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Agenda

SÃO PAULO, Quinta Feira, 17 de Novembro de 2016

Eventos e atividades com o objetivo de reconhecimento cultural e social para enaltecer a mulher pág. 16

Edição 0001

Mobilização feminina no mundo é flecha sob silenciamento pág. 6

Mulheres Sírias continuam sofrendo mesmo longe da Guerra pág. 3

Inovação no mercado dos cosméticos pág. 12 Segunda temporada de Jessica Jones terá apenas mulheres como diretoras pág. 14 Ainda em Emily Lima torna-se a 1ª técnica a comandar a fase de testes, seleção feminina brasileira anticoncepcional pág. 9 masculino possui os mesmos efeitos Participação colaterais que o feminina nas medicamento eleições 2016 pág. 4 feminino pág. 10

Anne Frank é homenageada com grafite feito por brasileiro em Amsterdã pág. 13

Cresce número de estupros na Capital e no Estado de São Paulo pág. 7


São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

ATALHO

Editorial Importância da mídia feminista no Brasil

Inúmeras revistas e mídias tradicionais de criação de conteúdo voltado para o público feminino pregam desde sempre a “mulher ideal’’. Em tom de imposição de padrões, há exigências comportamentais dadas como certa, da obtenção do corpo ideal para o verão, a como ser a esposa ideal ou como conquistar um homem, especificamente, é temas visados como fundamentais para a maior parte da mídia voltada para mulheres. Porém, atualmente percebesse uma relevante mudança no conteúdo abordado por uma parte da mídia, principalmente pelas mídias digitais. A incorporação de temas como cultura do estupro, sexualidade, saúde da mulher e outros tantos, tem sido enriquecedor para uma político-social que de nada tem a ver com a busca pela idealização e padronização das mulheres, são de extrema importância para criar maior visibilidade por movimentos que buscam o fim da hierarquização de gêneros, maior participação em lutas pelo direito de ter voz e tornar toda a diversidade que há no mundo um símbolo de orgulho. As mídias impressas e demais conteúdos produzidos para a televisão visando o público feminino, foram e são importantes ao passo em que, mesmo de forma pequena e estereotipada, havia visibilidade feita para e por mulheres. Hoje a mulher assume papéis mais adiantes daquilo que já conquistou, hoje a luta é para que se enxergue a figura feminina como um ser pensante e não apenas como um objeto de consumo, para que as próprias mulheres enxerguem-se. Com a estagnação das mídias tradicionais em não perceber que a luta feminina é proporcional à quantidade de mulheres que desejam mudanças e melhorias, as mídias digitais ganharem tanto espaço por terem perspicácia para isso. O mercado editorial

e televisionado dependem quase que 100% dos anunciantes, que muitas vezes, continuam reproduzindo discursos machistas para vender mais, para não ter manutenção em um sistema patriarcal que é cômodo. A mídia feminista supre o déficit de conteúdo de qualidade para mulheres que a grande mídia não produz, nem para e nem por. Sem serem só opinativas, as revistas e sites tem trazido de forma clara, eficiente e abrangente informações para todos os tipos de mulheres, tentando atingir maior público. É preciso que para que essas revistas e sites continuem a existir haja maior investimento e é aí que a maior dificuldade surge: os anunciantes que modificam a linha editorial de inúmeros veículos não encontram espaço nesta nova forma de produzir conteúdo, não modificam sua forma de pensar e propagar ideias, sendo assim, não investem, Abdicando de seus próprios princípios, o tradicionalismo não assume papéis, fazendo com que muitas das mídias feministas tenham que depender e sobreviver da boa vontade dos jornalistas e demais participantes dos projetos. Ainda existe relutância em aceitar mudanças, por conta disso, a mídia feminista como jornalismo especializado precisa continuar existindo e ganhando força, para, quem sabe, grandes veículos comecem também a repensar os seus padrões de discurso. O jornalismo é uma ferramenta para expor os acontecimentos do mundo, sendo assim, é necessário que todos os meios de comunicação passem a enxergar as mudanças existentes. O Brasil continua sendo um país machista que precisa que sua imprensa comece a se modificar e a tratar assuntos importantes com o devido destaque e profundidade que merecem.

Expediente EDITOR CHEFE Maria Augusta Dagnino REVISÃO Raine Oliveira ARTE/DIAGRAMAÇÃO Thays Santos FOTOS E IMAGENS Thays Santos e Raine Oliveira

JORNALISTAS Bárbara Camile Isabelle Carvalho Maria Augusta Dagnino Raine Oliveira Tais Carvalho Thays Santos.

Rua Aurora nº 5833 - República São Paulo - SP Fale conosco: (011) 3086-8617 www.atalhojornal.com.br

Artigos

De qual jeito você deseja ser objetificada? Raine Oliveira

Dado a vivencia em uma sociedade escravocrata, não é surpresa nenhuma que resquícios de objetificação e noção de posse sobre outro ser humano seja algo presente em ambientes sociais ainda hoje. Com os estigmas do passado também não é surpresa que haja grandes vislumbres sobre noções retrógradas que ainda permeiam o dia-a-dia, a ideia de pessoa-objeto torna-se visível apenas em situações gritantes. Recentemente, a revista GQ Americana – atuante como guia masculino -, divulgou uma campanha com o jogador do New York Knitis, Odell Beckham, dentre muitas perguntas, uma chamou a atenção: quando foi perguntado sobre as criticas que recebeu da atriz Lena Dunham no Baile do Met (Metropolitan Museum of Art Costume Gala), desse ano, Odell respondeu que ‘’precisava ler mais sobre a situação’’. A criadora e roteirista da série da HBO, Girls, Lena Dunham, em entrevista com Amy Schumer que fez para a Lenny, pontuou o uso de pessoas como objetos, Lena, porém, viu-se ignorada pelo atleta e pontuou: “Eu estava sentada ao lado do Odell Beckham Jr. e foi maravilhoso, porque foi como se ele tivesse olhado pra mim e determinado que eu não

tinha o formato de uma mulher de acordo com seus padrões”. A situação, no entanto, aconteceu apenas para a ela. Em momento nenhum Odell e Lena trocaram palavras, tendo ele ficado todo o evento no celular. Nós, mulheres, estamos tão acostumadas a sermos objetificadas e subjulgadas que a passividade de olhares masculinos contrária a qualquer tipo de assédio, nos horroriza por situações que não há recebimento de atenção. No Twitter, Lena se desculpou: “Minha história sobre ele era claramente para mim, sobre as minhas próprias inseguranças enquanto uma mulher de corpo normal em uma mesa de supermodelos e atletas”. Muito além de uma falta de atenção, esse ocorrido não é sobre presença e sim sobre incapacidade de expressar atração sexual por uma pessoa (seja mulher ou homem). O problema não está na falta de interesse, e sim na dedução que se faz ao crer que, sendo um homem negro, à exotificação racial é inevitável. A noção de homem corpulento e com alto vigor sexual se fez presente a ponto de associar uma não-olhada a uma negação de desejo que seria obrigatório sendo ele um atleta que se interessa por mulheres-dentro-do-padrão-de-beleza e tem fetiches por mulheres brancas.

É preciso pontuar que quando se fala em ‘’uma mulher de corpo normal em uma mesa de supermodelos’, em uma noção equivalente de que opressão é algo que muitas vezes não é demonstrativo de algo exterior, é problemático reduzir o fato de que quando falamos de mulheres que ultrapassam o senso de beleza daquilo que é tido como ‘normal’, deve haver consciência que o extraordinário também é posto como vitrine, como corpos que devem ser possuídos ao passo em que essa é a moeda de troca para pessoas que são muito belas, inteligentes ou interessantes - na aparência, inclusive. Homens negros carregam estereótipos raciais que hipersexualizam seus corpos não somente por seu gênero, mas também por sua cor. Mulheres sentadas à mesa são adquiridas para uma adoção de status. Mulheres gordas são vitimas de um sistema que, muito além de julgar uma mulher pelo seu peso, as nomeia como repulsivas ou aceitáveis

para cumprimento de demandas que atingem todas as mulheres em sociedade. Exemplo disso são os Fatlovers, renome que homens que possuem fetiche em mulheres gordas adotaram. Como uma forma de referenciar corpos que não estão dentro do padrão, esses homens se limitam ao desejo e a compulsão ao anunciar que gostam não de mulheres gordas, mas única e exclusivamente, de seu peso. A pergunta que fica é o quão pior seria se Odell e tantos outros tivesse tratando-a, enquanto representação de ‘mulher normal’, como objeto sexual; tratando-a de maneira como se uma supermodelo servisse apenas como entretenimento para um evento. Muito além de ver o corpo de outras mulheres como ameaça não se deve colocar a capacidade emocional de uma mulher em roga por não ter equilíbrio ao se deparar com outro corpo, outro tipo de feminino, outras formas, e, sobretudo, outra mulher.

Umas pelas outras: mulheres se unem em prol ao bem comum Maria Augusta Dagnino

A ideia de que mulheres não conseguem conviver e que competem entre si o tempo todo, está finalmente sendo rompida; mulheres estão se unindo e provando umas as outras e para a sociedade que sim: vai ter mulher se apoiando. A empatia, o companheirismo e a irmandade entre mulheres são os pilares da sororidade, são frutos de muita luta e esforço ético, político e social para que haja entendimento de que não é natural ou parte da natureza feminina rivalizar com outras mulheres. Em sociedade, empatia hoje em dia não é percepção, e sim um instrumento que se deve usar para apoio próprio. Na contramão, mulheres unemse em correntes que pregam respeito para com o próximo, com outras mulheres e, sobretudo, consigo mesmas enquanto mulheres. Com o enfraquecimento da misoginia, toda essa corrente vem incomodando mui-

ta gente. São ciclos: pessoas que culpabilizam vítimas, acham graça em ver meninas brigando, são pessoas que determinam que a cor rosa deve ser acoplada a um gênero, que delicadeza e mulheridade são sinônimos, que realização é arranjar um bom marido e assim gerar bons filhos, para domestica-los ensinando os mesmos pensamentos machistas estabelecidos na sociedade, que foi e são tão repassados. É preciso entender também que em uma sociedade patriarcal, mulheres são sempre preteridas em posições sociais equiparadas a homens, quando há comparações entre mulheres, a relação de poder assume o reducionismo que se faz em relação a realizações femininas, a conquistada de emancipação e a nossa luta. Quando mulheres unem-se quebram barreiras, a repulsa contra mulheres é contra a diversidade, é classista, racista e contra manutenção de estruturas sociais

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de extremo conservadorismo. Mais do que nunca, mulheres se enxergam como são: completas. E, na empatia ao olhar para outras mulheres há a visão de si mesmas. Finalmente existe o entendimento de que se podem quebrar padrões de ensinamento que disseminam um companheirismo oportunista. Graças à vasta quantidade de informação e ao incentivo, hoje é possível perceber uma mudança

de comportamental. Cada vez mais mulheres têm se apoiado e criado laços ajudando umas as outras. Quem sabe as gerações de garotas que ainda estão por vir não sejam ensinadas a competir por tudo com suas irmãs, amigas, colegas ou conhecidas, e sim ensinadas que unidas todas somos muito mais fortes.


ATALHO

MUNDO

Aumenta o número de mulheres sírias chefiando famílias refugiadas

Morre a primeira mulher que esteve no topo do mundo Junko Tabei foi exemplo de empoderamento feminino ao escolher uma profissão que era dominada por homens Thays Santos

A alpinista Junko Tabei, mais conhecida por ter o título de primeira mulher a escalar o Everest, morreu na última quinta-feira (20) aos 77 anos, vítima de um

Thays Santos

Alexandros Avramidis / REUTERS

Maria Augusta Dagnino

O aumento de famílias refugiadas sírias encabeçadas por mulheres tornou-se tema de um relatório feito pela ONG CARE (Organização humanitária dedicada à proteção de pessoas em risco e combate a miséria). À medida que a crise de refugiados se agrava, pode-se notar uma crescente de mulheres fugindo da Síria com seus filhos, sem a presença de um homem adulto os acompanhando. Segundo a ONG CARE “As mulheres são forçadas a deixar suas casas por medo de serem apanhadas no conflito, da violência sexual, e de seus filhos serem recrutados”, cerca de 40% das famílias refugiadas na Jordânia e 50% na Grécia são chefiadas por mulheres, isso ocorre porque a maior parte dos homens sírios, ou morreu ou desapareceu ou preferiu permanecer na Síria. Apesar de deixarem o conflito sírio, as mulheres continuam se sentindo em perigo nos novos países que residem, tendendo a estarem mais expostas a ameaças, assédios e violência sexual. Elas são vítimas invisíveis em um dos maiores deslocamentos de pessoas que

Mulher Maravilha será nomeada embaixadora da ONU DCComics

Relatório realizado pela Organização Não Governamental CARE aborda as dificuldades encontradas por essas mulheres

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Mulher Maravilha, a estrela da campanha da ONU sobre igualdade de gênero feminino

mundo já testemunhou. De acordo com o relatório da ONG CARE, no Líbano, país vizinho à Síria, 10% das meninas sírias são obrigadas a casarem mais cedo, vivem em situações precárias e sempre com medo de algo acontecer com elas e com seus filhos, correndo um risco duplo, como refugiadas e como mulheres. Sem uma licença válida, eu tenho medo de sair e tenho medo de passar por postos de controle. Tenho que ir a Beirute (Capital do Líbano) a cada 15 dias para consultas médicas para a minha filha, que sofre de uma doKazuhiro Nogi AFP/ Getty Images

Alpinista Junko Tabei durante uma entrevista para a AFP em 2003

câncer. Ela também tem a marca de primeira mulher a ter escalado os Sete Cumes, que são as montanhas mais altas de cada um dos sete continentes.

ença rara. Um libanês me disse que iria me ajudar a conseguir documentos oficiais, mas queria passar a noite comigo em troca. Eu estava realmente alterada e enfadada, porque a opinião geral sobre os sírios é de que somos fáceis, relata Aisha (foto), 33 anos refugiada no leste do Líbano, a Amnistia Internacional. Em sua conclusão, o relatório da CARE enfatiza a força dessas mulheres que, apesar de passarem por imenso sofrimento, estão formando novos papéis e assumindo a responsabilidade, ainda que para 95%

dessas mulheres essas mudanças sejam negativas, pois aumentam o risco de violência baseada no gênero agravando a responsabilidade e o estresse causado pela situação.

“As mulheres são forçadas a deixar suas casas por medo de serem apanhadas no conflito, da violência sexual, e de seus filhos serem recrutados” segunda a ONG CARE

Com formação em literatura inglesa pela Universidade Feminina de Showa, ela se definiu como “uma dona de casa que escala montanhas” em um de seus livros, sendo também membro da equipe de montanhismo da faculdade. Natural de Fukushima, Japão, Tabei foi fundadora do Clube de Montanha para Mulheres do Japão, em seus últimos anos de vida trabalhou em prol da ecologia e do meio ambiente e era diretora do Himalayan Adventure Trust of Japan (HAT-J), uma organização que luta pela preservação das montanhas.

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A heroína das histórias em quadrinhos e desenhos animados também é uma heroína da vida real ao contribuir para o empoderamento de mulheres e meninas. Se aproveitando disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu torná-la embaixadora honorária. Isso acontecerá oficialmente em uma cerimônia no dia 21 de outubro com a presença do então secretário-geral Ban Ki-Moon. O evento terá a presença da presidente da DC Entertainment, Diane Nelson e convidados surpresas, sendo a atriz Lynda Carter, consagrada ao interpretar a

Mulher Maravilha em uma série de TV de sucesso dos anos 70, uma das mais esperadas. O acontecimento faz parte das metas globais da ONU para os próximos 15 anos e tem o intuito de lançar uma campanha com um ano de duração sobre o empoderamento e a defesa dos direitos femininos. Em junho de 2017 estreia nos cinemas o novo filme da Mulher Maravilha, interpretada pela atriz Gal Gadot, que também fará participação em Liga da Justiça, que estreia em novembro do ano que vem.


ATALHO

POLÍTICA

Participação feminina

Tais Carvalho

Uma pesquisa realizada pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) sobre a quantidade populacional no Brasil divulgou em 2015 que pouco mais da metade da população do país é composta por mulheres, tendo 104,772 milhões de mulheres (51,6%), 6,3 milhões a mais do que homens (48,4% do total).

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Adriana Ramalho (PSDB)

Aline Cardoso (PSDB)

Edir Sales (PSD)

Janaina Lima (NOVO)

Juliana Cardoso (PT)

Estes números tornaramse significativos na última eleição aonde houve um aumento de 30% de participação feminina para a prefeitura e câmara municipal. As eleições de 2016 teve uma porcentagem pouco maior que as eleições de 2012, no entanto, os resultados do ultimo Domingo (02) não foi tão exultante como se espera

em relação às mulheres. Em São Paulo, por exemplo, apesar de maior participação feminina, sentisse falta ainda de representatividade pelas mulheres na administração. Em 2017 serão ocupadas apenas 20% dos postos na câmara que serão assoberbados por elas. Entre elas estão às onze mais votadas da capital Paulista que fo-

ram designadas ao cargo as vereadoras, sendo seis eleitas pela primeira vez e cinco delas estão usufruindo da sua segunda reeleição. Foi em São Paulo (SP) também que apenas cinco mulheres representam a sociedade paulistana, uma porcentagem irrisória de 9% dos postos. Reclama-se muito da desvalorização que estas

recebem em suas campanhas, o pouco espaço televisivo e apoio político não recebido. Esse número fica ainda pior ao compararmos o número de mulheres que se candidataram em 2012 e 2016 com uma diferença de 2.032 em 2012 e 2.039, em relação a este ano. Ao observamos, o único estado que teve notabilidade maior foi o

Rio grande do Norte (RN) aonde as mulheres ficaram com 28% na administração da cidade. O menor estado com esse percentual foi o Espírito Santo (ES) com apenas 5% das mulheres na prefeitura da cidade. Apesar das dificuldades em eleger mulheres em cargos públicos, os números tendem a aumen-

(Reprodução/Facebook)

(Foto Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)

Campanha dos horrores

(Foto Reprodução/Facebook)

Cármen Lúcia é a favor do voto obrigatório A educação no Brasil precisa dar a oportunidade de informar para todos escolherem com liberdade, admitiu a presidente do STF

Em reta final das campanhas para presidência dos Estados Unidos, debates entre candidatos passam a ser motivo de piadas e preocupação no mundo inteiro

Win McNamee/Getty Images

Maria Augusta Dagnino

(Reprodução/Instagram)

Carlos Humberto/SCO/STF

Thays Santos

Segundo e mais comentado debate protagonizado por Hillary e Trump.

A campanha à presidência americana tornou-se um campo de guerra para ofensas pessoais entre os candidatos Donald Trump e Hillary Clinton, cada vez mais focados em denigrir o candidato adversário. Toda a tensão e polêmicas envolvendo as campanhas e os debates preocupam e desagradam os eleitores americanos. Uma pesquisa feita no mês de outubro revelou que apenas

48% dos eleitores avaliam os temas discutidos pelos candidatos como assunto com os quais “realmente se importam”, atingindo um percentual mínimo recorde de todas as campanhas presidenciais ocorridas no país. Os debates protagonizados pelos candidatos aumentaram a diferença de intenção de votos. A candidata democrata Hillary Clinton está há 12 pontos de vantagem

de seu oponente republicano, Donald Trump. A duas semanas da eleição, Hillary beneficia-se dos escândalos e declarações envolvendo Trump, e mostra que é a candidata mais preparada para assumir a presidência norteamericana. A eleição mais influente do mundo tornou-se motivo de piadas e preocupa não apenas os americanos, mas o mundo inteiro.

Neste domingo, foram realizadas as votações do 2º turno para prefeito das cidades em todo o país e, ao ser abordada indo votar hoje cedo no Colégio Santo Agostinho, em Belo Horizonte, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou

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que concorda com o voto obrigatório até o momento em que a educação no Brasil der a garantia a toda a população, sem exceção, de informação política e social suficiente para ter um posicionamento livre de maniqueísmo. Ela disse que a alta quantidade de abstenções,

votos nulos e brancos, nas votações do 1º turno das eleições a surpreenderam. “Com o voto nulo ou branco, o cidadão quer dizer alguma coisa, e é com esse voto, qualquer que seja ele, que nós podemos nos posicionar”, disse a ministra.


ATALHO

POLÍTICA

na nas eleições de 2016 Noemi Nonato (PR) (Reprodução/Facebook)

tar com a chamada política participativa que claro contara com a ajuda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aonde senadoras como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT – PR) e Sandra Braga (PMDB – AM), e as deputadas federais Soraya Santos (PMDB – RJ) e Josi Nunes (PMDB – TO) apresentaram pro-

Patricia Bezerra (PSDB) (Reprodução/Facebook)

postas por uma política mais igualitária. O cálculo ainda é pequeno em comparação a países da America Latina e até mesmo em países mulçumanos aonde o grau de desigualdade é mais evidente que no Brasil. Mas isso pode mudar com a aprovação da casa legislativa aonde já circulam processos que visam à participação da mulher na

Rute Costa (PSD)

Sâmia Bonfim (PSOL)

(Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Instagram)

política Brasileira. As vereadoras mais votadas da Capital Paulista pretendem em seus quatro anos de mandato investir na educação, saúde e no transporte coletivo e projetar leis que auxiliem a população a exercer seus direitos, especificamente. Muitas dessas mulheres eleitas estão a anos ativas politicamente, com currí-

culos admiráveis e estão erias de São Paulo, na câmara municipal pelos diretos humanos pois, com suas experiências, podem propor muitos projetos que garantam direitos de todo cidadão. Soninha Francini (PPS-SP) teve 40.113 votos, sendo eleita pela primeira vez, em 2012 ela se candidatou a prefeitura

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São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Sandra Tadeu (DEM)

Soninha Francine (PPS)

de São Paulo mas acabou não ganhando. É formada em cinema pela USP e Jornalista, defende a causa LGBT e a acessibilidade a jovens, moradia e meio ambiente. Edir Sales (PSD-SP) teve 39.062 votos. Formada em advocacia, Edir começou cedo na política: foi deputada estadual e é considerada uma das reve-

lações da Assembleia Legislativa de São Paulo. Entre as diversas conquistas, estão a FATEC e a USP Zona Leste, a retomada das obras dos hospitais Vila Alpina e Sapopemba e desativação das carceragens de mais de 10 delegacias da zona leste.

(Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)


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SOCIEDADE

ATALHO

Mobilização feminina no mundo é flecha sob silenciamento

Da América Latina a Ásia, os questionamentos hoje sobre sistema imposto e o condicionamento da mulher sobre suas próprias opressões Raine Oliveira

Com grandes organizações e marchas pelos direitos das mulheres, alguns países tornam-se palco de uma luta que é impelida por apoio, por outro lado, o afago não é mútuo quando se olha para os próprios problemas sociais, ganham denominações e rosto que carecem de mudanças diante de abusos. Os noticiários internacionais foram cobertos de barbárie no mês de Outubro, tudo por conta da morte por empalhamento que a argentina Lúcia Perez sofreu. A jovem estampou jornais e sites de todo o mundo que relataram sua morte trágica. Lúcia, que tinha 16 anos, foi sequestrada, estuprada e agredida em Mar del Plata, Argentina, no início do mês. O caso surpreendeu até mesmo as autoridades locais, sendo seu estado tão grave que ela sofreu uma parada cardíaca e morreu já na porta do hospital devido aos ferimentos internos de violência sexual cometidos com uma estaca. O caso recebeu maior notoriedade quando dois dos agressores foram presos, e relataram que, no mínimo, cinco homens participaram do ato, sendo um desses o possível namorado de

Lúcia. Após a agressão sexual, os criminosos ainda recolocaram a roupa da jovem a fim de forjar uma possível overdose e a deixaram na porta do hospital já sem vida.

''Condicionamento da mulher sobre suas próprias opressões ganham denominações e rosto que carecem de mudanças diante de abusos''

A cidade de Mar del Plata e a Argentina ganharam ainda mais notoriedade quando números relacionados a agressão contra mulheres foram divulgados. Com cerca de 600 mil habitantes, Mar del Plata é o município argentino com o maior número de condenações por exploração sexual contra mulheres. Mesmo em 2014, durante o mandato de Cristina Kirchner, tenha sido introduzida a legislação que penaliza especificamente o crime de feminicídio, os números de ataques contra mulheres crescem cada dia mais na Argentina, havendo cerca

de 19 (dezenove) feminicídios acometidos em 18 (dezoito) dias de conhecimento legal no país. De acordo com o Registro Nacional, na Argentina uma mulher é morta a cada 30 horas. Somente em 2015, 235 mulheres foram assassinadas nas mãos de homens no país. No dia 19 de Outubro de 2016, aconteceu a maior mobilização feminina registrada nos últimos anos na América Latina. Milhares de mulheres vestidas de preto tomaram ruas e se reuniram para protestar contra os números alarmantes de agressão sexual, assédio,

Para acompanhar

Eitan Abramovich/AFP

Marco Longari/AFP

Argentina – O movimento Ni Una Menos vem ganhando as ruas de diversos países da América Latina na luta contra as agressões sofridas por mulheres e pelo o exercício de cidadania feminina.

África do Sul - Em Johannesburg, estudantes estão tomando as ruas e a Universidade de Witwatersrand reivindicando um ensino mais igualitário e inclusivo para pessoas de classes baixas e mulheres. A reação está sendo uma dos maiores protestos já vistos desde o fim do Apartheid, em 1994.

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Projeto "De|generadas" / Divulgação

exploração, feminicídio e pautas que norteiam movimentos pelos direitos humanos. Em uma mobilização maciça, 300 grupos feministas e sindicais carregavam imagens da menina Lúcia e bravejavam por justiça. Países como Argentina, Chile, México e Uruguai levantaram bandeiras da campanha ‘’Ni Una Menos’’ (Nenhuma a menos). A violência baseada no gênero é um problema enorme, com casos generalizados de violência doméstica, crimes de honra e ódio dirigido ao sexo, especificamente. Sendo uma prerrogativa

de tal forma que o feminicídio está sendo colocado como um problema oficial em definição legal em diversos países. No Brasil, o feminicídio também está no código penal, tendo o ataque contra mulheres, em razão de gênero, como homicídio qualificado. A taxa de feminicidio no mais está entre as 10 maiores do mundo, com 4,8 para 100 mil mulheres, sendo vitimas em sua maioria (58%) mulheres negras e periféricas. O Brasil, por sua vez, não integrou o hall dos países que estão se movimentando com manifestações específicas de luta contra a não agressão a mulheres. Ainda que o país possua pautas similares com seus países vizinhos, continua tendo movimento de minorias extremamente eurocentrados. Frequentemente ocorrem passeatas em diversos estados brasileiros com participação predominantemente feminina, porém, suas pautas refletem pouco a situação do país. Na Internet a circulação em prol a essas causas é mais visível, porém sua atuação permanece limitada em ambientes sociais.

Janek Skarzynski/AFP

Polônia - Dentre as pautas mais citadas para que haja mais restrição é a do aborto legal. Sendo ilegal no país por uma lei de 1993, o controle governamental formado pela direita conservadora católica quer que a pena para aqueles que cometem o aborto seja mais branda e punitiva. Milhares de mulheres estão nas ruas contra o governo, a Igreja Católica e aos políticos que votam a favor de maiores punições.


ATALHO

Cresce número de estupros na Capital e no Estado de São Paulo

SOCIEDADE

O que elas querem é reconhecimento

Mulheres também querem seu espaço nas profissões ditas masculinas Bárbara Camile

Tais Carvalho

De acordo com pesquisa divulgada nessa Terça-Feira (25), cresceu o número de estupros no Estado. Segundo dados divulgados, o crescimento é de 30% na capital e de 5% no Estado, tendo 1.668 casos registrados esse ano, superior ao mesmo mês no ano de 2015 que teve 1.569 denúncias datadas em Setembro do ano passado. Também foram divulgadas pelo Estado de São Paulo reportagens mostrando casos de mulheres que sofreram crimes de violência doméstica e, ao tentarem fichar casos de agressão e assédio físicos e psicológicos, tiveram seus pedidos de medidas preventivas negados pela justiça e acabaram perdendo a vida nas mãos dos seus agressores. A primeira delegacia da Mulher 24 horas registrou cerca de 341 boletins de ocorrências só esse ano, entre Agosto

e Setembro, um aumento de 158% nas denúncias e sete prisões em flagrantes. Esses casos representam 26,7 das denúncias feitas, por hora são registradas 1,11 ocorrências só em São Paulo, esse número foi superior ao do ano de 2015 que teve 3.164 estupros registrado no ano todo. O número de vítimas e casos de estupro não são divulgados por motivos de segurança, e, apesar disso, há possibilidade desse número ser maior do que os registrados, já que na maioria das denúncias sempre há mais de uma vítima e mais de um agressor. O secretário da segurança de São Paulo, Magino Alves Barbosa Filho, disse não saber sobre o avanço do crime na Capital e no Estado. Salientando que é obrigação do Estado proteger as vítimas e faz questão de deferir toda proteção

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Cada vez mais podemos ver o espaço que as mulheres vêm assumindo em sociedade, sobretudo, em meios predominantemente masculinos. A participação das mulheres vem sendo colocada em roga em diversos meios, principalmente em relação ao trabalho e empregos com associações a capacidade física. Atualmente, uma das áreas que tem sido muito procurada por mulheres é a de bombeiro civil, devido, principalmente, a facilidade em relação formação. Diferentemente da de bombeiro militar, que a prestação de concurso governamental é necessária para que se obtenha a formação. Tendo como um dos requisitos, participação de no mínimo dois anos em uma base militar. Entretanto, isso não vem inibindo a classe feminina de querer entrar para uma

Against abuse Inc.

possível a elas. 70% das denúncias feitas têm os autores do crime identificado pelas vítimas, Magino ainda disse que a PM está trabalhando intensamente para que os criminosos não fiquem impunes.

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Anna Lúcia Silva/G1

Coorporação feminina de Divinópolis

área tão arriscada e concorrida em equiparação à classe masculina. Pelo contrário, o bombeiro civil acaba sendo uma maneira de adentrar uma área que carece ainda de igualdade em relação ao gênero, tendo milhares funções e reconhecimento que buscam no mercado de trabalho a fim de maior equidade entre os gêneros e representatividade advinda de méritos e capacidade. Desta maneira, é de ex-

trema importância ressaltar a inclusão das mulheres em diversos campos de trabalho e empregatícios. Hoje, mais do que nunca, a participação feminina em meios predominantemente masculinos impele essas áreas não apenas com o desejo de mão de obra diferente, como também de mudança e aceitação diante dos progressos com os quais as mulheres lutaram e almejam.


ATALHO

ESPORTE

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Olímpiada do mundo, da diversidade e das mulheres Com a maior participação feminina da história, Olimpíada de 2016 torna-se marco e inspiração para as mulheres de todo o mundo Maria Augusta Dagnino

Os Jogos Olímpicos do Rio, que duraram do dia 5 a 21 de agosto de 2016 tornaram-se, um marco para o evento e para todos que esperavam mais do mesmo. Uma olimpíada que será lembrada como a “Olimpíada da diversidade”. Com destaque, as inúmeras vezes que o amor sem preconceito foi celebrado e respeitado tanto pelos atletas quanto pelo público, a criação de uma delegação para refugiados deu a chance para atletas que, por algum motivo, estão longe de seus países, de competirem, e, por fim, um destaque para a representatividade feminina. Com o maior número de mulheres participantes na história de todas as Olímpiadas, ao todo foram 5.180 inscritas, representando um percentual de 45,29% dos atletas participantes, sendo predominantemente femininas as delegações americana (292 mulheres para 263 homens) e chinesa (209 mulheres para 160 homens). Apesar do número de mulheres na delegação brasileira não ter sido maior que a de homens, seu número é recorde: duzentas e nove mulheres. Todos os números citados são importantes para exemplificar a luta pela equidade, mesmo que numérica,

Marcelo Theobald / Agência O Globo

Medalhistas olímpicas brasileiras

2016

KAHENA KUNZE VELA 1 OURO MARTINE GRAEL VELA 1 OURO Rafaela Silva comemorando sua medalha de ouro

das atletas que enfrentam diversos tipos de dificuldades, principalmente ocasionados pelo machismo. Mesmo galgando espaço, as mulheres precisaram provar merecimento até mesmo em participações nos jogos. Simone Biles, ginasta americana que impressionou o mundo nas Olimpíadas Rio 2016 ao subir no pódio cinco vezes e obter quatro medalhas de ouro, deu a seguinte declaração: Eu não sou o próximo Usain Bolt ou Michael Phelps; sou a primeira Simone Biles, disse, para que assim as comparações com

atletas homens parassem de ser feitas. O investimento no esporte feminino tem uma tendência a ser menor que a do masculino em muitas modalidades, especialmente em esportes tidos como exclusivamente masculino caso do futebol, judô e rugby. Foram nesses esportes inclusive, que mesmo com tantos preconceitos, mulheres conquistaram medalhas e subiram ao pódio. As judocas Rafaela Silva e Mayra Aguiar, ambas da delegação brasileira, conquistaram ouro e bronze, respectivamente. Dando ao país, duas das três medalhas

conquistadas no Judô. No país do futebol, o futebol feminino foi visto e celebrado pela primeira vez em massa. Mesmo jogando com mais raça e vontade, o futebol feminino brasileiro acabou não conquistando nenhuma medalha, mas, finalmente foi notado pela torcida, que, quem sabe, possa ajudar a manter a seleção permanente - já que muitas das jogadoras não têm time fixo. Das 19 medalhas conquistadas pelo Brasil, cinco foram por mulheres. Toda a mobilização feminina nos Jogos Olímpicos de 2016 serviu como incentivo para

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que inúmeras garotas se vissem representadas e se sentissem inspiradas a fazer aquilo que sentem vontade, sem importarse com estereótipos de “para garota” ou “para garoto”. Para que o número de mulheres na próxima olimpíada seja ainda maior, a ONU Mulheres ampliou o projeto ‘’Uma Vitória Leva à Outra’’, que oferece treinamento esportivo combinado com discussões sobre gênero às meninas do Rio de Janeiro.

RAFAELA SILVA JUDÔ 1 OURO BÁRBARA SEIXAS VÔLEI DE PRAIA 1 PRATA AGATHA BEDNARCZUK VÔLEI DE PRAIA 1 PRATA MAYRA AGUIAR JUDÔ 1 BRONZE POLIANA OKIMOTO MARATONA AQUÁTICA 1 BRONZE


ATALHO

Futebol feminino também é importante

ESPORTE

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Destaque dentro e fora das quadras

Futebol feminino no Brasil ainda é algo com pouca visibilidade devido a pouca veiculação e informação

Serena Williams e Venus Williams são principais destaques nas quadras de tênis atualmente

Bárbara Camile

Bárbara Camile

Ricardo Stuckert / CBF

REUTERS

Seleção olímpica de futebol feminino

O Brasil frequentemente é nomeado como o país do futebol, mas o país não faz jus ao nome que carrega mundialmente quando se refere ao futebol feminino. Inverso aos jogos da seleção brasileira masculina, que ganha grande visibilidade sobre qualquer circunstancia, ganhando ou não, a seleção brasileira feminina é excluída e tida como datada. Exemplo disso é a falta de exibição de partidas femininas em emissoras de canais abertos, sendo preteridas inclusive em jogos oficiais da seleção brasileira. Apesar da pouca vinculação sobre o futebol composto por mulheres,

esta modalidade esportiva vem crescendo cada dia mais no Brasil. O interesse das meninas vem se tornando algo bem visto pelas pessoas deixando assim de ser considerado um esporte somente para homens e criando novas oportunidades para elas. Muito dessa noção vem sendo criada através das escolas especializadas e na matéria de educação física aonde os professores vem pregando maior inclusão nos esportes para que todos possam seguir e praticar o seguimento desejado sem diferenciações entre os gêneros. Outro ponto importante a ser ressaltado é

que, atualmente, quando falamos de futebol feminino, é restrita a escolha da CBF de quem vai comandar o atual time. A ex-jogadora Emily Lima assumiu a seleção para a nova pré-temporada do time, tendo como ponto de referência fazer uma renovação no grupo e reformulá-lo. Após dois anos e meio de trabalho de Oswaldo Alvares, ex-técnico da seleção, o comando do time é uma tarefa árdua para a nova técnica. Emily disse em entrevista estar preparada para mais esse desafio em sua carreira, entre as quatros linhas.

As irmãs americanas são tenistas profissionais que vem se destacando com ótimos resultados nos campeonatos livres e oficiais. Em 2001, Venus e Serena foram pela primeira vez ranqueadas como tenistas número um do mundo. O principal torneio que as destacaram foi Roland Garros de 2010, conseguindo novamente o pódio, em primeiro e segundo lugar. Entre as principais conquistas, as irmãs Williams carregam no peito 4 medalhas de ouro olímpicos, cada uma carregando uma medalha de torneio simples e outras

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3 em torneio em dupla. Algo importante a ser considerado também entre as tenistas, é que elas são a única dupla da história a conseguir o ouro olímpico em três diferentes disputas, tanto entre feminino quanto no masculino. Após ganharem o prêmio Roland Garros tornaram-se a terceira dupla da história a conquistar o Grand Dlams, um dos principais torneios de tênis atualmente, estando abaixo somente Martina Navratilova, Pam Shriver e Fernanda Natasha Zvereza.

PRINCIPAIS CONQUISTAS 13 Grand Slams Australian Open 2001, 2003, 2009 e 2010 Roland Garros 1999, 2010 Wimbledon 2000, 2002, 2008, 2009, 2012 US Open 1999, 2009


SAÚDE

ATALHO

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Pesquisa sobre o anticoncepcional masculino está em fase de finalização de testes Isabelle Carvalho

Com método sendo desenvolvido em Melbourne, Austrália, o anticoncepcional para homens, que ainda está em fase de testes, já vem criando muitas expectativas para o público. O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Com previsão para chegar ao mercado em 2017, a pílula masculina tem como intenção a interrupção, de forma irreversível, do esperma - sem alterar o desempenho sexual do homem. Segundo cientistas, o remédio não tem contraindicações e não modifica a produção de hormônios masculinos. A pílula atua deletando geneticamente duas proteínas presentes no esperma (alfa1A-adrenérgico e P2X1-purinoceptor), que impede a liberação dos espermatozoides durante a relação sexual. Durante a pesquisa, os camundongos utilizados sofriam alguns efeitos colaterais como diminuição do apetite sexual e indução a infertilidade, mas, após a interrupção da pílu-

Fotolia

que uma televisão”, o interesse do homem em só ter filho quando quiser se intensificou. Alguns especialistas estão preocupados, pois agora o uso do preservativo pode ser abandonado. Efeitos colaterais

la, os camundongos não sofreram nenhum efeito colateral e continuaram tendo proles normais. Nos Estados Unidos, a Fundação Parsemus, organização americana sem fins lucrativos, pretende também entrar neste ramo do mercado com um anticoncepcional em gel. O mecanismo desenvolvido pela empresa consiste na aplicação de um gel, chamado ‘’Va-

salgel’’, nos vasos deferentes, que ficam nos testículos. O gel bloquearia a passagem dos espermatozoides, da mesma forma como aconteceria se o homem fizesse uma vasectomia. Com a visão de lançar no mercado, a Fundação tenta diminuir a ocorrência de gravidezes não programadas. "O Vasalgel é uma ação prolongada, contraceptivo não hormonal se-

melhante à vasectomia, mas com uma vantagem significativa: é provável que seja mais reversível", afirma a Parsemus, em nota. O produto está sendo testado em macacos e, durante as pesquisas, foi aplicado em machos para fazerem a cópula com 15 fêmeas, seis meses depois nenhuma ficou grávida. O procedimento foi realizado em coelhos durante 12 meses e todos

foram testes bem-sucedidos, o próximo passo da empresa é a realização de testes em seres humanos. Mesmo com todos os procedimentos de acordo e surtindo resultados satisfatórios, a empresa ressalta que o método não interessa as grandes indústrias farmacêuticas. Segundo a fundação, eles querem disponibilizar a preços acessíveis. “O custo será mais baixo do

Entre os efeitos está a depressão, falta de libido, dor excessiva em alguns locais do corpo, alterações no humor e espinhas. Ressaltando que são os mesmo efeitos para mulheres, e mulheres podem sofrer mais riscos, como trombose e infartos. A pílula para os homens funciona da mesma maneira para mulheres, entretanto o desenvolvimento será interrompido, o mesmo não acontece quando a pílula é desenvolvida para o sexo oposto, que sofre com as ocorrências de doenças, inclusive infertilidade, ao ingerir pílulas que não são-lhes indicadas.

Doenças de pele causadas por colapsos Outubro Rosa e a campanha solidária emocionais Tais Carvalho

Shutterstock

Isabelle Carvalho

Muitas pessoas sofrem com doenças de pele de origem emocional, sendo um dos muitos motivos o estresse da rotina, com as doenças manifestando-se cada vez mais. Em adolescentes, principalmente, aparecem muito mais, devido às fases de mudanças e puberdade. O estresse físico ou emocional tem grande repercussão, muitas pessoas vão atrás dos seus dermatologistas, pois são umas das principais causas de muitas doenças da pele. Podemos citar algumas doenças que tem relação com o estresse, como o prurido da pele, irritação na pele que é sintoma de diversas dermatoses. Sem dúvidas, sofre grande influência do estresse e, quando não se descobre a causa desencadeante do prurido, pode-se classificálo como psicogênico. O que muitos não sabem sobre as doenças como vitiligo (perda gradativa

da pigmentação da pele) e psoríase (doença de pele caracterizada por lesões avermelhadas e descamativas), que ainda não tem suas causas totalmente esclarecidas, é que o estado emocional interfere nos resultados de seus tratamentos. A origem dessas doenças inclusive é surpreendente para muitas pessoas já que podem se originar emocionalmente. Levantamentos feitos por Centros Dermatológicos dos Estados Unidos mostraram estatísticas variáveis indicando que de 40% a 70% das pessoas que procuravam os serviços de dermatologia teriam também associado algum tipo de distúrbio psicológico e problemas de ordem emocional. A acne é um dos principais problemas, certamente, um dos que mais incomodam. A acne está em principalmente adolescentes que se encontram na fase

da puberdade, caracterizado como um período de muito estresse, pois há fases de alterações fisiológicas. Muitos jovens tendem a desenvolver mais acnes que outros e sofrem com um quadro traumatizante decorrente de algumas cicatrizes permanecerem mesmo depois de tratamentos e maior estabilidade emocional. Muitos jovens também sofrem de ansiedade, que é à base de algumas principais doenças de pele, como o Líquen (doença inflamatória). Havendo três categorias: líquem simples, crônico ou neurodermite. São caracterizadas por uma placa liquenificada extremamente pruriginosa e de evolução crônica, sendo seus estímulos iniciais picadas de inseto, fator irritante químico ou físico, portanto, o fator emocional prevalece como causa mais imane.

Em 1990 nasceu o movimento Outubro Rosa que vem desde então advertindo mulheres a partir dos 50 aos 69 anos da importância de manter-se atenta aos sintomas do Câncer de Mama. Esse movimento visa o compartilhamento de informações sobre a doença que atinge

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80% das mulheres da faixa etária dos 50 aos 69 anos. Esse ano o INCA (Instituto Nacional Do Câncer), que participa do movimento desde 2010, faz um alerta sobre os sintomas como alteração suspeita nos seios e enfatiza que quanto mais rápida a descoberta maior a

chance de cura com a campanha Câncer de Mama: vamos falar sobre isso? que realiza palestras com materiais educativos e outros recursos que ajudam na detecção precoce da doença, tirando dúvidas de muitas mulheres.


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BELEZA

ATALHO

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Inovação no mercado dos cosméticos Cinta modeladora vem prejudicando a saúde de muitas mulheres

Esmalte spray: A nova aposta do mercado Bárbara Camile

Nails Inc / Divulgação

Isabelle Carvalho AFP

Para facilitar a vida das manicures e das vaidosas de plantão, foi criada uma nova fórmula de esmalte em spray inovadora que pode retirar do mercado, de maneira definitiva, a antiga e tradicional forma de pitar as unhas. O esmalte de spray foi criado para gerar maior facilidade e praticidade para se pintar as unhas, já que a pratica cotidiana por grande parte das mulheres, requer uma grande parcela de tempo e dedicação, seja feita em suas próprias re-

sidências ou indo uma ou duas vezes por semana nas manicures. Com mais de 50 anos, a composição tradicional de esmaltes já havia sido taxada como algo sem inovação, especialistas viram nisso uma oportunidade de incluir no mercado dos cosméticos esta nova formula mais prática e de fácil aplicação. A aplicação é basicamente a mesma: Aplique uma base nas unhas, em seguida aplique o spray de esmalte, reaplique a base, por fim,

lave as mãos com água e sabão deixando-as com uma cobertura completa e dando maior durabilidade para os esmaltes já nas unhas. Após essas instruções, o esmalte permanece somente na unha, sendo apenas uma aplicação o suficiente para sua total fixação, o diferenciando de outros esmaltes. Contém secagem rápida e não escorre. O preço varia conforme a marca, mas, em média, custam 25 reais.

Com ou sem? Maquiagem vem perdendo espaço entre mulheres que buscam beleza mais natural Bárbara Camille

Com grande influência de celebridades e maior diversidade no mercado de cosméticos, algumas mulheres vem optando por deixar o uso de maquiagem de lado. Aderindo a beleza mais limpa e pregando por ressaltar ainda mais pontos que deseja-se dar evidencia. Uma grande influenciadora desse grande movimento pró-naturalidade é a cantora Alicia Keys que, pensando na saúde da sua pele, optou a não usar maquiagem no seu dia-a-dia e nem em seu meio profissional. Em nota, Alicia explicou que a decisão de não fazer mais o uso de maquiagem foi “mais forte, poderosa, livre e honestamente boa” que já tomou, ela informou também que essa seria o início de sua

Zoltan Tombor

Do espartilho ao corset, as cintas são usadas por décadas, há tempos elas são usadas para disfarçar imperfeições e ajudar para um alinhamento ereto da postura. Mas, com o passar dos anos, a mesma tem sido vista apenas como uma intervenção estética não danosa, quando inúmeras repaginações e “evoluindo’’ para uma cinta que modela o corpo a fim de deixá-lo mais curvilíneo. No Exterior, nos anos 80, cantoras como Madonna e Grace Jones popularizaram o uso do corset como um álibi para transparecer sensualidade e performalidade. A artista burlesque americana, Dita Von Teese, também ficou mundialmente conhecida por in-

serir cintas e corset em suas apresentações com tom fetichista e usando das peças para instigar a estética quarentista das Pin-ups. Atualmente, a família Kardashian/ Jenner’s é grande referência no uso das cintas modeladoras. Com um grande número de fãs e seguidores, as irmãs esbanjam variedade com o uso das cintas, as usando rotineiramente para afinar a barriga e mostrar para seus seguidores como conseguir uma cintura fina. Mas, com público predominantemente feminino, elas não falam sobre os riscos que podem ser causados com o uso da cinta, não alertam quem as seguem sobre.

Sendo inicialmente de uso indicado em casos de pós-operatório, as cintas hoje em dia são vistas como apenas mais um apetrecho estético sem danos, mas não é o que vem acontecendo; o incentivo indiscriminado das cintas, partindo de celebridades, principalmente, pode causar reações irreversíveis a saúde. Comprimento dos órgãos, varizes e deslocamento de pele, são algumas consequências que o uso não atestado da cinta trás. Podendo afetar também a postura, prisão de ventre e digestão. A vontade de chegar aos pés de ídolos, para algumas pessoas, é tamanha que não há preocupação com a sua própria saúde, mas é preciso ficar alerta.

Saúde e bem estar incentivam brasileiros a adotarem novos hábitos Busca pela saúde perfeita projeta nova visão de futuro para os brasileiros

Isabelle Carvalho

nova fase de vida e de seu novo álbum. “Escrevi uma lista de coisas que eu estava cansada. E uma delas foi o quanto as mulheres sofrem lavagem cerebral para que a gente tenha que ser magra, ou sensual, de-

sejável ou perfeita”, disse Alicia. A palavra de ordem no momento é emancipação; deixar cada vez mais os padrões e viver de acordo com suas próprias opções, sem estereótipos que a sociedade impõe as mulheres.

É cada vez mais popular a preocupação com seus corpos, a relação entre homem e alimento só melhora e a procura por uma vida saudável vem aumentando. Apesar de ainda assim haver muitas desistências da academia quando as pessoas estão pouco habituadas a frequentá-la. Mas com o tempo o desejo de se sentir bem com o próprio corpo permanece, levando muitos

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a voltarem a frequentar academias e praticar atividades. Isso é evidente também com o número crescente de academias que vem sendo abertas nos últimos anos. Há 10 anos, em 2006, o país tinha 10 mil; hoje são mais de 25 mil. O Brasil, um país com muitas praias, trás essa importância do corpo bonito e saudável, e a saúde que vai muito além do padrão

de beleza imposto. A importância da atividade física diária ainda precisa ser falada e colocada na rotina da população, assim como o hábito de beber água, que normalmente não é algo incentivado na vida de alguns brasileiros. Muitos jovens têm sofrido com ansiedade e depressão, e a atividade física vem ajudando as pessoas a lidar com esses tipos de doenças, crises e surtos.


CULTURA

ATALHO

São Paulo, 17 de Novembro de 2016 www.atalhojornal.com.br

Costume Institute no Metropolitan Museum of Art homenageará Rei Kawakubo em 2017 Após meses de especulação, estilista foi confirmada como homenageada para a exposição no próximo ano Raine Oliveira

Com a exposição China: Through the Looking Glass, que aborda a cultura chinesa em inúmeros aspectos artísticos, a permanência no continente Asiático era plausível. Rei Kawakubo que nasceu em Tóquio, Japão, é personagem frequente no mundo da moda e das artes plásticas desde os primórdios do expressionismo japonês aonde, dentre muitas rupturas que estereotipavam o país, assumiu papel de elevar a produção de roupas a um conceito de estilo de vida, sendo conhecida como “O Corvo’’ (referência ao filme de 1994 de Alex Proyas). Anna Wintour, editora da versão americana da revista Vogue e diretora de arte das exposições do Met, já havia demonstrado toda sua admiração pela estilista Rei Kawakubo no documentário “The First Monday in May”, que mostra os bastidores da montagem da exposição anual do Costume Institute no Metropolitan Museum of Art de 2016.

A marca Comme des Garçons nasceu em 1969, e tem em seu nome a música “Tout les Garçons et les Filles” (1960) da parisiense Francoise Hardy como inspiração. É da França também que há um marco histórico: essa será a segunda vez na história das exposições anuais do Met que um estilista vivo é homenageado sozinho; Yves Saint Laurent (1936-2008), em 1983, recebeu uma exposição produzida por Diana Vreeland. O Baile do Met acontece no dia 01/04/2017, a exposição abre no dia 4/05/2017 com mais de 120 peças da CdG assinadas p o r Ka-

wakubo. Rei Kawakubo não tem formação formal em design, na Universidade de Keio, no Japão, ela estudou artes e literatura. Sua relação com o mundo da moda começou com a indústria têxtil e ficou mais forte a partir de 1967, quando ela se tornou estilista. Seu trabalho é considerado uma revolução há décadas, sendo ela uma referencia para grandes nomes como Yohji Yamamoto, as belgas Martin Margiela e Ann Demeulemeester, além de ser uma grande influência para personalidades icônicas do mundo das artes como o cineasta John Waters e a arquiteta Kazuyo Sejima.

Anne Frank é inspiração para grafiteiro brasileiro em Amsterdã

Paulistano Eduardo Kobra coloriu os muros do centro cultural NDSM para relembrar a luta por direitos Raine Oliveira

Emmanuel Dunand/AFP

Eiichiro Sakata

Meryl Streep receberá honra no Globo de Ouro 2017 Com mais de 50 filmes em seu currículo atriz será condecorada com prêmio pelo conjunto da obra Raine Oliveira

Em anúncio divulgado por Lorenzo Sofia, presidente da Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood (HFPA), foi confirmado que a atriz Meryl Streep será a homenageada com o estimado prêmio Cecil B. DeMille, concedido

pelo conjunto da obra, em 2017. Ela já foi indicada ao Globo de Ouro 29 vezes, vencendo em oito das ocasiões. Aos 67, Meryl tem mais de 40 anos de carreira. A 74ª edição do Globo de Ouro acontecerá em 8 de janeiro de 2017

em Los Angeles, Califórnia. A cerimônia será apresentada pelo apresentador, Jimmy Fallon, que coordena o programa americano que leva seu nome, The Tonight Show Starring Jimmy Fallon.

Com o mural intitulado de Deixe-me Ser Eu Mesmo, a obra tem por intuito enfatizar o direito a reinvindicação e saudar a singularidade e independência de cada um. Em nota, Kobra, autor do grafite, disse ter escolhido Anne Frank como “estampa de uma geração que cada vez mais reivindica por igualdade

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e paz’’, tendo Anne como personagem chave dessa reflexão por sua coragem e sabedoria. Durante a Segunda Guerra Mundial, com a ascensão dos nazistas no poder alemão, a jovem Anne Frank, alemã de origem judaica, viveu escondida com sua família em uma fábrica. Em 1945, com 15 anos

de idade, ela morreu em Bergen-Belsen, um campo de concentração alemão. Sua história é mundialmente conhecida pela publicação do livro Diário de Anne Frank (1947), em que ela narra à época em que viveu sob o regime do governo antissemita.


CULTURA

ATALHO

Na sua casa ou na minha? Serviços de streaming e apresentação digital para coisas físi-

Segunda temporada de Jessica Jones terá todos os seus episódios dirigidos por mulheres

Thays Santos

Com uma série que transborda empoderamento feminino ao ter uma protagonista forte e independente, Jessica Jones ganha agora mais visibilidade e respeito ao a showrunner Melissa Rosenberg anunciar, durante o evento Transform Hollywood, que todos os 13 episódios da segunda temporada serão dirigidos por mulheres, ao contrário da primeira temporada em que apenas três dos 13 episódios foram de diretoras. A série é baseada nos quadrinhos (HQs) e é mais uma parceria da Netflix com a Marvel que deu muito certo. Conta a história de uma ex-heroína com poderes sobre-humanos que tenta

cas têm revolucionado hábitos sociais Raine Oliveira

Myles Aronowitz / NETFLIX

reconstruir sua vida trabalhando como detetive particular e solucionando casos em Hell’s Kitchen, New York. Ela sofre de transtorno de estresse pós-traumático como consequência da violência sexual e psicológica que sofreu pelo vilão Kilgrave no passado, que tem a habilidade de controlar a mente das pessoas. A primeira temporada obteve muito sucesso e aclamação tanto da crítica como do público. Os atores principais Krysten Ritter (Jessica Jones) e David Tennant (Kilgrave) estiveram juntos no Brasil em dezembro do ano passado e participaram de um painel para promover a série, além de uma ses-

são de autógrafos com os fãs na Comic Con Experience, (CCXP) uma feira de entretenimento que acontece todos os anos em SP. As filmagens serão iniciadas em novembro e a previsão de retorno é cotada para 2018. Jessica continuará a aprender como lidar com o seu trauma e conheceremos melhor o relacionamento das melhores amigas de infância Jessica e Trish Walker (interpretada pela atriz Rachael Taylor). Jessica vai participar de “Os Defensores” em 2017 e irá se reunir com os personagens Demolidor, Luke Cage e Punho de Ferro.

SPFW: 42º edição trouxe muitas novidades São Paulo Fashion Week desse ano o evento trouxe muitas novidades para o inverno de 2017

Como grandes inovações no cybermundo, não é surpresa que haja adaptação de jeitos e formas de consumir conteúdo para a Web. Pesando a grade de variedade que há hoje em dia, as pessoas não veem problema com a falta de um programa ou outro, pelo contrário, é exatamente essa variedade que gera concorrência e maior credibilidade com espectadores e acompanhadores. Em pesquisa realizada pelo Office for National Statistics UK Statistics Authority, departamento não ministerial que tem por função colher e publicar estatísticas populacionais, econômicas e sociais em nível nacional e regional, em Julho deste ano, foi comprovado que 45% das pessoas preferem assistir a programas pela TV e 68% dos consumidores preferem se envolver em maratonas oferecidas em serviços online do que sair de casa para fazer algum programa que não esteja ligado

ço, Glória Coelho, Lolita Hannud, Patricia Bonalti, Renato Raiter, Samuel Cirnansck e Valdemar Iódice. Vinte cindo marcas se apresentaram, entre essas, a estreante LAB do Rapper Emicida e seu irmão Fióti, emocionou a muitos trazendo para a passarela a inclusão das ruas num estilo único de Moda de Rua, com junção de estampas inspira-

das no Japão e na África, contando também com modelos Plus Size que foram ovacionadas pelo público presente. Outra estreia bastante aguardada foi a de Sasha Meneghel, filha da Rainha dos baixinhos, Xuxa Meneghel, que desfilou pela grife Coca-Coca Jeans, iniciando no mundo da moda com honraria.

a Televisão ou Internet. É o que tem acontecido com os clubes e baladas noturnas também. Centenas de clubes têm fechado nos últimos anos. O declínio da nightclubbing tem sido atribuído, em parte, à proibição de fumar e leis de licenciamento relaxado que fazem a tranquilidade do lar ser atraente. Cerca de 320 entrevistados disseram que a Geração Z está menos interessada no “face-a-face’’ por conta da ascensão das mídias sociais. Preço que se paga em locomoção e alimentos, bafômetro, lei anti-fumo e exposição em redes sociais são algumas questões que fazem com que uma parcela das pessoas veja uma noite fora como uma indulgência ultrajante. Dentre as respostas dadas durante a pesquisa um grande número de mulheres chama a atenção para uma razão: a quantidade de assédio. 62%, entre 18 e 35 anos, das mulheres disseram

que evitam festas e baladas em locais e com pessoas desconhecidas para evitar que sejam assediadas física e psicologicamente. No entanto, quando essas mulheres foram perguntadas sobre como se relacionam em substituição a idas a festas, elas disseram que esse tipo de coisa não é anulado ao passo em que existe o Tinder (aplicativo de relacionamento). Além da frequência, 44% das mulheres responderam que muito antes de sair para festejar planejam minimamente o que fará fora de casa e se valerá a pena, preferindo fazer festas em casa ou na casa de amigos pela comodidade: a música que vai tocar, a bebida que terá e o tipo de música tocada já é sabido nesse caso.

Produção e representatividade

De acordo com o Centro de Estudos Femininos em Televisão e Cinema da Universidade Estadual de San Diego, em 2014/15 personagens femininas foram 42% de todos os personagens com falas na televisão aberta americana, e 40% na televisão a cabo e Netflix. Enquanto isso, no cinema, apenas 28% dos personagens com fala foram mulheres nos cem maiores filmes de 2014, e apenas 21% mulheres foram protagonistas. Complementando a pesquisa com os seguintes dados:

Numerando

» 8% da equipe de escritores dos programas que não tem produtoras executivas têm mulheres; » 35% dos personagens principais são femininos. Se a atração tem ao menos uma mulher entre os executivos, a porcentagem sobe para 42%; » 23% dos produtores executivos são mulheres e 22% dos criadores de todos os programas; 25% de todos os criadores, diretores, roteiristas, produtores, executivos, editores e diretores de fotografia foram mulheres – incluindo TV aberta, a cabo e Netflix;

Unbreakable Kimmy Schmidt

My Mad Fat Diary

All the Midwife

Estrelada por Ellie Kemper e Tituss Burgess, o seu enredo centra-se numa mulher que temendo o apocalipse, é aprisionada por um pastor maluco num bunker durante anos e após ser resgatada, recomeça a sua vida na Cidade de Nova Iorque. Criada e desenvolvida por Tina Fey. A série estreou no dia 6 de março de 2015 no Netflix e foi renovada para uma segunda temporada.

Situada na década de 1990, a história de My Mad Fat Diary acompanha a vida de Rae, uma jovem obesa de 16 anos que, recém-saída de um hospital psiquiátrico, se vê jogada em um mundo no qual não se sente à vontade. No Brasil, é exibida pelo canal de assinatura argentino I-Salt e pode ser assistida pela página do I-Salt Play. Escrita por Rae Earl.

A trama é ambientada nos anos 1950 e segue a trajetória de Jenny Lee, uma enfermeira de 22 anos que atua como parteira junto com um grupo de freiras no East End de Londres. O grupo ajuda em partos em condições precárias. Disponível no Netflix e também disponível no ITunes (Apple Tv).

Tais Carvalho

Entre as atrações estilistas renomados participantes da semana de moda, estava o estilista Ronaldo Fraga, que convidou vinte e oito fazer parte de seu desfile e deu voz ao movimento que ainda sofre com exclusão, atraindo a atenção de muitos numa pegada renovadora e social. O evento contou também com a presença dos estilistas Reinaldo Louren-

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ATALHO

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DIVERSOS

ATALHO

Horóscopo Escorpião 23\10 á 21\11

Momento importante para deixar para trás o passado. É uma fase que estimula a cura de questões que se repetem em seus relacionamentos. A Lua é balsâmica, o que indica uma energia de interiorização, eliminação. Horóscopo Virtual

Áries - 21\03 á 20\04

Agenda Divulgação

Charge: Marjane Satrapi

AGENDA 32a Bienal de São Paulo - Incerteza Viva - Exposição reúne 81 projetos de artistas de 33 países e fica aberta ao público até dia 11 de dezembro Parque do Ibirapuera, Zona Sul, SP Entre 07/08 a 11/12, entrada franca. Horário(s): 9h às 19h (entrada até às 18H), ter, qua, qui, sex, dom e feriados; 9h as 22h (entrada até às 21H), quintas e sábados; fechado as segundas.

Nickolas Muray

Fotografias do acervo pessoal de Frida Kahlo chegam a São Paulo. MIS traz à cidade com o Espaço Cultural Porto Seguro: Suas Fotos e Frida Kahlo. Em São Paulo entre os dias 3 de setembro e 20 de novembro de 2016, terças a sábados, das 12 às 20h; domingos e feriados, das 11h às 19h, R$6 (inteira) e R$3 (meia) – Ingresso válido para ambas as exposições.

Esse é um momento que traz desafios nas relações e nas questões profissionais. É uma fase importante para haver cura de mal entendidos e de situações desgastantes nas relações. É preciso coordenar os seus projetos e empenho com as demandas dos relacionamentos.

Touro - 21\04 á 20\05

Estamos na fase balsâmica da Lua que representa uma importante energia de cura. É um dia interessante para perceber o que você está curando emocionalmente e também no corpo. Momento importante para coordenar esforços ligados a ideias e projetos de trabalho. CINEMA Cine-debate Angela Davis Sábado às 14h00min - 17h00min Cidade Universitária Zeferino Vaz Barão Geraldo, 13083-970 Campinas - Gratuito. Olhar Feminino no Cinema Negro Baiano 15/11 a 16/12, 14h00min às 17h00min Sesc Vila Mariana R. Pelotas, 141 - Vila Mariana Gratuito. SHOWS Grace Jones 18/11, sexta-feira, D-EDGE Alameda Olga nº 170 – Barra Funda – São Paulo – SP De R$ 250,00 a R$ 590,00 OFICINAS Oficina de Desprincesamento 04/12/16 Lugar a ser acordado com as participantes/ São Caetano do Sul Tel: 5926-7994 Investimento: R$ 70 EXPOSIÇÕES Desertei em Cactos Selvagens: Percepções do Feminino 08/10 a 05/03, domingo, 09h às 18h30 - Sesc Vila Mariana R. Pelotas, 141 - Vila Mariana Gratuito

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Gêmeos - 21\05 á 20\06

Parece estar sendo difícil chegar a um acordo em questões emocionais e financeiras. Há uma dificuldade de agir com tato e diplomacia, o que pode levar a confrontos. Um dia com uma energia bastante delicada em termos afetivos e financeiros, procure agir com consciência.

Câncer - 21\06 á 20\07

Este é um momento em que aparecem as dificuldades no lar, nos relacionamentos e na vida doméstica. É um pweríodo em que o grande desafio está em coordenar a sua vontade com as demandas alheias. Testes importantes relacionados ao equilíbrio emocional e à qualidade das relações.

Leão - 21\07 á 22\08

Momento que pode trazer uma importante cura por meio do diálogo, leonino. É necessário que esteja mais receptivo às ideias alheias e que procure colaborar. É um dia que pode trazer importantes questões de trabalho à tona.

Virgem - 23\08 á 22\09

Parece ser difícil coordenar os seus valores e demandas com os alheios. É um dia que traz à tona a possibilidade de conflitos no terreno financeiro e amoroso. Procure conciliar mais, respeitando as opiniões das outras pessoas.

Libra - 23\09 á 22\10

A Lua, em movimento pelo seu signo, está em contato desafiador com Marte, libriano. É um momento que traz a possibilidade de conflitos no terreno emocional e familiar. É preciso que haja com mais equilíbrio visando a harmonia dos relacionamentos e a pacificação de conflitos

Sagitário - 22\11 á 21\12

Momento em que podem aparecer divergências de interesses entre você e pessoas próximas. Evite a impulsividade em questões financeiras sabendo fazer um controle de gastos. Período muito importante para aprofundar vínculos emocionais, especialmente com amigos.

Capricórnio - 22\12 á 20\01

Dificuldade em conciliar interesses pessoais e ligados à carreira, capricorniano. Evite atitudes impulsivas ou baseadas apenas em uma necessidade momentânea. É preciso valorizar mais a harmonia e o equilíbrio nas relações e na carreira.

Aquário - 21\01 á 20\02

Estamos na fase balsâmica da Lua, que é um período mais introspectivo e de contemplação. É um momento em que podem aparecer as consequências de suas escolhas e decisões das últimas semanas. Esteja mais atento às suas verdadeiras motivações psicológicas e emocionais.

Peixes - 21\02 á 20\03

Um dia que pode ser muito difícil para acordos financeiros e emocionais. Ficam claras as diferenças entre você e as pessoas, o que pode indicar confrontos. É preciso refletir muito antes de tomar certas decisões.


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