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Cupula

N° 0002 SEGUNDA-FEIRA 21 DE NOVEMBRO 2016

21º @acupula

do esporte

/JornalCupula

&

FUTEBOL, FESTA

TORCIDAS!

Novo Basquete Brasileiro

O CRESCIMENTO DE UM DOS MAIS FAMOSOS ESPORTES AMERICANOS EM SOLO VERDE E AMARELO

A era Tite

O QUE ESPERAR DO TÉCNICO MAIS VITORIOSO NO BRASIL DOS ULTIMOS ANOS, AGORA NO COMANDO DA SELEÇÃO?

Voleibol

O ESPORTE DESTAQUE DA OLIMPÍADA, CADA VEZ MAIS VITORIOSO EM TODO O MUNDO


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Rio 2016

21 de Novembro de 2016

Paralimpíada: tiro esportivo tem protagonismo das mulheres No Brasil, o tiro esportivo paralímpico deu seus primeiros passos apenas em 1997, no Centro de Reabilitação da Polícia Militar do Rio de Janeiro

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Cristiane de Oliveira – Portal EBC

história do tiro esportivo nos Jogos Paralímpicos começou em 1976, em Toronto, no Canadá. A primeira edição foi disputada apenas por homens. Já as mulheres entraram na briga por medalhas na modalidade em 1980. No Brasil, no entanto, o tiro esportivo paralímpico deu seus primeiros passos apenas em 1997, no Centro de Reabilitação da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O país fez sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008, com o atleta Carlos Garletti. Na Paralimpíada de Londres (2012), os homens levaram ampla vantagem: das 18 medalhas que estavam em jogo, 17 foram conquistadas por eles. Na ocasião, a única mulher que conseguiu um lugar no pódio foi a chinesa Cuiping Zhang. Mas na quarta-feira (14) o protagonismo foi das mu-

lheres. Na primeira prova, de 50m deitado SH1 final, a medalha de ouro foi conquistada novamente pela chinesa Cuiping Zhang, que obteve 206.8 pontos. Ela já havia ganho uma medalha de ouro na prova carabina 3 posições e medalha de prata por carabina de ar 10m em pé, na Rio 2016. O brasileiro Carlos Garletti, que representou o Brasil no tiro paralímpico pela primeira vez, foi o único participante brasileiro na prova, e foi desclassificado ainda na qualificação. “Participar da Paralimpíada de 2016 foi uma oportunidade maravilhosa, uma experiência única que eu vou guardar para o resto da vida”, diz Garletti. O atleta falou ainda sobre as dificuldades que o esporte enfrenta no país devido à legislação que controla o uso de armas. Na segunda prova valendo medalhas, Pistola 50m

mista SH1 Final, a disputa foi acirrada entre a iraniana Sareh Javanmardidodmani e o chinês Yang Chao. Sareh acumulou 189,5 pontos e terminou a prova na primeira posição. O chinês Chao ficou em segundo lugar, e o bronze foi para o candidato da Ucrânia, com 160,8 pontos. Sareh, no entanto, já havia ganho sua primeira medalha de ouro na competição Pistola de ar 10 metros, categoria SH1, na última sexta (9). Com isso, a atleta se tornou a única mulher iraniana a ganhar duas medalhas de ouro em um torneio olímpico. A qualificação de Pistola 50m mista SH1 Final também contou com a participação de atleta brasileiro. No entanto, Geraldo von Rosenthal terminou a qualificação em vigésimo quinto lugar e não foi classificado para a prova de medalhas.

Rio não pode se acomodar com sucesso dos Jogos, diz secretário

Kleber Sampaio – Portal EBC

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Rio Foto: Roberto Castro/ Brasil2016

secretário estadual de turismo, Nilo Sérgio Félix, disse hoje (6) que o maior desafio do Rio de Janeiro - após os Jogos Rio 2016 - será continuar a ser atrativo e buscar meios de levar mais turistas ao estado. Ele estima que, durante os Jogos, imagens do Rio foram vistas por 5 bilhões de pessoas. A declaração foi dada durante reunião do Conse-

lho Estadual do Turismo, no bairro do Flamengo, zona sul da cidade. O conselho é formado por 54 representantes de vários segmentos e tem como meta fomentar o desenvolvimento sustentável do turismo no estado, articulando os setores público e privado. “Os Jogos foram um sucesso não somente para a cidade como para todo o estado. Tivemos 5 bilhões

de pessoas vendo [pela televisão] a cerimônia de abertura, de encerramento, as competições, etc. É um número altamente expressivo e que traz grandes resultados como maior entrada de turistas, seja na baixa época como em períodos de grandes festividades como réveillon, carnaval e outros”, disse. Segundo ele, no entanto, não dá para simplesmente “cruzar os braços” depois

Foto: Daniel Zappe MPIX/CPB dessa superexposição do estado. “Aumentamos o número de quartos [de hotéis] de 29 mil para 60 mil, estamos investindo em mídia e eventos, entre muitas ideias e programas para continuar crescendo. A pretensão é aumentar o fluxo de pessoas, a permanência delas e o crescimento da diária média. O turismo tem que se basear nessas três questões para tornar uma cidade sempre mais atrativa”, disse.

O secretário municipal de turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, anunciou que a cidade já tem acertado 173 eventos até o ano de 2020, além de congressos, feiras e outras atividades. Lembrou que experiências passadas com, por exemplo, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo contribuíram para que os Jogos Rio 2016 fossem bem sucedidos. “Tivemos mais de um mi-

O Rio de Janeiro recebeu 243 mil turistas durante a Paralimpíada, que tiveram gasto médio diário de R$ 271,20, com um total de R$ 410 milhões em renda gerada. Em todo o evento Rio 2016, incluindo os jogos olímpicos e os paralímpicos, o dia em que o Parque Olímpico da Barra recebeu mais visitantes foi 10 de setembro, primeiro sábado da Paralimpíada, com 172 mil pessoas.

lhão de turistas somente na cidade, conhecendo o Rio e a nossa cultura, movimentando a economia e o turismo, isso sem falar em todo o estado. Foi muito intenso, mas nos saímos muito bem. Apanhamos muito, todos diziam que a cidade não receberia bem o público por conta da zika, violência, terrorismo, mas o balanço final é de sucesso absoluto”, comemorou.

A limpeza urbana recolheu 645 toneladas de resíduos nas instalações esportivas e boulevares olímpicos, sendo que 80% foram retirados das 5.200 lixeiras e 20% do chão. O programa Lixo Zero aplicou 1.983 multas, sendo 215 para turistas estrangeiros.

“ECONOMIA PODE CRESCER MAIS”


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21 de Novembro de 2016


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Seleção Brasileira

21 de Novembro de 2016

O início da Era Tite

O começo empolgante de Adenor Leonardo Bacchi faz o torcedor brasileiro sonhar de novo. Com quatro vitórias em quatro jogos, e atuações que chamam atenção, Tite vem se firmando como o grande técnico do país no momento Matheus Pedroso – Cupula

Victor Ferreira – Cupula

esde quando a seleção sofreu os 7-1 da Alemanha, a torcida clamava por Tite, o treinador que tinha ganhado o mundo com o Corinthians e ainda tinha ido a Europa buscar atualização quando deu uma pausa de um ano na carreira, mas diferente da torcida, os mandatários da CBF quiseram outro nome, o de Dunga, aquele mesmo que comandou a seleção no ciclo para a Copa do Mundo de 2010, mas diferente daquela oportunidade teve um péssimo aproveitamento e foi demitido com pouco mais de um ano no cargo para dar lugar a Tite, que até aqui tem ido além das expectativas do torcedor e devolveu a alegria de muitos em torcer pela seleção canarinha. O começo empolgante de Adenor Leonardo Bacchi faz o torcedor brasileiro sonhar de novo. Com vitórias

maiúsculas e atuações que chamam atenção, Tite vem se firmando como o grande técnico do país no momento. Sua estreia contra o até então líder Equador foi perfeita, 3 a 0 com propriedade e jogando em Quito. Na sequência, a seleção teve como adversária a ótima seleção colombiana que complicou as coisas, mas ainda assim saiu com a vitória, por 2 a 1, na Arena da Amazônia. A atuação contra a Bolívia foi tão satisfatória e convincente, que Tite teve seu nome gritado pela torcida na Arena das Dunas, os cinco gols saíram barato para seleção boliviana. Na partida contra a fraca seleção da Venezuela, a seleção brasileira teve como desafio a logística, devido à crise que o país do adversário enfrenta, tendo que levar até mantimentos básicos á capital Caracas. Além da viagem longa e trabalhosa,

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Ultima convocação de Tite - Globoesporte.com / Divulgação

um gramado ruim e pesado era o que se mostrava ao time canarinho, mas não foi problema, 2 a 0 com propriedade, confiança e a liderança das eliminatórias na bagagem. Com a pressão

de defender a invencibilidade e manter o bom desempenho, o novo comandante teria o seu maior desafio até aqui, nada mais nada menos que a Argentina de Lionel Messi, e não deu ou-

tra, hermanos no bolso e 3 a 0 com clima de baile. Em seguida viria o Peru, que jogava pelo sonho de beliscar pelo menos a vaga da repescagem, pressão no estádio nacional, e 20 minutos de

um time perdida em campo. Mesmo com o início ruim, a seleção venceu por 2 a 0, resultado que evidencia uma fase esplendorosa de um técnico capacitado e de uma equipe renovada e conecta-

Tite durante coletiva da Seleção Brasileira. Foto: Marcello Dias/Futura Press

da com seu povo, como há muito tempo não acontecia. Mas o que mudou com Tite em relação à Era Dunga? São poucas as mudanças em relação aos jogadores que vinham sendo convocados, mas em campo uma equipe totalmente diferente, que busca constantemente o ataque, mas que tem uma segurança defensiva que é invejável e nesses seis primeiros jogos alcançou a marca de ter um único gol sofrido, esse marcado contra pelo zagueiro Marquinhos. Outro ponto que chama atenção é o clima internamente, algo que pode ser muito creditado ao bom momento vivido, mas também ao treinador que consegue passar a seus jogadores uma maior tranquilidade para atuarem e exatamente a função que quer exercida por eles em campo. Tem sido característico até agora no trabalho de Tite, a aposta em jogadores que já trabalharam com ele em clubes, são os casos de Fagner, Gil e Renato Augusto, que estiveram com o treinador na conquista do Brasileirão em 2015 pelo Corinthians, e também do

ex-corinthiano Paulinho, que teve seu nome lembrado nas três convocações feitas até agora pelo técnico, o jogador que está na China desde o ano passado, não vinha sendo convocado por Dunga, mas com Tite recebeu status de titular da equipe. Além dos quatro jogadores que estiveram com o treinador no Corinthians, outros dois antigos conhecidos são Taison e Giuliano, que foram treinados por Tite em 2009, quando ainda jogavam pelo Internacional. Mas dentre todos os novos nomes trazidos por Tite, o que mais tem se destacado é Gabriel Jesus, o jovem atacante do Palmeiras foi titular em todos os seis jogos no comando do treinador, marcando cinco gols, o que já lhe rendeu o recorde de jogador mais jovem a atingir esse número de gols em eliminatórias sul-americanas. Dos campeões olímpicos, Tite trouxe além do palmeirense Jesus, o zagueiro tricolor Rodrigo Caio que vem se mantendo pela sua versatilidade, pois joga tanto de zagueiro quanto de volante. Um dos heróis da

conquista, Weverton, goleiro do Atlético PR também é outro nome chamado por Tite. O zagueiro do milionário Paris Saint Germain, Marquinhos, não só foi titular nos Jogos do Rio como também é titular na equipe principal, desbancando o experiente Thiago Silva. Gabriel Barbosa, o Gabigol, se transferiu recentemente a Internazionale, e ainda busca sua afirmação na equipe italiana, mas não deixa de ser um nome forte para Tite. Com as vitórias desse mês diante de Argentina e Peru, os comandados de Tite alcançaram a marca de seis vitórias em sequência, feito repetido apenas por João Saldanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970 e por Telê Santana, entre as Eliminatórias para 1982 e 1986. O início é ótimo, mas trata-se de um começo de trabalho, é preciso mais cautela e frieza para analisar o que está sendo feito. O treinador tem um longo caminho pela frente com adversários duros como o Uruguai em março, mas vem de um início animador, resta saber se até o final poderá mantê-lo.

ELOGIADO PELO REI Gabriela Ribeiro – Globoesporte

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ma seleção “boa para jogar”, em que “ninguém é melhor que ninguém”. Foi assim que Pelé definiu o atual combinado brasileiro comandado por Tite, que já embalou seis vitórias consecutivas. No início da tarde desta quinta-feira, o Rei do Futebol esteve em Curitiba para uma entrevista coletiva. A visita à capital paranaense inclui uma série de palestras em órgãos públicos e a divulgação de um curso privado de Educação Física. Essa seleção está boa para jogar, hein? Até falei sobre esses jogos que o Tite fez. A seleção vem progredindo muito. Tínhamos preocupação, porque o Dunga teve muito trabalho. O Tite conseguiu organizar um time que está dando confiança. O mais importante nesse time é que os jogadores estão se respeitando. Não tem cobrança entre quem é o melhor. Tem o time que está bem armado. O Tite conseguiu botar uma equipe em que ninguém é melhor que ninguém.


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Futebol Brasileiro

21 de Novembro de 2016

O que pensa e sente pelo Flamengo: Podolski Via e-mail, polonês naturalizado alemão diz ao GloboEsporte que relação criada com os rubronegros durante a Copa de 2014 segue firme: “Gigante, o maior do Brasil”

Jorge Natan e Maurício Motta – Globoesporte.com

Parabéns ao meu Nação Mengão”. Com essa mensagem, Podolski, o mais rubro-negro dos alemães, deixou em polvorosa a torcida em redes sociais na última terça-feira, quando o Flamengo completou 121 anos. Afinal, é possível ver o atacante de 31 anos no clube futuramente? Por ora, ele não pensa nisso. Mas da Turquia, onde defende o Galatasaray, segue de olho no Fla. E coração aberto. - Depois de ganharmos a Copa do Mundo, todo mundo dizia “Fica, Poldi”, e até hoje ainda vejo isso nas redes sociais. O apoio dos fãs é muito bom, me faz muito feliz porque é genuíno. Mas, por agora, eu quero ganhar o Campeonato Turco. Espero que o Flamengo tenha sorte e ganhe também seus próximos três jogos. Boa sorte! - afirmou o polonês naturalizado alemão ao GloboEsporte.com, via e-mail.

A REALIDADE DOS VALORES A operação para contratá-lo não é simples. Em julho de 2015, Podolski assinou com o Galatasaray um contrato que lhe rende 9 milhões de euros (R$ 32 milhões) por três temporadas, e mais um bônus de 20 mil euros por partida (R$ 72 mil), segundo a imprensa turca. O compromisso termina em junho de 2018. - Ele realmente gosta do clube (Flamengo). Desde a Copa do Mundo, em todo lançamento de camisa ele pede uma para a coleção pessoal que tem. Pelo jeito, ele é mais um torcedor da “nação” - disse Bruno Almeida, gerente

de relações públicas de Adidas no Brasil. Confira abaixo por que e como nasceu esse carinho mútuo entre Podolski e Flamengo. POR QUE VOCÊ PARABENIZOU O FLAMENGO? ALGUÉM LHE FALOU SOBRE A RESPEITO DO ANIVERSÁRIO? Eu amo a paixão que os torcedores do Flamengo têm pelo clube e os sigo de perto nas redes sociais. Eles são muito ativos, assim como eu. Tenho algumas camisas, que sempre são bons presentes. Por isso, é impossível esquecê-los em tal dia. COMO ESSE SEU ENVOLVIMENTO COM O FLAMENGO NASCEU? Desde a Copa do Mundo, há dois anos, eu criei um relacionamento natural com o Brasil como país. É um belo lugar. Rio é uma cidade muito especial, não só pelo futebol, mas por todo o estilo de vida. Mas, para mim, nós temos uma história única, porque nós ganhamos a Copa no Maracanã. As pessoas do Rio são sensacionais e têm muita paixão pelo futebol. Nossa paixão pelo futebol é praticamente a mesma. Durante a Copa do Mundo, vestimos uma camisa inspirada na do Flamengo. E, se você é fã de futebol, você conhece o Flamengo ou já ouviu falar a respeito dele. É um clube gigante e o maior do Brasil. Eu

Com a Taça Fifa na mão, Podolski aparece vestido com a camisa do Flamengo (Foto: André Durão)

sempre respeito clubes que têm fãs maravilhosos. Super-simpático Podolski. Vestido com a camisa do Flamengo presenteada pelo lateral-esquerdo André Santos, com quem jogou no Arsenal, o jogador começou com acenos para depois autografar os objetos dos torcedores. Antes de posar com a taça e mandar um beijo, o atacante ainda brincou de jogar basquete com Schweinsteiger, companheiro inseparável. A aparição de Podolski fez com que o Flamengo se manifestasse nas redes sociais e agradecesse o caminho do atacante alemão. “Podolski vestiu o Manto Sagrado e levantou a Taça! Legítimo rubro-negro! Valeu, @ poldi_official! Parabéns pelo título!”


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Futebol Brasileiro

21 de Novembro de 2016

A ascensão do Verdão do Oeste Da Série D para a elite em seis anos, e agora o sonho continental para coroar uma década gloriosa da carismática Chapecoense Matheus Pedroso – Cupula

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Chapecoense foi fundada na década de 1970, com a intenção de recolocar a cidade de Chapecó no mapa do futebol catarinense, ainda na década de sua fundação alcançou suas primeiras glórias, como o título estadual em 1977 e as duas participações na Série A, porém sem grande sucesso. Mas os melhores anos da Chapecoense têm sido nesse século, que teve um mau início para o clube graças a uma dívida milionária que estava acumulada há anos, e que após boa gestão para o pagamento dela, permitiu ao clube que alçasse voos mais altos dessa vez a nível nacional. A ascensão nacional começou em 2009, após conseguir vaga na Série D pela campanha que fez no catarinense daquele ano, no Brasileirão deu sequência à boa fase que vivia e passou de fase na liderança de seu grupo, já no mata-mata eliminou três equipes (Corinthians-PR, Londrina e Araguaia), o bastante para dar o acesso aos catarinenses, que não chegaram a decisão pelo título por serem eliminados para Macaé já nas semi-finais. Depois do acesso para a Série C, permaneceu durante três anos na divisão, nesse meio tempo ainda levantou pela quarta vez em sua história o troféu de campeão estadual, e no ano de 2011 finalmente garantiu o acesso para a Série B, onde deu sequência a sua arrancada, que já no ano seguinte teve a brilhante campanha na segundona, brigando até as últimas rodadas com o Palmeiras pelo título, que não veio, mas não foi o bastante para conter a alegria dos torcedores que viam o time de volta a Série A, após mais de trinta anos. O ano de 2014 era aguardado com muita expectativa pelo torcedor da Chapecoense, que poderia enfim ver seu time na elite nacional jogando com os grandes clubes do país, mas o temor por conta da possibilidade de um rebaixamento era

real, isso se tornou ainda maior quando o artilheiro Bruno Rangel saiu do clube em direção ao futebol asiático e ainda mais pela decepcionante campanha no catarinense, onde precisaram disputar o hexagonal contra o rebaixamento para se manter na elite estadual. O início no Brasileirão serviu para desanimar ainda mais o torcedor, que viu a Chape frequentar por diversas rodadas a zona de

quando a irregularidade foi fator decisivo pra deixar a Chapecoense fora até mesmo da final, mas essa não foi a única frustração do primeiro semestre, que teve também a eliminação para o Grêmio nos pênaltis pela Copa do Brasil. Apesar da tristeza pela eliminação precoce, ela abriu uma nova oportunidade para os catarinenses, a chance de disputar pela primeira vez um torneio

de diferença poderia classificar os brasileiros, e por muito pouco isso não foi possível, num jogo em que a Chape se impôs e chegou a colocar até uma bola na trave nos minutos finais, o time venceu pelo frustrante placar de 2 a 1 e postergou o seu sonho continental, mas com dignidade, que rendeu elogios de jornais locais e da Argentina pela atuação. Sem a vaga, a Chapecoense se focou no Brasilei-

o quinto título da competição e com a estrela do ídolo Bruno Rangel brilhando, autor do gol que rendeu o título e também alcançando a artilharia da competição. Apesar da euforia pela conquista do título, a Chape voltou a ser eliminada na terceira fase da Copa do Brasil, dessa vez para o Atlético Paranaense e pelo doloroso critério do gol fora de casa, a eliminação colocou os catarinenses nova-

Chapecoense é a única esperança brasileira na Sul-Americana (Foto: Nelson Almeida/AFP)

rebaixamento e até mesmo amargar a lanterna do campeonato, mas com o tempo o time começou a encontrar o caminho das vitórias e jogadores como Leandro Banana e Camilo, que reforçaram o time naquele campeonato começaram a se destacar, assim como o goleiro Danilo que ganhou a condição de titular da equipe, e já na penúltima os catarinenses se livraram matematicamente dos riscos de queda e tiveram a condição de festejar a boa campanha, que teve como pontos altos a goleada por 5 a 0 sobre o Internacional, e os 4 a 1 aplicados no Fluminense em pleno Maracanã. Depois de se livrar do rebaixamento no Brasileirão, o ano de 2015 seria de objetivos mais altos, entre eles voltar a ser campeão catarinense, mas falhou novamente, dessa vez na segunda fase da competição

continental, a Copa Sul-Americana, o primeiro adversário a ser batido foi a Ponte Preta que não resistiu a força da Chapecoense como mandante e após um empate por 1 a 1, no Moisés Lucarelli, foi eliminada na Arena Condá, quando o Verdão do Oeste aplicou 3 a 0 sobre os paulistas, e classificou a Chape para enfrentar o Libertad nas oitavas-de-final, dessa vez dois empates e eficiência na disputa de pênaltis foi o suficiente para que os brasileiros passassem por mais uma fase, o adversário da vez seria o River Plate, que estava vivendo o ano mais glorioso da sua história e colecionava o feito de ser atual campeão da Libertadores, no confronto de ida no Monumental de Nuñez, a Chapecoense fraquejou frente a pressão imposta e perdeu por 3 a 1, para a volta uma vitória por dois gols

rão, para eliminar o quanto antes suas chances de rebaixamento, que já eram pequenas naquela altura da competição e faltando três rodadas para o fim do campeonato foram totalmente eliminadas, ao abrir nove pontos de diferença para o Z-4, o ponto alto daquela campanha foi novamente uma goleada aplicada sobre um grande time, dessa vez o Palmeiras, que perdeu por 5 a 0 na Arena Condá, numa vitória maiúscula dos catarinenses e que para sempre estará na história dos dois clubes. Com a valorização do elenco, a Chapecoense perdeu peças importantes, como Apodi e Camilo, que nos seus dois anos no clube se tornou um ídolo para a torcida, ainda assim as saídas foram bem repostas e o clube entrou forte na disputa do catarinense e dessa vez foi além, conquistando

mente na disputa da Copa Sul-Americana, no segundo semestre. Já no Brasileirão teve um início de campeonato muito bom, se apoiando na grande fase de Bruno Rangel e em atuações de gala do goleiro Danilo, que foram essenciais para manter uma série invicta até a sétima rodada, mas a grande fase também se devia a um grande trabalho que estava fazendo o treinador Guto Ferreira, algo que chamou a atenção do Bahia, que fez uma oferta irrecusável e tirou o técnico do Verdão, com a sua saída os torcedores e a mídia local viam um futuro complicado para a Chapecoense e a atuação no primeiro jogo após a saída de Guto reforçou essa tese, um 5 a 1 para o Sport, que vivia péssima fase no campeonato acendeu a luz vermelha nos corredores da Arena Condá.

Para repor a saída de Guto, a Chapecoense contratou Caio Júnior, que estava há dois anos no futebol asiático, o início não foi dos melhores, mas com o tempo a equipe encontrou a forma de jogar e voltou a se estabilizar no campeonato, criando margem para se dedicar a disputa da Sul-Americana no segundo semestre, nas primeiras eliminatórias passou pelo Cuiabá mesmo tendo perdido o primeiro jogo, na primeira fase internacional o adversário foi o Independiente, tradicionalíssimo em competições continentais, conhecido como “Rey de Copas”, enquanto a bola rolou as equipes não tiraram o zero do placar e a decisão foi levada para os pênaltis e então que Danilo mostrou um dos motivos para ser tão querido pela torcida, se engrandeceu e defendeu quatro penalidades para carimbar a vaga do Verdão. Na fase seguinte um adversário de menor tradição, o Junior Barranquila da Colômbia, no primeiro confronto a Chapecoense até se impôs em território colombiano, mas ainda assim sofreu uma derrota por 1 a 0, um placar que poderia ser revertido com facilidade na Arena Condá, e foi isso que aconteceu, o time fez jus ao apelido de ‘ChapeTerror’ que recebeu nos últimos anos e aterrorizou os colombianos, 3 a 0, que saiu barato pelo o que se viu ao longo da partida. Devido ao foco na Sul-Americana, a Chapecoense perdeu um pouco da gordura que tinha aberto em relação à zona de rebaixamento do Brasileirão, mas com vitórias pontuais chegou aos 45 pontos, número que segundo matemáticos extingue qualquer risco de queda, e assim pode focar totalmente no torneio continental. Já pela competição continental, a Chape foi a Argentina novamente, dessa vez para enfrentar o San Lorenzo.

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Da SĂŠrie D para a elite em seis anos, e agora o sonho continental para coroar uma dĂŠcada gloriosa da carismĂĄtica Chapecoense

21 de Novembro de 2016


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Futebol, festa e torcidas!

21 de Novembro de 2016

O raio O processo da elitização no futebol brasileiro Matheus Pedroso – Cupula Victor Ferreira – Cupula

Matheus Lucena – Cupula

futebol brasileiro vem passando por um processo de elitização constante nos últimos anos. Fortemente motivada pelos eventos esportivos sediados no pais, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, essa elitização do esporte possui lados positivos e negativos. Algumas tradições dos frequentadores da arquibancada foram simplesmente devoradas ou jogadas às traças por esse processo. Deixando o romantismo de lado, mas sem esquecê-lo totalmente, podemos elencar as principais mudanças ocorridas nos hábitos das torcidas. As tradicionais bandeiras de mastro, famosas por imagens no Maracanã de 1970, são cada vez mais raras de se ver na arquibancada. Quando não totalmente extintas como acontece em São Paulo por ordem da Federação Paulista de Futebol (FPF). A chuva de papéis picados é escassa, milagrosamente vista em uma partida aqui ou ali, geralmente no interior. Os sinalizadores, mencionados no capitulo IV, artigo 13-A do Estatuto do Torcedor, é enfático quanto ao uso dos artefatos: “não portar ou utilizar fogos de artificio ou quaisquer outros engenhos pirotécnicos ou produtores de efeitos análogos; (incluído pela Lei n° 12.299, de 2010)”.

Mesmo sendo de 2010, a lei era mais frouxa até meados de 2013. O incidente com a torcida do Corinthians em Oruro na Bolívia onde o garoto Kevin Spada, torcedor do San Jose, foi

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morte do garoto boliviano está divida nas mãos da torcida que portou o objeto, do vendedor que forneceu o objeto e do policiamento local que permitiu a entrada do objeto no estádio.

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de aço e cadeiras verdes chamado Allianz Parque, chegou a cobrar ingresso de crianças de colo. Atitude que contraria a lei de gratuidade praticada pelos rivais e que, inclusive, praticou enquanto mandava jogos no Pacaembu. Mesmo com médias de publico pífias os clubes seguem insistindo em jogos com cada vez mais cadeiras vazias a tentar, no mínimo, reduzir o

entre Cruzeiro e Atlético Mineiro em um dos palcos mais tradicionais do futebol, o Mineirão, estava visivelmente vazio. O anel inferior, setor que fica de frente para a câmera de transmissão, estava completamente desfalcado por conta da monstruosa média de preço dos ingressos. Com os valores mais baixos na faixa de R$ 200 (R$ 140 para sócios, 30% de desconto), os clubes segregaram seu pú-

Torcedores do Corinthians passaram por revista “inusitada” no Maracanã / Foto: Esporte Interativo - Reprodução

atingido e morto por um projetil pirotécnico disparado pela torcida alvinegra obrigou as federações a rever a rigidez quanto ao uso dos sinalizadores. Acontece que no caso de Oruro o artefato em questão não se enquadrava como um sinalizador comum. O objeto, usado para emergências em auto mar, foi vendido como um simples emissor de luz. A ignorância que causou a

Além das festas cada vez mais raras, o preço dos ingressos mudou drasticamente o perfil do publico frequentador dos estádios brasileiros. Em tempos de crise financeira os clubes pensam cada vez mais no faturamento e menos na atmosfera festiva que a torcida pode proporcionar nos jogos. O Palmeiras que recentemente demoliu o antigo Palestra Itália e ergueu no lugar um monumento

preço dos ingressos. Atualmente o Brasil tem o ingresso de futebol mais caro por renda per capita. Os valores são tão abusivos que mudaram o perfil dos torcedores e acabou de vez com a geral dos estádios. O que era popular foi elitizado e o que era cheio se esvaziou com o passar do tempo. Prova cabal desse processo foi visto na final da Copa do Brasil de 2014. O ultimo jogo, um clássico estadual

blico para o jogo que mais importava na competição. É bem verdade que os planos de sócio torcedor trouxeram uma maior flexibilidade e conforto na aquisição dos ingressos, com benefícios como desconto por frequência e assiduidade, mas também transformaram o torcedor em mero cliente. Clubes como Corinthians e Palmeiras viram seus números de sócios ser elevado às alturas impulsionados por

suas novas canchas, Arena Corinthians e Allianz Parque respectivamente. Com médias maiores que 35 mil cada um, ambos os clubes possuem torcidas enormes e apaixonadas, quase religiosamente presente nos jogos. Mesmo com números tão altos é possível quantificar quantos torcedores são simplesmente ignorados de ter uma chance de ir aos estádios. Os valores não permitem essa abertura. Outro fator que afastou o torcedor dos estádios, somado aos preços exorbitantes, é a violência. Mesmo sendo raros os embates entre torcidas rivais que outrora terminavam em mortos e dezenas de feridos, ainda persiste um receio do torcedor de se deparar com a violência gratuita nas arquibancadas. A perseguição ás torcidas organizadas virou rotineira por parte das autoridades, dos clubes e até mesmo da imprensa. Punições nada eficazes, como fechamento de setores, proibição de tambores e roupas de torcidas. Diversas foram as iniciativas, e de nada resolveram, os casos definitivamente não cessaram e os autores das barbáries são os mesmos, que seguem impunes. Quando não deixam passar batido, a polícia abusa do seu poder, agride e prende até inocentes, como aconteceu recentemente no Maracanã na partida entre Flamengo e Corinthians. A violência futebolística tem de ser tratada com maior responsabilidade e compromisso, punição aos violentos, liberdade aos festeiros.


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Futebol, festa e torcidas!

21 de Novembro de 2016

futebol moderno Os conflitos da torcidas organizadas brasileiras Danilo Henrique – Cupula

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orcidas organizadas entram em conflito. Quantas vezes não ouvimos isso vindo da nossa televisão após uma rodada de campeonato brasileiro? Isso mesmo, diversas vezes. Mas a mídia mostra a ideia que as torcidas uniformizadas são os criminosos e que buscam a confusão dentro dos estádios, fazendo que em qualquer ato a punição seja direcionada ao clube e não a quem cometeu a infringência, prejudicando os demais presentes no estádio. Mas e a relação com a PM? Como esses torcedores são tratados? Por que todos que estão com a roupa de torcida organizada podem ser considerados bandido? A questão a ser levantada é a de dar voz à classe que nunca foi ouvida e sempre sofreu com represália, sendo visto com um olhar preconceituoso e hostil. Nos dias atuais, atos da parte externa do futebol estão tendo uma crescente forma de anular a torcida de acompanhar seu time. Nos clássicos paulistas desse ano houve torcida única em todos, sem a torcida do time visitante podendo apoiar o time num triunfo. Mas seria essa a forma correta de prejudicar os torcedores que vão ao estádio causar confusão? O que existe atualmente é uma generalização elitis-

ta que prejudica o verdadeiro torcedor. Os estádios brasileiros estão cada dia mais cercado de torcedores ‘fakes’, que visam apenas tirar fotos nas novas arenas no Brasil a fora. A torcida organizada perdeu sua essência de levantar bandeira, acender sinalizador e fazer a festa dentro do estádio com um único objetivo, que é apoiar seu time de coração. É o que em entrevista o torcedor Rodrigo Wirth, fanático pela Sociedade Esportiva Palmeiras fala, que ‘a modernização do futebol vem discriminando as torcidas organizadas, porque dentro dela ainda existe trabalhadores e pais de família, sendo sempre taxados como criminosos’. Além disso, o torcedor alviverde revela que já sofreu agressão por parte da polícia por simplesmente está esperando sua namorada, enquanto havia uma briga onde o mesmo estava afastado: ‘No Rio de Janeiro, um policial me agrediu fortemente enquanto eu esperava minha namorada. A briga acontecia próxima ao portão de entrada e eu estava afastado do local, mesmo assim sofri a agressão’. Uma prova de como a essência do futebol está decaindo é o fechamento da Rua Turiassu, organizado por moradores e as autoridades, que sempre foi famosa por receber o pré-jogo

palmeirense e encontro de torcedores. O palmeirense Wirth também comentou a respeito, dizendo que a atitude é ridícula: ‘Simplesmente ridículo. A rua é pública e o direito de ir e vir deve-se fazer presente. No jogo do dia 20/11 havia muitos policiais fechando as entradas no entorno enquanto não combatiam as ações de flanelas extorquindo pessoas para estacionar. A festa da Rua Turiassu é tradicional, a festa tem que continuar’. Rodrigo ainda conta o amor que sente pelo verdão, citando uma frase do jornalista Joelmir Beting: ‘Torcer pro Palmeiras é inexplicável. Como diria Joelmir Beting, explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é desnecessário e a quem não é palmeirense é completamente impossível. O Palmeiras é minha vida’. A torcida organizada é clássica, única e fiel ao seu time. Apoia os 90 minutos de jogo, sem se cansar. Por ações externas do futebol moderno, essa tradição está sendo devastada dos estádios, causando uma generalização de que todo torcedor uniformizado é bandido. A festa é o torcedor quem faz, o time e o futebol em geral precisa disso. Como disse Rodrigo, e parafraseando Arlindo Cruz: o show tem que continuar.

Foto: The Hrd Tackle / Reprodução

Torcida única em SP é um escárnio e um atestado de incompetência

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assividade. Talvez não haja palavra melhor para definir o problema de violência nos estádios do Brasil. Ela começa dentro das próprias torcidas organizadas, que, ao invés de zelarem pelo intuito primordial de torcer, acabam sendo permissivas com os vândalos que causam episódios como o deste domingo, no clássico entre Palmeiras e Corinthians. Indivíduos podem não ser a maioria, mas contaminam a imagem da uniformizada para muita gente e alimentam uma compreensível campanha contrária. A passividade também passa pelos clubes, diante da maneira como quase nunca encaram o problema de frente e, pior, passam a mão na cabeça das uniformizadas. E, se não há controle interno, a passividade se amplifica a partir do poder público. Após os confrontos antes do clássico paulista, que colocaram uma morte (ainda não totalmente esclarecida) a mais nas estatísticas, todos os 55 detidos foram liberados. E qual a solução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para a barbárie no clássico? Torcida única até o final do ano. Um escárnio com todo e qualquer torcedor

Leandro Stein – Blog Trivela

que frequenta estádios. Um atestado de incompetência, de quem não sabe como lidar com o problema. Há brechas que, no fim das contas, acabam sendo dadas pela legislação. Porém, o poder público não caminha a uma ação realmente efetiva – seja por falta de vontade ou de capacidade. Por que não criar um sistema de monitoramento que realmente funcione? Por que não exigir um controle maior dentro dos próprios clubes e das organizadas? Por que não punir de maneira severa (ao menos no âmbito esportivo) os indivíduos, especialmente os reincidentes? Por que não se espelhar em exemplos de outros países que já tomaram atitudes e diminuíram a violência relacionada ao futebol? Torcida única é a medida mais óbvia. E também a mais inútil. Afinal, os confrontos deste domingo não aconteceram necessariamente nos arredores do Pacaembu. Para quem não conhece São Paulo, São Miguel Paulista fica bem longe do estádio. Nas atuais condições, nada impediria que os grupos se cruzassem na estação de trem, por mais que fossem em números menores. Ou marcassem a briga pela

internet, como já aconteceu diversas vezes – e a prevenção dos organismos de segurança pública para isso também se sugere falha. Há uma série de interesses dúbios por trás destas posições, que devem ser questionados. Desde o posicionamento político ao interesse econômico. Mas as maiores indagações devem ser: por que quem não tem nada a ver com a história sempre sofre as consequências? Podem querer que o estádio inteiro vista apenas uma camisa. Assim como podem querer que as torcidas organizadas sejam extintas. As velhas soluções inoperantes, já tomadas antes, para os velhos problemas. Não deram certo no passado e não devem ser mais do que paliativas agora. Enquanto isso, nenhuma das partes envolvidas no entrave parece interessada em tomar um caminho diferente, e que nem precisa ser tão inovador assim. Diante da passividade, perdem todos. Em especial aqueles que não deveriam ter nada a ver com isso: o torcedor visitante, o clima nas arquibancadas e, infelizmente, aqueles que continuarão inocentemente atingidos pela violência que não se resolverá assim.


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Seleção Feminina

21 de Novembro de 2016

Onze jogadoras que marcaram a história da modalidade no Brasil Nathalia Perez - Blog Trivela

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futebol feminino não demorou muito tempo para chegar ao Brasil depois de ter começado a ser praticado do outro lado do oceano, lá na Inglaterra. A modalidade, contudo, custou para se livrar das garras do conservadorismo incutido em terras tupiniquins, que por um longo período da história atingiu o Legislativo e fez com que mulheres fossem proibidas por lei de se envolverem com esportes de qualquer natureza. Por esse motivo, foi apenas em 1986 que o país foi representado por atletas do sexo feminino no futebol. A seleção brasileira feminina completa 30 anos em 2016. Há três décadas, no 22 de julho daquele ano, a primeira seleção brasileira feminina entrou em campo em duelo contra os Estados Unidos, pela fase de grupos do Mundialito. E embora o caráter da partida não tenha valido grandes coisas no sentido competitivo, aquele jogo, aquela reunião de jogadoras vestindo a camisa da seleção nacional, foi um marco no contexto histórico do futebol feminino, na questão discriminatória e na luta pela emancipação da mulher na sociedade brasileira. De 1986 à 1988, quando a CBF fez a primeira “convocação” oficial de atletas para a seleção feminina, o time do Brasil composto por mulheres participou de três confrontos. Um contra a seleção americana, que

Infógrafo: Gabito Moino

havia sido montada pouco tempo antes da disputa do torneio, outro diante da China, e outro com a Austrália. Na primeira partida, os Estados Unidos levaram a melhor, vencendo as brasileiras por 2 a 1. No segundo, no entanto, um empate por 1 a 1 com as asiáticas. O Brasil, com ainda uma série de fragilidades por ser uma equipe recém-juntada, sem muito entrosamento e sem uma sequência de treinos, voltou a ser derrotado pelas australianas, que já estavam uma década à frente na modalidade. Foi, então, a partir da primeira “convocação” feita pela confederação que o futebol feminino começou a engatinhar no país. Aliás,

no mundo. E o Brasil acompanhou o avanço a nível internacional da modalidade. Isso em partes, já que sempre estivemos atrás de muitos países se tratando de apoio, patrocínio, incentivo e visibilidade. O que é um enorme desperdício de talento, visto que sempre tivemos, ao longo da história jogadoras incrivelmente habilidosas, competentes e que carregam o sucesso e a reputação brasileira nas costas. Marta está aí para provar isso. As aspas anteriormente usadas para falar da primeira convocatória se referem ao fato da seleção nessa época ser composta somente por atletas do Esporte Clube Radar, que cedeu 16

jogadoras de 18 convocadas para a disputa de um torneio realizado na Espanha, onde a seleção brasileira feminina colocou as mãos em seu primeiro troféu internacional, e outro na China. Este, por sua vez, foi organizado pela Fifa, e foi nele em que o Brasil aplicou a primeira goleada da modalidade: o histórico 9 a 0 sobre a seleção da Tailândia. Mas foi da primeira Copa América e Copa do Mundo feminina, ambas em 1991, em diante que o cenário de troféus, êxito e reconhecimento mundial começou a se desenhar. De lá para cá, foram sete medalhas e seis títulos. Isso sem falar nos relevantes escalões atingidos pela Seleção, que ainda

não venceu o principal torneio mundial, nem ganhou o ouro nas Olimpíadas – os dois mais importantes triunfos da modalidade -, mas sempre esteve na cola das americanas. Passados 30 anos, e muitas ótimas jogadoras, nosso amigo leitor Fábio Moino teve a ideia de montar a seleção feminina de todos os tempos. Foi ele, inclusive, quem nos sugeriu esta pauta. Na arte abaixo produzida por Fábio, que é designer, ele escala onze atletas que marcaram a história do futebol feminino no Brasil. E enfatizou que apesar da escolha, “muita gente boa ficou de fora, como Kátia Cilene, Fanta, Andréia, Daniela Alves, Márcia Taffa-

rel, Maravilha, Rosana etc. Para fechar a meta brasileira, a escolhida foi Meg. A goleira participou das Copa de 1991 e 1995 e da Olimpíada de 1996. Ou seja, foi a primeira grande arqueira da seleção. Antes de atuar como goleira de futebol, ela jogou na mesma posição pela seleção feminina de handebol. Como começou tarde no esporte dos pés, acabou atuado em poucas competições pelo Brasil. Apesar disso, suas grandes defesas o colocam na seleção de todos os tempos de Fábio, que chegou a considerar Andréia para a posição, mas diz que ” Meg pareceu uma escolha mais acertada e segura”. A dupla de zaga destacada é formada por Aline Pellegrino, que usou a braçadeira de capitã por oito anos, e Tânia Maranhão. A primeira hoje é responsável por coordenar o Departamento de Futebol Feminino da FPF, conforme a Trivela informou nesta entrevista exclusiva com a ex-jogadora. Embora a segunda tenha jogado na época anterior a de Aline na Seleção, ambas chegaram a ser uma dupla nas Olimpíadas de 2004 e 2008, e na Copa do Mundo de 2007, da qual o Brasil quase saiu campeão. Uma curiosidade é que aos 41 anos, Tânia Maranhão foi campeã brasileira pela Marinha/Flamengo, neste ano. Já as laterais são ocupadas pela lateral direita Fabiana e pela lateral esquerda Juliana Cabral.


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Copa do Mundo 2018

Infantino planeja “Champions mundial” para 2019 e explica Copa mais inchada Presidente da Fifa estuda projeto para liga internacional de clubes no meio do ano e detalha Mundial com 48 seleções: “Não são 48 finalistas, mas 48 participantes” Globoesporte.com

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presidente da Fifa, Gianni Infantino, reafirmou o desejo de ampliar a Copa do Mundo para 48 seleções, mas isso não quer dizer que o torneio ficará necessaria-

- Primeiro de tudo, não são exatamente 48 finalistas, mas 48 participantes. Digo: em primeiro lugar, haverá 16 equipes, as melhores, classificadas diretamente pelos resultados nas

dial de 2026 para os Estados Unidos, o presidente da Fifa citou que a outro país em sediar a Copa neste ano. - Eu sei que Marrocos também está interessado em organizar.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino - Foto: buzzkenya.com/ Reprodução mente maior. Em entrevista ao jornal “Mundo Deportivo” nesta sexta-feira, ele revelou que pretende criar uma espécie de repescagem com 32 equipes, das quais 16 se juntariam a outras 16 classificadas diretamente para a fase de grupos. Além disso, disse que pretende implementar uma espécie de Champions League Mundial até 2019. - Sim, por que não (começar já em 2019)? Será como uma Champions mundial de três semanas. Seria disputada na segunda metade de junho, quando todos os torneios já tiverem terminado. E não teremos pressa, vamos considerar a saúde dos jogadores. Além da criação da competição de clubes, que poderia abolir, por exemplo, a Copa das Confederações, Infantino detalhou como será essa Copa do Mundo mais inchada.

eliminatórias. Além disso, será realizada uma repescagem com 32 seleções, com 16 duelos, em um confronto direto de partida única na qual 16 equipes serão adicionadas às 16 que já estavam classificadas inicialmente. No total, teremos 32 seleções, o mesmo que temos atualmente na Copa do Mundo. Para Infantino, a ideia é abrir a competição mais importante do mundo para um maior número de países. - Continuaremos com 32 participantes na fase final, mas haverá mais equipes participantes na Copa do Mundo, mesmo que apenas em um jogo de vida ou morte. Quem ganhar, vai jogar; quem perder, volta para casa, mas terá participado de uma Copa, o que é muito importante para muitos países. Questionado sobre a possibilidade de levar o Mun-

Por fim, falou da possibilidade de mudar os critérios do ranking da Fifa, hoje liderado pela Argentina. - Devemos tentar encontrar uma fórmula mais justa para fazê-lo. Eu não sei teremos tempo para mudar isso até a Rússia Copa do Mundo em 2018. Vamos trabalhar contra o relógio. TABELA ELIMINATÓRIAS COPA DO MUNDO 2018

Globoesporte.com / Divulgação

21 de Novembro de 2016


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Voleibol

21 de Novembro de 2016

Brasil, o país do futebol... e também do vôlei

A crescente do vôlei é visível e atualmente é o segundo esporte mais procurado por crianças e, além disso, ganhou muita força dentro das escolas brasileiras Danilo Henrique – Cupula

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osso país é considerado mundo a fora como a nação do futebol e não é para menos, pois somos penta campeão mundial. Entretanto, outro esporte vem se destacando e ganhando cada vez mais credibilidade no meio esportivo brasileiro, o voleibol. A prova disso foi a Olimpíada, realizada esse ano n Rio de Janeiro, onde a seleção brasileira masculina conquistou o seu terceiro ouro batendo a seleção italiana pelo esmagador placar de 3 sets a 0 na final. Além da vitória e do ouro conquistado nas quadras, o Brasil obteve também a medalha dourada na praia, com a vitória de Alisson e Bruno por 2 sets a 0 na grande final. A frustação ficou por conta das meninas do vôlei, comandadas pelo técnico Zé Roberto, e que tiveram um inicio arrasador na competição, mas caíram

precocemente, derrotadas pela seleção chinesa por 3 sets a 2. A crescente do vôlei é visível e atualmente é o segundo esporte mais procurado por crianças e, além disso, ganhou muita força dentro das escolas brasileiras, onde o futebol é mais famoso e procurado nas aulas de educação física. Com a visibilidade da Olimpíada, esse processo será cada vez mais frequente. O Brasil tem diversos clubes, tanto feminino quanto masculino, que dão oportunidade a jovens que querem trilhar uma carreira dentro das quadras e praias. É o caso do jogador amador Wesley Alves, que atualmente compete pelo time Pernilokos, disputando a Liga Amadora TVG. Segundo Alves, muitos atletas acabam optando pelo amadorismo por conta das dificuldades financeiras e físicas para praticar pro-

fissionalmente, “muitos jogadores amadores são aqueles que iniciaram nas categorias de base na federação e tiveram que desistir desse sonho por problemas financeiros ou por não ter altura para seguir em diante”. Grande maioria dos clubes profissionais tem como objetivo maior a Superliga Nacional de voleibol, torneio mais famoso e com visibilidade aos jogadores para uma futura convocação para seleções dos treinadores Bernadinho e Zé Roberto. A campanha brasileira na Olímpiada foi de superação e emoção. No começo, o Brasil amargou duas derrotas por 3 sets a 1 e umas delas sendo para mesma Itália que foi derrotada na final. O time ficou pressionado pela torcida para conseguir a vitória contra a França, onde o

resultado colocaria uma das duas na fase final da competição. A vitória veio com um susto no segundo set, quando a seleção francesa jogou melhor e venceu por 22-25. Depois disso o massacre veio à tona contra a Argentina, Rússia e a Itália na grande final. No vôlei feminino, a história foi outra, a seleção começou massacrando todas as adversárias e acabou a primeira fase invicta, até chegar as quartas de finais, quando enfrentou a China e perdeu por 3 sets a 2. Essa visibilidade inflama a vontade de investimento cada vez maior no voleibol. Atualmente, times de várzea são vistos com frequência em quadras espalhadas pelo país, ganhando grande espaço no fim de semana de lazer do brasileiro. Ainda assim, o investimento continua irrisório se comparada ao futebol.

Confira abaixo a entrevista completa do jogador amador Wesley Alves, ponteiro do Pernilokos:

Com a ascensão do vôlei, você acredita que finalmente o esporte está ganhando uma visibilidade diferente dentro do país? Não, apesar de o vôlei masculino ter conquistado o lugar mais alto no pódio no Rio e ser bicampeão olímpico no feminino (2008 e 2012) ainda é um esporte desmerecido pela pátria. O vôlei é o esporte mais campeão do Brasil, fato que poucos sabem, e isso não impede que ao passar de cada temporada a Superliga de Vôlei (liga Nacional) vem tendo seus investimentos menores ao passar de cada temporada, times com investimentos totalmente desiguais tanto no masculino, quanto no feminino. dddddd

A Olímpiada foi um evento de grande êxito para o vôlei, principalmente o masculino, sendo na quadra e na areia. Você acredita que o Brasil pode ser considerado, além do país do futebol, o país do vôlei? Sim, o vôlei Brasileiro é potencia mundial, já é realidade. O vôlei masculino está em primeiro lugar no ranking mundial, sendo considerada a maior potencia. Já o feminino, por ter ficado em terceiro lugar no mundial de 2014 e sido eliminadas para as chinesas no Rio, caiu do segundo lugar para o quarto no ranking mundial. Ranking criado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Como é a rotina de um jogador amador? Muitos jogadores amadores são aqueles que iniciaram nas categorias de base na federação e tiveram que

Alison e Bruno, medalhistas de ouro no vôlei de praia / Foto: Francisco Medeiros/ ME

desistir desse sonho por problemas financeiros ou por não ter altura para seguir em diante. A rotina de um jogador amador se resume em campeonatos amadores (ex: TVG, campeonato mais forte de SP) e bate bolas em clubes ou parques, são pessoas que trabalham a semana toda e no fim de semana se dedicam ao esporte por prazer. Você já fez algum teste para se profissionalizar?

Nunca fiz nenhum teste para me profissionalizar, pois nunca tive incentivo e comecei a jogar muito tarde. Desde então, jogo alguns campeonatos amadores (mais recentemente LMN) e amistosos com times amadores e universitários. Quem é seu ídolo (a) no voleibol? O jogador que mais me inspiro é Murilo Endres, o melhor do mundo. Recen-

temente sofreu lesões no ombro e não joga igual antes, mas mesmo assim ainda tem vôlei pra jogar em nível internacional.


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UFC

21 de Novembro de 2016

MMA (Muito Melhor Antes)

Conforme a luta se arrasta no cronômetro, o UFC segue se arrastando com as criticas e os comentários de seus próprios atletas Yuri Ray – Cupula

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MMA no Brasil entre os anos de 2009 e 2014 foi um dos esportes mais assistidos e proporcionou muitas noites de sono perdidas. Esses cinco anos foram de ouro e conquistas para nos atletas no octógono, principalmente para o ídolo Anderson Silva que não conseguiu recuperar o cinturão da categoria desde a sua lesão na canela durante a luta contra o americano Chris Weidman. Quando Wanderlei Silva se aposentou em 2014, ele disse em entrevista a um veículo de comunicação que o UFC iria acabar com o MMA e que, por isso, não respeita os lutadores. A maior empresa de luta livre é a norte-americana e a queda pode ser justificada pelos escândalos, grandes e pequenos, pelas diversas reclamações de atletas insatisfeitos pela falta de

Ultima luta entre Anderson Silva e Chris Weidman, derrota do brasileiro / Foto: UFC / Reprodução

administração mesmo após o ápice do sucesso do esporte. Neste ano, o Ultimate Fighting Championchip foi vendido pelo equivalente a 13 bilhões de reais para o grupo WWE-IMG. Hoje contamos apenas com um brasileiro dono de cinturão. Na categoria peso pena, José Aldo vai lutar pelo título em definitivo com o irlandês Connor McGregor. Enquanto na categoria feminina a peso galo Amanda Nunes, conta poder derrotar a norte a norte-americana Ronda Rousey para assegurar o título. Ainda havia esperanças de cinturão brasileiro, porém ela foi dominada junto com Rafael dos Anjos pelas mão de Tony Ferguson no UFC México. Recentemente os casos de doping tem sido cada vez mais frequentes no UFC, não significa que não existiam antes, mas hoje em dia

está cada vez mais comum acontecer com lutadores consagrados e que contam com staff de profissionais de ponta para evitar o uso de substâncias ilegais. O caso mais emblemático é o do ídolo americano Jon Jones que foi pego pelo menos três vezes com substâncias indevidas no corpo. Após investigações o lutador chegou a pegar um ano de suspensão. Para o UFC voltar a crescer devem ser feitas diversas melhorias, dentre as mais urgentes, organizar melhor lutas e calendário, esclarecer mais detalhadamente as substâncias que são proibidas pela competição e saber administrar a imagem do campeonato após ser corroída por diversos comentários e reclamações de atletas.


O sucesso do Novo Basquete Brasileiro Matheus Lucena – Cupula

Como o esporte de quadra americano vem conquistando espaço no Brasil e concorrendo em público até mesmo com o volêi

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riada em 2008 pela Liga Nacional e Basquete (LNB), o Novo Basquete Brasileiro, ou NBB, vem crescendo no Brasil como expoente concorrente ao vôlei. O esporte, natural das terras americanas, já soma milhares de fãs e algumas dezenas de times que competem em pequenas ligas estaduais, além da Liga Nacional. Grandes clubes do futebol brasileiro como Corinthians, Palmeiras, Vasco e Flamengo também entraram em quadra para a disputa da Liga Nacional. No caso da NBB, apenas os dois clubes cariocas participam do campeonato no atual formato. A Liga Nacional já foi responsável de exportar jogadores brasileiros para a

principal liga de basquete do mundo. Atualmente na NBA destacam-se os pivôs Anderson Varejão e Tiago Splitter, além do ala-armador do time campeão da temporada 2015, Leandro Bardosa, ou Leandrinho. Além da disputa nacional, a NBB serve também como classificatória para torneios internacionais, como a Liga das Américas e a Liga Sul-Americana de Basquete.

Basquete Brasileiro Como funciona a NBB? Matheus Lucena – Cupula

O NBB atualmente, é disputado por 16 equipes, e possui cinco fases:

21 de Novembro de 2016

Temporada 2016/17 para o Flamengo Mariana Sá - VAVEL

1.

Fase de classificação (todos contra todos, turno e returno);

2.

Playoff (‘repescagem’) oitavas de final (do 5º colocado ao 12º colocado);

3.

Playoff quartas de final (Os 4 melhores da fase de classificação, mais os 4 classificados do playoff oitavas de final);

4.

Playoff semifinal (As 4 melhores equipes dos confrontos de playoff quartas de final);

5.

Final (As 2 melhores equipes dos confrontos de playoff semifinal. Jogo único);

P

entacampeão do NBB, o Flamengo terá mais um ano como favorito ao tíulo da Liga. Perdendo jogadores importantes, como Jerome Meyinsse e Rafa Luz, o time carioca se prepara para um ano turbulento, mas tem capacidade de conquistar o título no fim da temporada mais uma vez. O rubro-negro conta com sua grande torcida e a chegada de Ricardo Fischer para fazer um bom campeonato. Vale lembrar que o clube ainda não terminou a disputa do título do Campeonato Carioca diante do Vasco, que só será definido em dezembro.

Foto: Inofoto / Reprodução

Cupula

QUEM É O CRAQUE?

Em meio a um elenco cheio de estrelas e peças importantes, Marquinhos tem sido a grande arma do Flamengo nos últimos tempos. O ala de 32 anos entra em seu quarto ano no clube e, ao lado de nomes como o ídolo Marcelinho Machado e JP Batista, que vem fazendo ótimo início de temporada, a expectativa é de mais uma temporada incrível. CAMPANHA NA ÚLTIMA TEMPORADA: 23 vitórias e 5 derrotas (1º lugar); foi campeão do NBB 8 após derrotar o Bauru na grande final por 3 a 2. Antes, passou por Mogi das Cruzes (3 a 2) e por Rio Claro (3 a 0).


Cupula

21 de Novembro de 2016


Cupula

Opinião

21 de Novembro de 2016

Opinião do Cupula O Juventude CSA e tempestade de Antônio colocam fim ao sonho do São Bento Carlos

O Bugrão XVzão está na ativa voltou

Danilo Henrique – Cupula

Victor Ferreira – Cupula

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á fazia tempo que a equipe alviverde de Caxias do Sul não ganhava espaço no futebol nacional, entrando em competições onde se encontra times do esquadrão de elite. A última vez que o clube gaúcho esteve na Série A do Campeonato Brasileiro foi em 2007, onde foi rebaixado e vagou entre as Séries B e C, até amargurar à Série D. Só que em 2016, a história mudou. O time do ex-zagueiro Antônio Carlos Zago vem numa crescente abundante, onde conquistou o vice campeonato do campeonato gaúcho, tirando na semifinal o time do Grêmio, conseguiu o acesso à Série B e o feito mais expressivo, foi à inusitada classificação para as quartas de final da Copa do Brasil, onde eliminou o poderoso São Paulo com uma vitória sólida por 2x1 em pleno Morumbi e uma derrota por placar mínimo em Caxias. Desde que deixou o comando do Vila Nova, Antônio Carlos resolveu seguir rumo a Europa para se especializar ainda mais no mundo da bola, onde acompanhou treinos ao lado de Vicenzo Montella, técnico da Roma. O mesmo ainda esteve presente em alguns treinamentos do time ucraniano Shaktar Donetsk, onde conta com diversos jogadores brasileiros e teve um breve encontro com o técnico Pep Guardiola. Quando chegou ao Juventude, Zago falou em um recomeço quando questionado sobre as polêmicas que teve dentro de campo e cravou como objetivo levar o Juventude novamente à Série B. E conseguiu. O clube vem se consolidando e já pensando na segunda partida contra o Atlético MG, dia 19, em Caxias.

Victor Ferreira – Cupula

Ú

ltimo representante paulista na Série D, do Campeonato Brasileiro, o São Bento chegou ao fim da sua campanha e de seu sonho em alcançar o título nacional, no domingo passado, mesmo após ter vencido o CSA, em Sorocaba. O clube sorocabano foi a campo com a missão de reverter uma vantagem de dois gols, conquistada pelos alagoanos no confronto de ida, algo que era visto como improvável até mesmo por parte de sua torcida, que não conseguiu repetir o ótimo público que havia tido na fase anterior, durante o jogo os paulistas tomaram a iniciativa desde o principio, mas tiveram todos os seus ataques contidos pela forte marcação que propôs seu rival. No segundo tempo, uma nova adversidade se apresentou, a forte chuva que atingiu a cidade e paralisou durante alguns minutos o jogo, o que esfriou os ânimos dos beneditinos em conseguir a virada, quando o jogo teve autorização para seu reinicio, o São Bento demorou demais para conseguir o gol, que veio a acontecer apenas ao 65 minutos, depois de muita insistência, e não foi o bastante para manterem vivas as chances dos paulistas em alcançar a grande final. Carrasco do São Bento nas semi-finais, o CSA disputará as finais a partir do próximo domingo, quando receberá o Volta Redonda (RJ), no estádio Rei Pelé, em Maceió.

D

emorou, mas o Guarani subiu para segunda divisão. Com a derrota de 3 a 1 em Arapiraca, o Alviverde precisava reverter o resultado e vencer por 2 gols de diferença, e conseguiu com o apoio da sua torcida que lotou o Brinco de Ouro e fez festa mesmo antes do jogo. Na chegada da equipe ao estádio, a torcida fez o famoso corredor de sinalizadores para recepcionar o time. O Guarani abriu o placar com o zagueiro Leandro Amaro, ainda no primeiro tempo, os outros dois foram feitos pelo atacante Eliandro, que fechou o placar e fez a festa da torcida Bugrina, e a festa durou a noite inteira. O grande destaque da campanha bugrina foi o veterano Fumagalli, que estava na equipe que caiu em 2012, e no fim do jogo deu uma entrevista emocionado, dizendo que havia prometido dar um acesso ao clube. O meio campista chegou até a emprestar dinheiro aos seus companheiros de equipe quando o clube passou meses devendo salário. Agora, com seu acesso garantido o Guarani encara o ABC de Natal no Frasqueirão, onde mantém uma invencibilidade de 17 jogos, o jogo será nesse Domingo (16), e o alviverde campineiro alimenta o sonho do título da Série C.

Não é o numero um novamente por acaso Matheus Pedroso – Cupula

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XV de Novembro de Jaú em 2015 chegou à beira da falência, já neste ano o clube vive em outra realidade. Conta com o apoio da torcida e de um investidor que chegou para aliviar a saudade dos torcedores do XV. Como foi noticiada por vários veículos de comunicação o XV de Jaú chegou a decretar falência no ano passado. Por conta disso e por outros fatores como, a torcida numerosa para um clube do interior e por ter seu espaço no cenário do futebol paulista bem presente. O clube está em uma fase considerada boa neste ano, está disputando o Campeonato Paulista série B. Realizando uma campanha incrível, estando na semifinal da competição. Os torcedores estão comparecendo aos jogos no Jaúzão e também em alguns jogos fora de casa. Fazendo lembrar um pouco aquela invasão de 1976, que os XVzeanos estavam “morrendo” de saudade, chegando a pintar ruas e rodovias com as cores verde e amarela do XVzão, após o clube estava impedido de competir partidas oficiais. No último jogo que é a primeira partida da final a Série A3 do paulista, perdeu de 2x1 para o Desportivo Brasil em pleno Jauzão. Agora o clube está tentando reverter o resultado, precisando de uma vitória acima de 2 gols de diferença. A partida está marcada para tarde de sábado ás 15h.

Yuri Ray – Cupula

C

om grande publico na tarde de domingo, aconteceu uma partida espetacular entre Djokovic e Murray que com certeza entrou para historia do tênis mundial. No ATP Finals, disputado em um dos solos sagrados do esporte na capital da Inglaterra, pode ser dito que o britânico foi rei na terra da rainha. Esse era o jogo do “tudo ou nada” para os dois tenistas, Murray entrou em quadra sendo o numero um do mundo. Era um dos jogos que todos torcedores queriam ver e acompanhar cada ponto e cada jogada sem piscar os olhos. Foi uma partida em que Andy pode pegar a bolinha e levar pra casa, com as parciais de 6/3 e 6/4, sendo assim 2 sets a 0. Djoko foi dominado por Andy, que pela primeira vez na carreira aos 29 anos levantou a taca do ATP Finals e se tornando o primeiro britânico a ser o melhor do mundo na temporada. Após o titulo, Andy Murray deu uma entrevista falando sobre a partida e relembrando de algumas partidas com seu rival sérvio. - Foi um dia muito especial pra mim. E jogar com o Novak aqui, bem, nós já jogamos em finais de Grand Slam e em Olimpíadas, mas essa foi minha maior vitória. Estou muito feliz por ter vencido e por terminar o ano como número 1. É algo que eu não esperava para este ano. Foi um conquista incrível - disse Murray. Nunca tinha acontecido dos dois melhores do mundo disputar o titulo da competição, Novak concedeu uma entrevista antes da final dizendo sobre o momento histórico que estavam vivendo naquele momento.

O fracasso xavante: vergonha!

Matheus Lucena – Cupula

A

boa fase do Xavante chegou ao fim na ultima terça-feira no estádio Passo das Emas, em confronto válido pela 25º rodada do Campeonato Brasileiro Série C. Depois de uma vitória em casa contra o Goias e um empate com o Paysandu em Belém, o Brasil de Pelotas foi para Mato Grosso buscando no minimo um empate para manter a fase, porém a proposta de jogo foi passiva demais. O técnico Rogério Zimmermann, a frente do rubro negro gaúcho a pouco mais de 4 anos, montou um time que jogou praticamento os 90 minutos no campo de defesa. A defesa passou dois tempos rebatendo bola e dando chutões para o meio de campo, o que facilitou a abertura de espaços para o ataque do Luverdense. Foi apenas nos minutos finais do segundo tempo que o tento do Verdão do Norte foi anotado por Douglas Baggio de cabeça. O resultado é positivo para o Luverdense, que escapa da zona de rebaixamento e consegue fôlego para o próximo jogo contra o Vila Nova fora de casa.

Cupula

EXPEDIENTE Matheus Lucena

Edição e diagramação

Matheus Pedroso

Reportagem e revisão

Victor Ferreira

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