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Feira de Santana, sexta-feira 2 de agosto de 2013
ATENDIMENTO (75)3225-7500
ANO XIV - Nº 2.439
R$ 1
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Pobreza caiu Ônibus caiu 66% em Feira 15 centavos Análise dos dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal divulgado esta semana mostra significativa redução da pobreza no município, que tem um dos melhores índices da Bahia, mas peca pelo baixo nível de instrução de sua população.
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Seguindo recomendação do grupo de estudos criado pelo governo para avaliar o preço das passagens, o prefeito José Ronaldo determinou que o ônibus passará a custar R$ 2,35 e não mais R$ 2,50, a partir do próximo dia 12 de agosto.
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Em 1968, altura dos prédios no Contorno foi fixada em 16 andares 45 anos depois que o pioneiro plano diretor de Feira de Santana previu prédios com até 16 andares dentro do Anel de Contorno, a cidade, que ainda tem poucas construções altas pode ser obrigada a “baixar a bola”, se a Câmara aprovar projeto que estabelece novo limite: 10 andares.
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cesaroliveira@tribunafeirense.com.br
Reconhecimento
C
aminha para segunda votação na Câmara de Vereadores um projeto que limita as construções, em Feira, a dez andares. Seria bom se não fosse trágico. O projeto foi proposto pelo vereador Ronny, que, no entanto, não agrega a ele nenhuma avaliação de especialistas, nenhuma sugestão de zoneamento, ou análise econômica, de infraestrutura, ocupação do solo, entre outros aspectos que deveriam estar demonstrados na composição técnica da proposta. O número dez, talvez tenha sido escolhido por ser o número da camisa do Messi e ser uma boa jogada. Então, o projeto do vereador Ronny é ruim? Não. Apenas, é composto do improviso, da falta de rigor científico que o tema exige. Então, os defensores da anulação do projeto têm razão? Sim. Então, a anulação que desejam as construtoras e imobiliárias têm boa intenção? Não. Não têm, porque a lógica deste segmento segue a defesa do seu mercado o que é – esclareço legítimo. Caso alguém deseje é possível ter mais informações na literatura científica a respeito de cidade e urbanismo, como Carta de Atenas (redigido por Le Corbusier), na proposta do padrão da cidade mediterrânea de Rueda, ou de estudiosos como Salingaros, grande autor urbanístico, (“a cidade não é uma árvore”). Há, portanto, revistas especializadas e gente que sabe infinitamente mais que eu, e que sinalizam informações ao menos para fundamentar o debate. Outro aspecto é o papel do poder
O Andar de Cima público. Ele é falho nesta questão? Sim. Porque Feira, como toda cidade, já deveria ter definido urbanisticamente qual seu modelo de ocupação do solo, pois há tendências diferentes. A prefeitura precisa reunir urbanistas, zonear a cidade, definir os limites de ocupação do solo, e a forma. Estes limites não podem ficar para serem definidos pelas construtoras porque elas dão pouca importância para o impacto que causam pois estão interessadas nos negócios que fazem. É do capitalismo. Cabe, no entanto, à Sociedade e ao poder público limitar sua insaciedade, para que não aconteça em Feira o que o ex-prefeito de Salvador fez lá com a liberação do gabarito da orla. Devemos atentar que ao analisarmos a moradia ela inclui entender a moradia propriamente dita; a infraestrutura, serviços e equipamentos urbanos; o entorno ou paisagem. A verticalização altera a paisagem do bairro, reduz a intensidade da exposição solar, gera sombreamento, reduz o grau de privacidade, aumenta a temperatura, a densidade populacional, a demanda por serviços e infraestrutura, o fluxo de veículos, a exigência de transporte coletivo, esgotamento sanitário, entre outros. Esta mesma verticalização, no entanto, tem aspectos positivos porque reduz os custos públicos de coleta de lixo, segurança, esgotamento sanitário, oferta de serviços, custo imobiliário. Além disso, outros apontam que a verticalização reduziria o percentual de impermeabilização do solo evitando os alagamentos. As empresas construtoras deveriam ter se mobilizado com seu poderio econômico
para trazer a Feira técnicos que elaborassem um parecer fundamentando a defesa de seus pontos, mas não o fizeram. Preferiram, como foi dito na imprensa, de modo até inadequado, confiar na sua capacidade de lobby junto ao prefeito para vetar o projeto, se aprovado, como se fossem senhores da razão. A Câmara, por seu lado, diante de projeto de tamanho impacto, poderia ter feito o mesmo, ao invés de gastar dinheiro mandando vereador a Congressos de fantasia, e tentar fundamentar a bancada para votar após ouvir especialistas. Enfim, iremos para uma votação que define o futuro da cidade de Feira de Santana com o mesmo embasamento de alguém que orienta seu dia pelo horóscopo. Não podemos ter o céu como limite como querem as construtoras, nem aprovar um projeto em que o acaso escolheu qual deve ser o andar de cima.
Lagoa Grande Aproveitando que falei de urbanismo informo que o deputado Zé Neto me ligou afirmando que as obras da Lagoa Grande foram reiniciadas. Vamos conferir, cobrar, porque este é o mais importante projeto urbanístico da cidade. O que não autoriza imobiliárias a tentarem destruir o que resta da Lagoa do Prato Raso e a Lagoa Salgada.
O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do Governo Jaques Wagner na Assembleia Legislativa, fez o registro de que a administração do prefeito José Ronaldo “cumpriu sua parte” nas ações que visam a criação do CIS Norte – novo núcleo do Centro Industrial do Subaé que deverá ser localizado no curso da BR 116 Norte, a FeiraSerrinha, nos moldes do que acontece com o braço do CIS ao longo da BR 324, a Feira-Salvador. A citação foi feita durante reunião que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT realizou no Hotel Ibis, na terça (23), para discutir a implantação da rede ferroviária ligando Belo Horizonte a Salvador – na Bahia a ferrovia cruzará 22 cidades, incluindo Feira de Santana. O deputado se refere à lei municipal de proteção de áreas que futuramente receberão unidades industriais. Os secretários de Planejamento, Carlos Brito, e de Gestão e Convênios, Arsênio Oliveira, entregaram à ANTT cópia da lei, de número 075/2013, iniciativa do governo municipal e aprovada pela Câmara, que trata sobre o perímetro urbano, a expansão dos distritos e a criação de seis novos bairros – material que visa orientar o zoneamento, facilitando a identificação de locais para implantação da ferrovia
Tuiter: cesaroliveira10 @O meio político anda tão perigoso que a primeira coisa que o Papa fez foi avisar que não tinha trazido ouro nem prata. @Genoíno foi submetido a cirurgia para retirada de mensalão entalado na garganta. @Não sei o que é mais difícil conseguir: subir as ações de Eike, popularidade da Dilma, ou uma ligação completa com a TIM @Olha, se Obama é o apogeu do médio, Dilma é a glória do medíocre.
Pra não dizer que não falei das flores O número de atendimento das Policlínicas Show de Ivan Lins, na próxima semana, com produção de Edson Porto Show de Djalma Ferreira- As Canções- no centro Iderval Miranda. Dia 9.
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Glauco Wanderley
Pitangueira compra briga. Menos com Ronaldo Se a capacidade do diretor José Pitangueira de resolver os problemas do Clériston Andrade for igual à que ele tem de causar impacto por meio da imprensa, os pacientes estão salvos. Esta semana, em meia hora de entrevista com Dilton Coutinho no programa Acorda Cidade, Pitangueira abalou. Segue-se o essencial:
quer ter a possibilidade de avaliar e até se possível devolver o doente. Ele considera a superlotação como o grande problema, mas acha que não haveria superlotação se não houvesse tanta gente enviada ao hospital sem necessidade. “Urgência e emergência é atendido logo e tem resolutividade”, garante. O medo agora, ele admite, é que deixem na BR, no Contorno, para o paciente adentrar o Clériston a pé.
TANQUINHO CAMPEÃO Logo uma cidade administrada pelo PT é apontada pelo diretor como a campeã da ambulanciaterapia: Tanquinho, sob o comando de Jorge Flamarion. Em uma semana, mandaram ao HGCA 12 pacientes em ambulâncias, nas contas de
Pitangueira. Ao ouvir a queixa, o prefeito entrou no ar, alegou que não tinha especialidades médicas na cidade e que além do mais, atendia muita gente de Ichu, Candeal e da zona rural de Feira, das imediações de Jaguara.
PAZ E AMOR COM O MUNICÍPIO Gente de Otto Alencar, e fazendo a linha oposta à do deputado Zé Neto, Pitangueira não quis responsabilizar o município por mau atendimento em postos e policlínicas, o que levaria as pessoas a procurar o Clériston Andrade. Disse que não poderia falar de uma realidade que ainda desconhecia, mas tratou de assegurar que vem tendo um bom relacionamento com a secretária Denise Mascarenhas, a quem já pagou alguns almoços para tratar das questões da Saúde em Feira. “Temos bom relacionamento com a prefeitura. Não adianta brigar. Tem que juntar Feira de Santana para começar a melhorar através dos políticos. Se
não juntar os políticos, vai juntar quem? Vamos juntar todo mundo. Vamos trocar ideias e ver o que é possível fazer”. Acrescentou que o Dom Pedro tem dado uma ajuda muito grande também, principalmente em oncologia e cardiologia. Justo o oposto do que Zé Neto diz, que por só fazer isso, o Dom Pedro também sobrecarrega o Clériston. A propósito, é a primeira vez desde o início do governo Wagner, em 2007, que Zé Neto não tem o controle do hospital. Como o HGCA andava mergulhado numa crise de fazer inveja aos tempos do carlismo, se Pitangueira reerguer o Clériston a leitura inevitável será: tirou Zé Neto, funcionou.
Economia de 9 reais Pagando 15 centavos a menos no ônibus por viagem, um usuário do transporte coletivo de Feira de Santana que pague dois deslocamentos por dia terá uma economia de 9 reais em 30 dias. Pode fazer diferença
no orçamento de muitos. Mas o que faria muito mais diferença para todos seria um serviço digno, com intervalos curtos, ônibus novos, limpos, sem superlotação. Tudo ficaria melhor até para quem não pega ônibus.
Mais Médicos pode ser um tiro no pé
PORTÕES FECHADOS Ambulância que traz doente de outra cidade não pode despejar o indivíduo e pegar a estrada correndo de volta. Só sai com autorização do chefe de equipe do hospital, depois que o caso do paciente estiver encaminhado. Já que não consegue evitar que a pessoa venha parar no Clériston sem aviso (e segundo ele sem necessidade muitas vezes), Pitangueira
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SABOTAGEM Choveu e o Clériston Andrade inundou. Foram ver o telhado e tinhas duas garrafas pet de refrigerante enfiadas onde deveria escoar a água. “É a primeira vez que vejo garrafa com asa. Ela voa e cai no telhado. Quem não quer ajudar, não atrapalhe”, pediu.
SAMU DEFICITÁRIO O problema com o SAMU não são as macas que ficam retidas no hospital e sim a quantidade reduzida de ambulâncias. Com apenas seis a serviço de toda a população em torno de 600 mil
habitantes, uma maca só que fique retida já faz muita falta. “Não é pouca não. É pouquíssima. O Ministério da Saúde tem que ver como ajudar Feira de Santana”, apelou.
DEMISSÕES Foram 20 numa tacada só. “Afastamos de vez porque você não pode deixar nada que venha prejudicar os novos que estão chegando”
ATESTADOS MÉDICOS Funcionários foram reclamar da escala, de dobras frequentes e Pitangueira disse que a maior contribuição para resolver o problema seria haver menos faltas dos colegas. Contou que há atestados demais, até alguns anti-éticos.
Por quê? Porque emitidos por médicos da própria clínica em que o profissional do Clériston trabalha quando não está no serviço público. E mais: faltam no Clériston e trabalham no emprego privado no mesmo dia.
Não é a resistência das entidades de classe que levará o programa Mais Médicos a ser um novo tiro no pé do governo Dilma. Salário de R$ 10 mil não é para qualquer um, e portanto, não faltarão interessados. O problema é o resto mesmo. Como dizem com razão os críticos, só médico não resolve o problema da Saúde. Basta olhar para Feira de Santana, onde claramente o problema não é falta de médico, a não ser em uma ou outra área. Daqui a um ano, com médicos contratados, o governo gastando
milhões e o resultado sendo muito abaixo das expectativas e necesssidades da população (por falta de enfermeiro, soro, luva, raio X, exames laboratoriais, etc), sobrarão para o governo críticas maiores do que as de hoje. - Ah, mas quem nunca viu um médico pela frente vai ficar feliz só de fazer uma consulta! OK, mas estes que se contentam com tão pouco já são eleitores de Dilma. Não foi deles que vieram as queixas que apavoraram o governo.
ASSIM FALOU TARGINO MACHADO, deputado estadual em busca de um partido
“Tenho que conversar com o meu maior parceiro hoje que é o prefeito José Ronaldo de Carvalho. Ele é o farol sinalizador da minha atuação política” JOSÉ CARNEIRO, vereador governista
“Gosto muito de Denise Mascarenhas como pessoa física, mas como secretária, acho que Gilberte Lucas está merecendo uma oportunidade”. queixando-se do tratamento recebido da secretária de Saúde, queixa estensiva a outros secretários e diretores, dos quais vem tomando muito chá de cadeira.
PABLO ROBERTO, vereador da oposição
“Se o governo trata assim os vereadores, imagina como trata a população”
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Passagem baixa para R$ 2,35 O prefeito José Ronaldo anunciou em entrevista coletiva no final da tarde de ontem (01) que a passagem de ônibus vai baixar de R$ 2,50 para R$ 2,35, a partir do dia 12 de agosto. O intervalo entre o anúncio e a entrada em vigor da medida foi justificado pela necessidade das empresas fazerem os ajustes necessários para a mudança. A decisão do prefeito foi embasada pelo grupo de trabalho criado pelo governo municipal, que apresentou na quarta-feira a proposta de redução. O grupo é composto por representantes de secretarias do governo, OAB e do grupo de estudos da UEFS que investiga o setor de transporte coletivo na cidade. Durante a entrevista, o prefeito assegurou que com a chegada de veículos novos e seminovos adquiridos pelas empresas nos primeiros meses de sua gestão, a idade média
Os usuários do transporte coletivo vão pagar o novo valor a partir de 12 de agosto
da frota baixou de mais de 9 anos para menos de 7 anos. E falou que iria apurar denúncia do vereador Alberto Nery (PT), que declarou que ônibus condenados na vistoria e que seriam tirados de circulação foram novamente colocados para rodas, pelas empresas 18 de setembro e Princesinha.
Ronaldo porém pediu que o vereador que fez a denúncia também apresentasse provas. Ele estranhou a informação, já que os ônibus condenados na vistoria tiveram até as catracas retiradas e alguns ainda estão apreendidos no pátio da secretaria de Transportes e Trânsito.
ESTUDO PROSSEGUE Segundo o professor Antônio Rosevaldo da Silva, da UEFS, há necessidade de continuar os estudos “para trazer uma tarifa ideal para Feira de Santana e com transporte público de qualidade”.
Inocentado na CGU, Colbert espera fim do processo Glauco Wanderley Inocentado pela comissão da Controladoria Geral da União (CGU) que conduziu o processo administrativo disciplinar sobre o envolvimento de funcionários do Ministério do Turismo em irregularidades cometidas no Amapá, o deputado federal Colbert Filho deu um grande passo para conseguir a absolvição que importa, que é a da Justiça, onde tramita o processo relacionado à Operação Voucher, de 2011, da Polícia Federal. O relatório final da comissão da CGU diz que não foram encontradas provas da participação de Colbert, que era então o Secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, indicado pelo PMDB. Por isso, “a Comissão deliberou por não indiciá-lo”, explica o texto, assinado pela
presidente Renata Ferreira da Rocha e pelos membros Luís Augusto Pacheco de Araújo e André Luiz Silva Lopes. O relatório é datado de 14 de novembro do ano passado, mas o deputado disse não saber porque só agora chegou a suas mãos. Um dos fatores determinantes para inocentar o deputado feirense foi o fato de que se passou pouco mais de um mês entre a posse de Colbert (em 9 de março de 2011) e a assinatura que deu (em 13 de abril), mandando pagar a quarta e última parcela do convênio de R$ 900 mil com a ONG Ibrasi, tido como irregular porque o serviço não foi efetivamente prestado. Antes da posse de Colbert, a área técnica do Ministério, em 23 de fevereiro, tinha emitido um documento recomendando o pagamento da referida parcela. A comissão da CGU concluiu que o curto prazo entre a posse
e a ordem do pagamento “se mostra insuficiente para que tivesse adotado providências para garantir acompanhamento eficiente da execução do convênio”. Tampouco havia suspeitas que justificassem um tratamento diferenciado ao convênio, pois “quando da aprovação desta parcela, o Ministério ainda não tinha sido instado a manifestar-se sobre as irregularidades apontadas pelo TCU”, alega a comissão. Nas interceptações telefônicas a comissão entendeu que nada havia que indicasse qualquer ilícito. “Sequer foi possível demonstrar que eram referentes ao convênio objeto da Operação da Polícia Federal”, completa o Relatório.
PROCESSO PARADO O relatório da CGU isentou de culpa Colbert e outros sete funcionários,
mas não encerra o caso. Apenas poderá ser uma peça importante a ser anexada à defesa. A denúncia do Ministério Público contra o então secretário do Ministério do Turismo na prática está parada. Encaminhada à justiça do Amapá, não recebeu manifestação do juiz, nem para acatar nem para rejeitar. Quando Colbert assumiu mandato de deputado em janeiro, o processo seguiu para o STF, que encaminhou ao Ministério Público Federal em Brasília, que voltará a analisar o caso, para oferecer ou não a denúncia. Caso o procurador não apresente nova denúncia o processo será encerrado. Colbert diz que tem pressa em colocar o ponto final no episódio. Embora ciente de que o prejuízo à sua imagem foi irreversível, diz que não decidiu se vai processar a União após obter absolvição.
Adilson Simas adilson-simas@bol.com.br
FEIRA ONTEM
Obra tocada com a boca Chefe de Gabinete do prefeito Clailton Mascarenhas e respondendo pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Evangivaldo Figueiredo, mais conhecido como “secretário vaselina” reuniu a imprensa e prometeu recuperar o Complexo Matadouro e Campo do Gado em 30 dias, prazo que logo ele prorrogou para 80. Decorridos 180 dias sem que nada acontecesse, o radialista Carlos Geilson gastou todo tempo do “comentário do dia” em seu programa criticando a promessa não
cumprida. Finalmente, na edição nº 12 da “Tribuna Feirense” que foi as bancas em julho de 1999 o “secretário vaselina” deu explicação: - Eu apenas procurei criar um fato para deflagrar o processo...
Interdição viária e telefônica Líder do governo, o vereador tucano Osvaldo Ventura anunciou na tribuna da Câmara que a Secretaria de Obras iria colocar à disposição do munícipes o telefone 623.7722 para reclamações sobre ruas não pavimentadas que estavam necessitando de serviço de patrolamento. Ventura estava sendo ouvido em silêncio pelos seus pares, mas quando garantiu que os serviços quando solicitados “serão feitos em 24 horas e no mais tardar 48”, foi aparteado pelo
comunista Messias Gonzaga que ao fazer suas previsões levou o plenário e as galerias ao delírio: - Vai ser tanta “chuva” de telefonemas que a linha, assim como as vias públicas, vai ficar interditada...
Velhinha de Taubaté encarna em Feira A fim de ajudar seu colega Maurício Carvalho na difícil tarefa de defender o governo municipal, nos primeiros dias de junho de 1999 o vereador Carlito Moreira foi anunciado como vice-líder da bancada governista. Na sessão imediata, ao se apresentar como tal, fez um longo discurso exaltando o trabalho do prefeito Clailton Mascarenhas, dando ênfase ao slogan “O Futuro é Agora”, que substituiu “O futuro já começou”, do falecido prefeito José Falcão. Na coluna que assinava no jornal “Tribuna Feirense” o jornalista João Batista
Cruz comentou o discurso recorrendo a um personagem do escritor Luiz Fernando Veríssimo, que acreditava em tudo do governo militar: - As línguas maldosas dizem que Carlito está encarnando a “Velhinha de Taubaté”...
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Feira de Santana, sexta-feira 2 de agosto de 2013
Pobreza em Feira caiu 66% em 20 anos André Pomponet*
O Atlas do Desenvolvimento Humano lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou um dado alvissareiro para a Feira de Santana na segundafeira (29): o município alcançou o patamar de desenvolvimento humano alto, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M), ajustado para os municípios. Conforme o estudo, a Feira de Santana cravou um desempenho de 0,712. Quanto mais próximo de 1, mais elevado o patamar de desenvolvimento. Entre os 417 municípios baianos, isso representa a quinta posição. Para os padrões de Brasil, no entanto, o desempenho é muito mais modesto: apenas a 1.546ª posição. Há 1.545 municípios à frente da Feira de Santana, mas a colocação é suficiente para assegurar que as condições de vida na cidade são melhores que em 72,24% dos 5.565 municípios brasileiros. O que é mais positivo é a comparação da Feira de Santana com ela mesma. Em 1991, ano mais distante empregado no estudo, estávamos numa condição deplorável: o IDH-M cravou 0,460. Conforme dimensiona o PNUD, o dado caracteriza baixo
Interpretação
IDHM 0,460
0,585
0,712
grau de desenvolvimento. Nove anos depois, em 2000, a situação era melhor: 0,585, o que também é considerado um patamar baixo. Basicamente, o IDH-M é calculado utilizando três dimensões: Saúde, Educação e Renda. Saúde se mensura a partir da expectativa de vida ao nascer; a Educação é medida pelo nível de escolaridade; e a renda é dimensionada pelo rendimento per capita dos indivíduos. Logicamente não é um indicador completo, já que outros elementos influem sobre a qualidade de vida.
Renda Os verdugos dos programas de transferência de renda brasileiros tem motivos para se decepcionar: boa parte da melhoria das condições de vida da população se deve ao aumento da renda. E isso por dois fatores: a elevação do valor real do
salário mínimo a partir de 2003 e, também, ao montante de recursos transferido por iniciativas como o Bolsa Família e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC). Em 1991, o feirense tinha renda média de R$ 317,02. Dezenove anos depois, em 2010, esse valor saltou para R$ 662,24. O aumento da renda, porém, não se traduziu em menos desigualdade: o Índice de Gini – que mede a desigualdade com escala entre zero e um – permaneceu estável: 0,61 em 1991 e 0,60 em 2010. É sinal de elevada desigualdade. Só que a pobreza se reduziu a olhos vistos: representava 46,97% em 1991 e recuou para 15,8% em 2010. Os pobres, são portanto, um terço do percentual de duas décadas atrás. Os extremamente pobres também se reduziram: passaram de 21,51% há 22 anos para 5,38% no último Censo do IBGE, em 2010.
O que é que esses dados significam? Que a pobreza na Feira de Santana só se reduziu de forma tão sensível porque os programas de transferência de renda foram fortemente alavancados nos últimos dez anos. Afinal, as perversas desigualdades econômicas e sociais permaneceram praticamente inalteradas, como indica o Gini já mencionado. Não é à toa que aproximadamente 250 mil feirenses dependem, em alguma medida, do Bolsa Família. A melhoria das condições de vida da população, no entanto, não vai manter o mesmo ritmo caso questões nevrálgicas que retardam o pleno desenvolvimento brasileiro não sejam atacadas. É o caso da saúde e da educação precárias; é o caso da elevada informalidade e do baixo nível técnico do trabalhador; é o caso da carga tributária que penaliza os mais pobres, ao contrário do que alardeia parte da imprensa. Continuar evoluindo vai exigir políticas inovadoras e mais audaciosas. Mesmo com todos os avanços, o Bolsa Família não passa de uma solução altamente humanitária – diga-se de passagem – mas meramente cosmética, já que não representa uma resolução efetiva para as profundas desigualdades sociais brasileiras.
Educação é o grande problema nacional Como ocorreu em Feira de Santana, em todo o Brasil o fator Educação empurrou o resultado para baixo. Em 2010, o Índice – calculado com base nos dados do Censo do IBGE – foi de 0,637 em Educação, 0,739 em Renda e 0,816 em Longevidade. No geral, o rápido crescimento observado em Feira de Santana verificouse também na maior parte do país, embora Feira ainda esteja abaixo da média nacional. No Brasil, o índice cresceu 47,5% entre
1991 e 2010 (de 0,493 para 0,727). A classificação do IDHM do Brasil mudou de ‘muito baixo’ para ‘alto’. É considerado ‘muito baixo’ o IDHM inferior a 0,499. O ‘alto’, varia de 0,700 a 0,799.
FORMAÇÃO PRECÁRIA Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0,637. Embora seja o componente pior , foi na educação o maior avanço. Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279. O que impede o IDHM
de avançar mais é a escolaridade da população adulta. Em 1991, 30,1% da população com 18 anos de idade ou mais tinham concluído o ensino fundamental. Em 2010, esse percentual era para 54,9%. O cenário é melhor na população jovem. Houve universalização da educação básica, com quase a totalidade das crianças matriculadas. O percentual de crianças com 5 e 6 anos frequentando a escola, por exemplo, subiu de 37,3% (em 1991) para 91,1% (em 2010).
As crianças de 11 a 13 anos nos anos finais do ensino fundamental também aumentaram de 36,8% (em 1991) para 84,9% (em 2010). Porém, à medida que se avança em idade o quadro piora. A população de 15 a 17 anos com o ensino fundamental completo é de 57,2%, em 2010. Em 1991, era 20%. No ensino médio apenas 41% dos jovens de 18 a 20 anos se formou. Em 1991, esse percentual era de 13%.
rafael@blogdovelame.com
Rafael Velame Foguetinhos Velamados
Triste Bahia
Depois do metrô de Salvador, tudo indica que a Bahia viverá mais uma obra bilionária e interminável. O governo do estado divulgou essa semana o consórcio que embolsará R$ 22,5 milhões para fazer apenas o projeto da tão sonhada ponte SalvadorItaparica. Quem viver verá. Ou não...
Enfim, livre!
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia autorizou o pedido de desfiliação do deputado estadual Targino Machado, do PSC. O deputado alegou que o partido “se vendeu” ao decidir apoiar o governo de Jaques Wagner (PT), de quem ele sempre foi oposição. Sobre o novo partido, Targino afirmou que decidirá isso em conversa com o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM).
Lixo do lixo
A história obscura do aterro sanitário de Feira de Santana tem rendido matérias em sites de Salvador. Porém, a imprensa feirense pouco tem repercutido o assunto. A velha mania de empurrar a sujeira pra debaixo do tapete.
Pedra no sapato
O enfermeiro Edklercio Gomes já pode se considerar vitorioso na batalha contra a privatização do Hospital Clériston Andrade. Os governistas inclusive o mais raivoso deles, o deputado Zé Neto (PT) - já admitem que a privatização não acontecerá mais. Porém, o mesmo motivo que Edklercio tem pra comemorar, deve ter para se preocupar. Afinal, a trupe petista jurou vingança contra quem se tornou a “pedra no sapato” deles.
Cobrando a reciprocidade
O deputado federal Colbert Martins (PMDB) já tratou de se garantir. Disse em entrevistas que o prefeito José Ronaldo (DEM) tem a obrigação de apoiá-lo em 2014. O peemedebista tenta com essa declaração afastar os rumores de que tomaria um “roque dentão” do democrata, que prefere se esquivar do assunto quando questionado. Vale lembrar, que em 2012 Colbert se aliou a Ronaldo e o apoiou na disputa pela prefeitura.
Na riqueza e na pobreza
O deputado Major Fábio (DEM-PB) propôs na Câmara Federal um projeto que promete dar o que falar entre os casais. Ele sugere que na divisão dos bens de um casal divorciado também seja obrigatória a partilha das dívidas. A proposta altera o Novo Código Civil (Lei 10.406/02) e determina que, quando houver a prévia partilha de bens, serão igualmente compartilhadas as dívidas. Para ele, se os cônjuges que decidem se separar têm direito à metade dos bens, conclusão lógica é que também herdem a metade das dívidas. “Caso contrário, se estabeleceria uma desigualdade em benefício de um e prejuízo de outro”, argumenta o deputado.
Foguetinhos
*Na guerra, a primeira sacrificada é a verdade. *Se você tiver que dizer que é, você não é. * Quando as verdades não doem, todos gostam de ouvi-las.
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Feira de Santana, sexta-feira 2 de agosto de 2013
Sandro Penelu Morre Regis Valle, um dos grandes artistas de Feira de Santana Faleceu, no último sábado, em virtude problemas de cardíacos, o músico Regis Valle, natural de Cruz das Almas, porém radicado em Feira de Santana. Regis Valle iniciou sua carreira como músico com apenas 17 anos, ainda aqui na Bahia. Em 1980, foi para São Paulo, onde se profissionalizou e, em 1984 foi convidado por Raul Seixas para fazer parte de sua banda. Em 1985, foi produtor fonográfico da gravadora Culturama do Brasil. Em 1986, gravou seu primeiro disco, intitulado “Nas asas do prazer”. Em 1990, integrou a banda “Ideia fixa” como vocalista, letrista e guitarrista, tendo participado de vários projetos culturais em São Paulo. Ainda em São Paulo, foi convidado para abrir
o projeto “Reggae pela vida” no SESC Interlagos, no qual foi premiado junto com seus parceiros pela crítica especializada, como melhor banda. Régis Valle cantou em vários festivais importantes como: “Festival por águas claras”, também em São Paulo, onde conquistou o primeiro lugar com a canção “Ciência nefasta”; o “Festival da Cipa” no teatro Alphaville, onde conquistou o segundo e o terceiro lugares.
Régis Valle também fez o primeiro carnaval de rua com trio elétrico na Zona Sul de São Paulo, no SESC Interlagos. Em 1993, veio para Feira de Santana. Em 1997, participou do 1° FECON (Festival Music Colletion) conquistando o primeiro lugar com a canção “Extra Contato”. Em 2005, Régis Valle conquistou o primeiro lugar no “V Festival Vozes da Terra”, com a música “Metafísica”.
escrita desde a infância e formou-se em jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Produziu e roteirizou diversos vídeos institucionais e documentários, escreveu para jornais impressos, revistas e sites, além de lecionar Redação para curso pré-vestibular. Os poemas do livro abordam temáticas distintas, como o amor em vários âmbitos, relacionamento interpessoal, o bem viver, a paz, a natureza, a liberdade; alguns também são de caráter social. Eles
levam a pensar na vida como um todo, com uma linguagem simples, que um adolescente de nível médio pode entender, mas que certamente fará também um pós-graduado parar, mesmo que por instantes, para observar algum aspecto de sua realidade de uma maneira singular e verdadeira. Muitas das poesias são formadas por frases curtas, pontuais, máximas da vida que, em insights, vieram à mente. A autora disponibiliza suas poesias no blog (http://lana-mattos. blogspot.com.br/search/ label/Poesia)
Empossado o Conselho de Cultura O prefeito José Ronaldo de Carvalho empossou, na manhã de quarta-feira (31) os novos membros do Conselho Municipal de Cultura de Feira de Santana para o biênio 2013/2015.
MEMBROS Foram empossados como representantes do poder público Jailton Batista (Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer), Jayana Ribeiro (Secretaria de Educação), Antônio Carlos Daltro Coelho (Fundação Cultural Municipal Egberto Tavares Costa), Márcio
Cultura e Lazer SHOWS AO VIVO SEXTA-FEIRA (02/08) ATRAÇÃO
LOCAL
Luís de Araújo Carvalho (Atividades Culturais da Fundação Egberto Costa) e Carlos Antonio de Moraes Lucena (Procuradoria Geral do Município). Representando a sociedade civil foram empossados Elsimar Pondé (titular) e Manuela Muniz (suplente), no segmento de Áudio Visual, Gabriel Ferreira (titular) e Pedro Henrique Caldas Santos (suplente), segmento Artes Plásticas; José Wilson Filho (titular) e Larissa Rodrigues Santos (suplente), segmento Literatura; Joilson de Jesus Santos (titular) e Antonio Evaldo
Machado “Dionorina” (suplente), representando a Música. Luiz Eduardo Correia Vila Nova Junior (titular) e Cláudio Borges Brito (suplente), no segmento Cultura Popular; Jailton Silva do Nascimento (titular) e Sonicleibe Guedes dos Santos (suplente), no segmento Teatro; Galdino Oliveira Souza (titular) e Washington Luis Paim dos Reis (suplente), representando Identidade e Diversidade Cultural, e Eduardo José de Miranda Kruschewsky, representando a Academia Feirense de Letras.
HORA
ENDEREÇO
ELIOMAR SANTOS
Kiosque dos Amigos
18
Praça Duque de Caxias
ALAN OLIVEIRA
Quiosque do Mazinho
21
Praça de Alimentação
GELIVAR SAMPAIO
Bengos Bar
21
Estação Nova
PITITIU
Cidade da Cultura
21
Conj. João Paulo
CACALINO, PAGODE DO SEGREDO E ZACK MARIANO
Johnnie Club
22
Rua São Domingos
WILLIAN DE CASTRO
The House
22
Av. João Durval
Mar Mandacaru
21
Rua Arivaldo de Carvalho - Sobradinho
SANDRO PENELÚ
Lana Mattos lança Impressões de instante A obra “Impressões de Instante – poesia”, de Lana Mattos, será lançada às 14h30min deste sábado, dia 3, na Livraria Nobel, em Feira de Santana. Paralelo ao lançamento, acontece mais um “Café Literário”, promovido pelo Blog Poetas no Divã, dinamizando o evento com recital de poetas. Os presentes poderão também apreciar os desenhos de Robélio Rodrigues, ilustrador da obra, que vem de Itacaré (BA), onde se dedica à arte do desenho de retrato. Feirense, Lana é aficionada pela leitura e
sandropenelu@gmail.com
SÁBADO (03/08) ATRAÇÃO
LOCAL
HORA
ENDEREÇO
CESCÉ AMORIM
Bar Ba Idade
13
Rua Aristides Novis Kalilândia
18
Praça Duque de Caxias
PITITIU
Quiosque Encontro dos Amigos Cidade da Cultura
21
LUCIANO ROCHA
Quiosque do Mazinho
21
SANDRO PENELÚ
Saigon Restaurante
21
GELIVAR E SEU GRUPO
Bengos Bar
22
Conjunto João Paulo Praça de Alimentação Centro Rua José Pereira Nascarenhas – Px Cortiço Estação Nova
JOSAS ALMEIDA CANGAIA DE JEGUE E WILLIAN DE CASTRO BANDA BALANEJOS
Paradinha Pastelaria
21
Rua São Domingos
Johnnie Club
22
Rua São Domingos
The House
22
Av. João Durval
ELIOMAR SANTOS
Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com
Itamar Vian Arcebispo Metropolitano
di.vianfs@ig.com.br
Luzes no Caminho
As nossas escolhas Uma caravana viajava pelo deserto com vinte camelos. Ao cair da tarde chegaram a um tranqüilo oásis, onde pernoitariam. Ali havia um conjunto de estacas firmes, onde os camelos eram amarrados para que não se dispersassem e fugissem. Os empregados deram-se conta que faltava uma estaca; só havia 19. O patrão garantiu que este não seria o problema. Amarram os camelos nas estacas e, ao chegar ao vigésimo animal, fingiram cravar uma estaca no solo. E o patrão explicou: o camelo é acomodado, imaginará que está sendo firmemente amarrado e não fugirá. E, na manhã seguinte, efetivamente, o animal estava quieto, em seu lugar.
A HISTÓRIA da humanidade aponta figuras ímpares que não aceitaram a impossibilidade. Foram lá e conseguiram o impossível. A mesma história ignora os milhões de desconhecidos que aceitaram como definitivas algumas coisas e por isso nada fizeram.
NA VIDA de cada um existem muitas estacas imaginárias, que amarram uma determinada dependência. Eu sou assim, garantem alguns, não consigo deixar este hábito. Pode ser o fumo, a bebida, a gula, o orgulho, a preguiça, a teimosia. Porque falta ousadia, capacidade de quebrar correntes, bem mais fortes, a pessoa segue a rotina da vida, atrelada às suas limitações. Recusa-se em assumir as rédeas da vida.
A CADA DIA, todos nós somos obrigados a tomar algumas decisões. Essas decisões acabam tendo influência sobre o nosso futuro. A vida é a arte de escolher, e a felicidade está nas escolhas certas. Tudo o que somos hoje é o resultado das escolhas que fizemos. Mas estas escolhas não são definitivas, pois a cada dia precisamos refazê-las, isto é: aquilo que vivemos e decidimos no passado precisa ser continuamente revisto no presente.
HENRY FORD, o pioneiro da fabricação do automóvel em série, garantia: “Se você quiser, ou se você não quiser, sempre terá razão”. Você decide se é um perdedor ou vencedor. Quando Napoleão chegou, numa de suas campanhas, em frente à cadeia montanhosa dos Alpes, seus oficiais apontaram as dificuldades existentes. O estrategista, com tranqüilidade e coragem, afirmou: “os Alpes não existem” e determinou a vitoriosa travessia.
SOMOS livres para escolher o que semear, mas vamos colher aquilo que semeamos. Quem semeia flores, colherá alegrias; quem semeia espinhos, colherá tristezas; quem semeia ventos – garante o Evangelho – colherá tempestades: e, por sua vez, quem nada semeia, nada colherá.
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Feira de Santana, sexta-feira 2 de agosto de 2013
Município e estado disputam ação na avenida Sérgio Carneiro deputado Zé Neto anunciou que se reuniu ontem com o secretário de Infraestrutura e vicegovernador Otto Alencar e que já nesta sexta-feira (02) o Derba começa a
Com entulho, moradores interditaram a avenida dia 31
Depois que os moradores da avenida Sérgio Carneiro, no bairro Santo Antônio dos Prazeres, interditaram com entulho vários trechos da avenida, na quarta-feira, prefeitura e governo do estado disputam as intervenções para amenizar a situação drástica verificada na via, praticamente intransitável, que conduz ao aeroporto Sérgio Carneiro e ao distrito de Jaíba. A prefeitura anunciou ontem que realizará ações emergenciais após o período de chuvas.
“Aquela via é de responsabilidade do estado, mas a prefeitura tomará providências para amenizar a situação. Mas precisa-se aguardar o tempo melhorar, pois é impossível fazer qualquer coisa em período de chuvas. Assim que houver possibilidade vamos fazer o serviço à base de cascalho ou pó de brita, e passar o rolo compressor”, explicou o prefeito José Ronaldo, após reunião com seu secretário de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro.
ESTADO Por sua vez, o
EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA 2013 A Diretora Presidente da Cooperativa dos Badameiros de Feira de Santana – COOBAFS, inscrita no CNPJ: 05.830.069/0001-66, no uso de suas atribuições que lhe confere o Estatuto Social, CONVOCA seus 31 associados para a Assembléia Geral Ordinária no dia 12 de Agosto de 2013, no Galpão da COOBAFS localizado na Avenida João Durval Carneiro, nº 3311-A, CASEB, Feira de Santana - Bahia. Tendo como ordem do dia: 1. Resultados da Pré-Assembléia: Afastamento, eliminação, exclusão e inclusão de cooperados; 2. Prestação de contas de 2012, com o parecer do Conselho Fiscal contendo: 2.1- Relatório de Gestão; 2.2- Balanço Geral; 2.3- Demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas e parecer do Conselho Fiscal; 2.4- Plano de atividades da cooperativa para o exercício seguinte; 3. Destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas deduzindo-se, no primeiro caso, as parcelas para os fundos obrigatórios; 4. Eleição e posse dos componentes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; 5. O que ocorrer. Convocações: - A primeira (1ª) convocação às 08:00h (2/3 do número de cooperados em condições de votar); segunda (2ª) convocação às 09:00h (metade mais um) dos cooperados em condição de votar; e a terceira (3ª) convocação às 10:00h mínimo de 10 (dez) cooperados. Feira de Santana, 01 de Agosto 2013 Edna Maria Brandão Santos Diretora Presidente - COOBAFS
fazer um tapa-buracos na Avenida Sérgio Carneiro. Otto informou também sobre a republicação do edital para obras mais
duradouras, no prazo máximo de uma semana. O estado promoveu licitação para o serviço há poucos dias, mas não houve interessados.
O valor é de R$ 3,6 milhões. “Vamos fazer um asfalto de qualidade, como tem sido marca do governo Wagner”, prometeu o deputado.
Indústria paulista assume fábrica norte americana no CIS O grupo industrial brasileiro Penha assumiu ontem (01) o controle da unidade de fabricação de embalagens de papelão ondulado no Centro Industrial do Subaé que pertencia à Rigesa MWV, gigante norte americana do setor. A operação teve que ser aprovada pelo CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, por envolver a liderança do setor no Nordeste. O setor de embalagens de papelão integra grande parte da cadeia de fornecimento de bens de consumo (alimentos, calçados, químicos, farmacêuticos, eletrodomésticos, eletrônicos, etc) e é considerado um termômetro da economia. A aquisição permitirá ao Grupo Penha atingir fatia superior a 50% de participação no setor de embalagens de papelão ondulado na região Norte-Nordeste, um dos mercados
que mais cresce no país. Segundo Carlos Edson Shiguematsu, presidente do grupo, “já estávamos consolidando investimentos na aquisição e modernização de unidades produtivas em Santo Amaro e Salvador e, agora, a aquisição dessa unidade de Feira de Santana nos permitirá buscar uma maior participação no setor de embalagens de papelão ondulado”. A fábrica de Feira de Santana é uma unidade industrial moderna e bem equipada, mas opera hoje abaixo do seu potencial. A Penha espera ampliar a produção e integrá-la às demais unidades situadas no Recôncavo: “A produção de embalagens de papelão ondulado no Nordeste será suprida pelo papel reciclado fabricado em Santo Amaro, diminuindo significativamente os custos logísticos do Grupo Penha e equilibrando, de forma sustentável, o ciclo produtivo na região”, afirma Maurício Andrade, Diretor Geral da Penha na Bahia e Paraná.
Com mais de 50 anos de existência fabricando papel e embalagens de papelão ondulado, o grupo original de Itapira (SP) produz cerca de 160 mil toneladas/ano de embalagens. O Grupo Penha se instalou na Bahia em 2005 através da aquisição de unidades industriais desativadas e fazendas localizadas no Recôncavo, as quais foram modernizadas e segundo a empresa deram origem a um sistema produtivo verticalizado e ambientalmente sustentável. O processo se inicia na aquisição de papelão descartado (132 mil toneladas anuais de aparas), que serve de matéria prima para a fabricação de papel reciclado, por sua vez utilizado na fabricação de embalagens de papelão. Sem precedentes no Brasil, o processo industrial de fabricação de papel reciclado da Penha utiliza como energia a biomassa de bambu, cultivado de forma sustentável
em fazendas nos municípios de Santo Amaro, Cachoeira e São Francisco do Conde. Todas as unidades da Penha na Bahia são certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council). O grupo Penha investiu na Bahia R$ 150 milhões desde 2005, sendo R$ 20 milhões somente em 2012. Esse investimento beneficiou a economia de Santo Amaro, fortemente abatida pelo fechamento das empresas antecessoras. As atividades das quatro unidades baianas (Depósito de Aparas Nossa Senhora da Penha, Penha Papéis, Penha Embalagens e Penha Agroflorestal) geram cerca de 1.500 empregos diretos na região de Santo Amaro e em Salvador e mobilizam aproximadamente 28 mil pessoas em todo o estado, envolvidas direta ou indiretamente com coleta de aparas de papelão, geralmente organizados em cooperativas.
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Feira de Santana, sexta-feira 2 de agosto de 2013
Em 1968, Plano Diretor previa 16 andares no Anel de Contorno Aprovar projeto limitando a altura dos prédios a 10 andares dentro do Anel de Contorno é retroceder a 1968. A opinião é do secretário de Convênio e Gestão da prefeitura, Arsênio Oliveira, que é arquiteto e não concorda com a proposta apresentada no Legislativo pelo vereador Ronny. “Feira é a primeira cidade da América Latina a ter um plano de desenvolvimento local integrado (PDLI), que é o plano diretor, onde já se previa a construção de 16 pavimentos dentro do Anel de Contorno”, informa o secretário. O projeto de Ronny foi aprovado em primeira discussão e ontem, primeiro dia de sessão depois do recesso de julho, seria votado em segunda discussão, mas acabou adiado para segunda-feira. “Se hoje as áreas centrais do município já têm um preço muito elevado do terreno, imagine se você limitar as construções a dez pavimentos?”, afirma o inspetor chefe do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Diógenes Sena. Para ele o que se deveria fazer é construir prédios acima do que é permitido hoje. Diógenes prevê que com a lei de Ronny, a cidade iria se expandir para regiões sem
Prédios altos ainda são raros no horizonte de Feira de Santana
a menor infra-estrutura. “Para o crescimento da cidade, isso não seria nada bom”, opina. Para ele essa situação provocaria uma superinflação no preço de imóveis e terrenos. Segundo o autor da matéria, a proposta visa o ordenamento da cidade, que está em franco crescimento, inclusive territorial. “Recentemente a cidade ganhou seis novos bairros. Será que essas localidades estão preparadas para receber esse tipo de estrutura?”, questiona. Ele cita que daqui a seis meses deve
começar a funcionar o aeroporto João Durval Carneiro, conforme previsão do governo do estado e um dos pontos discutidos foi a proximidade que os prédios deveriam ter do aeroporto. “Feira pode crescer de uma forma horizontal, no quantitativo, e na forma vertical, mas limitada a essa condição. A construção de prédio maior que 10 andares também prejudica o solo e outras áreas”, afirma. Ex-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira
de Santana, Armando Sampaio promoveu reunião em julho para tratar do assunto, com empresários do setor da construção. Para ele, não houve discussão para apresentar a proposta. “Existe respaldo à iniciativa, dado por técnico de urbanistas, engenheiros, arquitetos? Há alguma explicação compatível com a abrangência da lei, com a seriedade que requer uma decisão deste porte? A mim parece existir interesses dissimulados no projeto. Ou a mera
intenção ou vaidade de ser o “pai” de um projeto polêmico”, desconfia. Para Armando, é urgente a necessidade de discutir o plano diretor para Feira de Santana, onde esta e outras questões referentes ao crescimento da cidade seriam discutidas. “Os vereadores deveriam, em vez de criar projetos esdrúxulos, se preocupar com o ordenamento do centro da cidade, do comércio informal, do Anel de Contorno, com o Centro de Convenções, cobrar do governo do estado o atendimento às nossas demandas. Limitar gabarito de construção é para profissionais de conhecimento e experiência em urbanismo”.
CONSTRUTORAS EM SILÊNCIO O curioso é que as construtoras da cidade, que seriam as grandes afetadas economicamente, preferem não se pronunciar. A reportagem procurou três: as construtoras L.Marquezzo, Atrium e Marinho. Diretores e assessores de comunicação disseram que, por enquanto, não vão se pronunciar. Um deles limitou-se a dizer que nunca foi convidado a comparecer a uma sessão
na Câmara Municipal para discussão do projeto. A respeito disso, Ronny diz que a ideia foi proposta inicialmente pelo ex-vereador Genésio Serafim, que exerceu o último mandato de 2004 a 2008, quando promoveu audiências públicas, onde o setor da construção não compareceu porque não quis.
SEGURANÇA Quanto a um suposto risco de prédios altos não oferecerem segurança para o combate ao incêndio, argumento eventualmente utlizado por defensores do limite de 10 andares, o Coronel Antunes, comandante do Corpo de Bombeiros, garante que a ação de combate a incêndio é a mesma em qualquer prédio, independente da quantidade de pavimentos. “O que é necessário é que cada prédio tenha seu sistema de prevenção e combate a incêndios, com escada corta-fogos, mangueiras, extintores, entre outros”. Ele informa que os bombeiros não foram consultados para tratar do assunto. (reportagem Valma Silva)
STR quer lutar contra criação de bairros Inconformados com a criação de seis bairros que deixarão a zona rural para serem incorporados à sede, os trabalhadores rurais pretendem se mobilizar para impedir a efetivação da medida, já aprovada pela Câmara, por meio de projeto enviado pela prefeitura. Foram criados os bairros Cis Norte, Pedra Ferrada, Mantiba, Registro, Chaparral e Vale do Jacuípe. Nesta quinta (01), o Sindicato dos Trabalhadores Rurais promoveu seminário para tratar do assunto e o presidente José Ferreira, o Zé Grande, disse que se for o desejo das comunidades rurais, o sindicato vai promover manifestações nas ruas contra a lei.
“Pra gente da zona rural, dificulta a nossa situação de vida, nós como pequenos agricultores. Não há beneficiamento nenhum”,
Zé Grande fala aos trabalhadores, que estão indignados com a mudança
Segundo ele, a passagem de zona rural a zona urbana vai dificultar a aposentadoria rural, os agricultores terão dificuldade de acesso a crédito e os projetos
sociais específicos para o homem do campo ficarão inacessíveis. Ele estima que cinco mil camponeses poderão ser prejudicados. No seminário o professor Gerinaldo Costa,
da UEFS, projetou mapas mostrando aos presentes os limites de cada bairro, para que pudessem localizar suas propriedades e saber se estariam incluídos nos novos bairros.
criticou a lavradora Vera Lúcia Carvalho, moradora da área compreendida agora como bairro CIS Norte.