Nº 672 de 1° a 31 de maio de 2016
DIA DO TRABALHADOR
Parabéns a todos os metroviários! Gerenciamento remoto de centrais horárias
Integração com órgãos de segurança pública
Arte com o movimento do trem
Editorial
1º de maio: parabéns! Esta edição é um tributo a todos os trabalhadores e, em especial, os metroviários. São 31 anos de dedicação à sociedade e, cada um em sua área, com suas competências, dando o melhor de si para qualificar o serviço prestado. Os exemplos que mostraremos ao longo do ano na série "Inovação" são prova do resultado desse trabalho. Não é gratuito, portanto, que a Trensurb é uma empresa querida pelos gaúchos. Não poderíamos deixar de registrar o incidente do dia 8 de abril que, infelizmente, avançou para um acidente na madrugada seguinte com um trágico final. A Direção da Empresa lamenta profundamente o ocorrido e imediatamente instalou duas comissões técnicas e um grupo de trabalho para analisar e identificar acertos e equívocos e todos os aspectos que envolvam o evento para a melhoria do processo de trabalho. Boa leitura! Diretor-Presidente: Humberto Kasper Diretor de Administração e Finanças: Francisco Jorge Vicente Diretor de Operações: Antônio Giovani Fredrich de Mattos Superintendente de Desenvolvimento e Expansão: Nazur Telles Garcia Superintendente de Desenvolvimento Comercial: Diego José Tarta EQUIPE DA GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA Gerente: Jânio Ayres(Jornalista MTb 7760) * Equipe: Juan Oliveras (Publicitário MTb 2268), Kauê Menezes (Jornalista MTb 14490), * Serviço de Informação ao Cidadão: José Moacir Marques, Zany Felitti * Central de Atendimento: Loelci Ferreira * Biblioteca Livros sobre Trilhos: Livânia Bellini * Estagiários: Aurea Araujo, Fabiano Scheck, Felipe Figueiró, Gustavo Nardon, Lucas Quadros, Renan Oliveira (Jornalismo); Ítalo Chiaramonte (Design); Alana Weidmann (Publicidade e Propaganda); Andressa Ferreira (Relações Públicas); Djesse Alan Carvalho (Ensino Médio).
Acesse a versão digital desta edição em: issuu.com/trensurbrs Publicação de Circulação Interna Saiba mais em: www.trensurb.gov.br facebook.com/trensurboficial twitter.com/trensurb flickr.com/trensurb Av.Ernesto Neugebauer, 1985 - Porto Alegre - RS Brasil - Cep: 90250-140 - Tel: (51)3363-8113 atendimento@trensurb.gov.br
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Desenvolvimento Gerencial
Qualificação na comunicação entre operadores de trem e usuários
D
ando continuidade a nossa série de matérias a respeito dos trabalhos finais desenvolvidos no curso de desenvolvimento gerencial oferecido pela Trensurb, tratamos do estudo de Edimilson Klein. Ele analisou a comunicação dos operadores de trens com os usuários, ocorrida por intermédio de avisos sonoros dentro dos veículos, buscando qualificar a forma de se passar informações ao público. Em 2014, foi realizada uma pesquisa com usuários do sistema metroviário. Algumas das entrevistas efetuadas apresentaram o descontentamento deles com os alto-falantes dos trens por apresentarem falhas que dificultavam o recebimento das mensagens ou com os próprios operadores que não avisavam quando o trem se aproximava das estações. Outro problema apontado pelo estudo foi a demora no recebimento de informações, por parte dos pilotos, sobre ocorrências no interior dos carros. Por exemplo, quando algum usuário tem qualquer problema, ele normalmente entra em contato com o atendimento ao usuário ou com o Centro de Controle Operacional. Somente no final desse processo é que o piloto toma conhecimento do que está acontecendo. A análise dos dados levantados resultou em propostas para corrigir os problemas de comunicação. Elas incluem a criação de normas internas para os avisos sonoros, capacitação dos empregados para estarem aptos a reproduzir estes avisos de forma clara e eficiente, além da busca de melhorias no sistema de sonorização dos trens. Para Edimilson Klein, melhorar a comunicação entre a Trensurb e os usuários evitaria diversas reclamações e qualificaria o serviço. Ele defende que o principal investimento deve ser no treinamento. Referindo-se às frases motivacionais ditas por ele quando operava trens e os elogios recebidos por isso, Klein afirma que “pequenas alterações que não precisam de muita técnica podem fazer os usuários se sentirem mais respeitados”.
Klein propõe normatização de avisos sonoros e treinamento para empregados a fim de melhorar comunicação entre operadores e passageiros
Conexões Organizacionais
Foto: Felipe Figueiró
Gerenciando aquisições, materiais e apoio
Da esquerda para a direita: Sabrina Nogueira (chefe do Seapo), Marcos Ramos (pregoeiro do Secom), Luciano Oliveira (chefe substituto do Secom), Pedro Zottis Neto (gerente da Gesup), Natalia Tôrres (chefe do Semat). Unidade organizacional: Gerência de Suprimento e Apoio (Gesup). Quem faz? A Gesup conta com dois empregados, o gerente Pedro Zottis Neto, formado em administração e pós-graduado em engenharia de produção, e a secretária Sandra Mara Augustin. Destacam-se também, as chefias dos três setores vinculados à Gesup: Natalia Tôrres, administradora e pós-graduada em logística empresarial, do Setor de Materiais (Semat); Gabriel D’Amico, administrador, do Setor de Compras (Secom); Sabrina Nogueira, administradora e pós-graduada em engenharia de produção, do Setor de Apoio (Seapo).
colaborando para que a Trensurb ofereça ao final o melhor serviço aos usuários. “Nosso desafio é desenvolver essas atividades da forma mais ágil possível, sempre atendendo a todos os dispositivos legais que regem a administração pública”, afirma o gerente Pedro Zottis.
Como faz? A Gesup recebe demandas de toda a Trensurb por meio de previsão de consumo ou de projetos básicos. Atualmente, a empresa vem passando por mudanças em algumas de suas ferramentas de gestão, com a implantação dos sistemas SEI e Dynamics, que impactam diretamente na execução das atividades da área. Quando plenamente funcionais, essas ferramentas irão colaborar para um melhor atendimento dos clientes internos por O que faz? A missão da gerência é suprir a empresa nas parte da gerência. Um avanço recente destacado pelo gerente da unidade suas necessidades de contratação de materiais e serviços e realizar gestão dos serviços de apoio administrativo. As é a inauguração do Laboratório de Metrologia no Setor demandas de contratação de materiais e serviços chegam de Materiais, que permitirá à Trensurb principalmente por meio de previsões de consumo quando se tratam realizar a engenharia reversa das peças da série 200 e de materiais de estoque e de projetos básicos quando ter um melhor controle de qualidade dos materiais se tratam de serviços e materiais de repasse. Para cada adquiridos. Além de proporcionar mais economia necessidade, de acordo com seu tipo e valor, adota-se à empresa, isso irá resultar, ao final, em ainda mais a apropriada modalidade de licitação para contratação. confiabilidade do sistema e segurança para os usuários. Através das unidades Semat, Secom e Seapo, a Gesup realiza as contratações, recebe, armazena e expede Onde fica? A Gesup fica localizada no quinto andar do materiais e gerencia os serviços de apoio administrativo, prédio administrativo. Notícias Trensurb 672 | Maio 2016 •
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Inovação
Acertando os ponteiros O
metroviário Luis Antonio Mengue formou-se em ciência da computação pela Ulbra no dia 19 de fevereiro, uma sexta-feira. Pouco mais de 24 horas depois, no final da noite de sábado, ele colocou em funcionamento na Trensurb o projeto que foi seu trabalho de conclusão de curso. Com comandos dados por meio de softwares e hardwares desenvolvidos por ele, Mengue realizou o acerto remoto de horário de verão em todas as centrais horárias analógicas da Trensurb. Anteriormente, esse processo envolvia diversas equipes e poderia chegar a durar mais de um dia. “Ver tudo funcionando no sábado foi um prazer imenso, do ponto de vista acadêmico e profissional”, afirma o novo bacharel em ciência da computação. O sistema de sincronismo horário da Trensurb está dividido em duas partes, uma mais moderna, de fácil ajuste, entre as estações Rio dos Sinos e Novo Hamburgo, e outra antiga, nas demais estações. Ela consiste em um relógio mestre principal, instalado no Centro de Controle Operacional, e um relógio mestre secundário para cada uma das 17 estações de Mercado a São Leopoldo. Antes da implantação do novo sistema concebido por Mengue, cada um desses relógios mestres precisava ser ajustado manualmente e, para realizar esse procedimento, a empresa tinha duas opções: convocar vários empregados para trabalharem na madrugada de sábado para domingo, gerando pagamento de horas extras, ou então iniciar o ajuste das centrais horárias na sexta-feira ou no sábado e concluí-lo apenas na tarde de domingo. A segunda alternativa vinha sendo praticada nos últimos anos e poderia gerar transtornos para os usuários do metrô. “Ficava chateado com isso”, afirma Mengue, que é técnico em eletrônica do Setor de Sinalização e atua na manutenção preventiva dos sistemas de telecomunicações e sincronismo horário. “Como sou muito prático e conhecia bem esse sistema, escolhi como tema do meu trabalho de conclusão”, conta.
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Foto: Felipe Figueiró
Luis Mengue (dir.) e seu colega Rui Meira - que contribuiu na montagem do hardware projetado por Mengue apresentam o sistema de gerenciamento remoto de centrais horárias ao diretorpresidente Humberto Kasper e o assessor Francisco Vicente Para a execução do projeto, foi necessária a instalação de 17 dispositivos eletrônicos, um por estação, junto às centrais horárias analógicas. Eles funcionam como interface de comandos, enviados através da rede de informática da empresa pelo software desenvolvido por Mengue. O custo de implantação foi de R$ 5,95 mil – ou apenas R$ 350 por estação. Foram utilizados também materiais já disponíveis na empresa. Mengue afirma que centrais horárias analógicas ainda são muito usadas em metrôs e outros locais mundo afora, mas que ele nunca havia tido relato de um sistema de gerenciamento remoto semelhante. O metroviário conta que, no ambiente acadêmico, seu trabalho rendeu diversos elogios, muito em função de ter sido um projeto que de fato solucionou problemas dentro da empresa. Ele destaca que sua principal motivação para desenvolver o trabalho foi “levar a credibilidade da Trensurb também para o seu sistema de sincronismo horário”.
Capa
O Dia do Trabalhador segundo os metroviários
Alice Verônica Santos, do Setor de Operações (Seope), atua como agente metroviária há cerca de oito anos e afirma que a importância do Dia do Trabalhador é a consciência de cada um: “É um meio de você parar e refletir acerca do seu trabalho”. Para ela, a data serve também para se pensar nas condições dos trabalhadores na sociedade em geral, “pensar em como nós ainda não estamos no ideal e como tem gente que ainda não tem nem o mínimo.” Alice sempre viu a Trensurb como um local de apoio ao empregado. Segundo ela, “tem sempre a questão de tentar recuperar o funcionário, dar oportunidades a ele e não simplesmente dispensá-lo quando algo não vai bem”.
Já para Viviane Santos, no Setor de Tráfego (Setra) desde 2012, a data é importante porque o trabalho de cada um reflete no cotidiano do todo, enquanto empresa. “O meu trabalho reflete no trabalho do colega, que reflete no trabalho do operador de trem, que reflete nas pessoas que vão utilizar o transporte público. É de extrema importância ter um dia para representar todos os outros 364 dias do ano, que todos trabalham”, afirma. Grávida de cinco meses, Viviane deixou a operação de trens e foi para o administrativo do Setra por conta dos riscos que a função anterior apresentava. Na Trensurb desde 2008 – havia atuado anteriormente no Seope –, ela entende que a questão de crescimento na empresa depende somente de cada pessoa: “Por mérito próprio, tu consegues chegar onde tu queres e a empresa te dá a oportunidade de fazer um processo seletivo e de tu dares o teu melhor para alcançar teus objetivos”.
Fotos: Aurea Araujo
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o dia 1º de maio, é comemorado mundialmente o Dia do Trabalhador, feriado nacional no Brasil e em diversos países. Nessa data, no ano de 1886, em Chicago, Estados Unidos, milhares de trabalhadores foram às ruas lutar pela redução da jornada de 13 para oito horas diárias, bem como melhores condições de trabalho. Já no Brasil, estima-se que a data seja comemorada desde o ano de 1895, mas só se tornou oficial em 1925 após decreto do então presidente da república Artur Bernardes. Foi também, em 1º maio de 1940, que o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário-mínimo nacional e, na mesma data, em 1941, foi criada a Justiça do Trabalho, específica para resolver questões de direito no âmbito trabalhista. O Dia do Trabalhador – ou do Trabalho – é mais que apenas mais um feriado no calendário. Trata-se de uma data de reflexão acerca das condições dos indivíduos enquanto trabalhadores numa sociedade altamente industrializada. Na Trensurb, hoje, atuam cerca de mil empregados, além de mais de 400 profissionais de empresas contratadas. Ninguém melhor do que eles, que constituem a estrutura e o maior patrimônio da empresa, para dar suas opiniões sobre o sentido dessa data.
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Desde fevereiro de 2014 na Trensurb, Luzia Mendes trabalha na Gerência de Informática (Geinf) e acredita que o Dia do Trabalhador é importante por ser um dia de reflexão acerca dos nossos direitos e deveres enquanto trabalhadores, principalmente dos deveres para com a empresa e o cidadão. “A diferença entre a Trensurb e outras empresas é justamente essa, a questão de que tudo o que é feito aqui, é feito para a sociedade, para a comunidade. Nós trabalhamos para a comunidade”, afirma.
Fotos: Aurea Araujo
Com 32 anos de empresa, a operadora de trens Inês Miranda (do Setra) acredita que se trata de um dia para agradecermos aos trabalhadores que lutaram por melhores condições de trabalho em sua época. “Toda essa nossa evolução tem tudo a ver com os esforços dos trabalhadores insatisfeitos que lutaram contra a pouca evolução das condições de trabalho deles”, afirma Inês. Ela conclui que um dos maiores diferenciais entre a Trensurb e outros locais é a carreira de seus empregados. “A Trensurb consegue trazer os profissionais até o fim da carreira deles, crescendo profissionalmente juntos sempre”.
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Andrei Pinto, do Seope, trabalha há cerca de seis anos como segurança metroviário, atuando atualmente na Estação Niterói. Para ele, o Dia do Trabalhador é, principalmente, um dia importante para refletir sobre as nossas condições de trabalho. “É um dia importante para pensar sobre o trabalho e sobre o que cada um de nós pode fazer para melhorar a situação atual”, comenta. Ele também menciona ser um dia para descanso, afinal, o feriado também é um direito conquistado pelos trabalhadores.
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Cristiano Rodrigues, auxiliar de serviços gerais pela empresa Contrato Service, atua há seis meses como prestador de serviços para a Trensurb. Para ele, o dia do trabalhador é um dia para termos a consciência de que fazemos parte de um todo. Segundo ele, “é o dia em que todas as categorias, desde o presidente de uma empresa até o limpador de rua, podem dizer que é nosso, que cumprimos nosso dever e fomos lembrados por isso”.
Fotos: Aurea Araujo
Jane Ferreira atua como auxiliar de limpeza no prédio administrativo, também pela Contrato Service, desde janeiro de 2015, e acredita que a data serve para lembrar o quão importante é o trabalho de todos. “Por exemplo, na limpeza, se a gente não limpar em baixo, quando chegar lá no último andar a sujeira estará toda acumulada. Então, cada pessoa precisa fazer a sua parte para tudo correr organizadamente. Ela acredita também que se cada um fizer a sua parte, é possível manter a organização na empresa e na sociedade como um todo.
Por fim, para Lucas Alves, há quatro anos trabalhando na Seltec, prestando serviços dentro da Trensurb desde outubro de 2015, o Dia do Trabalhador é um dia de reflexão, de avaliar o que a classe trabalhadora conseguiu conquistar nesses anos todos e tomar consciência sobre a valorização dos profissionais em cada área. “Devemos sempre buscar saber dos nossos direitos, das leis trabalhistas, além desse ser momento de reflexão para também buscarmos melhorias”, afirma Lucas. Ele aponta ainda que o diferencial dentro da Trensurb, em comparação a outras empresas, é o ambiente agradável e o bom relacionamento entre os colegas.
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Foto: Lucas Quadros
Ponto a Ponto
Uma equipe da segurança metroviária visitou, no dia 08/04, a unidade integrada móvel de Canoas, próxima à Estação Niterói. O veículo da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania do município ficará próximo às estações canoenses, em horários críticos, em prol da segurança no metrô. Outra ação recente, articulada com a Brigada Militar, foi a identificação e revista de jovens participantes dos chamados “bondes”, que costumam usar o trem para retornar de bares do Centro de Porto Alegre no início da manhã. Essas ações são resultado de uma aproximação sistemática que a Trensurb busca
Foto: Fabiano Scheck
fazer em relação às instituições ligadas à segurança pública no estado e nos municípios da região.
As turmas deste ano do programa de aprendizagem profissional Estação Educar realizaram sua primeira visita técnica à sede da Trensurb no dia 15/04. Eles conheceram o arquivo técnico, o Centro de Controle Operacional, as oficinas, a cabine
Foto: Fabiano Scheck
de um trem e o aeromóvel.
Em 14/04, a Estação Mathias Velho recebeu uma “tarde de beleza”. Em parceria com a Ulbra, foram oferecidas maquiagem e sessão de fotos, em ação similar à realizada no pátio em março, dando oportunidade de participação a empregadas e contratadas que atuam nas estações.
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Foto: Felipe Figueiró
Uma reunião na manhã de 11/04, uma segunda-feira, discutiu os incidentes da noite da sexta-feira anterior (8) e da madrugada subsequente. Duas comissões técnicas e um grupo de trabalho foram nomeados para análise das ocorrências e das ações
Foto: Kauê Menezes
no atendimento a elas.
No dia 05/04, o metroviário e sociólogo Edson Carlos dos Santos esteve em reunião do Comitê de Comunicação em Mobilidade do RS, integrado pela Trensurb, para participar de diálogo sobre a política e conjuntura brasileira e seus impactos
Foto: Divulgação/ANPTrilhos
nos temas centrais do grupo.
A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos promoveu a 1ª Reunião de Presidentes de Operadoras do Setor Metroferroviario, em São Paulo, no dia 05/04. Participaram representantes do VLT Carioca, Metrô-DF, CBTU, MetrôRio, CPTM
Foto: Lucas Quadros
e Metrô SP.
A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz visitou a Galeria Mario Quintana, na Estação Mercado, no dia 30/03 da Trensurb. A exposição que destacou momentos da trajetória de 38 anos do grupo ficou em exibição no local de 1º de março a 1º de maio.
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Perfil
Mantendo a empresa nos trilhos
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e viajar. Já visitou a serra gaúcha, a cidade do Rio de Janeiro e Porto Seguro, na Bahia. Pretende voltar ao Nordeste para conhecer Morro de São Paulo (também na Bahia) e Porto de Galinhas, em Pernambuco. O técnico metroviário é fã de filmes e séries de terror, suspense e ação, e costuma ir bastante a cinemas e teatros. Entre suas produções preferidas estão A Bruxa, Dexter e a série de filmes Missão Impossível. Ler livros voltados ao espiritismo também está entre seus passatempos. Segundo Vinícius, um sonho que ainda possui é comprar uma casa e morar na praia. Quanto ao setor em que trabalha, ele afirma que não há “rotina”: “É muito difícil um dia ser igual ao outro, cada dia tem uma coisa nova para fazer e aprender”. Ele ainda completa: “Nós nunca sabemos o que vai acontecer, nós estamos aqui de plantão, de apoio para solucionar falhas e defeitos nos trens e liberá-los para operação”. O técnico afirma que todos os empregados são muito receptivos e unidos, tendo franqueza para dividir experiências. Trabalham como engrenagens de uma máquina, todos têm a sua importância. Para o futuro, Vinícius espera se estabilizar na empresa, sempre almejando ascender profissionalmente e contribuir com a manutenção do bom funcionamento da Trensurb.
Foto: Renan Oliveira
inícius Link, de 35 anos, nascido e morador de Porto Alegre, é supervisor de manutenção leve no Setor de Oficina (Seofi) da Trensurb desde 2015. Vinícius começou sua carreira profissional no comércio, atuando como vendedor por dez anos. Porém, antes da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, enxergou outras possibilidades entre as vagas que surgiriam. Fez um curso técnico de eletrotécnica e passou a trabalhar com manutenção predial em shoppings da capital, exercendo cargos de auxiliar de elétrica, eletricista e supervisor de equipe, até prestar concurso para ser técnico metroviário na Trensurb, em 2012. “O que me atraiu para eletrotécnica na verdade foi a parte de projetos, de desenvolvimento de cabos, projeto elétrico de casas e de prédios”, afirma Vinícius a respeito da escolha da área na qual já trabalha há quatro anos. “Acabei vendo o projeto de um amigo, me inscrevi na escola e gostei muito da área. Só que acabei não me encaminhando muito para o lado de projetos, a vida foi me levando para outros lados, acabei na parte da manutenção predial”, relata. Quando não está trabalhando, Vinícius gosta de tomar chimarrão com a família – é casado e tem um filho de quatro meses – e fazer churrasco com os amigos. Também gosta de sair para dançar, ir a shows musicais
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Cultura
O balanço do trem transformado em arte
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Foto: Heloisa Marques
Santander Cultural, no Centro de Porto Alegre, Lívia afirma que seu trabalho “tem muito da vida” recebeu recentemente a exposição Aqui tudo é e que não acredita em inspiração. Para ela, todo o dediferente, da artista plástica Lívia dos Santos, senvolvimento é fruto de um processo contínuo de que transformou o movimento do trem em obras de aprimoramento. Suas artes só foram construídos com arte. Lívia possui bacharelado e cursa licenciatura em “muita dedicação e imersão” no objetivo após um iníartes visuais pela Feevale e pesquisou o ato performá- cio baseado na curiosidade. “Um dia, levei o caderno e tico a partir do deslocamento urbano durante seu mes- tentei paralisar o lápis na página, mas as linhas saíam trado em artes visuais pela UFRGS. tremidas. Então comecei a fazer experiências para deiNa exposição, estiveram desenhos, fotografias, ví- xar mais evidente esse tremor”, conta. deos e fragmentos do diário da artista. Materiais esses que, em sua totalidade, foram produzidos no percurso entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, a bordo das composições da Trensurb – parte de sua rotina durante anos. Para confeccionar suas pinturas, Lívia usava nanquim e um pincel amarrado na ponta de um cordão, que por sua vez ficava em cima de um papel no chão do trem. A artista deixava então as oscilações agirem sobre sua tela, registrando assim o balanço do metrô. Artista Lívia dos Santos usou nanquim e pincéis amarrados a linhas para registrar o balanço do trem em folhas brancas
Biblioteca comemora Dia do Livro Infantil A responsável pela escola hamburguense, Monika Maier, agradeceu pela “oportunidade de seus alunos poderem ter este contato com o universo da leitura”. Além dessa atividade, pela manhã, na Estação Industrial, os alunos da EEI da Paz realizaram uma ação de distribuição de livros para os usuários do trem, com o intuito de provocar reações nos adultos que ali passavam.
Foto: Gustavo Nardon
A
Biblioteca Livros sobre Trilhos comemorou o Dia Nacional do Livro Infantil – 18 de abril, data de nascimento do autor Monteiro Lobato em 1882 – com uma atividade diferente em seu espaço na Estação Mercado. Alunos da Escola de Ensino Infantil da Paz, de Novo Hamburgo, foram recebidos pela equipe da Trensurb e a contadora de histórias do Grupo Cataventus, Margarete Monteiro, dentro da biblioteca. Além de encantados com as histórias, os pequenos leitores ficaram fascinados com a quantidade de livros disponibilizados para empréstimo. Admirada com o tamanho dos novos amigos da biblioteca, a usuária do metrô que aguardava o trem para embarcar, Josiele Fernanda, de 34 anos, parabenizou a Trensurb por realizar este tipo de trabalho. “Seria bom que grandes empresas, da mesma forma que a Trensurb, realizassem este tipo de ação socioeducativa, pois no futuro teríamos jovens mais inteligentes”, afirmou Josiele. “É desde cedo que se pega gosto pelos livros”, completou.
Alunos da Escola de Ensino Infantil da Paz, de Novo Hamburgo, participaram de contação de histórias do Grupo Cataventus na Biblioteca Livros sobre Trilhos, no dia 18 Notícias Trensurb 672 | Maio 2016
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Noite na Estação Industrial Foto: Felipe Parmeggiani - Setor de Projetos de Sistemas e Inovação Tecnológica