Jornal Diario Alternativo

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N° 1° Edição

São Paulo, Sexta-feira, 29 de maio de 2015

R$ 3,50

#PRECISAMOS FALAR SOBRE ABORTO

FAMÍLIA ESTÁ HÁ MAIS DE 17 ANOS COMENDO CARNE VERMELHA.

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA RECEBE UMA BIBIBLIOTECA AMBULANTE.


Presidente: STEFANY RODRIGUES Diretor Editorial: STEFANY RODRIGUES Superintendentes: JANAINA SILVA E GUSTAVO GEMELLI Editor-Executivo: JANAINA SILVA E GUSTAVO GEMELLI Conselho Editorial: STEFANY RODRIGUES, JANAINA SIVA E GUSTAVO GEMELLI Diretoria Executiva: STEFANY RODRIGUES

EDITORIAIS O fim do Jornal do Brasil impresso e o papel do jornalismo público “A minha cama é uma folha de jornal” Noel Rosa

P

rimeiro foi o fechamento da Tribuna da Imprensa, logo seguido pelo fechamento da Gazeta Mercantil. Agora, o curso de agonia da imprensa comercial anuncia o fim do Jornal do Brasil em sua versão impressa. Junto dele está a vertiginosa queda de tiragem dos jornais que resistem, evidentemente acompanhada da clamorosa queda de sua credibilidade. Este talvez seja mais um alerta e mais uma oportunidade para discutir os limites quase que intransponíveis para o jornalismo no modelo comercial e a necessidade de insistir e estimular a conscientização e as iniciativas para a construção de um jornalismo público.. Indo direto ao tema:

é bem provável que o presidente Lula tenha um papel histórico também para romper os tabus e preconceitos que impedem os brasileiros de ter um jornal de missão pública, nacionalista, popular. Um jornal centenário, sonho de uma geração de jornalistas, inovador em forma e conteúdo, o Jornal do Brasil, que já vinha definhando, como muitos outros diários, agora anuncia que deixará as bancas. Não estará mais nas praias, nos botequins, nos escritórios, nos ônibus, nas universidades, nem mesmo nas feiras para embrulhar peixe. Durante anos registrou dificuldades financeiras. Arrastou-se endividado em bancos públicos, muito embora sua linha editorial, como de resto de toda a mídia, hostil ao papel do estado na economia. Mas, não quando os recursos públicos salvam a crise.

LUÍS CARLOS SIS

Pequenos jornais Fui proibido de tocar flauta e vender meus Livros nas Ruas de Nova Friburgo. Um ano depois voltei com disposição de encarar e ainda estou lá. Toco mais do que vendo. A realidade é que a população não se interessa por leitura, assunto antigo. Já tem um tempo que eu e minha esposa não vamos as bancas. Por aqui, tem circulado uns pequenos jornais. Esperei tanto tempo para participar com meu voto e colocar o

Lula no poder. O governo dele tem feito coisas interessantes sim, mas poucas. Eu e minha esposa atuamos na área da Educação e cultura, temos certeza da força delas para melhorar as pessoas e um país. Mas infelizmente, por enquanto, ainda ficaremos tratando de temas passados. Enquanto isso continuarei tocando e vendendo meus livros.

JORGE E. C. DE CASTRO

Estratégia de Mercado Beto Almeida, eu respeitosamente divirjo da sua opinião com relação ao fim do JB em papel. Pelo que eu sei o JB, não acabou, terminou apenas a sua versão impressa, em papel. Sinal dos novos tempos, com os avanços tecnológi-

cos, as pessoas estão com menos tempo para ler jornal, não creio que nesse encerramento da atividados do JB em papel, haja algum aspecto ideológico ou político, talvez apenas uma estratégia de mercado, dos dirigentes do JB.

AMAURI

Varios assuntos, ideias, e informação Ótimo artigo, seria muito bom se tivéssemos um jornal realmente informativo e com conteúdos de qualidadade com os mais variados assuntos, além de manter o povo informado, es-

timula a leitura e gera empregos a profissionais sérios formados em jornalissmo, tomara que o governo, talvez com o patrocinio da petrobraz coloque essa idéia no papel.

LUCAS C. VAZ COSTA

Meios

Muito interessante a idéia da “Fundação para o Jornalismo Público”. É impossível fundar uma nação preparada para os múltiplos desafios do mundo contemporâneo sem proporcionar ao povo os meios para que seja dotado de informação de qualidade. É lastimável que o Brasil patine no quesito jornalismo. Um país com tanto potencial tem mais é que se valer deste ainda poderoso instrumento de cultura de massa, tanto no formato “papel” e “web”. É notório que

poucas pessoas se dão ao trabalho de ler o que quer que seja. Se o governo fomentar a leitura de jornais diários, estará dando o primeiro passo para a formação de leitores integrais, ávidos por livros. Afinal um país é feito de livros, como já pregava Monteiro Lobato. De fato, não há desenvolvimento econômico e social sem passar pela transformação do ser humano. O homem somente é lapidado pela educação, pelos livros, portanto.


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A

cada dois dias uma brasileira morre em decorrência de um aborto ilegal. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 1 milhão de mulheres no país se submetem a abortos clandestinos todo ano. Enquanto isso, o silêncio e o tabu cercam o tema. Contra a negligência que nos faz cúmplices dessas mortes, Tpm lança uma campanha que já conta com adesões importantes. É noite de feriado prolongado na cidade de São Paulo. Insone, B. recapitula em sua cabeça as orientações que um aplicativo de mapas lhe deu. Metrô até a avenida Paulista, ônibus até um bairro nobre zona sul, e uma caminhada de 10 minutos. Ainda naquela noite, ela planejou que no dia seguinte acordaria às 7hs pra chegar pontualmente as 10 no lugar marcad, uma clínica de ginecologia.

cotidiano Feito. Antes das 13 estava no ônibus de volta, a caminho de casa. Com ela, a certeza: “Tinha de novo minha liberdade”. Aos 29 anos, com pouco mais de dez semanas de gestação e “R$ 4 mil em dinheiro vivo”, B. fez um aborto. Ilegal, no seu caso. Para a legislação brasileira, só têm direito a aborto mulheres que engravidaram por causa de estupro, ou se existe algum risco de vida à mãe ou se a ficar comprovado que o feto é anencéfalo - essa, ma decisão de 2012 do Supremo Tribunal Federal. Nenhuma das situações era a de B. Ela só não se via como mãe, e teve o azar do seu método contraceptivo falhar. Usava DIU há pelo menos 2 anos quando engravidou. Para mulheres como B., no Brasil, não existem alternativas a não ser os serviços clandesrtinos e confiança no desconhecido. A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada pela antropóloga

Debora Diniz e pelo sociólogo Marcelo Medeiros em 2010, é uma das mais recentes e importantes sobre o assunto. Feita na Universidade de Brasília em parceria com a organização ANIS - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero-, a pesquisa virou referência para a Organização Mundial de Saúde. E revela: mais de uma em cada cinco mulheres entre 18 e 39 anos de idade já recorreu a um aborto na vida. Dados da OMS vão além: atestam que o número de abortos ilegais ultrapassa 1 milhão por ano no Brasil. Ainda assim, o código penal prevê punição de um a três anos de cadeia a gestantes que realizem o procedimento. Está claro: nem a interdição legal (ou a proibição religiosa) impede essas mulheres de interromper suas gestações quando isso é necessário. “As políticas de criminalização do aborto criam um recorte

cruel, e só fazem com que brasileiras pobres se submetam a abortos inseguros, em condições insalubres. Quem tem dinheiro consegue pagar por serviços que, mesmo ilegais, são mais seguros e, logo, têm menos riscos.” Sem o cuidado e a regulamentação da lei, o aborto clandestino ganha pernas próprias e anda de acordo com a vontade de profissionais que aceitam atender em condições de criminalidade - ou com a coragem de mulheres que realizam a interrupção através de métodos caseiros. A PNA diz que o método mais comum são os medicamentos que provocam o abortamento do embrião. A pesquisa não identifica quais os utilizados, mas sugere que entre eles o Misoprostol - nome do princípio ativo do Cytotec - Seja o mais difundido. “Sem a descriminalização, será impossível regulamentar o aborto e evitar que contiue sen-

do o que já é: um método anticoncepcional maluco, perigoso para os pobres, menos perigoso para os ricos, mas traumático para todos” Contardo Calligaris, psicanalista e escritor. Um estudo feito pelo Instituto do Coração (InCor) com base em dados do Datasus de 1995 a 2007 revela que a curetagem-procedimento necessário quando existem complicações após um aborto-foi a cirurgia mais realizada no Sistema Único de Saúde no intervalo de tempo avaliado, com 3,1 milhões de registros. Em seguida vieram correção de hérnia (com 1,8 milhão) e retirada da vesícula (1,2 milhão). Ainda no SUS, em 2013, foram 205.855 inter-

nações decorrentes de abortos, sendo 154.391 por interrupção induzida. Jorge Bispo Leandra Leal, atriz: Sou a favor do direito da mulher sobre seu corpo em todos os aspectos. Temos que ter o direito de decidir. Gregório Duvivier, ator e escritor: Um dia, espero, ainda vamos achar a proibição do aborto um absurdo, assim como achamos um absurdo a escravidão ou o holocausto. Alessandra Negrini, atriz: Não se trata de sermos pessoalmente contra ou a favor do aborto, a questão diz respeito ao que queremos enquanto sociedade. FONTE: revistatpm. uol.com.br/reportagens/148/precisamosfalar-sobre-aborto.html


cotidiano

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PREFEITURA DE SP APOIA GESTANTES DE BAIXA RENDA COM TAXI GRATUITO PARA O HOSPITAL. O período da gravidez é um momento muito especial e as mulheres precisam receber todos os cuidados possíveis. Para assegurar às mulheres segurança e conforto nos momentos que antecedem ao parto, foi aprovado nesta terça-feira (12 de maio), em primeira votação, pela Câmara Municipal de São Paulo, o projeto do vereador Jair Tatto (PT) “Vale Táxi Gestante”, no qual as mulheres de baixa renda poderão usar gratuitamente um táxi para irem ao hospital na hora

do parto. O benefício do “vale táxi” será muito útil para evitar que as mulheres passem pelo desconforto e lentidão dos transportes públicos. As mães terão direito a ir e voltar dos hospitais públicos sem pagar nada. O vereador do projeto diz: “Garantindo às gestantes de baixa renda acesso ao transporte mais confortável e seguro, de forma gratuita, podendo desta forma realizar o parto nos hospitais da rede pública, e contribuir para que esta mãe e seu bebê consigam obter

o máximo de aproveitamento, tanto na área de saúde como na área social, de um momento tão sublime que é o nascimento”. Para ter acesso ao benefício e obter um bilhete para as viagens de táxi, as mulheres deverão realizar um cadastro na Secretaria Municipal de Assistência Social. O texto ainda precisa passar por uma segunda votação e, em seguida, será remetido para o Prefeito Haddad (PT), para sanção ou veto. FONTE: www.hypeness. com.br

Homem desaparece misteriosamente durante trilha no litoral de São Paulo.

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amal Robles Guster, de 34 anos, desapareceu no dia 3 de maio. Um mochileiro que acompanhava amigos durante uma trilha na Serra do Mar, em

Itanhaém, no litoral de São Paulo, está desaparecido desde o dia 3 de maio. Kamal Robles Guster, de 34 anos, se distanciou do grupo e acabou sumindo misteriosamente. A Polí-

cia Militar, com auxílio do helicóptero Águia, chegou a fazer buscas no local, mas nada foi encontrado. Um dos acompanhantes de Kamal, o também mochileiro Douglas Ra-

mos conta que fazia trilhas com o amigo há três anos. “Estávamos em 15 pessoas fazendo uma trilha pelo Vale do Rio Capivari. O local é considerado de alto risco.


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mundo

Esta família está há 17 anos comendo apenas carne vermelha

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á pensou em passar uma semana comendo apenas carne vermelha? E que tal 17 anos? É isso o que esta família tem feito. Joe, 57 anos, e Charlene Anderson, 42, começaram a tornar a carne o único prato do dia quando ele apostou em uma DIETA com altos níveis de proteína, durante os anos 90. Mais tarde, Charlene foi diagnosticada com a doença de Lyme e os únicos alimentos que não lhe causavam mal-estar eram… carnes! Como sempre haviam ouvido falar que as carnes vermelhas faziam mal à saúde, os dois começaram a buscar mais infor-

mações sobre o assunto e encontraram a resposta que buscavam para sua alimentação em UMA DIETA rica em proteínas. Tão rica que os dois comem apenas carne vermelha há quase duas décadas. Nenhuma fruta, nada de saladas, nem sequer sal como tempero. Para beber, apenas água. Seus filhos, Charlie, 10, e George, 8, também se adaptaram muito bem à DIETA, que inclui apenas uma única refeição à base de carne, à noite, quando todos comem até ficar estufados. Joe conta que as crianças até provaram alguns outros alimentos e nunca foram desencorajadas a comer qualquer outra coisa,

mas continuam preferindo devorar um bom bife antes de dormir – segundo ele, os alimentos que mais fizeram mal aos filhos foram justamente algumas frutas. E complementa com o que já virou uma filosofia de vida para a família: “Não complique! Quando você está com fome, coma carne, quando está com sede, beba água“. E aí, o que você achou dessa DIETA na contramão do que sempre ouvimos dizer? FONTE: www.hypeness.com.br/2015/05/ esta-familia-esta-ha17-anos-comendo-apenas-carne-vermelha/


mundo A presso do efeito Kate Middleton, a “melhor mãe do mundo” E São Paulo, Sexta-feira, 29 de maio de 2015 B2

la teve o filho em duas horas? Mas eu tive em meia hora, sou melhor. Gente, cada um é um. E não, você não precisa estar linda depois do parto porque você não é uma princesa! 07.05.2015 | 11:05 | Nina Lemos “O meu filho nasceu em três horas, no mesmo dia eu já estava andando de bicicleta pela ciclovia do Haddad”. “Isso não é nada. Uma amiga minha teve em meia hora. Meia hora! Mais rápido que a Kate.” Esses diálogos são ficção. Mas verdade seja dita: o nascimento do bebê real sucitou a lembrança de um monte de histórias de partos de sucesso e todos ficaram impressionados porque Kate estava linda e em pé no mesmo dia de ter filho. Eu, que não sou mãe, mas sou amiga de vocês, queria dizer uma coisa: vo-

ces não precisam ser a Kate. Porque não, nem a Kate é a Kate. A Kate é princesa. Ela é um bom exemplo? Sim. Ela também é um mau exemplo? Sim. A princesa teve parto natural e mostrou para as pessoas do mundo como o parto normal é melhor para a mãe e para o bebê, e como fazer uma cesariana na maioria das vezes é uma mega cirurgia desnecessária. Eu sei que o Brasil é campeão mundial de cesarianas, com um indice de 52%, sendo que no setor privado é 88%. Um horror!. Eu sei que essa é uma causa importante para se lutar Eu admiro militantes do parto humanizado. Eu não sou mãe, mas eu entendi. Não briguem comigo. E quando a Kate é um mau exemplo? Quando todo mundo começa a competir pelo parto mais rápido, mais inc-

rível e com pele melhor depois de parir. Pronto. Falei. Como não sou mãe (mas também sou gente, atenção!) fui perguntar para as minhas queridas amigas que são e descobri algumas coisas: 1- Dar adeus para os suditos no mesmo dia em que teve um filho de parto natural é possivel, sim “Ok, você está cansada. No meu caso, acho que estava mais porque me deram anestesia e isso dá muita ressaca. Mas eu seria sim capaz de dar olá para os súditos.” De uma amiga que teve um filho de mais de 3 quilos de parto normal no Brasil. “Tive dois filhos de parto normal. A primeira com anestesia. A segunda, sem nada. O primeiro parto durou horas, mas teve ajuda das drogas. O segundo, sem nada, foi punk rock. Mas depois que acaba

Em referendo, Irlanda aprova casamento entre pessoas do mesmo com 62%.

você está tão feliz de ter conseguido! Você está amando aquilo tudo e, claro,pode andar, falar com as pessoas.” De uma amiga que teve dois bebês de parton normal na Alemanha. Um deles totalmente natural, sem anestesia, nada. 2-Mas não é o corriqueiro estar se sentindo linda, penteada é com pele fresca e esssa pressão pode ser muito, muito chata mesmo. “Claro que eu não estava bonita. Estava horrorosa. Eu estou uns monstro em todas as primeiras fotos que tirei com o meu filho. Mas eu não sou princesa, pensa, eu não tinha um maquiador”, diz a amiga que teve filho no Brasi. “Sim, você sai horrível, com olheira, ainda não recuperou o seu corpo e isso demora um tempo. Mas, pelo amor de deus, eu nem pensei nisso. Essa é a primeira

lição que você aprende quando tem filho, nao é para desapegar e pensar mais nos outros? A última coisa que voce pensa é em estar bonita, imagina”, diz a mãe de dois alemães. Lembro para a minha amiga que algumas maternidades de luxo oferecem serviços de maquiador e cabeleireiro para as mães após o parto e ela surta. “Não, imagina, ridículo!.” Por que eu estou me metendo em um assunto tão espinhoso? Porque estou cansada de pressão e acho que vocês também. “A Kate é deus porque teve parto natural. Tambem tive, não sou deus”, diz outra amiga, mãe de uma bebê de 10 meses. Queridas mães, a Kate é uma princesa. Estar linda e dar adeus para os suditos com o filho no colo é o trabalho dela. Está escrito ate na certidão do bebê que

a profissão dela é ser princesa, certo? Kate teve a filha de parto natural e seu cabeleireiro chegou lá meia hora depois. Ela ficou em um quarto de milhares de metros quadrados com todos os luxos do mundo, Ela nao é você. Ela nem é uma pessoa. Ela é uma princesa, um outro tipo de pessoa. Então, amigas, nesse dia das mães queria desejar para vocês menos pressão. E mandar um salve especial para quem teve que ter o filho de cesariana e se sentiu uma perdedora fraca por causa disso. A gente já tem pressão demais para lidar! Parabens para TODAS as minhas amigas mães. Sem exceção. FONTE: revistatpm. uol.com.br/blogs/berlimmanndaavisar

Por meio de um referendo feito na sexta-feira (22), a Irlanda aprovou neste sábado (23) o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O “sim” conquistou 62%, contra 38% “não”. + Irlanda realiza o primeiro referendo no mundo para decidir casamento gay

ro referendo a contar com mais de 60% dos eleitores (3,2 milhões), informou a Reuters.

declarou que os filhos ficariam tristes caso a união não fosse reconhecida pelo país, já podem festejar e preparar o casamento. FONTES: Link More Sharing Services http://acapa.virgula. uol.com.br/politica/ em-referendo-irlandaaprova-casamento-entre-pessoas-do-mesmocom-62/2/13/26547

Quem aguardava ansioso pelo resultado, comemorou o “sim” na esplanada do castelo de Dublin. E a vitória dos direitos LGBT, num país que só deixou de ver a homossexualidade há menos de 20 anos e O país é o primeiro a que tem forte influencia aprovar o casamento da Igreja Católica. entre pessoas do mesmo sexo por meio do voto O casal Denise Charlpopular. E foi o primei- ton e Paula Fargan, que


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cultura

BIBLIOTECA AMBULANTE EM SÃO PAULO S ão Paulo – Robson César Correia de Mendonça, um ex-morador de rua, conseguiu realizar um dos seus sonhos: oferecer oportunidade de leitura a população em situação de rua do Centro de São Paulo. A “bicicloteca”, como sugere o nome, é uma bicicleta especialmente desenhada – com três rodas e uma caçamba – que transporta livros variados. Robson sabe muito bem o que é ter vontade de ler, mas não poder ter acesso por causa da condição na qual se encontram os moradores de rua. Eles são impedidos de entrar em bibliotecas, porque, geralmente, carregam sacos plásticos com roupas e objetos pessoais. Foi para evitar esse tipo de situação que Robson

sonhou com uma biblioteca que chegasse até o morador de rua. A realização do sonho foi possível a partir de um encontro inusitado. Já longe da vida nas ruas, Robson presidia a ONG Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo. Para plantar uma árvore na frente da biblioteca Mário de Andrade – na região central da capital paulista –, ele se encontrou com Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mobilidade Verde (IMV) e o secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. Ainda antes do plantio, Paiva ouviu o sonho de Robson e disse que iria possibilitar a construção desse projeto por meio do Instituto Mobilidade Verde, que tenta proporcionar soluções

para mobilidade sustentável dentro da cidade. Ele entregou a bicicleta, uma espécie de triciclo com freios a disco na traseira e uma caçamba com capacidade para transportar 150 quilos de livros. Promessa feita, faltava apenas definir a data de entrega do impulso para o projeto almejado. E melhor ocasião não haveria do que o Dia do Escritor, comemorado na última segunda-feira (25). O local: a própria biblioteca Mário de Andrade, onde o veículo ficou estacionado até ser colocado para rodar. Segundo Robson, a ideia do projeto é proporcionar uma melhora da qualidade de vida do morador de rua a partir da leitura. “O livro é pouco para ele sair da rua, mais já é um inicio na tentativa de trans-

formar sua vida como transformou a minha”, comenta. Ele A pretensão de Lincoln é que outras ONGs comprometidas com o trabalho de levar cultura a comunidades possam entrar em contato com a IMV e solicitar sua “bicicloteca” (é necessário enviar email para contato@mobilidadeverde.org para avaliação). O acervo será formado por doações espontâneas. Para contribuir, basta acessar o site www.bicicloteca. com.br ou entregar os livros na biblioteca Mario de Andrade (Rua da Consolação, nº 94, República – São Paulo/ SP) e nos bicicletários do metrô. Igual, mas diferente A “bicicloteca” do centro paulistano foi toda desenhada especial-

mente para a necessidade de Robson. Mas a ideia veio de outros projetos já em prática no Brasil. No Campo Limpo, zona sul de São Paulo, foi feita a primeira, idealizada por Robson Padial, o Binho (http:// biciclotecas.blogspot. com/). No Rio de Janeiro, ligado à Central Única de Favelas (Cufa), o projeto é semelhante (http://bit.ly/bicicloteca_RJ-Cufa). acrescenta que deveriam haver muitas dessas “biciclotecas” espalhadas pela cidade de São Paulo, pois só a população de rua é composta por cerca de 20 mil pessoas, segundo a ONG de Robson – segundo a prefeitura, em 2009 havia 13,7 mil moradores de rua. Para Lincoln, essa “bicicloteca” é um projeto

novo e diferente de outrasRESERVAS de livros espelhadas pelo mundo. “Essa bicicleta foi pensada em cada detalhe, não adaptada. Desde a sua geometria até a quantidade de livros possíveis de carregar, nós pensamos”, explica. FONTE:

http://www. redebrasilatual.com.br/ cidadania/2011/07/populacao-em-situacao-de-ruarecebe-uma-biblioteca-ambulante


cultura Coletivo Feminista realiza grafitaço contra exposição de meninas na internet.

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Neste sábado, dia 23, o bairro do Grajaú recebe o grafitaço “Nosso Top 10 é Feminista”, realizado pelo coletivo Mulheres na Luta. O movimento é uma resposta à onda de cyberbullying que tomou conta das redes sociais no começo de 2014, em que meninas tinham suas intimidades compartilhadas em vídeos no Youtube.

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ais de 25 artistas de rua já confirmaram presença no encontro que rola no escadão na rua João Paulo Barreto, onde três garotas do bairro Grajaú foram expostas e xingadas por meio de pichações. Para Elânia Francisca, integrante do Mulheres na Luta e organizadora do evento, o objetivo do grafitaço não é cobrir os xingamentos, mas deixar a marca feminista no lugar, em apoio às vítimas.

está fortemente presente na comunidade [Grajaú] e que hoje, entre os adolescentes, se expressa pela exposição da sexualidade das meninas na internet e nos muros”, diz.

Elânia ainda afirma que a mobilização unirá o coletivo às garotas expostas. “Acho que as meninas, ao verem a grande movimentação de mulheres naquele escadão, se aproximarão e isso nos dará abertura para falar de opressão de gênero e da luta fem“O grafitaço feminista inista”, finaliza. é para chamar a atenção para o machismo que O grupo de grafiteiras

São Paulo ganha museu de arte urbana a céu aberto

MAUU: após serem presos, artistas voltam a grafitar, desta vez com permissão (Foto: Divulgação)

presos enquanto pintavam pilastras da Avenida Cruzeiro do Sul, em Santana. Após a detenção, a Secretaria do Estado da Cultura decidiu dar autorização para que os artistas fizm abril deste ano, essem intervenções por grafiteiros foram ali, o que resultou no

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ainda lança o projeto “Adote Uma Novinha”, em que elas ensinam meninas a grafitar. FONTE: https:// catracalivre.com.br/ s p / a r- l i v r e / g r a t i s / coletivo-feminista-realiza-grafitaco-contra-exposicao-de-meninas-nainternet/

O QUE: Nosso Top 10 Barreto, S/N - Escadão é Feminista Jardim Castro Alves QUANTO: São Paulo Catraca Livre ONDE Escadão da Rua João Paulo Barreto Avenida João Paulo letivo PHA”, entre eles os grafiteiros Chivitz, Binho Ribeiro, Akeni, Minhau e Presto. O projeto pretende revitalizar a área e incentivar o interesse dos jovens pela arte. Para isso, os. responsáveis pelas intervenções darão orientação a membros das primeiro Museu Aberto escolas da região, para de Arte Urbana de São enfatizar a importância Paulo (MAAU). do grafite também na Foram pintados ao todo educação da garotada. 66 painéis nas 33 pilastras que ficam entre as FONTE: http://vejasp. estações de metrô Tietê abril.com.br/materia/ e Santana. Os trabalhos sao-paulo-ganha-muestão sendo produzidos seu-de-arte-urbana-ceupor membros do “Coaberto/


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