projeçoes economicas

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Tendências Econômicas para a Cafeicultura. Período 2011-2020

Projeções de Produção, Consumo, Exportação e Estoques.

Autor: Alexandre Silva Balbino Economista

Março 2013 Espírito Santo do Pinhal - SP


Projeções Econômicas para a Cafeicultura. Produção, Consumo, Exportação e Estoque. Com o avistar da nossa safra de café 2013/2014, é de bom entender, aos produtores e às classes ligadas ao ramo do mercado cafeeiro, alguns dados elaborados para a tomada de decisão e estratégias de mercado. O ciclo de produção de safra do café é de longa data já conhecido, por conta da bianualidade da produção e pela vasta área de plantio no Brasil e em outros países. Não ocorrendo intempéries, torna-se possível fazer uma projeção do mercado cafeeiro com dados estimados próximos à realidade, com pequena margem de erro. Desde 1830, ou seja, há 183 anos, o Brasil se consolidou como sendo o maior produtor de café do mundo, sua participação no mercado corresponde a aproximadamente 30% de toda a produção nos dias atuais, no entanto, este nível já chegou há quase 80% de todo o café produzido no mundo no século XIX, com isso, houve a necessidade de um plano de intervenção do governo para garantir os preços aos produtores, fazendo empréstimos externos para amenizar o impacto dos baixos preços que se prolongaram no período de 1906-1921. Segundo projeções do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), a partir de estudos elaborados no ano de 2012, a produção brasileira de café irá crescer a um percentual de 4,4% até a safra 2019/20, já se estima que o consumo terá um crescimento de 3,5% e as exportações, um crescimento anual estimado de 1,7% até 2019.


O Gráfico apresenta a projeção de produção, consumo, exportação e estoques para o período de safra correspondendo 2011-2019.

Produção

Consumo

Exportação

Estoques

80 70 60

50

55

54,5

60

59,4

65,3

64,8

71,2

70,6

50 40

32,5

34

34,5

35

35,6

36,1

36,6

37,2

37,7

30

22,5

23,3

24,1

24,9

25,8

27,7

21,7

26,7

21

-0,3

4,3

2,4

7,3

1,7

5,2

20 10 0 -10

-3,5

-0,7

-2,5

2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20

Produção

50

55

54,5

60

59,4

65,3

64,8

71,2

70,6

Consumo

21

21,7

22,5

23,3

24,1

24,9

25,8

26,7

27,7

Exportação

32,5

34

34,5

35

35,6

36,1

36,6

37,2

37,7

Estoques

-3,5

-0,7

-2,5

1,7

-0,3

4,3

2,4

7,3

5,2

Fonte: CONAB, DCAF/SPAE/MAPA.

O café, sendo uma commodity, é sujeito a qualquer movimentação do mercado e tem como sua formação de preço a lei de oferta e demanda. Caberá ao produtor rural, cooperativas e entidades ligadas à classe se manterem alertas e com o controle de suas finanças bem equilibradas para períodos de baixos preços, uma vez que estes poderão ocorrer, segundo projeções de dados, por possíveis estoques excedentes de várias safras a partir de 2015. O governo poderá adotar várias políticas para manobrar a disparidade do preço de venda do café no mercado e o custo de produção efetivo, na tentativa de diminuir a intensidade dos preços baixos, que poderão atingir a produção brasileira, no entanto, vai um alerta aos produtores: o Brasil detém 30% da produção e o restante 70% está distribuído nos demais países produtores pelo mundo, os quais permaneceram com suas produções com grandes chances de manterem durante o período estudado. Sendo estas as projeções para a cafeicultura, será de muita importância que o produtor de café procure reestruturar sua visão estratégica do negócio, utilizando uma gestão eficaz, tendo como objetivo a redução de custos e o aumento de produtividade, assim, por meio desse método, buscar uma alternativa em que os produtores de café, pequenos, médios e grandes, terão de adotar para permanecerem com uma fonte de renda lucrativa, garantindo, então, sua sobrevivência no mercado.


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