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Líderes sindicais e empresariais defendem indústria em São Paulo
opinião
Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos Um conjunto de iniciativas coloca um ponto final na novela do impeachment, deixando inúmeros incendiários com a tocha na mão. Os grupos de mídia dividiram-se em dois. Os que têm atividade econômica equilibrada, embora sofrendo com a crise, entenderam os terríveis reflexos da desorganização da economia sobre seus negócios e pularam do barco. Foi o caso da Folha/UOL e das Organizações Globo. Persistiram no jogo os que se encontram em crise terminal e só veem saída na queda da presidente e na ascensão de outro, que comande novas operações de salvamento de mídia, seguindo o padrão histórico. Esse movimento de bom senso foi impulsionado pelos alertas das grandes organizações econômicas, Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e a entrevista definitiva de Luiz Trabucco, presidente do Bradesco. Mal contado pelos grupos de mídia, houve também um movimento de aproximação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, propondo um encontro com Lula. O encontro foi negociado em lugar neutro e discreto. De sua parte, Lula propôs que houvesse pelo menos uma testemunha neutra assistindo a conversa. O vazamento e a exploração política do episódio esvaziaram a iniciativa. Mas, àquela altura, as vozes da pacificação já se faziam ouvir. Editoriais em defesa do mandato de Dilma, chegaram até ao Financial Times, porta-voz máximo do sistema financeiro internacional. Pesaram nesse movimento o cenário de um país que poderia cair nas mãos impensáveis de Eduardo Cunha ou Aécio Neves, a radicalização que já se manifesta nos atentados ao Instituto Lula e na morte de haitianos em São Paulo e a mediação de Michel Temer (leia o post “O dia seguinte ao impeachment”). Ainda se tem um longo trajeto pela frente. Há um desafio premente que é desarmar a rebelião do baixo clero da Câmara. Será rápido, à medida em que se proceda à degola de Eduardo Cunha. Outro, também pouco problemático, será baixar a bola de Aécio Neves. O período pós-eleitoral liquidou não apenas com a imagem de Dilma Rousse-
CURTAS
Movimentos convocam população em defesa dos direitos sociais dia 20 Entidades sindicais, movimentos sociais e partidos políticos promoverão na próxima quinta (20) manifestação em todo o País. Objetivo é buscar alternativas para combater a crise econômica e reforçar a luta pela defesa da democracia. Entre as propostas está a de criar mecanismos para cobrar mais impostos dos mais ricos, de grandes fortunas. Os protestos também exigem a renúncia do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, apontado como o principal articulador para reduzir direitos. “Reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular” é o centro das reivindicações. Saiba mais: pt.org.br
Servidores protestam por debate sobre mudança do Regime Jurídico Único O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública (Stap) de Guarulhos promove, nesta quinta (13), protesto em frente ao Paço Municipal, no Bom Clima. Objetivo é pressionar o governo a retomar debate sobre minuta do Regime Jurídico Único (RJU). Será a partir das 17h30. Pedro Zanotti Filho, presidente da entidade, afirma: “Precisamos retomar as discussões sobre a minuta do RJU. Não aceitaremos imposições, nem perda de direitos”. Por meio de boletim entregue nos locais de trabalho, o funcionalismo tem sido convocado desde terça (11). Informações, na sede do Sindicato: (11) 2468-2608.
13 de agosto de 2015 - número 10 - ano 1
ff, mas com a de Aécio. Os dois viraram pó na mesma velocidade, mas em graus diversos. De Dilma sobressaem aspectos negativos menores, a teimosia, a falta de cintura política. Tem recuperação desde que acerte o passo. De Aécio, a irresponsabilidade institucional, a arrogância, a falta de escrúpulos e de esperteza de expor o lado agressivo e primário. Sem holofotes da mídia, Aécio não existe. Seu grau de desinformação e falta de esperteza política são um desaforo à grande escola política mineira. Perdeu o bonde, especialmente depois que o lado paulista se antecipou e se apresentou como guardião da responsabilidade institucional, através de Geraldo Alckmin e José Serra. Não se julgue por aí seu legalismo, mas o senso de oportunidade. Ambos – e seu guru FHC – perceberam o exagero da luta política sem limites e o desgaste da bandeira, especialmente junto ao meio empresarial. E pensaram, especialmente, no dia seguinte. A crítica pesada do filósofo José Arthur Gianotti ao PSDB é muito mais reveladora pelas relações de Gianotti do que as críticas em si. O filósofo é umbilicalmente ligado a Serra e a FHC. Na entrevista ao El Pais, formula críticas pesadíssimas ao PSDB e elogios a Serra e FHC. Agora, com um mínimo de espaço, caberá a Dilma começar a governar.
Objetivo é buscar soluções para crescimento econômico e emprego de qualidade
Milhares de líderes da Força Sindical, UGT, CGTB e Abimaq durante manifestação nesta quinta (13) na avenida Paulista
Líderes das Centrais Sindicais Força, UGT e CGTB, além de representantes patronais, participaram na manhã desta quinta (13), na avenida Paulista, do “Grito em Defesa da Indústria e Emprego”. Concentração começou às 9 horas, em frente à estação Paraíso do Metrô, e reuniu cerca de 5 mil manifestantes. Por volta das 10 horas, teve início passeata, que terminou no Masp (Museu de Artes de São Paulo). Objetivo do ato é defender o fortalecimento da indústria nacional e a geração de empregos de qualidade. “Não podemos ficar, inertes, assistindo o desmonte do País, da indústria e dos empregos, nem nos conformar-
mos com esta situação que estamos enfrentando, com juros proibitivos, inflação forte, crédito caro, tarifas públicas altas, desindustrialização e desemprego desenfreado”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical, em reportagem no site da Central. Ele emenda: “Sem indústria forte, não há país desenvolvido nem empregos de qualidade”. Em entrevista concedida durante o protesto, ele afirma: “Esse ano aumentou muito o desemprego e a falência das empresas. É um ato de alerta. Temos que achar uma saída para essa crise econômica”. Pelo lado patronal participaram membros da Abimaq (Associação Bra-
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dilma e lula participaram
Mais de 70 mil participam da Marcha das Margaridas e reforçam luta por igualdade e repúdio contra golpe Mais de 70 mil manifestantes participaram, nesta quarta (12), em Brasília, da 5ª Marcha das Margaridas, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Promoção do desenvolvimento, defesa da democracia e igualdade de oportunidades para mulheres e repúdio a toda e qualquer tentativa de golpe marcaram os discursos das lideranças do movimento. O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (Lula) e a presidente Dilma Rousseff participaram, além de representantes de 15 países da América Latina.
Neta de Luís Carlos Prestes, Ana Prestes Rabelo declara durante o ato: “Todos que, de alguma forma, somos herdeiros de uma luta pela democratização, que tivemos familiares muito próximos perseguidos, presos, torturados, muitos ainda desaparecidos, e, independente disso, todos que tem consciência do valor da democracia e da liberdade, estão totalmente atônitos. Não imagina ter que transitar pelas ruas de Brasília e explicar para minhas filhas de cinco e nove anos, em pleno de 2015, o que significa a volta do regime militar.”
CUT leva 15 mil - “O primeiro passo é considerar as mulheres sujeitos políticos que têm direito a políticas públicas que garantam creches para que possamos deixar nossos filhos e ter maior participação na vida pública, que promovam a igualdade no mundo do trabalho, onde ainda ganhamos menos, mesmo tendo maior escolaridade”, defende Rosane Silva, secretária de Mulheres da CUT, Central que levou 15 mil mulheres à manifestação. Saiba mais: contag.org.br e cut.org.br
para jovens e adolescentes
Ministério do Trabalho e Emprego anuncia ampliação de oportunidades para 1,7 milhão de aprendizes Durante cerimônia no Dia A da Aprendizagem Profissional, em Brasília, nesta quarta (12), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou a ampliação de oportunidade de qualificação profissional e acesso ao mercado de trabalho para mais 1,7 milhão de jovens e adolescentes. Meta está prevista no Plano Plurianual 2016-2019. Segundo Manoel Dias, titular da Pasta, anteprojeto de lei será encaminhado à Casa Civil para propor obrigatoriedade
de contratação de aprendizes pela administração pública direta, autárquica e fundacional. Dias defendeu a preparação do País para um novo ciclo de desenvolvimento e crescimento econômico. “Nós precisamos dar continuidade ao desenvolvimento social e ao crescimento econômico com inclusão, como fizemos nos últimos 12 anos. Vocês, jovens, e que agora são aprendizes, precisam também participar desse
processo e, por isso, devem ser solidários com outros jovens que ainda não tiveram essa oportunidade, para que as transformações sociais que conquistamos tenham sua continuidade.” Meta superada - O MTE já superou no primeiro semestre deste ano a meta do Plano Plurianual 2012-2015 de inserir no mercado de trabalho 1.220.628 jovens. Saiba mais: portal.mte.org.br
Codefat publica resolução para obrigar inclusão de negros no sistema de emprego financiado pelo Fundo Para ampliar o combate à desigualdades e ampliar a inclusão, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), publicou esta semana a resolução 746. A medida estabelece o preenchimento obrigatório do campo cor ou raça em todas as contratações promovidas por meio de programas financiadas pelo Fundo. Ronaldo Barros, secretário de políti-
Sede Guarulhos 11 2475-6565 Piscinas com tobogã, campo de futebol, quadra poliesportiva, salão de jogos, playground, quiosques para churrasco e outras opções de lazer. Tudo cercado de muito verde. É o que oferece aos comerciários de Guarulhos, e seus dependentes, a Sede Campestre do Sindicato, que será reaberta dia 29 de agosto. O local funciona aos sábados, domingos e feriados das 9 às 17 horas, no município de Santa Isabel. Mais informações, ligue (11) 2475-6565. Saiba mais: comerciariosdeguarulhos.org.br
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Sede Campestre dos Comerciários de Guarulhos reabre dia 29
sileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). “Não se trata de um ato contra o governo. É um movimento apartidário com o objetivo de chamar a atenção para o que vem ocorrendo com a nossa indústria, e clamar por medidas emergenciais que possam contribuir para a retomada da atividade industrial”, diz Carlos Pastoriza, presidente da entidade.
cas de ações afirmativas da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), explica: “Esses dados eram muito genéricos até então, tínhamos apenas informações básicas. Com a publicação desta resolução, temos acesso a detalhes que são fundamentais para as políticas elaboradas pela Seppir.” “A partir de agora teremos informações sobre quem está sendo contratado,
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EXPEDIENTE
com a estratificação por raça, auxiliando a identificar com precisão os locais onde precisamos direcionar as políticas públicas”, explicou. Os únicos dados estatísticos disponíveis até agora eram obtidos do Caged e da Rais, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Saiba mais: cut.org.br
opinião
Tolerância zero aos corruptos Que o País está em crise, é fato. E isso pode ser atribuído aos equívocos e erros cometidos pelo Governo na condução da economia. As denúncias sobre desvio de dinheiro e pagamento de propina de empreiteiras contratadas pela Petrobrás turbinou a crise e levou o Governo ao descrédito e o País quase paralisou pela falta de investimentos. O resultado tem sido devastador no maior patrimônio do trabalhador, o emprego. Milhares de postos de trabalho estão sendo fechados em todos os pontos do País, com a recessão batendo a nossa porta e sem perspectiva de melhora a curto prazo. Além disso, a denúncia do delator Júlio Camargo, de que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, exigiu 5 milhões de dólares de propina, foi como jogar um balde de gasolina na fogueira. Para o trabalhador, que acorda cedo todos os dias e tem de suar muito para ganhar seu salário no fim mês e pagar todos os impostos, é revoltante ouvir que um deputado, eleito para representar o povo e que ocupa o terceiro posto na linha de sucessão presidencial, exigiu propina por conta de negócios da Petrobras. É como se a corrupção estivesse enraizada na sociedade brasileira. Um Vale tudo. A realidade, no entanto é outra. O brasileiro é trabalhador, honesto e repudia a corrupção. Ela, na verdade, é o grande mal do nosso País. E é por isso que os mecanismos de combate aos corruptores e aos corrompidos devem ser aperfeiçoados a cada dia. Os países mais desenvolvidos mostram que acabar totalmente com a corrupção é impossível, mas diminuí-la a níveis próximos de zero é fundamental para a vida digna ao povo. No Brasil, muitos praticam atos ilegais por acreditarem que nunca serão pegos. Infelizmente, a impunidade e a fragilidade dos nossos órgãos de fiscalização acabam servindo de incentivo para os malfeitores. Mas todos nós sabemos que o desenvolvimento de uma Nação passa, necessariamente, pelo combate à corrupção. Um país corrupto nunca será desenvolvido. A prisão de poderosos envolvidos no esquema de desvio de dinheiro e pagamento de propina pela Petrobrás mostra que há luz no final do túnel e que o Brasil tem jeito. Vendo grandes empresários das maiores empreiteiras do País atrás das grades (alguns já condenados a até 15 anos de prisão), é muito provável que aqueles que têm o hábito de fazer mau uso do dinheiro público pensem e repensem mil vezes antes de cometer algum crime. Tolerância zero aos corruptos deve ser a meta perseguida. Ela levará o Brasil a dias melhores.
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