Tfg formato paisagem ty final ok bibliografia (com croquis)

Page 1

Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - FEA

TYCILLIA AKANE TAHARA

TFG: PRAÇA PREFEITO ANTONIO DA COSTA SANTOS

Salto 2016


TYCILLIA AKANE TAHARA

TFG: REORGANIZAÇÃO DO USO DO ESPAÇO DO TERMINAL CENTRAL DA CIDADE DE CAMPINAS E SEU ENTORNO.

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, como exigência parcial para obtenção do título em graduação em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Me. Roberto D’Alessandro

Salto 2016


Arquitetura e Urbanismo

PRAÇA PREFEITO ANTONIO DA COSTA SANTOS TYCILLIA AKANE TAHARA

TFG: PRAÇA PREFEITO ANTONIO DA COSTA SANTOS

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, como exigência parcial para obtenção do título em graduação em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Me. Roberto D’Alessandro

Aprovado em __/__ /__ BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Prof. Me. Roberto D’Alessandro

___________________________________________ Prof.


AGRADECIMENTOS


RESUMO

O presente trabalho aborda um projeto de readequação do um espaço de responsabilidade do poder público que atualmente mostra sinais de estar com seu uso equivocado para a necessidade da região Metropolitana de Campinas. Um lugar que na década passada foi um jardim frondoso e tranquilo para seu entorno até então residencial, com o crescimento da cidade o lugar se tornou um terminal de ônibus metropolitano que atraiu um contingente grande de usuários desse transporte público e de mercadores informais de diversos produtos atraídos pelo fluxo constante de pessoas nesta região. Contudo, estes foram se instalando de modo precário e ilegal e esta situação perdura por mais de trinta anos e não foram encontradas medidas definitivas por parte do poder público para solucionar esse nó de relações espaciais num local tão visível para os cidadãos campineiros como para os visitantes da cidade.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Terminal Central Intergerional de Campinas ........................................................................................................................ 13 Figura 2 - Localização da Cidade de Campinas no Estado de São Paulo ........................................................................................... 15 Figura 3 - Brasão da Cidade ................................................................................................................................................................ 16 Figura 4.1 - Trabalhadores queimando o estoque de café por ter produzido em excesso em 1929 "Não se save o que fazer com tanto café: com demanda insuficiente, produtores brasileiros começam a queimar estoques" ............................................................ 17 Figura 5- Trabalhadores colhendo café na cidade de campinas .......................................................................................................... 17 Figura 6- Plano de Avenidas do Prefeito de São Paulo Prestes Maia em 1935, mesmo plano adotado na cidade de Campinas ...... 18 Figura 7- Sistema de parques no Plano de Remodelação da Cidade de Prestes Maia de 1829. A planta apresenta anotações manuais assinadas por Prestes Maia. .................................................................................................................................................. 20 Figura 8- Mapa Região Metropolitana de Campinas ............................................................................................................................ 21 Figura 9- A MAIOR PARTE DE TRABALHO DA CONSTRUÇÃO DA FERROVIA DESDE A DERRUBADA DA MATA, A ESCAVAÇÃO DA TERRA, OS ATERROS E A COLOCAÇÃO DOS TRILHOS FORAM FEITOS ATRAVÉS DO TRABALHO BRAÇAL DESTES HOMENS, USANDO APENAS MACHADO, ENXADA, ENXADÕES, PICARETAS E CARROÇ .......................................... 22 Figura 10 - Mapa das estradas de ferro existentes no Brasil em 1930................................................................................................. 23 Figura 11 – Estação Ferroviária em 1872 Julles Martin dia da inauguração ........................................................................................ 24 Figura 12 - Entrada da Estação atualmente ......................................................................................................................................... 24 Figura 13 - Cemitério atrás da FEPASA no Bairro da Vila Industrial 1870 ........................................................................................... 25 Figura 14- Em 1878, a Câmara Municipal edificou no arredores da cidade (lá para os lados da Vila Industrial) um novo asilo para os morféticos, substituindo o edifício antigo, que se achava em más condições. Com o passar dos tempos este também foi demolido 25 Figura 15 - Locomotiva 267 posando no girador da rotunda de Campinas.1870 ................................................................................. 26 Figura 16 -Trem Maria Fumaça de Campinas atualmente oferece atração turística até Jaguariúna ................................................... 26 Figura 17 - Vista aérea Viaduto Cury Década de 40 ............................................................................................................................ 28 Figura 18 - VISTA AÉREA VIADUTO CURY DÉCADA DE 40 ............................................................................................................. 28 Figura 19 - Vista aérea com a localização dos antigos cemitérios da cidade....................................................................................... 29 Figura 20 -Trecho anterior ao viaduto década de 50 ............................................................................................................................ 36 Figura 21 - Trecho viaduto anterior vista pela Av. João Jorge Viaduto CURY ..................................................................................... 36 Figura 22 - Viaduto década de 40 ........................................................................................................................................................ 36


Figura 23 - VISTA DA AVENIDA JOÃO JORGE, SAINDO DO ANTIGO VIADUTO, DÉCADA DE 50 ................................................. 37 Figura 24 - Vista da Avenida João Jorge, saindo do antigo viaduto, década de 50 ............................................................................. 37 Figura 25 - Bonde Linha 02 Vila Industrial passando pelo antigo Viaduto, década de 50 .................................................................... 37 Figura 26 - Antigo Viaduto Década de 50............................................................................................................................................. 37 Figura 27 – Início da construção do Viaduto década de 60.................................................................................................................. 38 Figura 28 - Viaduto década de 50 ........................................................................................................................................................ 38 Figura 29: 27 de Janeiro de 1963 - Inauguração do Viaduto............................................................................................................... 38 Figura 30 - Construção do Viaduto Cury - 1960 ................................................................................................................................... 38 Figura 31 - Inauguração do Viaduto 1963 ............................................................................................................................................ 39 Figura 32 - Viaduto Miguel Vicente Cury, década de 60 ...................................................................................................................... 39 Figura 33 - Vista aérea Lago dos Cisnes em 1979 .............................................................................................................................. 39 Figura 34 - LAGO DOS CISNES 1979 ................................................................................................................................................. 39 Figura 35 -Campinas Edifico Mirante, recém construído em 1976 - o mais alto da cidade, Visto pela praça Lago dos Cisnes, famoso pelo relógio do Itaú no seu topo ........................................................................................................................................................... 40 Figura 36 - Lago dos Cisnes em 1979.................................................................................................................................................. 40 Figura 37 - LAGO DOS CISNES ATENDENDO AO PÚBLICO FAMILIAR .......................................................................................... 40 Figura 38 - Relógio do Sol no interior da Praça, atualmente se encontra no Parque Taquaral ............................................................ 40 Figura 39 - Terminal Central recém inaugurado 1984 .......................................................................................................................... 41 Figura 40 - Construção do Terminal Central dentro do viaduto, década de 80 .................................................................................... 41 Figura 41 - Terminal Central atualmente .............................................................................................................................................. 41 Figura 42 - VISTA AÉREA DO TERMINAL CENTRAL ATUALMENTE................................................................................................ 41 Figura 43 - Vista aérea Viaduto Cury Atualmente ................................................................................................................................ 42 Figura 44 - Vista aérea Viaduto Cury , 1976 ........................................................................................................................................ 42 Figura 45 - Campinas ultimotrem Ferroban 140301 fepasa embarque e desembarque ...................................................................... 42 Figura 46 - Camelós no entorno do Viaduto Cury atualmente .............................................................................................................. 42 Figura 47 - Carro da Setec próximo a bancas: informais da área estão isentos de pagar taxas de ocupação do solo ........................ 44 Figura 48 - Camelôs de Campinas fazem protesto no centro da cidade .............................................................................................. 50 Figura 49 - Vista aérea Local de Análise .............................................................................................................................................. 57 Figura 50 - Construção do Terminal Central na Década de 80 ............................................................................................................ 58 Figura 51 - Edifico Mirante atualmente ................................................................................................................................................. 59 Figura 52 - Acesso Pedestres Sob o Viaduto atualmente .................................................................................................................... 60


Figura 53 - Passagem de pedestres sobre o Viaduto........................................................................................................................... 60 Figura 54 - Passagem de pedestres sobre e sob o Viaduto Cury ........................................................................................................ 61 Figura 55 - Áreas de Planejamento e Unidades Territoriais Básicas ................................................................................................... 64 Figura 56 - Terminal Multimodal Ramos de Azevedo ........................................................................................................................... 66 Figura 57 - Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira ......................................................................................................... 66 Figura 58 - Macrozona 4 Área de Urbanização Prioritária - AUP ......................................................................................................... 67 Figura 59 - Transporte Coletivo Áreas de Operação e Terminais ........................................................................................................ 68 Figura 60 - Analise sistema viário vias arteriais ................................................................................................................................... 69 Figura 61 - Analise sistema viário vias coletoras expressas ................................................................................................................ 70 Figura 62 - Galeria do Rock São Paulo -SP ......................................................................................................................................... 71 Figura 63 - Entrada Galeria do Rock - São Paulo- SP ......................................................................................................................... 72 Figura 64 - Interior da Galeria .............................................................................................................................................................. 73 Figura 65 - Interior da Galeria .............................................................................................................................................................. 73 Figura 66 - Perspectiva Geral ............................................................................................................................................................... 75 Figura 67 - Implantação........................................................................................................................................................................ 75 Figura 68 - Perspectiva da área dos camelôs ...................................................................................................................................... 75 Figura 69 - Perspectiva do Parque ....................................................................................................................................................... 75 Figura 70 - Praça da "Bíblia" ................................................................................................................................................................ 76 Figura 71 p Perspectiva da Praça ........................................................................................................................................................ 76 Figura 72 - Após a intervenção ............................................................................................................................................................ 78 Figura 73 - Fachada antes da Intervenção .......................................................................................................................................... 78 Figura 74 - Camelôs antes da intervenção ........................................................................................................................................... 79 Figura 75 - Camelôs antes da Intervenção ........................................................................................................................................... 79 Figura 76- Interior Reformado .............................................................................................................................................................. 79 Figura 77 - Interior reformado ............................................................................................................................................................... 79 Figura 78 - Interior reformado com o Pac ............................................................................................................................................. 80 Figura 79 - Fachada ............................................................................................................................................................................. 80 Figura 80 - Interior reformado ............................................................................................................................................................... 80 Figura 81 - Vista aérea da Intervenção ................................................................................................................................................ 81 Figura 82 - detalhe da estrura em construção ...................................................................................................................................... 82 Figura 83 - Detalhe da estrutura em contrução .................................................................................................................................... 82


Figura 84 - Detalhe da cobertura no interior do mercado ..................................................................................................................... 82 Figura 85 - Vista da Cobertura ............................................................................................................................................................. 82 Figura 86 - Croquis de Niemeyer ......................................................................................................................................................... 83 Figura 87 - Detalhe da Estrutura .......................................................................................................................................................... 84 Figura 88 - Interior da Catedral ............................................................................................................................................................ 84 Figura 89 - Detalhe da estrutura ........................................................................................................................................................... 85 Figura 90 - exterior da catedral ............................................................................................................................................................ 86 Figura 91 - High Line ............................................................................................................................................................................ 87 Figura 92 - High Line passagem para pedestres .................................................................................................................................. 87 Figura 93 -Contraste com a Avenida .................................................................................................................................................... 88 Figura 94 - Antes da Intervenção ......................................................................................................................................................... 88


Sumário 1

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................................... 12

2

OBJETO ..................................................................................................................................................................................... 13

3

OBJETIVO .................................................................................................................................................................................. 14

4

HISTÓRIA DE CAMPINAS ......................................................................................................................................................... 15

6 TRANSPORTE NOS SÉCULOS: AS XIX E XX MUDANÇAS NA PAISAGEM URBANA.................................................................. 22 O TRANSPORTE FERROVÁRIO E SUA INFLUENCIA NA MALHA URBANA ................................................................................... 24 FEPASA ............................................................................................................................................................................................... 24 A MOGIANA 1875 ................................................................................................................................................................................ 26 8 BREVE HISTÓRICO DOS PLANOS URBANISTICOS PLANOS DIRETORES DE CAMPINAS ...................................................... 30 9 BREVE HISTORICO DO TERMINAL CENTRAL DE CAMPINAS ..................................................................................................... 36 10

INFORMALIDADE ...................................................................................................................................................................... 43

10.1 CAMPINAS E A INFORMALIDADE .............................................................................................................................................. 46 OS TERMINAIS LOCAIS: PROBLEMATIZAÇÃO, DETERIORAÇÃO DO TERRITÓRIO URBANO ATUAL E ANALISE DO ENTORNO DA ÁREA DO ESTUDO ....................................................................................................................................................................... 51 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................................................... 55 12 ANALISE ......................................................................................................................................................................................... 56 VIAS ..................................................................................................................................................................................................... 56 PONTOS NODAIS ................................................................................................................................................................................ 57 13 ANALISE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................................................................................... 63 MACROZONA 4 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 63 PRIORITÁRIA – AUP ........................................................................................................................................................................... 63 21.MACROZONA – 4 – DADOS GERAIS ............................................................................................................................................ 63


14 ANALISE DO SISTEMA VIÁRIO ..................................................................................................................................................... 68 ............................................................................................................................................................................................................. 68 ............................................................................................................................................................................................................. 70 ............................................................................................................................................................................................................. 70 15 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................................................................................ 71 GALERIA DO ROQUE .......................................................................................................................................................................... 71 PROJETO CLASSIFICADO EM 3º LUGAR NO CONCURSO DE REVITALIZAÇÃO DO CALÇADÃO DE CANOAS – RIO GRANDE DO SUL NO ANO DE 2009. ................................................................................................................................................................. 74 PROJETO DE ORDENAÇÃO DE CAMELÔS EM MANAUS NO ANO DE 2013. ................................................................................ 77 GALERIA DOS REMEDIOS EM MANAUS - O SEGUNDO SHOPPING POPULAR DA CIDADE CRIADO PARA PROMOVER O RESGATE DE PRÉDIOS HISTÓRICOS DO CENTRO EM 2014 ............................................................................................................................................................ 77 ............................................................................................................................................................................................................. 79 ............................................................................................................................................................................................................. 79 GALERIA ESPIRITO SANTO - MANAUS EM 2014 ............................................................................................................................. 80 REFERENCIAS PROJETUAIS ............................................................................................................................................................ 81 MERCAT DE SANTA CATERINA, BARCELONA ................................................................................................................................. 81 PROGRAMA DE NECESSIDADES...................................................................................................................................................... 89 PARTIDO ARQUITETONICO ............................................................................................................................................................... 93 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................................................................... 99


Após este é abordado a questão da informalidade, seu

1

INTRODUÇÃO

crescimento, conflitos e projetos para sua regularização, três estudos de caso como referência a intervenção urbanística. A

O presente trabalho apresenta uma solução para o uso

análise do entorno também é abordada com mapas e fotos

do solo na região central da cidade próxima ao terminal Inter

antigas, do sistema viário, mapas do uso e ocupação do solo e

regional central da cidade de Campinas, município brasileiro no

Estudo de Setorização.

interior do estado de São Paulo, Região Sudeste do país, a fim

A metodologia, a Linha de Pesquisa com relação a

de integrar as edificações ao redor, como a antiga estação

assuntos pertinentes ligados ao Planejamento Regional e

FEPASA, os quarteirões mais próximos e principalmente as

Urbano possuem as seguintes análises: 1) A dimensão entre o

“edificações” do comércio informal.

urbano central e o periférico; 2) Nível social, demanda de

O Projeto tem como objetivo melhorar o uso deste

público;

3)

O

planejamento

regional;

4)

espaço, levando em conta recursos naturais, ventilação

desenvolvimento

salubre, aonde o fluxo de material e de consumidores do

Ambiental Projeto de Arquitetura e Urbanismo

Regional.

5)

Planejamento

Fronteira

e

Urbano

e

espaço seja eficiente, modificando assim a economia e a relação social que ele se encontra. Para tanto conta com capítulos iniciais apresentando a cidade e contando sua história. Nos capítulos seguintes apresenta uma breve história do desenvolvimento do Plano Diretor da Cidade de Campinas, logo em seguida aprofunda mais na história da região a ser estudada para a elaboração do projeto.

12


2

OBJETO

FIGURA 1 - TERMINAL CENTRAL INTERGERIONAL DE CAMPINAS

O projeto aborda a reurbanização e revitalização do centro histórico da cidade de Campinas. Deslocando os pontos de tráfico daqueles que usam o solo como o Terminal Central Inter regional da cidade localizado dentro do Viaduto Cury construído na década de 70 e os comerciantes informais em seu entorno, para proporcionar um circuito de edificações históricas: a antiga estação de trem, a FEPASA, importante patrimônio histórico e o caminho que leva ao Viaduto Cury, a Avenida Senador Saraiva que fica próxima ao Mercado Municipal da cidade. Toda essa conexão se dará com o projeto do parque em homenagem ao prefeito assassinado Antônio da

Fonte: https://www.correio.rec.com.br

Costa Santos, eleito em 2001.

13


usuários, atrelado a instalação do comércio informal no

3

OBJETIVO

entorno, causando uma apropriação do espaço de maneira intensa, desorganizada e consequentemente tornando o local sem infraestrutura tanto para ao vendedor como para o

O Viaduto Miguel Vicente Cury instalou-se na cidade de

comprador, ou simplesmente para o cidadão que está de

Campinas como uma das dezenas de intervenções de

passagem por aquele local, não sendo nenhum dos lados

infraestrutura importantes. A fim de criar uma ligação entre a

privilegiados, se não somente o local de fácil acesso ao público

entrada da cidade de Campinas Prestes Maia e a Região

alvo dos “Camelôs” , os usuários de transporte público coletivo.

central que estava em expansão na década de 60, a população ganhou uma área de lazer para todos os públicos,

Analisando essa situação é observado o caráter de

principalmente para a família, o “lago dos Cisnes”, que se

urgência para uma intervenção que solucione o uso deste

encontrava na parte interna deste viaduto com árvores

espaço, centro histórico da cidade e que precisa ser

frondosas e espelho d’água como “colírio” para a cidade.

preservado e valorizado, uma vez que ele está localizado em uma das principais entradas da cidade.

Mas com o passar do tempo e um enorme crescimento demográfico, a demanda por transporte foi engolindo áreas

O projeto procura realocar o terminal central com o

como esta, a fim de dar lugar a terminais centrais como o

objetivo de unir a revitalização, do importante prédio histórico a

primeiro da cidade o Terminal Mercado de Campinas.

FEPASA, realizando o deslocamento do terminal central para realizar a descompressão do fluxo de pessoas na área interna

Assim como a praça Correa de Mello deu lugar ao terminal Mercado, o “Lago dos Cisnes” se tornou o Terminal

do Viaduto Vicente Cury, resgatando assim numa área adequada de convívio e lazer, englobando também

a

edificação histórica do Mercado Central no começo da Avenida Central de Campinas que atrai um número elevado de

Senador Saraiva. 14


Campinas surgiu como bairro da cidade de Jundiaí, se

4

HISTÓRIA DE CAMPINAS

chamava bairro rural do Mato Grosso, no século XVIII serviu como local deparada de tropeiros que percorriam uma trilha conhecida como caminho da Goiazes que ligava a região Sul do Brasil que ligava o consumidor de Minas Gerais e as minas de ouro descobertas em Goiás, esta trilha estava localizada nas margens de uma trilha aberta por paulistas do Planalto de

FIGURA 2 - LOCALIZAÇÃO DA CIDADE DE CAMPINAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Piratininga entre 1721 e 1730.

A cidade também já foi chamada de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso e Vila de São Carlos. A esta altura, o bairro inda rural 1076 possuía 185 pessoas. A economia no começo era baseada na agricultura para subsistência.

Em 1773 foi construída a primeira igreja da Matriz, simbolizando a emancipação religiosa. Em maio de 1774, o então governador da Capitania de São Paulo, Dom Luís Fonte 2: https://pt.wikipedia.org/wiki/Campinas

António Souza Bueno Botelho Mourão - o IV Morgado de Mateus outorgou a Francisco Barreto Leme a fundação do núcleo e estipulou algumas medidas urbanísticas básicas para o local.

15


Com a doação dos proprietários de terras à Igreja, o

O capital dos cafeicultores também estruturou a cidade

núcleo urbano foi se desenvolvendo em seu entorno, e

para suprir a demanda de produtos, sendo, portanto um local

impulsionada pela economia do açúcar:

de grande atrativo para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro ligando Campinas a Jundiaí em 1872 e a partir daí á

De fato, foi por força e interesse destes

Capital e ao Porto de Santos. Em seguida, foi construída a

fazendeiros, ou ainda, por interesse do

Companhia Mogiana de Estradas de Ferro que levou os

Governo da Capitania de São Paulo, que o

Estados de São Paulo a Minas Gerais e às Estradas de Ferro

bairro

de Sorocabana. As ferrovias trouxeram uma nova perspectiva

rural

transformado

do em

Mato

Grosso

Freguesia

de

se

fez

Nossa

Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso (1774); depois, em Vila de São Carlos (1797), e em Cidade de Campinas (1842); período no qual as plantações de café já suplantavam as lavouras de cana e dominavam a paisagem da região

para a Cidade. A fênix no Brasão simboliza o Nascimento de Campinas que no fim do século XIX sofreu uma epidemia de Febre Amarela, estima-se que oito por cento da população tenha morrido, e cerca de seis por cento tenham deixado a cidade. FIGURA 3 - BRASÃO DA CIDADE

(http://www.campinas.sp.gov.br/sobrecampinas/campinas.php)

A economia do açúcar foi representada no lado esquerdo do Brasão da cidade. Já no lado direito o ramo do café, que foi a segunda fonte de renda na cidade, ainda no século XIX, se tornou a maior produtora do Estado de São Paulo.

Fonte 3: https://www.endec.com.br

16


Com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a cidade "agrária" de Campinas assumiu uma fisionomia mais industrial e de serviços.

FIGURA 4.1 - TRABALHADORES QUEIMANDO O ESTOQUE DE CAFÉ POR TER PRODUZIDO EM EXCESSO EM 1929 "NÃO SE SAVE O QUE FAZER COM TANTO CAFÉ: COM DEMANDA INSUFICIENTE, PRODUTORES BRASILEIROS COMEÇAM A QUEIMAR ESTOQUES" FIGURA 5- TRABALHADORES COLHENDO CAFÉ NA CIDADE DE CAMPINAS

Fonte 5: https://www.iac.sp.gov.br/cafe/centrocafe2.php Fonte 4: http://veja.abril.com.br/historia/crash-bolsa-novayork/brasil-crise-do-cafe-exportacoes-falencias.shtml

17


processo de desapropriação e alargamento das ruas como é o caso da Avenida Francisco Glicério, que recentemente sofreu um processo de revitalização, na década de trinta sofreu sua primeira intervenção com seu alargamento junto com a A necessidade de se estabelecer um horizonte seguro para as inversões de capitais (advindos da economia agrária) levaram à contratação de Prestes Maia – engenheiro e urbanista - para a elaboração do Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas – 1934 a 1938, instituído pelo Ato

Avenida Campos Salles, formando um eixo monumental. O encontro culminaria na praça cívica, a antiga Praça Visconde de Indaiatuba, conhecida como Largo do Rosário que comportava a Igreja do Rosário. FIGURA 6- PLANO DE AVENIDAS DO PREFEITO DE SÃO PAULO PRESTES MAIA EM 1935, MESMO PLANO ADOTADO NA CIDADE DE CAMPINAS

118 de 1938 do Prefeito João Alves dos Santos, lançando as bases do traçado urbano atual e preparando a cidade para a “era

do

automóvel”

www.campinas.sp.gov.br)

O Plano consistia em um pensamento urbanístico internacional, com perímetro de Irradiação no modelo radial – perimetral, partindo de centros históricos e se expandindo por grandes avenidas que cortam a cidade. Na cidade de Campinas, edifícios e parques públicos é que serão o eixo histórico, não deixando de ter o ideal da maioria das cidades de “funcionalista e “higienista”, como justificativa para o 18

Fonte6:http://www.stm.sp.gov.br/index.php/publicacoes/retrospe ctiva-historica-dos-transportes-em-s-paulo


muito mais pelos seus parques e por certas outras instituições que por suas avenidas, praças e edifícios centraes, campo em que

Outro ponto importante neste plano – que nortearam os

nunca poderão luctar com a grandiosidade

“melhoramentos urbanos” por no mínimo três décadas - foram

das grandes capitaes.” (Francisco Prestes

os pensamentos a respeito das áreas verdes das cidades. Na

Maia).

época os pensamentos de “trazer o campo para a cidade” e “levar a cidade para o campo” eram defendido por alguns

Propõe a criação de dois parques

urbanitas, mas em uma palestra “Urbanismo – O recreio Ativo

maiores, sendo um na Vila Industrial e outro

e Organizado das Cidades Modernas”, o engenheiro arquiteto

no Taquaral, localizados um em cada

Luiz de Anhaia Mello defenderá o “trazer o campo para a

extremo da cidade aproveitando áreas

cidade”, mas de modo a atender a todas as idades e classes

disponíveis. Para os parques de tipo médio

da população um “Recreio Ativo”. Prestes Maia considerava os

propõe o já existente Bosque dos Jequitibás,

“espaços urbanos” em dois seguimentos, uns privados, dentro

e o Parque do Saneamento, uma área

de um aglomerado residencial e outro público para recreio ou simplesmente circulação, os park-way ou pleasure-drive. Dentre estes espaços recreativos, ele adotou o pensamento de

localizada no final do Canal do Saneamento (atual Av. Orosimbo Maia), fruto do plano de Saturnino de Brito, que recentemente havia sido alargado, retificado e arborizado. (AS

categorias de parques segundo a faixa etária para uso do

ÁREAS

espaço. Em 1929 o primeiro play ground no interior do Estado

MELHORAMENTOS

foi instalado na Praça Imprensa Fluminense, conhecida como

CAMPINAS (1935)

Centro de Convivência de Campinas.

Stroppa de Lima Milanezi UNICAMP –

VERDES

“Pessoalmente acho mesmo que as nossas

Instituto

cidades do interior podem se notabilizar

Humanas/IFCH)

de

NO

PLANO

URBANOS

DE DE

- Siomara Barbosa

Filosofia

e

Ciências

19


FIGURA 7- SISTEMA DE PARQUES NO PLANO DE REMODELAÇÃO DA CIDADE DE PRESTES MAIA DE 1829. A PLANTA APRESENTA ANOTAÇÕES MANUAIS ASSINADAS POR PRESTES MAIA. Estes

novos

bairros,

implantados

originalmente

sem

infraestrutura urbana, conquistaram uma melhor condição de urbanização entre as décadas de 1950 a 1990, ao mesmo tempo em que o território da cidade aumentava 15 vezes e sua população, cerca de 5 vezes. De maneira especial, entre as décadas de 1970/1980, os fluxos migratórios levaram a população a praticamente duplicar de tamanho. Entre as décadas de 1930 e 1940, portanto, a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histórico, marcado pela migração e pela

multiplicação

proximidades

das

de

bairros fábricas,

nas dos

estabelecimentos e das grandes rodovias em implantação - Via Anhanguera, em 1948, Rodovia Bandeirante em 1979 e Rodovia Santos Dumont na década de 1980. (http://www.campinas.sp.gov.br/sobrecampinas/campinas.php)

Fonte 7: Arquivo da Câmara Municipal de Campinas. Fonte: BITTENCOURT, Luiz Cláudio. “Campinas Centro Histórico: Rupturas e (Dês) continuidades”; Oculum Ensaios – Revista de Arquitetura e Urbanismo . Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas. Número 2, janeiro 2002, pg. 135. 20


A partir do século XIX, Campinas passa a receber uma grande

quantidade

de

imigrantes

europeus.

Alemães,

portugueses e italianos foram decisivos para transformar

já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira. FIGURA 8- MAPA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

Campinas na grande cidade que é hoje. A partir daí houveram mudanças constantes para seu desenvolvimento, como a demolição e a construção de espaços que vão contar a história das próximas gerações. A cidade continua a atrair pessoas de todo o Brasil em busca de trabalho e qualidade de vida. Atualmente a cidade faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do Estado de São Paulo. Possui quatro distritos: Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo e Nova Aparecida e 20 municípios: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. É a terceira cidade mais populosa do estado de São Paulo As regiões metropolitanas da Campinas e de São Paulo

Fonte 8: http://www.campinas.sp.gov.br 21


o café, cerca de 48,8% das exportações, o açúcar 21,2%, o algodão 6,2%, o fumo 2,6 % e o cacau 1%.

6 TRANSPORTE NOS SÉCULOS: AS XIX E XX MUDANÇAS NA PAISAGEM URBANA Após a Revolução Industrial na Europa no Século XIX, os meios de produção que anteriormente estavam espalhados em pequenas manufaturas, foram se concentrando em um mesmo endereço, em grandes fábricas com o emprego da máquina para a fabricação em massa permitiram o “surto de

FIGURA 9- A MAIOR PARTE DE TRABALHO DA CONSTRUÇÃO DA FERROVIA DESDE A DERRUBADA DA MATA, A ESCAVAÇÃO DA TERRA, OS ATERROS E A COLOCAÇÃO DOS TRILHOS FORAM FEITOS ATRAVÉS DO TRABALHO BRAÇAL DESTES HOMENS, USANDO APENAS MACHADO, ENXADA, ENXADÕES, PICARETAS E CARROÇ

progresso”. No Brasil as primeiras iniciativas de construção de ferrovias surgiram por volta do ano de 1828, quando o Governo Imperial autorizou através de uma Carte de Lei a construção e Exploração de estradas de ferro, interligando o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerias, Rio Grande do Sul e Bahia. Essa iniciativa não teve o resultado esperado como em outros países, por conta do lucro não atingir o valor do investimento. Para incentivar a construção de Ferrovias, o Governo em 26 de Julho de 1852 promulgou a Lei nº 641, garantindo a qualquer empresário que construísse as estradas de ferro, dentre outras vantagens a isenção e garantia de juros sobre o capital investido.

Fonte 9:http://1.bp.blogspot.com/i4VOIllryPo/T9YTyNGyHSI/AAAAAAAAGlU/tnrlJdCwm7c/s1600 /LONDRINA+ANT+ESTR+FERRO.jpg

Nesta época o país exportava produtos primários como 22


É importante salientar que em São Paulo, É importante salientar que em São Paulo, as estradas de ferro foram decorrência natural das exportações agrícolas. Pode-se afirmar que existe uma relação natural entre a expansão da produção cafeeira do Vale do Paraíba e a construção de estradas de ferro naquela região. A construção de

FIGURA 10 - MAPA DAS ESTRADAS DE FERRO EXISTENTES NO BRASIL EM 1930

ferrovias em São Paulo, iniciou-se após a primeira metade do século XIX, formando verdadeira rede de captação do café em direção ao as estradas de ferro foram decorrência natural das exportações agrícolas. Pode-se afirmar que existe uma relação natural entre a expansão da produção cafeeira do Vale do Paraíba e a construção de estradas de ferro naquela região. A construção de ferrovias em São Paulo, iniciou-se após a primeira metade do século XIX, formando verdadeira rede de captação do café em direção ao Porto de Santos. De 1867 até a década de 1930 existiam 18 ferrovias, sendo que, deste total, metade, com extensões inferiores a 100 km, serviam de ramais de captação de cargas para as grandes e médias companhias, a saber: Estrada de Ferro Sorocabana – com 2.074 km; Companhia Mogiana de Estradas de Ferro – 1.954 km; Estrada de Ferro Noroeste do Brasil – 1.539km; Companhia Paulista de Estradas de Ferro – 1.536 km; Estrada de Ferro Araraquara – com 379 km; São Paulo Railway – com 246 km, que até a década de 1930, consistia na única ligação ferroviária do planalto paulista com o Porto de Santos.

Fonte 10: http:// http://vfco.brazilia.jor.br/PlanosFerroviarios/evolucao-da-rede-de-estradas-de-ferro1890.shtml

(http://www.dnit.gov.br/ferrovias/historico) 23


Conego Cipião foram os antigos cemitérios da cidade,

O TRANSPORTE FERROVÁRIO E SUA INFLUENCIA NA MALHA URBANA FEPASA

antes dos copos serem deslocados ao atual cemitério da Saudade, antigo Cemitério do Fundão. FIGURA 11 – ESTAÇÃO FERROVIÁRIA EM 1872 JULLES MARTIN DIA DA INAUGURAÇÃO

Símbolo do desenvolvimento econômico da cidade de Campinas e do Estado de São Paulo, a antiga Estação Rodoviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, foi inaugurada em 1872, em linhas clássicas. estação seguiu os padrões arquitetônicos ingleses do século XIX. Em 1884 quando foi reinaugurada seu estilo sofreu modificação em estilo gótico e vitorinoa. Ela foi construída por conta do crescimento da produção de café. Como uma porta de entrada para o progresso e mão

Fonte 11: http://pro-memoria-de-campinassp.blogspot.com.br/2007/02/monumento-1872-estaocentral-de.html FIGURA 12 - ENTRADA DA ESTAÇÃO ATUALMENTE

de obra estrangeira, o local era tido como “perigoso”, no sentido da possibilidade de trazer epidemias de outros países. A sua localização continua, até hoje como um divisor de áreas carregada de simbolismo. Enquanto que leprosários, cortumes e matadouros ficavam localizados na periferia, na Vila Industrial, atrás da estação assim como aonde é atualmente o Teatro Castro Mendes e bem próximo ao que é hoje o Viaduto Cury esquina com a Rua Fonte 12: http://www.apontador.com.br

24


FIGURA 13 - CEMITÉRIO ATRÁS DA FEPASA NO BAIRRO DA VILA INDUSTRIAL 1870 O modelo de trem era a carvão, e num clima frio a fumaça dissipava mais rápido e as cabines eram fechadas, pois caia neve. Já aqui na região, a chuva era sazonal, e venta muito. As fagulhas da chaminé iam fara os vagões da locomotiva e acabava queimando os passageiros, inclusive os Sr. do Barão, ocorriam incêndio nos vagões e as produções de café. A ferrovia inicialmente ligava Campinas a cidade de

Fonte 13: http://pro-memoria-de-campinassp.blogspot.com.br/2008_04_01_archive.html

Jundiaí, por cerca de 45 quilômetros. As obras foram iniciadas em 1870, a partir daí a linha foi prorrogada as

transformações rápidas. Primeiro que a ferrovia se origina

FIGURA 14- EM 1878, A CÂMARA MUNICIPAL EDIFICOU NO ARREDORES DA CIDADE (LÁ PARA OS LADOS DA VILA INDUSTRIAL) UM NOVO ASILO PARA OS MORFÉTICOS, SUBSTITUINDO O EDIFÍCIO ANTIGO, QUE SE ACHAVA EM MÁS CONDIÇÕES. COM O PASSAR DOS

aqui e há um conjunto de maquinários. Toda a tecnologia

TEMPOS ESTE TAMBÉM FOI DEMOLIDO

outras estações. Nos quatro anos seguintes houveram

das ferrovias se encontrava na estação de Campinas; as profissões para o funcionamento da máquina como o maquinista, o folguista, o manobrador, o administrador, o gerente, por exemplo, eram profissões que não existiam no mercado e sendo absorvido pela mão de obra imigrante.

Fonte 14: https://ethiago.wordpress.com/2007/02/page/2/ 25


A MOGIANA 1875 transformaram em polos geradores de trafego e Importante integrante do desenvolvimento da cidade, a

riqueza. O entorno da estação seria uma região

Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foi construída em

valorizada para o comércio e serviços, assim como

1875 para escoar a safra de café, auge da economia na região

para abrigar os trabalhadores das indústrias como

desde 1835, conectando Campinas à Mogi Mirim. A região se

é o caso da Vila Industrial. Com a consolidação da

industrializou provocando a imigração de europeus. O que

via, houve o aparecimento de comércio em geral e

atraiu grandes investidores foi à facilidade de escoamento da

também indústrias, como a Vicente Cury, que se

produção, logo estações de carga e descarga e passageiros se

instalaram em importantes edificações.

FIGURA 15 - LOCOMOTIVA 267 POSANDO NO GIRADOR DA ROTUNDA DE CAMPINAS.1870

Fonte15:http://mestreferroviario.blogspot.com.br/201 3_03_01_archive.html

FIGURA 16 -TREM MARIA FUMAÇA DE CAMPINAS ATUALMENTE OFERECE ATRAÇÃO TURÍSTICA ATÉ JAGUARIÚNA

Fonte 16: http://www.aventurando.com.br/passeio-tremmaria-fumaca-campinas-jaguariuna.html

26


de 1999. Os transportes de passageiros trafegaram na linha até Em 1930 que a economia cafeeira entra em declínio e a

2001.

concorrência do transporte rodoviário que corta o interior fez a

A estação ainda funciona como um centro cultural, e

Companhia Mogiana operar em déficit monetário e a procurar

mantem ainda estrutura de estação ferroviária, os trilhos, os

por novos mercados, esse declínio atinge todo o estado de São

vagões, o relógio e os bancos de madeira ainda continuam

Paulo, fazendo com que a Companhia Paulista de Estradas de

ali.

Ferro, e Estrada de Ferro São Paulo – Minas, a Estrada de

Com a aceleração do processo industrial no século XX,

Ferro Sorocabana, a Estrada de Ferro Araraquara e a própria

principalmente o processo da indústria automobilística, que

Companhia Mogiana de Estradas e Ferro se unificassem dando

teve como objetivo integrar o território brasileiro e também

Origem à FEPASA (Ferrovia Paulista S. A.).

industrializar o país, a formação de polos automobilísticos, além dos preços de combustíveis derivados do petróleo

Nos anos 40 foi a década do início da decadência do

estarem com preços baixos, fizeram com que o número de

transporte ferroviário, as estações passaram a não ser mais

inciativas públicas para o incentivo ao desenvolvimento de

espaços convidativos, o transporte rodoviário estava em

redes rodoviárias crescesse rapidamente.

ascensão, apesar de ainda transportar café nas décadas de 60 , a Estação passou pelo processo de abandono, seguida de sua estatização na década de 70.

Os governos que impulsionaram esse desenvolvimento, interligando as regiões do país foram os Presidentes Getúlio Vargas (1930-1945) e Juscelino Kubitscheck (1965-1961).

Em 1978 foi aberto um processo de tombamento, em

Naquela época, o símbolo da modernidade e do avanço em

1982 a edificação foi inscrita no livro de tombo pelo órgão

termos de transporte era o automóvel. Isso provocou uma

responsável, o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do

especial atenção dos citados governantes na construção de

Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, Em

estradas. Desde então, o Brasil tem sua malha viária baseada

1989 o processo foi a nível Municipal sendo efetivado no ano

no transporte rodoviário. 27


FIGURA 17 - VISTA AÉREA VIADUTO CURY DÉCADA DE 40 A partir daí na cidade de Campinas as rua tiveram que

Campos Salles, Dr. Moraes Salles, Senador

se alargadas, no governo de Prestes Maia citado no capítulo

Saraiva, assim como a construção do Viaduto

anterior.

Miguel Vicente Cury. “A cidade agora não era só de ferrovias

Área que vinte anos mais tarde estaria destinada a construção do Viaduto Miguel Vicente Cury

cafeeiras. E mesmo áreas de lazer, como o Bosque dos Jequitibás, foram adaptadas para permitir o caminhar de automóveis, que exigiam as perimetrais previstas por Prestes Maia. O plano Maia não será, entretanto, implantado de uma única vez. Sua elaboração dá-se em um quatriênio e sua projeção englobava

pelo

menos

25

anos”.

(http://www.campinas.sp.gov.br/governo/sepl

Fonte 17/18: https://thiagosouzarosa.wordpress.com/page/151 FIGURA 18 - VISTA AÉREA VIADUTO CURY DÉCADA DE 40

ama/publicacoes/planodiretor2006/pdfinal/ca p1.pdf).

Fatos importantes como a segunda Guerra Mundial, que teve impacto na cidade como o grande contingente de Imigrantes e a produção em linha de produção de suprimentos para os países em guerra. Entre os anos de 1945 e 1955, a população campineira cresce mais de 200%. E foram realizados alargamentos das vias, estabelecidos na Lei n. 640 de 1951, surgindo assim as avenidas: Francisco Glicério, Dr. 28


FIGURA 19 - VISTA AÉREA COM A LOCALIZAÇÃO DOS ANTIGOS CEMITÉRIOS DA CIDADE

Fonte 19: Google Maps

29


cidade para a “Era do automóvel” tronando o mapa da cidade

8 BREVE HISTÓRICO DOS PLANOS URBANISTICOS PLANOS DIRETORES DE CAMPINAS

o sistema radio concêntrico. O plano sairia como mais um “funcionalista”,” higienista” e “urbanismo de autoria” aquele que valoriza a paisagem, oriundo da formação europeia de Prestes Maia, esse remanejamento urbanístico trás as praças e prédios

Como é possível observar, as mudanças urbanísticas históricas da cidade de Campinas ocorrem de modo intrínseco às mudanças de fatores sociais e econômicos, e os mecanismos para tais mudanças como os Planos Diretores foram sofrendo modificações à regência para a execução de

públicos símbolos monumentais da cidade, e aonde também houve o alargamento das ruas Francisco Glicério, Dr. Campos Sales, Dr. Moraes Sales, Senador Saraiva, e a construção do Viaduto Miguel Vicente Cury. Todos estes alargamentos foram estabelecidos na Lei nº 640 de 1951.

projetos importantes com a intenção de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da cidade. Mas será que tais mudanças ainda favorecem ao crescimento e desenvolvimento a fim de garantir usa plenitude, vencendo as mudanças do tempo, espaço e economia?

Em 1968, no segundo mandato do Prefeito Ruy Hellmaister Novaes, são iniciadas a Construção do Palácio dos Jequitibás e do Centro de Convivência Cultural. Em 1972, no governo do Prefeito Orestes Quércia, houve a implantação do complexo de lazer então denominado de Lagoa do Taquaral,

É possível identificar logo nos anos 30 uma primeira iniciativa voltada para o urbanismo como ideia, contudo

hoje o Parque Portugal, também previsto no Plano de Melhoramentos.

somente a partir do século XX foi feita uma ação pratica, através da contratação do Engenheiro Urbanista Prestes Maia para a elaboração do então Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas (1934 – 1938) Instituído pelo Ato nº118 de 1938, pelo Prefeito João Alves dos Santos, lançando a

Em 1945 ouve o aumento da malha urbana da Cidade de Campinas, de modo a se manifestar a segregação social consolidando-se nos anos 50, resultado do contingente de pessoas a se instalarem nas redondezas após a implantação 30


De indústrias na cidade e da pavimentação da Rodovia

porém o crescimento destas houve uma retenção destas áreas

Anhanguera. A aquisição de lotes pela classe média a fim de

a fim de se criar áreas de reserva de valor. Somente em 1979,

esperar uma valorização do lote também teve um aumento,

com as normas de âmbito federal, estabelecidas para o

após o processo de valorização da região pelo mercado

parcelamento do solo urbano pela Lei Lehman, a cidade de

imobiliário.

Campinas passaria pela retenção de seu processo de expansão periférica.

Outro fator importante que aconteceu nessa época, foi o desenvolvimento do Aeroporto de Viracopos, que apesar de ter

No fim dos anos 60, a concepção de “planejamento

sido fundado nos anos de 1930, vinte anos após que obteve

urbano” foi sendo substituído, gradativamente, pelo termo

ascensão

“urbanismo”, conforme os termos de modernização de âmbito

econômica

para

a

região,

atrasando

o

desenvolvimento da cidade e provocando conflitos sobre ocupação

do

solo

irregular

especulação

nacional.

imobiliária,

infraestrutura, geração de empregos, meio ambiente, inserção das relações globais de comércio e produção.

No governo de Orestes Quércia, nos anos 70 , há a elaboração do Plano Preliminar de Desenvolvimento Integrado de Campinas (PPDI), tendo sido os estudos iniciados em 1969

Em 1959 foi Instituindo o Código de Obras e Urbanismo

sendo aprovada na Lei nº 3960 de 9 de Março de 1971. Nesta

da Cidade de Campinas, aonde estabelecia parâmetros para o

época os planos diretores eram obrigatórios e financiados por

parcelamento, uso e ocupação do solo.

órgãos federais: o SERFHAU – Serviço Federal de Habitação e Urbanismo – Do ministério do Interior, nele havia uma serie

A partir de 1965 a periferia, aonde a população de baixa

de condições para a liberação de verbas de outras esferas do

renda moradora de áreas improdutivas, o Sistema Financeiro

governo, e de financiamentos, para a execução de obras do

de Habitação (SFH), uma iniciativa privada, e ofereceu para

município. O processo nessa época sofreu intensa influencia

realizar consórcios para uma habitação digna. Nos anos 70,

dos órgãos regidos pelo intervencionismo paternalista, como 31


solução para o “caos” urbano e do crescimento descontrolado,

anos de 1973, 1980 e 1990: Estratégias de Desenvolvimento,

com ênfase na adição de normas legais voltadas para cenários

Plano

ideias concomitante com o cenário da época denominado

institucionalizadas através de leis e decretos, com respectivas

“milagre econômico”.

revisões – e o Plano de Ação, criado após o Geplan – Grupo

Preliminar

de

Estruturas,

posteriormente

seriam

Executivo do Plano Diretor. Porém a Administração Quércia Os técnicos contratados eram estrangeiros, sem

não formalizou de modo Institucional um “Plano Diretor”. O

compromisso com sua execução, muito menos com as reais

diagnóstico

visava

implantar

novos

eixos

viários

que

necessidades da cidade, entre as empresas a Serete

estimulassem o crescimento urbano, por conta do típico centro

Engenharia e o Escritório do Arquiteto Jorge Wiheim, que

saturado, porém sem maiores preocupações com a periferia,

acabam por ficar em segundo plano, já que sua autoria é

sendo considerada fora dos padrões legais estabelecidos. Os

intermediada pelo Poder Publico Municipal, que efetuou o

eixos implantados foram a Avenida Norte /Sul (Avenida José

acompanhamento técnico através do Escritório Municipal de

de Souza Campos), a ligação de Campinas com Valinhos, com

Planejamento, criado no fim dos anos 60, na reforma

o Distrito de Souzas e com o Distrito de Barão Geraldo

Administrativa na Prefeitura de Campinas.

(Paulínia / Jaguariúna). A Via Expressa Aquidabã, a Av. Imperatriz Leopoldina e a Avenida de contorno da Lagoa do

O PPDI possui conteúdo relevante de estudos e diagnósticos, procurando pela primeira vez incluir aspectos de

Taquaral, foram realizadas durante o governo do Prefeito Lauro Péricles Gonçalvez ( 1973/1977).

questão socioeconômica, contudo, com propósito de estruturar o espaço físico e em politicas de desenvolvimento, sendo estas

Na década de 80 Empreendimentos como Condomínios

orientadas principalmente pelo Governo federal num cenário

e loteamentos fechados passam a se instalar nos eixos das

de forte crescimento macroeconômico industrial na região.

regiões norte/leste acompanhando as rotas de grandes instituições e estabelecimentos de consumo regional e

Este plano contempla três áreas bases para o futuro dos

indústrias tecnológicas. Em contra partida, desde os anos 60 a 32


população de baixa renda não encontra condições de suprir

município em sua totalidade, as pesquisas de realidade

suas necessidades habitacionais através no mercado formal,

enfocaram uma visão sistêmica de planejamento “integrado e

sendo assim, as instalações precárias dando à forma das

global” a fim de assegura sua perenidade num processo

favelas as ocupações irregulares.

dinâmico contínuo. Sendo, portanto um passo relevante neste processo de formulação de Plano Diretor da cidade de

O Plano Diretor de Gestão do governo Jacó Bittar (1898-

Campinas havendo muito ainda ser detalhado e determinado

1992) buscou implementar princípios ordenadores para setores

como a participação do cidadão. O Plano Diretor voltou-se

importantes como a saúde, educação, promoção social,

exclusivamente à administração da gestão pública e sua

cultural, turismo esporte e segurança publicam. Esse conjunto

estrutura funcional.

de políticas públicas se manteve em virtude da dimensão da crise econômica nacional do início dos anos 90.

Conforme a Lei do Plano de 1991 do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) é um órgão de

Já o Plano Diretor de 1991, teve a contratação de

representação com participação voluntária da sociedade civil,

consultoria do Arquiteto Siegbert Zanettini, incumbido de

de caráter consultivo e fiscalizador dos processos financeiros e

coordenar trabalhos técnicos efetuados coma a participação de

logísticos do Poder Executivo, tendo como função emitir o

um grupo técnico denominado Equipa Técnica do Plano

parecer para as modificações do Plano.

Diretor, de aproximadamente 40 profissionais de diversos

Em contrapartida, o modo como esta participação

setores técnicos e órgãos de administração municipal. Possui

pública não acontece na prática, tanto na administração como

uma abordagem científica estrutural e conjuntural das políticas

na parte de preservação ambiental no intuito de garantir a

públicas, buscou a autonomia político-administrativa dos

qualidade do meio ambiente segue conforme interesses de

Municípios. Isso foi positivo para a dinâmica que os

poucos, aqueles que modificam a cidade, grandes investidores

procedimentos de intervenções urbanas carecem. E apesar de

e órgão superiores na hora de defender seus interesses e não

não determinar qual seria a parcela de responsabilidade do

da população. 33


A situação dos Planos Diretores da Cidade de CAMPINAS, apresenta o cumprimento de uma exigência constitucional, contudo não oferece uma agenda de ações que busque equacionar mudanças necessárias e significativas ao planejamento urbano, capaz de se encaixar no tempo e espaço para remediar os problemas futuros.

É neste caminho de aperfeiçoamento dos Planos, com a ajuda do Instrumental Legal propiciado pelo Estatuto da Cidade que neste século a sociedade consiga regular sua cidade. Atualmente, no ano de 2016, há uma iniciativa de revisão de várias intervenções do plano Diretor com a participação popular que está em andamento.

34


Terminal Central de Campinas

35


FIGURA 20 -TRECHO ANTERIOR AO VIADUTO DÉCADA DE 50

9 BREVE HISTORICO DO TERMINAL CENTRAL DE CAMPINAS O acesso antes da Construção do Viaduto era feito pela Porteira da Capivara. O viaduto Cury veio para unir as partes da cidade em expansão pela Avenida Moraes Sales e pela Av. Prestes Maia. Sua construção iniciou-se em 1961, e em 1963, foi inaugurado no Governo do Prefeito Magalhães Teixeira. Anterior ao atual terminal central, havia uma área verde, o “Lago dos Cisnes” um dos cartões postais da cidade nos anos 70.

Fonte 20: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

A temática da praça foi inspirada na produção teatral mundial “Lago dos Cisnes”.

FIGURA 21 - TRECHO VIADUTO ANTERIOR VISTA PELA AV. JOÃO JORGE VIADUTO CURY

FIGURA 22 - VIADUTO DÉCADA DE 40 Área estaria destinada a construção do Viaduto Miguel Vicente Cury

Fonte 21: Acervo Fotográfico MIS-Campinas 36 Fonte 22: https://thiagosouzarosa.wordpress.com/page/151


FIGURA 23 - VISTA DA AVENIDA JOÃO JORGE, SAINDO DO ANTIGO VIADUTO, DÉCADA DE 50

FIGURA 24 - VISTA DA AVENIDA JOÃO JORGE, SAINDO DO ANTIGO VIADUTO, DÉCADA DE 50

Fonte 24: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

Fonte 23: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

FIGURA 25 - BONDE LINHA 02 VILA INDUSTRIAL PASSANDO PELO ANTIGO VIADUTO, DÉCADA DE 50

FIGURA 26 - ANTIGO VIADUTO DÉCADA DE 50

Fonte 25: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

Fonte 26: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

37


FIGURA 28 - VIADUTO DÉCADA DE 50

Fonte 27: Acervo Fotográfico MIS-Campinas FIGURA 30 - CONSTRUÇÃO DO VIADUTO CURY - 1960

Fonte 29: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

FIGURA 27 – INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DO VIADUTO DÉCADA DE 60

Fonte 28: Acervo Fotográfico MIS-Campinas FIGURA 29: 27 DE JANEIRO DE 1963 - INAUGURAÇÃO DO VIADUTO

Fonte 30: Acervo Fotográfico MIS-Campinas

38


FIGURA 31 - INAUGURAÇÃO DO VIADUTO 1963

FIGURA 32 - VIADUTO MIGUEL VICENTE CURY, DÉCADA DE 60

Fonte 32: Acervo Fotográfico MIS-Campinas Fonte 31: Acervo de Francisco Almeida Lopes FIGURA 33 - VISTA AÉREA LAGO DOS CISNES EM 1979

FIGURA 34 - LAGO DOS CISNES 1979

39

FONTE 33: HTTPS://CAMPINASDEANTIGAMENTE.NET.BR

FONTE 34: ACERVO CAIQUE ZEBALLOS


FIGURA 35 -CAMPINAS EDIFICO MIRANTE, RECÉM CONSTRUÍDO EM 1976 O MAIS ALTO DA CIDADE, VISTO PELA PRAÇA LAGO DOS CISNES, FAMOSO PELO RELÓGIO DO ITAÚ NO SEU TOPO

Fonte 35: Acervo Biblioteca Municipal de Campinas FIGURA 38 - RELÓGIO DO SOL NO INTERIOR DA PRAÇA, ATUALMENTE SE ENCONTRA NO PARQUE TAQUARAL

Fonte 37: Acervo Biblioteca Municipal de Campinas

FIGURA 36 - LAGO DOS CISNES EM 1979

Fonte 36: Acervo Biblioteca Municipal de Campinas FIGURA 37 - LAGO DOS CISNES ATENDENDO AO PÚBLICO FAMILIAR

Fonte 38: Acervo Biblioteca Municipal de Campinas

40


FIGURA 40 - CONSTRUÇÃO DO TERMINAL CENTRAL DENTRO DO VIADUTO, DÉCADA DE 80

Fonte 40: http://www.campinasdeantigamente.com.br FIGURA 41 - TERMINAL CENTRAL ATUALMENTE

FIGURA 39 - TERMINAL CENTRAL RECÉM INAUGURADO 1984

Fonte 39: acervo Marcelo Guedes

FIGURA 42 - VISTA AÉREA DO TERMINAL CENTRAL ATUALMENTE

FONTE 41: HTTP://WWW.CAMPINASDEANTIGAMENTE.COM.BR FONTE 42:GOOGLE EARTH

41


FIGURA 44 - VISTA AÉREA VIADUTO CURY , 1976

Fonte 44: Acervo UNICAMP

FIGURA 45 - CAMPINAS ULTIMOTREM FERROBAN 140301 FEPASA EMBARQUE E DESEMBARQUE

Fonte 45: http://campinasdeantigamente.com.br

FIGURA 43 - VISTA AÉREA VIADUTO CURY ATUALMENTE

Fonte 43: Google Earth FIGURA 46 - CAMELÓS NO ENTORNO DO VIADUTO CURY ATUALMENTE

Fonte 45: http://rac.com.br

42


Municípios conquistarem sua autonomia administrativa o

10

poderio econômico, aonde as empresas que detém grande

INFORMALIDADE

parte da economia do país permanecem com sua sede administrativa aonde o dinheiro circula ainda nas grandes

De maneira geral, as instalações informais possuem as características gerais que de maneira geral não apresentam algum planejamento, resultado de instalações espontâneas com pouca, ou nenhuma infraestrutura ou serviços básicos, é resultado de fatores econômicos e tributários nas cidades, isso é fato, que contribuíram para

metrópoles financeiras, aonde também se concentram as intervenções de infra estrutura garantindo a quem deseja melhor qualidade de vida e de serviços atendidos, contudo isso tem um custo e nem todos tem as condições monetárias para custear essa vida urbana. Acabam por se instalar entre as áreas regularizadas nos grandes centros:

que áreas de acesso público fossem apoderadas por indivíduos excluídos por fatores econômicos das grandes

“Globalização

metrópoles financeiras.

econômica

e

reestruturação

apenas

reforçam

e

amplificam tradicionais tendências de

No artigo de Maria Lucia Refinetti Martins sobre a “Globalização, Informalidade e Regulação em Cidades Latino-Americanas”

observa

que

o

desenvolvimento

urbano das Metrópoles latinas pós-derrubadas de regimes militares

e

processo

de

Democratização

e

concentração e segregação. Observar esses processos na escala do espaço urbano implica em olhar para a cidade enquanto forma,

objeto

material,

buscando

enquanto

visualizar

tais

Descentralização Político- Administrativa uma busca por

processos

uma identidade, por padrões de referência para a

manifestações físico-espaciais. Trata,

construção de políticas públicas que enfrentam a realidade

portanto de identificar as demandas de

de centros de economia periférica, ou seja, apesar dos

espaço que esses processos requerem e

a

partir

de

suas

43


FIGURA 47 - CARRO DA SETEC PRÓXIMO A BANCAS: engendram - uma abordagem da cidade relacionando

Espaço

Urbano

INFORMAIS DA ÁREA ESTÃO ISENTOS DE PAGAR TAXAS DE OCUPAÇÃO DO SOLO

e

Economia. No entanto é necessário considerar, que se tais processos vêm ampliando a concentração econômica territorial, as cidades, em si, também produzem concentração e segregação, esta de natureza territorial, onde não só a propriedade, mas seu usufruto tem

Fonte 47: http://rac.com.br

valor. Assim, impossível estudar a cidade

territoriais e urbanísticas devem ser tratadas como disputa

sem situá-la entre esses dois contextos: a

econômica e social e não simplesmente como ordem e

atividade econômica e o lugar”.(Maria Lucia

funcionalidade. Ao mesmo tempo em que:

Refinetti Martins sobre a “Globalização, Informalidade e Regulação em Cidades

“Os territórios são países, Estados, regiões,

Latino-Americanas”)

municípios, departamentos, bairros, fábricas, vilas, propriedades, moradias, salas, corpo,

Segundo Villaça (1998) a estruturação das cidades

mente, pensamento, conhecimento, enfim o

brasileiras está pautada com base no deslocamento da classe

território é o espaço apropriado por uma

de renda elevada, que sua estrutura urbana se explica muito

determinada relação social que o produz e o

mais pela estrutura e o funcionamento tradicional da sociedade

mantém a partir de uma forma de poder. Esse

brasileira enquanto distribuição de renda e poder do que pelas transformações do capitalismo no país e no mundo, e esse processo ocorre praticamente desde que o país foi colônia de

poder é concedido pela receptividade. O território é ao mesmo tempo, uma convenção e uma confrontação. Exatamente porque o território possui limites, possui fronteiras, é

Portugueses no século passado. Nesse sentido questões 44


um

espaço

de

conflitualidades”

(FERNANDES, 2005, p. 3).

durante

a

industrialização.

Segundo

a

primeira

conceptualização da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em busca de especificar um objeto para análise, em se

Os estudos sobre o trabalho informal no Brasil são mais

tratando do sistema de produção, nesta época há um foco na

difundidos a partir de 1997 em que foi realizada a primeira

unidade produtiva, na tentativa de delimitar o setor informal,

pesquisa voltada especificamente para a avaliação dos

inclusive de esclarecer que a pobreza não necessariamente

aspectos da informalidade com mais atenção e rigor, a

está atrelada ao mercado informal, pois o sistema capitalista

denominada Economia Informal Urbana (Ecinf) realizada pelo

possui lacunas na economia permitindo a entrada do setor

Instituto

informal ainda que de forma subordinada.

Brasileiro

de

Geografia

e

Estatística

(IBGE).

Atualmente o assunto tem como objetivo realçar sobre questões tributárias e ao equilíbrio fiscal.

A inserção no mercado informal pode muitas vezes ser vista como uma forma de ocupação na falta da oportunidade e

Correntes de pensamentos quanto à análise de

qualificação para serem absorvidos pelo trabalho formal, por

compreensão de sua expansão levam a dois caminhos. A

meio da estratégia de sobrevivência, contudo a maior crítica

primeira delas envolve a regulamentação do mercado de

sobre esta inserção seria, até que ponto esta ocupação feita de

trabalho,

eram

maneira racional não seria como uma forma de ganhar mais

demasiadamente elevados em relação ao capital, levando ao

que assalariado registrado, uma vez que a contribuição

termo

pecuniária para a previdência social seria de modo voluntário.

aonde

dicotomia

os

custos

do

moderno-tradicional,

trabalhador que

colocam

o

trabalhador de cada seguimento de maneira homogênea, a massa. A segunda percorre a história brasileira na segunda

Nacionalmente, o perfil de quem opta por essa ocupação

metade do século XX, aonde as firmas desenfreadas seguiram

é um perfil heterogêneo, que vão de realmente dos excluídos

em desequilíbrio com o mercado interno, e para concorrer com

por oportunidade e qualificação no mercado formal como para

o mercado externo, as indústrias intensificaram seu capital

aqueles que buscam uma jornada de trabalho mais flexível, 45


deixando de ser funcionário para ser dono do próprio negócio,

que a lacuna do sistema econômico, o caminho para a

dentre

eram

formalidade é atraente e sem barreiras, na medida da

subordinados, tornam-se donos do próprio negócio podendo vir

necessidade de aumentar a renda e ter uma ocupação

a seguir ou não o mesmo ramo que outrora trabalhavam, sendo

independente. A desconstrução do trabalho assalariado que

parte agora do mercado informal configurando ou não uma

ocorreu com as terceirizações dos serviços, a precarização e a

forma de concorrência. Esse mercado informal angaria também

flexibilidade de função na empresa, levou o emprego a se

mais mão de obra informal aonde a heterogeneidade se acentua.

transportar em uma atividade ocupacional e não somente para

outros

fatores.

Funcionários

que

antes

sua sobrevivência. Os dados de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) nos anos 1996,2001 e 2005, observou-se que

10.1 CAMPINAS E A INFORMALIDADE

homens predominam os perfis de trabalhador assalariado formal, informal e empregado sem carteira. Já em trabalhador

Campinas, não foge desta realidade, não providenciou a

doméstico predominam o sexo feminino, apesar de atualmente

estrutura necessária para todos, na medida em que a

esse número aumentar do sexo masculino neste ramo de

polarização de serviços básicos como moradia, saneamento

atividade. No trabalho formal jovens tem predominância, cerca

básico e principalmente emprego para a população que vinha

de 29 anos em 1996 e 31 anos em 2005, no setor formal e

do interior e de outras cidades são atraídas pelas capitais e

doméstico a média de idade é de 34 anos. No setor público

metrópoles, por conta destas providencias estruturais e

formal a média de idade é de 41 anos. No setor público o nível

principalmente a oportunidade de um melhor emprego, uma

de escolaridade aumenta, de 29% em 1996, para 36% em

melhor renda, para uma melhor qualidade de vida. O resultado

2005. No setor informal, a escolaridade do setor primário

foi uma proliferação de novos assentamentos irregulares ao

incompleto é superior a 50% em 1996, e em 2005 o percentual

longo das novas rodovias recém-abertas para apoiar os

chegou a 47%. O trabalhador doméstico encontra-se com essa

grandes projetos. Consequentemente, para sobreviver, o

escolaridade, cerca de 71% no ano de 1996. Evidente, portanto

mercado informal aumentou, contudo deixando de ter por 46


característica do senso comum de barracões improvisados e

Os períodos de regularização começaram em 1980 as

extremamente precários, o cenário que se vê aqui são

constantes medidas de proibir a presença dos ambientes nos

corredores de “boxes” em ruas e praças da cidade. O primeiro

principais espaços comerciais, em especiais a Rua Treze de

deles, denominados por “setores”, o setor Mercado está

Maio. Logo em seguida, a implantação em 1990 dos Setores

localizado em três calçadas da antiga Praça Correia de Mello,

Carlos Gomes, Jumbo, Terminal em frente ao Terminal

hoje atual Terminal Mercado de ônibus, em frente ao histórico

Fundos, e nos anos 2000 a constituição dos Setores Benedito

Mercado Municipal da Cidade. O corredor que se estende pela

e Jayme. Neste mesmo ano, aqueles que receberam a

Rua Alvares Machado, que conecta o local até chegar à área

permissão para participar do comércio regularizado assumiram

em torno do Terminal Central de Campinas. Até se chegar a

imediatamente o compromisso de pagar pelos boxes,

este ponto final, há os setores Carlos Gomes, localizado entre

coberturas e instalações elétricas.

as ruas General Osório e a Avenida Campos Salles no trecho delimitado pelas ruas Costa Aguiar e Ferreira Penteado,

Na gestão municipal de 2001-2004 em que ocorreram

constituídos em um calçadão após a inauguração do Terminal

os mandatos de dois prefeitos do Partido dos Trabalhadores

Central localizado dentro do Viaduto Vicente Cury em 1985.

(PT), primeiro pelo arquiteto e urbanista Antônio da Costa Santos – O Toninho, assassinado em Setembro de 2001, e a

Com o passar dos anos o processo de regularização

Vice-Prefeita

Izalene

Tiene

assumiu

o

governo,

as

destes espaços passou progressivamente a ser entendida

negociações tiveram a intermediação do Sindicato dos

como um direito de posse sobre o espaço concedido. A licença

Trabalhadores da Economia Informal de Campinas (STEIC),

de uso do solo foi condicionada ao trabalhador de ponto fixo,

atualmente o Sindicato dos Empreendedores Individuais de

aonde o espaço se delimita a 2,5m² em média, a dimensão da

Ponto Público Fixo e Móvel de Campinas (Sindipeic). A

banca tem a possibilidade de variação podendo ser unificadas

entidade representa a maioria dos ambulantes regularizados e

formando pequenas lojas.

é responsável junto com a autarquia municipal responsável pelo uso do solo público, a Serviços Técnico Gerais (Setec). 47


O projeto “Centro Popular de Compras”, nomeado

Em 2007, o setor Jayme foi finalizado e ainda sofre com

“Projeto Centro” com o objetivo de realizar intervenções a área

essa baixa de público, como consequência os boxes

central obtiveram resultados com a implantação dos Setores

permanecem fechados servindo como estoque de mercadoria.

Benedito e Jayme e a reorganização e Padronização do Setor

Os boxes tornaram-se mercadoria podendo valer de R$ 5 mil

Terminal Frente.As ações foram assim denominadas: Criação

R$ 200 mil e o aluguel de R$ 50 a R$ 2 mil, dependendo das

da Zeladoria do Centro, Construção do Centro de Campinas

negociações do Box. Visto como um investimento em longo

Popular, Reurbanização da Rua 13 de Maio, Reforma da Praça

prazo, esse tipo de prática de comércio, tanto de boxes como

Imprensa Fluminense, Construção do Ceprocamp Antonio da

de mercadorias baratas, extrai a aposentadoria por idade.

Costa

Palácio dos Azulejos,

Contudo esse espaço e as pessoas que nele atuam são visto

Negociação com a Rede Ferroviária Federal para aquisição de

no discurso de “privatização dos espaços públicos” como um

bens e imóveis do centro, pertencentes a ela, Construção da

ato de criminalidade. Entidades como a Associação Viva o

nova rodoviária de Campinas, Implantação da Estação Cultura

Centro incorporam o termo para se referir e criminalizar a

no Antigo Complexo da FEPASA, Intervenção da Vila

presença dos ambulantes nos espaços públicos. É fato que os

Industrial, intervenções no entorno da Estação Cultura,

espaços públicos são de usufruto de todos, mas a apropriação

Restauração do Palácio da Mogiana, restauração da Catedral

é privada. Aí surge a lógica em que a privatização, torna o uso

Metropolitana,

e

do solo uma desigualdade nítida. O grande chamariz de seu

Implantação do Centro Cultural Evolução e entre outros. O

público fiel é o preço barato dos produtos, sendo associados a

plano era na condição de cada trabalhador ambulante pagar

ações

R$ 6 mil a R$ 8 mil, podendo ser parcelado em até dois anos

principalmente a sonegação de impostos e contratos informais

pela área de metal. O resultado foram deslocamentos para

de trabalho.

Santos,

Restauração

Recuperação

do

dos

Espaços

Públicos

criminosas

como

a

pirataria,

falsificação,

mas

áreas ilegais daqueles que não puderam custear esse valor, além de não ser um local de atração do público consumidor. 48


Segundo o Sociólogo Michel Misse em seu livro: “Sobre

tornou um estilo de vida, aonde o comerciante da região

a construção social do crime no Brasil: esboços de uma

central, que sai muitas vezes da periferia e ocupa instalações

interpretação” Rio de Janeiro, 2003, explica que o termo

mais próximas de seu trabalho informal para economizar no

“mercadorias políticas” pode ser adequado para estas zonas

transporte. Como dito anteriormente, o grupo é heterogêneo, e

de conflito de Lei de uso da terra, quando estas ‘mercadorias’

com ele a sua denominação também: ‘Ambulante’, “camelô”,

são dados que nos explicam o “capitalismo político”, aonde a

“paraquedas”, ‘fruteiro” ... Ambulante é aquele que não tem

dinâmica de ocupação quando o conjunto de bens em que a

ponto fixo de venda, já o camelô ocupa os “Boxes”. O

troca é assimétrica e quase sempre compulsória, há aí custos

paraquedas é aquele que expõe sua mercadoria numa lona

econômicos e políticos envolvidos e que brigam por seus

estendida no chão, e o fruteiro é aquele que empurra uma

direitos.

carriola com frutas sem ter ponto fixo também. Em 2005 eram todos considerados “informais”.

E em meio a estes conflitos, casos de corrupção, aonde a compra e venda de “lotes Boxes” é feita para a autorização

Em 2009, houve uma Lei do Empreendedor Individual,

para o uso deste espaço público ocorrem, como ocorreu no

era válida para odo o pequeno e Microempreendedor tivesse

emblemático caso da “Máfia das Propinas” na gestão de Celso

faturamento de até R$ 36mil. Daí o nome do Sindicato dos

Pitta aonde havia uma cobrança ilícita aos trabalhadores em

Trabalhadores

estado irregular para seus partidos aliados de base. “Só na

Empreendedores Informais de Ponto Público Fixo e Móvel de

região da 25 de Março, segundo a ouvidoria em 2002, cada um

Campinas ( Sindipeic).

Informais

passou

a

ser

Sindicato

dos

dos oito fiscais que cobriam esse região faturavam R$ 58.500,00 por mês (ITIKAWA, 2006, P. 143).

A Lei nº 10.081 de 13 de Fevereiro de 1990, estava valendo no que diz respeito ao termo permissionário, em que se o

Na cidade de Campinas, é possível observar que

permissionário não mais se interessar por esta permissão

nitidamente a apropriação por essa ocupação ‘camelô’ se

concedida, é necessário pedir o cancelamento de sua licença 49


ou se quiser sua transferência. É interessante que nesta Lei há Artigos em que determina a transferência quando há famílias envolvidas, ou caso de morte do “permissionário”, ou seja, já

terá condições de controlar um pouco o lugar aonde eles se instalam” (Correio Popular,CAMPINAS, 7 de Abril de 2002).

aceitando que o comércio iria atuar de modo permanente naquele local “irregular”. Mas independente do nome, o modo como o cidadão usa o solo para sua ocupação econômica é o que o caracteriza, está praticando o comércio em um área

FIGURA 48 - CAMELÔS DE CAMPINAS FAZEM PROTESTO NO CENTRO DA CIDADE

pública, uma atividade que foi restrita e locais particulares. O discurso dos governantes para ‘resolver o problema dos camelôs’ subjetivamente estava no intuito unir de maneira espacial, os comerciantes ambulantes com seu público: a população de bairros distantes que utiliza o transporte coletivo, que como resultado há um conflito de uso dos espaços como é atualmente. Foi então que o Engenheiro e Urbanista Dênio Benfatti afirma que a maneira de conter o avanço das instalações

dos

camelos

é

controlar

seu

espaço,

e

relacionando estes aos terminais de ônibus próximos aos centros, afirma que com pequenos terminais rodoviários ‘você elimina boa parte, ou mina um pouco esse problema” “o terminal atrai pessoas, se você extermina isso, deixa de ter camelôs de forma concentrada, e quando isso acontecer, você

Fonte48:http://www.portaldepaulinia.com.br/regiao/noticias/ 11428-camelos-de-campinas-fazem-protesto-no-centro-dacidade.html

50


o tráfico central da região sul. A obra foi inaugurada em

OS TERMINAIS LOCAIS: PROBLEMATIZAÇÃO, DETERIORAÇÃO DO TERRITÓRIO URBANO ATUAL E ANALISE DO ENTORNO DA ÁREA DO ESTUDO

1963, simbolizando o progresso da cidade, inclusive foi cartão postal da cidade aonde em seu interior havia o Lago dos Cisnes. Uma praça conhecida por seu relógio do sol que hoje se encontra no Parque Taquaral, e por seu espelho d’água.

O primeiro terminal implantado na cidade de Campinas pela Prefeitura data de 1980, na praça situada em frente ao Mercado Municipal, edifício que foi inaugurado m 12 de Abril de 1908, com o intuito higienista de substituir o mercado e Hortaliças, hoje atual Lago das Andorinhas. Na época essa área estava fora dos perímetros urbanos da

Ainda em 1980, com o crescimento econômico da região, as áreas que eram praças tranquilas e arborizadas, distantes

do

centro

movimentado

em

áreas

predominantemente residenciais de pouca densidade, foram engolidas pelo crescimento da malha urbana, trazendo a possibilidade e o ideal de nos grande centro

cidade.

haver terminais rodoviários integrados às suas linhas de Em 1956 e 1963, segundo o projeto do Plano de Melhoramentos

Urbanos,

mencionado,

ônibus.

viadutos

passaram por cima de praças para dar articulação ao transporte sobre rodas. Uma articulação para as Avenidas Senador Saraiva e Orosimbo Maia por exemplo. Na extremidade da Avenida Senador Saraiva, implantou-se o Viaduto Cury, uma enorme rotatória que serviria como transposição do Antigo Complexo Ferroviário FEPASA com

No lugar da Praça Corrêa de Mello, praça que homenageava o primeiro homem, de formação acadêmica em farmacologia, responsável por inaugurar a primeira farmácia da cidade, ficava em frente ao Mercado Municipal, se tornou em 1980 o Terminal Rodoviário Mercado I. Em 1983 foi inaugurado o Terminal Central no local aonde era a praça Lago dos Cisnes, dentro do Viaduto Vicente Cury. 51


Em consequência vieram a Rua Alvares Machado lojistas

ocupando a Rua Benjamim Constant e Ernesto Khulman.

de vários seguimentos, se tornou um calçadão e ficou

Com o Governo dos Trabalhadores intermediando a

conhecida como “a rua que mais movimenta o estado”

comunicação com órgãos públicos para os rodízios, gerou

(Correio Popular, 13 de Agosto de 1990). E o contingente

confrontos violentos com a polícia. Na década de 80 e 90 o

de

número desempregados e camelos aumentou, porem o

ambulantes em torno

dos terminais aumentou

absurdamente, inclusive foi capa de manchete de jornais e

espaço destinado a eles não era mais o suficiente.

revistas sobre a invasão do camelôs na movimentada Rua 13 de Maio, segundo as autoridades fiscais, a presença dos

Foi então que em 1992, a Vereadora a Srtª Vanda

comerciantes não fixos gerava uma concorrência desleal

Russo propôs um projeto de Lei, que na tentativa de

com os lojistas fixos regulamentados nesta região.

resolver esse impasse, propunha que os trabalhadores que

Garantindo assim a força policial no combate a essa

estavam no Terminal Central fossem realocados dentro da

concorrência desleal.

FEPASA e em duas quadras da Rua Alvares Machado, liberando assim, a rua 13 de Maio. A ocupação

Contudo, em 1983, o Prefeito Magalhães Teixeira teria como desafio regularizar e organizar a presença deste

permaneceria por sistema de rodízio, garantindo a ausência a cada cinco dias trabalhados.

tipo de atividade no centro da cidade. O chamado “Projeto Camelô” Realizando a relocação dos camelôs nas ruas que

A ACIC, Associação Comercial e Industrial de

circundavam os terminais de ônibus, principalmente o

Campinas, não permitiram que o projeto fosse aprovado, o

Terminal I. Havia então um rodizio de uso, pois espaço para

Sr. Guilherme Campos que era Presidente da Entidade

todos não foi possível, aonde cada um daria um valor de

junto a casa Campos, localizada na Rua Treze de Maio

cerca de Cr$ 200,00 para garantir a manutenção do local

oficializou a oposição como voz dos empresários junto à

com a higiene e salubridade, o dinheiro era enviado a

Câmara Municipal.

Setec. Não foi o suficiente. Com o tempo barraca foram 52


Então, o Sindicato dos trabalhadores em estado de Informalidade,

protestou

em

frente

ao

que é representativo para a cidade.

comércio

A Rua Treze de Maio, que em 1975 se tornou um

manifestando repúdio a decisão. Um processo jurídico

calçadão bloqueando o transito de automóveis, por

permitiu a permanência dos trabalhadores em novas

exemplo, é símbolo da economia da cidade atualmente, e

ocupações regularizadas.

na história da cidade já era ponto de importantes espaços comerciais no Século XX, aonde ainda funcionava a

No final deste mesmo ano, o Prefeito, Sr. José

FEPASA. Naquela época a Rua São José ligava a entrada

Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), em Resolução de

da cidade com o centro dela. cidade com o centro dela. E

Setec 05/1993, com a afirmação que no antigo governo

este

dele, foi um erro permitir que ambulantes usufruíssem de

mercadorias importadas foram se espalhando.

percurso

comercio

especializado,

hotéis,

e

tamanha área da cidade para comercializar seus produtos, o prefeito regulamentou a permanência do comercio nas Ruas Benedito Cavalcanti Pinto e Jaune Pinheiro de Ulhôa

O avanço para a regularização dos espaços para os

Cintra. Segundo o Arquiteto e Urbanista Eduardo Homem

camelos e ambulantes só foi concretizada por conta da

de Melo, secretário de Transportes nos ano de 1980,

organização de seu Sindicato a STEIC, e em 1994 é que

afirmou que a construção do terminal rodoviário dentro do

as instalações das barracas precárias em porte de banca

Viaduto Cury foi uma intervenção muito avançada para uma

de Jornal com estrutura metálica de vedação de mesmo

praça que era considerada perigosa...Já o Engenheiro e

material. E em meio a muitas reuniões e diálogos com o

Urbanista já citado, o Sr. Dênio Benfatti, afirmou que o

poder público, as medidas foram ineficientes, a garantia de

problema não eram os terminais mais os camelôs em voltar

o comerciante ter o seu ponto só seria possível se este

deles.

dormisse no local! É claro, que neste conflito há mais do que o uso do

espaço pura e simplesmente, há os interesses em torno do 53


Um local aonde ainda há ruas com pavimentação em

desvalorização dos imóveis. No período noturno, o tráfego tanto

paralelepípedo, estreitas, mas que ainda permitem que

a pé como por automóveis se tornou perigoso, como na maioria

veículos, carros motos e caminhões de pequeno porte

das ruas centrais de Campinas. Sendo possível fazer uma análise de como estas estruturas

possam estacionar e descarregar produtos. A calçada no trecho sentido Avenida Senador Saraiva, na Rua Ferreira Penteado não favorecem ao pedestre muito menos o cadeirante, apesar de nas grandes Avenidas ter tido uma iniciativa do poder público de modificar o calçado

em

“boxes”

metálicos

são

precárias,

mesmo

com

as

intervenções por iniciativa dos ambulantes de melhorá-las colocando uma base de concreto (para o usuário de droga não guardar seu papelote embaixo dela) e a fiação elétrica, e uma cobertura para aliviar a temperatura elevada nas estações de

respeitando os deficientes físicos e visuais, nas ruas

muita incidência do sol, o local cheia urina humana de e de

adjacentes essa modificação, no presente estado não pode

animais, e é permanentemente um locar sujo, seja de fuligem

se concretizar por questões espaciais e de mau uso deste

dos ônibus que circulam do Viaduto Vicente Cury, seja por conta

espaço. Nesta rua também se instalaram comercio de

de embalagens descartáveis principalmente dos produtos

alimentos, principalmente do café da manhã, para a

alimentícios que a população joga no chão durante seu trajeto

população que vai embarcar no ônibus do Terminal Central.

pelos camelôs.

Grandes Magazines como as Casas Bahia e Marabrás e

Na década de 80, na tentativa de “resolver o problemas dos

lojas de tecido se instalaram no centro trazendo um

camelôs” deslocando-os para complexos verticais, pequenos

pressão para a saída dos comerciantes camelôs.

shoppings centers, particulares pensando em lucrar com essa

As ruas ao redor da área dos camelôs, de modo geral

situação, construíram shoppings Malls realocando o

estão degradas com edificações antigas em estado de

comércio em suas salas comerciais para atender a cerca

degradação do ponto de vista do Patrimônio Histórico.

de mais de 200 ambulantes, que na época por muitas

Local que antes movimentada a economia, hoje, com o

tentativas tentaram manter o sistemas de rodízio de

deslocamento da classe média para condomínios fechados e

permanência nos boxes, e o financiamento de seu ponto,

bairros mais próximos à prefeitura, trouxe para a região a

mas esse processo não vingou, uma vez que o comércio 54


de rua tem por característica estar na rua e naquela que tenha o maior fluxo de pessoas para a captação de clientes fiéis e o processo de negociação, e o custo de aluguel destas áreas nos pequenos shoppings também era elevado para o camelô se instalar. Formando, portanto alguns esqueletos destes shoppings nas redondezas. Alguns ainda funcionam, sustentados pelo comercio de alimentos no almoço, e aluguéis destas salas para o mercado formal, mas é visível a não relação destes edifícios com o entorno, uma vez que estes s apresentam com uma arquitetura fechada, sem muitas aberturas para a rua, e não condizem com as necessidades dos ambulantes. Foi observado também que o comércio humano, de prostituição proliferou no lado do quarteirão que está de frente para a FEPASA, e que não era novidade para ninguém. As prostitutas ficavam na calçada e dentro dos bares no primeiro andar que funciona

com

mais

intensidade

durante

prejudicando ainda mais o valor da região.

a

noite,

CONCLUSÃO De fato, pelas próprias características em que sem encontram atualmente a região de estudo, chamam a atenção negativamente, o espaço traz a impressão do descaso do poder público para com esta região central da cidade. Outro fato que não passa despercebido é a quantidade de sons que os automóveis emitem num mesmo espaço e sua fuligem que depositam nas edificações ao redor. E como o acesso dos pedestres e de bicicletas é extremamente reduzido e perigoso a qualquer hora do dia, pois estes não tem vias adequadas, não há incentivo para essa locomoção. Seu crescimento econômico rápido trouxe “feridas” que ainda se encontram abertas sem resolução concreta aos fatos que ocorrem no espaço, os conflitos gerados são simplesmente consequência desta negligencia.

55


12 ANALISE

pode apontar para poucas características do mundo vivo”

KEVIN LYNCH, autor de uma das obras mais importantes sobre a análise urbanística, o livro “A imagem da cidade”, norteia esta análise do espaço de projeto.

VIAS As vias são canais de circulação em que o observador se locomove de modo habitual, ocasional ou

Segundo Lynch, as pessoas estruturam a imagem como se localizam nela, e foi possível identificar elementos estruturais para assim formar mapas mentais com cinco elementos principais, sendo eles: as vias, os “O conceito de imageabilidade não tem, necessariamente, conotações com algo de fixo, limitado, preciso, unificado, ou ordenado regularmente, embora possa, por vezes, ter essas qualidades. Também não significa visível, óbvio, evidente ou claro. O meio é

canais, ferrovias. As edificações no entorno destas vias são traços singulares e que servem como fatores de identificação.

pontos nodais e os marcos.

ambiente

potencial, podendo ser identificada como ruas, avenidas,

fortemente

complexo

se

o

tentarmos estruturar no seu todo, enquanto a

Na área do projeto, a via seria o Viaduto Miguel Vicente Cury, apresentado como um canal em que o automóvel e o transporte público circula com frequência, o viaduto liga importantes áreas da cidade sendo um componente central do sistema viário. O viaduto liga as Avenidas Moraes Sales, Senador Saraiva Orosimbo Maia e Anchieta.

imagem evidente depressa cansa e apenas

56


MARCOS PONTOS NODAIS São Os pontos Nodais são pontos estratégicos da cidade, importantes focos para onde se vai e onde se vem, podendo variar de escala. São identificados na malha como esquinas, praças bairros

inteiros,

pontos

de

confluência

elementos

pontuais

em

que

os

observadores não entram, contudo apresentam uma singularidade na sua forma e estrutura apresentando um contraste na paisagem. São vistos de vários pontos da cidade.

de

transporte como terminais rodoviários, ou até

À medida que o observador se acostuma com

mesmo uma cidade inteira se for feita uma análise

a paisagem, a base de referência vai se

a nível regional.

alternando com outros elementos do local.

Na região do projeto é possível observar o Viaduto Miguel Vicente Cury e da antiga estação

No projeto, os marcos em que não se pode entrar não foram identificados, há marcos,

de Trem ( FEPASA) e em seguida o bairro dos

contudo que fogem a esta regra, sendo a própria

trabalhadores da estação, a Vila Industrial. FIGURA 49 - VISTA AÉREA LOCAL DE ANÁLISE

antiga estação como elemento marcante na região pela sua arquitetura ser do século passado,

próprio terminal central de ônibus dentro do

em meio a uma zona de comércio e serviços variados. Kevin também apresenta um conceito de FEPASA

VIADUTO CURY

legibilidade, aonde os elementos se apresentam dispostos em uma certa coerência e legitimidade, pois a sensação de desorientação é angustiante

VILA INDUSTRIAL

para quem vivencia a cidade. Um ambiente em 57

Fonte49:Google Earth


que a uma leitura organizada da cidade, oferece a segurança e possibilita uma experiência urbana mais intensa.

identidade separada. FIGURA 50 - CONSTRUÇÃO DO TERMINAL CENTRAL NA DÉCADA DE 80

Para isso, a percepção ambiental possui três componentes: a estrutura, a identidade e o significado.

ESTRUTURA Diz respeito ao padrão espacial ou a relação do objeto com o observador e com os outros objetos. O padrão, de certa forma encontrado foram as formas das calçadas que as vezes se estreitam

Fonte 50: http://www.campinasdeantigamente.com.br

muito impedindo o fluxo de pedestres gerando conflitos de tráfico outros usuários da via como carros e caminhões. As edificações no entorno são heterógenas e encobertas com a fuligem dos veículos que transitam muito próximos ao lotes.

IDENTIDADE Relação do objeto em distinção com os demais, seu reconhecimento como uma 58


O terminal central de Campinas apresenta uma arquitetura, apesar de muito simples, diferente das demais

construções,

encobertas

com

fuligem

FIGURA 51 - EDIFICO MIRANTE ATUALMENTE

e

publicidade excessiva. Edifícios como o Prédio Itaú sai em destaque devido sua altura, o maior prédio da região no anos 70, da demais edificações.

SIGNIFICADO Uma relação com o observador emocional, ao mesmo tempo que prática, ligada dentro de uma estrutura mais ampla. Nos anos 70, é que foi possível observar esta ralação de forte significado dentro da cidade de Campinas com o Lago dos Cisnes, no entorno predominavam construções de residências, sem

estar

atualmente

tomada

por

comercio

informal

ambulante, elevado fluxo de carros, ônibus e pessoas, além das lojas regulamentadas em todos os quarteirões vizinhos.

Fonte 51:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=774888http://ww w.skyscrapercity.com/showthread.php?t=774888

59


FIGURA 52 - ACESSO PEDESTRES SOB O VIADUTO ATUALMENTE

CAMINHOS Principais

elementos

estruturadores

da

percepção

ambiental. Não estruturam somente a experiência da imagem da cidade, mas também outros elementos como a qualidade espacial, podendo ela ser muito larga ou muito estreita, o uso do solo como predominância de setores comerciais numa rua, apresentam continuidade, dão visão privilegiada a outras partes da cidade; apresentam origens e destinos bem claros. As esquinas são pontos importantes na estrutura da cidade, por apresentarem um ponto de decisão, uma encruzilhada.

Nestes

ponto

elementos,

junto

a

estas

intersecções tendem a ser facilmente notados e utilizados

Fonte 52: https://digitaispuccampinas.files.wordpress.com/2014/04 /img_20140405_1023311.jpg FIGURA 53 - PASSAGEM DE PEDESTRES SOBRE O VIADUTO

como referência. Atualmente as ruas que eram tranquilas e residenciais, de baixo fluxo, atualmente não comportam o fluxo de carros e pessoas por conta da mudança do caminho dos pedestres que tem acesso ao terminal central de ônibus, tornando ineficiente o uso do espaço, apesar da predominância de setores comerciais, os caminhos não apresentam uma continuidade nem ao menos uma imagem privilegiada da cidade.

Fonte 53: g1.globo.com/sp/campinasregiao/noticia/2013/02/apos-reforma-transito-eliberado-no-viaduto-cury-em-campinas.html

60


Os limites são bem claros no espaço de projeto. A começar viaduto Miguel Vicente Cury. Por se localizar

LIMITES Configuram quebras lineares de continuidade. reconhecidos, proeminentes

São

numa área elevada da cidade, o espaço não permite uma

nitidamente

visão da região após a sua passagem sentido Rodovia

apenas

Anhanguera ou Santos Drummond, passando próximo ao

não visualmente,

mas

Bairro Vila Industrial e ao bairro Vila Paraíso e Marieta.

também contínuos na sua forma e

O viaduto limitou o acesso para a Avenida Moraes

sem permeabilidade de circulação.

Sales pelos pedestres, sendo obrigatoriamente só é

São elas, os rios, estradas Viadutos

possível por meio do corredor do mercado informal, senão

ou elementos de ligação como praças

margeando a área irregular, um local degradante e que não

lineares, ruas de pedestres. Podem

está preparado para um contingente de pessoas elevado,

ter qualidades direcionais, assim

garantindo um limite se acesso. FIGURA 54 - PASSAGEM DE PEDESTRES SOBRE E SOB O VIADUTO CURY

como os caminhos. Ao longo de um rio, por exemplo, tem-se uma noção de direção se está percorrendo, uma vez que o rio fornece essa orientação. (LYNCH,2000) Outra característica que os limites podem oferecer é a segregação nas cidades. Limites numerosos e que atuam mais como barreiras do que como elementos de ligação, prejudicando a visão do todo.

Fonte 54: rac.com.br 61


BAIRROS São partes razoavelmente grandes de uma cidade que possuem um característica comum que os identifica. Sua estrutura é percebida com sua relativa hegemonia em relação ao resto da cidade, tem características, sejam elas arquitetônicas ou estruturais, de texturas, de espaço, formas, detalhes, símbolos, usos, atividades, habitantes, grau de conservação, topografia. As características do Bairro Vila Industrial o torna único na cidade, por preservar seu calçamento, de

“Qualidade de um objeto físico que lhe dá uma alta probabilidade de evocar uma imagem forte em qualquer observador. Refere-se à forma, cor arranjo que facilitam a formação de imagens mentais do ambiente fortemente identificados, poderosamente estruturadas e altamente úteis (LYNCH, 1960, P.9) “Uma cidade com imageabilidade (aparente, legível, ou visível), neste sentido, seria bem formada, distinta, memorável; convidaria os olhos a uma maior atenção e participação” (LYNCH, 1960, P.10)

paralelepípedo, e as casa que anteriormente eram abrigavam operários da estação.

A imageabilidade da cidade com a construção do Terminal Central de Campinas, foi comprometida. O lugar,

A própria Estação de Trem FEPASA é um limite da

aonde antes era o embarque e desembarque de

cidade constituindo as partes de sua implantação.

passageiros, operários vindos das mais variadas partes do país e do mundo, os imigrantes, tinham como vista e

Outro conceito mais amplo e importante do urbanista, é a Imgeabilidade:

imagem mental formada por um belo parque de convivência, com vista privilegiada ao resto da cidade, sentido Senador Saraiva.

62


13 ANALISE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

área central são para as pessoas que utilizam os terminais de ônibus por conta do acesso ser próximo aos terminais pelas ruas a pé, e que seu acesso não favorecem aparadas rápidas e ou a estacionamento de veículos particulares.

MACROZONA 4 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO A área de estudo fica localizada entre as áreas de

PRIORITÁRIA – AUP

Planejamento (AP) 20 e 21.

A Maceozona 4 está localizada na área 33, cerca de 100%

A área 20 caracteriza-se por uma predominância de

dela, esta área está delimitada pelo anel viário contendo as

residências e de serviços a indústrias. Está delimitada

Rodovias dos Bandeirantes SP-130 e Dom Pedro I SP – 65

pelas avenidas Barão de Itapura, Orosimbo Maia, Avenida

e está subdividida em dezesseis áreas e entre elas o projeto se encontra entre as áreas de planejamento 20 e 21.

José de Souza Campos, Rua Proença, Avenida Andrade Neves e trecho da linha do antigo VLT. Fica claro no Plano Diretor que: “Verifica-se a

21.MACROZONA – 4 – DADOS GERAIS

existência de cortiços e pensões nas imediações da rodoviária e do Viaduto Miguel Vicente Cury” .... “Essa área de planejamento não apresenta uma conformidade com as

Segundo o último plano diretor, a marazona 4 possui

edificações”, tudo por conta da “não conformidade” com a

uma área de 159,137 Km2, correspondendo a 19,97% da

malha de vias histórica da região central, uma malha viária

área do município, com cerca de 2.080,52 habitantes.

radio concêntrica, trazendo a não ligação entre os bairros por perimetrais, além de ruas históricas estreitas e de

A renda de cada cidadão nesta área é diversificada,

“Insatisfatória demanda por estacionamentos”

há tanto uma população de classe média alta como para população de classe média baixa. Acesso aos serviços na 63


FIGURA 55 - ÁREAS DE PLANEJAMENTO E UNIDADES TERRITORIAIS BÁSICAS

64


O abuso de empreendimentos de vendas e serviços num único espaço, trouxe uma “implicações para a saturação da infraestrutura viária”, sem espaço para o veículo individual, trazendo ao espaço um excesso tráfego que não tem origem nem destino, sem contar o espaço ser insuficiente para a carga e descarga de mercadorias à estas lojas. O novo Terminal Multimodal de Passageiros, cujos estudos se encontram em andamento,

ao viaduto, pretende-se, com a implantação do

tem sua previsão de implantação no extremo

sistema de integração tarifária temporal, que

norte do complexo FEPASA, na AP 20 e junto

haja um processo de esvaziamento deste,

à AP 21, que refletirá na adequação de usos

visto que a área central funcionará como um

e do sistema viário na área central,

grande

especialmente nas áreas vizinhas ao novo

possibilidade de integração em qualquer

Terminal Multimodal, considerando-se um

ponto, não sendo necessária à utilização do

amplo conceito de revitalização, e também

Terminal para realizá-la. Isto possibilitará,

no entorno da atual Estação Rodoviária, com

futuramente, a utilização da área interna do

sua retirada daquele local.

Terminal

“terminal

explodido”,

para

com

outros

fins.

(MACROZONEAMENTO-OBJETIVOS Em relação ao Terminal Central, para ônibus urbanos, que hoje apresenta

a

E

FUNÇÕES – Plano Diretor de 2006, Prefeitura Municipal de Campinas)

grande movimentação de usuários de ônibus, tanto dentro do terminal, quanto no seu entorno, com grande concentração de pontos de ônibus nas vias que chegam 65


Essa fase do projeto do Plano Diretor já foi em parte

FIGURA 56 - TERMINAL MULTIMODAL RAMOS DE AZEVEDO

implantada, a tese integração entre pontos já está sendo colocada em prática, e a implantação de um novo terminal central, ao lado do Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo, inaugurado dia 08 de Junho de 2008 na época do mandato do Prefeito Dr. Hélio, Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira inaugurado de Setembro deste mesmo ano comporta atualmente os ônibus que ligam Sumaré e Hortolândia e Monte Mor. FIGURA 57 - TERMINAL METROPOLITANO PREFEITO MAGALHÃES TEIXEIRA

Fonte 56: https://pt.wikipedia.org/wiki/Terminal_Multimodal_de_Campinas

FEPASA

Fonte 57: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/01/capa/campinas_e_ rmc/142227-veja-o-que-muda-nas-linhas-intermunicipais-emcampinas.html 66


FIGURA 58 - MACROZONA 4 ÁREA DE URBANIZAÇÃO PRIORITÁRIA - AUP

67

Fonte 58: SEPLAMA


14 ANALISE DO SISTEMA VIÁRIO FIGURA 59 - TRANSPORTE COLETIVO ÁREAS DE OPERAÇÃO E TERMINAIS Sua maior característica, como mencionado no capítulo anterior que é sua projeção em uma malha radio concêntrica, o que não favorece um ligação entre bairros, portanto não apresenta continuidade, mas sim um anel central formado pelas Avenidas Moraes Sales, Senador Saraiva, Avenidas Moraes Sales, Senador Saraiva, Orosimbo Maia e Anchieta, e também de um segundo anel, formado pelas Avenidas Aquidabã, Lidgerwood, Andrade Neves, Barão de Itapura e Brasil, e Ruas Santa Cruz, Cel. Silva Teles e Cel. Quirino. Segundo ainda o último plano diretor aprovado “capacidade viária é inadequada por conservar ainda o traçado original, gerando dificuldades de circulação em geral”, contudo a demanda era menor do que a atual.

Fonte 59: SEPLAMA 68


FIGURA 60 - ANALISE SISTEMA VIÁRIO VIAS ARTERIAIS

Vias Intermunicipais Vias Municipais

Fonte 60: Google Maps Área de Projeto

69


FIGURA 61 - ANALISE SISTEMA VIÁRIO VIAS COLETORAS EXPRESSAS

Fonte 61: Google Maps Vias arteriais

Vias coletoras

70


FIGURA 62 - GALERIA DO ROCK SÃO PAULO -SP

15 ESTUDO DE CASO GALERIA DO ROQUE A galeria do Rock, está localizada no centro da grande metrópole paulista, uma união da arquitetura no passado recente trouxe charme a sua atual ocupação. O projeto arquitetônico, realizado pelo arquiteto Alfredo Mathias no ano de 1963, teve como partido a integração do espaço público com o privado, sendo o térreo livre com acesso ao subsolo do prédio comercial com a outra rua do outro lado do quarteirão. Os andares tem uma sacada em curva que garante a boa circulação de ar e iluminação natural. Na cobertura é possível observar que há um jardim com arvores frondosas. Anteriormente a galeria era de comércio de setores como alfaiates e o ramo têxtil, cerca de mais de cem deles. Contudo houve um movimento que foi o dos grandes shoppings centers na cidade, que afugentaram o público deste ramo de atividade, a ponto de falir o edifício sem algum boxe alugado, forçando o prédio a ficar abandonado por quase cinco anos.

Fonte 62: elaborado pela autora

71


Na década e setenta é aberta a primeira loja voltada para o público Punk, e esta impôs aos outros lojista a não

FIGURA 63 - ENTRADA GALERIA DO ROCK - SÃO PAULO- SP

abertura de lojas que não fosse relacionada a esse público. O poder púbico não interviu, foi um “problema” interno, aonde a administração do prédio, apesar de receosa deu permissão para que isso ocorresse, transformando no que é atualmente a galeria do Rock. Ali é possível obter desde roupas a tênis a preços mais acessíveis que em outros lugares na região e apetrechos e assessórios para skate e tatuadores habilitados. O local é bem iluminado e limpo, o acesso é para todo o público seja ele deficiente físico ou não. Ainda guarda murais de pastilhas no século passado. Nas ruas é possível ter barracas de ambulantes vendendo CD’s e bijuterias artesanais também.

Fonte 63: elaborado pela autora

72


FIGURA 64 - INTERIOR DA GALERIA

Fonte 64: elaborado pela autora

FIGURA 65 - INTERIOR DA GALERIA

Fonte 64: elaborado pela autora 73


PROJETO CLASSIFICADO EM 3º LUGAR NO CONCURSO DE REVITALIZAÇÃO DO CALÇADÃO DE CANOAS – RIO GRANDE DO SUL NO ANO DE 2009.

Os pórticos em concreto chamam a atenção por trazer um movimento a forma e ritmo, além de visualmente ordenarem as disposições das lojas. O teto translucido remete

Com o intuito de requalificar uma área na cidade de

a um tipo de construção comercial, os Shoppings Centers,

Canoas, as áreas de um extenso calçadão, uma das principais

propositalmente, pois confere ao espaço o status de Shopping

áreas de comércio no centro da cidade que liga às pessoas a

de rua, aonde os ambulantes se instalariam fixamente em

estação de trem sobre trilhos a trensurb, tornando a cidade

quiosques, todos remodelados e que tenham uma identidade

dividida. E entre eles há o acumulo de comerciantes

para o local, como um local apropriado para a prática do

ambulantes, os camelôs, que trazem transtornos de circulação

comércio, além de preservar as práticas culturais da região.

de fluxos dos usuários pedestres e a desvalorização do espaço. Já a noite ele é desértico, abandonado, gerando a insegurança no local.

A segunda parte tem a intenção de qualificar o Largo ao lado da praça da Bandeira, atualmente um estacionamento e ocupado por alguns ambulantes. A limitação da estação de

O projeto se coloca em três partes, a primeira teria uma

Trem, conserva esta área como característica de bairro. O

laje, que ligada a duas escadas rolantes abriria espaço para as

projeto propõe uma integração com esta área, como uma

necessidades emergenciais como a passagem de veículos dos

opção de lazer para a comunidade, espaço composto por uma

bombeiros e de ambulâncias. Preocupação importante, pois

rampa da estação quiosques e espaço para mesas, uma

quanto maior a quantidade de concentração de pessoas, maior

brinquedoteca, espaço de jogos, espaço de feiras para

é a dificuldade de acesso ao local de algum incidente, e o

artesanato periódicos.

acesso a carga e descarga de mercadorias no local.

74


FIGURA 67 - IMPLANTAÇÃO

FIGURA 66 - PERSPECTIVA GERAL

Fonte 66:https://concursosdeprojeto.org/tag/rio-grande-do-sul/page/3/

FIGURA 68 - PERSPECTIVA DA ÁREA DOS CAMELÔS

Fonte 67 :https://concursosdeprojeto.org/tag/rio-grande-do-sul/page/1/ FIGURA 69 - PERSPECTIVA DO PARQUE

Fonte 68:https://concursosdeprojeto.org/tag/rio-grande-do-sul/page/3/ 75

Fonte 69:https://concursosdeprojeto.org/tag/rio-grande-do-sul/page/3/


“O ‘porticado’ utilizado no calçadão se estende em uma

FIGURA 70 - PRAÇA DA "BÍBLIA"

linha imaginaria, no mesmo alinhamento definindo a área de trânsito de veículos e conferindo uma unidade ao projeto”. A terceira e última parte abrange a praça da bíblia, junto a BR-116 e a própria rua Tiradentes, com uma reformulação da pavimentação, trazendo uma identidade ao local junto com os mobiliários já comentados. O projeto procura regularizar, padronizando a publicidade das lojas prolongado as arcadas do calçadão entre a Rua Tiradentes e a Praça da

Fonte 70:https://concursosdeprojeto.org/tag/rio-grande-do-sul/page/1/

bíblia e depois até a Praça da Bandeira. Contendo o calçamento com piso tátil, câmeras de monitoramento, arborização, jardinagem, bancos de praça, coletores de

FIGURA 71 P PERSPECTIVA DA PRAÇA

resíduos, luminárias, totem com informações institucionais, display educativo sobre os princípios do desenvolvimento sustentável e o histórico do local.

Fonte 71:https://concursosdeprojeto.org/tag/rio-grande-do-sul/page/1/

76


PROJETO DE ORDENAÇÃO DE CAMELÔS EM MANAUS NO ANO DE 2013. O projeto de retirada dos camelôs das ruas da cidade de Manaus prevê a sua relocação com grandes benefícios para os ambulantes que aderirem a proposta de um shopping e Galerias Populares em um único endereço. Uma delas é a isenção do pagamento do IPTU, isenção de alvará de funcionamento, pagamentos de impostos com taxas diferenciadas, acesso à previdência social, possibilidade de emissão de notas fiscais e possibilidade de adesão a máquinas de cartão

camelôs em Manaus.

A sua primeira estrutura é o antigo Posto Sete, em que foram aproveitadas as suas estruturas. As novas intervenções foram com estrutura metálica, o que agilizou a construção de blocos pré-emoldurados. A fachada dos fundos em o máximo de aberturas que a estrutura comporta, vedada com vidros. Contudo na outra fachada há o fechamento com cobogós de cerâmica que garantem a circulação de ar no local adequada.

de crédito. O projeto contém cerca de 162 boxes dispostos O projeto ainda inclui uma área para a instalação provisória de barracas, batizada de “feira São Vicente”.

GALERIA DOS REMEDIOS EM MANAUS - o segundo shopping popular da cidade criado para promover o resgate de prédios históricos do Centro em 2014

nos quatro andares, incluindo átrio, área aberta para eventos, área de serviços especializados como bancas de jornais e revistas e conserto de roupas. “Todo o conjunto e o alinhamento da galeria estão baseados nas fachadas históricas da rua, criando uma harmonia, se destacando na via, mas sem destoar das

A Galeria dos Remédios está localizada na Rua Miranda Leão, Centro da Capital amazonense. Esta

demais edificações” , explica o diretor de Planejamento Urbano (DPLA), Leuret

reforma faz parte do projeto de reordenação dos 77


O projeto, portanto mostra que é possível manter

FIGURA 73 - FACHADA ANTES DA INTERVENÇÃO

o histórico funcional no centro da metrópole, mesmo que com intervenção contemporânea. O projeto do Implurb prevê a recomposição de vãos históricos que foram destruídos no térreo. O primeiro

andar

será

restaurado

e

a

fachada,

internamente, ficará solta do mezanino, em evidência. No antigo Posto Sete, edificação dos anos 70, funcionava uma oficina de carros, com elevador para automóveis. Agora, o elevador dará lugar à escada da galeria. A Galeria d também contará com uma praça de

Fonte 72:https:// www.smif.manaus.gov.br

alimentação composta por 15 lanches, casa lotérica, Farmácia Popular, caixas eletrônicos, um ponto de venda de passagens fluviais, entre outros serviços, além

FIGURA 72 - APÓS A INTERVENÇÃO

de um mirante no último piso com vista para o Rio Negro.

78

Fonte 73:https:// www.portal amazonas.com.br


FIGURA 75 - CAMELÔS ANTES DA INTERVENÇÃO

Fonte 75:https:// www.pacritica.com.br

FIGURA 77 - INTERIOR REFORMADO

Fonte 76:https:// WWW.SEMINF.MANAUS.AM.GOV.BR

FIGURA 74 - CAMELÔS ANTES DA INTERVENÇÃO

Fonte 74:https:// www.g1.com.br

FIGURA 76- INTERIOR REFORMADO

Fonte 77:https:// www.bomtempo.com.br

79


FIGURA 79 - FACHADA

GALERIA ESPIRITO SANTO - MANAUS EM 2014 Galeria Espírito Santo faz parte do Programa Viva Centro Galerias Populares. Esta comportará 308 microempreendedores serão alocados no espaço. Além dos boxes, a galeria vai oferecer, também, duas praças de

alimentação,

uma

casa

lotérica,

um

Pronto

Atendimento ao Cidadão (PAC), caixas eletrônicos, banheiros, lanchonetes, entre outros mobiliários, tudo distribuído em um espaço de três mil metros quadrados. Fonte 79:https:// www.g1.com.br FIGURA 78 - INTERIOR REFORMADO COM O PAC

Fonte 78:https:// www.samif.manaus.am.gov.br

FIGURA 80 - INTERIOR REFORMADO

Fonte 80:https:// www.g1.com.br

80


REFERENCIAS PROJETUAIS

Localizada na cidade de Barcelona, no distrito de Cuitat Vella com a Avenida Francesc Cambo, o mercado

MERCAT DE SANTA CATERINA, BARCELONA

de Caterina foi inaugurado em 1848. E em 1997 fez parte da reabilitação definido pelo Instituto de Mercados de Barcelona, sob a Câmara Municipal.

FIGURA 81 - VISTA AÉREA DA INTERVENÇÃO Com a renovação do terreno que era antes um convento, sob decisão do Conselho Municipal da época, o mercado foi levantado, mesmo quando foram encontrados importantes vestígios arquitetônicos do antigo mosteiro. O projeto arquitetônico é de Enric Miralles e Benedetta Tagliabue. O espetacular cobertura mosaico colorido foi projetado pelo artista Toni Comella.

Fonte 81:https:// http://www.lovefoodibiza.com/harvard-bass/

A proposta tem como criar a cobertura uma tampa que transcenda a edificação histórica. A cobertura tem como partido uma metáfora sobre um vasto mar colorido pela memória de frutas e legumes, com cerca de 325.000 peças de cerâmica. Ali foram utilizados itens da antiga Escola de Música de Hamburgo.

81


FIGURA 82 -DETALHE DA COBERTURA EM CONSTRUÇÃO Sua estrutura é composta por um conjunto de abóbadas dispostas de maneira irregular, algumas áreas da estrutura contêm modelos triarticulados e buarticulados que se sustentam em vigas e pilares de betão. Um conjunto de três arcos de cerca de 42metros de vão são sustentados por vigas de aço para evitar seu rebaixamento.

Um ponto positivo foi o gabarito se manter em meio a edificações importantes no entorno. A cobertura avança na edificação histórica, trazendo uma ligação direta. É possível ver a obra de arte da cobertura somente por cima. Fonte 82:http://www.p10designstudio.com/iconic-barcelona-volume-1/

FIGURA 85 - VISTA DA COBERTURA

FIGURA 84 - DETALHE DA COBERTURA NO INTERIOR DO MERCADO

82 Fonte 85: http://ecosistemaurbano.org/tag/barcelona/

Fonte : http://www.e-architect.co.uk/barcelona/santa-caterina-market


CATEDRAL DE BRASÍLIA, 1959 a 1970 FIGURA 86 - CROQUIS DE NIEMEYER

As suas obras deram início no ano de 1959, contudo só foram finalizadas em 1970. Conforme

Brito

(2000)

“Niemeyer

procurou uma forma compacta e límpida, composta por 16 montantes de concreto que, ao invés de se unirem em teto, arco ou ogiva, convergindo para uma abóbada protetora e invertida, se opõem, ao contrário, num gesto violento de tensão, como o de duas mãos estendidas com os dedos abertos num espasmo de súplica. Outros a comparam com a coroa de Fonte: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/226/artigo275969-1.aspx

espinhos

de

Cristo

na

Paixão.

Representa algo inteiramente oposto à Do renomado arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, a

serenidade ascética do Gótico ou ao

catedral apresenta uma estrutura estrutural peculiar, porém um

contentamento erótico do

marco na arquitetura nacional, colocando Brasil no cenário

Barroco”.

mundial.

83


FIGURA 87 - DETALHE DA ESTRUTURA

FIGURA 88 - INTERIOR DA CATEDRAL

Fonte: Magalhães 2001 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer/14553_15261

84


Em Brasília, os acessos aos edifícios são subterrâneos,

superior combate esforços a compressão e serve como união

e nesta obra não foge à regra. No seu interior há o revestimento

dos pilares. O espaço entre o suporte e os vitais foi feito com

em mármore e esculturas de anjos em prata suspensas por

placas neopreme, permitindo a rotação nestes apoios. Logo as

cabos de aço. Os vitrais são de autoria da artista plástica

estruturas que sustentam os vitrais apresentam-se como

Marianne Peretti.

treliças nos pilares grossos tridimensionais fixadas por barras de aço. O espelho da água foi incluído no projeto anos depois.

Seu projeto estrutural denominada estrutura auto equilibrada, apresenta 16 pilares que em planta sua circunferência é feita por anéis de concreto, imperceptível aos

FIGURA 89 - DETALHE DA ESTRUTURA

olhos. Já a estrutura do anel interior é visível e tem a função de absorver os esforços de tração da estrutura. A laje de cobertura confere a função de vedação.

Seus pilares tem característica peculiar, a de em sua forma variar ao longo dos seus 60 metros, conforme sua função estrutural ele adquire uma forma conforme sua função, seja de tração das forças ou funcionando com um tirante. A forma que se assimila a um leque é formada de caixão perdido apoiando cada coluna e este se divide em quatro pilares formando estruturalmente, em um tirante. O anel

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-uU7uPMJy9M

85


FIGURA 90 - EXTERIOR DA CATEDRAL

Fonte: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/226/artigo275969-1.aspx

86


HIGH LINE – NOVA YORK FIGURA 91 - HIGH LINE

Localizada no Meatpacking District, Zona Oeste de Manhattan, o trilho suspenso foi construído como intuito de evitar acidentes que ocorriam nas ruas devido o fluxo intenso de pessoas, chegando a 10ª Avenida ser apelidada de “Avenida da Morte”. Seu percurso corria o percurso logístico da fábrica para o interior dos edifícios.

A ferrovia foi abandonada em 1980 e a vegetação tomou conta dos trilhos. Mas o Sr. Joshua David e Hammound, fundaram o “Friends of tha High Line” – Amigos do High Line – aonde a população nova-iorquina se reuniu para impedir que a ferrovias fosse demolida, com Fonte: http://www.dicasnewyork.com.br/2014/04/high-line-o-parquesuspenso-nova-york.html#

FIGURA 92 - HIGH LINE PASSAGEM PARA PEDESTRES

estava previsto nos planos dos seus gestores. Essa campanha só ganhou apoio da Prefeitura em 2002. Dos 44 milhões da associação amigos do High Line e mais 15 milhões da Prefeitura sua revitalização ocorreu. Após um concurso de projetos, o escolhido foi do escritório de paisagismo James Corner Field Operations e o escritório Diller Scofidio + Renfro. A comunidade foi ouvida

pelos arquitetos e foram feitas modificações

segundo suas necessidades.

O paisagismo foi inspirado nas espécies de ervas

Fonte: http://www.dicasnewyork.com.br/2014/04/high-line-o-parquesuspenso-nova-york.html#

87


que nasceram espontaneamente antes da intervenção, no total de 210 espécies entre arbustos, bordaduras, FIGURA 94 - ANTES DA INTERVENÇÃO

forrações de diversas texturas, cores e tamanhos.

Luzes LED foram colocadas nos trilhos para iluminar a noite. Foram instalada placas cimentícias e mobiliário

de

madeira

tratada

para

aguentar

as

intempéries.

FIGURA 93 -CONTRASTE COM A AVENIDA

Fonte: http://www.dicasnewyork.com.br/2014/04/high-line-o-parquesuspenso-nova-york.html#

Fonte: http://coisasdesp.blogspot.com.br/2015/07/o-minhocao-foi-umpresente-para-sampa.html

88


PROGRAMA DE NECESSIDADES

A frequência do público a edificação Histórica, o Mercado Municipal, traz a necessidade de um acesso de

O programa de necessidades foi decidido a partir do

pedestres iluminada, sem acessos fechados e obscuros à

Plano diretor da Cidade, dos espaços subutilizados e não

segurança pública e salubres. O Mercado Municipal se

utilizados, a relação como entorno e a contextualização

tornou pouco evidente na paisagem urbana, por conta do

urbana:

crescimento da cidade não o privilegiar.

Foi observado a falta de conexões entra edificações históricas, assim como suas condições de preservação. No início da Avenida Senador Saraiva há uma

No início desta avenida há importantes edificações históricas que passam despercebidas como a Academia Campineira de Letras.

sobreposição de acessos, privilegiando somente veículos

Seguindo pela Avenida, há o corredor de ônibus que

automotivos, deixando os pedestres sobre estas áreas,

chega de encontro com o Terminal Central de Campinas e

vulneráveis a ocorrências de assaltos e violência por

junto com ele o comércio informal em condições

estarem nesta posição de percurso, mesmo com algum

insuficientes para todos que utilizam o local tornando o

serviço público de segurança, a insegurança predomina

centro como na maioria das cidades brasileiras um lugar

pelo percurso ser escuro, com dejetos humanos a cada

indesejado para se permanecer por mais do que o

curva e é uma área de somente passagem apesar de

suficiente para “resolver o que tiver que resolver e voltar

possuir algumas áreas vedes, a população ao redor não a

para casa”, depreciativo, sujo, perigoso, de mal cheiro,

usa para o lazer, se tornando subutilizada e “deserta”

tornando até desesperadora sensação se claustrofobia,

sempre, proporcionando um ataque inesperado de mal

por conta do contingente de pessoas que são atraídas pela

intencionados a civis. Como consequência, pedestres

oferta e procura e o conflito dos agentes do espaço,

correm o risco de sofrer acidente por passarem sobre o

pessoas e veículos, além da falta de espaço que acolham

viaduto sem espaço para a travessia segura.

as pessoas em dias quentes. 89


Em dias de muito calor, na região o lazer público encontrado na cidade se resumi a parques em bairros

esportes com mais frequência, gerando uma melhor qualidade de vida nestas áreas.

como o Parque Taquaral, Bosque dos Jequitibás, Parque Pedreira do Chapadão, Parque Ecológico Monsenhor José Salim dentre outros, em contra partida na região central não é possível encontrar parques extensos o suficiente para atender a demanda, que é a mais alta. A vantagem de se morar na região central seria a própria localização, proporcionando acesso a serviços, transporte, educação, alimentação e segurança, mas é nítido o desequilíbrio na população quanto à qualidade de vida. A pratica de exercícios

físicos

para

a

manutenção

da

saúde,

dificuldades de socialização e elevado estresse podem ser

Áreas verdes, com praças espalhadas pela cidade também não se tornam atrativas, se tornaram pontos de prostituição, uso de drogas e um lugar perigoso para eventos em família. O que sobra como alternativa para as famílias são os grandes Shoppings Centers como o maior da América Latina, o Shopping Dom Pedro. Um lugar que transmite segurança, traz atrativos como cinema, restaurantes, boliche, teatro, mas são distantes do centro, e indiretamente a imagem que traz de diversão é somente sobre um custo que nem todos possuem, limitando o público além do horário para seu fechamento.

causas do mal planejamento espacial a longo prazo não colocando as pessoas como prioridade, mas o transporte

Por baixo do final do Viaduto Cury, em direção a

sobre rodas, tornando o centro desinteressante e

uma das entradas da cidade há a antiga estação FEPASA,

desmotivador para as pessoas saírem de suas casas e

108,10 há, que atualmente está subutilizada. Apesar de ser

irem a estas áreas praticar esporte ou simplesmente

rota de poucos transportes de carga, centro de cursos

entrarem em contato com um pedaço de natureza que não

gratuitos são operados em uma parte e aulas de dança em

existe em seu bairro. Uma área mais próxima com

algumas salas, mas as outras edificações tombadas

infraestrutura atraente, segura e fixa, além de valorizar a

permanecem

área, trará benefícios à população se socializar e praticar

Sazonalmente ocorrem feiras culturais e shows de bandas

fechadas

sem

alguma

utilização.

da região na estação, mas nada além destes poucos 90


atrativos para uma área que já foi o coração da cidade e centro da economia na região, passa despercebida e

- Avenida Senador Saraiva: A avenida se tornará

esquecida sem cuidados especiais, permanecendo assim

uma via expressa, subterrânea, pois em sua superfície será

como

a continuidade do Parque Antônio Oliveira da Costa

uma

barreira

desgastada

pelo

tempo

sem

importância para o poder público da cidade.

Santos, com três áreas distintas sendo somente as

Foi tomado como prioridade o deslocamento das pessoas

assim

como

espaço

para

realocar

os

comerciantes informais e garantir um uso permanente e

tombadas

Estação

FEPASA

comportarão

da cidade, Benjamin Constant e Campos Sales passarão por cima cortando essa parte linear do parque, sendo transpassadas pela área de caminhada e ciclovia.

abrangente na antiga estação: -

Avenidas principais, relevantes na história do crescimento

108,10

hostels

e

ha: a

Edificações área

- Primeira Parte do Parque: (início da Avenida

para

Senador Saraiva): Esta área do parque comportará espaço

apresentações circenses se localizará na Rotunda da

para pedestres e bicicletas; área para piqueniques;

antiga estação.

quiosques para a venda de alimentos; banheiro para dar apoio a área de lazer público; serviço de aluguel de

O novo terminal regional e intermunicipal, o

bicicletas e áreas para a contemplação da vista privilegiada

camelódromo e a biblioteca 24 horas serão as novas

do local, podendo ser melhor apreciada sobre esta parte do

edificações neste espaço ocioso no centro, e o parque

parque, através de um percurso que termina no encontro

Antônio Oliveira da Costa Santos fará ligação com o

da Avenida Benjamin Constant. Haverá uma laje que sobre

camelódromo favorecendo o acesso dos pedestres a estas

esta parte do parque que comportará pequenos morros

áreas através de um calçadão sobre a parte em que a Rua

gramados lembrando aquilo que deu nome à cidade, as

Alvares Machado passa sobre o Viaduto Miguel Vicente

campinas.

Cury. 91


tornando um passeio agradável e silencioso para a -Segunda parte do Parque: da Avenida Benjamim

população.

Constant até o Calçadão 13 de Maio, há o espaço está destinado para o consumo de alimentos ao ar livre, com quiosques em seu centro e mesas, de uma variedade de opções gastronômicas.

- Terceira parte do parque: esta área está destinada a exercícios físico ao livre, indo em direção ao interior do Viaduto Cury, será possível realizar exercícios físicos com equipamentos públicos adequados.

- Interior do Viaduto Cury: com o intuito de revitalizar a área que há mais de trinta anos foi sendo deteriorada, o parque Antônio da Costa Santos relembrará o desenho do antigo parque Lago dos Cisnes, com espelhos d’água, área para lazer familiar, descanso e contemplação do entorno. Sobre o viaduto haverá o incentivo a instalação de restaurantes e bares para a área se manter movimentada durante a noite também.

- O Viaduto Cury: No lugar dos veículos, a área destinada a pedestres e ciclistas seguirá seu desenho, 92


PARTIDO ARQUITETONICO A “Nova Fênix”, foi definida como partido arquitetônico.

numa via expressa, proporcionando aos pedestres liberdade e tranquilidade na hora de caminhar numa área verde com as

A referência de uma ave que é homenageada na

cores da fênix na vegetação; e ressuscitar uma área do antigo

bandeira da cidade, quando no século XIX sofreu uma

lago dos cisnes que já foi verde um dia e acolhia a população

epidemia de febre amarela, sua natureza é o que define esse

sem custo e sem barreiras.

projeto de revitalização. E

“nova”,

por

motivos

de

trazer

para

a

A fênix é uma ave mitológica de várias civilizações mas

contemporaneidade o mito da fênix. O pelo projeto do

em todas se encontram o poder dela ressuscitar após a morte

camelódromo de Campinas. Alocado dentro do Parque Antônio

iminente. É considerada como um símbolo da esperança, da

da Costa Santos, na FEPASA, trará a modernidade ao projeto,

persistência e da transformação de tudo o que existe além de

tendo como referência do produto que é mais comercializado

ser extremamente forte, que lhe permite carregar fardos

pelos

pesados.

permanentemente suprirá suas necessidades de apoio e de

“camelôs”,

o

espaço

destinado

a

acomoda-los

logística, tem como partido a placa mãe de computador com A área do projeto se encontra deteriorada por muitos

seus componentes acoplados nela. A ciclovia do parque será

anos e já a muito está morta do ponto de vista de uso de quem

revestida com piso de placas fotovoltaicas para gerar energia

usufrui e vive na cidade. Esta ave traz a qualidade de trazer

da iluminação do parque. Toda a energia será com Lâmpadas

esperança da restauração dos patrimônios históricos no eixo

LED e sua cobertura também captará a energia solar. O

do projeto; a persistência na ideia de ousada de colocar os

segundo motivo da renovação seria o partido do projeto

veículos sob a avenida deixando – a sem entroncamentos

arquitetônico do novo terminal intermodal que é a própria Fênix 93


ressuscitada e forte, capaz de comportar ônibus regionais e intermunicipais num mesmo espaço. Os espaços dentro da FEPASA entre estas áreas será coberto de vegetação com espécies frutíferas e de boa sombra

Os arbustos serão das cores da Fênix, enfatizando o propósito desta intervenção.

94


95


96


97


98


BIBLIOGRAFIA

em;<https://concursosdeprojeto.org/2010/01/07/calcadaocanoas-03/>

“Prefeitura acelera obras na Galeria dos Remédios” – Disponível em: <http://seminf.manaus.am.gov.br/prefeitura-

FERNANDES, Bernardo Mançano. Movimentos socioterritoriais e

acelera-obras-na-galeria-dos-remedios>

movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista Nera, Ano 8,

“Boxes já começam a ser instalados na Galeria dos Disponível

Remédios”

n 6, Janeiro de 2005. Disponível em acesso em 04/12/09.

em:

http://www.amazonianarede.com.br/boxes-ja-comecam-ser“Prefeito mostra como pretende retirar camelôs das ruas”.

instalados-na-galeria-dos-remedios/>

Disponível

em;

“Microempreendedores da Galeria Espírito Santo esperam

<http://www.portaldomarcossantos.com.br/2013/07/11/prefeit

crescimento de até 300% no Dia dos Pais”. Disponível em;<

o-mostra-como-pretende-retirar-camelos-das-ruas-conheca-

“http://www.emtempo.com.br/microempreendedores-da-

os-projetos/>

galeria-espirito-santo-esperam-crescimento-de-ate-300-nodia-dos-pais/>

“Mercat

de

Santa

Catarina”.

Disponível

em;

<https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Mercado_Santa_C “Prefeito inspeciona obra da Galeria Espírito Santo, que está 90%

concluída”.

Disponível

at arina>

em;

http://seminf.manaus.am.gov.br/prefeito-inspeciona-obra-dagaleria-espirito-santo-que-esta-90-concluida> “Revitalização do Calçadão de Canoas – RS”. Disponível

“High

Line Park (The railway in the sky)”. Disponível em;

<“http://www.ilovenewyork.se/nyc_guide_highline_en.asp> “Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida”. Disponível

99


em; < http://catedral.org.br/> MARTINS,

Maria

“Globalização,

Refinetti.

FAGUNDES, Diogo; João Carlos Teatini de S., CLÍMACO2,

Informalidade

CATEDRAL

Americanas”. Cadernos PROLAM/USP (ano 5 - vol. 1 -

DE

BRASÍLIA:

HISTÓRICO

DE

PROJETO/

e

Lucia

Regulação

em

Cidades

Latino-

2006), p. 31-49.

EXECUÇÃO E ANÁLISE DA ESTRUTURA.

LEFEBVRE, H. A Produção do Espaço. 4º ed. Trad. Doralice Barros Pereira; Sérgio Martins. Paris: Antropos, 2000.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço - técnica e tempo; razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

CARPINTERO, C. C. Momento de ruptura: as transformações no centro de Campinas na década dos cinquenta. Campinas: Centro de Memória Unicamp, 1996. MILANEZI, Siomara Barbosa Stroppa de Lima. As áreas Verdes no Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas (1935)– Revista eletrônica

VILLAÇA, Flávio. O Espaço intra. Urbano no Brasil. São Paulo, <http://www4.fct.unesp.br/nera/revistas/06/Fernandes.pdf >Estúdio Nobel,1998.

UNICAMP

Humanas/IFCH.

Instituto

de

Filosofia

Disponível

e

Ciências em:<

Https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web &cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjnqcHgzcvQAhVBTSYKHQ

BICALHO, Marcos Pimentel; RODRIGUES, marly. Trilhos e

wcB1EQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Funuhospedagem.com.br

linhas

%2Frevista%2Frbeur%2Findex.php%2Fshcu%2Farticle%2Fdownlo

história

do

transporte

urbano

em

Campinas.

Campinas, Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria

ad%2F956%2F931&usg=AFQjCNFOMg1J23AcTG2QWwmEyF3G

Municipal de Transportes, Endec, 2004.

mxE34Q&sig2=ptOoSQJRH76ieFSfQe1tIg>

MONTESSORO, Cláudia Cristina Lopes. Comércio informal e centralidade urbana: os novos espaços de consumo na área central de Anápolis-GO. Tese (Doutorado em Geografia) – FCT/UNESP, Presidente Prudente, 2006.

LIMA, Siomara Barbosa Stroppa A influência norteamericana nos sistemas de áreas verdes do urbanista Francisco Prestes Maia - PAISAGENS EM DEBATE revista eletrônica da área Paisagem e Ambiente, FAU.USP - n. 05, dezembro 2007

100


LIMA, Siomara Barbosa Stroppa. O Sistema de Áreas Verdes

temporalidades em confronto”. Uma perspectiva comparada da história da cidade, do projeto urbanístico e da forma urbana. SESSÃO TEMÁTICA 5: HISTÓRIA E CULTURA URBANA DIREITO

e a formação da idéia de Recreio Ativo em São Paulo na primeira

ESCRITO E DIREITO COSTUMEIRO NA FORMAÇÃO DAS

metade do século XX - Texto integrante dos Anais do XVII Encontro

CIDADES COORDENADORA: MARIA CRISTINA S. LEME (FAU-

Regional de História – O lugar da História. ANPUH/SPUNICAMP.

USP)

Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004. Cd-rom.

“Curiosidades: Campinas - 240 anos - Entrevista na TV Band POZZER,

Guilherme

Pinheiro.

Arqueologia

e

Patrimônio

região de Campinas/SP”. Disponível em;http://pro-memoria-de-

Industrial: a Estação Cultura em Campinas. IFCH-UNICAMP

<campinas-sp.blogspot.com.br/2006/08/curiosidades-fundao-de-

Pós-graduando em nível de mestrado CNPQ. Texto integrante dos

campinas-e.htm>

Anais do XVIII Encontro Regional de História – O historiador e seu tempo. ANPUH/SP – UNESP/Assis, 24 a 28 de julho de 2006. Cdrom.

“Campinas, lago so Rosário”. Disponívelem; < http://www.emdec.com.br/hotsites/nossa_cidade/largodorosario.htm >

PRADO, Arthur Prando do; RUBINO Silvana Barbosa. Campinas e a produção do espaço (1929-1945), Revista Cordis: Revista Eletrônica

de

História

Social

da

Cidade.

http://www.pucsp.br/revistacordis.Recebido em abril de 2011; aprovado em junho de 2011. SANTOS, Antônio da Costa; BITEENCOURT, Luiz Cláudio Campinas Circunscrição e gênesis. V SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO. Cidades:

“DNIT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – história das ferrovias”. Disponível em;< http://www.dnit.gov.br/ferrovias/historico>. “Campinas: origens”. Disponível em; http://www.campinas.sp.gov.br/sobre-campinas/campinas.php>

<

101


102


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.