06 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE CAPA
----------------------------------------------------------------------------------------------------------06 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE ESPECIAL 6 de abril de 2012 | N° 9501 SOB INVESTIGAÇÃO Comandante da Deic cai por suspeita de irregularidades
Delegado Cláudio Monteiro teria recebido diárias para participar de operação e, no período, viajado para os Estados Unidos Suspeitas de desvio de diárias de uma operação policial para fazer uma viagem pessoal a Miami, nos Estados Unidos, no ano passado. É este o motivo oficial, informado ontem pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), para a exoneração do delegado Cláudio Monteiro do cargo de diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis. Monteiro teria recebido seis diárias, que acumulariam R$ 1.450, para participar de uma operação em Ponta Porã, no Mato Grosso, que investigaria o tráfico de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai. A cidade matogrossense é uma das principais portas de entrada de drogas vindas do país vizinho. Monteiro foi exonerado pelo secretário da SSP, César Grubba, em decisão conjunta com o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila, e também com o aval do governador Raimundo Colombo. O secretário afirmou ao DC ter recebido uma denúncia de que Monteiro havia montado uma operação e não participado. Ainda conforme Grubba, o delegado nesse período da ação policial, teria embarcado para Miami, em 2011. – Apuramos a denúncia e comprovamos a viagem pelo seu passaporte com a Polícia Federal. Foi um desvio de conduta incompatível. Ele admitiu o erro e sabe que fez besteira – declarou o secretário ontem à tarde. O secretário Grubba disse que chamou Monteiro recentemente em seu gabinete para ouvi-lo a respeito, e o policial teria admitido a suposta irregularidade. Grubba afirmou que determinou abertura de inquérito policial e sindicância administrativa pela corregedoria da Polícia Civil, mas não informou a data da suposta viagem nem qual operação Monteiro teria feito e não participado. O secretário informou que serão apurados crimes como corrupção e peculato – quando o servidor público apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel em razão do cargo. O delegado-geral disse que o afastamento era necessário, apesar de lamentar a medida. – No momento, ele tem que ser afastado. Lamento o ocorrido, pois não nos agrada a saída do delegado Monteiro, que é de primeira linha e um dos melhores delegados do Estado – disse o delegado-geral. Declaração forte não influenciou, diz Grubba Aldo e o secretário Grubba negaram que a exoneração tenha a ver com a recente declaração de Monteiro, após a prisão de mais uma quadrilha de assaltantes de caixas eletrônicos. A jornalistas, Monteiro afirmou que, caso viessem para o confronto com a polícia em Santa Catarina, os bandidos seriam mortos. – Não tem nada a ver com essa entrevista dele. Eu até endosso o que ele falou –
comentou Grubba. A exoneração surpreendeu os policiais civis da Deic. O presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) e titular da Divisão Antissequestro da diretoria, Renato Hendges, lembrou que Monteiro fazia boa gestão e era bem visto por toda a equipe. ENTREVISTA César Grubba: Secretário da Segurança Pública de SC Por telefone, o secretário da Segurança Pública, César Grubba, falou ao DC as razões da exoneração do diretor da Deic, delegado Cláudio Monteiro. Diário Catarinense – Qual o motivo da exoneração do delegado Cláudio Monteiro? César Grubba – Foi um desvio de conduta incompatível com a função. DC – Foram problemas administrativos na gestão da Deic? Grubba – Envolvem diárias na Deic. Recebemos uma denúncia, apuramos e comprovamos o fato. Ele fez uma viagem a Miami (EUA) no ano passado e nesse período disse que estava numa operação, mas apuramos com seu passaporte na Polícia Federal que tinha viajado (para Miami) e também no relatório da viagem. Em vez ter ido na operação ele embarcou para Miami. DC – O senhor falou com ele a respeito disso? Grubba – Chamei no meu gabinete e perguntei. Ele admitiu isso, falou que fez besteira. Levei o assunto ao governador e entendemos que tínhamos de exonerá-lo. DC – Há indícios de corrupção? Grubba – Há indícios não só de corrupção mas como de peculato. Determinei abertura de inquérito e sindicância. Depois, o que for apurado é que poderá ir para à Justiça. ---------------------------------------------06 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: RAFAEL MARTINI - VISOR
CRUCIFICADO NA QUINTA-FEIRA SANTA Existem mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia. A máxima cai como uma luva no caso da exoneração do diretor da Deic, delegado Cláudio Monteiro. Faltou habilidade política ao governo na condução do assunto. Sequer uma nota oficial foi emitida pela cúpula da SSP.
Oficialmente, Monteiro teria desviado R$ 1,5 mil de seis diárias em benefício próprio e viajado para Miami com parte do dinheiro. Ao ser questionado pelos seus superiores, o ex-diretor até chorou. Mas há quem garanta que ele será indiciado por até oito crimes. Diante da gravidade, o sinal verde para o afastamento foi dado pelo governador Raimundo Colombo na última segunda. A repercussão nas redes sociais foi imediata. Até uma página Fica Delegado Monteiro foi criada no Facebook e já contava com 8 mil membros (confira em www.diario.com.br/visor). Monteiro vivia um momento de evidência na mídia. Foi graças às investigações da sua equipe que a série de ataques a caixas eletrônicos arrefeceu. Mesmo com uma estrutura deficitária, botou ordem na casa. Não se questiona a eventual punição para os desvios, o que surpreendeu foi a velocidade das decisões. No mais, qualquer ligação com o fato de a Deic sediar um foco de resistência nas negociações salariais não passa de teoria da conspiração. Monteiro apenas silenciou.
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• Mudança
na Segurança
A demissão do delegado Cláudio Monteiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) não tem qualquer conexão com suas declarações de afirmação da autoridade policial contra os criminosos que vêm atuando em Santa Catarina. Quem dá a garantia é o próprio secretário de Segurança Pública, promotor Cesar Grubba, ao afirmar: – Não há nenhum vínculo. Ao contrário. Eu endosso integralmente a manifestação do delegado Monteiro. Para os setores majoritários da população, que vinham aplaudindo as vitoriosas operações conduzidas pela Deic, sob o comando do delegado Cláudio Monteiro, a exoneração provoca duas reações. A primeira, de lamento por sua saída; a segunda, de conforto pela solidariedade da ação externada pelo secretário Grubba. Afinal, o delegado Cláudio Monteiro não disse, em nenhum momento, que iria executar os bandidos ou partir para arbitrariedades policiais, como
apressadamente interpretaram alguns setores da imprensa. Ele foi muito claro. Os presos que não venham agir em Santa Catarina. Se vierem, serão presos. E se partirem para o confronto com a polícia, serão mortos. Aqueles que condenaram a pertinente advertência do diretor da Deic queriam o quê? Que a polícia enfrentasse com flores e champanha os audazes bandidos armados que vivem atentando contra a integridade dos policiais e disparando metralhadoras contra as delegacias? É preciso ficar claro: entre a lei e a criminalidade, a sociedade tem que ficar ao lado da ordem jurídica. E entre a morte de um criminoso e de um policial, num enfrentamento direto que ninguém deseja, que seja preservada a vida do que protege a sociedade. O avanço da criminalidade tem duas causas bem conhecidas: 1. A impunidade, que começa em Brasília e termina nas pequenas comunidades; 2. Um maniqueísmo oriundo do regime militar, que procura limitar a indispensável rigidez na ação policial em defesa da lei e da sociedade para proteger bandidos. • QUEM ASSUME
A exoneração do delegado Cláudio Monteiro passou a ser cogitada há três semanas, quando chegou ao conhecimento do secretário Cesar Grubba uma denúncia sobre ato ilegal praticado pelo titular da Deic. Havia requerido diárias para uma operação no Oeste e no mesmo período viajou para Miami. Feitas as investigações, houve a confirmação da viagem ao exterior pela Polícia Federal. Monteiro foi chamado ao gabinete do secretário de Segurança, tendo o delegado-geral de polícia, seu superior, como testemunha. Cientificado da denúncia, não reagiu. Ao contrário, admitiu o erro, lamentou e chegou a reagir emocionado, já consciente de que a degola seria inevitável. O clima pesou mais pelas relações de respeito profissional mútuo que unem o secretário e o ex-diretor desde a época em que Grubba atuava como promotor e Monteiro como delegado. Sempre na linha de convergência de combate à bandidagem. Ato contínuo, o secretário pediu ao delegado-geral, Aldo Ávila, que indicasse cinco delegados. Dessa lista constava o nome de Laurito Akira Sato, um profissional de segurança de São Paulo que fez concurso em Santa Catarina, atuou em Joinville e, por suas qualidades operacionais, foi requisitado para atuar na Força Nacional de Segurança Pública em Brasília. Convidado para vir ao Estado, Akira Sato manteve uma conversa com o secretário de Segurança na quarta-feira. Saiu da audiência como o novo diretor da Deic e a mesma determinação de manutenção da política de combate enérgico à criminalidade no Estado.
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VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: MOACIR PEREIRA
Polêmica Nem o delegado Cláudio Monteiro, exonerado da direção da Deic, sabia de tamanha torcida favorável a ele pelas apaixonadas manifestações registradas nas redes sociais. Quando veio a público o motivo: uma investigação interna e a suposta utilização irregular de diárias em uma operação chamada por ele, enquanto o delegado viajou a Miami (EUA), ainda teve quem questionou a Secretaria de Segurança Pública. Monteiro é elogiado por muitos e visto com reserva por outros, mas a maneira como foi anunciada a saída dele da Deic deixa a desejar. Se era para não repercutir, deu errado. --------------------------------------------------------------06 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: DIÁRIO.COM A defesa "Foi um equívoco administrativo e ele devolveu as diárias", diz advogado de delegado Cláudio Monteiro Policial foi exonerado da Deic por suposta irregularidade em uso de diária
Delegado foi exonerado da direção da Deic nesta quinta-feira Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS Diogo Vargas diogo.vargas@diario.com.br O advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho foi contratado pelo delegado Cláudio Monteiro para atuar em sua defesa nas acusações de desvio de diárias, motivos que resultaram na sua exoneração do cargo de diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Gastão Filho conversou com o DC na manhã desta sexta-feira em seu escritório, no Centro de Florianópolis. Leia a entrevista: Diário Catarinense - O que aconteceu em relação a essas suspeitas das diárias?
Cláudio Gastão da Rosa Filho - Li com bastante desapontamento a matéria de capa do Diário Catarinense que traz o termo corrupção. Se falasse ou se cogitasse em irregularidade, até seria admissível, mas não corrupção. Porque o que aconteceu foi que o delegado Cláudio Monteiro é um delegado de campo, que atua na linha de frente no combate à criminalidade e os resultados são incontestes e o próprio DC é uma prova mais do que eloquente do trabalho excelente que ele vem desempenhando à frente da Deic. Hoje, quando se pensa em combate à corrupção, o cidadão vislumbra o delegado Monteiro de arma em punho, arriscando a vida quase que diariamente para tentar trazer um pouco de credibilidade para a comunidade de Florianópolis. O que acontece é que, além desse trabalho de campo, intensivo, ele também tem as tarefas burocráticas inerentes ao cargo de diretor da Deic. Infelizmente, talvez pela paixão que tem pela função que desempenha e pela polícia, ele tenha misturado um pouco essas duas funções. Quando estava no combate à criminalidade, não raras vezes entravam escrivães ou funcionários para que ele assinasse e despachasse o expediente diário da Deic. Como diretor, evidentemente, ele não iria conferir e analisar toda aquela documentação que assinava. E algumas ele assinava no momento em que estava acompanhando um interrogatório de um bandido perigoso, de um delinquente que estava acompanhando na investigação. Entre esses documentos, um deles dizia respeito a diárias que teria recebido. São três diárias, de aproximadamente R$ 1,3 mil, que teria recebido de forma equivocada, porque nessa data ele estava em viagem em outro local. Ou seja, ele não teria direito a receber essa diária que foi recebida, repito, de forma equivocada, e não de forma dolosa. Quando ele tomou consciência desse equívoco, antes de qualquer denúncia, investigação ou procedimento instaurado contra ele, as diárias foram devolvidas. DC - Segundo o secretário de Segurança (César Grubba), o delegado teria dito estar em operação, até colocado no relatório que estava em operação, mas na verdade a apuração mostrou que ele estava em Miami. Ele foi a Miami, então? Gastão Filho - Ele não nega que foi a Miami. Isso é um fato inconteste, da mesma forma que é inconteste que, quando ele foi chamado pelo secretário, a diária já tinha sido devolvida. DC - Assim que soube do equívoco, ele devolveu então a diária? Gastão Filho - Assim que soube do equívoco, espontaneamente ele devolveu. Não ficou com a diária, não teve nenhuma vantagem. Ao contrário, repito para que fique bem claro, e até peço perdão pela insistência: quando ele se tocou do erro, se deu conta do erro, ele espontaneamente devolveu a diária. DC - Segundo o secretário Grubba, no relatório de viagem do delegado consta que ele teria ido a uma operação. Ele fez um relatório colocando que fez uma operação, mas não foi? Gastão Filho - Esses pormenores, eu desconheço. Quando conversei hoje de manhã rapidamente com o delegado Cláudio Monteiro, que está bastante abalado com essa situação, bastante triste, ele diz que a polícia é a vida dele. Ele tá com bastante dificuldade de a gente poder responder a todas essas acusações, até porque oficialmente ele não foi notificado de nada. Então vamos aguardar a notificação. A pressa nesse
momento é nossa. O interesse de explicar é nosso e vamos nos colocar à disposição dos órgãos responsáveis para a apuração e esclarecimento desse fato. DC - Ele nega ter cometido crimes, então? O que pode ter acontecido é um equívoco burocrático? Gastão Filho - Com toda a certeza. DC - Ele foi a caráter pessoal nessa viagem, estava de férias? Gastão Filho - Eu não tenho condições nesse momento de te dar maiores esclarecimentos, porque é como eu te falei, nós não conhecemos o conteúdo de eventual processo correcional que seja deflagrado. Eu não consegui conversar detalhadamente com o delegado Monteiro sobre todos os fatos. DC - Essa operação que está em jogo. Ele informou qual é? Gastão Filho - Não, eu não consegui conversar maiores detalhes com ele, até porque ele está bastante abalado com o que aconteceu. DC - A população tem mostrado apoio a ele na internet. Gastão Filho - A maior parte. Tem servido de bálsamo para pelo menos diminuir um pouco o sofrimento e a turbulência emocional pelos quais ele tem passado. Veja bem, em poucas horas, hoje, já temos mais de 13 mil acessos nas redes sociais, dentre elas o Facebook, num movimento intitulado "Fica delegado Monteiro". DC - Pois é, ele sempre teve aproximação com a imprensa. Por que ele está nesse silêncio agora, que chega a ser até constrangedor? Gastão Filho - Constrangedor é você abrir um jornal, ler uma acusação de corrupção por um ato que em hipótese nenhuma pode ser taxado como tal. Constrangedor é você ter que explicar para o seu filho que às vezes você não fica com ele, não vê o seu filho crescer, você bota a arma na cintura, vai combater, vai subir morro, vai lutar em prol da sociedade e, quando volta para a casa à noite, tem que explicar uma manchete como essa do Diário Catarinense. É um jornal que eu respeito, mas fiquei extremamente surpreso pela forma como trataram a matéria. Isso é constrangedor. DC - Ele fala alguma coisa de ter sido alvo de represália política? Gastão Filho - Não, ele não fala nada. Ele não tem especulado nada. Tem é esperado para poder se defender.
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Após exoneração na Deic, página de apoio ao delegado Monteiro soma mais de 20 mil membros no Facebook Entre as manifestações de apoio, palavras como "injustiça" e "absurdo" aparecem com frequência
A exoneração do delegado Cláudio Monteiro do comando da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) tem forte repercussão na rede social do Facebook. Por volta do meio-dia desta sexta-feira, o grupo criado ontem com o nome "Fica Delegado Monteiro" já somava mais de 21 mil membros. Entre as inúmeras manifestações de apoio ao delegado, palavras como "injustiça" e "absurdo" aparecem com frequência. O lema da página traz a seguinte frase: "Digamos NÃO!!! Ao absurdo de calarem quem deve combater o crime!!!" Ainda no grupo de apoio ao ex-diretor do Deic, internautas organizam protesto para a próxima segunda-feira. A ideia é juntar os manifestantes vestidos com roupas pretas em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, em Florianópolis. --------------------------------------06 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA Internautas organizam protesto contra demissão de diretor da Deic
Internautas usam as redes sociais para se mobilizar a favor de Monteiro
A saída do delegado Cláudio Monteiro da direção da Deic (Diretoria De Investigações Criminais), acusado de desviar dinheiro público, repercute desde quintafeira (5) na internet. A movimentação não dá sinais de diminuir. Pelo contrário: o grupo “Fica Delegado Monteiro” no Facebook chegou a mais de 21 mil membros na sextafeira (6).
O grupo “Fica Delegado Monteiro” também convoca internautas para uma manifestação na segunda-feira (9), às 17h, na frente da Secretaria de Segurança Pública, no Centro de Florianópolis. Outra sugestão do grupo é enviar um e-mail para o titular da pasta de Segurança, César Grubba, pedindo que reconsidere a demissão do delegado. Não só no Facebook, mas também no Twitter (com a hastag #VoltaMonteiro), internautas pediam o retorno do delegado às suas funções. Houve quem concordasse com a opinião que o delegado expressou em entrevista do colunista do ND Carlos Damião: “Se vierem a Santa Catarina, podem ter certeza que reagiremos. E se vierem para o confronto, nós vamos matar.” Não faltaram sequer comparações entre Monteiro e o capitão Nascimento, personagem do filme “Tropa de Elite”. O ex-diretor da Deic chegou até a ser apontado como possível candidato a prefeito de Florianópolis. Confira declarações nas redes sociais “Vagabundo tem que morrer, e se a polícia tiver confronto, tem que matar.” “Ele é o melhor policial sem dúvida, pena o afastamento ter ocorrido por uma desvia de conduta tão pequena e um valor tão ínfimo como ele mesmo admitiu. Uma hora ele volta.” “Antes que ele pegasse mais algum desses peixes graúdos, garantiram o seu afastando ele... e viva a bandidagem!” “Acorda Secretaria de Segurança Pública de SC.... Saiam de vossas mesas de escritório e valorizem quem está há 10 anos na frente da Deic!" “Por 1450 reais!? Fala sério! KK! Daqui a pouco vão falar que ele foi exonerado porque o coelhinho da páscoa mandou! Só acredita quem é muito burro mesmo!” “Concordo plenamente, isso me cheira a desculpa, estão usando o delegado Monteiro como bode expiatório para encobrir caca ainda maior. Revoltante.” “Mais um absurdo! A Ilha está cada dia mais dominada pelos bandidos, mas parece que isso que querem!” “Esse pessoal que criticou mudaria de opinião se esses bandidos invadissem suas casas e violentassem suas famílias, deixassem cicatrizes enormes em suas almas. Porq ue não criticaram assim os vereadores que aumentaram seus próprios salários,ou então vão nas favelas da cidades ajudar a pessoas em situações desumanas? Falsos moralistas!" "E ele não fala nada? Sugiro outra campanha: Fala, Monteiro!" --------------------------------------06 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA
Cai em Florianópolis o diretor da Deic Claúdio Monteiro, que está sob investigação interna, será substituído por Akira Sato Colombo de Souza @colombo_nd Florianópolis Atualizado às 13h31 Débora Klempous/Arquivo
O delegado Cláudio Monteiro (foto) foi exonerado do cargo de diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) ligado diretamente à Delegacia Geral. Ele será substituído por Akira Sato, que por muito tempo respondeu pela Delegacia de Trânsito e outras especializadas em Joinville. Atualmente Akira integra a Força Nacional de Segurança. A exoneração de Monteiro, assinada no início da semana, vinha sendo mantida em sigilo pela cúpula da instituição. O Notícias do Dia conseguiu a informação em primeira mão no início da manhã de hoje e aguardou a manifestação do próprio Monteiro ou da cúpula da Segurança Pública para publicar a notícia. O ND ligou diversas vezes para o ex-diretor da Deic, mas não obteve resposta. O telefone do secretário da SSP, César Grubba, também não respondeu aos chamados. Da mesma forma, o ND também procurou o delegado geral Aldo D’ Ávila e obteve resposta somente ao meio-dia. Segundo o chefe da Polícia Civil, a situação de Monteiro está sendo apurada pela corregedoria. “Primeiro vamos apurar para depois julgar”. Aldo lamentou a exoneração de Monteiro, pelo excelente trabalho que fez frente à Deic, prendendo quadriilhas que explodem caixas eletrônicos. “Irei conversar com ele na segunda-feira para decidir para onde ele irá ser removido”.
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Secretário Grubba reafirma decisão de afastamento 06 de abril de 2012 12 Em conversa agora há pouco, o secretário de Segurança César Grubba reafirmou que a decisão do afastamento foi baseada em provas de desvio de conduta do delegado Cláudio Monteiro. Determinou a abertura de sindicância administrativa e inquérito policial para investigar os indícios de peculato, falsificação de documento público, adulteração de documentos e malversação de dinheiro público. Governo silencia no caso Monteiro 06 de abril de 2012 43 O governo do Estado silenciou nesta sexta-feira diante da repercussão da exoneração do ex-diretor da Deic, delegado Cláudio Monteiro. O celular do secretário de Segurança César Grubba está desligado. Os telefones do secretário de Comunicação, Enio Branco, e do diretor de comunicação, também. O governador Raimundo Colombo foi para sua fazenda, em Lages. Apenas o delegado-geral, Aldo Pinheiro D'Ávila, e a assessoria de comunicação da SSP atenderam a reportagem. Mas Aldo evitou dar mais detalhes sobre as causas do desligamento de Monteiro, para "preservar" o delegado. O Centro Administrativo apostou que o caso não teria maior relevância em meio ao feriadão da Páscoa. Errou feio. Só no Facebook, mais de 20 mil pessoas já apoiaram o movimento Fica Delegado Monteiro. Prometem uma manifestação em frente à SSP na segundafeira. Quanto mais o governo evita detalhar as reais causas da decisão, mais crescem as especulações. Porque três diárias e R$ 1,5 mil não seria motivo suficiente para uma mudança deste calibre. Diz o ditado: quem cala, consente.
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: DIÁRIO CATARINENSE CAPA
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: DIÁRIO CATARINENSE POLÍCIA A PRIMEIRA ENTREVISTA Monteiro rompe o silêncio Em conversa telefônica com o DC, o delegado admitiu ter praticado erro administrativo, mas negou qualquer ato de corrupção Ao lado de colegas policiais, amigos e familiares, o delegado Cláudio Monteiro rompeu o silêncio na tarde de ontem e se defendeu das suspeitas de desvio de diárias que o derrubaram do cargo de diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis. Monteiro conversou com o DC por telefone, após mais de 24 horas de tentativas com
pessoas próximas a ele. Na entrevista abaixo, que durou cerca de sete minutos, negou ter cometido crimes ou qualquer ato de corrupção, mas admitiu que praticou erro administrativo. Foi a sua primeira manifestação pública depois que, na quinta-feira, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, revelou ao DC que Monteiro havia cometido ato incompatível com a função em relação a diárias recebidas e, por isso, sido exonerado da direção da Deic. Monteiro aparentava tranquilidade na fala, mas, ao longo das perguntas, deixou transparecer a indignação, e logo o diálogo transformou-se em desabafo. Ele disse que ainda tem muito o que falar, por exemplo, sobre a operação em Ponta Porã (MS) – ação que gerou a sua exoneração. Conforme Grubba, uma apuração da secretaria após denúncia constatou que Monteiro recebeu diárias como se tivesse participado da viagem a trabalho. Só que, disse Grubba, a SSP descobriu com a Polícia Federal que Monteiro havia embarcado no mesmo período para uma viagem particular a Miami (EUA). Monteiro garantiu que devolveu as diárias. O delegado disse que, antes dele comandar a Deic, o diretor controlava as diárias. Ao assumir, ele passou esta função à delegacia-geral, para dar transparência a este controle. O DC apurou que Monteiro será investigado na corregedoria por peculato – quando o servidor público apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel em razão do cargo –, falsificação de documento público, adulteração de documentos e malversação de dinheiro público. * Colaborou Rafael Martini A PRIMEIRA ENTREVISTA “Eu não sou corrupto” ENTREVISTA - Cláudio Monteiro Delegado Com exclusividade, pelo telefone, o ex-diretor da Deic Cláudio Monteiro se defende das suspeitas, afirma sua inocência e declara ter cometido apenas um erro administrativo. Diário Catarinense – O que aconteceu em relação a essas suspeitas sobre as diárias? Cláudio Monteiro – A primeira coisa que eu quero dizer é que eu não sou corrupto, sou um trabalhador, sou um pai de família. Eu sou uma pessoa que tem trabalhado em prol da segurança pública. Agora, para corrupto eu estou muito longe. Eu cometi um erro administrativo, vou responder e já estou respondendo por isso, muito embora eu já havia reparado esse meu erro. É isso o que eu tenho para te falar. DC – Teve essa operação mesmo, por que o senhor não foi e teria colocado que foi na operação?
Monteiro – Então, exatamente, esse aí foi meu erro administrativo, dado à montoeira, um monte de documentos, essas coisas assim. Era para ser numa semana, acabou sendo antecipada para quando eu não estava, mas isso aí eu vou deixar para falar em outra hora. Eu quero ressaltar, eu cometi um erro administrativo, agora, corrupto eu não sou. DC – As diárias o senhor devolveu, segundo disse seu advogado? Monteiro – Devolvi. Já foram todas devolvidas. DC – E essa viagem para Miami, era fora do trabalho mesmo? Por que no mesmo dia... Monteiro – Isso aí é uma coisa que eu vou explicar no procedimento. Teve realmente, não viajei com diária coisa nenhuma. Isso não existe, já vi que cogitaram um monte de situação, mas eu quero deixar bem claro, eu cometi um erro administrativo... DC – Qual foi o erro que o senhor cometeu então? Monteiro – Não quero falar isso agora. Só quero te falar que não sou corrupto e cometi um erro administrativo que já estou respondendo, muito embora já havia reparado há algum tempo já. DC – Para esclarecer sobre essa operação. O secretário Grubba afirmou que o senhor falou que foi para uma operação, mas que no mesmo período foi para Miami. O que aconteceu com relação a essa operação aí, que seria em Ponta Porã (Mato Grosso do Sul)? Monteiro – Não falei que fui. DC – O senhor não botou no relatório, justificou a viagem, que teria ido a Ponta Porã? Monteiro – Esse foi o meu erro administrativo. Não foi um ato de corrupção, foi uma coisa, um monte de documento que a gente assina, e eu acabei assinando uma coisa praticamente sem perceber. DC – E quando que o senhor notou que tinha cometido esse erro? Monteiro – De cabeça, eu não lembro agora. DC – E logo devolveu a diária? Monteiro – Foi logo em seguida, com certeza. DC – Não houve má-fé? Monteiro – Não, em hipótese alguma. E essa devolução foi feita, inclusive, antes de conversar com o secretário. Aí informei para ele que havia sido devolvido. DC – Então, em relação a essas acusações de peculato, de falsificação de documento, o senhor nega?
Monteiro – Não aconteceu. Isso não existe. DC – E como o senhor está vendo essa repercussão. A maioria da população, na internet, está lhe defendendo. Como vê essa questão? Monteiro – Eu vou ser bem sincero: eu ouço falar, porque eu não tenho acesso a essas redes sociais. Eu não sei a repercussão que está dando. DC – E o futuro, o que senhor pensa, continuar na polícia? Monteiro – O futuro a Deus pertence, né? DC – E a viagem a Miami, foi com outro policial? Monteiro – Foi uma viagem particular minha. Não vem ao caso agora. Eu sequer fui julgado por isso ainda. Isso é um absurdo. VERSÃO ONLINE Policial é herói nas redes sociais Maioria dos internautas defende delegado, que chegou a ser chamado de Capitão Nascimento, personagem de Tropa de Elite Se, para o Estado, Cláudio Monteiro cometeu um erro, nas redes sociais a versão é outra: quem cometeu o erro foi o governo. O policial – comparado até ao personagemherói Capitão Nascimento, do filme Tropa de Elite – teve amplo apoio na internet. Até uma manifestação foi marcada para segunda-feira, às 17h, em frente à Secretaria de Segurança Pública. Mas quem vai ao protesto? – Não houve uma aceitação passiva por parte da categoria da exoneração. Estaremos na manifestação lá, seremos solidários ao delegado – defendeu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública de Santa Catarina (Sintrasp), Carlos Alberto da Silva. O DC não conseguiu conversar com os representantes da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (Adepol) e do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Santa Catarina (Sinpol). Mas apurou que alguns policiais falam até em greve. Esta insatisfação com a exoneração do delegado foi forte na internet. No Facebook, por exemplo, um grupo chamado “Fica Delegado Monteiro” já reuniu mais de 23 mil pessoas. Mas isso não quer dizer que todos aderiram à ideia, pois basta um membro ser convidado para aparecer nas estatísticas. No microblog Twitter, o assunto também foi discutido no tópico #voltaMONTEIRO.
De forma geral, foram lembradas as operações do delegado, como a que prendeu Nelson Goetten, ex-deputado federal condenado posteriormente por suspeita de estupro de adolescente e favorecimento à prostituição. “Policial honesto não se cria, não tem jeito. Ainda mais um delegado que prendeu um político por pedofilia. #voltaMONTEIRO”, escreveu uma internauta. Alguns questionaram atitude do delegado As manifestações também tiveram referências ao personagem Capitão Nascimento, que combatia com violência os bandidos, no primeiro filme, e a corrupção, no segundo. Houve os que viram um futuro candidato a vereador ou prefeito. Mas teve também alguns que se questionaram a atitude do delegado. “Alguém dos que estão pedindo #voltaMonteiro – inclusive eu – leram o DC de hj? Receber diárias qdo fora do pais? Se verdade, bem exonerado!”
Defesa alega que foi apenas um equívoco Cláudio Gastão da Rosa Filho, Advogado O advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho atuará na defesa do delegado Cláudio Monteiro nas acusações de desvio de diárias, motivos que resultaram na sua exoneração da Deic. O DC conversou com Gastão, ontem pela manhã, em seu escritório em Florianópolis. Diário Catarinense – O que aconteceu em relação a essas suspeitas das diárias? Cláudio Gastão da Rosa Filho – Li com bastante desapontamento a matéria de capa do DC que traz o termo corrupção. Se falasse ou se cogitasse em irregularidade até seria admissível, mas não corrupção. Porque o que aconteceu foi que o delegado Cláudio Monteiro é um delegado de campo, que atua na linha de frente no combate à criminalidade e os resultados são incontestes. Além desse trabalho de campo, intensivo, ele também tem as tarefas burocráticas inerentes ao cargo de diretor da Deic. Talvez pela paixão que ele tem pela função que desempenha e pela polícia, ele tenha um misturado um pouco essas duas funções. Quando estava no combate à criminalidade, não raras vezes entravam escrivães ou funcionários para que ele assinasse e despachasse o expediente diário da Deic. Ele, como diretor, evidentemente, não iria conferir e analisar toda aquela documentação que assinava. E algumas ele assinava no momento em que estava acompanhando um interrogatório de um bandido perigoso, de um delinquente que estava acompanhando na investigação. Dentre esses documentos, um deles dizia respeito a diárias que ele teria recebido, são três diárias, de aproximadamente R$ 1,3 mil, que teria recebido de forma equivocada porque nessa data ele estava em viagem. Ele não teria direito a receber essa diária que foi recebida, repito, de forma equivocada e não de forma dolosa. Quando tomou consciência desse equívoco, antes de qualquer denúncia, investigação ou procedimento instaurado contra ele, as diárias foram devolvidas. DC – O secretário Grubba afirma que ele disse que estava na operação, até que colocou
no relatório que estava em operação, mas ele estava em Miami. Gastão Filho – Ele não nega que ele foi a Miami. Isso é um fato inconteste, da mesma forma que é inconteste que quando foi chamado pelo secretário a diária tinha sido devolvida. DC – Assim que ele soube do equívoco devolveu, então, a diária? Gastão Filho – Assim que soube do equívoco espontaneamente ele devolveu. Não ficou com a diária, não teve nenhuma vantagem. Ao contrário, repito para que fique bem claro, e até pelo perdão pela insistência, quando ele se tocou do erro, se deu conta do erro, ele espontaneamente devolveu a diária. DC – O secretário afirma que no relatório de viagem consta que ele teria ido em uma operação. Ele fez um relatório colocando que fez uma operação e não foi? Gastão Filho – Esses pormenores eu desconheço. Quando conversei hoje de manhã, rapidamente, com o delegado Cláudio Monteiro, que está bastante abalado com essa situação, bastante triste, ele disse que a polícia é a vida dele, ele tá com bastante dificuldade de a gente poder responder todas essas acusações até porque, oficialmente, não foi notificado. Então vamos aguardar a notificação e estamos à disposição para o mais rápido possível. E a pressa nesse momento é nossa, o interesse de explicar é nosso, e o mais rápido possível é nosso, e vamos nos colocar à disposição dos órgãos responsáveis para a apuração e esclarecimento desses fatos. DC – A população tem mostrado apoio a ele na internet. Gastão Filho – A maior parte. Tem servido de bálsamo para pelo menos diminuir um pouco o sofrimento e a turbulência emocional que ele tem passado. Em poucas horas, hoje (pela manhã), já temos mais de 13 mil acessos nas redes sociais, dentre elas o Facebook, num movimento intitulado “Fica delegado Monteiro”.
Especialistas divergem sobre a questão "À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta". A frase dita pelo Imperador da Roma antiga pode ser usada para qualquer pessoa que desempenhe funções públicas. A reportagem conversou com especialistas em administração pública, juristas e um professor de Ética sobre o caso do delegado Cláudio Monteiro, seu papel como servidor público, a transparência de seus atos, os supostos crimes pelos quais pode ser investigado e a possibilidade de todo esse escândalo não passar de pura falta de organização. "Um mau planejamento no uso dos recursos, sem a intenção de se beneficiar, não caracteriza peculato doloso nem corrupção. Por exemplo, embolsar diárias indevidamente, depois verificar que está errado e devolver antes de ser chamado pela chefia. Se devolveu após ser chamado, o peculato (sem a intenção) existe. Se planejou a operação para ganhar as diárias e embolsou o dinheiro, agiu de má fé. Acho que não foi
corrupção, que pressupõe que o funcionário público solicitou ou recebeu alguma vantagem indevida." ALCEU DE OLIVEIRA PINTO JUNIOR advogado e professor de Direito Penal da Univali "Vou me manifestar hipoteticamente, pois não tenho conhecimento do caso. No sentido amplo da Lei de Improbidade, caracteriza corrupção. Nos termos da legislação penal, no sentido criminal, não. A diferença é que no crime, uma vez condenado, pode ser punido com a perda de liberdade. A Lei de Improbidade não prevê privação de liberdade. Prevê suspensão dos direitos políticos, reparação dos danos (devolver as diárias); pagamento de multa; e perda do cargo." AFFONSO GHIZZO NETO promotor de Justiça e idealizador do projeto 'O que você tem a ver com a corrupção?' "Ético é aquilo que você faz que é justo, verdadeiro e bom. Se não for bom, não serve para ninguém, nem verdadeiro e justo muito menos. Ética e moral se baseiam em valores. Ele não agiu moralmente porque não cumpriu com a verdade. Não foi justo porque recebeu diárias da função, como integrante do governo, representante da administração, e não fez o devido trabalho. Não agiu com bondade porque o ato dele não provocou alguma coisa boa na comunidade. Só se aproveitou do ato em benefício próprio." DANILO CAMPESTRINI professor de Filosofia e Ética na Univali "Quando você serve a sociedade, os atos que você pratica devem ser transparentes. Qualquer ato que agrida essa transparência e o fato de você servir o público, é um ato que a sociedade sempre vai questionar. E aí tem uma questão ética e a ética pressupõe responsabilidade e convicções. Qualquer servidor público tem que ser responsável perante as funções que desempenha para a sociedade. Quando não for responsável pode ser questionado eticamente, mesmo que para si, nas suas convicções, tenha agido de maneira correta." JOSÉ FRANCISCO SALM PhD em administração pública Corrupção e peculato O que diz o Código Penal sobre os crimes discutidos PECULATO Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
em proveito próprio ou alheio. Pena de prisão de 2 a 12 anos e multa. CORRUPÇÃO PASSIVA Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. A pena é a mesma de peculato.
Destino na polícia será decidido na segunda-feira O destino do delegado Cláudio Monteiro na Polícia Civil será decidido na próxima segunda-feira em uma reunião que terá com o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D’Ávila. Apesar de tirá-lo da direção da Deic, a cúpula da polícia entende que ele não deverá ser afastado da atividade policial no período em que durarem as investigações da corregedoria. Ontem, o delegado-geral afirmou que Monteiro sai de uma função estratégica que ocupava como diretor da Deic – estava no cargo havia dois anos. Apesar de considerar graves as suspeitas na parte administrativa pelo delegado Monteiro, Aldo D’Ávila afirma que a intenção é mantê-lo na atuação policial. – Monteiro é um delegado de primeira linha, um expoente da Polícia Civil. Ele está no meio de uma denúncia que precisa ser apurada. Mas ele não vai ser afastado da atividade de delegado – disse. Monteiro é titular da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Deic desde 2005. Em 2010, assumiu o comando da diretoria. Indagado pelo DC, Monteiro preferiu não comentar para qual delegacia irá nem se pretende continuar na Deic. A Polícia Civil não revelou detalhes de como será a investigação. De acordo com Aldo, é feito um sorteio para a escolha do delegado corregedor que presidirá o inquérito. Ele comentou que as suspeitas estão documentadas e que foram encaminhadas na quartafeira para a corregedoria. Com exceção do próprio Monteiro, a polícia não informou se outras pessoas serão interrogadas na apuração. A exoneração - Na quinta-feira, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, confirmou a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da direção da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). O motivo é a suspeita de desvio de diárias de operação policial em Ponta Porã (MS) no valor de R$ 1.450 que recebeu, mas cuja ação não participou. Segundo a SSP, em vez de ter ido na operação, Monteiro embarcou em uma viagem pessoal a Miami, nos Estados Unidos. - O secretário afirmou que descobriu o fato após denúncia. Depois, acabou constatando através da checagem do relatório da operação feito por Monteiro e mediante o registro em seu passaporte com a Polícia Federal. Grubba então, além de exonerá-lo da direção da Deic, também determinou abertura de inquérito policial e sindicância administrativa pela corregedoria da Polícia Civil.
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: VISOR – RAFAEL MARTINI
DECISÃO MANTIDA O governo do Estado silenciou durante boa parte desta sexta-feira diante da repercussão da exoneração do ex-diretor da Deic, delegado Cláudio Monteiro. À tarde, apenas o delegado-geral, Aldo Pinheiro D’Ávila, e a assessoria de comunicação da SSP atenderam à reportagem. Mas Aldo evitou dar detalhes sobre as causas do desligamento de Monteiro, para “preservar” o delegado. À noite, o secretário de Segurança, César Grubba, por telefone, reafirmou que possuía elementos suficientes para embasar sua decião. Garante ter tudo documentado. Grubba determinou a abertura de uma sindicância interna e de um inquérito policial. Os indícios seriam de peculato, falsificação de documento público, adulteração de documentos e malversação de dinheiro público. Em resposta às acusações, não são poucas as manifestações que atribuem a decisão a uma retaliação contra o ex-diretor. Dizem ser reflexo da operação que teria flagrado a venda de peças de carros roubados diretamente no pátio da SSP, deflagrada em 28 de dezembro. ESTOPIM Pelas manifestações nas redes sociais, o afastamento de Monteiro pode reacender o confronto entre Polícia Civil e governo do Estado, adormecido desde o final do ano com a promessa do Centro Administrativo de abrir negociações para rever o plano de cargos e salários da categoria em 2012. Agora são os sindicatos da categoria que tentam tirar uma “casquinha” do episódio, transformando em fato político. A promessa é de uma grande mobilização de policiais, segunda-feira à tarde, em frente à sede da SSP. Polêmica à vista!
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: CACAU MENEZES A exoneração Foi como Cacau falou ontem no Jornal do Almoço: ou o governo explica bem direitinho a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da Deic ou o tiro vai sair pela culatra. Poucas vezes se viu tamanha solidariedade a um policial como a cidade vem manifestando desde anteontem. Nas redes sociais, o nome do delegado já foi até lançado para prefeito.
O ditado de que não se mexe em time que está ganhando não foi levado a sério.
Nada com isso Apresentador de televisão Roberto Salum tira o corpo fora, negando qualquer participação na queda do delegado Cláudio Monteiro da Deic, com quem apenas não se dá. Ah, bom! Salum realmente não teria tanta força ao ponto de interferir, por picuinhas ou não, em algo tão sério.
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA EDITORIA: SEGURANÇA
Advogado monta estratégia para o caso Monteiro Segunda-feira (9), Cláudio Gastão da Rosa Filho, advogado do ex-diretor da Deic, começa a avançar na defesa de seu cliente Oliveira Mussi @Mussi_ND Florianópolis Divulgação/ND
Cláudio Monteiro é acusado de desvio de diárias
Nas primeiras horas de segunda-feira (9) Cláudio Gastão da Rosa Filho, advogado do ex-diretor da Deic (Diretoria Especial de Investigações Criminais), delegado Cláudio Monteiro, irá à corregedoria da Polícia Civil verificar se há processo instaurado contra o seu cliente. Monteiro foi afastado do comando da Deic sob acusação de ter desviado verba de diárias. Gastão da Rosa Filho adiantou que, se confirmada existência de um processo, pedirá celeridade no caso; se não, pedirá instauração. O advogado disse que pretende esclarecer que tudo não passou de erro administrativo. Assim que o equívoco foi notado, disse Gastão da Rosa Filho, o próprio Monteiro tratou de resolvê-lo. Monteiro, que não responde mais pela Deic desde segunda-feira (2), foi afastado, acusado de receber três diárias de aproximadamente R$ 1.300 para viagem a trabalho a Ponta Porã (MS). Contudo, no período que a operação se realizava na fronteira do Paraguai, o ex-diretor estava em Miami (EUA), como comprova seu visto, levantado junto à Polícia Federal. No início da próxima semana Monteiro também tem um encontro com o secretário da Segurança Pública, César Grubba. Em entrevista ao Notícias do Dia, o secretário declarou que Monteiro "informou já ter devolvido o dinheiro, mas isso ainda não está confirmado". Ele também informou à reportagem que o afastamento do delegado foi discutido com o governador Raimundo Colombo. Na rede social Facebook, circulam convites para duas manifestações públicas de apoio ao delegado. Ambas estão marcadas para segunda-feira: a primeira em frente à Secretaria de Segurança Pública da Capital, às 17h, e a segunda às 16h, na frente do Centro Administrativo, na SC-401. O grupo criado na rede social justifica o afastamento de Monteiro devido a uma declaração dirigida aos assaltantes de caixas eletrônicos: "Se vierem para Santa Catarina, podem ter certeza; serão presos ou mortos, porque se vierem para o confronto, nós vamos matar", disse Monteiro anteriormente. Se for comprovado que Monteiro desviou as diárias em benefício próprio, ele será enquadrado pelo crime de peculato, cuja pena prevista vai de 2 a 12 anos de prisão. O advogado Gastão da Rosa Filho disse que provará que não houve dolo, mas, sim, um erro administrativo. “Quando ele percebeu o deslize, devolveu o dinheiro, muito antes de ser afastado”, garante o advogado.
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA COLUNA: HÉLIO COSTA
Exoneração do delegado Monteiro está causando repercussão nas redes sociais
Vinte e quatro horas após a divulgação, mais de dois mil internautas já se solidarizavam com o delegado. Eu também fiquei surpreso Hélio Costa @helio_ND Florianópolis Monteiro Fiquei surpreso com a exoneração do delegado Cláudio Monteiro, da função de diretor da (Deic) Diretoria Estadual de Investigações Criminais. Ele vinha fazendo um excelente trabalho, derrubando quadrilhas de traficantes, assaltantes e outros criminosos. Monteiro, que já trabalhava na (DER) Divisão de Repressão a Entorpecente da Deic, ocupou a direção da especializada em 2008, em substituição ao delegado Ilson Silva no governo de Leonel Pavan. Humilde, não quis se mudar para a sala ao lado, mais ampla e confortável, preferiu a que ocupava quando era o delegado da DER. Por ter feito um bom trabalho neste período foi mantido na chefia pelo secretário da SSP com o aval do governador Raimundo Colombo. No entanto, o mesmo secretário que o manteve no cargo também o exonerou. Ainda não falei com Monteiro, mas a denúncia que está sendo apurada na corregedoria é de desvio de conduta incompatível com a função de diretor da Deic. Sinceramente, fiquei surpreso.
07 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA COLUNA: PAULO ALCEU @ A declaração de que não é corrupto do delegado Cláudio Monteiro, exonerado do comando da Deic, revela que sua saída não se resume nas manifestações que movem o sentimento de todo o cidadão diante da insegurança. O apoio que vem recebendo nas redes sociais deverá chegar às ruas.
08 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE CAPA
08 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE ESPECIAL INVESTIGAÇÃO NA DEIC Os 20 dias que mexeram com a Polícia Civil de SC A decisão de exonerar o delegado Cláudio Monteiro do comando da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, a Deic, pode ser classificada como uma das maiores polêmicas desde que Raimundo Colombo assumiu o governo de Santa Catarina. O afastamento de um dos mais destacados membros da Polícia Civil causou espanto tanto na corporação quanto na sociedade, que reagiu via redes sociais. Nestas três páginas, o DC reconstitui as três semanas que se passaram
entre o início da investigação e o bater do martelo que transformou Monteiro em ex-diretor da Deic, as versões e possíveis motivações do ato e a repercussão entre os colegas de corporação. Há cerca de 20 dias, de forma sigilosa e de conhecimento de poucos assessores, a cúpula da Segurança Pública começou a tratar do episódio que culminaria com a exoneração do diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Cláudio Monteiro. Os dias seguintes foram marcados por discrição das autoridades com o assunto. A exceção foi o próprio Monteiro, chamado para se explicar no gabinete do secretário de Segurança Pública, César Grubba. Tudo começou com um dossiê, enviado ao secretário, que tratava de denúncias de que Monteiro teria recebido diárias de uma operação policial de que não participou e que na mesma data viajara a Miami, nos Estados Unidos. A partir de então, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) desencadeou uma investigação preliminar interna. A primeira medida foi a consulta ao relatório da viagem policial. Tratava-se de uma investigação do começo de 2011 sobre o tráfico de drogas na região de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai, de onde vem a maior parte da droga consumida no Estado. Com a informação do relatório de que Monteiro teria participado da operação, a consulta seguinte foi com a Polícia Federal. Nos dados a partir do seu passaporte, a SSP soube que na mesma data da ação de Ponta Porã ele tinha embarcado numa viagem pessoal a Miami. Estava concluído pela secretaria que a suposta denúncia tinha fundamento e que algo estaria errado. Ainda não se sabe de que forma a SSP chegou às informações dos passos de Monteiro, se foi com os seus policiais da inteligência ou a partir de atos da própria cúpula. Na documentação, constariam notas fiscais e estaria narrado o motivo do trabalho policial. Ao lado do delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila, o secretário Grubba chamou o então diretor e o ouviu. Grubba afirmou que, na conversa, Monteiro teria admitido o suposto erro. A decisão final de que Monteiro deveria ser exonerado da direção da Deic e de que os fatos deveriam ser apurados a fundo pela corregedoria saíram apenas na última segundafeira. Mesmo assim, o assunto continuou sigiloso pela cúpula. Coincidentemente, na mesma semana em que Monteiro viria a protagonizar dias de intensa ação policial no Estado e novamente com aparições na mídia, a marca registrada da Deic – uma delas com direito a uma declaração polêmica em recado a criminosos. A declaração polêmica Na manhã de terça, Monteiro apresentou, na sede da Deic, três presos num confronto que terminou com a morte de um bandido envolvido com explosão de caixa eletrônico no Estado. Ao lado do delegado-geral, Monteiro deu um recado para os bandidos: – Se vierem a SC, vão ser presos ou mortos. Porque se vierem para o confronto, nós vamos matar.
Afastamento torna-se público O vazamento da exoneração, na manhã de quinta, gerou corre-corre atrás dos motivos da decisão. Monteiro silenciou. Aldo disse lamentar a medida, garantiu que era necessária para apurar as suspeitas e que fora causada por “motivos administrativos”. Ao DC, o secretário Grubba confirmou a exoneração, apontando como razão o problema das diárias. A notícia da saída surpreendeu a Polícia Civil, pois, até então, a imagem de Monteiro era a de delegado exemplar e de linha dura. Nas redes, milhares de internautas começavam a onda de apoio ao delegado. O fim do silêncio Monteiro passou parte da manhã da sexta no escritório do advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho, que propôs defendê-lo e fez a primeira manifestação: garantiu a inocência do delegado, que teria admitido erro administrativo e negado crimes ou ato de corrupção. Às 16h40min, por telefone, Monteiro falou ao DC pela primeira vez desde que a exoneração veio a público. – Eu não sou corrupto. Cometi um erro administrativo. Agora, corrupto eu não sou – desabafou. Versões e especulações Por trás das razões oficiais da exoneração, há especulações sobre desgastes que o policial teria sofrido nos últimos meses com a cúpula da SSP. Elas são tratadas em bastidores, mas, no passado, geraram fatos públicos que colocaram em lados opostos a Deic, chefiada por Monteiro, e a chefia da segurança. Mas o secretário César Grubba garante que houve desvio de conduta e isso motivara a exoneração. Os episódios principais que deixaram Monteiro em situação delicada com a secretaria foram a investigação sobre o desvio de peças do pátio da própria SSP em São José e o movimento por reivindicações salariais dos policiais civis, concentrado na Deic. Também há um outro inquérito que a Deic abriu em torno de suspeitas de irregularidades na Celesc, o que o teria desgastado ainda mais politicamente. O caso das peças gerou mal-estar entre delegados da Deic e a cúpula da SSP no final de 2011 e começo de 2012. Os policiais constataram que as peças seriam de um lote vendido para destruição numa licitação da SSP, e que principalmente alguns motores de caminhões não poderiam estar lá.
“Ele cometeu uma falha que não podia ser tolerada” Recluso em sua fazenda na região da Coxilha Rica, a 51 quilômetros do Centro de Lages por uma estrada de chão batido que é uma agressão a qualquer veículo, o homem mais poderoso de Santa Catarina está tranquilo. Ele não havia lido o jornal do dia, mas já tinha sido informado pelo seu chefe de imprensa sobre a polêmica na Capital.
Confortável num lugar tão interiorano onde não há nem sinal de telefone, o governador Raimundo Colombo recebeu o DC para uma rápida entrevista exclusiva sobre a polêmica exoneração do delegado Cláudio Monteiro. Na conversa, que durou cerca de 30 minutos, Colombo não demonstrou arrependimento e garantiu: fez o que era certo e faria o mesmo com qualquer outro servidor. Confira os principais pontos da entrevista. Diário Catarinense – A exoneração do delegado Cláudio Monteiro foi uma decisão sua? Raimundo Colombo – Houve uma denúncia e uma investigação. O Grubba (César Grubba, secretário da Segurança Pública) ouviu o delegado e me mostrou todas as comprovações de irregularidades. Os documentos não deixam dúvidas. O Grubba sugeriu o afastamento, e eu concordei por entender que ele tinha toda a razão. Imagine se fosse o inverso, ou seja, eu acobertando um erro? DC – O senhor teve acesso às investigações? Colombo – Tive acesso ao relatório. O Grubba é promotor de Justiça da área criminal. Ele sabe fazer o processo e está acima de qualquer suspeita. Ele me apresentou todos os elementos em todo o processo, e a decisão tinha que ser tomada. DC – Se o sinal verde para a exoneração foi dado na segunda-feira à noite, por que só na quinta-feira foi divulgado, depois de o delegado ter participado de operações contra os assaltantes de caixas eletrônicos? Colombo – Não sei. Mas a decisão foi tomada antes. Quem investiga não pode estar sob suspeita. DC – O senhor chegou a conversar com o delegado Monteiro? Colombo – Não conversei, mas o conheço. Ele prestava um bom serviço, mas cometeu uma falha que não podia ser tolerada. DC – O que o senhor tem a dizer sobre o trabalho do delegado na Deic? Colombo – O trabalho da Polícia Civil é muito bom, mas é evidente que não é só um policial. O delegado foi escolhido entre os melhores. Foi uma escolha técnica, como também foi a escolha do sucessor. DC – Mesmo com o reconhecido bom trabalho do delegado e por ele ter devolvido as diárias, a exoneração era a medida a ser tomada? Colombo – Sim. Foi um erro grave cometido, que pode acontecer com qualquer outro servidor. Qualquer servidor público numa situação como essa precisa ser afastado, ainda mais sendo o chefe de investigação da polícia. Nós fizemos o certo, o que tinha de ser feito. Lamento, mas é uma decisão sem volta.
DC – É na Deic que está um foco de resistência nas negociações salariais da Polícia Civil. O senhor teme algum problema com relação a isso? Colombo – Não. Volto a dizer que fizemos o certo. DC – Este caso está repercutindo muito, inclusive com milhares de manifestações nas redes sociais a favor do delegado Monteiro. Isso pode causar algum problema ao governo? Colombo – O governo fez o que era certo para proteger a polícia e o delegado. Talvez as pessoas estejam confundindo o motivo da exoneração com as declarações do delegado na imprensa (de que criminosos que partissem para o confronto seriam presos ou mortos), mas não tem nada a ver. Eu garanto. DC – E agora? O que vai ser da Deic? Qual a orientação ao novo diretor? Colombo – Buscamos um dos melhores policiais do Brasil, que estava na Força Nacional. Ele entendeu o momento e aceitou o desafio. A orientação é a mesma, de firmeza e combate duro ao crime. “Não me sinto pressionado” Laurito Akira Sato, Futuro diretor da Deic O delegado Laurito Akira Sato vai assumir o comando da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis. No momento, em Brasília, atua como coordenador da Polícia Civil no Departamento da Força Nacional de Segurança Pública, um grupo criado pelo Ministério da Justiça para apoiar as investigações e operações nos estados. Por enquanto, a data para início dos trabalhos na Deic ainda não foi confirmada. Mas Akira acredita que até a segunda quinzena de abril já estará em terras catarinenses. Neste primeiro momento, muito trabalho virá pela frente. O delegado terá que se inteirar das principais investigações realizadas pelo órgão, e terá como prioridade inibir os ataques a caixas eletrônicos no Estado. Agência RBS – O senhor se sente pressionado ao assumir a Deic nesse momento conturbado? Laurito Akira Sato – É uma responsabilidade muito grande. É um órgão de investigação que tem muita importância em Santa Catarina. Mas não me sinto pressionado. Estou numa condição de querer desenvolver um trabalho tão bom quanto o que vinha sendo desenvolvido e com uma integração maior com o governo federal. Sei que preciso desenvolver as ferramentas de trabalho em um ambiente diferente do que estava acostumado, mas acredito que não haverá problemas. Agência RBS – O que o senhor pode comentar sobre as suspeitas de desvio de diárias de operações policiais para viagens pessoais? Sato – Não tenho conhecimento do que está acontecendo sobre esse assunto. Mas foi uma surpresa para mim essa notícia. Mas como não tomei informações sobre esse caso, não posso comentar. De qualquer forma, ele (delegado Cláudio Monteiro) era meu
amigo, como todos aí. Agência RBS – Como surgiu seu nome na Deic? Sato – Surgiu da necessidade do delegado-geral. Falei que estava à disposição dele para qualquer atividade e que podia ser solicitado para voltar a qualquer momento em que fosse necessário. A única coisa que havia definido é que tinha que voltar para o meu Estado. E dessa forma tive essa oportunidade de desenvolver o meu trabalho. Queremos inovar em algumas áreas de gestão. Mas o trabalho que vem sendo feito hoje é excelente.
08 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: VISOR – RAFAEL MARTINI
SINAL DOS TEMPOS A exoneração do delegado Cláudio Monteiro é o exemplo bem acabado de como uma decisão administrativa (não se discute o mérito) pode ter uma repercussão negativa que foge ao controle pela simples falta de transparência. A decisão foi consumada segundafeira à noite. Mesmo assim, ainda o deixaram comandar duas operações com grande destaque na mídia (confronto com os caixeiros) e apreensão da submetralhadora ao longo da semana, com direito a frases de efeito. Sequer divulgaram uma nota oficial e ainda apostaram no feriadão como aliado para “esfriar” o caso. Erraram feio. Panos quentes não combinam com redes sociais.
08 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: MOACIR PEREIRA
Caixa de Pandora na Deic Fenômenos políticos novos e uma singularidade nas redes sociais da internet estão sendo registrados após a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais. Nos blogs, raras foram as manifestações dando crédito à versão governamental de que o delegado fora demitido por ter recebido diárias de R$ 1,4 mil de forma irregular. Praticamente todos os comentários, oriundos de diferentes regiões do Estado e das mais variadas profissões, hipotecavam solidariedade ao delegado. E atribuindo a forças ocultas a origem de sua dispensa. No Facebook, totalizam já mais de 20 mil as mensagens apelando volta, Monteiro.
Na área política, incluindo a base governista na Assembleia, a relativa incredulidade veio sobre as razões da exoneração. Ali, ele tinha aliados. Na esfera oficial, a decisão do governador recebeu aprovação. Primeiro, porque tinha o respaldo do secretário César Grubba e do delegado-geral de polícia, Aldo Pinheiro D’Ávila. Segundo, por um argumento definitivo, do ponto de vista da legalidade: se as duas autoridades da segurança não exonerassem o diretor da Deic estariam sujeitas ao crime de prevaricação. A repercussão popular foi acrescida de outra contestação. O advogado Gastão da Rosa Filho, que está fazendo a defesa do delegado, vai segunda-feira à Corregedoria Geral de Polícia inteirar-se da denúncia que culminou com a demissão de seu cliente. Quer saber tudo sobre o processo. Disse estranhar que o delegado Cláudio Monteiro não tenha tido o direito de defesa. Sequer teria sido notificado da irregularidade apontada, isto é, recebimento irregular de diárias para operação em Cunha Porã, quando, no mesmo período, estava viajando a Miami.. SURPRESAS O principal argumento de Monteiro e de seu advogado: muito antes da denúncia chegar ao secretário de Segurança, o delegado já havia constatado a irregularidade e devolvido a quantia recebida indevidamente. Seus colegas confirmam que Monteiro delegava a colaboradores todos os procedimentos administrativos, priorizando sempre as atividades operacionais de segurança. Na Deic, há um consenso: Cláudio Monteiro foi exonerado porque estava fazendo investigações que iriam abalar algumas estruturas. E antes que a casa caísse para algumas celebridades, veio a degola. Delegados e investigadores já estão alertando que o caso não ficará assim. Estão dispostos a abrir o que eles mesmo definem como “caixa de Pandora” da Deic, isto é, a revelação de malfeitos em setores do governo. Nesta exoneração, há uma circunstância política que está carecendo de maiores explicações oficiais. O governo já tinha decidido pela demissão do diretor da Deic há mais de uma semana. Esperou, contudo, pelo feriadão da Semana Santa. A decisão só vazou na quinta-feira, quando as repartições públicas estão fechadas. E após as vitoriosas operações lideradas pelo delegado Monteiro, fatos que o transformaram num policial eficiente e de coragem, cujas ações estavam sendo aplaudidas pela população, a exigir mais proteção. Finalmente, não há dúvidas na Deic de que Cláudio Monteiro foi alvo de “fogo amigo”. Por múltiplas razões. Uma delas a veiculação de notícias oriundas da própria segurança de que era um policial rico, que residia numa mansão no Bosque das Mansões e andava de carrão importado. Cláudio Monteiro, na realidade, mora num apartamento na Ponta do Imaruí, financiado, e possui um Audi, ano 2003, também comprado a prazo.
08 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: CACAU MENEZES
“Capitão Nascimento” Acontece muito em filmes. Um policial honesto mostra-se também competente e sai no verdadeiro combate ao crime. Acaba descobrindo que as teias que sustentam a bandidagem estão fixadas no próprio sistema que ele integra. No filme Tropa de Elite 2, o capitão Nascimento é nomeado para destruir as máfias do narcotráfico do Rio de Janeiro. Investiga tão bem que acaba desvendando a origem de tudo dentro da Secretaria de Segurança Pública. A ficção imita a realidade. Às vezes é tão real que é a própria realidade. A demissão do delegado Cláudio Monteiro do comando da Diretoria de Investigações Criminais (Deic), o Bope da Polícia Civil catarinense, se assemelha demais ao acontecido com o capitão Nascimento no cinema. No fim, todo mundo era santinho e ele era o bandido. Se foi ele sozinho ou se agiu com a ajuda de outros, o fato é que, tal como prometera, Cláudio Monteiro diminuiu a quase zero os arrombamentos de caixas eletrônicos em Santa Catarina. Por mera coincidência – ou será que não? –, o delegado é acusado de ter desviado diárias de R$ 1,45 mil. O valor não importa. O que importa é que irregularidades muito mais graves do que esta não são suficientes para a demissão quase sumária de um integrante da Polícia Civil. Nem de outros escalões governamentais. Assunto do feriado O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho está novamente no centro do noticiário, agora como defensor do delegado Cláudio Monteiro, que, para surpresa dos seus admiradores, foi afastado em plena Quinta-feira Santa do comando da Deic, supostamente por ter usado diárias numa viagem particular a Miami. Gastãozinho passou boa parte do feriado avaliando a situação e dando entrevistas, e irá segunda-feira à Corregedoria Geral de Polícia para se inteirar de mais detalhes e aprofundar a defesa.
08 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA COLUNA: PAULO ALCEU
Investigações envolvendo políticos tirou o delegado da Deic Paulo Alceu @palceu Florianópolis
Historia mal contada Foi o assunto do final de semana a exoneração do delegado Cláudio Monteiro, que comandava a Deic. Não poderia ser diferente, depois da reação que ocorreu nas redes sociais surpreendendo autoridades e revelando uma certa indignação ate por que fica difícil de assimilar o argumento de ter desviado diárias, onde casos muito mais graves não sustentam uma degola como a de Monteiro. Sendo assim foi aberto o bazar da especulação surgindo as mais variadas versões diante do fato que revelou uma presteza incomum na Secretaria de Segurança Pública. Sábado no Mercado Público em Florianópolis pipocavam opiniões e afirmações, entre um chopp e outro, nas mais variadas mesas. Claro que atitudes tortas não devem ser toleradas e muito menos abafadas, mas o motivo continuava frágil, reforçando a tese de que há muita coisa por trás disso tudo. Surgiu até a investigação sobre os R$ 52 milhões da Celesc, que vinha, até então, sendo realizada pela Deic. Foi lembrado também que na ameaça de greve dos delegados descontentes com o salário ficou claro que seriam ativadas as investigações envolvendo ilustres e importantes políticos. O que na época provocou críticas, pois se há desvios e condutas ilegais que sejam reveladas e não em ambiente de ameaças visando favorecimentos. Hoje está marcada uma manifestação motivada via redes sociais frente ao prédio da Segurança Pública contra a exoneração de Monteiro. É natural que o tempo arrefece ânimos, mas certamente manterá vivo a suspeita de que essa história esta mal contada...enquanto isso o governo torce para que essas reações diminuam e desapareçam logo.
09 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE CAPA
09 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE POLÍCIA
Corregedoria investigará o delegado Polícia Civil começa a analisar a suspeita de desvio de diárias por parte do exdiretor da Deic A Corregedoria da Polícia Civil começa, hoje, a investigação das suspeitas de desvio de diárias pelo delegado Cláudio Monteiro, exonerado na semana passada do comando da Diretoria Estadual de Investigações (Deic), em Florianópolis. Ainda não foram revelados os detalhes de como será a apuração, que costuma durar no mínimo 30 dias. A documentação que revelaria o suposto desvio de conduta do delegado está desde quarta-feira com a corregedoria, mas em razão do feriadão de Páscoa, os primeiros
procedimentos ocorrerão a partir de hoje. Monteiro foi exonerado da direção da Deic pelo secretário da Segurança Pública, César Grubba, em decisão conjunta com o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila, e o governador Raimundo Colombo. Conforme a Secretaria, a missão de abrir a investigação para analisar a conduta do exdiretor foi dada ao corregedor Nilton de Andrade, mas ainda não se sabe qual o delegado-corregedor que irá presidi-la. O advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho, defensor do delegado Monteiro, fará, hoje pela manhã, na corregedoria um pedido de acesso ao conteúdo das denúncias. Gastão quer se inteirar das acusações contra o seu cliente para a defesa e espera que isso aconteça de forma rápida, pois avalia que Monteiro cometeu erro administrativo e não crimes. O ato de exoneração de Monteiro deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado entre hoje e sexta-feira. Por enquanto, o comando interino da Deic está com o diretor-adjunto, delegado Célio Nogueira Pinheiro. O futuro diretor da Deic, delegado Laurito Akira Sato, deve assumir apenas a partir do dia 16. diogo.vargas@diario.com.br DIOGO VARGAS As denúncias - O ex-diretor da Deic Cláudio Monteiro é suspeito de desviar R$ 1,45 mil em diárias, as quais seriam para uma operação policial em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em 2011. A Secretaria de Segurança Pública afirma ter apurado que Monteiro não foi na ação policial e que nesse período embarcou numa viagem pessoal a Miami, nos EUA. - Em entrevista exclusiva ao DC publicada no sábado, o delegado disse que cometeu erro administrativo e negou ter agido de má fé ou cometido crimes. Ele garantiu, também, que devolveu as diárias assim que percebeu o erro que havia cometido. - A SSP afirma que Monteiro é investigado por peculato (quando o servidor público apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel em razão do cargo), falsificação de documento público, adulteração de documentos e malversação de dinheiro público.
09 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: VISOR – RAFAEL MARTINI
VIDA IMITA A ARTE
Um delegado de polícia foi almoçar com sua família em tradicional restaurante de Florianópolis, próximo ao Parque da Luz, neste domingo de Páscoa. Ao ser reconhecido na entrada, foi abordado por uma senhora de família conhecida da cidade, que bradou: – Diz pro seu amigo (Cláudio) Monteiro que somos todos fãs dele de carteirinha. Foi aplaudida por outras mesas. Qualquer semelhança com um certo filme, não é mera coincidência. INFERNO ASTRAL A expectativa é de que o governo do Estado explique hoje, com detalhes, as causas do afastamento do delegado Cláudio Monteiro. Caso contrário, existe a chance real de encarar um período de inferno astral na segurança pública. O termômetro será a mobilização de protesto convocada pelas redes sociais para hoje à tarde, em frente à SSP. LIMPANDO AS GAVETAS O futuro diretor da Deic, Aikira Sato, permanece a semana em Brasília, onde encaminha seu desligamento da coordenação da Polícia Judiciária da Força de Segurança Nacional. Ele vinha comandando forças-tarefas no combate a homicídios, crimes ambientais e agrários. Assume a diretoria dia 16.
09 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: CACAU MENEZES
CPI utópica A demissão sumária do delegado Cláudio Monteiro possui todos os ingredientes para gerar uma CPI na Assembléia Legislativa. A forma como o fato chegou ao conhecimento da imprensa meio escondido no início de um feriadão e o motivo quase torpe do afastamento (um inquérito administrativo interno com advertência seria o suficiente) induz a população a pensar que uma onça pode estar escondida atrás do toco. Pensar em inquérito no Legislativo, no entanto, é utópico. O governador Raimundo Colombo, que endossou a defenestração do delegado, tem os 40 deputados do seu lado. Não é por aí que poderá se encontrar a verdade. Talvez a Polícia Federal tenha que ser chamada, a mesma Polícia Federal que foi empurrada pelo Partido dos Trabalhadores para tentar colocar em pratos limpos a morte de um vereador no Oeste.
09 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: INFORME POLÍTICO – ROBERTO AZEVEDO
Manifestações Além da torcida nas redes sociais e do protesto programado para hoje em frente à Secretaria de Segurança Pública contra a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da diretoria da Deic, a emoção em torno do assunto não permitiu que se avaliasse como é difícil punir um servidor público que comete uma falta grave. O corporativismo não pode se sobrepor aos fatos. Nem o delegado, que trabalha com investigação, abriria mão disso. Defesa O delegado Cláudio Monteiro está correto em dizer que não é corrupto, seria préjulgamento, mas admitiu a falha administrativa, que corrigiu mais tarde. Aliás, o questionamento nos bares da cidade vale para um propósito: se Monteiro tem algo que desabone algum figurão do governo, ponha para fora, agora. Toda especulação, neste em nos demais casos, precisa ser esclarecida em nome do interesse da sociedade.
09 DE ABRIL DE 2012 COLUNA: VISOR – RAFAEL MARTINI
Colocaram o bode na sala O delegado Renato Hendges, presidente da Adepol, está na Deic apresentando documentos sobre o que considera o verdadeiro motivo do afastamento do delegado Cláudio Monteiro. Entre eles, o "convite" ao secretário de Segurança, César Grubba, e o secretário adjunto, coronel PM Fernando Rodrigues, para prestarem depoimento no inquérito policial que apura o suposto desvio de peças de veículos dos pátios da SSP. Renatão, um dos delegados de Polícia mais respeitado entre os colegas, resumiu o atual momento: - Colocaram o bode na sala, agora aguentem. A resposta veio em seguida: secretário César Grubba convocou uma entrevista coletiva para às 16h30min, na sede da SSP. Junto com o delegado-geral e corregedoria, deve dar detalhes sobre a decisão administrativa.
Não precisa ser vidente para para prever que a temperatura vai subir na já desgastada relação entre Polícia Civil e governo do Estado. Basta analisar como o caso foi conduzido. Para completar, às 17h tem o tal protesto em defesa de Monteiro. Semana começa quente.
Entenda o caso da operação dos motores Entenda o caso da operação dos motores, comandada pela Deic em 28 de dezembro, segundo a versão dos policiais que atuaram no caso. A operação dos motores, "como ficou conhecida", começou com a SSP celebrando um termo de cooperação entre o TJ e MP para dar destinação aos veículos apreendidos pela Polícia Civil. Termo aprovado, o próximo passo foi realizar um levantamento, para separar todos os veículos e peças veicular em lote.
Feito isso, foi realizado o leilão na forma de materiais ferrosos e inservíveis dos veículos apreendidos, estes calculados em quilogramas, ou seja, os veículos foram vendidos pelo valor de R$0,19 o quilo.
A Gerdau ganhou o leilão e começou a operação de descontaminação dos veículos e posterior prensagem, depois o material era pesado para calcular o valor.
Dos acontecimentos: Caso Gerdau: - A Gerdau subcontratou a empresa G-Truck para realizar o transporte e outros serviços, essa situação não estava nas cláusulas do contrato; - A forma de pagamento que da Gerdau para G-Truck era por meio da entrega de peças em bom estado de conservação a R$ 0,19 o quilo, o que não era previsto no contrato, pois lá estava explícito que as peças veiculares deveriam ser descaracterizadas. - Antes, aconteceu houve um garimpo pelo que tinha melhor no pátio, com o aval da comissão de leilões e e de gente graúda da SSP.
- Separaram os motores de caminhões, que não estavam no lote do leilão, para calcular o lucro que obteriam. Um motor médio de caminhão custa entre R$15 mil e R$25 miil e pesa uns 400 quilos. Só que vendido a R$0,19 o quilo, um motor inteiro saiu para G-Truck por R$76 - O gerente do complexo alertou a SSP e próprio Ministério Público. - Ao ser informada da movimentação, agentes da Deic começaram a monitorar a carga até seu destino final, que foi a apreensão em uma loja de autopeça;
09 DE ABRIL DE 2012 COLUNA: MOACIR PEREIRA
Militar: "Delegado Monteiro mexeu com peixe grande" Do internauta e 2o. Tenente da PM de Santa Catarina, Omar Correa Marotto, destacado em São Miguel d'Oeste, via e-mail: Caro Moacir, É caro Moacir, agora resolveram tirar o Delegado Claudio Monteiro para Cristo. Quem sabe com a exoneração do nobre colega o novo titular abra uma investigação para acabar com o pagamento de até 18º salários que nossos políticos ganham por ano. Penso que a miséria do planeta também será solucionada. O conflito do oriente médio finalmente vai ter fim, quem sabe até o assassinato do presidente Norte-americano JFK seja definitivamente solucionado pelo no titular, quem sabe, não é? Mas é assim mesmo o que acontece, quando um membro Segurança Pública resolve cumprir com suas missões e deveres, logo é abatido e seu voo cortado. Esse fato só tomou as páginas dos jornais porque atingiu um integrante do alto escalão da Segurança Pública. Pois fiquem sabendo, meus caros amigos, que quando um Policial Militar/Civil começa a mostrar trabalho eficaz e eficiente em sua área, qualquer prefeito ou vereador ou suplente de vereador se acha no direito de pedir sua transferência para outro município. Graças ao nosso digno Comandante Geral, atualmente tais solicitações não encontram eco em nossa Corporação, digo atualmente, pois houve época que era um deus nos acuda para não ser transferido. A gente se mata trabalhando, deixa a segurança da família para oferecer segurança a sociedade e, em alguns caso, ao tombarmos em serviço, VOLTAMOS PRA CASA NUM CAIXÃO, agora com a farda limpa, sem o sangue que a manchou, para que? Para sermos assim tratados, igual foi o Delegado Claudio, sumariamente punido. Isso tá me cheirando a “coisa armada”, não quero aqui levantar qualquer teoria da conspiração, mas trabalhando eu quase 20 anos na Segurança Pública do nosso Estado, tenho que refletir que esta “medida administrativa” tomada contra o Delegado Claudio tá cheirando mal, muito mal por sinal. A mim parece que o Delegado Claudio MEXEU COM PEIXE GRANDE, PODRE, ATOLADO ATÉ O PESCOÇO COM ROLO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AMIGO DE SENADOR, DEPUTADO FEDERAL E ESTADUAL, para mim tá cristalino como água potável. Hoje nós membros da Segurança Pública só podemos trabalhar apenas 40 Horas extras, porque o Estado não permite que se pague além se não tivermos uma boa justificativa. Boa Justificativa, desculpem o trocadilho, mas essa justificativa é boa. Quando ainda
não havia medida judicial mandando o Estado pagar as horas além das 40 extras, um policial militar chegava a trabalhar mais 100 horas extras por mês e o Estado lhe indenizava 40 horas extras, verdadeiro trabalho escravo. Tivemos que nos socorrer do Judiciário contra o “Trabalho Escravo” imposto pelo Estado. Sem contar nas inúmeras diárias a que temos direto e não nos pagam, justificando que temos que realizar o serviço por “amor à camisa” ou temos que “dar um pouco do nosso sangue”, mais um pouco! Assim teremos que nos socorrer do HEMOSC também. Mas caro colega Delegado Claudio Monteiro, se vale o meu conselho, não esmoreça, continue firme com a certeza de contar com o apoio e admiração dos seus amigos e colega de trabalho da Policia Civil e dos amigos e colegas de labuta da instituição co-irmã Policia Militar. Não permita que vozes contrárias aos seus serviços se levantem e abafem suas convicções. Continue firme em seu propósito. As manifestações de apoio que se afloram nas redes sociais demonstram o verdadeiro profissional que Você é, competente, comprometido com as Instituições, com a sociedade Catarinense e exemplo para seus pares e familiares, tenho certeza disto. A Você meu amigo, DISPENSO TODO MEU RESPEITO E ADMIRAÇÃO E O DE MINHA FAMÍLIA TAMBÉM, com a certeza de que a Segurança Publica de Santa Catarina esta menos segura sem a sua presença da DEIC. Omar Correa Marotto 2º Tenente PMSC São Miguel do Oeste/SC Policia Civil denuncia ingerência política na Deic Presidente da Associação dos Delegados de Policia de SC, Renato Hendges, denunciou esta tarde ingerência política do governo nas investigações realizadas pela Deic. Considerou muita coincidência a exoneração do delegado Claudio Monteiro, justamente quando o secretario César Grubba, e o secretario adjunto, cel. Fernando Rodrigues, estavam sendo intimados a prestar depoimentos em inquérito sobre desvio de motores e peças apreendidos pela policia. Todo este material deveria ser triturado pelo contrato com o grupo Gerdau,mas foi parcialmente desviado ilegalmente para Joinville, com aval do coronel Fernando Rodrigues, e do presidente da comissão de licitação, cel. Teodosio. Demitido Gerente que denunciou desvio de motores e peças Policia civil de Santa Catarina ainda mais indignada com ações e decisões na Secretaria de Segurança Publica. Os policiais da Deic souberam hoje que o Gerente do Complexo Administrativo da Segurança Publica, Jorge Luiz Koppel, foi demitido do cargo. Foi ele que denunciou desvio de carregas com motores e pecas de veículos apreendidos e que deveriam ser triturados pelo grupo Gerdau. Parte do material foi desviado para Joimville, motivando inquerito policial na Deic. -Atualizado às 15,47: A Secretaria de Segurança Publica informa que o Gerente Jorge Koppel não foi exonerado, que está de férias e que decidirá com a família se retornará ao cargo.
09 DE ABRIL DE 2012 COLUNA: MOACIR PEREIRA Cerca de 60 pessoas fazem protesto contra exoneração de ex-diretor da Deic no Centro de Florianópolis Manifestantes usam camisetas pretas, faixas amarelas na cabeça e promovem "apitaço"
Diminuir fonteAumentar fonte A manifestação organizada por meio de uma rede social saiu do mundo virtual na tarde desta segunda-feira. Cerca de 60 pessoas manifestam, neste momento, seu descontentamento em relação à exoneração do delegado Cláudio Monteiro exonerado do comando da Diretoria Estadual de Investigações (Deic). Vestindo camisetas pretas e com faixas amarelas na cabeça, os manifestantes promovem um "apitaço" em frente a Secretaria de Segurança Pública do Estado, no Centro da Capital. Devido à grande movimentação gerada pelo assunto na internet, o número de pessoas esperadas para o protesto nesta tarde era maior.
09 DE ABRIL DE 2012 COLUNA: MOACIR PEREIRA
Nota oficial do governo do Estado sobre o caso Monteiro Tendo em vista o registro, nos últimos dias, de inúmeras reportagens de imprensa, bem como manifestações em redes sociais, em assunto intitulado “Caso Cláudio Monteiro”, a Secretaria de Segurança Pública presta os seguintes esclarecimentos: Cronologia dos fatos: •
Em 17/02/2011 o diretor da DEIC (Delegado Monteiro) assinou requerimento de diárias para 4 policiais civis (ele próprio e mais 3 agentes). Tratava-se de viagem de serviço para Campo Grande/MS, com saída prevista para o dia 21/2/2011 às 06:00h e retorno no dia 26/2/2011 às 00:30h. •
Em 21/2/2011 foram assinados os cheques, nominais, entregues aos policiais e posteriormente descontados.
• Em 21/2/2011 às 19:51h o Delegado Monteiro embarcou em vôo internacional para Miami/EUA. Retornou em 28/2/2011.
• Em 28/2/2011 os agentes da DEIC integrantes da equipe da viagem ao Mato Grosso do Sul apresentaram os seus relatórios de prestação de contas, juntando notas fiscais de despesas de restaurantes nas cidades de Campo Grande/MS, Dourados/MS e Perobal/PR. •
Em 28/2/2011 o Delegado Monteiro também elaborou a sua prestação de contas, tendo igualmente juntado Notas Fiscais em seu nome obtidas nas mesmas cidades. (Passado 1 ano...) •
Em 21/3/2012 denúncia acompanhada de cópias de documentos chegou ao conhecimento do secretário de segurança pública. Determinou-se que o caso fosse apurado preliminarmente.
•
Em apuração preliminar, comprovou-se com a Polícia Federal as saídas e entradas do Delegado Monteiro, quando em viagem a Miami, no mesmo período da missão do DEIC.
•
Na mesma semana o Delegado Monteiro foi chamado a se explicar na SSP. Assumiu o erro e confirmou os fatos.
•
Em 27/3/2012 o Delegado Monteiro informou que iria devolver os valores das diárias (passados 1 ano e 1 mês após os fatos). Nesta data, já tinha conhecimento da investigação em curso.
•
Em 2/4/2012, confirmados os fatos, o secretário de segurança pública apresentou o resultado da averiguação preliminar ao Governador, tendo sido decidido pela exoneração do cargo de confiança e pelo encaminhamento de toda a documentação à corregedoria para o início formal dos procedimentos apuratórios.
•
O ato de exoneração foi assinado pelo governador, tendo sido encaminhado à Secretaria de Estado da Administração para publicação em Diário Oficial do Estado. Este ato está previsto para ser publicado na data de hoje, com circulação no dia de amanhã. • Aguardou-se pela publicação do ato para que fosse formalizada a substituição do cargo, fato já de conhecimento prévio do Delegado Monteiro.
Conseqüências: •
O Delegado Monteiro será exonerado do cargo de confiança, porém permanecerá nas funções de delegado de polícia enquanto responde aos processos instaurados.
• Os demais policiais integrantes da viagem ao Mato Grosso do Sul também serão investigados, em face da adulteração de documentos nas prestações de contas. •
A política de enfrentamento ao crime em Santa Catarina não muda, porquanto trata-se de uma política de estado, que independe de personalismos.
•
O novo diretor da DEIC já foi escolhido. Trata-se do Delegado Laurito Akira Sato, que se encontrava prestando serviços à Força Nacional em Brasília. Assumirá as novas funções a partir de 16/4/2012.
•
Florianópolis, SC, em 9 de abril de 2012.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: CLICRBS HOMEPAGE
Conflito10/04/2012 | 05h59 Saída de Cláudio Monteiro da diretoria da Deic gera guerra de versões Policiais e governo acreditam em motivações diferentes para exoneração
O delegado Renato Hendges associa a exoneração de Cláudio Monteiro à investigação da Deic sobre o desvio de peças do complexo administrativo da SSP Foto: Daniel Conzi A exoneração do delegado Cláudio Monteiro da Deic causou uma guerra de versões sobre os motivos que teriam originado a decisão da cúpula da segurança. Os policiais associam o ato como uma represália a investigações que vêm sendo feitas pela diretoria e acusam a cúpula de tentativa de ingerência e conotação política. O primeiro a se manifestar publicamente neste sentido foi o delegado da Divisão Antissequestro, Renato Hendges, que também é presidente da Associação dos Delegados de Polícia em SC (Adepol): — A indignação de todos nós aqui na Deic é com a forma que aconteceu. Ele (Monteiro) foi execrado. Ninguém foi comunicado, soubemos pela imprensa — reclamou. O delegado Renato associa a exoneração a "situações", entre elas a investigação da Deic sobre o desvio de peças do complexo administrativo da SSP em São José, que começou no final do ano passado e ainda está em andamento. Também há, por exemplo, investigação sobre suspeita de desvio milionário na Celesc, entre outros inquérito contra a administração pública. O delegado lembrou que o secretário Grubba e o secretário adjunto da SSP, coronel Fernando de Menezes, tinham sido intimados pela Deic no final do mês passado a depor no inquérito das peças encontradas em um ferro-velho de Joinville. — Não quero associar em nada, mas que existe uma situação... o que não podemos compactuar é com ingerência — afirmou o delegado Renato, acreditando que a
exoneração de Monteiro tenha sido para esvaziar a Deic. O secretário César Grubba negou qualquer motivação política sobre a exoneração de Monteiro. Ele disse que analisou o ato em questão (desvio das diárias) e que, se não fizesse a exoneração, estaria prevaricando na função por ter constatado a irregularidade. Sobre a investigação das peças, afirmou que vai prestar depoimento e que, após a conclusão deste inquérito, tomará as devidas providências, "doa a quem doer".
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: BLOG MOACIR PEREIRA
Deic: "Querem esvaziar a Diretoria", dizem delegados 10 de abril de 2012 0 Os investigadores da Deic relatam que as principais operações de combate à criminalidade no Estado foram executadas pela Diretoria. Citam o caso das operações Pedofilia(prisão de Nelson Goetten), Cativeiro (condenação de 31 criminosos) e Mampituba (prisão de 50 e condenação de 25 bandidos), que tiveram sucesso justamente pela autonomia das operações. E temem agora enfraquecimento do Deic e pelo futuro de inquéritos. Há este sobre os motores para Joinville, conduzido pelo delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, e outro sobre desvios na Celesc, presidido pelo delegado Rodrigo Bortolini. O secretário Cesar Grubba assegurou que a rigidez da ação policial contra bandidos vai continuar com o novo diretor Akira Sato. E o Delegado Geral, Aldo Ávila, disse que vai pedir agilidade nos dois polêmicos inquéritos, garantindo liberdade aos delegados. As posições da Deic e da Policia Civil são claras: 1. Não entram no mérito da exoneração de Monteiro, mas “na maneira cruel” como aconteceu; 2. Criticam o tratamento dado a Monteiro, alegando protecionismo aos dois oficiais da Segurança; 3. Temem enfraquecimento da Deic e perda de sua independência. Alertam: a Deic poderá perder o “guardião”, equipamento de escuta legal que tem sido vital para identificar quadrilhas e prender bandidos, desarmar sequestros, pegar corruptos e liquidar com organizações criminosas. Querem removê-lo daquela Diretoria. A crise na segurança e o futuro da Deic 10 de abril de 2012 0 O secretário de Segurança Pública, Cesar Grubba, voltou a reafirmar que a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da Diretoria da Deic foi causada apenas pelo recebimento ilegal de diárias, sem qualquer conotação politica. O delegado Renato Hendges, presidente da Associação dos Delegados de Policia, e os policiais civis que atuam naquela Diretoria não tem dúvidas de que há conotação politica na forma como a exoneração foi executada pelo governo. Na entrevista à imprensa, o secretário divulgou nota em que aponta, com precisão
matemática, a cronologia dos fatos envolvendo o delegado Cláudio Monteiro. Pelo roteiro, a devolução do valor recebido indevidamente a título de diárias por viagem ao Mato Grosso, que não ocorreu, aconteceu depois que a denúncia chegou ao conhecimento de Grubba, dia 21 de março de 2012. A viagem data de fevereiro de 2011. Assim, a denúncia chegou com atraso de mais de um ano. É neste ponto que os policiais civis se apegam para acusar a existência de motivação politica. No mínimo, pela origem do denunciante e sua motivação. O secretário não divulgou o autor da denúncia. Para Cesar Grubba, a degola de Monteiro aconteceu na sequência dos fatos que descreveu. Para os policiais da Deic coincidiu com a intimação ao secretário adjunto, coronel Fernando Rodrigues de Menezes, e ao próprio Grubba, para prestarem depoimento no inquérito sobre o desvio de motores e peças de veículos do Complexo Administrativo da Secretaria para um receptador de Joinville. O delito foi denunciado pelo gerente do Complexo Administrativo, Jorge Koppel, que não encontrou eco nas instâncias da Segurança Pública. Dez dias depois apelou para a Deic, que fez a investigação e lavrou o flagrante da ilegalidade. Inquérito que deixa dois oficiais da Policia Militar em fragilidade. Os coronéis Fernando Menezes e José Theodósio de Souza Júnior(presidente da Comissão de Leilão do Detran), segundo o inquérito, estariam respaldando o desvio das carretas flagradas com o material desviado. Na Deic, há indicativos de indiciamento dos dois oficiais. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: BLOG VISOR - RAFAEL MARTINI
Fora do circuito 10 de abril de 2012 0 O delegado Cláudio Monteiro deve acatar a sugestão para usufruir da licença prêmio de 30 dias a que tem direito. Depois será definido onde irá trabalhar. A tendência, até ontem, era de assumir alguma unidade especializada como Furtos e Roubos.
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE EDITORIA: POLÍCIA CRISE NA POLÍCIA Ampliada a investigação na Deic Corregedoria da instituição vai ouvir, além do delegado, os três agentes que viajaram para operação no Mato Grosso do Sul A Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou ontem que vai ampliar a investigação dos desvios de diárias que geraram a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da comando da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Serão investigados os três agentes que viajaram ao Mato Grosso do Sul na operação policial e que trouxeram notas fiscais das supostas despesas de Monteiro, o qual havia ido para Miami (EUA), em viagem pessoal. Os três policiais civis, cujos nomes não foram revelados, são suspeitos de adulteração de documentos nas prestações de contas da viagem feita ao MS, de 21 a 26 de fevereiro
do ano passado. Assim como Monteiro, eles serão ouvidos pela Corregedoria da Polícia Civil em inquérito policial e sindicância administrativa. Segundo o corregedor da Polícia Civil, Nilton de Andrade, ainda não foram escolhidos por ele os nomes dos delegados da corregedoria que vão presidir as apurações. Inicialmente, o prazo de conclusão é de 30 dias, mas os dois procedimentos ainda não foram abertos oficialmente. Em nota oficial divulgada ontem à tarde em uma entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, disse que Monteiro informou que devolveria as diárias após ter conhecimento da investigação sobre o desvio, ou seja, 13 meses depois da viagem. Essa versão conflita com a apresentada por Monteiro e o seu advogado ao DC (veja quadro). Grubba mostrou o relatório da viagem assinado por Monteiro com despesas de restaurantes de Campo Grande e Dourados, no MS, e em Perobal (PR). No total, as diárias pagas ao delegado para a ação policial que ele não foi alcançam R$ 1,45 mil. O ato de exoneração de Monteiro da diretoria da Deic deve ser publicado na edição de hoje do Diário Oficial. O secretário Grubba e o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila, não definiram para qual delegacia ele será removido. Monteiro poderá continuar exercendo as funções de delegado de polícia enquanto responde aos processos. Guerra de versões A exoneração do delegado Cláudio Monteiro causou uma guerra de versões sobre os motivos que teriam originado a decisão da cúpula da segurança. Os policiais veem no ato uma represália a investigações que vêm sendo feitas pela diretoria e acusam a cúpula de tentativa de ingerência e conotação política. O primeiro a se manifestar publicamente foi o delegado da Divisão Antissequestro, Renato Hendges, presidente da Associação dos Delegados de Polícia em SC (Adepol): – A indignação de todos nós aqui na Deic é com a forma que aconteceu. Ele (Monteiro) foi execrado. Ninguém foi comunicado, soubemos pela imprensa – reclamou. O delegado Hendges associa a exoneração ao que define como “situações”, entre elas a investigação da Deic sobre o desvio de peças do complexo administrativo da SSP em São José, que começou no final de 2011 e ainda está em andamento. Também há uma investigação sobre suspeita de desvio milionário na Celesc, entre outros inquéritos contra a administração pública. O delegado lembrou que o secretário Grubba e o secretário adjunto da SSP, coronel Fernando de Menezes, tinham sido intimados pela Deic, no final de março, a depor no inquérito das peças encontradas em um ferro-velho de Joinville. – Não quero associar em nada, mas que existe uma situação... o que não podemos compactuar é com ingerência – afirmou Hendges, acreditando que a exoneração de Monteiro tenha sido para esvaziar a Deic.
O secretário César Grubba nega qualquer motivação política sobre a exoneração de Monteiro. Ele disse que analisou o desvio das diárias e que, se não fizesse a exoneração do delegado Claúdio Monteiro, estaria prevaricando na função por ter constatado a irregularidade. Sobre a investigação das peças, afirmou que vai prestar depoimento e que, após a conclusão deste inquérito, tomará as devidas providências, “doa a quem doer”.
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MICO ONLINE
Para quem festejava mais de 30 mil membros na página Fica Delegado Monteiro, do Facebook, a tal força de mobilização para protestar das redes sociais mostrou que funciona muito... no mundo virtual! FORA DO CIRCUITO O delegado Cláudio Monteiro deve acatar a sugestão para usufruir da licença prêmio de 30 dias a que tem direito. Depois será definido onde irá trabalhar. A tendência, até ontem, era de assumir alguma unidade especializada como a de Furtos e Roubos da Capital. BAIXO ASTRAL – Força amigo – foi a mensagem enviada por um delegado a Monteiro, ontem à tarde, durante o protesto. A resposta deixou o colega de profissão preocupado: – Tá difícil aguentar. Dá vontade até fazer besteira! TIRO NO PÉ Caso se confirme os indícios das irregularidades cometidas por Cláudio Monteiro, em tese, ele pode até ser desligado do serviço público em última instância. Então fica difícil entender a estratégia adotada pela cúpula da SSP desde a semana passada. Se a ideia do
secretário César Grubba era evitar um desgaste à imagem do ex-diretor da Deic, o plano foi por água abaixo. *** O delegado ganhou status de herói, o governo foi duramente criticado nas redes sociais e tudo acabou numa troca de versões e contraversões que parece longe do fim. Não se discute a lisura da decisão administrativa, mas a forma como Grubba conduziu a divulgação do caso, desde a decisão, beirou o amadorismo. Confira em www.diario.com.br/visor a nota oficial e saiba mais sobre o caso. A PROPÓSITO Como será o clima para a rodada de negociação salarial entre governo e Polícia Civil, prevista para quinta?
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Rendendo Delegados que integram a cúpula da Polícia Civil têm uma convicção: o afastamento sumário do delegado Cláudio Monteiro do comando da Deic tem como pano de fundo a operação deflagrada no dia 28 de dezembro do ano passado, quando Monteiro comandou a apreensão, em um ferro-velho de Joinville, de veículos que deveriam estar recolhidos no pátio da Secretaria da Segurança Pública (SSP), na Grande Florianópolis. Na época, a SSP divulgou nota informando que, na verdade, os veículos haviam sido leiloados e comprados como sucata pelo grupo Gerdau, via licitação, dentro de um projeto implantado pelo secretário César Augusto Grubba para limpar os pátios da SSP, repletos de carros apreendidos. Tudo legal. Logo depois da operação, o secretário chamou Monteiro em sua sala e, entre outras coisas, alertou que não via crime que justificasse a investigação em torno das sucatas. Mesmo assim o inquérito foi instaurado no ano passado e ainda está em curso. Entre os documentos que fazem parte da investigação estão fotos de oficiais da PM que trabalham na SSP junto com o responsável pelo ferro-velho de Joinville. Nos bastidores, delegados que atuam na Deic confirmam que o próprio secretário será, em breve, intimado a prestar depoimento no inquérito, criando um inegável constrangimento para César Augusto Grubba.
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VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: MOACIR PEREIRA
O futuro da Deic em SC O secretário de Segurança Pública, César Grubba, voltou a reafirmar que a exoneração do delegado Cláudio Monteiro da diretoria da Deic foi causada apenas pelo recebimento ilegal de diárias, sem qualquer conotação política. O delegado Renato Hendges, presidente da Associação dos Delegados de Polícia, e os policiais civis que atuam naquela diretoria não têm dúvidas de que há conotação política na forma como a exoneração foi executada pelo governo. Na entrevista à imprensa, o secretário divulgou nota em que aponta, com precisão matemática, a cronologia dos fatos envolvendo o delegado Cláudio Monteiro. Pelo roteiro, a devolução do valor recebido indevidamente a título de diárias por viagem ao Mato Grosso do Sul, que não ocorreu, aconteceu depois que a denúncia chegou ao conhecimento de Grubba, dia 21 de março de 2012. A viagem data de fevereiro de 2011. Assim, a denúncia chegou com atraso de mais de um ano. É neste ponto que os policiais civis se apegam para acusar a existência de motivação política. No mínimo, pela origem do denunciante e sua motivação. O secretário não divulgou o autor da denúncia. Para César Grubba, a degola de Monteiro aconteceu na sequência dos fatos que descreveu. Para os policiais da Deic, coincidiu com a intimação ao secretário adjunto, coronel Fernando Rodrigues de Menezes, e ao próprio Grubba, para prestarem depoimento no inquérito sobre o desvio de motores e peças de veículos do complexo administrativo da secretaria para um receptador de Joinville. O delito foi denunciado pelo gerente do complexo administrativo, Jorge Koppel, que não encontrou eco nas instâncias da Segurança Pública. Dez dias depois, apelou para a Deic, que fez a investigação e lavrou o flagrante da ilegalidade. Inquérito que deixa dois oficiais da Polícia Militar em fragilidade. Os coronéis Fernando Menezes e José Theodósio de Souza Júnior (presidente da Comissão de Leilão do Detran), segundo o inquérito, estariam respaldando o desvio das carretas flagradas com o material. Na Deic, há indicativos de indiciamento dos dois oficiais. OS INQUÉRITOS Os investigadores da Deic relatam que as principais operações de combate à criminalidade no Estado foram executadas pela diretoria. Citam o caso das operações Pedofilia (prisão de Nelson Goetten), Cativeiro (condenação de 31 criminosos) e Mampituba (prisão de 50 e condenação de 25 bandidos), que tiveram sucesso justamente pela autonomia das operações. E temem, agora, o enfraquecimento do Deic e pelo futuro de inquéritos. Há este sobre os motores para Joinville, conduzido pelo delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, e outro sobre desvios na Celesc, presidido pelo delegado Rodrigo Bortolini. O secretário César Grubba assegurou que a rigidez da ação policial contra bandidos vai continuar com o novo diretor Akira Sato. E o delegado-geral, Aldo Ávila, disse que vai pedir agilidade nos dois polêmicos inquéritos, garantindo liberdade aos delegados.
As posições da Deic e da Polícia Civil são claras: 1. Não entram no mérito da exoneração de Monteiro, mas “na maneira cruel” como aconteceu; 2. Criticam o tratamento dado a Monteiro, alegando protecionismo aos dois oficiais da Segurança; 3. Temem enfraquecimento da Deic e perda de sua independência. Alertam: a Deic poderá perder o “guardião”, equipamento de escuta legal que tem sido vital para identificar quadrilhas e prender bandidos, desarmar sequestros, pegar corruptos e liquidar com organizações criminosas. Querem removê-lo daquela diretoria.
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A reação de Pinho Moreira Apontado como o responsável pela exoneração do delegado Cláudio Monteiro da diretoria-geral da Deic, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira reagiu, ontem, aos comentários sobre um suposta investigação que estaria por trás desta especulação. Pinho Moreira ligou para o delegado Monteiro e perguntou o que há de concreto sobre o assunto e ouviu do ex-diretor-geral da Deic que não tem nada em investigação que atinja o vice-governador. O caso seria o episódio que envolve o escritório Monreal, contratado pela Celesc para cobrar dívidas de inadimplentes, por R$ 50 milhões, que ainda respinga em Pinho Moreira, que nega qualquer irregularidade. A denúncia ganhou força depois que vazou parte de um relatório não conclusivo da consultoria KPMG, que alertava para o sumiço do dinheiro. Pinho Moreira também conversou com o governador Raimundo Colombo, que lhe garantiu que as razões da saída de Monteiro são as que vieram a público: a emissão de diárias para uma operação fora do Estado, enquanto o delegado estava em Miami. Moreira também ligou para o secretário César Grubba (Segurança Pública) e o delegado-geral de polícia, Aldo Pinheiro D’Ávila, e disse que esperava um esclarecimento sobre os fatos que continham seu nome ou ele mesmo o faria. No final da tarde, Grubba e D’Ávila reiteraram os motivos do afastamento de Monteiro. O uso político do episódio era esperado. Os delegados de polícia do Estado ainda estão em campanha por melhores salários e a exoneração virou um elemento que poderá reaglutinar a categoria e confrontar o governo. Há outras suspeitas, mas já é difícil separar, hoje, o que é especulação ou fato. O delegado Renato Hendges, presidente da Associação dos Delegados, usa um inquérito sobre o suposto desaparecimento de peças de veículos no pátio da SSP, devidamente documentado, para alertar sobre uma outra possibilidade para a saída de Monteiro da função.
Porém, a nota oficial assinada por Grubba não deixa dúvida que passou-se um ano da investigação e que o delegado exonerado da Deic ainda iria devolver os valores. Existe uma guerra de informações, derrapadas cronológicas e muitas perguntas sem respostas.
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10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: CLIC RBS
Mais um capítulo10/04/2012 | 16h50 Em coletiva de imprensa, delegados revelam informações sobre suposto desvio de peças em pátio da SSP Segundo agentes, investigação seria um dos motivos para a exoneração de Cláudio Monteiro
Delegados questionam o fato de Secretaria de Segurança Pública não tomar providências em caso de peças desviadas Foto: Diogo Vargas / Agencia RBS Os delegados da Polícia Civil de Santa Catarina Renato Hendges, Rodrigo Green e Alexandre de Oliveira, convocaram a imprensa na tarde desta terça-feira para uma coletiva em que trouxeram a público informações sobre o suposto desvio de peças que teria ocorrido no pátio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em São José, na Grande Florianópolis. De acordo com os agentes, uma carreta carregada de motores roubados que foram apreendidos teria saído do local com o aval de autoridades da SSP. As peças, que deveriam ser destruídas, foram encontradas em um ferro-velho em Joinville, em dezembro de 2011. Um inquérito foi instaurado para investigar o ocorrido. Ainda segundo os delegados, o trabalho da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) no caso foi uma das motivações para a exoneração do delegado Cláudio Monteiro. Durante a coletiva, foram apresentadas fotos da retirada das peças e documentos da investigação. Os três questionam o fato de SSP não ter tomado providências em relação as peças desviadas. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: BLOG MOACIR PEREIRA PT quer CPI da Segurança Pública em SC 10 de abril de 20121
Reunida hoje, a bancada estadual do PT decidiu colher assinaturas para requerimento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para “investigar o desmanche da segurança pública em Santa Catarina”, no dizer do líder Dirceu Dresch. O parlamentar vai ocupar a tribuna esta tarde para anunciar a decisão da bancada. A saber se a bancada petista terá assinaturas suficientes. Grubba cobra informações do presidente da Adepol 10 de abril de 20124 O secretário de Segurança, César Grubba, deve definir com o chefe de Polícia, delegado Aldo Pinheiro d'Ávila, nas próximas horas como será feito o pedido para que o presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Renato Hendges, apresente formalmente as supostas pressões que teriam sido feitas aos delegados que atuam em inquéritos como o da Celesc, de peças sucateadas de Joinville.
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Oposição quer criar CPI da Deic na Assembleia Legislativa Bancada do PT iniciou na tarde desta terça-feira (10) mobilização para garimpar assinaturas para investigar a Segurança Pública do Estado Everton Palaoro @Palaoro_ND FLORIANÓPOLIS Carlos Kilian/ND
Líder do PT, Dirceu Dresch, está confiante na criação da CPI
A Assembleia Legislativa pode abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a crise na Secretaria de Segurança Pública, a partir do afastamento do diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), delegado Cláudio Monteiro, e das denúncias de desvio de peças automotivas, com aval do secretário adjunto, coronel Fernando Menezes. Ontem, integrantes da bancada do PT reuniram-se para estudar a proposta. A exoneração de Monteiro, e o suposto enfraquecimento da instituição para impedir a investigação de casos envolvendo políticos do primeiro escalão do governo são o estopim para o requerimento. A coleta de assinaturas começa nesta quarta-feira (11). Para abrir a CPI são necessárias 14 assinaturas dos 40 deputados. O líder do PT, Dirceu Dresch, ressaltou que já tem o apoio de nove integrantes da oposição, restando garimpar outros cinco nomes na base governista. Ele já começou as articulações. “Espero definir essa situação em uma semana. O Parlamento não pode ficar de braços cruzados”, ressaltou. Dresch explica que a repercussão do afastamento do delegado serve como plano de fundo para discutir a crise da segurança pública de Santa Catarina. Ele citou as declarações do presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Santa Catarina), Renato Hengds, denunciando o fim das escutas telefônicas. “Isso é grave. Esse mecanismo foi usado para desmembrar diversas quadrilhas que agiam no Estado”, lembrou. No que depender do deputado Darci de Matos, líder do PSD, não existe a menor possibilidade da criação da CPI. “Não vai sair. Essa comissão não vai acontecer, pois eles não têm votos suficientes. A oposição está agindo politicamente”, defendeu. Mais diplomático, o deputado Maurício Eskudlark (PSD) acredita que a crise ainda não exige intervenção da Assembleia. Na tarde desta terça-feira, ele fez um discurso em favor de Monteiro no plenário. “A mudança foi feita na hora e da forma errada. Sem
profissionais como ele não se faz segurança. Um policial tem família e amigos. Não pode ser execrado e só depois se defender”, avaliou o deputado. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------10 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA EDITORIA: POLÍCIA
Associação de delegados vai apresentar provas contra dois coronéis da PM catarinense Entidade de classe da Polícia Civil fala de "dois pesos e duas medidas" para casos semelhantes Colombo de Souza @colombo_nd FLORIANÓPOLIS Rosane Lima/ND
Alexandre Oliveira e Renato Hendges (D) falam em "dois pesos e duas medidas" A Adepol SC (Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina) vai apresentar provas contra o secretário adjunto da SSP, coronel PM Fernando Rodrigues Menezes e contra o presidente da comissão de licitação, coronel José Teodésio. As provas serão apresentadas daqui a pouco na Deic (Diretoria de Investigações Criminais). O presidente da Adepol, delegado Renato Hendges, afirma que os dois militares estão sendo investigados pela Deic, por ter desviado motores de carros apreendidos, mas não foram exonerados. “No entanto, tiraram o cargo de diretor da Deic, do delegado Cláudio Monteiro sem sequer ter algum procedimento instaurado”.
Renato acrescentou que a exoneração de Monteiro foi sumária. “Queremos que o secretário da Segurança Pública, César Grubba, use os mesmos critérios. Não podemos admitir dois pesos e duas medidas”, disse Hendges. Monteiro está sendo investigado por desvio de diária. Ele foi exonerado do cargo de confiança da direção da Deic pelo secretário César Grubba antes de ser instaurada sindicância e inquérito policial. A perda do cargo ocorreu há quase 10 dias, e a sindicância e o inquérito foram instaurados somente na terça-feira (10). Grubba ressaltou que as provas contra Monteiro são robustas. “Não tive outra alternativa. Se eu não o fizesse estaria cometendo crime de prevaricação”. Sobre o inquérito policial que investiga os dois militares no envolvimento de desvio de ferrosos, além de outros integrantes da SSP, Grubba disse que desconhece o teor do que foi apurado. Mas afirmou que o resultado da sindicância feita pela corregedoria da SSP, paralelamente ao inquérito policial, já está em seu gabinete. “Vou ansalisar o resultado para depois eu me manifestar."
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11 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: CLIC RBS
---------------------------------------------------------------------------------------------------------11 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE COLUNA: CACAU MENEZES Caso Monteiro O caso que envolveu o afastamento do delegado Monteiro da Deic rende e vai render muito mais. As explicações dadas até agora pelo governo apresentam-se confusas e surgem com pitadas fortes de que a verdade ainda não surgiu. Não surgiu, é claro, para poucos, mas para a maioria existe a convicção de que o pano de fundo é eminentemente político. Dá muito o que pensar a cronologia dos acontecimentos, e de posse das datas, alcançar uma conclusão. Se o motivo da exoneração teria sido o recebimento de diárias sem viagem, e se isso aconteceu há quase um ano, e se isso já era, desde o início do fato, do conhecimento do governo do Estado, qualquer estudante de Direito sabe que o princípio da imediatidade foi passado ao largo. Se a falta cometida não foi punida em até 30 dias do conhecimento do ilícito praticado, caracteriza-se o perdão. Isso é do conhecimento de todos e é principio de Direito. Logo...
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------11 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL DIÁRIO CATARINENSE EDITORIA: POLÍCIA REBELIÃO NA DEIC Delegados lançam suspeita sobre cúpula da Segurança Policiais divulgam detalhes de investigação que afirmam atingir o secretário adjunto e o presidente da comissão de leilões
Em reação ao ato de exoneração do delegado Cláudio Monteiro do comando da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, colegas delegados divulgaram ontem detalhes de uma investigação que dizem atingir integrantes da cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP). As suspeitas tentam relacionar autoridades públicas com o desvio de peças do complexo administrativo da própria SSP, em São José. Os delegados dizem que o vazamento das informações agora não está associada a uma tentativa, por exemplo, de explicar a saída do delegado Monteiro da chefia da Deic. Mesmo assim, acusaram autoridades que ocupam cargos de chefia na segurança de supostamente terem dado aval à saída irregular de alguns motores de caminhões que estavam apreendidos no depósito da SSP. Os motores foram parar num ferro-velho em Joinville, onde seriam comercializados com valor superior ao que foi pago na licitação
de sucata. As denúncias foram apresentadas numa entrevista coletiva à tarde, na Deic, pelos delegados Renato Hendges, presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Rodrigo Green, da divisão de defraudações, e Alexandre Carvalho de Oliveira, da divisão de furtos e roubos de veículos. Os três delegados da Deic afirmam que, no final do ano passado, a diretoria foi procurada pelo gerente do complexo da SSP, Jorge Kloppel, que denunciou retirada irregular de peças do lugar. As suspeitas, avaliam, teriam configurado fraude em uma licitação de compra de sucata da SSP e Detran, vencida pela multinacional Gerdau. Os delegados disseram que a saída das carretas com as peças teriam sido autorizadas pelo presidente da comissão de leilões do Detran, tenente-coronel José Theodósio de Sousa Junior. Questionam atos do secretário adjunto, coronel Fernando de Menezes, no caso, como um termo de depósito de peças que foram enviadas à empresa G-Truck, de Joinville, no dia 30 de dezembro do ano passado. A Deic tem fotos de peças sendo separadas no complexo. A investigação ainda não está concluída. “Recebi pedido de explicações” Rodrigo Green, delegado da Deic O delegado Rodrigo Green, que preside o inquérito do desvio das peças, falou ao DC sobre a investigação, ontem à tarde, na Deic. Diário Catarinense – O senhor sofreu alguma pressão? Rodrigo Green – Na verdade, recebi ligações, pedido de explicações, querendo informações sobre o que estava ocorrendo. Mas o trabalho foi feito, instaurado inquérito policial e foi feita a apreensão. DC – De quem foi a ligação? Green – Eu fiz uma ligação ao coronel Fernando (de Menezes, secretário-adjunto da SSP) pedindo esclarecimentos a respeito desse processo. Ele me informou que isso estava tudo legal e que tinha sido acompanhado pelo Judiciário e Ministério Público. DC – Há menção sobre uma declaração em viva-voz por uma autoridade. De que se trata? Green – O secretário-adjunto afirmou aos promotores que era uma questão dos delegados de polícia para derrubar o secretário, que é fato completamente improcedente. DC – Na apuração até agora, ficou constatado envolvimento de alguma autoridade? Green – Houve aval do presidente da comissão de leilões na saída desse caminhão.
Essa participação está bastante clara pelos depoimentos e pelas provas que foram colhidas.
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Crise (1) Os delegados Renato Hendges, Rodrigo Green e Alexandre de Oliveira colocaram querosene na fogueira ao cobrarem da Secretaria de Segurança Pública a falta de rigor na investigação no suposto desaparecimento de peças de um ferro-velho em São José, que foram encontradas em Joinville, e que, segundo eles, apontariam para o envolvimento da cúpula da pasta. A ação da Deic no caso, considerada pelos delegados o real motivo de da exoneração do colega Cláudio Monteiro, da diretoria da instituição, lembra o exercício de criar um fato mais rumoroso para abafar outro.
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Crise (2) O deputado Maurício Eskudlark (PSD), delegado de carreira e ex-diretor-geral da Polícia Civil, criticou a forma administrativa como foi conduzido o processo de exoneração do delegado Cláudio Monteiro, da diretoria da Deic. O parlamentar afirma que causou constrangimentos ao governador. Já o PT quer criar uma CPI na Assembleia para investigar a Segurança Pública.
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Deic investiga adjunto da SSP Caso Monteiro: Coronel Fernando Rodrigo de Menezes teria autorizado o desvio de peças leiloada como sucatas Fábio Bispo @fabiobispo_nd FLORIANÓPOLIS Divulgação/ND
Motor avaliado em R$ 15 mil foram leiloados a preço de sucata O mal estar provocado dentro da Segurança Pública com a saída do delegado Claudio Monteiro, afastado por usar dinheiro de diárias em viagem particular, parece longe de arrefecer-se. Nesta terça-feira (10), os delegados de polícia Renato Hendgens, Alexandre Carvalho e Rodrigo Green divulgaram detalhes do processo que investiga o desvio de peças e motores do pátio da SSP (Secretaria de Segurança Pública). Motores apreendidos pela Deic em Joinville sairam do pátio com o aval do presidente da comissão de licitações e possivel conhecimento do secretário adjunto de Segurança Pública, coronel Fernando Rodrigues de Menezes. A licitação para o esvaziamento dos pátios da SSP teve a Gerdau como vencedora. A empresa deveria retirar do pátio apenas material inservível e sem identificação, mas os policiais constataram que motores e peças, inclusive com identificação, retiradas do pátio vinham sendo negociadas a preço de mercado em um ferro-velho de Joinville. O
preço pago pelo quilo de peças retiradas era de R$ 0,12 e R$0,19, dependendo do tipo de sucata. Um motor Scania, com preço de mercado avaliado em R$ 12 mil, foi leiloado como sucata por de R$ 90,00 e apreendido pelos agentes da Deic em Joinville. Em dezembro, uma carreta saiu do pátio com 18 mil quilos em peças e motores. A saída foi autorizada pelo tenente-coronel José Teodósio de Souza, que preside a Comissão de Leilões do Detran. O gerente do Complexo Administrativo da SSP, Jorge Luiz Klöppel, comunicou as irregularidades ao presidente da comissão que gerencia o complexo, Coronel Fernando Rodrigues de Menezes, que é adjunto do secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba. Por email, o secretário adjunto informou que a saída das peças estava dentro da legalidade conforme o edital do leilão. Peculato e formação de quadrilha O tenente-coronel José Teodósio de Souza, que autorizou a retirada das peças e motores do pátio da SSP, será indiciado no mesmo processo que investiga, ainda, o coronel Fernando Rodrigues de Menezes, secretário adjunto da SSP, e o próprio secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba. Os três, que compõe o alto escalão da corporação, poderão responder pelos crimes de peculato, fraude em licitação e formação de quadrilha. No dia 29 de dezembro, a Deic rastreou a carreta que saiu do pátio da SSP e apreendeu cerca de 18 toneladas em peças em um ferro-velho. O responsável pelas ferragens, Sidney Martins Carlos, apresentou uma Nota Fiscal da compra das peças, onde constava que os itens seriam sucatas. No dia seguinte, o coronel Fernando Rodruigues Menezes assinou um auto de depósito de outras duas carretas também carregadas com material retirado dos pátios da SSP. As provas apresentadas pelos delegados da Deic apimentam a “briga política” dentro da Segurança Pública. “Não estou jogando contra o secretário, mas isso tem que ser apurado. Assim como Monteiro foi punido, pedimos o mesmo rigor com este caso”, declarou o delegado Renato Hendgens. Monteiro perdeu o cargo há quase dez dias. A sindicância e o inquérito foram instaurados somente nesta terça-feira. Grubba ressaltou que as provas contra Monteiro são robustas. “Não tive outra alternativa. Se eu não o fizesse estaria cometendo crime de prevaricação”.
Sobre o inquérito policial que investiga os militares no envolvimento de desvio de ferrosos, além de outros integrantes da SSP, Grubba disse que desconhece o teor do que foi apurado. Mas afirmou que o resultado da sindicância feita pela corregedoria da SSP, paralelamente ao inquérito policial, já está em seu gabinete. “Vou ansalisar o resultado para depois eu me manifestar”, declarou. Secretário e adjunto escolhem data para depor Os delegados Alexandre de Carvalho e Rodrigo Green, que integram o inquérito sobre o desvio de peças, informaram que procuraram o Ministério Público para que as investigações não deixassem de ser apuradas por interferência política. “Liguei para a secretaria na presença de dois promotores e o coronel Fernando afirmou por telefone, no viva-voz, que a investigação era armação dos delegados para derrubar o secretário”, afirmou Gree. O secretário adjunto, coronel Fernando de Menezes, informou que a retirada das peças do pátio da SSP foi feita pela empresa G-Truck, terceirizada pela Gerdau. “Nosso contrato era com a Gerdau, não temos influência sobre a empresa contratada”, esclareceu. Ele ainda alegou que a licitação previa o reaproveitamento de peças. “Saiu [do pátio] aquilo que foi avaliado”, completou. O coronel Fernando, preside a Comissão de Gerenciamento do Complexo, e o secretário César Grubba foram informados por ofício sobre a necessidade de deporem na Deic. Como o secretário tem foro privilegiado, os dois deverão depor em data a ser escolhida por Grubba. -Divulgação/ND
Coronel Fernando de Menezes assinou auto de depósito por dois caminhões com meterial leiloado Licitação: Processo previa retirada de material ferroso inservível, identificável, para ser triturado. Inquérito: Polícia apurou que secretário adjunto sabia do desvio de peças, mas ignorou e deu continuidade no processo. Contratada: Gerdau suspendeu o contrato com a SSP ao saber das denúncias. Com a venda da sucata o Estado arrecadaria R$ 1,7 milhão. -----------------------------------------------------------------------------------------------------11 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA COLUNA: PAULO ALCEU PT quer CPI da Segurança A bancada do PT decidiu que hoje entrará com um requerimento na mesa solicitando a criação de uma CPI sobre a Segurança Pública Paulo Alceu @palceu FLORIANÓPOLIS CPI? 1 Pois é, faz alguns anos que não é instalada uma CPI na Assembleia. A última o pedido foi arquivado faz uns três anos. Mas a bancada do PT decidiu que hoje entrará com um requerimento na mesa solicitando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Segurança Pública, diante dos últimos acontecimentos. Segundo o líder da bancada Dirceu Dresch o Parlamento não pode ficar distante da preocupação estampada pela sociedade. CPI ? 2 Os argumentos estão baseados em declarações de autoridades, como os delegados, Cláudio Monteiro, que foi homenageado ano passado pela Assembleia, e principalmente Renato Hendges, que tramita um pedido de homenagem. Segundo Dresch duas personalidade da segurança pública que levantam suspeitas de “desmanche” do Deic. São necessárias 14 assinaturas para a instalação de uma CPI. O PT tem sete deputados, que estão otimistas.
Critica “Estratégia equivocada”, foi o que considerou o deputado Maurício Eskudlark na condução do processo de exoneração do delegado Claudio Monteiro atacando a imagem e a dignidade de um profissional. Para Eskudlark, que foi diretor geral da Polícia Civil, faltou sensibilidade e há meios legais para apurar tais questões administrativas sem causar constrangimentos, principalmente, ao governador. E a Vida Segue O PT de repente terá em alguns delegados de Polícia, insatisfeitos com a condução do caso Monteiro, aliados para pressionar o governo, enquanto “sonha” com uma CPI.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------11 DE ABRIL DE 2012 VEÍCULO: JORNAL NOTÍCIAS DO DIA COLUNA: HÉLIO COSTA Renatão abre o "jacaré" e fala sobre a exoneração do diretor da Deic Ele disse que estão querendo esvaziar a Deic e até pretendiam tirar o "Programa Guardião" da especializada Hélio Costa @helio_ND FLORIANÓPOLIS Renatão abre o jacaré Fiquei surpreso com as declarações do delegado Renato Hendges sobre o episódio da exoneração de Cláudio Monteiro, da direção da Deic (Diretoria de Investigações Criminais). Renatão falou como presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina e como titular da Divisão Antissequestro. Ele disse que estão querendo esvaziar a Deic, deixando-a mais fraca nas investigações. Entre outras imposições ele comentou que estavam querendo tirar o “Programa Guardião” - ferramenta para escuta telefônica e disponível a policiais de todo o Estado – da especializada. Sobre o caso Monteiro ele disse que cada veículo de comunicação publicou uma versão diferente, tumultuando ainda mais o ambiente e acrescentou que os policiais somente ficaram sabendo do fato pela imprensa. Eu, particularmente, entendo que foi muito pouca coisa para a exoneração até por que o delegado devolveu os valores da diária. Mas vamos aguardar o resultado das investigações.