Segunda edição da Revista Fertilis

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editorial

legria e muita satisfação. São estes os sentimentos que melhor representam o momento do lançamento da 2ª edição da Revista Fertilis. Temos muito orgulho em apresentar ao mercado cearense uma publicação destinada a acompanhar uma das etapas mais especiais na vida de qualquer família.

Diretora executiva Renata Nobre Coordenação da publicação Melina Abu-Marrul Jornalista responsável Mirtila Facó - MTb 2803/CE Direção de arte Wiron Teixeira Revisão Fernando Filgueiras Impressão Tecnograf Periodicidade Trimestral Tiragem 5.000 exemplares

Para anunciar 85 3261.5066 / 9673.1155 comercial@revistafertilis.com.br

Nesta edição, médicos e especialistas renomados no País assinam textos informativos e interessantes que servirão para acompanhar a vida do casal e do bebê. Para a futura mamãe, apresentamos temas como: tratamentos adequados aos principais problemas dermatológicos ocorridos durante a gestação, os benefícios da acupuntura para amenizar os desconfortos causados neste delicado período e a importância de controlar os níveis hormonais para evitar o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Para muitos casais, o sonho da gravidez precisa de um acompanhamento diferenciado. Especialmente para eles preparamos matérias demonstrando que, quando se deseja verdadeiramente, tudo pode ser realizado. A estreita relação entre infertilidade e enfermidades como a doença ovariana policística, as sinéquias uterinas e a varicocele, e o emprego de uma nova tecnologia que auxilia a técnica da fertilização in vitro são alguns dos assuntos abordados. Temos também duas seções especiais: a primeira conta a história de amor e superação de Karine Holanda e de sua pequena Ana Isabella; a segunda traz recadinhos de pais que, juntamente conosco, acreditaram no lindo desejo de completar a família. Desejamos que você continue nos ajudando a fazer da Fertilis uma revista ainda melhor. Sugira temas e envie suas dúvidas através do e-mail canaldoleitor@revistafertilis.com.br Boa leitura e até breve!

Dr. Evangelista Torquato



sumário

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8 primeira visita ao 10 odontopediatra acupuntura na 16 gestação 18 varizes 20 sinéquias uterinas Nomes e seus 23 significados

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enxoval do bebê

28 varicocele 36 beleza para mamães 41 falha repetida de implantação 44 recados 46 meu filho, minha história 38 alimentação saudável

gravidez bem-sucedida

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48 capacidade multiplanar 50 problemas de infertilidade 53 o Sistema Nervoso dos bebês 56 um turbilhão de sentimentos 58 agendando a sua consulta

cirurgia plástica

A Revista Fertilis é uma publicação trimestral da Editora Bookmaker. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e seus conceitos emitidos.

hipertireoidismo e hipotireoidismo



Hipertireoidismo e hipotireoidismo Controlando os níveis de hormônio para uma gestação saudável Dra. Cybele Monteiro Ginecologia e Reprodução Humana – CRM 8988

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hormônio produzido pela glândula tireoide é essencial para a concepção, manutenção da gravidez e bom desenvolvimento fetal. Por causa da presença do bebê, a imunidade do corpo da mulher é modificada. Toda gestante tem a tireoide afetada, mesmo aquelas que nunca tiveram qualquer tipo de alteração nos níveis dos hormônios. No entanto, na grande maioria das vezes, essa mudança fica dentro dos parâmetros considerados normais. Mulheres com diagnóstico prévio de hipotireoidismo ou hipertireoidismo devem ser aconselhadas a estabilizarem os seus níveis hormonais antes de tentarem engravidar. Durante todo o primeiro trimestre da gravidez, os bebês recebem esse hormônio de suas mães, fator determinante para o seu desenvolvimento, principalmente o neurológico.

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O hipotireoidismo materno ocorre entre 0,5 e 3% das gestantes e, geralmente, é causado por tireoidite autoimune (ex: tireoidite de hashimoto) e causas iatrogênicas (ablação com iodo ou cirurgia). Nesta condição, a produção de hormônio tireoidiano é insuficiente e o funcionamento da tireoide fica mais lento. Vários estudos têm demonstrado que filhos de mães com hipotireoidismo não tratado durante a gestação podem apresentar comprometimento do desenvolvimento neurológico em graus variáveis, em uma frequência até seis vezes maior que os filhos de mulheres eutireóideas. Não é fácil diagnosticar a doença tireoidiana durante a gestação, pois a glândula aumenta seu volume e altera sua função. As queixas mais comuns apresentadas pelas pacientes são: ressecamento da pele, rouquidão, fadiga, queda dos cabelos, intolerância ao frio, prisão de ventre, distúrbios do sono e fraqueza. Durante o exame clínico, podemos detectar o bócio (aumento no volume da tireoide) e a demora no relaxamento dos reflexos tendinosos profundos. Anemia, aumento do Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH) e nível baixo de T4 são as anormalidades laboratoriais mais comuns. Vários são os efeitos do hipotireoidismo não tratado para as mães e seus bebês, dentre eles: elevada prevalência de hipertensão gestacional (20%), baixo peso dos bebês ao nascerem e prematuridade. O ideal é que a mulher hipotireoidiana planeje a gestação e engravide com concentrações normais de T4 no sangue. Por esse motivo, logo que souberem da gravidez deverão procurar o endocrinologista, que irá ajustar a

dose da medicação. Se bem tratado e controlado, o hipotireoidismo não trará prejuízos ao feto. O hipertireoidismo, por sua vez, aumenta o metabolismo da mulher e acelera os batimentos cardíacos, tanto dela quanto do feto. A condição atinge cerca de 2% das gestantes e, em cerca de 80% dos casos em que ela não é tratada, pode ocorrer parto prematuro ou mesmo aborto. Emagrecimento, taquicardia, suor e inquietação exagerada, ocasionando tremores durante o dia e insônia à noite, estão entre os principais sintomas do problema. Para que não ocorram danos ao desenvolvimento cerebral do feto, o exame para diagnosticar a ocorrência ou não do quadro deve ser realizado logo no início da gestação. Tanto para mulheres que já tinham o problema antes da gestação quanto para aquelas que o desenvolveram durante a gravidez, o tratamento é indispensável para evitar complicações. A dosagem de drogas antitireoidianas (que suprime a função da tireoide) deve ser a mínima possível, devido à passagem placentária das mesmas. É fundamental que a gestante tenha um acompanhamento contínuo do endocrinologista por, pelo menos, mais 12 meses após o nascimento da criança. Isso porque a condição pode agravar-se após o parto ou mesmo aparecer em mulheres que passaram toda a gravidez com os níveis normais de hormônios. Com acompanhamento médico, é possível que a mãe tenha uma gestação feliz e saudável.

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Primeira visita ao odontopediatra

Cuidados preventivos podem evitar problemas futuros Dra. Ginna Gonçalves Odontologia – CRO 5435-CE

Dicas importantes para os pais e seus bebês: • Para evitar a cárie de mamadeira, ofereça ao bebê leite sem açúcar.

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criança, ao nascer, traz características próprias, além dos traços físicos herdados dos pais. Ela pode apresentar problemas incomuns, como: dentes natais ou neonatais (presentes na boca ao nascer ou 2 a 3 meses após o nascimento, respectivamente), freio lingual hipertrófico (língua presa) e fissuras ou fendas no palato e lábio (fenda palatina ou lábio leporino). Ao examinar a criança, o pediatra pode detectar essas alterações e encaminhá-la ao odontopediatra para o tratamento adequado. Normalmente, a 1ª dentição dos bebês surge no 6º mês de vida, quando nascem os incisivos centrais inferiores; e finaliza aos 11 meses quando nascem os incisivos centrais superiores. Nesse período, recomenda-se uma visita ao odontopediatra, que avaliará o desenvolvimento da dentição da criança e orientará os pais sobre a higiene e alimentação ideais, além de acompanhar o restante da dentição, que se completará por volta dos 2 anos e meio de idade. Informações sobre a escovação ideal, o uso de acessórios adequados, a importância da amamentação para a formação da arcada dentária são algumas das orientações repassadas pelo odontopediatra aos

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• Após as mamadas, limpe a boca do bebê. Para isso, enrole uma gaze em seu dedo, molhe-a com água filtrada e passe na língua e nas gengivas do bebê e, logo que surgirem seus primeiros dentinhos, adote a escova de dentes, que deve ser macia e indicada para a sua idade. • Não esfrie a comida do bebê, assoprando com a boca. Esse hábito pode fazer com que bactérias da boca do adulto sejam repassadas para a criança.

pais, que serão os principais coadjuvantes nessa fase, acompanhando a erupção final dos dentes da criança e orientando-a até que possa assumir a sua própria higiene bucal e dental. É importante também a orientação do odontopediatra sobre o uso da mamadeira, que exige cuidados especiais, como: a escolha dos melhores bicos, o horário ideal para oferecer a última alimentação, evitando os horários noturnos e o uso exagerado de açúcar, além de orientar os pais sobre o uso mínimo da chupeta e da sucção do polegar. Traumas futuros de visitas ao dentista podem ser precocemente evitados quando há o acompanhamento inicial deste profissional, inspirando confiança e segurança à criança, além de acostumá-la ao ambiente e procedimentos do consultório. Com um acompanhamento permanente, será mais fácil detectar, ainda no início, o surgimento das primeiras cáries e combatê-las, sem que os dentes precisem ser restaurados.



Enxoval do bebê

Programe-se e saiba como ter instantes prazerosos durante a escolha Dra. Sylvia Goulart Fonoaudiologia e Personal Baby – CRFa 8304

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ma das grandes preocupações dos pais, sejam eles de primeira viagem ou não, é com o enxoval dos bebês. O que comprar? Em que quantidade? A partir de quando devo começar a me preocupar com isso? São perguntas recorrentes e que precisam de esclarecimento, afinal, o momento de escolher o enxoval deve ser um dos mais prazerosos da gestação. Aos poucos, vá comprando peças de roupas variadas: camisetas, macacões e bodies, mantas, chapéus, calças com pezinho, sapatinhos, pares de meias e luvinhas são alguns dos itens básicos. No vestuário, também é importante lembrar-se dos cueiros (muito utilizados no dia a dia), toalhas-fralda (mais indicadas para os primeiros meses de vida do bebê), lençóis, travesseiros e almofada para amamentação.

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Fraldas e artigos de higiene Uma dica importante é não exagerar demais na quantidade, pois seu bebê crescerá rápido e muitas roupas poderão ser perdidas. Uma solução simples para evitar esse tipo de problema é ir comprando peças de tamanhos variados, já vislumbrando o crescimento da criança. Procure comprar roupas confortáveis e com tecidos macios, de malha ou algodão, que estejam de acordo com o clima de sua cidade. Outro ponto importante é referente às cores. Se os pais não desejam saber o sexo da criança antes do parto, vale a máxima das tonalidades neutras, tais como verde, caramelo ou amarelo.

Um dos itens mais utilizados durante todo o desenvolvimento do pequeno são as fraldas. Por isso, elas nunca são demais. No caso das descartáveis, é interessante tê-las em vários tamanhos, já que, como dissemos, o bebê cresce a uma velocidade impressionante. Outra dica fundamental é escolher produtos de boas marcas, antialérgicos e, principalmente, confortáveis, já que o neném passará boa parte do tempo utilizando-as. As fraldas de pano são coringas e servem, também, para apararem as golfadas e limparem a boca do bebê logo após a ingestão de papinhas ou sopas.

No quarto, cinco objetos são essenciais: berço, que não deve ter um espaço superior a 6 centímetros entre as grades; cômoda, que além de guardar as roupinhas pode também funcionar como trocador; abajur, para que o quarto não fique em total escuridão e atrapalhe o trânsito dos pais durante a noite; mosquiteiro, principalmente no verão para evitar que as picadas de insetos possam se transformar em feridinhas e incomodar o bebê; e uma cadeira ou poltrona confortável, para que a mamãe possa amamentar com total tranquilidade.

Itens como creme para assaduras prescrito pelo pediatra, fita adesiva, cotonete, algodão, colônia, óleo, aspirador nasal, álcool 70% (para higiene do umbigo), sabonete líquido neutro, xampu, escova, pente, tesoura romba, gaze, lenços umedecidos, banheira (escolha um modelo que facilite a limpeza, uma vez que ela não deve acumular sujeiras), lixeira com pedal, termômetro e trocador são artigos primordiais para a higiene e o bem-estar do seu bebê. Por esse motivo, é importante comprá-los com antecedência.

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Acessórios A SEREM INCLUSOS NO ENXOVAL Alguns acessórios costumam ser bem utilizados, como a babá eletrônica (que possibilita certa tranquilidade à mãe quando estiver longe do bebê); som portátil e CDs com músicas infantis, de ninar ou instrumentais, que ajudam a compor a rotina da criança e brinquedos variados: móbiles, tapetes de EVA, brinquedinhos de banho, mordedores etc. A dica é sempre observar a indicação quanto à idade da criança nas embalagens. Alimentação e passeio A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Após esse período, outros alimentos começam a ser inseridos na dieta do bebê e, com isso, alguns itens tornam-se fundamentais no enxoval, como: cadeirão de alimentação, copinhos variados, jogo de pratos e de talheres. A dica aqui é sempre observar o material e a idade indicada para cada um desses produtos. Mamadeiras e chupetas ficam a critério dos pais. A orientação é que, caso sejam adquiridos, estes itens sejam ortodônticos para que se evite possíveis alterações no desenvolvimento orofacial das crianças. E não esqueçam dos babadores, afinal, esses momentos são marcados pela descoberta e é normal os pequenos se sujarem muito! Por fim, o carrinho de passeio, que deve ser resistente e bastante confortável. Quanto ao bebê-conforto, é imprescindível testar anteriormente a sua instalação no carro para saber sua compatibilidade, e duas bolsas, uma pequena e outra grande (que, de preferência, traga um trocador). Vale salientar que o enxoval é muito particular, no entanto, essas dicas ajudam bastante na hora de escolhê-lo. Procure organizar seu enxoval entre o terceiro e o sétimo mês de gestação, para que, no final deste período, você não tenha que se movimentar muito e esteja bem tranquila, só aguardando o grande dia. Lave todas as roupinhas com sabão neutro, removendo as etiquetas (estas costumam irritar a pele). Organize a bolsa que vai levar para a maternidade, o quartinho e então é só esperar e curtir a chegada do seu bebê!

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Acupuntura na gestação Técnica ameniza desconfortos na mãe e beneficia o bebê Dr. Francisco Eristow Nogueira Acupuntura - CREMEC 3911

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tilizada como medicina complementar, a acupuntura tem sido grande aliada no tratamento de casais com infertilidade e durante todo o período gestacional, melhorando a resposta às induções hormonais e facilitando a adaptação do corpo da mulher às transformações da gravidez. Náuseas e vômitos são frequentes no início da gestação e as dores lombares fazem parte das queixas até o seu período final. Essas queixas ocorrem em função de alterações no sistema cardiovascular materno. O feto requer quantidades cada vez maiores de nutrientes, deixando o organismo da mãe, no início, em estado de deficiência sanguínea, impondo-lhe um ritmo

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cardíaco mais acelerado e um estado de anemia dilucional. À medida que a gravidez avança, o feto cresce, ganha peso e ocupa cada vez mais espaço na pelve da mãe, comprimindo intestinos, bexiga, artérias e veias, tornando essa região mais congestionada de sangue. A acupuntura ajuda a estabilizar o corpo num patamar onde todas as funções fisiológicas são exigidas até o seu limite máximo. A permanência desses sintomas pode levar à tensão, ansiedade, nervosismo e insônia, que, em um segundo momento, podem estar associados à manifestações físicas como: azia, refluxo gastroesofágico, asma e hipertensão arterial. Recorrer à técnica


ACUPUNTURA EM CRIANÇAS? Evita-se o emprego de acupuntura em crianças devido ao risco de acidente com agulhas. Os pequenos pacientes aceitam muito bem o estímulo de pontos com laser, sendo possível tratar asma, rinite, bronquite, distúrbios do sono, enxaqueca e cólicas. Estimula-se as mães a massagearem seus bebês usando uma técnica indiana chamada Shantala que aproxima mãe e filho, desenvolve o amor entre ambos e evita o adoecimento.

da acupuntura como opção de tratamento significa resolver sintomas, evitando a exposição da mãe/feto aos efeitos colaterais dos medicamentos. O desenvolvimento do feto depende do modo como a gravidez transcorre. Uma gestação serena permitirá o desenvolvimento pleno do bebê em todos os seus sistemas. No período pós-parto, a acupuntura auxilia o retorno da mãe ao estado pré-gravídico, ajuda a normalizar a produção dos hormônios, estimula o funcionamento adequado dos intestinos e contribui para uma lactação sem intercorrências.

A quantidade de sessões é proporcional à intensidade dos sintomas. Recomenda-se duas vezes por semana, até que chegue o final da gravidez. O médico especialista em acupuntura é o profissional indicado para estabelecer o diagnóstico e determinar quais os pontos a serem trabalhados, evitando sempre aqueles que possam precipitar um trabalho de parto. Feita da maneira correta, a acupuntura, comprovadamente, é um dos principais instrumentos para uma gravidez feliz e bem mais saudável.

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Varizes

Condição atinge 70% das gestantes com predisposição genética Dr. Luzinei Monteiro Cirurgia Vascular – CRM 6735

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s varizes caracterizam-se pela dilatação e tortuosidade anormal de veias, principalmente, nos membros inferiores. Quando de menor tamanho (com diâmetro inferior a 1 mm), são chamadas de telangiectasias, conhecidas popularmente como vasinhos. Estes, pelo fato de localizarem-se na região posterior da coxa ou do joelho, podem não ser percebidos e as gestantes não se dão conta que os possuem. Durante a gestação, podem surgir as varizes ou haver agravamento das que já existem, mesmo sem apresentarem sintoma algum. A gestação é uma condição fisiológica que produz alterações na anatomia e fisiologia da mulher, fato que contribui para o surgimento ou piora clínica das varizes. Aumento do volume sanguíneo circulante, compressão dos vasos na pelve pelo útero gravídico em crescimento e relaxamento da parede da veia, induzida pela alteração hormonal ocorrida neste período estão entre os fatores responsáveis pela dilatação venosa na gestação.

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O aumento de peso, a idade e o número de partos influenciam de forma direta no surgimento de varizes. Estudos apontam que a condição ocorre em até 70% das gestantes com predisposição genética. A boa notícia é que a maioria pode desaparecer ou melhorar no período de 3 a 6 semanas depois do parto. No entanto, após gestações subsequentes, as varizes tendem a agravar-se e tornarem-se permanentes. Os sintomas mais comuns são: dores, fadiga, inchaço e sensação de peso nas pernas, que se intensificam bastante no fim da tarde. Como forma de prevenção, orienta-se o controle do peso

corporal, com atividades físicas regulares; evitar manter-se muito tempo nas posições de pé ou sentado; elevar as pernas na hora do repouso e utilizar meias de compressão elástica, que melhoram o retorno venoso nas pernas, aliviando os sintomas e favorecendo a qualidade de vida da gestante. Atualmente, existem várias técnicas disponíveis para remoção das varizes, de forma bastante eficaz e praticamente indolor. O tratamento pode ser realizado após o terceiro mês do parto, quando a mulher deixa de sofrer as alterações hormonais do período gestacional, possibilitando um resultado mais eficaz.


Sinéquias Uterinas Condição pode gerar infertilidade devido à diminuição da cavidade endometrial Dr. Daniel Diógenes Reprodução Humana – CRM 8534

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inéquias uterinas são “cicatrizes” (aderências - adesões) que ocorrem dentro da cavidade uterina. Elas são adquiridas devido à lesões infringidas sobre a mesma após manipulação cirúrgica, processos infecciosos uterinos ou até radioterapia. Geralmente, ocorrem após curetagem pós-abortamento, retirada de mioma ou pólipo uterino, ou logo depois de uma endometrite (infecção do endométrio, a camada interna do útero). A presença de sinéquias está intimamente relacionada à infertilidade, alterações menstruais (amenorreia - ausência de menstruação/hipomenorreia - fluxo menstrual diminuído), dismenorreia (dor menstrual) e perdas gestacionais recorrentes.

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As sinéquias uterinas podem provocar uma diminuição da cavidade uterina e o “bloqueio” da menstruação (tanto mecanicamente, quanto pela diminuição de área “menstrual” uterina) podendo ocasionar dores menstruais excessivas, menstruações com fluxo diminuído e infertilidade. A infertilidade ocorre devido à redução da cavidade uterina, dificultando a implantação do embrião. O diagnóstico pode ser pensado quando a paciente apresenta os sinais e sintomas acima descritos e pode ser sugerido por exames como ultrassom pélvico e histerossalpingografia, mas somente será confirmado pela histeroscopia.


Tratamento O tratamento das sinéquias se dá pela sua retirada (lise - ressecção) realizada durante a histeroscopia, com a possibilidade de uso de hormônios ou outros dispositivos, dependendo de cada caso. Quando pelo menos dois terços da cavidade uterina estão afetados por adesões densas que provocam amenorreia ou hipomenorreia, tem-se a caracterização da chamada síndrome de Asherman. A síndrome de Asherman, que foi descrita em 1948 e intitulada como amenorreia traumática, consiste na destruição do endométrio seguida da formação de sinéquias nas paredes da cavidade uterina, ocasionando amenorreia, e ocorre, geralmente, após curetagens uterinas. Existem diversas opções de tratamento de sinéquias após a sua ressecção por vídeo-histeroscopia, como forma de tratar e evitar sua recorrência em casos que já haviam sido tratados anteriormente, ou seja, casos em que as sinéquias voltaram a aparecer após uma ou mais ressecções anteriores. anuncio_230x137,5mm_botao_e_flor.pdf 1 31/10/2012 17:36:46

Pode-se optar pelo uso de estrógenos (hormônios) antes ou depois da ressecção, com o objetivo de estimular o crescimento e a recuperação do endométrio, evitando, assim, a formação de novas sinéquias. Após a ressecção, em casos mais extensos ou de recidiva, um balão uterino ou um DIU (dispositivo intrauterino), além da manutenção do uso de estrógenos, podem ser utilizados. O intuito de usar o balão ou o DIU, após a lise, é impedir que as regiões ressecadas entrem em contato novamente, pois uma vez que isto acontece, existe uma chance maior de recidiva das lesões. Após tratamentos como os citados anteriormente, cerca de 50% dos casos graves conseguem atingir uma gravidez, o que pode ser considerado um excelente resultado, quando se trata, por exemplo, da síndrome de Asherman. Portanto, com o correto diagnóstico, tratamento ideal e acompanhamento de médio a longo prazo, podemos manter a esperança em superar o grande desafio no tratamento das sinéquias uterinas, que é evitar o seu reaparecimento.



Nomes e seus significados Um guia rápido para ajudar na sua escolha

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o descobrirem a tão desejada gravidez, uma das primeiras atitudes dos pais é começarem a pesquisa para a escolha do nome do futuro bebê. Muitas vezes, essa decisão já foi tomada antes mesmo de a gestação ser concretizada. Outras, porém, requer um tempo maior de pesquisa por parte dos futuros pais. Além de uma boa sonoridade, grafia simples e facilidade de memorização, é interessante saber como o nome surgiu e o que representa. Para ajudá-los, preparamos um guia especial com alguns nomes e seus respectivos significados e origem.

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Nomes masculinos: Nomes femininos: Amanda - Feminino de Amando, originado do latim amandus e significa “que deve ser amado”, “digna de ser muito amada”. Ana - Do hebraico hannah e significa “abençoada”, “cheia de graça”.

Bernardo – Do germânico bernhard, resultante da junção de ber (urso) e hard (forte, corajoso). Representa alguém determinado, que luta pelo que deseja.

Beatriz - Do nome em latim beatrice, que significa “aquela que traz felicidade” e/ou da palavra beatus, “bem-aventurada”, “abençoada”, “feliz”.

Celso – Do latim celsus, significa “sublime”, “elevado”. Indica uma pessoa que utiliza seus conhecimentos para ajudar os outros.

Clara - Vem do latim clarus e significa “brilhante”, “clara”, “luminosa” e “ilustre”. Representa uma pessoa com forte senso crítico e muita racionalidade.

Daniel – Originário do hebraico danyyel e significa “Deus é meu juiz”. Representa alguém atencioso e muito apegado à família.

Giovanna - Forma italiana e feminina do nome próprio João e quer dizer “presente de Deus”, “dádiva de Deus”. Helena - Forma latina do nome helen, que deriva da palavra grega helene. Significa “tocha”, “luz” e representa alguém que está buscando sua verdadeira personalidade. Maiara - De origem tupi, significa “senhora”, ou ainda, “aquela que sabe exatamente o que fazer para atingir seus objetivos”. Pâmela - Do grego pan-meli e significa “tudo mel” ou “completamente doce”. Raquel - Vem do hebraico rachel e significa “fêmea do carneiro”, “ovelha”, ou mesmo “cordeiro”. Representa uma pessoa calma e serena. Sofia - Originário do grego sophia e representa “sapiência”, “sabedoria”.

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Alexandre - Deriva do verbo grego aléxo, que significa “repelir”, “defender” ou “proteger”, unido ao vocábulo andrós, “homem”. Ou seja, “protetor do homem”, “defensor da humanidade”.

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Eduardo – Originário do inglês arcaico e composto pelos vocábulos ead (riquezas, fortuna) e weard (guardião, protetor). Significa “guardião das riquezas” ou “guardião abençoado”. Gabriel – É originário do hebraico e significa “homem forte de Deus”, “força de Deus”, “homem de Deus” ou “enviado de Deus”. Joaquim – Surgiu no hebraico como jehoiachim, ou seja, “estabelecido por Deus”, “o elevado de Deus”. Representa uma pessoa segura e firme, que age de forma leal. Luís – Do germânico Chlodovech, composto pelos elementos hlud, que significa “fama” e wig, “guerreiro”. Significa “combatente glorioso”, “guerreiro famoso”. Leonardo – De origem germânica, é formado pela junção dos elementos levon (leão) e hard (corajoso, bravo, destemido). Representa alguém “forte como o leão”. Pedro – Originário do grego pétros, significa “pedra”, “rochedo”. Indica uma pessoa simples, mas sempre em busca da realização espiritual e intelectual.



Cirurgia plástica Procedimento melhora a aparência das mamas e abdome no pós-parto Dr. Ageu Brasil Cirurgia Plástica - CRM 3578

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urante a gravidez, a maior preocupação da futura mamãe é com o desenvolvimento saudável do seu bebê. Outro detalhe, porém, demanda atenção por parte da gestante: seu corpo. Algumas mulheres, pelo fato de terem uma genética privilegiada ou por seguirem rigorosamente as orientações nutricionais (engordar, em média, um quilo por mês), conseguem recuperar a silhueta em um período que varia de 3 a 6 meses após o parto. Outras, no entanto, têm certa dificuldade para eliminar os quilos extras e recorrem a exercícios físicos e dietas balanceadas. Em algumas situações, entretanto, independente do tipo de atenção que a mãe tenha dado ao seu corpo durante a gravidez, a cirurgia plástica configura-se como uma grande aliada. Na gestação, devido ao estiramento da pele provocado pelo aumento do peso, expansão do abdome e também das mamas (devido à lactação), há uma quebra das fibras elásticas e, com isso, surgem a flacidez e as estrias, que serão mais notadas no pós-parto.

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É certo que a manutenção de uma pele sempre bem cuidada e hidratada e o cuidado constante com o peso, podem evitar o surgimento dessas alterações indesejadas ou, pelo menos, minimizar seus efeitos. No entanto, se após 8 a 12 meses depois do parto houver flacidez das mamas e do abdome, com ou sem estrias, a cirurgia plástica corretiva pode ser indicada, desde que o peso da paciente esteja próximo do ideal. O procedimento não deve ser realizado em um período anterior, uma vez que o corpo passa por transformações hormonais e adaptações orgânicas bastante importantes. Em relação às mamas, a elevação das mesmas, eliminando a flacidez, pode ser feita com a introdução de implante no local onde ocorreu atrofia do tecido mamário. Já em pacientes com mamas grandes, é feita a elevação concomitante à redução. Por conta das modernas técnicas e materiais existentes, o risco de prejudicar a amamentação do bebê é quase nulo. No abdome, a cirurgia de retirada da flacidez, também conhecida como abdominoplastia, é realizada simultaneamente ao tratamento dos músculos reto-abdominais, que se afastam e causam o abaulamento da barriga. Além disso, para proporcionar mais harmonia ao contorno corporal, associamos ao procedimento a lipoaspiração nas regiões ilíacas, dos flancos e dorso. As pacientes devem ter em mente, porém, que vão ganhar cicatrizes nessas regiões. Nas mamas, podem ser desde uma cicatriz peri-areolar (ao redor das aréolas) até cicatrizes em T invertido. No abdome, geralmente, são feitas incisões suprapúbicas, que se estendem até as cristas ilíacas e ao redor do umbigo. Em casos específicos, essas mesmas incisões podem ser feitas ao redor do umbigo sem deixar cicatrizes. É a chamada miniabdominoplastia. Após o procedimento, é essencial que a paciente redobre os cuidados com a hidratação da pele. Além de hidratantes e óleos corporais, o uso de protetor solar sobre as cicatrizes é fundamental, pois, nesta fase, há uma tendência maior à hiperpigmentação. Com cuidados adequados e acompanhamento profissional qualificado, é possível manter-se bonita e saudável, antes, durante e após o nascimento do bebê.

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Varicocele

Com tratamento adequado é possível evitar a infertilidade Dr. Leocácio Barroso Urologia - CRM 5832

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á até pouco tempo, a infertilidade conjugal era tratada e vista como um problema exclusivamente relacionado às mulheres, tendo os homens pouco ou nenhum envolvimento com a situação. Atualmente, o papel do homem no casal infértil é tão importante quanto o da mulher, sendo o homem portador de uma alteração que leva à infertilidade em até metade dos casais que procuram tratamento. Dessa forma, a investigação no homem, por um médico urologista, é tão necessária quanto na mulher e deve ser realizada ao mesmo tempo.

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Cerca de 15% da população adulta jovem mundial sofre com um problema que, na grande maioria das vezes, configura-se como um inimigo silencioso: a varicocele. Caracterizada pela dilatação dos vasos venosos que drenam o sangue que chega aos testículos, a varicocele causa o represamento sanguíneo e provoca a formação de varizes. Apesar de muitas pessoas nunca terem tido conhecimento a respeito do quadro, ela é uma das principais causas de infertilidade masculina, uma vez que está relacionada à produção e qualidade dos espermatozoides. Apesar de assintomática na maioria dos casos, determinados pacientes podem descobrir o problema através de alguns sintomas. Os mais comuns são dor testicular e sensação de peso na bolsa escrotal. Esses sinais são mais facilmente percebidos quando comparados o incômodo provocado ao permanecer em pé e o alívio sentido ao deitar. A explicação é simples, já que o corpo, em posição horizontal, faz com que o sangue não necessite enfrentar a gravidade para retornar ao coração, facilitando, assim, sua drenagem. Nestes casos, recomenda-se o uso de suspensório escrotal durante as atividades físicas e alguns medicamentos por via oral são prescritos. Mais preocupante do que isso, no entanto, é a relação entre varicocele e infertilidade. Pelo fato do sangue ao redor dos testículos encontrar-se represado, ocorre um aumento na

temperatura dos mesmos – a condição ideal acontece quando a temperatura permanece entre 1,5 e 2ºC mais baixa do que o restante do corpo. Esse fato, provoca aumento na quantidade de substâncias tóxicas, entre elas, os radicais livres de oxigênio. Com isso, pode ocorrer diminuição da produção, movimentação, qualidade e funcionamento dos espermatozoides. Nos casos em que a relação entre varicocele e infertilidade é comprovada, a cirurgia é essencial. O procedimento é simples, realizado com anestesia peridural ou raquidiana. Dois pequenos cortes são feitos na região pubiana e, através deles, é feita a ligadura das veias dilatadas. Entre três e seis meses após a cirurgia, o homem deverá repetir o exame de espermograma para avaliar o resultado. Caso o procedimento não solucione o problema, uma investigação adicional deve ser realizada. Para que todas essas situações possam ser evitadas, o acompanhamento médico, desde a puberdade, é fundamental. Periodicamente, um urologista deve ser consultado. Após o exame médico, com o intuito de respaldar o diagnóstico, o profissional poderá solicitar ultrassonografia, termografia testicular e/ou cintilografia dos testículos. Finalizado o tratamento, há uma melhora tanto na qualidade do sêmen quanto nas taxas de gravidez.

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CÉSAR RÊGO

I M Ó V E I S

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Gravidez bem-sucedida

A fertilização in vitro usando tecnologia avançada de reprodução humana vem realizar o seu sonho de ser mãe.

Dr. Evangelista Torquato Reprodução Humana - CRM 5688

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s perguntas se repetem a cada vez que uma paciente adentra o consultório do médico especialista em Reprodução Humana: poderei engravidar mesmo com mais de 40 anos? Não corro risco de prejudicar a minha saúde? Quais as chances do procedimento dar realmente certo? Vou ter um bebê saudável?

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Além da tarefa de acalmar a ansiedade e o medo de mais uma futura mamãe, o especialista precisa ter perícia em explicar-lhe com uma linguagem mais acessível como será possível viabilizar o seu sonho dourado, com segurança, tecnologia vinda dos mais avançados laboratórios de reprodução humana, e a garantia de que as chances de acerto são reais.


As técnicas de fertilização in vitro alcançaram um nível de especialização considerável, trazendo associação de métodos que permitem identificar os melhores embriões e o momento ideal para que o endométrio os receba, aumentando as chances de fertilização na quase totalidade dos casos. Hoje, utiliza-se a chamada Super-ICSI, técnica que permite, em laboratório, uma ampliação de imagem em 6,3 mil vezes dos melhores gametas masculinos selecionados para introduzi-los, mais tarde, diretamente no óvulo. Em outras palavras, essa técnica resume-se na injeção de espermatozoides que já foram morfologicamente selecionados, e que têm maiores chances de tornarem-se embriões. Até aí, tudo perfeito! Mas quando o embrião que parecia ideal não consegue se fixar na parede do útero? O segredo parece estar em saber exatamente o momento certo para levá-lo da incubadora para o útero, garantindo a gestação até o final. Então, é essencial para a aplicação da técnica conhecer o metabolismo dos embriões. Estudos experimentais mostram que a presença de certas moléculas no líquido que envolve o óvulo

fecundado, quando em desenvolvimento até a fase em que se transforma em blastocisto (por volta do 5º dia), pode revelar quais os embriões com melhores chances de sobrevivência. Como se traduz isso? Simples. A presença dessas moléculas no meio líquido dirá se o momento é favorável para a transferência dos embriões. Com esse “acerto”, é possível, inclusive, reduzir o número de gestações múltiplas. Basta identificar o momento propício, sinalizado nesse meio de cultivo, para a transferência de um único embrião, que carregará consigo a chance de tornar-se um bebê lindo e saudável. O Instituto Valenciano de Infertilidade (centro europeu com núcleos espalhados em 23 países) criou um teste para avaliar as condições do endométrio de receber o embrião selecionado e fixá-lo à parede do útero. O exame avalia, no 21º dia do ciclo fértil da mulher, o nível de receptividade desse tecido e, atualmente, é utilizado em mulheres que passaram por sucessivas tentativas de fertilização, sem sucesso. Contudo, já se forma um concenso de que possa ser aplicado a todas as pacientes. O Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato, referência no Ceará, já dispõe deste teste.

DICAS PARA UMA GRAVIDEZ SAUDÁVEL • Enquanto o seu bebê não chega, nos próximos meses você será acompanhada muito de perto, inicialmente a cada 15 a 20 dias, para monitorar o desenvolvimento do feto, e depois, a cada mês, para acompanhar a sua dieta, que deve ser equilibrada e saudável.

• É imprescindível tomar as vacinas recomendadas, principalmente as de imunidade para rubéola e tétano.

• Evite ingerir álcool e consumir muitos doces e frituras. • Faça atividades leves, como caminhada e hidroginástica.

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Pois bem, depois desse longo percurso, agora o seu endométrio parece estar prontinho para receber apenas um dos “desejados embriõezinhos” aquecidos na incubadora. Eles foram monitorados a cada 15 minutos, avaliadas as suas condições básicas de movimentação, suas estruturas de DNA, sua velocidade de multiplicação celular e até se apresentaram alterações cromossômicas. Em breve, você poderá dizer que não estará mais sozinha pelos próximos nove meses. Neste momento, se passará para a fase final do procedimento, quando será implantado o embrião selecionado. O próximo passo é preparar-se psicologicamente, com serenidade e muita confiança no seu médico e na tecnologia aplicada, para receber e acomodar dentro de você esse “projetinho de vida”, para o qual você dedicou os seus mais lindos sonhos.

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Beleza para mamães Problemas dermatológicos durante a gestação têm tratamento Dra. Paula Behr Dermatologia – CRM 10006

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iversas mudanças ocorrem com a mulher na gestação, refletindo diretamente na pele: alterações metabólicas, endócrinas, imunológicas e vasculares são algumas delas. Atualmente, cerca de 75% das grávidas apresentam problemas de pele, principalmente, manchas, estrias e acne. Por esse motivo, o ideal é que o acompanhamento dermatológico se inicie antes da gestação. Muitas vezes, durante a gravidez, a mulher teme que os tratamentos possam ocasionar danos a ela e/ou ao bebê. Entretanto, existem procedimentos seguros para este período.

1. Não tome banhos muito quentes. 2. Use sabonetes neutros ou hidratantes e não aplique-os direto nas áreas propensas às estrias. 3. Hidrate muito a pele, desde o início da gravidez, e tome muita água. 4. Tenha cuidado com o sol, use protetor solar sempre. 5. Não coce a pele do abdômen nem por decreto: alarme de estrias!

Fique alerta para:

6. Tenha uma alimentação saudável e procure ganhar peso gradativamente, sem exagerar.

1. Melasmas e Hiperpigmentação:

7. Diminua o ritmo de trabalho e realize atividades físicas leves.

Os distúrbios de pigmentação podem acontecer nos mamilos, axilas e linha central do abdômen. Felizmente, com o término da gravidez, boa parte dessas alterações regridem espontaneamente. Os melasmas, manchas acastanhadas que aparecem na face, acometem até 70% das gestantes e podem resistir após o término da gravidez. Nestes casos, é importante usar filtro solar diário com proteção UVA e UVB, no mínimo FPS 30, além de evitar exposição solar em horários inadequados. Existem medicamentos tópicos, que são liberados na gestação, e que devem ser usados, caso seja necessário.

8. Não tome muito café ou bebidas com cafeína e estimulantes.

2. Estrias: Ocorrem em 90% das gestantes e, geralmente, aparecem no abdômen, mamas, coxas, laterais dos quadris e nádegas. Normalmente, começam no segundo trimestre da gravidez, quando a pele fica mais ressecada. Para evitá-las, o ideal é controlar o ganho de peso e usar hidratantes que ajudem na 36

Os mandamentos da gravidez

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9. Deixe o estresse de lado, afinal você é a rainha deste filme que dura 9 meses! lubrificação da pele. Ao término da gestação, já se pode tratálas, pois a resposta é melhor para estrias recentes. Nos meses da amamentação, fica suspenso o uso de ácidos, porém, é possível utilizar métodos como laser e dermoabrasão.

3. Acne: Atinge, geralmente, 25% das gestantes, principalmente, no primeiro trimestre da gravidez, quando a pele está mais oleosa. O tratamento deve ser feito com bastante cuidado, pois muitos dermocosméticos não podem ser utilizados na gravidez. A higienização da pele e o uso de medicamentos liberados no período gestacional podem controlar o problema.


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Alimentação saudável Na gestação, é sinônimo de saúde para mãe e bebê Dra. Roberta Becco Nutrição - CRN 3353

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urante a gestação, o organismo da mulher passa por diversas alterações fisiológicas, afinal, em seu ventre, existe um embrião que, a cada semana, cresce e se desenvolve, até tornar-se um recém-nascido com cerca de 3 quilos. Por tudo isso, neste período, é imprescindível que todos os nutrientes básicos, essenciais para a completa nutrição materna e o correto crescimento e desenvolvimento do feto, sejam mantidos. Devido à ação de hormônios, variações do volume plasmático e alterações nos padrões de excreção urinária e na função renal, os níveis de nutrientes nos tecidos e líquidos ficam alterados. A correta nutrição materna antes, durante e logo após a gestação, é de fundamental importância, tanto para o desenvolvimento do feto, como para a saúde do neonato. Além disso, uma alimentação adequada ajuda no processo de amamentação.

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Proteínas, vitaminas e minerais Durante a gravidez, cerca de 925 gramas de proteínas são armazenadas. Deste total, 60% são depositados na placenta e no feto e 40% nos tecidos maternos, entre os quais, mamas e útero. Para uma gestante normal, recomenda-se a ingestão diária de 60 gramas de proteínas. O consumo deve ocorrer, principalmente, no segundo e terceiro trimestres, período em que os seios e órgãos internos da mulher estão crescendo para acomodar as necessidades do bebê. Carnes, aves, ovos, peixes, leite, queijo, iogurte e frutos do mar estão entre as principais fontes de proteínas. As vitaminas também são substâncias indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. Para as gestantes, três grupos vitamínicos são muito importantes: vitaminas A, C e D.


A vitamina A, presente em alimentos como queijo, leite, gema de ovo e fígado, ajuda na reprodução normal e no crescimento e desenvolvimento adequado do feto. A vitamina C, encontrada nas frutas cítricas e nos vegetais folhosos, quando consumidos crus, auxilia grávidas com maior risco de anemia, devido à deficiência de ferro. Destaque para a vitamina D, como a de maior importância na gestação. A mesma previne doenças como autismo, esclerose múltipla, participa da fixação do cálcio, ajuda no combate ao risco neonatal de raquitismo e a diminuição da reserva de osso mineral na infância e está intimamente relacionada à imunidade. Dessa forma, é fundamental que todas as gestantes conheçam seu estoque de vitamina D e sigam a orientação para o adequado nível durante toda a gravidez. Podemos encontrar a vitamina D na gema de ovo, fígado, leite, manteiga, margarina, vegetais verdeescuros e amarelos. Com relação aos minerais, cálcio e ferro estão entre os principais. Caracterizado como o mineral mais abundante no corpo, tendo concentração de 99% nos ossos e dentes, o cálcio auxilia na formação do esqueleto do bebê, coagulação

sanguínea e regulação dos batimentos cardíacos. Para alcançar as recomendações diárias (1.200 miligramas/dia), iogurte, leite, amêndoa, sardinha, camarão, ricota e brócolis devem ser inseridos na dieta da gestante. O ferro é necessário à formação de hormônios e novas células e também é um dos constituintes da hemoglobina, proteína das células vermelhas do sangue responsável pelo transporte de oxigênio. Esse mineral ajuda também na prevenção da anemia e de complicações no momento do parto. Carnes, aves, peixes, fígado, feijão, lentilha, grão-de-bico e folhas verde-escuras são fontes naturais de ferro. Uma alimentação equilibrada e saudável garantirá uma gestação e um pós-parto felizes, tanto para a mamãe, como para o seu bebê. A cada trimestre, a gestante necessita de nutrientes específicos para o desenvolvimento do feto. Esses nutrientes participam da prevenção de doenças, evitam malformações e favorecem o aumento do nível cognitivo do bebê. Afinal, o seu desenvolvimento irá começar a partir do hábito alimentar da mãe. Nutrir bem uma gestante é alimentar o desenvolvimento de um ser saudável. 39


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Falha repetida de implantação A importância de investigar as possíveis causas Dr. Marcus Bessa Ginecologia - Reprodução Humana - CRM 5397

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os tempos atuais da Reprodução Humana, onde temos na reprodução assistida a solução final e as respostas para todas as angústias de casais inférteis, as falhas repetidas de implantação constituem um desafio a mais para as clínicas e os médicos que se dedicam a esse tipo de tratamento. Define-se falha de implantação de várias formas. Normalmente, utilizamos o termo para caracterizar a ausência

de gestação após três transferências de embriões de qualidade em cada uma das tentativas. É importante ressaltar que antes de concluirmos e rotularmos um casal como tendo falha de implantação (FI), devemos analisar, atenciosamente, cada uma das tentativas de implantação realizadas. Endometrites (processo inflamatório do endométrio); hidrossalpinges (trompas alargadas e com líquido em seu 41


interior); miomas; pólipos; septos e sinéquias uterinas; endometriose e adenomiose (endometriose interna, que ocasiona o aumento do útero), e, eventualmente, fatores ligados à síndrome do ovário micropolicístico são algumas das possíveis causas de falha. Mesmo diante dos tratamentos habituais, todas essas patologias podem induzir mecanismos de falha de implantação. Por essa razão, seria preciso um “novo” olhar sobre determinadas patologias e suas terapias para observar e, só então, minimizar suas influências sobre todo o processo reprodutivo. Diante da ausência de diagnósticos e patologias a serem tratadas, podemos recorrer a artifícios, às vezes de uso consagrado, ou, em determinadas situações, de uso empírico (Off Label ) , mas sempre com resultados práticos.

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Podemos citar, por exemplo, a administração da progesterona, aspirina, prostaglandinas, heparina ou imunoglobulinas. Outras alternativas são a transferência de embriões na forma de blastocistos (embriões do 5º dia) e a utilização de diagnósticos genéticos pré-implantacionais (PGD). Muitas destas opções, apesar de controversas, buscam atender os anseios de casais em situação crítica, após várias tentativas de fertilização in vitro que tiveram resultado infrutífero. A medicina está, a cada dia, evoluindo. A pesquisa e o estudo acerca da reprodução assistida são constantes e buscam, tanto esclarecer pontos obscuros, como curar feridas reprodutivas para trazer alento e esperança a diversos casais.


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Recados

Amor, gratidão e muita emoção... A chegada de um filho transforma a vida de toda família, enchendo a casa de amor, alegria e muita paz. Felizes com a dedicação do Dr. Evangelista e sua equipe, pacientes mandam recados, demonstrando todo o seu carinho e gratidão.

Dr. Evangelista, um ser abençoado que entrou em nossas vidas. Graças a Deus, nos trouxe uma vida chamada Maria Júlia, uma linda menina, cheia de saúde e disposição. Dr. Evangelista nunca deixou que eu desistisse desse sonho, pois era uma missão muito complicada (útero emprestado)...Tranquilizoume e prometeu: VOCÊ VAI CONSEGUIR!!! E conseguimos. Dr. Evangelista: amigo, humano, médico, companheiro, honesto!!! Que Deus te encha de bênçãos. Deliane Magna – Boa Vista (RR) Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”. Foi com esta frase e com sua determinação que hoje posso dizer com todas as letras, sou MÃE. Obrigada meu amigo (assim o considero), por nunca ter deixado eu desistir do meu sonho, por mais impossível que fosse. Juntos vencemos!!! Com carinho! Wendy Karen – Fortaleza (CE) Dr. Evangelista, nossos bebês - Pedro e Isabela - nasceram agora dia 20/11! De fato, é uma alegria inexplicável e um amor incomparável. Estamos vivendo dias de descoberta, mas prazerosos por vivenciar cada instante mágico das nossas crias. Obrigado por ser o artífice dessa criação e saiba que estarás ligado eternamente às nossas vidas! Um beijo! Karla, Sérgio, Pedro e Isabela – Fortaleza (CE)

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RICARDO Um desejo planejado Uma busca persistente Um caminho sinuoso Um milagre provocado Um sonho realizado Um amor imensurável Um rumo a ser traçado Um ser para ser lapidado Um mundo a ser mostrado Uma gratidão eterna a Deus E que Ele nos ajude a educá-lo e orientá-lo. Essa gratidão a Deus, meu amigo Evangelista, se estende a você e ao Marcus Bessa, que não deixaram a gente desistir e estavam sempre ao nosso lado. Muito grato. Abraço forte. A Fertilis já é um sucesso!!! Rafaela e Ageu Brasil – Fortaleza (CE)



Meu filho, minha história S

er mãe é uma das mais preciosas dádivas da vida. E quando essa realização é conseguida após a vitória diante de alguns obstáculos, as emoções afloram e tudo ganha mais sentido. Foi justamente isso que aconteceu com a estudante cearense Karine Holanda de Paulo. Em fevereiro de 2001, Karine casou-se com Francisco Parnin e, juntos, decidiram que formariam uma linda família. Após três anos de união, perceberam que faltava algo para que a existência de ambos fosse definitivamente completa. Do desejo de ficarem grávidos até a concretização de tal vontade, algumas barreiras precisaram ser enfrentadas. “Certo dia, em uma consulta de prevenção do colo uterino, a ginecologista pediu que fosse feito um espermograma do meu esposo. Após o exame, detectou-se que a quantidade de espermatozoides produzida era baixa. Procuramos um urologista e, para nossa surpresa, descobrimos que ele estava com varicocele (dilatação anormal das veias testiculares)”, conta Karine. Em casos como o de Francisco Parnin, uma cirurgia poderia ser feita na tentativa de reverter o quadro. Apesar do esforço e mesmo após o procedimento, concluiu-se, porém, que a única maneira de tentar uma gravidez seria através de métodos de reprodução assistida. “A partir do diagnóstico, comecei

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a pesquisar sobre os diversos tratamentos que poderiam ser realizados. Em determinada ocasião, assistia televisão com meu marido e vimos uma entrevista com o Dr. Evangelista Torquato. Prestei muita atenção a tudo que ele disse e meu desejo de ter um filho só aumentou”, diz Karine. Em 2011, Karine e o marido decidiram que havia chegado a hora certa. Procuraram o Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato e deram início à concretização do sonho da família completa e feliz. A estudante conta que, desde o início do tratamento, a receptividade na clínica foi maravilhosa; carinho, amparo e apoio eram sentimentos constantes. Segundo ela, esses detalhes fazem toda a diferença para um casal que busca engravidar. “Nosso sentimento naquele momento era o de realizar um desejo mútuo. Não sabíamos o que viria pela frente, tínhamos consciência de que nossas condições seriam

muito limitadas, entretanto, a vontade de que o nosso sonho fosse concretizado era bem maior”, assevera Karine. Após 2 meses de tratamento, Karine engravidou. A vida parecia perfeita, no entanto, o destino decidiu mudar um pouco o rumo da história. Em 24 de julho de 2011, Francisco Parnin faleceu em um acidente de carro. O choque foi inevitável, afinal, uma parte da família havia sido desfeita. “Neste momento, estava com dois meses de gestação e a paixão por minha filha foi meu grande porto seguro. Perceber que um ser tão pequeno e indefeso precisava de mim, de minha coragem e de minha serenidade me deram forças para lutar e seguir em frente. Apesar da ausência de meu esposo, sei que com Ana Isabella nunca mais estarei sozinha”, fala Karine, emocionada e certa de que o sonho, iniciado em 2004, havia, apesar de todas as dificuldades, sido realizado.

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Capacidade multiplanar

A importância da ressonância magnética na detecção do câncer de mama Dra. Andréa Carvalho Radiologia - CRM 9596

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câncer de mama é considerado o tumor maligno mais frequente no sexo feminino, estando entre as principais causas de morte em mulheres nos países ocidentais. No Brasil, o número anual de casos diagnosticados tem chegado a 50 mil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Não obstante o aumento da incidência e a gravidade desse tumor, a chance de cura hoje ultrapassa os 90% quando o diagnóstico é feito no estágio inicial da lesão, ou seja, antes do aparecimento de um nódulo – o popular caroço – perceptível pelo toque. A alta mortalidade associada ao câncer de mama deve-se, na maioria dos casos, à sua detecção tardia. O câncer de mama pode se manifestar mais frequentemente na forma de nódulos ou microcalcificações. Os nódulos maiores podem ser identificados

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pelo exame físico numa consulta de rotina, mas os menores e as microcalcificações só aparecem em exames de imagem. A Ressonância Magnética é um método com várias aplicações na investigação de patologias mamárias, por sua capacidade multiplanar e excelente contraste tecidual, proporcionando imagens de alta qualidade sem expor a paciente à radiação ionizante, o que é uma vantagem no estudo de mulheres em idade reprodutiva, incluindo pacientes gestantes. A realização do exame se dá com a paciente posicionada em decúbito ventral, com apoio nos pés e na cabeça, e, de preferência, com os braços para cima. A sensibilidade desse exame é próxima de 100%, e sua especificidade chega a atingir cerca de 88%. Rastreamento em paciente de alto risco para


câncer de mama, avaliação da real extensão de um câncer de mama já diagnosticado, esclarecimento de achados de imagem inconclusivos em US e/ou mamografia, pesquisa de câncer oculto, avaliação da integridade de implantes mamários e mamas densas, onde os métodos convencionais são inconclusivos, estão entre as principais indicações do exame. Entre as mais relevantes contraindicações à realização da ressonância magnética estão: marca-passo cardíaco, clipe de aneurisma cerebral ferromagnético e implantes otológicos cocleares. A Clínica Boghos Boyadjian conta com alguns dos melhores equipamentos de RM disponíveis, aliando alto campo e túnel a uma excelente abertura, proporcionando maior conforto para a realização de exames em todas as pacientes. Além disso, está equipada com uma moderna bobina específica para estudo das mamas e softwares que minimizam artefatos de movimentação, permitindo realizar exames mais rápidos e com alta resolução espacial.


Problemas de infertilidade A estreita relação entre Doença Ovariana Policística e Infertilidade Dra. Claruza Lavor Ginecologia e Reprodução Humana – CRM 9315 Para que o processo reprodutivo seja eficaz, mensalmente deve ocorrer a liberação de um óvulo maduro por um dos ovários. No entanto, isso nem sempre acontece, o que caracteriza o chamado ciclo anovulatório.

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ma mulher sem problema de ovulação apresenta cerca de 8 a 10 ciclos ovulatórios por ano. Entretanto, o que deixa de ser considerado normal é o ciclo anovulatório crônico. Esse quadro, logo que diagnosticado, deve ser bem conduzido pelo ginecologista, uma vez que representa causa de infertilidade em cerca de 20 a 25% dos casais.

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Em aproximadamente 80% dos casos, a anovulação é tratada com sucesso. Os ciclos menstruais caracterizam-se por irregularidade e, na grande maioria dos casos, as pacientes só percebem o problema quando tentam engravidar. Os tratamentos disponíveis são geralmente bem eficientes, com o uso de medicações indutoras da ovulação.


Doença Ovariana Policística Com o desenvolvimento de novas pesquisas e a consequente evolução do conhecimento, tornou-se evidente que o ovário exerce papel central para a maioria das mulheres em idade fértil. A Síndrome dos Ovários Micropolicísticos (SOMP) é uma das doenças endócrinas mais prevalentes, afetando cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva, e uma das causas mais comuns de infertilidade por fator anovulatório. Pacientes com SOMP apresentam taxa/mês de 5% para gravidez natural. A SOMP é caracterizada por irregularidade menstrual e hiperandrogenismo (aumento da produção de hormônio masculino), cujos sinais clínicos são acne e pelos no corpo. Além disso, há ainda uma tendência para o desenvolvimento de diabetes mellitus 2, sobrepeso, hipertensão e doenças cardiovasculares. Neste caso, o ideal é procurar um ginecologista para confirmação diagnóstica.

Principais sinais e sintomas da anovulação • Amenorreia (ausência de menstruação) • Ciclo menstrual irregular • Aumento de pelos no corpo

Muitas mulheres apresentam os ovários com características micropolicísticas ao ultrassom, porém não têm a síndrome. Para um diagnóstico preciso, é necessário não apenas a presença dos ovários micropolicísticos ao ultrassom, mas também a associação de sinais de hiperandrogenismo e alterações menstruais. O tratamento depende dos sintomas, e costuma-se utilizar anticoncepcionais orais associados a drogas antiandrogênicas e sensibilizadores da insulina para as mulheres que não desejam engravidar. Para as que desejam conceber, o tratamento padrão tem sido a indução da ovulação com o citrato de clomifeno. Estudos mostram uma taxa de ovulação de até 80%, e apenas 30% de taxa de gravidez, discrepância esta que se deve aos efeitos antiestrogênicos da medicação, com prejuízo da qualidade do endométrio e do muco cervical. Entretanto, a Reprodução Assistida, com a fertilização in vitro, oferece taxas bem maiores para o tratamento de mulheres com anovulação por SOMP, através da introdução de novas drogas, protocolos inovadores e individualizados para cada caso.

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O Sistema Nervoso dos bebês: desenvolvimento complexo e fascinante Dr. Eduardo Jucá Neurocirurgia - CRM 12522

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Sistema Nervoso é o componente do corpo humano responsável pela relação do indivíduo com o meio ambiente e com seus semelhantes, além de coordenar todas as outras funções do organismo. É através dele que se manifestam as emoções e a inteligência, os mais elevados e complexos fenômenos fisiológicos, definindo, ao mesmo tempo, a integração da pessoa em comunidade e a sua individualidade, a partir do desenvolvimento das características próprias de cada um. Nesse contexto, a formação do sistema nervoso no período fetal e no primeiro ano de vida é um processo complexo, multifatorial e fascinante, exigindo cuidados que influenciarão o ser humano durante toda a vida.

Desde as primeiras semanas após a fecundação, um grupo de células advindas de uma camada do embrião, chamada ectoderma, passa por um fenômeno de especialização e constitui uma estrutura cilíndrica chamada tubo neural. O desenvolvimento da parte mais anterior deste tubo corresponderá à formação do cérebro em toda a sua complexidade. O restante do tubo neural constituirá a medula espinhal. Este processo, que já está avançado ao final do primeiro mês de gestação, é coordenado por mecanismos genéticos intrincados que dependem de múltiplos fatores, como a correta disponibilidade de ácido fólico.

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A deficiência de ácido fólico na gestação pode levar a defeitos no fechamento do tubo neural do feto, dos quais o mais conhecido é a mielomeningocele, condição que exige tratamento cirúrgico após o nascimento e pode trazer sequelas. Pode haver ainda alterações no fechamento da extremidade anterior do tubo neural, levando a condições graves como a anencefalia. Assim, é desejável um adequado planejamento da gestação e a orientação do ginecologista/obstetra desde antes do início da gravidez, para que problemas desse tipo possam ser evitados. Nos últimos meses de gestação e durante os primeiros meses após o nascimento, ganha destaque o processo de mielinização do sistema nervoso do bebê, no qual os neurônios passam a ser envolvidos por uma substância chamada mielina, que possibilitará o correto funcionamento das células nervosas. Isso explica, em parte, a rapidez do desenvolvimento neurológico dos

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embriões e dos bebês, que a cada mês mostram-se capazes de realizar novas tarefas motoras ou cognitivas. Desde o momento em que o bebê começa a “chutar” dentro da barriga da mãe, passando pelo choro ao nascimento e evoluindo até a capacidade de sentar-se por volta dos seis meses de idade e de dar os primeiros passos e expressar suas vontades através de palavras ao fim do primeiro ano, o comportamento externo reflete o seu desenvolvimento neurológico acelerado. Desse modo, compreende-se que este período deve ser cercado de cuidados, pois terá influência durante toda a vida da criança. Alimentação adequada, estimulação sensorial e um ambiente afetuoso, que lhe traga a sensação de segurança, proporcionarão maiores possibilidades para que o cérebro em evolução desenvolva todas as suas potencialidades.


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Turbilhão de sentimentos Quando o teste de gravidez é negativo após a fertilização in vitro

Dra. Flávia Parente Psicologia - CRP 112769

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m geral, quando o casal decide ter um filho e este não vem “de forma natural”, é cogitada, quase automaticamente, a procura por tratamentos de fertilização que o ajudem na obtenção da gravidez. Muitos casais têm a percepção errônea de que tão logo iniciem o tratamento para infertilidade, conseguirão a tão sonhada gestação. Os tratamentos de reprodução humana assistida aumentam a resposta de gravidez, porém, não garantem 100% seu êxito. Da mesma maneira que um casal sem dificuldades para engravidar não tem certeza de que obterá a gravidez naquele ciclo em que tiveram relação sexual, os que se submetem aos tratamentos de reprodução assistida não têm garantias de sucesso por ciclo, embora as chances aumentem, consideravelmente, com o tratamento. Todo este processo pode ser muito frustrante para os casais que buscam tratamentos para a infertilidade, uma vez que eles já estão bastante angustiados com a espera do filho que não vem e buscam na medicina uma solução para o problema, de forma rápida e eficiente.

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revista fertilis janeiro 2013


O casal que se submete a tratamentos de reprodução assistida pode passar por vários níveis de tentativas, podendo o processo ser longo e doloroso. Conseguir lidar com a frustração costuma não ser tarefa fácil, pois as pessoas se deparam com sentimentos que remetem ao luto, porém de maneira muito solitária já que, socialmente, infertilidade não é compreendida como perda e sim, como incapacidade de gerar e procriar. Deparar-se com um resultado negativo é, de fato, um dos momentos mais difíceis de todo o processo da fertilização in vitro. É um período difícil e complexo, no qual sofrimento e sentimentos de perda estão presentes. As vivências decorrentes da perda do filho são comparadas em intensidade às perdas mais importantes da vida e devem ser compreendidas como um luto a ser elaborado. São numerosas as perdas com as quais o casal lida nesse momento: perda da experiência de uma gravidez; perda de uma relação mãe/filho, pai/filho; perda da possibilidade de desenvolver o papel parental; perda de todos os momentos de prazer com um filho que o casal tem fantasiado e construído, entre outras que trazem impactos emocionais na vida do casal. Além disso, é bastante frequente os casais buscarem uma possível resposta por estarem passando por essa experiência. É comum que não entendam porque, mesmo com condições financeiras e afetivas para assumirem uma criança, não engravidam, ao passo que muitas mulheres que não desejam um filho engravidam facilmente. A partir daí, buscam, dentro de suas histórias, possíveis acontecimentos que os estejam levando a serem castigados; culpam-se por atitudes errôneas, abortos cometidos, vida sexual antes do casamento, relações extraconjugais etc. Vale tudo para preencher esse vazio.

Todo esse contexto é uma experiência estressante. A ansiedade e as oscilações entre esperança e desesperança a cada ciclo que passa causam alterações emocionais impossíveis de serem negadas. É essencial que o casal busque auxílio para reconhecer as dolorosas perdas em cada estágio do processo de infertilidade, as quais variam entre o desapontamento que a mulher sente no momento da menstruação, aos resultados negativos do exame laboratorial e falhas nos tratamentos. A forma como cada indivíduo/casal lida com as situações de perda diante de um resultado negativo pode ter peso significativo no decorrer do processo. Por isso, torna-se produtivo o acompanhamento terapêutico, tanto para rever os estágios e significados de cada etapa vivenciada, como para compreender o processo de “luto” presente desde o início do tratamento. Por ser a infertilidade um assunto tão onipresente e cansativo, é importante orientar os casais, em alguns casos, a “se darem um tempo” e deixarem o assunto temporariamente de lado. Passar por tudo isso não é fácil. Estamos, a todo o momento, nos remetendo a questões inconscientes e marcas que fazem parte da história de cada um dos envolvidos. Procurar ajuda psicoterápica ou, simplesmente, conversar sobre o assunto e dividir com o(a) companheiro(a) os sentimentos vivenciados ajuda a aliviar a dor, uma vez que a fala nos dá a possibilidade de reorganizar as ideias, dar um contexto diferente à situação vivida e tomar novas decisões em relação ao futuro deste projeto.

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7. Evangelista Torquato Reprodução Humana CRM 5688 Contatos: 85 3031 6060 Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.evangelistatorquato.com

13. Marcus Bessa Ginecologia e Reprodução Humana CRM 5397 Contatos: 85 3224 6366 | 3224 2393 G.O. Clinic R. Henriqueta Galeno, 470 - Dionísio Torres www.goclinic.com.br

8. Flávia Soares Parente Psicologia CRP 112769 Contatos: 85 3031 6060 Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota e-mail: fsoaresparente@gmail.com

14. Paula Behr Dermatologia CRM 10006 Contatos: 85 34581285|30316060 Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.paulabehr.blogspot.com

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10. Ginna Gonçalves Odontopediatria | Ortodontia CRO 5435 - CE Contatos: 85 3267 0222 Clínica de A a Z Rua Coronel Jucá, 690 - Aldeota www.clinicaaz.com.br

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12. Luzinei Monteiro Angiologia e Cirurgia Vascular CRM 6735 Contatos: 85 3263 9428 | 9633 0458 Clínica VGO ESPECIALIDADES MÉDICAS Av. Dom Luís, 1233 – Salas 1603/1604 - Aldeota www.luzineimonteiro.blogspot.com

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16. Sylvia Goulart Fonoaudiologia e Personal Baby CRFa 8304 Contatos: 85 8716 0561 | 9902 5925 Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota sylviagoulart@hotmail.com

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