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LIVRO JOVENS IDEIAS 2015 PROFESSORAS ORIENTADORAS: Infantil 5 A: Cibele Costa Casagrande Infantil 5 B: Renata Padilha Andrade 1º ano: Marili Neis Alves da Cruz 2º ano 21: Debora Aparecida Colussi 3º ano 31: Suzana Beatriz Sari dos Reis 3º ano 32: Sandra Rita de Cesaro Felix 4º ano 41: Marisa Martins 5º ano 51 e 52: Angela Beatriz Tortato de Souza 6º ano 61 e 62: Sandra Mara Bragagnolo 7º ano 71 e 72: Angela Beatriz Tortato de Souza 8º ano: Sandra Mara Bragagnolo 9º ano 91, 92 e Ensino Médio: Ana Paula Carneiro Canalle REVISÃO E COMISSÃO EDITORIAL: Cibele Costa Casagrande, Renata Padilha Andrade, Marili Neis Alves da Cruz, Debora Aparecida Colussi, Suzana Beatriz Sari dos Reis, Sandra Rita de Cesaro Felix, Marisa Martins, Angela Beatriz Tortato de Souza, Sandra Mara Bragagnolo, Ana Paula Carneiro Canalle. ORGANIZAÇÃO: Giselle Santore ARTE E DIAGRAMAÇÃO: Denise Bolzan Barpp
FICHA CATALOGRÁFICA J62j Jovens Ideias 19 / Colégio de Aplicação da UNIARP Caçador (SC): UNIARP, 2015. 62 páginas ISBN: 978-85-98641-32-4 I. Literatura Catarinense - Ensaios. I. Colégio de Aplicação da UNIARP. CDD: 869.64
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SUMÁRIO EDUCAÇÃO INFANTIL Ilustração - Nicolas Otávio Gouvêa Spengler - Infatil 5 B..........................................................09 Infantil 5A - A Cidade Que Ficou Poluída - Henrique Maurina...............................................10 Infantil 5A - Criança - Breno Brito de Almeida..........................................................................11 Infantil 5 B - O Menino que tem Medo de Relâmpago - Nicolas Otávio Gouvêia Spengler......12 Infantil 5 B - Eu - Henrique Arrabar Zart ...................................................................................13 ENSINO FUNDAMENTAL I Ilustração - Steffany de Lara Jagas - 5º ano 52...............................................................................14 1º ano 11 - O Jardim Mágico - Valentina Morona Giaretta........................................................15 1º ano 11 - O Ursinho Perdido - Julia Maria Filipini..................................................................15 1º ano 11 - A Água - Débora Fernanda da Silva..........................................................................16 2º ano 21 - O Coelho da Páscoa e Seu Ajudante - Gustavo Suski dos Santos..........................17 2º ano 21 - O Coelhinho e Sua Profissão - Izabella Castilha Souza...........................................17 2º ano 21 - A Vida da Mônica - Jéssica Spanholo Rosseto..........................................................18 2º ano 21 - O Cachorrinho e o Menino - Vitor Augusto Kaipers..............................................18 3º ano 31 - Jeca Tatu - Isabeli Moraes dos Santos.........................................................................19 3º ano 31 - Meu Jardim Secreto - Thiago Graeff Marques..........................................................20 3º ano 32 - O Pássaro Colorido - Liziane Drehmer Inocente.....................................................21 3º ano 32 - Chapeuzinho Jeans - Pedro da Rocha Bisotto .........................................................22 4º ano 41 - Extinção - Pedro Carminatti Ceni.............................................................................23 4º ano 41 - Prezado ser humano - Louiza Meryem Machiavelli Oufella..................................23 5º ano 51 - Festa de Aniversário - Vitória Maria Gris Preveda..................................................24 5º ano 51 - Meus Brinquedos - Bárbara Heinemann Weber......................................................25 5º ano 52 - Se Eu Fosse... - Isabela Almeida Périco......................................................................26 5º ano 52 - Como tudo começou? - Maria Eduarda Castilho Lopes.........................................26 ENSINO FUNDAMENTAL II Ilustração - Patrícia Felix - 6º ano 62.............................................................................................28 6º ano 61 - A Cicatriz - Nicoly Aparecida Almeida Ribeiro.......................................................29
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6º ano 61 - Meu Melhor Amigo - Isadora Castioni Ribeiro........................................................30 6º ano 61 - Uma Aventura no Fundo do Mar - Sofia Konflanz..................................................30 6º ano 62 - Por quê? - Isabely Recalcate Petry..............................................................................32 6º ano 62 - A Vida - Vinícius Ribeiro Bazeggio............................................................................32 6º ano 62 - O Pintor Em Busca de Inspiração - Vivian Stefan de Mello....................................33 7º ano 71 - Ser Criança - Eduarda Jung Cachisnki.......................................................................34 7º ano 71 - Hoje em Dia! - Héric França.......................................................................................35 7º ano 72 - Preservação do Planeta Terra - Luiz Antônio Pontes Heinrich..............................36 7º ano 72 - Escolhas - Amanda Tayko Abiko dos Santos............................................................37 8º ano - Segunda Mente - Sofia Roveda Busato............................................................................38 8º ano - Um Novo Começo - Maria Clara Sari dos Reis .............................................................40 8º ano - Evoluindo - Carolina Barpp Sulzbach.............................................................................41 8º ano - A Amazona e o Cavalo - Luiza Nascimento Peretto......................................................42 9º ano 91 - A Luz - Caliel Nunes de Oliveira ...............................................................................43 9° ano 91 - Os Nossos Sonhos - Isabela Lisboa de Lima..............................................................44 9º ano 91 - Lembranças - Marcia Luiza Salamoni........................................................................44 9º ano 92 - O Sonho Realizou - Andressa Schulze Cordeiro .....................................................45 9º ano 92 - Gritos e Batidas - Emanuele Bolzan Barpp..............................................................46 ENSINO MÉDIO Ilustração - Luigi Soletti Vitto - 2º ano 202...................................................................................47 1° ano 101 - Lágrimas caídas - Gabriella Tristão..........................................................................48 1º ano 101 - Paixão com das estações - Vitor Bortolini Stein.....................................................49 1º ano 101 - Bullying - Nicolas Otávio Heinz................................................................................49 1º ano 102 - Poema: Amizade - Emanoel dos Santos Costa Moreira..........................................50 1º ano 102 - Ele - Jullie Catherine Furtado ...................................................................................51 2º ano 201 - Ismália - Thainá Paris.................................................................................................52 2º ano 201 - O que são os Reboots? - Guilherme Fernando Lessing..........................................53 2º ano 201 - Ismália - Paula Carvalho da Silveira.........................................................................54 2º ano 202 - Pequena Flor - Pollyana Foresti Leão........................................................................55 2º ano 202 - (carta, sem título) - Gabriela Loch de Camargo.....................................................56 2º ano 202 - Evolução - João Pedro Barpp Sulsbach....................................................................57
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3º Ano 301 - Felicidade - André Peluso Fezer..............................................................................58 3º Ano 301 - A Felicidade Oculta - Guilherme Nascimento Bittar............................................59 3º Ano 301 - Reencontro - Ana Luísa Ribeiro Göedert...............................................................59 3º Ano 301 - Doces Manhãs - Mariane Cachinski.......................................................................60
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APRESENTAÇÃO
Todo livro tem sua história, esse não é diferente, torna-se mais importante a cada ano. Ao longo das suas 19 edições, coube à escola valorizar o potencial dos seus alunos nas diferentes formas. Cabe-nos agora, agradecer a todos os envolvidos: alunos, professores, equipe diretiva, além da Agência de Comunicação e Setor de Compras/UNIARP. Este ano contamos com a especial participação do Prof. Dr. Leonir Lorenzetti, idealizador do 1º livro, enquanto diretor da escola e que nos honra com a escrita do prefácio. O livro é uma semente que tem sido cuidada para que possa renascer a cada ano, realçando talentos e, principalmente “ideias”! Se após a leitura, a riqueza e originalidade dos textos causarem satisfação, já dou-me por paga!
Ana Mara Soletti Rotta Diretora Colégio de Aplicação
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PREFÁCIO Escrever este prefácio é voltar no tempo. É recordar das primeiras tratativas, dos objetivos e da ousadia dos profissionais que contribuíram para que as produções dos alunos do então Colégio Nossa Senhora Aparecida tivessem reconhecimento na comunidade caçadorense. Na década de 90 publicar um livro com produções dos estudantes foi uma iniciativa audaciosa que encontrou ecos na equipe de professores e na direção da mantenedora, hoje a atual UNIARP. Quase duas décadas depois, a equipe diretiva e os professores do Colégio de Aplicação mantêm vivos os ideais de incentivar, valorizar e divulgar a produção intelectual de seus alunos. O ato de escrever envolve um conjunto de capacidades cognitivas que deve ser incentivado desde a Educação Infantil. A escrita pressupõe as capacidades de ler com compreensão, atribuindo sentidos e significados, de argumentar, tomando posição frente aos fatos e de expressar suas ideias com clareza. Por isso, Jovens Ideias foi pensado para que os alunos pudessem manifestar suas visões de mundo, seus sentimentos e anseios, fazendo uso de sua criticidade e inventividade. No Jovens Ideias 19 encontramos um conjunto de autores que apresentam distintas perspectivas na construção do seu texto. O imaginário dos autores abarcam histórias envolvendo animais, meio ambiente, personagem de histórias infantis, sentimentos, ansiedades, comportamento juvenil, datas comemorativas, entre outros temas que são desenvolvidos com muita criatividade e talento. A experiência demonstra que investir na leitura e na escrita contribui para a qualidade de ensino. Nesse sentido, o Colégio de Aplicação vivencia isso desde 1996, quando publicou o Jovens Ideias I. Finalizo com o pensamento do grande educador Paulo Freire:
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ler um texto é algo sério [...] é aprender como se dão as relações entre as palavras na composição do discurso. É tarefa de sujeito crítico, humilde e determinado. [...] Implica que o (a) leitor (a) se adentre na intimidade do texto para aprender sua mais profunda significação.
Que vocĂŞs possam adentrar na intimidade de cada um desses jovens escritores. Boa leitura.
Leonir Lorenzetti
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EDUCAÇÃO INFANTIL Ilustração Nicolas Otávio Gouvêa Spengler Infatil 5 B
QUE A CIDADE
UÍDA
FICOU POL
DE A Z UMA CIDA E V A M U BEM SUJ U O A IC F ER A L E E UM DIA BEM LINDA FICARAM OS ANIMAIS S FLORES FICARAM EA SEM ÁGUA AS... LVERAM BEM MORT OAS RESO S S E P S A E FICOU ENTÃO E A CIDAD O D U T R A LIMP LINDA. FIM l5A rina – Infanti u a M e u q ri n He
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CRIANÇA
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PORQUE SER CRIANÇA É MUITO LEGAL... PORQUE EU POSSO COMER MUITA COMIDA E MUITA GULOSEIMA... BRINCAR DE SUPER HOMEM HOMEM DE FERRO... MAIS OU MENOS EU QUERO FICAR GRANDE. Breno Brito de Almeida – Infantil 5 A
O MENINO QUE TEM MEDO DE RELÂMPAGO MPAGO O MENINO JÁ VIU UM RELÂ , E FICOU COM MUITO MEDO INAÇÃO DELE. MAIS ESTAVA SÓ NA IMAG FIM gler – Infantil 5 B
Nicolas Otávio Gouvêia Spen
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EU NTRA UM ESTAVA BATALHANDO CO FANTASMA. EU ME E ELE ME ATACOU, MAIS DEFENDI DAÍ O ATAQUEI. DEI E EU VI E NO OUTRO DIA, EU ACOR QUE ERA UM SONHO. til 5 B
Henrique Arrabar Zart – Infan
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ENSINO FUNDAMENTA LI Ilustração Steffany de Lara Jagas 5º ano 52
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O Jardim Mágico Era uma vez um Jardim Mágico. Ele era muito lindo e com coisas interessantes. Uma menina chamada Camili e o irmão chamado Pedro foram até o Jardim Mágico. O menino encontrou uma flor mágica e virou uma concha branca, a irmã ficou assustada e disse: — Mano, o que aconteceu? — Eu virei uma concha branca! A irmã achou um antídoto e o irmão voltou ao normal. Eles festejaram, porque o Pedro voltou ao normal e viveram felizes para sempre.
Valentina Morona Giaretta – 1º ano 11 O Ursinho Perdido
Era uma vez um ursinho perdido dentro de uma caixa de brinquedo, havia um brinquedo pesado em cima dele. O ursinho começou a gritar: — Alguém me ajude! Um menininho que passava por ali ouviu e tirou o brinquedo de cima dele e o ursinho falou: — Muito obrigado! E o menino disse: — “Di” nada! O menino deu água para o ursinho. O ursinho ficou muito feliz e falou: — Você é um bom menino. O menino pediu se ele tinha mãe e pai, e o ursinho falou: — Tenho. Eles moram lá na floresta. O menino levou o ursinho para a floresta e ele encontrou a mamãe e o papai. Hoje o ursinho vive feliz com sua família. Julia Maria Filipini – 1º ano 11
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A Água Era uma vez um jardim com cinco crianças. Estava um sol muito lindo. As crianças estavam brincando. De repente, veio uma chuva e quatro crianças ficaram tristes, mas uma delas continuou feliz. As quatro foram tristes para suas casas. De noite, as quatro crianças sonharam que a água tinha acabado. Elas aprenderam com o sonho que a água era muito importante e todos viveram felizes com a chuva. Débora Fernanda da Silva – 1º ano 11
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O Coelho da Páscoa e Seu Ajudante Era uma vez um coelho bem feliz e muito esperto. Certo dia, ele encontrou outro coelho. __ Oi! Como é seu nome? __ Eu sou o Coelho da Páscoa. __ E eu sou o Tico, posso ser seu ajudante? __ Claro! __ Posso ser o cozinheiro? __ Sim! Vamos para o laboratório. __ Sim, vamos fazer ovos de chocolate! __ Passa o Nescau, granulado ... agora é só colocar no forno e esperar. Uma hora depois. __ Chefe! Está pronto! __ Agora é só comer. Gustavo Suski dos Santos – 2º ano 21 O Coelhinho e sua Profissão Era uma vez um coelhinho que desde criança tinha um sonho de ser pintor. Então, ele começou a praticar, foi na varanda e começou a observar, copiou uma linda borboleta, um passarinho na árvore... O tempo foi passando e ele virou um grande artista, todos admiravam o trabalho dele. Um dia, ele casou e teve muitos filhos, quando os filhos e filhas cresceram, foram seguir a profissão do pai! Izabella Castilha Souza – 2º ano 21
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A Vida da Mônica
A Mônica é dentucinha, mandona, teimosa e sabichona. Ela usa um vestido vermelho e fica bonitinha e fofinha. A Mônica mora no lado do Cebolinha, do Cascão e da Magali. Ela tem um cão chamado Monicão e um coelhinho de pelúcia chamado Sansão. O Cebolinha pega o Sansão e dá um monte de nós nas orelhinhas dele. A Mônica e a Magali são as melhores amigas. Jéssica Spanholo Rosseto – 2º ano 21
O Cachorrinho e o Menino Era uma vez um cachorrinho que morava na rua, mas ele não gostava de morar lá. O cachorrinho era muito esperto e todos os dias, ele ia à frente de uma casa para ver se alguém cuidava dele. Um menino o achou muito bonito e o levou para casa. Os dois ficaram muito felizes. Vitor Augusto Kaipers – 2º ano 21
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Jeca Tatu Jeca Tatu era um caboclo que morava no mato, numa casinha de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia de uma mulher muito magra e feia e de vários filhinhos pálidos e tristes. Eles não tinham comida e água limpa. Eles tinham que tomar banho numa pequena lagoa que ainda era bem distante da casa deles. Então tomar banho era só de vez em quando. Eles tinham quatro filhos: a Joana, o Tiodero, a Jima e o Thiago. Um dia, no rádio, falaram uma proposta para ganhar trezentos mil reais. Eles se interessaram e foram até o banco para participar do sorteio e o número deles era: 1030495. No dia seguinte, anunciaram o resultado do sorteio e no rádio dizem: - O número ganhador é: 1030495. Jeca diz: -Minha nossa! Ganhamos! Hahaha!!! Eles ficaram milionários. Construíram uma mansão, compraram roupas decentes de marca, o Jeca arrumou um trabalho bom, etc. E tudo acabou bem. Ah é né, a mulher deu um trato no visual e as crianças foram para uma escola boa! Fim.
Isabeli Moraes dos Santos – 3º ano 31
Meu Jardim Secreto Uma linda menina de olhos e cabelos escuros chamada Maria Antônia foi visitar sua tia que morava perto de sua casa. Ao virar a esquina encontrou um duende e ficou assustada ao vê-lo. O duende falou: - Você está bem? Oi, meu nome é Stan e o seu? - Maria Antônia – ela respondeu. - Nome legal! – disse ele. - Onde vocês, duendes, moram? – perguntou a menina curiosa.
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- Isso é uma lei, não posso contar. - Por favor vai, conta pra mim – insistiu Maria Antônia - Tudo bem, moramos em um lugar mágico, é o Jardim Secreto. É bem grande e o melhor que já existiu. Lá tem uma casa marrom com o número 2478. – respondeu o duende. - Ei, essa é a casa da minha tia! Estou indo para lá agora. – falou a menina surpresa. - Então venha conhecer o Jardim Secreto, só não sei se vai conseguir passar pela porta – convidou Stan. Depois de alguns minutos, os dois chegaram. - Vem, vamos entrar. - Olha o tamanho dessa porta! Você tá brincando comigo. – falou Maria Antônia - Tudo bem, você vai ter que tomar a poção de encolhimento para conseguir passar. Maria Antônia tomou. - Ah não! Te dei a poção errada, você virou um duende. Essa não! O guarda está vindo. Oi! Essa é minha amiga Maria Antônia, podemos entrar? – pediu Stan ainda nervoso. - Pode entrar, Stan, e conheça o paraíso, Maria Antônia, tem flores e joaninhas, é o melhor lugar do mundo!
Thiago Graeff Marques – 3º ano 31
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O Pássaro Colorido Um jovem passarinho Bem pequenininho E coloridinho Vivia no seu ninho Apertadinho. Sua mãe era a natureza Cheia de beleza. Tinha muitos amigos E no céu voava E só de noitinha Pra casa voltava. Um dia voou para longe E se perdeu Todos achavam que ele estivesse morto Até o coitado do seu irmão Tadeu. Mas ele voltou Para namorar E até quem sabe se casar. Liziane Drehmer Inocente – 3º ano 32
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Chapeuzinho Jeans Era uma vez, numa pequena vila perto de uma pequena floresta uma menina de olhos cor de jeans. Todo mundo gostava dela e sua avó mais ainda, tanto que decidiu fazer uma capinha com capuz para ela. A roupa era de jeans e assim ela passou a ser chamada de Chapeuzinho Jeans. Um dia a mãe de Chapeuzinho disse: - Leve esses bombons para sua avó que vive lá no meio da floresta. - Pode deixar, mamãe. Vou e volto num minuto. - Mas olhe, não saia do caminho, porque a floresta é perigosa. Então a menina colocou os bombons numa cesta deu um beijo na mãe e partiu. No caminho ela cantava: “ Pela estrada afora Eu vou depressinha Levar esses bombons Para a vovozinha.” Mal sabia ela que estava sendo vigiada pelo lobo, mas o lobo não era um lobo qualquer, era um lobo roqueiro. O lobo ouviu a Chapeuzinho cantando e pensou: “ Estou com muita fome, mas não posso comer essa menina e desonrar a ordem os roqueiros. Já sei, tenho um plano! Chapeuzinho chegou na casa da vovó e bateu na porta. A avó abriu e quando Chapeuzinho entrou o lobo na mesma hora entrou também e disse: -Posso comer com vocês? A avó disse que sim e então ele entrou e comeu até a hora que o ônibus de Rock dele chegou. Ele foi para sua turnê com energia em dobro, pois os bombons de Chapeuzinho Jeans eram energéticos.
Pedro da Rocha Bisotto – 3º ano 32
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Extinção A extinção deve ser evitada para animais não morrerem e desaparecerem Coitadinhos dos bichinhos Morrem tão novinhos A Arara-azul de Lear está em extinção, ela gosta tanto de voar Devemos evitar a morte em vão Devemos proteger a natureza senão nós também vamos morrer! Vamos ajudar a natureza para vermos toda a sua beleza
Pedro Carminatti Ceni – 4º ano 41
Prezado ser Humano Quando nasci havia vários membros da minha espécie, hoje somos ameaçados de extinção. Sou a Arara azul, gostaria de saber, vocês nos matam por quê? Dizem que somos lindas, nós também achamos, mas somos mais bonitas vivas. Se vocês continuarem com essa atitude não haverá arara, nem viva, nem empalhada.
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Nós nunca matamos nenhum ser humano, enquanto que vocês quase acabaram com minha família. Não entendemos por que. Só queremos viver e não morrer. Se coloquem no nosso lugar, gostariam de ser mortos e terem a cabeça pendurada como um troféu? Obrigada pela atenção e pensem sobre isso!! Ass.: Arara azul
Louiza Meryem Machiavelli Oufella – 4º ano 41
Festa de Aniversário
Minha festa é o máximo Tem de tudo, até palhaço!
Tem brincadeiras divertidas de montão Eu brinco muito, me esculacho pelo chão!
Como de tudo um pouco, pois tem muitas comidas, Até não ter mais espaço, na minha barriga!
Pena que a festa acabou, mas ela foi muito legal, Adorei muito este momento, foi tudo muito especial.
Vitória Maria Gris Preveda – 5º ano 51
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Meus Brinquedos
Quando eu quico minha bola, Ela sobe até no céu E vai até nas nuvens, Volta e cai num belo chapéu.
Quando eu ando de bicicleta, Me sinto muito completa, Andando em alta velocidade, Mas sempre em linha reta! Quando eu pulo corda, Parece que estou na cama elástica, Até parece de verdade, Porque eu sou muito sapeca! Quando eu brinco de boneca, Me sinto muito feliz, Mas tomo cuidado Para não deixá-las carecas!
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Bárbara Heinemann Weber – 5º ano 51
Se Eu Fosse...
Se eu fosse uma boneca Eu seria muito sapeca Brincaria de chá da tarde Depois tiraria uma soneca.
Se eu fosse um ursinho Seria muito fofinho Teria tanto carinho Só não gostaria de ficar sozinho. Se eu fosse uma bola Pularia de montão Me esconderia numa sacola E viajaria com você para a Angola.
Se eu fosse um pega-vareta E alguém me pegasse Poderia saltar na lambreta E daria uma volta no planeta!
Isabela Almeida Périco – 5º ano 52
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Como tudo começou?
O mundo é uma esfera É o que eu ouvi por aí, Soube que é a mais bela, A mais bela que eu já vi!
Será que o mundo começou Com uma grande explosão? Com a natureza ou um tufão? Ai, meu Deus, qual é a explicação? Será que somos alienígenas, Seres estranhos? O que será? Mas se você não imaginar, Nunca saberá!
Dizem que o mundo é uma esfera É o que eu ouvi por aí ... Soube que é a mais bela, A mais bela que eu já vi ...
Maria Eduarda Castilho Lopes – 5º ano 52
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ENSINO FUNDAMENTA L II Ilustração - Patrícia Fe lix 6º ano 62
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A cicatriz Existia um menino que tinha uma cicatriz no rosto, muito feia, e ele entrou em uma escola nova, e todo mundo se assustou, pois, sua cicatriz era muito feia. Então os alunos tomaram uma decisão que ate os professores e diretores concordaram: colocá-lo no final da sala para que os alunos não o avistassem. Antes de a professora falar a sua decisão e dos colegas, ele interrompeu dizendo: - Vocês sabem por que eu tenho essa cicatriz ??? Todos respondem - Não!!! Ele delicadamente explica: - Certo dia eu cheguei em casa e ouvi um grito vindo de dentro dela. Soltei tudo que estava na mão e fui ver o que era, chegando lá dentro, vi minha mãe chorando, pois a casa estava em chamas. Então minha mãe pegou meu irmãzinho de quatro anos e eu e saiu correndo ate lá fora para nos salvar mais restava minha irmãzinha de um aninho lá dentro que estava dormindo , ela disse que ia ir buscá-la mais a vizinha não deixou pois ela podia morrer , mais fui esperto e fui escondido busca-la , quando cheguei lá, estava muito quente fiquei com medo mais não desisti tive muita fé naquela hora , fui correndo ao seu quarto pegá-la estava chorando muito de medo coitadinha mais quando fui pegá-la um pano pelando em meu rosto mais novamente não desisti mesmo morrendo de dor. Quando eu cheguei lá fora, minha mãe se emocionou pela minha grande coragem. Hoje todos os dias quando chego em casa minha irmã que já esta com cinco aninhos vem correndo me abraçar dizem que sou lindo demais e minha cicatriz a uma marca do amor.
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Nicoly Aparecida Almeida Ribeiro – 6º ano 61
Meu Melhor Amigo
Quem será o meu amigo, Meu amigo de coração? O melhor amigo do mundo, Que sempre segura minha mão? Será que é meu cachorro, Aquele peludo e brincalhão? Ou será que é meu pai, Que dança de montão? E que tal a minha mãe, Que faz comidas deliciosas? Ou minhas colegas da escola, Que são muito generosas? Finalmente descobri Quem são meus amigos de verdade São todos que citei acima E que amo com sinceridade. Isadora Castioni Ribeiro – 6º ano 61 Uma Aventura no Fundo do Mar Em um dia de sol, na cidade de Dinópolis, as três amigas Bruna, Maria e Bia, foram à praia. Quando estavam montando o guarda-sol e as cadeiras Bruna viu uma coisa que chamou sua atenção:
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-Meninas, eu vou ver o que é aquilo! As duas ficaram se perguntando sobre o que Bruna estava falando. Bruna foi até o objeto do qual aparecia somente um pequeno pedaço. Ela foi tirando a areia de volta do objeto e ali naquele momento ela se deu conta de que o objeto misterioso era, sim, um submarino, e chamou suas amigas: - Meninas, venham aqui ver o que eu encontrei! Maria e Bia se olharam e ficaram se perguntando o que seria aquilo. Quando chegaram ao lugar, as duas ficaram maravilhadas com o objeto: - Uau! O que é isso?! - É um submarino, venham, ajudem a desenterrá-lo! Duas horas depois, terminaram de desenterrar: -Venham vamos empurrá-lo até o mar! As três amigas tentaram empurrá-lo até o mar, mas não conseguiram, pois era muito pesado então Bia lembrou que tinham um amigo chamado João que trabalhava no porto e poderia ajudá-las a levar até o mar o submarino. Então ligou para ele e pediu para ir onde elas estavam. Quando ele chegou ficou surpreso com o tamanho do submarino e disse: - Bom vou ligar para nos levarem junto com o submarino é claro até o porto. Ele ligou e alguns minutos depois chegaram com o caminhão para levarem o submarino. Quando chegaram no porto descarregaram o submarino e uma delas falou: - Mas como vamos fazer para “dirigí-lo”, se nenhuma de nós sabe? Ouvindo isso João disse que levava elas para um “passeio” no fundo do mar. As amigas entraram e foram navegando até o fundo do mar, onde viram corais coloridos, peixes nadando para todos os lados em águas cristalinas as meninas ficaram maravilhadas ao verem que estavam naquele paraíso embaixo d’água. As três ficaram maravilhadas: - Uau! Que lindo que isso aqui é. As três ficaram horas e horas maravilhando-se com a beleza do fundo do mar, mas foi aí que Bia se lembrou que iriam a um show naquela noite, da sua banda preferida “Os Galáticos” e que tinham que voltar para casa para se arrumar para o show. Quando Bia contou às amigas, elas também se lembraram e as três falaram juntas: - Nós temos que voltar para casa! As três voltaram para o porto pegaram uma carona com seu amigo até a praia,
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agradeceram pelo passeio maravilhoso que fizeram, pegaram suas coisas e foram para sua casa se arrumar para o show. Elas foram e se divertiram muito, mas ainda sim, o passeio que fizeram naquele dia no fundo do mar marcou a vida delas.
Sofia Konflanz - 6ºano 61 Por quê?
Todos os seres têm um porquê, mas nem todos sabem o seu. Muitos tentaram descobrir o porquê do mundo... dos seres... mas não chegaram a uma resposta lógica. Para alguns, basta saber sobre o universo, o sol, as estrelas... mas, penso que cada um deve procurar descobrir o seu porquê. Algumas pessoas conseguem trazer alegria para a vida de quem está ao seu redor. Outras pessoas, descobrem novas coisas, contribuindo, assim, para com a melhoria da sociedade. Outras ainda, salvam vidas... Outras... Tudo tem um ciclo e o ser humano, um ciclo de vida: nascer, viver e morrer. Alguns não entendem isso. Porém, há coisas que inexplicáveis, como o porquê de tudo. Mas, se não entendemos, é porque não é para descobrirmos. Então não se pergunte o porquê de tudo, pois você deve saber apenas o seu porquê.
Isabely Recalcate Petry – 6º ano 62 A Vida
Vida, até hoje ninguém descobriu o sentido dela, nem todos a aproveitam e nem todos dão valor a ela. A vida tem dois sentidos: o sentimental e o físico. Dê valor à vida que tem, se você reclama que não gosta de estudar, pense bem, você pode ir à escola, quando muitos gostariam. Se sua mãe reclama que você não arruma seu
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quarto, é porque você tem um quarto, tem uma casa. Nunca deixe de aproveitar sua vida, pois às vezes, num piscar de olhos, ela pode acabar. Se tiver uma oportunidade boa, aproveite-a, não a deixe escapar. Ame seus familiares, seus amigos. Quer algo? O que esta fazendo para que isso aconteça? Vá atrás do que você quer. Todos falam: “Aproveite a vida, pois ela é curta”, mas será que nós estamos realmente aproveitando a nossa vida? Será que ela é tão curta assim? Por que quando algo é bom para você, passa tão rápido e quando algo é rui parece que o tempo não passa? Quando você morre, não leva nada contigo, mas deixa aqui tudo aquilo que você conquistou. Por isso, aproveite o máximo que puder, ame o quanto der, seja feliz com que a vida lhe oferecer.
Vinícius Ribeiro Bazeggio – 6º ano 62
O Pintor em Busca de Inspiração Certo dia, passeava pelo bosque um pintor à procura de umas paisagens que o inspirasse para uma nova obra de artes. Muito cansado, sentou-se à sombra de uma árvore. Tinha adormecido quando escutou a aproximação de um estranho mago, que levava no ombro um belíssimo papagaio de asas vermelhas com o qual conversava. O pintor ficou observando e escutou o mago, que parecia irritado. - Já disse que são só dois desejos! Essa história de três desejos é coisa de contos de fadas. Então pede rapidamente que estou muito ocupado! -Bom... eu queria ter asas maiores, pois sempre desejei voar pelo mundo e as minhas são pequenas. -Estou pensando, respondeu o mago. Antes que o papagaio se preparasse para a transformação, o mago esticou os braços na sua direção, espalhando luzes e magia pelas pontas dos dedos. Quando deu por si, o papagaio tinha, em vez de asas maiores, umas pernas mais musculosas e um par de botas nos pés. Não era o que ele queria, pois não sabia usar
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as pernas maiores, afinal os papagaios foram feitos para voar. Mas agradeceu ao desastrado mago, que parecia satisfeito com seu trabalho. -E o segundo desejo? Perguntou o mago, agora mais prestativo. Bem-disse o papagaio com um pouco de medo, - eu sempre desejei ter mãos, pois queria poder desenhar, pintar e escrever... -Ora, ora! - Respondeu assustado o mago. -Isso é fácil! O mago fechou os olhos, levantou a varinha e falou palavras mágicas. Imediatamente, o pobre papagaio recebeu, não as mãos que desejava, mas um bico em forma de lápis. Muito preocupado o papagaio suplicava ao mago que lhe desse o seu bico de volta, mas a única palavra que conseguia falar era o som de um lápis a ser apontado. E foi ao som deste estranho e desesperado canto que o pintor acordou confuso e com uma inspiração para a sua obra de arte; o papagaio com o bico de lápis.
Vivian Stefan de Mello – 6º ano 62 Ser Criança
Passava meus dias brincando, Me divertindo, jogando, Sem nenhuma preocupação, Ai! Aquele tempo era um vidão! Natal, Páscoa, aniversário... E lá vinha um Ano-Novo! Felicidade era o que não faltava, Como era bom juntar todo o povo. Cada viagem, cada emoção! Era praia, verão... Eita diversão! Era tudo pro meu coração!
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Adorava brincar de casinha: Tinha a mocinha ou a princesinha, Também tinha a rainha que não era boazinha, Como era bom viver em um conto de fadas.
Era legal brincar de professora, Cada dia “ensinando”, Ou então brincar de doutora E dos meus pacientes ficar “cuidando”.
Começou a escola... Pense no meu desespero! Não queria ficar de jeito nenhum, Sem minha mãe por ali, de jeito algum, Meu Deus, que exagero!
Ai a doce infância... Hoje restam lindas lembranças... Ai a doce infância... Saudades do tempo que não havia cobranças!
Eduarda Jung Cachisnki – 7º ano 71
Hoje em Dia! Nos dias de hoje, Pessoas trabalham duro Para fazerem o que fazem Não pode ter moleza.
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Nos dias de hoje, Também há guerra, Homens morrendo Em campos sangrentos. Nem tudo é por causa do Homem, Matam-se pessoas sem faca, Ou vem um vírus repentino Sem avisar nada e os mata... Hoje em dia se rouba Sem ser um ladrão, É político roubando, Isto é a corrupção! Mas ainda tem pessoas honestas Que buscam justiça Fazendo protestos Mas e o governo? Só promessas...
Héric França – 7º ano 71
Preservação do Planeta Terra
As grandes florestas, Os rios cristalinos, Os animais selvagens E o ar bem limpinho.
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Onde está tudo isso? O Homem destruiu Pensou que nunca iria acabar, Mas agora só lhe resta chorar. As grandes florestas Ele também desmatou, Sem dó nem piedade E ele assim continuou. Nos rios cristalinos, Lixo ele jogou, Agora só reclama Porque a água sumiu. Os animais selvagens, Os homens também caçaram. O IBAMA pode até os prender, Mas os animais nunca mais voltaram! Luiz Antônio Pontes Heinrich – 7º ano 72 Escolhas
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Na vida da gente Temos sempre que escolher Ter ou não ter, Você não vai morrer!
Quer comprar uma blusa Ou quer pegar o calção? Vê a jardineira? Não posso comprar não! Às vezes pegamos Qualquer uma peça, Não percebemos na hora, Mas depois não gostamos dessa.
Quando compro e não uso, Minha mãe fica uma fera: “Por que então comprou, Se dela não gostou?”
Temos que aprender Que decisões temos que tomar, Queira ou não queira é assim, Não dá para reclamar! Amanda Tayko Abiko dos Santos – 7º ano 72
Segunda Mente Já era o quinto, quase sexto diário, muitas páginas, mas talvez poucas quando se escreve sua vida toda nelas. Clara já estava acostumada, só ela e o diário, mais ninguém, mas já era o suficiente. Ela tinha uma vida comum, ia para a escola e tinha aulas de piano. Simplesmente
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isso, escola por obrigação e piano por diversão. Quando se é sozinho pouco já basta. Clara tinha pais, claro, mas nem um pouco presentes, viajavam o tempo todo, e a consideravam independente, já que tinha dezesseis anos. Não tinha amigos, colegas ou alguém para conversar. Sua maior companhia, onde havia registrado toda a sua história de vida, era seu diário. Quando, aos seis anos, começou a escrevê-los, ela percebeu que não precisava de mais ninguém, seus registros eram suficientes. Nunca ninguém lera nenhum, todos estavam bem guardados em seu quarto. A medida que o tempo ia se passando, o número de diários ia aumentando cada vez mais. Às vezes, ela escrevia seus sentimentos sobre algo ou alguém, ou até seus pensamentos, como se aquilo tudo fosse uma segunda mente. Muitos anos se passaram, em sua vida adulta, Clara ainda fazia seus registros. Um dia, ela estava na cozinha de sua casa, e começou a sentir dores fortes no pulmão, estava difícil respirar. Ela estava sozinha, por um lado foi ruim, não havia ninguém para salvá-la, por outro, foi bom, já que ninguém que amava, presenciou sua morte repentina. Depois de ficar fechada por alguns anos, uma família mudou-se para a casa em que Clara morava. Talvez coincidência, talvez destino, nessa família, havia uma garota muito tímida e que não tinha amigos, pois acabara de se mudar para a nova cidade. A tal garota, quando foi conhecer o jardim da casa, percebeu que, naquele espaço todo, havia apenas uma flor, delicada e discreta, no meio daquele jardim abandonado. Quando chegou mais perto percebeu que logo abaixo de onde a flor fora plantada, alguma coisa estava enterrada. Encontrou uma pilha de antigos diários, repletos de histórias de uma vida que jamais tinha sido revelada antes. Uma pena que Clara, enquanto era viva, não soube que um dia, seus diários ajudariam uma criança como ela foi, a tomar um rumo melhor para a sua vida.
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Sofia Roveda Busato – 8º ano
Um novo começo Lá estava eu, prestes a ler minha redação sobre família na frente da sala inteira. Enquanto eu estava pensando sobre isso, a professora disse: “Felipe! Pode vir, é sua vez”. Quando ela falou meu nome, levei o maior susto, pois pensei que iria levar uma bronca, mas percebi que era para eu ir lá na frente para ler minha redação. Comecei a ficar muito nervoso, mas respirei fundo e segui em frente. Cheguei na frente da sala e comecei a ler: “A minha pequena família. Meu nome é Felipe e tenho dezesseis anos e podemos dizer que a minha família não é tão normal quanto as outras, bom, eu não tenho pais, minha mãe morreu quando eu tinha oito anos e logo depois do velório dela meu pai fugiu, deixando a mim e ao meu irmão para trás. Mas, para falar a verdade, não sinto tanta falta dele quanto sinto da minha mãe, ele quase não parava em casa e ninguém sabia onde ele passava o dia. Já a minha mãe era a pessoa mais doce que eu conheci, sempre estava ao meu lado e do meu irmão, sempre ajudando no que a gente precisasse. Quando meu pai fugiu, meu irmão que se responsabilizou por mim, até então ele não trabalhava e a partir daí começou a dar aulas particulares para crianças do Ensino Fundamental. Ele não ganha muito, mas é o suficiente para nós dois e eu também comecei a trabalhar esse ano, o que ajuda ainda mais. Então, se hoje você me perguntar a pessoa por quem eu mais tenho respeito e adoração, eu responderia que é pelo meu irmão, pois eu não conheço ninguém com tanta coragem e amor pela vida, pois, mesmo com todas as nossas dificuldades, ele leva a vida com muito amor e leveza. E eu estou aprendendo a ser assim, tendo o melhor exemplo possível. ” Desde esse dia eu nunca fiquei sozinho na escola, eu acho que é porque algumas pessoas têm pena de mim, se você pensar por esse lado, isso não é tão bom, mas eu acho que algumas pessoas realmente estão tendo mais respeito por mim, pois até então, na escola, ninguém me notava.
Maria Clara Sari dos Reis – 8º ano
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Evoluindo Essa até pode ser mais uma daquelas poesias em que com seis anos todo mundo escrevia. Falar sobre escola, professores e amizade em que todos mentiam evitando a verdade. Não adianta negar, todo mundo já fez, e sem criatividade, com certeza já refez. Os estudos continuam e a gente percebe que o tempo passa e a gente cresce. A nossa preocupação não é que brinquedo levar, e sim tentar achar um dia para descansar.
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Carolina Barpp Sulzbach – 8º ano
A Amazona e o Cavalo O cavalo negro está a cavalgar, em conjunto com a amazona sobre a luz do luar. A paixão entre os dois e a sua conexão, ninguém separa pois vem do coração. Para quem não convive é difícil entender o cavalo, não importa o quanto treine totalmente é impossível domá-lo. Sua alma pertence ao vento, a posse, ao fazendeiro, o coração, à amazona e o ódio ao carroceiro. De nada adianta para o ferreiro ferraduras fabricar, se não existem os cavalos para a amazona cavalgar.
Luiza Nascimento Peretto – 8º ano
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A Luz Eu andava pela rua Como sempre faço Totalmente sem rumo E fora do compasso A vida nunca sorri pra mim Mas eu não tenho que reclamar Nunca fiz coisas Para me orgulhar Até que andando por aí Numa noite fria e escura Vi uma luz forte Mas não era a luz da lua Era uma luz bonita De acalmar o coração E quem olhasse para ela Pensaria: `` a vida é bela`` Ela foi se aproximando Até encostar na minha testa Eu senti uma onda de energia E logo sumiu, ali, tão bela Depois disso eu pensei Era uma luz divina Que veio trazer esperança Na vida de uma criança Caliel Nunes de Oliveira - 9º ano 91 44
Os Nossos Sonhos É incrível a habilidade das pessoas de desistir das que elas que elas tanto querem, seja por motivos financeiros, estéticos, ou apenas por acharem que não têm potencial para fazer isso. E esse é o problema, nós não acreditamos em nós mesmos. E se a gente não acreditar em nós mesmos, quem é que vai acreditar? E assim a vontade de realizar os nossos sonhos vai ficando cada vez mais longe, se tornando cada vez mais impossível, até que... Desistimos! Será mesmo que isso é o certo a fazer? Será que nós não deveríamos correr atrás do que a gente quer? Quantas vidas nós temos para viver? Está na hora de tirara os sonhos da ideia e fazer deles realidade! É claro que no caminho terão muitos obstáculos, muitas pessoas fazendo de tudo para que você desista, enfrente-os, não deixe que eles te derrubem, e no final, a recompensa será grande! Insista, persista e não desista...Acredite em você mesmo!
Isabela Lisboa de Lima - 9° ano 91
Lembranças Aqui estou eu um velho triste e solitário do lado deste caixão segurando a mão dela, mesmo pálida e gelada continua linda a mais linda. Ela era tudo o que eu tinha tudo o que eu era não sei mais o que fazer como será a vida sem o seu delicado e doce bom dia pela manhã, sem ir a cozinha e ver que ela já havia preparado meu chá, torradas e dois ovos escaldados a perfeição, como só ela sabia fazer, sempre com um sorriso no rosto encantando tudo e todos, sentirei saudade de ter que comprar suas tulipas todo sábado pela manhã e sempre dar-lhe um beijo antes de ir ao trabalho. Mas querida saiba que por mais distante que esteja onde quer que esteja seu espirito sempre se manterá vivo dentro de mim, pois na primeira vez que nossos olhos se cruzaram eu tive certeza de que você era é e sempre será a mulher da minha vida, quando nos casamos fizemos uma promessa “Até que a morte nos separe”, mas saiba que isso é muito pouco para mim, preciso de você por mais de uma vida, eternamente, e enquanto ainda não nos encontramos novamente, viverei minha vida com as melhores
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lembranças dela já vividas, as ao seu lado.
Marcia Luiza Salamoni – 9º ano 91 O Sonho Realizou
Nesses pequenos versos Uma história vou contar Espero que você goste E peço desculpas se não gostar; Uma tarde por aí Passeando de carro Passei por um lugar Com várias casas de barro;
Em uma delas morava uma família pobre Porém viviam com muito amor Entre eles havia muita união E apesar dos conflitos não guardavam rancor
Apesar dos pais trabalharem Não tinham dinheiro para pagar a escola Mas o filho do casal tinha o sonho De estudar e aprender a jogar bola;
O pequeno garoto queria se tornar Um jogador profissional Para ganhar dinheiro E ajudar as famílias que vivam mal. Andressa Schulze Cordeiro – 9º ano 92 46
Gritos e Batidas Era sexta-feira, meu pai estava viajando e minha mãe ia demorar para chegar do trabalho, então fiquei sozinho com minha irmã jogando videogame. Escutei um barulho vindo do porão, como se alguém estivesse batendo em algo, mas não dei bola, pois o som parou rapidamente e eu estava muito concentrado no jogo. O barulho voltou, agora mais forte, então minha irmã pergunta: “Você ouviu isso? ”. Respondi assentindo com a cabeça. Desligo o videogame e a TV. Fui na cozinha e peguei uma faca, minha irmã também. Então fomos descendo as escadas, em direção ao porão. Abri a porta com muito cuidado e devagar. Coloquei a mão para dentro para acender a luz, mas ela havia queimado, não tínhamos nada para o iluminar, apenas uma janela com a luz do luar. Minha irmã disse: “Eu não vou entrar aí, está muito escuro”. Ignorei ela e entrei, estava tremendo, meus olhos se acostumando com a escuridão. Minha irmã acabou entrando também. O barulho continuou, então nos escondemos atrás de uma prateleira. Espiei à minha direita, de onde vinha o barulho, era um armário muito antigo, com a madeira apodrecendo, parecia que havia alguém batendo em suas portas, tentando sair dali. Estava gritando, era a voz de uma garota. Fomos em sua direção, com muito medo, quanto mais nos aproximávamos, mais a garota gritava e batia nas portas do armário. Estávamos frente a frente com o armário. Encostei a mão no puxador, abrindo aos poucos, o grito ainda continuava. Quando abri toda a porta, uma luz muito esbranquiçada saiu do armário, invadindo todo o porão, nos cegando. O grito aumentou, nos ensurdecendo. Com a força da luz e do grito, caímos fortemente no chão. Acordei, não estou no porão, acabei pegando no sono enquanto jogava videogame, que alívio.
Emanuele Bolzan Barpp – 9º ano 92
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ENSINO MÉDIO Ilustração - Luigi Soletti Vitto 2º ano 202
Lágrimas caídas O choro é inevitável. Em muitas situações, Pode ser por algo indesejável Ou momentos de emoções.
Chorar não nos faz fracos Nem nos traz humilhação. É apenas um momento de desabafo Para o nosso coração.
As lágrimas não doem, O que doem são os motivos. Alguns destroem. Mas nem todos são nocivos. Lágrimas caídas Por um amor não correspondido. Esperanças destruídas E um coração partido. Logo a dor é superada, Sonhos reerguidos. Lembranças guardadas Coração reconstruído. Gabriella Tristão - 1° ano 101
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Paixão com das estações
Eu quero amar loucamente Amar só por amar você. Além do mais, somente amar você e não a ninguém mais.
Recordar? Esquecer? Indiferentemente! Prendendo ou desprendendo anos? É bom ou mal? Só o destino saberá. Não é para a vida toda, mas Pode ser eterno enquanto dure. Como há uma primavera para florir as flores, Tem um amor que serve para florir o coração, E, se for bom, nem Deus nos separa.
Pena que tudo que é bom um dia acaba, Como a vida e o amor. Então, quando morrer e virar cinza. Espero que a minha cinza se esbarre com a sua.
Vitor Bortolini Stein – 1º ano 101 Bullying O bullying passou a ser um vilão muito comum no dia a dia de muitas pessoas. Pouco se sabe desde quando é praticado, mas vem se intensificando cada vez mais, o que acaba por se tornar um problema para toda uma sociedade. Em grande parte dos casos, os maus tratos ocorrem diariamente desencadeados por crianças, adolescentes e, em poucas ocasiões, por adultos para alcançar um status, a popularidade e até mesmo por brincadeira.
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Porém, isso acaba, muitas vezes, machucando a vítima, não só fisicamente, mas também emocionalmente e psicologicamente. Essa tortura de, dia após dia, sofrer bullying, pessoal ou até virtualmente, conhecido como cyber bullying, não é apagada da mente das vítimas na vida adulta, gerando, em alguns casos, problemas para a pessoa. Portanto, não devemos tratar essa situação como uma brincadeirinha, pois pode gerar situações ruins para grande parte da população, afetando a todos. Devemos aceitar as diferenças para criar uma nação melhor, porém, ainda mais importante, um mundo em que todas as pessoas fiquem mais próximas umas das outras, criando uma sociedade melhor. Nicolas Otávio Heinz – 1º ano 101 Poema: Amizade
O que falar sobre amizade? É um sentimento do coração, Com momentos de felicidade E outros que servem apenas como lição.
Amizade é uma coisa para vida toda se levar. Algumas vêm em vão, Outras vêm para ficar. Ruim aquelas que nos deixam feridas no coração.
Com amigos passamos momentos de felicidade, Momentos de muita zoeira, outros de seriedade, Mas no final tudo sempre termina em brincadeira.
Tem amizades que começam na escola, algumas porque os amigos moram na mesma rua e outras apenas em um joguinho de bola.
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Amizade é assim!! Uma hoje, outra amanhã. Mas há aquelas que nunca têm fim para mim são meu pai, minha mãe e minha irmã... Emanoel dos Santos Costa Moreira – 1º ano 102 Ele Você pode não estar preparado, Achar que ele nunca vem. Mas, ah! Ele sempre vem. Pode ser, talvez, Por causa do cabelo bagunçado, Pelo fato de ele nunca deixá-la de lado É, talvez. Talvez seja um conjunto de coisas Que a gente nem sabe, nem percebe E quando se dá conta, Pronto! Ele veio.
Ele sempre vem, e a gente só percebe Quando já nos tomou conta Quando tudo que vem à mente É uma memória da mesma pessoa.
O amor vem. Ele sempre vem. Jullie Catherine Furtado – 1º ano 102 52
Ismália Certa tarde de domingo chuvoso, Ismália, uma menina quase mulher, estava se preparando para seu casamento. Sem nenhum sorriso no rosto, apenas lágrimas de dor... sofrimento, angústia. Conforme ela ia se vestindo, uma lágrima caia. Infeliz por não poder escolher com quem passaria o resto de sua vida, pensa em fugir, mas a fuga de um problema só a levaria para outro. Sua maquiagem escorria pelo rosto, cada parte do seu corpo odiava aquele momento. Alguns minutos depois, sua mãe entrou pela porta, olhava para a filha. Sabia que não era a vontade de Ismália. Ambas estavam infelizes com toda aquela história... Quando a última badalada do sino soou e o sol se pôs, a garota entrou na igreja, as mãos tremiam, os olhos marejados. Ela levantou a cabeça e olhou fixamente para o noivo, sem nenhum sorriso, tentando mostrar força, segurando a emoção, mas, em fração de segundos, não resistiu e o choro tomou conta do seu corpo. A música começou a tocar quando ela foi se aproximando ... olhou para fora da igreja, olhou para seu pai e disse: - “Eu não posso fazer isso, eu sinto muito.... Ismália tirou os sapatos e correu o mais rápido que pôde. Subiu até a torre mais alta, do ponto mais alto. Observou as montanhas e o lago. Na água enxergava o reflexo da lua. Aquela pobre menina pensou no ato que acabara de cometer. Falou ao silêncio da noite: - A noite chegou. E eu não posso voltar. Tenho de acabar com tudo isso. Naquele momento se foi a dor e, no ar, Ismália também...
(paródia do poema Ismália- Alphonsus de Guimaraens) Thainá Paris – 2º ano 201
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O que são os Reboots? Hoje em dia, nos cinemas, vivenciamos um tipo de retomada do passado com os filmes que fizeram muito sucesso nos anos 70, 80 e 90, ou seja, o “Reboot”. Isso, em um termo mais conceitual, seria o relançamento de alguma história, não necessariamente precisando ser um filme igual, mas pegar os seus elementos essenciais e colocar em uma nova adaptação da história para o cinema, ou até uma continuação. Existem dois tipos principais de “Reboots”: a nova adaptação, isto é, a história antiga, com suas principais características e a elaboração de outra história a partir disso, mas mantendo o objetivo principal que era proposto no conto anterior. Posso até citar exemplos como o recente Quarteto Fantástico, que foi um fracasso, ou até o Incrível Hulk, feito em 2008, que também foi outra bola fora. O problema das novas adaptações é que elas correm o enorme risco de não ficarem boas, mas quando acontece o contrário, há uma grande aceitação pela parte popular, e, até de vez em quando, fica melhor que a primeira versão. Na minha opinião, esse seria o caso de O Juiz Dredd, de 2012, que humilhou o de 1995, feito pelo Stallone. O outro tipo é a continuação, como o próprio nome já diz, preza por manter a história original do filme, mas fazendo-o “ir para frente”. Esse tipo, tenho quase certeza, é o que as pessoas mais gostam e aceitam. O bom das continuações é elas quase nunca nos decepcionarem, sendo raros os casos. Atualmente o modelo mais presente nos cinemas. São os casos de: Mad Max: Estrada da Fúria; Exterminador do Futuro: Gênesis; Jurassic World; e Creed que vai ser uma continuação dos filmes do Rocky, mas a história vai se passar com outro personagem, contando com a participação do lendário lutador. Tal filme ainda vai ser lançado. O retorno dos filmes tem alguns pontos positivos e negativos. O lado bom é que as pessoas que tiveram o privilégio de estar sentadas na poltrona do cinema, vendo tudo pela primeira vez, agora poderão vivenciar tal momento novamente e poder passar para seus filhos ou à nova geração, tendo uma boa sensação de nostalgia. Por mais que haja filmes horríveis no cinema, também vem uma esperança de que essas histórias serão eternas. O lado ruim disso é que por mais que tenha continuações, ou novas adaptações, não se têm novas ideias, não há inovação nos cinemas e sempre vão ficar dependendo de reboots para ganhar dinheiro. Assim eu pergunto, meu caro leitor, você tem alguma esperança, do
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jeito que o cinema está indo, de lançarem um filme que teve um impacto tão grande na vida das pessoas como Star Wars, ou O Poderoso Chefão? Duvido muito, porque foram esses filmes que impressionaram nos anos anteriores, e agora, a indústria cinematográfica tenta impressionar a nova geração com as antigas franquias, e não com novas ideias. Mas isso tudo tem um motivo: não queremos novas ideias, só queremos ver um novo filme do Batman, Superman, continuações infinitas de Star Wars, Star Trek, e X-Men. Ou seja, depois disso tudo, o que quis dizer é que não são os diretores, atores, ou donos de indústrias cinematográficas que fazem os filmes, somos nós, a massa popular, a gente que pede e implora para que façam reboots, não são eles, ou, melhor dizendo, nós fazemos o nosso cinema!
Guilherme Fernando Lessing – 2º ano 201
Ismália Quando Ismália enlouqueceu, No céu ela foi parar. A lua contemplava Como tanto sonhava. Não entendia sua vida, No céu estava perdida. O que estava acontecendo? Ismália não sabia. Ficou presa em um mundo Que entre nós Ninguém conhecia, Onde anjos cantarolavam E almas flutuavam. (Paráfrase de Ismália – Alphonsus de Guimaraens) Paula Carvalho da Silveira – 2º ano 201 55
Pequena Flor “Nas profundezas da África Equatorial o explorador francês Mareei Petre, caçador e homem do mundo, topou com uma tribo de pigmeus de uma pequenez surpreendente. Mais surpreso, pois, ficou ao ser informado de que menor povo ainda existia além de florestas e distâncias. Então mais fundo ele foi. No congo Central descobriu realmente os menores pigmeus do mundo. E- como uma caixa dentro de uma caixa, dentro de uma caixa- entre os menores pigmeus do mundo estava o menor dos menores pigmeus do mundo, obedecendo talvez à necessidade que às vezes a Natureza tem de exceder a si própria. Entre mosquitos e árvores mornas de umidade, entre folhas ricas do verde mais preguiçoso, Mareei Petre defrontou-se com uma mulher de quarenta e cinco centímetros”. Ela se chamava Pequena Flor, e estava grávida. Seu bebê corria riscos de vida e ela precisava consultar um médico. Então Mareei Petre tirou uma foto da mulher e levou até o jornal da França. De lá a notícia se espalhou pelo mundo. Em Nova York, uma mulher estava no shopping com um dos jornais no colo vendo a pequena mulher na primeira página. Sua filha de cinco anos de idade, ao ver tal imagem e ouvir os comentários, comparou-a com uma bonequinha. E disse que seria muito bom se suas bonecas pudessem falar, se comunicar como a Pequena Flor. Um menino que passava por ali, ouviu a menina e pensou em um jeito de ajudá-la e beneficiar a todos. Quando o garoto chegou em casa começou a refletir sobre o ocorrido. Se houvesse uma maneira de trazer todos os pigmeus, espalhá-los pelo mundo, eles estariam com menos problemas de saúde, pois teriam atendimento mais próximo. Assim Pequena Flor e todas criaturas viveriam melhor e teriam filhos mais saudáveis. Além disso poderiam servir para realizar o sonho das crianças, como o da menininha do shopping, que queria viver em um mundo com pequenas pessoas que falassem, “bonequinhos de verdade”. Então o menino chamou sua turma para ajudá-lo a fazer cartazes e espalhá-los pela cidade. Uma moça estava a caminho da igreja para marcar a data de seu casamento. Quando viu um dos folhetos, comoveu-se com a história e situação da pequena mulher, pois desejava ter filhos, porém não poderia tê-los. Resolveu então apoiar a iniciativa do menino. A notícia chegou até Pequena Flor que ficou extremamente feliz com a ideia. Alguns
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dias depois, as famílias de pigmeus foram separadas e levadas para diferentes países. A pequena mulher foi levada a um centro médico francês onde teve seu filho, que nasceu com dez centímetros, o qual foi sendo tratado e estudado durante o curto período de sua vida devido a problemas na sua gestação. Infelizmente, duas semanas após seu nascimento o pequenino morreu.
(Continuação do conto “Pequena Flor”, de Cecília Meireles) Pollyana Foresti Leão- 2º ano 202
Felipe, Como você está? Imagino que surpreso por receber esta carta, já que não nos falamos há dois anos. Imagino que esteja se perguntando como consegui seu endereço e por que, depois de tanto tempo, resolvi fazê-lo lembrar dos nossos curtos, mas quatro meses de um sentimento que imagino nunca mais sentir na vida. Não tão cedo pelo menos. Vim comunicar que me mudei. Agora estou morando no campo, naquela fazenda onde costumávamos ir aos domingos à tarde para esquecer um pouco dos problemas da cidade. Eu sei, você nunca me imaginou fazendo isso, não é? Abandonando minha rotina agitada de festas todos os finais de semana, estudar e fazer trabalhos voluntários quando me sobrava tempo... Quero dizer que aqui encontrei a paz que há tempos, mesmo que inconscientemente, você não me dava. Vim dizer que já não procuro seu rosto em outros rostos, que eu conheci sim muita gente maravilhosa nesses dois anos, mas que nenhuma delas em momento algum me fez sentir o que você fez... Você sabe, eu sou assim, evito decepções quando posso, principalmente as amorosas. Quero dizer também que eu procurei seguir todos os seus conselhos no começo, sabe? Seguir em frente, mudar meu jeito impulsivo de ser e pensar mais nas consequências dos meus atos. Mas foi aí que eu percebi o porquê de não termos dado certo. Você esperou me mudar, você me idealizou e queria me moldar dessa forma. Eu sempre pensei isso, mas nunca tive forças pra acreditar que fosse verdade. Até agora. Outra coisa curiosa é que há tempos vejo você na
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fila do supermercado e não sinto mais aquela vontade louca de abraçá-lo e pedir pra repensar suas decisões. Mas a maior razão pela qual escrevi é pra desejar a você toda a felicidade existente nesse mundo. Que viva intensamente, tão intensamente que nunca consiga se arrepender das coisas que fez, que se realize profissionalmente e que encontre alguém que seja capaz de amá-lo a metade do que eu amo você e assim saberá que vai ser amado imensamente. E, o principal, que nós possamos, um dia desses, nos perdoarmos. Nós fizemos nossas escolhas e agora precisamos aceitá-las. E eu espero que você esteja feliz com as suas. Com carinho, Valentina. Gabriela Loch de Camargo - 2º ano 202.
Evolução Quando o mundo enlouqueceu Pôs-se a criar Armas para destruir Armas para matar Quando o povo morreu Começamos a reivindicar Direitos para viver Direitos para amar Porém o povo foi duro E recusou-se a mudar Voltou a enlouquecer Também voltou a matar
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Quem sabe algum dia Quando o que nos resta acabar Todos resolvam entender Resolvam aceitar João Pedro Barpp Sulsbach – 2º ano 202
Felicidade Será que a felicidade pode ser totalmente alcançada? Alguns dizem que sim, outros que não; uns dizem que é alcançada através do dinheiro, e outros afirmam que o mesmo não traz felicidade. Em minha opinião, a felicidade não pode ser alcançada apenas com dinheiro ou bens materiais que o mesmo pode comprar. Muitas pessoas ricas, milionários, bilionários, não são totalmente felizes. A felicidade não os alcançou. Muitos não constituíram famílias, não tiveram filhos, tiveram casamentos fracassados, coisas que o dinheiro não pode trazer. É triste, e em meu ponto de vista, não possuir alguém que nos ame, não poder ter filhos. A família é um bem precioso que sempre estará ao nosso lado quando acontecer qualquer coisa, levando-nos mais parto de ser felizes. A felicidade está presente em muitas outras coisas, simples ou complexas: realizar sonhos, concretizar desejos, isso já pode ser útil para as pessoas serem felizes. Mas sempre faltará algo mais com certeza. Pessoas de hoje em dia sempre buscam cada vez mais, nunca estando totalmente realizadas. Afinal o dom de nos deixar felizes não é de certa forma alcançada por completo. Você que acha que não é feliz, se contente, se você tiver saúde já é um grande começo. Através dela e de suas outras virtudes planeje sua vida, estipule metas e vá ao encontro da realização, persiga seus sonhos. Não devemos pensar nos bens materiais ou apenas no dinheiro, pois ainda vemos muito por aí pessoas ricas e sem satisfação em suas vidas. Seja feliz do seu jeito.
André Peluso Fezer – 3º ano 301
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A Felicidade Oculta
A felicidade pode ser definida de várias formas de acordo com o pensamento e com a personalidade de cada um. Quando você se sente para baixo, com algum problema, doente, triste, logo pessoas próximas a você buscam alguma forma de melhorar sua autoestima, dando apoio e tentando solucionar seus problemas da melhor maneira possível. Quando você deseja muito alguma coisa, esforça-se ao máximo para conquistar aquilo, então você pensa em mil e uma maneiras para atingir seus objetivos e, quando consegue, a alegria que isso lhe proporciona por ter lutado e realizado seu sonho é algo especial. A superação de alguma doença é algo incrível, pois o indivíduo tem todos os motivos para desistir de viver, mas a força de vontade é ainda maior. O mérito de ter lutado com as suas forças e chegado ao objetivo faz com que se orgulhe de tudo o que passou. Há momentos incríveis na vida de um ser humano, seja algo simples ou grandioso, mas a real felicidade está dentro de cada um.
Guilherme Nascimento Bittar – 3º ano 301
Reencontro Um dia frio, chuvoso, fúnebre. Todos a sua volta vestidos de preto, entristecidos pela perda, mas a dor de nenhum deles chegava aos pés, calçados com um sapatos envernizados, de Francisco. Aquele sentimento que superava todos os momentos ruins que já havia passado. Seu coração esmagado, como se uma mão forte e grande estivesse o apertando. Seus pensamentos voltaram no tempo, relembrando momentos de ternura, afeto, compaixão. Seu corpo, endurecido, recebia abraços e condolências dos que se sensibilizavam com sua expressão de desespero e atordoamento. Desamparado, mesmo com todo o apoio recebido, o mundo a sua volta havia perdido o sentido. O entusiasmo de viver havia se perdido.
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Uma hora de pura dor havia se passado e, agora, seu coração havia sido enterrado junto com o de sua amada. Estava a sete palmos do chão e de lá nunca voltaria. Ao se afastar do local de onde o corpo de sua esposa permaneceria intacto e não mais o acompanharia para todos os lugares como antes, a dor, ao contrário dela, seguia com ele, aumentando a cada passo que dava para sair daquele ambiente entristecido. Já em seu carro, a solução para aqueles sentimentos cessarem lhe veio à mente. Abrindo o porta-luvas, retirou cuidadosamente a arma a qual havia conquistado pelo seu ofício. Imagens de sua amada reencontrando-o em um universo paralelo, no qual ele acreditava, encheram a sua cabeça. Na ânsia de senti-la novamente em seus braços, saiu do carro e apertou o gatilho. Era agora um cadáver ao chão, vizinho de uma arma a certa distância e de uma multidão que assomava ao seu redor, cuidando para não pisar em seu sangue. Alguns cogitaram suicídio; outros, assassinato, ninguém parecia ter razão. Questão de tempo para tal resolução, porém nunca compreenderiam os motivos daquele sorriso pálido e bem aventurado, e nunca saberiam em que infinito aqueles olhos perolados estariam mirados.
Ana Luísa Ribeiro Göedert – 3º ano 301
Doces Manhãs
Seu amado a deixou, Sorrindo foi para o céu, Sorrindo mergulhou no mar, E seu doce sorriso abandonou o véu.
Olhando para seu rosto, Seus olhos marejados de dor, Gritam para ver de olhos abertos, Aquele que a fez sentir amor.
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Afundou na dor em seu peito De alguém perdido no tempo esquecido, Seu irmão, fortaleza e anjo, Seu eterno amor mais que um amigo.
As lágrimas escorreram pelo seu rosto, Dançando pelas suas rosadas maçãs, Fazendo-a lembrar dos dias Em que tiveram doces manhãs.
Então foi que ela entendeu, O seu grande e eterno amor, Será para sempre lembrado, Como a sua maior e mais forte dor.
Mariane Cachinski – 3º ano 301
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