revelada pela pesquisa é que o uso de cadeirinha é maior para as crianças de até 5 anos de idade, por motivo de segurança. A pesquisa mostrou também que 12% da população adulta brasileira transporta crianças com até 10 anos em automóvel.
manual e dar preferência para comprar o equipamento em lojas que dão orientação sobre a instalação. Um cuidado importante também na hora da compra é em relação à certificação da cadeirinha. Os preços costumam variar de R$ 200 até R$ 1.500, comenta Alessandra. Mas o mais importante é que o equipamento tenha o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). l
Entraves burocrรกticos e operacionais impedem o desenvolvimento dos portos brasileiros, aponta pesquisa da CNT
Desafios por
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REPORTAGEM DE CAPA
POR
s excessos de tributação, de tarifação e de burocracia, alinhados ao elevado custo de mão de obra e às deficiências nos acessos terrestres aos portos brasileiros estão entre os principais problemas do transporte marítimo nacional. Segundo a Pesquisa CNT do Transporte Marítimo, divulgada em dezembro de 2012, esses são os fatores que afetam diretamente a competitividade dos produtos nacionais no mercado externo. O levantamento, realizado com 212 agentes marítimos que atuam nos portos públicos e nos terminais de uso privativo, apresenta um diagnóstico do setor. O estudo também traz as características da infraestrutura disponível nos 13 principais portos públicos do Brasil e os dados sobre a movimentação de cargas, identifica os principais problemas do setor e propõe soluções. Esta é a terceira edição da pesquisa elaborada pela CNT. As anteriores foram publicadas em 2002 e 2006. O excesso de tributação foi apontado como um problema grave ou muito grave por 88,2% dos entrevistados. Na sequência estão o excesso de burocracia (84,9%), o elevado custo tarifário (84%), o elevado custo de mão de obra portuária (83,5%), o excesso de tarifação (83%) e a deficiência dos acessos terrestres (73,1%). Os agentes marítimos entrevistados na pesquisa são as empresas que atuam na condição de mandatários dos armadores (proprietários ou afretadores de navios). Eles são considerados um dos principais elos na cadeia logística portuária e têm papel fundamental no desenvolvimento do comércio exterior brasileiro. Questionados sobre quais aspectos devem ser melhorados nos serviços prestados pelas autoridades públicas, os agentes marítimos apontaram
O
tuários
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a burocracia como a maior dificuldade a ser enfrentada nas operações portuárias. Para 67,9% deles, os procedimentos precisam ser simplificados com urgência. Ao todo, 16 órgãos atuam no setor de transporte marítimo brasileiro. De acordo com o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, os portos ainda são um dos principais gargalos do transporte no Brasil. “Além de ampliar os investimentos em infraestrutura, é preciso modernizar os trâmites burocráticos. Portos mais eficientes dinamizam as cadeias produtivas e permitem maior competitividade aos nossos produtos no mercado internacional.” Os resultados da avaliação da infraestrutura e das instalações portuárias apresentados no estudo da CNT também não são positivos. A área do retroporto (área instalada em terrenos próximos a um porto onde são colocados os contêineres usados para carga e descarga de produtos) e o espaço físico disponível da retroárea (espaço operacional do porto com pátios e armazéns) foram considerados inadequados por 44,8% e 53,3% dos agentes entrevistados, respectivamente.
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GARGALOS Burocracia é apontada como a maior dificuldade a ser
“Portos eficientes permitem maior competitividade aos nossos produtos no mercado internacional” SENADOR CLÉSIO ANDRADE, PRESIDENTE DA CNT
“Quando pensamos em portos, não podemos excluir as áreas internas e externas. Se você não tiver uma grande área operacional, com estacionamento para caminhões, com infraestrutura de retroárea, com acessos rápidos aos portos, por rodovias e ferrovias, você estrangula a cidade e impede as operações”, destaca Meton Soares, vice-presidente da CNT e presidente da Fenavega (Federação Nacional das Empre-
sas de Navegação Marítima, Fluvial, Lacustre e de Tráfego Portuário). A deficiência nas instalações portuárias impacta diretamente no tempo de espera das embarcações para movimentar a carga. Em geral, os navios precisam esperar por um berço de atração disponível para realizar a carga e a descarga e, de acordo com os dados da pesquisa, esse período médio é preocupante. Segundo 59,6% dos agentes, o
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HAMBURG SÜD/DIVULGAÇÃO
PRINCIPAIS PROBLEMAS DO SETOR (%)
enfrentada nas operações portuárias
tempo médio de espera por um berço de atracação para o transporte de granéis sólidos é superior a 48 horas. Para Waldemar Rocha Júnior, vice-presidente da Fenamar (Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima), o tempo de espera só será reduzido quando os portos brasileiros se tornarem mais eficientes. “E essa eficiência passa pela realização de obras de dragagem, pela aquisição de equipamentos
mais modernos e pela desburocratização dos procedimentos”, ressalta ele. E todos esses problemas são resultado dos baixos investimentos aplicados nos portos nos últimos anos. Entre 2002 e 2012, o governo federal não investiu mais do que R$ 3,1 bilhões no setor. Em 2011, o valor investido foi de R$ 566,4 milhões e, entre janeiro e outubro de 2012, o montante foi de R$ 273,2 milhões. A ineficiência causada pela
falta de investimentos em operação e gestão impacta diretamente no custo do frete e no preço final dos produtos. Exemplo disso é o elevado custo médio de movimentação de um contêiner no Brasil. Nos portos nacionais, esse valor chega a US$ 200, enquanto nos principais portos europeus como, Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha) e Antuérpia (Bélgica), o valor médio é de US$ 110. Nos asiáticos (Hong Kong, Cingapura e Xangai), US$ 75.
“Se não tiver uma grande área operacional, você impede as operações portuárias” METON SOARES, VICE-PRESIDENTE DA CNT
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CUSTOS
Serviços são elevados Dos 212 agentes entrevistados na Pesquisa CNT do Transporte Marítimo, 187 (88,2%) apontaram os gastos com práticos como um dos itens de maior peso na composição das despesas nos portos. Os gastos com rebocadores foram citados por 69,8% dos agentes, e a mão de obra avulsa, a utilização da infraestrutura de acostagem e a operação do terminal marítimo, por 32,5%, 19,3% e 17,9%, respectivamente. Os agentes entrevistados citaram até três itens. Os rebocadores são embarcações que prestam assistência e reboque a navios maiores em operações de acostagem e desacostagem.
“O problema de hoje não se resolve hoje. Os trâmites para obras nos portos são demorados” WALDEMAR ROCHA JR., FENAMAR
O custo dos serviços de praticagem foi considerado elevado por 87,3% dos agentes que participaram da pesquisa. No entanto, a atividade foi avaliada como boa por 65,6% dos entrevistados. O mesmo acontece com os serviços prestados pelos rebocadores, que foram considerados elevados por 63,2%, mas obtiveram avaliação positiva de 75% dos agentes pesquisados. A praticagem consiste na condução da embarcação de forma segura desde o canal de acesso ao porto até o acesso ao cais. O serviço é prestado por profissionais habilitados pela Marinha do Brasil.
Mesmo com todos esses problemas, o Brasil pode ser considerado um país privilegiado para o desenvolvimento da atividade por possuir uma faixa litorânea com 7.367 km de extensão linear, conferindo enorme potencial para a utilização do transporte marítimo de cargas e passageiros. O sistema portuário brasileiro é composto por 34 portos públicos e 130 TUPs (Terminais de Uso Privativo). Em 2011, 95,9% das cargas
RETROÁREA O espaço físico disponível foi considerado inadequado
exportadas passaram pelos portos nacionais. O volume movimentado no ano foi de 851,6 milhões de toneladas, somando cabotagem e longo curso. Contudo, a expectativa é de melhora no setor depois do anúncio de novos investimentos. Divulgado no início de dezembro, o PIL-Portos (Programa de Investimentos em Logística-Portos) prevê a aplicação, entre 2014 e 2017, de R$ 60,6 bilhões em arrendamentos, concessões e acessos aos terminais.
De acordo com o vice-presidente da CNT, Meton Soares, os investimentos foram bem recebidos pelo setor, mas é preciso ainda definir alguns pontos. Segundo ele, não ficou claro qual parte dos recursos será aplicada pelo poder público e qual virá da iniciativa privada. Além disso, na visão de Rocha Júnior, da Fenamar, os prazos estabelecidos são bastante ousados. “O problema de hoje não se resolve hoje. Os
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por 53,3% dos agentes entrevistados
trâmites para a realização de obras nos portos são bastante demorados”, destaca. Dos R$ 60,6 bilhões anunciados pelo governo federal, R$ 6,4 bilhões serão destinados aos acessos aos portos, um dos principais gargalos identificados pela pesquisa da CNT. De acordo com o levantamento, os acessos rodoviários estão em condições inadequadas para 61,3% dos entrevistados. Entre os principais problemas apre-
sentados estão as travessias por áreas urbanas (34,1%), os engarrafamentos de veículos de carga (31,9%) e os acessos em precário estado de conservação (23,2%). Os acessos ferroviários foram apontados como inadequados por 29,3% dos entrevistados. Os principais problemas existentes neles são a falta de infraestrutura para embarque e desembarque de carga, citado por 33,7%, e aces-
sos em condições precárias, lembrado por 20,2%. A Pesquisa CNT do Transporte Marítimo traz também as informações mais relevantes de infraestrutura e operação dos 13 principais portos marítimos do país em termos de movimentação - Santos (SP), Itaguaí (RJ), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), Vila do Conde (PA), Itaqui (MA), Suape (PE), São Francisco do Sul (SC), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Aratu (BA),
Os acessos rodoviários não têm boas condições para
61,3% dos entrevistados
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AVALIAÇÃO
Programa tem deficiências O Porto Sem Papel, programa da SEP (Secretaria de Portos) lançado em 2010 com a proposta de desburocratizar as operações portuárias, não foi bem avaliado pelos agentes entrevistados pela Pesquisa CNT do Transporte Marítimo. O programa tem a proposta de integrar, em um único banco de dados, as informações de interesse dos diversos órgãos públicos que operacionalizam e gerenciam as estadias de embarcações nos portos marítimos brasileiros. Com o Porto Sem Papel, esperava-se eliminar os trâmites de 112 documentos, em diversas vias, e 935 informações em duplicidade, que são enviadas para seis autoridades conveniadas com o novo sistema. Porém, dos 122 agentes que afirmaram trabalhar em portos onde o programa já foi implantado, 75,4% avaliaram que o mesmo ainda não reduziu o tempo de espera para atracação/operação de navios. Quanto ao impacto nas atribuições dos agentes marítimos, 86,1% dos entrevistados informaram que houve aumento do volume de trabalho, o que indica que o programa não conseguiu eliminar totalmente os procedimentos tradicionais realizados pelas
agências, que ainda precisam operar nos dois sistemas. De acordo com Waldemar Rocha Júnior, vice-presidente da Fenamar (Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima), alguns órgãos continuam exigindo papel, o que causa sobreposição de atividades, aumenta o tempo de execução e eleva os custos. “Agora, além do documento entregue, precisamos digitar os dados no novo sistema, o que faz com que o tempo de trabalho aumente em até quatro horas. Precisamos até contratar novos funcionários para isso.” Segundo ele, cada porto atua de maneira distinta porque falta padronização dos procedimentos no Brasil e isso implica ainda na exigência dos papéis na movimentação de cargas. “Sempre fomos parceiros do programa da SEP na eliminação da papelada. Esperamos assim tirar o poder do carimbo dos servidores que atuam nos órgãos anuentes.” Segundo o último balanço do PAC, lançado em novembro de 2012, o Porto Sem Papel já estava em funcionamento em 26 portos. A previsão da SEP é que, até maio de 2013, o programa esteja implantado em 32 portos públicos.
MERCADO Problemas afetam diretamente a
Itajaí (SC) e Fortaleza (CE). Juntos, eles correspondem a 90% das cargas movimentadas nos portos públicos do país. O Porto de Santos teve a maior movimentação e diversidade de cargas. Em 2011 foram movimentados 86 milhões de toneladas. Entre as principais cargas destacam-se as conteinerizadas, os veículos automotores, os produtos siderúrgicos, papel, os granéis sólidos (açúcar, soja, café, milho e tri-
go), fertilizantes, algodão, carne bovina e carvão mineral, além de granéis líquidos, como combustíveis derivados do petróleo, álcool e suco de laranja. O porto também é um dos mais importantes centros turísticos de cruzeiros marítimos da América Latina. A maior profundidade de canal de acesso e de berço está no Porto de Itaqui, no Maranhão. São 23 metros de profundidade do canal e, nos
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competitividade dos produtos nacionais
PORTO SEM PAPEL • 57,5% dos agentes marítimos entrevistados afirmaram que o programa já foi implantado no porto onde atuam AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
* Para 4,9% dos agentes não houve mudança
berços, ela varia entre 9,5 metros e 19 metros. Entre os 13 portos apresentados na pesquisa, destacamse também Suape (PE), com a maior área total (135 milhões de metros quadrados) e Itaguaí (RJ), com a maior movimentação de granéis sólidos. Em 2011, foram 55,4 milhões de toneladas). Em Paranaguá (PR), está o porto com a maior movimentação de grãos da América Latina. l
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FERROVIA
Passageiros nos trilhos Governo federal prepara novo estudo para a reativação de trechos ferroviários que atenderão ao transporte regional de passageiros POR
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ara resgatar o transporte ferroviário de passageiros no Brasil, o governo federal prepara um novo estudo sobre a viabilidade de reativação do serviço em alguns trechos da malha existente hoje no país. A licitação para o início do levantamento estava prevista para o final de 2012. Os estudos deverão identificar os possíveis trechos da malha ferroviária nacional com potencial para o transporte regional de passageiros. A iniciativa faz parte do Plano de Revitalização das Ferrovias, lançado pelo Ministério dos Transportes em 2003. A proposta do governo é atualizar a ba-
P
se de dados do primeiro estudo realizado na década de 1990 pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Na época, 64 trechos de interesse para o transporte de passageiros foram identificados. Desse total, seis foram considerados prioritários, dos quais dois – 120 km entre Londrina e Maringá (PR) e 80 km entre Bento Gonçalves e Caxias do Sul (RS) – tiveram os estudos finalizados em novembro de 2012. A previsão do governo é que os estudos dos outros quatro trechos sejam finalizados ainda no primeiro semestre de 2013. O levantamento inclui 52 km entre Pelotas e
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NOVAS LINHAS Trechos com estudo em andamento Trecho Pelotas-Rio Grande Salvador-Conceição da Feira-Alagoinhas Codó-Teresina-Altos São Luis-Itapecurú Mirim
Extensão (km) 52
Situação conclusão prevista para janeiro/13
238 205 111
conclusão prevista para abril/13 conclusão prevista para abril/13 conclusão prevista para abril/13 Fonte: Ministério dos Transportes
Rio Grande (RS), com conclusão prevista para o próximo mês de março; 238 km entre Salvador, Conceição de Feira e Alagoinhas (BA); 205 km entre Codó, Teresina e Altos (PI) e 111 km entre São Luís e Itapecurú-Mirim (MA). Os três últimos com previsão de finalização dos estudos entre o final de abril e o início de maio. Na edição nº 189 de maio de 2011, a CNT Transporte Atual apresentou a primeira fase dos estudos que estavam sendo realizados pelo governo. Os trens regionais conectam cidades de portes semelhantes, possuem vários pontos de parada e ultrapassam os limites das áreas urbanas e metropolitanas. Geralmente são integrados com outros sistemas de transporte, como o metrô e os ônibus urbanos. De acordo com Francisco Luiz da Costa, diretor de Planejamento e Avaliação da Política de Transporte do Ministério dos Transportes, depois dos estudos finalizados, a proposta é apresentar os projetos para que os governos estaduais e locais possam dar andamento à implantação dos mesmos. “Não é atribuição formal do Ministério dos Transportes atuar na implementação de trens regionais. A nós cabe o planejamento, que é o que estamos fazendo. Nossa
“A criação de um marco regulatório é um nó estratégico que precisa ser desatado com urgência” PEDRO SOUZA ROCHA,
UFBA
ideia é que seja feito um processo de outorga para a operação dos sistemas. O que pode ser realizado por meio de concessão direta ou mesmo de parceria público-privada”, disse, durante o seminário “Trens Regionais: uma necessidade que se impõe”, realizado no dia 21 de novembro na sede da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), em Brasília (DF). Porém, a falta de um marco regulatório para o sistema de transporte regional de passa-
geiros sobre trilhos pode ser o grande empecilho para o desenvolvimento do programa do governo federal. “A criação de um marco regulatório que defina as regras específicas do transporte ferroviário regional de passageiros é um nó estratégico que precisa ser desatado com urgência”, afirma Pedro Souza Rocha, pesquisador do grupo de estudo do trem regional da UFBA (Universidade Federal da Bahia). O grupo avalia o potencial de implantação do trem regio-
nal entre Salvador, Conceição de Feira e Alagoinhas. De acordo com ele, é preciso lembrar que, na maioria dos trechos, o serviço de transporte de passageiros deve utilizar as linhas que já operam o transporte de cargas e para isso, é extremamente necessário definir quem vai regular, quem vai operar e como deverão ficar as relações de convivência. O compartilhamento da malha tem uma série de implicações, segundo Roberta Marchesi, geren-
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RÔMULO SERPA/AGÊNCIA FULL TIME
DISCUSSÃO Resgate dos trens regionais de passageiros foi tema de seminário na ANTT
te-executiva da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos). Pela legislação vigente, a prioridade de passagem é do trem de passageiros. “Mas é preciso ter isso muito bem definido. Para ser viável, o trem regional tem que operar com regularidade e frequência, e só um marco regulatório vai garantir isso.” Costa, do Ministério dos Transportes, reconhece a necessidade de regulação. “A solução para cada um dos trechos deve acontecer
em nível local ou regional, mas é importante que haja um marco regulatório nacional. Vamos trabalhar para isso”, afirma o diretor. Para Hélio Mauro França, diretor da EPL (Empresa de Planejamento e Logística S/A), além da regulação, é importante que o governo também viabilize a implantação dos projetos, com apoio financeiro. Segundo ele, o trem regional tem uma característica mais social e precisa de subsídio. “O trem regional tende a não ser muito rentável e, por
isso, o apoio do governo é fundamental”, ressalta. O Ministério dos Transportes afirma que é possível realizar parcerias com o Ministério das Cidades para a implantação dos projetos. De acordo com Costa, da diretoria de Planejamento e Avaliação da Política de Transporte do Ministério dos Transportes, o governo federal deverá atuar onde houver a necessidade de construção de novas linhas. Atualmente, o transporte ferro-
viário de passageiros no Brasil é realizado em apenas dois trechos, ambos operados pela Vale. O trem da EFVM (Estrada de Ferro VitóriaMinas) realiza duas viagens diárias – de ida e volta - entre as capitais de Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). Os 664 km são percorridos em 13 horas pelas composições que contam com vagão econômico, vagão executivo e carro-restaurante. Por ano, é realizado o transporte de 1,1 milhão de passageiros. Na EFC (Estrada de Ferro Carajás), as viagens são realizadas entre São Luís, no Maranhão, e Parauapebas, no Pará. Ao todo, são 16 horas de viagem para percorrer os 861 km. O trem parte de São Luís, às segundas-feiras, às quintas-feiras e aos sábados, e faz o sentido inverso, partindo de Parauapebas, às terças-feiras, às sextas-feiras e aos domingos. O trajeto passa por 23 municípios e, a cada viagem, são transportados 1.100 passageiros. Segundo o 1º Balanço do Setor Metroferroviário divulgado pela ANPTrilhos, no final de agosto de 2012, a previsão para o ano era transportar 2,5 bilhões de passageiros em todo o país, incluindo metrôs e trens urbanos. O número representa alta de 10% em relação ao volume transportado em 2011. l
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FISCALIZAÇÃO
eis anos depois da criação, o Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos) deve entrar em funcionamento em janeiro de 2013. Essa é a previsão do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) para que os dispositivos eletrônicos que armazenarão os dados dos veículos comecem a ser instalados em toda a frota nacional. O Siniav foi criado pela resolução nº 212/2006 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) com o objetivo de modernizar a tecnologia dos equipamentos e procedimentos empregados na prevenção, fiscalização e repressão ao furto e roubo de veículos e cargas no país. Além disso, o sistema vai contribuir para a melhoria do trânsito nas cidades brasileiras. De acordo com a nova norma, nenhum veículo automotor, elétrico,
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Monitoramento em tempo real Novo sistema do Denatran deve melhorar o trânsito nas cidades e nas rodovias brasileiras, além de reprimir o furto e o roubo de veículos no país POR
reboque e semirreboque poderá transitar e ser licenciado sem estar equipado com a placa eletrônica de que trata a resolução. Todo o mecanismo funciona por radiofrequência. Um pequeno chip vai ser instalado nos para-brisas dos veículos de passeio. Em outros modelos, como motocicletas, ônibus e carretas, o equipamento deve ser instalado em
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locais diferenciados que possibilitem o funcionamento do sistema. Os aparelhos captam os sinais emitidos por antenas que serão instaladas nas cidades e nas rodovias de todo o país. De acordo com o Denatran, as informações previstas no sistema são aquelas que já são visíveis e públicas, como ano, marca, modelo, combustível usado, potência do motor
e placa do veículo. Números do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), do chassi e os pessoais do proprietário não fazem parte da base de dados do Siniav. Segundo Dario Sassi Thober, diretor do Instituto Wernher Von Braun (que desenvolveu a tecnologia que será usada no novo sistema), para ser identificado, o veículo tem que obrigatoriamente passar
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ARTESP/DIVULGAÇÃO
SISTEMA Antenas semelhantes às do programa Ponto a Ponto devem ser instaladas nas ruas e rodovias
O chip terá custo de até
R$ 5
para o proprietário do veículo
pelo raio de abrangência das antenas, que é de dez metros. “O chip usado nos veículos funciona como um transponder, um rádio que se comunica de maneira autônoma com a antena”, afirma. Entre as aplicações do sistema, como ressalta Thober, está a possibilidade de localizar um carro furtado, evitar a clonagem de placas, fiscalizar a velocidade média dos auto-
móveis e a circulação em locais e horários em que ela for proibida. “A integração do sistema possibilita, por exemplo, que seja alterada a frequência de abertura dos semáforos para reduzir os congestionamentos. Também é possível mudar as regras de restrição a determinados tipos de veículos nas vias públicas quando identificada a necessidade disso”, ressalta.
O Siniav ainda permite o pagamento automático de pedágios, o cruzamento de dados relativos aos veículos e às obrigações do proprietário, como o licenciamento anual e o pagamento de impostos e de multas. No caso de roubo ou furto de veículos, em que o chip seja arrancado, o sistema tem um recurso que invalida o equipamento. “O veículo que não tem
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IDENTIFICAÇÃO NOS VEÍCULOS Conheça detalhes sobre o novo sistema O QUE É SINIAV • Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos • Criado para prevenir, fiscalizar e reprimir o furto e o roubo de veículos e cargas FUNCIONAMENTO • Placas de identificação eletrônica serão instaladas nos para-brisas dos veículos • As placas com as informações que identificam os veículos serão lidas sempre que eles passarem por antenas, que poderão ser fixas ou móveis • As informações serão enviadas simultaneamente à base de dados local do órgão responsável pela instalação da antena e à base de dados nacional, mantida pelo Denatran IMPLANTAÇÃO • Os Detrans de cada Estado são responsáveis pela implantação das placas CUSTO • O proprietário do veículo ficará responsável pelo pagamento do equipamento • O Denatran estima que a taxa não deva ultrapassar R$ 5 • A cobrança deverá ser feita com a taxa de licenciamento PRAZOS • O início está previsto para janeiro de 2013, com a implantação do módulo de emplacamento • No segundo semestre, está prevista a implantação do módulo de identificação (que integra as antenas) • Conclusão com emplacamento de toda a frota é para julho de 2014 VANTAGENS DO SINIAV • Identificação das condições de tráfego • Elaboração de matrizes origem-destino de deslocamentos de veículos, praticamente em tempo real • Determinação confiável da frota circulante no país • Obtenção de dados para o planejamento e gerenciamento de sistemas de transporte público • Mapear os deslocamentos de cargas pelo país • Maior controle da circulação de veículos na área de fronteira. O sistema também possibilita a colocação da placa de identificação veicular eletrônica nos veículos estrangeiros que entrarem no Brasil • Realização de blitz seletiva, com a identificação instantânea dos veículos circulando em situação irregular, qualquer que seja a causa • Fiscalização eletrônica de velocidade e da circulação de veículos em locais ou horários em que tal circulação for proibida • Cobrança automática de pedágios em rodovias Fonte: Denatran
Frota nacional é de
72,2 milhões de veículos
a placa eletrônica, ao passar pela antena, não será reconhecido e um alarme será acionado, facilitando assim a identificação dos veículos que possivelmente foram roubados ou furtados”, destaca Thober. Como a implantação dos chips é obrigatória, os veículos que não possuírem o equipamento serão penalizados com a cobrança de multa e pontuação na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do condutor. A previsão é que, até junho de 2014, o equipamento esteja instalado em toda a frota nacional. Segundo os dados
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INSTITUTO WERNHER VON BRAUN/DIVULGAÇÃO
“O sistema possibilita alterar a frequência de abertura dos semáforos para reduzir o engarrafamento” CHIP Modelo de tag eletrônica que será instalada nos veículos
mais recentes do Denatran, atualizados em abril de 2012, 72.242.959 veículos estavam em circulação no Brasil. A instalação dos chips ficará a cargo dos Detrans (Departamentos de Trânsito) de cada Estado, e o custo do equipamento será repassado aos proprietários dos veículos. De acordo com o Denatran, ainda não está definido o preço da etiqueta eletrônica, mas estima-se algo em torno de R$ 3 ou R$ 5. “A tendência é que os Detrans repassem o valor para o licenciamento dos veículos”, afir-
ma nota enviada à CNT Transporte Atual pelo órgão. Mesmo sendo os responsáveis pela instalação dos chips, os Detrans procurados pela reportagem não comentaram o assunto. Segundo a assessoria de imprensa do Detran do Distrito Federal, o órgão tem conhecimento da data prevista para o início da instalação do sistema, mas até o fechamento desta edição, não havia recebido instruções do Denatran de como proceder. O Detran do Rio de Janeiro não retornou os contatos feitos pela reportagem.
DARIO SASSI THOBER, INSTITUTO WERNHER VON BRAUN
A assessoria do Detran de São Paulo afirma que os estudos sobre a instalação do dispositivo eletrônico nos veículos do Estado já foram iniciados, mas “não existem detalhes sobre esse processo no momento, pois as definições estão sendo acertadas.” No entanto, o Estado já alinhou a tecnologia utilizada na cobrança automática dos pedágios com a que será usada pelo Siniav. “Antes, nossa tecnologia era baseada no modelo europeu, mas a partir de 2011, com os estudos do novo sistema, tomamos a decisão
de alinhar os mecanismos”, explica Giovanni Pengue Filho, coordenador do sistema Ponto a Ponto, que permite o pagamento eletrônico de pedágio por trecho percorrido. De acordo com ele, o alinhamento das tecnologias permite que os usuários tenham em um único chip instalado no veículo várias funções, como a cobrança do pedágio, a identificação dos veículos e, num futuro próximo, até mesmo o pagamento de combustível e a liberação de estacionamentos de condomínios, empresas e shoppings. Por enquanto, as 144 antenas existentes em São Paulo estão instaladas nas praças de pedágio. Nessa primeira experiência, como afirma Pengue Filho, elas têm contribuído para a fluidez do trânsito, principalmente nos trechos rodoviários dentro dos perímetros urbanos, e reduzido o custo de manutenção desses locais. “Com a cobrança automática, os veículos não precisam parar nas vias canalizadas para o pagamento do pedágio, o que alivia congestionamentos e, além disso, ainda contribui para a redução das emissões de gases do efeito estufa”, diz. l
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TRANSPORTE URBANO
Transformação no dia a dia Corredores de ônibus estão na pauta dos projetos de mobilidade de várias cidades brasileiras POR
dealizado para dar fluxo aos veículos do transporte urbano de passageiros e diminuir o tempo de viagem dos coletivos, os corredores de ônibus estão na pauta dos projetos de mobilidade urbana de várias cidades brasileiras. Curitiba (PR) inaugurou a tendência há quase 40 anos. O projeto da capital paranaense recebeu adequações ao longo do tempo e tornou-se referência para que grandes centros, como São Paulo, além de cidades de médio porte, como Uberlândia (MG), também investissem no sistema. Hoje, Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Campinas (SP) são alguns dos municípios que apostam nessa alternativa de transporte. Para Otávio Cunha, presidente
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LETICIA SIMÕES
da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), a instalação dos corredores nas cidades do Brasil era esperada pelo setor havia anos. “A forma maciça como os investimentos foram aplicados reflete o empenho do governo com a infraestrutura do transporte. As aplicações na mobilidade, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento da Copa e das Cidades, foram fundamentais para esse avanço.” De acordo com ele, o setor prevê investimentos de mais de R$ 100 bilhões nos próximos quatro anos para os projetos de mobilidade urbana. O arquiteto e urbanista Carlos Ceneviva, consultor do Instituto Jaime Lerner, escritório respon-
sável pelo projeto dos corredores curitibanos, afirma que, apesar de existirem vários tipos de projetos de corredores de ônibus, a premissa é sempre a mesma: o embarque rápido dos passageiros. “Essa alternativa se adequa em qualquer cidade que tenha um eixo de transporte que gere boa ocupação e integração de outros modos de transporte.” De acordo com Ceneviva, as cidades estão corretas em optarem pelos corredores. “O corredor de ônibus ideal é aquele que possui pistas exclusivas com ônibus de alta capacidade e linhas de integração, como ocorre em Curitiba.” O arquiteto menciona o modelo de corredor da capital paulista que, segundo ele, concentra en-
traves. “Em São Paulo, existe uma faixa de tráfego onde, em determinado trecho, se injetam outras 10, 15 linhas de ônibus, que operam com grau de eficiência diferente uma das outras. Isso propicia a formação de comboios e de filas nos semáforos, ocasionando perda de eficiência do sistema.” São Paulo possui o maior número de corredores do país com 101,7 km de faixas exclusivas. A Secretaria Municipal de Transportes da cidade, por meio de sua assessoria, afirma que, entre 2006 e 2012, a demanda de passageiros cresceu 10,5%, e a oferta de lugares 13,7%, sem a necessidade de aumento da frota e sobrecarga do sistema viário. De acordo com o órgão, isso
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LEVI BIANCO/FUTURA PRESS
foi possível por meio da renovação da frota e da substituição de veículos por modelos maiores e com maior capacidade de transporte. A frota de 15 mil veículos foi renovada em 88% desde 2005, e foi atingida a marca de 57% do total de veículos acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida. A secretaria informa que, atualmente, estão sendo licitados 68,5 km de novos corredores. Ainda conforme o órgão, foram implantados 62,5 km de faixas exclusivas de ônibus entre 2011 e 2012. A medida faz parte do projeto de instalar mais 100 km de novas faixas exclusivas em todas as regiões da cidade. O objetivo é aumentar a velocidade média dos
ônibus em 15%, diminuindo o tempo de viagem. O jornalista Humberto Silva utiliza o corredor Campo LimpoCentro, que corta a região sudoeste da capital paulista, diariamente. Ele diz que os corredores de São Paulo melhoraram muito o deslocamento dos usuários. “Para algumas regiões, não vale a pena utilizar o carro. Percorro um trecho de 15 km. De automóvel, no horário de pico, levaria duas horas. Com o corredor, faço o trecho na metade do tempo.” Ele destaca também o conforto do serviço. “Com o terminal instalado na via, o intervalo de um ônibus para outro ficou menor. O corredor é mais rápido que o sistema convencional.”
O economista e consultor na área de transportes e logística Josef Barat afirma que o trânsito atual das grandes metrópoles brasileiras deve ser levado em conta, antes do planejamento dos corredores. “O incremento das taxas de motorização urbana, demandando mais espaço para a circulação de automóveis, tem se mostrado incompatível com a capacidade das infraestruturas viárias, culminando nos congestionamentos.” De acordo com Barat, com a disputa crescente pelo espaço viário, o transporte coletivo por ônibus tornou-se o “elo mais fraco, apesar de transportar maiores contingentes da população urbana”. Para ele, independente das
alternativas de transporte disponíveis, como o metroferroviário, os corredores de ônibus são importantes para as grandes cidades do país. “Eles devem ser concebidos no âmbito mais abrangente de sistemas multimodais e integrados de transporte público, nos quais trens metropolitanos, metrôs, bondes e ônibus têm o seu papel específico a desempenhar, em termos de capacidade de transporte.” Barat destaca que o projeto de Curitiba deve ser o modelo a ser seguido pelos novos corredores que estão sendo implantados. “Ele integrou efetivamente os corredores de ônibus ao processo de urbanização, como ferramenta do planejamento urbano. O sistema conseguiu de fato oferecer serviços de melhor qualidade aos usuários e aumentar a produtividade média do sistema de transporte coletivo.” Segundo ele, os corredores de São Paulo, apesar de terem desempenhado uma importante função no transporte, deslocando diariamente um volume expressivo de usuários, não tiveram a mesma função. “Eles não se integraram ao planejamento urbano nem instrumentalizaram uma ocupação e uso mais racionais do solo.” Carlos Alberto Sigiliano, diretor da Metra, empresa que atua nos corredores da capital e da
DIOGO MOREIRA/FUTURA PRESS
Região Metropolitana de São Paulo, afirma que, por meio dos corredores, as cidades transportam uma quantidade maior de passageiros com qualidade de transporte melhor e tempo de viagem menor. A Metra opera 13 linhas, em um corredor de 33 km. A empresa pleiteia participar das novas concorrências na capital paulista. De acordo com Sigiliano, uma pesquisa realizada pela companhia, em 2011, revelou que, entre as principais vantagens do corredor, os usuários apontaram a rapidez no serviço prestado como destaque. A conservação e a limpeza dos veículos também foram elogiadas. A blogueira e jornalista Raphaela Cunha utiliza diariamente um dos corredores de São Paulo. Segundo ela, com a faixa exclusiva, os ônibus trafegam mais rápido. “Moro em uma cidade muito grande, e, consequentemente, o número de veículos nas ruas também é enorme. Com a adoção dos corredores, o trânsito ‘desafogou’ e melhorou tanto para o passageiro quanto para quem se desloca em veículo próprio.” O urbanista Benny Schasberg, professor e pesquisador de urbanismo e planejamento urbano da FAU/UnB (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília), afirma que os corredores de ônibus
OPÇÃO Corredores permitem o transporte de mais passageiros e com menos tempo
são uma alternativa viável para as cidades. “O modelo ideal deve priorizar a multimodalidade, integrando inúmeros modais de transporte, sempre priorizando o transporte coletivo e o não motorizado.” Schasberg ressalta que o êxito dos corredores depende do contexto do sistema viário e do uso e ocupação do solo em cada caso urbanístico. “De modo geral, os corredores exclusivos quase sempre são uma opção para o transporte urbano. A qualidade do serviço prestado acaba atraindo mais usuários. Isso faz com que o transporte coletivo seja priorizado.” Segundo o professor, o estudo
técnico de planejamento dos corredores não deve colocar o transporte de modo deslocado ou desintegrado ao uso e ocupação do solo. Dessa maneira, é possível projetar corredores sem que as regiões onde eles sejam instalados se tornem degradadas. “As vias que se transformam em corredores não são necessariamente condenadas à degradação nem ao uso inadequado das áreas lindeiras a eles. É preciso compatibilizar o uso do solo nesses corredores, inclusive com marginais, ciclovias e ciclofaixas, dando acessibilidade às atividades nas avenidas formadas pelos corredores.”
O Rio de Janeiro inaugurou este ano o corredor TransOeste, com extensão de 56 km. O projeto da cidade contempla ainda outros três corredores exclusivos. O TransCarioca, que ligará a região da Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão, deve ser concluído em dezembro de 2013. Já os corredores TransOlímpica e TransBrasil, no final de 2015. Para o secretário de Transportes, Alexandre Sansão, o sistema era visto com desconfiança pelos meios técnico e acadêmico. “Era dito que a solução só era viável para cidades do porte de Curitiba. Essa mentalidade mudou depois
EM OBRAS
Mais cidades apostam nos corredores exclusivos Algumas cidades brasileiras estão apostando nos corredores exclusivos para oferecer um transporte público mais ágil e de melhor qualidade para os usuários. O Rio de Janeiro inaugurou seu primeiro corredor e dá prosseguimento às intervenções necessárias para concluir outros três. Brasília e Belo Horizonte estão com as obras a todo vapor. O Rio está investindo R$ 4,3 bilhões nas obras de três corredores: o TransCarioca, com ligação entre a Barra da Tijuca e o Aeroporto do Galeão; o TransOlímpica, da Barra a Deodoro; e o TransBrasil, que fará a ligação entre o bairro Deodoro e o Aeroporto Santos Dumont. A Secretaria Municipal de Transportes, afirma, por meio de sua assessoria, que a estimativa da autarquia é diminuir o tempo de espera do usuário. A intenção é que o intervalo seja de um minuto a um minuto e meio entre os ônibus.
que especialistas da Colômbia, Estados Unidos, França e de outros países vieram aprender sobre ele, a fim de implantá-lo em suas cidades.” Segundo Sansão, a “flexibilidade” oferecida pelos sistemas BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus), aliada à facilidade de execução dos corredores a um custo baixo, em comparação a outros sistemas de transporte, acabou por disseminar o conceito nas grandes cidades brasileiras. O corredor TransOeste teve investimento de R$ 900 milhões e beneficia 120 mil usuários, segundo a Secretaria de Transpor-
Brasília também iniciou as obras do corredor da cidade. Chamado de Expresso DF, ele será composto por veículos articulados, com capacidade para 160 passageiros; e biarticulados, que podem levar até 200 passageiros. Os novos ônibus vão ligar Gama, Park Way e o Entorno Sul ao Plano Piloto. Segundo a assessoria do DERDF (Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal), autarquia responsável pela execução do Expresso DF, as obras estão orçadas em R$ 530 milhões e têm previsão de ficarem prontas até junho de 2013. Em Brasília, as faixas exclusivas serão nos canteiros centrais, ao longo de quase 42 km de corredor. O novo sistema terá ramais no Gama (8,7 km de extensão) e em Santa Maria (5,3 km). O tempo de viagem no trecho Gama-Santa Maria ao Plano Piloto será reduzido de 90 minutos para 40 minu-
tes. São 56 estações ao longo do trajeto, que teve 50% do tempo de viagem diminuído, entre os bairros Barra-Santa Cruz e Campo Grande. A analista de relacionamento Tâmara Bruck afirma ter aprovado o corredor carioca e espera que os demais também atinjam o mesmo êxito. “O BRT minimizou o trânsito caótico de parte da região oeste do Rio. Espero que, futuramente, toda a rede possa se integrar a outros meios menos poluentes, como o transporte sobre trilhos e bicicletas.” Alexandre Castro, gerente do TransOeste, afirma que o
tos. Atualmente, 10% da obra está concluída. Em Belo Horizonte, assim como em Brasília, o BRT está sendo viabilizado com recursos do PAC da Copa, ao valor total de R$ 1,2 bilhão. De acordo com Rogério Carvalho, gerente de coordenação da mobilidade urbana da BHTrans, empresa que administra o trânsito na cidade, o projeto inicial prevê dois corredores, mas existe a possibilidade de ampliação. “Eles estão em implantação, com previsão de serem concluídos em meados do ano que vem.” Segundo Carvalho, o Corredor Antônio Carlos e o Corredor Cristiano Machado transportam, hoje, 400 mil e 300 mil passageiros ao dia, respectivamente. “Um dos objetivos do BRT é aumentar em 10% o número de usuários nos dois corredores. Ambos cortam o vetor norte, que é a região de principal crescimento da cidade.” A projeção é de que, em
corredor tem superado expectativas. “A pesquisa feita pelo instituto Mapear no início de julho mostrou um índice de satisfação de 90%, sendo a principal razão a rapidez. Entre os entrevistados, 50% disseram que estão levando menos da metade do tempo de viagem.” De acordo com a Secretaria de Transportes, a velocidade comercial na cidade do Rio é de menos de 20 km/h. Segundo o último plano diretor, no TransOeste chega a 36 km/h. “Nas grandes metrópoles, a principal forma de mobilidade da população precisa se dar por transporte público. Hoje, apenas 18% das pes-
média, 400 ônibus articulados circulem nas duas vias. O gerente esclarece que a topografia não é indicada para ônibus biarticulados. O cabeleireiro Heitor Rosa acredita que o BRT de BH pode atrair quem se desloca em veículo próprio. “Com conforto, praticidade e tempo de viagem reduzido, o sistema tende a atrair um maior número de usuários. Além disso, vai diminuir a superlotação atual.” Campinas apostou nos corredores exclusivos e vai contar com dois grandes corredores radiais e outros dois interligados, que vão transportar 300 mil passageiros por dia. O secretário de Transportes, André Ribeiro, afirma que as intervenções devem começar entre maio e junho de 2013. “Os projetos executivos indicam três anos de obras.” Serão investidos, aproximadamente, R$ 1,1 milhão oriundo do PAC.
soas que utilizam esse meio o fazem em modos de alta capacidade”, diz Sansão. Para Otávio Cunha, da NTU, a demora das cidades em optar por essa alternativa está ligada às particularidades de cada aparelho de transporte. “Além do aporte financeiro, o que define o momento de investir é a capacidade que cada sistema apresenta.” Segundo Cunha, com a instalação dos novos corredores exclusivos, o setor espera uma “sensível melhora, ou mesmo uma revolução, na qualidade do transporte coletivo oferecida até então à população.” l
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SAÚDE
Resultado positivo Ação do Sest Senat e da PRF atende mais de 7,9 mil motoristas nas rodovias de todo o Brasil durante o ano de 2012 POR LIVIA
projeto Comandos de Saúde nas Rodovias contabiliza bons resultados em 2012. Nas três edições do programa realizadas durante o ano, 7.950 motoristas foram atendidos nas rodovias de todo o Brasil. Desde o seu lançamento, em 2006, mais de 63 mil motoristas já participaram das ativi-
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CEREZOLI
dades. A ação acontece simultaneamente em todas as 27 Unidades Federativas do país. Em 2012, 46 cidades receberam o programa. O projeto é uma parceria do Sest Senat e da Polícia Rodoviária Federal e tem como objetivo principal promover o bem-estar e cuidar da saúde dos motoristas profissionais.
Com a realização de exames rápidos, o Comandos detecta fatores de risco à saúde dos trabalhadores em transporte, como pressão alta, obesidade, estresse e sonolência, e orienta os motoristas a procurarem atendimento. São realizados, aproximadamente, 30 testes, incluindo glicemia, colesterol, porcen-
tagem de gordura, pressão, acuidade visual e auditiva e frequência cardíaca. Os motoristas são parados pelos policiais rodoviários e convidados a participar da blitz. Não existe fiscalização de documentos do caminhão ou da carga. A ação tem caráter apenas social e de prestação de serviço. Para o instrutor da PRF, Daniel Rezende Bomfim, o sucesso do programa é resultado da parceria realizada entre as duas instituições. “A rede do Sest Senat permite que o Comandos seja levado para todo o Brasil. Essa é uma parceria de extrema importância que vem dando bons resultados”, afirma. A cada etapa, um tema principal é trabalhado. Nas duas primeiras edições de 2012, foram abordados assuntos como a importância da atividade física e a saúde do homem. Na última edição, realizada em 28 de novembro, a importância da preservação ambiental fez parte das orientações passadas aos motoristas. Nos anos anteriores, foram trabalhadas questões como alcoolismo, sono-
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FOTOS JÚLIO FERNANDES/CNT
INICIATIVA Programa do Sest Senat e da PRF promove o bem-estar dos motoristas
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lência na direção e cuidados com a coluna. No Distrito Federal, a última edição do Comandos de Saúde de 2012 ocorreu na BR040, no Posto de Atendimento da Polícia Rodoviária Federal, região administrativa de Santa Maria. Um pouco acima do peso e com a pressão alterada, o motorista Marcos Antônio Santos Sena, de 50 anos, afirma que os cuidados com a saúde nem sempre são levados a sério. “Falta tempo para ir ao médico. Como trabalho com produtos perecíveis, meus horários são complicados. Não consigo parar para fazer os exames. Participar dessa atividade foi ótimo. Já saí com o encaminhamento médico para ser atendido”, diz. Paulo Monteiro de Freitas, de 32 anos, participou do Comandos pela primeira vez e, mesmo confirmando que também deixa a saúde um pouco de lado, foi aprovado em todos os testes. De acordo com ele, os únicos exames que realiza são os periódicos, exigidos anualmente pela empresa onde trabalha. “Sei que
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ATENÇÃO O motorista Marcos Antônio Sena realiza exame de acuidade auditiva
“A rede do Sest Senat permite que o Comandos seja levado para todo o Brasil” DANIEL REZENDE BOMFIM, PRF
deveria me cuidar mais, mas nunca dá tempo. Fiquei feliz porque os exames estão bons, mas reconheço que preciso me esforçar, fazer uma atividade física, quem sabe.” Na ação do Distrito Federal, a novidade da última edição do Comandos de Saúde nas Rodovias de 2012 foi a realização dos testes rápidos para detecção dos vírus HIV e hepatites B e C. A iniciativa marcou o Dia Mundial de Luta Con-
tra a Aids, comemorado em 1º dezembro. Segundo a médica do Ambulatório de Saúde do Homem do DF, Maria Aparecida Narciso, a Aids e as hepatites B e C são as três grandes patologias que mais acometem os homens e, por isso, merecem atenção especial. “Estamos trabalhando com os motoristas porque eles são um grupo vulnerável. Para tratar todas as doenças, precisamos conhecer quem são os
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portadores e quais são os seus hábitos”, explica. Antes de realizar os testes, os motoristas passaram por um aconselhamento sobre a importância da prática do sexo seguro. De acordo com Maria Aparecida, nem todos os homens usam de forma correta o preservativo, o que gera um risco de contaminação das doenças. “Pode parecer estranho, mas muitos homens usam o preservativo de forma errada, não têm cuidado ao abrir a embalagem e se expõem ao risco de infecção. Nosso trabalho aqui é muito mais de prevenção. Passamos orientações que vão proteger esses motoristas.” O resultado do teste sai em apenas 40 minutos e, independentemente se positivo ou negativo, os motoristas recebiam aconselhamento de psicólogos e médicos presentes no local. O caminhoneiro Jacobson Cavalcante de Andrade, de 44 anos, realizou o teste pela primeira vez e elogiou a iniciativa. “Nunca tive problema em fazer o teste de HIV. Acho importante saber como está a nossa saúde, porque só assim é pos-
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PREVENÇÃO Pela primeira vez, o caminhoneiro Jacobson Cavalcante realizou o teste de HIV
sível cuidar.” Também realizando o exame pela primeira vez, o motorista de ônibus de turismo Raimundo de Souza, 43 anos, diz que a orientação é fundamental porque “infelizmente nem todo mundo tem consciência do risco que corre e sabe a importância disso.” Os motoristas que foram parados e convidados a participar da blitz educativa também tiveram a oportunidade de conhecer sobre os serviços ofereci-
Desde o início do programa,
63 mil motoristas foram atendidos
dos pelo Sest Senat. “Além dos exames, o motorista recebe informações sobre a estrutura que tem à disposição no Sest Senat para a realização de cursos de qualificação e formação profissional, atendimentos na área de saúde, como odontologia, fisioterapia e psicologia, e atividades de esporte e lazer”, destaca Daiane Rodrigues Pimentel, promotora de esporte e lazer da unidade de Samambaia, no Distrito Federal. l
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SEST SENAT
Qualidade e segurança Unidade de Uberlândia ganha ônibus para treinamento de novos motoristas PRESENÇA Deputado Leonídio Bouças deputado Gilmar Machado, prefeito eleito
POR JACY DIELLO
om a finalidade de formar novos motoristas profissionais e elevar a oferta de mão de obra especializada, o Sest Senat desenvolve em todas as unidades do país o programa de Formação de Motoristas para o Mercado de Trabalho. Para ministrar as aulas práticas do projeto, a unidade de Uberlândia recebeu, no dia 22 de outubro, a doação de um ônibus. O coletivo, cedido pelo Grupo Duarte,
C
foi entregue pelo presidente da empresa, José Duarte, ao presidente da Confederação Nacional do Transporte e do Sest Senat, senador Clésio Andrade. Durante a solenidade, o presidente da CNT destacou a importância de incentivar os jovens a ingressarem no setor de transporte. “Tenho que agradecer ao José Duarte pelo ato, e tenho certeza de que este ônibus não vai só colaborar para o trabalho do Sest Senat como também
com a sociedade. Cada jovem que passar por aqui sairá com uma profissão, que vai transportar milhares de pessoas e ajudar a movimentar ainda mais a economia de Uberlândia”, destacou Clésio Andrade. Uberlândia é a segunda maior cidade de Minas Gerais. Atualmente, quatro empresas operam a frota de 373 veículos do transporte urbano de passageiros, que transporta mais de 176 mil usuários/dia.
E é para garantir a qualidade desse serviço que o Programa de Formação de Motoristas para o Mercado de Trabalho atua. A intenção do projeto é formar, gratuitamente, condutores que irão atuar no transporte de cargas e de passageiros. Um dos pré-requisitos para participar é que o candidato já possua Carteira de Habilitação nas categorias C, D ou E. Os cursos são ministrados por instrutores das unidades do
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OTÁVIO MELLO
(MG); Rosania Medeiros, diretora da unidade de Uberlândia; senador Clésio Andrade; José Duarte, presidente do Grupo Duarte; de Uberlândia; Waldemar Araújo, presidente da Fetram, e Rubens Lessa, diretor da empresa Turilessa (da esq. para dir.)
Sest Senat no país e têm como objetivo atender à carência verificada no setor de transporte de cargas e de passageiros. Cada treinamento possui, no mínimo, 160 horas/aula, divididas em módulos básico, intermediário, especializado e prático. “Com esse ônibus poderemos ampliar o treinamento prático e devolver ao mercado motoristas mais qualificados. Em janeiro, devemos abrir nossa primeira turma do curso de formação vol-
tada para o transporte coletivo de passageiros”, disse a diretora da unidade de Uberlândia, Rosania Medeiros. Este é o segundo ônibus que o Grupo Duarte disponibiliza para o Sest Senat em Minas Gerais. A unidade de Juiz de Fora também já recebeu a doação da companhia, que arcará ainda com as despesas de manutenção e combustível. O presidente do Grupo Duarte, ao contar parte da trajetória de criação da
CNT e do Sest Senat, ressaltou que continuará a contribuir com as unidades em cidades onde a empresa atua. “Essa é uma pequena contribuição da nossa parte para quem já fez tanto pelo sistema Sest Senat, para quem já fez tanto por nós.” Clésio Andrade enfatizou ainda a importância da presença do prefeito eleito de Uberlândia, o deputado federal Gilmar Machado (PT). Ele aproveitou a oportunidade
para anunciar uma nova parceria com a CNT e o Sest Senat. “Assim que assumirmos o mandato, vamos viabilizar uma área no município para que a CNT e o Sest Senat possam construir um estacionamento para os motoristas descansarem. Essa é uma necessidade de Uberlândia, e juntos nós vamos conseguir viabilizar”, garantiu. Participaram também da cerimônia de entrega do coletivo o presidente da Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais) e do Conselho Regional do Sest Senat em Minas Gerais, Vander Francisco Costa; o presidente da Fetram (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais), Waldemar Araújo; o presidente do Settrim (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Triângulo Mineiro), Ari de Souza; e o representante do Sindett (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Triângulo Mineiro), José Luiz Rissato. l
COPA SOCIETY
POR KÁTIA MAIA
onfraternização e integração. Essas talvez tenham sido as duas palavras mais repetidas durante toda a Copa Sest Senat de Futebol Society realizada pela primeira vez em nível nacional. Os atletas que participaram do torneio foram unânimes em considerar a competição uma oportunidade para motivar cada vez mais os trabalhadores do setor de transporte. “Esses projetos vêm beneficiar o setor porque é um incentivo a mais dentro da empresa, sabendo que ele vai ter a oportunidade de participar de um evento que o Sest Senat proporciona e outros também”, avaliou Mauro Daleve, coordenador de promoção social do Sest Senat de Bento Gonçalves (RS). Para Patrícia Ferreira, diretora do Sest Senat de Florianópolis, a Copa é uma oportunidade que significa maior “visibilidade da organização e integração, sob o ponto de vista do esporte, na vida das pessoas, trazendo qualidade de vida, respeito, disciplina. Questões que a gente pode trabalhar”, disse. A Copa de Futebol Society reuniu equipes de todo o país. Ao todo, 6.720 atletas se envolveram no campeonato, que te-
C
CAMPEÃ
Gol de placa Ação realizada em nível nacional motiva ve sua semifinal e final no Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22 de outubro. Quatro equipes viajaram até a capital fluminense para disputar o título: Governador Valadares (MG), Macapá (AP), Fortaleza (CE) e São José do Rio Preto (SP). O vencedor, Governador Valadares/Rodoban, disputou a final com Macapá/Capital Morena e levou o título de 1º lugar num jogo bastante disputado. Segundo definiu o quarto-zagueiro da equipe, Edmilson, “o time de Macapá deu muito trabalho e valo-
rizou a nossa equipe. O time deles jogou muito. Não foi fácil”. Para os jogadores de Macapá, ter chegado à final e disputado o primeiro lugar já foi uma vitória, apesar do resultado e da tristeza pela derrota, no fim do jogo, (placar de 5 x 4), todos tinham em mente que competir ainda é o melhor negócio. “Jogo é jogo, não tem como dizer quem é melhor, quem é pior. O time adversário soube lidar com o jogo e venceu. Mas minha equipe é vitoriosa. Chegou até aqui, contra tudo e contra todos. Não foi fá-
cil. As viagens que nós tivemos. Mas eles estão de parabéns”, avaliou Cesar Lage, coordenador do Sest Senat de Macapá. Para o jogador Wilton Fabricio, de Macapá, o importante foi participar. “Queria agradecer a equipe do Sest Senat por ter realizado esse campeonato, integrando a classe dos motoristas de transporte”, complementou. Ele lembra que para a sua equipe o caminho até a final foi longo: “fizemos um jogo muito difícil em Porto Velho, por conta do clima quente e seco. Fomos
SEST SENAT/DIVULGAÇÃO
A equipe Governador Valadares/Rodoban foi a grande vencedora da edição de 2012 de Copa Sest Senat de Futebol Society
do Sest Senat e integra os trabalhadores em transporte para Maceió também, e enfrentamos dificuldades. Em Santa Catarina pegamos frio, quando o nosso Estado é quente, mas quem trabalha, Deus ajuda”. Para a grande maioria dos atletas, a Copa Sest Senat de Futebol Society foi uma oportunidade para conhecer novas pessoas, lugares, culturas e sotaques”, destacou o goleiro de São José do Rio Preto (SP), Felix Pardo Bianchi Júnior. Segundo ele, “o contato com jogadores de outras regiões foi enriquecedor porque tudo é muito diferente, a
pessoa fala diferente, a gente ri, eles riem da gente e a gente deles, mas o objetivo é um só: fazer amigos e confraternizar”, disse. A disputa pelo segundo e terceiro lugares também foi marcada por muita emoção. Os times de São José do Rio Preto/Circular Santa Luzia e Fortaleza/Empresa Vitória entraram em campo cheios de disposição, porém com uma trajetória de conquistas nem sempre fácil, como lembrou Fábio Caucaia, da empresa Vitória (Fortaleza). “A gente jogou contra equipes duras, mas a gen-
te tem potencial. Tivemos muita dificuldade em Rondonópolis (MT), mas graças a Deus conseguimos bons resultados.” “O campeonato foi desde o início uma oportunidade de integração entre os colaboradores das unidades do Brasil inteiro, das empresas de transporte e da equipe de trabalho do Sest Senat”, avaliou Vanessa Coelho Melo, diretora da unidade de Governador Valadares. O jogador Denilson, ex-seleção brasileira, esteve presente na final da Copa de Futebol So-
ciety do Sest Senat. Ele, que entregou a premiação aos vencedores, elogiou o Sest Senat pela iniciativa. “É um ponto muito positivo dentro da área do esporte porque pode proporcionar essa alegria. Tirar um caminhoneiro que passou praticamente o ano inteiro nessas estradas perigosas e dar essa alegria”, afirmou. A Copa começou em nível municipal. Em sua fase local, cada uma das 64 unidades que participaram realizou um campeonato com no mínimo seis equipes. Um trabalho que mobilizou centenas de pessoas. “A gente percebeu, desde o momento em que começou a realizar os eventos nas cidades, o envolvimento, o interesse, a satisfação dos trabalhadores em poder acompanhar”, lembrou Sidnei da Costa Rocha, promotor de esporte e lazer do Sest Senat de Santa Catarina. A recíproca é verdadeira para as empresas. A gerente de RH da empresa Vitória, da equipe do Ceará, Graça Moreira, acompanhou seu time na final do Rio de Janeiro. Para ela, a Copa Society de Futebol do Sest Senat fortalece o compromisso, a motivação e a união do grupo. “Ela movimenta internamente a energia positiva dentro da empresa”, diz. l
Estat铆stico, Econ么mico, Despoluir e Ambiental
FERROVIÁRIO MALHA FERROVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM Total Nacional Total Concedida Concessionárias Malhas concedidas
30.051 28.614 11 12
BOLETIM ESTATÍSTICO RODOVIÁRIO MALHA RODOVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM TIPO
PAVIMENTADA
NÃO PAVIMENTADA
TOTAL
Federal 64.165 Estadual Coincidente 17.255 Estadual 110.842 Municipal 26.827 Total 219.089
12.817 5.173 111.334 1.234.918 1.364.242
76.982 22.428 222.176 1.261.745 1.583.331
MALHA RODOVIÁRIA CONCESSIONADA - EXTENSÃO EM KM Adminstrada por concessionárias privadas 15.365 Administrada por operadoras estaduais 1.195 FROTA DE VEÍCULOS Caminhão Cavalo mecânico Reboque Semi-reboque Ônibus interestaduais Ônibus intermunicipais Ônibus fretamento Ônibus urbanos Nº de Terminais Rodoviários
2.354.052 481.307 936.917 708.231 16.640 40.000 22.870 105.000
11.738 8.066 1.674 7.136 28.614
MATERIAL RODANTE - UNIDADES Vagões Locomotivas Carros (passageiros urbanos)
100.924 3.045 1.670
PASSAGENS DE NÍVEL - UNIDADES Total Críticas
12.289 2.659
VELOCIDADE MÉDIA OPERACIONAL Brasil EUA
25 km/h 80 km/h
AEROVIÁRIO AERÓDROMOS - UNIDADES Aeroportos Internacionais Aeroportos Domésticos Outros aeródromos - públicos e privados
32 34 2.638
173
AQUAVIÁRIO INFRAESTRUTURA - UNIDADES Terminais de uso privativo misto Portos
122 37
FROTA MERCANTE - UNIDADES Embarcações de cabotagem e longo curso
156
HIDROVIA - EXTENSÃO EM KM E FROTA Rede fluvial nacional Vias navegáveis Navegação comercial Embarcações próprias
MALHA POR CONCESSIONÁRIA - EXTENSÃO EM KM ALL do Brasil S.A. FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A. MRS Logística S.A. Outras Total
AERONAVES REGISTRADAS NO BRASIL - UNIDADES Transporte regular, doméstico ou internacional Transporte não regular: táxi aéreo Privado Outros Total
MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS MODAL
44.000 29.000 13.000 1.549
505 918 5.749 6.711 13.883
MILHÕES
(TKU)
PARTICIPAÇÃO
(%)
Rodoviário
485.625
61,1
Ferroviário
164.809
20,7
Aquaviário
108.000
13,6
Dutoviário
33.300
4,2
Aéreo
3.169
0,4
Total
794.903
100
74
CNT TRANSPORTE ATUAL
JANEIRO 2013
BOLETIM ECONÔMICO
INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES*
R$ bilhões
Investimentos em Transporte da União (dados atualizados novembro/2012)
20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0
Investimentos em Transporte da União por Modal (total pago acumulado - até novembro/2012) (R$ 8,81 bilhões) 0,939
17,53
(11%)
8,81
0,325 (4%)
5,57
7,503 (84%)
3,24
0,050 (1%)
Autorizado Valor Pago do Exercício Total Pago Restos a Pagar Pagos Obs.: O Total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores
CIDE - 2012
(R$ Milhões)
Arrecadação no mês outubro/20121 -3 Arrecadação no ano (2012) 2.733 Investimentos em transportes total pago* em 2012 (com recursos de 2012 e de anos anteriores)2 2.752 Investimentos em transportes total pago* em 2012 (apenas com recursos de 2012)3 2.043 CIDE não utilizada em transportes (2012) 690 Total Acumulado CIDE (desde 2002) 75.998 O Decreto nº 7.764 (junho de 2012) zerou a alíquota da CIDE. Não haverá arrecadação a partir dessa data. * O Total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores e se refere apenas a investimentos federais. 1 - Segundo a Receita Federal, a arrecadação negativa do mês de outubro se deve a retificação/compensação tributária. 2 - Inclui investimentos realizados com recursos da CIDE arrecadados no exercício corrente e em anos anteriores. 3 - Inclui investimentos realizados com recursos da CIDE arrecadados apenas no exercício corrente. Obs: são considerados todos os recursos não investidos em infraestrutura de transporte.
Arrecadação X Investimento Federal Total Pago: Recursos da CIDE
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Aéreo
CONJUNTURA MACROECONÔMICA - NOVEMBRO/2012
PIB (% cresc a.a.)1 Selic (% a.a.)2 IPCA (%)3 Balança Comercial4 Reservas Internacionais5 Câmbio (R$/US$)6
2011
acumulado em 2012
últimos 12 meses
expectativa para 2012
2,7 11,00 6,50 29,79
0,7
0,9
1,3 7,25 5,43 20,00
7,25 4,38 17,38
5,45 21,76
352,01
378,61
-
1,87
2,09
2,07
90 75,9
Observações: 1 - Expectativa de crescimento do PIB para 2012 2 - Taxa Selic conforme Copom 28/11/2012
54 36,0
36
3 - Inflação acumulada no ano e em 12 meses até novembro/2012 4 - Balança Comercial acumulada no ano e em 12 meses até novembro/2012 (US$ bilhões). 5 - Posição dezembro/2011 e novembro/2012 em US$ bilhões
18
6 - Câmbio de fim de período 23/11/2012, média entre compra e venda.
0
9 6 8 7 5 4 2 3 0 1 200 200 200 200 200 200 200 200 201 201 Arrecadação Acumulada CIDE
2 201
Investimento Federal Total Pago Acumulado
CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, Lei 10.336 de 19/12/2001. A partir do Decreto nº 7.764 de 22.06.2012, as alíquotas da CIDE ficam reduzidas a zero. O antigo decreto nº 7.591 (outubro de 2011) estabeleceu as alíquotas de R$0,091/litro (para a gasolina) e de R$0,047/litro (para o diesel). Os recursos da CIDE são destinados ao subsídio e transporte de combustíveis, projetos ambientais na indústria de combustíveis e investimentos em infraestrutura de transporte. Obs: Alteração da alíquota CIDE conforme decretos vigentes.
Fontes: Receita Federal (outubro/2012), COFF - Câmara dos Deputados (novembro/2012), IBGE e Focus (Relatório de Mercado 30/11/12), Banco Central do Brasil.
8
R$ bilhões
72
* Veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO DO SETOR DE TRANSPORTE BRASILEIRO: R$ 405,0 BILHÕES (PLANO CNT DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA 2011)
CNT TRANSPORTE ATUAL
JANEIRO 2013
75
BOLETIM DO DESPOLUIR DESPOLUIR
PROJETOS
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Sest Senat lançaram em 2007 o Programa Ambiental do Transporte - DESPOLUIR, com o objetivo de promover o engajamento de empresários, caminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em transporte e da sociedade na construção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
• Redução da emissão de poluentes pelos veículos • Incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador • Aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais de transporte • Cidadania para o meio ambiente
RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS ESTRUTURA
NÚMEROS DE AFERIÇÕES 2012
2007 A 2011
ATÉ OUTUBRO
NOVEMBRO
191.320
10.308
590.470 Aprovação no período 87,50%
TOTAL 792.098
Federações participantes
20
Unidades de atendimento
68
Empresas atendidas 90,17%
Caminhoneiros autônomos atendidos
88,19%
90,66%
Para participar do Projeto Redução da Emissão de Poluentes pelos Veículos, entre em contato com a Federação que atende o seu Estado. FEDERAÇÃO FETRANSPORTES
11.2632-1010
FETRANCESC
SC
48.3248-1104
FETRANSPAR
PR
41.3333-2900
FETRANSUL
RS
51.3374-8080
FETRACAN
AL, CE, PB, PE, PI, RN e MA
81.3441-3614
FETCEMG
MG
31.3490-0330
FENATAC
DF, TO, MS, MT e GO
61.3361-5295
RJ
21.3869-8073
AC, AM, RR, RO, AP e PA
92.2125-1009
ES
27.2125-7643
BA e SE
71.3341-6238
RJ
21.3221-6300
RN, PB, PE e AL
84.3234-2493
FETRAM
MG
31.3274-2727
FEPASC
SC e PR
41.3244-6844
CEPIMAR
CE, MA e PI
85.3261-7066
FETRAMAR
MS, MT e RO
65.3027-2978
AM, AC, PA, RR e AP
92.3584-6504
FETRASUL
DF, GO, SP e TO
62.3598-2677
FETERGS
RS
51.3228-0622
FETRANSPORTES FETRABASE FETRANSPOR FETRONOR
FETRANORTE
O governo brasileiro adotou o biodiesel na matriz energética nacional, através da criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel e da aprovação da Lei n. 11.097. Atualmente, todo o óleo diesel veicular comercializado ao consumidor final possui biodiesel. Essa mistura é denominada óleo diesel B e apresenta uma série de benefícios ambientais, estratégicos e qualitativos. O objetivo desta publicação é auxiliar na rotina operacional dos transportadores, apresentando subsídios para a efetiva adoção de procedimentos que garantam a qualidade do óleo diesel B, trazendo benefícios ao transportador e, sobretudo, ao meio ambiente.
8
71.3341-6238
SP
FETRAMAZ
Passageiros
27.2125-7643
BA e SE
FETRANSCARGA
Conheça abaixo duas das diversas publicações ambientais que estão disponíveis para download no site do DESPOLUIR:
TELEFONE
ES
FETCESP
FETRABASE
Carga
UFs ATENDIDAS
10.700
PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIR
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
SETOR
9.217
Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br
Em Janeiro de 2012, entrou em vigor a fase P7 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) para veículos pesados. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) considera que este fato tem impactos significativos no setor, uma vez que novos elementos fazem parte do dia a dia do transportador rodoviário. Nesse contexto, a CNT elaborou a presente publicação, com o objetivo de disseminar informações importantes a respeito do tema. O trabalho apresenta ao setor as novas tecnologias e as implicações da fase P7 em relação aos veículos, combustíveis e aos ganhos para o meio ambiente.
76
CNT TRANSPORTE ATUAL
JANEIRO 2013
CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL
BOLETIM AMBIENTAL
CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE (em milhões de m3)
2009 EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL (EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA)
EMISSÕES DE CO2 POR SETOR CO2 t/ANO 1.202,13 140,05 136,15 48,45 47,76 1.574,54
SETOR
Mudança no uso da terra Industrial* Transporte Geração de energia Outros setores Total
(%) 76,35 8,90 8,65 3,07 3,03 100,00
PARTICIPAÇÃO
Rodoviário Aéreo Outros meios Total
38,49
Ferroviário
0,83
2%
1,08
3%
1,18
3%
Hidroviário
0,49
1%
0,14
0%
0,14
0%
35,68 100%
37,7
100%
36,38
% 97%
(até setembro)
(%) 90,46 5,65 3,88 100,00
44,76
44,29
49,23
52,26
41,11
Gasolina 25,17
25,40
29,84
35,49
29,02
Etanol
16,47
15,07
10,89
7,08
PARTICIPAÇÃO
13,29
* Inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc) ** Dados atualizados em 28 de outubro de 2012.
EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO DIESEL - 2009**
80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
60% 50% 40% CO2 NOx CO NMHc MP
30% 20% 10% 0%
Automóveis GNV Comerciais Leves (Otto) Motocicletas * Inclui veículos movidos a gasolina, etanol e GNV ** Dados fornecidos pelo último Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários – MMA, 2011.
Ônibus Urbanos
Caminhões Pesados
Japão EUA Europa
Ônibus Caminhões Comerciais Leves Rodoviários (Diesel) médios
Caminhões Leves
NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - OUTUBRO 2012
QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL TEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL (em ppm de s)* 10 15 10 a 50
21,3%
0,0% 18,6% 22,8%
CE: Fortaleza, Aquiraz, Horizonte, Caucaia, Itaitinga, Chorozinho, Maracanaú, Euzébio, Maranguape, Pacajus, Guaiúba, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante, Pindoretama e Cascavel. PA: Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Benevides e Santa Isabel do Pará. PE: Recife, Abreu e Lima, Itapissuma, Araçoiaba, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, Camaragibe, Olinda, Igarassu, Paulista, Ipojuca, Itamaracá e São Lourenço da Mata. Frotas cativas de ônibus dos municípios: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e São Paulo. RJ: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Nilópolis, Duque de Caxias, Niterói, Guapimirim, Nova Iguaçu, Itaboraí, Paracambi, Itaguaí, Queimados, Japeri, São Gonçalo, Magé, São João de Meriti, Mangaratiba, Seropédica, Maricá, Tanguá e Mesquita. SP: São Paulo, Americana, Mairiporã, Artur Nogueira, Mauá, Arujá, Mogi das Cruzes, Barueri, Mongaguá, Bertioga, Monte Mor, Biritibamirim, Nova Odessa, Caçapava, Osasco, Caieiras, Paulínia, Cajamar, Pedreira, Campinas, Peruíbe, Carapicuíba, Pindamonhangaba, Cosmópolis, Pirapora do Bom Jesus, Cotia, Poá, Cubatão, Praia Grande, Diadema, Ribeirão Pires, Embu, Rio Grande da Serra, Embuguaçu, Salesópolis, Engenheiro Coelho, Santa Bárbara d’ Oeste, Ferraz de Vasconcelos, Santa Branca, Francisco Morato, Santa Isabel, Franco da Rocha, Santana de Parnaíba, Guararema, Santo André, Guarujá, Santo Antônio da Posse, Guarulhos, Santos, Holambra, São Bernardo do Campo, Hortolândia, São Caetano do Sul, Igaratá, São José dos Campos, Indaiatuba, São Lourenço da Serra, Itanhaém, São Vicente, Itapecerica da Serra, Sumaré, Itapevi, Suzano, Itaquaquecetuba, Taboão da Serra, Itatiba, Taubaté, Jacareí, Tremembé, Jaguariúna, Valinhos, Jandira, Vargem Grande Paulista, Juquitiba e Vinhedo.
Brasil
% 97%
VOLUME
34,46
39,81 100%
Diesel
EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO OTTO* - 2009**
CO2 NOx NMHc CO CH4
VOLUME
CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões de m3)* TIPO 2008 2009 2010 2011 2012**
EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE CO2 t/ANO 123,17 7,68 5,29 136,15
Rodoviário
VOLUME
Total
*Inclui processos industriais e uso de energia
MODAL
2011
2010 % 97%
MODAL
50**
11,4%
27,7% 16,8%
500 ou 1800***
Demais estados e cidades * Em partes por milhão de S – ppm de S ** Municípios com venda exclusiva de S-50 *** Consultar a seção Legislação no Site do DESPOLUIR: www.cntdespoluir.org.br
Teor de Biodiesel 22,8% Outros 0,0%
Pt. Fulgor 16,8% Enxofre 11,4%
Corante 21,3% Aspecto 27,7%
ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - OUTUBRO 2012
Trimestre Anterior Trimestre Atual
30 25
% NC
20
11,9
15
5,1
10 5
1,1 0,0
2
2,3
1,1
AP 2,041 2
BA 2,315 1,396
CE 1,101 0,865
1,7
3,7
DF 1,724 4,167
ES 3,741 2,015
7,2 1,6
1,8
0,0
MA 1,61 2,222
MG 1,754 1,888
MS 0 0
6,2
2,3
2,6
1,6
1,9
1,4
2,7
PA 2,273 2,177
PB 2,614 2,679
PE 1,556 2,253
PI 1,927 1,667
PR 1,422 1,505
RJ 2,708 2,041
9,5 0,0
2,3
1,1
0,7
2,3
2,2
0
AC 0 0
AL 1,078 2,941
AM 11,85 18,38
GO 5,128 8,989
Percentual relativo ao número de não-conformidades encontradas no total de amostras coletadas. Cada amostra analisada pode conter uma ou mais não-conformidades.
MT 7,192 7,847
RN 6,193 5,734
RO 0 0
RR 36,36 29,49
RS 2,264 1,556
SC SE 1,124 0,654 1,688 0
SP 2,222 1,533
TO 9,524 9,524
Brasil 2,345 2,326
EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE POLUENTES
PRINCIPAIS FONTES
CARACTERÍSTICAS
EFEITOS SAÚDE HUMANA
1
Monóxido de carbono (CO)
Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.
Gás incolor, inodoro e tóxico.
Diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. Aspirado em grandes quantidades pode causar a morte.
Dióxido de Carbono (CO2)
Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.
Gás tóxico, sem cor e sem odor.
Provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.
Metano (CH4)
Resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e fixas3, atividades agrícolas e pecuárias, aterros sanitários e processos industriais4.
Gás tóxico, sem cor, sem odor. Quando adicionado a água torna-se altamente explosivo.
Causa asfixia, parada cardíaca, inconsciência e até mesmo danos no sistema nervoso central, se inalado.
MEIO AMBIENTE
Causam o aquecimento global, por serem gases de efeito estufa.
Compostos orgânicos voláteis (COVs)
Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e processos industriais4.
Composto por uma grande variedade de moléculas a base de carbono, como aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves.
Causa irritação da membrana mucosa, conjuntivite, danos na pele e nos canais respiratórios. Em contato com a pele pode deixar a pele sensível e enrugada e quando ingeridos ou inalados em quantidades elevadas causam lesões no esôfago, traqueia, trato gastro-intestinal, vômitos, perda de consciência e desmaios.
Óxidos de nitrogênio (NOx)
Formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo presentes na atmosfera e queima de biomassa e combustíveis fósseis.
O NO é um gás incolor, solúvel. O NO2 é um gás de cor acastanhada ou castanho avermelhada, de cheiro forte e irritante, muito tóxico. O N2O é um gás incolor, conhecido popularmente como gás do riso.
O NO2 é irritante para os pulmões e Causam o aquecimento global, diminui a resistência às infecções por serem gases de efeito estufa. respiratórias. A exposição continuada ou frequente a níveis elevados pode provocar Causadores da chuva ácida5. tendência para problemas respiratórios.
Ozônio (O3)
Dióxido de enxofre (SO2)
Material particulado (MP)
Formado pela quebra das moléculas dos hidrocarbonetos liberados por alguns poluentes, como combustão de gasolina e diesel. Sua formação é favorecida pela incidência de luz solar e ausência de vento.
Gás azulado à temperatura ambiente, instável, altamente reativo e oxidante.
Resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e processos industriais4.
Provoca irritação e aumento na produção de muco, desconforto na Gás denso, incolor, não inflamável respiração e agravamento de e altamente tóxico. problemas respiratórios e cardiovasculares.
Causa o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa. Causador da chuva ácida5, que deteriora diversos materiais, acidifica corpos d'água e provoca destruição de florestas.
Conjunto de poluentes constituído de poeira, fumaça e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso. Possuem diversos tamanhos em suspensão na atmosfera. O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para causar problemas à saúde, quanto menores, maiores os efeitos provocados.
Altera o pH, os níveis de pigmentação e a fotossíntese das plantas, devido a poeira depositada nas folhas.
Resultado da queima incompleta de combustíveis e de seus aditivos, de processos industriais e do desgaste de pneus e freios.
Provoca problemas respiratórios, irritação aos olhos, nariz e garganta.
Incômodo e irritação no nariz e garganta são causados pelas partículas mais grossas. Poeiras mais finas causam danos ao aparelho respiratório e carregam outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer.
Causa destruição e afeta o desenvolvimento de plantas e animais, devido a sua natureza corrosiva. Além de causar o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa.
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1. Em 12 de junho de 2012, segundo o Comunicado nº 213, o Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, em inglês), que é uma agência da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou a fumaça do diesel como substância cancerígena (grupo 1), mesma categoria que se encontram o amianto, álcool e cigarro. 2. Fontes móveis: motores a gasolina, diesel, álcool ou GNV. 3. Fontes fixas: Centrais elétricas e termelétricas, instalações de produção, incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos. 4. Processos industriais: procedimentos envolvendo passos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala. 5. Chuva ácida: a chuva ácida, também conhecida como deposição ácida, é provocada por emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) de usinas de energia, carros e fábricas. Os ácidos nítrico e sulfúrico resultantes podem cair como deposições secas ou úmidas. A deposição úmida é a precipitação: chuva ácida, neve, granizo ou neblina. A deposição seca cai como particulados ácidos ou gases.
Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br
“A atual logística de transporte é um dos principais fatores críticos para o sucesso na produção de alimentos no país” DEBATE
O crescimento de safras pode ser comprometido pela falta de
O maior problema no agronegócio nacional CARLOS FÁVARO
temporada da safra 2012/13 pode dar aos brasileiros o título de maior produtor de soja no mundo, superando os americanos. Projeções do Ministério da Agricultura indicam que o Brasil pode colher algo em torno de 80 milhões de toneladas, superando o ano passado, onde alcançamos 75 milhões de toneladas da oleaginosa. Há argumentos de sobra para justificar a safra recorde: cresce a demanda, especialmente na Ásia, os estoques mundiais sofreram retração e os preços estão elevados, muito acima da média histórica, e com uma boa perspectiva para o próximo ano. E há ainda muita disposição para crescer, tanto por parte dos agricultores quanto pela oferta de áreas aptas para agricultura. Segundo estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária há 11,4 milhões de hectares propícios para o cultivo de grãos em Mato Grosso, o que poderia elevar a nossa produção de soja e milho a quase 90 milhões de toneladas, sem a necessidade de abertura de novas áreas. Mas a atual logística de transporte é um dos principais fatores críticos para o sucesso na
A
CARLOS FÁVARO Produtor de alimentos em Lucas do Rio Verde (MT) e presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso
produção de alimentos no país. A infraestrutura logística é considerada o maior problema no agronegócio nacional. A carência e até mesmo a ausência de investimentos no setor é ainda mais impactante nos custos dos insumos utilizados na produção de soja e milho quanto na formação dos preços das commodities produzidas. Na Argentina, apesar da logística ser baseada também no modal rodoviário, a região agrícola encontra-se em um raio de cerca de 400 km dos portos. Nos EUA, apesar das longas distâncias, o modal hidroviário, o mais barato entre as opções existentes, é o principal meio de transporte de grãos naquele país, sendo que 60% do transporte de produtos é feito em hidrovias. No Brasil, esse percentual é de apenas 11%. O escoamento da produção de soja em Mato Grosso custa aproximadamente US$ 100 a mais por tonelada transportada do que nos Estados Unidos. Enquanto que de Sorriso (MT) até o porto de Santos (SP), e de lá para a China, o produtor brasileiro arca com cerca de US$ 171 por tonelada, no Estado americano de Illinois esse valor é de US$ 70 por tonelada. Estamos desperdiçando um
dos modais mais eficientes, baratos e menos poluentes. Temos rios que podem ser explorados para a navegação comercial no centro da produção de grãos do país, e não usamos, exemplifico as hidrovias Paraguai Paraná e Teles PiresJuruena–Tapajós como duas hidrovias prioritárias e que estão no “gatilho” para serem viabilizadas, basta a vontade política de fazer. Somente com a implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós seria possível reduzir os custos com frete de Mato Grosso, acessando os portos do Norte, em 55%. Estimativas do Movimento Pró-Logística indicam que a economicidade geraria anualmente um impacto de R$ 2 bilhões na economia. Temos uma condição fantástica de continuar crescendo com sustentabilidade, mas precisamos destravar o país. Não faltam recursos, inclusive é notório o interesse internacional em investir nas obras de infraestrutura e logística brasileiras. E fazem isso porque reconhecem a viabilidade e o potencial que temos. Ao governo cabe priorizar os marcos regulatórios e liberar as licenças necessárias e no tempo hábil, sem toda a tradicional demora e burocracia existente atualmente.
“O processo de desenvolvimento do Brasil implica, também, a garantia da segurança alimentar de sua população em todos os níveis”
infraestrutura?
Situação pode gerar colapso no armazenamento IRINEU LORINI
processo de desenvolvimento do Brasil implica, também, a garantia da segurança alimentar de sua população em todos os níveis. A produção de alimentos e demais produtos agrícolas, em quantidade e qualidade, deve ser resultado de aumento da produção, por meio do incremento na produtividade; da ocupação de áreas não utilizadas e/ou de baixa produtividade e da redução das perdas que ocorrem nos diversos elos da cadeia produtiva, de tal forma que seja possível melhorar o abastecimento interno e elevar a competitividade do setor agrícola. A próxima safra de grãos deve chegar aos 182,2 milhões de toneladas na previsão inicial da Conab. Os maiores volumes são soja e milho, sendo que a soja teve aumento significativo de produção de 853%, passando de 9,7 milhões de t. na safra 1977/78 para 82,8 milhões na de 2012/13. Como enfrentar esse rápido crescimento com a infraestrutura? A capacidade de silos e armazéns do Brasil, de acordo com os dados constantes no Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, coordenado pela Conab, está em 143.171.555 de t. sendo
O
118.192.927 a granel e 24.978.628 para sacarias. A maior concentração da capacidade estática brasileira está na região Sul, com 41,7%, seguida pela região Centro-Oeste, com 34,1%, região Sudeste, com 16%, Nordeste, com 6,2%, e região Norte, com 2%. Esse déficit é responsável pelo aparecimento de vários tipos de formas emergenciais de armazenamento que colaboram com o aumento das perdas e desperdícios de alimentos e de outros problemas no escoamento da safra. O agravamento dessa situação com evolução da produção agrícola para os próximos anos tende a aumentar os problemas no recebimento e estocagem dos produtos, ocasionando problemas, também, no abastecimento. Para demonstrar a gravidade do assunto, cita-se: a ocorrência de qualquer obstáculo para o escoamento das exportações do complexo soja tem resultado em dificuldades para estocagem da safra, provocando filas de caminhões nos armazéns e estradas no interior; e a concentração e agilização cada vez maior da colheita da soja que demanda uma capacidade maior e mais ágil de recepção nas unidades.
Para se ter uma boa armazenagem com uma logística de acomodação dos grãos produzidos, é necessário que a capacidade estática seja 25% superior ao total produzido. Considerando isso, a capacidade estática brasileira deveria estar em torno de 227 milhões de t. para enfrentar a nova safra já instalada. Ao contrário, o país enfrenta uma defasagem de cerca de 40 milhões de capacidade de armazenamento, o que pode levar a um colapso do setor pela falta de infraestrutura. No momento, o setor passa a se organizar, e o governo sinaliza com um Plano Nacional de Armazenagem, para induzir o suprimento desse déficit de infraestrutura armazenadora, visando suprir a quantidade de silos e armazéns. Outra sinalização da melhoria da qualidade e competitividade do grão começou em 2012 com a Certificação de Unidades Armazenadoras, por meio da lei de armazenagem, e a Instruções Normativas 41 e 29 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, processo ímpar no mundo e que colocará o Brasil na vanguarda da qualidade de alimentos para o consumidor.
IRINEU LORINI Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Embrapa e presidente da Abrapos (Associação Brasileira de Pós-Colheita)
CNT TRANSPORTE ATUAL
JANEIRO 2013
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“Estudos da CNT, em todos os modais, apontam os ganhos que o país teria com uma melhor infraestrutura de transporte” CLÉSIO ANDRADE
OPINIÃO
Por uma infraestrutura de portos eficiente
T
emos sido insistentes na defesa de uma infraestrutura completa de transporte para o desenvolvimento do país. Porque somos convictos dos prejuízos provocados por estradas em péssimas condições de tráfego, pelas limitações nos trilhos de trens, pelas dificuldades de movimentação em aeroportos e portos. Estudos da CNT, em todos os modais, apontam, com argumentos irrefutáveis, os ganhos que o país teria com uma melhor infraestrutura de transporte. Em dezembro, apresentamos o potencial e os gargalos do transporte marítimo brasileiro na Pesquisa CNT do Transporte Marítimo 2012. Um país com extensão litorânea privilegiada, com grande potencial para o transporte marítimo de passageiros e cargas, cujo volume total exportado pelos portos chega a 95,9% de tudo que comercializamos para fora, deve aperfeiçoar seus mecanismos de transporte no modal a fim de apresentar logística mais eficiente que permita mais competitividade ao produto nacional no mercado global. O transporte marítimo é o modal mais apropriado ao comércio exterior. Porém, mesmo fazendo esforços adicionais para compensar nossas deficiências estruturais, há sempre algum grau de comprometimento em nossa logística que representa custos adicionais, diminuição de lucros e/ou encarecimento dos nossos produtos. Está em nossa Pesquisa do Transporte Marítimo 2012 amostra de nossos tropeços operacionais e gerenciais nos portos. O custo médio de movimentação de um contêiner nos portos brasileiros está por volta de US$ 200, enquanto na Europa, Roterdã, Hamburgo e Antuérpia, o valor
médio está em US$ 110, na Ásia, a média cai para US$ 75. O impacto dessa diferença é embaraçoso para nossos objetivos comerciais. A Pesquisa CNT do Transporte Marítimo consultou a opinião dos principais usuários, os chamados agentes marítimos, que acusaram, entre os problemas mais graves, a elevada tributação, os transtornos causados pela dificuldade de acesso terrestre e os altos custos da mão de obra portuária, além do excesso de burocracia. Sobre este, o programa Porto Sem Papel, da Secretaria de Portos do governo federal, cuja finalidade era eliminar os trâmites de mais de uma centena de documentos e duplas informações enviadas para diversas autoridades portuárias, ainda não cumpriu seu objetivo e, efetivamente, não propiciou celeridade nas autorizações dos órgãos anuentes nem reduziu o tempo de espera para atracação e operação dos navios. O governo anunciou, também em dezembro, o Programa de Investimentos em Logística para os Portos, com a participação da iniciativa privada, para modernizar e aumentar a movimentação portuária com menores tarifas. Pelos planos do governo, devem ser investidos R$ 60,6 bilhões até 2017, com a promessa de regulação da praticagem e melhora da infraestrutura. A CNT espera ansiosamente pela viabilização do programa. Caso contrário, o país não vai falir, não vai deixar de crescer e alcançar novos patamares de desenvolvimento econômico e social. Mas, certamente, não teremos o crescimento que esperamos, e nosso desenvolvimento será sempre de uma república subdesenvolvida, muito aquém do que merecem os brasileiros.
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CNT TRANSPORTE ATUAL
CNT CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE PRESIDENTE Clésio Andrade VICE-PRESIDENTES DA CNT TRANSPORTE DE CARGAS
JANEIRO 2013
José Severiano Chaves Eudo Laranjeiras Costa Antônio Carlos Melgaço Knitell Eurico Galhardi Francisco Saldanha Bezerra Jerson Antonio Picoli João Rezende Filho Mário Martins
Escreva para CNT TRANSPORTE ATUAL As cartas devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes
DOS LEITORES
Newton Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO
Meton Soares Júnior TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
Jacob Barata Filho TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS
José Fioravanti PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
Marco Antonio Gulin Otávio Vieira da Cunha Filho TRANSPORTE DE CARGAS
Flávio Benatti Pedro José de Oliveira Lopes TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS
José da Fonseca Lopes Edgar Ferreira de Sousa
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
Luiz Anselmo Trombini Urubatan Helou Irani Bertolini Pedro José de Oliveira Lopes Paulo Sérgio Ribeiro da Silva Eduardo Ferreira Rebuzzi Oswaldo Dias de Castro Daniel Luís Carvalho Augusto Emílio Dalçóquio Geraldo Aguiar Brito Viana Augusto Dalçóquio Neto Euclides Haiss Paulo Vicente Caleffi Francisco Pelúcio
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS
Glen Gordon Findlay Paulo Cabral Rebelo
Edgar Ferreira de Sousa José Alexandrino Ferreira Neto José Percides Rodrigues Luiz Maldonado Marthos Sandoval Geraldino dos Santos Éder Dal’ Lago André Luiz Costa Diumar Deléo Cunha Bueno Claudinei Natal Pelegrini Getúlio Vargas de Moura Bratz Nilton Noel da Rocha Neirman Moreira da Silva
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Rodrigo Vilaça Júlio Fontana Neto TRANSPORTE AÉREO
Urubatan Helou José Afonso Assumpção CONSELHO FISCAL (TITULARES) David Lopes de Oliveira Éder Dal’lago Luiz Maldonado Marthos José Hélio Fernandes CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Waldemar Araújo André Luiz Zanin de Oliveira José Veronez Eduardo Ferreira Rebuzzi DIRETORIA TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO
Hernani Goulart Fortuna Paulo Duarte Alecrim André Luiz Zanin de Oliveira Moacyr Bonelli George Alberto Takahashi José Carlos Ribeiro Gomes Roberto Sffair Luiz Ivan Janaú Barbosa José Roque
Luiz Wagner Chieppe Alfredo José Bezerra Leite Lelis Marcos Teixeira José Augusto Pinheiro
Fernando Ferreira Becker
Victorino Aldo Saccol
Eclésio da Silva
Raimundo Holanda Cavacante Filho Jorge Afonso Quagliani Pereira Alcy Hagge Cavalcante
PESQUISA DE RODOVIAS A pesquisa divulgada pela CNT é mesmo um retrato do nosso país. Rodovias cheias de problemas que encarecem nossos produtos e colocam em risco a vida de milhares de brasileiros. Na reportagem publicada na revista CNT Transporte Atual, vê-se claramente que o setor precisa de investimento e planejamento em longo prazo. Obras emergenciais não resolvem os problemas do país. Márcio Octávio Souto Ibotirama/BA MADEIRA-MAMORÉ Interessante a reportagem sobre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A história da construção da ferrovia se confunde com o desenvolvimento da região Norte do Brasil. Espero que o projeto de revitalização de um pequeno trecho da estrada seja mesmo levado adiante. Preservar o nosso patrimônio, mesmo que seja dando uma nova função a ele, é essencial. A história do Brasil agradece.
automotiva mundial. Nossos veículos, de uma forma geral, cada vez mais proporcionam segurança e conforto. As tecnologias já existentes no mundo e apresentadas na revista CNT Transporte Atual mostram como o setor tem evoluído ao longo dos anos. Infelizmente, algumas coisas ainda vão demorar a chegar no Brasil. Sílvia de Abreu Resende/RJ PORTO DE LE HAVRE O Brasil deveria aprender com o modelo de logística aplicado nos portos europeus. A reportagem sobre o porto francês de Le Havre mostra como é possível ter eficiência em uma atividade complexa e tão essencial. Temos mais de 7.000 km de costa marítima, mas perdemos em gestão e operação para países muito menores. Já era hora de mudar essa realidade. Luciene Ferreira Lages/SC
Gerson Castro Moura Anápolis/GO CARTAS PARA ESTA SEÇÃO
TECNOLOGIA AUTOMOTIVA É incrível a capacidade tecnológica da indústria
SAUS, quadra 1, bloco J Edifício CNT, entradas 10 e 20, 10º andar 70070-010 - Brasília (DF) E-mail: imprensa@cnt.org.br Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes