Tipo de Documento e Fonte: Artigo da Newsletter da UC do mês de Março sobre as actividades do gabinete.
“Quebrar barreiras na aprendizagem” São cerca de 80 estudantes da Universidade de Coimbra (UC) que encontram respostas personalizadas no gabinete de Apoio a Estudantes com Necessidades Educativas Especiais (AENEE) da instituição. Além da oferta de vários equipamentos específicos para consulta bibliográfica e de obras para consulta em suporte alternativo, é feito também um acompanhamento personalizado a alguns estudantes com necessidades educativas especiais. Ao percorrermos as instalações do AENEE, vamos encontrando alguns equipamentos que ajudam vários estudantes a quebrar barreiras na aprendizagem. Uma impressora em Braille, lupas específicas para amblíopes, um equipamento que permite folhear um livro a quem tem mobilidade limitada, apenas accionando um pequeno mecanismo, são instrumentos que permitem a vários estudantes a consulta de bibliografia, que de outro modo lhes seria muito mais difícil ou impossível. Para permitir o acesso aos recursos educativos, o AENEE dispõe ainda de um Centro de Documentação (ver texto, ao lado) de obras em formato alternativo, que está em contínua actualização. Além da linguagem Braille, o áudio é também muito utilizado, principalmente com a facilidade de conversão para mp3, que vem acabar com o incómodo volume das cassetes. “Muitas vezes, o aluno para uma obra, tinha de trazer uma série de cassetes atrás dele. Hoje em dia não. Estamos a fazer conversão para mp3, que o estudante manuseia muito mais facilmente”, explica Isabel Teixeira, coordenadora do AENEE. A formação em linguagem Braille é outra das actividades da Universidade pela inclusão. “Nós deparamo-nos com realidades de pessoas que cegaram já numa fase posterior e já se habituaram ao áudio, ouvem mas não sabem escrever”, contextualiza Isabel Teixeira, considerando o conhecimento de linguagem Braille importante para que os estudantes tenham um acesso mais completo a todo o espólio documental disponível. Além de estudantes com deficiências físicas - motoras, visuais ou auditivas-, o gabinete presta também apoio personalizado a estudantes com deficiência orgânico-funcional, que, por ser progressiva, exige um seguimento contínuo. “Leva a que tenhamos que manter um acompanhamento próximo com as próprias faculdades onde eles estão, no sentido de ir informando sobre as dificuldades que vão tendo acumuladas”, explica a responsável. São 80 estudantes que o gabinete apoia este ano lectivo, mas Isabel Teixeira acredita que haja mais em situação de necessidade na UC, que ainda não se tenham apercebido das suas carências. Alguns dos que se dirigem ao gabinete são encaminhados pelos professores. “Muitas vezes não é o próprio estudante que diz que tem necessidade, mas sim o docente que vê qualquer sinal de necessidade”, afirma a coordenadora. Os restantes estudantes são encaminhados logo no acto da matrícula, quando se identifica a necessidade, e outros pelo conhecimento próprio do estudante, através de outras pessoas ou de divulgação. Para combater a possibilidade de que estudantes pré-universitários com necessidades educativas especiais desistam de concorrer ao Ensino Superior devido às suas limitações, e também com o intuito de sensibilização para a deficiência, o gabinete promove acções de divulgação das suas actividades em Escolas Secundárias, além de receber também a visita dos alunos. Presta ainda apoio a instituições e organismos externos na produção de material em suporte alternativo ao livro convencional.
Por Dina Sebastião
Fonte: http://www.uc.pt/noticias/02_NL_2011/03_2011/apoio_estudantes_deficiencia/, 2 de Maior de 2011, 22h38 Link com reportagem “Quebrar Barreiras na Aprendizagem”: http://ucv.ci.uc.pt/ucv/podcasts/reportagem/ultrapassar-barreiras