O Alicerce

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O ALICERCE Informativo da Paróquia de Sant’Ana | Ano XV | Nº 136 | Outubro de 2008 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - APOIO: PASTORAL DO DÍZIMO

Sant’Ana realiza sacramentos para adultos Outubro, mês das missões. É também o mês de São Francisco, que se apresenta como missionário por excelência. E neste mês, a Paróquia de Sant’Ana realiza sacramentos como batismo de adultos e casamento comunitário. O batismo é o ponto de partida da vida do cristão. E vai ocor-

rer no encerramento da Festa de São Francisco, dia 19, às 19h30min, na Matriz. Já os casamentos comunitários serão realizados com sete casais, dia 31, às 20h, Matriz. O casamento comunitário é uma forma mais acessível para aqueles casais que vivem juntos.

Continua a campanha da Igreja de Niterói/Salinas

Pastoral da Catequese realiza assembléia

Niterói/Salinas está se reunindo todo dia 13 de cada mês no local da construção da sua Igreja. Às 19h30min, a comunidade reza o Terço, em agradecimento por todos que estão ajudando na construção da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Para ajudar a construir este templo, basta participar de forma generosa do ofertório em alguma das missas da Paróquia de Sant’Ana, no último domingo de cada mês. E se alguém, devoto de Nossa Senhora de Fátima, quiser contribuir, mesmo que seja de outra paróquia, pode entrar em contato com a secretaria paroquial, pelo telefone 3615-2880.

O setor catequético arquidiocesano promove no próximo dia 18 de outubro uma Assembléia de Catequese da Região Pastoral Urbana. A assembléia tem como objetivo avaliar o ano de 2008, bem como planejar as ações da Catequese no ano de 2009, dedicado à Catequese, dentro das comemorações do Centenário da Arquidiocese. A Assembléia vai acontecer na casa das Irmãs de Belém, na Rua Jundiaí, 554 Centro (Centro Pastoral Dom Nivaldo Monte), das 8h às 13h. Participam da Assembléia coordenadores paroquiais da catequese e articuladores da catequese nos zonais.

[ Norte da Palavra ] OUTUBRO

27º Domingo do Tempo Comum – Mt 21, 33-43 “Um povo que produza frutos de justiça.”

12 OUTUBRO

28º Domingo do Tempo Comum – Jo 2, 1-11 Festa de Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil

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OUTUBRO

29º Domingo do Tempo Comum – Mt 22,15-21 Dia das Missões - “Deus é o único Senhor da história”

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30º Domingo do Tempo Comum – Mt 22, 34-40 “Amar o povo é amar a Deus.”

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Pe. Francisco das Chagas de Souza - Pároco

Entrevista: 20 anos de sacerdócio

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Igreja realiza Sínodo

Documento 87 é base para trabalhos pastorais Para nortear os trabalhos da Assembléia 17ª Assembléia Pastoral Paroquial, que será dia 11 de janeiro de 2009, o Conselho Pastoral da Paróquia de Sant’Ana definiu como base as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008-2010), Documento 87. O referido documento já vem tendo uma reflexão neste boletim informativo, pelo filósofo e agente de pastoral, Josailton Mendonça. Já o pároco, Padre Chagas, falou da necessidade de todos os coordenadores de pastorais movimentos e serviços adquirirem e estudarem o Documento 87.

Sant’Ana FM mobiliza comunidade No Programa Ligação Comunitária, apresentado por Djanildo Silva, estreou recentemente um quadro chamado “Fala de sua Comunidade”. O quadro tem o objetivo de promover cada vez mais a ação comunitária da Radio comunitária Sant’Ana FM. As pessoas ligam para falar dos problemas de sua rua, de um evento que sua comunidade esteja promovendo, fazendo uma ponte entre a Rádio e a comunidade. O Programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h30min. Para participar basta ligar 3661-5679.

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A Defesa da Vida

“Deus escolheu o que é fraco aos olhos do mundo.” (I Cor 1, 26-31)

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O ALICERCE [ Momento de Fé ]

[ Editorial ] Ser missionário é viver a vocação para o amor-serviço www.american.edu

O mestre maior do amor missionário é Jesus Cristo. O missionário precisa ter a capacidade de amar e de doarse a serviço da defesa da vida. É imprescindível seguir a trilha deixada por Jesus. O compromisso com os pobres dá firmeza junto ao projeto de Jesus. O testemunho chama a crescer em Jesus Cristo.O missionário vive em profunda comunhão com o seu povo. O missionário põe-se a serviço do Senhor, no anúncio da Palavra. A oração, a fidelidade ao Evangelho e o amor solidário constituem a mística que sustenta a vida e a missão. O compromisso missionário é ser servo do Senhor, amar e comprometer-se com as pessoas e sua realidade. A missão é testemunho. Exige convicção e experiência de Deus . O horizonte da missão é o mundo. A missão é viver em comunhão com a vida de Deus. O missionário ama o mundo. Ama a história da humanidade. Jesus é um missionário, enviado do Pai, em missão no mundo. O missionário realiza a encarnação de Deus, saindo de si e indo ao outro, comunicando e comungando com os outros o mistério de Deus, que é a vida no amor e no serviço, o amor no serviço à vida. Missionária, Ir. Dorothy Stang (texto adaptado)

29 de Dezembro de 2008 abertura do Ano Jubilar da Arquidiocese de Natal Espaço João Paulo II, 17h 2009: Ano da Catequese Tema: A Igreja continua na história a testemunhar o Ressuscitado Lema: “Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28, 19-20)

Outubro de 2008

Paulo, uma lição de vida A Igreja estabeleceu o Ano Paulino entre 28 de junho de 2008 a 29 de junho de 2009. E, sendo setembro o mês da Bíblia, é importante voltarmos nossa atenção para a pessoa de São Paulo Apóstolo, personagem importante na Bíblia, depois de Jesus Cristo. Paulo, depois de Jesus, é personagem início da Igreja. Em Atos dos Apóstolos, São Lucas narra sobre São Paulo. E é o próprio Paulo quem fala dos seus pensamentos e de sua personalidade em suas cartas. Paulo teve como nome de origem Saulo. Era judeu da Diáspora, da cidade de Tarso. Foi estudar a Lei Mosaica em Jerusalém. Fabricava tendas, tirando seu sustento. Inseriu-se na comunidade dos cristãos, para conhecer esta nova fé. Judeu zeloso, discordava da nova mensagem da comunidade cristã, que tinha, além da Lei de Deus, a pessoa de Jesus Cristo como caminho. Considerava isto inaceitável, e passou a perseguir os cristãos.

Foi no início dos anos 30 d.C. (depois de Cristo), a caminho de Damasco, que Saulo foi “alcançado por Cristo”. A luz do Ressuscitado alcançou Saulo, mudando sua vida, inclusive o seu nome, passando a chamar-se Paulo. Fala, além da iluminação, da revelação que abraçou como vocação após o seu encontro com Jesus. A partir daí, tudo o que ele fez de perseguição aos cristãos passou a ser considerado sem valor. Passou ao serviço a Jesus Cristo, dedicando sua energia e vida. Paulo compreendeu que a salvação não era restrita aos judeus, mas a todos os povos. Como ponto de partida, ele fez viagens às Igrejas da Antioquia e da Síria, anunciando o Evangelho ao povo grego. Seu apostolado foi tomado de grandes dificuldades, perigos e provações. Porém, ele enfrentou tudo com coragem, por amor a Jesus Cristo. Em suas palavras, ele nos diz “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Rosa de Lima – Soledade II

[ Porque sou dizimista ]

[ Expediente ] O ALICERCE Informativo mensal da Paróquia de Sant’Ana Rua Ilha de São Paulo, 1110 - Soledade II - Natal/RN Fone/Fax: (84) 3615 2880 - santanacomunica@gmail.com Direção: Pe. Francisco das Chagas Secretaria: Pastoral da Comunicação Edição: Josélia Carvalho Pauta: Pastoral da Comunicação Colaboradores: - Ana do Carmo - Ângela Galdino - Marcos Vinicius - David Anderson - Rogéria Maísa

- Renata Carvalho - Neide Medeiros - Rosa de Lima - Josailton Mendonça - Cristiane Oliveira - Francisco Júnior Revisão: Josélia Carvalho Diagramação: Túllio Rapôso Impressão: Grafpel Tiragem: 1.000 exemplares.

“Porque o Todo-Poderoso realizou grandes obras em meu favor: seu nome é Santo.” (Lc 1,49)


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O ALICERCE

Outubro de 2008

[ Entrevista ] Josélia Carvalho

Padre Chagas: 20 anos de Sacerdócio “Deus escolhe os fracos para confundir o que é forte.” (I Cor 26, 27)

Ao comemorar vinte anos de ordenação sacerdotal, o pároco de Sant’Ana/ Natal, Padre Francisco das Chagas, conversa sobre quatro assuntos, considerados por ele marcantes em sua vida sacerdotal: a família, a amizade, o sacerdócio e a Rádio Comunitária Sant’Ana FM. Depois de apontar, a nosso pedido, os assuntos segundo os quais a entrevista passaria, indicou pessoas quem pudesse falar sobre cada um: Adail, sua irmã, sobre família; Walter, seu amigo, sobre amizade; o Padre Sílvio, sobre sacerdócio, por ter-se originado na Paróquia; o Padre Cassiano, por acompanhá-lo na Capelania, no meio militar; e o Diácono Teixeira, como agente de pastoral; e Jhonwadson, sobre a Rádio. Estas pessoas foram ouvidas e fizeram pergunta ao Padre Chagas. Em seguida, uma equipe fez uma entrevista coletiva a ele, discutindo sobre cada um dos assuntos e apresentando as perguntas dos entrevistados. Eis então o resultado do trabalho: a vida sacerdotal do Padre Chagas apresentada, em alguns momentos, em mínimos detalhes. Uma leitura atenta e reflexiva fará cada um conhecer melhor e entender este padre, bem como entender o que significam vinte anos dedicados ao serviço do Reino.

(Começo de conversa) com Padre Chagas JOSÉLIA CARVALHO: Sacerdócio e vinte anos de Sacerdócio. O que é isso? PADRE CHAGAS: O sacerdote único e eterno é Jesus Cristo, cujo ministério sacerdotal é fazer a ligação da humanidade a Deus. Por isso, sacerdote é aquele que faz a ponte. Ele, ao instituir sua Igreja, deixa este sacramento a partir dos apóstolos, os sucessores de Jesus na missão. Hoje, quem ocupa esse lugar do apóstolo é o Bispo, o qual é tido como sucessor dos apóstolos. Uma vez que as comunidades foram crescendo e os problemas também, eles [os bispos] foram escolhendo, partilhando aquilo que Jesus deixou com eles [o sacerdócio]. E foram chamando outros ministérios, instituindo o diaconato, o presbiterato, que é o ministério que a gente chama de padre. O sacerdócio, a plenitude deste sacramento é dado ao Bispo. Ele tem os três graus deste sacramento. Ele é diácono, presbítero e epíscopo. O que o sucessor de Jesus (apóstolo/bispo) fez foi chamar homens e ordena-los sacerdotes. Ele deu um grau a alguém para colaborar com ele na missão sacerdotal. Então sacerdócio é isso. Eu não posso ser sacerdote por conta própria. Eu tenho que ser chamado e ordenado. Isso tem que ser confirmado pelo bispo. Eu posso ser até muito santo, mas se o bispo não quer isso, não fica confirmado para Igreja. Você está intimamente ligado a Jesus Cristo, por chamado do Bispo. JOSÉLIA CARVALHO: Padre Sílvio, em sua participação, disse que ser padre é atender a um chamado. No seu caso, como se deu esse chamado de Jesus Cristo? PADRE CHAGAS: Muito bem. Hoje, a gente tem uma visão diferente de trinta anos atrás. Eu sempre trabalhei num ambiente de Igreja, pela família, por uma

questão devocional, sempre tive convívio com padres na minha casa. Um dos últimos padres com quem trabalhei foi o Padre Inácio. Ele me chamava a atenção, pela simplicidade, pela maneira de ser. Eu andava com ele pelas capelas. Um dia, eu disse que gostaria de fazer uma experiência nos encontros vocacionais. Isso em 1977. Eu participei dos encontros, mas não pude entrar no Seminário porque não tinha ainda o Ensino Médio. Então vim para os encontros vocacionais. E aquilo foi me chamando a atenção com certa naturalidade.

FOTO PE CHAGAS NO ALTAR COM CALICE

que passar. A gente ficou numa casa comum, fazendo o curso no Colégio Marista, tendo momentos de oração. O Reitor trabalhava numa linha da responsabilidade e liberdade. E a gente foi passando pelos três anos correspondentes ao Seminário Menor. Mas onde se deu mesmo o chamado foi na questão Pastoral. Perguntavam-me: “Você quer fazer pastoral em Santos Reis?”; “Dar catequese às crianças?” E eu dizia: “Vou!”. Ou ainda: “Quer cuidar de pessoas especiais na Casa de Saúde São Lucas?”; “Quer ser assistente dos escoteiros na Cidade da Esperança?” Eu dizia: “Vou!”. O chamado ia acontecendo, e eu dizia “vou”. E ia gostando de fazer esse trabalho. Agora, uma coisa que nunca fiz: foi fazer algo superficial. Sempre saí preparado. Essa questão pastoral foi esclarecendo minha vocação, e foi me firmando e me segurando. Eu acho que hoje, o padre que não tem paixão pela pastoral não é muito bom.

(Família) Foto: Cedida

Eu me lembro que fui a Recife, fazer um curso para Escola de Sargento da Aeronáutica. Lá, entrei com minha tia no Mosteiro de São Bento, em Olinda, e vi aquela tranqüilidade, aquela paz... e aquilo me mudou. Então nem fui saber do resultado da seleção para o curso que tinha ido fazer. Conversei com o Padre Inácio, e ele me mandou para o Seminário, fazer os encontros. Até papai não concordou muito. No início foi uma dificuldade. Não era algo definitivo, mas para o discernimento. Isso se deu nos encontros, nos quais eu fui assim muito preparado. Logo que entrei no Seminário, em 03/02/ 1978, percebi que não era definitivo, mas que era algo muito forte dentro de mim. Ser padre era o resultado de tudo o que tinha

com Adail Ferreira ÂNGELA GALDINO: Como foi para a família quando o seu irmão disse que queria ser padre? ADAIL FERREIRA: O despertar dele foi quando jovem. Começou a freqüentar as reuniões aqui em Natal, mas a família não sabia de nada. Depois, a mando de Padre Inácio, ele disse: “eu vou pro seminário”. ÂNGELA GALDINO: A família teve alguma influência na escolha? ADAIL FERREIRA: Nossa família toda vida foi católica. Nosso pai ajudava na Igreja. Foi o nosso pai quem deu catecismo pra ele. Mas a escolha foi dele. Quando ele era criança, uma vez perguntou: “E padre, ganha dinheiro?” A preocupação dele era manter-se. Ele nunca gostou de pedir dinheiro a ninguém.

“O Espírito do Senhor está em mim, porque me ungiu; e enviou-me a anunciar a Boa Nova aos pobres.” ( Lc 4,18a)


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O ALICERCE

(Família) com Padre Chagas ÂNGELA GALDINO: Adail, sua irmã, disse que dos primeiros encontros que o senhor participou no Seminário, a família não ficou sabendo. Como foi essa experiência? PADRE CHAGAS: O contexto foi o seguinte: papai, na época, não aceitava e não acreditava muito. Ele foi o primeiro a dizer: “Isso é invenção, ele nunca teve vocação pra isso.” NEIDE MEDEIROS: O senhor tinha quantos anos? PADRE CHAGAS: 17 anos. Quer dizer, 16 anos, pois completava 17 no final do ano [31 de dezembro]. Eu tinha medo de contar para ele. Padre Inácio foi quem foi falar com ele, e disse: “Dudu, ele está no Seminário, mas não é certo ainda. Lá, ele vai descobrir, vai decidir.” ÂNGELA GALDINO: No contexto familiar, a presença de São Francisco foi muito forte. E por que não ter sido um padre franciscano, mas secular? PADRE CHAGAS: Eu acho que se na época eu tivesse conhecido o Convento, certamente teria sido. É porque Deus tem os seus desígnios. Mas é interessante. Hospedo-me no Convento dos Franciscanos, e fico olhando aquilo tudo e imaginando que São Francisco não queria Convento. Queria ficar no mundo.

E digo que acertei em ser um franciscano no meio do povo. JOSÉLIA CARVALHO: Como o senhor consegue administrar seu tempo de padre, com questões familiares? PADRE CHAGAS: Eu cuido, ajudo. Tenho uma irmã que precisa muito da minha presença. Eu dou toda ajuda possível...a outro irmão também. Hoje, minha presença física deixa a desejar. Mas ligo sempre. Vou marcando presença. Tenho uma força muito grande no meio deles: quando chego, é para resolver e decidir. Hoje tenho pessoas que cuidam, que participam e eu estou em profunda ligação.

(Amizade) com Walter Paz (Vavá) JOSÉLIA CARVALHO: Você pode descrever sua amizade com o Padre Chagas? WALTER PAZ: Nossa amizade vem desde a infância, por volta dos 10 anos. Surgiu na família, com Adail, Benigna e José, seus irmãos. É um grande amigo, é sincero. É um grande conselheiro. JOSÉLIA CARVALHO: A amizade mudou entre vocês, depois de ele tornarse padre? WALTER PAZ: Aumentou nossa amizade. Foto: Cedida

ÂNGELA GALDINO: E seu Dudu (Luiz), pai de vocês? ADAIL FERREIRA: Dudu, como era conhecido, era católico, caridoso. Diante Ana do Carmo de dificuldades, ele dizia: “Deus vai dar em dobro.” Nossa família é devota de São Francisco. Nosso pai começou a fazer Romaria a Canindé em 1952. E, com são Francisco, aprendemos a ser humildes e caridoAdail Ferreira, irmã sos. [O Padre Chagas hoje continua a fazer a Romaria a Canindé. Este ano já foi a décima, da Paróquia de Sant’Ana]. ÂNGELA GALDINO: Que mudanças você observa na caminhada sacerdotal do Padre Chagas? ADAIL FERREIRA: Mudou muito a maneira de ele ser. Era muito sisudo; hoje é mais conversador. Ainda menino, ele cismou que não ia mais à missa porque tinha umas senhoras que brincavam com ele, sentavam perto, pegavam em sua mão na hora do Pai Nosso, e ainda batiam em suas costas dele no “abraço da paz”.

Walter Paz, o Vavá, amigo de infância

JOSÉLIA CARVALHO: O que é importante para cultivar uma amizade assim? WALTER PAZ: Sinceridade de sustentar a amizade, mesmo nas dificuldades, sem interesse. JOSÉLIA CARVALHO: Você poderia citar um fato marcante na amizade de vocês? WALTER PAZ: A ordenação sacerdotal dele. JOSÉLIA CARVALHO: Que pergunta você faria ao Padre Chagas? WALTER PAZ: Se antes dele ordenar-se tinha convicção do que era ser padre. PADRE CHAGAS: Não, isso eu não sabia não. Você vai aprendendo. Uma coisa é você ter um sonho: imagina o altar, você celebrando, os paramentos, essas coisas...e não sabe que é uma vida que t em por trás daquelas roupas. O tempo vai mostrando.

(Amizade) com Padre Chagas NEIDE MEDEIROS: Com relação a amigos, Vavá (Walter Paz) fez um

Outubro de 2008 comentário que conhece você há muitos anos, desde criança. Na realidade, eram muito amigos? PADRECHAGAS: Ele era adulto e eu era criança [risos]. NEIDE MEDEIROS: Então essas amizades da sua juventude, hoje você continua mantendo esses contatos? PADRECHAGAS: Olha, o meu estilo de ser é diferente. Até Padre Gilson, que é quase um irmão, disse: “Chagas, eu acho que vou ter que pagar para você ser meu amigo” [risos]. Porque ele liga, diz está com saudades, e eu não tenho jeito de retornar a ligação. Mas eu quero muito bem a ele. E os meus amigos sabem disso, sabem conviver com isso. Aos que não conhecem esse meu jeito, afastam-se logo. Aos colegas padres que vêm ficar aqui na Paróquia eu digo: “Você aqui será tratado como padre, como irmão. Não espere que eu pergunte se está com dor de cabeça ou outra coisa.” Eu não tenho jeito pra isso. Até porque na minha formação, não tive isso. Perdi minha mãe muito cedo. Tem gente que fica sentido com isso. Mas eu gosto muito das pessoas, apesar de não saber passar isso. NEIDE MEDEIROS: E hoje, as pessoas se aproximam do senhor porque é padre ou porque é um amigo mesmo? PADRECHAGAS: Às vezes, cria amizade pela questão de eu ser padre, por uma situação. Isso é mais comum. Mesmo porque, se você traz uma relação de amizade lá da sua origem, é uma coisa. Mas se você constrói a partir daquela missão que você está, é outra situação, vai se firmando. Mas tenho muitos amigos, alguns que eu consegui salvar de certas situações dramáticas. E outros que conseguiram também me salvar. Eu tenho amigos bons por aqui e em outras comunidades onde faço trabalho por aí. Pessoas às quais quero um bem muito grande. ÂNGELA GALDINO: Dentro dessa história de amizade, a figura de Dom Heitor é muito forte na sua caminhada, não é? PADRECHAGAS: É. Ele é muito sincero... um pai.

(Sacerdócio) com Pe. Sílvio Brito ROGÉRIA MAIZA: O que é o Sacerdócio na vida de um homem? PADRE SÍLVIO: O sacerdócio é um chamado de Deus. Ele chama alguns homens para viverem esse serviço, esse ministério na vida da Igreja. O padre, no exercício do seu sacerdócio, age na pessoa de Cristo, sendo ali instrumento de Deus. Não é o homem padre, mas o próprio Cristo que está agindo ali na hora dos sacramentos.

“A vida humana, em Cristo e a vida eterna são etapas do plano do Criador para toda a humanidade.”


ROGÉRIA MAIZA: Qual é o desafio ser sacerdote hoje? PADRE SÍLVIO: Hoje, todo mundo é dono da verdade. Então fica mais difícil, um mundo pluralista, globalizado, que caminha pelo secularismo. Mas, com a graça de Deus, vamos dando uma resposta a partir da Sua palavra e a partir da Eucaristia. ROGÉRIA MAIZA: A gente lembra o Padre Chagas, que vai completar 20 anos de sacerdócio. Para você, que nasceu como padre na Paróquia de Sant’Ana, o que isso representa? PADRE SÍLVIO: É uma alegria muito grande celebrar os vinte anos de vida sacerdotal dele. Aquele que era o meu pároco, meu diretor espiritual, está perseverando na sua caminhada sacerdotal. ROGÉRIA MAIZA: Na sua vida como sacerdote, esses vinte anos e o acompanhamento que você teve junto ao Padre Chagas contribuíram de alguma forma? PADRE SÍLVIO: Contribuiu bastante. Eu sou originário da Paróquia de Sant’Ana, Desde que eu entrei no Seminário, o Padre Chagas sempre me acompanha. Tive todo o apoio dele na vida de seminarista. Na Paróquia, a motivação para a vida pastoral, aprendim muitas coisas boas, as quais hoje eu aplico na vida paroquial onde estou. ROGÉRIA MAIZA: Como o senhor vê as atividades do Padre Chagas de forma a colaborar com a Arquidiocese? PADRE SÍLVIO: O Padre Chagas, desde o tempo de Dom Heitor, vem uma contribuição a mais para a Arquidiocese. Ele tem uma visão ampla pastoral, consegue ver e entender toda a realidade da Pastoral Urbana. ROGÉRIA MAIZA: O senhor lembra algum fato marcante nestes 20 anos de sacerdócio do Padre Chagas?

(Sacerdócio) com Pe. Antonio Cassiano

Pe. Cassiano também é capelão militar

ANA DO CARMO: Padre Cassiano, o que é ser um padre militar? PADRE CASSIANO: É um serviço de assistência religiosa da Igreja a uma corporação militar. O capelão participa da formação do militar, faz a celebração dominical e realiza um trabalho pessoal de atendimento, orientação espiritual, inclusive junto à família do militar. ANA DO CARMO: Há quanto tempo o senhor conhece o Padre Chagas? PADRE CASSIANO: Eu o conheci antes da Capelania. Ele era seminarista, e eu já era padre. Na Capelania, conhecemo-nos melhor. Ele sempre foi uma pessoa que sabe discernir bem as coisas. Na Capelania, da corporação, ele sempre foi uma pessoa correta, atenciosa. ANA DO CARMO: Qual pergunta o senhor faria ao Padre Chagas neste momento?

PADRE CASSIANO: Qual seria a disposição dele, para batalhar a ampliação do atual quadro de capelães, como ele agora é o Capelão-chefe, uma responsabilidade maior está sobre ele [risos]. PADRE CHAGAS: Nós vamos batalhar, sim, mas depende de vontade política. Eu estou para marcar uma audiência com a Governadora, para os encaminhamentos.

(Sacerdócio) com Diácono Manoel Teixeira ANA DO CARMO: Diácono Teixeira, o que é ser um agente de pastoral? DIÁCONO TEIXEIRA: O Documento de Aparecida deixa bem claro que, a partir de uma experiência e de uma vivência com o Mestre, o agente leva o evangelho para a sua vida cotidiana. ANA DO CARMO: Qual a sua relação com o Padre Chagas? DIÁCONO TEIXEIRA: A cada dia, a relação se estreita mais. Nos últimos dias, o que me marcou foi a oportunidade de rezar a Liturgia das Horas com ele. O Padre Chagas, acompanhou o crescimento do compromisso dos agentes. Destaco o apoio que ele me deu como aspirante ao diaconato. Ele perguntou num encontro de formação qual seria o presente que cada um [agente de pastoral] daria a Jesus Cristo, o aniversariante no ano 2000. Eu apresentei como proposta o diaconato para ele, e ele disse que faríamos uma caminhada. ANA DO CARMO: Qual a sua visão do Padre Chagas? DIÁCONO TEIXEIRA: O que eu vejo é cada vez mais um sacerdote e um homem. Quando a gente ama, não vê defeitos. Eu sou assim com todos os sacerdotes, e em particular com o Padre Chagas. ANA DO CARMO: Qual pergunta que o senhor faria ao Padre Chagas hoje? DIÁCONO TEIXEIRA: Perguntaria o que, como sacerdote, ele almeja ainda receber dos paroquianos e de Deus. PADRE CHAGAS: A Deus, eu só tenho a agradecer. Não tenho mais o que pedir. Agora, o que vier é lucro. E dos paroquianos, são eles quem têm que dizer. Ana do Carmo

Pe. Silvio, fruto da Paróquia de Sant’Ana

PADRE SÍLVIO: Sim. Lembro-me bem do entusiasmo do Padre Chagas para criar a Rádio Comunitária Sant’Ana FM. Ele nunca desistiu, mas perseverou. E hoje temos aí essa bênção, que é a Rádio Comunitária Sant’Ana FM. ROGÉRIA MAIZA: Que pergunta você quer fazer ao Padre Chagas, neste momento? PADRE SÍLVIO: Pergunto a ele qual é o grande aprendizado destes vinte anos de experiência de vida sacerdotal ao lado da Igreja de Cristo? PADRECHAGAS: Eu tenho trabalhado muito, pessoalmente, o meu jeito de ser. É uma coisa que me marca muito quando celebro a missa é eu rezar a consagração para mim, isto é fundamental. Se você visualizar a minha vida de padre há vinte anos atrás, eu era um vigário paroquial. Eu apenas celebrava missas, mas eu soube conviver quatro anos nesta situação. Mas isso tem sido um aprendizado. São as próprias exigências que vão pedindo. Tem coisa que eu não sei fazer, mas vou pedindo assessoria. Então isso é bom, porque nesse ponto eu sou inteligente. A minha inteligência é média, mas ela alcança certos avanços e eu consigo vencer por isto.

Ana do Carmo

Cacilda Medeiros

ROGÉRIA MAIZA: O que leva um homem a fazer a escolha pelo sacerdócio? PADRE SÍLVIO: Essa escolha não é o homem quem escolhe. É o próprio Deus que chama. A gente sente no coração esse chamado de Deus, e vai confirmando na vida da comunidade. Deus vai falando através dos acontecimentos, até a gente chegar à conclusão de que foi chamado para o sacerdócio.

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O ALICERCE

Outubro de 2008

Teixeira é diácono permanente da Paróquia de Sant’Ana

“Em outubro, a Igreja se volta para o trabalho missionário. quando nos compreendemos como discípulos.”


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O ALICERCE

(Rádio Sant’Ana FM) Ana do Carmo

com Jhonwadson Lima

Jhonwadson é colaborador na Rádio Comunitária SantAna FM

ANA DO CARMO: O que é uma rádio comunitária? JHONWADSON LIMA: A rádio comunitária tem de fazer um trabalho comunitário, sendo a vez e a voz da comunidade. O grande diferencial de nossa rádio, é que nós temos um trabalho verdadeiramente comunitário. O nosso lema “A serviço da vida” já diz tudo. Respeitamos os ouvintes, sendo sócios ou não. Tratamos os ouvintes como uma família. ANA DO CARMO: Como é a relação entre Padre Chagas e a Rádio Comunitária Sant’Ana FM?

(Rádio Sant’Ana FM) com Padre Chagas

Pe. Chagas se apresentando na Rádio Comunitária SantAna FM

ROGÉRIA MAIZA: Por um certo período, a Rádio teve toda uma luta para sua legalização: Nesse período, houve muita descrença.Como o senhor observou este processo? PADRECHAGAS: Com muito sofrimento. Sofrimento mesmo! De, às vezes, ficar chorando sozinho. JOSÉLIA CARVALHO: Como é que o senhor concebeu, na sua mente, a Rádio Comunitária Sant´Ana FM? PADRECHAGAS: O primeiro pensamento foi contar com colaboradores. Depois, eu pensei de ter a participação e o peso da comunidade, de enfrentar o desafio, de ir à luta para ter este instrumento nas mãos. Pensei uma coisa, e depois vi, com o passar do tempo, que isso era impossível e que devemos ter pessoas exclusivas para tomar conta. Você tem que ter funcionários, não pode ser só um sonho, tem que ver a realidade. ROGÉRIA MAIZA: Hoje, com tudo legalizado, a Rádio corresponde às expectativas esperados pelo senhor? PADRECHAGAS: Hoje, sim, a parte do evangelho corresponde totalmente. Eu ligo a Rádio às seis horas da manhã, então eu que estou do lado de cá, ouvindo, feliz da vida. Quando eu chego a uma comunidade e pergunto sobre quem escuta a Rádio, as pessoas respondem que sim. Alguém chega para mim e diz: “Eu estava numa situação tão ruim, naquele dia, e o

Outubro de 2008 senhor deu uma palavra para mim, no Evangelho do programa do meio dia.” Isso para mim não tem preço.

(Encerrando a conversa) com Padre Chagas JOSÉLIA CARVALHO: Como é de praxe, n’O Alicerce, uma mensagem final aos paroquianos, a quem lhe conhece como sacerdote, à Igreja, enfim... PADRECHAGAS: Eu quero, em primeiro lugar, agradecer a Deus por esta Paróquia. Foi a minha primeira paróquia, e ainda está sendo. Já teve alguns pedidos para eu ocupar outras coisas, e eu segurei por causa deste projeto da Rádio etc. Eu quero muito bem a todos, desde aqueles que dão trabalho àqueles que são colaboradores. Para mim, como padre, Deus os colocou para mim. Digo como São Francisco: “Deus me deu irmãos.”Acho que tudo o que quis realizar na minha vida, realizei. Tudo com a ajuda dos meus paroquianos, muitos paroquianos bons – incluindo vocês aqui que dão uma grande colaboração. O que seria dos padres sem os leigos colaboradores? Não os que assistem, mas os que colaboram. Não seríamos nada, não faríamos nada. É o grande ministério de vocês que eu tento valorizar. O leigo, não como aquele que dá uma ajudinha, mas como colaborador do Ministério Batismal dele. Ele é uma peça importante dentro da estrutura da Igreja. Então, eu desejo a todos que continuem. Não só com o Padre Chagas, mas com quem vier assumir. Continuem a serem leigos comprometidos com a Igreja de Jesus Cristo. Que amem a Igreja do jeito que ela é, com seus defeitos, com suas limitações. Mas, sobretudo, com a fé, o toque divino. Foi Jesus Cristo quem a instituiu. Então isso eu tenho muito forte e gostaria de deixar esse amor. E desejaria aos meus paroquianos esse amor à Igreja e, profundamente, à Eucaristia.

Foto: Cedida

com Padre Chagas JOSÉLIA CARVALHO: Qual foi o seu lema quando da ordenação sacerdotal? PADRE CHAGAS: “Deus escolhe os fracos para confundir o que é forte.” (I Cor 26, 27) JOSÉLIA CARVALHO: A gente percebe que a sua homilia é uma verdadeira aula, um misto de história com filosofia. Ao preparar a homilia, qual o foco, a quem o senhor quer atingir? PADRE CHAGAS: Eu tenho uma preocupação. Primeiro, eu sou admirador de São Paulo Apóstolo. E uma característica forte de São Paulo é o que ele quer apresentar, é Jesus Cristo. E como eu vou apresentar isso sob a forma de homilia, e que deixe o conteúdo de uma verdade. Eu tenho que deixar a razão, porque é de quem eu estou falando, que eu acredito que é Jesus Cristo. Então, para mim, a preocupação é essa. A primeira preocupação geral , o fim é apresentar Jesus Cristo. JOSÉLIA CARVALHO: Quais as funções atuais na Arquidiocese? PADRE CHAGAS: Estou atuando no Setor Família; Coordenação do 11º Zonal; Coordeno a Região Urbana; estou com a missão de coordenar o Ano Jubilar para comemoração do Centenário; participo do Conselho Presbiteral; coordenação pastoral; e colégio dos consultores.

Foto: Cedida

(Sacerdócio)

JHONWADSON LIMA: Tenho certeza de que a Rádio Sant’Ana FM é a “menina dos olhos’ do Padre. Chagas. A sua relação com os colaboradores é de amizade. Ele trata todos com carinho e atenção, como um verdadeiro pai. ANA DO CARMO: Que pergunta que você faria ao Padre Chagas? JHONWADSON LIMA: Qual o sonho que o senhor ainda não conseguiu realizar dentro deste projeto a “serviço da vida”, que é a Rádio Sant’Ana FM? PADRECHAGAS: O meu desejo é de que a Rádio atingisse toda a Paróquia, todo o nosso XI Zonal. Então por enquanto estou lutando, dentro das minhas possibilidades, eu vou fazer tudo para realizar isto aí.

Colaboraram na entrevista: - Ana do Carmo - Ângela Galdino - Josélia Carvalho - Marcos Vinicius - Neide Medeiros - Rogéria Maiza - Túllio Rapôso

“Vivo! Mas, no fundo, já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim!” (GI 2,20)


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O ALICERCE

Outubro de 2008

Igreja realiza Sínodo sobre a Palavra de Deus

www.champagnat.org

Este ano, um acontecimento importante vai marcar a vida de toda a Igreja. Desde o dia 05 até 26 de outubro, em Roma, está sendo realizado o XII Sínodo dos Bispos. O tema desta importante Assembléia é “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. O Sínodo é presidido pelo Papa Bento XVI, e conta com a assessoria de importantes biblistas do mundo todo. Além disso, o Sínodo já começou a ser preparado através de um instrumento de trabalho que foi enviado a todas as Dioceses da Igreja para colher sugestões e ajudar na realização deste importante evento na vida da Igreja.

O último Sínodo dos Bispos aconteceu em 2005, e teve como tema “A Eucaristia fonte e cume da vida e da missão da Igreja”. Ao concluir este Sínodo, o Papa fez uma ampla consulta aos Bispos sobre o tema do próximo Sínodo. E, por ampla maioria, foi escolhida a Palavra de Deus. A Dei Verbum (importante Documento do Concílio Vaticano II) já ensinava que a Igreja se nutre e se alimenta de duas mesas: a mesa da Eucaristia e a mesa da Palavra de Deus (DV 21). Portanto, depois de refletir sobre a Eucaristia, a Igreja dedica agora um tempo para a Palavra de Deus.

Festa de São Francisco é celebrada no Soledade II

Arte sobre tela

A Paróquia de Sant’Ana realiza, de 16 a 19 de outubro, a Festa de São Francisco de Assis, um dos santos mais queridos e populares do país. Na paróquia de Sant’Ana, existe a Fraternidade Santa Maria dos Anjos que, juntamente com o pároco, anima toda a Paróquia a celebrar o santo dos pobres. Um dos momentos tradicionais da Festa de São Francisco no Soledade II é a bênção dos animais de estimação, que acontecerá no dia 19, às 10h30min, em frente à Igreja de Sant’Ana. "Lembramos o amor de

Francisco por todas as criaturas, tão bem expresso no Cântico do Sol. Em todas as criaturas, ele via a presença de Deus. Queremos lembrar também de Francisco como o patrono da Ecologia, tão necessária em nosso mundo atual", diz Ângela Galdino. A Festa de São Francisco 2008 tem como tema “Com São Francisco, defendemos a vida”. Uma ação tão bem testemunhada na vida de São Francisco, e que neste, ano a Campanha da Fraternidade chamou a atenção para o tema da vida.

[ Palavra do Pastor ] Queridos paroquianos, paz e bem! O Senhor continua hoje chamando-nos para trabalhar na sua vinha. É o grande apelo de Aparecida: “Ser discípulos e missionários de Jesus.” É um chamado dentro de um contexto de tantos desafios. Entre estes, quero ressaltar de como ser uma Igreja missionária na realidade urbana, onde o indiferentismo é vivido com tanta naturalidade. Então somos chamados a fazer a experiência de Jesus e formar sua comunidade, onde o amor é o ideal deixado por Jesus, e assim, possa acontecer a justiça e a solidariedade entre as pessoas. Aproveitemos este mês para refletirmos sobre a nossa missão. Fraternalmente, Pe. Francisco das Chagas de Souza Pároco

Três aniversário marcam a Paróquia de Sant’Ana A Paróquia de Sant’Ana comemora três aniversários neste mês missionário: 16 anos de paróquia, 20 anos de ordenação sacerdotal do pároco e 15 anos do boletim informativo O Alicerce. No dia 24 de outubro de 1992, ocorreu a instalação da Paróquia, assumindo como pároco, o Padre Francisco das Chagas, que até hoje a conduz. Desde então, surgiu uma nova oportunidade de ser Igreja nesta área: uma paróquia que desde sua instalação assumiu um caráter missionário.

Também neste mês celebra-se os 20 anos de ordenação sacerdotal do Padre Francisco das Chagas. Além de pároco de Sant’Ana, ele é membro do Colégio de Consultores, coordenador do Setor da Família, membro dos Conselhos Presbiterial e Pastoral, coordenador do XI Zonal e Capitão da Polícia Militar. Para marcar seu aniversário de vida sacerdotal, o Padre Chagas preside uma missa solene, concelebrada por diversos padres da Arquidiocese de Natal, no “Para mim, viver é Cristo.” (FI 1,21a)

dia 15 deste mês, aniversário de sua ordenação. Será na Matriz, às 19h30min. Em seguida, a comunidade participará de breve confraternização, com o tradicional bolo de aniversário. E O Alicerce também participa da festa. Primeiro, porque completa 15 anos. Depois, porque inaugura seu segundo caderno, passando de 4 para 8 páginas. E, nesta edição comemorativa, apresenta uma ampla entrevista dos vinte anos de sacerdócio do Padre Chagas.


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O ALICERCE [ Agende-se ]

[ Diretrizes da Ação Evangelizadora ] A Defesa da Vida Uma das seções mais importante do documento das DGAE 2008-2010 é aquele que trata da dignidade humana. Ressaltando o que já se encontra no Documento de Aparecida, as Diretrizes enfatizam o compromisso que o discípulo missionário deve ter com a defesa radical da vida em todas as suas instâncias, em todos os seus momentos, da concepção ao seu fim natural. É, sem dúvida, sintomático, para não dizer muito estranho, que a Igreja tenha que lembrar a nós, cristãos o valor da vida. Lembrar-nos que Jesus Cristo é “caminho, verdade e vida”, e que nosso Deus é o Deus da vida. Certamente, esta lembrança é um sinal de que vivemos um tempo perigosamente mergulhado numa cultura de morte, numa intransigente defesa da eficiência, da habilidade, da competência, da competitividade,

do desejo crescente e egoísta por lucro. Um tempo em que nos satisfazemos consumindo, um tempo de indiferença total aos valores cristãos. Neste ambiente, alteram-se os conceitos, mudam-se as mentalidades, são soterradas as tradições. Um exemplo mais absurdo disto é a tese de que não existe pessoa embrionária. E, portanto, neste estágio da vida, não cabe a defesa de direitos, tal como o direito de nascer. Ora, se é assim, a vida deixa de ser um dom para ser um evento meramente biológico, e o homem um acidente neste evento. Certamente, não pensamos assim. O cristão acredita na vida em sua plenitude. E o maior desafio hoje é sair do indiferentismo e partir para a defesa desse dom grandioso de Deus, que nem a morte é capaz de conter. Josailton Mendonça - agente de pastoral

OUTUBRO

20 anos de sacerdócio do Padre Chagas 16 anos de Paróquia de Sant'Ana 15 anos de O Alicerce

[ Rádio Sant’Ana FM ] Padre Chagas, é com imensa alegria que a família Sant'Ana FM (colaboradores, sócios contribuintes, ouvintes e empresas parceiras) vêm felicita-lo por estas datas tão especiais em sua vida: 20 anos de vida sacerdotal e 16 anos à frente da Paróquia de Sant'Ana. Agradecemos pelo conselheiro espiritual, pai, orientador, pastor e amigo de todas as horas! O Senhor nos ensinou e nos ensina muito a verdade, a responsabilidade, a justiça e o amor. Aprendemos, ao longo desses 5 anos "no ar", a preservarmos a dig-

Outubro de 2008

nidade da pessoa humana e a fazermos uma rádio verdadeiramente comunitária, com o lema "A serviço da vida", distante de interesses impróprios e da falta de ética, tão comumente disseminados em nossa sociedade de hoje. Mas, falemos dessas datas comemorativas. Mais uma vez, nossos parabéns! Que Deus o abençoe nesta escolha pessoal de servir através de seu sacerdócio. Obrigado por ser esta pessoa tão especial em nossas vidas e por conduzir tão bem seu rebanho, assim como o conduziu Jesus Cristo. Que São Francisco (Pai Seráfico) continue sendo seu referencial de vida, baseado na paz e no bem. Parabéns! Paz e Bem. Suzana Lúcia Diretora Presidente

OUTUBRO 05 a 12: Sínodo dos Bispos do Brasil 09 a 12: Festa de N.S. Aparecida, Residencial Redinha 12: Cenáculo com Maria, RCC, Arquidiocese 14 a 17: 43ª Assembléia Regional de Pastoral da CNBB NE 2 15: Aniversário Sacerdotal de Pe. Chagas 18: Encontro dos Articuladores de Zonais, de Pastoral Paroquial e Comipas 18: Assembléia de Catequese da Região Urbana 16 a 19: Festa de São Francisco 19: Batismo de Adultos 23: Reunião do Clero 25: Reunião do Conselho Arquidiocesano de Leigos 26: Celebração do Dia Nacional da Juventude; Arquidiocese 31/10 a 1º/ 11: Assembléia da Região Pastoral Agreste, Trairi, Potengi; Ponta Negra NOVEMBRO 07 a 08: Assembléia da Região Pastoral Urbana, em Ponta Negra 11 a 21: Festa de Nossa Senhora da Apresentação 14 a 15: Assembléia Pastoral da Região Sertão Central/Cabugi, Mato Grande e Salineira; Ponta Negra 15: Semear é Preciso 15: Avaliação e Planejamento da Pastoral da Comunicação; Natal 22: Confissão com Crianças da Primeira Eucaristia; 10h30min; Niterói-Salinas e Jardim das Flores 22: Celebração da Primeira Eucaristia, 18h; Niterói-Salinas 23: Celebração da Primeira Eucaristia, 16h30min; Jardim das Flores 27: Encerramento das turmas de formação e escolas catequéticas; ITEPAN

Evangelizando em comunhão e missão

“Por Ele, tudo desprezei [...] a fim de ganhar o Cristo e nele ser encontrado.” (Fl 3,7-9)


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