Relatorio gestão 2007

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Índice

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1. Âmbito 2. Mensagem do Presidente 3. Indicadores Relevantes 2007 4. Perfil Organizacional 5. Compromisso com Iniciativas Externas 6. Relacionamento com as Partes Interessadas 7. Desempenho Económico 8. Desempenho Ambiental 9. Desempenho Social 10. Responsabilidade pelo Produto 11. Verificação do Relatório de Sustentabilidade 12. Índice Global Reporting Initiative (GRI3)

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1. Âmbito Pelo quarto ano consecutivo publicamos o Relatório de Sustentabilidade da Unicer.

A preparação desta edição, relativa ao ano de 2007, teve por base as directrizes de orientação do Global Reporting Iniciative (GRI3), situando-se o relato de sustentabilidade no nível “C+”. Pretendemos com este relatório apresentar uma actualização do nosso desempenho ao nível económico, ambiental e social. A identificação dos temas aqui relatados foi efectuada com base em critérios de materialidade e prioridade, tendo-se seleccionado as actividades da Unicer com maior impacte na sociedade e ambiente. Os indicadores de desempenho ambiental consolidados que são apresentados referem-se às actividades directamente relacionadas com a produção de bebidas, incluindo, para além da produção de bebidas, as actividades auxiliares que ocorrem nas mesmas instalações (logística interna, produção de energia, tratamento de águas, tratamento de águas residuais e actividades sócio-administrativas). Na estimativa das emissões globais foram incluídas as emissões geradas nas instalações da Maltibérica, uma Empresa participada em 51% pela Unicer, cuja produção – malte - se destina exclusivamente à produção de Cervejas. No que respeita aos vinhos foram consideradas as emissões resultantes de actividades à escala industrial em instalações próprias, tendo por isso sido considerada a Quinta do Minho, na Póvoa de Lanhoso.

Auto declarado

Examinado por terceiros

Examinado pela GRI

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C

C+

B

B+

A

A+

Com verificação externa

2002 ‘de acordo com’

Com verificação externa

Opcional

Obrigatório

Relativamente aos indicadores de desempenho económico e social são apresentados os dados consolidados da Unicer, que abrangem todas as Empresas participadas.


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Para os principais indicadores, sempre que conveniente e face ao histórico disponível, é apresentada a evolução relativa aos três últimos anos. Exceptua-se o caso dos indicadores ambientais, em que se considerou a evolução desde 2003, ano em que foi estabelecido e consolidado este painel de indicadores. A análise da evolução dos indicadores e a comparação com os dados referentes aos anos anteriores é, em alguns casos, afectada pelo processo de reestruturação levado a cabo pela Unicer desde Outubro de 2006. Para além disso, foi necessário alterar as formas de cálculo de alguns indicadores de modo a adequá-los ao Global Reporting Iniciative (GRI3), nomeadamente o cálculo do uso indirecto de energia em termos de energia primária e a quantificação da sua contribuição para as emissões totais de gases com efeito de estufa. Na informação económica procedeu-se igualmente a alterações no cálculo do valor económico gerado e distribuído, de modo a apresentar a informação de acordo com os requisitos do GRI3.

O relato rigoroso do desempenho da Unicer nas vertentes económica, ambiental e social continua, assim, um objectivo. Mantivemos a nossa intenção de articular com este Relatório a informação constante do Relatório de Actividades da Empresa, de forma a evitar redundâncias e sobreposições. Por esse motivo a edição dos dois relatórios - Actividades e Sustentabilidade - deve ser vista numa perspectiva integrada, complementar e indissociável. Mantendo como um dos pilares da nossa actividade a Inovação, apostamos este ano num formato diferenciador para apresentação do Relatório de Gestão, recorrendo a uma edição em formato Jornal para evidenciar as grandes actividades da Unicer e, em paralelo, uma retrospectiva dos principais acontecimentos mundiais e nacionais no ano de 2007. Este formato é complementado com a edição em CD dos Relatórios de Actividades e de Sustentabilidade.

Para mais informações, esclarecimentos e comentários por favor contactar:

Direcção de Comunicação e Relações Institucionais (CRI) Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, SA, Ap.1044 · 4466-955 São Mamede de Infesta cri@unicer.pt www.unicer.pt

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2. Mensagem do Presidente Um ano difícil

1. 2007 foi um ano particularmente difícil para o sector das bebidas. A economia cresceu de forma limitada (1,9%), o desemprego estabilizou em níveis altos (média ano 8%), o verão foi o menos quente e mais chuvoso dos últimos 20 anos. Consequência destes factores os mercados de bebidas conheceram, em geral, um decréscimo de consumos: cervejas (-4%), águas lisas (-1%), águas com gás (-10%). Nestas circunstâncias particularmente adversas, teve a Unicer de empreender uma reestruturação significativa das suas actividades, em linha com os ajustamentos estratégicos anunciados no último trimestre de 2006, que levaram aos encerramentos da fábrica de Vidago e transferência da sua produção para Pedras (Março de 2007) e da fábrica de Loulé com a concentração da produção de cervejas em Leça do Balio e Santarém (Outubro de 2007). A reestruturação não se limitou ao fecho destas duas unidades: no âmbito do programa de simplificação organizacional que abrangeu todas as áreas da Empresa terminou a Unicer o ano de 2007 com 1859 colaboradores, menos 550 que em Agosto de 2006. Os diversos programas de redução de custos visam reforçar a competitividade e sustentabilidade da Unicer no futuro. As medidas em curso implicaram custos extraordinários de 17 MEuros em 2007 (a somar aos 19 milhões já investidos em 2006) e permitiram retirar 10 MEuros da estrutura de custos no ano findo e visam atingir uma poupança final próxima aos 20 MEuros/ano no final de 2008. Atendendo ao esforço pedido à organização não é de mais realçar a extraordinária resposta e demonstração de profissionalismo dado pelos colaboradores e trabalhadores da Empresa que asseguraram permanentemente o bom funcionamento de todas as actividades.

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2. Do ponto de vista de resultados, 2007 foi um ano muito positivo para a Unicer: · as vendas liquidas cresceram 5% atingindo 453,3 MEuros; · o cash flow operacional (EBITDA) cresceu 22% atingindo 92,1 MEuros; · o resultado operacional cresceu 40%, atingindo 60,9 MEuros, o melhor de sempre; · o resultado líquido sem interesses minoritários, apesar do peso dos custos extraordinários indicados acima, atingiu 27,4 MEuros, um crescimento de 124% face a 2006.

Para a melhoria de resultados contribuíram todas as actividades da Unicer: mercado interno (+12,3 milhões) e mercado externo (+5 milhões), bem como todas as categorias de produto (cervejas, águas, refrigerantes, vinhos e cafés). O desempenho comercial no mercado interno foi afectado pelas condições adversas descritas anteriormente. Apesar da dinâmica da concorrência foi possível estabilizar as quotas de mercado no sector das cervejas numa posição de liderança superior a 52% e fazer crescer as nossas posições no sector das águas lisas, 27%, e águas com gás, 48%, mais 4 pontos do que em 2006. O desempenho dos mercados externos foi, uma vez mais, excepcional crescendo 20%, com especial destaque para África e, em particular, para Angola, onde superámos os 108 milhões de litros de vendas de cerveja das marcas Super Bock, Cristal e Carlsberg, e os 25 milhões de litros de água Caramulo.


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3. Numa perspectiva de sustentabilidade e responsabilidade social cumpre registar: · o prémio “Cidadania das Empresas e Organizações” atribuído pela AESE que galardoou a Unicer em Junho de 2007; · a forma como foi responsavelmente gerido o processo de reestruturação e a resposta profissional dada por todos os colaboradores; · os bons índices de satisfação evidenciados nos inquéritos conduzidos junto dos colaboradores; · o arranque, em Outubro e em Óbidos, dos trabalhos do novo plano estratégico da Unicer - “ Unicer 2010”- uma nova visão ambiciosa para a Empresa, trabalhada por um grupo extensivo de colaboradores que será apresentada aos accionistas no segundo semestre de 2008; · a nível ambiental, a remodelação da ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio, com benefícios importantes ao nível do controlo do processo de tratamento e redução da área ocupada pela ETAR; a consolidação dos resultados decorrentes da implementação do projecto EnSave em Leça do Balio, com redução de consumos de energia e de água e a redução de custos e de emissões associadas ao transporte de produtos, por via das optimizações introduzidas com o projecto Logex; · a intensificação da nossa relação com as comunidades de Vidago, Pedras Salgadas e Santarém, através do desenvolvimento de projectos locais na área da educação para o ambiente, para a cultura e para a cidadania, enquadrados na política de apoio institucional da Empresa que privilegia o apoio às comunidades onde desenvolvemos a nossa actividade; · o arranque do projecto de definição de uma estratégia para o desenvolvimento sustentável que, integrada na estratégia de negócio da Unicer, seja agregadora das diversas práticas e actuações e que focalize as actividades desenvolvidas e a desenvolver pela Empresa nas diferentes áreas da sustentabilidade. Para a consecução deste projecto será estruturante o diálogo com as diferentes partes interessadas, a desenvolver em 2008, e que nos permitirá alicerçar a nossa estratégia e práticas a este nível.

4. Em Agosto de 2007, depois de 37 anos de serviço à Unicer, retirou-se da administração o Engº Aníbal Lousada Soares. Também o Engº João Jacques de Sousa, Director Geral Industrial, depois de 42 anos ao serviço da Empresa, reformou-se no último dia do ano. A ambos um forte agradecimento por uma vida de dedicação competente à Unicer. Durante Abril o Engº Carlos Gomes da Silva pediu a renúncia ao cargo de vogal do Conselho de Administração tendo sido substituído, em Maio, pelo Engº Torsten Christensen. Termino com um forte agradecimento aos accionistas, colaboradores da Unicer, fornecedores e clientes. Sem o seu empenho, ou preferência, os bons resultados de 2007 não teriam sido possíveis.

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3. Indicadores Relevantes 2007 Económicos e Financeiros Volume de Negócios

MEuros

495,3

Resultado Operacional

MEuros

60,9

Resultado Líquido

MEuros

27,4

EBITDA

MEuros

92,1

Total do Activo

MEuros

506,5

Capital Próprio

MEuros

131,1

Investimento

MEuros

42,1

Resultado por Acção

Euro

0,55

GJ

1.261.369

GJ/103 litros

1,74

m3

2.926.630

m3/103 litros

4,05

Ton

91.090

kg/103 litros

126,0

Ton

5.674

kg/103 litros

7,8

Ton

24.998

Kg/103 litros

34,6

%

97,5

Ton

66.519

Kg/103 litros

92

%

100

Colaboradores

1.864

Média Etária

anos

39

Formação

horas

30.096

Acidentes com baixa

ocorrências

122

Absentismo

%

4,7

Ambientais Consumo total de energia primária

Consumo de Água

Gases com Efeito de Estufa

Águas Residuais (CQO)

Resíduos

Taxa de valorização: Subprodutos

Taxa de valorização:

Sociais

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4. Perfil Organizacional 4.1. A Unicer

2007 foi o ano de implementação de um conjunto de mudanças, na sequência do processo de ajustamento estratégico iniciado no ano anterior.

Mudanças que tiveram como objectivo tornar a Unicer mais ágil, mais rápida e mais competitiva, especialmente nos mercados onde é maior a nossa responsabilidade: cervejas e águas.

Simplificou-se e racionalizou-se a estrutura, ajustaram-se sistemas de avaliação, introduziram-se métodos de controlo nos negócios e nas operações, assegurando uma gestão mais rigorosa. As decisões tomadas, nem sempre fáceis, foram fundamentais para que a Empresa se torne mais competitiva e sustentável a prazo. De salientar o arranque, no decurso do mês de Outubro, do Projecto Unicer 2010, tendo por objectivo colocar todos os colaboradores a participarem na definição do Futuro da Unicer: o que a Empresa quer e deve ser nos próximos 3 anos. Foram criados grupos de trabalho, reunindo colaboradores de diferentes áreas, e tendo por missão analisar temas estratégicos para a Unicer. Cada grupo teve de trabalhar conjuntamente e estabelecer contactos fundamentais com colegas das diferentes áreas. Paralelamente foi criado um Banco de Ideias, sendo possível a todos os colaboradores darem o seu contributo para os diferentes temas em discussão. As conclusões foram apresentadas em Março de 2008. 4.2. Perfil da Organização

A Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. é a maior Empresa do sector das bebidas em Portugal e alicerça a sua actividade nos negócios das cervejas e das águas engarrafadas. Estamos igualmente presentes nos segmentos dos sumos e refrigerantes, dos vinhos, dos cafés, na produção e comercialização de malte e no negócio do turismo, através da gestão do Vidago Palace Hotel e do Parque de Pedras Salgadas. A partir de Janeiro de 2007, a Unicer passou a estar organizada por Áreas Funcionais e Áreas de Suporte. Cada Área Funcional tem responsabilidade de gestão directa de operações na cadeia de valor da Empresa, sendo apoiada pelas Áreas de Suporte que têm como objectivo garantir a coesão organizacional da Empresa.

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Comissão Executiva

Produção

Operações

Comunicação e Relações Institucionais

Gabinete Jurídico

Inovação e Qualidade

Recursos Humanos

Marketing

Vendas

Internacional

Administrativo -Financeira

Outros Negócios

Maltibérica

4.3 A Unicer em Portugal

MONÇÃO

PÓVOA DE LANHOSO

MELGAÇO

VIDAGO PEDRAS SALGADAS

MAIA LEÇA DO BALIO - SEDE

SANTA MARIA DA FEIRA

CARAMULO GOUVEIA

LADEIRA DE ENVENDOS UNIDADES PRODUTORAS DE BEBIDAS

SANTARÉM CASTELO DE VIDE

CERVEJAS ÁGUAS SUMOS E REFRIGERANTES VINHOS CAFÉS VENDAS E OPERAÇÕES

LISBOA / TOJAL LISBOA / MIRAFLORES PALMELA

VENDAS ACTIVIDADES COMPLEMENTARES MALTIBÉRICA, S.A. TURISMO

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4.4. Produtos e Mercados

Cervejas

Vinhos

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Ă guas

Sumos e Refrigerantes

CafĂŠs


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4.5. A Unicer no Mundo - países onde estão presentes os nossos produtos

FRANÇA INGLATERRA ALEMANHA DINAMARCA LUXEMBURGO

HOLANDA BÉLGICA ITÁLIA CROÁCIA ANDORRA

AÚSTRIA SUIÇA SUÉCIA NORUEGA CABO VERDE

ANGOLA MOÇAMBIQUE S. T. E PRINCIPE ÁFRICA DO SUL EUA

CANADÁ CHINA (MACAU) BRASIL GUINÉ

AUSTRÁLIA BERMUDAS NAMÍBIA COREIA DO SUL

GABÃO TIMOR LOROSAE MALTA POLÓNIA

ANT. FRANCESAS ÍNDIA ESPANHA R. D. CONGO

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5. Compromisso com iniciativas externas

Na área da responsabilidade social e sustentabilidade a Unicer mantém compromissos com as seguintes associações:

No âmbito da sua actividade, a Unicer mantém compromissos com as seguintes associações:

· BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável) - membro fundador e actual membro da Direcção desta associação sem fins lucrativos, cuja missão é promover nas Empresas a eco-eficiência, a inovação e a responsabilidade social e potenciar a liderança Empresarial como catalisador para uma mudança rumo ao Desenvolvimento Sustentável. · EPIS (Empresários pela Inclusão Social) – a Unicer associou-se em 2007 a este projecto empresarial que pretende dar resposta a um desafio lançado pelo Presidente da República Portuguesa que visa um maior envolvimento da comunidade empresarial para a minimização da exclusão social. · GRACE (Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial), associada e actual membro de Direcção desta associação empresarial portuguesa, sem fins lucrativos, criada com o objectivo de apoiar a gestão empresarial no desenvolvimento de práticas socialmente responsáveis.

· ANIRSF - Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos, uma associação de sector, na qual a Unicer é membro de direcção, que representa as empresas que, em território nacional, se dediquem ao fabrico e acondicionamento de bebidas refrigerantes, sumos de frutos e néctares. · APAN - Associação Portuguesa de Anunciantes, que tem por objectivo específico a defesa, a salvaguarda e a promoção dos interesses dos seus membros em todos os aspectos relacionados com a comunicação comercial. A Unicer é actualmente membro de Direcção. · APCV - Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja, uma associação sem fins lucrativos que representa as empresas que, em território nacional, exercem a sua actividade na indústria de fabricação e/ou enchimento de cerveja. A Unicer é actualmente membro do Conselho Directivo. · APIAM - Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente, uma associação de sector, sem fins lucrativos, que representa as empresas que se dedicam, no território nacional, à exploração, acondicionamento e comercialização de águas minerais naturais e de nascente e demais águas embaladas. A Unicer assume actualmente a Presidência da APIAM. · FIPA - Federação da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, cuja aspiração, enquanto porta voz da indústria agro–alimentar, é liderar os processos de decisão estratégicos para este sector, nomeadamente no relacionamento com as entidades oficiais nacionais, com os organismos da União Europeia e com todas as outras entidades que, directa ou indirectamente, se relacionem com o sector.

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6. Relacionamento com as partes interessadas Responsabilidades e principais iniciativas

CONSUMIDORES

FORNECEDORES

ACCIONISTAS

Confiança e satisfação com os produtos | Agilização de vias comunicação eficazes

Implementação de soluções geradoras de competitividade e sustentabilidade para os negócios de ambas as partes

Criação de Valor

· Estudos de mercado · Linha comunicação com o consumidor · Site Unicer / site Unicer acessível · Sites das marcas · Lançamento de novos produtos · Visitas

· Reforço das parcerias com os principais fornecedores · Selecção e avaliação de fornecedores · Monitorização de processos

A actividade da Unicer implica a criação de um conjunto de ligações institucionais importante para o seu bom desempenho. Para além do seu público interno e dos seus accionistas, é identificado um conjunto de partes interessadas com quem a Empresa necessita de comunicar e interagir constantemente, tendo sido criados canais de comunicação específicos para cada “stakeholder” com o principal objectivo de tornar a comunicação mais eficiente.

COLABORADORES Desenvolvimento de colaboradores | Equilíbrio entre a vida profissional e familiar Proporcionar condições de trabalho adequadas · Campanhas internas de informação e sensibilização · Inquérito cultura e clima ‘dê-nos uma pista” · Agilização e adequação das plataformas de comunicação interna · Prémios sucessos unicer · Projecto Natal 2007 · Programas de voluntariado · Projecto Unicer 2010 · Formação

· Reorientação estratégica · Reuniões periódicas

UNIVERSIDADES/ INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS/ ASSOCIAÇÕES SECTORIAIS Incentivar o diálogo e o estabelecimento de relações de parceria · Protocolos de colaboração · Resposta a pedidos de informação estudantes

ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Relacionamento transparente e profícuo | Partilha do desempenho da Empresa · Encontros com jornalistas · Resposta a pedidos de informação · Facilitação do acesso à informação (press center)

Bebidas de Portugal, SGPS SA

www.unicer.pt

Preservação Ambiental Contributo para o seu desenvolvimento e sucesso · Unicer Laboratório Criativo · Concessão de patrocínios/ apoios · Projecto Natal 2007 · Projectos com as comunidades locais

Satisfação com produtos e serviços | Relação de confiança PONTOS DE VENDA / HORECA · Linha comunicação com o consumidor · Servida a rigor · +At · Avaliação nível serviço ao cliente · Auditorias aos clientes PONTOS DE VENDA / ‘TAKE HOME’ · Serviço de atendimento e backoffice · Projectos parceria · Avaliação nível serviço ao cliente · Estudos satisfação clientes

UNICER

COMUNIDADES LOCAIS

CLIENTES

ORGANIZAÇÕES SINDICAIS / COMISSÕES TRABALHADORES Optimização dos interesses mútuos num contexto de interdependência · Reuniões periódicas

DISTRIBUIDORES · Programa excelência · Serviço de atendimento e backoffice · Avaliação nível de serviço ao cliente · Estudos satisfação clientes · Visitas

ENTIDADES OFICIAIS Relacionamento baseado na confiança e transparência · Cumprimento rigoroso da legislação em vigor · Disponibilização de informação

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7. Desempenho Económico

Em 2007 o valor económico directo gerado cresceu 5% face ao ano anterior. Para esta evolução favorável contribuiu decisivamente o aumento verificado nas receitas da empresa, com destaque para a performance do Mercado Externo por ter registado um crescimento de 20% no volume de vendas. O valor económico distribuído também apresentou uma evolução favorável ao verificar um aumento de 1% (+ 4,2MEuros). Neste caso salienta-se o acréscimo registado nos custos operacionais que se ficou a dever essencialmente à subida dos custos variáveis. Esta subida foi consequência do aumento dos preços das matérias consumidas, assim como do acréscimo de volumes vendidos. Importa realçar ainda o aumento verificado nos pagamentos ao Estado e nos investimentos na comunidade. A redução verificada nos salários e benefícios de empregados foi influenciada pela reestruturação efectuada pela Empresa e a diminuição dos pagamentos a fornecedores de capital justifica-se pela redução dos dividendos pagos. Importa referir que este ano efectuamos o apuramento do valor económico gerado e distribuído segundo pressupostos diferentes dos utilizados no ano passado. Esta alteração teve como propósito a apresentação da informação de acordo com os requisitos do GRI3 para este indicador.

valores em MEur

2007

2006

Valor económico gerado

464,1

441,5

Receitas

464,1

441,5

Valor económico distribuído

410,8

406,6

Custos operacionais

301,6

290,9

Salários e benefícios de empregados

63,7

69,6

Pagamentos a fornecedores de capital

36,0

39,8

Pagamentos ao Estado

8,6

5,9

Investimentos na comunidade

0,8

0,4

53,2

34,8

Valor Económico Retido

Em 2007 o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Unicer foi alterado, passando o Fundo a prever um Plano de Contribuição Definida, para além do Plano de Benefício Definido já existente. No caso do novo plano, a Unicer contribuirá mensalmente com uma percentagem fixa de 2% da remuneração normal auferida nesse mês por cada participante, incluindo os subsídios de Férias e de Natal. Adicionalmente, o participante deste plano tem a possibilidade de realizar contribuições voluntárias, sendo que nesse caso a Empresa efectuará uma contribuição de incentivo mensal até ao máximo de 1% da remuneração normal mensal do participante.

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Para além do Fundo de Pensões, a Unicer tem ainda constituído um Fundo Complementar do ramo Vida, consubstanciando um seguro de capitalização, o qual se destina a assegurar benefícios adicionais associados à reforma dos trabalhadores. Em 31 de Dezembro de 2007 as responsabilidades por serviços passados do Fundo de Pensões e do Fundo Complementar atingiram no seu conjunto os 12,4 MEuros e encontravam-se inteiramente cobertas pelo património afecto. Os Benefícios Financeiros e Fiscais concedidos pelo Estado à Unicer durante 2007 totalizaram 2 MEuros. Na tabela que se segue podemos encontrar a descrição dos apoios recebidos: valores em euros

Descrição

Benefício Financeiro / Fiscal

SIFIDE - Sistemas de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial

1.447.918

SIME (AICEP) - Programa de Incentivos à Modernização da Economia

371.459

DMETEC (ADI) - Projecto CEVALTE

47.986

PRIME - Formação profissional

74.921

ADI - Apoio à inserção de Mestres e Doutores nas Empresas

20.641

POAGRO (IFAP) - Apoio à Silvicultura

10.780

IFADAP - Subsídio à produção integrada de vinho Total

8.549 1.982.254

Nota: O valor relativo ao SIFIDE refere-se a estimativas de crédto fiscal

7.1. Presença no Mercado

Os principais fornecedores da Unicer são portugueses, representando 75% do total das compras realizadas. Esta posição de destaque vem sendo reforçada ao longo dos tempos e permitiu o desenvolvimento de projectos de parceria com os fornecedores mais relevantes, sobretudo orientados para a melhoria da eficiência operacional e para a optimização da cadeia de abastecimento. No âmbito desses projectos foram lançadas diversas iniciativas conjuntas orientadas para a redução de utilização de materiais e optimização e redução de transportes. Numa altura em que os mercados apresentam uma instabilidade crescente, este bom relacionamento com produtores locais permitiu assegurar, sem sobressaltos, a disponibilidade dos principais materiais: garrafas de vidro e matérias-primas para cerveja. Os preços desses materiais subiram em todos os mercados de forma significativa, mas foram os materiais importados os que apresentaram as maiores variações, o que na prática se traduziu num reforço da competitividade dos fornecedores nacionais. O final de 2007 fica ainda associado ao estabelecimento de um acordo para o desenvolvimento nas instalações do nosso principal fornecedor, de um projecto inédito em que se irá efectuar de forma totalmente integrada a reciclagem, produção e acondicionamento de garrafas de vidro e grades. É um projecto com assinalável contributo em termos ambientais não só através da optimização plena de processos logísticos e industriais mas também porque o mesmo se destina a valorizar uma das embalagens mais amigas do ambiente que é a garrafa de vidro de tara retornável. Este projecto assume ainda uma outra relevância pois vai permitir a criação adicional directa de alguns postos de trabalho.

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7.2. Impactos Económicos Indirectos A actividade da Empresa produz impactes económicos indirectos muito relevantes junto das comunidades locais e junto de diversos agentes económicos.

Em 2007 destacamos o projecto turístico Aquanattur e os consequentes impactes na região em que está inserido, Trás-os-Montes e Alto Douro. O projecto Aquanattur visa a requalificação dos parques e dos empreendimentos turísticos detidos pela Empresa em Vidago e Pedras Salgadas, reforçando a qualidade dos serviços a oferecer e promovendo o fortalecimento das relações sustentáveis com a região envolvente. Relativamente a este aspecto, realça-se a importância deste investimento no desenvolvimento económico, cultural e ambiental da região. Concretamente, o projecto Aquanattur criará condições para o desenvolvimento de diversos projectos de investimento local. A sua construção contempla um conjunto de infra-estruturas hoteleiras, culturais, desportivas e sociais que poderão ser usufruídas pelas populações locais, nomeadamente, através da celebração de protocolos com entidades da região. Ao nível ambiental, será assegurado que todas as infra-estruturas a instalar preservarão os recursos naturais da zona, nomeadamente a qualidade das suas águas. Alguns destes factores, em ligação com muitos outros, foram decisivos para que este projecto fosse considerado de relevância estratégica para a região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Em 2007 incidiu a fase de construção no âmbito deste projecto. Destacam-se as intervenções no Hotel Palace e no Balneário SPA, em Vidago, e a recuperação do Balneário do Parque de Pedras Salgadas com vista a uma nova dimensão e modernização do conceito Termal. Para além do projecto de construção, o Aquanattur possibilitou já a criação de impactos económicos indirectos nas comunidades locais que importa salientar, tais como a negociação de uma rede de distribuição de gás natural para abastecimento dos empreendimentos turísticos que estará também disponível para benefício das populações locais, algo que dificilmente aconteceria sem a concretização deste projecto. Foi ainda assinado um protocolo entre a empresa, os municípios em que os parques estão inseridos e o IPAM - Instituto Português de Administração e Marketing, que visa o desenvolvimento e dinamização de vários sectores nas comunidades locais que permitam complementar a actividade turística dos parques, num ambiente de excelência. Por último, importa referir que a dimensão do projecto faz com que a fase de construção, por si só, crie impactos económicos relevantes na região (economia de estaleiro) dos quais se destacam o acréscimo considerável dos postos de trabalho e o aumento da procura de bens e serviços locais.

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8. Desempenho Ambiental

8.1. Gestão Ambiental O enquadramento da Gestão Ambiental é assegurado através da Política Integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança da Unicer, que estabelece os princípios que orientam a actuação ambiental, nomeadamente o cumprimento integral da legislação, a adopção de procedimentos de planeamento, controlo e monitorização dos aspectos ambientais significativos, a adopção das melhores práticas, a promoção da melhoria contínua, a formação dos colaboradores e o envolvimento de todas as partes interessadas na concretização destes princípios, estabelecendo como objectivos ambientais estratégicos: · melhorar o desempenho ambiental global; · promover o uso sustentável da água; · promover a utilização racional de energia; · melhorar a gestão de resíduos; · promover a eco-eficiência das embalagens; · reduzir emissões para o ar; · reduzir emissões para a água; · melhorar o nível de segurança na utilização de substâncias perigosas; · reduzir a incomodidade ambiental. Na prossecução destes objectivos a Unicer tem vindo a concretizar diversas acções com uma influência determinante para o desempenho ambiental, das quais se destacaram, em 2007, os projectos EnSave e Logex, a remodelação da ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio, e o reforço dos meios para combate a derrames. A avaliação do desempenho ambiental ao nível de todas as instalações da Empresa é assegurada periodicamente, mediante a realização de visitas técnicas ambientais que visam a constatação das práticas ambientais implementadas, a verificação das condições existentes em termos de protecção ambiental, a formação e sensibilização dos colaboradores, bem como a identificação de oportunidades de melhoria para a gestão ambiental.

Investimentos e custos com a protecção ambiental em 2007 Investimentos: · tecnologias “fim de linha”: 1.230.575 Euros (correspondente a 3 % do total de investimentos) · tecnologias “integradas”: 3.952.011 Euros (correspondente a 13 % do total de investimentos) Total Investimentos: 5.182.586 Euros Custos e Perdas: · contribuições para a Sociedade Ponto Verde: 2.316.803 Euros · outros custos com a gestão ambiental: 1.526.212 Euros Total Custos e Perdas: 3.843.014 Euros Total de dispêndios com a protecção ambiental em 2007: 9.025.600 Euros

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Indicadores Globais de Desempenho Ambiental

Variação 2007 vs 2006

+ Principais Matérias-primas

1,9 %

Gases com Efeito Estufa

Embalagens Primárias

Emissões indirectas 28.336 ton/ano 39 kg/1.000 lts

Emissões directas 62.754 ton/ano 87 kg/1.000 lts

Aprox. 92.675 ton/ano

+ 5,1 % EMISSÕES PARA O AR

Aprox. 1.624 milhões de unidades/ano Combustíveis

- 8,0 %

723 milhões de litros de bebidas

PRODUÇÃO

RECURSOS

+0,1 %

870.841 Gj/ano 1,20 Gj/1.000 lts Energia Eléctrica

Electricidade vendida

- 10,4%

34 GWh/ano

+ 40 %

252.451 Gj/ano 0,35 Gj/1.000 lts Água

- 2,3 %

2.926.630 m3/ano 4,05 m3/1.000 lts

RESÍDUOS E SUB-PRODUTOS

Resíduos

+ 10,4 %

EFLUENTES LÍQUIDOS

Sub-produtos

+ 0,0 %

Águas Residuais

24.998 ton/ano 34,6 kg/1.000 lts

66.519 ton/ano 92,0 Kg/1.000 lts

1.792.002 m3/ano 2,5 m3/1.000 lts

- 2,6 %

94% de valorização

100% de valorização

5.674 ton CQO/ano 7,8 kg CQO/1.000 lts

+ 0,5 %

Meio Hídrico

142 ton CQO/ano 0,20 Kg CQO/1.000 lts

- 11,6 %

ETAR´S (rendimento 97,5%)

Nota: Os indicadores de desempenho ambiental da Unicer consolidados apresentados no esquema acima referem-se às actividades directamente relacionadas com a produção de bebidas, incluindo a produção de bebidas propriamente dita e actividades auxiliares que ocorrem nas mesmas instalações (logística interna, produção de energia, tratamento de águas, tratamento de águas residuais e actividades sócio administrativas). Na estimativa destas emissões foram ainda incluídas as emissões geradas na Maltibérica, uma malteria participada em 51% pela Unicer, cuja produção se destina à produção de cervejas pela Unicer. No caso dos Vinhos, foi considerada a produção em instalações industriais próprias e os respectivos consum os e emissões (abrange apenas as instalações da Quinta do Minho na Póvoa de Lanhoso). O critério de cálculo de GEE foi corrigido, passando a incluir as emissões associadas à produção e distribuição da electricidade consumida.

20


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

8.2. Consumo de Materiais 8.2.1. Matérias-Primas A produção de bebidas envolve uma grande variedade de matérias primas, predominantemente de origem vegetal, com destaque para cereais, concentrados de fruta, uvas, café, lúpulo, açúcares, chá, outros extractos e aromas naturais. A utilização destas matérias primas obedece a requisitos exigentes de boas práticas, quer em termos de qualidade, como de segurança alimentar e de gestão de existências, de modo a assegurar uma utilização optimizada com um mínimo de perdas. Em 2007 foram consumidas cerca de 92.675 toneladas de matérias primas. Na quantificação do consumo total de matérias primas não foi considerada a cevada adquirida pela Maltibérica para a produção de malte, de modo a evitar a duplicação de valores dado que este malte é, por sua vez, fornecido à Unicer como matéria prima da produção de cervejas. Vale a pena referir os esforços que a Unicer e a Maltibérica têm vindo a promover com vista à dinamização da produção de cevada dística para malte em Portugal. O projecto CEVALTE, iniciado em 2000, permitiu à Maltibérica adquirir 28.128 ton de cevada a produtores nacionais em 2007, representando 58% da cevada comprada. Entre os principais benefícios ambientais destacam-se os ganhos de eco-eficiência associados à promoção de boas práticas agrícolas e à redução das emissões associadas ao transporte rodoviário.

Principais Matérias-Primas consumidas em 2007 Cervejas

maltes

56.124 toneladas

gritz de milho

16.513 toneladas

lúpulo e extracto de lúpulo

58 toneladas

açúcares

4.636 toneladas

concentrados

248 toneladas

aromas

16 toneladas

outros

51 toneladas

concentrados + cremogenados de fruta

980 toneladas

chá e extracto de chá

8 toneladas

açúcares

5.477 toneladas

aromas

23 toneladas

acidulantes

72 toneladas

outros

727 toneladas

concentrados de fruta

660 toneladas

extractos naturais

4 toneladas

aromas

9 toneladas

ácido cítrico

35 toneladas

outros

21 toneladas

uvas

324 toneladas

vinho

5.292.245 litros

mosto

202.794 litros

Cafés

café verde

1.194 toneladas

Malte

cevada

48.124 toneladas

Sumos e Refrigerantes

Águas com Sabores

Vinhos

21


8.2.2. Embalagens Em 2007 a Unicer foi responsável pela colocação no mercado de mais de 1.624 milhões de embalagens primárias de vários tipos: garrafas de vidro, latas, barris, garrafas PET, embalagens tetra prisma, sacos de café, pacotes de açúcar entre outras. A fracção correspondente às embalagens primárias representa 96% do total, enquanto as embalagens secundárias representam 3% e as embalagens terciárias 1%. O vidro constitui o maior grupo, com particular destaque para a fracção de garrafas de vidro TP (tara perdida), que tem registado um crescimento sucessivo ao longo dos últimos anos, mantendose a tendência para aumentar, essencialmente devido à influência das vendas para exportação. O circuito das embalagens TR (tara retornável) é integralmente gerido pela Unicer, tendo representado em 2007 34% das vendas totais. No caso das embalagens TP (tara perdida), a responsabilidade pela gestão dos resíduos de embalagem gerados após o consumo é transferida para a Sociedade Ponto Verde (SPV), através do sistema Ponto Verde. Em 2007, as embalagens TP colocadas no mercado nacional corresponderam a 71.044 toneladas em termos de materiais de embalagem, somando um total de contribuições à SPV de 2.316.803 euros. É de salientar que a área das embalagens apresenta grande dinamismo, devido às exigências de mercado e da permanente procura de oportunidades de ganhos de eficiência. Assim, em parceria com os nossos fornecedores de embalagens, temos vindo a concretizar diversos projectos que visam a optimização das embalagens dos nossos produtos, quer em termos de transporte, quer da redução da intensidade material e energética, contribuindo para a melhoria da sua eco-eficiência global. No quadro seguinte apresentamos os projectos mais relevantes desenvolvidos em 2007, bem como novos projectos a desenvolver em 2008 na área das embalagens. Destacamos o projecto da nova grade para a nova garrafa mini de tara retornável (garrafa TR de 20 cl), pelo carácter inovador e pelas oportunidades que revelou para futuros projectos, nomeadamente a nova grade para a nova garrafa TR de 33 cl, a lançar em 2008.

Embalagens colocadas no mercado (% em volume)

Embalagens colocadas no mercado (% em unidades) Barril 0,2%

Barril 12,4% Vidro TR 21,1%

Vidro TR 30,8%

Outros 1,1% TETRA Prisma 0,1%

Outros 0,3% Vidro TP 32,5%

PET 27,8%

Barril TP 0,2% Lata 4,9%

22

Vidro TP 47,9%

TETRA Prisma 0% PET 14,6%

Latas 6,2%

Barril TP 0%


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Taras retornáveis vs taras perdidas (% em volume) 3 34

45

97 66

55 Tara retornável Tara perdida

TOTAL Unicer

Mercado Continental

Ilhas+Exportação

Embalagens TP colocadas no mercado nacional (Ton por material)

Vidro Plástico

59.103

6.931

Papel e cartão

3.181

ECAL

21

Aço

1.094

Alumínio

705

Madeira

0

Outros

9 0

15.000

30.000

45.000

60.000

Embalagens TP colocadas no Mercado Nacional (% em peso) Emb. Primária 3%

Emb. Terciária 1%

Emb. Secundária 96%

23


Exemplos de optimização de embalagens

Dinamização do consumo em embalagens TR (maior ciclo de vida útil)

Redução das emissões associadas ao transporte

Utilização de materiais com menor impacte ambiental

Melhoria da reciclabilidade (compatibilidade de materiais, facilidade de separação dos componentes/materiais)

Incorporação de material reciclado

Simplificação ou redução do número de componentes e de materiais diferentes

Redução da quantidade de material

Optimização dimensional

Redução de peso

BENEFÍCIOS AMBIENTAIS

EMBALAGEM PRIMÁRIA Redução do peso da garrafa TR de 20 cl - nova garrafa com 180g em vez de 195g (- 7,7%) (projecto em curso)

*

*

Optimização dimensional da garrafa Superbock TP de 33 cl – nova garrafa com 197g em vez de 205g (- 3,9%), permitindo a optimização do espaço ocupado nas caixas de 24 unidades (ver alteração na embalagem secundária) (projecto em curso)

*

*

*

*

*

EMBALAGEM SECUNDÁRIA Projecto de optimização de grade mini. Redesign para 30 alvéolos em vez de 24 alvéolos, permitiu a redução do espaço necessário para transporte e armazenagem em 43%. Nova grade com 1475g em vez de 1950g (24,4%). As grades novas foram produzidas com incorporação a 100% de material reciclado de grades antigas Redução da espessura de manga retráctil (usada na protecção de paletes de produtos) de 100 para 80 microns (- 9,6%)

*

*

*

*

Substituição “Sleeve em PVC”, usado em embalagens PET, para para “Sleeve em PET” de modo a assegurar a compatibilidade entre os materiais usados em rótulos e garrafas no processo de reciclagem (nota: esta alteração resultou de uma recomendação da Sociedade Ponto Verde)

*

Redução dimensional de rótulos em polipropileno (PP) usado nas embalagens de refrigerantes (- 16,5%)

*

Redução de consumo de filme estirável (usado na protecção de paletes de produtos) – utilização de filmes técnicos de elevado pré-estiramento, optimização de número de voltas por palete (foram verificadas poupanças entre - 25% e - 55%)

*

Eliminação da utilização de tabuleiros micro-canelados nos packs de cervejas (excepto 6-pack para exportação).

*

*

* *

Aprovação de utilização de papel reciclado em tabuleiros e caixas

NOVOS PROJECTOS PARA 2008 Redesign da grade para garrafas TR de 33cl incluindo a produção de novas grades com incorporação a 100% de material reciclado de grades antigas. Nova grade com 1750g em vez de 1950g (- 10,3%) Nova garrafa de cerveja TR de 33 cl - nova garrafa com 250 g em vez de 270 g (- 7,4%)

* *

Estudo da redução e gramagem das embalagens PET na referência 50 cl.

24

* *

Estudo da utilização de PET reciclado para refrigerantes

*

* *


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

8.3. Energia 8.3.1. Uso directo de energia primária O consumo directo de energia primária na actividade de produção de bebidas, está relacionado com as necessidades de calor ao nível da produção de cervejas e de maltes e ao nível de processos auxiliares como a pasteurização, detergências e higienização. Por outro lado, a produção de electricidade por cogeração também utiliza quantidades importantes de combustíveis, sendo ainda de referir outros pequenos consumos em actividades auxiliares (empilhadores, aquecimento de águas para os balneários e cozinhas dos refeitórios). Em 2007 foram consumidas nestas actividades 20.598 toneladas de combustíveis, o equivalente a 870.841 GJ de energia primária. Sob o ponto de vista ambiental a importância destes consumos relaciona-se com a utilização de combustíveis fósseis em processos de combustão para gerar a energia térmica necessária nos processos produtivos e auxiliares e, em particular, à eficiência destas utilizações em termos de balanço energético.

Combustíveis por usos (GJ)

Consumo de combustíveis por tipo (GJ) Gás Natural 18,3% 159.162

Gasóleo 0,04% 370

Gás propano 0,9% 7.601

1.717

Outros

311.654 Electricidade (cogeração) Fuelóleo 80,8% 703.707

557.469

Energia Térmica 0

300.000

600.000

8.3.2. Uso indirecto de energia O uso indirecto de energia está associado à utilização da electricidade comprada. As operações de enchimento de bebidas e os sistemas de refrigeração, são as actividades com maior peso no que respeita ao uso de energia eléctrica. Num segundo plano, surgem os consumos associados ao tratamento de águas residuais e sistemas de iluminação das instalações. Em 2007 o consumo de electricidade foi de 70.125 MWh (252.451 GJ). Com base nos dados disponibilizados através dos indicadores-chave de sustentabilidade da EDP (ver Relatório de Sustentabilidade da EDP de 2006), estimamos que o consumo de energia primária necessário para produzir e transportar até às nossas instalações a electricidade consumida foi de 390.529 GJ.

25


Distribuição do consumo de energia (GJ)

8.3.3. Eficiência Energética O consumo de energia tem um peso significativo ao nível da produção de bebidas, constituindo um factor determinante para a eco-eficiência dos processos produtivos.

Maltes 178.097 16%

Vinhos 5.580 0,5%

Cafés 3.869 0,3%

Refrigerantes 51.273 5%

Ao nível dos consumos de energia eléctrica, em 2007 registaram-se melhorias assinaláveis correspondendo a uma redução do consumo total na ordem dos 10%.

Águas 56.560 5%

Contudo, ao nível do consumo de combustíveis registou-se um agravamento de 6,1% em termos da energia primária associada. Este agravamento explica-se pela entrada em funcionamento da Cogeração da Maltibérica e do consumo adicional de Gás natural para produção de energia eléctrica nesta instalação.

Cervejas 827.913 74%

Consumo total de energia GJ

GJ/1.000 lts 1,57

1.400.000

1,52

1,48

1,55

1,51

1,6

1.050.000

1,2

700.000

0,8

350.000

0,4

0

2003

2004

2005

2006

2007

0

Electricidade (GJ) Combustíveis (GJ) Consumo específico global (GJ/1.000 lts)

Consumo específico de energia (GJ/1.000 lts) Cafés

0,6

Vinhos

0,9

Maltes

0,8

Refrigerantes

1,1 0,3

Águas

1,9

Cervejas 0

26

0,5

1,0

1,5

2,0


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Exemplos de iniciativas para promover a Eficiência Energética PROJECTO ENSAVE O projecto EnSave (“Utilities Savings”) é uma parceria com a Danfoss, empresa dinamarquesa líder no desenvolvimento e produção de equipamentos de controlo automático, que merece destaque. O objectivo central é a identificação e eliminação de desperdícios de energia, água, combustíveis, matérias primas e materiais auxiliares, visando obter ganhos de eco-eficiência. Este projecto iniciado em 2005, abrangeu numa primeira fase apenas as instalações de Leça do Balio estando a decorrer a sua extensão a outros centros de produção. Em 2007, este projecto permitiu obter poupanças de electricidade e fuel na ordem dos 3.907.965 kWh (14.069 GJ), contribuindo para contrariar a tendência de aumento de consumos associado ao crescimento da produção COGERAÇÃO DE ENERGIA A produção combinada de energia térmica e eléctrica através da cogeração é uma tecnologia com importantes benefícios em termos de eficiência energética, dado o elevado rendimento energético associado. Além das centrais de cogeração instaladas nos Centros de Produção de Cervejas de Leça do Balio e Santarém, desde Abril de 2007, a Unicer passou a contar com uma nova central de cogeração a gás natural instalada na Maltibérica. Estas instalações permitem a recuperação da energia térmica gerada para satisfazer as necessidades de calor dos processos de produção de cervejas e de malte, produzindo em simultâneo energia eléctrica que é fornecida à EDP. Em 2007 a produção total de electricidade por cogeração resultou num total de 34.358 MWh (123.689 GJ). PROJECTO LOGEX Também ao nível dos consumos associados aos transportes dos produtos se têm feito esforços no sentido de melhorar os respectivos níveis de eficiência. O projecto Logex, em curso desde 2006, visa promover a excelência nas actividades logísticas, com grande impacto ao nível da distribuição. No que respeita ao nível do transporte primário, as melhorias e optimizações já realizadas permitiram a redução do percurso médio percorrido por cada palete vendida em 2007 para 144 km/ palete, em vez dos 155 km/palete anteriormente registados. Uma redução de 7%, com benefícios directos ao nível das emissões associadas ao consumo de gasóleo.

27


Distribuição do consumo de água por sector (m3) Águas 578.902 20,8% Vinhos 19.837 0,7%

Cafés 1.685 0,1%

Maltes 184.812 6,7%

Cervejas 1.748.609 63%

Refrigerantes 243.370 8,8%

8.4. Água

Consumo de água global m3

m3/1.000 lts

4,4

4,2

4,1

4,1

A redução do consumo de água, a optimização da sua utilização e a implementação de sistemas de recuperação de água fazem parte dos objectivos correntes de todas as áreas produtoras, envolvendo todos os colaboradores na implementação de acções aos mais diversos níveis (formação, investimentos em novas tecnologias, alteração de procedimentos, entre outros). Um projecto de 2007 a merecer destaque é a recuperação do efluente tratado na ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio (ver caixa).

4,5

4,0

3.000.000 3,0 2.000.000 1,5 1.000.000

0

2003

2004

2005

2006

Fruto dos esforços continuados que têm vindo a ser levados a cabo, em 2007 o consumo de água voltou a diminuir, tendo-se registado o consumo específico mais baixo de sempre: 4 litros de água por cada litro (l/l) de bebidas produzido pela Unicer.

0

2007

Total grupo (m3) Consumo específico global (m3/1.000 lts)

Consumo específico de água (m3/1.000 lts) Cafés

0,3

Vinhos

3,3

Maltes

0.5

Sumos e Refrig.

3,8 2,7

Águas

4,0

Cervejas 0

28

1,0

2,0

3,0

4,0

Em 2007 foram consumidos 2.926.630 m3 de água. Esta água é maioritariamente proveniente de captações próprias de água subterrânea (81%), sendo a restante proveniente de sistemas de abastecimento públicos (19%).

5,0


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Reutilização de águas Recuperação do efluente da ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio Ao longo dos anos a Unicer tem efectuado grandes esforços para promover a redução do consumo de água no processo cervejeiro, através da alteração de equipamentos e instalações, monitorização e controlo de perdas, optimização das pressões de trabalhos, reutilização local de água, entre outras soluções. Se tivermos presente que há 10 anos o consumo específico de água rondava os 7 l/l, valor ainda hoje considerado aceitável no sector, verifica-se que a redução do consumo específico de água, neste período, foi superior a 40%, possibilitando optimizar o consumo total de água apesar do crescimento das necessidades decorrente do aumento da produção. Uma vez que muitas das principais técnicas conhecidas nesta área já foram exploradas e implementadas, possibilitando resultados cada vez mais próximos do limiar teórico de 3 a 3,5 l/l internacionalmente aceite para o processo cervejeiro, prosseguir este processo de optimização do consumo de água torna-se cada vez mais desafiante e complexo, sendo necessário explorar outras abordagens. Foi neste contexto que em 2006 no âmbito do programa ProdEx (Production Excellency) no Centro de Produção de Leça do Balio foi aprovado um projecto mais arrojado com o objectivo

de promover a recuperação e tratamento complementar do efluente da ETAR e reutilizar esta água em moldes mais ambiciosos. A utilização deste efluente em fins menos exigentes já era uma prática corrente (p.ex. regas, lavagens de equipamento e pavimentos na ETAR), pelo que um dos requisitos deste projecto foi a disponibilização de um circuito de água recuperada que apresentasse um bom nível de qualidade e garantias de salubridade, de modo a viabilizar a expansão do seu uso noutros pontos das instalações, com padrões de exigência mais elevados, como seja pasteurizadores, lavagens de pavimentos, regas, condensadores evaporativos, torres de arrefecimento, etc. Saliente-se, contudo, que este circuito é totalmente independente dos circuitos de água de processo que abastece as áreas da produção e da rede geral de água para consumo humano que abastece as áreas sociais e administrativas. A nova instalação tem uma capacidade instalada que permite tratar até 240.000 m3 por ano. Em 2007, apesar de alguns contratempos relacionados com a fase de ensaios e ajustes necessários ao arranque deste tipo de instalações, foram tratados e reutilizados 76.549 m3, cerca de 4% do consumo total anual.

8.5 Emissões, Efluentes e Resíduos 8.5.1. Emissões para o Ar Nas actividades associadas à produção de bebidas, as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) estão essencialmente relacionadas com a utilização de combustíveis fósseis para produção de energia e transportes (emissões directas) e com a utilização de energia eléctrica (emissões indirectas). Salientamos que o critério de cálculo de GEE foi corrigido e que a partir de 2007 passa a incluir as emissões associadas à produção e distribuição da electricidade, anteriormente não consideradas. Por este motivo não é possível comparar o resultado de 2007 com os resultados dos anos anteriores.

29


Por outro lado, a grande diversidade de situações que envolvem os transportes de materiais e matérias primas utilizados nas nossas instalações e a distribuição dos nossos produtos, obriga ao desenvolvimento de uma metodologia bastante complexa para a avaliação das emissões associadas a estes movimentos de transporte, da qual ainda não dispomos. Assim, os dados de emissões de GEE a seguir relatados referem-se exclusivamente às emissões associadas a actividades que ocorrem dentro das instalações. Em 2007, estas emissões totalizaram 91.090 ton de CO2 das quais 62.754 ton (69%) relacionadas com emissões directas e 28.336 ton (31%) com emissões indirectas. Há ainda a mencionar outras emissões de poluentes para a atmosfera, associadas à queima de combustíveis fósseis para produção de energia térmica, como os óxidos de azoto (NOx), óxidos de enxofre (SOx), compostos orgânicos voláteis (COV) e partículas. Embora tenham reduzida expressão, estas emissões associadas a fontes fixas são periodicamente submetidas a monitorização. Os resultados obtidos em 2007 indicam que em todas as instalações os parâmetros avaliados respeitam os limites legalmente definidos. As centrais de cogeração de Leça do Balio e Santarém estão abrangidas pelo programa europeu de comércio de licenças de emissão (CELE). No primeiro período que decorreu entre 2005 e 2007, o balanço foi favorável, tendo sido registadas emissões inferiores ao total de licenças concedidas. A registar um ligeiro défice de licenças em Santarém, devido ao crescimento da produção nestas instalações, que, contudo, foi largamente compensado pelo excedente de licenças libertado nas instalações de Leça do Balio.

Balanço do 1º período do CELE

Licenças de emissão de CO2 atribuídas (ton CO2/ano)

(2005-2007)

(2005-2007)

Leça do Balio Santarém Total Unicer

30

Emissões de CO2 registadas vs atribuídas 2005 ton

2006 saldo

ton

2007 saldo

ton

saldo

48.645

33.663

-14.982

34.329

-14.316

34.453

-14.192

11.832

12.360

528

12.675

843

12.467

635

60.477

46.023

-14.454

47.004

-13.473

46.920

-13.557


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Emissões de CO2 evitadas Cogeração de Energia Por comparação com a electricidade produzida em centrais termoeléctricas convencionais, a actividade destas três unidades de cogeração permitiu, em conjunto, evitar a emissão de mais de 3.499 toneladas de GEE. Recuperação de CO2 do Processo Cervejeiro

Este CO2 não participa no grupo dos GEE, pois em termos de “balanço de carbono” o CO2 libertado é equivalente ao CO2 absorvido durante o crescimento da cevada, pelo que estas emissões são consideradas “neutras”. No entanto, não deixa de ser interessante registar que os processos de recuperação instalados permitiram evitar a libertação para a atmosfera de mais de 9.775 toneladas deste gás.

O CO2 gasoso gerado durante a fermentação de cervejas é recolhido e tratado de modo a possibilitar a sua utilização em fases subsequentes do processo (durante a fase de enchimento, em processos auxiliares, enchimento de tubos de CO2 e sistemas de neutralização). A elevada eficiência das instalações de recuperação permite ainda que os Centros de Produção de Cervejas além de auto-suficientes no que respeita aos seus próprios consumos possam ainda abastecer o Centro de Produção de Refrigerantes, localizado em Santarém.

8.5.2. Emissões para a Água

As águas residuais geradas nos processos de produção de bebidas constituem um dos aspectos ambientais mais relevantes deste sector. Tipicamente estes efluentes líquidos apresentam contaminação orgânica elevada, associada a perdas de matérias primas, de produtos de limpeza, dos próprios produtos produzidos e/ou de subprodutos que, sendo rejeitados conjuntamente com as águas de lavagens, contribuem para agravar a sua carga poluente. Assim, a quantidade total de matéria orgânica rejeitada com as águas residuais constitui um referencial da eco-eficiência do processo produtivo, dado estar directamente indexado às perdas ocorridas nas diferentes etapas. Este aspecto assume particular importância na produção de cervejas, refrigerantes e vinhos. Em 2007 o volume total de águas residuais gerado foi 1.792.002 m3, sendo a carga poluente associada de 5.674 ton de CQO (carência química de oxigénio), ou seja, por cada litro de bebidas produzido geraram-se 7,8 kg de CQO. O tratamento destes efluentes líquidos é assegurado em instalações próprias em todas as unidades onde a produção de águas residuais dos processos industriais é significativa (99,5% do volume de águas residuais). Globalmente estas instalações registaram uma eficiência de tratamento de 97,5% em termos e remoção de carga orgânica (CQO). Nas restantes instalações, representando apenas 0,5% do total, o tratamento é assegurado mediante a ligação a sistemas colectivos.

31


Método de Tratamento Nível de tratamento

Carga orgânica tratada (ton CQO)

Carga orgânica emitida (ton CQO)

Eficiência de tratamento (% remoção CQO)

1.669.857

5.646,9

122,9

98,0%

Linha de água

64%

122.118

26,7

18,9

29,4%

0,5

n.d.

n.d.

Colector (Sistema colectivo)

36%

27 1.792.002

5.673,6

141,7

97,6%

Volume tratado (m3)

Secundário / Biológico Primário / F&Q Sistema colectivo Total

Destino das águas residuais após tratamento

Carga poluente das águas residuais ANTES DE TRATAMENTO

DEPOIS DE TRATAMENTO

Ton

Kg/1.000 lts

8.000

Ton

8.000

10,0

9,1 7,8

7,9

7,8

7,0

6.000

6.000

4.000

5,0

4.000

2.000

2.000 0,2

0

2003

2004

2005

2006

2007

0

2007

0

Total Grupo (ton CQO) Consumo específico global (kg CQO/1.000 lts

Produção específica de águas residuais carga orgânica (kg CQO/1.000 lts)

Produção de águas residuais (ton CQO) Refrigerantes 491 8,7%

Maltes 230 4,0%

Vinhos 12 0,2%

Vinhos

2,0

Maltes

Águas 14 0,3%

0,7

Sumos e Refrig.

7,6 0,1

Águas

11,1

Cervejas Cervejas 4.926 87%

32

0

3,0

6,0

9,0

12


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Remodelação da ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio Em 2007 decorreu a 1ª Fase de Remodelação da ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio, cujo principal objectivo é a substituição do reactor anaeróbio antigo, tipo UASB (upflow anaerobic sludge blacket), por um novo reactor anaeróbio do tipo EGSB (expanded granular sludge bed), mais moderno e mais compacto. A 2ª Fase deste projecto irá decorrer em 2008 e visa a substituição integral da instalação de pré-tratamento antiga. A opção pelo faseamento desta remodelação prende-se com a necessidade de assegurar o pleno funcionamento da ETAR durante o período de intervenção, sem pôr em causa a eficiência do processo de tratamento. O valor global previsto para este investimento é de 2,3 MEuros. Como principais benefícios destaca-se a maior versatilidade de operação e controlo do processo de tratamento anaeróbio com menos custos energéticos e de reagentes.

8.5.3. Resíduos As actividades de produção e distribuição de bebidas originam uma grande diversidade de resíduos, onde predomina o grupo dos resíduos de embalagem. Um segundo grupo que se destaca é o das lamas excedentárias do tratamento biológico de águas residuais. Em todas as instalações é promovida a recolha selectiva de materiais, atendendo às opções de valorização e/ou à perigosidade, de modo a assegurar o apropriado acondicionamento e encaminhamento para o destino mais adequado. Em 2007 foram removidas 24.998 toneladas, das quais 94% foram encaminhadas para processos de valorização.

33


Resíduos (2007)

Quantidade (ton)

Destino

Resíduos Não Valorizáveis (5,0 %)

Resíduos equiparáveis a urbanos (RSU’s) – áreas sociais e administrativas, restaurante

Aterro Sanitário / Valorização Energética

Resíduos industriais banais (RIB’s) – áreas da produção, logística, manutenção…

Aterro Sanitário

1.251

Embalagens de Vidro

8.119

Embalagens de Plásticos

2.010

Embalagens de Papel e Cartão Resíduos não perigosos

778

Embalagens de Madeira (paletes)

854

Reciclagem

Embalagens Metálicas

Valorizáveis (94,1 %)

115

Sucatas

347

Outros resíduos valorizáveis

Resíduos perigosos

44

Produtos impróprios para consumo

Destilação

Lamas ETAR

Valorização Agrícola

Resíduos orgânicos (jardinagem, cantina LB…)

Reciclagem Orgânica / Compostagem

Resíduos Não Valorizáveis (0,8 %)

Pilhas e Baterias, Resíduos do Posto Médico, Resíduos de Laboratórios, Resíduos contaminados, Lamas oleosas

Tratamento

Valorizáveis (0,1 %)

Óleos e Solventes Usados

Regeneração

Total

4.033 7.151 74 209 14

24.998

Produção de resíduos Ton

Kg/1.000 lts

34,9 30.000

40,0 32,8

31,4

29,4

34,6 30,0

20.000

20,0

10.000

0

Resíduos perigosos valorizáveis 0,1%

Resíduos não perigosos não valorizáveis 5,0%

10,0

2003

2004

2005

2006

Total Grupo (Ton) Consumo específico global (kg/1.000 lts)

34

Resíduos perigosos não valorizáveis 0,8%

2007

0

Resíduos não perigosos valorizáveis 94,1%


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Valorização de resíduos (%)

100

93,7

92,8

93,0

Resíduos (kg/1.000 lts)

94,2

93,8

Cafés

14,5

Vinhos

75

5,0

Maltes 50

0,0

Refrigerantes

23,1 8,0

Águas

25

48,5

Cervejas

0 2003

2004

2005

2006

2007

0

10

20

30

40

50

60

Total Grupo

Distribuição de produção de resíduos(Ton) Maltes 0,3 - 0,0%

Vinhos 30 - 0,1%

Refrigerantes 1.487 - 5,9% Águas 1.757 - 7,0%

Cafés 94 - 0,4%

Cervejas 21.629 - 86,5%

8.5.4. Subprodutos As actividades de produção de cervejas, maltes e vinhos geram quantidades importantes de subprodutos sujeitos a regulamentação específica. No caso dos subprodutos do processo cervejeiro e da produção de malte o destino destes subprodutos é a alimentação para animais. No caso dos subprodutos da actividade vinícola é assegurada a valorização em processos de destilação alcoólica.

Subprodutos (2007)

Produção de Cervejas Produção de Malte Unicer Vinhos Total

Destino Dreche Levedura excedentária Cevada de 2.ª

57.296 Alimentação animal

Radículas de Malte Bagaço Borras e Lamas

Quantidade (ton)

5.618 1.630 1.887

Destilação

58 30 66.519

35


Produção de sub-produtos

Subprodutos(kg/1.000 lts)

Vinhos

14,5

Maltes

Kg/1.000 lts

Ton

10,2

90.000 141,1

Cervejas

85,0

38,6

92,1

86,2

92,0 100,0 75,0

0

40

80

120

160

60.000 50,0 30.000

0

25,0

2003

2004

2005

2006

2007

0

Total Grupo (Ton) Consumo específico global (kg/1.000 lts)

8.5.5. Ocorrências Ambientais Acidentes e Incidentes Ambientais No ano de 2007 não ocorreram acidentes (derrames ou outros) com impactes significativos para o ambiente. Apenas a registar pequenos incidentes com derrames de produtos químicos resolvidos localmente com recurso a materiais absorventes. Contudo, esta é uma área que vai continuar a merecer a melhoria e reforço dos meios de prevenção e combate associados. Durante o ano prosseguiu-se com a implementação e consolidação de várias medidas de prevenção e combate a acidentes, sendo de destacar as seguintes acções: · implementação dos Planos de Emergência Interna (PEI) dos Centros de Produção de Cervejas de Leça do Balio, Santarém e Loulé, incluindo a realização de acções de formação e simulacros com a participação de todos os colaboradores que habitualmente se encontram nas instalações; · elaboração dos PEI para os restantes centros de produção, actividade que se encontra ainda em concretização; · selecção de materiais de combate a derrames e definição dos kits de combate a derrames, tendo sido iniciada a instalação no Centro de Produção de Leça do Balio; · melhorias nas condições de armazenagem e manuseamento de produtos químicos perigosos, mediante a criação e/ou beneficiação de armazéns de produtos químicos dotados de bacias de retenção e paletes de retenção para prevenção de derrames. Reclamações Ambientais Foram recepcionadas 6 reclamações por motivos ambientais, todas esclarecidas, tratadas e explicadas aos reclamantes em tempo útil, das quais: · 2 relacionadas com o abandono indevido de resíduos; · 1 relacionada com a qualidade dos efluentes líquidos; · 3 devidas a incomodidade de vizinhança (um dos casos devido a emissão de partículas e ruído e os restantes devido a problemas de ruído). Destas situações mereceu maior atenção, dada a sua complexidade, a reclamação devida a ruído nocturno junto à Plataforma Logística da Maia. A intensificação do movimento operacional nas instalações da Unicer da Maia, derivado da centralização da operação logística de armazenagem e entrega para os clientes da distribuição moderna nesta unidade, provocou alguma insatisfação nos moradores da rua situada em frente ao referido centro operacional. Estando ciente e lamentado o transtorno provocado por esta situação, a Unicer não poupou esforços no sentido de minimizar os incómodos causados.

36


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Enquadrado na sua política de responsabilidade social, a Unicer apresentou à Câmara Municipal da Maia um conjunto de medidas com o objectivo de assegurar o isolamento acústico das referidas instalações, que recebeu o melhor acolhimento por parte da Autarquia, face às funcionalidades das soluções apresentadas. Desse conjunto de medidas, salientamos a redefinição da circulação interna e externa de veículos, bem como de acesso de viaturas pesadas às instalações, e a implementação de um conjunto de acções relacionadas com a redução de ruído na utilização de empilhadores. Foram também desenvolvidas acções de sensibilização junto dos colaboradores, com o mesmo objectivo de redução do ruído. Directamente junto de todos os moradores envolvidos, foi proposta a colocação, suportada pela Unicer, de janelas duplas no alçado poente das habitações de forma a minorar o impacto do ruído, beneficiando os moradores adicionalmente com esta solução de um melhor isolamento térmico da habitação. Com a adopção destas medidas reafirmamos que continuamos a acreditar que a harmonia da integração nas diferentes Comunidades onde nos inserimos é um vector central da actuação da Unicer, pelo que procuramos sempre desenvolver a nossa actividade em estreita relação com o meio envolvente.

Contra-ordenações Ambientais Na sequência de inspecções de rotina realizadas pela Inspecção Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAOT), foram instaurados, em 2007, 4 novos processos de contra-ordenação, alegadamente por incumprimentos verificados no Centro de Produção de Sumos e Refrigerantes e no Centro de Produção de Cervejas de Santarém. Estes processos foram contestados pela Empresa e encontram-se em fase de apreciação administrativa. Na área da Distribuição de Bebidas, a Plataforma Logística do Tojal foi alvo de inspecção pela IGAOT em Janeiro de 2007, não tendo sido detectada qualquer irregularidade. Há ainda a registar o encerramento de 4 processos de contra-ordenação pendentes de anos anteriores, originando o pagamento de coimas num montante global de 15.290 euros. Por outro lado verificou-se o arquivamento de 1 processo instaurado em 2006, contudo já em 2008 o mesmo processo foi reaberto encontrando-se em análise pela empresa.

37


Indicadores de Desempenho Ambiental - Definições e Critérios

Consumo de Materiais

Energia

Matérias Primas

Dada a grande variedade de matérias primas e de materiais auxiliares, bem como a especificidade da sua aplicação nos diferentes produtos e/ou processos produtivos, foram considerados para a elaboração do presente relatório apenas as matérias primas principais de cada uma das áreas de negócio da Unicer.

Embalagens

Somatório de todas as embalagens primárias utilizadas no embalamento dos produtos colocados no mercado.

Consumo de Combustíveis

Somatório de todos os combustíveis consumidos nas instalações (fuelóleo, gás natural, gás propano e gasóleo).

Consumo de Energia Térmica

Quantidade total de energia térmica (vapor e água sobreaquecida) utilizada nas instalações. Em algumas instalações, dadas as dificuldades técnicas em obter contagens fiáveis destes consumos, optou-se por considerar a estimativa de acordo com o rendimento típico das caldeiras utilizadas para produzir energia térmica (consumo de combustível x PCI x 86%).

Água

Consumo de Energia Eléctrica

Somatório de toda a electricidade utilizada nas instalações. Complementarmente é apresentado o valor equivalente em termos de energia primária usando como referência os dados da EDP.

Consumo de Água

Na análise do indicador água, foi considerado o somatório da água consumida nas instalações, segundo os seus diferentes usos: incorporação no produto final, processos industriais auxiliares (produção de vapor, transferências de calor, higienização e áreas sócio-administrativas). Esta água pode ser adquirida a terceiros ou proveniente de captações próprias (incluindo concessões para águas minerais e de nascente e extracção sob licença de outras águas subterrâneas e superficiais).

Emissões, Efluentes e Resíduos

Gases com Efeito Estufa (GEE)

Somatório das emissões locais de gases com efeito de estufa (GEE): Dióxido de Carbono (CO2) e Metano (CH4) provenientes dos processos de combustão, determinadas de acordo com as “orientações para a monitorização e a comunicação de informações relativas às emissões de gases com efeito de estufa” publicadas através da DECISÃO DA COMISSÃO refª Doc. C(2004)130 final de 29/01/2004. As emissões originadas por processos de fermentação (produção de cerveja) são consideradas emissões neutras, pelo que, embora sejam apresentadas no relatório, não foram incluídas na estimativa global de GEE’s emitidos. Estas emissões são expressas na unidade “equivalentes de CO2”, de acordo com o seu potencial de aquecimento global (PAG), sendo PAG (CH4) = 21*PAG (CO2).

Águas residuais

Volume total das águas residuais geradas na unidade industrial, incluindo os efluentes líquidos dos processos industriais e do tipo doméstico. A carga poluente associada aos efluentes líquidos, antes de tratamento, é avaliada de acordo com a respectiva Carência Química de Oxigénio (CQO).

Resíduos

Quantidade total de resíduos produzidos nas instalações, incluindo resíduos equiparáveis a urbanos (RSUs), resíduos industriais banais (RIBs), vidro, papel, cartão, plásticos, óleos, madeiras, lamas da ETAR, resíduos verdes, etc. cujo destino final seja deposição, recuperação ou reciclagem. A taxa de valorização define a percentagem de resíduos encaminhados para valorização, por reutilização ou reciclagem.

Subprodutos

38

Quantidade total de subprodutos resultantes dos processos produtivos.


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Evolução dos Indicadores Globais de Desempenho Ambiental Unidades Produção

1

2003

2006

2007

390.744

405.767

405.116

434.377

445.896

Águas

1.000 litros

217.678

219.990

219.072

219.694

218.451

Refrigerantes

1.000 litros

69.496

67.547

61.110

54.898

45.942

1.000 litros

4.669

5.256

5.822

6.482

6.090

Vinhos 3

Cafés

1.000 litros

4.382

4.861

6.218

6.762

6.487

Produção de Bebidas

1.000 litros

686.969

703.421

697.338

722.213

722.865

---

84.303

83.063

90.980

92.675

---

1.457.300.098

1.452.456.300

1.544.850.493

1.624.031.992

811.400

773.489

787.296

806.115

870.841

Consumo de Materiais

Matérias Primas Principais Embalagens Primárias

unidades

Energia 4

Consumo de Combustíveis

GJ

5

Ton / ano

GJ/10 litros 3

Consumo de Energia Térmica

GJ

Consumo de Energia Eléctrica

GJ

GJ/103 litros

GJ/103 litros GJ (Energia primária equivalente)

Consumo Total de Energia

GJ GJ/103 litros

Consumo de Total de Energia Primária

GJ/103 litros

Consumo de Água

m3

GJ

Gases com Efeito de Estufa 6 (GEE)

Emissões directas Emissões indirectas

Águas Residuais

1,12

1,20

588.679

604.747

0,83

0,78

0,81

0,82

0,84

269.530

270.647

270.308

281.789

252.451

0,39

0,38

0,39

0,39

0,35

348.786

438.219

530.587

435.913

390.529

1.080.930

1.044.136

1.057.604

1.087.904

1.123.291

1,57

1,48

1,52

1,51

1,55

1.160.187

1.211.709

1.317.882

1.242.028

1.261.369

1,72

1,89

1,72

1,74

2.862.408

2.996.271

2.926.630

4,44

4,21

4,10

4,15

4,05

61.765

58.919

59.967

60.672

62.754

89,9

83,8

86,0

84,0

87,0

ton

-

-

-

-

28.336

kg/103 litros

-

-

-

-

39

1.852.634

1.817.665

1.676.331

1.839.769

1.792.002

2,70

2,58

2,40

2,55

2,48

6.232.027

5.565.009

4.879.963

5.646.144

5.673.567

9,1

7,9

7,0

7,8

7,8

166

128

133

160

142

ton kg/103 litros

m3

kg CQO/103 litros Ton CQO kg CQO/103 litros % Rendimento Ton kg/103 litros % Valorização

Subprodutos

1,13 564.273

2.964.714

Kg CQO

Resíduos Sólidos

1,10 550.214

1,69

m3/103 litros

Águas Residuais - CQO Emitida

1,18 568.295

3.048.328

m3/103 litros

Emissões, Efluentes e Resíduos 4

2005

1.000 litros

2

Água 4

2004

Cervejas

Ton kg/103 litros

0,24

0,18

0,19

0,22

0,20

97,3%

97,7%

97,3%

97,2%

97,5%

23.988

23.088

20.468

22.652

24.998

34,9

32,8

29,4

31,4

34,6

93,7

92,8

93,0

93,8

94,2

58.366

60.929

60.089

66.500

66.519

85,0

86,6

86,2

92,1

92,0

Notas 1 Inclui produção de sidra. 2 Refere-se apenas à produção de vinhos em instalações industriais próprias (Qt. Minho). 3 Dados de 2007: 1 kg café torrado - 6 litros de café; 1 kg café solúvel - 20 litros de café; Dados anteriores: 1 kg café torrado - 5,88 litros de café; 1 kg café solúvel - 40 litros de café 4 Inclui as emissões geradas na Maltibérica, Empresa participada pela Unicer cuja produção de malte se destina à produção de cervejas, considerando 1 kg de malte - 8,33 litros de cerveja. 5 Número total de embalagens colocadas no mercado. 6 Em 2007 o critério de cálculo de GEE foi corrigido passando a incluir também as emissões associadas à produção e distribuição da electricidade consumida.

39


9. Desempenho Social

9.1. Recursos Humanos 9.1.1. Plano de Reestruturação A área de Relações Laborais da Direcção de Recursos Humanos manteve, em 2007, a sua actividade centrada no processo de reestruturação, que envolveu a celebração de acordos de rescisão de contrato de trabalho e o encerramento da unidade fabril de Loulé, com o consequente despedimento colectivo dos trabalhadores a ela afectos. No âmbito do processo de racionalização foi ainda levado a cabo o redimensionamento das equipas afectas às várias plataformas logísticas da Unicer. A optimização e adequação das equipas foi ainda realizada por várias transferências internas. Uma das medidas tomadas pela Empresa para minimizar os impactes do processo de reestruturação junto dos colaboradores ainda em idade profissional activa (muitos dos acordos de rescisão de contrato de trabalho envolveram colaboradores em situações de reforma ou pré-reforma), foi a disponibilização de serviços de outplacement, que ajudaram os colaboradores a integrarem novamente o mercado de trabalho. O serviço de outplacement foi disponibilizado a 71 colaboradores, ou seja, 34% dos envolvidos pelo Plano de Reestruturação, sendo de registar, no final do ano, uma taxa de sucesso de reintegração dos colaboradores que decidiram prosseguir a vida activa, na ordem dos 100%. 9.1.2. Inquérito Cultura e Clima “Dê-nos uma pista” O melhor indicador do estado da “cidadania interna” e do bem-estar dos colaboradores foi avaliado em 2007, traduzindo uma taxa de participação dos colaboradores na ordem dos 85%. Os colaboradores manifestaram, assim o seu envolvimento e expressaram um indicador positivo no índice de comprometimento de 77%. Da análise dos resultados, destacam-se os seguintes pontos:

40

Áreas Fortes

Áreas a melhorar

· Estratégia bem formulada · Colaboradores focalizados no cliente · Responsabilidade social em termos ambientais · Satisfação com a Unicer como local de trabalho · Benefícios sociais · Confiança nos nossos produtos · Nível do comprometimento dos colaboradores com a Empresa

· Visão do futuro da Unicer e apoio aos objectivos da Empresa · Gestão e ritmo da mudança · Os valores da Empresa não são totalmente claros devendo acentuar-se a coerência de comportamentos com esses valores · Envolvimento e desenvolvimento dos colaboradores · Trabalho em equipa · Reconhecimento e Respeito


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

9.1.3. Formação

Em 2007, salientam-se, pela sua importância, as acções dirigidas à área Operacional, que pretendeu fomentar a qualidade do serviço prestado nas áreas de Assistência Técnica, Plataformas e Equipas de Distribuição. Neste contexto, foram desenvolvidas acções de formação sobre “Qualidade na Assistência Técnica”, dirigidas a Técnicos de Assistência Técnica, com uma forte orientação para o produto, a higiene e a qualidade global do equipamento de extracção de bebidas à pressão, em parceria com a Escola de Tecnologia e Gestão Industrial (ETGI) da AESBUC - Associação para a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e que envolveu formadores internos e formadores da ETGI. Estas acções tiveram como objectivos o desenvolvimento de competências técnicas que suportam o foco na melhoria contínua da Qualidade e Serviços Prestados e a promoção, junto da AESBUC, do intercâmbio de conhecimento, experiência, tecnologia e qualidade com vista à Excelência no Serviço, preservando a Qualidade dos Produtos Unicer e garantindo a Fidelização do Cliente. No âmbito da reestruturação das Plataformas Logísticas, foi assegurada formação aos Responsáveis de Armazém, quer sobre a gestão operacional de armazéns, com vista a uma melhor gestão dos espaços, preservação da qualidade do produto e uniformização de procedimentos, quer sobre comunicação e liderança, tendo por objectivo a melhor gestão das equipas, potenciando o ajustamento destas necessidades da operação logística, que se pretende cada vez mais eficiente. O ano de 2007 marcou também o início da formação dirigida às Equipas de Distribuição da Unicer, nomeadamente aos Condutores/Motoristas. Numa 1ª fase, foi abordada a melhor forma de se comunicar/relacionar com o Cliente. Em 2008, seguir-se-á a componente técnica, a ser assegurada por uma equipa de formadores internos, devidamente preparados pela Empresa de Transportes Luís Simões, parceiro da Empresa na área da distribuição. Esta vertente, composta por diversos módulos de formação visa essencialmente a promoção da segurança na estrada e a redução dos custos de manutenção das viaturas.

Na área de formação, merece ainda destaque a implementação do Projecto STAR - Service, Team, Action, Responsability, que envolve todos os colaboradores da área de Turismo e visa o desenvolvimento de competências pessoais, profissionais e organizacionais. Os participantes no Projecto STAR estão a contribuir activamente para a definição dos padrões de serviço e qualidade da Marca Aquanattur, tornando-se mentores dos grupos de participantes posteriores enquadrando-os no novo modelo de negócio. Pretende-se com este projecto abrangente de formação: · Criar, implementar e enraizar uma cultura comum de lealdade e sentido de pertença em relação à organização e ao conceito; · Desenvolver e consolidar uma cultura de serviço na área de Turismo; · Atingir o equilíbrio pessoal e institucional no relacionamento interpessoal com os clientes internos e externos e com as comunidades locais; · Contribuir para a redinamização do potencial hoteleiro da região; · Reconhecer a qualidade do serviço como factor diferenciador, essencial à captação e fidelização dos clientes. O público-alvo integrado no projecto envolve 29% de Mulheres e 71% de Homens, com uma média de idades de 41,5 anos (com predominância na faixa etária entre 31 e 45 anos). Os níveis de escolaridade são variados, com maior incidência no ensino básico (63%), destacando-se o 2º e 3º ciclos; os restantes dividem-se entre secundário (20%) e licenciatura (17%).

Os números da Formação No ano de 2007 a Unicer investiu 904.564 Euros na área da Formação. Foram realizadas 314 acções de formação com a duração total de 30.096 horas e onde estiveram envolvidos 2.685 participantes.

Volume de formação 2003-2007

Nº DE PARTICIPANTES X Nº DE HORAS DE FORMAÇÃO

A formação dos colaboradores constituiu desde sempre uma grande aposta da Unicer.

30.000

28.499

26.361

25.000

30.085 25.854

20.095

20.000 15.000 10.000 5.000 0

2003

2004

2005

2006

2007

Volume de Formação (H)

41


Formação por categoria profissional Tipo Quadro Bal. Social

Indicador (nº horas/nº pxs. por categ,.prof.)

Nº Pessoas por categoria

Dirigentes

36,05

19

Quadros superiores

13,17

52

Quadros médios

2,51

273

Quadros intermédios

2,68

256

Prof. Alta/Qualific.

0,6

1.136

Prof. Semi/Qualific.

3,98

172

Total

9.1.4. Comunicação Interna A construção de uma visão partilhada sobre o futuro da Empresa nos próximos 3 anos, foi o objectivo do arranque do projecto Unicer 2010. A organização de reuniões, a definição de temas entregues a 10 grupos de trabalho, a criação de um portal e a organização e incentivo de um banco de ideias, foram as actividades que alicerçaram a dinamização deste projecto. Um outro momento indutor desta partilha da visão sobre o que queremos que a Unicer seja no futuro, aconteceu com o lançamento do questionário “Dê-nos uma Pista”, tendo sido precedido de uma campanha interna de dinamização. A taxa de adesão situou-se nos 85%, bastante acima da taxa média de respostas a questionários deste tipo que se situa nos 77%. Internamente continuamos a introduzir ajustamentos nas plataformas de comunicação. Destaque especial merece o lançamento da “Momentos à Descoberta”, um suplemento da Momentos dedicada aos estabelecimentos Unicer e que assenta no trabalho conjunto dos colaboradores de cada estabelecimento. Em 2007 foram publicados 4 suplementos, tendo Castelo de Vide sido eleito o melhor suplemento do ano. A Intranet foi dinamizada pelo lançamento de uma nova versão em Novembro de 2007, com novos conteúdos e um layout mais funcional. Procurou-se promover, através de novas funcionalidades, uma participação mais activa dos colaboradores nesta ferramenta e a garantia de uma plataforma de comunicação em constante dinamismo. O número total de utilizadores que acedeu à nova Intranet, no dia de lançamento, foi de 960, num universo de 1017 utilizadores.

42

1.908

Média de horas formação por categoria profissional Horas

40

36.0

30 20 13.2 10 2.5

2.7

0 Dirigentes

Q.Sup.

0.6

4.0

Q.Méd. Q.Interm. Prof. Alta. Q. Prof. Semi-Q. Categoria Profissional

A par da utilização de plataformas de comunicação escrita continuamos a promover internamente a comunicação personalizada ascendente e descendente através das reuniões Equacionar. Promovemos campanhas promocionais internas em torno de Super Bock XPress e do catálogo de Natal de vinhos, acções de degustação internas tendo em vista dar a conhecer os novos produtos, e dinamizámos concursos e passatempos para atribuição de bilhetes no âmbito de patrocínios associados às marcas.


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Colaboradores em 2007

9.1.5. Indicadores RH A Unicer apresentava a 31 de Dezembro de 2007 um total de 1.864 colaboradores distribuídos pelas diferentes áreas da empresa, verificando-se um decréscimo de 12,5% (266 colaboradores) do número de colaboradores relativamente ao ano de 2006. Registou-se um índice de rotatividade (turnover de saídas) de 25%. As saídas de trabalhadores com idade compreendida entre os 30 e os 50 anos representam 47% deste indicador enquanto que as de idade inferior a 30 representam 32%. As saídas de trabalhadores com mais de 50 anos representam os restantes 21% do indicador. Em termos de género, 79% dos trabalhadores que saíram da Unicer em 2007 são do sexo masculino e 21% do sexo feminino.

Contratados 265

Efectivos 1.599

Refira-se, igualmente o acréscimo do índice de absentismo que passou de 4,1% em 2006 para 4,7% em 2007.

Proporção de colaboradores do sexo masculino e feminino

Estrutura etária do Grupo Unicer (%) 20,1

18,6

Feminino 20%

14,4

12,2

11,4 8,7

7,5

4,6 2,1 18-24

25-19

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

0,5 > 65 Masculino 80%

Evolução do nº de trabalhadores 2.397

2.500 2.000

Evolução das entradas e saídas de colaboradores

2.047

2.170

600

2.130 1.864

523

450 365

1.500

384

300

1.000

346

304

514

461

312 204

195

150

500 0

0 2003

2004

2005

2006

2007

2003

2004

2005

2006

2007

Entradas

Do total de colaboradores, 265 apresentam-se na situação de contratados o que representa 14% do capital humano da empresa. A maioria dos colaboradores é do sexo masculino, correspondendo os colaboradores do sexo feminino a 20% dos recursos humanos da Unicer. Esta realidade resulta da especificidade do próprio mercado em que a Empresa opera. Em termos etários, 70% dos colaboradores têm idade inferior a 44 anos.

Saídas

Do total de colaboradores da Unicer 28% são sindicalizados. 43


9.1.6. Indicadores de Prevenção e Segurança Prevenção e Segurança No ano de 2007, a nível da Prevenção, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho destacam-se as seguintes actividades: · foi dada continuidade à implementação dos Programas de Gestão e acções de melhoria, decorrentes do processo de implementação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho, com maior incidência nos Centros de Produção. · a extensão aos vários estabelecimentos da Unicer do Regulamento de Prevenção e Controlo do Consumo Excessivo de Bebidas Alcoólicas alcançou excelentes resultados; · a antecipação, em Março de 2006, da Lei do Tabaco em todos os estabelecimentos da empresa, com a criação de locais próprios para fumadores, resultou num decréscimo do número de trabalhadores perante o consumo, tendo sido muitos deles apoiados pelos serviços médicos internos para lidarem com o desafio de deixar de fumar. O trabalho desenvolvido pela Unicer na área da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho tem tido ao longo dos anos o objectivo de diminuição do número de acidentes de trabalho, com uma análise sustentada à área da distribuição, uma vez que é nesta que não se tem verificado uma diminuição do número de acidentes. Da análise dos gráficos que apresentamos, apesar de se ter verificado uma diminuição do número de acidentes em 2007, este facto não se reflectiu nos índices estatísticos devido, em grande parte, à diminuição do número de trabalhadores, em resultado do processo de reestruturação, e ao número de horas trabalhadas. Verificou-se também um agravamento do número de dias perdidos, o que traduz a existência de sinistros com lesões prolongadas.

Índice de frequência (if) e índice de gravidade (ig) dos acidentes de trabalho 80

250 200

60

150 40 100 20

50 0

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Nº de acidentes Índice de incidência (nº acid. com incapacidade temporária absoluta x 103 / nº médio trab.)

0

ÍNDICE DE INCIDÊNCIA

Nº DE ACIDENTES DE TRABALHO

Nº de acidentes em serviço e índice de incidência por mil trabalhadores

(if)

(ig)

40

0,8

30

0,6

20

0,4

10

0,2

0

2002

2003

2004

2005

2006

2007

0

Índice de frequência (nº acidentes com incapacidade temporária absoluta x 106 / nº médio de trab.) Índice de gravidade (nº de dias úteis perdidos x 103 / nº horas homem trabalhadas)

Como importante acção preventiva, a Unicer tem investido na formação dos seus colaboradores em temáticas relacionadas com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), tendo em 2007 aumentado significativamente o número de horas e de participantes envolvidos nestas acções de formação, reforçando-se assim a preocupação da Empresa com esta área.

44


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Foram também realizadas junto dos colaboradores acções de sensibilização sobre o Plano de Emergência Interno aquando da sua implementação nos Centros de Produção de Leça do Balio e Santarém, com o objectivo de alertar para a importância dos mesmos e de dotar os colaboradores de conhecimentos sobre como actuar em casos de emergência.

Formação em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho 2003

2004

2005

2006

2007

Número de Horas

554

272

507

2.001

8.344

Número de participantes

360

226

141

319

1.238

11.000

6.355

5.698

7.266

27.423

Custos (1)

9.2. Comunidade 9.2.1. Projectos Locais Seguindo a política de apoio institucional, enquadrada no projecto de Responsabilidade Social, que privilegia o apoio às comunidades em que a Empresa se encontra inserida - na área da edução para o ambiente, cultura e cidadania -, 2007 representou o arranque de três novos projectos locais levados a cabo nas comunidades de Vidago, Pedras Salgadas e Santarém. No concelho de Santarém está em implementação, em conjunto com a Câmara Municipal, um projecto de sensibilização ambiental que tem como objectivo despertar nos jovens o interesse pela preservação e protecção dos recursos hídricos, criando a consciência de responsabilidade partilhada pelo estado dos recursos naturais e, em particular, pelo Rio Alviela. Este projecto, dirigido a alunos dos 2.º e 3.º ciclos, está a ser implementado junto das escolas de ensino no ano lectivo 2007/2008. No concelho de Chaves estão a ser apoiadas as freguesias de Vidago e Oura. Em Vidago o apoio da Unicer será utilizado para desenvolver projectos na área da cultura, ambiente, educação e acção social, de que são exemplo: · Cultura: a melhoria do Desfile de Carnaval, o investimento na Festa da Vila e nas Festas de Nossa Senhora das Dores e noutros eventos que possam ser de interesse público; · Ambiente e Jardins - manter todas as artérias da Vila em bom estado de conservação e limpeza, nomeadamente as Alamedas de acesso às termas e criar e cuidar os jardins da Vila; · Educação - apoiar as actividades escolares, nomeadamente no apoio às viagens de estudo e outras actividades de interesse pedagógico e de lazer;

· Acção Social e Protecção Civil: atribuição de um subsídio anual de 5.000 Euros aos Bombeiros de Vidago para utilização nas obras de conclusão do Quartel. Em Oura estão a ser apoiados projectos nas três vertentes de apoio institucional onde se enquadram os seguintes projectos: · iniciativas de carácter social com o apoio a idosos e a situações de extrema pobreza existentes na freguesia; · investimento no pavilhão polidesportivo e respectivos balneários; · investimento no parque de lazer com colocação de um parque infantil e respectivas infraestruturas · apoio às escolas da freguesia. No concelho de Vila Pouca de Aguiar, a freguesia de Bornes de Aguiar (Pedras Salgadas) está igualmente envolvida neste projecto. O apoio da Unicer será utilizado nos seguintes projectos: · apoio à aquisição de uma viatura para limpeza das zonas adjacentes ao parque; · acção de sensibilização ambiental nas escolas da freguesia, alertando para a importância dos recursos naturais, nomeadamente para o parque de Pedras Salgadas. A par do apoio financeiro, a Unicer prevê contrapartidas também ao nível de inserção social, recrutamento, promoção do turismo e das suas águas, bem como a participação em acções de defesa e melhoria do ambiente, arquitectura, espaços públicos e valores culturais da Região.

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Pedidos de patrocínio 2.500

1.455

1.528

2.013 1.717

2.000 1.500

1.174

1.140

1.000 500

281

388

296

0 2005

2006

2007

Negativo Positivo

9.2.2. Responsabilidade no Desenvolvimento da Região Paralelamente a este projecto, foi assinado um segundo Protocolo, entre a Unicer, o IPAM - Instituto Português de Administração e Marketing e as Câmaras Municipais de Chaves e Vila Pouca de Aguiar, que prevê a concretização de um projecto que dará um importante contributo para o desenvolvimento sustentável da Região de Trás-os-Montes. Através dele, pretende-se conceder todo o apoio ao desenvolvimento dos negócios locais, nomeadamente os que estejam relacionados com a restauração, o artesanato, bem como a exploração de valências históricas, sociais, culturais e gastronómicas. Para tal, serão identificadas e desenvolvidas, no terreno, actuais e potenciais oportunidades de negócio, requalificando a oferta de bens e serviços na Região. Para além das Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Governo Civil e outras entidades oficiais, serão envolvidas instituições de ensino, empresas, associações e outras organizações dos mais diferentes sectores e ramos de actividade nas localidades de Pedras Salgadas e Vidago e, de uma forma geral, na Região alargada do Alto Tâmega. Este projecto representa uma forte mais-valia para todas as entidades participantes, mas principalmente para a Região de Trásos-Montes, que encontra aqui uma excelente oportunidade para gerar riqueza, fixar população e aumentar índices de escolaridade. 9.2.3. A relação com a comunidade A forte ligação à comunidade continuou a ser reforçada com a atribuição de um grande número de apoios e patrocínios a Associações locais, Escolas, Universidades, Centros Paroquiais e Autarquias, sendo a maioria destes apoios feitos em produto. Do ponto de vista mecenático, reforçámos a nossa ligação com um conjunto de instituições de relevo, como é o caso da Casa da Música, da Fundação de Serralves, da Associação Cais (com a qual celebramos um protocolo de colaboração inserido no “Projecto Abrigo” da instituição), da APCL (Associação Portuguesa Contra a Leucemia) através do apoio ao 3º concerto de angariação de fundos, e iniciámos novas ligações com outras instituições como

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é o caso do Centro Comunitário São Cirilo, através da atribuição de um donativo a utilizar na construção do novo centro na cidade do Porto, e da Igreja do Santíssimo Milagre de Santarém com um apoio que permitiu o restauro de uma das obras de arte religiosa pertencentes a esta instituição. “Transforme um pequeno gesto numa grande alegria”, foi o lema do projecto de Natal de 2007 que continuou a envolver colaboradores, familiares e parceiros de negócio. Através de uma campanha interna de recolha foi possível reunir 1,2 toneladas de alimentos e 560 brinquedos para entrega à Legião da Boa-Vontade. 7.400 Euros foi a verba que resultou da disponibilização interna do pack de cerveja especial de Natal, das rifas solidárias e da venda de ocasião de material de merchandising. Esta verba reverteu a favor do Lar de Nossa Senhora da Graça Póvoa de Meadas, uma instituição de solidariedade social proposta por um colaborador do Centro de Produção de Castelo de Vide, no âmbito de um desafio interno que foi lançado. Nesta campanha foi possível ainda contar com a colaboração de um total de 68 voluntários, repartidos por actividades internas de apoio à campanha e pela Ronda da Caridade.


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Programa de visitas (nº de visitantes) 6.000 5.000

5.203

Pedidos de informação de estudantes 5.200

4.649

1.110

1.200 1.000

4.000

800

3.000

600

2.000

400

1.000

200

500 380

0

0 2005

2006

2007

O relacionamento da Unicer com a comunidade foi também intensificado através do Programa de Visitas, que em 2007 recebeu cerca de 5.200 visitantes nos Centros de Produção de Leça do Balio e Santarém e através do “Clube de Coleccionadores” com resposta a 537 pedidos recebidos. Destes, 375 foram provenientes do estrangeiro e os restantes (162) nacionais.

2005

2006

2007

Em Maio apresentámos a 3ª edição do Unicer Laboratório Criativo, um projecto marcadamente institucional dedicado à intervenção criativa em locais não convencionais e que consiste numa mostra anual de projectos transdisciplinares site specific que abordem um tema relacionado com a vida da Unicer. “Reenquadrar” foi o tema desta edição que envolveu as disciplinas de música, fotografia e desenho de luz e teve lugar na Gare do Oriente em Lisboa. Nesta iniciativa foram apresentados os Relatório e Contas e de Sustentabilidade 2006.

Pedidos de coleccionadores 537

600

400 300

0

388

500

2

259

537

4

200

386

241

100

0 2005

2006

2007

Negativo Positivo

O elevado número de pedidos de estudantes recebidos (1.110 em 2007, face a 500 em 2006) continuou a merecer, da nossa parte, a melhor atenção. Tendo como grande objectivo tornar a informação sobre a Unicer e as suas marcas acessível a pessoas portadoras de necessidades especiais, foi lançado - em Novembro de 2006, no Dia Mundial da Usabilidade, o site acessível da Empresa. A sua criação tem por base o desenvolvimento de software específico e a introdução de características técnicas necessárias ao seu eficaz funcionamento, tais como a legendagem das imagens, a legendagem das siglas, a possibilidade de seleccionar o tamanho de letra dos conteúdos, entre outras. No ano de 2007, o site recebeu um total de 24.000 visitas.

Em 2007 teve lugar a 2ª edição do G.I.R.O um projecto de voluntariado empresarial desenvolvido pela Associação GRACE, da qual a Unicer faz parte. Contou com a participação de 20 colaboradores que foram colocados durante um dia em 3 instituições de Guimarães, remodelando infra-estruturas e espaços de forma a melhorar as condições das crianças que diariamente as frequentam. Na área de Relações com os Órgãos de Comunicação Social o destaque foi para a gestão da comunicação das alterações que foram resultando da prossecução da nova orientação estratégica da Empresa, anunciada ainda em 2006, e das principais actividades associadas às marcas da Empresa, que trouxeram um dinamismo muito favorável em termos de relação com os media. Outra das vertentes importantes de actividade nesta área é a resposta a pedidos de informação: em 2007 demos resposta a 241 pedidos de informação de jornalistas de diferentes meios.

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10. Responsabilidade pelo Produto 10.1. Prémios e certificações atribuídas aos nossos produtos Monde Selection de la Qualité 2007

Em 2007 a Unicer conquistou 7 novas medalhas no concurso “Monde Selection de la Qualité 2007”, a mais antiga e prestigiada organização internacional independente na área da selecção da Qualidade do sector alimentar. Os certificados que atribui reconhecem a qualidade do produto com base em critérios e normas específicas de degustação. Em 2007 foram premiadas as seguintes marcas Unicer: · Pedras Salgadas - Grande Medalha de Ouro · Pedras Limão / Chá Verde - Grande Medalha de Ouro · Vitalis - Grande Medalha de Ouro · Super Bock - Medalha de Ouro · Super Bock Stout - Medalha de Ouro · Super Bock Abadia - Medalha de Ouro · Super Bock Green - Medalha de Prata Pedras Sabores: Sabor do ano 2008 A gama Pedras Sabores foi eleita pelos consumidores como “Sabor do Ano 2008”, dentro do segmento “Águas gaseificadas aromatizadas”. Para a marca este é mais um reconhecimento da excelência da sua gama de sabores, lançada em 2006. “Sabor do Ano”- Estreou-se em 2007 em Portugal pela mão da Tryp Network, depois de dez anos de sucesso em França. Os produtos inscritos são degustados por um grupo de 100 consumidores que não é informado sobre a marca ou Empresa que está em avaliação. Estes testes são feitos pelo Instituto Superior de Agronomia e pela Escola Superior de Biotecnologia do Porto. O sabor é o principal critério de avaliação, que inclui ainda odor e textura dos produtos a concurso.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Pedras Sabores – baixo índice glicémico Pedras Sabores, água mineral natural gasocarbónica, é a única bebida em Portugal considerada com baixo teor calórico sendo, pela sua composição de açúcares, certificada pelo “Glyx Institute”, na Alemanha, como bebida de Baixo Índice Glicémico.. Embora muitas vezes considerados prejudiciais, os açúcares são, de facto, essenciais a uma boa alimentação. O importante é saber escolher o açúcar certo, isto porque nem todos são iguais. O que os diferencia é a forma como se processa a sua concentração no sangue, a chamada glicemia. Por esse motivo, os alimentos que contêm açúcar são alvo de variados estudos, com o objectivo de se avaliar quais os que têm capacidade de fazer subir rapidamente a concentração de açúcar no sangue e quais os que têm um efeito mais suave, mantendo-se mais tempo na circulação sanguínea. E é aqui que entra o denominado Índice Glicémico (I.G.). O I.G. é uma forma de classificar os alimentos, de acordo com a sua capacidade de alterar a glicemia, ou o nível de açúcar no sangue. Para além de todos os benefícios que advêm do consumo de água, a gama Pedras Sabores - Limão / Chá Verde, Pêssego / Chá Branco, Framboesa / Ginseng e Manga / Gingko Biloba -, à base de ingredientes naturais, tem ainda a vantagem de ser uma água com um Baixo I.G., o que a coloca na lista de alimentos que ajudam o organismo a controlar o colesterol, as doenças cardiovasculares e a potenciar a sensação de saciedade por mais tempo, ajudando a prevenir a obesidade. Vitalis Elegante Distinguida com a Medalha de Prata na categoria de “Melhor conceito do Mundo de Águas Enriquecidas” O prémio foi atribuído no âmbito do concurso “Global Bottled Water World Congress 2007” e representa um reconhecimento mundial da qualidade e do carácter inovador de Vitalis Elegante. A edição de 2007 do Congresso Mundial das Águas, que se realizou na cidade do México, reuniu um número recorde de participantes, com 169 produtos em representação de 32 países. Certificação de Produtos Para além da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, a Unicer dispõe de dois produtos certificados, Cerveja Super Bock e Café Bogani, reforçando assim a imagem de confiança dos nossos produtos.

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10.2. O Sistema de Gestão da Qualidade e a Segurança Alimentar A Política da Qualidade, Ambiente e Segurança implementada na Empresa define que: “Na Unicer... · assumimos a nossa Política da Qualidade, Ambiente e Segurança como um vector nuclear na nossa estratégia, que contribui decisivamente para o nosso sucesso. · para além de cumprirmos integralmente os normativos legais, procuramos desenvolver as melhores práticas de gestão nas áreas da qualidade, ambiente e segurança. · assumimos a Qualidade, Ambiente e Segurança como factores decisivos para garantir a preferência dos Clientes e Consumidores. · desenvolvemos práticas nos domínios da qualidade, ambiente e segurança, que estão inseridas no nosso sistema integrado de gestão, sendo planeadas, controladas e revistas sistematicamente. · comprometemo-nos a dispor de indicadores específicos da qualidade, do ambiente e da segurança e a disponibilizá-los às entidades oficiais, aos parceiros de negócios, aos Clientes e Consumidores. · estamos empenhados em desenvolver uma cultura que mobilize os nossos Colaboradores, para a melhoria contínua nos domínios da qualidade, ambiente e segurança. · promovemos iniciativas de formação que desenvolvem práticas e atitudes orientadas para a melhoria da qualidade, para a diminuição dos impactes ambientais e para a obtenção de elevados níveis da segurança. · mantemos relações de parceria com os nossos Fornecedores, que se concretizam em práticas de qualificação e avaliação e que contemplam as áreas de gestão da qualidade, do ambiente e da segurança. · privilegiamos o relacionamento com Universidades e outras Instituições de Investigação e Desenvolvimento, nos domínios da qualidade, ambiente e segurança, por forma a contribuir para o avanço e utilização do conhecimento. · apostamos na excelência como forma de estar nos negócios, concretizando, em tudo o que fazemos, o lema “Unicer sinónimo de Qualidade”. A Unicer dispõe do seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado pelo referencial ISO 9001:2000 para o âmbito: - Concepção de Cervejas, Refrigerantes, Sumos, Néctares, Águas, Vinhos, Cafés e Aguardente; - Produção de Uvas; - Fabricação de Cervejas, Refrigerantes, Sumos, Néctares, Vinhos e Aguardente; - Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais e de Nascente; - Torrefacção de Cafés, Empacotamento de Cafés e Produtos Associados ao Negócio do Café; - Comercialização e Distribuição de Bebidas e Cafés. A Unicer tem integrado no seu Sistema de Gestão da Qualidade o Sistema de Segurança Alimentar -HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) que consiste numa abordagem sistemática e estruturada da identificação de perigos, avaliando a probabilidade da sua ocorrência em todas as etapas do processo, estabelecendo medidas preventivas e um sistema de vigilância para o seu controlo, com vista a garantir a segurança do consumidor e contribuir para a melhoria da qualidade do produto. É um sistema fundamentalmente preventivo que resulta de uma abordagem lógica e racional do produto ao longo de toda a cadeia de produção.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Com o objectivo de garantir a qualidade de forma transversal, promovendo o compromisso e envolvimento de todos e actuando com base numa filosofia de melhoria contínua, a Unicer realiza periodicamente auditorias internas e externas (fornecedores e clientes). Auditorias 2007 · 16 auditorias internas da qualidade (realizadas aos vários sites do grupo, incluindo centros de produção e plataformas logísticas); · 27 auditorias a fornecedores (âmbito qualidade) · 1.542 auditorias a pontos de venda. 10.3. Rotulagem Ao elaborar a informação de rotulagem dos produtos Unicer são consideradas: · a legislação em vigor; · necessidades de informação e esclarecimento dos consumidores. Sendo o consumidor final o principal destinatário da informação que consta na rotulagem é importante efectuar uma selecção da informação que lhe seja relevante, transmitindo-a de uma forma simples e clara. Para além da informação de carácter legal (como seja a lista de ingredientes), a Unicer disponibiliza um conjunto de informação quer quantitativa, quer qualitativa, de interesse para o consumidor. São exemplos as alegações para grávidas nos produtos com álcool (informação incluída nos rótulos para o mercado externo), a referência ao modo de conservação do produto e a indicação completa da informação nutricional (ex. gama Frisumo e Frutea). A indicação da Linha do Consumidor e o endereço do site Unicer nos produtos permite estabelecer canais de comunicação com os nossos clientes e consumidores através dos quais a Unicer se disponibiliza a prestar informação adicional solicitada.

10.4. Saúde e Segurança do Cliente Para todos os produtos fabricados na Unicer é efectuada uma análise de perigos e avaliação dos riscos com impacte na segurança e saúde dos consumidores. A análise de perigos é efectuada para todas as etapas aplicáveis (desde a concepção e desenvolvimento, passando pela produção até ao cliente, envolvendo todas as fases do ciclo de vida dos nossos produtos). Na metodologia de identificação de perigos, consideramos aplicáveis as seguintes etapas: · Concepção e desenvolvimento de novos produtos; · Certificação; · Fabricação e produção; · Armazenamento, distribuição; · Utilização / Serviço.

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Ao Conselho de Administração da Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. Ao Conselho de Administração Relatóriodade verificação independente Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. do Relatório de Sustentabilidade 2007 Introdução

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Palácio Sottomayor Rua Sousa Martins, 1 - 3º PricewaterhouseCoopers 1069-316 Lisboa Portugal & Associados - Sociedade de Tel +351 213 599 000 Revisores Oficiais de Contas, Lda. Palácio Sottomayor Fax +351 213 599 999 Rua Sousa Martins, 1 - 3º 1069-316 Lisboa Portugal Tel +351 213 599 000 Fax +351 213 599 999

Relatório de verificação independente do Relatório de Sustentabilidade 2007

Fomos solicitados pelo Conselho de Administração da Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. (Unicer), para procedermos à verificação independente do “Relatório de Sustentabilidade 2007” (Relatório), no que respeita aos indicadores listados no Âmbito Introdução abaixo e incluídos na secção “Índice GRI”, e que se encontram nas várias secções do Fomos solicitados pelo Conselho de Administração Bebidas de Portugal, SGPS, Relatório. A verificação foi efectuada de acordo comda asUnicer instruções e critérios definidos pela S.A. (Unicer), procedermos à e verificação independente do “Relatório de Unicer, referidos epara divulgados no Relatório, com os princípios e a abrangência descritos no Sustentabilidade 2007” (Relatório), no que respeita aos indicadores listados no Âmbito Âmbito. abaixo e incluídos na secção “Índice GRI”, e que se encontram nas várias secções do Relatório. A verificação foi efectuada de acordo com as instruções e critérios definidos pela Unicer, referidos e divulgados no Relatório, e com os princípios e a abrangência descritos no Responsabilidades Âmbito. O Conselho de Administração da Unicer é responsável pela preparação do Relatório e divulgação da informação de desempenho apresentada e seus critérios de avaliação bem como pelos sistemas de controlo interno, processos de recolha, agregação, validação e Responsabilidades relato da mesma. A nossa responsabilidade consiste na elaboração de um relatório O Conselho Administração da Unicer é responsável pela preparação Relatório e contendo o de nosso parecer sobre a adequação daquela informação do baseada nos divulgação da informação de desempenho e seus de avaliação bem procedimentos de verificação independenteapresentada que efectuámos e critérios por referência aos termos como pelos Não sistemas de controlo interno, processos deperante recolha,qualquer agregação, e acordados. assumimos qualquer responsabilidade outrovalidação propósito, relato daoumesma. A nossa responsabilidade consiste elaboração de um relatório pessoas organizações. Qualquer utilização que venha na a ser feita por qualquer terceiro contendo o nosso parecer sobre a responsabilidade adequação daquela informação baseada nos dos dados deste relatório é da sua inteira e risco. procedimentos de verificação independente que efectuámos e por referência aos termos acordados. Não assumimos qualquer responsabilidade perante qualquer outro propósito, Âmbito pessoas ou organizações. Qualquer utilização que venha a ser feita por qualquer terceiro dos dados deste relatório é da sua inteira responsabilidade e risco. Os nossos procedimentos de revisão foram planeados e executados de acordo com o International Standard on Assurance Engagements 3000 (ISAE 3000), e com referência ao Global Âmbito Reporting Initiative, versão 3 (GRI3), de forma a obter um grau moderado de segurança sobre a adequação da informação constante do Relatório bem como dos Os nossos procedimentos de servem revisãode foram planeados e executados acordo com o sistemas e processos que lhe suporte. A extensão dos nossosdeprocedimentos é International Assurance Engagements 3000 (ISAEde 3000), e com éreferência ao menor que aStandard de uma on auditoria e, por consequência, o nível fiabilidade mais baixo, Global Reporting Initiative,e versão 3 (GRI3),e algum de forma a obter um grau moderado de consistindo em indagações testes analíticos trabalho substantivo. segurança sobre a adequação da informação constante do Relatório bem como dos sistemas e processos que lhe servem de suporte. A extensão dos nossos procedimentos é menor que a de uma auditoria e, por consequência, o nível de fiabilidade é mais baixo, consistindo em indagações e testes analíticos e algum trabalho substantivo.

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069 - 316 Lisboa

NIPC 506 628 752 Capital Social Euros 217.500

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 506 628 752 (ex nº. 11912)

Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183

52 Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069 - 316 Lisboa Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 506 628 752 (ex nº. 11912)

NIPC 506 628 752 Capital Social Euros 217.500 Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.

A nossa verificação teve por âmbito os dados nacionais relativos aos seguintes indicadores de desempenho: -

Valor económico directo gerado e distribuído (GRI EC1); Cobertura das obrigações em matéria de plano de benefícios da organização (GRI EC3); Benefícios financeiros significativos (GRI EC4); Consumo de materiais (GRI EN1); Consumo directo de energia (GRI EN 3); Produção de efluentes líquidos (GRI EN 21); Produção de resíduos (GRI EN22); Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o número total de sanções não-monetárias por incumprimento legal (GRI EN28); Mão-de-obra total (GRI LA1); Saídas e rotatividade (GRI LA2); Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e óbitos (GRI LA7); Média de horas de formação por ano, por empregado e por categoria (GRI LA10).

Relativamente à verificação da auto avaliação feita pela gestão dos níveis de conformidade do Global Reporting Initiative, versão 3 (GRI3), e tendo por base o GRI´s Reporting Framework Application Levels, o nosso trabalho limitou-se a verificar a consistência com os requisitos no que respeita à existência de dados e informação mas não à qualidade ou veracidade dos mesmos. Nesta verificação independente, os nossos procedimentos consistiram em: (i)

Indagações à gestão e principais responsáveis das áreas em análise para compreender o modo como está estruturado o sistema de informação e a sensibilidade dos intervenientes às matérias incluídas no relato; (ii) Identificar a existência de processos de gestão internos conducentes à implementação de politicas económicas, ambientais e de responsabilidade social; (iii) Verificar numa base de amostra a eficácia dos sistemas e processos de recolha, agregação, validação e relato que suportam a informação de desempenho supracitada, através de cálculos e validação de dados reportados; (iv) Confirmar a observância de determinadas unidades operacionais às instruções de recolha, agregação, validação e relato de informação de desempenho; (v) Executar, numa base de amostra, alguns procedimentos de consubstanciação da informação, através de obtenção de evidência sobre informação reportada, e (vi) Confirmar a existência de dados e informações requeridos para atingir o nível C, auto declarado pela Unicer, pela aplicação dos níveis do GRI3. Os dados e informações analisados incluem além dos constantes do Relatório, informação referenciada no Relatório e disponível no Relatório e Contas 2007.

(2)

53


Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.

Conclusões Com base no trabalho efectuado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que os sistemas e processos de recolha, agregação, validação e relato da informação constante do Relatório não estão a funcionar de forma apropriada e que a informação divulgada, não esteja isenta de distorções materialmente relevantes. Tendo por base a nossa verificação do Relatório e das Directrizes do GRI3, com os pressupostos incluídos no âmbito, concluímos que o Relatório inclui os dados e a informação requeridos para o nível C+ previsto no GRI3. Como auditores externos da entidade, a nossa opinião sobre os dados financeiros está expressa no Relatório e Contas 2007. Lisboa, 20 de Junho de 2008 PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. representada por:

António Joaquim Brochado Correia, ROC

54

(3)


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Índice Global Reporting Initiative (GRI 3)

GRI

Página

1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1

Mensagem do Presidente

1.2

Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades

6.7 não reportado

2. PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1

Nome da organização

10

2.2

Principais marcas, produtos e/ou serviços

10

2.3

Estrutura operacional da organização

11

2.4

Localização da sede da organização

11

2.5

Países em que a organização opera

13

2.6

Tipo e natureza jurídica da organização

10

2.7

Mercados servidos

12

2.8

Dimensão da organização

2.9

Mudanças significativas realizadas

2.10

Prémios/reconhecimentos recebidos

9 10 7, 48

3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO Perfil do Relatório 3.1

Período a que se referem as informações

4

3.2

Data do relatório mais recente

4

3.3

Ciclo de reporte

4

3.4

Contactos para questões relacionadas com o relatório ou o seu conteúdo

5

Âmbito e Limites do Relatório 3.5

Processo para a definição do conteúdo do relatório

4

3.6

Limites do relatório

4-5

3.7

Outras limitações de âmbito específico

4-5

55


3.8

Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações subcontratadas e outras organizações que possam afectar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações

4-5

3.9

Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos

3.10

Explicação da natureza e das consequências de qualquer reformulação de informações contidas em relatórios anteriores

5

3.11

Mudanças significativas em comparação com anos anteriores

5

38-LA7

Índice de Conteúdo do GRI 3.12

Tabela que identifica a localização de cada elemento do relatório da GRI

52-57

Verificação 3.13

Políticas e procedimentos actuais existentes para fornecer verificações externas do relatório

não existe

4. GOVERNAÇÃO 4.1

Estrutura de Governação

2-3, 20-21 (Relatório de Actividades)

4.2

Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governação também seja um director executivo (e suas funções dentro da administração da organização)

20-21 (Relatório de Actividades)

4.3

Declaração do número de membros independentes ou não-executivos

20-21 (Relatório de Actividades)

4.4

Mecanismos que permitem aos accionistas e trabalhadores fazerem recomendações ao mais alto orgão de governação

15, 42

4.5

Relação entre remuneração dos membros do mais alto órgão de governação, diretoria executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental)

não reportado

4.6

Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados

não reportado

4.7

Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governanção para definir a estratégia da organização para questões relacionadas com temas económicos, ambientais e sociais

4.8

Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como o estado de sua implementação

não disponível

4.9

Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios

não reportado

4.10

Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho económico, ambiental e social

não reportado

não existe

Compromissos com Iniciativas Externas 4.11

Explicação sobre como o princípio de precaução é tratado pela organização

4.12

Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou endosse

14

4.13

Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/internacionais de defesa

14

56

não reportado


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

Participação das Partes Interessadas 4.14

Lista das principais partes interessadas da organização

15

4.15

Base para identificação e selecção das principais partes interessadas

15

4.16

Formas de consulta às partes interessadas

15

4.17

Principais questões e preocupações apontadas pelos interessados como resultado da consulta, e como a organização responde a estas questões e preocupações

Forma de gestão

não existe

não reportado

ASPECTO: DESEMPENHO ECONÓMICO EC1

Valor económico directo gerado e distribuído

EC2

Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as actividades da organização, devido às alterações climáticas

EC3

Cobertura das obrigações em matéria de plano de beneficios da organização

EC4

Beneficios financeiros significativos, recebidos pelo governo

16 não reportado

16-17 17

ASPECTO: PRESENÇA NO MERCADO EC6

Política, práticas, e proporção das despesas em fornecedores locais

EC7

Procedimentos para contratação local e proporção de membros da gestão de topo recrutados na comunidade local, em unidades operacionais importantes

17 não reportado

ASPECTO: IMPACTES ECONÓMICOS INDIRECTOS EC8

Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos, essencialmente para benefício público através de compromisso comercial em géneros ou sem fins lucrativos

18, 46

EC9

Identificação e descrição de impactes económicos indirectos significativos, incluindo a extensão dos impactes

18

Forma de gestão

19

ASPECTO: MATERIAIS EN1

Consumo de materiais por peso ou volume

EN2

Materiais utilizados que são resíduos reciclados de fontes externas

21 não reportado

ASPECTO: ENERGIA EN3

Consumo directo de energia, segmentado por fonte primária

25

EN4

Consumo indirecto de energia, segmentado por fonte primária

25

EN5

Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência

26

EN6

Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas

27

EN7

Iniciativas para redução do consumo indirecto de energia e a redução alcançada

27

ASPECTO: ÁGUA EN8

Consumo total de água, segmentado por fonte

28

EN10

Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada

29

57


ASPECTO: BIODIVERSIDADE EN11

Localização e áreas das terras pertencentes à organização, arrendadas ou por ela geridas, em áreas protegidas e em áreas ricas em biodiversidade, exteriores às áreas protegidas

não reportado

EN12

Impactes significativos das actividades, produtos e serviços da organização na biodiversidade em áreas protegidas e em áreas ricas em biodiversidade exteriores às áreas protegidas

não reportado

ASPECTO: EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS EN16

Total de emissões de gases com efeito de estufa, directas e indirectas

29-30

EN17

Outras emissões indirectas de gases com efeito de estufa relevantes

EN18

Iniciativas de redução das emissões de gases com efeito de estufa e a redução alcançada

EN19

Emissões de substâncias destruidoras de ozono

EN20

NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas

EN21

Total de efluentes líquidos produzidos, por qualidade e por destino

31-32

EN22

Total de resíduos produzidos, por tipo e por método de tratamento

33-35

EN23

Número e volume total de derrames significativos

não reportado 31 não reportado 30

36

ASPECTO: PRODUTOS E SERVIÇOS EN26

Impactes ambientais dos produtos e serviços da organização

EN27

Percentagem recuperada dos produtos vendidos e das suas respectivas embalagens

27, 29, 31, 33 22-24

ASPECTO: CONFORMIDADE EN28

Valor monetário de multas significativas e o número total de sanções não-monetárias, pelo não cumprimento das leis e regulações ambientais

37

EN30

Total de custos e investimentos com a protecção ambiental, por tipo

19

Forma de gestão

não reportado

ASPECTO: EMPREGO LA1

Mão-de-obra total por tipo de emprego (tempo integral ou parcial), tipo de contrato de trabalho (integral ou parcial) e por região

43

LA2

Taxa de rotatividade por faixa etária, género e região

43

ASPECTO: TRABALHO/RELAÇÕES DE GESTÃO LA4

Percentagem de empregados representados por organizações sindicais e abrangidos por acordo de negociação

LA5

Período mínimo de anúncio sobre mudanças nas operações da organização relatora, incluindo se está especificado em acordos sindicais

43 não reportado

ASPECTO: SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL LA7

Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e número de óbitos relacionados com o trabalho (incluindo trabalhadores subcontratados), por região

43, 44

LA8

Educação, formação, aconselhamento, prevenção e programas de controlo de risco para assistir os colaboradores, as suas familias, ou membos da comunidade, a respeito de doenças

44, 45

ASPECTO: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

58


RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE UNICER 2007

LA10

Média de horas de formação por ano, por empregado e por categoria

42

LA11

Programas para gestão de competências e aprendizagem ao longo da vida que suportem a empregabilidade dos empregados e os assistam na gestão dos objectivos de carreira

40

ASPECTO: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES LA13

Composição dos órgãos de governação e discriminação dos colaboradores por género, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade

43

LA14

Rácio entre a média de salário atribuido ao homem e a média de salário atribuido à mulher, por categoria profissional

não reportado

Forma de gestão

não reportado

ASPECTO: INVESTIMENTO E PRÁTICAS DE PROCUREMENT HR1

Percentagem e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos

HR2

Percentagem de Empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas

não reportado

50

ASPECTO: NÃO-DESCRIMINAÇÃO HR4

Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas

não reportado

ASPECTO: LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E SINDICALIZAÇÃO HR5

Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode correr risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito

não reportado

ASPECTO: TRABALHO INFANTIL HR6

Operações identificadas como tendo risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil

0

ASPECTO: TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO HR7

Operações identificadas como tendo risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a sua erradicação

0

ASPECTO: PRÁTICAS DE SEGURANÇA ASPECTO: DIREITOS INDÍGENAS HR9

Número total de ocorrências de violações de direitos das populações indigenas, e acções tomadas

Forma de gestão

0

não reportado

ASPECTO: COMUNIDADE SO1

Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída

46-47

ASPECTO:CORRUPÇÃO SO2

Percentagem e número total de unidades de negócio analisadas relativamente a riscos associados com corrupção

SO3

Percentagem de colaboradores formados nas políticas e procedimentos de anti-corrupção da organização

não reportado não existe

59


SO4

Acções como resposta a ocorrência de situações de corrupção

não existe

ASPECTO: POLÍTICA PÚBLICA SO5

Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies

não existe

ASPECTO: CONCORDÂNCIA SO8

Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias por não cumprimento de leis e regulações

Forma de gestão

não reportado

49-51

ASPECTO: SAÚDE E SEGURANÇA DO CONSUMIDOR PR1

Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e a percentagem de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos

48-49. 50, 51

ASPECTO: ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS PR3

Tipo de informação dos produtos e servidos requeridos pelos procedimentos, e percentagem de produtos e serviços sujeitos a tais requisitos de informação

51

ASPECTO: PUBLICIDADE PR6

Programas para adesão a leis, padrões e códigos voluntários relacionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocinios

não reportado

ASPECTO: CONCORDÂNCIA PR9

Valor monetário de multas (significativas) por não-conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços

Notas não reportado: a Unicer optou por publicar uma versão simplificada do seu Relatório de Sustentabilidade de 2007, pelo que esta informação não foi incluída não disponível: esta informação poderá ser consultada no site da Unicer em www.unicer.pt

60

não reportado



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