Panfleto unidos pra lutar greve educação pará

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A EDUCAÇÃO ESTÁ EM GREVE NO PARÁ A HORA É DE LUTAR CONTRA O DESCASO DO GOVERNO JATENE DIREITO NÃO SE REDUZ, SE AMPLIA! Diante da situação caótica em que se encontra a educação pública no Pará, os trabalhadores da educação estão em greve. As motivações para esta luta podem ser vistas por qualquer pessoa que freqüente uma escola no Estado seja na capital seja no interior, no centro ou na periferia das cidades. É visível o descaso dos governos Dilma, Jatene e dos diversos prefeitos que usam as verbas públicas apenas como meios para financiar suas campanhas eleitorais e privilégios. Os jornais de circulação em massa no Estado denunciam diariamente o sucateamento, os estudantes fecham ruas e vias de acesso em qualquer município exigindo reforma nas escolas e melhores condições de ensino; os pais se vêem obrigados a freqüentar a escola para resolver problemas sucessivos de violências e os professores estão padecendo de instabilidade diante na redução sistemática de carga horária e salários, da falta

de perspectivas e garantias de seus direitos. Até o SDDH elabora um dossiê sobre a educação indicando as mazelas promovidas pelos sucessivos governos. Por isso entramos em greve, porque exigimos qualidade à educação pública no Pará.

Defender a educação pública é valorizar nossa categoria As condições de trabalho e ensino são fundamentais para que tenhamos uma educação pública valorizada e isso significa a garantia de salários dignos (para pagar o piso nacional o governo retirou o abono Fundeb e ameaça retirar a gratificação de hora atividade reduzindo salário); formação continuada (o governo desestimula a formação em mestrado e

doutorado quando saímos perdendo vantagens e sem direito a bolsas); uma carreira que dignifique o trabalho (o governo se nega a garantir a lotação por jornada de trabalho, o tempo de planejamento, a carreira única dos trabalhadores, a progressão horizontal automática, etc); e a garantia de estrutura física adequada nas escolas que possibilite a utilização de espaços pedagógicos e segurança no processo de ensino-aprendizagem. Sem falar no assédio moral que hoje é muito comum na rede pela ausência de eleições diretas para diretores e as perseguições políticas por parte dos gestores aos que ousam se organizar e lutar. Por tudo isso estamos em greve. O governo há dois anos realiza mesas de enrolação permanente com o Sintepp, enganando os trabalhadores, pedindo paciência, enquanto trabalhamos em situações absurdamente precárias. Não vamos abrir mãos de nossos direitos, exigimos respeito às nossas reivindicações e atendimento imediato de nossa pauta.


Repudiamos a criminalização da greve da educação Abusiva é a forma como Jatene trata a educação pública no estado!

É um absurdo a decisão da juíza Rosana Lucia de Canelas Bastos da Vara de Plantão Cível de Belém que julgou, que a pedido do governador Simão Jatene, decidiu que nossa greve é abusiva, pior, determinou que caso não haja cumprimento de sua decisão o Sintepp pagará multa de 100 mil reais por dia. Como pode uma juíza, para atender os interesses políticos do governador, considerar nossa greve, QUE AINDA NEM COMEÇOU, abusiva? Não foi suficiente a desmoralização da justiça brasileira que perdoou os mensaleiros, agora quer impedir o direito de greve de uma categoria?

Repudiamos tamanha ameaça e intimidação da justiça que perdoa bandido e quer punir a justa luta dos trabalhadores da educação. Abusivo é o governo Jatene que gasta dinheiro público em propaganda mentirosa, que obriga a população do Pará a pagar impostos altíssimos enquanto banca a farra de empresários com isenções fiscais; abuso é o governo tirar gratificação do nosso contracheque para dizer que paga o piso, abuso é fazer com que nós trabalhemos calados em salas e escolas empoeiradas, quentes, lotadas, insalubres, com parte do teto caindo aos pedaços, com alunos e professores adoecendo. Porque a juíza Rosana Lucia de Canelas Bastos não obriga o governo do estado a garantir serviços de qualidade para a população? Por que não obriga o governador a priorizar a educação? Porque não o obriga a cumprir a Lei do Piso garantindo nossa jornada? Nossa categoria NÃO VAI SE CALAR! VAMOS FORTALECER NOSSA GREVE PARA IMPEDIR DESMANDOS COMO ESSE NO PARÁ E NA EDUCAÇÃO. CONCLAMAMOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS NO PARÁ A SEGUIREM FIRMES NA LUTA. NINGUÉM VAI PASSAR POR CIMA DA DECISÃO SOBERANA DE NOSSA CATEGORIA. JÁ DERRUBAMOS A DITADURA MILITAR NO BRASIL, EXIGIMOS RESPEITO A NOSSA FORMA DE LUTAR POR EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE.

Greve na educação de Belém: uma luta que só começou Por: Silvia Leticia – Secretária Geral do SINTEPP

No dia 14/09 os Professores e Funcionários das escolas de Belém decidiram suspender a greve iniciada em 02 de setembro. Fomos vitoriosos nessa luta, mesmo que não tenhamos conseguido arrancar toda nossa pauta de reivindicações. A crise da educação pública em Belém nos levou a ter uma pauta longa, mas necessária. Exigimos o cumprimento da lei do piso, aumento no valor do vale alimentação, pagamento de perdas salariais, eleições diretas nas escolas e Ueis, o fim do assédio moral, reformas e condições dignas de trabalho; cumprimento de direitos à aposentadoria e da carreira; insalubridade para merendeiras, serventes, um PCCR Unificado e a nomeação de concursados. Após 12 dias de muita luta onde enfrentamos ataques ao direito

de greve, ameaça do corte de ponto, ameaça de demissão de professores e funcionários em estágio probatório; uma brutal campanha na imprensa com o objetivo de desmoralizar os trabalhadores e frente à radicalidade de nossa luta, o prefeito Zenaldo (PSDB) foi obrigado a ceder e atender parte importante de nossa pauta: apresentar o calendário de eleições diretas para diretor até final de setembro; reajustar o salário e o valor do vale alimentação em janeiro de 2014; regularização do enquadramento com pagamento nas referências para quem se aposenta imediatamente; instituir comissão para insalubridade; fornecer EPI para todos os operacionais; calendário de reforma nas escolas; nomeação de 160 concursados; regularização da lotação de professores com 200h corrigindo a lotação por suplementação; agilização

de processos e posição sobre o tempo de afastamento dos servidores até final de setembro/2013 e um Estudo pela prefeitura da proposta de PCCR unificado feito pelo Sintepp. Com a suspensão da greve o Sintepp negociou o não desconto dos dias parados e a prefeitura assumiu o compromisso de que não haverá retaliações a nenhum grevista.

ENTRE EM CONTATO COM A UNIDOS PRA LUTAR SILVIA LETICIA LUZ: (91) 8193-9132 E 8808-7781 – e-mail: silvialeticialuz@yahoo.com.br FACEBOOK: SILVIA LETICIA LUZ JOYCE REBELO: (91) 8265-1020 – WENDEL BEZERRA: (94) 9197-9647 http://unidospralutar.blogspot.com.br/ ou unidospralutar@ymail.com


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