Boletim Questão Sindical Ano 1 Número 31

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4 de fevereiro de 2016 - número 31 - ano 1

PPE beneficia 41 mil trabalhadores após adesões de 53 empresas Mercedes, Volkswagem e Ford somam 63,3% do total de funcionários beneficiados, com 25,9 mil trabalhadores De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), 40,9 mil trabalhadores foram beneficiados pelo Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado em julho de 2015. Objetivo é evitar demissões por meio de redução de jornada e salários. O governo custeia parte dos salários com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Dos R$ 119,1 milhões em contratos já aprovados, 82% serão direcionados a empresas do setor automotivo; 6,6% para o ramo metalúrgico. A Mercedes, por exemplo, reduziu em 20% a jornada dos 8,9 mil funcionários da planta de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Luis Carlos Moraes, diretor de comunicação corporativa e relações institucionais da empresa, afirma: “Nós já tínhamos usado todas as ferramentas”, diz, referindo-se à adoção de instrumentos como férias coletivas, “layoff” (suspensão temporária dos contratos de trabalho), e à negociação de dissídio sem previsão de reajuste real. O programa, porém, diz ele, foi importante para melhorar a “gestão do excesso de mão de obra”. Mercedes, Volkswagen, com dez contratos de adesão ao PPE, e a Ford, com dois, somam 63,3% do total de funcionários beneficiados, 25,9 mil, e 77% dos recursos públicos destinados ao programa e aprovados até dezembro, R$ 119,1 milhões.

Para Luiz Moan, presidente da Anfavea, associação das montadoras, a predominância de empresas do segmento automotivo se explica pela tradição que o setor tem em negociações com os sindicatos de trabalhadores. “Nós já temos um histórico de negociação coletiva, de expor nossas dificuldades e

de ouvir os trabalhadores.” A extensão do programa, até 2017, com adesões até o fim deste ano, é, na avaliação de Moan, tempo suficiente para o setor superar o “momento acentuado de crise”. Saiba mais: fsindical.org.br

Nós já temos um histórico de negociação coletiva, de expor nossas dificuldades e de ouvir os trabalhadores. Luis Carlos Moraes

opinião

Brasil passa outras nações e já é um dos 10 países mais importantes do fmi. Discretamente, com exceção da blogosfera – o maior jornal econômico do país deu a notícia em uma página interna do terceiro caderno, com uma nota de canto de rodapé de uma coluna por menos de 8 centímetros de altura – o Brasil está aumentando suas quotas – logo, o seu poder– no Fundo Monetário Internacional, segundo informou, na semana passada, a instituição, que finalmente concluiu uma reforma destinada a dar a cada país uma posição um pouco mais congruente com o seu peso na economia mundial. Para tristeza dos saudosistas do tempo em que as missões do FMI eram frequentes, seus técnicos mandavam e desmandavam no governo e eram recebidos aqui como vice-reis - devíamos no final do governo FHC 40 bilhões de dólares ao Fundo - faremos parte, a partir deste ano, do clube que reúne as 10 maiores economias do Fundo Monetário Internacional. Nós e a China, a Rússia e a Índia, nossos parceiros no Banco dos BRICS, além dos EUA, da Alemanha, do Reino Unido, da França, da Itália e do Japão. Enquanto isso, nunca é demais lembrar, apesar da conversa fiada no espaço de comentários da internet e na primeira página da maioria dos jornais e revistas, nosso país continua a ser, também, o terceiro maior credor individual externo dos EUA, com 264 bilhões de dólares - mais de um trilhão de reais - emprestados ao Tio Sam, como se pode ver na última edição da página oficial do Tesouro dos Estados Unidos, no “link” http://ticdata. treasury.gov/Publish/mfh.txt

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opinião

Em 2016 seremos vencedores Começamos mais um ano e desta vez os urubólogos de plantão vaticinam a tempestade perfeita. Se todas as previsões se concretizarem, voltaremos ao Brasil do início do século XX ou até de antes. Mas será que todo esse pessimismo é real ou interessa a alguns que isso fique em nossas cabeças durante noites insones sem fim. É fato que o governo de Dilma Rousseff não é bom, ela não escutou os trabalhadores, enfiou os pés pelas mãos e agora ainda enfrenta um grupo de deputados e senadores que só quer vê-la fora do governo, pouco importando o que acontece com o País. Mas se Dilma não atrapalhar, não precisa ajudar, basta não atrapalhar, podemos fazer tudo dar certo. Como diz o mestre Chico Buarque, “apesar de você, amanhã há de ser outro dia”. Não podemos nos prender nessa teia chamada crise. É nessa época que temos de ser criativos, buscar soluções, trabalhar e alcançar o sucesso. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Sem crise, não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora que é a tragédia de não querer lutar para superá-la. Derrota e desânimo são palavras que não devem fazer parte do nosso dicionário. Vamos continuar a construir um Brasil melhor para todos nós e não há governo bom ou ruim que vá nos impedir. Se os patrões querem ter essa conversa, que fiquem com ela, pois interessa a eles chorar para depois dizerem que não podem negociar reajuste salarial etc. Enfim, trabalho, sucesso e vitória deve ser o nosso lema neste ano.

BALANÇA COMERCIAL

CURTAS

Brasil registra superávit de US$ 923 milhões em janeiro; é o primeiro saldo positivo no período em cinco anos Em janeiro, a balança comercial do Brasil registrou saldo positivo de US$ 923 milhões. É o primeiro superávit em cinco anos para o período. Previsão é encerrar 2016 com avanço de US$ 35 bilhões. Setores, como o automobilístico, tiveram aumento de volume exportado e de receita. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O resultado foi obtido a partir da diferença entre exportações de US$ 11,246 bilhões e

importações de US$ 10,323 bilhões. Na avaliação do diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Mdic, Herlon Brandão, a “largada positiva” reforça a previsão de a balança comercial encerrar o ano com superávit robusto. “O Ministério do Desenvolvimento espera por superávit de US$ 35 bilhões para 2016. E começamos com uma trajetória compatível com essa expectativa de US$ 923 milhões em janeiro e isso deve se ampliar ao longo dos meses”, avaliou o diretor.

Economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central esperam por um resultado ainda melhor, de US$ 37,900 bilhões. Em 2015, a balança comercial gerou um saldo positivo nas operações de comércio exterior de US$ 19,681 bilhões. A tendência, segundo Brandão, é que os saldos positivos aumentem nos próximos meses, principalmente a partir da colheita da safra agrícola brasileira. Saiba mais: brasil.gov.br

Mobilização nacional consegue adiar votação do PLS 555 mais uma vez; projeto volta à pauta dia 15 O Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, nesta quarta (3), somado às diversas ações realizadas desde o início da semana, resultou em novo adiamento da votação do PLS 555, o Estatuto das Estatais, que coloca em risco as empresas públicas brasileiras. A pressão sobre os parlamentares surtiu efeito. Mas a ameaça continua, já que o projeto volta para pauta no próximo dia 15. “Foi mais um round vencido, mas a

batalha prossegue”, afirma a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano. Ela está em Brasília e relata que, a partir de encontros com os senadores Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) foi possível viabilizar a formação de um grupo técnico que analisará as diversas polêmicas e complexidades que en-

volvem o PLS 555, construindo um substitutivo. No entanto, o regime de urgência para votação não foi retirado. Na tarde desta quarta, portanto, as entidades que participam da luta contra o PLS 555 vão elaborar os próximos passos do movimento, além de avaliar a mobilização que atinge várias categorias em todo o Brasil.

Força prepara atos contra a reforma da previdência Com o objetivo de ampliar a luta contra a reforma da Previdência, a Força Sindical informa que reunirá lideranças sindicais, nos próximos dias, ainda sem datas definidas. O plano de lutas da Central prevê paralisações em fábricas, manifestações por todo o País e greves setoriais. Em nota no site, a entidade diz que quer “esclarecer a sociedade sobre a intenção do governo de retirar direitos - que irá penalizar ainda mais a classe trabalhadora -, sensibilizar os parlamentares sobre os prejuízos que isto poderá trazer para toda a sociedade e pressionar o governo sobre que não leve adiante esta nefasta reforma”. Saiba mais: fsindical.org.br

Senado aprova licençapaternidade para 20 dias

Saiba mais: fup.org.br

MOBILIZAÇÃO

Proposta de reajuste parcelado em três vezes agrava impasse entre Sindicatos e empresas aéreas A distância entre o que propõem as empresas aéreas e o que reivindicam os trabalhadores é a principal causa do desacerto entre as partes e o motivo dos atos que paralisaram aeroportos em 12 cidades brasileiras, na manhã desta quarta (3). O principal motivo do impasse é a proposta de pagar reajuste salarial de 11% em três vezes (3%, em fevereiro; 2%, em junho; 6%, em novembro), sem retroagir à data-base,

que é 1º de dezembro. Foi o que explicou Valter Aguiar, diretor do Sindicato dos Aeroviários de Minas (SAM) e dirigente da Força Minas, ao reclamar da postura dos empresários. A corrosão dos salários, que já ocorreu em todo o ano de 2015, até o momento, justifica o protesto da categoria, alega o sindicalista, que defende a campanha em nível nacional dos Aeroviários, inclusive em Minas Gerais.

Aeroviários e Aeronautas reivindicam reajuste salarial de 12% (10,97% de reposição da inflação da data-base, 1º de dezembro, e 0,93% de aumento real), aumento de 15% nos pisos salariais e benefícios econômicos, junto da elevação de 20% na cesta básica, retroativos à data-base (1º de dezembro), pra recompor as perdas inflacionárias. Saiba mais: fsindical.org.br

O plenário do Senado aprovou nesta quarta (3) um marco regulatório dos direitos da primeira infância, voltado para as crianças até seis anos de idade. O principal avanço do texto, que segue para sanção presidencial, é a ampliação da licença-paternidade dos atuais cinco dias para 20 dias. Por enquanto, o aumento da licença não será obrigatório para todos, mas apenas para as empresas que aderirem ao programa Empresa Cidadã, que também possibilita o aumento da licença-maternidade para seis meses. A licença-paternidade de 20 dias também valerá para adoção. Saiba mais: mte.gov.br

Sede Guarulhos 11 2475-6565

Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792

Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300

EXPEDIENTE

www.comerciariosdeguarulhos.org.br imprensa@comerciariosdeguarulhos.org.br

www.metalurgico.org.br sindicato@metalurgico.org.br

Metalúrgicos alteram expediente do Sindicato durante Carnaval Em razão do Carnaval, o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos não funcionará neste sábado (6), e nas próximas segunda (8) e terça (9), tanto na sede quanto nas subsedes de Arujá e Mairiporã (Terra Preta). Atendimento volta ao normal na Quarta de Cinzas (10), a partir das 8h30. O Clube de Campo, no Parque Primavera, em Guarulhos, estará aberto sábado, domingo, segunda e terça, incluindo o pesqueiro. Fecha nos dias 10 e11 (quarta e quinta). Saiba mais: metalurgico.org.br

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QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 3843-0355.


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