DESIGNER CRIA ILUMINAÇÃO PÚBLICA INTELIGENTE QUE ACENDE APENAS QUANDO AS RUAS ESTÃO SENDO USADAS by Gabriel Mallet Meissner on 24 de Julho de 2013
Por que as lâmpadas dos postes de iluminação pública acendem quando as ruas estão desertas? Este questionamento fez o designer holandês Chintan Shah criar o sistema Tvilight, uma solução de postes de luz inteligentes para cidades. Em seu sistema, as luzes acendem apenas quando sensores detectam a presença de pessoas, carros ou bicicletas. E ignoram quando estão passando apenas pequenos animais, como gatos, cães ou roedores. Assim é possível economizar até 10 bilhões de euros nas contas públicas das cidades e reduzir emissões de dióxido de carbono em 40 toneladas por ano, o equivalente a 20 milhões de carros. O projeto de Chintan Shah ganhou uma competição da Delft University of Technology, aonde era aluno. Como resultado, a universidade disponibilizou ao então estudante instalações e recursos financeiros para criar uma demonstração de sua tecnologia no campus. Foi tão bem sucedido que, desde então, Tvilight foi implementado em 4 cidades holandesas e em 1 cidade irlandesa. E não para por aí: eles tem pedidos de outros países: Israel, Turquia, Estados Unidos, Austrália, Índia e Japão. Não falta demanda, falta a capacidade da empresa em entregar a solução globalmente. O velho “bom problema” que toda empresa gostaria de ter!
“Eu pensei: por que cada cidadão deveria pagar por luzes que não estão sendo usados? Agora nós temos uma solução para isso”, diz Chintan Shah.
Mas o sistema pode fazer mais do que apenas apagar e acender lâmpadas quando necessário. A CNN convidou o artista Daan Roosegaarde para servir de mentor de Shah e ele deu origem a algumas ideias interessantes. Em um nível bastante pragmático, uma ambulância ou caminhão de bombeiros poderia se comunicar com os postes de luz e fazê-los piscar com a cor vermelha antes do veículo passar. Isto avisaria outros veículos que um veículo em situação de emergência está passando e que eles devem dar passagem, assim economizando 2 minutos do trajeto. Para atender a uma emergência médica ou incêndio, este tempo aparentemente curto é precioso e pode salvar uma vida. Outra ideia de Roosegaarde é usar o sistema de Shah de uma maneira mais “poética”. Segundo ele:
“Imagine que eu possa escrever um programa para que, quando eu levar minha namorada para um passeio, o sistema faça algo especial e de repente você tem um boulevard de luzes interativas.” É possível levar estas ideias ainda mais adiante. Dependendo da ocasião, postes de luz podem piscar e mudar de cor para criar qualquer padrão. Por exemplo, durante um evento esportivo a rua poderia até mesmo informar o resultado do jogo. Relembrando o objetivo inicial do Tvilight, isto é, economizar eletricidade e reduzir emissões de carbono, é importante notar que na União Européia 40% das contas de energia governamentais são gastas para manter a iluminação pública. Com esta nova tecnologia, este gasto pode ser cortado em 80%, assim como as emissões de gases estufa. Além disso, o custo de manutenção dos postes de luz seria reduzido em 50%, graças aos sensores wireless. Com informações da CNN