Ano 7 – No 44
Boletim Informativo do Núcleo de Prevenção de Acidentes e Qualidade Ambiental da Escola Senai “Hermenegildo Campos de Almeida”
Protocolo de
Kyoto
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Gestão Ambiental Página 2
Carro elétrico faz Ferrari engolir poeira
A importância do EPI Página 4
Jogo dos erros Página 4 Página 3
editorial
O início de uma longa caminhada O Protocolo de Kyoto (que obriga as nações industrializadas reduzirem suas emissões de gases causadores do efeito estufa) é o início de uma longa caminhada, na luta pela preservação do meio ambiente. É preciso reduzir entre 80% e 90% das emissões para ocorrer um grande efeito nesta batalha pela preservação da qualidade de vida da população.
O ponto positivo é que, atualmente, as pessoas demonstram mais preocupação com os problemas ambientais do que com as questões políticas. Os envolvidos neste assunto sabem que tecnologias atuais combinadas com políticas governamentais adequadas podem reduzir as emissões de poluentes entre 20% e 40%, de forma rápida e a baixo custo.
Artigo
meio ambiente
Protocolo de Kyoto e as Mudanças Climáticas
O
Protocolo de Kyoto foi o resultado da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Japão, em 1997, após discussões que se estendiam desde 1990. A conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências em relação ao aquecimento global. O documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por 76% do total das emissões relacionadas ao aquecimento global, e outros gases do efeito estufa, nos países industrializados. Os signatários se comprometeriam a reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990. A redução seria feita em cotas diferenciadas de até 8%, entre 2008 e 2012, pelos países listados no Anexo 1. Um aspecto importante do protocolo é que apenas os países ricos, do chamado Anexo 1, são obrigados a reduzir suas emissões. Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, grandes emissores de poluentes, podem participar do acordo, mas não são obrigados a nada. O conceito básico acertado para Kyoto é o da ‘’responsabilidade comum, porém diferenciada’’ - o que significa que todos os países têm responsabilidade no combate ao aquecimento global, porém aqueles que mais contribuíram histori-
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camente para o acúmulo de gases na atmosfera (ou seja, os países industrializados) têm obrigação maior de reduzir suas emissões. Para entrar em vigor, porém, o documento precisa ser ratificado por pelo menos 55 países. Entre esses, devem constar aqueles que, juntos, produziam 55% do gás carbônico lançado na atmosfera em 1990. Embora a União Européia já tenha anunciado seu apoio ao protocolo, os Estados Unidos - o maior poluidor - se negam a assinálo. Sozinho, o país emite nada menos que 36% dos gases venenosos que criam o efeito estufa. Só nos últimos dez anos, a emissão de gases por parte dos Estados Unidos aumentou 10% e, segundo o protocolo, a emissão de gás carbônico deve dar um salto de 43% até 2020. Os EUA desistiram do tratado em 2001, alegando que o pacto era caro demais e excluía de maneira injusta os países em desenvolvimento. O atual presidente americano, George W. Bush, alega ausência de provas de que o aquecimento global esteja relacionado à poluição industrial. Ele também argumenta que os cortes prejudicariam a economia do país, altamente dependente de combustíveis fósseis. Em vez de reduzir emissões, os EUA preferiram trilhar um caminho alternativo e apostar no desenvolvimento de tecnologias menos poluentes.
Eco Guarulhos - dezembro 2007
Causas e impactos O Sistema de Gestão Ambiental, conforme a NBR ISO 14001/2004, permite que uma organização desenvolva e implemente uma política e objetivos que leve em consideração os requisitos legais (legislação federal, estadual e municipal) e ainda outros requisitos estabelecidos pela própria organização e informações referentes aos seus aspectos ambientais. Através da Política Ambiental a organização compromete-se com a melhoria contínua de seu sistema de gestão ambiental e com a prevenção de poluição, através do controle operacional, podendo também identificar os aspectos ambientais significativos de acordo com sua política, objetivos e metas ambientais. É importante ressaltar que a organização deve atuar em seus processos de forma a controlar os aspectos ambientais significativos, pois podemos considerar os aspectos como causa e os impactos como efeito, portanto controlando as causas estaremos controlando e minimizando ou até eliminando os efeitos. Waldir Del Chiaro
educar
GEA Gestão Ambiental O objetivo referente ao módulo de “Gestão Ambiental” é inteirar e dar noções sobre determinados assuntos, e estimular o técnico industrial a ter uma visão ampla, que é necessária para a atualidade. Serão tratatos temas como: Qualidade de vida – em todos aspectos da vida, a qualidade em busca do equilíbrio nos proporciona saúde física e mental. Qualidade ambiental – o trabalhador que conhece e está consciente sobre o meio ambiente, sempre aprende, ensina e é o exemplo na empresa. Ecologia – o foco de cada um com o meio ambiente através do estudo, favorece o equilíbrio dos seres vivos e seu meio. Efeitos da poluição – na fase atual, descobrimos os efeitos causados no meio ambiente, na saúde humana, etc. E tentaremos mudar consciências e atitudes. Norma ISO 14001 – A compreensão dos requisitos do SGA (Sistema de Gestão Ambiental) é necessário com base para a implantação.
Futuro
Carro elétrico vence supercarros Se você imagina que os carros elétricos devem ser bem comportados e andarem sempre em velocidades que não assustariam nem ao seu bisavô, é melhor começar a rever seus conceitos. A empresa norte-americana Wrightspeed apresentou o seu X1, um bólido elétrico, movido por baterias de lítio, que venceu uma competição de arrancada com os carros-esporte mais cobiçados do planeta. Ferrari e Porsche só não viram a fumaça do X1 porque, como todo carro elétrico, ele não emite nenhum poluente.
E, já que você está se reciclando em matéria de automóveis velozes, pode começar a esquecer os V-10, V-12 e motores em W; anote aí a especificação da “caixa de força” do X1: motor elétrico trifásico de indução e corrente alternada. Embora tenha apenas 236 HP, medidos no eixo do motor, o X1 faz de 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos. Com 13.300 rpm de rotação máxima, ele tem a velocidade máxima limitada eletronicamente a 180 km/h. E já dá prá dar umas boas voltinhas com
o X1: sua autonomia é de 160 quilômetros. Depois disso, deixe a adrenalina baixar esperando que ele se recarregue na tomada mais próxima.
Realidade
Ônibus elétricos circularão em São Paulo em 2008 Entra em operação experimental, em 2008, cinco ônibus elétricos híbridos de célula a combustível, abastecidos a hidrogênio do programa do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O programa terá investimento da ordem de US$ 16 milhões e visa estimular o desenvolvimento e a utilização de ônibus com célula a combustível de hidrogênio. Serão avaliadas e estabelecidas as exigências técnicas mínimas para garantir a durabilidade dos veículos para torná-los economicamente competitivos. Os ônibus circularão, durante quatro anos, no corredor São Mateus/Jabaquara que corta cinco municípios - São Paulo, Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá, totalizando 33 quilômetros de operação. Os ônibus serão do tipo padron, com 12 metros de comprimento, capacidade para 90 passageiros, piso baixo ao nível da calçada e tanque de hidrogênio na capota. Entre as vantagens estão a emissão zero de poluentes, veículos mais silenciosos que os convencionais -- com uma redução entre 20% e 30% no nível de ruído --, e maior conforto. Cada ônibus será abastecido com cerca de 40 quilos de hidrogênio para um dia de operação, circulando entre 300 e 350 quilômetros, mesma autonomia dos ônibus convencionais a diesel. A média de consumo de hidrogênio esperada é de 14 quilos de hidrogênio por 100 km.
projeto
O projeto prevê que o hidrogênio para abastecimento dos ônibus será obtido através de eletrólise, um processo em que a água, pela ação da energia elétrica, se separa em moléculas de hidrogênio e oxigênio. Essa tecnologia é bem conhecida e comercialmente disponível. Para isso, o projeto inclui a instalação, dentro da garagem da EMTU, de uma infra-estrutura completa composta de eletrolisador para produção do hidrogênio, tanques de alta pressão para
armazenamento do hidrogênio e dispenser para o abastecimento dos veículos. Está inserido no programa, o conhecimento necessário para o manuseio do hidrogênio e para a operação dos ônibus com essa tecnologia e capacitação de pessoal. O objetivo é desenvolver uma solução mais limpa para o transporte público urbano no Brasil, que contribua na redução da emissão de dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e outros poluentes na atmos-
fera. Esta iniciativa conta com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), das entidades de financiamento Global Environmental Facility (GEF) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). As empresas que fazem parte do consórcio do projeto são: AES Eletropaulo, Ballard Power Systems, EPRI, Hydrogenics, Marcopolo, Nucellsys, Petrobras Distribuidora e Tuttotrasporti.
Eco Guarulhos - dezembro 2007
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Eco Guarulhos - dezembro 2007
Expediente
Equipe Responsável José Carlos Valbão, Keyla Sacchi, Wagner Magalhães - Célia Regina Jardim Editor de Arte: Antônio Carlos de Jesus (Mtb 29.168) Produção: Troad editora e Caju Comunicações
ECO GUARULHOS 1. correr na empresa 2. transportar ferramentas manuais no bolso 3. Retirar proteções de máquinas 4. Assentos inadequados 5. Colocar partes do corpo em locais perigosos 6. Fiação elétrica exposta 7. Transportar escada de maneira incorreta 8. Prestar primeiros socorros sem o conhecimento necessário 9. Posicionar escada em locais perigosos 10. Armazenamento de produtos perigosos próximos à fiação elétrica 11. Distrair-se, abusar do perigo. 12. Utilização de vestimentas inadequadas 13. Má arrumação. 14. Corredores obstruídos. 15. Transportar materiais de maneira imprópria. 16. falta de proteção nos trabalhos de soldagem. 17. Não fazer uso de EPIs recomendados. 18. Ferramentas manuais espalhadas no piso 19. Cabelos compridos próximos a pontos de operação de máquinas 20. Improvisação de assentos 21. Extintores de incêndios obstruídos 22. Máquinas sem proteção 23. Transportar materiais mal empilhados 24. Armazenamento de cilindros próximo a produtos químicos 25. Produtos químicos espalhados no piso. 26. Esmerilhar peças sem fazer uso de óculos de segurança. 27. Trabalhos de soldagem próximo a produtos químicos.
28. Trabalhar com utilização de aventais ou roupas soltas próximo a máquina 29. Piso escorregadio 30. Utilização de assentos quebrados 31. Limpar máquinas com utilização das mãos
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Jogo dos erros