CineAstros com Robert Pattinson

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A jovem Stephenie Meyer n茫o imaginava que sua primeira hist贸ria fosse render tantos milh玫es de d贸lares.

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Estamos falando de Crepúsculo, o critora retornou ao começo da história Este segundo livro é Lua Nova que livro de Stephenie que causou um imen- e foi inserindo as outras partes com terá a direção de Chris Weitz e todos so furor nos leitores do mundo todo. maestria. esperam que as situações sejam desenHoje, são milhões de fãs nos quatro canApós apenas três meses, os persona- volvidas da mesma forma como em Cretos do planeta. gens que, até então, habitavam o imagi- púsculo. O novo diretor prometeu reStephenie pensou em contar uma nário de Stephenie estavam materiali- tratar as situações do casal de maneira história de vampiros de um modo dife- zados nas páginas de um livro que se bem peculiar. Agora é esperar para ver rente das que vinham sendo contadas. tornou realidade. como sairão as coisas... Então, criou seus personagens com quaAtualmente, a série conta com quaO terceiro livro da série, intitulado lidades, defeitos e envolvidos nas mais tro livros. O primeiro, Crepúsculo, já Eclipse, será filmado já no ano que diversas situações. vem. Os outros dois livros Stephenie conta que teve são o Amanhecer e o Sol da a ideia de escrever o livro em Meia Noite. junho de 2003, depois de Ninguém ainda falou se ter sonhado com um vamesses dois últimos livros sepiro muito atraente. Esse rão transformados em filme, vampiro terminou por se visto que Robert Pattinson apaixonar por uma linda tem contrato apenas para as adolescente humana e... três primeiras histórias. Os pronto: as confusões comeprodutores precisam ficar çaram. Não só a beleza da espertos, pois o galã vai ter moça chamava a atenção do que estar no filme, já que vampiro. Ele também estaeste é contado sob a óptica va “enfeitiçado” pelo aroma do vampiro Edward Cullen. de seu sangue. Naquela época, StepheSTEPHENIE NA nie não estava trabalhando CRISTA DA ONDA e ainda com o sonho marFoi na véspera de Natal, telando sua cabeça, ela deem 1973, quando nasceu, cidiu escrever um livro. No em Hartford, nos Estados começo, talvez o tenha feiUnidos, a hoje famosa esto para divertir-se, passar o critora Stephenie Meyer. tempo ou por puro diletanNo ano de 1994, uniu-se tismo. Tratava-se de um pelos sagrados laços do matema próprio para adolestrimônio com um pastor centes, já que de muitos mórmon e dessa união nasanos para cá esses assuntos ceram três filhos. têm encantado plateias (no Apesar de estar na crista sentido mais amplo da pada onda, Stephenie não deilavra) de todas as idades, xou o sucesso subir-lhe à cacomo no caso de Harry beça e sua vida continua Potter, só para citar um Robert Pattison é a escolha ideal para encarnar Edward Cullen, o vampiro romântico e boa praça. tranquila ao lado da famíexemplo. lia. Religiosa, ela costuma ir Stephenie teve uma inspiração, não se sabe vinda de onde, e foi parar na telona, com direção de Ca- à igreja na cidade onde mora atualmenambientou seus personagens em pleno therine Hardwicke. Foi um sucesso es- te, Cave Creek. trondoso, arrecadando milhões de dóSó que os críticos não deram muita século XXI. Da imaginação para o computador lares de bilheteria e tornou-se comentá- bola para isso e logo compararam Stefoi uma questão de tempo. A primeira rio no mundo todo. O segundo livro phenie à escritora britânica J. K. Rowling, cena escrita foi a da campina e, a partir está sendo rodado e no final do ano, autora da série Harry Potter. Eles dizem daí, tudo foi acontecendo de maneira mais precisamente em novembro, esta- que Stephenie é a mais nova candidata à escritora para o público adolescente. sincronizada. Logo depois, a jovem es- rá nos cinemas. 4


Seis personagens e um destino: enlouquecer a platéia adolescente de todo o mundo.

Uma coisa que talvez pouca gente saiba é que o primeiro livro de Stephenie, Crepúsculo, foi rejeitado por várias editoras. Mas a moça ergueu a cabeça, confiou no seu taco e continuou sua luta para publicar o livro. E, quando o conseguiu, vejam só o sucesso em que se transformou a obra! A fórmula para todo esse sucesso parece ser simples: a maneira de escrever que pegou em cheio o público adolescente que ansiava por histórias insólitas. Quando concluiu a saga de Crepúsculo, a escritora confessou que terminou, pois seus conflitos terminaram também. A série conta a história de Bella, que lutou pelos seus objetivos e conseguiu tudo o que queria. Sendo assim, por que a série teria de ter uma continuidade se todos os conflitos foram resolvidos? Stephenie Meyer ganhou muito, mas muito dinheiro, só que não deixou de

trabalhar. É evidente que após ter concluído a saga ela sentiu uma ponta de vontade de retomá-la, tanto que chegou a esboçar uma nova edição para as fãs, contando a história de Crepúsculo sob o ponto de vista do apaixonado Edward e não de Bella. No momento em que estava escrevendo o Sol da Meia Noite, já com 12 capítulos prontos, estes foram parar na internet sem a autorização da escritora. Aí, chateada, ela parou de escrever. Os fãs ficaram arrasados e enviaram milhares de e-mails para ela, que, apesar de muito triste com toda essa história, decidiu retomar o trabalho. Agora, os fãs estão mais sossegados e podem contar com mais uma história da saga. UMA AUTORA CHEIA DE PAIXÃO Stephenie Meyer é o que podemos dizer uma autora cheia de paixão. Ela

construiu um lindo enredo quando bolou a não menos linda história de amor e suspense de Edward e Bella. Os nomes dos personagens, segundo ela, levaram algum tempo para aflorar em sua mente. Ela confessa que demorou um pouco para batizar o casal de protagonistas. “Para o vampiro, por quem eu me apaixonei desde o sonho, decidi por um nome romântico usado por Jane Austen num romance: Edward”, revela a jovem escritora. Já o nome da protagonista – Bella – Stephenie a batizou com o nome que daria a sua filha: Isabella, acaso ela tivesse uma! De acordo com Stephenie, os demais personagens foram batizados com nomes que andavam na moda quando vieram ao mundo. “Soava mais natural”, conta a escritora. Depois, durante o processo de criação, alguns nomes, é claro, foram alterados. Stephenie diz que gostou muito dos novos nomes, mas confi5


Cam Gigandet, Edi Gathegi e Rachelle Lefevre são, respectivamente, Laurent, James e Victoria, James em Crepúsculo

dencia que fez confusão com eles em várias oportunidades... O livro foi negociado com a Paramount, em abril de 2004, mas as coisas não deram certo e a produtora não levou a ideia adiante. Em 2007, a Summit Entertainment se interessou pela história, comprou os direitos e percorreu o caminho feito pelo livro que já era um sucesso de vendas. Depois, criou um projeto de adaptação para as telonas baseando-se em três sequências. A diretora Catherine Hardwicke foi a responsável pela direção do filme e o roteiro ficou a cargo de Melissa Rosenberg. No final de outubro, o roteiro estava concluído. Alguns personagens originais foram retirados do filme, mas os que permaneceram tiveram suas características intocáveis a fim de dar fidelidade ao enredo. A seguir, alguns dos principais personagens da história. 6

A FORÇA DE BELLA O nome verdadeiro e completo de Bella é Isabella Marie Swan. Ela nasceu em Phoenix, no Arizona, no dia 13 de setembro de 1987. É filha do casal Renée Dwyer e Charlie Swan. Se dá bem com o padrasto, que até lhe colocou o apelido de “Bells” (sinos, em inglês), talvez querendo fazer uma comparação com o talento da personagem em chamar confusões, com suas atitudes meio atrapalhadas e sua timidez. Bella é muito bonita fisicamente. Tem os olhos muito expressivos, mede quase 1,70 m de altura e seus cabelos são castanhos. Ela estuda na Forks High School e trabalha numa empresa chamada Newtons Outfitters, por meio período. Dirige uma pick-up Truck Chevy vermelha, de 1953. Quem interpreta Bella é a atriz Kristen Stewart, que nasceu em Los Ange-

les, na Califórnia, no dia 9 de abril de 1990. Filha do produtor de TV John Stewart e da diretora Jules Stewart, com 9 anos de idade fez uma pequena participação na comédia “The Thirteenth Year”, para o canal Disney Channel. Dez anos depois, esteve no elenco do filme “O Quarto do Pânico”. Em 2007, fez “In The Land of Women” e no ano passado, “Jumper”. Com muita bagagem em interpretação, a atriz não demorou para incorporar a personagem Bella e conferiu-lhe uma personalidade forte, mostrando para o público quem era a outra metade da laranja de Edward. Kristen Stewart foi uma das primeiras eleitas da diretora Hardwicke. Kristen teve de testar todos os candidatos ao papel de Edward antes de Robert Pattison ser convocado para o filme. Os fofoqueiros de plantão disseram que Kristen não iria mais atuar depois de Lua Nova. No entanto, ela estará em


um novo filme ainda este ano: Adventureland, e ainda em outro, intitulado K-11, onde sua mãe a dirigirá.

EDWARD CULLEN, UM VAMPIRO APAIXONADO

UM LOBISOMEM E O AMOR Jacob é um índio da tribo Quileute (de acordo com a lenda, os índios Quileute viram lobos; os meninos, ao atingir a puberdade, saem procurando poderes sobrenaturais). Seu pai e o pai de Bella são amigos. Jacob ficou órfão de mãe muito cedo na vida e, a partir daí, quem cuidou dele foi o pai, Billy Black. Eles vivem no vilarejo de La Push, próximo a Forks. Jacob tem duas irmãs mais velhas, porém só Rachel está em “Amanhecer”. No primeiro livro, vemos que Jacon gosta de reformar carros. É quando ele começa a montar um Volkswagen Rabbit, isso em 1986. Mas é só no segundo livro que ele termina de montar o carro quando ganha do pai a peça que estava faltando. Jacob revela a Bella que os Cullen são vampiros. O ator que interpreta Jacob Black é Taylor Launter. No início, o ator até

Kristen Stewart encarna a romântica Bella nas telas.

que gostou da ideia de usar peruca nas filmagens, mas depois disse que não estava mais gostando. Ficou feliz ao saber que no segundo filme a peruca havia sido tirada de cena, já que os lobisomens cortam o cabelo quando se transformam.

De acordo com a óptica humana, Edward Cullen é um vampiro do bem, pois ele suga sangue dos animais para não fazê-lo com os seres humanos. Nasceu em 1901, em Chicago e virou vampiro quando contava com 17 anos de idade. É filho de Edward e Elizabeth Masen. Seus pais morreram devido à gripe espanhola que devastou Chicago em 1918. Doente, Edward cai nas mãos de Carlisle Cullen e foi aí que ele foi transformado em vampiro. Edward estuda na Forks High School e adora colecionar automóveis e tocar piano. Edward tem o dom de ler o pensamento das pessoas, mesmo a quilômetros de distância. Só que há um detalhe nisso tudo: ele só consegue ouvir o que a pessoa está pensando naquela hora. Vale dizer, para quem não sabe, que Bella é imune ao seu poder. Edward não suporta os lobisomens, principalmente por saber que Jacob Black carrega um bonde por Bella.

O amor sincero entre Bella e Edward faz balançar o coração das jovens apaixonadas.

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OBER ATTINSON UM ATOR

PRA LÁ DE APAIXONADO Robert Pattison nasceu no dia 13 de maio de 1986, em Londres, Inglaterra. Estudou na Tower House, uma escola que ficava no bairro onde morava. Foi nessa escola que Robert teve aulas de piano, violão e teatro. Seu debut nos palcos foi na peça “Spell for a Rhyme”, aos 6 anos de idade! Com 12 anos, ganhou seu primeiro prêmio pela “Carteira Escolar Mais Bagunçada” de 1998. Dá para sacar que Robert não era muito chegado a fazer os deveres de casa... Nessa idade, foi expulso da escola e até hoje ninguém sabe o motivo. Para não ficar sem estudar, os pais o matricularam na Escola Harrodian, que ficava no mesmo bairro. Era uma escola onde se misturavam meninos e meninas. Era tudo o que Robert mais queria! Robert tinha aulas de teatro e gostava de jogar futebol. Logo aprendeu duas novas matérias: encher o cabelo de gel e... beijar! A mãe tratou de conseguir um serviço de modelo para Robert. Ele passou a

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posar com roupas masculinas e fez diversas fotos da grife Hackett. Mas sua carreira nessa área foi efêmera, durando apenas 4 anos. Aos 16 anos, ele largou a profissão, alegando que já era um homem. O pai de Robert acreditava que o filho tinha vocação para o teatro e descobriu uma escola no bairro onde o filho teria a oportunidade de mostrar todo o seu talento. Dessa forma, então, é que Robert ingressou no Grupo de Teatro de Barnes. Apesar de estar cursando teatro há pouco tempo, Robert logo fez uma participação na comédia musical “Guys and Dolls”, como um dançarino cubano. Não demorou para estar no filme “Feira de Vaidades”, de 2004, mas suas cenas foram retiradas na edição final – mas no DVD as cenas ficaram intactas nos “extras”. O tempo passou e Robert fez um teste no Old Sorting Office e ganhou um papel na peça MacBeth, de Shakespeare, fazendo o rei da Escócia, Malcolm. Em seguida, esteve em “Everything

Goes” e “Tess of the D’Urbervilles” e acabou sendo descoberto por um caça-talentos. Pouco tempo depois, estava fazendo um telefilme, “A Maldição do Anel”, no papel de Giselher. O filme seria rodado na África do Sul, mas antes de partir para aquele país, Robert fez um teste para o filme “Harry Potter e o Cálice de Fogo”. ROBERT GANHA UM PAPEL EM HARRY POTTER Quando terminou de filmar “A Maldição dos Anéis”, Robert regressou a Londres e “descobriu” que havia ganhado o papel de Cedrico Diggory... no fil-


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Robert Pattinson ganhou o papel de Cedric Diggory em Harry Potter e o Cálice de Fogo

me Harry Potter! Essa era a sua primeira grande produção. Fez amizade rapidamente com Daniel Radcliffe (Harry), Rupert Grint (Ron) e Emma Watson (Hermione) e aprendeu muito como atuar em estúdio. A partir desse filme, Robert começou a aparecer mais em revistas e jornais. Instantaneamente, arrebanhou uma legião de fãs. Apesar de tudo a seu favor, o ator decidiu que devia continuar aprimorando seu talento. Foi quando ele adotou uma fase relax e passou a dar mais atenção aos amigos. Com os olhos voltados para o futuro, Robert pensou em retornar aos palcos, mas em 2006 surgiu uma oportunidade de participar de um filme para a TV, “The Haunted Airman”. Ali, ele interpretou Tobb Jugg, um piloto da RAF na Segunda Guerra Mundial, que volta para casa aleijado e vai pirando na batatinha em sua cadeira de rodas. 10

No ano seguinte, Robert esteve na comédia, também para a TV, “The Bad Mother’s Handbook”, vivendo Daniel Galé, um rapazote que oferece seu ombro para a amiga querida que estava grávida. Só que o filho não era dele, é claro! Continuando na TV, Robert fez outro filme, “The Summer House”, interpretando Richard, um carinha meio sem jeito que corre atrás da namorada o tempo todo e chega a ir até a França atrás dela. Aí, veio a comédia “How to Be”, onde Robert fez o papel de Arthur, um rapaz inseguro, que leva um bruta fora da namorada e volta a morar com os pais. Esse filme foi bem visto pela imprensa e Robert ganhou o prêmio de “Melhor Ator de 2008”, no Strasbourg Film Festival. A essa altura, o sucesso já estava começando a mexer com a cabeça de Ro-

bert. A fim de desencanar um pouco, ele voltou a entrar numa fase relax e acabou recebendo o roteiro do filme sobre o pintor Salvador Dali. O filme se chamava “Little Ashes”. Como ele estava sempre querendo melhorar como ator, topou fazer o filme. No início, ele faria o papel de Federico García Lorca, mas acabou ficando com o papel de Salvador Dali. Tratava-se de um papel complicado, já que havia um relacionamento gay no meio da coisa. Só que Robert não afinou e mais uma vez aceitou a empreitada. Depois, confessou que era muito esquisito fazer cenas de romance gay, que aquilo era um tanto desconfortável para ele. FINALMENTE... CREPÚSCULO! Eram três mil currículos de jovens atores bonitões que disputavam uma vaga no filme dirigido por Catherine


obert está o todo o tempo antenado ao que rola na internet, acompanhando de perto as fofocas em diversos sites!

Hardwicke. No meio desse montão de currículos estava o de Robert Pattinson. Catherine e a autora do livro, Stephenie Meyer, olharam todas as fotos de cada um dos candidatos ao papel do vampiro Edward. Foi um trabalho hercúleo para as duas. Mas valeu a pena, pois Robert Pattinson acabou sendo o escolhido. Ele havia lido o livro e achou que aquilo era coisa para meninas. Mas após ler o roteiro com calma, viu que a história tinha muita ação e acabou aceitando o papel. Sempre querendo se aprimorar, Robert achou que era necessário saber mais sobre o seu personagem, o vampiro Edward Cullen. Então, ele leu as páginas xerocadas de “Midnight Sun”, que haviam caído na internet sem a autorização de Stephenie e, graças a isso, conseguiu compor o seu personagem com perfeição. No meio das filmagens, a autora do livro deu muitos palpites. Diversos atores tiveram aulas de dança para poder representar melhor es movimentos corporais. Foram usadas lentes de contato pelos atores que faziam os Cullen para dar maior realce aos olhos dourados. Quando eles estavam com fome, as lentes eram substituídas por pretas. Kristen Stewart, por exemplo, teve de usar lentes de cor castanha para esconder o verde original de seus belos olhos. FÃS EM POLVOROSA Não eram poucas as leitoras que estavam ansiosas para ver Crepúsculo e, assim, poder comparar o Edward das páginas com o da telona. E Robert sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. É que o poder de imaginação de um

leitor ganha de longe dos recursos mais aprimorados de Hollywood... Mas Robert tinha confiança no seu talento e no esforço que fez para compor o seu Edward assim como o personagem do livro. O ator esteve durante todo o tempo antenado ao que rolava na internet, acompanhando de perto as fofocas em diversos sites, como o de vídeos, o Youtube. Ficou meio fora de eixo quando começou a receber críticas antes mesmo de dar o ar de sua graça no cinema. Parece que houve até uma espécie de abaixo assinado virtual rolando na internet! Tá, mas o filme acabou estreando e as fãs, por fim, sossegaram o facho? Não! Elas ficaram em polvorosa. As cifras das bilheterias mostravam como Robert havia se saído com o seu Edward: quase 36 milhões de dólares, a 14ª melhor arrecadação de estreia na história de Hollywood. Isso só significava uma coisa: o filme estava bombando, ou como os mais moderninhos dizem... estava funfando! A imprensa logo deu destaque ao filme e o planeta Terra inteiro ficou de quatro (no bom sentido) pelo vampirinho Edward e, de quebra, pelo seu intérprete. Depois da fase da bajulação, veio a das fofocas, como sempre acontece no mundo hollywoodiano. O diz-que-diz dava conta de que Robert estaria saindo com Tina Fey, ficando com Patrícia Arquette, mas estava mesmo caído de amores por Elisabeth Shue. Robert resolveu dar um ponto final nas especulações e abriu para a imprensa que “não estava namorando ninguém”. Afirmou que ia a vários lugares e, lógico, encontrava muita gente 11


Acima, Robert Pattinson recebe orientação durante a filmagem de Crepúsculo. Ao lado, o ator com um visual bem diferente ao lado de Mike Pearce num filme de 2008 ainda não lançado no Brasil: How to Be.

aonde ia. O ator confessou que, por diversas vezes, tentou conversar com uma garota que lhe tenha agradado, mas a maioria o rechaçava achando que ele só estava mesmo a fim era de transar. “Acho tudo isso muito estranho”, desabafou Robert. Certeza 100% é que Robert namorou a atriz Katie Leung quando estava filmando Harry Potter. A atriz escocesa fez o papel de Cho Chang, que era uma aluna da casa Corvinal. No estúdio, segundo contam, rolou uma química enorme entre os dois, que eram vistos juntos em todos os lugares. Na época, o ator confidenciou que havia, sim, uma forte ligação entre Katie e ele. Katie, então, era a garota do momento. Robert concluiu comentando que ele não fez muitas cenas com ela no filme, mas na cena do Baile de Inverno, quando os dois dançaram juntinhos, o negócio esquentou! 12

ROBERT PATTINSON E A MÚSICA Enquanto tinha aulas de teatro, Robert acabou aprendendo a tocar violão e piano. Com 14 anos, formou uma banda de rap e o grupo ensaiava em sua casa. A banda ficou para trás no momento em que Robert decidiu que queria ser ator. Tempos depois, Robert ensaiou uma volta à música. Num dos barzinhos que frequentava, viu a “Bad Girls” e um dos músicos do grupo o convidou para tocar. Robert gostou muito da experiência. Em virtude disso, decidiu formar uma banda com amigos, porém todos eram atores e faltava tempo para ensaiar... Enquanto Crepúsculo estava sendo rodado, a diretora Catherine teve contato com um CD onde havia canções de Robert. Na sala de edição, ela ouviu todas as músicas e uma delas lhe chamou a atenção, pois casava direiti-

nho com uma cena do filme. Robert nem de longe imaginava que sua canção “Never Think”, onde ele toca violão acústico, seria escolhida para o CD The Score. O ator disse que a letra caía como uma luva para o casal Edward e Bella. Outra música dele, “Let Me Sign”, na qual sua voz é parecida com a de Van Morrisson, também passou a fazer parte da trilha sonora do filme. Mas sua “carreira musical” não foi recheada só de sucessos e aplausos, não. Certa vez, quando estava fazendo uma campanha promocional para o filme Crepúsculo, em Los Angeles, Robert foi ao clube Whisky A Go-Go e cantou usando o pseudônimo de Bobby Dupea. Sua apresentação foi devidamente filmada e despejada na internet. Choveram críticas logo depois e o ator preferiu dar um tempo na música, o que ele fez muito bem, pois àquela altura do campeonato não era bom misturar as estações.


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ENTREVISTA

OBER ATTINSON

“Crepúsculo é como uma fantasia sexual de Stephenie Meyer” ESSE FILME FEZ VOCÊ PENSAR SOBRE O SOBRENATURAL?

Na verdade, não. Sem dúvida eu acredito em elementos sobrenaturais, mas o filme não me fez pensar especificamente sobre isso porque estava tentando não fazer um filme sobrenatural. Estava tentando fazer com que fosse algo real com o que eu pudesse me identificar, então eu não estava tentando fazer aquela coisa sobrenatural.

dúvida desde o início já havia uma ligação muito forte com Kristen e eu senti que daria certo. Por outro lado, se você vive o personagem o tempo todo, isso acaba se tornando natural. ENTÃO, VOCÊ PERMANECEU DENTRO DO PERSONAGEM?

De certa forma, sim. Quer dizer, eu não falei muito – ah, estou revelando todos os meus segredos! (risos) Mas achei que a melhor maneira de fazer isso seria não dizer nada ao resto do elenco. Então, eu não conversei com outro membro do elenco sobre outra coisa que não o filme. Acho que é muito mais atraente se você não diz nada. Então, tentei fazer isso. ASSIM COMO EDWARD, VOCÊ PARECE UM POUCO EXCÊNTRICO. VOCÊ SE ACHA PARECIDO COM ELE NESSE SENTIDO?

Sim, acho que tentei fazê-lo dessa forma porque sinto que no livro ele tem que ser certinho em muitos sentidos. Eu não via como interpretá-lo de uma forma que parecesse atraente para as pessoas que não leram o livro. EM QUE SENTIDO VOCÊ O ACHA CERTINHO?

Ele é formal e antiquado. Funciona no livro porque você pode ouvir todos os pensamentos da Bella, mas se você está se baseando apenas na imagem você precisa trazer alguma coisa a mais. Se você fica certinho o tempo todo, aí não funciona. Então, tentei torná-lo um pouco mais imprevisível. POR QUE VOCÊ ACHA QUE O LIVRO SE TORNOU UM FENÔMENO? É MUITO MAIS DO QUE APENAS UMA HISTÓRIA DE

EVIDENTEMENTE VOCÊ E KRISTEN TÊM UMA ÓTIMA QUÍMICA. VOCÊ ACHA QUE É POSSÍVEL CULTIVAR ESSE TIPO DE RELACIONAMENTO COM COLEGAS DO ELENCO OU É UM CASO DE “OU VOCÊ TEM OU VOCÊ NÃO TEM”?

De certa forma eu acho que você pode cultivar – até certo ponto. Você precisa estar comprometido com isso, mas sem

AMOR OBSESSIVA ENTRE ADOLESCENTES.

Acho que há várias coisas diferentes. Uma delas, o apelo inicial, não existia quando eu li o livro pela primeira vez. Não tinha esse frisson; eu li e achei estranho. É como uma fantasia sexual de Stephenie Meyer. Parecia que a autora pensava que era a Bella – há várias coi15


“ esde o início já havia uma ligação muito forte com Kristen e eu senti que daria certo”

NA FLORESTA?

sas sobre as características de Edward que são muito específicas. Aí, em vários momentos você se sente um voyeur e isso é uma das coisas estranhas que, para falar a verdade, não me atraía. Mas quando comecei a fazer o papel isso foi o que mais gostei. V ÁRIOS ADOLESCENTES ACREDITAM QUE NÃO SE ENCAIXAM NA SOCIEDADE. VOCÊ ACHA QUE O FATO DE EDWARD E BELLA SEREM EXCLUÍDOS NO JEITO DELES É O QUE MAIS ATRAI OS LEITORES E ESPECTADORES?

Sim, sem dúvida. É sobre isso que eu pensei que a história fosse, não uma história de vampiros. Não é apenas uma história de amor. É uma história sobre excluídos e é isto que a torna interessante, particularmente para Bella, porque ela aparentemente não é uma excluída. Ela é muito amável. Todos gostam dela, mas na cabeça dela, ela pensa: “Eu estou perdendo alguma coisa. Não consigo me identificar com esse mundo”. É como se caso ela não encontrasse Edward e vivesse até 108 anos, ela acabaria no mesmo lugar. Ela pensaria: “Eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar em outro lugar”. E eu acredito que esse 16

é o paralelo entre os dois. Mas ela não é uma vampira. ATUAR É ALGO QUE VEM DE UMA FORÇA INTERIOR OU É UMA ESCOLHA SUA?

Na verdade, eu não gosto do processo de atuar. Eu gosto de tentar criar alguma coisa, gosto de tentar fazer algo a mais. Eu tento construir um personagem para que ele seja memorável e essa é a razão pela qual ele está sendo filmado. Em todo trabalho que tive, tentei misturar um pouco da minha própria vida e ao mesmo tempo incorporá-la no filme. Cada período da minha vida em que fiz um filme fui uma pessoa diferente. Tive amigos diferentes e um estilo de vida completamente diferente. Eu nunca fui totalmente anti-social, porém fui muito, muito anti-social em Portland enquanto estávamos filmando – são os ossos do ofício. Se você não fala com uma outra pessoa por três semanas você começa a ter medo de coisas em geral. Mesmo apenas fazendo um pedido no restaurante você tende a ir a lugares onde pode apenas murmurar. É estranho quando você não sai e socializa. Você não vai a bares, nem nada, e eu saía correndo no meio da noite (risos).

Não, não na floresta, na cidade. Mas é estranho. Só recentemente que eu fiquei bem envolvido, porque é depois do período em que eu teria ido à universidade. Atuar é uma coisa séria e eu fiz minha escolha. Você não pode levar na brincadeira. Eu ainda tenho vergonha de dizer que sou um ator. Então, eu digo que eu sou todas essas outras coisas. VERGONHA POR QUE VOCÊ NÃO SENTE QUE É DIGNO DE DIZER QUE É UM ATOR OU POR QUE VOCÊ ACHA QUE É ALGO PIEGAS DE SE DIZER?

(Risos) É algo piegas de se dizer. MAS AS PESSOAS NÃO ESTÃO DIZENDO QUE VOCÊ É FABULOSO? AS SUAS PIADAS NÃO ESTÃO MAIS ENGRAÇADAS AGORA DO QUE ANTES DE ESTRELAR EM CREPÚSCULO?

(Risos) Sim, mas quanto mais as pessoas dizem o quanto você é bom, mas você vai ter que provar e mais as pessoas vão querer te derrubar. É como se todos estivessem dizendo como você é bom sendo que você não fez nada (risos). Toda a sua ambição fica enviesada. Você não sabe o que fazer com você mesmo. COMO VOCÊ MANTÉM A SANIDADE?

Simplesmente ignoro todo o mundo e me cobro bastante (risos).


“ ão é apenas uma história de amor. É uma história sobre excluídos e é isto que a torna interessante” 17


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Vai pintar um clima entre Bella e Jacob! Edward vai deixar barato?

S PERIGOS DA

UA OVA

continuação da saga chega aos cinemas brasileiros em novembro!

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Agora, em março deste ano, o elenco de Crepúsculo se reuniu. A direção ficou por conta de Chris Weitz e o roteiro é assinado por Melissa Rosemberg. De acordo com uma exigência do roteiro, Edward teria que estar saradíssimo, ou seja, com o corpo em cima. A internet, mais uma vez, serviu como termômetro para avaliar a popularidade de alguém e uma série de fotos de Robert Pattinson na Itália, sem camisa, levaram as fãs ao delírio total. O abdômen de tanquinho que deixaram as fãs sem fôlego foi conseguido graças a uma série de efeitos especiais. O mundo inteiro sabe que Robert não é chegado em fa-

zer exercícios - ele detesta malhar – e, por isso, o corpo é falso. Lua Nova tem início na festa de 18 anos de Bella que acontece na casa dos Cullen. Ao abrir o presente, ela corta o dedo e o sangue escorre. Jasper fica alucinado ao sentir o odor de sangue humano, ainda mais fresquinho, fresquinho. Sua expressão denota perigo no ar. Edward fica antenado ao que está acontecendo e se preocupa com a segurança de Bella. Então, o melhor a ser feito é mudar-se para longe com a família e deixar Bella em Forks. Os meses passam e Bella cai na maior depressão, pois sente muita falta do


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seu amor. Se fecha em seu mundo e não dá trela para ninguém. Daí, Bella volta a ser amiga de Jacob e passa boa parte do tempo ao lado do rapaz. Uma forte amizade surge, é claro. Um dia, os dois vão à praia e contemplam os amigos pulando do penhasco. Bella se anima toda e pensa em fazer o mesmo, pois, assim, ficando em perigo, ela poderia ouvir a voz de Edward. Bella, Jacob e Mike vão ao cinema. Ao voltar para casa, Jacob começa a virar lobisomem. Estando Jacob doente, Bella vai sozinha até a montanha onde Edward a havia levado antes. Ali, ela encontra o vampiro Laurent, do clã de Victoria, que, sentindo seu cheiro, fica desesperado. É quando surgem alguns lobos gigantes que o atacam e o matam. As semanas passam e Jacob se recupera. Então, Bella descobre que ele é um dos lobisomens que tiraram a vida de Laurent e que estão atrás de Victoria. BELLA PULA DO PENHASCO Bella toma a decisão de pular do penhasco, sem que haja alguém por perto. Quando cai na água é carregada por uma forte correnteza, porém, acaba sendo salva por Jacob. Alice Cullen, irmã de Edward, vê Bella pulando e acredita que ela tenha morrido. Ela vai até Forks, correndo numa velocidade fora do normal, e fica calma ao ver que Bella está sã e salva, mas Rosálie Hale não sabe de nada, acha que Bella morreu e corre para contar isso a Edward. O vampirinho telefona para os Swan e fica sabendo que haverá um enterro. Pensando que se trata do enterro de

Bella, Edward fica na pior e resolve viajar para Volterra, na Itália, a fim de acabar com a própria vida. Bella logo fica sabendo disso e vai para lá também, na companhia de Alice. As duas chegam e conseguem impedir que Edward se exponha como vampiro e se suicide. Antes de regressar, os três conversam com Aro que fica deslumbrado com o poder de Edward e Alice e pede que eles se juntem aos Volturi. Os dois não concordam. Quando voltam para Forks, Edward confessa à Bella que sempre a amou e que só pretendia salvar a vida dela. Bella acredita no amado e o perdoa. Edward jura que não vai mais embora e pede que Bella se case com ele. A moça diz que não, pois se considera muito nova para se casar. Os Cullen estão num dilema: transformam ou não Bella em vampira? Sim, pois ela agora é a única humana que conhece a existência de vampiros. E agora, o que acontecerá a nossa heroína? Para saber, só esperando o filme estrear aqui no Brasil, coisa que ninguém ainda sabe quando vai acontecer... A ADOLESCÊNCIA O período da adolescência é marcado por várias características, visto que a excitação dos jovens nessa fase da vida é intensa. Então, não é raro ver adolescentes pintando o cabelo, usando piercing etc. Além dos problemas comuns a qualquer adolescente, como uma dor de cabeça, por exemplo, existe também o medo e esse medo pode ser qualquer um, desde um bandido a um monstro horrendo.

ensando que Bella morreu, Edward tenta acabar com a própria vida! 22

Jacob, o lobisomen sensual, vai balançar o coração de muitas fãs! Ao mesmo tempo em que um jovem tem medos assim sente uma vontade imensa de assistir a filmes de terror, já que assim podem projetar todo o pavor que a sexualidade e as mudanças em seu corpo causam nele. Com 15 anos, o garoto já definiu praticamente sua tendência sexual. Os relacionamentos agora têm outra “cara” e o jovem adere à moda de ler revistas de mulher pelada e visitar sites pornôs na internet. Também é a época em que sentem vontade de experimentar álcool e/ou drogas. Ele se sente o tal, principalmente quando


está andando em bando. A essa altura, o melhor que o adolescente tem a fazer é dedicar-se a uma prática esportiva a fim de descarregar essas emoções tão pesadas que podem chegar a atormentá-lo de verdade. Quando a adolescência chega ao seu final, o jovem se torna mais independente e abandona o grupo, procurando um parceiro com quem possa continuar seu desenvolvimento e, é lógico, dar e receber amor. Essa necessidade é imensa e se não for satisfeita o adolescente pode entrar num período de depressão. Coisa séria.

Essa é a época em que o adolescente busca sua identidade e liberdade. Trocando em miúdos, o jovem tem que dar um chega pra lá na infância, nos pais e tocar sua vida sozinho, pois logo ele será um adulto. A ADOLESCÊNCIA E OS VAMPIROS Os Estados Unidos têm a fama de estar sempre no top tanto na literatura quanto no cinema e disso ninguém discorda. Ultimamente, o foco de atenção dos produtores nessas áreas tem sido os adolescentes. Basta ver o suces-

so que fizeram os filmes como Senhor dos Anéis e Harry Potter. Essa linha literária parece ser o único modo de se incutir cultura nas gerações novas que estão aí. Ler um livro hoje é algo mais difícil, pois a internet tem conteúdo que não acaba mais. Só que o prazer de se ler uma revista ou um livro ou, ainda, encarar uma sessão de cinema ainda existe. Hoje em dia, ao ler um livro ou ver um filme a respeito de vampiros gera uma sensação nova. Isso ocorre não só por causa da história em si, mas pela própria concepção do vampiro. 23


Kristen Stewart e Robert Pattinson vão encarar a turma dos lobos formada pelos atores Chaske Spencer, Bronson Pelletier, Alex Meraz, Kiowa Gordon

Certos vampiros morrem de medo da luz do sol, da água benta, de cruzes etc ou de tudo isso ao mesmo tempo. Mas há medos novos, como o de se ver apaixonado, de perder o controle sobre o sangue humano, ficar sozinho... E são essas novidades que estão nos livros atuais. E é claro que estão no livro e no filme Crepúsculo. A autora Stephenie Meyer criou vampiros que andam numa boa sob a luz do sol e são “vegetarianos”. Isso acontece com o Cullen. Eles continuam bebendo sangue, mas agora só de animais. Pode até ser que isso não seja tão novo assim, pois algo parecido é praticado por Louis em Entrevista com o Vampiro. Entretanto, existem muitas outras dife24

ão deixe sua amada indefesa na floresta, Edward!

Lá, o lobos espreitam as suas presas!

renças entre os universos dos vampiros criados. Isso acontece devido à liberdade que escritores, roteiristas ou qualquer outro criador tem quando decide trilhar os caminhos desses seres noturnos. M AIS VAMPIROS NO CINEMA Há algum tempo, chegava aos cinemas um filme de vampiros, só que bem mais feios e agressivos que os Cullen. Esses vampiros foram morar em uma cidade estranha onde, no inverno, durante um mês inteirinho, era noite. O filme é baseado na história em quadrinhos do mesmo nome, um original de Steve Niles. A produção, que foi lançada no ano de 2007, é dirigida por Da-


vid Slade, que também dirige o terceiro filme da saga Crepúsculo para os cinemas, Eclipse. No elenco, estão Josh Hartnett, como Eben Oleson, e Melissa George, interpretando Stela Oleson. A história se resume em um grupo de vampiros que chega em Barrow, cidade do Alaska, barbarizando, ou seja, aterrorizando a população local. Para falar bem claro, eles matam quase todo o mundo! A grande diferença que existe entre os vampiros de muitos filmes e os de Crepúsculo é a sua relação com os seres humanos. Romantismo ou outra coisa não existe. O que há é somente caçador e presa. Os vampiros atacam e os humanos morrem. Quando esses vampiros se alimentam ganham o poder de se

tornar criaturas hediondas. Isso podemos ver nas séries “Buffy, a Caça-Vampiros” e “Angel”. Vampiros no cinema não são novidade, todo o mundo sabe disso. O primeiro a aparecer foi ainda na época do cinema mudo, Nosferatu, em 1922, um filme alemão dirigido por F. W. Murnau. Naquela época, Nosferatu era retratado como um ser horrível, repugnante, enfim, inspirava compaixão. Suas presas eram dois dentes grandes na frente, assim como os morcegos hematófagos, guardadas as devidas proporções. O tempo foi passando e essas características de vampiros foram se aperfeiçoando. No filme “30 Dias de Noite”, os vampiros possuem dentes afiados e

pontiagudos. Geralmente, os vampiros apresentam um par de presas; alguns têm os dentes normais que só crescem quando vão atacar. Certas versões de Drácula para o cinema mostram uma arcada dentária parecida. A coisa começou a mudar pra valer a partir da série de livros da norte-americana Anne Rice. No seu livro “Entrevista com o Vampiro”, de 1976, todos os vampiros já possuem os dentes prontos para o momento do ataque. Não existe aquela mudança de tamanho e forma. Os vampiros têm feições de vampiros e isso é o que se vê e pronto. Com esse potencial de atração que os dentes têm grande parte dos autores modernos resolveu seguir essa linha. Vampiro é vampiro e ponto final! 25


ALERIA

DE OTOS

Acima, duas fotos de bastidores: à esquerda, parte do elenco conversa antes do próximo take; à direita, o diretor Chris Weitz orienta a atriz Kristen Stewart numa tomada onde ela contracena com Peter Facinelli (foto superior à direita). Na foto maior, o casal interpretado pelos atores Kristen Stewart e Robert Pattinson numa cena prá lá de romântica. Embaixo, Kristen Stewart e Edi Gathegi se encontram cara a cara.

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O MANHECER DE

TEPHENIE EYER

Meyer é nascida em Hartford, Connecticut, nos Estados Unidos da América, em 24 de Dezembro de 1973. Ainda mora no Arizona, lugar para onde mudou-se aos quatro anos de idade. Graduou-se em Inglês pela Bringham Young University, é casada desde 1994 com um pastor mórmon, com quem tem três filhos. É religiosa e leva uma vida pacata. Stephenie Meyer é a autora da série Crepúsculo, com quatro livros: Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer, há ainda um quinto livro, Midnight Sun, que traz a mesma história de Crepúsculo, porém narrada por Edward Cullen. Além desta série, é autora também do livro The Host, voltado para o público adulto. Depois da publicação de Crepúsculo, foi considerada uma das os escritoras mais promissoras da sua geração. Meyer menciona Shakespeare com freqüência. Ela é fã do mais famoso dramaturgo e poeta inglês. Meyer também revela suas preferências: Clair de Lune, de Debussy, Jane Austen, Razão e Sensibilidade e ainda Orgulho e Preconceito. A principal inclinação de Stephenie para com os temas de Shakespeare está

em seu segundo livro da série Crepúsculo, ao colocar o casal protagonista assistindo ao filme Romeu e Julieta. Uma história que representa bem a forma como deve ser encarado o amor entre bella e Edward, uma relação impossível. Curioso é que a linda história de amor e suspense vivida pelo casal Edward e Bella na série Crepúsculo foi inspiração de um sonho que a autora Stephenie Meyer teve, no dia 2 de Ju-

“Em meu sonho, duas pessoas tinham uma conversa intensa numa campina no bosque. Uma das pessoas era uma menina comum. A outra era incrivelmente bonita, faiscava e era um vampiro’’

nho de 2003. Em seu sonho, um lindo vampiro se apaixonava por uma garota humana e frágil, apesar de ter sede por seu sangue. Mesmo com a pouca experiência em escrita, em questão de três meses, Stephenie havia transformado seu vívido sonho em um romance. ‘’Eu acordei de um sonho muito nítido. Em meu sonho, duas pessoas tinham uma conversa intensa numa campina no bosque. Uma das pessoas era uma menina comum. A outra era incrivelmente bonita, faiscava e era um vampiro’’. O FRUTO DO SONHO Após o sonho, que deu origem à trama Crepúsculo, Stephenie Meyer apaixonou-se pela idéia de transformar aquele belo e nítido sonho em um livro, como esta foi sua estréia na carreira de escritora ela simplesmente ficou consumida pela idéia de fazê-lo. Porém para autora, mãe de três filhos, não faltavam atividades como empecilho, como a mesma afirma “Eu tinha milhões de coisas para fazer. Preparar o café-damanhã para as crianças. Vestir e trocar suas fraldas, etc... Contudo, Meyer manteve-se na cama por mais alguns minutos, pensando no sonho e disposta a não 29


Lançados pela Editora Intrínseca, a série de livros da saga criada por Sthefenie Meyer é fenômeno de vendas no Brasil também.

esquecê-lo, e depois de resolver as atividades domésticas preementes, sentou-se ao computador para anotar tudo quanto lembrava do sonho. Os personagens, ainda sem nomes os como “ele” e “ela”. A partir daquele dia não houve sequer um dia em que a autora não sentasse em seu computador pra escrever algo, nos dias ruins eram poucas páginas, nos dias melhores escrevia capítulos inteiros, ou até mais de um. Dedicava-se mais durante a noite, horário que era menos interrompida, e ficava até tarde registrando tudo o que seus personagens lhe sopravam aos ouvidos: “Bella e Edward eram, bem literalmente, vozes em minha cabeça”, diz ela. Para não perder nenhuma idéia, passou a deixar um caderninho e caneta em sua mesinha de cabeceira, para tomar nota de qualquer idéia que lhe surgisse no meio da noite, anotando no escuro e encontrando dificuldade em entender sua própria letra pela manhã. Durante incansáveis três meses a autora respirava seu livro “Era nosso típico verão no Arizona, quente, ensolarado, quente, ensolarado e quente, mas, quando penso naquelas três meses, lembro-me da chuva e de coisas verdes e frias, como se eu realmente tivesse passado o verão na floresta de Olympic”. Emily, irmã de Stephenie era a única ciente do que estava acontecendo. Em Junho a autora começou a lhe enviar os capítulos, na medida que os concluíam, e Emily tornou-se, imediatamente, a primeira fã da nova trama que nascia, e 30

sempre procurava Meyer ansiosa por saber se tinha alguma coisa nova. Foi sua irmã quem sugeriu que Stephenie deveria tentar publicar Crepúsculo. Meyer estava ansiosa e surpresa por ter concluído um livro inteiro, depois de outras tentativas frustradas, pois a mesma já havia iniciado outros textos antes, mas não os tinha concluído. A OBRA A autora iniciou crepúsculo pela cena de seu sonho, a da campina, escrevendo deste ponto até o final, só então voltou-se para o início e dedicou-se a escrever até que as peças se encaixassem e se encontrassem, este processo durou três meses. Não foi de imediato a escolha do nome de seus personagens protagonistas, “Levei algum tempo para batizar a dupla anônima. Para meu vampiro (por quem eu me apaixonei desde o primeiro dia) decidi usar um nome que antigamente era considerado romântico, mas tinha perdido popularidade havia décadas. O Sr. Rochester, de Charlotte Brönte, e o Sr. Ferrars, de Jane Austen, foram os personagens que me levaram a lhe dar o nome de Edward. Experimentei seu formato e descobri que combinava.” Já a escolha da adolescente apaixonada não foi tão fácil assim, nenhum nome que lhe dava parecia bom o suficiente, depois de tempo o bastante para amá-la como a uma filha, Meyer decidiu lhe dar o nome que daria a sua filha, se a tivesse tido: “Isabella”.

Para os demais personagens sua escolha foi através de muita pesquisa, buscando os nomes em voga nas épocas em que eles provavelmente teriam nascido, e mesmo com a pesquisa, alguns nomes foram alterados durante o processo “Rosalie originalmente era “Carol” e Jasper era, no começo, “Ronald”. A autora afirma ter gostado mais dos nomes escolhidos, mas confessa que ainda se confunde e troca seus nomes pelos anteriores, confundindo quem lê seus originais. A escolha do lugar onde a trama se passaria não foi a toa, mas também lhe rendeu muita pesquisa, Stephenie sabia que precisava de uma cidade nublada e chuvosa, para que seu personagem Edward pudesse se relacionar com as pessoas durante o dia. Na internet a autora procurou pelo lugar com o clima mais adequado às condições que ela precisava, que fosse um lugar pequeno, e com poucos habitantes. Foi então que chegou à cidade de Forks, adorou o nome e as fotos que viu em sua pesquisa na internet. Pesquisou também as cidades aos redores e tomou conhecimento sobre a tribo Quileute existente em La Push, o que lhe pareceu atraente para incrementar a trama, desta forma decidiu: Forks seria o cenário para sua história. Depois de terminado todo o corpo do romance dedicou-se então aos epílogos. Escreveu muitos epílogos. Foi então que Stephenie percebeu que não deveria abandonar seus personagens tão prontamente. Assim deu início a uma seqüência que já rendeu quatro livros.


NNE ICE

RECURSORA

Anne Rice é a escritora de maior sucesso dentro do universo de vampiros do século passado. Ela nasceu em Nova Orleans em 4 de Outubro de 1941. Escolheu seu próprio nome, Anne, ainda na adolescência. E casou-se com o poeta e pintor Stan Rice. Anne Rice escreveu uma série crônicas vampirescas, cujo livro mais famoso é “Entrevista com o Vampiro”. E Anne revelou que o livro foi escrito em apenas uma semana, logo após a morte de sua filha por leucemia. Sua filha foi brilhantemente retratada como a personagem Cláudia, deste romance. Anne Rice inovou o gênero ao criar vampiros com uma vida interior rica. Com questionamentos filosóficos e uma elaborada apreciação estética e artística. Depois do surgimento de seus personagens, nunca mais os vampiros foram apresentados de maneira simplória. Em seus livros ela apresenta vampiros como indivíduos normais, com características pertinentes a de seres humanos. Vivendo paixões. Expressando sentimentos. Com defeitos e qualidades. Suas obras têm o mérito de não apelar, gratuitamente, como a maioria das produções de horror, para o recurso fácil da violência e do sangue gratuitos. Nos textos de Anne Rice, há muito do conflito entre humanidade e não-humano, sendo até mesmo esse o norteador do tormento de Louis de Ponte du Lac, um dos protagonistas da saga vampiresca, que foi interpretado pelo ator

Lestat: classe até bebendo seu drink preferido.

Brad Pitt no filme “Entrevista com o Vampiro”. LESTAT, O BELO VAMPIRO Lestat de Lioncourt é um personagem fictício que aparece em vários dos romances de Anne Rice. Ele é um vampiro, e o principal personagem, na maioria das Crônicas vampirescas, onde o mesmo é narrado em primeira pessoa. O segundo livro desta série narra a história do vampiro Lestat, um dos personagens mais carismáticos de Rice, a história transcorre desde seus dias como humano morando no castelo de seu pai, passando por seu encontro com o vam-

piro que o transformou, até o encontro com Akasha, rainha dos vampiros, com quem se relacionou. Como foi dito antes, os personagens vampiros de Anne Rice possuem uma característica muito forte, a humanização de seus sentimentos, desta forma Lestat é atormentado por questões filosóficas comuns, tais como “Seriam minhas ações boas ou más?”, “Existe um Deus?”, “Eu estou em Seu plano?”, “O que acontece depois da morte?”, “O que torna uma pessoa feliz?”. No espaço de apenas alguns séculos, Lestat torna-se um dos mais poderosos vampiros, apenas perdendo para os mais antigos, aqueles cuja idade se perdia através dos milênios. 31


Dois atores encarnaram de maneira memorável o temido Conde Drácula nas telas dos cinemas: Bela Lugosi, no grande clássico de 1931, e Christopher Lee (na página ao lado), nas produções da lendária Hammer.

Percebendo o grande filão que eram os vampiros no cinema, o alemão F. W. Murnau decidiu filmar Drácula. Ele bem que tentou um acordo com a família Stocker a respeito dos direitos autorais, mas não teve sucesso em sua empreitada. Assim sendo, foi obrigado a filmar uma versão própria em 1922, “Nosferatu – Uma Sinfonia do Horror”. É lógico que houve mudanças. O conde passou a se chamar Orlok, o país agora era a Alemanha e o ano, 1938. Foi então que surgiu um vampiro das trevas interpretado pelo ator Max Schreck. O filme era mudo e em preto-e-branco. Ninguém ouvia os gritos do vampiro, é óbvio, mas os da plateia, sim. Esse é um dos filmes mais assustadores de todos, principalmente pela concepção do personagem principal: careca, corcunda, dotado de orelhas pontudas e dentes incisivos salientes. 32

Aproveitando a onda, a Universal Pictures decidiu filmar em 1930 o verdadeiro Drácula. O personagem-título não seria mais tão horrível, pois o ator húngaro Bela Lugosi lhe conferia um sotaque refinado e aristocrático. Tratava-se de um vampiro inteligente e sedutor, além de ser muito educado. A partir daí, surgiu a capa preta, os caninos pontudos e o olhar sedento de sangue que se tornaram referência para as demais adaptações que o livro de Bram Stocker teve. O sucesso foi incontestável. Público e crítica aprovaram o movimento e a imposição de Bela Lugosi. A Universal filmou diversas continuações e o ator tornou-se o primeiro grande ícone do cinema de horror. O mesmo aconteceu com Robert Pattinson, quando ator e personagem viraram uma coisa só, gerando um vínculo confuso. No caso de

Bela Lugosi, esse estigma ele levou para a sepultura ao falecer em 1956. No entanto, os caninos permaneceram... Sentindo que o terror estava na moda, a Universal decidiu adaptar todos os monstros clássicos, como Frankenstein, O Lobisomem, a Múmia, O Fantasma da Ópera, só para citar alguns exemplos. O gênero fantástico virou uma mania popular e imortalizou atores como Boris Karloff e Lon Chaney Jr. A Universal, porém, pecou pelo excesso, pois extrapolou criando continuações de filmes com filhos, filhas e noivas para Drácula e disputas entre Lobisomens e Frankensteins, entre outras produções que não tinham nada a ver. Assim, o público daquela época, décadas de 30 e 40, ficou de saco cheio dessa overdose de terror. Terror que acabou virando comédia. A Universal não se deu por vencida e lançou “Budd Abbott & Lou Costello Encontram Frankenstein”, em 1948. Depois foi a vez de “Encontram Boris Karloff ”, em 1949. Em seguida, o “Encontram o Homem Invisível”, filme de 1951. Aí


veio o “Encontram a Múmia”, em 1955. Na década de 70, mais precisamente no ano de 1974, a 20th Century Fox lançou “O Jovem Frankenstein”, de Mel Brooks, estrelado pelo hilariante Gene Wilder. O SANGUE GANHA COR A Era Technicolor chegou e o público agora podia ver o sangue escorrendo em cores. Mas as coisas não ficaram só nisso. A produtora inglesa Hammer conseguiu os direitos para filmar Drácula em 1958 e outros personagens do gênero horror da Universal. Para retomar a exploração desse filão era necessário cativar a plateia masculina e, por isso, precisavam aumentar a sensualidade e o erotismo. Então, o que se viu a partir daí foram mulheres lindíssimas, pescoços branquinhos e decotes pra lá de provocantes. As paisagens dos cenários sofreram modificações. Muito do que era realizado em estúdio passou a ser feito em locação, ou seja, ao ar livre. Assim como aconteceu com os grandes astros do passado, como Boris Karloff e Bela Lugosi, os novos atores Christopher Lee (Drácula) e Peter Cushing (Van Helsing, o Caçador de Vampiros) viraram ícones do cinema de terror. A TECNOLOGIA SE APRIMORA Chegamos à década de 80 e percebemos que a tecnologia não parava de evoluir. O cinema agora estava na era dos efeitos especiais. Então, era hora de deixar o passado para trás e criar novos vampiros que vivessem no presente. No lugar de velhos castelos sombrios, os vampiros agora estavam circulando – e atacando – em cidades grandes. A trilha sonora de antes era quase toda ela baseada em música clássica; agora, não: é rock da pesada. Os atores tornaram-se mais jovens e belos. E essa época é marcada por três filmes: “A Hora do Espanto” (1985), “Garotos Perdidos” (1987) e “Deu a Louca nos Monstros” (1987). Ainda na década de 80, aparece no ci-

nema um novo tipo de vampiro, o atormentado, um vampiro que nada mais é que o reflexo do homem moderno: um cara cheio de minhocas na cabeça, inacabado e às vezes deprimido pacas. Um dos primeiros filmes desse tipo surgiu em 1987. Era o “Quando Chega a Escuridão”, dirigido pela cineasta norte-americana Kathryn Bigelow. O filme conta a história de amor entre uma vampira e um carinha do interior. Outro exemplo digno de confiança é a adaptação do livro de Anne Rice, “Entrevista Com o Vampiro”, de 1994. O tímido e tristonho vampiro Louis narra para uma jornalista tudo o que de ruim lhe aconteceu desde que foi mordido há 200 anos. Outra produção, desta vez mais recente, que deve ser lembrada é “Deixe Ela Entrar”, de 2008. É um filme sueco que conta o drama de uma amizade delicada entre dois jovens. São eles: Oskar, um menino esquisito e solitário, que é constantemente humilhado na escola, e Eli, uma vampira que vive para sempre com 12 anos de idade. Algo bem inovador, não é mesmo?

isso, mostrou o estúdio de filmagens de 1922 sendo aterrorizado por um vampiro real. O monstro em questão era o próprio ator Max Schreck, interpretado por William Dafoe. É nessa onda que aparecem os vampiros armados que usam espadas de samurai ou potentes pistolas automáticas no filme “Blade – O Caçador de Vampiros” (1998). Wesley Snipes interpreta um guerreiro vampiro que sai caçando outros vampiros de sua espécie em um mundo totalmen-

AGORA, A DÉCADA DE 90 Em 1992, Francis Ford Coppola filmou “Drácula, de Bram Stocker” e, assim, fez uma homenagem ao personagem, principalmente no que dizia respeito ao roteiro, cenários, efeitos e cores. Ele tinha a intenção de que o filme se parecesse a uma produção das antigas, como se fosse um retorno ao passado. Seguindo a linha vieram, anos depois, “Frankenstein”, dirigido por Kenneth Branagh, e já no final da década, em 2000, foi a vez de “Nosferatu” ganhar uma homenagem com o filme “A Sombra do Vampiro”. Essa produção mesclou personagens reais e ficção. Fora

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te dominado por criaturas noturnas. Esse tipo de filme de ação, onde os protagonistas são vampiros, se repete na trilogia iniciada com “Anjos da Noite”, em 2003, mostrando uma guerra sem fim entre vampiros e lobisomens. Eles usam os dons sobrenaturais que já possuem e todo tipo de arma em suas lutas. Dando uma volta no passado, retornamos a 1971, quando o cineasta Jess Franco filmou uma versão meio erotizada de Drácula, intitulada “Vampyros Lesbos”. A história é de uma advogada de Istambul, na Turquia, que é enviada Em 1979 Werner Herzog faria uma homenagem ao grande clássico realizado em 1922 por F.W. Murnau (acima), com Klaus Kinski interpretando o vampiro Nosferatu.

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para um castelo com o propósito de organizar documentos de uma herança. Só que o dono do castelo é ninguém menos que o próprio Drácula e a herdeira é a bela condessa Nadine Carody. O óbvio ocorre e a advogada não consegue resistir à jovem condessa e acaba sendo mordida numa caliente noite de amor. Dias depois, a vítima está em um sanatório, mas continua recebendo visitas da linda condessa em sonhos eróticos lésbicos. Agora, vamos para 2008 quando foi lançada a comédia “Matadores de Vampiras Lésbicas”, que retrata uma pequena vila no interior da Europa que padece de uma maldição de muitos séculos: todas as mulheres do local são escravizadas por vampiras lésbicas, mas isso até a chegada de dois nerds que estão atrás de mulher... Dando um passinho para trás no tempo, vamos parar em 2001 e falar do filme “Jesus Christ Vampire Hunter” (Jesus Cristo Caçador de Vampiros), que conta a história de alguns vampiros que estão exterminando com a população de lésbicas no planeta. Então, Jesus Cristo vem a Terra para caçar esses vampiros, só que as coisas acontecem na base de golpes de kung-fu!

Pode uma coisa dessas? Indo mais para trás no tempo, em 1987, o cineasta Ivan Cardoso filmou “As Sete Vampiras”, escrito por Rubens F. Luchetti, onde a mulher de um botânico é mordida por uma planta carnívora e vira vampira. Em seguida, ela produz um show de terror erótico que levava o nome de “As Sete Vampiras”, ao passo que o detetive Raimundo Marlou, interpretado por Nuno Leal Maia, entre mil e uma trapalhadas, investiga uma série de assassinatos que estão acontecendo nas proximidades do local. Como vocês podem ver, os vampiros, desde que chegaram, não quiseram mais ir embora. De tempos em tempos surge uma série ou um filme que trata de vampiros. O público, como sempre, aplaude, assim como aconteceu na televisão nas novelas “Vamp”, de 1991, escrita por Antônio Calmon, e “O Beijo do Vampiro”, de 2002, de autoria do mesmo Calmon. É um assunto que parece nunca se esgotar. Pelo contrário, a cada série ou filme que surge sobre vampiros existe sempre uma novidade. Crepúsculo é um ótimo exemplo disso e agora a torcida é para que Lua Nova emplaque e seja mais um campeão de bilheteria. É, os vampiros ainda permanecerão um bom tempo entre nós. Não dá para resistir a eles, não é mesmo?


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