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Bancários recusam proposta patronal de 8,75% e greve chega ao 17º dia
opinião
Paralisação atinge 12.603 agências e 35 centros administrativos em todo o País
Bancários de todo o País estão em greve por aumento salarial, com ganho real, e reajuste nos benefícios, como PLR, vales e auxílios
Representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentaram nesta quarta (21) proposta de reajuste salarial de 8,75%. O índice representa 1,03% abaixo da inflação. Na terça (20), apresentaram percentual de apenas 7,5%. Na tarde desta quinta (22), dia em que a greve da categoria completa 17 dias, haverá nova negociação. Os representantes dos trabalhadores reivindicam reposição integral da inflação (9,88%) mais aumento real, e a mesma correção para Pisos, PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), vales e auxílios, além de abono. “Vamos manter a negociação pelo
terceiro dia consecutivo. Esperamos uma proposta condizente aos lucros bilionários dos bancos”, disse Roberto Von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que também participa da coordenação do Comando Nacional dos Bancários. Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, afirma que a categoria não aceitará perdas. “A greve está forte e continua até que eles entendam isso. Os bancos têm de melhorar essa proposta”, cobra a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando. Outros setores da
economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação”, lembra ela. Na quarta (21), a paralisação atingia 12.603 agências e 35 centros administrativos em todo o País. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal mantêm a sinalização de retomar as negociações específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban. Saiba mais: contrafcut.org.br spbancarios.com.br
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CURTAS
22 de outubro de 2015 - número 20 - ano 1
Bolsa Família, 12 anos de combate à pobreza Reconhecido mundialmente e merecedor do prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security, equivalente ao Nobel Social, o Bolsa Família completa 12 anos de combate à pobreza, dignidade, inclusão social, econômica e educacional, entre outras características positivas do programa criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Motivo de ódio e preconceito de uma elite ancorada em hierarquias sociais e exploração de classes menos abastadas e da desinformação de uma parcela considerável da sociedade, o programa não só conquistou o respeito de pesquisadores brasileiros e internacionais, como se configurou como uma política determinante para a exclusão do Brasil do mapa da fome, fato inimaginável nos anos 90. Parte do Brasil sem Miséria, o Bolsa Família não pode ser compreendido unicamente como um programa de transferência de renda. Refere-se uma política mais ampla de inclusão social, educacional, de consumo, resultando em grandes benefícios em diversos setores, como a economia. É nesse sentido que contrariando desinformados e oposicionistas, o programa se mostrou um agente importante para a economia. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2013, cada real gasto com o Bolsa Família faz a economia girar em 240%, além de representar um impacto a desigualdade em 370% a mais do que a previdência social. Com o aumento do poder de consumo e ascensão a classe média, novas oportunidades para a compra de produtos antes restritos, como automóveis, viagens, entre outros, cresceram ao passo que a presença do consumidor na economia local expandiu, promovendo um desenvolvimento econômico, gerando renda e emprego. Integrado em um ciclo econômico que envolve desde o beneficiário até os setores públicos, o Bolsa Família representou uma realidade diferenciada aos municípios brasileiros. Sob a perspectiva do aumento do consumo, setores como o comércio e de serviços ganharam novos clientes e demandas, exigindo qualificação e ampliando a procura por profissionais. Por conseguinte, novos ramos da eco-
AVANÇO
Centrais Sindicais manifestam na Paulista contra juros altos
Cerca de 7 milhões devem legalizar empresa com aprovação de PLC que autoriza micros usarem residência como sede
Força Sindical, UGT e CGBT reuniram terça (20) cerca de 500 manifestantes na avenida Paulista, em frente ao Banco Central, para protestar contra os juros altos. Lideranças de cerca de 30 Sindicatos, de várias categorias, participaram, além de representantes de movimentos estudantis e sociais. Faixas contra a política econômica e um dragão inflável de três cabeças ato, repleto de faixas contra a política econômica, reuniu cerca de 500 pessoas e teve como atrativo um grande dragão inflável, de três cabeças, que representam juro alto, inflação e desemprego.
Cerca de 7 milhões de microempreendedores devem legalizar empresa com a aprovação do Projeto de Lei Completar (PLC) 278/13, que autoriza microempreendedores individuais (MEI) a declarar o endereço residencial como sede. É o que prevê o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), relator da Lei do Simples Nacional. Ele afirma: “A Câmara toma uma das prin-
Saiba mais: sites das Centrais.
Comissão debate financiamento da atividade sindical A Comissão Especial do Financiamento da Atividade Sindical debateu na manhã desta quinta (22), em audiência pública, o financiamento da atividade sindical. O encontro, iniciativa do deputado Bebeto (PSB-BA), contou com a participação do procurador do Trabalho e mestre em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP), Renan Bernardi Kalil, do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), do presidente da NCST, José Calixto Ramos, do secretário de relações institucionais da UGT, Miguel Salaberry Filho, e do secretário-geral da CSB, Álvaro Egea. Saiba mais: http://goo.gl/otoUz7
cipais iniciativas em favor do empreendedorismo”. O PLC é do deputado Mauro Mariani (PMDB-SC). O texto facilita a adesão ao regime simplificado de tributação, eliminando restrições impostas por leis estaduais. Para o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), a lei vai modernizar as relações e a logística de trabalho. “Hoje com a internet e as redes sociais,
a capacidade de trabalho em sua própria casa é muito grande”, disse. O deputado Moroni Torgan (DEMCE) acrescentou que os empreendedores não precisarão mais inventar domicílios para desenvolverem suas atividades. O texto segue para apreciação no Senado. Saiba mais: www2.camara.leg.br
Dados divulgados pelo IBGE nesta quinta (22) mostram taxa de desemprego estável no mês de setembro Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta (22) mostram que a taxa de desemprego no mês de setembro, de 7,6%, mantém estabilidade em comparação com agosto. O índice envolve as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife. Em setembro de 2014, a taxa estava em 4,9%. “Mesmo tendo permanecido estável em 7,6%, a taxa de desocupação das seis principais regiões metropolitanas do País é a maior para os meses
de setembro desde setembro de 2009, quando atingiu 7,7%”, avalia trecho do texto divulgado pela assessoria de imprensa do órgão. Cerca de 1,9 milhão de pessoas estão desocupadas nas seis regiões, o que representa crescimento de 56,6% em relação a setembro de 2014. Já a população ocupada está estimada em 22,7 milhões, o que reflete a estabilidade na análise mensal (em comparação a agosto). O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,3 mi-
lhões) não variou na comparação mensal. “Regionalmente, os números divulgados pelo IBGE indicam que a taxa de desocupação, entre agosto e setembro, apresentou variação estatisticamente significativa no Rio de Janeiro, onde a taxa de desocupação passou de 5,1% para 6,3%. Em São Paulo, a taxa registrou movimento oposto: caiu de 8,1% para 7,3%. Nas demais regiões, a taxa ficou estável”, conclui a análise. Saiba mais: ibge.gov.br
união
Metalúrgicos da Força promovem na Zona Oeste da capital paulista quarta mobilização regional da Campanha Salarial O presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, liderou na manhã desta quinta (22) a quarta assembleia regional de mobilização da Campanha Salarial Unificada de 2015. Foi em frente à indústria Voith, na rua Friedrich Von Voith, no bairro do Jara-
guá, Zona Oeste da Capital Paulista. De acordo com o líder sindical, a categoria está intensificando a mobilização com o objetivo de pressionar os grupos patronais por uma contraproposta salarial digna, além da manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva. “Nossa Campanha está desenvolvendo em
meio a uma séria crise e ainda não recebemos nenhuma contraproposta. Por isso, estamos fazendo as assembleias regionais para informar e conscientizar a categoria da importância da luta e da unidade”, afirma Miguel Torres. Saiba mais: fsindical.org.br
Governo deve propor aumentar idade mínima para aposentadoria Idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. É o que deve propor o governo federal para o texto da Reforma da Previdência, que será enviada ao Congresso Nacional, segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com estudos, o Brasil é um dos poucos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que não estipula idade mínima. Em uma lista na qual constam 35 países, o País tem piso de idade de 57,5 anos. Média de idade dos outros países da OCDE é de 64,2 anos. Saiba mais: blogdosaposentados.com.br
Sede Guarulhos 11 2475-6565
Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792
Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300
EXPEDIENTE
nomia se potencializaram. O desemprego caiu para índices recordes e novas oportunidades – de emprego ou de qualificação – emergiram a cidadãos antes marginalizados a partir de programas como o Pronatec, Prouni, FIES, entre outros. A economia cresceu, se desenvolveu e se efetivou como uma potência mundial por intermédio dos bons resultados em todos os setores. A renda melhorou e novas perspectivas de se formalizar e abrir o próprio negócio se concretizaram De acordo com Governo Federal, 10% dos empreendedores individuais vieram do Bolsa Família. O desenvolvimento econômico veio acompanhado de políticas públicas e investimentos estruturais. A maior arrecadação não só permitiu que os municípios realizassem melhorias a população, como ainda, o surgimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha Casa Minha Vida, entra tantas outras ações. Os 12 anos do Bolsa Família merece comemoração. Não só pela sua capacidade em romper barreiras, levando dignidade, educação, renda para a população, mas também, pela sua contribuição para o desenvolvimento econômico, que mesmo em tempos de dificuldades, ameniza o impacto negativo na vida da nossa população.
opinião
Profetas do acontecido Atualmente, quando lemos a maioria dos economistas e jornalistas, percebemos que todos têm receita para tudo e parecem conhecer em detalhes os bastidores do governo. Algumas matérias de jornal são tão distantes da realidade que às vezes dão margem a questionarmos se aquelas pessoas endoidaram. De outro lado, falam de dados da economia como se fossem ilustres pensadores. A verdade é que há um ano e meio não se ouvia de 99% dessas pessoas qualquer menção às contas do governo, ao desequilíbrio fiscal, aos problemas que agora estão na moda. Então, vem a pergunta: o governo os escondeu ou essas pessoas só repetem o que escutam e leem, sem qualquer garantia de que o que estão falando seja verdade? Prefiro ficar com o discurso de que essa crise é passageira, até porque a crise é mais política do que econômica. Não podemos acreditar em tudo o que escutamos e não vou aderir a discurso de patrão de que está tudo ruim porque ele não poderá viajar a Miami neste ano. Que se dane a viagem dele a Miami! Quero o reajuste salarial no nível certo, em uma vez só. Não queremos inflação, não queremos recessão, não queremos crise e não vamos aderir a um discurso que só interessa a quem quer retirar os nossos direitos. Se a oposição ao governo Dilma não está preocupada com o Brasil, mas só em tomar o poder, prejudicando o governo em tudo o que pode, então também não serve. Se perderam a eleição por sua própria falta de capacidade, que não venham agora para o quanto pior melhor. Eu também não queria a Dilma, mas ela está aí, é a presidente e até o barco dela afundar, o nosso já estará enterrado no fundo do mar e não me parece que alguém da oposição tenha perfil de jogar a bóia para os trabalhadores. Então, meus amigos, mesmo que não gostemos da Dilma, lutemos para que o governo permaneça estável, para que a economia caminhe bem e para que nossos salários continuem com poder de compra, o resto é coisa de profetas do acontecido, a quem não devemos aderir.
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