Boletim final junho 2013 (1)

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QUEREMOS: DINHE IRO PARA SAÚDE, EDUCAÇÃO E SALÁ BASTA DE REPRES RIO! SÃO! LIBERDADE A OS PRESOS POLÍT ICOS! dia 17 de junho foi uma data histórica. Uma verdadeira

multidão tomou as ruas do país para manifestar seu descontentamento com os efeitos da crise econômica, o aumento dos transportes, do custo de vida e a priorização do dinheiro público para obras e eventos que só beneficiam os ricos e as empresas em esquemas corruptos. Nas ruas, a multidão está enfrentando a política do governo Dilma, dos Governadores e Prefeitos, sejam eles do PT, PMDB ou PSDB. Em todas as principais capitais do país, aconteceram fortíssimos atos contra o aumento das passagens de ônibus e em repudio a repressão contra a qual os manifestantes foram tratados. Em numerosos países também ocorreram dezenas de manifestações. Protestos legítimos já que as empresas acabaram de receber isenções fiscais por parte do Governo Dilma (PT/PMDB) e ao longo dos anos foram autorizadas – pelos prefeitos e governadores - a elevar o valor da tarifa acima da inflação. As manifestações da juventude foram fortalecidas pela adesão popular e dos trabalhadores em meio às passeatas. O que também foi visto nos gestos de solidariedade dos prédios e janelas. A repressão feroz dos atos só engrossou os indignados, integrando jornalistas, advogados e artistas ao bloco da nossa luta. Repressão que foi orquestrada pelos governadores e prefeitos do PMDB, PT, PSDB e pelo governo Dilma que colocou a Polícia Federal e a tropa de segurança nacional a disposição para agir contra o movimento (mesmo procedimento usado contra grevistas e contra os indígenas). Destacamos que no dia 17 os governos se viram obrigados a recuar de uma repressão forte e direta, o que significa um primeiro triunfo da forte luta da juventude e do povo. A juventude e o povo no Brasil saíram às ruas aos milhares para manifestar sua insatisfação em meio a Copa das Confederações porque está claro que esses eventos custam milhões dos cofres públicos para fortes esquemas de corrupção e não são eventos para o povo trabalhador. A ilusão estimulada por Lula e Dilma de que esses eventos eram a nossa salvação já se dissipou. Está claro que as empreiteiras financiam os políticos na época da eleição e em troca recebem obras para estádios e Mega-Eventos e, além disso, as fazem com dinheiro público e as superfaturam! As cidades são remodeladas para os turistas enquanto o povo trabalhador sofre com as remoções e outras mazelas.


Por isso a juventude e o povo devem marchar junto com o movimento dos Sem-Teto, os Comitês Populares contra as remoções da Copa e as comunidades afetadas pelos Mega-Projetos como as Hidrelétricas. Esta claro também que os empresários do transporte (seja ônibus, metrô, trens, etc.) lucram fortunas em acordo com os governos, cobrando preços abusivos por péssimos serviços, como retribuição ao financiamento de campanhas eleitorais. Enquanto tudo isso ocorre às direções majoritárias da UNE e UBES, seguem sustentando esses governos (Dilma, Cabral, Haddad) que beneficiam os empresários e reprimem o povo. Tudo para que as direções das juventudes do PC do B e do PT mantenham seus cargos em ministérios e secretarias municipais/estaduais. Repudiamos essa atitude e exigimos que todas as entidades estudantis rompam com os governos que aumentam a passagem e aprisionam jovens que estão nas manifestações de rua. Os vândalos estão nos palácios e gabinetes, são eles os responsáveis diretos pela enorme crise social em que se encontra o país.

A inflação que corroí o bolso do trabalhador é resultado direto da política econômica que destina bilhões aos banqueiros e ao sistema financeiro e que tenta impor ao povo a conta da sua farra. A saída aplicada por Dilma, Alckmin e Haddad e demais governantes é apenas mais ataques aos nossos direitos e arrocho salarial, seguindo a mesma orientação em curso na União Européia. Por isso uma onda de greves percorre o país ao longo dos últimos anos, paralisando canteiros de obras, quartéis, escolas, transportes, universidades, estatais, hospitais, etc. A unidade da classe trabalhadora, como seus métodos de luta é determinante para nossa vitória e para conquistar nossas reivindicações. Necessitamos de unidade e de coordenação para triunfar. Todos os sindicatos, associações, Federações devem se pronunciar em favor dessa luta, realizar assembléias com suas bases e organizar colunas nas próximas passeatas levando suas reivindicações. Ações nos locais de trabalho também devem ser realizadas manifestando a incorporação dos trabalhadores nessa luta. Exigimos ainda que as centrais sindicais, sobretudo a CUT e Força Sindical, rompam com o governo, saiam da paralisia, e convoquem plenárias de suas bases para convocar um dia unificado de paralisação nacional no Brasil, verdadeiro caminho para arrancar nossas reivindicações.


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