EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT
CNT
ANO XX NÚMERO 230 NOVEMBRO 2014
T R A N S P O R T E
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Alerta nas
rodovias
Pesquisa CNT mostra que 62,1% das rodovias apresentam deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via
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REPORTAGEM DE CAPA A 18ª Pesquisa CNT de Rodovias aponta que mais de 60% dos trechos avaliados apresentam algum problema no pavimento, na sinalização ou na geometria da via; número de pontos críticos passou de 250 para 289 em um ano Página 22
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ANO XX | NÚMERO 230 | NOVEMBRO 2014
ENTREVISTA
Paulo Gordilho fala sobre portos secos e integração modal PÁGINA
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EMISSÕES • Inventário elaborado pela Anac apresenta os poluentes emitidos pelo transporte aéreo nos últimos anos PÁGINA
CAPA SERGIO ALBERTO/CNT
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AQUAVIÁRIO
Instalação de terminal privado ganha fôlego
EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT CONSELHO EDITORIAL Bernardino Rios Pim Bruno Batista Etevaldo Dias Lucimar Coutinho EDITOR
Americo Ventura Mtb 5125
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Tiragem: 40 mil exemplares
Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual
PÁGINA
TECNOLOGIA
Comodidade e mais segurança na direção PÁGINA
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www.
cnt.org.br
Pesquisa CNT de Rodovias em detalhes
A Confederação Nacional do Transporte preparou uma página destinada exclusivamente à Pesquisa CNT de Rodovias 2014. No endereço http://pesquisarodovias.cnt.org.br/ é possível acessar o relatório geral da 18ª edição do levantamento, as informações por Estado, os principais dados, o ranking dos melhores e piores trechos, mapas interativos, além de fotos, que documentam as condições de rodovias por todo o país. Edições anteriores da pesquisa também estão no portal. O conteúdo completo está disponível para download.
MEIO AMBIENTE • Oficinas mecânicas investem no descarte correto de resíduos gerados em suas atividades PÁGINA
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MOBILIDADE
Especialistas alertam para a necessidade de mudar hábitos PÁGINA
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Seções Opinião
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Duke
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Mais Transporte
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Tema do mês
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Boletins
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Alexandre Garcia
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Cartas
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Feira em Berlim atrai interesse para o Brasil PÁGINA
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OUTUBRO ROSA
Sest Senat realiza ações contra o câncer de mama PÁGINA
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“Os números da última Pesquisa CNT de Rodovias são preocupantes e apontam problemas em mais de 60% dos trechos avaliados” CLÉSIO ANDRADE
OPINIÃO
O transporte como prioridade
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s rodovias do Brasil apresentam uma grave situação que aumenta os custos logísticos e os riscos a toda a população. Milhares de pessoas perdem a vida nas estradas brasileiras. Só em 2013, nas rodovias federais, foram mais de 8.000 mortes em mais de 180 mil acidentes. Os números da última Pesquisa CNT de Rodovias são preocupantes e apontam problemas em mais de 60% dos trechos avaliados. Para reverter esse quadro, são necessárias medidas, como aumentar o volume de investimentos, conseguir investir os valores autorizados, priorizar obras essenciais e ter visão sistêmica sobre o setor. Em 2015, começa uma nova fase no país, com mudanças no Executivo e no Legislativo. No dia em que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff firmou o compromisso de abrir o diálogo e instituir mudanças no Brasil. É isso que o setor de transporte espera. Que a presidente, em seu novo mandato, esteja aberta a ouvir o setor sobre quais são as demandas para as rodovias e os outros modais (ferroviário, aquaviário e aéreo). Que o transporte possa ser visto como prioridade em seus planos de ação. Recentemente, a CNT divulgou o documento “O que o Brasil precisa em transporte e logística”, contendo as propostas da confederação para os candidatos à Presidência. O documento é baseado em estudos da CNT, com destaque para o Plano CNT de Transporte e Logística 2014, que indica a necessidade de quase R$ 1 trilhão para
melhorar a infraestrutura de transporte no país. Nesse documento, estão as recomendações para que ocorra inovação, transformação e dinamização do transporte e da logística. É necessário e urgente adequar e expandir a infraestrutura e tomar medidas importantes para haver redução de burocracia e de custos. De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2014, há diversas situações preocupantes, como aumento no número de pontos críticos (quedas de barreiras, buracos grandes e outros), curvas perigosas sem sinalização, pavimento destruído em alguns trechos. Ampliar investimentos e conseguir aplicar de fato os recursos disponíveis são grandes desafios. É preciso reinventar a forma de gerenciar. O Plano CNT de Transporte e Logística 2014 indica a necessidade de mais de R$ 290 bilhões somente para as rodovias. Nos últimos anos, o governo tem conseguido investir cerca de R$ 8 bilhões por ano em rodovias. O modal corresponde a mais de 60% do transporte de cargas e a mais de 90% do transporte de passageiros. A CNT identificou a necessidade de mais de 600 intervenções, entre construção, adequação, duplicação, pavimentação e recuperação do pavimento. Obras de duplicação da BR-262, BR251, BR-116 e BR-135 estão entre as de destaque. Rodovias em bom estado de conservação são fundamentais para o desenvolvimento do país, para a redução de acidentes e para a sustentabilidade.
“Os portos secos ou Clia têm como principal função servir como logística para as operações de comércio exterior, principalmente
ENTREVISTA
PAULO CATHARINO GORDILHO - PRESIDENTE DA ABEPRA
Elo de inte POR
undamentais para o desenvolvimento da logística nacional, os chamados portos secos contribuem para aproximar as zonas alfandegadas dos mercados de consumo, liberando áreas próximas aos portos e aeroportos e reduzindo o tempo de atendimento na retirada da mercadoria, bem como na redução dos custos de transporte e de armazenagem. Porém, no Brasil, a falta de infraestrutura de transporte e da integração modal ainda impede que as operações nesses recintos sejam realizadas de maneira adequada, afetando a competitividade
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LIVIA CEREZOLI
dos produtos brasileiros. De acordo com Paulo Catharino Gordilho, presidente da Abepra (Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Regimes Aduaneiros), os portos secos são um importante elo de uma cadeia maior em que a multimodalidade desempenha papel importante. “A falta de integração modal afeta o desempenho global do comércio exterior brasileiro”, ressalta ele nesta entrevista concedida à CNT Transporte Atual. Segundo a Receita Federal, portos secos são recintos alfandegados de uso público, situados em zonas secundárias de fronteira – as zonas
primárias são basicamente os portos marítimos e os aeroportos, por onde chegam ou saem as mercadorias do país. Nos portos secos são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. Atualmente, o Brasil conta com 63 portos secos, dos quais 59 são operados pela iniciativa privada, por meio de concessões, de acordo com informações da Abepra. Dados da associação apontam que a movimentação nesses recintos alfandegados chega a 850 mil unidades de contêineres de importa-
ção por ano. Isso representa, aproximadamente, 20% de toda a movimentação de contêineres desembarcados em portos brasileiros. Gordilho também destaca na entrevista a seguir a diferença na operação dos portos secos, dos marítimos ou dos aeroportuários e questões relacionadas à legislação que rege o setor. Acompanhe mais detalhes. Qual a principal função de um porto seco? Os recintos alfandegados de área secundária, chamados portos secos ou Clias (Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros), têm como principal
ELO DE INTEGRAÇÃO
plataforma nas importações”
gração função servir como plataforma logística para as operações de comércio exterior, principalmente nas importações, além de poder operar todos os regimes aduaneiros em vigor, o que lhes confere agilidade incomparável em operações logísticas de comércio internacional. Quais operações são realizadas nesses terminais? Nesses recintos são realizados o trânsito aduaneiro de contêineres e mercadorias soltas; a separação e o içamento de cargas especiais; a pesagem, o cintamento e a contagem de mercadorias; a movimentação e a armazenagem de
mercadorias desunitizadas (retiradas do contêiner) ou na mesma unidade de carga em que for transportada; a expedição de mercadorias importadas após desembaraço aduaneiro; a pesagem de veículos, contêineres e volumes; a admissão de mercadorias e bagagem desacompanhada sob regime de trânsito aduaneiro, procedente de portos, aeroportos ou fronteiras; o atendimento completo à importação por meio dos regimes aduaneiros especiais; a gestão de estoques nacionalizados ou sob regime aduaneiro; o posicionamento de componentes em linhas de montagem externas; a admissão de mercadorias, am-
paradas em nota fiscal, para serem exportadas; a admissão de contêineres vazios para utilização de cargas; a movimentação e a armazenagem de mercadorias para unitização de cargas (colocação no contêiner); a pesagem de veículos, contêineres e volumes; e a expedição das mercadorias para exportação após o desembaraço aduaneiro. Qual a diferença entre a atuação dos portos secos e dos portos marítimos ou hidroviários? Os recintos alfandegados
instalados em zonas secundárias são estações aduaneiras voltadas para as necessidades logísticas da indústria, do comércio e do mercado consumidor. Esses locais têm mais mobilidade pela capacidade de operar com desenvoltura os diversos regimes aduaneiros. Além disso, a peculiaridade de estarem localizados em regiões mais próximas dos mercados consumidores confere aos portos secos mais competitividade, se considerarmos o conjunto das operações aduaneiras e logísticas realizadas no país.
Qual o volume de carga movimentada no último ano nos portos secos do país? Quais os principais produtos? De forma geral, os setores que mais operam em recintos alfandegados de zona secundária são o automobilístico, o fármaco, o eletroeletrônico, o de informática e o de projetos industriais. Consequentemente, os principais produtos movimentados nesses locais estão ligados a esses setores. Estima-se que trafeguem pelos portos secos ou Clias, de todo o Brasil, cerca de 850 mil unidades de contêineres de importação. Esse volume representa, aproximadamente, 20% do movimento de contêineres desembarcados em portos brasileiros. O país conta hoje com 63 portos secos. Esse número é suficiente para atender à demanda de carga? Desse total, a iniciativa privada opera 59 unidades instaladas no Brasil. Atendemos à demanda atual e estamos preparados para atender o crescimento do país nos próximos 20 anos. Temos disponíveis cerca de 6 milhões de metros quadrados alfandegados, onde foram realizados investimentos em segurança, confiabilidade e eficiência, exigidos pelos diversos intervenientes. Qual a importância dos portos secos para a logística nacional? Esses recintos são plata-
formas operacionais que podem fazer de tudo em relação à logística de comércio exterior. Seja na área fiscal, com a operação de regimes aduaneiros controlados pela aduana, seja como Centro de Distribuição Alfandegado ou não Alfandegado, com condições de fornecer uma enorme gama de serviços de guarda, controle e manutenção dos estoques de mercadorias, bem como sua colocação em linhas de montagem externas. Muito se fala do esgotamento do setor portuário brasileiro. Essa é uma realidade dos portos secos também? Os investimentos realizados garantem que os portos secos existentes ainda atenderão por muitos anos à demanda. O sistema, atualmente em funcionamento, com ajuste à lei em vigor no prazo dos contratos, poderia trazer importantes ganhos com consequentes reflexos na redução das tarifas dos serviços prestados. No entanto, admitimos a necessidade de expansão do sistema em regiões pontuais. Nesse sentido, destacaria a licitação feita recentemente em Suape, Pernambuco, para a instalação de um novo porto seco, que já está funcionan-
PARTICIPAÇÃO Recintos alfandegados
“Os investimentos que se tem realizado garantem que os portos secos existentes ainda atenderão por muitos anos à demanda”
do desde o início de outubro. A Receita Federal ajustou com o TCU (Tribunal de Contas da União) um modelo exemplar de edital de licitação da qual participaram cinco empresas que já operam recintos alfandegados em outras regiões. Todo o processo durou aproximadamente 18 meses, e a empresa vencedora já tem a unidade funcionando plenamente. De que maneira o excesso de processos burocráticos atrapalha as operações realizadas nesses locais? De forma geral, não se sente excesso de processos buro-
ABEPRA/DIVULGAÇÃO
respeitando rigorosamente a legislação aduaneira.
“Os portos secos são um elo de uma cadeia em que a multimodalidade desempenha papel importante” movimentam 20% das cargas conteineirizadas que chegam aos portos do país
cráticos nas operações realizadas nos terminais. Além disso, não se pode encarar o processo aduaneiro apenas na área dos portos secos. Ele é um conjunto de medidas que atinge a todos os recintos alfandegados em operação no país. Se olharmos para o conjunto das operações, podemos ver que os processos aduaneiros estão se descomplicando cada vez mais. Contudo, não se pode nunca esquecer que fundamentalmente têm de ser mantidas a segurança e a confiabilidade das operações. Podemos destacar que o nosso sistema conta com todos os órgãos
federais anuentes em um só lugar, facilitando e agilizando a liberação das cargas. Quais alterações a chamada Lei dos Portos (lei nº 12.815/13) trouxe para o funcionamento dos portos secos? Essa nova lei nada mudou em termos da organização e da operação do nosso setor, pelo fato de tratar basicamente de questões relacionadas com a zona primária das operações (porto marítimo e retroporto), dentro da poligonal traçada nos diversos portos organizados. Os recintos alfandegados de zo-
na secundária estão localizados em áreas privadas, fora da poligonal dos portos organizados. Em 2013, a MP nº 612, que estabelecia mudanças para a instalação de portos secos no Brasil, perdeu o prazo e não foi votada. Qual o impacto disso no setor? Estruturalmente, esse fato produziu pouco impacto. O setor continua com a mesma dimensão e funcionando normalmente, como vem fazendo ao longo do tempo, atendendo às demandas do mercado de comércio externo e
Um dos principais problemas do escoamento da produção nacional, principalmente a agrícola, é a falta de armazéns no Brasil. Como os portos secos podem auxiliar nesse sentido? Recintos alfandegados de zona secundária trabalham basicamente com importação de mercadorias conteinerizadas, cargas de projetos, veículos ou de dimensões que excedem a capacidade física dos contêineres. Na área do granel em grão ou sólido, os portos secos pouco podem fazer devido às peculiaridades da operação. De que maneira a deficiência da infraestrutura de transporte e a falta de integração modal afetam o desempenho dos portos secos? Esses gargalos afetam a competitividade dos produtos brasileiros, especialmente no exterior. Os portos secos ou Clias, como prestadores de serviços, são um elo de uma cadeia maior em que a multimodalidade desempenha papel importante. O que fica afetado é o desempenho global do comércio exterior brasileiro, e não apenas de algum elo da cadeia logística isoladamente. l
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MAIS TRANSPORTE VIRACOPOS
Novo terminal em operação Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), iniciou, em outubro, a transferência operacional para o novo terminal de passageiros. As primeiras operações contam com cinco voos nacionais diários da Azul. O antigo terminal de passageiros ocupa-
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va uma área total de 28 mil metros quadrados, já o novo tem área de 178 mil metros quadrados. De acordo com a assessoria do aeroporto, as transferências dos voos do atual terminal para o novo vão prosseguir até o fim de março de 2015, quando a desativação
do antigo terminal de passageiros deverá ser concluída. Ainda conforme a assessoria de Viracopos, o aeroporto conta com oito pontes de embarque e capacidade para movimentar 1.550 passageiros domésticos por hora de pico, o que representa quase 14 milhões de
passageiros ao ano. O volume é 40% superior ao que o atual terminal de passageiros deve movimentar até o fim deste ano: aproximadamente 10 milhões de passageiros. A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos investiu R$ 3 bilhões no aeroporto entre 2012 e 2014. AEROPORTOS BRASIL VIRACOPOS/DIVULGAÇÃO
MUDANÇA Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, iniciou, em outubro, a transferência operacional para o novo terminal de passageiros
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ALL/DIVULGAÇÃO
Transporte de celulose A ALL (América Latina Logística) e a produtora de papéis para embalagem Klabin firmaram acordo para o transporte da celulose que será produzida em Ortigueira (PR). Chamado de Projeto Puma, a fábrica, ainda em construção, tem previsão para entrar em operação em 2016, com capacidade de produção estimada em 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. De acordo com a ALL, aproximadamente 900 mil toneladas serão destinadas à exportação e vão ser transportadas via ferrovia, por 450 km, até o porto de Paranaguá (PR). O contrato entre as companhias foi fechado até 2027 e prevê a construção, pela Klabin, de um ramal ferroviário de 25 km, dedicado exclusivamente à movimentação de celulose, que vai ligar a fábrica à ferrovia em Mojinho (PR). Também está prevista a aquisição de sete novas locomotivas e 306 vagões, desenvolvidos especialmente para o transporte do produto, com capacidade de carregamento de 64 toneladas cada um.
AZUL/DIVULGAÇÃO
Mercado internacional A Azul Cargo estreia no mercado internacional de cargas aéreas em dezembro deste ano. A companhia vai aproveitar os porões dos Airbus 330-200 e 350-900, com capacidade de até 18 toneladas, para transportar contêineres e cargas paletizadas. A rota de importação e exportação de cargas contempla os voos comerciais diários da Azul que partem do aeroporto de
Viracopos, em Campinas (SP), para os Estados Unidos. A Azul recebeu seu primeiro Airbus 330-200, dos sete arrendados do modelo, em junho passado. De acordo com a companhia, a princípio, a aeronave deve operar rotas nacionais com transporte de cargas e de clientes. Além dos seis A330200, a empresa vai incorporar à frota cinco modelos A350-900 a partir de março de 2017.
CARGAS AÉREAS Azul vai transportar contêineres e cargas paletizadas
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MAIS TRANSPORTE TAM/DIVULGAÇÃO
Aviões retornam a museu As réplicas dos aviões utilizados pela TAM na campanha “Bagagem Histórica”, em outubro, voltaram ao museu da companhia, em São Carlos (SP). Os modelos transformaram os carrinhos de bagagem do Aeroporto Internacional de Guarulhos em pequenas aeronaves para homenagear as crianças. Os passageiros-mirins “pilotaram” os aviõezinhos enquanto ouviam, por fone de ouvido, a história da aeronave de cada carrinho.
Novo pacote de serviços Criado há dois anos para suprir as necessidades do mercado de reposição de autopeças no Brasil, o Canal da Peça criou um pacote de serviços, destinado aos
fabricantes de autopeças, para estimular a demanda e expor as marcas aos novos canais de mídia on-line. Segundo Fernando Cymrot, um dos fundadores do
canal, as novas ferramentas ampliam a exposição dos produtos na web, resultando em novos clientes para os fabricantes. Os serviços garantem
às marcas que seus produtos estejam presentes em buscadores como Google, Bing Yahoo e outros, e também nos ambientes de compra e venda de peças.
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AUSTRÁLIA
Centro de realidade virtual Ford inaugurou em Melbourne, na Austrália, o FiVE – laboratório de realidade virtual de ultradefinição para o desenvolvimento de veículos. O FiVE já opera em Dearborn, nos EUA. Os laboratórios são ligados aos centros de desenvolvi-
A
mento da companhia na Alemanha, Brasil, China, Índia e México. Ambos receberam um novo software de realidade virtual de altíssima definição, chamado VRED (quatro vezes superior à resolução HD), além de um sistema avançado de detecção de movimentos,
similar aos usados na indústria de animação e games. Segundo a assessoria da Ford, a tecnologia já foi usada este ano para verificar mais de 150 mil detalhes em mais de 200 protótipos de veículos virtuais construídos no FiVE norte-americano. O sistema permite que en-
genheiros e designers de todo o mundo avaliem diferentes propostas de design virtual antes da construção do protótipo físico do automóvel. As ferramentas servem, entre outras alternativas, para verificar o melhor posicionamento dos controles para o motorista na cabine. FORD/DIVULGAÇÃO
TECNOLOGIA A Ford inaugurou, em Melbourne, o laboratório de realidade virtual de ultradefinição para o desenvolvimento de veículos
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MAIS TRANSPORTE SUSTENTABILIDADE
Projeto inédito permite emissão de crédito de carbono ECOFROTAS/DIVULGAÇÃO
primeiro modelo total flex lançado comercialmente no Brasil foi o Gol Power, em março de 2003. Antes disso, a possibilidade de abastecer um mesmo veículo com álcool ou gasolina parecia distante. Atualmente, quase a metade dos veículos em circulação no país pode ser abastecida com etanol ou gasolina. A tendência é que a frota flex continue crescendo. Somente em 2013, 88,5% dos veículos novos vendidos foram dessa categoria, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Diante desse cenário e do fortalecimento do debate acerca dos impactos ambientais decorrentes da utilização de combustíveis fósseis, um novo passo foi dado no país: possibilitar a emissão de crédito de carbono a partir da substituição de gasolina por etanol no abastecimento de veículos flex. A iniciativa – inédita no mundo – faz parte de um programa voltado a frotas corporativas de veículos no Brasil. Cada crédito equivale a uma tonelada evitada de emissão de CO 2.
O
MEIO AMBIENTE Medida desenvolvida pela empresa Ecofrotas visa a redução das emissões veiculares
A metodologia foi desenvolvida pela Ecofrotas – responsável pela gestão de 750 mil veículos e a primeira no mundo a tratar especificamente da geração de créditos de carbono provenientes da substituição de combustível fóssil por renovável em veículos flex. “Nós ficamos de 2009 a 2012 desenvolvendo e validando essa metodologia com o VCS (Verified Carbon Standard). Uma vez validada, essa metodologia é única no mundo”, disse o gerente de Inovação e Sustentabilidade da Ecofrotas, Rodrigo Somogyi.
tecimento que tinha para o etanol. Na metodologia do projeto, existe a exigência de que o volume de etanol abastecido nesses veículos seja de, no mínimo, 95% ao longo do ano. O sistema de controle de abastecimento de combustíveis da empresa garante que as premissas do projeto sejam respeitadas na prática. Se a empresa não cumpre, ela perde os créditos daqueles veículos que não atingiram a meta, mesmo que tenha ocorrido uma redução de volume.
Funcionamento Quando a empresa adere, ela assina um aditivo se comprometendo a migrar o abas-
Compensação A metodologia já viabilizou a geração de 2.195 créditos de carbono. Segundo a Ecofrotas, os
créditos gerados podem ser vendidos em mercados voluntários de carbono ou usados internamente para compensar outras emissões. “É um processo muito parecido com o mercado de ações. Existem os projetos de crédito de carbono, de diversas empresas, de diversas naturezas, e os créditos gerados podem ser negociados. Por exemplo, a Ecofrotas tem um volume de crédito e outra empresa tem uma emissão de CO2 que ela quer compensar. Ela pode comprar e, com isso, adquirir o direito daquele crédito para fazer a compensação das emissões”, afirmou Somogyi. (Viviane Cruz)
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WILSON SONS/DIVULGAÇÃO
Rebocador entra em operação O operador logístico e portuário Wilson Sons incorporou à sua frota o rebocador WS Pegasus. Esta é a quarta embarcação da companhia a entrar em operação este ano. O novo rebocador é parte de um montante de 12 rebocadores, com investimento total de US$ 140,7 milhões. O WS Pegasus possui 73 toneladas de tração estática. Está equipado com sistema de combate a incêndio, motor Caterpillar e propulsores Schottel. A Wilson Sons afirma que, até o fim de 2014, mais uma embarcação com especificações semelhantes deve entrar em operação.
HAMBURG SÜD/DIVULGAÇÃO
Batismo em Le Havre
PORTA-CONTÊINER Embarcação vai atuar entre Europa e América do Sul
A Hamburg Süd batizou o porta-contêineres “Cap San Antonio” no Porto de Le Havre, na França. A embarcação é um dos novos navios de uma série de seis idênticos, todos construídos no estaleiro Hyundai Heavy Industries, em Ulsan, Coreia do Sul. O “Cap San Antonio” tem capacidade para 9.600
TEUs e vai entrar no serviço entre Europa e a Costa Leste da América do Sul. Com 2.100 tomadas para contêineres reefer, os sete porta-contêineres da série oferecem a maior capacidade do mercado para cargas refrigeradas. O transporte desse tipo de produto é uma das especialidades da Hamburg Süd.
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MAIS TRANSPORTE JEEP/DIVULGAÇÃO
SUV em mais de cem países O Renegade, primeiro SUV compacto da Jeep a ser vendido em mais de cem países, ganhou três novas versões. A montadora confirmou que o veículo vai ser produzido no Brasil em 2015. Comercializado atualmente na Europa, Oriente
Médio e África, o Renegade tem versões diferentes para cada um desses mercados, com quatro variações: Sport, Longitude, Limited e Trailhawk. No design, o veículo apresenta faróis redondos e grade de sete aberturas. O Renegade tem dois tetos solares, de
acordo com a versão, sendo uma delas uma grande peça deslizante de vidro, e a outra, o “My Sky”, com painéis removíveis que podem ser guardados no porta-malas. Os dois novos sistemas 4x4 Jeep Active, Drive e Drive Low são equipados com o exclusivo
recurso de desconexão do eixo traseiro. Assim, a passagem da tração dianteira para a integral é fluida, com redução de perdas energéticas quando o modo 4x4 é desnecessário, melhorando a economia de combustível do veículo.
Novo armazém de carga geral
Sistema de controle de jornada
A Asia Shipping, empresa de agenciamento marítimo de contêineres e de cargas por meio de consolidação própria, inaugurou, em outubro, um armazém de carga geral em Hortolândia, a 110 km de São Paulo (SP). A planta, que levou dois anos para ser erguida, foi construída em cooperação com uma transportadora parceira da companhia. O local vai servir para
A AngelLira lançou no mercado o AngelLira FOX, destinado para o controle da jornada do motorista, gestão de equipe externa e gestão para operações logísticas. O produto é um aparelho móvel que integra um software exclusivo e é resistente à água, poeira e queda. A função “controle de jornada” do sistema transfere as informações automaticamente para a central da empresa, em
coleta, armazenagem e distribuição de mercadorias em todo o Estado de São Paulo. Na exportação, o armazém vai funcionar como um hub (centro logístico) dedicado à consolidação de cargas com saídas diárias para o porto de Santos. Na importação, será possível receber os contêineres diretamente de Santos, efetuar a descarga e devolvê-los vazios ao operador.
tempo real, como um cartão de ponto eletrônico. O AngelLira FOX possibilita a utilização de dois chips de comunicação, como telefone celular. O aparelho conta com serviços para o envio de mensagens; registro e envio de fotografias, com hora, data e coordenada de onde a imagem foi tirada; além da possibilidade de gravar e enviar vídeos às centrais das companhias.
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ABRAMUNDO/DIVULGAÇÃO
Resíduos viram pneus
CUSTO Empresa economiza até 20%
A Goodyear anunciou que vai utilizar as cinzas da sobra da queima da casca de arroz (que antes eram enviadas para aterros) para produzir eletricidade, como fonte ecológica de sílica para uso em seus pneus. De acordo com a assessoria da companhia, nos últimos dois anos, foram realizados testes com a sílica derivada da cinza de casca de
arroz, no Centro de Inovação da Goodyear, em Akron, Ohio (EUA). Os pesquisadores descobriram que o impacto do derivado sobre o desempenho dos pneus é igual ao das fontes tradicionais. A empresa está em processo de negociação com fornecedores para comprar a cinza de arroz para uso em seus pneus. GOODYEAR/DIVULGAÇÃO
Kits educativos via cabotagem A Abramundo, empresa com atuação no setor educacional, passou a utilizar a cabotagem (navegação entre portos de um mesmo país) em duas operações de distribuição dos kits do programa Ciência e Tecnologia com
Criatividade. O material vem sendo transportado, via cabotagem, para Manaus (AM) e Fortaleza (CE) pela Aliança Navegação e Logística. A economia da empresa com o modal chega a 20%, se comparada ao transporte por rodovia.
Escola da Renault faz um ano A Escola de Economia de Energia da Renault, instalada no Complexo Ayrton Senna (onde estão as três fábricas da marca no país), em São José dos Pinhais (PR), completou um ano em outubro. A entidade celebra conquistas em eficiência energética e nas reduções de desperdícios e dos impactos ambientais da atividade por meio do uso correto dos recursos naturais. De acordo com a montadora, além de
administrar o consumo de recursos naturais envolvidos em todos os processos, os resíduos gerados na produção (metais, plásticos, borra de tinta, entre outros) são reciclados. Em 2013, o volume de reciclagem atingiu quase 70 mil toneladas. A escola formou 950 colaboradores e contribui para que a unidade brasileira continue sendo uma referência em conservação de energia dentro do Grupo Renault.
INOVAÇÃO Goodyear quer reduzir impacto
Expectativa de crescimento A alemã Knauf está instalando uma fábrica em Camaçari (BA) para a produção de sistemas de construção a seco (drywall). O investimento criou expectativas para o Tecon Salvador (Terminal de Contêineres de Salvador). O Tecon pretende operar os embarques de chapas de gesso (usadas na construção civil) que serão produzidas na nova fábrica da Knauf, que possui outra planta em Queimados (RJ). Segundo o Tecon Salvador, até o fim deste
ano, quando a capacidade plena deverá ser atingida, a unidade vai movimentar até 40 contêineres por mês, via cabotagem, para atender os mercados do Nordeste e Norte do Brasil. O terminal já operou com a empresa, quando recebeu, aproximadamente, 250 contêineres com equipamentos importados para a construção da fábrica em Camaçari. A operação totalizou 11 embarques e cerca de 6.500 toneladas de equipamentos.
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MAIS TRANSPORTE MAIS CLIENTES
Transporte rodoviário investe em conforto e tecnologia SCANIA/DIVULGAÇÃO
egurança, conforto, praticidade e tecnologia de ponta. Esses são alguns dos diferenciais que empresas de transporte rodoviário de passageiros têm buscado com o objetivo de atrair clientes. Nos últimos anos, muitas delas afirmam ter perdido passageiros que migraram para as companhias aéreas. Havia também uma dúvida sobre as regras do setor, que se tornaram mais claras este ano, com a definição do regime de autorização das linhas interestaduais. Agora, muitas dessas empresas querem aumentar os investimentos e renovar a frota. Nesse cenário, o Grupo JCA anunciou, nessa segunda-feira, 27 de outubro, em São Paulo, investimento de R$ 70 milhões na compra de 73 novos ônibus topo de linha. O grupo atua no transporte rodoviário de passageiros há mais de 65 anos. São 2.878 ônibus em operação, sendo 2.391 rodoviários. Entre 2012 e 2014, o grupo comprou aproximadamente 1.500 novas unidades. Este ano, foram mais de R$ 130 milhões em investimentos. A medida faz parte da meta da empresa de chegar a uma frota com idade média de três anos em 2015. De acordo com o diretor executivo da Viação Cometa,
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CLIENTES Modelos com chassis Scania e carroceria Marcopolo têm alto desempenho
Fernando Guimarães, uma das empresas do grupo, o investimento vai ao encontro da mudança anunciada em junho deste ano pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em relação ao regime de autorização das linhas interestaduais. “A partir do momento em que há a definição, e as regras se tornam claras, os empresários voltam a investir no ritmo que vinham fazendo no passado. O mercado está represado com a indefinição que houve entre 2013 e 2014”, disse Guimarães. A criação de aplicativo que possibilita a compra de passagens com maior facilidade está entre as inovações apresentadas. Além disso, ao chegar ao terminal rodoviário, o cliente pode efe-
tuar a retirada do bilhete por meio da Sala Net e nos totens de autoatendimento. O grupo também investiu em Salas Vips, que oferece ar-condicionado, café, água, televisão, espaço para leitura e acesso à internet. Uma das novidades da nova frota DD é o chamado camarote, situado no primeiro piso dos ônibus, que possui poltronas com inclinação de 180 graus e revestimento de couro. Os passageiros também vão contar com DVD, arcondicionado, Wi-Fi e tomadas para recarga. "É como se fosse a primeira classe de um avião”, disse André Oliveira, consultor de marketing da Marcopolo. No andar superior, haverá poltronas confortáveis e anatômicas, com descanso
de pernas para longas viagens, banheiro e bar com geladeira. Os ônibus adquiridos pelo Grupo JCA vão operar em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e São José do Rio Preto. Os modelos têm chassis Scania e carrocerias Marcopolo. "Alto desempenho, baixo custo e maior economia de combustível. Essa é a melhor combinação de carroceria e chassi na categoria Double Decker do mercado", destacou Ciro Pastore, responsável por vendas de chassis rodoviários da Scania no Brasil. (Viviane Cruz) A repórter viajou a São Paulo a convite da Scania
REPORTAGEM DE CAPA
Mais pontos crĂticos e metade do pavimento
com problemas
FOTOS PESQUISA CNT DE RODOVIAS 2014
18ª Pesquisa CNT de Rodovias aponta que 62,1% dos trechos têm alguma deficiência, aumentando o risco de acidentes e os custos do transporte
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CYNTHIA CASTRO
raticamente a metade (49,9%) do pavimento das rodovias brasileiras avaliadas apresenta algum tipo de deficiência, sendo classificado pela Pesquisa CNT de Rodovias 2014 como regular, ruim ou péssimo por apresentar buracos, trincas, afundamentos, ondulações, entre outros problemas. Em relação ao estado geral, 62,1% das rodovias apresentam alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. A 18ª edição do estudo da CNT, divulgada em meados de outubro, avaliou 98.475 km, que correspondem a toda a malha federal pavimentada e aos trechos estaduais mais relevantes para o transporte de cargas e de passageiros. Nesse último ano, aumentou em 15,6% o número de pontos críticos, passando de 250 (em 2013) para 289 (em 2014). Quedas de barreira, pontes caídas, erosões na pista e buracos grandes são considerados pontos críticos. “A situação do sis-
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INSEGURANÇA Pontos críticos - como erosões, buracos
“É cada vez maior o número de mortes e de acidentes” CLÉSIO ANDRADE, PRESIDENTE DA CNT
tema rodoviário brasileiro continua grave, comprometendo a segurança das pessoas, tanto de motoristas, como de passageiros e pedestres. É cada vez maior o número de mortes e de acidentes. Essa situação também compromete a logística, devido ao elevado custo do transporte, tornando o país menos competitivo”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade. De 2011 para 2014, houve
um aumento de 32% no número de pontos críticos, que passaram de 219 para 289. Em 2013, morreram mais de 8.500 pessoas em cerca de 186 mil acidentes nas rodovias federais do país. As condições ruins aumentam a insegurança, e muitas vidas poderiam ser poupadas, caso fosse oferecida melhor infraestrutura. Além do risco à vida das pessoas, conforme informações
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BUROCRACIA
Pouco recurso e má aplicação
grandes, quedas de barreiras e de pontes - passaram de 250 para 289
da pesquisa, todos esses acidentes, em 2013, geraram prejuízos financeiros em torno de R$ 17,7 bilhões. Esse valor inclui perdas de vidas, danos aos patrimônios público e particular, gastos no sistema de saúde e previdenciário e ainda prejuízos ambientais. Os problemas nas rodovias afetam tanto o transporte de cargas como o de passageiros. Segundo o estudo, o acréscimo
médio do custo operacional, devido à qualidade do pavimento das rodovias brasileiras, é de 26%. Se considerar a região Norte, onde há ainda maiores deficiências na malha, esse índice sobe para 37,6%. A Pesquisa CNT de Rodovias 2014 também aponta problemas na sinalização e na geometria das vias. Ao se considerar que 87,1% dos trechos avaliados são formados por pistas simples de mão du-
A situação de precariedade encontrada em muitos trechos reflete a escassez dos recursos destinados ao transporte no Brasil. Além de ser insuficiente para melhorar a qualidade das rodovias, o valor autorizado não chega a ser investido devido a problemas de gestão e excesso de burocracia. O Plano CNT de Transporte e Logística, divulgado pela CNT neste ano, indica a necessidade de R$ 293,88 bilhões somente para o modal rodoviário. Em 2014, o investimento público federal autorizado para as rodovias é de apenas R$ 11,93 bilhões. Ainda assim, até o dia 16 de outubro, somente R$ 7,57 bilhões (63,45%) tinham sido pagos. O diretor executivo da
Mais de
8.500 pessoas
morreram nas rodovias federais em 2013
CNT, Bruno Batista, comenta que seriam necessárias algumas décadas para sanar os problemas, caso os investimentos continuem ocorrendo no ritmo de hoje. A CNT considera que é preciso duplicar cerca de 14 mil quilômetros de rodovias no Brasil. Outros 8.700 quilômetros precisam ser construídos. “Em média, o governo federal tem conseguido investir cerca de R$ 8 bilhões por ano. Demoraríamos, então, mais de 30 anos para que a infraestrutura rodoviária brasileira passasse a oferecer boas condições operacionais e de segurança. É um período muito longo para um país que quer dar um salto e quer ser competitivo”, afirma Bruno Batista.
pla, torna-se ainda mais grave a constatação de que 39,9% não têm acostamento. E, em 49,7% da extensão com ocorrências de curvas perigosas, não há placas de advertência nem defensas completas. Em 57,4% dos trechos foi encontrado algum tipo de problema na sinalização, sendo que em 26,4% não há placas de limite de velocidade e em 47,6% a pintura da faixa central está desgastada ou é inexistente.
CLASSIFICAÇÃO Resultados das características avaliadas EXTENSÃO TOTAL
GESTÃO PÚBLICA
GESTÃO CONCEDIDA
GEOMETRIA A maior parte dos trechos
EXTENSÃO FEDERAL
“As faixas centrais são linhas de divisão de fluxo, separam as duas mãos de direção. O desgaste dessas faixas pode gerar graves problemas. Quando o motorista trafega à noite, sob neblina ou em dias de chuva, por exemplo, a visibilidade da faixa faz grande diferença em relação ao nível de segurança”, diz o diretor executivo da CNT, Bruno Batista. Demanda As condições do pavimento são ruins, falta melhor sinali-
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MALHA RODOVIÁRIA Brasil tem volume muito baixo de rodovias pavimentadas Extensão da malha rodoviária brasileira
Densidade da malha rodoviária pavimentada por país (valores em km/1.000 km2)
analisados (87,1%) é formada por rodovias simples e de mão dupla
zação, e a geometria de muitas vias também oferece riscos. Soma-se ainda o aumento da demanda nos últimos anos, devido ao crescimento da frota brasileira. Em 2004, o Brasil tinha 37,9 milhões de veículos. Em 2014, o número passou para 84,1 milhões, de acordo com dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Bruno Batista lembra que o transporte rodoviário é um agente indutor de desenvolvimento e de integração. A matriz
rodoviária tem uma alta demanda no Brasil, e o sistema carece de ampliação, adequação, construção e melhoria da infraestrutura. “Há um histórico no país de baixos investimentos e também uma grande dificuldade no planejamento e na execução”, afirma. Atualmente, cerca de 60% do transporte de cargas e mais de 90% dos deslocamentos de passageiros ocorrem pelas rodovias. Na comparação entre países de grande dimensão no mundo,
“No país, há uma grande dificuldade no planejamento e na execução de projetos” BRUNO BATISTA, DIRETOR EXECUTIVO DA CNT
tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, o Brasil possui a menor densidade de malha rodoviária pavimentada, conforme aponta o estudo da CNT. São 203.599 km de trechos com pavimento, correspondendo a 12% da extensão total no país. Além de terem maior densidade rodoviária, países como China, Rússia e Índia ainda investem mais em infraestrutura de transporte. “Com isso, o Brasil perde muito em competitividade”, diz Bruno Batista. De acordo com o índice de
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INDICAÇÕES Outros resultados da pesquisa, em sua extensão total Condição da superfície do pavimento
Acostamento
Condição da faixa central
Tipo de rodovia
SÃO PAULO Estado onde se concentram rodovias
Condição das curvas perigosas
competitividade global do Fórum Econômico Mundial, divulgado em setembro de 2014, a qualidade das rodovias brasileiras encontra-se na 122ª posição de 144 países analisados, atrás do Chile (31ª), do Suriname (70ª), do Uruguai (90ª), da Bolívia (95ª), do Peru (102ª) e da Argentina (110ª), todos situados na América do Sul.
“O governo precisa da parceria da iniciativa privada”
Concessionadas Com a dificuldade do gover-
CLÉSIO ANDRADE, PRESIDENTE DA CNT
PONTOS CRÍTICOS Foram registrados 289 em 2014
RANKING As melhores e as piores entre as 109 ligações rodoviárias avaliadas 10 melhores
10 piores
concedidas também tem o maior percentual de trechos bem conservados
no em executar os projetos, a participação da iniciativa privada torna-se fundamental para promover melhorias na infraestrutura de transporte. “O governo precisa da parceria da iniciativa privada, e as concessões são um importante caminho para melhorar as condições das rodovias e contribuir para o crescimento do país. A situação das rodovias sob gestão pública está muito pior em
relação às concessionadas”, afirma Clésio Andrade. As rodovias também são classificadas considerando as situações viárias por tipo de gestão (pública ou concedida), por Estado e regiões geográficas, por corredores rodoviários e por jurisdição (federais ou estaduais). Conforme a Pesquisa CNT de Rodovias, 74,1% das rodovias concedidas tiveram classificação óti-
Entre as rodovias concedidas,
74,1% tiveram classificação ótimo ou bom
mo ou bom. Nos trechos sob gestão pública, esse percentual é de 29,3%. Na pesquisa, há ainda um ranking com 109 ligações rodoviárias. São trechos formados por uma ou mais rodovias federais ou estaduais, com grande importância socioeconômica e volume significativo de veículos de cargas e/ou passageiros, interligando territórios de uma ou mais Unidades da Federação. Ao considerar o estado geral dessas li-
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CUSTOS Aumento do custo operacional dos caminhões conforme o estado do pavimento - Brasil (%)
ACIDENTES Números das ocorrências registradas nas rodovias federais policiadas em 2013
RISCO Segundo a pesquisa, 62,1% dos tre
gações, as dez melhores estão no Estado de São Paulo e são todas concedidas à iniciativa privada. Uma das melhores passa também por Uberaba, em Minas Gerais. A pior classificada está localizada nos Estados de Tocantins e Bahia e é formada pelas seguintes rodovias: BA460, BR-242, TO-040 e TO-280. Combustível e meio ambiente O fato de 49,9% das rodovias possuírem pavimen-
No Brasil, apenas
12% da malha é pavimentada
to regular, ruim ou péssimo representa um aumento do consumo de combustível dos veículos, tendo reflexos diretos nos custos das viagens e nas emissões de poluentes. Se o pavimento de todas as rodovias pesquisadas tivesse classificação bom ou ótimo, em 2014, seria possível uma economia de até 5% no consumo de combustível, o que representa
737 milhões de litros de óleo diesel, ou seja, R$ 1,79 bilhão e uma redução da emissão de 1,96 megatonelada de CO2, principal gás de efeito estufa. Importância A Pesquisa CNT de Rodovias é importante para que o transportador rodoviário - seja ele operador de alguma linha de ônibus, autônomo ou motorista de empresa – e também pa-
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RECURSOS Investimentos públicos autorizados e não realizados em rodovias – Brasil/ 2013 (%)
Investimento necessário em infraestrutura rodoviária, conforme o Plano CNT de Transporte e Logística 2014
chos apresentam alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via
ra que os usuários possam planejar e estimar os custos de suas viagens. O estudo também orienta políticas públicas e se torna fonte de informação para a sociedade em geral. Entre as propostas está a divulgação de dados relevantes da malha rodoviária brasileira que podem subsidiar estudos que promovam o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
A primeira Pesquisa CNT de Rodovias foi realizada em 1995, com a análise de 15.710 km, e em 2014, foram 98.475 km. São mais de 20 características analisadas pelos pesquisadores em 30 dias de coleta em campo. São percorridas todas as regiões do país, contemplando os principais corredores de movimentação de cargas e de passageiros. O estudo também coleta as infraestruturas de apoio
Esta é a
18ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias
ao longo das rodovias, como postos de abastecimento, borracharias, concessionárias, oficinas mecânicas de caminhão e de ônibus, restaurantes, Corpo de Bombeiros, posto policial e posto fiscal. Em 2014, o trabalho de campo ocorreu entre 19 de maio e 17 de junho. l Confira a pesquisa na íntegra e outras informações no site www.cnt.org.br
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AÉREO
Emissões atmosféricas Inventário elaborado pela Anac apresenta os poluentes emitidos por esse meio de transporte nos últimos anos no Brasil POR
om taxas que batem recordes anuais, o transporte aéreo no Brasil cresce de maneira ambientalmente responsável. Enquanto o número de movimentos (pousos e decolagens) da aviação cresceu 75%, entre 2005 e 2013, a emissão de CO (monóxido de carbono), um dos gases emiti-
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LIVIA CEREZOLI
dos durante as operações das aeronaves, cresceu 35%. O volume passou de 5.000 toneladas para 6.600 toneladas no mesmo período. Os dados fazem parte do primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil. O documento, elaborado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em
parceria com o Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente de São Paulo), detalha a evolução das emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa ao longo dos últimos nove anos no Brasil. Entre os fatores apresentados pela Anac que justificam o crescimento das emissões em volume inferior à alta do
setor estão a melhora na infraestrutura dos aeroportos, que desafoga o tráfego, e as inovações tecnológicas. “A indústria e as companhias aéreas buscam colocar em operação aeronaves cada vez mais eficientes. O crescimento e a renovação da frota nos últimos anos mostra isso”, disse Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac. Em 2013, a frota das empresas brasileiras atingiu 563 aviões, um acréscimo de 8,7% em relação a 2012. O inventário apresenta informações do consumo de combustível e das emissões por tipo (doméstico e internacional) e por fases de voo (taxiamento, decolagem, voo em cruzeiro e pouso), durante as operações em solo (embarque e desembarque), por modelo de aeronaves e por aeroporto. Para os cálculos, foram considerados os voos comerciais, de fretamento ou da aviação geral. Não fazem parte do escopo do material as emissões originárias da operação de helicópteros, aeronaves mili-
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tares e de aeronaves agrícolas movidas a etanol. Segundo o diretor da agência, o inventário servirá de base para estudos de monitoramento de emissão de gases, além de fomentar programas ambientais e de eficiência energética no setor de transporte no Brasil. “A ideia é juntar esse material ao que está
sendo elaborado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e, em um futuro próximo, elaborar um inventário nacional de emissões do transporte”, informou Guaranys, durante a apresentação do material, em outubro, em Brasília (DF). Os resultados do inventário mostram que, nos voos domés-
ticos e internacionais, o maior consumo de combustível é registrado durante a fase de cruzeiro, quando as aeronaves atingem mais de 3.000 pés de altitude. Os índices, em 2013, foram de 79% e 95%, respectivamente. Durante o ciclo LTO (taxiamentos de partida e de chegada, decolagem, subida e aproximação/pouso), o consumo nos
voos domésticos foi de 18%, enquanto nos voos internacionais, de 4%. “O gasto de combustível é maior quando a aeronave atinge a altitude de cruzeiro porque é o maior período do voo”, afirmou Guaranys. Durante o uso das APUs (turbinas utilizadas nas operações de solo, como embarque e desembarque), o consumo registrado é
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BALANÇO
Número de passageiros cresce A Anac também apresentou o balanço do setor aéreo brasileiro nos últimos dez anos. O crescimento no número de passageiros, entre 2004 e 2013, foi de 203%. O índice médio é de 13,1% ao ano. Em 2013, a quantidade de passageiros pagos transportados atingiu o maior número da história da aviação brasileira. Foram 109,2 milhões de passageiros. Desses, 90 milhões foram transportados em voos domésticos e 19,2 milhões em voos internacionais. Quando considerados todos os passageiros transportados (incluindo as gratuidades), o número sobe para 111 milhões. De acordo com o ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Moreira Franco, os dados do anuário são expressivos e mostram que há crescimento e uma mudança de patamar no setor. “Esse crescimento mostra que o esforço em tornar a aviação como uma ferramenta de integração do país está dando resultados.” Entre os 20 aeroportos do Brasil que registraram o maior número de decolagens (79,61%) em 2013, oito estão na região Sudeste, quatro no Nordeste, três no Centro-Oeste, três na re-
gião Sul e dois no Norte. Somente os aeroportos de Guarulhos e Congonhas registraram 18,55% das descolagens no país. Os dados do anuário também mostram que a TAM permanece na liderança do mercado, com 39,6% de participação na demanda. Em segundo lugar está a Gol, que detém 35,3% da demanda. Já Avianca e Azul foram as companhias que mais cresceram no último ano em volume de passageiros, com taxas de 35% e 32%, respectivamente. Cargas O volume de cargas transportadas pelo setor aéreo também cresceu nos últimos dez anos. A alta foi de 50% entre 2004 e 2013. No último ano, o volume transportado no mercado doméstico foi de 408 mil toneladas de produtos. Embora o número corresponda a apenas 0,48% do total de cargas movimentadas no país, em valores, os produtos transportados correspondem a 10,7% do total. No mercado internacional (com origem ou destino no Brasil), a alta nos últimos dez anos foi de 69%, e o volume transportado chegou a 777,7 mil toneladas em 2013. Na comparação com 2012, a alta foi de 7,2%.
ÍNDICE Emissões podem ser reduzidas se aeronaves utilizarem a geração de
de 3% nos voos domésticos e de apenas 1% nos internacionais. Quando consideradas as etapas de voo abaixo de 3.000 pés, o consumo durante o ciclo LTO é de 85% do total, enquanto no funcionamento das APUs é de 15%. Esses percentuais correspondem, por exemplo, a uma emissão de 90% de CO (monóxido de carbono), de 91% de COV (compostos orgânicos voláteis) e de 92% de NOx (óxidos de ni-
trogênio) durante o ciclo LTO, e de 10%, 8,96% e 7,45% dos mesmos poluentes durante o funcionamento das APUs. Alexandre Rodrigues Filizola, gerente técnico de análise ambiental da Anac, explica que em operações de até 3.000 pés é possível afirmar que as emissões influenciam na poluição local onde os aeroportos estão instalados. De acordo com ele, é difícil reduzir as emissões durante o ci-
POLUENTES ATMOSFÉRICOS CONSUMO DE COMBUSTÍVEL Por fase de voo (%) INFRAMERICA/DIVULGAÇÃO
APU (turbina ligada no momento do embarque e desembarque) LTO (ciclo de taxiamento, decolagem e pouso) Cruzeiro (voo acima de 3.000 pés)
Voos domésticos 3 18 79
Voos internacionais 1 4 95
Por atividade - abaixo de 3.000 pés (%) Taxi out (taxiamento para decolar) Take off (decolagem) Climb (subida até 3.000 pés) Approach (aproximação/pouso) Taxi in (taxiamento pouso) APU (turbina ligada no momento do embarque e desembarque) EMISSÃO DE POLUENTES Por atividade (%) Atividade CO Taxi out 51,6 Take off 0,7 Climb 2,1 Approach 5,7 Taxi in 24,4 APU 10,0
COV 52,8 0,8 2,3 3,1 25,1 8,9
NOx 6,4 22,7 46,5 13,2 3,0 7,4
Por aeroporto (10 maiores movimentos em 2013 – em toneladas) Aeroporto Movimentos CO Guarulhos 135.511 1.081 Congonhas 95.565 479 Brasília 82.339 570 Galeão 69.475 551 Viracopos-Campinas 62.032 485 Santos Dumont 57.197 302 Confins-BH 54.127 349 Salvador 46.682 236 Curitiba 40.555 216 Porto Alegre 39.674 206
19,16 10,87 28,28 18,01 9,10 15,07
SO2 22,0 12,5 32,5 20,7 10,4 não medido
COV 2.149 938 853 965 458 536 514 459 380 357
Material particulado 47,0 3,0 9,0 16,0 22,0 não medido
NOx 123 54 57 62 61 34 38 25 24 23
SO2 97 50 50 48 28 29 29 24 20 19 Fonte: Anac
energia dos aeroportos nas operações de solo
clo LTO, mas é possível durante as operações em solo. “As APUs são utilizadas para gerar energia e manter os motores ligados durante os embarques e os desembarques. Se fosse utilizada a geração de energia dos aeroportos e não das aeronaves, conseguiríamos baixar esses índices e reduzir ainda mais o volume de emissão de poluentes.” O tempo médio de parada das aeronaves nos aeroportos do Brasil é esti-
mado em 75 minutos, considerando aeronaves da aviação regular, geral e cargueiros. Aeroportos O inventário também permitiu quantificar as emissões de cada um dos poluentes nos aeroportos que registraram o maior movimento de pousos e decolagens nos últimos anos no Brasil. Guarulhos (SP) teve o maior número de movimentos (135.511) em 2013 e,
consequentemente, o maior volume de emissões. Foram 1.081 toneladas de CO, 2.149 de NOx, 123 de COV e 97 de SO2 (enxofre), considerando apenas o ciclo LTO e as operações de solo. Congonhas, também em São Paulo, registrou a segunda maior movimentação (95.565), mas é o quinto colocado em emissões de CO (479 toneladas), atrás do aeroporto de Brasília, do Galeão (RJ) e de Viracopos, respectivamente o
terceiro, o quarto e o quinto em número de pousos e decolagens. De acordo com a Anac, isso acontece devido ao tempo médio de taxiamento em cada um dos terminais. “Brasília e Galeão têm os maiores tempos de taxiamento antes da decolagem, o que justifica o maior volume de emissões. Quanto maior o tempo com os motores em funcionamento, maior o consumo de combustível e maior a poluição”, explica Filizola. l
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AQUAVIÁRIO
Situações opostas Enquanto o arrendamento nos portos públicos não avança, a construção de terminais privados ganha fôlego no país POR
VIVIANE CRUZ
setor portuário responde por mais de 90% das exportações do país. Em 2013, foram movimentados 931 milhões de toneladas de carga. Os TUPs (Terminais de Uso Privado) responderam por 64% dessa movimentação, um total de 593 milhões de toneladas, segundo a SEP (Secretaria de Portos da Presidência da República). A instalação de novos terminais privados ganha força no país. Enquanto isso, o arrendamento de áreas nos portos públicos pouco avança. Hoje, o Brasil tem em operação 37 portos públicos – 34 marítimos e três fluviais – e 129 terminais privados. “Imagine se não existissem os TUPs. Como poderíamos escoar o agronegócio, a
O
nossa soja, o nosso minério? Os portos públicos não teriam condições de exportar e movimentar 64% desses 931 milhões de carga. E essas empresas não teriam condições de crescer. Os Terminais de Uso Privado são o grande instrumento de desenvolvimento da economia do setor produtivo de qualquer país”, diz o presidente da ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), Wilen Manteli. O diretor da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) Fernando Fonseca reforça a importância desses terminais e cita, como exemplo, a instalação de TUPs para melhorar o escoamento da produção na região Norte, processo que muitas vezes ocorre por meio dos portos do Sudeste.
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ESTALEIRO JURONG ARACRUZ/DIVULGAÇÃO
TERMINAL PRIVADO Estaleiro Jurong Aracruz foi o primeiro no Espírito Santo a ser habilitado
PORTOS PÚBLICOS
Etapa de arrendamento não avança Os arrendamentos de portos públicos são uma das três etapas previstas no PIL – Portos (Programa de Investimentos em Logística – Portos). A medida visa possibilitar o melhor aproveitamento dos espaços portuários e o aumento da capacidade de armazenamento. O cronograma das licitações envolve a elaboração de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, a análise dos estudos por parte de uma Comissão Mista composta pela SEP e pela Antaq, a realização de consultas e audiências públicas, o envio dos estudos e documentos para análise e aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União) e, por fim, a publicação do edital para a promoção dos leilões. A expectativa era que a primeira etapa fosse finalizada no primeiro semestre deste ano, mas as ações realizadas pelo governo nesse sentido pouco avançaram. A licitação das áreas foi dividida em quatro blocos, incluindo 23 portos públicos. No entanto, somente o
“Hoje, a gente está tendo uma série de investimentos de TUPs que o poder concedente vem autorizando para essa região porque a demanda é muito forte para o escoamento de produção”, afirma. Para o pesquisador em história portuária Cezar Honorato, professor do Observatório de Políticas Públicas da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), os portos públicos já estão operando próximo ao limite, sendo fundamental a implantação de terminais privados. “Esses empreendimen-
bloco 1 – composto pelos portos de Santos (SP) e dos paraenses de Belém, Miramar, Outeiro, Vila do Conde e Santarém – avançou, mas também logo estacionou. Os demais nem chegaram a ser avaliados. Os estudos realizados pela Antaq estão parados no TCU, desde 2013, após a determinação de que 19 condições sejam sanadas para que seja autorizada a continuação do certame. De acordo com a Corte, o estudo deixou de apontar dados importantes para se evitar incertezas relativas a novos investimentos. Entre as falhas, o TCU aponta: previsão de tarifa teto para alguns terminais. A assessoria da SEP destacou que o órgão respondeu 15 das 19 condicionantes e recorreram a outras quatro. O processo, no entanto, aguarda decisão do Tribunal, pois o ministro Raimundo Carreiro pediu vistas em julho de 2014. Para Manteli, da ABTP, os problemas foram causados pelo açodamento, que levou a erros técnicos e a medidas que vão de encontro à própria lei. “A pressa
tos possibilitam a especialização da movimentação portuária e dá autonomia às empresas. Os TUPs são fundamentais para o Brasil raiar mais os portos, isto é, desconcentrar e desafogar os grandes portos. Em quanto mais regiões houver terminais melhor, pois possibilita mais condição de operação e logística e o consequente desenvolvimento econômico.” Após a aprovação do novo marco regulatório, em junho de 2013, o governo federal autorizou 29 novos terminais privados, que
fez com que se publicassem editais que foram para audiências públicas com imperfeições técnicas e legais que a própria Antaq detectou. Foram mais de 5.000 sugestões do setor privado, de entidades e demais interessados, mas não deram a atenção devida e mandaram para o TCU. As áreas de Paranaguá, São Sebastião e Salvador terão de começar do zero. E as de Santos e do Pará eu acredito que, este ano, o TCU não vai liberar. É lamentável, porque atrasa o processo todo”, aponta. Cezar Honorato, professor do Observatório de Políticas Públicas da UERJ, reforça essa visão e cita outros países. “A Espanha, por exemplo, tem uma autoridade portuária extremamente eficaz. O Brasil ainda precisa melhorar o sistema de autoridade portuária, de controle, sem que isso seja um obstáculo ao desenvolvimento dos terminais. Ao mesmo tempo facilitar e fiscalizar. Não é só no sentido de punir, mas de controlar, evitar os abusos e ao mesmo tempo facilitar.”
“Os TUPs são o grande instrumento de desenvolvimento da economia” WILEN MANTELI, PRESIDENTE DA ABTP
somam R$ 7,8 bilhões em investimentos, e duas expansões de empreendimentos já existentes, que envolvem mais R$ 2,3 bilhões. Os novos empreendimentos aprovados deverão movimentar juntos mais de 125 milhões de toneladas. O Estaleiro Jurong Aracruz foi o primeiro terminal privado a ser habilitado no Espírito Santo após a aprovação do marco. A autorização ocorreu em 21 de janeiro deste ano, e o processo de implantação está em fase final. Estão sendo encaminhados à
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ANTAQ/DIVULGAÇÃO
dente de Transporte Aquaviário da CNT, Meton Soares, a burocratização do processo de autorização é ainda um problema a ser resolvido. “É preciso que haja uma aceleração nesses procedimentos burocráticos, principalmente dentro da Secretaria de Portos. A documentação que você apresenta para o TUP tem prazo. A comprovação de impostos pagos, de toda a tributação, tem um prazo de vigência. Se você não fizer o exame dentro desse período, vence a certidão e você é obrigado a tirar novamente a documentação. São 15 dias para examinar, mas nem sempre esse prazo é obedecido”, diz. MARCO REGULATÓRIO A lei nº 12.815/2013 trouxe mudanças expressivas para o setor aquaviário
Antaq os documentos necessários para atendimento às exigências legais e normativas para a obtenção da licença de operação. Para a diretora institucional do estaleiro, Luciana Sandri, a implementação dos TUPS “proporciona maior segurança jurídica, o que garante os investimentos privados fora do Porto Organizado, atraindo crescimento para o setor portuário”. De acordo com a assessoria da SEP, a entrada em operação dos terminais em processo de au-
torização vai possibilitar um aumento estimado de aproximadamente 18% na movimentação relativa aos TUPs. Esse crescimento será distribuído da seguinte forma: 57,1 milhões de toneladas/ano para cargas gerais, 109,4 milhões de toneladas/ano para granel sólido, 25,3 metros cúbicos/ano para granel líquido e 500 mil/ano para passageiros. O desafio a ser enfrentado, no entanto, é garantir que os investimentos do setor privado possam sair do papel. Para o vice-presi-
“É preciso que haja uma aceleração nesses procedimentos burocráticos” METON SOARES, VICE-PRESIDENTE DA CNT
Legislação A lei nº 12.815/2013 trouxe mudanças para o setor aquaviário. Em relação aos TUPs, os termos de autorização anteriormente celebrados diretamente pela Antaq passaram a ser de competência exclusiva do poder concedente, a Secretaria de Portos. “Pelo novo marco regulatório, está muito claro que a competência relativa ao planejamento setorial ficou a cargo exclusivo da SEP. Com base em estudos de planejamento relativo ao setor, ela analisa a viabilidade locacional desses empreendimentos, inclusive se eventualmente possa gerar conflito ou
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interferência com alguma instalação portuária localizada nas adjacências”, afirma o diretor da Antaq. De acordo com a lei, os interessados em obter autorização podem solicitar participação à agência a qualquer tempo. A partir do requerimento, a Antaq promove anúncio público para identificar a existência de outros interessados na instalação portuária na mesma região e com características semelhantes. Cabe à SEP a análise acerca da permissão para instalação do empreendimento. As autorizações possuem prazo de até 25 anos. O portador da autorização deve respeitar, no entanto, a manutenção da atividade portuária e a realização de investimentos para a expansão e a modernização dos terminais. Outra mudança trazida pelo novo marco regulatório se refere à movimentação de cargas de terceiros. Quando a Lei dos Portos foi aprovada, a autorização dos TUPs foi objeto de polêmica devido ao tipo de carga que poderiam movimentar. Inicialmente, eles eram apenas autorizados a movimentar cargas próprias, mas a lei determinou que eles também poderiam movimentar cargas de terceiros. A proibição era um fator que influía negativamente na atratividade relativa à construção de novas instalações. Assim, a medida
DEMANDA Novas instalações portuárias visam o melhor escoamento da produção
O prazo é de
25 anos para as
autorizações
ameniza a insegurança jurídica que existia acerca do tema, à medida que houve uma série de processos que levaram à judicialização questões ligadas à restrição. Estudos realizados pela Antaq e pela Secretaria de Portos apontavam uma crescente demanda por novas instalações portuárias para permitir o melhor escoamento da produção. “Um dos planos de fundo do novo marco regulatório foi sem dúvida eliminar essa barreira para justamente incentivar e aumentar a atratividade por parte da iniciativa privada em relação à constituição desse tipo de instalação portuária, principalmente ten-
do em vista a realidade de algumas regiões no país”, afirma Fonseca. Manteli também aponta a importância dessa medida e destaca que a maioria dos terminais movimenta carga própria e de terceiros atualmente. “A medida desafoga os portos públicos e estabelece uma sadia competição. Isso é muito importante para o sistema portuário, pois possibilita ao exportador optar. A permissão estabelece uma competição que possibilita melhorar a qualidade dos serviços e de preços”. Luciana Sandri, do Estaleiro Jurong Aracruz, concorda com essa visão. Para ela, a medida
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“O Brasil ainda precisa melhorar o sistema de autoridade portuária” PORTOS Setor responde por mais de 90% das exportações do país
possibilita desafogar os portos públicos. Sobre a carga a ser movimentada pelo Estaleiro, ela destaca que, inicialmente, a empresa vai operar cargas do projeto para a construção do estaleiro, dos sete navios-sonda contratados pela Sete Brasil, empresa proprietária de sondas de exploração para águas ultraprofundas, e dos dois FPSOs (navios-plataformas) contratados pela Petrobras. Entraves Apesar de destacar que o novo marco regulatório trouxe avanços positivos em relação aos terminais privados, a Associação
Brasileira de Terminais Portuários alerta para medidas que dificultam a expansão dos terminais já existentes. “A Secretaria de Portos baixou uma portaria proibindo o terminal privado, dentro da área do porto, de ampliar as suas instalações, o que é um absurdo. Uma portaria não pode alterar o objetivo principal da lei nº 12.815. A portaria é um ato infralegal que não pode dispor de forma contrária à lei. Essa medida está causando uma insegurança no setor portuário”, alerta o presidente da entidade. Para ele, a portaria vai de encontro ao que a lei propõe. Procurada, a Secreta-
ria de Portos não se manifestou até o fechamento da edição. A Antaq reconhece as dificuldades trazidas pela medida e aponta que o mercado questiona essa amarra. Por outro lado, a agência reguladora destaca que a medida se restringe a empreendimentos localizados dentro de Portos Organizados (portos públicos), que representam a minoria. “Essa questão em relação à ampliação fica restrita aos terminais de uso privado instalados ao longo do tempo dentro dos Portos Organizados. Já em relação à expansão dos terminais de uso privado fora dos Portos Organizados
CEZAR HONORATO, PESQUISADOR EM HISTÓRIA PORTUÁRIA
não há problema”, diz o diretor Fernando Fonseca. De acordo com a agência reguladora, a expansão de menor porte não demanda anúncio público, mas podem acontecer algumas expansões de terminais que na prática correspondem quase que a um novo terminal. “E até por uma questão isonômica em relação aos outros que se submetem ao anúncio público, e de viabilidade locacional em nível de planejamento setorial, esses terminais precisam passar por anúncios públicos, mas é um procedimento extremamente simples”, afirma Fonseca. l
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TECNOLOGIA
Comodidade e segurança à mão Aplicativos têm informações que favorecem o cotidiano dos usuários do transporte e de motoristas profissionais ou não POR LETICIA
s tecnologias disponíveis para facilitar o cotidiano do motorista, profissional ou não, e do usuário do transporte aumentam a cada dia. A diversidade dos serviços propicia comodidade e oferece segurança para quem trafega nas rodovias e nos centros urbanos. Especialistas confirmam que o cenário é uma tendência que promete ainda mais evoluções e possibilidades. A transmissão via satélite, utilizada com o GPS ou com localizadores e mapas, por exemplo, está disponível a custo muito baixo ou gratuitamente. A tecnologia se tornou uma prática comum nas vias urbanas e nas estradas.
A
SIMÕES
O governo do Paraná, por meio da Seil (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), reformulou o mapa geopolítico rodoviário do Estado para oferecer um conteúdo o mais próximo possível da realidade, tendo como referência o mapa rodoviário do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná). Segundo o engenheiro da Seil, Ricardo Vilela Thielen, a secretaria utilizou uma base de dados georreferenciada que oferece a mesma precisão do Google Maps, serviço de pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite oferecido pelo Google. “A equipe percorreu todas as rodovias do Estado com um GPS.
Os dados foram convergidos para o mapa atual com traçados corretos e mais precisos.” Thielen afirma que a Seil vem trabalhando no projeto desde abril deste ano. “Foram incluídas obras em execução nas rodovias, todas as estradas federais, estaduais e municipais que cortam o Paraná, além de informações, como localização de postos policiais e praças de pedágio.” O mapa oferece ainda dados atualizados do sistema de transportes paranaense como localização de aeroportos, portos e hidrovias. O conteúdo está disponível para visualização no site da Seil e pode ser impresso também.
O Ministério das Cidades, por meio do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), também lançou mão da tecnologia para proporcionar comodidade e segurança aos usuários do transporte. A autarquia criou três Apps (aplicativos) com essas finalidades, que podem ser acessados por dispositivos móveis ou por computadores. O Rotas das Cidades reúne serviços, como previsão do tempo e informações sobre preço dos combustíveis, localização de postos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e das condições de trafegabilidade das rodovias federais. O Mãos ao Volante bloqueia as
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chamadas de celular recebidas pelo motorista enquanto ele dirige. O condutor aciona o App antes de dar a partida no veículo. Já o Motorista da Parada realiza um sorteio virtual para selecionar quem será o condutor da vez. A ideia é incentivar uma condução segura para quem vai se divertir com os amigos e se desloca de carro. Os dois últimos estão disponíveis no site da campanha Parada pela Vida e fazem parte do acordo feito por diversos países com a ONU (Organização das Nações Unidas) para a redução de acidentes em todo o mundo. Conforme a assessoria de comunicação do Ministério das Cidades,
os Apps somam juntos 53.302 downloads. Quanto ao Rotas das Cidades, criado em 2011, a autarquia afirma que a base de dados está sendo atualizada e, por isso, não é possível afirmar o número de acessos. O mestre em sociologia Eduardo Biavati, especialista em educação e segurança no trânsito, ressalta que a conectividade ganhou espaço na vida das pessoas, incluindo a vivência no transporte. “Esse panorama vem evoluindo há 15 anos. No último século, o cotidiano da condução de veículos era solitário. Não havia outra informação a não ser a percepção do próprio motorista. A universalização das tecnologias tem esse lado positivo de orientar e fa-
cilitar o dia a dia do condutor e do usuário do transporte.” Apesar das vantagens, Biavati alerta sobre os perigos do mau uso dessas ferramentas. “O acesso equivocado aos Apps gera distração, pois demanda a operação manual dos aparelhos. Isso é muito perigoso, já que o motorista tem de digitar a rota ou acionar o programa que deseja pesquisar. O condutor deve ter o bom senso de verificar as informações que deseja antes da partida ou encostar o veículo para então acessá-las.” O especialista acredita que a indústria deve ampliar a gama de possibilidades de acesso aos Apps de trânsito, excluindo gradualmen-
te o processo manual. “É um método inevitável, e a indústria automobilística depende dessa integração. A tendência é que os comandos de voz, por exemplo, sejam cada vez mais expandidos.” Trafegabilidade A EcoRodovias lançou, em março, um App que fornece informações de trafegabilidade de todas as rodovias controladas pelo grupo. A empresa é responsável por seis concessões rodoviárias nas regiões Sul e Sudeste, por onde passam, aproximadamente, 170 milhões de veículos por ano, conforme dados da companhia, representando 44% de toda a carga movimentada para
PRINCIPAIS APLICATIVOS PARA O MOTORISTA Google Maps Como um GPS, mostra as opções de caminhos para chegar ao local desejado MapLink Localizador de rotas urbanas e rodoviárias, de endereços e locais específicos Rotas das Cidades Fornece as melhores rotas, distâncias e condições das rodovias federais com informações adicionais, como previsão do tempo e condições de trafegabilidade
importação e exportação no país. Além de acompanhar o fluxo nas estradas por meio das câmeras e das atualizações enviadas diretamente dos CCOs (Centros de Controle Operacionais) de cada concessionária do grupo, a plataforma disponibiliza informações sobre os valores das tarifas de pedágio, sobre a companhia, localização dos postos policiais e os serviços oferecidos na rodovia, como balanças e bases de atendimento ao usuário. O app, inicialmente disponível apenas para a versão iOS (aparelhos da Apple), ganhou uma versão para Android e incluiu a rodovia BR-101, no trecho que vai de Mucuri (BA) até a divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro, aos serviços. De acordo com a assessoria de imprensa da EcoRodovias, o aplicativo contabilizava 4.500 usuários até agosto. O engenheiro eletricista Rodrigo Filev Maia, professor do Departamento de Ciência da Computação da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), afirma que a precisão dos mapas melhorou com o passar do tempo, o que pode ter motivado o investimento de muitas empresas e entidades nessas ferramentas de localização e informação. “No âmbito do transporte, essas tecnologias proporcionam melhor planejamento para as empresas. Por meio dos dispositivos é possível calcular rotas mais interessantes,
Mãos ao Volante Bloqueia as chamadas de celular do condutor quando ele está ao volante Motorista da Parada Seleciona, por meio de um sorteio, a pessoa que não vai ingerir bebida alcoólica para dirigir para a turma de amigos EcoRodovias Fornece informações de trafegabilidade de todas as rodovias controladas pelo grupo. A concessionária atua nas regiões Sul e Sudeste Safety Sight Monitora através da câmera do smartphone o que ocorre em frente ao carro, emitindo um alerta de aproximação. O App também acompanha a velocidade de veículos na direção frontal, reproduzindo o sinal sonoro sempre que necessário
FACILIDADE Aplicativos
com respostas em tempo real e prover serviços melhores, diminuindo custos”, diz Maia. O App MapLink, ferramenta que permite traçar rotas urbanas e rodoviárias, além da busca de endereços e de locais específicos, foi desenvolvido com tecnologia 100% nacional e está disponível desde 2008. Frederico Hohagen, diretor comercial e sócio da MapLink, afirma que os principais dados fornecidos pelo App são os de trânsito em tempo real. “Não existe me-
lhor aparelho para acessar essas informações do que os celulares. Ele está sempre à mão.” A MapLink utiliza uma plataforma própria, integrada aos seus dados de trânsito exclusivos para poder garantir a melhor rota entre dois pontos dentro de cidades ou entre cidades. “Hoje é possível consultar rotas entre todas as localidades do Brasil”, afirma Hohagen. Segundo ele, o aplicativo registra 2 milhões de usuários por mês em seu website e, aproximadamente, 800 mil pessoas por meio de
aplicativos móveis. “Apesar de o serviço estar disponível para todo o país, as cidades com maiores problemas de trânsito, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília, lideram em número de usuários.” Corporações A empresa também oferece serviços corporativos. De acordo com Hohagen, o acesso à exclusiva plataforma de trânsito do App é uma das alternativas comerciais disponíveis. “Dentro das ofertas estão in-
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MAPLINK/DIVULGAÇÃO
auxiliam motoristas no trânsito com localizadores e mapas via satélite
formações de trânsito em tempo real e dados históricos de trânsito, que são muito usados para estudos de viabilidade de obras ou nas análises detalhadas de determinadas vias, bairros ou regiões.” O diretor afirma que a ferramenta contribui para o planejamento logístico de empresas de transporte. “Com ela, é possível otimizar custos de deslocamento e aproveitar as possibilidades de integração com sistemas de valepedágio e de cálculo de frete fornecidos pela MapLink. É uma for-
ma mais eficiente de planejar as operações.” Ele ressalta que a empresa está investindo no aprimoramento do algoritmo de trânsito e em ferramentas para atender com excelência o mercado de logística. “A companhia está em fase final de avaliação de uma ferramenta de roteirização integrada ao trânsito e a outras tecnologias, diferente das disponíveis no mercado. Alguns clientes estão testando e ajudando a empresa a validar o sistema, que deve ser lançado, oficialmente, nos próximos meses.”
Para o engenheiro e especialista em trânsito Ronaldo Guimarães Gouvêa, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), as tecnologias com foco no trânsito e na segurança de tráfego “vieram para ficar”. “A tendência é que as possibilidades se ampliem. Comodidade e segurança são foco tanto da indústria como do usuário de transporte.” Gouvêa também aponta que a tendência deve caminhar para soluções audíveis, que dispensem o toque manual para os comandos. “As ferramentas via satélite e os aplicativos estão ao alcance de todos cotidianamente. Dados audíveis são ainda mais seguros, e as tecnologias futuras devem convergir para esse modo.” Com o objetivo de evitar acidentes, a Yasuda Seguros, em parceria com a Marítima Seguros, lançou o aplicativo Safety Sight, gratuito para celulares Android (a partir da versão 4.0) e iOS (a partir da versão 5.0). O App, de tecnologia japonesa, está disponível para qualquer pessoa, segurados ou não das companhias. A ferramenta depende de um suporte apropriado para celular, que deve ser anexado no painel do veículo. O Safety Sight faz o monitoramento, por meio da câmera do telefone, do que acontece à frente do carro, emitindo um alerta de
aproximação. Ele também monitora a velocidade de veículos na direção frontal e emite o sinal sempre que necessário. “O app ainda oferece outras funcionalidades ao motorista, como a exibição do percurso e dos locais de manobras bruscas. Permite a gravação automática do cenário em caso de acidente e acesso aos contatos emergenciais em situações de acidentes ou falhas”, afirma o diretor vice-presidente da Yasuda, Luiz Macoto Sakamoto. O App também faz a gravação da condução ao detectar impacto por causa de frenagem brusca ou de colisão. Ele permite que sejam feitas gravações manuais, além de exibir o histórico do percurso e os locais de manobras bruscas no mapa. O Safety Sight mostra as rotas e as velocidades do percurso, pontos de frenagens e acelerações ou trechos com distância insuficiente entre veículos. As informações são armazenadas e exibidas no mapa do App. Hohagen, da MapLink, acredita que os aplicativos com dados de trânsito e que foquem na segurança de trafegabilidade serão cada vez mais populares. “O problema da mobilidade e o grande tempo gasto dentro do carro para ir de um ponto ao outro estimulam os usuários a aderirem às ferramentas disponíveis.” l
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MEIO AMBIENTE
Responsabilidade e eficiência Mesmo não incluídas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, oficinas mecânicas investem no descarte correto dos resíduos gerados pela atividade POR
busca por uma atividade eficiente e ambientalmente sustentável tem sido a meta de diversos setores. Com as oficinas mecânicas brasileiras não é diferente. Apesar de não haver normatização em nível federal para o setor, os estabelecimentos seguem regras definidas em âmbito estadual e municipal e, a cada dia, investem mais para que os resíduos gera-
A
LETÍCIA SIMÕES
dos pela atividade tenham a destinação correta. O Ministério do Meio Ambiente, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que a pasta não acompanha nem possui levantamento dos resíduos gerados pelas oficinas mecânicas. O ministério diz ainda que setor não é tratado na PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Criada em 2010, a lei que institui os critérios da PNRS prevê a
prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (materiais que têm valor econômico e podem ser reciclados ou reaproveitados) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
Preconiza ainda a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na logística reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo. O Ministério do Meio Ambiente não explicou o porquê de os resíduos produzidos pelas ofici-
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CENTRO AUTOMOTIVO TORIGOE/DIVULGAÇÃO
nas mecânicas não serem tratados pela PNRS. Na capital paulista, por exemplo, existem várias leis relacionadas ao meio ambiente que interferem na abertura e no funcionamento das oficinas mecânicas, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras da cidade. Entre os regulamentos municipais estão as leis nº 14.802, de
2008, que versa sobre o controle de destino de óleos lubrificantes servidos, e a nº 13.725, de 2004, que estabelece o Código Sanitário do município. Segundo a secretaria, a fiscalização das oficinas é realizada pelas subprefeituras paulistanas. O funcionamento dos estabelecimentos deve obedecer às regras contidas no Plano Diretor Regional da cidade. A autarquia não possui o nú-
mero de oficinas mecânicas instaladas em São Paulo. Sobre as autuações de inconformidade, a secretaria informa que os dados compilados não distinguem o tipo de comércio, não sendo possível destacar as penalidades aplicadas às oficinas mecânicas irregulares dos demais estabelecimentos autuados pelas subprefeituras. O Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, localizado na capital paulista, passou por diver-
sas adequações até se tornar uma referência do setor no tratamento de resíduos e demais ações sustentáveis. A sócia-proprietária do estabelecimento, Vanessa Martins, afirma que as diversas multas e autuações as quais a Torigoe foi submetida poderiam ser evitadas se as informações sobre as diretrizes quanto ao descarte correto de resíduos fossem melhor disseminadas.
BOAS CONDUTAS Veja algumas das atitudes a serem adotadas • Consultar sindicatos e associações para se atualizar sobre a legislação vigente • Envolver os colaboradores nas ações ambientais e conscientizá-los da importância de suas aplicações no cotidiano da atividade • Investir na separação do lixo reciclável e do lixo contaminado. Pode ser feito em tambores ou em outros reservatórios apropriados • Dar destinação correta aos resíduos produzidos e repassar o lixo contaminado a empresas certificadas para realizar o descarte adequado do produto • Verificar com os fabricantes de produtos se há mecanismos para a devolução das embalagens vazias • Buscar alternativas de reúso de materiais, como panos de limpeza • Buscar alternativas de reúso da água, como captação da água de chuva • Adequar o ambiente interno da oficina para economizar energia elétrica, instalando telhas translúcidas, por exemplo
“A empresa acreditava estar 100% dentro da lei e com todos os documentos necessários para a atividade. Mas, com o passar do tempo, as normatizações mudaram muito.” Segundo Vanessa, a oficina foi autuada, mesmo já possuindo alguns itens de sustentabilidade. “Hoje, contamos também com o Cadri (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental), expedido pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).” Conforme a assessoria de imprensa da Cetesb, o Cadri é solicitado pelo comerciante para que o
AR-CONDICIONADO Máquina
“O respeito pela saúde e pela segurança e o uso racional dos recursos são princípios básicos do negócio” VANESSA MARTINS, CENTRO AUTOMOTIVO TORIGOE
estabelecimento tenha direito a descartar os resíduos gerados no aterro sanitário adequado. De acordo com a companhia, o documento não é uma exigência, mas as oficinas o solicitam para que tenham um local de destinação legalizado para o descarte. Com 15 anos de mercado, a Torigoe se adequou às exigências e investiu R$ 56 mil para chegar aos padrões atuais de sustentabilidade, o que valeu também para a sede própria do estabelecimento. “Foi contratada uma empresa credenciada pela Cetesb para recolher, a cada dois meses, o resíduo sólido contaminado. O resí-
duo líquido é vendido para uma empresa especializada em rerrefino (tratamento) do produto, o que gera receita para oficina. Já as sucatas de baterias são vendidas para o próprio fabricante.” De acordo com Vanessa, a responsabilidade e a sustentabilidade são metas tão importantes quanto a qualidade dos serviços prestados. “O respeito pela saúde e pela segurança e o uso racional dos recursos são princípios básicos do negócio.” A empresária afirma que diversas ações ambientais fazem parte do cotidiano na oficina. “Para o sistema de decantação
WEJ/DIVULGAÇÃO
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permite a reutilização do gás; processo evita contaminação ao meio ambiente
(caixa separadora de água, areia e óleo), foi feita uma cisterna de captação de água da chuva com capacidade para 30 mil litros de água. Ela é diretamente ligada aos banheiros com sanitários automatizados. Essa água é utilizada também para a lavagem do piso, das peças e do telhado, que tem pé-direito alto para evitar problemas de circulação de ar.” Essa circulação, diz Vanessa, influi no consumo de energia elétrica já que não há necessidade de ventiladores no interior do estabelecimento. A Torigoe também investiu em arandelas para que a fumaça emi-
“O consumidor gosta e exige organização, desde o visual até todo o processo dos serviços prestados” WILSON JOSÉ SIMAS, WEJ CENTRO AUTOMOTIVO
tida pelos veículos suba e se dissipe com mais facilidade; em um kit emergencial para contenção de derramamento de sujidades de óleo; na iluminação natural com telhas translúcidas e no ainda pouco conhecido pelo setor: o sistema de biorremediação para lavagem de peças. Segundo a empresária, esse mecanismo utiliza micro-organismos vivos que absorvem toda a graxa, ferrugem e outras sujeiras, transformando a água contaminada em água de reúso. “O investimento teve o objetivo de transformar a oficina em uma empresa 100% ecológica. Os frutos são colhidos todos os dias porque a economia com menos gastos de água e energia elétrica são reais.” De acordo com ela, o cliente repara nessas práticas e valoriza ainda mais o trabalho do estabelecimento. A WEJ Centro Automotivo também investiu em práticas corretas de descarte para os resíduos gerados. A oficina, aberta há cinco anos em Curitiba (PR), contratou uma empresa certificada para recolher o óleo descartado. O sócio-gestor Wilson José Simas afirma que outras iniciativas sustentáveis fazem parte da rotina da empresa. “Os panos de limpeza são alugados. O fornecedor que faz as locações recolhe os panos sujos, realiza a limpeza e os devolve
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para a oficina. A reutilização evita o descarte desnecessário do item e aumenta sua vida útil.” Simas também cita o sistema de compra do óleo utilizado pela WEJ. “O óleo lubrificante é comprado a granel, o que elimina a necessidade de dar destino às embalagens normalmente utilizadas. A iniciativa representa um item de resíduo a menos na atividade.” O empresário acredita que essa postura ambientalmente correta dos centros de reparação automotiva atrai os clientes. “O consumidor gosta e exige organização, desde o visual até todo o processo dos serviços prestados.” Ele destaca que a WEJ sempre busca novas soluções ambientais. “Toda e qualquer novidade com foco na sustentabilidade é avaliada pela oficina. Se for uma alternativa viável para a empresa, será agregada à atividade.” A Codipave Auto Mecânica, sediada em Canoinhas, no interior catarinense, desde sua inauguração, há 18 anos, busca melhorar seus processos e o posicionamento da oficina no mercado automotivo da região. A empresa incluiu nessa meta alternativas ambientais. Marcos Thiem, sócio-diretor da Codipave, afirma que a oficina sempre investiu na separação do lixo reciclável e do lixo
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RECONHECIMENTO
Entidades incentivam práticas sustentáveis Para estimular os empresários do setor de reparação automotiva a tornar a atividade mais sustentável, com práticas ambientais adequadas e pertinentes à legislação, associações e entidades criaram certificações para instigar de modo mais rápido a adequação das oficinas. Sérgio Ricardo Fabiano, gerente de Certificação de Serviços do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), afirma que as oficinas são geradoras de diversos materiais nocivos ao ambiente. “Não existe um que seja mais prejudicial, pois depende da área de atuação do estabelecimento.” Para incentivar as boas práticas dentro das oficinas mecânicas, o IQA criou, em 2009, a certificação Selo Verde. De acordo com Fabiano, o conceito de uma atividade ambientalmente correta vem crescendo ao longo dos últimos dez anos dentro das oficinas mecânicas. “Os requisitos da certificação abordam documentação obrigatória e legislação aplicável, ajudando as empresas a se adequar ao presente, preparando-as para mudanças, além de incentivá-las a mostrar para a sociedade sua responsabilidade com o meio ambiente.”
Antonio Gaspar de Oliveira, diretor do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), afirma que, por meio de seminários e palestras, a entidade vem tentando conscientizar os empresários do setor sobre a importância das práticas ambientais corretas para a atividade. “Ainda existe alguma dificuldade por parte dos donos de oficina em se adaptar. Além das orientações durante os eventos, o incentivo é feito por meio do Selo Sindirepa de Sustentabilidade. Sem esse estímulo, seria ainda mais difícil disseminar os conceitos ambientais.” O selo é um trabalho conjunto do Sindicato com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Segundo Oliveira, a certificação e as iniciativas de sustentabilidade são uma necessidade de mercado. “As empresas são cobradas a ter essa postura, e o setor evolui constantemente. Por isso o esforço em propagar o que a legislação exige e a importância de tais atitudes para a atividade.” Fabiano, do IQA, ressalta que os fabricantes dos produtos utilizados nas oficinas têm “trabalhado fortemente” para criar programas de coleta e recicla-
gem de seus artigos após a vida útil. “Mas ainda falta uma consciência maior dos consumidores em procurar e utilizar os serviços de coleta de materiais usados. Eles estão disponíveis em diversos ramos de atividades. Os fabricantes também carecem de uma divulgação maior para os serviços disponíveis de coleta desses materiais.” Oliveira, do Sindirepa-SP, diz que o valor a ser investido por uma oficina para se adequar ainda é um entrave para muitos empresários. “Tudo que gera custo não é visto com bons olhos. O valor a ser investido nas alternativas de descarte correto de resíduos, entre tantas outras possíveis, deve ser inserido no custo operacional do negócio.” O valor para adequar uma oficina varia conforme as alternativas ambientais escolhidas. O valor pode chegar a R$ 35 mil, com investimentos no reúso da água de chuva e na contratação de empresas que recolhem os resíduos gerados para o descarte apropriado, por exemplo. Oliveira afirma ainda que o perfil atual dos empresários do setor deve ser trabalhado e modificado. “Com essa mudança de cultura será possível aplicar o conceito de forma plena em todos os estabelecimentos.”
contaminado com óleo ou outro produto químico. “A empresa também possui armazenagem correta de baterias, pneus, vidros, óleos lubrificantes e aditivos para a posterior destinação correta desses resíduos.” Em 2010, quando a oficina se transferiu para a sede própria, mais investimentos foram realizados. “Para a limpeza interna e das peças, até então lavadas com querosene, gasolina ou diesel, foi adquirida uma máquina de lavagem de peças automáti-
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MECÂNICA CHIQUINHO/DIVULGAÇÃO
ALTERNATIVA Caixa permite coletar água da chuva para ser usada na oficina
ca. Ela utiliza detergente biodegradável”, afirma Thiem. A Codipave também construiu uma Unidade de Tratamento de Efluentes, local onde toda a água contaminada é filtrada e tratada. Para Thiem, os empresários do setor conhecem as regras e as medidas ambientais que devem ser adotadas. “O setor conta com várias entidades e associações que têm a preocupação em orientar adequadamente a conduta das oficinas. É preciso mais iniciativa por parte dos empresários e tam-
bém maior orientação e cobrança das autoridades para que as normas sejam cumpridas.” Ele afirma que para soluções básicas, como a separação do lixo e o descarte correto de resíduos, o investimento não é tão vultoso. “Essa aplicação é onerosa quando se amplia as alternativas, que são extremamente necessárias para a boa prática dos serviços prestados. Para o tratamento de produtos químicos utilizados na limpeza da oficina e de
peças, em que se polui principalmente a água, por exemplo, o investimento pode chegar a R$ 35 mil, em média, como foi o caso da Codipave.” Thiem destaca que o ganho com as práticas ambientais corretas é geral. “Olhar para sua empresa e se orgulhar de estar no caminho certo é o lado mais positivo de todo o investimento. Representa o esforço e a consciência de uma empresa e de seus colaboradores com as futuras gerações.” Aberta em 1994 em Itaqua-
quecetuba, Região Metropolitana de São Paulo, a Mecânica Chiquinho deu início à adequação ambiental da oficina em 2002, já em sua sede própria. O proprietário da oficina Francisco Severiano Alves, conhecido como Chiquinho, afirma que as primeiras intervenções foram a instalação de telhas translúcidas, a captação de água da chuva e a separação de todo o material sólido não contaminado, vendido para a reciclagem. “Todo material contaminado é colocado em tambores com destino certo de descarte. No caso do óleo, é feita a coleta em tambores. E esse resíduo também é vendido para empresas credenciadas à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).” Chiquinho levou o modelo de sua oficina para outras cidades a convite do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas). “Estive em Rondonópolis (MT) e em Macapá (AP). Percebi que a dificuldade dos empresários é, em sua maioria, obter informações técnicas de como adequar as oficinas. Nesses encontros e em diversas palestras pelo interior paulista, repasso várias dicas de como adaptar as oficinas e de quanto o investimento é válido.” l
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MOBILIDADE
que fazer para que as pessoas migrem do transporte individual para o coletivo? Quais as alternativas para que os motoristas percam o hábito de usar carros e motos e, com isso, desafoguem o tráfego cada vez mais crescente em suas regiões? Essas foram algumas questões debatidas no II Seminário Internacional Mobilidade e Transportes, realizado, em outubro, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Especialistas do setor apostam, em primeiro lugar, na necessidade de grande investimento em infraestrutura de transporte. E esses aportes devem vir acompanhados de mudança na mentalidade da sociedade. Segundo dados da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), cerca de 70% da população anda a pé, de transporte coletivo
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Mudança de mentalidade Novo hábito dos motoristas de deixar carros e motos em casa deve vir acompanhado de políticas eficientes para incentivar o transporte público POR
ou de bicicleta. Em contrapartida, apenas 30% dos usuários de transporte se locomovem de carros e motos. Para Erika Cristine Kneib, da Universidade Federal de Goiás, não faz sentido priorizar políticas públicas para os que usam o transporte individual, sendo que a maior par-
EVIE GONÇALVES
cela da população depende de sistemas coletivos de deslocamento. “Nada é mais cômodo que o carro. Mas esse uso precisa ser racionalizado, desencorajado. Ou reestruturamos ou continuaremos patinando na mobilidade”, acredita. A ideia é compartilhada pela pesquisadora da Universi-
dad Abierta Interamericana da Argentina, Adriana Jakovcevic. Ela considera que as pessoas estão acostumadas a usar o automóvel. “Já nem refletimos mais. Se temos de ir a cinco quadras de um local, vamos de carro pela força do hábito”. Segundo ela, existem quatro etapas motivacionais
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FOTOS SÉRGIO ALBERTO/CNT
TRÂNSITO Uso frequente do automóvel emperra mobilidade nos centros urbanos
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SANTOS
Solução para a cidade Desde o começo do ano, a cidade de Santos, que tinha sua mobilidade comprometida devido às longas filas de caminhões na entrada do porto, tem conseguido solucionar o problema. A exigência de agendamento para os transportadores de carga colaborou com o trânsito na região. Agora, o procedimento é feito diretamente com os terminais, que possuem capacidade máxima e, por isso, estabelecem horário de chegada para o descarregamento da produção. Com a medida, as extensas filas de veículos que, em 2013, chegaram a 50 km, foram reduzidas consideravelmente. “Quando isso ocorria, a mobilidade da cidade ficava muito prejudicada”, explica o diretor de Planejamento Estratégico do porto, Luís Cláudio Montenegro. No pico da safra, a movimentação chega a 13 mil caminhões por dia na cidade. O tempo de espera para a descarga também foi reduzido. O procedimento passou a durar cerca de dez horas a contar da chegada do veículo à região portuária, uma diminuição de 50%. Além disso, na avaliação dos resultados, foi constatada redução no valor do frete. “Normalmente,
durante a safra, o custo aumenta. E, neste ano, a elevação foi 7% menor que o normalmente registrado nesse período”. Conforme Luís Cláudio Montenegro, um dos diagnósticos feitos identificou o mal-uso da estrutura disponível. “Percebemos que a solução dos problemas não viria só com mais investimento em infraestrutura, mas que, se dobrássemos a produtividade, dobraríamos também a capacidade, só com uma organização sistêmica do processo”, explica. Nos fins de semana, por exemplo, as chegadas eram 30% menores que nos dias úteis. Além disso, a movimentação concentrava-se em alguns períodos do dia, como no início da manhã, e havia falta de sincronismo nas chegadas e de informações sobre o fluxo que se aproximava. As soluções adotadas, segundo ele, aumentaram a eficiência do uso da infraestrutura disponível. O próximo passo da administração do porto para melhorar ainda mais a mobilidade na cidade é colocar antenas de leitura por radiofrequência e sistemas de placas acompanhando todo o percurso dos caminhões desde a cidade de origem até a chegada ao porto.
SEMINÁRIO
para fazer com que as pessoas migrem de sistema de transporte. A primeira é introduzir argumentos favoráveis para que o usuário se sinta motivado a mudar a forma de se deslocar, como a ideia de que a bicicleta é boa para a saúde, além de ser econômica. Em Buenos Aires, foram construídos 130 km de ciclovias em quatro anos e cerca de 3% das viagens realizadas no país já são feitas pelas “magrelas”.
“ Nada é mais cômodo que o carro. Mas esse uso precisa ser racionalizado, desencorajado” ERIKA CRISTINE KNEIB, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
BRASÍLIA
Dificuldades na gestão
Pesquisadores discutem alternativas para incentivo ao transporte coletivo
A segunda etapa da mudança de hábito é a da prática, com treinamento intensivo para que as pessoas percam o medo e se acostumem com a ideia. Em seguida, devem haver medidas para valorizar o novo comportamento dos passageiros e, por fim, ações para que as pessoas não desistam da opção que fizeram e passem a compartilhar ideias com outras. “Para reduzir o uso do automóvel, é necessário,
além de infraestrutura adequada, uma mudança cultural que acompanhe essa estrutura e motivação”, acredita Adriana. Para ela, as políticas em relação ao uso do transporte público devem vir acompanhadas de informações que favoreçam o usuário, como horário dos ônibus e metrôs à vista em cada linha, assim como a frequência dos veículos, locais com ciclovias disponíveis, além de incentivos econômi-
Brasília é uma cidade planejada, mas sofre com grandes problemas de trânsito. De acordo com Jorge Guilherme Francisconi, da Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal), o planejamento de Lúcio Costa não privilegiou o transporte de massa e foi restritivo para a mobilidade. “Trata-se de uma capital não consolidada”, avalia. Além dessa questão, dificuldades no gerenciamento do transporte agravam ainda mais o deslocamento das pessoas. Para o secretário de transportes do Distrito Federal, José Walter Vazquez, os principais entraves para alavancar o sistema público de mobilidade na capital federal são o excesso de órgãos de controle e a atuação rígida de cada um deles, o que interfere na qualidade da gestão. Ele cita, por exemplo, o Tribunal de Contas e o Ministério Público do Distrito Federal. Vazquez argumenta que, em Brasília, há um desequilíbrio entre o
ALTERNATIVA Como a população se desloca no Brasil A pé: 36,6% Transporte coletivo: 29,10% Carro: 27,40% Moto: 3,5% Bicicleta: 3,4% Fonte: ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos)
número de órgãos que fiscalizam e executam, dificultando a implementação de medidas voltadas para a melhoria da mobilidade pelos gestores. “Existem sete órgãos controladores e apenas um para executar. Tenho mais burocratas para responder sobre o passado do que para pensar o futuro. Outro ponto é que o técnico que executa as políticas públicas ganha um salário de, em média, R$ 6.000. Já quem fiscaliza recebe em torno de R$ 20 mil, valor quase quatro vezes superior”, afirma. Vazquez acredita que problemas relacionados à gestão equivalem a 70% da ineficiência do transporte público local, enquanto que a realização de obras corresponde a 30%. “As obras por si só não trarão os serviços que a sociedade precisa. Os serviços requerem gestão”, diz o secretário, ao justificar que é necessário reduzir a burocracia para que o gerenciamento do sistema público de transporte seja mais eficaz.
cos, como o passe livre para estudantes, que já é adotado em várias cidades do Brasil. Políticas Públicas Durante o congresso, os pesquisadores e os professores sugeriram ações para que o transporte público seja utilizado com maior eficiência. Erika Cristine Kneib discorda de como é feito o planejamento das cidades atualmente. “As escalas dos planos diretores locais são sempre desenhadas
MÍDIAS SOCIAIS
Informação rápida Uma das formas de atrair cidadãos para o transporte público é oferecer um serviço de qualidade, possibilitando aos usuários que se localizem facilmente nas estações, além de terem informações rápidas sobre o melhor percurso e possíveis acidentes. Em Belo Horizonte, os passageiros usufruem disso desde 2008. O primeiro passo foi a implantação de um sistema on-line e de mídias sociais na cidade. Após a implementação do Portal BHTrans, o usuário passou a contar, além do conteúdo, com vários outros serviços. Um dos principais é o ícone “Como chegar”. Por meio de um convênio com o Google, o site informa ao cidadão o melhor trajeto ao sair de casa. A atualização das linhas é semanal. O intervalo para o repasse das alterações ao cidadão é de, no máximo, três dias. Também foi implementado na cidade o Infoponto, um sistema de mapas digitais. Em cada parada de ôni-
de forma mais ampla, sem aprofundar as peculiaridades dos bairros e ruas. Quando pensamos detalhadamente, temos a proporção correta entre o ambiente para carros e ônibus, calçadas largas, paisagismo e comércio. O espaço é planejado e convida o pedestre a caminhar”, aponta. Ela conta que várias cidades da Europa adotaram um conceito chamado “Zonas 30 km/h”. Nesses países, existe o
bus, existem informações sobre as linhas, a frequência dos veículos e o itinerário resumido. “A medida foi muito eficaz em Belo Horizonte. No Brasil, ainda tem muito vandalismo, mas não nos desmotivamos a oferecer a melhor informação para o usuário”, explica Marcos Vinícius da Silva, da BHTrans. Outra medida eficaz foi o SGO (Sistema de Gerenciamento Operacional), que informa ao usuário variáveis que afetam o trânsito local, tipo o fluxo por via, acidentes e semáforos. O sistema funciona com o portal, Twitter e Fanpage no Facebook da BHTrans. “Se um motociclista caiu na via, os agentes de trânsito avisam o SGO. A informação do sistema é postada nas redes sociais e, em menos de dois minutos, a população sabe do acidente”, explica. Além de todo o sistema informatizado, Belo Horizonte também possui 80 km de ciclovias integradas à rede de transporte.
Na Europa, o subsídio das tarifas é, em média, de
40% . No Brasil
é quase nulo
BH Sistema de
pensamento de que essa é a velocidade ideal para que haja uma convivência harmônica entre os modos motorizados e não motorizados. “Em Nova York, não existirão mais vias com velocidade superior a 40 km/h a partir de novembro”, ressalta. O financiamento do setor também foi uma das alternativas apontadas como eficazes durante o seminário. Em Barcelona, por exemplo, o
custo do sistema de transporte, em 1998, era de 400 milhões de euros, sendo 50% destinados à tarifa e 50% subsidiados. Em 2010, o custo do sistema triplicou, chegando a 1,3 bilhão de euros, mas a tarifa não triplicou. Ao contrário, continuou estável. Nuno Costa, da Universidade de Lisboa, explica que, nos países europeus, o subsídio é, em média, de 40% do setor, enquanto que, no Brasil, é
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Gerenciamento Operacional informa passageiros sobre ocorrências no trânsito
quase nulo. Além disso, ressalta a importância de taxar os estacionamentos, assim como a entrada nas cidades, os chamados pedágios urbanos. “Existem várias formas de fugir das receitas tarifárias para custear o transporte público”, explica. Para Johannes Schlaich, da Alemanha, à medida que a opção pelo carro passar a “doer no bolso” dos motoristas, eles vão aderir ao transporte públi-
co. “Em Londres há mais ônibus e metrôs justamente porque a zona de congestionamento custa cerca de 40 euros. É extremamente caro entrar nas cidades. Não acho que as pessoas devem ser proibidas de comprar automóveis. Acho que a mentalidade delas precisa ser modificada. Temos de garantir que o transporte seja atraente para as novas gerações”. Ele defende a integração
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CAOS Excesso de carros e motos atrapalha tráfego
DESLOCAMENTO Como escolher o meio a ser utilizado A pé: Até 500 m Bicicleta: Entre 6 km e 8 km Transporte público: Médias e grandes distâncias Automóvel: Uso esporádico
entre infraestrutura e planejamento, entre os sistemas tarifários e os vários modos de transporte. Para o pesquisador, as tarifas devem contemplar um único valor de um lugar a outro, independentemente do operador. Durante o seminário, ele citou ainda o exemplo da Alemanha, onde as associações de transporte têm uma série de direitos e deveres, como o de realizar licitações. l
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FOTOS ANTF/DIVULGAÇÃO
FERROVIÁRIO
Olhos para o Brasil
Maior feira do mundo de transporte sobre trilhos atrai interesse internacional e permite troca de informações para gestão e regulação POR EVIE
om a previsão de construção e melhorias em 11 mil quilômetros de ferrovias no Brasil pelo PIL (Programa de Investimentos em Logística), o interesse de empresários de diversas partes do mundo pelo mercado nacional tem crescido. A importância desse momento do país foi percebida durante a InnoTrans, maior feira ferroviária do mundo, realizada em Berlim, na Alemanha, em setembro. Durante o evento, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) assinou um acordo de cooperação com a ERA (Agência Europeia de Fer-
C FEIRA Evento reuniu novidades e tendências do setor no mercado exterior
GONÇALVES
rovias) para troca bilateral de experiências em relação a esse modal. O intercâmbio de informações vai permitir que o órgão tenha contato com novas maneiras de gestão e regulação, além de tomar conhecimento sobre sucessos e insucessos de outros mercados e, assim, aprimorar os mecanismos de regulação quando aplicados à realidade brasileira. O acordo possui três linhas de atuação: tecnologia, operação e regulação ferroviária. A tecnologia abrange a regulamentação de sistemas, compatibilidade técnica entre material rodan-
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BILATERALIDADE ANTT e Agência Europeia de Ferrovias assinam acordo para troca de experiências
te e malha ferroviária, interoperabilidade, telecomunicação e sinalização. A operação inclui a sistematização de bases de dados, a fiscalização da infraestrutura, a regulamentação dos sistemas de gestão de segurança, os indicadores de desempenho em segurança e no transporte de cargas e passageiros, além da capacitação profissional. Já a regulação consiste no estabelecimento de regras de fiscalização e de investigação de acidentes ferroviários, formulação de normas de elaboração, execução e fiscalização de projetos, formulação de metodolo-
“Para que seja feita a ligação com a malha já existente, precisaremos buscar informações” JORGE BASTOS, DIRETOR-GERAL DA ANTT
gias para análise de impacto regulatório e transição do modelo de concessão convencional para o Open Access. Nesse padrão, a infraestrutura e o controle do tráfego ficam com um único operador, permitindo que vários outros circulem na via. “As novas ferrovias serão construídas seguindo um novo modelo, o Open Acess. Portanto, para que seja feita a ligação com a malha já existente, precisaremos buscar informações para definir a melhor forma de funcionamento, além das regras de operação. Nesse sentido, os europeus têm conhecimento, pois passa-
ram por situação semelhante há 40 anos”, afirma o diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos. Durante o evento, Bastos proferiu uma palestra sobre as oportunidades de investimento no setor ferroviário no estande da Unife (Associação da Indústria Ferroviária Europeia), que contou com a presença de representantes de empresas e investidores estrangeiros, além do diretor-geral de mobilidade e transporte europeu, o português João Aguiar Machado. De acordo com o diretor corporativo das empresas Randon, Norberto José Fabris, que participou da feira, o setor é integrado
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mundo foi outro diferencial da feira. Na cerimônia de abertura do evento, um dos temas em debate foi a preocupação com o respeito à natureza. Empresários de companhias com atuação no mundo inteiro revelaram que desenvolvem tecnologias mais limpas, por meio da utilização de sistemas híbridos de combustíveis e de melhorias nos sistemas de arranque e frenagem. Também está em estudo a redução de ruídos pelo modal ferroviário.
PIL Melhorias previstas no programa atraem interesses de empresários internacionais
por grandes corporações que, obrigatoriamente, precisam estar alinhadas internacionalmente à cadeia produtiva. “Com a globalização, não se imagina mais a atuação isolada de nações e de empresas. Por essa razão, o Brasil ganha ainda maior importância, especialmente considerando a potencialidade da economia brasileira e a extensão territorial que requerem soluções em todos os modais de transporte.” O evento também foi importante para que as operadoras das ferrovias de cargas brasileiras pudessem conhecer o que o mercado mundial está oferecendo de
melhor e mais moderno para o setor ferroviário. “Nessa edição, observamos que muitos materiais e tecnologias utilizados nos modais rodoviário, hidroviário e aéreo estão sendo adaptados para uso nas ferrovias. A busca pela utilização de novas matérias-primas, mais sustentáveis ecologicamente, ficou evidente”, ressalta o presidente executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), Gustavo Bambini. A troca de conhecimentos e experiências sobre as condutas e as melhores práticas adotadas pelas empresas ferroviárias de todo
“A busca pela utilização de novas matériasprimas mais sustentáveis ecologicamente ficou evidente” GUSTAVO BAMBINI, PRESIDENTE EXECUTIVO DA ANTF
Pavilhão brasileiro Pela terceira vez, as empresas nacionais participaram da feira de forma compartilhada no estande brasileiro, viabilizado com o apoio da ANTF, da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores sobre Trilhos), da Abifer (Associação da Indústria Ferroviária), do Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), da Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô) e do Ministério das Relações Exteriores. Neste ano, várias empresas participaram do Estande Brasileiro: Randon, Brastan, Cavan, Compren, Wegis, Wega, Grupo Agis, Hidremec, Hubner, Indra, Maba, Ecoline, Metisa, MWL, Odebrecht Transport, Retesp, Riosulense, Stucky do Brasil, Sysfer, Thales e Urbaniza. l
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Sest Senat se vestiu de rosa durante todo o mês de outubro. As mais de 140 unidades em funcionamento em todo o país se mobilizaram para orientar as mulheres sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. As ações envolveram profissionais de diversas áreas e contaram com atividades, como palestras educativas, distribuição de materiais informativos, exposição fotográfica, apresentações de dança e prestação de serviço, além da realização de exames rápidos de saúde. Na unidade de Criciúma (SC), por exemplo, mais de 1.200 mulheres participaram da ação realizada no Parque das Nações. Quem passou pelo local pode desfrutar de um dia de beleza, com direito a maquiagem, limpeza de pele e corte de cabelo. Em parceria com a ONG Rapunzels Solidária, foram recebidas doações de cabelos para a produção de perucas para mulheres e crianças com câncer. O Outubro Rosa é um movimento popular, realizado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da popula-
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Mobilização nacional Unidades do Sest Senat de todo o país participaram das ações do Outubro Rosa, movimento de combate ao câncer de mama POR
ção, empresas e entidades. A mobilização teve início nos Estados Unidos, em 1997, quando instituições das cidades norte-americanas de Yuba e Lodi começaram a organizar ações voltadas à prevenção do câncer de mama. Para sensibilizar a população, elas enfeitavam as cidades com os laços rosa. No Brasil, diversos monumentos e edifícios públicos são iluminados durante todo o mês de outubro em alusão as ações da campanha. E a importância da conscientização se dá porque o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente da doença no mundo, res-
LIVIA CEREZOLI
pondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas. Isso acontece, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), porque provavelmente a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média, após cinco anos do diagnóstico, é de 61%. Estimativas do instituto apontam para 57.120 novos casos a cada ano no país. O número de mortes ainda é alto, chegando a 13.345. Sabendo da importância da discussão do tema, o Sest Senat
participa da mobilização mundial. As orientações são passadas às trabalhadoras do setor de transporte, às mulheres e filhas dependentes dos trabalhadores e a toda a comunidade em geral. Neste ano, o Sest Senat comemora 20 anos de atuação em todo o país. Nessas duas décadas, foram realizados mais de 100 milhões de atendimentos em benefício do trabalhador em transporte dentro dos programas de desenvolvimento profissional e de promoção social. Acompanhe a seguir as ações realizadas em algumas das unidades do Sest Senat.
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FOTOS SEST SENAT/DIVULGAÇÃO
PETROLINA (PE) Ações educativas e atividades culturais marcaram o mês de outubro na unidade de Petrolina. Uma exposição, assinada pelo fotógrafo Geovani Cavalcanti, mostrou o dia a dia de quatro modelos que vivenciam ou vivenciaram essa experiência. As atividades de conscientização ainda contaram com palestras e a distribuição de material educativo sobre o câncer de mama nas ruas da cidade.
BLUMENAU (SC) Para incentivar a prevenção ao câncer de mama a partir do autoexame e visitas periódicas ao médico, a unidade do Sest Senat de Blumenau, em Santa Catarina, realizou uma palestra educativa para 45 pessoas. A ação contou com o apoio da Rede Feminina de Combate ao Câncer. As participantes receberam material educativo e um laço de fita rosa, símbolo da campanha.
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MARÍLIA (SP) A unidade do Sest Senat de Marília, em parceria com órgãos públicos da cidade, organizou diversas atividades durante todo o mês de outubro para alertar as mulheres da importância da prevenção no combate ao câncer de mama. Na unidade, foi realizada uma palestra com um cirurgião plástico que falou sobre a retirada da mama e seus impactos na vida da mulher.
PONTA GROSSA (PR) O Sest Senat realizou uma palestra sobre a importância da saúde da mulher para as funcionárias da Transportadora Primo. Durante o bate-papo, como forma de prevenção ao câncer de mama, foi apresentada a necessidade da mudança de hábitos na vida das mulheres. A atividade também contou com uma aula de biodança na unidade de saúde Antonio Saliba.
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SÃO MATEUS (ES) A unidade de São Mateus realizou palestra sobre o tema da campanha em parceria com a empresa TVL. Foram abordados temas como prevenção e sintomas do câncer de mama, como realizar o diagnóstico, dúvidas e cuidados durante o tratamento, próteses e reconstruções mamárias, o câncer de mama e os homens e mitos sobre a doença.
RECIFE (PE) O Sest Senat de Recife realizou palestras com enfermeira, psicólogo, nutricionista e preparadores físicos para alertar as mulheres sobre a necessidade de se cuidar da saúde como forma de prevenção ao câncer. Também foram realizados diversos exames rápidos, como teste de glicose e aferição de pressão arterial. A unidade ainda promoveu uma campanha de arrecadação para doação ao Hospital do Câncer de Pernambuco.
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CARAZINHO (RS) Em parceria com a escola Notre Dame Aparecida, o Sest Senat realizou uma feira de saúde para orientar as mulheres sobre o câncer de mama e a necessidade de fazer a prevenção. A ação contou com a participação de um médico e de uma enfermeira. Eles explicaram para as participantes como é realizado o autoexame.
MARABÁ (PA) As mulheres que visitaram a unidade puderam participar de uma exposição de produtos de beleza, sorteios de cestas básicas, além de palestras sobre a importância dos cuidados para prevenir o câncer de mama e de colo de útero. O evento foi aberto às trabalhadoras do setor, além das mulheres e das filhas dos trabalhadores.
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RIO NEGRINHO (SC) Mais de 50 mulheres receberam orientações sobre os cuidados com a saúde e participaram da realização de exames preventivos de colo de útero, de acuidade visual, de glicemia, de pressão arterial, de palestras e de massagens durante a ação realizada pelo Sest Senat em parceria com diversas instituições da cidade. As mulheres ainda receberam informações sobre a violação dos seus direitos.
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PROGRAMAÇÃO 20 ANOS Para comemorar suas duas décadas de atuação no Brasil, o Sest Senat está realizando uma série de eventos pelo país. Veja abaixo o calendário. CIRCUITO DE CAMINHADA E CORRIDA DE RUA PRÓXIMAS ETAPAS Dia Etapa 9/11 Campos dos Goytacazes (RJ) 23/11 Chapecó 30/11 Ribeirão Preto (SP) 7/12 Cariacica (ES) 21/12 Recife (PE) CATEGORIAS E INSCRIÇÕES Prova de caminhada: 2 km • Inscrições gratuitas para todos os participantes Provas de corrida: 5 km e 10 km • Inscrições gratuitas: beneficiários cadastrados (como aposentado de empresa de transporte, proprietário de empresa do transporte, trabalhador de empresa e autônomo) e funcionários do Sest Senat • Inscrições no valor de R$ 25: público em geral • Informações: http://corrida.sestsenat.org.br
PATOS DE MINAS (MG) Homens e mulheres participaram da Campanha de Conscientização sobre o Câncer de Mama. Na unidade, foi realizado um “chá rosa” em que as mulheres puderam conversar com profissionais da área de saúde sobre atitudes e hábitos preventivos para uma boa saúde, como alimentação saudável, autoexame de mama e importância do diagnóstico precoce. As orientações também foram passadas durante as aulas dos diversos cursos do Sest Senat. l
SHOWS DE NOVEMBRO Cidade Dia Crato 7 São Gonçalo 9 Boa Vista 12 Manaus 13 Macapá 14 São Luís 15 Imperatriz 16 Blumenau 20 Florianópolis 21 Chapecó 23 Cariacica 28
Dupla Alan e Alex Alan e Alex Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex, César Menotti & Fabiano Alan e Alex Fonte: Sest Senat
Estat铆stico, Econ么mico, Despoluir e Ambiental
FERROVIÁRIO MALHA FERROVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM Total Nacional Total Concedida Concessionárias Malhas concedidas
30.129 28.190 11 12
BOLETIM ESTATÍSTICO RODOVIÁRIO MALHA RODOVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM TIPO
PAVIMENTADA
Federal Estadual Municipal Rede Planejada Total
NÃO PAVIMENTADA
66.275 110.842 26.827 203.944
TOTAL
12.793 7 9.068 111.334 222.176 1.234.918 1.261.745 1 28.815 1.359.045 1 .691.804
MALHA RODOVIÁRIA CONCESSIONADA - EXTENSÃO EM KM Adminstrada por concessionárias privadas 15.454 Administrada por operadoras estaduais 1.195 FROTA DE VEÍCULOS Caminhão Cavalo mecânico Reboque Semi-reboque Ônibus interestaduais Ônibus intermunicipais Ônibus fretamento Ônibus urbanos Nº de Terminais Rodoviários
2.535.225 559.693 1.124.378 816.303 17.340 57.000 25.852 107.000 173
AQUAVIÁRIO INFRAESTRUTURA - UNIDADES Terminais de uso privativo misto Portos
35
MATERIAL RODANTE - UNIDADES Vagões Locomotivas
80.436 3.507
PASSAGENS DE NÍVEL - UNIDADES Total Críticas
12.289 2.659
VELOCIDADE MÉDIA OPERACIONAL Brasil EUA
25 km/h 80 km/h
AEROVIÁRIO AERÓDROMOS - UNIDADES Aeroportos Internacionais Aeroportos Domésticos Outros aeródromos - públicos e privados
37 29 2.437
AERONAVES REGISTRADAS NO BRASIL - UNIDADES Transporte regular, doméstico ou internacional Transporte não regular: táxi aéreo Privado Outros Total
669 1.579 8.825 8.328 19.401
MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS MODAL
176
HIDROVIA - EXTENSÃO EM KM E FROTA Vias Navegáveis Vias economicamente navegadas Embarcações próprias
11.953 7.427 1.674 7.136 28.190
122
FROTA MERCANTE - UNIDADES Embarcações de cabotagem e longo curso
MALHA POR CONCESSIONÁRIA - EXTENSÃO EM KM ALL do Brasil S.A. FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A. MRS Logística S.A. Outras Total
41.635 20.956 1.944
MILHÕES
(TKU)
PARTICIPAÇÃO
(%)
Rodoviário
485.625
61,1
Ferroviário
164.809
20,7
Aquaviário
108.000
13,6
Dutoviário
33.300
4,2
Aéreo
3.169
0,4
Total
794.903
100
72
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BOLETIM ECONÔMICO
R$ bilhões
INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE* Investimentos em transporte da União por Modal (total pago acumulado - até Setembro/2014 (R$ 10,92 bilhões)
Investimentos em Transporte da União (Orçamento Fiscal) (dados atualizados Setembro/2014)
25 20 15 10 5 0
17,72 10,92
7,24
1,86 (17,1%)
7,54 (69,0%)
3,69
0,20 (1,8%)
Autorizado Valores Pagos do Exercício Total Pago Restos a Pagar Pagos Obs.: O Total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores
1,32 (12,1%)
RECURSOS DISPONÍVEIS E INVESTIMENTO FEDERAL ORÇAMENTO FISCAL E ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS) (R$ milhões correntes - até Setembro de 2014)
Aquaviário
Ferroviário
Aéreo
CONJUNTURA MACROECONÔMICA - OUTUBRO/2014
Recursos Disponíveis 17.723,01 2.913,08 20.636,09
Autorizado União Dotação das Estatais (Infraero e Cia Docas) Total de Recursos Disponíveis Investimento Realizado Rodoviário Ferroviário Aquaviário (União + Cia Docas) Aéreo (União + Infraero) Investimento Total (Total Pago)
Rodoviário
7.540,41 1.864,97 375,94 2.250,95 12.032,28
Fonte: Orçamento Fiscal da União (SIGA BRASIL - Senado Federal); Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais (MPGO/DEST). Notas: (A) Dados atualizados até 30.09.2014 (SIGA BRASIL). (B) Para fins de cálculo do investimento realizado, utilizou-se o filtro GND = 4 (investimento) Nota sobre a CIDE: Até o boletim econômico de março de 2013, a CNT realizava o acompanhamento da arrecadação e do investimento com recursos da CIDE-combustíveis, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, criada pela Lei 10.336, de 19/12/2001. Esse acompanhamento deixou de ser realizado, já que a alíquota da CIDE foi reduzida a zero pelo Decreto nº 7.764, de junho de 2012. Os recursos da CIDE eram destinados aos seguintes fins: (a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; (b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e (c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
2013 PIB (% cresc a.a.)1 Selic (% a.a.)2 IPCA (%)3 Balança Comercial6 Reservas Internacionais4 Câmbio (R$/US$)5
Acumulado Expectativa Expectativa em 2014 para 2014 para 2015
2,50 10,00 5,91 2,55
0,49* 11,00 4,61 0,249
0,24 11,00 6,32 2,41
1,00 11,88 6,30 7,24
375,79
375,71
-
-
2,34
2,45
2,40
2,50
Fontes: Receita Federal, SIGA BRASIL - Senado Federal, IBGE e Focus (Relatório de Mercado 03/10/14), Banco Central do Brasil. Observações: (1) Expectativa de crescimento do PIB para 2014 e 2015 - O valor de crescimento do PIB 2013 foi revisado pelo IBGE de 2,3% para 2,5%. (2) Taxa Selic conforme Copom 03/09/2014 e Boletim Focus. (3) Inflação acumulada no ano e em 12 meses até Agosto/2014 e expectativas segundo o Boletim Focus. (4) Posição Dezembro/2013 e setembro/2014 em US$ bilhões. (5) Câmbio de fim de período divulgado em 01/10/2014, média entre compra e venda. (6) Saldo da balança comercial até setembro/2014. * A taxa de crescimento do PIB para 2014 diz respeito ao desempenho econômico no primeiro trimestre de 2014 (jan-jun 2014).
EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0 2009 Investimento Total
ORÇAMENTO FISCAL DA UNIÃO E ORÇAMENTO DAS ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS) (valores em R$ bilhões correntes) 2009 2010 2011 2012 7,8 10,3 11,2 9,4 Rodoviário 1,0 2,5 1,6 1,1 Ferroviário 1,3 1,0 0,8 Aquaviário (União + Cia Docas) 1,3 0,5 0,7 1,2 1,4 Aéreo (União + Infraero) 10,6 14,8 15,0 12,7 Investimento Total
2010
2011 Rodoviário
Ferroviário
2012 Aquaviário
2013 Aéreo
2013 8,4 2,3 0,6 1,8 13,1
Fonte: Orçamento Fiscal da União (SIGA BRASIL - Senado Federal) e Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais (DEST-MPOG).
8
R$ bilhões correntes
Orçamento Fiscal da União e Orçamento das Estatais (Infraero e Cia Docas)
* Veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br
REGIÕES3
Estados
INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE POR ESTADOS E REGIÕES (valores em R$ milhões correntes)1 Orçamento Fiscal (total pago2 por modal de transporte) Acre Alagoas Amazonas Amapá Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Minas Gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio Grande do Sul Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins Centro Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Nacional Total
Rodoviário 87,30 203,31 60,85 62,07 389,69 185,62 34,19 125,20 419,27 393,94 771,49 112,18 638,01 465,96 100,08 288,85 148,05 374,69 201,59 77,74 307,47 107,88 914,57 597,02 91,95 147,25 164,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 69,36 7.540,41
Ferroviário 0,00 0,00 0,00 0,00 754,20 0,00 0,00 0,00 698,78 0,00 182,62 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 4,42 0,00 0,00 0,00 0,91 0,00 0,00 128,18 4,48 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 90,96 1.864,97
Aquaviário 0,00 0,00 103,17 0,00 1,35 7,00 0,00 18,58 0,00 9,73 3,40 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00 0,00 5,03 1,90 0,00 24,06 0,00 0,00 0,00 1,21 0,00 0,00 19,26 199,06
Aéreo 1,03 0,10 5,34 0,47 1,09 0,40 0,00 0,06 0,12 0,98 1,43 0,23 3,69 7,41 0,18 0,77 0,63 0,74 1,50 0,02 2,41 0,44 0,65 0,59 0,08 1,06 0,27 5,62 0,70 14,02 9,89 0,77 1.254,56 1.317,23
Total 88,33 203,41 169,37 62,54 1.146,34 193,01 34,19 143,84 1.118,17 404,65 958,94 112,59 641,70 473,74 100,26 289,61 148,68 375,46 207,50 77,76 313,88 108,32 921,15 599,50 92,03 300,55 169,57 5,62 0,91 15,24 9,89 0,77 1.434,14 10.921,66
Maiores Desembolsos4 (total pago acumulado até Setembro - 2014)5 Ordem 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Ações orçamentárias7
Ranking
Manutenção de Trechos Rodoviários na Região Nordeste Manutenção de Trechos Rodoviários na Região Norte Manutenção de Trechos Rodoviários na Região Sudeste Manutenção de Trechos Rodoviários na Região Centro-Oeste Manutenção de Trechos Rodoviários na Região Sul Construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste - Ilhéus - Caetité - BA Construção da Ferrovia Norte-Sul - Ouroverde de Goiás - São Simão - GO Adequação de Trecho Rodoviário - Porto Alegre - Pelotas - na BR-116 - No Estado do Rio Grande do Sul Adequação de Trecho Rodoviário - Rondonópolis - Cuiabá - Posto Gil - na BR-163 - No Estado do Mato Grosso Adequação de Trecho Rodoviário - Palhoça - Divisa SC/RS - na BR-101 - No Estado de Santa Catarina Total Part. (%) no total pago do Orçamento Fiscal da União até setembro Elaboração: Confederação Nacional do Transporte Dados atualizados até 30.09.2014 (SIGA BRASIL).
R$ milhões6 917,93 763,95 653,81 506,33 460,47 442,65 391,65 254,21 253,42 234,77 4.879,19 44,7%
Notas: (1) Foram utilizados os seguintes filtros: função (26), subfunção (781=aéreo, 782=rodoviário, 783=ferroviário, 784=aquaviário), GND (4=investimentos). Para a subfunção 781 (aéreo), não foi aplicado nenhum filtro para a função. Fonte: SIGA BRASIL (Execução do Orçamento Fiscal da União). (2) O total pago é igual ao valor pago no exercício acrescido de restos a pagar pagos. (3) O valor investido em cada região não é igual ao somatório do valor gasto nos respectivos estados. As obras classificadas por região são aquelas que atendem a mais de um estado e por isso não foram desagregadas. Algumas obras atendem a mais de uma região, por isso recebem a classificação Nacional. (4) As obras foram classificadas pelo critério de maior desembolso (Valor Pago + Restos a Pagar Pagos) em 2014. (5) Ações de infraestrutura de transporte contempladas com os maiores desembolsos do Orçamento Fiscal da União no acumulado de janeiro a julho de 2014. (6) Os valores expressos na tabela dizem respeito apenas ao total pago pela União no período em análise. Não foram incluídos os desembolsos realizados pelas Empresas Estatais. (7) As ações orçamentárias são definidas como operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender o objetivo de um programa segundo o Manual de Técnico de Orçamento 2014.
Para consultar a execução detalhada, acesse o link http://www.cnt.org.br/Paginas/Boletim-economico.aspx
74
CNT TRANSPORTE ATUAL
NOVEMBRO 2014
BOLETIM DO DESPOLUIR DESPOLUIR
PROJETOS
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Sest Senat lançaram em 2007 o Programa Ambiental do Transporte - DESPOLUIR, com o objetivo de promover o engajamento de empresários, caminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em transporte e da sociedade na construção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
• Redução da emissão de poluentes pelos veículos • Incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador • Aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais de transporte • Cidadania para o meio ambiente
RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS ESTRUTURA
NÚMEROS DE AFERIÇÕES 2014
2007 A 2013 1.033.455 Aprovação no período 88,87%
ATÉ AGOSTO
SETEMBRO
130.681
17.099
88,57%
TOTAL 1.181.235
69,66%
88,55%
Federações participantes
22
Unidades de atendimento
84
Empresas atendidas
11.027
Caminhoneiros autônomos atendidos
12.683
PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIR
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Para participar do Projeto Redução da Emissão de Poluentes pelos Veículos, entre em contato com a Federação que atende o seu Estado.
Carga (empresas)
Carga (autônomos)
Passageiros
FEDERAÇÃO FETRAMAZ FETRACAN FETRABASE FENATAC FETRANSPORTES FETCEMG FETRANSPAR FETRANSCARGA FETRANSUL FETRANCESC FETCESP FECAM-SP FETRAMIG FETRANORTE FETRONOR FETRABASE CEPIMAR FETRASUL FETRANSPORTES FETRAM FETRAMAR FEPASC FETRANSPOR FETERGS
UFs ATENDIDAS AC, AM, AP, PA, RO e RR AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN BA e SE DF, GO, MS, MT e TO ES MG PR RJ RS SC SP SP MG AC, AM, AP, PA e RR AL, PB, PE e RN BA e SE CE, MA e PI DF, GO, SP e TO ES MG MS, MT e RO PR e SC RJ RS
TELEFONE 92.3658-6080 81.3441-3614 71.3341-6238 61.3361-5295 27.2125-7643 31.3490-0330 41.3333-2900 21.3869-8073 51.3374-8080 48.3248-1104 11.2632-1010 19.3585-3345 31.3322-2674 92.3584-6504 84.3234-2493 71.3341-6238 85.3261-7066 62.3233-0977 27.2125-7643 31.3274-2727 65.3027-2978 41.3244-6844 21.3221-6300 51.3228-0622
A pesquisa “Caminhoneiros no Brasil - Relatório Síntese de Informações Ambientais” apresenta a realidade e as necessidades de um dos principais agentes do setor de transporte. Informações econômicas, financeiras, sociais e ambientais, além de dados relacionados à frota, como distribuição e idade média; características dos veículos e dos deslocamentos; intensidade de uso e autonomia (km/l) da frota permitem aprofundar os conhecimentos relativos ao setor de transporte rodoviário.
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SETOR
Conheça abaixo duas das diversas publicações ambientais que estão disponíveis para download no site do DESPOLUIR:
Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br
O governo brasileiro adotou o biodiesel na matriz energética nacional, através da criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel e da aprovação da Lei n. 11.097. Atualmente, todo o óleo diesel veicular comercializado ao consumidor final possui biodiesel. Essa mistura é denominada óleo diesel B e apresenta uma série de benefícios ambientais, estratégicos e qualitativos. O objetivo desta publicação é auxiliar na rotina operacional dos transportadores, apresentando subsídios para a efetiva adoção de procedimentos que garantam a qualidade do óleo diesel B, trazendo benefícios ao transportador e, sobretudo, ao meio ambiente.
CNT TRANSPORTE ATUAL
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NOVEMBRO 2014
CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL
BOLETIM AMBIENTAL
CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE (em milhões de m3)
EMISSÕES DE CO2 POR SETOR CO2 t/ANO 1.202,13 140,05 136,15 48,45 47,76 1.574,54
SETOR
Mudança no uso da terra Industrial* Transporte Geração de energia Outros setores Total
(%) 76,35 8,90 8,65 3,07 3,03 100,00
PARTICIPAÇÃO
Rodoviário Aéreo Outros meios Total
2011
2012
2013
VOLUME
VOLUME
VOLUME
Rodoviário
38,49
34,46
36,38
38,60
40,61
Ferroviário
0,83
1,08
1,18
1,21
1,20
Hidroviário
0,49
0,14
0,14
0,16
0,18
39,81
35,68
37,7
39,97
41,99
CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões de m3)* TIPO 2009 2010 2011 2012 2013 2014** (agosto)
EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE CO2 t/ANO 123,17 7,68 5,29 136,15
2010 VOLUME
Total
*Inclui processos industriais e uso de energia
MODAL
2009 VOLUME
MODAL
EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL (EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA)
Diesel
(%) 90,46 5,65 3,88 100,00
44,29
49,23
52,26
55,90
58,49
39,15
Gasolina 25,40
29,84
35,49
39,69
41,36
28,87
Etanol
15,07
10,89
9,85
11,75
8,10
PARTICIPAÇÃO
EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO OTTO*
EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO DIESEL
80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
CO2 NOx NMHc CO CH4
16,47
* Inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc). ** Dados atualizados em 26 de setembro de 2014.
60% 50% 40% CO2 NOx CO NMHc MP
30% 20% 10% 0%
Automóveis GNV Comerciais Leves (Otto) Motocicletas * Inclui veículos movidos a gasolina, etanol e GNV Dados de 2009 fornecidos pelo último Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários – MMA,2011.
Ônibus Urbanos
Caminhões Pesados
10 15 10 a 50
CE: Fortaleza, Aquiraz, Horizonte, Caucaia, Itaitinga, Chorozinho, Maracanaú, Euzébio, Maranguape, Pacajus, Guaiúba, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante, Pindoretama e Cascavel. PA: Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Benevides e Santa Isabel do Pará. PE: Recife, Abreu e Lima, Itapissuma, Araçoiaba, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, Camaragibe, Olinda, Igarassu, Paulista, Ipojuca, Itamaracá e São Lourenço da Mata. Frotas cativas de ônibus dos municípios: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e São Paulo. RJ: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Nilópolis, Duque de Caxias, Niterói, Guapimirim, Nova Iguaçu, Itaboraí, Paracambi, Itaguaí, Queimados, Japeri, São Gonçalo, Magé, São João de Meriti, Mangaratiba, Seropédica, Maricá, Tanguá e Mesquita. 10** Brasil SP: São Paulo, Americana, Mairiporã, Artur Nogueira, Mauá, Arujá, Mogi das Cruzes, Barueri, Mongaguá, Bertioga, Monte Mor, Biritibamirim, Nova Odessa, Caçapava, Osasco, Caieiras, Paulínia, Cajamar, Pedreira, Campinas, Peruíbe, Carapicuíba, Pindamonhangaba, Cosmópolis, Pirapora do Bom Jesus, Cotia, Poá, Cubatão, Praia Grande, Diadema, Ribeirão Pires, Embu, Rio Grande da Serra, Embuguaçu, Salesópolis, Engenheiro Coelho, Santa Bárbara d’ Oeste, Ferraz de Vasconcelos, Santa Branca, Francisco Morato, Santa Isabel, Franco da Rocha, Santana de Parnaíba, Guararema, Santo André, Guarujá, Santo Antônio da Posse, Guarulhos, Santos, Holambra, São Bernardo do Campo, Hortolândia, São Caetano do Sul, Igaratá, São José dos Campos, Indaiatuba, São Lourenço da Serra, Itanhaém, São Vicente, Itapecerica da Serra, Sumaré, Itapevi, Suzano, Itaquaquecetuba, Taboão da Serra, Itatiba, Taubaté, Jacareí, Tremembé, Jaguariúna, Valinhos, Jandira, Vargem Grande Paulista, Juquitiba e Vinhedo. Demais estados e cidades 500*** * Em partes por milhão de S - ppm de S ** Municípios com venda exclusiva de S10. Para ver a lista dos postos que ofertam o diesel S10, consulte o site do DESPOLUIR: www.cntdespoluir.org.br *** A partir de janeiro de 2014, o diesel interiorano passou a ser S500. Para mais informações, consulte a seção Legislação no Site do DESPOLUIR: www.cntdespoluir.org.br
3,1%
9,9%
0,6% 40,7%
12,3%
33,3% Teor de Biodiesel 9,9% Outros 3,1%
Pt. Fulgor 33,3% Enxofre 12,3%
Corante 0,6% Aspecto 40,7%
% NC
ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - SETEMBRO 2014 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0
Caminhões Leves
NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - SETEMBRO 2014
QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL TEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL (em ppm de S)* Japão EUA Europa
Ônibus Caminhões Comerciais Leves Rodoviários (Diesel) médios
Trimestre Anterior Trimestre Atual
5,1
4,0
2,6
AC -
AL 5,1 5,4
AM 4,0 5,4
AP 2,6 0,0
0,8
1,9
BA 0,8 1,2
CE 1,9 1,7
4,0 0,0 DF 0,0 0,0
ES 4,0 3,6
5,1
4,2 1,9
1,5
GO 1,9 1,4
MA 1,5 1,5
MG 4,2 4,0
MS -
MT 5,1 5,7
7,5 3,5 PA 3,5 4,2
3,2 PB 3,2 5,0
3,5 PE 3,5 2,9
3,4 PI 3,4 2,5
4,9 1,3 PR 1,3 1,1
RJ 4,9 4,9
Percentual relativo ao número de não-conformidades encontradas no total de amostras coletadas. Cada amostra analisada pode conter uma ou mais não-conformidades. (*) Para Tocantins foram considerado os três últimos meses monitorados pelo CPT: Trimestre atual: Mar, Ago e Set/2014; Trimestre anterior: Jan, Mar e Ago/2014.
1,9 RN 1,9 3,1
RO -
RR 7,5 7,0
1,6
2,0
0,7
1,8
RS 1,6 1,8
SC 2,0 2,1
SE 0,7 1,3
SP 1,8 2,1
2,5 0,0 TO (*) Brasil 0,0 2,5 0,0 2,6
EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE POLUENTES
PRINCIPAIS FONTES
CARACTERÍSTICAS
EFEITOS SAÚDE HUMANA
1
Monóxido de carbono (CO)
Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.
Gás incolor, inodoro e tóxico.
Diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. Aspirado em grandes quantidades pode causar a morte.
Dióxido de Carbono (CO2)
Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.
Gás tóxico, sem cor e sem odor.
Provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.
Metano (CH4)
Resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e fixas3, atividades agrícolas e pecuárias, aterros sanitários e processos industriais4.
Gás tóxico, sem cor, sem odor. Quando adicionado a água torna-se altamente explosivo.
Causa asfixia, parada cardíaca, inconsciência e até mesmo danos no sistema nervoso central, se inalado.
MEIO AMBIENTE
Causam o aquecimento global, por serem gases de efeito estufa.
Compostos orgânicos voláteis (COVs)
Resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e processos industriais4.
Composto por uma grande variedade de moléculas a base de carbono, como aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves.
Causa irritação da membrana mucosa, conjuntivite, danos na pele e nos canais respiratórios. Em contato com a pele pode deixar a pele sensível e enrugada e quando ingeridos ou inalados em quantidades elevadas causam lesões no esôfago, traqueia, trato gastro-intestinal, vômitos, perda de consciência e desmaios.
Óxidos de nitrogênio (NOx)
Formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo presentes na atmosfera e queima de biomassa e combustíveis fósseis.
O NO é um gás incolor, solúvel. O NO2 é um gás de cor acastanhada ou castanho avermelhada, de cheiro forte e irritante, muito tóxico. O N2O é um gás incolor, conhecido popularmente como gás do riso.
O NO2 é irritante para os pulmões e Causam o aquecimento global, diminui a resistência às infecções por serem gases de efeito estufa. respiratórias. A exposição continuada ou frequente a níveis elevados pode provocar Causadores da chuva ácida5. tendência para problemas respiratórios.
Formado pela quebra das moléculas dos hidrocarbonetos liberados por alguns poluentes, como combustão de gasolina e diesel. Sua formação é favorecida pela incidência de luz solar e ausência de vento.
Gás azulado à temperatura ambiente, instável, altamente reativo e oxidante.
Resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e processos industriais4.
Provoca irritação e aumento na produção de muco, desconforto na Gás denso, incolor, não inflamável respiração e agravamento de e altamente tóxico. problemas respiratórios e cardiovasculares.
Causa o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa. Causador da chuva ácida5, que deteriora diversos materiais, acidifica corpos d'água e provoca destruição de florestas.
Conjunto de poluentes constituído de poeira, fumaça e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso. Possuem diversos tamanhos em suspensão na atmosfera. O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para causar problemas à saúde, quanto menores, maiores os efeitos provocados.
Altera o pH, os níveis de pigmentação e a fotossíntese das plantas, devido a poeira depositada nas folhas.
Ozônio (O3)
Dióxido de enxofre (SO2)
Material particulado (MP)
Resultado da queima incompleta de combustíveis e de seus aditivos, de processos industriais e do desgaste de pneus e freios.
Provoca problemas respiratórios, irritação aos olhos, nariz e garganta.
Incômodo e irritação no nariz e garganta são causados pelas partículas mais grossas. Poeiras mais finas causam danos ao aparelho respiratório e carregam outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer.
Causa destruição e afeta o desenvolvimento de plantas e animais, devido a sua natureza corrosiva. Além de causar o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa.
8
1. Em 12 de junho de 2012, segundo o Comunicado nº 213, o Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, em inglês), que é uma agência da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou a fumaça do diesel como substância cancerígena (grupo 1), mesma categoria que se encontram o amianto, álcool e cigarro. 2. Fontes móveis: motores a gasolina, diesel, álcool ou GNV. 3. Fontes fixas: Centrais elétricas e termelétricas, instalações de produção, incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos. 4. Processos industriais: procedimentos envolvendo passos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala. 5. Chuva ácida: a chuva ácida, também conhecida como deposição ácida, é provocada por emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) de usinas de energia, carros e fábricas. Os ácidos nítrico e sulfúrico resultantes podem cair como deposições secas ou úmidas. A deposição úmida é a precipitação: chuva ácida, neve, granizo ou neblina. A deposição seca cai como particulados ácidos ou gases.
Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br
“A medida fragiliza a liberdade das mulheres nas ruas, nos outros meios de transporte e em suas próprias comunidades” TEMA DO MÊS
O uso de vagões exclusivos para mulheres deve ser adotado
Política de segregação que não pune o agressor ROBERTA MARCHESI
steve em pauta no governo paulista uma importante decisão: sancionar ou vetar a lei que estabelece o vagão exclusivo para mulheres em trens e no metrô de São Paulo. Esse é um tema polêmico que está em constante discussão e percorre o dia a dia das pessoas que utilizam o transporte sobre trilhos no Brasil. À primeira vista, a medida pode até parecer positiva, mas mascara o problema da segurança da mulher, é controverso e poderá gerar mais transtornos do que vantagens. A ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), entidade que representa 99% dos operadores de trens e metrôs do Brasil, a considera uma medida que não protege as mulheres e que vai na contramão do que precisam: respeito e dignidade. Segregar as mulheres, dando a elas uma ilusória sensação de “proteção” contra os assediadores, promove uma limitação injusta, impondo o entendimento de que aquelas que não utilizarem o vagão exclusivo podem estar sujeitas à agres-
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ROBERTA MARCHESI Superintendente da ANPTrilhos, mestre em Economia e pós-graduada nas áreas de Planejamento, Orçamento e Logística
são. Mais grave: a medida fragiliza a liberdade das mulheres nas ruas, nos outros meios de transporte e em suas próprias comunidades porque não promove a civilidade e, em longo prazo, cria uma cultura de que a mulher, para se proteger, precisa ser segregada. Tecnicamente a medida do vagão exclusivo também cria um problema para a operacionalização dos sistemas. No caso específico de São Paulo, que serve como uma referência para os demais sistemas brasileiros, mais de 6,8 milhões de pessoas circulam diariamente nos trens e metrôs, sendo mais de 50% mulheres. Como garantir o embarque de todas elas em um número limitado de vagões? Como fazer com que esses 3 milhões de mulheres se acumulem nas estações aguardando uma vaga no vagão exclusivo? Como garantir a fluidez do transporte? A ANPTrilhos reconhece a existência do problema de assédio nos meios de transporte e se posiciona firmemente a favor da proteção às mulheres. Os operadores metroferroviários sempre trabalharam para
dignificar a utilização dos sistemas, buscando minimizar as ações dos agressores por meio da presença constante de agentes de segurança, câmeras de vigilância, avisos sonoros e campanhas informativas, entre outros. Por outro lado, a política do vagão exclusivo feminino promove uma inversão de valores na cultura da sociedade porque ao invés de buscar punir o agressor, restringe a liberdade daquele que é agredido. Nossa entidade compartilha do desejo de que as políticas públicas suscitem em toda a sociedade – homens, mulheres, crianças – a formação de uma consciência pela educação moral e cívica, cuja ausência está promovendo a segregação como meio de proteção. A ANPTrilhos é contrária à qualquer medida que vise instituir uma política de segregação no transporte público metroferroviário, ao mesmo tempo em que propõe unir a sociedade e a comunidade de transporte urbano na busca por alternativas que dignifiquem a utilização dos sistemas e crie o sentimento de que o desrespeito é que merece uma resposta.
“A resolução do problema de violência e assédio contra as mulheres passa pela ampliação do transporte público”
em todo o país?
Medida necessária para proteção das mulheres CAMILA LISBOA
e poucos anos para cá, o debate acerca da necessidade do vagão e ônibus exclusivos para as mulheres ganhou centralidade. Entre os motivos, podemos elencar: o aumento das ocorrências ou o aumento das denúncias de casos; a denúncia por parte do Sindicato dos Metroviários de São Paulo de um quadro do programa Zorra Total que fazia piada com essas ocorrências; a veiculação recente de um anúncio da rádio Transamérica de São Paulo que dizia que “o metrô lotado é bom para xavecar”, o que ganhou grande repúdio dos movimentos de mulheres; e, por fim, a aprovação na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) de um projeto que criava esse vagão. Essa repercussão e a existência concreta de um projeto de lei, que foi vetado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, geraram um grande debate na sociedade brasileira. Represento aqui a opinião do Movimento Mulheres em Luta e também do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e da Federação Na-
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cional dos metroviários acerca desse tema. Defendemos o vagão exclusivo como uma medida de proteção às mulheres que sofrem com a violência e o assédio sexual proporcionado pelo machismo e pela superlotação dos meios de transporte público. É uma medida de proteção, não é uma medida que vai resolver o problema. A resolução do problema de violência e assédio contra as mulheres passa pela ampliação do transporte público porque nas grandes cidades brasileiras existe um caos e uma saturação do transporte público que é oferecido para a população. As mulheres são a maior parte dos usuários do sistema de transporte público, seja metrô, ônibus ou trens. O machismo também incentiva esse tipo de prática, à medida que há uma ideologia que conduz o comportamento de determinados homens a abusar do corpo das mulheres para buscar alguma forma de satisfação sexual. A defesa do vagão exclusivo vai ao sentido de proteger dessa realidade. Para resolver o
problema, são necessárias medidas de conscientização, prevenção da violência, punição dos agressores e também uma política mais eficiente de ampliação do transporte público, o que passa pelo investimento no setor. Defendemos o investimento de 2% do PIB para o transporte, para ampliação da oferta de ônibus, trens e metrôs para a população e melhoria de sua qualidade. É necessário localizar que as mulheres trabalhadoras, as mulheres mais pobres, que dependem mais do transporte público, são os principais alvos dessa violência. Uma pesquisa do Datafolha foi bastante reveladora: 70% das usuárias do metrô de São Paulo defendem a existência de um vagão exclusivo. Nesse sentido, somos a favor dessa medida, mas contrários ao projeto votado pela Alesp, uma vez que esse projeto reduzia as medidas à existência do vagão e não abordava globalmente as medidas que devem ser implementadas para enfrentar essa realidade tão dolorosa e humilhante para as mulheres trabalhadoras.
CAMILA LISBOA Diretora do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e integrante do Movimento Mulheres em Luta
CNT TRANSPORTE ATUAL
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“As estradinhas do interior, dependendo das condições climáticas, são o gargalo entre a origem do alimento e a mesa citadina” ALEXANDRE GARCIA
Mobilidade rural alvez por falta de novidades no país, que repete os mesmos erros, cultivamos tanto o hábito de inventar palavras e termos novos para substituir os velhos problemas. Assim, nossas questões não resolvidas de transporte urbano viraram um tema novo, chamado de mobilidade urbana. E já que pelo andar das carruagens não será resolvido tão cedo, vou virar a página e passar para a mobilidade rural. Sabem por quê? Porque a mobilidade rural é bem mais vital e importante que a mobilidade urbana. Senão vejamos: alguém come asfalto? Come concreto? Come o que é plantado nos parques e jardins urbanos? Alguém serve à mesa, com a família reunida, o que cultivou na sacada do apartamento ou no quintal apertado da casa? Alimenta o corpo que precisa estudar, depois trabalhar e, entre a casa e a escola ou o trabalho, vai gastando energia, proteínas, carboidratos e gorduras com o que colhe e processa nos espaços urbanos? Não, claro que não. Tudo o que nos alimenta e nos mantém vivos nas cidades brasileiras, que abrigam quase 90% da população, vem do meio rural, sejam hortas da periferia ou lavouras e criadouros a centenas ou até milhares de quilômetros de distância. Neste ano, teremos quase 8 milhões de toneladas de trigo para o pão nosso de cada dia que precisa ser transportado aos moinhos e dos moinhos às padarias e fábricas de massas. Para o nosso feijão com arroz, teremos que levar das lavouras até nossas mesas urbanas mais de 3 milhões de toneladas da leguminosa e mais de 12 milhões de toneladas da gramínea. Para encher o prato, mais de 8 milhões de toneladas de batata vão sair das roças. O
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prato feito de todos os dias exige que venham das pastagens 8 milhões de toneladas de carne bovina por ano. E para reforçar o prato, talvez o ovo frito por cima de tudo: são mais de 32 milhões de ovos que precisam ser transportados com o maior cuidado dos aviários para o mercado urbano. Então está na hora de pensar mais na mobilidade rural, nesse tremendo desafio logístico de trazer o alimento que faz funcionar os corpos de quase 180 milhões de brasileiros que vivem nas cidades e que movimenta também seus bolsos no comércio da comida. Melhor logística, menos custo de transporte e menos desperdício; mais resultados para os produtores de alimentos e mais economia para os que comem. Tenho ouvido muita gritaria sobre mobilidade urbana, aliás, muito justa. Mas está na hora de se preocupar mais com o principal combustível do meio urbano, a comida, que só chega porque muita gente enfrenta dificuldades e sobrepassa desafios enormes para fazer o alimento chegar ao destino. Em geral se fala nas estradas federais e nas estaduais - essas ocupam o noticiário de seus defeitos e perigos, mas as estradas vicinais, municipais é que são os capilares que depois vão alimentar as artérias maiores. As estradinhas do interior, dependendo das condições climáticas, são o gargalo entre a origem do alimento e a mesa citadina. Os municípios que são responsáveis por elas, como se sabe, são a parte mais fraca da Federação, na injusta distribuição dos impostos. Em muitas regiões, da terra e do pasto sai a comida, mas as dificuldades nas picadas e veredas desse imenso país ainda estão longe de serem resolvidas, e a comida não chega à cidade. E o pior desperdício é o de alimento.
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CNT TRANSPORTE ATUAL
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CNT CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE PRESIDENTE Clésio Andrade VICE-PRESIDENTES DA CNT TRANSPORTE DE CARGAS
José Severiano Chaves Eudo Laranjeiras Costa Antônio Carlos Melgaço Knitell Eurico Galhardi Francisco Saldanha Bezerra Jerson Antonio Picoli João Rezende Filho Mário Martins
Newton Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO
Meton Soares Júnior TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
Jacob Barata Filho TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS
José Fioravanti PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
Marco Antonio Gulin Otávio Vieira da Cunha Filho TRANSPORTE DE CARGAS
Flávio Benatti Pedro José de Oliveira Lopes TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS
José da Fonseca Lopes Edgar Ferreira de Sousa
EDIÇÃO ESPECIAL Luiz Anselmo Trombini Urubatan Helou Irani Bertolini Pedro José de Oliveira Lopes Paulo Sérgio Ribeiro da Silva Eduardo Ferreira Rebuzzi Oswaldo Dias de Castro Daniel Luís Carvalho Augusto Emílio Dalçóquio Geraldo Aguiar Brito Viana Augusto Dalçóquio Neto Euclides Haiss Paulo Vicente Caleffi Francisco Pelúcio TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS
Glen Gordon Findlay Paulo Cabral Rebelo
Edgar Ferreira de Sousa José Alexandrino Ferreira Neto José Percides Rodrigues Luiz Maldonado Marthos Sandoval Geraldino dos Santos Éder Dal’ Lago André Luiz Costa Diumar Deléo Cunha Bueno Claudinei Natal Pelegrini Getúlio Vargas de Moura Bratz Nilton Noel da Rocha Neirman Moreira da Silva
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
TRANSPORTE AÉREO
Urubatan Helou José Afonso Assumpção CONSELHO FISCAL (TITULARES) David Lopes de Oliveira Éder Dal’lago Luiz Maldonado Marthos José Hélio Fernandes CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Waldemar Araújo André Luiz Zanin de Oliveira José Veronez Eduardo Ferreira Rebuzzi DIRETORIA TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS
DOS LEITORES
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
Rodrigo Vilaça Júlio Fontana Neto
Escreva para CNT TRANSPORTE ATUAL As mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO
Hernani Goulart Fortuna Paulo Duarte Alecrim André Luiz Zanin de Oliveira Moacyr Bonelli George Alberto Takahashi José Carlos Ribeiro Gomes Roberto Sffair Luiz Ivan Janaú Barbosa José Roque Fernando Ferreira Becker
Luiz Wagner Chieppe Alfredo José Bezerra Leite Lelis Marcos Teixeira José Augusto Pinheiro
Alcy Hagge Cavalcante
Victorino Aldo Saccol
Eclésio da Silva
Raimundo Holanda Cavacante Filho Jorge Afonso Quagliani Pereira
Quero parabenizar a equipe de reportagem da revista CNT Transporte Atual pelo excelente material publicado na edição nº 229. O panorama do setor de transporte apresentado na publicação mostra como ainda precisamos percorrer um longo caminho para alcançar condições regulares de operação e, assim, atingirmos o tão sonhado progresso. O Brasil continua cometendo os mesmos erros do passado, deixando de lado o planejamento. Marlon Gonçalves Araçatuba/SP RAIO X DO TRANSPORTE A revista CNT Transporte Atual retratou muito bem a situação precária que o setor de transporte vive atualmente. As condições apresentadas pela edição mostram como uma atividade tão essencial para o desenvolvimento do país foi deixada de lado. É inaceitável que sobrem recursos e que os programas e os projetos demorem tanto tempo para sair do papel. Paulo José Dantas Brasília/DF
para pagar os impostos que nos são cobrados, e o que recebemos em troca? Um trânsito caótico que nos faz perder ainda mais tempo, para ficar só no campo do transporte. Até quando vamos conviver com esse descaso? É preciso olhar mais para a sociedade e passar a oferecer serviços de qualidade. Alberto Campos Porto Alegre/RS ESGOTAMENTO Não é de hoje que ouvimos reclamações sobre o esgotamento do setor de transporte no Brasil, em todos os modais. Muitas de nossas rodovias já não suportam o volume de tráfego de veículos, nossas ferrovias não dão conta de escoar a produção nacional, nossos portos são precários e nossos aeroportos, mesmo depois de algumas melhorias, ainda apresentam problemas na demora das operações. Vivemos um momento importante com o início de um novo governo no próximo ano. Nosso desejo, como brasileiros, é que possamos ler, em um futuro próximo, uma edição da revista mostrando que o transporte já se recupera fora da UTI. Verônica Malta Recife/PE
SITUAÇÃO PRECÁRIA O caos da mobilidade urbana apresentado na edição de outubro é um retrato da falta de respeito do poder público com a população. Trabalhamos mais de 150 dias no ano
Cartas: SAUS, quadra 1, bloco J Edifício CNT, entradas 10 e 20, 11º andar 70070-010 - Brasília (DF) E-mail: imprensa@cnt.org.br Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes