Pelo País 10
Música de concerto sofre com a crise na cultura, e orquestras demitem, atrasam salários e até encerram atividades; especialistas debatem soluções por_ Eduardo Fradkin
do_ Rio
Na área da cultura, que já teve três ministros só no curto governo Temer, a crise se abateu com força incomum sobre orquestras e teatros dedicados à arte clássica. O mais recente “grito de socorro” — assim definido pela primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio Márcia Jaqueline — foi emitido na forma do espetáculo “Carmina Burana”. Marcou a despedida de Jaqueline do Brasil. Ela está entre os cerca de 200 membros dos corpos artísticos do teatro que receberam do governo do
estado em meados de junho a primeira parcela do salário de abril. No site do Municipal, não há qualquer título futuro programado com os grupos da casa (orquestra, coro e balé). No início do mesmo mês, o pedido de ajuda viera da Orquestra Sinfônica Brasileira, em dois concertosmanifesto. Seus 83 músicos estão há oito meses sem salário. Com um déficit de R$ 21 milhões, não há programação anunciada para o ano. A orquestra recorreu à prefeitura do