UNIÃO BARBARENSE 101 ANOS

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UNIÃO BARBARNESE

101 ANOS O TODODIA publica nesta edição suplemento es pecial de 32 páginas com 101 tópicos sobre os 101 anos do Leão da 13. O caderno lembra títulos, cra ques e conta curiosidades do clube de Santa Bár bara d’Oeste. Nas fotos, comemoração pela con quista da Série C em 2004, bola do título da terceira divisão de 1967, troféu do primeiro título, em 1946, e o artilheiro Zé 21, o maior do profissionalismo.

MATÉRIA DOS CENTENÁRIO DO UNIÃO DO TODODIA ATUALIZADA PARA 2015




002 Conquistas sem títulos

005 A fundação

A

U

lém dos títulos que valeram acesso, o União se orgulha também de outras conquistas, que se não valeram o título, significaram o acesso de divisão. Estes casos ocorreram em 1990 e 1997 (vice-campeão da 3ª divisão do Paulista), 2008 (4º lugar na 3ª divisão do Paulista) e 2012 (vice-campeão da 2ª divisão do Paulista). O Leão da 13 ainda foi vice-campeão da Copa Coca-Cola, precursora da Copa Paulista, em 2001.

003 As sedes O

União teve várias sedes ao longo de seus 100 anos. A primeira delas foi na Rua Santa Bárbara, 6, no Centro da cidade. Lá permaneceu até o início de fevereiro de 1922.

004 O patrono A

ntonio Lins Ribeiro Guimarães (à dir.), nascido em Escada (PE), era tesoureiro do clube até que em 29 de junho de 1920 foi eleito presidente. Casou-se em Santa Bárbara com a professora Afrina Silveira, com quem teve seis filhos. Permaneceu no comando do clube por bastante tempo, com alguns períodos de licença (em 1926 e 1929). Até que em 31 de outubro de 1931, já adoentado, veio a falecer. Pelos serviços prestados ao União passou a dar nome ao estádio do clube em 2 de outubro de 1938.

m grupo de 25 pessoas se reuniu ao meio-dia do dia 22 de novembro de 1914 no Edifício do Theatro, no Centro de Santa Bárbara, para fundar o União Foot-ball Club, primeira denominação do clube. Os fundadores foram José Benedicto Dutra, Sábato Ronsini, Antonio Martins Cruz, José Cruz, Dante Tortelli, Amadeu Tortelli, An tonio Rangel, Francisco Castioni, João Cândido Rangel, Luiz Miller, José Bento Ribeiro, Torquato Rodrigues, José Auto de Godoy, Olympio Auto, Luiz Auto, Benedito Faustino, Francisco Buck, Carlos Martins Nielsen, Nery Fanti Nielsen, Cyro Martins, João Amaral, José Roque, Lázaro Domingues, José Jacintho Ribeiro e José Augusto de Camargo, este o primeiro presidente do clube.

006 Os nomes

F

undado como União Foot-ball Club, em 1918 o clube virou Athlético Barbarense Foot-ball Clube. No ano seguinte, já era o Sport Club Athlético Barbarense. Em 1920, virou Sport Club União Agrícola Barbarense, após fusão com o 7 de Setembro, clube local. Até que ainda naquele ano, em 4 de julho, o clube ganhou a denominação que tem até hoje: União Agrícola Barbarense Futebol Clube.

007 Alvinegro

para sempre O

dia 23 de abril de 1920 entrou para a história do Alvinegro com a definição do branco e do preto como cores oficiais de seu uniforme. A definição ocorreu em reunião da diretoria, presidida pelo Capitão Waldomiro Pierrotti.

008 A inclusão do Agrícola O

União passou a ter o “Agrícola” em seu nome quando se fundiu com o 7 de Setembro de Santa Bárbara, em 1920. O primeiro era o clube da cidade. O segundo, tinha sede na Fazenda São Pedro, em terras da Usina Santa Bárbara. O então tesoureiro do União (ainda Athlético Barbarense), Antonio Lins Ribeiro Guimarães, -su geriu a inclusão do Agrícola, que acompanharia depois para sempre o nome do clube.

009 Do União ao Corinthians W

ilson Garrido (à dir.) começou a carreira no União em 1940. Seis anos depois, seguiu para o Corinthians, onde apenas treinou até acertar com o Ypiranga, famoso clube da Capital paulista. Logo em seguida defendeu a Ponte Preta e em 1948 voltou a Santa Bárbara para defender novamente o União, o Cillos e o Paulista. Jogou depois na várzea barbarense. Já é falecido.


05

010 Os campos do União O

União mandou em seus primeiros anos de vida suas partidas no Centro da cidade, em um campo onde era a Fepasa e em outro no Largo São Benedito, onde funcionaram as empresas Coftesba, Cervone e Campo Belo. Até que em 22 de maio de 1921, na vitória sobre o Concórdia de Campinas por 3 a 1, o clube inaugurou a sua Praça de Esportes, na Rua 13 de Maio. Abaixo, o -Está dio Antonio Lins Ribeiro Guimarães e, ao lado, lembrança do jogo inaugural imortalizada no local.

011 Longe de casa O

primeiro jogo contra um time de fora do Estado de São Paulo aconteceu em 1932, contra o Aviação Naval, do Rio de Janeiro, e terminou com a vitória barbarense por 4 a 2.

012 Deu

pena... A

maior goleada da história do União aconteceu em 10 de julho de 1948, 12 a 0 sobre o Velo Clube. Os gols do Leão da 13 foram de Geraldinho Silva (4), Nelsinho Valente (3), Suzana-Oscar Ramos (3) e Zé Gusmão (2).

013 Profissionalizado O

ponta-esquerda Antonio Leme foi o primeiro jogador a atuar no União e depois se profissionalizar, em 1929, atuando no Guaxupé (MG). Ele retornou ao Leão da 13 em 1930 e em seguida foi emprestado ao XV de Piracicaba (à esq.). Atuou também no Estudantes de São Paulo e no São Paulo, onde foi vice-campeão paulista de 1939. Chegou à seleção paulista e encerrou a carreira no clube que o revelou. Torcedor do São Paulo (à dir.), é o último agachado à direita na foto abaixo.


014 O primeiro craque C

onsiderado o primeiro jogador de maior destaque da história do União, Antonio Pedroso (primeiro agachado à esquerda na foto ao lado) atuava como centroavante e meia-es querda. Foi jogador do Leão da 13 entre 1918 e 1939. Os antigos contam que ele teve várias propostas para deixar a cidade, mas nunca aceitou, disputando apenas partidas amistosas por outros clubes, como era comum à época. Era lavrador.

015 O primeiro título A

primeira grande conquista da história do União foi do Campeonato da Liga Barbarense de Futebol, em 1946. Na foto abaixo aparecem em pé o diretor Alemão, Lauro Binhotto, Samuel Trapnauskas, Anselmo, Avelino Agnese, Flávio Sans, Waldemar Lopes e Antonio Paradella (presidente). Agachados: Fausto Lino, Carioca, Pipoca, Wadi Baruque e Aragão. Ao lado, a taça da conquista.

016 Raio na arquibancada V

ocê sabia que o Estádio Antonio Guimarães já foi palco de uma grande tragédia? Os jogadores do União treinavam em 3 de março de 1946 quando um raio atingiu a arquibancada, matando o pedreiro Antonio Traversin e o jornaleiro José Daures. Outros 12 torcedores ficaram feridos.


017 A pior derrota E

sta é uma marca praticamente impossível de cair: em 31 de março de 1946 o União sofreu a pior derrota de sua história. Pelo primeiro turno do Campeonato Paulista Amador do Interior, o Leão da 13 perdeu para o XV, em Piracicaba, por 16 a 0.

em 1947

em 1948

N

o ano em que a Federação Paulista de Futebol criou uma divisão profissional logo abaixo da principal, que era disputada pelos grandes clubes (ainda sem direito a acesso), o União optou por seguir no amadorismo.

020 Vestiários

inaugurados O

Antonio Guimarães ganhou vestiários de alvenaria em 8 de janeiro de 1950. O vestiário do União era o maior deles, um menor servia os visitantes e um ainda menor foi erguido para o trio de arbitragem.

022 A queda do presidente O

União já teve um presiden te que caiu. Foi em 1955, quando o clube atravessava sérios problemas financeiros, o que aca bou levando à saída do comerciante Carlos Narny Moura da presidên cia. Xisto Sans, ex-presidente do clube, assumiu o cargo.

024 Brandão ou Zé Preto B

019 Campeão

018 Amadorismo

randão para o Brasil. Zé Preto para Santa Bárbara. José Cândido de Campos começou na várzea barbarense e em 1958 já atuava no juvenil do União. Não demorou para chegar no time de cima e ser negociado com o Santos, em 1960. Depois defendeu Grêmio, Ferroviária e Milionários (Venezuela) até voltar a vestir a camisa unionista. Encerrou a carreira no Palmeiras de São João da Boa Vista. Disputou os Jogos Olímpicos de Roma pela Seleção Brasileira e foi treinador do União.

C

om a desistência do Cillos FC, campeão da Liga Barbarense, de disputar o Campeonato Amador do Setor de 1948, o União herdou a vaga e não fez feio, conquistando o título de sua região.

021 Mistão do Santos O

União enfrentou pela primeira vez um dos quatro grandes de São Paulo em amistoso em Santa Bárbara no dia 30 de maio de 1954. O Peixe jogou com seu time misto e venceu por 3 a 2. No mesmo dia, o Santos, com seu time principal, empatou amistoso contra o Guarani em 0 a 0, na estreia do ponta Pepe.

023 Campeão em 1957 A

Taça Cidade de Santa Bárbara foi criada em 1951 pela Liga Barbarense e só era disputada por clubes da cidade. O União conquistou pela primeira vez o torneio em 1957, com dois irmãos atuando juntos, o ponta Nilson (na foto abaixo, à esq.) e o goleiro Darcy (à dir.), ambos Furlan.


08

025 A primeira licença A

crise financeira que teve início em 1955 fez com que o presidente Xisto Sans pedisse, no ano seguinte, licença das competições da Federação Paulista de Futebol e da Liga Barbarense. O time seguiu entrando em campo, mas apenas em amistosos.

026 O hino A

tendendo a um pedido do ex-presidente Xisto Sans, José Dagnoni escreveu a letra do hino do Leão da 13, que depois ganharia a música da professora Hermosa Haddad Baruque Murbach. A letra foi publicada no Jornal D’Oeste pela primeira vez em 15 de novembro de 1959.

027 Campeão em 1961 O

União voltou a ser campeão da Taça Cidade de Santa Bárbara em 1961, ao derrotar a Internacional local por 2 a 0 no Estádio Luzinho Cervone, na Rua Santa Bárbara. Os gols foram de Nilson Furlan e Valter Forti.

028 Arquibancada coberta O

Antonio Guimarães ganhou seu primeiro lance de arquibancadas cobertas, em concreto, em 1961. Lá cabiam 860 pessoas. As obras tiveram início no ano anterior e chegaram ao fim sob a presidência de Pedro Récchia.

029

Mistão do Timão O

Corinthians, que mandou seu time misto para Santa Bárbara, fez um amistoso beneficente contra o União em 2 de setembro de 1962, vencendo por 3 a 2 (no mesmo dia, os titulares do Timão batiam o Noroeste por 5 a 1). A renda foi destinada para a Assistência Social da Igreja Matriz de Santa Bárbara.

030 Tricampeão em 1963 P

ela terceira vez em sua história o União levantou o título da Taça Cidade de Santa Bárbara, em 1963. Foi a última edição da história do torneio e também o último ano do Leão da 13 no amadorismo.


032 031 Visita de campeões Pé na O

São Paulo fez uma excursão internacional no início de 1964, mas alguns atletas ficaram por aqui e foram eles que seguiram para enfrentar o União Barbarense, em 16 de fevereiro de 1964, em Santa Bárbara. O União, que se preparava para disputar a quarta divisão paulista, perdeu por 6 a 2. O campeão mundial de 1958 De Sordi jogou. O técnico da Seleção na Copa da Suécia, Vicente Feola, também esteve em Santa Bárbara.

034 Do União à Seleção O

barbarense Luís Guassi, que havia acabado de ser lançado no time de cima do União, não demorou para ser contratado pelo Guarani e, logo depois, chegou à Seleção Brasileira Pré-Olímpica, em 1968. Começou na Internacional barbarense e defendeu também Vasquinho de Americana e Juventus. Teve rápida passagem pelo Palmeiras.

E

m 21 de junho de 1964, pela primeira vez os profissionais do União deixaram o Estado para jogar - derrota por 1 a 0 para a Caldense, em Poços de Caldas (MG). No amadorismo o Leão da 13 já havia jogado fora do Estado.

O

União jogou sua primeira partida no profissionalismo em 16 de agosto de 1964. Pela quarta divisão do futebol paulista, o time perdeu para o Alumínio por 3 a 1. Mané de Campos é o autor do primeiro gol profissional do Leão da 13.

035 Acesso por convite O

primeiro acesso da história do União foi por convite. Após chegar à segunda fase da quarta divisão de 1966, que foi disputada até 1967, o União foi convidado pela Federação Paulista de Futebol a disputar a terceira divisão no ano seguinte.

037 Luz acesa A

estrada

033 Enfim, profissional

pós testar os refletores do Antonio Guimarães em amistoso contra a Internacional de Santa Bárbara (vitória por 2 a 0) em 2 de dezembro de 1966, o União inaugurou oficialmente a iluminação do estádio em 24 de maio de 1967, na derrota para a Ferroviária por 2 a 1.

036 O clube social F

oi em 1968, ano da estreia do União na Segundona, que o clube iniciou a construção de seu clube social, ao lado do estádio. A primeira piscina do União foi inaugurada no dia 1º de maio de 1970, entregue aos sócios pelo presidente Casemiro Alves da Silva, o Pinguim. Pouco tempo depois foi inaugurado o minicampo.


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038 Campeão na pista D

epois do acesso por convite em 1966, o União fez bonito e logo em sua estreia na terceira divisão do futebol paulista conquistou o título. Na rodada final do quadrangular decisivo, em Araraquara, o União bateu o Fernandópolis por 3 a 0, gols de Catula, Odair Bussollini e Zé 21. Como não tinha conhecimento do outro resultado da rodada, o Leão da 13 só soube que era campeão na estrada, através de emissoras de rádios. A festa aconteceu na chegada a Santa Bárbara, na Avenida Monte Castelo, em frente à casa do diretor do clube Alcindo da Rocha, o Zinhão, que morreu dias antes do centenário, em 27 de outubro deste ano. Ao lado, a bola do jogo. Abaixo, os jogadores na partida de entrega das faixas após o União ganhar a 3ª Série do campeonato (nesta noite, em 31 de outubro de 1967, União e XV empataram em 1 a 1).

A CAMPANHA Causb 2 x 4União União 2 x 1 ABC de Rio Claro Usina Amália 3 x 2União União 4 x 0 Rigesa Velo Clube 2 x 0União União 3 x 0 Portuguesa de Serra Negra Araras 0 x 2União União 3 x 1 Pirassununguense União 5 x 1 Causb ABC de Rio Claro 1 xUnião 1 União 5 x 0 Usina Amália Rigesa 0 x 0União União 2 x 0 Velo Clube Portuguesa de Serra Negra 0 x União 1 União 3 x 1 Araras Pirassununguense 2 x 2União União 2 x 1 Volkswagen São Bento de Marília 1 xUnião 1 União 3 x 0 Fernandópolis Números 19J – 13V – 4E – 2D – 45GP – 16GC Artilheiro Chicão Preto (16 gols) Quem mais jogou Ditinho Flecha e Joca (19 jogos) Técnico Carlos Verginelli Neto, o Lilo


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039 O mascote

O

Leão foi adotado como mascote oficialmente em 1967, por sugestão do diretor Alcindo da Rocha, o Zinhão, e do presidente Casemiro Alves da Silva, o Pinguim. A história começou após uma vitória sobre a Portuguesa de Serra Negra por 1 a 0, com o surgimento da expressão “esses torcedores são uns leões”, em referência à torcida do União que esteve em Serra Negra. Virou então o Leão da 13, em referência à Rua 13 de Maio.

041 A pedrada

040 Silvio Luiz no apito A

pós um acesso por convite e um acesso como campeão em anos seguidos, o Leão da 13 disputou sua primeira partida na Segundona paulista em 30 de junho de 1968. Em São Caetano do Sul, o Leão da 13 fez 3 a 1 sobre o Saad, com direito a gol de bicicleta de Renato, que ainda fez mais um - Zé 21 fez o outro. A partida teve arbitragem de Silvio Luiz, que faria sucesso depois como narrador esportivo.

A

primeira partida por uma divisão do Campeonato Paulista entre União Barbarense e Ponte Preta, em 15 de setembro, não terminou. Pelo segundo turno da primeira fase da Segundona de 1968, os rivais se enfrentaram em Santa Bárbara em jogo que foi interrompido aos 23min do primeiro tempo, sem gol. O árbitro Antonio Carlos Gomes suspendeu a partida após um torcedor acertar uma pedrada na cabeça do bandeirinha Pedro de Falco. Segundo o jornal Diário do Povo, “no mesmo instante um caramuru atirado das sociais atingiu o jogador Fandão na cabeça. Aí o jogo acabou”. Fandão era do União. O jogo foi remarcado para 16 de novembro, em Piracicaba, e terminou 0 a 0.

042 Rivalidade local S

anta Bárbara teve nos anos 60 quatro clubes disputando divisões do Campeonato Paulista, mas a partir de 1969 só o União Barbarense passou a representar a cidade. O Causb (ao lado) parou em 1967 e Palmeiras da Usina Furlan (acima) e Internacional (no meio) seguiram apenas até 1968.


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043 Capitão Ademir U

m dos zagueiros titulares do Corinthians na final do histórico Campeonato Paulista de 1977, Ademir Gonçalves começou na escolinha de Legório no União Barbarense, em 1958. Subiu ao profissional já aos 17 anos, como meia ou atacante. Virou zagueiro em 1967 e logo seguiu carreira no XV de Piracicaba. Em 1971, o XV o emprestou de volta ao União e em 1972 ao Corinthians, que o contratou em definitivo (na foto abaixo, ele assina contrato com o Timão). Jogou ainda por Guarani, Pinheiros (PR) e São José até que, em 1983, voltou para encerrar, no ano seguinte, sua carreira no clube que o revelou.

“Fui jogador, torcedor, conselheiro, diretor e até técnico. Fui tudo no União, só não fui presidente, que meu pai foi, Lázaro Gaspar Gonçalves, na década de 50. Tenho minha história toda ela próxima ao União, nunca me desliguei, sempre estive por perto, acompanhando de alguma forma, até como comentarista na rádio. Minha vida é quase toda ela ligada ao União, acho que desde 11 anos, quando ainda jogávamos descalços. Me profissionalizei no União. Talvez poucos estejam se lembrando que o União está comemorando o centenário, mas também 50 anos de profissionalismo. Em 1964 me profissionalizei junto ao primeiro grupo do União, não era titular, mas fazia parte. Em 1967 fui campeão com o União, no primeiro título do clube com o futebol profissional, o da 2º Divisão da época (equivalente à 3ª Divisão). Comecei e encerrei a carreira no União. Eu tinha um sonho, e que foi realizado, de encerrar a carreira jogando pelo União. Depois fui diretor, conselheiro e técnico em 1992, num período curto, de final de campeonato, por 35 dias” ADEMIR GONÇALVES

044 Freguês

045 Parceiro do rei

C

C

om o Rio Branco de licença das competições oficiais, um dos grandes rivais do União era o Vasquinho, que depois viraria AEC (Americana Esporte Clube) e faria uma fusão com o Rio Branco em 1979. O primeiro duelo entre União e Vasquinho pelo Paulista foi na Segundona de 1969, e o Leão da 13 fez 2 a 1. Apenas em 28 de março de 1971, depois de 13 jogos (pouco mais de dez anos), entre amistosos e por competições, o União perdeu pela primeira vez para o Dragão de Americana, por 3 a 0.

046 De licença P

ela segunda vez em sua história - a primeira no profissionalismo - o União pediu licença das competições oficiais em 1972. Sob o comando do presidente Luís Padoveze, o clube passava por problemas financeiros. Voltaria a disputar o estadual apenas em 1973.

arlos de Jesus Euzébio jogou na base de União Barbarense e Ponte Preta até que em 1969 estreou no time de cima do Leão da 13. Teve rápida passagem pelo Vasquinho, de Americana, e seguiu carreira no Santos, onde jogou ao lado de Pelé no título paulista de 1973. Em 1974 seguiu carreira no futebol mexicano. Retornaria depois a Santa Bárbara, inclusive para trabalhar no União. Morreu em acidente de carro em 2010.


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047

Boa campanha 048 Briga com a FPF 049 Nova A reestruturação O

Lei do Acesso estava suspensa pela Federação Paulista de Futebol, mas a Segundona continuava sendo disputada normalmente. Em 1975, o União fez até então a sua melhor campanha na competição, chegando ao terceiro lugar. Ficou atrás apenas do campeão Santo André e do vice Catanduvense. O destaque daquele time era Rinaldo (acima), ex-Palmeiras e Seleção Brasileira.

ano de 1977 é triste na história do União. A Federação Paulista de Futebol criou a Divisão Intermediária naquele ano, que na prática era a Segundona, mas não incluiu o União, que assim passaria a jogar a Terceira Divisão. O clube entrou na Justiça Comum por uma vaga na Intermediária e o resultado foi o rebaixamento administrativo do clube à última divisão do Estado. Assim, teve de recomeçar em 1979 na equivalente à Quinta Divisão do Estado.

U

ma nova reestruturação no futebol paulista desta vez fez justiça ao União. Em 1980, a Federação Paulista recolocou o União na Segundona, após o time disputar a Quinta Divisão na temporada anterior e ser eliminado pelo Angatubense.

050 As finais de 1980 D

e volta à Segunda Divisão em 1980, o Leão da 13 não fez feio. Em um campeonato no qual chegou a golear o rival Rio Branco por 4 a 1 (na foto, o gol olímpico de Agenor nesta partida), o União chegou até o quadrangular decisivo, que à época era disputado no Pacaembu. O União terminou em terceiro, à frente do Aliança e atrás do campeão São José, único a subir, e do vice Catanduvense.

051 Do União ao Palmeiras O

ponta-direita Barbosa (abaixo) foi o primeiro jogador revelado pelo União Barbarense a seguir carreira no Palmeiras. Piracicabano, ele se profissionalizou no União em 1980 e no ano seguinte foi emprestado ao Verdão, que depois o comprou em definitivo.

052 Confusão na Vila A

primeira vez que o União pisou no gramado da Vila Belmiro foi em 11 de novembro de 1980, para um jogo-treino contra o Santos, que se preparava para a decisão do Campeonato Paulista. E o União assistiu a uma verdadeira confusão, com o ponta santista Nilton Batata partindo para briga com um torcedor que o ofendia. Em campo, mesmo jogando mal, o Santos fez 3 a 1. O Peixe perderia o Campeonato Paulista para o São Paulo

053 Estreia

internacional F

oi contra a Arábia Saudita, em 3 de setembro de 1981, o primeiro jogo internacional da história do União, que venceu por 5 a 2 a seleção comandada por Rubens Minelli, no Antonio Guimarães. O grande nome da partida foi Gersinho, autor de dois gols. Biquinha, Django e Edson completaram a goleada.


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054 055 Passando O XV e o Dulcídio pelo Mogi O O

União fez grande campanha na Segundona de 1983 e em uma decisão emocionante faturou o título do primeiro turno de seu grupo, diante do Mogi Mirim. Em jogo-extra disputado no Brinco de Ouro, em Campinas, o União saiu perdendo, gol de Beto, mas conseguiu a virada com gols de Marquinhos Gozzi e Gersinho, em 14 de julho. Uma partida inesquecível para o torcedor.

já falecido Dulcídio Wanderley Boschilia causa irritação até hoje na torcida do União. Em 9 de outubro, o União enfrentou o XV em Piracicaba pelo segundo turno de 1983. O empate daria ao União o título do returno. Como havia vencido também o primeiro turno, se classificaria direto para o quadrangular final. O jogo estava 1 a 1 e Dulcídio estendeu o segundo tempo até os 49min, quando o XV fez o segundo. XV e União então voltaram a se enfrentar nas finais do grupo e o time de Piracicaba fez 2 a 1 (foto à esq.) e 2 a 0. Abaixo, o time da derrota por 2 a 0 - em pé, Ademir Gonçalves, Márcio Cavinatto, Gilberto Cazarin, Agenor Sábio, Rubinho, Caíca e Edson de Oliveira (preparador físico); agachados, Mazolinha, Gersinho, Miranda, Coquinho e Fernandão.

056 Quase... de novo E

o União bateu na trave mais uma vez na Segundona de 1984. Chegou de novo ao quadrangular final, mas na rodada decisiva já não dependia apenas de suas próprias forças. A derrota para o Noroeste por 1 a 0, em Jaú, acabou com as esperanças barbarenses. O União de novo terminou em terceiro, à frente do Vocem e atrás dos dois que subiram, o campeão Noroeste e o vice Paulista.

057 Do hospital

para o dérbi 1

0 de outubro de 1984. Data do único dérbi até hoje disputado no Centro Cívico, em Americana. O volante Fio (ao lado), do Leão da 13, estava internado, mas teve alta e seguiu do hospital direto para a partida, que terminou 1 a 0 para o União... gol de Fio.

058 Ídolo Gersinho C

ampeão brasileiro pelo Guarani em 1978, Gérson Sebastião Moyses, o Gersinho (ao lado), chegou no ano seguinte à Seleção Brasileira olímpica. Com esse currículo, defendeu o União Barbarense na Segundona de 1980 e 1981 por empréstimo. Depois de jogar no Paulista, foi novamente emprestado ao União, que em 1983 pagou 4 milhões de cruzeiro para tê-lo em definitivo. Foi ídolo no clube. Defendeu também Ponte Preta e Vasco antes de seguir para o futebol português.

059 Uma guerra: União x União U

nião Barbarense e União São João travaram uma verdadeira guerra por uma vaga no quadrangular final da Segundona de 1986. Sob forte chuva, em casa, o União venceu a primeira, 2 a 1. A equipe de Araras devolveu os 2 a 1 na volta, em jogo com gol nos acréscimos e uma grande briga de jogadores do Leão da 13 com torcedores. Um jogo-extra foi marcado para o Limeirão e os barbarenses venceram por 1 a 0, gol de pênalti no final da partida, de Coquinho.


060 A Tusb

A

maior e mais tradicional torcida organizada do União é a Tusb (Torcida Uniformizada Sangue Barbarense), fundada em 1984 por Carlos Dalberto Festa e Gilson da Silva Gomes, o Gilsão. A torcida “estreou” em 11 de novembro de 1984 na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras de São João da Boa Vista, resultado que colocou o União no quadrangular final da Segundona, diante de 3,9 mil torcedores.

061 Batendo na trave P

ela quarta vez nos anos 80, o União disputou as finais da Segundona, em 1986. Desta vez ficou na quarta posição, assistindo à festa do campeão Bandeirante e do vice Noroeste, que subiram. O São Bernardo terminou em terceiro.

063 Enroscado em 1987 D

epois de bater na trave várias vezes, o União viveu um triste 1987. Com novas mudanças no futebol paulista, ficou definido que a primeira fase da Segundona classificaria para a Divisão Intermediária de 1988, que estava sendo recriada. Na prática, quem não se classificasse para a Intermediária teria de disputar a Terceira Divisão em 1988. O União foi mal e amargou o “rebaixamento”.

062 Facada

na bola E

m 20 de setembro de 1987, o União jogava a repescagem da Segundona, após a não classificação na primeira fase. O rival era a Saltense, que vencia por 3 a 1. Irritado, o torcedor Nivaldo Surge, que já havia jogado pelo clube, pulou o alambrado e, com um estilete, cortou a bola, devolvendo-a aos jogadores, já murcha. Era um protesto contra o mal futebol do Leão da 13.


A

primeira vitória do União em um campeonato profissional sobre o Rio Branco ocorreu em 21 de setembro de 1980, 4 a 1. Um gol até hoje é lembrado pelos barbarense, o de Agenor (que mais tarde defenderia o Rio Branco). Foi olímpico. Ao lado, ele (ao centro) comemora o gol com Flavinho (à dir.) e Mavile (à esq.).

S

e você acha que pelo menos no Décio Vitta, sua casa, o Tigre leva vantagem, engana-se. Foram nove vitórias do Tigre, dez empates e nove vitórias do Leão da 13, com 28 gols para cada lado.

P

ela primeira divisão paulista o União também venceu mais, seis vezes, contra quatro derrotas e dois empates. E pela Série C do Brasileiro o União também leva vantagem, com três vitórias, um empate e duas derrotas. Quer mais? Pela Copa Paulista (somando o nome antigo, de Copa Federação Paulista), o Rio Branco venceu apenas uma vez em dez jogos. O Leão da 13 faturou sete.

A

primeira vez os rivais jogaram valendo taça foi em 2 de fevereiro de 1930, em Santa Bárbara d'Oeste. Uma taça de prata foi oferecida por um torcedor ao vencedor da partida. E deu União, 1 a 0.

N

os anos 80, o Rio Branco viu duas vezes as suas chances de classificação chegarem definitivamente ao fim na Segundona após derrotas para o União: em 1981, o União venceu por 1 a 0, em casa. E em 14 de outubro de 1984 fez 3 a 1, novamente em casa, para acabar de vez com o sonho do rival.

N

o único mata-mata disputado entre os rivais, deu... União. Foi no Brasileiro da Série C de 2004. Na ida, 2 a 0 em Americana. Na volta, para não deixar dúvidas, 3 a 1 em Santa Bárbara, com direito a um golaço de Chico Marcelo. O Tigre ainda tentou melar a classificação do União alegando irregularidade na escalação de Du Lopes. Em vão. O União seguiu em frente e foi campeão.

O

primeiro jogo da história do União na elite do futebol paulista foi um dérbi. Em 24 de janeiro de 1999, ônibus e mais ônibus deixaram Santa Bárbara rumo a Americana (fotos à dir. e acima à dir.) para uma verdadeira invasão barbarense. Em campo, deu União, 2 a 1 (abaixo a capa do TODODIA após esta vitória e ao lado desta foto, Edinan, Elson, Mazinho e Beto comemoram gol diante de um incrédulo Souza). No ano seguinte o União voltou a estrear no Paulistão contra o Rio Branco em Americana. E repetiu a dose: 2 a 1 (abaixo à direita, a capa doTODODIA deste jogo). Exatamente a mesma coisa ocorreu em 2004.

N

o profissionalismo, o União enfrentou o Rio Branco no Antonio Guimarães 29 vezes. E o retrospecto é um vareio: 16 vitórias do União, nove empates e só quatro vitórias do Tigre.

064 Rei do dérbi S

e tem uma coisa que o torcedor do União se orgulha tanto quanto suas conquistas é a vantagem sobre o arquirrival Rio Branco no confronto direto. Segundo levantamento do jornalista Claudio Gioria já foram realizados até hoje 90 dérbis, com 34 vitórias do União, 24 empates e 28 do Rio Branco (4 resultados não são conhecidos). Além dos números, muitos outros fatos que ocorreram no dérbi não saem da memória do torcedor unionista. Confira:


064 Rei do dérbi S

e tem uma coisa que o torcedor do União se orgulha tanto quanto suas conquistas é a vantagem sobre o arquirrival Rio Branco no confronto direto. Segundo levantamento do jornalista Claudio Gioria já foram realizados até hoje 90 dérbis, com 34 vitórias do União, 24 empates e 28 do Rio Branco (4 resultados não são conhecidos). Além dos números, muitos outros fatos que ocorreram no dérbi não saem da memória do torcedor unionista. Confira:

E

m nenhum torneio os dois se enfrentaram tanto quanto na Segundona paulista. E o União leva vantagem, com nove vitórias contra seis do Tigre, a última delas no longínquo 1985. Foram ainda 13 empates.

E

ntre 2003 e 2005 foram nove duelos e mais um tabu a favor do União, que venceu seis vezes e empatou três. É o segundo maior tabu da história do duelo, perdendo apenas para os dez jogos a favor do União entre 1980 e 1981.

D

N

os últimos 12 dérbis disputados, o União perdeu apenas uma vez para o rival. Foram sete vitórias neste período.

epois que o Rio Branco retornou ao futebol, em 1979, o clube voltou a enfrentar o União. E demorou nada menos do que dez partidas (quatro derrotas e seis empates) para enfim voltar a vencer o União.


(+)

064

Rei do dérbi

Ão, ão, ão, terceira divisão” foi o grito que a torcida do União soltou durante a goleada de 4 a 1 em 9 de fevereiro de 2011. O Tigre caminhava a passos largos rumo à terceira divisão pela primeira vez em sua história e o União ajudou a mostrar o caminho. À direita, a capa do caderno de Esportes do TODODIA com a cobertura do jogo e abaixo a comemoração de um dos gols do União.

A

penas um jogador até hoje marcou 4 gols em um dérbi. E ele era do União. Fabrício Carvalho conseguiu tal feito no único dérbi até hoje com oito gols marcados: União 5 x 3, em 10 de março de 2002. No dia seguinte, a imprensa foi proibida de entrar no Décio Vitta pela primeira vez em 12 anos. Ecos de um dérbi...

N

este ano de seu centenário, o União enfrentou o Rio Branco três vezes. Ganhou as três sem sofrer gol. Voltando a 2013, já são quatro vitórias seguidas sobre o rival. Abaixo, o União comemora a vitória por 2 a 0 na Série A-2 deste ano, em Americana.

A

penas uma vez os rivais se enfrentaram fora de Americana ou Santa Bárbara. E adivinhe quem ganhou? União 2 a 1, em 2010, pela Copa Paulista, em Jaguariúna.


S

e o primeiro dérbi disputado, em 3 de maio de 1915, na inauguração da energia elétrica em Santa Bárbara, terminou sem gols, o primeiro a vencer um duelo foi o União. Naquele mesmo ano, os dois times voltaram a se enfrentar, em 17 de outubro, desta vez em Americana. E o União fez 3 a 1.

F

oi no dérbi de 23 de março de 2011 que o Rio Branco caiu matematicamente pela primeira vez para a Série A-3. Os dois times estavam com a corda no pescoço. O União só sacramentou de vez a anunciada queda do rival. E conseguiu se salvar de ter o mesmo caminho apenas na última rodada.

parecia que tudo Quando conspirava contra, vi-

nha o dérbi. Na Copa Paulista de 2009, o União vinha de seis derrotas seguidas. Até encontrar o Rio Branco pela frente em 22 de agosto. O empate sem gols representou o segundo ponto do União no torneio. O primeiro? O empate contra o mesmo Rio Branco no primeiro turno.


065 O quase acesso de 1989

066 Vice

U

m empate em 1 a 1, em 19 de novembro de 1989, diante do Grêmio Sãocarlense, acabou com a esperança do União de voltar à Divisão Intermediária (equivalente à Segunda Divisão). O jogo foi uma guerra, com a imprensa de Santa Bárbara sendo impedida de entrar no estádio (o jogo só foi transmitido para Santa Bárbara após uma cadeia com a Rádio Progresso, de São Carlos).

em 1990 S

e chegou perto em 1989, em 1990 o União conseguiu voltar à principal divisão de acesso do futebol paulista. A festa aconteceu após a vitória sobre a Esportiva de Guaratinguetá por 2 a 0, gols de Adauto e Tatu. O título ficou com o Jaboticabal. Também subiram Radium, Barretos, Jalense e Matonense.

067 Coluna do meio O

União Barbarense apareceu pela primeira vez em um teste da Loteria Esportiva em 1990 (concurso 44 de 7 e 8/julho, da Loteca). A partida, contra o Serra Negra, na casa do rival, terminou com coluna do meio, sem gols, embora o União fosse considerado o favorito segundo a revista Placar, que fez a seguinte avaliação (abaixo): “Não bastasse a lanterna da Série A, o Serra Negra enfrenta vários problemas de contusão. Jogo fácil para o vice-líder União Barbarense.” O curioso é que o União seguiu sendo coluna do meio nas cinco vezes seguintes que apareceu na Loteria Esportiva.


069 A FPF no caminho... de novo O

União mais uma vez foi prejudicado por uma nova reestruturação do futebol paulista, em 1994. A FPF (Federação Paulista de Futebol) criou as séries A-1, A-2 e A-3 e o União acabou na A-3, ou seja, caiu uma divisão na canetada.

068 Questão de minutos P

or alguns minutos, a torcida do União comemorou o acesso à elite paulista em 1993. O time havia acabado de vencer o Comercial por 1 a 0, em Santa Bárbara, e com a vitória da Francana sobre a Paraguaçuense por 1 a 0, subiria. Só que nos instantes finais, o time de Paraguaçu Paulista conseguiu o empate, adiando a decisão para a última rodada. O empate diante da Paraguaçuense bastava para o União na última rodada, mas uma derrota fora de casa por 4 a 1 adiou mais uma vez o sonho.

070 O afastamento de 1995 R

ebaixado à Série A-3 por uma medida administrativa em 1994, o União conseguiu no ano seguinte um afastamento das competições (sem que para isso fosse novamente rebaixado, conservando assim sua vaga na Série A-3). O motivo era a necessidade de ampliação da capacidade do Antonio Guimarães, que não se adequava mais às exigências da FPF.

072 O acesso de 1997 S

e quase caiu em 1996, o ano seguinte marcou o início de um período de ouro da história do clube. O primeiro passo foi o acesso à Série A-2, após vitória em casa sobre o São Caetano por 2 a 1, em 3 de agosto de 1997. Na decisão, o União ficou com o vice, perdendo o título para o Mirassol. Na foto, o jogo contra o Garça naquele ano. Ao lado, a taça conquistada pelo vice-campeonato.

071 O gol de Cabé O

União precisava vencer o Taquaritinga, em Santa Bárbara d’Oeste, para evitar o rebaixamento na Série A-3 de 1996, um ano depois da licença para ampliação de seu estádio. O jogo era duro até que o meia Cabé fez o gol salvador, aos 37min do segundo tempo, evitando a primeira queda em campo da história do clube.


073 Inesquecível 1998 D

epois de bater na trave várias vezes, o União conquistou pela primeira vez em sua história o acesso à elite paulista em 1998. Só o campeão subia. E o campeão foi o Leão da 13, ao derrotar o Noroeste por 2 a 0, gols de Wagner e Gilson Batata, em Bauru. Foi a conquista mais festejada da história centenária do União. Nas fotos acima e abaixo, festa na Avenida Monte Castelo, tradicional ponto de comemoração na cidade. À direita, o técnico que levou o time ao acesso, Vagner Benazzi. No alto, a faixa de campeão.

A CAMPANHA União 2 x 1 Mirassol Comercial 2 x 1União União 1 x 0 Paraguaçuense União 3 x 1 Novorizontino América 0 x 0 União Botafogo 4 x 3União União 1 x 1 Francana Corinthians (Pres. Prud.) 0 x 0União Bragantino 3 x 1União União 2 x 0 Louzano Jundiaí XV de Piracicaba 1 x 3 União União 0 x 1 Noroeste União 2 x 0 Sãocarlense Ponte Preta 3 x 0União União 1 x 0 Santo André União 2 x 1 Bragantino Louzano Jundiaí 2 x 1União União 1 x 0 XV de Piracicaba Noroeste 1 x 0União Sãocarlense 1 x 3 União União 1 x 1 Ponte Preta Santo André 3 x 1União União 1 x 0 Noroeste União 0 x 0 América Ponte Preta 2 x 1União União 4 x 0 Ponte Preta América 1 x 1União Noroeste 0 x 2União

Números 28J – 13V – 6E – 9D – 38GP – 29GC Artilheiro Gilson Batata (18 gols) Quem César mais (27 jogos) jogou Vagner Benazzi Técnico


074 Eterno 4 a 0 S

e não foi o maior jogo da história do União, com certeza está entre os mais marcantes. Em uma manhã de domingo, em 17 de maio de 1998, o União teve uma atuação exuberante no quadrangular final, que só dava acesso à elite paulista ao campeão. Os 9.380 pagantes que lotaram o Antonio Guimarães - e quem assistiu o jogo ao vivo pela TV Bandeirantes não se esquecem dos 4 a 0 sobre a Ponte Preta, gols de Edson Pezinho, Gilson Batata, João Marcelo (contra) e Buião. Na foto ao lado, Moreno e Ezequiel. A vitória histórica foi manchete do TODODIA (abaixo).

075 Também na Copinha A

primeira vez que o União jogou a Copa São Paulo de Futebol Júnior - e que Santa Bárbara foi uma das sedes - ocorreu em 1997. Sob o comando do técnico Totó Bressan (à esq.), o União teve um grupo complicado e parou na primeira fase, após perder para o Bahia por 2 a 0, vencer a Ponte Preta por 1 a 0 e ser goleado pelo Santos, 4 a 0 (abaixo).


076 O bom filho à casa torna G

ilson Batata é considerado até hoje um dos mais importantes jogadores da história do clube. O curioso é que ele jogou na base do Leão da 13 no início dos anos 80, deixou Santa Bárbara e só foi estrear no profissional do União após passar por diversos clubes, em 1998, quando foi o principal jogador da histórica conquista da Série A-2 (na foto acima, comemora gol - à esq. - naquele torneio). Voltou a defender o clube em 2003 e 2005, chegando inclusive a ser treinador por um curto período.

077 Melhor do interior O

caçula União fez bonito em sua estreia na elite paulista, em 1999. Logo de cara venceu o maior rival, o Rio Branco, por 2 a 1, em Americana. A campanha teve vitórias sobre o Corinthians no Canindé por 3 a 1 e Santos em Santa Bárbara por 2 a 0. No fim, uma boa sexta colocação e o título simbólico de campeão do interior. Na foto, o time da estreia contra o Tigre. Em pé: Fred Smania (preparador físico), Edinan, Wilson, Elson, Cléber Lima, Cleomir, Alexandre e Zelão (massagista); agachados: Mazinho Loyola, Júlio César, Beto, Canigia, Bira e Zé Carlos Berto (auxiliar de massagista).


25

078

O vice da Copa Coca-Cola O

União faturou em 2001 o vice-campeonato da Copa Coca-Cola, antecessora da atual Copa Paulista. Com seu estádio interditado, o União levou a decisão contra o Bandeirante de Birigui para Capivari (à dir.). E venceu por 1 a 0, gol de Fabrício Carvalho, insuficiente diante da derrota por 2 a 0 no jogo de ida. Restou a taça de vice-campeão (à esq.).

079 Estreia nacional N

a elite do futebol paulista desde 1999, o União estreou no ano seguinte em uma competição nacional, a Copa João Havelange, o Campeonato Brasileiro daquela temporada. O União estava no Módulo Branco, a terceira divisão, embora as finais da primeira divisão reunissem times de todos os módulos. A estreia foi com vitória sobre o Mogi Mirim por 2 a 0, mas a campanha terminou com uma derrota para o mesmo rival, pelo mesmo placar, e a lanterna do grupo na primeira fase.

080 Imbatível N

a campanha do vice-campeonato da Copa Coca-Cola, o União alcançou a série de dez vitórias seguidas, seu recorde no profissionalismo. A sequência teve vitórias sobre Internacional (1 a 0), São Bento (1 a 0), Sãocarlense (5 a 1), Nacional (1 a 0), Portuguesa Santista (2 a 1), XV de Jaú (2 a 1), Juventus (5 a 3), Internacional (3 a 2), São Bento (2 a 1) e Sãocarlense (3 a 1). E acabou com uma derrota para o Nacional por 1 a 0, em Capivari.

081 Dinei, o

Diego Tardelli D

iego Tardelli ainda era Dinei quando começou a aparecer na base do União Barbarense, no fim de 2002. Destaque da equipe, despertou o interesse do São Paulo, que depositou R$ 21 mil pelos direitos federativos do jogador e o levou ainda naquele ano. No Morumbi virou Diego Tardelli e depois chegou à Seleção Brasileira. Hoje é ídolo da torcida do Atlético (MG).


082 Ano de ouro 2

004 está no rol das temporadas de ouro do União. Classificado às quartas de final do Paulistão, só caiu diante do Santos em jogo único na Vila, 1 a 0. Disputou ainda a Copa do Brasil pela primeira vez, sendo eliminado na primeira fase pelo Cene (MS). E, o principal, garantiu o acesso no Brasileiro da Série C ao golear o Gama por 4 a 1, fora de casa, em 14 de novembro. E isso ainda na quarta rodada do quadrangular final. Depois foi só garantir o título, mesmo com derrota por 2 a 0 para o Limoeiro, e erguer a taça contra o Americano, com vitória por 1 a 0 (abaixo). Em uma das paredes do Antonio Guimarães o título está imortalizado (abaixo). Os jogadores comandados pelo técnico Sérgio Farias (à dir.) desfilaram pela cidade após mais uma conquista (à esq.).

A CAMPANHA América (SP) 0 x 1União União 0 x 0 Rio Branco União 0 x 0 União São João União São João 0 x 1 União Rio Branco 2 x 3União União 2 x 1 América (SP) Portuguesa Santista 1 x 0União União 4 x 1 Portuguesa Santista Rio Branco 0 x 2União União 3 x 1 Rio Branco Iraty 0 x 1União União 1 x 1 Iraty Americano 0 x 1União União 3 x 2 Limoeiro

União 2 x 1 Gama Gama 1 x 4União Limoeiro 2 x 0 União União 1 x 0 Americano

Números 18J – 13V – 3E – 2D – 29GP – 13GC Artilheiro Frontini (10 gols) Quem mais jogou Diogo Pires e Brener (18 jogos) Técnico Sérgio Farias


083 Trágico 2005

084 De novo na Série A-3

S

O

e 2004 foi um ano de ouro, 2005 foi um ano para ser esquecido, com os dois primeiros rebaixamentos em campo da história do Leão da 13. O primeiro foi no Paulista, mesmo com uma vitória sobre a Portuguesa Santista por 3 a 2, de virada, com três gols de Gilson Batata (rebaixamento que só foi confirmado após o fim do campeonato, com o julgamento da escalação irregular do goleiro Pitarelli pelo América). No Brasileiro da Série B, até que começou bem, fazendo 2 a 0 sobre o Náutico (foto). Mas em um campeonato no qual caíam seis, o União foi apenas o 20º colocado entre 22 clubes, voltando à Série C.

085 Acesso dentro do hotel O

União voltou a jogar a terceira divisão paulista em 2007 e no ano seguinte já conseguiu o acesso. A conquista foi comemorada antes mesmo do time entrar em campo. Concentrado em um hotel em Ibaté para jogar à noite em São Carlos, o União festejou o acesso com a vitória à tarde do Flamengo de Guarulhos sobre o Nacional por 1 a 0. Leve e empolgado, o União, do técnico Edson Vieira, fez 5 a 0 sobre o São Carlos. A quarta posição na Série A-3 lhe deu o direito de voltar à A-2 em 2009. Abaixo, os jogadores comemoram no ônibus a caminho de São Carlos antes da goleada e ao lado desfilam após mais um acesso.

péssimo 2005 seguiu ruim em 2006, com o União caindo mais uma vez, desta vez para a Série A-3 do Campeonato Paulista. Ainda restavam três rodadas para o fim da primeira fase da Série A-2, mas o União já não tinha mais chances de permanecer na divisão. E ainda teve de amargar naquele campeonato a sua maior derrota no profissionalismo, 7 a 2 para o Guaratinguetá. Na despedida, a derrota para o Palmeiras-B por 2 a 1 em casa (foto) foi a 14ª em 18 jogos.


086 Quase

087 Contagem

rebaixado em 2011

regressiva N

o dia em que completou 99 anos, o União inaugurou a contagem regressiva para o centenário, com a instalação de um placar manual que começou a contar os dias até a chegada do centenário de hoje.

C

om problemas de interdição em seu estádio, o União escapou por pouco do rebaixamento na Série A-2 de 2011. Como consolo, o empate em 1 a 1 no Décio Vitta rebaixou o arqui-inimigo Rio Branco pela primeira vez à Série A-3. O União seguiu seu calvário e só se salvou de fazer companhia ao maior rival na última rodada.

088 Placar

moderno O

Estádio Antonio Guimarães ganhou um placar eletrônico em 21 de novembro de 2012. Foi um presente do empresário Benedito Donizete da Silva, o Benê, pelos 98 anos do clube. Benê jogou no juvenil do União. O placar antigo, manual, existia desde os anos 90.

089 O alvinegro Mazolinha M

azolinha será eternamente lembrado pelo cruzamento para Maurício marcar o gol do fim da fila de 21 anos sem títulos do Botafogo, no Carioca de 1989. Começou na escolinha do União em 1975 e, dois anos depois, deixou o clube, que estava em litígio com a Federação Paulista. Jo gou ainda por Santo André, Atlético (GO), Velo Clube, Fortaleza, Ceará, Palmeiras de São João da Boa Vista e Botafogo (RJ). Saiu e voltou ao União algumas vezes, a última delas em 1990.

090 Capitão Gottardo O

zagueiro Wilson Gottardo começou no juvenil do União e estreou no profissional em 1981. Não demorou para chegar à Seleção Brasileira de novos - ainda naquele mesmo ano. Santa Bárbara ficou pequena e ele seguiu carreira pelo Guarani, que em 1983 comprou seu passe na negociação envolvendo Gersinho. Rodou por diversos clubes, ganhou vários títulos, defendeu a Seleção Brasileira e hoje é dirigente no Botafogo (RJ).


091 A surpresa de 2012 A

campanha no ano anterior não trazia boas lembranças. Por isso o União surpreendeu a muitos e, após quase cair em 2011, comemorou no ano seguinte sua volta à primeira divisão. A primeira chance de subir aconteceu contra o Audax em 25 de abril, mas uma derrota por 2 a 0 frustrou a torcida que lotou o Antonio Guimarães. O acesso veio quatro dias depois com um empate em 2 a 2 com o Atlético Sorocaba, fora de casa, com dois gols de Melinho (acima, os jogadores comemoram o acesso). Na decisão, o time do técnico Claudemir Peixoto perdeu o título para o São Bernardo, mas festejou o vice-campeonato (à direita).


092 O maior

de todos A

lém de maior artilheiro do clube no profissionalismo, com 76 gols, Zé 21 (José Laerte Honório), hoje com 69 anos, também é um dos dois jogadores do clube na era profissional a marcar cinco gols em um jogo, nos 8 a 0 sobre a Sorocabana de Mairinque, em 24 de setembro de 1966. Ainda fez quatro gols uma vez e três gols outras três vezes. No profissionalismo, apenas Kleber, nos 6 a 0 sobre o Rio Claro em 9 de julho de 1989, conseguiu marcar cinco gols.

093 Maior série sem derrota A

maior série invicta do Leão da 13 no profissionalismo ocorreu em 1990, entre 27 de maio e 7 de outubro. Sob os comandos de Lilo, Vair de Campos (interino) e Benazzi, o time alcançou 21 jogos sem derrota (9 vitórias e 12 empates).

“Joguei 80% da minha carreira como profissional pelo União Barbarense e isso foi um orgulho para gente. Comecei no Internacional, que era um clube amador, depois fui para o Causb, que disputava o profissional, e em seguida para o União, onde joguei de 1965 até 1976. A gente que vinha de um clube que era tido como pequeno, o Internacional, e chegou a representar a cidade foi marcante” ZÉ 21

094 Gangorra A

volta do União à elite paulista, em 2013, foi amarga. O time não esboçou reação em momento algum e teve sua volta à Série A-2 decretada em 13 de abril, após ser goleada pelo Santos, em casa, por 4 a 0, com show de Neymar (à dir.), autor de todos os gols.


095 Lilo, o senhor União C

arlos Verginelli Neto, o Lilo, é o técnico que mais jogos comandou o União, 248 vezes, em sete passagens pelo clube e dez anos de serviços prestados ao Leão da 13, clube que comandou pela primeira vez em 1967, na campanha do título da Terceirona.

097 O nome correto S

e tem uma coisa que irrita o torcedor do União é chamar o clube só de “o” ou “a” Barbarense. Assim é conhecido o outro clube da cidade, que não tem futebol, o Esporte Clube Barbarense. Um banner do lado da sala de imprensa do Antonio Guimarães manda o recado, com o mascote dizendo “A Barbarense é a mãe!” (abaixo).

096 O primeiro

patrocinador A

primeira vez que o União Barbarense teve um patro cinador de camisa foi na temporada de 1984, quando a Moto Snob associou a sua marca ao Leão da 13 (abaixo, Ademir Gonçalves com a camisa patrocinada pela Moto Snob). No ano seguinte foi a vez da Wiezel Tecidos e, em 1986/1987, da Meplastic Brinquedos. Desde a Moto Snob, o time nunca mais passou uma temporada sem ter uma marca estampada em sua camisa.


098 Casa

cheia F

oi em sua estreia na elite paulista que o União registrou o maior público de sua história no Antonio Guimarães. O duelo contra o Palmeiras, em 14 de março de 1999, teve 12.938 pagantes. O único gol da vitória do Palmeiras de Luiz Felipe Scolari foi de Alex, de pênalti, no início do segundo tempo.

099 Eternos parceiros O

s dois mais tradicionais patrocinadores de camisa da história do União são a Têxtil Canatiba e a Romi. A primeira patrocinou o clube entre 1991 e 2003 e voltou em 2010. A Romi estreou em 1988 e retornou em 2004, para não mais sair. À direita, a camisa do União com os seus dos mais tradicionais patrocinadores: Romi no peito e nos ombros e Canatiba nas mangas.

100 As parcerias C

om a dificuldade cada vez maior para se fazer futebol no interior, o União tem se apegado nos últimos anos a parceiros para conseguir manter o futebol. A primeira parceria da história do clube aconteceu em 1994, mas era restrita ao futebol amador. O contrato, assinado pelo presidente José Adilson Basso, foi com a empresa Olitel Telecomunicações. A primeira vez que o clube assinou uma parceria envolvendo também o futebol profissional foi em 2003, quando José Antonio Murbach fechou com a empresa suíça UB Corporation.


101 2015 um ano de lutas e vitórias Waguinho Dias salvou o União do rebaixamento no Estadual do ano passado, e nesta temporada assumiu o time na parte de baixo da tabela e o conduziu até a briga pelo acesso, o que consolidou o bom trabalho do treinador no time barbarense.

O Rio Branco se arrependeu amargamente em ter desperdiçado o penal no final do período anterior no primeiro jogo do mata-mata pela Copa Paulista. Isso porque o Leão da Treze mandou inteiramente no segundo tempo, abriu 2 a 0 e poderia ter marcado mais gols, com chances para ter aplicado uma solene goleada em pleno Décio Vitta, tal foi sua superioridade em campo. No jogo de volta, o Leão só manteve o bom desempenho liderado por Waguinho.


OBRIGADO GUERREIROS

CONTINUAMOS EM 2016...


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