Criação: Ítalo Chiaramonte
Nº 664 de 1° a 15 de novembro de 2015
DANDO ORIENTAÇÃO A QUEM PRECISA
Retorno do Programa Futuro Usuário
Aero-Trem Submarino na Galeria Mario Quintana
Editorial
Esforços integrados Em outubro, a Trensurb deu início a sua campanha para desestimular a mendicância no metrô. Envolvendo esforços integrados das áreas de operações, responsabilidade socioambiental e comunicação, a iniciativa busca trazer mais conforto aos passageiros do trem, evitar que oportunistas aproveitem-se da boa vontade dos usuários e orientar as pessoas que realmente passam necessidade a procurar órgãos que possam ajudá-las. A campanha é o destaque desta edição, que conta ainda com textos sobre mais dois trabalhos finais desenvolvidos no programa de desenvolvimento gerencial e fala sobre a nova exposição da Galeria Mario Quintana, além de trazer registros do Programa Futuro Usuário, ações do Outubro Rosa nas estações e da pesquisa anual de satisfação dos usuários do metrô. Diretor-Presidente: Humberto Kasper * Diretor de Administração e Finanças: Marco Arildo Prates da Cunha * Diretor de Operações: Carlos Augusto Belolli de Almeida * Superintendente de Desenvolvimento e Expansão: Nazur Telles Garcia * Superintendente de Desenvolvimento Comercial: Aldir Seifried * Gerente de Comunicação Integrada: Jânio Ayres(Jornalista MTb 7760) * Equipe: Juan Oliveras (Publicitário MTb 2268), Kauê P. Menezes (Jornalista MTb 14490), * Serviço de Informação ao Cidadão: José Moacir Marques , Zany Mary Felitti da Silva * Central de Atendimento: Loelci de Freitas Ferreira * Estagiários: Felipe Figueiró, Gustavo Nardon, Lucas Quadros (Jornalismo); Ítalo Chiaramonte, Tamani Khaled Damra (Design); Andressa Ferreira, Fabiano de Britto, Laura Silva Souto, Jessica dos Santos, Verônica da Silva (Relações Públicas); Alexi Machado, Gabriela Moreira, Vitor Cardoso (Ensino Médio). Acesse a versão digital desta edição em: issuu.com/trensurbrs Publicação de Circulação Interna Saiba mais em: www.trensurb.gov.br facebook.com/trensurboficial twitter.com/trensurb flickr.com/trensurb Av.Ernesto Neugebauer, 1985 - Porto Alegre - RS - Brasil Cep: 90250-140 - Tel: (51)3363-8113 atendimento@trensurb.gov.br
Há 30 anos No ano em que a Linha 1 completa três décadas de funcionamento, relembramos algumas notícias que tiveram Reprodução Jornal do a Trensurb como destaque em 1985.
Comércio – 08/10/1985
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Conexões Organizacionais
Comunicando diariamente
Foto: Lucas Quadros
Foto: Fabiano Scheck
Foto: Zany Felitti
Acima, à esquerda, a equipe da assessoria de comunicação: Jânio Ayres, Lucas Quadros, Juan Oliveras, Gustavo Nardon, Felipe Figueiró, Alexi Teixeira, Tamani Damra, Fabiano Scheck, Kauê Menezes e Ítalo Chiaramonte; abaixo, à esquerda, a equipe da biblioteca: Gabriela Moreira, Jéssica Mendes e Fabiano de Britto; à direita, a equipe da CAU/SIC: Renan Alves, Luana Girardi, Loelci Freitas, Andressa Castro, Verônica Lavandoski, José Moacir Marques e Zany Mary Felitti
Unidade organizacional: Integrada (Gecin).
Gerência
de
Comunicação
Quem faz? A equipe da Gecin é composta por seis empregados: o gerente, formado em jornalismo, além de outro jornalista, um publicitário, uma administradora, um assistente de serviços e uma assessora. Também compõem o grupo três estagiários de ensino médio e 12 de ensino superior. O que faz? A gerência tem como principal foco amplificar o nível de exposição da Trensurb nas diversas mídias, tornando-a uma referência positiva para os mais diferentes públicos, consolidando um conceito de instituição inovadora e facilitadora, uma empresa pública eficiente, indutora do desenvolvimento e disseminadora de novas tecnologias. Como faz? A gerência busca se organizar em “áreas de atuação” para melhor planejar e desenvolver seu trabalho. A assessoria de comunicação – formada pelas atividades de assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e relações públicas -, gera conteúdo para o informativo interno Notícias Trensurb e o jornal-mural Notícia na Linha; produz e monitora conteúdo para as redes sociais - de forma transversal com a Central de Atendimento ao Usuário (CAU) -, além de distribuir propostas de pauta para todas as mídias (rádio, jornal, TV e internet). A comunicação visual – artes digitais, banners, material impresso, folders, flyers, imagens e vídeos – também é produzida pelo setor.
Uma das atividades diárias é o relacionamento com a imprensa – de forma transparente e ágil – e que além de informar o serviço em tempo real, busca valorizar o usuário do metrô. Em função do rápido crescimento das redes sociais e da interação do público junto aos veículos de comunicação, é necessário monitoramento diário para atuar de forma preventiva e propositiva. A CAU e o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) trabalham sintonizados, porém, com funções distintas. A Central foca no relacionamento com o usuário do sistema, suas necessidades e demandas cotidianas, buscando atendê-las, fazendo uma interface com os demais setores da Trensurb. Em 2014, foram 3.305 atendimentos e, em 2015, já se somam 3.121. Esse atendimento pode ser gerado pelos diversos canais, como telefone, e-mail, caixa de sugestões, redes sociais, entre outros. Já o SIC atende todo o cidadão, independente se for usuário do metrô, através de demanda gerada pelo sistema eletrônico e-SIC. No âmbito cultural, a Gecin desenvolve ações como o Arte nos Trilhos, o programa Sexta Curta Trensurb e a gestão da Galeria Mario Quintana e da Biblioteca Livros sobre Trilhos, ambas na Estação Mercado. Esta última, em 2014, rendeu o Prêmio Top Cidadania, da ABRH/RS. Onde fica? Assessoria de comunicação: quinto andar do prédio administrativo da Trensurb. CAU e SIC: térreo do prédio administrativo. Biblioteca Livros sobre Trilhos: Estação Mercado. Notícias Trensurb 664 | Novembro 2015 •
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Desenvolvimento Gerencial
Divisão da gestão e fiscalização de contratos C
ada contrato da Trensurb fica sob custódia de uma pessoa selecionada pela presidência. O empregado escolhido recebe as funções de gestor – obrigações administrativas e contábeis – e fiscal – observar o encaminhamento da execução do objeto para verificar seu andamento. De acordo com um dos grupos formados no curso de desenvolvimento gerencial da Trensurb, esse acúmulo de funções pode acarretar em gastos desnecessários. Por isso, o trabalho desenvolvido no curso por Antônio do Valle, Carlos Alberto Pacheco e Josué Passini teve por objetivo discutir a possível divisão das tarefas existentes no manejo de um contrato entre mais trabalhadores, que seriam, então, gestores e fiscais. Para se ter uma ideia, o valor empregado em contratos da empresa entre agosto de 2007 e julho de 2015 foi de R$ 1,5 bilhão. “Muitas vezes, a pessoa está com dois ou três contratos pequenos e acha que é pouca coisa, mas, em questão de valores, pode estar cuidando de mais de R$ 3 milhões de reais”, aponta Antônio Augusto do Valle, exemplificando a importância de se discutir o assunto. Um modelo para ser aplicado Foto: Lucas Quadros na empresa foi sugerido pelo grupo. Nele, o gestor do contrato e os fiscais seriam definidos pelo diretor-presidente da Trensurb e teriam funções predeterminadas. O gestor teria obrigação de controlar e acompanhar o cumprimento das obrigações contratuais, gerenciar a disponibilidade orçamentária aprovada para o contrato e efetuar a supervisão da responsabilidade técnica. O fiscal seria responsável por cumprir o cronograma do contrato, receber e atestar recebimento dos materiais e serviços, além de prover as condições necessárias, definidas em contrato, para a execução do trabalho.
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A distribuição das tarefas entre gestores e fiscais dividiria as obrigações, impedindo a sobrecarga de trabalho do responsável e diminuindo a margem de erros. Seriam evitados assim gastos adicionais, atrasos nas obras e até o desgaste da imagem da Trensurb perante a comunidade. Carlos Alberto Pacheco cita como exemplo o caso das escadas rolantes da Estação São Leopoldo. Lá o equipamento teve problemas por grande período de tempo. “Devido a essa demora, a empresa foi sendo cobrada pelos usuários e pela mídia”, descreve Pacheco, alegando que, se esse problema pudesse ser resolvido com uma melhor gestão, a situação seria evitada. Essa mudança na forma de gestão dos contratos poderia beneficiar os usuários do sistema metroviário: obras e serviços poderiam ser finalizadas mais rapidamente e, com menos gastos desnecessários, haveria mais dinheiro disponível para investimentos adicionais. Josué, Pacheco e Antônio propuseram uma divisão na administração de contratos entre gestores e fiscais
Desenvolvimento Gerencial
Exploração comercial de fibra óptica U
ma das diretrizes estratégicas da Trensurb é a eficiência econômica: usar apropriadamente os recursos financeiros e reduzir progressivamente a necessidade monetária proveniente dos poderes públicos. Nesse sentido, um dos grupos formados para os trabalhos finais do curso de desenvolvimento gerencial resolveu avaliar o potencial de uso comercial dos cabos de fibra óptica da empresa, buscando maior obtenção de renda extra-operacional. Os cabos de fibra óptica são ferramentas utilizadas para transmissão de informação digital em alta velocidade. Eles possuem uma determinada quantidade de fibras que podem ser utilizadas por empresas diversas. Atualmente a Trensurb possui 12 fibras sem uso. Ainda há a canaleta da via permanente entre as estações Unisinos e Novo Hamburgo. Essa canaleta – que é um espaço na via onde é possível alocar mais cabos além daquele já existente - possui grande espaço não utilizado. O grupo, formado por Josiane do Canto, Luana Bruxel e Priscila D’Avila, propôs três cenários possíveis para o uso desse aparato. No primeiro, a infraestrutura existente – as fibras ópticas e a canaleta - seria explorada sem necessitar de investimento imediato. O cenário seguinte tem como produto o direito de uso para construção de canaleta para passagem de fibra óptica no trecho entre as estações Mercado e Unisinos. O último caso torna a Trensurb uma empresa de serviços de telecomunicação, que passaria a ser remunerada pelo tráfego de dados e não pela locação de espaço e equipamentos. No mercado, o valor de serviços ofertados referentes à fibra óptica, de acordo com dados levantados pela pesquisa, é muito variado. Sendo assim, os ganhos estipulados seriam de R$ 57 mil até R$ 1 milhão ao ano. A Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (CEMIG), por exemplo, aproveitou sua infraestrutura de telecomunicações já existente para alugar o excedente ao mercado. Vendo o enorme crescimento do serviço,
Foto: Lucas Quadros
Luana, Josiane e Priscila fizeram estudo de três cenários diferentes para uso comercial da infraestrutura de transmissão de dados da Trensurb passou a atuar como uma empresa do ramo, criando a operadora CEMIGTelecom. Outro caso é o da Companha Brasileira de Trens Urbanas (CBTU), que, no metrô de Belo Horizonte, recebe os serviços de telecomunicações e manutenção de seu sistema em troca da exploração comercial das suas fibras excedentes. Para o usuário final, de acordo com o grupo, a vantagem seria a Trensurb ter mais capital para investir em serviços buscando qualificar o atendimento. Além disso, de acordo com Luana Bruxel, “o benefício para os passageiros do sistema metroviário é a manutenção da tarifa social cobrada pelo uso do serviço”.
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Capa
Campanha para desest O
crescente número de pedintes dentro dos trens vem causando desconforto aos usuários do sistema metroviário. Pensando nisso, um grupo pelo sistema metroviário. “Existem diversas entidades de trabalho da Trensurb desenvolveu uma campanha que prestam esse serviço social, seja orientando que visa desestimular a mendicância no interior das quem possui algum tipo de necessidade ou efetuando composições e nas estações da Linha 1. Esse aumento uma qualificação profissional, possibilitando assim da quantidade de pessoas pedindo nos trens pode que esses indivíduos parem de pedir e tenham uma ser atribuído a diversos fatores, como desemprego, oportunidade de sair da pobreza”, conclui Carvalho. crise financeira, drogadição (toxicodependência), Ações da campanha utilizam método problemas de saúde, entre outros. Porém, devido à similar ao de alguns pedintes, empatia causada pelos discursos desses pedintes, os com entrega de impressos usuários muitas vezes são tomados por uma comoção Foto: Gustavo Nardon coletiva que sustenta a atividade. Sabendo que não há como diferenciar um pedinte que possui um real caso de dificuldade financeira ou problema de saúde de um mero aproveitador da boa vontade alheia, foi promovida uma ação piloto, no dia 25 de setembro, em alguns trens que partiam da Estação Mercado. Buscando uma melhor aproximação entre a Trensurb e seus usuários, foi estabelecida uma parceria com a ONG Viver de Rir, que atua em hospitais, abrigos, asilos e comunidades – um trabalho social em que os voluntários buscam levar carinho e alegria a pessoas em situação de fragilidade, utilizando a figura do palhaço. “O que estamos fazendo aqui é bem diferente do que estamos acostumados, já que se trata de Frequentemente, a Central de Atendimento ao uma campanha social de conscientização de milhares de pessoas”, afirma Renata Tavares antes de assumir Usuário da Trensurb recebe ligações referentes ao o papel da palhaça Espoleta. “A ideia de melhoria do assunto, da mesma forma ocorre pelo telefone de ambiente para os passageiros é muito boa, mas não emergência, demonstrando a insatisfação de quem podemos ignorar as pessoas que precisam de ajuda”, utiliza o metrô. Somente no primeiro semestre deste ano, foram 38 reclamações e 285 atuações da completa. Com base na receptividade dos usuários e na boa segurança relacionadas à prática de mendicância. Esse aceitação da atividade piloto, a campanha teve seu número só foi alcançado por intermédio das denúncias início de fato no dia 13. Segundo o chefe do Setor de dos próprios usuários do sistema, feitas pelos canais Responsabilidade Socioambiental, Claudio Carvalho, para casos de emergência ou uso indevido do metrô. “era esperado um resultado positivo, mas é nítida a Impedir o acesso de pedintes nas estações é algo aceitação de quem utiliza o metrô e, se necessário, que a segurança metroviária não pode efetuar, uma faremos as devidas adaptações para que esta campanha vez que eles fazem a compra do bilhete eletrônico se torne permanente e até mesmo referência para para acessar as plataformas de embarque. Segundo o outros modais”. A principal característica do trabalho chefe do Setor de Operações, José Adriano dos Santos, realizado é orientar as pessoas que pedem a procurar “diversas pessoas compram seus bilhetes nas estações os órgãos públicos específicos de cada cidade atendida e ao invés de utilizarem o serviço, passam a abordar 6 • Notícias Trensurb 664 | Novembro 2015
Capa
timular a mendicância Mendicância no Brasil e no mundo
os usuários pedindo dinheiro”. “Infelizmente não podemos simplesmente retirá-los antes que o ato da mendicância inicie, pois até então são passageiros que compraram sua passagem e estão utilizando o serviço, como todos os outros ali presentes”, explica. Foto: Gustavo Nardon
Material gráfico distribuído pede que usuários orientem aqueles que pedem no metrô a procurar órgãos municipais de assistência social Usuária do serviço da Trensurb desde sua inauguração, em 1985, Margarete de Oliveira, de 60 anos, diz que percebeu um aumento do número de pedintes dentro dos trens e achou que a campanha realizada ajudará o entendimento de todos sobre a prática. “O que atrapalha é quem pede, ainda mais sendo aquele que tu conhece há anos”, afirma Margarete. Ela completa: “Eu não dou, mas tem outros três que vão dar e isso é o que tem que acabar. Ninguém pode ter certeza que o dinheiro será usado corretamente, ninguém sabe se será usado para comprar álcool ou droga, então o melhor é não dar”.
Desde 17 de julho de 2009, a mendicância deixou de ser considerada infração penal, anteriormente sujeita à pena de prisão simples, de 15 dias a três meses. No mesmo ano, ocorreu uma das maiores crises financeiras mundiais que afetou drasticamente a realidade da sociedade. O desemprego, por exemplo, assolou mais de 8% da população brasileira. Com o fim do crime de mendicância, parte das pessoas pertencentes às classes econômicas menos favorecidas migrou para esse molde de sobrevivência. Com eles, também surgiram muitas outras que se aproveitavam da boa vontade de quem possui melhores condições financeiras. No caso específico da Trensurb, o regulamento do usuário proíbe que se peça esmolas ou donativos no metrô. Diversos países do mundo possuem leis que proíbem ou definem regras para que a mendicância não afete a vida dos demais cidadãos. A lei britânica contra mendicância, por exemplo, data de 1824. Os mendigos podem ser multados em cerca de £ 1.000. Na França, a polícia tem poder de delimitar os locais em que os pedintes podem atuar. Em Viena, capital da Áustria, não é ilegal mendigar, mas existem penalidades previstas para mendicância agressiva e uso de crianças na mendicidade.
Agentes da segurança metroviária, além da equipe do Setor de Responsabilidade Socioambiental, acompanham voluntários da ONG Viver do Rir nas ações
Foto: Gustavo Nardon
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Foto: Felipe Figueiró
Ponto a Ponto
No dia 09/10, a Trensurb retomou a realização do Programa Futuro Usuário, que busca transmitir informações a jovens e crianças, de maneira que eles passem adiante instruções de segurança para utilização do metrô, bem como de preservação do meio ambiente. 38 estudantes do ensino fundamental tiveram a oportunidade de conhecer a sede da Trensurb e o funcionamento do metrô. Os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental José
Foto: Fabiano Scheck
Pedro Mendel, de Pareci Novo, conheceram o pátio da empresa, o Centro de Controle Operacional e o aeromóvel.
Na manhã de 23/10, 36 alunos de ensino médio e fundamental do Instituto de Educação Ivoti realizaram, nas estações Novo Hamburgo, São Leopoldo e Mercado, apresentações de música e dança alusivas ao Outubro Rosa, mês internacional do
Foto: Mariana Neves/ANPTrilhos
combate ao câncer de mama.
Com a presença do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, a ANPTrilhos realizou no dia 20/10, em Brasília, um jantar em comemoração aos seus 5 anos de fundação, completados em 28/08. O diretor-presidente Humberto Kasper representou a Trensurb, associada à entidade, no evento.
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Foto: Felipe Figueiró
De 19 a 24/10, a empresa contratada SPQR Consultoria e Tecnologia executou a fase quantitativa da pesquisa anual de satisfação e perfil dos usuários da Trensurb. Os questionários foram aplicados nas 22 estações do metrô e na Estação Salgado
Foto: Jorge Boruszewsky/PMNH
Filho do aeromóvel.
Reunião entre representantes da Trensurb e do programa de gestão social de resíduos Catavida, no dia 19/10, em Novo Hamburgo, definiu os últimos detalhes da parceria para que a coleta seletiva do lixo nas estações do metrô no município seja feita por
Divulgação
catadores afiliados ao programa.
A Associação Brasileira de Relações Públicas do RS e SC promoveu o curso Imagem Corporativa em 17/10. A capacitação contou com a apresentação do case da Biblioteca Livros sobre Trilhos pelo ex-metroviário Fernando Noronha, que tem formação em RP e atuou
Foto: Felipe Figueiró
no espaço cultural.
No dia 13/10, a Trensurb recebeu reunião ordinária do Comitê de Comunicação em Mobilidade do Rio Grande do Sul, do qual também fazem parte DAER-RS, Polícia Rodoviária Federal, Concepa, ATP, Detran RS, Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, EPTC, Ecosul, Infraero e Intelog.
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Perfil
Mecânico, pescador, agricultor e viajante
J
Foto: Felipe Figueiró
osé Roberto dos Santos Mortágua, de 53 anos, assistente de serviços da Trensurb, é pai de quatro filhos. Wagner, Igor, Franci e Katriel. Tem também duas netas, Alichia, de sete anos, e Ana Julia, de nove. Mortágua, como é conhecido na empresa, trabalha na Coordenação de Desenvolvimento de Manutenção (CDM) do aeromóvel, auxiliando e efetuando serviços de manutenção no sistema. Quando questionado sobre sua função na empresa, brinca: “Nem sei mais qual função é a minha, já passei por tantas. Só sei que, no momento, sou responsável pela manutenção do aeromóvel”. Antes de trabalhar no CDM, ele passou por vários outras áreas, como o Setor de Operações, os antigos setores de Manutenção Leve e de Manutenção e Obras e, por último, o Setor de Apoio. Na empresa há 28 anos, recém completados no dia 20 de outubro, ele conta que trabalhou em alguns lugares antes de ingressar na Trensurb, como em uma oficina mecânica: “Em Pelotas, atuei como mecânico em uma oficina, onde arrumávamos carros, caminhões e diversos outros veículos”. Mortágua afirma ser adepto da vida campeira e em suas horas vagas gosta estar nesse meio. Embora more e trabalhe na cidade, ele passa bastante tempo exercendo atividades que combinam mais com o interior: “Aprecio bastante esse tipo de vida, passo meu tempo, sempre que posso, caçando, frequentando rodeios e também pescando”. O assistente, um tanto tímido, conta também sobre seu
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“projeto de motor home” como ele mesmo denomina: “É um ônibus velho que resolvi reformar. Tem banheiro, pia, beliche, geladeira, mesa e outros móveis”. “Utilizo ele para viajar, já fui para Quaraí, Joinville e por último para o Uruguai”, relata. Mortágua e alguns colegas da empresa fizeram a viagem para o Uruguai com intenção de pescar. Contudo, como afirma nosso entrevistado, “foi mais só pela viagem, mesmo”, afinal, chegando ao rio em cujas margens se instalariam, constataram que estava cheio demais, sem possibilidade de pesca. Outro de seus hobbies/especialidades é o cultivo de diversas plantas. Quem passa pelo caminho entre a Estação Aeroporto e o prédio administrativo já deve ter notado a horta ao lado do centro de recuperação de plantas, onde se pode observar vários pés de alface plantados. O responsável pela plantação é Mortágua. “Em todos os setores que trabalhei, sempre plantei e cuidei de algum tipo de vegetal”, conta. Quando questionado se os colegas gostavam, a resposta dentro da sala, que estava cheia, foi unânime: “na hora de colher o pessoal gosta”, responderam em coro. Próximo da aposentadoria, o assistente afirma gostar muito de trabalhar na Trensurb, contudo, após ter a documentação necessária, deve aposentar-se e, posteriormente, mudar-se para o sítio que possui no interior. “Vou me mudar para a beira do rio, aproveitar bastante, viajar muito e descansar”, declara.
Cultura
Aero-Trem Submarino: composição artística na Galeria Mario Quintana
A
primeira terça-feira do mês de novembro, dia 3, marca o início da exposição Aero-Trem Submarino – Estudo para ligação entre Porto Alegre, Guaíba e Eldorado do Sul na Galeria Mario Quintana, situada no túnel de acesso às plataformas da Estação Mercado. Com o intuito de apresentar um meio de transporte fictício e futurístico, o artista Jander Rama terá seus trabalhos expostos até 3 de janeiro de 2016. Portanto, durante dois meses será possível conferir o projeto de arte embasado em conhecimentos científicos.
Aero-Trem Submarino “Basicamente, é um sistema que engloba características de aeronave, trem e submarino. O aero-trem submarino é um cruzamento das três tecnologias”, comenta Jander, que imaginou um meio de transporte capaz de ligar cidades que possuem conexões entre rios. A ideia surgiu entre 2012 e 2013, quando ele era um usuário diário da Trensurb. Logo, o artista seguiu para uma pesquisa com engenheiros da empresa e teve acesso a dados dos trens série 200, plantas e esquemas de funcionamento da linha. Reuniões com profissionais da aeronáutica e marinha também contribuíram para os estudos. É importante ressaltar que os desenhos da exposição não são um projeto totalmente verossímil de uma construção móvel, também há partes fantasiosas. “Existe uma atuação artística, em que assumo o personagem de engenheiro responsável e proponho o veículo através de uma empresa fictícia, mas isso não quer dizer que o aero-trem submarino seja impossível de ser feito”, salienta Jander. A
questão da realização da ideia fica em aberto e pode servir como inspiração para empresas e engenheiros reais.
O artista Jander iniciou sua carreira como técnico em informática industrial e logo seguiu para a graduação de engenharia mecânica, porém, antes de concluir o curso, percebeu que gostava mais de apreciar o aspecto visual das máquinas e não só seus mecanismos. A partir daí, decidiu mudar para o curso de artes visuais da UFRGS e atualmente faz doutorado em poéticas visuais na instituição. Seus conhecimentos técnicos em diversas áreas permitiram que ele tivesse ideias para criar projetos e desenhos de novos sistemas tecnológicos. O artista já expôs trabalhos na Europa, ganhou o Prêmio de Incentivo a Artes Visuais do Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi) e o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas em 2014 na categoria Destaque em Gravura, além de estar concorrendo neste último novamente em 2015. Arte: Jander Rama
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Estacionamento em Novo Hamburgo durante manutenção de máquinas de chave Foto: Antônio do Valle – Setor de Sinalização