Alternativa

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edição informativa da cnt

CNT

ano XX número 232 janeiro 2015

T R A N S P O R T E

AT UA L

Alternativa Ônibus movidos a energia elétrica garantem emissão zero de poluentes e maior eficiência nos trajetos. Modelos começam a ser testados no Brasil entrevista com SUSAN ZIELINSKI aborda a nova mobilidade urbana




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CNT TRANSPORTE ATUAL

JANEIRO 2015

CNT

REPORTAGEM DE CAPA

TRANSPORTE ATUAL

brasil começa a testar os primeiros ônibus totalmente movidos a bateria no transporte coletivo urbano. resultados iniciais se mostraram bastante positivos, com economia de até 35% na operação e na manutenção dos veículos. Página 20

ano XX | número 232 | janeiro 2015

ENTREVISTA

susan Zielinski apresenta projeto de mobilidade Página

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REGRAS MAIS RÍGIDAS • organização marítima internacional endurece critérios para o embarque de cargas sólidas a granel Página

CAPA eletra/divulgação

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TRANSPORTE PÚBLICO

congresso e feira no rio apresentam soluções

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT CONSELHO EDITORIAL

lucimar coutinho

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EDITOR

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bernardino rios Pim bruno batista etevaldo dias

americo ventura mtb 5125 [americoventura@sestsenat.org.br]

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:

atualizacao@cnt.org.br Publicação da cnt (confederação nacional do transporte), registrada no cartório do 1º ofício de registro civil das Pessoas jurídicas do distrito federal sob o número 053. tiragem: 40 mil exemplares

os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

Página

ECONOMIA

sondagem da cnt mostra pessimismo Página

38

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www.

cnt.org.br

Brasil teve média de 41 roubos de carga por dia em 2013

PRÊMIO CNT DE JORNALISMO • mobilidade urbana foi destaque em algumas reportagens, que também abordaram infraestrutura e denúncias Página

44

FERROVIÁRIO

TRÂNSITO

feira negócios nos trilhos expõe inovações

Pesquisa mostra que motoristas não respeitam distância

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54

Página

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TAXA DE EMBARQUE

Seções duke

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opinião

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mais transporte

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sest senat

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boletins

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alexandre garcia

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cartas

82

Passageiro reclama, mas valores bancam instalação e serviços Página

60

MÃO DE OBRA

iniciativa junto à bélgica para formar trabalhador Página

66

de acordo com levantamento da ntc&logística, o total de ocorrências de roubo de cargas chegou a 15,2 mil casos registrados em todo o país em 2013. o resultado é 5,5% superior ao de 2012. os prejuízos foram recorde: somaram r$ 1 bilhão. a região sudeste do país responde pela maior parte dos registros e concentra 81,2% dos roubos. apesar de a estimativa ser de crescimento dos casos em 2014, o coronel Paulo roberto de souza acredita que a entrada em vigor de novas leis reduza a incidência de roubos de cargas em 2015. acesse a agência cnt de notícias e saiba mais sobre o assunto.


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Duke

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“a expectativa é que, a partir do diálogo e do planejamento, o brasil possa retomar um ciclo virtuoso econômica e socialmente” clésio andrade

OPINIÃO

Que a esperança e o fôlego sejam renovados

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ais um ano que começa e, com ele, o brasil inicia uma nova fase. a expectativa é que, passado o período eleitoral, sejam feitas as mudanças necessárias para conduzir o país por outro caminho, superando todo o pessimismo que rondou os diversos setores da economia em 2014. Porém, infelizmente, os transportadores iniciam este período bastante temerosos sobre o futuro do brasil. os resultados alcançados no último ano trouxeram de volta o medo do aumento da inflação e dos custos dos insumos da atividade. dados da sondagem expectativas econômicas do transportador 2014 – fase 2, divulgados pela cnt no fim do ano passado, já mostravam um cenário bastante pessimista. nas entrevistas realizadas com empresários, 72,1% afirmaram que haverá aumento da inflação e 67,1% revelaram que o grau de confiança na gestão econômica do governo é baixo. o serviço de transporte está intimamente ligado às atividades de produção e de comercialização de bens e de serviços de uma economia, de forma que a avaliação dos transportadores sinaliza que as perspectivas de desempenho do país não serão muito positivas. além da questão econômica, os transportadores também não vislumbram uma solução sólida para a infraestrutura do transporte nos próximos anos. e esse pessimismo tem seus motivos. mesmo que os recursos tenham apresentado crescimento nos últimos 12 anos, os valores investidos ainda continuam bastante inferiores às reais necessidades do país. dos r$ 20,9 bi-

lhões disponíveis em 2014, apenas r$ 13,5 bilhões haviam sido realmente pagos até novembro do ano passado. enquanto isso, o Plano cnt de transporte e logística aponta a necessidade de aplicação de r$ 987 bilhões em mais de 2.000 projetos para dotar o brasil de uma infraestrutura capaz de reduzir os custos e aumentar a competitividade dos produtos nacionais. de qualquer maneira, os transportadores receberam com bons olhos o discurso de posse da presidente dilma rousseff, que garantiu a abertura do diálogo com os diversos setores da economia. esse é o caminho para o fortalecimento e a realização de ações tão urgentes capazes de trilhar um novo rumo ao nosso país. a expectativa é que, a partir desse diálogo, do planejamento e da execução de grandes obras, o brasil possa retomar um ciclo virtuoso econômica e socialmente. e o que se espera deste novo ciclo é que a esperança e o fôlego possam ser renovados, permitindo ao país recuperar a competitividade de seus produtos e, assim, alcançar o posto tão almejado entre as maiores potências econômicas mundiais. as análises sobre a infraestrutura de transporte e o setor como um todo realizadas, periodicamente, pela cnt podem e devem nortear as ações do poder público na busca de soluções adequadas para o setor. esse é o desejo dos transportadores. estamos também abertos ao diálogo. o que não nos falta é disposição para continuar trabalhando em busca de melhorias para o país.


“o caminho para mudar pontos de vista é o de ver a evolução a ótica do que ela representa – uma transformação muito atra

ENTREVISTA

SUSAN ZIELINSKI - diretora eXecutiva da smart

Acessibilidade Por

ma forma inovadora de pensar, debater e fazer a mobilidade urbana. essa é a proposta do projeto smart (sustainable mobility and accessibility research and transformation – Pesquisa e transformação para a mobilidade sustentável e a acessibilidade), uma iniciativa interdisciplinar da universidade de michigan, nos estados unidos. a proposta reúne especialistas em transporte e acessibilidade urbana. em entrevista à CNT Transporte Atual, a diretora executiva do projeto, susan Zielinski, aponta as oportunidades e os principais desafios a serem enfrentados, especialmente por

U

VIVIANE CRUZ

países de economias emergentes, como o brasil. “se bem gerida, a ‘nova mobilidade’ pode oferecer uma plataforma poderosa para o desenvolvimento regional, a construção da comunidade sustentável e a transformação econômica”, destaca. Para ela, chegará o momento em que a sociedade compreenderá que a era do individualismo nos transportes acabou. susan defende a importância do uso de novas tecnologias no sistema de mobilidade urbana para tornar as cidades mais sustentáveis. ela aponta que essas inovações englobam desde o uso de combustíveis de fon-

tes limpas até o investimento em novos negócios. susan trabalhou por mais de 15 anos no departamento de Planejamento da cidade de toronto, no canadá, no desenvolvimento de liderança de transporte e de políticas e iniciativas, incluindo a estratégia antipoluição oficial da cidade. ela também foi membro do conselho do centro do canadá de transporte e fundadora membro da diretoria de sustentabilidade da associação de turismo verde. susan também foi uma das fundadoras e dirigiu o movimentando a economia (mte – moving the economy), uma iniciativa canadense que trabalha para catalisar e apoiar

a inovação sustentável no transporte urbano. A iniciativa Smart defende uma urbanização inclusiva, com sistemas de transportes integrados e sustentáveis. Como funciona essa proposta? imagine você se deslocando sem dificuldade em um ônibus movido a hidrogênio, com piso baixo, que você pode pegar na calçada em frente à sua casa, depois entrar em um elegante trem de alta velocidade, em um táxi verde. andar de bicicleta de uso gratuito ou, ainda, usar o estacionamento onde o seu próprio carro está parado. imagine que você pode usar qual-


arquivo Pessoal

do transporte sustentável sob ente, positiva e animadora”

urbana quer combinação desses modos, todos com o suporte de aplicações de telefonia móvel ou quiosques com ponto de conexão que lhe dão informações de cada modo em tempo real, bem como as opções integradas de pagamento de tarifas. ou talvez, em vez disso, você decide ignorar completamente o trajeto para tirar proveito do teletrabalho, do tele-shopping, do telebanking, ou do tele-educação, em casa ou em um escritório compartilhado da vizinhança. isso não só irá poupar horas no dia, mas também 20% das emissões de dióxido de carbono usuais para o deslocamento semanal entre casa e trabalho para cada dia que você trabalha

virtualmente. esse tipo de rede conectada de transporte está começando a surgir nas cidades ao redor do mundo, estimulada por uma rápida urbanização que exige uma diversidade de opções que sejam conectadas e "inteligentes". isso permite que os usuários personalizem suas viagens multimodais com o objetivo de obter a eficiência máxima. essa é a revolução chamada "nova mobilidade". a iniciativa smart, da universidade de michigan, concentra-se em acelerar a implementação de tais sistemas e da indústria que irá fornecê-los. De que forma deve ocorrer a integração entre inicia-

tiva pública e privada, sociedade civil e comunidade acadêmica para a construção de soluções de transporte e mobilidade urbana? Há uma necessidade crescente para o trabalho em conjunto dos diversos agentes públicos e privados da área de transporte. isso envolve não apenas os departamentos de planejamento e de transportes do governo, mas também um mix mais amplo do setor público, incluindo todas as áreas pertinentes ao transporte, como, por exemplo, serviços sociais, comunicação e tecnologia da informação, habitação,

turismo, desenvolvimento econômico, dentre outros. além do setor público, o setor privado precisa participar da mesa de trabalho na construção de novas soluções, e não apenas no fornecimento de sistemas. isso engloba tanto as grandes quanto as pequenas e médias empresas que estão chegando com alguns aplicativos, serviços e produtos mais inovadores para possibilitar um transporte porta a porta, sustentável e sem interrupções. a sociedade civil e os acadêmicos também precisam estar na mesma mesa para identificar os desafios e mobilizar soluções integradas.


eu chamo isso de "inovação Público-Privada". a smart vem trabalhando há vários anos para desenvolver uma metodologia simples e prática para o mapeamento e a implementação de sistemas de transporte sustentáveis, personalizados para cada região. a iniciativa smart conduziu esse processo em mais de 20 cidades de todo o mundo. Quais são os principais desafios em economias emergentes? no que se refere aos transportes, é que o aumento da riqueza pode, por um lado, proporcionar aumento da posse do automóvel. isso leva ao surgimento de significativos congestionamentos. adicione a isso a poluição, o barulho e o caos dos engarrafamentos, que resultam em mais horas gastas no trânsito, redução da produtividade e menos tempo disponível para o convívio com família e com os amigos. Por outro lado, para aqueles que não podem pagar pelos carros, o acesso às necessidades básicas pode ser contestado. a segurança nas estradas pode ser comprometida, afetando aqueles que utilizam modos não motorizados de transporte, bem como pobres, idosos, pessoas com deficiência e outras mais vulneráveis. isso pode levar ao aumento da disparidade social,

que agrava as desigualdades já existentes. O Brasil está no caminho correto em relação a essa nova forma de ver e fazer a mobilidade? o brasil é um pioneiro em inovação no campo da nova mobilidade. jaime lerner, de curitiba, inventou uma das inovações mais globalmente disseminadas e práticas da história recente dos transportes – o sistema brt (bus rapid transit). um dos acontecimentos recentes mais marcantes é que brasileiros, considerados amantes do futebol, fizeram manifestações nas ruas para apoiar melhores opções de transporte em vez de enormes gastos na copa do mundo. enquanto isso, muitas cidades de todo o brasil estão trabalhando para oferecer sistemas de transporte mais inclusivos e sustentáveis, algumas com a ajuda da confederação nacional de municípios. Os modelos atuais de planejamento de sistemas urbanos e de transportes no Brasil se mostram insustentáveis. O que precisa mudar? algumas das coisas que precisam mudar incluem os seguintes itens: fornecimento de opções mais sustentáveis para o transporte de pessoas e mercadorias; ligação entre os pon-

BRT sistema criado

“O transporte sustentável pode trazer oportunidades ou benefícios econômicos, bem como melhorias no que diz respeito à qualidade de vida”

tos: conectando modos e serviços de apoio ao transporte porta a porta, sustentável e sem interrupções (usando tecnologia da informação, onde possível); suporte para a inovação em nova mobilidade e empresas para fornecer esses sistemas; políticas e legislação que apoiem e permitam a transformação; novas abordagens que sustentem novos anseios para a próxima geração de transportes e não apenas veículos individuais. Como o investimento no transporte multimodal pode contribuir para esse avanço? ele fornece sistemas completos e conectados que servem a todos que transportam pessoas e mercadorias, e até mes-


Prefeitura de curitiba/divulgação

“A geração do milênio está na vanguarda dessa concepção e dessa demanda” em curitiba é uma das grandes inovações do transporte coletivo urbano

mo proporcionam a diminuição nos deslocamentos de uma forma mais sustentável, justa e economicamente viável. De que maneira pode haver a cooperação internacional descentralizada na busca de avanços em relação à mobilidade urbana? com a ajuda da internet, existem redes cada vez mais conectadas de cidadãos e líderes que trabalham para transformar a mobilidade urbana. Como é possível aliar mais qualidade de vida a retornos financeiros significativos às empresas que operam o sistema de transporte urbano? Há pelo menos quatro ma-

neiras de o transporte sustentável trazer oportunidades ou benefícios econômicos, bem como melhorias no que diz respeito à qualidade de vida. ele proporciona a economia para pessoas e empresas com a otimização do sistema, fazendo com que esse seja mais rentável e conectado. ele cria postos de trabalho, incluindo tecnologia da informação, uso compartilhado e espaço de trânsito. ele revitaliza economias locais, fornecendo sistemas em que as pessoas não perdem tempo e produtividade no trânsito, e por meio da criação de espaços urbanos nos quais as pessoas desejem viver e trabalhar. ele é o alicerce de uma emergente e bilionária indústria global de

nova mobilidade. Há uma proliferação de inovações que, de forma positiva, produz rupturas nas economias maduras e emergentes. além disso, até mesmo as grandes empresas estão repensando a si mesmos, como a ford, por exemplo, para abastecer o futuro sustentável do transporte. Como mudar a visão das pessoas em relação ao uso do transporte coletivo, em substituição ao individual? Hoje é um pouco fora de moda pensar na contraposição entre o transporte público e o privado. agora existem muitas opções diferentes, tanto públicas como privadas, algumas compartilhadas e outras não. o ca-

minho para mudar pontos de vista é o de ver a evolução do transporte sustentável sob a ótica do que ela representa – uma transformação muito atraente, positiva e animadora que oferece mais possibilidades de escolha e é mais conectada e habilitada pela ti do que qualquer outra que já tenhamos conhecido. a geração do milênio (jovens entre 18 e 35 anos) está na vanguarda dessa concepção e dessa demanda. Quais as consequências para os países que não buscarem essa mudança de comportamento? as consequências irão variar, mas não serão boas. De que forma as novas tecnologias podem contribuir para esse avanço? novas tecnologias de informação são as grandes possibilitadoras dos recursos multitarefa. transformam o transporte, proporcionando planejamento integrado de viagem e o rastreamento de trajetos; pagamento integrado de tarifas e cobranças aos diferentes modais, bem como inovadores mecanismos de financiamento; gestão do tráfego multimodal integrado; melhoria da segurança de pessoas e mercadorias, automação; e redução e eliminação de deslocamentos. l


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MAIS TRANSPORTE comPanHia docas rj/arquivo

Obras de dragagem no porto a secretaria de Portos assinou, em dezembro de 2014, o contrato para a execução das obras de dragagem do complexo Portuário do rio de janeiro. o consórcio responsável pela retirada dos sedimentos do fundo no mar é composto pelas empresas van oord e boskalis. as obras devem ser concluídas em 20 meses. as empresas venceram a licitação, feita na modalidade regime diferenciado de Preços, com uma proposta de r$ 210 milhões. as obras visam a melhoria

dos acessos aquaviários e berços dos terminais de contêineres do Porto do rio de janeiro, além de garantir o atendimento de navios com maior porte e capacidade de transporte de mercadorias. o empreendimento faz parte da segunda fase do Pnd (Plano nacional de dragagem), instituído pelo novo marco regulatório do setor. o plano, lançado em 2012, integra o Pil-Portos (Programa de investimento em logística - Portos).

Produção da Ferroeste cresce no segundo semestre no segundo semestre de 2014, a ferroeste (estrada de ferro Paraná oeste) teve aumento de 33% no transporte de mercadorias, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo balanço

da empresa. o acréscimo corresponde a 60% a mais no transporte de cargas destinadas à exportação. os produtos voltados para o comércio exterior têm como ponto de saída o Porto de Paranaguá. em relação à

movimentação de gêneros dentro da malha da ferroeste, que liga os municípios de cascavel e guarapuava, o crescimento chega a 88% em relação ao segundo semestre de 2013. os principais produtos res-

ponsáveis pelo acréscimo na movimentação foram milho, fertilizantes, contêineres frigorificados e o óleo vegetal. o aumento da safra e a otimização do giro interno na malha da ferrovia foram responsáveis pelo crescimento.


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destaque

fetransportes (federação das empresas de transportes es) homenageou o sest senat, em dezembro, pelos 20 anos de atuação e 100 milhões de atendimentos realizados nos programas de desenvolvimento profissional e de promoção social. a homenagem ocorreu durante a premiação dos melhores profissionais do setor de transporte e logística, na 20ª edição do Prêmio destaque – trabalhador do transporte e logística do espírito santo. o destaque 2014 escolheu trabalhadores na categoria transporte & logística nas regiões norte, sul e na grande vitória. também houve premiação na categoria motorista, por região. a federação homenageou ainda os empresários odival rocon,

fetransPortes/divulgação

Fetransportes premia Sest Senat por 20 anos de atuação

A

CAMPEÕES Premiados ganharam notebook, troféu e certificado

sócio da empresa expresso serrano, e cláudio moura, ex-sócio da viação águia branca e fundador da univale transportes, no vale do aço. Para o presidente de fetransportes, josé antonio fiorot, as

empresas que investem em seus colaboradores estão tendo cada vez mais retorno. “entendemos que essa é a única forma de garantirmos um setor mais forte, profissionalizado e fortalecido”, afirmou. os campeões de cada

categoria ganharam notebook, troféu e certificado do prêmio. os segundos colocados receberam, além do troféu e do certificado, uma televisão de 24 polegadas. (Evie Gonçalves)

Toyota inicia vendas de veículo movido a hidrogênio a toyota começou a vender, no japão, o primeiro veículo movido a hidrogênio que deverá ser produzido em série para o público geral. a expectativa é que 700 unidades sejam fabricadas

até o final de 2015, sendo 400 vendidas no próprio país. o lançamento na europa e nos estados unidos deve ocorrer no meio do ano. o mirai (que significa

"futuro" em japonês) pode percorrer cerca de 650 quilômetros com um tanque de hidrogênio, que demora três minutos para ser recarregado totalmente.

a partir da mistura entre hidrogênio e oxigênio, se produz a eletricidade que movimenta o veículo. o carro emite apenas vapor de água, e não gases poluentes para o efeito estufa.


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MAIS TRANSPORTE airbus/divulgação

Galeão passa a operar Airbus A-380 e Boeing 747-800 o aeroporto internacional tom jobim, no rio de janeiro, obteve autorização para o pouso regular do airbus a-380 e do boeing 747-800, maiores aviões do mundo. com isso, o galeão passa a ser a primeira unidade aeroportuária autorizada pela anac (agência nacional de aviação civil) a operar esse tipo de voo. com capacidade para até 845 passageiros, as aeronaves são operadas por empresas como air france, emirates e lufthansa.

Cabotagem cresce nos dois últimos anos o setor de cabotagem apresentou taxas médias de 20% de crescimento nos dois últimos anos, segundo o instituto ilos. o aumento no transporte de mercadorias por via marítima pela costa

brasileira se deu, sobretudo, no carregamento de contêineres com produtos que até então vinham sendo transportados pelo sistema rodoviário. de acordo com pesquisa

feita pelo instituto junto a 123 profissionais de logística, a cabotagem recebeu nota 7,3 de aprovação. a pesquisa apontou que grande parte das empresas pretende

aumentar o volume por cabotagem, em média, em 45%. apenas 6% das empresas demonstraram intenção de reduzir seus carregamentos.


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tecnologia

partir de 2015, o porto chibatão, em manaus, passa a ser o primeiro da américa latina a receber uma tecnologia que vai auxiliar na movimentação de cargas destinadas ao Polo industrial da cidade e ao comércio da capital. trata-se da aquisição de quatro novos guindastes liebherr lbs 600, equipamentos instalados exclusivamente sobre balsas, que permitem maior agilidade no escoamento da produção. o início das operações está previsto para este primeiro semestre. o aumento da produtividade se dá pela maior capacidade e tecnologia empregadas nos equipamentos. os guindastes têm capacidade de até 104 toneladas e alcance de 58 metros, além de funcionarem com sistema elétrico e combustível. “atualmente, nossos guindastes operam cerca de 38 contêineres por hora. esperamos dobrar esse número”, acredita o gestor do grupo chibatão, jhony fidelis.

Press comunicação/divulgação

Guindastes auxiliam na movimentação de cargas em Manaus

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Treinamento Para capacitar os colaboradores no uso dos equipamen-

ESCOAMENTO novos equipamentos permitem movimentação mais ágil da produção

tos, o grupo chibatão, em parceria com a maersk training brasil, iniciou um treinamento prático e exclusivo para operadores de guindastes liebherr lbs 600. com 76 alunos ativos, as aulas são ministradas dentro do com-

plexo portuário do grupo e seguem até meados de 2015. o treinamento tem duração de 60 dias, com 40 horas de aulas teóricas e 80 de prática, e contará com um simulador exclusivo. atualmente os operadores de

guindaste do porto são terceirizados. o objetivo é capacitar os próprios operadores para garantir mais agilidade, qualidade nos serviços e nos atendimentos aos clientes. (Evie Gonçalves)

Infraero instala wi-fi gratuita nos aeroportos da rede a infraero (empresa brasileira de infraestrutura aeroportuária) iniciou, em dezembro de 2014, o processo de instalação do novo modelo de internet wi-fi gratuita em alguns aeroportos da rede. atualmente acessível em nove

terminais, o formato ampliará gradualmente a oferta do serviço para os demais aeroportos administrados pela empresa. o acesso gratuito será prestado nas salas de embarque doméstico e/ou

internacional, por 30 minutos, após o preenchimento de cadastro. esse período poderá ser acrescido de 15 minutos, caso o passageiro responda a uma breve pesquisa de interesse da infraero. o serviço será oferecido pela

linktel, escolhida por meio de licitação. o prazo da concessão é de dez anos. os aeroportos que vão receber gradualmente o serviço foram divididos em quatro blocos, com instalação total prevista para um ano.


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MAIS TRANSPORTE inovação

Brasil testa primeiro ônibus abastecido com biometano pós passar por um mês de demonstrações em foz do iguaçu, onde percorreu 3.000 quilômetros, o primeiro ônibus movido a biometano da indústria dos veículos comerciais chegou, em dezembro do ano passado, ao rio grande do sul. o veículo tem 15 metros de comprimento, com dois eixos direcionais e capacidade para até 120 passageiros. já o gás, produzido a partir de dejetos de algumas espécies de aves, é

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filtrado, envasado e, em seguida, transportado ao local de abastecimento. a iniciativa é fruto de parceria da scania com a itaipu binacional, o cibiogás-er (centro internacional de energias renováveis-biogás), a fPti (fundação Parque tecnológico itaipu) e a granja Haacke, de santa Helena (Pr), responsável pelo fornecimento do combustível. “o ônibus é considerado um dos mais modernos do transporte público do mun-

do, com motor dedicado ao uso tanto do gnv (gás natural veicular) quanto do biometano. ele emite 70% menos poluentes que um similar a diesel”, explica silvio munhoz, diretor de vendas de ônibus da scania no brasil. em relação ao preço por quilometragem, o custo é 56% menor que o diesel. após foz do iguaçu e rio grande do sul, o ônibus será testado em são Paulo, Paraná e rio de janeiro e deve ser levado para outras cida-

des. a intenção é mostrar a aplicação da tecnologia tanto em rotas urbanas, quanto em fretamento e transporte intermunicipal e verificar a viabilidade da aplicação do biometano na mobilidade urbana, para que ele possa ser integrado à matriz de combustíveis do país. a anP (agência nacional do Petróleo, gás natural e biocombustíveis) está com consulta pública aberta para regulamentar o uso do gás. (Evie Gonçalves) scania/divulgação

INDÚSTRIA novo combustível é produzido a partir de dejetos de aves


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transcontinental/divulgação

Porto de Rio Grande ganha centro aduaneiro a transcontinental logística s.a. inaugurou o centro logístico industrial aduaneiro, situado na zona retroportuária do Porto de rio grande. a estrutura está apta a realizar procedimentos de desembaraço aduaneiro na importação e na exportação e a armazenar mercadorias que ainda não foram liberadas para o mercado externo ou interno

em seus armazéns, que passam a ser alfandegados. o trabalho é realizado em conjunto com a receita federal, órgão responsável por emitir a licença de operação da unidade e interligado à instituição. a estrutura do centro é composta de armazéns construídos em módulos de 5.000 metros quadrados cada, pátio para estacionamento e

equipamentos com capacidade para recebimento acima de cem caminhões por dia e armazenamento aproximado de 70 mil toneladas. o centro receberá cargas movimentadas via transportes rodoviário, marítimo e ferroviário com ramal direto nos armazéns cobertos, com estrutura para descarregar até 24 vagões,

simultaneamente. das 20,5 milhões de toneladas de cargas movimentadas via Porto de rio grande em 2013, 15 milhões corresponderam à importação e exportação. atualmente, a transcontinental movimenta em torno de 860 mil toneladas por ano. com o centro, a expectativa é um aumento de cerca de cem mil toneladas.

fetransPortes/divulgação

Melhores no transporte de cargas a ntc&logística premiou, em dezembro, as melhores empresas fornecedoras de transporte rodoviário de cargas do ano, em são Paulo. a premiação foi realizada em parceira com o instituto datafolha, responsável pela pesquisa de mercado que

fornece as informações para a construção dos indicadores, tanto para o setor quanto para a premiação de cada uma das 13 categorias. o evento também comemorou os 51 anos da ntc&logística, completados em 2014.

MERCADO empresas fornecedoras saíram vitoriosas


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MAIS TRANSPORTE tam/divulgação

TAM negocia compra de aviões regionais a tam anunciou que negocia com fabricantes a compra de até 30 aeronaves, com 75 a 110 assentos. o anúncio ocorreu após a aprovação de medida provisória que cria o plano de desenvolvimento da aviação

regional. a mP prevê a concessão de subsídios de até 50% dos assentos das aeronaves que fizerem voos considerados regionais, limitados a 60 assentos por voo. o prazo de duração dos incentivos será de

cinco anos. os recursos de financiamento serão oriundos do fnac (fundo nacional de aviação civil), formado a partir da outorga dos aeroportos concedidos. já a entrega das aeronaves deve

ocorrer a partir de 2018. o investimento será adicional aos r$ 12 bilhões já programados pela empresa até 2018, dos quais r$ 11 bilhões serão revertidos para frota.

Aplicativo registra acidentes

Acordo para venda de jatos

o dnit (departamento nacional de infraestrutura de transportes) criou um aplicativo para smartphones que permite aos motoristas informar, em tempo real, problemas nas rodovias federais, como buracos e quedas de barreira. o condutor cadastrado no sistema poderá registrar a ocorrência por mensagem, sem a necessidade de telefonar para os atendentes da

a embraer aviação executiva firmou acordo para a venda de 10 jatos Phenom 300 à empresa norte-americana netjets, do grupo berkshire Hathaway e líder mundial em aviação privada. em outubro de 2010 foi assinado um acordo de compra de 50 jatos Phenom 300 mais 75 opções de compra. o valor total do contrato pode superar us$ 1 bilhão, caso todas as opções de compra sejam

autarquia. Para se cadastrar, é preciso fornecer e-mail pessoal válido. o programa é capaz de localizar, por gPs, o local exato de onde a mensagem foi enviada. as informações fornecidas pelos motoristas servirão de base para o departamento cobrar medidas reparadoras das empresas responsáveis. o aplicativo foi desenvolvido pelos próprios servidores do dnit e custou r$ 20 mil.

convertidas em pedidos firmes. a embraer já entregou 36 jatos Phenom 300 à netjets. “a aceitação do Phenom 300 continua a crescer nos mercados corporativo e de propriedade compartilhada. tanto que, recentemente, tornou-se o jato executivo com o maior número de entregas”, disse o presidente da embraer aviação executiva, marco túlio Pellegrini.


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santos brasil/divulgação

Sistema de agendamento ferroviário a santos brasil implantou o sistema de agendamento ferroviário no terminal de contêineres santos, em guarujá (sP). a medida permite que clientes agendem cargas e descargas de contêineres para o modal por meio do site da companhia. a expectativa é aumento de produtividade de dez para 22 contêineres movimentados por hora na operação de vagões no terminal, aumentando em 120% a performance das operações de ferrovia. o sistema, que prevê o uso de

coletores de dados nos ramais ferroviários, permite o reconhecimento das informações dos contêineres e o envio automático para a base de dados, o que permite a liberação dos trens de maneira mais rápida. a tecnologia também está integrada à operação de máquinas que possibilitam a pesagem de contêineres nos próprios ramais ferroviários, sem a necessidade de utilizar balanças em outros pontos do terminal.

infraero/divulgação

Segurança nos aeroportos VEÍCULOS empresa busca combater incêndios

em 2014, a infraero investiu r$ 170 milhões na aquisição de equipamentos para reforçar a segurança dos aeroportos que administra. no período, foram adquiridos e entregues carros de combate a incêndio, equipamentos de inspeção de carga, desencarceradores (instrumento para

arrombamento), equipamentos para detecção de traços de explosivos ou narcóticos, entre outros aparelhos. a infraero também adquiriu novos equipamentos de raios X para utilização nos terminais de logística de carga. os aparelhos são utilizados principalmente para a inspeção de volumes pela receita federal.


REPORTAGEM DE CAPA

Eletricidade como

combustível Primeiras experiências com ônibus movidos a bateria no Brasil têm resultados positivos; veículos se mostraram mais eficientes e registraram índice zero de poluição no local onde circularam


eletra/divulgação


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LIVIA CEREZOLI

m tempos de prioridade ao transporte coletivo, a solução para o problema da mobilidade urbana no brasil vem ganhando cada vez mais aliados. a tecnologia de motores de veículos avança, e os primeiros ônibus totalmente elétricos já começam a se tornar uma realidade no país. os novos modelos, além de não poluírem no local onde circulam, garantem mais eficiência aos serviços. os primeiros testes realizados com o e-bus em são Paulo (sP) apresentaram resultados bastante positivos. Por seis meses (entre fevereiro e agosto de 2014), uma parceria entre a emtu (empresa metropolitana de transportes urbanos de são Paulo), a mitsubishi e a eletra avaliou o desempenho de um ônibus articulado de 18 metros, com capacidade para 130 passageiros, percorreu 21 mil quilômetros (oito viagens diárias), no corredor diadema-morumbi, utilizando um conjunto de 14 baterias de íons de lítio.

E

MERCADO empresa chinesa deve iniciar a montagem de

E-bus apresentou conomia de

35% na operação

durante todo o período de testes, o ônibus transportou 94 mil passageiros e se mostrou mais eficiente do que um modelo tradicional, movido a diesel. de acordo com ivan carlos regina, gerente de planejamento e desenvolvimento da emtu, em termos ambientais, o veículo deixou de emitir 8 toneladas de co2 no período. mas as vantagens vão além. quando comparado com o ônibus a diesel que per-

correu o mesmo trajeto, verificou-se uma eficiência 72% maior, com um custo de operação e de manutenção 35% menor. o e-bus tem o mesmo sistema de tração já utilizado nos trólebus e nos veículos híbridos, mas recebe energia exclusivamente de um banco de baterias carregadas pelo sistema comum de energia elétrica. o modelo tem autonomia operacional de 200 km e um sistema de recarga


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byd/divulgação

investimento

Brasil terá fábrica chinesa

“Estamos tentando tornar o transporte público uma prioridade” ônibus elétricos no brasil a partir de março

rápida. “isso significa que ele pode ser recarregado nas pequenas paradas, nos terminais, durante os intervalos das viagens”, explica o gerente. além disso, o sistema de frenagem do veículo ainda recupera 33% da energia gasta nos trajetos. nos ônibus convencionais, as lonas de freio esquentam para pararem as rodas porque a energia do movimento é transformada em calor. Porém, esse

MARCOS BICALHO, diretor da ntu

calor é descartado. no ônibus elétrico acontece o contrário. toda vez que o motorista tira o pé do acelerador, o motor aproveita a energia do movimento para recarregar as baterias. a experiência brasileira com veículos elétricos no transporte coletivo teve início com os bondes, que chegaram por aqui em 1900. depois vieram os trólebus, nos anos 1950, e os ônibus híbridos que circulam nas ruas de al-

a empresa chinesa byd (build your dreams) deve iniciar, a partir de março, a montagem de ônibus elétricos no brasil. a fábrica está sendo construída em campinas (sP). além dos veículos, também serão produzidas baterias e painéis solares. os ônibus são movidos a baterias de fosfato de ferro lítio com vida útil de 30 anos e chegam a garantir entre 75% e 82% de redução no custo operacional, segundo adalbeto maluf, diretor de relações governamentais e marketing da empresa. os veículos de 12 metros têm autonomia de até 300 quilômetros, e os articulados (18,6 metros), de 250 km. o carregamento total das baterias pode ser feito em duas horas, mas em 30 minutos é possível obter 80% do abastecimento. de acordo com maluf, inicialmente, a empresa deve colocar no mercado 250 unidades completas de ônibus 100% elétricos. “Porém, o foco da nossa fábrica é a produção dos chassis. a byd não pretende fabricar carrocerias e, por isso, já estamos em contato com as empresas brasileiras desse segmento”, explica. a expectativa é que depois da produção inicial, a empresa passe a fabricar 500 chassis

de ônibus 100% elétricos ao ano em campinas. o diretor não revela as localidades, mas garante que cinco grandes cidades brasileiras (três na região sudeste, uma no nordeste e outra no sul) estão com as negociações avançadas para a compra dos veículos ainda este ano. acreditando no potencial de crescimento desse mercado, maluf também revela que uma segunda fábrica deve ser instalada em 2016, provavelmente em minas gerais, rio de janeiro ou são Paulo. o novo centro terá capacidade para a produção de 4.000 a 5.000 chassis ao ano. o valor de venda dos ônibus ainda não foi divulgado, mas o diretor afirma que ele será similar ao dos movidos a diesel. “o que faremos é um leasing para as baterias. uma espécie de aluguel que será pago com a economia que o veículo vai proporcionar ao proprietário.” a byd tem fábricas na china e nos estados unidos. só em 2013, a empresa abriu sete novas fábricas. a produção para 2015 deve passar de 5.000 para 15 mil unidades. “essa expectativa é por causa da política anunciada pelo governo chinês de que, até 2020, 30% da frota de transporte coletivo do país seja de veículos elétricos”, conta o diretor.


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TESTES COM O E-BUS Veja os resultados Dados operacionais quilômetros percorridos média Km/mês tempo de operação velocidade média número de viagens número de viagens/dia Passageiros transportados

21.081 km 3.513,5 km 1.099 horas 19 km/h 801 7 94.314

Consumo e eficiência energética consumo líquido de energia 50.562,5 kWh energia proveniente da frenagem regenerativa* 33% recargas realizadas durante operação 468 tempo médio para recarga 14,7 minutos número de recargas ao dia 6 (incluindo 2 não operacionais) (*) sem a frenagem regenerativa o consumo teria sido de 74.1630 kWh fonte: eletra

gumas grandes cidades brasileiras. os trólebus são alimentados pela rede elétrica, e os híbridos têm motor a combustão e baterias que são recarregadas durante a própria frenagem do motor, eliminando, assim, a necessidade de recarga externa (tomada). “Porém, nesses modelos, ainda existe a necessidade de um motor a combustão, o que não elimina totalmente a emissão de poluentes nem de ruí-

“O elétrico é o futuro quando se pensa em eficiência do transporte” IÊDA MARIA OLIVEIRA, gerente da eletra

TECNOLOGIA trólebus

dos”, explica iêda maria oliveira, gerente comercial da eletra. fundada em 2000, a empresa é responsável pela produção da maioria dos ônibus com tração elétrica existentes no país. de acordo com iêda, nos últimos dois anos, foram vendidos 210 trólebus e 50 ônibus híbridos somente para a cidade de são Paulo. Para marcos bicalho, diretor administrativo e institucional da ntu (associação nacional das empresas de transportes urba-

nos), a busca por um transporte cada vez mais sustentável é uma demanda da sociedade, e o setor empresarial apoia e participa dessas iniciativas. “estamos atentos a todas as experiências que estão sendo desenvolvidas com a utilização de combustíveis alternativos, como o biocombustível, o etanol e o hidrogênio.” Porém, na visão de bicalho, a utilização de veículos 100% elétricos no brasil ainda esbarra em problemas relacionados ao custo


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fotos eletra/divulgação

são ônibus já existentes em algumas cidades alimentados pela rede elétrica

de comercialização. esses ônibus são bem mais caros, e as empresas, atualmente, não têm margem para investimentos. “as tarifas estão socialmente pressionadas para baixo, não existe subvenção em todas as cidades. com isso, o investimento em novas tecnologias fica comprometido.” as empresas que trabalham na montagem dos ônibus 100% elétricos não detalham os valores de mercado dos veículos, mas afirmam que eles são real-

mente mais caros do que os tradicionais. o veículo híbrido, por exemplo, tem um valor de comercialização duas vezes maior do que o movido a diesel. além do custo, o diretor destaca a necessidade de um tempo de adaptação do sistema para a implantação total dos ônibus elétricos no país. “estamos ainda em um período de conseguir tornar o transporte público uma prioridade. é um caminho longo, mas o futuro é esse.”

DIVISÃO tecnologia dos hídridos combina baterias e motores a combustão

Empresa chinesa deve produzir

250 ônibus neste ano

iêda, da eletra, também acredita na necessidade de adaptação, principalmente em relação à implantação de uma estrutura eficiente de recarga das baterias para não sobrecarregar o sistema elétrico. “o elétrico puro é o futuro quando se pensa em eficiência do transporte coletivo. Por isso, é preciso um planejamento adequado para o abastecimento desses ônibus quando tivermos uma frota grande em circulação no país.”


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entrevista - douglas Wittmann

Acionamento elétrico é caminho para o transporte coletivo pesquisador douglas Wittmann, do iee (instituto de energia e ambiente) da usP (universidade de são Paulo), defende a adoção de veículos movidos puramente a energia elétrica nos sistemas de transporte coletivo urbano. de acordo com ele, além dos benefícios para o meio ambiente e para a saúde pública, os modelos elétricos também são comprovadamente mais econômicos e eficientes do que os movidos a combustão. Wittmann é doutor em ciências pela usP. atualmente é professor nas áreas de administração e Projetos em cursos de pós-graduação e autor de estudos publicados no brasil e no exterior. acompanhe, na entrevista abaixo, as vantagens dos motores elétricos e os entraves que impedem o desenvolvimento dessa tecnologia no brasil de maneira mais ampla.

O

Quais as vantagens dos ônibus elétricos em relação aos movidos a diesel? Há quatro principais e importantes vantagens: menor

emissão de poluentes; menor consumo de energia; maior conforto a bordo e menor prejuízo à saúde humana. em termos de poluentes, tem-se a redução da emissão de poluição química, como os gases tóxicos oriundos do processo de combustão dos motores diesel, um verdadeiro “coquetel” causador de problemas respiratórios, e a emissão de dióxido de carbono e outros gases considerados causadores do aumento do “efeito estufa”, uma das maiores preocupações da humanidade. em termos de consumo de energia, o rendimento de um motor elétrico (mais de 90%) ultrapassa em mais que o dobro o de um motor diesel (menos de 40%) de mesma capacidade de potência. Há ainda o aspecto do conforto ao “rodar”. Pelo fato dos acionamentos elétricos apresentarem torque constante em diferentes regimes de rotação, não há câmbio, o que torna as acelerações e as desacelerações isentas dos detestáveis “trancos” inerentes às trocas de marcha dos ônibus convencionais.

Algumas experiências com ônibus 100% elétricos estão sendo realizadas no Brasil, mas o que ainda impede a comercialização deles no país? Há duas classes básicas distintas de ônibus elétricos. na primeira, estão os trólebus, alimentados por rede elétrica aérea contínua instalada nas vias públicas. na segunda, estão os elétricos alimentados por baterias, recarregáveis em determinados pontos, que podem ser conectados ao longo do trajeto em principais pontos de parada, ou nos pontos iniciais e finais de trajeto. desses, alguns são híbridos, contando com um motor a combustão auxiliar e um sistema regenerativo de aproveitamento de energia de desaceleração, que agem paralelamente no carregamento das baterias. no caso dos trólebus, o que mais onera o custo operacional é a rede de alimentação elétrica, tanto a amortização da implantação como a gestão e a manutenção. no caso dos elétricos, o que mais onera é a economia

de escala. o problema é que, para produzir mais em um momento de startup como o atual, caberia a intervenção do estado, com benefícios e indicação de caminhos à iniciativa. mas isso não ocorre porque, no geral, o interesse maior do governo permanece nos programas de biocombustíveis e no pré-sal. Parece que a classe governista ainda não se deu conta que o acionamento elétrico e o a combustão não são concorrentes, mas, sim, complementares. essa miopia é lamentável e prejudicial à sociedade. Como solucionar o problema da vida útil das baterias? E dos pontos de recarga? tecnologia comercialmente existentes indicam um tempo de 15 segundos a um minuto para carregamento necessário, quando de uma parada em um ponto de passageiros para o deslocamento ao próximo ponto de parada; e de cerca de 15 minutos em terminais de início e término de itinerário, sem que, com essa rapidez, se cause


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arquivo Pessoal

comprometimento da vida útil da baterias. os dados dão conta que, nesses termos, considerada a amortização das baterias, o custo operacional resultante, seria similar ou menor que outro puramente acionado a diesel. Portanto, o custo de substituição das baterias não cabe mais ser usado como argumento para a não expansão dos ônibus elétricos. Quais os desafios a enfrentar para termos uma produção nacional desses veículos? ao contrário do propalado de que para o futuro haveria uma dependência cada vez maior de recursos fósseis na produção de energia elétrica – por escassez de água em reservatórios de hidroelétrica - é possível afirmar que o país vai atingir, em um consumo per capita de energia elétrica, três vezes maior que o atual, com menor dependência de recursos fósseis. isso por meio da aceleração do uso das fontes renováveis não tradicionais, principalmente a eó-

lica e a solar. é nesse entendimento equivocado que está o entrave do desenvolvimento de veículos elétricos, tanto de uso individual como coletivo em nosso país. simplesmente destacaros ganhos com conforto, economia de energia e redução de poluição não tem se mostrado eficiente. é hora de demonstrar as vantagens frente a todo o planejamento integrado de recursos da nação. se isso for feito, atacará o centro da questão e haverá maior probabilidade de desenvolvimento para o transporte com acionamento elétrico. De que maneira esses veículos podem contribuir para a melhoria da mobilidade urbana no Brasil? os exercícios internacionais demonstram que o caminho para o transporte público metropolitano é o acionamento elétrico. até os bondes, que aqui foram abandonados, nas maiores capitais europeias foram modernizados e disponibilizam um nível de eficácia surpreendente. a

título de exemplo, em Paris, roma, Zagreb, o cidadão dispõe de sistemas de bondes compostos por carros moderníssimos – tão ou mais que um nosso vagão de metrô. nos pontos de parada, há indicação de trajeto e do tempo de chegada; o bilhete é vendido com antecedência no comércio local, e a viagem é tranquila, segura, confortável e integrada com os demais meios de transporte urbano – trem, metrô e ônibus. moral da história: o cidadão se vê

motivado a deixar seu automóvel em casa e deslocar-se por meio de “bonde”. não é à toa que, embora tenhamos uma das maiores frotas veiculares mundiais, em termos de ônibus elétricos, estejamos além do 50º lugar. também não é à toa que, embora sejamos uma das maiores economias mundiais, em termos de qualidade de vida, estejamos por volta do 80º lugar. em termos de mobilidade urbana, há muito que desenvolver e melhorar. l

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AQUAVIÁRIO

Regras mais rígidas organização marítima internacional endurece critérios para o embarque de cargas sólidas a granel; agora, excesso de umidade dos minérios será controlado Por

esde o dia 1º de janeiro, o transporte marítimo internacional de cargas sólidas a granel passou a ter regras mais rígidas. as mudanças, previstas no código imsbc (código marinho internacional para cargas sólidas a granel), valem, sobretudo, para os minérios do chamado grupo a, tais como ferro, zin-

D

EVIE GONÇALVES

co, hidrato de alumina, manganês e carvão. esse tipo de carga pode se liquefazer, o que coloca em risco a segurança da embarcação, além de causar danos ao material transportado. Para evitar incidentes, a organização marítima internacional definiu que não será mais possível o embarque de minérios em todo o território

nacional sem a apresentação, por parte dos embarcadores, do certificado de aprovação dos procedimentos para realização dos testes de conteúdo de umidade (moisture content) e do limite de umidade para transporte (transportable moisture limit - tml). o documento é emitido pela diretoria de Portos e costas, da marinha.


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ivig/coPPe ufrj/divulgação

EXIGÊNCIA embarcadores terão que apresentar certificado de aprovação para testes de umidade

até 31 de dezembro de 2014, o embarque desse tipo de carga podia ser realizado sem a necessidade de comprovação da documentação. agora, a prática não é mais permitida. após realizado, o teste tml, de caráter obrigatório, tem validade de seis meses. ele define o máximo de umidade que o carregamento pode conter. os laboratórios responsáveis por realizar o exame precisam ser reconhecidos pela autoridade marítima, que vai checar se os métodos utilizados para a medição da quantidade de água estão de acordo com as normas internacionais. segundo o capitão-de-mare-guerra arthur emílio macêdo, da diretoria de Portos e costas, o minério não muda suas propriedades de uma hora para outra. Por isso, a longa validade do teste tml. entretanto, para aumentar a rigidez do processo, além do exame, ainda é feito o controle de umidade no momento do embarque da carga no porto. “com isso, monitoramos o


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PRINCIPAIS MINÉRIOS VISTORIADOS ferro Zinco Hidrato de alumina manganês carvão

MOVIMENTAÇÃO EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE JAN A OUT/14 TOTAL: 803 milhões de toneladas GRANÉIS SÓLIDOS: 442 milhões de toneladas – 55% do total MINÉRIO DE FERRO: 347 milhões de toneladas – 43% do total fonte: antaq

conteúdo de hora em hora, em função do total a ser exportado e importado”, explica. Para ele, o procedimento visa garantir, em primeiro lugar, a segurança da embarcação e da tripulação. “quando a carga se liquefaz, o navio fica instável. já tivemos casos de acidentes por conta da mudança de propriedade desse tipo de minério”, relata. outra garantia é que o embarcador

REDE FLUVIAL quantidade de carga transportada, distância do trajeto e

“Quando a carga se liquefaz, o navio fica instável” ARTHUR EMÍLIO, diretoria de Portos e costas, da marinHa

não tenha prejuízos econômicos, uma vez que, liquefeita, a carga não pode mais ser aproveitada. Mudanças as alterações constam da portaria 235/dPc, de setembro de 2014, que adota normas para a coleta de amostras, controle de umidade e reconhecimento de laboratórios de testes para embarques de miné-

rios classificados como grupo a, nos termos do código internacional marítimo de cargas sólidas a granel, em portos e terminais brasileiros. o código foi adotado pela organização marítima internacional em 2013, mas as alterações para os minérios vieram por meio de emendas, válidas para o começo de 2015. as empresas responsáveis pela movimentação das car-


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antaq/divulgação

Hidrovias

Nova ferramenta para cálculo de custos

velocidade do comboio afetam os custos

gas veem a medida com bons olhos. de acordo com o presidente da fenamar (federação nacional das agências de navegação marítima), Waldemar rocha, o procedimento já vinha sendo realizado desde que o código foi adotado. “como o setor já estava preparado e os portos conhecem o teor da portaria, a medida não representou impacto nem no embarque, nem no custo”. se-

a ePl (empresa de Planejamento e logística) apresentou, em dezembro, uma nova ferramenta que permite avaliar os custos de carregamentos no transporte hidroviário no brasil. a metodologia, feita em parceria com a empresa espanhola ineco, busca melhor integração da rede fluvial do país, composta de 40 mil quilômetros de vias navegáveis. o trabalho analisa os custos sob quatro processos: hidrovias, transportes, eclusas e portos. e dentro de cada processo enumera despesas de capital, operação e manutenção. entre as variáveis que afetam os custos do transporte, estão a quantidade de carga transportada e disponibilidade de retorno, distância do trajeto, velocidade do comboio e da corrente do rio e horas de paradas noturnas.

gundo ele, apenas questões pontuais foram adaptadas, como a forma, o local e o acesso à coleta dos materiais. Para Waldemar, a segurança foi o principal benefício da medida. “a autoridade marítima age para a salvaguarda da vida humana no mar. então vemos a regulamentação como algo positivo”, ressalta. a movimentação de granéis sólidos no brasil é expressiva.

em relação às eclusas, custo de capital, tráfego anual e número de empregados influenciam nos valores. já nos portos, entre as variáveis estão movimentação anual, manutenção, valor de capital das infraestruturas e equipamentos, despesas e suprimentos, seguro das instalações e dos equipamentos, além do número de empregados. e na área hidroviária, entre os fatores que impactam nos gastos, estão a quantidade de carga transportada, distância do trajeto e identificação dos trechos a percorrer. “a ferramenta é um processo completo que visa garantir a melhoria da produtividade e o uso sincronizado das hidrovias com outros modais. já vislumbramos a utilização imediata do recurso”, acredita o diretor-presidente da ePl, josias sampaio. a previsão é que o modelo seja disponibilizado para empresas

“A autoridade marítima age para a salvaguarda da vida humana” WALDEMAR ROCHA, Presidente da fenamar

públicas e privadas do setor ainda no primeiro semestre. Estudo de caso a ferramenta foi aplicada no caso específico de transporte de granéis na hidrovia do madeira. foram analisados os trechos entre Porto velho (terminal Hermasa) e itacoatiara, trajeto de cerca de 1.100 km. o estudo avaliou os períodos de seca e cheia e concluiu que existe grande sensibilidade da utilização da frota, sobretudo na estiagem, o que pode elevar os custos em até três vezes. além disso, os dados mostram que combustível e tripulação representam a maior parte dos gastos nas hidrovias, com impacto variando entre as estações. nas cheias, o combustível representa 40% e a tripulação, 13% dos custos operacionais. já na seca, combustível representa 34% e tripulação, 25% das despesas.

segundo dados da antaq (agência nacional de transportes aquaviários), de janeiro a outubro de 2014, o país exportou e importou cerca de 442 milhões de toneladas, o que representa 55% da movimentação total de cargas para o período, que foi de 803 milhões de toneladas. desse total, 347 milhões de toneladas, ou 43% do total, equivalem somente a minério de ferro. l


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TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Pela mobilidade

inteligente 16º etransport e 10ª fetransrio, no rio de janeiro, debatem e apresentam soluções para a melhoria do transporte no brasil Por

CYNTHIA CASTRO

promoção da mobilidade inteligente, conceito que inclui medidas que priorizam de fato o transporte público, foi o tema principal dos diversos debates durante o 16º etransport e a 10ª fetransrio. o congresso e a feira sobre transporte de passageiros, realizados no final do ano passado pela fetranspor (federação das empresas de transportes de Passageiros do estado do rio de janeiro), apresentaram soluções da indústria para o setor. especialistas do brasil e do mundo sugeriram o que as cidades precisam para melhorar a mobilidade urbana e a sustentabilidade, refletindo na qualidade de vida das pessoas.

A

Para o presidente-executivo da fetranspor, lélis teixeira, “o brasil precisa inverter a estratégia que vem sendo adotada, com inteligência”. ele considera que as políticas de governo, da forma como estão hoje, não têm priorizado o transporte público e essa deve ser uma medida urgente em 2015. na avaliação de lélis teixeira, o governo precisa ser mais ousado em relação aos investimentos que garantem a qualidade da mobilidade urbana. “entendemos que tem um deficit na evolução da mobilidade. ela deve ser tratada de forma abrangente e inteligente, mudando os padrões que estão estabelecidos até agora, fazendo com que a prioridade seja real-


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fotos cyntHia castro


camPanHa ntu

Saiba como funciona o transporte público a ntu (associação nacional das empresas de transportes urbanos) lançou a campanha “como funciona o transporte público”, durante a realização do 16º etransport e da 10ª fetransrio. a ideia principal é mostrar à população quais são as medidas necessárias para melhorar o nível do serviço oferecido nas cidades. cinco temas principais são abordados: responsabilidades, custos, tarifa, investimentos e qualidade. as principais peças são vídeos que explicam de quem é a competência de organizar as linhas e os horários, de manutenção de pontos de parada, de investimento em acessibilidade e de definição de valores das tarifas. também foram produzidas peças publicitárias com infográficos e textos para veiculação nas mídias sociais, como facebook, twitter e youtube, além de peças impressas afixadas em ônibus, pontos de parada e terminais. o presidente da ntu, otávio cunha, afirmou que os usuários

mente dada ao transporte coletivo, e não como tem sido feito, priorizando o transporte individual”, disse teixeira. na avaliação do presidente da fetranspor, é necessário rever as políticas de estímulo ao transporte coletivo. “muito do que foi feito pelo atual governo foi privilegiar, por meio de subsídios, a indústria automobilística, com a redução de iPi (imposto sobre Produtos industrializados), aumento da gasolina em valores menores do que o do diesel. tem que inverter isso.” nessa última edição do evento,

do sistema precisam ser informados que ações fundamentais dependem do poder público e lembrou que, depois das manifestações que marcaram 2013, ficou mais evidente a reivindicação da população por melhorias na qualidade do transporte por ônibus. “com essa iniciativa, pretendemos esclarecer várias questões que envolvem o serviço de transporte coletivo, entre elas o papel do empresário de ônibus, que segue as determinações do contrato de serviço, efetivado por meio de concorrência pública", disse cunha. o presidente da ntu afirmou que as empresas têm trabalhado para melhorar a qualidade, mas há questões que não competem a elas. uma das principais medidas necessárias, destacada por ele, é a necessidade de dar prioridade ao transporte público, com ações que tenham efeito mais rápido. “muitos investimentos que estão sendo feitos em mobilidade urbana só trarão

também foi realizada junto ao etranspor a 8ª conferência internacional de Ônibus da uitP (associação internacional de transportes Públicos). o secretário-geral da entidade, alain flausch, destacou que há 35 anos, quando ele esteve no brasil, o país tinha uma política de incentivo ao automóvel, voltada para a geração de emprego. e que hoje, tanto tempo depois, esse incentivo continua, não sendo priorizado de fato o transporte público. “não é possível pensar que se demore uma hora e meia para ir daqui da barra até copacabana”,

resultados em 2018 ou 2020. queremos mostrar quais são as responsabilidades do poder público e quais são as das empresas, como ocorre a composição da tarifa, quais os tributos”, afirmou. uma das alternativas citadas por ele, com efeito de curto prazo, é a implementação de faixas exclusivas, que chegam a aumentar a velocidade operacional em até 50%. segundo cunha, essa é uma reivindicação do setor que trará mais qualidade às operações, podendo atrair mais passageiros. a faixa exclusiva é pintada à direita da via e pode ser ocupada por automóveis no momento de fazer conversões. “com r$ 5 bilhões dos r$ 140 bilhões anunciados para mobilidade, poderiam ser feitos 4.000 km de faixas”, disse cunha. entre as medidas defendidas, o presidente da ntu citou, ainda, a manutenção de desonerações no setor. “com o que ainda falta desonerar, poderemos reduzir 12,7% dos custos.”

disse o secretário geral da uitP, durante o congresso no centro de convenções riocentro. flausch afirmou também que as soluções devem ser pensadas levando em consideração as características de cada cidade. ele comentou que em Paris houve adequação da velocidade máxima permitida em muitas vias, tornando a cidade mais amigável e menos agressiva, com a redução dos limites permitidos. Ônibus elétrico tratar a mobilidade urbana com inteligência inclui também

DEBATE congresso

o foco na sustentabilidade. durante o congresso no rio de janeiro, foram apresentadas diversas propostas, no 3º seminário de tecnologias sustentáveis no transporte. o diretor de relações governamentais e marketing da byd (build your dreams), adalberto maluf, destacou a importância de se priorizar a implementação de ônibus elétricos no país. a empresa chinesa vai fazer a montagem final de ônibus elétrico no brasil, a partir de março do ano que vem, em campinas (sP). de-


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defendeu importância de ações de governo priorizarem o transporte público

pois, uma fábrica de chassi e de célula de bateria deverá ser instalada, com investimento de quase r$ 1 bilhão. a nova fábrica deve ser instalada em minas gerais, rio de janeiro ou são Paulo. “nosso objetivo é estar em locais que incentivem essa tecnologia. cidades que estão pensando em colocar ônibus de brt elétricos provavelmente têm mais chances. o rio de janeiro vem anunciando que vai colocar brt elétrico. são Paulo também tem investido muito”, disse maluf (leia matéria sobre ônibus elétrico na página 20).

o gerente de Planejamento e controle da fetranspor, guilherme Wilson, apresentou estudos da federação, com a ufrj (universidade federal do rio de janeiro) e outros parceiros, sobre o uso de combustíveis alternativos no transporte de passageiros. a fetranspor realiza um trabalho intenso para promover a sustentabilidade no setor de transporte. de acordo com o presidente da entidade, há um acompanhamento do desenvolvimento dos motores híbridos elétricos. ao mesmo tempo, a federação aposta em

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INTERCÂMBIO lélis teixeira (fetranspor) e alain flausch (uitP)

uma tecnologia de combustível renovável: o diesel de cana. “esse tem uma vantagem enorme, que é não precisar mudar os motores. não precisar mudar a frota. na medida em que esse diesel se viabiliza, já tem um efeito imediato em toda a frota. foram feitos estudos e estamos testando veículos há anos. no brt transcarioca, colocamos veículos 100% a diesel de cana”, informou. a necessidade de promover a segurança no trânsito foi outro tema destacado no congresso. os participantes enfatizaram a impor-

tância de investir em medidas que modifiquem projetos, aumentem a fiscalização e conscientizem a população sobre a direção segura e preventiva. “o nível de acidentes no brasil é muito elevado, sejam causados pelos veículos, pelas vias não sinalizadas, seja pela inadequação de projetos. gostaríamos de sensibilizar a sociedade que temos muito a fazer para reduzir as mortes”, disse teixeira. Leia nas páginas a seguir as novidades apresentadas por alguns fabricantes.


consumo

Soluções para reduzir o custo operacional algumas novidades apresentadas na linha scania 2014/2015 de ônibus rodoviários são as introduções de mais tecnologias embarcadas de série e de dois pacotes personalizados de opcionais: scania segurança e scania estilo. os chassis saem de fábrica com sistemas de freios ebs (abs e controle de tração), câmbio automatizado scania opticruise de quarta geração e scania driver support, que ajuda o condutor a observar as habilidades obtidas no programa de treinamento de motoristas. esse suporte funciona como um tutor eletrônico instalado no

painel, auxiliando o motorista com dicas de melhorias na condução em tempo real. segundo o gerente de vendas, peças e serviços do segmento ônibus da scania, francisco rizzuti, a empresa tem um trabalho forte voltado para a redução do consumo de combustível, melhorando a rentabilidade para os clientes. “o sistema de softwares analisa os dados operacionais do veículo. é possível visualizar como o motorista está conduzindo, podendo fazer as correções necessárias.” a scania apresentou os chassis K 310 6x2*4 (15 metros), K 400 6x2 e K 310 4x2. outra

atração foi o ônibus topo de linha K 400 8x2 double decker, utilizado pela cbj (confedera-

ção brasileira de judô), no transporte dos atletas para as competições nacionais. scania/divulgação

versatilidade

Caixa automatizada e suspensão pneumática sete chassis de ônibus foram expostos pela mercedesbenz durante os dias da 10ª fetransrio. a maior novidade foi o lançamento da versão do chassi of 1724 com câmbio au-

tomatizado. além dele, os participantes da feira puderam conhecer os chassis of 1721 l (motor dianteiro) e oH 1621 l (motor traseiro), ambos com suspensão pneumática. também esta-

vam expostos o micro-ônibus lo 916, o superarticulado o 500 mda de piso alto na versão brt e os chassis rodoviários o 500 rsd 6x2 e o 500 rsdd 8x2, indicados para longas distâncias. mercedes-benZ/divulgação

o diretor de vendas e marketing de Ônibus da mercedesbenz do brasil, Walter barbosa, destacou a versatilidade da linha de ônibus da marca. “com a introdução das versões de veículos com caixa automatizada e com suspensão pneumática, reafirmamos o compromisso em oferecer permanentemente novas soluções que atendam às demandas dos clientes e do mercado”. durante a fetransrio, os transportadores também puderam contar com especialistas em brt, que prestaram informações sobre o funcionamento dos veículos que operam nesses corredores exclusivos.


lançamento

Novidade no segmento 17 toneladas a iveco bus, divisão de ônibus pertencente à cnH industrial, fez sua estreia durante a 10ª fetransrio. no brasil, a operação industrial da iveco se expande com a fabricação de chassi para o segmento de 17 toneladas - o 170s28u, nas versões fretamento e urbano. o chassi foi desenvolvido e fabricado no complexo industrial de sete lagoas, em minas gerais. “o transporte de passageiros é uma demanda crescente nas cidades brasileiras, de praticamente todos os portes. Por isso, o mercado para ônibus na faixa de

15,1 e 17 toneladas é um dos maiores do segmento de transporte de passageiros,

com emplacamentos superiores a 10 mil unidades ao ano. o desenvolvimento de cyntHia castro

um produto como o 170s28, da iveco bus, reflete nosso compromisso de dar ao operador do transporte de passageiros a certeza de ter em mãos um veículo moderno, confiável e com a durabilidade comprovada para atuar nesse segmento”, afirma ricardo frança, responsável da marca pelo projeto do chassi. de acordo com a iveco bus, a segunda etapa de testes terminou em agosto do ano passado e foi executada por empresas do transporte de passageiros, que percorreram 600 mil km em condições reais de uso dos veículos.

acessibilidade

Micro-ônibus com piso baixo o volksbus 9.160 od Piso baixo foi apresentado pela man latin america. o micro-ônibus com essa configuração chega ao mercado com suspensão pneumática. o veículo foi pensado para promover a acessibilidade, principalmente em vias urbanas de difícil circulação. de acordo com a man, o desenvolvimento foi inspirado pelo programa caminho da escola, que já teve mais de 12 mil veículos entregues no país. com entre-eixo de 5.000 mm, o chassi possibilita a construção de carrocerias de até nove metros, permitindo a opção de portas em ambos os lados e acomodação de até três boxes para cadeirantes.

outras versões apresentadas na feira pela man são o vW 15.230 ot, com motor traseiro man d08 de quatro cilindros e menor consumo de combustível; e o vW 17.230 od, agora com suspensão pneumática integral e

tecnologia de automatização do eixo com dupla relação, entre outros produtos. “a man latin america se destaca com soluções inovadoras em prol da mobilidade inteligente no país. nossa premissa é ou-

vir os clientes e foi exatamente sob essa ótica que desenvolvemos todos os veículos apresentados na fetransrio 2014”, disse ricardo alouche, vice-presidente de vendas, marketing e Pós-vendas da man latin america. l cyntHia castro


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SONDAGEM

Pessimismo com a economia segunda fase de estudo da cnt, realizada no final de 2014, mostra empresários cautelosos; apenas 25,8% esperam aumento na receita bruta Por CYNTHIA

s empresários do transporte encerraram o ano de 2014 com mais pessimismo sobre o futuro econômico do país. é o que mostra o resultado da sondagem expectativas econômicas do transportador 2014 – fase 2. o levantamento da cnt (confederação nacional do transporte) indica que somente 25,8% dos empresários esperavam aumento na receita bruta e

O

29,4%, aumento no número de viagens em 2014. em março do ano passado, esses índices eram 43,2% e 39,3%. também reduziu a perspectiva de aumento de contratações formais, de 33,3% para 18,2%. os transportadores disseram não acreditar no aumento do Pib (Produto interno bruto) nem na solução para a infraestrutura do transporte nos próximos anos. eles têm encontrado difi-

CASTRO

culdades na contratação de mão de obra qualificada, reclamam de aumento nos insumos e não pretendem investir, o que pode comprometer o crescimento do setor e do país. no final do ano, 72,8% afirmaram que não deveriam adquirir mais veículos, embarcações ou material rodante. esse percentual elevado pode estar relacionado ao fato de que para 61,6%, a taxa de juros iria

aumentar em 2014, o que significa elevação do custo do financiamento. ao longo do primeiro semestre, 45,6% dos entrevistados afirmaram ter feito compras de veículos, mas apenas 26,5% declararam ter a intenção de ampliar a frota no segundo semestre. de acordo com o presidente da cnt, clésio andrade, essa postura dos transportadores condiz com o menor ritmo


reProdução/cnt


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ATIVIDADE TRANSPORTADORA

investimento estrangeiro

Aprovado pela maioria a sondagem expectativas econômicas do transportador 2014 – fase 2 constata que 61,8% dos transportadores acreditam que os recursos autorizados pelo governo federal não solucionarão problemas de logística. 86,8% aprovam a participação da iniciativa privada como forma de proporcionar as intervenções necessárias ao setor e 54,6% consideram que os incentivos fiscais podem estimular esses investimentos privados. Para 75,5% dos empresários entrevistados, os investimentos estrangeiros em infraestrutura poderão contribuir para a melhoria das condições logísticas no brasil. mais da metade deles (56,4%) disseram ter conhe-

de negócios em consequência da situação econômica atual. “os empresários estão tendo a percepção do baixo crescimento econômico. e isso pode estar contribuindo para a redução de aquisição de veículos e de embarcações pelo setor”, afirma. o segmento que demonstrou estar mais propenso à obtenção de novos veículos foi o ferroviário. metade dos entrevistados declararam pretender adquirir vagões e/ou locomoti-

cimento da criação do nbd (novo banco de desenvolvimento), do brics (brasil, rússia, Índia, china e áfrica do sul). na opinião da maioria (68,5%), o maior fluxo de investimentos externos pode ser proporcionado com a oficialização do nbd em julho de 2014 e, com isso, mais investimentos em logística. a aproximação comercial de brasil e china beneficiará a prestação do serviço de transporte nacional, na avaliação de 55,1% dos transportadores entrevistados. a receptividade ao país asiático pode estar relacionada ao fato de que o incremento do volume de negócios cria oportunidades para o maior nível de demanda para as empresas, podendo melhorar o faturamento.

vas. entretanto, como as maiores expectativas são de manutenção do tamanho da frota (75,0%), essa propensão no ferroviário tem o propósito de promover a renovação do material rodante. essa foi a sexta edição da sondagem expectativas econômicas do transportador, realizada pela cnt. em 2014, a primeira fase foi no mês de março. nesse segundo levantamento, as entrevistas foram feitas de 7 a 24 de outubro com 445 empresá-

fonte: sondagem expectativas econômicas do transportador 2014 – fase 2


MÃO DE OBRA

fonte: sondagem expectativas econômicas do transportador 2014 – fase 2

de profissionais qualificados (67,5%) e os elevados encargos sociais (40,9%). os empresários do aquaviário consideram a baixa oferta de profissionais qualificados (53,1%) e a falta de escolas de formação (53,1%) as principais causas de dificuldade de contratação. já os ferroviários apontaram a falta de cursos de qualificação (50,0%), a escassez de mão de obra (25,0%) e profissionais com pouca experiência (25,0%) como principais entraves.

RECEITA BRUTA

“82,7% dos empresários afirmaram que tiveram aumento nos custos operacionais em 2014” CLÉSIO ANDRADE, Presidente da cnt

rios dos modais rodoviário (cargas e passageiros), aquaviário (marítimo e navegação interior) e ferroviário (cargas). o presidente da cnt, clésio andrade, comenta que o documento é um importante instrumento de análise de conjuntura econômica que auxiliará a confederação na definição de estratégias futuras e os próprios empresários em seus planejamentos para este ano. o levantamento identifica projeções e perspectivas dos empresários para temas como

fonte: sondagem expectativas econômicas do transportador 2014 – fase 2

macroeconomia, investimentos em infraestrutura e atividade empresarial. clésio andrade destaca que os resultados da sondagem mostram preocupação em relação aos gastos das empresas. “82,7% dos empresários afirmaram que tiveram aumento nos custos operacionais em 2014”, afirmou o presidente da cnt. os empresários estavam esperando inflação nos insumos. Para o diesel/bunker (combustível marítimo), 79,6% acredita-

vam no aumento. em relação a óleo lubrificante, 81,1% estimavam elevação dos preços. 68,8% esperavam mais gastos com pneus. no caso do transporte marítimo, 28,0% acreditavam em aumento das taxas portuárias e 24,0% em aumento na praticagem. do total de entrevistados, 83,4% afirmaram ter dificuldades na contratação de mão de obra. Para os que atuam no transporte rodoviário, os principais motivos são a escassez

Ações emergenciais foram citadas as ações emergenciais em cada modal. no rodoviário, foram apontadas como prioritárias redução da carga tributária (37,1%) e melhorias na qualidade das rodovias (31,2%). no ferroviário, as reivindicações são para melhorias na acessibilidade aos portos (50,0%) e aplicação dos recursos provenientes dos arrendamentos no próprio setor (50,0%). no aquaviário, redução da burocracia (30,0%) e redução da carga tributária (22,0%) são as principais demandas. l A íntegra da Sondagem pode ser acessada no site www.cnt.org.br




fotos frame Produções

PRÊMIO CNT 2014

Por

CYNTHIA CASTRO

ete reportagens sobre transporte e trânsito foram homenageadas na 21ª edição do Prêmio cnt de jornalismo. a entrega aconteceu no início de dezembro em uma cerimônia em brasília. o grande Prêmio foi concedido à equipe do jornal “folha de s.Paulo”, pelo caderno especial “entupiu, mas pode melhorar”. neste ano, os temas referentes a problemas na mobilidade urbana estiveram presentes em grande parte dos trabalhos. a imagem vencedora na categoria fotografia, publicada no jornal “o globo”, mostrou o momento em que um cinegrafista foi atingido por um rojão durante uma manifestação no rio de janeiro por melhorias no transporte público. a rede globo venceu a categoria televisão abordando questões de mobilidade urbana. na categoria impresso, a “folha de s.Paulo” ganhou com uma denúncia em relação ao sistema de metrô de são Paulo. também na região metropolitana de são Paulo, a bandnews fm foi a vencedora da categoria rádio, mostrando os problemas no pavimento das vias. o “Portal o temPo”, de belo Horizonte, ganhou a categoria inter-

S

Jornalismo mobilidade urbana é tema do grande Prêmio net com um tema criativo. a reportagem abordou os problemas causados com a implantação de um mineroduto entre minas gerais e o rio de janeiro. e as enchentes na região amazônica no início do ano passado foram o tema de destaque do prêmio especial de meio ambiente e transporte, que teve como vencedora a rede record. nesta última edição, foram distribuídos r$ 270 mil em premiações – r$ 35 mil para cada categoria e r$ 60 mil para o grande Prêmio. os vencedores também receberam troféu e certificado. o Prê-

mio cnt de jornalismo é um dos principais do país. foi criado em 1994 como um estímulo à produção de reportagens sobre a realidade do transporte brasileiro. Julgamento nessa última edição, foram inscritas cerca de 200 reportagens nas sete categorias. os trabalhos passaram inicialmente pela análise da comissão organizadora, formada por jornalistas da confederação nacional do transporte. depois, a comissão de Pré-seleção, constituída por cinco jornalistas exter-

nos, com experiência acadêmica, fez uma avaliação dos trabalhos. na fase final, as reportagens foram avaliadas por cinco jurados - com atuação na mídia nacional e também no meio acadêmico, das áreas de jornalismo e de transporte. em 2014, o júri foi composto pelos seguintes jornalistas: lúcia castro, editora executiva dos jornais “o temPo”, “super notícia” e “Pampulha”, e do “Portal o temPo”, da sempre editora, de minas gerais; luiz megale, apresentador do programa “café com jornal”, da tv bandeirantes; jô


de qualidade cnt de jornalismo; sete trabalhos foram homenageados mazzarolo, diretora de jornalismo da globo nordeste; muniz sodré, jornalista e sociólogo, professor da ufrj (universidade federal do rio de janeiro). também compôs o júri a professora ana Paula larocca, engenheira e professora da usP (universidade de são Paulo). na avaliação de ana Paula, o prêmio é uma forma de incentivar o jornalista a trazer ao público em geral, com linguagem acessível e imagens que facilitam o entendimento, os problemas que precisam de maior investimento no

país. “o jornalismo é uma forma pacífica de se levantar questões a serem cobradas do poder público. é pacífica, mas abrangente, com grande alcance.” ana Paula destaca que muitas reportagens avaliadas tiveram como tema a questão da mobilidade urbana, fato que pode ter sido incentivado pelas manifestações de 2013 por todo o brasil. “esse é hoje o grande problema, não somente das cidades como são Paulo, curitiba e brasília. mas também é uma questão que precisa ser resolvida nas cidades de

médio porte. a solução nem sempre faz parte das políticas públicas”, diz ana Paula. a jornalista lúcia castro, que tem grande vivência no jornalismo impresso, comenta que foi muito positiva a experiência de participar do júri, especialmente pela oportunidade de avaliar reportagens em diferentes categorias. lúcia diz que ficou surpresa com o nível de qualidade do material inscrito. “foi muito interessante analisar os trabalhos, que não eram somente de impresso. Pude avaliar como ouvinte, como teles-

pectadora. foram muitas matérias boas. o prêmio é importante para incentivar o bom jornalismo.” Para a jornalista jô mazzarolo, a participação da comissão julgadora também foi um aprendizado. “fiquei feliz porque percebi que o jornalismo, nos vários veículos que julguei, está crescendo. existem jornalistas que saem das pautas comuns e exercitam a curiosidade. todas as vencedoras têm muitos méritos”, diz jô, ao comentar sobre a reportagem de rádio, que abordou a trepidação causada pelo pavimento ruim das ruas de são


❛reportagem A grande carece de um estímulo (o concurso) para se mostrar

muniz sodré

❛jornalistas Existem

SHOW césar menotti & fabiano se apresentaram em premiação

que saem das pautas comuns e exercitam a curiosidade

transporte são tratados com linguagem acessível

jô mazzarolo

❛Problemas do

❛O prêmio é importante para incentivar o bom jornalismo

lúcia castro

ana Paula larocca CRITÉRIO melhor matéria vence o grande Prêmio

Paulo. “destacaria a reportagem de rádio sobre o efeito dos buracos e tremedeiras nos passageiros e motoristas. a mesmice seria ver esse problema apenas nos veículos.” o professor muniz sodré fez duas observações: a importância do incentivo às grandes reportagens e o destaque aos elementos visuais do jornalismo. “o concur-

so suscita a excepcionalidade de matérias (reportagens) que, antes, na tradição jornalística, eram costumeiras (e não exceções). quero dizer que a chamada ´grande reportagem’ era habitual. agora é rara e carece de um estímulo (o concurso) para se mostrar”, afirma sodré. ele destaca também que o ele-

mento visual comparece em praticamente todas as matérias, “indicando a presença inevitável de novos códigos de leitura no discurso jornalístico”. o professor universitário afirma que as matérias que ele mais valorizou ao julgar os trabalhos tinham recursos infográficos que integram o que ele chama de novos códigos de leitura.


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grande PrÊmio - “folha de s.Paulo”

❛Foram dois meses de apuração, com o envolvimento de uma equipe enorme

alan gripp

josé fioravanti (fetacesp - federação dos taxistas autônomos do estado de são Paulo) e os jornalistas alan gripp e dimmi amora reProdução “folHa de s.Paulo”

“Entupiu, mas pode melhorar” reportagem vencedora do grande Prêmio cnt de jornalismo 2014 aborda o caos da mobilidade urbana vivido nas grandes cidades brasileiras. o caderno especial “entupiu, mas pode melhorar”, da “folha de s.Paulo”, começou a ser produzido a partir de um seminário realizado pelo jornal e ganhou fôlego com os protestos por melhorias no transporte público. a reportagem diz que “se os 7,4 milhões de veículos saíssem às ruas de são Paulo ao mesmo tempo, circulando a 40 km/h, a cidade precisaria de mais do que duplicar os 17 mil quilômetros de ruas existentes”. mas o trabalho diz que há saídas e a proposta do caderno é mostrar alguns caminhos. “juntamos reportagens especiais que estávamos preparando e o conteúdo dos debates do seminário. o resultado foi o caderno especial de mobilidade urbana. além da co-

A

bertura do seminário, muitos repórteres foram a campo. foram dois meses de apuração, com o envolvimento de uma equipe enorme. um grande trabalho de reportagem”, afirma o jornalista alan gripp. ele saiu recentemente da “folha de s.Paulo” e comenta que a vitória do prêmio cnt veio em um bom momento, para fechar o trabalho realizado no jornal junto a outros colegas. o jornalista dimmi amora, que também faz parte da equipe responsável pelo caderno, destaca a importância de prêmios como o da cnt para contribuir para o bom jornalismo. “quando você seleciona um trabalho como vencedor, você dá uma direção do que é considerado um trabalho de qualidade, pela academia e por outros jornalistas com mais experiência. então, isso faz com o que o jornalismo melhore”, considera dimmi amora.


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fotografia - “o globo”

“Crime à liberdade de imprensa” flagrante de um colega de trabalho atingido por um rojão que tirou a vida dele resultou em uma série de imagens que deram ao fotógrafo domingos Peixoto, do jornal “o globo”, o Prêmio cnt de jornalismo 2014 na categoria fotografia. ele fazia a cobertura de uma manifestação no centro do rio de janeiro, por redução do preço das passagens de ônibus, quando registrou o momento em que dois jovens soltaram o rojão. o artefato atingiu o cinegrafista santiago andrade, da tv bandeirantes, que morreu poucos dias depois, em fevereiro do ano passado. essa é a terceira vez que domingos Peixoto vence o prêmio da cnt. nesta edição, com a série “crime à liberdade de imprensa”, o fotógrafo diz que a comemoração será sem muita alegria. “foi uma situação muito forte, a morte de um companheiro que estava trabalhando. três famílias envolvidas nesse caso triste. a do santiago e as outras duas, dos jovens que têm a idade dos meus filhos e foram presos por cometer esse grande erro. tudo isso dói muito”, diz Peixoto. Para ele, uma grande lição é a necessidade de respeito ao próximo. ele diz ser a favor dos protestos, mas sem violência. o fotógrafo conta que ficou muito abalado no momento em que viu o colega caído, mas relata que as imagens cumpriram uma importante função do fotojornalismo, que é revelar o que acontece. domingos Peixoto acionou a máquina e, em segundos, captou a sequência desde o momento do disparo do rojão. quando ele viu que alguém havia sido atingido, aproximou-se e percebeu que era um colega. “o santiago estava caído, com a câmera do lado. chegaram os black blocs dizendo que tinha sido a polícia. mas eu fiz as fotos e sabia que não era a polícia. foi muito difícil lidar com tudo isso. mas se eu não tivesse as imagens, ninguém saberia o que havia acontecido”, lembra o fotógrafo.

O

rodrigo vilaça (anPtrilhos - associação nacional dos transportadores de Passageiros sobre trilhos) e o fotógrafo domingos Peixoto domingos PeiXoto/”o globo”

domingos PeiXoto/”o globo”

domingos PeiXoto/”o globo”

domingos PeiXoto/”o globo”

a primeira vez que domingos Peixoto venceu o prêmio da cnt também foi com uma foto forte, em 1999, ao registrar o momento em que um pai chegava ao local do acidente e percebia que o filho estava morto. em 2009, ele venceu ao flagrar o risco aéreo, com muitos pássaros próximos a um avião no rio.


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imPresso - “folha de s.Paulo”

❛É importante aproveitar o acervo de uma investigação

flávio ferreira

glen gordon (fonasba - federação internacional de agentes marítimos) e o jornalista flávio ferreira

vencedora da categoria impresso, do jornal “folha de s.Paulo”, é uma prova de que a apuração de uma grande reportagem pode render outros trabalhos fortes posteriormente. os repórteres flávio ferreira e mario cesar carvalho ganharam o prêmio da cnt este ano com a matéria “empresa inclui estação e usa esquema político em licitação de linha do metrô de são Paulo”. os jornalistas mostraram a influência de uma empresa para conseguir interferir em questões de licitação de metrô. na edição de 2013, a “folha de s.Paulo” foi a vencedora do grande Prêmio cnt de jornalismo também com uma reportagem sobre denúncias no transporte público. “a matéria do ano anterior denunciava o cartel do metrô. neste prêmio de 2014, conseguimos analisar a documentação apreendida na operação do cartel e foi possível identificar outras denúncias”, diz flávio ferreira.

A

Para ele, as vitórias em dois anos consecutivos mostram que os jornalistas precisam ficar atentos à importância do aprofundamento de uma apuração. ferreira destaca que pode ser muito produtivo aproveitar o acervo adquirido ao acompanhar alguma investigação para descobrir outras frentes de denúncia. “a gente não pode esquecer dos assuntos tratados e ficar somente naquela cobertura que costuma durar três ou quatro meses intensos. nessa matéria, conseguimos mostrar a influência que uma empresa tinha nas licitações e, até mesmo, no tribunal de contas de são Paulo”, afirma o jornalista vencedor. ferreira também destacou a importância de uma fonte fundamental durante a apuração da reportagem vencedora e, no momento da cerimônia de premiação, agradeceu essa fonte, sem revelar o seu nome e cargo.

reProdução “ folHa de s.Paulo”

“Empresa inclui estação e usa esquema político em licitação de linha de metrô de São Paulo”


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rádio - bandnews fm

❛As foram matérias construídas com os ouvintes

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michelle trombelli

josé da fonseca lopes (fecam - federação dos caminhoneiros e transportadores rodoviários autônomos de bens do estado de são Paulo) e a jornalista michelle trombelli

reProdução vÍdeo/cnt

“Trepida São Paulo” participação dos ouvintes foi fundamental para a elaboração da série “trepida são Paulo”, da bandnews fm, vencedora da categoria rádio do Prêmio cnt de jornalismo 2014. a repórter michelle trombelli conta que a reportagem foi crescendo aos poucos. a rádio recebeu mais de 2.000 sugestões - por email, twitter, facebook, Whatsapp e sms – de vias com grande trepidação devido a problemas no pavimento. “essa é uma forte característica da bandnews, pensar as matérias junto com os ouvintes. as matérias foram construídas com eles”, conta michelle, que andou de ônibus, carro e moto, durante as dez reportagens sobre o tema. a ideia inicial não era fazer uma série, mas abordar um estudo que mostrava como a trepidação das ruas e avenidas afetava a saúde das pessoas – moto-

A

ristas de ônibus com dor nas costas e nos braços, acidentes de motos causados por ondulações, além de outros problemas e do desconforto. de três matérias pensadas num primeiro momento, o projeto cresceu, e a reportagem decidiu mapear as ruas com maior trepidação em são Paulo. “escolhemos as cinco piores avenidas, com base no que os ouvintes relatavam. na avenida eliseu de almeida, na zona oeste, um carro bateu no veículo da rádio por causa de uma ondulação na pista “, lembra michelle. um dos casos curiosos foi o relato de uma ouvinte que trabalha com entrega de bolo confeitado e enfrenta muita dificuldade para que as encomendas cheguem ao cliente com qualidade. outro ouvinte, gerente de tecnologia de uma empresa de rastreadores de carro, emprestou o equipa-

mento, que é desenvolvido em israel e utilizado em diversos países. no brasil, a qualidade do pavimento de algumas vias é tão ruim que o aparelho identifica que o veículo está passando por uma estrada de terra.

a reportagem da bandnews fm explorou alguns efeitos de som para relatar o problema. a jornalista gravava as entrevistas durante o trajeto, mostrando aos ouvintes os ruídos e falhas na voz que ocorrem com a trepidação.


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reProdução rePortagem rede globo

televisão - rede globo

“Anda São Paulo” série de reportagens “anda são Paulo”, da rede globo, venceu a categoria televisão do Prêmio cnt de jornalismo 2014. foram dez matérias com cinco entradas ao vivo, mostrando a luta de quem anda de ônibus, trem, metrô, moto e carro para se deslocar, diariamente, no trânsito pesado da região metropolitana da maior cidade do país. o trabalho vencedor foi a segunda edição de um projeto realizado em 2013, quando foram veiculadas mais de 200 reportagens. a equipe voltou às ruas para conferir como estava a mobilidade urbana, especialmente depois das manifestações. “Procuramos ver o que mudou na cidade em relação à mobilidade urbana. fomos atrás de antigos personagens para saber como estava a vida deles. falamos de faixas exclusivas e outras alternativas”, diz a jornalista luísa brito. ela conta que um representante comercial que an-

A

dava de carro visitando clientes decidiu abandonar a profissão por causa do trânsito intenso. a reportagem acompanhou uma técnica de enfermagem que gasta cinco horas do seu dia para ir e voltar do trabalho. “acompanhamos a viagem. ela mora no bairro cidade tiradentes e pega três ônibus. as pessoas falam que não tem emprego lá e que vão para a região central em busca de melhores oportunidades. mas é muito sofrimento. essa técnica de enfermagem passa no transporte quase o mesmo tempo que fica no trabalho.” Para luísa, a experiência de partici-

par do projeto “anda são Paulo” deixa clara a necessidade de se rever o planejamento urbano e a mobilidade urbana da capital paulista e de outras grandes cidades brasileiras. “não faz sentido as pessoas se cansarem mais no trânsito do que no trabalho. tem que investir em transporte público e repensar a mobilidade e o planejamento. Precisa levar o emprego para onde as pessoas moram e trazer as pessoas para perto do emprego.” também participaram do trabalho vencedor ana beatriz finelli, filippo mancuso, tiago Palopoli, marcos Politi, fábio Kaneko, ricardo meneghello.

Não faz ❛sentido as pessoas se cansarem mais no trânsito do que no trabalho

luísa brito

marco antonio gulin (fepasc - federação das empresas de transporte de Passageiros dos estados do Paraná e santa catarina) e os jornalistas luísa brito, filippo mancuso, ana beatriz finelli e tiago Palopoli


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internet - “Portal o temPo”

Equipe percorreu

3.400 km em Minas e no Rio de Janeiro

francisco cardoso (abti - associação brasileira de transportadores internacionais) e as vencedoras queila ariadne, ana Paula Pedrosa e mariela guimarães

oram três meses de produção e 3.400 km percorridos durante duas semanas pelas repórteres queila ariadne e ana Paula Pedrosa e pela fotógrafa mariela guimarães, do “Portal o temPo”, de belo Horizonte (mg). ao longo do trajeto, muitas histórias e um rastro de destruição ambiental e social. a série “um mineroduto que passou em minha vida” foi a vencedora da categoria internet do Prêmio cnt de jornalismo 2014. a equipe acompanhou de perto as consequências da implantação de um mineroduto de 525 km de extensão, entre conceição do mato dentro, em minas gerais, até são joão da barra, no rio de janeiro. são 32 municípios no percurso. “é o maior mineroduto do mundo e estava em fase final de implantação. ouvimos as histórias das pessoas que estão sofrendo as consequências. o maior problema foi o soterramento de nascentes e muitos

F

moradores sem água. a implantação também afetou aldeia indígena, destruiu sítio arqueológico, invadiu propriedades “, conta queila ariadne. a jornalista comenta que o trabalho em equipe funcionou muito bem e destaca que o tempo de dedicação à matéria foi fundamental para alcançar o resultado. “não basta somente a viagem. quando você volta, tem um mundo de informações a apurar e aprofundar. esse tempo disponibilizado foi muito importante.” ana Paula afirma que o jornalismo precisa “sair da redação” para levar ao leitor matérias de mais qualidade. “se você não sai, não conhece a realidade. saímos com uma ideia vaga e fomos conhecendo histórias e entendendo o assunto. Por mais que a tecnologia evolua, o jornalismo precisa estar na rua.” durante o trajeto, foram muitas histórias emocionantes, lembra queila. entre elas, o contato com um agricultor,

reProdução “Portal o temPo “

“Um mineroduto que passou em minha vida”

na região do porto do açu. “foi a frase que mais me marcou. ele disse assim: eu não

sou contra o progresso, sou contra o ‘desarespeito’”, conta queila.


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reProdução rePortagem rede record

meio ambiente e transPorte - rede record

“Fúria das águas” cheia histórica do rio madeira, que alagou diversas cidades da região amazônica, deixando milhares de famílias desabrigadas, engolindo rodovias e comprometendo o abastecimento foi o tema da reportagem “fúria das águas”, vencedora na categoria meio ambiente e transporte do Prêmio cnt de jornalismo 2014. os repórteres gustavo costa e jésus mosquéra, da rede record, queriam estar nos pontos que a imprensa ainda não havia chegado para mostrar o drama da população ribeirinha. foram 20 dias de viagem, com duas equipes, pelos estados de rondônia, acre e amazonas. “o trabalho foi difícil. a imprensa toda estava cobrindo a cheia, mas acredito que tivemos como diferencial a abordagem. Percebemos que as coberturas eram mais superficiais, mostrando imagens aéreas. nós quisemos fazer diferente. descer e colocar o pé na água para escutar o sofrimento da população”, diz jésus mosquéra. o jornalista gustavo costa lembra que quase 100 mil pessoas perderam as casas,

A

30 mil alunos ficaram fora da escola e 5.000 agricultores perderam suas plantações. “existe uma ligação entre rondônia e acre, por onde passa comida, combustível, bens de consumo e todos produtos. quando o madeira tomou a estrada, o acre ficou ilhado. o estado parou e ficou completamente isolado. o combustível subiu muito, comida já não tinha, faltaram produtos farmacêuticos. e os caminhoneiros ficaram parados na estrada”, relata.

Para o jornalista, a experiência da reportagem deixou ainda mais evidente o quanto a região norte é esquecida no brasil. “essa tragédia não teve tantas manchetes. quando houve enchente em santa catarina, a solidariedade por parte dos estados foi bem maior”, diz costa, ao ressaltar que é necessário “entender que a ação predatória na região amazônica pode exterminar povos tradicionais”. l

fazer ❛Quisemos diferente. Descer e colocar o pé na água para escutar o sofrimento da população

jésus mosquéra

josé Hélio fernandes (ntc&logística - associação nacional do transporte de cargas e logística) e os jornalistas gustavo costa, rafael gomide e jésus mosquéra


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FERROVIÁRIO

inda são necessários ajustes e investimentos, mas o segmento ferroviário vive um cenário promissor. é fundamental, no entanto, a aproximação com o setor privado e o profissionalismo no relacionamento com o poder público. essa foi a tese defendida por participantes da 17ª edição da nt expo – negócios nos trilhos, principal encontro do segmento na américa latina. o evento reuniu, em são Paulo, um público de 9.023 profissionais do setor, um crescimento de 8% em relação a 2013. durante o mês de novembro, mais de 230 marcas nacionais e internacionais de 21 países expuseram produtos e serviços com foco na inovação e na excelência. os participantes lembraram que os projetos públicos previstos pelos governos federal e estadual não possuem, ainda, a velocidade

A

Necessidade de avanço feira negócios nos trilhos apresenta inovações e perspectivas para o setor Por

desejada pelo mercado. o presidente da anPtrilhos (associação nacional dos transportadores de Passageiros sobre trilhos), joubert fortes flores filho, destacou, durante o evento, que o ambiente é de oportunidades, mas é necessário avançar. ”a média anual de crescimento no movimento de passageiros é de 10%, enquanto a média de crescimento da malha é de 3%”, afirmou. a visão foi reforçada pelo

VIVIANE CRUZ

presidente executivo da antf (associação nacional dos transportadores ferroviários), gustavo bambini. Para ele, um dos grandes desafios do setor é ampliar a malha, atualmente concentrada no sul e no sudeste. “novas iniciativas, como o desenvolvimento do transporte de contêineres por ferrovia, além de trazer mais segurança e eficiência para a operação lo-

gística, poderão baratear o custo do frete e tornar o transporte ferroviário mais vantajoso que o rodoviário”, disse em entrevista à revista CNT Transporte Atual. bambini também chamou a atenção para o novo marco regulatório do segmento que o governo pretende implantar e que cria um modelo que separa o gestor do operador da malha. “a implantação deverá


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vli/divulgação


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ocorrer com a sinergia e a ligação do atual modelo de concessão vertical, no qual o gestor da infraestrutura é também dono do material rodante, com o modelo proposto pelo governo, de concessão horizontal, em que figuras distintas operam a gestão da malha e vagões e locomotivas. o desafio é integrar esses dois modelos para que a funcionalidade do modal se torne evidente”, afirmou. as atuais concessionárias atuam seguindo o modelo vertical de operação, ou seja, a empresa que controla a ferrovia também é a responsável por sua operação. com o novo modelo, chamado “open access”, haverá uma empresa responsável pelo controle da ferrovia e outras que farão a operação do transporte de carga, chamados de operadores ferroviários independentes. Ambiente de negócios sobre a feira negócios nos trilhos, o presidente da abifer (associação brasileira da indústria ferroviária), vicente abate, ressaltou que a iniciativa é um instrumento de troca de informações com empresas

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PASSAGEIROS representantes do setor apresentaram propostas

“A feira é palco para a troca de ideias, de conhecimento e de experiências” GUSTAVO BAMBINI, Presidente eXecutivo da antf

internacionais e possibilita mostrar o desenvolvimento dos produtos que podem gerar aquisições futuras. “é um evento extremamente importante para o setor, não só para a indústria, que é o foco principal da feira, mas também para o setor ferroviário como um todo, porque os clientes e os usuários dos nossos produtos podem verificar as inovações tecnológicas e o que a indústria tem feito para poder con-

tribuir a fim de melhorar a produtividade das concessionárias”, declarou. a antf também destacou a importância do evento. “a feira negócios nos trilhos representa uma importante oportunidade de encontro para a geração de negócios entre os principais fornecedores do mundo e representantes das ferrovias em um ambiente diferenciado. mas não é só isso. também é palco para a troca


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metrÔ rio/divulgação

mrs/divulgação

para ampliar a rede existente no país

de ideias, de conhecimento e de experiências e “networking: entre especialistas em transporte, políticos, estudantes e representantes das mais diversas entidades de transporte”, disse bambini. o presidente da ubm brazil, organizadora da feira, joris van Wijk, destacou o papel da nt expo nesse processo. “o evento sempre foi uma ferramenta para impulsionar o transporte ferroviário de

DESAFIO feira debateu necessidade de integração da malha

carga e de passageiros. temos muita confiança no crescimento do setor e nos investimentos necessários que vêm por aí. a nt proporciona justamente isso: o encontro de empresas e fornecedores em um ambiente de negócios”, disse.

“É um evento extremamente importante para o setor”

Cenário durante a 2ª edição do rail brazil tech & business summit, evento paralelo à nt expo,

VICENTE ABATE, Presidente da abifer

abate, presidente da abifer, apresentou detalhes da proposta de renovação da frota nacional que foi encaminhada para o governo federal. “a necessária substituição das locomotivas e vagões tem o objetivo de modernizar a frota, mas é essencial, também, para acabar com a montanha russa da indústria nacional, promovendo a sustentabilidade. Houve anos que registramos queda de 80% na cadeia que atende o setor”, explicou. bambini, da antf, destacou que o modal ferroviário é peça indispensável para o aumento da competitividade e o crescimento econômico sustentável do brasil. “o maior desafio, no caso do brasil, é equilibrar a matriz de transportes e criar um sistema de logística integrado. Hoje, aproximadamente 68% do transporte de cargas é feito por rodovias, 25% por ferrovias e 14% pelas hidrovias. comprovadamente, as ferrovias são mais eficientes para o transporte de grandes volumes de cargas em longas distâncias, ainda mais em regiões com dimensões continentais, como é o caso do brasil.” l


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TRÂNSITO

Sem distância de segurança estudo da antP mostra que condutores trafegam em velocidade acima do limite permitido Por

maioria dos motoristas brasileiros (74,1%) desrespeita a distância de segurança do veículo à frente. esse erro grave aumenta o risco de acidentes, pois, muitas vezes, não é possível fazer uma frenagem de emergência. grande parte dos condutores (70,5%) também não obedece os limites de velocidade em trechos de descida nem os limites definidos pela sinalização da via (42,3%). esses são alguns resultados de uma pesquisa realizada pela antP (associação nacional de transportes Públicos)

A

CYNTHIA CASTRO

e divulgada no segundo semestre do ano passado. o superintendente da entidade, luiz carlos mantovani, alerta que quando o trânsito está fluindo, especialmente em vias expressas nas cidades, e também nas rodovias, dirigir muito próximo do veículo da frente pode gerar acidentes graves. também é muito arriscado descer uma ladeira sem estar com o veículo devidamente engrenado e fora da velocidade compatível com a característica da via. a pesquisa da antP teve como objetivo avaliar o comporta-

mento dos condutores submetidos a várias situações de risco no trânsito. com o uso de um simulador, eles puderam vivenciar problemas que surgem durante a condução, para que fossem verificadas a segurança, a maturidade e o comportamento em situações reais. a ideia é fazer um diagnóstico para detectar quais os pontos precisam ser trabalhados por órgãos públicos, empresas e instituições relacionadas a transporte e mobilidade urbana. foram 888 testes envolvendo 222 condutores de diferentes

profissões. os exercícios abordaram oito diferentes situações. além da distância de segurança e do desrespeito aos limites de velocidade da via e em declive, também foram analisados o respeito ao pedestre, a reação a condições climáticas desfavoráveis, a utilização da luz de seta ao mudar de direção, a ultrapassagem proibida ou insegura e o acesso à rodovia em velocidade. de acordo com mantovani, nas rodovias, os principais fatores de risco são a ultrapassagem e a velocidade e a ingestão de bebida alcoólica. nas cidades, preocupam a velocidade, o avanço de sinal e o desrespeito ao pedestre. a faixa etária dos participantes da pesquisa variou de 18 a 65 anos, sendo a maioria formada por jovens de 30 a 39 anos. o público predominante foi o feminino (78,8%). o superintendente da antP alerta que a pesquisa tem como um dos objetivos chamar a atenção para a importância dos motoristas vivenciarem situações de risco antes de tirarem a carteira de habilitação. “entendemos que vivenciar é algo muito importante. o equipamento reproduziu situações do automóvel para que os motoristas sentissem na práti-


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antP/divulgação

SIMULAÇÃO condutores foram testados como reagem em situações de risco

ca como agir em alguns momentos, como praticar a direção defensiva”, disse mantovani.

EXERCÍCIOS NO SIMULADOR Veja outros resultados da pesquisa da ANTP AÇÕES

MÉDIA DE ACERTOS (%)

acesso à rodovia em velocidade

97,3

ultrapassagem proibida ou insegura

87,8

utilização da luz de seta ao mudar de direção (pisca-pisca)

87,6

respeito aos pedestres

71,7

condições climáticas desfavoráveis

66,4

respeito aos limites de velocidade definidos pela sinalização da via

57,7

respeito aos limites de velocidade em trechos de via em declive

29,5

respeito à distância de segurança do veículo à frente

25,9 fonte: antP

Mudança a publicitária juliana martins, 27, conta que viveu na prática o risco de um dos erros identificados na pesquisa da antP. Há cinco anos, ela dirigia em uma avenida de vitória, no espírito santo, e se envolveu em uma batida com outros cinco veículos. “estava na hora do rush, e os carros estavam andando muito próximos, sem a distância de segurança correta.

quando um da frente freou, todos foram batendo na traseira do outro. ainda bem que a velocidade não estava tão alta, então não foi grave.” o amigo dela, o historiador cláudio Xavier, 28, mora em belo Horizonte e diz que tem tentado respeitar mais os pedestres quando está dirigindo. “eu tenho reparado que mais motoristas da cidade estão querendo parar quando tem alguém querendo atravessar na faixa. mas essa é uma cultura que precisa ser construída. não é fácil mudar o comportamento.” l


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AEROVIÁRIO

Por

EVIE GONÇALVES

oda vez que um passageiro viaja de avião, é cobrado um valor além da tarifa, a chamada taxa de embarque. quem quer ir de uma cidade à outra, seja dentro ou fora do brasil, deve pagar a quantia, independentemente do país em que esteja. no território brasileiro, ela varia de acordo com a categoria do aeroporto, tanto nos terminais administrados pela infraero (empresa brasileira de infraestrutura aeroportuária) quanto nos concedidos à iniciativa privada. de janeiro a agosto de 2014, a infraero, que opera 60 aeroportos no país, arrecadou cerca de r$ 1 bilhão só com taxas de embarque. o valor é equivalente à metade do orçamento anual da empresa para 2014, que é de r$ 1,9 bilhão, de acordo com a loa (lei orçamentária anual). é por meio das taxas que são remunerados os custos dos serviços, equipamentos, instalações e facilidades existentes nos terminais de passageiros, com vistas ao embarque, desembarque, orientação, conforto e segurança dos usuários. as companhias aéreas recebem

T

Taxa par


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sérgio alberto/cnt

Apesar de considerado abusivo pelos passageiros, valor é obrigatório e serve para bancar serviços, equipamentos e instalações nos aeroportos públicos e concedidos

a embarcar


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a quantia no ato de venda das passagens e, em seguida, a repassam ao operador do aeroporto (público ou concedido). esse, por sua vez, deve destinar às benfeitorias na infraestrutura aeroportuária. Para o embarque, por exemplo, a taxa deve ser revertida na climatização das salas, pontes, esteiras de despacho para bagagens, carrinhos para transporte das malas, ônibus para circulação das pessoas e inspeção de passageiros e de bagagens de mão. já no desembarque, a quantia deve ser investida em áreas de restituição de bagagem, esteiras ou carrosséis, pontes, carrinhos para transporte de malas e ônibus para movimentação dos usuários do serviço. o valor também custeia o sistema de som do aeroporto, além de melhorias gerais, sanitários, circuito fechado de televisão, inspeção e controle de acesso às áreas restritas, elevadores, escadas rolantes, atendimento médico, berçários e fraldários. Para o consultor em infraestrutura aeroportuária mozart alemão, toda essa estrutura tem um preço e quem deve arcar são os passageiros. “Para que uma pes-

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PREÇO em voos domésticos, taxas variam de r$ 9,70 a r$ 23,37; em voos

Em

1973, as tarifas dos aeroportos foram criadas

soa viaje de um aeroporto a outro, é necessária uma rede apta a recebê-la tanto no chegada quanto na partida. é o valor da taxa que vai garantir esse fluxo”, diz. Legislação as tarifas aeroportuárias foram criadas pela lei nº 6.009/73 e são regulamentadas pelo decreto nº 89.121/83. segundo a legislação, a efetiva utilização de áreas, edifícios, instalações, equipamentos, facilidades e serviços de um aeroporto está sujeita ao pagamento referente aos preços que incidi-

rem sobre a parte utilizada. atualmente, existem quatro categorias de taxas cobradas no país. nos aeroportos administrados pela infraero, elas variam entre r$ 9,70 e r$ 21,57 para tarifas domésticas e entre r$ 24,91 e r$ 74,72 para embarques internacionais. nos aeroportos concedidos, brasília (df), viracopos (campinas), guarulhos (sP), galeão (rj) e confins (mg), os valores mudam. em guarulhos, viracopos e brasília, podem chegar a r$ 22,55 para voos nacionais e r$ 39,93 para voos internacio-


são gonçalo do amarante

Reembolso pode ser pedido

infraero/divulgação

“Para que uma pessoa viaje de um aeroporto a outro, é necessária uma rede apta a recebê-la” internacionais, custam até r$ 74,72

nais. já no galeão e confins, alcançam r$ 23,37 para embarques dentro do país e r$ 41,40 para embarques fora do brasil. de acordo com a assessoria da anac (agência nacional de aviação civil), à taxa paga pelos passageiros é acrescido um percentual de 35,9% para pagamento do ataero (adicional de tarifas aeroportuárias), previsto em lei. no caso da tarifa de embarque internacional, são acrescidos ainda us$ 18, também previstos em lei. os recursos são direcionados ao fnac (fundo nacional de aviação

MOZART ALEMÃO, consultor de infraestrutura aeroPortuária

civil) e ao Profaa (Programa federal de auxílio a aeroportos). esses valores custeiam o sistema de aviação civil com o objetivo de desenvolver e fomentar as infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil. já o Profaa tem por finalidade aplicar recursos na construção, reforma e reaparelhamento dos aeroportos de interesse regional e estadual. “o adicional de tarifas vai para o fundo que mantém os aeroportos deficitários em relação às obras e serviços. o foco é ter recursos para

os passageiros que embarcaram no aeroporto de são gonçalo do amarante (rn) de 31 de maio de 2014 até os dias atuais podem solicitar o reembolso da taxa de embarque às companhias aéreas que funcionam no terminal (avianca, azul, gol e tam). a concessionária inframérica, vencedora da licitação para administrar o local, teria até janeiro para entregar as obras de melhoria no aeroporto, conforme previsto no contrato de concessão, mas resolveu antecipar a entrega para maio do ano passado. Porém, as melhorias não foram 100% finalizadas. Por causa disso, a anac (agência nacional de aviação civil) determinou que as taxas fossem devolvidas aos passageiros até que os reparos fossem concluídos pela concessionária. a restituição será feita pelas companhias aéreas nas mesmas

condições em que os bilhetes foram adquiridos, pelos canais de atendimento de cada empresa. os passageiros que embarcaram no terminal desde o início das operações, no dia 31 de maio do ano passado, até o final de agosto, terão prazo máximo de 12 meses, a contar de 1º de setembro de 2014, para solicitar reembolso junto à companhia aérea. quem viajou a partir de 1º de setembro terá prazo de 12 meses a contar da data do embarque. de acordo com a anac, as companhias aéreas devem continuar cobrando as tarifas de embarque para voos do aeroporto de são gonçalo do amarante, que passará a receber as taxas assim que concluir itens relativos à finalização e a acabamentos de infraestrutura, como, por exemplo, término das obras dos banheiros e de salas administrativas.

ARRECADAÇÃO DA INFRAERO EM 2014* VALOR TOTAL

R$ 1.052.925.271,44

• AEROPORTOS COM MAIORES GANHOS EM 2014* CONGONHAS

r$ 11.952.498,00

PORTO ALEGRE

r$ 8.869.067,00

SANTOS DUMONT

r$ 8.801.444,00

GALEÃO

r$ 8.140.872,00

SALVADOR

r$ 7.624.310,00

*valores de janeiro a agosto


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O QUE DIZEM OS PASSAGEIROS

reajustes

Taxas serão aumentadas as taxas de embarque dos aeroportos administrados pela infraero devem subir tanto para embarques domésticos quanto para voos internacionais. atualmente, os valores são de r$ 21,57 nos embarques domésticos e de r$ 74,72 para voos internacionais. o aumento anual ocorre conforme a resolução nº 180/2011 da anac (agência nacional de aviação civil) e corresponde à atualização monetária realizada por meio da aplicação do iPca (Índice de Preços ao consumidor amplo). a infraero não está obrigada a atender requisitos de qualidade do serviço prestado aos usuários, para fins de definição dos preços das taxas aeroportuárias, o fator “q”. são exemplos de requisitos de qualidade: bom funcionamento de elevadores, de escadas rolantes, esteiras e processamento de baga-

gens, limpeza, informação aos usuários, conforto térmico e acústico, disponibilidade de carrinhos de bagagem, de vagas para estacionamento e variedade de lojas e praças de alimentação, entre outros. na justificativa da resolução, a anac alega que falta uma regulamentação específica que permita medir a qualidade do serviço nos aeroportos administrados pela infraero. no caso dos aeroportos concessionados, os requisitos de qualidade estão listados nos contratos de concessão. o não cumprimento dos itens pode levar à penalização dos operadores. os reajustes das tarifas nos aeroportos admnistrados pela iniciativa privada são definidos por meio de publicação específica e suas condições tarifárias também estão descritas nos respectivos contratos de concessão.

❛Pagamos pelas melhorias e, mesmo assim, ficamos à mercê

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Cláudio Cruz, fotógrafo

VALORES DAS TAXAS INFRAERO • DOMÉSTICOS: entre r$ 9,70 e r$ 21,57 • INTERNACIONAIS: entre r$ 24,91 e r$ 74,72 AEROPORTOS CONCEDIDOS* • DOMÉSTICOS: - brasília (df), viracopos (campinas) e guarulhos (sP): r$ 22,55 - galeão (rj) e confins (mg): r$ 23,37 • INTERNACIONAIS: - brasília (df), viracopos (campinas) e guarulhos (sP): r$ 39,93 - galeão (rj) e confins (mg): r$ 41,40 * acrescido percentual de 35,9% para adicional de tarifas aeroportuárias. no caso da tarifa de embarque internacional, são acrescidos ainda u$ 18


fotos sergio alberto/cnt

❛estão Os brasileiros habituados

usado para melhorias nos aeroportos, acho justo

a pagar valores sem saber do que se trata

Marlene Santos, funcionária pública

Vinícius Greco, administrador

Não ❛teríamos

❛Para melhorias nos aeroportos,

que arcar com a taxa

já existem os impostos

Kelma Dantas, psicóloga

Rita Maria de Jesus, auxiliar de enfermagem

terminais que não geram dinheiro e têm uma estrutura mínima, mas que precisam oferecer o serviço”, explica mozart alemão. Passageiros os passageiros possuem opiniões diversas a respeito do pagamento da taxa de embarque. alguns são favoráveis por acreditarem que o sistema precisa ser subsidiado. outros são contra por acharem que o valor da taxa já deveria estar embutido no preço da passagem. e também existem aqueles que não fazem a menor ideia da finalidade da taxa.

Se o valor for ❛efetivamente

Para o administrador vinícius greco, “os brasileiros estão habituados a pagar valores sem saber do que se trata. é assim com todos os impostos cobrados no brasil. não seria diferente para andar de avião”. já a auxiliar de enfermagem rita maria de jesus comenta que se espanta ao ver o valor final da passagem. “Às vezes vejo uma promoção, mas quando vou efetivamente pagar, o custo é bem maior. Para melhorias nos aeroportos, já existem os impostos”, diz. a psicóloga Kelma regina dantas compartilha da opinião de que o valor é abusivo. “não teríamos que arcar com a taxa. além do

mais, os serviços oferecidos estão aquém do desejado pelos passageiros. são poucas esteiras de desembarque de malas e faltam carrinhos para as bagagens nos estacionamentos.” o fotógrafo cláudio cruz questiona a infraestrutura precária de alguns aeroportos no país. “nós pagamos pelas melhorias e, mesmo assim, ficamos à mercê. existe pouca informação, as pessoas não conseguem se situar, falta identidade visual. ainda há muito o que melhorar”, ressalta. Para a funcionária pública marlene teixeira santos, no entanto, a tarifa tem um papel importante. “se

o valor for efetivamente usado para melhorias nos aeroportos, eu acho justo, desde que não seja abusivo. os aeroportos mudaram muito, então eu acredito que as taxas estão sendo usadas para o bem dos passageiros.” o consultor mozart alemão explica que a desinformação é recorrente entre os usuários. Para ele, na maioria das vezes, não há distinção entre os gastos das companhias aéreas e das empresas que administram os aeroportos. “taxa de embarque não tem nada a ver com passagem aérea. um valor vai para as companhias e o outro para melhorias aeroportuárias”, conclui. l


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MÃO DE OBRA

Capacitação ampliada sest senat participa de iniciativa conjunta dos governos do brasil e da bélgica para a formação de trabalhadores portuários nos próximos anos Por

m acordo de cooperação assinado entre os governos do brasil e da bélgica vai garantir a criação do primeiro centro de capacitação dos gestores e dos trabalhadores Portuários brasileiros. o sest senat é uma das instituições que integram o programa. o projeto piloto vai ser desenvolvido em cariacica (es) e também conta com a partici-

U

LIVIA CEREZOLI

pação da seP (secretaria de Portos), do ifes (instituto federal do espírito santo), da codesa (companhia docas do espírito santo) e da aPec (centro de treinamento Portuário de flandres), afiliada ao Porto de antuérpia e responsável pelos cursos de formação naquele país. de acordo com a diretora executiva nacional do sest senat, lucimar coutinho, a ini-

ciativa está dentro da proposta da instituição de ampliar a sua oferta de cursos para capacitar e formar profissionais dos mais diversos setores que integram a atividade transportadora. “essa parceria reconhece o trabalho do sest senat no cenário nacional e internacional como instituição de excelência na formação de profissionais para os diferentes modais do transporte.”

segundo ela, a oferta da capacitação está diretamente relacionada a melhores condições de trabalho. “um trabalhador bem preparado consegue obter resultados mais positivos no trabalho, o que garante a ele também mais qualidade de vida. e esse é o preceito básico do sest senat.” Para o embaixador da bélgica, jozef smets, esse é um convênio ambicioso que não se li-


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luiZ renato orPHão/cnt

CONVÊNIO assinatura de acordo de cooperação foi realizada na embaixada da bélgica, em brasília

mita à formação pontual de trabalhadores. “é uma parceria que deve garantir a capacitação de profissionais brasileiros de forma definitiva. esse acordo responde às expectativas de ambos os países para oferecer um trabalho portuário cada vez mais eficiente.” a seP é a responsável pela coordenação do acordo de cooperação e a articulação entre os entes participantes da ini-

ciativa. na visão do ministrochefe da secretaria, césar borges, qualificar os trabalhadores portuários vai oferecer mais eficiência ao setor, responsável por 95% da movimentação de cargas na importação e exportação do país. “o brasil já tem se destacado em volumes movimentados nos portos. agora, precisamos evoluir nos processos para torná-los mais eficientes. e, sem a qualificação dos

trabalhadores, isso seria uma missão impossível.” nesse projeto inicial, para a realização dos cursos serão utilizadas as estruturas do sest senat de cariacica e do ifes. a primeira etapa prevê a capacitação dos instrutores e dos professores das duas instituições que atuarão posteriormente na qualificação dos trabalhadores. “já iniciamos essa capacitação e agora vamos trabalhar na

adaptação do material didático utilizado na bélgica para a realidade brasileira. acreditamos que dentro de quatro meses já será possível iniciar a qualificação dos profissionais portuários”, explica dênio rebello arantes, reitor do ifes. no ano passado, o sest senat participou de visitas técnicas ao Porto de antuérpia para conhecer detalhes sobre o treinamento realizado por lá e definir o conteúdo dos cursos que deverão integrar o projeto piloto. “inicialmente vamos trabalhar com cursos voltados para a operação de equipamentos, o uso de simuladores e questões de segurança e de prevenção”, explica eliomar rossati, diretor da unidade de cariacica. segundo dados da federação nacional dos Portuários, aproximadamente 50 mil trabalhadores atuam em toda a cadeia que compõe o setor. a expectativa é que a iniciativa de criação do centro de formação seja ampliada em breve para outras regiões do país que também necessitam do trabalho desses profissionais. “nosso desejo é que sejam definidos novos pontos estratégicos capazes de receber outros centros de formação e, assim, possamos atender toda a demanda existente hoje”, afirma eduardo guterra, presidente da federação. l


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SEST SENAT

Treinando para o futuro Projeto do sest senat mantém centros de excelência para a prática de diversas modalidades de esportes olímpicos Por

ais de 6.000 atletas de cinco diferentes modalidades esportivas recebem o apoio do sest senat em seus treinamentos. o projeto Polos olímpicos, desenvolvido nas unidades desde 2012, conta com centros de excelência em diversas modalidades olímpicas, proporcionando aos dependentes dos

M

LIVIA CEREZOLI

trabalhadores em transporte, atletas profissionais, semiprofissionais e amadores, espaços para a prática de esportes de alto rendimento. os polos estão instalados nas unidades de curitiba (Pr), de campo grande (ms), de Passo fundo (rs), de goiânia (go), de Porto velho (ro), de são gonçalo (rj), de rio claro e de são Paulo/Parque novo

mundo, em são Paulo, e de cariacica e de colatina, no espírito santo. os treinamentos são oferecidos nas modalidades: basquete, futebol, natação, tênis de mesa e ciclismo, as quais constam na listagem dos esportes que serão disputados na olimpíada de 2016, que acontecerá no rio de janeiro (rj). o objetivo do projeto é

proporcionar aos trabalhadores em transporte, seus dependentes e à comunidade, a oportunidade da prática de uma modalidade esportiva de rendimento e o desenvolvimento do espírito de competição, além de proporcionar aos alunos bem-estar físico, mental e social. Para o sest senat, a prática esportiva contribui positivamente para a educa-


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sest senat/divulgação

INCENTIVO unidade do sest senat de rio claro tem pista de treinamento para a equipe de ciclismo

ção, para a diminuição das desigualdades, para o resgate de valores e de princípios e para a melhoria da saúde e da qualidade de vida. em dois anos, o projeto Polos olímpicos já conta com resultados bastante expressivos. as equipes venceram campeonatos estaduais e nacionais e atletas já foram convocados para integrar sele-

ções brasileiras em diferentes modalidades e categorias. luiz Henrique souza é exemplo disso. integrante da equipe do sest senat de curitiba, o adolescente de 15 anos foi convocado para a seleção brasileira de basquete sub-15 (atletas até 15 anos), em novembro do ano passado. souza não chegou a participar de nenhuma competição oficial, mas a convocação trou-

xe uma motivação a mais. “todo garoto quer fazer parte de uma equipe principal. saber que o meu nome foi lembrado me deixou muito feliz. meu sonho é ser jogador profissional e vou continuar correndo atrás dele.” a equipe de basquete do sest senat de curitiba tem ao todo seis times, que disputam competições nas categorias juvenil e adulto. os treinamentos aconte-

cem diariamente na unidade. neste ano, a equipe também foi vice-campeã estadual nas categorias sub-15, sub-17 (até 17 anos) e sub-19 (até 19 anos) e outros três atletas foram convocados para as categorias juvenis da seleção estadual. Para o técnico roberto antonio de souza, esse é um resultado bastante expressivo para pouco tempo de trabalho.


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POLOS OLÍMPICOS onde acontecem os treinamentos MODALIDADES OFERECIDAS Unidade

Esporte

curitiba (Pr)

basquete

cariacica (es)

natação

colatina (es)

natação

campo grande (ms)

natação

rio claro (sP)

ciclismo

Passo fundo (rs)

futebol

goiânia (go)

tênis de mesa

são Paulo/novo mundo (sP)

tênis de mesa

são gonçalo (rj)

futebol

Porto velho (ro)

basquete fonte: sest senat

CONQUISTAS a atleta thaís sant’ana já

“estamos conquistando muita coisa boa. vamos continuar trabalhando para ampliar as nossas vitórias.” de acordo com ele, o projeto do sest senat é fundamental para popularizar a prática de esportes de alto rendimento. “exceto o futebol, treinar outras modalidades olímpicas é caro, o que elitiza a prática esportiva. essa iniciativa do sest senat dá a muitos jovens a oportunidade de se destacarem enquanto atletas que eles nunca teriam.”

“A disciplina dos treinos faz com que esses jovens sejam pessoas melhores” ALAN GIUSEPPE CUNHA técnico de rio claro

vitoriosa também é a equipe de natação do sest senat de cariacica. as atletas thaís fernandes sant’ana e mariana alves vilchez subiram ao pódio da etapa final do circuito light rei e rainha do mar, disputada em dezembro do ano passado, no rio de janeiro (rj). thaís conquistou o primeiro lugar na prova sprint (natação de um quilômetro), e mariana, o terceiro. Para thaís, a vitória é o reconhecimento da dedicação dela e do apoio do sest senat.

“no espírito santo são poucos os clubes que investem em atletas. no sest senat fui muito bem acolhida desde o início, e o meu desempenho vem melhorando a cada prova. o pior para um atleta é ter vontade e potencial, mas não ter apoio para competir”, destaca. a dedicação de thaís na natação também rendeu a ela uma bolsa de estudos em uma universidade. Hoje, aos 22 anos e cursando o quinto período de engenharia química, a


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eriK coser/divulgação

“É importante começar com as crianças e pensar na formação de novos atletas” soma várias vitórias em dois anos de treinamento com o apoio do sest senat

atleta acredita que o incentivo à prática esportiva é fundamental para mudar a vida das pessoas. “o esporte abre um leque de oportunidades e por isso é tão importante incentivar as crianças a praticarem.” fernanda machado, técnica da equipe de cariacica, concorda com thaís e passa isso para as crianças e adolescentes de 8 a 17 anos que participam do grupo de iniciação à natação no polo da unidade. “é importante começar com

as crianças e pensar na formação de novos atletas para os próximos ciclos olímpicos, daqui a 12 anos, por exemplo.” nos treinos da equipe, além das técnicas de natação, a instrutora explica que também são passadas orientações sobre a importância da atividade física e a preocupação que o sest senat tem na promoção da saúde e do bem-estar das pessoas. “queremos formar atletas, mas principalmente oferecer qualidade de vida.”

FERNANDA MACHADO, técnica da equiPe de cariacica

na unidade de rio claro, os treinos de ciclismo também acontecem diariamente. “Para conseguirmos bons resultados, esforço, dedicação e disciplina são fundamentais”, afirma alan giuseppe cunha, técnico das equipes principal, que conta com 33 atletas, e da escola de base, que trabalha com 250 crianças e adolescentes, entre 5 e 18 anos. Para os treinos na modalidade olímpica cross countryXco (provas disputadas em

um circuito fechado, formado por trilhas e obstáculos oferecidos pelo terreno), foi construída uma pista de três quilômetros dentro da unidade. o sest senat também fornece a bicicleta e os equipamentos de segurança para os alunos da escola de base. “os atletas adultos têm suas próprias bicicletas, mas a instituição fornece todo o apoio necessário nas competições”, conta cunha. na visão do técnico, o projeto Polos olímpicos, mais do que formar apenas atletas, contribuiu para a formação dos jovens como cidadãos. “a disciplina exigida nos treinos e na alimentação e o trabalho em equipe faz com que esses jovens sejam pessoas melhores. comemoramos as vitórias nas competições, mas o nosso grande prêmio é essa formação”, destaca ele. Para este ano, a perspectiva é que o projeto seja ampliado. onde os polos já estão instalados, o sest senat espera aumentar as vagas disponíveis para os atletas. além disso, novas unidades devem passar a oferecer os treinamentos em diferentes modalidades olímpicas de alto rendimento. l


estat铆stico, econ么mico, despoluir e ambiental


FERROVIÁRIO malHa ferroviária - eXtensão em Km total nacional total concedida concessionárias malhas concedidas

30.129 28.190 11 12

BOLETIM ESTATÍSTICO

RODOVIÁRIO malHa rodoviária - eXtensão em Km TIPO

PAVIMENTADA

NÃO PAVIMENTADA

TOTAL

66.675 119.691 26.827 213.192

12.708 105.601 1.234.918 1.353.227

79.382 225.292 1.261.745 154.195 1.720.614

federal estadual municipal rede Planejada Total

malHa rodoviária concessionada - eXtensão em Km adminstrada por concessionárias privadas 19.463 administrada por operadoras estaduais 1.195 frota de veÍculos caminhão cavalo mecânico reboque semi-reboque Ônibus interestaduais Ônibus intermunicipais Ônibus fretamento Ônibus urbanos nº de terminais rodoviários

2.287.049 519.030 1.124.018 787.254 17.406 57.000 25.834 107.000 173

AQUAVIÁRIO infraestrutura - unidades terminais de uso privativo misto Portos

35

material rodante - unidades vagões locomotivas

80.436 3.507

Passagens de nÍvel - unidades total críticas

12.289 2.659

velocidade média oPeracional brasil eua

25 km/h 80 km/h

AEROVIÁRIO aeródromos - unidades aeroportos internacionais aeroportos domésticos outros aeródromos - públicos e privados

34 29 2.389

aeronaves registradas no brasil - unidades transporte regular, doméstico ou internacional transporte não regular: táxi aéreo Privado outros Total

669 1.579 8.825 8.328 19.401

MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS MODAL

176

Hidrovia - eXtensão em Km e frota vias navegáveis vias economicamente navegadas embarcações próprias

11.953 7.427 1.674 7.136 28.190

122

frota mercante - unidades embarcações de cabotagem e longo curso

malHa Por concessionária - eXtensão em Km all do brasil s.a. fca - ferrovia centro-atlântica s.a. mrs logística s.a. outras Total

41.635 20.956 1.944

MILHÕES

(TKU)

PARTICIPAÇÃO

(%)

rodoviário

485.625

61,1

ferroviário

164.809

20,7

aquaviário

108.000

13,6

dutoviário

33.300

4,2

aéreo

3.169

0,4

Total

794.903

100


74

CNT TRANSPORTE ATUAL

JANEIRO 2015

BOLETIM ECONÔMICO

R$ bilhões

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE* 25 20 15 10 5 0

Investimentos em transporte da União por Modal (Total Pago acumulado até Novembro/2014 (R$ 12,16 bilhões)

Investimentos em Transporte da União (Orçamento Fiscal) (dados acumulados até Novembro/2014)

2,26 (18,5%)

18,02 12,16

7,56

8,06 (66,2%)

4,60

0,23 (2,0%)

autorizado valores Pagos do exercício total Pago restos a Pagar Pagos obs.: o total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores

1,61 (13,3%

RECURSOS DISPONÍVEIS E INVESTIMENTO FEDERAL ORÇAMENTO FISCAL E ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS) (r$ milhões correntes - acumulados até novembro de 2014)

rodoviário

aquaviário

ferroviário

aéreo

CONJUNTURA MACROECONÔMICA - DEZEMBRO/2014

Recursos Disponíveis 18.025,05 2.919,58 20.944,63

autorizado união dotação das estatais (infraero e cia docas) Total de Recursos Disponíveis Investimento Realizado rodoviário ferroviário aquaviário (união + cia docas) aéreo (união + infraero) Investimento Total (Total Pago)

8.057,58 2.256,16 449,25 2.768,27 13.531,27

Fonte: orçamento fiscal da união eorçamento de investimentos das empresas estatais (siga brasil - senado federal); Notas: (A) dados atualizados até 29.11.2014 (siga brasil). (B) Para fins de cálculo do investimento realizado, utilizou-se o filtro gnd = 4 (investimento). (C) os investimentos em transporte aéreo passaram a incorporar os desembolsos realizados para melhoria e adequação dos sistemas de controle de tráfego aéreo e de navegação, descrito nas ações 20Xv, 118t,3133, e 2923. Nota sobre a CIDE: até o boletim econômico de março de 2013, a cnt realizava o acompanhamento da arrecadação e do investimento com recursos da cide-combustíveis, contribuição de intervenção no domínio econômico, criada pela lei 10.336, de 19/12/2001. esse acompanhamento deixou de ser realizado, já que a alíquota da cide foi reduzida a zero pelo decreto nº 7.764, de junho de 2012. os recursos da cide eram destinados aos seguintes fins: (a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; (b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e (c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.

2013 Pib (% cresc a.a.)1 selic (% a.a.)2 iPca (%)3 balança comercial6 reservas internacionais4 câmbio (r$/us$)5

Acumulado Expectativa Expectativa em 2014 para 2014 para 2015

2,50 10,00 5,91 2,55

0,24* 11,75 5,58 -4,22

0,19 11,50 6,43 0,00

0,77 12,00 6,49 6,31

375,79

375,13

-

-

2,34

2,56

2,56

2,67

Fontes: receita federal, siga brasil - senado federal, ibge e focus (relatório de mercado 28/11/14), banco central do brasil. Observações: (1) expectativa de crescimento do Pib para 2014 e 2015 - o valor de crescimento do Pib 2013 foi revisado pelo ibge de 2,3% para 2,5%. (2) taxa selic conforme copom 03/12/2014 e boletim focus. (3) inflação acumulada no ano e em 12 meses até novembro/2014 e expectativas segundo o boletim focus. (4) Posição dezembro/2013 e novembro/2014 em us$ bilhões. (5) câmbio de fim de período divulgado em 28/11/2014, média entre compra e venda. (6) saldo da balança comercial até novembro/2014. * a taxa de crescimento do Pib para 2014 diz respeito ao desempenho econômico entre janeiro e setembro de 2014.

EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0 2009 investimento total

ORÇAMENTO FISCAL DA UNIÃO E ORÇAMENTO DAS ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS) (valores em r$ bilhões correntes) 2009 2010 2011 2012 7,8 10,3 11,2 9,4 rodoviário 1,0 2,5 1,6 1,1 ferroviário 1,3 1,0 0,8 aquaviário (união + cia docas) 1,3 0,5 0,7 1,2 1,4 aéreo (união + infraero) 10,6 14,8 15,0 12,7 Investimento Total

2010

2011 rodoviário

ferroviário

2012 aquaviário

2013 aéreo

2013 8,4 2,3 0,6 1,8 13,1

Fonte: orçamento fiscal da união e orçamento de investimentos das empresas estatais (siga brasil - senado federal)

8

R$ bilhões correntes

Orçamento Fiscal da União e Orçamento das Estatais (Infraero e Cia Docas)

* veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br


REGIÕES3

Estados

INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE POR ESTADOS E REGIÕES (valores em r$ milhões correntes)1 orçamento fiscal (total pago2 por modal de transporte) acre alagoas amazonas amapá bahia ceará distrito federal espírito santo goiás maranhão minas gerais mato grosso do sul mato grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná rio de janeiro rio grande do norte rondônia roraima rio grande do sul santa catarina sergipe são Paulo tocantins centro oeste nordeste norte sudeste sul nacional Total

Rodoviário 114,20 215,16 73,83 69,33 418,19 196,11 34,57 126,69 451,76 411,18 816,28 121,41 649,23 520,69 104,14 303,60 161,64 441,63 216,73 80,79 325,78 115,71 958,46 623,84 101,41 147,99 184,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 72,91 8.057,58

Ferroviário 0,00 0,00 0,00 0,00 928,70 0,00 0,00 0,00 829,48 0,00 227,14 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 4,85 0,00 0,00 0,00 0,91 0,00 0,00 161,21 4,48 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 98,98 2.256,16

Aquaviário 0,00 0,00 103,50 0,00 1,35 7,00 0,00 20,49 0,00 15,73 3,40 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00 0,00 11,75 22,26 0,00 25,90 0,00 0,00 0,00 2,64 0,00 0,00 20,81 239,20

Aéreo 1,03 0,10 5,34 0,47 1,09 0,40 0,00 0,06 0,12 0,98 1,43 0,23 3,69 7,41 0,18 0,77 0,63 0,74 1,50 0,02 2,41 0,44 0,65 0,59 0,08 1,06 0,27 6,79 0,76 22,21 19,82 2,11 1.530,85 1.614,21

Total 115,24 215,25 182,67 69,80 1.349,33 203,50 34,57 147,24 1.281,36 427,89 1.048,25 121,83 652,92 528,47 104,32 304,37 162,27 442,40 223,08 80,82 332,19 116,15 971,77 646,68 101,50 336,15 189,07 6,79 0,97 24,85 19,82 2,11 1.723,55 12.167,16

Ranking

maiores desembolsos4 (total pago acumulado até novembro - 2014)5 Ordem 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

Ações orçamentárias7 manutenção de trechos rodoviários na região nordeste manutenção de trechos rodoviários na região norte manutenção de trechos rodoviários na região sudeste construção da ferrovia de integração oeste-leste - ilhéus - caetité - ba manutenção de trechos rodoviários na região sul manutenção de trechos rodoviários na região centro-oeste construção da ferrovia norte-sul - ouroverde de goiás - são simão/go adequação de trecho rodoviário - Porto alegre - Pelotas - na br-116 - no estado do rio grande do sul adequação de trecho rodoviário - rondonópolis - cuiabá - Posto gil - na br-163 - no estado do mato grosso adequação de trecho rodoviário - Palhoça - divisa sc/rs - na br-101 - no estado de santa catarina Total Part. (%) no Total Pago do Orçamento Fiscal da União até novembro - 2014

R$ milhões6 996,98 862,08 685,44 570,48 539,98 532,85 518,02 254,46 253,51 239,33 5.453,12 44,8%

Elaboração: confederação nacional do transporte dados acumulados até 29.11.2014 (siga brasil). Notas: (1) foram utilizados os seguintes filtros: função (26), subfunção (781=aéreo, 782=rodoviário, 783=ferroviário, 784=aquaviário), gnd (4=investimentos). Para a subfunção 781 (aéreo), não foi aplicado nenhum filtro para a função. fonte: siga brasil (execução do orçamento fiscal da união). (2) o total Pago é igual ao valor pago no exercício acrescido de restos a Pagar Pagos. (3) o valor investido em cada região não é igual ao somatório do valor gasto nos respectivos estados. as obras classificadas por região são aquelas que atendem a mais de um estado e por isso não foram desagregadas. algumas obras atendem a mais de uma região, por isso recebem a classificação nacional. (4) as obras foram classificadas pelo critério de maior desembolso (valor Pago + restos a Pagar Pagos) em 2014. (5) ações de infraestrutura de transporte contempladas com os maiores desembolsos do orçamento fiscal da união no acumulado de janeiro a novembro de 2014. (6) os valores expressos na tabela dizem respeito apenas ao total Pago pela união no período em análise. não foram incluídos os desembolsos realizados pelas empresas estatais. (7) as ações orçamentárias são definidas como operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender o objetivo de um programa segundo o manual de técnico de orçamento 2014.

Para consultar a execução detalhada, acesse o link http://www.cnt.org.br/Paginas/Boletim-economico.aspx


76

CNT TRANSPORTE ATUAL

JANEIRO 2015

BOLETIM DO DESPOLUIR DESPOLUIR

PROJETOS

a confederação nacional do transporte (cnt) e o sest senat lançaram em 2007 o Programa ambiental do transporte - desPoluir, com o objetivo de promover o engajamento de empresários, caminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em transporte e da sociedade na construção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

• redução da emissão de poluentes pelos veículos • incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador • aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais de transporte • cidadania para o meio ambiente

RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS ESTRUTURA

NÚMEROS DE AFERIÇÕES 2014

2007 A 2013 1.033.455 Aprovação no período 88,87%

TOTAL

ATÉ OUTUBRO

NOVEMBRO

193.862

28.408

82,57%

1.255.725 87,52%

72,56%

federações participantes

23

unidades de atendimento

85

empresas atendidas

11.205

caminhoneiros autônomos atendidos

12.700

PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIR

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Para participar do Projeto redução da emissão de Poluentes pelos veículos, entre em contato com a federação que atende o seu estado.

Carga (empresas)

Carga (autônomos)

Passageiros

FEDERAÇÃO fetramaZ fetracan fetrabase fenatac fetransPortes fetcemg fetransPar fetranscarga fetransul fetrancesc fetcesP fecam-sP fetramig fecam-rs fetranorte fetronor fetrabase cePimar fetrasul fetransPortes fetram fetramar fePasc fetransPor fetergs

UFs ATENDIDAS ac, am, aP, Pa, ro e rr al, ce, ma, Pb, Pe, Pi e rn ba e se df, go, ms, mt e to es mg Pr rj rs sc sP sP mg rs ac, am, aP, Pa e rr al, Pb, Pe e rn ba e se ce, ma e Pi df, go, sP e to es mg ms, mt e ro Pr e sc rj rs

TELEFONE 92.3658-6080 81.3441-3614 71.3341-6238 61.3361-5295 27.2125-7643 31.3490-0330 41.3333-2900 21.3869-8073 51.3374-8080 48.3248-1104 11.2632-1010 19.3585-3345 31.3322-2674 51.3232-3407 92.3584-6504 84.3234-2493 71.3341-6238 85.3261-7066 62.3233-0977 27.2125-7643 31.3274-2727 65.3027-2978 41.3244-6844 21.3221-6300 51.3228-0622

a pesquisa “caminhoneiros no brasil - relatório síntese de informações ambientais” apresenta a realidade e as necessidades de um dos principais agentes do setor de transporte. informações econômicas, financeiras, sociais e ambientais, além de dados relacionados à frota, como distribuição e idade média; características dos veículos e dos deslocamentos; intensidade de uso e autonomia (km/l) da frota permitem aprofundar os conhecimentos relativos ao setor de transporte rodoviário.

8

SETOR

conheça abaixo duas das diversas publicações ambientais que estão disponíveis para download no site do DESPOLUIR:

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

o governo brasileiro adotou o biodiesel na matriz energética nacional, através da criação do Programa nacional de Produção e uso de biodiesel e da aprovação da lei n. 11.097. atualmente, todo o óleo diesel veicular comercializado ao consumidor final possui biodiesel. essa mistura é denominada óleo diesel b e apresenta uma série de benefícios ambientais, estratégicos e qualitativos. o objetivo desta publicação é auxiliar na rotina operacional dos transportadores, apresentando subsídios para a efetiva adoção de procedimentos que garantam a qualidade do óleo diesel b, trazendo benefícios ao transportador e, sobretudo, ao meio ambiente.


CNT TRANSPORTE ATUAL

77

JANEIRO 2015

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL

BOLETIM AMBIENTAL

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE (em milhões de m3)

EMISSÕES DE CO2 POR SETOR CO2 t/ANO 1.202,13 140,05 136,15 48,45 47,76 1.574,54

SETOR

mudança no uso da terra industrial* transporte geração de energia outros setores Total

2009

2010

2011

2012

2013

VOLUME

VOLUME

VOLUME

VOLUME

VOLUME

rodoviário

38,49

34,46

36,38

38,60

40,61

ferroviário

0,83

1,08

1,18

1,21

1,20

Hidroviário

0,49

0,14

0,14

0,16

0,18

39,81

35,68

37,7

39,97

41,99

MODAL

EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL (EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA) (%) 76,35 8,90 8,65 3,07 3,03 100,00

PARTICIPAÇÃO

Total

CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões de m3)* TIPO 2009 2010 2011 2012 2013 2014**

*Inclui processos industriais e uso de energia

(outubro)

EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE CO2 t/ANO 123,17 7,68 5,29 136,15

MODAL

rodoviário aéreo outros meios Total

diesel

(%) 90,46 5,65 3,88 100,00

44,29

49,23

52,26

55,90

58,49

50,40

gasolina 25,40

29,84

35,49

39,69

41,36

36,65

etanol

15,07

10,89

9,85

11,75

10,44

PARTICIPAÇÃO

EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO OTTO*

EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO DIESEL

80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

co2 nox nmHc co cH4

16,47

* Inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc). ** Dados atualizados em 28 de novembro de 2014.

60% 50% 40%

co2 nox co nmHc mP

30% 20% 10% 0%

automóveis gnv comerciais leves (otto) motocicletas * inclui veículos movidos a gasolina, etanol e gnv dados de 2009 fornecidos pelo último inventário nacional de emissões atmosféricas por veículos automotores rodoviários – mma,2011.

caminhões Pesados

Ônibus urbanos

10 15 10 a 50

9,1%

5,0% 12,1%

CE: fortaleza, aquiraz, Horizonte, caucaia, itaitinga, chorozinho, maracanaú, euzébio, maranguape, Pacajus, guaiúba, Pacatuba, são gonçalo do amarante, Pindoretama e cascavel. PA: belém, ananindeua, marituba, santa bárbara do Pará, benevides e santa isabel do Pará. PE: recife, abreu e lima, itapissuma, araçoiaba, jaboatão dos guararapes, cabo de santo agostinho, moreno, camaragibe, olinda, igarassu, Paulista, ipojuca, itamaracá e são lourenço da mata. Frotas cativas de ônibus dos municípios: belo Horizonte, rio de janeiro, curitiba, salvador, Porto alegre e são Paulo. RJ: rio de janeiro, belford roxo, nilópolis, duque de caxias, niterói, guapimirim, nova iguaçu, itaboraí, Paracambi, itaguaí, queimados, japeri, são gonçalo, magé, são joão de meriti, mangaratiba, seropédica, maricá, tanguá e mesquita. 10** brasil SP: são Paulo, americana, mairiporã, artur nogueira, mauá, arujá, mogi das cruzes, barueri, mongaguá, bertioga, monte mor, biritibamirim, nova odessa, caçapava, osasco, caieiras, Paulínia, cajamar, Pedreira, campinas, Peruíbe, carapicuíba, Pindamonhangaba, cosmópolis, Pirapora do bom jesus, cotia, Poá, cubatão, Praia grande, diadema, ribeirão Pires, embu, rio grande da serra, embuguaçu, salesópolis, engenheiro coelho, santa bárbara d’ oeste, ferraz de vasconcelos, santa branca, francisco morato, santa isabel, franco da rocha, santana de Parnaíba, guararema, santo andré, guarujá, santo antônio da Posse, guarulhos, santos, Holambra, são bernardo do campo, Hortolândia, são caetano do sul, igaratá, são josé dos campos, indaiatuba, são lourenço da serra, itanhaém, são vicente, itapecerica da serra, sumaré, itapevi, suzano, itaquaquecetuba, taboão da serra, itatiba, taubaté, jacareí, tremembé, jaguariúna, valinhos, jandira, vargem grande Paulista, juquitiba e vinhedo. demais estados e cidades 500*** * em partes por milhão de s - ppm de s ** municípios com venda exclusiva de s10. Para ver a lista dos postos que ofertam o diesel s10, consulte o site do desPoluir: www.cntdespoluir.org.br *** a partir de janeiro de 2014, o diesel interiorano passou a ser s500. Para mais informações, consulte a seção legislação no site do desPoluir: www.cntdespoluir.org.br

46,6%

% nc

16,8%

10,4%

teor de biodiesel 46,6% outros 9,1%

Pt. fulgor 16,8% enxofre 10,4%

corante 5,0% aspecto 12,1%

ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - NOVEMBRO 2014 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0

caminhões leves

NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - NOVEMBRO 2014

QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL TEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL (em ppm de S)* japão eua europa

Ônibus caminhões comerciais leves rodoviários (diesel) médios

trimestre anterior

21,9

trimestre atual

2,9

7,2

5,3 2,3

2,3

3,8

0,0 3,5

2,5

4,4

3,8

4,6

2,1

0,0

ac al am aP ba ce df es go ma mg ms mt Pa Pb Pe Pi Pr rj rn 0 2,9 21,9 5,3 2,1 2,3 0 2,3 2,4 1,9 3,8 0 7,2 3,5 2,5 4,4 0 1,2 3,8 2,1 0 3,7 5,3 5,4 0,6 0 3,3 1,8 1,6 3,6 0 6,6 4 2,7 3,3 1,7 1 4 2,1 2,2 Percentual relativo ao número de não-conformidades encontradas no total de amostras coletadas. cada amostra analisada pode conter uma ou mais não-conformidades. (*) Para tocantins foram considerados os três últimos meses monitorados pelo cPt: trimestre atual: mar, ago e set/2014; trimestre anterior: jan, mar e ago/2014. unidades federativas para as quais não houve monitoramento nos períodos considerados: ac, ms e ro.

ro 0 0

0

2,1

0,0

2,4

1,9

0,0

0,0

1,2

rr 0 8,7

rs 4,6 1,4

2,0

0,8

2,2

sc 2 1,9

se 0,8 0,8

sP 2,2 1,6

3,0 0,0 to (*) brasil 0 3 0 2,3


EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE POLUENTES

PRINCIPAIS FONTES

EFEITOS CARACTERÍSTICAS

1

SAÚDE HUMANA

monóxido de carbono (co)

resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.

gás incolor, inodoro e tóxico.

diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. aspirado em grandes quantidades pode causar a morte.

dióxido de carbono (co2)

resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e de fontes fixas industriais3.

gás tóxico, sem cor e sem odor.

Provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.

metano (cH4)

resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e fixas3, atividades agrícolas e pecuárias, aterros sanitários e processos industriais4.

gás tóxico, sem cor, sem odor. quando adicionado a água torna-se altamente explosivo.

causa asfixia, parada cardíaca, inconsciência e até mesmo danos no sistema nervoso central, se inalado.

MEIO AMBIENTE

causam o aquecimento global, por serem gases de efeito estufa.

compostos orgânicos voláteis (covs)

resultado do processo de combustão de fonte móveis2 e processos industriais4.

composto por uma grande variedade de moléculas a base de carbono, como aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves.

causa irritação da membrana mucosa, conjuntivite, danos na pele e nos canais respiratórios. em contato com a pele pode deixar a pele sensível e enrugada e quando ingeridos ou inalados em quantidades elevadas causam lesões no esôfago, traqueia, trato gastro-intestinal, vômitos, perda de consciência e desmaios.

óxidos de nitrogênio (nox)

formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo presentes na atmosfera e queima de biomassa e combustíveis fósseis.

o no é um gás incolor, solúvel. o no2 é um gás de cor acastanhada ou castanho avermelhada, de cheiro forte e irritante, muito tóxico. o n2o é um gás incolor, conhecido popularmente como gás do riso.

o no2 é irritante para os pulmões e causam o aquecimento global, diminui a resistência às infecções por serem gases de efeito estufa. respiratórias. a exposição continuada ou frequente a níveis elevados pode provocar causadores da chuva ácida5. tendência para problemas respiratórios.

formado pela quebra das moléculas dos hidrocarbonetos liberados por alguns poluentes, como combustão de gasolina e diesel. sua formação é favorecida pela incidência de luz solar e ausência de vento.

gás azulado à temperatura ambiente, instável, altamente reativo e oxidante.

resultado do processo de combustão de fontes móveis2 e processos industriais4.

Provoca irritação e aumento na produção de muco, desconforto na gás denso, incolor, não inflamável respiração e agravamento de e altamente tóxico. problemas respiratórios e cardiovasculares.

causa o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa. causador da chuva ácida5, que deteriora diversos materiais, acidifica corpos d'água e provoca destruição de florestas.

conjunto de poluentes constituído de poeira, fumaça e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso. Possuem diversos tamanhos em suspensão na atmosfera. o tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para causar problemas à saúde, quanto menores, maiores os efeitos provocados.

altera o pH, os níveis de pigmentação e a fotossíntese das plantas, devido a poeira depositada nas folhas.

ozônio (o3)

dióxido de enxofre (so2)

material particulado (mP)

resultado da queima incompleta de combustíveis e de seus aditivos, de processos industriais e do desgaste de pneus e freios.

Provoca problemas respiratórios, irritação aos olhos, nariz e garganta.

incômodo e irritação no nariz e garganta são causados pelas partículas mais grossas. Poeiras mais finas causam danos ao aparelho respiratório e carregam outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer.

causa destruição e afeta o desenvolvimento de plantas e animais, devido a sua natureza corrosiva. além de causar o aquecimento global, por ser um gás de efeito estufa.

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1. conforme o comunicado nº 213/2012 do centro internacional de Pesquisas sobre o câncer (iarc), vinculado à organização mundial da saúde (oms), a fumaça do diesel é classificada como substância cancerígena, na mesma categoria em que se encontram o amianto, o álcool e o cigarro. 2. fontes móveis: motores a gasolina, diesel, álcool ou gnv. 3. fontes fixas: centrais elétricas e termelétricas, instalações de produção, incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos. 4. Processos industriais: procedimentos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala. 5. chuva ácida: provocada por emissões de dióxido de enxofre (so2) e óxidos de nitrogênio (nox) a partir de usinas de energia, carros e fábricas.

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br




CNT TRANSPORTE ATUAL

JANEIRO 2015

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“não sonhemos ainda com investimentos na infraestrutura em 2015 que, aliás, já estão encolhidos há anos” ALEXANDRE GARCIA

O que nos espera em 2015 ão seremos surpreendidos pelo novo ano. estamos todos com o pé atrás. carecas de saber que vai ser um ano muito ruim. até a presidente, por mais otimista que queira ser, sabe disso. afinal, foi ela que embrulhou o pacote que será desembrulhado no ano recém-chegado. e é bom que estejamos preparados para o ano difícil; assim, não nos enganaremos nem pioraremos a situação. fazia tempo que não andávamos tão mal. agora são tempos em que o pessimismo ou o otimismo dão lugar ao realismo, e isso é bom para enfrentar os pesados desafios. Pena é que tenhamos pagado nossos impostos com tanto desprendimento fatalista e nada tenhamos recebido do estado brasileiro, além de migalhas. como consolo para nossas dificuldades de sempre, inventamos que deus é brasileiro. criamos o brasileiro, profissão esperança. confiemos pois em deus - como sarney mandou inscrever nas notas de dinheiro - e tenhamos esperança. Haverá razões. se a presidente, contrariando seu temperamento, der autonomia para o trabalho da equipe econômica liderada por joaquim levy, poderá haver confiança e esperança. se ela frear seus impulsos e não acender suas luzes de economista para ofuscar o novo ministro da fazenda, poderá haver esperança. se ela for realmente amiga de Kátia abreu e deixar a ministra da agricultura proteger os agricultores e pecuaristas das sanhas do mst, dos ambientalistas fanáticos e dos alquimistas de terras indígenas e quilombolas, poderemos ter alguma esperança de que, alimentando o mundo, alimentaremos nossas contas externas e aliviaremos nossa economia. não haverá milagres, podem crer. já tivemos um milagre econômico na época do delfim, quando crescemos três anos consecutivos na média de 11,2% ao

N

ano. agora estamos tão sem fôlego que se em 2015 não encolhermos já será uma vitória. se expandirmos o Pib em 2% será medalha de ouro. e, atenção: não é o mundo; somos nós. vamos deixar de insistir na pueril desculpa de que o problema é dos outros. não haverá da varinha de condão da fada delfim. é a fórmula usual, não tem outra, que levy e equipe já anunciaram: aperto nos gastos públicos, equilíbrio de contas, com os olhos no câmbio e nos juros básicos. Por isso, não sonhemos ainda com investimentos na infraestrutura que, aliás, já estão encolhidos há anos. benditas, pois, as privatizações. numa situação assim, as rodovias federais, estaduais e municipais ficarão abandonadas, com pouco dinheiro para manutenção e sem nenhum para duplicação. já quem cobra pedágio está na obrigação de manter, ampliar e dar segurança. e o estado tem que parar com essa vontade irrefreável de inchar folhas de pagamento com tantos comissionados do partido. e as estatais têm que parar de ser diretórios. na Petrobras, talvez sobre algum para refrear o preço dos derivados de petróleo, já que o preço do barril está despencando. Pode fazer mal, o preço baixo do petróleo, para o pré-sal, mas deveria fazer bem para o bolso de quem tem que encher o tanque. enfim, em 2015 será preciso que o governo faça por merecer a volta da confiança. joaquim levy é da mesma escola dos “chicago boys” que converteram o chile na mais adiantada economia da américa latina. o poderoso Pinochet não interferiu no trabalho deles. como se sabe, confiança é o requisito para o entusiasmo que faz crescer. consolemo-nos com o triste fato de que, se tivéssemos crescido, não teríamos eletricidade para produzir nem estradas e portos para escoar a abundância. que tiremos lições disso, ou vamos continuar vendo o mundo passar à janela como a banda do chico buarque.


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CNT TRANSPORTE ATUAL

JANEIRO 2015

CNT CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE PRESIDENTE clésio andrade VICE-PRESIDENTES DA CNT TRANSPORTE DE CARGAS

josé severiano chaves eudo laranjeiras costa antônio carlos melgaço Knitell eurico galhardi francisco saldanha bezerra jerson antonio Picoli joão rezende filho mário martins

newton jerônimo gibson duarte rodrigues TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

meton soares júnior TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

jacob barata filho TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

josé fioravanti PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

marco antonio gulin otávio vieira da cunha filho TRANSPORTE DE CARGAS

flávio benatti Pedro josé de oliveira lopes TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

josé da fonseca lopes edgar ferreira de sousa

luiz anselmo trombini urubatan Helou irani bertolini Pedro josé de oliveira lopes Paulo sérgio ribeiro da silva eduardo ferreira rebuzzi oswaldo dias de castro daniel luís carvalho augusto emílio dalçóquio geraldo aguiar brito viana augusto dalçóquio neto euclides Haiss Paulo vicente caleffi francisco Pelúcio

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

edgar ferreira de sousa josé alexandrino ferreira neto josé Percides rodrigues luiz maldonado marthos sandoval geraldino dos santos éder dal’ lago andré luiz costa diumar deléo cunha bueno claudinei natal Pelegrini getúlio vargas de moura bratz nilton noel da rocha neirman moreira da silva

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

TRANSPORTE AÉREO

urubatan Helou josé afonso assumpção CONSELHO FISCAL (TITULARES) david lopes de oliveira éder dal’lago luiz maldonado marthos josé Hélio fernandes CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Waldemar araújo andré luiz Zanin de oliveira josé veronez eduardo ferreira rebuzzi

DOS LEITORES PARCERIA COM A CHINA

PERSPECTIVAS PARA O SETOR

muito bom conhecer o trabalho que a confederação tem realizado na china, com a instalação do escritório em Pequim. acredito que o brasil necessita caminhar cada vez mais para atrair investimentos estrangeiros, não apenas para o desenvolvimento do setor de transportes, mas para o país como um todo. a troca de informações e a realização de parcerias com um país como a china permitirão isso. Parabéns pelo excelente trabalho.

acredito que o brasil precisa investir urgentemente no setor de transportes. fico feliz por ver o trabalho que a cnt faz neste sentido, seja por meio da realização de estudos que mostram a realidade do setor, ou, ainda, por meio de ações para aprovar projetos importantes junto ao governo. são muitos os problemas que enfrentamos. falta infraestrutura e sobra burocracia. é chegado o momento de o país inverter essa lógica.

Leandro Santos Pato de minas/mg

Paulo Fagundes joão Pessoa/Pb

VALORIZAR O TRABALHADOR

MAIS INFORMAÇÃO

gostei muito da reportagem sobre os serviços que o sest senat presta aos trabalhadores do transporte. são 20 anos de um trabalho muito importante para o crescimento e a valorização do setor no brasil. os depoimentos dos trabalhadores que foram capacitados pela instituição comprovam isso. espero que as capacitações e as ações de apoio à saúde e ao bem estar do trabalhador se fortaleçam ainda mais neste ano de 2015.

adoro ler as notas publicadas no mais transportes. os textos trazem ótimas informações sobre inovações tecnológicas, experiências bem sucedidas, eventos relacionados ao setor, sugestão de obras, além de serviços para toda a população. Parabéns à revista CNT Transporte Atual pelo trabalho.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

glen gordon findlay Paulo cabral rebelo rodrigo vilaça júlio fontana neto

escreva para CNT TRANSPORTE ATUAL as mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Hernani goulart fortuna Paulo duarte alecrim andré luiz Zanin de oliveira moacyr bonelli george alberto takahashi josé carlos ribeiro gomes roberto sffair

DIRETORIA

luiz ivan janaú barbosa

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

josé roque fernando ferreira becker

luiz Wagner chieppe alfredo josé bezerra leite lelis marcos teixeira josé augusto Pinheiro

alcy Hagge cavalcante

victorino aldo saccol

eclésio da silva

raimundo Holanda cavacante filho jorge afonso quagliani Pereira

Márcio Cavalcante bragança/sP

Vivian Pereira londrina/Pr cartas: saus, quadra 1, bloco j edifício cnt, entradas 10 e 20, 11º andar 70070-010 - brasília (df) e-mail: imprensa@cnt.org.br Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes




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