EXPRESSO ED 48

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Profissões antes tradicionais hoje perdem espaço e “agonizam”

ano 2 - número 48

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1o a 7 de maio de 2015 – distribuição GRATUITA

trabalho não reconhecido Foto: Eduardo Nasi

Pesquisa mostra que carroceiros sofrem desgaste físico e emocional

Monólogo da Vagina volta aos palcos em São Paulo Página 6

Mad Max - Estrada da Fúria chega em 3D dia 14 Página 6

Novas “ilhas” de concreto colocam vidas em risco Página 5

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Expresso Metropolitano

1o a 7 de maio de 2015 Dilma: terceirização deve manter diferença entre atividade-fim e atividade-meio

OPINIÃO

Dilma Rousseff voltou a defender a necessidade de uma legislação que regulamente a terceirização. Segunda ela, a regulamentação precisa manter a diferença “da terceirização entre atividade-fim e atividade-meio nos mais diversos ramos da atividade econômica”. Para a presidenta, é preciso aprovar uma legislação que não precarize o trabalho. “É urgente e necessário regulamentar o trabalho terceirizado para que milhões de trabalhadores tenham proteção no emprego e garantia de salário digno, também é importante para os empresários porque significa segurança para eles, uma legislação clara sobre terceirização”, completou.

Artigo

da redação

Estelionato sindical Há muito tempo não havia tanta confusão no sindicalismo, como agora. O pano de fundo da desorientação é o PL 4.330, da terceirização, cujo ponto mais drástico, ou seja, o fim da diferenciação entre atividade-meio e atividade-fim, dividiu o movimento. A divisão foi gradativa. Num primeiro momento, sob o argumento de que era melhor entregar os anéis do que perder os dedos, as Centrais Força, UGT, Nova Central e CSB atuaram conjuntamente e aceitaram que o deputado Paulinho (ex-presidente da Força Sindical) apresentasse emendas ao Projeto. Dia 8, na votação, na Câmara dos Deputados, três das quatro emendas foram aprovadas. Ocorre que, por uma lei inexorável da vida (a de que as coisas complicadas tendem a se complicar mais), o cenário se complicou. Na base trabalhadora, a postura ostensiva e midiática de Paulinho passou a ideia de que o deputado havia se rendido ao interesse patronal. A reação, assustada, da base, contaminou direções sindicais, que passaram a combater a negociação do PL 4.330. Vale chamar atenção, também, para as reações nas redes sociais, especialmente facebook e blogs, onde milita gente mais à esquerda. O espancamento de Paulinho, da Força Sindical e do deputado Eduardo Cunha foi geral, imediato e sistemático. A palavra traição campeou. Esse caldo de cultura - ou seja, susto na base, desorientação de diretorias, críticas virulentas na rede - geraria consequências. Exemplo disso foi

espaço livre! Um livro valioso

a reorientação da União Geral dos Trabalhadores (UGT), cuja direção deliberou, dia 13, contra o projeto das terceirizações. Hoje, dia 14, a Central surge em grandes jornais com página inteira contra o PL 4.330, em texto no qual seu presidente, Ricardo Patah, anuncia ida ao Congresso Nacional, a fim de negociar melhorias no texto-base votado. As coisas complicadas também encontram explicação. A frustração com um projeto que pode precarizar o trabalho tem lógica. Observe: nos oito anos de governo Lula e nos primeiros quatro de Dilma foram aprovadas 26 leis e iniciativas benéficas aos trabalhadores. As categorias acumularam ganhos salariais. O sindicalismo mostrou que tem lado e não vacila. Portanto, a ideia de perda desapareceu do horizonte da classe trabalhadora, especialmente dos jovens. Ninguém duvida que a sociedade anda nervosa. Recente pesquisa do governo, acerca da perda de popularidade da presidente Dilma, indica três fatores: estelionato eleitoral, corrupção política e Petrobras. O principal fator de desgaste é o tal estelionato. Daí não estranha a possibilidade do apoio ao PL 4.330 passar a ideia de “estelionato sindical”. É o que pode estar ocorrendo.

João Franzin é jornalista da Agência Sindical franzin@agenciasindical.com.br facebook.com/joao.franzin.1

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EDITORA & JORNAL EXPRESSO METROPOLITANO LTDA

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diretor de redação Marcelo Duarte Jatobá jatoba@jornalexmetropolitano.com.br

pROJETO GRÁFICO Troad Assessoria artes@jornalexmetropolitano.com.br

Colaboradores Vito Zanela, Adriana Valeriano, Gilberto Silva, Amauri Dinis, Renata de Jesus e Cauê Garcia Impressão: Gráfica Taiga 2468-3384

R. Iraci Santana, 81 - Vila Lídio Santana - Guarulhos/sp Os artigos e colunas assinados são de responsabilidade de seus autores

Fortalecer unidade e reafirmar bandeiras Há anos os direitos dos trabalhadores não sofriam ataques tão vorazes como em 2015. Deputados aproveitam o momento de fragilidade política do Partido dos Trabalhadores para tentar enfiar goela abaixo o Projeto de Lei (PL) 4330, que legaliza a terceirização até nas atividades-fim e decreta a barbárie no mundo do trabalho. O PL, já aprovado na Câmara, chega ao Senado. Felizmente, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), acenou de forma positiva ao afirmar que “terceirizar a atividadefim significa precarizar as relações de trabalho, deteriorar o produto nacional e tirar completamente a competitividade.” Ele completa: “Acho que as Centrais [Sindicais] precisam dizer claramente o que elas acham”. Outro aspecto favorável da tramitação do projeto no Senado é a abertura de amplo debate, garantida por Calheiros, com participação direta e efetiva dos trabalhadores e sindicalistas. Diante desta luz, num momento em que a pressa marcou a tramitação na Câmara, é hora de o movimento sindical se reorganizar, realinhar suas tropas e avançar no sentido de impedir a terceirização desenfreada, que jogaria na lata do lixo todos os direitos

conquistados em anos de lutas. Ninguém discorda que o sindicalismo brasileiro amadureceu de forma significativa nos últimos anos, particularmente na última década. Mesmo com todas as diferenças ideológicas que poderiam dividir e desunir as lideranças das seis Centrais brasileiros (CUT, Força, UGT, CTB, NCST, CSB), e esfrangalhar as bases, os sindicalistas não só mantiveram unidade na ação como fortaleceram ainda mais o compromisso de lutar unitariamente por um Brasil melhor, com mais emprego, distribuição de renda, e desenvolvimento econômico e social. Neste 1º de maio, Dia Internacional do Trabalho, é momento de as lideranças das Centrais, Sindicatos, Federações e Confederações reavaliarem, rapidamente, suas estratégias para barrar, no Senado, o PL 4330. Na pior das hipóteses, interferir de forma que o texto garanta os direitos conquistados e previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O 1º de maio, como todos os anos, será, sim, um dia de festa, com atrações reunindo milhões de trabalhadores por todo o País. Mas deve ser mais. Deve ser mais amplo, no sentido de fortalecer ainda mais a unidade e reafirmar bandeiras históricas de luta.

Aconteceu dia 28, no auditório da Faculdade de Saúde Pública, o lançamento, com direito a autógrafos, do livro “Análises do Trabalho – Escritos Escolhidos”, da doutora Leda Leal Ferreira, editora Fabrefactum. São 428 páginas que reproduzem uma série de textos e de pesquisas, conferências, palestras e ensaios de Leda ao longo de sua carreira. Criadora da Análise Coletiva do Trabalho foi funcionária por 30 anos da Fundacentro. Até se aposentar, ela manteve em toda a sua vida uma ética pessoal voltada para a realização científica, o respeito ao trabalhador e à trabalhadora e a correção com que tratava cada um de seus colegas. Que lhe retribuíram, porque todos os 21 textos escolhidos são apresentados por um deles, formando um conjunto que enriquece a já rica coleção dos textos da autora. É uma antologia e um repositório de amizade, até mesmo daqueles que comparecem sem apresentar nenhum de seus escritos. Um professor de Harvard, estudioso do México e do trabalho, John Womack Jr., insurgia-se há quase dez anos contra o desprezo que a academia passara a dedicar ao tema do trabalho e, recenseando o número de aquisições da biblioteca de sua universidade que era “18 vezes mais sobre sexo que sobre trabalho industrial e um terço a mais sobre pornografia que sobre trabalho industrial”, considerava um absurdo perder-se o interesse de estudar a atividade necessária para que ocorra qualquer outra atividade humana. Em toda a sua trajetória intelectual, desde o projeto de pesquisa apresentado no 13º Congresso Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho, em 1974, até a palestra no seminário municipal de saúde dos Servidores da cidade de São Paulo, em 2006 (ambos fazendo parte da antologia), Leda defendeu a centralidade do trabalho e dos trabalhadores e trabalhadoras, sejam eles pilotos de avião, petroleiros, cortadores de cana, pescadores de lagostas ou professores e a necessidade de se compreender como trabalham, como se relacionam, como falam sobre suas experiências e como resistem, com seus Sindicatos, para manter sua importância e dignidade. A doutora Leda é mãe dos meus dois filhos. João Guilherme Vargas Neto é consultor de diversas entidades sindicais e membro do corpo técnico do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). joguvane@uol.com.br


1o a 7 de maio de 2015

Expresso Metropolitano Tributos sobre cerveja e refrigerante sobem 10% em maio

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Geral

A partir do próximo mês, os tributos sobre as bebidas frias – refrigerantes, cervejas, energéticos e isotônicos – subirão 10% em média. O Diário Oficial da União publicou no dia 30 de abril decreto que regulamenta o novo modelo de tributação para o setor. De acordo com a Receita Federal, o repasse para os preços finais, no entanto, dependerá de cada fabricante. A lei com as mudanças na incidência e na cobrança de tributos havia sido publicada em janeiro, mas precisava ser regulamentada para entrar em vigor.

novos tempos

“Não sobra nada no final do mês. Só trabalho para não ficar parado em casa, sem fazer nada...”

Profissões tradicionais perdem espaço e “agonizam” no mundo moderno Por Marcelo Duarte Jatobá

Pedro Figueiredo da Silva

Em época de produção em série, com uma economia marcada e regida pela forte industrialização, profissões antes consideradas tradicionais perdem espaço e são cada vez mais raras. Pedro Figueiredo da Silva, 65, é sapateiro há 51 anos. Começou na adolescência e nunca mais parou. Construiu sua vida em meio a pedaços de couro e borracha. Hoje, no entanto, diz ele, morreria de fome. Ele paga R$ 238,00 de aluguel em uma pequena sala de cerca de dois metros quadrados. De luz e água são mais R$ 90,00 por mês. Com o movimento nos dias de hoje, ele fatura, em média, R$ 400,00 por mês. “Não sobra nada no final do mês. Só trabalho para não ficar parado em casa, sem fazer nada. Vivo da minha aposentadoria e minha esposa trabalha. Se não fosse isso, não teria como viver”, afirma Silva. Para ele, a responsabilidade da decadência da profissão de sapateiro é a invasão de produtos chineses. Ele avalia: “Está tudo descartável. Em vez de sapato de couro, bom, o povo compra o mais baratinho, o chinês. Estragou, joga fora e compra outro. Por isso, não tem mais jeito. Sapateiro como

“Ontem [dia 29], foi meu último dia. Vendi a oficina. Não consegui continuar. Trabalho com isso desde os 12 anos. No Brasil, o pessoal não dá valor a instrumento musical” Marcos Romeiro

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eu ganha merrequinha. Não dá para nada”. Luthier (fabricante de instrumentos musicais artesanalmente) é outro ofício cada vez mais em desuso. Marcos Romeiro, mais conhecido como Romeiro Luthier, é prova da decadência da atividade. Ele começou com 12 anos, em uma pequena fábrica de instrumentos musicais, onde atuou durante 11 anos. Quarta-feira, dia 29 de abril, ele encerrou, definitivamente, sua história como luthier. “Ontem [dia 29], foi meu último dia. Vendi a oficina. Não consegui continuar. Trabalho com isso desde os 12 anos. No Brasil, o pessoal não dá valor a instrumento musical”, opina ele, que é formado em Engenharia Industrial. Ele, sozinho, produz um violão, de forma artesanal, em dois meses. “Meu violão mais barato sai por R$ 500,00. O mais caro, R$ 4.500,00. Muda a madeira e o processo de fabricação. Apesar de o mais em conta custar R$ 500,00, a qualidade é excelente”, garante. Romeiro diz ser impossível concorrer com a indústria e os produtos chineses. “Não tem como. A Di Giorgio, por exemplo, fabricava de 4,5 mil a 5 mil violões por mês. E chegam os chineses com o preço lá em baixo. Fica difícil”.

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Meio ambiente

“A falta de recursos de proteção laboral e falta de direitos de saúde no trabalho em termos legais levam os catadores a cuidarem sozinhos da própria saúde (automedicação) e procurarem os serviços de saúde apenas em situações que consideram graves”, fala Tanyse.

estudo

Reciclagem traz ganho ambiental, mas desgasta saúde Foto: Eduardo Nasi

Por Marcela Baggini

Eles trabalham de sol a sol a procura de papelão, garrafa pet. Buscam um emprego menos perigoso, dentro de uma cooperativa, mas temem que a renda diminua. Querem que a importância da reciclagem se sobressaia à invisibilidade social enfrentada. Dentro deste cenário estão os catadores de materiais recicláveis, que foram alvo de um estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Os resultados apontam que eles sofrem com problemas osteomusculares, ansiedade, estresse e complicações derivadas de acidentes de

Carga pesada Segundo Tanyse, os catadores de materiais recicláveis enfrentam cargas de trabalho biológicas, mecânicas, fisiológicas e psíquicas. “Eles ficam expostos a materiais contaminados, como seringas, agulhas, cacos de vidro e resíduos hospitalares, que são as cargas biológicas. Além disso, quanto às mecânicas, ainda correm o risco de serem atropelados no trânsito ao carregarem seus carrinhos de mão pesados e não adaptados.” Quanto às cargas fisiológicas, ela ressalta o grande esforço físico feito para carregar o peso transportado. E, por fim, apresentam problemas psíquicos, pois “os catadores são vistos como pessoas de má índole e não como trabalhadores dignos que sustentam suas famí-

lias”, conta a enfermeira. O peso das cargas trazem como consequências problemas osteomusculares, como dores na coluna e membros inferiores, e os expõem a acidentes de trabalho - cortes pelo corpo, quedas e contu-

sões. E, ainda, diz a pesquisadora, amargam suas vidas a ansiedade e estresse. “Ambos são distúrbios causados pela instabilidade de renda, pressão enfrentada no trânsito, preconceito e desvalorização sofridos”, diz Tanyse.

“O catador se vira como pode” Uma das temáticas trabalhadas na tese aborda a improvisação dos instrumentos de trabalho dos catadores. De acordo com a pesquisadora, os trabalhadores tentam adquirir veículos motorizados ou de tração animal em substituição aos “carrinhos de mão”, com o objetivo de reduzir a carga

de trabalho. Porém, o baixo valor obtido com a reciclagem impossibilita a manutenção desses recursos. Ela ressalta que “o que os catadores mais demandam não é serem reconhecidos como pessoas que precisam de “ajuda social”, mas sim de serem vistos como trabalhadores, recebendo todos os

direitos que lhe são imputados a partir desta condição”. A tese “Do lixo à mercadoria, do trabalho ao desgaste: estudo do processo de trabalho e suas implicações na saúde de catadores de materiais recicláveis” foi defendida em março de 2015 e orientada pela professora Maria Helena Palucci Marziale.

trabalho. Além dos problemas de saúde, estão entre os principais desafios da classe o improviso de instrumentos de trabalho e a obtenção de melhores recursos financeiros. Na pesquisa, realizada entre os meses de maio e dezembro de 2013, a enfermeira Tanyse Galon entrevistou um grupo de 23 catadores autônomos de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Com dez deles trabalhamos com fotografias, a fim de discutir o seu cotidiano de trabalho e condições de saúde.” Depois do processo, a enfermeira concluiu que, embora esse trabalho traga ganhos ambientais à sociedade e econô-

micos à cadeia de reciclagem, os catadores estão inseridos em um contexto de informalidade e invisibilidade social. “Ao mesmo tempo em que eles renovam aquilo que não tinha valor algum (resíduos ou ‘lixo’), gerando lucro para o mercado da reciclagem, eles também desgastam a sua saúde nesse processo”, afirma a enfermeira. A pesquisa identificou que os catadores são, no geral, adulto-jovens que possuem dependentes financeiros e apresentam baixo nível educacional, conta Tanyse, ao lembrar que muitos idosos aderem a prática para complementar a aposentadoria. (USP)

“A maioria também vive em domicílio alugado e não possui renda superior a um salário mínimo”, completa a pesquisadora. Tanyse Galon


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perigo

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Parabéns trabalhadores brasileiros! Neste 1o de maio, Dia Internacional do Trabalho, a Força Sindical Regional Guarulhos reafirma seu compromisso de luta por mais emprego, distribuição de renda e desenvolvimento econômico e social.

Risco de mais acidentes na Faria Lima Não bastasse a construção de “ilhas” de concreto no meio de avenidas de tráfego intenso de veículos, a Prefeitura de Guarulhos inovou: começou a construir os tais obstáculos no meio de ruas que dá acessos às avenidas. É o caso da rua Waldomiro Abud Zanardi com a avenida Brigadeiro Faria Lima, no Jardim Toscana. Nesta quinta-feira, 30 de abril, motoristas ficavam atônitos e confusos diante da “ilha”, que está sem sinalização e pintura. O risco de acidentes (como muitos já registrados) é grande!

José Barros da Silva Neto Coordenador da Força Sindical Regional Guarulhos

Por justiça e contra toda

forma de exploração SERVIDORES SAÚDAM Pedro Zanotti Filho

Servidor público ajuda a melhorar a vida da população. Nosso trabalho move a cidade e entra nas casas das pessoas. Muitos dependem do nosso trabalho, de um gesto nosso. Neste Dia Mundial do Trabalhador, reafirmamos nosso compromisso com Guarulhos, abraçamos as demais categorias profissionais e, outra vez, chamamos atenção dos gestores públicos para a necessidade de valorizar cada Servidor e todo o funcionalismo. O 1º de Maio é marcado pelas lutas por justiça social. Justiça pela qual lutamos, buscando um mundo sem exploração.

VIVA A CLASSE TRABALHADORA! O Dia do Trabalhador homenageia homens e mulheres cujo esforço, ao longo dos séculos, vem forjando um mundo mais justo e mais livre. Entre esses homens e mulheres estão seguidas gerações metalúrgicas, em funções de importância vital para a sociedade. A todas essas pessoas, de ontem e hoje, externamos nosso reconhecimento. E reafirmamos nosso compromisso com as novas gerações, que, apoiadas nas novas tecnologias, saberão acelerar a marcha rumo ao progresso, à paz e à igualdade.

Diretoria Sindicato Forte Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos - STAP

José Pereira dos Santos Presidente

Avenida Esperança, 840, Vila Progresso, Guarulhos - SP. Telefone 2468.2607. www.stapguarulhos.org.br

VIVA O 1º DE MAIO

Produção: Agência Sindical (11) 3255.6559 - www.agenciasindical.com.br

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SALVE A CLASSE TRABALHADORA!

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artes & Lazer

Os Monólogos da Vagina

Marvel revela que integrante dos X-Men é Gay A Marvel Comics anunciou que o Homem de Gelo, da formação original dos X-Men, é homossexual. A descoberta se deu através de uma conversa com a Jean Grey. Essa revelação será publicada na edição 40 de All-New X-Men.

Aficionado por Cinema Victor Fontenelle é estudante

Comemorando 15 anos de sucesso absoluto de crítica e público, a comédia volta para uma curta temporada em São Paulo. Gênero: Comédia. Duração: 90 minutos. Censura: 12 anos. Texto: Eve Ensler. Adaptação: Miguel Falabella. Elenco: Cacau Melo, Adriana Lessa e Meximiliana Reis. Temporada: até 30 de maio. Sessões: Sextas, às 23h23; sábados, às 18h. Onde: Teatro Gazeta.

A série Revenge é cancelada

Mad Max - Estrada da Fúria chega em 3D

O filme de ação que se passa num futuro pós-apocalíptico, estrelado por Mel Gibson em 1979, volta este mês aos cinemas com seu quarto filme: “Mad Max - Estrada da Fúria” em 3D e 2D. Vai ser estrelado por Tom Hardy, que assume o lugar de Mel Gibson, ao lado de Charlize Theron, Nicholas Hoult, Zoe Kravitz, Riley Keough e Hugh Keays-Byrne. Para quem é fã da franquia “Mad Max” ou estudante de cinema, assista esse filme em 3D ou 2D que estreia em São Paulo no próximo dia 14 de maio (quintafeira). A direção é de George Miller (franquias “Mad Max” e “Happy Feet - O Pinguim”).

estante

ABC anunciou no dia 29 de abril que irá cancelar a série Revenge em uma entrevista ao EW. De acordo com o site, a quarta temporada será a última. O produtor executivo Sunil Nayar disse ao site O PONTO NERD, que o quarto ano irá deixar “um pequeno gancho no final”. Segundo ele todos envolvidos “não queriam que as pessoas ficassem cansadas da história que estava sendo contada, então sentimos que os nossos espectadores merecem um encerramento a esse romance que Mike Kelley começou a contar quatro anos atrás”. No fim, o produtor falou sobre o último episódio (que vai ao ar no dia 10 de maio nos EUA). “O final tem momentos emocionalmente trágicos e épicos. Coisas muito chocantes acontecerão no último capítulo.” No Brasil, Revenge é transmitida no canal da Sony.

O Grande Ivan

Vidas Cruzadas

Ivan é um gorila de costa cinza -prateada. Tinha tudo pra ser feroz e causar medo. Mas não tem como não se apaixonar por ele e sua história. O gorila ficou famoso porque pintava e assinava com o polegar. Ivan morreu aos 50 anos em 2012.

Amim é um homem marcado pelas separações ao longo de sua vida. Agora, ele tem de decidir se entregará seu coração a um novo amor ou ficar preso ao passado. A história começa na Palestina, se desenvolve no Brasil e chega até os portões da eternidade.

Autor: Katherine Applegate. Editora: Irado (Novo Conceito). Gênero: Infanto juvenil. Páginas: 290. Ano: 2014.

Autor: R. A Nassber. Editora: CPAD. Gênero: Adulto. Páginas: 304.


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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarulhos Base Territorial: Guarulhos e Arujá

1º de Maio

O trabalho é sinônimo de luta e de sobrevivência em todo mundo, cada um desempenha o seu papel, cada um tem uma forma de se colocar na sociedade , o trabalho hoje não é só braçal, ao longo dos anos a palavra Trabalho tem vários significados e conquistas diferentes. Para nós da Construção Civil, o trabalho e crescimento concreto de sol a sol, pedra sobre pedra.

Parabéns a Todos os Trabalhadores , sem vocês nada disso seria Possível Homenagem dos Diretores e Funcionários do Sindicato dos Trab. nas Inds da Construção e Mobiliário de Guarulhos e Arujá

edmilson G (Índio presidente)

01/05/2015

______________________________________________________________________ Rua Santo Antônio, 17 – Centro – Guarulhos – SP. CEP.: 07110-150 Fone: 2409-5854 Fax: 2443-5711 E-mail: sindarretado@uol.com.br Site: www.sindcongru.org.br

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Sindicato Da Alimentação Rangando

Presidente Paulo F. Almeida

País mais justo para todos! O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Guarulhos e Região, Paulo F. de Almeida, e diretoria desejam aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros melhores salários, mais emprego, igualdade de oportunidades, distribuição de renda e um País mais justo para todos.

Sindicato da Alimentação de Guarulhos Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Terra Preta, Mairiporã, Piracaia, Arujá, Santa Izabel, Itaquá, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes.

Sede: Av. Arminda de Lima, 304 – Vila Progresso, Guarulhos-SP - Fone: (11) 2408-9847 / 408-4694 / 2409-8210


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