Boletim Questão Sindical Ano 1 Número 25

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Sindicalismo fortalece “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres Movimento começou em 1991 por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres; hoje, cerca de 150 países participam Começou nesta quarta (25) o “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Cerca de 150 países participam, com palestras, manifestações e outras ações. No Brasil, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais promoverão panfletagem dia 1º de dezembro, na Praça Ramos de Azevedo (Centro da capital paulista), e seminário dia 7 do mesmo mês. Os “16 Dias” terminam dia 10 de dezembro. Junéia Batista, secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, afirma: “O Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher não é um dia de comemoração, é um dia de reflexão, de debates, de atos e de protestos. A violência sofrida pela mulher, seja ela qual for, interfere diretamente em todos os papéis sociais da vítima, inclusive no trabalho”. Ela destacou a importância do movimento sindical ampliar a luta por respeito e igualdade. “A violência nos locais de trabalho acontece, é uma realidade. Uma das próximas ações da CUT será neste sentido. Muitas vezes as mulheres nem sabem, mas brincadeiras sexistas são consideradas violência e prejudicam a vida da mulher trabalhadora”, afirma a dirigente. Segundo estudo da Universidade de Santa Maria, no Sul do país, metade da população brasileira é de mulheres e 41% da força de trabalho brasileira é feminina. Elas estudam mais que os homens, ganham menos nos mesmos postos de trabalho, predominam no

trabalho informal, precário e temporário com contratos flexibilizados, sem direitos trabalhistas. História - Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership

- CWGL), iniciaram a Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Saiba mais: sites das Centrais.

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CURTAS

Marília e Elecon disputam final domingo (29) no Clube de Campo dos metalúrgicos

Será neste domingo (29) a final do 22º Campeonato de Futebol promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Disputam o título Elecon (Parque das Nações) e Marília (Macedo), a partir das 10h30. Na partida preliminar, às 9 horas, Júlio Simões e Tecfil (ambas de Cumbica) jogam pelo terceiro lugar. Os dois jogos serão no Clube de Campo da entidade, no Parque Primavera. Entrada é gratuita e aberta a todos. Há amplo estacionamento no local. Informações: (11) 2463-5300. Saiba mais: metalurgico.org.br

Reajuste é de 9,9% para comerciários varejistas de gêneros alimentícios O Sindicato dos Empregados no Comércio de Guarulhos e o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga) celebraram, na última segunda (23), Convenção Coletiva de Trabalho: reajuste salarial de 9,9% para os trabalhadores do segmento nas cidades da base de atuação do sindicato que são Guarulhos, Arujá, Poá, Santa Isabel, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. Data-base é 1º de outubro. Salário de admissão sobe para R$ 1.198,00. Saiba mais: comerciariosdeguarulhos.org.br

Ação em São Paulo direciona para 2 mil vagas de trabalho A Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), por meio de unidade móvel do CATe e MEI, direciona, até sábado (28) trabalhadores para 2 mil vagas. A ação acontece no Jardim Elba, zona leste da capital paulista. Outros serviços: orientações, regularização de negócios para microempreendedores individuais e seguro-desemprego. Há 20 postos para vendedor (remuneração de R$ 1.098,34) e 12 para fiscal de loja (salário de 1.098,34). Ambas as vagas exigem seis meses de experiência e estar cursando o Ensino Médio. Os participantes receberão mudas de plantas, participarão de mutirão de limpeza. Haverá, ainda, informações sobre direitos das mulheres e sobre cadastro em programas sociais. Saiba mais: http://goo.gl/uVTzpn

26 de novembro de 2015 - número 25 - ano 1

OPINIÃO

Mais uma vez a bola está com Dilma Graças exclusivamente ao amadurecimento institucional, o país começa a voltar para a normalidade política. Digo exclusivamente porque esta volta à normalidade ocorre apesar da apatia da presidente Dilma Rousseff, que até agora se mostrou incapaz de articular um programa mínimo de governo. Tem a seu favor o fato de que oposição (com Gilmar Mendes) e imprensa não lhe deram um minuto de folga desde o segundo turno. Agora, ocorre uma confluência de fatores estabilizadores. Do lado da oposição, a desmoralização do golpismo de fancaria do PSDB de Aécio Neves, Carlos Sampaio e Aloysio Nunes. Nesse período todo, contando com a retaguarda total da mídia, não logrou desenvolver uma proposta sequer. A inabilidade política foi tal que, ao propor a anulação completa das eleições, Aécio Neves conseguiu jogar fora a única âncora para o impeachment: a parceria com o PMDB. Conseguiu descontentar os aliados, queimou-se com a opinião pública e com o empresariado e ainda teve que assistir o enterro do aliado Eduardo Cunha. Essa sucessão de erros políticos é surpreendente em alguém que parecia ter vindo da melhor escola política mineira. A exposição ao sol desmanchou a imagem de Aécio e levou junto à do PSDB. É possível que, nos próximos meses, o empresariado paulista e o mercado financeiro passem a apostar na Rede Sustentabilidade, de Marina Silva. O segundo fator de estabilização é a Lei de Direito de Resposta aprovada pelo Congresso e sancionada por Dilma. Ela deverá conter os exageros de uma imprensa que parece ter perdido totalmente o rumo em sua aposta inconsequente no pior. A terceira frente foi essa tentativa canhestra de emplacar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles na Fazenda. Pode haver discordâncias em relação ao estilo de Joaquim Levy. Pode cometer erros de diagnóstico, mas é um funcionário público responsável que jamais jogaria o país em aventuras. Além de seu desconhecimento de economia, Meirelles é do tipo que cede o que for necessário para sustentar uma imagem vazia. Ao sair de cena, devolve um pouco de tranquilidade ao cenário econômico. Com as três frentes relativamente apaziguadas, abre-se espaço para o desafio maior: Dilma começar a governar. Nos últimos dias, assessores presidenciais anunciaram a disposição de o governo ouvir sugestões visando reativar a econo-

EM BRASÍLIA

Dieese é homenageado pelo Senado em audiência pública; entidade completa 60 anos no próximo dia 22 de dezembro A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou uma audiência pública em homenagem aos 60 anos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A reunião, nesta terça (24), contou com a participação da presidente do Departamento, Zenaide Honório, da coordenadora de Estudos e Desenvolvimento da instituição, Ângela Maria Schwengber, além de representantes de Centrais Sindicais e do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A homenagem foi proposta pelo se-

nador Paulo Paim (PT-RS). Zenaide Honório destacou os 60 anos de atuação da entidade, que realiza estudos relacionados ao mundo do trabalho. Segundo a presidente, hoje o órgão está presente em todas as Unidades da Federação, com escritórios regionais em 19 estados e no Distrito Federal, auxiliando o trabalho de todas as centrais sindicais e mais 700 sindicatos. Honório afirma que o Dieese é a única instituição no mundo que realiza esse tipo de trabalho. Para o vice-presidente da CTB, Joílson

Cardoso, o Departamento atua como bússola e é indispensável ao movimento sindical, “pois traz a realidade em números, dados e ajuda a formular a visão, a concepção das organizações sindicais, dos trabalhadores e das trabalhadoras”. Ele comenta: “O Dieese ajuda a ler o pensamento sindical brasileiro. É ele quem consolida a prática por meio das teorias desenvolvidas e nós sabemos o quanto este trabalho é fundamental para orientar as ações das nossas entidades”. Saiba mais: http://goo.gl/e4rfLC

UGT debate cenário socioeconômico brasileiro durante 3ª Plenária dos Comerciários na capital cearense Com a presença de dirigentes sindicais de todo país e da América Latina, foi aberta nesta quarta (25), em Fortaleza, Ceará, a 3ª Plenária Nacional dos Dirigentes Sindicais Comerciários da UGT, com o objetivo de discutir o momento sócio econômico e traçar diretrizes e estratégias em defesa desta que é uma das categorias mais afetadas pela conjuntura atual. Na oportunidade, o secretário na-

cional do Comércio da Central, José Cloves Rodrigues, chamou a atenção dos dirigentes sindicais presentes para gravidade do momento e para a necessidade de somar forças e unir esforços em defesa dos trabalhadores comerciários de todas as regiões do País, principalmente por ser esta a categoria que mais sofre as consequências de uma economia instável. Para Ricardo Patah, presidente na-

cional da União Geral dos Trabalhadores, medidas como a busca de uma data-base e de um piso nacional para os trabalhadores do comércio é uma das reinvindicações essenciais da categoria, principalmente para coibir as distorções salariais praticadas, principalmente pelos grupos multinacionais que atuam em várias partes do país. Saiba mais: ugt.org.br

POR EMPREGO

Centrais protestam na avenida Paulista contra juros altos em frente ao prédio do Banco Central Protesto promovido pelas Centrais Sindicais nesta quarta (25), na avenida Paulista, em frente ao prédio do Banco Central, reivindicou nesta quarta (25) redução da taxa básica de juros. “O País precisa de uma política econômica que leve em conta a distribuição de renda”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna). “Somos pelo empre-

go, contra a recessão”, completou. Para José Braz Fofão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, o Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Central, precisa reduzir os juros para que o os investimentos sejam direcionados para a produção. “Hoje estamos passando por um dos períodos mais difíceis da nossa história, com demissão em massa no ABC,

em São Paulo e várias cidades do País”, avaliou. “Vemos diariamente na periferia, trabalhadores de cabeça baixa procurando emprego. Só lembro desta situação na década de 80”, afirmou Roberto Sargento, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Saiba mais: site das Centrais.

mia. Dá a impressão que Dilma abrirá concurso para selecionar as melhores sugestões e dar um prêmio para os autores. Se se indagar de qualquer analista se acredita que a proposta é para valer, a resposta será negativa. Dilma não conseguiu romper a imagem de isolamento que construiu. Se quiser participação, basta recorre aos instrumentos de que dispõe. Centro relevante de discussão da sociedade civil, o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social) perdeu totalmente relevância no governo Dilma. Agora, com Jaques Wagner na Casa Civil, poderá voltar a ter importância. Ao mesmo tempo, o governo tem no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e no CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) dois think tank com bom repertório de diagnósticos e visões de futuro. Há um enorme elenco de estudos, desde as reformas institucionais defendidas por instituições ligadas ao mercado, simplificações tributárias estudadas por Associações Comerciais, políticas industriais e instrumentos de capitalização estudados pela Universidade e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Falta apenas a presidente dar-se conta disso e sair a campo para ouvir, ouvir, ouvir. E, depois, ouvir mais até assimilar os conceitos e, sendo uma pessoa reconhecidamente inteligente, conseguir definir seu segundo governo. A presidente tem resistido bravamente a propostas que, no fundo, buscam desmontar o Estado de bem-estar social construído desde a Constituição de 1988. Falta sair da atitude defensiva e apresentar propostas de governo.

OPINIÃO

Lições cubanas Estive em Cuba, a trabalho, na primeira quinzena de novembro. Na condição de Secretário de Formação Sindical, da Força Sindical, integrei delegação com 18 dirigentes brasileiros, para curso de formação em Havana. O curso decorre de convênio entre nossa Central e a CTC local. Foram 40 horas de aprendizado muito útil e de fraterna convivência com dirigentes preparados e detentores de elevada formação política e cultural. Minha ideia, que levarei à Força Sindical, é trazer ano que vem uma delegação de cubanos para que deem curso semelhante aqui, no Brasil. Dias antes da viagem, um sindicalista amigo provocou: - Vai fazer o que em Cuba; o que eles têm a nos ensinar? Pois bem. Responderei neste artigo. Os companheiros cubanos, de um país onde não há nada sobrando (muito pelo contrário), possuem algo precioso: a essência. Os dirigentes com quem convivi foram o tempo todo educados, fraternos e companheiros - um companheirismo que tantas vezes nos faz falta por aqui. Convivi com homens e mulheres de extrema simplicidade, mas de alta cultura, cuja formação lhes permite analisar concretamente seu país e entender a conjuntura internacional. Pessoas sinceramente comprometidas com um projeto social e de nação fora dos padrões capitalistas. Todo povo tem suas características. O cubano é alegre e expansivo. Várias vezes, encontrei pessoas cantando nas ruas. Mesmo na fábrica que visitei - onde não acontece acidente de trabalho há cinco anos – vi operários e operárias muito alegres. O povo cubano é também bastante saudável – outra de suas marcas visíveis. Em Cuba, ao contrário do Brasil, a educação é continuada. A partir dos quatro anos, até o ciclo superior, todos podem estudar, de graça. Entre meus colegas locais de curso havia vários com mestrado e doutorado. Até os 18 anos não se trabalha. Até essa idade, apenas estudos. Pouco tempo tive para andar por Havana. Mas onde andei não vi qualquer risco de violência ou assaltos, tão comuns por aqui. Soube, por um colega de lá, que o porte ilegal de arma é punido com 25 anos de prisão e que a pena para o tráfico de drogas é de 15 anos. O sindicalismo cubano está, evidentemente, ligado a um projeto de poder. Ídolos como Fidel Castro e Che Guevara são muito cultuados. Nas empresas maiores, o Sindicato tem uma base local. Os dirigentes são eleitos pelos delegados. A prática de congressos sindicais é uma tradição na ilha. Locais de trabalho elegem delegados e estes, os dirigentes; de baixo para cima. Já visitei muitos países e respeito as formas do sindicalismo local, porque cada experiência é original e única. Mas confesso que aprendi muito nessa estada na terra de Fidel e parabenizo a Força Sindical pela feliz iniciativa de aproximação com a Central Nacional dos Trabalhadores de Cuba. Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 25 de novembro de 2015.

Sede Guarulhos 11 2475-6565

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QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria

de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

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