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EM BREVE NO SHOPPING BOULEVARD


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Meio Ambiente

FEIRENSE

Sexta-feira, 7 de junho de 2013

Preservação de mananciais hídricos. O que tem sido feito? N

ão é de competência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM). Mas, o secretário Roberto Tourinho diz estar atento também as questões de preservação ambiental. “Verificamos que existe agressão constante às lagoas, rios, os mananciais hídricos no município de Feira de Santana. Invasão, aterramento, ocupação irregular de áreas que são consideradas de preservação permanente, ou área de preservação ambiental, as famosas APPs e APAs é uma realidade”. Roberto Tourinho afirma que o custo para recuperação de lagoas, é muito alto, e é muito importante que as pessoas as preservem, não invadam, não agridam, porque o município não tem condições de recuperá-las. Como exemplo, citou o caso da Lagoa Salgada, que é centenária, e vem sofrendo todo tipo de agressão. Construções irregulares nas suas margens, aterramento, retirada ilegal de areia, e o município não possui os recursos necessários para fazer umo Processo de Recuperação de Áreas Degradadas (Prade). “Um Prade numa lagoa como aquela representaria alguns milhões de reais”. Diz o secretário acrescentando que “quando nós identificamos qualquer tipo de agressão dessa natureza, os nossos fiscais vão até o local, notificam, autu-

Roberto Tourinho - Secretário Municipal de Meio Ambiente

José Ronaldo visita a lagoa do Geladinho

am e em muitos casos fazemos demolições em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano”. Sobre a recuperação da Lagoa Grande, obra que está sendo realizada através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o secretário afirmou que a SEMMAM tem acompanhado e que as intervenções não tem ocorrido com a celeridadedesejada. Ele acredita que a demora dessas obras contribuem para a ocupação em algumas áreas. “Verificamos quevolta e meia aparece um barraco, uma casinha sendo construída, e se esta obra demora, pode haver um

comprometimentoem decorrência das agressões que são perpetradas contra o meio ambiente”. Roberto Tourinho também acredita que é necessária a parceria da população para preservação do meio ambiente. As intervenções do governo são necessárias. Tem que haver a recuperação e transformação dessas áreas em ambientes de lazer. Ele lembra que o Parque Erivaldo Cerqueira, na conhecida Lagoa do Geladinho é um exemplo. “Quando o prefeito José Ronaldo assumiu a prefeitura, aquele parqueestava completamente destruído, a administração municipal fez

uma recuperação, melhorando a segurança, já existe inclusive guardas municipais, e hoje já volta a ser frequentado”. No que tange a segurança, é pretensão da Secretaria de Prevenção à Violência (SEPREV), criar um pelotão especial, uma guarda ambiental, onde profissionais serão treinados para lidar com crianças, com jovens e todas as pessoas que frequentam um parque, com umperfil diferentede uma guarda municipal vai fazer uma intervenção, por exemplo, no combate de drogas numa escola. “O Quiosque existente no local está funcionando e existe também uma grande quantidade de peixes na lagoa e eu acredito que em pouco tempo o poder público poderá implantar ali a pesca esportiva”, diz ele. Rio Jacuípe

Lagoa Grande está sendo recuperada pelo governo do Estado com verbas do PAc

A degradação do Rio Jacuípe é outra preocupação da SEMMAM. O secretário Roberto Tourinho informou que está sendo feito um estudo

para conhecer as condições das águas, mais precisamente próximo aos Três Riachos e a estação de tratamento da Embasa, para verificar, inclusive, se esta empresa está cumprindo as determinações, tratando como é sua obrigação antes de despejar as águas servidas no rio. “Estivemos no rio Jacuípe, acompanhado inclusive do Dr. Aldo Rodrigues, que é promotor regional do meio ambiente, sediado em Feira de Santana. O ministério público já fez uma solicitação à FUNASA, para que seja feito um levantamento das condições da água na margem do rio Jacuípe, mais precisamente próximo aos três riachos. Estivemos também acompanhados do representante do INEMA, e estamos em parceira com estes órgãos, fazendo esse levantamento, já que a SEMMAM não dispõe de equipamentos para verificar a qualidade da água. A coleta das amostras já foi feita e este estudo irá identificar, primeiro se a estação de tratamento da Embasa está cumprindo o seu papel, se a água despejada no Jacuípe está sendo tratada como é a obrigatoriedade da estação de tratamento”. Também está sendo verificada a qualidade da água nas proximidades da ponte do Jacuípe, vez que os últimos dados de coleta que foram feitos no ano de 2011pelo INEMA, FUNASA e Ministério Público, não foram nada animadores. Diz Tourinho que afirma: “Esses dados Não foram tornados públicos, até para que não existisse uma reação muito grande por parte da população. Mas, agora

nós estamos, em parceria com Ministério Público e a FUNASA, providenciando um novo levantamento e aí sim ações mais concretas de todos esses órgãos, Prefeitura, INEMA e Ministério Público”. Extração de areia Segundo Roberto Tourinho, há uma grande quantidade de extração irregular de areias no município de Feira de Santana. “Temos recebido muitas denúncias de distritos como Maria Quitéria, Humildes, Jaíba, onde as pessoas vem fazendo a extração desse material de forma irregular. Este tipo de extraçãoé controlado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama), porém, mantivemosaudiênciacom a superintendência do órgão em Salvador, estamos monitorando todas essas extrações de areia, com coordenadas geográficas. Encaminhamos ao Ibama que vai nos responder quais as extrações são legalizadas, e quais estão operando de forma clandestina em Feira de Santana. Em parceria, Prefeitura Municipal, Ibama e outros órgãos, haveremos de fazer o acompanhamento e aplicar as penalidades legais. É bom que se diga que estas penalidades não são de responsabilidade do município, porque nós apenas notificamos para que essas pessoas compareçam ao órgão paralegalizar, em Feira de Santana a grande maioria é ilegal, e nós já pedimos inclusive o empenho do órgão competente para resolver o problema”, concluiu.

Direção & Produção:

João Sérgio Vital Edição: Cristóvam Aguiar Reportagem: Maura Sérgia Diagramação: Alyrio Santos

Impressão: (75) 3623-0011

Preocupação com a degradação do Rio Jacuípe


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SEMMAM: Um balanço das atividades E

m apenas cinco Polícia Civil. As pessoas meses à frente da reclamam através do teSecretaria Municipal de lefone156. De possedos Meio Ambiente (SEMdados de estabelecimenMAM) o secretário tos que são potenciais Roberto Tourinho já causadores de poluição mostra a que veio. Em sonora – bares, restauum balanço das ativirantes, casas de shows, dades realizadas neste casas de espetáculos – período, observa-se que trabalham com som que ele está sempre ao vivo, e que não respeiatento ao cumprimentam o limite de decibéis to da preservação do determinado por Lei meio ambiente. A SEM(70decibéis ao dia e 60à MAM vem fazendo um noite), nós temos nosso combate sistemático a banco de dados e agipoluição sonora e visumos”. Informa o secreal na cidade, e tem agi- Apreensão de equipamento de som pelo programa “Feira Quer Silêncio” tário. do também na preserExistetambém apoluivação dos mananciais hídri- torno, onde existia uma gran- cos”. Mas, pouco tempo de- ção sonora causada por som cos e extração irregular de de quantidade. “Retiramos pois a prática acontece outra de veículos automotores, os areias no município de Feira cerca de 120 placasde todo vez. Essas ações são cons- famosos “paredões”, que de Santana. tamanho, sem nenhum tipo tantes. muitas vezes aterrorizam a “Quando nós assumimos de padrão, não respeitando cidade nos finais de semana. Poluição Sonora a secretaria no dia 1º de Ja- absolutamente nada. Noti“Fazemos blitzen e quando neiro, por solicitação do pre- ficamos proprietáriose tamdetectado, é feita a apreenO combate à poluição so- são dos equipamentos, levafeito José Ronaldo, fizemos bém fizemos retirada de caimediatamente algumas ações valetes, cones,banner, fai- nora é uma constante na dos para o pátio da prefeitude combate à poluição sono- xas”. Conta Tourinho que foi SEMMAM. No dia 18 de Ja- ra, e no dia seguinte é encara, ambiental e visual”, decla- necessário atéefetuar a prisão neiro foi iniciada a operação minhado para a Polícia Civil, ra o secretário. Com relação de pessoas que estavam co- “Feira quer Silêncio”, com- que formaliza o inquérito e à poluição visual, ele diz que lando cartazes de cartoman- blitzen realizadas nos finais manda para oJuizado Espesolicitou dos proprietários de tes, exoteristas, em postes, de semana. “Essas blitzen cializado Criminal (JECRIM), empresas de outdoor a rela- criando uma poluição visual. são realizadas em parceria- já que se trata de um procesção de todas as placas que “Uma prática já démodé, co- com outros órgãos. Além dos so de crime ambiental. Cabe essas empresas possuíampa- lar cartazes em postes numa fiscais da SEMAM, da Guar- a Justiça julgar e proceder as ra o controle da prefeitura. cidade de meio milhão de ha- da Municipal, Superintendên- penalidades cabíveis em cada Aquelas que estavam instala- bitantes, ferindo o código de cia Municipal de Transporte caso. Após vencido esse pradas de forma irregular foi meio ambiente que proíbe a e Trânsito (SMTT), conta- zoas pessoas poderão reaver providenciadaa retirada, prin- colocação de cartazes em ár- mos com o apoio da Polícia ou não os seus equipamencipalmente no Anel de Con- vores, postes eprédios públi- Militar, Ministério Público e tos”. Desde o início das ope-

rações em 18 de Janeiro até o final do mês de maio, foram feitas mais de 200 notificações com apreensão de equipamentos, informa Tourinho. Poluição Ambiental Com relação à poluição ambiental, causada por indústrias, embora não seja de competência do município, e sim do governo do estado, através do INEMA, a SEMMAM também está atenta.”Nós ajudamos o INEMA. Quando há uma reclamação, nós designamos um fiscal até o local, o fiscal faz uma notificação e nós man-

damos para o INEMA, para que adote as providências legais, em notificar, autuar, se for o caso até interditar a indústria. Nós temos tido uma ótima relação com o INEMA aqui em Feira de Santana e temos avançado muito também nesta área. Acredito que, à exceção de algumas reclamações pontuais de algumas indústrias do CIS, em determinadas épocas do ano, ou de acordo com a temperatura, ou determinados horários, tem diminuído muito a poluição ambiental causada por indústrias no município, considerando o passado, aquelas indústrias que eram poluidoras em nossa cidade”.

O combate à poluição ambiental é responsabilidade de todos


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“O centro de Feira está sobrecarregado e desorganizado, gerando uma poluição visível”, diz Zé Neto

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Cuidar da casa O

s calendários assinalam para 05 de junho, o Dia mundial do Meio Ambiente e da Ecologia. A data pode ter virado fenômeno de moda, a exemplo de tantos outros, mas diante de certas realidades é impossível ficar calado. Por isso, gostaríamos que o dia servisse para uma reflexão séria sobre nosso papel diante do meio ambiente.

O TERMO “ecologia” existe há mais de 130 anos, mas ganhou expressão nas últimas décadas, quando ficou claro que o homem estava destruindo sua casa, o mundo onde vive. Isto significa uma ameaça concreta ao futuro. Na década de 50 temia-se a Bomba Atômica. Hoje a poluição é bem pior que a bomba. A ECOLOGIA é hoje, possivelmente, a bandeira mais universal das bandeiras, assumindo contornos planetários. Inquilinos descuidados, maltratamos o meio ambiente, nossa casa, ameaçando a própria vida. Todos de alguma maneira, somos coniventes. Se alguém derruba uma árvore, esta desaparece para todos. MILHARES de árvores foram cortadas sem serem substituídas. A sombra, o ar, o equilíbrio foram atingidos e em algumas áreas surgiram intermináveis desertos. Por falta de preservação, muitos rios secaram. O desmatamento progressivo afeta o regime das chuvas e a temperatura da terra aumenta. Muitas espécies de animais, peixes e árvores simplesmente, desapareceram. UM CAPÍTULO à parte refere-se ao lixo. A Terra assemelha-se, hoje, a uma grande lixeira. Há pneus, garrafas, venenos espalhados ao ar livre. E este lixo não fica apenas na terra. Ele invade as águas e o ar. O próprio céu não está mais azul. A atmosfera está cheia de buracos e o sol queima mais e afeta a pele. Você se dá conta da origem do câncer de pele? O DIA MUNDIAL do Meio Ambiente e da Ecologia deve ser um sino que soa chamando para o grande encontro do homem com a natureza. Respeite a natureza. Ela não tem como falar para reagir, mas reage não falando. Respeitar a natureza é um ato de inteligência consigo mesmo e um ato de amor aos filhos do presente e do futuro. É também uma maneira de louvar a Deus. SENHOR, onde houver quem jogue lixo em local inadequado, que eu possa despertá-lo para a consciência ambiental. Onde houver alguém poluindo rios, que eu possa educá-lo a não fazer mais. Onde houver alguém destruindo matas e florestas, que eu possa sensibilizá-lo a protegê-las. São Francisco de Assis, Patrono da Natureza, protegei nosso meio ambiente e abençoai os que o defendem. + Itamar Vian Arcebispo Metropolitano di.vianfs@ig.com.br

x-presidente da Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Zé Neto (PT) defende ações sustentáveis para o desenvolvimento de Feira de Santana. No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste 05 de junho, o atual líder do governo na AL-BA comenta a degradação de lagoas, poluição no centro da cidade e destaca o papel do Estado e do Município no processo de crescimento, inclusão e preservação.

Tribuna Feirense - Lagoas de Feira de Santana, a exemplo da Subaé, Lagoa Grande, Prato Raso e Salgada passam por processo visível de degradação. O que o deputado sugere para minimizar os efeitos nocivos nestes espaços?

ZN – Essa é uma questão que merece a atenção do Município. É preciso haver um trabalho com igrejas, bares, boates, casas de show, colocando a necessidade de se criar espaços acústicos

Zé Neto - O governo estadual está investindo mais de R$ 45 milhões neste momento na Lagoa Grande. Inclusive, nos próximos dias sai o resultado da nova licitação e assinamos contrato para dar continuidade às obras. Estamos recuperando mananciais, trabalhando com a Embasa no saneamento básico e isso atende não só à Lagoa Grande, mas às outras lagoas. Um exemplo disso é que quando projetamos a Nóide Cerqueira – avenida de 08 km construída com recursos do Estado –, nós fizemos a canalização das águas de chuva para que toda ela seja depositada na Lagoa Salgada, buscando sua revitalização. Outra situação é que nós precisamos ter da Prefeitura um trabalho efetivo de remapeamento para que se tenha mais controle. Hoje o próprio Município tem dado, em muitos casos, como o da Lagoa do Prato Raso, a autorização para construção de unidades habitacionais e até de ruas com autorização para a Coelba e a Embasa instalarem seus serviços. Isso demonstra que não há um interesse mais efetivo em preservar estas lagoas. Portanto, é preciso haver integração maior entre o que faz o município e o que faz o Estado. De nossa parte há abertura e interesse de progredir no intuito de buscar resolver os problemas.

adequados. Essa questão deve passar por diálogos, inclusive com a abertura de linhas de financiamento no Banco do Nordeste, na Desenbahia, e me coloco à disposição para fazer esse debate. Também acho que é preciso dialogar com alguns setores da cidade, a exemplo dos que curtem os paredões de som, que tem um lado econômico, esportivo, de prazer, diversão, de encontro de uma tribo que gosta deste tipo de atividade. E acho que deve haver diálogo mais próximo com as instituições, trabalhando no sentido de fazer o ordenamento, a orientação e o financiamento.

TF – Uma reclamação da população feirense é a poluição sonora. Qual a sugestão do deputado para minimizar esta modalidade de agressão ambiental?

ZN – Em todos esses novos empreendimentos, os projetos precisam de estudos de impacto ambiental e o Estado fará a sua parte. Outra parte é feita pelo Município.

TF – O governo do Estado adquiriu recentemente novas áreas para ampliação do Centro Industrial Subaé (CIS). O que ele vai fazer para reduzir os possíveis impactos ambientais causados pelos novos empreendimentos que vão poder se instalar em Feira e cidades vizinhas?

Há um compartilhamento ambiental feito entre município e Estado, que devem trabalhar juntos para garantir que o desenvolvimento venha - e virá - mas que não traga poluição e que as empresas tenham os mecanismos adequados para consolar seus poluentes e não afetar ou trazer qualquer dificuldade para as comunidades. Nisso o CIS tem sido muito rigoroso e esses projetos todos para serem autorizados passam pelo crivo do município que tem também seu grau de fiscalização. Aí é mais integração, que tem havido. O que pudermos melhorar vamos melhorar. E a tendência é que a gente a cada dia tenha condição de efetivamente, principalmente com a questão do compartilhamento ambiental, fazer com que esse desenvolvimento ocorra, mas de forma sustentável.

confortáveis e convenientes para a venda de alimentos. Estamos vendo o centro de Feira sobrecarregado e desorganizado, gerando uma poluição muito visível. Precisamos ter uma ação concatenada e respeitosa para melhorar essa situação. Os ônibus são vilões históricos. Ônibus velhos, fumaçando, trazendo ruídos, insegurança e situações que por todo o tempo são reclamadas e não são resolvidas por interesses diversos que não deixa prevalecer o bom senso, que seria exigir que estes veículos tivessem idade e controle técnico para evitar tanta emissão de poluentes e garantir a segurança da população. Sem contar que na cidade há um processo, cada dia mais indisciplinado, da utilização de faixas e propagandas em lugares inadequados. Tudo isso precisa ser disciplinado, organizado; depende de coerência política e também de força da sociedade. O Estado fica aqui à disposição também desse bom diálogo e nesses enfrentamentos, obviamente, quando formos chamados, teremos disposição de ajudar a construir um caminho que seja o mais sustentável, adequado e que possa prevalecer os interesses da vida.

TF – E sobre a poluição no Centro da cidade? ZN – Aí passa por vários movimentos que precisam ser feitos. É preciso investir em infraestrutura. Nós, do Estado, estamos investindo, como fizemos nos últimos seis anos, em saneamento básico. Por incrível que pareça, havia fossas assépticas sendo jogadas no centro há algum tempo; em parte, já estamos com esse problema resolvido. Outra parte vamos resolver, até o fim de 2014, com a última etapa da Bacia do Pojuca, já que já está junto com a Bacia do Subaé e a Bacia do Jacuípe - praticamente pronta. Resolvendo o problema do Pojuca teremos 100% da cidade, praticamente, com seu nível urbano atendido por esgotamento sanitário. Outro aspecto é que a cidade vive um transtorno grande em relação a toda a degradação que se dá em face de não haver disciplinamento do comércio ambulante e me parece que fazem de propósito para poder estrangular o sistema e deixá-lo como o grande vilão. E com o sucateamento do Centro de Abastecimento, da Feira da Estação Nova e da Cidade Nova, há poucos espaços

TF – A cidade deve continuar se desenvolvendo do ponto de vista imobiliário, industrial, em mobilidade urbana. Neste processo, qual a atenção que deve ser dada pelo governo estadual? ZN – Meio ambiente é infraestrutura. Não pode ser lembrado depois de terminado o projeto, tem que ser o anteprojeto de todas as ações estruturantes, senão, lá na frente, fazem dele apenas uma maquiagem para dizer que entregaram alguma coisa com sustentabilidade. Eu vejo essa preocupação por parte do Estado. Nós estamos trabalhando com a Embasa no saneamento básico e uma de nossas preocupações foi instalar novas estações de tratamento de esgoto. Estamos construindo grandes piscinas para assentamento de lodo. Precisamos continuar pensando no meio ambiente como um sistema, ou vamos rapidamente esmagar, destruir ecossistemas. Em Feira, todas as nossas intervenções estruturantes realizadas pelo Estado têm tido o cuidado de observar as questões ambientais como princípio básico para nossas ações não trazerem prejuízo para o meio ambiente e para a população como um todo.


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Cuidando do meio ambiente por você! D

estacando-se no mercado da área de Consultoria e Assessoria Ambiental pela excelência nos serviços prestados com responsabilidade, competência e qualidade a Ambiental Consultoria completa 14 anos atuando no mercado de Feira de Santana, Salvador e Região. Seguindo o lema “Cuidando do meio ambiente por você” a Ambiental se propõe a resolver as questões ambientais dos seus clientes e parceiros, assumindo a sua gestão ambiental: gerenciando as licenças ambientais, o cumprimento dos condicionantes dessas licenças, a resposta a notificações, a elaboração e implantação de projetos ambientais, entre outras ações. Assumindo o meio ambiente das empresas, o empreendedor passa a contar com uma equipe técnica especializada pois, o suporte fornecido pela Ambiental Consultoria se estende desde às questões ambientais pertinentes ao Ibama (esfera federal), passando pelas questões das esferas estaduais e municipais (para aqueles municípios que já se encontram atuando dentro do Sistema Nacional de Meio Ambiente). Os estudos e programas ambientais desenvolvidos pela Ambiental estão cada vez mais aperfeiçoados através das modernas técnicas de mapeamento.

Mapa de ruídos antes da implantação do empreendimento

Uso do solo na área objeto de estudo – geoprocessamento de imagens

Durante esses 14 anos de atuação os serviços prestados, compreendem Coordenações de Comissões Técnicas de Garantia Ambiental; Licenciamentos Ambientais; elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; elaboração de Programas de Educação Ambiental; elaboração de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas; elaboração de Laudos Verdes e Levantamentos Florísticos; Diagnósticos Ambientais; implantação de Programas de Educação Ambiental e de Gestão de Resíduos; elaboração de Georreferenciamentos com Mapeamento de Áreas Contaminadas ou de Risco; Mapeamentos de Áreas de Preservação Permanente e de Inundação; Levantamentos de Fauna e Planos de Afugentamento de Animais; processos para Outorgas e Dispensas de Outorgas para uso de Recursos Hídricos; processos para lançamento de Efluentes; processo para Supressão e Dispensa de Supressão Vegetal; Autorização para Transporte de Resíduos Perigosos e/ou Produtos Perigosos; Averbações de Reserva Legal, entre outros.

Mapa das Áreas de Preservação Permanentes (APP)

Mapa demonstrando área de inundação do Rio

Os serviços prestados hoje pela Ambiental Consultoria abrangem, no estado da Bahia, os municípios de Feira de Santana, Irará, Lauro de Freitas, Coração de Maria, Conceição do Jacuípe, São Gonçalo dos Campos, Juazeiro, Buerarema, Santa Bárbara, Rafael Jambeiro, Santo Estevão, Camaçari, Salvador, Campo Formoso, Barra do Mendes, Catolândia, Teodoro Sampaio, Nazaré das Farinhas, Santo Antônio de Jesus e outros. Os estados de Sergipe, Alagoas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco também já contam com o suporte técnico fornecido pela Ambiental Consultoria através dos profissionais afiliados que trabalham diretamente nesses estados. A Ambiental embora tenha como cargo chefe o fornecimento de suporte técnico ambiental para instituições privadas, não deixa de fornecer apoio social a escolas públicas, comunidades eclesiais de base, entre outras, através de palestras e orientações voltadas para a gestão ambiental de resíduos, geração de emprego e renda através de reuso de materiais, orientações para revegetação de áreas, etc. Funcionando a 1 ano em nova sede a rua Anápolis, nº 681, transversal com a Av. Maria Quitéria.

Execução de arborização/revegetação vista das balizas indicadoras das espécies


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60 Km de rede de distribuição de água no setor Norte da cidade I

niciada em novembro do ano passado e com prazo de 18 meses para concluir, a Embasa está investindo mais de R$ 48 milhões numa obra para implantação de 57 km de rede de distribuição de água, que tem ainda uma adutora de 3 km, além de três reservatórios com capacidade de 8.000 m³ cada e uma estação elevatória de água tratada. Segundo o engenheiro Luciano Pelegrino, da PEJOTA Construções e Terraplenagens, responsável pela obra, a nova rede beneficiara o sistema de abastecimento de água de Feira de Santana – setor norte. Segundo o engenheiro, a água que vem do rio Paraguaçu através de uma rede existente, será canalizada próximo ao viaduto da Avenida João Durval através de uma adutora que percorrerá o Anel de Contorno até próximo à passarela Conceição Lobo, no Campo Limpo, onde vai alimentar três reservatórios que ali serão construídos no terreno de uma chácara que foi adquirida pela Embasa. A obra beneficiará cerca de 310 mil habitantes da região Norte que compreende os bairros do Campo Limpo, Asa Branca, Campo do Gado, Gabriela, Baraúnas, Geor-

ge Américo, Centenário, Cidade Nova, Jardim Cruzeiro, Alto do Papagaio, Asa Branca, Mangabeira, Feira VI, Novo Horizonte, entre outros. Ainda segundo ele, com o crescimento da cidade a demanda aumentou e houve a necessidade de se criar esse centro de Reservação, com capacidade de armazenamento de 24.000m³. No momento a obra se encontra na fase de assentamento da rede de distribuição, e já foram assentados cerca de 30 km de rede em diversos trechos da cidade. De acordo com engenheiro, as obras da adutora na Av. Contorno e do Centro de Reservação dependem da resolução de algumas pendências, tais como, autorização por parte do DNIT e ajustes no projeto executivo, respectivamente, mas estão sendo tomadas as medidas necessárias para resolver esses entraves. Quanto aos transtornos no tráfego de pessoas e veículos que este tipo de obra sempre ocasiona, o engenheiro pede que a população tenha paciência, porque as medidas estão sendo tomadas para minimizar esses problemas.

Construções e Terraplanagem Ltda.


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O lixo de Feira de Santana e seu PGRS Vera Schumann DRT0362-AL - Jornalista e Consult. Ambiental

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á não é novidade para os gestores públicos municipais a necessidade de elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Municipal – PGRS. Sua elaboração é condição “sinequa non” para o recebimento de recursos federais destinados a implantação de projetos relacionados a meio ambiente, em especial para projetos relacionados a resíduos. A Lei Federal nº 12.305/2010, que reza sobre a Política Nacional de Resíduos sólidos, diz no seu Artigo 18 que a elaboração do PGRS municipal é condição para os municípios terem acesso a recursos da União destinados ao manejo desses resíduos, e através do Art. 55, estabeleceu o prazo de dois anos para sua elaboração. “Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos previstospor esta Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.” O PGRS busca minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a legislação vigente. Se considerarmosa essência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde exigi entre outras coisas a inclusão social dos trabalhadores que lidam com resíduos sólidos, leiam-se catadores, Feira de Santana, assim como a maioria dos municípios do País, está à margem da Lei. Primeiro por que mesmo tendo elaborado o seu PGRS, por meio de uma atualização do Plano Municipal de

A necessidade da reciclagem

Áreas dos aterros sanitários em Feira de Santana. O aterro municipal foi desativado como aterro e segundo o PGRS, deve se transformar em um centro de tecnologias voltadas para a gestão de resíduos. O Aterro Sanitário da Viva Ambiental, embora em fase adiantada nas obras de implantação não chegou a operar e teve suas licenças ambientais suspensas recentemente por ordem judicial. Limpeza Urbana efetuando às adequações necessárias, falta implantá-lo; segundo por que não há efetivamente uma política de inclusão social que relacione catadores e resíduos sólidos. O modelo existente é resumido a duas empresas privadas, onde uma delas é responsável pela coleta e a outra pela disposição em aterro sanitário. Nessas duas fases – coleta e disposição –, absolutamente necessárias, ainda não ocorre, a separação dos resíduos. Esta ocorre, entretanto, à margem do sistema oficial, em pequena escala e ficapor conta dos muitos catadores, desorganizados e à mercê de atravessadores. E não há indícios que a situação mude. Urge uma ação direta da administração municipal que pode começar a partir do Cadastro Único existente na Secretaria de Ação Social, usado na gestão do bolsa família, para dar início à organização desses trabalhadores. Outra ação, esta definida no PGRS Municipal, consiste na construção dos “ecopontos”, espalhados pelos bairros mais populosos ou em pontos estratégicos, visando a facilidade de disposição dos resíduos de maneira organizada, segura e de fácil acesso para os catadores, que podem assim transportá-los para o comércio de reciclagem. Há ainda um segundo mo-

mento igualmente importante neste processo - o fator beneficiamento desses resíduos, mesmo que seja com uma simples prensa ou equipamento para confecção de fardos de papel, agregando valor ao resíduo que será comercializado. Não se almeja, ainda, na atual conjuntura de Feira, que a iniciativaprivada faça isso. Assim sendo, é dever do poder municipal fazer valer o estabelecido na Política Nacional de Resíduos Sólidos, no que se refere a essa inclusão, criando espaços para o beneficiamento desses resíduos e ajudando, pelo menos no início, na organização de associações dos catadores. A COOBAFS – Cooperativa dos Catadores de Feira de Santana, que já teve seu auge, atualmente agoniza, carecendo de apoio público - e por que não? – privado para se reerguer. Falta de recursosnão é desculpa. A construção dos ecopontos, não custa caro e podem ser implantados através da captação de verbas federais, por meio de vários projetos desde que os mesmos atendam aos requisitos exigidos para obtenção dessas verbas.E ecopontos como devem ser – com coletores separados, áreas identificadas, cumprindo as normas técnicas e ambientais em vigor. O resto é decisão, organização e atitude política para mudar esta situação.

Espaço físicopara a disposição de resíduos pode se configurar num luxo que Feira de Santana não tenha como atender. O avanço imobiliário para a área onde atualmente funciona o aterro acena para um grande conflito de interesses. De um lado empresas especializadas em aterro sanitário concorrendo entre si pelo mercado do lixo, adquirindo terras contíguas ao aterro existente; do outro lado o mercado imobiliário, fazendo pressão para conter o avanço da área do aterro. O fator que amplia a vida útil do aterro de Feira de Santana, se nós considerarmos a interrupção do crescimento em área, passa necessariamente pela reciclagem. Para fazer de fato a Política Municipal de Resíduos Sólidos, não basta apenas ter escrito e definido um PGRS. Mas aplicá-lo, considerando alguns aspectos, tais como: campanhas de educação ambiental junto a população – cidadãos comuns, comércio, indústria e serviços - com foco na conscientização quanto a necessidade de separar e dispor o lixo de forma segregada nos locais construídos e indicados pela prefeitura; capacitação dos catadores em relação aos cuidados, manejo, beneficiamento e mercado de seus subprodutos; articulação com os diversos setores da economia que lidam com matéria prima oriunda de resíduos e, finalmente, melhorar as condições de beneficiamento dos resíduos, iniciando pelo galpão cedido pela prefeitura a COOBAFS, situado no antigo Aterro Municipal, vizinho ao atual aterro e até ampliando o acesso para outras organizações de catadores, que através da implantação da política municipal de gestão dos resíduos, poderão surgir.

Estratégias para o sucesso da Política Municipal de Resíduos Sólidos Em linhas gerais,basta seguir o proposto no Plano Nacional de Resíduos Sólidos conforme previsto na Lei 12.305/2010, cumprindo as seguintesfases: I - Diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; II Proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; III - Metas de redução, reutilização e reciclagem, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; IV - Metas para o proveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final de resíduos sólidos; V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas. Cumprir o PGRS é uma necessidade real, que deve ser inserida no programa de ação de toda administração municipal, partindo, como já enfatizado, da educação ambiental. E

não apenas nas escolas, visando o amanhã, mas no cidadão de hoje que consome sem ver a medida de resíduos contida no seu consumo e muito menos a destinação desse mesmo resíduo. A política Municipal de Resíduos Sólidos de qualquer município, de qualquer cidade, país, passa pelo consumo consciente e, em seguida, pela gestão responsável dos resíduos gerados pela sociedade. Resultado: sustentabilidade, essa palavrinha tão proferida, e ainda, em pleno Século XXI, tão distante da realidade cotidiana do cidadão e que se traduz em diversas vertentes de investimento e ações visando a não menos propalada qualidade de vida – transporte sustentável – e transportes de massa -, indústria sustentável, serviços sustentáveis e gestão honesta e transparente dos recursos públicos – o dinheiro de todos nós. Ou, então, teremos de pensar em como será viver no planeta Marte... se pudermos pagar por este novo lar – e começar tudo de novo, no mesmo modelo insustentável?!...É isto o que queremos para nossos filhos e netos?!

Melhor qualidade de vida no ambiente em que vivemos é tarefa de cada um e de todos nós. Que o meio ambiente seja lembrado e preservado todos os dias, por cada um de nós! Uma idade sustentável começa em nossa casa Mude sua atitude ambiental. Faça melhor e mais!

Tudo em Licenciamento e Projetos Ambientais com Ética, Competência e Responsabilidade (75) 3021-5105 Feira de Santana-Bahia schumannambient@uol.com.br


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Obras proporcionam 25 mil novas ligações ao Esgotamento Sanitário A

Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), responde pela água tratada de 361 municípios (12,1 milhões de pessoas), dos 417 municípios do estado, e pelo sistema de esgoto de 74 cidades (4 milhões de pessoas). Segundo dados da empresa, novas 646 mil ligações domiciliares de água e 291 mil ligações intradomiciliares de esgoto foram implantadas de 2007 a julho deste ano. “A Embasa vem trabalhando para universalizar o acesso aos serviços de água e esgoto na Bahia até 2030”, projeta o engenheiro Abelardo de Oliveira Filho, que preside a companhia desde 2007. Os investimentos no Estado até 2014, nas contas da Embasa, somam R$ 6 bilhões e priorizam o esgotamento sanitário, com

R$ 3,5 bilhões; para a melhoria do abastecimento de água, são estimados R$ 2,5 bilhões. Em Feira de Santana, 72º município do Ranking do Saneamento, com cerca de 600 mil habitantes, a empresa CCP Construções está realizando obras da terceira etapa do projeto de esgotamento sanitário que envolve as bacias dos rios Jacúipe e Subaé. Com R$ 43,3 milhões de recursos, as obras objetivam a cobertura do atendimento com coleta, tratamento e destinação adequada do esgoto, devendo atingir a ampla cobertura em toda a cidade. Estão sendo construídos coletores, estações elevatórias e de tratamento, que proporcionarão cerca de 25 mil novas ligações domiciliares ao sistema de esgotamento sanitário da cidade.


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Campo do gado vai inaugurar este mês Fábrica de Reciclagem Animal De acordo com o planejado, o diretor-proprietário do Frigorífico Campo do Gado, Gustavo Machado, investiu no que até o ano passado ele chamava de “Fábrica de Rações”. Mas a ideia inicial evoluiu e até o final deste mês ele deverá estar inaugurando, dentro do complexo do Frigorífico, uma Indústria de Reciclagem Animal que, além de transformar os resíduos não comestíveis em ração, fará também o aproveitamento do sebo para a indústria de sabões e detergente e para a indústria de Biodiesel. “Essa nova fábrica vai agregar um valor significativo para o negócio, e com isso esperamos poder continuar a fazer novos investimentos e atingir os nossos objetivos, que já estão previamente estabelecidos”, diz Gustavo. O investimento na nova unidade é de aproximadamente R$ 6,5 milhões, gerando emprego e renda para cerca de 170 pessoas diretamente. Afora o couro, tudo que não é comestível no boi é transformado em ração para

Gustavo Machado, diretor-proprietário do Frigorífico Campo do Gado

frangos e suínos, e o sebo é aproveitado, principalmente, para a indústria de Biodiesel. A ração para frangos também leva sebo beneficiado, porque ele dá cor e sabor à ração, além de conter cálcio e proteínas necessários para as aves. Segundo Francisco Pacheco, sócio e responsável técnico no empreendimento, a capacidade da fábrica é de processamento de 1.200 toneladas por mês de material bruto, sendo que, inicialmente a estimativa é de produção

de 200 toneladas mês de material bruto com percentual de 50% de aproveitamento final, sendo 30% de farinha e 20% de sebo. Mas a nova indústria não utilizará matéria prima apenas do Campo do Gado, o fará também de outras fontes, até porque os resíduos de abatedouros de suínos, caprinos, ovinos e também de frangos, serão aproveitados, bem como a gordura descartada por lanchonetes e restaurantes. Para tanto, um sistema de coleta está sendo montado e utilizará, inicialmente, doze caminhões, que farão rotas por toda a Bahia e até em outros estados se necessário. Um dos fatores mais importantes é que o mercado consumidor esta bem perto. Segundo Francisco Pacheco, há clientes há menos de dez quilômetros da fábrica e em municípios vizinhos, portanto, colocação para a produção não será um problema. Exportação A fábrica foi construída de acordo a atender às especifi-

cações da Portaria 34 do Ministério da Agricultura que determina as regras operacionais para habilitação de estabelecimentos fabricantes de produtos de origem animal interessados em exportar e as diretrizes para a realização de auditorias e supervisões para a verificação do cumprimento dos requisitos sanitários específicos dos países ou blocos de países compradores, além dos procedimentos de fiscalização, pelo Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA) e Unidade de Vigilância Agropecuária (Uvagro) em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais. “Todo o nosso revestimento está na altura padrão que é de 2,60m, todo o processo é automatizado e dividido em setores sujo, médio e limpo, porque poderemos no futuro ter interesse em exportar os nossos produtos”, diz Francisco Pacheco. Alguns projetos que foram deixados de lado temporariamente, para focar as atenções na construção da nova fábrica, serão retoma-

dos oportunamente. Segundo Gustavo, as carnes do Frigorífico passarão a ser embaladas à vácuo visando atender principalmente as redes de supermercados. A desossa também será modernizada e melhor utilizada. Também está prevista a fabricação de embutidos (lin-

guiça, salames, chouriça e etc.), bem como carnes charqueadas de suínos e bovinos. E continua nos planos da empresa implantar biodigestores para produção de gás metano, que, através de geradores, será transformado em energia elétrica.


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Destinação adequada do esgoto ajuda na despoluição de rios e lagos

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Meio Ambiente Degradado Frei José Monteiro Sobrinho

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s corpos d’água de Feira de Santana apresentam, no presente, sintomas claros de estresse hídrico, alguns perigam entrar na fase terminal. Os rios, as lagoas têm sua fase de cansaço, envelhecimento e extinção, oriunda de processos naturais ou de ações antrópicas. Quando o calibre de água diminui nos leitos dos rios, as lagoas encolhem suas margens, ou o nível das águas baixa no subsolo, costumamos levantar a cabeça olhar as nuvens e tentar previsões técnicas, empíricas ou místicas, no aguardo da solução que bem do “céu”, do céu da terra (os cientistas), ou do céu de Deus (os devotos). A seca (estiagem) eleita como vilã impiedosa está, na sua complexidade, danificando não apenas os rios e nascentes mas, de maneira preocupante, as zonas úmidas dos litorais. O nosso Recôncavo o evidencia, a dois passos de Feira de Santana. A nossa Mata Atlântica, como um todo, submetida à exploração madeireira predatória, queimadas, expansão agrícola, pecuária e urbana, reduziu-se a apenas 7% do que érea em 1500. Os moventes da seca não são somente os fenômenos naturais. A intervenção antrópica (do homem) constitui-se num fator de primeira ordem aos danos ambientais. O homem não cuida dos rios mais do que dos desleixados a céu aberto. Na quase totalidade dos grandes centros, e já nos arruados e vilas, não se consegue identificar se um curso d’água é um riacho ou um esgoto. Em algumas regiões perdemos o conceito do que seja rio perene e rio seco. Os desmandos com gins industriais e, especialmente, em beneficio da pecuária, procedem em ritmo alucinante.

Entre as captações hídricas e os desvios para fins (uso) de irrigação, sem planejamento e, com frequência, concedidos ou permitidos de maneira imprópria, subtrai-se grande parte da água dos rios deixando seus leitos secos. As consequências aparecem: reduzido a um filete d’água, quando as chuvas não caem por longo período, os rios tornam-se pequenas poças, onde a fauna ictílica sofre para sobreviver, entrando em extinção. A poluição, numa exígua quantidade de água, transforma-se em envenenamento. Pronunciar-se sobre o problema com a água, tornouse o cotidiano quando o assunto é ecologia. A crise da água não está na diminuição de produção. Desde a pré-história a água que existia persiste até os nossos dias. O problema não é de suprimento, reside na alocação e na distribuição. A solução impõe-se como gerenciamento. Embora a água ocupe grande parte do planeta, o suprimento de água doce é limitado à medida que os aquíferos fosseis vão se exaurindo e a sua degradação aumenta por esgotos, agressões químicas, poluição industrial, assoreamentos, excesso de nutrientes e pragas de algas. A disponibilidade de água potável, per capita, também escasseia com o crescimento populacional, pelo consumo excessivo e mal gerenciado. A imperícia humana, somada ao descaso desencadearam um fenômeno incongruente e estranho, identifi-

cado como “desidratação” dos corpos d’água. No organismo humano a desidratação leva a óbito, se não tratada, tempestivamente. Situação semelhante ocorre aos rios e lagoas. A administração de liquido torna-se imperiosa. Nessas emergências torcemos pela providencia da natureza, quem sabe um temporal salvador, um inverno rigoroso e prolongado. As técnicas fornecem meios para um revitalizante aporte hídrico às águas, não sem vultosos recursos e cuidados ecológicos. Essas providencias ideais distam muito da realidade prosaica. A prática comum e corriqueira é drenar águas sujas e contaminadas e toda espécie de efluentes, comprometidos com todo tipo de resíduos, inclusive químicos de efeitos terrificantes, para os corpos d’água. A legislação ambiental brasileira é farta e de ponta. Os projetos políticos, eivados fisiologismo e desbaratados, as ações lentas e burocráticas. Qualquer solução do problema hídrico pede programas que levem em conta as múltiplas exigências dos corpos d’água e não só dos usuários. Projetos que salvaguardem os rios na amplitude da sua bacia hídrica, da nascente à desembocadura, evitando-se prover-se por compartimentos estanques. O nosso planeta dispõe de uma fonte infinita de água, nos oceanos, agastando a visão apocalíptica do iminente colapso ecológico. A diferença, porem, e a teimosia descuidada podem conduzir-nos a consequências fatais no suprimento de água doce. Referir-se a agua é reportar-se ao financeiro, assumir o gerencial e atuar a vontade política. Nada, porém, deve desviar o assunto básico e essencial: água é questão de vida.

dentificar as diferenças entre rede de esgoto e rede de drenagem pluvial é fundamental para garantir a boa utilização de ambas. De responsabilidade da Embasa, o sistema de esgotamento sanitário recolhe os esgotos dos imóveis, dando-lhes destinação adequada após tratamento. Todo o esgoto coletado nas redes operadas pela Embasa é tratado e o efluente final é conduzido para dispersão nos rios Jacuípe ou Subaé, sem oferecer riscos ao meio ambiente. Já a rede de drenagem pluvial, cuja manutenção é de responsabilidade das prefeituras municipais, permite o escoamento das águas das chuvas que, após captadas por meio de galerias, são lançadas em rios ou lagoas. Em Feira de Santana, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano é responsável pela manutenção da rede de drenagem. Os problemas decorrentes da utilização equivocada da rede de esgoto são frequentes. O lançamento indevido das águas de chuvas na rede coletora de esgotos, por exemplo, ocasiona obstruções, extravasamentos e até o retorno do esgoto às residências e poços de visita. A rede de esgoto não é dimensionada para receber o grande volume das águas pluviais. Retirar a tampa de um poço de visita durante a inundação de uma rua, por exemplo, só vai piorar a situação, pois o esgoto fatalmente transbordará, trazendo grandes riscos à saúde da população. O contrário também não deve acontecer. Descartar o esgoto doméstico nas redes de drenagem pluvial contribui para a poluição dos rios e lagos, pois, nestes casos, o

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Tampão do poço de visita da rede de esgoto da Embasa

esgoto é escoado sem nenhum tipo de tratamento, direto para a natureza. De acordo com a Lei Estadual 7.307/ 98 e o Decreto Estadual 7.765/00, o proprietário ou morador do imóvel é obrigado a fazer a ligação do imóvel à rede pública de esgotamento sanitário, num prazo de até 90 dias, a partir da notificação de disponibilização do serviço. Como utilizar Para garantir o bom funcionamento da rede de esgoto é importante observar mais algumas regras como não jogar lixo no vaso sanitário (resto de comida, papel, absorventes, preservativos, cabelo, plástico, etc); limpar periodicamente a caixa de gordura; não fazer ligação na rede de esgoto para escoar água de chuvas nem jogar lixo; não descartar óleo de cozinha nem borra de café no ralo da pia, pois esses materiais entopem a rede e poluem o meio ambiente. Algumas diferenças entre rede de drenagem e de esgotos podem ser facilmente identificadas pela população. As conhecidas bocas de lobo, por exemplo, pertencem à rede de drenagem pluvial,

ensar no equilíbrio do nosso ambiente, preservando o máximo possível para que seja garantido o desenvolvimento urbanístico aliado à interação com a natureza, esse é o posicionamento da Marinho Empreendimentos no planejamento e execução de suas obras. E essa atitude de cuidar do meio ambiente se transformou em senso geral entre os colaboradores e todos os envolvidos no processo. Imprimir menos, gastar menos energia, reaproveitar materiais que possam ser reaproveitados, utilização de materiais certificados, evitar desperdiçar, etc, são atitudes de responsabilidade ambiental que, somadas à participação ativa da sociedade, garantirão a preservação da fauna e flora, bem como a vida nos rios e mares. Pequenas ações que

têm formato retangular e situam-se sempre paralelas aos calçamentos de ruas. Os poços de visita (PVs) da rede de drenagem localizam-se no centro das ruas, enquanto os PVs da rede de esgoto ficam mais próximos ao calçamento e possuem a inscrição da Embasa. Outra forma de distinguir as duas redes é observar se são feitas em tubos em PVC (rede de esgoto) ou manilhas de concreto (rede de drenagem). Além disso, o diâmetro das tubulações de drenagem são sempre maiores. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) está executando a segunda etapa de ampliação das bacias de esgotamento sanitário Jacuípe e Subaé, em Feira de Santana. Com investimentos de aproximadamente R$50 milhões, entre recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) e próprios da Embasa, a obra beneficiará cerca de 80 mil habitantes. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2014. Atualmente, Feira de Santana conta com 65% de cobertura do atendimento com coleta, tratamento e destinação adequada do esgoto doméstico. Com a finalização dessa segunda etapa de obras, a cobertura vai ser ampliada para 81%, alcançando bairros como Três Riachos, Nova Esperança, Aviário, Panorama, Sítio Matias, Conjunto Fraternidade, Luciano Barreto, Francisco Pinto, 35º BI, entre outros.

causam grande impacto! Tudo isso se traduz nos dois novos empreendimentos que a Marinho acaba de lançar para o mercado: Villa Felicittà Residence, um residencial de casas com 2 e 3 quartos com suíte, localizado na Av. Artêmia Pires, bairro SIM e o Artêmia Premium Residence, um exclusivo residencial de casas com 3 suítes e muito conforto, na mesma avenida. Empreendimentos com altíssimo nível construtivo, casas com laje, segurança e confiabilidade para você ser feliz. Nossa homenagem pela comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, vem como compromisso de continuar fazendo o máximo possível para causar o menor dano à natureza, preservando a vida e construindo sustentabilidade.


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Carrinho, balança, prensa e triturador - Oficina de Reciclagem

Sustentare administra uma unidade de sustentabilidade ambiental R

esponsável pela recepção de todo o lixo coletado em Feira de Santana, e apta a receber o lixo de todas as cidades da região num raio de 100 Km, a Sustentare administra mais que um aterro sanitário, mas um conjunto de equipamentos que irão permitir o tratamento e o destino final do lixo, principalmente, em consonância com o que estabelece a política nacional de resíduos do solo. Segundo o gerente da unidade da Sustentare em Feira de Santana, Domingos Barbosa, o objetivo é transformar o aterro numa unidade de sustentabilidade ambiental. “O nosso primeiro passo, de mais importante, é procurar segregar todos os tipos de resíduos que existem, e esses resíduos são definidos por classes. Classe 1 é o resíduo mais perigoso, que tem alguns parâmetros que conferem essa caracterização, que é o resíduo industrial, e nós temos a licença de implantação de um aterro exclusivo para resíduos industriais. Esse aterro vai funcionar aqui na área desta unidade, formando junto com o aterro para resíduos domésticos, o sistema de tratamento de chorume, o tratamento do gás metano, que é gerado pela decomposição do resíduo classe 2, que o lixo orgânico, o tratamento do resíduo hospitalar, a recuperação de resíduo da construção civil, uma unidade completa para a recepção, tratamento e reciclagem de todo o lixo”, explica Barbosa. “Junto com isso também vem a unidade que já está com a licença de localização definida de uma unidade para recuperação energética do lixo. Então aquele lixo que não puder ser reutilizado, reciclado e que tenha poder calorífico, ele deverá entrar num processo de recuperação energética que vai gerar energia. Geralmente é madeira, que não tem mais onde ser usada, toda parte de plásticos, borracha, resíduos que tem poder calorífico”, revela. Segundo ele, para tanto, há duas metodologias. Uma é a queima simplesmente para produção de vapor e daí gerar energia. Outra é o sistema de pirólise, que é o sistema que gera o gás, que roda as turbinas para gerar energia. “Todo esse conjunto que está aqui serve como uma unidade que daria uma sustentabilidade muito forte para o município de Feira de Santana, porque está num único local, uma única empresa, que pode fazer todo o processamento do lixo”, informa Domingos Barbosa. “Pretendemos trabalhar com a prefeitura na questão da educação ambiental, do processo de reciclagem na própria fonte. A não geração do lixo também é importan-

Tratamento de Resíduos do Serviçoo de Saúde

O material coletado prensado e acondicionado em fardos, que serão comercializados

O produto da compostagem poderia ser usado pela própria Prefeitura na adubação de parques e jardins

te para o conjunto do processo, tanto para o município, como para nossa empresa, que não faz apenas de recepção e destino final do lixo, é uma empresa de sustentabilidade ambiental, e está em busca de novas tecnologias para atender a demanda de nossos clientes”, diz.

aterro. Mas, fazendo todos esses processos, vai reduzir significativamente o resíduo sólido que vai para aterro ocupando espaço. Reciclagem

Segundo Domingos, a energia oriunda do lixo poderia ser usada pela própria empresa para movimentar equipamentos, e também poderia ser vendida para a empresa concessionária, para outras empresas (até de outros estados), ou então o próprio município poderia comprar, porque hoje a legislação brasileira permite que com um pequeno gerador, se possa colocar na rede o excesso de energia gerada. “Se eu vou produzir 10.000 KWA, e eu só consumo 1.000, o restante eu vendo”, explica Domingos revela ainda que já existem os medidores digitais que tanto medem a energia que está sendo gerada quanto a que está sendo consumida e a que está sendo colocada na rede. A empresa concessionária, no caso da Bahia, a Coelba, compra o excedente. Para ele, as vantagens que nós temos em ter tudo num mesmo local é que aqui chegam todos os tipos de resíduos, aqui nós vamos analisar esses resíduos, o que puder ser reutilizado, reciclado, será feito isso, e o que não puder, for chamado rejeito, passa por uma recuperação energética, e depois que tudo isso for feito ainda houver sobras, se pode queimar, fazer uma pirólise, e ainda vai sobrar alguma coisa, que ten o ponto final no

Toda a madeira que entra aqui hoje, no aterro da Sustentare é enviada para uma empresa fabricante de papel que faz reciclagem. “Nós separamos toda madeira que vem junto com material de construção civil, madeira de poda, madeira de engradados, embalagens, tudo isso é separado, e aquela madeira, que não tem nenhum tipo de restrição de contaminação, está sendo coletada aqui e levada para essa empresa que fica em Santo Amaro. Lá eles usam isso como combustível nas caldeiras para reciclagem de papel. Assim os sistemas ficam todos integrados”, diz Domingos. Quanto ao biogás ele informa que já há um contrato com uma empresa francesa que vai processar e vender os créditos de carbono gerados pela coleta de destino final do gás, e além disso eles irão implementar em conjunto com essa a usina de recuperação energética da Sustentare, também a recuperação energética desse gás. “Esse contrato é um contrato de 10 anos, e isso é importante para a gente, porque os franceses já estão pelo mundo inteiro com esse tipo de contrato. Eles tem muita afinidade com esse tipo de processo. A venda dos créditos de carbono, aparentemente, é fácil, mas é muito complicada, Não é a empresa que vende, sai como se fosse uma venda do próprio país, e daí tudo isso é cadastrado na ONU, existem empresas que são certificadoras, então, para todos os processos de coleta

Aterro Sanitário

Resíduos de construção e demolição

Geração de energia

do gás, os detalhes, existe um medidor de vazão, e ele totaliza o volume que passou nesse medidor, que é selado, ninguém pode ter acesso a ele, só a empresa certificadora, que faz as medições. Isso é para garantir que você está entregando o que você vendeu”. “E tem um detalhe. Nem todo gás que sai do aterro é metano. Um percentual, digamos, de quarenta a quarenta e cinco por cento é que é metano, o resto são outros gases. Mas, só se consegue vender o que é metano. Então o medidor é analisador registrador, juntando a concentração com o volume que passou, você acha a quantidade exata de gás que você produziu. Eu tenho vários processos que eu posso fazer tanto aumentar a produção do gás, como eu posso perder. Então meu aterro tem que ser todo coberto, isolado, eu tenho que manter uma determinada umidade do maciço, que as bactérias só trabalham se tiver umidade, se não tiver isso elas não trabalham, então todos esses processos são feitos”. Capacidade A Sustentare se propõe a atender toda a região metropolitana de Feira de Santana e mais os municípios que estão em volta dela em um raio de 100 Km. “Podemos atender também toda a demanda do lixo classe 2, no raio de 1.000 Km. Podemos atender toda a demanda do resíduo classe 1 e resíduo de serviço de saúde, chamado LSS. Então esses processos todos, eles devem ser contemplados aqui nessa unidade nossa. Aqui tem o plano de massa que é a área que nós construímos, e todos os equipamentos que nós temos aqui. Nós temos uma área aqui de 270.000m², significam 27 hectares, e só estão ocupados ainda hoje uma faixa de quarenta por cento da área. Nós temos muita área para expandir”, diz Barbosa. Contudo, ele ele revela que não ocupará a área com certeza com novos aterros. “Nós expandiremos com novos equipamentos, então teremos que cuidar da logística reversa, que são resíduos que são de responsabilidade do próprio gerador e não do município. O próprio gerador é que tem que dar um destino adequado ao seu lixo. Tipo assim, primeiro embalagem de agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, resíduos provenientes de processos de lubrificação, filtros, estopas, etc. Todas essas coisas são resíduos que na classificação na política nacional são de responsabilidade do gerador, então, a isso chama-se logística reversa”, finaliza.

Reciclagem de resíduos da construção civil


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Não faça do seu lixo uma arma: descarte com consciência

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ogar fora o lixo é simples. Orgânicos vão para o lixo comum, recicláveis para a coleta seletiva e só. Certo? Errado! Afinal, o que se pode ou não reciclar? Dentro do universo de vidro, plástico, papel e vidro existem itens recicláveis, não-recicláveis e, ainda, material contaminado que deve ter atenção especial no descarte. Dentre as 11 mil toneladas de resíduos domiciliares produzidos diariamente em São Paulo, há materiais que põem em risco a segurança de quem descarta, de quem coleta e do meio ambiente. Quando um copo quebra, uma lâmpada queima, um medicamento vence, o que você faz? Nem todo mundo conhece os riscos que esses resíduos oferecem e acaba descartando-os sem maiores cuidados, especialmente aos coletores de materiais recicláveis autônomos, os populares carrinheiros, que acabam colocando as mãos nos materiais sem proteção alguma e podem terminar o dia de trabalho seriamente feridos e contaminados. “Latas, vidros e pregos, por exemplo, podem ferir a pessoa na hora de colocar o saco de lixo para fora, um pedestre que esbarre nele e o próprio coletor. Já pilhas e óleo de cozinha causam danos ao meio ambiente, pois contêm substâncias que contaminam solo e lençóis freáticos”, alerta a engenheira sanitarista e ambiental Francine Efigenia Breitenbach, coordenadora da Operação de Resíduos de Serviços de Saúde da Loga - Logística Ambiental São Paulo, empresa responsável pela coleta de resíduos domiciliares na região Noroeste e Centro, da capital paulista. Confira, a seguir, alguns desses vilões e a maneira correta de descartá-los: Vidros, palitos de churrasco, pregos, parafusos, latas e talheres São chamados de perfuro cortantes e podem causar ferimentos durante o manuseio. No caso dos vidros, há também perigo de estilhaços na hora da compactação pelo caminhão de coleta. O que fazer? Embrulhe esses materiais em várias camadas de jornal ou coloque-os dentro de uma garrafa pet com tampa – se necessário, corte a garrafa, acondicione os cacos e torne a fechá-la com fita adesiva. Ao descartar latas, dobre as tampas com rebarbas para dentro. Medicamentos e seus frascos, seringas e agulhas Os primeiros contêm substâncias químicas que podem contaminar solo e água – o mesmo vale para os resíduos que se acumulam em blisters, vidros e seringas. Com as agulhas, há risco de perfurações e contaminações.

O que fazer? Leve-os a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a um posto de Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Pilhas, baterias, celulares, computado res, TVs e lâmpadas eletrônicas Possuem substâncias tóxicas, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Esses metais contaminam o solo e chegam aos lençóis freáticos. Para o homem, a exposição a eles aumenta o risco de doenças como anemia e câncer. O que fazer? Encaminhe o lixo eletrônico a uma central especializada – no site www.institutogea.org.br, há endereços de recicladores de eletroeletrônicos em toda a Grande São Paulo. Outra alternativa é pesquisar perto de casa agências bancárias e supermercados que recolham pilhas, baterias e celulares, e casas de materiais de construção que aceitem lâmpadas queimadas. Óleo de cozinha Depois de usado demora a degradar. Jogado em pias e ralos forma uma película que dificulta a drenagem do esgoto e encarece seu tratamento. No solo, o efeito impermeabilizante dificulta o escoamento da água das chuvas e, em rios e lagos, impede a oxigenação da água. O que fazer? Leve o óleo usado a um posto de coleta – vários supermercados já oferecem esse serviço.

Papel higiênico, fraldas descartáveis, absorventes, camisinhas, cotonetes, algodão, ataduras e fio dental Ficam contaminados após o uso, como explica o engenheiro Clovis Benvenuto, diretor da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). Por isso, não são recicláveis. O que fazer? Basta jogá-los na lixeira do banheiro e descartar com os demais resíduos domiciliares. Jamais devem ser destinados para a coleta seletiva. Dignidade para o animal de estimação até o fim Cães, gatos, pássaros e outros animais de estimação não devem ser enterrados em terrenos baldios nem jogados no lixo comum ao morrerem. Além do mau cheiro, a carcaça pode atrair roedores e insetos, contaminar o solo e provocar doenças. O que fazer? Hoje, já existem cemitérios e crematórios para animais. Clínicas veterinárias também se encarregam da destinação correta do animal. Para quem busca um serviço gratuito, a opção é levar o corpo diretamente à Estação de Transbordo Ponte Pequena, mantida pela Loga, na Avenida do Estado, 300, onde ele será mantido sob refrigeração e será posteriormente incinerado. Fonte: http://consumidorconsciente.eco.br


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